Proposta de projeto interdisciplinar de Educação em Solos ...
Projeto vias de sinalizacao MAPKs
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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
ALLISON JOSÉ PIRES
VIAS DE SINALIZAÇÃO DE MAPK’s (Mitogen – ActivatedProtein Kinases) EM TECIDO NEURAL DE CAMUNDONGOS
VELHOS TRATADOS COM CAFEÍNA
CRICIÚMA
2013
ALLISON JOSÉ PIRES
VIAS DE SINALIZAÇÃO DE MAPK’s (Mitogen – ActivatedProtein Kinases) EM TECIDO NEURAL DE CAMUNDONGOS
VELHOS TRATADOS COM CAFEÍNA
Projeto de Dissertação deMestrado apresentada aoPrograma de Pós-Graduação emCiências da Saúde para o examede qualificação em Ciências daSaúde.
Orientadora: Prof. Drª CarinaRodrigues Boeck
Co-Orientadora: Prof. DrªVanessa Moraes de Andrade
CRICIÚMA
2013
1 INTRODUÇÃO
1.1 Envelhecimento
O envelhecimento é um processo biológico inevitável
e caracterizado por declínio geral das funções
fisiológicas, isto é contrabalançado por reparo e fatores
de manutenção que contribuem para a longevidade do
organismo. Assim, Beckman e Ames (1998) definiram o
envelhecimento como um fenômeno multifatorial associado
com a diminuição das funções fisiológicas e celulares, ao
aumento na incidência de numerosas doenças degenerativas
e à diminuição da capacidade para responder ao estresse.
Fatores biológicos, psicológicos e sociais são
alguns dos fenômenos relativos que compreendem o
envelhecimento e atingem ao homem e sua existência na
sociedade. Tais processos têm uma dimensão existencial
que se reveste de características biopsíquicas, sociais e
culturais.(Stoppe , 1994).
O processo de envelhecimento pode ser definido como
um declínio progressivo das funções fisiológicas de um
organismo depois da fase reprodutiva da vida (Valko et al.,
2007).
Arking (1991) propôs que o envelhecimento “é uma série
de mudanças estruturais e funcionais cumulativas, universais, progressivas e
deletérias que usualmente começam a se manifestar mais tarde na vida de
um indivíduo”. Dentre todas as definições, observa-se uma
tendência geral em caracterizar tal processo como
heterogêneo, complexo e multifatorial (Gueller e Zenik,
2005).
Em nível celular, o envelhecimento pode ser
descrito como mudanças graduais na fisiologia molecular
da célula, que provoca uma diminuição das suas funções
normais (Mansour et al., 2008). Várias hipóteses sobre os
mecanismos de envelhecimento têm sido desenvolvidas, e
estes podem não ser uniformes em todas as células e
órgãos. Comum à maioria dos modelos de envelhecimento é a
ideia de que mudança gradual na estrutura original de DNA
é uma causa básica importante. A teoria da mutação
somática do envelhecimento propõe que o envelhecimento é
devido ao acúmulo de mutações no DNA em células somáticas
ao longo do tempo (Mansour et al., 2008).
Apesar do avanço científico, o conhecimento sobre
as causas do envelhecimento ainda é muito limitado. Por
questões éticas, as pesquisas experimentais não podem ser
realizadas em seres humanos e têm sido desenvolvidas em
modelos animais, destacando-se os roedores. No entanto,
para que os resultados dos trabalhos experimentais
tornem-se relevantes para a compreensão do
envelhecimento, os mecanismos analisados precisam ser
comuns ao ser humano, o que nem sempre acontece
(Partridge, 2002).
Várias são as teorias propostas para explicar o
envelhecimento. Segundo Medvedev (1990), existem mais de
300 teorias, muitas das quais não se contradizem e até
mesmo se apoiam umas nas outras, muito provavelmente por
tratarem o assunto sob vários aspectos e de forma
diferente e independente.
Teixeira (2010) em seu artigo apresenta uma
revisão das teorias biológicas do envelhecimento e
discute os mecanismos relevantes para explicar o
processo. Weinert e Timiras (2003), propuseram a
classificação das teorias e mecanismos biológicos do
envelhecimento em três categorias: evolutiva, celular-
molecular e sistêmica. O quadro 01 resume a classificação
das teorias.
Nas ultimas duas décadas, diversas evidências
diretas e indiretas têm demonstrado uma relação positiva
entre o aumento do estresse oxidativo in vivo e o
envelhecimento. Os estudos demonstraram vários tipos de
danos no DNA acumulados durante a idade e as
possibilidades de ser o estresse oxidativo o grande
contribuinte deste processo, principalmente em roedores
(Bonassi et al., 1995; Iarmarcovai et al., 2007; Wojda et al.,
2007; Heuser et al, 2008).
Quadro 01. Classificação de algumas teorias biológicas do
envelhecimentoTEORIAS DESCRIÇÃO
EVOLUTIVAS Acúmulo de mutações
Pleiotropia antagonista
Soma descartável
A seleção natural torna-se“negligente” com as mutações queafetam a saúde em idade avançada.
Os genes benéficos na juventudetornam-se deletérios na fase pósreprodutiva.
As células somáticas são mantidassomente para assegurar o êxito nareprodução, tornando-sedescartáveis após este período.
CELULARES – MOLECULARES Erro catastrófico
Mutações somáticas
Senescênciacelular/telômeros
Radicais livres/DNA
Com o envelhecimento, há umdeclínio na fidelidade daexpressão genética, que resultana auto amplificação de erros nasíntese proteica. O acúmulodesses erros provoca o “errocatástrofe”.
