desconhecido - VISIONVOX

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desconhecidoCity´s Secrets Vol.3 B.B. HAMELé um babaca total. Pelo menos, é o que ele quer que eu pense. Definitivamente é um jogador

arrogante, imundo e sexy pra caralho. E o fato de que o pai de Noah tentou arruinar a vida daminha mãe torna as coisas complicadas. Nossas famílias estão praticamente em guerra, e seu paifará de tudo para mantê-lo na linha. Quando consigo um emprego no novíssimo cinema docampus, me vejo mais perto de Noah do que jamais imaginei ser possível. Praticamenteadministra o lugar, e todo mundo que trabalha lá tem uma história sobre ele. Não sei dizer sedetesto ver seu sorriso confiante ou se quero que faça todas as coisas sujas que sussurra em meuouvido na escuridão do teatro vazio. Antes, nunca me perguntei que tipo de pessoa sou. Mas coma câmera do Noah rodando, terei que decidir o que faz alguém ser bom ou ruim antes que o filmeacabe. Este livro contém conteúdo adulto (situações sexuais explícitas e linguagem madura) e érecomendado para o público 18+.

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— Noah, volte para a cama. Hesitei fora do banheiro e olhei por cima do ombro para a loiraatravés de uma ressaca de manhã cedo, o cabelo encharcado na luz fraca do amanhecer, e nãotinha ideia de qual era o nome dela. Jackie? Jessa? Era algo com um J, pelo menos. Déjà vuinundou através de mim, e tive que fisicamente tratar aquilo. Grunhi para ela suavemente,esperando que entendesse o que quis dizer, tropecei em direção ao meu banheiro e comecei amijar, o que pareceu durar dez minutos. Praticamente podia sentir as toxinas saindo do meucorpo, e me senti horrível. Foi da mesma maneira que tinha começado a manhã quase todos osdias nos últimos meses. Quase sempre havia uma garota estranha na minha cama e minha cabeçaparecia como se tivesse sido atropelada por um caminhão.

Na noite anterior, após a inauguração do novo cinema estudantil que meu pai tinha compradopara o campus Temple’s, tinha saído com meus colegas de trabalho para um clube no sul daFiladélfia. Tudo por conta do meu pai é claro, e nós nos fartamos: dose após dose, cerveja atrásde cerveja, e finalmente encontrei-me paquerando o qual — é seu — nome. Como todas asoutras putas de clube insípidas que conheci, ela era fácil de atrair assim que descobriu quem era

meu pai. Odiava usar isso, mas estava muito bêbado e cansado demais e ela era muito chata paradar-lhe um pouco de esforço real. Uma coisa levou à outra, e nós estávamos em um táxi, as mãosda loira em cima de meu pau duro, meus amigos deixados no clube. As coisas ficaram um poucoconfusas depois disso, mas tinha uma memória distinta de seios grandes e firmes saltandoenquanto cavalgava meu pau. — Noah, o que está fazendo? — Ela gritou, soando impaciente.Olhei para mim mesmo no espelho do banheiro, auto aversão derretendo meu corpo em ondasespessas. Minha pele estava pálida, tinha sacos pesados sob meus olhos, e meu cabelo estavauma bagunça. Francamente, acho que nunca tinha me sentido tão terrível na minha vida inteira, enão foi só a ressaca. Estava farto; farto do vazio, do dinheiro e a fama que veio com ele e aincessante necessidade do meu pai de controlar tudo que eu fazia. Estava farto e me afogando ao

mesmo tempo. Sabia que precisava de algo novo, alguma mudança para me puxar dequalquer oceano que estava quase pisando na água, mas não sabia qual mudança era ou como aencontraria. A loira disse algo novo, mas a ignorei. A maioria das garotas não durava mais doque uma noite. Algumas conseguiram através do café da manhã, mas nenhuma tinha recebidouma ligação no dia seguinte. Não era meu estilo. Elas entenderam o que eu queria, e foi por issode qualquer forma sobre a insana chance de que iria me apaixonar por elas ou alguma coisa.Foram iludidas e não me importei. Não fiz promessas. Suspirei, enxaguei meus dentes com águafria, cuspi no ralo. O cinema foi a única coisa decente na minha vida. Pela primeira vez, eu tinhaum lugar que me sentia como se pertencesse, mesmo sendo cheio com alguns, os maioresmalucos que conhecia. Mas aqueles estranhos eram as únicas pessoas no mundo que deram amínima para mim, com exceção talvez de Ellie. Virei-me e olhei para o quarto, para as roupasespalhadas no chão e mais importante, o lindo par de seios rosados, firmes e magros, pelebronzeada empoleirada em suas mãos e joelhos, me olhando avidamente. Por um segundo, tudoque podia ver era uma outra maneira de esconder-me à plena vista. Quando todos pensam queme conhecem, era fácil dar- lhes o que queriam. Era fácil camuflar-me com as suas

expectativas, e isso é exatamente o que fiz. Noah Carterson, o playboy babaca, que comeutantas mulheres quanto poderia e gastou o seu dinheiro de forma imprudente, estava vazio e semsentido. Talvez houvesse alguma verdade nisso, mas não era como me via. Não era quem eu era.Embora, sinceramente, às vezes as mentiras sangram na minha realidade, e não podia dizer ondeterminavam os rumores e onde eu começava. Mas era mais fácil assim. Era mais fácil afastartudo o resto e dar a todos o que esperavam. Eu não era uma boa pessoa. Não importava o quetinha feito. Eu não era uma boa pessoa. — Aí está você. — A loira disse sorrindo suavemente.Poderia dizer exatamente o que seu olhar significava e, embora tivesse aula muito em breve, eratentador. Não estava a fim, mas era tentador. Mesmo que não estava com vontade, meu paucomeçou a se mexer. Mas sabia o que ela realmente queria. Era a mesma coisa que todas asoutras garotas antes dela queriam, o que sempre quiseram. Queria uma participação em filmes domeu pai e meu dinheiro. Queria tentar sangrar-me seco, e estava disposta a colocar para foratanto quanto precisava para obtê- lo. Ela não se importava comigo ou com quem eu era, e na

maior parte, isso me serviu muito bem. Não me importo com ela, também. Ela arrastou-separa frente e estendeu a mão, acariciando meu pau através de minha apertada cueca de algodão,seu cabelo grosso, derramando para baixo em torno de seu rosto em suaves ondulações. Seuslábios carnudos arrogantes e outra memória voltou: loirinha gemendo suavemente enquantoembrulhou seus lábios em torno do meu pau duro. Grunhi novamente, sorrindo. Decidi que aaula poderia esperar e ela escorregou lentamente minha cueca para baixo e firmemente agarroumeu pau com uma mão, o olhando como se fosse a coisa mais importante que já tinha tocado.Talvez ela se importasse com uma parte de mim, pelo menos.

Não foi amor à primeira vista. Era mais como ódio. Nos filmes, o encontro bonito acontecequando a garota principal encontra o menino principal, geralmente em alguma circunstâncialouca que os deixa ambos apaixonados. Nos filmes, o principal é sempre bonito e charmoso,talvez um pouco pateta, talvez emocionalmente imaturo, mas sempre tem bom coração. Não vivono cinema. Noah Carterson não era bobo, longe disso. Ele era provavelmente de bom coração,embora mantivesse esse lado de si mesmo profundamente escondido. Era definitivamenteemocionalmente imaturo, e adorava fazer piadas sexuais às minhas custas. Acima de tudo, suacaracterística mais marcante era o que os filmes nunca mostraram. Era um babaca de primeirograu, com sorridentes olhos azuis, cabelo castanho escuro perfeitamente arrumado e músculos naproporção certa. Ele era um idiota lindo. Não importa quão grande o cara principal em qualquercomédia romântica decente era, Noah fez todos esses protagonistas parecerem desajeitados,magras crianças por

comparação. Mas o filme era na verdade minha vida real, em vez de alguma atração profundae impossível imediata entre o galã e a atriz principal, não gostava de Noah desde o início e nãoqueria conhecê-lo. E ainda, por alguma razão, fiquei pensando em nosso encontro bonito, eperguntei-me como poderia possivelmente conduzir a tudo que se seguiu, incluindo me esforçarem roupas de desconhecidos em um dos muitos quartos da casa de sua família louca. Perguntava-me como nunca me envolvi com um cretino lindo como Noah Carterson. Afundei meu cérebro,repetindo nosso encontro bonito mais e mais e não tinha ideia. Após um longo verão, eu e minhamelhor amiga Chrissy voltamos no campus. Não sabíamos onde as festas boas eram ainda, ealém do mais, não era muito de festas mesmo. A maioria das pessoas ainda não tinha voltadopara o campus, mas tínhamos um apartamento com um contrato de arrendamento que começoucedo, então nos mudamos imediatamente. Definitivamente era melhor que morar em casa commeus pais. Conhecia Chrissy desde que estávamos no colégio; crescemos no mesmo bairrojuntas, e ambas decidimos que Temple's era a faculdade que queríamos participar. Funcionouperfeitamente. Em vez de vaguear por horas, acabamos no centro estudantil, olhando para ocinema. Tinha lido online que tinham construído um novo cinema de três telas no porão.Aparentemente, algum produtor de cinema rico doou uma

tonelada de dinheiro para financiá-lo. — Não tenho ideia do que estou fazendo, Chris —disse à medida que viramos na mesma esquina e olhei pelo mesmo corredor talvez pelacentésima vez. — Juro que nós estamos andando em círculos. Chris era uma espertalhona elinda, com um corte de cabelo curto duende para ir com seu impecável senso de estilo. Carasestavam sempre a perseguindo, mas mal parecia importar-se; Chrissy Planter, ou Chris, como amaioria das pessoas a chamava, seria uma neurocirurgiã famosa um dia, e não tinha tempo paradistrações. Eu era mais ou menos o oposto da Chris. Não tinha ambições muito fortes, pelomenos não ainda; a única coisa que eu adorava era filmes antigos. Cresci com uma mãeprofessora cinéfila, e se certificou que tivesse uma base sólida dos clássicos quando que eu tinhadez anos. Meu pai era um poeta, e nunca superou o fato de que eu preferia o cinema à literatura.Felizmente para ele, minha irmã mais velha era uma romancista. Por quinze anos, graças aotreinamento alegre da minha mãe, poderia recitar os últimos vinte anos de ganhadores do Oscarde melhor filme de trás e para frente, mais o nome de seu diretor e atores principais. Era umahabilidade inútil, a menos que estivesse em um concurso de curiosidades. Por causa disso, decidique estudaria cinema, mas não descobri o

que faria. Todos constantemente perguntavam quais eram os meus planos, e gostava deresmungar sobre roteirista ou algo assim. A verdade era que gostava de filmes antigos, e os meuspais eram muito favoráveis de tudo o que decidi fazer. Como nós continuamos vagando pelos

corredores, vi que havia uma pequena escada à frente. Fui na frente, um pouco envergonhada quenos arrastara para fora em uma noite chuvosa de terça-feira para ver um filme que Chris não seimportava e incrivelmente nos perdi. Desci as escadas dois degraus de cada vez, esperançosa deque finalmente tinha encontrado o caminho certo. O cinema era para ser no porão, e porões eramgeralmente para baixo. Minha lógica parecia barulhenta. — Espera aí maluca! — Chris gritou,rindo. Cheguei na parte inferior da escada e olhei para ela. — Tenho um bom pressentimentosobre isso — disse. Sorri para ela quando virei a esquina. De repente, fui derrubada na minhabunda, e pipoca estava em toda parte. Senti como se tivesse saído diretamente em um poste deluz. A pista com um incrivelmente sem graça — Oof! — e minha saia caiu ao redor de ambos oslados dos meus quadris. — Ow! — Disse olhando para cima. Olhando diretamente para mim,com um grande sorriso no rosto, estava o cara mais atraente que já vi na minha vida. Queixomarcado e nariz

perfeito, pele macia e cabelo curto, seus profundos olhos azuis me olhando de volta ecorrendo pelo meu corpo. Nem tentou fingir que não estava me olhando, e eu tanto amava eodiava. O sentimento deixou um nó de emoção no meu estômago. — Ei! — Disse com umapequena risada. Levei um segundo para compreender inteiramente: ele estava olhando paraminha calcinha branca com Bolinhas rosa, claramente visível entre minhas pernas esparramadase saia enviesada. Fiquei vermelha brilhante, fechei as pernas e alisei o tecido. — Peço desculpa— disse, tentando ficar de pé. Decidi fingir que ele não tinha visto nada. Estava além demortificada. — Não se preocupe, Bolinhas. — Estendeu a mão e ajudou-me a levantar. Seucorpo era forte, musculoso e bem proporcionado, e tinha um pouco mais de um e oitenta dealtura. Podia jurar que era feito de tijolos, quando o encontrei. E esse cara lindo estava mechamando por minha calcinha. Que idiota. — Peço desculpa, que não te vi — disse. Deu umpasso mais perto, e meu fôlego ficou preso na garganta. — Você está bem? Que cavalheiro.Tinha estado muito ocupado olhando minha calcinha para pedir imediatamente.

— Estou bem. Lamento por sua pipoca. Um balde de pipoca estava derramado no chão aolado de nossos pés, e presumo que tinha estado segurando um segundo antes. Ele encolheu osombros. — Vale a pena para o show extra. Uau. Eu não podia acreditar nele. Senti os dois:excitada e humilhada, o que era confuso. Não sei se queria bater aquele sorriso arrogante da caradele, ou se queria correr os dedos através deste cabelo e morder seu lábio inferior. — Comprareimais — eu disse, tentando desviar o seu comentário. Afobada, agachada comecei a reunir omáximo do conteúdo derramado que pude. — Qual é o seu nome? — Perguntou, curvando-se aomeu lado para ajudar. Nossos corpos e rostos estavam a centímetros de distância, e pude sentirseu perfume doce, maravilhoso. — Linda. — Apanhei o ápice ao longo do meu corponovamente, e senti uma emoção de excitação correr pela minha espinha. Odiava que amavamuito o seu olhar. Parte de mim queria levá-lo para um banheiro e dar uma olhada melhor. —Linda. Sou o Noah. — Sua voz era profunda e suave. — Desculpe novamente sobre a pipoca —disse. Evitava contato com os olhos, sentia-se desconfortável,

como meu pulso acelerou a partir de sua proximidade. — Não se preocupe Bolinhas.Realmente. — Bem, aproveite o seu show, então — Grunhi para ele, não sabendo mais o quedizer. Parei de juntar e levantei-me em linha reta. Noah sorriu para mim novamente, pueril ebonito. — Já fiz, mas obrigada — disse. Com isso, me deu outro sorriso, levantou a pipoca queele podia e depois entrou em uma sala do cinema. Fiquei ali tremendo por meio segundo. Nãoconseguia acreditar que foi tão rude. Nem tentou fingir que não tinha visto minha calcinha, e eleestava basicamente me comendo com os olhos. Se não tivesse gostado tanto, poderia ter feitoalgo mais drástico. Senti-me humilhada, com raiva e animada, tudo misturado em um momento

confuso. Antes que pudesse cair em uma fantasia onde o castiguei várias vezes por ser tão idiota,Chris intensificou ao meu lado. — Quem era aquele gostoso? — Perguntou. Bufei. — Só umidiota que quase derrubei. — Ele gostou de você. Pensei que te convidaria para sair. Hesitei.

—Você acha? — Pensei que ele era “só um idiota”? — Ela disse, sorrindo para mim. — Massim, definitivamente. Ele praticamente estava te engravidando com os olhos. — Oh, cale-se! —Disse, revirando os olhos. Antes que pudesse voltar a mim, saí em direção à bilheteria. Apesar deminha dignidade machucada, estava determinada a ver o filme. Chris riu e me seguiu, e sabia queestava destinada a mais algumas piadas sobre aquele idiota lindo antes que a noite acabasse.

Chris e eu moramos em um apartamento pequeno, com dois quartos no lado sudoeste docampus. Do outro lado da rua, menos de cem metros de nossa porta da frente, era o lugar damelhor comida chinesa no norte da Filadélfia. Alguns dias mais tarde, quando a última noite dasférias de verão acabava, e cada vez mais alunos filtraram para a área, comemos macarrão esentamos na varanda. A noite estava quente, pegajosa e suada, e nós conversamos sem rumosobre a semana que vem. Os primeiros dias de aulas eram sempre os mais divertidos; eram diasde programa de ensino normalmente, e raramente tínhamos o dever de casa. Chris estavaparticularmente animada para a aula de Neurologia, já que queria ser uma neurocirurgiã, e euestava ansiosa para um levantamento dos primeiros filmes americanos. Desde que queria ser,bem, alguma coisa. — Descobri uma coisa sobre aquele cara, Noah, com quem quase transou. —Chris disse após uma mordida enorme de meu prato. — Não quase fiz sexo com ele — disse,corando. A memória de seus olhos azuis intensos, correndo pelo meu corpo enquanto lutava parame cobrir voltou. Mesmo que

já haviam se passado alguns dias desde meu problema de figurino, não consegui tira-lo daminha cabeça. Tinha feito alguma pesquisa no Facebook, tipo perseguição, mas nada muitosério. — O que quer que seja perto o suficiente. O que acha que o seu pai faz? Dei de ombros. —O ex-jogador de futebol que virou treinador. Careca, pesa 40 quilos a mais, adora Bud Light.Chris riu. — Estranhamente específico, mas não. Ele é um produtor de cinema. Curvei asobrancelha, surpresa. — Isso é muito legal. — Sim, e sabe o que é ainda mais legal? — O que?— Já sei onde Chris estava indo com isso, mas era melhor deixa-la chegar lá do que ainterromper. Isso só provocaria mais dela. — Ele é o cara que pagou seu precioso novo cinema.Fiquei muito surpresa nisso. O cara que ficava fantasiando, quem tinha me despido com os olhos,era filho de um cara no ramo do cinema. Era uma estranha coincidência, ou pelo menos pareceuuma. — Não acredito — disse, esperando que iria entrar em mais pormenores.

— É verdade. Selena estava nos dormitórios com ele, aparentemente. Seu pai é rico, tipoultra rico. Produziu os filmes de super-herói, os mais realmente populares. — Chris deu deombros. Não era a melhor com a cultura pop, embora soubesse exatamente o que estava falando.— Por que estava falando com Selena sobre isso? — perguntei. Selena era uma das amigas deChris da aula de biologia no semestre passado. A encontrei algumas vezes, e ela era boa osuficiente, mas uma grande tapada. — Vi uma foto no seu Facebook, e como já o perseguiutanto, pensei que iria ajudá-la. — Não estive prosseguindo-o! — Sim, ok. — Ela me deu umapiscadela e riu. Queria bater a massa fora de sua boca, mas sabia que estava certa. Suspirei. — Oque mais ela disse? — Não muito. É um grande jogador e outras coisas. Não o conhecia tão bem.— Isso não me surpreende. Chris sorriu. — Por quê? Por que é tão quente que todos devemdesmaiar sobre ele? — Não, quero dizer, do jeito que Noah falou. — Está quente por esse cara.Praticamente pingando.

Uau. Chris pode ser bastante descritiva às vezes. Pensei que tinha algo a ver com seu planode fundo da ciência física. Em vez de reconhecer sua declaração claramente falsa, joguei um fio

de macarrão na direção dela. Chris era geralmente muito perspicaz, especialmente quando dizrespeito a minha vida amorosa. Por alguma razão, ela era o Encontro de Irmãos1 do meu desejosexual, e sempre sabia quando eu estava interessada alguém, não importa o que fizesse. Mesmoque escondesse isso dela, ela cheirou por acaso. Noah não foi exceção. Mesmo que tenha sidoum idiota total, ainda não consegui tira-lo da cabeça. A notícia de que seu pai era um grandeprodutor só o fez muito mais atraente para mim. Não era o dinheiro, mas o fato de que tinha umaconexão para uma coisa que adorava que me interessou. Imaginei que a vida dele deve ter sidocomo crescer na indústria cinematográfica. Minha mãe teria matado por alguma coisa assim jáque tinha feito sua carreira acadêmica analisando filmes. Ficava pensando em seus jeansdesbotados e camiseta de designer, perfeitamente envelhecida para parecer vintage, e percebi quese parecia com um cara rico. Mas havia algo em seu olhar, seu sorriso arrogante, autoconfiante,que não conseguia entender. Sem mencionar que ele entrou no cinema que estava passandoPierre Le Fou, que era o filme de um 1 Rain Man, no original, é um filme norte-americano de 1988 , do gênero drama, dirigido por Barry Levin- son. O filme foi inspirado na vida e obra deKim Peek, entretanto, não se trata de uma cinebiografia dele.

famoso cineasta francês chamado Jean-Luc Godard. Minha mãe adorava Godard, e fiqueisurpresa que Noah estava interessado em ver as coisas dele. Nunca o conheci, mas teria dadooutra chance se isso significasse estar ao lado de Noah no escuro por uma hora ou duas. Chris eeu acabamos vendo um velho Clint Eastwood ocidental, que me poupou de ter que esbarrar comNoah novamente. Não conseguia decidir se foi sorte ou não. Suspirava quando Chris e eulevantamos e voltamos para dentro, tentando esquecer os pensamentos que ficava rodando pelaminha cabeça. Noah Carterson, cretino, playboy e um garoto rico, foram apresentados comfirmeza na minha cabeça, e eu não podia soltá-lo. Adorei o primeiro dia de aula. Na semanaanterior estava cheia de calouros, movendo-se em seus dormitórios, os mais adiantadosrelaxando na sombra e todos geralmente se preparando para o próximo semestre. Quandoestavam nas aulas, o campus era uma cidade fantasma; até mesmo os caminhões de almoçofecharam desde que a maioria dos seus clientes também estavam em casa ou apenas não viriampor aí. Mas as coisas lentamente ficaram mais frenéticas e emocionantes, até que tudo atingiu opico no primeiro dia. Caminhei através do centro do campus, passando pela torre do sino e abiblioteca e fiz o meu caminho em direção a Anderson Hall. Minha primeira aula era a queestava mais animada: Levantamento dos Primeiros Filmes Americanos, 1901-1951. Esse períododa história do cinema foi tão

romântico para mim; tudo era novo, cada técnica estava sendo descoberta, a maneira deescrever, o mercado que um filme era lentamente sendo entendido e os grandes estúdioslevantaram- se em torno de Hollywood e começaram a dominar a indústria. Estava cheio defofocas e intrigas e histórias incríveis. Respirava o ar quente de outono e sorria quando hordas decalouros perdidos passavam. O campus era perfeito quando o tempo estava bom. Usei meuvestido favorito, tênis branco limpo com meias brancas e uma mochila nova que comprei duranteo verão. Olhei para todos ao meu redor, mas não reconheci ninguém, exceto pelo meninoirritante que sempre senta nos degraus da torre do sino e toca seu violão horrível. Não erasurpreendente, já que Temple's tinha milhares de crianças. Ainda assim, reconheci um padrãogeral, como as pessoas sentavam-se em bancos e comeram em suas folgas, professores correndopor entre a multidão para chegar a tempo para sua próxima aula, o pessoal da manutenção geralalinhando os caminhões pizza. Sorri e me senti estranhamente em casa. Empurrei a porta eatravessei o saguão cheio de gente lá embaixo. Minha turma era no segundo andar, entãocontornei a fila para os elevadores e comecei a subir os degraus. Anderson era provavelmente o

edifício mais mal projetado no mundo. Tinha apenas dois elevadores principais de 12 andares, eeles eram constantemente cheios, como latas de sardinha. Sempre os evitei quando possível.Normalmente, apenas calouros e pessoas nos níveis superiores usam os

elevadores de qualquer forma. Após uma pequena subida, fui para o corredor e encontrei asala 237. Dez minutos mais cedo, mas gostava de ter tempo, no caso de não conseguir encontrara sala. O campus de Temples eram notoriamente difíceis de andar, as salas pareciam aparecer edesaparecer em pontos diferentes a cada semestre. Sentei para trás e comecei a desfazer a minhamochila, olhando ao redor para os outros alunos. Pessoas lentamente entraram para a sala grande,ocupando a maioria dos espaços. Com alguns minutos antes do início da aula, o ProfessorJohnson entrou, parecendo cansado e abatido. Tinha ouvido falar-lhe da minha mãe; Erasupostamente brilhante, mas incrivelmente estranho. Sentou- se na frente da aula e começou adescompactar sua pasta. Quando o Professor Johnson parecia que estava prestes a começar apalestra, dois estudantes entraram. A primeira foi uma menina loira, alta, magra, vestindo shortscurto jeans e uma camiseta branca apertada. Era a típica garota loira quente, e podia jurar quetinha visto centenas de vezes. O cara que a seguiu, no entanto, tirou meu fôlego: foi Noah,sorrindo seu sorriso arrogante de sempre. Não pude acreditar. Noah Carterson, aquele idiota, erada minha turma e foi indo em minha direção. A vadia loira levou- o para o fundo da sala, equando passaram, Noah trocou olhares comigo. Um pequeno sorriso substituiu seu sorriso, eparou ao meu lado, quando passou.

— Ei, Bolinhas — disse silenciosamente. Fiquei vermelho brilhante. — Oi, Noah! — Disse.Perdi-me em seu olhar intenso. — Prazer encontrá-la aqui. Qual é a cor hoje? Meu queixo caiu.Ele estava falando sério? — Noah, vem sentar-se comigo — Veio a voz mais brilhante. Ambosolhamos para a vadia, gesticulando com impaciência para ele se juntar a ela. — Parece que suaBarbie está chamando. — Cuspi de volta. — Diga-me mais tarde. Adoraria ver outro show. —Deu- me um sorriso e então caminhou para se sentar ao lado da Stripper Barbie. Mantive minhacabeça para baixo, rosto vermelho, meu coração estava batendo acelerado com excitaçãoenchendo o meu peito. Estava fervilhando e quente quando o Professor Johnson iniciou suapalestra. Não poderia seguir o que ele disse; foi tudo um borrão de tempos, datas e atribuições.Fiquei furiosa que Noah ficava me chamando de “Bolinhas” e não podia acreditar na suapetulância. Ele estava andando com uma pessoa mais clichê que já tinha visto, e decide parar eme paquerar na frente dela? Foi um insulto em muitos níveis, e ainda fiquei lisonjeada. Não pudeme conter; estava vestindo uma camisa de gola v que mostrou uma tatuagem no peito,

seu cabelo era ondulado e jogado de lado e os músculos dele pareciam perfeitos. Assim que aaula terminou, enfiei minhas coisas na minha bolsa e corri para fora da porta. Não queria lhe daroutra oportunidade de imaginar de que cor minha calcinha era, muito menos ter que se envolvercom aquela garota horrível que estava. Quando corri pelo corredor, perguntei-me se ela era suanamorada, mas duvidei. Baseado no que Chris me disse, era provavelmente sua mais recenteconquista. Fiquei obcecada com seu sorriso e a maneira como me procurou com tanta confiançaquando saí para o dia lindo. Tive que me apressar para chegar a tempo para a próxima aula, masmentalmente isso não significava que não escolheria deixar distante todos os detalhes dainteração curta. Não era normalmente puritana, fiquei com alguns caras, mas nada sério. Não eravirgem, mas só estive com meu namorado do colégio. Encontrar uma paixão nunca foi umaprioridade enorme para mim, embora não estivesse tão adversa a ele como Chrissy parecia ser.Pensei que tinha experiência com idiotas como Noah, mas parecia ser algo completamentediferente. Nunca conheci um cara com tanta autoconfiança óbvia e elegância. Era charmoso,mesmo quando estava sendo desagradável, e eu odiava e o queria por isso.

Naquela noite, enquanto sentei no sofá depois de um longo dia de aula, tive que aceitarminha realidade financeira. Meus pais estavam ajudando tanto quanto poderiam commensalidade, mas dependia de mim pagar minhas despesas. Tinha algum dinheiro guardado domeu emprego de verão, mas rapidamente se esgotava. Eu tinha que pegar o pior imaginável parauma jovem morando no campus da faculdade: um emprego. Isso era um exagero, claro. Estavaacostumada a tantos empregos quanto precisava para sobreviver. Sempre fui tão independentequanto possível e odiava a ideia de alguém pagar por tudo. Retirei meu laptop e naveguei atravésda página de anúncios de emprego da Universidade. No ano passado, tinha trabalhado nogabinete do reitor, atendendo telefones, mas foi uma posição tão miserável, com tanta gentereclamando o tempo todo, que não tive coragem de voltar lá novamente. Rolei através dasopções, sentindo cada vez mais desespero, até que finalmente me deparei com o que parecia otrabalho perfeito. Cliquei no link e li a descrição. Era ideal, e já tinha muita experiência naposição. Quando Chris sentou-se ao meu lado

e se lançou em sua festa habitual puta precoce-semestre, reclamando sobre a carga detrabalho e cronograma, enviei meu currículo, esperando uma chamada em breve. Não ouvi nadano dia seguinte, mas no segundo dia recebi um telefonema. Animada, me ofereci para vir logoque possível a uma entrevista, e a mulher programou que viesse naquela noite. Adivinhei querealmente precisavam de ajuda, se eles estavam dispostos a me encontrar naquele dia. Minhapróxima aula de história do filme na sala 237 foi melhor. Sentei-me na frente e consegui evitarmais ou menos Noah, embora ele deu-me um enorme sorriso enquanto caminhava para dentro.Naquela aula, porém, não se sentou ao lado da Stripper Barbie, e brevemente perguntei-me o quehavia acontecido entre eles. Senti-me emocionada e aterrorizada, tudo de uma vez. Fui capaz derealmente prestar atenção naquela época e estilo de palestra do Professor Johnson, acheiinteressante, mas em todo o lugar, era exatamente o que estava esperando. Depois, flutuei atravésde minhas próximas aulas, nervosa com a entrevista. Não foi a primeira entrevista que já tinhaido, longe disso. Mas realmente precisava do emprego, e era o bico perfeito. Poderia facilmenteter me visto trabalhar lá para o resto do meu tempo na Temple's, e o salário definitivamente teriacoberto tudo que precisava, pelo menos com um pequeno orçamento. Finalmente, quando minhaúltima aula acabou, corri ao

centro estudantil. Tinha agendado para me encontrar com o gerente às quatro e meia, e desdeque minha aula acabou quatro e vinte, tive que me apressar. Segui o caminho familiar através doscorredores de volta, pulando para as escadas familiares e vim até o guichê de bilheteria docinema estudantil de novo. — Oi, estou aqui para uma entrevista — disse para a meninaentediada, sentada atrás do vidro. Ela olhou-me e acenou. — Isso seria com a Srta. Havisham.Parei com o nome. — Sério? — perguntei. A garota sorriu. — Sim. E não conte para ela, ficaestranha sobre isso. Balancei a cabeça. — Obrigada — disse. — Ela está no escritório, depois daesquina. Boa sorte. Dei-lhe um aceno, grata e segui suas instruções. Havia uma porta preta com“Administração” em letras prateadas. Bati nela duas vezes, e uma voz interior disse-me paraentrar. Empurrei a porta e bati em cheio no rosto com uma espessa nuvem de perfume. A sala erapequena, dominada por um balcão único no centro, mas as paredes estavam cheias com cartazesde filmes antigos. Havia uma chapeleira no canto com boás de pena, chapéus e outras peças dotraje lançadas

descuidadamente por todo o lado. A mulher sentada atrás da mesa estava provavelmente emseu final dos cinquenta anos. Usava maquiagem pesada e era bonita, apesar da aparência umtanto palhaça que tinha. Seu cabelo era cortado curto e castanho, e o sorriso dela era gentil. —Bom, olá, o que posso fazer por você? — Sou Linda, tenho uma entrevista. Ela manteve-se,

sorriso aumentando. — Linda, muito prazer. Nós apertamos as mãos, e ela fez um gesto para mesentar na sua frente. Sentei, sentindo-me estranhamente à vontade. Começamos a entrevista comas perguntas usuais: experiência anterior, porque era um bom encaixe, meus pontos fracos, etc.Srta. Havisham era incrivelmente fácil de falar, e sua personalidade turbulenta, misturada com aantiga decoração de escritório de Hollywood, a fez parecer uma estrela de cinema dos anos 1930.Nos demos bem imediatamente e terminamos a entrevista conversando à toa sobre CharltonHeston. Finalmente, verificou seu relógio e parecia surpresa. — Bem querida, já passa das cinco.— É mesmo? Isso foi rápido. — Realmente foi. Olha, não devia fazer isto, mas vou oferecer-lheo emprego. Salário e todos os detalhes estavam na postagem. Se estiver bem com isso, adorarialhe ter por perto.

Não pude acreditar. — Adoro isso, muito obrigado. — Fantástico! — Exclamou e levantou-se. Fez um gesto dramático em direção à porta. — Vamos encontrar o resto do pessoal e teconhecer melhor! Levantei-me e movi em torno da mesa, então a segui para fora no salãoprincipal. Uma das mais estranhas entrevistas de emprego que já tinha ido, e nunca tinha ouvidofalar de alguém não somente chegar no local de trabalho, mas também conhecer os outrosfuncionários. Ela me apresentou para a menina na bilheteria. O nome dela era Chelsea, umaJúnior, que me deu um sorriso sincero. Gostei dela imediatamente. Segui a senhorita Havishamem direção do quiosque, onde ela apresentou-me ao Chuck e Mikey, ambos Seniores, eprovavelmente os caras mais patetas que já tinha visto. Eles eram obviamente bons amigos esorriram para mim estupidamente o tempo todo. — Agora, este jovem é o coração e a alma denosso pequeno grupo de maltrapilhos — disse enquanto caminhávamos de volta para os cinemas.— Ele faz bilhetes na maior parte, embora esteja fazendo o seu trabalho futuro agora. Onde elese meteu? Caminhamos para o maior dos três cinemas, e a Srta. Havisham acenou para um caravarrendo o chão entre as fileiras de assentos na frente. — Noah, vem cá querido! — Ela gritou.

Noah? Estava brincando comigo? Não havia nenhuma maneira que era ele. E então meocorreu: o pai dele tinha comprado o cinema. Como poderia ter sido tão estúpida? Meu coraçãocomeçou a martelar no peito. Ele chegou mais perto, meu queixo quase caiu do meu rosto. Claroque era Noah Carterson, sorrindo seu sorriso enorme, arrogante e me olhando de cima à baixo.Como poderia ter sido tão fraca em não pensar que ele estaria trabalhando lá? — NoahCarterson, Linda Lewis. Os olhos dele trancaram nos meus, e estendeu a mão. — Linda, muitoprazer. Fiquei vermelho brilhante e apertei sua mão. Os dedos dele eram macios, mas suaaderência foi firme e enviou calafrios ao longo de meus braços. Os olhos dele estavampraticamente rindo, e parte de mim queria fugir. Em vez disso, encontrei o seu olhar. — Os doisse conhecem? — Srta. Havisham, disse, ressaltando a tensão. Noah sorriu para ela. Percebitotalmente como ele era charmoso naquele momento, graciosamente movendo-se para dissipar oconstrangimento e tornar Srta. Havisham parte do momento. — Não realmente, Srta. H. Tivemosuma pequena corrida

no outro dia. — Bom, já que trabalharão em conjunto. Trabalhando em conjunto? Não podiaimaginar qualquer coisa que queria fazer menos. — Estou ansioso para ver mais você — disseNoah. Peguei o duplo sentido do seu comentário e corei. Não tinha ideia que era sobre ele, mascada comentário parecia me desanimar. — Digo o mesmo — Disse. — Volte ao trabalho,malfeitor preguiçoso! — Srta. Havisham anunciou dramaticamente, e Noah riu quando voltoupara a linha que estava trabalhando. Quando giramos para ir, o peguei olhando para mim, e deu-me um pequeno aceno. — Então querida, pode começar na segunda-feira? — A Srta. Havishamperguntou quando saímos de volta para o saguão. — Sim, absolutamente. — Grande! Em algummomento amanhã venha para preencher a papelada. Estou ansiosa para vê-la! — O mesmo para

você. Muito obrigado. Apertou a minha mão novamente, em seguida, moveu-se para o escritório.Fui em direção às escadas, para o centro do estudante e para meu apartamento em um torpor.Não podia

ver as pessoas se esbarrando em torno do campus, as cores brilhantes de suas roupas e seusmovimentos, o bonito pôr do sol do final de agosto, porque veria muito mais de Noah no futuro.Estaríamos trabalhando muito próximos, de acordo com Srta. Havisham. Foi, sem dúvida, aentrevista de emprego mais estranha que já tinha ido. Senti como se tivesse acontecido em umsonho, completo com a volta do pesadelo no final.

Naquela noite, depois de subir as escadas para o meu apartamento, cabeça ainda serecuperando depois de descobrir sobre Noah, imediatamente liguei para minha mãe. Semprefomos muito próximas, especialmente quando era mais jovem, e falei com ela sobre tudo. Bem,quase tudo. Não tinha contado a ela sobre o apelido de Noah para mim, ou até mesmo sobre suaexistência, desde que não tinha ideia do que pensar sobre ele. Mas como trabalharíamos juntos, eseu pai era um famoso produtor, achei que poderia também mencionar o nome e ver se ela sabiaquem era. — Ei, Lindy! — Mamãe disse quando atendeu. — Oi, mãe, como está? — Oh, estoubem, só lidando com o início do novo semestre. Como vai a faculdade? O Professor Johnson deuproblemas? Às vezes era um pouco estranho que minha mãe conhecia todos no departamento decinema. Lecionou na Universidade da Pensilvânia, que era do outro lado da cidade no oeste deFiladélfia, mas quase todos se conheciam em seu campo. — Está bem, apenas muito estranho.

— Bem, ele ficará ainda mais estranho. Confie em mim. Eu ri. Não poderia imaginar comoisso foi possível, mas acreditei nela. — Como estão as aulas? — perguntei. — Elas estão bem,sabe como é. Mesmos alunos todo ano, rostos diferentes. — Minha mãe tinha a teoria de que temos mesmos doze estudantes às aulas dela todos os anos, mas tem muitas cirurgias plásticas entresemestres. Estava sempre reclamando de como não podia distingui-los. — Provavelmente sãoalienígenas — disse. — Oh, isso é uma boa ideia. Alienígenas mudam de forma. — Começa oroteiro. — Já na metade. Rimos juntas. Sempre tivemos um bom relacionamento, e pensei queminha mãe era a pessoa mais engraçada que conhecia. — De qualquer maneira, tenho umtrabalho — disse cuidadosamente. — Grande! O que fará? — É a nova sala de cinema. — Oh,isso é fantástico, querida. Ouvi dizer que é muito

boa. — Sim, é. Meu chefe é esta senhora louca chamada Srta. Havisham. — Não pode serLacey Havisham, pode? Dramática, perfume forte, boás de pena, atos como uma estrela decinema mudo? Sua descrição me fez rir. Lembrei-me de boás de pena pendurados em seu cabidee o grosso perfume que usava. — É exatamente ela! Assobiou. — Boa sorte com isso. Ela é umapersonagem. — Como sabe quem ela é? — Lacey e eu nos conhecemos. Ela fez provavelmentecentenas de filmes quando era jovem, mas nunca explodiu. De qualquer forma, há alguns anosatrás se aposentou da tela, e soube que se mudou para a cidade para produzir peças. — Agoraacho que gerencia o cinema. — Certifique-se de lhe dizer que mandei lembranças. — Irei. Naverdade, tenho uma pergunta para você. — O que é? Pensei por um segundo, imaginando comodeve ser. Ser

honesta e dizer-lhe exatamente o que estava pensando e sentindo, que não foi a primeira vezque conversei com ela sobre meninos, mas algo sobre Noah me segurou. — Conhece o nomeCarterson? — Bem, estou supondo que esteja falando sobre o Carterson, que financiou o cinemaque está trabalhando. — Sim, exatamente. Trabalho com seu filho. Houve um breve silêncio dooutro lado, o que me confundiu. Minha mãe geralmente tinha nada além de coisas incríveis paradizer sobre todos no negócio, mas o fato de que fez uma pausa antes de dizer qualquer coisadizia tudo. — É interessante — disse, soando reservada. O que diabos estava acontecendo? —

Sim, aparentemente estarei trabalhando estreitamente com ele. — Muito bom, isso será divertido.Não sabia por que não estava mordendo a isca, fazer 1 milhão de perguntas sobre Noah, talvezaté mesmo dar-me a sujeira na sua família. Minha mãe não era do tipo de ser reservada naopinião dela, e ainda lá estava, agindo como se fosse nada. — Você conhece o pai dele? —perguntei, decidi pressionar um pouco mais.

— Só um pouco. — Ela fez uma pausa e, em seguida, disse: — Ei, tenho que ir, sinto muito.— Ok, claro. Falo com você depois? — Irei te ligar amanhã. Tchau, querida. — Tchau, mãe. —Desligou. Olhei para meu telefone, chocada. Minha mãe raramente se esquivou de uma perguntatão obviamente, muito menos falava ao telefone por menos de dez minutos. Realmente não podiaacreditar. O que poderia ter acontecido que fez minha mãe agir tão estranho? Claramente sabiaquem eram os Cartersons, e imaginei que teve alguma experiência com eles no passado. E aindaqueria evitar toda menção dele. Foi completamente diferente dela. Confusa, coloquei meutelefone de lado e voltei a estudar. Não importa quantos pontos de minha leitura atribuída passei,Noah Carterson e a reação da minha mãe se manteve percorrendo minha mente como a aberturade Star Wars. No dia seguinte, flutuei através de minhas aulas, minha cabeça ainda girando sobreminha mãe e a família de Noah. Não tinha ideia do que a fez agir tão estranho, e realmente queriasaber. Não tive a minha aula de história do cinema naquele dia, mas esperava ver Noah nocinema. Por volta das quatro e meia, fui em direção ao centro do estudante, meu estômago cheiode borboletas. Era totalmente

irracional estar animada para preencher um formulário, mas sabia que havia uma chance dever Noah. Talvez juntos chegarmos ao fundo porque minha mãe era tão estranha sobre ele. Isso,ou seria um idiota total novamente e me daria vontade de bater nele. Talvez minha mãe sentisseo mesmo por seu pai. Talvez o Sr. Carterson era um babaca enorme, também. Praticamenteignorei isso ao ir pelas escadas e até o canto. Chelsea estava sentada atrás do caixa novamente, ede repente senti que ela morava lá. Nunca a tinha visto em qualquer outro lugar, além de por trásdo vidro, foi estranho. — Oi, Chelsea, Srta. Havisham está por aí? — perguntei. — Claro, estáali. Só bater. Assenti com a cabeça em agradecimento e então bati na porta de Srta. Havisham.Depois de um momento, ouvi um estridente “Entra!” e empurrei a porta. — Olá Linda! — Gritoupraticamente cheia de energia. Estava usando óculos de armação grossa e sentada na frente deum livro aberto. — Oi, Srta. Havisham. Estou aqui para preencher a papelada que mencionou. —Claro querida! Sente-se. — Apontou para uma cadeira em frente a sua mesa enquanto vasculhouum gabinete de arquivamento.

— Aqui estamos, novas formas de aluguel. Leve seu tempo, querida. Disse, colocandoalgumas páginas à minha frente. Peguei uma caneta da minha mochila e comecei a percorrer osformulários. Eram principalmente as coisas de sempre, uma isenção para a Universidade,informações de impostos, documentos padrão. Não demorou muito para assinar meu nome váriasvezes, e tinha acabado em cinco minutos. Quando terminei, olhei para Srta. Havisham, queestava olhando seu livro novamente com um olhar sério sobre seu rosto. Estava completamenteem desacordo com a bagunça louca do escritório dela. — Com licença, senhorita Havisham? Elaolhou para cima. — Sim? — Acabei. Coloquei os papéis sobre a mesa. Ela os pegou e dobrousob o canto do seu teclado. — Grande! Muito obrigada. Hesitei por um segundo. — Tenho umapergunta, na verdade. — O que é? — Ela tirou os óculos. Foi um gesto bonito. Tenho a sensaçãode que se importava com o que diria e não se deteria de me dispensar. — Você conhece minhamãe? Seu nome é Marilyn Lewis,

trabalha na UPenn, no departamento de estudos de cinema. Srta. Havisham olhou surpresa.— Marilyn Lewis, do Times? Minha mãe às vezes escreve filme de clientes no New York Times,

embora não tão frequentemente como costumava. Naquela época, era considerada uma grandecrítica, embora isso afilasse um bocado quando se juntou à academia. — Sim, é ela. Ela riu alto.— Conheci a velha Marilyn! Sua mãe era uma crítica naqueles dias. — Assim soube. Ela diz olá,a propósito. — Oh, isso é incrível, diz-lhe que digo isso de volta. Não acredito que Marilyn é suamãe! — É um mundo pequeno. Srta. Havisham se recostou na cadeira e olhou pensativa. —Acho que foi o destino que te trouxe até mim. Marilyn sempre apoiou minha carreira, tal comoera. Balancei a cabeça. — Minha mãe não tinha nada além de coisas boas a dizer sobre você.Sorriu, e percebi que estava realmente feliz em ouvir isso. — Bem, mande-a parar e nos visitaralgum tempo. Levantei-me. — Definitivamente irei. A que horas devo

estar aqui na segunda-feira? Empurrou os óculos de volta, deslocou a papelada na mesa eentão puxou um cronograma. — Deixe-me ver aqui.... Pode fazer de cinco as dez? — Sim, issoserá bom. — Grande. Montarei para você uma programação mais permanente na segunda-feira.— Obrigada, Srta. Havisham. — Ok Linda, tenha um bom dia. Acenei e empurrei a porta paraabrir seu escritório, sentindo-me bem. Minha mãe conhecia muitas pessoas no mundo do cinema,e tinha ouvido nada além de coisas boas sobre ela. Parecia querida e respeitada por todos, e ameiencontrar seus velhos amigos. Mas aconteceu desde que fui para Temple's. Ela tinha um montede contatos na Filadélfia e parecia aparecer mais todos os dias. No lobby, estava bem vazio.Chelsea se sentou atrás do vidro, parecendo entediada, e Mikey e Chuck estavam jogando pipocaem si, atrás do balcão do quiosque. Varri meu olhar na sala e depois o avistei. Sentado em umbanquinho na entrada para os cinemas estava Noah Carterson, mexendo à toa no celular. Usavajeans preto encaixado perfeitamente e uma camisa de uniforme de cinema negra, que conseguiufazer parecer elegante. Seu cabelo foi raspado curto nas laterais e

estava bagunçado acima e confuso na parte superior. Caminhei em sua direção, e meucoração começou a martelar. Não sabia por que. Não foi como nunca tinha falado com umhomem antes. Quando cheguei mais perto, olhou para cima. Inicialmente, sua expressão era deaborrecido e desprezo, como se o mundo fosse constantemente uma decepção, mas quando meolhou, mudou. Suas feições iluminaram, e aquele sorriso arrogante, autoconfiante apareceu. —Olá, Bolinhas — disse, deslizando seu telefone em seu bolso. — Pare de me chamar assim! —Dê-me uma razão, e talvez o faça. Suspirei. Não me lembrava de por que pensei que seria fácilter uma conversa normal com ele. — Olha, tenho uma pergunta estranha para você. — Sim,descerei com você no banheiro. Corei, e a imagem de seus lábios pressionados entre as minhaspernas saltou sem ser convidada em minha mente. Meus olhos passaram por cima de seu peitomusculoso. Que cretino. — Pode ser sério um segundo?

