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BIBLIOTECA PÚBLICA DO PARÁSecçao de Obras do Pará

Um simples empréstimoSem entender porque havia sido preso,

Antônio Carlos Santos lamentava-se, ontem,na 12? Delegacia de Polícia de Salvador.Ele "pegou emprestada" uma escuna no

terminal turístico da cidade e, mesmo nãosabendo manejar embarcações, resolveu pescar

um pouco. Em curto prazo ele havia perdidoo rumo e encalhado a escuna. (Página 21)

^mW MÈmmBKMmEmSwmLucidéa MaioranaDiretor-Presidente

JORNAL DA AMAZÔNIASISTEMA ROMULO MAIORANA DE COMUNICAÇÃO

Assinatura Trimestral: NCzJ 486,00 ANO XLIV Belém, Para, Brasil, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989 N° 22.525 Preço do Exemplar: NCz$ 5,00

Estados Unidos invadem PanamáCerca de 24 mil soldados norte-

americanos atacaram, ontem, asprincipais instalações militares doPanamá e Washington anunciou ainstalação de um governo civil comos políticos de oposição que disputa-ram a eleição anulada em maio des-te ano pelo homem forte do país,general Manuel Noriega, que conse-guiu fugir. Horas antes do ataque,Guülermo Endara, suposto vencedorda eleição, foi empossado na presi-dência e logo reconhecido pelos EUA.As tropas norté-americanás destruí-ram o quartel-general de Noriega,ocuparam a estação de TV dos mili-tares panamenhos e o aeroporto in-ternacional "Torrijos Herrera",destruindo ainda um hangar das for-ças de defesa. Há notícias de que 11norte-americanos e mais de 100 pa-namenhos morreram durante oataque.

O presidente dos Estados Unidos,George Bush, justificou a invasão doPanamá por tropas de seu país, di-zendo que era preciso proteger os ci-dadãos norte-americanos, restaurara democracia e prender Noriega, pa-ra julgá-lo por envolvimento com onarcotráfico. Bush disse que a mor-te de um oficial norte-americano porsoldados panamenhos foi a gotad'água. (Páginas 19 e 20)

^BHaR^^ByB^BwsEsaBssslVisssB^SBBlsi^^ ¦* flBKR^^^jlífiHt'•* ' "^'^¦^BjPftÜBBBsssWBsssssB.' % sSbs^BMscBhKíT

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Pode chegar a 4 milo número de mortospela polícia romena

Soldados norte-americanos posicionados em trincheiras no ataque às Forças Panamenhas

Há divergências quantoao número de mortos noschoques entre a polícia e ma-nifestantes em Timisoara,na Romênia, na semana pas-sada: enquanto estudantesromenos em Atenas falamem 600 a mil pessoas, a agên-cia alemã oriental DPN in-forma que já há entre três equatro mil mortos. Os estu-dantes afirmaram ainda queas forças militares, na tenta-tiva de dispersar os manifes-tantes, atiravam indiscrimi-nadamente. Fontes gregasinformaram que os policiaise soldados utilizaram tan-quês, passando por cima decarros e barricadas erguidaspelos manifestantes.

A violência em Timisoa-ra atingiu até mesmo os fa-miliares das vítimas, queestavam reunidos em frenteà catedral da cidade para re-clamar os corpos. Os tan-quês invadiram as ruas,esmagando vivos e mortos,segundo relatos de testemu-nhas. Os cadáveres, confor-me uma alemã ocidental,eram transportados em ca-minhões de lixo e atiradosem uma vala comum cava-da em um terreno militarpróximo ao hospital, onde osferidos não eram atendidos.Mesmo nas salas do hospital,muitos feridos foram assas-sinados pelos sol dados.

(Página 18)

Collor inicia governo com 'pega-ladrão'NESTA EDIÇÃO

No shopping de O LIBERAL jNO AVISTÂO, aproveite as ofertas de Natal. IO menor preço a vista, tudo facilitado em até |quatro vezes. Vá lá 6 confira.

LoteriasSENA: Está estimado em NCz$ 18 milhões,para as cinco faixas de premiação (princi-pai, anterior, posterior, quina e quadra) o to-tal a ser distribuído pela Sena no sorteio quese realiza na terça-feira, dia 26. O encerra-mento das apostas acontece hoje, em todo oBrasil, exceto para Rio de Janeiro, Belo Ho-rizonte, Distrito Federal, Porto Alegre, Sal-vador, Curitiba, Recife e Florianópolis.LOTO: Quem acertar a quina do concurso

. 675 da Loto, cujo sorteio também acontecena terça, poderá receber mais de NCz$ 3 mi-lhões, segundo os revendedores. Como na Se-na, as apostas podem ser feitas hoje e1 amanhã. (Página 2)

Acidente na BR-316UM ACIDENTE na BR-316, em Castanhal,ontem, entre um caminhão baú da Mafrinor-te, que transportava carne, e uma caçambabasculante carregada de seixo, causou amorte de uma pessoa e ferimentos em outrastrês. (Página 22)

Maradona ameaçadoA FEDERAÇÃO Italiana de Futebol poderápunir Maradona em decorrência de suas de-clarações a respeito de suspeitas sobre a ma-nipulação no sorteio dos grupos para a Copade 90. (Página 12)

Bragantino campeãoAO VENCER o São José por 2 a 1, ontem ànoite, o Bragantino, de Bragança Paulista,conquistou o título de campeão da DivisãoEspecial. (Página 13)

A crise do álcoolESTÃO DEFINIDAS as regras para distri-buição de álcool combustível a partir de ja-neiro. Em fevereiro, março e abril adisponibilidade deve cair para um terço dasnecessidades de consumo. (Página 17)

AMANHAAnanindeua,

Icoaraci,Outeiro,

Coqueiro,CidadeNova,

Marambaiae Bengui.

" ':^A v^^^WP^^^B^MS^H^ ¦ ¦'¦¦ iHk&?' ¦iSG^^Sj^Kí^-^^^I^^^^M^^BÉfcíÍ'ír&" t* Us ¦ ¦¦5í^ÍÍâ*i,3Èat^rtJí^J^^^^^?^*^'^ i

O presidente eleitoFernando Collor de Mellojá definiu qual será a pri-meira medida de impactodo seu governo, a ser toma-dá imediatamente após aposse: Collor vai instalar a"Operação Pega-Ladrão"com o objetivo de "varrertodos os corruptos do go-verno", segundo informouontem o assessor CláudioHumberto Rosa e Silva.Entre os alvos estão o pre-sidente José Sarney, quedeverá prestar contas àCPI da corrupção, e o mi-nistro da Justiça, Saulo Ra-mos. No âmbito adminis-trativo, Collor vai anunciara extinção do SNI (ServiçoNacional de Informação).EU A chuva forte na Ba-hia, Amazonas e Pará estáatrasando o trabalho de to-talização de votos feito pe-lo Iribunal Superior Eleito-rai. Até ontem, já haviamsido computados 99,36%dos votos. Collor tinha34.872.379 e Lula 30.984.612.

m> ——i|/*v p pi z> I f\ i%{A-', nvs» i r* rr**\C"

1 HOJE 1¦ Pedreira, |

Sacramenta 1Telégrafo e I

I Val-de-Cães. ¦

MjLoras de chuva marca-ram, ontem, o início do in-verno paraense. Muitospontos da cidade ficaramalagados e as pessoas, quenão esperavam o tempo-rai que caiu sobre a cida-de, tiveram que apelarpara tudo na hora de fu-gir da chuva. Guarda-chuvas, sombrinhas, peda-ços de jornal, quase nadafoi esquecido. Na falta decoisa melhor, a capa deum é improvisada e pro-tege dois. (Página 4)

HOJE

Gás de cozinha teveo maior reajuste

10:30

Em média de 39%, saiuontem, para vigorar a par-tir da zero hora de hoje, o 16?(e provavelmente último)aumento do ano nos preçosdos combustíveis. O maioríndice foi para o gás de co-zinha, com um reajuste de42,4%, passando de NCz$24,37 para NCz$ 34,72. Quan-to aos preços do litro dã ga-solina, do álcool e do óleodiesel, sofreram reajustes de38,1%, 38% e 39,2%, passan-do, respectivamente, de

NCz$ 4,30 para NCz$ 5,94, deNCz$ 3,23 para NCz$ 4,46, ede NCz$ 2,09 para NCz$ 2,91— sem o percentual referen-te ao IWC.

l I Não será inferior a 54%a inflação de dezembro, deacordo com os dados divul-gados ontem pelo IBGE, queregistrou, nas quatro primei-"ras semanas, no Rio, SãoPaulo, Belo Horizonte e Cu-ritiba, uma elevada variaçãodo índice de Preços ao Con-sumidor. (Páginas 14 e 15)

MaréS Jjffi*^ Mosqueiro Salinas

Preamar 05:30 e 18:06 17:40 e 04:42 13:57 e 01:13Baixamar 11:46 23:38 e 10:58 07:28 c 20:05

lcHlpO —- Belém: encoberto a nubladocom pancadas de chuvas esparsas. Tempe-ratura: estável. Máxima: 28 a 30. Mínima:22 a 24. Ventos: Calmos. Visibilidade: boa.

HOJE:40 páginas em 5 cadernos

vw Amistosos da Copa do Mundo.' j ITÁLIA X ARGENTINA

^ h. Um grande desafio entreduas grandes

seleções classificadaspara a Copa de 90. Ao vivo,

direto da Itália hoje, dez e meiada manhã.

ITALIAX

ARGENTINA

'SiiTUUBIRAL,

Brasil vence Holandacom um gol de Careca

Um gol de Careca, mar-cado de cabeça aos 9 minu-tos do segundo tempo, deu avitória à Seleção Brasileirana partida de ontem, em Rot-terdã, contra a Seleção daHolanda, atual campeã daEuropa. É a segunda impor-tante vitória do time de La-zaroni contra seleçõeseuropéias nos últimos doismeses. Em outubro, o Brasilderrotou a Itália.

Os holandeses jogaram

desfalcados de três grandesestrelas — Ruud Gullit,Frank Rijkaard e Van Bas-ten. O time de Lazaroni en-trou em campo com apenasdois atletas que não atuamem equipes européias, o go-leiro Taffarel, do Inter dePorto Alegre, e o zagueiro Ri-cardo Cruz, do São Paulo. OBrasil foi melhor durante to-da a partida, ainda que a Ho-landa tenha mostrado umbom conjunto. (Página 12)

nràtr JE WÊÈm&b»,ii|«p » .. ¦ •¦••-ísmmm

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apai Noel existe mesmo. Pelo menos para as criançasdas 40 creches assistidas pela Fundação Papa João XXIII,que ontem ganharam uma festa no Bosque Rodrigues Ai-ves. Além dos brinquedos óot içados, nenhuma criançasaiu do Bosque sem levar o seu presente. (Página 5)

í2 CIDADES O _./fl_._?>U Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989

Chuvas já desabrigam 10 mil em MinasSena dará prêmio de

NCz$ 18 milhõesBrasília (Sport Press) — Um prêmio em torno de 18 mi-

lhões, para as cinco faixas: sena principal, anterior, poste-rior, quina e quadra. Esta é a estimativa dos revendedorespara o concurso 93, da Sena, com base nos primeiros diasde apostas e do grande movimento nas lojas Totéricas. A se-na principal deverá pagar um prêmio superior a NCz$ 5 mi-lhões. Nas senas anterior e'posterior, a previsão é em tornode NCz$ 2 milhões e o prêmio da quina e quadra ultrapas-sara a casa dos 3 milhões e 800 mil.

Quem se habilitar ao fabuloso prêmio da Sena terá queandar rápido, porque o encerramento das apostas será nestaquinta-feira nos 5.702 revendedores credenciados pela Cai-xa Econômica Federal, em todo o Brasil. Porém, nas oitocapitais (Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito Federal,Porto Alegre, Salvador, Curitiba, Recife e Florianópolis) oprazo para apostar vai até sexta-feira. O sorteio será reali-zado na terça-feira, dia 26, às 12 horas, em Brasília, umavez que segunda-feira dia 25 (Natal) é feriado.

E, como sempre, a superstição é fator determinante namarcação das dezenas pelos apostadores. A preferência este

; mês é pela dezena 25, em que se comemora o dia de Natal,I e também pelas que mais saíram até agora: 04 (20 vezes),¦ 19 (19), 33 (15) e 08 - 29 - 42 - 45 (14).

Concurso 675

Quem acertar a quina do concurso 675 da Loto, com sor-teio na terça-feira,.'às 9 horas, em Brasília, poderá recebermais de NCz$ 3 milhões, segundo os revendedores. As após-tas poderão ser feitas também quinta e sexta.

Esta semana, tem boa cotação na preferência dos após-tadores as dezenas 21 e 22, datas do encerramento das após-tas, 26, dia do sorteio, 12, referente ao mês, 89, dezenacorrespondente ao ano, e 75, final do número do concurso.

A sorte no cruzado velhoPorto Alegre (AG) — O ganhador do maior prêmio jápago pela Sena (mais de NCz$ 12 milhões) litralmente en-controu a sorte em uma velha nota de cem cruzados, hojevalendo apenas NCz$ 0,10. Ele acertou as seis dezenas após-tando no número de série da cédula — 1435042136A. Como

os algarismos apenas permitiam a composição de cinco de-zenas, ele cortou o primeiro número para "inventar" maisuma dezena, surgindo assim o 43, que lhe garantiu o prê-mio isoladamente. E morador de Pelotas.Policial militar aposentado, meia idade, seis filhos, o

acertador tem seu nome mantido em sigilo pela Caixa Eco-nômica Federal, como determina a legislação sobre lote-rias. O gerente da CEF em Pelotas (a 255 quilômetros dacapital), Volnei Otto, que atendeu ao cliente quando ele pro-curou a agência local, revela, ainda que ele mora na zonanorte da cidade, em uma vila bastante pobre. Quando apa-receu na agência, o acertador apenas retirou "alguns tro-cados" que o gerente não revelou, deixando o resto dodinheiro rendendo na conta azul remunerada.

Apenas no primeiro dia da aplicação, o prêmio de Ncz$12.839.672,32, descontada a pequena retirada, irá render cer-ca de NCz$ 300 mil. Muito contente, o acertador recordouao gerente da CEF quando encontrou a nota velha que mu-dou sua vida. Ele caminhava pelo mercado público de Pe-lot?s e encontrou a cédula partida em três pedaços,-*>.,! 31] !,._ i :¦ j;20(J>7 UO ! S ü."i;iq.-.;;: u6rt,.6Í5i I ) :T Eífii.

¦Mm-!.

mobiliza sertanistasRecife (AJB) — Um menino, de cabelos pretos e lisos,

falando de forma confusa e aparentando 11 anos, mobilizouontem assistentes sociais e sertanistas da Funai, que rece-beram um telefonema dizendo tratar-se de um indiozinho,vindo do Pará que fora abandonado pelo motorista da car-reta na qual viajara clandestino para Pernambuco. Ele foiencontrado às portas da Usina lpojuca localizada no mu-nicípio do mesmo nome, a 57 quilômetros da capital.

Na realidade, Gilberto dos Santos, filho de um casal delavradores — Pedro dos Santos e Maria da Conceição San-tos — não ssabe nem de onde veio. Diz que morava em umacidade chamada Jatiúca, localizada a duas horas de SãoPaulo. Mas como a viagem de caminhão só durou uma noi-te, tudo indica que ele veio da praia de Jatiúca, localizadaem Maceió, pois ele informou que perto do lugar onde mo-rava havia muitos coqueiros, mar e que as pesoas do lugarplantam "milho, feijão e mandioca.

A casa onde reside é de taipa, tipo de construção co-mum no Nordeste e pouco vista em São Paulo. E no local,segundo disse, não faz frio. Confuso e com fome, o meninochegou a lpojuca na última quinta-feira, quando foi reco-lhido por Luís Fernando de Freitas, soldado da usina, quecom pena dele, levou-o para casa e deu-lhe de comer. Noentanto, não foi Luís quem telefonou à Funai nem soube di-zer quem o fez.

Ontem o menino encontrava-se na casa de Maria Li-dia Bezerra de Freitas, mãe de Luís, na cidade do Cabo —vizinha a lpojuca — onde o operário e o menino chegarampara passar alguns dias, desde o último domingo.

JACOB BENARRÕS— MISMARAH —

Marina Benarrós e filhos convidam pa-ra a mismarah de ano a realizar-se hoje às18:30 horas, na sinagoga Essel Abrahamna Trav. Campos Sales, 733.

FRANCO VALLINOTOMISSA DO 30.° DIA

A família de FRANCO VALLINOTO, convidaseus parentes e amigos para a missa de 30° dia quemanda celebrar em sufrágio de sua alma, hoje,quinta-feira, às 18 horas, na Igreja Rosário da

ampina.Desde já agradece a todos que comparecerem.

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Belo Horizonte (AG) — As chuvasque castigam Minas Gerais já são asmaiores dos últimos dez anos e a situa-ção é de calamidade pública em váriasregiões. Aproximadamente dez mil pes-soas estão desabrigadas e continua achover ininterruptamente desde á se-mana passada no Norte de Minas e noVale do Jequitinhonha, as regiões maisafetadas. O tenente-coronel Jonas Cruz,da Coordenadoria Estadual de DefesaCivil (Cedec), adiantou que ontem os le-vantamentos deverão apontar mais de15 mil desabrigados. Já são oito os mor-tos, todos vítimas de desabamentos edeslizamento de encostas.

O tenente-coronel Cruz informouque 40 cidades estão em situação cri ti-ca e quatro delas completamente ilha-das: Francisco Dumont, Rio Pardo deMinas e Jequitaí, todas no norte, e Jor-dânia, na região do Jequitinhonha.

Iodos os municípios, que estão emsituação de emergência devido a secaque durou cinco anos, no Norte e Jequi-tinhonha, estão agora na mesma situa-ção em função das chuvas. SegundoJonas Cruz, se chover mais uma sema-na, as enchentes superarão às de 1979,com conseqüências imprevisíveis. Pe-lo menos seis cidades já estão com es-tado de calamidade pública decretado:Ouro Preto, leófilo Otoni e Unaí, alémde Jequitaí, Rio Pardo e Francisco

Dumont.Ontem, um avião Bandeirantes ob-

tido pela Cedec deixou Belo Horizontecom 400 quilos de medicamentos paraAlmenara, no vale do Jequitinhonha,onde há mais de dois mil desabrigados.Em Unaí, no noroeste do Estado, o rioPreto está metros acima de seu leito etambém já são cerca de dois mil desa-brigados e 250 casas submersas pelaágua. O Jequitinhonha, que podia seratravessado a pé em quase toda a suaextensão, subiu mais de oito metros de-sabrigando a população ribeirinha devários municípios.

O tenente-coronel Cruz informouque foram solicitados ao Ministério daAeronáutica mais aviões e três helicóp-teros para ficarem sediados um emMontes Claros, atendendo ao norte doEstado, outro em Diamantina, para ovale do Jequitinhonha, e mais um emTeófilo Otoni, para o vale do Mucuri.Desde segunda-feira a Cedec está en-viando um total de 8.550 cestas básicas,1,7 mil cobertores, 1.040 colchões, 27 bo-binas de lonas plásticas e 115 barracaspara as regiões mais atingidas doEstado.

Até agora foram gastos NCz. 2 mi-lhões com o socorro às vítimas das chu-vas e hoje o governo do Estado estáliberando uma verba suplementar de

NCz$ 1 milhão.Monumentos ameaçados

Belo Horizonte (AG) — Não bastas-sem as três mortes em conseqüência dodesabamento provocado pelas chuvase o estado de calamidade pública decre-tado pelo prefeito Wilson Milagres(PMDB), Ouro Preto está ameaçada dever destruídos importantes monumen-tos históricos, parte de um conjunto ele-vado à condição de patrimônio dahumanidade pela Unesco.

Enquanto os desabrigados chegama mais de 400, os técnicos da Secreta-ria do Patrimônio Histórico e ArtísticoNacional (SPHAN) encontram-se emestado de alerta, vistoriando diária-mente os locais mais atingidos pelaschuvas. As maiores preocupações sãocom as infiltrações nos porões das an-tigas casas do centro da cidade e coma ameaça de desmoronamento de en-costas próximas das igrejas, construí-das no alto dos morros nos séculos XVIIe XVIIL

A mais ameaçada é a igreja dasMercês, fundada em 1737, que já apre-senta bem próximo ao alicerce umagrande erosão que'ameaça a base da"construção. Além dela, a igreja do BomJesus dos Perdões, construída por vol-ta de 1760, também encontra-se em si-tuação crítica.

Número de mortos sobe para 20 na BahiaSalvador (AJB) — As chuvas quevoltaram a cair ontem em todos os 415

municípios baianos já elevaram para20 o número de mortos, deixando cer-ca de 25 mil desabrigados em todo o Es-tado, de acordo com o* levantamentofeito pelo secretário estadual do Traba-lho e Bem-Estar Social em exercício,Carlos Alberto Teles.

Ontem, em Feira de Santana, foiencontrado o corpo de um homem (ain-da não identificado) num riacho queatravessa o bairro da Mochila, desa-guando no rio Jacuípe. Em Santa Bár-bara, onde desmoronou um trecho dequase dez metros da BR-116, foram en-contrados mais dois corpos, até a noi-te não identificados, aumentando assimpara 18 o número de vítimas fatais da-quele acidente. Os outros dois mortosfoi Dásio, tragado pelo riacho Ribeirão,em Poções, quando transportava urnase cédulas de votação no último domin-go, e uma criança levada pela corren-teza de um rio em Ilhéus.

O governador Nilo Coelho reconhe-ceu oficialmente ontem à noite o esta-do de emergência decretado em 45municípios pelos respectivos prefeitos.Em alguns deles, como Feira de San-tana e Salvador, já foi decretado o es-tado de calamidade pública, emdecorrência dos transtornos causados

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pelas chuvas que caem intermitente-mente todos os dias, há quase um mês.

O maior número de desabrigadosestá em Ilhéus, a 465 quilômetros da ca-pitai, com mais de 800 famílias desa-lojàdas naquela cidade litorânea do suldo Estado. Ali vizinho, em Itabuna, ou-trás 390 famílias estão desabrigadas,principalmente devido ao transborda-mento do rio Cachoeirinha.

Não há qualquer comunicação comcidades como Belmonte, Jacaraci, Mor-tugaba e Mirangaba, que estão semenergia elétrica, sem gás de cozinha,sem acesso por estradas danificadaspelas chuvas e com alimentos escassos.A situação é semelhante em Caculé —que faz parte da mesma região de Cae-tité — só que ainda podem ser feitoscontatos telefônicos, apesar de demo-rar bastante. Até o aeroporto de Bel-monte está interditado.

Mas os problemas se espalham portodas as regiões do Estado. No sudoes-te baiano, por exemplo, já existem 460famílias desabrigadas no município dePoções e também morreu, domingopassado, o homem que carregava ma-íerial de votação para Caetanos, muni-cípio recentemente desmembrado dePoções. Ali perto em Vitória da Con-quista — a 509 quilômetros da capital— 330 famílias perderam suas casas

com estas chuvas.Em Feira de Santana, depois de

chover a noite toda, o sol apareceu ti-midamente pela manhã, mas à tardevoltou a chover forte, ampliando para346 a quantidade de casas desabadas eaproximadamente uma centena de re-sidências alagadas. A situação pior é nobairro de Novo Horizonte, atrás doCampus Universitário, onde a lagoaPindoba transbordou, alagando quase100 barracos.

Foi identificado como Júlio Salesde Lima, 65 anos, o funcionário publi-co estadual que morreu de enfarte aoperceber, quando acordou, que a casaonde mora, no Novo Horizonte, estavainundada. Mas a Polícia ainda não sa-be quem é o outro homem que o riacholevou, sendo encontrado ontem no bair-ro da Mochila. A Prefeitura está distri-buindo duas toneladas de alimentosrepassados pelo Governo Federal, doprograma de alimentação escolar.

Segundo o secretário do Trabalhoe Bem-Estar Social, todos os rios queaparecem no mapa da Bahia transbor-daram, em trechos diversos, que elenão soube identificar, inclusive o maiordeles, o rio São Francisco, nas imedia-ções de Santa Maria da Vitória, e o Pa-raguaçu, em Cachoeira, além doJacuípe em Feira de Santana.

.jjjyv-- >¦\>_-¦> ' ií, A'Jli >PsniWD_£,ygn_ -BsoiuíimÔOIob Biaoxíi -cria íd gm ;.•' ._t«- trSituação e critica em Imperatriz (MAfImperatriz, MA, (AG) — O rio to-

cantins desabrigou mais de três milpessoas, na cidade de Imperatriz, Su-deste do Maranhão, a 780 quilômetrosda capital, provocado pelas fortes chu-vas que caíram nos últimos dias emsuas cabeceiras, no norte do Estado deGoiás. A situação tende a se agravarpor causa de dois dias de chuvas fortes,também, na própria cidade atingida.

A Comissão de Defesa Civil e a pre-feitura local estão fazendo os levanta-mentos dos flagelados, ao mesmo tem-po em que o prefeito Davi Alves Silvadestinou algumas escolas públicas pa-ra abrigá-los. A única ajuda que os de-sabrigados estão recebendo, em termosde alimentação, foi a ordem dada peloprefeito para que as sobras de meren-da escolar, do período letivo, fossem co-locadas a disposição dos atingidos pelaenchente.

O rio tocantins chegou a subir maisde cinco metros em alguns lugares, se-

gundo informações de agentes da De-fesa Civil e está causando muitapreocupação pelo fato de a enchente terchegado no mês de dezembro, quandonormalmente não acontece esse tipo deproblema em nenhum rio do Maranhão.As enchentes dos últimos anos nuncachegaram antes de meados de fe-vereiro.

Goiânia (AE) — As duas únicas ci-dades goianas tombadas pelo patrimô-nio histórico nacional — cidade deGoiás, conhecida ainda como "GoiásVelho", e Epirenópolis — são tambémas maiores prejudicadas pelas chuvasque caem insistentemente no Estado.Ontem, os prefeitos das duas cidadesdecretaram estado de calamidade pú-blica, pedindo ajuda ao governo fede-ral e do Estado, com vistas a garantirseus patrimônios históricos e culturais,já desabando.

Na cidade de Goiás, antiga capital

do Estaddfque fieá a 145 quilômetrosde Goiânia, o Rio Vermelho, que a cor-ta em duas partes, já transbordou duasvezes nestes últimos três dias suaságuas subiram mais de sete metros,derrubando casas comerciais, arran-cando pontes e calçadas. O velho "ca-sarão da ponte", onde viveu a poetisaCora Coralina, hoje transformado emcentro cultural, está com seus porõesinundados e sua estrutura arquitetôni-ca ameaça. E a casa onde morou o ban-deirante Bartolomeu Bueno, o"anhanguera", fundador da cidade, játeve desmoronadas a maior parte dasparedes.

lambem na cidade de Epirenópo-lis, distante 120 quilômetros de Goiânia,famosa pelas festas das "cavalhadas"e por sua arquitetura colonial barroca,as águas do rio das Almas subiram oi-to metros, derrubando pontes, destruin-do casas e ilhando completamente omunicípio dos seus distritos.

Paulo Sérgio dizque fraturou dedo

ao cair na celaRio (AG) — Depois de quebrar o dedo anular damão esquerda, luxar outro dedo e sofrer várias es-coriações na cela onde estava preso, na 16» DP (Bar-ra), Paulo Sérgio Mollo Fonseca, principal acusado

do assassinato do empresário José Carlos NogueiraDiniz Filho, foi transferido no fim da tarde de ontempara uma cela da Divisão de Vigilância e captura dapolicia interestadual (DVG-Polinter), no centro. Háduas versões para os ferimentos: à primeira, conta-da por Paulo Sérgio em seu depoimento, foi de queele caiu de uma grade da cela quando tentava se co-municar com outro preso. A segunda, ouvida por po.-liciais, é de que Paulo Sérgio teria se envolvido numabriga com quatro outros presos.Alguns policiais que trabalharam no caso tememque, na justiça, Paulo Sérgio afirme que foi espan-cado na 16» DP e sustente que todas as suas decla-rações na polícia — inclusive as confissões que fezinformalmente a diversos policiais — foram conse-guidas através de coação. Os policiais imaginam quePaulo Sérgio possa até mesmo desmentir o depoi-mento prestado ontem, quando garantiu que se ferianum tombo.

O delegado Rodrigo Villaboim, que responde pela16» enquanto o delegado Frederico Henring estiverdescansando após a conclusão do inquérito do casoDiniz, ouviu dois presos que estavam na mesma ce-Ia de Paulo Sérgio e obteve a confirmação de que elese feriu numa queda.

Jaqueline

Alguns dos depoimentos contidos no volumoso in-quento que apurou a morte de José Carlos Noguei-ra Diniz Filho traçam um perfil negativo deJaqueline Carr Diniz, a ex-mulher do empresário Se-gundo sua ex-sogra, d. Léa Diniz, Jaqueline não ape-nas sabia da existência do testamento de José Carlos,mas fora ela quem o pressionara a fazê-la herdeirada metade da sua fortura, "condição imposta paraa segunda reconciliação do casal". Em seu depoimen-to, d. Léa disse ainda ter ouvido de Jaqueline, apósuma briga com seu filho, que tinha "vontade de darum tiro em José Carlos .

. João Rodrigues Ferreira, mordomo do empresa-no assassinado, disse que, depois da separação seupatrão mostrava-se contrariado toda vez que era cha-mado por Jaqueline ao telefone, "porque sabia aueera para pedir-lhe dinheiro". Segundo o mordomo, elacostumava ofende-lo com palavras obscenas qúan-do ele dizia que o patrão nãe-estava em casa. Quan-do da morte do empresário, o mordomo pediu aJaqueline para dar a notícia "com certo cuidado" por-que d Lea nao estava passando bem. Jaqueline, po-rem, falou do crime sem qualquer cerimônia e d. Léaficou na cadeira se poder falar", tendo que ser acu-dida pelo mordomo com um copo de águaA comerciante Mair Luíza Costa, que foi teste-munna do casamento de José Carlos e Jaqueline, dis-seque-ssta caspugrávida "-"' ' c""c'u,b

,. - ..„ pJ-ávida^ejá pensando que, quandoxèi ..toesse filhos? _érfa dona de fuoV. No seurdepohneri-to, a mulher conta que, na família do empresario„to-.dpsisajjiam, da. infidelidadeconjugai de Jaqueline"inclusive José Carlos". ^ ^— Ela o traía com o motorista e com o iardinei-ro quando estava casada com José Carlos.

; Mas o depoimento que mais pesou contra Jaque-une íoi p prestado na polícia por Lucimar Viana De-cottigmes a namorada que estava com José CarlosDiniz quando este foi assassinado. Lucimar disse auennr vnl.a Hac iok ri- J!« «- M ypor volta das 12h do dia 27 do mês passado - novenoras após o assassinato do empresário —, Jaqueli-ne lhe ligou para informá-la da hora do sepultamen-to e, em seguida, recomendou, textualmente:"Cate a boca, já passou. O negócio agora é es-quecer. Nao adianta mais nada. O negócio é tocar suavidinha para frente, as suas coisinhas... que ele iá teajudou... que agora eu vou cuidar das minhas filhi-nhas, sozinha. Cala a boca, não fala nada com nin-guem você nao sabe de nada, é a melhor coisa queVULC ln_í a

Colégio de Cirurgiões outorgaprêmio a Guilherme Guimarães

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O médico-cirurgião-geral Gui-lherme Aguiar Pereira Guimarãesrecebeu o prêmio "João Prisco dosSantos", outorgado pelo ColégioBrasileiro de Cirurgiões-Capítulodo Pará. A rápida cerimônia acon-teceu na noite de ontem, no salãonobre do Centro de Ciências daSaúde da Universidade Federal doPará (CCS-UFPa.). O homenagea-do foi saudado pelo médico Cio-doaldo Beckmam, diante de mem-bros titulares do CBC-Pará, fami-liares e convidados especiais. Oprêmio foi criado em 1982, na ges-tão do próprio Clodoaldo Beck-mam, com a finalidade de homena-gear, a cada biênio, os membros doColégio de Cirurgiões com mais de25 anos na prática médica e tenhadado valiosas contribuições ao en-sino e pesquisas científicas na áreada cirurgia. A plaqueta e o diplomaque simbolizam a outorga foramentregues pelo presidente-mestredo CBC-Pará, médico Ivan Neiva.

No discurso de saudação ao ho-menageado, Clodoaldo Beckmamdeu grande destaque aos 31 anos davida profissional de GuilhermeGuimarães, que começou em 1958,quando recebeu o grau de médicopela antiga Faculdade de Mediei-na. No ano seguinte, no Rio de Ja-neiro, ingressou na Casa de SaúdeSão Miguel, onde concluiu o cursode pós-graduação na turma do ci-rurgião Fernando Paulino, escolhi-do como "Cirurgião dos Cirurgiõesde 1959". Guilherme Guimarães,conforme o orador, preferiudedicar-se ao exercício do magis-tério. Atualmente, é professor ad-junto nível IV da Universidade Fe-

ÉSI' - S^"'^-ii-BB--Es-aicg §K*£ri WgÊRr fü-n^-' -'::- - Ml. _K' -ga£^ili_g«v--S_ÍB-B

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Guilherme recebe o diploma das mãos de Ivan Neiva.deral do Pará, onde leciona a materia Gastroenterologia. Faz partedo corpo médico do Inamps desde1962 e do cartel de atividades doCapítulo do Pará, como mestre doColégio Brasileiro de Cirurgiões. Éainda diretor clínico e conselheirodo Hospital da Beneficente Portu-guesa. Entre as comendas que járecebeu, estão as medalhas dos 50e 70 anos de fundação da Faculda-de de Medicina no Pará e do "Cin-quentenário de Nascimento doCientista Paraense GasparVianna".

Ao agradecer a homenagem deBeckmam e a outroga do prêmio"João Prisco dos Santos", Guilher-me Guimarães fez questão de ma-nifestar gratidão "aos familiares,muitos amigos e pessoas que con-tribuíram" para sua escalada,"especialmente a Fernando Pauli-no". Ele falou ainda da evolução

dos ensinamentos na medicina,ressaltando a "explosão de conhe-cimentos e de técnicas médicas ecirúrgicas descobertas nesse pe-ríodo de sua vida, enquanto o caospredomina nas universidades bra-sileiras, atingindo em cheio o âma-go das instituições, nas suas estru-furas de ensino e administrativa".Para Guilherme Guimarães, asuniversidades se transformaram"praticamente, espero que não de-finitivamente, em meros instru-mentos de realização pessoal".

Dirigiram os trabalhos os mé-dicos Ivan Neiva, presidente doCBC-Pará, Clóvis Meira, presiden-te da Academia de Medicina do Pa-rá (AMP), Armando Morelli,membro-titular do CBC-Pará, Al-fredo Oliveira, presidente do Con-selho Regional de Medicina (CRM-Pará) e Clodoaldo Beckmam, ora-dor e membro-titular do CBC-Pará.

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Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989 O LIBERAL OPINIÃO 3

Surto de malária mata seispessoas no interior da BahiaSalvador (AG) — Um surto de

malária na zona rural de Andaraímunicípio da Chapada Diaman-

tina, a 414 quilômetros de Salvadorprovocou até agora a morte de

seis pessoas e o internamente deoutras 15 em hospitais da região eda capital. Segundo o prefeito deAndaraí, Eraldo Duque Pinto, doPFL, já foram registrados 72 casosda doença nos distritos e na sededo município.

Duque Pinto informou que a"malária falcíparum" foi trazidapor garimpeiros que vieram daAmazônia, do Mato Grosso e deGoiás, para trabalhar nos garim-pos da Chapada Diamantina. 0prefeito pediu ajuda à Secretariade Saúde da Bahia, temendo que osurto da enfermidade se transfor-me numa epidemia.

De acordo com Duque Pinto, adoença foi diagnosticada pela Su-

cam através do exame de lâmina.— O hospital regional de Anda-

raí não dispõe mais de leitos parainternamentos e as três ambulân-cias do município não estão dandoconta do serviço — queixou-se oprefeito. Por essa razão, os doentesque necessitam de internamenteestão sendo levados para o hospi-tal Couto Maia, em Salvador, e pa-ra o hospital de Ruy Barbosa,próximo de Andaraí.

DengueCuiabá (AG) — Um Estado

que até o momento estava livre do"aedes aegyptti", transmissor dadengue e da febre amarela, o Ma-to Grosso acaba de detectar focosdo mosquito nos municípios de ai-to Araguaia, Pontal e Barra doGarça. A Superintendência deCampanhas de Saúde Pública (Su-cam) deslocou equipes para as

juiimjasjIfíAWm 'y~ i"'" i "if;/jJLTS^TiiLfBfti^^

nu ^^,/V^s^-SflH -SPa.

A visita de Roberto PortoO superintendente regional do De-

partamento de Polícia Federal, Rober-to Porto, veio, ontem, a O LIBERALapresentar cumprimentos de fim deano aos que aqui trabalham. RobertoPorto foi recebido pelo diretor-

executivo, Romulo Maiorana Júnior, aquem agradeceu o nome do DPF oapoio que recebeu dos veículos do Sis-tema Romulo Maiorana de Comunica-ção durante o ano que está seencerrando.

Paciente morre uma semanaapós o transplante duplo

Porto Alegre (AG) — A paciente dosegundo transplante duplo realizado noRio Grande do Sul e o quinto da Amé-rica Latina morreu uma semana apóssubmeter-se à cirurgia. Ela sofreu umaneurisma cerebral, problema que nãoteve qualquer relação com o.transplan-

-tft.conforme;0,çjr-urgiã8[IvoNesrálla,chefe da equipe de médicos que parti-ciparam da cirurgia e tratamento dapaciente.

Nesrálla disse que o transplante foitecnicamente perfeito e a paciente vi-nha se recuperando bem. Explicou queo aneurisma — dilatação de uma arte-ria do cérebro — poderia ter ocorridocom ou sem cirurgia. Lembrou que cer-

ca de uma em cada 10 mil pessoas dapopulação em geral morre subitamen-te de aneurisma cerebral.

A paciente, que teve sua identida-de mantida em sigilo a pedido da famí-lia, se submeteu ao transplante porquesofria de hipertensão arterial pulmo-nar primária. É uma doença que pro-.voca alterações na circularão, jpulmonar, comprometendo também ocoração. Ela sofria da moléstia há doismeses e recebeu a doação dos órgãosde um jovem que morreu em acidente.

A cirurgia foi realizada no Institu-to de Cardiologia, em Porto Alegre, elá ela ficou internada até morrer, umasemana depois do transplante.

Uniforme protegerá agentepenitenciário contra AIDS

Rio (AG) — As 24 unidades peni-tenciárias do Desipe passam a contar,a partir de hoje, com uniformes de pro-teção — inéditos no sistema carceráriodo país — para enfrentar possíveis ata-quês de internos que, sabendo seremportadores do vírus da AIDS, tentemameaçar os agentes penitenciárioscom sangue contaminado. São 82 con-juntos de capas impermeáveis, luvasde borracha e protetores de olhos.

Ao entregar ontem os uniformesaos diretores das unidades penitencia-rias, o secretário de Justiça do Estado,Técio Lins e Silva, explicou que o ma-terial de proteção não será usado per-manentemente pelos agentes queconvivem com internos portadores do

vírus, mas somente quando houverameaça de contaminação. A direção doDesipe pretende equipar, a curto pra-zo, o sistema carcerário do estado com200 uniformes.

— Trata-se de um equipamentopróprio para situações de crise, que da-rá segurança ao agente para enfrentarum interno que o ameace com sanguecontaminado. Isso já ocorreu anterior-mente e naquelas ocasiões os guardastiveram a sua ação dificultada — ex-plicou Técio.

Atualmente, segundo o coordena-dor de Saúde do Desipe, Oswaldo LuizDias Berg, há no Rio 800 internos por-tadores do vírus da AIDS, o que signi-fica cerca de dez por cento dapopulação carcerária do Estado.

Porto Alegre implantarápainéis de desaparecidos

Porto Alegre (AJB) — A partir dopróximo ano, a capital gaúcha terá pai-néis nas ruas de maior fluxo de pedes-três e veículos para procura de pessoasdesaparecidas, com reprodução de fo-tos, dados pessoais e circunstâncias dosumiço. A iniciativa foi aprovada pormaioria na Câmara, autorizando o pre-feito Olívio Dutra (PT), em conjuntocom a Secretaria de Segurança do Es-tado, a tomar medidas para definir lo-cais e critérios de instalação dospainéis."Centenas de famílias perdem pa-rentes, numa expectativa angustiantede notícias. Com este sistema vamosagilizar essa busca", afirmou o verea-dor José Antônio Leão de Medeiros(PDS), autor do projeto e ex-chefe daPolícia Civil gaúcha. Segundo dados

por ele apurados junto aos órgãos desegurança — ele já foi delegado de po-lícia — em Porto Alegre desaparece-rem em média 78 pessoas' por ano, amaioria delas nunca localizadas. János 13 municípios metropolitanos, osdesaparecimentos chegam a cerca de137 casos anuais.

Com a adoção dos painéis em pon-tos movimentados da cidade, nos bair-ros e mesmo municípios vizinhos, overeador Leão de Medeiros acreditaque será mais fácil obter pistas sobreos desaparecidos. Admitiu que o efeti-vo policial é insuficiente para acompa-nhar investigações sobre cadaocorrência. "Informações dadas pelapopulação podem ser preciosas numcaso desses, auxiliando a polícia e osfamiliares", comentou.

áreas atingidas, iniciou a nebuliza-ção e aplicação de larvicidas, pa-ralelamente à vacinação daspopulações, informou ontem a mé-dica Margarete Dioz Silva, da se-ção técnica do órgão de Cuiabá.

Segundo a médica, a "opera-ção de guerra" armada contra omosquito enfrenta dificuldades pa-ra vacinar até duas mil pessoaspor dia e não tem atingido nem 800nas grandes concentrações popula-cionais. Com isso, os focos da doen-ça também se propagaram emAragarças, em Goiás, onde o Exér-cito e a Secretaria Municipal deSaúde já se mobilizam para evitara ocorrência da febre.

O combate ao mosquito incluia limpeza de quintais, a nebuliza-ção de depósitos d'água, latas, gar-rafas vazias e a queima de pneusvelhos, onde as larvas proliferam.

Iate deconcreto éarrematado

Salvador (AE) — Foiarrematado ontem por200 mil cruzados novos, oiate "Reconoubial", quetem como principal ca-racterística a de ter sidoconstruído em concretoarmado. O leilão foi rea-lizado pela Receita Fede-ral, em Salvador, no caisda Capitania dos Portos.O iate pertencia ao fran-cês Felipe Barthes, queentrou com ele ilegal-mente no Brasil, e foiapreendido em abril de1988.

Quando o barco foilocalizado e apreendidopela Receita Federal, naMarinha do Saveiro Clu-be da Bahia, Barthes,que o projetou e cons-truiu, estava na França.Ele chegou a constituiradvogados, mas não re-gularizou a documenta-ção e acabou perdendo oiate, que foi arrematadopor Eleonora Maria Pa-checo Santos, represen-tando um primo de SãoPaulo, que leu a notíciado leilão e se interessoupelo barco. O lance mini-mo era de 100 mjl cruza-feil9YO§^J.6,vinteres-.sados participaram dopregão.

O coníprador vaiprecisar fazer reparos nomotor, que está sem fun-cionar há quase doisanos, e pintar o casco deconcreto. O "Reconou-bial" mede 15 metros decomprimento por quatrode largura e pesa 25 tone-ladas. O lote inclui todosos objetos e equipamen-tos encontrados no inte-rior do barco pela Re-ceita Federal, incluindopainel elétrico de contro-le da máquina, instru-mentos de navegação eoutros assessórios.

Exército eBB multadosem Salvador

Salvador (AE) — Aempresa de limpeza ur-bana de Salvador (Lim-purb) aplicou multas quevariam de 163,04 a 4.891cruzados novos no Bancodo Brasil e no Exército,por estarem jogando en-tulho em local não per-mitido. A Limpurb tentahá seis meses impedirque o despejo do lixo se-ja feito em um terrenonos fundos do Superbox,situado na entrada da ci-dade. Como as placas deproibição não eram res-peitadas, a empresa co-locou dois fiscais, quepassaram a anotar asplacas dos caminhõesque despejavam o entu-lho, que é consideradolixo-especial no regula-mento de limpeza urba-na da cidade. No Detran,descobriu-se que entre osinfratores estavam oBanco do Brasil e a 6?Região Militar, do IVExército. O gerente deoperações da Limpurb,Carlos Eduardo NunesGuimarães, informou on-tem que as multas já fo-ram pagas.

Ceará decreta o defeso da lagostaFortaleza (AG) — O período do

defeso — proibição à pesca de la-gosta durante sua reprodução — foiantecipado este ano diante daameaça de extinção do crustáceo.A pressão do movimento ecológicojunto ao Ibama também conseguiuque o prazo a pesca de lagosta fos-se aumentado para 130 dias, comouma alternativa à sobrevivênciada espécie.

A medida entra em vigor hoje.Segundo o diretor local do Ibama,Carlos Matos, quem desobedecerao defeso será punido rigorosa-mente, podendo inclusive ir para acadeia.

A preocupação de técnicos daUniversidade Federal do Ceará de-corre da contínua diminuição naprodução da lagosta no estado, queé o maior exportador brasileiro, de-

vido a pesca predatória, principal-mente na poça de reprodução.

Diante disso a queda é conti-nua. Comparando os anos de 1988e 1989, verifica-se uma diminuiçãode 365 de 35 por cento. Ano passa-do, foram pescados 2.200 toneladas.A previsão é que se continuar ocor-rendo a pesca predatória a lagos-ta desaparecerá do litoralcearense.

Repórter 70AÇÃO

O assessor de imprensa da Secretaria de Seguran-ça Pública faz o imenso favor de alertar a populaçãopara o golpe que motoristas de táxi estão aplicando contraos passageiros, cobrando-lhes UTs do taxímetro pelo valorde uma tabela falsa, que eles imprimem especialmen-te em gráficas. Também adverte o prestimoso asses-sor que, em caso de fraude, o lesado deve anotar o númerodo táxi e apresentar queixa formalmente. E isso, explicao generoso assessor, porque "a polícia só trabalha comfatos".

Em outras palavras, a nossa Polícia só se mexe depoisque o crime aconteça e a vítima formalize a denúncia...

Pode?

PASSEPor todo o dia de hoje, a diretoria do Pais-

sandu decide o valor do passe do jogador "Da-dinho", centro-avante do clube, e que desde ontempassou a ser assediado pelo Sport do Recife.Já houve contato entre os presidentes das duasagremiações esportivas. Iburinho pediu 24 horas,mas acabou deixando escapar, quando almo-cava, que Dadinho não será vendido por me-nos de 3 milhões dé cruzados novos.

Aliás, na conversa com o presidente do Sport,o presidente do Paissandu era só elogios ao com-portamento do craque que tem 30 anos e hojeganha 5.000 cruzados novos de salário, mais oaluguel do apartamento em que mora. Touri-nho diz que ele "é um profissional padrão: nãobebe, não fuma e tem comportamento exemplar".

OCASIÃOEstá sendo relembrado que em 1987 o hoje presi-

dente eleito Fernando Collor lançou a candidatura dosenador Mário Covas para presidente da República. Eainda tentou uma fórmula: Covas para presidente e ele,Collor, para vice. Covas não aceitou.

Foi descendo o elevador no edifício do escritório deCovas, depois do não, que Cleto Falcão propôs a Collora questão principal: e por que não candidato a presidente?

PERDEDORESNesta eleição houve vários perdedores ilus-

três, mesmo entre partidários do vitorioso Collor.Começa pela vice-governadora de Minas, Jú-nia Marise, que perdeu em Belo Horizonte e ga-nhou apertadamente no interior, o quepraticamente liqüida com sua candidatura aogoverno estadual. A deputada Márcia Kubits-chek, secundada pela viúva de Jusçelino, d. Sara,

„ .viu^o eleitorado de Brasília darà,vitória a Lu-Ia. No Rio Grande do Sul, a adesão de NelsonMarchesan e Carlos Chiarelli não desbancouBrizola.

Do lado de Lula, parece ter perdido maisdo que o próprio candidato o governador Mi-guel Arraes, de Pernambuco, onde Lula teve,na capital, a boa votação da esquerda unida,mas cresceu muito pouco no interior.

DAqui no Pará, é muito difícil, depois da vo-

tação esmagadora de Collor sobre Lula, quevenha a prosperar o esquema Almir Gabrielpara governador e Ademir Andrade para se-nador, com o apoio da mesma frente de esquerdado 2? turno.

PLANOHubert, se despedindo do "Jornal do Brasil", para

a volta de Cláudio Paiva:O desfecho do seqüestro de Abílio Diniz foi o único

Plano Bresser que deu certo.

NOVOAdesivo agora circulando em carro paulista:

Esquerda vou ver.

COMPUTADORNão é só contra o consumidor que o com-

putador da Cosanpa trabalha. Contra o funcio-nário também.

Seus empregados tinham a promessa dereceber ontem o 13.° salário, mas isso não foipossível porque as folhas "engataram" no com-putador. Era erro em cima de erro. E tudo te-ve de ser refeito, já sem data para pagamento.

PRIMEIRAA seleção brasileira ganhou, pela primeira vez, a

da Holanda e isso depois de ter perdido as duas únicaspartidas que as duas seleções já haviam jogado entresi, a despeito de ter sido o Brasil um freqüentador detodas as Copas do Mundo. A Holanda, porém, tem me-nor tradição, ainda que já tenha dois vice-campeonatos.

O detalhe é que, na previsão da imprensa esporti-va européia, Brasil e Holanda vão fazer a final da Co-pa do Mundo de 1990. E, segundo os europeus, o Brasilganha.

RECORDEChegaram finalmente ao TRE os boletins

da apuração de Chaves. No resultado final, Collorvenceu por larga margem: 3.192 votos contraapenas 237 dados a Lula. Houve 88 nulos e 53em branco.

No primeiro turno, Chaves ficou nacional-mente conhecido por causa de uma onça queteria atacado o cavalo que carregava urnas paraserem apuradas. A história não foi bem essa,mas a onça que foi atacada e morta pelo pes-soai que levava as urnas.

Agora, no segundo turno, poderá Chavesficar sendo conhecido por outro motivo: é umdos municípios com maior votação percentualpara Collor no Brasil: mais de 92% dos votosválidos.

CERÂMICASA exposição individual de cerâmicas que o artista

plástico Ruy Meira está realizando na Galeria "RomuloMaiorana" se transformou no grande evento, no setordas artes plásticas, neste final de ano. Diariamente, dezenasde pessoas têm visitado a mostra, que reúne 45 peçasfeitas com argila recolhida nas praias no Mosqueiro,em diversas regiões do litoral brasileiro e até do exterior.

A cerâmica de Ruy Meira é rica em policromia obtidaa partir de essências naturais e de variados tipos de argila.Tinta artificial não faz parte da composição das peças,tampouco instrumentos como a "roda", que os artesãosde Icoaraci usam. Se quisesse, Ruy poderia trabalharuma peça que leva dois dias para confeccionar em apenastrês minutos. "Mas assim perde a graça", explica o artista.

A exposição é promovida pela Fundação RomuloMaiorana, com patrocínio do Cejup e apoio da Funda-çáo Tancredo Neves e ficará aberta até amanhã.

REVERSOSe o dólar e ouro caíram à simples notícia

da eleição de Collor de Mello para a Presiden-cia da República, os títulos da dívida brasilei-ra, ao reverso, subiram em Nova York, só coma mesma notícia.

Os títulos brasileiros tinham atingido asmaiores baixas nos últimos meses, chegandoa 19% na quinta-feira passda. Na sexta, depoisdo debate, já estavam em 20% e na segunda-feira chegaram a 24%, fechando em 22,50%.

Em Londres, os bancos credores não es-peravam pela vitória de Lula, acreditando quea negociação da dívida seria mais fácil coma vitoria de Collor. Agora, se espera que a dí-vida brasileira, no mercado secundário de Lon-dres, alcance a cotação de 25% até o final dasemana.

EM POUCAS LINHASA Frente Brasil Popular, aqui no Pará, vai ser integra-dá também pelo PSDB e já começa a discutir a suces-são governamental em reunião a ser realizada hoje ******O PT, que, da coligação, é o partido que temmais votos, não está interessado em lançar rie-nhum nome para o governo do Estado. Pretendefazer uma chapa forte para o Congresso, en-cabeçada pelo deputado estadual Waldir Ganzer.****** Para conseguir recursos em favor da creche quemantém no Conjunto Providência e da Escola no bair-ro do Bengui, o Rotary Club Belém está vendendo pa-netones nos postos de abastecimento de combustíveis.****** O contingente da PF que será mobiliza-do pelo governo federal para retirar os garim-peiros das terras dos Yanomanis, em Roraima,será integrado, também, pelos agentes da Su-perintendência regional. ****** Com o apoio da Fun-dação Carlos Gomes e da Semec, será desenvolvida noCAN, de hoje até domingo, uma programação artísti-ca alusiva ao Natal. ****** Os bancos já estão tra-balhando com uma previsão de inflação, paraeste mês, na base de 50%. O over continua su-bindo e ontem chegou a 77,75%. ****** a chuvade ontem provocou uma queda nas vendas natalinas es-timada em 60%, segundo um dirigente do CDL. ******O comércio, desde ontem, está funcionando atéàs 22 horas. No domingo, o horário será de 9às 15 horas. ***** Mestre Otávio Mendonça viajoupara passar as festas de Natal e Ano Novo no Rio. Re-gressa por volta do dia 10 de janeiro. ****** O presi-dente da Cosanpa, engenheiro Luiz Otávio MotaPereira, vai discutir hoje, em Oriximiná, a par-ticipação da Mineração Rio do Norte no pro-jeto de ampliação e melhoria do sistema de águadaquela cidade. ****** Recentemente, foram regis-trados vários casos graves de gastroenterite entre a po-pulação daquela cidade, sendo atribuídos à má qualidadeda água. ****** o Dieese levantou o efeito da in-

fiação de 12 meses sobre a cesta de Natal. Oproduto que menos aumentou foram as nozes:859%. O campeão absoluto foi o panetone, queaumentou em torno de 3.500%. ****** a respei-to de notícia ontem publicada, o deputado Gerson Pe-res diz que a extinção de qualquer centro de formaçãoprofissional depende de autorização do Conselho Regionaldo Senai. E lá, segundo Gerson, ninguém cogita de ex-tinguir centro nenhum. ****** Para Gerson, o quepoderá haver será, se for pedido, o ajustamentodos cursos à nova realidade tecnológica do país.****** O presidente José Sarney passará três horas,hoje, na Mineração Rio do Norte. Chega às 13h30, inau-gura o novo sistema de tratamento de rejeito de bauxi-ta, almoça e regressa, às 16h30, para Brasília. ******Todo o sistema de acompanhamento da apu-ração da eleição do dia 17 montado pelo PRNfoi, ontem, desativado, depois de terem sido pas-sados, logo no início da manhã, os resultadosfinais de todo o Estado. ****** o comitê do PRNvai continuar funcionando já com vistas às eleições parao governo do Estado, no próximo ano. ****** Nas trêsreuniões já havidas entre representantes da LigaParaense das Escolas de Samba e da Prefei-tura para discutir a realização do desfile de 91ficou acertado que a entidade vai procurar naárea da Doca um terreno que possa abrigar ossete barracões destinados às escolas do primeirogrupo, ficando por conta da PMB a construção.****** Será encerrada no próximo dia 26 uma das maistradicionais festas religiosas de nosso Estado, a de SãoBenedito, em Bragança, que este ano completa 191 anos.****** A forte chuva de ontem funcionou comoa abertura do inverno paraense. ****** o advo-gado Wilhan Cavalcante não atuará na defesa de Ta-deu Sales, cujo julgamento pelo Tribunal do Júri estáconfirmado para o próximo dia 28.0 novo defensor doacusado será o criminalista Ney Siqueira.

i4 CIDADES O UBERAL Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989..

Os mortos-vivosJoão Malato

A coisa mais melancólica que a televisão bra-sileira mostrou, em seus vídeos, no período elei-toral que acaba de encerrar-se, foi aquela cenaacabrunhante, registrada numa seção eleitoral deSão Paulo, em que aparecia a figura, por todos ostítulos veneranda, do deputado Ulysses Guima-rães, presidente do PMDB, e ex-presidente da As-sembléia Nacional Constituinte, e ainda candidatoá Presidência da República nas últimas eleições.* Dava pungência, no telespectador, ver o ex-grande homem do regime fazer esforços, quase de-sesperados, para ultrapassar o trançado de per-nas que lhe obstaculizava a passagem no rumo dogabinete indevassável em que ele ia depositar oseu voto em favor de Lula, conforme não teve aca-nhamento em confessar.

Como dói assistir ao triste fim de um grandehomem, que não sabe morrer com dignidade!0 O próprio indiferentismo da multidão que ocercava, e que não fez nenhum gesto paracònfortá-lo, no ostracismo da sua queda e da suavelhice, deve tê-lo amargurado, como a supremahumilhação da sua vida. Mesmo os militantes do,PT não se comoveram com a confissão deprecia-xlora do seu voto, que eles, no momento, não acre-"ditaram

precisar. E- o grande e velho Ulyssesparecia ter pressa em deixar um recinto onde nãosoubera medir a estranha disparidade que havia"entre a sua personalidade e a figura rebarbativa

.do candidato em quem votara — despeitado coma rejeição popular que o seu próprio nome acaba-ra de sofrer, no primeiro turno eleitoral. A sua op-ção pela ignorância e pela incultura de Lula — quenecessita urgentemente de um curso primário, co-mo as plantas precisam de ar e de água — fechou-

,lhe, em definitivo, o trânsito da vida política, on-de, a despeito da idade, ainda teria condições depermanecer. A partir de agora, Ulysses Guima-rães será apenas o morto-vivo que, depois de terexercido todas as funções públicas de seu país —

..inclusive a de presidente da República interino' (por muitas vezes), acabou perdendo o senso dasoportunidades e não quis sentir a repulsa públicaque as multidões brasileiras estão votando a to-dos os políticos, de todos os partidos, que há 20anos vêm desgraçando esta Nação, digna de me-lhor sorte. "Esses" outros, também, vão ser os¦mortos-vivos do ano próximo vindouro, quando oscem milhões de eleitores, que até lá já somarão,exercerem o seu justo e severo direito de expurgo— pela impossibilidade material e moral de su-; portarmos tantos sevandijas da corrupção e do ca-"radurismo mais ignóbil, a dilapidarem todas as

; energias da nacionalidade —, inclusive através donovo processo avelhacado de participar, como par-ticipam, de todos os aumentos de proventos do fun-cionalismo público — como se um mandatáriotemporário, a prazo fixo, como é um legislador,dispusesse das atribuições e dos direitos de umfuncionário público.

Para esses mortos-vivos de amanhã, não ha-verá piedade, nem contemplação. Muito emboraa totalidade dos expurgados saía do Congresso edas Assembléias Legislativas, podres de ricos, pe-lo muito que fraudaram eengazoparam, sem ne-nhum respeito pelas multidões que iludiram e'maTOáíãtafam "^ mesmo assimVeles arrastarão

fi_Ma vida a fora olabéudecorFuptos-evelhaCOs,qüe corresponderá àquela marca da ignomínia

! que os romanos abriam, com ferro em brasa, na.; face dos desonestos.Para Xerfan ler

A insegurança nos elevadores de Belém, de*; que os jornais vêm fazendo um justo tema de re-;_ clamações, não é problema para se jogar às cos-\ tas do nosso pobre e heróico Corpo de Bombeiros,'-¦

que já arrasta com a pesada responsabilidade de'; nos defender do fogo e dos desabamentos, tão fre-quentes em nossa desprotegida urbe.

r' A fiscalização no funcionamento dos ascenso-•j res de uma cidade de desenvolvimento imobiliá-' rio tão grande quanto a nossa, é coisa que cabe' por dever administrativo à Prefeitura Municipal,' que não tem por que fugir a essa obrigação tão im-periosa. Eu conheço bem de perto o Departamento" Municipal de Elevadores do Rio de Janeiro, por: ter, por mais de uma vez, recorrido aos seus ser-1 viços, sendo atendido com presteza e eficiência.' De uma feita, foi por causa de uma trepidação que: o funcionamento do elevador causava em meuapartamento, comprometendo ate o guarda-louça.Fui, pessoalmente, à chefia do serviço, e lá expus-lhe os incômodos que me perturbavam. Imedia-tamente, o engenheiro-diretor convocou um seuajudante, e instruiu-o nas providências a tomar:reunião, na manhã seguinte, em meu apartamen-to, da empresa responsável pela conservação doselevadores do prédio e do respectivo síndico.

Na manhã seguinte, o próprio engenheiro-diretor e mais três auxiliares davam entrada emmeu apartamento, seguidos do síndico e dos téc-nicos da manutenção. Mal o citado elevador foiposto em movimento, logo o defeito foi detectado,tendo o engenheiro-chefe determinado que o en-rolamento do motor em causa fosse feito com fiomais fino, cujo número estipulou. E ainda deu o¦ prazo de 24 horas para que esse serviço fosse exe-cutado. E assim aconteceu. Dias depois, assisti,pessoalmente, à lavratura de um auto de multacontra o síndico, porque os seus porteirosdescuidaram-se e permitiram que um elevador su-bisse, conduzindo um maior numero de passagei-ros — o que, no Rio, dá cadeia.

Acredito que, em São Paulo, um serviço igual,ou mais severo, esteja em pleno funcionamento,assegurando plena segurança aos milhões deusuários que confiam na tecnologia bandeirante.

E de um departamento desses que a Prefei-tura de Belém está precisada. Quanto aos bom-beiros, que estes fiquem entregues ao seuarriscado e heróico mister.

Universidade realizaconcurso em Roraima

A Universidade Federal de Roraima vai realizar,na primeira quinzena de janeiro, um concurso públi-co para a contratação de 85 professores — 62 auxi-liares, 21 assistentes e dois adjuntos — que integrarãoo corpo docente daquela instituição. Os interessadosem participar do concurso podem se inscrever ou ob-ter maiores informações na Delegacia do Ministérioda Educação em Roraima (av. Capitão Júlio Bezer-ra, 353, fone 095/224-3025) ou na Representação do Go-verno de Roraima em Brasilia (edifícioBandeirantes, setor Comercial Sul, sobreloja, fones061/224-1908 e 224-1809.

Os salários iniciais, a preços deste mês, são deNCz$ 9.702,00 para professor auxiliar: NCz$ 14.062,00para professor assistente; e de NCz$ 19.234,00 paraprofessor adjunto. São pré-requisitos básicos para astrês categorias, respectivamente, o bacharelado, omestrado e o doutorado.

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Muita gente saiu de casa já prevenida, com guarda-chuvas e sombrinhas.Outros, no entanto, tiveram problemas para se proteger.

Chuva torrencial pela manhãpega belenense de surpresa

O período chuvosomostrou ontem quepromete ser bastanterigoroso na capital.A população terá deter mais cuidadocom a saúde

A

maioria das pessoas foiapanhada de surpresacom as chuvas que come-çaram a cair com mais in-

tensidade sobre Belém a partirde ontem, por volta das 10 horas.Nas ruas, era difícil encontrar ai-guém munido de sombrinha ouguarda-chuva, e todos corriampara se esconder nos abrigos dasparadas de ônibus, que ficaramsuperlotados. Como as roupas le-ves eram inconvenientes" paraéhfrentar a situação; valia) dfefttfdo para proteger-se do aguacei-ro, desde papéis de jornal e piás-ticos até mesmo livros. Muita

gente procurou evitar o estragodos sapatos, tirando-os elevando-os nas mãos. Em váriospontos da cidade os esgotos nãosuportaram o volume das águasda chuva e transbordaram, for-mando enormes lagos.

A meteorologia havia previs-to para o dia de ontem um tempo"ocasionalmente encoberto a nu-blado, com pancadas de chuvasesparsas; temperatura estávelcom máxima de 30 a 32 graus emínima de 22 a 24 graus centígra-dos; ventos calmos e visibilidadeboa". De fato, as chuvas do inícioda manhã logo cessaram e omormaço tomou conta do dia.Mas a relativa tranqüilidade du-rou pouco, já que às llh30 houvenova precipitação. As cenas serepetiram e a precária infraes-trutura da cidade, já tão sentidadurante o período menos chuvo-so, tornou-se ainda mais eviden:

iucite. E embora alguns, acreditemque o sofrimento imputado pelasmás condições de vida à grandeparte da população reserve uma

maior resistência às adversida-des climáticas, é preciso ter cui-dados básicos com a saúde dascrianças durante o período chu-voso.Conselhos médicos

O secretário municipal deSaúde e Meio Ambiente, CarlosVinagre, deu alguns conselhospara que a população de baixarenda previna-se de gripes e res-friados, comuns nessa época:evitar, o quanto possível, locaisfechados e com grande concen-tração de pessoas; ingerir liqui-dos à vontade em caso de resfria-do simples, para evitar desidra-tação; a alimentação deve ter oshorários regularizados; no casodo resfriado se prolongar pormais de quatro ou cinco dias,procurar imediatamente os pos-tos de saúde pública, já que oatendimento médico evita com-

u>iP.Uça.çõesc,mais graves. Entre asdoenças njais,gpmüris neste cli-ma estão', além dás gripes é fes-"friados, as proncórprieümònias epneumonias virais.

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ou informaçõespelo Fone: 224-7399.

Dois detentos vãoganhar o indulto

de Natal no EstadoEm todo o Pará,

dois detentos serão be-neficiados com o indultode Natal e 18 com redu-ção de pena. O levanta-mento feito pelo Siste-ma Penal do Estadocom vistas à concessãodo benefício abrangeu aatual população carce-rária do Estado, com-posta por 400 presidia-rios, divididos entre opresídio São José, Pe-nintenciária FernandoGuilhon, Colônia Agrí-cola Heleno Fragoso (deregime semi-aberto) eCasa do Albergado (sis-tema aberto). O Siste-ma Penal dispôs de umprazo de 30 dias, a con-tar da data de publica-ção do decreto presiden-ciai, para realizar o le-vantamento dos deten-tos em condições de re-ceber o benefício.

O levantamento, noentanto, foi concluídoantes do tempo previsto,sendo depois enviado aojuiz Elzeman Bitten-court, da Vara das Exe-cuções Penais, e poste-riormente ao ConselhoPenintenciário, onde fo-ram analisados os pro-cessos e emitidos os pa-receres. Do conselho, osprocessos seguiram pa-ra o promotor da Varade Execuções Penais,para um novo parecer,retornando ao juiz, quelavrará o veredito paracada caso. Em seguida,será lavrado o alvará desoltura para os presosbeneficiados com o in-dulto ou redução de pe-na. Devido à maiorabrangência concedidapelo decreto presiden-ciai, neste ano deverãoser beneficiados cercade cinco mil presos emtodo o país.

O superintendentedo Sistema Penal do Es-

tado, Natanael Furtadode Araújo, embora ale-gasse não poder fome-cer os nomes dos benefi-ciados por questão deética, revelou que na re-lação não existe ne-nhum caso de doençacontagiosa ou Aids. Aextensão do beneficioaos portadores de doeri-ças contagiosas foi umadas novidades apresen-tadas pelo decreto nesteano, juntamente com aconcessão do indulto deNatal ao autor de homi-cidio qualificado que naépoca do crime tivesseentre 18 e 21 anos deidade.

A abrangência dodecreto proporcionouneste ano um maior nú-mero de beneficiados noPará, considerando queos 20 atingidos pelo le-vantamento represen-tam um bom percentualem relação aos anos an-teriores. A concessão doindulto e redução de pe-na é efetuada nas datasfestivas, como no cente-nário da abolição da es-cravatura, no ano pas-sado, e no centenário daproclamação da Repú-blica, este ano, além doNatal.

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W ':-f:'Natanael de Araújo

Somente uma chapaconcorre na Adufpa

Apenas uma chapa es-tá concorrendo à eleiçãopara a nova diretoria daAssociação dos Docentes- da Universidade. Federaldo Pará, iniciada ontem: a

a "Autonomia Docente", queconta com o total apoio daatual diretoria da entidade,presidida pelo professorFlávio Nassar. Somente osdocentes filiados à Adufpaaté o dia 15 de dezembro ti-veram o direito a voto asse-gurado, mediante a apre-sentação do recibo de paga-mento da contribuição de-vidamente quitado. A vota-ção, realizada em todos oscentros da UFPa, NúcleoPedagógico Integrado eServiço de Atividades Mu-sicais, foi iniciada às 8 ho-ras e deverá prosseguir atéàs 20 horas de hoje.

Segundo a segunda te-soureira da chapa, Mariade Fátima Ataide Lima, aspropostas da "AutonomiaDocente" são o encaminha-=friento -da' i processoast&etransformação «da Àduigaem seção sindical da Asso-ciação Nacional dos Docen-tes de Ensino Superior (An-des); adoção de uma postu-ra sindical em defesa dosinteresses da categoria;compromisso com uma"estatuinte" universitáriaautônoma, que conduza àuma democratização dasestruturas administrativasda UFPa; defesa do votoproporcional, com ampladiscussão do sistema de re-presentação na UFPa, edefesa do ensino público egratuito.

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Centenas de adultos e crianças compareceram ao bosque. Papai Noel marcou presença e fez a distrlbulçflo de brinquedos.

Dia de festa no 'Rodrigues Alves'Quarenta creches quesão assistidas pelaFundação Papa JoãoXXIII participaram dacomemoração natalinano bosque, que teveuma série de atrações

Com

apoio da Prefeitura de Be-lém, a Fundação Papa JoãoXXIII realizou ontem no Bosque

Rodrigues Alves uma grande festa na-talina à qual estiveram presentes as 40creches assistidas pela instituição emantidas pela Legião Brasileira de As-sistência, Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor e Prefeitura. A aber-tura da festa coube ao jornalista Mau-rício D'Orsi, que na oportunidadeagradeceu ao prefeito Sahid Xerfan,em nome da fundação, a colaboraçãoe o apoio: "Sem a sua ajuda e incenti-vo não seria possível realizar a festa".Ele ressaltou ainda o trabalho da pre-sidente em exercício da instituição, Sô-nia Renda — que não pode comparecerao evento —, e agradeceu aos presen-tes em nome desta, da presidente licen-ciada, Margarida Xerfan, e dos demaisdiretores. "Desejamos a todos os pre-sentes e às respectivas famílias votos/'deJum Natal com muito amor, paz ealegria, e que o Ano Novo seja porta-dor de compreensão entre os homens,de perdão e muitas felicidades".

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Margarida Xerfan, presidente licenciada da Fundação

Várias atrações, coordenadas porEdson Brandão, foram apresentadas:"paquitas" paraenses, grupo de pasto-rinhas do Oriente, a dupla de dublado-res de música infantil Sílvia e Nixon,

.o/ZLuís Caldas," paraense e os gruposíPlaneta.jdo Amor, Trem dá .Alegria;Fórmula 1 e Bpmbom. Como hão pode-ria faltar, o Papai Noel, encarnado perlo ator Alberto Bastos, também estevepresente, juntamente com um grupo de

30 pessoas. Para ele, que há anos par-ticipa da festa, esta é a melhor épocado ano: "Amo as crianças e me sintomais feliz porque a fundação é uma en-tidade de futuro, de prosperidade ecarinho".

Brindes .iQuxns «a

Além da distribuição de dez milbrinquedos a todas as crianças presen-tes no coreto e nas ruínas do bosque,

Última oportunidadepara quem deixou deconfirmar inscriçãoOs 567 candidatos ao

vestibular da União dasEscolas Superiores doPará que não confirma-ram suas inscrições até aúltima terça-feira terão aúltima oportunidade pa-ra fazê-lo no próximo dia28, sob o risco de ficaremde fora do concurso. Nes-te dia, a coordenação dovestibular também efe-tuará a retificação de 100fichas de outros cândida-tos. De acordo com Má-rio Guzzo, diretor daComissão Executiva doVestibular da Unespa, onão comparecimento devários candidatos para aconfirmação pode seratribuído à desistência,em virtude da opção poroutra instituição de ensi-no, ou ainda por esqueci-mento. "Resta apenasmais uma oportunidadepara os que se esquece-ram, caso contrário de-verão se inscreverapenas no próximo ano",explicou.

As faltas por cursoficaram divididas da se-guinte forma: Adminis-tração, 70; Arquitetura eUrbanismo, 12; CiênciasContábeis, 96; Econo-mia, 32; Ciências Sociais,19; Comunicação Social,35; Direito, 119; Enge-nharia Civil, 23; Educa-ção Artística, 14; Letras,14; Matemática, 8; Peda-gogia, 31; Processamen-to de Dados, 47; Psico-logia, 29; e Serviço So-ciai, 18. Após a confirma-

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Mário Guzzo

ção, os candidatosdeverão ir aos locais dosexames para não fica-rem perdidos no dia 17 dejaneiro, quando será rea-lizada a prova de LínguaPortuguesa. Segundo ele,a procura antecipadaevita que o candidato fi-que mais nervoso no mo-mento da prova. Oscandidatos não deverãoesquecer de levar tam-bém os cartões de inseri-ção, caso contrário nãopoderão fazer os exames.As provas serão realiza-das no campus I daUnespa, localizado naavenida Alcindo Cacela,Colégio Moderno e esco-Ias Rui Barbosa, Chris-tus, Nazaré e SouzaFranco. O resultado serádivulgado no dia 23 dejaneiro.

O coordenador res-saltou ainda que no últi-mo dia de prova oscandidatos receberão ocalendário de matrículapara saber como proce-der após a divulgação dalista de aprovados. "Pe-dimos aos candidatosque agilizem a aquisiçãode seus certificados deconclusão do 2? Grau ehistóricos escolares, pa-ra que não haja proble-mas de última hora",salientou. Também serãoexigidos para a matrícu-Ia a carteira de identida-de, certidão de nasci-mento ou de casamento,certificado de alistamen-to militar, seis fotográ-fias 3x4 e título de eleitor,acompanhado do com-provante de votação oujustificativa do TribunalRegional Eleitoral. Aoferta de vagas por cur-so é a seguinte: Arquite-tura, 100; EngenhariaCivil, 100; Matemática,100; Processamento deDados, 100; Administra-ção, 200; Ciências Conta-beis, 200; Economia, 200;Direito, 200; Ciências So-ciais, 100; Pedagogia,150; Psicologia, 100; Ser-viço Social, 100; Comuni-cação Social, 50;Educação Artística, 80; eLetras, 40.

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Dina Oliveira coordena a restauração e ampliação do local

Núcleo estimula arte-ofícioentre alunos da rede públicaNo segundo semestre do próximo ano, Belém

contará com um novo espaço cultural: o Núcleode Oficinas Criativas Curro Velho, que será desti-nado quase que exclusivamente aos alunos da re-de pública de ensino da 5? à 8? séries do 1? graue da lf à 3? séries do 2? grau. Segundo a coorde-nadora do projeto, a artista plástica Dina Olivei-ra, a restauração e implantação do núcleo já estãosendo executadas desde a semana passada pelaSecretaria de Viação e Obras Públicas. O projetoé da Secretaria de Estado de Educação, e foi ela-borado por Dina Oliveira e uma equipe constituí-da pela própria titular da Seduc, arquitetosDulcídia Acatauassú e Jaime Bibas, sociólogoEmanuel Matos e jornalista Fátima Suely Maciel.

De acordo com Dina, o projeto surgiu a par-tir de outro, denominado "Educação, Exercício deVida e Arte", também da Seduc, através do qualvárias oficinas foram realizadas na periferia deBelém. A finalidade era a coleta de dados e umlevantamento acerca da possibilidade de realiza-ção de oficinas nas áreas de expressão e represen-tação visual. Para Dina Oliveira, em Belém existeuma grande lacuna na área de representação vi-suai, ao contrário da música, dança, teatro e ci-nema. O projeto de extensão na área de arte-ofíciosurgiu para dar continuidade ao projeto da peri-feria, disse.

ProjetoComo há muitas escolas públicas em Belém

e não será possível atender a todas ao mesmo tem-po, um estudo está sendo elaborado a fim de queo processo seja efetuado da melhor maneira pos-sível, sem prejuízo para nenhuma delas. Farãoparte do núcleo as oficinas de biblioteca, fotográ-fia, desenho, pintura, olaria, marcenaria e gravu-

ra, além de outras atividades paralelas durantea noite. No local haverá também um anfiteatro,que será usado para múltiplas atividades, comoprojeção de vídeos e filmes. Segundo a artistaplástica, as oficinas funcionarão sistematicamen-te com os alunos. Quanto ao tipo de material a serusado, ela explicou que será expressivo e de bai-xo custo, como o barro.

Para cada oficina serão destinados 30 alunos,sendo 25 das escolas públicas e cinco da comuni-dade em geral. O espaço será aberto à comunida-de, para que também tenha acesso às oficinas,embora a prioridade seja dos alunos das escolaspúblicas. De acordo com Dina Oliveira, o núcleonão é acadêmico mas tem uma proposta pedagó-gica: "O núcleo não formará ninguém; sua pro-posta é fazer com que os alunos entrem em contatocom o material disponível para usá-lo na vida prá-tica, não desvinculando a própria formação do in-divíduo para a sociedade"."O núcleo será voltado para o desenvolvimen-to da capacidade do indivíduo, a fim de que possater mais instrumentos para se relacionar na so-ciedade". Para ela, o local servirá como uma fer-ramenta, auxiliando o aluno na escola: "Ninguémensinará a arte. O próprio estudante é quem vaidesenvolver o seu trabalho, para que depois de setransformar num agente possa levar o conheci-mento adquirido para a escola". Depois de concre-tizado o projeto, o Núcleo de Oficinas Criativasservirá de modelo, irradiando-se para outros lu-gares. De acordo com Dina Oliveira, os própriosprofessores de escolas públicas reivindicaram es-se tipo de projeto, devido à ansiedade dos alunosem querer participar de atividades relacionadasà arte-ofício.

