Hélio proíbe animais em vias paviInentadas - Arq-Camp

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CCRRFiC) DATA: , . \ ...• f' '\ \..\ . \ __ \ 1 \. r·\ 'L CENÁPJO URBANO III SOBRE PATAS Hélio proíbe animais em vias paviInentadas Lei recém-sancionada será regulamentada e entra em vigor em 11 de abril II GilsonRei DAAGtNCIAAN HANGUERA gi [email protected] Veículos de tração animal, ca- valos, bovinos e outras espé- cies de animais não poderão mais circular em vias públicas pavimentadas de Campinas a partir do dia 11 de abril. A proi- bição foi publicada no Diário Oficial do Município (DO) na última quinta-feira e prevê o recolhimento do animal que estiver solto, montado ou for utilizado para transportar car- gas na área urbana, inclusive os que levam material reciclá- vel em charretes ou carroças. Objetivo, diz autor, é evitar maus-tratos e acidentes no trânsito A proposta foi elaborada pe- lo vereador Feliciano Nahimy Filho (PV), eleito deputado es- tadual, e, após ser aprovada pela Câmara e sancionada pe- lo prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), a Lei Municipal n Q 12.831 deverá ser regula- mentada em 90 dias. Feliciano disse que o moti- vo principal é evitar os maus- tratos. "Muitas vezes, um abuso contra estes animais, que são obrigados a levar car- ga em excesso, com fome e se- de. Alguns são até judiados e espancados", argumentou ele. "Algumas éguas chegam a pa- rir no asfalto e cavalos carre- gam cargas sangrando", exem- plificou. A lei foi criada também pa- ra evitar acidentes no trânsito. "Já ocorreram muitos aciden- tes fatais com cavalos, bois ou vacas que caminhavam soltos em locais imprçprios, aveni- das e rodovias. E um absurdo isso existir em um município com mais de 1 milhão de habi- tantes", disse Feliciano. Questões de saúde pública também foram apresentadas pelo vereador para justificar a criação da lei. "A febre macu- losa pode ocorrer com facili- dade nas pessoas que ficam próximas de cavalos, um dos hospedeiros do carrapato-es- trela. Além disso, animais de grande porte, como os cava- los e os bovinos, atraem a vin- da de morcegos hematófagos, transmissores da raiva", exem- plificou. A lei aproveita também pa- ra regularizar a destinação dos animais de grande porte ao definir, em um dos artigos, a doação com encargo. "Isto significa que o Centro de Zoo- noses poderá doar o animal para alguém que possua área rural, desde que esta pessoa trate bem do animal, não ven- da ou faça doação", explicou Feliciano. "Funciona como um fiel depositário do ani- mal", comparou. Outro fator tratado na lei é de cunho social. Feliciano dis- se que uma minoria dos cata- dores de material reciclável concorrem de forma desleal no mercado de trabalho ao uti- o animal como tração. "Estes catadores que usam car- roças e charretes deverão ser orientados a trabalharem em cooperativas regulamentadas para continuar seu trabalho e manter sua renda", afirmou.

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CENÁPJO URBANO III SOBRE PATAS

Hélio proíbe animais em vias paviInentadas Lei recém-sancionada será regulamentada e entra em vigor em 11 de abril

II

GilsonRei DAAGtNCIAAN HANGUERA

gi [email protected]

Veículos de tração animal, ca­valos, bovinos e outras espé­cies de animais não poderão mais circular em vias públicas pavimentadas de Campinas a partir do dia 11 de abril. A proi­bição foi publicada no Diário Oficial do Município (DO) na última quinta-feira e prevê o recolhimento do animal que estiver solto, montado ou for utilizado para transportar car­gas na área urbana, inclusive os que levam material reciclá­vel em charretes ou carroças.

Objetivo, diz autor, é evitar maus-tratos e acidentes no trânsito

A proposta foi elaborada pe­lo vereador Feliciano Nahimy Filho (PV), eleito deputado es­tadual, e, após ser aprovada pela Câmara e sancionada pe­lo prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), a Lei Municipal nQ 12.831 deverá ser regula­mentada em 90 dias.

Feliciano disse que o moti­vo principal é evitar os maus­tratos. "Muitas vezes, há um abuso contra estes animais, que são obrigados a levar car­ga em excesso, com fome e se­de. Alguns são até judiados e espancados", argumentou ele. "Algumas éguas chegam a pa­rir no asfalto e cavalos carre­gam cargas sangrando", exem­plificou.

A lei foi criada também pa­ra evitar acidentes no trânsito. "Já ocorreram muitos aciden­tes fatais com cavalos, bois ou vacas que caminhavam soltos em locais imprçprios, aveni­das e rodovias. E um absurdo isso existir em um município com mais de 1 milhão de habi­tantes", disse Feliciano.

Questões de saúde pública também foram apresentadas pelo vereador para justificar a criação da lei. "A febre macu­losa pode ocorrer com facili­dade nas pessoas que ficam próximas de cavalos, um dos hospedeiros do carrapato-es­trela. Além disso, animais de grande porte, como os cava­los e os bovinos, atraem a vin­da de morcegos hematófagos, transmissores da raiva", exem­plificou.

A lei aproveita também pa­ra regularizar a destinação dos animais de grande porte ao definir, em um dos artigos, a doação com encargo. "Isto significa que o Centro de Zoo­noses poderá doar o animal para alguém que possua área rural, desde que esta pessoa trate bem do animal, não ven­da ou faça doação", explicou Feliciano. "Funciona como

um fiel depositário do ani­mal", comparou.

Outro fator tratado na lei é de cunho social. Feliciano dis­se que uma minoria dos cata-

dores de material reciclável concorrem de forma desleal no mercado de trabalho ao uti­liza~em o animal como tração. "Estes catadores que usam car-

roças e charretes deverão ser orientados a trabalharem em cooperativas regulamentadas para continuar seu trabalho e manter sua renda", afirmou.

CC:RREiO POPUlAR i DATA: J,

Folos: Ne,ivellon A,aújo/AAN

o carroceiro Sebastião da Silva transporta material reciclável: "Sem o cavalo, vamos passar fome"

IAlIA MAIS, ,,;, ;

Espécies proibidas em vias públicas pavimentadas Eqüina (cavalos,éguas) Muar (jumentos, jumentas, jegues) Asinina (burros, burricos, burras, burricas, mulas) Caprina (cabras, bodes, cabritas, cabritos) Ovina (carneiros, ovelhas) Bovina (bois, vacas, búfalos, búfalas)

Casos permitidos Podem circular em vias públicas pavimentadas os animais montados utilizados pelo Exército Brasileiro e pela Polícia Militar. Podem também os animais que forem autorizados previamente pela Prefeitura em eventos de cavalgada, passeios e demais atividades que dêem destaque à integração e ao lazer.

Os principais pontos da Lei Municipal nº 12.831

Recolhimento O animal encontrado nas situações mencionadas na lei deverá ser detido por agente de trânsito, que vai acionar o órgão controlador de zoonoses para proceder o recolhimento. Se for necessário, poderá ser acionada a Polícia Militar. No Centro de Zoonoses municipal, os animais deverão passar por exames clínicos e avaliações das condições físicas gerais. Serão tratados e acomodados de acordo com sua espécie.

Destinos O animal poderá ser resgatado pelo proprietário em cinco dias úteis, com comprovação de propriedade e de aplicação de vacinas e tratamentos. Há também uma taxa de remoção

(varia de R$ 35,64 a R$ 89,10), mais uma taxa diária de permanência (varia de R$ 17,82 a R$ 53,46). O proprietário que reincidir no descumprimento da lei não terá mais direito a resgatar o animal. Em caso de abuso ou de maus-tratQs, o animal não será devolvido ao seu proprietário, mas confinado a depositário fiel, designado por associação protetora de animais. O animal poderá ser também doado para entidades ou associações civis, sem fins lucrativos, que tenham por finalidade estatutária a proteção de animais. Nos casos de moléstias incuráveis, o animal deverá passar por eutanásia, nos casos autorizados pela lei federal de proteção ao meio ambiente e aos animais.

Iniciativa recebe apoio e críticas Enquanto entidades de proteção elogiam medida, catadores se dizem prejudicados

A proibição de animais e de veí­culos de tração animal em vias pavimentadas de Campinas di­vide opiniões. Pessoas que usam e dependem dos animais para sobreviver criticaram a lei municipal. Os protetores dos animais apoiaram.

Sebastião Cândido da Silva, de 42 anos, catador de mate­rial reciclável na região do Jar­dim Ipaussurama e da Pontifí­cia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), não gostou da medida. "Quem vai alimentar meus quatro fi­lhos e minha família?", questio­nou Silva. "Dependemos disto para sobreviver. Tenho proble­mas na coluna e não posso car­regar sozinho o carrinho de mão", justificou. A renda diária de R$ 50,00 de Silva ajuda no orçamento da família, somada aos R$ 400,00 mensais que a es­posa recebe pelo trabalho em um mercadinho. "Sem o cava­lo para me ajudar, vamos pas­sar fome", afirmou.

A mesma indignação de­monstrou Rodrigo Santos, de

Rodrigo e Tatiane Santos levam a filha Camille ao CS: carro da família

25 anos, catador de material re­ciclável na região da VIla Teixei­ra. "Tem coisa mais importan­te para fazer aos pobres e nin­guém pensa em ajudar. Pen­sam apenas em proteger os ani­mais e prejudicar ainda mais quem não tem opção de em­prego", desabafou. "O trabalho suado de coleta de lixo é feito com a ajuda do cavalo. O ani-

mal é bem tratado porque me ajuda até a levar minha filha de 1 ano ao médico", disse. San­tos foi ao Centro de Saúde da VIla Teixeira em sua charrete, sexta-feira passada, com sua es­posa, Tatiane, e a filha de colo, Camille.

O presidente da Associação Amigos dos Animais, Flávio La­mas, concordou com as novas

medidas. "É necessário mesmo haver uma regulamentação em uma metrópole como Campi­nas", disse. "Além dos maus­tratos aplicados pelos donos dos animais, acidentes graves devem ser evitados", disse La­mas. Lamas lembrou que é co­mum ver animais carregando cargas em excesso, cansados e em condições precárias, em pleno calor do meio-dia e ou­tras horas do dia. "Alguns tra­tam bem do animal, mas mui­tos judiam deles e, depois de doentes, soltam pelas ruas", afirmou. "Há casos também de criação de gado em área urba­na, feita de forma inadequada e isto também é um risco de acidentes e até de doenças pa­ra a população", disse.

O presidente da entidade protetora de animais lembrou que é fundamental o cumpri­mento da lei. "Já temos a Lei Fe­deral nº 9.605, de proteção ao meio ambiente e aos animais, mas há muita dificuldade na aplicação dela", comparou La­mas. (GRlAAN)

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Manu,el (:~ar·lo

Proibido circular Depois do RG para cachorro o vereador Feliciano, que vai virar deputado, atacou nova­mente. Conseguiu aprovar uma Lei Municipal, sanciona­da por Dr. Hélio no último dia lO, que proíbe a circula­ção de veículos de tração ani­mal e de animais, montados ou não, em todas as vias pú­blicas pavimentadas do Mu­nicípio.

Excluiu da proibição os ca­valos utilizados na segurança pública e, mediante prévia autorização da Prefeitura, aqueles utilizados em even­tos de cavalgada.

No próximo Natal, Papai Noel vem a pé para Campi­nas, porque a lei vale para as espécies eqüina, muar, asini­na, caprina, ovina e bovina.

Doravante, os animais não podem ir, nem vir e nem mesmo permanecer, porque

isto também está proibido. Acho que vou impetrar um habeas corpus para livrar es­ses animais do vereador Feli­ciano.

A motivação da Lei não tem nenhuma relação com a questão do trânsito, mesmo porque tal circulação já está prevista no Art. 52 do Código Nacional de Trânsito.

Os catadores de papel, su­cata e aqueles que ainda utili­zam-se desse meio de trans­porte, que puxem suas pró­prias carroças, porque o "pro­tetor dos animais" acha desu­mano que elas sejam puxa­das por um burro.

Os animais violadores da norma serão apreendidos pe­los amarelinhos da Emdec e só poderão ser resgatados com a apresentação da cartet­ra de vacinação em dia, paga­mento de taxas de remoção,

de inserção de microchip e diárias pelo tempo de perma­nência no hotel municipal, que inclui as três refeições diárias prometidas por Lula ao povo brasileiro.

Pagas todas as despesas, devem ainda comprovar a propriedade do bicho, provi­denciar transporte adequado e apresentar cópia do Impos­to Territorial Rural- ITR, da propriedade localizada em área rural para a qual o ani­mal deve ser levado, porque Feliciano não admite sua per­manência na cidade.

Caso o animal não seja pri­mário, isto é, já tenha sofrido condenação anterior, é veda­do seu resgate e serão doa­dos para entidades de prote­ção aos animais.

Os animais doentes não se­rão sacrificados e sim eutana­siados e Feliciano explica di­daticamente na Lei que a morte deve ser serena e sem sofrimento, como se a práti­ca da eutanásia permitisse outra coisa. .

O carrasco deve ser veteri­nário e seus serviços serão re­munerados pelo proprietário do condenado, se conhecido, senão por dotações orçamen­tárias próprias, suplementa­das se necessário. Sempre

!

pensei que os projetos de leis originários do Legislativo ti­vessem de dizer de onde sai­rá a grana para as despesas, sob pena de inconstituciona­lidade, mas esqueci que essa regra não vale para os verea-

dores da base de sustentação do Executivo.

Já temos o RG para a ca­chorrada e agora a aposenta­doria de cavalos e burros.

A Câmara de Campinas ainda não entrou para o ane-

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dotário nacional, mas o ve­reador Feliciano tem se esfor­çado muito para que isso aconteça.

_ Manuel Carlos Cardoso é advogado e professor E-mail: [email protected]

QO.i 1)I\TA:

mMiRÕSDtO 111 RESíDUOS

Lixo da RMC supera a .~~~--------_.,_._-------~------

média nacional Volume gerado é de 814 gramas/dia por habitante e, no País, de meio quilo;

oito cidades ultrapassam nível recomendado

11

' ToteNunes

DAAGCNCIAAN HANGÚf.RA

arisloleles, n [email protected],br

Num levantamento inédito, a Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp) tra­çou um diagnóstico da produ­ção diária de lixo doméstico por habitante da Região Me­tropolitana de Campinas (RMC) e o que se viu não foi nada animador. A pesquisa mostrou que os 19 municí­pios que compõem a RMC produzem mais lixo que a média nacional e que em oi­to dessas cidades, a geração de resíduos ficou acima dos níveis considerados aceitá­veis pelos critérios adotados pela Companhia de Tecnolo­gia de Saneamento Ambien­tal (Cetesb).

Inédito, levantamento aponta total de 1,89t por dia nas 19 cidades

De acordo com o levanta­mento, cada um dos aproxi­madamente 2,5 milhões habi­tantes da RMC gera 814 gra­mas de lixo por dia. A média brasileira é de meio quilo. A pesquisa revelou que Nova Odessa é a maior geradora de lixo entre as 19 cidades. Cada um dos seus cerca de 45 mil habitantes produz diariamen­te, 1,358 quilo de lixo, numa situação que a coloca muito próxima da cidade de São Pau­lo, que atingiu o índice de 1,5 quilo de resíduos por habitan­te por dia. Nova Odessa é se­guida de perto por Holambra, com 1,123 quilo e Jaguariúna, que produz 1,113 quilo de resí­duos por habitante/dia.

S~gundo o estudo, Enge­nheIro Coelho é a que tem a menor produção diária per capta de lixo: 373 gramas. Lo­go em seguida, aparecem Cos­mópolis, com 414 e Hortolân­dia, com 482. Maior cidade da

RMC, Campinas está numa faixa intermediária: com 790 gramas por habitante/dia ocu­pa ? 1Oº lugar no ranking das mmores geradoras de lixo. No total, os habitantes da RMC produzem 1.890 toneladas de lixo diariamente.

Realizada entre os meses de maio e junho de 2006 por sugestão da Câmara Temática de Meio Ambiente da RMC e desenvo~vida pela Agemcamp em conjunto com o Núcleo de Economia Social, Urbana e Regional (Nesur) da Universi­dad~ Estadual de Campinas (Umcamp), a pesquisa provo­cou algumas "fissuras". Prefei­turas reclamaram de determi­nados critérios utilizados na coleta dos dados, mas o dire­tor técnico da Agemcamp, o economista Marcos Cardoso dos Santos, faz uma ressalva. "Trata-se apenas de um diag­nóstico. Fizemos o levanta­mento com base nos dados fornecidos pela prefeituras. Depois devolvemos o mate­rial para as prefeituras, que

poderão depurar melhor e cor­rigir eventuais problemas", disse ele.

Segundo Marcos Cardoso, o estudo deverá estar finaliza­do em aproximadamente dois meses. Em seguida, será entre­gue ao Conselho de Desenvol­vimento da RMC e poderá ser­vir de subsídio para um even­tual programa regional de des­tinação e tratamento do resí­duo sólido doméstico. O con­selho é formado pelos 19 pre­feitos e por representantes do governo do Estado. Prefeito de Santa Bárbara d'Oeste e presidente do conselho, José Maria Araújo (PSDB), não atendeu ao pedido de entre­vista da Agência Anhangüera para comentar o assunto.

Marcos Cardoso dos San­tos diz que as cidades da RMC produzem mais lixo que a média dos municípios brasi­leiros por uma razão simples. "Trata-se de uma região in­dustrializada, desenvolvida e com vários municípios de mé­dio e grande porte. Por essas

condições, acabam gerando muito lixo", diz ele. "Agora que temos um diagnóstico, precisamos de um plano de ação para enfrentar o proble­ma do tratamento e destina­ção, e um programa de execu­ção desse plano", acrescenta o diretor da Agemcamp. "Mas isso já é problema do Conse­lho. Os prefeitos é que vão ter de discutir e encontrar as solu­ções", acrescentou.

("(:RREiO POPUI.AR , DATA:

Tabela Não há critérios claramente definidos para se estabelecer a quantidade aceitável de lixo a ser produzida diariamente por uma pessoa, mas a Ce­tesb utiliza uma espécie de ta­bela que se transformou em uma convenção, segundo in­forma o engenheiro responsá­vel pela área de resíduos sóli­dos do órgão, Fernando Wol­mer. Quando quer implantar um aterro sanitário, por exem­plo, o órgão leva em conta que uma cidade de 10 mil ha­bitantes vai produzir quatro

toneladas de lixo por dia. Pelo critério estabelecido

pelo órgão, uma cidade de até 100 mil habitantes iria produ­zir algo em torno de 400 gra­mas diários de resíduos por pessoa. Em cidades com po­pulação entre 100 mil a 200 mil, a produção seria de 500 gramas. As que estivessem en­tre 200 mil e 500 mil gerariam 600 gramas per capita e as com mais de 500 mil, 700 gra­mas habitantes/dia.

Por este critério, oito cida­des da região estão gerando quase o dobro do lixo que se poderia esperar. Além de No­va Odessa, Holambra e Jagua­riúna, aparecem Itatiba, Paulí­nia, Valinhos, Santo Antonio de Posse e Monte Mor. Das 19 cidades da RMC, oito despe­jam seu lixo em um aterro sa­nitário particular instalado em Paulínia - casos de Vinhe­do, Valinhos, Sumaré, Horto­lândia, Jaguariúna, America­na, Santo Antonio de Posse e Artur Nogueira. Dez dos muni­cípios terceirizaram o serviço.

NA BALANÇA

GERAÇÃO DE RESíDUO SÓLIDO DOMÉSTICO •

, Engenheiro Coelho. ::f);3ia:. Cosmópolts 0,414 Hortolílndia 0-,4$ Pedreira 0,558 Sta. Bárbara d'OesteO,612 Sumaré 0,643 Americana . ""'O ""14 Vinhedo '0:;30 I Indaiatuba ::'.', .. (}jj!3g I

~~t~rp~~~ueira "i;ilL.~: I ~aon~~e A~~~niO de P()s5e> ,.:.,g:~ I Valinhos 0,914 'I

Itatiba "~Ir; \.O,92S I Paulínia 0963

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1,123 , ., ;'5);;.136&

MÉDIA DA RMC - 0,815

* Kgldia per capita

Fonte: Agemcamp

SAIBA MAIS i

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----- --- ----~.~----- --------------1 A Agência Metropolitana de Campinas i

é uma autarquia estadual, vinculada à Secretaria de Economia e Planejamento, com sede em Campinas. A Agemcamp tem por finalidade Integrar a organização, o planejamento e a execução das funções públicas de interesse comum na Região Metropolitana de Campinas, composta pelos municípios de Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópol!s, Engenheiro Coe1110, Holambra,

i Hortolândla, Indaiatuba, Itatiba, " JaguanLlna, Monte Mor, Nova : Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d'Oeste, Santo Antonio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo"

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POLÊMICA 111 ZOONOSE

DATA:

Gatos do Bosque serão reIDovidos para o CCZ Felinos suspeitos de portqr o vírus da raiva serão sedados por meio de alimentos

! I Delma Medeiros I: DAAG~:j'~':\f\"~~~,\W:;lIf kt\

[email protected]

Deu a lógica. Os gatos do Bos­que dos Jequitibás ficarao em observação no Centro de Con­trole de loonoses (CCZ). A de­cisao, de consenso, foi amm­ciada ontem pelo secretário de Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva. Ele in­formou que a comissao criada para acompanhar o caso, com­posta por representantes da Vi­gilância em Saúde (Visa), CCZ, Bosque e organizações nao-go­vernamentais de proteçao aos animais, concordou com a re­moça0 dos felinos para uma

lbama vetou pedido de construção de abrigo provisório área do CCZ, adaptada para re­cebê-los em condições satisfa­tórias. Os gatos do Bosque ocu­parão quatro gatis, com cerca de 12 metros quadrados cada, e serão separados por sexo e idade.

Saraiva explicou que a pro­posta inicial das ONGs. de montagem de um abligo provi­sório na área do Bosque, além de parecer contrário do Institu­to Brasileiro do Meio Ambien­te e dos Recursos Naturais Re­nováveis (lbama). apresenta outras dificuldades. "Não é re­comendável manter no mes­mo ambiente animais domésti­cos e silvestres". afirmou. Além disso, as condições do parque não permitem o isola­mento dos gatos de fOrlIlil. se­gura e há possihilidade de no­va contaminação, uma vez que eles sao predadores natu­rais de morcegos e, portanto, sujeitos a contato com ani­mais infectados com o vírus da raiva. "O objetivo é preser-

var os gatos de novas contami­nações e, principalmente, evi­tar que eles sirvam de canal de transmissão da doença para as pessoas", frisou o secretá­rio, lembrando que a raiva atinge todos os mamíferos e não tem cura. Depois de insta­lada. a doença leva à morte.

Segundo o coordenador do CCZ, Antonio Carlos Figueire­do, a remoção dos gatos, com início previsto para amanhã, será feita por meio de sedação por alimentos e com apoio das protetoras independentes. "A sedação evita estresse para os animais, que ficam mais cal­mos e sonolentos e podem ser capturados mais facilmente."

Figueiredo lembrou que a situação é resultado da falta de consciência da população, que abandona os gatos no par­que público. Para inibir essa ação - classificada como cri-

me de maus-tratos contra ani­mais -, a Secretaria desenca­deou ações de educação em saúde, com a distribuição de folhetos com informações pa­ra que as pessoas não mante­nham contato com os gatos e não abandonem animais em áreas públicas. Vai ainda discu­tir com a Secretaria de Segu­rança Pública formas de inten­sificar a vigilância no local. A idéia é monitorar o parque com câmeras e aumentar o efetivo de vigilantes. Quem for flagrado abandonando ani­mais será denunciado e vai res­ponder por crime ambiental. Só no último fim de semana sete novos gatos foram deixa~ dos no parque, segundo as protetoras independentes.

Os gatos ficarão em obser­vação por 180 dias no CCZ. Nesse período, serão vacina­dos, castrádos (os que ainda

não foram) e, constatada suas boas condições de saú­de, encaminhados para ado­ção. O presidente do Conse­lho Municipal de Saúde, Er­cinco Mariano Júnior, adian­tou que o órgão vai retomar o Conselho Local de Saúde do CCZ para incluir a ques­tão dos animais nas discus­sões sobre a saúde pública de Campinas.

Proposta sela acordo entre . ONGs e Saúde

Apesar de não ser a proposta indicada pelas ONGs de

proteção aos animais, representantes dessas entidades concordaram com a remoção dos gatos para o CCZ. "Houve wn avanço na fonna de tratar o asSWltO. Basta ver a diferença desta situação e do que aconteceu em 2003, quando a primeira alternativa proposta foi o sacrifício dos animais", destacou o vereador, deputado estadual eleito e presidente da União Protetora dos Animais (UPA), Feliciano Nahimy Filho (PV). "Trata-se de wna ala nova, protegida, com iluminação natural, e adequada para abrigar os gatos", concordou o presidente da AAAC, Flávio Lamas. (DM/AAN)

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Animais vão ser observados por câmeras via internet Entidades de proteção vão criar o web site BBC - Big Brother Cats

Em tempos de Big Brother, os gatos do Bosque dos Jequiti­bás também terão seus "mo­mentos de fama". Com o BBC - Big Brother Cats, um web si­te que será criado pelas entida~ des protetoras dos animais pa­ra monitorar o período de ob­servação dos felinos no CCZ -, os gatos poderão consquis­tar audiência na internet.

A idéia, proposta pelo coor­denador do CCZ, Antonio Car-

los Figueiredo, foi encampada pelas ONGs, que se encarrega­rão da aquisição das câmeras para monitorar o dia-a-dia dos felinos durante a quarente­na no gati!.

O objetivo é permitir que to­da a sociedade acompanhe o processo de observação dos gatos e também facilitar a futu­ra adoção dos bichanos. Além do site específico, as entidades vão divulgar fotos dos felinos

para que as pessoas possam escolher qual deles gostariam de adotar. "A idéia é que o pro­cesso seja totalmente transpa­rente e ajude na adoção dos animais", afirmou Figueiredo.

"Além disso, as pessoas po­dem se familiarizar com os bi­chinhos para futura adoção", reforçou o presidente da Asso­ciação dos Amigos dos Ani­mais de Campinas (AMe), Flá­vio Lamas. (DM/AAN)

CURREi() POPliI ,!\R DATA:

CINEMA 111 LACRAÇÃO

Tapumes são recolocados em cine Material foi retirado por moradores de rua que transformaram o Windsor em abrigo

1I EduardoCaruso

II DAAGÊNCIAANHANGUUlA

I [email protected]

Enquanto continua o impasse sobre o destino do prédio on­de funcionava o Cine Wind­sor, lacrado há cerca de cinco meses, a Prefeitura de Campi­nas repôs os tapumes que cer­cavam a área da bilheteria e ti­nham sido retirados por mora­dores de rua que transforma­ram o local em dormitório, ba­nheiro e cozinha. O cheiro de fezes e restos de comida e a de­predação do imóvel incomo­dam comerciantes e morado­res locais e pedestres que pas­sam pela calçada do prédio.

Mesmo sem ainda ter uma definição sobre o futuro do imóvel, o secretário de Cultura Esporte e Lazer e coordenador de Comunicação de Campi­nas, Francisco de Lagos, garan­tiu ontem que, de qualquer forma, o prédio sediará o Cine Cultural Windsor. Lagos pre­tende realizar ainda esta sema-

"Nós temos um entendi­mento com a locatária do pré­dio. Se ela não tem dinheiro para reformar o espaço, o pro­blema é dela. De qualquer fo­ram teremos o cinema cultu­ral. Buscaremos recursos pró­prios e de parceiros", disse. A reportagem da Agência Anhan­güera de Noticia (MN) procu­rou representantes da Santa Casa, mas não localizou nin-

guém que pudesse comentar o assunto.

A proprietária da empresa Cine & Co, Bernadete Marins, afirmou que, devido a degra­dação do cinema nos cinco meses que ele permanece fe­chado, não dispõe da verba necessária para a reforma do espaço. De acordo com ela, o valor total da obra está estima­do em R$ 600 mil. "Quando o

cinema foi fechado, daria pa­ra fazer e gastaríamos menos. Mas como ficou parado mui­to tempo, houve a invasão e furto de materiais, além de de­predação. Aí a reforma acaba ficando mais cara", ressaltou ela.

O Cine Winsor, que nos últi­mos anos exibia filmes porno­gráficos, foi lacrado no dia 7 de agosto, sob a alegação de

falta de alvará e não recolhi­mento do Imposto Sobre Serviço (ISS). Desde essa da­ta, a Cine & Co não paga o aluguel para a Santa Casa, estipulado em contrato em R$ 18,2 mil. "Espero que fa­çamos uma parceria a três. A minha empresa, a Santa Casa e a Prefeitura. Seria bom para todos", declarou Bernadete.

Leandro ~errelra/AAN

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Cine Wmdsor: sala de exibição de filmes pornográficos foi lacrada pela Prefeitura há cinco meses

C(}RREiO P()PUi~AR : DA1'A:

PATRIMÔNIO III PRESERVAÇÃO

Palácio .d~_Mogiana sofre com chuvas

Prefeitura aguarda aval para assumir prédio da RFFSA que tem destruição acelerada

por goteiras e infiltrações nesta época do ano

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MariaTeresaCosta

DAAG tNCIAANHANGUERA

[email protected]

Goteiras e infiltrações, acelera­das pelas chuvas do Verão, es­tão piorando a cada dia a situa­ção do Palácio da Mogiana, um importante patrimônio histórico de Campinas, avan­çando o processo de degrada­ção iniciado há dez anos, quando o prédio foi desocupa­do pela Defesa Civil. Neste tempo pouco se fez para sal­var o prédio que está envolto em uma polêmica jurídica en­tre União, Estado e Prefeitura. Ninguém assume a proprieda­de do prédio, e a Administra­ção municipal, que quer obter a posse do edifício, enfrenta a burocracia federal para poder restaurar e instalar no local o Museu dos Afrodescendentes de Campinas.

Processo de degradação iniciou há dez anos

o secretário de Cultura e presidente do Conselho de De­fesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas (Conde­paccl, Francisco de Lagos, in­formou que a Prefeitura espe­ra a chuva passar para poder fazer intervenções no telhado. Há um ano, a Prefeitura havia anunciado que começaria a obra para resguardar o prédio, enquanto discutia sua posse. "Fizemos o projeto, consegui­mos o recurso, mas vieram as chuvas e não pudemos come­çar", justificou. Segundo ele, a decisão de intervir no Palácio da Mogiana foi tomada, inde­pendente de como se encami­nham as negociações para a sua posse, porque ele é um pa­trimônio da cidade.

o prédio é parte de uma lití­gio entre o Estado e a Rede Ferroviária Federal S.A. (RFF­SA). Há quatro anos, a Prefeitu­ra tenta assumir esse patrimô­nio e se propôs a receber, além do prédio, uma dívida de mais de R$ 5 milhões, decor­rente de uma ação civil públi­ca impetrada pelo Ministério Público contra a antiga pro­prietária do palácio, a Fepasa, em 1996, obrigando o restauro daquele patrimônio, sob pena de multa diária de cinco salá-rios mínimos.

A Procuradoria Regional do Estado informou que o Estado continua disposto a transferir o Palácio da Mogiana para a Prefeitura, mas espera a anuência da RFFSA, atualmen­te em liquidação, já que ela é parte integrante do processo.

Restaurar o Palácio vai cus­tar R$ 4,5 milhões. Para obter esse dinheiro, a Prefeitura en­caminhou ao Ministério da Cultura projeto para ser autori­zada a captar recursos com ba­se na lei de incentivo fiscal (Lei Rouanet).

O edifício sofreu modifica­ções ao longo dos anos. Nas re­formas por que passou, o sa­lão central da diretoria teve os estuques retirados e foram aplicadas madeiras reenverni­zadas, os assoalhos foram substituídos por piso de tá­buas estreitas alternadas de pi­nho de riga e cedro e instalado um lustre de cobre. No pavi­lhão da Campos SaBes, uma escada de mánnore em canto redondo dá acesso aos dois pi­sos. Entre as pilastras deste cô­modo foram colocados os no­mes dos diretores da Mogia­na. Em 1924, a empresa mu­dou seus estatutos e se transfe­riu para São Paulo. O edifício abrigou posterionnente a Dele-

gacia Regional de Cultura, o Museu Campos Salles, o Mu­seu Universitário da PUC­Campinas, até ser interditado em 1996.

A Administração passada, para forçar a negociação com o Estado, "invadiu" o prédio, fez pequenas reformas para deixá-lo em condições míni­mas de uso, mas não chegou a concluir as negociações com o Estado. "Estamos esperando a anuência da RFFSA para con­cluirmos a negociação", infor­mouLagos.

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1129 É a idade do Palácio da Mogiana

C URREi() POPUI"AR DATA:

Rede mantém débitos com Estado Entrega de imóveis para quitação de dívidas ainda depende de regularização

o Palácio da Mogiana é hoje uma espécie de propriedade sem dono, que foi relegada ao abandono há vários anos, desde que a Ferrovia Paulista S.A. (Fepasa) foi extinta e seu patrimônio assumido pela RFFSA. A rede, que tinha dívi­das com o Estado, decidiu quitá-las com a entrega de 65 imóveis de sua propriedade, entre eles, o Palácio da Mogia­na. Mas esse "pagamento" não se confirmou até agora porque a rede não mandou averbar nos registros imobiliá-

rios a certidão da Junta Co­mercial comprobatória da in­corporação da Fepasa, nem quitou dividas fiscais inciden­tes, nem regularizou o domí­nio dos imóveis. Para o Esta­do, a dívida não foi paga.

Antes disso, o Ministério Público, em 1996, havia acio­nado a Fepasa na Justiça obri­gando-a a restaurar o Palácio da Mogiana, prédio de 1878. Por causa de uma liminar da Justiça, está incidindo uma multa de cinco salários míni­mos diários.

Na Administração passa­da, a prefeita Izalene Tiene (PT) começou a negociar com o Estado, utilizando uma estratégia que tentava transferir o prédio para a Pre­feitura. Ou seja, já que o Esta­do não tinha a posse do pré­dio, mas tinha um crédito jun­to à União, que transferisse esse crédito a Campinas, de forma que a Prefeitura pudes­se negociar diretamente com a RFFSA e com o Ministério Público assumindo as dívidas incidentes.

Na qualidade de credor, o governo do Estado concor­dou em ceder parte do crédi­to, referente ao valor corres­pondente do Palácio da Mo­giana, à Prefeitura. Essa solu­ção fez parte de uma negocia­ção que teve a participação do Ministério Público. Pelo acordo, o município ingressa­ria na ação civil pública subs­tituindo o Estado e O Ministé­rio Público aguardaria a res­tauração e cancelaria a mul­ta. Falta, agora, passar a escri­tura. (MTCI AAN)

C()RREiO POPUI.A.t( DATA. TERRA DE NINGU!M 111 CERCO

Ação d~ PM sOlDa 354 . "." avenguaçoes

Operação no Cambuí para prender flanelinhas foragidos da Justiça também

inclui freqüentadores de bares e restaurantes

II

FábioGallacci DAAGtNCIAANHANGÚERA

[email protected]

Quinze viaturas, 29 homens e exatas 354 pessoas abordadas em dois dias de operação. O trabalho de fiscalização dos flanelinhas feito pela Polícia Militar nas noites de sexta e sábado no bairro Cambuí, em Campinas, rendeu muitos re­sultados positivos para todos os envolvidos. De acordo com o capitão Eduardo Luiz Tava­res, comandante da lª Compa­nhia do 8º Batalhão da PM, não foi encontrado qualquer caso mais grave entre as pes­soas que apresentaram seus documentos, entre flaneli­nhas e demais freqüentadores do bairro. "O mais importan­te é que a presença policial inibiu a ação de quem estaria ali para praticar algo contra a

Patrulhamento aumenta sensação de segurança lei. Acredito que, com essa operação, conseguimos pas­sar uma mensagem de que es­tamos atentos", disse o capi­tão, que prometeu manter a mesma atividade no Cambuí nas próxima semanas.

Por questões óbvias de se­gurança e operacionalidade, Tavares preferiu não divulgar as datas exatas em que as via­turas e policiais voltarão em massa ao local, mas garantiu que isso acontecerá com fre­qüência a partir de agora.

Na semana passada, a re­portagem da Agência Anhan­güera de Notícias (AAN) de­nunciou a ação de uma máfia de flanelinhas atuando nas ruas e calçadas do Cambuí. ,

Ocupanuu gdlagens comel-! ciais ociosas e até mesmo o es­

paço público durante a n~,ite, muitos deles cobram uma ta­xa", que varia de R$ 5,00 ~ R$ 8,00, para que os moton~~as estacionem naquela regmo. Muitas vezes, o pagamento deve ser feito antecipadamen­te. Caso isso não aconteça, a integridade do veículo, e a

paz do motorista, não são ga­rantidas por ninguém.

Alguns desses flanelinhas de luxo chegam a ficar com as chaves dos automóveis de

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o NÚMERO r - -- - ---

~()O ESTABELECIMENTOS

Que trabalham com alimentação estão abertos no bairro Cambuí, em Campinas

seus clientes. O problema é que eles não são funcioná­rios, ou têm qualquer VÍncu­lo, com nenhum bar ou res­taurante do bairro. No caso de um furto, roubo ou aci­dente, não há qualquer co­bertura dos veículos deixa­dos nesses estacionamentos clandestinos.

Um levantamento infor­mal feito por investigador~s do 13º Distrito Policial, locall­zado no Cambuí, no ano pas­sado notificou vários dos fla­nelin'has que costumavam cir­cular pelas ruas do bairro. De acordo com a pesquisa, 70% dos cadastrados já tinham passagem pela polícia, princi-

palmente por roubo. Um casal, que preferiu não

se identificar, alertou que a ação dos flanelinhas já se es­palhou para além das vi~s mais tradicionais de moVl­mento, como as ruas Emílio Ribas, Padre Almeida, Sampai­nho ou Maria Monteiro. De­pois de estacionar em um es­paço que, teoricamente, é pú­blico na Rua General Osório, na altura do Centro de Convi­vência Cultural (CCC), o casal foi abordado por um flaneli­nha que cobrou R$ 10,00 para que o carro ficasse ali. "O jei­to foi pagar. Os estacionamen­tos da região estavam todos lotados em função de uma pe-

ça de teatro no Convivência. Como estávamos com fome e queríamos jantar, não tive­mos outra opção", contou um deles à reportagem.

Aprovação A presidente do Conselho Co­munitário de Segurança (Con­seg) do Cambuí, Lúcia D'Otta­viano, considerou um suces­so a ação da PM neste final de semana. Segundo ela, a sensação de segurança au­mentou no local, como há muito tempo não se via. "Per­cebi que, além das viaturas, os policiais também fizeram um patrulhamento a pé pelas ruas", apontou.

(·(;RREiO POPU1.A!{ , DATA:

I ! Guardadores -aprovam açao da polícia

Aação da Polícia Militar pelo bairro Cambuí neste

final de semana também foi considerada positiva por alguns dos próprios flanelinhas que atuam no local. Para um deles, que se identificou apenas como Júrrlor,o trabalho policial pode ser capaz de separar os bons trabalhadores dos maus e ainda a ajudar a disciplinar a função naquela área da cidade. "Nós atendemos todo mundo com a maior educação e não obrigamos ninguém a parar aqui ou a pagar qualquer coisa. As pessoas pagam porque já me conhecem e sabem que esse é o meu trabalho", disse Júrrlor, que garantiu estar há cinco anos no Cambuí. "Sabemos I

que existe aquele ' pessoal que é ruim, mas queremos mostrar que também há um outro lado, mais profissional, que respeita os clientes. Queremos que todos sejam bem tratados porque eles precisam voltar. Desse movimento depende o nosso sustento." Para amanhã à tarde, está marcada uma reunião entre a direção da Empresa Municipal de Desenvolvimento de

: Campinas SA. (Emdec) e i diversos donos de bares e restaurantes do Cambuí. Na pauta de discussão, está a adoção de medidas para disciplinar o serviço de valet park (estacionamento com

I manobrista) no bairro. (FG/AAN)

I

· C liRRE10 POPUI .AR : DATA.

SAÚDE III ARSENAL

SUS vai ter teste de rotavírus com tecnologia nacional Identificar vírus que mata principalmente crianças será mais rápido e mais barato

II De Brasília

A partir de abril deste ano será mais rápido e mais barato identificar o rotavírus. No ano passado, mais de 900 crianças com até 5 anos de idade mor­reram vítimas da doença em todo o país.

Para tentar evitar mais ca­sos da doença, o instituto Oswaldo Cruz desenvolveu um teste que vai facilitar a identificação do vírus. O vírus, que é transmitido a partir de alimentos infectados ou pelo ar, poderá ser identificado em 30 segundos. Cada teste custa­rá R$ 0,60 ao Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje, os exa­mes são importados, demo­ram até duas horas para o re­sultado e custam dez vezes mais. As informações são da Agência Brasil.

A idéia de um teste simples com tecnologia brasileira, que possa ser aplicado em qual­querlugar, é do professor Wal­demir de Castro Silveira, do Instituo Oswaldo Cruz.

Segundo ele, as crianças desnutridas são quem mais so­fre com o vírus, que pode cau-

sar diarréia, vômito e levar à morte. O rápido diagnóstico pode salvar muitas vidas.

"O diagnóstico diferencial da diarréia provocada por rota­vírus é importante porque es­se agente infeccioso conduz a desidratação muito rápida. En­tão, quanto mais rápido os mé­dicos conseguem o diagnósti­co do rota vírus , mais rápido podem ser tomadas as provi­dências para o tratamento", ex­plicou.

De acordo com o professor o teste consiste em misturar uma amostra de sangue com uma gota de reagente e o resul­tado sai em 30 segundos, a olho nu. O teste é feito com tecnologia nacional, o que le­va o Brasil ao nível de países desenvolvidos.

"Nós desenvolvemos um teste com componentes na­cionais, com tecnologia na­cional. A diferença básica dos testes atuais é esta. Podemos dizer que estamos agora, quanto a esse tipo de platafor­ma para diagnóstico, no mes­mo nível dos países desenvol­vidos", disse Silveira. (Da Fo­lhapress)

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C·(;R.RFiC) pOPUr~AR DATA:

EDUCAÇÃO 111 LISTA DE MATERIAL

Preço ~e ite!ll escolar

varia até 4.263% Porém, de forma geral, segmento registrou uma queda de 2% no valor total em

relação ao ano passado, segundo o Procon

11

Adriana Menezes DAAGtNCIAANHANGUERA

[email protected]

o preço do material escolar caiu 2%, em média, esse ano em relação a 2006, de acordo com pesquisa anual realiza­da pelo Departamento de Proteção ao Consumidor (Procon), em Campinas, que chegou ao índice baseado nos preços mais baixos dos 48 itens pesquisados. Isso não quer dizer que todos os preços caíram. Os pais se de­param esse ano com altas de até 79%, como no compasso, ou de 60%, como na borra­cha branca e no caderno de matemática brochura (48 fo­lhas). Ao mesmo tempo que podem ter a grata surpresa de encontrar uma redução de preço de até 86%, como na pasta poliondas.

licenciamento de personagens encarecem o produto

A pesquisa do Procon reve­la, no entanto, que não basta comparar com os valores de 2006. É preciso ficar atento às diferenças entre um estabele­cimento e outro. A variação de preço chegou a 4.263%, na borracha branca, que é vendi­da na cidade por R$ 0,08 e também por R$ 3,49, entre os 43 locais pesquisados. A me­nor variação constatada foi de 105%, encontrada no pa­pel sulfite, que custa de R$

9,50 a R$ 19,50.

Apelo Segundo o diretor do Procon Campinas, Anderson Gianetti, um dos motivos da grande va­riação de preços é o licencia­mento de marcas e persona­gens, comum nesse segmento. "Material escolar não é brin­quedo. A indústria usa o apelo infantil para vender mais. Um caderno universitário de 200 páginas, por exemplo, pode va­riar de R$ 5,00 a R$ 18,00. A di­ferença é que o mais caro tem a HelIo Kit na capa", aponta o diretor. O levantamento do Procon não distingue marcas mas, de acordo com Gianetti, os itens mais baratos são aque­les sem licenciamento.

A sugestão do diretor para os pais é cotizar a compra pa­ra conseguir preços mais bai­xos, devido à aquisição em maior quantidade. A medida pode também ajudar na nego­ciação da forma de pagamen­to, mas ela não dispensa a pes­quisa. "O ideal é sair com a lis­ta na mão e pesquisar em três ou quatro lugares. Vale a pena gastar sola de sapato", afirma Gianetti, que constatou na pes­quisa que em muitos super­mercados os preços não estão mais baixos, como em geral o consumidor espera encontrar.

Borracha vilã Apontador, caderno universitá­rio espiral oito matérias, cola bastão, lápis de cor grande -24 unidades, massa para mo­delar, papel sulfite, pasta po-

liondas e tinta guache são al­guns dos itens que baixaram de preço (ver quadro nessa página). Enquanto isso, a bor­racha branca, mais uma vez, segundo Gianetti, é uma das principais vilãs do material es­colar. Apesar de ser um item de baixo valor, por vários anos consecutivos ela tem apresen­tado fortes reajustes. Esse ano, ela ficou 60% mais cara que no ano passado, junto com a

borracha verde que subiu 50%. Além disso, foi o item com maior variação entre os locais de venda, chegando a custar 4.263% mais de um lu­gar para outro. Em 2006, o pro­duto também foi o item com maior diferença na pesquisa e chegou a variar 6.800% (ela custava de R$ 0,05 a R$ 3,49).

Outros produtos também ti­veram grandes variações. O apontador plástico de um furo

teve diferença de até 2.969% entre uma papelaria e outra, acompanhado pelo caderno brochura 96 folhas (2.154%), a cartolina (2.100%), o lápis pre­to número 2 (1.293%) e a fita durex transparente (3.230%).

Entre os maiores reajustes de preço estão o caderno de matemática brochura (60%), o compasso escolar (79%, a maior alta), o lápis de cor pe­queno 12 unidades (16%, en-

• < c ') p r; 1 O I~Y) I:) l 'I A R c _. bd'\ 1 • _'.. ) ~. i DATA:

quanto o grande ficou 42% mais barato), o lápis preto (que aumentou 40%) e o pa­pel crepon (45%).

Entre as 19.077 reclama­ções recebidas pelo Procon em 2006, apenas 0,07% (9 re­clamações) foram referentes à compra de material escolar. O segmento, no entanto, não tem tradição de apresentar problemas para o consumi­dor. As trocas são possíveis se realizadas dentro do prazo e com o produto nas mesmas condições em que foi vendido.

O diretor do Procon alerta para os cuidados com a saúde da criança. Os consumidor de­ve verificar se os produtos con­têm o selo do Instituto Nacio­nal de Metrologia, Normaliza­ção e Qualidade Industrial (In­metro), na fabricação nacional ou importada, que faz o con­trole do uso de produtos quí­micos tóxicos no material.

I ~:--------=_-=..-====-. <10 ideal é sair com a lista na mão e pesquisar em três ou I quatro lugares. Vale a I

pena gastar sola de I sapato. 11

li ~AN:DERSON GIANETTI

Dllretor do Procon. em Campinas ---~----

DATA:

resumo

o personagem

JOSÉ ANTÔN 10 AZEVEDO

- - -------------- -----_._----___ •• _0 ___ --_----

Presidente da autarquia Serviços Técnicos Gerais (Setec)

_ O presidente da Setec está comemorando a captação 136 pares de cônIeas pelos agentes do órgão durante o ano passado, capazes de garantir a visão a 272 pessoas. As cómeas são captadas por meio de convênio efetuado com a Associação Banco de Olhos de Campinas (Aboc), que se responsabiliza pela enucleação (retirada) e pelo encanlinhamento para a fila de transplantes.

Df\TA:

FÉRIAS

Hortolândia inicia amanhã programa de lazer 11as escolas

_ A Prefeitura de Hortolândia, na Região Metropolitana de Campinas (RMC), por meio da Secretaria de Cultura e Esporte promove, a partir de amanhã, o projeto Férias em Ação. A iniciativa vai acontecer em seis escolas do município. O objetivo é proporcionar aos alunos da rede pública opções de cultura, lazer e esportes durante o período de recesso

escolar. De acordo com a Admilústração municipal, as crianças poderão participar de oficinas culturais, oficina~ de pipas, brincadeiras e atividades esportivas. Segundo o governo mtmicipal, as atividades terão irlício às 9h e devem tenninar ao meio-dia. A programação será itinerante e ocorrerá cada dia em uma escola diferente. (AAN)

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a ora, maestro?

/ IMPASSE / Diretor administrativo da Sinfônica de Campinas aceita pedido de demissão de Roberto Tibiriçá

II

Carlota Cafiero DAAGtNCIAAN HANGU ERA

[email protected]

o diretor administrativo da Or­questra Sinfônica Municipal de Campinas (OSMe) Arthur Achilles disse ontem, ao Cader­no C, que o pedido de exonera­ção feito pelo maestro Rober­to Tibiriçá do cargo de regente titular da Sinfônica foi aceito, e que aguarda a carta de de­missão assinada por ele para oficializar a saída. Tibiriçá en­caminhou a decisão para Achi­lles por fax, no dia 19 de de­zembro, após ter algumas da­tas da Temporada 2007 da OS­MC alteradas pelo maestro principal Karl Martin - que mora em Palermo, na Itália, mas que deverá reger nove concertos em Campinas.

Regente diz que agiu por impulso e quer conversar

Por enquanto, segundo Achilles, a Orquestra vai per­manecer sem um maestro titu­lar. "Continuaremos traba­lhando com o assistente Car­los Fiorini. Karl Martin está providenciando o visto perma­nente de trabalho no Brasil e, assim, poderemos nomeá -lo como maestro titular", disse.

Em reportagem publicada no Caderno Cno dia 7 de janei­ro, Tibiriçá declarou o desejo de se reunir com Achilles (que estava em férias - ele voltou ontem) e com o secretário inte­rino de Cultura Francisco De Lagos antes de entregar a car­ta de demissão assinada. On­tem, o maestro reiterou esse desejo à reportagem, por tele­fone, de São Paulo. "A carta de demissão está comigo e en­quanto eu não entregá-la con­tinuo sendo o diretor artístico

da Sinfônica (a função de dire-tor artístico faz parte do cargo de regente titular)", afirmou. "A minha decisão de sair da or­questra está em suspenso até eu conseguir essa conversa".

Para Achilles, no entanto, a decisão talvez não tenha volta: "A partir do momento em que Tibiriçá me encaminhou o pe­dido de exoneração, fica difícil voltarmos a trabalhar com um

maestro que está insatisfeito. A orquestra não precisa men­digar. Há muitos maestros querendo ocupar o cargo". Até o fechamento desta edição, Achilles e Tibiriçá ainda não ti-

nham combinado o encontro. O objetivo de Tibiriçá com

a reunião seria esclarecer al­guns fatos que corroboraram para a decisão de deixar o car­go e que, dependendo da con­versa, poderia repensar a deci­são. "Eu agi em um momento de impulso", reconhece. O maestro diz não ter aceitado as alterações que o maestro Karl Martin fez nas datas e no programa de alguns concertos que tinham a confirmação da vinda de músicos e regentes convidados. "Martin se auto­programou para reger concer­tos em datas que estavam fe­chadas. Ele (Martin) ignorou tudo o que fiz".

Como exemplo, Tibiriçá ci­ta o terceiro concerto oficial de março (dias 24 e 25) de 2007, em homenagem ao cen­tenário de Camargo Guarnieri, que conta com a vinda do maestro Alessandro Sangior­gio e do solista Caio Pagano, de Lisboa. "Caio (Pagano) já ti­nha comprado a passagem de avião, pois saía mais barata se comprada com antecedência, quando Martin se autoprogra-

C(~RREK) POPULAH DATA:

mou para reger bem na mes­ma data".

Achilles explica que Karl Martin tinha programado re­ger seis concertos em Campi­nas antes de Tibiriçá fechar a programação com a Comissão Artística da Sinfônica - forma­da em outubro de 2005 e inte­grada pelo spalla (primeiro violinista) mais os representan­tes de cada naipe, totalizando oito músicos. "O resultado foi que Karl Martin, um maestro de nível internacional, ficou com apenas quatro concertos para reger".

Nas palavras de Achilles, a reação de Tibiriçá denota que a emoção sobrepujou a razão e que a vaidade superou a competência. Esse tipo de ati­tude, para ele, não condiz com a gestão democrática com que pretende conduzir a orquestra. "O próprio Tibiriçá assume que segue a escola do maestro Eleazar de Carvalho (mestre de Tibiriçá) e a filoso­fia de Eleazar era a do tipo 'eu mando vocês obedecem'. Não estou questionando a capaci­dade de ninguém, mas como músico e diretor administrati­vo luto para que a Sinfônica se­ja resultado de um trabalho co­letivo e não da vontade e vai­dade de um maestro", declara Achilles, que é músico concur­sado e tocou violino durante 20 anos na Sinfônica de Cam­pinas.

rr-~-­DAt4ÇA DA ' "'," BATUTA "~ [

,- -~'-.

los maestros que exerceram o

I cargo de regente titular da Orquestra Sinfônica Municipal de

I Campinas

1./ Benito Juarez I De 1975 a 2001

./ Aylton Escobar De 2001 a 2003

1./ Cláudio Cruz I De 2003 a 2005

1

./ Roberto Tibiriçá De setembro a dezembro de 2006

I * A Orquestra possui hoje um regente principal (o suíço Karl Martin) e um regente assistente

l (C~IOS Fiorinl)

CUi<.REiO POPULAR ,DATA

Xeque-Mate RICARDO ALÉCIO - Interino [email protected]

Épravaler Apesar dos desmentidos,

o engenheiro José Henrique Delamain Filho deve mesmo deixar a Coordenadoria Espe­cial das Administrações Re­

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ gionais e Subprefeituras de Campinas. Conforme reve­lou a coluna na semana pas­sada, seu substituto seria Ru­bens Guilherme, da AR-6 (São Bernardo). A troca, apontada apenas como um "remanejamento", deve ocor­rer nos próximos dias.

uma entrevista coletiva para II

apresentar as metas de 2007 e fazer um balanço dos dois anos de governo. Capelini en­frenta uma queda-de-braço com parte do Legislativo do município, depois que o ex­presidente da Câmara Ru­bens Barros Júnior (sem parti-I do) entrou na Justiça contra o pacote tributário aprovado pela Casa no final do ano pas­sado. A Justiça negou liminar que poderia suspender os efeitos do pacote, que criou taxas e aumentou impostos.

lRepasses : o governo do Estado de São Paulo repassou à Prefeitura de Campinas wn total de R$ 309,5 milhões de ICMS em todo o ano de 2006. O número é 17,6% maior que o repassado em 2005. Os dados já foram disponibilizados pela Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda. O repasse de IPVA ao município também cresceu 20,8% no ano passado, em relação a 2005 (R$ 107,8 milhões contra R$ 89,2 milhões). Os repasses são sempre wn bom termômetro da movimentação da economia brasileira.

Fila Metrô 1 Aliás, como a notícia da

mudança na AR-6 já vazou, o posto de coordenador está

=========:, sendo cobiçado por muita I gente, sobretudo de fora da I Prefeitura. Dizem que a "fila"

O governador José Serra (PSDB) foi surpreendido com o desabamento da obra do Metrô na Capital. O aci­dente, com vítimas, ainda po­de causar estragos ao gover­no estadual, neste início de gestão do tucano. O Ministé­rio Público deve iniciar em ' breve as investigações do ca- !

so. O mesmo também deve ocorrer na Assembléia Legis­lativa, com a possível abertu­ra de uma CPI - coisa rara de acontecer no Legislativo estadual.

Mais verba Sempre beneficiado por de repasses de recursos. ser sede de wn dos Só de ICMS a cidade maiores pólos obteve em 2006 R$ 448,5

• de candidatos à vaga - al­guns, inclusive, amigos de Hélio de Oliveira Santos (PD'D - já está grande.

petroquúnicos do País, o milhões, 45% mais que município de Paulfuia- Campinas. Em 2005, o Mais mudanças na Região Metropolitana Estado repassou R$ 424,9 Como já não é novidade, de Campinas (RMC) - milhões, segundo os as mudanças no governo Hé-

I

continua no topo do dados da Secretaria da lio não vão se restringir às ad-ranking de arrecadação e Fazenda. ministrações regionais. O "pa-

~ii~iiiiiiiiiiiiiiiiiiiii'-iii'-i'-ii-iiii-irii'i---- cote" de alterações no primei-------== ro escalão já estaria sendo Metrô2

"

Queremos consolidar, no

Congresso, um apoio às grandes causas nacionais. Nossa força é para que haja um acordo. ( ... ) Não nos cabe interferir. José Alencar, vice-pt.esidente da República, sobre a disputa pela presidência da Câmara dos Deputados.

elaborado pelo prefeito, in­cluindo o desmembramento da Secretaria de Cultura, Es­porte e Lazer.

Coletiva o prefeito de Artur No­

gueira, Marcelo Capelini (PT), concede amanhã, às 15h, na Casa dos Conselhos,

O ex-secretário estadual dos Transportes Metropolita­nos Jurandir Fernandes esca- i

pou por pouco de pegar o "abacaxi" do desabamento. É que a pasta - cujo titular agora é José Luiz Portella - é a responsável pelo Metrô em São Paulo.

Concurso público A Prefeitura de Indaiatuba adiou para o dia 5 de fevereiro o início das inscrições para o concurso público, que seriam abertas neste mês. Segundo a Administração, o motivo do adiamento é que a empresa contrat:tda para realizar a seleção ~ Ômega Consultoria e Planejamento, de Itu - oferecerá inscrições pela . internet, mas o programa a ser utilizado ainda não foi concluído. Os valores das inscrições variam de R$ 10,00 a R$ 50,00, dependendo do cargo e escolaridade exigida. Em Campinas, o último concurso público foi cancelado pela Justiça e os mais de 100 mil inscritos ainda não receberam o valor da inscrição de volta.

C eRREi() POPULAR

o futebol de Carnpinas e a civilidade

DATA:

o espírito desafiador é inato no ser humanu, ljue bu:-.­ca de todas as maneiras auferir seu podel e a:-.celldêll­cia sobre seus semelhantes, seja de forma real e CClD­

tundente, seja através da simbologia lúdica dos jugos que captam o atavismo da disputa e desenvulve regras onde o confronto pode ganhar ares de divelsão e elltre­teniInento.

Os esportes modernos nasceram dos treindllH:!utus para as guerras, que evoluíram para formas lllais nu­bres de medir capacidade, talento e habilídade para de­terminadas atividades. Desde a luta livre a mais pn­mitiva cOllÍonnação simulada da guerra à mais ~ufis­ticada modalidade, o esporte é apaixonaute, desvertall­do reações vrofundas em quem pratica e assiste, toro endo.

Espalhado por todos os continentes, o futebol é, ho­je, o verdadeiro esporte universal, mobilizando multi­dões em graus diferentes de interesse, mas que têm en­tre si o denominador comum de tomar partidu de LIma equipe que defende determinadas cores, analogia per­feita das bandeiras. Nos campos, mais do que um jogo entre 22 atletas, parece defInir-se o destino de na\~ões, a prevalência das comunidades, a capacidade de supe-

A iniciativa anunciada pelos presidentes de Ponte Preta e Guarani é um momento histórico para a cidade

ração de dificuldades. Tal forma de envolvimento

resvala no limite da intolerân­cia, quando os ânimos se acir­ldm. Perde o esporte e torci­das e jogadores mostram-se mais próximos do caráter beli­cista que o originou do que da diversão pura e simples. A saudável rivalidade deixa de ser divertida para virar caso de polícia, empanando os es­petáculos. Torcedores que vão aos estádios exercitar sua

ignorância expressa em violência deveriam ser a exce­ção e não a regra que infelizmente vem mutilando o fu­tebolllO Brasil.

Diallte das dificuldades explícitas que os clubes vêm enfrentando, d iniciativa anunciada pelos presidentes de Í"'ol1le !-Teta e Guarani, de desenvolverem uma inédi­ta l)a1Ceria para instrumentalizar a recuperação das equipes, se apresenta como uma alternativa que esta­belece um momento histórico. Propondo proximidade de interesses no levantamento de recursos, os presiden­tes Sergio Carnielli e Leonel Martins de Oliveira abrem as ponas da tolerância e pavimentam civilidade na Ave­nida Ayrton .')enna, que separa os estádios no bairro do Proença.

Esse diálogo supera a tradicional rivalidade entre puntepretanOs e bugrinos, sinalizando que o caminho para os dois clubes saírem da dificuldade em que se en­corltIam é estabelecer objetivos comuns e desenvolver parcerias nos moldes que deram certo em outros clu­bes do Brasil e do Exterior.

Nau é tulerável que o ânimo de torcedores que fa­zenl do esporte o palco para desvendar seus recalques venha prejudicar esse projeto do sócio-torcedor. A riva­lidade é boa e saudável. f~ a alma do esporte e objetivo maior de tantas paixões. Mas que ela se restrinja ao gra­mado, ~)Ilde vale mais quem cuida da bola e cOllhece o caminho do gol.

C(~RREIC) poPt)!J\f{ I)ATA:

• ~OrrelO

Educação 1 Silvia de Jesus Maximino Vilella Estudante, Carnpinas

ftii~ N,j(, lusta ao indivíduo l.uilll\:cl'l a~ quatros opera­"Ot''> llldtcllHiticas, as regras gJ dlmlti,'as l: onde fica o pico du l',veit:st Dbciplinas que pussilJl!Jtem (] aquisição de co­llhel'imellt()~ capazes de toni­fi(,dr liabilidades para capaci­tdl u individuo a enfTentar as diliCllldade~ do cotidiano, a li·, dd! U)]JI a~ emoções frente a "il! EH\:Õ(,~ 3d versas, e criar a n,mpleetl"àu da necessidade elli Si' cOllstruir relações hu· lll<!nas sulidàría~. fraternas, jl blas e igualitárias. Essa so­ciedade mais justa e igualitá­riel vira a partir da concepção dl' um novo plOjeto educacio­!led, aliado à cultura e ao es­pOl1e, capaz de construir, no iwlivíduo, perspectiva de vida lIldhor e, na sociedade, rela­c,ües interpessoais saudáveis.

Educação 2 Tércio Sthal estudante, Campinas

.ili1i :\,dl'" C u l<lida de cdu· l dj (lt' L"ll,illdl Ldlr.inhos iJ"ldi~, ,oCglÚ U"', tIL dlillhàl con·, d'ilU,), ;lludcluc-" f'Lúpüsíçúc::;, 111daí(J. d.o t. 1-",:adiguicL .. pú]"a

auxiliei! 11" dúbuidcãu de: :úc'" lhor ellLt.:lldimel!lo' do signifI­cado da vida, Estabelecer e impor regras pode não ser o melhor caminho para inte· grar o indivíduo na convivên­cia social; a educac,ao mOla!. a fOl!ll<ií,ãu él iL d l Li pdcifIca Ç:lí> cid', rda<;oe:, hliíl,CiliU,", i1d deu: ",-,I lI! efeito. ri. educa­çúo. [étl qual os valUles lno' fais, pude ter função de orien­tar ib pes~oas a fazerem esco' lhas que possibilitem a capa­citação de superar seus pró­prio,> iimites, de crescer, de buscar a excelência e o des­cortínio de projeto de vida com perspectivas, oportuni­dades e objetivos definidos. A educação pode transformar­se no meio capaz de desen '" volve; as habilidades de dis· U;]il]( soluções construtivas e aplicá-las para promo.cr o bel1l,estar social.

Flanelinhas Roberto Mian ComerClarite, Campinas

_ foi muito oportuna a re­portagem du Correio Popular do dia 11/1 a respeito dos fla­nelinhas, (.,,) Corno eu, mui­los amigos deixam de ir aos bares do Cambuí pelo fato da máfia dos flanelinhas estar abordando e pedindo quan­tias em dinheiro para se esta­ciollar na rua. sem seguro e se­gUI dli~éi, l)ualltas vezes tive llleu canu sem nenhum ser ao redor tomando conta ou até mesmo estacionado em lo­cais proibidos pelos manobris­tas. A lei é clara e precisamos tornar providências a esse res­peitu. Concordo que muitas faBulias dependem desse di­nheiro, mas com bom senso e honestidade, nós moradores e freqüentadores do Cambuí te­remos paz, lazer e segurança.

Plano Diretor Márcio Barbado Secret:íno de PlilneJ3rnento, CarnpllVls

_ Como fez mais uma vez I

na üllima quinta-feira, dia 11, i

no Curreio do Leitor, a nobre vereadora Marcela Moreira gosta de marcar sua presença na mídia, Porém, não posso concordar com inverdades. O Plano Diretor contou com am­pla participação dos muníci­pes, tendu sugestões debati­da" e aculhidas, tanto que me­receu 1II0C;ão proferida pelo Ministério das Cidades como modelo de participa~~ão demo­crática. Aproveito também pa­ra lembrar a nobre vereadora que a promulgação do Plano Diretor nào encerra os deba­tes: a lei forneceu ordenamen­to ao município de forma ma­cro, apontando soluções que agora serão detalhadas em processo de planejamento contínuo. Tenha certeza a no­bre vereadora de que conti­nuaremos esse trabalho com ampla participação e, como vem sendo feito até aqui.

Gatos Daniela C. P. Rabay Relações públicas, Campinas

_ Espero que alguma provi­dência a favor dos gatos joga· dos no Bosque seja tomada. E que não seja apenas de facha­da, pois esses pobres gatos não podem ser penalizados pela atitude tão irracional e sem amor dos seres humanos, que têm o hábito de descartar coisas e pessoas com a maior facilidade, quando acham que não há mais nenhuma utilida­de ou vantagem. Agora, quem vai arcar com tudo isso? Os ga­tos vão ser recolhidos? Serào mesmo acolhidos para algu· ma solução coerente? Uma pe­na perceber que, a cada dia, as pessoas estão mais e mais insensíveis, praticando o mal a seres tão indefesos, abando­jlando-os à própria sorte, Uma pena descartar seres que amam, sem nada pedir em tru­ca. Talvez, por isso mesmo, os animais tenham sido alvos de tantas ciUeldades,

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cidade reclama

Vizinhos pedem limpeza em terreno no bairro Cambuí Assim como a autônoma Joa­na Cristina Monteiro, a maio­ria dos vizinhos de uma área particular da Rua Santa Cruz, ao lado do nº 315, no Cambuí, em Campinas, está prestes a organizar uma reivindicação contra o abandono deixado

I pelo proprietário da área. Co­mo se não bastasse o mato, que, segundo a reclamante. "parece uma floresta", as rata­zanas, aranhas, baratas e ou­tros animais também fazem parte do abandono.

Na avaliação dos vizinhos da área, o abandono está com­prometendo tanto a seguran-

ça dos moradores. quanto a dos pedestres que circulam pelo local. "Muitas pessoas costumam passar por aqui a pé e acabam dando de cara com o matagal, que pode ser usado por ladrões e aproveita­dores", disse Cristina.

11111 A Prefeitura informou que a responsabilidüde de ma­nutenção do terreno é do pro­prietário. A Coordenadoria de Fiscalização de Terrenos (Co­fit) fará um levantamento pa­ra identificá-lo e notificá-lo a regularizar a situação, caso contrário será multado.

Área particular na Rua Santa Cruz, ao lado do n" 315: sujeira

C (JRREiO POPULAR

ESTRADAS 111 RISCO NO ASFALTO

DATA:

(;JD.i

Atropelamentos somam 4()O!o das mortes

Entre as 207 pessoas que morreram em 2006 em cinco rodovias que cortam a

região de Campinas, 83 foram atropeladas

li' SammyaAraújo

DAAGtNCIAANHANGUERA

sammya@rac,com.br

Confirmando tendência de anos anteriores, em 2006, admi­nistradores de rodovias que pas­sam pela região de Campinas fe­charam seus balanços de aci­dentalidade com estatísticas preocupantes de mortes por atropelamento. Das 207 vítimas fatais no Sistema Anhangüera­Bandeirantes (SP-330 e SP-348), nas rodovias Adhemar de Bar­ros (SP-340), Santos Dumont (SP-075) e D. Pedro I (SP-065), 83 delas, o equivalente a 40%,

Estatística segue a tendência já apontada no último balanço

foram pedestres ou ciclistas atingidos por veículos enquan­to atravessam as pistas. A im­prudência foi novamente apon­tada como a principal causa.

Na Santos Dumont, que atra­vessa áreas densamente povoa­das em Campinas, o índice foi o maior: 14 entre 25 vítimas fa­tais, ou 56%, foram atropela­das, segundo a concessionária Rodovias das Colinas. Na D. Pe­dro I, de acordo com a estatal Desenvolvimento Rodoviário SA. (Dersa), a proporção foi de 45%, 16 entre 35 mortos. Nas ro­dovias Anhangüera e Bandei­rantes, informa a AutoBAn, os atropelamentos provocaram a morte de 45 pessoas, 36% de um total de 123. Já na Adhemar de Barros, diz a Renovias, 33%, oito entre 24 mortos, foram atingidos por veículos.

A maioria das mortes, garan­tem as concessionárias, é gera­da pela negligência das vítimas, que se arriscam nas pistas mes­mo quando há passarelas ou passagens inferiores próximas. Esse é o caso do Sistema Anhangüera-Bandeirantes, on­de 35% das 45 mortes por atro-

~--- - -.' -- •• __ o - _____ _

135 I PASSARELAS I f Número total nas rodovias

I Anhangüera, Bandeirantes, Santos Dumont e Adhemar de Barros

pelamentos ocorreram a no má­ximo 200 metros de passarelas ou viadutos, segundo o gestor de Interação com o Cliente da AutoBAn, Fausto Cabral.

E pelos casos ocorridos já no primeiro mês deste ano, a situa­ção não mostra sinais de rever­são. "No domingo passado, na altura do Km 114 da Anhangüe­ra, em Sumaré, um homem des­ceu do ônibus na frente da pas­sarela, mas atravessou corren­do para pegar seu boné e mor­reu atropelado", exemplificou Cabral. Na segunda-feira hou­ve outra morte, no Km 92 da Bandeirantes. "Nesse ponto não há passarela, mas uma pas­sagem inferior que permite a travessia com segurança. E há passarelas nos Kms 91 e 94", afirma o gestor.

Na Santos Dumont, apesar de II passarelas em 40 quilô­metros e dos viadutos que, se­gundo a Colinas, oferecem pon­tos de travessias a cada 600 me­tros, foi "computada a maior es­tatística de mortes por atropela­mentos em 2006. O motivo se­ria social: o adensamento popu­lacional em bairros à margem. Apenas em quatro quilôme­tros, entre o Jardim Monte Cris­to, Jardim São José e Parque Oziel, vivem 60 mil pessoas, parte delas contribuindo para as 15 a 20 mil travessias diárias.

Na SP-340, a responsabilida­de pela maior parte das mortes também é creditada aos pedes­tres, apesar de a rodovia pos­suir poucas passarelas, em Mo­gi Guaçu e na altura da Cidade Judiciária, e um túnel próximo ao Condomínio Alphaville, em Campinas. Segundo a gerência de Comunicação da concessio­nária, em Campinas, um plano de alteração de itinerários do transporte público urbano para vias marginais - elaborado pe­la Empresa Municipal de De­senvolvimento de Campinas SA. (Emdec) - gerou redução nas travessias na estrada (o nú­mero ou a porcentagem não fo­ranl informados). Ainda assim, na segunda-feira, uma pessoa morreu atropelada na altura do Km 117, próximo ao Alphaville.

Quanto à falta de passarelas, especificamente em Campinas, uma demanda permanente de moradores de bairros lindeiros à Adhemar de Barros, a Reno­vias argumenta que os critérios para a construção são pontos criticos de acidentes ou deman­da de travessia de 80 a 100 pes­soas por hora, que não seriam atingidos.

C·(;RREI() pOPUr~AR DATA:

Travessia na pista: semana começou com duas vítimas

da desviar do pedestre. O segundo atropelamento

aconteceu às 23h50 no Km 117 da Campinas-Mogi, perto do condomínio Alphaville. Um ho­mem não-identificado foi atro­pelado por um ônibus quando tentava atravessar do canteiro central para o acostamento.

Homens morreram atropelados na noite de segunda-feira em dois pontos diferentes

Duas pessoas morreram atrope­ladas em rodovias na noite de segunda-feira em Campinas. Os acidentes foram na Rodovia Adhemar Pereira de Barros, a Campinas-Mogi Mirim, e na Ro­dovia dos Bandeirantes. Uma das vítimas não foi identificada.

O primeiro acidente aconte­ceu às 20h no Km 92,6 da Ban­deirantes. Hélio Barbosa dos Santos, de 42 anos, foi atingido

pelo Passat V6, ano 1998/99, branco, dirigido por Fernando Nascimento Saragioto, de 32 anos, segundo informou a polí­cia. Conforme consta no bole­tim de ocorrência (BO) registra­do na delegacia do 5Q Distrito Policial (DP) de Campinas, no Jardim Amazonas, Santos ten­tou atravessar entre outros car­ros e foi atingido. O motorista alegou à polícia que tentou ain-

O ônibus era dirigido por Jo­sé Irineu Cardoso Neto, de 34 anos, segundo a polícia, e trafe­gava sentido Jaguariúna-Campi­nas. O pedestre morreu no lo­cal. Ele foi descrito como um ho­mem negro, de 1,70 metro de al­tura, magro e que vestia calça e blusa de moleton, camisa xa­drez e calçava botas. O corpo foi encaminhado para o Institu­to Médico Legal (IML). (Bargas Filho/AAN)

Pedestres e ciclistas são alvos de campanhas Concessionárias que apontam a impmdência como a maior causa de atropelamentos fatais apostam nas ações de cons­cientização para reverter a ten­dência. As mais recentes fo­ram iniciativas da Colinas e da AutoBAn. A primeira possui atualmente duas campanhas do gênero, a Pedale pela Vida, que por meio de folhetos e ca­dastramento de ciclistas visa incentivar os usuários de bici­cletas a também usarem as passarelas, e a Arte no Ponto, que envolve alunos das esco­las localizadas próximas à ma­lha, com grafitagem educativa nos pontos de ônibus. Os lo­cais de ambas as iniciativas fo­ram selecionados pela conces­sionária a partir de estudos so­bre a maior incidência de atro­pelamentos e travessias insegu­ras.

Já a AutoHAn realizou, no fi­nal de 2006, a campanha edu­cativa Pedestre, se liga na Pas­sarela. Com a participação lú­dica de artistas circenses, um mímico e um animador, a me­ta foi explicar aos pedestres co­mo ter uma travessia sem ris­cos. Folhetos educativos, com instmções sobre sinalização nas rodovias, e a distribuição de balas, sucos e lanches fo­ram os instmmentos adotados em vários pontos.

O mesmo conceito é traba­lhado na campanha Café na Passarela, idealizada pela Agên­cia Reguladora de Serviços Pú­blicos Delegados de Transpor­te do Estado de São Paulo (Ar­tesp). A cada edição, pedestres são convidados a participar de um café da manhã no alto das passarelas, onde recebem di­cas de segurança.

Junto aos motoristas, a ftm­ção das ações da AutoBAn é in­cutir o respeito às normas de trânsito, mas também o bom senso, por meio de mensagens nos painéis eletrônicos reco­mendando que os condutores fiquem alertas para os pedes­tres que andam pelos acosta­mentos para poder agir no ca­so de travessias de risco. (SAI AAN)

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TERRA DE NINGUÉM 111 LEGISLAÇÃO

.J;J 3 I DATA .

Prefeitura do Guarujá re ariza flanelinhas Projeto Guardador Solidário já cadastrou e capacitou mais de 60 trabalhadores

1I

FábioGallacci DAAGtNCIAANHANGUERA

gallacci@rac,com.br

Disposta a mostrar que uma simples ação de repressão con­tra os flanelinhas não vai resol­ver o problema em definitivo, a Prefeitura do Guarujá, no li­toral paulista, resolveu criar um caminho alternativo para transformar essas pessoas, an­tes o terror dos moradores lo­cais e turistas, em um novo car­tão de visitas para a cidade. Lançado no final do ano passa­do, o projeto Guardador Solidá­rio já cadastrou mais de 60 fla­nelinhas e oferece a eles cursos - ministrados por policiais mi­litares, guardas de trânsito e funcionários da Secretária de Assistência Social -, que vão desde orientações sobre segu­rança no trânsito até as melho­res formas de lidar com o públi­co. Além disso, todos eles fo-

Proposta também é reinserir as pessoas no emprego formal ram cadastrados e são obriga­dos a trabalhar com um crachá com foto e nome completo. Ca­so sejam flagrados sem o cra­chá, os flanelinhas podem ser detidos pela Polícia Militar por desobediência.

A Prefeitura de Campinas, por sua vez, não possui ne­nhum programa social relacio­nado a este assunto, mesmo com a população estando à mercê de uma máfia nas ruas de bairros como o Cambuí, por exemplo. Procurado desde o início da semana pela repor­tagem da Agência Anhangüera de Notícias (AAN), o secretário municipal de Cidadania, Tra­balho, Assistência e Inclusão Social, Waldir Quadros, não foi localizado, nem mesmo pe­la sua assessoria, para dar a sua opinião sobre a questão.

Medidas como as adotadas no Guarujá, segundo o seu próprio prefeito, Farid Madi (PDT) , servem para discipli­nar a função dos guardadores de automóveis pelas ruas e

impedir que abusos aconte­çam. Assim como em Campi­nas, os flanelinhas da Baixada Santista também costuma­vam cobrar "caixinhas" anteci­padas dos motoristas que ten­tavam estacionar em locais públicos. Lá, não havia um preço estipulado. Aqui, a "ta­xa" vai de R$ 5,00 a R$ 10,00.

Uma presença mais próxi­ma do poder público tem redu­zido a ocorrência de proble-

~ <~/~;~~ .~._S! .. ~\ 'if&,'Jf!i.

• r ..

'~Nosso objetivo - - I

e separar os tra ba I hadores dos malandros."

FARID MAOI (POn

Prefeito do Guarujá

mas no Litoral. A chefe de Divi­são de Medidas Preventivas e Educativas do Guarujá, Regina Rodrigues da Costa, afirma que o cadastramento dos fla­nelinhas foi realizado em no­vembro pela PM e integrantes da Secretaria Municipal de Pla­nejamento e Gestão Financei­ra. A idéia surgiu baseada na iniciativa de uma outra cidade litorânea, que também recebe muitos visitantes nesta época do ano: Caraguatatuba. "Anali­samos e chegamos à conclu­são de que, adotando este tipo de ação, traríamos mais segu­rança à população e aos turis­tas", relata Regina, no site da Prefeitura.

A captação dos flanelinhas para participarem dos cursos foi mais forte na região central do Guarujá, principalmente nas praias de Pitangueiras e Enseada, onde o movimento de pessoas é maior. "Este é um problema grave, todo mun­do tem medo dos flanelinhas",

diz o prefeito, apontando que o importante é fazê-los servir a população e não explorá-la.

Trabalho Quem pensa que oferecer cur­sos aos tlanelinhas é urna for­ma de mantê-los nas ruas se engana. Um objetivo mais am­plo do Guardador Solidário é recolocar todas essas pessoas de volta no mercado formal de trabalho. Um levantamento so­cial é feito para saber a situa­ção do guardador. Paralela­mente, é iniciado algo seme­lhante dentro da sua família. Assistentes sociais vão às ca­sas dos flanelinhas para desco­brir corno são suas vidas e que tipo de dificuldades eles têm. A idéia é tentar buscar fonnas práticas e rápidas de uma rein­serção em um trabalho for­maL "Muitos deles têm estudo e profissão certa. A falta de em­pregos é que os coloca nessa si­tuação. Nossa meta é reverter esse quadro", explica Madi.

DATA:

Emdec quer disciplinar valet park Reunião com donos de bares e restaurantes do Cambuí ocorre hoje na Prefeitura

Está agendada para hoje à tar­de, no Paço Municipal, uma reunião entre a direção da Em­presa Municipal de Desenvol­vimento de Campinas S.A. (Emdec) e donos de bares e restaurantes do Cambuí. O ob­jetivo do encontro é discutir propostas para disciplinar os valet park, os estacionamentos com manobristas. O principal problema, apontado pela pró­pria Emdec, é que muitos nm­cionários estacionam os car­ros dos clientes em locais proi­bidos, em cima de calçadas ou até em filas duplas. Além de pagar pelo serviço e nem ima­ginar onde seu automóvel foi parar, o motorista ainda corre

lIll sério risco de ser multado. O que muita gente precisa

saber é que, no dia 25 de feve­reiro do ano passado, foi publi­cada no Diário Oficial (DO)do Município a lei nº 12.488, de autoria do vereador Artur Orsi (PSDBL que dispõe sobre o funcionamento das empresas de prestação de serviços de manobristas e guarda de veícu­los denominadas valet no mu­nicípio de Campinas.

Entre outros pontos, a lei municipal determina que as empresas de valet que quise­rem autorização para funcio­nar na cidade têm que possuir um local adequado e seguro para o estacionamento dos veí-

culos, além de ter seguro para cobertura de incêndio, furto, roubo. abalroamentos, perda total e colisão do veículo.

Além disso, em seu Artigo 3º, a lei deixa claro que, duran­te a prestação dos serviços de valet, é expressamente veda­do o uso de via pública para o estacionamento dos veículos ou a colocação de qualquer material destinado a reservar vagas ou limitar o tráfego de veículos tais como cones, ca­valetes, caixotes, correntes ou suportes. O Artigo 4º aponta que os restaurantes, bares, danceterias, boates, teatros. centros comerciais ou congê­neres que contratem, ainda

que verhalmente, os serviços prestados pelas empresas de valet são solidariamente res­ponsáveis por quaisquer da­nos decorrentes dos serviços causados aos veículos, aos clientes e a terceiros.

