Curso de Ciências Contábeis – 3° e 4º Semestre
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Curso de Ciências Contábeis – 3° e 4º Semestre
Anderson Negri MoreiraEdson Bernardo NackLucia de Fátima da Silva GoedrtAnthoni Pedro Martins
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Anderson Negri MoreiraEdson Bernardo Nack
Lucia de Fátima da Silva GoedertAnthoni Pedro Martins
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Trabalho apresentado nadisciplina de ContabilidadeIntermediaria do curso deCiências Contábeis do Institutode Ensino Superior da GrandeFlorianópolis, ministrada peloprofessor Neri Muller.
3
São José, 13 de setembro de 2006.SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.............................................................5
2. PATRIMÔNIO LÍQUIDO....................................................62.1 Conceito.......................................................................................................................................... 6
2.2 Capital Social.................................................................................................................................. 6
2.3 Capital Realizado........................................................................................................................... 6
2.4 Correção Monetária do Capital Realizado...................................................................................7
2.5 Capital Autorizado......................................................................................................................... 7
2.6 Ações................................................................................................................................................ 8
2.7 Ações com Valor Nominal..............................................................................................................8
2.8 Ações sem Valor Nominal.............................................................................................................. 8
2.9 Reembolso de Ações....................................................................................................................... 9
2.10 Resgate de Ações.......................................................................................................................... 10
2.11 Amortizações de Ações................................................................................................................ 11
2.12 Correção Monetária do Capital Realizado.................................................................................11
3 RESERVAS DE CAPITAL..................................................113.1 Reserva Especial de Ágio na Incorporação................................................................................12
3.2 Alienação de Partes Beneficiárias e Bônus de Subscrição........................................................13
3.3 Prêmio na Emissão de Debêntures.............................................................................................13
3.4 Doação e Subvenções para Investimento..................................................................................133.4.1 Doação.........................................................133.4.2 Subvenções.....................................................13
3.5 Destinação das Reservas de Capital...........................................................................................15
3.6 Reservas de Reavaliação............................................................................................................. 15
3.7 Reservas de Lucros....................................................................................................................... 163.7.1 As Contas de Reservas de Lucros................................163.7.2 Reserva Legal..................................................16
4
3.7.3 Reservas Estatutárias..........................................163.8 Reserva para Contingências........................................................................................................173.8.1 Casos de Contingências e Perdas Futuras Extraordinárias........17
3.9 Reservas de Lucros a Realizar.....................................................................................................18
3.10 Reserva de Lucros para Expansão (Retenção de Lucros)..........................................................20
3.11 Reserva Especial para Dividendo Obrigatório não Distribuído...............................................21
3.12 Reserva de Lucros (Benefícios Fiscais)........................................................................................21
4 LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS.......................................22
5 DIVIDENDOS...........................................................225.1 Dividendo Obrigatório quando Omisso no Estatuto.................................................................23
5.2 Registro Contábil da Distribuição de Dividendos......................................................................23
6 JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO........................................24
7 AÇÕES EM TESOURARIA..................................................247.1 Resultado nas Transações com Ações em Tesouraria..............................................................257.1.1 Ocorrendo Lucro................................................257.1.2 Ocorrendo Prejuízo.............................................26
8 ADIANTAMENTOS PARA AUMENTO DE CAPITAL................................26
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................27
10 BIBLIOGRAFIA.........................................................28
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................29
5
1. INTRODUÇÃO
Nessa pesquisa procuramos, nos aprofundar um pouco mais no
que diz respeito, ao Patrimônio Líquido e sua composição, que
é representado pelo os valores que os sócios têm na empresa,
6
num determinado momento. É resultante do ativo menos o
passivo.
Todo o conteúdo minuciosamente pesquisa do apresentado a
segui, foi praticamente todo retirado da Lei 6.404/76 a tão
conhecida Lei das Sociedades por Ações.
7
2. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2.1 Conceito No balanço patrimonial, é a diferença entre o valor dos
ativos, passivos e resultado de exercícios futuros, representa
o Patrimônio Líquido, que é o valor contábil pertencente aos
acionistas ou sócios.
De acordo com a Lei 6.404/76, o Patrimônio Líquido é
composto das seguintes contas:
2.2 Capital Social O investimento inicial efetuado em uma companhia pelos
acionistas é representado pelo Capital Social. Este abrange
não só as parcelas entregues pelos acionistas como também os
valores obtidos pela sociedade e que, por decisões dos
proprietários, se incorporam ao Capital Social, representando
uma espécie de renúncia a sua distribuição na forma de
dinheiro ou de outros bens.
2.3 Capital Realizado O valor que deve constar no Patrimônio Líquido no subgrupo
de Capital é o Capital Realizado, ou seja, o total
efetivamente integralizado pelos acionistas.
“O artigo 182 da Lei 6.404/76 estabelece que a conta do capital social
discriminará o montante subscrito, e por dedução, a parcela ainda não realizada.”