Esforçou-se para fazer seu rosto em uma máscara de seriedade em branco. — Ok, então.Como posso lhe ajudar, Linda? Suspirei. Imaginei que era o melhor que pegaria. — Ok, então,minha mãe é esta crítica de cinema chamada Marilyn Lewis. Estava falando com ela no telefone,e mencionei que consegui um emprego aqui. Quando seu pai apareceu, ela ficou estranha sobreisso. Alguma ideia do porquê? Noah parecia pensativo por um segundo. — Honestamente,Bolinhas? Não tenho ideia. — Já ouviu o nome dela antes? Balançou a cabeça. — Não, não. Masnão sou exatamente próximo do papai querido. Legal. Voltei à estaca zero, então. Brevementeme perguntei o que quis dizer com “não próximo”, mas coloquei isso fora da minha mente. Nãopreciso de seu drama idiota mimado em cima do meu próprio. — Obrigada! — Eu disse. Suaexpressão séria foi substituída por um pequeno sorriso. — Então, estava contando a sua mãesobre mim? Um pouco cedo, não acha? Soltei um suspiro de desespero e rolei os olhos. — É

sempre tão egocêntrico? Seu sorriso intensificou-se como ele se levantou e deu uns passosmais perto. O corpo dele encheu o espaço entre nós e minha respiração ficou presa no meu peito.

Moveu-se com uma graça surpreendente para alguém tão grande. Tive o impulso insano dealcançar e traçar os contornos de seu peito rasgado, mas resisti. — Só quando garotas como vocênão conseguem ficar longe de mim. Bufei. — Nem me conhece. Considerei acrescentar “e você éum idiota total”, mas decidi não falar. — Quer sair daqui e remediar isso, então? Baseada no tomque estava usando, tinha um pressentimento que não quis dizer uma conversa agradável, casta,durante o café. Brevemente considerei concordar e tinha outra imagem dele me levando de voltapara o seu apartamento e lentamente puxando minha calcinha da minha vagina arrepiada. Erauma loucura, no entanto. Antes que pudesse responder, talvez dizer que poderia ir aprender sobresi mesmo, uma voz incrivelmente aguda atravessou o saguão. — Noah! — Procuramos, ereconheci instantaneamente a Stripper Barbie da nossa aula de história do cinema ao pé daescada e olhando impaciente.

desconhecido— Parece que sua namorada stripper está chamando — disse. Achei que havia terminado

com ela, e uma pontada de ciúme correu através de mim, o que era louco. De tudo o que tinhaaprendido sobre Noah Carterson, ficou claro que era um jogador e gostava. Por que uma loiraimporta para mim? Nem gostava dele. Noah olhou-me, e não reconheci a expressão que brilhouno rosto por um breve momento. Foi rapidamente substituída pelo seu sorriso confiante, masfiquei me perguntando o que significava. — Te vejo mais tarde, Bolinhas — disse, em seguida,começou a sair em direção a escada. — Chuck, cobre meu turno? — Noah gritou quando passoupelo quiosque. Chuck deu-lhe um aceno. Não podia acreditar que estava pulando para fora dotrabalho e pediu para alguém o substituir, mas imaginei que ser filho do benfeitor tinha suasvantagens. Chuck parecia agradável o suficiente, pelo menos. Vi como aproximou-se da loira, eteve uma conversa curta, sussurrou e então começaram a subir as escadas juntos. Não deram asmãos ou engancharam os braços nem nada, mas sabia que era um calibre infantil de seurelacionamento. Não precisa mostrar afeição pública para alguém comer seus miolos, acho quenão foi difícil com a Stripper Barbie, desde que não havia muito lá para começar.

Uma vez que estavam fora de vista, comecei a voltar em direção as escadas. Senti-meestranhamente frustrada. Noah não foi de qualquer ajuda com a tentativa de decodificar ocomportamento estranho da minha mãe ao telefone, mas pior que isso, tinha imaginado corrermeus dedos ao longo da tatuagem em seu peito que tinha vislumbrado no outro dia. Não havianada menos do que queria ficar presa a Noah Carterson, total idiota e vagabundo, mas lá estavaeu, correndo através de 1 milhão de cenários na minha cabeça e me perguntando por que eleestava saindo com a Stripper Barbie em vez de mim. Uma tarde confusa.

Mesmo que odiasse, Noah e a Stripper Barbie estavam presos na minha cabeça. Chris erauma Santa e ficou de fora na varanda por uma hora comigo, falando através da interação. Sabiaque não ajudaria, mas não conseguia parar de ficar obcecada por cada pequeno detalhe. Odiavaque tinha deixado ele fazer seu caminho em meu cérebro, mas era um túnel lá no fundo comoesses vermes alienígenas do filme Tremores. Infelizmente, pensar sobre Tremores me fezcomparar a bunda de Noah com Kevin Bacon, que me fez perder o que Chris estava dizendo. —Desculpe-me, o que? — Disse, saindo da minha fantasia. — Eu disse, ele queria te conhecermelhor? — Perguntou novamente. — Sim, mas estava sendo um idiota. Ela parecia séria. —Tem certeza disso? Pensei em seu comentário, e definitivamente senti insinuações sexuais naépoca. — Tenho certeza.

— Talvez a garota seja só sua amiga? — Por que ele deixaria o trabalho senão estão saindojuntos? Chris riu. — Não sei, Lindy. Talvez ele realmente seja o maior idiota do mundo. — Nãodisse isso. — Senti-me um pouco na defensiva por alguma razão, embora interiormente tivesseestado referindo- me a Noah como rei pau por meia hora. — Não, mas tem uma reputação. —Ela disse. — E também não é exatamente um cavalheiro comigo. Chris me deu uma olhada. —Vá lá, não está um pouco ultrapassada? — Cavalheirismo vive! Ela riu e se inclinou contra omeu ombro. — Talvez em seus filmes velhos. — Por que o está defendendo? — Honestamentenão estou. Mas posso dizer que tem uma queda por esse cara, e não quero terminar antes queesteja certa sobre ele. — Não sei. Quero envolver-me com o jogador da Universidade?

Senti-a encolher. — Talvez seja apenas um boato. Lembra quando as pessoas diziam que eutinha herpes? Ri suavemente, embora só foi engraçado em retrospecto. No colégio, um cara que

Chris tinha recusado, como vingança, decidiu que seria uma ótima ideia contar para todos osseus amigos que ela tinha herpes. Foi por toda a faculdade no dia seguinte, e Chris teve quecombater o boato pelo resto de seu tempo lá. Achei que era parte do porquê jurou que não tinha,mas nunca perguntei sobre isso. Ela tinha superado tudo, mas ainda era uma coisa desagradávelem sua vida. — Sim, isso pode ser verdade. Só encontre suas amantes abandonadas — disse. —Ou apenas garotas chatas com vidas chatas. Senti-me um pouco mal depois disso. Noah eradefinitivamente convencido e tinha um bom tempo às minhas custas com seu pequeno apelido,mas nunca foi completamente rude comigo. Talvez não fosse dar-lhe o benefício da dúvida.Talvez Chris estivesse certa, e tinha que conhecê-lo antes de julgá-lo completamente. Estavamuito disposta a acreditar nos rumores sobre Noah e muito rápido para dispensá-locompletamente. Realmente não tive uma conversa séria com ele ainda. Era grata a Chris, e nemconseguiu manter as piadas a um mínimo. Eu tinha um estranho ódio/queda, que era totalmente ooposto de mim, e estava ainda mal trabalhando a

coisa toda. Ela pode ter jurado ficar sem rapazes, mas ainda era muito boa para conversar.Ocasionalmente, começou a ficar escuro, e subimos os degraus de volta para nosso apartamentominúsculo. Resolvi dar uma chance a Noah. Ou pelo menos não o dispensar completamente. Nodia seguinte sentei na frente novamente na minha aula de história do cinema. Tinha ficado paratrás em meus estudos, talvez porque certa pessoa me distraiu, e então decidi apertar o cinto e tirarnotas boas. Quando o Professor Johnson estava prestes a começar sua palestra, Noah chegoutarde como de costume, mas sem a Barbie Stripper. Não a vi na aula desde o primeiro dia e meperguntava se tinha desistido. Antes que pudesse aprofundar muito isso, Noah fez algosurpreendente: se sentou ao meu lado. Quando descompactou os livros, sorriu para mim. —Bolinhas. — Pare de me chamar assim, Noah. — Murmurei de volta. Interiormente, o meuestômago estava fazendo cambalhotas. Seu sorriso ficou ainda maior. — Tudo o que quiser. —Você geralmente não senta no fundo? — Te disse que queria lhe conhecer. — Seus olhos meolharam intensamente.

Fiquei surpresa momentaneamente por sua resposta sincera, mas minha resposta foi cortadapela palestra do Professor Johnson. A aula inteira foi gasta tentando ignorar Noah ao meu lado.Em vez disso, a única coisa que poderia prestar atenção era seu cheiro, seu calor e suaproximidade. Nós nos sentamos em uma mesa longa, compartilhada, e nossos joelhos estavampolegadas distantes. Diligentemente tomou notas, o que me surpreendeu. Presumi que era ummau aluno, mas claramente se preocupava com o material e estava prestando atenção. Lutavapara manter-me, simultaneamente interessada na técnica de início do filme e totalmente distraídapelo queixo perfeitamente cinzelado de Noah. Tinha um monte de suposições sobre ele, masnenhuma informação real. O que quis dizer, queria me conhecer? Noah não tinha expressadomuito interesse em mim ainda, além de minha calcinha e talvez meu corpo. Quando tentei lhefalar sobre seu pai e minha mãe, mais ou menos me deu um fora. De repente, ele queria sentarperto de mim e me conhecer? Era bizarro. Noah nunca foi tão sério comigo, também. Até agora,era principalmente uma longa sequência de piadas insistentes e observações brutas, tudoembrulhadas em um sorriso fantástico e corpo incrível. Ele era definitivamente confiante, mastambém não parecia interessado em realmente conhecer- me. Na verdade, pelo que tinha ouvido,não parecia interessado em conhecer ninguém. Aparentemente, tinha apenas alguns amigospróximos.

Fiz um Facebook novo para persegui-lo depois de falar com Chris na nossa varanda no diaanterior e nem fui tão longe como Selena com mais perguntas. Felizmente, Selena era umapessoa muito sem noção e sempre ansiosa para fofoca. Segundo ela, Noah tinha poucos amigos

próximos, embora muitas namoradas. Naquela época, seu dormitório foi mais ou menos umaporta giratória de mulheres uma após a outra, que me enoja. Disse que passava a maior parte deseu tempo fora, bebendo demais e saindo para bares, o que me decepcionou. Ainda assim, foi aocolégio com honras, o que significava que tinha que ser um aluno bastante decente. Esteve emalgumas equipes de esportes de liga, e era um professor de reforço uma aula de cinema StanleyKubrick. Basicamente, parecia o estudante colegial modelo, exceto que não era. Bebia e fumavamaconha e dormia com as meninas que queria, e era um completo idiota. Não conseguiaentendê-lo. Sentada ao seu lado durante a palestra do Professor Johnson, seu estranho comentáriorolando na minha cabeça, não ajudou em nada. Parte de mim queria interromper tudo e perguntara Noah o que exatamente quis dizer, mas era uma loucura. Em vez disso, sentei-me em silêncio,obedientemente, tomando notas, ou pelo menos tomando umas notas de aparência. Finalmente, operíodo terminou, e o Professor Johnson finalizou sua palestra. Noah se virou para mim, quandotodo mundo começou a arrumar as coisas. — Então, Bolinhas, o que está fazendo agora?

O olhei surpresa. — Nada realmente. Por quê? Sorriu. — Não fique tão chocada. Quer ir paraum passeio ou algo assim? Olhei para ele por meio segundo. Estava presa em um universoparalelo onde um cara como Noah Carterson queria passar tempo comigo? Quer dizer, eu não eraexatamente pouco atraente, mas não estava ganhando nenhum concurso de beleza, também. Nãopensei que era remotamente o tipo dele, e definitivamente não fazia nada tão cedo. Então por quede repente ficou interessado? — Sim, claro, que seja. — Consegui dizer. — Legal! —Resmungou, quando levamos as nossas coisas. Minha cabeça estava nadando com perguntas,totalmente insegura sobre por que Noah queria ir para uma caminhada, ou que realmente quisdizer com ir para uma caminhada. Percebi que estava girando em círculos, quando comecei aanalisar o que “dar um passeio” realmente queria dizer e me concentrei em ir em vez disso.Fomos para o salão juntos, os últimos a sair da sala e ir ao final do corredor, em direção à escada.Nós conversamos de braços cruzados sobre o Professor Johnson, fazendo piadas sobre quãoespaçoso e estranho era. Na verdade, foi muito normal e agradável; Noah, nenhuma vez fez umainsinuação sexual às minhas custas. Ficava me chamando de “Bolinhas”,

porém, o que me irrita, mas não o suficiente para estragar o bom humor. Descemos asescadas juntos e depois fomos lá fora. Caminhamos em direção à torre do sino, movendolentamente. Estava quente e ensolarado, e todo mundo estava sentado nos bancos ou na grama. Ocampus parecia mais vivo do que o habitual, e adivinhei que era o tempo. — Então, está ansiosapara trabalhar no pior cinema do mundo? — Noah perguntou. — Não é tão ruim assim. Estiveem piores — disse, e era verdade. Tinha visto lugares muito piores. Minha mãe gostava de mecarregar por todo o lado, me levar para cada cinema imaginável para ver todos os filmes depequeno orçamento independentes possível. Disse que queria dar-me uma experiência do mundo,mas realmente pensei que só queria ver qualquer filme que estava passando. Brevemente meperguntei se o pai de Noah fez o mesmo por ele. — Sei. Não sou tão ruim, eu acho. Srta.Havisham, embora... Ele assobiou e fez uma careta. Ri, sabendo exatamente o que quis dizer. —Ela é uma personagem. — Ela é muito louca. Mas voltará com a minha família, é por isso queestá por perto. Foi a primeira vez que Noah mencionou sua família, ou

mesmo sua conexão para o cinema. Fiquei um pouco surpresa, mas decidi não fazer umescândalo. Tenho a sensação que era bem particular sobre a sua vida. — Minha mãe gosta dela,também. Aposto que tem um estilo interessante de gestão. Noah riu. — Sim, estilo de gestão,certo. Srta. H tem boás de penas e longos cigarros, e isso é tudo. — Ela tem drama, e isso é tudoque precisa. Assentiu com a cabeça, fingindo ser sério. — Isso é verdade. A única coisa queprecisa de uma sala de cinema independente boa é drama. Nós rimos juntos nisso, e me bateu

com o ombro. Saboreei o contato leve e breve, sorrindo. Quando voltei a olhar para frente, noteique algumas pessoas passando estavam olhando para nós. Sabia que Noah tinha uma reputaçãono campus por causa de seu pai, para não mencionar a incrível beleza e seu dinheiro, mas nãotinha percebido quão longe isso se estendia. Vi algumas meninas em pé junto a um grupo demotos sussurrando umas às outras e atirando-me olhares, mas Noah agiu como se não existissem.Realmente não me importei, não é como voltaria a ver alguma delas. Foi esquisito, ser objeto deatenção e ciúme, nem que seja só porque Noah tem vontade de conhecer sua nova colega detrabalho.

Viramos na torre do sino e caminhamos até uma colina gramada, cheia de pessoas. Pessoasque chamavam aquele lugar de “a praia”. Era provavelmente a melhor área para sentar-se emtodo o campus, pelo menos quando o tempo estava decente. Tem muita luz, que manteve agrama seca e agradável, e as pessoas sentavam-se em pequenos grupos espalhadas por todo lado.Estava centralmente localizado ao lado da torre do sino, que significava que era o primeiro paraas pessoas assistindo. Noah escolheu o seu caminho através da multidão, em seguida, sentou-seem direção à parte traseira. Sentei-me ao lado dele, e se inclinou sobre as mãos, dobrando suaspernas debaixo dele e sorrindo. Era estranhamente confortável sentar- se em um grupo enormede pessoas com Noah, e apesar de pessoas ficava olhando para nós, e alguns estavamsussurrando, senti-me calma. Não é todo dia que tenho que passar o tempo num dia lindo comum lindo idiota. — Então Bolinhas, tem namorado? — Noah deslocou o peso, e estavaintensamente ciente de quão perto o joelho dele estava do meu. Fiz uma careta com o apelido,mas deixei ir novamente. — Sem namorado — eu disse. Não tinha ideia por que estava pedindo,mas percebi que era minha oportunidade perfeita. — E você? Me sorriu. — Não, não tenhonamorado.

Rolei meus olhos. — Grande piada. Sério, e aquela loira? Noah parecia um pouco confusopor um segundo.... E depois riu. —Oh, você quer dizer Ellie. — Sim, Barbie Stripper. Isso é oque disse. — Estou sentindo um pouco de ciúme? — Ele mudou seu peso um pouco mais pertode mim, e senti meu estômago fazer voltas. — Não, nenhum ciúme. Só uma observação. — Sim,claro. Está praticamente girando com ciúme. Levantei uma sobrancelha para ele. — Notei quevocê está fugindo da pergunta. Ele balançou a cabeça. — Ela é só uma amiga. Apenas umaamiga. Eu tinha ouvido antes. Era apenas uma amiga que aconteceu de dormir com ele? — Bonsamigos? — perguntei, empurrando-o. — Sim, na verdade. Ellie está passando por uma bagunçaultimamente. — Ele me deu um olhar, e de repente senti-me mal. Não tinha ideia por que estavadando um tempo duro sobre aquela garota. Noah era livre para fazer o que quisesse, quandoquisesse. Nós mal nos conhecíamos. Além disso, não deveria assumir que ele estava transandocom tudo ao redor, embora provavelmente estivesse.

— Sinto muito em ouvir isso — eu disse. Ele sorriu e deu de ombros. — Está ok, elasuperará isso. Houve um breve silêncio enquanto corria sobre os últimos minutos em minhamente. Surpreendeu-me que ele estava sendo tão genuinamente simpático comigo. Não mepareceu a sua natureza tentar bondade em vez de agressivamente bater em alguém. Mudando deassunto, falei de um filme antigo que tinha visto na semana anterior de Charlie Chaplin.Começamos a conversar sobre nosso gosto em filmes antes que as coisas ficassem muitoestranhas. Noah me ouviu enquanto só falava sobre os clássicos, e percebi que ele estavagenuinamente interessado no que eu tinha a dizer. Acontece que ele estava igualmenteinteressado em filmes como eu, e conversamos sobre todos os detalhes nerds que tinha morridopara dissecar com alguém. Acho que foi porque tivemos tais educações similares, com um denossos pais na indústria cinematográfica, apesar de estarem em partes muito diferentes. Ele tinha

conhecimento realmente interessante sobre o lado comercial das coisas e me contou alguns fatosinteressantes sobre como os estúdios originais funcionavam, com suas estruturas de comissão epagamentos para o conjunto dos trabalhadores e designers. Essa parte não era algo que sabiamuito sobre e fez- me perceber quantas pessoas envolviam-se com filmes, não só os atores ediretores. Precisava centenas de pessoas para fazer

um filme, de eletricistas de som à restauração. Enquanto nós falávamos, confortavelmente esem fazer nada, compartilhando nossas partes nerds favoritas da indústria do cinema, pensavapor que passou tanto tempo comigo. Havia muitas outras garotas no campus que teriam se jogadopara ele, a maioria delas mais bonita do que eu, e ainda foi passar a tarde falando de diretores deiluminação e mixagem de som em vez disso. Sentia minha confusão começar a ferver, e sabiaque diria algo estúpido. Tinha tendência a fazer isso. Sempre só tinha falado em minha mente,mesmo quando não deveria. Na verdade, especialmente quando não devia. Noah embrulhou seuspensamentos sobre técnicas de iluminação clássica, e houve uma curta pausa na conversa. —Então qual é a desse passeio? — De repente deixei escapar. Fiquei corada e desviei o olhar,irritada que foi uma pergunta tão estúpida e sem sentido. — O que quer dizer, pontos? Pontos?Essa era nova. — Quero dizer, o que quer com essa coisa de me conhecer? De repente tinharetirado o fluxo confortável de uma conversa normal. Noah olhou através do mar de pessoas,milhares de rostos e relacionamentos e não respondeu

imediatamente. Decidi não pressionar, deixando-o pensar sobre o que queria dizer, e entreiem um curto silêncio. Finalmente, antes de desistir e ir para o exílio por pura vergonha, talvezmudar para a Austrália onde nunca teria que ver ou ouvir de qualquer Carterson, nunca mais, elefalou. — Não tenho certeza. Vontade de ter uma conversa acho. — Você não parece o tipo deconversa — disse, brincando, e ele me deu um olhar. Percebi que tinha passado uma linha. — Oque prefere? — Ouvi o tom de sua voz, e peguei definitivamente seu significado. Era verdadeque parte de mim queria envolvê-lo no banheiro da biblioteca e rasgar as roupas fora de seucorpo perfeito, mas não foi o que eu quis dizer. — Isso é não onde estava indo com isso — disse,tentando me explicar. Noah me sorriu. — Tem certeza? Quer dizer, esse é o tipo de cara que soucerto? Porra. Fui de repente a idiota? — Realmente, estava tentando dizer, você nunca quisconversar antes. — É legal, não se preocupe, pontos. — Ele sentou-se em linha reta e se alongou.— Tenho que ir para a aula logo, de qualquer forma. Olhei no meu relógio.... E percebi queestava sentada lá

por uma hora. Não podia acreditar quão facilmente o tempo voou. Noah se levantou eestendeu a mão. Agarrei e puxou-me para os meus pés facilmente. Escovei minha bunda, emseguida, peguei minha bolsa. Caminhamos juntos fora da praia e paramos em frente à torre dosino. — Ok, voltarei para Anderson. Te verei no trabalho, pontos — ele disse. — Soa bem. Deu-me um aceno de cabeça, em seguida, saiu no meio da multidão entre aulas. Vi-o ali por ummomento e me senti como uma idiota. Obviamente tinha o insultado, mas ainda não sei como.Noah estava tentando ser legal comigo, por qualquer razão, e estraguei tudo. Quis persegui-lo eme desculpar, mas sabia que isso pareceria desesperado. Enquanto caminhava, decidi que tinhade tentar fazer as coisas bem no trabalho naquela noite.

Desde que não tinha trabalho até segunda-feira, e minha turma com Noah era apenas àssegundas e quartas-feiras, não tinha como realmente me desculpar com ele. No início, agonizeisobre tudo. Passei a maior parte do meu tempo de quarta-feira, depois que saí com Noah paraquinta à noite, pensando sobre como fui estúpida. Essa era a minha reação normal a algodesagradável. Não poderia dizer o porquê, mas por alguma razão meu cérebro decidiu que queriaagarrar cada pequeno detalhe, cada gesto estúpido e comentário possivelmente incompreendido e

repeti-los mais e mais e mais. Era uma coisa sem sentido e inútil para fazer, mas não pude evitar.Não tinha controle sobre meu cérebro, uma idiotice. Chris, geralmente, falou-me sobre ela, mastinha um grande teste chegando e tinha se trancado no quarto para estudar. Em vez disso, eutinha a internet para me fazer companhia. Na noite de quinta-feira, meu primeiro impulso, oimpulso mais saudável que poderia imaginar, foi começar a perseguir o seu Facebook. Fiz logine encontrei o perfil dele, que foi bastante fácil. Não éramos amigos ainda, então haviainformações limitadas na sua página. Olhei para a foto do perfil por um minuto, mordendo meulábio, lembrando o quanto seu

corpo era, e a pontinha da tatuagem no peito que vi pela sua camisa de gola v. Sem pensarsobre isso, cliquei em “Adicionar amigo”. Horrorizada, fechei ao meu laptop o mais rápido quepude. Quase me levantei e gritei. Como poderia ter sido tão estúpida? Nem quis, só estavapairando sobre o botão, e claro que não devia, mas fiz. Foi uma reação involuntária, meu corpopor conta própria decidiu ir em frente e clicar na faixa adicionar. Só tinha adicionado NoahCarterson como amigo, completamente ao acaso. Se houvesse alguma dúvida no mundo queestava lhe perseguindo, essa dúvida foi totalmente embora. Noah saberia imediatamente que oencontrei no Facebook. Realmente a única maneira que poderia ter lhe achado, se tivessedigitado o nome na barra de pesquisa, especificamente o procurando. Agora pensaria que eu erauma garota louca perseguidora. Legal. Poderia ser tão idiota. Virei na minha cama e olhei para oteto, me chutando mentalmente. Primeiro insulto o cara, e então vou em frente e o adicionoaleatoriamente no Facebook. Um conjunto insano de mensagens contraditórias. Não tinha ideiado que pensaria, mas não deve ter sido bonito. Exasperada, enchi meu cérebro com algo maisprodutivo para fazer. Levantei e sentei na minha mesa e fiz algumas

tarefas de leitura que tinha que fazer para a aula na semana seguinte. Era quinta-feira e nãotinha nada para ver sexta- feira, mas consegui um salto no trabalho da minha próxima semana.Depois de alguns minutos de inatividade tentando ler, joguei o livro para baixo comaborrecimento. Peguei meu celular e mandei uma mensagem à única pessoa que poderia me fazersentir melhor: minha mãe. 18:45 Eu: Ei, mãe, tem planos para amanhã? 19:10 Mãe: Nada deespecial, apenas as aulas. Quer me visitar para o almoço? 19:12 Eu: Sim! Te vejo em seuescritório a uma? 19:13 Mãe: Ok querida, te vejo depois. Já me sentia um pouco aliviada, voltei etentei estudar um pouco mais. Sabia que minha mãe teria bons conselhos, mesmo que nãogostasse do pai de Noah. Talvez pudesse até usar minha visita como uma desculpa para descobrirmais sobre sua família. Voltei à minha leitura, e por acaso entrei pelo fluxo das coisas e esquecide Noah Carterson por algumas horas. O campus da Universidade da Pensilvânia era no oeste daFiladélfia, uma viagem de metrô relativamente curta de Temple's. Subi da linha azul e olhei ocampus de Penn. Era uma das partes mais bonitas do oeste da Filadélfia, com

calçadas de paralelepípedo liso e muitas árvores. Tudo era agradável e bem cuidado e por umlado adorei, mas por outro lado era muito diferente de Filadélfia. A área que circunda tinhapassado por muitas mudanças ao longo dos anos, e foi como um oásis no meio de um monte demás vizinhanças. Temple's era assim também, mas de alguma forma, Penn era pior. Caminheipelo campus, sentindo-me como uma estranha e entrei no prédio da minha mãe. Não era lotado, emovi-me facilmente através do lobby e subi as escadas para o terceiro andar. Minha mãe estavano mesmo escritório há dez anos, e a tinha visitado várias vezes desde que se mudou para acidade. Era uma faculdade muito típica de aspecto administrativo com um monte de diferentesambientes e áreas de construção. Caminhei pelo corredor acarpetado, encontrei a porta e bati. —Entre. — Ela gritou. Empurrei a porta e entrei. Dentro, o espaço estava apertado. Livros foramempilhados em todos os lugares, e cada prateleira estava cheia. Isso era típico da minha mãe.

Provavelmente não tinha lido metade dos livros, mas era uma grande colecionadora. Pisei sobreuma pilha de revistas, cuidadosa para não causar uma avalanche de papel. — Ei, mãe! — Eudisse. Ela olhou para mim e tirou os óculos, sorrindo.

— Ei, querida, como vai? Sentei-me numa cadeira em frente a sua mesa. Senti-me comoaluna por um segundo. — Estou bem, como estão às notas? Ela suspirou e recostou-se. — Tudobem, eu acho. Parece que estou lendo a mesma redação horrível repetidamente, embora pareçasempre lhes dar pelo menos um B. Senti-me melhor. Ela nunca falaria assim com seus alunosreais. — Todos os professores odeiam suas aulas tanto quanto você faz? Ela riu. — Você sabeque não odeio, só gosto de reclamar. — Sim, eu sei. Passou isso para mim. Assentiu pensativa.— Claro que fiz. E tem o nariz do seu pai. Falando nisso, chame seu pai. Não falou com ele emalgumas semanas. — Como ele está? — Trabalhando na sua próxima obra prima, como decostume. Ambos rimos. Era difícil manter contato com meu pai. Era

um poeta, mas também muito espaçoso e difícil de definir. Estava constantemente iniciandonovos projetos, flutuando de um lado para o outro, deixando projetos antigos quando ficavaentediado e iniciando novos. Ele parecia ter sempre pelo menos dez coisas diferentesacontecendo ao mesmo tempo, e raramente terminava algum deles. Não havia nada no mundoque amava mais do que ficar obsessivo com alguma coisa nova, se fosse um navio japonês doséculo 18 ou borboletas indígenas australianos, ele se perderia em tudo pela pesquisa porsemanas. Às vezes, ligo.... E não faz nada além de falar de alguma tribo africana que tinge tudode azul por horas. O amava, mas sempre foi distante, e nós nunca desenvolvemos uma granderelação. Meu irmão mais novo, Andrew, tem algo da obsessão do nosso pai, e parecia que sedavam muito bem. — Então, onde é o almoço hoje? — perguntei. — Estava pensando em sushi,há um novo lugar nas proximidades. Minha mãe, a devoradora aventureira. Gostava de sushitanto quanto qualquer pessoa, mas sempre foi à caça de novos lugares e tentava tudo o quefaziam. Gostava de me arrastar para o passeio, e geralmente era muito bom. Não podia reclamarde comida grátis, embora às vezes não era a melhor. Uma vez, ela me levou para um restauranteetíope, e enquanto estava delicioso, não adoro comer com os dedos o tempo todo.

— Soa bem — disse. Minha mãe se levantou, e caminhamos juntas fora de seu escritório.Mamãe era da minha altura e tinha o mesmo cabelo marrom. Usava o meu longo, mas elamanteve o seu curto. Parecia a típica professora universitária, magra e um pouco aérea, bemvestida, mas não empresarial. As pessoas muitas vezes disseram-nos que parecíamos exatamenteiguais, embora esperava que quisessem dizer que eu era uma versão mais nova dela. Fizemos onosso caminho para fora no campus em direção ao norte. Segui, e mamãe sem rumo conversousobre o dia dela. Queria perguntar sobre o pai de Noah, mas decidi ficar fria e esperar até quefosse alimentada. Contou-me sobre as lutas do corpo docente e os comitês de posse, e estavagrata que não ia no ensino superior. Era muito difícil ser professor universitário. Estavamsubstituindo professores de tempo integral, com coadjuvantes que eram mal pagos,sobrecarregados de trabalho, e os benefícios não vem o tempo todo. Mamãe era tudo sobre osdireitos do trabalhador, e concordei totalmente; as universidades se aproveitavam de seusprofessores, em detrimento de todos os administradores. Sempre achei ser superior e política emtorno de minha mãe. Ela era encantadora e infecciosa e tinha um talento especial para fazerqualquer questão parecer excitante. Finalmente, encontramos o lugar que estava procurando. Eraum pequeno lugar de sushi, o que provavelmente

significava que era incrível. Havia não mais do que cinco cabines em todo o lugar, emborahouvesse apenas outro grupo de pessoas lá. Estávamos sentadas imediatamente, e a mãe pediupara nós duas. — Então querida, como vão as aulas? — Perguntou quando a garçonete saiu. Dei

de ombros, tomando um gole de água. — Vão muito bem. Noah Carterson está em meu estudode história do filme, com o Professor Johnson. Prestei atenção para a reação da minha mãe. Nãotinha mencionado Noah ainda de propósito, mas parecia ser o momento certo para soltar o nomedele lá. Mamãe piscou. Houve um segundo onde pensei que não responderia, mas depois disse:— Isso é bom, querida. Como está o velho Johnson? Suspirei. Sabia que não morderia a isca.Claramente não tinha intenção de entrar comigo nisso, e realmente, por que não? Não era comose estivesse saindo com Noah. Não tinha real obrigação de me dizer nada. Mas mesmo assim.Nós dizíamos tudo uma a outra, ou pelo menos quase tudo. Sabia tanto sobre a vida dela, comosabia sobre a minha. Mamãe não era do tipo que se coíbe de um assunto, às vezes ao ponto deconstrangimento, como da vez que tentou falar comigo sobre sua vida sexual com o pai. Juro, elaquis entrar no âmago da questão, e possivelmente

tive de fazer uma tempestade para que parasse. Estava bastante alheia, mas ela tinha boasintenções. Sabia que tinha que empurrá-la. Ela pode ficar com raiva, ou talvez apenas estranha,mas se queria saber qual era seu negócio, tinha que ser forte. Mamãe não era muito boa emguardar segredos, como eu descobri um ano quando era criança e ela indicou o shopping Santacomo “Senhor Wells”, o homem que corta o seu cabelo. Ou, como da vez que ela disse ao meupai, “Certifique-se de você aparece às oito, desde que os convidados para sua festa estarãochegando às sete”, arruinando completamente a sua surpresa e meses de seu próprio trabalho.Nem preciso dizer, minha mãe pode ser um pouco boba, às vezes. Lancei-me em detalhes sobre aminha aula, incluindo quão interessante o Professor Johnson era, quando nosso chá e sushi foramtrazidos. Minha mãe contou-me alegremente histórias malucas sobre o Professor Johnson,incluindo como uma vez entrou em uma discussão verbal alta com outro professor em umaconvenção de história do cinema. Aparentemente, discordaram sobre elementos temáticos emCidadão Kane, que foi a coisa mais chata que poderia imaginar. Aparentemente o professorJohnson ficou com tanta raiva que amaldiçoou o outro e chamou-lhe “possivelmente a pior coisaque já aconteceu para o grande mundo do cinema, desde sempre”, que foi sem dúvida umexagero. Michael Bay veio à mente, antes de mais nada. Ri alto das piadas dela epropositadamente a embalei em

uma falsa sensação de segurança. Senti-me mal, que ia atacá- la, mas ela não tinha deixadonenhuma outra escolha. Uma vez que o sushi foi consumido, e não havia perigo de peixe crujogado, comecei meu ataque. — Mãe, trabalharei bem perto com Noah Carterson. Dissemaliciosamente durante um pequeno período de calma entre histórias. Pareceu surpresa, entãoseu rosto se transformou rapidamente em branco. — Isso é bom, querida. — O que acha sobreseu pai? O tipo produziu muitos filmes. Mamãe olhou para a garçonete, visivelmentedesconfortável. — Sim, ele fez. — Qualquer um em particular que gosta? — Ah, querida,preciso ir ao banheiro. — Levantou-se e foi direto para a porta do banheiro. Droga. Frustradapelo banheiro. Esperei pacientemente pelo seu retorno, ciente que tive que acelerar o meu jogo.Havia apenas uma coisa a fazer: um total de ataque frontal direto. Tinha de perguntar semrodeios

qual era seu negócio. Olhei ao redor do restaurante, imaginando sua reação. Imaginei queseria raiva, inicialmente, ou talvez apenas estranheza. Não sabia por que estava tão empenhadaem descobrir. Não é como se Noah tivesse mostrado algum interesse em mim. Se alguma coisa,o tinha assustado, chamando-lhe basicamente mulherengo. Naquele momento, era mais sobre porque minha mãe estava me escondendo algo, do que se tratava de tentar aprender mais sobreNoah. Finalmente, voltou do banheiro, um sorriso estampado no rosto. — Então, querida,certifique-se que chame seu pai. Ele te dirár tudo sobre renas norueguesas, mas isso não será

muito ruim. Elas são realmente bonitas... — Mãe.... — disse rapidamente, interrompendo-a.Pareceu surpresa. — O que? — Por que está evitando falar do Sr. Carterson? Olhou-me por umsegundo e então suspirou. — Não estou sendo muito sutil, acho. Ri. — Está brincando? Isso foisutil? Sorriu, olhando um pouco envergonhada. — Estava tentando esconder isso de você. —Sem brincadeira, mãe! Era tão óbvio.

Balançou a cabeça, sorrindo. — Realmente não quero falar sobre isso. — Eu sei mãe, masolha, estar vendo esse cara é muita coisa, pelo menos por causa do trabalho. Se houver algumacoisa que deveria saber, quero que me diga. — Foi há muito tempo, querida. — Pode me dizer.Sério. Lembra quando tentou falar sobre o pênis do pai? Estremeci na lembrança. — Aquilo foium pouco demais, não foi? — Parecia embaraçada. — Um pouco demais? Você cruzou tantaslinhas que não é nem engraçado. Suspirou, testa franzida. — Olhe querida, é uma velha história.Realmente quer saber? — Por favor. Eu realmente quero. E percebi quão desesperadamentequeria saber. Ela estava quieta por um segundo, perdida em pensamentos. — Isso aconteceuquando ainda estava escrevendo para o Times.

Disse lentamente. — Carterson, estava produzindo seu primeiro filme, algo chamadoFugitivo. Foi um suspense, um orçamento muito elevado para o tempo, deveria trazer um montede dinheiro no escritório de caixa. Não sei como, mas ele sabia de mim, talvez tivesse lido algunsdos meus comentários, não sei. Mas acabou conseguindo o número do meu escritório e mechamando uma tarde. Disse que queria me deixar ver o filme mais cedo e esperava queconsiderasse revisá-lo. Na época, foi um pedido muito estranho, ou pelo menos não tivesserecebido um pedido assim antes, mas pensei, “que diabos”, e disse que sim. Tive certeza queentendeu que não estava garantindo que iria escrever nada, muito menos escrever uma boacrítica, e ele disse que estava bem, tanto faz. Sabe como isso pode ir. As pessoas têm seu próprioconjunto de regras e expectativas, e acho que o pai de Noah estava trabalhando em seu própriocomprimento de onda. — Enfim, uma semana depois, fui até ao estúdio onde estava trabalhandono momento e o conheci. Cara legal, talvez um pouco vulgar, mas atraente. Deu-me umapequena turnê dos jardins, que foi muito legal da parte dele, e então me levou em uma área devisualização privada e jogou o filme. Vi a coisa toda, e depois levou-me para almoçar. Foi tudomuito agradável e pessoal, e parecia realmente estar tentando puxar todas as paradas devendedor, tentando me cortejar. E honestamente, me senti um pouco desconfortável. — Aquiestá o problema. O filme foi horrível. Quer dizer,

muito querida, foi tão ruim que não conseguia entender como gastaram tanto dinheiro nele.Na hora do almoço, deu-me um discurso sobre como seria um candidato ao Oscar, o estúdiotinha muita fé nele, e todo este absurdo e não pude acreditar. Quero dizer, ele era apenas umprodutor. Não é como se dirigiu a coisa, mas mesmo assim. Tive que sorrir e acenar e fingir queo que vi não foi um total desastre absoluto. — Finalmente, o almoço tinha acabado, e fui paracasa. Às vezes, olho para este momento e queria ter feito algo diferente. Não me arrependo, nãoexatamente, mas queria ter feito isso um pouco diferente. De qualquer forma, fiquei tão chocadaque o estúdio estava perdendo tanto tempo, talento e energia em um filme tão terrível que mebati. Quer dizer, absolutamente rasguei em pedaços. Escrevi a resenha mais malvada, maisnegativa de toda a minha carreira. Não escrevo algo tão contundente desde então. E sabe o quemais? Meu editor adorou. Amou tanto que correu a coisa toda e me deu metade de uma páginainteira, que foi muito para mim naquela época. — Bem, pode imaginar como o pai de Noahlevou. Estava furioso. Ligou-me 20 vezes, ameaçou me processar e disse coisas horríveis, quenão repetirei. Foi realmente muito assustador por um tempo. Depois de uma semana, parou deme incomodar, e achei que as coisas tinham morrido. Mas estava errada. Em breve, meu editor

passou a receber ligações de executivos do estúdio, tentando me despedir. Toda vez que tenteientrevistar alguém do estúdio do Sr. Carterson, era

completamente ignorada e obstruída. Rapidamente se tornou aparente que estava mechantageando. Estava usando o seu tempo e influência e dinheiro para tentar destruir a minhacarreira. — E funcionou. Pelo menos, funcionou por um tempo. Não consegui as entrevistas queprecisava para começar, não consegui ninguém para falar comigo. Ainda poderia assistir e reverfilmes, claro, mas ninguém poderia fazer isso. Todos meus contatos foram lentamente medeixando, o que significava que minha carreira estava escapando. Ocasionalmente, depois dealguns meses de tentar e tentar, meus editores me rebaixaram para outra parte da seção deentretenimento. Depois disso, pedi demissão, porque não tive coragem de escrever sobre abortose viciados de estrelinhas e porcarias assim. — Sr. Carterson gostava de dizer que arruinei suacarreira, mas pode ver que é falso. Mais do que isso, seu filme ainda obteve lucro, embora nãotão grande como esperava. E definitivamente não ganhou nenhum Oscar, com certeza. Massempre me culpou por tudo isso e nunca considerou que talvez um único revisor não tenha opoder de destruir totalmente um filme. Talvez esse filme estivesse quebrado e terrível desde oinício. — Nunca lhe perdoei. O odeio, na verdade, há muito tempo. Depois de abandonar àsvezes, me esforcei por alguns anos. Conheci o seu pai durante este período, e acabei indo para aacademia, que foi a melhor coisa que já fiz. Mas por

causa de Eli Carterson, tive alguns dos anos mais difíceis da minha vida. Tudo foi uma luta, efoi só porque escrevi um comentário estúpido. Não posso perdoar aquele terrível, horrível,homem de merda. Era mesquinho, e tenho certeza que ainda é. Se eu fosse você, ficaria longe doseu filho. — Porque se seu filho for como seu pai, é problema. Eu ficaria longe de NoahCarterson.

— Por que não me contou isso antes? — perguntei atordoada. Mal conseguia compreender ahistória dela, muito menos entender como deve se sentir sobre o pai de Noah. — Foi há muitotempo, querida. Só não importa mais. Deu de ombros e sorriu. Minha mãe não era do tipo deguardar rancor, mas tornou-se evidente que sentia algo estranho pelo Sr. Eli, e era fácil ver porque. Que tipo de pessoa tenta sabotar a carreira de outra pessoa, tudo por causa de uma críticaruim? Não conseguia entender o tipo de homem que faria isso, e muito menos para alguém tãodoce como a minha mãe. Deve ter sido um monstro. — Mas mãe, ele tentou te destruir. Assentiucom a cabeça, ainda sorrindo. — Sim, fez, e quase conseguiu. Mas segui em frente, e as coisasestão indo bem para mim agora. Entendi por que não queria falar sobre isso. Mamãe estavaconstantemente tentando me fazer pensar com minha

própria mente sobre as coisas e não deixar seus próprios sentimentos me influenciaremdemais. Mesmo quando estavam me mostrando filmes, trabalhou duro para manter a sua própriaopinião de mim até que eu tinha formado minhas próprias ideias. Deve ter percebido que estavainteressada em Noah, e não queria sua própria experiência com a família Carterson parainfluenciar-me em qualquer direção. Mas a questão era, me influenciou? Noah não era seu pai.Os filhos de pessoas más não são necessariamente ruins, embora certamente era um idiota. Serum idiota completo e total era hereditário? Era um mal genético, como olhos castanhos ou azuis?Até agora, não me mostrou nada particularmente horrível, pelo contrário, estava tentando ajudarum amigo, e parecia genuinamente interessado em mim. Mas constantemente fazia piadassexuais e agia tão arrogante. Ser um imbecil era uma coisa, mas era uma pessoa má, também?Balancei minha cabeça, completamente surpreendida. — Isso é muito para digerir — disse. —Realmente não se preocupe querida. É por isso que não queria te dizer. — Mas o Sr. Cartersonfez algo horrível com você. Algo seriamente mal, mãe.

— Fez, mas ele não é seu filho. — Eu sei mãe, mas ainda assim, é difícil fingir que não ouviessa história. De repente, tem um olhar muito sério no rosto. Acenou com a cabeça de uma vez eestendeu a mão para pegar na minha. — Ouça-me, Linda. Não pode julgar um filho baseado nospecados de seu pai. Se Noah Carterson é um cara decente, então digo que deveria lhe dar umachance. E isso vem de alguém que realmente despreza seu pai. Aquele discurso não era comoela. Normalmente, era mais passiva e ativamente evitando dar-me conselhos. Sorri e apertei amão em troca e me senti realmente feliz que tinha decidido quebrar suas próprias regras de nãointervenção. — Obrigada, mãe. Pensarei sobre isso. Assentiu com a cabeça e afastou sua mão. —Bom! — Disse e então começou a recolher as coisas. Nós pagamos a conta e saímos, minhamente ainda se recuperando de sua história. Seguimos caminhos diferentes na estação de metrô, edesci as escadas em confusão. Não sabia o que devia esperar de Noah, ou se havia mesmoqualquer motivo para esperar algo. Ele estava sendo gentil comigo, mas o que poderia ter sidoapenas porque teremos que trabalhar juntos.