Esta responsabilidade in­clui ainda o pagamento de eventuais multas que sejam aplicadas ao veículo em decor­rência da prestação do serviço. A empresa prestadora do valet deverá fornecer ao cliente, no prazo de três dias, a contar da solicitação, uma declaração com o nome do funcionário que estava dirigindo o veículo no dia ela infÍ'élção que origi­nou a multa. (FG/AAN)

CCRREiO POPUr~AR

TRÂNSITO III TRANSTORNO

DATA: . \

Erosão leva a bloqueio de parte da John Boyd Uma faixa do sentido Centro-bairro da avenida foi interditada próximo à PUC

)1 SammyaAraújo

II DAAGtNCIAANHANGUERA

[email protected]

Pela terceira vez em cerca de ~m mês, 'p~oblemas em gale­nas plUVIaIs OU de abasteci­mento de água causam trans­tornos de grande porte ao trân­sito de Campinas. Desta vez, uma erosão com risco de anm­damento do asfalto obrigou ontem a interdição de uma fai­xa da Avenida John Boyd Dun­lop, por um trecho de 500 me­tros no sentido Centro-bairro, na altura do Jardim Ipaussura­ma, próximo ao Campus 2 da Pontifícia Universidade Catoli­ca de Campinas (PUC-Campi­nas). A queda de um barranco ao lado da pista, segundo a Se­cretaria de Infra-Estrutura, de­ve-se provavelmente ao entu­pimento de tubulações que ca­nalizam um córrego por baixo da avenida, o que teria gerado infiltrações no solo.

Interdição total do trecho dependerá da avaliação de hoje

Dependendo de uma nova avaliação ~ ser realizada hoje, todas as faIXas no sentido Cen­tro-bairro nesse trecho da ave­nida poderão ser interditadas por tempo indeterminado.

. Além da John Boyd, o rom­pImento de galerias ou tubula­ções já provocou interdições nas avenidas Barão de Itapura e Andrade Neves, em dezem­bro, e Rua Barão de Jaguara, na semana passada.

Agora, o transtorno ameaça afetar a vida de motoristas e usuários de ônibus do maior corredor de transporte públi­co (pelo menos 92 veículos por hora) e via mais extensa da cidade, com 11,5 quilôme­tros.

Segundo o secretário de Transportes, Gerson Luis Bit­tencourt, ontem mesmo já foi e~aborado um plano emergen­CIal de rotas alternativas para o trânsito no local (veja no quadro). Ele pede que os cam­pineiros evitem a todo custo passar pela via, e afirma que, na hipótese de fechamento to­tal da John Boyd na altura do Ipaussurama, a Empresa Mu­nicipal de Desenvolvimento de Campinas S. A. (Emdec) es­tuda intervenções viárias maio­res para reduzir o prejuízo pa­ra o fluxo.

Nesse caso, a área interdita­da seria ampliada para 700 me­tros. "Dependendo da dura-

ção das obras de reparos, po­deremos sugerir também duas 'agulhas' (aberturas) no cantei­ro central, uma antes desse pe­daço, para desviar o trânsito para a pista contrária, e uma depois, para retomo à faixa Centro-bairro", explicou.

O secretário afirma que, pro­longado o tempo de interdi­ção, serão necessários traba­lhos de melhorias no pavimen­to de ruas usadas como des­vios, cujas condições atuais não atendem à circulação de

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130 mil 1 VEíCULOS

Trafegam por dia em ambos os sentidos da Avenida John Boyd Dunlop

ônibus. Mas Bittencourt diz que,

para dar vazão ao grande vo­lume de veículos que circu­lam pela John Boyd nos ho­rários de pico, seria necessá­rio também trabalhar com "faixas reversíveis". Nesse ca­so, a Emdec priorizaria o flu­xo de cada sentido, abrindo ora todas as faixas para quem segue na pista Centro­bairro, ora para quem vai na direção contrária. Outra me­dida avaliada, se o fecha­mento total for confirmado, é a proibição de ônibus freta­dos, diminuindo o tráfego pesado. Por enquanto, não estão previstas mudanças nos itinerários ou pontos do transporte coletivo.

Obras Segundo a Secretaria de In­fra-~s~tura, uma avaliação prehmmar aponta uma infil­tração como causa provável para o deslizamento de ter­ra às margens da John Boyd Dunlop. No trecho mais crí­tico, a reportagem consta­tou que restam somente cer­ca de três metros entre a via e a erosão. A redução da va­zão das aduelas, que canali­zam o córrego e as águas das chuvas, por causa do acúmulo de detritos, é a cau­sa provável. As obras de re­paros devem durar no míni­mo uma semana, dependen­do das chuvas, mas o prazo fi~al será informado hoje, dIZ a Secretaria.

DATA:

,f SENTIDO BAIRRO-CENTRO

Para quem vai para o Campus 2 da PUC-Campinas: - Rua Silvio Bachetti (primeira entrada à direita após a ponte da Rodovia dos Bandeirantes);

, - Av. MárcIo Egídio de Souza Aranha; - R. Júlio Tim; - Av. Presidente Juscelino; - Av. Brasília, retornando à John Boyd.

Para quem vai para o Centro - Rua Silvio Bachetti (primeira entrada à direita após a ponte da Rodovia dos Bandeirantes); - Av. Márcio Egídio de Souza Aranha; - R. Júlio Tim;

Fonte: Emdec

cJl é06 • II t'. i \. \ . \

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Opçãesde. rotas alternativas

- Av. Presidente Juscelino; - Av. Mirandópolis; - Av. das Amoreiras; - Av. Pref. Faria Lima; - Av. João Jorge

Para acessar a Av. das Amoreiras: - Av. Dep. Luis Eduardo Magalhães; - Av. Ruy Rodrigues; - Av. das Amoreiras

,f SENTIDO CENTRO-BAIRRO - Av. das Amoreiras; - Av. Ruy Rodrigues; - Av. Dep. Luis Eduardo Magalhães.

Não há previsão de mudança nos itinerários do transporte coletivo municipal.

C ,.:'/<RFi() POPl)I~AR DATA: -OBRA 111 SANASA

Rede de água é trocada em bairro Cerca de 16 mil metros de tubulações estão sendo substituídos no Pq. Industrial

II

FábioGallacci DAAGtNCIAAN HANGUERA

[email protected]

Trinta funcionários da Socieda­de de Abastecimento de Água e Saneamento SA (Sanasa) tra­balham há uma semana na tro­ca de 16 mil metros de rede subterrânea de água no Parque Industrial, em Campinas. Do total projetado para a renova­ção do sistema, nove mil me­tros já foram instalados com a utilização do chamado "méto­do não-destrutivo", que dimi­nui o número de buracos aber­tos nas vias públicas, gerando menos impacto à comunidade. Toda a tubulação antiga, de ci­mento-amianto e ferro fundi­do, está sendo substituída por uma nova rede de polietileno de alta densidade (PEAD) , um termoplástico que oferece mais durabilidade, rigidez e re­sistência. O trabalho, orçado em R$ 4 milhões, tem prazo pa­ra terminar em julho.

De acordo com o engenhei­ro Geraldo Montanhez, coorde­nador da Área de Remaneja­mento de Rede da Sanasa, que acompanha de perto toda a obra no Parque Industrial, cer­ca de 13 mil moradores estão

sendo beneficiados com a ope­ração. Várias casas da região também estão recebendo, gra­tuitamente, novas cabcas de lei­tura de água e hidrômetros. O objetivo é que todos tenham os modelos padrão a partir de agora. "Se necessário, vamos trabalhar até aos sábados", dis­se Montanhez, lembrando que o atual período de chuvas com­plica um pouco o cronograma de trabalho.

Ainda segundo o engenhei­ro da Sanasa, existe a possibili­dade de a operação no Parque Industrial ser expandida para

algumas ruas da Vila Industrial no final do primeiro semestre. Mas isto ainda é apenas uma possibilidade, sem qualquer confirmação oficial.

No Parque Industrial, os mo­radores ouvidos pela Agência Anhangüera de Notícias (AAN) aprovaram a iniciativa. "A tubu­lação daqui vivia dando proble­mas e a gente sempre acabava ficando sem água" , disse o apo­sentado José dos Santos Souza, de 72 anos. "Para mim, não há problema algum em conviver com essa obra agora. Em bre­ve, a água que chegará até nós

terá uma qualidade bem me­lhor", completou Ângelo Ri­baben, de 70 anos.

Vazamentos Em agosto do ano passado, a direção da Sanasa anun­ciou que cerca de 1,2 mil qui­lômetros de rede de água, que correspondem a 35,2% da rede instalada em Campi­nas, seriam substituídos por PEAD. A tubulação antiga ge­ra constantes rompimentos e vazamentos. Para fazer a troca do total de 1,2 mil qui­lômetros de rede, são neces­sários investimentos de R$ 60 milhões.

Na ocasião, a Sanas a anunciou investimentos de R$ 12 milhões em três proje­tos de troca: a região dos hos­pitais (que abrange o Centro e bairros próximos), a Vila Castelo Branco e o Parque In­dustrial. Parte desses recur­sos - cerca de R$ 2,5 mi­lhões - vem do Fundo Esta­dual de Recursos Hídricos (Fehidro). A substituição da rede, segundo a Sanas a, vai reduzir as perdas de água em cerca de 10%. (Colabo­rou Maria Teresa Costal AAN)

(eRREi() POPULAR

MEIO AMBIENTE 111 RISCO

': DATA.

análise da água Consultor do Ministério da Saúde vê indícios de contaminação no córrego do bairro

Cascata; 24 bovinos morreram no local

" Gilson Rei

;: D,L\AGlrKII~':~~HA\!GLJE-RM ;1 [email protected]

A causa da morte de 24 bovi­nos e centenas de peixes em dois sítios do bairro Cascata, ao lado do Córrego Rosa Amé­lia, em PauIínia, na Região Me­tropolitana de Campinas (RMCJ, deve ser esclarecida hoje por técnicos da Compa­nhia de Tecnologia de Sanea­mento Ambiental (Cetesb) com a apresentação dos pri­meiros diagnósticos sobre o grau de contaminação do ma­nancial e da galeria de águas pluviais. O despejo clandesti­no de resíduos industriais e materiais retirados de fossas é apontado como o principal causador da morte dos ani­mais. Esta foi a análise prelimi­nar feita ontem pelo engenhei­ro e consultor ambiental Élio Lopes dos Santos, que presta cOllsultoria à Secretaria de Meio Ambiente de PauIínia, ao J\linistélio PlÍblico e ao Mi­nistério da SalÍde.

Principal suspeita é de despejo de resíduos industriais

Santos é um especialista respeitado nesta área há mais de 40 anos e professor de En­genharia Química na Universi­dade Santa Cecília (UniSanta), do município de Santos. O consultor disse que aguarda o resultado dos laudos sobre a contaminação da água e dos animais para ter um parâme­tro mais exato do que realizar nos próximos dias, mas que há indícios maiores de ser um descarte de produtos tóxicos. "Tudo leva a c,rer que foi des-

pejo, pois toClos os ammais morreram llO mesnlO momen­to e muito próximos do córre­go··. disse.

"Outro indício foi a morte dos peixes na mesma região e na mesma época. Eu não acre­dito em coincidência", avaliou Santos. Vestígios de produtos tóxicos em áreas próximas fo­ram localizados pelo consul­tor e isto também indica des­pejo dos produtos na galeria de águas pluviais que deságua no córrego que era utilizado

pelos animais mortos. Quanto à contaminação do

Fontanário de Paulínia e dos córregos Rosa Amélia e Fun­chal, o consultor foi mais cau­teloso. "A interdição nestes lo­cais foi preventiva e isto não indica que a água esteja conta­minada. Foi um procedimen­to de rotina. comum nestes ca­sos". afirmou. "A contamina­ção no Rio Atibaia é pouco provável também", disse.

Santos fez questão de sa­lientar que é necessário ter os resultados das análises para estabelecer os novos procedi­mentos e medidas de defesa ao meio ambiente a serem adotados. A possibilidade de despejo de resíduos indus­triais do pólo petroquímico é a tese defendida também pe­lo ambientalista e presidente

da Associação Paulinense de Proteção Ambiental, Henri­que Padovani, autor da de­nlÍncia aos órgãos competen­tes sobre a contaminação no local.

Padovani mostrou ontem dois bueiros com vestígios de produtos químicos. na esqui­na das avenidas Guaraná e Ma­dri, no bairro Cascata. "Estão com uma pasta de cor amare­lada gmdada no fundo e tudo indica que é produto despeja­do clandestinamente", afir­mou. "Estes bueiros levam a água da chuva para o córrego Rosa Amélia, onde morreram os animais", afirmou.

Outro ponto com descarte de produtos químicos foi en­contrado nas proximidades. na parte de terra da Avenida Guaraná, depois do ginásio de

esportes do bairro João Ara­nha. O despejo era de um ma­terial composto por chumbo (cor preta) e de enxofre (cor amarela) ao lado do córrego do Jacaré, o principal afluente do Rio Jaguari no município. "O Rio Jaguari é responsável pelo abastecimento de água de Paulínia e outros municí­pios. Este descarte pode com­prometer o fornecimento de água para a população e o au­tor deste crime pode ter mata­do os bovinos com o mesmo produto", denunciou.

Medo A população está assustada com a morte dos bovinos e dos peixes, além das interdi­ções na região. Um dos mora­dores. Ezequias Pinázio, de 20 anos, trabalha em uma horta

C (;RREiO P'OPlJ I,AR DATA'

da região, onde foram encon­trados peixes mortos. Ele disse que os açudes de peixes ser­viam para irrigação da horta e que os técnicos proibiram o uso dâ água dos açudes por uma semana, tanto para o con­sumo como para a horta. "Mais de 40 pessoas vivem neste sítio e dependem da água para tudo. Antes do avi­so, uma vizinha dava banho em sua filha de 1 ano com a água e isto preocupa", afir­mou. Até ontem, não havia re­gistros de problemas de saúde entre a população da região.

Três animais foram incine­rados no final da tarde de se­gunda-feira e os 21 restantes foram para o Aterro Sanitário Estre, um dos dois locais auto­rizados para receber animais mortos em Paulínia.

Veterinário descarta bactéria antraz

AcontaminaçãO por antraz dos bovinos do bairro Cascata foi

descartada ontem pelo veterinário Armando Salvador, do Escritório de Defesa Agropecuária de Campinas. O especialista fez uma análise em quatro animais que foram encontrados mortos

i domingo passado e I constatou em seu " diagnóstico presuntivo que há indícios de morte pela bactéria carbúnculo sintomático. "É diferente da bactéria antraz, que é um carbúnculo hemático, uma bactéria do mesmo gênero desta outra bactéria", explicou. "Além disso, não há registros de antraz no Brasil", esclareceu. O carbúnculo sintomático ocorre quando não há vacinação no gado. "O clima quente, com altas temperaturas associadas à umidade, é propício para o desenvolvimento desta bactéria", afirmou Salvador. O veterinário disse que os animais podem também ter ingerido

, produto tóxico ou veneno, lançados no córrego ou nas águas pluviais que deságuam no local. "A contaminação por bactéria e resíduos tóxicos podem também ter ocorrido", avaliou. (GRlAAN)

o NÚMERO l 127 i , BOVINOS

Da região do bairro da Cascata estão em observação

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CONTAMINAÇÃO III BUSCA

Carrunujo inva{,lelagoa

doValença2 Três adolescentes com diagnóstico confirmado de esquistossomose nadaram

no local em setembro do ano passado

Delma Medeiros

[email protected]

Os três adolescentes que tive­ram diagnóstico confirmado de esquistossomose na sema­na passada, contraíram a doen­ça numa lagoa do Parque Va­lença 2, na regiüo Noroeste de Campinas. Além deles, outros 12 casos suspeitos serão inves­tigados pela Coordenadoria de Vigilüncia em Saúde (Covisa). Süó garotos que foram expos­tos á contaminação por terem nadado no local na mesma oportunidade. "Identificamos que 15 adolescentes tomaram

Outros 12 casos são investigados pela Convisa banho naquela lagoa, na oca­sião. Vamos agora localizar ca­da um deles para investigar no­vos casos suspeitos da doen­ça", informa o médico sanita­rista da Covisa, André Ribas de Freitas. Segundo ele, a Covisa vai realizar inquélito epidemio­lógico na região, com busca ativa também em outros cen­tros de saúde para identificar outros possíveis casos.

A Covisa também solicitou à Superintendência de Contro­le de Endemias (Sucen) inter­venção na área. O órgão esta­tal vai verificar a situação e co­lher material para análise e di­recionamento de ações de con­trole. A medida mais eficaz, se­gundo Freitas, é a retirada da vegetaçüo do entorno da lagoa para reduzir a oferta de ali­mento ao caramujo que serve de hospedeiro da larva.

Os garotos se infectaram em setembro e apresentaram os sintomas no final de novem­bro. Dois deles chegaram a ser internados com quadro de fe­bre, dor no corpo e diarréia e o terceiro nüo precisou de in­ternação médica. O sanitarista explica que, em média, demo­ra de um a dois meses para o parasita se tornar adulto, en­contrar uma fêlllea, cruzar e começar a colocar ovoo.;. l~ Ill'S­

sa fase que a doença se mani­festa, de forma crônica (9()'!(, dos casos). ou aguda, poden­do evoluir para quadro mais grave, com lesões hepáticas, como a conhecida barriga d'água, aumento do fígado, ou varizes no esôfago.

Nos últimos dez anos to­ram registrados na regiüo pelo menos 14 casos de instala<;ão da larva na medula vert(~bral. gerando um quadro de infla­mação que leva à paralisia, em geral dos membros inferiores. Pelo menos um caso de esquis­tossomose aguda registrado na cidade nesse período ('\'0-

luiu para óbito ~- uma criança que, por coincidência, se COll­

taminou na mesma lagoa do Parque Valença 2.

Freitas explica que a trans" missão da doença é mais fre­qüente nesta época em fUIlÇÜO

do número de crianças e aelo, lescentes que buscam !las la­goas alternativa de lazer. Em geral. as larvas penetral11lla pe­le ou mucosa através da água contaminada e se alojam nas veias do intestino e fígado. Nüo se trata de doença epidêmica como dengue, sarampo, e apre­senta sintomas inespecíficos. A esquistossomose é subnotifica­da e a Covisa nao dispõe de da­dos estatísticos sobre a doença.

hei tas destaca que as pes­soas devem evitar nadar em la­goas da periferia, que são o ha­bitat natural preferido do cara­mujo de água doce, que busca lugares com pouca conenteza. "Mas se tiver nadado em lagoa, antes de apresentar sintomas, a pessoa deve procurar o cen­tro de saúde e pedir um exame. Se constatada antes da manifes­taçüo clínica, a esquisitossomo­se é bem fácil de tratar. Basta uma dose do medicamento", orienta o médico. Ele informa que a cidade tem muitas lagoas infectadas com o caramujo de água doce, em especial nas re­giões Sul, Sudoeste e Noroeste.

./ o que é Popularmente conhecida como ,. barriga d'água", é uma infecção causada pelo parasita Sclzistosoma IIWIlSO/li. com sintomas variáveis, que dependem da evolução do parasita no hospedeiro. O homem e o prinCipal reservatorlo. e os Ilospedelros Intermediários SdO os caramuJos.

./ Como se adquire Os ovos do parasita são eliminados pelas fezes do homem contaminado; na água, liberam larvas que se alojam no caramujo ellmlllando a larva adulta que permanece nas águas até infectar o

Fonte, MédlcosanltaflstaAndré Ribas Freitas.

Conheça a esquistossomose

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homem novamente pelo contato com a pele.

./ Incubação O período de incubação é de duas a quatro semanas. O homem pode liberar os ovos do parasita por mUitos anos. De cada larva origlllam-se cerca de 300 mil outras.

./ Sintomas Num primeiro momento, pode não apresentar sintomas ou surgir como dermatite de pele com coceira, vermelhidão, inchaço, evoluindo ou Ilão para quadro febril, dor de cabeça, dor abdominal e

Inapetência, acompanhados ou não de enjôos, vômitos e tosse seca. Após seis meses de infecção, o quadro pode evoluir para esqulstossomose crônica, com quadro variável de problemas como varizes de esôfago, fibrose, fígado e baço aumentados, anemia, desnutrição. vômitos com sangue. Apesar de raros, em alguns casos a larva pode se instalar na medula vertebral, causando paralisia.

./ Diagnóstico O diagnóstico é feito por quadro clínico e exame parasitológico de fezes ou sangue. Deve se fazer diagnóslrco diferencial com outras

doenças que acometem o aparelho digestivo.

./ Prevenção Evitar contato com água contaminada. Não nadar ou pescar em lagoas suspeitas de contaminação e não defecar nas proximidades das lagoas.

./ Controle Identificar e tratar os portadores, Intervenção no local de contaminação, com retirada da vegetação do entorno, e saneamento! ambiental nos focos de contaminação, além de educação em saúde.

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CC1<RFi() POPUI AR DATA:

BOSQUE

Gatos sob suspeita de raiva serão levados hoje ao CCZ

_ Começa hoje, logo pela manhã, a operação de captura e remoção dos gatos que vivem soltos no Bosque dos Jequitibás. Eles permanecerão 180 dias em observação num gatil adaptado especialmente para recebê-los no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). O isolamento decorre do risco de contaminação pelo vírus da raiva, já que

eles podem ter tido contato com um morcego encontrado morto no parque e com diagnóstico confirmado para raiva. De acordo com o médico veterinário do Bosque, Paulo Anselmo Nunes Felipe, a ação contará com apoio das duas protetoras independentes que há anos atuam nos cuidados aos felinos do local. (AAN)

CUBANOS

Medicina e legalidade ~---~--------- para outro.

JORGE CARLOS Daí a relevância da prova MACHADO CURI . _ '

I I de revahdaçao. E fundamental L- ___ ~J a comprovação de que o médi-

Em 11 de janeiro, o Correio Popular publicou artigo do dr. Luiz Alberto Barcellos sobre uma suposta intenção da Pre­feitura de Campinas de contra­tar médicos cubanos. O objeti­vo seria o de suprir a carência de profissionais de medicina nas Unidades Básicas de Saú­de.

É sempre importante aler­tar a população sobre os riscos da "importação" de médicos sem que passem pelo obrigató­rio processo de revalidação do diploma. São muitas as dife­renças curriculares de um país para outro. Além do mais, os problemas epidemiológicos va­riam bastante de uma nação para outra, de um continente

co está apto a responder às ne­cessidades do sistema de saú­de do Brasil. E isso vale para os médicos cubanos, para boli­vianos, para os americanos, eu­ropeus, enfim para todos. Até para os brasileiros que se for­mamfora.

Abrir um só precedente, a quem quer que seja, é extrema­mente perigoso, quase que um gesto criminoso. É iminen­te risco aos cidadãos, pois é bem razoável a possibilidade de colocar no atendimento à saúde alguém não qualificado.

Só para ter uma idéia de co­mo esse receio não é infunda­do, veja o que demonstram ín­dices da Universidade de São Paulo, uma das responsáveis pela revalidação de diplomas

dos estudantes formados em Medicina no exterior, do perío­do entre 1990 e 2001: 76% de­sistiram da revalidação, 6% fo­ram considerados inaptos e apenas 18% dos formados no Exterior foram considerados aptos a exercer a Medicina no País.

É válido lembrar ainda - e repetir com freqüência - que o País tem médicos de sobra. A Organização Mundial de Saúde preconiza que a relação ideal é de um profissional pa­ra cada 1.000 habitantes. Em Campinas, há um médico pa­ra cerca de trezentos cidadãos e nem por isso os problemas do setor foram resolvidos. O mesmo ocorre com outros grandes centros, como Ribei­rão Preto e a cidade de São Paulo.

O que falta ao Brasil é quali­dade. Mas infelizmente esta

parece não ser a visão daque­les que deveriam regular a área de ensino. Dos 159 cursos de Medicina criados no País desde 1808, cerca de 50 nasce­ram a partir de 2002. É um crescimento absurdo e injusti­ficável. Hoje lideramos o ran­king de faculdades de medici­na. Já ultrapassamos os Esta­dos Unidos e inclusive a Chi­na, que tem cerca de 1.5 bi­lhão de habitantes.

Quanto ao caso Campinas, registro que a Associação Pau­lista de Medicina e as entida­des médicas estão interagindo com a Prefeitura. Trabalha­mos com a confiança de que não ocorrerá ilegalidade e que médicos cubanos não serão contratados à margem da lei. Esperamos que as cabeças que comandam o Município estejam mais preocupadas em garantir remuneração adequa-

da, condições dignas de traba­lho e de segurança para atrair profissionais para as UBSs.

Nossa proposta, aliás, é for­talecer a Programa Saúde da Família (PSF) até por seu cará­ter de inclusão social e, junta­mente com as sociedades de especialidades médicas, ofere­cer um atendimento cada vez mais qualificado e humaniza­do. Certamente isso será cada vez mais viável tratando com atenção os recursos humanos.

Melhores salários, jornadas justas, incentivo à atualização científica permanente e condi­ções adequadas de trabalho, volto a frisar, são o remédio pa­ra o preenchimento das vagas nas UBSs e para ampliar a re­solutividade do Sistema Único de Saúde e do PSF.

_ Jorge Carlos Machado Curi, presidente da Associação Paulista de Medicina

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(~mresumo

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OSMAR COSTA

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Secretário de I nfra-Estrutura de Camei~_s __ "_~ _________ _

_ Costa acredita que o remanejamento de profissionais envolvendo a Zeladoria do Centro, administrações regionais e subprefeituras promoverá uma "nova sistemática" que dará mais agilidade aos trabalhos de manutenção na cidade que contarão com o suporte logístico de empresas contratadas através de licitação, de equipamentos próprios e de novos maquinários que estão sendo adquiridos.

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'Xeque -M--a-'-t' e-- M~~~oa!u~,i~~-:-i:a&--'I--i_~~~~I~;ate'á ~ue :~~ com I . j, dade às obras de manuten- i

RICARDO ALÉCIO - Interino ção da cidade. As mudanças Segurança I [email protected] anunciadas consolidam o Hélio já retomou a Cam-

. . modelo de gestão por re- pinas de sua viagem que foi, ~~ -.- --' -- '. .. -- -- - I giões, já experimentado no dizem os mais próximos do I - b 1 segundo semestre do ano prefeito, "a descanso". On-N ao era oato passado e que agradou pela tem à tarde, ele recebeu o

I maior eficácia. A intenção novo delegado seccional de i A~or~ é oficial. A Prefeit~a de C:uupinas anunciou a I do prefeito é que todos os Campinas, Paulo Tucci. Em cnaçao da Coordenadona EspeCIal de Acompanhamento I projetos constantes do PIa-pauta, os planos para o com-de Projetos Estratégicos, que será dirigida por José no de Meta 2007/2008, a ser bate à criminalidade, in-Henrique Delamain. O engenheiro deixou a anunciado em uma semana, c1uindo a tão propalada inte-Coordenadoria das Administrações Regionais e 1 recebam um acompanha- gração das forças policiais. Subprefeituras, cargo que será ocupado por R~bens ,I mento de seu cronograma Guilherme, que saiu da AR-6, conforme antecIpou a ,I de execução para que as

1 coluna na últinta quinta-feira. Naquela oportunidade, II obras não sofram atrasos porém, o secretário Osmar Costa negou a mudança. ____ JI nem parali~açõ~s por qu~~-

" "---,,. --.,-----,--.---~ i tões operacIonaIs, burocratI-cas e/ou administrativas.

Não era boato 2 Terceirização O prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) resolveu impedir que a fila de candidatos à vaga de admirJstrador regional aumentasse e já escolheu seu assessor especial de gabinete, Eulin Mark Arlindo, para ocupar o -----_.,,-------"-----

a frase

As alterações também de­comando da AR-6. A nova vem atender ao modelo de coordenadoria dirigida por terceirização da manuten-Delamain substitui a ção da cidade -- a Prefeitu-Zeladoria do Centro da ra irá contratar empresas pa-Cidade, cuja estrutura e ra cuidar dos serviços hoje funcionários foram executados pelas ARs, ao remanejados para aAR-I, custo de R$ 12 milhões por conforme decreto ano. Foi a saída encontrada publicado ontem. J por Hélio para driblar a Lei

-- --"'----------==----=-I de Responsabilidade Fiscal , ,- "~--- ~ (LRF) e superar as deficiên-

I cias das sucateadas ARs. i

[Parente

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SÓ acredita Delamain é cunhado do nisso (que o 'I deputado federal João Herr-

I

mann Neto (pDT). O influen-PT pode não ter I te parlamentar da região pre-candidato à sucessão I feriu viajar com Lula do que ri L I °0101\ 1 legislar e parece que fez a es-ue wa em L' / I1 cOlha,_en,,'ad, a: não foi reeleito quem não conhece o ~ __ , .~. ..~'" ,

PTB o PTB de Campinas reú­

ne amanhã a bancada de ve­readores e a executiva do partido. A reunião foi convo­cada pelo presidente da le­genda na cidade e secretário de Comércio e Indústria de Campinas, Sinval Dorigon. A pauta é o planejamento es­tratégico, social, político e administrativo da sigla em 2007. A articulação para as eleições municipais de 2008 e a continuação do partido na aliança com o PDT de Hé­lio também devem ser as­suntos obrigatórios.

Social o secretário municipal

de Cidadania, Trabalho e As­sistência Social está incomu­nicável. A reportagem da I MN tenta há dois dias con- I

tato com Waldir José de Qua- 'I

dras, mas nem sua assesso­ria consegue localizá-lo. De-ve ter muito o que fazer. i

~;;~~~=t~":_~~_~~o. __ JI SOb ~ova direção " I Gesner Oliveira assumiu ontem a presidência da =-==-.-=-==-=..--- - --~. -- .-~~,.-.. --. -, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São

I Paulo (Sabesp). Os novos titulares das diretorias da

[ empresa também tomaram posse. A cerimônia foi realizada na sede da Sabesp, com a presença de

I representantes do governo do Estado de São Paulo e convidados. Oliveira, economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGC), foi presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e secretário-adjunto da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda no governo de Fernando Henrique Cardoso.

C<\RREiO POPUIJ\R DATA.

I I 11 Dr 11

Vidas secas e o desvio do 'Velho Chico' Segundo a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a In­fância), menos da metade da população mundial tem acesso à água potável. A irrigação corresponde a 73% do consumo de água, 21 % vão para a indústria e ape­nas 6% destinam-se ao consumo doméstico. Um bi­lhão e 200 milhões de pessoas, o que corresponde a 35% da população mundial, não têm acesso à água tra­tada. A distribuição de água potável no planeta é um problema de proporção que exige políticas sérias e ajustadas à realidade. A distribuição de água potável no planeta é um problema de proporção que exige polí­ticas sérias e ajustadas à realidade.

O Brasil, com sua dimensão continental abençoada por Deus, tem fartas jazidas de água, à exceção do se­mi-árido do Nordeste. Espalhado em uma área de 868 mil km2, é habitado por 18,4 milhões de pessoas. Uma região onde a seca é implacável, chove, mas a água eva­pora antes de formar reservas. É aí que se situam os in­teresses políticos e o folclore de que a dificuldade ren­de os votos que mantém vivo o coronelismo pelas pro­messas de solução do problema. As vidas secas são em­blemáticas, duradouras, comoventes. Revoltantes são as denúncias de desvio de recursos que atravessam dé-

--------~----- cadas, mostrando que o favo­

Alardeada como recimento de propriedades a solução da privadas sempre esteve aci-

ma dos interesses populares. falta de água o projeto de transposição do Nordeste, a do Rio São Francisco foi alar-transposição deado pelo governo de Luiz

Inácio Lula da Silva (PT) co-recebe duras mo wna ação corajosa de des-críticas por viar a natureza para levar vi-apresentar da à região. Debatido desde a

era FHC, o projeto tem recebi-pontos fa I hos do críticas ácidas sobre os

seus reais efeitos e conveniên­cias. Alheio a tudo, Lula fez propaganda do início das obras de construção dos túneis e canais que levarão, na primeira fase, 50 m3/segundo de água para 8 mi­lhões de pessoas. Peça fundamental na campanha elei­toral, foi abortada quando o bispo d. Luís Cappio fez greve de fome para que o assunto fosse tratado com a serenidade e profundidade necéssárias.

Alardeada como a solução da falta de água do Nor­deste, a transposição do "Velho Chico" recebe duras críticas por apresentar pontos falhos em sua concep­ção. Tem-se que os maiores beneficiados serão comple­xos do agronegócio, raramente atendendo a popula­ção mais necessitada, essa dispersa pela região. Da mesma forma, o desvio da vazão do rio provocará da­nos ambientais que afetarão profundamente a vida da população ribeirinha. Há ainda técnicos que defen­dem que a água necessária está disponível no próprio local, bastando o correto gerenciamento dos recursos e programas localizados para otimizar a hidratação do solo.

Contra tudo isso, existe o argumento político e a ur­gência populista. Um projeto dessa amplitude - cerca de ~S$ ~,1 bilhão será aplicado na fase inicial- exige raCIonalIzação e firmeza de propósitos. Há que se esgo­tar todos os discursos, avaliar as possibilidades e ini­ciar Uld projeto com consistência que exceda o imedia­tismo dos dividendos eleitorais.

DATA:

I E-mail: [email protected]

Segurança Bete Casetlo Administradora de empresas, Cam pinas

_ O motivo que me leva a escrever este e-mail, deve-se ao fato da insegurança e me­do a que diariamente são sub­metidos os usuários das li­nhas que ticam em frente à agência dos Correios na Fran­cisco Glicério e dos estudaIl­tes, que são obrigados a pas­sar pelo local para voltar para casa. Alem do local ser escuro e sujo, a frente do prédio dos Correios virou albergue, sani­tário público etc e tal. ( ... ) O mais engraçado, se assim pos­so dizer, é a base da Polícia Militar estar tão próxima e ao mesmo tempo tão longe dos acontecimentos diários aos quais são submetidos os cida­dãos, parece que eles nao têm nada C0fU isso.

Segurança Otair Marcos Danieli Contador, Campinas

~~ A Secretaria de Seguran­ça Pública, por meio das po­lícias Civil e Militar, vem exercendo o seu dever. Infe­lizmente, neste mês de janei­ro, houve denúncias, veicula­das neste jornal, de que os policiais se recusaram a aten­der um caso de seqüestro-re­lâmpago e do vereador Grat-ti que, após sofrer am~aças: ligou para o 190 e nao ~Ol atendido. Entendo ser racIO­nal que os comandos das po­lícias Civil e Militar tomem ciência dos referidos casos para constatar se houve inefi­ciência dos seus comanda­dos ou se esses fatos estão re­lacionados à limitação do aparato de segurança, re~l~r­sos humanos e materIaIS, inabilidade, despreparo, in­subordinação ou ingerência. Queremos segurança co~s­tante, não apenas operaçoes tipo pente-fino em um deter­minado momento.

Flanelinhas William de Andrade Neves Advogado, Campinas

I i

III! No dia 15/1 precisei dei­xar minha esposa na fila do INSS para conseguir um cálcu­lo de tempo de serviço para aposentadoria. Nestes 10 mi­mitos que fiquei na fila com ela, pelo menos três flaneli­nhas vieram nos oferecer um

i lugar mais próximo pelo valor de R$ 10,00 assim como um senhor, inclusive com um cra­chá nos ofereceu um banqui­nho para melhor acomoda­ção. Isso também para inúme­ros idosos que ali se encontra­vam para fazer seus serviços naquele órgão. Ou seja, após

, varias matérias neste jornal, I assim como emissoras de 1V I e após várias promessas da polícia e do próprio INSS que tal não mais ocorreria, esta­mos novamente às voltas com as vendas ilegais ou será que elas nunca acabaram?

Buracos Sérgio Dias Jornalista, Campinas

Itlll Estou sabendo, de fon­tes fidedignas, que, no próxi­mo ano, os organizadores do famoso RalIy Paris Dakar vã.o realizar o evento em CampI­nas. C .. ) A principal prova do automobilismo de rali mun­dial só causou interesse nus organizadores, depois que eles conheceram a Rua Proen­ça, entre o trecho que vai ,do estádio da Ponte Preta ate o estádio do Guarani. O estado do piso na rua é. sem dúvid.a nenhuma, segundo os orgam­zadores, um dos melliores pa­ra a prática de rali, pois eles nunca viram nada igual. Para­béns senhor prefeito, pois é administrando assim que po­derá pensar na SU:l candidatu­ra para governador do Esta do.

· C(~RRFiO POPUlAR DATA:

Buracos causam transtornos a motoristas no bairro Cambuí Quem passa pela Rua Barão de Ataliba, no trecho entre as mas Vieira Bueno e Olavo Bi­lac, tem a impressão de que o Cambuí, bairro nobre de Cam­pinas, foi esquecido pela Ad­ministração. A afirmação é da empresária Mariana Peixoto. Segundo ela, os buracos são um pesadelo para qualquer motorista. "Meu carro é mui­to baixo e pode se danificar com facilidade em um asfalto como esse", disse.

A empresária se diz cansa­dade~pernrpmpro~dên-

cias da Prefeitura. "Pagamos impostos e mais impostos, di­rigindo uma boa parte da nos­sa renda ao poder público, e somos obrigados a transitar por ruas em péssimo estado de conservação", criticou.

1111 A Administração Regio­nal I (AR· I) informou que os jimcionúrios que estiueram no local constataram alguns bu­racos sem grandes proporções e garal/tiu que o seruiço neces­sário será illcluído 1U7 sua pro· gramação.

Rua Barão de AtaIiba: Prefeitura promete operação tapa-buraco

C c;RREI() POPUI~AR DATA:

cidade rec:~lama

Buracos atrapalham usuários de ônibus do Terminal Central Assim que deixa o Terminal Central de Campinas para se­guir a pé até o trabalho, o aju­dante geral Celso Aparecido Ramires começa a driblar a buraqueira nas vias públicas da região. De acordo com ele, o trecho está tomado pelas crateras há algumas semanas, mas a Prefeitura não provi­denciou serviços necessários de manutenção.

"Muita gente tem que des­viar das crateras na frente do terminal. Todo mundo recla­ma e já vi muita gente trope­çando nesse lugar. Cheguei a registrar queixa no telefone 156, mas não adiantou", con-

dSSi'\)Ü.ra, nlwncro :!e rlocunk:nto de

tou. Segundo a dona de casa Maria Aparecida Soares, as crateras podem ter surgido após as chuvas fortes do iní­cio do ano. "Percebi que es­ses buracos começaram acha­mar a atenção logo depois das chuvas, mas acho que a Prefeitura deveria cuidar dis­so, já que é um trecho movi­mentado e precisa receber manutenção com freqüên­cia", declarou.

•• A Prefeitura de Campi­nas informou que uma equipe irá até o local para verificar a reclamação e incluir o trecho na programação de serviços.

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Ônibus deixa Terminal Central de Campinas: asfalto deteriorado

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MUNDO ANIMAL 111 ZOONOSE

I DATA .

Confusão m~~remoção de gatos do

Bosque para o CCZ Protetoras independentes que cuidavam de felinos sem dono no Jequitibás

discordam de condições do canil adaptado

11

Del ma Medeiros DA AG[NCIAANHANGUERA

I [email protected]

Confusão, lágrimas, ameaças e até a presença da Polícia Mi­litar marcaram o início da re­moção dos gatos do Bosque dos Jequitibás para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) na manhã de ontem. A captura dos primeiros sete ga­tos foi tranqüila e às 9h eles já estavam no CCZ. No entan­to, as duas protetoras inde­pendentes, que alimentam e cuidam dos felinos sem dono que vivem no Bosque, discor­daram das condições do canil adaptado e ameaçaram levar os felinos de volta para o par­que público. Enquanto aguar­davam a chegada do coorde­nador do CCZ, Antonio Car­los Coelho Figueiredo, um protetor independente acio­nou a PM para denunciar maus-tratos aos animais. De­pois de muita conversa, cho­ro e discussão, as protetoras indicaram os acertos deseja­dos e concordaram em deixar os bichanos no local. Mesmo assim, nova captura foi sus­pensa até que os gatis este­jam concluídos. A expectativa é que os felinos voltem a ser capturados amanhã.

"Eles prometeram arrumar tudo, mas não cumpriram. Não dá para deixar os gatos aí dentro. Tem espaços por onde eles podem fugir e pon­tas de arame onde podem se ferir. Tudo bem isolar, mas em condições adequadas",

afirmou Rose Munhoz, uma das protetoras independen­tes. "Estou me sentindo uma traidora. Eles (gatos) confia­ram em mim e eu os trouxe para este lugar, sem nenhu­ma segurança", lamentou So­nia Adamo, a outra protetora, sem conter as lágrimas.

Para aumentar a confusão, o ambientalista independen­te João Manuel.Aguilera Jú­nior acionou a Polícia Militar e registrou um boletim de ocorrência por maus-tratos

aos animais, alegando que eles estavam "comprimidos e sem água nas caixas de trans­porte porque as baias não es­tão prontas". A queixa seria registrada no 8º Distrito Poli­cial. A delegada Iara Marques da Silva vai abrir inquérito pa­ra investigar.

O coordenador do CCZ jus­tificou que os gatos só não es­tavam no gati! por resistência das protetoras. "Essa atitude pode jogar por terra toda a ne­gociação que vem sendo cons-

truída entre as entidades pro­tetoras e a Secretaria Munici­pal de Saúde", afirmou Figuei­redo. "Para nós, estava tudo certo. Mas as protetoras dis­cordaram e estamos fazendo os acertos pedidos. Por isso, os gatos não estão no canil adaptado", reforçou. A inicia­tiva de Aguilera foi contesta­da até pelo presidente da As­sociação Amigos dos Animais de Campinas (AAAC) , Flávio Lamas, que a considerou "la­mentável e precipitada".

Novo acerto Depois de tudo resolvido, Fi­gueiredo constatou que um dos gatos havia sumido. O animal foi encontrado dentro do carro de uma das mulhe­res que estavam com as duas protetoras. Isso levou a Secre­taria Municipal de Saúde a re­ver o acordo com a comissão criada para o caso. Depois de uma reunião do secretário de Saúde de Campinas. José Francisco Kerr Saraiva, com os técnicos sanitários e repre-

sentantt'S das organizações não-go\Cfn<l!Ill'J1tais que acompanham a transferência dos animais - I\AAC e União Protetora" dos Animais (UPA) -, ficou definido que apenas os integrantes da comissão te­rào aces.so ao CC! l' o conta­to com m gatos fica restrito ás dUiJS protetoras que cui­dam deles no Bosque. Para is­so, a exemplo dos funcioná­rios do CC!, elas receberão tratamento clt, pré-exposiçao contra raivd.

CURRFiCl POPUf"AR DATA:

i •

: RaIva em morcego provoca i o confinamento de felinos I

H á duas semanas foi confinuada raiva num morcego

não-hematófago (aquele que se alimenta de frutas) encontrado morto no

, Bosque dos Jequitibás. Como são predadores naturais do morcego, os gatos são as animais mais passíveis de contanlÍnação rábica, e podem firncionar como canal de transmissão do vírus aos humanos. O protocolo de prevenção contra a doença prevê o isolamento e observação dos felinos por um período de 180 dias, tempo em qut! os cerca de 50 gatos sem dono que vivem no Bosque

permanecerão no gatil do CCZ em observação. Nesse tempo serão vacinados, castrados e, constatada suas boas condições de saúde, encaminhados para adoção. Para que as pessoas acompanhem o processo à distância e conheçam os gatos, as ONGs vão criar um site na internet e instalarão câmeras no gatil. A idéia é cadastrar interessados em adotar os animais. As ONGs pedem apoio também para obter ração para os felinos, já que se comprometeram a suplementar a alimentação fornecida pelo CCZ. (DM/AAN)

C ORJ\EiO POPUI J\R DATA:

POUJIÇAoVISUAL 111 LIMPEZA

Lei r~~~Iing~ outdoors elD CaIIlpinas

Nova legislação da Prefeitura elimina 50% de placas e painéis publicitários

instalados em áreas urbanas e externas na cidade

'I' Tote Nunes I DP.KGE~JCIAAN!-IANGUER/'I li [email protected]

Depois de aproximadamente quatro meses de gestação, a Prefeitura de Campinas apre­sentou ontem a regulamenta­ção da lei que vai disciplinar a exposição de outdoors e pai­néis publicitários na cidade. Com as novas regras, o Executi­vo acredita que o número de painéis publicitários na cidade vai ser reduzido em 50%. A no­va legislação não proíbe a cha­mada propaganda externa em nenhum ponto da área urbana do município, mas impõe algu­mas restrições. Além de padro­nizar a burocracia - obtenção de licenças, regularização de empresas e an(mcios e formas de fiscalização -, a nova lei traz uma novidade: em aveni­das de grande movimento ou em vias expressas, as peças pu­blicitárias terão de guardar uma distância mínima entre si.

Três mil peças publicitárias estão irregulares

Nas avenidas, apenas três painéis poderão ser colocados num espaço de 100 metros. Mais: entre cada peça deverá haver uma distância mínima de três metros. Nas vias expres­sas (veja relação no quadro ao lado), o espaço entre cada gru­po de três painéis deverá guar­dar a distância de 500 metros.

A Prefeitura estima que exis­tam perto de 3 mil outdoors e painéis publicitários irregula­res na cidade, num quadro que acaba gerando urna perda de arrecadação de aproximada­mente R$ 12 milhões por ano.

Apenas com outdoors irregula­res, a Administração admite perda de R$ 1 milhão ao ano. A maior fatia da perda de arreca­dação se dá pela sonegação da Taxa de Fiscalização de Anún­cio (TFA) - imposto cobrado de empresas de publicidade responsáveis pelos outdoors e painéis de grande porte, mas também de comerciantes e profissionais liberais.

A regulamentação anuncia­da ontem prevê um período de 90 dias de transição, pelo qual as empresas de publicidade po­derão fazer adequações ou dei­xar a clandestinidade. Somen­te depois disso, terá início o processo de fiscalização, mul­tas e retirada de painéis irregu­lares. De acordo com o coorde­nador de Comunicação da Pre­feitura, Francisco de Lagos, a nova legislação traz "equilíbrio entre o interesse privado e o

. público". De acordo com o se­cretário de Assuntos Jurídicos, Carlos Henrique Pinto, a regu­lamentação "vai possibilitar o desenvolvimento da atividade, com a preservação da paisa­gem urbana".

A fiscalização será feita por equipes da autarquia Serviços Técnicos Gerais (Setecl - res­ponsável, entre outras coisas, pelo uso e ocupação do solo -, e da Secretaria de Urbanis­mo. Mas o trabalho não estará restrito apenas aos funcioná­rios públicos. Lagos anunciou ontem que haverá a contrata­ção de uma empresa espe­cializada neste tipo de traba­lho. A equipe fará o que os téc­nicos chamam de georeferen­ciamento: registro com fotos ou filme de todo tipo de publi­cidade existente em determina­da rua. Os dados serão envia­dos então para a Prefeitura, que poderá proceder eventuais cobranças de taxas em atraso.

De acordo com Lagos, uma simulação feita pelos técnicos da Prefeitura na Rua Concei­ção, no Centro da cidade, mos­trou que o índice de sonega­ção da TFA é extremamente al­to. Conforme ele, os técnicos vistoriaram 115 estabelecimen­tos comerciais na rua e desco­briram que nada menos que 90 estavam irregulares.

A ofensiva da Prefeitura con­tra a propaganda irregular co­meçou em outubro do ano pas­sado, quando fiscais de cinco secretarias e órgãos munici-pais foram às ruas e passaram a identificar com uma faixa os outdoors e painéis publicitá­rios clandestinos. Só na Aveni­da Lix da Cunha, na região Oes­te, onde a operação foi defla­grada, os fiscais identificaram 20 desses cartazes. Na época, as peças foram parcialmente cobertas por uma faixa de 50cm de largura e 6m de com­primento com a inscrição: "Pu­blicidade Irregular. Interditado por descumprimento de Legis­lação Municipal".

C URREi() POPULAR i DATA:

Diretor de agência de publicidade critica regras o diretor da agência de publici­dade Bravos, WendeU Amorin, considerou "restritiva" a lei pa­ra a publicidade externa em Campinas, Sq,'ltrldo ele, a redu­ção de 50% !lO número de pai­néis e outdoors estimada pela Prefeitura, t' um "retrocesso".

\Vendell diz concordar com a padronizaçilo das normas téc­nicas (medida, altura, recuo, etc) para a exposição das pe­ças. Também acha que a dis­tfll1cia mínima entre os painéis pode ser benétka, mas avalia que a Prefeitura está excluindo anunciantes. "A tendência no mundo é ampliar a oferta."

A vereadora Teresinha de Carvalho iPSB), autora de dois projetos que pretendiam disci­plinar a propaganda na cidade, recebeu a nova legislaçào com otimismo. "Não li o decreto, mas acho que j,í há um avan­ço", disse ela. No segundo se­mestre do ano passado, ela apresentou dois projetos sobre o tema na Câmara de Vereado .. res. Num deles, proibia a publi­cidade no Centro histórico. No outro, defendia a definiçào de áreas específicas para a exposi .. ção das peças publicitárias.

O presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimen­to de Campinas (eMDU), Ioào Coelho. disse que não poderia analisar a nova lei, pois ainda não havia lido, mas lembrou que o Conselho queria a proibi­ção de publicidade em áreas públicas: que os outdoors fos­sem colocados apenas em c1rea" comerciais, e que tótens e painéis respeitassem o mes­mo limite de altura e recuo a que as COllstlllçôes são subme­tidas. "Nenhuma sugestão foi acatada", lamentou. (TN/AAN)

SAIBA MAIS outdOor sofrerá controle VfaSéXpressas onde O 'I'

~~~~~~~~ I A exposição de outdoor sofrerá

controle específico em nove vias. Cada grupo de três painéis, terá de guardar distância de 5CX) metros entre si. .t Avenida Engenheiro Francisco de Paula Souza - entre a Rua Frederico Ozanan até o limite com Valinhos

: .t Avenida Comendador Antonio I Roccato

.t Rodovia Heitor Penteado

.t Avenida Lix da Cunha

.t Rodovia Miguel Noel Nascentes Bumier .t Rodovia General Milton Tavares de Souza .t Avenida Prestes Maia .t Via Expressa Waldemar Pascoal .t Avenida Mackenzie

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TRÂNSlfO III DESVIO

Obras na Av. John Boyd continuam por um mês Interdição de pista será mantida e rota alternativa terá tapa-buraco

SammyaAraújo

[email protected]

As obras de reparos nas galerias pluviais que passam por baixo da Avenida John Boyd Dunlop, na altura do Jardim Ipaussura­ma, vão durar pelo menos 30 dias. Isso se não chover demais, segundo o secretário de Infra-es­trutura, Osmar Costa. Ontem, máquinas e funcionários da Pre­feitura começaram a trabalhar no local. onde a erosao já se aproximava da pista e ameaça­va afundar o asfalto. Mas, pelo menos por enquanto, não have­rá necessidade de ampliar a área interditada: a faixa da direi­ta no sentido Centro-bairro, por um trecho de 500 metros a par­tir do Campus 2 da Pontifícia Universidade Católica de Cam­pinas (PUC-Campinas), onde o tráfego está interrompido desde a tarde de terça-feira.

De acordo com Costa, ao contrário do entupimento por entulho, que havia sido cogita­do como a causa, a queda do barranco foi provocada pelo tombamento de cinco metros de adudas (tubos de concreto de 3,20 metros de diâmetro) que canalizam o Córrego !paus­surama por baixo da via. Isso, diz o secretário, tem a ver direta­mente com a intensidade das chuvas no início do mês.

"Há uma rede de canos me­nores, com 1,5 metro de diâme­tro, sobre essas aduelas, que co­lhem a água dos bueiros da ave­nida. Como choveu muito, eles geraram uma cascata sobre a tu­bulação abaixo, o que descal­çou os fundos e provocou o tom­bamento", explica. Segundo Costa, em uma análise prelimi­nar os técnicos da Infra-Estrutu­ra consideram "pouco prová­vel" que haja algum reflexo no pavimento da avenida, como afundamento, durante as obras de reparos.

Já o prazo será mantido so­mente se o tempo colaborar.

"Se chover como no início do ano, vamos precisar do dobro de dias porque sC'não corre o ri~­co de a chuva carregar as pe~ dras que vamos usar para refa ~ zer o fundo onde se apóiam as aduclas", avisa.

Trânsito Dl' acordo com o secretário :\lu­nicipal de Transportes, Ger~(m Luis Bittellcourt. as rotas alter­nativas indicadas anteontem pe­la Empresa Municipal de Dt'st'll~ volvimell(o de Campinas S. :\~ U".mdec) aos motoristas que ( (l'.

tumml1 U~;iir a bhn Bovd IJil!l~ lop ~er~lo J1wntidas ppJo !Clllpn em que durarem ,IS obras. Sc~

gundo ele, a Prefeitura eleve iniciar em breve melhorias no pavimento dessas vias, COlll uma operaçáo tapa-bu­raco. "Isso será necessário pa­ra comportar o aumento da qU<tnticladc de veículos. Mj~ na!. siio 30 mil carros de pas­seio por dia na John Bovd Du­nlop", afirma o s{~LTetáJ:io.

Ontem foram dispostas placas ao longo da avenida, orientando os desvios, que também podem ser consulta­dos no si!e da Fmdec (u'/{!u'.

I'lIldcCCOIII.l!r). !\s 1!llhas de Ill'ihus e "eletivos conlinualll com seus itillt'tário c; nUIIn,lis, diz Bittencourt.

Eleio AlveslAAN

o local do acidente: chuva provocou tombamento de tubos

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TRANSPORTE 111 PREVENÇÃO

Emdec vistoria menos de 50% dos veículos escolares Do total de 880 carros que fazem o serviço em Campinas, 341 foram fiscalizados

A pouco menos de duas sema­nas para o final do prazo de inspeção dos veículos de trans­porte escolar, a Empresa Muni­cipal de Desenvolvimento de Campinas S.A. (Emdec) já ins­pecionou 341 dos 880 carros componentes da frota. Foram contabilizados os números até a última terça-feira e, de acor­do com o gerente de planeja­mento de transporte da Em­dec, Roberto Brederode, eles são considerados pela empre­sa de satisfatórios.

Durante a inspeção, é feita uma verificação completa na parte mecânica do carro, além de uma vistoria na carro­ceria, onde, conforme a Em­dec, é detectado o maior índi­ce de irregularidades, que é de 35, 63%. Os problemas na carroceria vão desde cinto de segurança, bancos e portas com defeito até a faixa que identifica o veículo como sen­do de transporte escolar em desacordo com as especifica­ções pré-estabelecidas.

Dos veículos vistoriados até agora pelo órgão da Pre­feitura de Campinas, 176 fo­ram aprovados. O restante, 165, deverá retomar ao De­partamento de Inspeção Vei­cular (DIV) para obter o selo da vistoria.

Brederode destacou que, antes de contratarem servi­ços de transporte escolar pa­ra seus filhos, é importante que os pais observem se o veículo tem o selo da visto­ria, predominantemente la­ranja, colado no pára-brisa.

Para esclarecer dúvidas sobre o processo de vistoria e a documentação exigida, o transportador pode entrar em contato com a Emdec pelos telefones (19) 3227-1066 e 3772-4085. Os pais podem denunciar mo­toristas que prestam o servi­ço sem o selo da vistoria li­gando para o (19) 3232-1517. (Daniela do Can­tolDa Agência Anhangüera de Notícias)

l}r\TA. - .

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HABITAÇÃO III FRAUDE

Família perde casa popular cOlllprada na

Vila OlíInpia Imóvel havia sido vendido irregularmente por mutuário beneficiado por

programa habitacional

li EduardoCaruso

,I, D,\,ê,(;U\j( 1!\·~~JH/-I\JJUt::k,L; il [email protected]

A Secretaria de Habitação de Campinas retirou, no último sábado, uma família de uma das casas cio Residencial Vila Olímpia, constmído exclusiva­mente para abrigar moradores de áreas de risco da cidade. A ação faz parte do monitora­mento constante para garantir que os imóveis não sejam ne­gociados ilegalmente e as famí­lias beneficiadas não voltem a morar nos locais de onde elas foram removidas.

Conjunto é destinado para moradores de áreas de risco

A Secretaria informou, por meio da sua assessoria de im­prensa, que o proprietário do imóvel, que fazia parte das 370 famílias removidas da Rua Moscou, localizada no Bairro São Quirino, vendeu a casa através de "contrato de gave­ta" e recebeu cerca de R$ 8 mil na transação. Esta é a quarta vez, descle o final de 2005, quando começaram as remo­ções para o local, que benefi­ciários perdem o imóvel por realizarem esta prática fraudu­lenta.

"Nós temos o monitora­mento. Ao realizarmos essa ação, fizemos uma análise e detectamos que a família retor­nou para a casa de um paren­te (na Rua Moscou) e vendeu ilegalmente a casa. Cabe agora aos compradores, que foram retirados do imóvel, procura­rem a Justiça para que sejam tomadas as devidas providên-

cias", disse o coordenador de habitação popular, Carlos Ar­tioli.

Uma família, que faz parte do cadastramento da Compa-

nhia de Habitação Popular (Cohab) de Campinas, já to­mou posse do imóvel.

Quando detectado este tipo de situação, os moradores re­cebem uma notificação para deixarem o imóvel no prazo de 15 dias. A Secretaria não di­vulgou o endereço da casa on­de foi retirada a família e nem

o nome das pessoas envolvi­das na negociação.

Artioli explica que a Secreta­ria está legalmente apta a reti­rar os moradores que se en­contram em situação fraudu­lenta. "Nós, como governo, te­mos o poder de polícia e a pos­se da propriedade", comen­tou. Segundo ele, é necessário realizar o monitoramento co­mo uma forma de controle pa­ra a queda no número de pes­soas moradoras de áreas de ris­co iminente na cidade. "Nós temos diversos critérios para realizar esta avaliação. Não va­mos permitir que façam isso (venda ilegal de casas popula­res)", garantiu.

Enquanto algumas famílias levantam as mãos ao céu por conseguir um imóvel e se afas­tar do pesadelo das enchentes que castigavam moradores da

Rua Moscou, outros estão insa­tisfeitos em residir na Vila Olímpia. "Eu estou vendendo minha casa por R$10 mil. Não tem creche perto e não consi­go ir trabalhar porque não te­nho com quem deixar os meus filhos", comentou uma moradora que não quis se identificar.

A poucos metros da mora­dora descontente, a dona de casa Lucinda Maria Rodrigues de Freitas, de 35 anos, agrade­ce por ter uma moradia digna. "Já disse que não saio daqui de forma alguma. Eu acho um absurdo as pessoas que ven­dem as casas. Quando estáva­mos lá na área de risco, todos pediam uma moradia para o governo. Agora que tiraram eles da valeta, estão querendo vender. Minha casa não tem preço", ressaltou.

I NOMERO I -----·-·----1 I ____ . __________ --.-.J

:6171

: CASAS POPULARES __ 11

I Fazem parte do conjunto i habitacional Vila Olímpia L __________________ .. _

Falsário é preso após 'vender' imóveis da CDHU Rapaz dizia-se diretor da estatal e conseguia dinheiro de moradores da região dos DICs

Pelo menos 60 pessoas podem ter caído no golpe da casa pró­pria, em Campinas. Na tarde de ontem, a Polícia Civil au­tuou em flagrante pelo crime de estelionato, Rafael Ferraz Sampaio, ele 22 anos. morador da Vila Padre Anchieta. Segun­do depoimento de vitimas, ele se passava por funcionário da Companhia de Desenvolvi­mento Habitacional e Urbano (CDHU) e vendia casas popu­lares na periferia ela cidade. Nas últimas semanas. ele esta-

va agindo na região do DICs. Para convencer seus "clien­tes", ele usava um crachá falsi­ficado do governo do Estado.

O caso foi registrado no plantão do 9º Distrito Policial, no Jardim Aeroporto. Os gol­pes aplicados por Sampaio vie­ram à tona depois que funcio­nários da Companhia de Habi­tação Popular de Campinas (Cohab) passaram a receber uma série de denúncias. Ao mesmo tempo, as informa­ções começaram a chegar pa-

Júlio César Costa/AAN

gDP JlIfflJ/H fUiROPORTCJ

. '''''~IIIII' . 1_ Vítimas e testemunhas foram ao 9º DP: golpista lesou 60 pessoas

ra a CDHU. Uma funcionária do órgão disse que em média eram recebidas 50 ligações de­nunciando o caso. O falsário, que se identificava como dire-

tor financeiro da CDHU, foi preso na tarde de ontem, no DIC 1, enquanto tentava ven­der para um homem, um imó­vel localizado no Residencial

São Bento, na reglao do Campo Grande. em Campi­nas.

As obras deste residen­cial ainda estão em anda­mento e é urna parceria en­tre o CDHU e o Programa de Arrendamento Residen­cial (PAR), do governo fede­ral. "Ele prometia casas", disse uma mulher vítima do estelionatário. Somente na família dela, seis pessoas, to­das de baixa renda, foram al­vo de Sampaio. O prejuízo chegou a R$ 1,2 mil. "Ele di­zia que conseguia agilizar as papeladas dentro do CDHU e quando acontecessem os sorteios era certeza que eu seria contemplada. Para is­so, dei a ele R$ 200,00", dis­se uma das vítimas. (Carla SilvalDa Agência Anhan­güera)

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LAZER 111 DEGRADAÇÃO

Abandono da Arautos afasta freqüentadores Prefeitura anunciou reformas há sete meses, mas intervenções ficaram na promessa

II RogérioVerzignasse I DAAGtNCIAANHANCÜERA

I [email protected]

A Praça Arautos da Paz foi rei­naugurada há pouco mais de dois anos, após receber R$ 3,09 milhões em investimentos em reformas. Mas quem caminha hoje por ali reclama que a gleba (em área nobre da cidade e ao lado da concorrida Lagoa do Ta­quaral) está simplesmente aban­donada.

Banheiros estão sem condições de uso e lâmpadas, quebradas

As queixas não são recentes. O Correio Popular publicou, em junho do ano passado, de­poimentos de moradores das imediações e freqüentadores in­conformados com o descaso. Os entrevistados reclamaram que vândalos destruíam peças sanitárias. Falavam das paredes pichadas nos banheiros e de­nunciavam o furto de lâmpadas nos postes das alamedas.

Na época, a Prefeitura anun­ciou novas reformas, com mu­dança no projeto paisagístico e instalação de um sistema de câ­meras para flagrar vandalismo. Hoje, sete meses depois, a popu­lação continua desapontada. O morador Carlos Eduardo Celes­te, por exemplo, reclama do de­pósito irregular de lixo por toda a parte e da depredação de sani­tários públicos. Denuncia que jovens usam drogas em plena luz do dia, a poucos metros do distrito policial do bairro.

Os banheiros, por sinal, nem podem ser usados. A alternativa para manter vândalos afastados foi bloquear os acessos com cor­rentes.

Um passeio rápido deixa o vi­sitante chocado. Ao longo da ala­meda de cimento - que liga os dois sanitários, circulando o pal­co -, faltam luminárias em pra­ticamente todos os postes. A si­tuação só piorou em relação a junho. O mato toma conta do terreno e, em alguns pontos, o capim chega à altura de quase um metro.

Caixinhas de força foram ar­rombadas e os fios roubados. O próprio pavimento de cimento foi arrebentado em alguns pon­tos. Um homem que testemu­nhou o vandalismo pede para não ser identificado. Por ser um funcionário público municipal, ele teme represálias. Com anos de serviços prestados, sente ne­cessidade de desabafar: "O go­verno gastou milhões em uma praça que nunca 'virou'. Ela é linda, mas a falta de manuten­ção e policiamento a torna um antro de marginais", diz.

Ninguém vai O cenário é tão desolador que os campineiros evitam a praça. Os principais freqüentadores são aqueles que caminham pela Avenida Heitor Penteado (ao re­dor da lagoa). Eles simplesmen­te dão uma "esticadinha" na ca­minhada e se exercitam nas cal­çadas das ruas Luiza de Gus­mão, Arlindo Carpino e Vital Brasil (que circundam a Arau­tos). Além deles, lá no meio da gleba se divertem só garotos que brincam com skates ou sol­tampipa.

I Até agora, única medida foi pintar paredes pichadas

A refonna da Arautos da Paz, prometida em junho, fazia parte de

um programa de revitalização emergencial de diversas praças. Cerca de R$ 300 mil seriam investidos para recuperar, além da Arautos, áreas como a Praça

I Guilhenne de Almeida e os , I largos do Pará, São Benedito . e Santa Cruz. Na época, o coordenador de Comunicação da Prefeitura, Francisco de Lagos, afirmou que seriam cultivadas palmeiras imperiais na gleba. Prometeu, ainda, monitorar a circulação pública na área, com um sistema de câmeras ligadas 24 horas por dia. Até hoje, foi feita apenas a pintura de paredes externas que serviram para cobrir as pichações. Procurado ontem pela reportagem, Lagos não foi locaIizado para falar do cronograma de

! obras. (RV/MN)

(;RHEiO POPUL'\R DATA:

aISCO!!! CARAMUJO

Sucen vistoria lagoa contaminada Objetivo é traçar ações para evitar surgimento de novos casos de esquistossomose

Técnicos da Superintendên­cia de Controle de Endemias (Sucen) vistoriaram ontem a lagoa do Parque Valença 2, na região Noroeste de Campi­nas, apontada como local on­de três adolescentes contraí­ram esquistossomose. Eles fi­zeram a avaliação geográfica do local e vão elaborar um re­latório indicando à Secretaria de Saúde de Campinas as

ações que devem ser toma­das para eliminar o foco de contaminação.

Eles não conseguiram cole­tar amostras dos caramujos de água doce, hospedeiros da bactéria que, transmitida ao homem pelo contato da água contaminada, causa a esquis­tossomose. Segundo a asses­soria de imprensa da Secreta­ria de Estado da Saúde, devi-

do à chuva de ontem, os cara­mujos não foram localizados.

Além dos três casos confir­mados, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria Municipal de Saúde, investiga outros 12 suspeitos, de crianças e ado­lescentes que nadaram na la­goa na mesma ocasião.

O médico sanitarista An­dré Ribas de Freitas, explicou

que a Covisa abriu inquérito epidemiológico para investi­gar a possibilidade de outros casos na região. Segundo Frei­tas, intervenções químicas em áreas contaminadas têm se mostrado pouco eficazes. A medida mais recomendável é a retirada da vegetação do entorno para reduzir a oferta de alimento ao caramujo. (Da Agência Anhangüera)

Júlio César Costa/16jan2007/AAN

Menino nada no Parque VaJença 2: três já contraíram a doença

,CCRREIO POPlJI~AR DATA:

EDUCAÇÃO 111 INFANTIL

I jminar garante yagas em creche

Unidade Agostiniana Santo Antonio queria atender só crianças de famílias com

renda mensal de até dois salários mínimos

II

NiceBulhães DAAGtNCIAANHANGUERA

[email protected],br

Pais de cerca de 45 alunos da Creche Agostiniana Santo Anto­nio, mantida pela Sociedade Agostiniana de Educação e As­sistência, entraram com man­dados de segurança, com tute­la antecipada, para que seus fi­lhos possam continuar estu­dando na entidade em 2007. A creche, de acordo com o escri­tório de advocacia Palmeron & Associados, comunicou aos pais, através do caderno de re­cados dos estudantes em 2006, que "somente serão atendidas as crianças mantidas pela filan­tropia, ou seja, as famílias que

Segundo advogados, exclusão representa retrocesso no ensino

se enquadram no critério de gratuidade com renda familiar de até dois salários - mínimos CR$ 700,00)" a partir de 2007 e que aqueles que pagavam men­salidade não serão mais atendi­dos. A decisão pode atingir 600 crianças.

O juiz da Vara da Infância e Juventude, Richard Pae Kim, concedeu liminares que garan­tem as vagas para esses alunos, com base em pareceres da pro­motora Verônica Morais Ra­mos Kobori. Ninguém da enti­dade foi localizada para comen­tar o assunto.

A principal fundamentação dos advogados Alcebiades dos Santos e Palmeron Mendes Fi­lho é a de que a creche "sem­pre foi filantrópica e sempre co­brou mensalidades de metade de seus alunos", que, segundo consta em informe publicitário institucional, tem 1,2 mil matri­culados em suas duas unida-

des, que ficam na Vila Marieta, em Campinas. A mensalidade custou R$ 250,00 no ano passa­do, mas alguns alunos paga­vam a metade deste valor. Além disso, os advogados afir­mam que a creche cobrava pe­lo uniforme, material de higie­ne e material escolar. A "exclu­são" dos alunos, de acordo com os advogados, representa

um retrocesso no aprendizado deles. Para os advogados, a mu­dança nos critérios de atendi­mento da instituição deveria ser efetivada gradativamente, substituindo os recém-forma­dos por alunos carentes.

"A creche deveria garantir a continuidade dos estudos até a formatura dos alunos", disse o advogado Mendes Filho, que é

pai de um dos alunos exclUÍ­dos. Para ele, a "entidade age em substituição e em nome de um órgão público ou estatal, e apesar de se intitular uma enti­dade filantrópica, aceitou as matrículas em anos anteriores, mesmo conhecendo as condi­ções econômicas dos impetran­tes, sempre cobrou e recebeu mensalidades, e não pode sem

justo motivo, negar-lhes a da­rem seqüência aos seus estu­dos". Acrescentou que cerca de 600 crianças, incluindo as 45 re­presentadas nos três manda­dos de segurança, partirão à procura de vagas "sabidamen­te inexistentes em creches" da região. Em caso de a entidade não aceitar esses alunos, consi­derados "não-carentes", a ação

pede que os pais sejam reem­bolsados de todos os valores co­brados.

Para a artesã Tânia Cristina Paiva, a exclusão do filho Feli­pe Paulo de Paiva, de 5 anos, re­presentará a quebra da sua for­mação escolar. "Ele está na cre­che desde o berçário, tem os amiguinhos e nas duas creches do município na região não há vagas para ele, sendo que ten­tei arranjar vaga pelo emprego do meu marido, mas não con­segui porque é por sorteio." O marido dela recebe R$ 1,2 mil bmto. A família mora a duas quadras da creche. "No ano passado, o meu filho não pa­gou nada para estudar na cre­che e, agora, recebo este triste comunicado pelo caderno."

A reportagem da Agência Anhangüera de Noticias (AAN) foi até o local, mas ninguém atendeu aos interfones, instala­dos nas duas entradas da cre­che, bem como não obteve êxi­to junto à Arquidiocese de Campinas. Em uma das linhas telefônicas da creche, a AAN deixou recado na secretária ele­trônica, mas, até o fechamento desta reportagem, não obteve retorno.

_.__________ I J i "Iremos entrar com ! outro mandado de ! segu ra nça contra a i creche para garantir • a vaga para mais :alunos."

I PALMERON MENDES FILHO i Advogado I

I

{ r {' ,') n C~(-' I)()[)f); I .,"R - ' > ,,' 1"-, L! ,J, ~ "-\ 1 '- DATA:

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PLANO DIRETOR

Campinas como mercadoria JOSE BRAGA r-:----- --------

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Sancionado o "novo" Plano Diretor de Campinas, a luta política dos que querem Cam­pinas Democrática continua com pelo menos dois desa­fios: efetivar os instrumentos de gestão urbana previstos na Lei e reverter o modelo econô­mico centrado na idéia dos Grandes Projetos de Desenvol­vimento Urbano - GPDU(s),

Do que estamos falando? As cidades e seus papéis vêm ganhando centralidade no de­bate político e acadêmico, Não é por acaso, portanto, a aprovação do Estatuto da Ci­dade, a criação do Ministério das Cidades e Li difusão dos Planos Diretores Participati­vos, instrumentos que bus­cam favorecer uma discussão sistemática e aprofundada das causas de nossas miséria e desigualdades urbanas, as­sim como, meios e caminhos para superá-las. Neste debate, de um lado, temos o projeto democratizante e participati­vo. Neste, a cidade seria dirigi­da pela política; a luta é para tirar a cidade das mãos dos técnicos, descentralizar seus processos decisórios e am­pliar a participação dos citadi­nos na definição do seu futu­ro. Do outro lado, no projeto neoliberal, a perspectiva estra­tégica fundamenta-se na idéia de que as cidades se en­contram situadas em um mer­cado mundial de alocação de capitais. Em decorrência, es­tas devem ser tratadas como mercadorias a serem vendi­das no mercado globalizado. Daí emergem enunciados que são tomados como modelos a serem seguidos, entre eles o GPDU(s). Aqui a democracia

e o direito à cidade e à cidada­nia, são trocados por deman­das informadas pelas leis de mercado.

O debate e a Lei sanciona­da revelam os desafios. O pri­meiro aparece no questiona­mento do setor imobiliário quanto à insegurança ~o mer­cado de terra ao garannr capa­cidade de intervenção ao Esta­do. A proposta apresentada

foi a necessidade dos técnicos avaliarem se a aplicação da Lei interferiria no mercado. Também, que se definissem na Lei quais os subespaços que estariam sujeitos à defini­ção política - não mercantil - das formas de uso da terra. Da parte dos movimentos so­ciais, dos Conselhos Munici­pais e de parte dos vereado­res, a reclamação foi a de que o Executivo, apesar da disposi­ção para ouvir e dirimir dúvi­das, pouco esteve disposto a alterar ou substituir suas pro­posições, o que, se por um la­do é importante - e deve ser elogiado -, por outro, é insu­ficiente na medida em que não basta "realizar centenas de reuniões" para ter-se uma construção democrática. Para que a síntese seja participati­va se faz necessário acabar com o monopólio de decisão por parte do Estado abrindo espaços onde atores da socie­dade civil tenham a mesma condição de decisão que os da sociedade política.

A Lei, apesar de incorporar os instrumentos de gestão ur­bana, remete sua regulamen­tação aos Planos Locais de Gestão, os quais, sob a "res­ponsabilidade do Executivo" deverão estar prontos até 2008. Acertadamente, está pre­vista a criação dos Conselhos Locais, contudo, caberá a es­tes apenas "acompanhar a im­plementação dos Planos Lo-

cais podendo recomendar me­didas". Ainda, "para assegurar que os objetivos, diretrizes e metas da Lei sejam atendidos, o Executivo estabelecerá me­canismos de gestão do Plano Diretor, com o acompanha­mento do Conselho da Cida­de e demais conselhos afins".

Excluído o caráter partici­pativo, somado à "capacidade de pressão" do setor imobiliá­rio, temos nosso primeiro de­safio. O segundo se relaciona aos três equivocados eixos de desenvolvimento econômico que buscam vender nossa ci­dade, oneram o poder públi­co e reproduzem a exclusão sócio-espacial: a revitalização do Centro, os Parques Tecno­lógicos e a ampliação do Aero-

porto de Viracopos. A idéia de revitalização de

centros históricos é conheci­da na literatura sobre GPDU, ou seja, vender e revender propriedades e seus valores de usos para que o mesmo lo­te seja transferido com lucro, "através da estruturação urba­na e o fomento de atividades de comércio e serviços", co­mo propõe a Lei. Em Campi­nas, a ampliação de espaços comerciais na área central es­timulará seu uso pela econo­mia informal e aumentará o fluxo de pessoas, agravando ainda mais a já caótica condi­ção de circulação. Temos ain­da a incerteza quanto à efeti­vação dos investimentos pri­vados, problema presente

também no segundo eixo, pois a idéia dos Pólos Tecnoló­gicos está presente - sem su­cesso - desde o "velho" Pla­no Diretor. Neste eixo, pior do que a incerteza quanto aos investimentos, é a reserva de terra numa "Área de Urbaniza­ção Controlada", que, confor­me o Caderno de Subsídios, já é um "local privilegiado pa­ra a instalação de institutos de pesquisa e indústrias de al­ta tecnologia e serviços a elas articulados, ao mesmo tempo em que tende a consolidar os bairros de padrão médio e al­to".

O terceiro eixo - uma in­tervenção desde fora para ace­lerar a circulação de mercado­rias e a governabilidade urba­na a partir da 11 ª Brigada de Infantaria Leve que desembar­cará nos aeroportos do País "para garantir a ordem públi­ca" - onerará fortemente o poder público conforme as di­retrizes do "novo" Plano Dire­tor para a região: "desenvol­ver Plano Local de Gestão, considerando as demandas sociais existentes e o Aeropor­to como indutor do desenvol­vimento local; priorizar os pro­blemas de saneamento já exis­tentes; implantar sistema viá­rio de forma a integrar a re­gião à cidade; preservar os ma­nanciais, matas e cerrados; adequar a infra-estrutura dos bairros aliando o atendimen-

(( ~RREK) POPULAR , DATA:

to das necessidades básicas ao controle da expansão e do adensamento" .

Os desafios da democratiza­ção e da reversão do modelo econômico continuam coloca­dos para quem quer Campi­nas Democrática.

U José Braga é economista e mestrando em Ciências Políticas na Unicamp. Foi coordenador do OP e do Grupo de Trabalho de Revisão do Plano Diretor no Governo Democrático e Popular - 2001/04 E-mail: [email protected]

;CCRREIO POPULAR DATA:

CONFRARIA DA DANÇA Sob a coordenaçào de Dia-1Il' Ichimaru e Marcelo J{o­drigues. acontece em levc­reiro. numa promoção da Secretaria de Cultura de Campinas. oficinas gratui­tas de dan(;a. () público ai \l) é formado por l'swditll' te" e prnli';"i')!}ais dessa área. maiores de 18 ;1I10S.

lnformaç(ws c il1<;criçõe" na Estaç;}o Cultura.

DATA:

SAÚDE

Shopping D. Pedro apóia campanha de doação de sangue

•• o Parque D. Pedro Shopping será palco hoje da campanha Dê o Sangue Por Esta Causa, promovida em conjunto pelo Hemocentro da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e restaurante TGI Friday's. A ação será realizada das 16h I

às 20h, em uma unidade . móvel de coleta de sangue que ficará na entrada das Aguas. A coleta tem por objetivo suprir as necessidades do Hospital de Clínicas. (AAN)

C·(.iRRE1() POPCJIJAR DATA: ----- ---~ - ---

IXe-que-Mate I RICARDO ALÉCIO - Interino

I Toma lá. dá cá Hélio e mais 131 prefeitos

da base aliada foram recebi­dos ontem pelo presidente

. Luiz Inácio Lula da Silva. O ~ard~~~ _______ _ ~--- - - ---- motivo do encontro foi a

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i Corregedoria 1 A Guarda Municipal de Campinas terá em breve uma Corregedoria. A Prefeitura já está preparando a estrutura para montar o departamento que irá cuidar da investigação de casos envolvendo os guardas. Para isso, decreto do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) , publicado ontem, transfere o cargo de supervisor de

apresentação aos chefes do Executivo das idéias prelimi­nares do Programa de Acele-

I ração do Crescimento (PAC).

I O petista pediu apoio dos prefeitos para executar as medidas do programa e Hé-lio pediu uma maior partici­pação dos prefeitos no gover­no federal.

, recursos humanos para a Secretaria de Cooperação nos . Assuntos de Segurança Pública. A criação da Prefeitos no

~ co~:ria será, uma ~cu:,,:~as~~....,.rviSO'. i :J~~~~I~:i:cl~~jU'::l [Corregedoria 2 to a~ &overno de Lula,.? futu-! ro dITa. Mas um fato Ja pode I ser comemorado pelos admi-Antonio Augusto Chagas, Anteontem, a Prefeitura nistradores municipais: pela que era responsável pela confirmou a criação da primeira vez eles vão se sen-Zeladoria do Centro, passa Coordenadoria Especial de I tar com governadores para

! a ocupar a vaga na Acompanhamento de discutir assuntos referentes ! Secretaria de Segurança Projetos Estratégicos, com ao Mercosul. Hoje, no Hotel i Pública. Trata-se de mais remanejamentos no setor Intercontinental, no Rio de Ja-'I uma. etapa das alterações das ARs. E, pelo jeito, as I neiro, será instalado o Foro I preVIstas para ocorrer na mudanças não param Consultivo de Governadores I Administração. por aí. I e Prefeitos do Mercosul, em ~ . ----- evento paralelo à Cúpula de

. Chefes de Estado do bloco. a ti-asc

" Queremos participar da

coalizão polítiCa do governo. Nãó pode faltar a argamassa que liga o governo ao

Se não ficar só no blablablá político, é uma boa iniciativa.

Disputa . Lula não revela as mudan­ças que deve fazer no minis-

: I tério, mas a disputa por espa-• , ço e poder esta maIS do que

:1 evidente. O silêncio do presi­I dente deixa aflitos os aliados

no Congresso. O "prazo de tolerância" é a eleição na Câ­mara. A expectativa é que, 10- " go em seguida, o presidente I

inicie as alterações na sua equipe.

Novo concurso A Prefeitura de Campinas

abriu ontem as inscrições do processo seletivo para contra­tação de profissionais da Educação. Tem gente que fi­cou preocupada com a em­presa contratada para a reali­zação do concurso - temia­se que fosse a Conesul, a mesma que fez a lambança do último concurso público da Administração, em 2004, último ano da gestão de Iza­Iene Tiene (Pl). Não é. O res­ponsável pelo processo seleti­vo da Educação é o Instituto Municipal de Ensino Supe­rior de São Caetano do Sul Ornes).

Acidente aéreo o advogado Leonardo

Amarantes, que atende as fa­mílias das VÍtimas do vôo 1907 da Gol, e o perito norte- I

americano Hans Peter Graff I estarão hoje em Campinas . Eles darão informações so­bre o processo à Associação I de Familiares das Vítimas -sete são da região de Campi-I nas. O perito conduz invest~-I gação paralela sobre o aCI­dente e também dá suporte I técnico ao processo da Corte Federal de Nova York. A reu-I nião acontecerá às 19h.

I

nosso povo e a argamassa são os prefeitos. Hélio de Oliveira Santos (PDTI, prefeito de Campinas, durante cerimônia ontem no Palácio do Planalto, em BrasRia.

Racha tucano O PSDB parece estar tão dMdido e desnorteado quanto I

o PI' pós-escândalos. O anúncio do apoio a Arlindo Chinaglia (PT) na briga pelo comando da Câmara, feito pelo líder da bancada do PSDB na Casa, deputado Jutahy Magalhães (BA), caiu como uma bomba no ninho. E bastou a candidatura do tucano Gustavo Fruet (PR) ser confirmada pelo grupo que defende a "terceira via" para Jutahy admitir que o partido pode voltar atrás. Isso sem falar nos desencontros da campanha de Alckmin à Presidência. A dMsão certamente ficará exposta no próximo dia 23, quando os deputados eleitos pelo partido se encontrarão em evento em Brasília.

('URRE10 POPUí.A.R I DATA.

A defesa da vida e os gatos no Bosque n nível de civilidade de uma comunidade pode se me­dir também pelo respeito que é demonstrado a todos os seres vivos. Sem desmerecer a importância da quali­dade de vida humana, das necessidades de comunida­des carentes, o cuidado com os animais e o seu correto manejo demonstram a preocupação com todas as for­mas de vida e a responsabilidade assumida de prover equilíbrio na convivência. Negar atendimento em situa­ções de risco é comparar-se às crianças que maltratam seres inferiores, em exercício sádico de tirar a vida.

Não bastassem as questões éticas óbvias no trato de animais, a adoção de políticas nesse setor englobam uma questão de saúde pública. O descaso no manejo de animais em áreas urbanas pode ser disseminadora de doenças transmitidas pelos mesmos ou decorrentes da falta de higiene. Em todos os casos, há ampla expe-"ência no trato do problema com resultados de eficá­

cia comprovada, exigindo apenas que a atenção dos poderes públicos esteja voltada a essas questões.

Campinas tem sido privilegiada em iniciativas avan­çadas para lidar com o manejo de animais de todos os portes. Através da bem-articulada campanha desenvol­vida por associações e organizações não-governamen-

As criticas surgidas contra essa militância devem encontrar o seu foco ern possíveis

tais (ONGs), o município tem marcado tentos positivos na fiscalização e exigência de correto trato com animais em cativeiro, domésticos ou abandonados. O nível de atenção e exigência elevou-se a ponto de estabelecer priori­dade para boa parcela da po­pulação sensibilizada com ca­sos de maus-tratos ou ações

excessos nas inconseqüentes. proposituras A expressiva votação do ve-_._- - reador e deputado eleito Feli-ciano Nahimy Filho (PV) bem demonstra o quanto a ação voltada à proteção de animais repercute na socie­dade. O resultado tem sido a entrada em debate de vá­rias matérias que propõem o correto cadastramento de animais, a castração obrigatória e gratuita de cães e ga­tos abandonados no município, a fiscalização do traba­lho do Centro de Zoonoses, trabalhos educativos em parcerias com entidades correlatas, e, mais recentemen­te, a lei que proíbe a utilização de animais de tração pa­ra carroças nas vias pavimentadas de Campinas, já san­cionada pelo prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT).

As críticas surgidas contra essa ativa militância de­vem encontrar o seu foco em possíveis excessos ou in­constitucionalidades. Atitudes de exagero naturalmen­te ferem o bom senso. É salutar que qualquer movi­mento em defesa dos animais leve em consideração que a vida humana é, em essência, o bem maior a ser preservado. Ou seja, uma atitude não exclui a outra.

Não se pode, no entanto, desmerecer o caráter ético do trabalho e a sua urgente necessidade diante de um quadro de abandono. Os avanços em termos de civili­dade se dão em mobilização e defesa explícita de direi­tos. Não por acaso os parlamentares voltaram atrás em sua intenção de se autoconcederem aumento de salá­rios diante da manifesta indignação popular. Grito se­melhante que agora ecoa em defesa da vida, qualquer que seja a sua forma.

• correIO E-mail: [email protected]

Animais 1 Paulo Henrique c. P. Pinto Servidor federal, Campinas

_ Muito embora questiona­da por quem tem a crítica co­mo cacoete, é louvável a lei municipal que proíbe a circu­lação de animais de tração, as-

I sim como de veícul?s pux~-

I dos por esses, nas V1as paVI­

, mentadas de Campinas. Além I da importantíssima questão I relativa à segurança dos que trafegam com veículos auto­

i motores, a iniciativa envolve, I primordialmente, o bem-es­I tar dos quadlúpedes de gran­" de porte, sendo importante i frisar que os tutelados não I são aqueles que, confortavel­I mente, habitam haras ou hípi-cas. C .. ) Congratulações ao nosso Feliciano, democratica­mente eleito deputado esta­dual por um sem-número de paulistas atentos e sensíveis à causa animal, e ao dr. Hélio, pela sanção da lei legitima­mente aprovada pela Câmara dos Vereadores de Campinas, da qual emana a respeitosa vontade popular.

Animais 2 M. Anna Zanella Aposentada, Campinas

_ Há mais de 30 anos so­fro vendo animais sedentos, maltratados, com ferimentos

I causados por alTeias mal cola-I cados, sendo cruelmente usa-'I dos e surrados nas ruas pu­, xando carroças com peso in­i suportável para esses P?bres , animais. Quero parabenIZar o 'i vereador sr. Feliciano Nahimy Filho e o prefeito dr. Hélio de Oliveira Santos, pela lei assina­da que impede os animais nas ruas sendo usados como

I máquinas. Depois de tantas : dores, esses pobres animais I terão uma velhice sem tanto i sofrimento.

Segurança do trabalho José Maria Nogueira Técnico de segurança, Campinas

_ Dias atrás eu estava no Palácio dos Jequitibás. En­quanto aguardava a minha vez, observei uma cena muito comum que me chamou aten­ção. Os funcionários de uma empresa que prestava serviço de manutenção naquele edifí­cio chegaram com o andaime já montado, demarcaram a área com fita e cinto de segu­rança tipo pára-quedista. Quando muito, subiam e des­ciam na altura de seis metros para troca de lâmpadas, sem fazer uso adequado do cinto de segurança e das luvas. Por esse ato inseguro ou falta de informação, poderão levar as empresas culpadas a pagar al­to valor indenizatório.

Tapetão Moacyr Fagnani Sociedade dos Amigos da Cidade. Campinas

_ A SP-332, Rodovia Gene­ral Milton Tavares de Lima, popularmente conhecida co­mo o Tapetão, aguarda a sua prometida iluminação. Con- , forme noticiou o Correio Po- I

pular, em 30/8 passado, da !

aprovação pela Câmara Muni­cipal para o convênio com o • Estado, ou seja DER, autori- I

zando a CPFL a realizar os re­feridos trabalhos. A popula­ção de Barão Geraldo, a Cida­de Universitária e toda a re­gião, aguardam o sr. prefeito, dI'. Hélio de Oliveira Santos. uma notícia animadora sobre o assunto e trazendo-nos i

mais segurança.

C c;RREI() POPUI~AR DATA:

cidade rec:~lama

Buracos atrapalham usuários de ônibus do Terminal Central Assim que deixa o Terminal Central de Campinas para se­guir a pé até o trabalho, o aju­dante geral Celso Aparecido Ramires começa a driblar a buraqueira nas vias públicas da região. De acordo com ele, o trecho está tomado pelas crateras há algumas semanas, mas a Prefeitura não provi­denciou serviços necessários de manutenção.

"Muita gente tem que des­viar das crateras na frente do terminal. Todo mundo recla­ma e já vi muita gente trope­çando nesse lugar. Cheguei a registrar queixa no telefone 156, mas não adiantou", con-

dSSi'\)Ü.ra, nlwncro :!e rlocunk:nto de

tou. Segundo a dona de casa Maria Aparecida Soares, as crateras podem ter surgido após as chuvas fortes do iní­cio do ano. "Percebi que es­ses buracos começaram acha­mar a atenção logo depois das chuvas, mas acho que a Prefeitura deveria cuidar dis­so, já que é um trecho movi­mentado e precisa receber manutenção com freqüên­cia", declarou.

•• A Prefeitura de Campi­nas informou que uma equipe irá até o local para verificar a reclamação e incluir o trecho na programação de serviços.

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Ônibus deixa Terminal Central de Campinas: asfalto deteriorado

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MUNDO ANIMAL 111 ZOONOSE

I DATA .

Confusão m~~remoção de gatos do

Bosque para o CCZ Protetoras independentes que cuidavam de felinos sem dono no Jequitibás

discordam de condições do canil adaptado

11

Del ma Medeiros DA AG[NCIAANHANGUERA

I [email protected]

Confusão, lágrimas, ameaças e até a presença da Polícia Mi­litar marcaram o início da re­moção dos gatos do Bosque dos Jequitibás para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) na manhã de ontem. A captura dos primeiros sete ga­tos foi tranqüila e às 9h eles já estavam no CCZ. No entan­to, as duas protetoras inde­pendentes, que alimentam e cuidam dos felinos sem dono que vivem no Bosque, discor­daram das condições do canil adaptado e ameaçaram levar os felinos de volta para o par­que público. Enquanto aguar­davam a chegada do coorde­nador do CCZ, Antonio Car­los Coelho Figueiredo, um protetor independente acio­nou a PM para denunciar maus-tratos aos animais. De­pois de muita conversa, cho­ro e discussão, as protetoras indicaram os acertos deseja­dos e concordaram em deixar os bichanos no local. Mesmo assim, nova captura foi sus­pensa até que os gatis este­jam concluídos. A expectativa é que os felinos voltem a ser capturados amanhã.

"Eles prometeram arrumar tudo, mas não cumpriram. Não dá para deixar os gatos aí dentro. Tem espaços por onde eles podem fugir e pon­tas de arame onde podem se ferir. Tudo bem isolar, mas em condições adequadas",

afirmou Rose Munhoz, uma das protetoras independen­tes. "Estou me sentindo uma traidora. Eles (gatos) confia­ram em mim e eu os trouxe para este lugar, sem nenhu­ma segurança", lamentou So­nia Adamo, a outra protetora, sem conter as lágrimas.

Para aumentar a confusão, o ambientalista independen­te João Manuel.Aguilera Jú­nior acionou a Polícia Militar e registrou um boletim de ocorrência por maus-tratos

aos animais, alegando que eles estavam "comprimidos e sem água nas caixas de trans­porte porque as baias não es­tão prontas". A queixa seria registrada no 8º Distrito Poli­cial. A delegada Iara Marques da Silva vai abrir inquérito pa­ra investigar.

O coordenador do CCZ jus­tificou que os gatos só não es­tavam no gati! por resistência das protetoras. "Essa atitude pode jogar por terra toda a ne­gociação que vem sendo cons-

truída entre as entidades pro­tetoras e a Secretaria Munici­pal de Saúde", afirmou Figuei­redo. "Para nós, estava tudo certo. Mas as protetoras dis­cordaram e estamos fazendo os acertos pedidos. Por isso, os gatos não estão no canil adaptado", reforçou. A inicia­tiva de Aguilera foi contesta­da até pelo presidente da As­sociação Amigos dos Animais de Campinas (AAAC) , Flávio Lamas, que a considerou "la­mentável e precipitada".

Novo acerto Depois de tudo resolvido, Fi­gueiredo constatou que um dos gatos havia sumido. O animal foi encontrado dentro do carro de uma das mulhe­res que estavam com as duas protetoras. Isso levou a Secre­taria Municipal de Saúde a re­ver o acordo com a comissão criada para o caso. Depois de uma reunião do secretário de Saúde de Campinas. José Francisco Kerr Saraiva, com os técnicos sanitários e repre-

sentantt'S das organizações não-go\Cfn<l!Ill'J1tais que acompanham a transferência dos animais - I\AAC e União Protetora" dos Animais (UPA) -, ficou definido que apenas os integrantes da comissão te­rào aces.so ao CC! l' o conta­to com m gatos fica restrito ás dUiJS protetoras que cui­dam deles no Bosque. Para is­so, a exemplo dos funcioná­rios do CC!, elas receberão tratamento clt, pré-exposiçao contra raivd.

CURRFiCl POPUf"AR DATA:

i •

: RaIva em morcego provoca i o confinamento de felinos I

H á duas semanas foi confinuada raiva num morcego

não-hematófago (aquele que se alimenta de frutas) encontrado morto no

, Bosque dos Jequitibás. Como são predadores naturais do morcego, os gatos são as animais mais passíveis de contanlÍnação rábica, e podem firncionar como canal de transmissão do vírus aos humanos. O protocolo de prevenção contra a doença prevê o isolamento e observação dos felinos por um período de 180 dias, tempo em qut! os cerca de 50 gatos sem dono que vivem no Bosque

permanecerão no gatil do CCZ em observação. Nesse tempo serão vacinados, castrados e, constatada suas boas condições de saúde, encaminhados para adoção. Para que as pessoas acompanhem o processo à distância e conheçam os gatos, as ONGs vão criar um site na internet e instalarão câmeras no gatil. A idéia é cadastrar interessados em adotar os animais. As ONGs pedem apoio também para obter ração para os felinos, já que se comprometeram a suplementar a alimentação fornecida pelo CCZ. (DM/AAN)

C ORJ\EiO POPUI J\R DATA:

POUJIÇAoVISUAL 111 LIMPEZA

Lei r~~~Iing~ outdoors elD CaIIlpinas

Nova legislação da Prefeitura elimina 50% de placas e painéis publicitários

instalados em áreas urbanas e externas na cidade

'I' Tote Nunes I DP.KGE~JCIAAN!-IANGUER/'I li [email protected]

Depois de aproximadamente quatro meses de gestação, a Prefeitura de Campinas apre­sentou ontem a regulamenta­ção da lei que vai disciplinar a exposição de outdoors e pai­néis publicitários na cidade. Com as novas regras, o Executi­vo acredita que o número de painéis publicitários na cidade vai ser reduzido em 50%. A no­va legislação não proíbe a cha­mada propaganda externa em nenhum ponto da área urbana do município, mas impõe algu­mas restrições. Além de padro­nizar a burocracia - obtenção de licenças, regularização de empresas e an(mcios e formas de fiscalização -, a nova lei traz uma novidade: em aveni­das de grande movimento ou em vias expressas, as peças pu­blicitárias terão de guardar uma distância mínima entre si.

Três mil peças publicitárias estão irregulares

Nas avenidas, apenas três painéis poderão ser colocados num espaço de 100 metros. Mais: entre cada peça deverá haver uma distância mínima de três metros. Nas vias expres­sas (veja relação no quadro ao lado), o espaço entre cada gru­po de três painéis deverá guar­dar a distância de 500 metros.

A Prefeitura estima que exis­tam perto de 3 mil outdoors e painéis publicitários irregula­res na cidade, num quadro que acaba gerando urna perda de arrecadação de aproximada­mente R$ 12 milhões por ano.

Apenas com outdoors irregula­res, a Administração admite perda de R$ 1 milhão ao ano. A maior fatia da perda de arreca­dação se dá pela sonegação da Taxa de Fiscalização de Anún­cio (TFA) - imposto cobrado de empresas de publicidade responsáveis pelos outdoors e painéis de grande porte, mas também de comerciantes e profissionais liberais.

A regulamentação anuncia­da ontem prevê um período de 90 dias de transição, pelo qual as empresas de publicidade po­derão fazer adequações ou dei­xar a clandestinidade. Somen­te depois disso, terá início o processo de fiscalização, mul­tas e retirada de painéis irregu­lares. De acordo com o coorde­nador de Comunicação da Pre­feitura, Francisco de Lagos, a nova legislação traz "equilíbrio entre o interesse privado e o

. público". De acordo com o se­cretário de Assuntos Jurídicos, Carlos Henrique Pinto, a regu­lamentação "vai possibilitar o desenvolvimento da atividade, com a preservação da paisa­gem urbana".

A fiscalização será feita por equipes da autarquia Serviços Técnicos Gerais (Setecl - res­ponsável, entre outras coisas, pelo uso e ocupação do solo -, e da Secretaria de Urbanis­mo. Mas o trabalho não estará restrito apenas aos funcioná­rios públicos. Lagos anunciou ontem que haverá a contrata­ção de uma empresa espe­cializada neste tipo de traba­lho. A equipe fará o que os téc­nicos chamam de georeferen­ciamento: registro com fotos ou filme de todo tipo de publi­cidade existente em determina­da rua. Os dados serão envia­dos então para a Prefeitura, que poderá proceder eventuais cobranças de taxas em atraso.

De acordo com Lagos, uma simulação feita pelos técnicos da Prefeitura na Rua Concei­ção, no Centro da cidade, mos­trou que o índice de sonega­ção da TFA é extremamente al­to. Conforme ele, os técnicos vistoriaram 115 estabelecimen­tos comerciais na rua e desco­briram que nada menos que 90 estavam irregulares.

A ofensiva da Prefeitura con­tra a propaganda irregular co­meçou em outubro do ano pas­sado, quando fiscais de cinco secretarias e órgãos munici-pais foram às ruas e passaram a identificar com uma faixa os outdoors e painéis publicitá­rios clandestinos. Só na Aveni­da Lix da Cunha, na região Oes­te, onde a operação foi defla­grada, os fiscais identificaram 20 desses cartazes. Na época, as peças foram parcialmente cobertas por uma faixa de 50cm de largura e 6m de com­primento com a inscrição: "Pu­blicidade Irregular. Interditado por descumprimento de Legis­lação Municipal".

C URREi() POPULAR i DATA:

Diretor de agência de publicidade critica regras o diretor da agência de publici­dade Bravos, WendeU Amorin, considerou "restritiva" a lei pa­ra a publicidade externa em Campinas, Sq,'ltrldo ele, a redu­ção de 50% !lO número de pai­néis e outdoors estimada pela Prefeitura, t' um "retrocesso".

\Vendell diz concordar com a padronizaçilo das normas téc­nicas (medida, altura, recuo, etc) para a exposição das pe­ças. Também acha que a dis­tfll1cia mínima entre os painéis pode ser benétka, mas avalia que a Prefeitura está excluindo anunciantes. "A tendência no mundo é ampliar a oferta."

A vereadora Teresinha de Carvalho iPSB), autora de dois projetos que pretendiam disci­plinar a propaganda na cidade, recebeu a nova legislaçào com otimismo. "Não li o decreto, mas acho que j,í há um avan­ço", disse ela. No segundo se­mestre do ano passado, ela apresentou dois projetos sobre o tema na Câmara de Vereado .. res. Num deles, proibia a publi­cidade no Centro histórico. No outro, defendia a definiçào de áreas específicas para a exposi .. ção das peças publicitárias.

O presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimen­to de Campinas (eMDU), Ioào Coelho. disse que não poderia analisar a nova lei, pois ainda não havia lido, mas lembrou que o Conselho queria a proibi­ção de publicidade em áreas públicas: que os outdoors fos­sem colocados apenas em c1rea" comerciais, e que tótens e painéis respeitassem o mes­mo limite de altura e recuo a que as COllstlllçôes são subme­tidas. "Nenhuma sugestão foi acatada", lamentou. (TN/AAN)

SAIBA MAIS outdOor sofrerá controle VfaSéXpressas onde O 'I'