8
Dessa forma, a empresa deve ter a conta de Capital Subscrito
e a conta devedora de Capital à Integralizar , sendo que o
líquido entre ambas representa o Capital Realizado.
Exemplo de Contabilização: Na subscrição feita pelos
acionistas.
Contas Débito CréditoCapital a Integralizar 10.000,0
0Capital Subscrito 10.000,00
Exemplo de Contabilização: Na integralização pelos
acionistas, que pode ser em dinheiro ou bens.
Contas Débito CréditoCaixa, Bancos, Imobilizado etc. 8.000,00Capital a Integralizar 8.000,00
Exemplo de Classificação no Balanço Patrimonial:
Patrimônio Líquido SaldosCapital Social 10.000,00Capital a Integralizar 2.000,00Capital Realizado 8.000,00
9
2.4 Correção Monetária do Capital Realizado A Lei 9.249/95, em seu artigo 4º parágrafo único, vetou a
utilização de qualquer sistema de correção monetária de
demonstrações contábeis, inclusive para fins societários.
2.5 Capital Autorizado Algumas sociedades têm Capital Autorizado ao limite
estabelecido em valor ou em número de ações, pelo qual o
Estatuto autoriza o Conselho de Administração a aumentar o
capital social da companhia, independente de reforma
estatutária, dando mais flexibilidade à empresa, o que é
particularmente útil em épocas de expansões.
A informação do Capital Autorizado deve constar nas
Demonstrações Contábeis ou em Nota Explicativa.
Exemplo de Contabilização:
Contas Débito CréditoCapital Autorizado 10.000,00Capital a Subscrever 8.000,00
Dessa forma, a conta Capital Subscrito teria o saldo de R$
2.000,00, mas suas sub-contas manteriam o controle de
autorizado e a parcela ainda a subscrever.
2.6 Ações A ação é a menor parcela em que se divide o capital social
da companhia. As ações podem ser ordinárias ou preferenciais,
10
de acordo com a natureza dos direitos ou vantagens conferidos
a seus titulares.
‘’A Instrução CVM 59 de 22/12/1986, destaca fatos que, quando relevantes,
devem ser destacado em notas explicativas para melhor compreensão sobre capital,
tais como: critérios de emissão, número, espécie e classe de ações e ainda os
benefícios desses tipos de ações.’’
2.7 Ações com Valor Nominal Na conta Capital Social, as ações devem figurar somente
por seu valor nominal. O excedente, ou seja, a diferença entre
o preço que os acionistas pagam pelas ações à Companhia e seu
valor nominal deve ser registrada em conta de Reserva de
Capital.
Supondo que a companhia tenha ações ao valor nominal de R$
1,00 e faça um aumento de Capital de 50.000.000 ações ao preço
de 1,30 cada uma teríamos:
Contas SaldosCapital Social 50.000.000,00Reserva de Capital – Ágio na emissão de
Ações
15.000.000,00
Total Recebido pela Companhia 65.000.000,00
2.8 Ações sem Valor Nominal A Lei 6.404/76 criou as ações sem valor nominal, cujo
preço de emissão é fixado, na Constituição, pelos fundadores,
e nos aumentos de capital, pela assembléia geral ou pelo
11
conselho de administração, conforme dispuser o estatuto. O
preço de emissão das ações sem valor nominal pode ser fixado
com parte destinada à formação de reserva de capital. Nesse
caso a Lei 6.404/76, define na letra a do §1º do artigo 182,
que a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal,
que ultrapassar a importância destinada à formação do capital
social, será classificada como Reserva de Capital.
Exemplo de Contabilização: A sociedade emite 50.000.000 de
ações sem valor nominal, a serem vendidas por R$ 1,30 cada
uma, mas destina ao capital social apenas R$ 1,10 por ação.
Contas Débito CréditoBancos 65.000.000
,00Capital 55.000.000
,00Reserva de Capital - Ágio na Emissãode Ações
10.000.000
,00
2.9 Reembolso de Ações A operação em que a companhia paga aos acionistas o valor
de suas ações por razões de dissidência nos casos previstos na
legislação societária é denominada reembolso de ações.
“De acordo com o artigo 45 da Lei 9.457/97, o valor de reembolso para
acionistas dissidentes poderá se estipulado com base no valor econômico da
companhia, caso o estatuto assim o possibilite. O valor econômico será fixado com
base no valor econômico em avaliação realizada por peritos, e poderá ser menor
12
que o valor patrimonial da companhia, calculado com base no Patrimônio Líquido
constante do último balanço aprovado em Assembléia Geral. Quando esta ocorrer
após 60 (sessenta dias) da data do último balanço aprovado, é facultado ao sócio
dissidente pedir, juntamente com o reembolso, um balanço especial em data que
atenda àquele prazo, garantindo o direito de receber, imediatamente, 80% do valor
com base no último balanço aprovado e o restante com base no balanço especial,
no prazo de 120 (cento e vinte) dias, a contar da data da deliberação da assembléia
geral.”
