Analise da Cristologia das Testemunhas de Jeova Joel Santana

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A estampa constante da capa, com exceçãodas asas, consta de um dos livros das TJintitulado Conhecimento Que Conduz à VidaEterna, pág. 67, edição de 1995. O porquêdas asas reside no fato de que as TJ dizemque Jesus é o primeiro anjo que Deus

A presente obra é um livro elaborado pelo PastorJoel Santana. Este livro já está no prelo, e breveestará nas livrarias (sob o título “Análise daCristologia das Testemunhas de Jeová), à

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Todos os direitos reservados aoautor

disposição do público ledor. Mas, como não visolucro, e sim, levar luz aos que estão nas trevas,bem como “armar” o povo de Deus para a “guerra”contra o mal, o ponho à disposição dos que navegamna INTERNET. O meu alvo é escrever refutando a todas asfalsas religiões e seitas. Portanto, visite nossoSITE amiúde, pois pretendo lançar muitas outrasnovidades. Sou de tempo integral na obra do Senhor;estando, portanto, à disposição do povo de Deus doBrasil e do mundo. Os que desejarem me contatarpara pregações, e estudos bíblicos sobre seitas emsuas igrejas, devem dirigir-se ao seguinteendereço: MAB_Ministério Apologético Bíblico.Caixa Postal: 3.147 _ Rio de Janeiro _ RJ.20.001_970

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de Seminários Teológicos, dos púlpitos das igrejas, cartazes, faixas etc..

PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARA FINS COMERCIAIS. OS DIREITOS AUTORAIS DESTE LIVRO ESTÃO ASSEGURADOSPELA BIBLIOTECA NACIONAL.

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PREÂMBULO............................................10

INTRODUÇÃO...........................................12

CAPÍTULO 1__ ELE NÃO É O VERDADEIRO DEUS ?!..........14

1. Que Dizem as TJ.................................141.1. Só há um Deus (Com “D” maiúsculo)..............141.2.“Ele é um deus” (com “d” minúsculo).............151.2.1. Análise sinóptica de Jo 1.1............15

1.3.“Ele se revelou inferior a Deus”................171.3.1.“Não era onisciente”.....................171.3.2.“Disse que o Pai era maior do que Ele”. 18

1.4.Que diz a Bíblia................................191.4.1. Ele é Deus...............................191.4. 2. É o grande Deus e Salvador...........211.4.3. É o Deus Salvador.......................221.4. 4. É o Verdadeiro Deus....................221.4.5.........É o Deus Poderoso e o Pai Eterno

231.4.6. Plenamente Divino.......................241.4.7. Deus Bendito sobre todos...............241.4.8. Deus de domínio eterno..................241.4.9.................O Deus e Senhor de Tomé

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CAPÍTULO 2 __ “É O PRIMEIRO ANJO QUE DEUS CRIOU”. . . .26

2.1. Jesus e os Anjos, à luz de Hebreus 1........268

2.2. Jesus é Miguel?!..............................26

CAPÍTULO 3__ADORAR A JESUS É PECADO?!................31

CAPÍTULO 4__ORAR A JESUS É PECADO?!..................33

CAPÍTULO 5__A BÍBLIA DIZ QUE JESUS É CRIATURA?!......35

5.1 Ele é o Princípio da Criação de Deus.........35

5.2. É o Primogênito da Criação...................35

5.3. O Unigênito de Deus...........................37

5.4. O Filho de Deus...............................405.4.1. Filiação Designa Igualdade...................415.4.2. Filiação Segundo Jo. 19.7...................415.4.3. Filiação à luz de Jo 10.30-36................425.4.4. Filiação Segundo a Ótica de Satanás.........435.4. 5. Análise sinóptica de Provérbios 8.22........44

CAPÍTULO 6__JESUS FORA, ERA, É E SERÁ MENOR QUE DEUS ?!.....................................................47

6.1. Fora Menor.....................................47

6.2. Era Menor......................................51

6.3. É Menor........................................54

6.4. Será Menor.....................................559

CAPÍTULO 7__SOBRE A MORTE DE JESUS...................57

7.1. Cruz ou Estaca?...............................57

7.2. O Porquê da Morte de Jesus...................62

7.3. Inexistente Por Um Período?..................65

7.4. O Corpo de Jesus Está Morto Para Sempre?!. .66

CAPÍTULO 8__A VINDA DE JESUS.........................75

8.1. Ele Já Veio Quatro Vezes?....................75

8.2. Cobrindo a Vergonha Com Evasivas............76

8.3. Não Verão o Senhor? ! Que Pena!.............77

8.4. 1914 e Suas Inusitadas Fontes...............788.4.1. Fonte “bíblica”..............................788.4.2. Fonte piramidal..............................82

8.5. A Vinda de Jesus e a Subseqüente I Guerra Mundial..............................................82

8.6. Calculando Erradamente.......................83

8.7. Provas da Presença de Cristo?!..............84

CAPÍTULO 9___QUEM É O ANJO DE JEOVÁ?.............86

9.1. As Aparições do Anjo do Senhor..............8610

9.1.1. Aparição a Abraão...........................869.1.2. Aparição a Jacó..............................879.1.3. Aparição a Hagar.............................879.1.4. Aparição a Moisés............................879.1.5. Aparição a Gideão............................879.1.6. Aparição a Israel............................88

9.2. O Anjo do Senhor é Onipresente..............89

CAPÍTULO 10__ JESUS É O “EU SOU”.....................91

CAPÍTULO 11 __O SENHORIO DE JESUS....................93

11.1. Segundo Isabel...............................94

11.2. Segundo o Anjo...............................94

11.3. Segundo o Salmista Davi.....................94

11.4. Segundo os Apóstolos........................95

CAPÍTULO 12__ELE NÃO TEM AUTORIDADE PRÓPRIA?.........98

CAPÍTULO 13__JESUS NAS ENTRELINHAS..................101

13.1. Ele Deve Ser Temido...........................101

13.2. Ele Tem Autoridade............................10113.2.1. Para falar.................................10113.2.2. Para salvar................................10213.2.3. Para operar milagres......................102

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13.3. Ele é Nosso Dono............................102

13.4. Quem o Vê, VÊ o Pai.......................103

13.5. Deve Ser Amado Sobre Todas as Coisas.....103

13.6. Ele é Onipresente...........................103

13.7. Ele é Onisciente............................104

13.8. Ele é o Deus Que se Manifestou e se Manifestará........................................104

13.9. Ir a Ele é Ir ao Pai.......................104

13.10. Ele Dá Mandamentos........................105

13.11. Ele Perdoa Pecado..........................105

13.12. Ele é o Messias............................105

13.13. Ele se Dirige ao Pai em Pé de Igualdade. 106

13.14. Deus Confabula e Empreende Com Ele.......10613.14.1. Na criação do homem.......................10613.14.2. Na queda do homem.........................10713.14.3. Outros casos..............................107

BIBLIOGRAFIA........................................109

Livros Evangélicos................................109

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Livros das Testemunhas de Jeová..................110

Livros Diversos....................................111

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PREÂMBULO

As TJ (Testemunha [s] de Jeová) precisamconhecer a Jesus. E, por sabermos disso,altruisticamente elaboramos estas linhas. É, pois,o amor que nos constrange a alertar as TJ dosdesvios Cristológicos de que são vítimas.

Este livro é Cristológico, mas a Cristologiaaqui abordada é incisiva, visto que nos limitamosao confronto da “cristologia” das TJ com aCristologia bíblica, histórica e clássica.

Acerca da Pessoa do Senhor Jesus Cristo asTJ fazem as seguintes afirmações:

1ª) Ele é a primeira, bem como a maior, detodas as criaturas de Deus.

2ª) Ele ajudou Deus a criar todas as outrascoisas

3ª) Ele é o arcanjo Miguel, o maior dosanjos.

4ª) Ele não é Deus com “D” maiúsculo, massim, com “d” minúsculo.

5ª) É pecado adorá-lo e, por conseguinte,dirigir-lhe orações.

6ª) Ele não morreu numa cruz, mas sim, numaestaca ou poste.

7ª) Seu corpo está morto e assim permanecerápara sempre.

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8ª) Seu corpo está escondido onde só Deussabe.

9ª) Ele não é onipotente, onipresente eonisciente.

10ª) Ele “veio” em 1.914. 11ª) Jesus de Nazaré morreu, e,portanto, não existe mais.

As distorções Cristológicas acima citadas, eoutras mais, são analisadas neste livro, pelofundador e Diretor-Presidente do MAB __MinistérioApologético Bíblico__ Pastor Joel Santana.

Pretendemos que este opúsculo glorifique oSenhor Jesus, bem como edifique a Sua Igreja,tanto quantitativa, quanto qualitativamente.

Dificilmente as TJ lerão este livro, já queseus líderes têm desaconselhado-as a fazê-lo.Contudo, difícil não é o mesmo que impossível.Cremos que o Espírito Santo pode libertá-las dasubmissão incondicional aos seus guiasespirituais. Ademais, o conhecimento adquirido coma leitura desta obra lhes poderá ser partilhadopelos irmãos em Cristo que examinarem estaspáginas. O certo é que não estamos trabalhando emvão.

Pedimos que os irmãos em Cristo orem ejejuem pelo MAB. Empreendemos identificar osfalsos profetas, adverti-los, denunciá-los edesmascará-los. E tudo isto por amor: por amor a

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eles, por amor às suas vítimas, por amor à Igrejae, sobretudo, por amor a Jesus.

O AUTOR.

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INTRODUÇÃO

As TJ (“testemunhas” de Jeová) insistem em dizer que Jesus não é Deus na verdadeira concepçãodo termo. Alegam que Ele é apenas um deus (com “d”minúsculo). Crêem elas que Jesus é a primeira criatura de Deus, o primeiro anjo que Deus criou, e dizem tratar-se do arcanjo Miguel. E tudo fazem para “provar” que estão com a razão. Por causa dessa premissa errada, concluíram que é pecado prestar-lhe culto de adoração, por cujo motivo nãooram a Jesus. Para reduzirmos essa postura a frangalhos, bastaria citarmos Jo. 5.23, onde Jesusreivindica para si a mesma honra devida a Deus, nestes termos: “a fim de que todos honrem o Filho, do modo porque honram o Pai...” Este texto, por si só desmorona a cidadela dos * russelitas (devem este título a Charles Taze Russel, o fundador da seita delas)..Isto porque, ainda que Jesus fosse o que as TJ dizem que Ele é, a saber, a maior de todas as criaturas de Jeová, Ele não poderia se expressar assim. Ao falar desta maneira, Jesus teria usurpado a igualdade com Deus, tornando-se em mais um diabo, se ele não fosse Deus com “D” maiúsculo, isto é, Deus, na verdadeira concepção do termo. Sim, pois nenhuma criatura, mesmo sendo a maior das criaturas, pode exigir para si, a

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honra suprema da qual só Deus é digno. Conseqüentemente, mais nada precisamos dizer para provarmos que os jeovistas (são assim chamados porcausa da ênfase que dão à pronúncia Jeová, substimando o nome de Jesus) estão equivocados. Por conseguinte, os muitos argumentos refutatóriosàs suas crenças a respeito de Jesus, contidos neste livro, não têm por objetivo provar que as TJestão erradas, visto que já provamos isto ao citarmos Jo5.23..............................................................................................

Na TNM (Tradução do Novo Mundo, que é o nomeque as TJ dão à falsa “bíblia’ que elasconfeccionaram), Jo 5.23 está vertido, felizmentecom muita fidelidade ao original, da seguintemaneira: “a fim de que todos honrem o Filho, assim comohonram o Pai ...”

Os argumentos contidos neste livro em defesada Deidade de Cristo, são fortíssimos. Porém,leia-os sabendo que o nosso cavalo de batalha é Jo5.23; e que portanto, embora saibamos que nãoprecisamos deles para provarmos que as TJ estãoequivocadas, pois para tanto basta-nos Jo 5.23,eles são interessantes aos que desejam aprofundarseus conhecimentos Cristológicos.

Chamamos Jo 5.23 de nosso “cavalo debatalha”, não porque pretendamos tecer longoscomentários sobre este texto bíblico, mas sim,

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porque o mesmo é tão forte que por si só constituiprova cabal de que Jesus é Deus, dispensando,portanto, maiores considerações.

O presente livro é uma apologia à posturaevangélica em relação à pessoa do Senhor Jesus,bem como uma refutação às crenças das TJ arespeito do meigo Nazareno. O caro leitor verá queembora Jo 5.23 bastasse para provarmos que as TJestão equivocadas por dizerem que Jesus époderoso, mas não Todo-poderoso; que Ele éinferior ao Pai; que Ele não é o verdadeiro Deus;que podemos homenageá-lo, mas não adorá-lo ...dispomos de outros textos bíblicos tambéminteressantes. Sim, a todas as provas que vamosexibir neste livro, de que a idéia das TJ sobreJesus, está em desarmonia com a Bíblia, podemosadicionar o argumento que Jo 5.23 nos dá.Portanto, quando uma Tj nos disser que Jesus não éDeus, que não podemos adorá-lo, que não podemosorar a Ele, que Ele não é Todo-poderoso, que Ele écriatura, que Ele é o arcanjo Miguel e outrasmais, podemos perguntar-lhe: será que você nãoestá transgredindo Jo 5.23? Será que você estádando ao filho a mesma honra devida a Deus, quandodiz que Pai é Deus e o Filho um deus? Será que oFilho está sendo honrado por você, tal qual sedeve honrar o Pai, quando você diz que o Filho nãopode ser adorado, mas apenas homenageado? E assimsucessivamente. E, após argumentarmos à base de

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Jo 5.23, apresentarmos a ela os demais textosbíblicos por ela desconsiderados, bem como os quetêm sido distorcidos.

CAPÍTULO 1__ ELE NÃO É O VERDADEIRO DEUS ?!

1. Que Dizem as TJ

1.1. Só há um Deus (Com “D” maiúsculo).

A Bíblia sustenta realmente que há um só Deus ( ITm 2.5; I Co 8.6a etc). O próprio Jesus disse que SeuPai é o único Deus verdadeiro (Jo 17.3). As TJ deduzementão que isto equivale a dizer que o trinitarianismonão é bíblico; e que, por conseguinte, Jesus não é Deusna verdadeira concepção do termo. Alegam que se o Pai éo único Deus, então Jesus não o é também, visto que seJesus também fosse Deus, o Pai não seria o único a sê-lo. Mas esse silogismo é tão falso quanto se alguémdissesse assim: a Bíblia diz que Jesus é o nosso únicoSenhor (I Co 8.6 b; Jd 4). Logo, o Pai não é nossoSenhor...

O que as TJ precisam saber, é que a mesmaBíblia que afirma que o Pai é o único Deus, afirmatambém que o Filho é o único Deus. Os que concluemprecipitadamente que o fato do Pai ser o únicoDeus, prova que o Filho não é Deus, deviam dizerque o fato do Filho ser o único Senhor, prova que

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o Pai não é Senhor, o que seria facilmenterefutável à luz de Am 3.7, que diz que Deus éSenhor. Não estamos informando às TJ que Deus éSenhor, pois fazê-lo seria o mesmo que chover nomolhado, visto que elas já sabem disso. O queestamos dizendo é que assim como não é erradodizermos que Deus Pai é Senhor, embora a Bíbliadiga que o Filho é o único Senhor, certamente nãoé incoerência dizermos que o Filho é Deus, emboraa Bíblia afirme que só o Pai é Deus. È que cadamembro da Trindade é o nosso único Deus, bem comoo nosso único Senhor. E o que dizemos de cadacomponente da Trindade, quanto ao Senhorio eDivindade, podemos dizer da Trindade, isto é, aTrindade é o nosso único Deus, bem como o nossoúnico Senhor.