~~~~~~~~ I A exposição de outdoor sofrerá

controle específico em nove vias. Cada grupo de três painéis, terá de guardar distância de 5CX) metros entre si. .t Avenida Engenheiro Francisco de Paula Souza - entre a Rua Frederico Ozanan até o limite com Valinhos

: .t Avenida Comendador Antonio I Roccato

.t Rodovia Heitor Penteado

.t Avenida Lix da Cunha

.t Rodovia Miguel Noel Nascentes Bumier .t Rodovia General Milton Tavares de Souza .t Avenida Prestes Maia .t Via Expressa Waldemar Pascoal .t Avenida Mackenzie

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TRÂNSlfO III DESVIO

Obras na Av. John Boyd continuam por um mês Interdição de pista será mantida e rota alternativa terá tapa-buraco

SammyaAraújo

[email protected]

As obras de reparos nas galerias pluviais que passam por baixo da Avenida John Boyd Dunlop, na altura do Jardim Ipaussura­ma, vão durar pelo menos 30 dias. Isso se não chover demais, segundo o secretário de Infra-es­trutura, Osmar Costa. Ontem, máquinas e funcionários da Pre­feitura começaram a trabalhar no local. onde a erosao já se aproximava da pista e ameaça­va afundar o asfalto. Mas, pelo menos por enquanto, não have­rá necessidade de ampliar a área interditada: a faixa da direi­ta no sentido Centro-bairro, por um trecho de 500 metros a par­tir do Campus 2 da Pontifícia Universidade Católica de Cam­pinas (PUC-Campinas), onde o tráfego está interrompido desde a tarde de terça-feira.

De acordo com Costa, ao contrário do entupimento por entulho, que havia sido cogita­do como a causa, a queda do barranco foi provocada pelo tombamento de cinco metros de adudas (tubos de concreto de 3,20 metros de diâmetro) que canalizam o Córrego !paus­surama por baixo da via. Isso, diz o secretário, tem a ver direta­mente com a intensidade das chuvas no início do mês.

"Há uma rede de canos me­nores, com 1,5 metro de diâme­tro, sobre essas aduelas, que co­lhem a água dos bueiros da ave­nida. Como choveu muito, eles geraram uma cascata sobre a tu­bulação abaixo, o que descal­çou os fundos e provocou o tom­bamento", explica. Segundo Costa, em uma análise prelimi­nar os técnicos da Infra-Estrutu­ra consideram "pouco prová­vel" que haja algum reflexo no pavimento da avenida, como afundamento, durante as obras de reparos.

Já o prazo será mantido so­mente se o tempo colaborar.

"Se chover como no início do ano, vamos precisar do dobro de dias porque sC'não corre o ri~­co de a chuva carregar as pe~ dras que vamos usar para refa ~ zer o fundo onde se apóiam as aduclas", avisa.

Trânsito Dl' acordo com o secretário :\lu­nicipal de Transportes, Ger~(m Luis Bittellcourt. as rotas alter­nativas indicadas anteontem pe­la Empresa Municipal de Dt'st'll~ volvimell(o de Campinas S. :\~ U".mdec) aos motoristas que ( (l'.

tumml1 U~;iir a bhn Bovd IJil!l~ lop ~er~lo J1wntidas ppJo !Clllpn em que durarem ,IS obras. Sc~

gundo ele, a Prefeitura eleve iniciar em breve melhorias no pavimento dessas vias, COlll uma operaçáo tapa-bu­raco. "Isso será necessário pa­ra comportar o aumento da qU<tnticladc de veículos. Mj~ na!. siio 30 mil carros de pas­seio por dia na John Bovd Du­nlop", afirma o s{~LTetáJ:io.

Ontem foram dispostas placas ao longo da avenida, orientando os desvios, que também podem ser consulta­dos no si!e da Fmdec (u'/{!u'.

I'lIldcCCOIII.l!r). !\s 1!llhas de Ill'ihus e "eletivos conlinualll com seus itillt'tário c; nUIIn,lis, diz Bittencourt.

Eleio AlveslAAN

o local do acidente: chuva provocou tombamento de tubos

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TRANSPORTE 111 PREVENÇÃO

Emdec vistoria menos de 50% dos veículos escolares Do total de 880 carros que fazem o serviço em Campinas, 341 foram fiscalizados

A pouco menos de duas sema­nas para o final do prazo de inspeção dos veículos de trans­porte escolar, a Empresa Muni­cipal de Desenvolvimento de Campinas S.A. (Emdec) já ins­pecionou 341 dos 880 carros componentes da frota. Foram contabilizados os números até a última terça-feira e, de acor­do com o gerente de planeja­mento de transporte da Em­dec, Roberto Brederode, eles são considerados pela empre­sa de satisfatórios.

Durante a inspeção, é feita uma verificação completa na parte mecânica do carro, além de uma vistoria na carro­ceria, onde, conforme a Em­dec, é detectado o maior índi­ce de irregularidades, que é de 35, 63%. Os problemas na carroceria vão desde cinto de segurança, bancos e portas com defeito até a faixa que identifica o veículo como sen­do de transporte escolar em desacordo com as especifica­ções pré-estabelecidas.

Dos veículos vistoriados até agora pelo órgão da Pre­feitura de Campinas, 176 fo­ram aprovados. O restante, 165, deverá retomar ao De­partamento de Inspeção Vei­cular (DIV) para obter o selo da vistoria.

Brederode destacou que, antes de contratarem servi­ços de transporte escolar pa­ra seus filhos, é importante que os pais observem se o veículo tem o selo da visto­ria, predominantemente la­ranja, colado no pára-brisa.

Para esclarecer dúvidas sobre o processo de vistoria e a documentação exigida, o transportador pode entrar em contato com a Emdec pelos telefones (19) 3227-1066 e 3772-4085. Os pais podem denunciar mo­toristas que prestam o servi­ço sem o selo da vistoria li­gando para o (19) 3232-1517. (Daniela do Can­tolDa Agência Anhangüera de Notícias)

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HABITAÇÃO III FRAUDE

Família perde casa popular cOlllprada na

Vila OlíInpia Imóvel havia sido vendido irregularmente por mutuário beneficiado por

programa habitacional

li EduardoCaruso

,I, D,\,ê,(;U\j( 1!\·~~JH/-I\JJUt::k,L; il [email protected]

A Secretaria de Habitação de Campinas retirou, no último sábado, uma família de uma das casas cio Residencial Vila Olímpia, constmído exclusiva­mente para abrigar moradores de áreas de risco da cidade. A ação faz parte do monitora­mento constante para garantir que os imóveis não sejam ne­gociados ilegalmente e as famí­lias beneficiadas não voltem a morar nos locais de onde elas foram removidas.

Conjunto é destinado para moradores de áreas de risco

A Secretaria informou, por meio da sua assessoria de im­prensa, que o proprietário do imóvel, que fazia parte das 370 famílias removidas da Rua Moscou, localizada no Bairro São Quirino, vendeu a casa através de "contrato de gave­ta" e recebeu cerca de R$ 8 mil na transação. Esta é a quarta vez, descle o final de 2005, quando começaram as remo­ções para o local, que benefi­ciários perdem o imóvel por realizarem esta prática fraudu­lenta.

"Nós temos o monitora­mento. Ao realizarmos essa ação, fizemos uma análise e detectamos que a família retor­nou para a casa de um paren­te (na Rua Moscou) e vendeu ilegalmente a casa. Cabe agora aos compradores, que foram retirados do imóvel, procura­rem a Justiça para que sejam tomadas as devidas providên-

cias", disse o coordenador de habitação popular, Carlos Ar­tioli.

Uma família, que faz parte do cadastramento da Compa-

nhia de Habitação Popular (Cohab) de Campinas, já to­mou posse do imóvel.

Quando detectado este tipo de situação, os moradores re­cebem uma notificação para deixarem o imóvel no prazo de 15 dias. A Secretaria não di­vulgou o endereço da casa on­de foi retirada a família e nem

o nome das pessoas envolvi­das na negociação.

Artioli explica que a Secreta­ria está legalmente apta a reti­rar os moradores que se en­contram em situação fraudu­lenta. "Nós, como governo, te­mos o poder de polícia e a pos­se da propriedade", comen­tou. Segundo ele, é necessário realizar o monitoramento co­mo uma forma de controle pa­ra a queda no número de pes­soas moradoras de áreas de ris­co iminente na cidade. "Nós temos diversos critérios para realizar esta avaliação. Não va­mos permitir que façam isso (venda ilegal de casas popula­res)", garantiu.

Enquanto algumas famílias levantam as mãos ao céu por conseguir um imóvel e se afas­tar do pesadelo das enchentes que castigavam moradores da

Rua Moscou, outros estão insa­tisfeitos em residir na Vila Olímpia. "Eu estou vendendo minha casa por R$10 mil. Não tem creche perto e não consi­go ir trabalhar porque não te­nho com quem deixar os meus filhos", comentou uma moradora que não quis se identificar.

A poucos metros da mora­dora descontente, a dona de casa Lucinda Maria Rodrigues de Freitas, de 35 anos, agrade­ce por ter uma moradia digna. "Já disse que não saio daqui de forma alguma. Eu acho um absurdo as pessoas que ven­dem as casas. Quando estáva­mos lá na área de risco, todos pediam uma moradia para o governo. Agora que tiraram eles da valeta, estão querendo vender. Minha casa não tem preço", ressaltou.

I NOMERO I -----·-·----1 I ____ . __________ --.-.J

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: CASAS POPULARES __ 11

I Fazem parte do conjunto i habitacional Vila Olímpia L __________________ .. _

Falsário é preso após 'vender' imóveis da CDHU Rapaz dizia-se diretor da estatal e conseguia dinheiro de moradores da região dos DICs

Pelo menos 60 pessoas podem ter caído no golpe da casa pró­pria, em Campinas. Na tarde de ontem, a Polícia Civil au­tuou em flagrante pelo crime de estelionato, Rafael Ferraz Sampaio, ele 22 anos. morador da Vila Padre Anchieta. Segun­do depoimento de vitimas, ele se passava por funcionário da Companhia de Desenvolvi­mento Habitacional e Urbano (CDHU) e vendia casas popu­lares na periferia ela cidade. Nas últimas semanas. ele esta-

va agindo na região do DICs. Para convencer seus "clien­tes", ele usava um crachá falsi­ficado do governo do Estado.

O caso foi registrado no plantão do 9º Distrito Policial, no Jardim Aeroporto. Os gol­pes aplicados por Sampaio vie­ram à tona depois que funcio­nários da Companhia de Habi­tação Popular de Campinas (Cohab) passaram a receber uma série de denúncias. Ao mesmo tempo, as informa­ções começaram a chegar pa-

Júlio César Costa/AAN

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. '''''~IIIII' . 1_ Vítimas e testemunhas foram ao 9º DP: golpista lesou 60 pessoas

ra a CDHU. Uma funcionária do órgão disse que em média eram recebidas 50 ligações de­nunciando o caso. O falsário, que se identificava como dire-

tor financeiro da CDHU, foi preso na tarde de ontem, no DIC 1, enquanto tentava ven­der para um homem, um imó­vel localizado no Residencial

São Bento, na reglao do Campo Grande. em Campi­nas.

As obras deste residen­cial ainda estão em anda­mento e é urna parceria en­tre o CDHU e o Programa de Arrendamento Residen­cial (PAR), do governo fede­ral. "Ele prometia casas", disse uma mulher vítima do estelionatário. Somente na família dela, seis pessoas, to­das de baixa renda, foram al­vo de Sampaio. O prejuízo chegou a R$ 1,2 mil. "Ele di­zia que conseguia agilizar as papeladas dentro do CDHU e quando acontecessem os sorteios era certeza que eu seria contemplada. Para is­so, dei a ele R$ 200,00", dis­se uma das vítimas. (Carla SilvalDa Agência Anhan­güera)

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LAZER 111 DEGRADAÇÃO

Abandono da Arautos afasta freqüentadores Prefeitura anunciou reformas há sete meses, mas intervenções ficaram na promessa

II RogérioVerzignasse I DAAGtNCIAANHANCÜERA

I [email protected]

A Praça Arautos da Paz foi rei­naugurada há pouco mais de dois anos, após receber R$ 3,09 milhões em investimentos em reformas. Mas quem caminha hoje por ali reclama que a gleba (em área nobre da cidade e ao lado da concorrida Lagoa do Ta­quaral) está simplesmente aban­donada.

Banheiros estão sem condições de uso e lâmpadas, quebradas

As queixas não são recentes. O Correio Popular publicou, em junho do ano passado, de­poimentos de moradores das imediações e freqüentadores in­conformados com o descaso. Os entrevistados reclamaram que vândalos destruíam peças sanitárias. Falavam das paredes pichadas nos banheiros e de­nunciavam o furto de lâmpadas nos postes das alamedas.

Na época, a Prefeitura anun­ciou novas reformas, com mu­dança no projeto paisagístico e instalação de um sistema de câ­meras para flagrar vandalismo. Hoje, sete meses depois, a popu­lação continua desapontada. O morador Carlos Eduardo Celes­te, por exemplo, reclama do de­pósito irregular de lixo por toda a parte e da depredação de sani­tários públicos. Denuncia que jovens usam drogas em plena luz do dia, a poucos metros do distrito policial do bairro.

Os banheiros, por sinal, nem podem ser usados. A alternativa para manter vândalos afastados foi bloquear os acessos com cor­rentes.

Um passeio rápido deixa o vi­sitante chocado. Ao longo da ala­meda de cimento - que liga os dois sanitários, circulando o pal­co -, faltam luminárias em pra­ticamente todos os postes. A si­tuação só piorou em relação a junho. O mato toma conta do terreno e, em alguns pontos, o capim chega à altura de quase um metro.

Caixinhas de força foram ar­rombadas e os fios roubados. O próprio pavimento de cimento foi arrebentado em alguns pon­tos. Um homem que testemu­nhou o vandalismo pede para não ser identificado. Por ser um funcionário público municipal, ele teme represálias. Com anos de serviços prestados, sente ne­cessidade de desabafar: "O go­verno gastou milhões em uma praça que nunca 'virou'. Ela é linda, mas a falta de manuten­ção e policiamento a torna um antro de marginais", diz.

Ninguém vai O cenário é tão desolador que os campineiros evitam a praça. Os principais freqüentadores são aqueles que caminham pela Avenida Heitor Penteado (ao re­dor da lagoa). Eles simplesmen­te dão uma "esticadinha" na ca­minhada e se exercitam nas cal­çadas das ruas Luiza de Gus­mão, Arlindo Carpino e Vital Brasil (que circundam a Arau­tos). Além deles, lá no meio da gleba se divertem só garotos que brincam com skates ou sol­tampipa.

I Até agora, única medida foi pintar paredes pichadas

A refonna da Arautos da Paz, prometida em junho, fazia parte de

um programa de revitalização emergencial de diversas praças. Cerca de R$ 300 mil seriam investidos para recuperar, além da Arautos, áreas como a Praça

I Guilhenne de Almeida e os , I largos do Pará, São Benedito . e Santa Cruz. Na época, o coordenador de Comunicação da Prefeitura, Francisco de Lagos, afirmou que seriam cultivadas palmeiras imperiais na gleba. Prometeu, ainda, monitorar a circulação pública na área, com um sistema de câmeras ligadas 24 horas por dia. Até hoje, foi feita apenas a pintura de paredes externas que serviram para cobrir as pichações. Procurado ontem pela reportagem, Lagos não foi locaIizado para falar do cronograma de

! obras. (RV/MN)

(;RHEiO POPUL'\R DATA:

aISCO!!! CARAMUJO

Sucen vistoria lagoa contaminada Objetivo é traçar ações para evitar surgimento de novos casos de esquistossomose

Técnicos da Superintendên­cia de Controle de Endemias (Sucen) vistoriaram ontem a lagoa do Parque Valença 2, na região Noroeste de Campi­nas, apontada como local on­de três adolescentes contraí­ram esquistossomose. Eles fi­zeram a avaliação geográfica do local e vão elaborar um re­latório indicando à Secretaria de Saúde de Campinas as

ações que devem ser toma­das para eliminar o foco de contaminação.

Eles não conseguiram cole­tar amostras dos caramujos de água doce, hospedeiros da bactéria que, transmitida ao homem pelo contato da água contaminada, causa a esquis­tossomose. Segundo a asses­soria de imprensa da Secreta­ria de Estado da Saúde, devi-

do à chuva de ontem, os cara­mujos não foram localizados.

Além dos três casos confir­mados, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria Municipal de Saúde, investiga outros 12 suspeitos, de crianças e ado­lescentes que nadaram na la­goa na mesma ocasião.

O médico sanitarista An­dré Ribas de Freitas, explicou

que a Covisa abriu inquérito epidemiológico para investi­gar a possibilidade de outros casos na região. Segundo Frei­tas, intervenções químicas em áreas contaminadas têm se mostrado pouco eficazes. A medida mais recomendável é a retirada da vegetação do entorno para reduzir a oferta de alimento ao caramujo. (Da Agência Anhangüera)

Júlio César Costa/16jan2007/AAN

Menino nada no Parque VaJença 2: três já contraíram a doença

,CCRREIO POPlJI~AR DATA:

EDUCAÇÃO 111 INFANTIL

I jminar garante yagas em creche

Unidade Agostiniana Santo Antonio queria atender só crianças de famílias com

renda mensal de até dois salários mínimos

II

NiceBulhães DAAGtNCIAANHANGUERA

[email protected],br

Pais de cerca de 45 alunos da Creche Agostiniana Santo Anto­nio, mantida pela Sociedade Agostiniana de Educação e As­sistência, entraram com man­dados de segurança, com tute­la antecipada, para que seus fi­lhos possam continuar estu­dando na entidade em 2007. A creche, de acordo com o escri­tório de advocacia Palmeron & Associados, comunicou aos pais, através do caderno de re­cados dos estudantes em 2006, que "somente serão atendidas as crianças mantidas pela filan­tropia, ou seja, as famílias que

Segundo advogados, exclusão representa retrocesso no ensino

se enquadram no critério de gratuidade com renda familiar de até dois salários - mínimos CR$ 700,00)" a partir de 2007 e que aqueles que pagavam men­salidade não serão mais atendi­dos. A decisão pode atingir 600 crianças.

O juiz da Vara da Infância e Juventude, Richard Pae Kim, concedeu liminares que garan­tem as vagas para esses alunos, com base em pareceres da pro­motora Verônica Morais Ra­mos Kobori. Ninguém da enti­dade foi localizada para comen­tar o assunto.

A principal fundamentação dos advogados Alcebiades dos Santos e Palmeron Mendes Fi­lho é a de que a creche "sem­pre foi filantrópica e sempre co­brou mensalidades de metade de seus alunos", que, segundo consta em informe publicitário institucional, tem 1,2 mil matri­culados em suas duas unida-

des, que ficam na Vila Marieta, em Campinas. A mensalidade custou R$ 250,00 no ano passa­do, mas alguns alunos paga­vam a metade deste valor. Além disso, os advogados afir­mam que a creche cobrava pe­lo uniforme, material de higie­ne e material escolar. A "exclu­são" dos alunos, de acordo com os advogados, representa

um retrocesso no aprendizado deles. Para os advogados, a mu­dança nos critérios de atendi­mento da instituição deveria ser efetivada gradativamente, substituindo os recém-forma­dos por alunos carentes.

"A creche deveria garantir a continuidade dos estudos até a formatura dos alunos", disse o advogado Mendes Filho, que é

pai de um dos alunos exclUÍ­dos. Para ele, a "entidade age em substituição e em nome de um órgão público ou estatal, e apesar de se intitular uma enti­dade filantrópica, aceitou as matrículas em anos anteriores, mesmo conhecendo as condi­ções econômicas dos impetran­tes, sempre cobrou e recebeu mensalidades, e não pode sem

justo motivo, negar-lhes a da­rem seqüência aos seus estu­dos". Acrescentou que cerca de 600 crianças, incluindo as 45 re­presentadas nos três manda­dos de segurança, partirão à procura de vagas "sabidamen­te inexistentes em creches" da região. Em caso de a entidade não aceitar esses alunos, consi­derados "não-carentes", a ação

pede que os pais sejam reem­bolsados de todos os valores co­brados.

Para a artesã Tânia Cristina Paiva, a exclusão do filho Feli­pe Paulo de Paiva, de 5 anos, re­presentará a quebra da sua for­mação escolar. "Ele está na cre­che desde o berçário, tem os amiguinhos e nas duas creches do município na região não há vagas para ele, sendo que ten­tei arranjar vaga pelo emprego do meu marido, mas não con­segui porque é por sorteio." O marido dela recebe R$ 1,2 mil bmto. A família mora a duas quadras da creche. "No ano passado, o meu filho não pa­gou nada para estudar na cre­che e, agora, recebo este triste comunicado pelo caderno."

A reportagem da Agência Anhangüera de Noticias (AAN) foi até o local, mas ninguém atendeu aos interfones, instala­dos nas duas entradas da cre­che, bem como não obteve êxi­to junto à Arquidiocese de Campinas. Em uma das linhas telefônicas da creche, a AAN deixou recado na secretária ele­trônica, mas, até o fechamento desta reportagem, não obteve retorno.

_.__________ I J i "Iremos entrar com ! outro mandado de ! segu ra nça contra a i creche para garantir • a vaga para mais :alunos."

I PALMERON MENDES FILHO i Advogado I

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PLANO DIRETOR

Campinas como mercadoria JOSE BRAGA r-:----- --------

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Sancionado o "novo" Plano Diretor de Campinas, a luta política dos que querem Cam­pinas Democrática continua com pelo menos dois desa­fios: efetivar os instrumentos de gestão urbana previstos na Lei e reverter o modelo econô­mico centrado na idéia dos Grandes Projetos de Desenvol­vimento Urbano - GPDU(s),

Do que estamos falando? As cidades e seus papéis vêm ganhando centralidade no de­bate político e acadêmico, Não é por acaso, portanto, a aprovação do Estatuto da Ci­dade, a criação do Ministério das Cidades e Li difusão dos Planos Diretores Participati­vos, instrumentos que bus­cam favorecer uma discussão sistemática e aprofundada das causas de nossas miséria e desigualdades urbanas, as­sim como, meios e caminhos para superá-las. Neste debate, de um lado, temos o projeto democratizante e participati­vo. Neste, a cidade seria dirigi­da pela política; a luta é para tirar a cidade das mãos dos técnicos, descentralizar seus processos decisórios e am­pliar a participação dos citadi­nos na definição do seu futu­ro. Do outro lado, no projeto neoliberal, a perspectiva estra­tégica fundamenta-se na idéia de que as cidades se en­contram situadas em um mer­cado mundial de alocação de capitais. Em decorrência, es­tas devem ser tratadas como mercadorias a serem vendi­das no mercado globalizado. Daí emergem enunciados que são tomados como modelos a serem seguidos, entre eles o GPDU(s). Aqui a democracia

e o direito à cidade e à cidada­nia, são trocados por deman­das informadas pelas leis de mercado.

O debate e a Lei sanciona­da revelam os desafios. O pri­meiro aparece no questiona­mento do setor imobiliário quanto à insegurança ~o mer­cado de terra ao garannr capa­cidade de intervenção ao Esta­do. A proposta apresentada

foi a necessidade dos técnicos avaliarem se a aplicação da Lei interferiria no mercado. Também, que se definissem na Lei quais os subespaços que estariam sujeitos à defini­ção política - não mercantil - das formas de uso da terra. Da parte dos movimentos so­ciais, dos Conselhos Munici­pais e de parte dos vereado­res, a reclamação foi a de que o Executivo, apesar da disposi­ção para ouvir e dirimir dúvi­das, pouco esteve disposto a alterar ou substituir suas pro­posições, o que, se por um la­do é importante - e deve ser elogiado -, por outro, é insu­ficiente na medida em que não basta "realizar centenas de reuniões" para ter-se uma construção democrática. Para que a síntese seja participati­va se faz necessário acabar com o monopólio de decisão por parte do Estado abrindo espaços onde atores da socie­dade civil tenham a mesma condição de decisão que os da sociedade política.

A Lei, apesar de incorporar os instrumentos de gestão ur­bana, remete sua regulamen­tação aos Planos Locais de Gestão, os quais, sob a "res­ponsabilidade do Executivo" deverão estar prontos até 2008. Acertadamente, está pre­vista a criação dos Conselhos Locais, contudo, caberá a es­tes apenas "acompanhar a im­plementação dos Planos Lo-

cais podendo recomendar me­didas". Ainda, "para assegurar que os objetivos, diretrizes e metas da Lei sejam atendidos, o Executivo estabelecerá me­canismos de gestão do Plano Diretor, com o acompanha­mento do Conselho da Cida­de e demais conselhos afins".

Excluído o caráter partici­pativo, somado à "capacidade de pressão" do setor imobiliá­rio, temos nosso primeiro de­safio. O segundo se relaciona aos três equivocados eixos de desenvolvimento econômico que buscam vender nossa ci­dade, oneram o poder públi­co e reproduzem a exclusão sócio-espacial: a revitalização do Centro, os Parques Tecno­lógicos e a ampliação do Aero-

porto de Viracopos. A idéia de revitalização de

centros históricos é conheci­da na literatura sobre GPDU, ou seja, vender e revender propriedades e seus valores de usos para que o mesmo lo­te seja transferido com lucro, "através da estruturação urba­na e o fomento de atividades de comércio e serviços", co­mo propõe a Lei. Em Campi­nas, a ampliação de espaços comerciais na área central es­timulará seu uso pela econo­mia informal e aumentará o fluxo de pessoas, agravando ainda mais a já caótica condi­ção de circulação. Temos ain­da a incerteza quanto à efeti­vação dos investimentos pri­vados, problema presente

também no segundo eixo, pois a idéia dos Pólos Tecnoló­gicos está presente - sem su­cesso - desde o "velho" Pla­no Diretor. Neste eixo, pior do que a incerteza quanto aos investimentos, é a reserva de terra numa "Área de Urbaniza­ção Controlada", que, confor­me o Caderno de Subsídios, já é um "local privilegiado pa­ra a instalação de institutos de pesquisa e indústrias de al­ta tecnologia e serviços a elas articulados, ao mesmo tempo em que tende a consolidar os bairros de padrão médio e al­to".

O terceiro eixo - uma in­tervenção desde fora para ace­lerar a circulação de mercado­rias e a governabilidade urba­na a partir da 11 ª Brigada de Infantaria Leve que desembar­cará nos aeroportos do País "para garantir a ordem públi­ca" - onerará fortemente o poder público conforme as di­retrizes do "novo" Plano Dire­tor para a região: "desenvol­ver Plano Local de Gestão, considerando as demandas sociais existentes e o Aeropor­to como indutor do desenvol­vimento local; priorizar os pro­blemas de saneamento já exis­tentes; implantar sistema viá­rio de forma a integrar a re­gião à cidade; preservar os ma­nanciais, matas e cerrados; adequar a infra-estrutura dos bairros aliando o atendimen-

(( ~RREK) POPULAR , DATA:

to das necessidades básicas ao controle da expansão e do adensamento" .

Os desafios da democratiza­ção e da reversão do modelo econômico continuam coloca­dos para quem quer Campi­nas Democrática.

U José Braga é economista e mestrando em Ciências Políticas na Unicamp. Foi coordenador do OP e do Grupo de Trabalho de Revisão do Plano Diretor no Governo Democrático e Popular - 2001/04 E-mail: [email protected]

;CCRREIO POPULAR DATA:

CONFRARIA DA DANÇA Sob a coordenaçào de Dia-1Il' Ichimaru e Marcelo J{o­drigues. acontece em levc­reiro. numa promoção da Secretaria de Cultura de Campinas. oficinas gratui­tas de dan(;a. () público ai \l) é formado por l'swditll' te" e prnli';"i')!}ais dessa área. maiores de 18 ;1I10S.

lnformaç(ws c il1<;criçõe" na Estaç;}o Cultura.

DATA:

SAÚDE

Shopping D. Pedro apóia campanha de doação de sangue

•• o Parque D. Pedro Shopping será palco hoje da campanha Dê o Sangue Por Esta Causa, promovida em conjunto pelo Hemocentro da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e restaurante TGI Friday's. A ação será realizada das 16h I

às 20h, em uma unidade . móvel de coleta de sangue que ficará na entrada das Aguas. A coleta tem por objetivo suprir as necessidades do Hospital de Clínicas. (AAN)

C·(.iRRE1() POPCJIJAR DATA: ----- ---~ - ---

IXe-que-Mate I RICARDO ALÉCIO - Interino

I Toma lá. dá cá Hélio e mais 131 prefeitos

da base aliada foram recebi­dos ontem pelo presidente

. Luiz Inácio Lula da Silva. O ~ard~~~ _______ _ ~--- - - ---- motivo do encontro foi a

---------~--- ------~-------

i Corregedoria 1 A Guarda Municipal de Campinas terá em breve uma Corregedoria. A Prefeitura já está preparando a estrutura para montar o departamento que irá cuidar da investigação de casos envolvendo os guardas. Para isso, decreto do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) , publicado ontem, transfere o cargo de supervisor de

apresentação aos chefes do Executivo das idéias prelimi­nares do Programa de Acele-

I ração do Crescimento (PAC).

I O petista pediu apoio dos prefeitos para executar as medidas do programa e Hé-lio pediu uma maior partici­pação dos prefeitos no gover­no federal.

, recursos humanos para a Secretaria de Cooperação nos . Assuntos de Segurança Pública. A criação da Prefeitos no

~ co~:ria será, uma ~cu:,,:~as~~....,.rviSO'. i :J~~~~I~:i:cl~~jU'::l [Corregedoria 2 to a~ &overno de Lula,.? futu-! ro dITa. Mas um fato Ja pode I ser comemorado pelos admi-Antonio Augusto Chagas, Anteontem, a Prefeitura nistradores municipais: pela que era responsável pela confirmou a criação da primeira vez eles vão se sen-Zeladoria do Centro, passa Coordenadoria Especial de I tar com governadores para

! a ocupar a vaga na Acompanhamento de discutir assuntos referentes ! Secretaria de Segurança Projetos Estratégicos, com ao Mercosul. Hoje, no Hotel i Pública. Trata-se de mais remanejamentos no setor Intercontinental, no Rio de Ja-'I uma. etapa das alterações das ARs. E, pelo jeito, as I neiro, será instalado o Foro I preVIstas para ocorrer na mudanças não param Consultivo de Governadores I Administração. por aí. I e Prefeitos do Mercosul, em ~ . ----- evento paralelo à Cúpula de

. Chefes de Estado do bloco. a ti-asc

" Queremos participar da

coalizão polítiCa do governo. Nãó pode faltar a argamassa que liga o governo ao

Se não ficar só no blablablá político, é uma boa iniciativa.

Disputa . Lula não revela as mudan­ças que deve fazer no minis-

: I tério, mas a disputa por espa-• , ço e poder esta maIS do que

:1 evidente. O silêncio do presi­I dente deixa aflitos os aliados

no Congresso. O "prazo de tolerância" é a eleição na Câ­mara. A expectativa é que, 10- " go em seguida, o presidente I

inicie as alterações na sua equipe.

Novo concurso A Prefeitura de Campinas

abriu ontem as inscrições do processo seletivo para contra­tação de profissionais da Educação. Tem gente que fi­cou preocupada com a em­presa contratada para a reali­zação do concurso - temia­se que fosse a Conesul, a mesma que fez a lambança do último concurso público da Administração, em 2004, último ano da gestão de Iza­Iene Tiene (Pl). Não é. O res­ponsável pelo processo seleti­vo da Educação é o Instituto Municipal de Ensino Supe­rior de São Caetano do Sul Ornes).

Acidente aéreo o advogado Leonardo

Amarantes, que atende as fa­mílias das VÍtimas do vôo 1907 da Gol, e o perito norte- I

americano Hans Peter Graff I estarão hoje em Campinas . Eles darão informações so­bre o processo à Associação I de Familiares das Vítimas -sete são da região de Campi-I nas. O perito conduz invest~-I gação paralela sobre o aCI­dente e também dá suporte I técnico ao processo da Corte Federal de Nova York. A reu-I nião acontecerá às 19h.

I

nosso povo e a argamassa são os prefeitos. Hélio de Oliveira Santos (PDTI, prefeito de Campinas, durante cerimônia ontem no Palácio do Planalto, em BrasRia.

Racha tucano O PSDB parece estar tão dMdido e desnorteado quanto I

o PI' pós-escândalos. O anúncio do apoio a Arlindo Chinaglia (PT) na briga pelo comando da Câmara, feito pelo líder da bancada do PSDB na Casa, deputado Jutahy Magalhães (BA), caiu como uma bomba no ninho. E bastou a candidatura do tucano Gustavo Fruet (PR) ser confirmada pelo grupo que defende a "terceira via" para Jutahy admitir que o partido pode voltar atrás. Isso sem falar nos desencontros da campanha de Alckmin à Presidência. A dMsão certamente ficará exposta no próximo dia 23, quando os deputados eleitos pelo partido se encontrarão em evento em Brasília.

('URRE10 POPUí.A.R I DATA.

A defesa da vida e os gatos no Bosque n nível de civilidade de uma comunidade pode se me­dir também pelo respeito que é demonstrado a todos os seres vivos. Sem desmerecer a importância da quali­dade de vida humana, das necessidades de comunida­des carentes, o cuidado com os animais e o seu correto manejo demonstram a preocupação com todas as for­mas de vida e a responsabilidade assumida de prover equilíbrio na convivência. Negar atendimento em situa­ções de risco é comparar-se às crianças que maltratam seres inferiores, em exercício sádico de tirar a vida.

Não bastassem as questões éticas óbvias no trato de animais, a adoção de políticas nesse setor englobam uma questão de saúde pública. O descaso no manejo de animais em áreas urbanas pode ser disseminadora de doenças transmitidas pelos mesmos ou decorrentes da falta de higiene. Em todos os casos, há ampla expe-"ência no trato do problema com resultados de eficá­

cia comprovada, exigindo apenas que a atenção dos poderes públicos esteja voltada a essas questões.

Campinas tem sido privilegiada em iniciativas avan­çadas para lidar com o manejo de animais de todos os portes. Através da bem-articulada campanha desenvol­vida por associações e organizações não-governamen-

As criticas surgidas contra essa militância devem encontrar o seu foco ern possíveis

tais (ONGs), o município tem marcado tentos positivos na fiscalização e exigência de correto trato com animais em cativeiro, domésticos ou abandonados. O nível de atenção e exigência elevou-se a ponto de estabelecer priori­dade para boa parcela da po­pulação sensibilizada com ca­sos de maus-tratos ou ações

excessos nas inconseqüentes. proposituras A expressiva votação do ve-_._- - reador e deputado eleito Feli-ciano Nahimy Filho (PV) bem demonstra o quanto a ação voltada à proteção de animais repercute na socie­dade. O resultado tem sido a entrada em debate de vá­rias matérias que propõem o correto cadastramento de animais, a castração obrigatória e gratuita de cães e ga­tos abandonados no município, a fiscalização do traba­lho do Centro de Zoonoses, trabalhos educativos em parcerias com entidades correlatas, e, mais recentemen­te, a lei que proíbe a utilização de animais de tração pa­ra carroças nas vias pavimentadas de Campinas, já san­cionada pelo prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT).

As críticas surgidas contra essa ativa militância de­vem encontrar o seu foco em possíveis excessos ou in­constitucionalidades. Atitudes de exagero naturalmen­te ferem o bom senso. É salutar que qualquer movi­mento em defesa dos animais leve em consideração que a vida humana é, em essência, o bem maior a ser preservado. Ou seja, uma atitude não exclui a outra.

Não se pode, no entanto, desmerecer o caráter ético do trabalho e a sua urgente necessidade diante de um quadro de abandono. Os avanços em termos de civili­dade se dão em mobilização e defesa explícita de direi­tos. Não por acaso os parlamentares voltaram atrás em sua intenção de se autoconcederem aumento de salá­rios diante da manifesta indignação popular. Grito se­melhante que agora ecoa em defesa da vida, qualquer que seja a sua forma.

• correIO E-mail: [email protected]

Animais 1 Paulo Henrique c. P. Pinto Servidor federal, Campinas

_ Muito embora questiona­da por quem tem a crítica co­mo cacoete, é louvável a lei municipal que proíbe a circu­lação de animais de tração, as-

I sim como de veícul?s pux~-

I dos por esses, nas V1as paVI­

, mentadas de Campinas. Além I da importantíssima questão I relativa à segurança dos que trafegam com veículos auto­

i motores, a iniciativa envolve, I primordialmente, o bem-es­I tar dos quadlúpedes de gran­" de porte, sendo importante i frisar que os tutelados não I são aqueles que, confortavel­I mente, habitam haras ou hípi-cas. C .. ) Congratulações ao nosso Feliciano, democratica­mente eleito deputado esta­dual por um sem-número de paulistas atentos e sensíveis à causa animal, e ao dr. Hélio, pela sanção da lei legitima­mente aprovada pela Câmara dos Vereadores de Campinas, da qual emana a respeitosa vontade popular.

Animais 2 M. Anna Zanella Aposentada, Campinas

_ Há mais de 30 anos so­fro vendo animais sedentos, maltratados, com ferimentos

I causados por alTeias mal cola-I cados, sendo cruelmente usa-'I dos e surrados nas ruas pu­, xando carroças com peso in­i suportável para esses P?bres , animais. Quero parabenIZar o 'i vereador sr. Feliciano Nahimy Filho e o prefeito dr. Hélio de Oliveira Santos, pela lei assina­da que impede os animais nas ruas sendo usados como

I máquinas. Depois de tantas : dores, esses pobres animais I terão uma velhice sem tanto i sofrimento.

Segurança do trabalho José Maria Nogueira Técnico de segurança, Campinas

_ Dias atrás eu estava no Palácio dos Jequitibás. En­quanto aguardava a minha vez, observei uma cena muito comum que me chamou aten­ção. Os funcionários de uma empresa que prestava serviço de manutenção naquele edifí­cio chegaram com o andaime já montado, demarcaram a área com fita e cinto de segu­rança tipo pára-quedista. Quando muito, subiam e des­ciam na altura de seis metros para troca de lâmpadas, sem fazer uso adequado do cinto de segurança e das luvas. Por esse ato inseguro ou falta de informação, poderão levar as empresas culpadas a pagar al­to valor indenizatório.

Tapetão Moacyr Fagnani Sociedade dos Amigos da Cidade. Campinas

_ A SP-332, Rodovia Gene­ral Milton Tavares de Lima, popularmente conhecida co­mo o Tapetão, aguarda a sua prometida iluminação. Con- , forme noticiou o Correio Po- I

pular, em 30/8 passado, da !

aprovação pela Câmara Muni­cipal para o convênio com o • Estado, ou seja DER, autori- I

zando a CPFL a realizar os re­feridos trabalhos. A popula­ção de Barão Geraldo, a Cida­de Universitária e toda a re­gião, aguardam o sr. prefeito, dI'. Hélio de Oliveira Santos. uma notícia animadora sobre o assunto e trazendo-nos i

mais segurança.

C\ ';{<I{[JO POPUIJ\R DATA: ------------

ADMINISTRAÇAo \\\ ARRECADAÇÃO

Pátio reforça os cofres da Ellldec

Faturamento da empresa com guarda e recolhimento de veículos quase dobrou

no ano passado em comparação a 2005

, SammyaAraújo DA/lG E \C IA M<j H Ar ~G lJ f8,~

[email protected]

De pedra no sapato que acu­mulou quatro anos de prejuí­zos aos cofres públicos, o Pátio Municipal de Guarda e.Recolhi­mento de Veículos passou a ser uma mina de ouro para a Empresa Municipal de Desen­volvimento de Campinas S.A. (Emdec), bem-vinda em tem­pos de vacas magras pela que­da recorrente na arrecadação com multas de trânsito. De acordo com o secretário de Transportes, Gerson Luis Bit­tencourt, o balanço de 2006 re­velou que a receita gerada pelo

Em apenas 6 meses, 4,5 mil unidades passaram pelo local

espaço quase dobrou com rela­ção a 2005: de R$ 587,7 mil pa­ra R$ 1,05 milhão, 78,85% de aumento. A volta por cima foi possível em apenas seis meses, graças à retomada, em julho, da operação conjunta com o governo do Estado para rece­ber carros apreendidos pelas polícias Civil e Militar.

Comparando-se os dois se­mestres de 2006, houve aumen­to de 680% na quantidade de veículos recolhidos ao local: de janeiro a junho foram 664, en­quanto de julho a dezembro, já com a parceria em vigor, o número saltou para 4.530. No total, foram registradas no ano 5.194 apreensões, das quais 2.206 (42,4%) feitas pela Polí­cia Civil (carros produto de rou­bos ou furtos ou objeto de ações judiciais) e 1.776 (34%) feitas pela Polícia Militar (resul­tantes de infrações de trânsito relativas à documentação, li­cenciamento etc.).

Além desses, houve 1.212 (24%) veículos recolhidos pela própria Emdec por infrações administrativas de transportes (ônibus e perneiros) e trânsito de competência do município, como estacionamento em lo­cal proibido. Há ainda a verba do leilão de veículos não retira­dos pelos proprietários após 90 dias, organizado pela 7ª Cir­cunscrição Regional de Trânsi­to (Ciretran) de Campinas -órgão estadual-, mas cuja ar­recadação é da Emdec. O últi­mo aconteceu em fevereiro de

2005, quando 90 carros rende­ram apenas R$ 50,08 mil. Em 2006, não houve pregão, mas, de acordo com o secretário, 262 veículos atualmente para­dos no pátio provavelmente se­rão leiloados em março.

E o incremento na receita com o pátio poderia' ter sido ainda maior. Isso porque, no caso dos veículos roubados ou furtados recolhidos pela Polí­cia Civil, não há qualquer fatu­ramento, já que, por lei, o pro­prietário paga ilpPnas o serviço de empilhadeira. Ele está isen­to das taxas e diárias, que são absorvidas pela própria Em­dec.

A parceria com o Estado pa­ra o uso do pátio da Emdec, lembra o secretário, foi retoma­da em julho em caráter precá­ri~ por seis meses, prorrogá­veIs por mais seis, após a desa­t~vação do BrasPátio, pátio par­tIcular que até junho de 2006 prestava serviços de guincho e guarda de veículos recolhidos pelas polícias em Campinas. O

fechamento ocorreu por deci­são judicial, após uma série de irregularidades denunciadas pelo Ministério Público (MP) Estadual.

Sem espaço para recolher os veículos apreendidos pelas instituições de sua competên­cia, o Estado, por meio da Se-

cretaria de Segurança Pública e participação do MP, reto­mou o convênio para uso do pátio da Emdec, esclarece Bit­tencourt. "Depois do convê­nio, os resultados são extrema­mente positivos, pois antes dis­so o pátio estava deficitário desde agosto de 2001 (quando

o 8msPátio começou a rece­ller os ueíC/llos). Se não fosse pela parceria, o município poderia até passar a terceiri­zar esses serviços", diz o se­cretário

Prejuízo Para ilustrar com números a

penLÍria enfrentada pelo p<ltÍo nos líJlímos tjlla(;'U "!lUS, ao fim do ultlvénio allterior com o Estado, e o alívio trazido pela nova parceria, basta comparar a arrecadação média mensal com as despesas de manuten­ção do local, que giram hoje em torno ele f{$ 140 mil men­sais, incluindo H$ 23 mil de alu­gueI (valores praticamente não sofreram reajustes no perío­do).

Em 2002, pouco após a sus­pensão da operação conjunta, o ~aturamento médio por mês fOI de R$ 35,6 mil, um déficit de R$ 104,4 mil, corresponden­te a 74%. Em 2005, a receita média com as apreensões foi de 48,9 mil mensais, um prejuí­zo de H$ 9 1,1 mil ou G5%,

BittencOU!1 cita que il situa­ção gerou até a suspensão. pe­la Erndec, do pagamento do aluguel do terreno de 2b mil metros quadrados no Jardim São João, de junho de 2002 a ja-

C CRREiO POPL)f J\R

./ 2001

DATA

neiro de 2004. A inadimplência provocolluma açüo judicial do pwpriet"írio da área. A deci­são, Ülvorável a ele, obriguu a Fmdec a pagar os atrasados, no valor de R$ 846,09 mil. !l1ab encargos, e H$ 84,(j mil de ho­nor<Í.rios advocatícios. dividi­dos ell1 ,n parcelas de l{:j; ~1.1 mil. "Estamos na :)(ja parcel:t. Terminamos de pagar em agos­to deste ano", afirmou o sene­t,írio.

Agora, alf.;m de poder pagar as despesas e engordar o caixa, a Emdec. de acoreio com Bit­t~ncourt, quer il1\estir no pa­tio. () complexo de cont&illf'­res de ISO metros quadrados onde fll11Cin!1:1 a :\dminislrd­<;<lO ser<i substituído por lllll

prédio de alvenaria com () do­bro de área, l' mais funcio!l,i­rio,; sento contratados para au­mentar o quadro de l~) IJl's­soas que trabalham !lO Jocal.

Comparativo da movimentação financeira do pátio de veículos da Emdec

Os carros apreendidos pela PolíCia CIVil e PM foram recolhidos até agosto - total arrecadado: R$ 1.838.740,55 ./ 2002 Já sem o convêniO - total arrecadado: R$ 427.634,36 ./ 2003 Sem o convênio - total arrecadado: R$ 653.049,33 ./ 2004 Sem o convêniO - total arrecadado: R$ 744.994,49 ./ 2005 Sem o convêniO - total arrecadado: 587.699,59

i./ 2006 O convêniO foi retomado no segundo semestre - total arrecadado: R$ 1.051.111,50

'I Fonte: Emdec

DATA.

Empresa fecha ano com rombo de R$ 9,79 milhões Recuperação da parceria co.rr: Estado para uso do pátio representa fonte adicionai de renda

A recuperação da parceria com o Estado para o uso do pátio representa uma impor­tante fonte adicional de re­cursos para a Emdec, cuja si­tuação financeira se compli­ca ano a ano. A empresa fe­chou o exercício 2005 com um rombo operacional de R$ 9,79 milhões, segundo ba­lancete enviado em dezem­bro do ano passado à Câma­ra Municipal. No mesmo do-

cumento, consta um prejuÍ­zo acumulado de H$ 132.6 milhões.

Vários fatores podem con­tribuir para explicar o qua­dro. Um deles é a variação em itens referentes às multas de trânsito, maiores gerado­ras de receita aos cofres da empresa. Houve, por exem­plo, aumento da inadimplên­cia: até fevereiro de 2006, 16,2% das multas aplicadas

em 2005 estavam em aberto, índice 37% maior do que o de 2004. O calote dos infrato­res deixava então de injetar H$ 11.827.399 no orçamento.

Também foi registrada queda representativa na quantidade de notificações eletrônicas em 2004 (quando os espiões de semáforos fica­ram desligados por sete me­ses). O número absoluto de infrações eletrônicas só co­meçou a aumentar outra vez de maneira consistente em 2005, com o acréscimo de mais 10 radares de velocida­de e a volta dos detetores de avanço de sinal vermelho.

Naquele ano, os espiões fi­xos provocaram uma explo­são de multas, comparativa­mente aos 12 meses anterio-

. res: de 4.870 para 16.450, um salto de 237%. Apesar disso. houve redução nas multas chamadas manuais, emitidas pelos amarelinhos. De 111.002. as notificações caí­ram para 88.982, ou 1~),83% a menos, no mesmo período.

A conjuntura também de­ve levar em conta a estimati­va de perda de 30% a 35'X, no faturamento com todas as multas de trânsito, prevista para o Orçamento de 2~07. Is­so por causa da alteraçao, pe­lo Departamento Nacional de Trânsito (Denatranl. dos limites de velocidade para fins de enquadramento infra­cionais, em agosto de 2006. Desde então, quem ultrapas­sa a velocidade permitida em até 20%, por exemplo, é mul-

tado em H$ 85.13, e não mais em R$ 127.00.

Além da arrecadação com as multas, a Emclec te­ve orçamento, em 2006, de aproximadamente R$ 49 milhües. Deste total. H$ 17 milhües provêm de repas­ses da Prefeitura -- em de­zembro. o secretário de Transportes, C;erson Luís Bittencourt, chegou a dizer que pediria R$ 10 milhões extras.

Outra estratégia de recu­peração anunciada por ele foi o estímulo às compras feitas por intermédio de pregão, modalidade atra­vés da qual a Emdec conse­gue contratar fOfIJecedores com custos até 30% meno­res. (SA/AAN)

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DATA.

CUMA III AGUA·CEIRO

Chuva_ Ç9mplica trânsito e isola Sousas

Defesa Civil de Campinas registra vários pontos de alagamento e

erosão interdita totalmente pista da Av. John Boyd Dunlop

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ESTAÇÃO DAS ÁGUAS

II DaAgênciaAnhangüera

A chuva intermitente que teve início na madrugada de on­tem em Campinas e conti­nuou durante quase o dia to­do, obrigou a Prefeitura a inter­ditar, por tempo indetermina­do, 700 metros da Avenida Jo­hn Boyd Dunlop - sentido Centro-bairro. Há riscos de afundamento do asfalto no lo­cal. Alagamentos também iso­laram alguns condomínios no distrito de Sousas.

Recuperação de via afetada por erosão deve durar 30 dias

Na Avenida Mário Garnei­ro, que dá acesso aos residen­ciais, muitos moradores foram obrigados a ficar uma hora pa­rados no trânsito local, na ex­pectativa de que o nível da água na via baixasse.

Dois dias após o começo das obras para reparo de gale­rias pluviais que passam por baixo da John Boyd Dunlop, as chuvas aumentaram a ero­são e causaram o desmorona­mento de parte da calçada na avenida, na altura do Jardim Ipaussurama, próximo ao aces­so para o campus 2 da Pontifí­cia Universidade Católica de Campinas (PU C-Campinas) e ao Hospital Celso Pierro. Com isso, a área de interdição do tráfego, que até a tarde de on-

tem era de uma faixa no senti­do centro-Bairro, precisou ser ampliada para garantir a segu­rança dos cerca de 30 mil veí­culos que passam diariamente pelo local.

Por volta das 19h de ontem, toda a pista acabou sendo fe­chada nesse ponto por um tre­cho de 700 metros a partir do campus 2 da Pue. Segundo a assessoria de imprensa da Em­presa Municipal de Desenvolvi­mento de Campinas SA. (Em­dec), máquinas da Prefeitura ampliaram, em esquema de emerçência, uma passagem no canteIro central da avenida pa­r~ desviar os carros para o sen­tido contrário, bairro-Centro.

Apesar do transtorno, a chu­va não comprometeu as obras de reparos nas galerias plu­viais do local. O prazo para a conclusão dos trabalhos, se­gundo a Prefeitura, é de 30 dias. Enquanto isso, o motoris­ta deve ter paciência. Por volta das 18h de ontem, quando as máquinas ainda abriam a pas­sagem no canteiro, a lentidão era de 600 metros. Outra possi­bilidade é adotar uma das ro­tas alternativas recomendadas pela Emdec - que devem rece­ber operação tapa-buraco pa­ra comportar maior fluxo - in­dicadas em placas nas imedia­ções. Os itinerários das linhas

de ônibus e seletivos que pas­sam pela região permanecem inalterados por enquanto.

Em Sousas, os motoristas que se arriscavam na Avenida Mário Garneiro tinham gran­des chances de sair no prejuí­zo, como foi o caso do pedrei­ro Francisco Saraiva, que traba­lha no condomínio San Coma-

do e estava retomando para a sua casa, no bairro São José. Ele estava na companhia de outros dois amigos, ocupando um Monza prata. Ao tentar ~traves.sa~ a rua alagada, a agua atIngIu a parte elétrica do veículo, que pifou. "Toda chu­va é assim, mas essa foi bra­va", disse o pedreiro.

Quem pensou bastante an­tes de passar pela via alagada foi a autônoma Fátima Lázaro. "Já perdi um carro aqui por causa da chuva. A água atingiu o motor e ele fundiu. Sabe quem arcou com o prejuízo? Meu bolso", ironizou a autôno­ma, que é moradora do San Comado.

A poucos metros da Aveni­da Mário Garneiro fica o Beco do Mokarzel. onde residem al­gumas famílias de baixa ren­da. Eles moram à beira do Rio Atibaia, que estava transbor­dando no início da noite de on­tem. A água chegava na porta da casa destes moradores. "To­do ano é assim e ninguém faz nada. Meu medo é que aconte­ça de eu perder as minhas coi­sas, como aconteceu há al­guns anos, quando perdi mi­nha geladeira e o sofá", disse o jardineiro Antônio Gonçalves Ferreira.

Para evitar o pior e preven­do que ele podia vir a qualquer instante, a dona de casa Júlia Terezinha do Espírito Santo er­gueu os seus móveis. "Na últi­ma chuva a água arrastou tu­do. Agora eu não vou arriscar", contou a mulher, olhando pa­ra o rio Atibaia que já estava a poucos metros da porta da sua cozinha. "Eu não vou dormir à noite. Eu e a minha cachorra Galera vamos passar a noite em claro olhando se o rio não invade tudo. Se isso acontecer,

c C R 1-\ E 10 P()PU I/\R , DATA.

,

terei que ir para a casa de vizi­nhos'" afirmou JÚlia.

Assim que tomou conheci­mento dos estragos da chuva, o lavrador Sebastião Granjeiro Pi­res foi visitar uma família de ami­gos que moram no Beco Mokar­zel. "O meu medo é que abram as compOltas do rio. Se isso acontecer, me\IS amigos vão per­der tudo, pois eles estão mais próximos", aleltou o lavrador.

Até o final da tarde de on­tem, a Defesa Civil tinha regis­trado vários pontos de alaga­mento nas regiões Leste e Nor­te de Campinas, de acordo com o coordenador regional do órgão, Sidnei Furtado. Al­guns dos bairros atingidos fo­ram a região central, Flam­boyant, Jardim Santana, São Quirino e São Marcos. Entre­tanto, não houve registro de desabrigados e desaloja­dos.(Participaram desta co­bertura os repórteres Carla Silva, Fábio Gallacci, Danie­la do Canto, Patrícia Azeve­do e Sammya Araújo! AAN)

Arvore cai em rua do Jardim Guanabara

Uma árvore caiu no Jardim Guanabara durante as fortes

chuvas de ontem à tarde. De acordo com o relato da funcionária de uma escola de inglês, Silvana André Milaré Rubo, a árvore, por pouco, não atingiu carros estacionados próximo ao local, na altura do número 755 da Rua Frei Manoel da Ressurreição. Ainda conforme a funcionária, a queda poderia ter sido

evitada se a Prefeitura tivesse ouvido as reivindicações dos moradores e comerciantes da região. "Já tínhamos pedido várias vezes a poda dessa árvore e nada", criticou Silvana. "Inclusive ontem (quarta-feira), a Prefeitura esteve aqui e podou outras árvores. Perguntamos se eles não queriam aproveitar e podar essa também, mas eles foram embora sem atender o pedido", contou. O diretor

do Departamento de Parques e Jardins (Dpn, Ronaldo de Souza, informou, por meio da assessoria de imprensa da Prefeitura, que a poda de uma árvore não é garantia de evitar a sua queda. Muitas vezes, o órgão é pego de surpresa, já que a queda depende de vários fatores, como as condições do terreno onde a árvore está plantada, a quantidade de chuva e a idade da planta. (AAN)

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Asfalto perto da rodoviária volta a ceder com as águas

P or conta do aguaceiro de ontem, outro trecho crítico para o trânsito

de Campinas voltou a ser bloqueado pela Emdec. A pista sentido bairro-Centro da Avenida Barão de Itapura, junto ao cruzamento com a Avenida Andrade Neves, ao lado da rodoviária, foi afetada por uma rachadura e afundamento, que ameaçam fazer o asfalto ceder. A área está em obras desde dezembro passado para o reparo de uma galeria de águas pluviais sob a Barão

de Itapura. A obra é executada pela Arecco, empreiteira contratada pela Comgás, que causou o problema durante escavações para implantação de tubulações de gás natural na região. Ainda não há previsão para a liberação do tráfego no local. Além de monitorar o fluxo, a Emdec já alterou a programação dos semáforos para minimizar os transtornos à circulação, mas pede aos motoristas que evitem transitar na área. (AAN)

C·(;RREiO POPUI .Af~ DATA·

CENÁRIO POLÍTICO 111 ARTICULAÇÕES

PSDB acerta fun das divergências internas Bancada do partido na Câmara de Campinas quer se firmar como oposição

II

ToteNunes DAAGcNCIAANHANGU ERA

I [email protected]

Ao contrário do que ocorreu em anos anteriores, a banca­da municipal do PSDB deverá caminhar unida em 2007. His­toricamente dividida por con­ta de divergências internas, a bancada se reuniu ontem à tarde para traçar diretrizes pa­ra este ano pré-eleitoral e saiu de lá com uma nova orienta­ção. Os vereadores deverão respeitar as decisões da banca­da e, salvo em ocasiões espe­ciais, deverão votar de forma coesa. A nova ordem tem co­mo objetivo evitar episódios como os do ano passado, quando integrantes do parti­do votaram contra a própria legenda na eleição da Mesa Di­retora. Com o novo enquadra­mento, o PSDB não quer mais ver vereadores seus votando sistematicamente a favor do governo, como aconteceu com enorme freqüência em 2006.

Petistas se aproximam cada vez mais do por do prefeito Hélio

Mesmo restrita a cinco ve­readores - com a saída da An­tônio Flôres e a provável desfi­liação de Pedro Serafim -, a bancada quer se firmar como oposição, já que o PT se apro­xima cada vez mais do PDT do prefeito Hélio de Oliveira Santos. "O PSDB sempre foi oposição, o que está fazendo agora é colocar um norte para a própria bancada", disse o ve­reador Artur Orsi, presidente municipal do partido.

Para Orsi, a oposição do PS­DB será "mais contundente". "Nossa oposição, no entanto, não será raivosa nem virulen­ta. Mas teremos uma posição crítica", acrescentou.

Para o vereador Dário Saa­di (PSDB), a proximidade do PT com o PDT "vai acabar le­vando o PSDB a um processo maior de independência e, as­sim, poderá marcar posição de forma mais clara".

Além de discutir a unidade, a bancada decidiu ontem algu­mas questões práticas. O tuca-

no Valdir Terrezan foi manti­do como líder da bancada por mais dois anos. Os cinco ve­readores decidiram também traçar uma estratégia para am­pliar a presença do governo es­tadual em Campinas.

"Vamos tentar nos aproxi­mar de dirigentes de órgãos es­taduais, além dos deputados estaduais do PSDB. Queremos desde elaborar políticas con­juntas até encaminhar reinvi­dicações pontuais para o mu­nicípio", disse Terrazan. "Te­mos problemas graves na Se­gurança; na Educação, que precisam de uma atenção es­pecial e o PSOB precisa estar atento", acrescentou.

PT Líder do PT na Câmara, o ve­reador Ângelo Barreto, admite que não há como negar a aproximação do prefeito de Campinas com o governo fe-

deral. Nem dá para negar, con­tinua ele, que o governo fede­ral (leia -se presidente Lula) gostaria de ver estreitadas as relações entre PT e PDT em ní­vel municipal. Só que, segun­do ele, ainda não existe uma posição fechada. "Os líderes estão discutindo isso. O PT de­verá se reunir em no máximo 40 dias para, entre outras coi­sas, decidir isso. Se a maioria aprovar o acordo, eu vou se­guir", afirmou. "Eu vou seguir o que o partido decidir, mas garanto que não vou abrir mão do meu mandato", avi­sou.

Barreto diz que nem ele, nem Carlos Signorelli - outro petista na Câmara - foram orientados a compor a base de sustentação do governo. "Nós faremos uma oposição pontual. Se não concordar­mos com o prefeito, vamos vo­tar contra", disse.

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A FRASE \

I

. "Como a bancada I I ficou menor, as I

: chances de caminhar I . coesa são muito : maiores." DÁRIO SAADI (PSDB) Vereador

OUTOOORS

Tem algo errado na Setec Iili---------------i ADELMO EMERENCIANO

i I L-_____________________ ---.J

A gestão da Setec destoa por completo da gestão responsá­vel e eficiente que o Prefeito Dr. Hélio tem implementado em Campinas.

Os jornais dos últimos dias dão conta da investida da Ad­ministração Municipal contra a publicidade irregular em Campinas. Registram estimati­vas de 3 mil outdoors publici­tários irregulares espalhados nas principais avenidas da ci­dade. Ora, são classificados co­mo outdoors conforme o De­creto que regulamenta a Lei 11.916/2004, editada no não saudoso governo da Prefeita Izalene Tiene, os "engenhos" de 27 m2, ou seja, a Setec não conseguiu ver simplesmente publicidade que alcança 81.000 m2 (para ilustrar, mais de 3 alqueires paulistas) encra­vados nas áreas de maior tráfe­go e circulação de pessoas).

Se isso não é mostra de in­competência "para todo mun­do ver" não sei o que é que po­de ser.

A própria lei é absoluta­mente estranha, superficial e insuficiente, mas foi regula­mentada (Decreto 14.742) de forma expressa, em apenas 5

dias, o que por si só já chama ainda mais a atenção pela presteza com que foi "empla­cada". Não bastasse isso, essa primeira regulamentação foi logo inopinadamente substi­tuída em menos de 30 dias por outra (Decreto 15.437) que trouxe como alteração principal o desaparecimento das regras de penalização e uma parcimoniosa tolerância com atrasos de até 60 dias pa­ra o pagamento do preço pú­blico pelo uso do solo, e, ain­da, sem qualquer penalidade.

Todos sabemos quanto a administração é implacável com qualquer atraso de qual­quer contribuinte. Basta um dia de impontualidade para lo­go recair multa, juros, etc. Mas, no caso de publicidade, toda penalidade foi afastada.

Não bastassem esses pe­quenos "problemas técnicos", nó maior é que a questão está sendo tratada de forma equi­vocada. O foco da discussão está centrado na perda de ar­recadação enquanto que a ver­tente principal deveria ser a hi­giene visual que o Município reclama.

É intolerável que uma ave­nida como a Moraes Sales, além de outras como a Norte­Sul, estejam emporcalhadas com painéis "mastodôndi­cos", com superestruturas dig-

nas de sustentar edifícios, com iluminação exagerada e piscante, além dos painéis ab­surdamente gigantes de co­mércios que gritam, berram e nos ofendem com sua extrava­gância visual. Espalhados por todo canto, viaduto, esquina, pontilhões suas dimensões mal permitem enxergar a pró­pria cidade. Cidade que não mais se vê, arquitetura que não mais se enxerga, verde que se secundariza, urbanis­mo que se esvanece.

Para triste registro, todos deveriam saber que candida­mente o Decreto que regula a publicidade prevê que a per­missão de uso tem por objeti­vo (i) organizar e orientar o

uso de mensagens visuais de qualquer natureza, respeitan­do o interesse coletivo e as ne­cessidades de conforto am­biental; (ii) garantir a seguran­ça de equipamentos e da po­pulação; (iii) garantir a fluidez no deslocamento de pedes­tres e veículos e (iv) garantir a manutenção dos padrões esté­ticos harmoniosos.

Qual dos exagerados pai­néis emporcalhadores da cida­de atende a qualquer dos co­mandos estabelecidos na legis­lação? Por óbvio, nenhum!

Assim, a irregularidade não pode ser medida por padrãO monetário mas pelo desvio de finalidade que se apresenta nos atos administrativos que

autorizam tamanho desman­do e na incúria fiscalizatória que não se pode negar.

Para piorar, de 3.000 "enge­nhos" que se diz irregulares, a eficiente fiscalização marcou 20 (0,66%), ao invés de retirá­los como determina a legisla­ção e, embora sabendo que são irregulares, contratou uma consultoria para calcular o prejuízo.

Diz o site da autarquia que "A Setec possui corpo de fisca­lização que percorre diaria­mente o Centro e os bairros de Campinas para verificar a utilização do solo público. Compete a esta equipe a ob­servação, a notificação por ir­regularidade cometida, a apreensão de mercadorias e/ou equipamentos e a aplica­ção de multa também por irre­gularidade" .

Convenhamos, Sr. Prefeito, diante dessa responsabilida­de, tem efetivamente algo erra­do na Setec! Que tal aprovei­tar que o assunto está em pau­ta e ter a disposição de seguir o exemplo da cidade de São Paulo e limpar nossa cidade de boa parte desse entulho?