Os danos moleculares acumulam-seprincipalmente no DNA.
O fenótipo do envelhecimento écausado pelo aumento nafrequência de célulassenescentes. A senescênciacelular pode ser decorrente doencurtamento dos telômeros(senescência replicativa) ou doestresse celular.
O metabolismo oxidativo produz
Glicosilação (AGEs)/ligaçõescruzadas
Morte Celular
radicais livres altamentereativos que, subsequentemente,causam danos nos lipídios, nasproteínas e no DNA.
O acúmulo de AGEs nas proteínasda matriz extracelular temconsequências deletérias econtribui para o envelhecimento.
A morte celular programada ocorrepor eventos genéticos ou emdecorrência de crise no genoma.
SISTÊMICAS Neuroendócrinas
Neuroendócrina/Imunológica
Ritmo/Velocidade de vida
Alterações no controleneuroendócrino da homeostaseresultam em mudanças fisiológicasrelacionadas à idade.
O declínio da função imuneassociado ao envelhecimentoresulta em incidência maior dedoenças autoimunes.
Há um potencial de energia para ometabolismo de cada organismovivo. “Viva rapidamente e morrajovem.”
AGEs: Advanced Glycosylation End-products (AGEs) (produtos finais deglicosilação avançada) Fonte: Teixeira, 2010; Weinert e Timiras2003.
O envelhecimento é acompanhado por mudanças na
função cognitiva e alterações na anatomia do cérebro,
fisiologia e neuroquímica. A taxa e a magnitude da
mudança, no entanto, varia substancialmente entre o
cérebro dos indivíduos, regiões e domínios funcionais
(Kosik et al., 2012).
O crescimento da população idosa é um fenômeno
mundial e, no Brasil, as modificações ocorrem de forma
radical e bastante acelerada (Carvalho, 2003). As
projeções mais conservadoras indicam que, em 2020, o
Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos,
com um contingente superior a 30 milhões de pessoas
(Veras, 2009).
O número de idosos no Brasil passou de 3 milhões,
em 1960, para 7 milhões, em 1975, e 20 milhões em 2008 –
um aumento de quase 700% em menos de 50 anos. No ultimo
de censo de 2010 revelou que 10,78% da população
brasileira é composta por pessoas acima de 60 anos
(Brasil, 2010). Conseqüentemente, doenças próprias do
envelhecimento passaram a ganhar maior expressão no
conjunto da sociedade.
Com o aumento progressivo da expectativa de vida
e conseqüentemente do envelhecimento populacional,
doenças crônicas degenerativas, em particular os quadros
demenciais como a Doença de Alzheimer (DA), se tornaram
cada vez mais prevalentes, ocasionando um sério problema
para os sistemas de Saúde (Wiltfang et al, 2009).
Um dos resultados dessa dinâmica é a maior
procura dos idosos por serviços de saúde. As internações
hospitalares são mais freqüentes e o tempo de ocupação do
leito é maior quando comparado a outras faixas etárias.
Desta forma, o envelhecimento populacional se traduz em
maior carga de doenças na população, mais incapacidades e
aumento do uso dos serviços de saúde (Veras, 2009).
1.2 Cafeína
A cafeína pertence à classe de compostos
conhecidos como metilxantinas (1,3,7-trimetilxantina),
(Costa et al., 2008), sendo considerada a
substância psicoativa mais utilizada em todo o mundo
(Glade, 2010). Após sua ingestão, é absorvida pelo trato
digestório, distribuindo-se para todos os tecidos,
principalmente para o cérebro, onde exerce suas pricipais
ações (Fredholm et al., 1999). Seus produtos metabólicos,
através da desmetilação da cafeína, resulta na formação
de três grupos metilxantina: a teofilina (4%), a
teobromina (12%) e a paraxantina (84%) que, se
diferenciam pela sua ação farmacológica sobre o SNC
(Davis et al., 2003).
A cafeína é encontrada em vários medicamentos,
alimentos e bebidas e tem sido descrita como a droga
psicoativa mais utilizada no mundo (Glade, 2010). Muitos
dos alimentos e medicamentos que contem cafeína têm
apenas quantidades moderadas que não produzem efeitos
psicoativos detectáveis (Heckman et al., 2010). Contudo, as
bebidas contendo cafeína, tais como café , chá e
refrigerantes têm níveis mais elevados, que podem
produzir efeitos subjetivos estimulantes (Heckman et ai.,
2010). Os recentes aumentos da popularidade dessas
bebidas, assim como bebidas energéticas e bebidas
alcoólicas com cafeína, têm estimulado o interesse nos
efeitos psicoativos de cafeína (Sheppard et al., 2012).
Os efeitos psicoativos da cafeína compartilham
muitas características com a nicotina. Ambas as drogas
produzem efeitos subjetivos que são característicos de
estimulantes psicomotores (Benwell e Balfour , 1992; Lau
e Falk, 1995), no entanto, estes efeitos são moderadas em
comparação com estimulantes mais potentes como a
anfetamina (Antoniou et ai., 1998; Boye et ai., 2001). Ambas
as drogas aumentam a atenção e vigilância (Brunye et al ,
2010; Caballero et al , 2011; Vangkilde et al , 2011).
A cafeína é um ingrediente inodoro, incolor e
amargo, amplamente utilizado pela população mundial,
encontrando-se presente em mais de 60 espécies de plantas
no mundo, em uma grande quantidade de bebidas e
alimentos, incluindo o café, chá, mate, chimarrão, muitos
refrigerantes e chocolate. Pode ser encontrada em
medicamentos utilizados para resfriados e alergias, em
analgésicos (15 a 64mg/U), moderadores de apetite (50 a
200mg/U) e estimulantes (100 a 200mg/U) (Srisuphan &
Bracken, 1986).