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1.2.“Ele é um deus” (com “d” minúsculo)

1.2.1. Análise sinóptica de Jo 1.1.

João 1.1 está traduzido na “bíblia” das TJassim: “No principio era a palavra, e a Palavra estava com oDeus, e a Palavra era [um] deus.” Neste texto bíblico, ovocábulo Deus aparece duas vezes. No primeiro casorefere-se ao Pai, e no segundo, ao Filho. Naprimeira ocorrência há, no original grego o artigodefinido (o) na frente do vocábulo Deus. Mas, nasegunda ocorrência não há artigo algum. Os líderesdas TJ alegam que o apóstolo João fez isso com opropósito de mostrar que Jesus não é o verdadeiroDeus, mas sim, um ser semelhante a um deus. Antes,porém, de reduzirmos esse “argumento” afrangalhos, vamos às transcrições, a fim de que oleitor possa ver que realmente os mentores das TJapresentam essa argumentação.

Primeira transcrição: “... o artigo definido (o)aparece na frente da primeira ocorrência de Theós (Deus), mas nãona frente da segunda ocorrência. A construção articular (quando oartigo aparece) do nome indica identidade, personalidade, ao passoque um nome predicativo, no singular, sem artigo e anteposto aoverbo (como está construída a sentença no grego) indica qualidadede uma pessoa. Portanto, o texto não diz que a Palavra (Jesus) era omesmo que o Deus com quem estava, mas, antes, que o Verbo (aPalavra) era semelhante a um deus, era divino, era um deus ...”

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(Raciocínios à Base das Escrituras, página 213,edição de 1985).

Segunda transcrição: “ ... Quando um nome gregonão tem o artigo anteposto a ele, torna-se uma descrição em vez deuma identificação, e tem o caráter de adjetivo em vez de nome ... Sejoão tivesse dito ho Theós en ho Logos, empregando um artigodefinido anteposto a ambos os nomes, então ele teriadefinitivamente identificado o Logos com Deus, mas, por não haverum artigo definido anteposto a Theos, torna-se uma descrição, e éantes um adjetivo do que um nome...” (Ibidem, página 409).

Os argumentos acima apresentados peloschefes das TJ, objetivando “provar” que estão coma razão por tentarem rebaixar o Senhor Jesus a “umdeus”, é uma mistura de mentira com verdade,facilmente refutável, à luz da gramática grega.Mas, como a maioria de nossos leitores não conheceo grego, não vamos transcrever excelentesargumentos da autoria de renomados peritosbíblicos, que detonam toda a argumentação acima.Antes, simplificamos, informando que em Jo 13.3,temos um caso similar ao de Jo 1.1. Naquelareferência a palavra Deus também aparece duasvezes, sendo que na primeira ocorrência, ovocábulo Deus está, no original, sem o artigo (o).Este aparece apenas anteposto à palavra Deus nasegunda ocorrência. Deste modo, se as alegadasregras gramaticais do grego, apresentadas pelasTJ, estivessem corretas, poderíamos dizer queJesus viera de um deus; e que após cumprir sua

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missão, voltou para o Deus. Mas as TJ, usando doispesos e duas medidas, não traduzem Jo 13.3 assim:“ ele, sabendo que o Pai dera todas as coisas nas [suas] mãos, e queprocedera de [um] deus e ia para o Deus.” Antes, porém,traduzem: “ ele, sabendo que o Pai dera todas as coisas nas[suas] mãos, e que procedera de Deus e ia para Deus.”

Será que Jesus viera de um deus? Se oargumento “gramatical” apresentado pelas TJ paratraduzirem Jo 1.1 por “um deus”, fosse correto, aresposta seria sim. E desse modo, até o Deus queenviou Seu Filho ao mundo, seria um deus.

O fato dos líderes das TJ não traduzirem Jo13.3 dizendo que Jesus “procedera de um deus”,prova que eles têm consciência de que o argumentodeles, em defesa da descabida tradução de Jo 1.1na TNM, é sofisma. Eles enganam o povo depropósito. Eles sabem que estão errados.

Se Jo 1.1 está bem traduzido na TNM, entãoJo 13.3 está mal traduzido. Por outro lado, se Jo13.3 está bem traduzido na TNM, então Jo 1.1 estámal traduzido. Que farão os chefes das TJ?Revisarão Jo 1.1 orientando-se por Jo 13.3,reabilitando o Senhor Jesus à posição de Deus; ou“corrigirão” Jo 13.3, à luz dos argumentos“gramaticais” por eles apresentados, em defesa datradução de Jo 1.1, rebaixando o Deus do qualJesus procedera, a “um deus”? Decidam-se comoquiserem, mas parem de usar dois pesos e duas

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medidas. Diz-se que o mal do “sabido” é pensar quetodo mundo é bobo.

1.3.“Ele se revelou inferior a Deus”

1.3.1.“Não era onisciente”

As TJ concluíram, do fato de Jesus haverdito que ignorava o dia da sua vinda, que Ele nãoé igual a Deus, ou seja, Ele não é Deus, e queportanto não existe a Trindade, tal qual esposadapor nós, os trinitarianos. Alegam que seexistissem três Pessoas igualmente Divinas naDivindade, ainda que Jesus estivesse no momento,privado de sua onisciência, por se haver feitohomem, ainda existiriam duas pessoas oniscientes –o Pai e o Espírito Santo – e não, “somente o Pai.”Mas as TJ precisam saber, que à luz da Bíblia, nafrase, “somente o Pai”, está implícita a presençado Espírito Santo, porquanto é comum encontrarmosna Bíblia afirmações como as que se seguem: “...sótu” (Jeová) “conheces o coração de todos...oshomens” IRs. 8.39. E: “Eu” (Jesus) “sou aquele quesonda mente e corações” (Ap. 2.23 ARA).

À luz de Mt. 11.27, só Jesus “conheceplenamente o Pai”; mas, segundo ICo. 2.10,11, só oEspírito Santo esquadrinha as profundezas de Deus,isto é, só Ele conhece a Deus plenamente.

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Ap. 19.12 fala de um nome conhecido só porJesus. Isto constitui prova de que o Pai não oconheça também?

Jd. 4 e I Co. 8.6b asseguram que Jesus é onosso único Senhor. Seria justo deduzirmos daí,que o Pai do Senhor Jesus não é Senhor também?

Segundo a Teologia clássica, o Filho se fezhomem sem deixar de ser Deus. Assim sendo, Ele nãoperdeu, quando da humanização, nenhum dosatributos próprios da Divindade, como onipotência(Jo. 5.18; 10.30), onisciência (Jo. 16.30),onipresença (Mt. 18.20), etc.. Deste modo, aexpressão “só o Pai” não exclui nem mesmo o Filho.O Filho não sabia, como homem; mas sabia, sabe esaberá, como Deus. Na união hipostática as partesnão se alteraram. Logo, a Deidade do Filho semanteve intacta. E o mesmo podemos dizer de Suahumanidade. Deste modo, Jesus não era semideus,nem tampouco super-homem, mas verdadeiro Deus eautêntico homem.

Quando as TJ alegam que o fato do Filhodizer que ignorava o dia e a hora de sua vinda,prova que ele não é Deus, nos fazem pensar queelas crêem que Deus sabe de tudo e que quem ignoraalguma coisa não pode se considerar Deus. Porém,elas afirmam que Deus, ao criar Adão e Eva, nãosabia que eles iam ou não pecar (Raciocínios àBase das Escrituras, pág. 117, ed. 1985). Nãocremos que Deus não sabia que Adão e Eva iam

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fracassar, mas como elas crêem nisso e, nãoobstante, alegam que o fato de Jesus confessar quenão sabia a data de sua vinda, prova que ele não éDeus, nos leva a formular às TJ a seguintepergunta: então Jeová não é Deus?! Vê-se, pois queelas cavaram a sua própria sepultura.

1.3.2.“Disse que o Pai era maior do que Ele”

O fato de Jesus afirmar que o Pai era maiordo que Ele (Jo. 14.28), não constitui uma negaçãode Sua Deidade, já que Ele fez esta declaraçãoapós humanizar-se. Lembremo-nos que assim como Elefoi feito menor do que os anjos (Hb. 2.9), mas osanjos não são superiores a Ele (Hb. 1.4,6), tambémo Pai é maior do Ele, embora Ele seja igual ao Pai(Jo. 5.18). O porquê disto é que Ele é Deus-homem.Como homem Ele é igual aos demais homens (excetono pecado), mas como Deus Ele é superior aos maisilustres e nobres dentre os homens (Mt. 12.41-42).

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1.4.Que diz a Bíblia

1.4.1. Ele é Deus.

Jo 1, verso 1 diz sem rodeios: “... e oVerbo” (ou Palavra) “era Deus”. Vimos que oslíderes das TJ tentam adaptar esta afirmação àcrença deles, mas já demolimos sua cidadela, aoprovarmos que da ausência do artigo anteposto aovocábulo “Deus” nesta referência, não se podeinferir o que eles deduzem. Para provarmos isto,citamos apenas um exemplo, isto é, Jo 13.3. Porém,podemos mostrar vários casos, onde a palavra“Deus”, referindo-se ao Pai, aparece na Bíblia semartigo algum, no original, como Mt 5.9; Lc 1.35;Jo 1.6; 3.2, etc.. Ademais, não precisamosrecorrer ao contexto remoto para implodirmos ocastelo de areia no qual o Corpo Governante(líderes supremos da TJ) tenta se esconder. Basta-nos considerarmos o que o apóstolo João diz deJesus nos versículos 3 e 10, onde Jesus nos éapresentado como o Criador dos céus, da Terra e detudo quanto neles há. Jo 1.3 diz textualmente: “Todas as coisas vieram à existência por intermédio dele, e à partedele nem mesmo uma só coisa veio à existência.” (TNM) Oslíderes das TJ “explicam” este versículo, dizendoque isto significa que depois que Deus criouJesus, este o ajudou a criar as demais coisas. Masse esse argumento fosse certo, pelo menos uma

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coisa teria vindo à existência à parte dEle, asaber, Ele próprio. Ou os “mestres” das TJ crêemque Jesus criou-se a si mesmo?

Os dois versículos em análise (Jo 1.3, 10)dizem claramente que Jesus é o Criador doUniverso. Isto prova que o Pai e o Filho setransfundem, constituindo uma só Divindade; e quefoi nesta condição que Ele ombreou o Pai, nacriação de todas as coisas. Do contrário, a Bíbliateria que dizer que o mundo foi feito com a ajudadEle; porém, o que ela diz é que “o mundo foifeito por Ele.”

A conclusão de que a criatura chamada Jesusajudou Deus a criar o Universo, colide com Isaías44.24b, que diz francamente que Jeová criou tudosozinho, sem a ajuda de quem quer que seja. AAlmeida Atualizada diz: “ ... sozinho estendi os céus, esozinho espraiei a terra.” A Almeida Revisada diz: “ ...sozinho estendi os céus, e espraiei a terra (quem estava comigo?).”Esta contundente pergunta, que já traz a respostano seu bojo, realmente consta do originalhebraico. Ela tem por objetivo dizer que Deus feztudo sem ajudante. Logo, Jesus não atuou com o Paicomo uma criatura, mas sim, como integrante daDivindade. Do contrário, Deus teria mentido,quando, além de dizer que Ele fez os céus e aTerra por si mesmo, ainda perguntou enfaticamentese havia alguém lá ajudando-o . Por enquanto, atéa TNM confessa que Deus fez tudo sozinho. Senão,

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vejamos: “ ... Eu, Jeová, faço tudo, estendo os céus por mimmesmo, estirando a terra. Quem estava comigo?” A estapergunta, certamente Deus espera que respondamosassim: “ninguém, Senhor! Tu és o único Criador detodas as coisas.” Por conseguinte, está provadoque o Filho é um com o Pai. Não a mesma pessoa,mas a mesma Divindade.

As TJ adoram citar Jo 1.2, onde se diz queJesus “estava no princípio com Deus” Alegam que se Eleestava com Deus, então Ele e Deus são distintos.Mas os trinitarianos jamais negaram isso. Cremospiamente que na Divindade há três pessoasdistintas. Realmente, se Jesus estava com Deus,cai por terra o Sabelianismo, o Modalismo, oMonarquianismos, etc.. Mas o Trinitarianismo não sofre nenhum abalo, jáque este também prega que o Pai e o Filho sãodistintos, embora iguais e inseparáveis.

De fato, Jo 1.3, 10 comparados com Is 44.24 b,constituem forte prova de que os que crêem no quese convencionou chamar de Trindade, estão no rumocerto. Sim, porque se a Bíblia diz numa página queJesus ombreou o Pai na criação do Universo, enoutra que Deus criou tudo sozinho, das três, uma:ou há contradição na Bíblia; ou o Pai e o Filhosão uma só pessoa, ou o Pai e o Filho, emboradistintos, constituem um só Deus. Nós, ostrinitarianos, optamos pela terceira alternativa.Cremos que o Deus que disse que criou tudo

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sozinho, é o Deus Triúno. Nenhum membro daTrindade atuou sozinho, ao trazer o Universo àexistência, mas a Trindade atuou só, pois nenhumacriatura a ajudou. E este é o motivo pelo qual oDeus Triúno assegurou que fez tudo sozinho ou porsi mesmo.

1.4. 2. É o grande Deus e Salvador

Tt 2.13 diz : “aguardando a bem-aventurada esperança eo aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador CristoJesus". Aqui Jesus é chamado de “grande Deus eSalvador. Veja o leitor que não há a preposição“do” entre a conjunção “e” e o qualificativo“Salvador”. Se existisse tal preposição, o “grandeDeus” e o “Salvador” seriam duas pessoasdistintas, e portanto não poderíamos dizer queeste versículo diz que Jesus é Deus. E este é omotivo pelo qual este texto está “traduzido” na“bíblia” das TJ, assim: “ao passo que aguardamos a felizesperança e a gloriosa manifestação do grande Deus e [do]Salvador de nós, Cristo Jesus.” A preposição “do”, estáentre colchetes, e isto, segundo consta da página6 da TNM de 1983, indica “ palavras inseridas paracompletar o sentido em português.” Isso às vezes realmentese faz necessário. Mas não é este o caso de Tt2.13. Neste particular, a referida preposição foiinserida dolosamente. Objetiva tão-somente

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esconder do povo que o apóstolo Paulo cria queJesus era o seu grande Deus.