Coragem não lhe falta, apoio popular para isso tam­bém não lhe faltará.

lIIHIIl Adelmo Emerenciano é advogado, mestre e doutor em Direito pela PUC-SP

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POLíTICA

Contraponto ao diálogo MARIA DA PIEDADE EÇA DE ALMEIDA

Oportuna e corajosa a entre­vista da jornalista Rose Guliel­minetti com o Prefeito Dr. Hélio, permitindo o conheci­mento das principais ações administrativas para 2007. Nas fotos, a fisionomia é tran­qüila, embora o olhar de­monstre sinais de preocupa­ção e os gestos expressem canseira, desolação. A presen­ça do secretário Lagos indica que o Prefeito prestigia seus amigos fiéis, reconhece a im­portância do papel que de­sempenham. Sem Francisco Lagos, Df. Hélio não teria as obras divulgadas, o seu cami­nho político/partidário escla­recido e a população não o te­ria "cacifado" à reeleição a menos da metade da conclu­são do mandato.

O secretário Lagos é o cor­po' a alma, o espírito e a com­petência da administração: pronto ao retorno das deman­das da população, na respos­ta rápida às demandas da ci­dade, na articulação da base aliada dos vereadores, no contraponto à oposição com­bativa e alerta, embora nume­ricamente reduzida. A afirma­ção de que o aporte financei­ro dado à cidade pelo gover-

no federal não é conseqüên­cia direta de sua ligação com o presidente Lula, justifican­do-a pela participação de Campinas no PIE, não nos impede de verificar a "mãozi­nha" dada aos partidários do partido do Presidente com a manutenção na administra­ção do batalhão de funcioná­rios comissionados do gover­no anterior com significati­vos salários e sem realizar ta­refas relevantes. São os "Petis­tas empatantes " , produtores dos gargalos "burrocráticos", que impedem a agilidade ad­ministrativa.

Nas ARs sucateadas exis­tem muitos funcionários en­costados em pagamento par­tidário que atrapalham o transcorrer do trabalho e a destreza de "trocar pneu de bicicleta com ela andando". Na Segurança, o alarde mar­queteiro da criação de um Centro Integrado de Vigilân­cia com circuito interno de observação das ocorrências por câmeras sofisticadas e uti­lizando tecnologia de ponta não obteve os resultados es­perados. Os latrocínios au­mentaram, não há policia­mento suficiente nas ruas, os Consegs estrilam e a comuni­dade se mantém em vigília cí­vica contra a violência.

A Saúde, em petição de mi­séria, apesar do brilhantismo

do atual Secretário de Saúde, lutador aguerrido pela imple­mentação de melhorias na re­de, conhecedor dos reais pro­blemas da população. Dr. Sa­raiva cotidianamente ouve longas queixas, exaustivas re­clamações, sabe escutar, con­fortar sem deixar de esclare­cer e confirmar que alguns ca­sos são muito difíceis de equacionar, algumas reclama­ções procedem e que nem tu­do o que é necessário imple­mentar depende exclusiva­mente de sua vontade. Na Saúde, o problema não está na rede de UBS e sim nos pro­cedimentos de acolhimento daqueles que procuram os equipamentos básicos. Tor­na-se urgente o trabalho sé­rio de verificação de alocação dos recursos humanos, pes­soal de apoio, médicos, espe­cialistas, enfermeiras, auxilia­res e como realizam seu tra­balho, cumprindo rigorosa­mente suas funções e jorna­das. No momento os repre­sentantes do Conselho de Saúde-Leste reclamam da venda do terreno da Norte­Sul exigindo com razão a ins­talação no local do prometi­do e necessário Pronto Socor­ro da região, para atendimen­to das urgências da popula­ção.

E as Nave Mãe? A escola de 9 hs? As Emeis e Cem eis

existentes com déficit de pes­soal docente e de apoio não funcionam no prometido pe­ríodo integral e a Vara da In­fância cobra multa diária pe­lo descumprimento de deci­são judicial de terminar a crescente demanda reprimi­da de crianças fora da escola. Na Secretaria de Educação observam-se professores des­motivados, sem capacitação continuada; especialistas mal remunerados e sobrecarrega­dos, monitores que ignoram suas funções. Os funcioná­rios não respondem às infor­mações solicitadas, são inefi­cazes no atendimento direto da população e na pressão de melhoria de prestação de serviços desaparecem magi­camente.

O Correio, canal sério a serviço da comunidade, pu­blica reclamações pontuais dos leitores em relação às au­sências constantes de servi­ços públicos: asfaltamento, postos de saúde, poda inade­quada de árvores, corte das que doentes se enroscam nos fios elétricos, insegurança nas ruas, desrespeito ao patri­mônio, transporte caótico, atendimento deficitário nas creches. Agora, bairros intei­ros querem migrar para Ia­guariúna por que Campinas não lhes dá o devido acolhi­mento em suas fundamen-

tais necessidades. Gratificante saber que o

Prefeito pretende compreen­der os desafios de Campinas com o dever de driblá-los e aberto ao diálogo admite er­ros, falhas, ausências sem es­quecer que foi eleito para em 4 anos entregar uma cidade melhor, organizada e saudá­vel. Uma sombra perpassou a entrevista: onde encontrar traços da personalidade da­quele homem que há 20 anos iniciou uma luta em favor das crianças maltratadas e empenhou todos os seus es­forços na fundação do CRA­MI para assisti-las de modo responsável? O médico traba­lhador que queria Campinas integrada à rede mundial de "Cidades Saudáveis", com programas exeqüíveis de saú­de integrativa e preventiva, e sem uma única criança fora da escola? Parafraseando Hannah Arendt, desejo boa sorte ao Prefeito e proponho que: "Não esqueça suas uto­pias, não sufoque suas pai­xões nem perca a capacidade de se indignar perante a in­justiça social. Assim será nos­so Cidadão n° 1 com o mérito de ter sido chamado a gover­nar o destino daqueles que mais precisam".

_ Maria da Piedade Eça de Almeida é filósofa, pós-graduada, professora universitária

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. OPORTUNIDADE

Prefeitura de Hortolândia abre 100 vagas para estagiários

1111 A Secretaria de Administração de Hortolândia está com inscrições abertas para os interessados no programa de estágio de nível médio, técnico e superior. A princípio, são 100 vagas disponíveis para atuação em diferentes setores do serviço público municipal. Os interessados devem encaminhar currículo ao

Departamento de Recursos Humanos e Administração, que fica na Rua 7 de Setembro, 251, no Parque Hortolândia, ou enviar para [email protected]. br. As vagas têm como prioridade atender alunos moradores de Hortolândia. Os valores dos benefícios são diferenciados por nível de escolaridade e o período é de 12 meses. (AAN)

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X M t : Contrato

I eque- a e Aanálisedealgunsobser-I vadores da cena política é I, que o ex-secretário Jurandir

I~~~~~;~~~~~~terino _________ ~ _____ ~ ~~r~~~na~~~ã3a doe;:a SJ~i~:~

[cpf d~ crat;~a-l------l· f!~=::~1~;~~;~:~;~!':I~~ I o contrato com o consorCIO

I Além da provável batalha judicial, a tragédia do I i de empresas responsável pe-

I desab?IDento da o~r,a.do Metrô, na Capi.tal paulista: i lIa obra ~já q.uestio.nado pe-! tambem deve dar llUCIO a uma grande disputa política. I i la oposlçao e mvestIgado pe-

I

Pelo menos entre os adversários PSDB e PT. Uma 1 10 Ministério Público - foi comissão de parlamentares petistas - entre eles o assinado pelo Metrô na ges-

I deputado não-reeleito Sebastião Arcanjo, de Campinas - tão do político de Campi­I visitou o local do acidente nesta semana e ameaça pedir a I nas. I abertura de uma CPI. Tioãozinho é presidente da J '. Comi~~~_~e ~br~s e~~rviç~~~Úb~cos~~Asse~bléia.. i COon~!~~r~?o Via Amarela

r.-=:=~-===~-==--=-~=:==~~-==-=:l : ~a~ogI:~~&~~~n~t;:~~~ I CPI da cratera 2 I tierrez, Camargo Correa,

i OAS e Queiroz Galvão. São Além de Tiãozinho, Enio preço fechado adotado I tradicionais vencedoras de li-Tatto, Mário Reali, Adriano pelo Metrô com as citações públicas e, tam-Diogo, Carlinhos Almeida empresas vencedoras da bém, tradicionais financia-

I" (todos do P11 e Nivaldo licitação para construir a I d~ras de campanhas eleito-Santana (PCdoB) também Linha 4, onde ocorreu o ralS.

I estiveram no local. O acidente. Mas abrir CPI I deputado campineiro quer contra o governo na : que a CPI ponha em Assembléia Legislativa não

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sua candidatura

significa uma primeira medida de resgate da dignidade daquela Casa de leis.

Paizão Depois de chamar Aldo

Rebelo (PCdoH) e Arlindo Chinaglia (PT) de "tllhos·', ontem foi a vez de o presi­den!e Lula bancar o pai com os países "menores" da Amé­rica do Sul, em reunião da Cúpula do Mercosul, no Rio. "Mas os dois maiores (países do Mercosul, Brasil e Argentina) é que têm mais responsabilidade. Nós é que temos que ser mais genero­sos, nós é que temos que ter

maiores c:mpreensões, mas I muitas vezes, também, não podemos ser vítimas de que a desgraça daqueles países dependa dos nossos países", " disse Lula, mandando um re­cado ao presidente da Argen­tina, Néstor Kirchner, que não quer ser pai de nin- I

guém - é contra a facilita­ção de exportações a países como Paraguai e Uruguai. I

Pi~get ou Pinochet E, a Bolívia de Evo Mora­

les e a Venezuela de Hugo Chávez nem esperaram o discurso do paizão Lula pa­ra aprontar as suas travessu­ras na área energética. E não receberam sequer uma reprimenda. Até os melho­res pais costumam dar umas palmadas nos filhos malcriados. Mas Lula deve ser construtivista.

Mascotes Para manter o bom hu­

mor na sisuda disputa pelo poder na Câmara dos Depu­tados, Aldo Rebelo e Gusta­vo Fruet resolveram adotar mascotes. Aldo adotou co­mo símbolo da sua candida­tura a figura do Corneteiro de Pirajá - herói anônimo do século 19. Já Fruet esco­lheu uma miniatura em cerâ­mica de Ulysses Guimarães: para representar a reconstru- • ção da imagem do Legislati­vo. Será que Chinaglia esco- i

lheria como mascote o ex- I deputado José Dirceu?

Roberto Busato, presidente nacional da OAB, ao manifestar apoio à ~:i Réstio no PPS -candidatura do tucano Gustavo Fruet à presidência da Câmara. A

Angelo Réstio, vereador e presidente do Parlamento _____ __ ____:=_ ~~~_::=-_=~_=___:=~_~_ Metropolitano, não está mais sem partido. Ele se filiou

ao PPS de Nova Odessa. Réstio só espera terminar o recesso parlamentar nas Câmaras da região para passar à frente o comando do Parlamento. Os presidentes das Câmaras de Campinas, Aurélio Cláudio (PDT), e de Hortolândia, George Julien Burlandy (PMDB), pleiteiam o cargo. O Parlamento Metropolitano é um fórum que reúne vereadores das 19 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Juntos, os parlamentares podem tomar decisões importantes para o desenvolvimento da região.

((;Rx{FiC) POPl.JI,/\R . DATA:

Os direitos dos cidadãos consumidores o ordenamento urbano passa pela criação de regras es­táveis e profundas, onde o direito dos cidadãos não se­ja agredido e as liberdades estejam asseguradas. Encai­xam-se nesses preceitos todas as medidas disciplinado­ras das atividades humanas, no plano individual e de organização das empresas, de modo a harmonizar a convivência e valorizar as qualidades naturais. É de se lamentar o grau de comprometimento das cidades, ex­postas ao crescimento desordenado, à expansão des­mesurada, arcadas com o peso dos problemas, propor­cionais ao seu próprio tamanho. As dificuldades de fis->·~alização e de contenção dos abusos projetam ques­tões elementares para o rol das dificuldades a serem su­peradas.

Fora da maior preocupação das administrações pú­blicas, as contendas urbanísticas trazem o desconfor­to, as dificuldades de locomoção, a incitação à desor­dem. A falta de respeito à natureza e ao patrimônio his­tórico faz com que as cidades tenham suas paisagens endurecidas por soluções que desrespeitam as condi­ções mínimas de qualidade de vida, como se o cidadão fosse obrigado a abrir mão de seus direitos pela inter­venção de administrações incapazes de impor um pa-

Campinas deu importante passo para o resgate de sua identidade com a lei que disciplina a exposição de propaganda

drão elevado para as deci­sões.

Especialmente nos gran­des centros, a proliferação de publicidade externa se tor­nou um vício de trabalho, com a sobreposição de men­sagens que tratam as pessoas como um objeto a ser conven­cido a gastar, contratar servi­ços ou freqüentar lugares. A agressividade é tamanha que em muitas avenidas é difícil encontrar entre outdoors e

painéis algum traço de paisagem natural ou arquitetô­nica, numa linguagem que parece lidar com um sim­ples curral de consumidores, e não cidadãos conscien­tes e desejosos de atravessar a sua cidade sem serem instados a gastar.

Antes que consumidores, os cidadãos têm o direito inalienável de usufruir de qualidade de vida e rebater conceitos que deturpam a paisagem em nome dos ape­los de propaganda desmedidos e cada vez mais fre­qüentes, na luta constante pela atenção das pessoas. O grito da publicidade torna-se tão alto que tem o efeito de incomodar e convencer pela agressão subliminar, tornando-se estressante pela inconveniência.

Nesse sentido, Campinas deu importante passo pa­ra o resgate de sua identidade como cidade. A lei que disciplina a exposição de propaganda pelas ruas prevê a retirada no prazo de 90 dias de pelo menos a metade do material atualmente existente, disciplinando o setor e criando rotina de fiscalização contra abusos. Com a retirada desse lixo urbano, ganha o cidadão que passa a ser mais respeitado na abordagem, melhora a cidade que se elevará ao status dos maiores centros em todo o mundo. Resta que os prazos sejam cumpridos, as irre­gularidades desfeitas e que o trabalho de fiscalização seja efetivo e intenso, preparatório até para um novo tempo em que a cidade possa se mostrar por inteiro a seus habitantes.

C·,;RREíO POPUI ./\R DATA.

E-mail: [email protected]

Gatos 1 Meire Aparecida Trachio Dona de casa, Campinas

_ Confinar seres vivos em pequenos espaços é uma polí­tica que não está em sintonia com a tendência mundial de priorizar o bem-estar animal. Se o CCZ quer mesmo isolar os gatos abandonados, que se­guisse exemplos de cidades brasileiras que tratam seus animais de rua com dignida­de e compaixão. A cidade de Uberaba prioriza a humaniza­ção do trabalho feito com de­dicação por funcionários trei­nados e com perfil adequado para realizá-lo. São realizadas feiras para adoção dos ani­mais, assim como campa­nhas de conscientização so­bre maus-tratos e cuidados com os bichanos. Os interes­sados em adotar um animal precisam se cadastrar e assi­nar um termo de responsabili­dade sobre ele. As castrações são feitas gratuitamente nos animais do CCZ e da popula­ção de baixa renda.

Gatos 2 Aurora Ruri Uesugui Técnica judiciária, Campinas

· _ O caso dos gatos do Bos-· que dos Jequitibás é apenas um dos exemplos de pouco caso da Administração muni­cipal. que, como sempre, pro-

· cura livrar-se dos problemas i com má vontade, como se

não fosse sua obrigação, da maneira mais fácil, de qual­quer jeito, e de forma mais ba­rata, recusando-se a utilizar uma parcela infinitésima do nosso orçamento, porque a 2ª maior arrecadação municipal deste País é contribuição nos­sa. Solução viável e, diga-se de passagem, excelente, já existe, porque as pessoas de boa vontade e que realmente se preocupam já a apresenta­ram: construir um gatil no próprio Bosque. Então, va­mos pôr em prática essa idéia? Utilize o nosso dinhei­ro, imposto, a nossa idéia e nosso local público.

Flanelinhas Emdec/Setransp Depto. Imprensa e Comunicação, Campinas

•• Em resposta às cartas dos leitores Silvio da Silva e Patrícia Moreno, publicadas no último dia 15, esclarece­mos que a responsabilidade do veículo - esteja ele nas mãos do proprietário ou de outra pessoa - é exclusiva do proprietário. Aqueles que de­cidem deixar seu carro sob a guarda de tlanelinhas não es­tão isentos de riscos, incluin­do autuações, em caso de des­respeito às leis de trânsito. Se a opção de deixar o carro sob os cuidados do tlanelinha é feita mediante coação, cabe somente a atuação das autori­dades de segurança pública. Ressaltamos que a Emdec, co­mo representante da autorida­de de trânsito, tem atribui­ções definidas pelo Código de Trânsito Brasileiro, que não incluem poder policial.

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Buraco na General Osório I atrapalha motoristas

Um buraco próximo ao ponto de táxi da Avenida General Osório. no Centro. está preo­cupando os pedestres e moto­ristas que passam pelo tre­cho, A cratera. que. provavel­mente. foi aberta após uma chuva forte. se tornou referên­cia do local. já que os veículos

I são obrigados a desviar. "Esta­mos revoltados com isso. por­que já cansamos de reclamar. O problema é que ninguém vem aqui nem para ver como está a situação". explicou o en-

carregado de obras Cândido de Oliveira,

Nos dias de chuva. o bura­co fica escondido pela água e serve de armadilha para a po­pulação, "Não dá para saber se o buraco é fundo quando chove". disse um taxista que trabalha próximo ao buraco,

1111 A Administraçüo Regio­nalI (AR-i) explicou que uma equipe vai verificar a reclama­ção e realizar o seruiço necessá­rio. conforme a programação.

Avenida General Osório, no Centro: taxistas pedem manutenção

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• correIO E-mail: [email protected]

Animais 1 Fernanda Dominiquini Dentista, Campinas

_ Louvável a lei municipal para proibir os animais de tra­

Barão Geraldo Jaime Pedro da Silva Professor, Campinas

ção. C .. ) Absurdo pessoas usa- _ Não resido no bairro Ba­rem, como um objeto de rão Geraldo nem na Cidade transporte, esses pobres ani- Universitária, porém, em trân­mais, os quais, a grande maio- sito pelos bairros supracita­ria, são totalmente descuida- dos, observei o completo dos, sendo que muitos mor- abandono pelas autoridades rem de exaustão. Fora as chi- municipais, o mato já ultra­cotadas que levam por não passou os limites nos terre­agüentarem mais o trabalho... nos baldios. Autoridades da E sem direito à reivindicação. subprefeitura de Barão Geral­C .. ) Uma sociedade evoluída do, prefeito de Campinas, le­é reconhecida pelo modo vantem das cadeiras, cobrem, com que cuida de seus ani- fiscalizem seus subprefeitos, mais, da natureza em geral. os setores responsáveis pela C .. ) Quanto às manifestações limpeza dos terrenos, multem de leitores dizendo que são os os pn.>prietários ou limpem seres humanos que merecem , os terrenos e cobrem dos pro­mais atenção, respondo que prietários. Fácil de resolver, o os outros animais, além de que falta é vontade política. nós, fazem parte de nosso Acorda Brasil, até quando con­ecossistema, e somos total- tinuaremos dormindo em ber­mente responsáveis por eles. ço esplêndido ... Cadê as asso-

________ ~___ ciações de bairros?

Animais 2 Liliam C. S. Elias de Almeida Escritora, Campinas

_ A lei que dispõe sobre a proibição da circulação dos animais de tração em vias pú­blicas e pavimentadas de nos­sa cidade reflete, no mínimo, uma sociedade que caminha para a civilidade calcada em valores mais humanizados e éticos. As leis, em geral, exis­tem para assegurar direitos fundamentais como a vida. a li­berdade, a segurança não só de seres humanos. mas de to- ' das as criaturas vivas. Enga- , nam-se aqueles que estão in- . terpretando a lei em questão, i

de uma fonna que virá prejudi­car os trabalhadores em suas atividades de coleta e recicla­gem C .. ). Muitas pessoas acos­tumaram-se a ver cavalos. mu­las, puxando pesadas carroças sem enxergar o enorme sofri­mento e o trabalho escravo a que esses animais vêm sendo submetidos.

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: DATA: : CORREIO POPULAR: 1 ______ -- ___ • __ ~_~ ____ _

A tecnologia a serviço da ~'3egurança

A gravidade da situação de insegurança da população leva à expectativa de que sejam adotadas medidas com­plexas que combatam o problema eficazmente e com a coragem que se exige. A utilização de todos os meios para enfrentar a ação criminosa, individual ou de gru­pos, é lícita e melhor recebida quanto incorporar recur­sos indispensáveis. Na ausência das autoridades, cabe ao cidadão tentar se proteger como pode, armando-se de muros altos, grades de proteção, blindados e altas taxas de seguros para tentar garantir a vida e o patrimô­nio. Mas nada deve desonerar o Estado da responsabili­dade.

Os investimentos no setor são imprescindíveis, pois não se desenvolve uma política de segurança sem infra­

strutura, pessoal qualificado e em número condizente '-com o universo a ser atendido, incorporação de técni­

cas que façam frente à desfaçatez demonstrada pelos criminosos, calçada na conjuntura da impunidade e da falta de repressão. Quando se tem uma polícia sem equipamentos adequados, com viaturas em mau esta­do de conservação, armas ultrapassadas, salários inde­centes, pode-se esperar a exacerbação da violência, o aumento de ocorrências que colocam o cidadão co-

-~._------~~~--_ .. _-- mum como vítima indefesa.

Se for mais um instrumento para satisfazer a sanha arrecadatória de impostos e taxas estará fadado ao descrédito

Notícias da instalação dos espiões eletrônicos nas estra­das traz uma novidade que entusiasma. A utilização de tecnologia permitirá a rápida identificação das placas dos veículos, apresentando regis­tros de ocorrência policial, atrasos de licenciamento e pa­gamento de taxas, multas, en­fim, dados que poderão tor­nar a abordagem dos poli­ciais mais eficiente e segura.

Juntamente com os modernos sistema de rastreamen­to de veículos por satélites, que logram refrear ataques a caminhões de carga, principalmente, a adoção de re­cursos modernos e inteligentes são necessários e im­portantp aparato de segurança. O equipamento já foi testado e está pronto para ser operado nas estradas, formando conjunto com a tecnologia incorporada pelo Centro de Controle Operacional (CCO) mantido pela AutoBAn no sistema Anhangüera-Bandeirantes.

A possibilidade de ter um instrumento que vai am­pliar a policiamento preventivo e permitir a identifica­ção de veículos traz uma esperança na melhoria do po­liciamento. A rápida localização de carros roubados ou mesmo o rastreamento de bandidos dá uma nova pers­pectiva de segurança. Se totalmente aprovado, deve ser estendido a um sistema ideal de logística policial, dificultando a ação criminosa.

Se o aparato condiz com a necessidade de incorpo­rar novas tecnologias no combate à violência, seu uso deve estar focado principalmente nas questões de segu­rança. Se tal instrumento for mais um para satisfazer a sanha arrecadatória de mais impostos e taxas, caçando contribuintes inadimplentes ~ uma irrealidade no país do cheque pré-datado ~ estará fadado ao descré­dito reservado aos radares, instituídos para disciplinar o trfu l"ito e zelar pela segurança, mas que se transfor­maram em máquinas de impressão de moeda.

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I CORREIO POPULAR i"

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I DATA:

Municípios da RMC contabilizam prejuízos Velocidade do vento em Artur Nogueira chegou a lOOkm/h e causou estragos

As cidades da Região Metropo­litana de Campinas (RMC) mais atingidas pela cPlUva da tarde de quinta-feira amanhe­ceram ontem realizando os tra­balhos de limpeza e contabili­zando os estragos. A velocida­de do vento em Artur Noguei­ra chegou a 100 km/h, no Jar­dim Carolina, e causou a que­da de um reservatório de água, que possuía cerca de 10 metros de altura e capacidade para armazenar um volume de 50 mil litros.

A torre despencou em uma estrada de terra e rompeu a fia-ção elétrica e telefônica, provo­cando curto-circuito e princí­pio de incêndio na mata às margens da via. Não houve VÍ­timas e os moradores locais não sofreram com a falta d'água, pois foi realizada uma ligação de emergência na rede de abastecimento. "Foi um ba­rulho muito forte, mas graças a Deus a torre caiu para o ou­tro lado. Se viesse para cá, des­truiria a minha casa", ressal­tou o morador vizinho ao re­servatório, o pedreiro Antonio Carlos da Costa, de 37 anos. "O vento foi muito forte. Na

hora eu estava trabalhando em uma obra aqui do lado e um muro recém-construído, de três metros de altura, caiu", contou.

Cerca de 20 árvores foram derrubadas devido a ação dos ventos na cidade. Dois carros, inclusive um com duas pes­soas dentro, que estavam esta­cionados na Rua 13 de Maio, região central de Artur Noguei­ra, foram danificados por ga­lhos. Ninguém ficou ferido.

Hortolândia Mesmo sem registrar chuvas intensas ontem, Hortolândia ainda estava em estado de alerta até o final da tarde por ter registrado índice pluviomé­trico de 110 milímetros de chuva nas últimas 72 horas. A agência do Bradesco e o pos­to de combustíveis que foram inundados pelo transborda­mento do Ribeirão Jacuba, es-

tavam funcionando ontem pe­la manhã.

Énquanto isso, os morado­res da Rua 5 do Jardim Dulce,

localizado proXlmo às mar­gens do Ribeirão Quilombo, em Sumaré, esperavam a água baixar para saírem das suas ca-

sas com os seus carros. "Meu filho passou mau e eu tive que levar ele nas costas até a am­bulância, que não conseguiu chegar na minha casa devido ao alagamento", disse a dona de casa Aela Alves Castro.

No distrito de Sousas, em Campinas, máquinas trabalha­ram ontem para a limpeza, às margens do trecho da Avenida Mário Granero, que ficou inun­dada devido à chuva de quin­ta-feira. A água avançou sobre os quintais das casas das famí­lias residentes do Beco do Mokarzel, localizado entre as margens da via e do Rio Ati­baia. "A água não chegou a in­vadir a minha casa porque nós fazemos os barracos sus­pensos", disse uma moradora que se identificou apenas co­mo JÚlia. "Mas poucas horas após a chuva, a água já abai­xou", completou. (Eduardo Camso/AAN)

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I CORREIO POPULAR] DATA:

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A FRASE ~-_ .. - --_._._-'-' _.~

~ r--- --- '--'- ------~- ~. ----, ! "As pessoas , i '

I, estão cada vez ~ mais interessadas em proteger o colarinho do pó e o sapato da lama. Por isso, cada um vai lá e constrói uma calçadinha, aumentando a área

i impermeável de solo e a necessidade de vazão das galerias."

OSMAR COSTA SecretárIO muniCipal de Infra~EstrLltura

, Interdição naJohnBoyd trava tráfego

, p or conta da interdição " Barão de ltapura, entre a i total de 700 metros de Avenida Andrade Neves e a I pista no sentido entrada da rodoviária de : Centro-bairro, a lentidão Campinas, onde outra rede : no trânsito da Avenida John de galerias passa por , Boyd Dunlop nos horários reparos. O pavimento no , de pico da manhã e da local começou a afundar e tarde somou ontem 1,2 apresentar rachaduras quilômetro. O fluxo foi mais novamente na quinta-feira i

• lento entre as 18h e 19h, , passada, obrigando a com 800 metros de fila no interdição da pista no sentido bairro-Centro, onde sentido bairro-Centro da a via é usada como desvio e Barão de ltapura, sem está com mão dupla de previsão de liberação para o direção. tráfego. O problema deverá se A obra de reparo no local é repetir pelos próximos 30 executada pela Arecco, I

dias, prazo estimado para a empreiteira contratada pela : conclusão dos reparos nas Comgás, que causou o aduelas que cederam sob a problema nas galerias em via e provocaram uma dezembro passado, durante erosão que já levou parte do escavações para calçamento. O secretário implantação de tubulações municipal de de gás natural para Infra-Estrutura, Osmar residências na região. O Costa, considerou ontem a caso se agravou com as possibilidade de liberar chuvas. (SA/AA.l\J) uma faixa de rolamento

, dentro de dez dias, se as chuvas derem uma trégua. O prefeito Hélio de Oliveira Santos (PD'D esteve no local pela manhã para verificar de perto a situação. "Medidas preventivas já foram tomadas para garantir que novos incidentes não ocorram", garantiu ele. Também foram inspecionar as obras o secretário de Transportes, Gerson Luis

, Bittencourt; o coordenador : das Administrações Regionais (ARs), Rubens Guilherme, e o diretor do Departamento de Parques e Jardins, Ronaldo de Souza. O prefeito também deixou o gabinete para conferir in wco o estado da Avenida

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: DATA:

SUBSOlO 111 QUEIJO SUlço

ARs vão procurar danos elD galerias

Administrações regionais farão diagnóstico dos sistemas de microdrenagem para

+

evitar constantes afundamentos de solo

II1 SammyaAraújo I DAAGtNCIAANHANGÚERA

, [email protected]

Os constantes problema~ cau­sados à população de Campi­nas pelo rompimento, queda ou entupimento de galerias pluviais nos últimos Verões vão gerar vistorias intensivas na rede a partir da próxima época de estiagem. A Secreta­ria de Infra-Estrutura vai ofi­ciar todas as administrações regionais (ARs) para que pro­cedam "com mais rigor" a ob­servação dos sistemas de mi­crodrenagem em suas áreas de atuação. O trabalho deve resultar em diagnósticos

Falta verba para troca de tubulação mais precisos e disparar ações corretivas, mas a Pasta já avisa que não tem disponí­veis os R$ 30 milhões estima­dos para uma solução defini­tiva, que exigiria a troca de boa parte da tubulação que capta a água da chuva na área urbana.

A informação é do secretá­rio municipal de Infra-Estrutu­ra, Osmar Costa. Segundo ele, apesar do excesso de chuva re­gistrado nos últimos dois me­ses, sem dúvida, interferir na capacidade de escoamento das estruturas, o que aconte­ceu, por exemplo, na Avenida John Boyd Dunlop - onde o rompimento de aduelas pro­vocou queda de um barranco e de parte do calçamento, obrigando a interdição total da pista em uma faixa de 700

metros -, poderia te; sido evi­tado ou, pelo menó's, minimi­zado, se houvesse um diagnós­tico precoce mais detalhado.

"Temos um trabalho que já é feito sistematicamente, mas acredito que o que hou­ve ali na John Boyd Dunlop

não foi da noite para o dia. O solo já devia vir sofrendo com um processo progressivo de erosão. Ou, então, pode ter havido um encharcamento do talude (degrau para conter a encosta de um aterro), que ali é bem grande, oito metros de altura, com as chuvas que caíram de dezembro para cá", analisa.

Outra hipótese é que o ex­cesso de chuvas pode ter ti­do participação no que hou­ve na J ohn Boyd também pe-

la sobrecarga nas galerias so­bre a rede de aduelas que ca­nalizam o Córrego Ipaussura­ma sob a via. A "cascata" ge­rada pela tubulação de me­nor calibre teria descalçado o fundo das estruturas, pro­vocando a quebra e levando junto o barranco.

Ou seja, para prevenir os problemas, além de observar periodicamente o estado das galerias - a inspeção é visual, afirma Costa -, o chamado sistema de microdrenagem, o

trabalho de prevenção deve abranger outra frente. De acor­do com o secretário, embora seja imprevisível o regime de chuvas a cada ano, é possível, por meio de batimetria (espé­cie de topografia que mede a profundidade de massas d'água, como lagoas e rios) di­mensionar a evolução da área

perene alagada. Isso fornece­ria indicativos para avaliar se os leitos de córregos, respon­sáveis pela macrodrenagem, estão ficando mais fundos, evi-

denciando erosões.

Tempo O diagnóstico precoce ajuda­ria a realizar ações pontuais de reparos para evitar o pior, mas uma solução definitiva está longe, admite o secretá­rio. Isso porque, diz ele, há muitos quilômetros de gale­rias em Campinas desgasta­das pelo tempo ou com capa­cidade inferior à exigida atual­mente para a drenagem urba­na - principalmente -, diz Costa, pelo aumento progres­sivo da área impermeabiliza­da de solo.

O titular da Infra-Estrutura estima que, para substituir to­da essa rede insatisfatória, a Prefeitura desembolsaria cer­ca de R$ 30 milhões. Verba que não está disponível, diz ele. Outro empecilho seria es­tratégico. "Esse é um proble­ma muito complexo que, para ser solucionado, exige uma sé­rie de interferências na cida­de, como nas redes de abaste­cimento e de esgoto. É para ser amadurecido", afirma.

Há demanda ainda maior para obras de macrodrena­gemo No entanto, dos R$ 70 milhões já solicitados oficial­mente pelo prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) ao Mi­nistério das Cidades, apenas R$ 5 milhões tiveram a libera­ção confirmada pelo governo federal. Costa diz que eles se­rão usados, entre outros pon­tos, na ampliação da canaliza­ção dos córregos das Cabras, do Laranja e Taubaté.

MISTÉRIO 111 POLUiÇÃO

Prefeitura encontra descarte clandestino de material graxoso Prod uto foi deixado a menos de 100 metros de afluente do Ribeirão Quilombo no San Martin

Uma descarga clandestina de aproximadamente 80 tonela­das de um material graxoso ainda não identificado mobili­zou ontem técnicos da Prefei­tura e da Companhia de Tec­nologia de Saneamento Am­biental (Cetesb) em Campi­nas. O material- uma mistu­ra de terra com óleo e graxa -, foi deixado a menos de 100 metros de um afluente do Ri­beirão Quilombo, no bairro San Martin, região Noroeste da cidade. O secretário munici­pal de Obras, Osmar Costa, dis­se que amostras do material fo­ram colhidas para análise, mas estimou que a identifica­ção só deverá ocorrer em dez dias. "Nem o pessoal da mi­nha equipe soube dizer com segurança do que se tratava", afirmou.

Segundo Costa, uma empre­sa especializada está sendo

contratada para a remoção do material - que deverá ser le­vado em caçambas vedadas para uma área especial do Aterro Sanitário Delta. Assim, o trabalho de remoção deverá começar na segunda-feira. O secretário disse fez fez uma no­tificação do incidente ao Mi­nistério Público para que o ór­gão possa abrir um eventual procedimento investigatório. O secretário disse ainda que não está descartada a possibili­dade de o material ser prove­niente de outra cidade.

Este é o segundo descarte clandestino ocorrido em Cam­pinas em 20 dias. No dia 29 de dezembro, aproximada­mente 100 toneladas de sub­produtos animais abatidos fo­ram encontrados numa pro­priedade rural no bairro Fri­burgo, na região Sul. (Da Agência Anhangüera)

,--- , ~ORREIO POPULAR i

PROCESSO SELETIVO

Prefeitura realiza dia 28 prova para admissão de estagiários

_ A Prefeitura de Campinas realiza, no próximo dia 28 de janeiro, prova para selecionar estudantes como estagiários. A convocação dos mais de 3,6 mil inscritos do Ensino Médio e Superior será publicada no Diário Oficial do Municipio hoje. A consulta também pode ser feita no portal da Prefeitura, www.campinas.sp.gov.br. A prova será realizada no

Campus I da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, das 9 às 12h, e terá 25 questões objetivas, de conhecimentos específicos da áréa estudada, conhecimentosge~,com ênfase na realidade de Campinas e Região Metropolitana, história e características da cidade, além de Informática e Português. (AAN)

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I CORREIO POPULJ\R 'I, I DATA: L ____ ~ _______ ~ ___________ -1

os fatos FELINOS

Gatos transferidos do Bosque para o CCZ têm boa adaptação

_ De fonna tranqüila e sem nenhuma manifestação, mais sete gatos foram transferidos do Bosque dos Jequitibás para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) na manhã de ontem. No segundo dia da operação, que ocorre de fonna gradativa, os animais parecem ter se adaptado com o novo lar. Isso porque, segundo o diretor do CCZ,

Antônio Carlos Coellio Figueiredo, os primeiros sete gatos transferidos já estavam entrosados com o ambiente. "Todos estão dormindo e muito bem acomodados. Fazem parte do mesmo grupo. São animais que já conviviam entre si", explicou. A transferência do primeiro grupo deve ser encerrada na próxima semana. (AAN)

Q18

f CORREIO POPULARJ ,------~~_. -~-- ~--

(~idade re(~lama

Terreno abandonado recebe lixo e entulho no Cambuí Lixo é o que não falta em uma área particular abando­nada na Rua Pandiá Caloge­ras, próximo ao número 51, no Cambuí, em Campinas. A afirmação é da dentista Elai­ne Bianchi, que diz ter encon­trado até móveis velhos depo­sitados no local. "Esse lugar, com muito movimento à noi­te e durante o dia, não pode ter uma situação como essa", declarou a dentista.

Embora tenha reclamado da sujeira para a Prefeitura, através do telefone 156, a mo­radora do bairro garante que até hoje não encontrou ne-

nhum trecho do terreno lim­po. "A calçada também está intransitável e isso atrapalha e muito a população. Temos que passar pela rua e isso é um absurdo porque sempre disputamos lugar com os car­ros. A Prefeitura deveria fisca­lizar", afirmou a moradora.

111111 A Prefeitura justificou que a reclamaçiW será encami­nhada para a Coordenadoria de Fiscalização de Terrenos (Cofit). O órgão, segundo afir­mou a Prefeitura, vai verificar se o proprietário do lote já foi notificado.

As reclamaçoo'::> dos leitores devenl ser feitas preferem"'lalrrlt:llte Reclama, Rua 7 de Setembro, 189 CEP 1303ó·3"]- Calnplnas, profissão. aSSinatura, número de dOC~Jmento de IdentrddCl8, endcrec;n pJrn rctorr lU

feitas éllnda pelo telefone 3772-8158. das l3h às lGh, ou IPlo emall dt:(:lnbçvrac COrri br

Matagal de terreno invade calçada na Rua Pandiá Calogeras

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i CORREIO POPULf\R I

resumo

Delegado seccional de Campinas

_ O delegado esteve esta semana na Prefeitura de Campinas para planejar uma ação integrada na área de segurança pública, com troca efetiva de infonnações, que deverá ser desenvolvida a partir deste ano pela Guarda Municipal e as polícias Civil e Militar. O seccional foi acompanhado do diretor do Deinter 2, delegado Paulo Monso Bicudo, e do delegado Luiz Henrique Zago.

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~ORREIO POPU~A~~ i DATA: L _____________ . _______________________ .

. 'V M t I Olho no Legislativo ~eque- a e Vários administradores

. . regionais da Prefeitura de . RICARDO ALÉCIO - Interino Campinas já não escondem ! [email protected] . o desejo de se candidatar a L ==~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~: vereador nas próximas elei-1-=-- - ções. Mas ainda esperam as I bênçãos do prefeito Hélio. 'Fogo sob controle 1 j Um experiente analista da

! cena política lembra que, A reunião de anteontem da bancada tucana na Câmara em todos esses anos, somen-de Campinas serviu para duas coisas: 1) os cinco te Magalhães Teixeira fez ad-vereadores presentes - Pedro Serafim não foi convidado ministradores regionais ve­-lavaram a roupa suja e fecharam uma espécie de pacto . readores - em 1989, João de atuação parlamentar; 2) a atitude força um isolamento I Guedes e Salvador Zimbal­de Serafim, cuja situação no partido ficou insustentável ! di; em 1992, Ester Viana. To-

I depois do episódio da votação da presidência da Casa - [ dos os demais concorreram

lele responde a um processo na comissão de ética por ter I sem nunca ter logrado êxito. votado em Aurélio Cláudio (PDT). j Mas tudo vai depender da

. _I vontade de Hélio.

f~~; -b - t I 2 I Trabalho árduo . ogo so con ro e I Os administradores regio-[ nais com pretensões políti­

O encontro, claro, também Flôres - outro que votou ! cas vão ter que suar a cami-redefiniu a atuação do em Aurélio - já deixou a sa se quiserem se eleger. Su-bloco na oposição ao legenda, restaria apenas cateadas, as ARs - e, de governo Hélio e apaziguou resolver a situação de i quebra, os próprios adminis-

. os ânimos. Luiz Riguetti, Serafim. "Estou esperando . tradores - são foco de se-, descontente com uma ação ser julgado pelo partido", guidas reclamações de mora-de Artur Orsi na questão do disse Serafim ontem. Mas dores pelos maus serviços Plano Diretor, resolveu a um tucano garante que ele prestados. Hélio também pendenga. Como Antonio já pediu desfiliação. não deve estar nada satisfei---------------- ------ i to, já que deu início a uma ,------ série de mudanças no setor, i

8 fra~

"

Nós temos I que sobreviver a tudo isso. Não podemos chorar o leite derramado. !

incluindo a terceirização dos trabalhos das ARs.

Denovo Hélio deve ir a Brasília

mais uma vez, nesta segun­da-feira. Agora, em busca de apoio para projetos de Cam­pinas. Nesta semana, o pre­feito participou de evento

com prefeitos da base aliada de Lula no Planalto.

Clima de festa o prefeito de Vinhedo,

João Carlos Donato (PL), aproveitou a passagem por Brasília nesta semana para apresentar ao presidente Lu­la a rainha da 46ª Festa da Uva, Raphaella Lobo. Tam­bém integraram a comitiva vinhedense o presidente da festa e secretário de Cultura e Turismo, Edílson Caldeira, e o secretário de Transporte e Segurança, Élsio Álvaro Bo­calletto. Em clima descon­traído, Lula recebeu o convi­te para visitar a festa e, se­gundo Caldeira, manifestou interesse.

Susto O prefeito de Artur No­

gueira, Marcelo Capelini (PT), levou um susto duran­te a entrevista coletiva que concedeu a jornalistas nesta semana - segundo sua as­sessoria, a primeira do gêne­ro já concedida por um pre­feito na cidade: Quando o pe­tista respondia questões so­bre a Guarda Municipal, o. alarme da sala disparou e a i

sirene ficou tocando por al- . guns minutos. O episódio ge- . rou comentários bem-humo-! rados sobre a "eficiência" da. GM. Mas o prefeito também i teve de responder a pergun-j tas sobre as más condições [' dos equipamentos e unifor- I

mes dos guardas. . I

Valdir Terrazan, líder da bancada do PSDB na Câmara de Campinas, Juízes na mira

sobre o fim das desavenças internas. A falta de segurança preocupa os magistrados -=--1 brasileiros. A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) divulgou nota pedindo providências do Estado para garantir a segurança de juízes e demais funcionários da Justiça que atuam no

I combate ao trabalho escravo. A atuação contra a prática

I criminosa. voltou à tona depois que a Vara da Justiça do Trabalho de São Félix do Araguaia, na região Nordeste do Mato GrosSo,..çondenou o fazendeiro Gilberto Resende a pagar R$-t mllhão ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) por manter trabalhadores em condições análogas à escravidão.

I CORREIO POPUL~Rj DATA:

l11li "MS : /,,1" "

Emef Caic Zeferino Vaz Emel Ciro Exel Magro Emef Corrêa de Melo Emel Clotilde Barraquet Von Zuben Emef Dr. João Alves dOs SantO$

, Ernel Cdson Luis Chaves Emel Geny Rodrigues

! Emel José NarCISO Ehremberg I Emef Lourenço Belochio I Emel Maria Pavanati Fávaro Emef Oziel Alves Pereira Emel Padre Leão Vallerie Emef Presidente Floriano Peixóto

i Emel Raul Pila I Emef Sylvia Simões Magro i Emef Violeta Dória Lins I Emef Francisco Boponzio Sobrinho : Emel Júlio de Mesquita Filho " Emef Leonor Savi Chab Emel Maria Luiza Pompeu ,de Camargo Emef Odila Maia Rocha Brito.

Fonte: Secretaria de Educação de Campinas

_--=1 C=Ü=RRE==IO=P=O=PU=LA=R==l=----.!\ ~I==D==A==-T & __ ~ ... ___ . __ . ______ ~ SEGURANÇA III TECNOLOGIA

CâIneras chegalD a 21 escolas de CalDpinas Monitoramento eletrônico deve chegar a toda rede municipal até final de 2007

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I

I NiceBulhões

I DAAGtNCIAANHANGÚERA

[email protected]

Mais de 100 câmeras de moni­toramento serão instaladas em 21 escolas municipais de Ensi­no Fundamental (Emefs) de Campinas para coibir o vanda­lismo, pichações, brigas, rou­bos, furtos e a entrada de pes­soas estranhas no espaço esco­lar. A maior parte das 107 câ­meras deverá já estar instala­das para o início do ano letivo, em 5 de fevereiro. A previsão é concluir a implantação até mar­ço, já que as chuvas têm dificul­tado o trabalho. Até o final des-

Equipamentos somam 107, cerca de cinco para cada unidade te ano, todas as 42 Emefs conta­rão com câmeras, de acordo com o diretor André Gerin, do Departamento de Apoio à Esco­la, da Secretaria Municipal de Educação. As câmeras serão monitoradas pelo Centro Inte­grado de Monitoramento de Campinas (Cimcamp), que fun­ciona na sede da Empresa Mu­nicipal de Desenvolvimento de Campinas SA. (Emdec), na Vi­la Industrial.

A novidade deverá propor­cionar mais segurança nas es­colas, que hoje contam apenas com vigilantes e alarme. "O ele­mento humano, que são os vi­gilantes, é susceptível e, com as câmeras, estaremos, ao lon­go do tempo, reduzindo gas­tos, já que estaremos diminuin­do o número de guardas grada­tivamente", disse Gerin. "Atra­vés do canal de imagem, pre­tendemos futuramente interli­gar os alarmes das escolas ao Cimcamp e criar um canal de comunicação de dados com a Secretaria." O investimento no J?fograma de monitoramento

aas escolas, que vai desde a confecção do projeto e a com­pra dos equipamentos até a operacionalização e manuten­ção deles, é de R$ 9.584.319,73. Deste total, cerca de R$ 1,5 mi­lhão serão destinados para a manutenção e monitoramento pelo período de um ano.

A escolas foram escolhidas pela Secretaria de Educação, que levou em consideração as unidades com maior número de alunos e as que tinham maior ocorrências. Em 2006, o Município gastou R$ 600 mil na manutenção das escolas. "As imagens serão confiden­ciais. Duas câmeras ficarão no pátio e a outra instalada em lo­cal que dê para cobrir o perí-

metro da escola. No caso de ocorrência, a Guarda Munici­pal será acionada e irá até a es­cola", explicou Gerin. Cada uni­dade receberá, em média, cin­co câmeras instaladas em pon­tos estratégicos. Das 107 câme­ras, 86 são fixas e 21 são câme­ras "dome", aquelas que alcan­çam ângulo de 3600 e têm maior amplitude para o moni­toramento, segundo o secretá-

rio municipal de Transportes e presidente da Emdec, Gerson Luis Bittencourt.

O monitoramento das uni­dades escolares será possível graças ao convênio entre a Se­cretaria Municipal de Educa­ção (SME) e a Emdec. Os recur­sos são provenientes da Secre­taria Municipal de Educação. Já a compra dos equipamentos foi feita por meio da ata de re-

gistro de preços da Emdec, que tem como objetivo efetuar a evolução funcional do Cim­camp, em funcionamento des­de o segundo semestre de 2006 e que conta com 17 câmeras. "O projeto do Cimcamp prevê 267 pontos de monitoramento da cidade e conta com funcio­nários da Guarda Municipal, Emdec, a autarquia Serviços Técnicos Gerais (Setec), Defesa Civil e Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu)", explicou Bittencourt.

"Com as câmeras se poderá ver o que acontece na porta das escolas, como a instalação irregular de ambulantes", disse Bittencourt. Hoje, segundo o secretário, a instalação dos equipamentos se encontra em fase de implantação da infra-es­trutura básica, como fibra ópti­ca, postes e tubulações. A últi­ma fase é a instalação das câ­meras e captação das imagens, que será feita por fibra óptica ou por rádio freqüência - no caso das unidades mais distan­tes. "Cerca de 51 % das 107 câ­meras irão operar por meio de fibra óptica, percorrendo cerca de 21 quilômetros." O restante será por rádio freqüência. Uma das unidades beneficiadas é a Emef Geny Rodriguez, no São Bernardo. "Essas câmeras deve­rão inibir um pouco os atos de vandalismo", aposta Ivo Cele­guim, integrante do Conselho da Escola e pai de aluno.

I CORREIO POPULAR j I DA TA: _' ___________________ '

CENARIO URBANO 111 MUDANÇAS

Nova rodoviária recebe propostas Empresas interessadas em realizar a obra se apresentam na segunda-f~ira

II

SammyaAraújo Da Agência Anhanguera

sammya@rac,com,br

A Prefeitura de Campinas re­cebe, na próxima segunda-fei­ra, os envelopes com as pro­postas das empresas ou con­sórcios que participarão da concorrência para a constru­ção e a exploração da nova ro­doviária, na confluência da Rua Df. Mascarenhas com a Avenida Lix da Cunha (Sules­te). Até ontem à tarde, de acor­do com a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Cam­pinas S.A. (Emdec), sete dos interessados já haviam realiza­do as visitas técnicas obrigató­rias e estavam aptos a integrar a licitação.

Não há prazo estimado pa­ra a conclusão do processo, mas a perspectiva é que as obras durem 15 meses e o ter­minal seja entregue em mea­dos do ano que vem. A em­presa ou consórcio vencedor assinará um contrato por 30 anos, durante os quais deve­rá investir cerca de R$ 500 milhões.

Além do investimento na in-

fra-estrutura, o concessionário terá que recolher uma porcen­tagem sobre a receita para os cofres municipais. Apenas na construção do novo prédio, área comercial e plataformas, serão injetados aproximada­mente R$ 30 milhões.

Uma das fontes de renda do concessionário será a taxa de embarque dos passageiros,

estabelecida em decreto publi­cado em novembro e fixada, nas viagens interestaduais, em R$ 3,08, e nas intermunici­pais, R$ 0,42 (percursos de até 39 quilômetros); R$ 0,75 (de 40 a 79,9 quilômetros) e R$ 2,90 (acima de oitenta quilô­metros). A tabela de valores será sempre estipulada pela Prefeitura.

Outras receitas da empresa que assumirá a conce&são se­rão o estacionamento e o alu­guel de espaços comerciais e publicidade. Depois de encer­rado o prazo de concessão, to­dos os imóveis e a área do ter­minal voltarão para a Prefeitu­ra de Campinas. Os prédios históricos presentes na área concedida serão restaurados pelo concessionário, de acor­do com as normas dos órgãos do patrimônio histórico.

Integração A licitação municipal é apenas para a construção ?~ n?va ro­doviária, mas o predlO rntegra o Terminal Multimodal Metro­politano, que envolve infra-es­trutura para atender ao trans­porte viário intermunicipal e também urbano, além de futu­ras ligações ferroviárias entre Campinas e São Paulo. A par­tir da inauguração da rodoviá­ria, a Emdec calcula que have­rá uma redução de tráfego de 3 mil ônibus entre intermunici­pais e metropolitanos no Cen­tro de Campinas. Mais de 100 mil pessoas devem passar pe­lo complexo diariamente.

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I CORREIO POPULA~ I _____ __

i DATA' I • ~---------

• ,correIO E-mail: [email protected]

Outdoors 1 Ubiratan Parada Aposentado. Campinas

•• Parabéns pela reporta­gem do Correio Popular ,sobre a poluição visual que nos en­frentamos diariamente. Como já temos os pichadores. que continuam atuando na calada da noite, ainda temos essa de­sordenada publicidade. Claro que as agências de publicidade são contra essa limpeza, con­forme a reportagem. Já proto­colamos junto a Prefeitura há mais de 60 dias uma solicita­ção, com fotos, da retirada ?e uma placa em uma marqmse na Avenida Moraes SaBes, a qual não dispõe d: ~utorizaç~~ do prédio. Por vanas vazes l,a estivemos no órgão responsa­vel e os mesmos informam que estão no aguardo, juntan­do papelada etc.

Outdoors 2 Valéria De Santis Advogada, Campinas

•• Campinas segue a ten­dência das novas nonnas ado­tadas na Capital paulista sobre mídia exterior. O Direito con­temporâneo, de fato, privilegi.a o interesse público em detn­mento do privado, restrin~in­do a livre atuação do capItal sempre que isso colocar em j~­go o bem comum, espa~~ pu-

blico, por exemplo. É preci~o, entretanto, que os profiSSlO­nais que serão afetados pela nova regulamentação se ~an­tenham atentos e orgamza­dos a fim de evitar que as n~­vas medidas não acarretem dI­minuição do seu mercado de trabalho.

Animais de tração Mara Thereza Saleme Lyra Psicóloga. Campinas

•• Parabenizo o prefeito de Campinas pela Lei 12.831, sancionada. Conheci profun­damente o universo das ativi­dades de coleta e reciclagem, com o uso dos animais de tra­ção, para afirmar com absolu­ta veemência que esses ani­mais são explorados e escravi-

I zados de maneira cruel e de­! sumana até a morte. Existe a i tendência humana em se per-petuar situações e costumes, ainda que totalmente equivo­cados, por uma questão de acomodação. ( ... ) Manter há­bitos e costumes errados, ex­plorar a natureza de forma ir­responsáveL infringir sofri­mento aos animais vêm cus­tando ao homem e a todas as formas de vida, enormes ca­tástrofes. Portanto, reparar danos e erros cometidos ao longo da vida, de responsabi­lidade única do ser humano, é uma obrigação moral e éti­ca de todos os homens.

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I CORREIO POPULAR \ _______ J i DATÂ~ _________ _

o custo de ter um poder independente A representação política em regime democrático dá a determinadas pessoas o poder de decisão sobre as coi­sas públicas, exigindo uma dedicação e um grau de envolvimento que, não raro, assume características quase profissionais, de atenção integral. A responsabi­lidade é idêntica em qualquer nível, mas, quanto maior o município, mais intrincada e complexa fica a atuação parlamentar, seja pela extensão territorial, nú­mero de habitantes ou assuntos que exigem delibera­ção política.

A estrutura representativa brasileira prevê que cada município tenha a sua Câmara Municipal, como repre­sentante do Poder Legislativo, atuando com dotações e '"egimentos próprios, formadas por cidadãos eleitos

"""em voto livre e secreto. O número de vereadores é esta­belecido na proporção do número de habitantes, re­centemente cortado em 15% por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Levantamento realizado pela Agência Anhangüera de Notícias, publicado nesta edição, mostra que os municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC) vão gastar em média o equivalente a R$ 54,19 por habitante para manter a estrutura de funciona-

É importante que a atividade parlamentar seja alvo de atenta fiscalização dos eleitores e os gastos sejam justificados

mento das casas legislativas, onde atuam 207 vereadores. No total, as cidades incluí­ram em seus orçamentos do­tações de R$ 144,9 milhões. Nesse valor, estão os subsí­dios dos parlamentares, salá­rios de assessores, custeio das atividades.

A Câmara Municipal de Paulínia, sem surpresas, é a que tem maior custo no ra­teio por habitante - vai gas­tar R$ 309,01 por ano - 16

vezes maior que o Orçamento de Artur Nogueira e seis vezes mais que a média da RMC. O argumento de que o município tem uma realidade diferente não confere responsabilidade maior que justifique tal gasto. Cam­~inas, quinto no ranking das despesas do Legislativo, e o que paga maior subsídio por vereador, R$ 5,6 mil por mês, sendo que o mais contido é Holambra, com R$ 1,2 mil mensais, mesmo tendo a segunda maior do­tação entre os municípios próximos.

Não é o caso de estabelecer valores para o trabalho realizado pelo Legislativo na menor célula do País. Ca­da localidade tem suas peculiaridades reais e os eleito­res elegem com seus representantes também as suas prioridades. É importante que a atividade parlamentar seja alvo de atento acompanhamento e os gastos se­jam justificados no estreito cumprimento das necessi­dades de dar estrutura para o poder.

Os brasileiros estão afrontados com os escândalos que mancham o cenário político. É de se supor que as falcatruas desmascaradas em Brasília possam ter cor­respondência espraiada pelas assembléias e câmaras municipais, onde a história reservou boas histórias de malversação do dinheiro público e abusos. O eleitor de­ve estar atento para o cumprimento de seu dever cívi­co no mais alto grau crítico, para que os trabalhos sé­rios sejam contemplados com apoio e os desmandos sejam varridos da política.

[C~RREIO POPULAR', tDATA: i -~~---------_. ______ J

111. . resumo! I I , L ..

,

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Nós não ! indicamos a marca do produto; o consumidor é . quem decidirá qual a mais conveniente para ele. Anderson Gianetti

I Dnetor cjo ProC'on-Carnplllas

Sobre a pesquisa de preços de material escolar

, realizada pelo órgão. A I coleta do menor preço de cada um dos 48 itens de material escolar foi realizada em 43 estabelecimentos comerciais de Campinas.

I CORREIO POPULAR :, r DAfÃ:----·----------~------_ .. _ .. ~----- -- '

. Xeque-Mate Fo~~os padamenlares da

; RICARDO ALÉCIO _ Interino região não se reelegeram em [email protected] outubro do ano passado. En-

______ ______ tre eles Neuton Lima, Ildeu ---: - -- =--:--~-:- -- --- -=-=-=----=-=-- -. ---:---:~=~-.~-::~:::::::::::::::::.-----=~~ Araújo e Wanderval Santos,

--- ---- envolvidos no escândalo dos

Presença 1 sanguessugas.

Levantamento do site Congresso em Foco mostra como Representação foi a assiduidade dos deputados federais ao longo da atual O líder da bancada do PS-

I legislatura, nas sessões destinadas às votações. A coluna DB na Câmara, vereadorVal-separou os índices de presença dos parlamentares da dir Terrazan, deve entrar região de Canlpinas para o eleitor conferir. O deputado amanhã com uma represen-Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB), de Piracicaba, i tação no Ministério Público

i teve 88% de presença em plenário. Seu colega de partido, I' cobrando responsabilidades o campineiro Carlos Sampaio (PSDB), encerrou a pelos problemas de conserva­legislatura com 82,9% de presença. Chico Sardelli (PV) de I ção nas alças de acesso ao Americana - que só atuou em algumas sessões em 2005 I Shopping Parque D. Pedro, e 2006 -, obteve 68,3%. I que apresentam enormes bu-

_ _ ---- ______________ J racos com freqüência. O tu---=--==--=---:::- ====-~=.:::===:::=,::::::=--= , cano argumenta que shop­

: Presença 2 IldeuAraújo (PP), também Salvador Zimbaldi (PSB), de Americana, participou registrou 95,6%. de quase todas as sessões Wanderval Santos (PL), (98,8%). João Herrmann também de Campinas,

i ping, Prefeitura e Dersa -responsável pela Rodovia

, Dom Pedro I - não se enten­dem sobre a questão. Para ele, há risco de ocorrer uma grande tragédia no local.

Visitinha Neto (PD11, de Piracicaba, ficou com 85,4% de i foi o mais ausente, com presença. E Hélio de O vereador Dário Saadi apenas 50,7% de presença. Oliveira Santos (PD1), em (PSDBl visitou a região de Pe-Já Luciano Zica (P1), de 2003 e 2004, registrou dregulho na última semana. Campinas, registrou 91 % 80,6% de presença - ele A volta às origens - Dário de presença na Câmara. interrompeu o seu nasceu em Pedregulho - foi Neuton Lima (PTB), de mandato de deputado ao para rever amigos e também lndaiatuba, teve 79,3%. ser eleito prefeito de agradecer os eleitores. O ex-Outro de Campinas, Campinas. presidente da Câmara de

Campinas teve wna boa vota­ção nas cidades daquela re­gião na campanha para de­putado federal, no ano passa­do. Ele não se elegeu.

Blat de volta Quem está de volta aos ho­

lofotes é o promotor crimi­nal José Carlos Blat. Ele é um dos que investigam o desaba­mento da obra do Metrô, em São Paulo. Blat ganhou desta­que nacionalmente com sua atuação no caso da Favela Naval, em Diadema, em 1997. Lançou, inclusive, um premiado livro sobre o assun­to, em co-autoria com o jor­nalista Sérgio Saraiva.

Recursos o governo federal pagou

até agora apenas R$ 76,7 mi­lhões da Medida Provisória 311, editada em 13 de julho de 2006, no auge da crise do sistema penitenciário em São Paulo. A MP liberou R$ 200 milhões do Fundo Peni­tenciário Nacional (Funpen). O levantamento foi feito pela ONG Contas Abertas. O Mi­nistério da Justiça argumen­ta que falta receber projetos do Estado. Como sempre, a discussão política se sobre­põe ao interesse do cidadão.

-~~-'C=~~--_-=-~-----' :-:_~.=:_:---__ -_----=-------=--~_~-~= --:~ -------_-=_-~~--.:::::~=~=:=:~:::.:------ .. =. ============ -;-] -

. " O capitalismo é o caminho da

perdição do planeta. (Ele foi imposto) a ponta de canhão, gol pe de Estado e invasão da América Latina no século 20.

Hugo Chávez, presidente da Venezuela, em discurso no encerramento da Cúpula do Mercosul, no Rio de Janeiro.

I Encontro com Lula i Apesar da dor de cabeça provocada pelo desabamento

na estação do Metrô e do exaustivo trabalho de acompanhamento do caso, José Serra (PSDB-SP) confirmou presença na reunião de governadores da oposição com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasilia, amanhã. O governo federal tentava marcar esse encontro desde o final do ano passado, mas já está preparado para ouvir críticas dos convidados. As reivindicações por mais repasses de recursos também são mais do que esperadas. Dos seis governadores do PSDB, apenas Aécio Neves (MG) não deve comparecer porque está viajando.

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____ ___ ~º~I~~9~~L~A~1 [I?~~(A: _-= ___ ~ __ _ VEREAOORESIIIDUELO

lideres se reúnem amanhã para definir as comissões Disputa pelas áreas de Política Urbana e Constituição está acirrada em Campinas

II ToteNunes

II DMGlNCIAANHAr'GU[Ri,

, [email protected]

A primeira sessão legislativa do ano está marcada para o dia 5 de fevereiro, mas os ve­readores de Campinas pro­metem travar um duelo amanhã, quando acontece a reunião de líderes em que serão preenchidas as vagas nas 15 comissões perma­nentes da Casa para o biê­nio 2007 -2008. Como era es­perado. as comissões de Po­lítica Urbana e Meio Am­biente e de Constituição e Legalidade foram as que mais atraíram o interesse dos parlamentares. Nada menos que 12 vereadores estão brigando por cinco va­gas na primeira e outros 12 pleiteiam uma das sete va­gas disponíveis na segunda. "Vai ser complicado chegar a um consenso", prevê o presidente da Câmara, Auré­lio Cláudio (PDT).

por terá direito ao maior número de vaga, 19

As comissões de Legisla­ção Participativa e de Prote­ção e Defesa dos Direitos dos Animais acabaram igno­radas pelos parlamentares. Apareceram apenas dois candidatos em cada wna de­las. Seis vagas ainda estão ociosas. A Câmara dispõe de 15 comissões que, ao to­do. oferecem 75 vagas, que são distribuídas de acordo com o critério da proporcio­nalidade - o partido com maior número de parlamen­tares tem direito a um nú­mero maior de vagas.

o interesse pela Comis­são de Política Urbana se justifica. Ela será a responsá­vel por colocar em prática boa parte do novo Plano Di­retor - aprovado no final de 2006. A comissão vai dar pareceres sobre os projetos de lei que irão, por exem­plo, regulamentar questões estruturais como zonea­menta, perímetro urbano, código de obras. Vai ainda ser a responsável pela im­plantação dos novos planos locais de gestão em cada uma das nove regiões (ma­crozonas) previstas no Pla­no Diretor.

Três vereadores assumi­ram publicamente a inten­ção de comandar a comis­são. Além do atual presiden­te, o vereador Luiz Riguetti (PSDB), Sebastião dos San­tos (PMDB) e Leonice da Paz (PDT) também são can­didatos. Outros nomes, no entanto, deverão surgir nas conversações de amanhã. A comissão vai ganhar desta­que efetivo a partir de agos­to, quando o Executivo co­meçará a enviar para análi­se da Câmara os primeiros projetos dos planos locais. A Comissão de Constitui­ção, Legalidade e Redação é atraente pois ela é quem faz a análise das matérias sob os enfoques da constitu­cionalidade, juridicidade e da técnica legislativa (legali­dade).

Com oito vereadores -formando a maior bancada da Casa -. o PDT terá direi­to ao maior número de va­gas nas comissões, 19 das 75 existentes, segundo ava­liação de Aurélio Cláudio. O PSDB aparece em segundo, com seis vereadores e 14 va­gas. PMDB e PTB vêm em

seguida, com sete vagas cada. PT, PSOL, PPS e PSL terão di­reito a cinco vagas. Os outros cinco partidos - PV, PFL, PL, PCdoB e PSB - terão direito a duas vagas cada.

O líder do PSDB, vereador Valdir Terrazan, não concor­da com critério adotado pelo presidente. Segundo o tuca­no, o correto é levar em conta

o início do mandato e não a composição atual de cada le­genda. O PSDB começou a atual legislatura com dez ve­readores. Hoje, tem apenas seis e ainda corre risco de per­der Pedro Serafim, que está pensando seriamente em dei­xar o partido. "O presidente está completamente equivoca­do", diz Terrazan.

As indesejadas A Comissão de Legislação Parti~ipativa é a única que permite a participação direta da população, mas nem isso sensibilizou os vereadores. Apenas PSDB e PDT fizeram indicações. A Comissão de Proteção e Defesa dos Ani­mais só recebeu indicações do PVe do PSDB.

1----_·_­o NÚMERO

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I COMISSÕES

Il

i Têm vagas oCiosas entre as 15 comissões permanentes da Câmara de Campinas

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I CORREIO POPULAR] r D~T A:-=-________________ _

Artur Nogueira está na outra ponta do ranking Legislativo da cidade representa um valor per capita de apenas R$ 16,37 ao ano

A Câmara Municipal menos custosa para a população da RMC é a de Artur Nogueira. Com nove vereadores com salários de R$ 1,9 mil e uma dotação de R$ 709,8 mil para 2007, ela custa, para cada morador, R$ 16.37 ao ano. O presidente do Legislativo, Carlos Roberto de Lima (PSC), acha até que, no final do ano, será devolvido di­nheiro para a Prefeitura, co-

mo ocorreu no ano passado, quando houve a devolução de R$ 128 mil. Os vereadores não têm assessores, nem ga­binetes. A Câmara se resume à sala da presidência e ao ple­nário. Há apenas um carro para atender todos e, por is­so, seu uso é apenas para ati­vidades oficiais.

"Os vereadores atendem em suas casas, usam o plená­rio como gabinete e a sala da

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presidência está aberta tam­bém", resumiu Lima. O ple­nário da Câmara tem capaci­dade para apenas 21 pessoas sentadas. Há planos para construir uma nova Câmara, mas Lima diz que na sua ges­tão não fará a obra. "A popu­lação é bastante conservado­ra e aqui, se você fala em gas­tar, pode ter certeza que não se reelege nunca mais", disse Lima.

Em Holambra, segunda Câmara Municipal mais cara da RMC para seus habitantes - com uma dotação em 2007 de R$ 890 mil, o equiva­lente a R$ 104,31 por mora­dor -, o presidente do Legis­lativo, Wilson Barbosa CPP), disse que entre 30% a 40% da dotação orçamentária serão

devolvidos à Prefeitura no fi­nal do ano, como já aconte­ceu em 2006. "A Câmara de­volveu R$ 170 mil no final do ano", afirmou. Barbosa acha que agora poderá ser mais, porque em 2006 houve rees­truturação no Legislativo, com compra de computado­res, móveis, gastos que não serão necessários este ano.

Para ele, a Câmara de Ho­lambra tem uma estrutura en­xuta. Os vereadores, disse, não têm assessores diretos. Há três funcionários da Casa que assessoram os nove par­lamentares e isso, segundo ele, tem sido suficiente. "Aqui, nós temos contato di­reto com a população e tem funcionado bem", afirmou. CMTC/AAN)

". "

I CORREIO POPULARj DATA:

OS NOMEROS Gastos das câmaras na 'Região' Metropolitana

Cidade Nº de Subsídio mensal Dotação da Câmara vereadores do vereador (R$) para 2007

Paulínia 10 3.800 19.200.000

2 Holambra 9 1.200 890.000

3 Vinhedo 10 3.800 4.362.620

4 Valinhos 10 3.800 6.850.000

5 Campinas 33 5.600 62.500.000

6 Itatiba 10 3.900 5.542.387

7 Nova Odessa 9 2.400 2.780.000

8 Jaguariúna 9 4.500 1.620.000

9 Americana 13 3.800 8.605.000

10 Hortolândia 12 4.700 9.774.588

11 Cosmópolis 9 1.900 1.942.500

12 Santo Antonio de Posse 9 1.700 800.000

13 Indaiatuba 12 4.500 6.800.000

14 Monte Mor 9 1.700 1.270.000

15 Pedreira 9 2.200 1.085.000

16 Sumaré 13 4.300 6.210.000

17 Santa Bárbara d'Oeste 12 3.400 4.000.000

18 Artur Nogueira 9 1.900 709.800

Total 207 59.100 144.941.895

(*) Engenheiro Coelho não informou a dotação Fonte: Orçamentos municipais E IBGE

Menor salário pago aos servidores é de R$ 2 mil

Cada wn dos dez vereadores de Paulínia tem entre

oito e dez assessores. O menor salário de funcionários da Câmara Municipal é de R$ 2 mil, valor do piso dos servidores públicos da cidade. O maior, o presidente da Câmara, Francisco de Almeida Bonavita Barros (PMDB), não informou. Os altos salários e a estrutura de funcionamento colocam a Câmara Municipal de Paulínia como a primeira no ranking dos Legislativos mais caros da RMC. "A cidade é diferente, o salário

é diferente, aqui tudo é diferente", afirmou Barros. Assessores, cargos em comissão, funcionários com bons salários acabam, segundo ele, gerando wna despesa alta. Barros justificou que cada cidade tem sua realidade. "A nossa, até agora, mostra que dá para manter a estrutura que temos. Se, por algum motivo, Paulínia sofrer queda na arrecadação, teremos que rever nossos custos. Por enquanto, isso não é preciso, mas nossa administração será rigorosa no uso do dinheiro público", disse. (MTC/AAN)

Gasto per capita 2007

309,01

104,31

76,17

72,77

58,9

57,94

57,92

46,57

42,21

47,03

38,44

38,16

37,54

27,58

26,70

26,10

21,22

16,37

54,19

.~. ,.

I CORREIO POPUL-AR

COFRES PÚBLICOS III LEGISLATIVO

------ ~

íDATA: ~--------_.-----~--_._._--- --------

Paulínia gasta seis vezes mais para manter Câmara Custo por habitante chega a R$ 309,01, enquanto média na RMC é de R$ 54,19

II MariaTeresaCosta I DAAGtNCIAANHANGUFRA

I [email protected]

Os municípios da Região Metro­politana de Campinas (RMC) vão gastar o equivalente a R$ 54,19 por habitante com suas câmaras municipais em 2007 para manter a estmtura neces­sária aos 207 vereadores que atuam nos 19 municípios. Mas há cidades que extrapolam o perfil regional e chegam, como no caso de Paulínia, a gastar seis vezes mais (R$ 309,01) que a média da RMC e 19 vezes mais que a Câmara Municipal que menos custo dará à popula­ção esse ano, que é a de Artur Nogueira CR$ 16,37). A Câmara de Campinas é a quinta mais cara, custando R$ 58,90 por ha­bitante.

Orçamentos nas 19 cidades somam R$ 144,9 milhões

As 19 cidades incluíram no Orçamento de 2007 recursos da ordem de R$ 144,9 milhões. Isso significa que, neste ano, a estmtura de funcionamento dos legislativos vai custar R$ 700,2 mil por vereador, incluin­do seus salários, dos assesso­res, dos funcionários das câma­ras, carros, telefones, corres­pondências, enfim, toda a estm­tura necessária para que possa funcionar.

O vereador mais caro é tam­bém de Paulínia, que custará R$ 1,9 milhão, embora seu salá­rio, de R$ 3,8 mil mensais, re­presente 2,3% da dotação da Câmara. O mais custoso é o de Campinas, que vai representar R$ 1,8 milhão, apesar de seu sa­lário CR$ 5,6 mil ao mês) corres­ponder a apenas 3,5% do gasto da Câmara.

O presidente do Parlamento Metropolitano, Ângelo Réstio (PPS). achou alto o valor per ca­pita das câmaras municipais, mas avaliou que as dotações do Legislativo são definidas pela Constituição Federal. Emenda constitucional estabeleceu limi­tes máximos para a despesa com o Poder Legislativo, em re­lação ao somatório da receita tributária e das transferências recebidas pelo município. "As cidades têm que avaliar se suas câmaras custan1 caro. Eu digo que se o vereador clunpre a ftm­ção de fiscalizar os atos do Exe­cutivo, não se omite, está pre­sente junto da população, o cus­to não é caro. Mas se o verea­dor não fiscaliza o prefeito, en­tão a cidade tem que reagir e co­brar o que ela paga", afirmou.

Réstio disse que acha o valor médio da RMC alto porque a es­tnltura administrativa das câ­maras são caras. Há questões como salários de funcionários, sobre os quais o presidente da Câmara não tem como intervir e que, em alguns casos, chegam a ser maiores que o do prefeito, comentou.

Para o economista e geógra­fo François Bremaeker, do Insti­tuto Brasileiro de Administra­ção Municipal (Ibam), os gastos com as câmaras municipais não são exorbitantes. "As pes­soas acham que têm que ter um Legislativo com o mínimo de custo, mas querem bons ser-

viços, com vereadores que aten­dan1 as necessidades da popula­ção, que saibam o que estão vo­tando, que fiscalizem o Executi­vO'"E isso custa algumas coi­sas ,afirmou.

Ele observou que, de modo geral, com a redução no núme­ro de vereadores definida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que cortou em 15% o nú­mero de vagas no Legislativo de todo o País, havia a expecta­tiva de que a redução de gas­tos seria de 15%. "Só que isso não ocorreu, porque o corte não é linear. As câmaras muni­cipais têm custos fixos de ma­nutenção, viaturas, computa­dores etc. Os salários dos servi­dores aumentam todo ano, ge­ralmente recompondo acima da inflação. Os custos de ma­nutenção crescem na mesma proporção", comparou. Impor­ta, disse, que os vereadores atuem para aquilo que foram eleitos e isso tem um custo pa­ra as cidades.

-.. ' I DATA: _~ ___ ~ _______ . rcoRRE10 POPULAR]

COMERCIO 111 NOS TRIBUNAIS

Ijminar reacende polêmica sobre uso de

. estrangeirislllos Decisão judicial limita uso de palavras em inglês na divulgação de produtos e

serviços pelo comércio

II EduardoCaruso II DAAGtNCIAANHANGUéRA

!i [email protected]

Em plena época de liquidações e promoções dos produtos que lotam os estoques das lojas após as compras de Natal, não é difícil, principalmente nos shoppings centers, o consumi­dor olhar nas vitrines e obser­var a divulgação das ofertas com palavras em inglês. A polê­mica sobre a utilização do es­trangeirismo na divulgação de prestação de serviço e comer­cialização de mercadorias é an­tiga, mas agora o caso foi parar nos tribunais e, na última se­gunda-feira, o juiz da 1ª Vara Fe­deral, André Muniz Mascare­nhas, concedeu liminar, em ação pública movida pelo Mi­nistério Público (MP) Federal, determinando que a União fis­calize e faça cumprir o artigo 31 do Código de Defesa do Consu­midor, que prevê, entre outras medidas, a clareza da informa­ção no momento da exposição da oferta (veja quadro).

Pesquisa do MP aponta que 9OOA, desconhecem termos como offe sale

o procurador da República Matheus Baraldi Magnani, au­tor da ação, disse que o MP re­cebeu diversas reclamações e, após uma pesquisa em centros comerciais, onde foram entre­vistadas 280 pessoas, mais de 90% delas não sabiam identifi­car o significado, principalmen­te de sale e off, que normalmen-

te são usadas em substituição aos termos nacionais liqüida­ção e desconto. "Recebemos di­versas reclamações e fomos a campo fazer uma pesquisa. Na verdade, o Ministério Público deve servir como termômetro da sociedade. Os termos sale e offnão possuem eficácia", resu­miu o procurador. Caso não cumpra a decisão judicial, o go­verno federal poderá receber multa diária de R$ 5 mil.

O Departamento de Prote­ção e Defesa do Consumidor, li­gado ao Ministério da Justiça,

informou, por meio da sua as­sessoria de imprensa, que não foi notificado sobre a liminar e, por isso, não se pronunciará. "A União terá que mostrar por meio de resultados que está cumprindo a determinação judi­cial", analisou Magnani. Ele afir-

ma que os termos em inglês de­vem vir seguidos de tradução em português. A loja que não cumprir a determinação pode ser autuada com multa e, em ca­so de reincidência, há a possibi­lidade de ser interditada.

Embora grande parte dos

consumidores aprove a decisão judicial, os proprietários e ge­rentes de lojas acreditam que es­se tipo de fiscalização chega a ser exagerada. "O impacto com as propagandas em inglês é maior. O meu público (A e B) en­tende. Dá um ar de entendi­mento e criatividade", disse lia Torres, gerente de uma loja em um dos shoppings de Campi­nas. "Até os nossos catálogos são feitos em Miami (Estados Unidos), com paisagens de lá", completou.

o proprietário de uma loja em uma das ruas mais movi­mentas do Cambuí, Álvaro Bar­ros' também optou pela pala­vra sale para chamar a atenção dos clientes em uma queima de estoque. "Para o público do Cambuí, eu não vejo problema. Eles entendem o termo", disse. Ele acredita que é mais "chi­que" trocar promoção por uma

palavra em inglês. "É curioso esse tipo de coisa. No nosso País, por exemplo, você liga um rádio e só toca música em inglês", argumentou.

De acordo com o artigo 31 do Código de Defesa do Consumidor, a oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar Informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores.

CCRREIO POPULAR DATA:

ZIR!GUIDUM III ESCOLHA

Rei MOlDO e Rainha já cOlDandalD folia Eleição dos representantes do Carnaval campineiro terminou com samba no pé

II FabianadeOliveira

r

ll OAAGtfJCIAANHANGllERA

! [email protected]

Com muito samba no pé e ao som da bateria, as 12 escolas de samba da cidade animaram a festa de abertura do Carnaval Integração de Campinas, reali­zada na noite de sábado, na Es­tação Cultura. Além das apre­sentações, os olhares entusias­mados estavam todos voltados para a passarela, que recebeu 19 candidatas a Rainha do Car­naval e seis postulantes ao titu­lo de Rei Momo.

Corte tem duas princesas escolhidas entre 19 candidatas

Segundo o júri, a combina­ção de beleza, harmonia e sam­ba no pé foi o critério usado pa­ra eleger como rainha a campi­neira Leilane Aparecida Ferrei­ra, de 20 anos. A paixão pelo Carnaval e pela dança podem ter cativado o júri e também o público, segundo ela. Embora admirada por muitos olhares na platéia, a moça adverte: 'Te­nho namorado".

Logo após o resultado, Leila­ne desfilou como as outras elei­tas, Vera Lúcia dos Anjos, Rai­nha do Carnaval 2006 e, neste ano, classificada como a Primei­ra Princesa, e Tatiane Oliveira Barroso, escolhida Segunda Princesa. Leilane recebeu prê­mio de R$ 2,5 mil, enquanto Ve­ra Lúcia e Tatiane, R$ 1 mil e R$ 500,00 respectivamente. "É uma emoção muito grande con­tinuar representando o Cama­val de Canlpinas, que este ano

r . . ..

10 I MIL

I Lugares terão as arquibancadas que serão montadas na passarela

l~~_mba camPineir.o_. _. _~.

promete ser muito bom", disse VeraLúcia.

Na escolha do Rei Momo, o titulo não precisou ser repassa­do. Luiz Fernando Balbino, de 29 anos, pontepretano e pai do pequeno Lucas de 6 anos, foi reeleito. Com o traje tipico, Bal­bino chorou de alegria e agrade­ceu por representar o Camaval de Campinas por mais um ano. "Eu espero que o Carnaval 2007 seja lembrado pela paz e pela integração entre todas as pessoas", afirmou.

Ensaios A programação continua com o pré-camaval nas comunida­des. De acordo com a Prefeitu­ra, a partir de amanhã, as 12 es­colas de samba promoverão en­saios nos bairros. O objetivo, se­gundo a integrante da comis­são organizadora do Carnaval Integração, Clélia Santana, é

promover eventos carnava­lescos antes da data oficial da festa. "Tudo para já come­çar a aquecer os tamborins", justificou. Os ensaios aconte­cerão sempre às 20h, segui­dos de apresentações de gru­pos de samba da cidade.

As escolas de samba se apresentarão nos dias 17, 18 e 20 de fevereiro na Avenida Magalhães Teixeira. A estru­tura montada no local será cercada por tapumes, com arquibancada, banheiros quí­micos e três praças de ali­mentação, segundo infor­mou a Prefeitura. O custo to­tal da festa será de R$ 1 mi­lhão em parceria com a ini­ciativa privada.

C·C;RRE10 POPlJlo/\R DATA.

CIRCUITO DAS FRUTAS 111 REGIÃO

Mesmo com chuva, ciclistas participam da Festa do Figo Recinto do evento em Valinhos também foi palco ontem de encontro de carros antigos

Mesmo com a chuva intermi­tente de ontem, cerca de 100 ciclistas saíram, às 9h15, da en­trada da 58ª Festa do Figo e 13ª Expogoiaba, para um pas­seio pelas principais ruas e avenidas de Valinhos, organi­zado pela Secretaria de Espor­tes e Lazer. Vários prêmios fo­ram sorteados após o término do percurso, que durou 45 mi­nutos. Antes da partida, Ale­xandre Ferrari e o filho Patri­ck, de 10 anos, nem pensaram em desistir por causa da chu­va. "É a terceira vez que a gen­te participa, não vamos re­cuar", disse Ferrari.

No retorno, ainda com chu­va, o masseiro João Cardoso Neto e o filho Lucas, de 9 anos, contaram que foi tran­qüilo todo o trajeto e que a chuva até ajudou, refrescando o corpo durante o exercício. "O objetivo desse passeio é in­tegrar e socializar, fazer com que as pessoas se conheçam",

afirmou o secretário munici­pal de Esportes e Lazer, Elidir Rosa de Amorim.