“A Lei 9.457/97 estabelece que o reembolso de ações será feito com redução
do capital social somente quando, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, da data de
publicação da ata da assembléia em função da qual houve a dissidência, não forem
substituídos os acionistas cujas ações tenham sido reembolsadas à conta de Capital
Social. Nesse caso, enquanto permanecem em tesouraria, o valor do custo de
aquisição dessas ações, para fins de apresentação no Balanço Patrimonial, será
deduzido da conta Capital Social.”
2.10 Resgate de AçõesA compra das próprias ações pela companhia, para retira-
las de circulação, é denominada reembolso de ações, sendo que
enquanto essa ações permanecerem em tesouraria, não terão
direito a dividendos nem a voto.
Tal operação poderá ser realizada com redução ou não do
capital social. Quando o valor do capital social for mantido e
as ações forem com valor nominal, deverá atribuir-se um novo
valor nominal as ações remanescentes.
13
Mantendo-se o capital social, o resgate das ações se
processará com a utilização de reservas ou lucros acumulados.
Assim o registro contábil será efetuado da seguinte forma:
Contas Débito CréditoReservas de Lucros XReservas EstatutáriasCaixa ou Banco Conta Movimento X
Imediatamente se procederá à determinação do novo valor
nominal das ações, com base no capital social e na quantidade
de ações remanescentes.
Por outro lado, o resgate efetuar-se com redução do
capital social, o lançamento contábil será efetuado da
seguinte forma:
Contas Débito CréditoCapital Social XCaixa ou Bancos Conta Movimento X
O valor das ações nesse caso permanecerá o mesmo.
2.11 Amortizações de Ações Denomina-se amortização de ações a operação pela qual a
companhia distribui ao acionista, por suas ações, a quantia
que lhe poderá caber em caso de liquidação da companhia. Essa
amortização pode ser integral ou parcial, pode abranger todas
as classe de ações ou apenas uma delas e somente poderá ser
feita sem redução do capital social.
14
As ações integralmente amortizadas poderão ser
substituídas por ações de fruição, que são aquelas ações
emitidas em substituição por ações integralmente amortizadas,
desde que respeitadas as restrições fixadas pelo estatuto ou
pela assembléia geral que deliberar a amortização.
2.12 Correção Monetária do Capital Realizado “A Lei 9.249/95, em seu artigo 4º, parágrafo único, vetou a utilização de
qualquer sistema de correção monetária de demonstrações contábeis, inclusive para
fins societários.”
3 RESERVAS DE CAPITAL As reservas de capital são constituídas com valores
recebidos pela companhia e que não transitam pelo resultado
como Receitas, por se referirem a valores destinados a reforço
de seu capital, sem terem como contrapartida qualquer esforço
da empresa em termos de entrega de bens ou de prestações de
serviços. Entretanto a Lei 6.404/76, ainda inclui como reserva
de Capital o premio na emissão de debêntures e as subscrições
para investimento. E a legislação fiscal, de certa forma,
induz á esse mesmo tratamento.
“Classificação das Reservas de Capital no Plano de Contas, conforme definido no
§ 1º do Artigo 182 da Lei 6.404/76, o Plano apresenta as seguintes contas nesse
subgrupo:”
RESERVAS DE CAPITAL
Ágio na emissão de ações;
15
Reserva especial de ágio na incorporação;
Alienação de partes beneficiárias;
Alienação de bônus de subscrição;
Prêmio na emissão de debêntures;
Doação e subvenções para investimentos.
3.1 Reserva Especial de Ágio na Incorporação A reserva especial de Ágio na Incorporação é uma inovação
trazida pela Comissão de Valores Mobiliários, em sua Instrução
nº 319, de 03/12/1999. Essa conta aparecerá no patrimônio
líquido da incorporadora, como contrapartida do montante do
ágio resultante da aquisição do controle da companhia aberta
que incorporar sua controladora (artigo 6º, § 1º).
Essa reserva Especial de ágio é composta pela
contrapartida das seguintes contas, conforme o fundamento
econômico que justifique a existência do ágio (incisos I, II e
III):
As contas representativas dos bens que lhes deram
origem, quando o fundamento econômico tiver sido a diferença
entre o valor de mercado dos bens e o dos bens e o seu valor
contábil;
A conta específica do ativo imobilizado (ágio),
quando o fundamento econômico tiver sido a aquisição do
direito de exploração, concessão ou permissão outorgados pelo
Poder Público;
16
A conta específica do ativo diferido (ágio), quando o
fundamento econômico tiver sido a expectativa de resultado
futuro.
“Esse benefício fiscal corresponde à possibilidade dada pela lei fiscal (artigo 386,
inciso III, do RIR/99) à pessoa jurídica que absorver o patrimônio de outra, poderá
amortizar o valor do ágio fundamentado por expectativa de rentabilidade futura em
5 (cinco), anos.”