Embora culposamente, tradutores sérios àsvezes cometem equívocos equivalentes. Os líderesdas TJ, então se servem de tais displicências parajustificar suas fraudes; esquecendo-se que um erronão justifica o outro. Sim, sempre que umatradução deles é questionada, eles citam algunsperitos bíblicos que se pronunciam favorável a taltradução. Nestes casos, precisamos fazer trêscoisas: primeira, verificar a autenticidade dacitação, pois os líderes das TJ não são sérios.Segunda, se tais peritos também não estãoequivocados, pois como sabemos, todos os sereshumanos são passíveis de erros. Terceira,averiguar se tais peritos não são da mesma laiados “instrutores” das TJ. Ademais, se a chefia dasTJ pode citar alguns peritos que concordam com a“tradução” de Tt 2.13 como consta da TNM, e seisso prova alguma coisa, então a razão é nossa,visto que para cada perito que com ela converge,nós podemos nos dar ao luxo de apresentarmos cemperitos que dela divergem. E isso folgadamente,pois não seria exorbitante afirmar que o número deperitos do Grego que discordam da tradução em lideé, no mínimo, em uma proporção de 10.000x1. E comose isto não bastasse, temos a “regra de Sharp”,conhecida por todos os que estudam o grego, a qual

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estabelece: “* quando a conjunção KAI (que equivale ao ‘e’, nanossa língua) liga dois nomes do mesmo caso, se o artigo vem antesdo primeiro nome e não é repetido antes do segundo nome, esteúltimo sempre se refere à mesma pessoa descrita pelo primeironome”( Citado em Radiografia do Jeovismo, CPB – CasaPublicadora Brasileira, páginas 75, 76. Arnaldo B.Christianini). Nós sabemos porque a chefes das TJdiscordam desta regra gramatical. A razão ésimples: ela não os apóia. Além disso, certamentese vêem no direto não só de fabricarem sua própria“Bíblia”, como também de elaborarem sua própria“gramática” grega.

1.4.3. É o Deus Salvador

2 Pe 1.1, na “bíblia” das TJ também foidiminuído. Adicionando-lhe arbitrariamente apreposição “do”, o texto não diz que Jesus é nossoDeus. Na TNM, este versículo está vertido assim:“... pela justiça de nosso Deus e do Salvador Jesus Cristo.”

1.4. 4. É o Verdadeiro Deus

As TJ rejeitam que 1 Jo 5.20 esteja dizendoque Jesus é o verdadeiro Deus. Porém, embora haja(segundo eruditos trinitarianos) uma possibilidadegramatical do texto estar (à luz do original) se

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referindo ao Pai, é muito mais evidente que setrata do Filho.

Na TNM, optou-se pelo pronome “esse”, ao invésde “este”, exatamente para reforçar a idéia de quenão se aplica a Jesus a afirmação deste versículo.

1.4.5. É o Deus Poderoso e o Pai Eterno

Até que enfim, Jesus é chamado de Deus com“D” maiúsculo na TNM, em Isaías 9.6. Masinfelizmente, os “mestres” das TJ dizem que ofizeram apenas porque é assim que se escrevesubstantivo próprio em Português. Todavia, o“nome” de Deus, na Bíblia, significa mais do queuma combinação de sons, representa seu caráterrevelado. Jesus, pois, não poderia ser chamado deDeus Poderoso, se Ele não o fosse de fato. Uma dasevidências disso é que Isaías não disse: “... E seráchamado peloS nomeS,” mas sim, “pelo nome”, no singular.Logo, temos aqui das duas uma: ou há falta deconcordância verbal, ou o profeta quis dizer que ofato dEle (Jesus) ser o que estes nomes designam,constituem para Ele um nome. Se optarmos pelaprimeira alternativa, teremos que concluir que oEspírito Santo que falou através do profeta,cometeu um erro gramatical, visto que a sentençaexata seria: “... E será chamado pelos nomes deMaravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, PaiEterno, Príncipe da Paz.” E se aquiescermos à

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segunda opção, concluiremos que Jesus é o queestes nomes designam: Ele é MaravilhosoConselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno e Príncipeda Paz! Sim, se o profeta não quisesse dizer queEle é essencialmente o que estes nomes significam,ele não teria escrito “E o seu nome será”, massim, E oS seuS nomeS serÃO. Agir de outra formacorresponderia a assassinar a gramática Hebraica.Ora, se quando a própria bíblia das TJ diz que onome de Deus é Resgatador (Is.63.16), quer dizercom isso, que Deus é resgatador, certamente quandodiz que o nome de Jesus é Deus Poderoso, estádizendo com isto que Ele o é de fato. Do contrárioestaremos usando dois pesos e duas medidas. Nãonos esqueçamos que “nome”, na Bíblia, não é meracombinação de sons. Lembremo-nos ainda que osnomes dados a Cristo em Is 9.6 não são um conjuntode nomes, antes referem-se ao que Ele de fato o é.

As TJ adoram dizer que no texto em lide,Jesus é chamado de “Poderoso”, e não de “Todo-poderoso”. Todavia, em Is 10.21; Ne 9.32; Sl 24.8;Dt 10.17 etc; diz-se que Jeová é poderoso, até naTNM. Logo, embora o texto em apreço não diga queJesus é Todo-poderoso, também não diz que Ele nãoo é; mas tão-somente não trata do assunto. Casocontrário poderíamos dizer que à luz dasreferências acima citadas, o Senhor Jeová nãoseria Todo-poderoso. Sim, o Espírito Santo jamais

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chamaria Jesus de Deus poderoso e Pai Eterno, seEle fosse mera criatura.

1.4.6. Plenamente Divino

Cl 2.9 diz que em Jesus “habita corporalmente todaa plenitude da divindade”. “Divindade” é a essência danatureza divina, e “plenitude” é o mesmo queestado completo. Desta maneira este versículoafirma que Jesus preenche todos os quesitos esatisfaz todas exigências para ser reconhecidocomo Deus. Os chefes das TJ discordam, mas que nosimporta, se eles não são nossos chefes?

1.4.7. Deus Bendito sobre todos

Rm 9.5 declara que Jesus “é sobre todos, Deusbendito eternamente.” Os líderes das TJ, “traduziram”erradamente este texto. E ainda tentam provar queestão com a razão. E pronto estaríamos a apreciarsuas ponderações às nossas traduções, se não osconhecêssemos.

1.4.8. Deus de domínio eterno

Hb 1.8 afirma que Jesus é o Deus cujo tronosubsiste pelos séculos dos séculos. Na TNM, esteverso está mal traduzido. Nesta versão, não se dizque Jesus é Deus, antes, que Deus é o trono deJesus, isto é, a fonte de Seu poder régio. Há uma

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possibilidade mínima, em termos gramaticais, de setraduzir assim, mas o contexto imediato prova quefazê-lo, transforma o referido versículo numaespécie de corpo estranho dentro do texto. Istoporque Hb 1 tem por objetivo ressaltar asuperioridade de Cristo sobre anjos e homens. Ora,dizer que o poder régio de Cristo emana de Deus,não salienta a supremacia de Jesus acima dosanjos, visto que até os reis humanos sãoempossados por Deus (Dn 4.17, 25, 32; Jo 19.11etc.). Tenhamos sempre na memória que os líderesdas TJ não dão a Cristo a mesma honra que se devedar a Deus, e que por conseguinte, não merecemcrédito.1.4.9. O Deus e Senhor de Tomé

O céptico Tomé, ao deparar face a face com oressurreto Jesus, exclamou: “... Senhor meu e Deus meu,”Jo. 20.28. Este versículo está bem traduzido naTNM: “Em resposta Tomé disse-lhe: ‘Meu Senhor e meu Deus!’”Por incrível que pareça, usa-se, neste caso, “D”maiúsculo. Não duvidamos que a qualquer horadessas, o Corpo Governante “corrija” este“equívoco”.

Quando os líderes das TJ tiverem um encontrocom Cristo, quais Tomé dirão estupefatos: “Senhormeu e Deus meu!”

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CAPÍTULO 2 __ “É O PRIMEIRO ANJO QUE DEUS CRIOU”

2.1. Jesus e os Anjos, à luz de Hebreus 1

Ler o capítulo 1, da Epístola aos Hebreus, émais que suficiente para se ver nitidamente queJesus não é anjo, mas sim, o Deus dos anjos.Hebreus 1-2.9 foi escrito especialmente paramostrar a superioridade de Cristo sobre os anjos.A contundente pergunta de Hb 1.5, que nos desafiaa apontar um anjo, ao qual Deus tenha dirigido aspalavras constantes do Sl 2.7; tem por finalidaderessaltar que o Filho é o que os anjos não são.Neste mesmo capítulo, versículo 4, a própria TNMdiz que Jesus “ se tornou melhor do que os anjos!” Ora,este verso não diz que Jesus se tornou o melhordos anjos, antes afirma “que Ele se tornou melhordo que os anjos; o que prova que Ele não é damesma ordem ou grandeza, e que portanto pertence aoutra categoria.

2.2. Jesus é Miguel?!

À página 219 do livro Raciocínios à Base dasEscrituras, as TJ declaram que Jesus Cristo é amesma pessoa que o arcanjo Miguel. A Bíblia,porém, nos assegura que Miguel é “um dos maisdestacados príncipes” (Dn 10.13 TNM). Se Miguel é umdos mais destacados, então ele é apenas um dos

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primeiros, ou um dos principais; e isto prova quehá outros iguais a ele. E se há outros iguais aele, então ele não é Jesus, visto que Jesus éímpar.

Mesmo que as TJ estivessem certas, quando dizemque Jesus é a maior de todas as criaturas de Deus,este versículo (Dn 10.13) serviria para provarmos que Jesus e Miguel não são a mesma pessoa. Naturalmente, se Jesus fosse a maior das criaturasde Deus, isto faria dEle “o príncipe”, ou “o mais destacado príncipe”, nunca, porém, “ um dos mais destacados príncipes”.

Se contrastarmos Dn 10.13 com Cl 1.18, saltaráaos olhos a diferença que há entre Jesus e Miguel.É que aquele texto diz que Miguel é “um dosprimeiros...”, e este sustenta que Jesus é “oprimeiro em todas as coisas”.

O fato de Jesus ter autoridade sobre o Diabo(Mt 4.10) e sobre os demônios (Lc 10.17; Mc 16.17etc.), mas Miguel ter se escudado em Deus, quandode seu confronto com Satanás (Jd 9), evidencia queeste é inferior àquele.

Os líderes das TJ se mostram inseguros econtraditórios, quando tentam explicar quem éMiguel. Vejamos abaixo algumas de suascontradições sobre a pessoa de Miguel: PRIMEIRAAFIRMAÇÃO: “... Miguel não é Jesus...” (Watchtower,novembro de 1879, página 4).

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SEGUNDA AFIRMAÇÃO: “o anjo mais importante, tanto empoder como em autoridade, é o arcanjo, Jesus Cristo, tambémchamado Miguel” (A Sentinela, 01/11/1995, página 8).

Como o leitor acaba de ver, a segunda afirmaçãocontradiz a primeira.

TERCEIRA AFIRMAÇÃO: “Há muitas eras passadas, antesmesmo de começar as épocas da terra, o Deus Jeová tinha umaorganização maravilhosa e poderosa constituída por uma multidãode criaturas espirituais, entre elas os lindos anjos, os arcanjos,os serafins, os querubins...” (Criação, página 22, ediçãode 1927, versais nossos).

QUARTA AFIRMAÇÃO: “É INTERESSANTE QUE A EXPRESSÃO‘ARCANJO’ NUNCA É ENCONTRADA NO PLURAL NAS Escrituras, dandoassim a entender que há apenas um...” (Raciocínios àBase das Escrituras, página 219, edição de 1985,ênfase acrescentada).

Como o leitor pode ver, a terceira afirmaçãosugere que há muitos arcanjos, visto que estevocábulo é grafado no plural. Mas segundo a quartaafirmação, há um só arcanjo.

QUINTA AFIRMAÇÃO: No livro intitulado TheFinished Mystery ( o Mistério Consumado), página188, edição de 1917, os líderes das TJ afirmaramque Miguel e seus anjos, mencionados em Ap 12.7,são, respectivamente, o Papa e seus bispos. Senão,vejamos: “... Miguel -- ... o Papa; e seus anjos - os bispos...”

Na mente de quem raciocina, essas discrepantesdeclarações sobre o arcanjo Miguel, suscitam a

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seguinte pergunta: será que os líderes das TJsabem mesmo quem é Miguel?

É Miguel o único arcanjo? Não queremosdogmatizar esta questão, mas esta palavra vem dogrego “arch”, que significa “chefe, maioral, principal,primeiro” (este último, no sentido de primazia),mais o vocábulo “ángelos”, que quer dizer anjo.Logo, arcanjo significa anjo-chefe. Ora, já vimosque Dn 10.13 diz que Miguel é “um dos mais destacadospríncipes”. Logo, o texto está fazendo afirmações,para as quais precisamos atentar, a fim de melhorcompreendermos o mesmo:

1ª) Há vários príncipes. A definição moderna dapalavra “príncipe” é “filho ou membro de famíliareinante”. Não é este, porém, o seu significadobíblico. Para cientificarmos disso, basta-nos 1 Cr29.24, onde “os príncipes, os poderosos, e osfilhos do rei Davi” são destacados uns dos outros,numa clara demonstração de que eram distintos,isto é, um grupo não era o outro. É óbvio que seos príncipes fossem os filhos do rei, certamentenão seria necessário dizer que estavam lá “ospríncipes e os filhos do rei.” Também, em Ap 1.5 sediz que Jesus é “ o príncipe dos reis da terra”, naAlmeida Revista e Corrigida. Claro está que nestecaso, este vocábulo não significa filho de rei.Doutro modo, Jesus seria o filho dos reis daTerra. Assim fica provado que “príncipe”, naBíblia, quer dizer chefe, soberano, governante,

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principal... Conosco concorda plenamente o eruditoOrlando S. Boyer, de saudosa memória, autor de umdicionário enciclopédico bíblico, intituladoPequena Enciclopédia Bíblica, editado pela EditoraVida, que define o vocábulo príncipe assim: “Estapalavra nunca se usa nas Escrituras para designar uma pessoa quepertence a uma família soberana. Ver 1 Cr 29.24. Contudo se usacomo título de soberania. É usada freqüentemente a respeito dochefe ou da pessoa principal da família ou da tribo ...”

Ora, se Miguel é “um dos mais destacados príncipes”,então há vários príncipes. E se “príncipe” querdizer “chefe”, então há vários chefes, sendoMiguel, apenas um deles. E se Miguel é um doschefes, e arcanjo quer dizer anjo-chefe, torna-selógico, que Miguel é um dos arcanjos. E, porconseguinte, há vários arcanjos.

Arcanjo não é substantivo próprio, e aparece naBíblia sempre no singular. Isto não significa,necessariamente, que haja um só arcanjo; emboraseja uma interpretação possível, em termosgramaticais. Sim, se arcanjo Miguel, significaanjo-chefe Miguel, esta expressão pode estardizendo apenas que Miguel exerce o cargo de chefe,sem entrar no mérito da questão quanto a se ele éou não, o único chefe. Portanto, ninguém podeprovar biblicamente que Miguel é o único arcanjo,visto não haver subsídio gramatical que noshabilite a tanto. Conseqüentemente, erram os quepresidem sobre as TJ, quando estabelecem que o

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fato da palavra arcanjo estar exarada no singularindica que há um só arcanjo. Esta assertiva étemerária. Os que tentam provar que há váriosarcanjos, podem ter alguns problemas; mas os queobjetivam provar o contrário disso, deparam comdificuldades infinitamente superiores.

2ª) Há príncipes destacados. Assegurando-nos Dn10.13 que Miguel é um dos mais destacadospríncipes, está nos dizendo que acima dos anjoscomuns, estão os príncipes; que acima dospríncipes, estão os príncipes que se destacaram; eque Miguel pertence a este terceiro grupo. Istoposto, podemos chegar às seguintes conclusões: sepríncipe quer dizer chefe, e se arcanjo significachefe de anjo, anjo-chefe, o maioral dos anjos, oprincipal dos anjos ... E se príncipe é o mesmoque chefe, então os príncipes são arcanjos. E seos príncipes são arcanjos, aqueles que dentre elesse destacaram, dos quais Miguel é um, também sãoarcanjos, visto que os chefes dos chefes, também(e principalmente) são chefes naturalmente. E senão estamos errados em nosso raciocínio até aqui,chegamos à esmagadora conclusão de que a Bíbliadeixa subentendido que há vários arcanjos, dentreos quais Miguel, e mais alguns do mesmo quilateseu, se destacaram.