A significativa magnitude dos efeitos do café
está relacionada com as ações da cafeína, o ativo
farmacológico mais conhecido, constituinte do café
(Lorist e Tops, 2003). O café é uma das bebidas mais
consumidas em todo o mundo, e milhões de seres humanos
bebem todos os dias (Bichler et al., 2007).
O café contém uma variedade de compostos
bioativos incluindo derivados de purinas, cafeína e
outros polifenóis, incluindo os derivados de ácidos
clorogênicos e o produto de sua degradação é o ácido
caféico (Bichler et al., 2007).
Além de ter um efeito estimulante sobre o coração
e sistema respiratório, a cafeína também apresenta
numerosos efeitos comportamentais e estimulantes
(Angelucci et al., 2002). A ingestão moderada de cafeína
não representa riscos para a saúde. Dews (1984) sugeriu
que quando a cafeína é administrada nas doses encontradas
em alimentos os seus efeitos são leves e sutis
concordando com Smith, 2002 e Tannahill (1989) que
consideram a cafeína um estimulante suave quando
consumida em doses moderadas. Alguns autores concluem que
a rotina do consumo diário de até 1000 mg de cafeína não
representa riscos para a saúde humana (Bonita et al., 2007;
Glade, 2010). Já outros autores afirmam que a cafeína,
mesmo em doses baixas, pode aumentar o tempo de vigília e
altas doses de cafeína podem levar a um aumento da
ansiedade (Arendash et al., 2006). Arendash et al. (2006) e
Angelucci (2002), afirmam que doses moderadas de cafeína
induzem comportamentos que sugerem efeitos estimulantes
do SNC e nas maiores doses podem suprir a atividade
comportamental e até mesmo performances associada ao
aprendizado e memória.
A cafeína é um componente importante de chás e o
chá é conhecido por conter um elevado nível de
antioxidante (Benzie & Szeto, 1999). De acordo com
Balansky (1992) o chá verde apresenta propriedades
antioxidantes devido a ação genotóxica da cafeína, sendo
que o mesmo também pode ser utilizado em cosméticos.
Dentre os diversos estudos realizados em humanos,
que procuraram verificar a atividade antioxidante do
café, apresentados em duas revisões (Bonita et al., 2007;
Dorea e Costa, 2005), destacam-se quatro. Um verificou a
presença do antioxidante ácido cafeico, em plasma, 2h
após a ingestão de café; outro observou um aumento de 7%
na capacidade antioxidante total, que resulta do conjunto
de antioxidantes disponíveis no plasma para atuarem como
tal; um terceiro verificou um aumento de 16% nos níveis
de glutationa, o maior antioxidante in vivo, fundamental para
os processos de óxido-redução das células, com a ingestão
de cinco xícaras/dia de café estilo moca; e, por fim, um
outro estudo observou uma diminuição em 30% da
oxidabilidade de LDL, com a ingestão de três xícaras/dia
da bebida, indicando uma maior estabilidade desta
partícula ao ataque de radicais livres. Estes dados
corroboram o efeito protetor do café (Lima, 2010).
O principal alvo molecular dos efeitos
psicoestimulantes da cafeína é o antagonismo não-seletivo
de adenosina. (Fredholm, 1980; Snyder et al., 1981). A
adenosina é um neuromodulador participante na sinalização
de muitos neurotransmissores no sistema nervoso central
(Cunha, 2001). Quatro subtipos de receptores de adenosina
tem sido caracterizados (A1, A2A, A2B e A3), os subtipos A1
e A2A são amplamente expressos no sistema nervoso central
e órgãos periféricos. Os receptores de adenosina A1 estão
amplamente distribuídos em todo o cérebro, enquanto os
receptores A2A estão altamente concentrados no estriado,,
núcleo acubens e bulbo olfatório (Fredholm et al., 2005).
No entanto, acredita-se que apenas os receptores A1 e A2A
têm afinidade suficiente para serem ativados por
concentrações fisiológicas de adenosina extracelular, e,
portanto, acredita-se que estes subtipos de receptores
são os grandes responsáveis pela função neurobiológica da
adenosina no cérebro.(Kalda et al 2006).
A cafeína, age nos receptores A1 inibindo os
efeitos da adenosina provocando efeitos estimulantes
(Hoexter et al., 2005). Nos receptpores A2A a cafeína tem
ação antagonista ocasionando aumento da atividade motora
pela interação destes receptores com os receptores de
dopamina (Fisone et al., 2004).
A cafeína mostra as afinidades para vários tipos
de receptores presentes nas membranas sinápticas, e
também para fosfodiesterases citoplasmáticos, permitindo
a modificação dos mecanismos sinápticos (Yoshimura,
2005). Atua como um antagonista dos receptores da
adenosina não seletivo, com o bloqueio dos receptores A2A
foi recentemente demonstrado para limitar o efeito
sinaptotóxico do precurssor beta amiloide, envolvido na
fisiopatologia da doença de Alheimer (Canas et al., 2009)
Estudos experimentais em modelos animais demonstraram que
os receptores de adenosina A2A e mGlu5R glutamato são co-
localizado, e que os efeitos desempenham um papel
permissivo na mGlu5R potenciação mediada pelo receptor de
N-metil-D-aspartato (NMDA), no hipocampo (Santos et al.,
2010).