Mais do que isso, ele sabia sobre o que aconteceu entre os nossos pais? Em casa, subi asescadas para o apartamento, repleta de confusão e energia nervosa. Infelizmente, Chris nãoestava em casa e não tinha ninguém para falar sem parar até que eu encontrei minha sanidade.Em vez disso, desabei no sofá. Liguei a TV e surfei através dos canais. Noah parecia normal daúltima vez que falei com ele, apesar de acidentalmente insultá-lo. Nós tínhamos muito emcomum, realmente e até mesmo compartilhamos o mesmo gosto para filmes. Para mim, era acoisa mais importante do mundo. E ainda assim tinha um passado tão ferrado. Seu pai eraclaramente um ser humano horrível, e Noah não parecia muito melhor. Era um mulherengo ebêbado. Ficava me chamando por esse apelido horrível, embora pedi-lhe várias vezes para parar.Seu sorriso perfeito, grande senso de estilo e corpo incrível me irritava muito. Irritou-me quandopercebi o quanto que estava pensando nele. Se for tão terrível, porque não podia ignorá-lo?Havia muita gente no Temple's, e alguns deles eram muito quentes. Tinha certeza que seconhecesse alguém com um gosto similar em filmes, isso era o que eu realmente queria. Por queNoah Carterson era o homem que estava preso na minha cabeça? Tentando me distrair, abri meulaptop e loguei. Abri o Facebook e me choquei completamente quando vi o ícone de novamensagem na parte superior da tela. Tinha esquecido

completamente que o adicionei mais cedo, idiota. O coração começou a martelar no meupeito, e estava nervosa de ler sua mensagem. Cliquei no ícone e a janela apareceu na parteinferior da minha tela. Noah: Obrigado por adicionar, Bolinhas. Foi só isso. Nada mais, nada depiadas sobre eu persegui- lo, nada. Olhei a mensagem por um segundo e então decidi digitar devolta. Eu: Pare de me chamar de Bolinhas. E de nada. Bati em enviar, então cliquei no nome delee comecei a navegar através das fotos dele. Era as fotos de faculdade bem típicas de beber comseus garotos, coisas chatas. Mas comecei a perceber que havia garotas diferentes em quase todosos conjuntos de imagens, como se saísse com uma pessoa diferente todas as noites. Ou, conhecianovas garotas todas as noites. Isso praticamente solidificou sua reputação em minha mente. NoahCarterson definitivamente era um jogador, embora tive que admitir que isso não significanecessariamente que era uma pessoa má. Notei que não havia nenhuma foto da sua família, epercebi que não sabia nada sobre ele, exceto quem era seu pai. Não sabia sobre sua mãe, se tinhairmãos ou irmãs, ou se estava perto de seus avós ou seus primos. Basicamente, não sabia nadasobre ele. De repente, o som no meu computador bateu alto, e recuei assustada. Estavaesquecendo constantemente de

abaixar o volume, e isso sempre me assusta. Quando olhei através da tela, tive o segundomaior susto do dia: Noah me mandou outra mensagem. Havia um pequeno ponto verde ao lado

de seu nome, o que significava que estava online no momento e atualmente me enviandomensagens. Olhei-o por um segundo. Não tinha pensado realmente em falar com ele. Cliquei emseu nome e a janela voltou. Noah: Não seja tão sensível Bolinhas. É um elogio que eu ficopensando sobre sua calcinha. Poderia ser um idiota. E ainda que estivesse corada, meu coraçãocomeçou a acelerar. Ele não foi tão direto antes e sempre contornou a título definitivo, dizendo oque quis dizer. Adivinhei que conversar online deu-lhe um pouco de confiança extra, ou pelomenos não tinha medo de eu bater-lhe no nariz. Eu: Continue assim e servirei pipoca na suacabeça no trabalho. Noah: Adoraria isso. Amo pipoca. Eu: Não com aquela coisa falsa demanteiga no seu cabelo. Noah: Não presuma. Amo manteiga falsa, também.

Não pude deixar de sorrir. Ele era rápido e sempre parecia ter um retorno preparado. Era umacoisa que gostei sobre Noah: era claramente inteligente, forte e engraçado. Poderia ser umcretino total às vezes, mas tive que admitir que gostava de treinar com ele. Não conheci muitoscaras que poderiam manter-se comigo, e muito menos caras que se impuseram. Noah era umaraça rara. Só queria que parasse de me chamar de “Bolinhas”. Eu: Ok, então, nós descobriremos.Noah: Ansioso por isso. O que está fazendo? Eu: Não muito. Acabei de voltar do almoço comminha mãe. Você? De repente, senti-me estranha sobre ter falado de minha mãe. E se sabia sobreseu pai e minha mãe? Noah conhecia a comunidade do filme inteiro, e então não seria muitoimprovável que tivesse ouvido o nome dela, e poderia ter de colocar dois e dois juntos desde aúltima vez que lhe perguntei sobre nossos pais. Não sabia como me sentia sobre isso, muitomenos como afetava Noah e eu. Na verdade, não deve alterar a maneira que o vi. Mas não pudedeixar de imaginar a minha pobre mãe, expulsa de sua carreira de sonho por causa de algumprodutor de cinema mesquinho. Noah: Não muito. Matando tempo na biblioteca. Eu: Isso émuito legal, você é um bom aluno.

Noah: Não, não realmente, Bolinhas. Vontade de fazer alguma coisa? Isso me pegou desurpresa. Noah queria sair comigo de novo? O que há com aquele cara? Um segundo o insulto eo próximo finge que isso nunca aconteceu, e que estava tudo bem. Balancei minha cabeça emdescrença. Queria vê-lo, e não era como se tivesse nada melhor para fazer. Quando comecei adigitar de volta, de repente parei e olhei para a tela. A história que minha mãe tinha me dito,misturada com as fotos de todas as garotas que estava tentando pegar, ou de repente tudo o queestava fazendo com elas, esconderam-se em minha mente. Imaginei-me tentando sentar lá comele e não dizer algo sobre o que seu pai fez com minha mãe, e não consegui. Sabia que teria queconfrontá-lo sobre isso, especialmente porque só descobri sobre isso menos de uma hora ou duasatrás. Duvidei que Noah fosse o tipo de tomar esse tipo de coisa muito bem; provavelmente fariauma tempestade, e nossa relação de trabalho seria horrível. Só não podia atacar o cara. Ele podesequer saber o que tinha acontecido. E mais, como disse a minha mãe, era tudo no passado.Deveria dar uma chance a Noah. Ou não devo? Não é como se estivesse sofrendo por isso.Confusa e um pouco nervosa, fechei meu laptop, o colocando em espera. Do seu lado, veria opontinho ao lado do meu nome desaparecer, e nunca iria responder. Gemi e resisti ao impulso

de jogar meu laptop do outro lado da sala. Contive-me, decidi que não devia levar minhaprópria indecisão no meu computador. Era completamente inocente, afinal de contas. Frustrada econfusa recuei para o meu quarto para ler. Em vez disso, flutuei entre livro e devaneio,preocupada sobre como Noah reagiria a minha falta de resposta e me perguntando por que aomenos me importava. Não devo nada a ele. Então, novamente, não conseguia parar de pensarnele imaginando minha calcinha, também.

Ocasionalmente, Chris veio para casa e eu cheia a ataquei com os detalhes do dia. Nãopoupei nada, começando com a história da minha mãe e terminando com a minha conversa com

Noah. Como de costume, ouviu pacientemente, e no final, me senti um pouco melhor. Mesmo senão tivesse respondido a nenhuma das minhas perguntas, foi bom desabafar sobre tudo. —Parece um picles. — Chris disse lentamente uma vez que terminei. — Você não está brincando— disse, rindo. — Bem.... — Ela disse, parece ser, mas realmente não é. Não foi o que esperava.— O que quer dizer? Ela suspirou e se recostou na cadeira. Nós estávamos empoleiradas emtorno da mesa da cozinha comendo macarrão com queijo para o jantar, que era nossa comida deconforto sempre que uma de nós estava de mau humor. Amei que sacrificou suas calorias para obem maior, ou pelo menos para minha sanidade. — Sua mãe disse isso. Não pode culpá-lo peloque fez seu

pai. — Sim, eu sei. Mas ele é um idiota. Como posso saber que não pegou isso do seu pai? —Fico com o que está dizendo, mas há uma diferença entre ser idiota e dar-lhe um apelido chato esabotar a carreira de alguém. Chris tinha um ponto muito bom lá. — Mas e sobre os rumores?Todas as garotas nas fotos em seus Facebook? Deu de ombros e balançou a cabeça. —Realmente não faço ideia. Se isso ajuda, Selena é geralmente cheia de besteira. Ri. Selena meparece alguém que ama fofoca, e provavelmente não podia confiar em metade do que ela disse.— E mais. — Chris continuou antes que pudesse responder. — O que importa mesmo? Então, ese esteve com outras garotas? — Não estou realmente à procura de ser mais uma Chris — eudisse. — É verdade, mas Noah parece que está de verdade interessado em você. Isso me fez fazeruma pausa. — O que tudo isso te faz

desconhecidopensar? — Ele continua tentando sair com você. Obviamente está flertando. Balancei minha

cabeça. — Só é assim. Tenho certeza de que pediu a dez outras garotas antes de mim mais cedo.Suspirou e deu uma grande mordida de comida. — Não sei, honestamente. Você pode estarcerta, e poderia ser a descendência maligna de um idiota mal. Gemi e joguei minha cabeça devolta. — Então vê minha frustração! Riu. — E vê porque não concordo. Sorri e dei uma grandemordida. Mesmo se ela era às vezes um pouco brusca e calculista, Chris tinha um jeito de mefazer sentir melhor. — Por que você, eu não sei, pergunta sobre isso? — Não me parece o tipo decara que tem conversas profundas sobre a sua família com estranhos. — Isso é justo. Mas este émeu conselho de qualquer maneira: fala com Noah sobre isso. Na pior das hipóteses, ele te dizpra se ferrar, e o que está feito está feito. Mas talvez vá querer ouvir o que tem a dizer. Balanceia cabeça pensativamente. Chris tinha um ponto

muito bom. Não perderei nada. Noah e eu não temos uma relação. E não tinha certeza que erauma coisa que queria. Mais do que tudo, não queria trabalhar para me tornar um pesadelo dedrama. Ainda assim, se não lhe perguntar, constantemente me perguntaria e provavelmente agiriade modo estranho. O que era melhor: sofrer em silêncio, ou correr o risco aparente como umapsicopata? O fim de semana passou voando depois disso. Passei a maior parte do meu tempoestudando, tentando manter-me com as minhas aulas. Minha vida social estava começando asofrer já, mas não havia nada que pudesse fazer sobre isso. Prometi que daria mais tempo parame divertir no fim de semana seguinte. Finalmente, chegou segunda-feira, e senti-me tão nervosaquando fiz meu caminho para minha aula de história do cinema. Veria Noah, e não tinha ideia sesentaria perto de mim outra vez ou não. Pode estar irritado que desisti do passeio no outro dia.Ou talvez estivesse muito ocupado com qualquer uma das suas outras conquistas para notar.Preocupada, empurrei a porta e entrei na sala de aula. Soltei um suspiro de alívio. Noah aindanão estava lá. Não esperava que estivesse, desde que eu estava cerca de dez minutos adiantada eele não aparecia até o último minuto, mas por algum motivo irracional, temia que tivesse deescolher se quero sentar ao lado dele ou não. Felizmente, consegui um

lugar principal em direção à frente da sala. A aula encheu-se lentamente, e Professor Johnsoncomeçou a se arrumar para sua palestra. Estiquei meu pescoço em direção à porta, mas Noahestava longe de ser visto. Quando Professor Johnson começou sua palestra, senti um aperto noestômago. O período foi preenchido com mil diferentes pensamentos na minha cabeça. Noahpulou a aula porque eu tinha o rejeitado? Ou estava doente? Talvez estivesse muito ocupado comalguma vagabunda que conheceu no fim de semana. Ao meio da palestra, percebi que mal tinhaprestado atenção. Estava muito ocupada com essa obsessão com o que Noah pode ou não estarfazendo, e não estava exatamente sendo generosa, também. Sentindo-me um pouco mal, observeie tomei notas decentes para a última metade da aula. Finalmente, a palestra acabou, e comecei aarrumar as minhas coisas. Por um capricho, puxei o telefone, abri meu app Facebook e chequeiminhas mensagens. Para minha surpresa, havia uma notificação vermelha brilhante. Cliquei natela e li o nome de Noah. Borboletas saltaram no meu estômago. Noah: Hei Bolinhas, não darápara ir a aula hoje. Pode me emprestar suas anotações hoje no trabalho? Obrigado... Nãoesperava ouvir dele, mas senti-me aliviada por algum

motivo. Isso significava que não tinha perdido aula por causa de mim. Percebi que estavasendo um pouco boba; Noah não planeja sua vida em torno de mim. Digitei de volta uma

mensagem rápida, apertei enviar e guardei meu telefone. Coloque um lembrete nele para trazerminhas anotações comigo pro trabalho, recolhi as minhas coisas e então deixei a sala de aula. Derepente, não estava temendo minha primeira noite no cinema. Na verdade, finalmente estavaansiosa para algo. Caminhei pelos corredores do centro estudantil, nervosa. Cheguei algunsminutos mais cedo, mas ainda me sentia como se fosse tarde de alguma forma. Sempre me sentiassim quando vou a algum lugar pela primeira vez, especialmente para um trabalho ou algoassim. Estava constantemente com medo de alguma forma estragar tudo e impossivelmentedesaparecer. Felizmente, encontrei a escada sem problemas e entrei no saguão do cinema.Encontrei a Srta. Havisham encostada no balcão do caixa e falando calmamente com Chelsea.Lembrei-me novamente como Chelsea sempre estava atrás daquela janela, e nunca tinha vistoalém de lá. Começava a achar que era uma marionete ou um robô muito real. Decidi que iriapartilhar essa teoria com Noah mais tarde. — Oi, Srta. Havisham — disse quando me aproximei.— Oi, Chelsea. A Srta. H levantou-se em pé e sorriu largamente. Estava

vestindo uma saia preta longa, até os tornozelos, era algo como dez xales todos empilhadouns sobre os outros. Era uma roupa bizarra e multicolorida, embora realmente parecesseconfortável e quente. — Linda! Como vai você hoje? — Estou bem animada para começar. —Fantástico. Tenho a camisa de uniforme no escritório se quer ir colocá-la. Largue sua bolsa aquiatrás. Fez um gesto em direção a parte de trás do caixa. Chelsea me deu um sorriso tímido.Ótimo. Sabia que tinha que usar uma camisa de uniforme, ou pelo menos sabia que todos osoutros fizeram. Por alguma razão, esperava que fosse a exceção. Eu não era. — Colocarei,obrigada — agradeci. Ela sorriu, em seguida, voltou-se para bater papo com Chelsea enquantocoloquei minha bolsa perto de um monte de outros casacos e mochilas e então entrei no seuescritório. Dentro, achei a camisa envolvida em plástico na mesa. Abri e escorreguei na minhacabeça. Coube, embora fosse um pouco grande demais. Senti-me um pouco ridícula edesconfortável, mas poderia ter sido pior. Poderia ter que cantar toda vez que alguém me desseuma gorjeta, como os trabalhadores desses lugares chiques de sorvete. Sai de volta para o saguãoe vi Srta. Havisham perto do

quiosque, falando com Noah. Minha respiração ficou presa no peito, quando o olhei. Pareciaperfeito por algum motivo, em seu uniforme: camisa desabotoada de dois botões e espreitando atatuagem. Seu cabelo estava bagunçado em um bom caminho, e ficou com uma confiança fácil egraça. Estava sorrindo para tudo o que a senhorita Havisham tinha dito, e quando peguei o olhardeu-me um pequeno aceno. Caminhei lentamente até eles, Noah imaginando minha calcinha rosade Bolinhas, minha pele deslizando e percebi que estava usando o par exato. — Ei, Linda! —Disse quando me aproximei, enfatizando o meu nome. Foi imediatamente quando entrei volta àrealidade. — Oi, Noah! — Respondi. — Linda, Noah a orientará através de tudo hoje. Sei quetem experiência, mas só será mais fácil se ficar com ele hoje à noite — instruiu Srta. Havisham.— Ok, soa bem. Não necessariamente queria ser a sombra de Noah toda a noite, mas foiprovavelmente melhor do que sair com Chuck e Mikey, que comecei a chamar “os gêmeosmaravilha”, desde que estavam sempre juntos para trás do quiosque. Pareciam caras legais, maseram incrivelmente patetas. Enquanto a Srta. Havisham falava com Noah, estavam ocupadostentando jogar pipoca na boca do outro novamente. Não tinha ideia por

que a Srta. Havisham pareceu não se importar, mas aplaudiram ruidosamente sempre quepegavam uma. Sabia que eu gostaria deles imediatamente, mas que seriam um pouco demaispara manipular em grandes doses. — Boa sorte! — A Srta. Havisham disse, e saiu para seuescritório, fechando a porta atrás. — Provavelmente não a veremos novamente até o fechamento— disse Noah, de repente, perto. Olhei-o e percebi tudo de novo porque fui obcecada. Ele

realmente era lindo. — Por que diz isso? — perguntei. Ele encolheu os ombros. — Geralmentese fecha lá dentro e não sai até que estamos fechando as registradoras. — O que ela faz lá toda anoite? — Nenhum indício. Minha teoria pessoal é que convoca demônios. Ri, surpreendida porsua resposta. — Tipo, como se fosse uma bruxa? — Sim, algo assim. São os xales, me fazempensar que está em vodu, Wicca ou algo assim. Sorri, a imaginando acender velas e cantando noquarto minúsculo. — Não sei — disse. — Provavelmente está assistindo

vídeos antigos de sua atuação. Noah riu. — Sim, totalmente compraria isso. Nós sorrimos,estando perto um do outro, e tive o desejo irracional de agarrar sua mão. Não para fazer nada deestranho, apenas segurá-la. Nunca me senti assim em torno de alguém antes. Vontade de baterem alguém, ou empurrá-lo, ou mesmo dar-lhes um abraço, mas nunca, agarrar a mão para tocá-lo. Por um breve momento, senti um estranho arrepio correr pela minha espinha. — Ok, pontos,você pegará ingressos hoje à noite — disse, quebrando o silêncio curto. — O que aconteceu comusar meu nome verdadeiro? — perguntei, revirando os olhos. — Apenas em torno da gestão. —Sorriu. — A propósito, trouxe minhas notas. — Fiz um gesto na direção do escritório e caixa. —Legal, obrigado. Agradeço muito. — Começou a caminhar em direção aos cinemas, e segui. —Não estaremos ocupados por mais uma hora, mas não deve ser muito ruim hoje. Acho que está afim? — perguntou, parando e olhando para mim. — Estou definitivamente pronta para isso —disse. — Sim, pensei que estaria. — Sorriu, e não tinha certeza

se ainda estava falando sobre trabalho. Passamos a maior parte do nosso tempo antes que amultidão chegasse, revendo os procedimentos. O que fazer com os canhotos de bilhetes, o quefazer se alguém não tiver um bilhete, coisas assim. Não é nada novo, mas foi bom ter umrefresco. Rasgar bilhetes era provavelmente o trabalho mais fácil em uma sala de cinema, queprovavelmente foi porque me colocou para fazê-lo. Atravessamos os cinemas reais e falou umpouco sobre eles. Fiquei impressionada com seu conhecimento técnico, embora soubesse que nãodeveria estar. Seu pai era um produtor de filmes de sucesso, e ele era um grande fã de filme. Nósgracejamos e voltando um pouco mais, e embora tudo parecia tomar um rumo sexual, encontrei-me corando e rindo em vez de ficar irritada. Havia algo que estava achando difícil de resistir,mesmo que ele não estivesse sendo charmoso. Lembrei-me novamente como é fácil falar comNoah. Mesmo quando estava indo sobre coisas chatas de rotina, ainda conseguiu soltar umapiada e fazer as coisas parecerem naturais. Estar perto dele por tanto tempo fez meu coraçãoacelerar. Comecei a esquecer o drama, sobre a rivalidade secreta entre nossos pais, sobre sua máreputação e gostei de estar perto dele. Ocasionalmente, a multidão começou a aparecer, e preciseitrabalhar. Não foi exatamente difícil, rasgando bilhetes, e rapidamente caí na rotina. Uma vezque as

multidões passaram, e os filmes começaram, Noah reuniu-se e passou o material logísticoenquanto os super gêmeos continuaram basicamente fazendo o que quisessem atrás do quiosque.Não vi nem ouvi falar muito de Chelsea, que praticamente reforçou a minha teoria sobre ela. Embreve, caímos em um ritmo de tomar conta de bilheteira e limpeza entre os filmes, e as coisaschatas de logística durante os filmes. Noah me mostrou tudo e foi surpreendentemente paciente eminucioso para um cara que parecia não dar a mínima para nada além dele mesmo, ou pelomenos essa era sua reputação. A noite passou assim, Noah e eu trabalhando em conjunto.Finalmente, a última apresentação acabou, e passamos os cinemas juntos, varrendo pipoca quecaiu e jogando fora bebida. As pessoas sempre se perguntam por que cinemas tinham o chãopegajoso, e posso dizer com confiança é porque os trabalhadores não ganham o suficiente paraesfregar, e os patrões não se importam com o que deixam cair no chão. Naquela primeira noite,encontrei três dólares, um par de óculos de sol, uma laranja meio comida e um preservativo

aberto embrulhado, mas estranhamente sem nada. Noah riu e disse que uma vez, encontrou umconjunto de dentes postiços. Não acreditei, mas jurou que era verdade. Nós trabalhamos emconjunto, varrendo e limpando para baixo os assentos com purificador industrial. Começamoscom o cinema menor e terminamos com o maior. Tudo isso levou-

nos cerca de uma hora, embora nós não fôssemos exatamente completos em nossa limpeza. Olugar ainda era novo e não tinha ficado muito cheio ainda, então nós nos sentimos muitoconfiantes em deixar passar um pouco. No final da noite, recolhemos na primeira fila, sentadoslado a lado, nossos suprimentos de limpeza esquecidos no chão no corredor. — Bem, está feitoseu primeiro turno. Como foi? — Perguntou. Dei de ombros, olhando para a tela gigante prata.— Foi ok, eu acho. O que esperava. — Trabalhar em um cinema é praticamente o mesmo emtodos os lugares. — Exceto que a maioria dos lugares não tem um gerenciador louco como aSrta. H. Qual é a do nome dela, afinal? Noah riu. — Tenho certeza de que é um nome artístico.— É mesmo? Hum.... Isso faz sentido. — Falando de nomes, por que seus pais te chamaram'Linda'? Olhei para o lado, tentando o máximo. — Que tipo de pergunta é essa? Sorriu eprovavelmente poderia dizer que estava desconfiada.

— Mal nenhum juro. Só gosto de ouvir a história por trás do nome das pessoas, às vezes.Assenti com a cabeça, apaziguada por enquanto. Estava constantemente em guarda para quandoiria decidir ser um idiota de novo. — Bem, minha mãe me deu o nome por Linda Blair. Olhou-me, obviamente, reconhecendo o nome. — Você está brincando comigo? Ri e assenti com acabeça. — Sim, loucura, certo? — Sua mãe te nomeou em homenagem a menina de O exorcista!Ela praticamente homenageou o Satanás. Noah uivava com riso, e sorri para ele. Tinha ouvidoisso antes, mas senti particularmente engraçado vindo dele, só não sabia por que. Por algumarazão, minha mãe era uma enorme fã de O exorcista e colocou na cabeça que iria nomear suaprimeira menina como a personagem principal. Infelizmente para mim, meu pai não tinha muitaopinião de uma maneira ou de outra, e então fiquei com o nome da atriz da menina possuída,Linda Blair. — E seu nome? — perguntei-lhe, uma vez que seu riso morreu. Encolheu osombros, olhando para a tela. Estudei no perfil, e minha respiração acelerou. Pareceu mais umavez

quão bonito era e duplamente no meio escuro do cinema, olhando para a tela enorme comuma expressão estranha, distante. — Minha mãe gostou. — Onde está sua mãe? — perguntei. —Morreu de câncer quando era muito jovem. Fiquei branca, imediatamente me arrependendo deperguntar sobre sua mãe. Deveria ter sido mais discreta, mas simplesmente presumi que seus paisse divorciaram. Muitas crianças de Hollywood vêm de pais divorciados. — Desculpe, não deviater perguntado. — Está ok. Aconteceu há um tempo. — Estava investigando a distância, e teriadado qualquer coisa naquele momento para estar dentro da sua cabeça. — Seu pai nunca casoude novo? — perguntei, tentando mudar de assunto. Riu disso e voltou para o momento.Trancamos os olhos e imaginei, talvez pela centésima vez, que gosto tinha seus lábios. —Quando minha mãe morreu, talvez alguns meses mais tarde, meu pai começou sua sequênciainterminável de namoradas. — O que quer dizer?

— Bem, basicamente, se está procurando alguém decente no meio do caminho, sendoconectado e rico, é fácil encontrar um certo tipo de garota para sair com você. Meu paiprovavelmente passou por algumas centenas ao longo dos anos. Bruto. Tal pai, tal filho. Noahnão tinha um agradável e saudável ambiente familiar. Acho que fazia sentido. A maioria dascrianças de Hollywood estava um pouco confusa de alguma forma, minha mãe sempre disse queprecisava um tipo especial do ego para se envolver com a indústria cinematográfica. Não sabia oque significava para o povo que estudou filmes, mas nunca disse isso a ela. — Deve ter sido

difícil — disse. — Sim, no começo foi. É difícil para um jovem garoto perceber que nem todagarota que o pai traz para casa será sua nova mamãe. Encolheu os ombros com tristeza e queriatocar seu rosto, mas resisti. — Ocasionalmente me acostumei a isso. — Sinto muito que teve quepassar por isso. — Está no passado. — Sorriu para mim. Fiquei um pouco surpresa com suahonestidade. Esperava no meio do caminho fazer uma piada, talvez dizer que estava com ciúmesde seu pai, mas havia algo emocionalmente

inseguro em sua resposta que me fez mudar meu peso em sua direção. Sorriu para mim. Ascoisas foram confortáveis entre nós toda a noite. Ele mantinha as piadas pervertidas a ummínimo, e não passei muito tempo imaginando suas mãos correndo ao longo de meus quadrisnus. Pela primeira vez desde que nós nos sentamos juntos no gramado, senti como se realmentese importou comigo como pessoa, e não só mais uma garota na sua própria sequência infinita. —Ouça Noah — comecei hesitando. Ele me olhou. — O que? Senti-me insegura. Claramente tinhauma relação complicada com o pai, e pensei que talvez trazer minha mãe poderia fazer mais maldo que bem. Então, novamente, era importante que tudo estivesse no ar. Pelo menos, eraimportante para mim. Odiava segredos, e se havia uma coisa que não aguentava, era ummentiroso. — Falei com minha mãe sobre seu pai — disse. — Ah sim? O que ela falou? — Eledisse, sorrindo. Respirei fundo, nervosa. — Aparentemente, eles tinham uma espécie de disputa,naqueles dias. Noah acenou com a cabeça e inclinou seu corpo em minha direção. Poderiacheirar seu hálito mentolado. Ele nunca tinha

estado tão perto antes, e minha mente de repente desenhou um espaço em branco. — Eu sei.O que sobre isso? — Ele perguntou. — Oh, não sei. — Gaguejei. Deu-me um sorrisodeslumbrante, e antes que pudesse dizer algo mais, inclinou-se e me beijou. No início, fiqueichocada. Noah Carterson, lindo menino mau, estava me beijando em um cinema vazio. Masdepois de meio segundo, relaxei, e nossas bocas se separaram, sua língua macia me acariciando.Ele tinha um gosto perfeito, como menta, flores e primavera, e derreti em seus lábios macios.Estendeu a mão e tocou meu rosto suavemente, e senti fome bem dentro de mim. Imaginei descersobre ele, bem ali, na primeira fila do cinema. Queria seu corpo duro mais do que tudo naquelemomento, e qualquer hesitação foi esquecida. Senti-me bem, como o vapor de uma chaleira.Inclinei-me mais sobre o braço da cadeira e pressionei, decidida. Passei meus dedos pelo seucabelo e o senti retornar a minha intensidade. Senti que estava fervendo, cada momento defantasiar sobre seus lábios e corpo de repente veio à tona. O queria mais do que qualquer coisaquando senti suas mãos agarrarem minha cintura e me puxar mais perto. Estava na metade domeu assento, praticamente no colo, quando ouvimos a porta ao cinema bater aberta. — Ei, Noah,hora de fechar! — Gritou Chuck.

Imediatamente pulei longe dele e deslizei de volta em meu lugar. Noah sorriu para mim,abafando uma risada. Poderia dizer que meu rosto estava vermelho de vergonha. Não tinha ideiase Chuck viu algo, mas era típico dos Super gêmeos entrarem no pior momento possível. Pelomenos não estava chupando Noah ainda. — Estarei lá em um segundo — disse Noah. Chuckdeu-lhe um polegar para cima depois saiu. Noah olhou para mim, ainda sorrindo. — Ele tem boaaltura — disse. — Sim, exatamente. — Não sabia o que dizer. — Ouça, o que fará depois disso?Dei de ombros, não sei como responder. Ainda estava abalada desde o beijo e respiraçãoprofunda e não estava exatamente pensando direito. Quero ir para casa com Noah? Era mesmouma possibilidade? — Não tenho certeza — disse, sentindo-me estúpida. — Como se sente sobrepegar um pouco de comida no restaurante? Senti-me um pouco aliviada. Talvez estivesse prontopara o jogo, mas me senti um pouco melhor que não tivesse me convidado para o seuapartamento para uma continuação do nosso beijo. Como adoraria ver o seu corpo esculpido e

daruma olhada na sua tattoo, sabia que precisava ter um pouco mais de calma. Pelo menos uma

vez antes, acabei deixando-o me assolar. Isso foi a coisa certa a fazer. Percebi que estava tendodificuldades em convencer-me. — Sim, eu gostaria — disse. — Legal. Te encontro lá fora emum segundo. Fiquei parada, dando-lhe um olhar estranho. — Vamos lá, vamos apenas sairjuntos. Nada de suspeito nisso. Riu e tinha um olhar alegre no rosto e então assentiu com acabeça em direção a sua virilha. Na penumbra, pressionando contra seu jeans apertado, estavaseu pau duro de pedra. — Oh! — Era tudo o que poderia pensar em dizer. Ele era muito grande,tanto quanto sei e obviamente não é tímido sobre isso. Corei profundamente, me virei e fui para aporta do cinema, andando rápido. — É culpa sua! — Gritou atrás de mim. Virei-me e lhe mostreio dedo, rindo loucamente de sua piada, antes de voltar e empurrar a porta. Saí para o saguão,mente enrolada. Os Super gêmeos estavam por trás do quiosque fechando a gaveta, enquanto aSrta. Havisham pairou sobre eles, obviamente certificando-se de que não erraram a contagem.Adivinhei que acontecia muito. Chelsea estava ainda no

escritório de caixa, ou já tinha saído. Srta. Havisham deu-me um sorriso e acenou. — Comofoi sua primeira noite, querida? — Perguntou. — Foi muito boa. Noah mostrou-me tudo. — Sim,tenho certeza que fez — disse Chuck tranquilamente. Dei uma olhada, e se tivesse o poder deexplodir cabeças com minha mente como aquele filme de Cronenberg, teria. Ele pegou meuolhar e imediatamente voltou para contar o seu dinheiro. A Srta. Havisham fingiu não notar atroca. — Bom, estou contente. Noah pode ser uma grande ajuda às vezes. Foi um pouco estranhoouvi-lo descrito dessa forma, mas é verdade: ele foi uma grande ajuda. Esperava que fossefolgado e basicamente me ignoraria, mas foi o oposto. Estava atenta e obediente a noite toda esaiu do seu caminho para certificar-se de que estava confortável. Perguntei-me se o que fez foiatento e obediente. — Podes ajudar Chuck e Mikey acabar aqui, Linda? — A Srta. Havishampediu, me puxando de volta para o mundo. — Claro, sem problema. — Obrigado querida. —Deu-me um sorriso, depois saiu. Olhei para eles, e ambos sorriram para mim. Legal. Acho que

Chuck viu o que Noah e eu estávamos fazendo e já compartilhou com Mikey, provavelmenteatravés de sua telepatia de melhor amigo estranho. — Nem uma palavra — disse. Mike deu deombros e Chuck estava simulando a boca fechada. Andei em torno do balcão e comecei a ajudá-los a fechar as gavetas. Em breve, Noah surgiu do cinema e me deu um aceno. Sorri de volta, eele andou. — Geralmente, a nova pessoa que limpa os banheiros. Mas te darei um passe estanoite — disse ele. — Não me importo — disse, não querendo Chuck e Mikey fazendo quaisquercomentários. Balançou a cabeça. — Você tem amanhã à noite. Antes que pudesse argumentar,fugiu em direção ao banheiro. Dei uma olhada a Chuck, e ele fingiu silenciosamente que nãoestava rindo de mim. Os Super gêmeos eram os universitários mais maduros que já conheci.Quando terminamos, corri através de meu encontro com Noah no cinema novamente. Não podiaacreditar que tinha se aberto para mim assim. Obviamente, teve uma infância difícil sem a mãe.Eu poderia relacionar; meu pai era muito distante, embora estivesse ainda vivo e bem. Noahclaramente não se dá bem com seu pai, mas não podia dizer quanto era de seu pai

namorando demais ou da angústia típica familiar. De repente, atingiu-me como umcaminhão. Senti o chão se abrindo debaixo de mim e estava em queda livre. Quase tive quesegurar o contador para manter-me de entrar em colapso. Como poderia ter sido tão estúpida?Obviamente, porque o beijo de Noah foi um pouco perturbador. Isso foi bastante justo. Aindaestava repassando isso. Mas devia ter notado imediatamente e o pressionado. Quando lheperguntei sobre os nossos pais, disse que já sabia sobre a rivalidade! O que significava, quandoperguntei a semana anterior se sabia algo sobre nossos pais, ele mentiu para mim. Não pude

acreditar. Por que teria qualquer razão para mentir? Nós não nos conhecíamos muito bem ainda,e não havia razão em me esconder algo. Claramente soube desde o início e deixou escaparporque estava muito ocupado tentando entrar nas minhas calças para manter sua história. Deveter sido por isso que mentiu em primeiro lugar: na cabeça dele, se eu soubesse sobre a rivalidadepoderia estar mais disposta a dormir com ele. O mundo se abriu diante de mim, e senti como seestivesse me afogando. — Chuck, vocês precisam mais de mim? — perguntei prestes a entrar empânico.

Ele me olhou estranhamente. — Não, tudo bem se quiser ir. Balancei a cabeça emagradecimento, em seguida, praticamente corri para o escritório de caixa. Peguei minhas coisas efui correndo pela escada, não me preocupei em olhar para trás. Não me importava que parecesseuma psicótica correndo de lá, de repente. Não podia arriscar ver Noah novamente. Não sabia oque fazer. Provavelmente gritaria com ele, talvez dar um soco na sua cara arrogante. Estava tãoirritada que tinha mentido para mim, mas mais do que isso, fiquei chateada que tinha caído nasua conversa. Ele não se importa sobre mim ou minha família. Tudo o que queria era entrar nasminhas calças, assim como todos os outros idiotas no campus. Provavelmente tinha usado essalinha sobre a mãe com uma centena de pessoas antes de mim. Era apenas sua última conquista.Senti lágrimas brotarem em meus olhos, mas resisti. Não seria o tipo de garota que chora sobreum cara idiota. Estava chateada. Não estava chateada. Sai do centro estudantil e fui direto paracasa. Precisava colocar a maior distância entre mim e Noah quanto possível.

Bati a porta do meu apartamento e sentei no sofá com um bufo. Olhei para a televisão, minhamente fervilhando com raiva e confusão. Noah foi sempre um cretino, sim, e um pervertido, masnão um mentiroso. Seu pai pode ter sido uma pessoa realmente má, mas estava tentando dar aNoah o benefício da dúvida. Em vez disso, ele tinha quebrado a minha confiança e mentiu paramim quando lhe fiz uma pergunta direta. Chris entrou timidamente no quarto. — Como foi otrabalho? — Perguntou-me. Dei uma olhada e rolei para o meu lado. — Tão ruim assim, né? —Ela veio e sentou-se aos meus pés. Estiquei-me, e me coloquei no colo dela. — O que aconteceu?— Ele mentiu para mim, Chris. Queria dizer mais, mas sabia que deveria mantê-lo curto e doceou então me atolaria explicando exatamente como e por que Noah Carterson é o maior lixo nomundo. Olhou-me surpresa. — Isso é um grande negócio. Mentiu

como? Soltei uma visão exasperada. — Sabe como minha mãe e o pai dele estão em algumaestranha rixa, ou pelo menos costumavam estar? — Sim, claro. — Bem, lhe perguntei sobre osnossos pais a uma semana, e agiu como se não sabia de nada. Então esta noite, estávamossentados no cinema depois de limpá-lo, falando dos nossos pais, e comentei com ele novamente.E sabe o que ele faz? Disse que sabia e, em seguida, me beija! Estava fervendo de raiva. Comoousa mentir na minha cara e então me dá um dos momentos mais quentes da minha vida? Queriacorrer minha língua ao longo de seu abdome duro e chutá-lo no rosto. Estava uma bagunça deluxúria, raiva e traição, e nenhum deles parecia estar ganhando sobre o outro. — Espera. Ele tebeijou? — Sim, me beijou, mas essa não é a questão. Ele mentiu para mim! Ela riu, e dei-lhe umolhar furioso. — Eu sei Linda, mas caramba. Ele te beijou. Sentei e olhei para ela. — Você estáouvindo? — Quero dizer, não gosto de toda a besteira de namorar, mas definitivamente deixariaaquele homem fazer algumas

coisas para mim. — Está brincando comigo agora? — Só um pouco. Desmoronei de volta acama, resmungando. — Olha, pode haver uma boa razão — disse. — Ou talvez ele não tenhaentendido sua pergunta. Ou talvez entendeu mal o que ele disse. — Por que o está defendendo?— Porque te beijou, e tem basicamente ansiado por ele como uma adolescente desde que o viupela primeira vez. — Chris, esquece o beijo. Ele mentiu para mim. Assentiu com a cabeça, de

repente, parecendo séria. — Ele mentiu para você. Perguntou sobre isso? — Não, tive que sair delá. — Linda, confronte-o. — Não posso fazer isso. Tenho medo que iria bater nele ou algo assim.— E daí? Ele é um menino grande. Imaginei-me lhe batendo várias vezes, e só rindo de mim.Obviamente, nesse cenário, ele estava sem camisa e suando muito ligeiramente.

O que faria? — Não, eu não posso. Ele me tratou como se fosse mais uma das suasconquistas. Não lhe darei a satisfação. — Olha você não pode saber o que acontecerá se não falarcom ele. — Estou muito envergonhada por isso agora. — Por quê? Não é como se fez algumacoisa. — Bem.... — disse, olhando estranho. — Você não gritou com ele, pois não? —Não, nadadisso. Teríamos um encontro, eu acho. — O que quer dizer, um encontro? — Ele perguntou sequeria ir jantar depois do trabalho. — E disse que sim, obviamente. — Sim, mas então percebique ele tinha mentido para mim, e saí de lá o mais rápido que pude. Assentiu com a cabeça,pensativa. — Então desapareceu direto após curtir com ele e concordou em ir a um encontro. —Sim, isso resume tudo. Chris riu, balançando a cabeça. — Bela confusão que se meteu.

Gemia e cobri minha cabeça com uma almofada. — Se esconder não ajudará a consertar nada— disse, acariciando meus tornozelos. — A menos se esconder para sempre. — Bem, não podefazer isso. — Ela levantou-se. — Onde vai? — De volta para estudar. Fiquei de costas e gemi. —O que farei? — Falar com ele. — Olhando para baixo, Chris me sorriu. — Tenho que trabalharcom ele amanhã à noite — disse. — Fale com ele depois. Sabe onde estarei se precisar de mim.Caminhou de volta para seu quarto e fechou a porta. Fiquei de lado e liguei a TV. Chris semprefoi muito fria e lógica, e sabia que estava certa. Mas a última coisa que queria naquele momentoera falar com ele. Senti-me usada e manipulada, como se soubesse todos estes segredos especiaissobre mim e estava usando-os para entrar nas minhas calças. Talvez tenha sido um exagero, masjá tinha minhas reservas sobre ele. Mentir na minha cara e, em seguida, me beijar, erapraticamente o ponto de inflexão.

Exausta, mas mais do que um pouco frustrada, perdi-me em alguns programas de TV ruinspor um tempo. Mas isso só tinha tanto poder para me impedir de pensar sobre Noah e o beijo. Oslábios dele foram suaves e perfeitos, e perdi-me no seu gosto. Sai do meu lugar e fuipraticamente ao colo dele. Para não mencionar que o pau dele estava duro depois, e como nãotinha vergonha de me deixar vê-lo pressionando contra o tecido das calças. Rosto vermelhodesliguei a televisão, então voltei para o meu quarto. Abri minha gaveta e puxei meu vibradorfavorito. Senti-me mal por me masturbar com pensamentos desse imbecil, mas não pude meconter, por alguma razão, a culpa foi ainda mais quente. Imaginei descer nele ali no cinema,deslizando seu pau enorme em minha boca. Já podia ver como era grande e grosso, e o tipogrunhindo e gemido que soltaria quando fizesse. Quando Noah construiu o orgasmo, parei eolhei nos olhos, sorrindo. Estaria praticamente implorando, seu pau duro enorme na mão, lábiosperfeitos e rosto definido em um olhar duro. Provavelmente pegaria meus quadris e tiraria aroupa. Fingiria protestar, mas veria através de minhas palavras frágeis. Ficaria em sua frente,cobrindo o meu lugar, abrindo a boca. Ia me buscar então e abaixar-me lentamente sobre ele.Desceria lentamente em seu comprimento, cima e para baixo, o montando no cinema. Pressioneimeu brinquedo profundamente dentro de mim, saboreando a imagem. Imaginei seu pau enorme,duro, talvez

desse um tapa uma ou duas vezes, e pegaria na minha bunda, empurrando duramente.Provavelmente, gozaria forte. Quando imaginei isso, senti meu corpo endurecer e meus dedosapertarem e trabalhei até um orgasmo real. Consegui quando imaginei a escalada dele, seu pauainda duro e deixá-lo me implorar por mais. Ocasionalmente, meu orgasmo da vida real passou,e relaxei nos meus lençóis, ainda brilhando da minha fantasia de vingança. Geralmente não gosto

de sadismo, mas Noah merecia qualquer fantasia que poderia inventar. Entediada, busquei meulaptop.... E conectei ao Facebook. Sem pensar, cliquei no ícone que disse que tinha umamensagem e olhei para o rosto sorridente de Noah. Noah: Para onde você fugiu esta noite? Tinhaenviado há cinco minutos, bem quando comecei a gozar enquanto imaginava seu corpo perfeito,envolto em torno de mim. Era quase como se tivesse um sexto sentido para quando uma garotaestava se masturbando com ele. O verme. E eu ainda estava lá, incapaz de parar de pensar o quepoderia fazer com meu corpo. Olhei para a mensagem por um tempo, pensando no que fazer.Sabia o que Chris diria se estivesse na sala, embora estivesse muito feliz por ela não estar. Masnão era Chris, e estava ainda magoada e chateada, mesmo se só imaginei como seria ir para baixonele em um cinema vazio.

Como estava prestes a fechar a tampa do computador portátil em um bufo, recebi outramensagem. Noah: Ei, você está aí? Está tudo ok? Estou um pouco preocupado. Rolei meusolhos. Ele era de verdade? Não havia como Noah Carterson perder alguma da sua paz de espíritosobre mim. Talvez lhe restasse um pouco de frustração sexual, mas definitivamente merecia isso.Realmente, merecia muito mais que isso. Tinha saído fácil ou não ficou fora, conforme o casopode ser. Com uma respiração afiada, fechei meu laptop. Não lhe daria a satisfação de comprar asua rotina de “cara preocupado”. Deixe-o ficar preocupado, se realmente estava. O imbecilprovavelmente poderia descobrir qual era o problema por conta própria. Saltei para fora da cama,coloquei roupas mais confortáveis e comecei a dedicar-me à tarefa quase inútil de tentar ler paraa aula. Minha mente estava girando em direções diferentes, mas ainda tinha que estar preparadapara as aulas. Mesmo que a única coisa que realmente queria fazer era deitar em minha cama eter o sonho de me encher de um balde cheio de comida corriqueira.

Você pode jogar sua rede tão ampla quanto quer, pode olhar na medida do possível, podecriar a maior piscina de pessoas possível, mas no fim, está sempre preso com aqueles que vocêestá mais próximo. Nem sempre pode escolher quem é e às vezes se aproximam de você eaparecem no quadro. Independentemente do que acontecer, você continua voltando, continua secolocando no mesmo papel que adora, porque é isso que você é. Não está agindo quando estájogando com você mesmo. Caminhei pelo campus, depois de horas, o sol se pondo lentamentesobre os edifícios mais altos, a luz refletida no vidro, e as ruas começando a ferver e pensei sobreminha mãe em seus primórdios. As mulheres tinham que lutar naquela época, ainda mais do queagora, especialmente as mulheres nas indústrias, dominada pelos homens. A indústriacinematográfica foi um desses lugares, e minha mãe provavelmente era mais forte do que eupoderia imaginar. Um dia, escreveu uma crítica ruim sobre o filme da pessoa errada e foi banida.Foi um milagre que ela sobreviveu. Não a culpo se tivesse decidido se enrolar em uma bola noseu antigo apartamento e chorar até adormecer sozinha. E deve ter feito, mas a diferença

entre ela e todas aquelas pessoas que nunca conseguiram isso, foi que ficou de pé depois,colocou sua melhor roupa, fixou seu rímel e voltou para o mundo. Era a minha mãe: ela poderiareceber um golpe, mas sempre iria continuar tentando. Isso é por que continuei andando emdireção ao centro do estudante, apesar da pedra pesada no estômago e o medo no meu peito.Teria que interagir com o Noah, não importa o que queria se seria capaz de fazer o meu trabalho.Não podia desistir, porque realmente precisava do dinheiro, mas mais do que isso, não era o tipode pessoa que deixa um cara ditar o que fazia. Tentaria e conseguiria superar isso e o evitaria omelhor que pudesse. Se minha mãe poderia lidar com seu pai tentando destruir a carreira dela eacabar melhor ainda por isso, então posso lidar com Noah e suas mentiras. Não preciso gostarpara trabalhar com ele. Senti a caminhada mais do que o habitual, quando escolhi o meu caminhoatravés da multidão pós aula ansiosa, mas não os deixei me oprimir. Por um lado, queria falar

imediatamente com Noah e confrontá-lo sobre a mentira; por outro lado, queria jogar meusbraços em volta do pescoço e beijar sua boca de novo, talvez descobrir exatamente onde ascoisas teriam ido se o gêmeo não tivesse nos interrompido. Sabia que era louco, mas não pudeevitar. Havia muito entre nós para ignorar, coincidências demais. Ele pode ter sido um idiota,mas há algo por baixo do que disse e o que fez, e foi esse núcleo de bondade que queriadescobrir. Quando desci os degraus, mentalizando para uma longa

noite de ignorá-lo, comecei a pensar se iria conseguir uma chance de desmascará-lo, oumesmo se queria. Antes, era apenas o menino mau, jogador com um passado sujo. Agora, porém,era o cara que mentiu para mim, e cujo pai destruiu a carreira da minha mãe. Quanto maisdescobri sobre Noah, mais queria o odiar. Chelsea estava sentada no lugar de sempre, quandovirei a esquina e entrei no saguão do cinema. Dei-lhe um pequeno aceno e deixei minha bolsa,olhando ao redor. Os Super gêmeos estavam ocupados por trás do quiosque, aparentementetrabalhando pela primeira vez, e a Srta. Havisham estava ocupada tentando configurar um recortede papelão para o mais recente filme independente que apareceria. Eu ficava analisando o local, epercebi que Noah não estava à vista. Meu coração começou a bater mais rápido, e estava derepente esperançosa. Talvez tivesse ficado doente, ou talvez tinha decidido desistir. Não vi maismensagens no Facebook, então não tinha ideia do que estava acontecendo. Talvez não teria quelidar com ele. Mas isso foi só um pensamento. Noah apareceu do menor dos três cinemascarregando o carrinho de limpeza, e imediatamente chamou minha atenção. Deu-me um pequenosorriso, o olhar convencido que já tinha visto, e queria bater fora seu rosto perfeito. Meussentimentos por ele rasgaram duplas inundações instantaneamente quando olhei para sua camisapreta de uniforme apertada exibindo seu corpo perfeito e seu bem estiloso cabelo desarrumado.Rapidamente olhei

longe e caminhei até a Srta. Havisham, tentando interceptá-la antes que ele tivesse a chancede dizer algo. — Oi, Srta. H. precisa de ajuda? — Eu perguntei. Ela estava lutando com orecorte, obviamente tentando desdobrar as arquibancadas em volta e, obviamente, nãoconseguindo. — Linda, olá, não, obrigado. — Balançou seu cabelo crespo voando por todo olado. Parecia esgotada, e não pude deixar de reprimir uma risada. Notou e deu-me um agradávelsorriso em retorno. — Pareço bem louca, não é? — Perguntou. — Não, de jeito nenhum, estou sórindo do recorte — disse, tropeçando. — É um recorte muito engraçado, Srta. H — disse Noah,aparecendo ao meu lado. Queria pisar em seu pé com meu calcanhar ou talvez arrancar o lóbuloda orelha. Em vez disso, olhei para Srta. H e sorri docemente. — O que precisa que eu faça estanoite? — perguntei. — Oh, você está com Noah novamente, querida. Droga. Exatamente o queesperava evitar. — Sinto-me muito mais confortável — eu disse, tentando alertá-la.