Os mentores das TJ, ainda à página 219 do livroRaciocínios à Base das Escrituras, supracitado,“inspirando-se” na ALA (Almeida Atualizada), diz

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que segundo 1 Ts 4.16 desta versão, “a ordem de JesusCristo para a ressurreição começar é descrita como ‘a voz doarcanjo’”. Associa isto com Jd 9, onde se faz mençãoao arcanjo Miguel, e formula, de forma enfática oucontundente a seguinte pergunta: “ Seria apropriadoassemelhar a chamada dominante dada por Jesus com a de umalguém inferior a ele em autoridade?” E daí conclui ser“razoável que o arcanjo Miguel seja Jesus Cristo.” Contudo, oque temos aqui são dois erros de interpretação:

1°) A tradução de 1 Ts 4.16, como consta daAlmeida Atualizada, não descreve a ordem de JesusCristo, para a ressurreição começar, como a voz doarcanjo. O que este trecho diz é que: a) Cristodará a Sua palavra de ordem; b) o arcanjo emitiráa sua voz; c) o som da trombeta de Deus, ecoar-se-á. Senão, vejamos: “Portanto o Senhor mesmo, dada a suapalavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombetade Deus, descerá dos céus...”

2°) Associar textos bíblicos aleatoriamente,sem considerar o contexto geral das Escrituras,pode levar a conclusões gritantes. Por exemplo,está escrito que todas as ciosas são criadas porDeus (Ap 4.11). Logo, tudo é criatura. Mas seráque podemos associar este versículo com Mc 16.15,onde Jesus manda pregar o Evangelho a todacriatura, e deduzirmos disso que é razoável quepreguemos o Evangelho aos animais, às árvores,etc.? Obviamente que não. Ainda desenvolvendo estemesmo raciocínio, um péssimo hermeneuta poderia

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associar Jo 14.1-3, onde Jesus fala das muitasmoradas que há na casa do Pai (para as quais Elelevará os Seus quando de Sua vinda), com Jo 2.16,onde Jesus chama o Templo de “casa de meu Pai”, einferir que a eterna morada dos salvos é oreferido templo. Alguém já disse acertadamente que“texto sem contexto é pretexto” .

As contradições dos chefes das TJ quanto aquem é Miguel, mais o comentário exegético ehermenêutico que acabamos de exposar, a respeitode Dn 10.13; ITs 4.16; e Jd 9, deve levar aspessoas de bom senso a não se deixarem “instruir”pelo corpo docente do “Colégio” russelita.

CAPÍTULO 3__ADORAR A JESUS É PECADO?!

Na obra Poderá Viver Para Sempre no Paraísona Terra, página 46, parágrafo 29, as TJ dizem:“...Apenas Jeová deve ser adorado...” Esta frase, quandoproferida por um trinitariano, não exclui a pessoade Jesus; mas quando procede das TJ, equivale adizer que adorar a Jesus é errado. Essa doutrina,porém, não é corroborada pela Bíblia, a qualmostra Jesus sendo adorado por homens e anjos (Mt2.2, 11; 8.2; 9.18; 14.33; 15.25; 20.20; 28.9; Jo9.38; Hb 1.6). Em todas estas referênciasbíblicas, encontramos o Senhor Jesus sendoadorado. Das 10 referências acima citadas, a

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última é uma ordem dada aos anjos, para que estesadorem a Jesus. E as demais, registram sereshumanos prestando adoração ao Senhor Jesus. Emtodos estes casos, o verbo grego para “adorar”(PROSKUNÉO) pode, realmente, ser traduzido porreverenciar ou homenagear, dependendo do contexto.Por este motivo, como os líderes das TJ não crêemna Divindade de Jesus, sempre que proskunéoaparece na Bíblia, referindo-se a Jesus, eles“traduzem” por homenagear. Na TNM antiga, só Hb1.6 mandava adorar a Jesus. Certamente isto se deupor um “descuido” do Corpo Governante, visto quenas edições mais recentes esse “erro” já foi“corrigido”. Hb 1.6 na TNM de 1967 diz: “... E todos osanjos de Deus o adorem”. Mas, na TNM de 1986 reza oseguinte: “... E todos os anjos de Deus lhe prestem homenagem.”

Uma vez que proskunéo pode ser vertido parao Português como adorar ou homenagear, comotraduzi-lo, quando ele se aplica a Cristo? Aresposta deve ser a seguinte: uma vez que Jesusdisse que devemos honrá-lo tal qual honramos o Pai(Jo 5.23), adorar é a tradução correta.

Tanto o apóstolo Pedro (At 10.25, 26),quanto o anjo (Ap 22.9), rejeitaram ser adorados.Mas Jesus nunca disse aos seus adoradores:“Levantai-vos, porque eu também sou homem. Adoraia Deus.”

Na revista A Sentinela de 15/01/1992. Página23, o Corpo Governante diz que a adoração que os

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anjos prestam a Jesus, mencionada em Hb 1.6, é umaadoração relativa, isto é, eles adoram a Deus porintermédio de Cristo. Senão, vamos àstranscrições: “... De modo que qualquer ‘adoração’ que osanjos prestem ao Filho de Deus é relativa e, por intermédio dele, édirigida a Jeová.” Aqui, porém, temos dois problemas:primeiro, por que os anjos adorariam a Deusatravés de Cristo, quando podem adorá-lodiretamente? Essa adoração a Jeová, via anjo (elesdizem que Jesus o é), é algo estranho àsEscrituras. A Bíblia não contém um só exemplo deadoração relativa. Segundo, com esta declaraçãoconcorda o Corpo Governante, pois incoerentementedisse: “Não existe um único caso nas Escrituras em que fiéisservos de Jeová tenham... se empenhado numa forma de adoraçãorelativa...” (Estudo Perspicaz das Escrituras, volume2, página 364). A final há, ou não há, a tal deadoração relativa?

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CAPÍTULO 4__ORAR A JESUS É PECADO?!

Naturalmente, a oração é uma forma deadoração. Ninguém pode dizer que não está adorandoo Ser a quem dirige suas orações.Conseqüentemente, se provarmos que os cristãosprimitivos oravam a Jesus, estaremos dando umgolpe mortal em duas heresias pregadas pelas TJ: aheresia de que adorar a Jesus é pecado, járefutada no capítulo III deste livro, e a heresiade que é errado orar a Jesus.

Quaisquer das doutrinas heréticas das TJobjetivando rebaixar o Senhor Jesus Cristo podemser refutadas, como já vimos, com Jo. 5.23. Masprometemos que a fim de aprofundar nossosconhecimentos Cristológicos, consideraremos cadacaso, analisando textos bíblicos específicos.

A Bíblia realmente registra vários casos deoração a Jesus. Em At 7.59, encontramos queEstêvão, o primeiro mártir do Cristianismo, “eminvocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito.” Podemostachar de idólatra, a um homem da envergadura deEstêvão?

Segundo o testemunho de Ananias, registradoem At. 9.12-17, os cristãos que Saulo perseguira,invocavam o nome de Jesus. Compare o versículo 14com o 17 e veja que a pessoa com quem Ananiasconfabulava, de quem disse que os cristãosperseguidos invocavam o nome, era o Senhor Jesus

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Cristo. Que quer a Bíblia dizer quando afirma queos cristãos dos primórdios do Cristianismoinvocavam o nome de Jesus? O que consta de At 7.59mostra que o que os cristãos primitivos chamavamde invocar o nome de Jesus era orar a Jesus, vistodizer este versículo que foi em invocação queEstevão pediu a Cristo que recebesse o seuespírito.

O apóstolo Paulo afirma na sua PrimeiraEpístola aos Coríntios, capítulo 1, versículos 1-2, que esta carta foi endereçada não só aoscoríntios, mas também a “todos os que em todo o lugarINVOCAM o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles enosso.” Os que oram a Jesus são, na opinião das TJ,hereges; mas o apóstolo Paulo os chamou de“santificados em Cristo Jesus, chamados santos”. Paulo disseainda que os tais eram servos de Jesus, visto terdito que Jesus era o Senhor deles, bem como dele edo irmão Sóstenes. Este, escrevente da referidaepístola.

As TJ oram ao Pai, em nome do Filho, o que écertíssimo (Jo 14.13; At 6.9), mas não pedem nadaa Jesus, o que é erradíssimo, à luz dos versículosacima estudados. Ademais, não percamos de vista,Jo 5.23, que pode ser citado com freqüência aolado de todos os textos bíblicos que refutam apéssima idéia que as TJ têm da Augusta Pessoa deJesus.

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Em Jo 14.14 o Senhor Jesus disse: “se mepedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei” (AlmeidaRevista e Atualizada). O pronome oblíquo “me”,consta de quase todas as traduções, e o porquêdisso é que assim está nos melhores manuscritos.Assim temos neste versículo uma forte evidência deque Jesus nos autorizou a irmos a Ele em nossasorações.

Vimos que Estêvão sucumbiu orando a Jesus.As TJ dirão que Estêvão não estava orando a Jesus,mas sim, conversando com Ele face a face (At7.56). O contexto, porém, mostra claramente que avisão sobrenatural que Estêvão teve de Jesus, nãose deu na hora do seu apedrejamento, que ocorreufora da cidade (At 7.58), mas sim, muito antes, lá noSinédrio, dentro de Jerusalém, onde fora julgado.Mais uma vez, um texto sem contexto serve depretexto.

O apóstolo João também orou a Jesus. Disseele: “Ora vem, Senhor Jesus”, Ap 22.20 b.

Em Rm 10.13 o apóstolo Paulo atribui Joel2.32 a Cristo, e afirma, à luz do contexto (leiaos versículos 9-21) que Jesus é o Senhor queprecisamos invocar para sermos salvos. Se Jesusnão fosse um com Deus, Paulo jamais poderia seestribar em Jl 2.32 para provar a autenticidade doraciocínio que ele vinha desenvolvendo nosversículos anteriores, pois que lhe faltariacoerência. Deste modo se vê que Rm. 10.13 manda

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invocar o Senhor Jesus e ainda diz o porquê disso:Ele é Jeová. Assim falamos porque a palavraoriginal traduzido por Senhor nas nossas Bíblias,em Joel 2.32, é Jeová.

Se Jesus é Deus, então podemos orar a Ele.Negar isto é tentar subtrair a glória que lhE éinerente. CAPÍTULO 5__A BÍBLIA DIZ QUE JESUS É CRIATURA?!

Já informamos que as TJ crêem que Jesus é oprimeiro anjo que Deus criou, mas ainda nãomostramos os textos bíblicos sobre os quais elasse “apoiam” para pregarem isso. Agora, porém,chegou o momento de considerarmos este assunto.

5.1 Ele é o Princípio da Criação de Deus.

Ap 3.14 diz que Jesus é o “princípio da criação deDeus”. Deste versículo se servem, portanto, as TJ,a fim de “provarem” que Jesus é a primeiracriatura de Jeová. Todavia, a palavra originaltraduzida por “princípio” neste versículo, é arqué(ou arché) que o Novo Dicionário Aurélio defineassim: “princípio ou fonte ou causa”. Arché podesignificar “governo”, “chefe”... Daí a palavraarcanjo (chefe de anjos), arcebispo (chefe dosbispos) etc.. E o Corpo Governante sabe disso,pois na “bíblia” por ele “traduzida”, o plural

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desta palavra está vertida por “funcionários dogoverno”, em Lc 12.11.

Segundo o Dicionário do Novo TestamentoGrego, de W. C. Taylor, JUERP, arché significa“princípio, origem; principado, magistrado,domínio; ‘primazia’, ‘dignidade’ responsabilidade;“ponta;” ‘líder’, “o primeiro de uma série”.Revela-se, portanto, muito frágil, o argumento dasTJ no intuito de proverem à base de Ap 3.14, queJesus é a primeira criatura de Jeová. É que tendoarché, várias definições, é o contexto geral daBíblia que irá determinar por qual delas devemosoptar. E, ao fazermos isso, tenhamos em mente Jo5.23.

O que Ap 3.14 nos diz, é que Jesus é oCriador, Sustentador e Governador de todas ascoisas.

5.2. É o Primogênito da Criação

Devido às implicações de ordem jurídicas,oriundas dos privilégios da primogenitura, ovocábulo “primogênito” passou a significar “aqueleque é primaz”. Conosco concordam os peritosbíblicos que comentaram a Bíblia de EstudoPentecostal, os quais, explicando Cl 1.15 (que é otexto sobre o qual as TJ se apóiam para dizeremque Jesus é a primeira criatura de Deus),disseram: “Esta expressão não significa que Cristo foi um ser

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criado. Pelo contrário, ‘primogênito’ tem o significado quefreqüentemente lhe é atribuído no A[ntigo] T[estamento]: ‘Oprimeiro quanto à posição; ‘herdeiro’, ou ‘preeminente...’”.

Uma das evidências de que esta opinião estácerta, é o fato de Deus dizer que Ele fez docaçula de Jessé (Davi), o Seu primogênito(Sl89.27). Isto posto, há a possibilidade gramaticalde Jesus ser chamado de primogênito da criação nosentido figurativo de “preeminente”. Sim, existe apossibilidade gramatical, mas nós dispomos de algomais consubstancioso do que isto, a saber, ahermenêutica do texto em apreço. É que osversículos que sucedem o 15º, diz textualmente oporquê dEle ser o primogênito. Segundo taisversículos, Ele não é primogênito porque foi oprimeiro a ser criado, mas sim, porque Ele criou oUniverso e tudo quanto nele há. Deste modo se vêque o porquê da Bíblia é diferente do porquê dasTJ. Estas dizem que Ele é o primogênito porque foio primeiro a ser criado, mas aquela sustenta que arazão de Sua primogenitura deve-se ao fato dEleser o Criador. Assim sendo, não pode haver dúvidade que neste trecho da Bíblia (Cl 1.15-17), Jesusé chamado de primogênito no sentido figurativo.

Do exposto acima, fica claro que além dosignificado literal de “primogênito”, que é “ofilho mais velho”, esta palavra pode significar “omais elevado”, e outros termos equivalentes.

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Sempre que uma palavra tem mais de umadefinição, o intérprete precisa considerar ocontexto imediato, para se posicionar. Se este nãolhe for o bastante, apela-se para o contextoremoto. No caso em lide, nos bastaria o contextoimediato; contudo, lembremo-nos de Jo. 5.23.

O fato de Jesus ser chamado de primogênitoda criação, por si só não serve para provar se Eleé ou não, a primeira criatura. Mas como a Bíbliadiz textualmente que Ele é o primogênito de toda acriação “porque... tudo foi criado por ele...”,então Ele é o Criador, e não criatura.

Os líderes das TJ forçaram Cl 1.15-17 adizer o que eles gostariam que este textodissesse. No versículo 16 adicionaramarbitrariamente, entre colchetes, a palavra“outras”. Com isso querem dizer que depois queDeus criou Jesus, este o ajudou a criar as demais.Mas eles mesmos confessam nas páginas de rosto desuas “bíblias” que as palavras entre colchetes nãoconstam do original, e que eles o fazem paracompletar o sentido em português. Isso às vezes énecessário realmente. Porém, os guias das TJ seservem disso para adulterar a Bíblia. Já vimos quea crença de que Jesus, após ter sido criado,ajudou Jeová a criar as “outras coisas” colide comIs 44.24 b, onde Deus diz que nenhuma criatura oajudou.