Vinagre negocia comfuncionários do PSM

para impedir greveo secretário espera poderfazer novos investimen-tos no setor e submeter áapreciação do ConselhoMunicipal de Saúde eMeio Ambiente a aplica-ção da verba a ser libera-da pela PrevidênciaSocial. Com relação ágratificação do SistemaÚnico de Saúde, ele dis-se que está tentando jun-to ao secretário deEstado de Saúde, Herun-dino Moreira, o repassedas verbas para paga-mento até final do anodos meses de novembro,dezembro e o 13? salário.

vários outros brindes foram sorteados,inclusive aos pais. Para os meninos fo-ram sorteadas seis bicicletas, três ca-minhões, quatro salões de barbeiro,três jogos Papão, dois jogos de montar,quatro caminhões plásticos, um cami-nhão bombeiro e dois shows de circo;para as meninas, cinco bicicletas, umconjunto Barbie completo, três bonecasDominique, cinco bonecas Minha Vidi-nha, uma boneca Xuxa, cinco bonecasBiloca, duas bonecas Magic Face eduas bonecas Picolé. Os brindes sortea-dos às mães foram três batedeiras, trêsliqüidificadores, dois fogões, três fa-queiros, duas churrasqueiras, duas pa-nelas de pressão, dois conjuntos demantimentos, três jogos completos dexícaras e duas garrafas térmicas.

Segundo a presidente licenciada daFundação Papa João XXIII, Margari-da Xerfan, o objetivo da festa é eminen-temente social, uma vez que ainstituição lida com crianças. "Como oNatal é a festa mais esperada pelascrianças, queremos proporcionar-lhesmuitas alegrias. Por isso, distribuímospresentes a todas elas porque sabemosque muitas famílias não têm condiçõesde comprar um brinquedo sequer", dis-se. "Gostaríamos de fazer muito maisporque tudo isso nos, faz um grqnde•j.bem< nos torna naaisJiun?apÇ'Sieisensj-

í veis. Espero que e.ssej)QpçQ qqejaze-mos represente muito para as criançase suas famílias", concluiu MargaridaXerfan.

O secretário mu-nicipal de Saúde Pública,Carlos Vinagre, esperaque os funcionários doPronto Socorro Munici-pai cheguem a um con-senso e evitem entrar emgreve no dia 27. A catego-ria reivindica melhorescondições de trabalho,contratação de pessoal eisonomia salarial com ofuncionalismo federal.Na reunião que mantevecom a categoria na ter-ça-feira à noite, o secre-tário ouviu as reivindica-ções dos funcionários eexplicou a situação daSesma, ressaltando nãose tratar de um fato iso-lado na Prefeitura de Be-lém. Na oportunidade,Vinagre comunicou a as-sinatura de um convêniocom a Previdência So-ciai, garantindo o repas-se de NCz$ 10 milhõespara aplicação no HPSMaté o final do ano.

Ele disse ter procu-rado negociar com osfuncionários todos ospontos reivindicados, de-monstrando que desdeque assumiu a Sesmatem ido várias vezes aBrasília em busca de re-cursos que possam trans-formar o Pronto Socorroem um hospital de me-lhor padrão. A partir dorecebimento da verba doconvênio, os recursos se-rão investidos no atendi-mento das reivindica-ções da categoria, quesegundo Vinagre são deseu conhecimento. Se-gundo ele, a verba desti-nada à secretaria noorçamento de 1989 daPrefeitura "não permitiuque fosse feito algo maisalém".

Para o próximo ano,

Sobre novas contra-tações, durante o ano fo-ram admitidos mais 90

Erofissionais, chegando

oje a 420 funcionários.Acerca da questão sala-rial, Vinagre confessouque os vencimentos, em-bora não estejam condi-zentes com a situaçãoeconômica atual, corres-pondem aos da Sespa,mas sofrendo larga dife-rença quando compara-dos com os de nívelfederal, reivindicado pe-Ia categoria. O benefício,no entanto, só poderá serconcedido a partir do re-passe das verbas do SUSatravés do Fundo de Fi-nanciamento Municipal,que será constituído emconjunto com os recursosdo Município, Estado,União e Seguridade So-ciai. De acordo com Car-los Vinagre, até janeiro oprefeito Sahid Xerfan de-verá amenizar a situaçãodo funcionalismo, fazen-do a reposição da defasa-gem salarial na data-base e pagando a diferen-ça do INPC referente aeste ano.

Servidores federaisdebatem criação desindicato no Estado

1 '• Os' -funcionários ü e' servidores ¦ públicos "fe-derais lotados no Estadoestiveram reunidos natarde de ontem no audi-tório do DepartamentoNacional de ProduçãoMineral (DNPM) paradeterminar a criaçãoimediata do Sindicatodos Servidores e Funcio-nários Públicos Fede-rais do Pará. O encontrofoi para discussão dosproblemas legais, buro-cráticos e classistas aserem enfrentados, masa assembléia geral defundação da entidade jáfoi marcada para o dia 4de janeiro próximo,quando os trabalhado-res de instituições comoo DNPM, Sudam, Iba-ma, Delegacia Regionaldo Trabalho e Departa-mento Nacional deÁguas e Energia Elétri-ca, entre outros que ain-da não possuem entida-de sindical, elegerão adiretoria provisória dosindicato geral, votandoseu estatuto e traçandoo plano de atividadespara 1990.

Entre os principaisproblemas levantadospelos funcionários públi-cos está a isonomia sa-larial anunciada pelogoverno e determinadana Constituição federal.Segundo Ed Wilson, dacomissão pró-sindicato,a propalada isonomiacontida na Medida Pro-visória n° 121/89, edita-da recentemente, é um"engodo". "A lei deve-ria assegurar aos servi-dores da administraçãodireta isonomia paracargos e atribuiçõesiguais ou assemelhados

- do mesmo poder ou en-b tre servidores dos pode-

res Executivo, Legisla-tivo e Judiciário, ressal-vadas as vantagens decaráter individual e re-lativas à natureza ou lo-cal de trabalho, masacabou beneficiandoapenas os que integramcarreiras ou categoriasfuncionais de auditoriado Tesouro Nacional, fi-nanças, controle e orça-mento, procuradoria daFazenda Nacional, Poli-cia Federal e assisten-tes jurídicos, entre ou-tros que no início da car-reira são remuneradosquase em dobro em re-lação aos demais servi-dores integrantes dochamado Plano de Cias-sificação de Cargos eEmpregos (PCC), mes-mo que sejam médicos,engenheiros, economis-tas etc.

No final das contas,um servidor de nívelmédio de uma das car-reiras beneficiadas aca-ba recebendo muitomais que os servidoresde nível superior inte-grantes do PCC. "Atéparece que esses servi-dores fazem parte de ou-tro governo ou de insti-tuições internacionais erealizam tarefas infini-tamente superiores ados demais servidores,o que não é verdade. Éuma distorção adminis-trativa enganosa, por-que se realiza no bojo deuma falsa isonomia quemantém o abismo e a in-justiça no serviço públi-co, beneficiando incons-titucionalmente umaminoria", observouWilson.

T> BANCOoDOZANO,ÍMMONSEN

"T> BANCOC-DOZANQOIMONSEN

ESCLARECIMENTOEsclarecemos aos nossos clientes que pormotivo de PANE NO CABO DA TELEPARÁ,

estamos sem telefone desde o dia 18/12 e semprevisão para a normalização conforme nossaempresa cessionária.

Pedimos que, caso queiram tratar dequalquer assunto junto ao Banco, se dirijamà nossa Agência, à Rua Senador Manoel Ba-rata n.° 909 — Centro/Belém/Pa.

AGRADECEMOS A COMPREENSÃOBANCO BOZANO, SIMONSEN S/A

6. ARTIGOS O LIBERAL Belém, quinta-feira. 21 de dezembro de 1989

Os povos precisam sentir aforça da mudança dos ventos

Romênia não é China, atéque se prove o contrário. Mas aRomênia repete a velha violên-cia do poder radical diante dasmanifestações em defesa demudanças de sua estrutura,diante da contestação à sua f a-lência. E coloca tanques e sol-dados nas ruas. Faz mortos —que até anteontem, nesse país,apresentava números impreci-sos e duvidosos de mais de 400.

Na virada da década e nospróximos dez anos dos anos1900 o Leste Europeu e os lati-nos do sul e do centro das Amé-ricas serão o desafio para omelancólico exercício do poderdas ditaduras que tanta infeli-cidade vêm trazendo a essescontinentes. E é, sempre bomlembrar, revisitar a memóriado muro derrubado, não comoforça de expressão ou figura delinguagem, lamentando' ape-nas os mortos a chorar.

Não é preciso viajar tãolonge. O Brasil é um exemploda falência de outros regimesque deixaram um triste legadoda crise na qual afundou o paíse que, como bola de neve emterras tropicais, cresceu na pró-pria nova República criada nocolégio eleitoral e que custaráa derreter no governo escolhi-do, agora, pelo voto direto.

Na ressaca da festa queatravessou a madrugada dequarta-feira na casa do eleitoCollor de Mello, ontem de ma-nhã chegou o alfaiate para asprovas dos novos ternos do can-didato vencedor. Mas o corteterá que permitir ao novo pre-sidente arregaçar as mangaspara o trabalho e golpes de ca-rate na até então imbatível in-fiação.

Nova fase de alianças paraaplicação da gasta expressãoviabilização de projetos, Collorde Mello prega um governo deunião, coisa que o Brasil deveadotar.em regime de urgência,mas ao largo da sensatez com

' qüè se reveste a proposta a fes-

Nomes & Fatos—Sarney — "Não é comum, saudar-

se o sol que se põe", disse ontem, agra-decido, o presidente José Sarney, aosrepresentantes de 35 sindicatos e oitoentidades de classe, do setor de hotéis,restaurantes, bares e similares, queforam cumprimentá-lo e deixaram depresente um relógio de pedestal.

Aliás, ontem foi dia de o presiden-te não perder a oportunidade de sedespedir do governo, com uma fraseaqui, outra ali. Ele começou pela ma-nhã durante os cumprimentos dosfuncionários do Palácio do Planaltopelas festas de fim de ano, quando umgrupo de secretárias pediu para quetirasse uma foto com elas. Depois deaguardar que o fotógrafo oficial daPresidência, Gervásio Batista, fossepara frente, para trás, exigindo maisespaço para sua foto, Sarney saiu comessa:

— Aproveite, Gervásio, porque is-so é uma foto histórica, que só vai serepetir daqui a 1.900 anos, quando oBrasil tiver outro presidente da Repú-blica que venha do Maranhão.

Golfinhos — O presidente do Ins-tituto Brasileiro do Meio Ambiente edos Recursos Naturais Renováveis —Ibama, Fernando César Mesquita, en-viou telex ontem ao ministro das Re-lações Exteriores, Abreu Sodré,pedindo-lhe alertar as autoridades depaíses amigos, contra o comporta-mento do comandante do iate inglês"Yellow Drana Caer Har", que foi vis-to perseguindo com a embarcação osgolfinhos na Baía dos "Golfinhos" doParque Nacional de Fernando deNoronha.

Segundo Fernando César Mesqui-ta, o comandante fugiu com o iate daBaía dos Golfinhos, quando foi loca-lizado, tomando a direção do litoral doEstado da Bahia, cuja Capitania dosPortos foi avisada pela Delegacia doIbama, em Pernambuco. Ao tomarconhecimento da chegada a Salvadordo iate com bandeira Dritânica, a Po-lícia Naval foi vistoriar o barco, nãoencontrando ninguém a bordo. Ape-sar da intimação deixada pela Poli-cia, o barco zarpou da capital baianatomando destino ignorado. No telexenviado a Abreu Sodré, Fernando Cé-sar Mesquita lembra que o iate inglêsinfringiu legislação brasileira queproíbe atividades que afetem a vidaanimal no seu meio natural.

Itaparica — A sexta e última usi-na da primeira etapa da hidroelétri-ca de Itaparica, com capacidade degeração de 250 mil quilowatts, entra-rá em funcionamento amanhã. Comisso, Itaparica passará a ter a capa-cidade máxima instalada de 1 milhãoe 500 mil quilowatts ficando o sistemaChesf com cerca de 7 milhões de qui-lowatts.

Com a conclusão da primeira eta-pa de Itaparica, fica assegurado o su-primento de energia elétrica aoNordeste até 1994, quando Xingo de-

ta da vitória não deve aneste-siar os sentidos. Muito pelocontrário, deve favorecer a opo-sição rigorosa das propostas le-vadas a público.

E oposição com poder defiscalização dos atos do novogoverno, que não deve ficar res-trita ao candidato derrotado,Luís Inácio Lula da Silva e suafrente. Esse papel caberá, fun-damentalmente, à sociedade.

A fogueira está armada e aprova de fogo também. A re-construção nacional será dif í-cil e necessitará de muitofôlego.

A expectativa do lado decá, por mais razões pessimistashaja, deve também permitir ovoto de confiança pela vonta-de que prevaleceu, sem o sen-timento de que se deva relaxare aproveitar pela inevitabilida-de. Isso porque o país será go-vernado pelo presidente, masnão é propriedade do pre-sidente.

A eleição ensinou ao povoque ele pode mudar seus gover-nantes, independente dos pra-zos legais da gestão. Essa é aavaliação mais ampla que sepode fazer e que deve relegar asegundo plano os sentimentosde derrota ou das acusações na-turais de que o voto que elegeutal ou qual candidato foi o vo-to errado. A vitória maior foida tão esfarrapada democraciados discursos vazios e demagó-gicos. Mas se é essa mesma tãoincompreendida e até distorci-da democracia que muitos per-seguiram, ela mostrou que saiuilesa, inteira, apesar dos tantose tantos palavrórios sobre umatransição que parecia intermi-nável. Na verdade o transito-rio, que não teve a legitimida-de de agora.

É por esse espírito demo-crático que, hoje, repudiamos arepressão na Romênia e nos so-lidarizamos aos que, lá, lutampela mudança dos ventos.

ve entrar em operação, informou o as-sessor de imprensa da Chesf, JoséTomaz Filho. A segunda etapa de Ita-parica, que prevê a construção demais quatro máquinas, ainda não es-tá programada e só deverá ser execu-tada a partir do ano 2.000.

A hidroelétrica de Itaparica co-meçou a ser construída em 1975 e fo-ram gastos 1 bilhão e 700 milhões dedólares, aproximadamente, incluindoos recursos utilizados no reassenta-mento de 40 mil pessoas e a constru-ção de quatro cidades, entre osEstados da Bahia e Pernambuco, de-pois da formação do lago. A inaugu-ração da sexta e última máquina deItaparica contará com a presença dopresidente da Chesf, Genildo Nunes.

Prêmio — O secretário-geral doMinistério da Educação, UbirajaraBrito, e o secretário de Educação Fí-sica e Desportos e presidente do Con-selho Nacional de Desportos, ManoelTubino, entregaram ontem, em Bra-sília, os prêmios aos vencedores doIII Prêmio Jair Jordão de Monogra-fias e do VI Prêmio MEC de Litera-tura Desportiva. Estes prêmios foramcriados em 1983 e 1973, respectiva-mente, mas foram interrompidos apartir de 84. Agora, com essas novasedições, a SEED, promotora dos con-cursos, conta com parceiros como opróprio CND e o Instituto Nacional deEstudos e Pesquisas Educacionais(INEP), para evitar outras inter-rupções.

Ubirajara Brito justificou a rea-lização desses concursos explicandoque "apesar da nossa incipiência emtermos de formação intelectual, cien-tífica e tecnológica e até espiritual,nós precisamos de um corpo paraque, começando na juventude, possa-mos sustentar esse país e construir ofuturo". Para o secretário, o processodo ensino não consiste em somente fa-zer pensar, "é preciso também man-ter um corpo em condições que pos-sibilite isso", o que, segundo ele, repre-senta a tarefa principal da educaçãofísica, do desporto e do lazer.

Vacina — O governo brasileiro ob-teve o primeiro sinal positivo de queCuba poderá negociar, no futuro, atecnologia de fabricação de sua vaci-na contra a meningite meningocóci-ca (B). O ministro da Saúde, SeigoTsuzuki, disse ontem que nas próxi-mas cartas de intenções a serem as-sinadas pelos dois governos, dentro doprocesso de compra de doses da va-cina, estará prevista a possibilidadedo Brasil conhecer o segredo de ob-tenção da proteína básica da vacina.

Cuba detém a exclusividade datecnologia da fabricação da vacina esempre manteve um extremo sigilosobre sua produção. O ministro, entre-tanto, diz que já existem promessasde abertura para visitação do localonde a vacina é fabricada, o que, se-gundo ele, mostra uma aproximaçãomais estreita entre Cuba e Brasil.

LUIZ PINTO

(jColuna do Castello)

Lula não deixoua poeira assentar

Luís Inácio Lula da Silva não deixouque suas emoções assentassem antes devir a público. Ele é o líder de um partidoque deverá crescer no próximo ano etornar-se uma das forças mais importan-tes da política brasileira. Não precisacomportar-se, portanto, apenas como umcandidato derrotado e deixar correr res-sentimento e amargura. Afinal ele teve osvotos de mais de trinta milhões de eleito-res, que o credenciaram como expoente dosegmento social e político do maior relê-vo. Seu papel não se esgotou. Antes pelocontrário. Lula não precisava dizer que"em termos de quantidade de votos" per-deu a eleição. Afinal a quantidade de vo-tos é o critério certo para saber se alguémperdeu ou ganhou uma eleição. Dizer queo presidente eleito é "imoral" é reincidirem termos de campanha. E já não hácampanha eleitoral. O líder do PT preci-sa ajustar-se a seu novo papel para por-se à altura da missão.

A política é uma arte peculiar. Comoas demais, tem as suas regras. Lula já nãoé um torneiro mecânico, mas um político,fundador e expressão pessoal de um par-tido, deputado federal e concorrente a pre-sidente da República. As regras do seunovo ofício não aconselham, por exemplo,que ele diga antes de constituído um novogoverno que vai fazer-lhe uma "oposiçãointransigente". Ele ainda não sabe comovai ser o novo governo e apenas presumena base da avaliação pessoal que Fernan-do Collor sequer será fiel ao seu progra-ma. Não discute o teor desse programamas pressupõe que as promessas nelecontidas não serão cumpridas. É claro queLula tem objeções insanáveis a Collor. Ob-jeções políticas, ideológicas, de classe e,depois da campanha, objeções éticas. Mascomo chefe de partido seu comportamen-to em princípio não deve ser emocional.

O resultado de sua primeira entrevis-ta poderá ser inviabiliza-lo como canal denegociação a que os partidos não fogem anão ser diante de fatos concretos. O PT eos demais partidos quécom ele se coliga-ram no segundo turno da eleição podemse ver na contingência de apoiar no Con-gresso medidas propostas pelo novo gover-no no todo ou em parte, ficando a decisãofinal pendente de ajustes. Não se exclui li-minarmente a hipótese de que o adversa-rio, uma vez no governo, produza atos dointeresse do povo ou ate mesmo que emdeterminadas circunstâncias se imponhaum entendimento ou um acordo em fun-ção da salvação pública. Por isso mesmoa política nao comporta intransigênciasnem posições radicais sobretudo quandoelas são tomadas a priori.

—O LIBERAL

Lula na sua entrevista exclui tambéma hipótese de candidatar-se no próximoano a governador de São Paulo. Seu par-tido poderá pensar o contrário. Afinal eleteve mais de 6 milhões e setecentos mil vo-tos no Estado e os nove milhões e tantosdados ao adversário irão se dividir entreo candidato de Quércia e os candidatosMário Covas (que não lhe transferiu vo-tos), Paulo Maluf e Afif Domingos. Pelomenos, é certo que haverá também um se-gundo turno mas para o PT há principal-mente a necessidade de eleger umagrande bancada na Câmara Federal e ou-tra na Assembléia Estadual. A dinâmicado seu partido pode aconselhar sua can-didatura a governador, sem que isso im-plique na eliminação de outras hipótesescomo as candidaturas de Plínio de Arru-da Sampaio ou de Eduardo Suplicy.

Itamar terá gabinete no SenadoO vice-presidente eleito Itamar Fran-

co está decidido a instalar seu gabinete detrabalho, como acontecia antes de AuroMoura Andrade ter conseguido eliminarda Constituição de 1946 a regra de que ca-bia ao v_ Òe-presidente da República pre-sidir o Senado, embora não pudessepresidir as reuniões do Congresso. JoãoGoulart foi o último vice a ter seu gabine-te ao lado do gabinete dos senadores. Pe-dro Aleixo instalou o seu na Câmara eAureliano Chaves no Banco do Brasil.

Na política mineira Itamar Francovolta a ser um pólo no Estado ao lado deAureliano Chaves e do ministro José Apa-recido que fizeram sua campanha em 1986para governador de Minas. Newton Car-doso oscila ainda entre conselhos que lhedão seus irmãos. Uns querem que ele saiapara se candidatar. Outros, que ele fiquepois a vice-governadora Júnia Marise, queassumiria o Palácio da Liberdade a 3 deabril, não inspiraria confiança ao grupo.O terceiro pólo situa-se à esquerda com aaliança do prefeito Pimenta da Veiga com

PT.Fundo de greve na UnB

Informa o procurador da RepúblicaInocêncio Mártires Coelho, professor daUnB, que na folha de pagamento da uni-versidade apareceu um novo desconto.Trata-se de desconto para o "fundo de gre-ve" da Associação dos Docentes da UnB,com o aviso de que quem não quiser con-tribuir deve dirigir-se ao Departamento doPessoal. Além de irregular o desconto, afolha ainda sugere que os discordantes sedenunciem.

Carlos Castello Branco

Diretor-Presidente: Lucidéa Maiorana *Diretor-Executivo: Romulo Maiorana Júnior *Conselho-Diretor: Romulo Maiorana Júnior, CarlosAlcantarino e João Pojucam de Moraes * Diretor-Comercial: Rosemary Maiorana Monteiro * Dire-tor-Administrativo: Rosângela Maiorana Kzan *Redator-Chefe: Ronald Junqueira * Diretor da Su-cursai de Brasília: Ossian Brito * SUCURSAL DEBRASÍLIA — Setor Comercial Sul, Ed. "Oscar Nie-meyer", salas 707/708 — CEP 70.300 — Telefones:(061) 223-5811 e 223-1921, Telex (061) 1474 * SUCUR-SAL DE SANTARÉM — Trav. José Agostinho, 977

Tel.: 522-2253. Distribuidor: Pça. Rodrigues dosSantos — Tel.: 522-1268 * SUCURSAL DE MACAPÁ

Rua São José, 1698 (altos) — Tel.: (061) 92724 *Representantes: SITRAL — Serviço de Imprensa,Televisão, Rádio, Ltda. * Matriz - RIO DE JANEI-RO/RJ — Av. Na. Sa. Copacabana, 664 - BI. A —6o Andar — Galeria Menescal — CEP 22050. Fones:(021)256-2755/5274. Telex: 21-23473 e 36607. Fac-SfmUe: 021-256-5268. Filiais: SAO PAULO - Av. Ma-jor Sertório, 212 — Io andar — Vila Buarque — CEP01222. Fone: (011)257-1255/1452. Telex: 11-33933. BRA-SlLIA - DF: SCS Edifício São Paulo - 4° andar

sala 418 — CEP 70314. Fone: (061) 223-7366/225-6875. Telex: 61-3485, SÃO LUlS-MA — Rua do PaudArco, quadra H — casa 3 — S. Francisco — CEP65075 — Fone: (098)227^1372. Resp: Joaquim LeonorFilho, FORTALEZA-CE — Av. Monsenhor Tabosa,111 — loja 139 — CEP 60000. Fone: (085)231-3352.Resp.: Guilherme Filho. Secret: Suely Nogueira,RECIFE-PE — R. Riachuelo, 325 - sala 103 - CEP50050. Fone: (081)222-3586. Resp.: Francisco de As-sis Rodrigues Cordeiro, SALVADOR-BA — R. do So-dré, 78 — Centro — CEP 40.110. Fone: (071)243-2202e o BIP OAB 242-5599. Respons.: Eduardo AndradeBarbosa, Belo Horizonte-MG — R. Espírito Santo,466 — conj. 603 — CEP 30160. Fone: (031)224-9400.Respons.: Ulisses Nascimento, GOIÀNIA-GO — HPEditora e Publicidade Ltda. — Av. Goiás — Edifí-cio Bradesco — sala 55 Centro — CEP 88010. Fone:062-229-3487. Resp.: Hélio Pereira, CURIT1BA-PR -T. Tibagi, 115 — Io andar — sala 3 CEP 80060. Fone:(041)223-9773. Resp.: Ziygimal Grzybowski, SANTACATARINA — Revecon Representação de VeículosLtda. — R. Felipe Schmidt, 58 cj. 904 — CEP 88010Florianópolis/SC. Respons.: Ivan Silveira Filho.Fone: (0482)224-4226. Telex: 481-247, PORTO ALE-GRE/RS - SITRAL/RADIO PUBLICIDADE — Av.Borges de Medeiros, 915 — 4° andar, 401 — CEP90060. Raul Corrêa Silvana, Solange, Celso Corrêac Graça Ribeiro. Fone: (051)253178/0367. Telex:51-3752.

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Joelmir Beting

O poderde governar

Pragmáticos por dever de ofi-cio, os empresários estão preocu-.pados com a "governabilidade" dogoverno que se aproxima. O desa-Fio é institucional e político. No pia-no institucional, a exigência de'uma integração administrativagoverno-Congresso, com atribui-ções embaralhadas pela novaConstituição. E quando dois man-dam, ninguém manda — diriaClausswitz. No plano político, a ne-cessidade de um governo de uniãonacional, legitimado finalmentepela vontade popular.

A preocupação com a governa-bilidade não freqüenta a insôniados políticos de plantão, que são doramo. Eles apostam a alma no se-

§uinte cenário de março: o presi-

ente eleito vai tomar posse abordo do maior partido do Ociden-te — um tal de PRN, para variar.As adesões devem acontecer, aosborbotões, entre o Natal e o Cama-vai. Com a maioria parlamentar opresidente vai governar com o Con-gresso na mão. E com o respaldode pelo menos uma dezena de go-vernadores do PMDB moribundo.

Máquina quebradaO desafio da governabilidade é

outro: governar o próprio governo,que não se deixa governar. A má-quina administrativa faz água portodos os furos. A burocracia devepermanecer em pé de greve — apartir de agora em defesa do Esta-do acuado.

E o pior: o governo está fisica-mente quebrado, não tem poupan-ça para financiar coisa alguma.Nem para pagar o que já deve, aquidentro e lá fora. A solução escapis-ta do endividamento com poupan-ça alheia (créditos) e com pou-pança falsa (títulos) está esgotada.

Acordo nacionalA costura de um acordo nacio-'

nal, a título de emergência, terácomo cabo eleitoral, na altura demarço, os primeiros espirros da hi-perinflação. Sindicatos e empresa-rios cuidarão de celebrar algumatrégua na espiral preços/salá-rios/preços.

Com o lembrete: pacto social,em qualquer gênero ou grauj éuma permuta de sacrifícios e nãouma barganha de benefícios. "Umcontrato sobre deveres e não sobredireitos. Evidentemente, o capitalterá de privar-se bem mais que otrabalho. Na hiperinflacão, até ocapital perde.

Cobrança imediataÜnica certeza: o novo governo

terá de mostrar serviço logo de ca-ra. A cobrança popular será muitosevera. A maioria ainda acredita,em Papai Noel. No caso, o salvadorda pátria. Muita gente ainda ima-gina que o governo é uma vaca ali- %mentada no céu e ordenhada na'Terra.

O desencanto coletivo, comgraves seqüelas políticas, é sim-pies questão de tempo. Até porque,atribuiu-se ao futuro presidenteuma tarefa impossível: corrigirem três anos, para não dizer emtrês meses, um desvio de trintaanos.

Dilema pesadoO projeto de rendenção nacio-

nal encara um dilema sinistro naadvertência do professor Hélio Ja-guaribe: 1) A correção dos desa-certos econômicos é necessária-mente recessiva e impopular. 2) Oresgate inadiável da dívida social,sem recursos físicos, é inflacioná-rio. E a inflação agrava a crisesocial.

No enfrentamento desse dra-gão de duas cabeças, o futuro pre-sidente tem apenas uma bala notambor: não pode errar o tiro. Nemdormir na mira. Ele terá de dar"show" de competência e li-derança.

Secos e molhados1. O fornecimento de álcool, em

janeiro, ficará um terço abaixo dovolume consumido em agosto. Ra-cionamento no pedaço.

2. Reunidos em São Paulo, on-tem, usineiros lavaram as mãoscom álcool hidratado: é preciso re-düzir também a oferta de álcoolanidro.

3. Anidro (sem água) é o álcoolque entra com 12% na mistura dagasolina. A Copersucar defende oracionamento também da ga-solina.

4. A região Centro-Sul produ-ziu, este ano, 1,5 bilhão de litros deálcool anidro. A safra foi encerra-da em novembro.

5. Dentro da gasolina, o álcoolanidro cumpre duas nobres tare-fas; poupa petróleo e dispensa ochumbo, poluente asqueroso.

6. Quinta-feira, 28, a CNI vaipassar o álcool a limpo. Ela devereunir, na sede do Rio, todos os em-.presários ligados ao carburante.

7. Com a presença de usineiros,distribuidores e fabricantes de veí-culos, a CNI pretende sacar umasolução definitiva para a crise doálcool.

V

Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989 O LIBERAL

iBIBLIOTECA PÚBLICA DO PARÁ

Secçôo de Obras do Pará 3 CIDADES 7

Já restaurados,sinos voltam àCatedral da Sé

Agora, é recolocá-losdefinitivamentena torre, o que seráfeito por técnicos daempresa paulista,responsável pelotrabalho de recuperação

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Os

sinos da catedralda Sé, que trinca-ram no dia l°'de ja-neiro deste ano e

perderam o timbre origi-nal, já foram restaurados echegaram a Belém na tar-de de ontem, por volta delh30m. Os sinos foram re-cuperados através de pro-cesso artesanal, de tradi-ção secular, pela FundiçãoArtística Paulistana Ange-li. "0 método escolhido foisem dúvida o melhor. Arestauração obedeceu auma técnica especial quelevou em consideração aanálise da situação clima-tica para o início da obra,que por isso demorou tan-to. Foi necessário esperarque passasse a época friana cidade de São Paulo, on-de foram restaurados, pa-

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Cônego Nelson Soares

ra que o trabalho fosse ini-ciado. Ao que tudo indica,poderemos outra vez ouviro timbre límpido e originaldos sinos da catedral" ava-liou o cônego da Sé, NelsonSoares.

Segundo ele, o restau-rador Lino Angeli executouum trabalho ímpar em re-lação aos sinos de bronze."Quando estive em SãoPaulo pude presenciar eta-pas do processo de recupe-ração, todo ele realizadono chão. Pelo método utili-zado, inicialmente copia-seo modelo do sino na argilacom todas as inscriçõesque possui e depois traz-seo bronze ainda em fusão ederrama-se na forma. Masaté chegar a isso, há umasérie de detalhes e procedi-mentos demorados, e tudoé rigorosamente cronome-trado", assegurou. Deacordo com o cônego Nei-son, a partir de agora restaenviar as passagens aé-reas para que técnicos daempresa de fundição ve-nham a Belém a fim de re-colocar os sinos definitiva-mente na torre. O custo darecuperação foi de NCz$17.500, o mesmo cobradoem fevereiro. O restaura-dor Angeli optou por nãoatualizá-lo. Caso sofressecorreção, o preço seriaNCZ$ 140.000.

A história dos sinosOs sinos da catedral,

que inspiraram pintores epoetas e que encantaramas manhãs da Cidade Ve-lha, datam do ano de 1700.Desde que foram coloca-dos na torre até o dia emque trincaram e perderamo som original, permane-ceran^.sem cuidados e?pe-.mw&ottcWq_Wi8Pàmmé

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Caixa Econômica lança a'Teimosinha' no Estado

Depois de meses de ausência,perdoa e a tudo corrói.Quando cheguei à

"cate-dral, em 1985, os sinos jáestavam bastante deterio-rados. Chamei pedreiros eoutros profissionais paraconsertá-lo, colocá-lo no ní-vel, mas com o tempo vol-taram a apresentar proble-mas. Existem técnicas es-pecíficas que precisam serobedecidas para sua recu-peração eficiente. O bada-lo de um deles também secorroeu e mandeiconsertá-lo. No entanto, jánão se tratava do badalo debronze original; era outro,de ferro, o que contribuiupara trincar o sino,deixando-o com som de 'la-Ia velha', como se estives-se morto", descreveu ocônego.

As peças que não pude-ram ser substituídas ouxestap^adas.,,ficaram .no,•íflus^:;da Sfti São -cabeço-,,

os sinos retornaram à catedral

tes, armações de madeira,engates etc. Os sinos, noentanto, estão lá, imponen-tes em sua majestosidadede puro bronze, comoven-tes, como disse certa vez opoeta Garri Júnior: "Elessaltam o seu canto de bron-ze para o meu coração.Dentro de mim, tinem co-mo um pássaro delirante.Seu vôo é como a nota deum violino, o badalo fundo,o eco que acorda as ma-nhãs da velha cidade".

Nelson soares dissenão saber quando os sinosvoltaram a soar. "Elesprecisam ser reconsagra-dos, pois perderam a con-sagração. Isso será feitopelo arcebispo dom Alber-to Ramos. Eu gostaria queretornassem à atividadeno dia Io de janeiro, dataem que trincaram, mas is-so ainda será, decidido';,/:.

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Uma nova forma de apostar nos jogosda Loto e da Sena foi lançada ontem no Pa-rá e Amapá pela superintendência regio-nal da Caixa Econômica Federal: a "Tei-mosinha", criada para atender aos aposta-dores que pretendem repetir todas as se-manas os mesmos jogos na loteria de nú-meros da CEF. Para jogar na Teimosinha,o apostador a partir de amanhã deve assi-nalar no canto direito do volante da loteriao número de concursos de que deseja parti-cipar. Essa modalidade de loteria permitea aposta simultânea em quatro concursossucessivos da Sena e oito da Loto — em umúnico cartão. "A Teimosinha vai evitarque o apostador fique sem jogar em deter-minada semana por problemas de últimahora e também evitará as filas costumei-ras nas casas lotéricas", afirmou ontemAdmUson-Esashika, gerente do Núcleo deLoterias da CEF.

Para o superintendente regional daCaixa Econômica Federal, Ademildo Ca-valcanti, a nova forma de jogar na loteriavai beneficiar os "insistentes" ao garantiro preço das apostas até por um mês, casoos jogos sejam feitos na véspera do reajus-te dos preços da Loto e Sena. De acordocom ele, a Teimosinha tem alcançadoenorme sucesso nos estados em que foi lan-cada, entre eles Rio de Janeiro, EspíritoSanto, São Paulo, Santa Catarina, RioGrande do Sul, São Paulo, Bahia, Sergipe,Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, MinasGerais, Piauí e Goiás. "A fase experimen-tal foi lançada em Brasília em dezembrode 1988 e teve excelente repercussão. Ocronograma de implantação no Brasil obe-deceu ao quantitativo de terminais a se-rem utilizados em cada Estado", revelouEsashika.

A Teimosinha, que funcionará a partirde amanhã no âmbito do Pará e Amapá,foi lançada ontem no auditório do edifício

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Esashika mostra como funcionam asapostas

sede da CEF em Belém. Além de Ademil-do Costa e Admilson Esashika, o ato con-tou com a presença de gerentes operacio-nais da Caixa, funcionários da instituição erevendedores lotéricos. Na ocasião, foiexemplificada aos presentes a nova siste-mática de apostas, com demonstraçõesacerca do funcionamento das máquinasque vão operar com a recém-lançada op-ção oferecida aos apostadores tradicio-nais. A Teimosinha, de acordo com os seusidealizadores, facilita a vida dos que costu-mam marcar números como aniversários,datas de casamento, telefones, placas deautomóveis etc, na disputa pela "sortegrande".

Construção civil confraterniza

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Os engenheiros Abdias Arruda, presi-dente da Associação dos Dirigentes de Em-presas do Mercado Imobiliário do Pará, eDomingos Açatauassu Nunes, representantekJoSindicatodá Indústria da^COhstrução Ci-:viÜdo-Estâdo do Pará, visitararri onfefn OLIBERAL ,para convidar a sra. LuqidéaMaiorana, direlora-presidente do Sistema

Romulo Maiorana de Comunicação, paraconfraternização, hoje, às 20 horas, no res-taurante da Federação das Indústrias, quecontará com show da cantora paraense Lu-cihha Bastos. Os visitantes foram recebidospor Ossian Brito, diretor da "sucursal de OLIBERAL em Brasília, e Odacyl Cattete,editor do caderno de Turismo.

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8 CIDADESO LIBERAL Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989

CAMARADA CrDAD-E

Mais de 1.300 emendas sãoencaminhadas a anteprojeto

A comissão de Sistematizaçãorealizou ontem a sua primeira reu-nião e aprovou em bloco os 64 artigosdo anteprojeto de Lei Orgânica doMunicípio, que não foram objeto deemendas e destaques. Ao final do pra-zo estipulado para a entrega dasemendas, que encerrou a zero hora deontem, 1.350 emendas foram apresen-tadas ao anteprojeto, o que significaque os vereadores terão que discutir edeliberar sobre 77 emendas diária-mente, para cumprir o prazo de 16dias estipulado no regimento internopara que a Sistematização concluaseus trabalhos. Os integrantes da Sis-tematização devem reunir-se nova-mente no dia 27 deste mês, quando orelator Zenaldo Coutinho (PFL) apre-sentará um relatório com os parece-res dados às emendas. A reunião deontem foi tranqüila e a única objeçãofoi feita pelo vereador Arnaldo Jordy(PCB), que reclamou porque quatrodestaques apresentados por ele nãohaviam sido incorporados na# lista-gem fornecida pelo relator.

De acordo com as justificativasde Zenaldo Coutinho, os destaquesnão haviam sido considerados porqueJordy os encaminhara de maneira in-correta, nos formulários destinadosexclusivamente às emendas. É que acomissão teria decidido anteriormen-te que as emendas seriam apresenta-das em formulário específico, en-quanto os destaques seriam encami-nhados através de ofício. Jordy expli-cou ter enviado os destaques no for-mulário reservado às emendas por-que não havia recebido nenhumaorientação diferente e indagou ao re-lator qual seria o procedimento a seradotado no caso dos destaques nãoconsiderados. Após uma demoradadiscussão entre os dois vereadores pa-ra apurar as responsabilidades pelafalha, a questão acabou sendo subme-tida ao plenário, que acatou as ponde-rações de Jordy e determinou que orelator acolhesse os destaques. ~'

Meio AmbienteDiminuir de cinco para dois anos

o prazo para que as empresas poten-cialmente poluidoras se transfirampara zonas apropriadas ou estabele-çam mecanismos antipoluentes.

Emenda nesse sentido está sendo en-caminhada ao anteprojeto de Lei Or-gânica pelo vereador Eloy Santos(PDS), que acredita ter criado umaalternativa para a solução do proble-ma ambiental que contemple a ado-ção de novas tecnologias. O vereadortambém propõe a instituição de umtributo sobre a utilização do patrimô-nio ambiental, com fins lucrativos,determinando que os recursos prove-nientes dessa arrecadação sejam re-vertidos em benefício da regeneraçãoambiental e no desenvolvimento detecnologia, no âmbito do município,necessária à proteção ambiental. Overeador pretende, ainda, reservarexclusivamente ao Executivo munici-pai a competência de inspecionar osestabelecimentos comerciais e indus-triais e impedir ou suspender os atosou fato que impliquem em prejuízo àsaúde, higiene, moralidade seguran-ça ou tranqüilidade.

Já o vereador Luiz Seffer (PL) re-quer que, além do estudo prévio deimpacto ambiental, a Câmara Muni-cipal também autorize o licenciamen-to de atividades geradoras de rejeitoslíquidos e gasosos de natureza tóxicaou ácida, além de propor a criação de"cinturões verdes" na capital, comáreas destinadas à preservação damata nativa e ao cultivo de hortifruti-granjeiros.devendo a determinaçãodesses locais ser precedida de estudotécnico e especializado do organismocompetente. A esse mesmo dispositi-vo, que prevê a criação dos cinturõesverdes, o vereador Mílvio Oliveira(PSDB) pretende acrescentar o esti-mulo à criação de cooperativas comu-nitárias, objetivando o desenvolvi-mento de atividades voltadas à produ-ção de alimentos.

Wady Kayath (PTB) defende acriação do Conselho Municipal de De-senvolvimento Urbano e Meio Am-biente, para fiscalizar a política demineração, opinar sobre as políticasmunicipais de desenvolvimento urba-no, saneamento e meio ambiente,emitir parecer prévio sobre projetospúblicos ou privados que impliquemem impacto ambiental e assessorar opoder público nas questões de suacompetência.

Funcionários que faziamcampanha foranf iuspensos--tr*? r «>l

Apesar de encerrada no último dia 17,quando o povo brasileiro foi às urnas paraescolher o futuro presidente da República,a campanha eleitoral ainda deverá produ-zir uma série de desdobramentos polêmi-cos. Sobretudo na Câmara Municipal deBelém, onde a controvérsia instalou-se on-tem, depois que o presidente da Casa, ve-reador Nelson Chaves, expediu a portaria294/89, suspendendo de suas atividades osfuncionários José Carlos Boução da Silva(por 30 dias) e João Raimundo da SilvaSouza (15 dias), ambos ligados ao PT e en-volvidos em um incidente ocorrido no últi-mo dia 27 de outubro, com o Io secretárioEloy Santos, quando realizavam uma cole-ta em prol da candidatura de Luís InácioLula da Silva, na fila de pagamento dosfuncionários da Câmara. Nelson Chavesjustifica, na portaria, que as punições fo-ram adotadas após uma sindicância suma-ria, para apurar as responsabilidades, eum parecer emitido pela Consultoria Ge-ral da Câmara municipal de Belém.

Os funcionários contestam, contudo,que a comissão de sindicância sumária,presidida pelo funcionário Mauro CésarLisboa dos Santos, tenha dado parecer fa-vorável às suspensões. Conforme a cópiado parecer distribuído por eles à impren-sa, apenas Carlos Boução teria infringido oartigo 186, III, do estatuto do funcionalis-mo público, que proíbe o funcionário deentreter-se, durante as horas de trabalho,

,em palestras, leituras ou outras atividadesestranhas ao serviço. Em vez da suspen-são, a comissão recomenda que o funcio-nário seja repreendido. Diante desse fato,os funcionários prometem recorrer à Jus-tiça, onde pretendem impetrar um manda-do de segurança contra a decisão do presi-dente da Casa, por entenderem que o atotem conotações políticas.

HistóricoDe acordo com o relatório da comissão

de sindicância sumária, o incidente ocor-reu na manhã do dia 27 de outubro, quandoBoução e João Silva, juntamente com atambém funcionária Else Alves Cordeiro,dirigiram-se para o andar térreo da CMB epostaram-se às proximidades do local on-de estava sendo efetuado o pagamento dosfuncionários, portando uma faixa e solici-tando uma contribuição para a campanhado candidato da Frente Brasil Popular.

Advertido pelo diretor administrativo daCasa, Paulo Lima de Souza, Eloy Santosfoi até o local e solicitou que os manifes-tantes se retirassem. Na representaçãoencaminhada à comissão, Eloy disse quefoi vaiado e desacatado pelos três funcio-nários, embora tivesse revelado ontem àreportagem que o incidente mais graveocorreu com o funcionário Carlos Boução.No processo havia, também, denúncias deameaças de agressões físicas, que não che-garam a ser comprovadas.

Quanto ao incidente com Boução, EloySantos contou que como o funcionário ti-vesse se recusado reiteradamente em sairdo local rasgou a faixa que ele empunhavae este teria subido as escadarias da Cama-ra Municipal chamando-o de ditador. A co-missão de sindicância ouviu sete testemu-nhas, quatro delas apresentadas pelo ve-reador Eloy Santos e três pelos funciona-rios envolvidos — Else Cordeiro não apre-sentou testemunha —, tendo comprovadosomente a manifestação política promovi-da pelos funcionários. As testemunhasconfirmaram, também, a discussão entreo funcionário Carlos Boução e Eloy Santos.Quanto às ameaças de agressão física,apenas Paulo Lima de Souza — testemu-nha apresentada por Eloy Santos — com-provou ter presenciado tentativa nessesentido. Os demais negaram taisacusações.

Tanto o vereador Eloy Santos quanto opresidente Nelson Chaves negaram, on-tem, que a decisão de suspender os funcio-nários ligados ao PT tenha tido alguma co-notação política. Para o vereador EloySantos, a suspensão foi uma medida admi-nistrativa tomada para punir o desacato eo desrespeito ao que estabelece o estatutodo funcionalismo. Ele cita, por exemplo, oartigo 185, da lei 7.000, que relaciona entreos deveres do funcionalismo público muni-cipal o respeito aos superiores hierárqui-cos. Já o artigo 186, IV, onde o vereadoravalia que os funcionários também estãoenquadrados, proíbe manifestações deapreço ou desapreço dentro da repartição.Os funcionários alegaram, em sua defesa,que a Câmara Municipal — corredores egabinetes — está repleta de propagandapolítica, sem que a primeira secretaria te-nha tomado alguma providência para coi-bir as manifestações.

Entidade dá bolsas parapresença em congressos

A Vitae — Apoio à Cultura, Educa-ção e Promoção Social, sociedade semfins lucrativos, divulgou dia 18 de dezem-bro a lista dos candidatos aprovados noprograma de auxílio para participaçãoem reuniões científicas no exterior. Fo-ram concedidas 26 bolsas, 10 na área deCiências Humanas e 16 na área de Ciên-cias Exatas, para eventos que se reali-zam entre janeiro e maio de 1990, emdiversos países como Austrália, EstadosUnidos, Japão, Canadá. O programa, ins-tituído este ano pela Vitae, tem o objeti-vo de conceder auxílios para pesquisado-res participarem em congressos, semi-nários, workshops e reuniões especiais de

trabalho. Os auxílios são concedidos emnúmero limitado e de forma parcial,pressupondo a existência de outras fon-tes de recursos. A comissão de seleçãofoi integrada pelos professores BorisFausto, do Departamento de Ciências Po-líticas da USP, Chaim Honig, diretor doInstituto de Matemática e Estatística daUSP, e Elon Lages Lima, diretor do IM-PA — Instituto de Matemática Pura eAplicada do Rio de Janeiro. Em feverei-ro abrem as inscrições para eventos quese realizam entre junho e dezembro dopróximo ano. Maiores informações pelofone (011) 256.4611.

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A.s imensas filas para conse-guir lugar nos ônibus fazem li-nha para o balneário de Outeiroé a queixa do leitor João RobertoNascimento Alves. "Aos domin-gos as filas são quilométricas àsproximidades do Terminal Ro-doviário de Belém, em São Brás.Os usuários são obrigados a fi-car esperando por horas segui-das e depois viajam em ônibuslotados, sendo obrigados a fazertodo o percurso em pé", contaJoão Nascimento, que apela àempresa Icoaraciense, proprie-tária da linha Outeiro-Belém,que instale mais coletivos, "pelomenos aos domingos e feriados"para servir aos passageiros quese dirigem àquele balneário."Afinal, para o belenense quenão pode ir a Mosqueiro ou Sali-nas, Outeiro é a opção mais viá-vel", acrescenta.

Outro que reclama da linha deônibus Outeiro-Belém>íé-cJánuáátirio da Silveira Santos. Diz o lei-tor que o final da linha, em Ou-teiro, fica muito longe daspraias e quem leva crianças aobalneário tem sérios problemasna hora de voltar. "Durante atarde é difícil ter de andar comas crianças por um longo trechoe sob o sol forte. Depois disso, háenormes filas para conseguirum lugar no ônibus e a vinda atéBelém também é feita com enor-me sacrifício, em virtude da pe-quena quantidade de veículos",explica Januário, que solicita àempresa proprietária um maiornúmero de paradas, "de prefe-rência uma em cada rua queconduz às principais praias".

U m assalto". Assim a leito-ra Ana Cláudia Martinez Rodri-gues classifica o preço cobradopelos vendedores ambulantes depicolé. "Ninguém respeita o pre-ço tabelado pelas empresas e oscobradores têm cobrado o preçoque lhes convém", informa a lei-tora, contando que os picolés"Suco de fruta no palito", damarca Kibon, são tabelados pela

empresa em NCz$ 3,20, mas osvendedores ambulantes estãocomercializando o produto até aNCz$ 5,00. "É necessário que aSunab ou o Procon verifiquem aprocedência da denúncia e to-mem as medidas necessáriaspara evitar que abusos desse ti-po continuem a acontecer", dizAna Cláudia.

Indignado e aborrecido. Assimdiz estar se sentindo o leitor JoséAntônio Costa Guimarães, pro-prietário de uma banca de revis-tas localizada na avenida Naza-ré. Ele conta que já não suportamais ver sua banca ser constan-temente alvo de cartazes e pi-chações. "Sou uma pessoa ex-tremamente zelosa com minhaspropriedades e não é sem triste-za que vejo minha pobre bancaser lambuzada todos os dias.Quando não são os pichadoresque me elegem como vítima, sãodivulgadores de shows e espeta-

á '<suk>s teatrais. Em época de elei-ções, então, nem adianta maisprotestar", relata Antônio, ape-lando aos que assim procedempara que procurem respeitar opatrimônio alheio e não fiquema sujar e colar cartazes nas pa-redes, muros e bancas de revis-tas sem consultar previamenteos proprietários.

J osiel Batista Rodrigues recla-ma da pequena quantidade deabrigos contra chuva. Segundo oleitor, além dos abrigos seremem pequena quantidade, sãotambém de tamanho exíguo, oque causa sérios problemas pa-ra os belenenses que precisamabrigar-se contra as freqüenteschuvas que caem sobre a cida-de. Observando que na avenidaAlmirante Barroso o problema éainda mais grave, pois ali gera-mente se concentram grandesaglomerações de passageiros àespera dos coletivos, Josiel ape-Ia às autoridades competentespara que estudem a possibilida-de de instalação de mais e maio-res abrigos em Belém e princi-palmente na Almirante Barroso.

mas entre a P«^^ffieWürtll *I * mais carentes, o índice dern^cança níveis alarmantes Jgggjgg

'^autoridades,

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^r°|gSe]d»e essetrada por ^^^|«|gaço; malgrado no

llamae sujeira.

Lixo gera reclamaçãocoleta de lixo naqueleperímetro é bastante re-guiar, com o carro da_Secretaria Municipal de"Saneamento passandodiversas vezes durante

A grande quantida-de de lixo na travessa 25de Setembro, entre Lo-mas e Itororó, no bairrodo Marco, é a reclama-ção da leitora Júlia deNazaré Castro de Olivei-ra Gomes. Ela contaque naquele local, naparte localizada juntoao muro do Bosque Ro-drigues Alves, o matocresceu bastante e osmoradores da vizinhan-ça aproveitam para fa-zer do local um depósitode lixo. "Não consigoaceitar esse comporta-mento que demonstrafalta de conhecimentodas regras básicas deconvívio social", obser-va a leitora.

Júlia informa que a

a semana, mas mesmo."assim os vizinhos insis-tem em depositar os re-síduos no terreno próxi-mo ao muro do Bosque."Será que essas pessoasnão vêem que todo aque-le lixo atrairá ratos,moscas e outros ani-mais nocivos para as re-

..sidências, constituindosério risco para a saúdedos moradores?", inda-ga a leitora, que se dizindignada com o proce-dimento dos demaismoradores.

Rua continua obstruídaO leitor Vicente

Mendes apela aos ve-readores e ao prefeitodo Município de SantoAntônio do Tauá paraque estudem a possibili-dade de desobstrução deuma rua da área conhe-cida como Bairro Novo,localizada naquele mu-nicípio. Segundo Vicen-te, o local só possui umaúnica via de acesso paraa estrada que conduz aoMunicípio de Vigia e sãonecessárias outras ai-ternativas de escoamen-to. "Já tentei diversasvezes que as autorida-des se sensibilizassemcom o problema, masaté hoje não fui atendidoem minhas reivindica-ções", conta o leitor.

Segundo Vicente, háuma avenida que chegaaté bem próximo à es-trada, mas sua saída es.-tá obstruída por uma ca-sa, construída recente-mente. O leitor sugereaos vereadores que es-tudem a possibilidadede remoção do imóvel,após ser paga indeniza-ção do proprietário."Seria a alternativamais viável", observaVicente, informandoque se desta vez as auto-ridades municipais nãotomarem providênciaspara solucionar a quês-tão, ele procurará auxí-lio junto ao governadorHélio Gueiros, a quempretende apresentar umabaixo-assinado.

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DESCALABROSenhor redator,Apesar de todas as medidas provisó-

rias editadas em favor do funcionalismopúblico federal nos últimos meses, atéagora não se conseguiu deixar em equíli-brio e com transparência a máquina ad-ministra tiva. Ainda persistem as profun-das distorções, principalmente em rela-ção a categorias e salários, dentro do ser-viço público. Em alguns casos, funciona-rios de mesmo nível e referência têm di-ferenças de remuneração de quase 50%,apenas porque estão alocados em reparti-ções diferentes. Um exemplo cabal dessasituação de injustiça e desigualdade podeser exemplificada a partir da nova tabelade remunerações da administração públi-ca direta e autarquias: se um servidor denível intermediário do Ministério da Fa-zenda receberá neste mês NCz$ 3 mil, umoutro de idêntica categoria, só que dasInstituições de Ensino Superior, ganharáo dobro — apesar de terem sido classifi-cados em um mesmo concurso e em umamesma época terem sido admitidos.

Todo esse descalabro só pode encon-trar justificativa pela farsa administrati-va e o desgoverno que dominou o país nosúltimos cinco anos. O pior, porém, é quemeses depois de ter sido promulgada anova Constituição federal, onde está pre-vista em clarividentes linhas que deveser concedida a isonomia aos trabalhado-res de mesma categoria e função, aindaDersista uma ilegalidade tão flagrante. AJei máxima do país não é cumprida pelosseus próprios dirigentes. Os governos es-taduais também relutam e cumpri-la emaspectos básicos como o da própria isono-mia a seus funcionários e o pagamento do

Fe

salário mínimo aos que trabalham legiti-mamente para o Estado. Ao que parece,estamos condenados a viver no país "do

jeito que está, pra ver como é que fica .

Flávio Monteiro

DEFICIENTES

Senhor Redator,

O sofrimento dos deficientes físicos ementais em Belém não se deve somenteao problema que carregam, mas tambémdevido à convivência dolorosa proporcio-nada por alguns cidadãos consideradossãos, mas que ostentam um comporta-mento indigno até dos mais peçonhentosanimais. Tenho testemunhado inúmerasvezes a cenas que me envergonharam daraça humana e de meus concidadãos, talo desrespeito e a falta de humanidadecom que foram tratados, nessas ocasiões,os portadores de algum tipo dedeficiência.

Não é raro ver cegos e paraplégicosserem motivo de risos e chacotas quandopassam pelas ruas e nesses momentosaté os olhares piedosos costumamprovocar-me mal-estar, já que ponho-meno lugar dessas pessoas e tenho certezaque não gostaria de ser alvo de piedadedescabida. Em minha opinião, todo tipode deficiência física pode ser compensa-da através do desenvolvimento dos de-mais sentidos, eis por que sou totalmentecontra a exploração da deficiência físicaque se vê continuamente não só nas ruasde Belém, mas principalmente no inte-rior dos ônibus que trafegam pela cidade.

Já de algum tempo venho observando

a atitude de alguns deficientes que emvez de procurarem canalizar sua poten-cialidade para outros órgãos de seu corpoe lutarem para adquirirem mais autono-mia nas relações diárias, ao contrário,comprazem-se em permanecer como ob-jeto da caridade e da piedade públicas.São cegos e aleijados que, acompanhadosde um "ajudante", passam os dias dentrodos coletivos a distribuir papelotes ondeafirmam o que qualquer um pode perce-ber (a deficiência de que são portadores)e informam o inaceitável (que não estãocapacitados para trabalhar). Isto é umdisparate, uma falácia, pois para contra-dizer tal afirmativa basta observar emtorno e ver que há milhares de deficientesem Belém, no Brasil e no resto do mundoestudando e trabalhando normalmente.Muitos deles, inclusive, tornando-se pro-fissionais destacados em seus setores deatuação.

Nem é preciso lembrar os casos decompetições esportivas ou os casos depessoas fisicamente deficientes capazesde realizar prodígios em diversas ativida-des. Mas acredito qe seja mais trabalho-so lutar para superar dificuldades quemostrar publicamente seus problemas eesperar comodamente que a piedade pa-ternalista faça o resto.

Ronaldo Saldanha Campos

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Cartas para esta coluna devem ser envia-das à redação de O LIBERAL — rua GasparViana, 253, Comércio, Belém-Pará, CEP 60.000— para as seções Cartas ou Queixas, assina-das, em laudas datilografadas com no máximo20 linhas, contendo nome endereço do remeteu-te. número de identidade e telefone.

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.Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989 O LIBERAL CIDADES 9

riauguraçfio — O presidente José SarneyInaugurará amanha, em Porto Trombetas,município de Oriximiná, extremo oeste do

¦ Pará, as novas instalações de beneficiamen-to de bauxita e o reservatório de rejeitos (la-ma vermelha) da Mineraçüo Rio do Norte.A construção das novas instalações fazemparte de um projeto pioneiro visando a ado-

jçflo de tecnologia avançada para a preser-! vação ambiental, envolvendo investimentos|da ordem de USÍ 85 milhões. O objetivo

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maior do empreendimento 6 eliminar o lan-çamento de rejeitos da lavagem da bauxitano lago Batata, afetado ao longo dos últimosdez anos, pela atividade mineradora da em-presa, uma subsidiária da Companhia Va-le do Rio Doce.

Segundo dados preliminares, 300 hecta-res (15% da extensão do lago) foram prati-camente aterrados (assoreados) pela lamavermelha desprendida durante o beneficia-mento da bauxita.

Complexo de abastecimento naConceição beneficia 5 bairros

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As obras vão iniciarem janeiro, na áreado antigo curtume,com cerca de 1.500metros quadrados. Ameta da prefeituraé a descentralização

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Com

a finalidade de promo-ver o abastecimento diretode gêneros alimentícios dascomunidades de cinco

bairros de Belém, a PrefeituraMunicipal ultima os estudos e ne-gociaçoes para a implantação doprojeto de construção do Comple-xo de Abastecimento da rua Con-ceição, no bairro do Jurunas. Oprojeto, a cargo da Coordenadoriade Urbanismo da PMB e das se-cretarias municipais de Econo-mia (Secon) e de Obras (Semob),tem suas obras previstas para se-rem iniciadas no mês de janeiro,mediante o aproveitamento deaproximadamente 1.500m2 deárea total disponível.

O secretário municipal deEconomia, José do Egypto SoaresFilho, informou, ontem, que asinstalações do Complexo de Abas-tecimento da Conceição serão er-guidas na antiga área do curtume,que, pertencia ao lapas, e foi ad-

Suirida pela Prefeitura Municipal

e Belém, no perímetro formadopela rua Conceição e avenida Ber-nardo Sayão. "O projeto é desen-volvido com a Courb responsávelpelo projeto arquitetônico, a Se-mob, pelas obras, e a Secon orga-nizando o aspecto operacional",informou o titular da Secon, des-tacando que serão alocadas as ati-vidades dos atuais 261 feirantes darua Conceição, cadastrados peloórgão municipal.

Egypto Soares declarou que ocomplexo se constituirá em umaopção de compra de gêneros ali-mentícios para os moradores da

José do Egypto Soares

Cidade Velha, Jurunas, Guamá,Batista Campos e Condor, que nãomais necessitarão se deslocar aoComplexo do Ver-o-Peso, comoparte de iniciativa da administra-ção municipal de organizar novospontos de abastecimento e comer-cialização de produtos alimentí-cios na cidade, a fim de descentra-lizar as atividades executadas pe-los feirantes e demais manipula-dores de alimentos no Ver-o-Peso.A grande vantagem para o funcio-namento do Complexo de Abaste-cimento da Conceição será aproximidade ao Porto do Açaí, naBernardo Sayão, o que permitiráa integração do porto aos serviçosno Complexo.

"O Porto do Açaí dará o apoioao funcionamento do Complexo daConceição, de vez que pelo porto,onde tem acesso a Belém a produ-ção das comunidades ribeirinhas,terá início um ciclo de abasteci-mento que culminará na área doComplexo, beneficiando tanto osprodutores ribeirinhos como os

atacadistas e varejistas de Beléme as famílias de moradores doscinco bairros, pela maior oferta deprodutos", enfatizou Egypto Soa-res. O secretário de Economia doMunicípio destacou, também, queo Complexo poderá absorver aprodução de artesãos e micropro-autores de Belém, Icoaraci, Mos-queiro, Outeiro e Cotijuba,constituindo-se em um centro decomercialização de artigos com-ponentes. da economia informal,ao lado da loja do microprodutor,no Complexo Cultural de São Brás.

Para a concretização do pro-jeto, técnicos da Prefeitura Muni-cipal já efetuaram a sondagem doterreno, ao mesmo tempo em quesão desenvolvidos estudos arqui-tetônicos, orçamentários e capta-ção de recursos. A construção doComplexo de Abastecimento daConceição se dará através da or-

fanização de 261 módulos, distri-

uidos em áreas de duplo acesso,área central e mezanino. O com-plexo apresentará duas áreas deentrada — uma para a rua Concei-ção e outra para a avenida Ber-nardo Sayão — reunindo os boxespara a comercialização de produ-tos industrializados, hortigranjei-ros, animais vivos e outros.

Na área central funcionarãomercados de carnes e pescado emariscos; locais destinados à ven-da de produtos industrializados ebarracas de lanches. No mezani-no serão localizados os serviçosadministrativos do complexo.Além desses setores, haverá locaisde estacionamento para carga edescarga, banheiros e frigoríficos.O Complexo de Abastecimento darua Conceição está incluído no rolde atividades desenvolvidas pelaadministração do prefeito SahidXerfan visando solucionar os pro-blemas de abastecimento de Be-lém, como também promover aordenação e melhor aproveita-mento das feiras livres da cidade.

Não há risco de faltar cervejae refrigerante no fim de ano

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Se depender de bebidas para o Na-tal e Ano Novo, o belenense pode ficar

fi tranqüilo porque as distribuidoras esta-11 rão coitiioestoque completo para as fes-: 'tas. Mais de 100 mil caixas de cerveja

e 50 mil de refrigerante serão colocadasà venda nos bares, mercearias, clubes,boates e restaurantes da cidade. Os pre-ços é que poderão variar, restando à po-pulação de baixa renda a alternativados depósitos de bebidas espalhados pe-Ia cidade, onde o custo é menor.

O diretor de Marketing da Cerpasa,Jurandir Bezerra, informou que a fábri-ca produziu em dezembro 350 mil cai-xas de cerveja para serem vendidas a51 distribuidoras em todo o país. Dessaforma, o abastecimento será garantido,visto que a produção ainda nem atingiua capacidade máxima do mês, que é de750 mil caixas. "A produção do final doano é suficiente para atingir até a me-tade de janeiro", afirmou. A Antártica,outra fábrica de cerveja e refrigerante,também garantirá o abastecimento emBelém. Armando Tavares, agente distri-tal de Icoaraci e proprietário de umadas distribuidoras da empresa, ressal-tou que a tendência é de ampliação daprodução.

As caixas de cerveja e de refrige-rante da Antártica e da Brahma, fabri-cadas no Sul do país, estão sendovendidas a NCz$ 186,00 e NCzf 40,00, res-pectivamente. Na Cerpasa, a caixa decerveja está custando NCzf 173,50, e ade refrigerante NCz$ 40,00. No entanto,os preços aumentam quando os produ-tos são colocados à venda nos estabele-

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O estoque nas distribuidoras de Belém está completo

cimentos comerciais. Nos bares, porexemplo, a cerveja varia entre NCz$13,00 e NCz$ 15,00, e o refrigerante en-tre NCz$ 2,50 e NCzf 3,00. Os preçosmais baixos ficam por conta dos depó-sitos de bebidas, onde a cerveja é ven-dida entre NCzf 9,50 e NCzf 11,00 e orefrigerante entre NCzf 1,50 e NCzf 2,50.

CestasAtualmente já não é mais possi-

vel encontrar com freqüência as tra-dicionais cestas de Natal, já que ospoucos estabelecimentos comerciaisque as colocam à venda somente o fa-zem por encomenda. Antigamente,casas como "O Vesúvio", "Çorcova-do", "Albano" e "Palmeira", já ex-tintas, apresentavam como atraçãona época natalina cestas que varia-vam da simples à mais requintada.

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Hoje, apenas os supermercados demaior porte oferecem o produto aosconsumidores. Segundo um dos maisantigos importadores de Belém, Oli-veira Mendes, a falta de cestas deNatal deve-se à dificuldade de obten-ção dos produtos importados com aantecipação necessária, a fim de queuma programação seja efetuada,além da variação dos preços, que emrelação a dezembro do ano passadoatingiu neste ano um percentual su-perior aos 1.200%. De acordo comMendes, ainda estão chegando a Be-lém alguns destes artigos importadospedidos no mês em setembro, entreos quais as castanhas portuguesas,avelãs, amêndoas, nozes e outros quedeveriam compor as cestas, junta-mente com as frutas nacionais e osvinhos.

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Paes Loureiro

Bacharéis de1964 voltam

a se reunirOs integrantes da

turma de 1964 da Facul-dade de Direito se reuni-rão novamente amanhãpara uma missa às 8 ho-ras na igreja da Trinda-de e, à noite, para umjantar dançante na boa-te da Tuna Luso. Fazemparte da turma de ba-charéis o atual secreta-rio de Estado de Cultu-ra, João de Jesus PaesLoureiro; os juizes Leô-nidas Silva, Ana TerezaMurrieta, Álbanira Lo-bato Bemergui e MariaHelena Ferreira; pro-motor Henrique Santali-ces; ministro do Tribu-nal de Contas de Rondo-nia, Miguel Roumiê; ex-secretário executivo daSudam e atual assessordo organismo, ManoelReis; ex-secretário deFinanças, João MariaLobato da Silva; ex-secretário de Estado doMaranhão, Antônio Bri-to; Ronaldo Barata, ex-coordenador do Incra;Pedro Crispino e Ulys-ses Coelho de Souza, doTribunal de Contas doEstado, entre outros.

No auge da revolu-ção, em 1964, os bacha-réis da Faculdade de Di-reito, horas antes do ini-cio da solenidade de for-matura, receberam um"recado amável" paraque fosse trocado o ora-dor da turma, João deJesus Paes Loureiro,

s Por unanimidade, a tur-rríá '•¦ resolveu maiitê-lona função, abrindo mãoda colação solene. Des-sa forma, a cerimôniaacabou não sendo reali-zada e os diplomas fo-ram entregues na pró-pria secretaria dafaculdade.

Programa deaniversárioestá pronto

Dentro da progra-mação de aniversário deBelém, no dia 12 de janei-ro, a Prefeitura vai ho-menagear diversasfiguras de destaque nosvários círculos de ativi-dade da cidade,conferindo-lhes a Meda-lha do Mérito "FranciscoCaldeira de CasteloBranco". A entrega ocor-rerá em ato solene, às 10horas, no Forte do Caste-lo, antecedido de missa aser celebrada na Cate-dral da Sé pelo arcebispodom Alberto Ramos.

Através do decreto ns21.189/89, o prefeito SahidXerfan conferiu a home-nagem — após aprova-ção unânime dacomissão de seleção daproposta feita pelo pró-prio prefeito — às seguin-tes personalidades:engenheiro Abdias Arru-da do Amaral, advogadoAldebaro Cavaleiro deMacedo Klautau Filho,Aline Amaral Corrêa deMiranda, desembarga-dor Almir de Lima Perei-ra, Amilcar AlvesTupiassú ("post-mortem"), Anivaldo Ju-venil Vale, jornalista Da-vid da Silva e Souza,engenheiro David SalimSab Abud, Dulce IreneFaria Accioli, engenheiroFernando Teruó Yama-da, Guilherme MaurícioSouza Marcos de La Pe-nha, jornalista Isaac4Soares, pastor José Vila-ça da Silva, Judith daCruz Palma, deputadoMário Moraes Cher-mont, vereador NelsonLuiz Teixeira Chaves,Noé José de Andrade,Ophir Filgueiras Cavai-cante, Otávio Mendonça,jornalista Roberto .larexMartins, padre Ro e.iFerreira da Silva, vice-almirante Sérgio vesLima, engenheiro •'. dyJoão Homci da Coata eWaldomiro MartinsGomes.

WÈ^çmmt?%% ¦_r >^"'Ç:7 •,7Tc- mmsxsmb.

IO CIDADES O LIBERAL Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989

Onde comprar mais baratoA Delegacia Regional da Sunab divul-

gou ontem nova pesquisa de preços em dezsupermercados de Belém, incluindo pro-dutos básicos de alimentação, higiene elimpeza. Na pesquisa de ontem o Bompre-ço 1 apresentou 20 itens com o menor pre-ço; o Pão de Açúcar, por outro lado, apre-sentou apenas três itens. Comparando a

pesquisa feita ontem com o do dia 12, a Su-nab concluiu que dos 74 produtos pesquisa-dos, 52 apresentaram alta, 12 mantiveram-se estáveis e 8 sofreram queda de preços.Ontem foi também divulgado mais um le-vantamento de preços da cesta simples deNatal nos supermercados da cidade.

Produtos

AlimentaçãoArroz Yamagi

O Meu ArrozPérolaItalianinho

Feijão preto ItalianinhoMulatinhoJalo

Farinha de mandioca comumMassas com sêmolnAmbraLealRicosa

AçúcarTrituradoRefinado

Leite em póCamponesa.Itambé

Café em p6Século XXSanta Rita

MalzenaPacotePacote

Óleo de sojaSalada

PrimorPacaembu

Sal refinado MarlinCharque dianteiroQueijo prato lanche ReginaMargarina comum

DorianaPrimorClaybom

Doce em pastaGoiabada Cica

Biscoito MariaTbstinesRicosa

Biscoito Cream CrackerRicosaTos tines

Extrato de tomateElefante Cica (copo)Peixe (lata)

Salsicha tipo Viena CariocaSardinha CoqueiroMaionese

Hellmans comumCica comum

VinagreDe vinho MinhotoDe álcool Globo

Carne BovinaChã sem ossoPá com osso

VíscerasFígadoBucho

Ave abatidaFrango resfriado Pena Branca

Frango congelado AvipalHorticulas

Batata inglesa comumCebola brancaAlho' nacional....i.:i..lTomate comum

Limpeza/sabão em tablete .- riMaravilhaRegênciaRio

Sabão de cocoPolarClarim

Detergente em póMinerva

OrnoSapólio/saponáceo

Radium PinhoRadium Cloro

Água sanitária BriluxEsponja de aço BombrilDetergente liquido

MinervaLimpol

Higiene/creme dentalKolynosColgate

Sabonete comumLuxGessy

DesodoranteVan-Ess

Absorvente higiênicoModess comumEla aderente

Papel higiênicoCharme .'.KimNino

Unld.

kg

500g

kg

200g

500g

200g500g

900ml

kg

250g500gkg

700g

200g500g

500g200g

190g370g180glS5g

250g

750mllOOOml

kg

200g

200g

400g

300g

Litro60g

500ml

50g90g

90g90g

90ml

10 unid.

4 unid.I)

1 unid.

Preçomédio

7,026,956,66

11,80AUS8,461,98

6,696,766,99

4,468,33

8,628,54

13,0019,20

2,065,40

7,99

7,506,302,07

28,7453,02

4,147,46

15,54

14,98

6,6010,40

10,807,10

8,939,226,777,76

11,138,96

7,03

28,9017,30

14,806,65

19,89

17,30

3,605,64

68,664,00

6,787,152,52

3,371,93

8,929,97

5,106,045,592,52

5,726,11

3,755,25

1,771,49

5,93

31,3510,70

23,60AUS2,38

Preçomínimo

8,606,506,105,809,50

AUS7,201,80

4,804,304,20

4,006,30

7,506,50

13,0019,20

1,603,70

7,50

7,505,901,47

24,0045,60

2,756,50

13,90

10,50

5,307,02

7,074,80

7,104,504,954,50

8,906,80

6,805,20

27,9516,20

14,105,50

19,80

16,90

2,804,50

52,00,2,35~

5,005,601,50

2,001,48

6,477,10

4,355,254,901,80

4,905,20

2,703,90

1,401,27

5,30

13,308,10

19,20AUS2,00

Local encontradoPreço mínimo

H. LiderFormosaBelémFormosaAlmirante 2

B. Preço 1 e 2Belém - S. Cristóvão

Almirante 1LiderLider , >%,.

S. CristóvãoS. Cristóvão

JumboS. Cristóvão

S. CristóvãoB. Preço 1 e 2

B. Preço 2S. Cristóvão

Formosa - Nazaré - Lider - H. LiderJumboFormosa - NazaréBelémB. Preço 2NazaréNazaré

B. Preço 2B. Preço 1 e 2 - P. AçúcarAlmirante 1 e 2 - Formosa

Jumbo

LíderNazaré

P. AçúcarBelém

NazaréAlmirante 2NazaréB. Preço 1 e 2

H. LíderFormosa

NazaréS. Cristóvão

B. Preço 2B. Preço 1 e 2 - H. Líder

B. Preço 1 e 2H. Líder - Líder

Almirante 1 e 2 - Formosa - Nazaré -B. Preço 1 e 2 Líder - H. LíderJumbo

JumboJumbo - S. CristóvãoS. Cristóvão . ,,P. Açúcar

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B. Preço 1B. Preço 1 e 2Nazaré

BelémB. Preço 1 e 2

B. Preço 1 e 2B. Preço 1

B. Preço 1 e 2FormosaBelémNazaré

B. Preço 1 e 2S. Cristóvão

B. Preço 1 e 2Almirante 1

B. Preço 1B. Preço 1

B. Preço 1

B. Preço 1B. Preço 2

B. Preço 1

S. Cristóvão

i

Fonte: Sunab/Sepem/DEPA.

SUPERMERCADOS PESQUISADOS:Supermercado São Cristóvão, Av. Cea-

rá, 100; Hiper-Líder, Av, Visconde de SouzaFranco, 1088; Almirante 1, Av. AlmiranteBarroso, 15; Almirante 2, Av. Pedro Miran-da, 1798; Bom Preço 1, Trav. D. Pedro I,1083; Bom Preço 2, Trav. Humaitá, 2084;

Pão de Açúcar, Av. Almirante Barroso,280; Nazaré, Trav. 14 de Março, 1670; Líder,Av. Alcindo Cacela, 2177; Formosa, Av. Du-que de Caxias, 219; Belém, Av. AlmiranteBarroso, 5444; Jumbo, Av. Gov. José Mal-cher, 2388.

Preços da cesta de NatalProdutos Unid. Preço Preço Local encontrado

médio mínimo Preço mínimo

Azeite Castelo de Alvear 200ml 15,72 7,00 BelémAzeitona Peixe (vidro) lOOg 7,98 5,50 FormosaBacalhau Ling kg 149,75 129,00 Almirante 1, JumboErvilha Jurema (lata) 200g 8,03 5,40 P. AçúcarPernil congelado kg 32,33 26,90 B. Preço 1 e 2Peru temperado Sadia 26,46 * 23,90 P. Açúcar, JumboPresunto fatiado 69,97 19,90 JumboMaçã nacional 14,20 11,90 B. Preço 1 e 2Pera 53,84 41,00 Almirante 1Nozes 35,96 27,00 B. Preço 1 e 2Passa 250g 6,10 5,50 JumboUva tipo Itália kg 46,10 39,50 BelémSidra Cereser 660ml 15,07 9,90 P. Açúcar - JumboVinho Dom Bosco 900ml 11,43 8,90 B. Preço 1 e 2Vinho Sangue de Boi 4600ml 70,08 55,00 BelémBolo de Natal unid. AUS AUS -

Fonte: Sopem/DEPA

Amapá já tem sua universidadeMacapá — O governador Jorge No-

va da Costa encaminhou ao Ministério daEducação o nome da professora Mariade Sá, atual coordenadora do Núcleo deEducação da Universidade do Pará, emMacapá, para se a reitora prótempore daUniversidade Federal do Amapá, cujodecreto de criação foi assinado no últi-mo dia 13 pelo presidente José Sarney,onforme informações da assessoria de

prensa do Palácio do Governo do•.apá.Para Nova da Costa, a criação da

UFA foi o maior presente de Natal queo Estado já recebeu do presidente da Re-pública. A previsão oficial assegura queas aulas começarão já no segundo se-mestre do próximo ano, logo após a rea-lização do primeiro vestibular. Emboraainda esteja em fase de estudos existemindicações de que funcionarão inicial-mente os cursos de Direito, Administra-ção e Economia, além dos oito cursos jádesenvolvidos pelo Núcleo Educacionalda UFPa a serem encampados pela no-va universidade.

As filas só cresceram com o fim das eleições presidenciais.

Com o alto custo de vida,remessa de cartões diminuiOs ambulantes também sequeixam do movimentofraco este ano: os preçosnão são nada animadores

M' ilhares de pessoas costumam correr àsagências de correios nesta época do

Lano para remeter os votos de feliz Na-tal a parentes e amigos. Este ano, no entanto,o movimento foi bem menor em relação aoano passado: enquanto a chegada de corres-pondências foi igual à de 1988, a saída foi beminferior. Segundo a diretora regional da Em-presa Brasileira de Correios e Telégrafos emBelém, Walgrícia Carneiro, até ontem à tar-de, 64.348 aerogramas tinham sido vendidosna agência central, localizada na avenida Pre-sidente Vargas. Para o assessor de imprensa,Luís Cláudio, é provável que muitas pessoasdeixem para fazer a remessa de cartas na úl-tima hora. "As pessoas estavam muitas envol-vidas com as eleições presidenciais. Pode serque agora a procura aumente", disse.