3.2 Alienação de Partes Beneficiárias e Bônus de Subscrição As partes beneficiárias e os bônus de subscrição são
valores mobiliários que podem ser alienados e, nesse caso, o
produto da alienação é contabilizado em Reserva de Capital
Específica. Se forem emitidos gratuitamente, não haverá
contabilização. Caberia aí apenas, no caso das partes
beneficiárias, a menção em Nota Explicativa de sua existência
e do direito que lhe foi atribuído. Alias essa menção deve ser
feita mesmo que tais partes beneficiárias sejam alienadas.
3.3 Prêmio na Emissão de Debêntures Quando o preço da emissão de debêntures for superior a seu
valor nominal, a diferença constituirá o prêmio, que será
registrado como Reserva de Capital. Isso Acontecerá quando as
condições dadas às debêntures forem tão boas a ponto de torna-
las extremamente atraentes.
Por for emitida uma série de debêntures de valor de resgate
igual a R$ 1.000,00 cada uma, sujeitas a variação monetária,
juros e ainda com direito a participação nos lucros, poderá
17
ocorrer de tais vantagens serem tão boas que se possa o
colocar essas debêntures no mercado por R$ 1.050,00. Nesse
caso, os R$ 50,00 constituem essa reserva Prêmio na Emissão de
Debêntures.
3.4 Doação e Subvenções para Investimento
3.4.1 Doação O valor das doações recebidas pela companhia constituirá
Reserva de Capital. Essas doações poderão ser em dinheiro ou
em bens imóveis, móveis ou direitos. Os ativos recebidos em
doação devem ser contabilizados pelo valor de mercado.
Por Exemplo, se a empresa receber um terreno, deverá
avalia-lo para saber quando lhe custaria caso o tivesse
comprado. Sendo assim essa deverá ser o valor do imóvel e o
da Reserva de Capital.
3.4.2 Subvenções Há diversos casos de subvenções, e são mais comuns aqueles
concedidos às empresas pelo governo (federal estadual ou
municipal) como incentivo ou ajuda a setores econômicos ou
regiões em cujo desenvolvimento haja interesse especial. As
subvenções para investimento não são computadas na
determinação da base de calculo do imposto de renda, desde que
registrada como reserva de capital (artigo 443, inciso I,
Decreto nº 3.000/99).
A isenção ou redução do imposto de renda: é o caso de
empresas incentivadas as da Sudene, Sudam etc. O valor do
imposto de renda que deixa de ser pago deve ser apropriado a
18
crédito dessa Reserva. Essa apropriação é comumente feita
contra o recebimento integral da despesa de imposto de renda o
resultado do exercício.
Incentivo de ICMS: para determinados empreendimentos,
devido a sua localização ou ramo de atividade, a critério da
respectiva legislação estadual, poderá ser concedidas, como
incentivo fiscal de ICMS recolhido.
Em decorrência das normas da Lei nº 6.404/76 e da
legislação fiscal, impondo o registro desse valor em conta de
reserva de capital, o esquema de lançamento a seguir
visualizado pode ser apresentado.
Contas Débito CréditoNo mês de competência ICMS faturamento nas vendas XICMS a Recolher XNo recolhimento do ICMSPelo 100% do imposto - ICMS a Recolher XCaixa ou Banco conta Movimento XPelo valor do incentivo - Depósito
Vinculados a Liberar
X
Reserva de Capital - Subvenções para
Investimentos
X
Esse retorno não é considerado, pois, nem receita nem
redução de qualquer despesa, mas sim diretamente como
acréscimo do Patrimônio Líquido.
19
3.5 Destinação das Reservas de Capital As reservas de capital somente podem ser utilizadas para:
a) Absorver prejuízos, quando estes ultrapassarem os lucros
acumulados e as reservas de lucros;
b) Resgate, reembolso ou compra de ações;
c) Resgate de partes beneficiárias;
d) Incorporação do capital;
e) Pagamento de dividendos a ações preferenciais, quando
essa vantagem lhes for assegurada.
“A Lei nº 6.404/76 estabelece que, quando o lucro for insuficiente para
distribuir dividendo cumulativo às ações preferenciais, as reservas de capital
poderão ser utilizadas para fim, mas somente se o estatuto conferir esse direito. A
única Reserva de Capital que não pode ser utilizada para esse pagamento é a de
correção monetária do Capital Realizado (artigo 17, § 5º).”
3.6 Reservas de Reavaliação As reservas de reavaliação devem estar segregadas em:
Reavaliação de ativos próprios;
Reavaliação de ativos de coligadas e controladas avaliadas
ao método da equivalência patrimonial.
Na primeira sub-conta, estariam classificadas as
reavaliações feitas pela empresa de seus próprios bens, pela
parcela da nova avaliação ao preço de mercado que exceder o
valor líquido contábil anterior dos bens.