No recinto da festa, uma ex­posição de carros antigos reu­niu exemplares da região, so­mente ontem. Segundo José Roberto Lazaretti, vice-presi­dente do Clube de Carros Anti­gos de Valinhos, automóveis a partir de 25 anos puderan1 par­ticipar da exposição. Foram cerca de 60 inscritos e todos re­ceberam troféus. Fusca foi o modelo que mais marcou pre­sença na área. A Festa do Figo será realizada até o próximo domingo e a entrada é franca.

No próximo sábado, a gran­de atração será o evento gas­tronômico Queima do Alho no recinto da festa. O convite custa R$ 15,00 e dá direito a comer à vontade. O cardápio será arroz carreteiro, feijão gor­do, paçoca de carne e churras­co na chapa. (Michele MédolaJ Da Agência Anhangüera)

RogériO Capela/AAN

Ciclistas iniciaram passeio em frente ao recinto da Festa do Figo

PLANEJAMENTO URBANO

Acertando a base MÁRCIO I BARBADO ~

Campinas encerrou 2006 con­tabilizando a aprovação, san­ção e promulgação do seu Pla­no Diretor, construído a partir da revisão do Plano anterior e de múltiplas discussões e con­tribuições da sociedade. Esse é um marco ao qual é necessá­rio dar o devido peso, uma vez que representa, efetivamente, uma vitória de todos os que se preocuparam em pensar a ci­dade, devotando tempo, co­nhecimento e interesse para desenhar um futuro melhor para Campinas.

Ao mesmo tempo, é tam­bém fundamental trabalhar com a certeza de que, se a con­clusão do processo de constru­ção do Plano Diretor de 2006 encerrou um capítulo, iniciou outro já de imediato. Porque o próprio Plano prevê, e exige, que venham agora os Planos Lo­cais, os Planos Setoriais, a revi­são das Leis de Estruturação Ur­bana e ainda estudos urbanísti­cos para áreas determinadas.

Essa nova etapa, na verda­de, já começou. Estamos, na Secretaria de Planejamento, definindo uma série de parâ­metros para conduzir as dis­cussões que começarão já no próximo mês. Esses encon­tros fornecerão à comunidade os devidos parâmetros e orien­tações, a fim de que cada se­tor possa elaborar suas suges­tões. E, mais uma vez, o Con­selho da Cidade terá relevân­cia no processo, já que, por reunir expressivos segmentos da sociedade, possui inegável representatividade.

Otraballlorealizado,duran­te os dois últimos anos, para dar a Campinas um Plano Di­retor atualizado e em sintonia com o que a cidade quer e pre­cisa para as próximas duas dé­cadas, proporcionou a todos os envolvidos um enorme aprendizado. Conhecemos me­lhor o município, retomamos e atualizamos o nosso banco de dados, estreitamos vínculos com dezenas de entidades re­presentativas da comunidade campineira e firmamos parce­ria com instituições de ensino e pesquisa.

E agora, todo esse valioso conjunto será novamente utili­zado para viabilizar o planeja­mento contínuo iniciado com o Plano Diretor. O processo participativo será retomado, e constantemente aperfeiçoado. E marcos de modernidade, co­mo a inclusão no Plano Dire­tor do tema Desenvolvimento Econômico com respeito ao meio ambiente e ainda a Ges­tão do Plano, continuarão a es­tar presentes nas discussões.

Serão nove os Planos Locais a serem elaborados e imple­mentados, um para cada Ma­crozona - definidas no Plano Diretor por sua área de abran­gência - com uma sintonia mais fina nas leituras dessas re­giões, propondo diretrizes e ações pontuais. O detalllamen­to levará em conta as caracte­rísticas ambientais, parcela­mento, uso e ocupação do so­lo, sistema viário e de transpor­te, infra-estrutura e saneamen­to, habitação, equipamentos comunitários como saúde, educação, assistência social, cultura, esporte e lazer, dentre outros. O objetivo será deta­lhar diretrizes e formular pro-

postas com ações pontuais além da gestão do Plano, lem­brando que os Planos Locais têm como norte o Plano Dire­tor aprovado.

Os Planos Setoriais serão definidos pelas secretarias de Governo afins, como Habita­ção, Transporte e outras. As Leis de Estruturação Urbana também necessitam de ampla revisão e citamos como exem­plo a Lei de Uso e Ocupação do Solo, que encontra-se em vigor desde 1988, tendo sofri­do várias modificações e ca­racterizando-se, hoje, como uma verdadeira colcha de re­talhos. Ainda serão necessá­rios estudos em áreas meno­res dentro das Macrozonas pa­ra desenvolvimento em gle­bas urbanas não parceladas, ou ainda em bairros consoli­dados, como é o caso da No­va Campinas. A isso denomi­namos Planos Urbanísticos.

O Plano Diretor foi aprova­do pela Câmara Municipal de Campinas em 11 de dezem­bro do ano passado, e sancio­nado e promulgado pelo Sr. Prefeito no dia 29 do mesmo mês. Ainda em dezembro pas-

sado, confeccionamos a agen­da de trabalho para fazer fren­te ao que o Plano Diretor de­termina. E já no próximo mês de fevereiro iniciaremos as reuniões do Conselho da Cida­de e também aquelas agenda­das diretamente nas regiões de abrangência.

Ou seja, a partir da aprova­ção do Plano Diretor, percor­reremos os caminhos aponta­dos, na busca de soluções. Na verdade, inicia-se um proces­so de planejamento contínuo, onde a dinâmica participativa é fator importante no resulta­do, porém já tendo concluída a lição de casa proposta pelo Plano Diretor. Em outras pala­vras, "acertando a base": não podemos mudar o fim do que já aconteceu, mas podemos mudar o fim do que não acon­teceu. E a partir desse conjun­to de ações, poderemos dizer que Campinas está novamen­te correndo nos trilhos, rumo a um futuro conhecido e con­fiável para os próximos 15 ou 20 anos.

_ Márcio Barbado é secretário de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente de Campinas

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CURRE10 POPUI~/'\R DATA

Xeque-Mate --, PTdi-~id~~~-;-~~-EmBrasí~;~ A proposta de integrar Aliás, falando em Tiãozi-

EDMILSON SIQUEIRA como vice a chapa de Hélio nho, um petista de Campinas [email protected] I de Oliveira Santos (PDTJ deixou escapar que o deputa-~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~. nas eleições municipais de do está cotado para assumir a

===-=-=~------=----------- _, 2008 divide o PT campinei- Secretaria Especial da 19ualda-

Sobre buracos 1 i

I Campinas está longe de se livrar dos buracos. Não i apenas dos buracos provocados pelas chuvas, mas ! também daqueles que a Prefeitura terá de abrir i para tentar evitar novas crateras. Pelo menos essa é : a conclusão a que se chega lendo entrevista ao

ro - os nomes cotados até de Racial, no governo Lula. agora para a vaga são Vi- Mas o campineiro tem dito cente Andreu Guillo, ex- que prefere ficar na cidade, presidente da Sanasa, e onde também é diretor de fu­Gerson Bittencourt, atual tebol da Ponte Preta e nome secretário municipal de certo para integrar o primeiro Transportes, conforme já escalão na Prefeitura.

, revelou a coluna. Vai ser difícil , Correio dada pelo secretário de Infra-Estrutura,

Osmar Costa, publicada no último sábado. Se o PT dividido 2 diagnóstico do secretário estiver correto - e deve Embora para muitos a

Após o início de uma crise interna, o PSDB de Campi­nas. promete acertar os pon­teiros da oposição na Câma­ra. Mas um tucano atento à movimentação do Executivo avalia que Hélio começa 2007 com uma situação ain­da melhor no Legislativo: ga­nhou a presidência da Casa, aumentou a base do governo e constrói um caminho cada vez mais favorável à sua ad- , ministração. Ou seja, o traba- j

lho da oposição não será na­da fácil.

estar -, será necessária a troca de boa parte da discussão ainda seja prema-tubulação que capta água da chuva na cidade. tura, o fato é que a articula-

'--::::===========~ _========~ ção já está em curso e pro­r= = voca debates. No partido,

Sobre buracos 2 Ou seja, para solucionar o problema da impermeabilidade do solo e da baixa capacidade do sistema de drenagem da área

i urbana, será necessário transformar a cidade num grande canteiro de obras. Isso sem falar nos buracos que já têm

"

Éum modelo em

que O Estado não tem nenhum

i controle sobre o

sido abertos pela Sanasa, para a troca das tubulações de esgoto, também obsoletas. É o preço que se tem que pagar numa cidade que virou metrópole e cujas administrações esqueceram da palavra planejamento.

processo e toda a responsabilidade da obra fica nas mãos da~. empreiteiras. Deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP). sobre o contrato do Metrô com

I o Consórcio Via Amarela, ao propor a formação de uma comissão para I investigar a parceria.

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jurídicos e burocráticos são maiores que a disposição

há a ala dos que defendem a candidatura própria a pre­feito - o nome seria o pró­prio Vicente Andreu ou o deputado estadual não-ree­leito Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho. Mas há também os que defendem a aliança com o pedetista, cada vez mais próximo de Lula.

Pauta para 2007 As reformas tributária e política, a criação da Super Receita, o segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição do Voto Aberto (PEC 349/0 I) e a PEC 333/04, que estabelece novos limites para o número de vereadores, estão entre os principais temas de votação do plenário da Câmara dos Deputados neste ano. A discussão de maior polêmica deverá ser a parte da reforma tributária relativa ao ICMS, já que governo federal e estados não se entendem sobre o assunto. Aliás, se o Congresso conseguir aprovar pelo menos a reforma tributária já terá feito muito. Mas muitos empresários continuam pessimistas.

· (iRREiO POPULAR

Palácios que escondem a História

i ---- --- -

i DATA:

A preservação arquitetônica tem como conseqüência a manutenção da identidade histórica de uma cidade. Reservar o devido respeito por prédios e localizações é oferecer aos habitantes referências de acontecimentos, de etapas da vida, de registros importantes de serem preservados. A simples observação da paisagem urba­na transformada é educativa, enleva o espírito e desper­ta o interesse pelas raízes humanas.

Viagens por sítios onde a presença da história é mais marcante é sempre uma experiência emocionan­te, como se fosse possível reviver momentos significati­vos, sentir o êxtase ou apreensão de estar em local ha­bitado há anos, como se o tempo tivesse parado para observação. A emoção é em maior ou menor intensida­de quanto for a relação com o ambiente.

Campinas luta há anos contra a degradação da pai­sagem urbana. Várias iniciativas têm apresentado re­sultados brilhantes, mas o volume do que se preserva é uma gota d'água no oceano da indiferença e da falta de consciência ambiental. O caso do abandono do Pa­lácio da Mogiana, monumental prédio no Centro da cidade, é emblemático e mostra o quanto os entraves jurídicos e burocráticos são maiores que a disposição

o caso do Palácio da Mogiana é emblemático e

de resgatar o patrimônio, que se perde pelo desinteres­se e descaso.

Localizado entre as ruas General Osório, Campos Sal­les e Visconde do Rio Bran-

mostra a co, o imóvel de 129 anos foi construído como sede da

dificuldade de Companhia Mogiana de Es-se resgatar a tradas de Ferro, depois trans-história de ferida para a Capital. Sofreu

modificações ao longo dos Campinas anos e chegou a abrigar a De--- --------- legacia Regional de Cultura,

o Museu Campos Salles e o Museu Universitário da PUC-Campinas. Foi interditado em 1996 e está fecha­do à disposição da pendenga jurídica que impede a sua transferência para o município, de manifesto inte­resse na restauração.

Neste ínterim, fica sujeito a invasões, infiltrações de água e uma evidente degradação que lhe transforma a fachada. Mesmo as intervenções emergenciais prometi­das pela Prefeitura, como a reforma do telhado agenda­da para o ano passado e até hoje não realizada, deixam de ser realizadas. É o caso também do importante imó­vel do Palácio dos Azulejos, na Rua José Paulino, ideali­zado para ser restaurado e usado .como sede da Admi­nistração pelo prefeito Antonio da Costa Santos, cuja segunda etapa de reforma não saíram do projeto, fal­tando iluminação interna e externa, paisagismo do pá­tio interno, recomposição de murais com pinturas ar­tísticas, restauro da fachada lateral, além de equipa­mentos como instalações sanitárias.

Campinas precisa dar mostras de que está equipada culturalmente para resgatar sua história também atra­vés da preservação de seu patrimônio arquitetônico, da conservação de seus valores imobiliários. Uma cida­de sem passado terá dificuldades de projetar seu futu­ro. Entraves existem para serem desafiados e enfrenta­dos até o resultado final, especialmente em casos onde a urgência se apresenta como fator de subsistência.

«JRREiO POPULAR I DATA:

• correIO E-mail: [email protected]

Flanelinhas Ricardo Rangel de Oliveira Empresário. Campinas

- Venho parabenizar o jor­nalista Fábio Gallacci pela bri-' lhante matéria que relata que a Prefeitura do Guarujá regu­lariza flanelinhas, enquanto aqui em Campinas nada acon­tece. Fiquei sabendo que na cidade aqui ao lado, Indaiatu­ba, também um vereador, Evandro Magnusson Filho (PSDB), fez uma indicação so­bre se criar um cadastro de to­das as pessoas que trabalham como flanelinhas e foi aprova­da na Câmara. Ao meu ver, projetos e ações como essa, são maneiras de ordenar e co­nhecer as pessoas que pres­tam esse serviço no municí­pio, e assim vêm colaborar com o maior conforto e segu­rança de todos nós.

Lixo Marcos Roberto 80ni Advogado e ambientalista, Campinas

•• Matéria do Correio de 1611 mostra que em Campi­nas cada habitante produz 790 gramas de lixo por dia, e que na RMC, com 19 cidades, se produzem 1,89 tonelada por día. Assim, tendo em vis­ta que boa parte desse lixo po­de ser reciclado, gerando au­mento de vida dos aterros sa­nitários, preservação do meio-ambiente, barateamento de produtos industrializados que se utilizam de matéria-prima reciclada, e, principalmente, geração de trabalho e renda para milhares de pessoas que podem trabalhar na coleta e separação do lixo, creio que a coleta seletiva deveria ser , uma prioridade para Campi-

i nas, com a Prefeitura promo­vendo a abrangência do siste­ma em todo o território, e com os cidadãos colaborando com uma simples mudança de atitude.

Creche Patrícia Madrid de Pontes Mendes Advogada, Campinas

•• A busca pelo ensino de qualidade é um dever e uma obrigação dos pais e responsá­veis. O processo de desenvolvi­mento do cidadão e da pátria só se toma possível através da educação e do acesso ao co­nhecimento. C .. ) Poucas são as unidades de Ensino Básico que possuem a infra-estrutura física e humana da Creche Agostiniana Santo Antônio. Muitas das crianças que fo­ram arbitrariamente excluídas da creche, lá ingressaram com 6 meses de idade, e lá estu­dam há três ou quatro anos, sendo ce110 que a manuten­ção dessa exclusão significaria a proibição ao conhecimento e à educação, o que é juridica­mente e moralmente condená­vel. Diante desse quadro, na qualidade de mãe e responsá­vel direta pela educação de meus filhos, entendo como louvável e digna de aplausos, a decisão liminar que garantiu às crianças o direito a um ensi­no de qualidade.

. CC;i<.HEIO POPUI.AR DATA:

Chuvatagrava situação de ~ruas no Jardim Paulistano Com a chegada das chuvas mais fortes, começou tam­bém o pesadelo para o apo­sentado Mozar Santos Agos­tinho. As crateras localiza­das na esquina da Avenida

I Monte Castelo e Rua Afonso I Pena, no Jardim Paulistano, I em Campinas, estão causan-do transtornos para os mora­

. dores do bairro, conforme o

. aposentado. De acordo com morado­

Temos que nos virar para passar por esses locais esbu­racados. E a Prefeitura não apareceu ainda para nos dar uma satisfação", decla­rou o aposentado. A dona de casa Maricy Antunes tam­bém está descontente. "Não estou nem um pouco feliz com esse monte de buracos, afinal, pago imposto e exijo ruas decentes", reclamou.

res da região onde estão os 111111 A Prefeitura informou buracos, o que já era ruim fi- que a região está na progra­cou ainda pior neste perío- mação e deverá receber a ma­do de chuvas. "Nós estamos nutenção necessária, mas sofrendo com tudo isso por- ainda sem uma previsão da que as chuvas provocaram dr:ta para a execução dos ser­gr'.l~de~ ~strago~~~_ ~qtl~ __ ~lÇOS._ ..

f~'!L,~ .--:l1'1r,]'" r>::lu telefone 3172-81::-8. das 13~1 as lrJfi, nu Ueil) (;-nlal l dcantC@rac ('()rp br

Rua Monso Pena com Avenida Monte Castelo: buracos pioram

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r CORREIO POPU_~~

TRANSPORTE PÚBLICO 111 PRECARIEDADE

Corredor de ônibus fica inseguro com buracos Motoristas de coletivos são obrigados a trafegar na contramão

II Adriana Leite ,I DAAGtNCIAANHANGUERA

II [email protected]

Os motoristas de ônibus e mi­croônibus têm que fazer mala­barismos para desviar de bura­cos, especialmente nos corre­dores exclusivos do transporte público. O caso mais grave é na Avenida das Amoreiras em que os condutores são obriga­dos a invadir a mão de direção contrária para não cair em cra­teras com 1,30 metro de diâ­metro e até 30 centímetros de profundidade.

Os usuários do transporte coletivo reclamam dos sola­vancos nas viagens e do peri­go de uma colisão frontal en­tre coletivos. A reportagem da Agência Anhangüera de NotÍ­cias (AAN) percorreu a bordo de um coletivo o corredor de ônibus e constatou a situação precária da via pública. A cada trecho, os solavancos se se­guiam e a dificuldade do moto­rista em conduzir o veículo era exposta nas manobras radi­cais para não cair nos buracos no asfalto.

O problema de desgaste do piso do corredor é recorrente, segundo condutores e usuá­rios. "Constantemente, a Pre­feitura realiza uma operação tapa-buraco, mas o asfalto no­vo não dura muito. O pior é que os motoristas são obriga­dos a desviar e dá medo de acontecer um acidente", co­mentou o eletricista José Silva dos Santos, de 34 anos. Para ele, o governo municipal deve­ria encontrar uma saída defini­tiva para os constantes proble­mas no piso do corredor Amo­reiras.

Usuária do ponto de ôni­bus próximo ao Corpo de Bombeiros, no Jardim do La­go, justamente o trecho em que há duas crateras de 1,30m de diâmetro, a auxiliar de den­tista Geni Aparecida de Cássia, de 43 anos, disse que dá medo

Leandro Ferreira/AAN

Ônibus desvia de ondulações e buracos no corredor Amoreiras

de que uma hora os veículos se choquem ao desviarem do buraco. "Não há como um veí­culo transitar em uma pista com tantos buracos. Não cul­po os motoristas", afirmou. Cássia destacou que é freqüen­te o desgaste no asfalto nesse trecho.

Criticas Usuários e condutores afirma­ram que há descaso da Prefei­tura com um dos principais corredores de ônibus do muni­cípio. As críticas têm como fundamento as condições pre­cárias do piso que se arrastam ano a ano. No trecho próximo ao Corpo de Bombeiros, por exemplo, trafegam todos os dias 12 linhas de coletivos e quatro seletivos, de acordo com informações da Empresa Municipal de Desenvolvimen­to de Campinas S.A. (Emdec).

"Passo por este corredor há mais de seis anos conduzindo coletivo e sempre há buracos. É preciso ter cuidado com os buracos e evitar que um passa­geiro se machuque. Desviar dos buracos requer atenção para não acontecer acidentes e passar por eles pode signifi­car a quebra de uma peça do

ônibus", afirmou o motoris­ta Octávio Egydio Avilla. Ele completou que os conduto­res cansam mais de desviar dos buracos do que de diri­gir o coletivo durante um dia de trabalho.

O também motorista de ônibus Taíde da Silva, de 51 anos, comentou que não dá para percorrer o corredor sem se deparar com inúme­ros buracos e não sofrer com os solavancos. "A situa­ção está feia. O corredor da João Jorge também estava péssimo, mas já arrumaram o asfaJto", observou o con­dutor do transporte coleti­vo.

A cobradora do transpor­te alternativo Márcia Mada­lena Emidio, de 30 anos, contou que as vans sofrem com a quebra de peças co­mo as molas. Além disso, os motoristas têm que ficar atentos para desviar dos bu­racos e não bater nos veícu­los que vêm na pista contrá­ria. "A situação está ruim desde dezembro. Está peri­goso e é preciso prestar atenção para não bater em outro veículo", afirmou.

A Secretaria de Infra-Es­trutura infoID1ou, por meio da assessoria de imprensa, que o órgão pretende até o final deste mês realizar um recapeamento em todo o corredor do transporte urba­no na Avenida das Amorei­ras. Segundo a assessoria, o local é uma prioridade da Secretaria. O objetivo é pro­mover uma melhora da qua­lidade do piso e não apenas uma operação tapa-buraco.

A Emdec informou que os corredores de ônibus vão passar por uma reformula­ção, mas as obras só vão co­meçar depois da liberação de verbas do financiamento de R$ 160 milhões do Banco de Desenvolvimento Econô­mico e Social (BNDES).

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I CORREIO POPULARiI BURAQUEIRA 111 SEM SOLUÇÃO

Vereador vai ao MP contra crateras

Promotoria recebe representação para apurar responsabilidades pela deterioração

do asfalto nos acessos ao Parque D. Pedro !

I1 Da Agência Anhangüera

o vereador Valdir Terrazan (PS­DB) encaminhou representa­ção ontem ao Ministério Públi­co (MP) de Campinas para sa­ber de quem é a responsabili­dade pela manutenção da mar­ginal da Rodovia D. Pedro I e das ruas do Santa Genebra que circundam o Parque D. Pedro Shopping, na região Leste da ci­dade. Segundo ele, as ruas e a marginal estão em péssimo es­tado de conservação, em con­seqüência de um "jogo de em­purra" entre a Prefeitura, o De­senvolvimento Rodoviário SA (Dersa) e o próprio shopping - responsável pela constru­ção do viário.

Terrazan acusa Dersa, Prefeitura e shopping de "jogo de empurra"

o vereador disse que procu­rou as três partes para cobrar providências, mas não obteve respostas. "Como um fica jo­gando para o outro, resolvi pro­curar o Ministério Público. Quem sabe a Justiça consegue evitar uma tragédia; que é o que vai acontecer em breve ali se o asfalto não for recupera­do", diz o vereador. "Os bura­cos são enormes. Há 'panelas' que podem provocar até capo­tamentos de carros ou outros acidentes de grandes propor­ções", alerta.

Segundo o secretário de In­fra-Estrutura da Prefeitura, Os­mar da Costa, uma espécie de carta de intenções está sendo elaborada na tentativa de solu­cionar o problema. Pelo docu­mento, diz o secretário, o shop­ping teria reconhecido parte do problema. Teria admitido que iria recuperar as ruas, mas pondera que marginal deve fi-

car com o Dersa - a 'empresa estatal responsável pela rodo­via. Ainda segundo o secretá­rio, o shopping entende que o Dersa desviou para a marginal, um tráfego que deveria estar restrito à estrada. Por conta dis­so, quer dividir responsabilida­des.

O Dersa se exime de respon­sabilidade. Diz, por meio de sua assessoria de imprensa, que está conversando com a Prefeitura sobre o que fazer, mas ainda não há nenhum pla-

no de ação. O órgão, no entan­to, faz uma advertência. Diz que não pode realizar interven­ções na área porque a margi­nal.est~ restrita ao município. A dlreçao do órgão afirma ain­da que a marginal só foi aberta ao trânsito da rodovia a pedi­do do próprio shopping - pa­ra que o acesso dos clientes fos­se facilitado.

Inaugurada no primeiro tri­mestre de 2002, a obra já deve­ria ter o trabalho de manuten­ção assumido pela Prefeitura,

segundo admitiu o secretário. Ele não soube dizer as razões pelas quais isso não foi feito à época da inauguração, mas ga­rante que não será feito agora, depois que os problemas apa­receram. "Esse tipo de obra é para durar pelo menos dez anos; no mínimo, cinco. Só que, com menos de três, come­çou a pipocar buraco. E esse, para nós, é problema exclusivo do construtor", disse.

A Prefeitura diz que não as­sume a manutenção até que se-

ja executado um amplo progra­ma de re~uperação .. "Se a gen­te assumIr ISSO, aSSIm, vai ga­nhar um cavalo de tróia", argu­menta. O secretário diz que a~ertou com a direção do shop­pm? um progyama de recupe­raçao que tera duas fases. Pri­meiro, haverá o esquema emer­gencial de tapa-buraco. De­pois de passado o período de ~uvas, o shopping deverá ini­cIar a recuperação propriamen­te. dita. Só depois disso, a Pre­feItura passará a tomar conta.

r CORREIO POPULAR 'i I ,

ADMINISTRAÇÃO 111 CONCORRt:NCIA

Nova rodoviária tem só um interessado

Apenas o consórcio formado pelas empresas Socicam e Equipav apresentou proposta para construir e explorar o terminal

II MariaTeresaCosta II DAAGtNCIAANHANGUERA

I [email protected]

Apenas um consórcio, formado pelas empresas Socicam Admi­nistração, Projetos e Represen­tação Ltda. e Equipav SA Pavi­mentação, Engenheria e Co­mércio, apresentou proposta na concorrência aberta para a construção e a exploração da nova rodoviária de Campinas. A Comissão Especial de licita­ção analisou ontem a habilita­ção e a proposta técnica do Consórcio Terminal Rodoviário de Campinas e hoje, às lOh, abrirá o envelope com a pro­posta comercial para a outorga de concessão.

Envelope com O projeto técnico será aberto hoje

o valor mínimo de remune­ração à Prefeitura pela outorga terá que ser de 2% do valor da receita bruta que o concessio­nário apurar com taxas de em­barque, estacionamento, loca­ção de espaços no terminal, en­tre outras fontes. Isso irá gerar uma receita de cerca de R$ 20 mil mensais à Prefeitura.

A expectativa era que mais empresas participassem da lici­tação, uma vez que sete interes­sados já tinham realizado as vis­torias técnicas obrigatórias. Na sexta-feira, a Sociedade Nacio­nal de Apoio Rodoviário e Turís­tico Ltda (Sinart), da Bahia, in­gressou com mandado de segu­rança, alegando que a concor­rência estava com vícios. Entre eles, que a licitação previa que a pontuação técnica seria maior para empresas que apre­sentassem atestados sobre siste­ma informatizado de programa­ção de partida de ônibus rodo-

viário, o que, para a empresa, é um critério subjetivo. Também foi questionada a exigência de comprovação de capital social, entre outros itens.

A juíza da 2ª Vara da Fazen­da Pública de Campinas, Helia­na Maria Coutinho Hess, ne­gou liminar. "A decisão da Justi­ça demonstra que o edital e to­do o processo de escolha de empresa para construir e explo­rar a nova rodoviária foi corre­to", afirmou ontem o secretário municipal de Transportes, Ger­son Luis Bittencourt.

O Consórcio Terminal Rodo­viário de Campinas, que apre­sentou proposta, foi o único a fazer o depósito de caução de cerca de R$ 1 milhão. Amanhã, o consórcio será informado da pontuação que fez na proposta técnica (entre os itens, estará o período de construção da nova rodoviária, que a Prefeitura esti­pulou em até 18 meses).

SAJBAMAlS

As duas empresas que integram o Consórcio Terminal Rodoviário de Campinas nasceram em Campinas. A Socicam atuou na cidade, segundo o representante do consórcio, Adail Biancarelli, até 2()(x), na administração do atual Terminal Rodoviário. Atualmente, a empresa, fundada em 1972, atua em tecnologia e serviços voltados para sistemas de integração de transportes. Além de administrar

~ terminais rodoviários de passageiros, a Socicam também administra terminais

O preço da obra não toi obje­to de licitação, uma vez que a Prefeitura colocou em concor­rência apenas a outorga de con­cessão, mas os vencedores te­rão que construir o prédio de acordo com os critérios técni­cos definidos pelo município.

A previsão é que a operação comece em 2008, dois anos an­tes de vencer o contrato de con­cessão existente com a Materni­dade de Campinas, atual pro­prietária do Terminal Rodoviá­rio. A Maternidade, informou o secretário, será indenizada pela quebra de contrato.

Quem vencer a atual licita­ção irá explorar a nova rodoviá­ria por 30 anos. Apenas a cons­trução do prédio está estimada em R$ 28 milhões. O investi­mento, ao longo da concessão, deve chegar a R$ 500 milhões. A nova rodoviária será perto da antiga, na Avenida Lix da Cunha, próximo à linha férrea.

Sobre as empresas que formam o consórcio

~ urbanos, estacionamentos, realiza I projetos arquitetônicos e consultorias. Os terminais rodoviários Tietê, Barra I Funda e Jabaquara, em São Paulo, ' são administrados pela Socicam, que I atua ainda no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará e Sergipe. A Equipav nasceu em 1960, cresceu, ampliou suas suas atividades e novas empresas foram criadas, inicialmente para suprir as necessidades da pavimentadora. Atualmente, a Holding Controlpav controla 13 empresas.

'" . 305 i CORREIO PO~ULAR'\ LDATA:_~_~ __ '_'

,.81_" ';",,-;;~ " "',"':': , <' ~<~'';:~e' > "& '~o;':~",,' < :

Proteção e Defesa dos Direitos dos Animª_is __ . Paulo Oya (PDT) Feliciano Nahimy Filho (PV) PSDB / PTB / PMDB

POlítica Urbana .!..Meio Am!!ill.llL",, __ ., ... ,., __ José Carlos Silva (PDT) Sebastião dos Santos (PMDB) Jorge Schneider (PTB) Rafael Zimbaldi (PSU PSDB

Economia e Defesa dos Jll!.!!ito~J!o Cons!!illi~QL.~_,_ Vinícius Gratti (PDT) ApareCido Souza Santos (PPS) Jota Silva (PMDB) PSDB / PSL

_Ad!lliIli!tr!ç!!!.J~y.IlI.ig __ . __ ._ José Carlos (PDT) Sérgio Benassi (PCdoB) PMDB / PTB / PSDB

Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania

-Carlos ChimiiíãZzô(PDT) Marcela Moreira (PSOU Petterson Prado (PPS) PSDB / PT

~lu..ill.D.IIIQgii_,_ •.. _ Leonice da Paz (PDT) Petterson Prado (PPS) PSDB / PSB / PL

!!&i~ª_I!.!.ª.!1lçj~,!itl! ... ,.,_ Leonice da Paz (PDT) Teresinha de Carvalho (PSB) PT / PSDB / PSL

As comissões permanentes 2007/2008

Constituição Legalidade j~.Re.!laçilt ... ,_"._. " .. , __ ,,_. __ Carlos Chiminazzo (PDT) Sebastião dos Santos (PMDB) Jorge Schneider (PTB) Teresinha de Carvalho (PSB) Sérgio Benassi (pedoB) PSDB / PPS

.linillÇ.u,.e.Jlr~ntg __ . __ Jorge Schneider (PTB) Carlos Chiminazzo (PDT) Paulo Bufalo (PSOU PSDB / PMDB

, .. eº,líH,!EI,~.º,!;Jª, L."....._, ... " .. , .... Paulo Oya (PDT) Jota Silva (PMDB) PSDB / PTB / PT

Educação Cultura ~,,; e Es ortes • ' -_.,jJ!.~._--,-----_.,_ .. ,-_ ... ", .. Antonio Flôres (sem Partido) Cid Ferreira (PMDB) Paulo Bufalo (PSOU PSDB / PTB

,.M,~I!!!!t., ___ .. __ ._. _",, __ _ Leonice da Paz (PDT) Marcela Moreira (Psol) Teresinha de Carvalho (PSB) Luiz Franco (PU PSDB

Assuntos de .$j~gJ!U!1.ç.a_.eº.llliç.a ___ _ Vinicius Gratti (PDT) Teresinha de Carvalho (PSB) Petterson Prado (PPS) PT / PSDB

Assuntos da Região A. _Mll!rJ!J!Q.!itanaJl.!!_CampinasJ:, .. ~' Vinicius Gratti (PDT) Teresinha de Carvalho (PSB) PSDB / PTB / PT

Defesa dos Direitos da ,.ç!1a.~xíJ."-'!J!I?,,,~,ªº'~1Ç,!!!!-,! __ José Carlos Silva (PDT) Paulo Bufalo (PSOU PSDB / PMDB / ptB

08S. Composição ainda sUjeita a alterações

.... -

I CORREIO POPULAR-;

LEGISLATIVO 111 COMPOSiÇÃO

Base garante comissões estratégicas na Câmara Vereadores aliados são maioria nas três mais cobiçadas, incluindo Política Urbana

II

ToteNunes DAAGtNCIAANHANGÜERA

[email protected]

o novo presidente da Câmara de Vereadores de Campinas, Aurélio Cláudio (PDn, passou no primeiro grande teste do mandato - iniciado há me­nos de um mês. Praticamente sem nenhum arranhão, conse­guiu ver aprovada a sua tese na reunião que definiu a com­posição das 15 comissões per­manentes da Casa para o biê­nio 2007/2008. Ao dividir as 75 vagas disponíveis nas comis­sões, o vereador utilizou como parâmetro a formação de cada legenda no início do segundo biênio e não a do início da le­gislatura, como queria o verea­dor Valdir Terrazan, líder da bancada do PSDB. Os tucanos começaram a atual legislatura com dez vereadores e hoje têm apenas seis. Além disso, correm risco de perder Pedro Serafim, que a qualquer mo­mento pode deixar o partido. Por conta disso, o PDT - que soma oito vereadores - ficou com 19 vagas. O PSDB, segun­da maior bancada da Câmara, ganhou 14.

Presidente marca ponto ao dividir vagas e passa no seu 1 Q grande teste

"Regimentalmente, essa foi a medida mais adequada e os líderes compreenderam", dis­se Aurélio Cláudio. "Eu conti­nuo achando que essa regra es­timula a infidelidade partidá­ria, mas não quis polemizar pa­ra não começar o ano radicali­zando", afirmou Terrazan. As três comissões mais cobiçadas - Constituição e Legalidade, Política Urbana e Finanças -terão maioria de vereadores da base de sustentação ao go­verno.

Na de Constituição vão es­tar Antônio Carlos Chiminazzo (PDT), Teresinha de Carvalho (PSB), Aparecido Souza Santos (PPS) , Sérgio Benassi (PCdoB), Sebastião dos Santos (PMDB) e Jorge Schneider (PTB). A últi­ma vaga ficou com o PSDB, que ainda não definiu o nome. Na de Política Urbana estarão José Carlos Silva (PDD, Luiz Ri­guetti (PSDB), Sebastião dos Santos (PMDB), Rafael Zimbal­di (PSL) e Jorge Schneider (PTB). Nesta comissão, há gran-

des possibilidades de mudan­ças, já que Leonice da Paz quer ser a representante do PDT no lugar de José Carlos.

Terceira mais procurada, a comissão de Finanças também terá maioria governista, com Schneider, Chiminazzo, Jota Sil­va (PMDB), Paulo Bufalo (PSOL) e um representante do PSDB que ainda será escolhi­do. Os nomes ainda podem mudar. As comissões terão de estar oficializadas até a primei­ra sessão legislativa do ano, pre­vista para o dia 5 de fevereiro, mas o assunto deverá estar fe­chado até o final do mês. A pre­sidência de cada comissão será disputada no voto, entre os pró­prios integrantes.

Apesar do antagonismo que

provocou - em alguns casos, 12 vereadores lutavam por cin­co vagas -, a composição das comissões se deu sem grandes polêmicas. "Foi muito mais fá­cil que do que eu esperava", disse o presidente. ''''Os verea­dores perceberam que o pro­cesso seria democrático e acre­dito que todo mundo saiu con­templado, mesmo os partidos de menor representação", acrescentou.

A Comissão de Política Urba­na foi a mais concorrida, pois será a responsável por colocar em prática boa parte do novo plano diretor - aprovado no fi­nal de 2006. A comissão vai dar pareceres sobre os projetos de lei que irão, por exemplo, regu­lamentar questões e~truturais,

como zoneamento, perímetro urbano, código de obras. Vai ainda ser a responsável pela im­plantação dos novos planos lo­cais de gestão em cada uma das nove regiões (macrozonas) previstas no plano diretor.

As comissões de Legislação Participativa e de Proteção e Defesa dos Direitos dos Ani­mais acabaram ignoradas pe­los parlamentares. Apareceram apenas dois candidatos em ca­da uma delas. Para a primeira, foram indicados Leonice da Paz e Teresinha de Carvalho. PT, PSDB e ~SL ainda vão indi­car nomes. Para a segunda, fo­ram indicados Paulo Oya (PDn e Feliciano Nahimy (PV). PSDB, PTB e PMDB devem in­dicar os outros três nomes.

1LbATA: . ----_._~_ .. -----------~._-~- L~ _________________ .. _______ _

Prefeitura oferece 230 vagas para especialistas A Secretaria de Saúde de Campinas abre processo se­letivo para a contratação de 230 médicos. Estão abertas vagas nas especialidades de médico de saúde da família (80), clínico geral (40), gine­cologista-obstetra (23), pe­diatra (l8), psiquiatra (20), emergencista adulto (43) e emergencista pediátrico (7). As inscrições podem ser feitas de amanhã até o próximo dia 2 de fevereiro e a data provável da prova é 11 de fevereiro. A previ­são para contratação é iní­cio de março.

O contrato será pelo regi­me da CLT por prazo deter­minado de 1 ano, prorrogá­vel por igual período. O se­cretário de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva, ex­plica que neste primeiro momento serão chamados cerca de 50% dos profissio­nais. "A idéia é termos uma reserva de médicos classifi­cados, uma vez que é gran­de a rotatividade no setor". A falta de médicos nas uni­dades básicas é a principal reclamação dos usuários do serviço. Para o secretá­rio, a impossibilidade de realização de concurso pú­blico (suspenso até aprova­ção de novo plano de car­gos), dificulta a contra!a­ção. "Os médicos não se In­

teressam pelo contrato tem­porário. Eles até participam e assumem a vaga, mas saem assim que surge opor­tunidade melhor", afirmou. O edital do'processo seleti­vo será publicado de ama­nhã a sexta-feira no Diário Oficial do Mun~cípio.

O salário orerecido aos médicos pela Secretaria de Saúde de Campinas varia de R$ 2.282,15 para regime de 20 horas semanais, até R$ 3.872,07 para 36 horas. Os profissionais contrata­dos recebem também auxí­lio alimentação nos valores de R$ 155,00 e R$ 310,00, respectivamente, para car­ga horária de 20 horas e aci­ma de 30 horas semanais, mais prêmio produtividade que varia de R$ 366,44 a R$ 1.447,61, de acordo com a localização da unidade de saúde. Saraiva diz que a contratação é fundamental para suprir vagas na área de urgência e emergência. (DM/AAN)

Experiência é elogiada por participante de programa

Para a médica Giovana Ferro, que conclui no final deste mês a

residência em medicina de saúde da farnflia, a experiência na unidade básica de saúde é "fundamental". Depois de trabalhar por dois anos no Centro de Saúde São José, Giovana avalia que termina a residência sabendo como e aonde vai atuar. "A

: experiência é muito válida,

especialmente para os médicos de saúde da família, que não têm atuação direcionada para hospitais". Segundo ela, o trabalho na unidade básica permite ao médico criar vínculos e conhecer a realidade da comunidade que atende. "É importante para o médico conhecer mais a população e conviver com ela em seu próprio ambiente", avalia. (DM/AAN)

r---~--- -~----------

I DATA: I CORREIO POPUL~I3---" SERVIço PÚBLICO 111 ATENDIMENTO

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Residentes vão cobrir déficit de lDédicos na

rede básica Secretaria de Saúde de Campinas vai colocar 72 alunos do Hospital Mário Gatti para

atuarem nos bairros

II

DelmaMedeiros DAAGtNCíAANHANGUERA

[email protected]

Reduzir a falta de médicos nas unidades básicas de saúde, ali­viar a sobrecarga dos pronto­socorros e aprimorar a forma­ção dos profissionais. Estes são alguns dos objetivos do Modelo Pedagógico de Forma­ção que o Hospital Municipal Dr. Mário Gatti implanta a par­tir de fevereiro. Pelo progra­ma, parte do trabalho dos 72 médicos-residentes do hospi­tal será realizada nos centros de saúde.

Programa acadêmico promove contato com a realidade social

A diretora clínica do hospi­tal, Ivanilde Ribeiro, diz que a formação acadêmica não dá a noção da realidade na rede bá­sica. "O profissional se forma sem se ver atuando no serviço público e sem compreender como o sistema se organiza", explica, frisando que esse des­conhecimento é uma das cau­sas da dificuldade do poder público de contratar e fixar médicos nos postos de saúde.

Para o secretário de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva, a iniciativa tem reflexo principal­mente na formação do profis­sional e integra os preceitos do Sistema Unico de Saúde (SUS), de agregar assistência e ensino. Ele lembra que o traba­lho em parceria com universi­dades já ocorre há tempos, e não apenas em medicina, mas em outras áreas como fisiote­rapia, nutrição e educação físi­ca, por exemplo.

Paliativo Para o secretário, a presença dos residentes nos centros de saúde vai ajudar, mas não re­solver a falta de médicos na re­de básica. "A finalidade princi­pal da medida é aprimorar a formação e permitir que os médicos conheçam a rede bá­sica". Para suprir o déficit na rede, a Prefeitura está abrindo processo seletivo para contra­tação de médicos.

Ivanilde destaca que a meta é que o profissional vivencie a realidade do paciente além dos limites do hospital. "O atendimento nos centros de saúde vai ampliar a visão do profissional, que vai conhecer como vive o paciente na comu­nidade, as condições sanitá­rias e ambientais, fatores de agravo, doenças mais preva­lentes na região, entre outros."

Uma experiência piloto nes­se sentido vem sendo desen­volvida pelo Mário Gatti desde 2005 no Centro de Saúde São José, mas envolvendo apenas os quatro médicos de saúde

da família, que atuam direta­mente nas unidades básicas. "Vamos agora ampliar a expe­riência envolvendo as outras especialidades", diz Ivanilde. Ela explica que o tempo que os residentes permanecerão nos centros de saúde vai de­pender da especialidade.

Regras Um residente de cirurgia, por exemplo, deve ocupar cerca de 10% de sua carga horária na unidade básica, apenas pa­ra conhecer o funcionamento do sistema. Já pediatras e clíni­cos cumprirão aproxidamente 30% de sua carga horária nos centros de saúde.

O Mário Gatti tem 72 médi­cos-residentes, além de seis re­sidentes de odontologia. Nes­te primeiro momento, os resi­dentes prestarão serviços no Centro de Saúde Paranapane­ma, na região Sul, área de refe­rência do hospital.

Para o coordenador do pro­grama de Residência em Medi­cina da Família e Comunida­de, Fábio Luís Alves, a expe­riência no Centro de Saúde São José foi positiva. "Além da integração do ponto de vista da docência, o modelo propõe uma nova forma de atenção à saúde", avalia, frisando que o conhecimento do ambiente em que vive o paciente permi­te ao médico "olhar o proces­so da doença além do caráter biológico" .

I CORREIO POPUL~

TRÂNSITO li' AVANÇO DE SINAL

Acidente deixa centenas de pessoas sem eletricidade Violência da batida entre um microônibus e um Gol na Avenida José Bonifácio destrói poste

li NiceBulhões I1 DAAGrNCIAANHANGUERA

I [email protected]

Uma mulher ficou gravemente ferida na manhã de ontem após seu carro colidir em um microônibus do serviço alterna­tivo, que integra o sistema In­tercamp, e depois ser arrasta­do por 20 metros, batendo de frente contra um poste de ener­gia elétrica. O acidente aconte­ceu, por volta das 8h30, no cru­zamento da Avenida José Boni­fácio com a Rua Mogi Guaçu, no Jardim Flamboyant. Mora­dores das imediações recla­mam dos acidentes constantes nesse cruzamento.

De acordo com a Polícia Mi­litar, Juliana Figueira Colhado foi retirada das ferragens de seu Gol, placas DKY-9033, de Campinas, pelo Corpo de Bom­beiros e encaminhada pelo Ser­viço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospi­tal de Clínicas (HC) da Univer­sidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde passou por ci­rurgia. Segundo a assessoria de imprensa do HC, Juliana não corria risco de morte.

Devido ao impacto do Gol contra o poste, a energia elétri­ca do quarteirão foi interrompi­da do momento do acidente até a substituição do poste, que ocorreu às 15h05, de acor-

Foi o ano de implantação do semáforo do cruzamento da Avenida José Bonifácio com a Rua Mogi Guaçu, mais precisamente no dia 19 de março. Ontem, o avanço errado

-~

do com a assessoria de impren­sa da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL). A CPFL in­formou que cerca de 200 clien­tes ficaram sem energia por cer­ca de seis horas e meia. Segun­do a PM, a ocorrência foi regis­trada no 4º Distrito Policial.

A Empresa Municipal de De­senvolvimento de Campinas S. A. (Emdec) informou que a equipe que apoiou o atendi­mento tinha sido acionada pa­ra fazer a troca de lâmpadas do semáforo do cruzamento. Mas, independente de o aparelho não estar funcionando, há um semáforo repetidor, que age de forma secundária com a mes­ma programação do principal. Com a violência do choque, o motor do Gol saiu para fora do carro.

"A Juliana não se lembrava de nada. Não sabia dizer nem onde morava. Ela estava em choque", disse o médico Eduar­do Guilherme Joviano, do Sa­mu. O Corpo de Bombeiros in­formou que Juliana havia sofri­do fraturas na face e no tórax. O HC da Unicamp divulgou que a vítima deve permanecer internada por mais dois dias.

O microônibus da linha 2.49 - Jardim Flamboyant/Parque dos Eucaliptos, placas DBB-5493, de Campinas, teve toda a lataria dianteira destruí­da. Além do motorista Valdir­son Oliveira Brito e do cobra­dor Pedro Vicente Xavier, mais dois passageiros estavam no veículo, sendo que uma idosa teria sentido fortes dores nas pernas e foi encaminhada ao Pronto-Atendimento (PA) do Padre Anchieta. "Eu estava des­cendo a Avenida José Bonifá­cio e o Gol avançou o sinal ver­melho, tentando cruzar a aveni­da", disse Brito.

"Quando vi, estava na mi­nha frente", contou o motoris­ta do microônibus. "Foi tudo muito rápido". Ele alegou que estava trafegando na via entre 50 Km/h e 60 Km/h. "O mi­croônibus, que trafegava no sentido bairro-Centro, bateu na porta de passageiro, já que eu estava indo no sentido Par­que Brasília. Tentei frear antes. Com o impacto, o Gol foi em­purrado e virou, batendo de frente contra o poste." O cobra­dor disse que os passageiros le­varam um grande susto. A Em­dec informou que o trânsito no trecho da Avenida José Bonifá­cio foi bloqueado até as 16hll, com desvio nas ruas Mogi Gua­çu e Presidente Bernardes.

[CORREIO POPULAR i ------'

I DATA- -L __ ~ _____ ..: ___ . ___________________ ... :

Viário custou R$ 20 milhões :e foi doado

i por meio de nota ! oficial, a direção do

Parque D. Pedro Shopping comenta o assunto de forma genérica. Diz que shopping e a Prefeitura "têm mantido contato permanentemente, visando resolver, definitivamente, a questão da responsabilidade das

, obras de manutenção". A I, nota prossegue dizendo

11' que "devido às fortes chuvas do período, a

, situação do acesso se i agravou e o shopping, assim como a Prefeitura, estão empenhados em resolver a questão o mais

I rápido possível". A direção do shopping afirma por fim, que "é importante lembrar que, na época da construção do Parque D. Pedro, os empreendedores investiram cerca de R$ 20

: milhões em melhorias nos ' , acessos. Essas obras, resultado de estudos de tráfego realizados junto ao Dersa e Prefeitura de Campinas, incluíram a construção do Anel Viário sobre a Rodovia D. Pedro I

: - doado ao Dersa - e as , avenidas Guilherme Campos e Wagner Samara, que circundam o shopping, entregues à Prefeitura", encerra a nota. (AAN)

r CO~EIO POPULAR I NO CAMPO 111 PREjuízo

Estradas ruins impedem escoamento da produção Produtores vivem "pesadelo" com estado precário das vias rurais na região

I1

Adrianaleite DAAGcNCIAANHANGU ERA

[email protected]

o suinocultor campineiro Abel Vieira, de 61 anos, está com uma tremenda dor de ca­beça: não consegue transpor­tar os porcos em fase de abate para o frigorífico e .nem rece­ber insumo para alImentar os animais do planteI. Drama se­melhante vive o agricultor Jo­sé Xavier Abacherly, de 53 anos, que é obrigado, muitas vezes, a vender milho verde pela metade do preço. O pesa­delo dos dois produtores tem um único motivo: as condi­ções precária~ das estradas ru­rais de Campmas.

Situação piora com a chegada da estação das chuvas

Outros relatos como os de­les chegam com freqüência ao Sindicato Rural e mostram ca­sos extremos de homens do campo que reduzir~m a área cultivada porque nao conse­guem escoar a p.rodução. ? presidente da entIdade, Anto­nio Crestana, revelou que um produtor do bairro Carlos Go­mes plantou apenas 50%. da área cultivada de hortalIças êm decorrência da perda de produto durante o transporte até o mercado consumidor.

A situação fica pior com a chegada da temporada de chl~­va. Andar pelos bairros rura~s de Campinas é uma verdadeI­ra aventura. Só carros poten­tes conseguem vencer o lama­çal e os buracos que ~: so­mam nas dezenas de quilome­tros de estradas. Em meio à in­d~ação, os agricultores recla­maram que são excluídos. d.as prioridades .d~ atual adml.l:us­tração mUnIcIpal do pedetlsta "Hélio de Oliveira Santos.

Prejuízos A agricultura já deixou de ser uma operação na qual a preo­cupação é apenas cultivar a terra. A logística, ou seja, o transporte e distribuição dos alimentos, é importante na ca­deia produtiva. Qualquer falha pode custar o encarecimento do produto ou prejuízo para o bolso do homem do campo. O suinocultor Abel Vieira nem sa­be quanto deixou de gan.har nos últimos 15 dias com o ISO­lamento de sua propriedade rural no bairro Fogueteiro, re­gião do Aeroporto Internacio­nal de Viracopos.

"O prejuízo é incalculável. Não consigo tirar os porcos que estão prontos para o aba­te e não recebo a ração neces­sária para alimentar o planteI. Não tenho mais alimento para dar aos animais. E ninguém re­solve nada. Não há o mínimo de preocupação com o agricul­tor", criticou. Por semana, ele transporta entre 60 e 70 por­cos para abate em um l!igorí~­co da região. A carne e vendI­da em Campinas. Ele já com­prou 100 toneladas de ração para os animais, só que não há como as carretas com a car­ga chegarem até o sítio ..

"Um veículo de passeIO con­segue, com dificuldade, a~dar nessas estradas destrUldas. Uma carreta com mais de 40 toneladas de produtos fica ato-

lada. Não adianta tentar por: que o caminhão não chega ate o sítio", lamentou o produt~r rural. Vieira tem quase dOIS mil animais na propriedade e eles consomem entre] O e 12 toneladas de ração por dia. Pa­ra ele, a situação das estradas

rurais piorou durante a atual administração municipal. "Não há respeito pelo produ­tor", disse.

Os turistas e os tradicionais clientes reduziram o fluxo de visitas ao sítio do agricultor Jo­sé Xavier Abacherly, de 53

anos. As péssimas condi­ções da estrada do Foguetei­ro, que passa na porta da propriedade, impedem o acesso ao local. O carro-che­fe dos produtos é o milho verde. "Com a dificuldade que os cliente~ en~ontram para chegar ate aqUI, o pro­duto acaba envelhecendo e sou obrigado a vendê-lo por metade do preço", afirmou. Segundo ele, o milho ve,rde tem o período certo apos .a colheita para uso no COZI­mento ou preparo de doces como curau.

"O preço normal é d~ R$ 2,00 pela dúzia de mIlho verde. Só que há casos eI? que sou obrigado a v~nde­la por R$ 1,00 para gIrar o produto", contou. Outra for­ma de rendimentos da pro­priedade é o turismo rural. Entretanto, com as chuvas e as estradas precárias, os turistas não vão ao sítio. "Está difícil. Essas ativiela­eles são o ganha-pão de muitas pessoas na região", afirmou Abacherly.

{CORREIO POPULAR ': ----- ------.. _-------~----_._-----

I DATA: ___________ • ______ ~ __ ~ ________ J

Recuperação das estradas já começou, garante Dorigon Segundo o secretário municipal, os serviços na região da Pedra Branca já foram feitos

o secretário municipal de Co­mércio, Indústria, Serviços e Turismo, Sinval Dorigon, afir­mou que um trabalho de recu­peração das estradas rurais já começou no início deste mês. "Já fizemos todo o bairro Pe­dra Branca e a região. Agora, começamos no bairro Fogue­teiro e depois será realizado o trabalho no Friburgo e em to-

dos os bairros rurais do municí­pio", justificou o secretário. Os serviços emergenciais são exe­cutados com os equipamentos do Consórcio Pró-Estrada for­mado por Campinas, lndaiatu­ba, ltupeva e Vinhedo.

Os trabalhos devem prosse­guir até março. Dorigon afir­mou que avalia junto com o Departamento de Meio Am-

biente a melhor maneira de perenização do solo das estra­das rurais. "O objetivo é colo­car um piso que não agrida ao meio ambiente e permita a manutenção das vias", comen­tou o secretário. Dorigon des­tacou que há uma proposta pa­ra trabalho conjunto entre os governos municipal, estadual e federal voltado para a área rural.

Os produtores esperam que as promessas do secretário saiam do papel. Mas não dei­xaram de reclamar do trata­mento dispensado a eles pelo atual governo municipal. "O prefeito (Hélio de Oliveira San­tos) deveria despachar uma vez por semana nas regionais

e verificar a situação do campo. Estamos abandona­dos" , criticou o proprietário rural Sérgio Andrade de Or­nellas, morador do Jardim Carlos Gomes.

O secretário municipal re­bateu as críticas e afirmou que a Pasta transformou a antiga Coordenadoria Seto­rial de Desenvolvimento Econômico em Coordenado­ria Setorial de Agronegó­cios. O objetivo é estabele­cer políticas s para apoiar o meio rural da cidade. "Essa é uma iniciativa inédita na cidade e mostra o compro­metimento do prefeito Hé­lio com a agricultura local." (AL/AAN)

Governo promete medidas emergenciais para o setor

os produtores rurais se mobilizaram e

, bateram na porta da , Secretaria de Comércio, • Indústria, Serviços e Turismo, comandada pelo empresário Sinval Dorigon. Em reunião

: realizada ontem, eles I saíram com a afirmação i de que medidas emergenciais já estão em curso. "O secretário Sinval Dorigon mostrou interesse

em auxiliar os agricultores. Mas essas medidas não podem ser paliativas. É necessário que no período intermediário entre chuva e seca seja realizado um trabalho para solucionar o problema nas estradas rurais", afirmou o presidente do Sindicato Rural de Campinas, Antônio Crestana. (AL/AAN)

\

POLÊMICA

Animais de tração FELlCIANO NAHIMY FILHO

Respondendo ao artigo do sr. Manuel Carlos publicado em 16/1, tenho a dizer que:

Esta lei que proíbe a circu­lação de animais de tração nas áreas urbanas de Campi­nas tem sete questões de méri­tos importantíssimas:

1ª) Acabar com a crueldade que os animais têm sido sub­metidos trabalhando de sol a sol, muitas vezes sem água e sem comida, com carga exces­siva muito além de suas for­ças, éguas dando cria na carro­ça, como já foi noticiado pelo próprio Correio Popular e de animais sem ferraduras, ape­nas com parte do casco, dei­xando marcas de sangue no

chão, etc. 2ª) Uma questão social im­

portante, pois a grande maio­ria que trabalha com recic1á­veis puxa a sua própria carro­cinha, enquanto a minoria, muitas vezes pilotada por me­nores, passa na frente deles com carroças puxadas por ani­mais retirando todo lixo reci­c1ável, deixando-os sem nada a recolher. Estes também têm famílias para sustentar e são obrigados a enfrentar esta concorrência desleal.

3ª) O ponto alto desta lei é que existe um artigo que pre­vê a reinserção no mercado de trabalho daquelas pessoas que têm animais e que não conseguiram se readequar, mesmo após um longo prazo dado pela própria lei. Estes ci­dadãos serão reinseridos no mercado de trabalho através

de cooperativas, inclusive, em conversa com alguns deles a receptividade foi boa, pois eles se mostraram felizes com essa nova expectativa de tra­balho mais organizado.

4ª) Questão de acidente de trânsito, pois muitas vezes acontece com vítimas fatais, provocado por animais soltos que acabam invadindo as pis­tas.

5ª) Esta lei também ajuda a minimizar o risco de raiva na cidade, pois os animais de grande porte costumam atrair os morcegos hematófagos pa­ra a zona urbana.

6ª) Diminui também a pro­babilidade de febre maculosa, uma vez que os cavalos são hospedeiros do carrapato es­trela, transmissor da doença.

7ª) Resolve o problema de destinação dos animais que

-.... ~.

se encontram no Centro de Controle de Zoonoses de Campinas, pois a lei insere a adoção com encargo, ou seja, o proprietário rural que quei­ra adotar um cavalo poderá fa­zê-lo e o encargo será a proibi­ção de vender esse animal ou doá-lo de forma que ele não volte mais para a zona urba­na.

Após a divulgação desta lei sancionada, a quantidade de manifestações de apoio e agra­decimento parabenizando a nós e ao prefeito têm sido im­pressionante. Várias pessoas nos ligam emocionadas, al­guns inclusive chorando, afir­mando que não precisarão mais olhar os animais de tra­ção pelas ruas de Campinas passando por situação degra­dante sem poderem fazer na­da. A partir de agora o cida-

dão campineiro terá onde re­correr com o respaldo desta lei municipal.

Quero também agradecer aos nobres colegas vereado­res pelo entendimento e sensi­bilidade em aprovar um proje­to de ampla magnitude.

Como o senhor pode ver, sr. Manuel Carlos, esta lei não tem contra, só tem pró. O se­nhor deveria ter estudado um pouco mais para poder discor­rer sobre um tema tão impor­tante que pode salvar vidas, diminuir o sofrimento dos ani­mais e melhorar a condição de trabalho de muita gente.

As leis são feitas em benefí­cio da maioria, mas esta lei, além disso, ainda beneficia as minorias.

_ Feliciano Nahimy Filho é vereador, deputado estadual eleito e presidente da União Protetora dos Animais (UPA)

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I CORREIO POPULAR: L __ _

1 DATA: L ___________ ~ _____ ~-- -,-- -

resumo

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Demos prioridade a

essas fa m íI ias porq ue é uma situação emergencial, porque perderam suas

: moradias. Miguel Jorge Nicolau Diretor administrativo da Cohab

Três famíÍias que tiveram suas casas condenadas pela Defesa Civil, após as chuvas deste início de ano, foram transferidas para apartamentos retomados pela Cohab após falta de pagamento e uma casa popular na VIla Olímpia.

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I CORREIO POPULAR.~'1 [DATA: L __ ~_~ _______ ~ ~--~--~~-- ------:

BLOCO -I Tomá na Banda abre inscrições para Rainha 2007

os fatos

_ o Tomá na Banda, o mais antigo bloco carnavalesco de Campinas, está recebendo inscrições de candidatas a Rainha 2007. Podem participar da disputa jovens a partir de 15 anos, desde que com autorização dos pais.Mais informações podem ser obtidas na Secretaria de Cultura pelo telefone (19) 3705-8086. (AAN)

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IcoRREro POPULAR; I DATA: L_~ __________ ~~_. _______ -- .,

MEIO AMBIENTE

Prefeitura remove resíduo industrial do San Martin

_ o Departamento de limpeza Urbana (DLU) da Prefeitura de Campinas iniciou a remoção das cerca de 80 toneladas de material graxoso descartado indevidamente no bairro San Martin, num trecho da estrada de terra que interliga a Estrada dos Amarais à Via Anhanguera, a menos d.e 100 metros de um afluente do Ribeirão . Quilombo. (AAN)

3.iE

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l CORREIO POPULAR I

X M t Metrôt eque- a e Uma entrevista concedi-da pelo gerente do Bird

RICARDO ALÉCIO - Interino (Banco Mundial) Jorge [email protected] lo ao jornal Destak, de São ---------- --------.- ----------. Paulo, pode colocar por ter­=~--=---=========---:~-=--:::=--:--.-:-----._- ra o discurso de vários espe-

Pacotão 1 Se o pacotão do Lula, anunciado oficialmente ontem, vai ou não acelerar o crescimento do País, como se propõe, o tempo vai dizer. O governo espera que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) faça com que o nível de investimentos chegue a R$ 503,9 bilhões nos próximos quatro anos. As análises sobre a medida também se dividiram em mais ou menos otimistas. Mas em pelo menos uma coisa a maioria dos empresários e analistas concordam: o pacote deveria ter sido adotado muito antes.

Pacotão 2

cialistas e de gente da oposi­ção sobre a falta de fiscaliza­ção da obra da Linha 4 do Metrô. Rebelo é o gerente responsável pelo projeto no

I Bird, que financia a execu­I ção de parte do trecho. Diz ele: "O projeto de execução, a fiscalização e supervisão de execução das obras é res­ponsabilidade do prestatá­rio (o governo do Estado e o Metrô)".

I Metrô 2 Ou seja, pelas palavras de

Rebelo em entrevista ao jor-i Outro ponto importante a redução dos gastos e nalista Fábio Santos, o Esta-i ser avaliado é o que desperdícios públicos. do não só pode como deve chamou a atenção do Muito bem lembrado. Mas fiscalizar a obra que desa-presidente da Federação falta coragem para reduzir bou e provocou a morte de das Indústrias do Estado de gastos exatamente num pelo menos seis pessoas. São Paulo (Fiesp), Paulo ano em que Lula tem que Muitas das críticas feitas ao Skaf. No geral, ele aprovou distribuir cargos a aliados contrato assinado pelo Esta-as medidas, mas lembrou de ocasião para garantir a do com o Consórcio Via que faltaram ações para tal governabilidade. Amarela levam em conta a

~ii~ii~~iiiil'-•. ---.--------:::.-=.----~ ---- "ausência" do governo no ------. - -, acompanhamento da obra, , mas - para o bem e para o mal - pelo jeito isso não é

"

É a oportunidade de nos

reunificarmos em torno de um projeto. A candidatura do Gustavo

. tem condições de reerguer o parlamento.

verdade.

Norádio Tem ouvinte estranhan­

do a propaganda do Carna­val campineiro nas rádios da cidade. Parece que esque­ceram de levar em conta o

\311-

'bl· d· I pu ICO as emIssoras. Em I uma FM especializada em I rock clássico, por exemplo, I o comercial tem incomoda­do os ouvintes, que, como é de se supor, não querem sa- . ber de samba e muito me­nos de Carnaval. Neste caso, a propaganda não funciona.

Santini O secretário de Coopera­

ção Internacional da Prefei­tura de Campinas, Romeu Santini (PMDB), disse que ainda está estudando a pos­sibilidade de lançar-se mais uma vez candidato a verea­dor. "Minha candidatura a I

vereador, nas próximas elei- • ções, depende de avaliação e melhor amadurecimento", disse Santini.

Tarifa social o governo federal vai inte­

grar os programas Bolsa Fa­mília e Tarifa Social de Ener­gia Elétrica. A partir de mar- , ço, as famílias beneficiadas i com a redução nas contas de luz terão que estar inscri­tas no Cadastro Único de Programas Sociais, que é a base de dados do Bolsa Fa­mília, para continuar tendo direito ao desconto. A tarifa social foi criada em 2002 e permite redução nas contas de luz entre 10% e 65%, de­pendendo do consumo. A renda familiar mensal per capita dos beneficiados não pode ser superior a R$ 120,00 .

Aécio Neves (PSOB), governador de Minas Gerais, ao criticar o apoio tucano a Arlindo Chinaglia (PT-SP) e defender a candidatura de Gustavo Fruet (PSOB-PR)

Voto sob suspeita A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

.. -------_____ . ___________ ---.J deverá ser contratada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a elaboração de um estudo que comprove a segurança do sistema de votação eletrônico. A infonnação foi dada pelo presidente do TSE, ministro Marco Aurélio Mello. A discussão sobre o assunto voltou à tona depois que o candidato derrotado ao governo de Alagoas João Lyra (PTB) levantou suspeitas sobre o resultado da eleição naquele Estado, com base em um laudo encomendado ao Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). O laudo indicou problemas no sistema de votação que poderiam levar a fraudes.

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, -----------, I CORREIO POPULA~

• correIO I ~lT1al~ /e/to,.@rélc~com_br __

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Creche Santo Antônio 1 Gatos Nildo Lopes de Souza Rose Muiíoz Enfermeiro, Campinas Blbliotecána, Campinas

.11 Proibir uma criança de um ensino de qualidade é no mínimo um crime contra o Es­tatuto da Criança e do Adoles­cente. ( ... ) Eu como católico e pai que sou, não posso permi­tir que excluam meu filho des­se direito. Alguns administra­dores enclausurados dentro das igrejas só olham para ci­fras, esquecem do mundo aqui de fora. Por isso, peço através deste veículo de comu-

_ nicação aos padres, bispos, ir-

mãs e todos os cidadãos de bem que lutam para construir uma sociedade mais justa e fra­terna: vamos, pelo menos, manter o direito ao ensino já adquirido até aqui.

Creche Santo Antônio 2 Patrícia Madrid Pontes Mendes Advogada, Ca m pinas

_ Jovens bem infoIDlados e cultos são capazes de transfor­mar o meio em que vivem, enobrecendo a sociedade co­mo um todo. Poucas são as unidades de ensino básico que possuem a infra-estrutura físi­ca e humana da Creche Agosti­niana Santo Antônio. Muitas das crianças que foram arbitra­riamente excluídas da creche, lá ingressaram com 6 meses de idade, e lá estudam há três ou quatro anos, sendo certo que a manutenção dessa exclusão significaria a proibição ao co­nhecimento e à educação, o que é juridicamente e moral­mente condenável ( ... ). Diante desse quadro, na qualidade de mãe e responsável direta pela educação de meus filhos, en­tendo como louvável e digna de aplausos a decisão liminar que garantiu às crianças o direi­to a um ensino de qualidade.

_ Nós, amigos, defensores, ativistas, protetores, ou qual­quer outra denominação que nos for designada, não somos pessoas inconseqüentes, deso­cupados, como pode fazer pa-

recer a mídia. (. .. ) Principal­mente no caso do Bosque dos Jequitibás, onde existe um gru­po organizado e com aval da Prefeitura, num trabalho que deveria ser conjunto desde 2004, mas que, na verdade, sempre foi unilateral. Não te­mos apoio e nem parceiros. E como lutar sem apoio da mu­nicipalidade? Por conta disso, exigimos respeito e que as pes­soas sejam esclarecidas quan­to a essa questão. Com esse I

nosso trabalho que expressa claramente cidadania e huma­nidade, estamos fazendo o i

que a Prefeitura não tem tem­po ou mesmo vontade de reali­zar.

Animais -Pedro Dias Administrador, Campinas

_ Acho precipitada a apro- : vação da lei que proíbe a circu- ! lação de animais de tração em " vias públicas. Da mesma for­ma que em toda atividade hu­mana existem os bons e os maus, também existem carro­ceiros que cuidanl muito bem de seus animais, tanto no as­pecto alimentação e carga de I

trabalho, quanto na aplicação de vacinas e outros medica­mentos ( ... ). Dessa forma, co­mo de costume, aqueles que trabalham corretamente fica­rão prejudicados por uma lei aprovada e sancionada por pessoas que esquecem que es­tão morando no Brasil, onde o abismo da desigualdade social acaba empurrando o pobre pa­ra muito mais além da margi­nalidade.

I DATA: ~- --~--~-~--- ~- ~~-- ._~-

cid.ade reclama

Imóvel abandonado serve I como depósito de entulho Há mais de um mês, os mora-

I dores do Jardim dos Olivei­ras, em Campinas, são força­dos a conviver com um depó­sito irregular de lixo na esqui­na da Rua Paulo Virginio com Avenida Jorge Tibiriçá. A afir-

I mação é da dona de casa Ro­: sa Maria Delfini, que se diz in­" dignada com a situação. "O imóvel está abandonado e lar­garam o lixo aí. Cada vez mais pessoas vêm e deposi­tam", afirmou.

, Além de lixo doméstico, a calçada está cheia de entu­lho, que atrapalha a passa­gem de pedestres e também serve de esconderijo para ani­mais roedores e peçonhen-

tos, que freqüentemente inva­dem as casas vizinhas. "Li­guei na Prefeitura e ela disse que estão sem caminhão pa­ra recolher", lamentou.

111111 A Prefeitura infomou que a coleta de lixo tem sido realizada normalmente na ci­dade, mas que nesse caso a res­ponsabilidade de limpeza é do proprietário do imóvel. Por isso, a Coordenadoria de Fisca­lização de Terrenos (CofU) fa­rá um levantamento para identificar o proprietário e no­tificá-lo a regularizar a situa­ção da calçada. Se ele não cumprir o prazo estabelecido por lei, será mu'!!!!!.~ ___ ~ __

(1(r, !p!tores devem ()('r feitas preferenCialmente PJr escrito p:x InterrnceJIQ dI? cartas para Cidade : :Ir' Sclernhro. 189 CEP 13035-350 Carnpims SP. A correspondênCld

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!('I'-\;()!lt-' .3772-8158. djs 13~1 35 16h, ou pelo e-mail dcallto:.Wrac com hr

Material descartado bloqueia até a calçada: foco de roedores

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I CORREIO POPULAR!

Um pacote de esperança no

.. crescimento Dar os primeiros passos para a retomada do crescimen­to exige a adoção de medidas corajosas, sólidas, alicer­çadas em conceitos amplamente reconhecidos por to­dos os setores da sociedade, chamados a fazer parte de um plano que remova as amarras que atêm o Brasil no atraso e no agravamento de sua condições socioeconô­micas.

Desde 1983, o Brasil enfrentou promessas de resgate do desenvolvimento. Através de vários planos econômi­cos, os brasileiros viram desfilar falsas soluções hetero­doxas e ortodoxas para fortalecer sua moeda, que só fi­zeram alimentar a sensação de desesperança e incredu­lidade da população. a primeiro grande choque acon­teceu em 1983, no governo Sarney, com o Plano Cruza-

'- do, seguido do Cruzado 11 em 86. Entre 1987 e 1991, fo­ram implementados sucessivamente vários planos eco­nômicos. Primeiro o Plano Bresser, de junho de 1987. Em 1989, o Plano Verão, que criou o Cruzado Novo. Já no governo Collor, os planos Collor I (que ressuscitou o cruzeiro) e Collor 11. a insucesso dessas medidas foi evidente: a inflação atingiria 2.708,55% ao ano em 1993, até a criação do Plano Real, em 1994.

De lá para cá, o esforço em manter a moeda estável,

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A ampla abrangência e a falta de articulação das medidas do programa não permitem quantificar os resultados

a inflação sob controle e a busca pelo desenvolvimento se antagonizam em políticas públicas equivocadas, sem que o setor produtivo seja es­timulado com redução do Custo Brasil, sufocados por uma carga tributária extraor­dinária, encargos altíssimos, juros que impedem a contra­tação de crédito e pouco in­vestimento do governo em in­fra-estrutura. a resultado fo-

--- - - ram os últimos quatro anos com a economia patinando nos acertos implementa­dos e a falta de coragem de perseguir objetivamente o "espetáculo do crescimento".

Ao inaugurar seu segundo mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostra disposição em dar um novo perfil ao seu governo. Ao anunciar o seu Progra­ma de Aceleração do Crescimento (PAC), contempla al­gumas das principais reivindicações dos representan­tes das classes produtivas, desonerando o setor e anun­ciando investimentos públicos e privados da ordem de R$ 500 bilhões até 2010. A repercussão foi positiva pela perspectiva de posicionar o leme da economia para o desenvolvimento, embora as medidas anunciadas se­jam tímidas para corresponder à expectativa de reali­zar crescimento sustentado de 5% do PIE ao ano.

as resultados devem ser aguardados. Se vão ou não acelerar o crescimento, é preciso paciência e observa­ção, já que quesitos importantes não foram explicita­mente anunciados no programa, como a reforma admi­nistrativa, da Previdência, a tributária, a flexibilização das leis trabalhistas, e mesmo a política monetária, que vai determinar o ritmo de corte da taxa básica de juros.

A ampla abrangência e a falta de articulação das me­didas do pacote não permitem quantificar os resulta­dos. Hesta a esperança de que, afinal, algo está para ser feito e colocado à mesa para discussão.

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LÇORREIO P<?PULAR i ----~---------~. ..

I DATA:

TRANSPORTE III MALHA AÉREA

Viracopos é a terceira via, diz Infraero

Presidente do órgão afirmou ontem que o aeroporto é a opção mais viável para

a saturação em Congonhas e Guarulhos

'! DaagênciaAnhangüera

Um dia após o anúncio do Pro­grama de Aceleração do Cres­cimento (PAC), o presidente da Empresa Brasileira de Infra­Estrutura Aeroportuária (In­fraero) , brigadeiro José Carlos Pereira, afirmou que o Aero­porto Internacional de Yiraco­pos é a terceira via para a satu­rada malha aeroviária do Esta­do de São Paulo. "Na minha opinião, seria melhor investir em ligações terrestres que per­mitam a maior utilização do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, que está abaixo de sua capacidade operacional", destacou.

Brigadeiro defende o investimento em trem rápido até a Capital

A declaração do brigadeiro veio em resposta à possibilida­de da constmção de um tercei­ro aeroporto próximo da Capi­tal paulista para desafogar o tráfego aéreo dos terminais de Congonhas (São Paulo) e Cum~ bica (Guamlhos). Para ele, e cada vez mais distante a possi­bilidade desse projeto decolar. O presidente da Infraero sa~ lientou que, em dez anos, sera necessário um outro sítio para absorver o aumento de passa­geiros na malha paulista e os excedentes dos dois grandes aeroportos, e o caminho seria Yiracopos.

Projeção recente divulgada pela Infraero já detalha a possí­vel transferência de vôos de Cumbica para Campinas a par­tir de 2014. Os dados têm co­mo base um estudo elaborado

em 2005 pelo Instituto de Avia­ção Civil (lAC) de evolução de demanda dos aeropOltos brasi­leiros e nos planos diretores

dos aeroportos da malha aero­viáIia de São Paulo - Congo­nhas, Guarulhos e Yiracopos. Em 2025, a expectativa é que 60 milhões de passageiros (so­mando embarque e desembar­que) passem por Campi~as:.

De acordo com pro)eçoes de técnicos de Viracopos, o ter­minal aeroportuário é o cami­nho natural de transferências dos vôos dos dois aeroportos. Porém, é necessário viabilizar uma ligação rápida entre Cam­pinas e São Paulo para impu!­sionar a expansão de passageI­ros no aeroporto campineiro. Com o crescimento dos vôos de transporte de pessoas, ha­verá também um incremento nas cargas, pois muitos produ­tos são levados para outras re­giões do Brasil e mesmo expor­tadas no porão das aeronaves de passageiros.

Reivindicação O prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) afirmou ontem que vai discutir com o gov~r­no federal caminhos para VIa­bilizar a ligação férrea entre Campinas e São Paulo. A linha férrea também dará passagem para cargas vindas dos esta­dos do Sul e Centro-Oeste pa­ra a cidade e a Capital paulis­ta. "You encaminhar um docu­mento oficial ao presidente Lu­la e tratar desse assunto", dis­se. Entretanto, o pedetista sa­lientou que hoje há uma liga­ção segura e rápida entre as duas cidades por meio das ro­dovias Anhangüera e Bandei­rantes.

Hélio ponderou que vai rei-­vindicar junto ao governo fede­ral que Yiracopos seja destaca­do dentro dos investimentos anunciados no PAC. O prefei­to de Campinas criticou o fato de o terminal aeroportuário não ter sido citado nos docu-

mentos do plano que pre­vêem recursos para os princi­pais aeroportos do País. "Yira­copos é estratégico ~ara o cre~­cimento do Brasil. E lamenta­vel que o aeroporto nã~ tenh~ sido lembrado. Não seI se fOl esquecimento ou um erro", re­clamou, irritado, Hélio.

PAC Ontem, em Brasília, o brigadei­ro José Carlos Pereira afirmou que o Aeroporto Internacional de Cumbica vai receber R$ 1,026 bilhão dos recursos desti­nados dentro do PAC para construção do terceiro termi­nal de passageiros. A segunda

etapa da reforma das pistas de pouso e decolagem de Congo­nhas foram incluídas no pro­grama e vão despend~r. R$ 3~ milhões. A pista aUXlhar vaI passar por obras a partir do próximo mês e a fase pos~e­rior será a reforma no pISO principal de pousos e decola­gens.

No detalhamento dos inves­timentos do PAC para os 20 ae­roportos do País, o presidente da Infraero salientou que os terminais do Rio de Janeiro­Tom Jobim (Galeão) e Santos Dumont - vão receber juntos R$ 169 milhões. No primeiro, serão investidos R$ 70 mi-

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lhões e, no segundo, mais R$ 99 milhões. Segundo o briga­deiro, o Galeão precisa de obras de recuperação dos sis­temas de pistas e do terminal de carga.

O brigadeiro afirmou ain­da, durante entrevista em Bra­sília, que os investimentos de R$ 6 bilhões nos 20 aeroportos vai evitar o estrangulamento dos terminais nos próximos anos. A meta é ampliar a capa­cidade dos aeroportos incluí­dos no programa dos atuais 118 milhões de passageiros por ano em mais 40,3 milhões de pessoas. Nos terminais de carga que receberão recursos,

o objetivo é elevar o movimen­to de 100 mil toneladas por ano para mais de 191 mil tone­ladas até 2010. (Com agências Estado e FoUtapress)

Volume de importação cresce 18%

Abalança comercial do I

Aeroporto Internacional de

Vrracopos registrou cresciInento de 18% no volume de cargas iInportadas em 2006. No acumulado do ano passado, as iInportações totalizaram

1103.158 toneladas. Em 2005, • foram 87.352 toneladas. O . câmbio favorável às ! compras no mercado exterior iInpulsionou esse

I incremento. De acordo com , dados da Infraero, as ! iInportações ultrapassaram • US$ 12,7 biUtões - valores ! CIF (Cost lnsurance Freight), que incluem o custo do frete e do seguro. Em 2005, esse valor foi de US$ 11,122

I biUtões. A variação foi de 14,18%. Em contrapartida

I ao acrésciIno das cargas I adquiridas em outros países, houve o recuo da

! moviInentação nas I exportações. A redução deve • : ficar em 10% frente a 2005.

I

A projeção era fechar em 93.730 toneladas de produtos exportados - no

I ano anterior, o total foi de :1105.077 toneladas.

(AL/AAN)

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I CORREIO POPULARj : DATA:

CONCORRÊNCIA III PRAZO

Consórcio prevê para 2008 nova rodoviária Grupo que vai construir o terminal estima conclusão das obras em junho do próximo ano

II MariaTeresaCosta il DAAGÉNCIMNHANGUERA

[email protected]

A nova rodoviária de Campi­nas começará a operar a partir de junho do próximo ano, in­formou ontem o secretário municipal de Transportes, Ger­son Luis Bittencourt, após a conclusão da licitação pública que escolheu o Consórcio Ter­minal Rodoviário de Campi­nas para construir e operar o novo terminal rodoviário de passageiros. O consórcio, for­mado pelas empresas Soci­cam Administração, Projetos e

Construção do complexo está orçada em R$ 30 milhões Representação Ltda. e Equi­pav SA. Pavimentação, Enge­nheria e Comércio, calcula que poderá dar início às obras a partir de 5 de março e con­cluí-las em um ano, conforme a proposta técnica apresenta­da na licitação.

A homologação da concor­rência pública será publicada hoje no Diario Oficial do Muni­cípio, com um prazo de dez dias para a assinatura do con­trato entre o consórcio e a Pre­feitura. Além do investimento na infra-estrutura, o concessio­nário terá que recolher uma porcentagem sobre a receita bruta ao cofres municipais. Apenas na construção do no­vo prédio, área comercial e pla­taformas, serão injetados apro­ximadamente R$ 30 milhões.

Uma das fontes de renda do concessionário será a taxa de embarque dos passageiros, estabelecida em decreto publi­cado em novembro e fixada, nas viagens interestaduais, em R$ 3,08, e nas intermunicipais, R$ 0,42 (percursos de até 39 quilômetros); R$ 0,75 (de 40 a 79,9 quilômetros) e R$ 2,90 (acima de 80 quilômetros). A

tabela de valores será sempre estipulada pela Prefeitura.

Outras receitas do consór­cio que assumirá a concessão serão o estacionamento e o aluguel de espaços comerciais e publicidade. Depois de 30 anos, quando estiver encerra-

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3,5 MILHÕES DE PASSAGEIROS/ANO

É o movimento registrado na atual rodoviária de Campinas

,

do O prazo de concessão, to­dos os imóveis e a área do ter­minal voltarão para a Prefeitu­ra de Campinas. Os prédios históricos presentes na área concedida serão restaurados pelo concessionário, de acor­do com as normas dos órgãos do patrimônio público.

A nova rodoviária será cons­truída numa área de 70 mil metros quadrados, entre a Ave­nida Lix da Cunha, e ruas Df. Mascarenhas, Df. Pereira li­ma e a linha férrea, onde esta­rão reunidos todos os modais de transporte (rodoviário, ur­bano, metropolitano e ferroviá­rio). O novo terminal ocupará uma área construída de 35 mil metros quadrados, incluindo o prédio da rodoviária, estacio­namentos e prédios históri­cos. A nova rodoviária de Cam-

pinas seguirá um padrão seme­lhante ao do Terminal Rodo­viário do Tietê em São Paulo. As plataformas de embarque e desembarque ficarão na parte de baixo e no piso superior fi­cam os guichês, praça de ali­mentação, serviços e o comér­cio em geral. Além do novo ter­minal, mais dois imóveis se­rão incorporados ao projeto, ambos tombados pelo patri­mônio histórico, que serão re­vitalizados para se tornarem um centro de serviços.