1.3 Cafeína e envelhecimento
Em humanos, a administração de doses elevadas de
cafeína conduz a um aumento dos níveis de ansiedade
(Clementz and Dailey, 1988). Do mesmo modo, a
administração aguda de altas doses de cafeína promove um
comportamento ansioso em diferentes modelos animais, tais
como o teste de interação social (Baldwin and File, 1989)
ou teste de labirinto em cruz elevado (El Yacoubi et al.,
2000). Outros estudos realizados em animais também
mostraram que a administração de cafeína provoca
frequentemente uma melhoria sobre o desempenho cognitivo,
incluindo animais idosos (Higgins et al., 2007; Prediger
et al., 2005).
O consumo de café em humanos está associada com
uma redução significativa no risco de desenvolvimento de
certas doenças crônicas. No entanto, a capacidade de
suplementação de café para melhorar a função cognitiva em
indivíduos idosos e o efeito dos componentes individuais
de café, tais como a cafeína, não têm sido completamente
avaliado (Shukitt-Hale et al., 2013).
Vários estudos epidemiológicos têm demonstrado
uma associação negativa entre o consumo de café e doença
de Parkinson, outra condição neurodegenerativa
importante, particularmente em homens (Ascherio e Chen,
2003). Os mecanismos biológicos plausíveis evocados
sugerem que a cafeína pode atenuar a perda de dopamina no
estriado e sítios de ligação do transportador de dopamina
(Santos et al., 2010). Sonsalla et al., (2012) demonstraram que
o tratamento com cafeína protege contra a perda de
neurônios da substância nigra em modelos animais com esta
doença, mostrando ainda que o tratamento com cafeína foi
neuroprotetor, mesmo quando introduzido após o início do
processo neurodegenerativo, sugerindo que a cafeína pode
ser capaz de retardar a neurodegeneração.
Nos últimos anos, pesquisas sobre o consumo
habitual de cafeína têm merecido muita atenção,
principalmente em relação aos seus efeitos na melhoria do
desempenho cognitivo (Daly, 2007; Ferré, 2008).
Poucos estudos têm testado uma possível
associação entre a ingestão de cafeína regular e o risco
para a DA. Um pequeno estudo de caso-controle sugeriu que
a exposição a cafeína foi significativamente inversamente
associado com o risco de Doença de Alzheimer (Maia e
Mendonça, 2002). Um estudo prospectivo mostrou também que
o consumo regular de café foi associado com um risco
reduzido de Alzheimer depois de 5 anos de seguimento.
Este estudo avaliou o consumo de café e do chá, mas não
foi considerada a quantidade total de ingestão de
cafeína, e a associação encontrada pode ter sido parcial
devido à exclusão de um grande número de descendentes
(Lindsay et al., 2002).
Outros estudos epidemiológicos usaram uma
abordagem diferente, avaliar se o consumo de cafeína
podem influenciar no declínio cognitivo, com resultados
conflitantes (Johnson-Kozlow, et al, 2002; van Gelder et al.,
2007). Recentemente, um grande estudo prospectivo
epidemiológico com cerca de 7.000 participantes com
idades acima de 65 anos, mostrou que as mulheres com
altas taxas de consumo de cafeína (mais de três unidades
por dia, o que equivale a cerca de 300 mg de cafeína)
tiveram menor declínio no desempenho de memória do que as
mulheres que consumiram 100mg de cafeína ou menos por dia
(Ritchie et al., 2007). O efeito protetor da cafeína
aumenta com a idade e não foi observado em homens. No
entanto, a incidência da doença de Alzheimer
aparentemente não foi diminuída em consumidores de
cafeína (Santos et al., 2010).
Porém Espinosa et al., (2013) testaram o impacto da
cafeína na demência induzida por Streptozotocina (STZ) e
a neurodegeneração do hipocampo bem como sobre a
expressão e a densidade de receptores de adenosina em
modelo animal. O consumo de cafeína (1 g / L na água de
beber, 2 semanas antes de iniciar o desafio STZ) impediu
a perda de memória induzida por STZ e a neurodegeneração,
assim como a sobre-regulação dos receptores A2A. Estas
descobertas fornecem a primeira demonstração de que a
cafeína impede a demência esporádica e implicam o
controle dos receptores centrais de A2A como o seu
mecanismo de ação provável.
1.3.1 As MAPKs (Mitogen activated protein kinase)
O primeiro relato da existência de uma proteína de
42 kDa em diferentes tipos celulares, predominantemente
fosforilada no resíduo de tirosina em resposta ao
estímulo de fatores de crescimento, se deu em 1983, em um
trabalho realizado por Cooper e Hunter. Ao mesmo tempo,
serina-treonina quinases ativadas pelo receptor de
insulina (IRK), que possui atividade tirosina quinase,
estavam sendo caracterizadas, sob a hipótese de que a
fosforilação do resíduo de tirosina iria regular a
atividade dessas quinases (Ray e Sturgill, 1988; Anderson
et al., 1990).
Ray e Sturgill (1988) também demonstraram que a
serina-treonina quinase de 42 kDa isolada de células 3T3-
L1 estimuladas com insulina, chamada de proteína quinase
ativada por mitógeno (MAPK), sofria fosforilação nos
resíduos de treonina e tirosina. Logo se percebeu que
esta proteína era a mesma que respondia aos fatores de
crescimento e que a fosforilação de ambos os resíduos era
necessária para a ativação de MAPKs (Rossomando et al.,
1989).