20
Na segunda sub-conta, devem ser registradas as
contrapartidas relativas aos débitos feitos na conta de
investimentos em coligadas e controladas avaliados pelo método
da equivalência patrimonial, quando tais débitos forem
oriundos de reavaliações feitas pelas coligadas e controladas
e a baixa posterior nessa conta de Reserva de Reavaliação
deverá ser feita à medida da realização dos ativos
correspondentes na coligada ou controlada pela baixa dos
ativos ou sua depreciação e amortização.
3.7 Reservas de Lucros Reservas de lucros são as contas de reservas constituídas
pela apropriação de lucros da companhia, conforme também
previsto pelo § 4º do artigo 182 da Lei nº 6.404/76.
3.7.1 As Contas de Reservas de Lucros Tendo em vista seu conceito e as definições da própria Lei
das Sociedades por Ações, podemos ter as seguintes Reservas de
Lucros:
a) Reserva legal;
b) Reservas estatutárias;
c) Reservas para contingências;
d) Reserva de lucros a realizar;
e) Reserva de lucros para expansão;
f) Reserva especial para dividendo obrigatório não
distribuído.
21
3.7.2 Reserva Legal Essa reserva, basicamente instituída para dar proteção ao
credor, é tratada no artigo 193 da Lei nº 6.404/76, e deverá
ser constituída com a destinação de 5% do lucro líquido do
exercício. Será constituída obrigatoriamente, pela companhia,
até que seu valor atinja 20% do capital social realizado
quando então deixará de ser acrescida, ou poderá, a critério
da companhia, deixar de receber créditos, quando o saldo desta
reserva, somado ao montante das Reservas de Capital, atingir
30% do Capital social.
3.7.3 Reservas Estatutárias As reservas estatutárias são constituídas por determinação
do estatuto da companhia, como destinação de uma parcela dos
lucros do exercício.
A empresa deverá criar sub-contas conforme a natureza a
que se refere, e com intitulação que indique sua finalidade.
Para cada reserva estatutária, todavia, a empresa terá de, em
seu estatuto:
a) Definir sua finalidade de modo preciso e completo;
b) Fixar os critérios para determinar a parcela anual do
lucro líquido a ser utilizada;
c) Estabelecer seu limite máximo.
3.8 Reserva para Contingências “O artigo 195 da Lei nº 6.404/76, estabelece a forma para constituição da
reserva para contingências, como segue:
22
A assembléia geral poderá, por proposta dos órgãos da administração,
destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de
compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada
provável, cujo valor possa ser estimado.”
3.8.1 Casos de Contingências e Perdas Futuras Extraordinárias È portanto em função desse objetivo que sua adoção tem
maior aplicação nos casos em que sejam previsíveis, com certa
segurança, perdas cíclicas. Tais perdas cíclicas podem ser de
natureza variada, como, por exemplo, os seguintes casos de
fenômenos naturais que afetam diretamente as operações e
rentabilidade da empresa:
a) Geada ou secas, que podem atingir empresas com
plantações, criações ou estoques nessas áreas, ou ainda
as que dependem desses produtos para suas operações, como
no caso de empresas comerciais ou industriais que
utilizem esse insumos no processo produtivo;
b) Cheias, inundações e outros fenômenos naturais que
podem ocorrer ciclicamente nas áreas onde se localizam
estoques ou instalações da empresa, gerando prejuízos
efetivos por perdas de bens, por paralisação temporária
das operações etc.
E também cabível essa reserva quando há expectativa de
paralisações temporárias grandes e extraordinárias devido a
23
substituições anormais de equipamentos, perspectivas anônimas
de escassez de insumos etc.
Ano Lucro
Dividendo
TotalMínimo 25% Adicional
1º 100,00 25,00 75,00 100,002º 100,00 25,00 75,00 100,003º 10,00 2,50 7,50 10,004º 100,00 25,00 75,00 100,005º 100,00 25,00 75,00 100,006º 10,00 2,50 7,50 10,00
Nesse caso, tendo perdas cíclicas a cada três anos por
geada, seca, cheia ou outra perda extraordinária, a empresa
poderia no 1º e 2º anos constituir reservas para
contingências, como segue:
Ano Lucro
Reserva para
Contingência
Valor-
Base
Dividendos
Dividendos
Total
Formação Reversão
Mínimo
25%
Adicional
1º 100,0
0
30,00 70,00 17,50 52,50 70,00
2º 100,0
0
30,00 70,00 17,50 52,50 70,00
3º 10,00 60,00 70,00 17,50 52,50 70,004º 100,0
0
30,00 70,00 17,50 52,50 70,00
5º 100,0
0
30,00 70,00 17,50 52,50 70,00
6º 10,00 60,00 70,00 17,50 52,50 70,00
24
Como se verifica, nesse caso de perdas cíclicas, fazendo-
se a reserva para contingências, há uma uniformização dos
dividendos totais distribuídos ano a ano, pois nos anos bons
forma-se a reserva e, no ano em que a perda ocorre, reverte-se
a reserva.
3.9 Reservas de Lucros a Realizar Essa reserva é constituída como uma destinação dos lucros
do exercício, sendo, todavia, optativa sua constituição.