Assim como a venda de aerogramas so-freu queda nas agências dos Correios, a decartões de Natal, pelos vendedores ambulan-tes situados em frente à agência central, tam-bém diminuiu em relação ao ano passado. Deacordo com a ambulante Ruth Marques, en-quanto no ano passado eram vendidos cercade 500 cartões por dia, neste ano as vendas nãopassam de 300 cartões diários. "No ano pas-sado eu nem mesmo conseguia ficar sentada,de tão grande que era o número de pessoasque queriam comprar cartões", disse. O altocusto de vida, para ela, é uma das causas dapouca procura. "Um cartão que custava NCz$

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Vôos totalmente3lotados até o

mês de janeiroComo acontece em todos os finais de

ano, não há mais passagens aéreas na Va-rig, Cruzeiro, Vasp e Transbrasil, tanto!nos vôos .domésticos para qualquer lugar j.do Brasil como nos internacionais, que já zestão lotados até o dia (i de janeiro. A infor- ímação é do diretor presidente da Gran- -iPará Turismo Ltda., David Abud. Segundo iele, o maior problema enfrentado pelas icompanhias aéreas é o fato de que muitos >passageiros fazem reservas e não as can- jceiam quando decidem não mais viajar..Por essa razão, muitas vezes em um deter-1 'minado vôo, dado como lotado pelo compu-1tador, o avião decola com alguns assentos ívazios, já que não havendo bloqueio a vaga )não é cancelada. i

Anteriormente, o passageiro que as-sim procedesse era penalizado com uma .multa de 20% sobre o valor da passagem. >Com a extinção da medida, o passageiro, inão cancelando a reserva, além de não ter _de pagar nenhuma multa, permanece com /a passagem. Um outro aspecto citado por 1Davi Abud diz respeito às férias coletivas, tcoincidentes em todas as regiões do Brasil, iPara ele, o ideal seria um "escalonamen-to", de modo que houvesse um melhor>aproveitamento nos vôos e todos os passa-;geiros pudessem ser atendidos, evitando)as freqüentes filas de espera no período, j

Outro problema que gera a falta de va-1gas é o número de assentos nos aviões, que >não aumentou, ao mesmo tempo em que ihá um crescimento considerável da popu-1lação. Assim, nos vôos para os Estados iUnidos, por exemplo, não há mais vagas •até janeiro, e dificilmente haverá vôos ex- vtrás porque as companhias aéreas não pos-suem equipamento ou tripulação adicio-nais. David Abud admitiu que o aproveita-mento das companhias aéreas durante es-te ano foi excelente, aparecendo como opassageiro mais constante o "homem denegócios".

Para Abud, esta situação atípica debom rendimento das companhias, aéreasobservada ao longo de todo o ano — e não_apenas nas férias e no final do período — tindica que não existe crise no setor, mes-1mo que as passagens aéreas sofram cons- itantes reajustes. Quem adquiriu uma pas-,sagem Belém/Rio/Belém até o dia 14 de jdezembro, por exemplo, ainda pagou NCz$ >4.390,00. No dia seguinte, a passagem já [havia subido para NCzf 5.337,08. "Onde es-;tá, então, a crise?", concluiu.

Os vendedores avaliam que as vendas forammelhores em 88.

tem condições de comprá-lo". O prejuízo pa-ra os vendedores ambulantes só não serámaior porque os muitos cartões que sobramsão guardados para o próximo ano.

O ambulante José Campos Dias tambémacredita que o alto custo contribuiu bastantepara a queda das vendas: "Ano passado, nes-sa época, o estoque dos cartões já tinha se es-gotado", disse.- Ele afirmou que será obrigadoa baixar os preços dos cartões para não ter

'.•Urra i Abtfd não v_ crise: . . . ' ©Setlutíiêã ¦(,•<- :, r,vi

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I MINA E MEIO AMBIENTEEM HARMONIA

_^, Novas instalações de Bencfíciamcnto cReservatório de Rejeitos na mina da MRN

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das novas instalações de Benefíciamento

Lt V/eom o término do lançamento de rejeitos de bauxita no Lago Batata, a Mineração Rio do Norte

'estabelece novos rumos para a coexistência harmônica entre as atividades industriais e o meioambiente na Amazônia.

Além de proibir rigorosamente a caça, controlar a pesca e revegetar com espécie, nativas as áreasafetadas por suas atividades operacionais em Porto Trombetas, no Pará, a MRN está eliminandodefinitivamente o lançamento de rejeitos no Lago Batata.

Foram 30 meses de trabalho árduo para a relocação das instalações de beneficiamento, mas, a partirde agora, todo o rejeito produzido passa a ser depositado na própria mina, eliminando, assim, qualquerpossibilidade de assoreamento de lagos, rios, igarapés ou inundação de grandes áreas da floresta.

Neste projeto, que é pioneiro no Brasil e que permite a deposição de rejeitos nas áreas previamentelavradas, a empresa investiu cerca de 85 milhões de dólares.

Porém, os trabalhos da MRN, voltados para a preservação do meio ambiente, não se encerram aí.Outro grande projeto, de igual importância, já está em andamento e objetiva o estabelecimento de umnovo equilíbrio ecológico nas áreas afetadas do Lago Batata, no menor prazo possível.

Os resultados alcançados pela MRN indicam ser plenamente viável a perfeita harmonia entre oaproveitamento racional dos recursos naturais e a preservação ambiental, demonstrando ser este, o melhorcaminho para o verdadeiro desenvolvimento. t

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Desenvolvimento com harmonia

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Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989 O LIBERAL ESPORTE 11

Basquete tem Re x Pa esta noitePaissandú e Remo é o jogo de

hoje valendo pelo returno ao Tor-.neio "Joel Neves" de basqueteadulto masculino, no ginásio SerraFreire, às 21 horas. O Paissandúestréia na competição com muitamoral pois foi o vencedor da pri-meira fase. E, caso vença o Remoesta noite conquistará por anteci-pação o penta-campeonato de bas-quete. Por isso, o jogo para os bico-' lores é muito importante, ao con-trário dos azulinos que jogarão pa-ra cumprir tabela, já que não exis-te condições de ganhar o campeo-nato de 89.

Mas o fato de enfrentar o Pais-sandu, é para os jogadores umaquestão de honra, pois nesta tem-porada o Remo só venceu o Pais-sandu uma vez. Por outro lado, avitória do Remo facilitará muitopara a Eccal, que enfrentará oPaissandú no próximo jogo doreturno.

O Paissandú se mostra tran-quilo e os jogadores respeitando oadversário, porém com disposiçãode liquidar logo a fatura de acordocom o desejo do diretor Paulo Rol-Ia. Os bicolores jogarão completoscom Júnior, Pepê, Fiock, MauroLeite e Casseb. O Remo que en-frenta crise interna devido a rebel-dia interna por parte dos jogado-res, entrará com Arnaldo, Admar,André, Wender e Maurício.

Campeonatode futebol daEstrada Nova

O Santos da Monte Alegre,com a Paraquis, que tem comotreinador Melquesedeque dos San-tos, enfrentará o Rock Rio, no prin-cipal jogo da rodada deste sábadono Souza, pela semifinal do Cam-peonato da Estrada Nova, que temcomo patrono o deputado EdsonMatoso. Na partida preliminar às14hl5min jogarão Botafogo x ABC.

Diante do Rock Rio, o timesantista jogará pelo empate parachegar a condição de finalista docampeonato. Os santistas estãotreinando todas as tardes visando ojogo mais importante no campeo-nato da Estrada Nova. O técnico-Bozó está contando com os seguin-tes jogadores para a partida con-tra o Rock Rio: Marcelo; Baleia,Fio, Franquinho, Bijogó, PauloHenrique, Nelsinho, Dagnor, Jura,Guiga, Repa, Boquinha, Faquir,Edmilson Hulk, Cuca, Joaquim,Amaral, Antônio Carlos, Pelezi-nho, Faísca, Barãozinho eQuincas.

Os diretores do Santos, Zazá,João Pratiqueira, Cotte, JairyDije-ca e Tio Zinho, prometem o bichode NCzf 1.000,00 para cada jogadorem caso de vitória. Enquanto isso,as jovens Rosângela Furacão, Nei-va, Solange e Diene e mais a Ceio-nha estão organizando a torcida fe-minina para incentivar o time pei-xeiro em busca de mais uma gran-de vitória.

Alexandre honrou a tradiçãoda natação paraense: campeãoApesar de perder todos os

campeonatos de 89 promovidos pe-Ia Federação Paraense de Despor-tos Aquáticos (FPDA), contudo noCampeonato Brasileiro Infantil B -Troféu Maurício Bekenn-, realiza-do em Belém, no começo destemês, o Remo honrou suas tradi-ções de grande clube de natação doBrasil. Ficou em 10° lugar entre 85clubes participantes e o melhor dafesta: fez um Campeão Brasileiro:quer dizer, o Remo não é CampeãoParaense, mas é CampeãoBrasileiro.

Alexandre Azevedo, que den-tro d'água é conhecido como " Anji-nho", foi o nadador do Clube do Re-mo que se notabilizou no Campeo-nato Brasileiro Infantil B, ao ga-nhar a medalha de ouro na provados 100 metros Peito, com o tempode 1'11"90. Por pouco Anjinho nãoquebra, o recorde dessa prova, queé l'H'73. Portanto, o nadador re-mista ficou apenas 17 décimos dorecorde brasileiro.

Além de nadar "Peito", Anji-nho também nada "Medley".Aliás, no "Medley", ainda detém orecorde paraense da categoria In-fantil A, com o tempo de 2'43"34.Mas é no "Peito" que está a forçadesse nadador de 13 anos, cuja car-reira começou na Tuna Luso Brasi-leira há oito anos passados, tantoque no Norte/Nordeste de 89, reali-zado na cidade de São Luís, Mara-nhão, Anjinho estabeleceu novo re-corde nos 100 metrcs Peito, com otempo de 1'15"76. O recorde ante-rior era de 1'18"80, que há 13 anosnão era batido.

Atleta do professor DomingosFerreira, Anjinho leva uma vida

Alexandre e sua genitor-normal, de acordo com a idade.Curte som, bate bola, namora e es-tuda. Sua rotina começa às 6 horasda manhã, quando se dirige para oRemo treinar até as 7 horas. Emseguida vai para o colégio, depoisdo almoço dá um repouso de duashoras até a hora dos trabalhos físi-cos também no Remo e das 17 às 20horas realiza outro treino."Minha meta é baixar mais otempo dos 100 metros Peito. Estoutreinando forte para alcançar mi-nha meta", confessa Anjinho commuita convicção. Sobre o Remo eperda do campeonato foi porquenão teve os "miolos" — nadadorespara compor dos 4o ao 8o lugaresna pontuação. "Isso ajuda muitonuma competição. Mas nós temosqualidade o que é maisimportante".

Sobre seu atual estágio, Anji-

Decisão do título deveteranos da Assembléia

Vasco ganhacampeonato

no CaixaparahO time do Vasco ganhou p

Campeonato do Caixaparah, aoderrotar o Botafogo por 2 x 1.0time foi o último colocado no 1"turno mas reagiu no 2", fican-do em lfi lugar.

O Vasco venceu o campeo-nato tendo como coordenadoresTaurino e Léo. Os atletas cam-peões são: Taurino, Léo, Pedro,João, Garcia, Hernesto, Horra-cha, Paulo Eduardo, HaroldoSilva, Farias, José Maria,Emanoel, Mauro, Maurício,Fernando, Sidney e Carlinho.

Hoje acontecerá a entregadas faixas, medalhas e da taçade campeão, quando o Vasco jo-gará contra a Seleção do Cai-xaparah.

Hoje, quinta-feira, 21, a grandedecisão do Campeonato de Futeboldos Veteranos da Assembléia Pa-raense, entre os tradicionais ri-Vais: Corintians x Vermelinho, emjogo previsto para às 21 horas nasede campestre da AP. De acordocom as vontades dos dirigentes dosclubes finalistas, o árbitro do jogoserá conhecido através de sorteioentre os apitadores, Lenilson Al-cântara, Fernando Sérgio Castro eManoel Francisco de Oliveira.

São as duas maiores forças dofutebol pelada da AP. O Corintianssob a direção de Rui Salles e Sér-gio Dias (Sargeta), está em buscado seu tetracampeonato, pois foicampeão nos anos de 84, 86 e 87."Vamos conquistar o nosso quartocampeonato amanhã (hoje), revê-lou Sargeta, bastante otimista.

Sargeta, inclusive, adiantou que oCorintians, o famoso "Coringão daAP", entrará jogando com Edson;Gabay, Tatá Barbalho, CláudioBrito e Zé Ângelo; Zé Fonteles,Cláudio Dias e Wanildo Torres;Sargeta, Pituca e Fernando Bas-tos. No banco ficarão Sérgio Car-nut, Didi, Toni Chaves e Pauleco,este • prometendotrmarcar. o gol"Papai Noe_VtiPpt.outro.lado,i Pi-,tuca, centroavante do Coríntiáns^é"'o principal artilheiro do campeo-nato com 26 gols.

O Vermelinho, dirigido por RuiNoronha também escalado vai jo-far

com Lauro; Nona tão, Gato,'aca e Leoni; Zecalinho, PauloGilberto e Aurélio; Rui Noronha,Tafedo e Netinho. Para o banco fo-ram relacionados Luiz Arthur, Se-nhor e Paulinho.

FPV vai realizar em 90O Campeonato Bancário

A Federação Paraense de Vo-leibol (FPV), segundo seu presi-dente Antônio Carlos Trindade deMoraes, estará no mês de janeirode 90 realizando o Io CampeonatoParaense Bancário de Voleibol (fe-minino/masculino). As inscriçõesjá estão abertas na sede da entida-de, sita a alameda Santa Lúcia,15/17, fundos do mercado SãoBrás, diariamente, no horário das18h30min às 20h30min, até o dia 12de janeiro.

Por ocasião da inscrição osclubes bancários deverão apresen-tar a relação dos nomes dos inte-grantes da equipe com a respecti-va carteira de identidade, além dopagamento da taxa de NCzf 100,00(cem cruzados novos), por cadaatleta inscrito.

Para facilitar a composiçãodas equipes, a FPV liberou as ins-crições de atletas que não sejamfuncionários do banco. Já no dia 15de janeiro, às 19 horas, a FPV esta-rá reunida com os representantesdos bancos inscritos, quando serãoesclarecidas as dúvidas sobre o re-gulamento, bem como serão rece-bidas sugestões para o absolutosucesso da competição.

Returno — Enquanto isso, o re-turno do Campeonato Adulto Mas-culino prossegue hoje à noite comos jogos: SESI x Paissandú e Cru-zeiro x Tuna Luso. Esta rodada se-rá disputada no ginásio MouraCarvalho, a partir das 19h30min,ressaltando que a Tuna é a campeãdo primeiro turno do adultomasculino.

nho diz que ele é fruto do trabalhodo treinador Domingos Ferreira ede sua mã Helena Azevedo. "Meuspais e o meu treinador DomingosFerreira são os responsáveis pelosucesso que estou alcançando. Masagradeço a Deus, por tudo que es-tou conseguindo", ressaltou.

Apoio/União — Já dona Hele-na Azevedo faz apelo de que asmãs e os pais dos nadadores do Re-mo que dêem mais apoios aos fi-lhos, comparecendo sempre aostreinos, dando força ao atleta. "Té-mos é que nos preocupar com osnossos filhos e ajudar a natação doRemo esquecer o adversário.Apoio e união das mães e pais éfundamental para fazer crescernovamente a nossa natação e fazerdela a melhor do Pará, como nosanos anteriores quando o Remomantinha hegemonia.

/ Jogos dosEstaleiros da

Bacia AmazônicaTrazendo entre outras novida-

des a Maratona Intelectual e o apoiode várias empresas, chegarátn ao fi-nal os I Jogos dos Estaleiros BaciaAmazônica-Ebal, com a equipe daAdministração/American Expressficando no 1" lugar da classificaçãogeral, vindo em 2" a Monta-gem/Marcos Marcelino e em 3" aequipe, dos Emprei.teiros/Warissi Afesta de entrega de medalhas é tro-féus vai acontecer na Confraterniza-ção de Natal na sexta-feira.

Michael eDonovan vãose enfrentar

Nova York (UPI) — Os pugilis-tas norte-americanos Michael Do-kes e Donovan Ruddock, ambosacusando o campeão dos pesos pe-sados Mike Tyson de mantê-los nu-ma lista de espera para desafiá-lo,anunciaram que pretendem se en-frentar no final de março ou iníciode abril do próximo ano.

O empresário de Ruddock, Mu-rad Muhammad, disse que está in-clinado a marcar a luta para oMadison Square Garden, de NovaYork, mas informou que há propôs-tas para levar o evento para Las Ve-gas, Toronto é um pais "da parteoriental do mundo".

Ruddock, o desafiante númerodois no Conselho Mundial e na As-sociação Mundial de Boxe, deveriaenfrentar Tyson no último 18 de no-vembro, mas o campeão adiou a lu-ta por tempo indeterminado.

Tyson estava sofrendo de umaforma de pleurisia mas quase ime-diatamente reiniciou a sua vida so-ciai e desde então assinou umcontrato para lutar contra BusterDouglas, em Tóquio, a 11 de fe-vereiro.

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Decisão do returno de celotexTudo certo para a decisão do segun-

do turno do Campeonato Paraense de Ce-lotex, entre Remo x Vasco da Gama, nes-te próximo domingo, 24, às 8h30min nasala Célio França do ginásio Serra Frei-re. O Vasco da Gama joga pelo empate

Íiara ganhar o returno e conquistar o títu-

o de campeão da temporada. Se o Removencer haverá um jogo extra entre osdois times.' Tanto o Vasco quanto o Remo estãodesde segunda-feira treinando com dedi-

cação. O Vasco da Gama, ao comando dePlínio Souza, treina no Santa Cruz, já osazulinos estão treinando na sala CélioFrança. O Remo contará com Bibi, RuiBarros, Guilherme e Batista. Enquanto oVasco, terá Plínio, Ailton, Jorge Edson,Eduardo Maia e Jorge Tadeu. Ailton San-tos, que estava viajando já retornou e es-tá pronto para enfrentar os azulinos.

Vasco x Remo é o maior clássico docelotex, devido as rivalidades doscelotexistas.

Festa dosjogadoressalonistas

A festa dos jogadoresde futebol dos clubes pa-raense salonistas, será rea-lizada no dia 29, no ginásio"Osvaldo de Freitas", oqual foi cedido gentilmentepelo presidente do SESIClube, José Vieira Neto,quando estarão se enfren-tando os Solteiros e Casa-dos do Futsal local. O jogoque se tornou tradicionalde finla de temporada estámarcado para as 20 horas.

Todos os jogadores sa-lonistas de Belém estãoconvocados para participa-rem do jogo festivo. A coor-denação de programaçãodo jogo está cobrando decada jogador a taxa de seiscervejas. Jorge Bello estáorganizando o time dos Sol-teiros e está no telefone243-0210 (residência) e222-6599 (Meridional), paraprestar os esclarecimen-tos. Enquanto Juscelino é oresponsável pela equipedos Casados e através dofone 229-4438 (residência),está formando o time.

Cada time - Solteiros eCasados, somam um vitó-ria. Ano passado a vitóriafoi dos Casados e em 87, osSolteiros foram os vencedo-res. O jogo deste ano será otira cisma. Depois da parti-da haverá umaconfraternização.

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__r *i^s,í;,_!i_!i^''^__b yLâE -_kTe ¦''? :f_BBLuis Ferreira e o técnico Ublratan

Boxe terá confrontoBrasil x Argentina

A atração esportiva desta noite será o programa de boxeinternacional, reunindo lutadores brasileiros e argentinos,tendo como local a boate Lapinha. Estarão se enfrentandoCarlos Eduardo Madurado Majorca, argentino, e Luís Fer-reira, brasileiro, categoria supermosca, profissionais. O lu-tador portenho tem um ranking de 60 lutas, perdendo apenastrês. Já Luís Ferreira está invicto desde que passou a cate-goria profissional. É um supermosca veloz e pegador. On-tem, ambos os lutadores estiveram treinando, visando a lutadeste noite no Lapinha, que será em dez rounds. Antes docombate principal, serão disputadas quatro preliminaresentre lutadores locais. O início do programa será às 20:30horas e o preço dos ingressos será de 50 cruzados e 30 cru-zados menores.

Venha comemorar a,chegada do novo ano, bem "Juntinho" a natureza.Ih_ .'/iy. .1 I ?.f.._.- *\ rfii.fi nlomrfP

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12 ESPORTES O LIBERAL Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989

ImarNunes

Seleção Brasileiraaprendeu a marcar

O futebol brasileiro eonquis-tou um resultado importante,encerrando a temporada de 89.Derrotou o time da Holanda,campeão da Europa, por 1x0,dentro da capital holandesa, on-tem, jogando amistosamente.Vindo de resultados negativosno início de treinamento, quan-do inclusive foi derrotado duasvezes na Europa de maneira hu-milhante, a Seleção Brasileirarecuperou-se na disputa da Co-pa América, onde derrotou Uru-guai e Argentina, ganhandoinvicto o título Sul-Americano,que estava fora dó nosso país há'mais de quarenta anos. Em se-guida bateu na Itália dentro dacasa dos italianos e, agora der-rota o mais poderoso time euro-peu. Não foi só. O time nacionalfoi melhor dentro de campo.Não deu a mínima chance aosholandeses.

0 Brasil apendeu a marcaecom a vantagem de saber tocara bola. Acabou com a molezapara os europeus. O meio decampo brasileiro marca duro esai jogando tocando a bola, im-primindo velocidade quandopreciso. Trabalha sem ponteirofixo. Mas nessas posições hásempre um homem para ser

lançado. Ontem, explorou maisa direira, através ae Jorginho.Poderia ter feito o mesmo comBranco, pela esquerda, que on-tem atuou mais plantado, forade suas características. O trei-nador Lazaroni lançou ontemJúlio César e Mozer na defesado time nacional. Ambos estive-ram bem. A partida foi jogadanum campo escorregadio, sobtemperatura de 4 graus negati-vos. Mas a seleção brasileiraadaptou-se a essas condições,superando os locais. O time ho-landes jogou sem alguns titula-res. Mas no geral, naquilo queuma equipe pode produzir cole-tivamente, foi nitidamente supe-rada pelo quadro brasileiro.Francamente, esperávamosuma parada mais difícil para otime nacional.

Mas a seleção holandesanão tem mais força para traba-lhar sob o seu famoso "carrou-sei" do passado. Dentro do queproduziu nos seus últimos jogos,a seleção de futebol do Brasilcaminha firme rumo ao mun-dial na Itália. Terá, apenas, deesquecer que é um dos favoritos.Esse negócio de vencer anteci-pado não existe.

Protesto de bicoloresIbrcedores do Paissandú não concordam. A diretoria bicolor,

segundo chegou ao nosso conhecimento, aceitaria uma troca purae simples entre Oberdan e Rildon, este do Clube do Remo.

0 protesto alvi azul é que Oberdan é um meiocampista que reú-ne condições técnicas para ser útil durante a próxima temporadaao time bicolor e Rildon até agora não conseguiu se afirmar nofutebol do Clube do Remo, não pelo seu valor técnico, mas sim pe-lo seu gênio irriquieto, como ficou provado antes do jogo do Clubedo Remo contra o Bragantino, no último jogo do time azulino nadisputa do Campeonato Brasileiro, divisão especial.

Carlinhos volta ou não?Agora a luta dos azulinos é

pela volta dp treinador Carli-1 nhos*pàrá'frábálhâi* fio Baenão'durante a temporada do próxi-mo ano. É uma luta justa. Car-linhos teve o mérito detransformar a qualidade precá-ria do time azulino numa equi-pe de primeira grandeza dentrodo Campeonato Brasileiro. Pe-gou um time correndo dez qui-

lômetros por hora, deixandoesse mesmo quadro correndofácil cèmqoilomietroá: TssòseiíY'contar com um banco de reser-vas apenas regular. Acontece,que Carlinhos, ao que parece,tem outros planos para o próxi-mo ano.

Além do mais, o Norte éconsiderado longo pelos sulistas.

Boxe internacionalTeremos, novamente, boxe

internacional esta noite no rin-gue armado na boate Lapinha.O empresário Alencar maisuma vez colocará o boxe pa-raense num nível de igualdadeao de São Paulo, considerado omaior do Brasil. Desta vez vema Belém o supermosca argenti-no Majorca para enfrentar ocampeão paraense dessa cate-goria, Luís Ferreira, num com-

bate de dez assaltos. Portanto,o boxe paraense encerra a tem-porada deste ano com chave deouro.

Em 1989 tivemos em Belémvários combates interestaduaise internacionais. Assim, no anopreste a terminar, esse esportecresceu quase cem por cento.Além do encontro internacional,haverá quatro lutas entre atle-tas locais.

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voz popular diz: nem Deus dá jeito no Brasil a curto pra-zo. Mas, a esperança é a última que morre. Por isso, cre-mos na volta dos bons tempos. Não hoje, não amanhã, mas

1 num período que venha aliviar a carga pesada que a po-breza do Brasil carrega há longos anos. Acima de qualquer outroproblema, o novo presidente brasileiro tem que colocar na suaagenda, com prioridade, estudos para, pelo menos, amenizar a fo-me, a miséria, em nosso país. Com fome, ninguém produz, provo-cando a violência, como tentativa de amenizar a situação. Nãosomos políticos. Lutamos apenas pe?a grandeza do Brasil. QueDeus ilumine o novo presidente.

2

0 ano de 89 decididamente não está para o futebol da Tu-na Luso Brasileira. A equipe profissional cruzmaltina fra-cassou no campeonato da primeira divisão. Terminou o

1 certame praticamente sem elenco. Para completar, seu ti-me foi jogar amistosamente em Zinguarano interior do Pará. Tu-do muito bem. Só que na hora de retornar a Belém otime luso ficou ilhado nessa localidade, de onde só retornará à ca-pitai depois do Natal. É que caiu uma ponte que liga essa cidade,impedindo o retorno da delegação da Tuna Luso Brasileira.

3

O Paissandú fechou o estádio da Curuzú, para recupera-ção principalmente do gramado do campo de jogo. Foi umamedida acertada. Essa praça de esportes enfrentou ver-

1 dadeira maratona durante a temporada de 89, não só dejogos do campeonato, como também servindo de palco a verda-deiro rosário a jogos de pelada, isso quase diariamente. Como eraesperado, seu gramado ficou reduzido a um terreno quase sem gra-ma, completamente desnivelado.

Maradona suspeita de arranjono sorteio para a Copa de 90

Cagliari, Sardenha (UPI) —0 jogador argentino Diego Mara-dona chocou os italianos ao afir-mar que está convencido de quea divisão dos grupos para a fasepreliminar da Copa do Mundo de1990 foi estabelecida antes do sor-teio de 9 de dezembro passado."Pessoalmente, eu acreditoque o sorteio para a Copa do Mun-do, a 9 de dezembro, foi decididoantes do tempo e em seguida elesfizeram um grande espetáculoem benefício da RAI (a televisãoitaliana)", declarou Maradona,que atua no Nápoli, completando:'TJstou convencido disso, eu juro".

Maradona manifestou o queafirmou ser a sua "opinião pes-soai" sobre o sorteio da FIFA, nu-ma entrevista coletiva na noite deterça-feira, depois de chegar aSardenha em avião particular,procedente de Nápoles. O argen-tino juntou-se à seleção de seupaís que hoje disputara um amis-toso com a Itália em Cagliari. Ocapitão argentino não entrou emdetalhes sobre as suas acusações,que foram feitas quando um re-pórter lhe pediu comentários so-bre o grupo em que a Argentinafoi sorteada junto com os Cama-rões, a União Soviética e aRomênia."Nosso grupo está longe deser fácil; de fato é o mais difícildeles todos", disse o jogador, fina-lizando: "Na minha opinião, o

sorteio já estava decidido antesdo dia 9 de dezembro".

Reação — A Federação Ita-liana de Futebol está estudandouma forma de punir o jogador ar-gentino Diego Maradona, do Ná-poli, por ter declarado que osorteio dos grupos da Copa doMundo de 1990, realizado a 9 dedezembro, foi falso.

O setor jurídico da Federaçãoanunciou que ordenou á ComissãoDisciplinar da liga que puna a jo-

tador, de 29 anos, com base no Có-

igo de Conduta Esportiva daentidade.

Ao mesmo tempo, a Federa-ção disse que enviou recortes dejornais contendo as declaraçõesatribuídas a Maradona para a FI-FA, em Genebra, para uma pos-sivel ação disciplinar.

Dirigentes do futebol italianoespecularam que Maradona po-deria ser suspenso por várias par-tidas, tanto do Campeonato daItália como da seleção argentina,que hoje enfrentará a Azurra, emamistoso na cidade de Cagliari,na Sardenha.

O artigo 1" do Código Disci-

Íilinar do Futebol Italiano pena-

iza os jogadore que criticamárbitros, e os dirigentes disseramque as declarações de Maradona,duvidando da retidão do sorteio,foram "contrárias aos princípiosesportivos de probidade e de cor-reção moral".

Segundo Menotti, aHolanda é favoritaBuenos Aires (Sport Press)

— "A Holanda, se tiver Van Bas-ten, Gullit, Ronald Koeman e Rij-kaard em boa forma, é o que temmais chances de conquistar aCopa-90. E a minha favorita, ho-je, a pouco mais de seis meses dacompetição".

Esta declaração tem a assi-natura de Cezar Luiz Menotti, no-me que dispensa qualqueradjetivação no mundo do futebol.Ela foi feita nesta cidade, num en-contro do treinador com jornalis-tas e publicada em váriosveículos argentinos. Como espec-tador privilegiado, livre de víncu-los profissionais desde que deixouo River Plate, após má-sucedidacampanha, há cinco meses, Me-notti tem utilizado seu tempo va-go para observar o futebol, emtodo o mundo, e graças a isto temum quadro perfeitamente deli-neado dos países que, em sua óti-cá,' tèm'¦¦;'-' as melhores"põssibilidaüeèrdefconquistar o tf- •tulo no próximo ano.

Além da Holanda, meagradam muito, na Europa, a.Alemanha Ocidental e a UniãoSoviética, que possuem equipescom grandes valores individuais.A Itália, por enquanto, é umagrande incógnita. Na América doSul, colocaria Brasil, Argentina eUruguai, nesta ordem.

E quem pode ser a grandesurpresa?

Talvez a Iugoslávia, que pra-tica um futebotmuito agradávelde se ver. Mas têm muitos joga-dores no exterior e, em funçãodisso, o time é irregular. Num diasão capazes de fazer três gols naAlemanha e, logo depois, podemesbarrar na República dos Cama-rões. Se na Itália puderem reali-zar uma campanha regular, aoseu melhor nível, certamente te-rão chances de chegar entre osquatro primeiros.Quais são as suas dúvidasem relação à Itália?

Azeglio Vicini dirige umgrupo de bons jogadores e a equi-pe já não pratica o "catenaccio"

que apresentou em 78 e 82.0 quese precisa ver é se será capaz desuperar a pressão psicológica queserá exercida pela torcida e pelaimprensa. 1\ido vai depender cer-tamente do que o time puder pro-duzir nos jogos iniciais. Setropeçarem, a pressão será insu-portável para um time inseguro.A Itália dirá do que será capaz naprimeira fase. Tem que ganhar ejogar bem. Se não...

Por que Brasil, Argentinae Uruguai, nesta ordem?

Um observador julga peloque vê. Isto foi o que vimos na Co-pa América, talvez não exata-mente porque, no Brasil, oUruguai esteve acima da Argen-tina. Mas devemos dar o devidovalor à presença de Maradona,que no plano individual, garantea Argentina, neste momento, umacotação superior à do Uruguai. OBrasil, com um trabalho contí-nuo, a despeito das dificuldadesde contar com todos os valoresque atuam no exterior, nos mos-tra resultados, como a vitória so-bre a Itália, em Bolonha. Não sepode considerar outra coisa senão estes dados...

Como Menotti em 82,quando levou à Espanha Kempes,Olguin, Luis Galvan, Bilardo tam-bém não consegue se desprenderde veteranos como Brown, Gius-ti, Hector Henrique e até Valda-no. A história se repete.

Se repetirá também o re-sultado?

Não posso antecipar resul-tados. Mas aquela equipe de 82perdeu com honra. Foi derrotadapelo Brasil, a melhor equipe dacompetição, e pela Itália, que de-pois foi a campeã. Não creio tererrado em levar Kempes ou 01-guin. Creio mesmo que o compro-misso de ganhar pesou mais nosjovens, como Ramon Diaz, Bar-bas e Maradona. Mas o tempo de-monstrou qüe eles foramconvocados acertadamente, poistodos conseguiram altíssimo ní-vel no futebol internacional. Nãohouve erro, o que acontece é quenão se pode ganhar sempre. E àsvezes se perde mesmo sendo omelhor, como ocorreu ao Brasil.

E o quadro para aCopa-90?

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Maradona (a dir.): sorteio da FIFA sob suspeita.

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Menotti, que aposta na Holanda.Se você pergunta sobre os

jogadores que devam ou não serconvocados, eu me calo. Istoquem tem que decidir é o técni-co, porque somente ele pode sa-ber como estão os jogadores quetem sob o seu comando. Só gosta-ria de fazer um comentário sobreBrown, que tem sido muito criti-cado. Eu gostaria de dizer que sedevem recordar que na seleçãoele sempre cumpre bem o seu pa-pel. Isto é um grande mérito ejustifica ter sido eleito pelo trei-nador. Em seleção, nos momen-tos cruciais, o temperamento decada um é decisivo. E o técnicotem que contar com aqueles quesempre se saem bem, a despeitodo clima emocional e da pressãodos jogos de um Mundial.

Alguns dizem que oMundial-!)!) será o melhor de todaa história. Concorda?

Acho que será difícil quereúna tantos talentos como o de82, que tinha o Brasil com um ti-me de Zico, Júnior, Sócrates, Fal-cão e Toninho Cerezo, todos naidade ideal de um jogador de fu-tebol. Além disso, Platini jogou omelhor mundial de sua vida. Es-tava lá Maradona. Passarela jo-gou ao seu melhor nível. Vai sermuito difícil que na Itália surjamjogadores melhores do que estesque citei. Mas também creio queo mundo verá uma grande Copa,que certamente superará à doMéxico, na qual a única estrela foiMaradona. Mas chegaram à Itá-lia os países que tinham que che-gar e isto não permite que secompare a Noruega à AlemanhaOcidental ou que se diga que aSuíça vale o mesmo que a UniãoSoviética. Na Europa, se classifi-caram os melhoes e na Américado Sul, os de sempre. A Colômbiaestá, no momento, em nível supe-rior aos que sobraram. Não e amesma Colômbia de quatro anosatrás. Seu futebol evoluiu e suaproposta de jogo é muito gênero-sa. Pelo conjunto dos times, creioque pode-se esperar um bom ní-vel na Itália.

Falemos da Holanda maisum pouco. É um grande time,não?

Sem dúvida. No momento,é melhor. Assim como o Milan éo melhor time de clube. Nos doisexiste uma grande coincidência:têm por base os mesmos jogado-res: Van Basten, Gullit e Rij-kaard. Só lhe falta Koeman, o quetorna a Holanda ainda mais for-te que o Milan. Gosto muito deVan Basten e acho que a únicamaneira depará-lo é a marcaçãoindividual. Recentemente, no jo-go Real Madri x Milan, a defesaespanhola organizou-se para im-pedir a sua ação, mas cometeu oerro de lotear os espaços em quedeveria se movimentar. ColocouChendo à frente da zaga e, atrás,Ruggeri e Hierro, como stoppers.Mas nenhum dos dois acompanhaVan Basten, quando ele corria pa-ra um flanco para receber. Resul-tado: Van Basten deu um passeionos dois e o Real Madri saiu daCopa dos Campeões. E isto pode-rá se repetir no Mundial. Se dei-xarem Van Basten receber livre,ele "pinta a cara" de qualquerum.

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•Belém, quinta-feira. 21 de dezembro de 1989 O LIBERAL ESPORTE 13

Vasco não vende ninguém equer comprar Mauro Galvão

Rio (Sport Press) — Além de nâovender nenhum dos seus jogadores maiscotados — fala-se em propostas do exte-rior por Bebeto, Bismark, Sorato e Qui-nones — o Vasco está disposto a reforçaro seu elenco para a temporada de 1990."O principal nome é o do zagueiro MauroGalvão, do Botafogo e da Seleção Brasi-leira, cujo passe está fixado em US$ 1 mi-lhão. O Vasco se dispõe a dar até 600 mildólares e espera fazer negócio nestabase.

Roberto Dinamite, emprestado à.Portuguesa de Desportos até fevereiro,também está cotado para voltar ao clu-be, pois seu nome já foi aprovado pelo no-vo treinador, Alcir Portela. Dinamiteparticipou das festas das faixas, recebeuuma, embora tenha disputado o campeo-nato pela Portuguesa, e disse que por suavontade voltará ao clube, embora se sin-ta muito bem em São Paulo.

Os jogadores foram liberados paraas férias e retornam no dia 20 de janei-ro, quando farão uma semana de treina-mento em Paraíba do Sul, preparando-separa a estréia no campeonato, dia 28 dejaneiro, contra o Fluminense.

wew^SS.

Galvão: na mira do Vasco.

Sorato volta a dar vitóriaRio (AE) — Na festa da entrega das

faixas de campeão brasileiro ao Vasco,terça-feira passada, em São Januário,houve muito chope para a torcida, algu-mas brigas na arquibancada, muita chu-va e falta de energia elétrica, queprovocou a interrupção do jogo, aos 27minutos do segundo tempo. O time der-rotou o Nova Cidade por 1 a 0, gol de So-rato, autor do gol que deu o segundo titulobrasileiro ao clube.

Antes do jogo, os campeões brasilei-ros pelo Vasco em 1974 fizeram a entre-

ga das faixas aos atuais campeões —Roberto, o grande ídolo do clube queatualmente defende a Portuguesa deDesportos, também recebeu a faixa —,Papai Noel entrou em campo e tambémalguns artistas torcedores do Vasco, en-tre eles Martinho da Vila, Ellen de Limae Jamelão.

Alcir, o capitão da equipe que con-quistou o Campeonato Brasileiro, assu-miu o comando técnico do Vasco no lugarde Nelsinho, que, muito aplaudido pelostorcedores, se despediu.

Fia pretende investir noscraques do próprio clubeRio (AG) — O Departamento de Comu-

nicação Social do Flamengo está, há umasemana, empenhado em distribuir centenasde cartões de Natal com uma mensagemque expressa o objetivo do clube para 1990:a renovação no futebol. Com a fotografia dePintinho, 14 anos, revelação do time mirim,ao lado de Zico, que no início desse mês en-cerrou sua carreira como profissional, e oslogan "Do Pintinho ao Galinho, um futurocada vez mais rubro-negro", os dirigentesdeixam claro que na próxima temporada oscraques feitos em casa terão prioridade.

Na parte interna do cartão, duas frases:"Zico, o Galinho de Quintino. O maior era-que do Flamengo de toçlos os tempos" et"Pintinho, o maior goleador do Flamengoem 1989. O Galinho da próxima década". Amensagem é totalmente contrária à políti-ca colocada em prática pelo clube no anopassado. Quando o clube gastou cerca deNCz$ 10 milhões em contratações e não con-seguiu nenhum título.

Pintinho, que marcou nesta temporada

35 gols em 25 jogos, ainda levará alguns anospara chegar aos profissionais. Mas os diri-gentes estão convencidos de que no time dejuniores existem jogadores com grande po-tencial para dar muitas alegrias aos torce-dores a curto prazo.

Fluminense — Finalmente fez-se umacordo entre as correntes políticas do clu-be e as eleições presidenciais foram ante-cipadas para o dia 16 de janeiro, com oobjetivo de facilitar o trabalho da próximadiretoria com vistas ao Campeonato Esta-dual que começa no dia 28 de janeiro. Elei-to 12 dias antes, o novo presidente já poderátomar várias providências emtiora só vá as-sumir no dia 12 dé fevereiro. O nome do no-vo técnico continua' em discussão. GilCarneiro de Mendonça, o candidato mais co-tado, já anunciou acerto com Evaristo deMacedo, mas Ângelo Chaves fala em Mari-nho Perez e até mesmo numa tentativa defazer Telê Santana adiar mais uma vez o fi-nal de sua carreira.

Contratação de reforços nosplanos de Jair no Palmeiras

S8o Paulo (AE) — O técnico JairPereira estará hoje pela primeira vezno Parque Antártica para conversarcom dirigentes do Palmeiras. Apesarde sua apresentação oficial estar mar-cada para dia 8 de janeiro, o treinadoraproveitará a oportunidade porque es-tara em São Paulo para o casamento dovolante Márcio, do Corintians. Jair de-ve pedir a contratação de um zagueiropara o lugar de Dário Pereyra, ummeia ofensivo e um ponta-direita. O clu-be, no entanto, só deve procurar os re-forços em janeiro. Por enquanto, aúnica preocupação é comprar em de-fini tivo o passe do centroavante Miran-dinha, fixado em 250 mil dólares peloNewcastle, da Inglaterra. Os dirigentespretendem uma redução.

Coríntians — A diretoria do Corin-tians vai chamar jogadores em etapaspara discutir a renovação de contratosna volta das férias. Os primeiros serãoos laterais Giba e Ailton, cujos compro-missos terminam dia 31 e mesmo o go-leiro Ronaldo, que tem contrato até 3 defevereiro, será procurado em janeiro.Os dirigentes já avisaram que não con-tratarão jogadores consagrados e o téc-nico Basílio, que ainda não sabe dequanto será seu aumento de salário, vaiprocurar revelações na Taça São Pau-lo de Futebol Júnior, no mês que vem.Basílio pretende assistir a todos os jo-gos do Coríntians para verificar se ai-guém tem condições de ser promovidoe também alguns de outras equipes.

São Paulo — Como em todo final deano, a diretoria do São Paulo deixou pa-ra janeiro a renovação dos contratos devários de seus jogadores. Dois já estãosem compromisso: o quarto-zagueiroRonaldo, que algumas vezes foi impro-visado na lateral esquerda, e o meiaRenatinho, que foi operado do joelho edeve ser negociado. O contrato dolateral-esquerdo Nelsinho termina dia31 e toda vez a renovação é demoradae o jogador ameaça ir embora, mesmoque nunca tenha recebido proposta ofi-ciai do exterior. Em janeiro vencem oscontratos do goleiro Gilmar e do volan-te Bernardo, que também deve ser ne-gociado por causa de desentendimentoscom os dois últimos treinadores: Cili-nho e Carlos Alberto Silva.

Portuguesa — O técnico AntônioLopes estará hoje no Canindé para en-tregar à diretoria da Portuguesa o re-latório sobre a participação do time no

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Jair Pereira: preocupado com reforços.Campeonato Brasileiro, assinar o novo mento dos funcionários, Celso Sampaiocontrato e fazer os planos para o Cam-peonato Paulista. A prioridade do trei-nador é a manutenção do elenco-base,embora não deva contar com três titu-lares para 90: o lateral Zanata foi de-volvido ao Atlético Mineiro e o zagueiroEduardo e o meio Tbninho querem sernegociados. Lopes vai insistir para quea situação do centroavante Roberto Di-namite seja resolvida logo, porque con-sidera o jogador importante dentro doesquema.

Santos — Os jogadores e os funcio-nários do Santos não receberam atéagora o salário de novembro e muitomenos o 13?. A denúncia foi feita peloconselheiro Alberto Francisco de Oli-veira, o "Alemão",

que acusa o presi-dente Miguel Assad Macool Filho de"incompetente". E mais: alguns ex-funcionários, como o professor WilsonQuiqueto, não foram indenizados e ago-ra estão recorrendo à Justiça doTrabalho.

Apesar de Miguel Assad negar, oclube está novamente mergulhado nu-ma grande crise financeira e, segundocomentários na Vila Belmiro, o atrasodo pagamento ficará para a nova dire-toria tentar resolver em janeiro. A di-retoria do novo presidente AntônioAguiar Filho assumirá a direção do clu-be no dia 8. Quanto ao atraso do paga-

Lopes, que deverá ser o novo diretor dePatrimônio, disse que a futura direto-ria não vai poder resolver o problemade imediato. "Sem dúvida nennuma, es-se problema ficará para a nossa dire-toria solucionar, mas não será fácil.Será preciso muita habilidade e aindaesperamos paciência dos funcionários— disse o novo dirigente.

Alheio à crise financeira do clube,o técnico Pepe prepara um relatóriocom uma avaliação do elenco do San-tos. Dependendo desse relatório, a no-va diretoria deverá anunciar uma listade jogadores negociáveis. E sabe-se queos jogadores Heriberto, Luís Carlos,Tuíco, Luizinho, Davi e Cássio farãoparte dessa lista. E outros, como Diti-nho e Careca, serão dispensados.

Quanto à contratação de reforçospara o Campeonato Paulista, Pepe con-versou com Noberto Moreira da Silva,aue será o novo diretor de futebol, e in-dicou o ponta-esquerda Tato, do Guará-ni, e o meia Gilberto Costa, doCoríntians. Por outro lado, os futuros di-rigentes desmentem o interesse do San-tos no meia Pita e no ponteiro JoãoPaulo, que está deixando o Coríntians.Há, no entanto, a possibilidade do San-tos contratar em definitivo o atacanteJorginho, que está com passe fixado emNCz$ 500 mil pelo Grêmio.

Bragantinovence e é

o campeãoBragança Paulista

(Sport Press) — O Bragan-tino sagrou-se campeão bra-sileiro da Divisão Especial,com uma vitória de 2 x 1 so-bre o São José, na noite des-ta quarta-feira, no estádio"Marcelo Stefani", numa vi-rada. Começou perdendopor 1x0, com um gol deMoura aos sete minutos doprimeiro tempo. Aos 28 mi-nutos Ivair empatou para oBragantino, ao cobrar umpênalti de Raul em MauroSilva. Na fase final, Gatão-zinho, aos 13 minutos, mar-cou o gol da vitória e dotítulo do Bragantino. Na pri-meira partida decisiva, emSão José dos Campos, o Bra-gantino venceu por 1 x 0. Osdois clubes estão classifica-dos para o Campeonato Bra-sileiro da Divisão A(Primeira Divisão) e 90. Aofinal da partida, a torcida doBragantino promoveu umgrande carnaval no estádioe depois em toda a cidade deBragança Paulista.

Os dois time jogaramassim: Bragantino — Mar-ceio; Gil Baiano, Júnior, Neie Biro-Biro; Mauro Silva,Ivair eGatãozinho; Valmir,Mário (Tiba) e Luís Müller(Daniel). São José — LuísHenrique; Marqúinhos,Leandro, Eugênio e Joãozi-nho (Raul); Delacir, Henri-que e Zico; Moura, Ronildo(Wilson) e Pingo. Arbitro —Edmundo Lima Filho, auxi-liado por Sérgio Fernandese Edie Mauro Garcia, todosde São Paulo. Renda — NCz$104.650,00, com,6.725 pagan-tes. Aos 35 minutos do segun-do tempo, Gatãozinho(Bragantino) e Zico (São Jo-se) foram expulsos, por tro-ca de agressões.

iGuarnelli, a opção do Bota

itJRiq (Sport Press) — Diante da. ^va de Edu Coimbra aceitarE^fffopostà do futèfôrái-abè/ó rtõ1'

me do ex-zagueiro Osmar Guarnel-li está sendo cogitado para ser onovo técnico da equipe. Osmar estáatualmente na Ponte Preta, de Cam-pinas, e como foi um ídolo do clubeteve sua contratação aprovado sem

restrições. Emil já definiu que vaicontinuar.nfi clube, com total poderno futebol, é agora tratará.da com-,posição do elenco para 90. Existem15 contratos para renovar e ninguémduvida de que alguns jogadores se-rão negociados, com algumas con-tra tações.

Coritiba podedesistir de

ir à JustiçaCuritiba (AE) — O pre-

k sidente do Coritiba, Jacó5 Mehl, eleito na terça-feira,| admitiu ontem a possibilida-B de de retirar a ação impe-fe trada na Justiça comum•í contra a decisão da CBF de

rebaixar a equipe da Pri-meira para a Terceira Divi-são do CampeonatoBrasileiro. "Se isso for me-lhor para o Coritiba, não ve-jo porque não", afirmouMehl, pouco antes de suaprimeira reunião com a di-retoria do clube, já na con-dição de presidente, eleitopara o lugar de BayardOsna.

Jacó Mehl disse que osresultados da reunião nãoseriam divulgados à im-prensa para evitar novosatritos com a diretoria daCBF e pediu "uma trégua"com a entidade dirigente dofutebol brasileiro. "Essapoeira tem que baixar", de-clarou o presidente do Cori-tiba, propondo "um prazopara avaliar a situação e de-pois negociar com a CBF".

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l 17.12 -\l-No

3. V. Setubal/PORT x Nacional/PORT10.12 • 1x0 Vianense - C 26.11 - 0x0 União - N13.12 - 1x5 Benfica-F 03.12 - 0x3 E.Amadora-F17.12 - 0x0 Beira-Mar-F 10.12 - 4x2 Paços Ferreira-C

.1 - Normal x'- Normal 2 ¦ NormaV

6. Maia/PORT x Leixões/PORT03.12-2x1 Marco-C 26.11 - lxl Fafe-C10.12 - 4x1 Barreirense-F 03.12 - Oxl Vizela-F17.12 - 1x2 Trofense-F 17.12 - 0x1 Vianense-C

Vi - Normal x - Normal 2 - Normal

7. Salgueiros/PORT x Oliveirense/PORT.03.12 - 5x0 Oliveira Bairro-C 26.11 - 2x1 Mangualde-C10.12 - 2x2 Tirsense-C 03.12 - 0x2 Espinho-F17.12 - 3x1 Benfica C. Branco-F 17.12 - 3x0 Covilha-C

J - Normal x -1/2 Zebra 2 - Zebra /

JOGO 88. Espinho/PORT x U.Leiria/PORT

26.11 ¦ 0x0 Benfica CBronco-F 03.12 - lxl Marialvas-F03.12 • 2x0 Oliveirense-C 10.12 - 0x3 Moscavide-F10.12 - Oxl Belenense-F 17.12 - 2x0 Mangualde-C

vi - Normal x ¦ Normal 2-Zebra/

JOGO 9..Fafe/PORTxFamalicao/PORT

26.11 - lxl Leixoes-F 03.12 - 0x0 Braganca-F03.12 • lxl Varzim-C 10.12 - 0x4 Boavistá-C17.12 - 0x2 Paços Ferreira-F 17.12 - 4x0 Felgueiras-C' Zebra x-Normal 2-Normal/'

Concurso h° 016JOGO 10

10. E.Emadora/PORT x Porto/PORT03.12 - 3x0 Nacional-C 06.12 - 2x1 Hamburgo-C10.12-6x2 Estoril/C 10.12 - 4x1 Infesta-C17.12 - Oxl Penafiel-F 17.12 - 1x0 Uniâo-C

\J.- Zebro x ¦ 1/2 Zebra 2 - Normal/

JOGO 1111. Chaves/PORT x Braga/PORT

03.12 - 2x1 Morítimo-C 03.12 - 0x4 Benfica-C

j 10.12-2x0 Mirense-C 10.12 - Oxl Caldas-FI 17.12 - Oxl V. Guimaràes-F 17.12 - lxl Naritimo-FV.- Normal x-Normal 2- Norma] J

JOGO 1212. Vianense/PORT x Varzim/PORT

03.12 - 3x0 Trofense-C 26.11 - 4x2 Felgueiras-C10.12-0x1 V.Setubal-F 03.12 • lxl Fafe-F17.12 - 1x0 Leixõesr-F

• Normal17.12 -

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JOGO 1313. Feirense/PORT x Marítimo/PORT

03.12-1x2 Sporting-C 03.12 - 1x2 Chaves-F10.12 - 1x0 Silves-F 10.12 - 2x1 Sporting-F17.12 - 1x3 Benfica-F 17.12 - lxl Braga-CJ - Normal x - Normal 2 - Normol

OBSERVAÇÕES

1) - Todo. oi jogo. eilâo programado, paro .abado.2) - Neilr Inle com jogo» de l/Ã e 2/4 divi.Õo porlugue.a 3) Ponlo. ganho.Ttrtente - 11ilcníica ¦ 20V. Guimarfiet - 21Beiro Mar - 12V. Setúbal. ISNacional - 7Belenente ¦ 12Penafiel - 8Rio Ave ¦ 12Troleme - 7

Moio • Cleiafiei - 11Salgueiro* - 16Oliveirente • 7Eipinho • 17U. [.¦:.,,, . 14foi.- SFamalicôo - 17£. Amadora • 1?Porlo - 21

Chove. - 12Braga • 11Via nente • 10Vor lim 13Fei rente 6Marítimo - 8

Zebras Selecionadas:Empate no jogo .Empate no jogo 4U. Leiria

FafeEmpate no jogo 10 %

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL O FORTE DA CAIXA E VOCÊm\\\\mm\%f^t^SgSrKi ';\?^v^vfí^'?<~

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14 ESPORTES O LIBERAL Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989

1

E PU LTAGOL DE CARECA STABU CONTRA HOLAN DA

iRoterdã ni (Sport Press) — Com um gol de Ca-

: reca, aos 9 minutos do segundo tempo, o BrasilI conseguiu uma importante vitória sobre a Holan-; da, por 1x0, nesta quarta-feira, à noite, no está-

dio de Feyenoord, concluindo de forma positiva atemporada de 1989, em que, sem dúvida, conseguiureabilitar, amplamente, o seu prestígio internacio-nal. O gol foi, praticamente, um videotape do mar-cado por Sorato na vitória do Vasco sobre o SãoPaulo: Jorginho foi lançado em profundidade, nadireita, e fez um centro precioso para a cabeçadade Careca, no canto direito do goleiro Van Breuk-kelen, que nada pôde' fazer.

Importante como resultado, pois foi a primei-ra do Brasil sobre a Holanda em, confronto dé se-leções principais, a vitória mostrou ainda outrosaspectos importantes, como algumas atuações in-dividuais brilhantes como as de Mozer, Branco eAlemão, e uma perfeita assimilação da marcaçãocerrada e implacável que Sebastião Lazaroni vemimpondo ao sistema de jogo brasileiro. O Brasiljogou verdadeiramente à Europa, não fossem "eu-ropeus" nada menos do que 12 dos 15 jogadores queo técnico colocou em campo. Faltou, talvez, umpouco mais da ginga e da criatividade brasileirasnas construções de jogadas ofensivas, diante dotambém implacável sistema de marcação dos ho-landeses.

E mesmo considerando-se os inúmeros desfal-quês importantes do time holandês, que não con-tou com jogadores do nível de Gullit, Van Basten,Rijkaard, Erwin Koeman e Vanenburg, a SeleçãoBrasileira correspondeu plenamente, impondo-seem força e organização tática ao adversário, su-perando até mesmo as condições adversas docampo que em poucos minutos de jogo estava es-buracado e enlameado, impedindo uma perfeitacirculação da bola. Talvez esta tenha sido a gran-de dificuldade dos atacantes brasileiros.

A rigor, os holandeses não conseguiram teruma única situação real de gol em todos os 90 mi-nutos, pois seu ataque foi amplamente superadopela defesa brasileira, onde Mozer foi perfeito co-mo libero — criando um problema sério para La-zaroni no momento de escolher entre ele e MauroGalvão —-, Ricardo Rocha também esteve seguro(cometeu um único erro) e Aldair e Júlio César,um em cada tempo, completaram bem a zaga,muito bem coberta pela presença constante dosdois cabeças-de-área, Dunga e Alemão.

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Já o Brasil, além do gol, teve pelo menos maisdois momentos preciosos, um deles em violentacobrança de falta de Branco e outro numa pene-tração de Branco que Bebeto desperdiçou porafobar-se na conclusão, quando tinha campo pa-ra avançar e ganhar melhor posição de arremate.

O juiz foi o alemão ocidental Werner Fockler,auxiliado por seus compatriotas Lothar Lows eHeinz Theo Weymann. O público foi calculado em25 mil pessoas.

Os times — Brasil — Taffarel; Mozer, Aldair(Júlio César) e Ricardo Rocha; Jorginho, Dunga(Silas), Alemão, Valdoe Branco; Romário (Bebe-to) e Careca (Muller). Holanda — Van Breukke-len; Van Tiggelen, Van Aerle e Wouters (Blind);Ronald Koeman (Laamers), St. Ring, Reekers, El-lerman (Winter) eBerghis (Van't Schip); Latuhe-ru e Kieft (Van Loen).

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Branco, com a bola dominada, sob combate de um adversário.

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Careca avança, cercado por três adversários, com Romário na expectativa.

Artilheiro, o mais festejadoRoterdan (Sport Press) — Care-

ca, o autor do gol da vitória da Sele-ção Brasileira sobre a holandesa, queserviu para acabar com um tabu, erao jogador mais felicitado no vestiário.O atacante vibrou com o seu gol etambém com a vitória, achando queela teve uma importância toda espe-ciai, conforme ele mesmo explica:

— A Seleção Brasileira conseguiuoutra vitória expressiva na Europa eficou de moral ainda mais elevada.Com isso ganhará maior respeito porparte de seus adversários e provouque é uma das grandes favoritas ao

título mundial de 90. Essa vitória te-ve um sabor todo especial, pois o cam-peão da América do Sul ganhou dacampeã da Europa.

Na opinião de Careca, a SeleçãoBrasileira esteve técnica e taticamen-te muito bem contra a Holanda, mes-mo enfrentando um frio intenso ejogando num gramado que não é dosmelhores. "Demos uma demonstra-ção de força e jogamos com muitaaplicação. Até o gol tudo deu certo,desde o nascedouro da jogada até aminha cabeçada, após um cruzamen-to perfeito de Jorginho. Mas ainda

precisamos melhorar um pouco parao Mundial. As poucas falhas, porém,serão facilmente corrigidas.

No vestiário da Seleção Brasilei-ra não poderia ser maior a euforia dosjogadores e da Comissão Técnica. To-dos ficaram ainda mais confiantes naconquista do titulo mundial da Itália.-A delegação da Seleção Brasileiradeixará a Holanda nesta quinta-feira,ás I9h50min, seguindo viagem para oBrasil pelo vôo 765 da Varig, que faráescala em Paris. O desembarque noAeroporto Internacional do Rio de Ja-neiro está previsto para as 6h20min.

BrasilTaffarel — Limitou-se a defender bolas recuadas,

mas vacilou numa única jogada difícil, ao falhar natentativa de abafar um cruzamento rasteiro da es-querda, que quase resultou em gol. Mas este lancenão prejudicou a sua tranqüila atuação.

Jorginho — Grande atuação. Dominou ampla-mente o seu setor e ainda esteve no ataque durantetodo o jogo, conj um vigor impressionante. O centropara o gol coroou sua impecável atuação. Nota 9.

Mozer — Outro que esteve perfeito, dominandocompletamente o centro da área brasileira. Aindasaiu para o apoio diversas vezes mostrando como jo-ga um verdadeiro libero. Jogando o que mostrou emRoterdam dificilmente deixará de ser titular. Nota 10.

Ricardo Rocha - Um único momento de insegu-rança, no segundo tempo. No mais, também estevemuito bem, guardando com segurança o lado esquer-do da área brasileira. Nota 8,5.

Aldair — Custou a se ajustar com Mozer, mas emmais ou menos 15 minutos já havia encontrado seumelhor posicionamento: Saiu bem em vários comba-tes na intermediária. Nota 8. Júlio César — Entrouno lugar de Aldair, esteve no nível dos companhei-ros, mostrando que pode ser convocado e escaladoa qualquer momento. Nota 8,5.

Branco—Outra figura destacada da defesa bra-sileira, mesmo tendo contra si um ponta especialis-ta — Latuheru — e muito insinuante nas arrancadas.Mas tomou conta dele e foi ao ataque, como ponta,em vários momentos. Dois chutes seus queimaramas luvas de Breuklen. Nota 9,5.

Dunga — Incansável no combate à frente da Za-ga. mas uma vez destacou-se pela perfeita intuiçãodos lances nos desarmes e interrupções dos passesholandeses. Nota 8,5. Silas — Entrou no lugar de Dun-

§a, mas não teve tempo para mostrar muito. Tam-

ém não comprometeu. Nota 6.Alemão — Revezou-se com Dunga no combate

e teve presença importante pela vitalidade, pela du-reza da marcação e pela pronta saída para o ataque,sempre que recuperava a bola. Só diminuiu o ritmonos últimos 15 minutos, talvez por ter sentido o jogoganho. Nota 9.

Valdo — Menos brilhante que em vezes anterio-res, mas mesmo assim foi bem na ligação do ataquecom a defesa. Mas errou alguns passes e deixou-seprender pelo bloqueio holandês. Nota 7.

Careca — Severamente marcado por Reekers,iflUftíÓCa sua £qmbra, mal/tonseguia dominar a,bo-lá.' Num únicódescüiâo^cfa defesa, mostrou quéfco-mo um artilheiro de sua categoria nenhum zagueiropode cometer o menor descuido. Decidiu o jogo. No-ta 8,5. Muller apenas correu. Nota 6.

Romário — Também recebeu marcação indivi-dual de Van Aerle e teve que procurar espaços emtodos os lados para poder receber a bola em condi-ções de jogar. Como poucas vezes conseguiu isso, pro-duziu pouco. Nota 7. Bebeto — Entrou no lugar deRomário e procurou jogar, deslocou-se, lutou, masnão produziu nada de especial. Nota7.

Holanda — Com apenas uma de suas grande es-trelas em capo — Ronald Koeman — e assim mes-mo por apenas 45 minutos, o time holandês não tevedestaque que mereça citação. Talvez apenas o "sto-per" Van Tiggelen, um zagueiro seguríssimo, e o pon-to Latuheru, que deu imenso trabalho a Branco, mas,acabou dominado. O zagueiro esquerdo Wouters tam-bém teve lampejos de talento no apoio, mas Jorgi-nho não lhe deu um minuto sequer de tempo paracriar mais ofensivamente.

Papão tem prazo para obter reforços-~"~~"""""—""~~-~~-~~—~———-————---———-----—^-———-—-———-—- o Paissandú dispõe de ape- jj T |§

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-Í! Alcino: adeus.

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ídolo nos anos 70,Alcino se despede

ídolo da torcida do Clubedo Remo nos anos 70, duranteos quais participou de diver-sas conquistas azulinas e in-fernizou os adversários comseus gols e sua irreverência,o atacante Alcino faz, na noi-te desta quinta-feira, suadespedida como jogador pro-fissional. A despedida do"Tremendão", como tam-bém ficou conhecido o ata-cante, será feita no jogo en-tre uma equipe formada porjogadores do Clube do Remoe o time dos "Amigos do Alei-no", em partida a ser reali-zada no estádio "Evandro Al-meida", às 21 horas, com osingressos ao preço único deNCz$ 10,00. O jogo de despe-dida de Alcino será precedi-do por duas preliminares, nu-ma programação que teráinício às 19 horas, sendoaberta com a partida entreos times do grupo Caçula e doBanco do Brasil, seguindo-seoutra partida, esta entre asequipes de cartolas e da As-sociação dos Cronistas e Lo-cutores Esportivos do Pará(ACLEP).

Na equipe dos jogadoresdo Clube do Remo deverá es-tar a maioria dos atletas doatual elenco azulino, exceçãofeita àqueles que já viajarampara fora do Estado. No timedos "Amigos do Alcino" esta-

rão alguns dos jogadores quemarcaram época no futebolparaense, além de alguns ou-tros que ainda estão em ativi-dade.

ídolo — Atualmente com37 anos, Alcino marcou épocano Clube do Remo, pelo qualfoi tricampeão paraense,conquistando os títulos de1973,1974 e 1975. Mais que ostítulos, Alcino ficou na lem-branca da. torcida azulinapor sua irreverência. Irreve-rencia que fazia sofrer a tor-cida do maior rival do Clubedo Remo, o Paissandú. Ostorcedores bicolores certa-mente não esquecem a humi-lhação imposta pelo "Tre-mendão", num clássico entreos dois times, no qual Alcino,após driblar até o goleiro bi-color, sentou-se na bola, an-tes de assinalar o gol. Umgesto que lhe valeu uma desuas muitas expulsões, masque cativou definitivamentea torcida azulina.

Negociado com o Grêmiode Porto Alegre, em 1976, AI-cino chegou a ser o artilheirodo Campeonato Gaúcho da-quele ano. Depois disso, pas-sou por diversos clubes, en-cerrando sua carreira defen-dendo o Independente, umdos clubes pequenos, queapenas fez número no Cam-peonato Estadual deste ano.

O Paissandú dispõe de ape-nas uma semana para se definirsobre a compra dos passes doquarto zagueiro Eduardo e domeiocampista Rogerinho, doBotafogo de Ribeirão Preto, SãoPaulo. Esse, pelo menos, seria oprazo fixado pelo clube paulistapara o Paissandú dar uma res-posta definitiva sobre o seu inte-resse em adquirir os passes dosdois jogadores, segundo revelouOzimar Vasconcelos, diretor deFutebol bicolor. Por outro lado,ainda segundo o cartola bicolor,o Paissandú deverá encaminharofício à Federação Paraense deFutebol (FPF) pedindo a prefe-rencia para a renovação doscontratos do lateral direito Pau-linho, dos zagueiros centraisNad, Marajó e Cleber, bem co-mo do meiocampista Mazinho edo ponta esquerda Paulo Sérgio.

Enquanto isso, os dirigentesdo Paissandú descartaram apossibilidade de negociar omeiocampista Oberdan, que naatual temporada defendeu oSanta Cruz, de Recife, por em-préstimo. O jogador estaria nascogitações do Clube do Remo,mas diante do interesse do técni-co Givanildo Oliveira, que o in-cluiu nos seus planos para a pró-xima temporada, a perspectivade qualquer negociação foi, an-tecipadamente, sepultada.

Clube do Remo — Dono doseu passe, o zagueiro Luís Otá-vio, cujo contato com o Clube doRemo termina no final destemês, está disposto a çermane-cer no Baenão na próxima tem-porada. Isso foi o que declarou,ainda nesta última quarta-feira,o próprio jogador, revelandoainda que ja abriu negociaçõescom a diretoria remista sobre arenovação de seu contrato. Sem

Rogerinho (à esq.): com prazo para ser comprado.

revelar os valores reivindica-dos, Luís Otávio adiantou, ape-nas, que pretende assinar umcontrato de seis meses, em ba-ses compatíveis com a espiralinflacionária e capazes de corri-gir a defasagem salarial que, naatual temporada, corroeu seussalários, já que o contrato assi-nado com o Clube do Remo nãoprevia correções.

Tuna — Por seu turno, o ti-me da Tuna Luso Brasileira, querealizou uma excursão ao sul do

Pará, talvez só chegue a Belémdepois do Natal. Isso porque,uma ponta na altura de Marabáruiu e a delegação cruzmaltinaestá impedida de prosseguir aviagem, segundo revelou nesta-última quarta-feira, em contatotelefônico, o gerente de Futebolda Tuna, Fernando Oliveira.Procurado por O LIBERAL,'Eduardo Boulhosa, do Departa-mento de Futebol cruzmaltino,não pôde atender o telefonema,alegando estar "ocupado".

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Beléim, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989 O LIBERAL ECQf-QMLA 15

Consumo de álcool reduzido a um terçoBrasília (AE) — O presidente do

Conselho Nacional do Petróleo (CNP),general Roberto França Domingues,reúne-se hoje, no Rio de Janeiro, comrepresentantes das empresas distribui-doras de combustíveis e com os postosde serviços para comunicar o novo sis-tema de distribuição de álcool a partirjde fevereirp. contingenciado pela escas-sez do produto. O general levou consi-go uma minuta da portaria preparadapelo CNP, na qual o governo privilegiao abstecimento dos serviços essenciaiscomo hospitais, serviços públicos, bom-beiros e táxis entre outros.

Na reunião de ontem do Grupo doÁlcool, o CNP começou a fixar para ja-neiro um consumo equivalente a 650 mi-lhões de litros de álcool. Em situaçãonormal, a região Centro-Sul necessita-ria de um mínimo de 800 milhões de li-tros por mês. Para fevereiro, março eabril haverá em média, para cada mês,cerca de 350 milhões de litros, ou umterço das necessidades.

A ameaça dos produtores de álcoolpaulista de não entregar álcool anidropara misturar à gasolina,,forçando umracionamento também deste combus-tível, foi considerada pela diretoria doCNP "uma chantagem", um diretor

afirmou que, se for preciso, o país vol-tara a importar chumbo tetraetila pa-ra fazer a mistura à gasolina emcidades de porte reduzido.

Por ser altamente poluente, ochumbo tetraetila foi retirado da gaso-lina brasileira em 1? de janeiro passa-do. No seu lugar, entrou o álcool anidro,não-poluente. O CNP entende que, nafalta do anidro, as grandes cidades te-rão de ter a mistura garantida. E, nes-se caso, os da delegacia n. 4, queprotege o consumidor. Mas a diretoria,do CNP acredita que quem deve con-'vencer os usineiros a desistir destaidéia é a própria opinião pública. OCNP prevê que os 360 milhões de litrosde anidro disponíveis serão suficientespara manter a mistura à gasolina e oabastecimento normais.

O Governo Federal entrou,segunda-feira, com uma ação cautelarjunto à 3f Vara Federal, em Brasília,na qual pede a suspensão da medidacautelar obtida pela procuradora daRepública, Raquel Elias, e que suspen-deu o uso do metanol como combusti-vel no país. O uso do combustível, queseria misturado à gasolina e ao álcoolhidratado, havia sido autorizado pelos

ministros Roberto Cardoso Alves (doDesenvolvimento da Indústria e do Co-mércio) e Vicente Fialho (Minas eEnergia), com anuência de Seiko T_u-suk, da Saúde). O metanol é um produtoquímico derivado do carvão vegetal ougás natural e considerado muito tóxico.

O procurador da Repúlica, OnórioJustiniano Teixeira, que subscreve a pe-lição propõe ao juiz Sebastião Fagun-des de Deus, que concedeu a liminar,uma solução intermediária: "Utilize-seo metanol no mesmo percentual de ou-tros países" (10%). Justiniano alegaque há um dilema: Ou se mistura o me-tanol ou em breve teremos falta deálcool".

O CNP está preparando uma novaportaria que modifica os prazos de fa-tura de combustíveis pela Petrobrás. Aintenção é acabar com os 40 dias con-cedidos para a venda de querosene deaviação e com os 40 dias concedidos pa-ra a venda de querosene de avião e comos cinco dias pára solventes. A Petro-brás reclama grandes perdas financei-ras e deve ser atendida: futuramente,devem ser retirados os prazos tambémda gasolina, diesel, álcool e gás de co-zinha (GLP). i

Fabricantes ameaçam com boicoteRibeirão Preto (AE) — Os estoques

de álcool do Estado de São Paulo, queresponde por dois terços do abasteci-mento nacional, estão 40% mais baixosdo que na mesma época do ano em 1988.Um relatório do Instituto do Açúcar edo Álcool (IAA) feito com dados cole-tados na semana passada em usinas edestilarias do maior produtor brasilei-ro e só será divulgado hoje, no Rio, in-dica que as reservas de segurança noEstado possuem 1,371 bilhão de litros amenos.

Essa diferença, segundo a quota de650 milhões de litros estabelecida on-tem, em Brasilia, pelo Conselho Nacio-nal do Petróleo (CNP) para janeiro,corresponde a mais de dois meses deconsumo da frota nacional de 4,5 mi-lhões de veículos movidos a álcool emtempos de racionamento. O levanta-mento do IAA demonstrou que, no dia15 de dezembro, quando a safra já tinhaterminado em praticamente toda a re-

gião Centro-Sul, os reservatórios pau-listas acumulavam 2,1 bilhões de litros.Nessa mesma data, no ano passado, es-tavam armazenados 3,48 bilhões delitros.

Do estoque físico mantido pela Pe-trobrás nas usinas e destilarias do Es-tado, apenas 335 milhões de litros foramadquiridos pelo governo. A maior par-te desse álcool —1,77 bilhão de litros —ainda pertence aos fabricantes, que jáameaçaram boicotar a entrega do go-verno caso o racionamento de combus-tível não seja estendido à gasolina. Elespensam até em transformar o álcoolanidro, que é misturado à gasolina, emhidratado para amenizar o impacto dacrise do desabastecimento de carbu-rante prevista para o primeiro se-mestre.

O CNP autorizou ontem, em Bra-si lia, a importação de mais cem mi-lhões de litros de álcool de uva para os

usineiros filiados à Sociedade dos Pro-dutores de Álcool (Soprai). O pedidoainda deverá ser analisado nos próxi-mos dias como parte de um esforço pa-ra reduzir o déficit de 2 bilhões de litrosde álcool da cana.

Os dois órgãos do governo, 'que jáautorizaram a importação de 150 mi-lhões de litros de álcool de milho e deuva para a Copersucar, estudam tam:bém outros pedidos dos usineiros. Unideles foi formulado por usinas do Nor-deste, que desejam importar mais 100milhões de litros da Europa e EstadosUnidos e desviar a cana destinada ini-cialmente à produção do combustívelpara extrair açúcar tipo exportação.Comprar álcool facilitado no exteriorfoi a saída encontrada por usineirosnordestinos depois que o IAA decidiuque só voltaria a liberar novas expor-tações assim que a região cumprissesuas cotas de combustível para o mer-cado interno.

Redução dos prazos gera protestoSão Paulo (AG) — O presidente do

Sindicato do Comércio Atacadista deProdutos Químicos para a Indústria e,Lavoura no Estado de São Paulo,Amaury Geraissate, emitiu nota de pro-testo contra a decisão da Petrobrás dereduzir o prazo de pagamento dos de-rivados de petróleo, de 25 para oito dias.Çiegundo Geraissate, a medida é infla-cionária e deveria ser revista pelo mi-nistro da Fazenda, Mailson daNóbrega: — Embora reconheça os pro-blemas impostos à~Petrobrᣠ{jeriàlfc.zando seus preços de venda, que vêmagravando injustamente os resultadosoperacionais da empresa, não é conce-

bível a determinação de medidas sa-neadoras na intensidade e da formacomo foram autorizadas pelo ministroMailson da Nóbrega, disse Geraissate,enfatizando que a Petrobrás vem sen-do usada pelo governo de uma políticaeconômica que classifica de desarticu-lada e ultrapassada.

Segundo o presidente do Sinco-quim, o encurtamento no prazo de pa-gamento dos derivados de petróleosignifica para as indústrias um acres-cimo aproximado de 35% sobre os pre-ços dos insumos fornecidos pelaPetrobrás: — Se considerarmos os au-mentos diretos já autorizados neste

mês e o iminente reajuste em 90% doIPC de novembro, esses insumos terãoum reajuste global de 100%, o que des-trói qualquer confiabilidade no meca-nismo das câmaras setoriais, disseGeraissate, acrescentando que umamedida como a redução no prazo de pa-gamento de insumos deveria ser discu-tida anteriormente e aplicada aospoucos. Acreditando que o estreitamen-to dos prazos de pagamentos poderáacirrar o processo inflacionário, Ge-r aissate sugeriu ao ministro da Fazen-da que reconsidere a medida, que seriadiscutida com os empresários na cama-ra setorial de preços.

Petrobrás ameaçada de racionamentoBrasília ((AG) — A Petrobrás in-

formou à área econômica do governona semana passada que não tem dinhei-ro em caixa para comprar petróleo noexterior. Técnicos de vários Ministériosestão reunidos para encontrar uma so-lução para a empresa que teve reduzi-da em 50% suas linhas bancárias decurto prazo no exterior, segundo fontesdo setor. As linhas de crédito de curtoprazo foram suspensas por causa deuma declaração do presidente da Petro-brás, Carlos SantAnna, que registrouum déficit de USf 1 bilhão na Petrobrás,e também por causa da falta de paga-mento dos compromissos brasileiros noexterior pelo governo Sarney.;' — Os bancos não estão emprestan-do à petrobrás porque não pagamos osnossos compromissos. Não tivemos ra-cionamento no passado porque fizemosa dívida e pagávamos a dívida. Agorapodemos ter racionamento porque não

pagamos a dívida, reconheceu um altofuncionário do governo. O racionamen-.to de combustível, porém está des-cariado.

— Devemos arranjar uma soluçãopara o problema nos próximos dias, dis-se o secretário-geral do Ministério doPlanejamento, Ricardo Santiago, umpouco irritado com o vazamento da no-ticia na noite de ontem.

Paulo Vieria Belloti, diretor-financeiro da Petrobrás, esteve na se-'mana passada com o ministro da Fa-zenda, Mailson da Nóbrega, paradiscutir a suspensão das linhas de cré-dito de curto prazo de vários bancos noexterior. O déficit de US$ 1 bilhão cita-do por SantAnna corresponde ao valoraproximado da suspensão do crédito.

Estas linhas funcionam como umaespécie de cheque-ouro para pessoa fí-

sica. A Petrobrás que já teve acesso alinhas no valor de US$ 4 bilhões, segun-do informações de técnicos do setor, es-tava trabalhando com um capital degiro de US$ 2 bilhões nos últimos tem-pos. A perda, segundo estas mesmas in-formações, seria de US$ 1 bilhão. APetrobrás na época do Plano Cruzadochegou a zerar estas linhas de curtoprazo mas, depois, na medida que o cai-xa da empresa foi ficando apertado no-vãmente recorreu-se ao crédito queagora diminuiu por força dos bancoscredores.

O governo examina várias opera-ções para socorrer a Petrobrás e evi-tar a hipótese pior que é oracionamento de combustível em umfuturo próximo. A outra alternativa se-ria a queima das baixas reservas cam-biais brasileiras — US$ 7 bilhões contrapagamentos suspensos de quase US$ 5bilhões até março.

Bolsas sugerem o fim deaplicações ao portador

As bolsas de valores do Rio eSão Paulo vão entregar ao presi-dente eleito, Fernando Collor deMello, um documento de 50 pági-nas contendo sugestões para omercado de capitais, entre elas ofim de qualquer aplicação ao por-tador. Este documento será entre-gue nos primeiros dias de janeiroe alguns pontos foram debatidosem reunião realizada ontem, noRio, entre representantes das duasbolsas. O objetivo do documento,segundo o presidente da Bolsa deValores de São Paulo ((Bovespa),Eduardo Rocha Azevedo, e "reuniridéias para trocar o perfil do de-^envolvimento do setor produtivo,Hoje limitado a capitais de crédito".

As aplicações ao portador (co-mo certificado de depósitos banca-rios ao portador, fundos de curtoprazo ao portador outras), que nãoexigem identificação do investidor,'•perdem o sentido depois da elei-ção de um presidente por maioriade votos", disse Eduardo RochaAzevedo, para quem tais investi-mentos eram vistos "como um malnecessário" pelos governos ante-riores. Francisco Souza Dantas,presidente da bolsa do Rio, achaque o novo governo pode estimulara troca das aplicações ao portadorpor nominativas até concedendoanistia fiscal. Rocha Azevedo afir-mou, inclusive, que as opções de-vem voltar a ser escriturais no'futuro, um processo que, na opinião;dele, "deve ser capitaneado pelasbolsas".