— Que bom, querida, bom ouvir. — Já estava de volta para o cartaz, tentando desdobrar orecorte. Podia sentir Noah ao meu lado sorrindo praticamente com alegria. Depois de umsegundo, saí em direção a despensa, decidindo que daria aos cinemas uma varredura rápida antesde começar a corrida do bilhete. Noah seguiu-me. — Ei, Bolinhas, como vai? — Ele gritou. Oignorei e continuei andando. Cheguei ao armário, puxei a porta aberta e peguei uma vassoura euma pá. Senti que Noah pairava atrás de mim, e antes que pudesse falar, girei sobre ele. — Ouça-me, Noah. Pare de me chamar Bolinhas. Na verdade, pare de falar comigo. Não quero ouvir devocê hoje à noite. Sem mais comentários insinuosos, sem mais brincadeiras, deixe-me em paz. Oolhei, minha cara dura e irritada. Preocupação caiu sobre seu rosto por um breve momento, efiquei surpresa com sua reação. Mas tão rapidamente desapareceu, substituído por seu sorrisoarrogante. — Tudo o que você diz, Bolinhas. Está na bilheteria novamente. Antes que pudessegritar com ele mais um pouco, girou ao redor e saiu. Fiquei ali sozinha no almoxarifado,

agarrando minha páe vassoura, espumando. Ele não parecia se importar sobre como me sentia. Não tentou

explicar ou perguntar o que estava me incomodando. Sabia que estava chateada com ele, masnão fez nada para tentar corrigir alguma coisa. Em vez disso, saiu fora como uma criança. Queriadestruir algo, quebrar uma luz, de preferência sobre a cabeça de Noah. Imaginei um cenárioenvolvendo tijolos e as rótulas de Noah quando Chuck entrou no armário. — Oh, ei, Linda — eledisse, rindo jovialmente. — O quê, Chuck? — Eu bati nele. Ele pegou a expressão no meu rosto.— Opa, desculpe. Está tudo bem? Respirei fundo. Estava de repente atacando Chuck,provavelmente o cara mais inofensivo do mundo. Ele pode ter sido pateta, mas era incrivelmentelegal. Senti-me muito culpada, e a raiva que sentia no Noah começou a escapar. — Sinto muito,desculpa, perdi o controle — disse. Deu de ombros, agarrando uma pilha de baldes de pipoca porabrir. — Não se preocupe. Alguma coisa que quer conversar? — Não, obrigado. Ficarei bem. Sópensando. Assentiu com a cabeça, seu rosto sério. — Se necessitar de alguma pipoca, doces ourefrigerante,

apenas me dê o sinal. Consigo te arranjar uma imediatamente. Ri, e senti a tensão no meucorpo de repente quebrar. — Obrigada Chuck, eu poderia aceitar isso. — Bom. Eles me chamamde o paramédico de açúcar. — Quem faz? — Bem, tchau! — Deu-me um aceno cómico e saiuem disparada para o cinema. Sorri e ri baixinho para mim mesma quando saiu. Tomei algumasrespirações profundas, e a raiva dissipou-se completamente. Não podia acreditar que estavaagindo assim. Normalmente não tinha um temperamento, e certamente normalmente não gritocom as pessoas. De repente senti-me mal pelo jeito que tinha falado com Noah, emboraprovavelmente merecesse. Percebi como firmemente ferida estava, dividida entre dois polos, umprecisando do corpo de Noah e obcecada por seu beijo, e as outras com raiva e traída pela suamentira e o pai dele. Era como um filme de tela dividida, uma narrativa rolando na esquerda eoutra, em frente à narrativa da direita. Estava presa entre os dois, confusa e chateada. Pegueioutra respiração profunda, a necessidade de reunir-me. Noah não me deve nada, edefinitivamente não devo a ele. Tivemos uma química e nos beijamos uma vez, mas foi só isso.Havia muita coisa nos separando para fazê-lo funcionar. De pé

no armário, sentindo-se culpada e chateada e ainda um pouco traída, prometi a mesma quesuperaria isso, começando naquela noite. Coloquei a vassoura e a pá de volta, mentalizando anoite. Passaria por isso, essa noite e a próxima, e a vida continuaria. As coisas estavam indo bem.Noah Carterson era só mais um cara. Sabia que estava mentindo para mim mesma, mas foi osuficiente para me dar um pouco de coragem. A noite derrapou entre ajustes e saltos, que eracomo a maioria dos cinemas funcionava. Tivemos uma corrida cerca de meia hora para quarentaminutos antes que um filme estivesse começando, e depois houve uma longa pausa enquantotocava os filmes. Durante a corrida, peguei bilhetes, e isso era chato, mas fácil. Sabia o queestava fazendo, e não tive que interagir muito com Noah. Durante o período de calmaria,mantive-me ocupada, arrumando o banheiro das mulheres, ou ajudando os Super gêmeos com oquiosque. Noah não me incomodou tanto, que me serviu bem. Adivinhei que levou a dica quandogritei com ele, e embora me senti mal por causa disso, funcionou. Ele não estava distante ourude, mas não estava saindo da sua maneira de estar perto de mim, também. Chuck e Mikey nãodisseram nada sobre mim também, o que foi bom. Adivinhei que Chuck sentiu a tensão entremim e o Noah, e estava me dando um passe fora se eu quisesse.

Em breve, caí para a rotina das coisas e comecei a esquecer tudo com Noah. Ele não pareceuse importar, e estava me ignorando o que funcionou muito bem. Nós caímos em um ritmo depolidez mútua, tensa, interagindo quando o trabalho exigia, mas caso contrário, mantendo uma

distância entre nós. À medida que a noite avançava, percebi que o Noah não estava interagindocom qualquer um dos outros empregados. Normalmente ficava na dele, o que era curioso paramim, já que era incrivelmente charmoso e comunicativo. Sabia que era muito popular nocampus, mas no cinema, era um pouco silencioso. No final do nosso turno, o peguei inclinando-se sobre a bilheteria, conversando com Chelsea. Foi a primeira vez que tinha falado com alguémalém de mim, e senti uma pontada de ciúme me atravessar. Chelsea era bonita de uma forma quenão era, e tinha uma personalidade muito efervescente, pelo menos pelo que tinha visto. Noah riude alguma coisa, e imaginei Chelsea, dando-lhe os olhos dela “fode-me” através do vidro.Aposto que já tinha passado noites longas com ela na pequena cabine. Balancei minha cabeça,banindo a imagem da minha mente. Ele podia fazer o que quisesse. Não jogaria seus joguinhos.Devagar, muito devagar, a noite deu uma parada, e encontrei-me varrendo os cinemas com Noah.Fizemos em silêncio tenso. Onde na noite anterior, nós estávamos rindo e fazendo piadas juntos,naquela noite estávamos desajeitados e apressados. Fizemos nosso trabalho tão rapidamentequanto

possível. Depois que terminamos, fui para ajudar a fechar o quiosque, e Noah foi limpar osbanheiros. Banheiros limpos, os registros contados, e o stand fechado, nós nos juntamos e saímosdo porão do centro estudantil. A Srta. Havisham ficou para trás para terminar algumas coisas etrancar. Senti-me bem sair como um grupo, na noite anterior, tinha escapado com o rabo entre aspernas, mas não deixaria Noah arruinar minha experiência de trabalho. Como descobri, Chuck eMikey na verdade eram melhores amigos. Cresceram juntos em uma pequena cidade de Iowa, eambos queriam chegar lá assim que possível. Mike se descreveu como “gay que nem umpassarinho”, o que me fez rir, e Chuck disse que era “bissexual”. Não tinha ideia do que issosignificava, ou porque imediatamente começaram a falar sobre suas preferências sexuais, quandomal os conhecia, mas eram bobos e engraçados de uma forma que não via há um tempo. Aspessoas eram muito cansadas e legais, mas não os Super gêmeos. Chelsea parecia diferente forado caixa, e era mais alta do que eu esperava. Não era baixa, cerca de 1,65m, mas ela era pelomenos 1,80m. Noah era o mais alto no grupo, talvez 1,90m ou 2,00m, e tenho outra pontada deinveja quando percebi quão bom parecia próximo passeando com Chelsea. Eles pareciamnaturais juntos, e como o grupo de braços cruzados conversava sobre nada, percebi que seconheciam por um tempo. Provavelmente foi como ela conseguiu o trabalho,

pensei amargamente. Não sabia por que segurei a amizade contra eles. Estava claramenteainda chateada com Noah e mentalmente descontei nela. Jurei tentar conseguir conhecê- laquando não estivesse por perto. Enquanto caminhávamos para fora no campus, o grupo começoua se separar. Estava indo para oeste, em direção a meu apartamento, e os Super gêmeos estavamindo para o norte. Nós acenamos enquanto caminhamos, rindo alto sobre uma piada que não deimuita atenção. Corri, deixando Chelsea e Noah que estavam juntos sob um poste de luz. Dei umsorriso e um aceno para Chelsea, mas fingi que Noah não existia. Deixe-os analisar isso. Não meimportava. Acabei com tudo. Tinha feito durante a noite com tão pouca interação quantopossível, e já estava me sentindo mais forte. Talvez não fui muito a nível da minha mãe, masainda forte o suficiente para superar a cara de um imbecil. E então Noah tinha de estragar tudoisso.

Quando estava a uma boa distância, senti como se estivesse em casa gratuitamente. Comeceia transformar meus pensamentos para o que faria quando chegasse em casa, se queria estudar ouvegetar, quando de repente ouvi passos se aproximando. Virei e vi Noah movimentando-se parame alcançar, um pequeno sorriso no rosto. Legal. Isso era exatamente o que não queria. Ficoutoda a noite, mais ou menos, sem quaisquer grandes confrontos, menos no almoxarifado. As

coisas estavam tensas, mas não eram horríveis. Estava andando. Mas lá estava ele, músculosondulando quando me alcançou. — Ei, Bolinhas! — Gritou. Queria expulsa-lo, mas decidimantê-lo. — Eu disse para não falar comigo. — Falei, não abrandando o passo. Noahacompanhou meu ritmo enquanto caminhava. Tentei meu melhor para não o olhar, mas não pudeevitar. — Eu sei, mas quero dizer uma coisa.

— Não posso te impedir — disse. Embora desejasse que pudesse. — Peço desculpa por essabagunça com meu pai e sua mãe. Não concordo com isso, mas aconteceu. Nem sabia disso até hádois dias. Sei que está chateada... Parei no meu caminho, meu coração batendo. Noah parou nomeio da frase por causa da minha mudança abrupta. Olhei para a cara dele, quando virou e parouna minha frente, confusão em sua expressão. — O que disse? — perguntei. Ele disse que sabiahá dois dias. Há dois dias. Senti como se meu cérebro estivesse me ultrapassando, tentandoanalisar exatamente o que quis dizer. Passei o último dia com essa obsessão, com a possibilidadede mentir para mim. Estava convencida que ele tinha, e o tratei como lixo por causa disso. —Está dizendo que só descobriu sobre os nossos pais agora? — perguntei-lhe. Assentiu. — Sim,no domingo à noite. — Então quando perguntei sobre a minha mãe e seu pai na semana passada,não estava mentindo para mim? Noah parecia ainda mais confuso. — O que? Não, não. Solteium suspiro longo e lento. Senti-me tão idiota. Noah não tinha mentido pra mim. Tinhadescoberto sobre nossos

desconhecidopais por conta própria, e nunca mentiu para mim sobre isso. E lá estava eu, com raiva dele,

gritando em um armário, tudo por causa de um mal entendido. Senti-me uma idiota. Pior, senti-me como uma otária. Ele não merecia nem um pouco. Fui tão rápida em presumir o pior, porquetudo o que descobri sobre ele sugeriu que deveria. Dei- me um discurso mental para cair nafofoca e campanha publicitária antes até de lhe dar uma chance real. — Desculpe Noah — dissecalmamente. — Não estou realmente certo do que está acontecendo aqui, Bolinhas. Olhei paralonge. — Pensei que mentiu para mim sobre nossos pais. Pensei que estava usando isso para seaproximar de mim. — Isso funcionaria? — O senti chegar mais perto. O olhei, minha cara deraiva piscando. Ele estava sorrindo suavemente, e balancei a cabeça. — Não, não teria. — Achoque isso explica o armário. — Aquilo foi mesmo despropositado. Encolheu os ombros. —Entendo. Olha me desculpe se aquele beijo foi demais.

Ah Deus. Aquele beijo.... Não foi demais. Aquele beijo foi perfeito. Foi demais. Estava tãopreparada para acreditar no pior cenário possível sem me preocupar nem em perguntar- lhe. —Aquele beijo não foi demais. Gritar com você foi demais. Senti-me tão otária. Riu. — SimBolinhas, foi muito intenso. Você é sexy quando fica chateada, embora. Dei-lhe um olhar edepois balancei minha cabeça. — Você nunca esquece? Noah chegou ainda mais perto, e entãoenvolveu seus braços ao redor da minha cintura. Respirei fundo, surpresa, com uma inundaçãode emoções e desejo atingindo meu núcleo. Seu corpo era forte e firme pressionado contra omeu, e era tudo o que quis a noite toda, mesmo quando estava com raiva e fingi que poderiaseguir em frente. — Não, não quando estou perto de você. Ele se inclinou e me beijou fundo,seus lábios macios com fome contra os meus, e cheguei até enganchar minhas mãos atrás dacabeça, retornando o beijo com uma paixão e um desejo que não sabia que estava dentro de mim.Beijamos assim na calçada, a noite escura e vazia em torno de nós, e imaginei que havia umholofote da lua brilhando sobre nossos corpos entrelaçados.

Éramos as únicas estrelas do filme mais importante na minha vida. Minhas pernascomeçaram a tremer no seu toque. Afastou-se e virou para um prédio vizinho, alcançando eagarrando minha mão para me puxar atrás dele. Meio corremos em direção à parede, e entrou emalgumas sombras, bloqueadas por arbustos em ambos os lados. Pressionou contra o tijolo bruto echegou a minhas mãos acima da cabeça, mantendo-as lá e beijando meu queixo e pescoço. —Você é tão sexy. — Sussurrou no meu ouvido. — Alguém pode nos ver — disse de volta. —Porra, quero você. Senti a mão vagar no meu peito e ao longo de meus quadris com seus lábiospressionando contra o meu novamente. Senti a língua acariciar parte de meus lábios, e gostoinundou minha boca, perfeita primavera. A outra mão escorregou na frente da minha calça jeanspreta, habilmente abriu meu botão, abriu o zíper e entrou em minha calcinha. Dei um pequenosuspiro quando suas mãos encontraram minha umidade. Mordeu meu lábio, sorrindo, quando osdedos encontraram meu lugar. — Você me quer, também. — Sussurrou. — Porra, Noah. —Gemia em seu ouvido, com seus dedos circulando meu clitóris imerso então começou a trabalharem círculos especializados. Pode ter sido verdade, mas ainda era

um babaca. Minhas mãos caíram de cima de minha cabeça para ir ao redor de seus ombrosquando sua outra mão alcançou em torno e apalpou minha bunda, quando brincou com meumonte encharcado. Brevemente senti-lo esfregar a entrada, em seguida, entrar em mim. Soltei umgemido baixo no ouvido dele, e começou a beijar ao longo do meu pescoço. — Quero te fazer

gozar, aqui — resmungou. — Alguém verá. — Revidei ofegante, prazer correndo em minhaespinha. Mal podia pensar direito. A ideia de que um estranho pode pegar Noah trazendo-me aoorgasmo com os dedos apenas adicionou a excitação, apesar dos meus protestos. Acariciou-melentamente quando sua boca encontrou a minha. O tijolo bruto era duro contra as minhas costas,e podia sentir o contorno grosso de seu pênis pressionando contra minha coxa. Gemia baixinho,tentando abafar o som o melhor que pude, pressionando meus lábios em seu pescoço. — Eutenho pensado sobre isso desde que te vi pela primeira vez. — Sussurrou no meu ouvido. Ameisua voz e os lábios e os dedos, todos trabalhando juntos. Meus joelhos tremeram e os músculosdas costas começaram a ficar tensos com o prazer construindo em meu núcleo.

— Sua calcinha de Bolinhas me deixou louco. — Gemeu. Soltei um suspiro quando começoua acariciar meu ponto mais sensível. — Quero que goze aqui. — Sussurrou novamente. Senti seudedo pressionar firmemente contra o meu clitóris. — Oh, porra! — Eu gemia completamenteperdida em seu corpo e seu cheiro. Ele facilmente segurou em concha minha bunda e espremeu,pressionando meus quadris para frente mais firmemente em seus dedos em movimento,massageando e encharcando meu núcleo. De repente, ouvi vozes nas proximidades ficando maisalto. — Alguém está vindo. — Sussurrei. — Melhor ficar quieta então — disse. Podia sentir seusdedos lentos para um ritmo de queimar a mente, mas não parou. Agarrei suas costas e mordisuavemente em seu ombro quando continuou a trabalhar-me, esforçando-me para ficar quieta.Duas pessoas passaram no caminho, mas nenhum reparou em nós escondidos nas sombras doedifício. Achei que fomos escondidos, já que ambos estávamos vestidos de preto. Eles passarame mordi um pouco mais duro.

— Cacete, Bolinhas! — Ele grunhiu em resposta, começando a me deixar em um frenesi.Podia sentir a tensão construir, maior e mais forte. Como as pessoas desapareceram na esquina,soltei um gemido baixo e senti um profundo e explosivo orgasmo. O contraste entre a estirpe depermanecer calada e o aumento súbito de intensidade me empurrou do precipício. Meu corpotodo ficou tenso, e senti meus dedos enrolarem quando ele continuou a trabalhar em mim. — OhDeus, Noah! — Sussurrei, gozando forte. Não me sentia assim há muito tempo e nunca só comas mãos de um cara. Tiros de ondas de prazer rolando e descendo na minha espinha, fazendominha cabeça formigar. Lentamente, a onda de prazer dissipou-se, deixando todo o meu corpoem um leve brilho. Seu ritmo relaxou, e então escorregou a mão da minha calça. — Você é umidiota, quase fomos pegos — disse, batendo no seu peito. Ele sorriu para mim. — Eu sei, e vocêadorou. Estava certo, eu fiz. Antes de poder lhe dar meu espirituoso retorno, beijou-me duro,suas mãos agarrando meus quadris. Abraçou-me, beijando-me profundamente, e podia sentir seupau duro pressionar contra mim. Depois do

que senti como uma hora de lentos e profundos amassos, parou. Abotoou minhas calças efechei o zíper. — Obrigada, idiota — disse, rindo. — Não há problema, Bolinhas. — Você temque parar com a coisa de Bolinhas. Noah balançou a cabeça. — Não posso. Essa imagem estápara sempre queimada em minha mente. Corei e sorri, então cobri meu embaraço, batendo-lhe noombro com a palma da minha mão. Senti que era feito de pedra e provavelmente me magooumais do que lhe doeu. — Leva-me pra casa — disse. — É claro. Sou um cavalheiro, afinal decontas. Bufei. — Sim, tudo bem. Você é um cavalheiro que sai com garotas em público.Começamos a voltar para o caminho. — Sou um tipo especial de cavalheiro então, mas umcavalheiro, no entanto. O segui, e quando fomos para meu apartamento, pegou a minha mão nasua e apertou. Espremi de volta, não tendo certeza se isso significava qualquer coisa, não seionde tudo estava indo, além do momento, sua forte mão segurando a minha no ar fresco da noitee no brilho zunindo na minha

cabeça. Queria mais de Noah, mais noites intermináveis com ele.Depois que me levou para casa, nós trocamos números, e depois me beijou em adeus. Disse

que tinha que estar em algum lugar no início da manhã, que adivinhei que era o porquê nãotentar subir. Estava feliz por ele não fazer. As coisas começaram em um lugar estranho, e nãoestava pronta para apressa-las. Ainda, se perguntasse, diria sim. Teria dito sim a qualquer coisaque quisesse logo em seguida. Subi para o meu apartamento, praticamente flutuando e encontreiChris sentada no sofá olhando para a televisão. — Aí menina! — Chris disse quando entrei. —Fiquei com Noah. — Deixei escapar. Não conseguia evitar. Chris sentou-se em linha reta, umolhar surpreso e divertido no rosto. — Sem besteira? — Disse. — Sim, sério. Estou tão surpresaquanto você. Sentei-me ao lado dela, deixando cair minha bolsa junto

à mesa de café. — O que aconteceu? Disse-lhe toda a história, começando com nossa brigano almoxarifado e terminando com uma breve menção de alguns beijos. Decidi guardar osdetalhes para mim. Ela não precisa saber como seus dedos deslizaram em mim, fazendo meutraseiro arquear e partir meus lábios e a emoção que senti ao quase ser pega. Quando terminei,Chris tinha um olhar estranho no rosto. Não podia lê-lo exatamente, mas definitivamente não erabom. — Bem, o que acha? — Estimulei. — Estou feliz que resolveu — disse cautelosamente. —Mas.... ? Ela suspirou. — Não sei, Lind, a coisa toda é estranha. — Quão estranha? — Primeiro,ele é um idiota total, então é charmoso e bonito, então é um mentiroso, e agora é um Santo totalque não merece a sua reputação? Concordei, compreendendo. Ela tinha um bom ponto. Tinha idopor todo o mapa com meus sentimentos por ele. Se estivesse na sua posição, ficariaextremamente desconfiada de quem estava puxando o coração dela também.

— Tudo isso é minha culpa. — Sim, isso é verdade. Mas está pronta para se envolver comalguém como ele? — Não sei realmente o que está mesmo acontecendo entre nós. Assentiu coma cabeça. — Exatamente meu ponto. — Estou sendo cuidadosa. — Sei que está e a apoio nãoimporta o que. Só não quero que se machuque. — Obrigada, Chris. — Então, me dê os detalhes.Era um bom beijador? Pau enorme? — Oh meu Deus. Pau enorme. Nós rimos, quebrando atensão. Senti-me um pouco mal que ela não estava mais animada por mim, e totalmente entendide onde estava vindo isso. Fui firmemente no campo de “Eu odeio Noah Carterson” apenasalgumas horas antes, e de repente volto a ficar obcecada com o seu gosto e seus músculosperfeitos. Chris era um tipo de pessoa sem rodeios e só queria o melhor para mim. Sabia que elaviria por aí. Tinha que pelo menos apreciar que eu tinha alguém que me diria a verdade, nãoimporta o que, mesmo que essa verdade me irritaria.

Quando nós terminamos a conversa, e Chris retirou-se para o quarto para voltar a estudar,pensei mais sobre o que tinha dito. Percebi quão pouco sabia sobre Noah. Ele não foi exatamentesuper disponível sobre sua vida, além de alguns detalhes sobre seu pai. Além disso, senti-meculpada de me envolver com Noah sem contar tudo à minha mãe. Se alguém soubesse mais eestaria disposta a me dizer a verdade, era ela. Mais do que isso, eu precisava ser sincera com elasobre Noah. Se teria algo com ele, ela tinha que estar a bordo. Era possível que ficasse chateada,mas não tinha certeza. Olhando ao redor sem fazer nada no meu apartamento limpo e bemdecorado, principalmente tudo graças a Chris e seu gosto impecável, decidi que iria ligar no diaseguinte para minha mãe e contar tudo. Era mais uma tarde quente quando fiz o meu caminhoatravés do campus, esquivando-me de um grupo de crianças parecendo entediadas, falando sobreo que quer que seja. A noite anterior foi gasta pensando nos dedos de Noah dentro de mim, suarespiração quente contra o meu pescoço, e o quanto queria que me levasse, bem ali, contra aparede. Perguntava- me brevemente como muitas outras meninas que ele saiu em público, masimediatamente bani essa ideia da minha mente. Era um desperdício de tempo e energia entrar

naquele espiral de obsessão. Meu coração começou a martelar quando pensei sobre o que o diriaquando o visse na aula. Entrei no prédio e cruzei o saguão. Cadeiras velhas verdes e marronsestavam alinhadas contra as paredes, obviamente

inalteradas desde os anos 70. Encontrei a escada e comecei a subir, meu nervosismo comcada degrau. Não tinha ideia do por que estava tão nervosa. Era verdade que não tinha faladocom Noah desde a noite anterior, mas ele não parecia ser o tipo de enviar texto a cada garota quefez gozar na manhã seguinte. O problema era não tinha ideia de onde estava com ele. Ele era umidiota rico e arrogante, e ainda parecia ter algum interesse estranho em mim. Não podia dizer seera porque era sua próxima conquista, ou se realmente tínhamos tanto em comum como penseique nós tínhamos. Empurrando a porta para minha sala de aula, expulsei todos os pensamentosde Noah. Era hora de apertar o cinto e prestar atenção nas palestras. Eu poderia me preocuparcom ele outra hora, talvez quando não precisasse tomar notas apenas para acompanhar o estilo depalestra do Professor Johnson. Quando o período começou, e o Professor Johnson começou afalar, olhava ao redor da sala. Noah não estava em nenhum lugar à vista e por um breve segundoestava preocupada com ele. Isso era irracional, mas não pude evitar. Ele era geralmente atrasado,mas quase sempre veio à aula. De repente, ouvi meu telefone vibrar na bolsa. Tentei ser tãosilenciosa e sorrateira quanto possível, abaixei, abri o compartimento da frente e o tirei de lá.Noah: Bolinhas, tenho que perder a aula. Traga suas anotações para o trabalho?

Eu: Claro, está tudo bem? Noah: Tudo bem. Nos vemos à noite. Guardei meu telefone, nãoquerendo ser rude completamente e tentei prestar atenção à palestra, mas não podia ficar comdúvidas. Noah pulou a aula porque não queria me encontrar? Frustrada, comecei a dobrar meusesforços para tomar notas. Iria vê-lo naquela noite. Talvez então possa conseguir um sentido noque estava acontecendo. Depois da aula, sentei em um banco perto da torre de sino vendo aspessoas passar por um tempo. Era uma das minhas coisas favoritas a fazer, ver as pessoas,especialmente em dias quentes no campus. O número absoluto de pessoas diferentes quevagavam manteve-me entretida por horas. Adorei não ter nada para fazer e fazê-lo. Casualmente,as multidões se afastaram quando o próximo período de aula iniciou, e puxei meu telefone. Sabiaque minha mãe ficaria em casa, desde que era quarta-feira e não tem aula ou expediente. Disqueio número da minha casa e deixe tocar. A secretária eletrônica que atendeu. — Olá, Olá, sou eu,sua filha, está em casa? — Disse uma pausa. Meus pais ficaram loucos para suas chamadas detela. A outra linha clicou. — Olá, filha! — Disse o meu pai. — Oi, pai. Como vai? — Tudo bem,está sem aula hoje?

— Saí do meu curso de história do cinema. — Grande! Quer ouvir uma coisa interessante?Interiormente, eu gemia. Sabia que a resposta correta era sempre “Sim”, mas também sabia quesignifica ouvir meu pai explicar algo que achei incrivelmente fascinante que não me importavanem um pouco. — Pai, certo, o que é? — disse. Não falei com ele há um tempo, e senti-me umpouco culpada por isso. — Bem, você sabia.... — Ele lançou em uma história sobre a teoriaclássica da dívida e o sistema de permuta. Esperei cerca de cinco minutos, mas continuei fazendopequenos barulhos de parecer favorável, como não parava. Finalmente, houve um breve silênciodo outro lado. Animei-me imediatamente. — Bem docinho, tua mãe me deu o sinal de “Cala aboca”, então acho que já chega. Quer falar com ela? — Sim, pai, obrigada — eu disse. Ouvialguns barulhos abafados quando entregou o telefone para minha mãe. Senti-me um poucoculpada que não prestei muita atenção, mas ele pode ser bastante alheio. Não tivemos um maurelacionamento, com toda honestidade, mas não tínhamos uma relação. Se guardou para si,trabalhou em seus livros e gostava de se ouvir falar.

— Oi, Linda! — Minha mãe disse. — Ei, mãe, como você está? — Oh, estou bem. Sinto

muito pelo seu pai. Eu ri. — Está ok. Ele só leu um livro ou algo assim? — Como pode dizer? —Estava começando a pensar que assumiu a economia sem que ninguém perceba. — Isso eugostaria de ver. Ri novamente e me senti melhor imediatamente. Minha mãe tinha um talentoespecial para identificar e apontar exatamente quando estamos todos sendo absurdos, e meu painão foi exceção. — Então, queria te perguntar uma coisa — eu disse, de repente me sentindonervosa. Olhei para a grama em direção a um conjunto de árvores plantadas em uma pequenacolina, fornecendo sombra para as calçadas. Grupos de crianças sentaram-se em torno delas,estudando e socializando. Brevemente, perguntei quantos deles ligam para seus pais quase todosos dias. — Sou toda ouvidos — respondeu. — Bem, é sobre Noah Carterson.

— Ah, isso de novo. — Ela não pareceu empolgada. — Você teve algum contato com o paidesde que, você sabe? Suspirou. — Olha, Linda, querida. Esta é uma lembrança ruim para mim.Não é algo que realmente quero falar. — Eu sei mãe, só estou tentando obter um sentido paraesse cara. — Entendo. Realmente não quero falar mais sobre essa parte da minha vida, masficaria feliz em conversar com você sobre Noah. Ficaremos longe do seu pai. Fiquei muitosurpresa com sua resposta. Geralmente, uma vez que a tenho, não havia nenhum tema fora doalcance. De repente, porém, esta parte da vida dela foi uma coisa que não podia trazer, e me sentiestranha. Minha mãe nunca foi de grandes exibições de emoção, ou mesmo algo dramático. Deveter sido incrivelmente doloroso se realmente não estava disposta a entrar no assunto. — Mãe, Ok,prometo não voltar a perguntar — eu disse. — Obrigada, agradeço. Como está o ProfessorJohnson? Saímos pela tangente do Professor Johnson, mas não conseguia tirar o tom da voz daminha cabeça. Era doloroso e triste e um pouco irritado. Não está brava comigo, mas com o paide Noah.

Quando desliguei o telefone, comecei a suspeitar que não tivesse me contado toda a história.Foi muito horrível que ele tentou arruinar sua carreira. Não havia dúvida sobre isso. Mas sentique havia algo mais do que isso. Se não houvesse, então pensei que ela estaria mais disposta aentreter pelo menos a noção de falar daquela família. Em vez disso, havia claramente um poço dedor que não tinha notado antes. Levantei-me do meu banco e comecei a caminhar de volta parameu apartamento, completamente perplexa sobre o que era. Não podia imaginar o que deixariaminha mãe ainda odiando falar sobre aquele homem, apesar de muitos anos terem passado. Poralguma razão, senti como se a ferida ainda era novidade. Confusa, subi as escadas para o meuapartamento e comecei a me vestir para o trabalho.

Subi pelas escadas e entrei no lobby principal do cinema, vestindo meu uniforme de trabalhohabitual. Ainda estava com curiosidade sobre a reação da minha mãe ao telefone, mas tambémestava começando a me sentir culpada. Sabia que não queria falar sobre isso desde o início, eainda estava disposta a empurrá-la para além de sua zona de conforto, por uma questão deaprendizagem sobre Noah. Isso não seria algo que estava disposta a fazer. Tenho muito maisinteresse em preservar seus sentimentos, ao contrário de bombear para obter informações.Chelsea estava sentada no caixa e me deu um pequeno aceno. Sorri de volta quando deixei asminhas coisas. Os Super gêmeos estavam ocupados montando a barraca, e Noah não estava àvista. Adivinhei que estava montando os projetores ou varrendo os cinemas. A Srta. H estava noescritório dela, como de costume, fazendo tudo o que fazia lá. Imaginei que estava escrevendoum roteiro sobre a vida dela como um estivador em uma doca mexicana, embora tenha quasecerteza que nada disso aconteceu. — Ei, pessoal. — Chamei Chuck e Mikey enquantocaminhava passando.

— Sim — disse Mikey. Chuck chamou — Super garota. Ri e continuei andando. Cutuqueiminha cabeça para o cinema menor e vi Noah sentado na segunda fila, às pernas no assento na

frente dele, olhando para seu telefone. Caminhava pelo corredor e me sentei no banco de trásdele. — Olá, estranho! — Disse falando baixo. — Prostituição é desaprovado aqui, senhor —disse Noah, não olhando seu telefone. — Eca, está brincando? Ele olhou para mim, sorrindo —disse desaprovado, Bolinhas. Olharei a outra maneira para o seu bem. — É tudo o que vocêpensa? Encolheu os ombros. — Com você. Corei sob seu olhar intenso. Não sei se ainda estavabrincando, ou se estava admitindo algo para mim. Talvez tenha sido um pouco de ambos. — Ok,esquisito. — Murmurei, olhando para longe. — Isso, bem aí. É por isso que não consigo parar deimaginar aquelas Bolinhas.

O olhei de repente irritada. — Quer que pegue os bilhetes novamente? — Eu disse. Deu deombros, voltando para seu telefone. — Claro que sim. Importa-se de ir ao cinema dois? — Claro,que seja. Levantei-me e saí. Estava ficando cansada de Noah trazer aquele momento embaraçoso.Às vezes pensei que ele fez isso só para ser um idiota, pois sabia que isso me irritava. Talvezrealmente só pensasse em me foder, mas pelo menos podia parar de trazer o tempoconstrangedor, que praticamente o agarrei. Quando peguei uma vassoura e uma pá, perguntava-me o que senti mais: lisonjeada que ele me queria, ou irritada, que poderia ser a única coisa quequeria de mim. Na verdade, não podia dizer o que era melhor. Não parei de pensar em suas mãosno meu corpo, pressionando-me contra a parede de tijolos. Comecei a varrer, distraída pelo fatode que Noah estava a alguns metros de distância. Imaginava-o calmamente empurrar aberta aporta do cinema, se esgueirar atrás de mim e me foder ali mesmo na quarta fileira. Era absurdo, esabia. Estava gastando meu tempo sonhando como uma menininha, só porque tive uma amostrado seu corpo. Foi o suficiente para me deixar louca, no entanto. Percebi o quanto queria ver todoele, ver seu pau grosso, correr meus dedos ao longo de seu comprimento, provar a sua pele.

E ainda havia a distância legal há alguns minutos. Ele era constantemente vacilante entreinteresse intenso e rejeição vaga, e só o conhecia há algumas semanas. Era um mistério,agravado pelo drama dos nossos pais, um mistério envolvido num enigma. Sorri em meu próprioclichê estúpido. A noite começou a acelerar. Noah não voltou para o cinema, nunca tentouagarrar-me pelos quadris, e mal o vi durante a primeira hora. Na verdade, quando as pessoascomeçaram a chegar para a primeira exibição, ele estava longe de ser visto. Deve ter corrido poraí apoiando todos, como fazia todas as noites, mas estava visivelmente ausente. Isso significavaque tinha que fazer duas coisas ao mesmo tempo, tanto receber bilhetes e apoiar o quiosque.Estava praticamente correndo como uma louca, cuidando de tudo o que podia. Chuck e Mikeyajudaram e na verdade saíram de trás do quiosque para certificarem-se que os projetorescorreram suaves. Geralmente era o trabalho de Noah, mas felizmente ele tinha mostrado a Mikeycomo fazê-lo. Com os cinemas cheios e os filmes começando, voltei para o saguão. Tanto quantosei, a Srta. H não tinha notado a ausência de Noah. Chuck e Mikey voltaram atrás do carrinho,brincando, como de costume. Ao varrer a entrada, o vi sair trotando escada abaixo. Dei umaolhada para os Super gêmeos, mas eles não tinham o visto ainda. Na verdade, tanto quanto sei,eu era a única pessoa que reparou no ressurgimento de Noah, e era a única que parecia seimportar. Irritada, joguei-lhe um olhar furioso, mas ele apenas sorriu e

deu de ombros para mim, aparentemente não incomodado que o peguei burlando o trabalho.Onde tinha ido? Tinha fugido durante o pior momento possível e colocou todos em uma posiçãoruim. Foi grande todas as noites, atencioso e prestativo, assim pareceu ao contrário dele dificultara vida dos outros. Tive que admitir que fosse uma nova baixa para ele, deixar-me fazer todo otrabalho enquanto provavelmente foi dormir em um quarto vazio. Não exatamente mesurpreendi, mas fiquei definitivamente frustrada. Na verdade, tinha esperado ele pisar na bola.Noah foi muito bom, e nada como o que todos diziam que era. Observava enquanto se escondeu

dentro do armário de abastecimento, a porta fechando atrás dele. Frustrada, vou até Chuck eMikey. Eles estavam se preparando para o próximo grupo, estourando pipoca e reabastecendo osdoces. — Ei, Chuck! — Chamei. Olhou-me e sorriu. — O que houve? — Viu que Noah voltou?Ele encolheu os ombros. — Não, não vi nada. Mas não me surpreende. Curiosa, andei um poucomais perto. — Por que isso? — Ele faz isso muitas vezes, desaparece durante uma hora. Massempre volta.

— Qualquer indício de onde vai? — Não, e não me importo. O pai do cara basicamente é odono, então acho que pode fazer o que quiser. Isso me irritou ainda mais. Era definitivamenteverdade que Noah tinha um monte de manobra por causa do seu pai, mas todos erambasicamente dispostos a deixá-lo fazer o que quisesse? Não parecia justo. Não só era um cretino,mas um babaca mimado. — Ok, obrigada Chuck — disse, as rodas girando em minha cabeça.Ele me deu um olhar. — O que fará? — Não farei nada — disse, agindo inocente. Suspirou ebalançou a cabeça. — Olha, não se incomode. Ele não é um cara mau. Faz as coisas quandoprecisa. Na verdade, acho que ganha uma má reputação por nenhuma boa razão. — Sim, talveztenha razão — disse vagamente, um pouco surpresa. Era estranho que Chuck o estavadefendendo, especialmente considerando que teve que trabalhar dobrado para compensar aausência de Noah. Tanto quanto sei, ele era nada além de uma dor na bunda de todos e, muitoocasionalmente, um bom empregado. Dei a Chuck um aceno voltei para o armário. Noah tinha

ido lá alguns minutos antes, e já estava pensando por que não tinha saído. Talvez toda a genteestivesse disposta a deixá-lo fazer o que quisesse, mas não estava prestes a ceder a sua besteira.Pode ter feito meu coração bater forte cada vez que ficava perto e me deu um dos melhoresorgasmos da minha vida, mas ainda tinha que trabalhar com ele. Era charmoso, alto e forte, masisso não significa que podia mexer comigo. Abri a porta do armário de abastecimento eimediatamente fui agredida por uma espessa nuvem de fumaça de maconha. — Puta merda! —Disse, acenando com a mão na minha frente com a porta fechada atrás de mim. — O que foiBolinhas? Olhei, abri a boca, com Noah sentado em um banquinho, tomando seu tempo. — Estábrincando comigo? — Disse, irritada além da crença. Não só ele tinha fugido de todos, masdecidiu ficar chapado, também? Foi além do inaceitável. Olhou ao redor, como se estivessefalando com outra pessoa. — Não sei o que dizer. — Não pode fumar aqui, quanto mais fumarmaconha. Riu. — Acalme-se Bolinhas. É só um pouco de erva.

— E se alguém sentisse isso? — Todos estão naqueles cinemas pelas próximas duas horas. Ocheiro já terá desaparecido. Ele se levantou e se espreguiçou, sofrendo outro golpe profundo. —Oh meu Deus, Noah, põe essa porra para fora. Encolhendo os ombros, lambeu os dedos ebeliscou o final. Tirou um saco plástico do bolso de trás, deixou cair a junta apertada e guardou.— Você é inacreditável — disse, praticamente tremendo de fúria. — Calma, Bolinhas. Faço issoo tempo todo. — Não diga para me acalmar, isso é tão estúpido. E onde foi mais cedo? Chegoumais perto de mim, seus olhos de repente intensos. — Você parece bonita quando está zangada.Fui para trás, colocando mais distância entre nós. Não estava deixando-o encantar sua saída paratudo. — Responda-me, aonde você foi? — Eu tinha algumas coisas para cuidar. — Então tudobem, pode apenas correr e pular fora no

trabalho? Fumar maconha no almoxarifado? Balançou a cabeça. — Eu tive uma noite ruim,Bolinhas. Não preciso disso de você. — Você teve uma noite ruim? Coitadinho, deve ser difícilfumar sempre que lhe apetecer e ir e vir quando quer. Estava chateada. Noah foi tão mimado ecom direito, e tão idiota. E estava tentando se defender também, o que só piorou as coisas. Nãopodia acreditar que saí com ele, quando não era nada além de um rico babaca. Ele pode ter sidolindo, mas era além de frustrante. — Você não sabe o que está falando, Bolinhas. De repente, ele

parecia triste, e me surpreendeu por um segundo. Quase queria pedir desculpas. Mas não era aerrada. Não estava em um almoxarifado fumando e saltando para fora em trabalho. — Pare deme chamar assim, Noah. Suspirou e olhou para outro lugar. Não consegui ler a expressão norosto, mas seu corpo estava tenso. — Tudo bem, Linda. Estou voltando ao trabalho. Quase dissealgo mau, algo que teria me arrependido, mas o olhar em seu rosto me fez morder minha língua.Noah passou, o ombro roçando no meu, e saiu para o saguão. A fumaça se dissipou, espalhando-se pelo sistema de ventilação

do cinema, e esperava que nenhum dos clientes percebesse isso. Sentei no banquinho,tremendo de raiva e confusão. Não podia acreditar nele. Sabia que tinha uma má reputação, sabiaque fez alguma besteira que não necessariamente concordo, mas não sabia que era irresponsávelassim. Faltar à aula começou a fazer sentido: ele era uma farsa, um jogador, e fazia tudo o quequeria. Não era como se me importasse em fumar maconha. Todo mundo sabia que não era umgrande negócio. Mas fumar no trabalho e deixar todo o trabalho para seus amigos, não estavacerto. Pensei que estávamos começando a ter algo, e então decidiu se aproveitar de mim. Tudopara que ele ficasse um pouco mais confuso. Levei alguns minutos para ficar sob controle.Finalmente, no entanto, a frustração e a raiva diminuíram em uma dor maçante. Empurrando parafora do armário e sai para o saguão, jurei não lhe dar quaisquer notas da nossa aula, e não oencobriria novamente. Deixe-o descobrir as coisas por própria conta. Acabei de fazer favorespara ele se fosse embora durante os períodos mais movimentados. Voltei a trabalhar e ignoreiNoah o melhor que pude. Foi fácil, desde que ele claramente não estava muito feliz comigo. Nósorbitamos uns ao outro pelo resto da noite, fazendo o nosso trabalho e apenas interagindo quandoabsolutamente precisamos. Chuck e Mikey continuaram jogando olhares exagerados e só possoimaginar que tipo de piadas que

estavam fazendo sobre nós, mas não me importei. Estava doente de morte de NoahCarterson, seu drama e o seu mistério, especialmente se ele me ferraria. A noite se arrastou. Foidesconfortável no começo, mas rapidamente aprendi a me adaptar. Noah não sumiu novamente,embora não parecia particularmente motivado para trabalhar. Ajudou, mas era preguiçoso sobreisso, e se manteve a roubando lanches do quiosque. Chuck e Mikey acharam isso hilário; atéChelsea não parecia se importar muito. Durante o último filme, fiquei fora da bilheteria,inclinando-me contra o vidro e vendo o Noah jogar pipoca em Chuck. Soltei um bufo irritado. —Eles podem ser verdadeiros idiotas, né? — Chelsea me pediu. — Você não está brincando. — Sóterão que limpar aquilo tudo, de qualquer maneira. — Noah provavelmente sairá mais cedo e meobrigar a fazerá isso — resmunguei. — Problemas no paraíso? A olhei e estava sorrindo paramim. — O que quer dizer? — Noah falou sobre vocês. Olhei para ela, surpresa. Noah tinhafalado de mim?

Tanto quanto sabia, não havia nada a dizer. — O que ele disse? Olhou-me. — Só que ele temtentado ver mais de você. Tipo, podem ser uma coisa, ou o que quer que seja. Nós podemos seruma coisa ou algo assim? Ele não me disse nada disso. Na verdade, não me falou sobre ele enada, nem sequer se incomodou em me ver. Mas estava falando para Chelsea sobre isso? Tinhaque admitir, quão puta estava com ele, fiquei muito confusa. E estava parcialmente exultante.Noah queria ter algo comigo, tudo o que isso significava. Achei que tinha que ser algo mais doque apenas curtir, ou então não se incomodaria em contar a alguém. — Oh sim, totalmente —disse, tentando ser evasiva. — São próximos? Deu de ombros. — Fomos amigos desde que meajudou a aprender matemática no ano passado. É como consegui este emprego, na verdade. —Noah como tutor em matemática? — Sinceramente não acreditei nela. Riu. — Sim, ele fez.Apesar do que todos dizem sobre ele, é muito inteligente. Sorri. — Pensei que as tatuagens o

deixavam um pouco lento.— Oh, elas fizeram. Ele era um gênio antes que as teve. Ri. — Tenho que perguntar, o que

disse sobre mim? — Ele pode ser um pouco misterioso, não é? — Sim. E um idiota. — Noahpode definitivamente ser um imbecil — disse, sorrindo. — Olha, terá de lhe perguntar se quersaber. — Ok, obrigada. Entendo. — Mas, digo-lhe que deveria dar um tempo. Ele não é um caramau, por baixo de toda a fumaça de maconha e tatuagens. Suspirei, o vi jogar pipoca em suaperfeitamente formada boca. De vez em quando, quando a guarda estava baixa, Noah me deu umvislumbre da pessoa que pode realmente ser. Eles eram pequenos momentos, afastados, masestavam lá e eram importantes. Estava com raiva dele, mas não o odeio. Sabia que havia algomais acontecendo, mas estava ficando cansada de ter que trabalhar para descascar as camadasextras de narrativa e imagem para ver no centro dele. — Irei. Obrigada, Chelsea. Ela sorriu. — Aqualquer momento. Levantei-me para ir dando-lhe um sorriso.