A partir da inauguração da rodoviária, a Emdec calcula que haverá uma redução de tráfego de 3 mil ônibus entre intermunicipais e metropolita­nos no Centro de Campinas. Mais de 100 mil pessoas de­vem passar pelo complexo dia­riamente.

I CORREIO POP\JLAR I COBRANÇA III VENCIMENTO

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Correios começam a entregar IPTU Prefeitura mantém desconto de 12% para contribuinte que pagar carnê à vista

II Da Agência Anhangüera

A Prefeitura de Campinas ini­ciou a postagem dos carnês de Imposto Predial e Territorial UrbanoCIPTU) do exercício de 2007 para os imóveis residen­ciais e territoriais, que terão vencimento em 7 de fevereiro. Já os imóveis comerciais, apo­sentados e pensionistas e con­tribuintes que moram fora da cidade, os carnês começam a ser enviados no dia 1 Q de feve­reiro. Nestes casos, o vencimen­to será no dia 14 de fevereiro.

Os contribuintes que paga­rem a cota única do imposto até a data do vencimento terão um desconto de 12%. Para o se­cretário de Finanças, Paulo Mallmann, cerca de 20% dos contribuintes optam pelo paga­mento à vista. Isso significa aproximadamente 76 mil con­tribuintes.

Se o contribuinte optar pelo parcelamento, o IPTU pode ser pago em até 11 vezes, respei­tando-se o limite mínimo de 18 Ufics CR$ 32,00). O pagamen­to do imposto pode ser feito nas agências bancárias creden­ciadas' casas lotéricas ou ainda

pela internet. A relação dos bancos cre­

denciados está disponível no Portal da Prefeitura (www.cam­pinas.sp.goll.brl. no link tribu­tos e também no carnê do im­posto.

Caso o contribuinte não re­ceba o seu carnê até cinco dias antes do vencimento, ele pode solicitar a segunda via por e-mai!, no endereço eletrônico [email protected]. "O contribuinte tem que especifi-

"Para este ano foi mantida a taxa de 12% de desconto para pagamento à vista, uma vez que ficou mais atraente que em 2006 devido à queda da ta­xa de juros oferecida pelas apli­cações financeiras nos últimos 12 meses. Além disso, a pers­pectiva é de continuidade da queda ao lonso. deste ano", afir - rll "'TI rfll,eta~o. "1 \1

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car na mensagem dados como nome do proprietário e código do imóvel. A segunda via será enviada por correio", explicou Rodrigo Ferreira, diretor de Re­ceitas Imobiliárias. O contri­buinte também pode procurar o posto do Porta Aberta, que fi­ca no Paço Municipal, das 8h às 18h.

Para os contribuintes que ti­verem alguma dúvida, a Secre­taria de Finanças disponibiliza­rá um plantão de dúvidas a par-

tir do próximo dia 29. O atendi­mento será feito no Porta Aber­ta.

Os contribuintes que forem à Prefeitura solicitar segunda via do camê de IPTU poderão fazer a atualização cadastral dos dados do seu imóvel. Para fazer a atualização do endere­ço de entrega, o contribuinte deve ter em mãos o CPF, RG e um comprovante de endereço do imóvel para onde o camê deverá ser enviado.

Augusto de Paiva/9set2006lAAN

Porta Aberta: serviço da Prefeitura terá plantão de dúvidas sobre o tributo municipal a partir do dia 29

[CORREIO POPULAR-\

ELEiÇÃO III POR ACLAMAÇÃO

A • •

Angelo Perugun assmne a presidência da RMC Prefeito petista de Hortolândia tem como vice o tucano Rodrigo Maia, de Monte Mor

, I , " MariaTeresaCosta

11' DMGENC'AANHANGUER"

! [email protected]

A união de dois prefeitos de partidos que historicamente se tornaram inimigos viscerais trouxe, ontem, na eleição da presidência do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (RMCl, a expectativa de que a região sairá ganhando com a deposição das armas partidá­rias. O prefeito de Hortolân­dia, Ângelo Perugini (PT), e de Monte Mor, Rodrigo Maia (PS-

Lixo, saneamento, habitação e segurança pública são prioridades

DB), foram eleitos, por aclama­ção, presidente e vice do con­selho, respectivamente, Os pre­feitos esperam que Perugini se torne o interlocutor da região junto ao governo federal e que Maia seja seu representante no govemo do Estado.

Mas ambos preferem não ver a situação sob o prisma partidário. "Não se trata de prefeito do PT ou do PSDB, mas de administradores públi-

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I E quanto o Estado depOSitou I I esse mês na conta do I ! Fundo de Desenvolvimento

I da Região Metropolitana J : de Campinas (RMC) L _____ .. _ .. ____ .. _. __ . __ ..

cos, que irão negociar com o Estado e com a União, le­vando em conta a importân­cia econômica e política das nossas 19 cidades", afirmou Perugini. Para ele, a atuação do conselho deverá ir além de uma reunião de compa­dres. "Temos que aproveitar a experiência dos antecesso­res e passarmos à elabora­ção de projetos", disse.

Até agora, a RMC não tem projetos prontos para sair em busca de recursos para executá-los. "Precisa­mos ter projetos na pratelei­ra", pediu o prefeito de No­va Odessa, Manoel Samar­tim (PDT). O prefeito de Va­linho~, Marcos José da Silva (PMDll) sugeriu que as reu­niões passassem a ser agen­dadas em Brasília, em São Paulo, com ministros e se­cretários de Estado, com uma pauta pré-definida de reivindicações, em que a re­gião pudesse ver suas neces­sidades atendidas.

A maioria dos prefeitos observou a necessidade ur­gente de definir projetos que dêem conta de ques­tões como o lixo da metró­pole, saneamento, habita­ção, segurança pública. "Te­mos um dos maiores Produ­to Interno Bruto (PIE) do País e temos que fazer pre­valecer o poder econômico e político da região", afir­mou o prefeito de Cosmópo­lis, José Pivatto (PT).

Somente agora, depois de seis anos de sua criação, a RMC está legalmente insti­tuída. Para os prefeitos, no entanto, ainda é um tempo pequeno para que os resul­tados surjam.

O prefeito de Jaguariúna, Tarcísio Chiavegatto (PTBl. lembrou que o Consórcio

das Bacias dos Rios Piracica­ba, Capivari e Jundiaí foi for­mado há 17 anos, mas somen­te agora conseguiu ter os recur­sos para investir nas bacias, oriundos da cobrança pelo uso das águas dos rios federais e estaduais (a cobrança desses começa em fevereiro). "Nesses 17 anos, avançamos muito, fi­zemos muitas coisas e os fru­tos estão começando a ser co­lhidos agora", comentou.

Temporariamente, a função

de secretário do Conselho será feita por um integrante da Agência Metropolitana de Campinas (Agemcampl. por­que o atual secretário, Peter Walker, que exerce essa função desde que a RMC foi criada, de­cidiu abrir mão da indicação. A Agemcamp vai aguardar a orientação do Estado para no­mear o secretário. Esse cargo é do Estado. Ontem também as­sumiram os novos representan­tes estaduais no conselho.

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Prefeituras iniciarão o depósito das cotas para o Fundocamp Campinas e Paulínia são os municípios que mais aportarão recursos por causa do ICMS

Os prefeitos da Região Metro· politana de Campinas (RMC) começarão a receber, até o fi­nal do mês, avisos para que passem a depositar as respec­tivas cotas-partes no fundo de Desenvolvimento Metropo­litano (Fundocamp). Esse fim­do dará suporte financeiro ao planejamento integrado e às ações conjuntas da região.

As 19 cidades já aprovaram leis autorizando os repasses, calculados com base num per­centual do repasse do Impos­to sobre Circulação de Merca­dorias e Serviços (ICMS) e de acordo com a população. O Fundocamp deverá contar es­se ano com R$ 4 milhões, sen­do que R$ 1,5 milhão virá dos municípios e o restante, R$ 2,5 milhões, do orçamento do Estado. O governo estadual já depositou o duodécimo na conta do Fundocamp.

O coordenador do Fundo-

camp, Maurício Hoffmann, disse que a partir de agora a RMC tem um mecanismo ins­titucional para receber recur­sos federais, estaduais, de em­presas, doações, que serão uti­lizados em projetos de interes­se da RMC. Um deles, citou, é a realização do levantamento aerofotogramétrico das 19 ci­dades, que pennitirá a atuali­zação dos cadastros munici­pais e conseqüentemente a melhoria da arrecadação.

Campinas e Paulínia são as cidades que mais aporta­rão recursos porque perten­cem a elas os maiores repas­ses do Imposto Sobre Circula­ção de Mercadorias e Servi­ços (lC1\1S). Os municípios irão repassar recursos de acordo com uma fórmula ba­seada em 0,1% do ICMS arre­cadado no ano passado pelo conjunto dos 19 muni'cípios. (MTC/AAN)

SAÚDE

Médicos cubános: fatos e lJ.Utos JOSÉ FRANCISCO KERR SARAIVA

A notícia da vinda de médicos cubanos em caráter de inter­câmbio científico para Campi­nas tem causado expectativas e repercussões que entendo compete a mim, na qualidade de gestor municipal da área de saúde, vir a público esclare­cer alguns pontos.

Nos dias 11 e 17 de janeiro, o Correio Popular publicou dois artigos - um de autoria do dr. Luiz Alberto Barcellos Marinho, que atua na Secreta­ria de Saúde de Campinas, e outro do dr. Jorge Carlos Ma­chado Curi, presidente da As­sociação Paulista de Medicina - que trataram da questão e apontaram uma série de argu­mentos merecedores de desta­que, dado à polêmica de que a vinda destes profissionais poderia se dar com intenções trabalhistas, a fim de solucio­nar os problemas relaciona­dos à falta de médicos.

Visitei Cuba recentemente a convite do Governo Munici­pal, junto com a Secretaria de Cooperação Internacional, por meio de um convênio que Campinas tem com a cidade­innã de Cotorro, situada próxi­ma a Havana e com caracterís­ticas sócio-demográficas se­melhantes às de nossa cidade. Na mesma comitiva estavam representantes de outros mu­nicípios da região e de várias áreas de atuação.

Conheci o sistema de saú­de de lá e vislumbrei a pers­pectiva de realização de con-

vênio de intercâmbio científi­co, como já ocorre entre nos­sas universidades, fortalecen­do e pela primeira vez dando visibilidade internacional ao Centro de Educação dos Tra­balhadores da Saúde (CETS), da Secretaria Municipal de Saúde, que tradicionalmente desenvolve ações junto às uni­versidades e recebe estagiá­rios das diversas áreas da saú­de - entre eles alunos de cur­sos de graduação não somen­te de medicina, mas também de fisioterapia, fonoaudiolo­gia, nutrição, enfermagem e odontologia.

A viabilidade legal do pro­cesso tomou como base os mesmos moldes adotados por universidades brasileiras que promovem a troca de conheci­mentos com outras nações. Basta entrarmos nas duas maiores universidades de Campinas para encontrarmos alunos e profissionais de paí­ses dos quatro cantos do pla­neta e de várias áreas do co­nhecimento cumprindo pro­grama de intercâmbio.

O acordo com Cuba tem co­mo objetivo a troca de expe­riências, o aprendizado será bilateral, já que médicos da Se­cretaria de Saúde também irão a Cuba que, ressalto, tem um sistema de saúde com ca­racterísticas - particularmen­te na atenção básica - seme­lhantes e com forte identifica­ção com os programas de Campinas.

A idéia é recebermos 20 mé­dicos por um período pré-de­terminado, que serão distribuí­dos entre os cinco distritos de Saúde e supervisionados por

apoiadores do CETS e coorde­nadores dos Centros de Saúde e dos próprios distritos. Eles vêm sem qualquer vínculo profissional, à luz do que ocor­re com os residentes, internos e pós-graduados das áreas da saúde da PUC-Campinas e Unicamp, que fazem da nossa rede campo de estágio e apri­moramento.

Portanto, os médicos de Cuba não vêm a Campinas pa­ra tomar o lugar dos médicos daqui, como possa ter sido su­gerido numa avaliação preli­minar, mesmo porque 20 pro­fissionais representam muito pouco diante do universo de mais de 1 mil médicos que atuam na Secretaria Munici­pal de Saúde e da necessidade de profissionais da pasta, que acaba de abrir processo seleti­vo para contratar 250 médi­cos.

Apenas para acrescentar outros elementos de compara­ção, pergunto: o que significa o contingente de 20 médicos diante das mais de 300 mil consultas realizadas todo mês

pela Secretaria Municipal de Saúde e que somadas aos pro­cedimentos de baixa, média e alta complexidade resulta em mais de 800 mil procedimen­tos mensais?

Além do que, a vinda des­tes médicos vem sendo discu­tida de forma ampla com re­presentantes da classe médi­ca, além de outros órgãos que tratam de assuntos da área de saúde, como o Conselho Mu­nicipal de Saúde (CMS), com o objetivo de legitimar o pro­cesso da forma mais democrá­tica, característica desta ges­tão.

É necessário considerar ain­da o fato de Campinas possuir indiscutível vocação acadêmi­ca e ser dever da Secretaria de Saúde transmitir e construir conhecimentos, conforme pre­coniza a Lei Orgânica de Saú­de que determina, entre os campos de atuação do SUS, a ordenação da formação e edu­cação permanente de recur­sos humanos e o incremento do desenvolvimento científico e tecnológico.

Por outro lado, é importan­te trocar experiências com paí­ses que, embora com poucos recursos orçamentários, co­mo é o caso de Cuba, apresen­tam índices mínimos de cesa­riana e os menores índices de mortalidade materno-infantil do planeta, além de apresen­tar taxas de longevidade de fa­zer inveja a muitos países de primeiro mundo.

Este intercâmbio, diga-se de passagem, é o pontapé ini­cial de um processo que a Se­cretaria Municipal de Saúde, junto à Secretaria de Coopera­ção Internacional, pretende dar a fim de propiciar outros acordos internacionais de in­tercâmbio com países que têm modelos de saúde seme­lhantes ao sistema público de saúde do Brasil - entre eles Inglaterra e Canadá - e as­sim, através da troca de infor­mações e do debate, contri­buir para a construção e forta­lecimento do SUS.

Não podemos permitir que se repita aqui a discriminação que ocorre com os médicos brasileiros que vão estudar na Europa, Estados Unidos e Ca­nadá. O intercâmbio científi­co não representa ameaça. Ao contrário, ele acrescenta, com­põe, traz conhecimentos e ex­periências. Além do mais, a busca do resgate social, forta­lecido por acordos internacio­nais, não deve e não pode ser desmerecida ou simplesmen­te reduzida a interpretações comezinhas de fácil argumen­tação.

_ José Francisco Kerr Saraiva é secretário municipal de Saúde de Campinas

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I CORREIO POPULAR~I DATA:

cidade reclama

Rua da Vila Cura D'Ars está tomada por buracos há meses Os buracos nas vias públicas estão por todas as regiões da cidade. Mas as chuvas das últi­mas semanas não foram os fa­tores determinantes que dei­xaram a Rua Deucrésio Câma­ra Matos, na Vila Cura D'Ars, em Campinas, praticamente intransitável. De acordo com a doméstica Gertrudes Silva, as crateras surgiram há vários meses e as chuvas só reforça­ram o estado calamitoso da via.

"Já· tinha muito buraco aqui. Não foi por causa da

chuva, mas as águas ajuda­ram a aumentar os buracos. Cada vez é uma resposta da Prefeitura e nunca consegui­mos manutenção nenhuma", criticou a doméstica.

_ A Prefeitura de Campinas justificou que está fazendo a manutenção nas ruas da cida­de, mas conforme uma progra­mação, já que a demanda é al­ta, principalmente após as úl­timas chuvas. De acordo com o órgão, o bairro está no crono­grama de serviços.

Gertrudes da Silva mostra asfalto esfarelado: falta manutenção

I DATA: I CORREIO POPULAR j L ___________________________ _

: ESTAÇÃO DAS CHUVAS

. Casa da Sopa busca doações para famílias desabrigadas

_ A Casa da Sopa, associação beneficente do Núcleo Residencial do Jardim Paraíso de Vrracopos, precisa de doações de materiais de construção, alimentos,

: roupas e móveis usados para I atender desabrigados pela I chuva, A entidade abriga há I cerca. de 20 dias três famílias : que tiveram as suas casas : derrubadas. Na semana : passada, mais uma família

ficou desabrigada, totalizando 20 pessoas na entidade. "Até o momento, a Prefeitura só contribuiu com o kit barraco, composto de madeirite e telha, mas falta fio e canos para a ligação de água", disse Benedita Aparecida Franco de Camargo, presidente da Casa da Sopa. Quem quiser fazer doações pode ligar para (19) 3224-0560. (AAN)

I CORREIO POPULAR: [DATA.:-------- ----~ ~---~~-~---- ... _---~--~----------

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os fatos ' ,,'

DESCARTE

Material graxoso COlneça a ser transferido hoje para aterro

_ A retirada das 80 toneladas de material graxoso despejado clandestinamente na última sexta-feira amenos de 100 metros de run afluente do Ribeirão Quilombo, no bairro San Martin, região Noroeste de Campinas, só deverá começar hoje. O matetial- runa mistura de tetl'â, óleo e graxa - será encaminhado a run aterro

privado em Paulúua e não mais para o Delta A, em Campinas. O secretário de Infra-Estrutura da Prefeitura, Osmar Costa, disse que Paulfuia tem condições de dar a destinação necessária ao material. que ainda não foi identificado. A análise deve ficar pronta em sete dias. O secretário disse que notificou o incidente ao Ministério Público. (AAN)

[CORREIO POPULAR] --_.. ----_. --------- -_." -

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Mercosul se fragmenta no

'-histrionismo A criação de blocos que englobem interesses econômi­cos regionais é a mais forte tendência nas relações in­ternacionais' sedimentando o conceito de globaliza­ção, estabelecendo regras aduaneiras e confrontando políticas externas no sentido de incrementar a troca de valores, bens e serviços. A maior ou menor permeabili­dade das nações vai determinar sua inserção no contex­to global, estabelecendo oportunidades comerciais e atendimento de necessidades de importação.

O Brasil sempre esteve à parte de processos radicais de negociação, tradição que foi rompida pela nova polí­tica externa imposta pelo governo de Luiz Inácio Lula

'- da Silva, pilotada por Celso Amorim e Marco Aurélio Garcia. A frieza de tratamento dispensada aos grandes blocos comerciais e a aproximação de mercados alter­nativos africanos e no Oriente Médio têm custado a di­ficuldade de inserção de produtos brasileiros no merca­do internacional, mesmo que atuando na faixa de bai­xo valor agregado. O traçado da moderna economia mundial mostra que a tendência é que as relações co­merciais cada vez mais serão entabuladas através de blocos econômicos, onde as regras se mostram mais es­táveis e os interesses discrepantes estão melhor equa-

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A reunião de cúpula n'laís serviU para o histrionismo barato rir: Hugo Chávez e a

cionados. A criação de um mercado

comum no âmbito da Améri­ca Latina fomentou a aliança econômica que resultou no Mercosul, formalizado em 1991, inflado pelos interesses de Brasil, Argentina, Para­guai, Uruguai, Chile, Equa­dor, Colômbia, Peru e Bolívia poderão entrar nesse bloco

contracena de lula a seus econômico, pois assinaram companheiros tratados comerciais e partici­- --- - -------- pam como países associados ao Mercosul. No ano de 1995, foi instalada a zona de livre comércio entre os países membros, primeiro pas­so para aprofundamento do comércio.

Agora acrescido da Venezuela, que entrou em julho de 2006 com empenho especial do presidente Lula em deferência ao seu relacionamento com Hugo Chávez, e pela intenção de envolver a Bolívia de Evo Morales, frustrada na reunião do Rio de Janeiro, terminada nes­se final de semana, o Mercosul entra em fase de ebuli­ção política. A reunião de cúpula mais serviu para o his­trionismo barato de Hugo Chávez e a contracena de Lu­la a seus companheiros esquerdistas. Questões impor­tantes como o apoio diferenciado às economias meno­res, a criação de um banco de fomento sul-americano e mesmo a inserção da Bolívia entre os países mem­bros ficaram no plano subjetivo, sem acordo.

No balanço do evento, o grupo mostrou que as nego­ciações se arrastam, os acordos ficam mais difíceis e os investidores vêem com desconfiança o alinhamento ir­responsável de Chávez, Morales e do equatoriano Ra­fael Correa, com mofados discursos antiimperialismo que não encantam e tampouco oferecem alternativas viáveis para a estabilidade e inserção econômica dos países latinos na economia mundial. Para os brasilei­ros, já bastavam os devaneios populistas de Lula, sem nece~.sidade de somar o desempenho de truões como os arautos do imponderável "socialismo do século 21".

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! CORREIO POPULAR; DATA:

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Xeque Mate !i FalandoemPTB,overea-- II dor petebista Jorge Schnei-

II der conseguiu a proeza de RICARDO ALÉCIO - Interino i e~lplaca~ s_eu nome nas [email protected] J tres comlssoes permanen-

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VrBno ;~~; - - -~ II fi:::E~~~~~e~~:~~:~~~~ , , ,. Redação e Política Urbana

O PTB tambem esta no pareo da disputa pelo comando 'I e Meio Ambiente. O pete­da futura Secretaria de Esportes de Campinas, que devera bista já fazia parte das duas ser de~~embr,ada da Pasta d,e Cultura; O cargo de primeiras e ainda conse­secretano d~ Esportes ~ambem podera se,r ocupado pelo I guiu integrar a terceira, nes-PT campinerro. O preSidente do PTB de Campmas e te ano muito visada por

. secretário de Comércio e Indústria, Sinyal Dorig~n, conta da aprovação do no-

. minimiza a questão. "O prefeito Hélio e quem vru vo Plano Diretor. , decidir", afirmou Dorigon. Mas o fato é que o partido II

II está, sim, empenhado em oferecer um nome ao prefeito. li Marola 1. . L __ --= ____ ._ =::::=-.::-.::-:::.~.-.--.~ .::::.:.:._.:.-=:.:::::::-_.---:.-::.==.:_===.:::::-:::--=._. __ , Os eco no mIstas dIze m --- -.. -- - - -- -- -- - -I que contra números não há

DIS- cussa-O I argumentos. A regra talvez possa ser aplicada para con­

, . , cluir que o Plano de Acele-Dorigonjuraquea s~epropnadalegend~!la I ração do Crescimento executiva do partido não Cidade. U~a n~)\:a relUllao, i (PAC) , anunciado pelo go-discutiu o assunto na agor~ ~o ~~ton? I vemo Lula com pompa e reunião realizada na mlUllclpal, Ja esta , i circunstância, na verdade

---- ---_._-_._~ ,

apen.as R$ 67,8 bilhões sai-( rão do Orçamento do gover- I no federal. I

Marola2 Mais: a Petrobras e seus

parceiros vão responder por R$ 171,7 bilhões do to­tal do PAC, ou 34% dos in­vestimentos previstos. Atitu­de louvável, mas não se tra­ta de nenhuma novidade. Ao contrário, são projetos que uma megaempresa co­mo a Petrobras - que de estatal só tem o "bras" do nome e o grande número de cargos indicados pelo go­verno - não poderia dei­xar de implantar. Ou seja, . quando convém, a Petro- . bras é estatal e entra na· contabilidade do governo federal. Quando não con­vém, como quando a gasoli­na sobe de preço, a Petro­bras é uma empresa de ca­pital aberto, inserida no mercado internacional.

semana passada. Os ~arcada pru:a o pro~o I não passa de marola ou pu-petebistas prefe'riram dia 6. O partido poSSUI I ro enaodo mesmo. Eis os Cam pinas-Rio falar, segundo o secretário, cerca ~e 7 mil filiados em n~me~os: do~ quas~ R$ 504 Um dos projetos que de-sobre a instalação de uma Camplllas. bIlhões de mvestImentos vem ser tocados pela Petro-

--- - - -.- -- --- - - -- .---- -----.J até 2010 anunciados, bras é o dos gasodutos. O. - .. ----- - .... 86,54%, ou seja, R$ 436,1 bi- que vai ligar Campinas ao I

----- -- -.-- ------- -- - . -- .. ~ lhões, virão de esta~ais fede- Rio. de Japeiro está na list.a I rais e do setor pnvado - de 1l1VestImentos do PAC.

~ -=----=-~-::=----=----_--:~_-::-=--=-------_.-... _._- --"- ----=-========---=::.::-====----_.

" ~a~~ . i -Q~~~o-C~aval chegar é o de fortalecimento do partido em Campinas.

Sinval Dorigon, presidente do PTB de Campinas e secretá~o municipal de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo, sobre a atuaçao na legenda.

Inimigos (quase) mortais quando explodiu o mensalão, José Dirceu (PT) e Roberto Jefferson (PrB) - ambos defenestrados pela Câmara por causa do escândalo - podem se unir no movimento (leia-se manobra) que articula a volta dos dois à Casa. Eles devem aproveitar o Carnaval para tentar "ressurgir das cinzas" e readquirir seus direitos políticos - hoje eles não podem disputar eleições até 2015. Movimentos pela anistia do petista e do petebista devem começar, em fevereiro, a coletar assinaturas

. para pedir que o Congresso reavalie as punições. Mais ; um golpe na surdina que fere o Parlamento e a . dignidade do povo brasileiro.

i CORREIO POPULAR~\ , ::J

I correio E-mail: [email protected]

Túnel Gabriel Neves T radutar, Campinas

•• Gostaria de fazer uma perguntinha simples ao nos­so digníssimo prefeito dr. Hé­lio e aos 33 vereadores da n~ssa cidade de Campinas. Afmal de contas, em que si­tuação se encontra o outro túnel que até hoje não teve sua ?bra concluída? Que tipo de fiSCOS ele oferece à popu­lação que reside ou mesmo circula acima do mesmo? Corre o risco dessa mesma obra faraônica desabar devi­do a infiltrações e acontecer algo parecido com o buraco do Metrô na Marginal Pinhei­ros? C .. ) Ou será que precisa­n:os esperar por uma tragé­(lia para depois ficarmos la­mentando?

PSDB Roberto Mia0 Comerciante, Campinas

•• É com muita surpresa que estou acompanhando pe­lo Correio Popular o desfecho dos vereadores do PSDB em Campinas, que estão saindo da sigla por terem votado no candidato da oposição à presi­dência da Câmara. Expulsos ou não, os nobres edis não es­tão vivendo numa ditadura, obrigados a votar em quem o partido quer. Fico estarrecido ao ver o presidente do PSDB, Artur Orsi, o qual admiro mui­to e para mim é um dos melho­res, aceitar tais pedidos de ex­pulsão de uma minoria sem qualquer cunho democrático. Sou a favor do voto livre, para uma Campinas melhor, sem interesse partidário. ( ... ) O PS­DB tem que resgatar o que re­presentou na época do saudo­so Magalhães Teixeira.

333

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I CORREIO PÓPU~A~\ DATA: ;~---~---

CASAS III REMOÇÃO

• desalojar f~ ..-...-...-..-.88 Grupo de moradores que vive na área onde será construído o terminal se diz à margem

do processo e pede informações à Prefeitura

li DaAgênciaAnhangüera

Um grupo de 21 famílias de antigos ferroviários que mo­ram há pelo menos três déca­das na área onde será constnú­da a nova rodoviária de Campi­nas afinna que está sendo igno­rado pela Prefeitura na discus­são do projeto. O início das obras está marcado para o dia 5 de março, mas até esta sema­na - quando foi anunciado o consórcio vencedor para a construção e operação do com­plexo - ainda não há um pro­grama de remoção dos mora­dores. A nova rodoviária vai exi­gir do consórcio vencedor -formado pelas empresas Soci­cam e Equipav - R$ 30 mi­lhões apenas na construção do prédio, área comercial e plata­fonnas. Pelo cronograma já de­finido, as obras começam em 40 dias e devem estar concluí­das em um ano.

S~cretário afirmou que transferências serão discutidas

"A impressão é de que a gen­te não existe. Nós temos ouvi­do falar da nova rodoviária to­do dia no jornal, mas até agora ninguém veio aqui falar o que vai acontecer com a gente", dis-

processo desta obra", diz tre­cho do documento.

Os moradores consideram a remoção inevitável, mas dizem que só vão deixar o local de­pois de discutirem algum tipo de compensação. "Até aceita­mos mudar, mas precisa ver pa­ra onde", afinna a auxiliar de la­boratório Adriana de Cavares Fernandes. "A gente sabe onde ficam esses conjuntos habita­cionais", acrescentou ela, refe­rindo-se às casas e apartamen­tos construídos pela Compa­nhia de Habitação Popular (Co­hab), por exemplo, que, em ge­ral, estão localizados a grandes distâncias em relação à região central da cidade.

Irênio Soares dos Santos, de 47 anos, 26 dos quais como tra­balhador da ferrovia, mora há 18 numa das casas construídas na área da futura rodoviária. "Há mais de 15 anos que paga­mos impostos e energia elétri­ca. Isso aqui não é invasão". ad­verte ele.

Outro lado Os secretários municipais de Transportes, Gerson Luis Bit­tencourt. e da Habitação, Fer­nando Brás Pupo. se reuniram ontem para discutir a questão e definiram pelo menos um ca­lendário de negociações. Até o

~~~ ~~~~~~~:u~~~l~t~:.sta- I~-_ ... _ -~ ~_~_--._-_ -A falta de infonnações levou_ _ _____ __ _. _ _

ontem, a moradora Silvina Apa- - _____________ _ recida da Silva a protocolar um pedido de infonnações na Pre­feitura. "Estamos acompanhan-

! ---------, A nova rodoviária vai ocupar uma I

! área total de 70 mil metros

do o noticiário sobre a constru- quadrados entre a Avenida Lix da ção da rodoviária, mas em ne- Cunha e as ruas Dr. Mascarenhas, nhum momento a Prefeitura Dr. Pereira Lima e a linha férrea. nos procurou para discutir o. I

final da semana que vem, eles esperam concluir o trabalho de atualização do cadastros da fa­mílias e, a partir daí, iniciar o processo de remoção.

Com base nos dados socioe­conômicos apurados na pes­quisa, a Prefeitura pretende in­cluir cada família em um dos três programas habitacionais desenvolvidos pela Cohab. De­pendendo da renda, a família pode ser encaminhada para o Programa de Arrendamento Re­sidencial (PAR) -, em que o beneficiário paga uma taxa mensal por até 15 anos a partir do momento em que está insta­lado.

Outra possibilidade é a in­clusão no Programa de Subsí­sio Habitacional (PSH). Desti­nado a famílias de baixa renda. esse progama oferece subsídio de até R$ 8 mil para que a pes­soa possa adquirir seu imóvel. Uma terceira possibilidade ê o programa de auxílio-moradia. pelo qual a Prefeitura paga um ano de aluguel (prorrogável por mais três meses) até que a Administração pública proce­da a construção de um imóvel.

Por meio da assessoria de imprensa, Fernando Pupo diz que os moradores não foram esquecidos. Garante que existe um cadastro das famílias des­de 2003 e que, desde então, eles sabiam que a área poderia ser usada para outros fins. "Mas podemos garantir que ne­nhuma decisão sobre remoção ou eventuais compensações se­rá tomada sem que os morado­res sejam consultados", afir­mou Fernando P1).po, que tam­bém é presidente da Cohab. "Nada será feito em desacordo com eles", acrescentou.

rcoRRE10 POPU~~RJ

EDUCAÇÃO 111 CONCORRÊNCIA

Empresas apresentam proposta para creches Projetos para Naves Mães, com preços até 20% menores, estão em análise pela Administração

11 Nice Bulhões

I DAAGêNCIAANHANGUERA

[email protected]

As empresas que concorrem no processo de licitação para a construção de quatro cre­ches Naves Mães apresenta­ram proposta financeira en­tre 15% e 20% inferior ao pre­ço estimado pela Prefeitura de Campinas. O custo de ca­da unidade foi previsto em R$ 2,65 milhões. "Agora, a Ad­ministração municipal está fa­zendo a análise das propos­tas", disse o diretor do Depar-

tamento de Apoio à Escola, André Gerin. Segundo ele, seis empresas disputam em cada um dos quatro lotes de construção. As creches serão construídas no Jardim Mari­sa, no Jardim Fernanda, no Vi­da Nova e no Satélite Íris. "Da­qui a uma semana, os nomes das empresas vencedoras em cada licitação serão adjudica­das, mas há prazo para recur­so." Por isso, segundo Gerin, os contratos deverão ser assi­nados com os vencedores no próximo mês.

A entrega destas obras irá

gerar 3 mil novas vagas para a Educação Infantil. A Prefei­tura tem de cumprir determi­nação judicial de atender to­das as crianças da fila espera da Educação Infantil até no­vembro de 2009. Cada uma das Naves Mães podia ter cus­to até 30% inferior ao previs­to, como permitia a legisla­ção. Além de provar capital mínimo de suporte para exe­cução da obra, outra exigên­cia para as licitantes, segun­do Gerin, era de terem execu­tado obras semelhantes com 60% da área de uma Nave Mãe, que tem 1.754 metros quadrados. Pelo projeto, cada creche Nave Mãe contará com 11 salas (nove de ativida­des' dois berçários e uma sala de multiuso), enfermaria, lac­tário, pátio e jardim cobertos, lavanderia e sanitários, inclu­sive para deficientes.

Cada estabelecimento terá

capacidade para abrigar 600 crianças de até 5 anos. As em­presas vencedoras terão seis meses, a contar da ordem de serviço, para entregar a obra, com previsão para outubro deste ano. Segundo Gerin, já existe verba alocada no Orça­mento 2007. Para equipar as N aves Mães, novas unidades a serem entregues e realizar ampliações de salas nos lo­cais em funcionamento, já foi dado início ao processo licita­tório de compra de mobiliá­rio e eletrodomésticos, como geladeira e fogão. "Estamos prevendo um investimento de R$ 2,5 milhões.", diz Ge­rin. Com relação a monitores para trabalharem nas novas Naves Mães, a Secretaria de Educação informou que, no fi­nal de dezembro último, a Câ­mara de Campinas autorizou a contratação de profissio­nais.

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)cORREIO POPULAR:~

ran e aven o

/ DANÇA / Ida de jovens bailarinas pa ra a escola do Bolshoi, em Santa Catarina, muda rotina das famílias

11 CarlotaCafiero !I DAAGtNCIAANHANGUERA

II [email protected]

"Um pai tem que participar do mundo do filho". Com essa fra­se simples e sábia, o eletricista e encanador Odair Satumino, de 44 anos, justifica a, até agora, maior aventura de sua vida. Gra­ças à filha Helena, de 11 anos, que foi aprovada em primeiro lugar na concorrida seleção pa­ra a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, Odair vai deixar o Jar­dim Flamboyant, em Campi­nas, para morar com a mulher e a filha caçula em Joinville, San­ta Catarina, onde funciona a única filial no mundo de uma das mais tradicionais e respeita­das instituições de balé, o Tea­tro Bolshoi, em Moscou, na Rús­sia.

CPFL Em:rgia vai patrocinar os estudO'? das selecIonadas

o curso tem duração de oito anos. É o tempo que a família Saturnino espera viver na cida­de catarinense, até Helena se formar. O destino da garota po­derá ser a companhia de balé do Teatro Bolshoi, no Exterior. A família já alugou um aparta­mento em Joinville, onde Hele­na, apesar de ter direito· a mo­rar na Casa Bolshoi, com mais 30 alunos, vai ter o privilégio de passar todos os anos de estudo junto dos pais. "Ela prefere ficar com a família, e nós participare­mos desse sonho com ela". E a caçula? Letícia escolheu a bola.

~

ae Até o ano passado treinava na escolinha Cra.ques do Futuro, no Cambuí. E mais uma pro­messa.

O primeiro contato da meni­na com o balé clássico foi atra­vés do projeto social Pró-Dan­ça, vinculado à Secretaria Muni­cipal de Educação, e até o ano passado era bolsista na Acade­mia de BaIlet Una Penteado. A conquista do primeiro lugar na classificação geral garantiu a He­lena bolsa integral de um ano no Bolshoi. As aulas começam dia 5 de fevereiro.

Mas essa é a história de uma das quatro selecionadas de Campinas para a Escola Bol­shoi. Este ano será a primeira vez, desde quando a filial foi inaugurada no Brasil em março de 2000, que tantas bailarinas da cidade são selecionadas jun­tas. As outras promessas do ba­lé são: Paula Martins Dias, de 12 anos; Isis Uma Stervid, de 11; e Letícia Doné Pagani, de lO, que ao serem aprovadas também causaram verdadeira

revolução em suas famílias. Os testes, realizados em outubro de 2006, em Joinville, contaram com jurados de renome como o bailarino e coreógrafo argenti­no Hugo DelavaIle e a primeira bailarina do Teatro Guaíra (PR) , Eleonora Grega.

As quatro meninas consegui­ram patrocínio total da CPFL Energia, que custeará estadia e estudos pelos oito anos de per­manência no Bolshoi - que po­derão ser reduzidos para qua­tro, dependendo do nível alcan­çado pelas bailarinas. Elas tam­bém estão matriculadas em

uma escola estadual de Joinvil­le, para continuarem a cursar o ensino fundamental.

Para Walkíria Coelho, de 55 anos, bailarina e criadora do projeto Pró-Dança há 15 anos, "é um presente de Deus" ter duas ex-alunas selecionadas pa­ra a Escola do Teatro Bolshoi. Atualmente, o projeto possui

apenas sete professoras, ex-alu­nas do projeto, que ensinam ba­lé, dança de rua, jazz, sapatea­do americano, dança contem­porânea e flamenco, e alcança 2 I?il alunos. O Pró-Dança pos­sw sede em um barracão no Jar-

dim do Trevo, onde são minis­tradas as aulas.

Provações A aposentada Maria Helena Martins Dias, de 54 anos, mãe de Paula, conta que tudo foi "por um triz". A seleção foi feita em outubro de 2006, em Joinvil­le, e somente bailarinos de até 11 anos poderiam participar. "A minha filha fez 12 anos em 14 de outubro, dois dias depois do início dos testes". Paula tam­bém estudou balé no Pró-Dan­ça e era bolsista na Una Pentea­do.

Apesar da alegria de ter a fi­lha selecionada, veio a preocu­pação financeira: como custear os estudos que sairiam em tor­no de R$ 700,00 por mês? Mes­mo assim, a família de Paula matriculou-a na escola, no pe­núltimo dia de inscrição. "Quem me incentivou a não de­sistir foi a Helvina (mãe de Hele­na Satumino)", conta Maria He­lena. Resolvido o problema com o patrocínio da CPFL, veio a segunda dúvida: como sepa­rar-se durante tanto tempo do marido e do filho adolescente, em Campinas? Aí o amor à filha e o desejo de não frustá-Ia falou mais alto. "Sentirei muitas sau­dades, mas faço isso por minha filha. Já alugamos um aparta­mentinho para morarmos jun­tas".

Maria Helena diz ter ficado impressionada com a qualida­de da escola Bolshoi: "Parece um teatro de luxo e tem tudo o que uma academia de balé pre­cisa, como sala de anatomia, nutricionista, ortopedista, figuri­nista. Nada é improvisado". As duas embarcaram ontem de noite para Joinville, de ônibus, em 11 horas de viagem.

I CORREIO POPULAR~, _______ J DATA:

Ísis Uma Stervid era aluna da Academia Una Penteado des­de os 5 anos de idade. No últi­mo domingo, ela se mudou pa­ra a cidade catarinense com a mãe, Mônica, e a irmã mais ve­lha, Natália. Quando soube da aprovação da filha no Bolshoi, Mônica, que fala fluentemente quatro idiomas, tratou de procu­rar emprego na cidade catari­nense. Obteve três propostas e está estudando a melhor. Outra campineira que já se mudou pa­ra o Sul foi Letícia, aluna da Aca­demia Olmos Ballet, que foi mo­rar com o pai em Joinville.

Origem de instituição russa remete a 1773 A Escola do Teatro Bolshoi em Joinville segue os mesmos pa­drões da matriz na Rússia, com avaliações anuais com banca russa e acompanhamen­to da direção estrangeira de to­dos os movimentos da escola de Joinville, através de profes­sores moscovitas. O Teatro Bol­shoi (que significa "grande") em Moscou possui cerca de 2.500 funcionários, entre eles 250 bailarinos, 120 de ópera e 262 músicos de orquestra. Mantém em cm1az 25 espetá­culos de ópera e 25 de balé.

A origem do Bolshoi reme­te a 1773, quando foi criado um orfanato onde funcionava a Escola Coreográfica de Mos­cou, para crianças de baixa renda. Da escola surgiram a companhia de dança e o Tea­tro Bolshoi, inaugurado em 1776. Os espetáculos eram apresentados em casas parti­culares, até ganhar a primeira sede, em 1780, destruída em incêndio.

Em 1824, foi construído um novo edifício, no mesmo local, novamente destruído em in­cêndio. Reconstruído em 1856, foi tombado como patri­mônio arquitetônico e cultural da humanidade pela Organiza­ção das Nações Unidas (ONU). O Bolshoi lançou gran­des nomes do balé como Vladi­mir Vasiliev, Alla Mikhal­chenko entre outros. (CC I AAN)

I

i

Ponte Preta vai arrecadar fundos

: Afanúlia Saturnino agora se.e~força para consegwr Juntar o

valor das passagens de I,

ônibus CR$ 296,00 no total) e da mudança dos móveis (cerca de R$ 1.800,(0) para Joinville. "Tudo o que tfuhamos usamos para alugar o apartamento, pois

, não temos fiador", conta Helvina, mãe de Helena. Para ajudar, a Ponte Preta vai organizar um almoço beneficente no sábado, às 13h, no Rock Room - Ponte Preta Paineiras (Rua Arthur Teixeira de Camargo, 201, Jardim das Paineiras). O convite custa R$ 20,00 (bebidas pagas separadamente) e as reservas podem ser feitas pelo telefone: (19) 3239-2014. (CC/AAN)

[C[RREiO-POPULAR _ [~~~~_~_-=~~_~~~_~~~~ . FALTA DE SANEAMENTO /lI RMC

Esgoto de presidiários polui ribeirão

Dejetos do complexo penitenciário, em Hortolândia, colocam em risco a saúde de 50 mil

moradores da região do Jardim Rosolém

il Gilson Rei 1'1 DAAGÊNCIAANHANGÚERA

I [email protected]

o esgoto produzido pelo Com­plexo Penitenciário Campinas­Hortolândia - o maior nú­cleo prisional do Estado, com uma população carcerária de cerca de 7 mil detentos - es­corre a céu aberto pelos bair­ros próximos. O lançamento de dejetos in natura coloca em risco a saúde de mais de 50 mil pessoas que vivem na região do Jardim Rosolém, em Hortolândia, município da Re­gião Metropolitana de Campi­nas (RMC).

Município abriga a maior população carcerária do Estado

A canalização do esgoto e a criação de uma estação de tra­tamento para o local é uma reivindicação dos moradores desde que a cidade foi emanci­pada de Sumaré, há mais de 16 anos. A reivindicação sem­pre foi ignorada pelas admi­nistrações municipais e pela a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Pau­lo (Sabesp), responsável pelo saneamento da cidade. On­tem, nenhum dos órgãos res­ponsáveis retornou as liga­ções da reportagem para expli­car se existem projetos ou in­vestimentos em redes de esgo­to para a região do Rosolém.

Os dejetos são lançados do complexo penitenciário em um dos afluentes do Ribeirão Jacuba, que atravessa diver­sos bairros e causa enchentes na cidade em épocas de chu­va. "Em dias de calor nin­guém agüenta o mau cheiro e. em dias de chuva, ninguém pode sair de casa. Toda noite

é uma invasão de ratos, bara­tas e outros bichos. Ninguém merece", reclamou Josefa Brandão de Souza, que desvia­va do esgoto ontem com sua filha Natália, no bairro Jardim

Peron, ao lado da penitenciá­ria. José Celestino da Silva, morador do bairro Nova Boa Vista, disse que o saneamento é o grande sonho da popula­ção. "A sujeira e o esgoto 'des-

filam' pelas ruas e as crianças e adultos estão sujeitos a todo tipo de doença". disse Silva. "E um problema de saúde pú­blica e deve ser resolvido o mais rápido possível", recla-

mou. Silva disse que o esgoto da

penitenciária e das residên­cias desce por um afluente do Ribeirão Jacuba e encontra com outras correntes de esgo-

to que passam por valetas e outros afluentes na região. "Tem esgoto que vem do Jar­dim Nossa Senhora de Fátima e acaba aumentando ainda mais a sujeira que vem do Jar­dim Malta, do Jardim Nova América e do Jardim Peron", afirmou. "É incrível ver isto em uma cidade que tem em­presas de grande porte", argu­mentou Silva. Maria Dalva Marques, moradora da região, disse que ninguém mais agüenta o odor e os diversos tipos de ratazanas, insetos, aranhas e cobras. "Quando é que as pessoas responsáveis vão criar vergonha e solucio­nar este problema público?". indagou Maria.

Mais indignação foi de­monstrada por Saulo Oliveira Ferreira, morador do Jardim Nova América. que andava on­tem com seu filho Victor, pró­ximo ao afluente do Ribeirão Jacuba. na divisa do Jardim Peron. "É difícil caminhar pe­las ruas. As crianças têm que ficar longe deste esgoto para evitar doenças e fugir dos ra­tos, cobras e aranhas", recla­mou.

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"Há dois anos, um morador caiu neste afluente cheio de esgoto e teve que amputar as pernas porque a infecção tomou conta." MANOEL SALLES Morador do Jd. Nova Aménca

REDE PÚBLICA

Campinas inicia processo para contratação de médicos

_ As secretarias de Saúde e de Recursos Humanos de Campinas abriram ontem as inscrições para o processo de seleção de 231 médicos para a rede pública de saúde. Os interessados podem se inscrever até o 2 de fevereiro no portal da Prefeitura na internet (www.campinas.sp.gov.br). As vagas são para médico de saúde da familia (80), clínico geral (40), ginecologista e obstetra (23), pediatra (18), psiquiatra (20),

emergencistas adulto (43) e pediátrico (7). Os candidatos devem ter carteira do Conselho Re~onal de Medicina ou protocolo de inscrição, além de cumprir outras exigências. O edital foi publicado ontem e novamente hoje e amanhã no Diário Oficial do Munidpio. Os profissionais serão contratados em caráter temporário pelo período de um ano, prorrogável por igual período. (AAN)

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DATA: ----------"---------------- ----- - - ---

SAÚDE

Zoonoses começa a vacinar gatos transferidos do Bosque

_ o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) começa hoje a vacinar os 15 gatos removidos do Bosque dos Jequitibás. Ontem, com o apoio de entidades protetoras independentes, funcionários do parque capturaram mais um gato na área da bica. Pela estimativa da direção do Bosque, deste grupo específico ainda restam dois animais. Amanhã, a equipe inicia a captura dos gatos que se concentram atrás no Museu de História Natural.

Esta etapa deve apresentar mais dificuldades, uma vez que esses felinos são mais ariscos. O coordenador do CCZ, Antonio Carlos Figueiredo, explica que os animais que serão recolhidos a partir de amanhã ocuparão o segundo gatil. Os gatos ficarão 180 dias em observação devido ao risco de contaminação com o vírus da raiva, já que um morcego contaminado foi encontrado morto dentro do parque público. (AAN)

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! CORREIO POPULAR-: [ __________ ~~J

,Xeque-Mate·-- I Nem-PT-ne~-P-TB

I RICARDO ALÉCIO - Interino i [email protected]

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I A reunião de Hélio com

o secretariado teve. sim. . ações práticas. Pelo menos i uma delas já era esperada: lo prefeito enfim anunciou . a criação da Secretaria de

II:PAC m~~ip--al---- -------- --li' ~!P~;~~!tar?aes~e~~;~~a~ Mas. para surpresa geral.

11' O prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos (PDT), I quem assume o comando . reuniu mais uma vez o secretariado ontem para a da nova pasta é a funcioná-I discussão do chamado plano de metas, que deverá ser ria de carreira Vanda Regi-r lançado na primeira semana de fevereiro. Pela , na de Almeida. que já é di-'I' coincidência da proximidade com o lançamento do I retora de Esportes. As espe-Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do I culações indicavam que

I

governo federal, o plano do pedetista está sendo chamado 1I Hélio poderia nomear o de-de "PAC municipal". Mas, pelo excesso de reuniões, já putado petista Tiãozinho ~m gente duvidando do projeto. para o cargo e até mesmo _____________ ~~=~-~_-_=~__==__==_~.::~=_==-_-~_-~-_-~ o PTB estaria no páreo pa-

I L~ ~ ------ - -- -- -------1 ;s:~:;~l::::n~e I I

O PT de Campinas faz Aliás, a visita de Hélio no próximo dia 2, às questão de deixar claro

I a Brasília na última 15h. Lula vai participar que está valendo a posição segunda-feira rendeu da solenidade de oficial do partido, que é a mais uma aparição do inauguração da Estação de de não-participação no go-presidente Lula em Tratamento de Esgoto vemo Hélio e que. por isso Campinas. O prefeito (ETE) Anhumas, apontada mesmo. não há "nenhuma convidou e o cerimonial como a maior do Interior, discussão formal do parti-da Presidência confirmou com investimento de do para composição (do ontem a visita do petista R$ 100 milhões. governo)". apesar das espe-

culações. A coluna. inclusi­

a frase

"

o Brasil não é uma

McLaren que

ve, já registrou essa posi­ção do PT. Mas nem o co­lunista nem os filiados do diretório municipal petista podem ignorar a máxima que diz que "política é co­mo nuvem". assim como as resoluções dos partidos.

juiz Jamil Miguel para as­sumir a Procuradoria da Casa. Segundo Aurélio, o magistrado ficou de acer-I tar alguns assuntos pes­soais e poderá assumir o I

cargo no início de feverei­ro. Nos bastidores, dizem que Miguel tem as bên­çãos da primeira -dama Ro­sely Nassim Jorge Santos .

Perigo no Bosque Moradores do entorno I

do Bosque dos Jequitibás estão preocupados com a acentuada inclinação de uma árvore de cerca de 20 metros de altura. que per­tence ao parque. Escorada por um mourão do alam­brado do Bosque, ameaça cair. A vereadora Marcela Moreira (PSOL) informa que enviou uma indicação à Prefeitura de Campinas em novembro de 2005 soli­citando a poda da árvore. mas até agora o serviço não foi realizado.

Fórum sem Lula Lula já não dá bola para

o Fórum Social Mundial. Presença garantida e feste­jada nas edições brasilei­ras do evento. o petista não apareceu no fórum deste ano. no Quênia. A aU-1 sência do presidente não, passou despercebida e foi! criticada. Como se não bas- ! tasse. Lula ainda decidiu I atinge 100

quilômetros por hora em três segundos.

Procurador participar do Fórum Eco-j O presidente da Câmara nômico Mundial. em Da- I

de Campinas. Aurélio Cláu- vos. para desencanto dos I II dio (PDT). convidou o ex- críticos da globalização. I

Luiz Fernando Furlan, ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio, I'---~ ------------~------ ~ ----.-J

sobreaexpectatWacomoProgramadeAceleraçãodo~reSCi~~~'_~=J -E~-b~~~a-de ~,]i~ç~--- -,

Os deputados federais continuam em recesso, mas as articulações estão a mil por hora. Na tentativa de reduzir o poder do PT e do PMDB na Câmara, que terão as maiores bancadas, o PSDB e o PFL buscam alianças com partidos menores. Essas alianças podem tirar dos partidos aliados do governo cargos de co~ando na Casa Legislativa. O PSDB, por exemplo, já iniciou as conversas com o PPS para a formação de um bloco parlamentar que pode reunir até 88 deputados - cinco a mais que a bancada do PT. O assunto vem sendo tratado sigilosamente para não estimular movimentos de outras legendas.

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: CORREIO POPULAR! , ------~

DATA:

• COrrel() E-mail: [email protected]

Mercados Marcia Mie Psicóloga, Campinas

RR Vejo tantos elogios aos mercados municipais, tanto o de São Paulo como o de Cam­pinas, onde falam dos lanches maravilhosos. Mas não vejo iniciativa por parte da Prefeitu­ra para construir novos merca­dos desse tipo. Não poderiam ser construídos novos em bair­ros estratégicos, como o Cam­poGrande?

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, ~oda de árvores I

Eduardo Issa Engenheiro agrônomo, Campinas

_ É estranha a atitude do DPl eliminando árvores sadias das ruas de Campinas, quan­do não elimina plantas mor­rendo, apresentando belas fru­tificações de fungos e que irão contaminar as plantas vizi­nhas. Estranho, também, é o fato de querer substituir árvo­res frondosas por arbustos, co­mo hibiscos, resedás etc., plan­tas lindas, maravilhosas, mas que não atendem às nossas ne­cessidades de clima tropicaL Precisamos de sombra, de cli­ma ameno e de ar puro. Embo­ra as cidades ocupem apenas 0,4% da superfície terrestre, elas são responsáveis por 75% dos gases emitidos. Isso vem demonstrar a necessidade de mantermos o maior número possível de árvores frondosas na cidade.

DATA: - ---_ .. ~._--- -----------_:

.âde reclama

Moradora da Vila Pompéia tenle queda de galho de árvore ()uando começam os ventos l'ories e tempestades, os mora­dores vizinhos a uma árvore lo­calizada na Rua Laranjal Paulis­ta, próximo ao número 786, na

, Vila Pompéia, em Campinas, fi­cam atentos. Isso porque um dos galhos da árvore cresceu demâis, conforme avalia a co­merciante Elza Maria dos San­trJs !\lendes. Ela conta que mui­tos vizinhos também temem a queda do galho. "Se chove ou venta muito, todo mundo fica nervoso, porque esse galho ba­lança muito. Acredito que pos­sa cair a qualquer momento."

De acordo os moradores, a Prefeitura foi acionada através

do telefone 156, mas ninguém apareceu. "Estamos nervosos porque ninguém veio verificar se esse galho oferece perigo pa­ra a população. Queríamos até contratar um serviço particu­lar para retirar esse galho, mas fomos informados que a Prefei­tura não permite", declarou Elza.

• • A Prefeitura garantiu que uma equipe do Departamento de Parques e Jardins (DP]) vai até o local para realizar um lau­do técnico. Assim que concluí­do, o laudo poderá apontar as necessidades de poda da plan­ta, segundo infonnou o órgão.

Árvore pende sobre telhado na Rua Laranjal Paulista: perigo

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r-riA TA: I CORREIO POPULf\RJ ~-----~------------- - --- ~_._---"

\ . i COrreIO

E-mail: /[email protected]

Carlos Gomes .- '-----------­Cláudio Trombetta Técnico de refrigeração, Campinas

III11!111 Parabéns ao Correio Po­pular e em especial ao repór­ter Rogério Verzignasse pela matéria sobre o abandono do bairro Carlos Gomes e cemité­rio existente naquela região. O bairro e estação têm esse nome em homenagem ao maestro Carlos Gomes, que nasceu naquela região, próxi­mo ao bairro Bananal. O sr. prefeito fez uma homenagem na Avenida Princesa d'Oeste construindo fontes e obelis­cos, mas esqueceu a região em que nasceu o maestro. Também esquece e deixa abandonado um cemitério histórico para Campinas C .. ). Mas tudo isso poderá deixar de pertencer a Campinas pe­lo descaso da Administração municipal, que não tem me­mória, história, cultura e não cuida dos cidadãos que pa­gam altos impostos.

Plano Diretor 1 Elisângela Aparecida Cucatti Analista comercial, Campinas

11111 Como o sr. José Braga pode acreditar que as medi­das tomadas pelo novo Plano Diretor para tornar Campi­nas atraente e capaz de rece­ber investimentos que vão re­dundar em benefício da po­pulação significam que a cida­de foi tratada como mercado­ria? Essa tese, defendida no artigo publicado no último dia 18/ I, é própria de quem não acompanhou o processo e não entendeu que, no mun­do atual. não bastam boas in-

tenções, é preciso também buscar fontes de recursos pa­ra dotar o município de tudo o que seus moradores exi­gem.

Plano Diretor 2 Alexssandro Alves Administrador de empresas, Campinas

III!IIIIII!III Acredito que o econo­mista José Braga, autor do ar­tigo na edição do último dia 1811, não compreende os princípios da democracia re­presentativa. Se elegemos um prefeito para cuidar dos interesses da cidade, ele tem não só o direito, mas o dever de dar conta dessa tarefa, jun­to com os assessores que no­meia e pelos quais é respon­sável. Isso também acontece com os planos locais, que, se­gundo a Prefeitura e o texto da lei do Plano Diretor, serão executados daqui para frente. A participação popular tem que acontecer, e vamos todos nos engajar no processo para garantir que aconteça, mas não pode substituir a obriga­ção do Executivo de coorde­nar o trabalho.

Carnaval Rodrigo Caetano Santos Funcionário público, Campinas

•• Parabéns, prefeito Hé­lio, pela iniciativa e pelo mag­nífico Carnaval que devemos ter em Campinas neste ano. Foi sensacional a apresenta­ção do cronograma, do mara­vilhoso clipe e da letra do samba-enredo do Carnaval em Campinas. Há muitas dé­cadas não tínhamos um Car­naval em nossa cidade e pela apresentação realizada à im­prensa, à sociedade e aos car­navalescos, certamente tere­mos o melhor e maior Carna­val da história de Campinas. Parabéns prefeito, com certe­za nosso Carnaval será mara­vilhoso e inesquecível.

Gatos de novo Estela Albuquerque Deslgner gráfica, Campinas

_ Após apenas uma sema­na que os gatos do Bosque dos Jequitibás foram recolhi­dos e enviados para o CCZ, sob a alegação de perigo de raiva, já foram abandonados mais quatro animais. Não , existe a segurança que foi pro- i

metida, não existe a fiscaliza- I

ção, não existe punição para os criminosos que abando- , nam. O que será feito desses gatos? Agora são quatro, mas sem castração e com os no­vos abandonos. logo serão dez. 30. 100 ...

.~ , ..

! cORRElop-op-u L-AR l _____ J

lDATA:--- --; ------_._----_.~------~ ----~

Projeto de trem precisa levantar vôo As dimensões continentais do Brasil exigem que todo investimento em infra-estrutura considere a necessida­de de encurtar distâncias, aproximar centros produti­vos e consumidores, facilitar a interação de mão-de­obra e criar canais de escoamento de bens e serviços de forma rápida, segura e econômica. A dinâmica mo­derna dos negócios se dá na velocidade da comunica­ção e os países devem disponibilizar tecnologia para fa­zer frente às necessidades do novo conceito de globali­zação, que pode se dar internamente ou na interação entre nações.

A inserção da Região Metropolitana de Campinas (RMC) na economia brasileira confere ao Estado de São Paulo importância maior quando se anunciam pro­gramas de investimentos para capacitar e prover de in­fra-estrutura as regiões responsáveis pela produção, es­sa geradora de empregos e recursos para reinvestimen­tos. Afora as carências existentes em praticamente to­das as áreas, que demandariam especial atenção dos governos estadual e federal, a região tem entre suas rei­vindicações a ampliação do Aeroporto de Viracopos co­mo terminal de carga e fluxo de passageiros, e a cons­trução de uma linha férrea que ligasse Campinas à Ca­-------------- pital.

A região de Campinas não pode ficar fora do rol de investi mentos prioritários por força de sua relevância econômica

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bm entrevista publicada na edição de ontem do Cor­reio Popular, o secretário-ad­junto da Secretaria dos Trans­portes Metropolitanos, João Paulo de Jesus Lopes, revelou que a implantação do Expres­so Bandeirantes terá que pas­sar pelo detalhamento da via­bilidade econômica antes de ser incluída na carteira de par­ceria público-privada. Exigin-

----------------- do investimentos da ordem ~e R$ 2,7 bilhões, o projeto deve ter a contrapartida da mfra-estrutura pelo Estado, que gastaria R$ 2 bilhões em, de.sapropriações, construções de viadutos, pontes e tunels: O .g.overnador espera pelos estudos que garan­tam a V1abIlIdade de tais investimentos em função do retorno previsto. Cálculos preliminares de viabilidade apontar~ p~ra um público diário de 38 mil passagei­ros no pnmeIro ano de funcionamento, previsto para 2010.

No dia anterior, o prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) mostrou-se irritado com o fato de que o termi­nal ae:op~rtuário de Viracopos não foi contemplado com cItaçao entre as obras de infra-estrutura anuncia­das no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Na mesma oportunidade, o brigadeiro José Carlos Pe­reira, presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estru­tura Aeroportuária (Infraero) colocou que o aeroporto de Campinas é a terceira via para a saturada malha ae­roviária de São Paulo.

A contramarcha desses projetos colocam em alerta a ~auta de reivindicações da região. Campinas não pode Ílcar fora do rol de investimentos prioritários por força de su~ rele~ância econômica. Resgatar o interesse por esses mvestImentos é colocar sobre os trilhos do desen­volvimento uma economia que é combustível indis­pens<lvel para o Estado que é chamado de locomotiva do Brasil.

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r--I CORREIO POPULARj

cidade reclama

Matagal acumula lixo em lote particular do Jardim Eulina o porteiro Alexandre Silva bem que tentou se livrar da sujeira e matagal de um lote particular localizado na Rua Ermelindo Argenton, no Jar­dim Eulina, em Campinas: li­gou para o telefone 156 da Prefeitura, foi até a Adminis­tração regional reclamar e ten­tou acionar uma limpeza pa­ra o terreno diretamente na Prefeitura.

Mas, segundo o porteiro, nenhum pedido foi atendido. "Não adianta reclamar. Perdi

as contas de quanto já me queixei dessa bagunça que tem no lote. Deveriam multar o dono", disparou Silva.

11 liA Prefeitura informou que encaminhará a reclamação para a Coordenadoria de Fis­calização de Terrenos (Cofit), para que seja verificado o an­damento desse processo. Se­gundo a Prefeitura, a limpeza dos lotes particulares é de res­ponsabilidade do proprietário imóvel.

nür'ne para retOrr1n As quec<3::,

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Alexandre Silva aponta terreno: telefonemas insistentes ao 156

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URBANISMO 111 PADRONIZAÇÃO

CalçalDento irre ar gera lDulta elD Barão Proprietários do distrito foram notificados em 2006 para re~~~!!a~ pa~~~ios

'I Gilson Rei I DAAGtNCIAANHANGLJERA

I, [email protected]

Os proprietários de residências com calçadas irregulares no dis­trito de Barão Geraldo começa­ram a receber cobrança de mul­tas no início desta semana. A Coordenadoria de Fiscalização de Terrenos (Cofit), da Prefeitu­ra de Campinas, intensificou a fiscalização no distrito em no­vembro do ano passado, com a emissão de notificações e os prazos já venceram.

Valores cobrados variam de R$ 89,10 a até R$ 445,62

Na ocasião das notificações, a maioria dos moradores estra­nharam a exigência, pois desco­nheciam a Lei Municipal 11.455/02, regulamentada em setembro de 2003, que dispõe sobre a limpeza e conservação. construção de muros e pas­seios em terrenos particulares ou públicos do município.

João Pelegrini, coordenador de serviços do Cofit. explicou que esta lei é válida para todo o município, mas acabou tendo maior repercussão no distrito de Barão Geraldo porque a grande maioria das residências e terrenos tem como caracterís­tica o plantio de árvores, plan­tas e grama, impedindo a pas­sagem dos pedestres.

Pelegrini disse que as intima­ções e notifi<t.ções, com o aler­ta sobre a necessidade de regu­larização das calçadas, começa­ram a ser entregues em maio do ano passado. Depois. foram intensificadas em novembro e os primeiros prazos já começa­ram a vencer. "Alguns têm que criar apenas um passeio de um metro e meio de largura para os pedestres. Outros devem fa­zer a limpeza ou amunar o mu­ro. Porém, tem aqueles que

têm que fazer tudo isto junto", afirmou o coordenador.

Os prazos e as multas va­riam de acordo com cada tipo de irregularidade. O valor da multa varia de 50 a 250 Unida­des Fiscais de Campinas (Ufics), que significa hoje entre R$ 89,10 e R$ 445,42. Em caso de reincidência, a multa dobra.

Os prazos são também de a~or­do com o tipo de regularIZa­ção. Para a limpeza das calça­das o prazo é de dez dias.!á pa­ra a construção de passeIO pa­ra pedestre é de 30 dias e a ade­quação do muro, 60. _ ,

Pelegrini disse que nao h~ necessidade de desfigurar o VI­

sual ou o paisagismo das cal~~­das. Pela lei, é permitida a utilI­zação de material não-derra­pante, tais como mosaico por­tuguês, concreto desempena­do ou grama. No caso da gra­ma, deverá manter uma passa­gem com largura mínima de 1.5 metro. construída material não- derrapante.

A subprefeitura conseguiu estender até o início de março o prazo de regularização para

alguns moradores ou donos de terrenos do distrito. Thiago Fer­rari, subprefeito, disse que está intermediando acordos e pror­rogações de prazo para que as calçadas sejam modificadas e garantir que pedestres possam utilizar a via pública. "Os mora­dores devem procurar a sub­prefeitura de Barão Geraldo e cada caso será avaliado. O obje­tivo é "solucionar a adequação da melhor forma possível. O objetivo não é multar", expli­cou Ferrari.

Ferrari disse que se houver cobrança de multa neste perío­do de adaptação, a subprefeitu­ra vai tentar suspender a pena­lidade junto ao Cofit para que os moradores realizem as mu­danças exigidas pela lei.

Exigências valem para

: toda a cidade

Aexigência é válida para todo o

! município, mas integra também um projeto de padronização em Barão Geraldo, a ser concluído por um grupo de arquitetos de Campinas, preservando aspectos históricos e ambientais e as características do local. "A meta é garantir ao cidadão a convivência plena com as antigas casas, casarões e novos projetos urbanísticos, de fonna harmoniosa", afirmou Thiago Ferrari, subprefeito de Barão Geraldo. A padronização deverá valorizar as características dos tempos da Fazenda do Barão Geraldo de Rezende e as novas formas arquitetônicas trazidas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pela vida universitária e pelas opções gastronômicas. Ferrari disse que a população do distrito cresceu muito rápido e não houve uma preocupação urbanística para o pedestre.

. "O primeiro passo foi padronizar as calçadas na Avenida Santa Isabel e iniciar a criação de ciclovias", disse. "Essa criação de espaço para pedestres é importante, pois não adianta ter um paisagismo bonito e o pedestre não poder utilizar. O distrito não comporta mais o uso das ruas e avenidas para os pedestres caminharem, devido ao grande movimento de

• automóveis", explicou. I (GR/MN)

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Pedestres e moradores divergem Proprietários dizem que construção dos imóveis foi anterior à legislação de 2003

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A garantia de passeio em calça­das divide opiniões porque é bem aceita entre os pedestres e criticada pelos moradores.

Palmira de Oliveira, empre­gada doméstica que caminha alguns quilômetros diariamen­te pelas ruas do Parque das Universidades, defendeu a me­dida. "É mais seguro porque não precisa andar no meio da rua e sofrer atropelamento", justificou. "Outra vantagem é a maior segurança contra assal­tos, pois alguém pode se escon­der facilmente entre as plantas e árvores", complmentou. "No período da noite fica pior. Quem anda por estas ruas sa­be que é perigoso."

O jardineiro Robson Mar­tins, que cortava a grama de

uma calçada ontem, afirmou que é bom deixar espaço para os pedestres. "As calçadas bem

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cuidadas, com a grama bem cortada, poderiam ser manti­das, pois o pedestre pode pas-

sar tranqüilo. A lei deveria va­ler locais que impedem a pas­sagem", avaliou.

Um morador que não se identificou discordou da lei. "Construí essa casa há mais de dez anos e não existia esta lei. A Prefeitura não avisou sobre a regularização e achei que esta­va dentro da lei", disse. Já o es­tudante Vinícius Gabriel Antu­nes disse que é favorável ao passeio nas calçadas. "É uma questão de segurança, não ape­nas para o pedestre comum, mas para idosos, carrinhos de crianças e até para pessoas que usam cadeiras de roda", afirmou. "Dá para adequar o paisagismo da casa com o pas­seio para os pedestres" , disse. (GR/MN)

Sobre o valor das multas

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Adequação Multa (R$)

Muro 445,52

Prazo (dias)

60

20

30

15

I Limpeza 445,50

I Passeio (1,5 m) 178,21

I Reparo de passeio 89,10

I 085: A multa dobra em valor nos casos de reincidência I L ___ '_"_~ ___ '

I CORREIO POPULAR TRANSITO III ESPiÕES

Radar de velocidade: mais 34 pontos

Com os novos equipamentos, que já estão em licitação, Campinas passará a

ter 40 semáforos aptos a serem monitorados

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SammyaAraújo DAAGtNCIAANHANGUERA

I [email protected]

o motorista campineiro que, espertamente acelera o carro para passar no sinal amarelo, vai ter que redobrar a aten­ção, pois, imaginando se li­vrar de uma multa por avan­ço em sinal vermelho, ele po­derá tomar outra. Isso porque a cidade terá nos próximos meses 40 semáforos com con­tro�e eletrônico de velocida­de, juntamente com o monito­ramento de avanço do verme­lho e parada sobre faixa de pe­destres - atualmente são ape­nas seis a contar com a dupla "espionagem". Essa é apenas uma das novidades na fiscali­zação do trânsito planejadas pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campi­nas S.A. (Emdecl. que deve concluir até o final de feverei­ro a licitação da empresa que assumirá o serviço.

Operação será pelo período de 24 horas

De acordo com o secretá­rio municipal de Transportes, Gerson Luis Bittencourt, o no­vo contrato prevê que a em­presa prepare 40 pontos de controle de velocidade nos se­máforos. No entanto, haverá 20 equipamentos por vez ope­rando nesses locais, em esque­ma de rodízio. E, ao contrário dos espiões de avanço' de si­naL que funcionam apenas das 6h às 19h, os radares esta­rão alertas por 24 horas. Ou seja, para passar no vermelho nesses pontos sem o risco de ser multado, não basta mais fi­car de olho no relógio, mas no velocímetro também.

Apesar do provável cresci­mento no número de multas por excesso de velocidade que virá atrelado à medida, o secretário nega qualquer in­tenção arrecadatória. Para jus­tificar a conta, ele afirma que, mesmo com a maior quanti­dade de semáforos com rada­res' haverá uma redução no número de cruzamentos mo­nitorados com os espiões de avanço de sinal e parada so­bre faixa de pedestres. "Não esperamos uma diferença muito grande na quantidade total de multas", afirma Bit-

tencourt. Atualmente, a relação é a

seguinte: 60 semáforos fiscali­zados em rodízio por 30 dis­positivos que flagram o avan­ço e a parada sobre a faixa. Desses 60, seis contam tam-

bém com o controle perma­nente de velocidade (não há rodízio).

Com o novo sistema, a quantidade de semáforos mo­nitorados pelos espiões de avanço de vermelho e parada

sobre faixa cai para 40 (com 20 equipamentos em rodízio), mas, em contrapartida, todos contarão também com os ra­dares de velocidade.

Apenas o tempo vai dizer se o secretário tem razão, já

que as estatísticas dependem do comportamento dos moto­ristas nas ruas. Mas, conside­rando-se que os radares mul­tam ininterruptamente, pare­ce mais fácil deduzir que a Emdec faz um bom negócio,

já que vai diminuir em 33% o monitoramento limitado a 11 horas diárias e aumentar em quase 600% o que funciona por 24 horas.

Contrato Bittencourt informa que o consórcio que permanece no páreo para assumir a fiscaliza­ção eletrônica em Campinas - os dois outros participan­tes já foram desabilitados -está agora na fase de testes dos equipamentos, instalados na Avenida Heitor Penteado, no Taquaral. O período expe­rimentaI, quando não há emissão de nenhuma multa, vai da próxima terça-feira, dia 30, até o sábado, dia 3 de feve­reiro (o procedimento será pu­blicado hoje no Diário Oficial do Município).

Caso seja aprovado, o con­sórcio, que tem participação da Engebrás, a mesma que já opera os radares na cidade, te­rá aberta a proposta comer­cial (preço) na segunda sema­na de fevereiro, diz o secretá­rio. O prazo do novo contrato será de dois1anos, prorrogá­veis por mais três.

Além dos radares de veloci­dade e espiões de avanço dos semáforos, o consórcio assu­mirá as modalidades de fisca­lização já existentes, que são os 40 radares fixos e dois mó­veis (a quantidade será manti­da), e os radares por volume­tria a ser implantados em cor­redores de ônibus (leia texto nesta página).

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SAIBA MAIS

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Semáforos que contam atualmente com o controle de avanço de sinal vermelho e radares de velocidade: dois na Rodovia Heitor Penteado, próximo ao clube Hípica; dois na Avenida Engenheiro Antonio Francisco de Paula Souza, na altura do "Balão da Morte"; um na Avenida John Boyd Dunlop, próximo ao Jardim Florence, e um na Avenida Albino J_B_ de Oliveira, no distrito de Barão Geraldo_ A Emdec ainda não informou quais os 40 a receberem o monitoramento (inclusive se os seis serão mantidos) após a entrada em vigor do contrato da nova operadora.

Corredores de ônibus também passarão a ter fiscalização

Outra modalidade de radar a ser operado em Campinas é o

que vai multar os veículos que circularem indevidamente em corredores de ônibus. O equipamento deverá ser implantado primeiramente na Avenida John Boyd Dunlop, a primeira a

receber tratamento com faixa exclusiva para o transporte público dentro do plano de implantação de corredores idealizado pela Emdec. Por não ser separado com divisória física, o cQrredor terá um tipo de radar capaz de detectar, pelo tamanho (volumetria), se um veículo

pode ou não circular pela faixa. Assim, ônibus e microônibus teriam a passagem liberada, e os carros de passeio seriam multados. "Devemos lançar o edital da obra da primeira etapa do corredor entre o hipermercado Enxuto e a PUC-Campinas (campus 2 da pontificia

Universidade Católica de Campinas), até o final de fevereiro. Só com o corredor pronto é que será implantado o radar. Calculamos que isso aconteça no segundo ano de contrato com a empresa (que fará a fiscalização)", informa o secretário de Transportes. (SAI AAN)

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I CORREIO POPULAR I.

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Disque-Transporte agregará Samu Unificação das centrais no 3232-1517 já está em teste pela Emdec desde ontem

A central de atendimento, que atualmente funciona ape­nas para o Disque-Transporte e Trânsito da Empresa Munici­pal de Desenvolvimento de Campinas SA. (Emdec), no te­lefone 3232-1517, vai concen­trar as ligações de emergência feitas pela população para mais quatro órgãos da Prefei­tura: o Serviço de Atendimen­to Móvel de Urgência (Samu), a Defesa Civil, a Guarda Muni­cipal (GM) e a autarquia Servi­ços Técnicos Gerais (Setec). A implantação, que faz parte do projeto da Central Integrada de Monitoramento de Campi­nas (Cimcamp), vai acontecer progressivamente ao longo de 2007, mas as condições técni­cas para a operação já come­çam a ser postas em prática.

Segundo o secretário muni­cipal de Transportes, Gerson Luis Bittencourt, um novo sis­tema de PABX, que viabilizará a mudança, entrou em funcio­namento ontem na sede da Cincamp, que funciona no prédio da Emdec na Rua Sa­les de Oliveira. A partir disso, a equipe do call center, que já é terceirizada e conta atual­mente com oito pessoas por turno (são quatro turnos de seis horas, pois o atendimen-

to é 24 horas), vai ser amplia­da para suportar a crescente demanda.

"O atendimento do Cim­camp terá um número pró-

prio, mas, numa primeira fa­se, os serviços de emergência desses órgãos vão continuar com os mesmos telefones. O que vai acontecer é que as li-

gações serão desviadas para a central", conta. Bittencourt acredita que a medida vai pos­sibilitar ações mais rápidas e um melhor direcionamento do trabalho das equipes de ca­da órgão, em resposta às liga­ções dos munícipes. Isso por­que a centralização dos telefo­nemas vai consolidar a intera­ção da GM, Defesa Civil, Se­tec, Samu e Emdec na Cim­camp, que já conta com ou­tras duas fontes de informa­ção: os operadores dos órgãos que trabalham nas ruas e as câmeras instaladas em 17 pon­tos da cidade -- outras 107 de­vem começar a funcionar até o final do ano em 21 escolas da rede municipal para coibir o vandalismo, pichações, bri­gas, roubos, furtos e a entrada de pessoas estranhas.

Apesar de já terem sido trei­nados para o Disque-Trânsito e Transportes, os atendentes vão receber orientação especí­fica para lidar com cada tipo de ligação, segundo o secretá­rio, à medida que o serviço for ampliado. "Isso é impor­tante para que saibam filtrar e responder com mais eficiên­cia às ligações de emergên­cia", comenta Bittencourt. (SA/AAN)

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I DATA:

Expectativa é que número de ligações deve crescer muito A quantidade ainda não foi dimensionada pela secretaria; hoje já são mais de 200 mil

A ampliação do âmbito de atendimento para outros ór­gãos vai gerar, naturalmente, uma quantidade muito maior de ligações para a cen­traL ainda não dimensiona­da. Mas apenas o Disque­Trânsito e Transportes aten­deu 204 mil telefonemas em 2006, das quais 186 mil eram de pedidos de informações que foram dadas no ato, se­gundo a Emdec. O número mais que dobrou nos últimos cinco anos: em 2002, foram 96.320.

No ano passado, de acor­do com a Emdec, o salto de­veu-se principalmente à im­plantação de mudanças na rede de transportes. A partir de abriL com o InterCamp, os pedidos de informações sobre itinerários e horários passaram dos 619 registrados em março para 1.676, e, em maio, para 3.338. Seis meses após os números voltaram a cair, o que, na interpretação da Emdec, indica que adapta-

ção dos usuários foi rápida: em novembro, foram 350 liga­ções.

A mesma situação foi regis­trada com o bilhete único, que entrou em vigor em 1 º de maio e também resultou em aumento significativo das li­gações. Em março foram 193; em abril, 703 e em maio, 1.145. Quatro meses após, em setembro, foram apenas 61 pedidos de informações, número que continuou cain­do e chegou a 19 em dezem­bro.

Além das ligações da popu­lação para o telefone 3232-1517, a Emdec também recebe demandas feitas dire­tamente pelos agentes e ou­tros funcionários à Central de Controle Operacional (CCO). Dessas, 93.849 foram enquadradas como urgência ou emergência em 2006 -como acidentes, acompanha­mento de obras, veículos que­brados e lentidão no tráfego. (SA/AAN)

...

__ --'-I_C_O_RREIO POPULAR: . PSA-TA: VISITANTE INDESEJÁVEL 111 INVASÃO

Piolho-de-cobra infesta· bairro elD Campinas Insetos invadem residências do Parque das Universidades, na região Norte

il FabianadeOliveira

: 'li DAAGtNCIAANHANGÚERA

[email protected],br

Uma infestação de piolhos-de­cobra em ruas do Parque das Universidades, na região Nor­te de Campinas, entre o cam­pus 1 da Pontifícia Universida­de Católica de Campinas (PUC­Campinas) e a Universidade Estadual de Campinas (Uni­campl. pode ser conseqüência de um desequilíbrio ecológico, segundo especialistas. A praga, também conhecida como gon­golô, começou a aparecer em um terreno da Rua José Apare­cido Pavan no ano passado, mas desde o início das chuvas, o significativo aumento assus­ta a população.

Apesar do mau cheiro, espécie é inofensiva à saúde humana

"Esses bichos estão onde existe umidade. Com o soL tempo quente, ele não sobrevi­ve. E uma caractelistica climá­tica e quando essas pragas sur­gem em grande quantidade re­velam um desequilíbrio; ou se­ja, quando um elo da cadeia alimentar é quebrado, aconte­cem casos como esse", deta­lhou o veterinário especialista em pragas urbanas, Milton Vi­lIas Boas.

Para se armar contra a pra­ga, que provoca nada mais que incômodo e cheiro desagradá­vel. os moradores protegem as entradas das casas com panos e veneno. Mas os piolhos-de­cobra resistem e fica fácil en­contrar um deles nas paredes e portas. "Tem por todo o canto. Em casa tentamos evitar que entrem, mas, às vezes, somos surpreendidos", disse o profes­sor universitário Anselmo Eduardo Diniz.

o engenheiro agrônomo Sérgio Lobo Chaib, que traba­lha com desinsetização, alerta que o melhor modo de se li­vrar das pragas nesta época do ano é fazer barreiras com solu­ção oleosa e inseticida com princípio ativo intenso. "Esses

bichos têm hábitos noturnos e ao utilizar os venenos, eles morrem aos poucos."

Enquanto alguns morado­res varrem as centenas de pio­lhos-de-cobra da calçada, logo pela manhã, o comprador Mar-

co Souza já retirou uma sacola cheia das pragas. "Isso aqui é que estava na garagem da mi­nha casa", conta, mostrando o saco cheio dos bichos. "À noi­te é algo terrível. Esses bichos tomam conta da rua inteira.

Atravessam em bando mes­mo e, no dia seguinte, com o sol e baixa umidade, mor­rem na rua, na garagem das casas, nas calçadas", descre­veu. Mesmo sabendo que os piolhos-de-cobra não tra­zem risco à saúde, alguns moradores preferem não chegar perto para conferir a infestação que atingiu o bair­ro. "Eu fico arrepiada só de olhar para esses bichos amontoados. A gente tem que varrer a frente da casa, mas não fico perto", disse uma moradora.

De acordo com o veteri­nário do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Paulo Jo­sé Mancuso, a incidência desses insetos está direta­mente ligada aos abrigos ofe­recidos. Ele explica que capi­nar os terrenos baldios e dei­xá-los livres da umidade po­de ser uma alternativa para barrar a proliferação da pra­ga. "São inofensivos à saúde humana. O problema é o in­cômodo."

SAIBA MAIS praga pode ter até 200 patas

Nome científico: Lu/us sabu/osus cllindrotu/us

Filo: Arthropoda

Classe: Dip/opoda

Ordem: Ju/iformia

Família: Ju/idae

Características: 3cm de comprimento; duas antenas curtas; dois olhos (cada um consiste em 14 olhos simples); primeiro anel duas vezes maior que os demais. Os piolhos-de-cobra são membros

característicos da classe dos diplópodes, animais de corpo cilíndrico. São cerca de 7,5 mil espécies descritas, vivendo sob folhas, pedras e troncos, de modo a evitar a luz, Se alimentam de matéria morta animal e prinCipalmente vegetal. Em cada segmento existem dois pares de patas, que podem variar de 9 a 200, dependendo da espécie. Enrolam-se em espiral se perturbados. Algumas espécies secretam, em glândulas especiais, um líquido de odor forte, contendo iodo e cianeto, que é usado para repelir predadores.

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I CORREIO POPUL~}~ :

BOA NOTIcIA III EM NOME DA VIDA

Campinas reforça ações ambientais Prefeitura cria grupo especial para propor medidas de crescimento sustentável

i Da Agência Anhangüera

() prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos (PDT), vai reforçar neste ano as ações vol­tadas para o crescimento eco­nômico sustentável do municí­pio e a preservação do meio ambiente. Para isso, ele criou o Grupo Especial de Trabalho do Meio Ambiente que vai dis­cutir novas medidas na área e ainda intensificar ações como o tratamento de esgoto e a criação dos parques lineares, como o do Capivari.

Uma novidade anunciada pelo prefeito é a realização de uma feira e um fórum interna­cional para discutirem as ques­tões relacionadas a desenvolvi­mento e meio ambiente.

Os eventos ainda não têm datas marcadas. Mas a inten­ção da Administração munici­pal é que o Fórum Internacio­nal de Meio Ambiente e a Fei­ra Internacional de Tecnolo­gias Ambientais aconteçam durante a Semana do Meio Ambiente, comemorada no mês de junho.

O pedetista destacou que os encontros vão colocar em pauta questões fundamentais para o crescimento de cidades como Campinas e a preserva­ção do meio ambiente. "Esco­lhemos o biênio 2007 e 2008 como de prioridade total para as ações de conservação am­biental no município", afir­mou Hélio.

O chefe do Executivo muni­cipal salientou que há R$ 400 mil em caixa já destinados pa­ra apoiar os trabalhos do gru­po e os eventos que o governo municipal pretende promover na cidade. Para ele, é necessá­rio estabelecer ações que pro­jetem um crescimento susten-

tável do município para os pró­ximos anos. O prefeito afir­mou que o grupo terá repre­sentantes de diferentes seto­res da Prefeitura, empresas municipais e será ligado direta­mente ao seu gabinete.

O pedetista destacou que a atual administração já tem ações que buscam a conserva-

ção ambiental como a recupe­ração de córregos e da mata ci­liar nos mananciais, tratamen­to de esgoto, criação dos par­ques lineares e temáticos, im­plantação do uso do biodiesel nos coletivos, leis ambientais, desenvolvimento de tecnolo­gias limpas. combate a doen­ças, entre outras iniciativas.

O prefeito de Campinas destacou também que já é política pública buscar in­vestimentos produtivos que tenham como perfil efetivo a atividade limpa, sem a ge­ração de passivos ambien­tais, além de que esta seja criativa e tenha valor adicio­nado nos produtos.

SAÚDE

Que venham os cubanos I MOACYR ESTEVES -PERCHE I

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o Sindicato dos Médicos de Campinas e Região (Sindi­medl. decididamente, assu­miu a discussão quanto à po­lêmica relacionada à possível vinda de médicos cubanos pa­ra a cidade, trazidos por inicia­tiva da Prefeitura Municipal.

Motivados pela expressiva ~ insistência com que a questão

.em repercutido na mídia, nós, da Diretoria do Sindica­to, aprofundamos o já inicia­do debate direto com o Secre­tário de Saúde de Campinas, Dr. José Francisco Kerr Saraj­va, para tentar compreender mais a fundo os porquês de tal atitude.

Em uma de nossas conver­sas, tivemos a oportunidade de esclarecer que a estratégia do município não é a de subs­tituir médicos brasileiros ou ocupar, com estrangeiros em situação de subemprego, car­gos vagos nas unidades bási­cas de saúde - como deu a en-

tender claramente a impren­sa, levando, inclusive, um dos diretores do Sindimed, Df. Luiz Alberto Barcellos Mari­nho, a manifestar preocupa­ção com o assunto em opi­nião individual divulgada em jornais na forma de artigo.

A intenção de buscar profis­sionais de fora, portanto, se­gundo o secretário nos assegu­rou, é estabelecer um inter­câmbio científico no contexto de um acordo de cooperação internacional, em que haveria a troca de experiências de ges­tão e de organização de siste­mas de saúde pública entre Cuba e Brasil. Isso se daria com um número limitado de 20 ou 30 médicos cubanos vin­do a Campinas e com outro tanto de médicos campinei­ros seguindo, por sua vez, pa­ra a terra de Fidel.

Partindo-se de tal premis­sa, não existe obstáculo em trazer médicos convidados pa­ra trocar experiências e qualifi­car a assistência à população. Pelo contrário: toda ajuda é bem-vinda e, com certeza, te­remos muito a contribuir

com o sistema cubano. Do ponto de vista prático,

devemos atentar que, para a categoria médica, existe uma norma que regulamenta essa prática de intercâmbio, de modo que a atividade dos pro­fissionais convidados seja am­parada legalmente e garanta a responsabilização ética e civil por eventuais prejuízos decor­rentes dessa ação, asseguran­do aos pacientes todos os seus direitos.

A citada norma, que "dis­põe da autorização especial para a prática de atos médi­cos de demonstração didática por parte de médicos estran­geiros", está editada na forma da Resolução CFM N° 1.494, emitida em junho de 1998, cuja íntegra está disponível na internet (nos sites do Cre­mesp ou do próprio CFM). Só como exemplo, vale citar tre­chos do artigo lo da resolu­ção, que estabelece que a "au­torização especial para a práti­ca de atos médicos de de­monstração didática por par­te de médicos estrangeiros, quando convidados por uni-

versidades brasileiras, organis­mos oficiais, associações e ins­tituições culturais e científi­cas", implica no cumprimen­to de obrigações como "a no­meação dos membros da equi­pe médica convidada", "a comprovação da regulariza­ção da entrada, em território nacional, dos membros da equipe convidada", "a com­provação, com documentos originais de seus países de ori­gem, da habilitação profissio­nal dos médicos convidados", e a apresentação do "critério de seleção de pacientes a se­rem atendidos, sem discrimi­nação de qualquer espécie".

Aproveitamos a oportuni­dade também para reforçar que apoiamos a Prefeitura de Campinas na iniciativa de abrir processo seletivo para contratação de 250 médicos, mesmo analisando 1) que o salário inicial proposto não é regionalmente competitivo, apenas mediano; 2) que não haverá tanto interesse dos pro­fissionais por se tratar de con­trato emergencial, com prazo máximo de dois anos de vali-

dade; 3) que há pouco tempo para a divulgação do processo seletivo, levando-se em conta que estamos em época de fé­rias e que é curto o período de inscrições; e 4) que a maio­ria dos profissionais que irão se submeter a essas condi­ções, nesta época, são recém­formados sem residência mé­dica ou com residência fora da área de atuação.

Reconhecemos, no entan­to, que há algum esforço em tentar resolver a grave situa­ção da falta de médicos ao se convocar o número real de cargos vagos e, ainda, ao ace­nar com benefícios de educa­ção continuada, monitora­mento, qualificação local, equipe mínima, melhoria na segurança de alguns locais, en­tre outras adequações nas condições de trabalho que já vimos apontando há alguns anos como fatores importan­tes de fixação médica.

_ Moacyr Esteves Perche é presidente do Sindimed Campinas e coordenador do Departamento de Informação e Informática da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas

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Campinas como cidade classe mundial I MAYLA YARA = I PORTO

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Fazer um Plano Diretor Parti­cipativo é dar lugar a um gran­de debate cívico e visa essen­cialmente definir as grandes diretrizes para o município. O Plano Diretor é um instru­mento técnico e político im­portante, pois, levando em conta as dificuldades, as capa­cidades e as oportunidades existentes, traça as grandes li­nhas para a construção de um futuro melhor para a po­pulação que habita e vive na cidade.

A etapa mais importante da elaboração do atual Plano Diretor foi a leitura da popula­ção sobre a cidade e a incor­poração no texto das propos­tas e contribuições da socieda­de civil, pois o fio condutor desse trabalho é o interesse social. A intenção foi ter um Plano Diretor articulado com o que pensa a comunidade e, para isso, o processo passou pela integração de pontos de vista, pela compatibilização de projetos e de ações, apro­veitando o conhecimento má­ximo acumulado dentro do governo e na sociedade civil.

Entendemos ser fundamen­tal compreender o papel do município no atual contexto de abrangentes transforma­ções por que passa o mundo, contexto este marcado pela globalização, a reforma do Es-

tado, a participação popular, a economia solidária, a cres­cente importância da tecnolo­gia, a sustentabilidade am­biental, entre outras.

Por isso, discordamos do encadeamento efetuado por José Braga, em texto publica­do recentemente neste perió­dico quando, ao comentar so­bre o novo Plano Diretor, faz uma ilação irrazoável ao inti­tular "Campinas como merca­doria". A simplificação que ele faz contraria todos os con­ceitos estruturais modernos de planejamento, que focali­zam o município como parte integrante de um sistema geo­político maior, onde é impera­tivo ter uma cidade conecta­da, que fortaleça os vínculos interurbanos, os vínculos ru­ral-urbanos e facilite os fluxos de informações, pessoas, mer­cadorias, bens e serviços intra e inter-regionais, visando con­solidar uma cidade protago­nista do desenvolvimento eco­nômico.

Hoje em dia, a cidade é o nó de uma ou várias redes que operam em nível mun­dial, nacional e / ou regional. Tornou-se espaço-chave no contexto da mundialização, is­to porque a economia globali­zada está inserida num siste­ma de infra-estrutura impor­tante (mão-de-obra, transpor­te, etc), cuja maior parte con­centra-se nas cidades. Numa era dominada pelas imagens, pela comunicação e fluxo de informações, Campinas

preenche todos os requisitos que materializam uma cidade classe mundial, quais sejam: a) ser grande centro financei­ro; b) ser grande centro co­mercial; c) ter um bom com­plexo de prestação de servi­ços; d) ser um importante cen­tro de gerenciamento admi­nistrativo e de tomada de de­cisões; e) ser centro de rede de telecomunicações e eletrô­nica; f) ampla rede de infraes­trutura logística; g) possuir ex­pressivo ativo intelectual.

Campinas tem plenas con­dições de ser uma cidade clas­se mundial porque possui uma grande conectividade e é uma cidade cosmopolita em todo o sentido da palavra. O

seu centro retrata isso, possui várias lojas, galerias, escritó­rios, consultórios, agências bancárias, restaurantes, é a se­de de centenas de eventos co­merciais, reúne grande núme­ro de equipamentos culturais e muitos bens tombados que compõem um precioso patri­mônio histórico.

A existência de grandes uni­versidades e centros nacio­nais e estaduais de pesquisa e desenvolvimento, com capaci­dade para desenvolver produ­tos, processos de trabalho e serviços tecnológicos de apoio à atividade industrial e à pesquisa, tornam Campinas um centro tecnológico de refe­rência mundial. A localização

da cidade é extremamente es­tratégica, e oferece acesso in­comparável por via aérea e ter­restre. Viracopos recentemen­te viu confirmada sua condi­ção de principal hub latino­americano de carga aérea e responde por 52,56% da arre­cadação de impostos resultan­tes de importações no Brasil.

Sendo assim, desprezar es­sas características é abrir mão de uma estratégia competiti­va que pode oferecer um no­vo rumo para Campinas, pois uma cidade democrática não significa apenas o cidadão ter direitos, mas, sobretudo, ter políticas públicas e ações de governo que assegurem esses direitos, e é para isso que esta­mos trabalhando.

É por isso tudo que o Pla­no Diretor de Campinas foi re­visto não somente à luz da or­dem constitucional de nosso país, e das disposições do Es­tatuto da Cidade, mas, tam­bém, das alternativas trazidas pela mundialização, e isso não a transforma numa mer­cadoria, mas, sim, a elevará ao patamar de uma cidade classe mundial. Campinas pre­cisa pensar grande para obter o lugar de destaque que mere­ce no cenário nacional e mun­dial e para dar passos maiores em direção ao seu futuro de conquistas e oportunidades.

_ Mayla Vara Porto é diretora da Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de Campinas e membro da Coordenação Geral do Plano Diretor 2006

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! CORREIO POPULAR DATA:

EXAME

Prefeitura seleciona estudantes canditados a vagas de estágio

_ Mais de 3,6 mil estudantes de Ensino Médio e superior fazem provas no próximo domingo para garantir um estágio na Prefeitura de Campinas. O teste será no campus I da PUC-Campinas, das 9h às 12h. Os candidatos devem estar no local com pelo menos 30 minutos de antecedência. Ao todo serão 25 questões objetivas, sendo

15 de conhecimentos específicos, da área estudada, e dez sobre conhecimentos gerais, com ênfase na realidade do município de Campinas, Região Metropolitana, história e características da cidade, além de conhecimentos de Informática e Língua Portuguesa. São oferecidas 1.141 vagas. (AAN)

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SOLIDARIEDADE

CPFL elabora projeto para cooperativa de catadores de lixo

_ A CPFL Energia assinou no final de 2006 wn termo de doação que irá beneficiar, por meio de ações de promoção ao desenvolvimento sustentável e preservação ambiental, a Cooperativa Dom Bosco de catadores de lixo. O projeto elaborado está dividido em 2 módulos: construção do barracão e aquisição de equipamentos

e mobiliários para a cooperativa; e projeto piloto de recuperação ambiental e paisagística das margens do Córrego Anhwnas, onde se encontra a cooperativa. A construção do novo galpão awnentará o volwne de material vendido pela cooperativa, passando das atuais 23,7 t/mês, registradas no 1 Q semestre de 2006, para 50 t/mês. (AAN)

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X M t :Agendaambiental eque- a e I Um dos pontos do plano

I de metas de Hélio será a de-

RICARDO ALÉCIO _ Interino I finição de uma agenda [email protected] I biental para o município. Pa-~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~===: ra isso, o prefeito determi-= nou a criação de um grupo

A meta de cada um A palavra de ordem do momento na Administração pública parece ser "meta". O prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos (PDT), lança na próxima semana o seu plano de metas. O prefeito de Artur Nogueira, Marcelo Capelini (PT), também já apresentou as suas para 2007. Alguns novos governadores só falam em metas. E a definição de metas talvez seja a principal novidade do pacotão de Lula. Em tempo: se a profissionalização do setor público é cada vez mais desejável e necessária, já está mais do que na hora de os políticos trocarem promessas e bravatas por metas e planejamento.

de trabalho - subordinado diretamente ao seu gabine­te. O grupo vai envolver as secretarias de Meio Ambien-

! te, Planejamento e Infra-Es­; trutura, além da Sanasa e da administração da Mata San­ta Genebra, entre outras. A idéia é lançar a agenda em junho deste ano para obter

• impactos no setor até 2008. : O grupo ficará incumbido também de realizar uma fei­ra internacional de tecnolo­gia ambiental e um fórum

=======================; de meio ambiente.

I

Vaiounãovai? Cobrança O cidadão-eleitor também ganha com esse modelo de gestão. Quando o administrador público estabelece metas, está assumindo publicamente o que pretende, de fato,

Consumada sua desfilia-ção do PSDB, o vereador Pe-

executar, em quanto dro Serafim avalia agora sua tempo e com que provável adesão ao PDT de dinheiro. Toma-se mais I Hélio de Oliveira Santos. O facúvel, portanto, prefeito foi o primeiro a con-cobrar as ações no fim I vidar o parlamentar a inte-do governo ou na I grar o partido. Mesmo desti-próxima campanha no deve ter o também ex-tu-eleitoral. cano Antonio Flôres, o que

========================~~-=:= reforçará a bancada pedetis­= ta na Câmara de Campinas. a frase

"

Nã?há pengo

institucional se as reformas política e tributária não forem feitas.

Os dois, no entanto, descon­versam e dizem que têm pro­postas de vários partidos.

Curiosidade Falando em PSDB, de­

pois do confronto político que redundou na saída de

Mãos à obra

Serafim e Flôres, tem tuca-I

no em Campinas curioso pa­ra saber qual será a posição dos deputados do partido -Célia Leão e Carlos Sampaio - em relação ao governo Hélio. Como' a ordem no partido é deixar claro quem é oposição pra valer, a curio­sidade se justifica.

Audiência !

Deputados estaduais fa- I

rão hoje uma diligência na sede do Metrô. Eles terão uma audiência com o presi­dente da companhia, Luiz Carlos Frayze David. O en­contro está previsto para ocorrer às 10h, na sede da empresa, no Centro de São Paulo. Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho (PT) , de Campi­nas, integra a comissão. Eles querem ter acesso a docu­mentos do contrato da Li­nha 4 (Amarela) e mais infor- I

mações relacionadas ao de­sabamento nas obras do Me­trô no último dia 12.

Provocação A redução da taxa Selic

em 0,25 ponto percentual anunciada anteontem pelo Banco Central parece ter si­do mais uma provocação do presidente da instituição, Henrique Meirelles, ao mi­nistro da Fazenda, Guido Mantega. Durante o anún­cio do PAC, Mantega chegou a cobrar publicamente de. Meirelles a redução da taxa. A briga promete.

Tarso Genro, ministro das Relações lri'stitucionais, argumentando que o presidente Lula não precisa das reformas para governar. O novo presidente do Conselho de

Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (RMC), Ângelo Perugini (Pl1, deixou claro ontem que não quer fazer de seu mandato no colegiado apenas mais uma linha no currículo. Em entrevista ao programa Noticias em Debate, na TVB, o prefeito de Hortolândia disse que pretende despender alguns dias do seu expediente para a RMC. Uma das medidas será promover um encontro dos 19 prefeitos da região com o presidente Lula. Para isso, vai pedir a ajuda de Hélio de Oliveira Santos.

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DESRESPEITO IlIlNCONSEQÜrNCIA

Lixo alDeaça galerias de água de CalDpinas Prefeitura vai lançar campanha educativa para conscientizar a população

II Gilson Rei li DA4GtNCIAANHANGUERA

:'1 [email protected],br

Dez por cento do lixo domici­liar que vai para o aterro sani­tário Delta A, em Campinas, é recolhido em praças, calçadas e canteiros de avenidas. Ao to­do, 2 mil toneladas de entu­lhos, lixo doméstico, móveis quebrados e todo tipo de mate­rial usado são lançadas de for­ma irregular por mês nos lo­cais públicos, contribuindo pa­ra o entupimento das bocas­de-lobo e galerias, o que acaba gerando as enchentes,

Sujeira em vias públicas totaliza 2 mil toneladas/mês

João Roberto Balduíno, dire­tor do Departamento de Um­peza Urbana (DLU), disse que este montante de 10% de lixo em local impróprio é recolhi­do pelo próprio DLU com apoio das administrações re­gionais (ARs) em horários ex­traordinários e seguem as indi­cações da fiscalização e das de­núncias que são feitas pelo 156. "Isto gera um gasto adicio­nal ao poder público e algu­mas medidas estão sendo to­madas para solucionar a ques­tão", afirmou.

O diretor do DLU criticou a falta de consciência ambiental de uma parte da população. "O que é encontrado em local público é um lixo jogado de forma irregular por uma parte da população que não respeita o meio ambiente e a vida em

comunidade", disse. "Este des­leixo tem muitos reflexos nega­tivos, pois prejudica os pedes­tres, pode causar doenças e até enchentes. O lixo entope bueiros e a água da chuva não tem por onde escoar."

A partir de março, uma campanha de conscientização para manter a cidade limpa co­meça a vigorar na cidade. Bal­duíno disse que este trabalho de orientação à população vai concentrar-se em escolas e em conjuntos residenciais. Além disso, campanha publicitária e cartazes vão integrar parte da frota de veículos da Prefeitura.

A aplicação da legislação municipal será também inten­sificada. A fiscalização e a apli­cação de multas é uma atribui­ção do DLU, através da Lei Mu­nicipal 7.058/92. Alguns tipos de fiscalização e multas po­dem também ser aplicadas pe­la Coordenadoria de Fiscaliza­ção de Terrenos (Cofit), atra­vés da Lei 11.455/02, regula­mentada em setembro de 2003.

Balduíno afirmou, entretan­to, que é uma missão quase impossível ver um flagrante de

despejo de lixo em locais im­próprios. "Quem faz isto esco­lhe a hora e o momento para não ser visto e isto prejudica o trabalho da fiscalização", dis­se. "O ideal é a população aju­dar com denúncias para que a gente consiga flagrar o infra­tor", sugeriu.

As denLmcias podem ser feitas nos seguintes telefones:

Prefeitura· 156 DLU - 3272-4405 Cofit - 3273-0524

Quando alguém é flagrado, as multas aplicadas pelo DLU variam de 1 a 50 Unidades Fis­cais de Campinas (Ufics), que representa um valor entre R$ 1,78 a R$ 89,10 dependendo do tipo de lixo (domiciliar, en­tulho, resíduos de serviços de saúde, resíduos de mercados resíduos. de bares, comérci~ ambulante). Já a multa aplica­da pela Coordenadoria de Fis­calização de Terrenos (Cofit) é aos proprietários de terrenos e residências e varia de 50 a 250 Ufics, que significa hoje entre R$ 89,10 e R$ 445,42.

Flagrante Ontem a reportagem percor­reu 50 quilômetros por alguns bairros de Campinas e flagrou lixo despejado de forma irregu­lar em quase todos. A morado­ra do Jardim Proença, Tercília

Miguel Rogério, de 55 anos, disse que limpa toda a sema­na o canteiro central em frente sua casa, na Avenida Antonio Carlos de Sales Jú­nior, próxima à Avenida Princesa d'Oeste. "Tem de tudo, desde sofá e cadeiras, até alimentos e lixo do ba­nheiro", reclamou. "É uma falta de respeito toda sema­na. Quando tenho lixo em grande quantidade peço aju­da para alguém levar em ca­çambas", comparou.

Reclamaram também do lixo as meninas Carla Ra­mos Antonio, de 11 anos, e Monica Brandão Ramos, de 16 anos, moradoras do Jar­dim Proença. "Não dá nem para atravessar a avenida", disse Mônica.

Morador da região do Ta­quaral, Wesley Aguiar, de 50 anos, disse que ligou ontem para o Cofit para denunciar o entulho que estava na Rua Pero Lopes, próximo à La­goa do Taquaral. "É um ab­surdo ver esta caixa d'água repleta de lixo, cercada por calçados e outros tipos de li­xo", afirmou.

:(.ORRFIO POI)trL.:\R : DAI/o..: FISCALIZAÇÃO 111 ESPiÕES

Van 'big brother' será 8Jllarelinho eletrônico Veículo operado pela Emdec terá câmera externa para flagrar infrações de trânsito

11

SammYjlAraújo DAAGtNCIAANHANGUERA

[email protected]

Os infratores de trânsito que se preparem: um verdadeiro "big brother" sobre rodas será o mais novo agente da Empresa Municipal de Desenvolvimen­to de Campinas S.A. (Emdec). O espiâo é uma van equipada com câmera externa, que vai circular pelas ruas com o princi­pal objetivo de fiscalizar esta­cionamento em locais proibi­dos. Um amarelinho a bordo se encarregará de anotar os veí­culos irregulares encontrados pelo caminho e, se for o caso, acionar o guincho.

Equipamento poderá ser cedido para blitz da·Polícia Militar

A engenhoca faz parte do novo pacote de monitoramen­to eletrônico em processo de li­citação pela Emdec, que deve ser concluído ainda neste pri­meiro semestre e inclui, entre outros equipamentos, mais 34 radares de velocidade em semá­foros. (leia texto nesta página)

Segundo o secretário de Transportes, Gerson Luis Bit­tencourt, a van substituirá em alguns casos os amarelinhos, especialmente quando houver risco para a segurança dos agentes, como numa ação que envolve muitos veículos para­dos em local proibido. De acor­do com ele, é fácil os motoris­tas, ainda mais se estiverem em grupo - como acontece

em blitze realizadas, por exem­plo, nos finais de semana no Cambuí - se revoltarem com as multas e intimidarem o fun­cionário. "Queremos garantir a integridade física dos nossos agentes, e para isso vamos usar a tecnologia como instrumen­to de trabalho", afirma Bitten­court.

Flanelinhas Ainda no monitoramento das vagas, diz o secretário, a van vai combater o abuso dos guar­dadores, que cobram, segundo apurou a reportagem da Agên­cia Anhangüera de Notícias (AAN) no começo do mês, até R$ 8,00 de "taxa" para quem quer estacionar nas ruas do Cambuí. "Estamos recebendo cada vez mais reclamações so­bre a atuação de tlanelinhas " , comenta.

Mas essa tecnologia, assegu­ra o secretário, não será instru­mento de multar "no atacado", nem vai substituir os amareli­nhos em sua rotina diária. "A van não vai circular todos os dias, isso seria caro demais. É para operações esporádicas, pois a Emdec vai pagar esse ser­viço por hora", ressalta.

A van "big brother", informa o secretário, terá ainda, além da câmera externa, um Leitor Automático de Placas (1AP), co­nectado ao banco de dados das polícias Civil e Militar. O

equipamento é capaz de identi­ficar, em até sete segundos, se um veículo foi furtado ou rou­bado ou se está com o Imposto sobre a Propriedade de Veícu­los Automotores (IPVA) e o li­cenciamento em dia. As infor­mações, afimla o secretário, se­rão encaminhadas on-line ao Centro Integrado de Monitora­mento, Comando e Controle de Campinas (Cirncamp).

"Esses dados serão úteis não para efeito de multas da Em­dec, mas para auxiliar o traba­lho da polícia. O Cimcamp, re­cebendo as informações, acio­nará os órgãos competentes, que poderão se mobilizar para, se for o caso, chegar até o veícu­lo localizado pelo 1AP", expli­ca. E a van poderá, inclusive, se­gundo Bittencourt, ser cedida à Polícia Militar como instrumen­to auxiliar de blitze nas ruas. A parceria, informa o secretário, chegou a ser acertada com o ex­delegado seccional de Campi­nas, Marcos Galli Casseb.

"Vamos novamente pôr o equipamento à disposição do novo seccional (Paulo TUCClJ,

mas o convênio que temos com o Estado para uso do pá­tio da Emdec (para guarda de carros apreendidos pelas polí­cias Civil e Militar, retomado em julho de 2006) já abre a pos­sibilidade de uma parceria co­mo essa na fiscalização de trân­sito", afirma Bittencourt.

7 TIPOS DE EQUIPAMENTOS

De fiscalização eletrônica serão utilizados em Campinas após a conclusão da licitação aberta pela Emdec

3E,5 :('ORREIO POPUL \R

Pedido de interdição de Congonhassurpreende Em reunião ontem na Justiça Federal, foram solicitados documentos para Infraero e Anac

o superintendente da Regio­nal Sudeste da Infraero, Ed­gard Brandão Júnior, ontem, durante entrevista ao Jornal

Gente, da Rádio Bandeirantes AM, estava atônito com o pedi­do do Ministério Público Fede­ral (MPF) para a interdição da

pista principal do Aeroporto de Congonhas. À tarde, ele par­ticipou de uma reunião com o juiz da 22ª Vara Cível Federal, Ronald de Carvalho Filho, on­de foi protocolada a ação, com pedido de liminar para a parali­sação imediata dos pousos e decolagens na pista.

Durante o encontro, a dire­ção da Infraero e técnicos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) relataram ao ma­gistrado os trabalhos executa-

dos em Congonhas para me­lhoria das pistas de pousos e decolagens. O juiz mandou in­timar as duas partes e solicitou a apresentação de documen­tos. Anac e Infraero terão 72 horas após a notificação, que deve acontecer na segunda-fei­ra, para entregar as informa­ções.

"Acho que faltou informa­ção para o MPF. Não há como reformar a principal", afirmou durante entrevista na emissora

de rádio. Brandão disse que as obras na pista auxiliar são mes­mo necessárias por questão de segurança, especialmente em dias de chuva. A pista princi­pal, de acordo com ele, tam­bém precisa desses reparos.

O superintendente disse que não sabe porque essa de­terminação para as reformas ainda não foi dada pela Anac, mas disse não acreditar que se­ja por causa de pressões das companhias aéreas por não

quererem a transferência dos vôos para outros aeroportos, entre os quais Viracopos. A po­sição das empresas, Brandão acredita que somente esteja sendo considerada pela Anac por causa do planejamento, já que, para serem realizados ago­ra, os vôos foram marcados com muita antecedência e transferi-los poderia ser um transtorno, especialmente nes­sa época do ano. (ZL e ALI AAN)

: C'ORRE10 POPt.~I..,\ R

EXPANSÃO 111 PLANOS FUTUROS

Y~!lCOpOS terá área para 3ª pista

Reserva estará em Plano Diretor cuja revisão vem sendo feita e deve ser

apresentada no final do próximo mês pela Infraero

II

ZezédeLima DAAGtNCIAANHANGÚERA

[email protected]

o superintendente da Regional Sudeste da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuá­ria (Infraero), Edgard Brandão Júnior, que responde, entre ou­tros aeroportos, pelos de Con­gonhas e Guarulhos, em São Paulo, e Viracopos, em Campi­nas, afirmou ontem em entre-

I nformação é do superintendente da Regional Sudeste vista ao Jornal Gente da Rádio Bandeirantes AM que a revisão em andamento do plano dire­tor do aeroporto campineiro contemplará a reselVa de uma área para construção de uma futura terceira pista de pousos e decolagens. Ele afirmou que

o estudo deve ficar pronto até o final do mês de fevereiro e ga­rantiu que a Infraero vai inves­tir em Viracopos.

O anúncio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) , na última segunda-fei­ra, que deixou de fora recursos para Vrracopos, causou mal-es­tar entre empresários e políti­cos da região. O prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDD decla­rou que ficou indignado com o "esquecimento" e que iria ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitar que o aeroporto fosse incluído no plano.

A expansão de Vrracopos es­tá em pauta há mais de 20 anos, quando foi editado decre­to pelo governo estadual que garantia áreas para novos termi­nais de carga, passageiros e a

construção da segunda pista. O novo piso para pousos e decola­gens, que faz parte da segunda fase da ampliação, ainda não

saiu do papel. Há obras da pri­meira etapa da expansão que ainda não foram executadas porque dependem da obten­ção de Licença da Operação (LO) que está emperrada há mais de dois anos na Secretaria Estadual de Meio Ambiente.

Brandão Júnior destacou que fez a solicitação do indicati­vo de uma área para uma futu­ra terceira pista em decorrên­cia do plano ser de longo prazo e haver necessidatle de garan­tir que expansões possam acon­tecer sem transtornos. "Essa é uma preocupação técnica. Não estamos pensando no Plano Di­retor na execução da obra, mas em uma reselVa para a necessi­dade da construção de outra pista no aeroporto", explicou.

PAC Os planos para a ampliação de Viracopos e o fato de no orça­mento da estatal existir recur-

sos para a desapropriação de áreas rurais para a expansão, se­gundo ele, mostram a disposi­ção da Infraero em investir no terminal campineiro. O superin-

tendente afirmou que Viraco­pos não foi incluído no PAC porque todos os 20 aeroportos que constaram da lista já estão prontos para o início de obras.

Ele disse que o sítio de Cam­pinas ainda depende de licen­ças ambientais e da desapro­priação de famílias para a cons­trução da segunda pista. A lici­tação para a contratação da empresa que vai elaborar o Es­tudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambien­tal (EIA-Rima) está na fase da análise de propostas técnicas.

A Licença de Operação, Q su­perintendente garantiu que es­tá adiantada. Brandão disse que no seu último contato com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, no final do ano passado, o processo estava em vias de conclusão. "Talvez se prolongue um pouco mais por causa da troca de secretá­rios (com o novo governo de Jo­sé Serra, José Golderrtberg foi substituído na Pasta por Chico Graziano), mas está para sair", disse Brandão Júnior. (Colabo­rou Adriana Leite! AAN)

'('ORREIO POPl: J ./\ R I ) '1 ...... \ i·. 1/ :

Cerco fechado contra abusos no trânsito o disciplinamento do trânsito é uma necessidade de­corrente da falta de habilidade dos seres humanos em lidar com veículos cada vez mais rápidos e da irrespon­sabilidade de pessoas, que vêem nos automóveis ins­trumentos de provocação e risco. As regras universais pretendem criar condições ideais para que o fluxo de veículos seja ordenado e as situações de perigo sejam minimizadas.

A cada ano, o Brasil contabiliza 750 mil acidentes, 27 mil brasileiros mortos e mais de 400 mil com lesões permanentes nas estradas e vias urbanas do País. A comparação mais comum para explicar a gravidade da situação é a de que o trânsito brasileiro corresponde a uma guerra do Vietnã a cada dois anos, com 50 mil mortes violentas. A grande maioria dos acidentes de trânsito ocorre por imperícia, uso de álcool ou substân­sias proibidas e desrespeito às regras elementares de -:ontrole de velocidade e preferências. Em muito me­nor escala, falhas mecânicas e problemas nas vias.

Ao anunciar a ampliação dos recursos tecnológicos no controle e fiscalização do trânsito, a Empresa Muni­cipal de Desenvolvimento de Campinas S. A. (Emdec) avança no quesito de estabelecer regras mais rígidas

A aplicação de tecnologia junto ao trânsito em gera I é útil no sentido de disciplinar o tráfego e prevenir acidentes

para o município. A amplia­ção de seis para 40 dos semá­foros com controle de veloci­dade, atenta para os motoris­tas acostumados a perigosas veleidades ao volante, colo­cando em risco outros cida­dãos.

A confissão do secretário municipal de Transportes, Gerson Luis Bittencourt, de não haver exclusivo interesse arrecadatório na implantação

- - - -- - - - - - do serviço móvel de fiscaliza-ção é também uma resposta à exigência de maior rigor contra o estacionamento irregular em vias públicas, ter­reno onde dominam os flanelinhas que extorquem o público de regiões comerciais e de serviços. A atuação de um agente dentro de uma van sem a ameaça de mo­toristas mais exaltados é a garantia de que o sistema pode funcionar a contento, se não for dado a exageros.

A incorporação de todos esses instrumentos ao siste­ma de segurança valida ainda mais a proposta. Além de flagrar veículos estacionados em locais proibidos, te­rá ainda recursos para identificar imediatamente o nú­mero das placas e a situação do carro, integrado ao Centro de Integrado de Monitoramento, Comando e Controle de Campinas (Cimcamp), prevendo-se ações integradas com as polícias Civil e Militar.

A aplicação de tecnologia junto ao trânsito em geral, desde radares, lombadas eletrônicas, sensores de fai­xas de pedestres, sensores de "fura-semáforo", é útil no sentido de disciplinar o tráfego, dentro de normas ditadas pelo Código de Trânsito Brasileiro. A utilização de radares, de uma maneira geral, inibe o excesso de velocidade e incita à obediência às margens seguras de transporte. Se instalados corretamente, em vias devida­mente sinalizadas quanto à velocidade máxima permi­tida e com aviso de estar sujeita à fiscalização eletrôni­ca, traL:em evidentes benefícios para o sistema, com a justa aplicação de multas aos infratores.

: CORRF:IO PC)}>l : L; \. R

cidade reclama

Terreno abandonado causa transtornos para vizinhos Desde que o matagal e a sujei­ra provenientes de um terre­no particular na Rua Ernani Maroni de Gusmão, no Jar­dim Novo Campos Elíseos, em Campinas, tomou conta da área, os pedestres já não podem mais passar pela calça­da. Todos os dias, no cami­nho para o trabalho, a comer­ciante Maria Farid vai pensan­do no trajeto que terá que en­frentar próximo ao lote.

"Temos que disputar lugar com carro. Isso é um absurdo sem fim. Me parece que nem o dono, nem a Prefeitura es­tão preocupados com a situa-

ção de quem mora perto des­sa sujeirada. Muitos reela­mam e já registraram queixas através do setor 156. Mas é uma ilusão pensar que vão limpar esse terreno", criticou a moradora do bairro. "Apos­to que daqui a muitos anos es­tará do mesmo jeito."

.11 A Prefeitura informou que encaminhou a reclama­ÇÜD para a Coordenadoria de Fiscalização de Terrenos (Co­fit) para que seja verificado qual o andamento desse pro­cesso e se o proprietário do lote já foi notificado ou multado.

Lote na Rua Ernani Maroni de Gusmão, no Id. Campos Elíseos

: CURRFIO POPli L\ R