Os dois presidentes antecipa-

ram mais duas propostas contidasno documento dirigido a Collor deMello: a primeira é o incentivo àabertura de capitais de empresasprivadas à privatização de esta-tais, através da oferta, aos empre-gados da empresa, de 10% domontante de ações ofertado, do ob-jeto de underwriting (lançamentoprimário de ações) ou do total deleilão de privatização. Se os f uncio-nários detiveram 5% do capital daempresa (quer sob forma de açõesordinárias, quer preferência ao di-reito de eleger um representantepara o conselho de administração.O preço pago pelos empregados se-ria correspondente a média do lei-lão ou ao mínimo do underwriting,conforme a proposta das bolsas.

A segunda é o estímulo ao queRocha Azevedo chama de "progra-ma sério de privatização", com re-forço dos processos deunderwriting. Para os leilões deprivatização, por exemplo, as boi-sas propõem o fim das "pré-qualificações" para empresas in-teressadas a participar, o que, se-gundo o presidente da Bovespa,"cria privilégios". Sugerem, ainda,que seja limitada a aquisição decada grupo participante, emboranão fixam tais limites. Atualmen-te, de acordo com Souza Dantas,apenas 600 empresas são negocia-das em bolsas porque a maioriaconsidera alto o custo do under-writing, já que também não fazemreavaliação de seu patrimônio porcausa do Imposto de Renda.

Empresas vaoconstruir

hidrelétricasCuritiba (AG) — Um consórcio de

onze empresas paranaenses e duas deSanta Catarina, reunindo grandes gru-pos empresariais em vários setores, in-vestirá US$ 650 milhões para construirusinas hidrelétricas de porte médio egrande, com objetivo de garantir supri-mento de energia elétrica e evitar o co-lapso previsto no abastecimento paradentro de dois anos. Ontem, ao anun-ciar a constituição de uma associaçãocom este objetivo, o presidente da Ine-par, Atilano Oms Sobrinho, lembrou quehá 10 anos o governo não investe no se-tor. — A crise prevista para 1991 seaproxima rapidamente e as empresas

.que necessitam energia elétrica fémque tomar providências pois nâo exis-tem previsões de investimentos gover-namentais, disse.

A associação — ainda sem nome —reúne os seguintes grupos: Bamerih-dus, Inepar, Inpacel, Brown Bovèri,Trombini, Coemsa, Nutrimental, Cá_-bomafra, Batistella, Imaribo, PlacasParaná, Corujão e Empresa Meridionalde Consultoria. Até junho do próxinioano, segundo o diretor financeiro do Ba-merindus, Maurício Schulmann, o còn-sórcio espera ter detalhado o projeto deconstrução das usinas — que em prin-cípio devem ser localizadas nos riosIguaçu e Tibagi.

EuforiaSão Paulo (AG) — Os comercian-

tes paulistas estão eufóricos com asvendas no varejo nesta semana e mui-tos já se arriscam a considerá-las his-tóricas. A inibição dos consumidoresantes das eleições foi substituída porum aumento de 80% nas vendas no va-rejo do setor de vestuário, segundo ava-lia André Brett, da Vila Romana, amaior confecção de roupas sociais mas-culinas da América Latina.

Amato disposto a abandonar a FiespS_o Paulo (AG) — Para facilitar

o entendimento com o novo presiden-te da República, o presidente da Fe-deração das Indústrias do Estado deSão Paulo (Fiesp), Mário Amato, es-tá disposto até mesmo a deixar o car-go, por acreditar que o Brasil "é maisimportante que todos nós". Ele consi-dera que a eleição para presidente daRepública serviu em parte como liçãopara o empresariado, aumentandoseu nivel de consciência social e danecessidade de promover melhor re-distribuição de renda e de justiçasocial.

Amato rompeu ontem o silênciode quase um mês a que se obrigou de-pois de seu apoio a Fernando Collorde Mello ter sido rechaçado pelo pró-prio candidato. No discurso que fezdurante o almoço de final de ano com

a imprensa, Amato disse que a Fiespnão abre mão de "opinar, criticar edar o seu apoio quando julgar que aspropostas estão na direção correta".Em conversa com os jornalistas, oÍiresidente

da Fiesp afirmou que Col-or de Mello poderá ignorar a entida-

de, mas que se o fizer terá maisdificuldade para governar.

Afirmando que não cabe a Fiespaderir a governos nem aprovar planossem exame prévio, Amato disse que,se convocada, a entidade vai discutircom Collor de Mello as questões eco-nômicas brasileiras.

Amato defendeu a adoção de me-didas imediatas por parte do novo pre-sidente, no sentido de combater ainflação. Ele admitiu um prazo de seismeses para que essas medidas come-

cem a surtir efeito. Ele acredita quegrande parte dos problemas estaráresolvida se o novo governo alcançarcredibilidade, o que só será consegui-do se convencer que vai realmenteconter seus gastos, como contribuiçãoa um eventual pacto social.

— No primeiro pacto, os trabalha-dores se sacrificaram e o empresaria-do também deu sua contribuição, maso governo não fez nada — disseAmato.

A confiança no país também de-verá levar a uma retomada dos invés-timentos, acredita o empresário,porque as empresas tem reservas pa-ra isso. Segundo ele, diante da defini-ção do quadro poilítico, as empresasjá estão redirecionando seus planosno sentido de voltar a investir.

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16 ECONOMIA O LIBERAL Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989

HomensNegócios

GUARACY DE BRITO

CIGARRO

Os cigarros já estão custando 51% mais caro,! traduzindo-se no último aumento do ano autoriza-! do pelo Ministério da Fazenda. Trata-se do déci-| mo aumento de 1989 e que, apesar de tudo, nãoI corrige a defasagem de 35% reclamada pelos pro-; dutores, defasagem que com a inflação deste mêsI deverá subir para 50%.

Além disso, os novos preços só estarão em vi-i gor a partir da segunda semana de janeiro vindou-I ro, em virtude dos estoques que se encontram noi comércio. O último aumento Foi em novembro, da| ordem de 40.33%. Os fabricantes estão pleiteandojunto ao Governo o cancelamento do preço do se-lo dos cigarros, o que reduziria suas perdas. Po-rém, sabe-se que se o Governo atender, a medidavigorará apenas 20 dias após a assinatura dodecreto.

Dos cigarros em uso, os mais baratos custa-rão 4,50 a carteira e os mais caros, 14,50.

CLÍNICAÊ inegável que Belém vem ganhando largo de-

senvolvimento no tocante a assistência medica,através das iniciativas particulares, com profis-sionais que se reúnem e criam centros de trata-mento especializado, proporcionando acentuadosbenefícios à população.

Um grupo de médicos vem de implantar umanova clinica intitulada Pronto-Gastro, especializa-da no serviço de pronto atendimento em gastroen-terologia, com suas modernas instalações na ruaMunicipalidade, 1611. Além de plantão permanen-te, consultas, cirurgia ambulatorial, internaçõese UTI, a nova organização faz atendimentos do-miciliares.

A inauguração será nos próximos dias e seucorpo clínico conta com os médicos João PauloMendes Filho, Jorge Alberto Ohana, Antônio Jo-sé Pires, Rodolfo Xerfan e Alberto Salame.

COMBUSTÍVEISJá não é mais novidade, mas os combustíveis

terão seus preços majorados a partir de hoje, me-nos de uma quinzena após o reajuste médio de17.5%. As tarifas serão aumentadas hoje de açor-do com o IPC de novembro, que ficou em 41.42%.

Fontes do Conselho Nacional do Petróleo in-formam que a majoração anterior foi dado paracompensar os 11% dados aos produtores de álcoole o restante para que a Petrobrás reduzisse emparte a defasagem dos seus preços. Por sinal, aPetrobrás tem insistido para que sejam concedi-dos aumentos reais, acima da inflação, não con-seguindo sucesso entre os tecnocratas queconduzem o problema.

Os aumentos de hoje serão repassados pelospostos distribuídos ao consumidor. Como sempre.

MARKETING . fc , rÔ já:,tFadicloaai;;Pr.ên{iQ detMartoting>{dai5

ADVB-Pa, criado para estimular entre o empre-sário paraense a utilização correta das técnicase instrumentos do marketing moderno, ficará es-te ano entre os empresários Lutfala Bitar, da Es-tacon; Luís Campos, da Rodomar; Francisco Pio,da Visão; Oscar Rodrigues, dos SupermercadosLíder; e Djalma Bezerra, da EBD. Os cinco foramindicados para o prêmio diretamente por 350 as-sociados da ADVB-Pa. A escolha final será duran-te a festa de confraternização da entidade, nopróximo dia 29.

FESTANem só de negócios vive a classe empresarial.

Em tempo de confraternização os empresários dosetor imobiliário paraense reúnem-se hoje à noi-te, no restaurante da Federação das Indústrias, pa-ra um jantar festivo com direito a show da cantoraparaense Lucinha Bastos. A frente da festa, Fer-nando Flexa Ribeiro e Abdias Arruda do Amaral,presidentes do Sindicato da Indústria da Constru-ção Civil e da Ademi, promotores da festa.

,oE-•|-í9la:li|!

GOSSIPSContratada, Luci-

nha Bastos veio do Riopara cantar na festa deconfraternização dasempresas da constru-ção civil, com AbdiasArruda (Ademi) e Fer-nando Flexa Ribeiro(Sindicato), comandan-do a festa. — O sr. Hil-debrando Azevedo, quefaleceu há dias, era umdos fundadores de O LI-BERAL, da fase emque o jornal pertenceuao "baratismo". — To-dos os donos de estabe-lecimentos de ensinoestiveram na reuniãode fim de ano no Par-que dos Igarapés. No fi-nal, retiraram a conclu-são de que o local sepresta para recreação elazer de alunos do jar-

dim da infância, pré-escolares e alunos dealfabetização, tanto quenão será surpresa se es-sa área for programadapara tal no ano letivo de90. — No assunto: oCEO está vindo aí como seu segundo grau,acompanhando o pro-gresso do alunado quevem desde a alfabetiza-ção no estabelecimentode Márcia e Maria Au-gusto Bastos. — Ro-naldo Maiorana"fechou" com FernandoPrado, depois do apoiorecebido das Organiza-ções Prado ao Seletivode Basquete; uma sériede patrocínios na áreade esportes em conjun-to com a FM Liberal.

JOÃO SALDANHATODOS OS DIAS EM

O LIBERAL

Inflação de dezembro perto dos 55%Hio < AE) — Computadas quatro sema-

nas de pesquisa em cinco regiões metropo-litanas (Rio de Janeiro, São Paulo, BeloHorizonte, Curitiba e Recife), que perfazem72,5% do total, o Índice de Preços ao Con-sumidor (IPC) de dezembro foi calculadoem 54,4% até o momento, informou ontemo Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE).

Os dados coletados pelo IPC confirmamo que foi apurado pelo IPC de novembro esuscitou dúvidas do ministro do Planeja-mento, João Batista de Abreu, quanto à au-tenticidade dos números do IBGE: ainflação de São Paulo foi a maior do país(entre 16 de novembro e 15 de dezembro),situando-se em 56,5%, quando o INPC apu-rou 50,2%. Dificilmente o percentual final doIPC, que será divulgado no dia 29 deste mês,ficará abaixo dos 54,4% até agora apurados,uma vez que as cinco regiões mctropolila-nas não computadas até o momento têm umpeso de apenas 27,5% no índice global.

De acordo com o IBGE, habitação foi oitem que mais influenciou a alta do IPC dedezembro. Em Belo Horizonte, que registrou

o menor indico final (r>(),r>%) entre as cincoregiões pesquisadas, a habitação sofreumaior alta de preço, acusando variação de70%, enquanto no Rio de Janeiro esse itemrevelou a menor alta (66%), mas bem aci-ma da média. O item alimentação, que nosúltimos meses apresentou remarcação depreços de forma mais moderada, em dezem-bro deu o item artigos de residência foi o quemenos subiu em dezembro, com a maior ai-ta (48%) em Curitiba e a menor (36%) emBelpe Horizonte. Também registraram di-namismo na remarcação de preços os itenssaúde e cuidados pessoais, vestuário e des-pesas pessoais.

Foram os seguintes os índices de infla-ção encontrados pelo IBGE, de acordo comas regiões metropolitanas pesquisadas: Riode Janeiro (54%), Belo Horizonte (50,6%)São Paulo (56,5%), Curitiba (53,3%), e Re-cife (54,2%)

Grande salto, principalmente em SãoPaulo, onde a falta chegou a 59%. 'lambemem 59% foram reajustados os preços dosprodutos e serviços em São Paulo, incluídos,no item "transporte e comunicação".

Empresários culpam o governoBrasília (AE) — A previsão do gover-

no para a inflação de dezembro já chegouaos 52%. O sinal foi fornecido ontem ao mer-cado financeiro, a partir da divulgação dovalor do BTN fiscal para hoje. O percentualde correção aplicado sobre o valor de ontemdo BTN fiscal, projetado até o final do mês,aponta para um índice de Preços ao Consu-midor (IPC) de 52%.

Á saída da reunião do Conselho Mone-tário Nacional (CMN), o ministro do Plane-jamento, João Batista de Abreu, confirmoua nova projeção de inflação. O ministro re-velou que dados do Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE) indicamque, nas últimas semanas os preços de ali-mentos "in natura" dispararam nas 10 re-giões metropolitanas onde são coletados ospreços que integram o IPC.

Já o presidente da Confederação Nacio-nal do Comércio (CNC), Antônio de Olivei-ra Santos, discordou, também ao final doCMN, da explicação do ministro do Plane-jamento. "Para mim, os culpados desta ace-leração da inflação são o Governo e oCongresso", afirmou. Mas o presidente daCNC não quis acrescentar explicações sobresua afirmação, alegando que gastaria o dia

todo para relacionar os erros dos doispoderes.Um outro representante da iniciativaprivada no CMN, o presidente da Associa-ção Brasileira dejSupermercados (Abras),Artur Sendas, confirmou que os alimentos"in natura" subirarjv muito. Mas Sendas ob-servou que os preços do arroz e feijão tam-bém aceleraram-sè nas últimas semanas,em função do inicio da entressafra. Previuque o mesmo deveçá. acontecer, em breve,como milho. j.,* I

Para Sendas, o, ritmo acelerado da in-fiação também pofJb ser explicado pelas in-certezas da transição de governo. Lembrouque nos últimos 30,dias vários boatos a ado-ção de um novo congelamento inundaram opaís, levando empresas à remarcação pre-ventiva de seus preços.

O presidente,pa Abras acha que a defi-nição do nome do sucessor do presidenteSarney deverá diminuir bastante as expec-tativas do mercado em torno de um novochoque econômico. Para Sendas, este fatoserá suficiente para diminuir de forma sig-nificativa o ritmo da inflação até a posse dopresidente eleito, Fernando Collor de Mello.

Cigarros são reajustadospela última vez no ano: 51%

Brasília (AE) — Os cigarros estão51,18% mais caros, em média, desde ontem.O último aumento do ano elevou o reajustemédio acumulado em 1989 para 1.720,2%,contra uma inflação que chegará a 1.721, seo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dedezembro ficar em 50%. Os maços das mar-cas mais baratas passaram de NCzf 3,00,

! para NCz$ 4,50. O? das mais caras; dê NCzf'ítajO&gtfl NÇ.P* 14,50. •¦':.• •... tij, i

Os maços com os preços novos só che-garão ao consumidor dentro de 10 a 15 dias.

Até lá, o varejo comercializará estoquescom preços antigos. Desde janeiro, a Secre-taria da Receira Federal órgão que contro-Ia os preços dos cigarros, determinou 14reajustes para o produto. Dois deles para re-passar ao consumidor a elevação do Impôs-to sobre Circulação de ii Mercadorias c,Serviços (ICMS) recolhido sobre os cigar-e•ros. Por'ser'consideradosupérfluo;-o fumov

¦ passou a. ge^taxado com 25% de ICMS, còri-tra os tradicionais 17%. mito ¦¦'mm oiit

Os novos preços dos cigarros

Marcas Preços novos

(NCz$)Elmo, Imperador, Monarca 4,50Ringo, Sheik 6,00Mustang, Luxor, Belmont, Vila Rica, Ritz 6,50Cassino 7,00Plaza, Monterrey, London 7,50LS, Free, Wiston 8,50Hollywood, Free(box), Parliament 10,00Marlboro, JPS, Shelton 11,50Carlton(box), Hilton(box), Salem (box) Camel 12,00Hilton longo, Charm, Benson e Hedges 14,50

BOLSARio

Rio (AG) — O mercado de ações da boi-sa de valores do Rio de Janeiro operou on-tem em alta. O IBV.com 1.787 pontos, subiu1,9%. O índice de Preços (IPBV) subiu0,2%, atingindo 2.356 pontos. O IBV-12 daBolsa Brasileira de Futuros subiu 2,2%com 395.291 pontos no final do pregão. Das87 ações componentes do IBV, 68 subiram,13 caíram, uma permaneceu estável e cin-co não foram negociadas.

No mercado a vista, foram negociadas1.668.015 mil ações no valor de NCzf 107.643mil, 33,3% menor que o movimento dequinta-feira, através do telepregão foramrealizados 3.767 negócios, envolvendo1.374.636 mil ações no valor de NCzf 45.101mil.

, As maiores altas do IBV foram: Ban-co do Brasil ON (27,39%). Banco do Bra-sil PP (23,09%), Mendes Júnior PA(22,10%), Construtora Beter PB (21,36%)e Samitri PP (18,26%).

As maiores baixas do IBV foram: SidInformática PA (11.57%), Agroceres PP(6,52%), Dova PP (32,12%), Barbará PP(4,70%) e Adubos Trevo PP (4,39%).

Das ações que não compõem o IBV:as maiores altas foram: Cevai PS (55,6%).Mueller Irmãos PP (39,80%), Banerj PP(35,12%), Nordon OP (29,03%) e PirelliPneus OP (28,40%).

As maioares baixas foram: FertibrasPP (11,22%), Olma Óleos Vegetais PP(6,28%), Casa Masson PP (4,00%), Pana-tlantica PP (3,57%) e Celulose Irani OP(3,40).

Das ações que compõem o IBV-12: Asmaiores altas foram: Banco do Brasil PP(4,37%) e Copene PA (4,32%).

Ás maiores baixas foram: Supergas-bras PP (5,66%).

São Paulo

S3o Paulo (AG) — No encerramento

da sessão, o Ibovespa desvalorizou-se 0,5%.O volume financeiro retrocedeu 9,8%; atin-gindo NCzf 388.556 mil.

O Ibovespa, descreveu trajetória as-cendente durante quase todo o pregão, re-cuando no fechamento, quando registrou46.110 pontos.O índice médio, 47,186 pontos, evoluiu5,6%.

As ações dos grupos I e II apresenta-ram perdas de 0,1% e 0,6%, respectiva-mente, na média de suas cotações,contribuindo, desse modo, para a queda doIbovespa.

O valor negociado à vista (94,8% do vo-lume geral) alcançou NCzf 368.375,8 mil,declinando 14,5% em comparação ao ve-rificado no último pregão. Desse montan-te, NCzf 364,582,1 mil são relativos anegócios com ações e NCzf 1.512,6 mil aoperações com opções de compra. '

Entre as ações do grupo I, as maioresvariações couberam a Banco do Brasil ON(+ 34,3%) e Belgo-Mineira OP (-1,9%).

Das ações do áhipo IL as que mais seelevaram foram: Pirelli PP (16,6%) e Pi-relli OP (13,6%), as que mais baixaram.Sharp PPA (12,3%) e Agroceres PP.(8,3%).

Transacionaram-se 10 contratos a ter-mo, sobre NCzf 20180,2 mil.

No mercado de opções, realizaram-se11 negócios, envolvendo 10,1 milhões de ti-tulos (10.150 opções de compra). A série demaior volume, Paranapanema PP/feverei-ro/400,00, concentrou, 99,5% do valor elosprêmios. Na abertura'do pregão, esse rrier-cado contava com 211.430 posições emaberto, distribuídas pelos seguintes prazosde vencimento: dezembro (194.990) efeve-reiro (16.440). Dessas posições, as duas sé-ries que detinham maior participaçãoeram: Paranapanema PP/dezem-bro/400,00 (56,5%), corri U9.570 posições, eParanapanema íPP/dezembro/800,00(35,6%), com 75.370 posições.

Fora do CIP, aumento de 700%Brasília (AE) — O

Conselho Interministe-rial de Preços (CIP) po-dera voltar a controlar ospreços de produtos de hi-giene e limpeza nãoabrangidos pela políticade reajustes via câmarassetoriais. O alerta foi fei-to ao presidente do Sindi-cato da Indústria deLimpeza de São Paulo,José João Locoseli, peloministro da Fazenda,Mailson da Nóbrega. Oaumento mais absurdo,

de 700%, foi aplicado so-bre giletes. Mas, depoisda ameaça do ministro, aindústria voltou atrás.

Locoseli comprome-teu-se a levar o alerta àsindústrias e pedir ainda,colaboração com o go-verno. O ministro da Fa-zenda frisou a Locoseli aimportância do auxíliodo setor para que o go-verno Sarney consiga en-tregar para o governoCollor de Mello uma eco-

INDICADORESA partir do \? do julho, portaria do Miniilorio da Fazenda torna constante o

fator do convenão de cruzados, para cruzados novos (lablita). A conversão deveser realizada em obrígaçõos com cláusulas do correção monetário prefixada, ousom cláusula do correção, contraídas em IP do jonoiro do 1998 o 15 do jonoirodo 1989.

Basicamente, este instrumento sorá aplicado sobre todas as dividas rofarentesà aquisição do bons duráveis do consumo {eletrodomésticos, automóveis, otc.) e decrédito pessoal obtido na rode bancária, ondo Iodas as prestações já oram co-nhocidas.

A aplicação do fator de conversão não valo porá obrigações tributários, con-tas do água, luz, telefone, esgoto e gás, nem para mensalidades de escolas, clu-bos, associações e despesas condominiais.

Fator de conversãoCruzado para Cruzado Novo

2.128,6935

CUSTO DE VIDA/INFLACAOMESES

SetembroOutubroNovembro

ICV-BELEM

37,39%

45,83%

IPC(INFLAÇÃO)

35,95%37,62%41,42%

Salário mínimo

Valor de

Referência

Maior

Pará

BTN

Poupança

Aluguel <

Aluguel

semestral

Contribuição

para o lopas:Empregada

Patrão

Selembro

48,13

37,64

2,6956

36,63%

265,21%

265,21%

Outubro

NCzS 381,73

NCzS 65,46

NCzS 51,19

3,6647

38,31%

396,49%

396,49%

NCzS 27,17

NCzS 40,75

Novembro

NCzS 557,33

NCzS 90,07

NCzS 70,44

5.0434

42,13%

583,26%

583,26%

BTN Fiscal (21/12/89)

Dezembro

NCzS 788,18

NCzS 127,36

NCzS 99,60

7,1324

866,29%

645,21%

9,3684

JUROS

Libor (3m): 8 3/8 Prime: 10,5

UNIDADE FISCAL

Eslodo: NCzS 34,50Belém: NCzS 36,37

Barcarena: NCzS 3,89Ananindeua: NCzS 26,39

MERCADOSDÓLAR - NCz$

Compra VendaOficial NCzS 10,084 NCzS 10,135Paralelo NCzS 19,50 NCzS 22,50Turismo NCzS 18,00 NCzS 21,00

OUTRAS MOEDAS

Coroa Dinamarquesa.Coroa Norueguesa....Coroa SuecaDólar CanadenseEscudoFlorímFranco BetgaFranco Belga Finonc.Franco Francês.....Franco SuíçoYenLibraUraMarco.....PesetaXelim

Compra Venda Repasse Cobertura1,4420 1,4517 1,4442 1,45021,4593 1,4692 1,4615 1,46771,5570 1,5672 1,5594 1,56568,4245 8,4805 8,4374 8,4719

0,063951 0,064549 0,064049 0,0644834,9794 5,0112 4,9870 4,0061

0,26766 0,26942 0,26807 0,269140,26686 0,26868 0,26727 0,268411,6469 1,6582 1,6495 1,65666,2642 6,3060 6,2738 6,6566

0,067971 0,068425 0,068075 0,06835615,690 15,794 15,714 15,778

0,0075668 0,0076176 0,0075784 0,00760995,6221 5,6592 5,6307 5,6536

0,087379 0,088028 0,087512 0,0879380,79603 0,80276 0,79725 0,80194

OURO

Brasil (Grama/Cz$) Compra Venda

Sofro NCzS 267,00 NCzS 268,00Ourobraz —Eldorado —

EXTERNO(Onça (31g) x US$)

Cidade Cotação (NCzS)Londres 412,40Poris 412,20Zurique 413,50Hong Kong 413,05Nova York:Hondy and Harman 412,40Engelhard:Refinado 434,44Bruto 413,75

nomia administrável. As-sessores de Mailsondisseram que este tipo deapelo e a ameaça do CIPserão repetidos a outrossetores que venham apraticar aumentosabusivos.

Este tipo de posturajá foi adotada por Mail-son, na semana passada,com as indústrias de ali-mentação, durante reú-nião mantida comEdmundo Klotz, presi-dente da entidade, querepresenta o setor. Aárea de alimentos estavapraticando aumentosmuito elevados sobreprodutos que não sãoatingidos pelo controledas câmaras setoriais.Os itens controlados poraqueles organismos es-tão recebendo reajustescompatíveis com a atualaceleração inflacionária.

MercadoExterno

AçúcarNova York — Fecha-

mento do açúcar em NovaYork. Contrato 11. Mercadoem baixa. Volume 4.344 con-tratos.Jan 12,76 13,70Mar 13,07 13,62Mai 13,10 13,61Jul 13,06 13,49Out 12,81 13,15Mar 12,31 12,63

AlgodãoNova York — Fecha-

mento do algodão em NovaYork. Mercado em baixa.-Volume 3.500 contratos.Mar 66,86 67,47Mai 67,60 68,20Jul 67,50 68,08Out 64,25 64,78Dez 62,85 63,40Mar 63,52 64,02

Cacau"?•' Nqv,ajYork *-g'Fecha-

mento do 'cacau em NovaYork. Mercado em alta. Vo-lume 2.920 contratos.Mar 918 915Mai 922 919Jul 934 932Set 954 953Dez 978 978Mar 997 993Mai 1007 1006

MadeiraChicago — Mercado de

madeira em Chicago. Volu-me 385 contratos.Jan 190,60 190,60Mar 193,40 193,60Mai 195,70 195,70Jul 197,50 197,30Set 197,10 197,10Nov 194,50 194,10Jan 196,00 195,50

MilhoChicago — Fechamento

do milho em Chicago. Emcentavos de dólar porbushel.Mar 238 te 2383/1Mai 2431/4 243'/zJul 247 Va 247VaSet 245% 246%Dez 252'/2 247Mar 257'/) 253 >,2

PrataNova York — Fecha-

mento da prata em NovaYork. Mercado em alta. Vo-lume 10.000 contratos.Dez 554,8 552,7Jan 556,6

' 554,8

Fev 560,3 558,5Mar 564,8 563,0Mai 572,9 570,5Jul 581,0 579,1Set 589,1 587,0Dez 600,9 598,5Jan 604,5 602,1Mar 612,7 610,4Mai 620,9 618,5Jul 629,6 627,1Set 638,7 636,1

SucoNova York — Fecha-

mento do suco de laranjaconcentrado em Nova Yotk.Mercado em alta. Volume3.000 contratos.Jan 134,50 132,45Mar 136,25 133,20Mai 135,00 132,80Jul 135,00 133,10Set 133,50 131,20Nov 132,10 130,60

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*S%&Êète**flOBinformações objetivas

Rua Ó de Almeida, 780, Reduto, CEP 66030,Tel. (091)224-9508, Belém, PA.

Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989 O LIBERAL ECONOMIA 17

Combustíveis têm aumento médio de 39%( "Jeitinho"

nos Estados!;e municípios

Brasília (AJB)—Os go-vernadores e prefeitos en-contraram uma forma bas-tante eficaz de burlar a re-

, solução 1.469 do ConselhoMonetário Nacional (CMN),

ãue proibiu o aumento do en-

ividamento dos Estados emunicípios através da con-tratação de empréstimo jun--ito ao governo federal: a

-lemissão de titulos das divi-, ,das estaduais e municipais.

O resultado é que a dívidapública dos Estados e muni-cipios, através de aprovaçãodo Senado, teve um cresci-mento real (acima da infla-ção) de 9,07% em novembro,contra um crescimento realde 2,7% dos títulos públicos

.federais.O presidente do Banco'Central, Wadico Bucchi, ex-"plicou que o banco não tem'qualquer responsabilidade

sobre essa emissão. Segun-do ele, apesar do pedido deaumento de emissão de ti tu-los ter que ser analisado pe-

_ Io BC e pelo CMN, somenteo Senado tem poder de apro-var ou vetar esse aumentode endividamento. A Direto-ria de Dívida Pública do BCfaz o registro da divida e in-'"forma ao CMN que apenasencaminha o assunto para oSenado. Por essa razão, coma concordância do ministro

, da Fazenda, Mailson da Nó-brega, a questão não irá

: mais para a reunião do con-selho, passando diretamen-

Ate para deliberação doí Senado.'¦ O Banco Central divul-¦' gou ontem também o com-':. portamento dos meios de

pagamento (dinheiro em po-der do público mais depósi-tos à vista) em novembro,que registraram uma con-- tratação real em relação ao

i mês anterior. Pelo conceito''de medidas diárias, os'' meios de pagamento cresce--, ram 37,3%, sendo que o di-

i nheiro em poder do públicocresceu em 40,9% e os depó-sitos à vista, 35,4%. Isto sig-

li nifica uma expansão menor.; do que a inflação do mês, de

41,42%, o que demonstra queo público preferiu manter odinheiro aplicado.

SFH pode terrombo semprecedentes

São Paulo (AG) — Osagentes paulistas de Crédi-to Imobiliário e Poupançaprevêem para 1996 um rom-bo sem precedentes no Sis-tema Financeiro da Habita-ção (SFH), por conta do pi-co das obrigações do FCVS(Fundo de compensação dasVariações Salariais). Vai seconcentrar no biênio 96/97 ogrosso da cobertura, porparte do FCVS, da diferençaentre a evolução (a menor)das prestações e o cresci-mento (maior) dos saláriosdos mutuários e dos encar-gos do sistema, que remune-ra mensalmente a caderne-ta de poupança e reajustaapenas anualmente a casaprópria.

É justamente paraamenizar o impacto desseacerto de contas — provoca-do pela política de subsídiosconcedidos ao então BNH —que a Associação das Em-presas de Crédito Imobiliá-rio e Poupança do Estado deSão Paulo (Acresp) defendeurgência na aprovação demedidas que estimulem ogiro da carteira atual de fi-nanciamento,. entre elas odesconto de 50%'no saldo ca-so haja quitação antecipadado contrato e igual reduçãopara as transferências entremutuários.

A retirada dessas medi-das da pauta do CMN ontem,intranqüilizou os agentes.Levantamento da Acresp so-bre a atual situação dasprestações do SFH indicaque 57,25% dos quase 1,5 mi-lhões de mutuários ativospagam até NCzf 100.

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Brasília (AJB) — O ConselhoNacional do Petróleo anunciou, on-tem à noite, o décimo-sexto aumen-to do ano nos preços dos combus-tíveis, de 39%, em média, que vi-gora desde a zero hora de hoje. Sãoos seguintes os novos preços:

O litro da gasolina passou deNCzf 4,30 para NCzf 5,94, com umaumento de 38,1%; o do álcool hi-dratado passou de NCz$ 3,23 paraNCzf 4,46, com reajuste de 38%; odo óleo diesel, com aumento de39,2%, passou de NCzf 2,09 paraNCzf 2,91; o litro do querosene ilu-minante passou de NCzf 2,41 para

NCz$ 3,37, com aumento de 39,8%;o litro do óleo combustível tipo Apassou de NCzf 0,8711 para NCzf1,2021, com aumento de 37,9%; o doóleo combustível tipo B, reajusta-do em 38%, passou de NCzf 1,0826para NCzf 1,4940; o botijão de 13quilos do gás liqüefeito de petróleosofreu reajuste de 42,4%, passan-do de NCzf 21,76, no posto revende-dor, para NCzf 31,00, e de NCzf24,37, no domicílio do consumidor,para NCz$ 34,72; a aguarrás mjne-rai, em litro, passou de NCzf 2,26para NCzf 3,1276; o asfalto tipo85/100, em quilo, passou de NCzf

0,79 para NCz$ 1,0954; o litro doquerosene de aviação subiu deNCz$ 1,31 para NCzf 1,81; e o litroda nafta petroquímica passou deNCzf 0,60 para NCzf 0,8477.

A relação entre os preços doálcool e da gasolina permanece em75%. Para a decisão do aumentocontribuíram a taxa cambial, osfretes rodoviários e ferroviários, ossalários (índice de Preços ao Con-sumidor), a correção monetária,também definida pelo IPC, e asembalagens para óleos lubrifi-cantes.

Medidas burocratizantes paraevitar possibilidade de fraude

Brasília (AE) — O Banco Centraldivulgou ontem as novas regras para ofechamento de câmbio em operaçõesde importação. A medida, baixada naforma de circular do BC, estabelece queos importadores depositem os recursosequivalentes à compra quinze dias an-tes da data prevista para a remessa dosdólares ao exterior. Assim, as autorida-des ganharão tempo para checar deta-lhadamente toda a documentaçãoexigida neste tipo de operação, o quelhes permitirá evitar fraudes como asrecentemente descobertas que causa-ram perdas de USf 360 milhões ao país."Com a medida, a possibilidade defraude fica próxima de zero", afirmouo diretor da Área Externa do BC, Ar-min Lore. Segundo ele, as novas regrassão burocratizantes e devem aumentaro trabalho dos bancos e do próprio go-verno, mas trata-se do único instrumen-to capaz de restringir fraudes àdisposição neste momento. "É uma in-conveniência passageira", definiu Lore,afirmando que esse critério irá vigoraraté que os sistemas automatizados pa-ra conferência de documentos sejamimplantados pelo controle das impor-tações.

As novas regras entram hoje em vi-gor e contemplam todas as importações

com prazo de até 360 dias. Parcelas nãofinanciáveis de importações pagáveisa prazo superior a 360 dias igualmentedeverão obedecer o mesmo critério. Osdepósitos em contratos novos feitos noBC, ao longo dos quinze dias, serão cor-rígidos segundo a variação da taxacambial de cobertura fixada para amoeda no boletim de taxa de câmbio doBC. Sobre os depósitos, portanto, não se-rá creditado nenhum juro como formade remuneração.

Em sua última reunião neste ano,o Conselho Monetário Nacional (CMN)autorizou ontem as Caixas Econômicasdo Estados de Goiás, Minas Gerais eRio Grande do Sul a aplicarem recur-sos captados junto a clientes em ti tu-los públicos federais. Isso significa queessas instituições, agora, estão aptas alançarem todos os produtos — tais co-mo fundos de curto prazo — cuja remu-neração varia segundo as taxas do over..O CMN também autorizou o Banco doEstado de São Paulo a abrir escritóriode representação em Moscou, HongKong e Bruxelas, além de permitir que |o banco transforme seu escritório emiWashington em agência bancária.

Outra medida aprovada pelo CMNconcedeu ao banco Safra autorização

para transformar seu escritório emCayman em subsidiária. Para isso o Sa-fra irá integralizar à nova empresa re-cursos da ordem de USf 20 milhões,cuja transferência será feita na formade compensação cambial em ouro juntoao Banco Central, caso do Banespa. Tb-da transferência de capital às novasinstlilações se fará através de realoca-

, çãd de recursos que a instituição man-' tém no exterior.61 Através de voto apresentado pelo'BC, ainda, o CMN referendou novas ai-gerações na resolução 1.551, que trata' das exigências a que estão obrigadas as1 instituições financeiras quanto a forma

; qué'deverão apresentar seus demons-¦j tratívos contábeis para controle do BC.''As novidades neste item foram a inclu-são das sociedades de crédito imobiliá-rio (agentes de poupança) nasexigências até então feitas a outras ins-: tituições, e a fixação de valores e pra-' zos para o recolhimento de provisõespara crédito de dificil recebimento (oucréditos duvidosos). A Comissão de Va-lores Mobiliários (CVM) enviou votoque foi acatado pelo Conselho, instituin-do a<correção monetária sobre as con-tribuições que recolhe das empresasassociadas.

Mailson critica as desigualdadesBrasília (AJB) — A última reunião

do Conselho Monetário Nacional(CMN), realizada ontem, serviu nãoapenas para um balanço da situaçãoeconômica, mas para o reconhecimentode que o país não pode mais esperar pormudanças sociais. "Todos reconhecema necessidade de reduzir o nível das de-sigualdades sociais. Ê preciso fazer asreformas que o país reclama", profeti-zou o ministro da Fazenda, Mailson da¦Nóbrega, recebendo o apoio unânime

,dos conselheiros.O tema inflação dominou a discus-

são entre os participantes do CMN. As-sessores de Mailson, reproduzindo aspalavras do ministro, afirmaram que"a inflação está muito, muito alta". Oministro insistiu, porém, em que a eco-nomia continua sob controle graças àindexação. "O ano terminou bem", re-sumiu o ministro, aproveitando paralembrar aos membros do Conselho Mo-netário que, apesar das previsões dos"catastrofistas", as eleições presiden-ciais transcorreram em' "clima de nor*malidade". Assim, interpretou, acabouse confirmando o cenário mais otimis-

ta, contrariando os que previram, emmeados deste ano, a "explosão daeconomia".

Na análise feita pelo ministro, du-rante a reunião, a inflação, mesmo emnível elevado, não chegará ao descon-trole. "A situação, no entanto, é preocu-pante. Mas não se configurará umasituação de descontrole", insistiu. Elepreferiu falar das desigualdades sociaisexistentes no país, aproveitando o apoiodos'conselheiros': "Precisamos reagiraos Inaceitáveis níveis de pobreza emiséria". -• •¦ i ,ii -¦¦•-. im .- .a -

Da esquerda para a direita,após a assinatura dos con-tratos, uma foto conjunta dosempresários da construçãocom dirigentes da CEF:Fátima Conceição Ferreirade Aguiar, Francisco Batis-ta. Marcos Oliveira, Sra. He-lena Gomes, Manoel Maués(Orlando Maués Constru-ções), Fernando Carnut Re-go (M & V Construtora Pia-nejamento Ltda), AdemildoCavalcanti Costa, RaphaelLevy (Endeco Engenharia),Flávio Lobato (Endeco En-genharia), Luis GuilhermeChaves, Guilherme Castilho,Emanuel Simões, Paulo Pi-nho, Francisco Oliveira (En-deco Engenharia), Luiz Car-los Leite Ruffeil (M & VConstrutora Planejamento).

CEF libera mais recursos parao setor da construção civil

Dando continuidade à sua política habitado-nal para a construção de mais casas e apartamen-tos em Belém, a Caixa Econômica Federal doPará assinou três novos contratos de financiamen-to com o empresariado do setor da construção ci-vil, colaborando assim de maneira decisiva paraa diminuição do "déficit" habitacional, aumentoda oferta de empregos e o crescimento da com-pra de materiais e insumos no mercado para aconstrução dos novos empreendimentos financia-dos no ano que vem.

Ao todo a Caixa Econômica como agente fi-nanceiro do SFH injetará no meio circulante pa-raense, a quantia de NCz$ 44.253 milhões (ou

616.000,00 VRF), pelo Plano Empresário para aconstrução de 180 unidades habitacionais (casase apartamentos). Os contratos foram assinadospelo Sr. Ademildo Cavalcanti Costa, Superinten-dente Regional da Caixa Econômica Federal doPará, com as empresas ENDECO ENGENHARIA(para a construção dè 114 apartamentos do Edifí-cio "Guilherme Coutinho", na Av. Visconde deInhaúma-Marco), ORLANDO MAUÉS CONS-TRUÇÕES (para a opnstrução de 60 apartamen-tos do Edifício "Viltefranche", na Trav. Mariz eBarros — Marco) é% M. V. CONSTRUTORA (pa-ra a construção de 06 casas do Residencial Pinhei-ros, na Rua Dr. Manoel Barata — Icoaracy).

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Sonegadores realizam umverdadeiro saque ao Tesouro

Brasília (AG) — Muitas das empre-sas incluídas na lista de sonegadores daReceita Federal estão levando a cabo umverdadeiro saque aos cofres do Tesouro.Elas não só figuram entre as 50 princi-pais no seu setor de atuação — segundoo balanço anual de 1988 — mas são tam-bém algumas das grandes exportadorasdo país. Como tal, as empresas tiramproveito de subsídios e incentivos conce-didos pelo governo embora se neguem acumprir as leis ou contribuir para me-lhorar a situação dos cofres públicos.

A CR. Almeida, por exemplo, apa-rece entre os 15 principais grupos priva-dos nacionais, com cerca de 6.500funcionários e um lucro nominal de USf308 milhões, antes da correção monetá-ria, no ano de 87. O grupo, que não pagaImposto sobre Produtos Industrializados(IPI) ou os Impostos de Importação, atuanão só na área de construção pesada mastambém em agropecuária, mineração eturismo — onde recebe subsídios do go-verno e no setor de transportes.

Esse também é o caso da Fama Fer-ragens — terceira no "ranking" das in-dústrias de ferragens para exportação —que em 87 teve um lucro líquido em tor-no de Czf 24,2 bilhões (cruzados velhos),mas não pagou IPI ou Imposto de Ren-da pessoa jurídica.

Os frigoríficos, tais como o mineiroIrmãos Nogueira, ou os riograndenses,Extremo Sul e Vacarense, estão entre 40

principais do país. O Extremo Sul, porexemplo, teve um lucro bruto de Czf 124,2bilhões (cruzados velhos) em 87 e foi umdos poucos frigoríficos brasileiros queconseguiu colocar seus produtos no mer-cado externo quando tanto europeus co-mo americanos recusaram a carne bra-sileira por conter um dosagem excessi-va de hormônios.

Tanto os frigoríficos como as empre-sas que atuam nos setores agropecuárioe reflorestamento madeireiro recebemdiversos tipos de subsídios e incentivos,principalmente aquelas que colocamseus produtos no mercado externo e con-tam também com o Befiex.

Além disso, as empresas que se dis-puseram a atuar na região Norte ou emalgumas áreas do Estado do Mato Gros-so e Ibcantins recebem as mordomias doFinor e do Finam, que entre outros be-nefícios subsidiam créditos e importaçãode bens de capital ou insumos por pra-zos de 10 anos e sem o devido acompa-nhamento do projeto financiado. Nessecaso podem estar as madeireiras Icopal,Laminort, Lumber Moss, Colorado, Mu-sa, Amazônia e outras, além das Agroin-dústrias Nativo e Grupia, Mogno, Agro-química, Elba entre as muitas incluídasna lista da Receita por sonegar Impostode Renda pessoa jurídica e alguns outrostributos como o Finsocial ou aqueles re-colhidos dos empregados mas jamais re-passados aos cofres públicos.

Preços de passagens aéreasterão a validade de um ano

Brasília (AE) — O valor das passagensaéreas terá validade por um ano e sua cor-reção deixa de ser mensal, como ocorreatualmente. Portaria do Ministério da Ae-ronáutica, alterando os prazos de correção,deve ser publicada hoje no Diário Oficial daUnião (DOU) e entra em vigor dentro de 45dias. Este prazo, segundo o Ministério é pa-ra que as companhias aéreas se adaptem ànova regra. A medida, de acordo com o Mi-nistério da Aeronáutica, procura proteger ousuário de transportes aéreos que no ato dacompra do bilhete paga por ele seu valorreal. Para evitar os reajustes, os usuáriosjá vêm utilizando o expediente de comprarpassagens para cidades próximas, usandosua cidade de origem como escala para ai-cançar localidades mais distantes, com es-se expediente, conseguem validade de umano para os preços dos bilhetes. O primeiro

trecho da viagem não chega necessariamen-te a ser realizado, mas a empresa é impe-dida de corrigir o valor do trecho seguinte.

E alterada também a liquidação do sal-do devedor, no caso de passagens interna-cionais. O pagamento, que podia se feito ematé 10 prestações com 20 por cento de entra-da, passa a ter até 20 meses de financiamen-to. Para as prestações de passagensdomésticas, os prazos continuam os mes-mos. Ou seja, dez meses para pagamento e20 por cento do valor total como entrada. Autilização de cartões de crédito para com-pra de passagens, tanto as nacionais comointernacionais, continua sendo facultativapara as empresas.

As passagens aéreas tiveram reajustesde 1.260 por cento entre janeiro e novembrodeste ano, enquanto isso, a inflação, no mes-mo período, foi de 1.114 por cento.

Exportadores' querem adesvalorização da moeda

Rio (AE) — Os empresários exportado-res brasileiros já elaboraram uma lista deexigências de caráter econômico para fazerao presidente eleito no último dia 17, Fernan-do Collor de Mello. Querem, de imediato,uma desvalorização da moeda brasileira pa-ra reduzir defasagem cambial, a reduçãodos tributos incidentes sobre os produtos ex-portados e dos custos portuários, além deuma dotação orçamentária específica parafinanciar as vendas de bens duráveis e nãoduráveis para o exterior. Embora reconhe-çam que Collor de Mello terá problemascom a inflação se tomar estas medidas, osprodutores de bens para exportação acredi-tam que esta é a única forma de combatera séria crise cambial, prevista para o pri-meiro trimestre deste ano, cujo primeiro re-flexo são as quedas nas vendas ao comércioexterior.

O presidente da Associação do Comer-cio Exterior do Brasil, Vinicios Pratini deMoraes, assegura que, até o momento, o sal-do da balança comercial do país está sendomantido na "base" de segurar as importa-ções. O raciocínio leva a esperar que, apósa posse, o novo presidente reveja a políticaeconômica externa, caso contrário as expor-tações de produtos brasileiros continuarãono mesmo ritmo de queda livre observadoeste ano. Os economistas da AEB prevêempara o final deste ano um saldo da balança

comercial inferior em US$ 3 bilhões ao re-gistrado no ano de 1988.

O superintendente da AEB, Délio Sei-xas, estima para este ano um saldo da ba-lança comercial de US$ 16 bilhões (FOB)contra os USf 19 bilhões (FOB) do ano de1988. Já as exportações em 1989, estimadasem USf 34 bilhões, se situou nos mesmos ní-veis observados no ano passado. Em contra-partida, o país deve fechar o ano comimportações de diversos produtos de ordemde US$ 18 bilhões. Apenas em petróleo, o paísimportou USf 3,32 bilhões. Os empresáriosexportadores se queixaram, ainda, dos cor-tes nas verbas de financiamento para a co-mercialização de produtos no exterior, queem apenas um tipo de subsídio — o previs-to na resolução 68 do Banco Central — foireduzido em 0,78%. Passou de USf 1,2 bilhãopara US$ 778 milhões.

"A queda nas exportações de todos osprodutos este ano, particularmente nos se-tores têxteis, de calçados e automobilístico,foi atribuída por Pratinni de Moraes a umaredução destas atividades até que o gover-no aplique a receita clássica de desvalori-zação cambial. Enquanto os produtores desoja devem fechar o ano com exportaçõesda ordem de US$ 3,7 bilhões, o setor têxtilterá receita com o comércio exterior de USf1,2 bilhão e o de calçados USf 1,1 bilhão.

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18 INTERNACIONAL OUBERAL Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989

De 3 a 4 mil mortos na repressão romenaAlemanhasjá trocam

espiõesBonn (AP) — Os dois Esta-

dos alemães iniciaram uma tro-ca de espiões condenados,disseram, ontem, funcionáriosdo governo.Segundo essas fontes, quenão quiseram ser identificadas,a Alemanha Oriental começou alibertar uns 25 reclusos ociden-tais, alguns dos quais cumpriampenas de prisão perpétua.A Alemanha Ocidental li-bertará por sua parte quatro ex-agentes comunistas, inclusiveMargret Hoekc, ex-secretária dopresidente alemão Richard VonWeizsaecker, e Elke Falk, ex-secretária do gabinete dochanceler.

O perdão das duas mulhe-res foi anunciado ontem por umporta-voz .do presidente Weiz-saecker. As duas mulheres jádisseram que não querem serentregues a Alemanha Orientale não serão obrigadas a sair daAlemanha Ocidental.

Os funcionários de seguran-ça nao revelaram os nomes deoutros agentes que vão 'ser 11-bertados.

O primeiro-ministro comu-nista, Hans Modrow, e o chance-ler alemão ocidental, HelmutKohl, disseram anteontem emDresden depois de terem se en-trevistado que há planos para li-bertar o maior número possivelde presos políticos antes do Na-tal, inclusive, aparentemente,vários espiões condenados.

Iugosláviatem reforma

monetáriaBelgrado (AP) — O Parla-

mento adotou ontem uma refor-ma monetária destinada apermitir a conversão do dinar,como parte de um amplo pro-grama de reestruturação econô-mica e política apresentado peloprimeiro-ministro AnteMarkovic.

Com a medida, a Iugosláviase torna o primeiro pais da Eu-ropa Oriental a contar com umamoeda conversível.

A Câmara também adotouum projeto-de-lei sobre contro-les de preços para os principaisprodutos básicos e serviços.

Enquanto o Parlamentoaprovava o programa economi-co do governo, no último dia desessão, 650.000 trabalhadores sedeclararam em greve de adver-tência como forma de protestocontra as medidas de auslerida-de. Os sindicatos de Belgradodisseram que a greve de meiahora era para advertir o gover-no federal no sentido de prestarmaior atcnçqo àpopulaçpp e/p-pobrecida que, ségundoeíes, te-rá seus baixos níveis de vidareduzidos ainda mais com as re-formas.

O programa de Markovicestabelece um congelamento sa-larial de seis meses e tambéma criação do dinar conversível,junto com outras reformas eco-nômicas e políticas que tem co-mo objetivo tirar o país daestagnação atual.

O programa, que requer aaprovação da legislatura, tam-bém pretende acabar com ossubsídios estatais às compa-nhias deficitárias, acarretandoa demissão de, pelo menos,150.000 trabalhadores.

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Nicolnc Ccausescu fala numa cadela de televisão romena sobre a repressão em Timisouro.

Ceausescu admite que houverepressão mas omite mortes

Berlim Oricntul (AFP) — Entre3.000 e 4.000 pessoas morreram duran-te a sublevação popular na cidade ro-mena de Timisoara, anunciou ontem ànoite a agência alemã-oriental ADN,que cita cidadãos romenos residentesna RDA.

De acordo com essas testemunhas,que puderam telefonar a seus parentesna Romênia, os mortos de Timisoaraforam levados para os arredores da ci-dade e enterrados em fossas comuns.

O centro de Timisoara estaria com-pletamente destruído, segundo a ADN,que acrescentou que os soldados e uni-dades especiais da policia golpearambrutalmente as pessoas detidas na pra-ça do mercado da cidade.

Sempre segundo as testemunhas,os soldados dispararam contra crian-ças, mulheres e até contra mulheresgrávidas. Um oficial e dois soldadosnegaram-se a abrir fogo contra os ci-vis e foram mortos.

As testemunhas falam também delevantes populares em Oradea, Cluj,Prásov, Buzav, Sibiu, Bistriza, Critici,Constahza e outras cidades.

Em certos casos, os militares te-riam disparados também contra a mui-tidãQ,aípartir de helicópteros, afirmaa agência alemã-oriental.

f Novas manifestaçõesVatin, Iugoslávia (AFP) — Novasifestações ocorreram ontem em Ti-

irâ, onde es.tá em vigência um to-le recolher desde as 20h00 ás 05h

(hora local), segundo vários viajantesocidentais que chegaram ontem a Va-tin, (posto fronteiriço situado do lado iu-goslavo).

Embora até agora se autorizasse osviajantes estrangeiros a atravessarema cidade, turistas soviéticos assinala-ram a T^FP em Vatin que o acesso a Ti-misoara:foi proibido pelo exército porvolta das, 15h locais (llh hora de

Brasília).Segundo dois caminhoneiros italia-

nos, os operários da fábrica Autotu-rism, situada nos subúrbios deTimisoara, saíram de seu trabalho on-tem de manhã e se dirigiram ao cen-tro da cidade.

Os manifestantes descolaram e pi-saram nos retratos de Nicolae Ceauses-cu gritando "liberdade, liberdade",precisou a mesma fonte.

Durante a tarde, de acordo comdois estudantes gregos interrogados pie-la AFP em Vatin, cerca de dez mil ma-nifestantes se concentraram no centrode Timisoara, na presença de numero-sos soldados e carros blindados."Estamos dispostos a morrer", gri-taram os manifestantes. As 14h locais(lOh Brasília), quando esses estudan-tes sairam de Timisoara, as forças daordem ainda não haviam intervido.

Em Budapeste se informou queuma alta autoridade militar romena re-conheceu pela primeira vez que as For-ças Armadas de Timisoara e dosarredores foram colocadas em Estadode alerta reforçado, segundo uma fon-te militar húngara citada pela agênciaMTI.

O chefe do Estado-maior húngaro,general Laszo Borsits, chamou por te-lefone duas vezes ontem o chefe doEstado-Maior romeno, general NicolaeEtimescu, que lhe deu esta informação,de acordo com o porta-voz do Ministé-rio húngaro da Defesa, coronel GyorgyKeleti. O oficial romeno precisou queesta decisão foi tomada para protegeros quartéis e a segurança das tropas.

As forças militares receberam aordem de disparar sem aviso préviocontra qualquer concentração de maisde cinco pessoas, indicou por sua vez àAFP uma iugoslava que voltou de Ti-misoara.

"Agora se fala de mais de 3.000mortos, mas é impossível verificar es-sa cifra. Os corpos se encontram nohospital central e no hospital militar, eestes, como os cemitérios da cidade, es-tão vigiados pelo exército que proíbe oacesso aos mesmos", afirmou a mesmafonte.

Esta iugoslava, testemunha dosacontecimentos dos últimos dias, disseque Timisoara se acha praticamenteem estado de greve geral, já que asprincipais empresas da cidade parali-saram o trabalho.

O consulado iugoslavo aconselhoua esta mulher que abandonasse a cida-de o mais rápido possivel, pois os ope-rários da fábrica Solventu ameaçaramexplodir os depósitos de produtos infla-máveis em sua posse.

Durante os últimos dias ocorreramcenas "absolutamente inimagináveis"em Timisoara, acrescentou essa fonte,afirmando que a repressão do exércitose tornou violenta depois que um tan-que foi queimado anteontem pelos ma-nifestantes, perto do hospital central."Então, os militares dispararamem todo mundo inclusive nas pessoasque se achavam em suas janelas e pou-co depois veio a polícia secreta (Secu-ritate) levar os corpos", acrescentou.

Para protestar contra a impossibi-lidade de enterrar seus mortos, cercade 5 mil pessoas se manifestaramsegunda-feira passada diante da cate-dral, com uma vela na mão, mas foramdispersadas por tanques que atiraramcontra a multidão, acrescentou a iu-goslava.

Durante o dia de ontem ocorreramvárias ações de protesto simultâneascuja dimensão não foi determinada nascidades de Giurgiu, Bacu, Calarasi,Brashov, Arad e Oradia, afirmou amesma fonte.

Viena (AP) — O presidente NicolaiCeausescu admitiu que as forças militarestiveram que intervir contra os manifestan-tes para restaurar a ordem pública. Em umdiscurso de 25 minutos, pela cadeia de rá-dio e televisão — horas depois de ter retor-nado de uma visita de três dias ao Irã — elenão fez qualquer menção às mortes em Ti-misoara. Mas disse que o Exército teve deintervir para restabelecer a ordem por cau-sa da agitação "provocada por grupos rea-cionários fascistas que querem acabar coma independência e impedir o socialismo naRomênia"."Eles querem destruir as instituições

públicas, comércio e unidades militares. Es-tão trabalhando com o apoio de círculos im-perialistas, reacionários e centros deespionagem para fomentar o descontenta-mento. O objetivo é provocar a desordem ecriar condições para a divisão territorial daRomênia, de sua independência e de sua so-berania. São ações antinacionais e terroris-tas", acrescentou o presidente.

Ceausescu acusa Budapeste de querermodificar a fronteira para ter novamente aregião da Transilvânia — que esteve em po-der húngaro durante século — e foi devolvi-da à Romênia pelo Tratado de Trianon, em1920.

Estudantes narram massacres nas ruas

Papa manifesta "tristeza"Cidade do Vaticano (UPI) — O papa

João Paulo II manifestou ontem "profundatristeza" com a violência na Romênia e dis-se esperar que este país da Europa Orien-tal possa desfrutar pacificamente

"os

direitos humanos, civis e religiosos".

mos as notícias sobre mortos e feridos emalgumas cidades romenas", declarou JoãoPaulo II, acrescentando: "Eu estou rezan-do para que Deus receba as almas dessasvitimas que perderam a vida no momentoem que o mundo cristão começa a comemo-

¦ rar o nascimento do Senhor, a quem nós cha-O Sumo Pontífice fez a declaração em mamos de Príncipe da Paz'.'.' ¦",',".;.,;.-.' VirvsuáiradicionàTâudiêhciá geral cbtn seis mil ¦ ¦ • •** «eu quero desejar a todos ros cidadãos >,'.

peregrinos e turistas no auditório Paulo VI, n*"ii'aa amada nação rpmeiia unia coexistência .no Vaticano. ._, ; ,,„h„harmoniosa entre seus conriiJonèntes étnicos'¦'"Deus abençoe a Romênia", disse o pa- que possa favorecer os direitos humanos, ci-pa ao final de seu rápido comunicado. vjs e religiosos e garantir as liberdades fun-"Com profunda tristeza nós todos ouvi- damentais", afirmou João Paulo II.

Decretado "estado de sítio"

Atéifas (AP) — Estudantes gregos,que regressaram a Atenas vindos daRomênia, disseram ontem que cente-nas de manifestantes romenos desar-mados foram mortos a tiros pelasforças de segurança do país.

Os estudantes, que pediram paranão ser identificados, contaram que asforças romenas dispararam indiscrimi-nadamente contra uma multidão de-sarmada e médicos foram obrigados aamputar os membros de vários feridos.

Um dos estudantes confirmou queas manifestações de Timisoara contrao regime do presidente Nicolai Ceau-sescu começaram para impedir que apolícia invadisse uma igreja para pren-der um religioso dissidente."Os problemas mais graves come-çaram na noite de sábado. A princípioescutamos gritos de, "queremos liber-

dade" e "abaixo Ceausescu". Logo de-pois escutamos tiros que durante todaa noite", contou uma estudante. "No do-mingo, no centro, havia vidros quebra-dos por todos os lugares e livrariasqueimadas com posters rasgados deCeausescu e automóveis virados. OExército tomava conta da cidade deuma ponta a outra", acrescentou.

Ela disse que estava na rua, quan-do começou a matança: "Na frente damanifestação estava um casal que le-vava uma criança bem pequena. Osmanifestantes diziam palavras de or-dem, cantavam e exortavam a popula-ção a juntar-se à marcha mas ossoldados já colocavam os dedos nos ga-tilhos. E aí começaram a disparar in-discriminadamente"."No início atiravam contra os ma-nifestantes, mas logo depois começa-

ram a disparar em todas as direções.Vi várias crianças mortas".

Outro estudante que participou dasmanifestações de domingo disse quehavia cadáveres por todas as partes."Por um momento cheguei a pensarque eu era a única pessoa com vida na-quele inferno. Tanques, metralhadoras,soldados, todos disparando contra aspessoas desarmadas. Nem me lembrocomo conseguir sair de lá. Das oito danoite à oito da manhã, escutamos raja-das de metralhadora. E durante todo otempo os tanques percorriam toda acidade".

O estudante contou também quecentenas de1 cadáveres cairam no rioquando os soldados dispararam contramanifestantes que atravessavam umaponte.

GÔhdeiíçãò e r&iya em toda a Europa

Bucareste (AFP) — Foi proclamado oestado de sítio no departamento romeno deTimis, cuja capital é Timisoara, anunciouontem a televisão em Bucareste mencionan-do um decreto do presidente Nicolae Ceau-sescu. As unidades militares e as forçaspatrióticas estão em estado de alerta, afir-mou a televisão.

Esta medida foi tomada "em conse-

qüência dos atos de vandalismo" que ocor-reram em Timisoara, onde neste final desemana houve manifestações reprimidasviolentamente pelo Exército.

Toda reunião "pública de mais de cin-co pessoas está proibida", e "o toque de re-colher vigora a partir das 23h locais", diz odecreto.

[ Viena (AFP)—, Os sócios da Romênia no,seio do Pacto da Varsóvia e.do.Comecon rea-giram com condenação e raiva a sangrentarepressão , pelo regime de Nicolas Ceause-cu, das manifestações deste final de semá-na, em Timisoara.

A União Soviética mostrou, no entanto,mais reserva do que seus sócios, ao indicarque carecia de informações precisas para fa-zer um juizo defenido sobre a situação.

Os Húngaros, poloneses e tchecos foramos mais violentos.

O provável chefe de estado tcheco, o es-critor Vaclav Havei, condenou "o regime dodrácula romeno que mata seu povo". O par-lamento polonês condenou a repressão e oterror e o parlamento Húngaro içou umabandeira negra, em sinal de luto pelas víti-

i mas dos massacres de Timispara. . ,:¦¦„ .,Os alemães-orientais também protesta-

ram oficialmente contra a ação repressivado regime de Nicolas Ceausescu.

Inclusive a Bulgária, que mantémboasrelações bilaterais com a Romênia,declarou-se afetado tanto pelo fechamentoprecipitado da fronteira Búlgaro-romena, co-mo pelos trágicas noticias procedentes deTimisoara.

Manifestações hostis ao regime de Ceau-sescu também se efetuaram em Sofia, e cé-lulas do Partido Comunista Búlgaroprotestaram pela dispersão à força dos cida-dãos que se manifestaram em Timisoara.

A atitude soviética foi muito mais ambí-güa. O ministro das Relações Exteriores,

Eduard Shevardnadze, frizou que se,for cer-ta a existência de mortos em Timisoara, elelamentaria profundamente, mas só dispunhaaté o momento de informações parciais.

Igualmente os soviéticos reconheceramque a Romênia havia fechado suas frontei-ras com a URSS invocando razões meteoro-lógicas, mas não protestou oficialmentecomo os búlgaros por este fechamento, inco-mum nas fronteiras dos países no campo so-cialista.

Em compensação, não houve gestões co-muns dos países do Pacto de Varsóvia parapedir informações ou explicações, em nomedos acordos dá CSCE, ao governo romeno,como o fez, por exemplo, a Áustria, país neu-tro signatário dos acordos CSCE sobre os di-reitos humanos.

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Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989 O LIBERAL INTERNACIONAL 19

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EUA invadem Panamá e Noriega foge: 100 mortost ^S&^JBBÊ B__f_______.¦'¦" •¦¦'Ktst!.Hib*.'-^-*,_íirr-i__> 1 KJiI _raEiiiti_____fi1.il a- <-.£ „„

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II £.Ífe?._»W.?-^S%^^i-_s_»___-3Tropas americanas tomam posição no Panamá enquanto nativos cruzam uma estrada apressadamente.

Noriega: a riqueza vinda do narcotráficoPanamá (AP) — Ó general Ma-

nuel Antônio Noriega, que certa vezclassificou de "beijos" as balas queseus inimigos dispararam contra ele,revelou ser um sagaz e implacável so-brevivente do grupo que exercia o po-der há muito tempo.

Ontem de madrugada os EstadosUnidos intervieram militarmente pa-ra capturar Noriega, a menos de umasemana do dia em que a subservien-te Assembléia o designara como chefede governo, após ter declarado um"estado de guerra" com os EstadosUnidos.

Noriega havia eliminado a oposi-ção política, anulado as eleições de 7de maio quando elas lhe tornaram ad-versas e, reiteradamente desafiou osEstados Unidos, país no qual fora de-nunciado formalmente por tráfico deentorpecentes em fevereiro do anopassado.

O general, oriundo de El Chorril-lo, o distrito da Cidade do Panamá emque está localizado o quartel-generaldas Forças de Defesa Nacional, temsobrevivido e criado uma mística quelhe valeu o apelido de "El Hombre",acrônimo em idioma inglês de suasiniciais "M.A.N".

Nbri^á'assumiu uma pó-ição há-cionalista, dizendo que era parte damissão histórica de sua geraçãoapoderar-se do controle do canal doPanamá. Segundo um acordo com osEstados Unidos, o Panamá deve assu-mir o controle do canal no ano 2.000.O general denunciou que seus inimi-gos estavam planejando revogar opacto do canal.

No dia 3 de outubro passado,membros das Forças de Defesa sobseu comando, de 15.000 homens, se re-belaram contra ele e anunciaram suadeposição. Porém tropas leais repri-miram o levante e ele, pessoalmente,aceitou a rendição dos sublevados.

Durante a crise anterior, emmaio, depois que a oposição derrotouseu candidato, Noriega anulou as elei-ções. Foi visto de pé junto ao túmulode seu patrono, o general Ornar Tor-rijos, cujo epitáfio diz: "Não quero en-trar no céu. Quero apenas entrar nazona do canal".

Torrijos, que assumira o poderem 1968, firmou em 1977 um acordocom o então presidente Jimmy Car-ter, pelo qual os Estados Unidos secomprometiam a entregar o canal aoPanamá. Torrijos morreu num aci-dente aéreo em 1981; Noriega assu-miu a chefia das forças de defesa em1983, com o que assumiu de fato o con-

O general Manuel Antônio Noriega.

trole do governo.Noriega foi criado por padrastos

e ingressou nas forças de defesa em1962. Atraiu á atenção do ambiciosoOmar Torrijos e iniciou sua carreiraascendente, em cujo transcurso tra-tou com todos, desde a CIA até os car-téis colombianos do narcotráfico.

Menos de um ano depois que Tor-rijos assumiu o poder mediante o gol-pe de 1968, ascendeu o então majorNoriega ao posto de tenente-coronel efoi encarregado dos serviços de infor-mações.

Isso foi como entregar as chavesda cidade. Noriega imediatamente co-meçou a compilação de expedientessobre todas as personalidadesdestaca-das do país. Seu cargo lhe permitiu es-tabelecer contato estreito com asagências norte-americanas de infor-mações, forjando poderosas alianças.

Um funcionário norte-americanoque tratou com Noriega nessa épocasobre o tema da repressão ao narco-tráfico, disse que Noriega mos-trou-se cortês, mas que quando que-ria algo se convertia no "homem maisfrio que eu já conheci".

Depois de chegar à chefia das for-ças de defesa, adquiriu uma frota deluxuosos automóveis e uma residên-cia num bairro exclusivo. Seus inte-resses financeiros incluiriam, segun-do versões, hotéis, cassinos, um canal

ovnín.391116

•il :bi"de televisão, emissoras de rádio, ser- rn

viços marítimos, depósitos de bebidas"^1alcóolicas, além de explorar a prós- •tituição.

Circularam muitos rumores so-bre sua vida pessoal, porém sem fa-tos concretos que os confirmassem.Até sua idade era motivo de polêmi-. .,ca. Noriega já disse ter 51 anos, porémregistros escolares fazem constar, quetem 54. É casado e tem uma f ilha) que <,vive na República Dominicana.; v

Embora a sua vida privada sejaa de um homem rico, tem trabalhadoduramente para forjar uma imagempopulista baseada no reverenciadoTorrijos, passando seus fins de sema-na em reuniões com os habitantes depovoados e aldeias deste país de 2,2milhões de habitantes.

Noriega exerceu o poder com im-placável firmeza: fechou vários jor-nais por meses inteiros e ospresidentes lhe eram submissos.

Aos rumores de oposição dentrodas forças de defesa respondeu com

-expurgos e reorganizações. Os Esta-dos Unidos, que foram seu aliado du-rante longo tempo, começou a sedistanciar dele depois que o cadáverdecapitado de uni cie' seus opositores,Hugo Spadafora, foi encontrado nummalote dos correios dòs Estados Uni-dos em Costa Rica em 1985.

O afastamento completo ocorreuem 1988, quando dois júris de investi-gação federais no Estado da Flóridacitaram Noriega em processo por trá-fico de drogas e lavagem de dinheiro.

A oposição inteira começou a in-tensificar sua campanha contra No-riega e o governo de Washingtonimpôs severas sanções econômicas aoPanamá.

Noriega não se intimidou. Comoconseqüência de seu controle das for-ças de defesa, foi nomeado pela obe-diente Assembléia Nacional chefe degoverno no dia 15 passado, com a jus-üficativa de que sua liderança era ne-cessaria, tendo em vista o "estado deguerra" provocado pelas sanções eco-nômicas e os demais atos que objeti-vavam derrubar o general.

Noriega disse que Washingtonquer derrubá-lo para facilitar a revo-gação dos Tratados do Canal doPanamá.

Pouco depois de ser sido proces-sado na Flórida, Noriega pronunciouum discurso durante o qual brandiusobre a cabeça um sabre e terminougolpeando a tribuna com ele, ao mes-mo tempo em que gritava "nem umpasso atrás".

Cidade do Panamá (UPI)—Astro-pas norte-americanas no Panamá, como apoio adicional de uns 11 mil soldadosque o presidente George Bush envioudos Estados Unidos durante à noite, ata-caram ontem de madrugada as princi-pais instalações militares panamenhas,na tentativa de afastar o general Ma-nuel Noriega do poder e instalar um go-verno civil eleito no início do ano, numpleito anulado em meio a denúncias defraude.

Bush e funcionários do Pentágonoanunciaram que a operação foi um su-cesso, com a exceção do fato de que No-riega escapou e permanece escondido.

Membros do Pentágono disseramque U soldados norte-americanos e umcivil do Departamento de Defesa forammortos na luta e que um outro militarestá desaparecido. Os feridos, segundoas primeiras informações, são 59 e já co-meçaram a ser levados ao Texas. Um di-retor de hospital na capital panamenhainformou que mais de 100 panamenhosforam mortos e mais de mil, feridos.

Os combates prosseguiam na tardede ontem. Testemunhas na área de Bo-ca La Caja, na parte velha da cidade doPanamá, viram cerca de 200 pára-quedistas saltando perto dos quartéisdas Forças de Defesa Panamenhas(FDP).

Ao longo do dia, podia se ouvir umasérie de estrondos e incêndios na áreaperto de grandes edifícios de aparta-mentos.

Funcionários de empresas de avia-ção comercial na Costa Rica disseramque o espaço aéreo do Panamá estavafechado. Jornalistas que tentavam en-trár no país por estradas da Costa Ricaeram obrigados a voltar na fronteira.

As FDP de Noriega alegaram, nu-ma transmissão de rádio, que ainda con-trolam o país. Mas as autoridades dos

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Gullermo Knüani (arquivo) foi aclamado presidente panamenho.

Endara declarado presidentePanamá (AP) — Pela se-

gunda vez em sete meses, Guil-termo Endara foi declaradopresidente do Panamá e nova-mente isto ocorre em meio aviolentos choques entre seuspartidários e os do general Ma-nuel Antônio Noriega.

Endara, advogado corpu-lento e afável, ex-professor de di-reito prestou juramento ontemdepois que tropas dos EstadosUnidos invadiram o pais paraderrubar Noriega.

Suas atividades oposicionis-tas remontam há mais de duasdécadas, quando militou nas fi-leiras da Assembléia Nacionaldurante o governo de ArnulfoÁrias Madrid, decano da oposi-ção no pais.

Endara foi porta-voz deÁrias no Panamá até a mortedeste no autoexilio em Miamiem 1988. Costumava falar do diaem que Árias retornaria "comoum augúrio da providência" pa-ra dirigir o país.Em maio, Endara foi eleitopara governar o pais. Os nume-ros revelaram que Endara eseus dois companheiros de cha-pa, presidente e vices-presidentes, respectivamente,

levavam vantagem sobre o can-didato de Noriega por margemde aproximadamente 3 a 1; po-rém o general anulou as eleiçõesfazendo ouvidos surdos à indig-nação local e de ultramar.

Três dias depois das elei-ções, elementos que vestiam ajaqueta dos "Batalhões da Dig-nidade" de Noriega agrediramEndara e os candidatos a vice,numa sangrenta cena de ruaque foi documentada por foto-grafos estrangeiros.

Endara passou seu aniver-sário num hospital, curandoseus ferimentos.

Também declarou uma gre-ve de fome para pressionar No-riega a aceitar seu triunfoeleitoral e exortou seus partida-rios a não aceitar o homem for-te como lider.

Endara, universitário comestudos realizados no Panamá,Argentina e Estados Unidos,n&o tem o carisma de Árias epassou muito tempo em segun-do ou terceiro plano durante asrepetidas tentativas da oposiçãode sacudir o jugo do poder mili-tar de fato que começou há 21anos.

Estados Unidos preferiram se dizer sa-tisfeitas com o fato de Noriega estar fo-ra do poder.

As FDP, também através de rádio,disseram ter capturado 41 norte-americanos, o que não foi confirmado.Mas dois produtores de TV dos EstadosUnidos foram vistos, por seus colegas,sendo levados para fora de um hotel nacapital, por panamenhos armados, apa-rentemente integrantes dos chamados"Batalhões Dignidade", grupo párami-litar pró-Noriega. Um deles foi liberta-do pouco depois.

O quartel general das FDP foi in-cendiado e tropas norte-americanasocuparam uma estação de TV militare o aeroporto internacional Omar Tor-rijos. Um hangar foi destruído no ata-que pelos norte-americanos que têmordem para capturar Noriega e levá-loà Justiça nos Estados Unidos, onde éacusado (na Flórida) de tráfico inter-nacional de drogas.

Os combates começaram a uma ho-ra da madrugada de ontem e se inten-sificaram no início da manhã. Mas às8:30 horas, segundo Willie Friar, aporta-voz do comitê do Canal do Pana-má e que vive perto dos quartéis daFDP, o barulho das armas de fogo e osestrondos cessaram. O canal foifechado.

O principal porta-voz das FDP, ma-jor Edgardo Lopez Grimaldo, disse auma TV mexicana que os norte-americanos destruíram o QG centralporque pensaram que Noriega estives-se lá. Noriega escapou e seus seguidp-res continuaram desafiando os EstadosUnidos."Queremos dizer que temos o con-trole total da cidade", afirmou um ma-jor não identificado das FDP, emtransmissão da Rádio Nacional, quepermaneceu sob controle dos militarespro-Noriega e transmitiu sucessivas de-

núncias contra a intervenção de Was-hington.

A Casa Branca não informou se astropas norte-americanas estavam rece-bondo algum apoio dos panamenhos ad-versàrio. de Noriega. O porta-voz deBush, Marlin Fitzwater, anunciou que olíder da oposição, Guillermo Endara,vencedor da eleição de maio segundoorganizações independentes, foi empos-sado como novo líder do Panamá horasantes do inicio do ataque. Seu governofoi imediatamente reconhecido por Was-hington, mas Endara não apareceu empúblico, possivelmente para evitarriscos.

O encarregado de negócios dos Es-tados Unidos no Panamá, John Bushell,entregou a um grupo de jornalistas tra-zidos de Washington num "pool" uma fi-ta com a gravação da cerimônia deposse de Endara. Mas não revelou o pa-radeiro do líder oposicionista.

Segundo Fitzwater, o governo Enda-ra aprovou a ação militar dos EstadosUnidos e pediu à população, por voltadas 9:00 horas, que não saísse de suascasas."Venho lhes pedir que não se diri-jam aos seus locais de trabalho, não en-viem seus filhos às escolas, não abramos bancos nem as fábricas', disse Enda-ra, acrescentando: "Pedimos isso paraque mostrem o seu apoio ao povo, à elei-ção de 7 de maio e aos que venceram opleito".

Mas o presidente provisório nomea-do por Noriega, Francisco Rodriguez,disse em entrevista coletiva que ele ain-da era o legitimo mandatário doPanamá."É evidente que o objetivo desseataque brutal não é a eliminação de umúnico homem, o general Noriega, massim impor um governo dócil e submis-so, alinhado com os interesses dos Es-tados Unidos", denunciou Rodriguez.

Forças dos EUA somam mais de 24 mil homensWashington (UPD — Cerca de 7

mil homens da unidade Ranger doExército dos Estados Unidos, pára-quedistas e outros soldados, com oapoio de blindados leves e helicópterosartilhados, foram enviados de aviões aoPanamá, onde se juntaram aos outros13 mil efetivos norte-americanos lá es-tacionados para atacar, no inicio da ma-drugada de ontem, as principaisinstalações das Forças de Defesa Pana-mentia (FDP).

Durante o dia de ontem, esses con-tingentes foram acrescidos de unidadesda infantaria e da Polícia Militar, o queelevou para cerca de 24 mil o númerode combatentes envolvidos na inter-venção.

As Forças de assalto, uma missãochamada "Operação Justa Causa", re-ceberam apoio, em diversos casos, dasunidades norte-americanas estaciona-das no Panamá, incluindo fuzileiros na-vais, que se deslocaram para capturarobjStiVb_'óü bloquear' ás estradas, im- •'pedindo assim' que as unidades dasFDP saiam dè suas bases.

Um batalhão norte-americano temnormalmente de 600 a 800 homens. Umabrigada, cerca de 1 mil.

O general Colin Powell, chefe doEstado-Maior Conjunto, forneceu as in-formações sobre a operação. Disse queas Forças do Panamá incluem a 193.Brigada de Infantaria, que recebeu esteano reforços de unidades de fuzileirosnavais, um batalhão da sétima divisãode infantaria da Califórnia, e um bata-lhão mecanizado da quinta divisão deinfantaria de Fort Polk, Lousiana.

Além dessas tropas, foram envia-das uma brigada da 82? divisão aero-transportada, de Fort Bragg, Carolinado Norte, dois batalhões Ranger, doExército, e "unidades de operações es-peciais".

Durante o dia de ontem, foram en-viados ainda, elementos da sétima di-visão de infantaria e da 16? Brigada daPolicia Militar, de Fort Bragg.

Powell explicou que o ataque come-çou a uma hora da madrugada com a

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seguinte ordem de batalha:Força-tarefa Atlântica (no

Atlântico, lado do Caribe), consistindode um batalhão da sétima divisão de in-fantaria e um batalhão da 82? divisãoaerotransportada.

As tropas norte-americanas captu-raram a prisão em Gambo, onde esta-vam 47 prisioneiros envolvidos nafrustrada tentativa de golpe contra ogeneral Noriega em 3 de outubro pas-sado. Também asseguraram o contro-le da distribuição de energia elétricaem Cerra Tegre e na represa de Mad-den, na área de Colon, e neutralizaramo oitavo corpo de infantaria das FDP esua unidade de infantaria naval.

Força-tarefa Semper Fidelis,composta de uma companhia de fuzi-leiros navais e blindados leves, conse-guiu assegurar o controle da Ponte dasAméricas e da área da base aérea deHoward.