Boulton e colaboradores (1990) isolaram o cDNA desta
proteína e a renomearam ERK1 (quinase regulada por sinal
extracelular 1) devido à variedade de fatores
extracelulares capazes de estimularem-na. O isolamento do
cDNA das proteínas ERK2 e ERK3 se deu logo em seguida por
Boulton e colaboradores (1991) e permitiu concluir que a
seqüência destas proteínas era muito próxima àquela
observada nas proteínas Kss1p e Fus3p da Saccharomyces
cerevisiae, demonstrando uma estreita homologia entre as
MAPKs de mamíferos e de leveduras.
O conceito de que havia múltiplas MAPKs com
distintas funções e regulação surgiu com a descrição de
outras vias encontradas inicialmente em leveduras, como a
das proteínas HOG1 e MPK1, seguida pela descoberta em
metazoários da proteína quinase c-jun-N-terminal /
proteína quinase ativada por estresse (JNK/SAPK), enzimas
p38 e outras (Brewster et al., 1993; Han et al., 1994;
Kyriakis et al., 1994; Dérijard et al., 1994).
Seis grupos principais de MAPKs foram caracterizados
em mamíferos: a proteína quinase regulada por sinal
extracelular (extracellular signal-regulated kinase)
ERK1/2, ERK7/8, ERK3/4 e ERK5 (também conhecida como big
map kinase1, BMK1); a JNK (c- Jun N-terminal kinase)
JNK1/2/3 e a p38 (p38α/β/γ/δ). As proteínas mais
estudadas são ERK1/2, ERK5, JNK e p38, sendo que há pouca
informação disponível na literatura sobre as ERKs 7/8 e
3/4 (Krishna e Narang, 2008).
Estas proteínas sinalizadoras são responsáveis pelo
recrutamento de outras proteínas sinalizadoras que, em
conjunto, permitem a transmissão de informações acerca do
meio extracelular para o núcleo da célula, onde
determinam alterações na taxa de transcrição de genes
específicos e a ativação de fatores de transcrição
(Johnson e Lapadat, 2002).
1.3.2 Vias de sinalização das MAPKs
As vias de sinalização envolvendo MAPKs são ativadas
em resposta a uma ampla variedade de estímulos, incluindo
hormônios (por exemplo, insulina e melatonina), fatores
de crescimento (por exemplo, PDGF, EGF e neurotrofinas),
diversas citocinas inflamatórias e outros estímulos
físicos ou químicos (por exemplo, radiação, choque
osmótico, isquemia e trauma). Estes estímulos atuam
através de diferentes famílias de receptores, como
receptores acoplados a proteínas G (GPCR), receptores
tirosina quinase, receptores de citocinas e receptores
serina- treonina quinase. As MAPKs coordenam diversas
funções, como transcrição de genes, síntese protéica,
ciclo celular, proliferação, diferenciação e morte
celular. Seus alvos podem incluir outras proteínas
quinases, fosfolipases, fatores de transcrição ou
proteínas do citoesqueleto (Johnson e Lapadat, 2002;
Krishna e Narang, 2008).
As MAPKs são reguladas por cascatas de fosforilação,
estabelecendo uma via de ativação seqüencial composta de,
no mínimo, três proteínas. A transmissão de sinais
através destas cascatas é normalmente iniciada pela
ativação de uma pequena proteína G, como a Ras, ou pela
interação e ativação de componentes superiores da cascata
com proteínas adaptadoras. Então, os sinais são passados
ao longo da via, por proteínas quinases citosólicas,
organizadas em três a cinco níveis. As quinases de cada
nível fosforilam e ativam quinases localizadas abaixo,
permitindo uma transmissão controlada e rápida dos sinais
para vários alvos nas cascatas. Três dessas proteínas,
MAPK quinase quinase (MKKK, também chamada MAP3K ou
MEKK), MAPK quinase (MKK ou MAP2K) e MAPKs, são
consideradas principais. Já a proteína superior, MAPK
quinase quinase quinase (MKKKK ou MAP4K), e a inferior,
proteína quinase ativada por MAPKs (MKs ou MAPKAPK), não
são indispensáveis para essa cascata de sinalização. Uma
vez ativadas, as MAPKs fosforilam resíduos de serina e
treonina em seus alvos específicos, nos casos em que
estes aminoácidos forem seguidos por uma prolina (Johnson
e Lapadat, 2002; Krishna e Narang, 2008).
Cabe ressaltar que cada um dos níveis das diferentes
cascatas é constituído por diversos componentes formados
por produtos de genes distintos, e são frequentemente
traduzidos para várias isoformas alternativas. Cerca de
70 genes são conhecidos atualmente como codificadores
para, aproximadamente, 200 componentes que formam toda a
via das MAPKs. Esta multiplicidade de componentes permite
uma regulação e especificidade rigorosas, características
importantes dessa via de sinalização (Keshet e Seger,
2010).
1.3.3 Proteína quinase ativada por sinal extracelular –
ERK1/2
As duas isoformas ERK1 e ERK2, também chamadas p42 e
p44, possuem 83% de identidade entre os seus aminoácidos
e são amplamente expressas em todos os tecidos, incluindo
em células diferenciadas. Ambas isoformas estão
envolvidas na regulação da meiose e mitose, além de
exercerem funções pós-mitóticas em células diferenciadas,
e são ativadas por fatores de crescimento, citocinas,
infecções virais, carcinógenos, estresse osmótico, entre
outros (Rubinfeld e Seger, 2005).