— Ei, pare por aqui mais vezes. — Ela disse, antes de andar. —Estou entediada como merdaaqui. Ri e prometi. Atravessei a entrada, indo em direção à sala de projeção para ver se tudoestava funcionando perfeitamente. Enquanto caminhava, Noah me deu um meio sorriso, e nãome deu vontade de bater-lhe na cara. Isso foi um progresso. O resto da noite passou voando.Tinha muito para me obcecar e ficar prestes a manter minha mente fora o tédio do trabalho.Ficava evitando Noah e ele manteve certa distância, mas sentia a raiva começar a diminuir.Quando comecei a fazer a varredura final dos cinemas, senti-me como uma adolescente, tentandoler sinais de que não deve ter ido lá e pendurando em cada pequena coisa que disse. Todospareciam pensar que lhe devia um desconto, mas não era o meu estilo. Precisava dele paracorresponder às minhas expectativas. Não queria ter que descer; não queria ter que me contentarcom metade dele. Precisava de tudo, suas camadas arrancadas. A noite terminou, e saímos comoum grupo, como da última vez. Eu saí com Chuck, brincando sobre algum programa estúpidoque nós dois assistimos no último final de semana, e Noah estava falando com Chelsea de novo.Fomos ao mesmo lugar que nos separamos na última vez, e outra vez fui em direção a meuapartamento sozinha enquanto Noah falou para Chelsea em tons baixos.

Não consegui ir longe antes de ouvi-lo. Sabia que iria ouvi- lo. Meu coração disparou, e partede mim queria correr, ficar longe de tudo o que diria, esquecê-lo e seguir em frente. Mas nãoconsegui. Para tanto idiota que era Noah Carterson, não conseguia me forçar longe dele. — Ei,espera aí Bolinhas! — Chamou. Virei-me e o enfrentei, mãos na minha cintura. — O que quer?Ele parou na minha frente e franziu a testa. Seu habitual meio sorriso arrogante se foi. Havia algosério sobre ele, algo desencapado. — Sinto muito, Linda. Num piscar de olhos. Só usou o meunome verdadeiro? Nem tive que brigar por isso. — Você deve sentir — disse um poucodesprevenida. — Fui um imbecil enorme mais cedo. Devia ter dito o que estava acontecendo emvez de te deixar para fora. Não deveria ter assumido que seria certo. Balancei minha cabeça. —Não, não deveria ter assumido. — Quero me explicar — ele disse. Não podia acreditar quãosério estava sendo. Não havia uma única piada às minhas custas, nem mesmo um olharsignificativo para meu peito. — Muito bem, explica enquanto caminhamos. Comecei a

ir em direção a meu apartamento, e caiu rapidamente no ritmo comigo. — Lembra aquelagarota que estava comigo na semana passada? — Stripper Barbie? Suprimiu um sorriso. — Sim,ela. — O que sobre ela? — Como te disse, ela está passando por um problema. Não posso dizer oque, uma vez que não é minha coisa, mas recebi uma chamada de sua companheira de quarto.Franzi a testa. Isso era verdade, me disse que a estava ajudando por algo. — E era algo que sóvocê poderia ter ajudado? — perguntei. — Sei que é cética. Não te culpo. Mas é a verdade, casocontrário não teria te trocado. Fiz uma cara, confusa. — Bem, talvez posso te perdoar por sair

para ajudar um amigo, mas isso não é desculpa para a maconha. Assentiu. — Eu sei. A confusãocom Ellie é difícil de lidar. Fumar maconha é melhor do que os comprimidos que meu pai estáempurrando em minha garganta desde que era criança.

Franzi a testa. Tudo isso era difícil de acreditar, mas definitivamente plausível. Tive queadmitir, uma vez que estava de volta, foi útil, mesmo que um pouco lento. A forma como falousério, sinceramente, e sua proximidade me fez quer perdoá-lo instantaneamente, mas havia algome segurando. — Ok, tudo bem. Tudo isso é verdade. Por que não fala comigo sobre isso? Elesuspirou, olhando para longe. Atravessamos a torre do sino e fomos indo em direção à BroadStreet. — Não sei, honestamente. Não sei em que pé estamos. Não tinha certeza do quanto queriade mim. — O que quer dizer? — A maioria das meninas com que estou não quer saber se mesinto ansioso, enquanto pago o jantar ou um trago. — Pausou e olhou para mim. — Estoutentando entendê-la. Parei de andar, o olhando. Virou-se contra mim, uma pequena carranca norosto. — Não quero seu dinheiro ou sua droga, Noah. Não estou interessado em nada disso.Pisou mais perto. — Tudo bem se você estiver, Bolinhas. Só quero saber o que é isso. Balanceiminha cabeça. — Não, isso é não o que quero de você.

Seu corpo estava a centímetros do meu, e sentia o cheiro de suas roupas limpas e suor. Derepente percebi que estava nervosa. — O que você quer, então? — Não sei. Sem mais umapalavra, esmagou minha boca com a sua em um beijo contundente, faminto e muito mais. Derretiinstantaneamente, quando envolveu seus braços em volta de mim, sua boca abrindo e inundandoa minha com seu gosto perfeito. Enquanto nos beijamos, ignorei as poucas pessoas quepassavam, percebi que sabia exatamente o que queria dele. Queria tirar os filtros e o trabalho decâmera chique, queria ir além das fantasias e queria descobrir quem Noah era na verdade.Finalmente, nos separamos, e olhou para mim com um olhar ardente. Eu podia sentir seu pau jáinchado nas calças apertadas, pressionado contra mim. — Isso é o que quero. — Sussurrei. —Sei que faz, Bolinhas — ele disse. — Apenas quando pensei que você não era um idiota. Sorriu eentão me beijou de novo, brevemente, mas forte. Quando se afastou, senti que minha respiraçãofoi com ele. — Peço desculpa — disse.

— Sua amiga está bem? Assentiu. — Ela estará. — Da próxima vez, só fala comigo. Moveu-se e agarrou minha mão. Começamos a caminhar em direção ao meu apartamento em umconfortável silêncio. Senti que meus joelhos estavam tremendos e fracos, e percebi o quantoqueria que me levasse para o meu quarto e arrancasse minha roupa. Era absurdo; quinze minutosatrás estava pronta para dar um soco no seu nariz. De repente, não conseguia tirar o seu pauinchado da minha mente. Paramos em frente ao meu apartamento. — Não estarei no trabalhoamanhã ou sexta-feira — ele disse. — Por que não? Boas ações? Ele riu. — Não, nãoexatamente. Tenho que ir a uma premier em Los Angeles com meu pai. Balancei a cabeça. Quaseme esquecia do seu pai. — Ok, bem, se divirta. — Não vou. Mas, por falar em diversão, dareiuma festa quando voltar, no sábado. É na casa do meu pai da costa leste, fica um pouco ao norteda cidade nos subúrbios. Quero que venha.

— Irei. Isso parece divertido. — Enviarei um texto para você. — Pegou meu queixo e beijou-me suavemente. Tive que resistir de agarrá-lo pelos cabelos e esmagar seu rosto com o meu.Virou-se e começou a caminhar de volta para o campus, e eu fiquei do lado de fora do meuapartamento por alguns segundos, recuperando o fôlego. Não sabia o que esperar dele. Senti queencontraria uma nova versão dele toda vez que o vi. Adorei, percebi. Noah era como um filmecom vários finais, cada um igualmente interessante. Finalmente, subi a minha varanda e entrei noapartamento.

Nós dirigimos por Kelly Drive, sinuosas curvas ao longo do Rio Schuylkill, passando

Boathouse Row e suas lindas luzes de Natal brancas o ano todo, e seguimos em direção à mansãodos Carterson na costa leste. Chris se ofereceu para dirigir, Selena ofereceu o carro dela e meofereci para adquirir uma boa garrafa de vodca para manter Selene e a entreter no caminho paralá. Chris não pareceu se importar; quase sempre era a motorista. Sempre responsável, minhaChrissy. As estradas para os subúrbios foram ventosas e antigas, com uma parede de penhascono lado direito e um belo caminho para correr e caminhar ao longo do rio à esquerda. Nósapontamos ao norte, passando por pontes e túneis escavados em rochas que tinham pelo menoscem anos de idade e saímos em direção a Chestnut Hill. Estava nervosa. Claro que estava. Estavaprestes a ver a vida pessoal de Noah de perto pela primeira vez, embora não era como seestivesse recebendo um tour. Apenas que uma parte de mim esperava que houvesse segundasintenções da parte dele. Tanto quanto sabia, era para ser uma coisa discreta, apenas algunsamigos íntimos de seu círculo na casa ridícula do seu pai. O tempo estava quente, e estavausando uma blusa fofa e reveladora, mas não muito reveladora, com

jeans preto apertado e pequenos saltos. Estava tentando andar na linha e parecia que estavaconseguindo. — Porra, mal posso esperar para ver esse lugar. — Selena disse, tomando um golede vodca. — Devagar com isso, meninas. — Chris advertiu . Selena me deu uma olhada erevirou os olhos. Era muito menos compreensiva da responsabilidade de Chris que eu. Ri comela, tomando um pequeno gole, sensação boa como seu calor encheu meu estômago. — Sairemosa uma hora, o mais tardar — disse Chris. Kelly Drive transformou-se em Lincoln Drive quandopassamos pelas margens do Condado da Filadélfia. As casas lá eram maiores e mais antigas,coisas de vários milhões de dólares de estilo vitoriano. Chestnut Hill era uma cidade pequena,centralizada em torno de Germantown Avenue. Costumava ser lar de imigrantes alemães nasdécadas de 20 e 30, durante o início da expansão suburbana, mas rapidamente mudou paramansões de classe alta e gente rica. — Sim, mãe. — Selena disse. — A menos que você fiqueLind. — Chris disse, sorrindo para mim no retrovisor. Fui relegada para o banco de trás, porqueera o carro da Selena. Às vezes, ela era uma diva. — Duvido que isso vá acontecer — disse,mentindo. Parte de mim estava esperando exatamente isso.

Saímos de Lincoln Drive e percorremos Chestnut Hill. O telefone de Chris atuou como oGPS, e tinha certeza que teríamos nos perdidos sem ele. Estava um pouco familiarizada com aárea, mas Chris não sabia onde estava indo, e não era exatamente a melhor motorista do mundo.Era por volta das dez da noite, e não havia muitos carros nas estradas. Finalmente, paramos dolado de fora de uma casa enorme. Era provavelmente a maior casa que já vi na área da Filadélfia,branca com venezianas azuis escuras e belas colunas romanas na frente. Parecia uma velha casade fazenda do Sul, e adivinhei que era mais velha que todos da nossa idade combinada. — Putamerda! — Disse Selena. — Agora isso é uma mansão! — Chris riu. Nós começamos a dirigirmais devagar pela calçada. Havia alguns outros carros estacionados, e alguns que, obviamente,não pertenciam ao local: como o carro velho de Selena. Meu estômago começou a fazer voltas,quando Chris parou em um espaço aberto e desligou o motor. Virou-se e me olhou. — Não étarde demais para recuar. — Foda-se isso. — Selena disse, saindo. Sorri para Chris. — Ficareibem. Estou animada para isso. Assentiu com a cabeça, não convencida. — Ok, então.

Vejamos a casa de campo do Sr. Riquinho. Ri e saí do carro, olhando ao redor. Nós trêscaminhamos até a porta da frente. Podíamos ouvir a batida da música do clube bombando nointerior da casa e me perguntei se alguém iria ouvir-nos bater. Chris tocou a campainha váriasvezes, e após um minuto ou dois, a porta abriu. Noah olhou para nós três. Minha respiraçãoacelerou no peito: ele estava bonito em uma camisa de botão xadrez e jeans desbotados apertadoe botas de couro. Seu sorriso era genuíno e imediatamente trocou olhares comigo. — Ei pessoal,

bem-vindas à minha casa ancestral. Selena riu. — Bom lugar, Noah. — Obrigado. Venha! —Disse, se afastando. Nós o seguimos para dentro, e fui imediatamente agredida por música alta echeiro de cerveja. Havia mais gente do que esperava. Não era um “encontro discreto”, comodisse no texto. Na verdade, era uma festa de faculdade legítima com vários barris e pelo menosuma centena de pessoas. O andar de baixo era enorme, a maior parte eram espaços abertos,separadas para uma sala de estar e uma jantar formal. Os quartos foram fechados com portasfrancesas, e deixou claro que eles estavam fora do alcance. A maioria das pessoas se reunia nasala de estar e cozinha, com portas de correr abertas, levando para fora para o pátio dos fundos.

O lugar foi ricamente decorado, e de repente tive uma facada de ansiedade imaginando que ocaro pedaço de arte ficaria arruinado. Era inevitável em uma festa assim. Havia três barris emuitas garrafas de licor com misturadores e as pessoas estavam fazendo doses e tomando muitacerveja na pia. Chris deu-me um olhar que gritou “isso não é o que esperava”, e dei de ombrosem troca. Poderia dizer que Selena amou cada minuto disso. De nós três, ainda estava na sua fasede festa. Noah nos levou de volta. Havia uma grande piscina que se curvava graciosamente emtorno de uma banheira de hidromassagem. As pessoas estavam nadando e algumas estavamsentadas na banheira. Havia outro barril e mais bebidas em um bar pequeno posicionado perto dacachoeira falsa que alimentava a piscina. As pessoas circulavam por toda parte, e me pergunteicomo todos chegaram lá. Noah parou e nos encarou, gesticulando para fora em torno dele. —Bem, é isso. Tomem um drinque, tenham um bom tempo. — Obrigada, acho que irei. — Selenadisse em voz alta, olhando para o bar. — Sinta-se livre para nadar ou qualquer outra coisa. —Nos deu outro sorriso e em seguida fugiu para dentro de casa. Desviei o olhar dele, meperguntando o que estava

acontecendo. Apenas me reconheceu desde que entrei, mal olhando para mim. Não esperavaque jogasse seus braços em volta de mim e ficaria comigo ali mesmo no meio de todos, masqualquer coisa seria melhor do que o que tenho. — Não se preocupe, ele provavelmente estáestressado — disse Chris, sentindo meu desconforto. — Sim, você está certa. Não tive tempopara pensar muito, porque Selena estava ocupada servindo-nos doses. Chris tentou recusar, masnós a pressionamos a tomar pelo menos uma bebida. Tomamos a tequila que Selena tinhaservido, e senti-me um pouco melhor, o álcool me dando um pouco de confiança. Uma vez que ocopo estava vazio, Selena enfiou uma cerveja cheia na minha mão. Bebi, decidindo que seriaminha segunda e última bebida. Não queria encher a cara e deixar Chris para lidar com tudosozinha. Nós vagamos ao redor, misturando-nos com grupos aleatórios, e me dando conta dequantas pessoas estavam lá. Vi um cara colocar três cervejas em uma linha e, em seguida,tropeçar fora, as desperdiçando para mergulhar na piscina. Havia um quarto para os fundos dacasa com três mesas de pingue pongue e um grupo de amigos tentando organizar um torneio decerveja. Não durou muito tempo e acabou em equipes gritando e segurando meninas com cabeloenormes e se espalhando por todo o lado.

Não vi muito Noah depois de sua turnê inicial. Continuei pegando vislumbres no meio damultidão, mas manteve-se movendo de um grupo para o outro, se misturando perfeitamente.Fiquei tentando chamar sua atenção, mas quando chegava perto dele, parecia com a intenção deme ignorar. Não tinha ideia do que estava acontecendo, mas decidi que não lhe daria a satisfaçãode me perturbar. Após cerca de uma hora de vaguear, testemunhando uma situação louca atrás daoutra, nós voltamos para a cozinha, onde um grupo de rapazes com chapéus para trás e shortscáqui começaram a derramar doses para todos. Naturalmente, Selena aderiu, porque não eracapaz de passar uma oportunidade para fazer fotos com caras estranhos, e eu estava lá. Tirei umafoto, e me senti um pouco embriagada, uma agradável sensação de flutuação na cabeça e no

peito. — Está bem? — Chris me perguntou, olhando preocupada. Joguei meus braços ao redordela a puxando para um abraço. Ela riu, surpresa. — Estou totalmente bem. Estou me divertindo!— Percebi que estava um pouco alegre do que tinha pensado e decidi parar. — Sim, bom. Achoque o furacão Selena está prestes a chegar à terra. Tirei o braço dela e olhei para o grupo. Ela aliestava

flertando em voz alta e sugestivamente com um cara que tinha certeza que mal parava em pépor estar totalmente bêbado. — Grande escolha está fazendo — disse, rindo. — Sim, acho queestarei carregando-a para casa mais tarde. — Muito obrigado por fazer isso, Chris. Sei que odeia.Deu de ombros e sorriu. — Preciso me divertir de vez em quando. — Ambas fazemos. Olhei amultidão novamente e não conseguia ver Noah. Continuei me perguntando onde estava. Acozinha estava ficando cheia quando outro grupo se fundiu com o que tinha se juntado a nós.Eles começaram a encher-se de cerveja e estavam tendo um concurso de beber. Garotas estavampraticamente gritando e caras suados que nunca tinha conhecido antes agrediram-me por todos oslados com seu fedor e cânticos irritantes. — Talvez não seja minha cena, porém. — Chris gritousobre o ruído. Sorri para ela. — Você acha? De repente, do nada, um enorme corpo bateu emmim, me fazendo tropeçar. Parecia que uma bola bateu diretamente no meu peito e algo frio emolhado derramou na minha frente.

desconhecidoSoltei um suspiro alto e me segurei em uma cadeira antes de cair, mas o estrago estava feito.

Cerveja escorria em frente de mim, praticamente me ensopou até os ossos. — Que porra! —Gritei. Um cara com cabelo comprido puxado para trás em um rabo de cavalo, uma camisa polo,e shorts rosa olhou para mim, obviamente despedaçado. Olhou para baixo em sua cerveja agoravazia e, em seguida, de volta para mim e deu de ombros. — Ei, idiota, quase matou minha amiga— disse Chris, ficando na cara dele. — O que você quer? — O cara arrastou de volta. — Estábrincando? Chutarei sua bunda! — ela gritou, ficando agressiva. — Vai à merda, puta! — eledisse. Antes que pudesse intensificar e dizer algo, outro corpo apareceu da multidão, e o carasaiu voando, batendo duro na parede. Noah apareceu ao seu lado, seu rosto uma máscara deraiva. Chris levou alguns passos para trás, chocada, e se formou um círculo aberto em torno delee o cara chapado. — Nunca mais fale com elas assim — ele disse em voz alta e ameaçadora. Seurosto estava em branco, mas havia algo perigoso no

caminho que segurou seu corpo. Sem aviso, o cara bêbado empurrou Noah um passo paratrás e lhe deu um soco. Noah facilmente se esquivou e então pisou mais perto e socou o carabêbado forte no estômago, dobrando-o. Noah agarrou-o pela parte de trás da camisa e começou aarrastá-lo em direção a porta da frente, com uma torcida subindo no meio da multidão. Os olheiquando desapareceram ao virar da esquina. Noah tinha vindo do nada e tirou aquele garoto semum segundo pensamento. Era louco e perigoso e poderia ter se machucado, mas fez ainda assim,obviamente, sem hesitação. Ele tinha ouvido o cara insultar Chris, e veio para expulsar o idiota.Estava em choque, ainda toda molhada. Ainda não tinha ficado nas proximidades de Noah,quanto mais perto o suficiente para ouvir o que o cara dizia. Chris olhou para mim, obviamentetão surpresa quanto eu estava. Aconteceu rápido e nenhum de nós teve a chance de fazer algumacoisa. Noah foi rápido e forte, e embora o idiota tivesse estado bastante bêbado, tinha umpressentimento que Noah seria o capaz de cuidar dele, não importa o que. — Oh meu deus, queloucura! — Selena gritou no meu ouvido. Me encolhi. — Sim, foi uma loucura. Chris seaproximou, franzindo a testa. — Você está bem, Linda?

— Sim, estou bem. Coberta de cerveja. — Quer sair daqui? Olhei ao redor, mas não vi Noah.Não sabia o que queria. Definitivamente não queria ficar coberta de cerveja, mas também queriaagradecer Noah por cuidar desse cara antes que a situação tenha progredido ainda mais. Não tiveque decidir, porém, como apareceu na esquina, seu rosto uma máscara de raiva e preocupação.Andou diretamente até mim e colocou as mãos nos meus ombros. — Você está bem? O olheicom a minha boca aberta. Estava claramente ainda zangado. Era a primeira vez que tinharealmente me reconhecido em toda a noite, apesar de várias oportunidades. — Eu estou bem. Sócoberta de cerveja. — Vamos lá. — Agarrou-me pela mão e começou a me levar embora. — Jávolto! — Disse para Chris, e sorriu para mim. Desejei poder pedir desculpas por deixá-la sozinhacom Selena, mas já estávamos fora do alcance da voz, Noah se movendo com confiança atravésda multidão. Levou-me de volta para o vestíbulo principal e começou a subir as escadas. —Mostrando-me o seu quarto de infância? — Perguntei.

Riu. — Não, receberá uma muda de roupa. — Ah, então não me jogará na sua cama? Olhou-me e vi uma coisa lá em sua expressão. Noah estava em conflito, angustiado, e isso meconfundiu. — Aqui, este é o quarto da minha irmã. Empurrou-nos para uma sala enorme, aterceira porta à esquerda. Dentro, as paredes foram cobertas em cartazes de banda e coisas como

Woodstock e Grateful Dead. Havia camisetas Tie-Dye, saias com babados e abundância de corespastel. A cama ocupava metade do espaço; era uma enorme cama de dossel com gaze finapendurada em torno dela. — Ela é meio hippie — disse Noah, abrindo o armário. — Mas achoque é do mesmo tamanho. Vim ao seu lado e olhei para as coisas dela. Ele não estava brincando:tops camponês e saias esvoaçantes, com cores brilhantes dominaram a coleção. — Não sei o quepode fazer com isso — disse, dando de ombros. — Obrigada. Tem certeza que ela não seimporta? Riu e deu de ombros. — Quem sabe, ela nunca vem aqui de qualquer maneira.Comecei a vasculhar o armário até que encontrei um top adequado. Minhas calças estavam beme não precisam ser

trocadas, mas teria de abandonar minha camisa e o sutiã. Olhei para Noah, e estava sentadona cama, inclinado para trás nas mãos, as pernas esticadas à frente. — Um pouco de privacidade?— Eu disse. — Realmente estava esperando ver sua pele hoje à noite, Bolinhas. Respondi jáquente. — Ah sim? Então quer ignorar-me toda a noite, então tentar entrar nas minhas calças?Isso o fez franzir a testa, o requintado rosto contorcido. Sem mais uma palavra, levantou-se evirou as costas, cruzando os braços. Isso foi mais parecido com ele. Um segundo, estava batendoem caras para mim, e no próximo foi virar as costas. — Está tudo bem? — ele perguntou. —Tudo bem, não olhe. Rapidamente, tirei minha camisa pegajosa, encharcada e a joguei no chão.Soltei o sutiã e joguei-o em cima da camisa, então comecei a lutar com o top da sua irmã. Comoacabei na casa de Noah, lutando em roupas de desconhecidos, nunca entenderei. Mas lá estavaeu, meio nua e ainda cheirando a cerveja, frustrada e completamente ligada. — Sinto muito,Linda. — O ouvi dizer baixinho quando o puxei sobre a minha cabeça.

— O que lamenta? — Por te ignorar. Sei que tenho sido um idiota. — O que você faz Noah?Virou-se, os olhos sérios e ardentes dentro de mim. Cruzou a sala e pegou meus quadris,puxando meu corpo contra o dele. Tocou meu lábio inferior com o polegar e comecei a respirarfundo. — Você tem uma boca perfeita — disse e então inclinou- se para a frente e pressionou oslábios contra os meus com um baita beijo. Noah estava com fome e feroz, e sua boca se abriupara inundar a minha com seu sabor fresco. Estendi a mão e comecei a correr meus dedos peloseu cabelo, perdendo-me em seu beijo e o meu desejo por ele. Lentamente, se afastou nossoscorpos ainda entrelaçados. — Tenho pensado sobre isso toda a noite — disse. — Então por queme ignorou? — Tenho meus motivos — ele disse. Afastou-se, agarrando minha mão e levou-mede volta para o corredor. Nós andamos algumas portas e entramos em outro quarto,aproximadamente o mesmo tamanho da irmã dele, mas definitivamente um banheiro. Antes quepudesse inspecioná-lo muito de perto, Noah

fechou a porta, me puxando com ele e me empurrou contra a parede. Soltei um pequenosuspiro quando seus lábios encontraram meu pescoço, seu corpo esmagado contra o meu, eminha respiração veio em suspiros. Queria tanto seu corpo perfeito, esmagando contra o meu. —Espere Noah, o que está acontecendo? — Ofeguei quando senti começar a soltar o botão daminha calça e baixar o zíper. — Bem, agora, te farei gozar novamente — resmungou. Senti-meficar encharcada, excitação me inundando. — Não, quero dizer conosco — disse. Escorregousuas mãos nas minhas calças e imediatamente encontrou meu lugar. Enrolei meus braços aoredor de seus ombros, apoiando-me com seu peito forte, quando esfregou lentamente em mim,inundando minha mente com desejo e prazer. — Bagunça complicada — disse baixinho,beijando meu pescoço e orelha. — Não, quero dizer, sim — Gemia quando pôs a mão na minhacalcinha. — Empapada, Bolinhas — disse, sorrindo. — Ah, porra Noah, digo, por quê? —Porque estou farto de não transar com você, é por isso.

Deixei escapar um pequeno gemido.... Quando disse isso, percebi que estava perto de perder-

me. Estendi a mão e peguei um punhado de seu cabelo e puxei. Ele engasgou e resmungouqueixo inclinado para cima. — Não, porque as coisas são complicadas? — Disse, com maisforça. Seus dedos abrandaram, esfregando suavemente no meu lugar, mas dando-me um poucomais de espaço para pensar. Noah fechou os olhos comigo, seu meio sorriso de surpresa e dor. —É meu pai. Ele ameaçou-me. — O que isso tem a ver conosco? — Ele me ameaçou por causa devocê. Estava quieta por um segundo, deixando as coisas se ajustarem. Relaxei meu aperto nocabelo, e começou a trabalhar o meu núcleo novamente, correndo os dedos em círculos lentos,suaves ao redor do meu clitóris encharcado. Moveu sua boca perto do meu ouvido e senti seuhálito quente. — Falei sobre você na semana passada. Estava chateado. Lembra-se de sua mãe.Na premier ontem, ameaçou meu fundo se eu ficar vendo você. Soltei um gemido pequeno,macio quando deslizou um dedo dentro de mim.

— Então, por quê? — Consegui sair. — Porque ele que se foda. Eu quero você. Tudo clicouno lugar, e de repente os últimos dias fizeram sentido. A distância de Noah, a maneira queparecia alternar aleatoriamente entre me querer e me evitar. Todo esse tempo estava lidando como pai em segundo plano, e apesar do risco, ainda me queria. Não era alguma coisa menor, perderseu fundo; era provavelmente um monte de dinheiro, ou pelo menos mais dinheiro do que nuncaveria na minha própria vida. Mas não era o dinheiro dele que me atraiu, porém, era o Noahenterrado sob as tatuagens e a maldição. Era a maneira que as pessoas continuamente odefenderam, mesmo quando estava sendo um completo idiota, porque viram um lado dele quenão mostrava para todos. Perdi-me totalmente em seu corpo e seu abraço e Noah continuou atrabalhar o meu lugar. Depois de mais um minuto, empurrou de volta e começou a desatar seucinto. Escorregou para fora, abriu seu jeans e apertou minha mão dentro das calças. — Ah, porra!— Ele resmungou, quando embrulhei meus dedos em torno do seu pau. Ele era grande, grosso eestava muito duro. Fiquei na ponta dos pés e o beijei forte enquanto gentilmente acariciei seucomprimento. Envolveu seus braços ao meu redor, retornando meu beijo. Não podia acreditarque

tinha seu pau grosso na minha mão, acariciando seu comprimento, e percebi que tinha estadofaminta por seu corpo. Retirei a minha mão e ele me empurrou para a cama. — Eu gosto desseseu lado, Bolinhas — disse com um sorriso diabólico no rosto. — Cale-se, bundão! — Eu disse.Tirei a camisa que tinha lutado para colocar, e senti seus olhos correrem imediatamente ao longodo meu corpo, persistindo sobre meus seios. Meus mamilos estavam duros e firmes, epraticamente estava vibrando com o quanto o queria. Escorregou a camisa, revelando um braçotatuado e peito, músculos definidos no abdômen. Ambos tiramos nossos jeans, nos despimosjuntos em uma pressa, um acordo tácito. Quando terminamos, fiquei ali por um momento,olhando para seu corpo nu. Era esculpido, forte e magro, e seu pau grosso destacou-se em linhareta entre nós. Seus olhos ficaram nos meus seios e quadris, e havia um desejo profundo quandodei um passo mais perto. Noah caminhou até a mesinha de cabeceira e abriu uma gaveta,retirando a camisinha. Segui-o e empurrei-o para a cama, as pernas balançando em seu redor. —Amarela. — Ele resmungou, quando enrolei minha mão em torno do pau dele, molhando a palmada minha mão com

seu pré sêmen e escorreguei ao descer de seu comprimento. — O quê? — perguntei. — Vocêusou amarelo esta noite — disse, sorrindo. Sorri e depois mergulhei em frente e mordi seuestômago. — Ah, vá em frente e seja áspera Bolinhas — ele disse. Sorri para ele e lambi a pontade seu eixo, saboreando seu gosto salgado. Deslizei o pau na minha boca e comecei a chupá-loduro. Noah grunhiu quando meus lábios o tocaram e gemia enquanto trabalhava nele subindo edescendo. O larguei e tirei a camisinha. A rasguei lentamente a coloquei ao longo de seu

comprimento. Apoiada nos cotovelos, subi na cama e montei seu comprimento. Ele envolveuseus braços em volta de mim, senti seu pau pressionar contra a minha entrada ensopada e entrarlentamente. — Oh Deus, Noah! — Eu gemia. — Eu precisei de sua boceta desde que te conheci.— Ele resmungou. Descia até seu comprimento, o levando completamente na minha fenda.Comecei a balançar-me para cima e para baixo ao longo dele, ele beijou meu pescoço e peito,mordendo e lambendo meus mamilos suavemente. Movi-me mais rápido, meus quadrisbalançando,

montando o seu pau enorme. — Porra, Linda, você tem um gosto tão bom. — Gemeu no meuouvido e me beijou. Enrolei meus dedos no seu cabelo, indo para o seu comprimento, amandocada polegada dentro do meu lugar. Soltei gemidos suaves com ele apertando minha bunda,ficando um ângulo melhor e pressionando-se mais profundo. Todo o resto foi esquecido, todo odrama entre nossos pais, tudo. Havia apenas o prazer incrivelmente dolorido dele empurrando omeu lugar. Antes que sentisse que não aguentava mais, Noah envolveu seus braços ao meu redore rolou para o lado, me pressionando nas minhas costas. Começou lentamente a moer dentro demim, colocando seu pau para entrar e sair em estocadas profundas. Encontramos nossos lábios enossas línguas rolaram na boca do outro. Senti sua mão alcançar e segurar meus quadris quandoa outra se sustentava. Esticou profundamente em mim, e o encontrei e moí meus quadris contraele, um orgasmo começando a construir dentro de mim. — Porra, Noah, continue fazendo isso.— Gemia com suas estocadas começando a bater meu ponto. Movemo-nos juntos, nossos corpossuando e movendo no tempo certo, e senti que o orgasmo explodiria. Minhas pernas enrijecerame as costas arquearam através de mim.

— Linda, porra, vou gozar com você. — Grunhiu quando meu orgasmo chegou, e suasestocadas ficaram mais fortes e profundas. Balançava meus quadris contra ele, desesperada porcada centímetro quando o orgasmo diminuiu lentamente, e prazer rolou pelo meu corpo. Noahcontinuou a me foder, nossos corpos suando juntos, e senti seus músculos flexíveis endurecerem.Pressionou seu rosto no meu cabelo, empurrando profundo e duro, resmungando através de seuorgasmo. Finalmente, terminou e caiu nos meus braços. Nós permanecemos em silêncio duranteum minuto, encharcados e ofegantes do esforço. Senti-me confortável e gasta e mais relaxada doque tinha em um longo, longo tempo. Lentamente, saiu de mim. Soltei um pequeno suspiroquando rolou sobre suas costas. — Caramba, Bolinhas. — Ele murmurou. Sorri e bati no seupeito. — Pare de me chamar de Bolinhas. Olhou-me e riu. — Te chamo do que quiser, secontinuar fazendo isso. Rolei os olhos e depois comecei a rastrear a tatuagem em seu peito.Estava escrito “Orbis Lux”, e foi a primeira vez que tinha notado as palavras. Fiz uma notamental para lhe perguntar. Do outro lado da sala, ouvi meu celular começar a vibrar, me tirandodo brilho pós-sexo.

— Droga, esqueci-me das minhas amigas — disse, levantando e andando pela sala. Noah seescorou nos cotovelos, me olhando. Sorri para ele. — Para de olhar! — Eu disse, olhando para atela. Era Chris. — Não posso me conter — disse. Peguei e levei o telefone ao meu ouvido. — Ei,Chris, o que? — Onde diabos está? Faz uma hora. Selena mal pode ficar de pé e estamos nospreparando para ir. Olhei para Noah. — Quando vai? — perguntei-lhe, mais para o seubenefício. Ele balançou a cabeça. — Durma aqui — Murmurou. — Tipo, agora. Desça aqui. —Acho que ficarei — disse. Noah sorriu e acenou com a cabeça. Houve um breve silêncio. — Játrepou com ele? — Chris pediu. — Posso ter.

— Oh, grande. Sua vadia. Divirta-se. — Obrigada. Desculpe por deixá-la com Selena. — É oque é, ela desmaiará no caminho de volta de qualquer maneira. Senti-me culpada, mas nãoconseguia me afastar. Não conseguia decidir se teria outra chance de ter uma noite com Noah, ou

se de repente se transformaria em seu idiota habitual no golpe da meia-noite. — Ok, bem, dirijacom cuidado. — Sério, divirta-se. — Eu vou. Tchau. Desliguei e deixei meu telefone de voltapara a pilha da minha roupa. Noah foi lentamente tirando a camisinha e a envolveu em algunstecidos quando atravessei a sala e subi de volta para a cama. — Então, o que estamos fazendotoda a noite? — perguntei-lhe. Quando se voltou e olhou para mim, não precisou responder.Sabia exatamente o que queria fazer, e estava ainda desesperada por isso.

O vento chicoteava pelo meu cabelo, quando Noah dirigiu seu carro ao longo da Kelly Drive,voltando em direção à cidade. Era um dos últimos dias mais confortáveis antes do inverno, eestava encostado em meu lugar, óculos de sol superdimensionados cobrindo meus olhos. Não mesentia mais confortável e aliviada em anos. Bem, não desde a noite anterior, quando Noah me fezgozar mais do que já tive em uma única noite. Adormecemos agarrados, nus e transpirando. Nãofalamos muito naquela noite. A festa continuou abaixo de nós, mas Noah não pareceu seimportar sobre os estranhos na casa do seu pai. Em vez disso, trancou a porta, e nós praticamentealinhamos nossos corpos por horas. O olhei e sorri. — O que se passa Bolinhas? — Disse,pegando o meu olhar. Ele estava bonito com o cabelo desarrumado, seus óculos de sol pretos eroupas elegantes. Nunca conheci um homem que se vestia assim como Noah, e suspeitava quefosse um produto da sua educação de L.A. — Nada. Só curiosidade sobre você — eu disse.

— Sobre o que está curiosa? Havia pelo menos mil coisas que queria perguntar-lhe, desde asmundanas até as excessivamente pessoais. Queria saber tudo, mas também sabia queprovavelmente não se entregaria tão facilmente. — Bem, sua tatuagem, para começar. Ele sorriu.— Qual delas, Bolinhas? Seja um pouco mais específica. — Aquela no peito. O que quer dizer?Ele diz. — Lux Orbis. — Sim, o que é isso? — É latim para “Luz do mundo”. Fiz cara feia. —Ok, isso não me diz muito. Riu. — É algo que minha mãe costumava me dizer, quando eracriança. Ela dizia, “Noah, você tem um sorriso que pode iluminar o mundo.” Pisquei para ele,surpresa. Ele não falava sobre a mãe desde aquela noite no trabalho, ou pelo menos não tinhafalado dela mais do que o de passagem. — Isso é realmente bom — disse. — É uma das poucascoisas que lembro sobre ela. Acho

que é um tipo de tributo. Não era o que esperava. — O que mais lembra dela? Deu deombros, seus olhos na estrada enquanto no movíamos ao longo das curvas. Ele estava dirigindosurpreendentemente lento, para um cara com um conversível que parece muito caro, e tinhamesmo colocado o cinto. — Não muito, sinceramente. Costumava ler para mim, quando era bemjovem, este livro estranho com todas essas histórias diferentes. Não me lembro do nome.Também lembro dela fazendo o café da manhã para mim. E puxando o cobertor quando merecusei a sair da cama. Ri, imaginando um jovem Noah agindo como um garoto malcriado. Elesorriu para mim. — É muito bonito isso. Ela morreu quando eu era jovem demais para melembrar. — Sinto muito — disse. — Não sinta. Foi há muito tempo. — Acha que se daria melhorcom o seu pai se ela ainda estivesse viva? — Não sei. Provavelmente não. Acho que ele estáapenas fundamentalmente uma merda de um jeito irremediável.

— Isso deve ser muito difícil. Não podia imaginar a vida sem um sistema de apoio. Minhamãe sempre esteve lá para mim, minha melhor amiga é minha maior torcida. E embora meu paifosse distante e às vezes frio, sempre foi gentil comigo e sempre teve meus melhores interessesem mente. — Foi. Meu avô sempre estava perto por mim, especialmente quando a merda ficoumuito ruim. — Realmente, está próximo dele? Assentiu. — É por isso que me mudei para cá. Elemora em um lugar de cuidados de longo prazo, para fora de onde viemos. Num piscar de olhos.Ele não tinha mencionado um avô antes. — O vê muitas vezes? — perguntei. — Cada segunda,quarta e sexta-feira — disse. Noah Carterson, playboy, idiota e neto obediente. — Isso é

realmente bom de você. — Sim, bem, ele não me abandonou quando era um pedaço de merda,então é o mínimo que posso fazer por ele. Especialmente desde que o meu querido pai raramentevem aqui.

De repente, algo clicou para mim. — É por isso que está sempre atrasado para a aula? Riu,balançando. — Bom trabalho, detetive. — Pensei que era só um idiota preguiçoso. Olhou-me,ainda sorrindo. — Sou isso também. Balancei minha cabeça, atônita. Nunca imaginei em 1milhão de anos que Noah chegava tarde porque estava ocupado visitando o seu avô. — Estousem palavras — disse honestamente. Riu novamente. — Muitas pessoas não sabem isso sobremim. Nós entramos em um breve silêncio, quando o rio entrou em modo de exibição. Respireifundo, saboreando o ar puro. Pessoas corriam e caminhavam, tanto em pares e em paz, ao longodo caminho que contornou a água, e gostava de olhar para elas. — Então, por que tem umareputação tão ruim? — perguntei-lhe, quebrando o silêncio. Não respondeu imediatamente, etinha medo que fui longe demais. Finalmente, suspirou, encolhendo os ombros. — Fiz pormerecer.

— Eu não sei. Todo mundo no cinema tem coisas boas a dizer sobre você. Ele sorriu. — Ohsim, como quem? — Chelsea diz que a ajudava em matemática. — Sou bom em matemática, eela precisava de ajuda. Não é uma grande coisa. — Chuck parece gostar de você. Então, suaamiga Ellie. Pessoas, obviamente, se preocupam com você, e ainda toda a gente tem essaimagem sua. — Chuck e Ellie são meus amigos — disse. Suspirei, exasperada. — Vamos, parede fugir. O que é sobre você? — Só porque fiz algumas coisas boas, não quer dizer que não souuma completa confusão. Estava quieto por um segundo, e me preocupei que posso ter oinsultado. Em vez disso, tomou uma respiração profunda, visivelmente recompondo-se, antes defalar novamente. — Eu comi pessoas, usei muitas drogas, conduzi bêbado. Roubei de amigossem motivo, o que não foi divertido. Fui preso uma vez por mijar em público, mais uma vez porentrar em uma briga. Já fodi meninas porque quis, levei-as para casa e prometi ligar. Houve umtempo em Los Angeles, onde não sabia quem eu era, e não reconheceria essa pessoa, se o visseagora.

E talvez não faça mais aquilo tudo, mas não sou uma pessoa legal. Meninas querem transarcomigo porque tenho dinheiro, e geralmente não digo que não. — Ele parou e, em seguida,repetiu-se. — Não sou uma boa pessoa, Linda. Estava tranquila, tirando aquela afirmação. — Porque me disse tudo isso? — Porque pediu. E porque não quero mentir para você. Pareciafrustrado, e não conseguia entender por que estava deixando-o falar aquelas coisas sobre simesmo. Poderia facilmente ter mentido pra mim, mas em vez disso, decidiu pintar esta imagemmonstruosa de si mesmo. E tinha que admitir, parte de mim acreditava nisso. Olhei a água, emconflito. Isso foi Noah, o lado dele que me ignorou no trabalho, ou fez comentários lascivossobre minha calcinha quando não estava ocupado flertando com alguma cliente fofa. Mas a noiteanterior veio inundando de volta para mim e lembrei como tinha movido meu cabelodelicadamente fora dos meus olhos depois que me trouxe para um terceiro orgasmo que fez meujoelho tremer e a forma como sorriu quando sorri para ele. Para tanto quanto amei as mãosásperas, fortes, puxando meu cabelo para trás, havia também uma ternura nele que precisava.Lembrei-me que ignorou todas aquelas

pessoas só para passar algumas horas comigo. E não me empurrou depois. Respondeu àsminhas perguntas, mesmo quando estava claro que não queria. E as coisas que disse quandoentrou em mim, não podia acreditar que era o que ele disse para todas as garotas aleatórias quefodeu. Era quase como se fosse simultaneamente tentando chegar perto de mim e tentasse meafastar. E não tinha ideia de quem eu queria. — Por que seu pai tentou arruinar a carreira da

minha mãe? —Perguntei-lhe de repente. Queria mudar de assunto. Ele balançou a cabeça,olhando com raiva. — Honestamente não sei. Perguntei-lhe sobre isso, mas falou sobre uma tretadela afundar seu primeiro filme. — Ela me disse que lhe escreveu uma crítica ruim, e é por issoque fez isso. Assentiu. — Sim, também me disse isso. Mas também disse que lhe trouxe para veruma prévia do mesmo. Disse que estava tentando ajudá-la, desde que era ainda jovem econstruindo uma carreira. Acho que sentiu como se ela o esfaqueou pelas costas. — O que, eladeveria escrever uma boa crítica porque foi bom para ela? — Na cabeça dele, provavelmente.

— Isso não é muito ético. — Linda, Hollywood não é ética. Porra, meu pai está tão longe de“ético” como possível. — Sinto muito, Noah. Não quis agredir seu pai. — Está bem. E não éexatamente difícil. — Minha mãe finge que está bem, mas toda vez que menciono, ela encerra oassunto e realmente não quer falar. Ele me olhou. — Você falou de mim, hein? Rolei meusolhos. — Falou de mim para seu pai, lembre- se. — Só por curiosidade profissional. Estou noramo de filme, lembra-se? — Tenho certeza de que ter um fundo de um produtor de cinema nãoo qualifica como sendo “do ramo”, na verdade. — Claro que sim. Estive nos tabloides. Soupraticamente uma celebridade. Ri. — Oh meu Deus, você é o pior. — Não de acordo com todosos meus fãs. — Se não estivesse dirigindo, te bateria agora. — Adoraria vê-la tentar.

Ri e olhei para a água. Nós estávamos nos aproximando da cidade. Não quero que o diaacabe, não queria voltar andando pela vida como uma estudante. Queria ficar naquele carro comNoah para sempre, dirigindo no tempo perfeito ao longo de um rio em movimento lento,observando as pessoas ao longo do caminho a pé e aprendendo sobre a vida de Noah. Nóscruzamos um sinal e fizemos uma curva à esquerda em Fairmount, indo em direção a BroadStreet. Nós entramos em outro silêncio confortável.... Repensei sobre nossa conversa. Noah nãoera exatamente o cara que tinha imaginado. Pelo menos, pode ter sido, mas havia muito maisdele. Estudei seu rosto concentrado na direção pelas ruas estreitas da cidade. Paramos em umsinal, e virou a cabeça em minha direção, sorrindo. — O quê? — Ele perguntou. — Nada, sótentando te entender. — Não há nada para descobrir, Bolinhas. — Sim, talvez tenha razão. Vocêé apenas um bom idiota em roupa boa. Riu. — Melhor elogio que já recebi. O sinal mudou, ecomeçamos a nos mover novamente. Podia sentir o feitiço da noite cair sobre nós antes decomeçar a amolecer. Não cair, exatamente, mas mudar. Não tinha ideia de qual Noah veria napróxima vez que saíssemos juntos.