Força-tarefa Vermelha, setoroeste, no rio Hato, onde um batalhãoRanger, lançado de pára-quedas, neu-

tralizou a área e dispersou as sexta esétima companhias das FDP, as mes-mas que surgiram em apoio a Noriegadurante o golpe de 3 de outubro.

—Força-tarefa Baioneta, setor cen-trai, consistindo de um batalhão meca-nizado, um pelotão com tanques levese o quinto batalhão da 87? infantaria.Sua missão se desdobrou: dar proteçãoàs grandes instalações norte-americanas na região e capturar a "co-mandância", quartel general da FDPde Noriega. Ela neutralizou a primei-ra e a segunda companhias da ordempública e elementos da sexta e dasétima.

Outra unidade da mesma força-tarefa foi levada através da entrada doCanal do Panamá para bloquear a quin-ta companhia de infantaria das FDP,em Fort Amador.

— Força-tarefa do Pacífico e umasegunda Força-tarefa Vermelha, cujos.rangers controlaram uma pista inter-.'nacional a leste da capital panamenha.Ufiidàdes da Força-tarefa do Pacífico(pára-quedistas da 82? divisão aero-transportada) foram para o campo afim de bloquear o batalhão 200, do Pa-namá, bem a leste. Outros norte-americanos desse grupo se dirigirama oeste para bloquear outras unidadespanamenhas.

A 1:55 hora, os primeiros homensda 82? divisão aerotransportada chega-ram a bordo de aviões C-141 e realiza-ram um assalto de pára-quedas sobreo aeroporto internacional. Várias horasdepois, outros 10 aviões C-141 chegaramcom a segunda metade das tropas ae-rotransportadas, que igualmente salta-ram de pára-quedas sobre a área doaeroporto."Também tomamos as medidas es-peciais para imobilizar a Marinha dasFDP e os aviões que poderiam ser uti-lizados com o propósito de fuga", expli-cou Powell, acrescentando que astropas norte-americanas tinham oapoio da Força Aérea e de aviões deguerra, além de aviões de vigilância ereconhecimento.

Bush fala na TV sobre a ação militarWashington (AFP)— O presidente Geor-

ge Bush anunciou em seu pronunciamentoontem pela televisão que seu governo levan-ta as sanções econômicas impostas ao Pana-má, onde um governo reconhecido pelosEstados Unidos prestou juramento pela ma-nhã em uma base norte-americana.

Bush explicou que tomou a decisão de in-tervir militarmente no Panamá porque o"homem-forte" do regime, general ManuelAntônio Noriega, representava um "perigoimediato" para a vida dos residentes norte-americanos e que sua maior obrigação eradefendê-los.

O presidente reconheceu que a operaçãocustou baixas à população civil panamenhae ás tropas norte-americanas, que ainda nãoconseguiram capturar Noriega.

íntegra do discurso

Eis a integra do discurso que o presiden-te George Bush fez ao povo norte-americanopara explicar a intervenção militar noPanamá:"Estimados compatriotas, ordenei on-tem (anteontem) à noite uma intervençãodas forças militares norte-americanas noPanamá. Nenhum presidente empreende ra-pidamente uma ação desse tipo. Agora, de-sejo lhes explicar o que fiz e por que o fiz.

Durante quase dois anos, os EstadosUnidos e as nações da América Latina e doCaribe trabalharam juntos para resolver acrise do Panamá.

Os objetivos dos Estados Unidos são pre-servar a vida dos norte-americanos, defen-der a democracia no Panamá, combater otráfico de drogas e proteger a integridadedos Tratados do Canal do Panamá.

Muitas tentativas foram feitas para re-solver a crise através da diplomacia e de ne-gociações. Ibdas foram rechaçadas peloditador do Panamá, general Manuel AntônioNoriega, um homem acusado de ser trafi-cante de drogas.

Na sexta-feira passada, Noriega decla-rou que a sua ditadura militar estava em es-tado de guerra com os Estados Unidos epublicamente ameaçou a vida dos norte-americanos (que vivem na zona do canal) noPanamá.

No dia seguinte, as forças sob seu co-mando dispararam e assassinaram um ser-vídor norte-americano, feriram um outro,agrediram brutalmente um terceiro e, emseguida, de modo brutal, interrogaram a suamulher, ameaçando-a sexualmente.

Isso foi o suficiente.As temerárias ameaças do general No-

riega contra os norte-americanos no Pana-má criaram um perigo iminente para os 35mil cidadãos norte-americanos naqueln pnls

Como presidente, a minha obrigação

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O presidente Bush acompanha a invasãopor telefone.

maior é salvaguardar a vida dos cidadãosnorte-americanos e por isso enviei as nossasforças armadas para proteger a vida dos ei-dadãos norte-americanos no Panamá e tra-zer o general Noriega à Justiça dos EstadosUnidos.

Na noite de anteontem entrei em conta-to com os lideres dos dois partidos no Con-gresso e lhes informei sobre esta decisão, edepois de empreendida a ação, converseitambém com os líderes dos países da Amé-rica Latina, Caribe e outros aliados dos Es-tados Unidos.

Nesse momento, as forças norte-americanas, incluindo forças saídas dos Es-tados Unidos ontem (anteontem) à noite, es-tão em ação no Panamá. Os Estados Unidos

firetendem retirar as suas novas forças des-

ocadas para o Panamá o mais depressapossível.Nossas forças se portaram com valentiae abnegadamente, e como comandante emchefe, saúdo cada um deles em nome do nos-so pais.Tragicamente, alguns norte-americanosperderam suas vidas na defesa de seus com-patriotas, na defesa da democracia e meu co-ração está com suas famílias.

TVimbém lamentamos muita a perda devidas panamenhas inrvpntnc

Os corajosos panamenhos uieitos puiu

povo do Panamá nas eleições de maio pas-sado, o presidente Guillermo Endara e osvice-presidentes Calderon e Ford, assumi-ram o direito que lhes cabe como lideres desua nação.

Os senhores ainda se lembram daquelasterríveis imagens do recém-eleito Ford en-charcado de sangue dos pés à cabeça, agre-dido pelos chamados Batalhões daDignidade.

Pois bem, os Estados Unidos reconhe-cem hoje o governo democraticamente elei-to do presidente Endara. Imediatamenteenviarei de volta o nosso embaixador noPanamá.

Objetivos militares essenciais foram ai-cançados. Eliminou-se a maioria da resistên-cia organizada, porém a operação ainda nãoterminou.

O general Noriega está escondido. Masainda assim, um ditador governava o Pana-má ontem e hoje governam líderes constitu-cionalmente eleitos.

Enviei instruções ao secretário do Tesou-ro e ao secretário do Estado para que levan-tem as sanções econômicas diante dogoverno eleito democraticamente no Pana-má e para que, em colaboração com o gover-no, empreendam os passos para começar umdescongelamento ordenado dos ativos do go-verno panamenho nos Estados Unidos.

Estou completamente comprometidocom a implementação dos Tratados do Ca-nal do Panamá para a entrega do canal aoPanamá no ano 2.000.

As ações que empreendemos e a coope-ração de um novo governo democrático noPanamá nos permitirão cumprir esses com-promissos assim que o novo governo escolherum candidato qualificado, um panamenho,como administrador do canal, como deter-minam os tratados.

Este nomeado será submetido à consi-deração do Congresso.

Estou comprometido com o fortaleci-mento de nossa relação com as nações de-mocráticas do hemisfério.

Continuarei procurando as soluções pa-ra os problemas dessa região, com o diálogoe uma diplomacia multilateral.

Só empreendi esta ação depois de che-gar à conclusão de que qualquer outra saí-da estava fechada e porque a vida denorte-americanos se encontrava em grandeperigo.Espero que o povo do Panamá supere es-se obscuro capitulo da ditadura e siga adian-te, unidos como cidadãos de um Panamádemocrático, com esse governo que eles pró-prios elegeram.

Os Estados Unidos estão desejosos detrabalhar com o povo panamenho numa so-

truir a sua economia.

ILEGÍVEL

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20 • INTERNACIONAL O /./BffrU Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989

Sarney condena invasãoe nega ter tido aviso

prévio de George BushBrasília (AG) — O presidente José Sauney condenou,

ontem, a invasão do Panamá pelos Estados Unidos e cias-sificou o ato como um "retrocesso contra as relações inter-nacionais no continente", negando que o governo americanotivesse lhe informado antecipadamente sobre a invasão. Sar-ney falou à imprensa depois da entrevista do presidenteGeorge Bush, na qual este afirmou que havia consultadotodos os presidentes latino-americanos sobre a invasão eobtido a concordância destes. ^

Sarney foi informado sobre a invasão pelo vice-presidente dos Estados Unidos, Dan Quayle, às 10h30min,durante uma conversa de meia hora; com o auxílio de umtradutor, na qual Quayle justificou o ato invocando a neces-sidade de implantação da democracia no Panamá. Segun-do Quayle, o governo panamenho estava maltratando osamericanos que se encontravam em seu território e preci-savam ser protegidos.Eu disse ao vice-presidente o quanto lamentávamosque fosse usada uma posição de força para resolver o pro-blema relativo ao Panamá — afirmou Sarney.

Durante entrevista que concedeu de manhã, no pala-cio da Alvorada, o presidente garantiu que o Brasil nuncafoi informado sobre a intenção dos Estados Unidos de in-vadirem o Panamá. Desse modo, acrescentou que não acre-ditava que o presidente George Bush tivesse informado queos países da América Latina tiveram conhecimento prévioda invasão.

Acredito que o presidente Bush tenha dito que comu-nicou o fato depois de ter determinado a invasão do Pana-má, coisa que é extremamente lamentável e que eu acreditoque é um retrocesso contra as relações internacionais nocontinente — destacou Sarney.

Por volta das 13 horas, Sarney reuniu em seu gabinete,para comunicar a posição do Brasil sobre o fato e aprovara nota do governo brasileiro, o presidente da Câmara, de-putado Paes de Andrade, o senador Alexandre Costa, repre-sentando o Senado, o líder do governo na Câmara, deputadoLuiz Roberto Ponte (que hoje toma posse como chefe do Ga-binete Civil), o ministro Abreu Sodré, das Relações Exte-riores, o secretário-geral do Itamaraty, Paulo Tarso Flechade Lima, além dos chefes do Serviço Nacional de Informa-ções (SNI), Ivan de Souza Mendes, e do Gabinete Militar,Bayma Denys.

O presidente comunicou a posição do Brasil sobre o fa-to e pediu a preparação de uma nota pelo Itamaraty.

Durante a entrevista à imprensa, Sarney ainda desta-cou que o Brasil, além de defender sempre uma solução ne-gociada, através do diálogo, é favorável a autodeterminaçãodos povos.

Panamenhos saqueiam lojas no centro da capital após o ataque americana Tanques norte-americanos guarnecem todos os pontos da capital panamenha.

Combates e saques provocam caos no PanamáPanamá (AFP) — Um clima de total

caos reinava no Panamá na tarde de ontem,14 horas depois que as tropas norte-americanas iniciaram a invasão do país quecausou centenas de mortos, a destruição doquartel central das Forças de Defesa do Pa-,namá (FDP) e deu início a uma onda de sa-quês aos principais estabelecimentoscomerciais da capital.

Ainda que se desconheça o alcance daação norte-americana, as forças invasoraspareciam controlar a situação na capital,palco de violentos combates e ataques daaviação norte-americana, que bombardeouos principais quartéis das forças leais ao ge-neral Manuel Antônio Noriega, cujo paradei-ro é ignorado até o momento.

No subúrbio de San Miguelito, um dosmais populosos da capital, permaneciam os

Canal foi fechadopela primeira vez

combates entre tropas norte-americanas epanamenhas, às I4h local (19h GMT), comum número indeterminado de mortos e fe-ridos, segundo várias testemunhas.

Em San Miguetíto está localizado oquartel dos "Tigres'àe Tinajlta", força deeli-te da FDP integrada por cerca de 800 sol-dados que ao que parece se converteu emum dos pontos mais fortes da resistência.nn.v3

A avenida Gentral, a principal artériacomercial do país, converteu-se no cenáriode múltiplos saques( quando grupos de po-pulares atacaram djversas lojas da região.

Tirando proveito do caos provocado pe-Ia intervenção das'tropas norte-americanas,centenas de pessoasliniciaram saques e in-cêndios nos estabelecimentos comerciais, oque levou a violentos combates entre pro-

HOr;vi. ¦¦¦

prietários e saqueadores.A embaixada norte-americana era pro-

tegida por uns 10 blindados do Exércitonorte-americano.

Um soldado que presenciou o ataque daaviação norte-americana ao quartel centraldas Forças de Defesa do Panamá disse queali se encontram muitos mortos.

Várias casas e lojas próximas ao quar-tel também foram destruídas durante o ata-que da aviação norte-americana.

Segundo diversas testemunhas, o quar-tel de Cavalaria, localizado na parte antigada cidade, também foi tomado pelas tropasnorte-americanas, com o desembarque detropas anfíbias que estabeleceram uma ca-beca de praia.

Algumas testemunhas viram a quedade um helicóptero norte-americano neste se-

América Latina condena eiíí, ?eus 75 anosBogotá (AP) — A América Latina condenou unanime-

mente a intervenção militar dos Estados Unidos ao Pana-má, mas as manifestações de repúdio à invasão foram, emsua maioria, acompanhadas de condenação ao general Ma-nuel Noriega.

Nenhum país, entretanto, acolheu de imediato os pedi-dos de reconhecimento ao regime de Guillermo Endara,vencedor das eleições presidenciais do dia 7 de maio, anu-ladas por Noriega.

A reação mais enérgica veio do Peru, cujo presidenteAlan Garcia propôs a anulação da reunião de cúpula, mar-cada para o dia 15 de fevereiro, entre ele, os presidentes daColômbia e Bolívia, com George Bush.

A reunião é destinada à discussão de planos para umaação coordenada contra o tráfico de drogas.

Garcia também ordenou a retirada do embaixador pe-ruano em Washington até que as tropas norte-americanas'abandonem o território panamenho. O presidente, perua-no qualificou a invasão norte-americana de um "ultraje àAmérica Latina".

O venezuelano, um dos mais ferrenhos críticos ao ré-gime de Noriega, insistiu que qualquer solução para a cri-se no Panamá deveria ocorrer sem a participação dosEstados Unidos.

O Chile, na reta final para a concretização de seu pro-cesso democrático, destacou em uma declaração de suachancelaria seu "repúdio a qualquer intervenção" e reite-rou a "invariável política de respeito aos princípios do di-reito internacional".

A Colômbia teve uma reação mais cautelosa, provável-mente por sua condição de anfitriã de uma reunião de chan-céleres do Grupo dos Oito, prevista para ontem à noite. OSenado colombiano emitiu declarações de condenação a in-vasão, expressando que havia sido criado um "grave pre-cedente" para as relações hemisféricas.

O Grupo dos Oito é formado pelo México, Brasil, Argen-tina, Uruguai, Peru, Colômbia e Venezuela. O Panamá,membro fundador, foi excluído no ano passado depois dadestituição do então presidente Eric Del Valle.

Na Argentina, o chanceler Domingo Cavallo disse queo governo do presidente Carlos Menem está "muito preo-cupado" com o ocorrido e que tem mantido contato telefo-nico com outros países da América Latina para analisara situação.

No México, onde a política de não-intervenção é umapedra angular, o governo do presidente Carlos Salinas deGortari também condenou a invasão.

Só Inglaterra apoia açãoParis (AFP) — A intervenção americana no Panamá

provocou críticas, condenações e inquietação em quase to-do o mundo, menos na Inglaterra, o único país que brindou'apoio total' à operação lançada pelo presidente GeorgeBush contra o regime do general Manuel Antônio Noriega.

A União Soviética foi um dos primeiros países a denun-ciar 'a agressão contra um país independente e soberano'e o chamado à comunidade internacional a 'condenar estaação que viola a carta da ONU'.

Num comunicado aos Estados Unidos, por meio de suachancelaria, Moscou pede que 'ponham fim imediato a açãoarmada no Panamá', e acrescenta que 'fossem quais fos-sem seus motivos esta intervenção provoca profunda preo-cupação na URSS".

O Conselho de Segurança da ONU foi convocado de ur-gência a se reunir ontem em Nova York para examinar asituação.

Para o coronel li bio Muamar Kadaf i, 'Nero e Hitler sãoanjinhos comparados com os nazistas americanos'. A con-denação mais virulenta é a de Cuba, cuja TV denunciou 'aagressão bestial' dos Estados Unidos.

Na Europa, os países da Comunidade Econômica Eu-ropéia (CEE) reagiram de diversas formas frente a inter-venção americana no Panamá, Inglaterra e Espanhaexpressaram posições completamente opostas.

A primeira-ministra da Inglaterra, Margaret Thatcher,a quem o presidente Bush comunicou pessoalmente a ope-ração, respaldou a intervenção 'valante' dos Estados Uni-dos para pôr fim ao 'reino de terror' do general Noriega edesejou rápido sucesso na operação.

A Holanda, deplorou o uso da violência, e afirmou sua'compreensão pela intervenção americana'. Canadá reagiuda mesma forma.

A República Federal Alemã expressou sua 'compreen-são' diante da posição dos Estados Unidos, justificando aatitude 'pelos acontecimentos no Panamá durante os últi-mos dias'. Mas o governo Helmut Kohl afirmou que esperaque 'os combates militares terminem logo' e que o pais to-me. um rumo democrático.

A Suíça 'lamentou' o uso da força mas 'deplorou que du-rante muito tempo a democracia não funciona no Panamá'.

A França ainda não se pronunciou oficialmente, o porta-voz do governo disse que 'ainda falta informação sobre osacontecimentos no Panamá'.

Na Ásia, o ministro das Relações Exteriores do Japãoexpresou sua 'inquietação' e disse que espera que os com-bates cessem o 'quanto antes possível', posição comparti-da pela Tailândia. Pequim ainda não se pronunciou.

Os meios econômicos também reagiram: as cotaçõesdo brent, o petróleo no mercado de Londres chegaram a seunível mais alto desde 1986, enquanto o dólar estava em bai-xa nos mercados europeus.

Cidade do Panamá (UPI) — O ca-nal do Panamá foi fechado à navega-ção ontem, depois do ataque dosEstados Unidos ao Panamá, mas deve-rá ser reaberto hoje, quinta-feira, se-gundo uma porta-voz da comissão queo supervisiona.

Esta foi a primeira suspensão danavegação entre os oceanos Atlânticoe Pacífico relacionada com combatesnos 75 anos de existência daquela aqua-via, que tem 82 quilômetros de ex-tensão.

A porta-voz, Willie Friar, explicouo fechamento como medida de "segu-rança para os funcionários assim comopara os navios" e disse que vários na-vios que ali se encontravam quando aluta começou teriam permissão parasair mais tarde. O canal, operado con-juntamente pelo Panamá e pelos Esta-dos Unidos, passa somente a cerca de800 metros da sede das forças de defe-sa panamenhas, onde se concentrouum dos principais ataques norte-americanos destinados a derrubar o li-der panamenho, general Manuel Norie-ga. Durante os combates, tropasnorte-americanas foram movimenta-das através de uma ponte da eclusa Mi-raflores do canal."Espera-se que o canal fique ain-da hoje sem os navios que se encontra-vam em processo de trânsito no mo-mento em que este serviço foi suspen-so", declarou Willie Friar. "Está sendopreparado um plano de trânsito diur-no para amanhã (hoje)".

As intervenções dos EUA na AméricaParis (AFP) —iNos últimos 25 anos,

os Estados Unidos intervieram militar-mente três vezes na América Latina, in-cluindo a invasão do Panamá.

No dia 23 djè outubro de 1983 fuzileirosnavais e pára-quedisías norte-americanosinvadiram a ilha caribenha de Granadapara proteger a vinda dos residentes norte-americanos e "restabelecer a ordem e ademocracia", emo afirmou na época o pre-sidente Ronald Reagan.

O regime marxista de Granada — coma ajuda de efetivos cubanos que estavamacantonados na ilha — resistiu três dias àinvasão norte-americana, apoiada por tro-pas de seis países do Caribe: Barbado, An-

tigua, Jamaica, Dominica, Santa Lúcia eSan Vicente.

No dia 28 de abril de 1965 os norte-americanos invadiram a República domi-nicana também para proteger vidas oubens de compatriotas ali residentes. Maso presidente Lyndon Johnson temia que oscomunistas tomassem o poder em São Do-mingos.

Desde meados do Século XIX até a in-vasão da República Dominicana, em 1965,os Estados Unidos conduziram interven-ções armadas em Cuba, Haiti, México, Ni-carágua, Panamá, Paraguai e RepúblicaDominicana.

Nicarágua convoca Conselho daONU e decreta "alerta máximo"

Nova York (AFP) — À Nicarágua, através dd dados, foram mobilizadas ontem de madrugadaseu embaixador na ONUrAlejandro Serrano Cal- - em todo o território nicaragüense diante do temor.dera, convocou ontem uma reunião urgente doConselho de Segurança, sob a alegação de que "aagressão dos Estados Unidos ao Panamá è uma

. agressão contra toda a América Latina". "O Con-selho de Segurança deve agir em defesa dos prin-cípios básicos que sustentam a convivênciacivilizada entre os Estados", acrescentou o di-plomata.

Serrano explicou, por outro lado, que a Nica-rágua decretou o estado de alerta máxima de suasforças armadas "pois se trata de uma invasãonorte-americana a um pafs vizinho e, com ou semameaças diretas contra nós, temos que estar pre-venidos".

O presidente do Conselho de Segurança, o em-baixador colombiano Enrique Penalosa, começouontem de madrugada intensas consultas diploma-ticas depois que a Nicarágua pediu uma reuniãoàs 3h locais (Ch de Brasília), apenas duas horasdepois da intervenção norte-americana.

Alerta na Nicarágua

Manágua (AFP) — Tropas do Exército San-dinista (EPS), apoiadas por tanques e carros blin-

do governo de qtie a operação lançada pelos Es-tados Unidos no Panamá se estenda à Nicarágua.

A mobilização ocorreu pouco depois que o pre-sidente Daniel Ortega decretou o estado de "aler-ta total" e convocou o conselho supremo da defesanacional, para analisar a situação.

Os residentes da capitai foram despertadospelo ruído ensurdecedor dos tanques soviéticosT-S5 e dos carros blindados, numa operação quelembrou os tempos mais duros da guerra contraas guerrilhas anti-sandinistas entre 1984 e 1986 eas emergências decretadas então por Manáguadiante das "crescentes ameaças de intervenção"norte-americana.

As emissoras oficiais Voz da Nicarágua e Rá-dio Sandino davam constantes informações a res-peito da grave situação que impera no Panamá,um pais que os sandinistas consideram "essen-ciai" no mapa geopolítico latino-americano.

Numa mensagem difundida ontem de madru-gada, Ortega condenou energicamente a interven-ção norte-americana no Panamá e anunciou queseu pafs estava convocando com urgência o Con-selho de Segurança das Nações Unidas (ONU) pa-ra denunciar o fato.

tor vitima do fogo antiaéreo. Outro helicóp-tero norte-americano, um UH-60, foiderrubado na madrugada no cemitério deAmador, na região do quartel general daFDP.

Algumas notícias revelam a fuga emmassa de 2 mil presos comuns da prisão Mo-delo, localizada nas proximidades do quar-tel general da FDP.

No interior do pafs, versões extra-oficiais indicavam a queda dos quartéis deRio Hato, Cocle e Chiriqui tomados por tro-pas norte-americanas.

Por outro lado, a rede nacional de rádio,controlada pelo regime de Noriega, conti-nuava na tarde de ontem conclamando o po-vo a repelir a agressão revelando queNoriega em pessoa dirige as ações de resis-tência a partir de algum lugar do Panamá.

Panamenhos teriamreféns americanos

que ameaçam matarPanamá, (AP) — Um homem identifi-

cado como major Caballero disse pela rá-dio nacional que as forças leais a Noriegamantêm em seu poder 41 reféns norte-americanos, versão que ainda não pode serconfirmada. O major afirmou ainda que sol-dados de Noriega capturaram três norte-americanos que se encontravam num hotelda capital.

Em Fort Clayton, a base norte-americana no país, situada na periferia dacapital, o encarregado dos negócios norte-americanos, John Bushnell, disse que Norie-ga "pode ter ido para as montanhas, o quetorna muito difícil a sua captura, mas elenão tem atualmente força suficiente parapromover qualquer ação no Panamá".

Prefere a morte,Miami (AP) — Um advogado do gene-

ráí Manuel Noriega'disse ontem que 0 líderpanamenho prefere morrer a render-se àsforças norte-americanas enviadas paracapturá-lo e trazê-lo aos Estados Unidos pa-ra ser submetido a julgamento por narco-tráfico.

Os panamenhos exilados em Miami co-memoraram a ação militar norte-americana.

Noriega foi acusado de tráfico de dro-gas em Miami e em Tampa em 1988. O ad-vogado Raymond Takiff disse que falou como general na noite de segunda-feira."Discutimos várias coisas, entre elas apossibilidade real (de intervenção militar).",declarou Takiff em entrevista telefônica.

O advogado disse que pretendia viajarpara o Panamá ontem à tarde a fim dereunir-se com Noriega. Disse que ontem demanhã falou com membros do Estadomaior de Noriega, que desconheciam o pa-radeiro do chefe militar.

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Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989 O LIBERAL POLÍCIA 21

11

Pistoleiros executam peemedehistaExpulsão

para punirtorturadoresTeresina (AJB) — Numa atitude

inédita, o comandante da Policia Mili-tar do Piauí, coronel Irapuan Cavalcan-ti, expulsou todo o contingente policialdo município de Castelo, a 190 km des-ta capital. Os policiais estão envolvidosna morte do lavrador Raimundo Fran-cisco da Silva, ocorrida há 20 dias. Doispoliciais já estão presos. Ontem, o de-legado encarregado do caso, capitãoFrancisco Silveira, vai pedir a prisãode mais três envolvidos.

Segundo o subcomandante, coronelRaimundo Nascimento, houve "exces-so de violência" por parte dos policiais.O lavrador foi preso depois de ter dis-cutido com um colega na praça centraldo município. Na cadeia ele foi tortura-do durante dez horas e acabou morren-do. Desde a morte de Raimundo, apopulação do município se revoltou con-tra os policiais. Há 10 dias, cerca de 600pessoas fizeram uma manifestação nacidade exigindo a punição dos respon-sáveis pela morte de Raimundo.

Dos seis policiais já expulsos, estãopresos o cabo Waldir Braga e o solda-do Antônio Santos. Os dois foram leva-dos ao município de Campo Maior (a100 km de Castelo) para evitar que fos-sem linchados pela população.

Comerciante presocom dólares falsos

Fortaleza (AE) — A partir da pri-são de José Rivaldo Fernando do Nas-cimento e Alberto Rabello de Almeida,no Rio de Janeiro, no início desta sema-na, a Polícia Federal conseguiu pren-der o comerciante José Maria Leôncio,de 35 anos, com 300 mil dólares falsos,na cidade de Milagres, a 500 qúilôme-tros de Fortaleza, na região do Cariri.Trazido para a sede da Polícia Federal,em Fortaleza, Leôncio confessou ter re-cebido a mercadoria de seu cunhadoJosé Rivaldo, residente no Rio de Janei-ro. Segundo o coordenador regional daPolícia Federal no Ceará, delegado An-tônio Barbosa Góes, Leôncio foi soltoapós pagar fiança arbitrada pelo juizfederal. Ainda segundo a Polícia Fede-ral, esses dólares foram confeccionadosem off-set, na cidade pernambucana deCaruaru.

Prédio em construçãocai e mata pai e filha

Juiz de Fora (AJB) — Um prédiode quatro andares, ainda em fase deconstrução, desabou na madrugada deontem sobre uma casa no bairro deSanta Luzia, zona sul da cidade, matan-do o comerciante Francisco Assis Car-valho Freitas, de 34 anos, e ferindo asua filha Talita, 4, que dormiam na ho-ra do acidente. A mulher do comercian-te, Márcia Martins, e a filha mais novado casal, Tamires, de dois anos, quetambém estavam no interior da casa,conseguiram se salvar com a ajuda devizinhos.

O prédio, que estava em fase deacabamento, começou a ser construí-do há um ano e oito meses no alto deum barranco e causava muita preocu-

pação aos vizinhos, que através deabaixo-assinado já haviam pedido oembargo da obra. Há alguns mesesuma parte _ ¦ 'arranco deslizou, dei-xando a mostr s alicerces e amedron-tando ainda r. ia. _ os moradores. Umdeles, sentindo sua casa ameaçada, pe-diu que os técnicos da Caixa Econômi-ca Federal, responsável pelofinanciamento de sua residência, visto-riassem a obra, constatando que haviaproblemas na elaboração do projeto doprédio e que os construtores deveriamtomar as medidas de segurança neces-sárias para que nada viesse a aconte-cer. O proprietário do imóvel, WilsonGuimarães Carvalho, dono da constru-tora e imobiliária União, não foi encon-trado, ontem, na cidade.

Aventura marítima acabaem cadeia e lamentações

Salvador (AJB) —Mesmo não ten- tura pudesse resultar em cadeja" la-do habilidade no manejo de embarca- mentou, dizendo que não tem profissãoções, Antônio Carlos Silva Santos, 21 definida nem endereço fixo e que cos-anos, resolveu, sozinho, roubar uma es- tuma dormir nos barcos que a tracapicuna qüe estava atracada, na madru- no terminal turístico. .^gada de ontem, no terminal turístico Quando sentiu que não conseguiriadesta capital. Resultado: depois de na- desencalhar a escuna, o próprio Arltô-vegar poucas milhas, perdeu o rumo, nio Carlos tomou um táxi e foi ab'escn-encalhou, pela manhã, na praia de Ita- tório da LR Turismo avisar onde apoã, e acabou sendo preso na 12? Dele ~*barcação se encontrava. O diretorgacia de Polícia da cidade. mpresa, Armando Durand, foiicom

Na delegacia, Antônio Carlos gi e, de carro, até o local e depois derantiu que não queria ficar com a es- induzi-lo à 12? delegacia, tomou <ascuna. "Eu pretendia pescar um pouco providências para desencalhar a escu-e devolver a embarcação em seguida, na, utilizada em passeios turísticos pe-Nunca imaginei que uma simples aven- las ilhas da Baía de Todos os Santos.

Parasar ajuda na buscaao Cessna em Itaituba

Belém (AE) — Um helicópte-ro do Parasar do Rio de Janeiro de-ve ajudar, a partir de hoje, nasbuscas do monomotor Cessna 210de prefixo PT-ISD, da CantagaloTáxi Aéreo, que está desaparecidodesde o dia 15 nas matas do muni-cípio de Itaituba, a oeste de Belém,no Pará. O avião transportava cin-co garimpeiros, mercadorias paraos garimpos e material de votaçãopara três localidades do interior de

Itaituba.Ontem, as buscas se concen-

traram numa área de cerca de 130quilômetros ao sul de Itaituba, on-de algumas pessoas teriam vistoum monomotor voando baixo, emmeio a muita chuva. Uma equipede socorro seguiu por terra, porquea área é de mata fechada, mas atéo final da tarde não havia informa-ção sobre a localização do avião,que deve ter explodido.

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AVISOS & EDITAIS

#>CLASSIFICADOS DE

OUBBfMFone: 222-0133

LEILÃO — DIA 21 — ÂS 20:30 HS

;«efe. ESCRITÓRIO: Ruo Gorwral Gurjão, 40, fone: 224-3022

AV. 1* PE DEZEMBRO — 1115 (E«qulno da Mauriti)

MAQ. DE FAZER GELO — FREEZER — GELADEIRA — APARELHOS DE AR COND. —ELEVADOR — FOGÃO — BOMBONIERE — REFRESQUEIRA — VENTILADOR DE TETO —GRADES DE CERVEJAS E REFRIGERANTES — MESAS E CADEIRAS P/RESTAURANTE — MO-TO SERRAS — MAQ. DE ESCREVER — AUTENTICADORA — 100 PARES DE BOTAS — 2.000BRINQUEDOS — MOVEIS P/ESCRITÚRIO — TELEVISÃO, stc.

Porf.it- maq. de fazer gelo marca Everest — Dois freoz.rs horizontais c/duas e quatro tampas — Elevador motorizadop/pequena capacidade — Refresqueira c/duas divisões — Geladeira Brastemp duplex — Fogão Columbia com 02 bocas

Grupo de ferro p/pátio — Dois aparelhos p/ar cond. de 7 e 10.000 BTU's — Pia inox — Diversas grades de refrigerantee cerveja — 25 conj. de mesas e cadeiras p/restauronte — Maq. de somar e autenticadora — Bomboniere — TV Phileocolorida 23" — Moto Serra — Balancim em estrutura metálica — Pratos — Tigelas — Copos — Talheres — Quentinhas

Bateria p/caminhão Mercedes — lustres — Mesas p/escritório c/3 e 6 gavetas — Arquivo c/4 gavetas — 100 pares debotas — 1.000 bonecas — 1.000 carrinhos — Jogos de dama e muitos outros objetos presentes ao leiloa

OBS: Liquidação, comissão e despesas serão obrigatoriamente pagas logo após o leilão. Haverá sorteio de brindesaos presentes. Portaria da Jucepa.

Companhia Equatorial de Mineração S/A -COMINECGC/O 4821435/0001 -58

Assembléia Geral ExtraordináriaConvocação

Pelo presente ficam convidadas os senhores acionistas da Companhia fjqualo-rial de Mineração S/A. - COMINE, para uma Assembléia Geral extraordinária,

3ue terá lugar na sede Social da Empresa à Rodovia BR-316/Km-ll no Município

e Ananindeua. Estado do Pará, às 10:00 (dez) horas do dia 28 de dezembrode 1989. A ordem do dia será a seguinte:

a] Eleição de membro do Conselho de Administração;b Outros assuntos de interesse da Sociedade.,

Belém, 18 de dezembro de 1989Rogélio Fernandez Filho

Presidente do Conselho de Administração

ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIAEDITAL DE CONVOCAÇÃO

Pelo presente Edital ficam convocados os Senhores Acionistas da COM-PANHIA PARAENSE DETURISMO-PARATUR, para a reunião da As-sembléia Geral Extraordinária, a se realizar no dia 26 de dezembro de1989, às 12:00 horas, na sede da SEICOM, sita à Av. Presidente Vargas,1020, nesta cidade, a fim de deliberarem sobre os seguintes assuntos:

Io) Fixação da remuneração dos membros do Conselho de Administra-ção e Fiscal;

2°) Fixação da remuneração dos membros da Diretoria da Empresa;3°1 O que ocorrer.Belém, 18 de dezembro de 1989.

NELSON DE FIGUEIREDO RIBEIROPresidente do Conselho de Administração

EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA EEXTENSÃO RURAL DO ESTADO DO PARÁ

EMATER-PARÃAVISO

A EMATER-PARÁ toma público que a Con-corrência Pública de n.° 001/89 cuja aber-tura marcada para o dia 28.12.89 foi cancelada,por determinação da diretoria da empresa. Por-tanto o edital torna-se sem efeito.

Belém, 20 de dezembro de 1989

A Comissão

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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁSECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA

EDITALPelo presente EDITAL, determinamos a todos os re-

presentantes dos Estabelecimentos que se dedicam àcompra, venda e fundição de ouro, metais nobres, jóiase objetos antigos, que ficam obrigados a obter regis-tro prévio na Secretaria de Estado de SegurançaPública-SEGUP, através da Divisão de Polícia Admi-nistrativa - D.P.A, de acordo com a RESOLUÇÃO n°002 de 23 de Maio de 1985, do CONSELHO SUPE-RIOR DE SEGURANÇA PÚBLICA, publicado no Diá-rio Oficial do Estado n° 25.545 de 05 de agosto de1985, os representantes dos referidos estabelecimen-tos terão um prazo de 15 (quinze) dias, a partir da datada publicação do presente EDITAL.

Belém, 19 de dezembro de 1989Bel." ELIZABETE SANTA ROSA

FARIAS DOS SANTOSDelegada/Diretora do D.P.A.

MINISTÉRIO DO EXÉRCITODEPARTAMENTO GERAL DE SERVIÇOS

DIRETORIA DE SUBSISTÊNCIA*AVISO DE LICITAÇÃO

1. O Presidente da Comissão da Licitação {Habitação e Cadastro), cumprin-do determinação do Chefe do DGS, comunica a realização da Concorrência n°11/89-DS cujas propostas de preçps serão abertas no dio 15 de fevereiro de 1990.

2. OBJETO: Aquisição do: Açúcar (Refinada - Cristal); Arroz beneficiadopolido tipo 2; Aveia laminada em Flocos; Cafó solúvel instantâneo granulado; Cafétorrado e mofdo (vácuo puro); Carne bovina dasossada congeladaJSede); Car-ne bovina desosiada congelada ou resfrlada (fora de Sede); Carne sufna con-gelada (Pernil); Farinha de mandioca; Feijão em grão, Tipo 2; Frango congelado(Sede); Frango congelado (fora de Sede); Leite em pó integral e instantâneo; Mar-garina vegetal; Mate solúvel; óleo de soja refinado; Carne em cubos, em con-serva. Enlatada; Carne mofda com soja texturizada (Hamburgor); Sal refinado;Vinagre de Vinho; Avela forragelra Tipo 2; Ração balanceada Eqüina (comum);Ração balanceada Equinq,para reprodutores; Semente de Unho.

3. O Edital, na íntogra, poderá ser obtido ao preço de NCzS 50,00 (cin-qüento cruzados novos) e CEAS Edição/89 (Catálogo de Especificações de Arti-gos de Subsistência) ao preço de NCzS 20,00 (vinte cruzados novos), no DepósitoRegional de Subsistência, Tv. Dom Romualdo de Seixas 578 — Umarizal, telefo-ne 222-8592, no horário normal do expediente, no período de 15 de dezembrode 1989 ao dia 15 de janeiro dé 1990.

BrasMia-DF, 15 de dezembro de 1989ALBERTO LÚCIO DE ANDRADE RAMOS

- Cal. Int. — Pro.ldonto da CL (Hab/Cadaitro)

AVISO DE EXTRAVIODE DOCUMENTOS FISCAIS

A COMPANHIA EQUATORIAL DE MINERAÇÃO -COMINE, Inscrição CGC/MF: 04.821.435/0001-58 -Inscrição Estadual n° 15050625-2, com sede Social àRodovia BR-316, Km-11 Município de Ananindeua, Es-tado do Pará, comunica o EXTRAVIO DO LIVRO DEAPURAÇÃO DO 'I.C.M.S.' n° 02 (dois) onde estavamescriturados os lançamentos relativos ao período de01/09/86 a 30/11/89 e o LIVRO DE REGISTROS DE SAÍ-DAS n° 01 (um) onde estavam escriturados os lança-mentos relativos ao período de 01/03/89 a 30/11/89.

Ananindeua(Pa.), 20 de Dezembro de 1989.Rogélio Fernandez Filho

Diretor-Presidente

Recife (AJB) — O presidentedo PMDB do município de Palma-res, a 128 quilômetros do Recife, oadvogado José Rolemberg Ferrei-ra Lins, de 44 anos, foi assassina-do ontem por um pistoleiro nacalçada do prédio da prefeitura dacidade. O advogado acabara de sereunir com o secretariado munici-pai e o prefeito Francisco de AssisRodrigues, do PMDB, desceu cal-mamente a escadaria do prédio e,quando chegou na calçada, dois ho-mens o abordaram e um deles deuum tiro na sua testa. Rolembergmorreu na hora.

O assessor político do governa-dor Miguel Arraes, Ivan Rodri-gues, informou que o crime,acontecido às 10h40, não teve cono-tação política. Disse que o Paláciomandará fazer averiguações e tu-do indica que Rolemberg foi vi ti-ma de vingança por problemas

Gordilho não sabese recorre ao STJ

Rio (AG) — A vereadora Regi-na Gordilho (PDT) vai esperar ofim do recesso do Judiciário, em fe-vereiro do próximo ano, para deci-dir se recorre ou não ao SuperiorTribunal de Justiça (STJ) da sen-tença da 2* Câmara Criminal doTribunal de Justiça, que absolveuos cinco policiais militares acusa-dos de matarem seu filho Mareei-lus, durante uma "blitz" na Cidadede Deus, em 1987. Ela chegara aanunciar anteontem, ao saber daabsolvição, que recorreria imedia-tamente ao STJ, mas decidiu espe-rar ao ser informada peloadvogado Artur Lavigne de que odesembargador Salmo Silva pediuvistas do processo.

Gordilho apresentou ontem,em entrevista na Câmara Munici-pai, o atestado de óbito de Mareei-lus, que aponta como "causamortis" uma contusão crânio-encefálica, complicada com ede-ma cerebral e pulmonar e provo-cados por ação contundente. Comisso, ela procurou contestar a sen-tença do desembargador Décio Ita-baiana, relator do processo, que,baseado no laudo de exame cada-vérico, apontou como causa damorte de Marcellus uma cardiopa-tia hipertensiva e não os espanca-mentos que, segundo testemunhas,o filho da vereadora teria sofridoao ser detido pelos policiais.

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pessoais. O advogado era presiden-te da Faculdade de Formação deProfessores da Mata Sul e muitoquerido na cidade. Tinha um escri-lório de advocacia no centro.

O delegado de polícia de Pai-mares, Fernando Costa explicouque houve, realmente, uma vingan-ça mas a policia não sabe quemsão os mandantes: "Os homenseram pistoleiros contratados. Vá-rias testemunhas já depuseram in-formando que eles nunca tinhamsido vistos em Palmares". O crimeocorreu em uma hora de grandemovimento no centro e causou cor-reria. O delegado disse que a mor-te de Rolemberg provocou como-ção pois ele era muito querido nomunicípio.

A política iniciou perseguiçãoaos criminosos mas até o final datarde não os havia prendido. Elesfugiram em um Santana estaciona-

do próximo à prefeitura e um homem ficou ao volante enquanto osoutros dois participavam do crimi'.O delegado Fernando Costa infor-mou que não se tem notícia dequalquer queixa do advogado emqualquer época sobre a pòssibilidà.ae de ser assassinado, mas no finalda tarde a polícia começou a invéstigar a possibilidade de um comer-ciante conhecido como "Cícero dasJóias" ter ligação com o assassina-to. Em 1987 um filho do comercian-te, de 15 anos, foi assassinado e aúltima pessoa que estivera com eletinha sido um filho de Rolembergchamado Artur, na época menor deidade. Artur chegou a ser ouvidopela policia mas não foi indiciadoem inquérito porque era menor ea polícia descobriu os criminosos.De qualquer forma, a rixa entre asduas famílias continuou.

Desabamento de barracoprovoca quatro mortes

Lebon Régis, SC, (AJB) — Depoisde mais de 20 horas de trabalho de res-gate, a Polícia Militar e o Corpo deBombeiros deste município, a 350 qui-lômetros de Florianópolis, resgataramquatro mortos e 41 feridos sob os es-combros de um barraco que servia pa-ra secagem de alho e que desabou nofinal da tarde da última terça-feira. Osmortos foram João Maria de Souza,Walfrido de Souza, José Aloir Schmidte Arnaldo Cipriano Costa e entre os 12trabalhadores que ainda estão hospita-lizados, com fraturas e escoriações,quatro estão em estado grave. O galpãotinha 100 metros de comprimento, 40 delargura e 16 de altura e no seu interiorhavia varas para pendurar alho verde,com cerca de 170 trabalhadores no mo-mento em que ruiu.

Segundo o delegado Urbano Caon,o excesso de peso é a causa mais pro-vável para o desabamento, já que os va-rais e as paredes do barracão dealvenaria e cobertura de amianto caí-ram todos para o mesmo lado. O pro-prietário do barracão, o japonês TàmonNakayama, confirmou a existência de180 toneladas de alho penduradas, maso delegado acredita que havia pelo me-nos 250 toneladas presas nos varais. Onúmero de funcionários no interior dogalpão também foi difícil de confirmar,já que Nakayama tinha poucos empre-gados com registro legal, trabalhandocomo bóias-frias da região.

Cerca de 100 pessoas, entre poli-ciais militares e bombeiros de LebonRégis, Caçador, Curitibanos e Lages(municípios vizinhos) e voluntários ci-

3!. Mc i"r áoiv í oiirtüjj" àtüúbiiRa

vis começaram a remover os escom-bros à procura de corpos esobreviventes."Os feridos foram localizados atra-vés de seus gritos e gemidos", contou opolicial militar Iran, que participou dasoperações de resgate. A falta de equi-pamentos para remover grandes blocosde tijolos atrasou os trabalhos. "Muitagente poderia ser retirada em melho-res condições se saísse mais rápido",disse o soldado. As rádios da regiãoanunciaram ontem, por todo o dia, no-ticia do acidente, para que familiaresde trabalhadores de Nakayama procu-rassem parentes nos hospitais de Caça-dor ou Lebon Régis. Apesar desuspeitar de dois desaparecidos, a po-lícia e os bombeiros encerraram asbuscas após às 13 horas de ontem.

Peritos da Policia Técnica de Fio-rianópolis seguiram ontem à tarde para Lebon Régis, para apurar as causasdo desabamento e o inquérito policialfoi instaurado na delegacia de Caçador.O galpão de Nakayama estava próximodo perímetro urbano de Lebon Régis(município de seis mil habitantes), masa 100 metros da divisa, já em Caçador.O delegado Wbano Caon, no final datarde de ontem, ainda não tinha fichacompleta dos quatro mortos, mas umencarregado da empresa informou queentre eles dois eram menores de idade.com 16 anos. No momento em que esteencarregado prestava um depoimentoao delegado, foi comunicado de que ou-tro barracão da mesma empresa aca-bara de desabar em Lebon Régis.porém sem vítimas.

Ii_4__ ,. „ »UÜ'Fast Smile': mais dois mortosSão Paulo (AJB) — Subiu pa-

ra dez o número de mortos na ex-plosão da lanchonete Fast Smile,na rua XV de Novembro, no centrode São Paulo, na manhã desegunda-feira. Ao contrário do quesupunham os bombeiros, não eraapenas o corpo de um dos sócios doestabelecimento, Fock KingCheong, de 34 anos, que permane-cia desaparecido sob os escom-bros, mas também o do jovem JoséEldes de Souza, de 22 anos. Os cor-pos foram resgatados no subsolo doprédio por volta das 21 horas deterça-feira. Ali funcionava um de-

pósito onde estavam estocados 13botijões de gás — e que provável-mente vazaram e causaram a ex-plosão. O acidente, ocorrido numdos pontos de maior concentraçãobancária da capital paulista, feriu21 pessoas e destruiu completa-mente três dos cinco andares doprédio da Fast Smile.

Com o resgate de Cheong eSouza, o Corpo de Bombeiros deupor encerrado seu trabalho. Agora,entram em cena engenheiros doInstituto de Criminalística do Es-tado para um parecer final sobre

as causas da explosão.Comparada à implosão de um

edifício de três andares, técnicos ebombeiros se espantaram com adestruição provocada na lanchone-te. Cadeiras, mesas, geladeiras e oletreiro externo foram arremessa-dos a 20 metros de distância, atin-gindo os prédios vizinhos.

Ainda não se definiu o que fa-zer no local, após a remoção dosescombros. Não se sabe sequer seo prédio será inteiramente demo-lido ou não. Tudo dependerá do pa-recer técnico dos peritos queestiveram lá.

Peso da LeiMatou a criança

Há 15 dias, um conhecido assai-tante que age nos bairros da Condore Cremação, completamente ema-conhado, ao tentar matar um parcei-ro, acabou assassinando com umtiro na testa uma menina de apenas10 anos de idade. A brutalidade docrime revoltou os moradores da pas-sagem Orquídea, local da tragédia,que tentaram agarrar o assaltante,que, mesmo perseguido, conseguiufugir.

O delegado supervisor da Cre-mação, Ronaldo Silva, em menos de48 horas, ouviu as testemunhas, re-querendo, a seguir, a prisão preven-tiva do assaltante, que, até agora, seencontra foragido.

A juíza da ls Vara Penal, MariaIzabel de Oliveira Benone, decretoua custódia do assaltante, que não éoutro, senão, Antônio Carlos SoaresDias, conhecido pela alcunha de"Cavalo", e que conta com várias en-tradas na Divisão de Crimes contrao Patrimônio, pela prática de crimede roubo, furtos e assaltos a mãoarmada.

Agora, respaldado no inquéritopolicial, o promotor de justiça Pau-Io Afonso de Oliveira Falcão vem dedenunciar "Cavalo" como incurso noart 121. § 2?, incisos II e IV do Códi-go Penal Brasileiro.

Constam dos autos do inquéritopolicial que, no dia 3 de dezembro doano corrente, por volta das 17:00 ho-ras, na passagem Orquídea, o assai-tante encontrou-se com Jorge Luizda Silva, o "Ratinho", seu compa-nheiro de delinqüência, dele cobroualgo que lhe era devido, em decor-rência de atividades delitivas. Sen-do a cobrança infrutífera, "Cavalo"sacou de um revólver marca "Tau-rus" 38 duplo, passando a detoná-locontra "Ratinho", sem atingi-lo. O'parceiro, apavorado com os tiros,saiu correndo, partindo "Cavalo" emsua perseguição, tentando alvejá-lo.

Um dos tiros disparados por"Cavalo" ao invés de acertar o alvo

pretendido, atingiu a testa da menorJocilene Tenório Barbosa, de 10anos, que caminhava rumo à sua re-sidência, acompanhada por suamãe Romimary Ttenório Barbosa. Acriança morreu ao dar entrada noPronto Socorro Municipal.

O promotor de justiça PauloAfonso de Oliveira Falcão, em suadenúncia, diz ao final que "pela pri-meira vez, este promotor lamentaque alguém não tenha sido assassi-nado em lugar de outrem; lastimaque "Cavalo" não tenha acertado to-da a carga de sua arma no alvo quepretendera, pois, assim, não sobra-ria nenhum projétil para Jocilene;não teria se materializado tão dolo-roso holocausto, em que a vida deuma quase jovem, que seria útil àsociedade, foi brutalmente sacrifica-da, entre os limites da perversida-de de um bandido e a covardia deum parasita".

Promotor requer absolviçãoDevido serem insuficientes as

provas contra os acusados, o promo-tor de justiça Pedro Pereira da Sil-va, em alegações finais ao juiz da 3»Vara Penal, Jaime dos Santos Ro-cha, requereu a absolvição de Cláu-dio Moraes dos Santos, AntônioChaves Áreas e José JoaquimBraga.

Segundo consta dos autos, Cláu-dio dos Santos furtou o veiculo deplaca AC 0102, de propriedade do ad-vogado Célio Chaves de Melo, que seencontrava estacionado ad CírculoMilitar, fato ocorrido na madruga-da do dia 29 de agosto de 87. Ato con-tinuo, Cláudio convidou Antônio eJosé para passearem no carroroubado.

Na praça Batista Campos, osacusados venderam a Antônio Ever-son Coelho algumas peças do veícu-Io, passando então a depená-lo e avender as demais peças, inclusive,o toca-fitas. Na polícia, os acusadosconfessaram o crime, porém, emjuízo negaram-no.

Juíza roubadaJulgando improcedente a de-

núncia formulada pelo MinistérioPúblico, o juiz da 3" Vara Penal, Jai-me dos Santos Rocha, absolveu Ed-mar Ribeiro da Silva, de alcunha"Fumaça".

O delinqüente, segundo o autode prisão, tentou, no dia 5 de feverei-ro de 88, às 03:00 horas, arrombar aresidência da juíza de Direito e ti-tular da 1» Vara Penal, Maria Iza-bel de Oliveira Benone, localizadana rua Soares Carneiro, n? 790. Fia-grado pela segurança da residênciada magistrada, Antônio AlbertoOhana, "Fumaça", tentou reagir,sendo derrubado a bala. O réu niãochegou a roubar nada da juíza.

Policial traficanteO flagrante lavrado contra o in-

vestigador de polícia José Lopes deAbreu, o "Porquinho", quando tenta-va comercializar alguns quilos demaconha na cidade de Castanhal.anteontem, juntamente com maisdois soldados da PM, talvez não lenha se constituído grande surpresa.

"Porquinho", como é conhecidoo tira, há anos vinha praticando atosdessa natureza, não só na estrada.como aqui em Belém. Só lhe falia-va mesmo era ser flagrado com ma-conha. Fiado em sua posição depolicial, o investigador, não é de ho-je que vem denegrindo o nome daSegup.

Arbitrou fiançaAtendendo aos argumentos do

criminalista José Maria Costa, ojuiz da 3* Vara Penal, Jaime dosSantos Rocha, arbitrou fiança em fa-vor de Maria Lúcia Lima. que foraautuada em flagrante pela práticado crime do "conto do paço", apare-cendo como vítima Edson Ronaldo.A acusada, segundo afirmou, não li-cou com nenhum tostão. O dinheiroganho na transação, afirmou Lúcia,ficou em poder dos "paqueiros" quefugiram à aproximação da polícia.(FA).

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22 POLICIA O LIBERAL Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989

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Motorista dirigia em alta velocidade e bateu em uma caçamba

Colisão na BR-316 causa morteUm caminhão furgão, trans-

portando carne do Matadouro eFrigorífico do Norte S/A — Mafri-norte, chocou-se, ontem de ma-drugada, com uma caçamba bas-culante que transportava um car-regamento de seixos. Do acidenteresultaram um morto e três feri-dos, inclusive com queimaduras,que foram internados no HospitalSão José, de Castanhal.

O motorista Claudeci Cândidoda Silva, 25 anos, casado, que re-sidia em Castanhal, na passagemTêxtil, dirigia o caminhão da Ma-frinorte, transportando carne queseria distribuída na cidade. Quan-do trafegava em grande velocida-de pela rodovia BR-316, em frenteà Indústria de Massas Hiléia S/A,no município de Castanhal, coli-diu de frente com a caçamba car-regada de seixos.

Os dois veículos ficaram comas cabines completamente des-truídas e o motorista do caminhãodo Mafrinorte morreu na hora,imprensado entre as ferragens.Os ocupantes da caçamba, o mo-torista e dois passageiros, fica-ram presos nas ferragens, feri-dos, e sofreram queimaduras,pois a cabine do veículo incen-diou. O morto foi removido pelopessoal técnico do IML de Casta-nhal e os feridos transportadospelos patrulneiros da Polícia Ro-doviária Federal para o HospitalSão José, onde se encontram in-tornados. Até ontem à tarde suasidentidades ainda não eramconhecidas.

Fuga em ApeúO delegado Manoel Timóteo

da Silva, da vila de Apeú, no mu-nicípio de Castanhal, comunicouao delegado municipal JuarezMourão, através de ofício, que opreso de Justiça Gérson Vieira deLima, que estava na delegaciadaquela vila, enviado pelo delega-do do bairro da Saudade, em Cas-tanhal, fugiu às 19h30 do últimodia 17.

No domingo, a movimentaçãoem Apeú era grande em virtudedo 2o turno da eleição presiden-ciai e a delegacia, com instala-ções precárias, tinha como únicopreso Gérson Vieira de Lima.Quando o delegado esteve na dele-gacia, á noite, para verificar seestava tudo em ôr^ifem, deu porfalta do preso e verificou que elehavia fugido pelo telhado, depoisde passar por uma grade, arre-bentar algumas tábuas do forro epor fim destelhar uma pequenaparte da cobertura da cadeia. Atéontem, apesar do esforço da poli-cia para recapturar Gérson, elecontinuava foragido.

Presos trêsacusados da

morte do vigiaAcusados da morte do vigia e

funcionário civil da Aeronáutica,Manoel Cristo de Lima, fato ocor-rido na madrugada do último sá-bado no bairro da Sacramenta, fo-ram presos e estão recolhidos naDivisão de Crimes Contra o Patri-mônio os assaltantes E.J.C.M., 16anos, o "Tubarão"; seu irmãoWalmir Souza da Silva, o "Ma-mãezada", 19 anos, residentes napassagem A, s/n; e Waldemir Pa-lheta Barros, o "Louro", 22 anos,residente na Estrada do Acampa-mento s/n. Eles, mesmo acusadospela viúva da vítima, Francisca,continuam negando o latrocínio.

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Luiz Santos e Marivaldo Silva, membros da quadrilha.

Francisca de Paula Santa Ro-sa, 42 anos, residente na passa-gem Lava-Pés, prestou depoi-mento ao delegado EveraldoPaes, no Patrimônio, e forneceudetalhes que comprometem ostrês presos. A viúva disse que seumarido saiu à noite para traba-lhar como vigia de carros emfrente ao prédio da Secretaria daFazenda. Pela manhã, por voltade 6h30, ela foi avisada por umavizinha que seu marido estavacaído na rua, parecendo estar ai-coolizado. Ela foi verificar e per-cebeu que Manoel Cristo estavaesfaqueado no abdômen. Levadoao PSM, faleceu.

Manoel, segundo a viúva, ti-nha a pulseira do relógio forçada,embora os assaltantes não te-nham conseguido levar o objeto,porém o dinheiro que possuía ha-via sumido. Nesse mesmo dia,disse Francisca que a dona doquarto onde reside comunicou-lheque "Mamãezada" lhe havia ditoque "não tinha coragem de fazero que "Tubarão" havia feito aopobre velho", no caso o vigia Ma-noel Cristo. Além disso, "Mamãe-zada" afirmou, na ocasião, que ti-nha pena de Francisca. Um ho-mem que assistiu ao latrocínio eque não quis se identificar, te-mendo represálias, viu quando"Tubarão" esfaqueou ManoelCristo e tentou arrancar o relógioe cordão da vítima. Manoel rea-giu e "Tubarão" o esfaqueou eroubou seu dinheiro.

A cabine da caçamba ficou totalmente danificada, assim como a do caminhão.

Assaltante baleado ita cabeçaao reagir ao cerco

Um assaltante morto com umtiro na cabeça, dois outros presos,inclusive uma mulher, vários ob-jetos recuperados e dois veículosdanificados, foi o resultado de umassalto, à mão armada, ocorrido _às últimas horas da noite de an- jteontem na residência do comer- -ciante Ch^fi Araújo Tavares, 41 |'**vanos, anexa à boate Opium, desua propriedade, localizada noKm 5 da rodovia Augusto Monte-negro, em frente à Pousada Ele &Ela. Os três presos foram autua-dos em flagrante, na Divisão deVigilância Geral, pelo delegadoCláudio Maués e pelo escrivãoAnselimp.,,.,,.. ,v , .

Chafi Araújo Tavares, pro-prietário do restaurante-iQpium,sua esposa Nadir e seu primoMaurício, que juntamente comduas amigas, Leyla e Mira, foramassaltados, trancados em um ba-nheiro e perderam o que tinhamna ocasião, estiveram ontem pelamanhã na Divisão de VigilânciaGeral comunicando o assalto aodelegado Rafael Netto. O caso fi-cou afeto ao delegado CláudioMaués.

O assaltante que morreu comuma bala na cabeça ao reagir àperseguição policial foi identifica-do como o ex-presidiário CarlosRangel Padilha, o "Negão". Seucadáver ainda se encontra no Ins-tituto de Polícia Científica RenatoChaves, aguardando a chegadade parentes.

O assaltoChafi Araújo Tavares, ontem,

na DVG, contou como aconteceu oassalto. Ele disse que estava nasala de sua casa, reunido com aesposa e os amigos, quando foramsurpreendidos por dois assaltan-tes armados de revólveres, queentraram na casa por uma jáne-Ia, e gritaram que todos ficassemem silêncio, pois era um assalto.Em seguida, ele, sua esposa, seuprimo Maurício, Leyla e Mira fo-ram rendidos e colocados nobanheiro.

Os assaltantes exigiram aschaves do carro do comerciante,o Monza placa BK-3870, e depoisinvadiram um outro comparti-mento, de onde levaram váriosequipamentos de som, avaliadosem mais de NCz$ 100 mil, e fugi-ram no veículo localizado maistarde, avariado, dentro de um va-lado por trás do conjunto Park-lândia. A polícia conseguiu recu-perar parte do que foi roubado,mas ainda faltam NCz$ 2 mil emdinheiro, um relógio Mido, umtoca-fitas e uma máquina fotográ-fica Nikon com jogo completo delentes.

Foram cinco os assaltantesque chegaram à casa de Chafi:dois entraram na casa e três fica-ram no Monza, que ao ser encon-trado estava sem condições detrafegar, pois os assaltantes colo-caram água no distribuidor.

A morte do assaltanteO investigador Alexandre e os

policiais Bandeira, Conceição, Hi-lário e Derivaldo participaram dadiligência. Alexandre contou queestava de plantão, durante a ma-drugada, quando o delegado Ota-cílio Motta telefonou, avisandoque havia ocorrido um assalto naboate Opium, na rodovia AugustoMontenegro. Eles se dirigirampara o local, onde entraram emcontato com o comerciante Chafie as outras pessoas que haviamsido assaltadas. Logo depois che-gou ao local uma equipe da dele-gacia da Marambaia, comandadapelos investigadores Conceição eHilário. Os policiais iniciaram as

Diniz e Sales: vítimasde 'gangs' estmngeirasSão Paulo (AG) — A polícia paulis-

ta não tem mais dúvidas de que osgrandes seqüestros praticados pelogrupo de estrangeiros preso no últimofinal de semana na capital, depois doresgate do empresário Abílio Diniz, sãoplanejados no exterior contando com acontratação de quadrilhas internacio-nais, treinados especialmente para es-se tipo de crime. Ontem, os policiais doDepartamento de Homicídios fizeramalguns levatamentos comparando o se-qüestro do dono do grupo Pão de Açú-car e o caso envolvendo o publicitárioLuís Sales. Além das várias coincidên-cias, os policiais paulistas descobriramque a casa onde Diniz foi mantido emcativeiro, havia sido alugada no mês dejunho passado, sem contrato de loca-ção, poucos dias antes do seqüestro dopublicitário Sales. Ontem, os policiaisapreenderam também um Opala, en-contrado abandonado no bairro doBrooklin, na região sul, utilizado no ata-que contra Diniz ocorrido na segunda-feira da semana passada.

Os dez seqüestradores presos, umbrasileiro, dois argentinos, dois cana-denses e cinco chilenos foram recolhi-dos na penitenciária do Estado pormotivo de segurança. Os policiais pau-listas temiam que guerrilheiros inter-nacionais poderiam tentar o resgatedos criminosos na sede de Departa-mento de Homicídios.

Hoje cedo, os policiais deverão fa-zer a reconstituição de todo o seques-tro que começou na rua Tucumã no altode Pinheiros, a poucos metros do apar-tamento do empresário, terminando napraça Nashiro Miazaki, no Jabaquara,zona sul, onde Diniz foi resgatado pelapolícia. Ontem, a polícia conseguiuidentificar também a locadora que alu-gou um Fiat usado no seqüestro de Di-niz. O carro foi alugado em nome deBeatriz Bourgeuiz, de nacionalidadesuíça. Para a polícia, esta mulher tam-

Ana Maria Mendes Costa Lourenço, o "Mosca Paca"

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"Negão", morto no cerco. As armas encontradas na busca¦J an. ;-

PSM,investigações pelas áreas de inva-são ali existentes. Na invasão do¦Parklândia encontraram o Monzaroubado, com os assaltantes den-tro. Devido à distância e à escuri-dão, segundo o investigador Ale-xandre, os homens conseguiramfugir.

Os policias continuaram aperseguição e conseguiram des-cobrir a casa dos assaltantes, ain-da de madrugada. Eles espera-ram amanhecer o dia e retorna-ram ao local. Cerca de uma horadepois conseguiram prender o as-saltante Marivaldo Rodrigues daSilva, 21 anos, que é foragido dopátio da Central. Na casa de Ma-rivaldo foram encontrados váriosobjetos roubados. Foi ele quemdenunciou os assaltantes "Dan" e"Negão". Os policiais foram até àcasa de "Negão", sendo recebi-dos à bala pelo assaltante, quequase acertava o investigadorConceição. Houve troca de tiros e"Negão" foi baleado na cabeça.Ele ainda chegou a ser levado ao

bém participou do seqüestro. Os poli-ciais paulistas têm convicção, que osprincipais organizadores do seqüestrode Diniz estão fora do país.

As tarefas para que o seqüestro ti-vesse êxito eram divididas pelo chefedo grupo, Horácio Henrique Paz. Asduas mulheres, a chilena Maria RabkinBustos e a canadense Christine GwenLamont, eram encarregadas da prepa-ração de mensagens e dos contatos te-lefônicos, enquanto que o brasileiroRaimundo Rogério Costa Freire, era o'responsável pelo cativeiro de Diniz. Ocanadense David Robert Spencer era oencarregado das estratégias mantidase condição do seqüestro, enquanto queos demais cuidavam de outras tarefascomo alimentação, ataque e levanta-mento de informações.

Os policiais paulistas não têm mais ,qualquer dúvida que o grupo preso nofinal de semana também seqüestrouLuís Sales. Segundo o delegado NelsonSilveira Guimarães, os seqüestradoresmandaram parte do dinheiro obtido noresgate do publicitário, US$ 2,5 milhões,para fora do país. Sales em seu depoi-mento prestado logo depois de sua li-bertação, garantiu que ouvia semprebarulho de avião, comemorações porcausa de jogos de pebolin e ainda lati-dos de um cachorro:

— Todas essas informações do se-nhor Sales nós chegamos e conseguir-mos junto a casa da praça Nashiro Mia-zaki. 0 barulho do avião por exemplo,é diário porque o aeroporto de Congo-1nhas é bem próximo a casa — explicouo delegado da polícia paulista.

Hoje, os familiares da canadenseChristine Gwen Lamont deverão chegara São Pauh)! Seus pais que residem no _Canadá duvidam que ela participou do

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seqüestro. Christine, segundo a polícia,é de família rica e seus pais não enten-dem porque ela se envolveu em uma 'conspiração internacional.

Mais três identificadosSão Paulo (AG) — A polícia infor-

mou ontem que já identificou mais trêspessoas que participaram do seqüestrodo vice-presidente do Grupo Pão deAçúcar, Abílio Diniz. Eles são a cida-dã suíça Beatrice Bovjeo Isabel e So-raya e os canadeneses Lisa LynneWalker e Paul Joseph Gomez Mendes.

Até o fim da tarde de ontem, o Gru-po Anti-Seqüestro (GAS), do Departa-mento de Homicídios e Proteção àPessoa (DHPP), não tinha localizado ostrês seqüestradores. Para evitar que fu-jam do Brasil, as autoridades já aler-taram a Polícia Federal, que éresponsável pelo controle das frontei-ras e dos aeroportos, para fechar ocerco.

Os policiais descobriram que Bea-trice era a encarregada de conseguir osveículos usados pelos seqüestradores.A suíça chegou a alugar três vezes au-tomóveis na empresa Prince Rent-a-Car, em São Paulo.

O delegado Fernando Costa, quepreside o inquérito sobre o seqüestro deAbílio Diniz, não quis falar ontem so-bre a descoberta de mais três integran-tes do grupo. Mas ele admitiu a

existência de uma grande conexão in-ternacional especializada em realizarseqüestros de milionários e empresa-rios de todo o mundo.

O delegado afirmou que ainda nãohá sinais evidentes de que os seqüestra-dores tenham ligações com gruposguerrilheiros estrangeiros. Mas garan-tiu que essa possibilidade está sendo le-vada em conta e que vem sendoinvestigada.

Fernando Costa esteve ontem à tar-de na sede do Grupo Pão de Açúcar,acompanhado de outros quatro poli-1ciais, para ouvir o depoimento de Abi-'lio Diniz. O depoimento durou mais detrês horas. O delegado disse que o em-presário praticamente repetiu o que,afirmara anteontem aos jornalistas,durante entrevista.

Ontem, a polícia localizou mais umcarro dos seqüestradores. Trata-se deum Opala branco, quatro portas, vidrofume, placa VG-9055, que estava aban-donado desde o dia 11 no bairro doBrooklin, zona sul da capital. Esse car-ro foi usado pelos seqüestradores paraabalroar a Mercedes Benz de Diniz.

Advogados vivem dilemaSão Paulo (AG) — Defender os réus

com os honorários pagos pela vítima.Este é o principal dilema vivido, ago-ra, pelos advogados indicados pelo car-deal arcebispo de São Paulo, D.Evaristo Arns, para acompanhar a si-tuação dos dez seqüestradores envolvi-dos no seqüestro do empresário AbílioDiniz, diretor-vice-presidente executi-vo do Grupo Pão de Açúcar. Diniz jáconfirmou publicamente que assumi-rá o pagamento dos honorários, calcu-lado em torno de US$ 500 mil.

Os aspectos éticos da defesa dos se-qüestradores estão sendo discutidos emsucessivas reuniões entre o cardealArns e os advogados ligados aos orga-nismos de direitos humanos da igrejapaulistana. Uma solução intermediária

— para evitar o recebimento direto doshonorários do Grupo Pão de Açúcar —poderá ser a de destinar os US$ 500 milpara um dos centros de direitos huma-"nos ligados a Cúria Metropolitana. Es-se centro ficaria, então, responsávelpela contratação dos advogados. Umaparte dos honorários poderia ser des-tinada a um fundo de assistência a pre-sidiários aidéticos que vivem umasituação de abandono nas penitencia-rias paulistanas.

O cardeal Arns dará entrevistaamanhã às 14 horas, em sua residen-cia, para falar sobre a sua participa-ção como negociador na fase final doseqüestro de Abílio Diniz. Analisrátambém o resultado das eleições pre-sidenciais.

mas faleceu no box deatendimento.aqínBJ Envolvimento-^Estão presos' Luiz AugustoClj-síro' Santos, 21, anos, sua mu-lher Àná Maria Mendes Costa, 30anos, e Marivaldo Rodrigues daSava.. Alguns objetos ainda nãoforam recuperados, inclusive amáquina fotográfica, que teria fi-câtíõ em poder de um menor de 11affoè;'filho de Ana Maria. Tam-bpm íoi preso Francisco AntônioLourenço, o "Mosca Paca", queestaria envolvido indiretamenteno assalto e vai ser interrogado.

Esteve na DVG o motoristade táxi Arlindo Raimundo Rodri-gues das Chagas, do AT-3515, quedeclarou que seu carro estava es-tacionado em frente à sua casa,em um terreno de invasão. Eledisse ter sido avisado por uma vi-zinha, na manhã de ontem, de queseu veículo havia sido batido porum Monza, durante a madruga-da, provavelmente o carro emque os assaltantes fugiram.

Cearenses caem no contoda cama e guarda-roupa

Fortaleza (AG) — Três este-lionatários aplicaram com suces-so, à população de Fortaleza, oconto da cama e do guarda-roupa. Ávidos por ganhar dinhei-ro fácil, os espertalhões abriramum estabelecimento comercialna área central. Deram um su-gestivo nome — Lojão Vigor.Anunciaram em televisão e jor-nal uma promoção de fim de dé-cada: cama a NCz$ 100 eguarda-roupa por apenas NCz$180. O dinheiro desses anúnciosnão foi pago.

O êxito das vendas foi espe-tacular. Em cinco dias mil camase mais de 800 guarda-roupa fo-ram vendidos. Cada freguez, aopagar pelo produto, recebia comogarantia um recibo e a promes-sa de que, no máximo em dez

dias, a compra estaria entregueem sua casa.

Os falsários conseguiram lu-crar quase NCz$ 300 mil, poistambém cobravam pelo frete an-tecipadamente. Nesta semana,depois de aguardarem ansiosa-mente em vão pela entrega dascamas e guarda-roupas, e estra-Uhando que o Lojão Vigor semprepermanecia com as portas fecha-das, as vítimas resolveram agira.

O Lojão Vigor foi arrombado.A confusão imperou. Dentro daloja havia umas poucas estantes,uma geladeira e três camas e umguarda-roupa, apenas como ce-nário para a aplicação do golpe.Todos queriam ao mesmo tempose ressarcir do prejuízo. A políciainterveio para acalmar a si-tuação.

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Relendo a JustiçaOs desembargadores Ma-

ria Lúcia dos Santos e Wilsonde Jesus Marques lançam, às11 horas, na biblioteca Desem-bargador Antonio Koury (tér-reo do Palácio da Justiça),respectivamente, os volumes 4— "Sentenças de 1? InstânciaFamília" — e 5 —- "DecisõesCíveis". O lançamento aconte-ce pela Cultural Cejup, aexemplo dos anteriores.

A desembargadora MariaLúcia dos Santqs não é es-treante nesta série, pois são desua autoria os volumes 1, 2 e3, relativos a Concessórias, In-denizações e Ações Criminais,respectivamente. O volume 4traz sentenças do período de1972 a 1985, em que ela atuoucomo juíza da Vara de Famí-lia. Valendo-se da sua maniade colecionar seus trabalhos,Maria Lúcia pôde contar comum arsenal poderoso de casosimportantes e pouco corri-queiros que, reunidos em livro,devem auxiliar e muito os quedele precisarem. "A finalida-de desta publicação e ajudaraos colegas que enfrentam osmesmos problemas", explica adesembargadora, lembrandoque o público também farábom proveito, já que a lingua-gem em que foi trabalhado olivro é de fácil acesso."A necessidade de umapublicação como esta se deveprincipalmente ao fato de quetudo o que se tem em termosde leitura jurídica está a nívelmuito teórico e na maioria dasvezes precisamos de recorrera questões mais específicas"explica. Maria Lúcia diz quepor esse motivo os livros fa-zem grande sucesso no meio,recebenmdo solicitações atéde outros Estados.

DesembargadoraMaria Lúciados Santos

* QjHBS AJAF'. 'itmkAm .^S^ifÉSÍk

Com muitasensualidade

e balançoA cantora Regina fará o lan-

çamento oficial do seu primei-ro LP, pela gravadora RJ, hoje,a partir das 23 horas, na casa deshows "Lapinha". A músicacarro-chefe do disco chama-se"Magia do Prazer", de autoriado cantor Beto Barbosa. O dis-co compõe-se, basicamente, demúsicas no gênero forró, raggaee, principalmente, lambada.Mas conta também com três fai-xas românticas.

Desde 1985, Regina canta nanoite paraense, já tendo se apre-sentado na maioria dos clubesda capital, acompanhada dabanda Sayonara. Durante umaboa temporada Regina se apre-sentou também na boate Kala-

DesembargadorWilson de

Jesus Marques

Maria Lúcia está na ma-gistratura há 33 anos. Come-çou como pretora da capital,chegou ao cargo de juíza em72 e em 85, assumiu o de de-sembargadora. Em seus pia-nos estão o lançamento deoutros volumes sobre senten-

mazoo, onde era acompanhada •*pela banda "Skema Central". |Também participou de duas fai- |xas na coletânea que a gravado- 1ra RJ lançou. Depois disso, foi «convidada pelo diretor artístico Ida gravadora, Manoel Cordeiro,para gravar seu primeiro LP.

Apesar do trabalho direcio-nado comercialmente ser neces-sário, o mais importante, paraela, "é o reconhecimento do pú-blico". Regina escolheu justa-mente a lambada como objetode trabalho por ser esse o ritmocom o qual tem mais identida-de. "O meu pique de palco, a mi-nha natureza agitada. Tudo issome identifica com o ritmo quen-te. E usar esse ritmo quentecom uma letra romântica foi oideal. Assim é o disco, num rit-mo de lambada com uma essên-cia romântica", resumiu.

Analisando seu inicio decarreira, Regina diz: "Nos três

ças de Despejo, Interdição,Acidentes de Trabalho —"Muito interessante", segundoela, — entre outros casos. Hátambém o lançamento de umlivro de poesias, um trabalhoque não esta totalmente vincu-lado à profissão. Filha do poe-

ta Jacques Flores, ela achabem mais gostoso escreverpoesias, sem no entanto des-cuidar de suas obrigaçõescom a Justiça.

Trabalho do julgadorJá Wilson Marques revê-

lá não saber fazer outra coisaque seja na área da Justiça."Decisões Cíveis" é o seu pri-meiro lançamento, em quase30 anos de magistratura. O li-vro remonta três anos de suas

| atividades como desembarga-dor, nas áreas cível e comer-cio: Ele também costuma

., organizar um arquivo com to-| da§ suas decisões, embora nãot recorra a elas para fazer con-¦ sultas, já que o Direito está

evoluindo sempre, mas simí com o intuito de mostrá-lo aa quem se interesse. Nesse livro

i há matérias controvertidas,que põem a prova a capacida-de do profissional. "Há no tra-

I balho do julgador um processodè três partes: Lei, Doutrinae Jurisprudência. A lei temsempre lacunas, que são

l .preenchidas pela duas últi-mas. O valor desta obra estájustamente nessas".

Wilson diz que não preten-de ficar muito tempo no tribu-nal e quando se aposentarquer tentar outra atividadeque o faça aproveitar a vida."A magistratura exige muitoda pessoa. Não se tem folgas,pois há sempre muito trabalhoa fazer". Sua carreira de ma-gistrado registra passagenspor municípios como TomeAçu, onde atuou como Juiz deDireito, antes foi Pretor Vita-lício por 8 anos, pela Vara Cí-vel dâ capital, onde ficou por10 anos e agora como desem-bargador.

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Resina: natureza agitada

primeiros discos você aprende,se identifica com o público. Odisco é um ascenção. São váriasetapas. Além disso, o primeirodisco é sempre uma escola.Quanto ao gênero de música quecanto, não acredito que seja sóuma fase. Talvez com o passardo tempo troque de nome, masnão passará. E uma coisa mui-to gostosa, muito sensual. Nin-guém consegue ficar paradoquando toca a lambada, vocêbate o pé, enfim..."

O trabalho de divulgação dacantora Regina é feito pela di-vulgadora da gravadora RJ,Carminha, que tem participadodiretamente do trabalho de as-sessoria no lançamento do dis-co, que promete ser um sucesso.Regina apresentará hoje, no La-pinha, as músicas do LP , numshow intitulado "Magia dos Pra-zer", com muita sensualidade ebalanço, como a própria lamba-da sugere.

Marco Monteiro fazretrospectiva musicalO cantor Marco Monteiro se apresen-

ta hoje no bar-teatro Maracaibo, a partirdas 23 horas. No show, ele será acompa-nhado pelos músicos Minni Paulo (contra-baixo), Kawage (teclados), Guarayeb(percussão), Beto Meireles (guitarra), Be-rerê (bateria) e Paulo Levy (saxofone).Marco Monteiro fará uma retrospectivadas músicas que marcaram sua carreira,entre elas "Chamegoso", "A Brasileira","Te Quero", "Corpo Livre", "Aguê-Agá","Bichinho de Lã" e "Clareou", seu mais re-cente sucesso.