A via das ERKs é constituída pelas proteínas MAPKKKs
A-Raf, B-Raf e Raf-1, as MAPKKs MEK1 e MEK2, além das
ERKs 1 e 2 (Roux e Blenis, 2004). A ativação desta via
ocorre quando estímulos extracelulares provocam um
aumento na forma ativa da Ras, uma proteína ligante de
GTP. O complexo Ras- GTP ativa então a próxima proteína,
Raf, que acaba por fosforilar as proteínas MEKs, cujo
papel é ativar ERK1 e ERK2. Depois de ativadas, essas
proteínas fosforilam diversos substratos em todos os
compartimentos celulares, incluindo proteínas na
membrana, substratos nucleares e proteínas do
citoesqueleto, além de outras quinases (Thomas e Huganir,
2004).
A sinalização pelas proteínas ERK está envolvida com
vários mecanismos, como a proliferação celular, dessa
maneira implicando sua ação na carcinogênese, além de
exercer papel na apoptose, ciclo celular, desenvolvimento
e diferenciação celular (Krishna e Narang, 2008).
Além disso, sabe-se que a ERK também pode ser
ativada nos neurônios em resposta à sinalização
glutamatérgica excitatória, sendo capaz de controlar
diversas formas de plasticidade sináptica cerebrais
envolvidas em processos de aprendizado e memória (Adams e
Sweatt, 2002).
1.3.4. Proteína quinase p38 MAPK
Existem quatro isoformas das proteínas p38 MAPKs: α,
β, γ e δ. Estímulos químicos e físicos, como estresse
oxidativo, radiação, hipóxia e citocinas inflamatórias
desencadeiam a ativação de várias MAPKKKs dando início à
via de sinalização das proteínas p38. Essas MAPKKKs
ativam as proteínas MEK 3 e MEK 6 que ativam apenas p38,
sem influenciar a ERK ou a JNK. Enquanto a MEK 6 é capaz
de ativar todas as isoformas de p38, a MEK 3 fosforila
preferencialmente as isoformas α e β (Enslen et al., 2000).
O papel da p38 no processo inflamatório tem sido
amplamente estudado, uma vez que esta via está envolvida
em respostas funcionais de macrófagos e neutrófilos, como
quimiotaxia, exocitose granular, aderência e apoptose,
bem como na diferenciação de células T (Dong et al., 2002;
Cook et al., 2007). Seus alvos principais incluem fatores
de transcrição, MKs e proteínas citosólicas (Krishna e
Narang, 2008).
1.3.5 Proteína quinase c-jun-NH2-terminal – JNK
As proteínas JNK foram originalmente descritas como
proteínas quinases ativadas por estresse (SAPKs), sendo
renomeadas para enfatizar seu papel na fosforilação e
ativação do fator de transcrição c- jun. As isoformas
JNK1 e JNK2 são expressas em todos os tecidos, enquanto a
JNK3 é restrita ao cérebro, coração e testículos. Essas
isoformas podem ser ativadas em resposta aos mais
variados estímulos, como citocinas, radiação UV, fatores
de crescimento e trauma (Johnson e Lapadat, 2002; Krishna
e Narang, 2008).
A regulação da via destas proteínas é complexa, uma
vez que envolve 13 MAPKKKs. A sinalização inicia com as
proteínas MAPKK4 e MAPKK7, que podem ser ativadas por uma
grande variedade de fatores, incluindo as MAPKKKs, MEKK1-
4, MLK2 e 3, ASK1/2, entre outras. Diferentes MAPKKKs são
específicas para diferentes estímulos, como a TAK1 que
parece responder a algumas citocinas inflamatórias como
IL- 1β e TNF-α (Kyriakis e Avruch, 2001). Dessa forma, a
ativação prolongada da JNK pode influenciar mecanismos
celulares importantes como a morte celular e a
proliferação celular alterada (Liu e Lin, 2005), enquanto
que a sua ativação transitória parece promover a
sobrevivência celular (Ventura et al., 2006).
Os alvos da proteína JNK incluem fatores de
transcrição e receptores hormonais nucleares, embora o
seu alvo nuclear mais conhecido seja o fator c-jun.
Proteínas adaptadoras não nucleares e mitocondriais, como
aquelas envolvidas na apoptose, também servem de
substrato para essas proteínas (Balbi et al., 2009).
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Avaliar a sinalização de MAPKs em tecido neural de
camundongos velhos tratados com cafeína.
2.2 Objetivos específicos
2.2.1. Avaliar a sinalização neural de ERK 1/2; JNK, P38
em camundongos velhos tratados com cafeína e grupo
controle.
2.2.2. Correlacionar os resultados obtidos através de
dois testes, de forma a fornecer maior segurança em
relação aos resultados e da indicação dos efeitos da
cafeína sobre o envelhecimento.
3 MÉTODOS
3.1 Animais
Serão utilizados 40 camundongos albinos Swiss
machos (30 - 40g), divididos em adultos-jovens (3-4
meses de idade) e adultos-velhos (10-14 meses de idade),
os animais serão obtidos do biotério da Universidade do
Extremo Sul Catarinense. Os camundongos serão alojados em
caixas de polietileno, com comida e água ad libitum.e
serão mantidos em um ciclo de 12 horas luz-escuro (a luz
é ligada às 7h da manhã), com temperatura controlada de
22±1ºC. Este estudo foi aprovado pela Comissão de Ética
no Uso de Animais da UNESC com o protocolo número
103/2012 e os experimentos serão conduzidos de acordo com
os princípios éticos do Colégio Brasileiro de
Experimentação Animal – COBEA.,
3.2 Amostra
Os animais serão divididos em 4 grupos:
Grupo 1: controle: adultos -jovens que receberão água (n=
10)
Grupo 2: adultos jovens que receberão cafeína (n=10)
Grupo 3: controle: adultos velhos que receberão água
(n=10)
Grupo 4: adultos velhos que receberão cafeína.(n=10)
O número total de animais foi previsto de acordo
com a possibilidade de morte natural destes animais
devido a idade.