~~~~:~ate- J Reunião tucana 1 A reunião do diretório municipal do PSDB campineiro, realizada anteontem, girou em tomo de duas linhas de discussão. A primeira foi o elogio à postura da bancada tucana na Câmara com relação às saídas dos vereadores Antonio Flôres e Pedro Serafim do partido, após o episódio da eleição na Casa. O diretório referendou a posição e também a decisão de adotar uma oposição mais. finne ao governo Hélio, embora ainda não se saiba exatamente qual será o nível do "aperto" oposicionista que a bancada com menos dois vereadores poderá adotar neste ano.

1

I 1

====-=-=--~------------------,

Sem Grama A preocupação procede.

Nenhum tucano esconde que, com a morte de Maga­lhães Teixeira, o partido fi­cou órfão em Campinas não apenas de um grande líder, mas também do político de periferia, do amassa-barro. Não se trata apenas de uma sensação: os números tuca­nos das últimas eleições e a própria reeleição de Lula com o apoio dos mais po­bres sustentam a luz amare­la acesa no diretório local.

Pesquisa Se o ano não começou

bem para o prefeito de Lou­veira, Eleutério Bruno Maler­ba Filho (PSDB) - que en-

de Campinas. A leitora obser­vou que, no final do ano pas­sado, havia uma ou duas pes­soas com suas banquinhas de frutas perto do terminal de ônibus para Sumaré, mas que agora já há mais vende­dores e até barracas instala­das. "Como fica isso? Será que nós, cidadãos, teremos que viver eternamente com esse tipo de situação?", ques­tiona em e-mai! à coluna, exi­gindo a fiscalização da Setec.

Franco-atirador

Reunião tucana 2 1 frenta um processo no Mi­II nistério Público -, o futuro

I' político também começa a • preocupar. Uma pesquisa

I ; de intenção de voto enco-

o tucano Gustavo Fruet posou de franco-atirador on­tem no primeiro debate en­tre os três candidatos à presi­dência da Câmara dos Depu­tados, promovido pela Fo­lha de S.Paulo. Logo no iní­cio, fez uma crítica a Aldo Rebelo (PCdoB-SP) por sua fidelidade ao governo e acu­sou Arlindo Chinaglia (PT­SP) de receber apoio de par­tidos envolvidos com o es­cândalo do mensalão.

pauta nacional de discussão da legenda. O desafio está em descobrir "como" fazer para conquistar votos fora das classes A, B e C depois de mais de 10 anos fora da I administração em Campinas.

"

TenhO pouquíssimo

tempo para questões do século passado. Estou com outras questões no momento e, realmente, não posso olhar para trás.

I Fernando Gabeáa (PV-RJ), deputado federal, ironizando decIa!ações do coronel I da reserva Carlos Alberto Brilhante Usba, que quer processar ex.guerrilheiros.

______________ ~ ---- ~~~ -~-______ I

. mendada por um político I da cidade apontou uma re­: jeição de 26,34% do prefeito 1- na faixa dos 16 aos 24

Efeito anos, o número é ainda maior: 35,4%. Segundo a pesquisa, foram ouvidos 410 eleitores de Louveira nos dias 19 e 20 de janeiro.

Olho nos marreteiros

Uma leitora muito atenta observou que os marreteiros estão ampliando o espaço de suas instalações rio Centro

Algumas "pedradas" de Fruet parecem já ter surtido efeito. Aldo e Chinaglia ago­ra defendem, como Fruet, que o salário dos parlamen­tares seja corrigido pela in­flação acumulada do perío­do sem aumento. Até o ano passado, estavam no grupo dos que apoiavam os escan­dalosos 90,7%.

I Colaboração ,

Lula fará mais um gesto de cordialidade para conseguir o apoio dos governadores para a tal coalizão do segundo mandato. O governo federal está disposto a cooperar com as companhias de água e esgoto de todo o País que passam por dificuldades financeiras. Uma delas é a Cedae, do Rio de Janeiro, do já aliado Sérgio Cabral (PMDB). O ministro das Cidades, Márcio Fortes, disse que não se trata de pagar dívidas das companhias. "Queremos, na verdade, é coopenn- para melhorar a gestão dessas empresas. A nossa ajuda não é restrita à companhia do Rio. Nós faremos esse contato com todas as empresas", afirmou Fortes. Pois é.

SAÚDE III PREVENÇÃO

Confirmada raiva no Pq. Imperador Morcego encontrado morto em quintal de casa do bairro estava com a doença

Oelma Medeiros DA Iv-:' r NCI/\f\NHANG U ::RfJ.,

[email protected]

Equipes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e do Centro de Saúde da Vila 31 de Março, em Campinas, desencadearam esta semana uma série de ações de educação, comunica­ção e mobilização social em re­lação à raiva animal no Parque Imperador, bairro da região Leste. O CCZ confirmou um ca­so de raiva num morcego insetí­voro (que se alimenta de inse­tos) encontrado morto numa residência do bairro.

As atividades incluem orien­tação à população sobre a

doença e sobre como proceder ao encontrar morcego caído vi­vo ou morto, além da importân­cia da vacinação em animais domésticos. Os trabalhos são feitos de casa em casa, nas es­colas e em outros locais de grande concentração de pes­soas.

Segundo o coordenador do CCZ, Antônio Carlos Coelho Fi­gueiredo, o morcego infectado foi encontrado caído rio quin­tal de uma residência do bairro no final do ano passado. A pro­prietária acionou o CCZ, que encaminhou o bicho para exa­mes no Instituto Pasteur, refe­rência para a raiva. "A área do Centro de Saúde 31 de Março

tem uma boa cobertura vacinal contra a raiva, o que nos tran­qüiliza bastante frente a esta ocorrência. Em outubro passa­do, durante a campanha anual de vacinação em cães e gatos, vacinamos naquela comunida­de 15% a mais do que a expec­tativa", disse Figueiredo. Com esta confirmação, chega a oito o total os casos de raiva confir­mados em morcego no ano passado.

Gatos do Bosque A Secretaria de Saúde prosse­giu ontem a transferência dos gatos do Bosque dos Jequitibás para o CCZ. Até o momento, fo­ram recolhidos 19 felinos de

uma mesma colônia, o cha­mado Grupo da Bica. On­tem, mais três do grupo que circula perto do Museu de História Natural foram reco­lhidos e encaminhados ao se­gundo gatil do CCZ. Esta se­mana, a equipe do CCZ ca­dastrou, numerou, fotogra­fou e aplicou a primeira dose de vacina contra a raiva nos gatos da primeira colônia. A idéia é disponibilizar as fotos nos sites do CCZ e das orga­nizações não-governamen­tais de proteção aos animais, para que os interessados pos­sam escolher seu mascote para adoção, após o período de observação dos animais.

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Rodoviária Sérgio leme Romeiro Engenheiro, campinas

_ Segundo notícias, a nova estação rodoviária será cons­truída. Felizmente, poucos profissionais apóiam sua loca­lização, além do arquiteto au­tor do projeto e o agrônomo secretário de Transportes. Inú­meros urbanistas, arquitetos, engenheiros C .. ) e muitos ou­tros profissionais já se declara­ram contrários, não ao projeto em si, mas à escolha do local, totalmente impróprio. E, para

indiferentes à falta de condi­ções viárias e de segurança que se faz sentir nas grandes cidades. Em Campinas, por exemplo, onde cada poder ar­recada em tomo de R$ 12 mi­lhões mensais com a espolia­ção, transmitir o problema da segurança para o proprietário do veículo, como faz o gover­no estadual, e conservar de forma precária as vias públi­cas, como é o caso do munici­pal, é um absurdo. Tenha dó, gente!

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Guarda Municipal Wellington Rodrigues Oliveira Gestor em segurança, campinas

- POUCO são os governan­tes municipais que conhecem a força de suas Guardas Muni­cipais. Depender apenas do Estado para garantir a seguran­ça dos cidadãos é o mesmo que fazer chover no molhado. A violência atinge a todos· os criminosos se organizam ~ as polícias não se comunicam. In­vestir nas guardas municipais para que essas cooperem com a~ outras forças policiais, que tem o dever constitucional de garantir a segurança de seus ci­dadãos, é respeitar aqueles que pagam seus impostos com o intuito de viver numa cidade segura. A GM de Paulí­n.ia está de parabéns pelo ser­VIÇO prestado ao comerciante que esteve em poder de se­qüestradores. São atitudes co­mo essa que engrandecem to­das as corporações.

Gari Maria Odette F. Pregnolatto Advogada, Campinas

- Não desejo entrar no mé­rito do gesto do padre Di Las­cio em relação à ajuda ao gari que encontrou dinheiro no li­xo e o devolveu ao seu legíti­mo dono, recebendo dele uma quantia simbólica de agradecimento. No nosso en­tendimento esse episódio me­rece séria ponderação. Sem­pre se entendeu que, ao en­contrar qualquer coisa que não nos pertença, é uma obri­gação devolvê-la a quem de di­reito. O mesmo ocorre quan­do nos apossamos de algo que não é nosso. A obrigação por­tanto, deve fazer parte do com­portamento normal do cida­dão. Se, ao invés de usarmos o episódio do gari para enalte­cer o procedimento correto do mesmo, passarmos a tratá­lo como atitude heróica digna de premiação, estaremos dis­virtuando totalmente o concei­to de honestidade.

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CORREIO POPULAR· DATA: LEGISLAçAO 111 POL~MICA

OAB telDe fonnação de cartel COIDDova lei Entidade propõe controle para evitar surgimento do advogado "porta de cartório"

11 FábioGallacci I DAAGtNCIAANHANGUéRA

II [email protected]

A Lei Federal nº 11.441/07, que autoriza que as separa­ções consensuais de casais sem filhos menores de 18 anos ou incapazes seja oficia­lizada em cartórios de Tabe­lionato mediante uma sim­ples escritura confeccionada com o acompanhamento de um advogado, já provoca po­lêmica e Drotestos. Tanto os advogad()s quanto os tabe­liões reclamam que a lei, em vigor desde o último dia 5, passou a valer sem qualquer regulamentação que deter­minasse os par,hnetros para a sua aplicação. O resultado disso é a t~lJta de lima padro­nização nos serviços presta­dos. A Ordem dos Advoga­dos do Brasil (OAB). Subse­ção Campinas, vai mais além e propõe um controle mensal sobre as atividades dos cartórios em relação a este assunto.

Tabeliões também criticam a falta de regulamentação

o receio é que, em alguns locais, um mesmo profissio­nal se responsabilize por vá­rios casos, formando aí uma esp2cie de cartel. Trocando em miúdos, o objetivo é im­pedir que. assim como exis­te a figura elo advogado "de porta de cadeia" também passe a existir o advogado "ele porta ele cartório". Possí­veis acordos -- e repasse de cOlnissões ilegais para a pres­tação do serviço - entre car­torários e advogados tam­bém estão sendo levados em consideração.

Procurada peja reporta­gem da Agência Anhmlgiiem de Notícias (AAN) , a atual presidente da OAB-Campi­nas, Tereza Dóro, afirma que a idéia é fazer com que os tabeliões repassem men­salmente a lista das separa­ções realizadas e os nomes dos respectivos advogados que as acompanharam. "Queremos evitar que haja um concentração de casos nas mãos de poucas pes­soas, uma concorrência des­leal. A OAB se preocupa mui­to com a sobrevivência do advogado. E é exatamente por esse motivo que quer im­pedir que essa situaçào acon­teça", afirma Tereza.

A sugestão local foi repas­sada para a vice- presielente da seccional paulista da OAB, a advogada Márcia Re­gina Machado Melaré. "Esta­mos preocupados com o que poderá acolltecer entre os advogados e os funcioná­rios de cartólÍOs a partir de agora", reJón;a a represen­tante da OAB-Campinas.

Marismênia Pereira, ofi-ciaI delegada de Registro Ci-

vil do Cartório Santa Cruz, loca­lizado no bairro Botafogo, ates­ta que a situação é de incerte­za na cidade. liA normatização da lei ainda não aconteceu. Ela foi validada, mas sem nor­mas", aponta.

A oficial ainda afirma que muitos cartórios campineiros firmaram um tipo de acordo in­formal para poder disciplinar

as suas atividades e agir da mesma forma. "Isso é preciso porque a gente fica sem saber o que fazer. Nem mesmo os juí­zes daqui parecem ter alguma certeza", diz Maris.Q1ênia.

Gmpo de estudos Todas estas dúvidas e questio­namentos resultaram na cria­ção de um grupo de estudos,

coordenado pela Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ -SP) , que terá a tarefa de apresentar conclusões quanto à prática da nova lei. O prazo para a entre­ga deste relatório, de acordo com Tereza D6ro, acaba no dia 5 de fevereiro. Campinas conta atualmente com sete car­t6rios de Tabelionato.

:C~ORREIO POPUL/\R DATA:

As armas de A •

~concorrenCla

no Exterior A prática comercial veio se aperfeiçoando ao longo dos anos. Longe de incorporar técnicas primitivas de es­cambo, o relacionamento de compra e venda em todo o mundo se sofisticou em enredadas legislações que vi­sam a defender os interesses de quem consome e de quem produz. A produção de bens e serviços ficou con­dicionada ao atendimento dos critérios de comprado­res, exigentes na medida em que determinam o suces­so de uma empreitada de colocar produtos no merca­do.

Mesmo no plano interno, o brasileiro é privilegiado, "-contando com uma das mais avançadas legislações so­

bre o direito dos consumidores, em vigor desde 1990 .. Noções hoje elementares de Direito, a troca de merca­dorias, atendimento de prazos, reserva contra ativida­des ilegais ou enganosas, atentados contra a saúde e meio ambiente não faziam parte do cotidiano das pes­soas e, aos poucos, através de institutos, Organizações não-governamentais (ONGs) e fundações, criou-se uma cadeia de proteção que consegue minimizar abu­sos.

No comércio exterior não são menores as exigên­cias. A organização dos países em blocos comerciais ca------ -- - ~-~-- da vez mais sólidos e homogê-

As barreiras neos gerou uma série de crité­rios de qualidade e procedi-

técnicas são empecilhos mais complexos a projetos de exportação que as próprias restrições aduaneiras

mentos que asseguram a inte­gridade dos produtos em cir­culação entre fronteiras. As barreiras técnicas são hoje empecilhos mais complexos a projetos de exportação que as próprias restrições adua­neiras ou a competitividade dos mercados. Pesquisa divul­gada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia

Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (Esalq), publicada nesta edição, mos­tra que o impacto do atendimento a essas exigências pode chegar a 10% do custo de produção de um bem.

Se, por um lado, essas barreiras têm a feitura de pro­teger os consumidores e o meio ambiente quanto à qualidade dos produtos comercializados, também têm sido utilizadas como ferramentas disfarçadas de reser­va de mercado, impondo normas de alto nível de exi­gência a produtos estrangeiros. A entrada de produtos químicos na União Européia, como demonstra a repor­tagem, é um calvário que desafia o preparo das indús­trias brasileiras e custam exorbitantemente, a ponto de inviabilizar negociações num primeiro momento. O se­tor agrícola brasileiro, por outro lado, é um dos mais competitivos do mundo e admite o aprimoramento da produção agrícola e industrial.

De todo modo, as empresas que se lançam na pers­pectiva de conquistar maiores fatias do mercado exter­no devem estar preparadas para o atendimento desses quesitos. Não se pode mais contar apenas com a quali­dade dos produtos e () espírito do empreendedor brasi­leiro. Enquadrar-se nesse novo modelo de comércio atendendo às suas normas técnicas é abrir as portas pa­ra o desenvolvimento e driblar a dominação do poder comprador, estabelecendo uma relação de comerciali­zação de via dupla.

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:CORREIO POPtJL\R DATA:

CONSCIENTIZAÇÃO 111 APELO

Campanha tenta manter estoque de bancos de sangue Saúde busca estimular doação para evitar desabastecimento e garantir o atendimento durante o período de Carnaval

II

Delma Medeiros DAAG~NCIAANHANGUERA

delma@rac,com,br

Para garantir o estoque de bol­sas de sangue após as férias e o penodo de Carnaval, a Secreta­ria de Estado da Saúde lançou a campanha Mês do Reforço, que visa estimular a doação de sangue, A campanha segue até o dia 16 de fevereiro, véspera de Carnaval, A medida, de cará­ter preventivo, tem a finalidade de garantir todos os atendi­mentos, sem desabastecimen­to de sangue durante a folia. Tradicionalmente, é registrada uma redução de 30% do esto­que de bancos de sangue em feriados. Aliando Carnaval e fé­rias, quando aumentam os pro­cedimentos de urgência e emergência, a diminuição po­de chegar a 40%.

Redução pode chegar a 400/0 nesta época

"Nestas férias, os estoques caíram mais que o normal. É importante que as pessoas compareçam aos bancos. É um gesto simples, que realmen­te pode salvar vidas", afirma o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.

No Hemocentro da Universi­dade Estadual de Campinas (Unicamp), o estoque está re­gular, conforme o supervisor de coleta de sangue, Vagner

Hemocentro da Unicamp: até agora, situação está regular

Castro. No entando, nas próxi­mas semanas, o serviço tam­bém deve realizar alguma cam­panha de estímulo à doação para garantir um bom número de bolsas durante o Carnaval.

Qualquer pessoa saudável, com idade entre 18 e 65 anos e peso acima de 50 quilos pode doar sangue. O candidato deve estar bem alimentado, mas evi­tar alimentos muito gorduro­sos quatro horas antes e de­pois da doação. Também não se deve fumar duas horas an­tes e ingerir bebida alcóolica 12 horas antes e depois. O can­didato tem que apresentar do­cumento original de identida­de com foto. Não pode doar sangue quem teve hepatite após os 10 anos de idade, porta­dores de hepatite B, hepatite C e Aids, usuários de drogas inje­táveis e mulheres grávidas.

Indaiatuba A Fundação lndaiatubana de Educação e Cultura (Fiec), de lndaiatuba, realiza hoje, em parceria com o Hemocentro, a primeira campanha de doa­ção de sangue do ano. Na ci­dade vizinha, a campanha é realizada mensalmente. No ano passado, conforme ba­lanço do Hemocentro, 1.424 candidatos indaiatubanos compareceram para doação, resultando em 930 bolsas.

A campanha conta com a participação dos alunos do curso técnico de enferma­gem da Fiec, supervisiona­dos por professores. A coleta será realizada das 9h às 12h na fundação (Av. Engenhei­ro Fábio Roberto Barnabé, 3.405, Jardim Regina). Mais informações pelo telefone (19) 3801-8684.

:CORREIO POPUL,\R D/\TA:

~~IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII~~ ----------------- ------i Sem perder tempo muito longe. É só dar uma i Xeque-Mate

RICARDO ALÉCIO - Interino

Quem acompanha de per- passadinha nos PSs dos bair­to o trabalho de Hélio já en- ros ou mesmo no hospital tendeu que o prefeito não Mário Gatti. Não vai faltar quer perder tempo. O lança- gente apontando as deficiên-

[email protected] _ mento do plano de metas, cias e o que precisa ser feito.

Tão longe, tão perto Que não se enganem os que acham que ainda é cedo para discutir as próximas eleições. O debate e o planejamento estratégico visando à sucessão municipal já começaram em Campinas. O PSDB tenta aparar as arestas para fechar o foco na oposição ao principal adversário em 2008, Hélio de Oliveira Santos (PDT). O prefeito, por sua vez, tenta manter a Administração em alta e para isso vai se aproximar cada vez mais de Luiz Inácio Lula da Silva, seu principal cabo eleitoral.

I~~:~~mo~, ~mrolorndo,ede~, que vive o dilema de claro, sofrer algumas compor a chapa de Hélio mudanças, mas não em 2008 como coadjuvante muitas. Por isso, é de se (leia-se vice) - integrando esperar que 2007 seja um uma articulação superior, ano fundamental para as

que deverá ser feito no iní­cio de fevereiro, seria uma demonstração disso. O cha­mado "PAC municipal" de­ve dar ao pedetista condi­ções de "preparar o terreno" para 2008. E as cobranças so­bre as áreas de Infra-Estrutu­ra e Saúde também mos­tram o apetite de Hélio.

I Ausências Na reunião do diretório

do PSDB em Campinas, na última quinta-feira, duas au­sências não puderam deixar de ser notadas: os deputa­dos Carlos Sampaio e Célia Leão. Problema de agenda foi a justificativa dada pelos parlamentares para a falta, segundo um tucano presen­te ao encontro.

Saúde

Alteração Para atender a exigências

legais na celebração de con­vênios, a Prefeitura de Suma­ré terá de fazer mudanças no Orçamento de 2007, na Lei de Diretrizes Orçamentá­rias (LDO) e no Plano Pluria­nual (PPA). Ao todo, serão 43 alterações, já apresenta­das em audiência pública realizada na última quarta­feira. Melhor mudar o que já foi feito do que ficar sem verbas federais.

Arquivado

para 2010 - ou tentar intenções de todos. E fortalecer um nome ninguém pode admitir A equipe da Ouvidoria Ge-próprio até lá. O cenário já perder espaço. ral da Prefeitura de Campi-

o presidente nacional do PI, deputado Ricardo Ber­zoini, não obteve sucesso em sua tentativa de proces­sar o deputado Júlio Delga­do (PSB-MG). O procurador­geral da República, Antonio Fernando de Souza, pediu o arquivamento da petição fei­ta pelo petista. O motivo pa­ra a petição foram declara­ções dadas por Delgado à imprensa em que teria apon­tado Berzoini como um dos envolvidos na eventual com­pra do dossiê antitucano, du­rante a disputa eleitoral de 2006. Souza entendeu que Delgado estava no exercício de sua atividade parlamen­tar.

__________ _ _ _ nas fará visitas a instituições --- -------=-=-=--=----------I de saúde da cidade e região.

"

Acho que, num país com

os níveis de mortalidade infantil como o Brasil, o setor de saneamento também merece esse apoio. José Serra (PSOB), governador de São Paulo, sobre o pedido de isenção de impostos federais para serviços de saneamento básico.

Quer conhecer o plano de ação e as relações entre mé­dicos e pacientes de diferen­tes hospitais. As constata­ções vão servir de base para análises e sugestões à políti­

, ca pública do setor em Cam­I pinas. Mas, se é para melho­

rar o atendimento de um modo geral, nem precisa ir L~ __ _

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Reeleição garantida Enquanto Aldo Rebelo (PCdoB), Arlindo Chinaglia (PT -SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR) fazem uma disputa acirrada pela presidência da Câmara, com resultado imprevisível, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), caminha para uma reeleição discreta. Beneficiado por um acordo entre PT e PMDB, Calheiros tem como único adversário até o momento o candidato a presidente do Senado José Agripino (PFL-RN) e não vê o favoritismo ameaçado. Apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a expectativa é que o presidente do Congresso seja reeleito com pelo menos 50 dos 81 votos da Casa.

.:CORREIO POPl.ILAR DATA'

Cooperados comemoram as novas perspectivas Regularização da entidade e caminhão para coleta vai melhorar a vida dos trabalhadores

Na Cooperativa Dom Bosco, adultos e adolescentes pas­sam o dia manuseando o lixo fétido. Há pais de família, mas há também adolescentes que fazem da atividade o primeiro emprego.

As testas estão suadas e as roupas, sujas. Mas há esperan­ça naqueles olhares. A notícia do galpão entusiasmou todo mundo por ali. Os coopera­dos já se atrevem a sonhar mais alto. "O próximo passo

será regularizar a entidade", fala a esperançosa trabalhado­ra Leonina da Silva, de 42 anos.

Hoje, não existe por ali re­gistro em carteira ou o benefí­cio de plano médico. Nem o traje é adequado. Há gente tra­balhando sem máscaras ou com as pernas e braços à mos­tra. São vítimas potenciais de acidentes.

Mas, com a ajuda da inicia­tiva privada, o grupo vai reali­zar um sonho antigo. Os coo­perados terão seu próprio ca­minhão de coleta e entrega de

recicláveis. Atualmente, o resí­duo selecionado na triagem fi­ca num canto até ser retirado pela empresa recicladora. Com o veículo próprio, expli­ca o cooperado Hélio Alves, a Dom Bosco vai ganhar auto­nomia.

É mais uma prova, na sua opinião, de que o setor avan­ça sem parar. "Quando come­cei, empurrava carrinho pela cidade para recolher lixo", diz. "Hoje, os próprios mora­dores separam o que é reciclá­vel e as prefeituras fazem cole­ta seletiva." (RVlMN)

: CORREIO POPlJl.;\ R

AMBIENTE 111 COMUNIDADE

i. I-)A"" 1\' ,,' L.

Iniciativa privada ajuda a recuperar o Anhmnas CPFL anuncia investimento para proteger margens e estruturar cooperativa de lixo

11 RogérioVerzignasse I DAAGE,NCIAANHANGUERA

[email protected]

Recursos da iniciativa privada s~rão in~estidos na recupera­çao ambiental e paisagística de wn trecho próximo ao castiga­do Ribeirão Anhumas, um dos principais receptores do esgoto doméstico campineiro. A CPFL Energia vai investir R$ 382 mil no reflorestamento ciliar e na recuperação paisagística de um trecho piloto: um hectare (10 mil metros quadrados) ao re­dor da Cooperativa Dom Bosco de catadbres de lixo.

Projeto será realizado em dois anos e prevê verba de R$ 382 mil

As intervenções serão feitas ao longo deste ano e do próxi­mo. A proposta é recuperar a mata ciliar com o cultivo de mu­d~s de ~vores frutíferas e espé­Cies nativas.

Na primeira etapa, a empre­sa vai financiar a reformulação completa da Cooperativa Dom Bosco, integrada por catadores de lixo. Criada em 2003, a coo­perativa está encravada entre as favelas da Rua Moscou, Gê­nesis e Cafezinho, num ponto enlameado da Rua Comenda­dor Herculano Gracioli.

De acordo com Tarcísio Bo­rin Júnior, gerente do Departa­mento de Meio Ambiente da CPFL Energia, os recursos vão financiar a construção de um espaço apropriado para as ativi­dades. Hoje, o trabalho árduo é Jeito sob velhas telhas de amianto, anlarradas provisoria­mente e afixadas sobre troncos de eucalipto. Não há geladeira ou barilieiro. Quando o traba­lhador precisa, corre para os b~acos da vizinhança. É pre­canedade absoluta: o cheiro ruim emana dos sacos de lixo amontoados por todo lado.

Com recursos da CPFL, será erguido um galpão de 240 me­tros quadrados para o estoque e o manuseio do material reco­lhido. O dinheiro vai servir para a aquisição de equipamentos modernos, como balanças e mesas de triagem do material, usadas na etapa do processo que antecede a prensagem.

Salário digno Atualmente, a Dom Bosco arre­cada R$ 5 mil mensais com 23 mil toneladas de lixo repassa­das às empresas recicladoras. De acordo com o ex-segurança Hélio Alves, que perdeu o em­prego e passou a viver da coleta­da de papelão nas ruas, cada um dos 11 cooperados conta com um salário de pouco mais de R$ 400.00 mensais. "O que a cidade joga fora garante traba­lho e salário digrlO para gente."

Com a modernização dos serviços. existe a expectativa de triplicar o faturamento. Natural­mente, vai crescer a remunera­ção dos atuais cooperados e mais vagas serão geradas.

Os trabalhadores festejam a iniciativa da empresa. Até ago­ra, a ajuda do setor privado se li­mitava à separação dos resÍ­duos em recipientes plásticos específicos (papel, metal, viro e plástico), disponibilizados. por exemplo, pelo Shopping Iguate­mi e a própria CPFL.

Fora isso, a Dom Bosco de­pendia basicamente da ajuda dos caminhões do Departamen­to de Limpeza Urbana (DLU). que descarregam no terreno o material da coleta seletiva, e com o repasse eventual de ver­bas públicas.

"A gente fica contente de ver a sociedade envolvida com a re­ciclagem, que garante nosso sa­lário e preserva o ambiente", festeja o ex-segurança Alves.

.• I:.~"<u.;íd:<' \"""o~: '~" ..... -;i~ ...

-I

A Bacia do Ribeirão Anhumas li

I ocupa 150 quilômetros I quadrados Praticamente metade i

i da área. Já urbanizada, é habitada por 285 mil pessoas Por isso o

! despejo de esgoto não é o ún:co I drama. Existe um alto índice de i impermeabilização do solo. Com

I

poucos trechos para infiltrar, a , água da chuva corre quase toda para o ribeirão. Além disso, as margens são tomadas por favelas. Alguns moradores irresponsáveis despejam o lixo domestico irregularmente. Por essas causas. são comuns os casos de desabamento das margens e assoreamento.

: CORREIO POPl TL/\ R , DATA:

PRECONCEITO 111 INCLUSÃO

Dia da Visibilidade Travesti tem início . -com eXpOSlçaO Data comemorada amanhã por várias entidades tenta reduzir a vulnerabilidade

II DelmaMedeiros DA AGtNCIAANHANGÚERA

:1 [email protected]

Com o objetivo de reduzir a vulnerabilidade das traves­tis, será celebrado em Cam­pinas, nessa semana, o Dia da Visibilidade Travesti. O evento é promovido pela Or­ganização Não-governamen­tal Identidade, com apoio do Grupo de Ação Pela Cida­dania de Lésbicas, Gays, Tra­vestis, Transexuais e bisse­xuais, do Centro de Referên­cia de Gays, Lésbicas, Tra­vestis, Transexuais e Bisse­xuais da Secretaria de Cida­dania, Trabalho, Assistência e Inclusão Social. e do Pro­grama Municipal de Doen­ças Sexualmente TransmissÍ­veis (DST). As atividades co­memorativas têm início amanhã, com uma exposi­ção de fotos no saguão do Paço Municipal intitulada Campinas, travestis contam sua história. A mostra segue depois para o Museu da Imagem e do Som (MIS). no Palácio dos Azulejos, até 16 de fevereiro. No dia 31, tam­bém no MIS, ocorre a exibi­ção do filme Memórias de Uma Gueixa. E no dia 3 de

Carlos Bassan/30ago2006/AAN

Travesti em rua do Bosque em Campinas: alvo de violência

fevereiro será realizado um sa­rau no Centro de Referência (CR) do Programa DST / Aids de Campinas. O objetivo, se­gundo a coordenadora de Tra­vestis e Transexuais do Identi­dade, Denise Martins, é vir à público para reduzir a discri­minação contra as travestis e "colaborar para construir uma Campinas mais humana, res­peitosa e acolhedora para to­dos os seus cidadãos". O dia 29 de janeiro foi escolhido por ser o dia em que o Ministério da Saúde lançou a campanha Travesti e Respeito.

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EDUCAÇÃO li' RECOMEÇO

Expectativa Illarca volta às aulas

Com o fim das férias, muitas famílias vivem as incertezas e a ansiedade provocadas

pela mudança de escola ou de série

II

NiceBulhões DAAGt.NCIAANHANGUERA

[email protected]

Ansiedade nas crianças e pre­guiça nos adolescentes. A vol­ta às aulas costuma gerar al­gum tipo de reação na família. Os pais se preocupam com a adaptação dos filhos na nova escola ou série escolar. O re­ceio deles é ainda maior quan­do os filhos deixam a pré-esco­la para ingressar no Ensino Fundamental. Para Elvira Cris­tina Martins Tassoni, pedago­ga pela Pontifícia Universida­de Católica de Campinas (PUC-Campinas) e mestre e doutoranda em Educação pe­la Universidade Estadual de Campinas (Unicampl, a que­bra deste misto de ansiedade e medo se dá quando o colé­gio faz um programa de acolhi­mento a seus alunos e deixa os pais à vontade para conhe­cer seus espaços e sua equipe, em especial a pedagógica.

Colégios abrem as portas e filmam classe para a adaptação

Hoje, a maioria das escolas particulares inicia as suas au­las. Na rede municipal de ensi­no de Campinas, o retorno dos alunos será em 5 de feve­reiro e, no Estado, em 12 de fe­vereiro (veja no quadro). Se­gundo Elvira, os professores devem considerar as experiên­cias anteriores de seus alunos. "Ele têm de perguntar como era e falar como será para si­tuar a criança". recomendou.

O arqUIteto Halph Lemos e sua mulher, a 0l1odentiita Ma­ria Laura Lemos, trocaram os seus filhos Amanda, de 6 anos, e Gustavo. de 11 anos, de colégio este ano. "Tenta­mos tratar a mudança com tranqüilidade, bem como o re­torno às aulas. A gente diz a eles que foram transferidos pa­ra uma escola nova e boa", contou o arquiteto.

A preocupação, segundo le­mos, é mostrar aos filhos que terão novos amigos, mas que não perderão os já conquista­dos. "Dizemos que vão somar e não perder nada", disse. "Não queremos transmitir a ansiedade passada pelos nos­sos pais." Por isso, deixâram Amanda escolher seus mate­riais escolares dentro do limi­te orçamentário. Já com rela­ção à possível preguiça de Gus­tavo, o pai lembrou que cada criança tem o seu tempo de sono. "Por isso, em casa, o tempo de dormir é sagrado pa­ra haver rendimento na esco­la." Amanda e Gustavo foram transferidos para o Colégio In­tegral.

Visita antecipada A diretora, Marta Kohn, afir­mou que a escola adota um programa de visita antecipada para os novos alunos. "Mostra­mos a sala de aula, todos os es­paços e como serão usados os materiais", diz Marta. "Assim, os pais ficãm tranqüilos por­que conhecem a escola junto com os filhos, que, nesta visi­ta, deverá ser apresentado a pelo menos dois amigos de sa­la." A postura do casal Lemos, segundo Marta, é positiva. "Os pais precisam encorajar e enfocar sempre os aspectos positivos, como que o filho au­mentará seu círculo de amiza­de", disse.

Como nas térias os alunos alteram o período de dormir. Marta recomenda que os pais

reestabeleçam um horário, evi­tando, assim, que o aluno fi­que sonolento em sala de au­la. "Todo estudante deve visi­tar antes o colégio onde vai es­tudar e inteirar-se das ativida­des extracurriculares", orien­tou o diretor pedagógico do Colégio Hio Branco, Claudinei Hodrigues Gobbi.

Também para dar fim à in­segurança do pai e à ansieda­de e ao medo dos alunos, o Colégio Renovatus oferece um programa de visita antecipada à escola. "Em dezembro, quan­do enviamos a lista do mate­rial escolar, também oferece-

mos um informativo com di­cas para a melhor adapta­ção do aluno", disse a coor­denadora pedagógica, Már­cia Hegina Trevisan Corrêa. Este ano, foi criada uma sa­la especial para os pais de alunos da Educação Infan-' til. "Nesta sala, o pai poderá assistir à aula filmada e ver como está a adaptação de seu filho." O espaço ficará em funcionamento por uma semana. "O pai precisa conhecer a escola para ter tranqüilidade e segurança e. assim, poder deixar o alu­no confiante."

/CORREIO POPULAR-

Rede municipal adota o Fundamental de 9 anos

AcoordenadOria de Educação Básica da Secretaria de

Educação de Campinas informou que, neste ano, todos os alunos ingres~antes na rede

I mUlÚcipal estão matriculados no ciclo de alfabetização do Ensino Fundamental de 9 anos. "Porém, os alunos nascidos de março a dezembro de 2000 foram inseridos no 1 º ano do ciclo de alfabetização e farão o Fundamental em 9 anos. Já os alunos nascidos em janeiro e fevereiro de 2000 foram inseridos no 2º ano do ciclo de alfabetização e cursarão o Ensino Fundamental em 8 anos", explicou. coordenadora Patrícia Lazzarini Furlan. "A avaliação no ciclo será feita por meio de fichas descritivas, o que já correu em 2006." Segundo Patrícia, no ciclo de

i alfabetização, não há . atribuição de conceitos aos alunos e a avaliação é contmua e processual, assim como nas demais séries, com a diferença de que a partir da 3ª série há atribuição de conceitos. "Outra característica do ciclo é que considera-se o processo de aprendizagem

I contmua do aluno, não I ~lavendo retenção." L Acrescentou que o

primeiro dia de aula é sempre de muita expectativa, principalmente para os alunos ingressantes. "Mas, as escolas costumam estar muito atentas e sensíveis para recebê-los e auxiliá-los em sua adaptação, fazendo inclusive um reconhecimento do espaço físico, que muitas vezes parece enorme aos olhos dos pequenos." Para os alunos novos, Patrícia disse que é importante explorar o espaço físico a fim de que se familiarizem com o novo ambiente, além de promover atividades de integração entre as crianças para que possam se conhecer e se sentirem mais seguras. "As atividades pedagógicas precisam ser planejadas-de forma prazerosa e significativa para as crianças, estimulando a vontade e o interesse para retomarem nos próximos dias. Os alunos mais velhos ou que já pertenciam à escola devem também ser recebidos com muita atenção e cuidado, percebendo que o seu retomo é importante." Nas escolas estaduais, o Ensino Fundamental de 9 anos não foi implantado este ano. (NB/AAN)

! DATA:--- ---~- --I _____ ~~ • ______________ ~

Emdec espera movimento 20% maior a partir de hoje Com o retorno nas unidades particulares, têm início as ações de fiscalizaçã0 e orientação

o fluxo de veículos deve cres­cer cerca de 20% no entorno das ruas próximas aos estabe­lecimentos de ensino a partir de hoje, de acordo com a Em­presa Municipal de Desenvol­vimento de Campinas S.A. (Emdec). Quando todos os co-

légios iniciarem o ano letivo, os 80 mil veículos que circu­lam diariamente no Centro voltarão a transitar. A Opera­ção Volta às Aulas, da Emdec, terá início hoje com monitora­mento das escolas instaladas no sistema viário principal -

ruas e avenidas de grande flu­xo veicular, onde as interfe­rências têm impacto na circu­lação. Além de filas duplas, embarques e desembarques e estacionamento nas calçadas, os fiscais verificarão a autori­zacão do transporte escolar.

Pela primeira vez, a Emdec le­vará os seus agentes de trânsi­to e transportes, e educado­res de mobilidade para den­tro da sala de aula para orien­taçõ~s e dicas de segurança na CIrculação. As visitas dos agentes começarão em 5 de fevereiro.

A gerente de Desenvolvi-

mento e Educação da Emdec, Sam~ntha Moreira, disse que, p5>r ISSO, o slogan da opera­çao deste ano é A gente apren­~e, agen~e ensina. A proposta e aproXImar os alunos dos agentes e dar visibilidade ao p.apel educativo que o profis­SIOnal tem na circulação e na prevenção de acidentes.

Já o slogan da operação da Emdec nas instituições de En­sino Superior será Evite ris­cos, não entre nessa. Mais in­formações podem ser obtidas no site da Emdec, que é o www.emdec.com.br. (NBI AAN)

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"A Secretaria de Educação está com o projeto de construção de oito escolas na cidade, que deverão entrar em funcionamento em

i 2008." ANTONIO ADMIR SCHIAVO Dirigente regional da Diretoria Campinas Oeste

CALENDÁRIO ~----~-- ------~ ,f Particular Algumas escolas iniciaram as aulas no último dia 22. Entretanto, a maioria delas inicia o ano letivo a partir de hoje. Algumas iniciarão em 5 de fevereiro. Hoje, Campinas conta com 229 escolas distribuídas entre creches até escolas do Ensino Médio, em um total 57.741 alunos, de acordo com o Censo das Escolas Particulares 2005/2006. O Censo de 2007 deverá ser divulgado no próximo mês.

,f Municipal O início das aulas é 5 de fevereiro, porém, os docentes e a equipe pedagógica retornam no dia 1º para realizarem o planejamento e prepararem a recepção dos alunos. A rede tem capacidade para 27.223 crianças na Educação Infantil e tem uma lista de espera de 11.814 nomes. No Ensino Fundamental, a capacidade é para 27.957 alunos, dos quais 2.710 são ingressantes.

,f Estado As aulas começam em 12 de fevereiro. Depois, os alunos ficam uma semana sem aulas e retornam no dia 26 de fevereiro. Terá 45.038 alunos no 1 º ciclo do Ensino Fundamental (1" a 4a

séries) e 40.930 estudantes no 2º I. ciclo (5ª a 8ª séries). No Ensino Médio, há 28.327 matriculados. Ainda terá os 10.725 alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). A educação especial terá 402 matriculados.

Fonte: Secretarias municipal e estadual de Educação e Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp)

I CORREIO POPULAR - ----_._-~=------~

DATA:

SAÚDE 111 COMPORTAMENTO

PSs têlll procura 20% maior na segunda-feira Crescimento na demanda é registrado ainda nas unidades básicas da rede pública

I I .

II

Gilson Rei DAAGêNCIAAN HANGUERA

[email protected]

Ressaca, contusão de jogo de futebol e resfriado de final de semana são inconvenientes que, junto com os acidentes domésticos, resultam na bus­ca por atestados toda segunda­feira nos locais de atendimen­to médico de Campinas. Esse quadro sacramenta a segunda­feira como o dia de maior mo­vimento de pacientes no Hos­pital Municipal Df. Mário Gat­ti, pronto-atendimentos e pronto-socorros de Campinas. Os levantamentos da Secreta­ria de Saúde confirmam que há um aumento de 20% no flu­xo de pessoas no primeiro dia útil da semana em relação aos demais dias.

Entre as razões para a alta, está a busca por atestado médico

Roberto Pessoa Mendes, ge­rente-médico do PS Adult~ do Hospital Mário Gatti, disse que a maior procura na segun­da -feira ocorre por diversos motivos, um deles é o represa­mento devido ao fechamento das unidades da rede básica nos bairros, pois no final de se­mana ficam abertos o PS do Hospital Mário Gatti e os PAs das regiões da Vila Padre An­chieta, São José e Ouro Verde. "As demais unidades ficam fe­chadas e as pessoas preferem esperar a segunda-feira para serem atendidas, tanto no bair­ro como no próprio hospital", explicou.

Outros motivos causam cor­reria de pacientes em busca de médicos na segunda-feira. "Tem gente que vem para curar uma simples ressaca, uma contusão no jogo de fute­bol e um resfriado de final de semana", enumerou. "OutH?S

chegam com ocorrências de baixa complexidade, causadas em acidentes domésticos, pro­blemas dermatológicos e até pessoas mal-informadas em busca de orientação", expli­couMendes.

O gerente-médico disse que, nos finais de semana, a maioria das pessoas aproveita para se divertir em algum tipo de lazer ou para fazer a faxina dentro de casa. "Com isso, au­mentam as ocorrências de aci­dentes domésticos ou de des­cuidos em alguma brincadeira de lazer", explicou. "Sempre tem alguém que cai de maus jeito dentro de casa ao limpar o banheiro ou a cozinha", afir­mou. Outra ocorrência co­mum são os sintomas daque­les que abusaram no consu­mo de bebida alcoólica ou nas aventuras radicais. O resulta­do é sempre o mesmo: fígado ruim, dor de cabeça, mal-es­tar, lesões e t"orções.

Somado a esses motivos, os médicos recebem na segunda­feira as pessoas que contraí­ram doenças mais brandas en­tre sábado e domingo, mas que decidiram procurar por uma orientação médica na se­gunda-feira, por ser um dia com mais opção no transporte

coletivo da cidade. "Muita gen­te prefere adiar para segunda­feira, que volta a ter um volu­me maior de coletivos", disse.

As pessoas mal-intenciona­das, querendo faltar ao servi­ço, entram também nesse le­vantamento. "A busca por

atestado médico para faltar no trabalho é percebida em al­guns pacientes, mas os médi­cos só entregam atestado em casos que têm necessidade", disse o gerente médico. "Cada tipo de doença ou de patolo­gia merece um período de atestado para repouso e recu­peração do paciente. Isso só é

garantido quando há um diag­nóstico que justifique", afir­mou Mendes. "Independente­mente de qualquer coisa, uma declaração de atendimento, constando o tempo que a pes­soa ficou dentro do hospital, é entregue a todos que são aten­didos", disse.

Ivanilde Ribeiro, diretora do Hospital Mário Gatti, lem­brou que muitas pessoa~ pode­riam também buscar atendi­mento em seu próprio bairro, mas acabam indo para o hos­pital porque têm ainda este costume. "Muitos casos são de baixa complexidade, que podem ser resolvidos no PS", opinou.

Há pacientes também que "engordam" as filas de espera no Hospital Mário Gatti por­que ficam presos na burocra­cia. Valter Alfredo Lourenço, de 62 anos, disse que foi no PS Faria Lima no dia 1 Q de dezem­bro do ano passado e conse­guiu agendar uma consulta no local para o dia 22 de janeiro. Ele tem um problema no joe­lho. "Depois de esperar 52 dias para ser atendido, che­guei ao PS às 7h15, mas não fui atendido porque eles alega­ram atraso de quinze minu­tos", reclamou. "O atraso acon­teceu porque acordei às 5h30 e não tinha ônibus para o Par­que Itália, onde fica o PS. Pe­guei um ônibus até o Centro e, mesmo com dor no joelho, tive que caminhar da Rua José Paulino até a Avenida Faria li­ma", disse. "Faltou bom senso e acabei indo para o Mário Gatti para ver se conseguia ser atendido", finalizou.

'CORREIO POPULAR CASA PRÓPRIA li' EM ALTA

DATA:

Consiruções crescem 28,4 % e aquecelD setor

elD Cmnpinas Balanço da Prefeitura comprova aumento do volume de metros quadrados

aprovados, durante 2006

II

Adriana Leite DAAGrNCIAANHANGÜERA

[email protected]

As novas construções ganha­ram espaço no cenário urbano de Campinas no ano passado. Dados da Secretaria Municipal de Urbanismo (Semurb) mos­tram um crescimento de 28,4% no volume de metros quadra­dos de novos empreendimen­tos residenciais e comerciais aprovados pelo órgão. Os em­presários da construção civil comemoram o bom momento vivido pelo setor. O crédito imobiliário foi fundamental pa­ra o resultado e só a Caixa Eco­nômica Federal (CEF), regional de Campinas, elevou em 150% o montante emprestado em 2006 frente ao ano anterior.

Fase de recuperação anima os novos empreendedores

Empresários do setor de construção civil corroboraram os números divulgados pela Prefeitura e afirmaram que o setor passa por uma fase de re­cuperação de -mercado impul­sionado pelos investimentos. Medidas como a desoneração fiscal, redução das taxas de ju­ros e fomento do empréstimo das instituições bancárias para a habitação são apontadas co­mo fatores que deram novo fô­lego à construção. A expectati­va é manter o ritmo este ano.