De qualquer forma, estava disposta a descobrir.Intervalo: Noah Eu não era um cara bom. Não sabia o que Linda pensava que eu era, não

sabia o que todo mundo no cinema achava, mas não era um cara bom. Era o refrão na minhacabeça quando dirigi ao norte em direção à casa do meu pai, sinuosas curvas ao longo de KellyDrive, luz do sol em meus olhos, o vento chicoteando ao longo do meu terno. Talvez ajudassepessoas quando podia, mas isso não me faz bom. Isso me fez humano. Isso é o que as pessoasfaziam para o outro, ajudavam. Chelsea precisava de um professor de matemática, e eu era bomem matemática. Ellie estava viciada em drogas, bulimia e apenas me ouvia, por algum motivoinsano, e então ajudei. É o tipo de coisa que faz para outras pessoas. Mas isso não me torna bomou gentil ou decente ou o que quer que seja. Isso não apaga o passado. Estava na porra de umpenhasco naturalmente, e uma confusão de emoções conflitantes. Praticamente podia imaginar osorriso de Linda no banco ao meu lado, o sol refletindo seu cabelo e a memória da forma comoriu das minhas piadas, como se fossem realmente engraçadas ou algo me fez sorrir. Imaginei acara sensual que fez quando

escorreguei minhas mãos dentro da sua calça, ou disse-lhe exatamente como queria lambersua bucetinha perfeita. Queria chegar do outro lado do carro e pegar sua mão e espremê-la. Em

vez disso, estava sozinho no carro, um dia depois que a tinha visto pela última vez, indo emdireção ao funeral do meu avô. Ele foi a única pessoa na minha vida que já deu a mínima paramim. E tive de enterrá-lo, como tive que enterrar tudo que era mais decente. Eu era veneno, esabia. Tomei uma curva muito rápida, meu coração acelerado, como imaginava esses últimosmeses. Ele estava perdendo para o câncer, que provavelmente o matou, e estava com muita dor.Fiz o meu melhor para visitá-lo tanto quanto pude, já que meu pai idiota nunca ia. Era o mínimoque poderia fazer desde que tinha estado sempre lá, mesmo com o pior de tudo, quando estavabêbado e drogado, mais frequentemente do que não, fodendo meu caminho através de minhafaculdade privada horrível, tentando esquecer a necessidade constante do meu pai controlar o quefazia e as vadias idiotas que continuou trazendo para casa. Meu avô estava sempre lá, umtelefonema de distância, pacientemente me ouvindo. E quando a oportunidade surgiu para mudarpara a costa leste para ficar perto dele, aceitei.

Ajudou que irritou meu querido pai quando seu filho decidiu deixar sua preciosa Califórnia.Saí da pista e cortei no meio-fio quando entrei no estacionamento da funerária. Não era aprimeira pessoa, mas não era a última, também. Parei em um local e desliguei o motor, fiqueisentado e respirando fundo. Minha mente saltou para Linda. Não pude deixar de imaginar o rostodela quando gozou primeiro em meus dedos e, mais tarde, em meu pau. Queria dizer, que eracomo uma droga, mas isso é uma porcaria, para não mencionar um péssimo clichê. Era verdade,ela não tinha opção quando estava ao seu redor. Não havia tempo para chamar meu traficante,tentando ficar com uma boceta, e não havia nenhuma dor de cabeça e suor frio. Sorriu quandoquis e me bateu quando estava a incomodando. Era tão sexy, também; corpo perfeito, bundacomo nunca tinha visto antes e não parece que sabia. Talvez saiba, mas não tinha ideia. Tudo oque queria era mergulhar meu pau duro na sua boceta incrível várias vezes, observar as gotas desuor descerem lentamente por suas costas e sentir seus músculos tensos. Precisavadesesperadamente passar outra noite com ela na minha cama, falar de filmes por horas. Nuncaconheci alguém que se preocupasse tanto com o trabalho de John Hughes, quanto eu fazia.Discordávamos em algumas coisas, mas a maneira que argumentou, tão apaixonadamente, comose tudo o que dissemos um ao outro na verdade importava no grande esquema das coisas, mefazia sentir importante.

Era uma sensação estranha. Estava acostumado a ser o centro das atenções e desejado por ummonte de razões. Mas nunca conheci alguém que ouviu o que disse e me fez sentir como seestivesse valendo a pena falar. O que era mais um motivo que adorava quando me chupou,lentamente, lambendo meu pau, parecendo que foi feito de ouro maciço. Suspirei, sentindo aereção começar a se mexer. Era a última coisa que precisava, um tesão no enterro do meu avô.Apertei os dentes e tirei-a da minha cabeça. Era ruim o suficiente que não parava de pensar nelanos dias normais. Não precisava da distração quando estava dizendo adeus. Excitaçãocontrolada, abri a porta e desci. Atravessei estacionamento, me sentindo como um idiota no meutraje velho e abri a porta para a funerária. Era um lugar sujo, e franzi a testa. Carpetes velhos edecorações baratas cobriam as mesas de segunda mão e flores fedorentas. Era o que queria, noentanto. Era o mesmo lugar que nós usamos quando enterrou sua esposa há dez anos. Movi-mepara o salão principal, forrado com cadeiras e examinei as pessoas reunidas. Bateu-me forte nopeito quantas pessoas reconheci, mas não via há anos. Primos, tias e tios, todo o lado da minhafamília que essencialmente desapareceu quando minha mãe faleceu. Eles odiavam meu pai e porboas razões. Podem ter sido relacionados a ele, mas

sem minha mãe, era um cretino inútil. Sabiam tão bem como eu. Enquanto estava lá,trabalhando para ganhar coragem para dizer meus “olá” e meu último adeus, alguém entrou na

sala atrás de mim. — Bem, olá filho. — Veio a voz rouca. Virei-me. — Bom ver que apareceu— disse a ele. Meu pai usava um terno caro e gravata, claramente novo em folha, e os sapatosforam recentemente lustrados. Seu cabelo escuro estava desbastado, mas ainda elegantementecortado, e seus óculos foram finamente emoldurando a luz no rosto. Sorriu para mim, a imagemda riqueza condescendente. — Claro que sim, idiota. — Ele era meu pai. — Sim, tanto faz.Vamos dizer ‘Olá’ para a família. Adiantou-se, fechando a distância entre nós. — Não te vejo háum tempo, filho. Não abraçará seu velho? Preferia foder uma cobra na boca. — Não comece essaporra. Sorriu. — Começar o quê? Não posso abraçar meu filho? Enrolei meus punhos, tensãofluindo de meus braços. Queria tanto acertá-lo, talvez quebrar seu nariz, fazer sangrar

bem. Mas meu avô teria odiado isso. Estava sempre tentando me reconciliar com seu filho, eeu dizia para ele que sim, especialmente no final. Mas isso era uma mentira, uma das muitas quecontei na minha vida. Lentamente, deixei meu fôlego ir e relaxei. — Não. Pai encolheu osombros, ainda sorrindo. — Ainda guarda rancor, tudo bem. Só não seja uma picada quandoenterrar o meu pai — ele disse. Antes poderia lhe dar meu retorno espirituoso, que seria algo aolongo das linhas de “vai se foder seu velho veado”, passou por mim e começou a cumprimentar afamília. Se tivesse que dizer algo bom sobre meu pai, seria que ele sabia como trabalhar umasala. Peguei algumas respirações profundas e então me juntei a ele, apertando mãos e fingindoque dei uma merda para quem não tinha visto metade em anos. Fingindo que não meabandonaram para aquele idiota. Fingir que a única pessoa decente em toda a nossa família nãoestava no caixão. Quando terminou o funeral, flores colocadas sobre o caixão, o caixão baixoupara a lama, disse suas orações, meu pai se ofereceu para levar a família para comer. Era omínimo que podia fazer, disse, uma vez que todos fizeram uma viagem

até aqui. Não estava afim de agradecer os primos por virem, desde que nenhum tinha seincomodado quando estava vivo, mas também não queria começar uma luta no cemitério, entãomantive minha boca fechada. Quando toda a gente subiu em seus carros com a intenção dereunião no restaurante, meu pai me encurralou. — Você vem? — Ele perguntou. — Não planejeiisso. — Realmente gostaria se viesse. — Como disse, tenho coisas para fazer em casa. Ele olhoupara mim com aquele olhar em seu rosto. — Você virá para o almoço. Fui para ele, doente de seubullying e farto da sua atitude. — Não almoçarei. Irei para casa e ficarei de luto pelo meu avô,porra. Ele rosnou, e percebi que estava pronto para me bater. — Estou tão farto que aja como umbebê mimado, Noah. — E estou cansado de você me empurrando, velho idiota. — Corta a merdapirralho. Venha almoçar, sorria e faça bonito com a família, e então pode ir para casa e continuara gastar o meu dinheiro.

— Não. Irei para casa. — Passei por ele, indo em direção do meu carro. — Ainda está vendoaquela garota? — Gritou. Parei e me virei. Sorriu para mim. Estávamos sozinhos no cemitério, etodos os outros já lentamente tinham saído, animados por uma refeição grátis com seu famosomembro da família. — Estou — disse calmamente. — O que você disse? — Acabo de vê-la —disse mais alto. Balançou a cabeça tristemente e parecia desapontado. — Você sabe o que eudisse que aconteceria se continuar a vê-la. — Eu sei. — E acha que estou brincando? — Qual éseu problema com ela, afinal? — A mãe dela tentou foder a minha carreira, Noah. E você estáquerendo foder à filha dela. Estou farto dessa patética bobagem “Odeio papai”. Se organize evenha para casa. Balancei minha cabeça, desgostoso. — É o que acha que isso é? Acha que estoucom ela para me vingar de você? Riu, exasperado. — O que mais tem esse problema no

passado, anos passaram Noah. Você me odeia. Entendo. Francamente, não me importo tantoassim. Desde que sua mãe faleceu, está sendo uma putinha mal-humorada, e estou farto disso.Estava me empurrando. Não falávamos sobre a minha mãe há anos, fora alguma compreensão

mútua que era fora do alcance. Ela era a única coisa pura lá, pelo menos a memória dela era, eprecisávamos disso. Sem pensar, dei alguns passos em sua direção, bati no seu queixo, forte. Dorpiscou através de meus dedos e meu pulso, mas ele saboreou. Bebi a dor, precisava dela. Meu paisoltou um gemido e levou alguns passos trêmulos, alcançando as mãos para se defender. Parei eolhei para ele, fervendo. Lentamente endireitou-se, verificando a sua mandíbula. — Isso foimuito estúpido — disse. — Cansei. Parei de deixar você abusar de mim. Deixar me foder.Olhou-me fixamente por um segundo e então falou lentamente. — Ouça-me, Noah. Você não énada sem o meu dinheiro. Se eu tirar a sua confiança, será esmagado com a dívida. Nunca fez umtrabalho de verdade, e não faz ideia de como passar sem mim. Será enterrado em poucos meses.

Deu alguns passos mais perto. — Faça um favor. Cala a boca e me escute pelo menos umavez. Eu não te odeio filho. Nunca te odiei. E posso aceitar isso, se me odeia. Mas você merespeitará. Irá me ouvir quando lhe digo o que fazer. Queria me bater? Bem, me bateu. Esperoque se sinta um pouco melhor. Mas virá para o almoço, e porra, parará de ver aquela garota.Caso contrário, seu dinheiro se foi, e estará fodido. Estará verdadeiramente fodido. O olhei,tremendo. Não conseguia me mexer e senti-me exausto. Ele caminhou e parou perto do meurosto. Senti seu bafo e a grossa colônia que usava. Bateu-me no intestino quando olhou. Seusolhos tinham bolsas e parecia magro, quase doente. Já tinha visto meu pai recentemente, masrealmente não olhei para ele, há muito tempo. Aguardando o velório do meu avô, seus olhos naminha cara, não pude deixar de ter pena dele, só um pouquinho. — Acha que isso é o que elaqueria para você? Acha que queria que fosse um patético fracassado? Falhará sem mim. Vocêsabe. Ele fez uma pausa para cuspir no chão aos meus pés. Meus joelhos estavam tremendo, esenti como se estivesse prestes a vomitar. Suor escorreu ao longo de minhas costas. — Ela queriao mundo para você, Noah. Sabia que meu trabalho era o bilhete para todos nós. Lidou comminhas longas horas e toda a besteira logo no início, porque pagaria

em longo prazo. E pagou. Quer jogar fora os sacrifícios da sua mãe, porque é um merdinhamimado? Acho que não. Senti como se tivesse me batido de volta, mas pior. Senti que tinhaarrancado minha coragem, me prendeu e disse. — Veja? Eles são pretos e podres, assim como omeu. — Agora, entra em seu carro para almoço e aja como se importasse. Você entende? Fiqueiolhando, meu corpo disposto a esmurrá-lo novamente, para fazer qualquer coisa. Queria gritar egritar, dizer que estava errado sobre a mãe, dizer-lhe que não sabia nada sobre ela. Queria fugircom Linda, passar o resto da minha vida aprendendo cada polegada de seu corpo. Queria tudo,menos ir àquele restaurante. Ele retornou o meu olhar, seu rosto uma máscara passiva.Finalmente, deixei escapar um longo suspiro, quebrando a tensão. Virei e comecei a ir para meucarro, minhas mãos enfiadas no bolso. — Vejo você no restaurante. — Ele chamou atrás de mim.Entrei no meu carro, liguei o motor e comecei a dirigir fora do cemitério. Pensei em Linda, seusorriso e o riso dela e a forma como corou e ficou tão irritada toda vez que falei sobre a calcinhade Bolinhas sensual. Pensei sobre a noite que passamos juntos e a primeira vez que a beijei nocinema. Pensei em quão molhada estava para mim, doendo constantemente pelo meu corpo, ecomo meu pau precisava de

seu calor. Teria dado qualquer coisa para vê-la naquele momento, segurar sua mão e fazê-larir. Mas não era um cara bom. Nem era uma pessoa meio decente. Só porque fiz algumas coisasboas para as pessoas que me importava, não quer dizer que era uma boa pessoa. Imaginei-meatravés dos olhos do meu pai e odiava o que vi. Eu fiz o certo e fui para o restaurante.

Arranquei os canhotos, sorrindo para os casais quando passaram por mim. Era a últimaexibição, e meus pés estão doendo já. Nessa altura, estava no piloto automático, completamente àvontade no cinema. Sorri mais para Chuck, e sorriu de volta quando despejou um monte de

pipoca em um balde. Ele era bonitinho, com cabelo castanho desgrenhado e um sorriso demenino, apesar de apenas um centímetro ou dois mais alto que eu e um pouco fora de forma. Nãoque eu era superficial ou nada, mas por algum motivo comecei a notar esse tipo de coisa. Quemcuida de si mesmo é inerentemente mais atraente para mim, pelo menos desde que ele entrou naminha vida. Balancei minha cabeça, dissipando os pensamentos dele. Olhei através do saguão esuspirei. Selena estava levando para fora as latas de lixo, mas estava usando sacos erradosnovamente, o que significava que teria que corrigi-los. Ela começou a trabalhar no cinema a umasemana, e ainda não tinha percebido tudo. Se esforçou e não era preguiçosa, mas era bastanteespaçosa e às vezes esquecia simples instruções. Com toda a honestidade, porém, ela estava umpasso de outro cara, para onde ele foi. E precisávamos imediatamente de alguém quando Noah

tinha parado. Não havia nenhum aviso, aviso há duas semanas, nada. Apenas um dia, entrouno escritório do Srta. Havisham, disse-lhe que não voltaria e nunca o fez. No começo, tenteifazer o trabalho de nós dois, mas era quase impossível. Não tinha ideia de como fazia tudo antesque eu fosse contratada. Por acaso, perguntei a Selena se ela precisava de um emprego ou algoassim, e tudo deu certo. Exceto que Noah se foi, e não tinha ideia de onde estava. Quando osúltimos clientes passaram, Chuck caminhou para mim, sorrindo. Tirou-me de minhaintrospecção, e sorri para ele. — Como vai? — Ele perguntou. — Lento e chato. — Tá bomentão. Ri. — Sim, é uma noite estelar. — Pelo menos não tem o mau cheiro horrível do Mikey,para lidar. Fiz uma cara. — Vocês dois são verdadeiramente nojentos. — Eu não, tomo banhopelo menos uma vez por semana. — Como vocês dois são permitidos para tocarem na comida?— Disse com horror simulado.

— Costumo lavar as mãos — respondeu ele. — Espera! Sério?! Apesar de você lavar suasmãos, certo? — Talvez sim, talvez não. Quer pipoca? Gemi. Sabia que estava brincando, mas osdois poderiam ser tão imaturos e nojentos às vezes. O fato de que manipulavam todos osalimentos senti como uma farsa em minha mente, mas não era o meu lugar a questão da visão denegócios perfeito da Srta. Havisham. — Se alguém ficar doente — disse no final, em seguida,rindo. Ele sorriu quando ri da sua piada. Foi muito bom fazê-lo sorrir, mesmo que tenha sidofácil. Desde que ele tinha nos deixado, Chuck tornou-se meu melhor amigo no cinema. Nós atémesmo começamos a sair entre aulas durante o dia, que adivinhei o fez meu amigo real e nãoapenas um amigo de trabalho. — Faz alguma coisa esta noite? — Perguntou. Hesitei. —Provavelmente só vou pra casa, como sempre, por quê? — Quer fazer algo? Tomar uma bebidaou algo? Isso me pegou desprevenida. Chuck estava me convidando para sair? Não via alguémhá um tempo e não estava pronta para tentar novamente. Chuck era bonito e

gostava de passar tempo com ele, mas não sabia se estava pronta para algo assim. Aindaassim, não queria magoá-lo. — Não tenho certeza — disse suavemente, me sentindodesconfortável. Sorriu e colocou suas mãos para cima. — Está tudo bem, não se preocupe.Apenas um gesto de amizade para tentar quebrar seu feitiço de tédio. Sorri de volta. Isso poderiater sido verdade, mas duvidei. Poderia dizer que Chuck tinha uma queda por mim, se seriacompletamente honesta. Era óbvio a forma como constantemente me paquerou. E sinceramente,gostei da atenção, embora nunca desse a impressão que sentia o mesmo. Precisava de Chuckcomo amigo para ajudar a me livrar das más memórias associadas com o cinema, mas não estavapreparada para me aproximar de alguém. — Obrigada, estou exausta, você sabe? — Não digamais nada. Tenho certeza que Mikey será mais do que disposto a pegar umas doses comigo. Ri efomos de volta para o quiosque. Senti-me culpada por deixa-lo na mão, mas sabia que não seriajusto empurrá-lo. Sabia que estava em um lugar ruim, mas isso não significa que poderia tirarproveito dele. Pensei que tudo foi complicado quando Noah estava por perto. Mas quando se foi

nada tinha ficado melhor. Aqueleestranho buraco no meu coração palpitava todas as noites, farta de preocupação sobre o que

estava envolvido, apenas continuou a crescer com cada suspiro. Faz um mês desde a última queouvi de Noah Carterson. Quatro semanas desde a noite de sua festa. Quatro semanas desde queme levou para casa, o clima perfeito, luz do sol no nosso cabelo, sorrisos em nossas faces.Quatro semanas desde que estive feliz e contente. Continuei a lembrar o que disse para mimquando me deixou naquele dia. Ele me agarrou pelo pulso.... Quando comecei a subir na minhavaranda, seu carro ainda em marcha lenta na estrada. Virei e não havia este pesado sorriso nacara. Puxou-me contra seu corpo, braços fortes, equilibrando-me contra seu peito esculpido.Senti seus lábios tocarem contra os meus, ao longo de minha bochecha e parou contra meuouvido. — Quando você for até lá, pensa em mim. — Sussurrou. — O que quer dizer? — Pedi,mesmo sabendo. — Vá até seu quarto, escorregue sua mão bonita para sua boceta perfeita epensa em mim enquanto sentir que está prestes a gozar. — Noah! — Disse, surpresa. — Imaginemeu pau grosso dentro de você e a forma como sentiu quando te fiz gozar repetidas vezes ontemà noite. Pensa

sobre o quanto amo sua boceta encharcada. Puxou fora e sorriu, e senti cor vir para as minhasbochechas. — Você é um idiota. — Murmurei, envergonhada e excitada. — Tenha um bom dia,Bolinhas. Deu-me um beijo rápido, mas duro na boca, nossos lábios pressionados duramentejuntos e então correu para o seu carro. Estava respirando profundamente, tentando me acalmar,quando foi embora. Isso foi há um mês. Tinha subido no meu quarto depois disso e passei meusdedos entre minhas coxas, pensando em como o pau dele sentiu e coube perfeitamente, e quãoforte seus braços estavam embrulhados em torno de meu corpo suando. Exasperada, soltei umbufo de ar. Entrei no almoxarifado, peguei os sacos de lixo certos, e então me movi para as latasde lixo que Selena tinha desarrumado. Pensei que, se nada poderia tirar a imagem do Noah daminha cabeça, poderia lidar com o lixo. Quatro semanas era muito tempo para não ouvir dealguém. No começo, estava preocupada e liguei um monte de vezes. Em retrospecto, mearrependi disso, mas parte de mim pensou que ele tinha morrido ou algo horrível assim. Poracaso,

vi a foto quando atualizou seu status no Facebook: Fica frio à noite no centro, foi tudo o quedisse, mas falou mais alto do que minhas ligações não atendidas: ele estava bem, e sairia com osamigos. Parei de ligar depois disso, mas a dor ficou só um pouco mais profunda. Pensei quetínhamos algo, mas percebi que era apenas mais uma das conquistas de Noah. Ele conseguiu oque queria, e atirou-me para o lado. Quebrou-me mais do que jamais pensei que seria possível.Parou de aparecer para nossa aula, e adivinhei que a abandonou. Não tinha ideia por que fariaisso; não era como se tivesse gritado com ele em aula. Se alguma coisa, eu teria desajeitadamentefugido dele todos os dias, evitando-lhe o melhor que pudesse. Em vez disso, ele essencialmentedesapareceu, se demitiu, deixou a nossa aula e parou de me responder. Após a primeira semana,ele mesmo me bloqueou no Facebook. Não sabia por que Noah tinha decidido me tirarcompletamente da sua vida, mas isso foi sua escolha. Queria que eu fosse embora e fez tudo quepôde para que isso acontecesse. Não seria tão ruim se me dissesse simplesmente que não estavainteressado, ou talvez só parasse de me cantar. Mas a maneira que me retirou tãoimpiedosamente da vida dele dizia tudo. E esse tudo era terrível. Horrível. Nunca me senti tãohumilhada e mais do que isso, com o coração partido. Posso

imaginá-lo rindo com seus outros amigos ricos sobre a burra certinha que tinha machucadodepois de sua festa e completamente colocou de lado. Noah Carterson não era uma boa pessoa.Isso é o que dizia para mim mesma, pelo menos, enquanto passavam os dias. Ficou mais fácil,

ocasionalmente, começar a odiá-lo com aquele refrão correndo pela minha cabeça. Com a marcade um mês assinalada, ele foi relegado a um baque no meu coração, uma dor menor. Aindaestava lá, mas estava começando a me mover para além dele. Ninguém falou sobre ele notrabalho, o que achei estranho. Foi muito próximo de Chelsea, e Chuck obviamente gostava dele,mas uma vez que Noah tinha desaparecido, ninguém falou dele perto de mim novamente. Atépedi aos dois como ele estava nos primeiros dias, na primeira noite quando não sabia que estavame cortando fora da sua vida. Os dois disseram que não tinham ideia e estava apenaspreocupado, como estava. Quando descobri a verdade, ninguém tocou no assunto, e estava muitoenvergonhada para mencioná-lo. Mas tinha minhas suspeitas. Não estava zangada com eles porisso, no entanto. Como poderia estar, quando ambos estavam sendo tão bons para mim? Ambosse tornaram meus amigos depois que Noah tinha ido embora. Puxei o saco de lixo velho,enriquecendo e jogando-o para o lado. Sacudi o saco certo e apertei-o dentro do recipiente.

Empurrei a tampa e repeti esse procedimento três vezes mais. Uma vez que acabei, fui caçarSelena. — Ei, Selena, rapidinho — disse, recebendo a atenção dela. — O que? Segurei os doissacos. — Estas são para as latas fora dos cinemas, e estas são para as latas no saguão. Ok? Elafez uma careta. — Porra, me desculpe. Dei de ombros. Estava sendo uma cretina, mas estavaexausta e de repente de mau humor por pensar em Noah novamente. — Não é realmente umgrande negócio. Não se preocupe. — Então, fará alguma coisa este fim de semana? —perguntou. Balancei minha cabeça. Era noite de sexta-feira, mas praticamente tornei-me umeremita. Desde que Chris estava no modo de estudo pesado, parecia fácil permanecer noapartamento com ela. Não queria fazer nada, e a ideia de ir a uma festa com o Noah fez-me quasedoente. — Provavelmente não, tenho que estudar. Ela fez uma careta. — Você e Chris sempreestudam tanto.

desconhecido— Eu sei. Realmente não sou muito divertida. — Isso não é verdade, mas tanto faz. Deixe-

me saber se sentir vontade de vir hoje à noite. — Ok, eu vou. Obrigada. Ela sorriu e dirigiu-seem direção do quiosque. Senti-me mal por chamá-la para as latas de lixo, mas ela tinha deaprender. Estava sendo muito agradável para mim desde Noah e eu deveria dar provavelmenteum desconto. Fiz uma promessa mental para mim mesma para sair do meu caminho paracompensá-la no futuro. Mesmo que estivesse sofrendo, tinha que tentar ser uma pessoa melhor.Não podia deixar-me espalhar a ferida que Noah tinha me dado, não importa o quanto eu queria,não importa quão bom isso me fez sentir. Porque esse tipo de catarse não durou muito tempo e sópiorou a ferida para todos. Respirei fundo e suspirei. Antes de Noah, nunca tinha me preocupadoem me perguntar que tipo de pessoa era. Sempre presumi que era boa. Mas meu mundo foiabalado, e prometi a mim mesma que iria descobrir.

Depois de falar com Selena, entrei no armário de abastecimento e deixei os sacos de lixo,meu humor acidificou. Saí de volta para o saguão e freei bruscamente. Vi uma garota loirafalando com Selena e ela apontou para mim em resposta. A garota seguiu seu olhar e viu-me,disse algo a Selena e depois seguiu direto em minha direção. Meu coração começou a martelarno meu peito. A reconheci. O longo cabelo loiro, as roupas vulgares. Quando chegou perto demim, lembrei seu nome: Ellie, anteriormente conhecida como Stripper Barbie. — Você é Linda?— Perguntou, parando na minha frente. — Sim, eu sou — disse, me sentindo evasivas. — Eusou Ellie, amiga de Noah. Dei-lhe um olhar. — Sei quem você é. Sorriu suavemente, olharenvergonhado. — Olha, isso é um pouco estranho. — Não, você é. Não sei o que quer, mas setem alguma coisa a ver com o Noah, não estou interessada. Ok?

Antes que pudesse responder, comecei a ir embora, a frente do lobby. Não sabia o que estavafazendo ou aonde ia, mas queria me afastar dela. Não podia deixar-me ser sugada de volta, nãoquando estava começando a ficar por cima dele. — Espere, por favor, ouça por um segundo —disse, pegando-me. Separei-me dela, apalpando minha raiva borbulhando. — Ouvir? Noah nãose preocupou em me ouvir antes de me tirar completamente fora da vida dele. Não quero ter nadaa ver com aquele idiota. Eu terminei com ele. Olhou surpresa com minha explosão súbita, e emseguida seu rosto suavizou. Sorriu tristemente e acenou com a cabeça. — Sim, não a culpo. Ele éum verdadeiro idiota às vezes. Suspirei, exasperada. Senti-me melhor depois de ter explodido, esabia que nada disso era culpa dela. Noah disse muita coisa sobre mim, e estava disposta a gritarcom um estranho. — Olha, o que você quer? — Eu perguntei. — Só me ouça por um segundo,ok? — Tudo bem, mas fale rápido. Devia estar trabalhando. Assentiu com a cabeça. — O queNoah fez com você é uma merda. Mesmo bêbado. Quero dizer, sinceramente não achei que eracapaz de cortar alguém assim. É uma merda muito

cruel. Rolei meus olhos. Ela não sabia a metade disso. — Eu sei. Mas ouça — dissecontinuando. — Depois que parou de falar com você, ele mudou. Conheço Noah há algum tempoagora, desde que entrei para a faculdade, e sempre esteve lá para mim. Estava lá para mimquando estava muito confusa sobre drogas e lidando com meus problemas. Era a única pessoaque ouviria, a única pessoa que realmente entendeu, porque ele tinha passado por isso tudosozinho. Quando veio para a faculdade, me obrigou a ficar limpa, e tenho estado desde então. Eainda estou com essas coisas e ele ainda está tentando ajudar, mas é diferente. Quero dizer,realmente diferente. Ele vai a festas, quase todas as noites, e acho que está usando drogas

novamente. E tudo começou quando te cortou fora da sua vida. Olha, Linda, não sei o queaconteceu entre vocês, mas ele está apaixonado por você. Não há nenhuma razão por que teriafeito o que fez. — Ele precisa de ajuda, e não posso fazê-lo. Não me ouve. Então estou aqui paraimplorar para entrar em contato e falar com ele. Não me importo se é só para dizer oi, ou o quequeira, mas Noah realmente precisa de você. Sei que isto é muito estranho e não me conhece,mas estou implorando, por favor, na verdade tente. Ela terminou de falar e olhou para mim,implorando em sua expressão, olhar sincero e tudo o que queria fazer era fugir. Queria sair de lá,fingir que nunca tinha me encontrado, fingir

que não tinha ouvido nada do que disse. Queria fingir que nunca disse que ele me amava,fingir que não estava sofrendo. Queria me afastar do mundo e esquecer Noah Carterson. Mas nãoconsegui. A memória dele sorrindo para mim no carro e respondendo às minhas perguntas comuma expressão de dor, veio correndo de volta. Lembrei-me do nosso primeiro beijo no cinema, ojeito que me chamou de “Bolinhas” e quão furiosa me fez primeiro e quão animada fez-me maistarde. Lembrei- me da noite que passamos juntos, fazendo com que nossos corpos gozassem denovo, e não podia deixá-lo ir. Se houvesse alguma chance de que poderia fazer algo por ele,quando claramente tinha ajudado tantas pessoas por conta própria, então precisava fazer isso.Porque Noah pode ter sido uma pessoa ruim, mas ainda era uma pessoa. Se estava com dor, aatitude humana era ajudá-lo. Deixei escapar um longo suspiro, engolindo as lágrimas. Nãochoraria na frente dela. Balancei a cabeça. Seu rosto se iluminou. — Sério, falará com ele? —Não posso prometer nada. Mas tentarei. Ela jogou os braços em volta de mim e me esmagou emum abraço apertado. Fiquei muito surpresa, mas devolvi seu abraço timidamente.

— Oh meu Deus, não imagina quão feliz estou em ouvir você dizer isso — disse, seafastando. — O que devo fazer? — perguntei. — Não sei. Ligar e perguntar como está. — E seele não falar comigo? — Ele irá. Está sofrendo por você, e nunca vi Noah se machucar por causade uma garota antes. Balancei minha cabeça, ainda um pouco em choque. — Isso é tão estranho.Ela riu. — Eu sei que é, mas confie em mim. Ele irá lhe ouvir. Assenti com a cabeça e desviei oolhar quando senti as lágrimas novamente. Respirei fundo e me estabilizei. Ellie estendeu a mãoe colocou no meu ombro, sorrindo gentilmente. — Ficará bem. Sei que não me conhece, masconfie que me importo com Noah e o conheço melhor que ninguém. Aquele cara é loucamenteapaixonado por você, não importa o que diz. Sorri para ela, sentindo-me mais calma. De repenteme senti mal por chamá-la de Barbie Stripper. Fiquei surpresa com quão gentil estava sendo, e oquanto parecia se importar com Noah. Queria ajudá-lo o suficiente para vir implorar a uma

estranha para falar com ele. Nunca tinha feito algo assim para alguém. Fiz uma nota mentalpara compensá-la no futuro, tinha que ser mais gentil no futuro. — Deixarei você voltar aotrabalho. Aqui está meu número caso precise de alguma coisa, ou o que queira. — Ok — disse,quando me deu um pedaço de papel com um número escrito. — Sério, qualquer coisa queprecisar, ligue. Quero ajudá- la. Concordei, sem palavras. — Você está fazendo a coisa certa.Obrigada. — Ela disse. — Sim, claro. — Respondi. Sorriu novamente, em seguida, foi emborapelas escadas. A vi ir, chocada como madura e séria ela foi. Balancei minha cabeça suavemente,completamente atordoada, sobre o encontro. Finalmente, me organizei, a cabeça praticamentegirando. Senti excitação quando me imaginei chamando Noah. Ela tinha dito que ele estavaperdidamente apaixonado por mim. Ela tinha dito que ele estava perdidamente apaixonado pormim. Quando fui ao trabalho, um sorriso se arrastou ao longo de meus lábios. Não tinha acabadocom Noah e eu sabia. Tinha

me enganado o tempo todo, construindo uma armadura de ódio falso. Mas tive uma pequenaesperança, com certeza quebraria essa armadura. Tentaria, porque devia isso a ele por ser uma

pessoa decente, da mesma forma que tinha ido a muitas pessoas antes de mim.18:45 Eu: Ei, me encontrei com sua amiga ontem à noite, espero que esteja tudo bem. Olhei

para a mensagem e considerei as implicações. Ele tinha mais ou menos me abandonado, decidiununca mais falar comigo e impiedosamente me tirou de sua vida. Nunca conheci uma pessoa queiria tão longe quanto sair de um emprego e desistir de uma matéria para evitar alguém, e Noahtinha feito exatamente isso. De alguma forma, estava tão doente que queria me evitar a todocusto. E Ellie foi tão sincera. Considerei adicionar seu nome na mensagem, mas não quero fazercoisas ruins entre eles. Ela parecia genuína em sua preocupação e realmente parecia pensar queeu era a única pessoa que poderia trazer Noah de qualquer confusão que estava. Mas sabia coisassobre Noah, coisas que não sabia que talvez a maioria das outras pessoas, e fui convencida deque não era tão mau como todos pensavam. Algo aconteceu algo que o fez entrar em pânico ecorrer. E essa mesma coisa provavelmente estava o forçando a ignorar-me, e talvez seja de ondetoda a festa estava vindo. Estava preocupada, e odiei-me, só um pouquinho, por ainda mepreocupar com alguém que tinha tão facilmente me tirado de sua vida.

Ou talvez estivesse delirando. Talvez só quisesse dizer mais com aquele cara. Ellie disse queele me amava, mas o que ela sabia? Ela poderia estar completamente errada e só estava fazendouma jogada desesperada para ajudar Noah. Eu poderia estar prestes a entrar em uma armadilha.Gemi, completamente arrasada. Chris, como de costume, foi útil e sem corte. Envie a mensagemse quiser, disse, mas não espere que ele faça alguma coisa. Que era basicamente inútil, mas pelomenos foi honesta. Se fosse enviar a mensagem, tinha de ter expectativas realistas. O problemaera: não sabia quais eram as minhas expectativas, muito menos se eram realistas. Olhando meuquarto, senti a veia palpitar no pescoço, olhei para a tela. Foda-se. Foda-se Noah e a dor ardenteem meu peito. Foda-se a maneira que tinha me sentido desde que o conheci. Apertei “enviar”.Olhei por um segundo, metade esperando responder imediatamente. Não fez, no entanto, eocasionalmente, joguei fora o telefone. Levantei e sentei à mesa, iniciando o Facebook. Perseguirna internet. Isso era o que precisava, claro. Qual a melhor maneira para me distrair de Noah doque olhar para sua página no Facebook e imaginar todas as vadias com que tinha estado desdeque me abandonara? Recusei-me a cair

nessa armadilha, pelo menos, e evitei tentar encontrá-lo. Preguiçosamente rolando através deminha página, olhando todas as atualizações. As pessoas fizeram suas vidas parecerem ótimas,quase incríveis, mas sabia a verdade. Todos os momentos foram selecionados com cuidado,projetados para criar uma boa impressão. Ninguém posta sobre as coisas terríveis e chatas, sobrehoras presos no trabalho, as minúcias da mesma refeição para o jantar na mesma hora todas asnoites, ou uma noite passada estudando num sábado à noite em vez de sair para a festa de casamais recente. É tudo fantasia em bares, refeições caras e tardes divertidas. E eu estava doente daimagem, da falsidade de tudo. Queria algo real. E achei que tinha encontrado. Brevemente,perguntava-me se a Srta. Havisham tinha um Facebook. Digitei o nome na barra de busca, masnão encontrei nada. Intrigada, tentei procurar o cinema, mas encontrei um grupo para odepartamento de estudos de cinema de Temple's em vez disso. Cliquei e me levou para suapágina. Fincada na sua linha do tempo estava um gráfico básico de aparência barata, masimediatamente chamou minha atenção. Era uma competição de filme de estudante, aberta aqualquer aluno de Temple's, independentemente da idade ou ano de estudo. A entrada era livre, eera no início do semestre, na primavera. Olhei para a tela, e de repente a ideia me bateu. A coisa

perfeita para sair da casca, a coisa que tínhamos falado sobre fazer uma vez, antes de Noahcom seus dedos chegarem ao meu corpo nu. Animada, fechei a tampa do meu laptop e disqueiseu número.

— Tem certeza que não precisa de mais alguma coisa? — Minha mãe falou. Estive em seuescritório na UPenn, com o peso de uma caixa cheia de equipamentos. Tinha chamado Noah háalguns dias, e embora não tivesse notícias, o mandei outra mensagem naquela manhã explicandoo projeto e pedi para me encontrar em algum lugar naquele dia. Esperava que fosse responder,mas estava pronta para seguir em frente de qualquer maneira, se não fizesse. — Acho que isso émais do que suficiente — disse. Era provavelmente um exagero, na verdade, desde que minhamãe me emprestou um equipamento profissional, mas não podia reclamar. Tive sorte em teralguém com acesso ao equipamento de qualidade. Ela riu. — Exagerei, não foi? — Não, não.Isto é perfeito. Havia uma enorme variedade de outros componentes necessários, duas câmerasdigitais e microfones sem fio. Mal podia carregar tudo, e não estava ansiosa para a caminhada devolta à faculdade.

— Então, me dirá pra que é tudo isso? — Perguntou. — Não, ainda não. Mas prometo queirei. Não sabia se Noah realmente estaria interessado, mas acreditava que, se nada poderiaalcançá-lo, a ideia desse projeto poderia. Não pressionaria demais, mas tinha que fazer algo.Além disso, era um projeto que queria fazer independentemente se Noah decidisse que queria meajudar ou não. Com toda a honestidade, essa parte foi só porque Ellie parecia pensar que eupoderia ajudá-lo, e não podia ignorar alguém em apuros. — Como está o pai? — perguntei.Minha mãe suspirou. — Seu pai está bem, querida. Ele chamou você recentemente? — Balanceiminha cabeça. — Não se preocupe. — Ok, mamãe. Sei que ele está ocupado. Balançou a cabeça.— Bem, cuidado com essas coisas. Tecnicamente pertencem ao departamento de filme aqui. —Mãe, eu prometo. — Boa sorte, com o que estiver fazendo. — Obrigada. Agradeço por isso. Deioutro sorriso e saí arrastando a caixa.

Realmente devia ter pedido emprestado o carro da Selena. Entrei na varanda, encharcada desuor. Estava exausta e meus braços estavam tremendos, mas estava tão perto de concluir. Abri aporta e olhei para a caixa, gemendo. Parte de mim queria deixá-la lá e esquecer a coisa toda, maseu tinha chegado tão longe. Minha camiseta preta estava suada sob meu casaquinho de lã e senti-me nojenta. Provavelmente era uma visão verdadeiramente horrível. Lentamente agachei, mepreparando para a etapa final da minha viagem infernal. Antes de levantar, uma voz me trouxe devolta. — Precisa de ajuda, Bolinhas? Lentamente levantei e o olhei. Parecia diferente, maiscansado. Havia bolsas sob seus olhos, e seu cabelo estava confuso e um pouco mais longo do quelembrava. Estava vestindo uma jaqueta de couro sobre uma camisa de gola v apertada quemostrou sua tatuagem e jeans slim. Percebi outra vez como era bonito, e meu coração despencou.Foi uma má ideia contatá-lo. Soube no segundo que falou. Soube no momento em que meu corporespondeu com sua mera visão, e a imagem de seus lábios contra meu pescoço, os dedos entreminhas coxas, veio de volta à minha mente. Não tinha esquecido Noah. Não tinha. E vê-loparado em frente ao meu apartamento, suas mãos enfiadas no bolso e o meio sorriso arrogante norosto, trouxe memórias e emoções através de mim.

— Ei, Noah — disse, hesitando. — O que está na caixa? — Perguntou, pisando mais perto.Estava de repente muito ciente de como o olhei. Balancei a cabeça, tentando dissipar o medo, avergonha e a raiva. — Equipamentos para esse projeto que mencionei. Subindo o alpendre elelevantou a tampa da caixa. — Isso é coisa séria, Bolinhas. — Estou muito surpresa ao vê-lo.Estávamos juntos na pequena varanda, e quase pude sentir seu corpo. Queria estender a mão etocá-lo, mas hesitei. Poderia ajudá-lo, mas não podia deixar-me ficar presa a ele novamente, nãoimporta o quê. Sorriu para mim. — Bem, estou muito surpreso por estar aqui. Mas você disseque queria me ver hoje, então apareci. — Como tem passado? — Já começando com isso? — Otom de sua voz não era forte, mas claramente não queria falar sobre isso. — Não, quero dizer, só

estou perguntando. Seu rosto suavizou. — Estou brincando, Bolinhas. Sei que Ellie falou comvocê. Concordei não surpresa. Na verdade, estava um pouco

aliviada, desde que eu não era exatamente boa em guardar segredos, enfim. — Sim. — Estoubem — garantiu, desviando o olhar, na rua. Houve um breve silêncio entre nós.... Enquantotentava decidir como agir perto dele. A última vez que tinha visto, estávamos juntos, ou pelomenos pensei que estávamos prestes a estar. Quase tinha esquecido como era ser um estranhopara ele. Queria que nossos corpos se encaixassem como fizeram naquela noite, e suaproximidade não ajudava. — Bom, então está apto o suficiente para levar isso lá em cima. Riu eacenou com a cabeça. Partiu a tensão entre nós. — Sim, não se preocupe menina, eu tenho isto.— Isto não é uma coisa de feminismo. Carreguei esta caixa do campus do UPenn. — Possodizer. — Sorriu, me olhando de cima e para baixo. — Oh, seu idiota. — Isso foi mais parecidocom ele. Podia sentir nos soltando para a velha brincadeira familiar. — Fecha a porta? Segurei aporta enquanto levantou a caixa, fazendo

parecer leve e fácil o estranho recipiente pesado. Foi na frente, e o segui. Deixou-meescorregar por ele e subi as escadas, ciente dos seus olhos na minha bunda. Abri a porta da frentedo meu apartamento, e carregou a caixa para dentro, colocando-a suavemente ao lado do sofá.Segui para dentro e dei um olhar ao redor, grata que Chris não estava em casa. Não teria ditonada, não no início de qualquer maneira, mas queria adiar essa conversa tanto quanto possível.— Então, o que temos aqui? — Começou a vasculhar as coisas, balançando a cabeça. — Tripédobrável, HD portátil, decentes microfones sem fio. Você ainda tem alguma iluminação. Muitobom material, Bolinhas. — Minha mãe é séria — disse. Senti-me estranha por tê-lo no meuapartamento; pelo menos, foi estranho com a forma como as coisas estavam entre nós. Desejeique pudesse dar-lhe a visita guiada, talvez segurá- lo em cativeiro no meu quarto durante a tarde,mas sabia que a possibilidade estava muito longe. Em vez disso, concordei em direção à porta.— Se importa se formos dar um passeio? —O que quiser Bolinhas. — Deixe-me mudar de roupamuito rápido. Deu de ombros e tirou a câmera, um modelo de Sony profissional HD que nuncatinha visto antes e começou a

brincar com os controles. Corri de volta para o meu quarto, coração acelerado. Arranqueiminha camisa e calça jeans, reapliquei desodorante e coloquei uma roupa limpa. Olhei noespelho e suspirei. Não havia muito que fazer, e então decidi mantê-lo casual e não fazer nada.Noah já tinha visto o meu pior, enfim. Quando voltei para a sala, ele estava segurando a câmeraapontada diretamente para mim, e a luz vermelha estava indicando que estava gravando. — OhDeus, não! — Disse, segurando minhas mãos. — Srta. Bolinhas o que tem a dizer sobre a criseno Oriente Médio? — Não faço isso — disse, rindo. Aproximou-se, segurando a câmera com asduas mãos e olhando para o visor. — Srta. Bolinhas, por favor, sobre as recentes acusaçõesrelativas à sua vida pessoal. — Sem comentários — disse, ainda bloqueando meu rosto, massorrindo. — Nós ouvimos você desfrutar de uma programação de noite ativa e vigorosa. Dei-lheum olhar. — Ouviu corretamente. É como uma porta giratória aqui.

Olhou-me por um segundo, e havia algo estranho em seus olhos. Depois desapareceu, eestava sorrindo novamente. — Srta. Bolinhas, é verdade que tem uma queda por homens bonitosem camisas gola v? — Não, isso é uma mentira suja. — Dei-lhe um olhar e fingiu estarmagoado. — Pare de brincar, vamos lá. Suspirou e desligou a câmera. — Não pude evitar. —Não esperaria nada menos. E era verdade. Parte de mim se desapontaria se tivesse sido reservadoe distante, mas o resto de mim ficou chocada com quão exatamente normal estava sendo. Eraquase como se nada tivesse acontecido entre nós. Era quase como se não tivesse quebrado meucoração, e saindo da minha vida. — Vamos, sairemos desta masmorra — disse, segurando a

porta aberta para mim. — Ei, esse lugar é em um ponto principal. — Replicou, indo para ocorredor. — Está absolutamente certa, de modo nenhum um calabouço úmido e escuro. Rolei osolhos e descemos os degraus, saindo para a rua. — Não é nem no porão — disse. Noah meseguiu. — Não precisa ser.

— Acho que interpretou mal o que fundamentalmente uma “masmorra” é na verdade. Riu edeu de ombros. — Vi uma masmorra ou duas no meu tempo, e, Bolinhas, é um calabouço. Nãome incomodei de responder, só rolei os olhos e fui em direção do campus. Era um dia decente,embora frio. Não vi o carro em qualquer lugar nas proximidades e assumi que tinha andado atéaqui. Juntou-se a mim na calçada e começamos a ir em direção a Broad Street, movendo-noslentamente e não falando. As multidões eram grandes para uma tarde de segunda-feira. Paramosna esquina ampla, esperei o sinal mudar e então caminhei em direção à torre do sino, desfrutandode um dos últimos dias sazonais do outono. Inverno estava se aproximando, e em breve passeiosnão seriam tão fáceis. Encontrei-me esquecendo completamente sobre meus problemas comNoah e comecei a me perder no conforto de tê- lo por perto. Adorei andar e as pessoas assistindoe poderia fazê-lo por horas todos os dias, se tivesse tempo. — Olha, Linda.... — Começou,quebrando o silêncio. Parou, e me virei para encará-lo. Parecia sério e triste, e empurrou suasmãos em seus bolsos, que era algo que fazia quando estava nervoso. — Não precisa dizer nada— disse rapidamente.