A carreira de cantor começou em 1984,quando participava do trio "Grupo Can-deia". Naquela época ele se apresentavafreqüentemente na boate Gemini Drivin.Contudo, foi só em 1985, que o artista Mar-co Monteiro foi lançado oficialmente pa-ra o público de Belém, com o show"Fantasia", em conjunto com o Grupo Ge-ma. O convite foi feito pelo baixista MinniPaulo, hoje também diretor musical dosshows de Marco Monteiro. O show de es-tréia foi realizado no Teatro WaldemarHenrique, tendo grande sucesso de público.

O começoA partir daí, Marco Monteiro passou

a ser conhecido no meio artístico local,cantando, na sua maioria, sucessos do mo-mento e músicas consagradas da MPB.Contudo, raramente se arriscava a cantaroutras composições, ainda estava muito in-seguro para tentar um desafio maior. Masno ano seguinte, diz ele, "Fui muito bemsucedido. O público me recebeu com mui-to carinho e foi quando me firmei em Be-lém". Em 1987, fazendo uma temporada naCasa de Shows Lapinha, e tendo o seu tra-balho reconhecido por José Alencar, pro-prietário da boate, Marco Monteiro foiconvidado a gravar uma fita, e posteior-mente, seu primeiro LP, pela Gravason, aconvite do empresário Carlos Santos."O disco surgiu num perído em que aspessoas que apreciavam o meu trabalho,aquelas que eram verdadeiras fãs e acom-panhavam todos os meus shows, me per-guntavam por que eu não gravava umdisco", contou. Em junho de 1987, finalmen-te, Marco Monteiro lançou seu primeiroLP, e no mês seguinte, a música "Chame-goso", lançada no balneário de Mosqueiro,se tornou uma espécie de hino das férias.Depois disso, fez uma temporada de doismeses consecutivos no bar-teatro Ma-racaibo.

.- Cenário'nacional--'' ob. onKOnqCom o sucesso do LP, ele-começou-a

aparecer no cenário nacional. Foi convi-dado a participar de vários programas de

Segundo MarcoMonteiro,só agora é queele se sente maismaduro musicalmente, J"encontrando minha Midentidade artística,o meu estilo" é

televisão, entre eles "Chacrinha", "Xou daXuxa", "Perdidos da Noite", "Angélica","Bolinha", "Mara" e outros programas te-levisivos, além de diversos shows pelas ci-dades do Nordeste, e Rio de Janeiro e SãoPaulo. "Desde o inicio era meu objetivo fa-zer um trabalho a nível de Brasil, e não so-mente a nível regional", afirmou.

No próximo LP, que deverá ser lança-do em meados de 1990, Marco Monteiro in-cluirá algumas composições de suaautoria. "Só agora é que estou aflorandopara as composições. E embora eu estejaainda nascendo para esse tipo de ativida-de, fazendo pesquisas, já fiz várias músi-cas. Eu, inclusive, fiquei muito feliz emdescobrir o meu lado de compositor. E to-mara que minhas músicas sejam aprova-das nesse novo disco, porque a gente primamuito pela cara do disco. O importante éver se a música tem ou não identidade como disco. Eu não coloco músicas no meu LP,mesmo bonitas e de minha autoria, ou deoutro compositor, se elas não vão ao encon-tro do disco, se elas não seguem a mesmalinha", observou.

No primeiro LP, disse, "Havia umapouquinho de cada coisa, rock, forró, mú-sicas românticas, num estilo mais inter-pretativo. Já no segundo disco, euencontrei o meu verdadeiro rumo, o estiloque eu vou seguir daqui por diante". Esseterceiro disco, garante Roberto Rodrigues,empresário do cantor, "terá uma produçãomais sofisticada".

A partir do meio do ano, segundo Ro-berto, "terminará o contrato com a Gra-vason. Nós já recebemos, inclusive,propostas de gravadoras multinacionais.Entretanto, só poderemos tomar qualquerdecisão a partir do entendimento com oempresário Carlos Santos, proprietário daGravason. Somente depois disso é que nóstrabalharemos em cima de excursões, nosentido de alcançar o mercado exterior.Quanto ao seu desenvolvimento como ar-tista, diz MarccrMonteiro "Somente ago-ra estou crescendo em termos de arranjo,encontrando a minha identidade artística,o meu estilo".

CaHos Eduardo Novaes

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"Adeus, minha gente99

Eu tô fora. Acabei de fazer si-nal para o banco pedindo substitui-ção. Quero me despedir de vocês,dizer que vou me naturalizar dina-marquês e morar em Copenhague.Informem-me, por favor, quandoterminarem de colorir o país.

De nada adiantou explicar queantes de pintar seria preciso fazeruma reforma nesta casa de como-dos de oito milhões de quilômetrosquadrados. A maioria — a maioriatem sempre razão — decidiu-se pe-Ia pintura "no Estado". Pois pe-guem seus pincéis, seus lápis de cor(ficamos com as broxas) e come-cem a colorir. A transformar o paísnum grande cenário de papelão.Pintem o mar de rosa. O Nordestede verde-esmeralda e as favelas deazul-piscina.

A cor predominante será oazul-Roberto-Marinho. O vermelhoestará abolido. Ninguém mais en-trará no vermelho, nem as pessoas,nem as famílias, nem as empresas.Diante de qualquer prejuízo todosficarão púrpura. Também não ha-verá mais ninguém roxo de fome. Acor adquiriu conotação pejorativaao longo dos anos. Quem não tivero que comer no governo colorido fi-cará apenas violáceo de fome. Opaís continuará jogando verde eamarelinha, mas os bancos e finan-ceiras serão pintados de amarelo-ouro e os mulatos e crioulos pobresreceberão uma mão de tinta pra-teada. A frase "tudo azul" voltaráa moda nas comunidades carentese na bandeira a expressão "Ordeme Progresso" será substituída por"tinta fresca". Quando secar me

chamem de volta.Não adianta continuar èm

campo. Estou deslocado nessaequipe. No dia em que Pele decla-rou que o brasileiro não estava pre-parado para votar, pensei queestivesse se referindo aos outros.Acabo de constatar que ele se refe-ria a mim... A mim e a milhares deoutros eleitores que não entendemnada de Brasil. Estou suando a ca-misa desde 64 para eliminar a di-tadura e de repente descubro que amaioria do povo sente saudades dovelho regime: entronizou o candi-dato que andou de braços dadoscom os militares. Venho me desdo-brando para ver o país com parti-dos políticos sólidos, coerentes,ideológicos e de repente verificoque a maioria gosta mesmo é deuma sigla de aluguel, criada comoum terno, para vestir o candidato.Meu Deus, quanta alienação, a mi-nha, nunca me imaginei tão desin-formado!

Passei anos queimando ener-gias para elevar a consciência dopovo, torná-lo mais participativo ede repente vejo que a maioria, aoinvés de ser militante, prefere serfigurante, fazendo campanha de oi-to às seis (com uma hora para ai-moço). Empenhei-me a fundo paraafastar "revolucionários" carcomi-dos da cena política e de repentenoto que a maioria não sabe viversem eles, ao ver Antônio Carlos Ma-galhães renovar seu visto de per-manência no poder por mais cincoanos. Meu Deus, como pude estarcom a cabeça tão fora da rea-lidade?

...... ¦Mi»'-^»'.-:-;-^-;---^

Foram anos, combatendo o sin-dicalismo oportunista, certo que otrabalhador queria sindicatos for-tes, autênticos, voltados para a ca-tegoria e de repente assisto amaioria convidar dois de nossosmaiores pelegos, Magri e Medeiros,para subir a rampa do Planalto. Es-tive rouco de tanto gritar contra aindústria do anticomunismo, nacerteza de que o povo não agüenta-va mais escutar histórias de caro-chinha e de repente percebo que amaioria ainda adora ouvir que Cha>peuzinho Vermelho vai comer o lojjbo. Como pude cometer tantosequívocos? Acho que permanecipor duas décadas na contramão dahistória: não posso reclamar da,trombada.

Sinto-me envergonhado depois-de tantos equívocos. Mas que fazer?ieResta-me pegar as malas e me»'mandar. Não sem antes pedir des-:culpas. É claro, à maioria do povoe aos donos de empresas de trans-;portes urbanos por ter-me coloca-:;do em posições tão minoritárias eantipopulares. Creiam-me, não foipor mal. Juro que durante 25 anosdei o melhor de mim dentro docampo. Correndo de um lado parao outro, esforçando-me para avan-çar o time, sem medo da conta. Po-rém, que a maioria queria mesmoera recuar de volta ao futuro de1964. Vou para o reino da Dinamar-ca (não é que existe algo de podre).Antes de partir, informo que estoudeixando o carro para minha irmã,o rádio portátil para o porteiro e oaparelho de som para o futuro pre-sidente da República.«atm^-* ¦•' -'¦¦>' ¦- -

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2 ME/EÇPETACULQS - CADERNO DOIS SUI&EBAL Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989'.

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, SESSÃO DA TARDEZE COLMEI A E SEU V00 MÁGICO - 13:40

Título Original: Yogi Bear AndThe Mai»ical Fligtlt Ano de Produ-ção 1987 (estados Unidos) Direção: RayPatterson.

Zé Colméia e suo turma, em uma

excursão espacial, ajudam vários ani-mais ilhados em uma geleira, outros ani-mais que foram caçados e deixados emum navio ò deriva, e por fim encontraDick Vigarista e o Rabujento. Cor. 91'.

FESTIVAL DE SUCESSOSDEMETRIUS, 0 GLADIADOR - 23:30

Título Original: Demetrius andthe Glad Nacionalidade: AmericanaAno de Produção: 1954 Direção: DelmerDaves Elenco: Victor Mature, SusanHayward, Michael Rennie, Debra Paget,Jay Robinson, Richard Egan, ErnestBorgnine, Anne Bancroft, Barry Jones,William Marshall, Charles Evans, EverettGlass, Karl Davis, Jeff York, Carmem deLavallade, John Clif, Barbara James,Willeta Smith, Selmar Jackson, DouglasBrooks.

Após a morte do centurião romano

Marcellus e suo amada Diana, o cristãoDemetrius (Mature), perseguido pelo Im-perador Caígula (Robinson) por ter es-condido o manto de Cristo, é feitogladiador na arena comandada por umtreinador brutal (Borgnine). Quando suaamada Lúcia (Paget) entra em estado echoque ao ser brutalizada por um dosgladiadores (Egan), Demetrius perde afé, apesar dos apelos do amigo Pedro(Rennie) e termina sucumbindo aos en-cantos luxuriosos de Mesalina (Hayard),de quem se torna amante. Cor 101'.

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Ibrahim SuedNo Palácio dos Cisnes

Não ofereceram grandessurpresas as mais recentes pro-moções do Itamaraty, provo-cando, no entanto, grandesalegrias. Ou seja: foram prome-vidos a embaixador os minis-tros Ruy Nogueira (porta-voz)e Celso Amorim (chefe do De-parlamento Cultural).

-•- A ministro de 2°: MárioCésar de Moraes Pitão, EdgarTelles Ribeiro, José Vicente deSá Pimentel.

-•- E a conselheiro, seis di-plomatas: Luiz Alberto da Fon-seca Costa, Paulo Américo

Volowski, Carlos José Middlc-dorf, Maria da Graça Carrion,Dante Coelho de Lima e PauloCésar de Oliveira Campos.

-•- O chefe da divisão de vi-sitas, diplomata Paulo César deOliveira Campos, aliás, voltoudo Paraguai, onde foi dar umcurso sobre regras do cerimo-nial, no Ministério das RelaçõesExteriores do país vizinho.

-•- É que os paraguaios fi-caiam impressionados com suacompetência durante a visita dopresidente Sarney a Assunção.

A família Coppola unida no cinemaO famoso diretor Francis Coppola já havia prometido uma

de suas filhas para ela interpretara irmã de Kathleen Turnerem "Peggy Sue se Casa", e uma outra para escrever o roteirodo "New York Stories". \ \-•- Ele guardou o senso da família agora que ele começouas filmagens do terceiro "Grande Chefão", com Al Pacino, emCinecitta, em Roma.

-•-Entreas vedettes: Tklia Shire, sua irmã. A música se-rá assinada por Carmine Coppola, ou seja, papai. O filme com-preenderá também uma*grá'nde seqüência de óperaorquestrada por Anton Coppola,'aliás, "Tonton".

No jovem societyPequeno jantar de gente bonita e jo-

vem, quem ofereceu foi o casal Marco-lo e Ana Luísa Bismarck para come-morar o niver de Andréa Hrcnha. Oscentros de mesa tinham motivos de Na-tal, as xícaras de cafezinho também eaté os pequenos sabonetes dos toiletlestinham a forma dc Papai Nocl.

-•- No menu, a piece de resistancefoi um peixe desenhado com massa fo-lheada (aliás, os folheados estão ha úl-tinia moda).

-•- Entre as jovens senhoras presen-tes, muitas usavam poa que é um bestseller de verão: Andréa Brenha usavameias pretas salpicadas com poas mi-nimos, brancos. Andréa Rudge, sede pre-ta com poas bege. Ana Paulo LeãoTeixeira, vermelho com poas brancos.Estavam presentes também Paulo Bre-nha, Andréa e Roland Gerbauld e Jor-ge e Kiki Jaffel.

-•- No próximo dia 21 quem festejaniver (e quantos nivers neste animadomês de dezembro) é a sra. Lilian Sterea.Terá almoço de comemoração.

-•- Já na terça-feira dia 19, quem re-cebeu para mais uma festa de seu niverfoi a sra. Ana Paulo Leão Teixeira. Nasua cobertura da Barra da Tijuca.

-•- Finalmente, a Transbrasil voltou,à área privada num clima de harmoniae de colaboração entre o poder públicoe o grupo liderado pelo comandanteOmar Fontana e pelos empregados dacompanhia reunidos na respectiva fun-daçao. Com as recentes assembléias ge-rais, acabam de ser costurados osaspectos jurídicos da reprivatização daTransbrasil, numa verdadeira constru-ção de engenharia advocatícia.

Eugênia, um presente de casamento de vinte milhões de dólares.Começam a chegar no Rio os forasteiros para as festas.

PüüIo Carvalho vai plantar sojü. Os hit da moda os melhores do ano püssado.+ Chegando a Brasília esta

semana o embaixador AntônioCantuária e Helô, nossos repre-sentantes no Marrocos. O Natalcom a sra. Lourdes Cantuária.

+ O embaixador da Ordemde Malta e sra. Harry Giglioliaterrissando no Rio. Serão hóspe-des do sr. Joaquim Guilherme daSilva e sra. Candinha.

+ A sra. Eugênia Fleury,com dia "D" marcado para feve-reiro com o big boss da Michelin,sr. Stephano Michelin, recebeuum big presente de noivado. Umaloja de três andares, no valor deUS$ 20 milhões, para instalar suagriffe de moda na rua Madison.

-I- Domingo, o "Diário Popu-lar" de Curitiba (leia-se AbdoKudri) apresenta a lista dos me-Ihores do ano. Uma tradição da-quela folha.

+ O sr. Miguel Jambert tam-bém oferece este ano o tradicio-nal reveillon no seu ap de cober-tura.

+ O sr. Paulo Roberto Lavril-le de Carvalho, por 20 anos vice-presidente da Salles Interameri-cana, despede-se da presidênciado sindicato disposto a abando-nar o mercado. Vai cuidar me-lhor da sua fazenda baiana degado e plantação de soja.

+ Almoçando juntas, assras. Helô Guinele e embaixatrizYeda Assumpção. Fazendo as pa-zes depois de um rififi que pou-co tempo durou.

+ Fazendo grande su nesteinício de verão o sorvete Fresco-ne. A novidade é a venda do tar-tufo, o célebre sorvete italiano,feito na hora, no balcão. O donodo Frescone é filho de José Hu-go Celidônio.

+ O senador Albano Francojantou com o presidente eleitoFernando Collor de Mello.

+ Filosofia: Maktub. Estavaescrito. Eu volto.

Os Incas: na rota do sucessoÀ íàmbàdà está de volta aõ

Hilton hotel. Depois da "Sema-na da Lambada", a cantoraFrancis Dalva volta a se apre-sentar hoje, amanhã e depois, enos dias 28, 29 e 30, sempre àmeia-noite, acompanhada destavez pelo grupo "Os Incas", quesão especialistas no ritmo, como qual lançaram o primeiro Lp,intitulado "Em Ritmo da Lam-bada", que já chegou a mais decinco mil cópias vendidas.

"Os Incas" com este discoconseguiu penetrar no mercadodo Norte e Nordeste, além dePortugal, Martinica e França.Acompanhando cantores ou fa-zendo shows independentes, ogrupo volta com todo pique, pe-lo que se vê, depois de dez anosafastado do público, ele que foium dos grandes nomes da Jo-vem Guarda aqui no Pará. Coma lambada, porém, surgiu aoportunidade de se lançar commais força. "Temos ainda o pri-vilégio de atuar ao lado dessagrande artista que é FrancisDalva, pela qual temos muitocarinho", diz o baterista ManoelNeto.

O LP foi gravado pela Gra-vodisco e tem músicas como"Fica", carro-chefe, "Dança daLambada" e "Nanei", que deveser a próxima a estourar nas rá-dios. O sucesso do LP é tantoque no próximo ano, o grupo cie-verá entrar no estúdio para gra-

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Os Incas pretendem gravar mais um disco no próximo ano

var outro, desta vez, mesclandocom instrumentais. Além disso,há um projeto que já tem patro-cínio, para fazer uma coletâneacom músicos paraenses quetambém fizeram a Jovem Guar-da aqui no Estado. Os contatosjá estão sendo feitos com os mú-sicos, que já toparam.

Na rota do sucesso, o grupotambém tem ajudado a desço-brir novos talentos, tanto que nopróximo LP, cantores de Maça-pá deverão figurar em algumasfaixas, a fim de que possam

mostrar seu trabalho e assimprosseguir na profissão. Outramostra da repercussão do tra-balho do grupo é o fã-clube quese organizou de novo e vivemandando cartas para os com-ponentes, principalmente paraZeca e Madiel. O grupo é, for-mado por Mariano (vocal), Ne-to (bateria), Zeca (teclado),Deja (guitarra e vocal), Madiel(baixo), Mongol (percussão), aparticipação especial fica porconta de Davi e Orlando, na per-cussão.

IN o projeto Clima de Som,hoje, às 21 horas, no cine-teatro Libero Luxardo, oshow 'Vida, Voz e Violão" docantor Paulo Augusto e o gru-po "Nós", de Ourem. Esseshow remonta antigos festi-vais acontecidos naquele mu-nicípio, muitos dos quaisforam vencidos pelo próprioPaulo, em seis anos de car-reira. Mas há também músi-cas de outros artistas, querepresentam a expressão domunicípio.

Serão 17 músicas, que fo-ram cuidadosamente escolhi-das para o show, entre asquais "Belo Horizonte" (Do-nato Sarmento e Rildo Me-deiros), "Uma Canção ParaOurem" (Veloso Neto), "1Yo-vador" (Arlindo Matos e Jor-ge Bragança) e "Morena"(Fernando Piauí), que foi de-fendida por Paulo no Festivalda Canção de Ourem, em1985.

O intérprete faz muitasapresentações em bares eclubes de cidades do Pará,com repertório de tem Caeta-no Veloso, Gilberto Gil, Chico

Buarque, entre outros, masneste Clima de Som, deuprioridade às raízes. Paulojogava futebol, mas gostavade cantar è participar de se-restas e assim a música aca-bou falando mais alto.

Para o próximo ano, há oprojeto de- gravar um disco,para o qual já conseguiu pa-trocínio de grupos aqui deBelém e dé Ourem. Quer gra-var lambada, xote, carimbo,menos brega, segundo elepróprio afirma. A banda Nós

já tem presença certa nestedisco, afinal, é um trabalhode longas datas, que realizamjuntos.

Formada por NonatoSarmento e Jorge Bragança(violão), Pedro (baixo), Bo-Ia (oercussão), Paulo Mu-nhoí. (bateria) Paulo "bura-co" (efeitos), Claudinha eClaudia Cunha (vocais), abanda receberá participaçãoespecial dos músicos Fernan-do Piauí, Alderico Aires eZeco.

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_____BMfflHM BB"czl— iJvTi i ,i,- -__)ARIES; (de21/03a20/04)Regentê_ Marte.Estabilidade financeira. Aproveite para lo-mar decisões imediatas nessa área. Os pia-nos estão bem concebidos e você (emcerteza que vão vingar. Entretanto,certifique-se dos detalhes para que nãosurjam, de repente, alguns fatores com osquais não estava contando.aarj -^aa i .uai a

TOUKO: (de 21/04 a 20/or>)Regente:Vênus. Hoje você está muito intuitivo, sa-berá instintivamente se aproximar do altoastral e dos locais de sorte. Dê um poucomais de crédito aos seus pressentimentos,mas sem levá-los excessivamente a sérioe sem morbidez. Pressentimentos não têmnada de sobre natural.

GÊMEOS: (de21/05a20/06)Regente:Mercúrio. Excelente momento para as fi-nanças; possibilidade de aparecer algumdinheiro inesperado ou fazer-se alguma luzsobre seus problemas financeiros. Quemsabe você nao descobre o mapa do tesou-ro? De qualquer modo, pode contar com aajuda das pessoas próximas.

^^^____í5____!Mil§Í!«P_____3-_svi. i i

CÂNCER: (de 21/06 a 22/07)Regente:Lua. Neste momento você está mais sensí-vel aos apelos românticos que vêm de fo-ra. Vai ver que seu coração está querendoum pouco de romance. Portanto, dê vazãoàs suas fantasias sem medo de se arrepen-der depois. Tudo o que é feito com amor sótraz recompensas.

LEÃO: (de23/07a22/08)Regente: Sol.Momento favorável para romances e pai-xões. Poderá ter inicio algum relaciona-mento marcante e inesquecível,principalmente se você está disponível. Vo-cê esta numa fase de amadurecimento deidéias e toraírdas de posição na vida. Nãodeixe passar o que é seu por direito.

l^fSSÊIK % _j______BS_l_--. nVIRGEM: (de23/08a22/09)Regente:

Mercúrio. Momento financeiro favorável.Você encontrará segurança e estabilidadena sua vidaifinanceira, embora não exata-mente como tenha planejado. Não fiqueapegado ã idéias passadas. Se não acertade um jeito, acerta de o outro. Não adianta'ficar pensando que de um outro jeito seriamelhor. Não seria.

/ | i-L—lill Y*^_____________F* -—^t*TMWiri _______¦ '"j______^*: ¦Ljfc.

LIBRA: (de23/09a22/10)Regente: Vê-nus. Dia excelente para mente e a saúde.Sua cabeça está clara efresca para qual-quer reflexão ou aprendizado, sem precon-ceito ou teimosia. Sendo assim, seu estadode espírito melhora, e a saúde companha.Aproveite o dia para conversar e caminhar.

ESCORPIÃO: (de 23/10 a21/ll)Regente: Plutão. Você está capitan-do vibrações de vênus, e os sentimentosvão para o primeiro plano. Fase muito po-sitiva para o amor. Você sentirá necessida-de de ter alguém ao lado: saberá dar vazãoaos seus melhores sentimentos. Senso deequilíbrio desenvolvido.

SAGITÁRIO: (de 22/11 a21/12)Regente: Júpiter. Grande capacida-de de comunicação, por causa do magne-tismo que você passa nas palavras e naexpressão do olhar. Grandes viagens e co-mercio em geral estão favorecidos. No se-tor afetivo, entretanto, pode esperar umdesencontro, porém, sem maiores conse-quências.

CAPRICÓRNIO: (de 22/12 a20/01)Regente: Saturno. Penetra na suamente uma massa de rigor, fazendo comque seus deveres e obrigações tomem o pri-meiro plano e lancem uma sombra de se-veridade sobre à sua capacidade de curtir.Procure separar bem as coisas, para nãotransformar tudo em obrigações.

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AQUÁRIO: (de21/01 a .9/02)Regente:Urano. A Lua está estimulando â sua irna-ginação, como mas há uma carência de ex-pressão prática, você corre o risco de seperder em devaneios sem fim. Para que is-so não aconteça, procure dar concretudeaos seus sonhos, começando já aexecutá-los.

PEIXES: (de 20/02 a 20/03)Regente:Netuno. Neste momento, o posicionamen-to dos astros está lhe trazendo um grandedesejo de expansão. O seu espirito aventu-reiro está à tona e os piscianos mais com-prometidos com trabalho ou casamentovão se sentrir dentro de uma camisa forca.

TmíàlMfôiS®&*é!:4/.-;;. '. . . „ ¦_¦„-.? ,,.-„., ,_, ¦ .---,_

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Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989 O £/BF/?y4I SOCIEDADE CADERNO DOIS 3

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'RÓmu/o /Vtaiorano Jr. com suas irmãs Rosana Maiorana e AngelaMartins e Fernando Nascimento. (Fotos de Mãr/b Barbosa}

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Os cosais Po/ucan Moraes e Fernando Nascimento.

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A mesa do publicitário Ivo Amaral.

Com a boite "Convés" doIate Clube do Pará, lotada, odepartamento de Mídia daTV Liberal, Canal 7, com acoordenação da diretora Ro-sana Maiorana, terça-feiraúltima, promoveu uma festade confraternização natalina,à base de um coquetel-jantargabaritado, a cargo, com asconceituadas agências de pu-blicidade da terra. Foi umafesta bonita, bem organizada,todos ali, vivendo momentosagradáveis, cumulados dasatenções dos dirigentes daTV Liberal, Fernando Nasci-mento, Rosana Maiorana eÂngela Maiorana Martins,sempre gentis com seus con-vidados. Na ocasião foramsorteados três valiosos prê-mios: 1 televisor, cuja felizar-da foi a senhora Deyse Sineloda Agência Publicidade S.G.Em seguida foi sorteado umvideo-cassete, sendo o sortu-do o "tigrão" Roberto e, final-mente foi sorteada uma pas-

sagem aérea, sendo benefi-ciado, o empresário AltairVieira.

Três grandes atraçõesartísticas da noite, empolga-ram os presentes, os cantoresMarco Monteiro, FrancisDalva e Nilson Chaves, todos

j muito aplaudidos.O diretor executivo do

Sistema RM de Comunica-ção, Romulo Maiorana, este-ve presente, prestigiando afesta da TV Liberal em ho-menagem às agências de pu-blicidade, juntamente com odiretor industrial de O LIBE-RAL, João Pojucan Moraes.

Em verdade, foi uma fes-ta de confraternização nata-lina pra ninguém botardefeito, que muito sensibili-zou os publicitários. Hilbert(Binho) foi o eficiente mestrede cerimônia. Outro grandeshow que mereceu aplau-sos gerais foi do cantor Nil-son Chaves, com sua belavoz.

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Angela e Caito Martins e Carlos Santos.

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A cantora Dalva deu show de músicas de lambada.

Domingo, show debekza na AABBOs associados, da AABB

— Associação Atlética Ban-do do Brasil de Belém do Pa-rá, neste domingo, dia 24,estarão participando de umaatraente manhã festiva debeleza e moda, cujo destaquemaior, será a apresentaçãodas mais belas do verão davalorosa agremiação dos

Reveillon diferente'0 colunista recebeu a visita do

empresário Roberto Gonçalves Pi-nheiro. Veio trazer em mãos o con-vite para uma virada de calendá-rio diferente: o "reveillon" no'Parque dos Igarapés", denomina-do "Energia da Natureza".

funcionários do Banco doBrasil. Antecipando a pro-moção deste Colunista, como apoio de O LIBERAL, have-rá desfile dejmoda, gentilezadas conceitt|adas Lojas Ca-pri, que vestem o homem e amulher elegantes paraense,com um grtípo de excelentesmanequins1 apresentando os

últimos lançaínentos da mo-da brasileira. Pelas provi-dências que estão sendotomadas pela diretoria daAABB, à frente o dinâmicopresidente Haroldo Vieira, amanhã domingueira festivade beleza e moda à borda dapiscina do grande clube.

ISAACi'^-'Cx*

9? SOARESEtelvina e José no grande dia

Na Catedral de Belém, estarãosubindo ao altar hoje, jpara a ceri-mônia do casamento, às 20 horas,a bonita Etelvina Lopes Lisboa, fi-lha do casal Paulo Imbiriba eMa-ria do Socorro Lisboa e JoséBatista Capeloni Júnior, filho deJosé Bastista Capeloni Júnior eMaria Júlia Bentes Capeloni. Elaadministradora de empresas e eleengenheiro civil. A decoração dotemplo será à base de flores natu--rais, na cor branca, criatividade eubom gosto da expert Lourdiriha*»'Bittar, no estilo romântico. O atoserá celebrado pelo padre Jorge'(\Normando. • ~-

O fundo musical, executando' 'ijpeças de autores famosos, estará...a cargo do Madrigal da Universi-dade Federal do Pará, primeira:mente em forma de recital aos';.;]convidados a partir das 19:30 h e,,após ato religioso com a regência;,do maestro João Bosco Castro.

Etelvina usará um modelo es-pecial criado e confeccionado pe-Ia modista Enid Almeida, emtafetá de sede pura e tule com de-talhes em renda rebordada compérolas e paetês. Ostentará umagrinalda em flores miúdas comvéu longo. O noivo usará Spencerassinado por Gregório Faganelo.

A mãe do noivo usará um mo- ,delo da conceituada modista Ste-AIa Rocha, em renda francesa e j

VÁRIAS./,,..,

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A noiva Etelvina Lisboa, aguardando a hora do Sim. (Foto de J. CFerreira.

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tafeíá^e seda na cor rosa velho.$ftj.ãe da noiva vestirá mode-

lo crííjçfp e confeccionado pela mo-distíVj-Enid Almeida, em tafetávinhoiBpm Spencer em trabalhodouracteí: A maquiagem e o pentea-do da noiva a cargo do expert Eu-rico Mendes.

As damas de honra serão Tha-lista Cópelli e Juliana Vasconcelose o pagem será Victor Hugo Lopes,que usarão trajes confeccionadospor Stella Rocha e Terese Valente.

Os noivos serão testemunha-dos pelos casais deputado Mário(Sandra) Chermont, prefeito de

O cantor Marco Monteiro interpretou belas músicas de seu repertório.

Passando alguns dias comos pais, em minitemporada deférias, Cristina Silva, que vol-ta para concluir seu curso deArquitetura xxxxx Mantendo.aescrita e sempre com a aju^ado marido Hermínio, aísenho-ra Oneide Calvinho está, entre-gando aos 148 integrantes/da"terceira idade", óboloslde Na-tal, a exemplo dos anos ante-riores xxxxx Tanto a advogadaAglae Nogueira da Silya, queatua na parte administrativado Hospital de Aeronáutica,como a juíza Ruthéa yalentedo Couto Fortes, passaram adata natalícia no batente. Asduas, contudo, chegaram a re-ceber cumprimentos quandose encontravam, em rodas se-paradas, na confraternizaçãodos médicos e oficiais;do Hos-pitai de Aeronáutica dè Belém,sob o comando do coronel JobVeloso xxxxx Com uma colo-nia de férias, Sílvia Messiasdeu o "kick-off" para o seu es-tabelecimento que va,i come-çar a funcionar neste anoletivo xxxxx Fazendo Belémacompanhada do marido Djal-ma Vasconcelos, a "pantera"Fátima Abinader Vasconcelosque trás a "cote" o bonitão Ar-thur, filho querido do casal, re-cém nascido. Aschampanhotas estão espocan-do para os amigos, xxxxx O jo-vem casal para alegria dafamília e dos jamigosreconciliou-se xxxxx S,erá neé- £ta sexta-feira no "Sabor" da^Terra" o jantar de corifraterrii-zação da turma de engenhei-ros formada em 1969 pelaantiga Faculdade de |)ngenha-1ria do Pará. As adesões podem'ser contactadas com os djrjs;*/Hélio Azevedo, Riti Borges',!-Leal e Roberto Cruz,; ;;,':[?'

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Confraternizaji. " . ¦ tr,-tt;(í

A tradicional Festaj de.Confraternização das íamíliàá,Cavaleiro de Macedo e Klaiv-'tau que sempre se constituiacontecimento de deptaque, es-te ano, será realizado no pró^;ximo dia 27, na boate daAssembléia Paraense, na sedeida Av. Presidente Vargas com jinício às 21:00 hoifas. Varias íatrações marcarão^) evento. Acoordenação é de ijlilson, Na-zá, Laurita e Caijmem comjantar de confraternização.

....x.xlx.x.x-....Neste sábado (23), os fun-

cionários da Secretaria Muni-cipal de Saneamento (Sesan),realizam sua festa de Confia-ternização Natalina, no Bos-que Rodrigues JAlves. Emvirtude disso, a PMB informaao colunista que o referido Io-gradouro, neste dia, no horáriode 14 às 18 horas, Iserá vedadoao público cm getal.

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Santarém Ronam e Neide Liberal,presidente da CDP Ronaldo e Ro-silda Campos, cei. Roberto e Ma-rilza Campos, Rogério e MarleneCorrêa, Aristeu e Betânia Conra-do, Itair e Josefina Silva, José (Ad-ma) Figueiredo, José e MariaHelena Sábado, Mário Eloy e Ma-ria Amélia Peixoto, Joacyr e He-lena Lopes, Ivaldo e DarleneCapeloni e Júlio e Elizabeth Aquis-tapasse.

A recepção aos convidados se-rá nos salõs do Círculo Militar. Obuffet e decoração está a cargo deLourdinha Bitar.

Lucianne,i 15 anos

A bonita Lucian-ne Franco Maciel,ternurinha encanta-dora, filha do casalJosé Lauro Maciel(in memorian) eGraça Franco Ma-ciei, completandohoje, 15 anos, paraalegria dos família-res e amigos. A co-memoração serácom uma recepçãoíntima na residênciade seus tioSj médicoLuiz Octávio (Leo-nor) Maciel. Comen-ta-se que o "rebu"jovem vai ser gran-de para abraçar Lu-cianne (Foto deRoberto Silva).

Gente que é notícia aniver-sariando hoje: a elegante Sô-nia Maria Bitar Braga, esposado médico dr. Alcyr Vasconce-los Braga, superintendente daFPD, dama de belas virtudes,motivo pelo qual é estimada nomeio do círculo de amizade docasal. Comemoração "in fa-mily"; o advogado e homemde comunicação Francisco Cé-sar Nunes da Silva, presiden-te da Funtelpa e figurabèteuista nos meios empresa-ri$jst$ sociais da terra. Come-mfjrâção na intimidade, aolado de sua elegante esposaElizabeth; advogado Acy Mar-cosíítós Santos, grande figurahuftítiíia, admirado e estimadonoimeio social local. Comemo-raijãb íntima, ao lado da ele-gairte esposa, desembargado-ratMària Lúcia Gomes MarcosdoücSantos; a bela "tigresa"Célia Forte, estimada no meiodosai™, fã-clube. Comemoraçãonaiiqíimidade; o empresárioRisomar Mesquita. Comemo-ração na intimidade ao lado daesptjsa Cecília Mesquita. A"moranguinho" Marluce BitarMesquita, filha do casal Huel-vioteavldeída Mesquita. Vai ha-verlfírebu" jovem na residen-ciaidos pais da aniversariante.Anivèrsariando hoje a jovemElaine Farias, filha do casal

NAIS

CURTINHASChorinho novo na residência do casal Ricardo e Lola Rezende, com

o nascimento de um bonito garotão. Na base da euforia estão, também,os avós, Wanildo e Luzinete Torres e Rosalina e Urbino Rezende, xxxxO casai Lina Maria e Ronaldo Huhn comemorou, domingo último, maisum aniversário de casamento. Os festejos foram cm família, xxxx Iam-bém em família, na segunda-feira, as comemorações do aniversário datigresa Ligia Passarinho Menezes de Castro, xxxx O senador Joüo Mc-nezes, que circula entre nós desde o fim-de-semana, segue, amanhã,para o Rio e depois Brasilia. Volta a Itelém para o Natal.

A "tigresa" Márcia Lages, juventude e beleza (Fo-to de Reinaldo Silva Jr.)

Elizabeth e WilliamNa Basílica de Nazaré, hoje, às 20 horas, estarão su-

bindo ao altar para a cerimônia do casamento, a bonitaElizabeth Pinheiro Lauzid, filha do casal Oscar RodolfoBezerra Lauzid e Maria de Nazaré Pinheiro Lauzid e Wil-liam Damasceno da Silva, filho do casal Sebastião Eliasda Silva e Ivaneide Damasceno da Silva.

Após a cerimônia religiosa, os noivos recebem oscumprimentos dos convidados, no salão Karajás do Belém Hilton.

Elizabeth usará elegante traje nupcial, em crepe suí-ço com organza de seda nacarada, estilo romântico. Nacabeça laços em tela com tiara em cristal e strass.

Confraternizaçãoe homenagens

O empresariado do setor imobiliário paraense vivehoje clima de festa e participa, à noite, do jantar de con-fraternizaçâo promovido pelo Sindicato da Indústria daConstrução Civil e Ademi. Abdias Arruda do Amaral eFernando Flexa Ribeiro receberão associados e convi-dados no restaurante da Federação das Indústrias do Pa-rá (Fiepa) para o jantar de confraternização natalina.Na ocasião, serão prestadas merecidas homenagens aosengenheiros Otávio Pires, Domingos Acatauassu Nunese Hermógenes Condurú, todos com assinalados serviçosprestados à valorosa entidade de classe.

Fernando Flexa Ribeiro (Sindicato) e Abdias Arru-da do Amaral (Ademi) serão os anfitriões da noite.

Antônio e Joana Célia Farias.A recepção será no salão defestas do "Débora's", ondeElaine estará recebendo asamiguinhas e o círculo de ami-zade de seus pais, para a festade seus 15 anos.

x.x.x.x.xEntre os nataliciantes dis-

tinguidos de hoje, o deputadoNilson Celso Guedes Sampaio,destacado membro da Assem-bléia Legislativa do Estado,onde esplende por sua inteli-gência e capacidade parla-mentar. Comemoração naintimidade.

x.x.x.x.xAniversaria hoje o estima-

do amigo Raymundo Souza, di-nâmico diretor do Clube doRemo, onde desempenha umbom trabalho ao lado de Ubi-rajara Salgado. O aniversa-riante comemora a data aolado de seu filho Eldonor Túlio,que também aniversaria nes-te dia. Comemorações "infamily".

x.x.x.x.xQuem está contando tem-

po no dia de hoje é o dr. CarlosGuilherme Lavor Moreira, di-retor administrativo da Cinbe-sa. Ao lado da esposa e filhosfestejará a data com amigosmais chegados.

A bonita Silvana Regina Rizzi, presença elegan-te no meio da jovem guarda. (Foto de CláudioSantos) _^_

HomenagensO setor de IPVA da Secretaria da Fazenda na pes-

soa da dra. Malú Galúcio, localizado no Departamen-to de Trânsito, vai ser homenageado hoje nachurrascaria Pavan pelas concessionárias e despa-chantes de veículos, que viram naquele setor, duran-te o ano, demonstração de progresso e boa vontade.Entre os homenageados serão lembradas as pessoasde Frederico Monteiro, secretário, e Cléo Oliveira, di-retor de Arrecadação.

A festa que vai encerrar com chave de ouro o anode 89, terá entre os participantes momentos de des-contração e o já tradicional "amigo invisível". O en-contro que será dos mais agradáveis pretendeestreitar cada vez mais o relacionamento entre fun-cionários e usuários, na certeza que em 1990, tudo serámelhor ainda.

AcontecendoNa segunda-feira última, dia 18, realizou-

se o "baby-shower" de Eliana Maia Nunes, es-posa de Rodolfo Nunes, oferecido por sua geni-fora Diana Maia, tendo como local, a residênciados pais da aniversariante Xavier e DianaMaia, presente grande número de amigas.

....x.x.x.xO "niver" da bonita "moranguinho" Carla

Afonso, filha do casal empresário Júlio e Euni-ce Afonso foi comemorado, em sua residência,com elegante recepção jovem.

....x.x.x.xPromoção beneficente — Amanhã, no Sa-

Ião Karajás do Hilton Belémt às 22:00 horas, se-rá realizada uma festa beneficente cuja receitaserá destinada em favor do Natal das criançascarentes da Associação São Pio X. Várias atra-ções marcarão o evento, destacando-se o show-desfile de langerie Valisére Moda íntima, cole-ção 90 com a participação especial da top mo-dei Sandra Warvar, atriz global e números dedanças das bonitas alunas da Escola de Dan-ças Clara Pinto". A produção e direção visualé de Paulo Fernandes organização de AdemirSouza.

4 ARTE/ESPETÁCULOS - CADERNO DOIS O LIBERAL Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989

Vi d ©o ro m oVídeoNotas

Depois que a Ame-rica Vídeo lançou "OGrande Dragão Bran-co", Retroceder Nun-ca... Render-se Ja-mais" e agora "Cy-borg", chega a vez dadistribuidora Tbp Tapeinvestir no sucesso dogrande astro do mo-mento em matéria defitas sobre artes mar-ciais, Jean Claude VanDamme. O filme é umdos menos conhecidosde Van Damme, cha-ma-se "Kichboxer" .etrata-se de uma produ-ção recente, tendo sidoexibido com sucesso nocircuito comercial decinema dos EEUU emsetembro último. A-guardem. Desfal-cados depois da mortede Graham Chapmanno dia cinco de outubrodeste ano, o grupo in-glês Monty Python vol-ta às telas numa novaprodução que envolveua Inglaterra, Japão e oInstituto de Cinema daEscandinávia. Trata-sede "Erik, O Viking",uma aventura cômicadirigida por Terry Jo-nes (o mesmo de "OSentido da Vida" e "AVida de Brian") sobreum jovem guerreironórdico, Erik, que re-solve procurar os Deu-ses de Asgaar, uma

terra lendária para ten-tar dissuadi-los de man-ter o rigoroso invernoque teima em cair portodo o mundo, a fita de-ve sair em vídeo pelaLock, possivelmenteainda no início do anoque vem.. "Mu-lheres à Beira de UmAtaque de Nervos", aótima comédia de Pe-dro Almodóvar (o mes-mo de "Matador") queora está sendo exibidano cineminha do Cen-tur, continua inédita emvídeo. O filme deve sairpela Globo Vídeo, pro-vavelmente num dosprimejros pacotes de 90da distribuidora. É sóesperar. Já nasbancas o "Guia de Vi-deo 90", que reuni ao to-do 6.037 títulos defilmes que atualmentecirculam no mercadode vídeo do Brasil. Olançamento é da NovaCultural e um exemplarestá custando NCz$65,00. A colunistarecebeu e agradece: oconvite para o lança-mento do novo livro deNazareno Tourinho,"Pai Antônio", a se rea-lizar no próximo dia 22de dezembro (sexta-feira na Academia Pa-raense de Letras, às18:30 horas. Eponto final.

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Amanhã21h

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DIA/12: Dezembro vai chegando ao finale o Bonzão-Bonitão prepara mais um superlan-çamento de fim de ano:'TRABALHANDO POR AMOR'

Worksex¦ü-ü-ü-tfü-ü-ü-li-ír-üii-CfCr-ü-Cfü-ü-b-ü-b-ü-ti-ü-üifütr-ü

Hoje, em lançamento nacional, inédito e ex-clusivo, a apresentação da nova heroína brasi-leira. Depois do grande sucesso de Batman:

"BAT-XOTA, AMULHER MORCEGO"

LSexo explícito total!

Inadequado a menores de 18 anos.

VídeoFilmes

Além dosmeus olhos

("Eye on The Sparrow")Estados Unidos, 1987. Dire-

ção de John Korty. Com: KeithCarradine, Maré Winningham.Herbert Richers 94'.

Teleplay baseado em fatosreais. A fita inicia contando a his-tória de Ethel (Maré Winning-ham, de "O Primeiro Ano doResto de Nossas Vidas", uma ga-rota do interior, cega de nascen-ça, que após sofrer uma cirurgiaconsegue recuperar parte da vi-são, mas durante pouco tempo,quando então voltar ao seu esta-do inicial e entra numa grandedepressão que a leva a tentar osuicídio por duas vezes. Entretan-to, sua vida muda quando estavem a conhecer um jovem profes-sor (Keith Carradine de"Blac-kout"), também cego, por quemse apaixona e vem a casar. O ca-saí logo descobre que não podeter filhos e inicia uma longa ba-talha contra o sistema de adoçãodo país que cria uma série de em-pecilhos cada vez que tentamadotar uma criança.

A história tem uma narrati-va linear e fluente que se adaptamuito bem à "telinha". Impossí-vel deixar de se envolver com ela,ainda que não fuja do previsível.A direção é do mesmo John Kortyde "A Caravana da Coragem", "AHistória de Oliver" (isto no cine-ma) e "Memórias de Jane Pitt-man", um dos filmes maiselogiados e premiados da televi-são americana. Experimentem.(Videomania).

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interpretarem um casal de cegos em "Além de Meus Olhos".

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CINEMA DE ARTE DO PARA apresentaTTTfo

rilJCMA FHH0JE 15:00 - 17:0019:00 - 21:00

HOJE: (3 SESSÕES) - ÀS 18:30 - 20:00 - 21:30- UM FILME DESTINADO SOMENTE PARA ADULTOS -

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.Cláudia Alvares

Concursonacional dejornalismo

As inscrições para •o Concurso Nacional de •Jornalismo "Instituto •Liberal", promovido pe- •lo Instituto Liberal deSão Paulo estarão aber-tas de 15 de janeiro e 15 -de março de 1990. Po-dem concorrer aos prê-mios trabalhos publica-dos em jornais e revis-tas brasileiros de gran-de circulação, bemcomo aqueles transmi-tidos em emissoras derádio e televisão, no pe-riodo de 1? de janeiro a31 de dezembro de 1989.

O objetivo do con-curso promovido peloInstituto Liberal é dis-tinguir publicamentetrabalhos jornalísticosque promovam e difun-dam junto à opinião pú-blica os princípios daeconomia de mercado,da livre iniciativa e dademocracia represen-tativa. O concurso dis-tribuirá prêmios nasseguintes categorias:"Grande Prêmio", novalor de NCz$ 12,4 mil,para o autor do traba-lho jornalístico de me-lhor qualidade; "Me-lhor Artigo", no valor deNCz$ 2,5 mil, para o au-tor do melhor texto opi-nativo assinado; "Me-

' lhor Reportagem Indi-vidual", no valor deNCz$ 2,5 mil, para o au-tor da melhor reporta-gem individual, assina-da ou não; "Melhor Re-portagem Coletiva", novalor de NCz$ 3,7 mil,para os autores da me-lhor reportagem produ-

,2rida coletivamente;"Melhor Entrevista", novalor de NCz$ 2,5 mil,para o condutor da me-lhor entrevista; "Me-lhor Matéria em Vei-culo Empresarial", novalor de NCzf 2,5 mil,para a melhor matériajornalística publicadaem veículo interno de

. empresa^ diíigidò ;à.funcionários. .5 ",'.''?

;7,'.':-,Nas categorias "re-

portagem invidual e co-letiva" e "entrevista",incluem-se documenta-rios e programas trans-mitidos por rádio e/outelevisão. Os cândida-tos deverão fornecer oi- jto exemplares dos tra-balhos, no ato da inseri-ção, especificando aque categoria concor-rem e autorizando suareprodução pelo Insti-tuto Liberal, a critérioda entidade. Os traba-lhos que não estiveremassinados, ou cuja auto-ria seja de identifica-ção difícil, deverão viracompanhados de do-cumento do responsa-vel pelo veículo que opublicou ou transmitiu,atestando sua autoria.Se o trabalho for de rá-dio ou televisão, basta-rá fornecer um exem-plar da fita gravada oudo vídeo-tape. Não ha-verá inscrições para o"Grande Prêmio", queserá atribuído a qual-quer trabalhas jornalís-tico publicado ou trans-mitido no Bfasil, a cri-tério da copiissão jul-gadora. <

A comissão nãoconsiderará para julga-mento, ainda que even-tualmente tenham sidoinscritas, matérias pa-gas (caracterizadas ounão), informes publici-tários, anúncios, nemmatérias jornalísticasvoltadas para promo-ção pessoal, de candi-daturas ou de partidose agremiações políti-cas. A diretoria do Ins-tituto Liberal de SãoPaulo atribuirá ainda oTroféu "Instituto Libe-ral" a um jornal ou re-vista de grande circula-ção, ou emissora de rá-dio e televisão que te-nha se destacado poratuação constante e sis-temática na defesa dosprincípios liberais, sejapelo conjunto das mate-rias jornalísticas ou pormatérias específicaspublicadas durante oano. A premiação serárealizada no mês demaio de 1990. O regula-mento do concurso po-dera ser solicitadojunto à Divisão de rela-ções Públicas do GrupoFenícia, na rua LuisCoelho n? 223,7? andar,CEP 01309, São Paulo.

M*mÊmt*Ai*^S^^^,.j^rr%tÊrr>^:r^^^

Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989 O LIBERAL ARTE/ESPETÁCULOS - CADERNO DOIS 5

PanorâmicaUm leitor telefona dizendo

que faltou o filme "A Outra", deWoody Allen, no listão publicadopor esta coluna de melhores fil-mes exibidos durante o ano. Real-mente foi um lapso e deve teroutros. O listão foi só para orien-tar o leitor. Ele, se for um cinema-nlaco autêntico, deve saber quefaltam alguns títulos. E fazer asua lista sem maiores problemas.—- Morreu Lee Van Cleef, um dosmais populares "bandidos" do ci-nema. Lee começou carreira nosvelhos seriados de aventuras enos "classe B" de companhiasmenores como a Republic. Mas afama chegou quando esteve na

, Itália e filmou com Sérgio Leone.Foi com ele "Três Homens emConflito" (O Bom, o Mau e oFeio). E foi com ele uma série de"westerns spaghetti, muitos hojeconsiderados formalmente inte-ressantes. — Hoje no hall doCentro Cultural Banco do Brasil,no Rio de Janeiro, o lançamentodo livro "Gonzaga Por Ele Mes-mo", de Alice Gonzaga e CarlosAquino. O livro resgata a memó-ria do cineasta pioneiro, idealiza-dor da Cinédia, o primeiro grandeestúdio cinematográfico edi-ficado.

no Brasil. Adhemar Gonzaga(1901-1978), pai de Alice, que hojedirige a Cinédia e pesquisa o ci-nema no país, foi um apaixonadopela Sétima Arte, tendo produzi-do filmes marcantes na históriado cinema nacional como "Gan-ga Bruta", "Bonequinha de Seda","Lábios sem Beijo", "Alô Alô Car-naval" e o "Ébrio". — O nosso ci-nema alternativo, o "LiberoLuxardo" do Centur, vai fazeruma programação especial deNatal com o filme "O Maravilho-so Mundo de Papai Noel". Have-rá matinais sábado, domingo e 2Bfeira, assim como sessões à tar-de. O filme é dos mesmos produ-tores de "Superman" e custouperto de 30 milhões de dólares em85. No original chama-se "SantaClaus, the Movie". — A críticalocal tem dois encontros marca-dos: o primeiro domingo de ma-nhã no Cinema I, quando vai ver"Nostalgia", o penúltimo filme dorusso Andrei Tterkovski. O segun-do na 2* feira à noite, quandocumprirá a tradição de escolheros 10 melhores filmes do ano. —Alexandrino Moreira desistiu decomprar ou arrendar os cinemasque estão sendo construidos_no'%hòpplhg"'á sèr inaugurado"no"Guamá, defronte do campus uni-versitário. O alto preço impediuo negócio, que por sinal está sen-do sondado pela Paris Filmes deS. Paulo. — Por hoje só; atéamanhã.

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San Aykroyd em "Caçafantasmas II": brincando com coisa séria

Duas seqüências

Extra2fi^J___m> Luxardo (Çentiir)— Hoffcttão funciona. Amanhã:

16:45 é 18:30 - ^'Mulheres àBeira de um Ataque Nervoso",

_Qe Pedro Almodóvar. Às 21h —IfiA. Felicidade não sé Compra"

de Frank Capra. Promoção be- .neficente. Sábador "O Mâravi-.lhoso Mund«rae"Pspai Noel".' },%'¦;¦ ''++,+ *£#••+++.': 'fi:

; Cinema I fi Domingo às VÍ-Oh-.''Nostalgia" de ÀndreiV; liarkovski: - ;.v %

Os lançamentos cinematográ-ficos de fim de ano têm privilegia-do o gênero aventura, procurandosensibilizar gregos e troianos, ouseja, as crianças, os adolescentese seus pais. Salvo o filme dos Tra-palhões que se dirige especialmen-te para o público infantil, osdemais programas têm suscitadoo interesse da faixa de jovens eadolescentes (veja-se a porta doscinemas). Dois desses filmes sãocontinuações de aventuras anterio-res e foram programados, justa-mente, por terem sido sucesso debilheteria. São eles: "Os Caçafan-tasmas" parte II e "De Volta Parao Futuro" — II. Ambos têm - cen-

j sura livre e, portanto, estão sendo,^£õTI'poT"tímafcíiente4a variada,.cuja faixa etária inicia mais oumenos aos cinco anos (embora eutenha visto no Olímpia e no Cine I,crianças de três anos)."De Volta Para O Futuro- II"congrega as experiências anterio-res de uma equipe de ouro da in-dústria cinematográficanorteamericana encabeçada peloMidas, Steven Spielberg. A direçãoestá a cargo de Robert Zemeckis,responsável por um dos trabalhosdos mais interessantes exibidos noano passado nesta mesma época,"Uma Cilada para Roger Rabbitt",onde o desenho animadomisturava-se aos atores fazendouma composi extremamente cria-tiva e de inovação da linguagemnarrativa do gênero privilegiado.Com a segunda parte de "De Vol-ta Para o Futuro", Zemeckis expio-ra as peripécias de seuspersonagens do primeiro filme,

em torno de um assunto que, temsido privilegiado na ficção cfentí-fica, que é a utilização da máqui-...na do tempo e as mudanças que-podem ser verificadas com a suautilização. No filme atual, o perso-nagem de Michael J. Fox, MartyMcFly fez uma viagem ao futurocom o Dr. Brown (ChristopherLloyd) para interferir na vida dosseus filhos cuja personalidade nãoseguiu a genética paterna de en-frentar os perigos. Só que essa via-gem custará a Marty/Fox umaretomada dos caminhos do passa-do 1955, visto que, aproveitando-sede um descuido do Dr. Brown, omaior inimigo deMarty, Biff (Tho-mas F. Wilson), já velhaç sem po-derj^EliturDl1 decola haÜiáquina™cio tempo em I988ie, retornando a1955 faz tramioiar para chegar aopoder. Os fatos se complicam pa-ra os dois personagens e a aventu-ra se dá justamente na realizaçãodesses arranjos entre 1955 e o ano2.000 pois Marty procurará desfa-zer as maldades de Biff, desmon-tando as armadilhas que esteimplantou, para o presente.

O filme de Zemeckis tem de-finida a abordagem referente àaventura, sem querer complica-ções filosóficas que o tema exigi-ria. A passagem entre um e outroespaço temporal embora se apre-sente perfeitamente identificável,pela reconstituição de época,torna-se confusa pelo bombardeiode situações que são criadas parasatisfazer o roteiro. A agilidade doritmo contribui para essa confu-são, muito embora crie uma dinâ-mica forte à, narrativa da

temática. Acontece que os infantesde 5 anos mesmo que com boa von-tade para assistir a odisséia deMarty, não conseguemacompanhá-la a partir do meio dofilme e no final, mostram-se can-sados diante das imagens. Creioque a clientela ideal para o filmede Zemeckis está na faixa dos ado-lescentes e jovens.

Quanto aos "Caçafantasmas-II" a tematização sobre forçasmagnéticas malignas é levada nabrincadeira pelo cineasta IvanReitmann trazendo de volta osquatro companheiros de aventuraanterior. Desta feita a festa do so-brenatural corre por conta de umiviking que pretende retornar à vi-

^..dTl^rena;Mà'fp^TsÍ^ô^fec1~-so que ele encontre as; condiçõesfavoráveis. Essas condições já es-tão sendo vistas na cidade de NYquando se constata a formação deum rio de lodo que cresce à medi-da em que se intensificam as emo-ções negativas das pessoas.

O filme pode ser visto comouma brincadeira inconseqüente.Levar a sério será descrer do es-piritualismo e também do própriocinema. Isto porque "Os Caçafan-tasmas II" troca a profundidadedo assunto pela galhofa. E formal-mente nada faz para alguma coi-sa sobressair aos efeitos especiaismirabolantes. Daí o espetáculoendereçar-se principalmente aospequenos espectadores, que talvezse deleitem mais com os fantas-mas americanos do que com osmal feitos "monstros" que os Tra-palhões estão apresentando no seulamentável filme de fim de ano.

I_SI\B_HBBB_^_Hk_B_B___B

i radio aGã^3B-_-____B-_-__E__&S_SB-SHB

(3BÃDAO UBB7AL MM

11:45

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04:00

05:2005:4506:00

09:00

PASSO A PASSO COM CRISTOSHOW DA MADRUGADA com Jo-ta Batista - Hora certa a todo ins-tante - Músicas de ontem e hoje -Curiosidades - Brindes - UtilidadePública.RELÓGIO MUSICAL DO TRABA-LHADOR - Com Estefânio NauarTutti-Fruti: receitas de frutas -Conheça o Mundo: informaçõessobre as nações, suas cidades,suas moedas, religiões, idiomas,rodovias, etc - Música brasileiraem todos os ritmos - O Flash daSaudade: música de ontem - Apa-rições da Virgem Maria em Med-jugorge na Iugoslávia - Receitasde ervas medicinais.PROGRAMA DA AVE MARIAALVORECER DA ESPERANÇACOSTA FILHO SHOW - HoróscopoBolsa de Empregos - Pedidosmusicais através de cartas - Ho-menagem aos aniversariantes doDia - Hora certa a todo instante -Roleta da Sorte - Informações doPará, Brasil e do Mundo - Repor-tagens externas (policia e geral).BOM DIA TOTAL com Thompsom

16:00

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18:0520:30

22:00

23:30

Mota - Seleção musical em; todosos gêneros - Reportagens externasem todos os quadrantes da cidade(polícia e geral) - Atendimento dereclamações do público - Horósco-po - Noticiários esportivos - Utili-dade Pública - Prêmios -Noticiário do Mundo Peladeiro deBelém.LIBERAL NA POLÍCIA com Ada-mor Filho e Equipe - Resenha Po-licial - Tacando-lhe a "Pua" -Mesa Redonda - No Fundo;da Ce-Ia - A Tribuna é Livre (O Povo noRádio) - Noticiário Hospitalar.A BOLA É NOSSA - ProgramaEsportivoBOA TARDE BELÉM corri Santi-no Soares - Roteiro de atrações,com sucessos de todos os tempos- Reportagens externas (polícia egeral) - Utilidade Pública-- Resul-tado (em cima do lance) do "Jogodo Bicho" - Prêmio em dinheiropara quem acertar o primeiroprêmio do "Jogo do Bicho" noPara-Tbdos. - Críticas e Comen-táriosSUA TARDE FAVORITA jjiom Ado-nay do Socorro - Prograràjá popu-lar - Críticas - Brincadeiras -Reportagens externas (polícia egeral) - Participação Especial da"Mãe Raimundinha" - Zéfinha daRádio Globo do Rio de Janeiro.BOA TARDE SAUDADE (Arquivoda Juventude) com Adonày do So-corro - Programa focalizando ossucessos de ontemPRECE DA AVE MARIA comClodomir ColinoATUALIDADES ESPORTIVASMOTORISTA BRASILEIRO comRaymar Bentes - Programa popu-lar dedicado em especial à classemotorizada - Música em todos osgênerosA VOLTA DO BOÊMIO com LuizEuclides - Música de serestaRESENHA FINAL - Programaesportivo

umim06:00 as 10:00 hs -(Silvio Jr.)10:00 as 14:00 hs-(Nonato Pereira)14:00 as 19:00 hs -(Paulo Victtor)19:00 as 22:00 hs-(Binhfj Dillon)22:00-as 02:00 hs -02: OOIas 06:00 hs -(Operador)

Festival de SucessosShow dos BairrosLigue Liberal

Trânsito Livre EmoçõesGood Times (Murillo)Madrugada Liberal

06:01,07:0007:0507:30,08:0013:0013:3016:3017:3018:0019:0020:0021:0000:00

Rádio Cultura FMMusicalConversa com Hélio GueirosMusicalJornal da ManhãMusicalJornal da TardeMusicalBrasileiríssimoTerra VivaA Voz do BrasilConcertos CulturaLanterna MágicaFMPBMusical

Rádio Modelo FMDas 05:00 às 06:00 horasDas 06:00 às 10:00 horasDas 10:00 às 14:00 horasDas 14:00 às 18:00 horas •Das 18:00 às 22:00 horasDas 22:00 às 01:00 horas ¦

Musical 94ClaudecyMarkãoAlaysio PintoAluisio PaixãoNey Rocha

Hoje na TV(SiTV LIBERAL

CANAL 7 - BKLÊMCANAL 2 - MAHABA

05:15 Padrão em Cores -Abertura

05:30 Telecurso 2? Grau -Fase I

06:00 Bom Dia Brasil06:30 Bom Dia Pará07:00 Xou da Xuxa10:30 Futebol Internacional

- Itália x Argentina12:30 Jornal Hoje12:45 Vale a Pena Ver de

Novo - Brega &Chique

13:40 Sessão da Tarde Es-pecial - Zé Colméia eseu vôo mágico

15:35 Sessão Aventura - QueRei Sou Eu?

16:50 Novela I - O Sexo dosAnjos - Cap. 076Novela - Isabela men-

te que derrubou sem que-rer o porta-retrato, masRuth não acredita e brigacom Tbmaz. Gigi declaraseu amor a Zé Paulo e osdois se beijam. Adrianodiz a Isabela que nunca co-memorou o Natal. "

17:45 Novela II - Tbp ModelCap. 08218:50 Jornal Liberal19:00 Jornal Nacional19:30 Novela III - Tieta -

Cap. 113Novela - Todos no bar

ficam atônitos. Timóteoconta sobre Ninete a Elisaque exige que ele lhe rela-te tudo o que aconteceuem São Paulo. Amorzinhosente alergia quando Cha-lita encosta nela. Ninetediz a Tbnha que contou to-da a verdade a Timóteoem São Paulo.

20:30 Especial - Aventura22:00 Jornal da Globo22:30 Festival de Sucessos -

Demetrius, o Gia-diador

TV TapajósCanal 4 (Santarém)

04:15 Padrão em Cores -Abertura

04:30 Telecurso 2? Grau -Fase I

>"os;òd" Bbm DT^BFasTT^05:30 Bom Dia Pará06:00 Xou da Xuxa09:25 Futebol Internacional-. Itália x Argentina11:30 Jornal Hoje11:45 Vale a Pena Ver de

Novo - Brega &Chique

12:40 Sessão da Tarde Es-pecial - Zé Colméia eseu vôo mágico

14:35 Sessão Aventura - QueRei Sou Eu?

15:50 Novela I - O Sexo dosAnjos - Cap. 076

16:45 Novela II - Tbp ModelCap. 08217:50 Jornal Tapajós17:00 Jornal Nacional18:30 Novela III - Tieta -

Cap. 11319:30 Especial - Aventura21:00 Jornal da Globo21:30 Festival de Sucessos -

Demetrius, O Gia-diador

TV GuajaráCanal 4

17:15 Canal Livre ** Jor-nalismo

18:30 Jornal do Pará **c/Fernando Navarro

18:50 Agrojornal ** Jor-nalismo

19:00 Jornal Bandeirantes** Jornalismo20:00 Rituais da Vida **

Novela20:30 Dallas * Novela21:30 Ney Gonçalves Dias** Especial de Natal23:30 Vanguarda ** Jor-

nalismo00:00 Flash ** C/Amaury

JR.01.00 Galeria do Terror **

TV StâdiosCanal 5

05:3005:4405:45

06:1506:30

08:0010:00

11:5012:2015:00

17:0017:30

17:57

18:00

18:40

19:30

20:30

21:4522:45

23:4500:15

Color Bars c/MúsicaAberturaEducativo - Qualif.Profissional/MãosMágicasTJ Manhã - NoticiárioShow da Simony - In-fantilOradukapeta - InfantilDó Ré Mi Fá Sol Lácom Mariane - In-fantilChapolin - ComédiaBozo - InfantilShow Maravilha - In-fantilChaves - ComédiaJornal da Cidade -Sandro Valle/GiselePinheiroEconomia Popular -Pergunte ao TamerTJ Brasil - BorisCasoyCortina de Vidro -NovelaO Homem que veio docéu - A fábula deNatalA Praça Especial deNatalMiami Vice - TherezaJÔ/Soares Onze eMeia - EntrevistasTJ Noite - NoticiárioPerfil - OtávioMesquita

TV CulturaCanal 2

07:25

07:55

08:10

08:40

09:00

09:45

10:15

11:00

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13:0013:10

13:3013:50

14:10

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15:0015:05

16:30

O Despertar da Fé **EvangélicoUma Visita em seular ** EvangélicoBoas Novas no Lar **EvangélicoAlberto Barbosa na

Dia a Dia ** Jor-nalismoCozinha Maravilhosada Ofélia ** c/OfeliaAnuncia toA Deusa Vencida **NovelaUm Homem MuitoEspecial **L.B.VBandeira Um ** Jor-nalismoEsporte Total ** Na-cionalEsporte Total ** LocalLopo na Cidade **c/Lopo de Castro Jr.TV Shop **Gil Reis Especial **c/Gil ReisTV Cidade ** c/Eve-raldo LobatoCidade Alerta **c/Amaury SilveiraAnanindeua em FocoTV Cidade ** Cont.ShowCasa de Irene **Seriado

=^=86*3S=ÍEèleetasí06:45 Telecurso 2? Grau07:00 Verso e Reverso07:30 Qualificação Profis-

sional08:00 Baleia Verde08:35 Revistinha09:20 Museus10:00 France Express10:30 Corpo Humano11:00 Hora de Esporte -

RTC SP11:40 Jornal Repórter Cul-

tura - RTC SP12:00 Desenhos Especiais12:30 Cabeça Feita13:00 Esporte Cultura - TVC

PA13:30 Sem Censura Pará -

TVC PA15:00 Sem Censura18:00 Arrumação18:30 Campeonato Brasilei-

ro de Vôlei - Banespax Fiat de Minas

20:25 Jornal Visual20:30 Jornal da Cultura -

RTC SP21:30 Alta Fidelidade22:30 Opinião Publica23:30 Rede Brasil00:15 Encerramento

TV RBACanal 13

05:45

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21:3022:30

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00:30

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Programação Edu-cativaRBA em Manchete -1? EdiçãoBrasília 07:30 HSCometa AlegriaManchete EsportivaJornal da Manchete -Edição da TardeMulher 90O Homem Invisível -Um Rosto Mara-vilhosoClube da CriançaRBA em Manchete -2? EdiçãoRBA EsporteManchete EsportivaJornal da Manchete -1? EdiçãoKananga do Japão -133? CapítuloRBA DebatesChico Mendes - UmPovo da FlorestaMomento EconômicoJornal da Manchete -2? EdiçãoRBA em Manchete -Edição FinalBareta - CidadeCorrupta

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6 ARTE/ESP€TACULOS - CADERNO DOIS O LIBERAL Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989

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A COZINHA NAPORTA DA SUA CASAFoncs-225.3844/223.7257Tv. Presidente Pernambuco, 224. Praça Ferro de Engomar

Atendemos no sábado o seu almoço de domingo.

Inscrições paraAcademia Vulcan de Música

terminam dia 23/12

Buscando o aperfeiçoamento

As inscrições paraestudantes de todo o paisparticiparem da II Aca-demia Vulcan de Música1990, a realizar-se de 6 a26 de janeiro próximo naFaculdade Santa Marce-lina, nas Perdizes, compatrocínio da Vulcan Ma-terial Plástico, terminamno próximo dia 23 de de-zembro.

A Academia reunirá

cerca de duzentos estu-dantes de música que te-rão aulas com 23 profes-sores e coordenação ar-tística e pedagógica deAlberto Jaffe.

As inscrições porcarta poderão ser fei-tas à Academia para av.Angélica, 580, apt? "O",São Paulo, SP, CEP 01228,ou pelo telefone (011)67-6197.

_____ _T Tetê Nahaz tòS_^_$&£/_^___^^^ acra cie/

Episódios que ficaramgravados em Portugalasseguraram a vendapor toda Europa e o se-riado "Histórias como oDiabo Gosta" já é umarealidade. Para dar con-tinuidade ao trabalhoembarcou para lá o ta-lento de Doe Compa-

rato, que durante um anoadapta em episódios asidéias de Raul Solnado. Ejá afivela as malas o Ré-gis Cardoso, que vai di-rigi-los. Para isso, desli-ga-se da Globo nos últi-mos dias do ano, depoisde 25 anos de casa, e em-barca dia 16 de janeiro.

Exorcismo chega a "Tieta"Já em plena ativida-

de, Jorge Dória gravapassagem do pastor daAssembléia de Cristo Reipelo agreste com pro-messas de um rebu paraninguém botar defeito. Acomeçar por seu encon-tro com Perpétua (JoanaPonn), verdadeiro duelo

de Titãs. Com suas for-ças em confronto objetosvoam, rugidos soam nonada e estranhas mani-.estações acontecem emvárias formas. É "OExorcista" com sabor tu-

Biniquim para nossa de-

cia.

Nua, com a mâo no bolsoCinira Camargo encerra 89 com um tris-

te recorde: a atriz mais assaltada do ano.Foram-se três carros novinhos. O último,quando ela se dirigia para as gravações de"TopModel"na Globo-Tijuca. Obrigada apa-rar por cinco homens fortemente armados,a moça foi presa fácil lá pelos lados da VistaChinesa e, além do carro, ficou sem lenço,sem documentos e sem as roupas e jóias quetrazia numa maleta. Convencida de que pa-ga umkarma, Cinira conclui, rendida: "Tra-balhei todo este ano para dar carro abandido".

Entretanto..."Dançando confor-

me a música" é programada dupla Miéle e Boscoli queentusiasma a Manchete.Com estréia prevista paramarço, terá como primeirotema o bolero. +-H- Hoje,usando uma central de com-putadores como cenário,Carlos Zara e Marília Bar-bosa gravam sua participa-ção em "Tieta" como repre-sentantes da Brastânio.+++ Radiantes, os surdosdo Benjamin Constant cri-vam de perguntas o João Ca-margo sobre "Sexo dosAnjos" na linguagem dosgestos e deixam tonto o ra-

paz. Na novela, Tho-maz gesticula devagar e eletem o script para ajudar, né?+++ Programa de HélioCosta já não é mais especialde fim de ano. Continua apu-rando sua forma e estréiacom a programação dos 25anos. +++ Amazonas, ga-fieira, Cabo Frio e LuizaBrunet, tudo isto faz parte doespecial de Roberto Carlos.+++ Falando nele, escadaaberta no estúdio, durante oensaio de uma gravação,deixou-o nervoso. +++ En-frentando momentos terrí-veis está Nana Caymmi. Que

os céus a protejam. +++Peruca preta espetada, noestilo Tina Turner, compõe ovisual da Florinda, de Regi-na Duarte em "Top Model".+++ Gabriel, um bebê de52 cm e 3,720 kg, nasceu dePaula Toller. Quem disse querock enfraquece? +++ Ma-lu Mader e Taumaturgo Fer-reira, que voltaram às boas.Suspendem esta semana seuespetáculo em São Paulo e securtem em tranqüilidade até11 de janeiro. +++ Da publi-cidade e do teatro, GersonBrenner chega a "Rainha daSucata".

O violonista Paulo Mauríciose apresenta hoje, às 18 horas, nasala Éttore Bosio, dentro o proje-to "Quintas Musicais", da Funda-ção Carlos Gomes. Paulo, que éintérprete e compositor, mostraránesse recital obras clássicas, po-pulares e composições próprias,resultado de anos de estudo. Alu-no de feras como Salomão Habib,Antônio Carlos e Marcos Vinícius,Paulo dedica-se inteiramente àmúsica e agora considera-se ma-duro para uma rotina mais inten-sa de apresentações.

Paulo estuda violão desde os12 anos. A iniciação foi clássica,mas ele se identifica mesmo écom o popular, tanto que possuicinco composições instrumentaisneste estilo e mais de 100 com le-tra e música. Suas tentativas decompor clássico vai mais pela in-tuição, como ele próprio afirma."Tento fazer uma combinaçãocoerente", explica. Influências elenão tem muitas, embora admireMozart, Beethoven, Chopin, mas anível muito superficial. Ao contra-rio do popular que, com a escolamineira de Beto Guedes, Lô Bor-ges, entre outros, faz com que eledesenvolva muitas experiências,sem perder seu estilo.

Por este caminho que ele ten-ta abrir espaço, embora saiba queo mercado está saturado de músi-cas basicamente comerciais. Masnão .pretende ceder a pressões."Jamais desvirtuaria meu traba-

lho para apenas ganhar dinheiro,tenho meu estilo e não o deixo demaneira alguma", afirma. Paulo,i'

jj Concerto de Natalcom o Coro de

Câmara de BelémHoje, às 20h30, no teatro Mar-

garida Schiwazzappa, um concer-to de Natal será realizado peloCoro de Câmara de Belém, sob aregência de Heitor Pinheiro eEraldo Coelho. O concerto está di-vidido em três partes e terá par-ticipação de solistas como MarinaMonarcha, Alfa Oliveira, RuthGranhen Tavares, Onilson da Sil-va, Heitor Pinheiro, e os instru-mentistas Marlise Borges (flau-ta), Aline Carneiro (violão), DéiaPalheta (charango) e AlexandreMota (teclados), além do ator Jo-sé Moraes Lima.

O Coro de Câmara de Belémoriginou-se da junção dos coraisAdma e Waldemar Henrique, em1988 e atualmente conta com 27 in-tegrantes. Possui um repertórioeclético envolvendo vários perío-dos da história da música. Comele, o coro já se apresentou no VFestival Internacional de Coros—Brasil 88, realizado em Porto Ale-

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Paulo Maurício: desenvolver experiênciasna verdade, quer ter liberdade pa-ra criar. "Sou como um artesãobuscando o aperfeiçoamento".

Nesse processo, tem recebidoapoios muito importantes da famí-lia, que no início não apostavamuito, e da amiga Gabriella Af-fonso a quem admira pela capaci-dade como musicista. Depois deanos de estudo, Paulo achava quenão era a hora a ainda de mostrarsuas produções, mas este ano de-cidiu romper a barreira de suamania de perfeição. Participou doprojeto Praça Aberta, do Centur e

agora na sala Éttore Bosio. Em 90,pretende montar um quarteto deviolão com Salomão Habib, Eldere Augusto.

O programa de hoje é o se- jguinte: "Romance de Amor" (An- jtônio Rovira), "Estudo em Mi" \(Francisco Tárrega), "Abismo de jRosas" (JacobinoCanhoto), "Yes-;tarday" (Beatles), "Aquarela" i(Toquinho, Vinícius e Mutinho), |"Ato n? 1", "Ato n? 2", "Primavera", \"Pedaço de Mim" e "Ilusões", to- jdas do próprio Paulo.

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gre (RS), ficando entre os oito pri-meiros colocados. Naquele mes-mo ano, participou do VIII Festi-vai de Coral "Rio dos Sinos", rea-lizado em São Leopoldo (RS).

O programa de hoje é o se-guinte: Primeira Parte: "Ré-quiem", "Introit and Kyrie","Sanctus", "Libera Me" e "In Pa-radisum", todas com acompanha-mento de teclado. Segunda Parte:"Exsultate deo" (A, Scarlatti),"The Messeger Of The DelightfulSpring" (F. Pilkington), "Turot

Eszik a Cigany" (Z. Kodaly), "Ca- jsamiento de Negros" (Folclore i

chileno),- "Ride The Chariot — Ne-!gro Espiritual"(arranjo de HjSrriitK), 'Salmo ísò" (ÈrhániAguiar), "Suite dos Pescadores"(Dorival Caymmi) e "Insalata Ita-liana" (R. Geneé). Terceira Par-te: "Oratório de Natal" (C.Saint-Saéns) — prelúdio, recitati-vo e coro, ária (mezzo), ária (te-nor e coro), dueto (soprano ebarítono), coro, trio, quarteto ecoro.

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j |31 32 133 34

HORIZONTAIS-1 - Ci-dade da Holanda, no Braban-te Setentrional; 5 - (Lat.)Conforhie o original; 8 - Artede trabalhar o vidro; 11 - Ci-dade da Suécia central; 12 -Pref.: negação; 13-Sigla au-tomobilísíica da Nicarágua;15 - Conjunção latina: ou; 17 -Príncipe nisso do século IX,pai de Rurik; 19 - lYacalhaz;21 - Falar muito; 22-Verbal;23 - Nome italiano da cidadee ilha do Dodecaneso; 24 -(Ant.) Coisa; 26-Deusda vis-ta, na mitologia egípcia; 27 -Caminhava; 29 - (Fig.) Ani-mação; 31 - Retardaram; 35 -Cidade da Turquia, na Anató-lia; 36 - Cidade da Nigéria, naprovíncia de Sokoto.

VERTICAIS - 1 - Siglaaérea internacional da Finlân-dia; 2 - Da mesma natureza;3 - Governador do Brasil; 4 -Pároco da aldeia; 5 - Abrev. la-tina: sacrilegium; 6-Três, em

n? 4.933algarismos romanos; 7 - Reu-nião de vozes em concerto; 9

Gaze da China; 10 - Fazesreunião; 13 - Públicas; 14 -Alucinar; 16 - Correia a tiraco-lo, de que pende a espada; 18

Natural ou habitante da Ga-liza (fem.); 20 - Grandes quan-tidades; 25 - Sigla do Estadonorte-americano de Massa-chussetts; 28 - Ave lárida; 30

Espécie de violoncelo tai; 32Abrev. de réis(moeda); 33 -

Medida japonesa de extensão;34 - Quarto grau da escalahindu.