O objetivo de constituí-la é evidenciar a parcela de
lucros ainda não realizada financeiramente (apesar de contábil
e economicamente realizada) pela companhia e também não
distribuir dividendo obrigatório, fixado como porcentagem do
lucro do exercício, sobre essa mesma parcela.
Como a contabilidade considera, para a apuração do lucro,
não somente os fatos financeiros, mas também os econômicos,
dificilmente todo o lucro apurado da companhia resulta em um
aumento correspondente em seu ativo circulante. Isso é mais
verdade quando a perda do poder aquisitivo da moeda é
reconhecida nas demonstrações contábeis.
“O artigo 197 da Lei 6.404/76, que trata da Reserva de Lucros a Realizar,
prece que no exercício em que os lucros a realizar ultrapassarem o total deduzido
nos termos dos artigos 193 a 196, a assembléia geral poderá, por proposta dos
órgão da administração, destinar o excesso à constituição de reservas de lucros a
realizar.”
25
Exemplo:
A Companhia do Patrimônio Líquido, cujo estatuto fixa o
dividendo obrigatório em 25% do lucro líquido, obteve um lucro
de R$ 150.000, estando incluído nesse resultado um lucro a
realizar de 100.00. O presidente da companhia define as
seguintes premissas para elaboração da proposta de destinação
do lucro líquido que deverá ser submetida à assembléia geral.
a) Destinação de 5% do lucro líquido para constituição
de Reserva Legal;
b) Pagamento apenas do dividendo obrigatório;
c) Constituição da reserva de lucros a realizar até o
limite permitido na legislação.
Interpretando os artigos 197 e 202, da Lei 6.404/76, o
contador conclui que:
a) Reserva de lucro a realizar = lucro a realizar –
reserva legal – reservas estatutárias – reserva para
contingências – retenção de lucros;
b) Dividendo obrigatório = percentual x (lucro líquido –
reserva legal –reserva para contingências – reserva de
lucros a realizar).
Efetuando, então os seguintes cálculos para a
apuração da reserva de lucros a realizar e do dividendo
obrigatório:
26
1.Cálculo da reserva de lucros a realizar:
Reserva de lucros a realizar = lucro a realizar – reserva
legal – reservas estatutárias – reserva para contingências –
retenção de lucros.
Reserva de lucros a realizar = 100.000 – 7.500 = 92.500;
2.Cálculo do dividendo obrigatório:
Dividendo obrigatório = percentual x ( lucro líquido –
reserva legal – reserva para contingência – reservas de
lucros a realizar).
Dividendo obrigatório = 0,25 x ( 150.000 – 7.500 – 92.500)
= 12.500.
Concluída a determinação da reserva legal o do
dividendo obrigatório, foi elaborado a seguinte proposta de
destinação do lucro líquido para à assembléia geral:
O lucro líquido foi de R$ 150.000, e serão
destinados R$ 7.500, para reserva legal R$ 92.500, para
reserva de lucros a realizar e R$ 12.500, serão distribuídos
aos acionistas.
3.10 Reserva de Lucros para Expansão (Retenção de Lucros) Para atender a projetos de investimentos, a companhia
poderá reter parte dos lucros do exercício, conforme
disciplinado pelo artigo 196 da Lei 6.404/76, que trata da
reserva de Retenção de Lucros. Essa retenção deverá estar
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justificada com o orçamento de capital da companhia, a ser
proposta pela administração e aprovada pela assembléia geral.
Entretanto, essa Reserva também não pode ser constituída em
detrimento do pagamento do dividendo obrigatório. Sua
finalidade é justificar a não-distribuição de dividendos
adicionais aos obrigatórios.
“O § 1° do artigo 196 da Lei 6.404/76, ressalta que esse orçamento deverá
compreender todas as fontes de recursos e aplicações de capital, fixo ou circulante, e
poderá ter duração de até cinco exercícios, salvo no caso de execução, por prazo
maior, de projeto de investimento.”
3.11 Reserva Especial para Dividendo Obrigatório não Distribuído A companhia deverá constituir essa reserva de lucros
quando tiver dividendo obrigatório a distribuir, mas sem
condições financeiras para seu pagamento, situação em que se
utilizará do expediente previsto nos §§ 4° e 5° do artigo 202
da Lei 6.404/76.
Nesse caso, o dividendo deixa de ser pago naquele
exercício e, para tanto, já no balanço, apura o valor de
dividendo obrigatório e apropria-lo para essa reserva especial
de lucros a débito de Lucros Acumulados. Tais dividendos serão
pagos aos acionistas no futuro, assim que a situação
financeira o permitir, desde que não tenham sido absorvidos
por prejuízos dos exercícios seguintes.
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3.12 Reserva de Lucros (Benefícios Fiscais) “O artigo 422 do RIR/99 faculta ao contribuinte o diferimento do ganho de
capital obtido na desapropriação de bens mediante sua transferência para uma
conta de Reserva Especial de Lucros.”