— Ouça. Concordei, olhando para longe. Era a conversa que tinha temido. Parte de mimqueria ignorar tudo, fingir que não tinha desaparecido, mas sabia que não podia continuar sefizéssemos isso. — Amo essa ideia. Acho que temos uma boa chance de vencer. O olhei,confusa. Presumi que estava prestes a trazer sua ausência, mas em vez disso, estava sorrindo paramim. Parte de mim estava chateada que não estava se explicando, mas não me deve nada, e nãopoderia forçá-lo a dizer às coisas que queria. Tinha que ser o suficiente que queria voltar atrabalhar comigo. — Sim? Achei que gostaria. — A Srta. H será o tema perfeito para umdocumentário. Balancei a cabeça. Quando estava na página do Facebook, mais cedo, atingiu-mecomo um caminhão. A Srta. Havisham era uma das pessoas mais interessantes e mais estranhasque já conheci, e sabia que sua história seria fantástica. Não sabia como falaria sobre isso, mastinha certeza que Noah estaria interessado. Ele amava a Srta. H e provavelmente tinha algo a vercom consegui-la contratar no cinema em primeiro lugar. A vida dela era tão longa e rica, cheia dedrama e informações sobre a indústria cinematográfica, e sabia que se fizermos certo,poderíamos

fazer algo que vale a pena assistir. — Então você quer fazer isso? Começou a andarnovamente e corri para acompanhá-lo. — Honestamente, não sei. — O que quer dizer? —Parecia empolgado um segundo atrás. Isto era clássico do Noah: quente e frio, sem nenhumaexplicação. — Quero dizer, porra, Bolinhas. Será muito trabalho. — É, mas conversamos sobre odesejo de fazer algo por nós mesmos, não foi? Esta é a nossa chance. Senti-me estranha trazendoaquela noite, e as horas que passamos preguiçosamente deitados na sua cama conversando entresessões intensas de seu corpo pressionado contra o meu. Assentiu, absorvendo isso. Continuamosandando em silêncio um pouco mais, e o levei no campus. Pessoas estavam em toda parte,caminhando em grupos ou sentadas rindo. Tinha um cara tocando sua guitarra, e um círculo detambores tinha formado perto da estátua de coruja. Foram todos os clichês de faculdade que játinha imaginado, tudo atolado em uma cena, e adorei. Parecia que tudo acontecia por Noah e eu,a música e o riso, e embora soubesse que era só porque era um dos últimos dias decentes antesdo inverno, não pude deixar de pensar que era um sinal. Havia ainda coisa boa lá

fora, e Noah ainda poderia ser uma parte dela. — Quero fazer — disse baixinho. — Mas há

uma coisa que deveria saber. — Por que desapareceu, Noah? — perguntei de repente. Olhou-mesurpreso, e então sua expressão se suavizou. — Depois que deixei você naquele dia, meu avômorreu. — Oh, me desculpe. — Sabia como seu avô era importante, e só podia imaginar a dorque trouxe. Ainda assim, poderia ter falado comigo sobre isso, e isso não explica o queaconteceu depois. — Obrigado. Mas não é isso. — Ele respirou fundo e parecia firmar-se. —Meu pai foi ao funeral. E falei de você para ele. Ameaçou-me, disse que tiraria meu fundo, o quesignificaria que teria que pagar pelo resto da faculdade eu mesmo. Ainda tem essa coisa insanacontra sua mãe, e a usou contra mim. Porra, deixe o idiota mexer comigo. Parou de novo e oencarei. Poderia dizer que estava em conflito, um mar revolto de anos de problemas familiares,produzindo abaixo da superfície, tudo desenterrado por causa da história entre nossos pais. —Sabia que se não ficasse longe de você, então não teria parado. Fui um covarde, Linda. Ele temcontrolado toda a minha vida, e não importa o que fiz, sempre encontra uma

maneira para me trazer de volta. Disse que minha mãe ficaria desapontada se desistisse domeu fundo. Pisquei para ele, chocada. Não podia imaginar um pai tão cruel ameaçar seu filhocom a memória de sua falecida esposa. Meu pai pode ter sido distante e estranho, mas era umSanto comparado ao Sr. Carterson. E não podia culpá-lo exatamente por ficar fodido: Noahclaramente ainda se preocupava com a mãe e falta dela, e seu pai provavelmente sabiaexatamente que cordas puxar e quando. — É terrível — disse suavemente, não querendointerromper o fluxo de sua história. — É, mas é pior que o deixe sob minha pele novamente.Errei feio por um tempo. — Riu com tristeza, olhando longe de mim. — Quando cheguei a seucorreio de voz, estava prestes a me foder novamente. Basicamente a única coisa que fiz noúltimo mês. — Por que não? Ele olhou para mim. — Porque me deixei ouvir a sua voz. Nãosabia o que dizer. A ideia dele cair de volta em seu vício partiu meu coração, mas o fato de queera minha voz que o trouxe de longe, mesmo que por um breve momento, foi o suficiente paracolocá-lo novamente em linha, mesmo que ainda estava machucado. — Por que está dizendoisso, Noah?

Balançou a cabeça. — Não espero nada de você, não depois do que fiz. Mas queria quesoubesse que vou a uma reunião esta noite com Ellie, e conseguirei me limpar. Você me fezlembrar sobre o que poderia ser, como era estar limpo. — Estou muito feliz em ouvir isso. —Senti-me desconfiada, mas se estava tentando mudar sua vida, não discutirei. — E querotrabalhar neste projeto com você. Pode ser algo decente na minha outra forma patética de foder avida. A Srta. H merece ter sua história contada, e quero fazer justiça. — Sua vida não é patética.Sorriu, e de repente voltou aos velhos tempos. A fadiga que tinha visto no início do dia foiexterminada e dissipou o constrangimento que tinha fervido por tudo o que fizemos. Era apenaso Noah, com seu sorriso arrogante e seus lábios perfeitos, provavelmente preparando algumapiada às minhas custas. E me encontrei sem importar com o que tinha acontecido. Mesmo queestivesse ainda abalada e mal me aguentando, estava feliz que estava por perto, feliz que buscariaajuda e animada para fazer algo com ele. — Obrigado por esse endosso, Bolinhas — disse. — Sóestou dizendo, você não é patético. Ficar limpo leva muita força. Começou a andar novamente....E combinei o seu ritmo.

— O que for, falaremos mais sobre essa ideia do filme. Pelo resto do dia, caminhamos pelocampus, parando apenas para pegar algo para comer, e perdi-me completamente noplanejamento. Esqueci o que tinha acontecido, sobre as drogas, sobre como tinha desaparecido,esqueci tudo. Parte de mim ainda estava pensando sobre o que disse, mas propositadamentedesliguei e me concentrei na tarefa à nossa frente. Estava pronta para me abrir com elenovamente, não importa o quanto queria isso, corpo e mente. Sabia que era perigoso e poderia

cair fora do vagão a qualquer momento. Precisava dele para se provar para mim antes quepudesse lhe dar a capacidade de me machucar de novo. Mas na luz desvanecendo-se do últimodia agradável antes do inverno, sabia que havia uma chance. Vi o seu sorriso sincero, a formaque andou, riu e brincou. Podia ver o potencial em tudo o que fizemos, e pela primeira vez desdeque desapareceu, estava ansiosa para o futuro.

— Então ele só apareceu? — Chris perguntou, incrédula. Estávamos sentadas na varanda nodia seguinte, comendo comida chinesa. Era nosso ritual pós grandes notícias. Nada bate comidagordurosa em um alpendre no Norte da Filadélfia, quando está tentando falar de uma situaçãomuito estranha com seu melhor amigo. — Assim, de repente apareceu do nada. Chris abanou acabeça, confusa. — Isso é completamente estranho para mim, especialmente vindo de um caraque te tirou da sua vida. — Eu sei, sentia o mesmo. — E então agiu como se nada tivesseacontecido? Balancei minha cabeça. — Não, nós conversamos sobre isso um pouco. — Então,qual é a desculpa? — Te disse sobre seu pai maluco, certo? Assentiu com a cabeça. — Bem,basicamente o pai ameaçou retirar seu fundo de

confiança se ele me ver e a única maneira que pensou que poderia ficar longe era cortar-mecompletamente, eu acho. Chris não pareceu convencida. — Se ele se importasse com você, porque não apenas conta o que aconteceu desde o início? Dei de ombros. Tinha pensado em 1milhão de razões diferente, desde a última vez que falei com Noah, e nenhuma delas foisatisfatória. A verdade era, porém, que nunca inteiramente entendi a relação de Noah com seupai, não importa o quanto queria. Nunca tinha experimentado algo assim. Por comparação,minha família era o epítome de um relacionamento amoroso saudável. — Honestamente não sei.— E disse que ele voltou para as drogas, também? — Fez, mas está ficando limpo de novo. —Linda.... — Chris me deu seu olhar mais grave, e me animei. Poderia dizer que estava sepreparando para uma palestra. — Não pode ficar com ele, se estará nessa merda. Não pode. Ele éproblema, e é ainda pior para você. Lembra a confusão quanto aquelas primeiras semanas?Imagina isso, mas multiplicado por mil. Balancei a cabeça. Sabia que estava certa, e a partelógica de mim gritava assassino sangrento toda vez que pensei em vê-

lo de novo. Mas não podia virar as costas, não importa o quanto queria tentar me preservar,porque não virou as costas para os seus amigos, quando precisaram dele. — Ele não é uma mápessoa, Chris. É complicado. Ela revirou os olhos. — Isso é apenas uma desculpa. Olha, se achaque pode ajudá-lo e ainda manter sua sanidade, acho que deveria. Mas não quero ver você semachucar outra vez. — Eu sei, eu sei. Isso é o que quero evitar, também. Nós entramos emsilêncio por um segundo, cada uma de nós perdida em nosso próprio separado processo depensamento. Meu último encontro com Noah tinha ido muito bem, pelo menos muito melhor doque esperava. Prometeu que ia às reuniões com Ellie, e parecia genuinamente interessado emtoda a ideia de um documentário sobre a Srta. H. Mas não sabia como confiaria nele novamente,especialmente depois do jeito que insensivelmente me jogou de lado. Entendi melhor suasmotivações e estou perto de ser capaz de perdoá-lo, mas não tinha certeza se nunca seria capazde esquecer tudo que me fez passar. — Por que está se colocando através de tudo isso? — Chrispediu, quebrando o silêncio. Olhei a, confusa. Balançou a cabeça. — Sei que é estranho, mas nãoconsigo entender. Não entendo porque está se arrastando por

tudo isso só para ajudar um cara que tem interesse. Diabos, não entendo nem porque seenvolveu para começar. Isso me surpreendeu. Nunca tinha olhado muito minhas motivações;Sempre pensei que ser uma boa pessoa era suficiente. — Realmente não sei Chris. Acho que háalgo sobre ele. — Nunca me senti assim por ninguém. — Riu e deu uma grande mordida decomida. — Sinceramente, não sei o que quer — disse com a boca cheia. — Não é tão ruim, sabe.

Havia muita coisa boa. Pode ainda ter. — Olha, não posso dar bons conselhos. — Ela disse,engolindo. —Acho que se quer fazer este filme, e quer fazê-lo com Noah, vá em frente. Sei queparece que estou me contradizendo, ou o que, mas não sei. Tenho um pouco de ciúmes de você.— Está com ciúme de mim? Sério. — Chris era a pessoa mais fantástica que conheci e não podiaimaginar estar com ciúmes de nada, muito menos de mim. — Como disse, nunca me senti assimpor alguém, e talvez não queira. Mas posso ver quão feliz ele te fez, mesmo que também deixou-te muito deprimida. — Tem sido um monte de altos e baixos. Não é sempre assim, porém.

— Talvez seja e talvez não seja, mas pelo menos está tentando. Acho que quero experimentartudo, mesmo se dói e queima e faz você quebrar, só um pouquinho. Então deve ir atrás dele, sequiser. Nunca tinha ouvido Chris falar assim antes. A olhei quando comeu sua comidanovamente. Era, provavelmente, a devoradora mais nojenta que já tinha visto, mas também erauma das pessoas mais inteligentes que conheço. — De onde veio isso? — perguntei. Ela sorriupara mim, boca cheia. — Quem sabe? Ri, e nós entramos em silêncio enquanto comemos. Elapode ter falado sobre se queria se apaixonar, ou mesmo se deixar ser vulnerável com outrapessoa, mas não tenho esse luxo. Isso já tinha acontecido para mim e iria continuar acontecendomesmo que me segurasse. Caminhava em direção ao cinema, interiormente, temendo outra longanoite limpando as coisas para Selena. Tinha melhorado, mesmo que apenas ligeiramente, afinal atinha chamado para mostrar o lixo errado. Mas a maior parte do tempo era ignorante. Aindagostava dela, e era uma amiga bastante decente, então não a fiz ser demitida. Resmungando, vireià esquina, então freei bruscamente. Em frente, encostado na bilheteria, estava Noah. Sorrindo, epodia ver Chelsea rir de algo que disse. Após um segundo, olhou para cima e me viu e seusorriso iluminou o espaço entre

nós. Parecia muito melhor do que a última vez que o tinha visto. Os sacos sob os olhos erammenores, e parecia mais limpo, menos despenteado e cansado. Fui me juntar a ele na frente dabilheteria. — Ei pessoal — disse. — E aí, Bolinhas? — Oi, Linda. Olhei para Noah. — Está aquipara um filme? Encolheu os ombros. — Só para ver como as pessoas estão sem mim. — Nada sedesfez se é o que estava pensando. — Respondi. — Bem, há a sua substituta. — Chelseacomeçou. Rolei meus olhos. — Sim, ela tem boas intenções, mas não é grande. — Parece querealmente sente falta de me ter por perto — disse Noah. Dei-lhe um olhar. — Não abuse. Chelseariu. — Caramba, bem, isso é estranho. O sorriso de Noah se transformou em um sorrisodiabólico.

— Bolinhas é sempre assim perto de mim. — Assim como? — Passei-me. — Afobada e umpouco confusa. — Você é um príncipe. — Respondi sarcasticamente. — Seja gentil, Noah —disse Chelsea. Levantou suas mãos defensivamente. — Whoa, não conspire contra mim. Apenasfalo a verdade. — Você não podia falar a verdade se ele te torturou primeiro. — Chelsea disse,rindo. Sorriu felizmente para Chelsea, e minha raiva se dissipou. Não sei por que isso meincomodou tanto, mas por algum motivo não parecia certo que Noah poderia aparecer no cinemae fingir que nada tinha acontecido. Então, novamente, o lugar se sentia melhor com ele por perto,mesmo que fosse voltar a ser o babaca habitual. — Bolinhas, posso falar com você? — Disseuma vez que Chelsea e eu paramos de rir. — Claro, o que foi? Assentiu com a cabeça paraChelsea, em seguida, caminhou em minha direção. Parou, apoiando suas costas contra a parede.Fiquei na sua frente nervosamente, curiosa sobre o olhar sério em seu rosto.

— Sobre esse filme.... — Ele começou. — Na verdade.... — disse, o interrompendo. —Queria lhe falar sobre isso, também. — Ok, você primeiro então. Respirei fundo, mefortalecendo interiormente. Não sabia como estava indo com ele, mas tinha que ter coragem deestabelecer regras e falar por mim mesmo. Se fosse me envolver com ele novamente, não podia

deixá-lo ter a mão superior em tudo, não quando meus sentimentos estavam envolvidos. — Seique trouxe esse projeto para você, mas tenho duas regras que você precisa estar de acordo antesde começar. Seus olhos se arregalaram ligeiramente e os lábios enrolaram em um pequenosorriso. Queria dar um tapa e beijá- lo ao mesmo tempo, porque sabia exatamente o que estavapensando. — Ok, Bolinhas, quais são essas regras? Olhei, corando ligeiramente. — Não é assim.Riu suavemente. — Não disse que era. Olhei para trás. — Tudo bem, a primeira regra. Não podedesaparecer de novo. Não posso me envolver com você, mesmo se estamos apenas fazendo umfilme juntos, se desaparecerá de mim. Assentiu. — Bem, isso é razoável. Não irei a qualquer

lugar. — Ok, e este é mais importante. Tem que estar sóbrio o tempo todo, e tem quecontinuar indo às reuniões. Não há mais drogas. Balançou a cabeça novamente. — Ok, concordocom seus termos. Soltei um suspiro de alívio. — Bom. Então podemos fazer isso. — Minha vezagora — disse sério. Afastou-se da parede e ficou ainda mais perto de mim. Respireiagudamente, ciente de seu corpo tão próximo ao meu. Memórias me inundaram quando seusdedos encontraram contra minha pele. — Quando estava trabalhando o programa, deve se seguirum monte de etapas e parte dessas etapas é admitir que errou e tentar fazer as pazes. Minharespiração acelerou no peito. — Ok, então o que acontece? — Estava errado em tirar você daminha vida. Não tem ideia do quão difícil foi para mim. Se pudesse voltar atrás, faria as coisasde forma diferente. Estava errado. Concordei, piscando. Nunca o tinha visto tão sério antes. — Ecompensarei. Talvez lentamente, se me deixar, mas vou.

— Não desapareça novamente — disse suavemente. Parou mais perto, e por um momentopensei que me beijara. Em vez disso, envolveu seus braços ao redor de meu corpo e me puxoufirmemente contra ele. Podia sentir seu cheiro e sentir sua força, os músculos firmes sob suasroupas. Abraçou-me firmemente e voltei o abraço após um segundo, surpresa com o contato, masme derretendo nele. — Não vou — falou no meu ouvido. — Prometo. O abracei com força, nãoquerendo deixar ir, e senti a coisa exata que tinha pensado que seria capaz de evitar começar aapresentar-se no meu peito. Após mais alguns segundos, se afastou. — Tudo legal, Bolinhas? —Perguntou, de volta ao seu eu convencido. Olhei, controlando a descarga de emoções. — Sim,estamos bem. — Bom. Começaremos a trabalhar agora. — Sim, diz o funcionário modelo. — Eume controlei e o olhei. Estava sorrindo de orelha a orelha. — Segurei esse lugar e sabe disso. —Claro Noah — disse, sorrindo e virando para ir embora. — Você está se afogando aqui sem mim.— Ele chamou.

— Continue pensando assim. — Respondi docemente. Deu-me um sorriso final, então virei esubi as escadas. Parecia bom, estranho, mas chocante, brincar com ele novamente, mesmo que ascoisas estavam ainda quebradas entre nós. Fiquei muito feliz que já tinha começado a trabalharseus passos. Não estava exatamente preparada para otimismo ainda, mas estava um poucoesperançosa. Concordou com as minhas regras e parecia estar pronto para seguir em frente.Tinha certeza que havia surpresas vindo atrás de mim, mas não tinha medo delas.

Noah pegou-me de carro e levou-nos através do tráfego de sábado na direção do apartamentoda Srta. Havisham. Usava uma elegante camisa de botão de linho branco, casaco preto, jeansslim e óculos de sol pretos. Tive que admitir, parecia muito melhor do que fez da última vez queapareceu na minha casa. Subi no seu carro, e fomos para o trânsito. — Ouça, deixe-me falar —disse depois de alguns minutos de conversa ociosa. Olhei para ele. O vento chicoteando pelocabelo combinado com o sol da manhã o fazia parecer rude e elegante ao mesmo tempo. Nãopoderia ter explicado a ninguém no mundo o que exatamente vi quando o olhei, mas era algo queera difícil de ignorar. — Por que, não confia em mim? Olhou-me. — Talvez. Ri. — Nãoestragarei isso, relaxe. — Eu sei, Bolinhas. Mas só confie em mim e deixe-me tomar a frente.

Suspirei. — Tudo bem, mas se ela disser não, estamosferrados. — Não fale comigo sobre estragar as coisas, ou ficarei distraído. Bati no seu braço

levemente, mas me senti sorrir. Era bom voltar a ser o objeto de sua atenção, mesmo se essaatenção era confusa e dolorosa ao mesmo tempo. Queria mais piadas e não poderia me impedirde imaginar seus braços fortes fixando o meu acima da minha cabeça enquanto estivesse dentrode mim. Corando, olhei pela janela para os edifícios marrons piscando ao passarem. Finalmente,pegou um espaço no estacionamento entre dois enormes caminhões e habilmente colocou seucarro pequeno no local. Saímos do carro e começamos a descer o quarteirão. — Está logo àfrente — disse. Paramos em frente a uma porta na parede ao lado de um restaurante chinês, comuma pequena varanda e uma campainha branca. A porta foi pintada de vermelho e branco e umapanhador de sonhos nativo americano pequeno pendurado em um prego no seu canto superior.Dei uma olhada a Noah, que apenas encolheu os ombros. Ela era totalmente o tipo de mulher quetem essa coisa suspensa fora do apartamento. Apertamos a campainha, e um segundo mais tardea Srta. H convidou-nos acima. Subimos um jogo curto das escadas e entramos no seuapartamento.

A Srta. Havisham morava em um apartamento de um quarto pequeno no sul da Filadélfiasituado acima de uma linha de lojas. Desde que seu lugar era acima de um restaurante chinês, ocheiro de carne cozinhando flutuava através do chão. No início, era um pouco estranho, mas meacostumei bem rápido. Na verdade, achei que seria muito conveniente. Ganharia pelo menosvinte quilos se morasse lá. A área ao redor da casa era bastante decente, mas só podia imaginarquanto tempo de viagem tinha que fazer para chegar ao Temple's todos os dias. Não haviaquaisquer paradas de metrô convenientes para casa dela tanto quanto sabia. Deu- me um respeitoencontrar essa nova Srta. H, sabendo como vivia. Deu a Noah e a mim um abraço e nos levou atéa sala de estar. O lugar era decorado com o que minha mãe chamaria “acadêmico maltrapilhochique”. Havia pinturas em todas as paredes em todos os estilos diferentes, com diferentesquadros, livros e papéis empilhados em cada mesa, uma variedade de estátuas e plantas de casa,pelo menos um ou dois gatos juntos, muita cor em todos os lugares, e uma enorme coleção defilmes em DVD empilhadas em torno de sua velha televisão. Simultaneamente, foi exatamente oque imaginei e completamente diferente de tudo que já tinha visto. De certa forma, fez-melembrar muito do escritório do meu pai, pelo menos desordenado como era, e fomos obrigados alimpar espaços no sofá para sentar. A Srta. H nos deixou lá e foi para a cozinha fazer um chá.Noah deu-me um olhar, se

inclinou e sussurrou no meu ouvido. — Pergunto-me se alguém se sentou aqui, em anos.Sufocava-me a rir. — Provavelmente só gatos e livros — disse de volta. — Posso praticamentesentir o sofá protestar. — Está acostumado a uma vida muito mais fácil. Riu silenciosamente. Nacozinha, a Srta. H bateu ao redor, fazendo sabe o que, enquanto olhamos em volta de seu lugar.Tínhamos mencionado algo vago sobre o desejo de envolvê-la em um projeto de filme, mas nãotínhamos entrado em detalhes, por sugestão de Noah. Não queria assustá-la ou algo assim, comose fosse um cavalo selvagem. Não sabia como ou por que, mas tinha garantido a nossa pequenareunião na casa da Srta. H do nada. E parecia ter um plano, então decidi ir com ele. — Leite ouaçúcar no chá, queridos? — A Srta. H chamou da cozinha. — Para mim nada, obrigada. —Respondi. — O mesmo, prefiro bom e forte — disse Noah. Deu-me um olhar como se isso fossealgum tipo de código para o sexo. Rolei meus olhos quando ouvi a chaleira começar a ferver. —Bem, aqui estamos. — A Srta. H disse, de volta para a sala de estar com uma bandeja, um bulede chá, três xícaras e

alguns biscoitos. Estava usando um xale colorido drapejado sobre uma longa e fluida saia.

Devia ter mais de mil contas costuradas na saia e o xale, e fizeram pequenos barulhos estalandoquando se movia. O cabelo grisalho estava em um coque apertado, o que fez com que se parececom uma bibliotecária hippie. Assim que a colocou em cima de jornais velhos e livros de críticade filme, Noah mergulhou imediatamente nos biscoitos. — Não coma tudo. — Resmunguei paraele. Deu de ombros e a Srta. H riu. — A muito mais de onde isso veio — disse. — ObrigadoSrta. H, mas não estamos aqui pelos biscoitos — disse entre bocados. — O que o idiota aqui estátentando dizer é, estamos pensando em filmar um curta-metragem que envolve você. A Srta. Hserviu três xícaras de chá, pegou a dela e sentou-se, sorrindo. — Ok, vocês têm minha atenção.Falem. Noah, de repente, sentou-se em linha reta e limpou a garganta. Surpreendeu-me comorapidamente mudou de simplório para metódico, mas isso era típico de Noah. Um segundo é algoque você espera e no outro que está inteiramente em outro mundo.

— Srta. H, acho que você é uma das pessoas mais interessantes nesta cidade — disselentamente. Levantei uma sobrancelha, mas já concordamos em deixá-lo falar. — Bom começoNoah — disse ela, sorrindo. Sorriu em retorno. — Não apenas estou lhe amolecendo, juro. Estáperto da minha família há muito tempo, conheceu minha mãe antes de falecer, e conheceu o meupai antes que se tornasse no maior idiota de Hollywood. Praticamente me criou há alguns anos.Sabe que não tenho nada além de amor e respeito pelo o que faz. O que é porque, quando Lindaaqui veio com a ideia de fazer um curta-documentário sobre sua vida, pulei dentro. O olhei. Nãosabia nada sobre a Srta. H conhecendo sua família, embora tivesse minhas suspeitas. — Bem,Noah.... — A Srta. H começou, mas parou quando Noah a cortou. — Antes de dizer que não, esei que vai, me escute. Ela esforçou-se para suprimir o outro sorriso e acenou com a cabeça. —O negócio é besteira. Nós dois sabemos disso. Já esteve em mais filmes do que posso contar, efoi muito estelar na maioria deles. — Todos eles. — Srta. H murmurou.

Noah sorriu, mas estavam falando. — Mas aqui está você, fazendo shows locais egerenciando um cinema. Sei que não é bonito de se ouvir, mas não teve o reconhecimento quemerece. Quero mudar isso, Lacey. Você foi um dos poucos amigos que minha mãe tinha no final,e apesar de saber que não preciso dizer isso, está bem atrasado. Estou grato pelo que fez, e querorecompensá-la por contar sua história às pessoas. E é uma história muito boa. — Fingiremos queestou interessada. — A Srta. H disse lentamente. Noah inclinou-se para o sofá com um enormesorriso no rosto. — Nós estamos fingindo, querido — disse, segurando as mãos. — Oh, sei quenós estamos. Mas também sei que isso significa que irá fazê-lo. Ela deu-lhe um olhar. — Se fizerisso, não quero meia boca. Noah balançou a cabeça. — Juro, nós lhe faremos justiça. Linda aquitem algum equipamento muito bom, e sabe das coisas. E me ensinou tudo sobre este negócio.Suspirou dramaticamente. — É muito vendedor, Noah. — Aprendi com o melhor.

— Isso não ocupará toda a minha vida, no entanto. Pode ter acesso a alguns momentos, masnão divulgarei todos os meus segredos, por causa de seu filme de estudante. Assentiu. — Nãoesperaria que fizesse. — Bom. Então talvez eu possa fazer isso. O sorriso de Noah alargou. —Obrigado, senhorita H. — Sim, bem, não conte a ninguém sobre a minha fraqueza. Olhei entre osdois, completamente sem palavras. Noah olhou para mim e deu de ombros. — Acho que nãomencionei como nos conhecíamos — disse. Ri, balançando a cabeça. — Não. — Sou uma velhaamiga de sua mãe, que descanse em paz. — A Srta. Lacey disse, os grânulos no seu xale chiandoquando cruzou os braços. — Quando minha mãe morreu, meu pai saiu por um tempo, e Srta. Hveio ao redor para preencher a lacuna. — Praticamente criei este idiota — disse com carinho. —Não tinha ideia — disse, balançando a cabeça. — Nós realmente não gostamos de anunciá-lo. Osoutros

caras no cinema talvez achem que está jogando favoritos. — O que estou. — A Srta. H

adicionou. Ri. — Acho que é como acabou se envolvendo com o cinema. — Quando soube queestava na Filadélfia, pedi-lhe para administrar o negócio. Assentiu com a cabeça. — E desde quenão estava fazendo nada melhor, pensei, por que não. Olhei para Noah. — Então sua mãeenvolveu-se em Hollywood, também? — Sim, era escritora. Escreveu o roteiro para o primeirofilme do meu pai, na verdade. Foi assim se conheceram. — Uma escritora maravilhosa, umtalento genuíno. — A Srta. H disse. Fiquei chocada. Não podia acreditar nas conexões estranhasentre nós dois. O primeiro filme tinha entrelaçados nossas famílias em mais de uma maneira.Não só tinha o pai dele quase arruinado à vida da minha mãe por causa de sua má crítica, mastambém conheceu sua futura esposa e a mãe do filho. Que na verdade começou a fazer maissentido da situação. —Noah, sabe o que aconteceu entre nossos pais e o primeiro filme — disselentamente.

desconhecido— É uma coincidência muito estranha. — E se não for? Olhou-me estranhamente. — O que

quer dizer? —Pense nisso. Seu pai encontra sua mãe, se apaixona e tudo. Em seguida, convidauma jornalista para rever o filme que escreveu, e acaba ficando preso no grande momento. E se arazão de que tentou tanto destruir minha mãe foi por causa da sua? Noah olhou pensativo paraum segundo e tomou um gole de seu chá. — Isso faria sentido, querido. — A Srta. H disse,olhando para ele. — Bem, talvez seja verdade. E não muda nada. — Talvez, mas talvez não.Significaria que seu pai fez algo por alguém que amava, mesmo que tenha sido um exagerolouco. A Srta. H logo acrescenta — Pinta seu pai em uma nova luz. Noah balançou a cabeça. —Não importa mais. Mesmo que estivesse tentando ser um cara bom naquela época, algo mudou.Nós entramos em silêncio, e podia sentir Noah se aninhar. Arrependi-me por levantá-lo, mas aserenidade foi demais para

suportar. Por causa de um evento há muito tempo, todas as nossas vidas foramirrevogavelmente mudadas. Os pais de Noah se conheceram, a carreira da minha mãe mudou, eSrta. H possivelmente foi pressionada para a vida do filho da sua amiga. Tudo levou para os trêsde nós sentados na sala de estar de Srta. Lacey, falando em fazer um documentário sobre suavida. Um escritor digitou uma frase há anos, e a vida de todos que tocou foram alteradas. —Noah, seu pai pode ter sempre sido um idiota, mas amava sua mãe. — A Srta. H disse,quebrando o silêncio. — O que isso importa? — Isso significa que não tem que acabar como ele.Houve um segundo enquanto assisti Noah processar isso. Não poderia imaginar o que estavaacontecendo dentro dele, mas uma parte de repente faz sentido. Ele tinha tanto medo de acabarcomo o pai que começou a empurrar as pessoas para longe. Estava convencido que era umapessoa má. Mas sabia mais, sabia que todas as pessoas que Noah tinha ajudado em sua própriamaneira, e um merda como o pai nunca faria essas coisas. Finalmente, sorriu para a Srta. H. —Quando é que entramos em uma sessão de terapia? — Perguntou. Ela riu. — Culpe Linda aqui,querido. — Ei, estava apenas apontando uma coincidência —

disse. Nós rimos e quebramos a tensão. Peguei meu chá e provei. Estava morno, masmentolado e delicioso. Quando Noah acabou com os biscoitos e bebemos nosso chá, estavaconvencida, mais e mais, que meu projeto era a ideia certa. Não importa o que acontecesse,independentemente se nós ganhamos o concurso ou não, sabia que estava fazendo a coisa certa.Estava ajudando um amigo a recompor sua vida, mas mais do que isso, estava ajudando adescobrir a vida de alguém que se importava. Independentemente das minhas dúvidas sobretrabalhar com Noah, senti-me mais feliz e pronta sentada na sala de estar de Srta. H, conversandosobre filmes, do que estive em anos.

Noah deixou cair a caixa marrom pesada no chão da minha sala de estar e soltou um suspiro.— Última vez — disse. — Não acredito quanta coisa ela nos deu. Ficamos olhando para umapilha de oito caixas, cada uma cheia de fotos, fitas, fitas VHS, DVDs, livros, sucatas de papel emuito mais. Noah tinha pedido a Lacey para nos dar algumas coisas para olhar a fim de obteralgumas direções e estabelecer o filme, mas não esperava que descarregasse memórias de umavida inteira de uma só vez. Noah tinha apenas passado os últimos dez minutos, arrastando-os noandar de cima enquanto comecei a catalogar seus conteúdos. Depois disso, desmaiou no sofá.Poderia dizer que estava suando um pouco por baixo da camisa de botão e calça jeans pretaapertada. — Então, o que há? — Perguntou. Ajoelhei na frente da caixa que tinha acabado de

abrir. — Fotos, principalmente. — Animada para resolver tudo?— Sim e não, sinceramente. Peneirei através das imagens e puxei uma pilha. Comecei a olhar

através delas, uma de cada vez e percebi que não reconheci uma única pessoa, em qualquer umadelas. Sabia um pouco sobre Srta. H, embora na maior parte apenas os traços gerais. Tinhatentado dar um pouco mais de informação, mas era frustrantemente difícil. Tinha tendência avaguear por tangentes inúteis. Noah escorregou do sofá e se juntou a mim, tirando uma pilha eclassificando. — Não conheço ninguém nestas — disse calmamente. — Conheço algumas. —Noah, como faremos isso? Quero dizer, como podemos recompor toda vida de uma pessoa? Riue balançou a cabeça. — Nós não podemos. — O que quer dizer? Isso é o ponto inteiro. — OlhaBolinhas, possivelmente não podemos fazer justiça desse jeito. Nós teremos que ir para as coisasimportantes. Suspirei. — Parece errado, eu acho. Deixar todas essas pessoas. Sorriu para mim.— Não há pessoas na sua vida que preferiria não colocar em seu documentário?

O olhei pensativamente. — Acho que poderia citar um bem aqui. — Por favor. Eu teria umpapel de protagonista. — Talvez como o vilão. Deslocou-se mais perto para mim, sorrindo. — Eporque sou tão mau? Rolei meus olhos. — Corta essa. — Não pode me conter ao seu redor,Bolinhas. Houve uma breve pausa enquanto olhou para mim, e por um breve momento penseique estava sendo completamente honesto. Mas o momento passou, e voltou para triar através dasimagens, uma de cada vez. Levou um tempo para atravessar a caixa, mas no final foi dividida emdois grandes montes: uma com fotos que talvez queiramos usar, e outro com fotos quedefinitivamente não queremos. Descartei as fotos de volta para a caixa e abri outra. — Qual é oprêmio? — Mais fotos. Gemeu. — Talvez isso fosse um erro terrível. — Desistindo já?Suspirou. — Não, não se livrará de mim tão facilmente.

Nós mergulhamos nelas, silenciosamente, classificando as fotos em duas pilhas principais.Enquanto nós trabalhamos, ficava roubando olhares para ele. Fez uma semana desde queencontramos com a Srta. H no apartamento dela, e tinha parado no cinema algumas vezes desdeentão. Na verdade, o tinha visto quase todos os dias. Estávamos ocupados agendando tempo paraentrevistar a Srta. H, tentando obter uma narrativa visual da vida dela e geralmente configurandoo documentário. Foi muito trabalho, mas fiquei chocada em como disposto Noah estava em irdireto ao assunto. As coisas podem não ter sido o que eram antes, mas eram pelo menosconfortáveis. Quando chegou o material técnico, era melhor com o equipamento que eu. Mas emtermos de bloquear as cenas e criar o movimento abrangente temático da peça, eu era muito boa.Ele me disse que ficou impressionado com a rapidez que fui capaz de ferver a vida da Srta. H empontos altos. Inicialmente pensei que seria a parte mais difícil, mas mergulhei de cabeça. Noahconseguiu contatar as pessoas do passado de Srta. H as fazendo concordar em fazer entrevistascom a gente. Era tão charmoso como sempre, e as pessoas tendem a concordar com ele. Mais doque isso, porém, parecia saudável novamente. Tinha ido ativamente às reuniões com Ellie, emostrou. As olheiras desapareceram completamente, embora a memória de sua aparênciaacabada ainda me assombrava às vezes. Mas parecia ele mesmo de novo, e tive que admitir quegostei.

— Ei, olha isso — disse, quebrando o silêncio. Cheguei mais perto e olhei por cima doombro. Segurava uma velha fotografia desbotada de uma menina jovem, bonita com maquiagem.Parecia uma velha foto na cabeça. — Quem é? —É a Srta. H. Ela não pode ter mais de 20 aqui.Olhei a foto novamente e gemi. Srta. H foi um absoluto nocaute. Seus lábios eram cheios ecarnudos e o cabelo era grosso e luxuoso. Fiquei um pouco chocada com quão diferente parece.— Ela era gostosa, não é? — Noah disse. — Pare pervertido. — O que, estou apenas dizendo.Não é tão sexy como você, mas ainda assim, muito bom para os anos 60. Senti-me corar com seu

elogio. — Ok, sim, é bem gostosa. — Muito bem, coloque suas calças, Bolinhas. E passou aimagem fora como se estivesse prestes a agarrá-la dele. Ri e empurrei suas costas levemente.Virou em minha direção, sorrindo e agarrou-me pelos quadris, puxando- me em seu colo. Fiqueisurpresa com a excitação que percorreu meu núcleo e pousei suavemente em seu colo, meusbraços agarrando seus ombros. Seus braços fortes foram capazes de facilmente me puxar parasuportar o meu peso. Senti-me

pequena em seu colo, o olhando e meus lábios ligeiramente se separaram. — Ei, cuidado! —Consegui dizer. — Você começou — disse. Seu rosto estava a poucos centímetros do meu, esenti a pressão do pau dele contra minha bunda. Não tinha certeza, porém, e não estava prestes averificar, não importa o quanto queria. Seus lábios carnudos estavam tão perto do meu, e amemória de seu sabor doce veio correndo até mim. Aumentei meu aperto nos ombros, sorrindo etentei empurrá-lo, mas não se mexia. — Muito fraca, desculpa, Bolinhas — disse. — Ambossabemos que sou mais forte que você. Ele riu. — Posso jogar por aí se quisesse. Meu pulsocomeçou a martelar na garganta e queria que me mostrasse como fácil iria cuidar de mim. — Oque está olhando? — Perguntou, ainda sorrindo para mim. Olhei para longe. Queria dizer-lheexatamente o que estava pensando, como fez o meu corpo sentir quando estava perto de mim,mas consegui me segurar. Virei e comecei a dizer algo, mas meu telefone tocou, me cortando. —Melhor atender — disse baixinho.

Assenti com a cabeça e sai do seu colo, andando pela sala e a cozinha onde meu telefoneestava ligado. Peguei e vi que era Chris. Então atendi. — Ei, Chris! — disse. — E aí? — Nãomuito. Estou no apartamento com Noah. — Olhei para a sala e vi como voltou para classificar asfotos. — Você está sozinha em casa com ele? Fiz uma cara, não sei se o que quis dizer. — Sim,estamos trabalhando no filme. — Sim, imaginei. Quero dizer, é uma ótima ideia? — Por quenão? Ela soltou um suspiro exasperado. — Não importa. Desculpe que eu disse qualquer coisa.— Não, o que quis dizer? — É só que, ele te ferrou, lembra? Não quero ver você se machucar,isso é tudo. Virei às costas para Noah, falando baixinho. — Está tudo bem, Chris. Não sepreocupe. — Sei que é uma menina grande. Preocupo-me. — Nós estamos nos comportando,prometo.

— Ei, se quer fazer um filme pornô com ele agora, não estaria com raiva. Só quero tercerteza que sabe o que está fazendo. — Estou bem. Realmente. Mas obrigada por ligar. — Ok,claro. Estarei em casa em uma hora. — Soa bem. — Adeus. Desligamos. Fiquei ali na cozinhapor um segundo, respirando profundamente. Se ela não tivesse chamado justo naquele momento,não sei o que faria. Ainda me sentia agitada da maneira fácil que flertou comigo e com o contatofísico. Queria voltar ao seu colo e correr os dedos pelo seu cabelo, mas era muito cedo. — Ei,você está bem? Praticamente pulei. Virei e ele estava de pé na entrada para a cozinha, encostadona parede. Seu rosto parecia preocupado. — Sim, estou bem. Por quê? Encolheu os ombros. —Nada, só parecia que estava chateada. Respirei fundo e estampei um sorriso no meu rosto. —Não. Agora de volta ao trabalho, menino escravo.

Sorriu. — Sim senhora. De volta na sala, sentou de volta em seu lugar. O segui, minha menteuma confusão de emoções conflitantes. Fiquei surpresa que foi capaz de ler as minhas emoçõestão facilmente a partir do outro lado do apartamento, mas não devia ter sido. Noah parecia serincrivelmente intuitivo sobre mim, mesmo se pareciam tornar todas as decisões erradas dequalquer maneira. Voltamos ao trabalho, classificando a caixa, mas mantive minha distância.Não queria arriscar ser puxada contra o seu corpo. Não confio em mim o suficiente para tocá-lonovamente; não tinha ideia do que faria. Não tinha feito o suficiente para ganhar minhaconfiança de volta ainda. Mas definitivamente tinha ganhado de volta meu desejo.

As semanas pareciam passar voando. Entre a aula, o trabalho e o filme eram o maismovimentado que nunca foi. Mais do que isso, estava mais feliz, e ansiosa para todas as horasque passei gravando o filme, entrevistando pessoas e editando imagens com Noah. Em apenastrês semanas, gravamos dez horas de entrevistas com a Srta. H, além de outras dez divididasentre alguns de seus conhecidos ao longo da vida. Tinha atravessado e catalogado centenas defotografias, além de peças soltas de papel, tickets, anúncios e outras lembranças de seus anos noshow business. Mantive minha distância.... Quando estava perto dele, mas só com muito esforço.Era magnético, e silenciosamente me fez rir e meu coração bater com emoção. Noah tinhavoltado a trabalhar no cinema duas semanas depois que começamos o filme, e estávamos pertoum do outro mais ou menos todos os dias, menos nas horas das aulas. Até mesmo Chris começoua aparecer com ele em casa. Era cética, mas Noah não mostrou sinais de fugir outra vez, e ascoisas eram mais saudáveis do que nunca entre nós. Não gostou, mas ocasionalmente parou deperguntar se sabia o que estava fazendo e aceitou que ele estaria por aí.

Mas as coisas não podiam continuar assim, mesmo que quisesse. Olhei por cima do ombropara o rosto sorridente da Srta. H enquanto repetia o mesmo clipe, franzindo a testa. — Qual é oproblema? — perguntei. — Não sei, o corte parece muito abrupto. Tocou o clipe para mim, queapresentava uma longa cena horizontal de uma fotografia da Srta. H como criança. Da foto cortaa entrevista preliminar com ela, sorrindo e dizendo algo sobre sua mãe. Tive que admitir, separecia muito com um documentário de Ken Burns, que era o que queríamos evitar. Dei deombros. — Parecia ok pra mim. Olhou-me atravessado. — Talvez para o olho destreinado. —Não comece comigo. Entrei em colapso em uma poltrona preta pesadamente acolchoada e cruzeia perna debaixo de mim. Noah mordia seu lábio, que era um olhar que sabia que significava queestava frustrado. Era um dos meus olhares preferidos, um entre os muitos do enigmático NoahCarterson. Olhei ao redor da sala e balancei minha cabeça, ainda espantada em quão estranhoparecia estar em seu apartamento pela primeira vez. Ele morava a poucos quarteirões ao norte docampus, mas ainda assim perto dos campos atléticos, num edifício

totalmente renovado de tijolo. Era um duplex com dois quartos em cima e uma cozinha e salade estar em baixo. O primeiro andar era do tamanho do meu apartamento inteiro, para nãomencionar que era todo de arquitetura moderna e limpo, além de utensílios de aço inoxidávelnovo. Os quartos são confortáveis, mas ainda de bom gosto, e quando lhe perguntei sobre isso,riu e admitiu que teve um decorador. Estávamos trabalhando em seu segundo quarto, que tinhaconvertido em escritório com uma grande mesa preta bonita, vários computadores caros emonitores, além de um sofá de couro bom e a poltrona que estava sentada. Normalmente nosencontramos no centro de computação no campus, mas com as fotos, decidimos apenas trabalharna sua casa. E ainda bem que fizemos. Aprendi tanto com ele só por estar perto de suas coisas.Aparentemente, tinha uma coisa com o filme Blade Runner, baseado no enorme cartaz na parede.Havia algumas fotos de sua infância espalhadas por todo o lugar também, que nunca tinha vistoantes. Queria tanto explorar seu apartamento, mas não queria violar sua privacidade, também. —Isto não está acontecendo — resmungou, frustrado. — Já estamos nisso há duas horas, talvezdevesse dar um tempo. Girou em sua cadeira e olhou para mim, suspirando. —

Sim, tudo bem. Tempo de descanso. Vamos até o quarto ao lado? Sorri. — Não, obrigada.Que tal me oferecer álcool em vez disso. — Com prazer. Levantou e caminhou em direção àporta, e o segui. Descemos na escada em espiral para o primeiro andar, e entrou na cozinha.Segui, pisando suavemente ao longo de seus pisos de madeira. Tirou dois copos de vinho epegou uma garrafa de tinto de uma cremalheira de vinho completo montada na parede. Levantoua rolha, serviu dois copos e levantou para um brinde. — Fazer filmes — disse. Tocamos nossos

copos e bebemos. Foi muito bom o vinho, surpreendentemente delicioso, especialmenteconsiderando que era mais uma garota de vinho branco. — Estou surpresa que o brinde foi tãomanso — disse. Encolheu os ombros. — Depois de um copo ou dois, ficará mais sujo. Dei-lheum olhar e sorriu, timidamente. — Só estou brincando, não farei jogos. Suspirei e encolhi osombros. — Quanto tempo esteve aqui? — perguntei, mudando de assunto. —Desde o primeiroano. Meu pai meio que me obrigou a

este lugar quando mudei para cá. O olhei, intrigada. — Por quê? — Pensou que seria roubadoe assassinado se morasse na Filadélfia, então queria que pelo menos tivesse um bomapartamento. — Isso é bom, de uma maneira estranha. — Não realmente — disse, me seguindo.Sentou no sofá, esticando as pernas sobre a mesa central de vidro. — Naquela época, estavatentando proteger seu investimento em mim. Não era o afeto paternal. — Vocês sempre seodiaram? — Não, nem sempre. Superar a morte de minha mãe foi muito difícil no começo, eacho que ele apenas não estava equipado para cuidar de uma criança. É por isso que a Srta. Hveio. — O que aconteceu? Balançou a cabeça, saboreando sua bebida. — Não sei, honestamente.Começou a namorar outra vez, o que eu odiava e não entendia quando era pequeno. E então seatirou ao seu trabalho, e me tornei uma reflexão tardia. Acho que tudo aconteceu lentamente. —Sinto muito, Noah — disse suavemente, sentada ao seu lado.