De acordo com balanço di­vulgado pela Semurb, foram aprovados, em 2006, 708 mil metros quadrados de novas construções contra 550 mil me­tros quadrados do ano ante­rior. As edificações residenciais - unifamiliares e multifamilia­res - representaram mais de 70% desse total. "As aprova­ções apontam para um foco voltado aos empreendimentos habitacionais. Há novos proje­tos com perfil para diferentes públicos. Houve um grande in­vestimento em habitação po­pular", afirmou o secretário de Urbanismo, Hélio Jarreta.

O aquecimento gerou um reforço de caixa da Secretaria com a arrecadação de taxas. Segundo o mandatário da Pas­ta, o aumento foi de 22,34% no recolhimento dos alvarás de aprovação e execução das edificações e de 60% na apro­vação. No total, as taxas gera­ram R$ 1,7 milhão para o caixa

do órgão. "Os dados econômi­cos mostram a movimentação do setor de construção civil no ano passado", disse.

Outro fator relevante, segun­do Jarreta, foi a geração de em­pregos. O secretário afirmou que o incremento das novas construções gerou 3.262 em­pregos diretos e outras 8,1 mil vagas indiretas. "O fechamen­to do ano mostrou um total de 14,8 mil trabalhadores na cons­trução civil em empregos dire­tos. Em atividades indiretas, es­se número atinge 37 mil pes-

soas", contabilizou o secretário de Urbanismo.

Empresas Os empresários que estão na ponta dos números detalhados pela Prefeitura de Campinas re­forçam o cenário positivo esbo­çado pela Semurb. O gerente de Vendas e Marketing da Construtora Nogueira Porto, Eduardo Bassit Nogueira Por­to, destacou que o setor vive um bom momento e com ten­dência de alta. "As novas li­nhas de financiamento e condi­ções mais favoráveis aos em­preendedores promoveram o crescimento do setor", avaliou. Para ele, os consumidores es­tão mais confiantes e encon­tram condições favoráveis ao crédito imobiliário.

Porto afirmou que houve um incremento de pessoas comprando os imóveis direta­mente na planta. "O mercado de imóveis novos está aqueci­do", disse. O executivo da cons­trutora, que também é gerente da rede de hotéis Vitória, sa­lientou ainda que cresceu a quantidade de pessoas que buscam por projetos para a construção da casa própria. "A expansão dos condomínios le­vou inúmeros compradores de lotes a procurar construtores", comentou.

Na GNO Empreendimentos e Construções, o quadro positi-

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lS=ORREIO POPULAR_ i DATA: L.~ ____ . _______ ~ ____ .~_

Pacientes notam movimento maior Muitos, de acordo com eles, vão em busca de remédio gratuitos e agendamento

A busca por atendimento mé­dico em maior volume na se­gunda-feira é percebida tam­bém pelos próprios pacientes. Entre eles está Zilda Rodri­gues, que leva sua filha Cami­la, de 4 anos, todos os dias no Pronto-Atendimento do Jar­dim São José para tomar insuli­na. "Na segunda-feira o movi­mento é sempre maior. Tem

muita gente que vem apenas para pegar remédios gratuitos e tentar agendamentos", disse Zilda. "Soube também que al­guns vêm apenas para pedir atestado e escapar do traba­lho, mas isso eu nunca vi acon­tecer", disse.

que o movimento na segunda­feira é grande porque as pes­soas preferem ficar em casa nos finais de semanSl. "Muitos preferem atendimento na se­gunda porque tem mais médi­co e enfermeira para atender," disse.

Socorro do Jardim Florence, disse que o movimento na se­gunda-feira é sempre maior. "Na segunda-feira é mais de­morado o atendimento porque tem mais paciente", afirmou. "Tem gente de todo o jeito. Desde as pessoas mais doentes até aquelas que ficam apenas resfriadas ou com dores de ca­beça", disse. (GRlAAN)

Benedito Alves, aposentado que vai também com freqüên­cia ao PA do São José, disse

Isaura Íris da Silva, de 70 anos, que vai medir sua pres­são constantemente ao Pronto-

I

! Média de atendimento no Mário Gatti é de 500 ao dia

~ uma somatória de todos os tipos de ocorrências

apresentadas pelos pacientes mostra que a média diária de atendimento no Hospital Mário Gatti sobe de 500 pessoas por dia para 600 pessoas na segunda-feira, número que representa um aumento de 20% no movimento. O hospital, historicamente, atende 95% de seus pacientes na área ambulatorial (área azul) e 5% na área emergencial (área vermelha). Na ambulatorial, 50% das pessoas chegam com doenças respiratórias e

pulmonares, 25% com problemas cardíacos e 20% com enfermidades na área ortopédica. Os 5% restantes são de pacientes com doenças dermatológicas, pequenas enfermidades, retornos de atendimentos e cirurgias e pessoas também desinformadas. Na área emergencial há atendimento dos casos de acidentes e de pacientes esfaqueados e baleados. Ao mesmo tempo que aumenta o volume de pessoas na segunda-feira, verifica-se uma diminuição no movimento aos sábados e domingos. (GRlAAN)

I CORREIO POPlJ~AR1 !DÃTA:--~"--'-~--' -1 _____ .. ..----- ~-----.-... ,

vo se repete e a expectativa é que seja expandido este ano. O diretor da empresa, Rogé­rio Nassralla, detalhou que o mercado de Campinas é di­versificado e há empreendi­mentos para diferentes pú­blicos. "Nós temos projetos de R$ 80 mil a mais de R$ 1 milhão. Há produtos no mer­cado para todas as faixas de compradores e empreende­dores", apontou.

Ele também destacou que a elevação de crédito imobiliário disponível no mercado financeiro impul­sionou a construção civil. "Além desse fato, a mudan­ça de legislação promovida pelo governo federal deu su­porte ao aquecimento do se­tor. Há que se fazer justiça que o governo implementou ações que tiveram impacto positivo no setor", disse.

PAC O diretor regional do Sindi­cato da Indústria da Cons­trução Civil do Estado de São Paulo (SindusCon), Luiz Cláudio Amoroso, acredita que as medidas divulgadas pelo governo federal no Pa­cote de Aceleração do Cres­cimento (PAC) terão impac­to positivo no setor. Entre­tanto, ele demonstrou preo­cupação com o fato do sal­do líquido do Fundo de Ga­rantia do Tempo de Serviço (FGTS) ser usado em infra­estrutura.

"Os recursos devem ter como destino o financiamen­to habitacional e de projetos sociais como saneamento básico. Existe um déficit de quase 8 milhões de unida­des habitacionais no País", comentou. Amoroso salien­tou que o receio de especia­listas é sobre o controle do dinheiro do FGTS no uso de obras de infra-estrutura. O diretor regional do Sindus­Con comemorou o fato da expansão do mercado no ano passado.

Contudo, ele pontuou que os números positivos mostram uma recuperação do setor. Amoroso afirmou que o aumento do crédito habitacional é instrumento importante, mas que é preci­so reduzir a burocracia para estimular empreendedores e compradores a apostar as fi­chas nas construções e com­pra de imóveis.

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786 CONTRATOS

É o volume de acordos do Programa de Arrendamento Residencial (PAR) que foram assinados em Campinas e Valinhos no ano passado

,

CEF repassou R$ 276 mi em crédito imobiliário Montante aplicado na compra de imóveis no ano passado foi 150% superior ao volume de 2005

A Caixa Econômica Federal emprestou no ano passado R$ 276 milhões para o crédito imobiliário em todo a região de Campinas. Esse montante foi aplicado na compra de imóveis e construção de edifi­cações. O volume é 150% maior do que em 2005, quan­do foi financiado R$ 109,3 mi-

lhões. O comprador que con­seguiu recursos financiamen­to bancário comemorou o fa­to de sair do aluguel e ter casa própria. "Saí do aluguel e ago­ra moro ·na minha casa pró­pria", afirmou a jornalista Pau­la Fernanda de Oliveira Chia­radia, de 29 anos.

O profissional liberal Alber-

to Santos Moreira, de 36 anos, também se beneficiou dos ju­ros mais baixos e condições melhores para a construção de uma moradia. "Eu e minha esposa fizemos um emprésti­mo bancário com valor fixo e sabemos quanto vamos pagar de prestação nos próximos anos", disse. Ele financiou

mais de R$ 100 mil. "Vale a pe­na realizar o sonho de cons­truir a casa que a gente dese­ja", salientou.

O secretário municipal de Urbanismo, Hélio Jarreta, acre­dita que o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) terá re­flexo positivo sobre a constru­ção civil, principalmente em

relação a investimentos na área habitacional. "Os em­preendedores devem desta­car recursos para a habita­ção. A Caixa Econômica Fe­deral já injetou um grande montante de verba em proje­tos como o PAR (Programa de Arrendamento Residen­dal)", destacou. (AL/AAN)

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PAC pode trazer efeitos positivos daqui a 6 meses Mais investimentos e reforço nos projetos de habitações populares são os mais esperados

II De São Paulo

Empresários do mercado da construção civil apostam em alta de investimentos do setor e expansão maior do que a projetada no ano passado por conta do Programa de Acelera-

ção do Crescimento (PAC). Ressaltam, entretanto, que a movimentação nos negócios do segmento deve ocorrer ape­nas daqui a seis meses, e que o governo pode ter dificulda­des em gerir o programa. "Pro­duto da construção civil não é

padaria. Tem que fazer o proje­to e esperar ser aprovado. É coisa de seis meses para engre­nar", afirma José Carlos Moli­na, da Etemp Engenharia, es­pecializada em habitação po­pular, um dos segmentos bene­ficiados pelo programa.

Para o presidente do Sindi­cato da Construção Pesada do Estado de São Paulo (Sine­cesp), Carlos Pacheco Silveira, a movimentação deve come­çar a ser notada no curto pra­zo nas pedreiras e produtoras de cimento e asfalto. "Essas empresas serão estimuladas já", afirma.

o temor, segundo ele, é que o governo não tenha capacida­de de gestão para dar conta do PAC. "O próprio Departamen­to Nacional de Infra-Estrutura de Transportes não tem estru­tura de gestão, não possui fun­cionários em número suficien­te. O Estado precisa poder ge­renciar o programa para poder fazer essas obras, licitar, contra­tar projeto. Não vejo nada acontecer em seis meses."

Mesmo assim, a expectativa é de que o programa anuncia­do pelo governo faça o setor crescer, a partir do segundo se­mestre, mais do que era espera-

do para este ano. João Clau­dio Robusti, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon­SP), diz acreditar que os in­vestimentos em infra-estru­tura, saneamento e habita­ção a serem liberados de­vem estimular novos negó­cios. "Estimávamos uma alta de 4,9% para o setor em 2007, após uma expansão de 6% em 2005. Fiz uns cálculos depois do anúncio do PAC e agora acredito que neste ano o crescimento do setor deve ser de 6%." (Da Folhapress)

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Técnica popular pode ser uma opção para os pichadores

Na opinião de estudiosos,a disponibilização de

espaços para o grafite é mna das fonnas de se combater as pichações que têm atonnentado os campineiros nos últimos anos, danificando tanto propriedades particulares

como próprios públicos e até mesmo bens tombados, como a sede da Banda Carlos Gomes, alvo de vandalismo no ano passado, pouco tempo após ter sido entregue à população inteiramente restaurada. Para diminuir as pichações em Campinas, mn

movimento encabeçado por artistas, entidades e também pela Prefeitura tem mobilizado as autoridades, inclusive as judiciárias. para trabalhar na prevenção e repressão desses danos ao patrimônio. Reuniões regulares têm sido realizadas com todos os segmentos

desde novembro passado e a expectativa é que em breve seja apresentada a conclusão deste trabalho em fonna de docwnento propondo várias ações, entre as quais, a prisão de pichadores adultos e a detenção dos menores. (Zezé de lima/Da Agência Anhangüera)

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. C{)RREiO POPUI ~AR : DATA:

Sombras dos escândalos podem voltar o Congresso Nacional viveu seus maiores dias de tea­tro durante o ano de 2006, palco de um espetáculo de péssimo gosto que fez despertar nos brasileiros a ojeri­za pela classe política e a desconfiança de que as neces­sárias e desejadas mudanças demorariam a vir pelas mãos da instituição do poder Legislativo. Aos escânda­los de pagamentos de propinas, o caso do mensalão, somaram-se o desvio de verbas de saúde no caso dos sanguessugas e do dossiê, que tomaram de assalto a opinião pública, escandalizada diante das evidências que desmascararam um esquema de corrupção que sempre se supôs existir, mas nunca fora demonstrado com tanta clareza.

'-' O desalento dos eleitores foi de tal natureza que não poucas pessoas se manifestaram pelo voto nulo como paliativo para transformar o quadro político. O descré­dito com a classe política nunca foi tão exacerbado e a interminável sucessão de escândalos e demonstrações de flsiologismo somente fez agravar a crise institucio­nal que se instalou nos ares de Brasília. O próprio po­der se viu atingido duramente com a absolvição dos en­volvidos em corrupção, anistiados pelo argumento sim­plório de que o dinheiro desviado era proveniente de

José Dirceu e Roberto

"recursos ·não-contabiliza­dos", a metáfora perfeita para acobertar a safadeza e deso­nestidade.

Jefferson Tanta desfaçatez veio à to­articulam a sua na com denúncias de que o

homem de confiança do gabi-volta à cena nete do então poderoso mi-política nistro da Casa Civil, José Dir-alegando que ceu (PT-SP), negociava com

bicheiros o favorecimento foram em concorrências, em troca perseguidos de propinas e contribuições

-- - --------- para campanhas eleitorais. Foi o primeiro grande abalo do governo Lula, a que se sucederam tantos outros.

Outra personagem central dos escândalos foi o depu­tado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), autor das mais contundentes denúncias, cassado juntamente com Dir­ceu, em históricos embates de egocentrismo e arrogân­cia.

Agora, esses dois personagens - na ocasião compa­rados a primas-donas de uma ópera bufa - rastejam pelos bastidores políticos articulando sua volta aos pal­cos de Brasília. Contumazes palpiteiros, mantêm seus sites atualizados com "análises" de conjuntura, mos­trando-se nunca demais afastados do meio que os re­cusou. Dirceu visa à Justiça com o argumento de que, se não foi comprovada a existência do mensalão e ne­nhum outro deputado foi cassado, o seu caso não pas­sou de perseguição política. Daí, advoga que seus direi­tos políticos devem ser restituídos. No mesmo passo, Jefferson prepara sua volta.

Como tudo no Brasil que é deixado para depois do Carnaval, tal pedido deve culminar após as festas. Coin­cidentemente ou não, junto com o Congresso votando o abusivo aumento de 90% em seus salários. Bons mo­tivos para os brasileiros mostrarem sua total indigna­ção e levantarem ondas de protesto contra esses arro­gantes parlamentares que se julgam acima das leis e do julgamento dos eleitores.

CORREiO POPUI"AR DATA:

Xeque -Mate r Conveniência- ----- grand~~-n:~dad-es: :-de- \ I A assessoria de Hélio in- núncias contra parlamenta­I formou que foi o prefeito res devem continuar a man-

. RICARDO ALÉCIO _ Interino quem convidou Lula, con- char a imagem da Casa. [email protected] forme informou a coluna na da menos que 60 dos 513 de-~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ última quinta-feira. Mas, pe- putados federais eleitos ou I ;::: lo jeito, o presidente está reeleitos em outubro vão to-I

unindo o útil ao agradável. mar posse sob a ameaça de Só falta ele dizer que a Esta- processos que podem, poste­ção de Tratamento de Esgo- riormente, redundar na cas­to Anhumas também faz sação de seus mandatos.

Caravana do PAC 1 A nova visita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará a Campinas nesta sexta-feira, na verdade compõe uma estratégia de marketing que no Planalto está sendo

parte do PAC. Vice

chamada de "caravana do crescimento". Lula pretende Volta ao trabalho 1 Um dos ameaçados é o vi­ce-prefeito de Campinas, Gui­lherme Campos Júnior (PFL). Eleito deputado federal, res­ponde a uma pendenga elei­toral relacionada a algumas doações de campanha. Ele vai renunciar ao cargo de vi­ce hoje para poder tomar pos­se como parlamentar.

repetir a tática usada na campanha eleitoral, quando Os vereadores de Campi-visitou várias obras. Dessa vez, vai visitar e inaugurar nas retomam o trabalho par-tudo o que puder para ser o "garoto-propaganda" do lamentar na próxima segun-Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como da-feira, assim como boa informa o jornalista Josias de Souza em seu blog. I parte das Câmaras munici-

=::1 ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::===; pais do País. A novidade é

I Caravana do PAC 2 o petista acredita que pode minimizar as críticas que têm sido feitas ao pacotão participando de entregas de obras desde já. Na sexta de manhã, deve participar da "inauguração" da pedra fundamental de uma usina de polipropileno da

Petrobras em Paulínia. À tarde, vem para Campinas, onde será recepcionado pelo prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) na inauguração da ETE Anhumas, uma parceria entre Prefeitura, Sanasa e governo federal.

I que a primeira sessão do ano, marcada para as 18h, será no plenário da nova se­de do Legislativo campinei­ro, na Avenida da Saudade. Inaugurado no último dia 28 de dezembro, o espaço também poderá ser palco de apresentações artísticas e eventos culturais. Será que vai ter vereador queren­do soltar seus dotes artísti­cos por lá?

Em cima do muro

~I ,===.,=-'============================= Volta ao trabalho 2 Na Câmara Federal, a no-

I . va legislatura já começa nes-

O PDT do prefeito Hélio de Oliveira Santos ainda não definiu qual candidato a pre­sidente da Câmara apoiará. Os 24 deputados que com­põem a bancada do partido se reúnem amanhã para de­bater o assunto. A tendência é que o partido escolha um dos dois candidatos da base governista: Aldo Rebelo (PCdoB-SP) ou Arlindo Chi­naglia (PT -SP) . . " Um governo ta quinta-feira, mas sem

pode tomar a ==~~-' , iniciativa, pode criar os meios, mas para que qualquer projeto amplo tenha sucesso é preciso o engajamento de todos. Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República, no texto de I apresentação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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Desvio de verba O Ministério Público de Alagoas investiga há sete meses um suposto esquema de desvio de dinheiro público na Assembléia Legislativa do Estado. Os promotores do Grupo de Combate às Organizações Criminosas querem saber como o Legislativo gastou os repasses mensais feitos pelo Poder Executivo nos últimos seis anos. Em 2006, O total repassado foi de R$ 98 milhões, o equivalente bruto a R$ 8,167 milhões mensais. Para 2007, o Orçamento é de aproximadamente R$ 104 milhões (R$ 8,6 milhões mensais).

· CC;RHEIO POPULAR DATA:

Metrô Clovis Ribeiro Aposentado. Campinas

1111 Na edição do dia 23/10/2005 há comentário meu sobre o Metrô em Campi­nas. Quando é que se vai pen­sar no Metrô para nossa cida­de? Quando tiver 3 milhões de habitantes? Pode ser tardia a decisão. Regiões como Barão Geraldo, Aparecida, Campo Grande, DICs, Ouro Verde e outras têm necessidade de transporte rápido. As rodovias que atravessam a cidade são hoje, corredores de tráfego ur~ bano. Até quando suportarão? O Corredor Amoreiras, a Ave­nida Governador Pedro de To-

ledo e a Avenida John Boyd Dunlop são outros exemplos.

.;arlos Gomes Ayres Pereira Filho Aposentado, Camp',nas

_ A informação de um leitor contida no Correio do Leitor de 26/1, de que Antônio Carlos Go­mes nasceu lá pelos lados do Bananal e Carlos Gomes, care­ce de fundamento. Quando Carlos Gomes nasceu (836), Campinas era praticamente um lugarejo, sem bairros, No caso, então, como fica a placa comemorativa do nascimento d? maestro afixada num pré­dio da Rua Regente Diogo Anto­nio Feijó quase esquina da Ber­nardino José de Campos, bem no centro da hoje metrópole?

ADMINISTRAÇÃO 111 DESPEDIDA

Vice deixa oficialmente o cargo Cerimônia foi marcada por troca de elogios entre Hélio e o prefeito Gilberto Kassab

A cerimônia em que Guilher­me Campos Júnior (PFL) dei­xou formalmente o cargo de vi­ce-prefeito para assumir o de deputado federal - realizada ontem à tarde no Salão Verme­lho da Prefeitura - mostrou o que pode ser o início de uma parceria que até bem pouco tempo sequer era cogitada. Durante a solenidade, os pre­feitos de Campinas, Hélio de Oliveira Santos (PDT), e de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL), se mostraram surpreen­dentemente amáveis um com o outro e trocaram muitos e seguidos elogios.

Para Hélio, Kassab "é um dos mais influentes políticos do País" e um governo de coa­lizão, como o que pretende o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), "não pode abrir mão da capacidade articulado­ra" do prefeito da Capital. Hé­lio chegou a dizer que se colo­cava à disposição do colega pa­ra servir como "ponte" numa eventual aproximação do pefe­lista com o governo federal. "Precisamos conversar muito para ajudar no crescimento de São Paulo, aliás, Campinas e São Paulo têm muito o que fazer juntas", acrescentou.

De acordo com Hélio, "Kas­sab tem assumido com cora­gem os grandes desafios que

se impõem numa cidade co­mo São Paulo. Teve de lutar contra o imponderável (desa­bamento no metrô) e agravos ambientais (enchentes), e tem mostrado um trabalho de ex­celência".

Kassab não deixou por me­nos. Disse que a eleição de Guilherme e Hélio em Campi­nas, há pouco mais de dois anos, fez parte de um projeto de resgate da imagem da cida­de. "Hélio trouxe Campinas de volta para o cenário políti­co do País. Com Guilherme,

resgatou a Campinas dos bons momentos", afirmou. Ao falar sobre uma possível apro­ximação com o campineiro, Kassab foi incisivo. "Eu sem­pre fui unido ao Hélio e vou continuar assim", prometeu.

O deputado federal Cam­pos Júnior, por sua vez, agra­deceu aos dois prefeitos, mas foi mais contundente com seu colega de partido. "Eu quero agradecer (a eleição) especial­mente ao Kassab. Sem ele eu não estaria aqui. Ele é o gran­de responsável por eu estar on­de estou hoje", afirmou.

o deputado Guilherme Campos Júnior (PFL): rumo a Brasília

Eleito com mais de 103 mil votos, Campos Júnior ainda tem o mandato sob risco. Di­plomado no último dia 19 de dezembro, ele está sob a mira da Procuradoria Regional Elei­toral (PRE-SP) por problemas na prestação de contas de campanha. O órgão fez uma representação junto ao Tribu­nal Superior Eleitoral (TSE) contra a diplomação. Segun­do a PRE - que pertence ao Ministério Público Federal -, o candidato recebeu recursos de origem vedada na campa­nha eleitoral. O deputado re­correu e acredita que a diplo­mação seja confirmada nas próximas semanas. (Tote Nu­neslDa Agência Anganhan­giiera)

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"Olha só como o Hélio está feliz! E não é para menos. Afinal, conseguiu se livrar do Guilherme."

[' GILBERTO KASSAB (PFL) I Prefeito de São Paulo

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CliMA III AGUACEIRO

Chuvas condenam tipuana de quase 100

anos no ·Bosque Árvore de 35 rnetros de altura ameaça cair devido ao solo encharcado;

força-tarefa foi rnobilizada

ESTAÇÃO DAS ÁGUAS

'I, OelmaMedeiros

Uma força tarda foi montada ontem para a retirada de lima árvore qlU' corre risco ele que­da no Bosque dos Jequitibás, em Campinas. A tipuana, com cerca de 35 metros de altura e idade entre 80 a 100 anos, teve as raízf:'s deslocadas devido ao excesso cle chuvas e saturação do solo. Além disso, o tronco estü oco pela açào de cupins e outras pragas. Os trabalhos de­vem ser finalizados hoje.

Remoção do tronco deve ser finalizada hoje pekt DP J

"fIá dois anos peço a remo­çiío desta árvorf:'. Neste perío­do de chuvas o medo é cons­tante", atirJllou Sílvia Pimenta. que mora na Hua Padre Vieira.

() dirHuf do Departamento de Parque e Jardins (OP)), Ro· naldo de Souza. disse que a ,ír­vore não foi retirada antes por­que as vistorias não indicaram risco iminente de queda. "Ape­sar das pragas, ela niío apresen­tava risco de desabamenlo. Mas agora, com as chuvas e eros,J.1) do solo, as raízes se des­loca I <Im e ela pode mf'SIl1O

cai,", justificolI. A força-tarefa envolveu pf:'lo meno,> 20 pes­soas ontem, elltre integrantes do Corpo de Bombeiros, Defe­sa Civil, agentl's de trânsito e da Companhia Paulista de For­\'il e Luz (CPFLJ. além de fun­CÍon,ílios do DP1.

Cinco imóveis, sendo três residencias e dois e~tabeleci­mentos comerciais, foram in-

terditados para a remoção dos galhos da tipuana. Esta etapa do trabalho foi realizado pelo Corpo de Bombeiros, com au­xílio de plataforma elevatória. () trânsito também foi inter­rompido nas lUas Padre Vieira e Coronel Quilino, entre a Aw­nida Aquidabã e Rua Uruguaia­na.

Para a esteticista Sandra i\h-

ria Ferreira de Sou/,a, (} ílll\'rdi­ção do salao onde tralwlkl f()i 11m transtolllo. "Fui até o (:ep tIO e, quando \oltei, nC'1lI jludt' entrar no ~al;l(). Agora, tenho que esperar a libera(;ão para trocar de lOupa e poder ir para casa", lamentou, 1\les1110 nelll­do o dia todo selll ellergia clt;· trica, comerciantes da,; proxi midades apoiai a m a remoça0

da tipualla. "E chato ficar ~l'll1 energia, lIIas isso tem que ser feito", resumiu No­rio Itok<lvu, proprietário de 1111l Illercado na esquina do Bosque.

1\ t'nergia foi religada no filial da tarde. Hoje, fundo­I\arios do UPJ voltam ao 10-(':tI para i1nalizar a remoção do tronco.

CORRETO POPULAR. DATA:

Risco de desabamentos preocupa Defesa Civil já contabilizou 4 mortes na região devido a desmoronamentos

Janeiro nem terminou e a re­gião de Campinas já contabili­za um número de mortes supe­rior a todo o Verão passado. Se­gundo a Defesa Civil, foram quatro mortes nesta estação do ano contra três registradas no Verão 2005/2006. Do total, três óbitos foram por soterramento (três crianças na região de Jun­dia.o e um por carro arrastado pela correnteza, na área de São João da Boa Vista. O excesso de chuvas preocupa principalmen­te por aumentar os riscos de deslizamento de terra, afirma o diretor regional da Defesa Civil, Sidney Furtado.

"Este ano tivemos um índi­ce alto de precipitações, com chuvas contínuas acompanha­das de temporais fortes. Isso é bem complicado", explica. Furtado lembra que o período de chuvas se antecipou, com as primeiras ocorrências regis­tradas em novembro. A cons­tância das chuvas satura o so­lo, facilita erosões e aumenta as possibilidades de desmoro­namentos.

Furtado cita que na Opera­ção Verão anterior, de dezem­bro de 2005 a abril de 2006, 23 municípios da região adminis­trativa da Defesa Civil foram afetados. "Só este mês já soma-

mos 21 municípios atingidos", diz o diretor. No total, 187 famí­lias ficaram desabrigadas na re­gião, das quais 46 continuam em abrigos públicos. O núme­ro não abrange os casos de fa­mílias que ficaram ou estão alo­jadas em casas de parentes ou amigos.

Em Campinas, pelos dados da Secretaria de Habitação, 16 famílias ficaram desabrigadas. Dessas, três foram encaminha-

das para apartamentos da Com­panhia de Habitação Popular (Cohab). Com as demais famí­lias, a Cohab ainda está estu­dando qual a melhor alternati­va habitacional. No Estado, 607 famílias ficaram desabrigadas e 324 continuam nesta situação.

No Verão passado, o total de famílias desabrigadas em Cam­pinas chegou a 128. Segundo a assessoria da Sehab, o número inferior é resultado das remo-

ções de cerca de 1,5 mil famí­lias que viviam em áreas de ris­co iminente.

De acordo com estatísticas do Instituto de Pesquisas Tec­nológicas (IPT), o município re­duziu em 25% o número de moradias em áreas de risco e re­tirou 60% das famílias que vi­viam em áreas de risco iminen­te. (DM/AAN)

LEIAMAISNAPAGINAB2

Janeiro já acumula 441mm

Campinas registra o maior volume de chuva

acumulada em janeiro desde o início das medições pluviométricas do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 1988. O total de chuva acumulada em janeiro, até agora, totaliza 441mm. O segundo mês de janeiro mais chuvoso foi o de 2005, com 424,7mm. Pela medição do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), realizada desde 1890, o recorde de chuva foi registrado em janeiro de 1899, com 527mm. Pelos dados do IAC, em janeiro de 2005 choveu 452,8mm, contra 239,4mm em 2006. O pesquisador Orivaldo Brunini, do IAC, lembra que ainda faltam dois dias para janeiro terminar e os dados de anos anteriores referem-se ao mês completo. Pela previsão do Cepagri, a partir de amanhã, a nebulosidade diminui gradativamente, com o retorno das condições de sol na maior parte do dia e chuvas localizadas no fim da tarde. No último domingo, a chuva entre 20h e 21h totalizou 37mm. O total acumulado no dia foi de 62,2mm. (DM/AAN)

CORREIO POPULAR. ___ ____ --.l

inÃTA: l __ _

Buraco estraga piso de praça recém-inaugurada Trabalhos de reparo começaram ontem na área de lazer da região do Campo Grande

A chuva constante prejudicou o piso da Praça da Concórdia, inaugurada no Campo Grande há um mês e meio. Ontem fo-

ram realizados reparos no pai­sagismo. Os prob~em~s ~corre­ram na área prÓXlffia a pIsta de skate. O piso cedeu e abriu bu-

raco em uma área de cerca de dez metros de largura.

Além dos estragos causados pela chuva, uma placa de trânsi­to, que indicava a existência de lombada e velocidade máxima de 30km/h, foi derrubada por um veículo que bateu no local.

Ronaldo de Souza, diretor do Departamento de Parques e Jardins (Dpn, disse que os repa­ros no paisagismo foram neces­sários porque a enxurrada es­coou da calçada para a área

próxima à pista de skate e dani­ficou o solo. "Além disto, houve uma grande demanda de pes­soas no local e alguns canteiros foram danificados", afirmou.

Jonas Domingues Paes Ne­to, morador do Parque Valen­ça, sugeriu que uma das solu­ções é reforçar o piso. "A praça é bonita e todos da região gosta­ram. Com esta chuva, a Prefei­tura deve identificar os pontos que devem ser reforçados", dis­se. (Gilson ReilAAN)

PLANEJAMENTO

Desafios do Plano de Educação MARIA ROSELY POLElTO IGNACIO

Para construir um Plano Mu­nicipal de Educação, é preci­so atentar para dois aspectos antagônicos que convergem para uma única finalidade: sua aplicação técnica e o de cumprimento da sua função social. A Constituição Fede­ral em seu artigo 165, reza que deve ser de duração plu­rianual e se constitui num instrumento fundamental pa­ra a construção dos sistemas municipais de Educação. Em nossa cidade, temos três re­des de ensino, e é preciso, pa­ra que não haja superposição e duplicação de meios e es­forços, incluir a articulação de recursos aplicados em Educação para todos de for­ma igualitária e defender po­líticas públicas e concepção

de Educação pautadas em princípios inclusivos e demo­cráticos.

O Plano Municipal de Edu­cação (PME) não pode ser apenas um instrumento escri­to com a precisão das pala­vras, pois de nada adiantaria ao município contratar uma empresa de consultoria para fazê-lo tecnicamente e esteti­camente, o melhor. Assim, toma-se fundamental a parti­cipação como conquista à or­ganização consciente e politi­camente ligada aos interes­ses e expectativas da educa­ção plena. A capacidade de organização em favor de um verdadeiro plano deve supe­rar a perspectiva da institui­ção e ter como centro os re­sultados das lutas em favor da Educação que são históri­cas em nossa cidade, e que não se limite apenas aos gru­pos educacionais da rede mu­nicipal. Ao concebê-lo, preci-

so considerar que dele fazem parte outros grupos e outras categorias organizadas social­mente que compõem a socie­dade como um todo. Pode­mos acreditar e defender um Plano Municipal de Educa­ção quando ele desencadear a revitalização da luta, a so­ma de forças que debatam entre si, mas que sejam uni­das na contraposição ao pro­jeto de Educação e de socie­dade da globaJização neolibe­ralo Ele só será eficaz na medi­da em que for elaborado com os principais agentes de Educação no município, com a sociedade civil organi­zada e sob a coordenação do Conselho Municipal de Edu­cação.

Quando me refiro a estes grupos, prezo pelo conheci­mento da situação educacio­nal do município sobre a di­mensão da rede escolar públi­ca e privada e de outras insti-

tuições que trabalham com educação na cidade.

Outros desafios que vão além do mapeamento da es­trutura organizacional tam­bém devem ser pensados e acompanhados minuciosa­mente pelos conselheiros, co­mo a existência ou não de um estatuto ou plano de car­reira do magistério, atualiza­ção e sintonia com a legisla­ção educacional na esfera municipal, estadual e fede­ral, conhecimento do Plano Diretor, de leis orçamentá­rias, entre outras. Enfim, a responsabilidade e os desa­fios estão em planejar conhe­cendo a realidade em que vai deliberar. Espera-se também que o Legislativo leia, discuta e se interesse pela aprovação do plano, independente de posições partidárias.

A continuidade de uma es­cola cidadã que todos esta­mos construindo em Campi-

nas, deve ter como princípio norteador uma estratégia de participação popular. O pla­no que estamos construindo democraticamente e que res­peita a história da Educação em nossa cidade tem tudo pa­ra ser eficaz, pois inclui os an­seios da comunidade educa­cional e da sociedade civil or­ganizada desde o início do processo. Faço um chamado a todas as pessoas que se preocupam com Educação em nossa cidade, que é preci­so defender a Educação co­mo defende o acesso aos bens de consumo, ao trans­porte, ao saneamento básico, à moradia, à segurança, à saúde, ao trabalho ... Tendo a educação como fundamental para a sua qualidade de vida, o plano terá sucesso.

_ Maria Rosely Poletto Ignácio é professora de Educação-Relaçães Econômicas e Tecnologia da RME e conselheira municipal de Educação

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Espero que

eu consiga desfilar em Campinas; eu sou um folião de carteirinha. Luis Augusto Castrillon de Aquino Presidente da Sanasa

Ao falar sobre as expectativas para o desfile das escolas de samba de Campinas, que neste ano será realizado na Avenida Magalhães Teixeira • com arquibancada para !

10 mil pessoas e apoio daSanasa.

i CORREIO POPULAR: : DATA: =~=~

MORADIAS 111 RMC

Prefeitos se unelD por verbadoPAC

Campinas, Hortolândia, Sumaré e Monte Mor formalizam documento conjunto

para reivindicar 5 mil casas populares

11 Da Agência Anhangüera

Prefeitos de Campinas, Suma­ré, Hortolândia e Monte Mor prometeram ontem pressionar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PI) para que os muni­cípios sejam incluídos nos pro­jetos habitacionais previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado na semana passada pelo gover­n9 federal. Reunidos no final

Pedido será entregue a Lula na próxima sexta-feira da manhã em Campinas, os prefeitos decidiram que vão pe­dir ao presidente a injeção de R$ 170 milhões para a constru­ção de 5 mil moradias para a população de renda familiar de até 3,5 salários mínimos. De acordo com os prefeitos, a Re­gião Metropolitana de Campi­nas CRMC) possui déficit habita­cional que pode chegar a 80 mil moradias.

Lula estará em Campinas na próxima sexta-feira para a inau­guração da Estação de Trata­mento de Esgotos Anhumas -chamada pela Prefeitura de "a maior obra de saneamento do Interior do Estado". De acordo com o prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos (PDT), os quatro municípios resolve­ram aprovar a pauta conjunta por terem problemas comuns. O prefeito diz que a RMC preci­sa ser incluída no PAC por uma razão simples. "O próprio go­verno federal, quando lançou o

programa, mostrou que 52% do déficit habitacional do País está localizado nas regiões me­tropolitanas", disse.

No documento aprovado ao final da reunião, os prefeitos vão pedir dinheiro para a cons­trução de 2 mil moradias em Campinas e mil em cada um dos outros três municípios. Pe­dem ainda que os programas sejam aprovados e viabilizados entre 2007 e 2008. O déficit ha­bitacional em Campinas é de aproximadamente 40 mil mora­dias.

De acordo com os prefeitos, as 5 mil unidades são priorida­de absoluta. "Nossas necessida­

·des são muito maiores, mas precisamos atender prioritaria­mente a população mais caren­te e aquela que vive em áreas de risco", explicou o prefeito de Hortolândia, Angelo Perugini (PI). O prefeito diz que Horto­lândia precisaria de pelo me­nos 17 mil novas moradias pa­ra suprir as necessidades do município.

"A demanda é maior, mas te­mos de pedir o que é plausí-

vel", disse o prefeito de Sumaré José Antonio Bacchim (PI). O prefeito disse que aceitou a pro­posta de um projeto conjunto por acreditar que as chances

de sucesso são maiores. "Te­mos certeza que, se trabalhar­mos de forma solidária, a possi­bilidade de êxito é muito maior", afirmou. O prefeito de

Monte Mor, Rodrigo Maia (PS­DB), foi o único que mandou representante. O déficit habita­cional na cidade é de 2,3 mil unidades.

Os prefeitos disseram que na proposta a ser feita ao gover­no federal já estarão indicadas algumas áreas passíveis de utili­zação. Em Campinas seriam' no entorno de Vrracopos, na re­gião do Matão e Campina Ver­de. Os projetos habitacionais prevêem que para cada 300 mil metros quadrados deverão ser construídas mil unidades. Pre­vêem ainda que cada conjunto deverá estar próximo a outros equipamentos públicos, como escolas, postos de saúde. e com infra-'estrutura já implantada.

O superintendente regional da Caixa Econômica Federal (CEF) , Isaac Samuel dos Reis, lembrou, no entanto, que a aprovação de projetos deste ti­po não costumam ocorrer num período menor que 12 me­ses. "Mas o mais importante agora é garantir a inclusão dos pn?,gr~as no orçamento fede­ral ,dIsse.

A fRASE

"Temos a identificação da conurbação; nossos· problemas são muito parecidos." HÉLIO DE OLIVEIRA SANTOS (PDn Prefeito de Campinas

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Eleio AlveslAAN

o prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDn: contra novo aeroporto

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O sítio aeroportuário de Viracopos: pelo cronograma iniciaI, pista só seria construída a partir de 2009

: DATA:

A chance de ~ renovaçao no·

_Congresso Os eleitores brasileiros acostumaram-se a dar pouca importância à sucessão da Presidência e formação de comissões nas Câmaras e Assembléias Legislativas. O desinteresse sempre foi pautado pelo pouco conheci­mento das reais atividades desenvolvidas pelo Legislati­vo, não raro confundido como um portal de atendi­m~n~o a favo~es .pessoais e defesa de interesses corpo­ratiVIstas. A slgruficância da alternação do poder inter­no não chegava ao eleitor comum até os sucessivos es­cândalos que projetaram as figuras dos presidentes das casas legislativas como mentores da abertura de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPls).

O caso da eleição de Severino Cavalcanti (PP-PE) em 2005 veio mostrar o quanto uma escolha equivoca-

- da - ou deturpada por fatores políticos - pode ter conseqüências nefastas para uma nação. Na ocasião, Luiz Eduardo Greenhalgh (PT -SP), Virgílio Guimarães (PT-MG) e José Carlos Aleluia (PFL-BA) disputavam a presidência, com nítida vantagem do primeiro, ainda que a decisão somente devesse surgir em segundo tur­no. Aparecido como candidato alternativo das banca­das ruralistas e outros partidos de base - o chamado baixo clero - Cavalcanti foi menosprezado pelos go-

vernistas.

A decisão não deve conter novos sustos para o Planalto .. Mesmo com o segundo turno, deve prevalecer a eleição de Chínaglia

O resultado foi uma das maiores derrotas políticas de Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro golpe de seu gover­no. Expôs a fragilidade das ne­gociações entre parlamenta­res, uma sucessão de erros e traições entre os deputados aliados e um resultado final impensável. Severino foi pre­sidente da Câmara, renun­ciou para não ser cassado, foi humilhado com um inflama­

,do discurso de Fernando Gabeira (PV-RJ) e não conse­guiu a reeleição em 2006.

Nesta quinta-feira, mais uma vez estará sendo lança­da a sorte entre os deputados. Ao instar pela reeleição de Aldo Rebelo (PCdoB-SP), o presidente foi confronta­do pelo seu próprio partido, que lançou a candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP), obrigando Lula ao recuo. Recuaram também os deputados tucanos, que inicial­mente pendiam para a candidatura petista e tiveram a surpresa do nome de Gustavo Fruet (PSDB-PR).

A decisão desta semana não deve conter novos sus­tos. para o Planalto. Mesmo com o segundo turno, de­ve prevalecer a el~ição de Chinaglia. Mas o sinal já foi d~d~: o presidente terá que ampliar seu poder de nego­claçao neste segundo mandato, onde já se promete marcação cerrada, especialmente em relação às nefas­tas Medidas Provisórias, que, ao menos no discurso te-- ' rao que se mostrar realmente relevantes ~ urgentes, co-

mo previsto na Constituição. O que se espera é que nesta nova fase que se inicia

com o Congresso renovado, o poder Legislativo tenha realmente forças para se impor com serenidade e éti­ca. Os primeiros testes serão a eleição à Presidência o reajuste dos próprios salários e o comportamento dos políticos envolvidos em escândalos que lograram vol­tar pelo voto ou tentam reaver seus direitos a contra­gosto do voto popular.

... I \ i,< '1 .. \ 1',\'

RICARDO ALÉCIO - Interino

gos", disse ele, com cara de A ausência de Aurélio poucos amigos.

Cláudio não passou desper-cebida, justamente porque o Flôres presidente da Câmara assu- Já assentado na nova le-

Xeque-Mate Ausência ...

[email protected] _____________ .. __________ ' _______ = __ =====::::::.:=_====_=::::::.:_~ me agora a função deixada genda - o PDT -, o ex-tuca--==-= __ -- _--------::=--::._=---=-~ _________ --== por Guilherme Campos no no Antonio Flôres estava eu-

'Deputado fresco' 1 Executivo e poderá coman- fórico ontem na solenidade dar a Prefeitura, na hipótese da saída de Guilherme Cam­de o prefeito ficar impedido pos do Executivo. Disse que

A cerimônia em que o deputado federal Guilherme i por algum motivo. Na soleni- foi muito bem acolhido no Campos Júnior (PFL) se desincompatibilizou do cargo de I dade de ontem, havia seis se- novo partido e que foi, inclu-vice-prefeito de Campinas, ontem à tarde, no Salão I cretários municipais - entre sive, indicado para assumir a Vermelho da Prefeitura, teve alguns instantes de I eles, a chefe de Gabinete Ro- Comissão de Educação, Cul-descontração, mas reservou grandes doses de I sely Nassim Jorge Santos -, tura e Esportes. Vai, ainda, in-constrangimento. Eleito com mais de 103 mil votos ! um secretário estadual .-- tegrar as comissões de Políti-espalhados p'" quase todo o Estado, Guilherme saudou o I GuHhenne Ar. r Dom ;,'gos - ca Sodal e Defesa das Crian-

; seu colega Walter Hihoshi (PFL) - também eleito em e nada menos que 11 verea- ças. I outubro passado - como sendo "deputado fresco". dores. Aurélio disse que L. __ ,._'" ". ' acompanhou "o finalzinho" Cruz na Fiesp

... " ' - I da cerimôl1l,·a. O advogado e ex-vice-pre-'D t d fi ' 2 feito de Campinas Carlos epu a o resco I ••• e equlvocos Cruz toma posse hoje no

Como se não bastasse, ainda sapecou esta pérola: "Deputado fresco, em Campinas, não sei não! Ainda mais com essa exposição que colocaram no saguão da Prefeitura, que serve só para aumentar ainda mais a

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"

De manhã eu já havia

conversado com ele (GUIlherme Campos Júnior) e desejado boa sorte.

! O locutor oficial da Prefei- Conselho Superior do Meio fama da cidade", brincou tura dificilmente vai esque- Ambiente da Federação das ele, num infeliz parêntese cer a solenidade de desin- Indústrias do Estado de São aberto durante o discurso compatibilização de Guilher- Paulo (Fiesp). Ele foi convida-solene. A exposição a que me Campos. Primeiro, errou do pelo presidente do conse-Guilherme se referia era a o nome do deputado Walter lho, Walter Lazarini, e pelo mostra de fotografias Hihoshi (falou Daniel e de- presidente da Fiesp, Paulo "Campinas, travestis morou alguns instantes até Skaf. contam sua história". O i perceber o equívoco), mas o plen,ári, o,,' I,otado, riu." I pior ainda estava por vir. Ao

_______ _ _ _ _ ___ _ __ -..------J chamar à mesa o secretário -:-: =:.....-------1 Estadual do Emprego e Rela­ções de Trabalho, Guilherme Afif, o locutor cometeu um

, I erro muito comum ao trocar , : o Domingos por Domingues.

; Só que Afif parece ainda não ! ter se acostumado com isso : e, assim que pegou o micro­,fone para discursar, dispa-

Ação A Ordem dos Advogados

do Brasil (OAB) ingressou on­tem com lima ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contra a pensão vitalícia con­cedida ao ex-governador do; Mato Grosso do Sul José OrcÍ- ' rio dos Santos, o Zeca do PT. O benefício foi aprovado no : final do ano passado.

I' rou: "Corrigindo o cerimo­nial. Meu nome é Domin- Colaborou: Tole Nunes

I' J

-: Aurélio Cláudio (POn, presidente da Câmara de Campinas, que não compareceu na solenidade de desincompatibilização do vice-prefeito.

fTh;;:;;sume O deputado federal Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), de Piracicaba, assumirá interinamente a presidência do diretório paulista do PSDB. Ele ocupará o cargo do deputado estadual Sidney Beraldo (PSDB-SP), que agora é secretário de Gestão do governo Serra. "Como aceitei o desafio de estar no governo Serra, tenho de me dedicar ao máximo pelo nosso Estado. O PSDB paulista continuará sua caminhada de vitórias e estará sob o comando de um grande companheiro, o deputado Thame", disse Beraldo em nota oficial. A presidência interina do PSDB-SP foi repassada a Thame na primeira reunião do ano do diretório, ontem.

rCorúiEIO POPULAr-z. DATA:

• correIO E-mai!: [email protected]

Meio ambiente Marcos Roberto Boni Advogado e ambientalista, Campinas

- No Correio de 26/1 há a informação de que o dr. Hélio irá reforçar ações de cunho ambiental e de crescimento sustentável. Assim, quero fa­zer chegar ao conhecimento do digníssimo prefeito que a Prefeitura poderia iniciar suas ações através do cumprimen­to da lei municipal 6.741/91, a qual determina que a Prefei­tura plante árvores às mar­gens dos rios e córregos que cortam Campinas, e lei 11.571/03 que determina que

a Prefeitura plante 100 árvo­res a cada um quilômetro de calçadas.

Rodoviária 1 José Geraldo R. Mattoso Ferroviário aposentado, Campinas

_ A construção da nova ro­

doviária, a mais ou menos 500 metros da atual, é fato consumado. (. .. ) Com essa mudança, o caos con~m~ar~ ocorrendo, pois a tendencIa e aumentar a frota. Inúmeros leitores deste jornal já conde­naram a mudança, inclusive eu em 20/4/05. O senhor pre­feito quando candidato, com­pro~eteu-se no Sindi~ato dos Ferroviários da Mogmna a levar o VLT às regiões dos DICs, compromisso que fica­rá para a lista de prom~ssas que jamais serão cumpndas, às calendas gregas. Porque a nova rodoviária irá ocupar o espaço físico para o prometi­do VLT. E o término do túnel abandonado há vários anos, não tem prioridade?

Rodoviária 2 Francisco de Lagos Coord. Comunicação Prefeitura de Campinas

_ O engenheiro Sérgio.L~­me Romeiro tem todo o dIreI­to de discordar da localização da nova rodoviária mas, la­mentavelmente, demonstra desconhecimento da Legisla­ção que trata dos pro~ces~os li­citátórios. A concorrenCla pu­blica nacional que acaba de ser concluída pela Prefeitura cumpriu todos os requisitos legais estabelecidos para um certame dessa ordem, em es­pecial os que tratam da am­pla divulgação, dando oportu­nidade a todas as empresas e consórcios do Brasil em parti­cipar, desde que respeitasse!ll as regras editalícias e legaI~. Imoralidade seria descumpnr alei.

Galhos de árvore danificam telhado de casa de professora \ proft'ssora Silvia (;ardini já ,'an·<,ou de ver o telhado de sua casa danificado devido a()~; galhos altos de uma <Írvo­r(,. A moradora da Rua Padre )o,io Francisco de Almeida, 110 j aqnara!. em t;;lI11pinas, il{1O sofre sozinha com o nro­bJema. ELt afirma que J;lui­tos 111Oradorcs da rua regis­traral1l queixas na Prefeitu-1 a, i<i que a planta tambt;m danifica as calhas das casas.

"/\cho que () lTIelhor mes· IlJO é fetirar essa úrvore por­que d Prefeitura demora pa­ra vir fazer () seniço e ()~ ga­lhus nesct'1Tl muito rápido. A ~;oJ\lção l; cortar o IlIal pc, 1<1 rail", defelldI' a Illorado-

ra. A estudante F,ítima Apa­[ecida Dias também diz es­tar insatisfeita. "f: um terror essa <Ír\ore por aqui. Passo pelo trecho todos os dias l'

percebo como ela incomo­da."

M. A l'refei til ra i 1/ fónl/ol! qllc l'(fi i'tlI'mnilll/{/r '({ rcc/({-1I/({\·t!O {l{/ m () ])1'1'(/ na IIIcn to de Prlrqucs (' jardins Ij)}>}), p{{ra qlle llll/a eqllipe faça 1/111 lu lido técnico d{/ áruore c on({/i,\c os nccessid{/{/cs dc re­I i roda ou llOd({, Segll rido {/ Prcfc/llIrd, coso (l lÍnlore ne­cesSite de algllfl/a interl'en, \'ÚO, () sC/Ti\'o será inclllído 11(1 progW/lIOÇ'{/O,

Ner!velton Araujo/AAN

Imóvel na Rua Padre João Francisco de Almeida: transtornos

I.I.)!.) RCI(") I)()l~t '1\ ,'{ .,' \. [. " \ " "" l ,,' '.

METROPOlIZAÇÁO 111 ATENDIMENTO

Secretário propõe Saúde regionalizada na RMC Câmara temática receberá sugestão para unificar os serviços de urgência

[I NiceBulhões 11 DAAGENCIAANHANGUERA

: [email protected]

Cerca de 40% dos 10 mil pa­cientes atendidos mensalmen­te, em média, no Pronto-So­corro da, Vila Padre Anchieta, em Campinas, são moradores de outros municípios, como Hortolândia e Sumaré. Aproxi­madamente 30% dos atendi­mentos nas emergências dos hospitais Dr. Mário Gatti e Cel­so Pierro também são feitos a moradores de outras cidades. Esta "invasão" de usuários de

PS Padre Anchieta atende 4 mil pessoas de outras cidades

fora de Campinas motivou o secretário municipal de Saú­de, José Francisco Kerr Sarai­va, a propor uma parceria com as prefeituras da Região Metropolitana de Campinas (RMC) para a criação de políti­cas metropolitanas de saúde, focando os atendimentos de urgência e emergência. A pro­posta será apresentada oficial­mente na próxima reunião da Câmara Temática de Saúde do Conselho de Desenvolvimen­to da RMC, que ainda não tem data marcada.

"Precisamos ter um pensa­mento metropolitano, em es­pecial nas áreas de urgência e emergência", disse Saraiva. "A proposta é que façamos uma avaliação das invasões e frente à isto identifiquemos as unida­des de saúde que fazem aten­dimentos a usuários de vários municípios para adequarmos as instalações e comprarmos equipamentos que podem ser financiados através de uma gestão metropolitana, sendo

os recursos pleiteados junto aos governos federal e esta­dual", explicou.

A proposta, bem como a for­ma de gestão metropolitana, será apreciada nas reuniões da Câmara de Saúde, que já iniciou as discussões no ano passado. "A RMC se comporta hoje como um sistema de va­sos comunicantes, já que não há cercas nem muros entre os municípios. A universalidade do Sistema Único de Saúde (SUS) determina que todos têm direito à saúde."

Segundo o secretário, o PS Padre Anchieta fica muito pró­ximo ao município de Horto­lândia e <lé natural que os mu­nícipes hortolandenses procu­rem o atendimento." Acrescen­tou que isto acontece na re­gião Sul da cidade, onde os campineiros procuraram a

Santa Casa de Valinhos. A dona de casa Maria de Fáti­ma Cardoso dos Santos, mo­radora de Hortolândia, bus­cou ontem os serviços do PS Padre Anchieta para o fi­lho Jucélio, de 16 anos, que tem bronquite. "Aqui a gen­te consegue a consulta e, em Hortolândia, precisa­mos esperar dias para pas­sar pelo médico." A auxiliar de limpeza Maria Lúcia da Silva, também moradora de Hortolândia, disse que no município onde mora não consegue atendimento de imediato. "A gente é obriga­do a correr para cá, que às vezes demora até cinco ho­ras para nos atender, mas nos atende."

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"A proposta vem em bom tem po e é viável, . mas precisamos aprofundá-Ia mais na reunião da Câmara Temática de Saúde."

CORREIO POPl 'L,\R 1);\T A:

Protesto denuncia falta de médicos No módulo de saúde do Jardim Fernanda, banheiro serve para guardar remédios

Falta de médicos, equipamen­tos e remédios, farmácia den­tro de um banheiro, infiltra­ção de água, bolor nas pare­des, cheiro de esgoto e serviço de inalação com poeira no quintal. Estas foram algumas das situações de abandono no módulo de saúde do Jardim Fernanda, denunciadas on­tem em protesto realizado por moradores da região.

O módulo de saúde do Jar­dim Fernanda integra o Cen­tro de Saúde do Jardim São Domingos e sua estrutura não comporta a demanda, pois atende uma população de. 50 mil pessoas, moradores dos jardins Fernanda 1 e 2 e do Campo Belo. Entre outras de­núncias, os moradores mostra­ram que o local não possui ex­tintor de incêndio, ambulân­cia, área de ventilação, nem aparelho para esterilizar equi­pamentos odontológicos e os utilizados em curativos.

Uma das representantes do Conselho Local de Saúde, Odi­la Maria de Jesus, disse que os moradores que necessitam de

atendimento méd~co vivem es­ta situação há mais de dez anos e aguardam medidas ur­gentes do poder público. "O

ideal é criar um Centro de Saú­de próprio para esta popula­ção", disse.

Francisca Brasil, integrante

da Associação de Morado­res da Jardim Fernanda, dis­se que o módulo de Saúde é o retrato do abando e da fal­ta de atitude do poder públi­co. "Além de não haver rede de esgoto em toda a região, o local não possui área para estoque de remédios e um banheiro de fossa foi adapta­do para isto", afirmou.

O secretário municipal de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva, disse ontem que já visitou o local e reco­nheceu ser um módulo de Saúde precário. "Um terre­no está sendo procurado no bairro para construção de um Centro de Saúde na re­gião", disse. "Até o final des­ta semana escolhemos o ter­reno e iniciamos as obras. Há previsão de verba no or­çamento para este novo Centro de Saúde", afirmou. De imediato, Saraiva disse que haverá locação de no­vos médicos para o módulo do Jardim Fernanda e a pre­visão é de iniciarem em mar­ço. (Gilson Rei/AAN)

('ORRFIO POPl 1,\R

FALTA DE EDUCAÇÃO 111 CRIME

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VandalislDo é a 2ª causa de lDobiIização da GM No ano passado, guardas municipais atenderam a 465 ocorrências desse tipo

Ii MariaTeresaCosta DAAGrNCIAANHANGÜ ERA

[email protected]

o vandalismo chegou à Aveni­da Princesa D'Oeste - sob o Viaduto Laurão -, área públi­ca inaugurada há menos de dois meses em Campinas. Um dos monumentos feitos em ho­menagem a Carlos Gomes foi depredado, com a retirada d~ três canos de cobre que inte­gravam a obra de arte inspira­da na peça Maria Tudor. Um grupo de garotos praticou o furto enquanto um outro des­pistava os guardas municipais que tomam conta do local. Ocorrências como esta e tam­bém pichações, destruição de telefones públicos, bancos de

Monumento à peça de Carlos Gomes teve canos roubados praça e lâmpadas; apedreja­mento de prédios públicos, e fogo em cestas de lixo fazem parte do vandalismo pratica­do em larga escala em Campi­nas, mas pouco punido, por ser difícil o flagrante.

Um levantamento feito com base na atividade da Guarda Municipal de Campi­nas (GMC), divulgado na se­mana passada pela Secretaria de Cooperação em Assuntos de Segurança, dá uma noção do quanto a cidade é vítima da fúria juvenil (e também de adultos). A GMC atendeu, no ano passado, 465 ocorrências envolvendo atos de vandalis­mo, o dobro do que atendeu em 2005 (233 ocorrências) ou seja, mais de um caso por dia. Só de flagrante de pichações foram 64.

O tamanho do vandalismo na cidade é bem maior, já que nesses números não estão as ocorrênias atendidas pela Polí­cia Militar (PM). A O PM inclui o vandalismo no item "da­nos", em que ~stão também

danos provocados, por exem­plo, por acidentes. A Secreta­ria de Estado da Segurança Pú­blica informou que não possui estatística sobre vandalismo.

2ªnoranldng Depois da atividade comunitá­ria de auxílio à população, os atos de vandalismo foram os que mais mobilizaram os guar­das municipais, mais inclusive que furto, roubo ou tráfico de entorpecente. E também uma das mais frustrantes. Um guar­da que pediu para não ser identificado contou que às ve­zes a corporação fica desani­mada em levar jovens para a delegacia porque no dia se­guinte volta a vê-los circulan­do pelas ruas. "Ocorreu de pe­garmos em flagrante três rapa­zes quebrando o banco de uma praça na Vila Industrial. Conduzimos os rapazes ao 1 º Distrito Policial e uma hora de­pois eles estavam na rua. Isso

é frustrante, porque tínhamos pego os jovens em flagrante", contou.

O secretário de Segurança, Mário de Oliveira Seixas, dis­se, no entanto, que a GM com­pete deter os suspeitos e levá­los à delegacia e, a partir daí, o que ocorre está fora da esfera de responsabilidade da Guar­da Municipal. "Temos feito nosso trabalho e estamos bus­cando uma ação integrada com a Polícia Civil. Queremos materializar essa integração com as polícias civil e a mili­tar", comentou.

O secretário avaliou que metade dos atos de vandalis­mo acontecem no Centro, cer­ca de 20% no Cambuí e o res­tante espalhados pelos bair­ros. O flagrante ocorre por aca-

so, durante o patrulhamento de rotina. Mas não é tão por acaso assim, corrigiu. 'Temos as estatísticas, monitoramos os locais onde mais existem determinados crimes e reforça­mos o patrulhamento", afir­mou.

Balanço A Guarda Municipal de Campi­nas (GMC) fechou 2006 com um volume de ocorrências 17 vezes maior do que realizava há dez anos, quando foi cria­da. Levantamento divulgado pela corporação mostrou que foram atendidas 21.641 ocor­rências, a maioria delas (2,5 mil), em auxílio ao público. "Is­so mostra que a Guarda Muni­cipal está cumprindo a missão para a qual foi criada. Está acontecendo uma real aproxi­mação com a sociedade, com uma atuação claramente co­munitária", acrescentou o se­cretário.

A GMC tem hoje um efetivo de, 639 homens e deveria ter, conforme a provisão legal, 1,3 mil. O aumento do efetivo, no entanto, está na dependência de a Prefeitura conseguir dar uma solução para o Plano de Cargos e Salários que está sen­do discutido na Justiça. O au­mento do efetivo depende também de um aumento de re­ceita, já que a Prefeitura está próxima da margem prudecial

, de comprometimento da fo­lha de pagamentos, o que im­plicaria descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Hélio prepara ações contra pichação Medidas que já eram para ter sido anunciadas entram em vigor em 1 º de fevereiro

A Administração municipal adiou, mais uma vez, o conjun­to de medidas que será adota­do em Campinas a partir de 1 Q

de fevereiro para combater as pichações na cidade. O anún­cio deveria ter acontecido há duas semanas, mas o coorde­nador de Comunicação, Fran­cisco de Lagos, informou que os dados estão sendo fecha­dos e que a data de implemen­tação está mantida para o pri­meiro dia de fevereiro. Além dos 64 flagrantes feitos pela Guarda Municipal, a corpora­ção foi acionada no ano passa­do para averiguar outras 67 ocorrências em que não conse­guiu chegar a tempo de fazer o flagrante.

O monitoramento eletrôni­co é uma das ações que esta­rão previstas no movimento anti-pichação. Alguns locais já começaram a ter câmeras ins-

Principais ocorrências Auxílio ao Público Atentado Violento ao Pudor Estupro Extorsão Mediante Seqüestro Homicídio Doloso Furto Perturbação Tranqüilidade/Sossego Porte de Entorpecente Porte Ilegal de Arma de Fogo Roubo Lesão Corporal Homicídio I Tentativa Tráfico de Entorpecente Acidente de Trânsito Vandalismo Total de ocorrências atendidas

A ação da Guarda Municipal

2005 2606

02 02 04 07

216 482 163 34

201 121

11 44

375 233

21.262

2006 2598

6 6 4

11 444 407 197 15

263 30

7 51

311 465

21.641 Fonte: Secretaria de Cooperação em Assuntos de Segurança

taladas, como é o caso do mo­numento a Rui Barbosa, no Jardim Carlos Gomes (e que será estendido para toda a pra­ça) e na fachada do Centro Cultural Carlos Gomes, onde está a sede da Banda Carlos Gomes.

Entre as propostas para conter esse tipo de vandalis­mo na cidade, discutidas no­primeiro encontro que reuniu integrantes da sociedade inte­ressados em apresentar suges­tões, está o uso do serviço Dis­que-Denúncia como uma das armas para coibir a ação dos pichadores em Campinas, um reforço da fiscalização da Pre­feitura no comércio de venda de tinta spray e o compromis­so do juiz da Vara da Infância e da Juventude, Richard Pae Kim, de enviar para interna­ção, jovens pichadores reinci­dentes. (MTC/AAN)

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TRANSPORTE III TRANSFERÊNCIA

Orcas têm até dia 7 para deixar terminal

Data foi definida em reunião realizada ontem e alternativos do sistema intermunicipal

garantem que saída será pacífica , Adriana Leite

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I DAAGÊNCIAANHANGUERA

I [email protected]

Os 87 alternativos intennunici­pais do sistema Operador Re­gional Coletivo Autônomo (Or­ca), cujo ponto de parada é a área do antigo supermercado Eldorado, na Avenida Senador Saraiva, têm até as 16h da pró­xima quarta-feira para sair do local. Em reunião ontem no 8ª Batalhão da Polícia Militar, em Campinas, foi acertado entre os representantes dos pernei­ros, proprietários do terreno, PM, comerciantes, locatário e Poder Judiciário que a ordem de despejo será cumprida em oito dias.

Perueiros ainda tentam, na Justiça, reverter o despejo

Os representantes dos mter­nativos prometeram que a saí­da será pacífica. Mas os opera­dores tentavam ontem na Justi­ça, por meio de liminar em um embargo de terceiros impetra­do na última sexta-feira, que a ordem fosse suspensa até a de­finição de um novo lugar para as vans ou a construção do ter­minal intermunicipal na área da nova rodoviária, na Estação Fepasa. Hoje, a Empresa Muni­cipal de Desenvolvimento de Campinas SA (Emdec) e a Em­presa Metropolitana de Trans­portes Urbanos (EMTU) de­vem definir um local para os perneiros.

O advogado que defende os interesses dos alternativos, Fer­nando Vilar Mamede Braga Marques, afirmou que ainda vai tentar impedir a saída do lo­cal. "Na semana passada, de­mos entrada em embargos de terceiros no processo movido

pela proprietária do terreno, FHV Sistemas de Participa­ções, contra a empresa Siste­ma Park, que locou a área para os alternativos, alegando que a atividade exercida pelos pernei­ros é de interesse público e o despejo vai prejudicar um nú­mero total de 24 mil usuários por dia", disse.

Ontem, o advogado despa­chou com a juíza da 5ª Vara Cí­vel de Campinas, Renata Man­zini, que está com o processo, mas até o início da noite a ma­gistrada não havia dado ne­nhum parecer acerca do pedi­do de liminar. "O mais prová­vel é que tenhamos uma defini­ção só amanhã (hoje) à noite ou na quinta-feira", afirmou Marques.

A ação de despejo tramita na Justiça há quatro anos e, em julho do ano passado, foi deter­minado que a locatária desocu­passe a área. Em agosto de 2006, ela fez um acordo com os proprietários de que entrega­ria o terreno em quatro meses, mas isso não ocorreu.

Perneiros e comerciantes instalados no terminal afirma­ram que só souberam do pro­blema quando a ordem de des­pejo já havia sido emitida, no fi­nal do ano passado, e buscam uma saída para o impasse. Contudo, o representante da Sistema Park na reunião de on­tem, Luiz Antônio de Oliveira, garantiu que os alternativos souberam do processo desde o ano passado e tinham conheci­mento da necessidade de dei­xar o terreno. Ele afirmou que o encontro de ontem foi para discutir o procedimento a ser adotado no dia marcado para o despejo.

Venda Antes de solicitar a saída do lo­catário, o grnpo proprietário

ofereceu à Sistema Park a com­pra da área. Mas a empresa não tinha recursos para adqui­rir o terreno. "O valor, segundo a proposta, girava entre R$ 7 milhões e R$ 8 milhões, de acordo com os proprietários. A empresa não tinha condições de comprá-la", disse Oliveira. Ele acrescentou que a ação era pública e todos tinham conhe­cimento do processo.

A representante dos proprie­tários, que preferiu não ser identificada, afinnou que o grn­po está exercendo o direito de requerer o terreno ao locatário. "A ação corre há quatro anos na Justiça e todos tiveram opor­tunidade de comprar a área. O processo é contra a locatária Sistema Park. Não temos conta­to com os alternativos que es­tão no local", salientou. Ela ga­rantiu que os proprietários já têm um prójeto de novo em­preendimento para a área.

O presidente do Sindicato do Transportes Alternativo (STA), Rubens Pires, afirmou que os perneiros vão sair da área pacificamente. O proble­ma é definir outro local para que os alternativos possam usar como terminal para os usuários. "Vamos conversar com a EMTU e a Emdec e defi­nir como resolver essa ques­tão. Cabe ao Estado verificar o que pode ser feito, já que ele re­gulamenta o sistema."

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A Emdec informou que reali­zará uma reunião hoje com re­presentantes da EMTU. A pro­posta é transferir os alternati­vos para a Radial Penido Bur­nier, local onde há um termi­nal da empresa Ouro Verde, com ônibus que vão para bair­ros do município de Sumaré. Antes da mudança, será neces­sário colocar abrigos e sinalizar os pontos. A área fica próxima ao atual terreno.

Transferência preocupa os comerciantes

os comerciantes . instalados na área do

terminal dos alternativos estão preocupados com o seu destino após a desocupação do terreno na Avenida Senador Saraiva. Representantes da Serviços Técnicos Gerais (Setec) que estiveram na reunião de ontem informaram que eles não são permissionários da autarquia, pois estão em local privado. "Só fomos informados do despejo ontem (segundLl-feiraJ. Não sabemos o que vai acontecer com os comerciantes. Esse é o

ganha-pão de todos que estão no local", lamentou o proprietário de uma banca de frutas, José dos Santos Trindade, de 42 anos. A também comerciante Antônia Sueli Serafim da Silva, de 32 anos, afirmou que todos estão preocupados com o despejo. "Eu sobrevivo do que vendo no terminal. Não sei o que vou fazer se tiver que sair de lá." Ela mora na periferia de Campinas e contou que sempre trabalhou vendendo verduras. "O ponto no terminal é muito bom", disse. Ela e outros cinco comerciantes não

conseguiram participar da reunião ontem pela manhã, no 8Q Batalhão da Polícia Militar. O terminal dos alternativos reúne 16 linhas de vans. No total, 87 veículos têm ponto no local. Os operadores intermunicipais transportam passageiros para as cidades de Sumaré, Hortolândia, Cosmópolis e Paulínia. De acordo com a Emdec, a freqüência do local é de 60 microônibus por hora. A EMID é a responsável por regulamentar e fiscalizar a operação dos intermunicipais. (AL/AAN)

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lernresumo _J I

os lâdos

I CALENDÁRIO

'Nossa Caixa fará pagamento escalonado dos servidores

_ A Nossa Caixa fará o pagamento escalonado de salários, benefícios e

I proventos dos funcionários públicos (ativos e inativos) e pensionistas nos meses de fevereiro e março. O escalonamento obedece ao

i calendário estabelecido pelo i Decreto 51.518 de 29 de janeiro, publicado no Diário Oficial do Estado ontem. Os pagamentos de fevereiro

serão feitos dias 5, 6 e 7. As mesmas datas e escala valerão para março. Dia 5, receberão os inativos, pensionistas e beneficiários de pensões especiais e de complementações de aposentadoria. Já no dia 6, o pagamento dos servidores contratados pela Consolidação das Leis Trabalhistas. E, dia 7, os funcionários ativos. (AAN)

· ('URRFIO POPl: 1.:\ R DATA:

CONCURSO

Prefeitura divulga gabarito da prova de seleção de estagiários

_ o gabarito da prova do processo seletivo de admissão de estagiários para a Prefeitura de Campinas foi publicado na edição de ontem no Diário Oficial do Municipio e as notas serão divulgadas no próximo dia 9. Metade dos 3.691 inscritos no processo faltaram no

domingo passado á prova, realizada no campus 1 da PUC-Campinas. O índice f;ra. esperado, segundo a Administração municipal, " porque não houve cobrança de taxa de inscrição. O estágio será de seis meses, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. (AAN)

Terreno abandonado serve como abrigo para roedores A professora Edmir Valentin não suporta mais encontrar todos os dias animais peço­nhentos e roedores ao redor de um lote na esquina das ruas Bernardo de Campos e Ricardo Tím, na Ponte Preta. em Campinas. Na avaliação da moradora do bairro, falta fiscalização da Prefeitura. "Es­se terreno está nesta situaçao há um bom tempo. Quem so­fre com isso tudo são os mo­radores vizinhos", declarou.

A dona de casa Maria Lú­cia Gomes também se quei-

xa. Ela explica que na época de chuva a situação tlca ain­da pior. "Fico realmente mui­to desapontada em encon­trar esse terreno nesse esta­do. Nós. moradores do bair­ro. que sabemos como (; difí­cil conviver com isso". afir­mou.

.Ii 11 Prefeitllra il/formoll qlle li Coordenadori({ de Fism­lizaçrlo de Terrenos (Cofin /'('­rifimrrí (( r('rlamaçôo e se (I

proprierúrio já foi f/otifimdo (/ deixo r () !ocolliml)().

RogeT!o CJp~l(j/AAN

Lote abandonado na Ponte Preta: siluaçào piora com a\ chuva~

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V" M t IJácomeçou ~eque- a e I Eabrigaentreospedetis-

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tas na Câmara já começou.

a pouco, equiparar os direi­tos de seus cidadãos GLI­IBs com o restante da socie­dade - tendo aprovado até mesmo uma lei que crimina­liza a homofobia (. .. ), é inad­missível esse tipo de com­portamento vindo de um ho­mem público, em um espa­ço público", diz o presiden­te do grupo, Deco Ribeiro.

, Leonice da paz está discutin-RICARDO ALECIO - Interino do com a bancada sua indi-

I, ricardo,alecio@rac,com.br ____________ _ '=::=~~~~~~~~-~~~~-~-~~~~~~~~~ cação à única vaga do parti­;=: --- ~ do na Comissão de Política

I Urbana e Meio Ambiente. Barbas de molho 1 I Mas José Carlos Silva tam-

Os vereadores do PDI em Campinas estão com as barbas de mollio. Com a chegada de Antonio Flôres e Pedro

! Serafun, a bancada sobe para nove vereadores. A preocupação se dá porque dificilmente o partido irá conseguir eleger esse número de parlamentares nas próximas eleições - o cálculo é que faça entre quatro e seis vereadores na cidade. Ou seja, tem gente que vai ficar de fora da Câmara em 2008. Em 2004, a legenda elegeu três parlamentares: Aurélio Cláudio, Carlão Chiminazzo e Vmícius Gratti.

Barbas de molho 2 Paulo Oya (ex-PSB), Leonice da Paz (ex-YfB), José Carlos Silva (ex-PFL), Luís Yabiku (ex-PSDB), além de Flôres e Serafun, também egressos do PSDB, migraram para o partido depois da última eleição. E

a frase

, , É uma marcha da insensatez

duas forças aliadas ( .. .) não encontrarem uma fórmula, ainda que complexa, de sairmos

é claro que a preocupação maior é dos que fazem menos votos. A matemática ainda vai depender de diversos fatores, mas a disputa interna por espaço e votos promete ser acirrada.

todos desse episódio unidos, Ciro Gomest deputado eleito e ex-ministro da Integração Nacional, ao defender um acordo na disputa pela presidência da Câmara.

bém acabou entrando na disputa e agora há um im­passe a ser resolvido. Há quem garanta que a vereado­ra ficou indignada com a "atravessada" do colega, já que ela integrava a comis­são até o ano passado e plei­teava presidir o colegiado es­te ano.

Repercussão 1 Repercutiu muito mal

junto ao público GLS as de­clarações de Guilherme Campos Júnior (PFL) , que assume o mandato de depu­tado federal amanhã, no dis­curso de despedida do Exe­cutivo de Campinas, publica­das ontem nesta coluna. O ex-vice-prefeito disse que a exposição Campinas, traves­tis contam a sua história, no Paço Municipal, "serve só para aumentar ainda mais a fama da cidade".

:' Repercussão 2 'li o grupo E-Jovem de Ado­: lescentes Gays, Lésbicas e I Aliados protestou e classifi­I cou as declarações do pefe-lista como "homofóbicas e transfóbicas". "Em um país que está procurando, pouco

Cirurgias O vereador Francisco Sel­

lin (PSDB) esteve visitando o hospital Celso Pierro, na semana passada, e ficou im­pressionado com o que viu. Segundo Sellin, o hospital da PUC tem capacidade pa­ra atender muito mais do que os 288 procedimentos cardíacos anuais que atende pelo SUS. O hospital estaria capacitado para fazer cirur­gias bariátricas (para obesi­dade mórbida) via SUS. Sel­lin está convencido que os hospitais de Campinas têm capacidade para ampliar os procedimentos via SUS.

Consea O Conselho de Segurança

Alimentar (Consea) fará uma plenária amanhã, no auditório da Cati, em Campi­nas, das 13h às 18h. Na pau­ta está a definição de temas para a próxima conferência estadual e também a eleição dos 22 delegados. Quem avi­sa sobre a reunião é o advo­gado Nivaldo Dóro, conse­lheiro do Consea.

Coincidência de Itu o deputado federal não-reeleito Neuton Uma (PTB), envolvido no escândalo dos sanguessugas, já desocupou o gabinete em Brasília. Mas uma coincidência quase macabra vai continuar ligando o político ao episódio. Com O fim, dos trabalhos na Capital, Izildinha 1Jnares, a ex-chefe de gabinete do parlamentar de Indaiatuba, vai traba.lbâi.- em ltu, cidade para onde foram transferidas rece~mente as ambulâncias compradas a partir de etnehdas apresentadas por Neuton e que ainda estão sob inves~o. Ironia do destino: Izildinha poderá, eventualmente, até ser uma usuária de um dos veículos

I que ela mesma ajudou a comprar. -----------------

'('()RRFIO P()litil" '\R DATA:

As mortes que poderiam ~er evitadas Desde a época dos primitivos carroceiros até os auto­móveis de última geração, as regras de trânsito foram se alterando por força das circunstâncias. Há poucas décadas não se poderia imaginar o caos urbano como temos hoje, com centenas de milhares de automóveis disputando espaço nas ruas e estradas da região, desa­fiando a paciência dos motoristas e gerando situações reais de perigo. A agilidade das modernas máquinas e as necessidades de locomoção rápida fizeram com que o transporte motorizado fosse uma prioridade.

Tal modernidade traz urna eficaz concepção de con­forto e praticidade, mas decorre a questão da seguran­~a. Os acidentes de trânsito são hoje responsáveis pe-

"-lS mortes de 27 mil pessoas anualmente no Brasil. A esse número devem se somar lesões graves e incapaci­dade por perda de membros e órgãos. Uma estatística trágica que exige uma atenção constante na busca de soluções que passam por sistemas, infra-estrutura ade­quada e, principalmente, educação e civilidade.

Em reportagem publicada pelo Correio Popular, as mortes por atropelamento em rodovias da Região Me­tropolitana de Campinas (RMC) são dados preocupan­tes desse quadro. Se considerados apenas o sistema

No ano passado, foram registradas 207 vítimas de acidentes fatais nas estradas, das quais 83 são pedestres

Anhangüera-Bandeirantes, as rodovias Adhemar de Barros, Santos Dumont e D. Pedro I, os números mostram uma fa­ce cruel. No ano de 2006, fo­ram registradas 207 vítimas fa­tais, das quais 83 delas de pe­destres atingidos por veícu­los.

A análise das ocorrências mostra que o adensamento populacional às margens das rodovias leva as pessoas a se arriscarem em sua travessia.

Não por acaso a Rodovia Santos Dumont é a recordista em acidentes do gênero, mesmo oferecendo passare­las e acessos a cada 600 metros. Estima-se que entre 15 e 20 mil pessoas façam a travessia da pista por dia.

Muitos desses acidentes poderiam ter sido evitados. Segundo levantamento das concessionárias das rodo­vias, boa parte dos atropelamentos acontecem a me­nos de 200 metros das passarelas seguras. Em muitos casos, a negligência ou desconhecimento das vítimas são responsáveis pelas mortes, pessoas que insistem em arriscar-se e perdem a noção da distância e veloci­dade dos veículos envolvidos.

A educação para o trânsito é indispensável. É bastan­te comum haver mobilização das comunidades pedin­do passarelas e depois elas não serem utilizadas por co­modismo. Na Rodovia Miguel N. N. Bumier, entre o Ta­quaral e o trevo da SP-340 com Rodovia D. Pedro I, há uma passarela pouco utilizada. O Departamento de Es­tradas de Rodagem (DER) construiu cerca para impe­dir a passagem de pedestres por baixo e a mesma é sis­tematicamente cortada por estudantes cada vez que é feito o reparo.

É preciso que as pessoas cobrem das autoridades condições exemplares de segurança e que também fa­çam a sua parte. O excesso de confiança, a falta de civi­lidade e o desrespeito às normas elementares de trânsi­to são armas mais perigosas que os veículos.

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• correIO Sujeira Émerson Nardi

E-mail: /[email protected]

Analista de sistemas, Campinas

_ Muito oportuna a repor­tagem de 27/1 sobre a sujeira nas ruas de,~Campinas e a fal­ta de respeito da maioria com a cidade, o meio ambiente e, principalmente, com os ou­tros cidadãos. Com relação ao local citado na reporta­gem, (. .. ) sempre que passava por lá ficava inconformado, pois via sujeira dos mais ab­surdos tipos, até sofás! Nesse local existem vários comér­cios, igreja, uma oficina de conserto de sofás e o Institu­to para Cegos Louis Braille. Então pergunto: por que a po­pulação local não denuncia a pessoa que faz tamanha por­quice? Se for algum comer­ciante, por que não se boico­tam seus serviços? É bom que se faça isso rapidamente.

Cubanos Maria Izete da Costa Ribeiro Médica, Campinas

_ Para exercer a medicina em qualquer ponto do territó-

rio nacional é obrigatório a habilitação técnica e legal, is­to é, diploma de médico reco­nhecido e registro no Conse­lho Regional de Medicina. Os graduados por universidades estrangeiras só podem exer­cer a profissão após subme­ter-se a exame de habilitação perante as faculdades brasilei­ras e registro no CRM, de acordo com as leis federais em vigor. (. .. )Os médicos es­trangeiros poderão ser clis­pensados de registro no CRM quando convidados por uni­versidades brasileiras, associa­ções e instituições culturais e científicas, unicamente com finalidades didáticas e não de prestação de assistência médi­ca.

Sanitários Francisco Samuel Fiorese Aposentado, Cilrnplnas

II1II Fico a me perguntar se os nossos políticos, principalmen­te os vereadores, não andam pela Avenida Francisco Glicé­rio, 13 de Maio e adjacências. Ou eles acham humano que os transeuntes tenhéun de se sub­meter ao dissabor de pedir, por favor, aos comerciantes, que lhes emprestem a chave do sa­nitálio? Talvez suas excelências não tenham as necessidades fi­siológicas dos cidadãos de se­gunda classe. Por que existem sanitálios na Lagoa do Taqua­ral, no Centro de Convivência, no Bosque dos Jequitibás, e não no Centro? O vigário da Ca­tedral resolveu amenizar um pouco o problema. constmin­do wn sanitário no ftmdo da se­cretaria, mas é insuficiente.

Calçadas José Salomão Fernandes Membro da Proesp, Campinas

- Relativo à matéria sobre as calçadas de Barão Geraldo, publicada no dia 26/1, enten­do que as reclamações par­tem de pessoas maldosas, que não têm nenhum amor e respeito à natureza. Caminho

. naquele distrito, principal-I mente no bairro Cidade Uni-

versitária, desde o ano de 1973 e nunca tive qualquer problema com os jardins plantados nos seus passeios públicos. Sempre os achei maravilhosos. De outro lado, pelas próprias fotos estampa­das na reportagem, verifica­se que as ruas do referido lo­cal são muito calmas e com pequeno movimento de veí­culos, não oferecendo, assim, o menor perigo. Trata-se, por­tanto, de mera implicância de dois ou três cidadãos que nem moram na região.