Tal diferimento está condicionado a que a empresa aplique
importância igual ao ganho de capital na aquisição de outros
bens do ativo permanente, no prazo máximo de dois anos do
recebimento da indenização. Exige-se ainda que a empresa
discrimine na reserva de lucros os bens objeto dessa aplicação
do ganho de capital, de forma a permitir a determinação do
valor realizado em cada período de apuração.
Essa reserva especial de lucros assim constituída será
considerada realizada, sendo computada na determinação do
lucro real nos seguintes casos (artigo 422 § 1° e artigo 435
do RIR/99):
a) Quando for utilizada para distribuição de dividendos;
b) No período em que for utilizada para aumento do
capital social, no montante capitalizado;
c) Em cada período de apuração, na proporção em que os
ativos adquiridos pela aplicação do ganho de capital
diferido sejam realizados por alienação, depreciação,
amortização ou exaustão ou por baixa por perecimento.
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4 LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS Essa conta representa o saldo remanescente dos lucros ou
prejuízos líquidos das apropriações para reservas de lucros e
dos dividendos distribuídos, saldo esse que faz parte do
patrimônio líquido na data do balanço. Essa conta representa a
interligação entre o Balanço e a Demonstração do Resultado do
Exercício.
O Plano de Contas apresenta tal conta com as sub-contas
Lucros Acumulados (de natureza credora), e Prejuízos
Acumulados (de natureza devedora), mas que podem ser mantidas
em uma só conta. O importante é que, mesmo sendo devedor seu
saldo, ou seja, quando a prejuízos acumulados, deverá estar
classificada no Patrimônio Líquido.
5 DIVIDENDOS Os dividendos representam uma destinação do lucro do
exercício, dos lucros acumulados ou de reservas de lucros aos
acionistas da companhia. Em casos especiais, poderão ser
utilizadas as reservas de capital para o pagamento de
dividendos às ações preferenciais.
“De acordo com a Lei 6.404/76, as ações preferenciais, têm direito, salvo no
caso de ações com dividendos fixo ou mínimos, cumulativos ou não, a dividendos no
mínimo de10 % maiores do que os atribuídos às ações ordinárias. Podem, ainda ter
direito a prioridade na distribuição, no reembolso do capital, com ou sem prêmio, e
na acumulação das vantagens citadas neste parágrafo.”
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“A Lei 6.404/76 regula a forma de distribuição do dividendo mínimo
obrigatório, com o objetivo de proteger os acionistas. Assim é que cada companhia
deve, em cada exercício, distribuir uma parcela dos lucros, a título de dividendo
obrigatório, de acordo com o que estiver estipulado em seu estatuto. Este pode
defini-lo como uma porcentagem dos lucros do ano, ou capital social, ou do
patrimônio líquido etc., ou fixar qualquer outro critério, desde que não submeta o
dividendo ao arbítrio da administração ou da maioria da assembléia.”
5.1 Dividendo Obrigatório quando Omisso no Estatuto Quando o estatuto da companhia for omisso à parcela do
lucro de cada exercício que deverá ser distribuída a título de
dividendo, o acionista terá direito à metade do lucro
ajustado, como discriminado a seguir:
Lucro Líquido do Exercício
X
Menos: Parcela de lucros destinada à constituição de Reserva
Legal (X)
Menos: Valor destinado à formação de Reserva para
Contingências (X)
Mais: Reversão da Reserva para Contingências formada em
exercícios anteriores, se nesse exercício tiver
ocorrido a perda
ou tiverem deixado de existir as razões que levaram a
sua cons-
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tituição.
X
Menos:Valor transferido para a conta Reserva de Lucros a
Realizar. (X)
Mais: Lucros constantes da Reserva de Lucros a Realizar
formada em
exercícios anteriores e que se realizem no exercício
(X)
Lucro ajustado (base para o cálculo do dividendo)
XX
5.2 Registro Contábil da Distribuição de Dividendos A distribuição de dividendos, de acordo com a Lei
6.404/76, somente poderá ser feita utilizando-se os Lucros
Acumulados ou as Reservas de Lucros (exceto a legal), e em
casos especiais, as Reservas de Capital. A contabilização
dessa distribuição, porém poderá, deverá sempre ser feita a
débito da conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados. Assim, se
for decidido distribuir como dividendo uma parcela de saldo
constante da uma Reserva Estatutária, deverá haver,
primeiramente, reversão da Reserva Estatutária para Lucros ou
Prejuízos Acumulados, para depois, então, passar para o
Passivo Circulante.
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6 JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO Os juros sobre o capital próprio foram introduzidos pela
Lei 9.249/95, que no seu artigo 9°, faculta às empresas
deduzir da base de cálculo do imposto sobre a renda, a título
de remuneração do capital próprio, os juros pagos ou
creditados a titular, sócio ou acionista, limitados à taxa de
juros de Longo prazo (TJLP).