— Não importa mais, honestamente. Então bebemos juntos em silêncio, e enrolei minhaspernas debaixo de mim. O vinho estava delicioso, surgiu um confortável brilho no meu estômagoquando terminei meu copo. Sorriu para mim, quando percebeu que terminei. — Quer mais? —Perguntou, de pé e tomando meu copo. O olhei. — Devia mesmo beber? — O álcool não é meuproblema — disse, então parou e olhou para mim. — Mas não beberei se não quiser que faça.Deixei permanecer no ar entre nós por um segundo. — Talvez devêssemos parar em um.Assentiu. — Ok, por mim tudo bem. Vi-o sair para a cozinha, enxaguar os copos e coloca-los emsua máquina de lavar louça. Arrolhou o frasco, o colocou no seu balcão de cozinha e saiu emdireção a mim. — Venha aqui, quero te mostrar uma coisa. Levantei-me e o segui quando subiua escada em espiral. Desta vez, ao contrário de ir diretamente para o escritório que estávamosanteriormente, abriu a porta para seu quarto e entrou. Segui, olhando ao redor da sala, como seestivesse entrando em um lugar secreto, sagrado. O quarto foi dominado por uma grande cama.Os lençóis e a colcha eram cinza, e parecia muito com seu quarto na casa

do pai nos subúrbios. Havia mais estantes e uma TV de tela plana grande na parede, com umlongo case cheio de DVDs. Noah caminhou até uma estante e tirou um álbum de fotos. — Sente-se — disse, gesticulando para a cama. Sentei-me na beirada e sentou ao meu lado. O álbum quesegurava era velho e escurecido, obviamente um livro barato de uma loja qualquer, mas segurou-a como se valesse milhões. Abriu a primeira página. — Esta é minha mãe — disse. Apontou parauma foto que mostrava uma mulher morena bonita sorrindo muito, segurando a mão de ummenino bonitinho. — É você? — perguntei — Sim, sou eu. — Sua mãe era muito bonita. —Sim, era. Começou a virar as páginas, mostrando-me mais fotos. Eram principalmente delequando criança fazendo coisas com a mãe; ir ao parque, visitando o zoológico, festas deaniversário, passeios de praia, o costume, coisas normais que os pais fazem com seus filhos. Suamãe parecia estar cheia de luz e alegria, uma mulher adorável, descontraída, com um sorrisoenorme. No final do álbum, porém, ficou claro que

estava ficando doente. Estava mais magra, e o cabelo tinha caído completamente no final,provavelmente devido a quimioterapia. A última foto no livro era da mãe dele sorrindo numacama de hospital. Noah e seu pai estavam sentados em ambos os lados dela, rindo. — Isto é tudoo que me resta dela — disse baixinho. — Você se lembra como ela era? — Ria muito. Fazia

todos ao seu redor se sentirem melhor. — Foi o que observei nas fotos do projeto. — Não melembro de coisas do câncer. Lembro-me dos hospitais, mas não acho que realmente entendi o queestava acontecendo, mesmo que meu pai tentou me explicar. Um dia, ela se foi. Estendi a mão epeguei a sua. Ele me olhou e sorriu tristemente, apertando. — Aqui, olha para isto — disse.Voltou para o álbum e apontou para uma determinada imagem. Nela, estava vestindo umafantasia de tartaruga Ninja, mas parecia muito perturbado. Parecia que estavam no quintal dealguém. A mãe estava ao seu lado, e parecia que estava rindo muito de algo. — Esta é minha fotofavorita dela. Lembro-me, na verdade. Era Halloween e realmente queria ser uma TartarugaNinja, mas ela pegou a pessoa errada. Queria ser o Leonardo, mas me pegou o Donatello, e achoque realmente me chateou.

Estava rindo tanto de como estava zangado. Infelizmente, sorri olhando o Noah um poucoirritado. Parecia tão mimado, e só podia imaginar o quanto era. Sorriu para mim. — Eu era umgrande garoto — disse. — Parece que foi realmente fácil. Fechou o álbum, levantou-se e oescorregou de volta para a estante. O vi, confusa sobre o momento, confusa porque estavamostrando pra mim. Sentou ao meu lado e pegou minha mão. — Noah.... — disse, olhando paralonge. — Ouça. Queria lhe mostrar isso. Não importa o que aconteça daqui para frente, mas sentiimportante que a visse. É importante que esteja fazendo este filme sobre a Srta. H. E só queria teagradecer por ter feito isso. O olhei, surpresa com sua sinceridade e a intensidade em seu olhar.Sorriu de volta tristemente e encolheu os ombros. — Sei que está tentando me ajudar, Bolinhas— disse. Antes que pudesse continuar, apertei forte sua mão e me inclinei para frente,esmagando sua boca com a minha. Foi impulsivo e estúpido, mas queria mais do que tudo aquelemomento e não consegui parar. Por um segundo, não reagiu, mas rapidamente os braços estavamembrulhados em torno de

meu corpo e seu gosto limpo. Beijamo-nos assim por alguns minutos, até que suavementeempurrou-me de volta para a cama. — Noah.... — Gemi. Seu corpo cobriu o meu, pesado e forte,quando começou a beijar meu pescoço. Senti a excitação me bater, e o pau duro pressionadocontra minha virilha quando ele próprio roçou contra mim. Deixei sair um gemido suave em seuslábios macios, praticando beijos ao longo do meu pescoço e orelha, então encontrei seus lábiosnovamente, enchendo minha boca com sua língua. Sabia o que queria naquele momento e nãome importei sobre o que tinha acontecido antes. Tudo retirado da minha mente, o drama entrenossos pais, seu desaparecimento, as drogas, minha insegurança, tudo. Havia apenas o seuperfeito corpo esculpido e meu desejo reprimido por ele. Seu corpo magro escorregou de voltapara cima e tirou sua camisa, revelando a tatuagem no peito e esculpido abdômen. Sorriu paramim quando o olhei, e então mudei o meu peso, movendo-o de mim. Ele sentou, apoiando-se nosbraços, me levantei e fiquei sobre meus joelhos, tirando minha camisa. — Porra, Linda, senti suafalta — resmungou. Rastejei em direção a ele e sufoquei a boca com a minha, beijando-o forte.Mordi o lábio e resmungou, puxando meu cabelo suavemente como uma resposta. Sorrindo,comecei a

beijar embaixo de seu peito musculoso, passei pelo seu abdômen, e desabotoei sua calça.Ajudou-me a abaixar e a tirei pelos seus pés, jogando-a no chão. Seu pau estava pressionandocontra a cueca branca de algodão fino, e me inclinei sobre ele, esfregando seu comprimento comuma mão. — Tenho pensado sobre seu corpo por semanas. — Gemeu. — Ah sim? — Sussurreino seu ouvido. — O que quer fazer com ele? Antes que pudesse responder, puxei, retirando suacueca, revelando seu pau grosso, bonito. Agarrei sua base e o pus em minha boca, provocandoum longo gemido nele. — Porra, Linda — resmungou. —Quero lamber seu clitóris doce até suaspernas tremerem. Chupei sua ponta forte, deixando a saliva escorrer na pele, enquanto

lentamente o coloquei em minha boca e garganta. Chupei firme e duro, dentro e fora da minhaboca, meus lábios carnudos embrulhando firme, minha língua trabalhando ao longo de seucomprimento. — Quero preencher cada centímetro de você. Caralho, continua fazendo isso —disse. Comecei a trabalhar nele com a mão livre, masturbando seu pau enquanto o chupava.Gemeu novamente, o coloquei

tanto quanto pude em minha garganta e senti seu abdômen tenso e as mãos pressionaremcontra meu cabelo. — Deus, amo seus lábios perfeitos em torno do meu pau. — Gemeu.Finalmente, puxei, tomei uma respiração profunda e continuei o olhando com um sorrisoenquanto minha mão continuou a passar para cima e para baixo no seu eixo molhado. — O quemais quer? — perguntei. Moveu-se para frente de repente, rápido e empurrou-me para a cama.Caí de costas e logo estava em cima de mim, desabotoando minha calça e arrancando-a do meucorpo. Podia sentir quão encharcada já estava quando sua boca faminta começou a beijar emtorno de minhas coxas. — Quero provar seu corpo encharcado — disse quando escorregouminha calcinha. — Quem disse que estou encharcada? — perguntei. Apenas sorriu e começou alamber minha boceta, concentrando-se em meu clitóris encharcado e inchado. Sua língua e oslábios trabalharam meu ponto forte e rápido. Gemia alto, completamente tomada de surpresa, e oagarrei com meu corpo tenso. Prazer rolou através de mim em ondas. — Ah, porra! — Eu gemia,ele estendeu a mão para agarrar meus seios, massageando-os suavemente enquanto

continuou a trabalhar o meu lugar, lambendo e chupando. Pensei que senti um orgasmochegando, e o alcancei para agarrar seu cabelo, não querendo gozar ainda. O puxei, e me olhou,seus olhos ferozes. — Sabia que gostava áspero, Bolinhas — resmungou. — Porra, quero seupau — disse. Seus dedos começaram a rolar na minha boceta, e em seguida, escorregou os dedosdentro de mim. Ofeguei e arqueei as costas. — Adoraria. E seus dedos tinham desaparecido. Elemudou-se para seus joelhos e estendeu a mão para a mesinha de cabeceira, abrindo-a e puxandouma camisinha. — Conveniente — disse, rindo. — Sempre estou preparado. Então estava devolta em cima de mim, seu peito nu, pressionando contra a minha pele, beijando minha boca.Senti meu gosto na boca, mas não me importo, apenas queria sua língua e seu toque e seu corpo.Empurrei minha cintura contra a dele, e recuou em seus joelhos novamente. Chegou atrás demim, desengatou meu sutiã, e o tirei. Beijou-me e mordeu meus mamilos suavemente. — Você éperfeita! — Sussurrou enquanto beijou meu peito e estômago.

— Oh, Cale-se! — Disse, puxando seu cabelo. Grunhiu e riu, em seguida, rasgou a camisinhae rolou em seu comprimento. Inclinou-se para frente, agarrando meus quadris e orientou-secontra os meus lábios. Pressionou delicadamente e entrou profundamente em mim. Ofeguei emseu tamanho, espantada por quanto me encheu novamente com facilidade. Pressionou contramim lentamente, meu lugar encharcado, permitindo-lhe afundar-se facilmente dentro de mim ebeijou minha boca suavemente. Continuou assim, movendo em mim e empurrando lentamente, ea dor ligeira começou a desvanecer-se em prazer fácil. Chegou por trás e agarrou meu quadril,quando começou a empurrar mais, mais profundo e mais fundo, gemidos escaparam de meuslábios. Precisava dele, seu corpo forte, e senti que finalmente estava me perdendo. As semanasde decepção e medo escaparam, e havia somente Noah e sua pele, deslizando em mim. Estendi amão e agarrei um punhado de seu cabelo, e resmungou. — Você quer jogar duro? — Perguntou.— Não seja maricas. — Sorri em retorno. Mordi seu lábio e então cavalgou em mim, forte.Ofeguei, minhas pernas ao seu redor quando começou a bater dentro de mim, seus músculos dobraço e abdômen ondulando,

destacando-se forte. — Caralho, isso é o que eu queria. — Gemia quando empurrou em mimforte. Ficando de joelhos, afastou mais as pernas e colocou meus joelhos sobre seus ombros.

Começou a trabalhar em mim duro e áspero, e tive que esticar o braço acima da minha cabeçapara me equilibrar contra a cabeceira da cama. — Oh porra! — Gemia e continuou a empurrar.Olhei seu corpo perfeito, seu pau enorme enchendo minha boceta, e podia sentir o orgasmovoltando, acumulando no meu núcleo novamente. — Quero te fazer gozar para mim, Bolinhas —resmungou. — Estou perto. — Gemia. Baixou o dedo e começou a esfregar suavemente meuclitóris enquanto continuou a empurrar dentro de mim. Fiquei louca, com o orgasmo quecomeçou a rolar através de meus quadris e o corpo, enrijecendo todos os músculos. Minhascostas arquearam e meus joelhos bloquearam quando gemia alto, e continuou empurrando emmim, áspero e profundo. — Isso é bom, goza para mim, Linda. — Gemeu, trabalhando o meulugar. Cristo, atingi o pico e comecei a cair fora com seu ritmo abrandado. Meu corpo tremeu umpouco da força do orgasmo minha cabeça girando suavemente e flutuando. Ouvi a

respiração pesada, mas parecia que estava flutuando à quilômetros de distância. Sorriu paramim, me dando cursos longos e duros. — Deus, transaria com você todo o dia. — Gemeu. —Acho que quase desmaiei. — Respondi, voltando para mim. Riu e então puxou para fora de mim.— Ah, porra! — Disse, respirando pesado e transpirando. Mudou-se em cima de mim e beijouminha boca suavemente. — Minha vez agora. — Concordei, a boca aberta. Agarrou-me pelosquadris e rolou-me sobre o meu estômago, segurando-me lá. Senti-o pressionar novamentecontra minha boceta e escorregar dentro de mim. Gemi quando começou a me foder, seu pauenorme me espalhando quando estava deitada no meu estômago. Gemia alto em seu travesseiro eagarrou meu cabelo, puxando suavemente. — Bate na minha bunda. — Gemi e ele cumpriu.Senti a picada fresca de sua palma e gemi. Resmungou, ajustando-se e puxando meus quadrispara cima no ar. Pressionou meu rosto para baixo no travesseiro quando começou o impulsoforte, gemendo alto. Trabalhei contra ele, movendo meus quadris, amando cada segundo.Esbofeteou minha bunda novamente, mais desta vez, e senti outro orgasmo começando

a construir em meu núcleo. — Oh droga, Noah. — Gemia. — Vou gozar de novo. Grunhiuem resposta, me fodendo com força, e tinha certeza que estava começando um orgasmo.Trabalhei meus quadris com força, resistindo contra ele, que começou a gemer e bater na minhabunda, mais forte. Seus impulsos atingiram seu pico, assim como o meu orgasmo. Quando gozei,senti suas mãos cavarem minha cintura, segurando-me duro como fodia profundo e áspero, esabia que gozava enquanto meu orgasmo enrolava minha espinha. Soltei gemidos altos, baixos eminhas pernas começaram a tremer novamente com ele endurecendo, empurrando ao meu fim. Osuor escorria do peito perfeito quando abrandou e parou, puxando fora de mim. Desabei no meulado, uma confusão de transpiração, ofegante, flutuando em uma nuvem de brilho pós-orgasmo.Noah teve um colapso em sua parte traseira ao meu lado, igualmente suado e cansado. — Porra,Linda, foi.... — disse, em seguida, sacudiu a cabeça. — Sim. Rolei na sua direção e pressionei-me contra o seu lado, minha mão encontrando a dele. Nossos dedos se entrelaçaram quandorespirou junto. Senti seu coração batendo no peito,

poderia ouvi-lo em meu crânio e queria ficar lá por mais algumas horas pelo menos. Comoda última vez, nos perdemos. Dormi na casa dele, mas acho que não conseguimos dormir muito.Foi como se um interruptor tivesse sido lançado, e as semanas de tensão da ruptura saíram e nóssufocamos um ao outro.

— Como vai, Bolinhas? Olhei para Noah sorrindo para mim. — Estou bem, não preciso deajuda — disse. Riu e se inclinou para me ajudar a amarrar a lata de lixo. Nós nos endireitamos edemoramos perto uns dos outros. — Noite lenta. — Comentou, olhando ao redor. Dei de ombros.Foi uma noite calma, embora o cinema muitas vezes não ficava cheio, exceto nos finais desemana. O olhei e corri meus olhos lentamente ao longo de seu corpo, sorrindo suavemente. Era

seu primeiro dia no trabalho, e era estranho vê-lo no uniforme do cinema novamente. Por umlado, parecia que nunca o tirou, mas havia tanta história enfiada nele que nunca seria o mesmo. Eisso foi bem. — Muito normal para uma segunda-feira, ou esqueceu? — Por favor, Bolinhas.Praticamente corri este lugar. — Sim, agora é o cara novo.

— O quê, será má? — Talvez. — Dei ao peito um empurrão suave e mal se moveu. — Aviolência física é uma infração muito grave, Bolinhas. Deu um passo mais perto e envolveu seusbraços ao meu redor. Ri, fracamente lutando contra seus braços fortes, ele se dobrou e começou abeijar minha boca e bochechas. — Oh sai, assédio sexual é pior — disse, rindo. Parou e sorriupara mim, e parei de lutar. Foi muito bom estar em seus braços, onde ninguém poderia nos ver depé. Não havia nada entre nós, não mais. Embora as coisas não estivessem perfeitas com nossospais, nenhum de nós se importava. O cinema estava escuro e cheirava a pipoca e tapete velho, esenti como uma segunda casa, especialmente segura nos braços de Noah. No início, Chris nãoaprovava nosso relacionamento. Não a culpo, nem um pouco, por ser hesitante. Na verdade, semovia constantemente, o que não era como ela. O tempo passou, porém, e começou a ver o quevi nele. Foi a sua devoção, embora fosse devoção à sua maneira estranha. Um dia, Chris parou defazer comentários, e levei isso como uma aceitação passiva. As coisas podem se encaixar quandodecide o que é importante e o que pode ser deixado para trás.

— Nem comecei com o que quero fazer com você — disse baixinho, interrompendo meuspensamentos. Rolei meus olhos. — Boa fala. — Não é uma fala, Bolinhas. Apenas os fatos.Suavemente me desprendi do seu abraço, sorrindo de orelha a orelha e olhei para o cinema.Chelsea estava no lugar de sempre, e então estavam os Super gêmeos. Selena estavaprovavelmente no almoxarifado se drogando, e não tinha certeza quanto tempo duraria desde queNoah tinha voltado. A Srta. H estava se escondendo em seu escritório. Tinha começado a sesentir em casa. — Muito trabalho para fazer hoje à noite — disse Noah, vindo atrás de mim etomando minha mão. Dei de ombros contra seu ombro. — Tudo bem, nós faremos. — Juntos.Balancei a cabeça. Tinha ido um mês desde que tínhamos dormido junto pela segunda vez no seuapartamento. Depois disso, as coisas clicaram: paramos de fingir que queríamos algo diferente edesisti dos estúpidos obstáculos que constantemente fazemos para nós mesmos. Dormi na suacasa naquela noite, e realmente não saí desde então. E Noah não tinha desaparecido novamente.

Mais do que isso, o filme estava crescendo. Apesar de termos tido uma montanha deinformações que passar sobre a Srta. H, nós lentamente talhamos as coisas que não parecemessenciais e fizemos um esboço do esqueleto da vida dela. Tivemos que mantê-lo para meia hora,desde que o concurso era de curtas-metragens, mas eu tinha um talento especial para plotagem.Cena após cena, hora após hora suada, conseguimos trabalhar. Minha mãe não foi muitoentusiasmada quando lhe contei sobre Noah. Aparentemente, apesar de tudo o que disse, aindasegurava um grande ressentimento contra sua família. Em primeiro lugar, evitou inteiramentefalar dele, mas lentamente veio ao redor. Meu pai provavelmente tinha muito a ver com isso. Tãodistante como era ainda era um bom pai. — Parece que sua amiga está drogada novamente —disse Noah, interrompendo meus pensamentos. Do outro lado, assistimos Selena emergir dadespensa, movendo-se lentamente. Uma pequena nuvem de fumaça e neblina seguiu-a. Noah riucomo tinha problemas em descobrir como fechar a porta atrás dela. — Devo ajudá-la? —Perguntou. — Não, deixe-a resolver por conta própria. Duvido que a Srta. H a manterá por muitomais tempo, de qualquer maneira. — Aí, fria.

Apertei a sua mão. — Ela era uma merda de substituição para você, de qualquer forma. —Eu sei. — Apertou minha mão de volta. A noite correu depois disso. Os filmes terminaram e osclientes lentamente saíram dos cinemas e fomos limpar. Infelizmente, Selena ficou próxima o

tempo todo, tagarelando sobre como salas de cinema são como portais para outra dimensão, oualgo assim, o que significava que não podia deixar Noah me foder em um cinema vazio. Aindaassim, foi bom trabalhar com ele novamente, e a conversa mudou-se livremente e facilmente,marcando o tempo. As pessoas no cinema tornaram-se mais do que apenas colegas de trabalho.Embora quase nunca os visse fora do cinema, por algum motivo pensei nelas como meus bonsamigos. Ainda passei muito tempo conversando com Chuck todas as noites, e tinha começado achegar muito perto com Chelsea. Nós éramos um bando de desajustados, juntos por causa deNoah. Mesmo a Srta. H estava em torno apenas por causa dele. E parecia bom e certo que estavade volta. Sem ele no cinema faltava algo, um tipo de magia que não poderia colocar em palavras,exatamente. Era uma presença que trouxe toda vez que entrava num quarto. Fez minha vida maisleve e boa, apesar das coisas que ameaçavam derrubá-lo o tempo todo. Fazia parte do meusorteio esmagador em direção a ele. Nunca deixa seus próprios demônios oprimirem a dor dosoutros,

mesmo quando as coisas eram escuras e estava pronto para suportar com força inquebrável,ainda estava lá para aqueles que se preocupava. Cometeu erros, escorregou e agiu como umcompleto idiota de vez em quando, mas no final das contas, Noah Carterson era um bom rapaz.Só precisava que visse. Cinema limpo, registros fechados, e todos os outros itens deencerramento realizados, saímos à noite juntos, Noah e eu de mãos dadas, os outros espalhadospor aí. Seguimos caminhos diferentes lá fora, como de costume, e fomos para o apartamento,para outra maratona de sessão de edição. — Duas semanas — disse, quebrando o silêncio quecaiu sobre nós. — Nós terminaremos até então — disse. — Não estou certo se que queroterminar. O olhei. Estava olhando através do campus, o hálito enevoando ligeiramente no arfresco da noite. — O que quer dizer? — Não sei. Esta merda significa muito para mim. — Sinto-me da mesma forma. Balançou a cabeça. — Quero dizer, por causa deste filme, que aconteceu.— Sim, isso é verdade.

— Não quero que acabe. Isso é tudo. — Não precisa — disse de repente. — Terminaremos omaterial da Srta. H possivelmente. Ela não é tão interessante. — Em primeiro lugar, sim, ela é —disse, empurrando-o com o meu ombro. — E em segundo lugar, não é o que quero dizer. E sefizermos outro filme depois desse? — Isso não é uma má ideia — respondeu, olhando para mim.— Provavelmente não podemos manter o equipamento da minha mãe para sempre, mas nóspodemos investir em nosso próprio equipamento. Sorriu suavemente. — Você fala sério sobreisso? — Claro, estou falando sério! De repente, parou e me enfrentou. Olhei para ele, surpresa.— O quê? — perguntei quando notei a expressão no rosto. Pisou mais perto para mim,pressionando seu corpo contra o meu, liberando a minha mão e envolvendo seus braços na minhacintura. Inclinou-se em minha boca enquanto os carros aceleravam na Broad Street. Beijou-meprofunda e ferozmente, e voltei o beijo com essa mesma fome que sinto em meu peito toda vezque o vejo.

Finalmente, se afastou longe de mim. — O que foi isso? — perguntei. — Eu te amo, vocêsabe disso, certo? Pisquei para ele, todo o meu corpo de repente cheio de adrenalina. Nós nãotínhamos dito isso ainda. Não tinha mesmo falado nada sério em termos de nossa relação ainda.Mas é verdade: Eu já sabia disso, e o amava muito. Não precisava dizer se não queria, porquetudo que fez me provou que sentia. Cometeu erros e sempre iria, mas nunca me deixaria. — Seidisso, idiota — disse suavemente. — Amo você, também. Beijou-me novamente, desta vez maissuave e longo e derreti no seu abraço. Não sabia o que seria ou onde estava indo no futuro e láficaram ainda muitas perguntas sem resposta. Mas a única coisa que sabia com certeza é queNoah Carterson não vai a lugar nenhum. Pode ter sido um idiota às vezes, e adorava me provocar

até que não aguentava mais. Pode ter sido um drogado e tatuado. Mas era uma pessoa decente esempre seria. Fez-me querer ser melhor só por estar perto dele. O beijo terminou quando seafastou de mim.

— Pensei que me deixaria por um segundo — disse, sorrindo. — Quase fiz. Riu e começou aandar, segurando firme a minha mão esquerda. Combinei o seu ritmo, encostada em seu peitoforte e sustentando seu bíceps com minha mão direita. — E agora? — perguntou. — Agorapodemos acabar o filme. — Faz parecer tão simples — disse melancolicamente. — É simples.Sentarei no seu quarto estúpido até que esteja terminado. — Meu quarto não é estúpido, e vocême distrai. — Como é isso? Ele olhou para mim. — Você sabe como. — Mantenha-o em suascalças pelo menos uma vez. Soltou minha mão e apertou minha bunda, forte. Soltei um pequenogrito e bati-lhe no ombro. — Não — disse, sorrindo. Rolei os olhos e não podia esperar paravoltar ao seu lugar.

Fiquei nervoso para conhecer os pais da Linda. Cada namorado provavelmente se sentiuestranho na primeira vez que conheceu os pais, mas havia tanta história entre nossas famílias queacho que minha situação era bem pior do que a maioria dos patetas que tiveram que lidar comisso. O dia foi um borrão, entre selecionar equipamento e espera. A categoria “documentário”mostrava-se no final do dia no último dia do festival e então tivemos que sentar através demuitos filmes ruins e edições patéticas para finalmente chegar ao nosso momento de glória. Foium grande momento. Não acho que já tinha trabalhado tão duro com algo na minha vida inteira.Vivi, respirei e comi a Srta. Havisham e sua história. E Linda, claro. Se alguém tivesse me ditohá um ano que estaria apaixonado por uma garota, e que era alguém que meu pai odiava suafamília, bem, teria rido e dito sim. Porque isso

é hilário e fode com meu pai. Mas se dissessem que também seria loucamente apaixonadopor ela, realmente me perderia para ela, não acreditaria. Mas lá estava eu, dia e noite, pensandoem Linda, degustando de sua pele, sentindo falta dela quando não aparecia. Era patético emaravilhoso e era tudo o que não fazia ideia que queria. Então lá estava sentado em uma cadeirade cinema, com os créditos de abertura de um filme que fiz com a mulher que amava. A vida etempos de Srta. Havisham, atriz, foi a melhor coisa que já tinha feito. Diabos, era a única coisareal que já tinha feito, e estava além de orgulhoso disso. Linda apertou minha mão e sorri. Teria aassistido o tempo todo, desde que já tinha visto o filme, mas achei que seus pais iriam encontrarmeu olhar um pouco irritante. Pareciam boas pessoas. Conhecemo-nos por algumas horas antesdo show, para comer. A mãe dela imediatamente fez algumas piadas estranhas sobre odiar meupai, que todos nós sabíamos que não eram realmente piadas, mas peguei essa situação aoconcordar de todo o coração que sim, meu pai era um merda. O pai da Linda parecia um poucoestranho e distante, mas nos demos bem quando o deixei falar comigo sobre os pinguinsimperadores, durante vinte minutos. Na maior parte, eles eram uma família normal. Linda teveseus problemas com eles, mas não se odeiam. Não usaram o dinheiro como uma ameaça, ou amemória de seus mortos amados como chantagem emocional.

Era só a família Carterson. Éramos pouco convencionais até o fim. No escuro do cinema,coloquei minha mão em Linda, amarrando meus dedos com os dela. Nosso filme foi passando natela grande em frente a um público bastante decente, e apesar de quão legal agi na sua frente,estava nervoso. Acima de tudo, estava com medo de como reagiria a Srta. H. Ela não tinha vistoo filme ainda, e embora estivesse orgulhoso do que tinha feito, não sabia o que seria para ver suavida lá em cima. Não sabia se lhe fiz justiça, ou se deixei de fora partes importantes. Não sabiase meia hora foi o suficiente para bater os destaques da existência de uma pessoa. O filme passoudo nascimento ao presente, mostrando as horas de entrevistas que tinha reduzido a uma fração

dela, as imagens escolhidas entre centenas de candidatos, e as incontáveis horas que cedemos aoprojeto. E no final, as pessoas aplaudiram. Linda sussurrou no meu ouvido. — Gostaram. Sorripara ela. — Graças a você. — Não, você fez a maior parte do trabalho. — Sim, está certa. Sou omelhor. Riu, se levantou e seguiu para o saguão do cinema com a

multidão. Aquele lugar tinha começado a sentir minha verdadeira casa, a casa que não tinhadesde que minha mãe faleceu. Foi onde conheci e me apaixonei pela Linda. Onde reuni todos osesquisitos que tinha ajudado ao longo dos anos. Foi o meu projeto. — Noah! — Alguém disseatrás de mim. Virei e vi a Srta. H, seu rosto sorrindo enormemente. Estava usando váriascamadas de saias e xales e bijuterias grandes. — O que achou? — perguntei-lhe. Cruzou oespaço entre nós e me envolveu em um enorme abraço. Podia sentir seu perfume.... E ouvi osuave tilintar de suas joias. — Obrigada — disse. Podia ouvir as lágrimas em sua voz. — Aqualquer momento — disse. Nós nos separamos, ela olhou para Linda, sorrindo. — E graças avocê, também! — Disse, envolvendo Linda em um abraço. Ri e as duas olharam ao redor. Amaioria das pessoas estava saindo para a noite, provavelmente a caminho de casa. O cinemaestava esvaziando lentamente e senti uma tristeza agridoce, algo que não conseguia explicarexatamente. Tinha a ver com a conclusão da tarefa que tinha definido há meses

para ser concluída, mesmo que não queria que acabasse. — Vocês fizeram algosurpreendente. — A Srta. H disse, se afastando e olhando para nós. — Não, nós apenas fizemossua história — disse Linda. Balançou a cabeça. — Vocês são crianças incríveis. — Corta essa,Lacey. Você é a estrela do show. Sorriu tristemente. — Não sou a estrela, não mais. Mas vocês,vocês dois tem a promessa. Certifiquem-se de que não a desperdicem. A olhei, surpreso navirada grave que a conversa havia tomado. Seu olhar era sincero e implorando, e não a tinhaouvido falar tão abertamente, desde que era uma criança. — Não vamos — disse suavemente.Memórias da Srta. H de quando era menino filtraram em mim todos os dias, certificando-se quetinha o que precisava para a faculdade, e me levando para o parque. Tinha uma babá para ascoisas do dia a dia, mas a Srta. H nunca passou uma tarde sem pelo menos ligar para ver comoestava indo. Não sei o que seria sem ela. — Boa! Agora vou para casa, estou cansada — disse derepente, revertendo como de costume. — Nós vamos junto — disse Linda.

— Não, não, estou bem sozinha — respondeu, andando em direção as pessoas. — Vocêsconversarão com seus pais adoráveis. Olhei na direção do olhar da Srta. H e vi os pais da Lindaesperando por nós em direção a bilheteria. Sorri e acenei, e seu pai acenou de volta. — Vamos lá,seus pais parecem solitários — disse a Linda. Ela assentiu e nós andamos em direção a eles.Apertei a mão de seu pai, enquanto a mãe da Linda a embrulhou em um grande abraço. — Estoutão orgulhosa de você, querida. — Obrigada, mãe. — Linda respondeu. Sorri para as duas. —Filme muito bom, Noah. — O pai dela me disse. — Obrigado, Sr. Lewis. — Chame-me de Chad,odeio essa besteira de senhor. Ri. Poderia dizer que gostaria dele. — E quanto a você — disse amãe de Linda, vindo em minha direção. — Estou orgulhosa de você, também. E me deu umabraço. No começo estava nervoso, e quase vacilei. Mas logo percebi que o drama entre nossospais estava

entre nossos pais, e a mãe dela estava ativamente tentando deixar tudo para trás. A abracei devolta e sorri para Linda. A mãe dela se afastou. — Peço desculpa por qualquer constrangimentoentre nós, Noah. — Está tudo bem, realmente. Eu entendo. Balançou a cabeça. — Não deveriarevisitar os pecados do pai sobre o filho, como dizem. — Os seus pecados são ruins o suficientepara todos nós. Ela riu. — Talvez seja verdade, mas sinto muito. — Está realmente tudo bem. Devolta para Linda, sorriu. — Então, quando aprendeu a fazer bons filmes? — Aprendi com omelhor — respondeu Linda. — Quer dizer, comigo — disse, brincando. Ambos os pais riram, e

os tons baixos do nosso relacionamento foram levados em uma piada fácil, compartilhada.Planejamos a noite, conversando sem rumo, e embora houvesse ainda um nível oculto deestranha tensão e desconforto por baixo de tudo que dissemos e fizemos em torno de si, sabia quetudo ficaria bem. Seus pais eram pessoas decentes, e a mãe dela não iria segurar nada contramim. Não tive que pagar pelos pecados do meu pai.

No dia seguinte, a sala da banca estava quente e cheia quando os juízes anunciaram osvencedores. Estava sentado em uma mesa redonda barata com Linda e outro grupo de alunos quenão conhecíamos, e minha perna nervosamente saltou contra o assento plástico da cadeira. Amão da Linda estava quente e úmida na minha, e olhou para mim, sorrindo. Obviamente,estávamos muito nervosos. Francamente, estava uma bagunça. Não tinha certeza por que meimportava tanto em ganhar. O objetivo do filme era homenagear a Srta. H de alguma forma, eclaramente tinha alcançado esse objetivo. Pelo menos, foi o meu fim de jogo; para Linda, achoque foi mais para me livrar das drogas, que funcionou muito bem. Vencer o concurso iria validartudo que fizemos e daria a Srta. H o reconhecimento que merecia. Um cara mais velho que nãoreconheci caminhou até o microfone. Olhei para a Linda, que apertou minha mão em resposta. —E o vencedor da categoria documentário é. — disse, rasgando aberto um envelope. — Anda, istonão é o maldito Oscar. — Resmunguei sob minha respiração. Linda me deu uma olhada.

desconhecido— A vida e os tempos de Srta. Havisham, atriz! — Puta merda! — Linda disse, e o quarto

começou a aplaudir em voz alta. Olhei para a Linda, sinceramente chocado. Nunca tinha ganhadoalgo em toda a minha vida, pelo menos não algo que gostava tanto. Ficamos juntos, senti meucorpo em movimento através de uma espessa nuvem, e subimos ao pódio do juiz para recebernossa placa. Era uma coisa de madeira barata com uma frente de metal cor ouro, mas foi à coisamais preciosa que já tinha visto. Todo meu dinheiro fiduciário, todas as coisas boas que meu paitinha mantido ao redor da casa, quando estava crescendo, nada em comparação com aquelabarata, placa de merda de concurso de filme estudantil. Sempre foi muito legal. Sempre fuiocupado demais para dar a mínima para nada além de pessoas próximas a mim. Talvez ajudassepessoas aqui ou ali, talvez eu tenha feito coisas boas, mas nunca investi em mim mesmo. Nuncame deixei machucar. Mas o filme era à minha maneira de me colocar lá fora. Talvez não fosseideia minha e talvez precisasse de alguém como Linda para me empurrar, mas era real e era umacoisa que me importava. E não teria conseguido sem ela. O velho sorriu, apertou nossas mãos enos parabenizou. A multidão aplaudiu como fizeram para todas as outras categorias, mas pareceumais real para nós. Pelo menos, isso

é o que pensava. Nós andamos de volta à nossa mesa em um torpor quando os aplausosmorreram lentamente e os juízes começaram a anunciar os vencedores da próxima categoria. —Não acredito! — Disse a Linda. — Eu posso Noah. Demos muito a isto. — Parabéns vocês dois!— Um dos outros caras na nossa mesa disse. — Realmente merecem. — Obrigado, agradeçoisso. Linda e eu assentimos com a cabeça quando todos nos felicitaram e voltamos à placadescansando em cima da mesa na frente de nós. Após a exibição no dia anterior, os pais da Lindaforam para casa e nos obrigaram a chamá-los assim que soubéssemos os resultados do concurso.A mãe dela parecia genuinamente gostar do filme e foi tão longe para oferecer nos emprestar oequipamento tanto quanto queríamos. O que foi bom, pois já estávamos planejando nossapróxima história juntos. A Srta. H queria ir para a cerimônia de premiação, mas tinha umaaudição para participar. Mesmo que era uma das pessoas que mais trabalha que já conheci, nuncadeixou de fazer um teste. Nunca parou de tentar aterrar esse grande papel.

Nunca desistiu de seu sonho. Estiquei minhas pernas e respirava profundamente quando acerimônia prosseguiu chata e desenhada, mas importante para cada cineasta individual na sala.Fiquei muito surpreso com quantos filmes foram inseridos e achei que era pelo menos mais deuma centena. Finalmente, terminou a cerimônia, e as pessoas começaram caminhar sobre a sala,cumprimentando e parabenizando uns aos outros. — Vamos sair daqui — disse. — Sim, ok —disse Linda, em pé. Parei de pé admirando o corpo de Linda, como escolheu o seu caminhoatravés da multidão. Pode não ter percebido isso, mas era a garota mais radiante na sala. Balanceiminha cabeça, sorrindo para mim. Estava me tornando um idiota sentimental. Lá fora oscorredores eram mais silenciosos, e Linda se pressionou contra meu braço, sorrindo para mim.Beijei-a suavemente enquanto caminhávamos, o peso da placa na outra mão, um pesoreconfortante. — E agora, Bolinhas? — perguntei-lhe. Deu de ombros. — Eu não sei. Acho quepodemos terminar de escrever o script?

— Soa bem. Descemos as escadas e empurramos as portas indo para a calçada e o ar frescoda noite. Respirei fundo, deixando o ar fresco preencher meus pulmões e fazer minha cabeçazumbir ligeiramente com adrenalina. — Noah! — Uma voz gritou. Gelei, uma sacudida do medo

correndo através de mim. — Quem é? — Linda pediu. Olhei na direção da voz. Meu corpo todotenso, minha mão apertando a placa na minha mão. Queria usá-lo para esmagar seu rosto,quebrar o nariz dele e sangrar seus olhos. Não podia acreditar que tinha aparecido, apesar detudo. Meu pai ficou ao lado do edifício, seu rosto sério. — Noah, posso falar com você? —Gritou novamente. — Quem é? — Linda repetiu. — Esse é meu pai — disse. Senti sua cabeçavirar para mim e vi sua expressão chocada pelo canto do olho. — O que ele faz aqui? —Perguntou. — Eu não sei. — O que fará? — Podia ouvir o medo na sua voz.

— Espere aqui. Escorreguei meu braço fora de seu punho e comecei a andar em direção a ele.— Noah, espere — disse Linda, suplicando. Parei e olhei para trás. — Você não precisa fazerisso. Podemos apenas deixar para lá. Balancei minha cabeça. — Tudo bem, Bolinhas. Ficarátudo bem. Assentiu com a cabeça suavemente, envolvendo os braços ao redor de si mesma. Sorripra ela e então me virei para me aproximar do meu pai. Estava usando um casaco preto compridosobre um terno caro. Seu rosto era duro e sério, me encarando com adagas. Não tinha ideia decomo ouviu sobre o filme, mas claramente sabia que algo estava acontecendo, se sabia onde equando aparecer. Dirigi-me a ele e parei alguns pés de distância. — O que faz aqui? — Nãoposso apoiar o meu filho? — Não, não pode. Não mais. Chegou mais perto, raiva rolando de seusmúsculos tensos. — Não fale desse jeito, Noah.

— Falarei com você do jeito que eu quiser. — Levantei quando pisou mais perto. — Quem éessa garota? — Essa é minha namorada. Linda Lewis. Parou, e saboreei a expressão de surpresaque ultrapassou seu rosto. Obviamente pensou que tinha me domado, mesmo que nós não nosfalamos desde o funeral. Podia vê-lo lutando internamente com a verdade. — Então está jogandosua vida fora, em seguida. — Rosnou para mim. — Não, pai. Estou começando minha vida semvocê. Piscou para mim e depois riu. — Começando a sua vida? Não tem nada sem mim. Vocênão é nada sem mim, seu merdinha. Sua mãe ficaria tão desapontada com você. Fui à sua cara.— Traga-a mais uma vez, e quebrarei o seu nariz. Zombou. — Você tem uma espinha, mas aindaé um idiota. — Não, pai, é aí que se engana. — Cuspi. — Falei com nossos advogados, e sabe oque me disseram? Disseram que você não pode tocar no meu maldito fundo. Que mamãe odeixou exclusivamente para mim, e desde que sou maior de dezoito anos, esse dinheiro élegalmente meu.

Seu rosto endureceu novamente quando digeriu essa informação. — Bobagem — disse ele.— Não é bobagem. Não tem controle sobre mim, sádico desgraçado. Você é uma vergonha paraa memória dela. E está fora da minha vida agora. — Você acha que pode fazer isso, seumerdinha? Acabarei com você. — Saia daqui e nunca mais volte. Riu. — Se eu sair, pode dizeradeus à sua herança. Balancei minha cabeça infelizmente, senti a raiva escorrer lentamente domeu corpo. Ele não entendeu. Percebi naquele momento, era patético e desesperado paracontrolar tudo o que eu fazia. Ele era um homem fraco e seria sempre, e estava finalmente livre.Virei e dei alguns passos longe, Linda estava a vista. Parecia preocupada e estava abraçando-sefirmemente. Dei-lhe um sorriso fraco para tranquilizá-la. — Noah! — Ela gritou, seu rostoaterrorizado, e estendeu um braço. Minha visão escureceu quase como se algo bateu na parte detrás da minha cabeça. Meu corpo sentiu-se pesado e tudo estava tonto. Tropecei alguns passosem frente, mal conseguindo ficar em pé, como uma dor maçante perfurou meu crânio.

— Ingrato! — Meu pai rugiu, voltando para mim. Tinha me pego por trás, e não tinhanenhuma chance real de me defender. Girei, colocando minhas mãos. Consegui tomar a maioriade seu próximo golpe nas mãos e nos braços, mas continuou vindo. Desembarcou um violentosoco no meu rosto, dobrando-me. — Pare! — Ouvi os gritos de Linda, quase à distância. Poderiasentir seu hálito, o fôlego do último soco. — Cala a boca, cadela! — Meu pai rosnou e, em

seguida, empurrou-me para o chão. Tossi, lentamente, tomando fôlego quando meu pai ficou porcima de mim. — Você, bucetinha patética. Você não é nada sem mim. Rolei sobre meus joelhose lentamente fiquei de pé, dor na espinha queimando meu intestino. O olhei enquanto fervia naminha frente, suas mãos enroladas em punhos. — Grande erro, idiota! — Disse-lhe suavemente.— O que fará, bichinha? — Cuspiu em mim. Sorri e olhei para Linda. —Ei, Bolinhas, encontraráum policial. Meu pai riu, e Linda assentiu com a cabeça, indo para o centro de estudantes.

— O que fará, prender-me? — No início, sim. Apodrecerá na cadeia, seu pedaço de lixoembaraçoso. — Demorarão uma eternidade para chegar aqui, burro. Estará morto e estarei fora.— Não importa. Não merece meu tempo — disse, tentando o atrair. — Filho da puta... — dissevoltando para mim. Dei um passo para trás, colocando minhas mãos novamente e me esquivei deseus dois primeiros golpes. Claramente se inflamou por minhas provocações, e se perderardidoem sua raiva novamente. Fingiu outro golpe de esquerda e depois desceu e abordou-me no chão.Deixei-me levar para baixo. Era mais velho, mas ainda estava em boa forma, para não mencionarmais pesado do que eu era. Nós batemos na calçada juntos com um grunhido, e começou a tentarme puxar para trás para obter vantagem para mais golpes. O agarrei, rindo em voz alta em seuouvido. Ele lutou, ficando mais irritado a cada segundo. — O que é tão engraçado? — Gritou. —Este é o campus do Temple's, palerma — disse histérico. — Há policiais por toda parte! Deixei-oir rindo loucamente e voltou, deixando cair um

rude golpe na minha mandíbula. Soltou outro, depois outro. Podia sentir o sangue na minhapele, mas não me importei. Ri alto, ignorando a dor, divertindo-me com sua raiva e frustração.Assisti o borrão de azul escuro e amarelo que tinha visto sair das portas do centro estudantil ummomento mais cedo que agarrou seus ombros e o arrancou de mim. Estava nas minhas costasquando a polícia o conteve, sorrindo de orelha a orelha. No meu sofá, em meu apartamento,algumas horas mais tarde, depois de intermináveis perguntas e burocracia demais, minhas pernasesticadas sobre a mesa de café, quando Linda voltou com mais gelo. Meu rosto estava inchado edolorido, mas o médico que me olhou disse que tive sorte que não tinha quebrado algo sério. —Minha questão é como sabia que encontraria um policial assim tão rápido? — Perguntou-me.Linda não era fã do meu plano. Pediu-me para correr ou lutar, ou não fazer nada, mas meu paime batia sem sentido. Mas sabia que era só uma questão de poucos minutos antes queencontrasse um oficial, e se os policiais vissem meu pai no ato de tentar quebrar minha cara seriamuito mais fácil a longo prazo obter a minha ordem de restrição. — Vimos anteriormente epercebi que estavam por aí em algum lugar — disse. — Só deixei ir quando tive certeza de queestavam perto o suficiente para impedi-lo de me matar.

Riu e balançou a cabeça. — Então o deixou bater em você? Dei de ombros. — Sim,basicamente. Pressionou o gelo contra minha cabeça e grunhi no frio. — Você é idiota — disse,sorrindo. Sorriu para ela. — E você é sexy, Bolinhas. Revirou os olhos, em seguida, beijou-mesuavemente. A agarrei e a puxei para o meu colo, deixando o gelo sair da minha cabeça e cair nosofá. A abracei apertado e a beijei profundamente, deixando seu gosto preencher minha boca,com fome para cada centímetro de seu corpo. Ela se mexeu e grunhi. — Baixo garoto. — Eladisse, colocando suas mãos no meu peito. — Não posso controlar — disse. E era verdade:quando estava por perto, a única coisa que conseguia pensar era tirar lentamente sua roupa. Nãopodia imaginar uma vida sem isso. — Nós ainda temos um script para terminar — disse ela,sorrindo timidamente. — Não tente adiar o inevitável. Riu e balançou a cabeça. — É só nissoque você pensa?

— Quando se trata de você? — perguntei. — Sim, basicamente. Gemeu, mas não lutouquando comecei a beijá-la novamente, perdendo-me em sua pele e lábios macios. Sabia que

teríamos tempo de sobra para terminar o roteiro. Talvez não naquela noite, ou talvez nem mesmono dia seguinte, se fosse do meu jeito. Mas temos tempo, muito tempo, para terminar muitosscripts como queríamos, filmar tantas cenas como queríamos. Teríamos tempo de sobra parafazermos juntos o filme das nossas vidas.