3.3 Tratamento com cafeína
Durante quatro semanas os camundongos tratados
receberão solução de cafeína (0,3 g/L) na garrafa de água
como única bebida disponível. A solução de cafeína será
trocada a cada 48 horas para uma solução fresca. A dose
de cafeína utilizada é considerada proporcional a 1
xícara de chá de café/dia para homens (Da Silva et al.,
2005). O volume de água ou cafeína consumido será
quantificado e dividido por quatro (número de animais na
gaiola).
Após o tratamento os animais sofrerão eutanásia
por deslocamento cervical para a retirada do hipocampo,
para a realização do Wetern blotting.
3.4 Testes utilizados
Será realizado o Western blotting utilizando
parte do hipocampo, ao final do tratamento.
3.4.1 Western blotting
3.4.1.1 Separação de Proteínas por Eletroforese (SDS-
PAGE)
Após os procedimentos experimentais os hipocampos
dos animais serão armazenados em freezer -80 para
conservação do material para posterior procedimento.
As amostras serão solubilizadas em tampão de
amostra composto por duodecil sulfato de sódio (SDS) 4%,
Tris-HCl 50 mM, EDTA 5mM e β-mercaptoetanol 8 %, pH 6,8;
e diluídas em solução de diluição: 40 % de glicerol, 25
mM de Tris-HCl e azul de bromofenol pH 6,8. As proteínas
serão preparadas por SDS (30 µg/poço) usando gel de
separação com gradiente de acrilamida. A concentração da
acrilamida no gel de separação será de 7,5%. O gel de
entrada de concentração 4% de acrilamida (Laemmli, 1970).
A eletroforese será realizada com corrente fixa de 40 mA
e voltagem máxima de 140 mV (para 2 géis), por
aproximadamente 2 horas. Após a corrida os géis serão
submetidos a eletrotransferência em tampão Tris-HCl mM,
glicina 140 mM e metanol 10 % por 1 hora, em corrente de
no máximo 100mA e voltagem de 350 mV a 4°C, para
transferência das proteínas do gel para a membrana de
nitrocelulose de 0,4 µm de porosidade.
3.4.1.2 Imunodetecção de proteínas
Após a eletrotransferência, as membranas serão
bloqueadas (15 minutos) com gelatina de peixe 0,5% em
TBS-T (Tween-20 0,05%, Tris 10 mM, NaCl 150 mM, pH 7,5) e
a seguir lavadas com TBS-T (Collins e Sim, 1998). As
membranas serão incubadas com anticorpos primários contra
as proteínas JNK, ERK e p53, todas nas forma total e
fosforilada, em concentrações testadas previamente, por
12 -14 horas (overnight). Para detecção dos complexos
imunes, as membranas serão novamente lavadas com TBS-T e
os respectivos anticorpos secundários (ligados a
peroxidase) serão incubados. Após lavagens com TBS-T a
imunodetecção será revelada por emissão de
quimioluminescência com reagentes luminescentes (Pierce)
seguindo as recomendações do fabricante, e impressão de
imagem em filme auto-radiográfico. As imagens serão
visualizadas em software para quantificação
densitométrica das bandas protéicas (Scion Image, Beta
4.0.2; Scion Corporation).
3.4.1.3 Dosagem de proteína
As proteínas serão dosadas através do método de
Peterson, descrito brevemente a seguir. Sobre alíquotas
de 2 μl das amostras serão adicionados 398 mL de água e
400 mL do reagente de Lowry (0,2 N de NaOH; 2,5% de SDS;
5% de Na2CO3; 0,2% de CuSO4 e 0,1% de tartarato duplo de
Na+/K+). As amostras serão homogeneizadas imediatamente e
deixadas para reagir por dez minutos. Em seguida será
adicionado 200 mL do reagente de Folin 0,4 N seguido de
homogeinização e incubação por 30 minutos. A leitura do
complexo de cor será realizada em espectrofotômetro
(comprimento de onda de 750 nm) e as concentrações
proteicas serão obtidas a partir uma curva padrão
utilizando albumina de soro bovino (BSA; 0,1 mg/mL).
3.5 Análise estatística
A normalidade das variáveis será avaliada pelo
teste Kolmogorov-Smirnov. As análises estatísticas para
Índice de Dano, Frequência de Dano e imunoconteúdo de
proteínas serão feitas através de análise de variância de
uma via (ANOVA) e quando o teste apresentar diferença
entre os grupos será aplicado o teste post-hoc de Tukey.
Em caso de dados não-paramétricos será utilizado o teste
Kruskal-Wallis usando o teste Dunn como post hoc. Uma
diferença de P < 0.05 será considerada estatisticamente
significante. O pacote estatístico utilizado será o
BioEstat 5.0.
3.6 Critérios de suspensão ou encerramento de pesquisa:
Todos os equipamentos, reagentes e drogas
necessárias para a realização deste projeto estão
disponíveis ao proponente, corroborando com isto, não há
riscos de vida para os animais, com isso, não há
critérios aparentes para suspensão ou encerramento da
pesquisa. Ainda assim, os animais serão monitorados
diariamente quanto ao seu estado de saúde. A suspensão ou
encerramento da pesquisa serão realizados quando o
pesquisador responsável julgar necessário após observar
alterações significativas dos parâmetros abaixo desde que
tais alterações ponham em risco a vida do animal:
comportamento motor e alimentar, cor, quantidade e
consistência do bolo fecal, estado geral de conservação
da pele e dos pêlos bem como suas colorações, padrão da
freqüência respiratória, peso e temperatura corporais.