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5.3. O Unigênito de Deus

A Bíblia diz que Jesus é o unigênito de Deus(Jo 1.14). Na opinião das TJ, esta é mais umaprova de que Jesus é a primeira criatura. Porém,se até a palavra “primogênito”, precisa serforçada, para significar “primeiro criado”, quenão dizer de “Unigênito” que por si só já estádizendo que Jesus é único? Seria “primogênito” oprimeiro criado; e “unigênito”, o único criado?Como pode Jesus ser o primeiro de uma série, bemcomo o único, ao mesmo tempo?

Segundo as TJ, Jesus é o unigênito de Deusporque foi o único que Jeová fez sem que alguém oajudasse. Alegam que todas as outras coisas foramcriadas com a ajuda de Jesus, mas Jesus foi criadosem ajuda de quem quer que seja. Mas estaconclusão não se harmoniza com Jo 1.3 que asseguraque NADA se fez sem a participação de Jesus, oque seria ilógico, se Ele tivesse sido feito, poisequivaleria a dizer que Ele teria ajudado a criar-se a si próprio. Jo 1.3 não só diz que Jesus é oCriador dos Céus, da Terra e de tudo quanto neleshá, como também ressalta que Ele existe desdesempre. Do contrário, das duas uma: ou Ele fez-sea si mesmo, ou veio do nada. E ambas asalternativas são incabíveis.

A final, que quer a Bíblia dizer quandoafirma que Jesus é o unigênito de Deus? A Bíblia

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de Estudo Pentecostal, responde com muitasabedoria a esta pergunta: “... O termo ‘unigênito’ nãosignifica que Cristo foi um ser criado. Pelo contrário, a declaraçãorefere-se ao seu relacionamento exclusivo com o Pai, isto é; ao fatode Ele ser o Filho de Deus desde toda a eternidade. Aqui temos asua filiação em relação ao Deus trino...”

A palavra original traduzida por “unigênito”em Jo 1.14, é “monogenes”, único de uma espécie, enão “monogennao”, que significa “único gerado”.Trata-se, portanto, da singularidade de Jesus. Éque Jesus, como membro da Trindade, é singular,assim como o são os demais integrantes da Deidade,a saber, o Pai e o Espírito Santo. Por exemplo, oprimeiro filho de Abraão chamava-se Ismael (Gn16.15). Isaque foi o segundo filho de Abraão (Gn21.3). Não obstante, porém, Isaque é chamado de“unigênito” de Abraão (Hb 11.17). Sendo Isaque osegundo filho do patriarca Abraão, obviamente nãopoderia ser chamado de unigênito, se este vocábulosignificasse “único gerado”.

Todos os grandes léxicos do Grego aquiescemcom o que aqui estamos afirmando.

Agora que estamos bem inteirados dosignificado de Unigênito, atentemos para Jo 1.18que segundo os melhores manuscritos, afirma queJesus é o Deus unigênito. “Deus unigênito” querdizer “Deus único”, e não, “Deus único gerado”.Uma das provas bíblicas de que Jesus é overdadeiro Deus, é o fato dEle ser chamado de o

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Filho de Deus. As TJ, porém, se servem exatamentedisso, a fim de “provarem” que Ele não é Deus,antes, uma das criaturas de Deus. Tal se dá porqueelas não sabem que a palavra “filho” consta daBíblia com, pelo menos seis significados distintose diferentes: por criação; por formação; poradoção; por participação; por geração; e porigualdade ou identidade de natureza. Vejamosalguns exemplos bíblicos:

a) POR CRIAÇÂO: em Jó 1.6; 2.1; e 38.7os anjos são chamados de filhos deDeus. Certamente porque Deus oscriou, isto é, Deus os fez do nada.

b) POR FORMAÇÂO: em Lc 3.38 Adão é (àluz do contexto) chamado de filho deDeus. Em português soa bem, dizerque Deus criou o homem, mas aspalavras originais, traduzidas por“criou” em Gn 1.1 e 27, sãodiferentes. Esta traz em si a idéiade dar uma nova forma a algo pré-existente, no caso, o “pó da terra”(Gn 2.7). Mas aquela designa fazerdo nada. Este é o motivo pelo qualse convencionou dizer nas academiasteológicas que o homem é filho deDeus por formação.

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c) POR ADOÇÃO: Rm 8.15; Gl 4.5; e Ef1.5 dizem que os cristãos são filhosde Deus por adoção. Antes éramosfilhos do Diabo (Jo 8.44), mas agoratudo mudou (Jo 1.12). Sempre fomosobras das mãos de Deus, mas só agorasomos filhos por adoção (1 Jo 3.2).

d) POR PARTICIPAÇÃO: em Mt 9.15 fala-sedos “filhos das bodas”, isto é,pessoas que participam de umcerimonial de casamento. Estaexplicação tem que estar certa,visto que bodas não gera filhos. ABíblia fala também dos filhos da luz(Lc 16.8), filhos da ressurreição(Lc 20.36), filho da perdição (Jo17.12), filhos da desobediência (Ef2.2) etc..

e) POR GERAÇÃO: dispensa provasbíblicas de que o gerado é filhodaquele que o gerou (Gn 6.10). Ohomem Jesus também é filho de Deuspor geração. O grande apologistacristão, pastor Esequias Soares daSilva, vinculado ao ICP (InstitutoCristão de Pesquisas), disse: “... O

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verbo Eterno, que se tornou Filho, o encarnado deDeus, quando foi gerado pelo Espírito Santo noventre de Maria, cumprindo-se assim a promessade Deus: ‘Tu és meu Filho, eu hoje te gerei’ (Sl 2.7;At 13.33)” (Lições Bíblicas, 2ºtrimestre de 1997, pág. 11, CPAD,revista do professor).

f) POR IGUALDDE OU IDENTIDADE DENATUREZA: sempre que a Bíblia dizque Jesus é o Filho de Deus, querdizer com isto que Ele é Deus. Elenão é Filho por criação, pois se ofosse, Ele não seria “o” Filho, massim, “um dos” filhos.

5.4. O Filho de Deus.

A expressão “filho de”, não significa,necessariamente, “gerado por”; muito menos,“criado por”. Não comparando mal, assim como oDiabo não criou ninguém, mas tem muitos filhos (Jo8.44; At 13.10; 1 Jo 3.10 etc.); Deus não criouJesus, mas Jesus é o Seu Filho.

Vejamos agora alguns dos textos bíblicos quecategoricamente afirmam que Jesus é o Filho de

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Deus por identidade de natureza (ou igualdade) como Pai.

5.4.1. Filiação Designa Igualdade

Segundo consta de Jo 5.18, as razões pelasquais os judeus queriam matar a Jesus são asseguintes:

1ª - Jesus quebrantava (ou violava) oSábado.

2ª - Jesus disse que Ele era igual a Deus,por dizer que Deus era o seu Pai;

3ª - Os judeus entenderam muito bem o queEle estava dizendo;

4ª - Ao invés de crerem no que Jesus lhesdizia, isto é, ao invés de crerem que Jesus era defato igual a Deus, acharam que Ele estavacometendo a blasfêmia de usurpar as prerrogativasdivinas, razão pela qual o consideraram digno demorte. Aqui está, portanto, uma prova de que Jesusé o Filho de Deus porque é igual a Deus.

Na opinião das TJ, Jesus não se declarouigual a Deus em Jo 5.18. Elas dizem que “foram osjudeus incrédulos que raciocinaram que Jesus procurava fazer-seigual a Deus por afirmar que Deus era seu Pai.” E concluemque “Jesus nunca afirmou ser igual a Deus.” Estasdeclarações constam do livro Raciocínios à Basedas Escrituras, página 215, edição de 1985. Mas asTJ só estariam com a razão, se este texto dissesse

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assim: “ ... mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, o quefez com que os judeus pensassem que Ele estava fazendo-se igual aDeus.”

As TJ dizem também que o texto em apreço nãodiz que Jesus violava o Sábado, mas sim, que osJudeus concluíram precipitadamente que Ele ofazia. Mas a verdade solene é que Jesus, bem antesde inaugurar a Nova Aliança, já ditava algunspreceitos do Novo Testamento. Mt 5.31-41 registraalguns exemplos. Além disso, só um péssimointérprete pode concluir que Jo 5.18 não diz queJesus violava o Sábado, tampouco que se faziaigual a Deus.

5.4.2. Filiação Segundo Jo. 19.7

Segundo Jo 19.7, os judeus tentaramconvencer a Pilatos de que Jesus era réu de morte,pelo fato d’Ele haver afirmado que era Filho deDeus. Isto é prova cabal de que esta afirmação, àluz das línguas originais em que a Bíblia foiescrita, não significa criado por Deus, e sim,igual a Deus. Caso contrário, os ímpios não seapoiariam nisso para acusar Jesus de blasfêmia.

5.4.3. Filiação à luz de Jo 10.30-36

Segundo o que está escrito em Jo 10.30-36,Jesus disse que Ele e o Pai eram um. Isso

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equivalia a dizer que Ele era Deus e os judeusquiseram matá-lo por isso, por acharem que o fatod’Ele se fazer Deus era uma blasfêmia. Em outraspalavras: Ele confessou que era Deus e os judeusacharam que Ele estava blasfemando ao fazer estaconfissão. Senão vejamos: logo após Jesus dizerque Ele e o Pai são um (v.30), os judeus ameaçaramapedrejá-lo (v.31). Jesus perguntou então por qualmotivo queriam apedrejá-lo (v.32), e eles disseramque era porque Ele havia cometido a blasfêmia dese fazer Deus (v.33). Nos versículos 34 e 35 Jesusargumenta, citando e explicando o Sl 82.6, eformula uma pergunta que nos deixa claro que aafirmação “Eu e o Pai somos um”, equivale a dizereu sou o Filho Deus. Veja o leitor que embora odebate entre Jesus e os judeus seja em torno dofato dEle ter afirmado que Ele era um com Deus,Jesus não disse assim: àquele a quem o Paisantificou, e enviou ao mundo, dizeis vós:Blasfemas; porque eu disse: Eu e o Pai somos um?(Confere com Jo 10.36). Assim, se compararmos osversículos 30, 33 e 36 de Jo 10, veremos que aexpressão “Eu e o Pai somos um”; corresponde a “Eusou o Filho de Deus”. Do contrário, Jesus e osseus interlocutores não falavam coisa com coisa.

A palavra original (grega) traduzida por‘um”, em Jo. 10.30 é HEIS. Sua correspondente nalíngua hebraica (o idioma no qual se escreveu oAntigo Testamento) é ECHAD (lê-se errádi), e

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significa unidade composta: uma só carne (Gn.2.24), um só Senhor(Dt. 6.4) etc.. Unidadeabsoluta no hebraico é YACHID (lê-se iarrídi).Este vocábulo consta, por exemplo, em Gn. 22.2,referindo-se ao único filho de Abraão, segundo apromessa.

5.4.4. Filiação Segundo a Ótica de Satanás

Segundo o que está exarado em Mt 4.3, oDiabo, tentando a Jesus, disse-lhe; “Se tu és o Filho deDeus, manda que estas pedras se tornem em pães”. Istosignifica que na opinião do Diabo, ser o Filho deDeus implica ser onipotente. Será que Satanásestava equivocado? Sabemos que o Diabo é o pai damentira e, portanto, indigno de confiança (Jo8.44). Porém, às vezes os demônios fazemafirmações que não podem ser contraditadas pornós. Exemplos: Lc 8.28 diz que os demôniosconfessaram que Jesus é o Filho do Deus Altíssimo.Podemos refutar? E Mc 1.24 nos assegura que osdemônios disseram que Jesus é o Santo de Deus.Podemos contradizer? Ora, se Satanás estavatentando a Jesus, obviamente ele procurava ser omais “lógico” possível. Daí podermos perceber queapesar de o Diabo estar inspirando algumas pessoasa dizerem que Jesus é o Filho de Deus por criação,lá no deserto ele tentou o Senhor Jesus aidentificar-se como o Filho de Deus por identidade

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de natureza. Das palavras do Diabo podemos“pescar” que ele estava argumentando à base daseguinte lógica: se Jesus é o Filho de Deus, entãoEle tem, natural e necessariamente, podersobrenatural. Se neste ponto Satanás não estavaincoerentemente equivocado, como equivocados nãoestavam os seus subalternos ao fazerem asconfissões registradas em Lc 8.28 e Mc 1.24, Jesusnão é Filho de Deus por criação, pois ninguém tema obrigação de ser portador de poder miraculoso sópor ter sido criado por Deus. Tal exposição seriauma incoerência tão gritante quanto se alguémfizesse os seguintes desafios:

“Se tu és mecânico, conserta o meutelevisor”;

“Se tu és carpinteiro, faze uma mudade roupa para mim”;

“Se tu és eletricista, corta os meuscabelos e faze a minha barba”;

Em português, não há blasfêmia algumaem declarar-se filho de Deus. Contudo, os exemplossupracitados nos deixam perceber que, num certosentido, fazê-lo é, à luz da Bíblia, declarar-seDeus. Por que isso? Tal se dá porque é aconsciência semítica que está por detrás dafraseologia da Bíblia. Logo, não podemos estudar aBíblia com ótimo aproveitamento, se ignorarmos o

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contexto histórico, o contexto cultural, bem comoas implicações de ordem filológica da índole dosidiomas nos quais se escreveu a Bíblia,originalmente.

Se existisse nos países de falaportuguesa, a pena de morte para os blasfemadores,certamente ninguém seria executado por dizer-sefilho de Deus. Mas Jesus foi considerado digno demorte por havê-lo feito. Por que isso? A respostahonesta é que o fato de Jesus declarar-se o Filhode Deus, fá-lo Deus. Ele é “o Filho”, e não “umdos filhos”. Assim como a expressão “o Filho dohomem” (Jo 5.27; Mt 24.30 etc.), revela a perfeitahumanidade de Jesus, a frase “o Filho de Deus”,revela a Sua perfeita Deidade. Ele é o Filho dohomem, porque é homem; e é o Filho de Deus, porqueé Deus.

5.4. 5. Análise sinóptica de Provérbios 8.22

Discorrendo sobre a infinita sabedoria deDeus, Salomão compôs interessante alegoria,registrada no capitulo oitavo de Provérbios. Aí asabedoria é personalizada, e dela se diz coisastremendas.

Muitos teólogos trinitarianos crêem que asabedoria da qual trata o texto em apreço, retratao Senhor Jesus Cristo. Essa é uma interpretaçãopossível, visto que Jesus é chamado de “sabedoria

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de Deus” em 1 Co 1.24. Porém, não é menospossível, e talvez até mais provável, que oobjetivo deste trecho da Bíblia seja ressaltar aeterna onisciência de Deus.