Para usufruir de tal benefício fiscal, esse valor deve
ser debitado ao resultado do exercício como despesa
financeira, se pago ou creditado aos sócios ou
alternativamente, capitalizado ou mantido em conta de reserva
destinada ao aumento de capital.
7 AÇÕES EM TESOURARIA As ações da companhia que forem adquiridas pela própria
sociedade são denominadas Ações em Tesouraria.
Não é permitido às companhias (abertas ou fechadas)
adquirir suas próprias ações a não ser quando:
a) De operações de resgate, reembolso ou amortizações de
ações;
b) Aquisição para permanência em tesouraria ou
cancelamento, desde que até o valor do saldo de lucros ou
reservas (exceto a legal) e sem diminuição do capital
social ou recebimento dessas ações por doação;
c) Aquisição para diminuição do capital (em casos
restritos).
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A operação de compra de ações pela própria companhia é
como se fosse uma devolução de patrimônio Líquido, motivo pelo
qual a conta que as registra (devedora) deve ser apresentada
como conta redutora do patrimônio.
“O § 5° do artigo 182 da Lei 6.404/76, determina que as ações em tesouraria
deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido
que registra a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.”
A forma de apresentação do balanço patrimonial poderá ser
a seguinte, se for decidido que a aquisição seja feita à conta
de uma Reserva Estatutária:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CAPITAL SOCIAL
500.000 ações de valor nominal de R$ 10,00 cada uma,
subscritas e integralizadas
5.000.000,00
RESERVA DE CAPITAL
600.000,00
RESERVAS DE LUCROS
Reserva Legal
300.000,00
Reserva Estatutária 600.000,00
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Menos: 10.000 ações em tesouraria, ao custo
(150.000,00) 450.000,00
LUCROS ACUMULADOS 30.000,00
Patrimônio Líquido 6.380.000,00
7.1 Resultado nas Transações com Ações em Tesouraria À medida que a companhia alienar Ações em Tesouraria, tal
operação gerará resultados positivos ou negativos. Essas
transações não fazem parte das operações normais ou acessórias
da companhia e não devem ser contabilizadas como receitas ou
despesas, ou seja, tais resultados não integram a Demonstração
de Resultado de Exercício.
7.1.1 Ocorrendo Lucro Deverá ser registrado a crédito de uma reserva de capital,
pois sua natureza é similar à do ágio na emissão de ações.
7.1.2 Ocorrendo Prejuízo Tal diferença deverá ser debitada na mesma conta de
reserva de capital que registrou lucros anteriores nessas
transações, até o limite de seu saldo, e o excesso (prejuízos
apurados nas transações superiores ao lucro já registrado)
deverá ser considerado a débito da própria conta de reserva
que originou os recursos para aquisição das próprias ações.
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“Aspectos Fiscais – Os aspectos fiscais relacionados às transações que
envolvem ações em tesouraria encontram-se estabelecidos atualmente no artigo
442 do RIR/99.”
8 ADIANTAMENTOS PARA AUMENTO DE CAPITAL Adiantamento para aumento de capital são os recursos
recebidos pela companhia de seus acionistas ou quotistas
destinados a serem utilizados para aumento de capital. No
recebimento de tais recursos, a companhia deve registrar o
ativo recebido, normalmente disponibilidades, a crédito dessa
conta especifica Adiantamento para Aumento de Capital.
Quando formalizar o aumento de capital, o registro
contábil será a baixa (débito) dessa conta de Adiantamento a
crédito do Capital Social.
“A Lei 6.404/76 é omissa no tratamento dos valores por conta de futuros
aumentos de capital. Já as interpretações do Fisco têm sido de, considera-los sempre,
em qualquer circunstância, como exigibilidades. Tais interpretações fiscais estão
contidas nos Pareceres Normativos CST n° 23/81 e CST n° 28/94.”
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9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme acima apresentado podemos concluir que o
Patrimônio Líquido é composto por várias contas, onde
essas mesmas contas irão demonstrar na data de realização
do Balanço Patrimonial, o quanto à companhia investiu, se
o capital social esta todo ou em parte integralizado, se à
companhia possui ou não ações em tesouraria, o quanto à
companhia já possui de reserva de capital e qual sua
destinação, se à companhia possui reservas de lucros, ou
se possui lucros ou prejuízos acumulados.
De grosso modo o patrimônio líquido pode ser
compreendido como sendo à diferença entre o total do Ativo
– o total do Passivo, onde podemos denominar essa
diferença como sendo a situação líquida: Quando positiva
(lucro), quando negativa (prejuízo).
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10 BIBLIOGRAFIA
UIDÍCIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, ErnestoRubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações:aplicável às demais sociedades. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
PADOVEZE, Clóvis Luiz. Manual de Contabilidade Básica: umaintrodução à prática contábil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
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11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=lei6404indice;
http://www.marion.pro.br/portal/search.php?query=patrim%F4nio+L%EDquido&action=results;
http://www.fipecafi.com.br/public_artigos.asp
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