3.7 Critérios de inclusão e exclusão:
Serão incluídos apenas camundongos Swiss machos
com totais condições físicas. Serão excluídos os animais
que morrerem durante o experimento de quaisquer que sejam
os grupos de tratamento. A presença de animais nos grupos
que receberão dieta cafeteira abaixo do peso corporal da
média do grupo serão consideradas para a exclusão do
projeto de pesquisa. Neste caso, será realizada a
eutanásia dos animais por deslocamento cervical.
3.8 Local de realização da pesquisa:
A pesquisa será realizada na Universidade do
Extremo Sul Catarinense (UNESC), no Laboratório de
Biologia Celular e Molecular (LABIM), localizado no Bloco
S, sala 22, um dos laboratórios do Programa de Pós-
Graduação em Ciências da Saúde. Dispõe de infra-estrutura
e de equipamentos necessários para as atividades
de ,biologia molecular e análises toxicogenéticas.
3.9 Infra-estrutura:
Todos os envolvidos no projeto utilizarão todos
os equipamentos de proteção individual (EPI) que sejam
necessários para cada procedimento. Os procedimentos
experimentais serão realizados de acordo com as
recomendações internacionais para o cuidado e o uso de
animais de laboratório. Este estudo foi aprovado pela
Comissão de Ética no Uso de Animais da UNESC com o
protocolo número 103/2012 e os experimentos serão
conduzidos de acordo com os princípios éticos do Colégio
Brasileiro de Experimentação Animal – COBEA
3.10 Procedimentos para minimizar sofrimento/risco do
animal:
Será evitado qualquer procedimento que possa
colocar o animal em risco ou sofrimento. Sendo assim,
todos estes serão de acordo com as normas do comitê de
ética. Destino dos animais pós-experimentação: O descarte
dos animais utilizados neste experimento será o
acondicionamento em saco branco leitoso e encaminhados
para freezer (conservação) na universidade. Após
conservação, serão coletados e transportados por empresa
terceirizada. Os resíduos são tratados fisicamente e
posteriormente encaminhados para disposição final em
aterro sanitário. Todos os procedimentos são conforme RDC
nº 306/2004 da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária).
4 CRONOGRAMA
Períodos
/Atividad
esF M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D
Revisão
da
literatur
a
X X X X X X X X X X X X X X X X X
Avaliação
pelo ceua
da unesc
X
Tratament
o dos
animais e
coleta de
material
X X X X
Western
blottingX X X X
Análise
estatísti
ca dos
resultado
s
X X
2012 2013
Redação
de artigo
científic
o
X X X X X X X X X
Entrega
do
trabalho
X
5 ORÇAMENTO Discriminação Quantidade Valor
Unitário R$
Valor Total
R$1. Material de Consumoanticorpos primários contra as proteínas
JNK (total e fosforilada).
1 1.100,00 1.100,00
anticorpos primários contra as proteínas
ERK (total e fosforilada).
1 1.100,00 1.100,00
anticorpos primários contra as proteínas
P38 (total e fosforilada).
1 1.100,00 1.100,00
Blotting Membranes Hybond ECL (Amersham
Bio)
1 1.400,00 1.400,00
Lâmina lapidada p/ microscopia ponta fosca
26x76mm
20 5,80 116,00
Ácido Acético Glacial- Nuclear 1 13,00 26,00
Ácido clorídrico –Merck 1 248,70 248,70Ácido Tricloroacético 500g- Nuclear 1 75,00 75,00Ácido Tungstosilicico 50g -Sigma Aldrich 1 407,00 407,00Carbonato de Sódio 1kg –Quimex 2 15,50 31,00Cloreto de Potássio 1kg- Nuclear 2 14,00 28,00Cloreto de Sódio 1kg – Quimex 4 8,30 33,20Dimetilsulfoxido 1L – Nuclear 3 34,00 102,00EDTA Sal Dissodico 1L – Nuclear 4 43,70 174,80Etanol 1L – Nuclear 1 9,50 9,50Formaldeído 1L – Quimex 2 11,97 23,74Fosfato de Sódio Dibásico 1kg- Nuclear 2 16,60 33,20Fosfato de Sódio Monobásico 1kg- Nuclear 1 32,00 32,00Glicerina Bidestilada (Glicerol) 1L –
Nuclear
2 22,00 44,00
Hidróxido de Sódio 500g – Quimex 6 8,30 49,80Metil Metano sulfonato (MMS) Sigma 1 554,00 554,00Nitrato de Amônia 1kg – Quimex 2 44,50 89,00Nitrato de Prata 100g – Quimex 1 261,40 261,40Sulfato de Zinco – heptaidratado 1kg –
Invitrogen
2 23,04 46,08
Tris Hidroximetil 1kg – Invitrogen 2 280,00 560,00Triton X-100 1L – Nuclear 2 108,50 217,00Cafeína 500 gramas 1 550,00 550,00
Camundongos Swiss 40 12,00 480
Total 7.791,42
7. FONTE FINANCIADORA
Todas as despesas necessárias para o
desenvolvimento do projeto serão subsidiadas pelo
Laboratório de Biologia Celular e Molecular com
financiamento do CNPq e UNESC.
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