Solução do problema an-terior (n?4.932):HOR. - re-traídos - ir - Oin - rã - Af - Tim

A.T - Ris - tarar - nem - apo-sitivo - pai - limar - mil - Lo -Men - ss. - tá - Oen - Io - imuni-zado. VER. — ri - era - ro - ait

Inar - or - são - farolim - mi-nimos - otap - tás - seva - Apam

rii - mora - til - León - ati - NeiSid - am - NZ - Oo.. . ,_«_4&&g_**$

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ItlMlilUllllfft-— ___U_____M índice - 2- páginaBelém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989

LIB SOCIALAndréa Cristina Araújo Vilaça

Hoje completas 15 anos e estamos muito felizes.Desejamos que teus sonhos esperançosos de jovem

sejam a concretização de uma vida feliz e promissora.Teus avós João, Perpétua e tia Elis.

Caio Lucas Santana Peixoto21.12.89

Parabéns fofinho pelo seu Io aninho e que Deus conservesempre, este lindo sorriso, que irradia felicidade. Amamos

você. Seus pais Carlyle, Lena e mano Victor

Aline,Capetinhados nossoscorações.

Felizaniversário.

Beijos deseus pais,Graça eRoberto

^moam^^ia.

^F^TsWHp?- \\W í.

Clayton Palheta (Papizomba)15 anos

Mano, a partir desta data vaipintar muitas gatas, te cuida

César e Celso

Clayton Palheta15 anos

Pela passagem desta data, rogamos aDeus que te ilumine em toda tua

existência. Teus pais Ribamar e Ana

Edicelia (BA)Muleca, muita luz, muita paz e muito

amor. Menos tudo o que você nãoquiser. Feliz aniversário.

Da mana Lee, e tia Alba.

PaulinhoParabéns amor, tudo que eu posso dara você hoje não é mais importante do

que o amor, o carinho que tenho eque é dedicado somente a você.

Beijos de quem te amaClaudia Moura

Camila Nobre Lima Mendes20.12.89

Vieste ao mundo p'ra alegrar nossasvidas. Parabéns pelo seu Io aninho.

Teus pais, Lázaro e Fátimae vovó Bete.

Lucyanne - 15 anosQue os sonhos de sua infância não sepercam no caminho e seus ideais de

juventude se concretizem.Suas primas Mônica, Marcela e vó

Lucila

Junê 21.12.89Para você pequena rosa

desejamos amor intenso.E queum dia possas ser feliz.

Teus irmãos

D. CarmemFeliz aniversário.

Nós te adoramos,mil beijos.Tutuca e

Carminha.

Cilene 21.12.89(Depósito de Cimento)

O teu cliente especialte agradece o

atendimento desteano e deseja um feliz

aniversário

JÚSalve 21.12.89

Com todo o meuamor e carinho,

desejo a vocêfelicidades.Alguém

Jucilene 21,12.89Que a vida tetraga maiores

alegrias.Desejamos um

feliz aniversário.Seus irmãos

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A Empesca S/A, empresa do setor industrial pesqueiro dasmais categorizadas do Brasil, está encerrando o presente exercício com um 3extraordinário desempenho, graças ao trabalho de sua atuante diretoria, ten- Ddo à frente na capital paraense os jovens empresários Marcello Tfeixeira e João,,Teixeira Neto, com uma equipe técnica do mais elevado nível, e o emprego,.!de mil pessoas aproximadamente, incluindo marítimos e terrestres.

A Empesca S/A, que atende o mercado nacional e de exportação, dispõede uma completa frota dos mais sofisticados barcos pesqueiros, gozando domais alto conceito nos países para onde exporta seus produtos, e proporcio-nando quase que permanentemente muitas divisas para o Brasil, contribuin-do ainda para o desenvolvimento da Amazônia.

Na foto o diretor Marcello Teixeira, que inclusive já residiu nos EUA diri-gindo o escritório da Empesca S/A, vendo-se ainda ao alto parte da modernafrota de barcos pesqueiros dessa empresa.

No setor comenta-se com grande insistência três nomes para o Jministério da Marinha no próximo Governo do Presidente *Fernando Collor, entre eles está o almirante-de-esquadra

Renato de Miranda Monteiro, hoje no Comando de OperaçõesNavais, bastante relacionado com a região Amazônica, e que

conhece de perto todos os nossos problemas.Enquanto isto, lá em Brasilia, já se fala que o ministériodos Transportes, estaria na lista dos que serão extintos,

conforme noticiamos ontem, para substitui-lo seria criada umaSecretaria Especial, e que para a mesma estaria sendo

escolhido um elemento ligado à Marinha Mercante,que por sinal também tem ligações com a Amazônia.

ConcorrenteJá está tudo pron-

to para a Empresa deNavegação Aliançainiciar suas opera-ções na iinha de cabo-tagem, fazendo deinício com dois naviosa linha expressa San-tos/Manaus/Santos,atuando no transportede conteineres.

A entrada daAliança, conforme jáfizemos a nossa ob-servação anterior-mente, vai sem

.dúvida alguma atin-gir o setor fluvial,especialmente as ém-presas que operam nosistema ro-ro/cabo-cio, uma vez que an-tes dessa concessãoser autorizada pelaSTA deveria ser feitauma pesquisa de mer-cado para que a ar-mação fluvial nãofosse prejudicada.

Mais uma corvetapara a Marinha

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Foi lançada ao mar pelo estaleiro Verolme,,mais uma moderna corveta para a Marinha doBrasil, trata-se da "Júlio Noronha", que foi enco-mendada por US$ 150 milhões. Trata-se da primei-ra corveta construída no Brasil em estaleiroparticular. .

No lançamnto da "Júlio de Noronha", que é gét.mea da "Inhaúma", incorporada na semana pas-isada, no Arsenal de Marinha se fizeram presentes1as mais altas autoridades da Marinha.

A exemplo da corveta "Inhaúma", a "Júlio No-ronha" é constituída de uma turbina e dois moto-res diesel; pesa 1,98 toneladas e conta com umsistema de armas integrado por computador, e osseguintes armamentos: três canhões; quatro lan-çadores de mísseis e dois lançadores de torpedos.

Fato curioso é que a "Júlio de Noronha", foiconstruída num galpão coberto, protegida da es-pionagem, segundo o almirante Hugo Stoffel, quehoje na reserva está atuando no estaleiroVerolme.

ConselhoOntem o Conselho Diretor do Fundo de Mari-

nha Mercante reuniu para analisar a última pau-ta deste ano. Entre os assuntos debatidos estavauma série de pedidos de prioridade, inclusive pa-.ra empresas de navegação fluvial do Pará e doAmazonas.

Aliás já se encontra também no CDFMM, opedido de financiamento para mais dois navios depassageiros, para armadores de nossa capital, quedeverão também ser liberados a qualquermomento.

SecretariaSe ainda não foi, está em reta fi- ,nal a criação da Secretaria de _Transportes Hidroviário de Inte- &rior, que passará a administrar to- [do sistema ligado a navegaçãointerior do Brasil, desvinculando-se totalmente da STA-Secretaria deTransportes Aquaviários.

A Amazônia, onde está locali-zada a maior bacia fluvial do mun-do, e que dispõe de duas impor-tantes entidades representativasda armação fluvial, o Sindarpa(Belém) e o Sindarma (Manaus),

até agora não foi ouvida e nem cheirada com relação a essa ,nova Secretaria, muito embora o ex-presidente do Sindarpa ar- •mador Luiz Otávio de Oliveira Campos, (foto) tenha adverti- Jdo em tempo hábil o titular da STA, Cláudio Decourt, na '

presença inclusive deste colunista, para que mantivessem in-formados essas duas entidades acima, com objetivo de evitarqualquer surpresa irremediável.

irTtf-TfCONFRATERNIZAÇÃO — Hoje a festa de confraternização da Companhia

Docas do Pará, com um almoço inclusive na Churrascaria Samambaia, parao qual recebemos atencioso convite de Ronaldo Campos, através de seu as-sessor de imprensa, jornalista Bernardino Santos. ******* SINDICATO - Nachapa encabeçada pelo engenheiro José Araújo, no Sindiporto, constam tam-bém quatro profissionais liberais, sem que entretanto, não seja excluído os ele-mentos de mãos calosas, sem elitização e manipulação. ****** INFORMAÇÃO

Ontem informaram ao colunista que tem gente na CDP que foi admitidoem administração anterior só porque era "bom de bola". ******* AUSÊNCIA

Infelizmente por problemas de última hora não foi possível atender o aten-cioso convite para a festa tradicional do Sinpesca. ****** VALE — O vale-refeição foi aumentado para 40,00 para osservidores da Companhia Docas doPará, com pagamento ontem de parte da diferença dos atrasados, trabalhosem dúvida alguma do Sindiporto, que tem a frente o dinâmico Araujinho.•»««*•» ESTALEIRO — Não será surpresa para o colunista se na área navaldo Brasil for escolhido como destaque do ano um conhecido estaleiro de nos-sa capital. ****** NAVIOS — Mais dois navios nacionais deverão ser vendidos,com isto mais desemprego no setor marítimo do Brasil. ******* BURACO —Consta que existe um grande "Buraco" de administração anterior de conhe-cida empresa do setor, que deverá ser apurado tão logo o Sindicato participedo seu Conselho de Administração. Esta informação chegou-nos ontem por fon-tes de crédito. ****** VISITA — Ontem no bureau do colunista trazendo votosde Boas Festas e Feliz Ano Novo, o engenheiro José Araújo, presidente do Sin-dicato dos Portuários do Estado do Pará. *******SINPESCA - A festa do Sin-pesca foi um sucesso, tendo à frente o meu prezado amigo Ivanildo de Pontes,que também é diretor da Ciapesc — Companhia Amazônica de Pesca, empre-sa do mais elevado conceito do setor industrial pesqueiro do Brasil. ****** AR-MADOR — O conhecido e benquisto armador Francisco Fonseca, presidentedo Grupo Jonasa, dentro de breves dias estará também fornecendo camarãoe peixe da melhor qualidade. Sua criação da fazenda-35 está de vento em po-pa, ******* PLANOS — O prezado amigo Waldemiro Lustoza, "cap" da empre-sa amazonense Waldemiro P. Lustoza & Cia, tem grandes planos para opróximo ano, inclusive a construção de novas embarcações especializadas parao transporte de derivados de petróleo. ****** LONGO CURSO — O navio "Fro-

ta Marabá" da Frota Amazônica S/A deixou o nosso porto com destino a por-tos da Europa, com grande carregamento dos mais variados produtospredominando madeira serrada e pimenta do reino. No seu comando o com-petente lobo do mar capitão-de-longo-curso Eliezer Rong de Araújo. **««*«*EXECUTIVA — A elegante executiva Mariazinha Fonseca está se dividindo en-tre a sua EBR, Jonasa e Jonas Transportes. Aliás ela foi bastante cumprimen-tada pela passagem de seu aniversário, ocorrido há poucos dias. ******CONFIRMADA — A saída dos dois catamarãs de classe turística da Enasa nopróximo dia 28, ambos lotados de cargas e passageiros. •*«••** AGENTE —0 administrador de empresa Paulo Roberto Brandão "cap" da Transnav, tevetambém papel importante na capital amazonense com relação ao trabalho emfavor de Collor de Mello. Ele é um dos grandes amigos de Amazonino Mendesgovernador do Amazonas. Portanto, é bom anotar o seu nome. •••*?* TELEFO-.NEMA — Ontem tivemos o prazer do telefonema do velho amigo Walter San-tos, que serviu por muito tempo na Enasa. Hoje bacharel em Direitocomandando movimentado escritório em Belém. ****** pÁfíA.

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Aflita se viu aVirgem aos pés dacruz, aflita me vejoeu, valei-me Mãede Jesus. Confioem Deus com todasas minhas forçaspor isso peço aDeus que iluminemeus caminhosconcedendo-me agraça que tantodesejo. Faça o pe-dido, mande publi-car no 3p dia.Observe o queocorrerá no 4°dia.

S.W.B

ORAÇÃO AO DIVINOESPÍRITO SANTO

Espírito Santo, Vós queme esclareceis tudo. Vósque me iluminais todos oscaminhos para que eu atin*ja o meu ideal. Vós que medais o dom Divino do per-doar e esquecer o mal queme fazem e que em todosos instantes de minha vidaestais comigo, eu queroneste curto diálogoagradecer-vos por tudo econfirmar mais uma vezque eu nunca queroseparar-me de Vós. Pormaior que seja a minha ilu-são material, não será omínimo de vontade que sin*to de um dia estar Convos*co e todos os meus irmãosna Glória Perpétua.

Agradeço todas asgraças alcançadas.

Pai Nosso, Ave-Mariae Glória ao Pai.

(A pessoa deverá fazeresta oração três dias segui-dos, sem fazer o pedido.

Dentro de 3 dias seráalcançado a graça pormais difícil que seja).

Publicar assim que re-ceber a graça.

M.G.S.

ORAÇÃO DOSAFLITOS

Aflita, se viu a vir-gem aos pés dacruz, aflita me ve-jo eu, valei-meMãe de Jesus.Confio em Deuscom todas as mi-nhas forças, porisso peço a Deusqüe ilumine meuscaminhos com•cedendo-me agraça que tantodesejo. Faça o pe-dido, mande pu-blicar no 3o dia.

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UTILIDADEPUBLICA:

Siga os conselhosda PM e colaborecom a segurança

Para tentar combater o crescente nú-mero de assaltos a prédios residenciais econdomínios, a PM elaborou junto commembros de associações de bairros uma lis-ta de normas de segurança para portarias,que devem ser seguidas não só por portei-ros, mas também por moradores.

São esses os conselhos da PM para pre-venção de assaltos a residências:Não se deixar levar pela aparência das

pessoas. Se estranha, sempre ficar atento.Notar se a pessoa está observando epassando sistematicamente a pé, de carro,moto ou bicicleta, em frente ao prédio.Suspeitar de pessoa carregando em-brulhos e aparentando procurar o local in-teressado, sem, no entanto, pedirinformações.Chamar o patrulhamento se houverum veículo estacionado com uma ou maispessoas nas proximidades do prédio, por lon-go tempo.

Chamar o patrulhamento se houverveículo estranho estacionado nas proximi-dades há mais de 24 horas.

Observar pessoas paradas por mais dedez minutos nas imediações, principalmenteà entrada de edifícios.Sempre que possível, anotar a placade veículos suspeitos para avisar a policia.Não permitir entrada de estranhos noedifício sem prévia identificação e autori-zação do morador procurado.Verificar se o estranho se dirigiu aolocal aonde disse que iria.

Se, ao sair, a pessoa estranha estivercom algum embrulho, consultar o moradorvisitado antes de autorizar o estranho a sair.Manter as portas de acesso ao interiordo prédio sempre fechadas.Porteiros devem permanecer sempreno interior das portarias.Colocar espelhos que facilitem a ob-servação do que se passa dentro e fora dasportarias.Manter a vista a ficha de todos os em-pregados do prédio, mesmo os eventuais.Se várias pessoas quiserem entrar noedifício ao mesmo tempo, o porteiro devecomunicar-se com elas pelo interfone, ou dequalquer outra maneira, sem que tenha queabrir a porta totalmente.Não tocar em embrulhos esquecidosque pareçam suspeitos.Manter um livro dè entrada e saída deestranhos do edifício.'Durante a noite, manter a portaria àsescuras e o exterior bem iluminado.Em caso de assalto, não reagir, cum-prindo as exigências dos assaltantes.Combinar palavras ou gestos para avi-sar o morador de que pode haver ou está ha-vendo um assalto.Em caso de assalto, avisar á policiaassim que for possível.Para qualquer registro de ocorrênciasestranhas, procurar a cabine da PM maispróxima.Manter sempre a mão os telefones daPM. do Batalhão mais próximo e do Servi-ço de Radiopatrulhas.

Receitas caseiras paracontrolar pragas semo uso de agrotóxicoOs alimentos industrializados de consu-

mo diário estão contaminados, em propor-ções alarmantes,por agrotóxicos do grupoorganoclorados. Esta denúncia é feita combase na pesquisa realizada pelo Instituto deTecnologia de Alimentos (Ital), através de1.128 amostras recolhidas durante os anosde 1981 e 1982.

Aqui está uma lista de métodos casei-ros para controle de pragas que substitui osagrotóxicos que comprovadamente contami-nam os alimentos trazendo sérios riscos à

MACERADO DE SAMAMBAIAColocar 500 g de folhas frescas ou 100 gde folhas secas e um litro de água por um

.dia. Ferver por meia hora. Para*aplicaçãodiluir 1 litro de solução para 10 litros deágua. Controla: Ácaros, Cochonilhas.

MACERADO CURTIDO DE URTIGAColocar 500 g de urtiga fresca ou 100 g

em 1 litro de água e deixar curtir por 2 dias.Para aplicação diluir em 10 litros de águae pulverizar sobre a planta ou no solo. Con-trola: Pulgões, Lagartas (Aplicado no solo).Também é eficiente para a doença da uva(Mildeo).

MACERADO DE ALHOEsmagar quatro dentes de alho em um

litro de água e deixar macerar por 12 dias.Diluir em 10 litros de água e pulverizar so-bre as plantas. Controla: Pulgões.

INFUSÃO DE LOSNADerramar um litro de água fervente so-

bre 30 g de folhas secas e deixar em infu-são por 10 minutos. Diluir em 10 litros deágua e pulverizar sobre as plantas. Contro-Ia: Lagartas, Lesmas.

CONTROLE DÊ FORMIGASRepelir com barreiras de farinhas de os-

sos, casca de ovo moída ou carvão vegeta^em linhas seguidas sobre o solo. Tambémpode se usar suco de pimenta vermelha em-bebendo um pano e amarrando em volta dotronco das árvores ou então pintar o tron-co. Outra medida é passar graxa sobre otronco.

Mistura de cal e cinzasDissolver 300 g de cal virgem em 10 li-

tros de água e misturar mais 100 g de cin-za. Coar e aplicar sobre as plantas atravésde pincelamento ou pulverização durante oinverno quando a planta está em dormên-cia. Controla: Barbas, Algas, Líquens eMusgos.

CALFazer uma'pasta de cal e pincelar so-

bre o tronco. Evita a subida de formigas eajuda a controlar a barba das frutíferas.

PASTA DE ARGILA, ESTERCO,AREIA FINA, CHA DE CAMOMILA

Misturar partes iguais de argila (bar-ro), estéreo, areia fina e chá de camomilade maneira a formar uma pasta. Usar pa-ra proteger os cortes feitos pela poda e tam-bém os ramos ou troncos doentes durante ooutono após a queda das folhas e antes dafloração e brotação.

CHA DE CEBOLINHADerramar água fervente sobre folhas decebolinha fresca e deixar e infusão por 15minutos. Diluir 1 litro para 2 litros de águae pulverizar toda a planta. Controla: Sarna,

principalmente da Macieira.CHA DE RAIZ FORTE (CREM)

Derramar água fervente sobre folhas jo-vens de raiz forte e deixar em infusão por15 minutos. Diluir 1 litro para 2 litros de águae pulverizar toda planta. Controla: Podridãoparda das frutíferas.

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CONSÓRCIO GUAJA-RÁ— Reposição de grupop/Del Rey/Monza/Scorl/Golcom mens.a partir de NCz2.146,31 por mês entre parti-cipando do grupo no dia16/12/89.Melhores infor-mações fones 241-0802225-1045

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CONSÓRCIO GUAJA-RÁ—Grupo de reposição pa-ra Chevette/Monza/Sçort/Vo-yage/Kadetl com mensalidadeo parlir de NCzl.891,92 pormês assembléia dia16/12/89.Melhores Inf.fones2251045 241-0802.

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Jornal dos Bairros HÃO PODE SER VENDIDO SEMRADAMENTE

EDREIRABelém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989 I ¦*í£>.&Prr'''''v ' —^ mIadoguajw* —-^

OLIBBUULSacramentaTelégrafoVal-de-Cães

Ano III, edição n? 589fofa ftmto Ambrim Comércio vazio no

Natal da PedreiraPág. 3

São Sebastião teráem janeiro

Igreja da Aparecida fazpresépio na periferia

Como todos os'anos acontece,a Igreja de Nossa Senhora Apare-cida, no ba'irro da Pedreira, serápalco de um dos presépios monta-dos nesta época do ano na cidade.A comunidade local já começou amontagem do presépio que, esteano, terá como tema a situaçãosócio-econômica-cultural da popu-

lação das áreas mais pobres dopaís. A intenção é contextualizar onascimento de Cristo no interior deuma periferia. Os participantes dapastoral da Igreja de Nossa Senho-ra Aparecida querem aproveitar aocasião para refletir acerca dosproblemas. Pág. 5

festaJaneiro é mês de procissão,novenário e reflexão para os mo-

radores do bairro da Sacramen-'ta. É que dia 20 é comemoradoo Dia de São Sebastião, padroei-ro do bairro. Os integrantes de'pastorais e a população em ge-ral preparam-se para mais umavez renovar os votos dé fé. A pro-gramação já está pronta e cons-

x- '¦'(-, ¦¦¦• v-;-; .-¦ •¦:,¦¦ '. ,•;:¦•¦¦,, '•;..

ta de muita reflexão com basena realidade brasileira. Os mo-radores mais antigos lembramcom saudade das primeiras ma-nifestações em homenagem aSão Sebastião, quando a Igrejado bairro foi construída. Muitosacham que havia mais fervornos primeiros tempos. Pág.4

¦U í i -i -;x,x : x>.X. xx. ¦-¦¦: I

Problemas da Pedreirano "Plantão nos Bairros

i)) i', i i i: •; i ií i á.

Apesar das obras de reurbanização de par-te da Pedreira, através do projeto Centros Ur-banos de Recuperação Acelerada (Cura), daPrefeitura Municipal de Belém (PMB), aindasão muitos os problemas no interior do bairro.Nas passagens e áreas alagadas, a populaçãoagora teme a aproximação do inverno mais ri-goroso nesta época do ano em Belém. Muitascasas já foram abandonadas pelos proprietá-rios. Quem não tem para onde ir, pede a PMBque promova reforma que garantam o enfren-tamento do período chuvoso. O lixo também éproblema^ Pág, 8,; ;.;,,; ,,;,:;,;." i i. 11 i j 11.. i

rtsettT i*.,«>*."¦¦-. í*-> ;**^xy.f:;#'.'->--;tt- rrrrsarry,nvvA » ¦*-.

2 O LIBERAL Jornal dos Bairros Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989

ServiçosTelefones úteis

e de emergênciaAeroporto — 223-4122;Alcoólicos Anônimos

224-2965; Banco deSangue — 229-4511;Celpa-Plantão 196/ In-formações 120; Corpode Bombeiros — 193;Cosanpa — 195; De-tran 194; PrevidênciaSocial — 191;INAMPS-Pronto Aten-dimento — 231-0003;Prefeitura — 156;Pronto Socorro Muni-cipal — 192; Rádio-Patrulha —190; Sunab—198; Terminal Rodo-viário — 228-0500;Transportes Urbanos

158.

Telefones públicoscomunitáriosAvenida Pedro Mi-

randa, esquina datravessa Timbó (PM-box) — 233-0144; ruaStélio Maroja (PM-box) — 233-2000; e ave-nida Sul, quadra 23(PM-box) — ConjuntoProvidência —233-1500.

HospitaisCentro de Saúde

da Sacramenta — ave-nida Senador Lemos,4321, esquina da Dou-tor Freitas; Centro deSaúde Pedreira — ave-nida Pedro Mirandacom Mauriti; UnidadeMunicipal da Pratinharodovia Arthur Ber-nardes; e Centro deSaúde Providência —Conjunto Pro-Morar,Q. 76, avenida Norte.

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Jornal dosBairros

RuaGaspar Viana

223 a 253Editora

Lorena SouzaTelefone

222-3000 (PABX)RedaçãoRamal 177

PublicidadeRamais 117 e 135

Telex(91) 026 e 1826

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Ana Maria Teles: pivetes

lmhce.de Ofertase Serviços

Guia de Compras Pág. 3

Alimentos Pág. 3

Escola. Pág. 5

Insegurança reina na SacramentaApesar de contar com uma di-

visão da Secretaria de SegurançaPública, a de Crimes Contra o Pa-trimônio, situada na travessa Pe-rebebuí, a Sacramenta reclama defalta de segurança. Os crimesmais freqüentes, segundo os regis-tros daquela divisão, vão do roubosimples ao latrocínio. Entre os mo-radores, as maiores queixas sãocontra as arruaças promovidaspor grupos de menores, que ame-drontam a população. As áreascom maior índice de marginaliza-ção são as. de baixada, onde assai-tos e agressões são comuns.

Para o morador Manoel Pi-nheiro, o bairro da Sacramentanão tem segurança alguma. "Ago-ra, com a retirada do PM-box da

praça Eduardo Angelim, a situa-ção piorou", afirmou. O que maispreocupa o morador são as desor-dens de grupos de pivetes em tornoda praça. "Eles ficam fazendo ba-gunça e agredindo as pessoas quepassam pelo local", ressaltou Ma-noel Pinheiro. O que também o dei-xa muito irritado são os atos devandalismo praticados pelos me-nores na Igreja de São Sebastião,local onde trabalha. A Igreja estátoda pichada e com as vidraçasquebradas.Iluminação a favor dos bandidos

A falta de iluminação em algu-mas ruas beneficia os marginais.Manoel Pinheiro disse que muitasdas lâmpadas da travessa AlferesCosta, entre as avenidas Antônio

Everdosa e Alferes Costa, estãoquebradas, sendo constantes asagressões naquele trecho. É nessaárea que os grupos organizados deSivetes

costumam atuar. A mora-ora Iolanda Aguiar disse que vá-

rias turmas se concentram em tor-no da praça e constumam andarpelas pequenas passagens, paraevitar encontros com os policiaisque fazem rondas pelas ruas pavi-mentadas. Iolanda reside na pas-sagem D e contou que há duas se-manas seu marido foi assaltadoãuase

na porta de casa. No outroia, no mesmo local, outra pessoatambém foi vítima de assalto. Na

opinião dela, a solução seria insta-lar novamente um posto policial napraça, com uma viatura de

1 I _í._^_BBffl3jftg--5^-8. * .:_:«£j. ^//^ mmmr^^Srmi^^ ¦Tk'£m*í,í!lvÒ ^~m*&""*f"""**",%""

Nos casas, as marcas do vandalismo ainda não foram apagadas

plantão.Nas outras áreas do bairro os

pivetes parecem não atuar commuita intensidade, mas as recla-mações de insegurança persistem.Ana Maria Nunes Teles, moradorada passagem Santa Maria, próxi-mo à avenida Senador Lemos, dis-se que a rua é praticamente tran-qüila e os incômodos ficam porconta da passagem de pivetes pelolocal. A tranqüilidade já não é tãogrande nas proximidades da ruaSão Pedro com avenida Pedro Al-vares Cabral. A moradora Mariada Conceição Costa Lima recla-mou da concentração de marginaisnaquele trecho. "Qualquer horatem assalto, ali se junta muito ma-landro", afirmou.

Falta de informaçõesPelas reclamações dos mora-

dores percebe-se que o bairro daSacramenta deve dar muito traba-Iho à Divisão de Crimes Contra oPatrimônio. O delegado EvandroPaes confirmou isto e ressaltouque os trechos mais críticos sãorealmente as áreas de baixadas.Falou também da existência dasvárias gangs de pivetes no bairro edisse que combatê-las é um traba-Iho difícil. Uma das maiores difi-culdades encontradas nesse traba-Iho é a falta de informações porparte da população, que se fechaaos policiais, por medo de represa-lias ou porque algum parente podeestar envolvido.

O delegado afirmou que hárondas no bairro, dentro das condi-ções de falta de pessoal enfrenta-das pela Secretaria de Segurança.No que refere a viaturas, o delega-do disse que as colocadas à disposi-ção daquela divisão são suficien-tes, mas na medida em que aumen-te o número de funcionários seránecessário ampliar essa frota.

-Comer bem-Damos aqui mais algumas receitas

para compor sua ceia de Natal, bem re-gionalizada:

Suflê de jambuIngredientes:Um maço de jambu, meia cebola cor-

tada miudinho, um ovo cru, queijo raladoa gosto, uma xícara (chá) de cheiro ver-de e salsa cortados miudinha

Preparo:Lave o jambu e cozinhe em água e sal.

Coloque em um pirex o jambu cozido e es-corrido. Salpique por cima a cebola e ostemperos verdes. Bata a clara, acrescen-te a gema e ponha sobre o jambu; por ci-ma, jogue o queijo raiado e leve ao forno,para gratinar. Sirva quente.

Nhoque de jerimumUm quilo de jerimum, dois ovos, qua-tro xícaras (chá) de farinha de trigo, qua-tro colherès (sopa) rasas de margarina,

quatro colherès (sopa) de queijo ralado esal a gosto.

Preparo:Corte o jerimum em pedaços, retire

a casca e as sementes. Leve ao fogo emágua fria e deixe cozinhar. Escorra a águae amasse com um garfo. Junte os ovos, oleite, ã farinha de trigo e o sal a gosto, mis-turando muito bem, até fazer uma mas-sa consistente. Faça bolinhos achatadose cozinhe em água fervente, retirando-osassim que flutuarem. Arrume os nhoquesnuma travessa e cubra com queijo rala-.do ou,.se preferir, molho de tomate.

Macaxeira surpresaUm quilo de macaxeira, 120 gramasde queijo mussarela, três colherès de

queijo ralado, uma colher (sopa) de mar-garina e sal a gosto.

Preparo:Descasque e lave a macaxeira. Corte-

a em pedaços compridos e cozinhe emágua e sal até que amoleça. Arrume a ma-caxeira em um pirex untado com marga-rina; por cima, passe um pouco demargarina, coloque as fatias de mussare-la e o queijo ralado. Leve ao forno quentepor três minutos. Sirva quente.Mais informações, na Sagri, na tra-vessa do Chaco, 2232, no Marco, com a nu-tricionista Adaneide Malheiros Pereira.

iy.L--.!>UVv-r,iiüWAJL ¦¦^^*.y*** z-:i-y.y !'y.'í ¦_¦*.."*;¦_.---V.

Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989 Jornal dos Bairros OLIBERAL 3

Em busca de promoções natalinas,consumidores deixam a Pedreira

Embora consiga sa-tisfazer as necessidadesdiárias dos moradoresem termos comerciais,o bairro da Pedreira,neste final de ano, pare-ce não atender aos an-seios natalinos de suapopulação. Muitos pre-ferem se deslocar parao centro comercial paracompras ou pesquisasde preços. Outros, en-tretanto, preferem ficarno bairro e comprar oque desejam nos diver-sos estabelecimentoscomerciais láestabelecidos."Não vejo muitavantagem em ir para oComércio. A gente gastamuito tempo", ressaltouMaria Raimunda Perei-ra. A moradora TerezaOliveira da Silva acres-centou que além da per-da de tempo há a despe-sa com transporte."Acho que é melhormesmo ficar por aqui.Quando a gente vai paralá ainda gasta dinheirocom ônibus", disse Te-reza. "Eu compro poraqui mesmo, mas de vezem quando estou indo láno Comércio, para com-prar algumas coisas quenão encontro aqui", dis-se Dionísia da Concei-ção Brasil.

Pesquisa de preçosMais exigentes, ou-

tros afirmaram que oimportante antes de efe-tuar qualquer compra éfazer uma ampla pes-âuisa

de preços, na Pe-reira ou no centro co-

mercial. "Neste tempode crise, quem não sedispõe a andar mais eperder um pouco detempo vai sair perden-do, porque as diferençasde preços de uma lojapara outra são muitograndes", disse JoséFulgêncio de Almeida.A moradora Vitória doNascimento de Meloafirmou que o bairro éum ótimo lugar para sefazer compras mas é es-sencial que as pessoaspesquisem os preços em

outros mercados. No ge-ral, os moradoresacham que a Pedreiraconta com uma boa zonacomercial, mas acredi-tam que na época do Na-tal deve-se procurar oComércio, principal-mente em busca depromoções.Para os comercian-tes da Pedreira, a épocanatalina é"bastante re-lativa" e o mês não é detodo bom. "O movimen-to fica bom mesmo du-rante três dias, quandoa gente vende mais umpouco, mas nos outrosdias o movimento é mui-to fraco", afirmou Anto-nio Carlos de Oliveira.Quem também recla-

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Nos tabuleiros de ma, os preços mais em conta

Antônio Carlos de Oliveira

mou do movimento foi alojista Enilde Fernan-des Ribeiro, que achaque a queda nos lucrosse deve à alta da infla-ção. A vendedora Gra-ziete de Jesus Rego Por-tal ressaltou que o movi-

mento pode vir a melho-rar no bairro, já quemuitas pessoas que sedeslocam para o centro,em busca de preços me-nores, acabam por op-tar pela própriaPedreira.

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4 O LIBERAL Jornal dos Bairros Belém, quinta-feira 21 de dezembro de 1989

Devoção a São Sebastiãocom renovação em janeiro

A comunidade religiosa daSacramenta iá está se preparamdo para a realização de mais umafestividade em homenagem a SãoSebastião, o padroeiro do bairro,que acontece no dia 20 de janeiro

Eroximo. A festividade acontece

á quase 50 anos, desde que a pri-meira Igreja, ainda de madeira,foi erguida, na década de 40, mas,segundo os moradores mais anti-gos, já não tem o mesmo fervorde antigamente. Mesmo assim,velhos e jovens se preparam pararenovar seus votos de fé no pa-droeiro, aproveitando para pedirmelhores dias para os que vivemno bairro.

Segundo Antônia Mota daCosta, 73 anos, mais conhecida nobairro, onde mora há 50 anos, co-mo dona Antonina, a festa come-çou a ser realizada a partir daconstrução da Igreja de madeira,trabalho dos padres da Comuni-dade Regular das Cruzes. "Antesnão tinha Igreja aqui e as pessoasbatizavam seus filhos na Basílicade Nazaré", lembra a moradora.São Sebastião foi escolhido pa-droeiro porque já tinha muitosdevotos no bairro. Dona Antoninanão sabe ao certo, mas acreditaque na escolha do santo tambémtenha havido alguma relaçãocom o nome do primeiro padredaquela Igreja, que se chamavaSebastião.

ArraialEla conta que, naquela épo-

ca, o bairro agregava uma comu-nidade muito pequena, as opçõesde lazer eram reduzidas e as ho-menagens a seu padroeiro eramesperadas por todos durante oano todo. "A festa era a vida dobairro", lembrou. A partir da dé-cada de 50, já com a construçãoda Igreja em alvenaria, dona An-tonina, que participava da festa"apenas como assistente", se-gundo informou, passou a partici-par efetivamente da organizaçãodo evento, dando apoio ao movi-

mento de organização. Ela contaque, além da realização das nove-nas, de toda a parte litúrgica dafesta e da procissão do dia 20 pe-las ruas do bairro, que culminavacom a celebração de uma missasolena, um arraial era armado nalateral da Igreja. A parte profanatinha comidas típicas e muitasbrincadeiras e o arraial se esten-dia, "dependendo do padre", pornove ou dez dias. "Não tinha omuro que cerca hoje a Igreja e,como havia pouco movimento narua, o arraial se espalhava até apista. Dava muita gente",recorda.

A partir da década de 70, oterreno na lateral da Igreja foiaproveitado para a construção dosalão paroquial e dependênciasadministrativas. O muro da Igre-ja também foi erguido e o arraialnunca mais foi armado. Atual-mente, a frente da Igreja é ape-nas enfeitada com bandeirinhasde papel de seda e, no salão paro-quial, na véspera do dia 20, é rea-

lizado um jantar dançante, comentrada paga, sendo a renda re-vertida para a manutenção dostrabalhos assistenciais da Igreja.As novenas, realizadas de casaem casa, ainda são mantidas. E aprocissão, realizada às 18 horas,com a imagem do padroeiro, ain-da percorre as ruas do bairro.Mas não como antigamente: "Opercurso é rápido hoje, por causado trânsito", ressaltou dona An-tonina, para quem "os morado-res já não sao tão apegados aosanto".

GraçasOutra moradora, Carmen

Nobre, há 20 anos no bairro, tam-bém lembra da época em que oarraial era montado, com comi-das típicas e tudo o mais que se ti-nha direito. Carmen sempre par-ticipou da festividade e ainda émuito ligada a ela. "É uma festamuito bonita, dá muita gentemesmo", comentou. Para ela, osmoradores do bairro são muito li-gados a São Sebastião e sua festa,

fotos: Miro Jotcrm

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São Sebastião é cultuado com fervor na Sacramenta

João Nobre: novenas Antônia Mota: mais vida

principalmente os que fazem par-te das novenas. "A fé dos mora-dores a cada ano cresce mais",analisou Carmen, salientandoque durante a festa eles aprovei-tam para pedir ao santo "tudoquanto é tipo de graça".

O morador João Nobre disseque as novenas são uma parte-muito importante da festa de SãoSebastião. Funcionam como mo-

mentos de reflexão dos morado-res, "com enfoque na realidadeem que vivem". Para ajudar nes-se trabalho, a equipe da pastoralda Igreja elabora um livreto dereflexão, distribuído entre os mo-radores. Segundo ele, outra mar-ca tradicional da festa é a reali-zação da crisma dos moradores,cuja preparação começa no dia 2de janeiro e vai até o dia 16.

Reflexões vão reunir comunidade-Já está definida a programação

das festividades em homenagem aSão Sebastião, padroeiro da Sacra-menta. A programação, que começano próximo dia 15, foi organizada pe-los agentes pastorais da Igreja deSão Sebastião, localizada na avenidaSenador Lemos, s/n, esquina com atravessa Alferes Costa.

Segundo a agente pastoral Mari-selma Barbosa Fernandes, 20 anosde idade, todos os anos um tema éescolhido para ser debatido entre osparticipantes do movimento comu-nitário da Sacramenta, durante arealização das festividades. O temado ano que vem é "Comunidade: onovo jeito da Igreja ser", que teráquatro sub-temas para serem deba-tidos nos dias 15,16,17, 18 e 19 de ja-neiro. "As comunidades vão discutirassuntos como 'A Palavra de Deus','Serviços e Ministérios', 'Partilha','Lutas da Comunidade' e 'Penitên-cia'. Esperamos que todos partici-pem", disse Mariselma.

Programa

De acordo com a programação,as festividades começam no dia 15,às 19h30, na Igreja de São Sebastião,com celebração de missa. Em segui-da, os participantes do culto, vão dis-

cutir junto com um representante doInstituto Pastoral Regional (Ipar), osub-tema "Palavra de Deus". Já nodia 16, o sub-tema "Serviços e Minis-térios" será discutido por dez Comu-nidades Eclesiais de Base (CEBs)da Sacramenta, onde os participan-tes vão analisar a atuação de cadacatequista e coordenadores dos mo-vimentos da comunidade. Dia 17, o

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Mariselma Fernandes: debate

sub-tema "Partilha" será coordena-do pelo padre Luís, também repre-sentante do Ipar.

No dia 18, as lutas e necessida-des de três áreas carentes do bairroda Sacramenta serão discutidas pe-los líderes comunitários. Nessas trêsáreas, a maioria das famílias é deinvasores e luta por conseguir o títu-Io de propriedade dos terrenos. O úl-timo sub-tema, "Penitência", serácoordenado pelos padres Fransciscoe Tiago, da Igreja de São Sebastião.No último dia das festividades, 20, aprogramação começa com a ceie-bração de duas missas. A primeiraàs 6hl5 e a segunda às 8 horas. No fi-nal da tarde, os fiéis saem em pro-cissão pelas principais ruas do bair-ro, levando a imagem de São Sebas-tião. A romaria começa na avenidaSenador Lemos, segue pela travessaAlferes Costa e contorna à praçaEduardo Angelim, com retorno pelapassagem São Sebastião. Depois daprocissão, às 19 horas, dom Zico, bis-po auxiliar de Belém, celebra missasolene na Igreja de São Sebastião.Terminada a missa, os fiéis partici-pam de um jantar com pratos à basede carne e camarão. Cada cartão do"Jantar da Comunidade" custaNCz$80,0Ü e pode ser adquirido naprópria paróquia. - - Na década de 50, foi construída a Igreja em alvenaria

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Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989 Jornal dos Bairrosl. .. .Ui> i,:.»-:. ?. a.'.. ,*?.:.it. ,:,A*^--. ...V ¦—l-*^--

QLIBERAL 5

Presépio mostrarácomo vive o povo

mais pobre nasperiferias do país

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O presépio daPedreira, um dosmais conhecidosde Belém, estásendo montadopela comunidade

Há

mais de 20 anosuma tradição se repe-te no bairro da Pe-dreira: é o presépioda Igreja de Nossa Senhora

Aparecida, localizada na ave-nida Pedro Miranda, que estáquase montado. Como sem-pre, a temática do presépioaborda as questões sociais doBrasil. Um grupo formadopor dez pessoas da paróquiaestá montando o presépio des-te ano, com o tema "O povoque caminhava nas trevas viua grande luz", uma citação doprofeta Isaías.

Todo o trabalho de mon-tagem deve estar concluídoamanhã de manhã. Nesteano, o presépio será montadoao lado do altar-mor, numpainel com 3,5 x 2,5 metros,

feito de papel -jornal e pape-lão, onde será pintado umgrande mapa com os paísesda América Latina. Sobre omapa ficarão pequenos boné-cos de plástico vestidos deoperários e camponeses ca-minhando sobre o desenho doterritório brasileiro em dire-ção à região amazônica, ondevão ficar as tradicionais figu-

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Pessoas da comunidade da Pedreira trabalham na montagem do presépio

Padre João: contexto

ras do Menino Jesus, Maria eJosé.

PalafitaNesse presépio, o nasci-

mento de Jesus Cristo é re-

Íiresentado dentro de uma pa-

afita. No painel, também vãoconstar dados estatísticos le-vantados pelo Centro Pasto-rai Vergueiro,- do Estado deSão Paulo, sobre os proble-mas sociais do Brasil. Deacordo com esse levantamen-to, o país tem hoje 12 milhõesde desempregados, 25 mi-lhões de menores abandona-dos e 40 milhões de

analfabetos."Nosso presépio vai ex-pressar a grande mensagemde Jesus Cristo para os po-bres, que juntos, com a men-sagem de Deus, devem cons-truir uma nova sociedade.Uma sociedade de justiça. Aessência do presépio é o con-texto sócio-político em que vi-ve o povo empobrecido doBrasil", disse o padre João,vigário da paróquia de NossaSenhora Aparecida.

Entre as pessoas que par-ticipam do trabalho de mon-tagem do .presépio neste ano

estão Aldecy Pereira, coorde-nador das Comunidades Ecle-siais de Base da Pedreira,Myrian Carvalho, coordena-dora da Catequese, MarildaMacedo, coordenadora doMovimento de Crianças daPedreira, e Adamor Mar-quês, secretárip da pastoral.Aldecy acredita que apesar"dos muitos problemas so-ciais, nem tudo está perdidopara o povo oprimido do Bra-sil e da América Latina, queainda podem encontrar a es-perança nas palavras de Je-sus Cristo".

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6 O LIBERAL Jornal dos Bairros Belém, quinta-feira. 21 de dezembro de 1989Foto»; Paula Sampaio "~~~"-^——————¦ .—_—_—_^„ —

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0$ Idosos também são contemplados pelo programa da Fbesp Para tirar os meninos e meninas das ruas, a Fbesp apoia creches e escolas

Em 1990, menor será mais protegidoio já chegou ao fim. Está na Hora \_mr ~~Z ^ *_:__ j- »_.<, „. ~~ _ . ._ ^¦*O ano já chegou ao fim. Está na Hora

de fazer um balanço do que foi 1989 e pen-sar nos objetivos a serem alcançados em1990. O Jornal dos Bairros ouviu de Sulei-ma Fraiha Pegado, diretora executiva me-tropolitana da Fundação do Bem Estar So-ciai do Pará (Fbesp), os principais progra-mas desenvolvidos pela fundação ao longodeste ano. A Fbesp conta hoje, somente naRegião Metropolitana de Belém, com 28unidades operacionais e 12 frentes de tra-balho, divididas em creches, centros deapoio à família, centros sociais, atendi-mento pré-escolar, centros de menores, ai-bergue, serviço de adoção e atendimento àgestante, centro esportivo e recreativo ecasas de permanência, além de plantõesde serviço social em unidades policiais es-pecializadas. Nessas unidades, espalhadasem quase todos os bairros de belém, sãoatendidas crianças e adolescentes de zeroa 17 anos e idosos, em regime aberto ou depermanência (internato). "Neste anoprestamos atendimento á aproximada-mente 14 mil menores e cerca de 3 mil ido-sos", contou Suleima.

Através da metodologia produtiva eparticipativa rentável na medida do possi-vel, que vem sendo desenvolvida desde ofinal de 1987, quando tomou posse a novadiretoria, a Fbesp tem trabalhado em di-versos grupos de produção. São grupos demarcenaria, fábrica de móveis, fábrica emontadora de vassouras, fábrica de pico-lé, padaria, brinquedos pedagógicos, gru-pos de artesanato em geral como redes,macramê, crochê, pintura, bichos de pelú-cia, perfumes, sisal, doces, lanches casei-ros e outros. "Nesses grupos de produçãotudo é discutido com a população atendida,desde a viabilidade econômica do que éproduzido até a sua colocação no merca-do", destacou Suleima. Dessa comerciali-zação, que pode ser feita em postos, narua, na barraca da praça da República ouatravés de representantes, os menorestambém participam. "Os menores atuamcomo vendedores de picolé ou atendem nabarraca da praça, na Feira dos Municípios— quando tem —, nos arraiais e até mes-mo nas unidades da Fbesp", contou a dire-tora executiva.

Contribuir"Sabemos que as crianças estão narua porque precisam contribuir com o or-

çamento familiar e essa metodologia veiopermitir que elas aprendam uma ativida-de, ganhando seu próprio dinheiro", argu-mentou Suleima. Ela disse que "grandeparte dos menores atendidos pela funda-ção não teve acesso ao ensino formal, nãoconseguiu um lugar na escola e por isso,nos três centros de atendimento do menor'é desenvolvido o projeto da "Escola Aber-ta", que funciona através de um convêniocom a Secretaria de Estado de Educação(Seduc), baseada no método Paulo Freirede alfabetização. "A criança aprende as li-ções de acordo com seu cotidiano, semprecolocando questões reais, que elas viven-

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Suleima Pegado: produçãociam", destacou a diretora.

O atendimento da Fbesp é feito parameninos de rua, creches, pré-escola,casas-lar, crianças abandonadas, deficien-tes, menores infratores e idosos. As unida-des da Fundação estão distribuídas emAnanindeua, Marituba, Icoaraci, SãoBraz, Tucunduba, Coqueiro, Bengui, Saté-lite, Marambaia, Val-de-Cães, Cidade Ve-lha, Comércio, Jurunas, Guamá, Crema-ção, Pedreira, Fátima, Barreiro, Sacra-menta e Ceasa. "Fazemos ainda um traba-lho permanente de abordagem de menoresnas áreas de concentração deles, como a

feira do Açaí, Ver-O-Peso, Terminal Rodo-viário, praça da República, Ceasa e feirada Tavares Bastos, para que os técnicostenham contato com as crianças e adoles-centes", informou Suleima. Esse trabalho,noturno, visa o conhecimento da históriado menor e informá-lo sobre o trabalho daFbesp, convidando-p a freqüentar as uni-dades. "Apresentamos

para os menores asopções que a fundação oferece, além deservir lanche para eles na praça da Repú-blica, feira do Açaí e Terminal Rodovia-rio", destacou Suleima.

TrabalhosA diretora executiva destacou, entre

os trabalhos desenvolvidos pela Fundação,aqueles que considerou os mais importan-tes. "O trabalho mais importante foi aãuestão

do movimento para aprovação doIstatuto da Criança e do Adolescente, quevai substituir o atual Código de Menores",disse Suleima. "Esse movimento foi a ní-vel nacional mas no Pará sua expressãofoi tão grande que mereceu destaque nosnoticiários nacionais", contou. O estatutopermitirá a regulamentação dos direitosconquistados pelos menores após a pro-mulgação da nova Constituição. "Foi umaquestão discutida com os menores, princi-palmente no ponto em que eles passam aser sujeitos do Direito", comentou a dire-tora. "Ao lado disso, os próprios técnicosda Fbesp participaram de seminários ecursos, visando a instrumentalização e re-ciclagem profissional, para um melhor de-sempenho da fundação", acrescentou ela

A Fbesp, enquanto instituição, tam-bém trabalhou junto à Constituinte Esta-dual, para ver aprovada a criação do Con-selho Estadual de Defesa dos Direitos daCriança e do Adolescente. "Essa foi a nos-sa conquista mais importante na Consti-tuinte", destacou Suleima. A diretora co-

mentou ainda, com destaque, a transfor-mação das creches domiciliares em comu-nitárias, através de um convênio com aFederação Metropolitana de Centros Co-munitários. "Teremos a melhoria da qua-lidcde do atendimento e a co-gestão entrea sociedade civil organizada e a Fbesp,ambos trabalhando pelo mesmo fim", fri-sou a diretora."Alerta-Criança"

Na área de melhoria do atendimento,outra grande realização foi a recuperaçãodo espaço físico de 20 unidades de atendi-mento à comunidade. "As unidades foramrecuperadas totalmente e além disso ad-quirimos um imóvel no Satélite; uma chá-cara, onde foi instalada a Casa da MeninaInfratora", contou Suleima Pegado. Tudoisso permitiu que durante 1989 fossematendidos 14 mil menores, contra 12.500 doano anterior.

Para 1990, a meta da fundação é aten-der cerca de 28 mil crianças, adolescentese idosos, beneficiando aproximadamente15 mil famílias. "Para esse atendimento,dependeremos não apenas de recursos es-taduais mas também de verbas federais",informou Suleima. A diretora contou aindaque a Fbesp pretende implantar o "Alerta-Criança", um programa já desenvolvidoem São Paulo e Minas Gerais, que consisteem um número de telefone especial paracomunicar qualquer situação de risco emaus tratos a crianças, desde menoresperdidos até violência e rapto. Esse nume-ro será instalado em uma das unidades efuncionará com plantão de 24 horas. "Jáexiste negociação de verbas para implan-tação com os recursos vindos do Estado eda Federação e pretendemos, ainda, am-pliar o número de atividades produtivas aserem oferecidas para os menores", com-pletou Suleima.

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A Fundação do Bem-Estar Social do Pará (Fbesp) desenvolve atividades em toda Belém

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Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989Foloi: Mim jolüne

Jornal dos Bairro. OLIBERAL 7

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O Galpão foi fechado após reclamações dot moradores

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Fim de 89, esperançasde um ano bem melhorÁ transição de ura ano pa-ra outro sempre traz esperan-

ças, mesmo para os mais des-crentes. Quem não acreditaque em 1990 as coisas serãodiferentes, tanto na vida pes-soai como na comunitária ouem termos mais amplos? Nãoé à toa que o símbolo do Natalé um velhinho bondoso queconcretiza até sonhos impôs-síveis. Quem sabe se o bairrodo Telégrafo, no novo ano,não terá um trânsito organi-zado, com sinalização perfei-ta; um posto médico comple-to, com maternidade; e umtrabalho de saneamento quenão permitirá maisalagamentos.

Esses são os sonhos de ai-guns moradores do bairro. Oestudante Jocemo Lima dosSantos revelou com satisfa-ção: "O que melhor aconte-ceu no bairro foi o fechamen-to das duas sedes de clubes,Galpão e Casarão, que esta-vám instaladas do lado de mi-nha casa, na avenida SenadorLemos". Isso, conforme eleconta, após a realização de

Na avenida Senador Lemos, o trânsito caótico ê uma preocupação Delze Cruz: semáforo

um abaixo-assinado.Apenas um semáforoO sistema de transportes

coletivos quase nada deixa adesejar, em termos de quanti-dade. "Quase todos os ônibusque circulam na cidade pas-sam por aqui. Não temos ne-nhum problema quanto a is-so", disse Jocemo. A morado-ra Deise Cruz sonha com umsemáforo na frente da EscolaEstadual de Io Grau Profes-sor Alves Maia. "Eu gostariaque fosse instalado antes dopróximo período letivo. Só is-so evitaria os acidentes. Nãosão poucas as crianças que fo-ram batidas por carros nessarua", advertiu. A escola ficana avenida Senador Lemos.

Algumas pessoas têmvontade de acabar com osalagamentos num passe demágica. Acordar no dia 25 eencontrar todas as ruas dobairro saneadas e com tubu-lação de esgotos é um presen-te que a doméstica Maria Jo-sé queria para seu bairro. "Amaioria das travessas aindaalagam, em tempos de chu-vas vivemos na água, feito sa-pos", comparou. Outro sonhoque ela acalenta, mas menosurgente, é a construção demais escolas. "Muitas crian-ças ficam o ano inteiro foradas escolas", justificou. Oque Maria não exigiria do Pa-pai Noel seria mais linhas deônibus para o Telégrafo."Quase todas passam poraqui", confirmou.

Viagem sossegadaUmal-oa limpeza nas fei-

ras e ruas é um desejo fácil desatisfazer, mas para a do-mestiça Raimunda Silva issose constitui um presente deNatal. "As feiras estão toma-das de lixo, algumas ruas sãofeias por causa da sujeira",obèervou. Elogios mesmo sópara o sistema de transpor-

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Dllma Marta: sem filas

tes, que não exige duas con-duções para se chegar aocentro.

Presente para a tambémdoméstica Dilma Marta seriao desaparecimento das filasdo Inamps. Em 1990, a cons-trução de um posto de saúdeno Telégrafo significaria arealização de um sonho porenquanto considerado impôs-sível. "Quando há greve fica-mos sem saber a quem recor-rer, é um sufoco. O bairroprecisa de um posto de saú-de", pediu.

O sonho do estudante Al-berto Bastos é entrar numônibus que tenha motoristapaciente e responsável, co-brador educado e assentoslimpos. Esse hipotético ôni-bus deveria andar com poucavelocidade, respeitar os si-nais de trânsito e parar paraos idosos. Um ônibus assimpoderia levá-lo a qualquerponto da cidade, sem preocu-pação. "Muitos ônibus pas-sam pelo bairro, mas nem to-dos prestam", criticou.

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Jocemo Santos: barulho No período letivo, as crianças atravessam a rua com riscos de atropelamentos

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As casas ameaçam desabar com a chegada das chuvas mais fortes dessa época do ano

Moradores fogem com aaproximação do invernoDiversas famílias instaladas

na travessa Itororo, entre a ruaNova e a Antônio Everdosa, naPedreira, estão abandonandosuas casas em troca de um localmais seguro para passarem o in-verno. Elas temem que as casasdesabem devido às condições emque se encontram. Na vila Rosa,situada na passagem E, três ca-sas já estão vazias. Uma delas es-tá na iminência de cair. Outrosmoradores, que não têm condi-ções de sair da área, pedem àPrefeitura Municipal de Belém(PMB) que tome providênciasurgentes, a fim de amenizar oproblema. Eles querem a limpe-za das valas, a reconstrução dasestivas e se possível oaterramento.

Todo esse trecho, que fica noslimites dos bairros da Pedreira eSacramenta, é considerado cri ti-co. O morador Antônio Vasconce-los, residente há 20 anos na pas-sagem E, acredita que para arealização do serviço de sanea-mento e colocação tubos de esgo-tos seja necessária a drenagemdo canal da Pirajá. "Os técnicosda Prefeitura disseram que nadaserá feito sem a drenagem do ca-nal", lembrou.

Operação Inverno?Selma Castro, moradora da

Itororo há 19 anos, recordou quetempos atrás toda a travessa eraaterrada. "Depois que começa-ram a realizar trabalhos nas ruaspróximas, a Itororo inundou no-vãmente", contou. Atualmenteessa travessa é considerada umadas mais problemáticas do bair-ro. Selma reclamou que os servi-ços de capinação de ruas e reparode pontes não é feito há algunsanos. As valas estão completa-

Selma Castro: inundação

mente entupidas, o que provocaalagamentos sérios nesse trecho.

As casas, em sua maioria, fo-ram construídas em cimad'água, formando vilas que che-gam a comportar até 15 quartos.Geralmente tem apenas doiscompartimentos em madeira, on-de moram mais de cinco pessoas.Os aluguéis variam entre NCz$30,00 e NCz$ 50,00 e são muito bai-xos, se comparados com os pre-ços cobrados em outros pontos dacidade. Maria Irailde, residentenum desses quartos, contou quepaga NCz$ 50,00 mensais, tirandoo consumo de água e energia. Pa-ra ela, o pior de tudo é ter de en-frentar os alagamentos. "Eu pre-tendo me mudar, mas ainda nãosei para onde", declarou.

Essa moradora recordou queo inverno passado arrasou mui-tas casas. Conforme disse, a águaempoçada provoca o apodreci-mento da madeira, deixando ascasas sem sustentação. "As pes-soas estão mudando porque nãosuportam mais esse problema",justificou. Outra dificuldadeapontada se refere às estivas:"Não está sendo feito nenhumtrabalho nas ruas para a chegadado inverno", afirmou amoradora.

Obras são necessáriaspara enfrentar chuvas

O aterro colocado pela Pre-feitura Municipal de Belém(PMB), na Itororo, entre AntônioEverdosa e Pedro Miranda, nãoagradou a alguns moradores. Osaneamento, que é consideradomuito mais necessário, não foirealizado. Temendo as possíveisinundações, com os prenúnciosde inverno forte, algumas fami-lias reivindicam trabalhos delimpeza de valas, para evitar aentrada da água em suas casas.Outras consideram a colocaçãode piçarra um bom trabalho emalguns trechos, mas dizem queprovocará a inundação completadas áreas mais baixas.

Rosa Maria Corrêa, comer-ciante há 12 anos na Itororo, achaque antes de tudo devem ser fei-tas obras no canal da Pirajá, pro-vidência que secaria toda a Horo-

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Rosa Maria Corrêa: canal

ró. "O aterramento de algumaspassagens só prejudicou a traves-sa, que ficou completamenteinundada", criticou.

Casas destruídasPara a doméstica Maria

Eduarda Pinheiro, residente hácinco anos na Itororo, o aterronão adiantou muito. "Estou mepreparando para mudar, pois te-nho medo que a minha casa caia.No último inverno essa área todafoi para o fundo. Eu gostaria quea Prefeitura e a reportagem viés-sem aqui durante as chuvas paraver como ficam as casas", pediu.

O morador Arquino Nonatode Souza afirmou que o aterrotem provocado novas enchentes."Na Itororo, esquina com a Antô-nio Everdosa, a situação das ca-sas piorou bastante. Eu estou co-locando uns esteios para levantarminha taberna e construindo umdepósito", disse.

InundaçãoPara Ivone Tavares, residen-

te há sete anos na Itororo, o ater-ro não trouxe muitos benefícios."As áreas mais baixas ficaraminundadas e não existem tubos deesgoto para a água escorrer. Ascasas todas ficam cercadas deágua e as famílias estão se mu-dando para evitar problemas",confirmou."Na Antônio Everdosa, oaterro melhorou bastante a rua",considerou o morador Carlos Mi-randa, há dois anos na Itororo."Os buracos foram fechados, po-ças d'água desapareceram, sófalta agora a capinação de algu-mas áreas, principalmente nafrente das casas".

Coleta de lixo deixamuito a desejar na "E"

A passagem E, entre Pe-rebebuí e Itororo, precisa ur-gentemente de saneamento ereconstrução de estivas. Osmoradores acreditam que se-ria possível a colocação deaterro independentemente dadrenagem do canal da Pirajá.A maioria das casas está de-teriorada, o que provoca o te-mor de desabamentos. Nãofaltam insetos e ratos, cuioaparecimento é provocadopela quantidade de lixo joga-da na água empoçada.

Devido às estivas, o carrocoletor não passa nessa área.

Em toda a rua o lixo fica ex-posto na vala, provocando aproliferação de animais noci-vos a saúde. A moradora Ma-ria Benedita Costa Almeidaalertou para as condições emque se encontram as pontes.

Muitas crianças já caíramnos buracos". Essa situaçãofica mais grave à noite, porcausa da iluminação fraca.As casas alagam com qual-quer chuvinha. O moradorRoberto Pimenta disse que,para piorar a situação, o ater-ro colocado em outras traves-sas provocou a completainundação da passagem.

Intensificação

das rondas do Patrulhamento TáticoMetropolitano (Patam) no bairro de Val-de-Cães,principalmente na área da comunidade Santos Du-mont, foi o que prometeu o major Roberto da Rocha

Kós, sub-chefe interino do Estado Maior do Comando doPoliciamento da Capital da Policia Militar, respondendoàs queixas dos moradores daquele bairro quanto à segu-rança, publicadas no Plantão nos Bairros da edição de n°584 do Jornal dos Bairros.

Alguns moradores relataram até casos de violênciasexual contra mulheres e criticaram o abandono a que foirelegado o Complexo Esportivo da Praça Dom Mário Vil-Ias Boas, contando que aquele logradouro é agora o paraí-so dos vândalos e pivetes. O major Roberto Kós disse quealém de mais rondas a PM pretende desenvolver naquelebairro um projeto de policiamento fixo e que só estáaguardando, para isso, o aumento de seu quadro depessoal.

Recuperar em janeiroSobre o estado da praça, lamentado por todos os mo-radores entrevistados, o secretário municipal de Sanea-

mento, Wady Homci, lembrou que anteriormente haviaum acordo entre a Prefeitura e as comunidades de Val-de-Cães para a: manutenção dai praça) Os recursos para a

"Plantão nos Bairros" respondeconservação poderiam ser obtidos através do aluguel dasquadras de esportes. Como o sistema não funcionou, con-forme o secretário, a administração da praça voltou paraas mãos da Sesan, que começará as obras de recuperaçãodo complexo em janeiro próximo.

Com relação ao saneamento na comunidade SantosDumont, invadida pelo lixo depositado pelos próprios mo-radores, que improvisam depósitos e até conseguiram aformação de um enorme buraco, agora utilizado como li-xeira coletiva, Wadylamentou a ação negativa da popula-ção local. Explicou gue atualmente a Sesan trabalha comrejeitos (restos de limpeza de ruas etc), para atender asáreas atendidas por estivas. A área da comunidade SantosDumont é tida pela secretaria como de difícil acesso por-que fica bem perto do canal de São Joaquim.

Telefone comunitárioA Telepará, segundo Osmar Raniere, técnico respon-

sável pela Unidade de Telefones Públicos, pretende insta-lar um telefone comunitário na área da Santos Dumont.Quer também colocar, dois. telefones públicos naquela .

área e para isso mandaria, no último dia 15, uma equipetécnica para estudar as possibilidades de implantação.Osmar repondeu assim à reivindicação dos moradores deinstalação de pelo menos um telefone público nacomunidade.

A solicitação de padronização de barracas, feita peloscomerciantes de uma feira livre surgida na passagem dosAnjos, Cairo Parente de Andrade Júnior, diretor do De-partamento de Feiras, Mercados e Portos, afirmou quemandou uma equipe ao local para verificar a situação dafeira e soube que apenas nove barracas estão funcionan-do. As demais estariam ociosas. Disse Cairo que aqueledepartamento convidou os feirantes da passagem dos An-jos a trabalharem no Complexo do Providência, o que foirecusado por eles, sob a alegação de que o complexo émuito distante de suas casas. O diretor afirmou que diantedesse quadro as providências só poderiam ser adotadas amédio prazo, até porque os feirantes ocupam um terrenoparticular. Por. enquanto, «les continuarão no mesmo lu-gar. já; que não estão prejudicando ninguém. . i.: < , .

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TRE deveencerrar

.hoje apuraçãono Pará

Página 2

O LIBERALBelém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989

Lula querdefinir

estratégiade oposição

Página 3

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Repercute nopaís a cartade Roberto

v Marinhopágina 4

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'Pega-ladrão* abre novoSrasília (AE) — Os primeiros dias I ,.lT-_ r. ~tc wTi ^.y-i-í. iiõ ¦¦¦ BOSCOBrasflia (AE) — Os primeiros

de governo do presidente eleito Fernando Collor de Mello prometem sacudir anação com medidas de impacto. Ele queracabar com as mordomias, como resi-déncias e carros, instalar a "operaçãopega-ladrão" e fazer a reforma adminis-trativa. Logo no dia seguinte à posse oDiário Oficial publicará a reforma deta-lhadamente, informou ontem o assessorde imprensa de Collor, Cláudio Humber-to Rosa e Silva.

O governo José Sarney será o seu ai-vo principal. Fernando Collor vai solici-tar ao Congresso a reabertura da CPI dacorrupção contra o'presidente, arquiva-da no ano passado pelo deputado Inocên-cio Oliveira (PFLPE), quando assumiua Presidência da Câmara dos deputados.Além disso, Collor prometeu reverter to-das as concorrências públicas promovi-das nos cinco anos de mandato do atualpresidente, entre elas a da FerroriaNorte-Sul.

O presidente eleito certamente nãoirá paralisar as obras da ferrovia. Duran-te a sua campanha pelos Estados que se-rão beneficiados pela ferrovia —Maranhão, Tocantins e Goiás — o entãocandidato Collor prometeu concluir aconstrução, se fosse eleito, apesar da con-corrência para a obra ter se transforma-do em escândalo nacional; o vencedoí daconcorrência foi conhecido antes de aspropostas serem abertas. "Os envolvidosna fraude irão para a cadeia", garantiuCláudio Humberto.

A "operação pega-ladrão" pretendevarrer todos os corruptos do governo e pu-nir os que já o deixaram. "Ninguém po-de dar atestado de poribidade a SauloRamos (ministro da Justiça) e Jorge Mu-rad (ex-genro e ex-secretário particularde Sarney)" ironizou Cláudio. O presiden-te eleito pretende começar a limpeza pe-Ia apuração das denúncias contra ogoverno Sarney, que ele entregou ao ex-ministro da Justiça, Oscar Dias Corrêa.

O assessor de imprensa informou queCollor vai jogar o seu peso político parareabrir todos os processos arquivados. Afrente da "operação pega-ladrão", que fi-cará subordinada a Procuradoria Geralda República, o presidente eleito coloca-rá uma "pessoa conhecida pela proibida-de". Um dos nomes cogitados é o doex-redator da Constituinte, deputado Ber-nardo Cabral.

Os ministros escolhidos por Collornão terão as mesmas mordomias dosatuais. Hoje, eles moram confortavelmen-te em mansões no setor nobre da cidade,o Lago Sul, e têm a sua disposição carr-ros oficiais. Tudo isso acaba, segundoCláudio Humberto. Os funcionários co-missionados que ocupam cargos de con-fiança também serão despejados. Collorpretende vender todos os imóveis funcio-nais. Os servidores públicos de carreiraserão privilegiados na compra, mas opreço será de mercado.

Para acabar com ás mordomias, opróprio Collor decidiu não morar na re-sidência oficial do presidente da Repúbli-ca, o Palácio da Alvorada, ficaráreservado para hospedar visitantes ilus-três. Collor vai continuar na sua mansãono Largo Norte e manter os mesmos em-pregados que hoje trabalham para ele,pagando ainda a alimentação de todos."Collor sabe que isto não representa amaeconomia substancial, mas é um sinal deausteridade que o credencia a tomar me-didas duras", afirma Cláudio Humberto."Collor promete acabar com o SNI etodos os cartórios como Embratur, IAAe IBC", avisa o assessor.

A reforma administrativa do presi-dente eleito Fernando Collor de Mello —que prevê a extinção de cerca de 10 mi-

governoINFLAÇÃO VAI DEFÍiVJ.iZ,DATA "PA WS$£>.. Vil |1 | J 1| |Pp

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nistérios — implicará em redução do nú-mero de funcionários públicos daadministração direta, através de aposen-tadorias antecipadas, incentivo à demis-são, com o pagamento de indenização, oudisponibilidade do servidor. Estas medi-das poderão atingir a 130 mil funcio-nários.

As possibilidades, segundo o porta-voz do novo presidente, Cláudio Humber-to Rosa e Silva, começarão a ser detalha-das pela assessoria de Collor. Todas astrês fórmulas já foram tentadas peloatual governo. Em 1988, o presidente Jo-sé Sarney desistiu da impantação delas,porque os ministros da área econômicadetectaram um impacto grande nas con-tas do Tesouro com o pagamento de in-denizações dos que deixarem o governoe dos encargos sociais que continuariamsendo devidos mesmos com o servidor"em disponibilidade", sem trabalhar, masrecebendo parte do salário.

SNIBrasília (AG) — Quem quiser conhe-

cer sua ficha no Serviço Nacional de In-formaçiões, sem necessidade de impetrarum "habeas data", pode comparecer, apartir do dia 16 de março,"ao quarto an-dar do Palácio do Planalto. O dia seguin-te à posse do novo presidente daRepública foi a data marcada por Fer-nando Collor de Mello para extinguir oSNI e permitir o acesso de todos às suasfichas antes que elas sejam incineradas— seu fim mais provável, segundo as-sessores.

— Quem quiser ver a ficha, é só ir láe pegar — informou ontem o assessor deimprensa de Collor, Cláudio HumbertoRosa e Silva.

Cumprindo uma promessa de cam-panha, Collor de Mello pretende acabarcom o SNI através de um projeto de leia ser publicado no Diário Oficial do dia16 de março e encaminhado imediata-mente ao Congresso. Enquanto o Con-gresso não aprovar as medidas — ou se,na pior das hipóteses, rejeitá-la —, o ór-gão será desativado, com a transferênciade sua estrutura e funcionários para ou-trás repartições.

EUA, Japão, México e Cubana rota do presidente eleito

Brasília (AE) — Até sexta-feirao presidente eleito Fernando Collorde Mello define se realmente Vai via-jar para o exterior antes de tomarposse. Segundo o assessor de impren-sa, Cláudio Humberto Rosa e Silva,Collor já recebeu vários convites dasembaixadas, sediadas em Brasília,para visitas a seus países, entre elasa da Itália, Canadá e Peru. O presi-dente da Argentina, Carlos Menem,que conversou por telefone com Col-lor 3?feira à noite, durante dez minu-tos, também convidou o presidenteeleito. Collor prometeu ir antes daposse.

O embaixador Marcos Coimbra,responsável pela agenda, já apresen-tou um roteiro para o presidente elei-to. Estão incluídos o Japão, Canadá,Estados Unidos, Alemanha Ociden-tal, México e Cuba, mas ainda depen-de de acertos de encontro com oschefes destas nações. Os critérios pa-ra a escolha das primeiras visitassão dois: parceiros comerciais empotencial e países com quais se pos-sa trocar experiências.

Nas viagens que fez ao exterior,ainda como candidato no primeiroturno, Collor queria também passarpelo Japão. Acabou não indo. Ele vi-sitou este país quando ainda não ti-nha se lançado candidato, no Natalde 87. Collor e assessores foram àChina a convite do governo e aprovei-taram para conhecer o país vizinho."O Japão pode ser um bom parceirodo Brasil", prevê Cláudio Humberto.Outro país que está na mira de Col-lor é a Alemanha Ocidental. "Eles

têm dinheiro para investir", lembrao assessor.

Dívida ExternaNa América Latina, além da Ar-

gentina, Collor quer ir ao México. Eleestá interessado em ver de perto o pro-grama de ajuste econômico do presi-dente Carlos Salinas. O México e oBrasil têm um problema em comum:,a dívida externa. Na campanha eleito-ral, Collor não atendeu ao chamado daschancelarias dos Estados Unidos, Ja-pão, Alemanha, França, Itália, Ingla-terra e Canadá, que queriam conhecersuas posições sobre a política externado Brasil, alegando excesso de compro-missos.

Collor também não dialogou comos 12 países da comunidade econômi-ca européia, ao contrário dos demaiscandidatos, que participaram de almo-ços promovidos pela CCE em Brasília.As embaixadas da CCE preferiram nãocomentar, ontem, a eleição do cândida-to do PRN, embora tenham incluído oassunto na pauta de suas próximas reu-niões, em janeiro. A embaixada da Itá-lia, que será a coordenadora darepresentação da Comunidade Euro-péia em Brasília no primeiro semestre,pelo sistema de rodízio, esclareceu que"não haverá tomada de posição", apóstais reuniões.

As embaixadas da França, UniãoSoviética, Alemanha, Japão e Itáliadisseram ontem que os governos deseus países não vão manifestar-se ofi-cialmente acerca da eleição de Collor,pois seria uma ingerência em assuntointerno do Brasil. O máximo que aschancelerias poderão fazer, após a pro-clamação oficial dos resultados peloTSE é o envio de relegramas de felici-tações, como é de praxe.

Governadores articulam base de apoio

Nilo Coelho conseguiu a adesão de Newton Cardoso.

Belo Horizonte (AE) — Ogovernador da Bahia, NiloCoelho, emissário do presiden-te eleito Fernando Collor deMello, conseguiu ontem, emBelo Horizonte, a adesão do go-vernador de Minas, NewtonCardoso, ao futuro governo."Apoiar o governo é apoiar opaís", disse o governador mi-neiro, após conversar cerca deuma hora, no Palácio da Liber-dade, com seu colega da Ba-nia, que está tentando formarum bloco de governadores pa-ra dar sustentação política aonovo presidente.

Nilo Coelho, que já conver-sou sobre o assunto com o go-vernador de São Paulo, OresteQuércia, vai convidar hoje, noRecife, os governadores que fa-zem parte da área da Sudenepara integrarem o bloco. "De-vemos ter consciência de queo novo presidente precisa derespaldo", disse o governadorda Bahia, que não quer somen-te a adesão dos governadorespeemedebistas ao novo gover-no. Quer que o PMDB tambémcontribua, no Congresso Na-cional, com a tarefa de ajudarCollor de Mello.

Também em relação a es-te ponto Nilo Coelho conseguiu

o apoio do governador de Mi-nas. "O PMDB deve ser umpartido no governo e não do go-verno, devendo apoiar as suasmedidas", defende NewtonCardoso, que para alcançar es-te objetivo já começa a montaruma estratégia que possa ven-cer uma possível resistênciado Presidente do partido, depu-tado Ulysses Guimarães. Asua Intenção é colocar na Pre-sidência do PMDB o governa-dor Orestes Quércia.

Nos próximos dias, segun-do informou ontem o governa-dor Newton Cardoso, osgovernadores peemedebistasdeverão se reunir, em localainda a ser definido, exata-mente para discutir o futuro doPMDB. Nilo Coelho Conversou3Meira; em São Paulo, com odeputado Ulysses Guimarães,e disse que ele, em princípio,concorda com a idéia de ana-Usar os erros cometidos pelopartido e também em elaborarum novo programa.

Newton Cardoso não pare-ce, entretanto, muito animadocom o futuro de seu partido.Acha que o resultado das últi-mas eleições demonstrou queo eleitorado não quer mais o

PMDB e não descarta nemmesmo a possibilidade deabandonar a agremiação, ca-so ela comece a dar sinaismais evidentes de morte. "Nãoserei o último a fechar a por-ta", avisou o governador.

PTBBrasília (AE) — O líder do

PTB na Câmara, deputadoGastone Righi, afirmou ontemque seu partido tende a apoiarno Congresso o governo do pre-sidente eleito Fernando Collorde Mello. No segundo turno daeleição presidencial, o PTBanunciou publicamente seuapoio ao candidato do PRN."Dependendo das medidas queo novo governo pretende ado-tar, poderemos apoiá-lo", disseRighi.

Segundo Gastone, se forconvidado, o PTB poderá tem-bém vir a participar do gover-no, com a indicação de nomespara compor o primeiro e se-gundo escalões do próximo go-verno. Mas, tanto o eventualapoio parlamentar, como aparticipação no governo, de-pendem de uma conversa deGastone com o líder do PRN,Renan Calheiros, marcada pa-ra ontem à noite.

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iA apuração do TSE

Às 10h22minCollor 34.349.384 (42,71%)Lula 30.778.866 (38,27%)Brancos 965.548 (1,20%)Nulos 3.080.121 (3,83%)Abstenção 11.244.545 (13,98%)

Às Hh05minCollor 34.656.237 (42,74%)Lula 30.914.505 (38,13%)Brancos 974.487 (1,20%)Nulos 3.094.040 (3,82%)Abstenção 11.440.959 (14,11%)

Às 16h46minCollor 34.698.234 (42,74%)Lula 30.929.253 (38,10%)Brancos 978.021 (1,20%)Nulos 3.095.815 (3,81%)Abstenção 11.476.539 (14,4%)

Resultados finaisMinas Gerais

Collor 4.186.656 (44,38%)Lula 3.355.121 (35,52%)Brancos 129.446 (1,37%)Nulos 351.991 (3,73%)Abstenção 1.409.889 (14,95%)Tbtal 9.433.103

GoiásCollor 1.160.446 (52,75%)Lula 535.142 (24,33%)Brancos 20.526 (0,93%)Nulos 63.066 (2,87%)Abstenção... 420.785 (19,13%)Total 2.199.965

TocantinsCollor 227.029 (48,92%)Lula 62.576 (13,48%)Brancos 5.498 (1,18%)Nulos 9.128 (1,97%)Abstenção... 159.829 (34,44%)Eleitorado 464.060

AcreCollor 89.103 (48,74%)Lula 39.695 (21,72%)Brancos 2.065 (1,10%)Nulos 5.665 (3,10%)Abstenção 46.329 (25,34%)Eleitorado 182.797

Tribunal totaliza99,36% dos votos

Brasília (AE) — Dos mais de quatro mil e 300 municí-pios brasileiros, apenas 124 não conseguiram concluir a apu-ração dos votos da eleição de domingo. Tbdos estesmunicípios, que representam 0,64% dos 82.074.712 eleitoresdo país, estão nos Estados de Amazonas, Bahia e Pará etêm em comum um único problema, a chuva..

Este foi o quadro apresentado no último boletim oficialdo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgado ontem pe-lo porta-voz Irineu Tamanini. Os computadores do TSE jáapuraram 99,36% do total de votos, conferindo 34.872.379 aopresidente eleito Fernando Collor de Mello e outros 30.984.612ao candidato derrotado Luís Inácio Lula da Silva.

Para chegar até os TREs de cada Estado as urnas demuitas cidades do interior passam por verdadeiras provasde resistência. £ o caso das 34 urnas dos municípios baia-nos de Cocos e Feira da Mata, pertencentes a zona de Cari-nhanha. 0 carro que as transportavam acabou atolado naestrada e só foi retirado com a ajuda de trator, o que per-mitirá a contagem destes votos, em Salvador, a partir dehoje.

Problema semelhante aconteceu Jacaraci, também naBahia. No município de São Gabriel da Cachoeira o aviãoda Força Aérea Brasileira (FAB) deslocado para a regiãocom a tarefa de retirar as urnas retidas pela chuva acabounão conseguindo decolar. Teve problemas mecânicos. Coma solução dos incidentes causados pela chuva o TSE acre-dita que ainda hoje consiga totalizar cem por cento dosvotos.