Os líderes das TJ viram em Pv 8, algo a quese apegarem, no seu inglório afã de “provarem” queJesus é criatura. E, para tanto, mais uma vezforçaram a Bíblia a dizer o que eles gostariam queela dissesse, vertendo Pv 8.22, assim: “O próprio Jeováme produziu como... a mais antiga das suas realizações.” Dizemeles que esta passagem da Bíblia também prova queJesus é a primeira criatura de Deus. Mas,generosamente informamos a eles que o verbohebraico “qânâh”, de onde deriva qânâni, do textoem lide, não significa “criar”, “fazer”,“produzir”, mas sim, “possuir”. O versículo está,pois, bem traduzido na Almeida Revista eCorrigida, assim como na Almeida Revista eAtualizada, que vertem-no respectivamente assim:“o Senhor me possuiu no princípio de seus caminhos, e antes desuas obras mais antigas”. “O SENHOR me possuía no início de suaobra, antes de suas obras mais antigas. ”Dependendo docontexto, qânâh pode significar também “obter” e“gerar”, contudo, no caso em pauta, só pode ter osentido de “possuir”. Uma prova disso é o fato doversículo 23 nos dizer que a sabedoria de Deus foiungida (isto é, estabelecida) desde a eternidade.Ora, “desde a eternidade” é desde sempre ou desdeum passado sem princípio. Ora, como dizermos que

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uma criatura foi obtida, ungida, estabelecida, ouaté mesmo gerada, na eternidade? Retoricamentepoderíamos dizer que a sabedoria de Deus e o SeuFilho Jesus Cristo foram “gerados na eternidade”,todavia, se depreendermos disso o ato de trazer àexistência, ou o texto ou o intérprete, estaráequivocado.

O autor destas linhas crê, particularmente,que Pv 8 trata do substantivo “sabedoria”, e nãoda Pessoa de Jesus. Contudo, mesmo atribuindo-o aCristo, ele não nos impede de crermos naeternidade absoluta de Jesus, visto que o verbocriar não aparece no texto.

Às vezes as TJ dizem que as expressões“antes de haver abismos” “antes que os montesfossem formados” e outras semelhantes encontradasno oitavo capítulo de Provérbios, por si sóindicam que o sujeito da sentença, no caso asabedoria, veio à existência num dado momento.“Isto”, alegam elas, “além de provar que não setrata duma mera personalização da sabedoria deDeus (já que Deus sempre foi sábio), claramentenos fala de uma determinada criatura que, emboranão exista desde a eternidade foi, todavia, criadaantes das demais coisas”. Mas, se aquiescermos aesta conclusão das TJ, fatalmente negaremos aeternidade de Deus, posto que expressõessemelhantes são endereçadas ao Pai Eterno. Só para

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O verbo hebraico “qânâh” foi traduzidoerradamente por “criar” na Septuaginta. Talequívoco vem sendo perpetuado devido a cochilosdos tradutores, como, por exemplo, a VersãoRevisada de Almeida, da Imprensa BíblicaBrasileira, que verte Pv 8.22 como se Salomãotivesse registrado “ O Senhor me criou como a primeiradas suas obras, o princípio dos seus feitos mais antigos”.Lembremo-nos, porém, que nenhuma tradução goza dainspiração ímpar, que os escritores da Bíbliareceberam, quando da composição do Cânon, e que aSeptuaginta não é exceção da regra. Logo, ela

dar um exemplo, vejamos o Sl 90.2: “Antes que osmontes nascessem... tu és Deus.”

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CAPÍTULO 6__JESUS FORA, ERA, É E SERÁ MENOR QUE DEUS ?!

Segundo as TJ, o motivo pelo qual Jesus sedeclarou inferior ao Pai (Jo 14.28; 5.30; Mt 24.36etc.) não foi porque Ele havia se tornado homem.Em defesa disso, alegam que Ele se consideravainferior a Deus, mesmo antes de humanizar-se. Epara “provarem” isso citam Fp 2.6. Este versículoestá mal traduzido na “bíblia” das TJ. (Veremosisto daqui a pouco). As TJ dizem ainda que Jesuscontinua menor do que Deus, lá no Céu. Para tanto,elas “baseiam-se” em I Co 11.3. E, “apoiando-se”em I Co 15.28, afirmam que Jesus será menor do queDeus eternamente. Recapitulando: as TJ pregam queJesus Cristo fora (Fp 2.6); era (jo 14.28; 5.30;Mt 24.36 etc.); é (I Co 11.3); e será para sempre(I Co 15.28), menor do que Deus. Consideremos,pois, suas afirmações nesta mesma ordem:

6.1. Fora Menor

Já deixamos subentendido acima que os chefesdas TJ se inspiram em Fp 2.6 para dizerem queJesus, mesmo antes de humanizar-se, já seconsiderava inferior ao Pai. Mas este versículodiz exatamente o contrário do que supõem as TJ.Senão, vejamos: “Que, sendo em forma de Deus, não teve porusurpação ser igual a Deus” (ARC). “Não ter por

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usurpação”, não é o mesmo que “não ter ausurpação”. Logo, o que este trecho bíblico estádizendo é que a igualdade de Jesus com Deus, lhE éprópria e natural; e não, resultado de umausurpação, isto é, Jesus é igual a Deus pornatureza, e não por ter se apropriado dessaigualdade fraudulentamente. Usurpar é adquirir comfraude; alcançar sem direito; exercerindevidamente; assumir o exercício de, por fraude,artifício ou força, segundo o Novo DicionárioAurélio. Se Jesus fosse inferior a Deus e,arrogantemente, reivindicasse igualdade com o Pai,a Bíblia diria que Ele teve a usurpação de serigual a Deus. Se Jesus não fosse igual ao Pai, ereconhecesse isso, a Bíblia diria que Ele não teve ausurpação de ser igual a Deus. Mas, como Ele éigual e sabe disso, ela nos diz que Ele não teve porusurpação ser igual a Deus.

Quando dizemos que não tivemos por ofensadeterminada palavra que alguém nos tenha falado,estamos afirmando que, na nossa opinião, talpalavra não é ofensiva. E é com este conceito emmente que devemos considerar Fp 2.6.

As TJ pensam que o versículo em lide estádizendo tão-somente que Jesus não fez como oDiabo. Este não era igual a Deus, mas quis sê-lo.Jesus, porém, reconhecendo a sua inferioridade,humildemente se submeteu ao seu superior, a saber,a Deus. Contudo, demonstramos acima que este não

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foi o caso. O texto em apreço está dizendo algodiametralmente oposto.

Ler um texto bíblico em várias versões, éuma das coisas que devemos fazer, pois auxiliagrandemente na interpretação. Vejamos, portanto,como Fp 2.6 consta da ARA (Almeida Revista eAtualizada): “pois ele, substituindo em forma de Deus nãojulgou como usurpação o ser igual a Deus.” Temos aqui, emoutras palavras, a mesma idéia que nos étransmitida pela ARC (Almeida Revista eCorrigida). A ARC diz que Jesus “não teve porusurpação”, e a ARA afirma que Ele “não julgoucomo usurpação”. Esta porção das Escrituras nosajuda a entender que realmente Jesus pode, semusurpação alguma, afirmar que Ele é Deus (Jo10.30-36), igual a Deus (Jo 5.18; 14.9) e aindareivindicar para si as honras que só a Deus podemser tributadas (Jo 5.23).

Vejamos ainda como Fp 2.6 consta da VR(Versão Revisada):

“O qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o serigual a Deus coisa a que se devia aferrar”. Esta traduçãoretém a idéia de que embora Jesus seja igual aDeus, Ele não se aferrou a isso, isto é, Ele abriumão disso. Ora, ninguém pode abrir mão do que nãopossui. Se Jesus abriu mão de Sua igualdade comDeus, é porque Ele possuía tal igualdade. Sim,pois “não aferrar” significa “abrir mão”, como jávimos.

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É bom lembrarmos que Jesus não abriu mão deSua igualdade interna, mas sim, de sua igualdadeexterna. Explicando: Ele vestiu-se de humanidadesem despir-se da Sua Divindade. Deste modo Eletornou-se diferente de Deus por “fora”, sem deixarde ser igual a Deus por “dentro”. Em outraspalavras: Ele assumiu a forma humana, sem deixarde ser Deus. Ele se fez Deus-homem. Ele éverdadeiro Deus e verdadeiro homemsimultaneamente. Ele é 100% Deus e 100% homem. SeJesus não fosse 100% homem Ele não se cansaria (Jo4.6), não dormiria (Mt 8.24), não diria queignorava o dia e a hora de Sua vinda (Mt 24.36), eque de si mesmo não podia fazer coisa alguma (Jo5.30) etc.. Por outro lado, se Ele tivesse deixadode ser Deus quando se fez homem, Ele não seproclamaria igual a Deus (Jo 5.18), digno de sertão honrado quanto Deus (Jo 5.23), um com Deus (Jo10.30), onipresente (Mt 18.20) etc.. Atendemospara o fato de que o Senhor não disse: “Eu e o Paiéramos um”, mas sim, “Eu e o Pai somos um.”Lembremo-nos também que já vimos que segundo overnáculo usado por Jesus, dizer-se um com Deus,neste caso, equivale a dizer “Eu sou Deus”.

Fp 2.6 está mal traduzido na “bíblia” dasTJ, pois seus líderes forçaram este texto a dizero que eles gostariam que ele dissesse. Ei-lo: “Oqual, embora existisse em forma de Deus, não deu consideração auma usurpação, a saber, que devesse ser igual a Deus.” Essa

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“tradução” sacrílega fez este versículo dizer queJesus, por ser humildade e realista, além dereconhecer a Sua inferioridade em relação ao Pai,não tentou usurpar (isto é, apoderarindevidamente) a igualdade com Deus. Porém, jávimos que a verdade é outra, a saber, o que estapassagem da Bíblia está dizendo é que Jesus, antesda fundação do mundo já sabia que Sua igualdadecom o Pai lhe era própria e natural, e nãoconseqüência de uma usurpação. Lebremo-nos que aBíblia não diz que Ele “não teve a usurpação”, massim, que Ele “não teve por usurpação”.

Certo TJ disse-nos que Fl 2:6 está maltraduzido na ARA, ARC, VR e outras edições queconservam a idéia da igualdade de Jesus com o Pai.Alegou mais ou menos o seguinte: “Os versículosprecedentes são uma exortação à humildade e aoaltruísmo, e Jesus está, neste texto, sendoapresentado como exemplo. Logo, este versículoestaria em desarmonia com o contexto, se o mesmonão estivesse informando tão-somente que Jesushumildemente reconheceu a Sua inferioridade emrelação a Jeová Deus, e que ,portanto, nem tentouser igual a este.

Do modo que esta passagem bíblica estátraduzida nas Bíblias de vocês” (ele está sereferindo às edições acima mencionadas) “ela é umcorpo estranho dentro do contexto. E, se nãoharmoniza com o contexto, é porque a tradução está

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errada. Conseqüentemente, ainda que Jesus fosseigual a Deus, o apóstolo Paulo não poderia tratardeste assunto aqui, pois que lhe faltariacoerência.

Se Jesus fosse realmente igual a Deus, ereconhecesse isso, ele não estaria errado; mas,pelo menos neste particular, ele estaria sendomais realista do que humilde. Assim sendo, comoapresentá-lo como um exemplo a ser seguido pelosque estavam sendo incentivados à humildade e aoaltruísmo? Como posso dizer: sejam humildes comofulano de tal que é rico, sabe disso, e vive numluxo inigualável? Ora, ser rico, saber disso eviver no luxo não é errado e nem prova que quemassim vive não seja humilde; mas convenhamos quenão se trata de um exemplo de humildade. Istoposto, tal exemplo seria ilógico”.

Apresentamos como refutação à exposiçãoacima, o seguinte argumento: realmente, o contextoé uma admoestação ao altruísmo e à humildade, poisque diz: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas porHUMILDADE; cada um CONSIDERE OS OUTROS SUPERIORES a simesmo. Não atende cada um para o que é propriamente seu, mascada qual também para o que é dos outros”(Fp 2:3,4). Oversículo três (3) aconselha à humildade, e overso quatro (4), ao altruísmo. Porém, deduzirdaí, que o verso seis, traduzido como está emnossas Bíblias, não harmoniza com o contexto, éignorar que o melhor exemplo de humildade, por

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certo não é dado por um João-ninguém que reconhecea sua insignificância e vive como tal; e sim, poruma pessoa culta, rica, famosa... e que nãoobstante toda essa glória, é humilde e abnegada.Este é o caso do Senhor Jesus Cristo. Ele é talqual Deus Pai, mas abriu mão da glória na qualvivia lá no Céu e veio ao mundo nos salvar.Inspiremo-nos nEle e tornemo-nos humildes,resignados e abnegados. Não somos nada, mas até osque julgam ser alguma coisa, descerão de seuspedestais, se se inspirarem no Seu exemplo. Logo,o nosso texto harmoniza com o contexto mais do queo texto da TNM. Na TNM, Fp 2.6 nos fala de um“Jesus” que é inferior a Deus e reconheceu isso.Ora, isso é que é ser realista, não humilde. Vejao leitor que o tiro das TJ saiu pela culatra.

Outro “argumento” das TJ, no intuito de“provarem” que Jesus era menor do que Deus mesmoantes dEle vir ao mundo, é “baseado” em Jo 3.17 eoutros versos bíblicos que afirmam que Deus enviouJesus ao mundo. Alegam que o enviado é menor doque aquele que o envia. A Bíblia, porém, deixaclaro que não podemos estabelecer isso como regra.Os apóstolos enviaram (ou mandaram como consta daTNM) Pedro e João a Samária (At 8.14). Ora, oapóstolo Pedro em nada era inferior aos demaisapóstolos, pelo contrário, era visto como uma dascolunas da Igreja, assim como Tiago e João (Gl2.9).

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Consideremos também Jo 16.7 que assegura queJesus enviou o Espírito Santo. Ora, as TJ crêemque o Espírito Santo é a força ativa de Deus, istoé, Seu poder invisível. Não cremos nisso, mas,como elas crêem, perguntamos: então a criaturachamada Jesus é maior do que o poder de Deus?

Em jo 14.16 Jesus promete rogar ao Pai, paraque este nos dê outro Consolador ou Ajudador. Nestecaso, a palavra outro é, no original, allos, quesignifica outro da mesma espécie, da mesmaqualidade e da mesma natureza. Logo, secompararmos Jo 16.7 com 14.16, veremos que oenviado pode ser igual àquele que o enviou. E, àluz de At 8.14 comparado com Gl 2.9 podemos verque o enviado pode ser até maior do que aquele queo enviou. Então, essa base sobre a qual as TJ seapóiam também é frágil. Além disso, este “enviar”à luz do original é uma saída do próprio Deus.Jesus não veio ao mundo como alguém à parte deDeus, por este enviado, mas sim, como “emancipado”da Deidade. Sim, pois a palavra “EK” consta de Jo8.42, onde também se afirma que Deus enviou Jesus.

6.2. Era Menor

Já informamos que as TJ se “estribam” em Jo5.30; 14.28; Mt 24.36 e outros textos bíblicos afim de “provar” que o próprio Jesus confessou queEle não é Deus. Mas o certo é citar estes textos

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para provar que Jesus é homem, sem se esquecer quehá passagens bíblicas que atestam que Ele é Deus(Jo 5.18, 23; 10.30, 33 etc.).

As TJ adoram dizer que se Jesus tivesse sedeclarado igual a Deus em Jo 5.18, Ele teriaentrado em contradição em Jo 5.30. Mas elasprecisam atentar para o fato de que essa “lógica”serve para “provar” muitas coisas, visto quealguém pode selecionar os trechos da Bíblia quetratam da humanidade de Jesus, a fim de “provar”que Ele não é Deus, bem como selecionar todas aspassagens bíblicas que falam da Deidade do SenhorJesus, para “provar” que Ele não é homem. Tudo,porém, não passaria de pretexto, visto que aBíblia fala tanto da humanidade de Jesus, quantode Sua Deidade.

As TJ precisam saber que o contexto não negao texto. Logo, a solução não está em apoiarmos emJo 5.30; 14.28; 17.3 etc.; para negarmos Jo 5.18,23; 10.30, 33; 14.9 e outros textos correlatos.

Seguindo essa suposta lógica das TJ, muitasdoutrinas erradas pareceriam certas. Eis algunsexemplos:

OS CÉPTICOS podem dizer que a Bíblia écontraditória. E, para “provarem” isso, podemcitar as muitas aparentes contradições da Bíblia,sendo Jo 5.18 “versus” Jo 14.28b, uma delas.

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OS APOLINÁRIOS poderiam ressurgir e negar aperfeita humanidade de Cristo, “baseando-se”apenas nos textos que tratam da Divindade doSenhor Jesus (Mt 18.20; Jo 8.24; 20.28 etc.).OS ARIANOS estariam certos, por terem negado aCristo a Sua consubstancialidade Divina, servindo-se dos textos que, por tratarem de seu ladohumano, sustentam que Ele é igual aos homens (1 Tm2.5, Hb 4.15; Mc 10.45), menor do que os anjos (Hb2.9) e, portanto, menor do que Deus (Jo 14.28b).Aliás, os arianos foram ressuscitados em 1872,quanto Russell fundou a seita das TJ. Sim, oRusselismo tem muito a ver com o Arianismo.

Estamos mais que informados que as TJ adoramargumentar à base de Jo 14.28 a fim deconsubstanciar sua crença de que Jesus não é igualao Pai; e admiram não concordarmos com elas, vistoque esse raciocínio lhes parece muito óbvio. Masprocedem como nós, diante de silogismos tão fracoscomo esse que nos é apresentado por elas,supostamente lógico. A título de exemplo, vejamoso seguinte raciocínio: as TJ afirmam à página 210do livro Raciocínios à Base das Escrituras, queJesus “é o segundo maior personagem do universo”. Entãoelas crêem que Jesus está acima de todas as outrascriaturas, e abaixo de Jeová. Mas, Hb 2.9 diz queJesus foi “feito um pouco menor que os anjos”. Ora, nós eas TJ estamos em comum acordo de que Jesus não é

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menor do que os anjos. Ambos cremos que Hb 2.9 dizque Ele “foi feito menor que os anjos” porque Elehumanizou-se. Ora, se o maior personagem abaixo deDeus, pôde ser menor que os anjos porquehumanizou-se, por que um ser igual a Deus (Jo5.18,. 23; Fp 2.6) não pode ser menor que Deus,pela mesma razão? Assim como Hb 2.9 não impede asTJ de dizerem que Jesus “é o segundo maior personagemdo universo”, o versículo 28 do capítulo 14 doEvangelho Segundo João não nos impede de dizermosque Jesus é igual a Deus.

Do exposto acima, vê-se facilmente que oslíderes das TJ estão usando dois pesos e duasmedidas. Ora, se Hb 2. 9 não prova que Jesus não éo segundo maior personagem do Universo, por queJo 14. 28 provaria cabalmente que Ele não é iguala Deus,?

Outra questão levantada pelos chefes das TJa fim de “provarem” a suposta inferioridade doSenhor Jesus Cristo, em relação ao Pai, é a que sesegue: está escrito em Ex 33.20, bem como em Jo1.18 que Deus está além das possibilidades de servisto pelo homem. Segundo a primeira referênciaacima citada, se o homem vir Deus, morre. Ora,sabemos que Jesus era visto pelos seuscontemporâneos face a face. As TJ inferem entãoque, se o homem não agüentava ver Deus, e Jesusera visto, logo Ele (Jesus) não é Deus, mas sim,alguém inferior a Jeová. Essa interpretação não

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tem base bíblica. O homem realmente não pode verDeus em toda a sua essência e glória (1Tm 6.16),mas Ele pode adequar-se às condições humanas,tornando-se assim perceptível à nossa visão. Hávários casos de * Teofanias registrados na Bíblia.A título de informação, vejamos agora somente umcaso, a saber, o que está exarado em Êx 24.10. Deacordo com esta referência, Moisés, Arão, Nadabe,Abiú e setenta anciãos de Israel, “chegaram a aver oDeus de Israel...”. Seria o caso de perguntarmos às TJ:que Deus é este que Moisés e seus companheirosviram? Não está claro que o homem pode ver Deus,desde que Ele se ajuste às nossas limitações? Eassim fica provado que o fato de Jesus ter sidovisto não o diminui em nada. É que Jesus, emboraseja Deus, se fez homem, e vê-lo equivalia verDeus em forma humana.

6.3. É Menor

O fato de 1 Co 11.3 dizer que Deus é acabeça de Cristo é, segundo as TJ, mais uma provade que Ele não é Deus. Mas este mesmo versículodiz que o homem é á cabeça da mulher. E não é amulher tão humana quanto o homem? É a mulherinferior ao homem? O fato de a Bíblia afirmar queo marido e a mulher são uma só carne (Mt 19.5,6),prova que o homem não é superior à mulher; e queele atua como cabeça apenas por razões

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administrativas. Isto posto, o texto em questãopode estar tratando da * ECONOMIA entre os membrosda Trindade. Além disso, já vimos que em Jesusestão unidas em uma só pessoa, o Divino e ohumano. Estas duas naturezas existentes na pessoade Jesus, embora distintas (isto é, uma não é aoutra) e diferentes (isto é, não são iguais), sãoinseparáveis, pois se craseiam de uma forma tãoprofunda, que constituem uma só pessoa. Mas, estaPessoa, por ser humana e Divina, possui todas aslimitações inerentes a um ser humano, bem comotodo o poder próprio de Deus. Não podemos nosesquecer também que Jesus está como homem lá noCéu (1 Tm 2.5). Veja que este versículo chama oSenhor de “Jesus Cristo homem”. Ora, se Jesus está comohomem lá no Céu, obviamente o Seu lado humanoainda se orienta pela primeira pessoa daTrindade; pelo lado Divino da Segunda pessoa daTrindade que é Ele próprio; bem como pela terceirapessoa da Trindade, que é o Espírito Santo. Deuscomo “cabeça de Cristo” pode estar se referindo àTrindade liderando o lado humano de Jesus.

6.4. Será Menor

1 Co 15.28 diz: “ E, quando todas as coisas lheestiverem sujeitas, então também o mesmo Filho se sujeitará àqueleque todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos”.Este texto, à luz do contexto, nos informa que

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depois do Milênio, bem como depois do Juízo Final,quando o novo Céu e a nova Terra foremestabelecidos, Cristo entregará a Deus o Reino quelhe será conferido no início do Milênio e sesujeitará a Deus. As TJ pensam que isto prova queJesus não é Deus. O raciocínio é: se Jesus é igualao Pai, por que se sujeitará a Ele? Mas desdequando “sujeição” é sinônimo de inferioridade? Ef5.21 aconselha à sujeição recíproca: “Sujeitando-vosuns aos outros no temor de Cristo”. Neste caso, quem é omaior? O Senhor Jesus se sujeitava a José e àMaria (Lc 2.51). Eram eles maiores do que Ele?

A interpretação aceita pela maioria doseruditos bíblicos é que se trata da sujeição dohomem Jesus à Divindade. Neste caso, o vocábulo“Deus” seria equivalente à palavra Elohim, constantede Gn 1.1, onde é traduzida por “Deus”, o queseria uma nítida referência à Trindade. Explicandomelhor: o Filho encarnado se sujeitará à primeirapessoa da Trindade, ao lado Divino da segundapessoa da Trindade, e à terceira pessoa daTrindade. E Deus (isto é, o Pai, o Filho e oEspírito Santo), será tudo em todos.

A referência ora em análise não pode serinterpretada à parte do contexto geral dasEscrituras. Se o testemunho de toda a Bíblia é queJesus é igual ao Pai, por que alguns textosisolados diriam o contrário?

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Realmente, há passagens bíblicas que parecemdizer que Jesus não é Deus, como, por exemplo, Jo5.30; 14.28b. Outras, porém, afirmam com segurançaa sua Deidade plena. Isto fez com que aparecessemdois grupos: um tentando provar que Jesus não éDeus; e outro que apregoa a Divindade absoluta doSenhor Jesus. Ambos selecionam os textos bíblicosque lhes parecem favoráveis, e arranjamexplicações para os que, de algum modo, demonstramcontradizer aquilo em que se quer crer. Afinal, deque lado está a razão? Saber isto é de sumaimportância, visto que, embora crer na Divindadede Jesus não seja a causa meritória da salvação é,contudo, condição indispensável (Jo 8.24). Sim,ninguém se salva sem crer na Divindade de Jesus. Éisto que Ele estava dizendo quando afirmou que “senão crerdes que EU SOU morrereis nos vossos pecados,”Jo 8:24.

Muitos dos versículos que parecem negar aDeidade de Jesus, na verdade referem-se à suanatureza humana. Esta é a única postura queresiste a um confronto com as Escrituras.

As TJ não crêem que Jesus é igual a Deus e, para“provarem” isso, se servem de vários textos isolados,como já sabemos. Mas elas pregam, paralelamente ànegação da Divindade de Jesus, que Ele está acima detodas as demais criaturas. Elas pregam que Ele é omaior, abaixo de Deus. Ora, se texto sem contexto nãofosse pretexto, poderíamos citar Hb 2.9 para “provarmos”a elas que Jesus não é a maior das criaturas, visto quesegundo este versículo Ele é menor do que os anjos. As

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TJ nos refutariam de cadeira, dizendo-nos que “Hb 2.9refere-se a Jesus como homem, isto é, ele é a maior dascriaturas, mas porque humanizou-se, tornou-se igual anós e, portanto, menor do que os anjos.” Contudo, as TJcontinuam sem entender que o nosso argumento é, atécerto ponto, similar ao delas. O raciocínio que elas têmdificuldade para alcançar é: por que “o maior personagemdo Universo” pode tornar-se inferior aos anjos, aohumanizar-se; e um ser igual a Deus (Jo 5.18, 23; 14.9;Fp 2.6 etc.) não pode tornar-se menor do que Deus (jo5.30a; 14.28b; Mt 24.36 etc.) pela mesma razão? Isso nãoé usar dois pesos e duas medidas?

* Teofania: “O ato de Deus aparecer aos homens”, segundoa Pequena Enciclopédia Bíblica, de Orlando S. Boyer –Editora Vida.

* Economia=administração

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CAPÍTULO 7__SOBRE A MORTE DE JESUS

7.1. Cruz ou Estaca?

De 1.872 a 1.936 as TJ pregavam que Jesusmorreu numa cruz. Russell, o fundador da religiãodas TJ não negou a crucificação de Cristo, durantetoda a sua vida. O seu sucessor, e ,portanto, osegundo presidente das TJ, manteve que Jesusmorreu na numa cruz, por um bom tempo. Paracertificarmos disso, basta-nos consultarmos oslivros Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão,página 95, editado em 1.923; Criação, página 225,publicado em 1.927; e Vida, página 230, lançado em1.929 (estes livros foram editados pelos líderesdas TJ). Mas, a partir de 1.936 e ,portanto,depois de pregarem durante 64anos que Jesus foicrucificado, Rutherford, o supracitado sucessor deRussell, fez ecoar por todo o mundo, através dolivro Riquezas, que Jesus não foi crucificado, masestacado. Desde então as TJ pararam de usar comodistintivo um broche com o símbolo de cruz ecoroa. As TJ confessam isto em A Sentinela de15/05/1995, página 20, parágrafos 19 e 20: “Pormuitos anos, os estudantes da Bíblia deram destaque à cruz comosímbolo do cristianismo. Até mesmo tinham um broche com osímbolo de ‘ cruz e coroa’... e muitos chegaram a crer que Jesus foiexecutado numa cruz... Durante décadas, este símbolo apareciatambém na capa da revista A Torre de Vigia (agora A Sentinela).

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O livro Riquezas, publicado pela Sociedade em 1.936, tornouclaro que Jesus Cristo não foi executado numa cruz, mas num posteou estaca, vertical...” Esta mesma confissão é feitatambém em Testemunhas de Jeová ---- Proclamadoresdo Reino de Deus, página 200, igualmente editadopelos chefes das TJ.

Discutir sobre a forma do instrumento detortura no qual Cristo foi imolado por nós, é algopouco proveitoso, visto que não é nisso que está amaravilha, mas sim, no fato de que nele o Senhordeu a Sua vida em resgate da nossa. Sim, aimportância não está na cruz do Cristo, mas sim,no Cristo da cruz. Contudo, como as TJ fazem cargacontra a verdade de que Cristo morreu numa cruz,vamos entrar no mérito desta questão e desmantelarmais esta cidadela da Torre de Vigia.

O vocábulo original traduzido por cruz emnossas Bíblias é STAURÓS. Esta palavra, segundo oDicionário Grego-Português e Português-Grego, daautoria de Isidro Pereira, S. J., 7ª edição,editado pela Livraria Apostolado da Imprensa, podesignificar “pau, paliçada, instrumento de suplícioe patíbulo”. E ainda informa que no N[ovo]T[estamento] é a palavra traduzida por cruz. Ora,tendo esta palavra todas estas definições, ficaclaro que ela não significa, necessariamente,cruz, tampouco estaca. Ela pode signiicar umapaliçada, isto é, uma cerca; porém, que tradutorda Bíblia seria suficientemente tolo para dizer

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que Jesus morreu pregado numa cerca? De igualmodo, quem a traduziria por patíbulo, ou seja, porestrado? Instrumento de suplício também não seriauma boa tradução, pois nada esclarece sobre aforma do mesmo. Estaca de tortura é, de fato, umapossibilidade, mas não há nada que prove isso. Apossibilidade de se verter STAURÒS por estaca,reside no fato de que segundo vários registroshistóricos e achados arqueológicos, existiam, naantigüidade, os seguintes instrumentos desuplícios: em forma de poste (I), em forma de tê(T), em forma de xis (X) e em forma de uma espadaou cruz ( ). Este era o staurós usado pelosromanos, e que foi introduzido por estes naPalestina desde os dias de Alexandre Janeu (103-76a.C.), rei de Judá. Ora, sabemos que Jesus foicondenado oficialmente pelos romanos. Então temosaqui um forte indício de que o staurós de Cristotinha a madeira transversal.

Segundo o famoso livro... E a Bíblia TinhaRazão, de Werner Keller, página 369, editado peloCírculo do Livro, a Arqueologia comprova que ométodo empregado pelos romanos nos dias de Cristoera a crucificação. O jornal O Estado de SãoPaulo, de 05/01/1971, também fala de um achadoArqueológico que comprova que de fato, no séculoI, usava-se crucificar os criminosos consideradosde alta periculosidade.

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De acordo com o livro das TJ intituladoPoderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra,página 170, a morte do Senhor Jesus é retratadacom ambas as mãos unidas por um só prego, acima deSua cabeça. Ora, à luz de Jo 20.25, foram usadosdois pregos (ou cravos) para afixar as mãos deJesus ao staurós. Certo TJ nos retrucou dizendoque neste caso, o texto está se referindo ao fatode que não só Suas mãos foram pregadas, mas tambémos Seus pés. Porém, o texto ora em lide não fazmenção ao cravo usado para prender Seus pés nacruz, mas sim, aos cravos que prenderam Suas mãos.Tomé foi bastante exigente: “... A menos que eu veja nassuas MÂOS o sinal dos pregos...”

Por que as TJ retratam o suplício de Cristocom um só prego transpassando ambas as mãos? Arazão é que se realmente Jesus tivesse morridocomo elas supõem, obviamente os carrascos nãousariam dois pregos para pregarem Suas mãos naestaca de tortura, pois fazê-lo seriadesnecessário e até, talvez, contraproducente.