Proclamação e diplomaçãojá com as datas marcadas

Brasília (AE) — Com o fim da apuração e totalizaçãodos resultados da eleição presidencial ontem à noite, o Tri-bunal Superior Eleitoral (TSE) começa hoje os preparati-vos para a proclamação e diplomação do novo presidenteeleito. As duas cerimônias já estão marcadas para quintae sexta-feira da semana que vem.

Mantendo a austeridade que marcou os trabalhos daJustiça Eleitoral durante os dois turnos da eleição presi-dencial, o presidente do TSE, ministro Francisco Rezek, de-cidiu realizar as duas cerimônias no próprio plenário doTribunal. A proclamação será às 18 horas de quinta-feira,dia 29, e a diplomação já está marcada para às 11 horas damanhã de sexta-feira, dia 30.

Devido ao tamanho do Plenário do TSE, que tem capa-cidade para apenas 60 pessoas sentadas, as cerimônias sópoderão ser assistidas por jornalistas credenciados e au-toridades convidadas da Justiça Eleitoral e do novo presi-dente eleito. Para evitar tumulto, as cerimônias serãotransmitidas diretamente pela Radiobrás, que será a uni-ca emissora com câmaras instaladas dentro do plenário doTribunal. Esse mesmo esquema já foi montado com sucesso.pelo porta-voz Irineu Tamanini na proclamação do resul-tado oficial do primeiro turno.

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2 ELEIÇÃO 89 O LIBÇRAL Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989

Apuração no Pará deve terminar hoje|SgíjCgjjg_fig

Os colloridos34 milhões

Carlos Pinto de Almeida

Fomos 21 milhões, hoje somos 34 mi-lhões de collorídos brasileiros, coloridosde verde, amarelo, azul e branco, as co-res da nossa bandeira, que constitui osímbolo do partido de Fernando Collor •de Mello, o poder jovem que chega aoPlanalto. O nosso partido, o PRN — Par-tido da Reconstrução Nacional é umarealidade viva, evidente, indigesta, diff-cil de ser engolida e digerida, não é enem nunca foi nenhum sapo barbudo ousem barba, é a realidade do "povão",com sua proposta social-democrata, dohomem, da mulher, do jovem, do eleitorcansado de ser traído e enganado, queelege os "figurões", serve de escada pa-ra eles, manda-os para ocuparem cargose posições, para representá-los, e é mi-seravelmente traído por esses figurõesque logo se transformam em "figuri-ríhas", quando vão para as mordomias eas tentações do Planalto brasiliense ouficam no bem bom dos Estados mesmo,lenho assistido estarrecido âs entrevis-tas que essas criaturas têm concedido àmídia, principalmente os que pertencema partidos que foram fragorosamentederrotados pelo "povão" tanto os nossos34 milhões, quanto os 30 milhões petis-tas, eleitores que não têm mais "cabres-to" e são conscientes de seu papel daquipara a frente. Os ares doutorais adota-dos são até risíveis, quando declaram decima de sua inveja, de seu despeito e desua venenosa vaidade ferida, que o PRNnão existe! Como — pergunto eu? Comonão existe?... Se o partido não existisse,por que mais de 34 milhões de eleitoresvotaram em seu candidato — o novo pre-sidente Fernando Collor de Mello?... Por-que? — E eu respondo a essescavalheiros: — Por que não acreditamosmais neles, não lhes damos mais crédi-to de confiança, e brevemente eles vãosumir do "mapa" no mais melancólicoostracismo.

As eleições para a renovação dosmandatos de deputados e de um terçodos senadores são em 1990, e o novo pre-sidente Collor certamente estabelecerábases políticas para obter a sustentaçãopara o seu governo de reconstrução na-cional. Vamos retirar da cena da ativi-dade politicatásas "figurinhas" e elegerhomens e mulheres idealistas, honestos,incorruptíveis, limpos e que desejem le-var o Brasil aos seus verdadeiros desti-nos. Enquanto essas "velhas raposaspolíticas estiverem entocadas nos pos-tos chaves, vão criar todo o tipo de difi-culdades no novo mandatário e sócederão se conseguirem chantageá-lopara obter as vantagens a que estãoacostumados.

Mas, não são todos, existem honro-sas e expressivas exceções entre os po-li ticos atuais, e esses merecem o nossorespeito. Entretanto, o caso não é esse.Trata-se de salvar o país, tirá-lo do bu-raco em que foi metido por maus brasi-leiros e pela incompetência, e levá-lo devolta aos seus verdadeiros destinos, de-mocraticamente e em harmonia. O cli-ma, daqui para a frente, deve ser deentendimento, de concórdia, de união, deapertar as mãos, e não de divisão. Maisde 34 milhões de eleitores levaram Col-lor de Mello ao poder, porém 30 milhõesvotaram no candidato adversário, o com-panheiro Luis Inácio Lula da Silva. Simé companheiro mesmo, pôr que tambémé brasileiro, é trabalhador como nós, foimetalúrgico, sindicalista, líder políticoe deputado federal, agora ex-candidatoderrotado à Presidência da Repúblçica.Os 30 milhões de brasileiros que acredi-taram nos seus dogmas políticos, mere-cem o nosso respeito, é um direito deles,assim como o é o nosso de acreditar noque achamos ser certo e correto, assimé a democracia, a convivência harmôni-ca das idéias contrárias, e, repito, a ho-ra é de comunhão de esforços e não deretaliação, para o bem do pais e de to-dos nós, os 82 milhões de eleitores ou os140 milhões de brasileiros que almejama paz, o bem estar social, o fim da infla-ção degradante e sufocante que nos agri-de, a erradicação do analfabetismo, aredenção da criança, da mulher, dos ido-sos, o tratamento digno dos aposentados,o atendimento dos doentes pela Previ-dência Social, que necessita realmentefazer um atendimento honesto e propor-cionar uma medicina mais humana aosseus segurados, a preservação de nossasriquezas na Amazônia e no resto do país,a proteção do meio ambiente, a organi-zação total da política minorai, com asolução definitiva do problema da ga-rimpagem de ouro e out. os minerais, deforma humana e coerente, a eliminaçãodo uso do mercúrio nos garimpos, paraque se evite o enorme e terrif icante des-dastre ecológico que poderá ocorrer e te-nho denunciado e alertado constante-mente, já que não são só as queimadas,os desmatamentos e a exploração desor-denada da floresta que infelicitam aAmazônia e o seu meio ambiente. Issotem que acabar, e acabará logo e bem,soo nroblema for bem equacionado e re-solvido, para o bem de todos. Esperamosa solução e o equacionamento das nos-sas asfixiantes dívida externa e da divi-da interna, o equilíbrio do déficitpúblico, assim como a correção do ganhodos assalariados para uma condição hu-mana e digna, restablecido o seu poderde compra, e tantos e tantos outros mi-lhões de problemas que rolam há tantosanos, sem solução.

O presidente Collor recebe, agora, o"aval de honra de seus mais de 34 mi-lhões de eleitores e esse aval será ratifi-cado — tenho certeza, pelos outros 30milhões que votaram em outros candi-datos, mas desejam a mesma coisa quenós: o melhor para o Brasil. Tbdos nóssomos o "povão , a massa crítica huma-na que espera, deseja e tem o direito deser feliz, viver bem, criar seus filhos enetos em paz, e olhar para o futuro comconfiança, verificando desta vez estar-mos no rumo certo.

Vamos à união, minha gente, vamosà luta por dias melhores, a disputa elei-toral passou, chegou a hora da recons-trução nacional.

Um feliz NATAL e um BOM ANONOVO para todos nós, sob as bênçãos deDEUS, de JESUS CRISTO e da nossaPadroeira NOSSA SENHORA DE NA-ZARETH.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) deverádivulgar hoje pela manhã o resultado final oficialdas eleições presidenciais no Pará. No início da noi-te de ontem, o Serviço Federal de Processamentode Dados (Serpro) expediu boletim com a totaliza-ção de 98,58% dos votos do Estado, o que significa7.379 Boletins de Urna (BUs). Hoje de manhã, serãotransmitidos para o Tribunal Superior Eleitoral osresultados dos municípios de Ourilândia do Norte,Tucumã, São Félix do Xingu e Chaves.

No último boletim da noite de ontem, o cândida-to do Partido de Reconstrução Nacional (PRN),Fernando Collor de Mello, estava com 1.093.740 vo-tos, o que significa 72,37% do total de votos. O candi-dato da Frente Brasil Popular (FBP), Luís Inácio \Lula da Silva, estava com 417.505 votos, 27,63%. Osvotos brancos eram 19.740 e os nulos 39.845. As abs-tenções alcançavam 583.468. Esses números são re-ferentes à apuração em 101 municípios, num totalde 1.570.830 votos.

Por volta das 17h25min de ontem, os BUs dosmunicípios de Ourilândia do Norte, São Félix doXingu e Tucumã chegaram ao Serpro. A presidenteda Comissão de Apuração, juíza Climenie Berna-deth de Araújo Pontes, explicou que os boletins fo-ram digitados ontem à noite, no Serpro. Porém, atransmissão dos dados para o TSE vai ser feitahoje.

A juíza informou, também, que, desde ontem, oTSE desliga todo o sistema que interliga os tribu-nais no país, durante a noite, pois apenas os Esta-dos do Pará, Bahia e Minas Gerais estão trabalhan-do e os BUs são muito poucos. Isso acontece porque,segundo a juíza, a informação do TSE é de que se osistema ficar ligado haverá prejuízos.

A juíza Climenie Pontes disse que os BUs deChaves chegarão hoje de manhã. Ela explicou queontem à tarde todas as pessoas envolvidas na apu-ração estavam com os trabalhos paralisados, devi-do à falta de BUs. O atraso deve-se ao mau tempona região. "Desde ontem (anteontem), os aviõesque trazem os BUs desses municípios tentam che-gar em Belém. Eles decolaram duas vezes, porém,por falta de teto, não conseguiam aterrissar na ca-

pitai nem nas proximidades."Para que seja divulgada a totalizaçãp dos votos

do Pará, só esta faltando o resultado de 24 BUs deChaves, 28 de São Félix do Xingu, 26 de Ourilândiado Norte e 28 de Tucumã.

AvaliaçãoNuma rápida avaliação, a juíza disse que o tra-

balho de apuração do segundo turno demorou maistempo porque havia 22 candidatos concorrendo àPresidência da República, o que não aconteceu nosegundo turno. "Uma das únicas dificuldades quetivemos dessa vez foi a distância de muitos municí-pios do Estado para Belém, pois influência na che-gada dos BUs".

A juíza ressaltou o fato de o Pará ser um dos úl-timos Estados do país a divulgar o resultado final.Mas ela tem a justificativa. "Podem pensar que se-ja por falta de competência; porém, o que aconteceé que no Pará, além da dificuldade de distância há oclima. Nunca havíamos tido eleições no mês de de-zembro, que para nós já é de chuva na região, o quecontribuiu muito para o atraso", assinalou a juíza.

Resultado parcial da

Eleição no Amapá commuitas abstenções

apuração no ParáCANDIDATO VOTOS %Collor 1.093.740 72,37Lula 417.505 27,63Brancos 19.740 —Nulos 39.845 —Abstenções 583.468 —Total 1.570.830 98,51

Collor não aceita 'governoparalelo9 idealizado por Lula

Brasilia (AG) - O presidenteeleito, Fernando Collor de Mello,considerou "risíveis" as afirma-ções do candidato do PT, Luís Iná-cio Lula da Silva, de que faráoposição a seu governo, instituin-do até mesmo um "governo para-leio". Ao tomar conhecimento daentrevista dada por seu ex-adversário, Collor considerou, se-gundo palavras do assessor de im-prensa Cláudio Humberto, queessa afirmação de^arrogância

sição ao Brasil". Acrescentou queFernando Collor chegou ao poderpela maioria da vontade do povobrasileiro e que isso deve ser res-peitado.

PosseBrasília (AG) — Apesar de

acharem que o desempenho daeconomia ou, mais exatamente, osíndices da inflação, deverão defi-nir em última instância a data daposse do novo presidente da Repú-blica, o presidente eleito, Fernan-

imprensa Cláudio Humberto.Para a equipe do presidente

eleito, o único complicador à vis-ta seria o acirramento da criseeconômica, com um crescimentodescontrolado da inflação. Nessecaso, acham que o próprio presi-dente Sarney poderia tomar a ini-cia tiva de abrir mão dessse fim demandato comandando um movi-mento ao qual o Congresso e o no-vo presidente teriam que se

Macapá — As eleições noAmapá não trouxeram surpresas.O candidato do PRN, FernandoCollor de Mello, conseguiu 61,90%dos votos, conforme boletim divul-gado pela Justiça Eleitoral do Es-tado. Já Luís Inácio Lula da Silvaobteve 34,44% dos votos. Ambos oscandidatos cresceram em votaçãose comparado ao primeiro turno.Collor arrancou de 42.255 votos dia15 de novembro para 53.780, no se-gundo turno. E Lula avançou dos21.026 votos obtidos no primeiroturno para 29.926 apurados no ini-cio da semana. Tanto o candidatodo PRN, quanto da FBP ficaramabaixo das estimativas de ambosos comitês regionais de campa-nha. Os adeptos de Collor garan-tiam que a votação chegaria 70%a favor do seu candidato. Os mili-tantes de Lula esperavam receber50% da votação no Amapá.

O índice de abstenção no Es-tado do Amapá continuou alto:uma média de 35,35%. Dos 120.980eleitores aptos a votar somentecompareceram as urnas 85.879,deixando de votar 34.101 eleitores.O maior índice foi registrado emCalçoene, 53,14%: dos 3.248 aptosa votar apenas 1.522 tomaram ocaminho das urnas no último dia17. Já o menor índice de abstençãofoi obtida na capital de 24,69%.Dos 77.756 eleitores macapaenses,58.554 votaram mas 19.202 deixa-ram de exercer o direito democrá-tico. Na capital a coleta dos votosfoi em 200 urnas, sendo duas colo-cadas à disposição dos habitantesdo arquipélago do Bailique, a 24horas de barco da sede.

O município de Oiapoque tam-bém apresentou alto índice de abs-tenção, 45,98%. Dos 3.475 eleitores

apenas registraram o voto 1.877.Das 14 urnas daquele município,ao menos duas tiveram problemasno momento do resgate. É que aschuvas tornaram imprestáveis opiso do campo de pouso nas Al-deias de Cunenê, 203 eleitores, e deCumarumã, 216 eleitores, a 100quilômetros de Oiapoque. Parachegar até a base de contagem,em Mazagão, houve demora de pe-Io menos 30 horas já o municípiode Ferreira Gomes possui o menorcolégio eleitoral do Estado. Ape-nas 1.191 eleitores. Mesmo assim306 não votaram, fazendo regis-trar percentual de abstenção nalocalidade de 25,69%.

O percentual de votos embranco no Amapá se situou emapenas 0,85, ou 747 votos. Os votosnulos foram 2.246, o mesmo que2,79%. O campeão dos votos nulosfoi a própria capital, com 1852, se-guido de Santana com 337. Maça-pá ainda contribuiu com 445 votosem branco, e Santana com 109.Aliás, Santana, município portuá-rio e gue sedia a empresa Icomi,possui 19.457 eleitores, tendo regis-trado índices de abstenção de28,13%. Somente votaram 13.982.Collor de Mello obteve 9.546 votoscontra apenas 3.991 dados a Lula.

Com relação ao número deeleitores aptos a votar houve umincremento nos 30 dias de inter-regno entre os turnos. O númerode eleitores subiu de 118.144 no pri-meiro turno, para 120.980, no se-gundo. De 77.755 votos de Macapá,somente 58.554 eleitores foram àsurnas. Collor de Mello recebeu apreferência de 34.141, em torno de57%. Lula obteve 22.116 votos nacapital, ou o equivalente a 37 pon-tos percentuais aproximados.

Preparativos para 90

sçeajrjresflosta a um..^^o_;r^íj|ínç^_;(5<xl^^|^_í;gí^lljó) e.seusrender. mu

união nacional demonstra' qúer ocandidato do PT e seus aliados de-sejam mesmo é lutar pela divisãodo Brasil, mas não conseguirão".

— O presidente lamentou quea humildade que ele mostrou navitória tenha sido recebida com aarrogância dos derrotados — dis-se Cláudio Humberto.

Segundo o assessor, "o mini-mo que os derrotados devem con-siderar agora é. a diferença entrefazer oposição ao governo e opo-

principais assessores a cada diamostram mais resistência à pro-posta de antecipação. Há convic-ção na equipe de que uma emendaconstitucional apresentada hojeao Congresso nesse sentido seriaderrotada, pois Collor não preten-de orientar os parlamentares queo apoiam a votar a favor damedida.

— Estamos trabalhando coma hipótese de tomar posse em 15de março — afirma o assessor de

Brasília (Radiobrás) — o vir-tual presidente eleito FernandoCollor de Mello condenou a inva-são do Panamá pelos Estados Uni-dos, informou seu assessorCláudio Humberto Rosa e Silva.Segundo o porta-voz, Collor consi-dera que nas relações internacio-nais é imprescindível aautodeterminação dos povos e queos problemas de cada país devemser resolvidos pelos seus próprioscidadãos.

Medidas duras para combater a inflaçãoPorto Alegre (AJB) — O pre-

sidente da Federação da Agricul-tura do Rio Grande do Sul(Farsul), Ari Marimon, prevê"medidas econômicas duras nosprimeiros meses do governo Col-lor de Mello para estancar a infla-ção, como a racionalização damáquina administrativa e o com-bate ao déficit público". Ele enten-de que "já existe hiperinflaçãodevido a subida constante de pre-ços para a população e os eleva-dos custos para a produção rural".

O dirigente ressaltou, porém,que o custo destas reformas "se-rá pago pelos setores mais bemaquinhoados, sem injustiça so-ciai". Para a agropecuária, a ex-pectativa do produtor rural "é ofuncionamento efetivo da econo-

mia de mercado, em que a agri-cultura seja encarada comoatividade econômica e não somen-te de destinação social", pregaMarimon.

Num balanço do ano no setorprimário brasileiro, o presidenteda Farsul revelou que em 1989,quinze produtos agrícolas tiveramos preços mais baixos em valoresreais dos últimos 13 anos, de açor-do com estudos feitos pelo pesqui-sador Fernando Homem de Mello,da USP Os fatores determinantesforam falta de recursos para o fi-nanciamento do custeio das lavou-ras de inverno e verão, os juroselevados e a taxa cambial defasa-da em cerca de 50% para produ-tos de exportação como soja,carne e laranja.

Marimon apontou a tributa-ção excessiva como uma das cau-sas do alto custo operacional daagropecuária. Na pecuária, porexemplo, "de cada 100 bois quesaem da propriedade, 25 animaissão destinados ao governo, em for-ma de tributos e taxas dos gover-nos estaduais e federais".Lembrou, também que o preço deum trator no Uruguai é 60% infe-rior ao brasileiro.

Para ele, "há falência pura esimples do crédito rural". Mari-mon acredita que, "se tivermos li-berdade de produzir, a demandapelo crédito rural vai diminuir", epara isso, há expectativa em rela-ção ao "fortalecimento do Bancodo Brasil no sentido de incentivaro setor rural".

Macapá — Embora tenhaconseguido coligir os votos emtempo hábil para as condições depré-invernada no Estado, comchuvas no Vale do Araguari e doOiapoque, a Justiça Eleitoral doAmapá, às voltas com alto índicede abstenção, começa contagemregressiva dos dias que a separa

... das eleições, gerais; do próximoi ànoayando serão.escolhidos pela

primeira vez 17 deputados esta-dtiais, três senadores, oito deputa-dos federais, e o própriogovernador do Estado. "Não te-mos estrutura para manter segu-ra uma eleição em quatro níveis.As apurações aqui são manuais,embora os escrutinadores estejamparcialmente treinados agora,desabafa o juiz eleitoral, Doglas

Evangelista, após reclamar dasinstalações do Ginásio AvertinoRamos, único local estabelecidopara apuração dos votos da Se-gunda Zona Eleitoral que com-preende Macapá, Santana eFerreira Gomes, ou cerca de 60por cento dos votos estaduais. Al-gumas horas antes, enquanto osescrutinadores trabalhavam, chu-vas provocaram goteiras em cimade algumas mesas utilizadas pa-ra a contagem dos votos.

Para o juiz Doglas o ideal se-ria que o Amapá, a exemplo dosoutros Estados, também manti-vesse um Tribunal Regional Elei-toral. "Mas, se não for possível porenquanto, entendo que já é tempode o Tribunal Superior Eleitoralcriar um sistema de computaçãode dados para a próxima eleiçãono Estado. "Os recursos físicos e

humanos devem ser somados aoscomputadores de forma a que pos-samos reduzir 10 vezes o tempo decontagem que, se nada for muda-do, deverá ser de semanas" de-clarou.

O grande problema das elei-ções no Amapá é comum aos ou-tros Estados amazônicos: aquestão dos transportes no inte-rior. Na Secunda Zona, a urnamais distante está situada no Ar-quipélago do Bailique, que geral-mente leva 24 horas, via barco,para chegar até à sede em Maça-pá. "Isto numa eleição local podetornar algo perigoso, devendo aurna, num caso de decisão aper-tada, ser rigorosamente vigiada.Poderia haver atentado visandoafundar os votos no rio. Ou seja, amorosidade na apuração coloca-ria em risco o processo eleitoral,e se não for garantido estruturaadequada no próximo ano vamosentrar em área de turbulência",lamentou o juiz.

Em termos imediatos, Doglasreivindica estruturas de transpor-te que garantem melhor acesso àsede da zona, e mais "uma asses-soria de imprensa para trabalharcom vídeos, dando instruções aosmesários, como é feito em SãoPaulo. Aqui, por exemplo, quandovamos conferir os documentossempre encontramos erros gros-seiros. A gente explica várias ve-zes, mas não adianta". Isto poderáresultar em fraude, afirma, apósrecordar que práticas ilegais con-tinuam funcionando no período de'eleições. É o caso da boca-de-urnaque é proibida, mas ninguém con-segue deter.

Igreja dividida quanto aoapoio ao presidente eleito

CUT mostra disposiçãopara o entendimento

São Paulo (AG)—A igreja ca-tólica no Brasil só definirá a suaposição diante do governo Collorem abril do próximo ano, durantea assembléia geral da ConferênciaNacional dos Bispos do Brasil(CNBB) em Itaici, município deIndaiatuba, interior paulista. En-quanto isto, a cúpula do episcopa-do defenderá uma postura deentendimento nacional em tornodo novo presidente da República,desde que Collor resolva apoiar ai-gumas propostas que a igreja con-sidera inegociáveis, a começarpela reforma agrária. A igrejaconsidera também como premis-sa básica para qualquer diálogocom o governo a garantia dos po-vos indígenas ao seu espaço vital.

O relacionamento entre o pre-sidente eleito e a CNBBcaracteriza-se pela frieza. Háduas semanas, Collor deixou decomparecer a uma audiênciamarcada com o presidente daConferência Episcopal, d. Lúcia-no Mendes de Almeida, na sede daCNBB, em Brasília. O então can-dida to alegou, depois, não ter com-parecido ao encontro porconsiderar a Conferência Episco-pai como um "comitê eleitoral" doPT. Em contrapartida, osecretário-geral da Conferência,

d. Celso Queiroz, apoiou explicita-mente a candidatura de Luís Iná-cio Lula da Silva, criticando emCollor a "falta de história e de pro-grama de governo".

Entre os defensores do diálo-go com Collor em torno de um pro-grama de "salvação nacional"incluem-se todos os cardeais bra-sileiros (d. José Freire Falcão, d.Lucas Moreira Neves, d. Eugêniode Araújo Sales, d. Aloysio Lors-cheider, d. Paulo Evaristo Arns ed. Vicente Scherer), o presidenteda CNBB, d. Luciano Mendes deAlmeida e o ex-presidente da Con-ferência, d. Ivo Lorscheiter. Aprincipal resistência a qualquerentendimento com Collor vem dossetores eclesiais que participaramdiretamente da campanha de Lu-Ia, incluindo os bispos de Duque deCaxias (RJ), d. Mauro Morelli,Juazeiro (BA), d. José Rodrigues,Volta Redonda (RJ), d. WaldyrCalheiros de Novais e de São Fé-lix do Araguaia (MT), d. PedroCasaldáliga. Esta mesma posiçãoé compartilhada pela maioria dasorganizações pastorais ligadas àigreja, entre as quais a ComissãoPastoral da Terra (CPT), a Comis-são Pastoral Operária (CPO) e oConselho Indigenista Missionário

(CIMI).Problemas

Belo Horizonte (Radiobrás) - -O ministro da Cultura, José Apa-recido de Oliveira, afirmou ontemque o futuro presidente da Repú-blica, Fernando Collor de Mello,vai assumir o governo do país"com grandes problemas, mastambém com imensas esperan-ças", assinalando que o vencedordas ultimas eleições "foi respalda-do inequivocamente pelo voto po-pular". Para José Aparecido, estáé uma "feliz coincidência, poisCollor de Mello foi eleito no cen-tenário da República e depois de29 anos sem votação direta para oposto máximo da Nação".

— "O futuro presidente, naárea política, deverá encontrar aprincípio, as dificuldades naturaisde quem está ligado a um peque-no partido", continuou o ministro,que foi homenageado com a Me-dalha do Mérito Legislativo pelaCâmara Municipal de Belo Hori-zonte. Lembrou que Collor de Mel-Io "tem todas as possibilidades derealizar uma convocação aos se-tores mais amplos da sociedadebrasileira", caso divulgue um pro-grama administrativo e economi-co "que desperte credibilidade eganhe apoio popular".

Santo André (AE) — A CUT esta-rá sempre disposta ao diálogo com ogoverno federal, mas vê com muitadesconfiança o que chama de "reca-dos" de Collor de Mello, via imprensa,para um entendimento que reorgani-ze a vida econômica do país. O presi-dente estadual da Central, ArlindoChinaglia, por exemplo, teme que oaceno collorido seja a continuidade daestratégia de Collor de "vender umaimagem". "Até hoje nada o credencioupara uma atitude de negociação. A ex-periència do movimento sindical deAlagoas com o governo do Estado foipior que a da CUT com a Nova Repú-blica — disse. Qualquer diálogo, en-tretanto, deverá necessariamente tercomo base a, pauta de reivindicaçõesda CUT, segundo ressaltou Chinaglia.

Mas justamente a diferença entrea pauta cutista — que se afinava per-feitamente bem ao programa da Fren-te Brasil Popular — e as intenções dogoverno Coflor pode inviabilizar umacordo. A avaliação é do coordenadordo Departamento Nacional dos Meta-lúrgicos da CUT, Heiguiberto Navar-ro, que em abril — data base dacategoria no ABC e no interior — nãoquer ser acusado de promover grevepara desestabilizar a posse do novo go-verno. "Se fizermos greve, será porperdas salariais e não por razões po-liticas" — avisou. As perdas, segundoele, poderão ser decorrentes de um no-vo pacote econômico, sempre espera-do nesta época do ano, ou de alteraçãoda política econômica. Um consensoentre cutistas é que Collor de Mello fa-

rá um governo voltado para a recessãoe o arrocho como forma de brecar a in-fiação, e qualquer medida neste sen-tido não contará com o apoio daCentral.

Outro ponto que poderá inviabili-zar qualquer entendimento é a possi-vel indicação de Antônio RogérioMagri, presidente da CGT, para o Mi-histério do Trabalho. Ao mesmo tem-po que Arlindo Chinaglia e HeiguibertoNavarro insistem em não querer indi-car nomes ou cargos dentro de um go-verno com o qual não se sentemcomprometidos a nível de programa,ambos têm visões bastante negativasdo sindicalista que apoiou o PRN. Na-varro disse que Magri no Ministério se-ria um "furo n'água" do governo: eleseria "ignorante" e "incapaz". China-glia preferiu fazer apenas uma adver-tência: "Se Magri tiver uma atituderepressiva e desleal, encontrará naCUT no adversário forte que ele já co-nhece". As últimas especulações emtorno do afastamento de Magri do go-verno, justamente para não entrar emchoque com a CUT, tampouco entu-siasma os dirigentes, que insistem emnão apostar nada na equipe de Collor.

O presidente nacional da CUT,Jair Meneguelli, dá entrevista coleti-va hoje sobre a vitória de Collor deMello e o comportamento da Centraldiante do fato. Meneguelli manteve-seafastado esta semana da imprensa e,segundo sua assessoria, ele desejavamais tempo para analisar esta eleição.Antes da entrevista, ele se reúne coma direção executiva da entidade.

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Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989 O LIBERAL

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Movimentonão aceita

o resultadoSão Paulo (AG) — 0 Movimento

Nacional de Defesa dos Direitos Hu-manos — MNDDH —, que reúne cercade 300 organismos desse setor em todoo-país — divulgou nota ontem, emBrasília, afirmando que a vitória dovirtual presidente Fernando Collor deMello "foi ilegítima". Assinada pelosecretário executivo do MNDDH, Au-gustino Veit, a nota acrescenta que omovimento recebeu denúncias de to-dos os seus centros filiados sobre ouso de violência contra eleitores daFrente Brasil Popular por parte de se-guranças e policiais contratados peloPRN.

Na opinião do Movimento Nacio-nal de Direitos Humanos,registraram-se durante as eleições,"várias formas de boicote contra o di-reito de votar". Isso teria caracteri-zado, para o MNDDH, a utilização de"métodos políticos que não se diferen-ciam dos que foram usados durante oregime militar, nas últimasdécadas".

A atitude dos Organismos de Di-reitos Humanos diante do governoCollor será debatida no sexto encon-tro nacional do MNDDH que será rea-lizado de 5 a 10 de fevereiro do próxi-mo ano, no município de Vargem•Grande Paulista, na Grande São Pau-lo. Uma das hipóteses em estudo nomovimento é a doação da "desobe-

.diência civil" diante das decisões deCollor que forem eventualmente con-sideradas não transparentes.

Arrombada asede do PCBem SalvadorSalvador (AJB) —A sede regional

do Partido Comunista Brasileiro(PCB), nesta capital, foi arrombada namadrugada de ontem. Ao chegar pelamanhã, os funcionários do partido en-contraram as duas salas da secretariareviradas e os armários de documen-tação abertos. Mas, estranhamente, di-nheiro, cheques e equipamentos devalor, não foram levados."É tudo muito estranho. Não nosparece uma ação de marginais. As ga-

(vetas estavam abertas, com os chequese dinheiro à mostra, como se os auto-res tivessem a preocupação de deixarclaro que não levaram porque não qui-1 seram", afirmou a presidente do Dire-tório Municipal do Partido, vereadoraBete Vagner. A sua opinião foi reforça-da pela equipe da polícia técnica, quefez a perícia no local e que, a princípio,não considerou o caso como o de um ar-rombamento com objetivo de roubo.

A sede regional do PCB fica loca-lizada no bairro da Mouraria, próximoao centro da cidade, a 100 metros doquartel-general da VI Região Militar.A direção do partido prestou queixa na1? delegacia da capital.

Magri diz queCGT ajudou

na vitóriaSão Paulo (AG) — Em ofício enviado

ontem aos diretores da Executiva Nacionalda Confederação Geral dos Trabalhadores(CGT), o presidente da entidade, AntônioRogério Magri, reafirmou a importância daparticipação da CGT na vitória de Collor deMello, qualificando-a como "a vitória dostrabalhadores democráticos, contra o sec-tarismo e o radicalismo do PT e suacentral".

No documento, Magri conclama os di-reteres da CGT a cobrar de Collor as pro-messas feitas durante sua campanhaeleitoral. Ao mesmo tempo, comentando apossibilidade de um convite para ser minis-tro do Trabalho do governo Collor, Magripromete não tomar qualquer decisão "quenão seja por consenso e em reunião da Exe-cutiva Nacional da CGT".

Em outro documento, distribuído à tar-de pela assessoria de imprensa da CGT, Ma-gri qualificou a vitória de Collor como "umanova fase no sindicalismo do país". Numacritica a atuação do PT e da CUT, Magriafirma:

— Não podemos mais nos dar ao luxode correr riscos, abrançando programasmerante político-partidários, em detrimentode nossas necessidades imediatas mais ob-jetivas. Esse tipo de aventura só pode levara resultados políticos duvidosos e economi-camente desastrosos — finalizou o presiden-te da CGT.

IndependênciaSão José do Rio Preto (AE) — Guilher-1

me Afif Domingos disse ontem, em São Jo-sé do Rio Preto, que o PL manterá posiçãode independência no futuro governo. "Teráo nosso apoio quando executar, por exemplo,a reforma administrativa (redução no nú-mero de ministérios), que ele (Collor) co-piou do nosso programa de governo.Faremos oposição severa, se, para baixar ainflação, optar pelo congelamento de preçose outras medidas que foram aplicadas e fra-cassaram".

Brasília (AJB) — A Comissão Exe-cutiva Nacional do PSDB decidiu queo partido fará oposição ao governo deFernando Collor de Mello. Ficou acer-tado também, em reunião que começouàs 10:30 e terminou às 13 horas, que ne-nhum integrante do partido participa-rá do governo Collor. Se alguém,individualmente, for chamado e quiserfazer parte da equipe do novo governo,terá de se desfiliar do PSDB. Collor es-tá de olho em dois tucanos para seu mi-nistério: José Serra e FernandoHenrique Cardoso.

A oposição do PSDB a Collor, po-rém, não será de todo marcada pela in-transigência. Em nota divulgada apósa reunião da executiva, os tucanos con-cluiram que, mesmo como oposicionis-tas, não haverá como negar apoio àsmedidas de interesse do país e queconstituam um programa de emergên-cia para garantir a governabilidade eretirar o Brasil da crise, desde que se-jam preservados os extratos de maisbaixa renda e que se faça os ajustes fis-cais para tal necessidade.

O PSDB resolveu, em sua reunião,destacar ainda o que chamou de cará-ter democrático das eleições presiden-ciais realizadas e que asseguraram aescolha legítima do novo presidente. Aomesmo tempo, manifestou sua preocu-pação quanto à gravidade da crise eco-

oposição sem intmnsigêncianômica com a inflação aproximando-sedos 50%. Nesse ponto, os tucanos fize-ram uma advertência a Fernando Col-lor: "Caberá ao novo governo e àsforças que o apoiaram a responsabili-dade de enfrentar a crise".

Durante a reunião, os dirigentes doPSDB chegaram a tocar na proposta docandidato da Frente Brasil PopularLuís Inácio Lula da Silva, de formaçãode um governo paralelo. Para o depu-tado Nelton Fridrich (PR), indepen-dente da proposta de Lula, a oposiçãoterá de influir decisivamente no gover-no, alterando propostas que julgue er-radas. "O regimento do Legislativo

Srevê a figura do líder da maioria e do

der da minoria. O Congresso tem mui-ta força..Acabou aquele tempo do simou não da Arena e do PMDB".

A reunião da Executiva Nacionaldo PSDB começou com uma solenida-de. A deputada Federal Myriam Por-tella que, embora pertencendo ao PDS,votou em todas as propostas da esquer-da durante a constituinte "tucanou".Myriam é mulher do vice-governadordo Piauí, Lucídio Portela. Concorreu àPrefeitura de Teresina no ano passadotendo por vice o deputado federal Ma-noel Domingos, do PC do B.

A notaA íntegra da nota, assinada pelo

presidente do partido, Franco Monto-ro, é a seguinte:"A Comissão Executiva Nacionaldo PSDB, reunida em 20 de dezembrode 1989 para examinar os resultados daeleição presidencial, que deram a vi-tória a Fernando Collor de Mello,decide":

— Assinalar o caráter democra-tico das eleições livremente realizadas,que asseguram a escolha legitima donovo presidente.

— Manifestar sua preocupaçãoquanto à extrema gravidade da criseeconômica, com a inflação aproximan-do dos 50%, que qualquer medidas ur-gentes para solucioná-la.

— Caberá ao novo governo e àsforças que o apoiaram a responsabili-dade de enfrentar a crise.

— 0 PSDB ficará na oposição,sem negar apoio às medidas de interes-se do país, que constituam um progra-ma de emergência para garantir agovernabilidade e retirar o país da cri-se, desde que sejam preservados os ex-tratos de mais baixa renda e que sefaça os ajustes fiscais para tal neces-sários".

Durante a reunião, o sociólogo Hé-lio Jaguaribe propôs que o PSDB deta-lhasse as medidas de emergência queo governo Collor deveria adotar. A idéianão vingou.

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Primeira divergência entre Covas e Lulair. Dnnl/. ( Aí*l\ ¦""_ OAitor-S.*- TViíó D_111 £_l__if /-»*•-» /-In tvnin -íA ->*-ln-.lt;n __.._ r_ - — ._"'.-_ _São Paulo (AG) — O senador Má-

rio Covas, candidato derrotado doPSDB à Presidência da República, re-jeitou ontem a estratégia proposta pe-lo seu ex-aliado da Frente BrasilPopular, Luís Inácio Lula da Silva, defazer oposição "intransigente", ao go-verno de Fernando Collor de Mello. Se-gundo ele, numa democracia a oposi-ção não pode ser adjetivada. Depois deconhecido o resultado da eleição, estaé a primeira divergência política deCovas com o candidato que apoiou nosegundo turno.

Antes de engajar-se à campanha,os tucanos já não aceitavam os trezepontos programáticos do plano de go-verno da Frente. Mesmo assim, o can-didato derrotado do PSDB subiu ao.palanque de Lula para pedir votos ao

seu eleitorado, mas já admitia que fa-ria oposição ao governo do PT caso oprograma não fosse modificado.— Oposição intransigente se faz naditadura. Nos regimes democráticos ouse é situação ou oposição. E o PSDB es-tara na oposição — garantiu o senadortucano.

Covas disse que não foi à reuniãocom os aliados da Frente Brasil Popu-lar, convocada por Lula anteontem ànoite — da qual participaram os ex-governadores do Rio Leonel Brizola, daBahia Waldir Pires, o governador dePernambuco, Miguel Arraes e o depu-tado comunista Roberto Freire — por-que é um "homem de partido".Novo presidente

Recife (AG) —A deputada federalCristina Tavares não é mais a presiden-

te do Diretório Regional do PSDB. AExecutiva Nacional, inconformadacom o apoio dela à candidatura do ex-governador Leonel Brizola no primei-ro turno da eleição, aproveitou uma fa-lha burocrática que houve na conven-ção regional e designou o ex-deputadoSílvio Pessoa de Carvalho, ligado ao ex-prefeito da capital, o peemedebistaJarbas Vasconcelos, para reorganizaro partido em nível regional.— Acho que foi uma boa solução,porque Cristina não tinha mais condi-ções de presidir o partido — disse o ex-secretário-geral de Executiva Esta-dual, Walfredo Ferreira Lima.

Segundo ele, para que o PSDB ti-vesse existência legal em Pernambu-co eram necessário 34 diretóriosmunicipais.

Primeira coletiva doeleito será como ade Tancredo Neves

Brasilia (AJB) — Será nos moldes da entrevis-ta concedida por Tancredo Neves depois de eleito,em janeiro de 85, o primeiro encontro de FernandoCollor com a imprensa, como presidente eleito.Quarta-feira, no Centro de Convenções, onde o Tri-bunal Superior Eleitoral montou sua estrutura deapuração, Collor receberá jornalistas de todo paíspara falar de seus planos de governo, numa entre-vista organizada como aquelas feitas pela CasaBranca, nos Estados Unidos.

No auditório do Centro de Convenções, o presi-dente eleito ocupará uma tribuna, a partir das lOh,e os repórteres ficarão sentados na platéia, só po-dendo se levantar quem for ao microfone fazer suapergunta. O esquema ontem ainda não estava total-mente montado — o porta-voz Cláudio Humbertonão sabia, por exemplo, se daria na mesma ocasiãoespaço também à imprensa estrangeira — mas oprovável é que cada veículo tenha direito a umapergunta.

A partir de hoje, o comitê central da campanhaserá transformado em escritório de trabalho daequipe de transição, comandada pela economistaZélia Cardoso de Mello, com a colaboração do depu-tado Bernardo Cabral. Ali, ela e seus assessores re-ceberão informações e dados do atual governo, pa-ra adequá-los ao programa de Fernando Collor. Olíder do PRN na Câmara, Renan Calheiros, e o de-putado estadual de Alagoas, Cleto Falcão, ficarãoencarregados dos contatos políticos. O vice-presidente eleito, senador Itamar Franco, tambémterá uma sala com telefone e secretária, para con-tatos políticos.

Lula quer definir estratégia da esquerdain Pnuln ÍA.IRÍ — T.ncrn Honnic r>-ími-i-r> fu»-n f«\í um «4-«- ,',u;«v.-~ - ii j_ •.«• .....São Paulo (AJB) — Logo depois

de propor uma frente de oposição, in-tegrada pelos partidos e pelos políti-"cos

que o apoiaram fta'_ eTèíçõ<-_ presi-denciais, o candidato derrotado LuísInácio Lula da SUva reuniu-se ontemcom os representantes do PDT,PMDB, PCB, PC do B e PSB. "Vamoscontinuar nos reunindo para traçarum pensamento articulado e uma es-tratégia definida", disse o ex-governador baiano Valdir Pires, doPMDB. Do encontro, participaramtambém o pedetista Leonel Brizola, ogovernador pernambucano MiguelArraes, Roberto Freire do PCB, JoãoAmazonad do PC do B e Jamil Had-dad do PSB. Mário Covas do PSDB foiconvidado mas não compareceu. "Eledisse que quem pode participar deuma reunião desse tipo é a direção dopartido", informou o secretário-geraldo PT, José Dirceu, que irá convidar opresidente do partido, Franco Monto-ro, para o próximo encontro.

A reunião foi feita na luxuosamansão do arquiteto Jacques Breton,no bairro paulistano de Vila Mariana,ao sul da capital. Lula, Brizola e Ar-raes foram os primeiros a chegar,mas até às 20hs ainda chegavam no-vos convidados. Roberto Freire, queconcorreu à Presidência pelo PCB no

primeiro turno, foi um dos últimos achegar. E antes mesmo de ouvir aproposta.de Lula já concordava comela. "©'PCB^stá amplamente^^a um grande bloco socialista", afir-mou ele. "Vai ser muito importantemanter essa unidade para a eleiçãodo ano que vem, para a formação donovo Congresso e para a votação doparlamentarismo em 1993", disseFreire.

Na opinião de Valdir Pires, quetambém disputou o primeiro turno,como candidato a vice na chapa deUlysses Guimarães do PMDB, Lulafoi derrotado pelo atraso existente nopaís. "Perdemos para que há de maisarcaico no país. Pelas forças retróga-das", disse o peemedebista que voltoua manifestar seu desejo de abandonaro partido, embora ainda não reveleseu destino partidário. O governadorMiguel Arraes, também do PMDB,atribuiu ao seu partido e, mais especi-ficamente, ao governador paulistaOrestes Quércia, a derrora de Lula."Graças ao PMDB, foi eleito um can-didato comprometido com a políticada ditadura", disse Arraes.

EstratégiaSão Paulo (AG) — A comissão

executiva nacional do Partido dos

Trabalhadores decidiu ontem convocar o diretório nacional do partido pa-ra os dias'27 e'28 de janeiro para dis-elifFà egftatiág$t'de oposição xjtièàdò-tara a reorganização partidária e pa-ra uma avaliação global da campa-nha de Luís Inácio Lula da Silva àPresidência. Durante o encntro, quecontou com a presença de Lula e derepresentantes da CUT, a direção doPT elaborou três notas oficiais. Emuma delas, questiona as propostas po-líticas, as medidas econômicas e osmétodos de govenro defendidos pelocandidato vitorioso e pelos grupos queo apoiam.

Na reunião do diretório nacionalvai ser discutida ainda a proposta deLula de fazer um governo paralelo pa-ra acompanhar todas as medidas donovo presidente.

Em conseqüência, nas eleições doano que vem, partido vai alterar seucalendário. As convenções munici-pais, regionais e a nacional, normal-mente realizadas em abril, maio e ju-nho, serão antecipadas.— Vamos discutir a reorganiza-ção do partido e a forma como vamoscapitalizar o crescimento aceleradodo PT com a eleição presidencial —informou um dos membros da Execu-tiva, César Alvarez

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Em Simão Dias (SE),a sede doPF Minvadida 2 a feira

Aracaju (AJB) — A sede do Partido dos Trabalhado-am Qimõn r.i«ic o DO niiílnmn.-nn An ,.-.-.;«,.. rn: :_...„

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Para Plínio Sampaio, reunião foi históricaSão Paulo (AG) — O líder do PT

na Câmara dos Deputados, deputadofederal Plínio de Arruda Sampaio(PT-SP), considerou "histórica*' areunião realizada em São Paulo entreos dirigentes dos partidos que apoia-ram o candidato da Frente Brasil Po-pular à Presidência da República,Luís Inácio Lula da Silva, nas últimaseleições. A sua opinião foi confirmadapelo presidente do Partido SocialistaBrasileiro (PSB), senador Jamil Had-dad, acrescentando que esses parti-dos (PT, PSB, PCB, PC do B, PDT,PV e os setores "progressistas" doPMDB) poderão aliar-se para dispu-tar os Governos estaduais em outubrodo próximo ano.

Já o presidente regional do PDTem São Paulo, advogado Airton Soa-res, afirmou que a plataforma co-mum da frente "progressista" de opo-sição do Governo Collor será definidaem janeiro próximo, na segunda reu-

nião pós-eleitoral dos partidos de es-querda. De acordo com Soares, a reu-nião de anteontem, na residência doempresário petista Jacques Bretton,definiu, por consenso, que os partidospresentes (PT, PCB, PC do B, PDT,PSB e o "novo PMDB") não aceita-rão, em nenhuma hipótese, colaborarcom o governo de "união nacional"proposta por Fernando Collor deMello.

Debate

Porto Alegre (AG) — A ousada epolêmica proposta lançada pelo pre-feito petista de Porto Alegre, OlívioDutra, de unir todas as forças queapoiaram Lula no segundo turno emtorno de candidatos únicos aos gover-nos estaduais, já inaugurou um amplodebate no Rio Grande do Sul quantoàs próximas eleições. Ao tomarem co-nhecimento da proposta ontem, re-

presentantes dessas forças imediata-mente passaram a discuti-la, o quesignifica que já a aceitam pelo menoscomo possibilidade a ser estudada enegociada.

Olívio disse que a experiência daeleição presidencial mostrou que oideal é que as forças democráticas epopulares tenham um candidato úni-co e anunciou que vai lutar por isso.No PDT, o deputado Éden Pedroso járespondeu que acredita na possibili-dade de lançamento de um só candi-dato e inclusive no primeiro turno daspróximas eleições estaduais. Alegouque a direita já formou seu "arenão"e, diante disso, as forças popularesdeveriam mesmo se reunir em tornode uma única candidatura.

O coordenador da campanha Lulano Estado, deputado Selvino Heck, in-tegrante da direção regional do PT,também defende essa unidade, masde uma forma um pouco diferenciada.

Derrota cessa agitação no Jardim Sao Paulori {_*•«-#- fin Z-1-. m-*-.a / A C _l__.fi * i .São Bernardo do Campo (AE) —

A atual residência do candidato der-rotado à Presidência da República pe-Ia Frente Brasil Popular, Luís InácioLula da Silva, no Jardim São Paulo,em são Bernardo do Campo, não vi-ve mais os dias de intensa agitação,quando centenas de militantes e vizi-nhos circulavam pela calçada combandeiras em punho e gritando slo-gans da campanha lulista. Continuamlá os seguranças do candidato, as pi-chações nas paredes, as faixas nospostes e os adesivos nas janelas dosvizinhos, mas o clima é outro. Até oincessante assédio de repórteres nãoexiste mais.

A rua São João não vive maisseus dias de Glóaria e congestiona-mentos. Os ocupantes dos carros quetrafegam normalmente pelo local ain-

da têm curiosidade de mostrar que alimora o Lula, "aquele que quase ga-nhou o posto de presidente", repetemalguns vizinhos. Esta curiosidade vi-ra ironia às vezes, quando um veícu-lo com adesivo de Collor no vidropassa em frente ao número 276. Nes-te caso, um sorriso sarcástico, porparte do motorista é inevitável.

Ontem pela manhã, Lula perma-neceu em casa. Recebeu a visita dealguns deputados estaduais e do pre-sidente do Sindicato dos Metalúrgicosde São Bernardo do Campo, VicentePaulo da Silva. Todos ficaram cercade 50 minutos dentro da residência. Aesposa de Lula, Marisà, saiu às 12:10com a mulher do advogado RobertoTeixeira, proprietário da casa em verque o candidato está morando. O pe-

tista saiu de casa apenas às 12:40 e lo-go foi cercado por populares quepassavam pelo local. As congratula-ções mostravam tristeza pela derro-ta e também força para prosseguir naluta. Lula não se cansou de repetir àspessoas que apertavam sua mão."Cinco anos passam depressa. Ficotriste apenas em que nosso povo teráque agüentar um governo imoral", in-sistia.

Demonstrando cansaço físico etristeza, Lula entrou num Opala queo levou até a sede nacional do Parti-do dos Trabalhadores, em Vila Maria-na. "Vou para uma reunião daexecutiva ouvir o choro dos compa-nheiros nesta derrota", disse o candi-dato, que preferiu não falar àimprensa.

res, em Simão Dias, a 98 quilômetros da capital, foi inva-dida na noite de segunda-feira por um grupo de eleitoresde Fernando Collor de Mello (PRN) que se encarregou dedestruir documentos, material de propaganda e relem-brando o tempo da inquisição jogou "óleo queimado emtoda a dependência". A denúncia foi feita ontem pelospartidos que formam a Frente Brasil Popular (PT, PC doB, PSB) que está exigindo providências imediatas e res-ponsabilizando o governador Antônio Carlos Valadares(PFL) "pela integridade física e moral de todos os eleito-res, militantes e simpatizantes" do PT no município.

Em Simão Dias, o candidato Fernando Collor de Mel-lo, que foi apoiado pela prefeita Caçula Valadares (PFL),mãe e correligionária do governador Antônio Valadares,obteve 12.570 votos contra 3.721 votos dados ao candidatodo PT, Luís Inácio Lula da Silva, cujo partido èm eleiçõesanteriores não conseguia angariar mais de 500 votos. Odeputado Marcelo Deda (PT) disse que a "perseguiçãopolítica aos partidários da Frente Brasil Popular no muni-cípio de Simão Dias vem desde o primeiro turno. "A famí-lia Valadares utilizou-se de todos os mecanismos possívelpara intimidar o crescimento eleitoral de Lula", avalia.

Ele lembrou que até o secretário de Estado BelivaldoChagas — natural da cidade, andava pelas ruas promo-vendo provocações contra militantes do PT, do PC do B ePSB, sem que "nenhuma providência fosse tomada", co-mentou. O deputado petista citou a prisão, no dia 18, deum militante de seu partido pelo delegado Wellington Cos-ta "sem nenhum motivo justificável". Deda afirma queaté o advogado foi impedido de entrar na delegacia "numfrontal desrespeito à Constituição Federal e à Carta Esta-dual", citou.

Por outro lado, o presidente regional do PRN, DavisFarias, disse que não havia tomado conhecimento dos in-cidentes de Simão Dias e negou que militantes do seu par-tido ou mesmo eleitores de Collor estivessem envolvidos."Estou tomando conhecimento do episódio agora", se de-fendeu. Já o delegado Wellington Costa que no meio desteano transferido de Largado, cidade vizinha a Simão Dias,por ter detido mais de 100 jovens que estavam nas ruas de-pois das 22 horas, disse que não houve invasão e "sim umarrombamento praticado por marginais comuns".

O governador Antônio Carlos Valadares não falou so-bre o assunto.

Militantes da Frentefestejarão vitória

em Belo HorizonteBelo Horizonte (AG) — Apesar da derrota de

Lula, os militantes da Frente Brasil Popular deve-rão sair hoje às ruas da capital mineira para come-morar a vitória na cidade, com 68,8 por cento dosvotos, e reafirmar os 13 pontos do programa do can-didato derrotado. Animado, o vereador Tomás daMata Machado, presidente municipal do PT, afir-ma que o desempenho de Lula no Estado "abrechances reais" de vitória da Frente para o governode Minas e, com a passeata, o partido já começa apreparar-se para a disputa de 1990.

Nos bastidores, entre os candidatos cotados pa-ra o governo de Minas pela Frente estão os deputa-dos Virgílio Guimarães, João Paulo Pires e SandraStarling. Embora defendam a ampliação da FrenteBrasil Popular, os petistas não abrem mão de que ocabeça de chapa seja do PT, mas as articulaçõesapenas serão desencandeadas a partir do inicio dopróximo ano, com a escolha do candidato ocorrendodepois de março.

Satisfeito com o programa de Lula no horárioeleitoral gratuito, na reunião do Diretório Nacionaldo PT, que será realizada em janeiro, Mata Macha-do informou que o partido levará a proposta de queseja pedido ao Congresso Nacional no início do pró-ximo ano a concessão de um canal de TV, a ser bati-zado como "Rede Povo".

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4 ELEIÇÃO 89 O LIBERAL Belém, quinta-feira, 21 de dezembro de 1989

arta de Roberto Marinho repercute no paísA seguir, integras de cartas e tele-

gramas enviados ao GLOBO para oPresidente das Organizações Globo,jornalista Roberto Marinho, pela

Carta a Lula" publicada na ediçãode ontem, que se esgotou nas bancasem poucas noras.h"Quero felicitá-lo lúcida e brilhantemen-

te, pela 'Carta a Lula' na qual são coloca-das com elegância e altivez, as posições desuas empresas no complexo político brasi-leiro. Tomei a liberdade de mandar trans-crevê-la na íntegra no meu jornal "Tribu-na do Norte', em Natal. Cordialmente".

Aliifzlo Alves, ex-Ministro da Admi-Distração.I[¦!Sua 'Carta a Lula', publicada hoje (on-tem), engradece o jornalismo brasileirotela serenidade e precisão dos conceitos.Çonstitue apelo e lição que transcende afessoa singular do destinatário e comovea todos os brasileiros que visam a soluçãorjos problemas nacionais. Do amigo e ad-«ürador".t Paulo A.A.Prates, Advogado (Rio deJaneiro-RJ).'[Gostaria de parabenizá-lo pela carta en-Tiada ao Lula hoje (ontem, no Jornal Na-oional e pelo editorial de O GLOBO do dia(9 de dezembro.

Antônio Pereira (Rio de Janeiro-

' Venho parabenizá-lo por sua mensagem(itígida ao candidato Lula. Quem temi íais de 60 anos de trabalho, como V.Sa., éi íais que um exemplo de trabalhador. Suat esposta foi elegante, primorosa, uma pre-(iosidade no uso de nossso idioma. Quanto(os conceitos colocados, merecem meu to-t il apoio e aval. O comportamento de suas< missoras e jornais, permitindo que inú-í íeros funcionários se manifestassem a fa-i or de outra candidatura, é um exemploI íagnífico de democracia, que o outro ladoj unais poderia dar, pois são os autênticosI ríncipes do patrulhamento."Parabéns.

"Saudações".Antônio Carlos Germano Gomes, En-

ijenhelro (Nova Odessa-SP).'IPela minha experiência pessoal de tertrabalhado 16 anos no O GLOBO, tes-tèmunho que poucas pessoas no Brasildevem ter dedicado maior envolvimen-tb e entusiasmo ao trabalho do que ocpmpanheiro Roberto Marinho. Aceite orjieu aplauso à carta dedicada a Lula."Sinceramente".

Arides Visconti (Rio de Janeiro-RJ).'{Muito obrigada".

Dila Viana Lauer, Mãe de familiabrasileira (F«trõ. olis-RJ).¦yjurnalista Roberto Marinho, nossos cum-ririmentos pela magnífica lição de vida ex-pressa no editorial de O GLOBO de 19-12-Diretores e funcionários da Revenden-dora Guarujá Veiculos LTDA (Guam-J6-SP)."[São 8h05m e estou escrevendo-lhe detpeu escritório, pois diariamente come-oo a trabalhar muito cedo, e espero since-ramente que esta carta chegue às suasmãos.1JIWW'"Li hoje a carta escrita pelo senhor aocandidato Luís Inácio Lula da Silva eachei tão significativa, tão própria, tãobonita que não me contive em rabiscarestas simples palavras com o intuito puroe simples de parabenizá-lo.

"Parabenizá-lo, veja o senhor que pre-sünção a minha, parabenizar um homemreconhecido mundialmente pela sua capa-cidade e competência. Parabenizar um no-mem detentor de tantos títulos e honra-rias. Dr. Roberto Marinho, desculpe aminha presunção, mas a carta que li hojeno seu jornal diz coisas que eu tambémtinha vontade de dizer. Hoie, o nome dotrabalhador parece que mudou de singnifi-cado. Hoie, parece que só são trabalhado-rés aqueles que exercem funções nos esca-lõés mais baixos da hierarquia.'VQuando se chega por mérito a posi-ôes mais elevadas, quando por traba-nó, dedicação e competência passa-se acomandar, nos dias atuais, deixa-se de sertrabalhador.."Assim, como o senhor, comecei mi-nh| vida muito cedo, e guardo até hojecótã muito orgulho minha carteira de tra-balho de menor. Lá se vão 30 anos ehoje, aos 45, se cheguei onde cheguei,foi;fruto de muita luta, muita dedica-

çâo, muito estudo e principalmente muitotrabalho."Portanto, assim como o senhor diz emsua carta, muitos e muitos daqueles quenão comungam das idéias do Partido dosTrabalhadores também são trabalhado-res."Não sou leitor assíduo do seu jornal,

_

mas acho que todo meio de comunica-çâo tem o direito, assim como todo ci-dadão de um País livre, de apoiar ounão esta ou aquela idéia, este ou aque-le candidato. Isto, ao meu ver, é demo-cracia.

"Dr. Roberto Marinho, como disse an-teriormente. presunçosamente, o motivodesta carta é parabenizá-lo pela beleza daspalavras, pela sinceridade e pela humilda-

"Espero que todos os que leiam suacarta reflitam o suficiente para enten-der até onde o senhor quis chegar. Com omeu respeito, aproveito para lhe desejarum Feliz Natal e um Ano Novo cheio desaúde e felicidade."Antônio Carlos G. Santos (Rio de Ja-nelro-RJ)."Eu e a Regina lhe agradecemos. O Brasilinteiro lhe agradece.Samuel Puretz, Capitão-de-Mar-e-Guer-ra e médico, e sua esposa, Regina Lú-cia Saboya Burnler, artista plástica(Rio de Janeiro-RJ)."É com alegria que escrevo esta cartapara lhe agradecer as suas palavras escri-tas no seu jornal, no dia 19-12-89, ao sr.Luís Inácio Lula da Silva.

"Fiquei alegre por que tendo trabalha-do como Diretor em uma de suas em-presas durante 75 meses, pude consta-tar toda a sua dedicação ao seu complexode empresas e sempre me senti chocadocom a forma que outros políticos semcompromisso com este País sempre se re-feriam ao senhor e a sua organização.

"Durante todo o tempo que trabalheiirmanado no seu propósito de crescer seuconjunto de empresas, verifiquei toda asua lealdade com seus funcionários dequalquer escalão. Este sentimento só épossível em alguém de tão nobre despree-dimento de espirito e firme em suas atitu-des.

"Muito obrigado Dr. Roberto Marinhopor suas palavras, afinal o senhor fa-lou aquilo que estava engasgado em mi-nha garganta e acredito na de milhões debrasileiros."Atenciosamente."Fernando Reis da Costa e Silva, Di-retor Presidente do Banco Empresarial(Rio de Janeiro-RJ)."Prezado amigo,"Amigo, porque sempre fui seu admira-dor e como exemplo a ser seguido porquem acredita no desenvolvimento e noprogresso. Sou publicitário e administra-dor hospitalar, tenho 26 anos de idade,atualmente sou proprietário de uma pe-quena empresa de organização de eventose consultoria de marketing, empregandodiretamente oito empregados e indireta-ment mais de 20. Fui feirante, vent! .rior delivros na feira, ajudante de obras e tivemuitas outras atividades dignas para asse-gurar o meu ganha-pão. Curioso e acre-ditando em dias melhores, fui buscan-do novos caminhos. Aos 17 anos. fuiconvidado para assessorar a diretoria deuma escola, onde em pouco tempo, che-guei a diretor e sócio.

"Seriam muitos os fatos a serem des-crevidos, mas vale acrescentar, a expe-riência de ter sido Coordenador Admi-nistrativo e Assessor para assuntosComunitários no Hospital UniversitárioPedro Ernesto da UERJ, ao lado do saudo-so companheiro Drifernando Fadél, quedeixou muita saudade. Antes disto, fui mi-litante de movimentos de greves. Sabeque eu percebi Dr. Marinho, que quemmais fazia arruaças não queria nada como trabalho e sim dificultar o seu funciona-mento e estimular a discórdia.

"Enfim, a gente tem a oportunidade deevoluir e acreditar em coisas mais concre-tas, aprendendo a diferenciar o certo doerrado, somente lamento que os mesmosarruaceiros ainda continuem vendendo asvelhas ideologias para jovens que se dei-xam se enganar ou são realmente ingê-nuos.

"Este pequeno relato pessoal é para pa-rabenizar a 'Carta a Lula' de sua autoria,que se define com clareza quem é 'pro-gressista' (como se define o movimento es-querdista) e quem realmente incentiva oprogresso, investindo e incentivando o de-senvolvimento de nosso País.

"É dando exemplo, que dentro de ca-da um de nós, tem que que existir umadefinição, para que lado devemos seguir, oque é certo e o que é errado, pois somenteassim poderemos construir um Brasil me-lhor.

"Aproveitando a oportunidade, queroconvidar V.Sa. para participar do almoçode confraternização com a imprensa, pro-movido peo Presidente da Associação deHospitais do Estado do Rio de Janeiro, Dr.Mansur José Mansur, às 12h do dia 21 docorrente, no Salão Nobre do Hotel Guana-bara."Cordialmente,"

João Alfredo Beck, Professor (Riode Janeiro-RJ).

Chuvas elevam o índicede abstenções em Minas

Belo Horizonte (AG) — Aschuvas que caem há quase duassemanas em várias regiões de Mi-nas fizeram com que o índice deabstenção no segundo turno daseleições presidenciais no Estadosuperasse em 4,9% o índice regis-trado no primeiro turno. No últi-mo domingo, 1.409.889 eleitores —14,95% dos 9.433.103 eleitores mi-neiros — deixaram de votar. Parao presidente do TRE, Paulo Tino-co, esse índice de abstenção está"de bom tamanho" pois, devido àschuvas, sua expectativa era deque um número bem maior deeleitores não comparecesse às ur-nas no dia 17.

O TRE não sabe ainda quan-

tos recursos foram impetrados pe-los partidos desde o início daapuração, mas segundo Paulo Ti-noco, seja qual for a decisão doTribunal sobre esses recursos,eles não influirão no resultado fi-nal das eleições pois, em sua gran-de maioria, são contra a anulaçãode apenas um ou dois votos em de-terminada seção eleitoral.

Minas Gerais não foi o únicoEstado a entregar os resultados fi-nais ao TRE mas, em contrapar-tida, foi o que se utilizou de todosos meios possíveis para levar osboletins de urnas do interior paraa capital. Os boletins chegaram decarro avião, helicóptero, correio eaté por telex.

Câmara devolve dinheiroque não chegou a gastar

Salvador (AJB) — Um casoraro na administração públicabrasileira ocorreu no município deEunápolis, a 740 quilômetros des-ta capital: a Câmara Municipaldevolveu à Prefeitura NCz$ 63 mil339, economizados pelos vereado-res, dos recursos repassados peloExecutivo para cobrir as despesasorçamentarias do funcionamentodo legislativo.

No ofício endereçado ao Pre-

feito Gediel Sepulvida Pereira(PMDB), o presidente da Cama-ra, Osvaldo Soares Filho (PMDB),afirma que os vereadores confiamque os recursos serão aplicadosem obras sociais, "todas necessá-rias ao nosso povo carente" eacrescenta esperar que o fatoocorrido em Eunápolis sirva deexemplo para outras casas legis-lativas do país.

A SOLIDARIEDADE DE EMPRESÁRIOS, PQLÍTICOS E LÍDERES DE CLASSE

Atitude descrita como 'uma rara lição de humildade'JOSE ALENCAR DA SILVA, Pre-sidente da Federação das Indús-trias do Estado de Minas Gerais —"Causou-me a mais viva impressão onobre sentimento que extravassa dotexto da 'Carta a Lula'. As palavrasde Roberto Marinho fizeram-me pre-sente sábia observação de Cervantes:'A humildade é a base e o fundamen-to de todas as virtudes e sem ela nãohá nenhuma que o seja*. O toque co-loquial, fraterno, das consideraçõesexpedidas, a experiência de vidatransmitida, o exemplo de uma vidade trabalho comprometida com oprogresso econômico e social que po-de ser evidenciado na lapidar narra-tiva, tornam a carta um documentosingular, que enaltece o signatário ehomenageia de fato o destinatá-rioz."

STEFAN BOGDAN SALEJ, Presi-dente do Centro das Indústriasdas Cidades Industriais de MinasGerais — "A importância das Or-ganizações Globo, seu papel desem-penhado no País e até mesmo no ex-terior é de indiscutível valor. Asnovelas da TV Globo, que mostram oBrasil ao mundo, seriam motivo sufi-ciente para Roberto Marinho opinare ter como resposta a solidariedadedo povo brasileiro. Na Iugoslávia,onde tenho parentes, a condição debrasileiro passou a ser mais respei-tada com a veiculação das novelas"Escrava Isaura" e "Malu Mulher",numa clara demonstração da capaci-dade de exportação de cultura repre-sentada hoje pelas Organizações Gio-bo. Durante o processo eleitoral, osataques a Roberto Marinho se multi-plicaram e as empresas, apesar destainjustiça, permaneceram fiéis às de-terminações de seu proprietário que,como poucos, poderia usar sua forçae se contentou em manter-se apenasum homem das comunicações.

ANTÔNIO ROGÉRIO MAGRI,Presidente da Confederação Geraldos Trabalhadores (CGT) — "As-sino em baixo tudo o que o RobertoMarinho escreveu em sua 'Carta aLula'. Ela traduz com fidelidade osmeus sentimentos e reflete rigorosa-

Brizola entracom ação por

injúria edifamação

O ex-Governador Leonel Brizolaafirmou ontem que entrará com umaqueixa-crime por injúria e difamaçãocontra o Presidente das Organiza-ções Globo, jornalista Roberto Mari-nho, baseado na "Carta a Lula", pu-blicada na edição de ontem doGLOBO. Na carta, Roberto Marinhodiz que Brizola "é um fazendeiro,que investe no estrangeiro seusbens, cuja origem não é conhecida".

Segundo Brizola, o objetivo de Ro-berto Marinho ao publicar a "Cartaa Lula" foi o de ressaltar a inimizadeentre os dois (Brizola e Marinho) pa-ra minimizar os efeitos da edição desexta-feira do Jornal Nacional, àqual Brizola insiste em atribuir a vi-tória de Fernando Collor. O.pedetis-ta afirmou saber que a carta fora es-crita e gravada antes das eleições,mas que não' fora usada devido aconselhos nesse sentido de seu "con-selho de assessores" e alguns agen-tes de pesquisas. O'candidato derro-tado Luís Inácio Lula da Silva (PT)também criticou ontem o jornalistaRoberto Marinho. Lula disse que pormais divergências que tenha comBrizola, ele é muito mais seu compa-nheiro do que Roberto Marinho.

Deputadofratura narizem acidente

São José do Rio Preto (AE) —O deputado estadual Vergílio Dal-Ia Pria Neto (PMDB), 42 anos,fraturou o nariz em acidente narodovia Washington Luís, próximoa çedral, e, depois de operado, foiinternado na UTI do hospital Aus-ta, em São José do Rio Preto. Per-manecerá em observação atéhoje. "Ele estava consciente meiahora após o acidente", disse suamulher Wauta Dalla Pria.

Por volta das 4:30 de ontem,' no KM 425 da Washington Luís, oOpala da Assembléia Legislativa,dirigido por Romeu Nicolau Man-cini, 36 anos, não percebeu sinali-zação de desvio e o carro bateu emobstáculos. O corpo de Vergíliochocou-se no pára-brisa dianteiroe quebrou-o. Foi cair cerca de trêsmetros do veículo. O motoristaapenas feriu-se, levemente. Na-quele trecho, a rodovia está sendoduplicada e existem váriosdesvios.

Foi um motorista de ônibus doExpresso Itamarati que socorreuo deputado e levou-o, no ônibus,até o hospital Austa, em São Josédo Rio Preto, disse Wayta. Vergí-lio, que foi secretário da promoçãosocial, participou de reunião comogovernador Quércia no dia ante-rior e depois paraninfou turma deformandos em Osasco. Retornavaa São José do Rio Preto e, menosde 20 quilômetros de sua casa,ocorreu o acidente.

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José Alencar: lembra-me Cervantes Medeiros: uma lição de democracia Gandra: resposta de um homem de bem

mente a realidade. De maneira sutil,o Diretor-Presidente das Organiza-ções Globo criticou o comportamen-to de Lula mas, ao mesmo tempo,demonstrou respeito por este opera-rio que mais perto chegou da Presi-dência da República e não quis tri-pudiar sobre ele. Além disso, elecritica Brizola, passando a Lula umrecado que ele já ouviu do Collor,recentemente, e do próprio Brizola:não coma pela mão dos outros, sigasuas próprias idéias!"

LEOPOLDO COLLOR DE MELLO,Empresário e Coordenador dacampanha do Presidente eleitoFernando Collor de Mello — "Euma carta séria, ponderada e verda-deira. Utiliza o tom correto e colocaas coisas nos seus devidos lugares."

MILTON TEMER, Deputado esta-dual (PT-RJ) — "Não posso comen-tar a carta porque foi endereçada aoLula. O fato é que ela não absolve oque fez a Rede Globo no Jornal na-cional da última sexta-feira. A im-prensa escrita tem o direito de mani-testar suas preferências em

editoriais, desde que conceda direitode resposta, mas não admitimos a in-terferencia com que um concessioná-rio de um serviço público alterou aopinião dos eleitores sobre o últimodebate. Quem não assistiu ao debatee viu o Jornal Nacional de sexta-fei-ra foi levado a votar no Collor."

LUIZ ANTÔNIO MEDEIROS, Pre-sidente do Sindicato dos Metalúr-gicos de São Paulo — "Foi umaoportuna lição de democracia. AsOrganizações Globo mostraram nes-tas eleições, além da sua comprova-da competência, um grande espíritodemocrático. Prova disso foi a parti-cipação livre dos artistas da TV Gio-bo na campanha do Lula. Aliás, atéas vinhetas da Globo o PT imitou,sem nenhum problema. Outra prova,foi o grande espaço dedicado ao mo-vimento sindical no GLOBO e naTV. A própria carta de Roberto Ma-rinho a Lula mostra uma democráti-ca identidade, deixando claro que otrabalho de um torneiro-mecanicopode ser tão importante como o deum empresário."

YVES GANDRA MARTINS, Tribu-tarista — "Entendo que a respostado doutor Roberto Marinho foi a deum homem de bem, honrando as tra-dições de grandes brasileiros comoCampo Salles. Dá uma lição de quenão se pode atingir levianamente adignidade das pessoas."

• LEGISLATIVO — O Primeiro Vi-ce-Presidente da Assembléia Legisla-tiva do Rio, Deputado MesquitaBráulio (PFL), requereu a transcri-ção da "Carta a Lula" assinada peloPresidente das Organizações Globo,jornalista Roberto Marinho. 0 parla-mentar também fez elogios às Orga-nizações Globo que, destacou, for-mam a terceira maior empresa de'comunicação do mundo. Também naCâmara dos Vereadores do Rio re-percutiu a "Carta a Lula". O Verea-dor Wilson Leite Passos (PDS) reque-reu a inserção, nos anais doLegislativo municipal, de um votode congratulações as OrganizaçõesGlobo pela "notável cobertura".

Desincompatibilização é como Congresso, conclui o TSE

Brasília (AE) — O TribunalSuperior Eleitoral (TSE) devolveupara o Congresso Nacional a deci-são da consulta sobre os prazos dedesincompatibilização de minis-tros de Estado e secretários esta-duais para concorrerem àseleições de governadores, senado-res e deputados federais e esta-duais no dia 3 de outubro de 1990.

Os sete ministros do TSE aca-taram parecer do relator da con-sulta, ministro Roberto Rosas, que,por sua vez, seguiu a interpretaçãodo procurador-geral eleitoral,Aristides Junqueira Alvarenga, se-gundo a qual a questão da desin-compatibilização de ministros esecretários na nova Constituiçãofoi remetida para lei comple-mentar.

O ponto de vista do TSE é quecaberá ao Congresso Nacional le-gislar sobre estes prazos de desin-compatibilização, entendendo queuma iniciativa de lei complemen-tar à Constituição não se enquadrana proibição constitucional de quelei eleitoral somente deve entrarem vigor um ano após sua aprova-ção pelo Congresso.

Pela decisão do TSE, à cônsul-ta feita pelo deputado MaurílioFerreira Lima (PMDB-PE), a re-comendação é que os prazos de-vem ser idênticos àquelesincluídos na Constituição anterior(a da de 1967, emenda em 1969),que previa para ministros de Es-tado, secretários estaduais, presi-dente, diretor, superintendente de

órgão da administração pública di-reta ou indireta, incluídas as fun-dações e sociedades de economiamista.

Pelas conclusões doprocurador-geral eleitoral, acata-das pelos relator Roberto Rosas eaprovadas pelo sete ministros doTSE em sessão secreta adminis-trativa na noite de terça-feira, massó ontem, divulgadas, o afasta-mento de secretário estadual ou doministro de Estado que deseja sercandidato a cargo eletivo" é normaque protege a normalidade e legi-timidade das eleições contra oabuso do exercício da função públi-ca e a própria normalidade do ser-viço público".

Como, até agora, não foi vota-da a lei complementar à Constitui-ção, destinada a fixar os prazos emque ministros e secretários devemdeixar suas funções para se can-didatar a cargo eletivo, eles podemse candidatar" sem necessidade,imposta por lei, de se afastar defi-nitivamente do cargo que exer-cem", na opinião de AristidesJunqueira Alvarenga.

ElegibiiidadeBrasília (AE) — Ministros de

Estado poderão se candidatar agovernador, senador e deputadoaté mesmo em pleno exercício docargo. Quem garante a elegibilida-de de ministros é o ministro daJustiça Saulo Ramos. Disse eleque a nova Constituição deixou defora ministros e secretários esta-duais da obrigatoriedade de renun-

ciarem até seis meses antes deeleições, se candidatos.

O art.14, parágrafo sexto daConstituição, estabelece que, paraconcorrerem a outros cargos, opresidente da República, os gover-nadores de Estado e do Distrito Fe-deral e os prefeitos devemrenunciar aos respectivos manda-tos até seis meses antes do pleito,sem qualquer referência à inelegi-bilidade de ministros.

O ministro Saulo Ramos lem-brou que somente a Constituiçãoou lei complementar podem esta-belecer casos de inelegibilidade. OCongresso até que tentou no iníciodo ano fixar o prazo de até seis me-ses antes do pleito para ministrosrenunciarem, se candidatos. O pro-jeto, do líder do PMDB, Ibsen Pi-nheiro, foi ajprovado pela Câmarae engavetado pelo Senado.

Segundo o ministro da Justiça,não há qualquer texto constitucio-nal ou de lei complementar obri-gando ministros de Estado adeixarem os cargos até dois deabril, se candidatos às eleições detrês de outubro—governador, sena-dor, deputado.

Pela informação de Saulo Ra-mos o deputado Bernardo Cabrale os senadores Carlos Chiarelli, Jo-sé Agripino Maia, João Castelo eoutros parlamentares incluídos nabolsa de ministeriáveis do gover-no Collor de Mello poderão exercercargos de ministros e a três de ou-tubro concorrerem às eleições es-taduais.

Vice capixaba reageao decreto de Mauro

Vitória (AE) — O vice-governador do Espírito Santo,Carlos Alberto Cunha (PMDB),decidiu ingressar com um manda-do de segurança na Justiça, argüi-do a inconstitucionalidade dodecreto do governador Max Mau-ro, que praticamente extingue oseu gabinete. O decreto, publica-do na edição de segunda-feira doDiário Oficial, determina que aCasa Civil do Governo proceda àcassação dos bens imóveis, equi-pamentos e veículos à disposiçãoda vice-governadoria. lámbémsuspende as verbas destinadas aosetor e exige que os servidores àdisposição do gabinete voltem àsrepartições de origem.

Cunha voltou a acusar MaxMauro de promover retaliação po-li tica e garantiu que as contas doseu gabinete estão corretas. O go-vernador, respondendo, disse queo vice-governador, seu adversáriopolítico na última eleição, "tentaesconder o objetivo principal do

nosso decreto, que é a moralizaçãopública". Segundo Max, o decretofoi preparado por sua assessoriae há irregularidas nas contas dovice, de acordo com o parecer daAuditoria Geral do Estado. O go-vernador disse que, de janeiro amaio, o gabinete de Cunha consu-miu 5.117 litros de gasolina.

O vice-governador considerouo decreto inconstitucional e garan-tiu que, pela Constituição do Es-tado, no artigo 152, inciso V, ficaproibida a transposição, remane-jamento ou transferência de re-cursos de uma categoria deprogramação ou de um órgão pa-ra outro. O vice-governador espe-ra enquadrar o governador emcrime de responsabilidade, combase no artigo 92, da ConstituiçãoEstadual. Na eleição para escolhado novo presidente, Cunha e Max,que são adversários, estiverammais uma vez divididos: o gover-nador apoiou Lula e o vice, Fer-nando Collor de Mello.

Almino querantecipação

da posseSão Paulo (AG) — O vice-

governador Almino Affonso defen-deu ontem, em entrevista no Pa-lácio dos Bandeirantes, aantecipação da posse do futuropresidente da República por con-siderar uma insensatez aguardar-se três meses de espera diante deuma economia traumática."Sarney não tem mais nada adizer nem a fazer e o tempo suple-mentar que lhe resta, até marçode 1990, correrá negativamentecontra ele", frisou Almino, acres-centando: "Sarney granjeariamaior respeito para ele próprio setomasse a iniciativa de deixar ogoverno o mais cedo possivel".

Mesmo como adversário poli-tico de Collor de Mello, conformesalientou, o vice-governador é deopinião que não se deve criar obs-'táculos ao governo que está nas-cendo, mas se adotar posições deluta de combate à inflação quecastiga o povo.

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