O fato de a Bíblia dizer que foram usadosdois pregos para afixar as mãos do Senhor nomadeiro, testifica contra as TJ de duas maneiras:1ª) é uma forte evidência de que Jesus foicrucificado, e não estacado, como elas supõem.Sim, a presença dos dois pregos retém a evidênciade que as mãos de Jesus estavam separadas, e nãojuntas, como ilustrado no livro delas supracitado.

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2ª) uma vez provado que as TJ estão erradas quantoao número de cravos usados para cravar as mãos deJesus no madeiro, quem nos garante que elas nãoestão equivocadas também, quanto a afirmação deque o instrumento de suplício no qual Cristo foitorturado até à morte não era em forma cruz? Seestão erradas a respeito do número de pregos, nãoé razoável crermos na possibilidade delas estaremigualmente enganadas, por afirmarem que no staurósde Cristo não havia a madeira transversal, que osromanos chamavam de patibulum?

As TJ gostam de citar I Pe 2:24 para“provar” que Jesus morreu numa estaca, mas aí, apalavra “madeiro”, apenas indica que o instrumentode suplício era feito de madeira, e nada tem a vercom a forma do mesmo.

Em o livro intitulado “Quem São asTestemunhas de Jeová?”, argumenta forte o seuautor, à página 54, 5ª edição: “ ... Aqueles queacreditam que Jesus morreu num poste, isto é, sem viga horizontal,alegam que Jesus disse que seria levantado (Jo 3:14) como Moiséslevantou a serpente no deserto (Nm 21:1-9).

Moisés levantou a serpente de bronze numa haste...Entretanto, disto não é possível deduzir que Jesus foi tambémpendurado numa haste, ou seja, num poste. Porque a coincidênciadas duas ilustrações – da serpente e da haste – das quais Jesus fazuso, está na palavra “levantado” e não visa a forma da vara deMoisés”.

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Até mesmo os líderes das TJ concordam questaurós pode significar cruz. São deles estaspalavras: “A palavra grega traduzida por ‘ cruz’ em muitasversões modernas da Bíblia (...) é staurós. No grego clássico, estapalavra significava meramente uma estaca reta, ou poste. Maistarde, veio também a ser usada para uma estaca de execução comuma peça transversal.” (Raciocínios à Base dasEscrituras, página 99 grifo nosso). Estatranscrição prova que o Corpo Governante admiteque o vocábulo staurós pode significar ou estacaou cruz. Logo, esta palavra, de per si não definecom precisão a forma do instrumento de tortura noqual Cristo foi supliciado. Portanto, é o contextogeral da Bíblia, o contexto histórico e a tradiçãoque nos levarão a tomar partido sobre esteassunto. E como já sabemos, o contexto bíblicofala do sinal dos pregos (no plural) nas mãos deJesus, o que indica que Suas mãos estavamseparadas, e não juntas, como querem os “mestres”das TJ. Além disso, em Mt 27.37, podemos ler:“Também puseram por cima de sua cabeça a acusação contra ele,por escrito: ‘Este é Jesus, o Rei dos judeus:” Se a coisa fossecomo os guias das TJ querem pôr nas nossascabeças, obviamente a Bíblia diria que a inscriçãofoi posta “por cima de Sua mão”, e não “por cimade Sua cabeça”. Assim, embora talvez não tenhamosaqui uma prova inquestionável de que no staurós deCristo havia o patibulum, temos, pelo menos, mais

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um dado que nos leva a suspeitar das “explicações”dos “instrutores” das TJ.

Os mentores das TJ adoram citarenciclopédias e outras obras, a fim de provar quea cruz era usada pelos pagãos antes, durante eapós a estada de Jesus aqui na Terra. Com basenisso, afirmam que as igrejas que expõem a cruz emsuas fachadas, bem como os que gostam de usá-lanum cordão ou num broche, estão desagradando aDeus (Queira ver Raciocínios à Base dasEscrituras, páginas 102 e 103). Mas a cruz, usadacomo símbolo de vitória pelos cristãos, não éoriunda do paganismo. Há semelhança, mas tal se dápor mera coincidência. Os instrumentos cruciformesdos pagãos faziam parte do culto aos deuses Baco,Bel, Odim, Tamuz... Mas, a cruz ostentada peloscristãos origina-se do fato de que o instrumentono qual o Senhor padeceu em nosso lugar até amorte, era cruciforme. Ademais, não impomos aninguém que se use uma cruz; tampouco deixamos decombater a adoração que alguns segmentos doCristianismo dão aos crucifixos.

Será que os líderes das TJ crêem mesmo que ouso da cruz é o que eles dizem ser, isto é, algo“detestável” e “ofensivo” a Jeová? ( Raciocínios à Basedas Escrituras, página 102 e 103) Se sim, formulamos maisesta pergunta: então a organização por elesliderada, foi detestável e ofensiva a Deus até1.936? Respondam se puderem.

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As TJ alegam ser de bom alvitre não fazeruma réplica de um instrumento no qual tenha sidoexecutado, sob falsas acusações, um amigo muitoprezado. Eis a prova: “Como se sentiria se um amigo seumuito prezado fosse executado à base de acusações falsas? Fariauma réplica do instrumento de execução? Será que o prezaria, ou,antes, o evitaria?” (Raciocínios à Base das Escrituras,página 102). Respondemos a esta objeção com osseguintes argumentos: cada pessoa tem sua maneirade pensar. Urge, portanto, que nos respeitamosmutuamente diante de questões banais que nãointerferem na salvação. Usar ou não uma cruz,desde que a mesma não seja idolatrada, é questãode somemos importância, visto que isto não possuivalor salvífico, tampouco condenatório.

Cristo instituiu o que o apóstolo Paulochamou de Ceia do Senhor (1 Co 11.20), paracomemorar o Seu sacrifício por nós (Mt 26.26-28).Esta é constituída de pão e vinho, os quais,respectivamente, simbolizam o Seu corpo que foitranspassado por nós, e o Seu sangue que, porconseguinte, foi derramado pelos nossos pecados.Isto prova que Jesus não tem nada contra a termosalgo que nos lembre o Seu sacrifício por nós. Sim,pois podemos considerar o pão e o vinho como“réplicas” do corpo e do sangue do Senhor.

Certamente ninguém quer consigo algo que lhelembre os sofrimentos pelos quais tenha passadoinjustamente, um grande amigo. Concernente à morte

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de Cristo, porém, a maioria dos cristãos não tempensado assim. E o porquê disso é que aressurreição de Jesus dentre os mortos neutralizatoda a negatividade da cruz. A cruz não se limitaa trazer-nos à memória que nela um grande amigofoi torturado até a morte, mas sobre tudo noslembra que Cristo anulou a nossa sentença,sofrendo a pena em nosso lugar. Logo, a cruz ésímbolo de vitória, e não de derrota ousofrimento.

Em conversa com as TJ temos percebido queElas crêem que por ter sido a cruz usada pelospagãos, obviamente, Jesus não morreria nela. Ogrande apologista cristão, Aldo Menezes dosSantos, em seu excelente livro intitulado MerecemCrédito as Testemunhas de Jeová?, página 58,refuta essa idéia assim: “ ...o fato dEle ter morrido numacruz (de origem pagã), não o torna pagão, assim como se Ele fossemorto com uma tesoura, isso não faria dEle um costureiro ...”

7.2. O Porquê da Morte de Jesus.

Dar a Sua vida em resgate da dos pecadores,não foi uma das finalidades da vinda de Jesus aomundo, nem tampouco, a principal das finalidades,mas sim, o Seu único objetivo (1 TM 1.15; Jo 3.16-18). Mas os líderes das TJ não pensam assim.Segundo eles, “o propósito primário” (ou principal)“para o qual Jesus veio à Terra” foi o de “dar testemunho do

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Reino de Deus o qual vindicará a soberania e o santo nome de JeováDeus”. Morrer por nós é, na opinião dos mentores dasTJ, “o propósito secundário para o qual o Filho de Deus veio àTerra.” (Seja Deus Verdadeiro, páginas 34 e 36,parágrafos 10 e 12, respectivamente; Poderá ViverPara Sempre no Paraíso na Terra, páginas 60 e 61,parágrafos 10-12; e Conhecimento Que Conduz à VidaEterna, páginas 14 e 69, parágrafos 7 e 20,respectivamente). Esta última referência diztextualmente: “ ... a nossa salvação não é a justificativaprincipal para a vida e a morte de Jesus na Terra.” (grifonosso). Na obra Poderá Viver... supracitada,página 61, parágrafo 12, se diz que “um motivoimportante de Jesus vir à Terra foi o de morrer por nós” (Ênfaseacrescentada). Ora, “morrer por nós” é o motivo, enão “um motivo” da vinda de Jesus à Terra.

As TJ proclamam que aqueles que agora morremcomo fiéis cristãos, não têm garantida a suasalvação (exceto se pertencem aos 144.000). Istose dá porque foram “ensinadas” que a justificaçãopela fé, mencionada em Rm 5.1, não é para todos oscristãos verdadeiros, mas apenas para uma pequenaparte destes, isto é, 144.000. Senão, vamos àsprovas: “ Por isso não serão nem agora nem então justificadosou declarados justos assim como os 144.000 co-herdeiros celestiaisforam justificados enquanto na carne. Os da ‘grande multidão’não ... precisam de justificação pela fé ...” (Vida Eterna – NaLiberdade dos Filhos de Deus, página 390,parágrafo 22).

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A triste e catastrófica conclusão acima, sedá porque as TJ têm uma falsa idéia do porquê, bemcomo da eficácia e abrangência do sacrifício deJesus. Crêem elas que a morte de Jesus tão-somentedá, aos que se tornam cristãos, o direito de ousobreviverem ao Armagedom (Mas adiante informaremos oque as TJ entendem por Armagedom), ou ressuscitarem noDia do Juízo de mil anos, ao término do qual (seforem fiéis durante todo esse período) serãosubmetidos “a uma última prova cabal”. E, se nãocederem, então estarão salvos, isto é, viverãopara sempre na Terra paradisíaca. Está claro,pois, que as TJ ignoram que o sacrifício de Jesusnos quita para com Deus, à vista (Is 53.5); que,por conseguinte, tomamos posse da vida eternaagora (Jo 5.24; Rm 8.1); que, portanto, já estamossalvos (Ef 2.8, 9; I Co 15.2); e que assim a coroada vida nos está assegurada, desde que sejamosfiéis até a morte (Ap 2.10).

As TJ às vezes afirmam que crêem na salvaçãopela graça (benignidade imerecida na TNM), mas doexposto acima se vê que elas crêem mesmo é nasalvação pelas obras. O sacrifício de Cristo, naótica delas, apenas abre o caminho para que um dia(se porventura forem fiéis agora e durante omilênio) possam fazer o que Adão não fez, e destemodo alcançarem a salvação pelos seus própriosesforços e méritos. Não estamos interpretando mala sua doutrina, visto que esta é a conclusão delas

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também. Sim, pois como vimos, um de seus livrosdiz com todas as letras que as TJ que pertencem àgrande multidão “não precisam de justificação pela fé”.

É óbvio que as TJ gostariam de serjustificadas pela fé. Por que não? Embora seusguias lhes iludam, dizendo que elas não precisamdisso, certamente elas bem que gostariam de teresta graça. Parece-nos que elas se acomodam a estasituação, mais por se julgarem sem direito àjustificação pela fé (Rm 5.1), do que por pensaremque não precisam dissso.

À luz do que apresentamos acima, as Tjrejeitam a salvação pela graça por meio da fé (Ef28), sendo-lhes dito pelos seus líderes que elas,sequer necessitam disso. Deste modo fica claro queelas dizem com um canto da boca que também aceitama Cristo como Salvador, mas, com o outro, negamisso.

O Pastor Wagner S. Cunha, conferencista doICP (Instituto Cristão de Pesquisas), autor de umexcelente artigo refutatório à “soteriologia” dasTJ, disse: “Durante os dez anos em que fui TJ, sempre aprendia ver Jesus como o ‘maior homem que já viveu’, um exemplo, oresgatador, mestre, instrutor, ‘o mestre de obras de Jeová’, masnunca aprendi a necessidade de ter Jesus como meu Salvadorpessoal... O ‘Jesus’ das TJs não salva, apenas abre o caminho paraque o indivíduo alcance a salvação através de sua fidelidade àorganização” (Defesa da Fé, out/dez de 1.996, pág.29).

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Mostremos às TJ que o sacrifício de Cristo éinfinitamente mais abrangente do que seus líderessupõem. Digamos a elas que necessitam dajustificação pela fé sim, e que isso é possível.Não permitamos que elas continuem enganadas.Esforcemo-nos para que elas entendam que o queaguarda os que não são justificados pela fé nosangue de Jesus (Rm 3.25), não é a Terraparadisíaca, mas sim, a condenação eterna (Mc16.15, 16). Ajudemos as TJ a compreenderem que seDeus pode justificar pela fé em Jesus, 144.000,por que não pode justificar a todos os cristãos?Mesmo que o Céu fosse só para 144.000 cristãos,nem por isso os candidatos à Terra poderiam sereleitos à parte da justificação pela fé, já que asalvação é uma graça que só pode ser obtida pelafé (Ef 2.8, 9; Rm 11.6; Gl 3.6).

7.3. Inexistente Por Um Período?

Sabemos que as TJ crêem que Jesus e oarcanjo Miguel são a mesma pessoa. Elas afirmamque Jeová transformou o arcanjo Miguel em um serhumano, no ventre de Maria. “A partir daí”, pensamas TJ, “Jesus passou a ser até à sua morte, tudoaquilo que Adão fora antes de pecar, isto é, umser humano normal isento do pecado.

As TJ não crêem na imortalidade da almahumana. Na opinião delas, à morte não se vai, nem

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para o Paraíso, nem para o Inferno, mas tão-somente deixa-se de existir conscientemente. Dizemelas que com Jesus não foi diferente, visto queEle se fez homem e morreu. Sim, as TJ pregam quequando Jesus morreu, Ele deixou de existirconscientemente; e que só voltou à existênciaconsciente, a partir do momento em que Deus oressuscitou dentre os mortos (Seja DeusVerdadeiro, página 106).

Enquanto considerávamos Dn 10.13, vimos queMiguel e Jesus são dois personagens diferentes.Vimos também que Jesus é Deus. Portanto, estamosbem inteirados que o que ocorreu no ventre deMaria não foi a transformação de um anjo em serhumano, antes se trata do que se convencionouchamar de união hipostática, que o Novo DicionárioAurélio define assim: “ união do Verbo Divino com anatureza humana em uma só e única pessoa.” Logo, estáclaro que não cremos em transformação alguma, querDivina, quer angelical. O que houve foi a uniãohipostática. Ora, sabemos que Jesus nunca dependeudo Seu corpo humano, gerado no ventre de Maria,para existir conscientemente, pois assim jáexistia Ele antes da fundação do mundo (Jo 17.5,24; Mq 5.2).

A afirmação das TJ de que Jesus deixou deexistir conscientemente, da morte à ressurreição,colide com Jo 2.19-22, onde Jesus assegura que Elemesmo iria operar o milagre da Sua própria

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ressurreição. Ele não disse: “Demoli este templo,e em três dias meu Pai o levantará;” pelocontrário, asseverou: “Demoli este templo, e emtrês dias o levantarei” (Jo 2.19, TNM), À luz dosversículos 21 e 22, o referido “templo” era o Seucorpo. Isto prova que enquanto o corpo de Jesusestava morto, o seu lado Divino que, como jávimos, nunca dependeu do corpo que tem apenaspouco mais de 2000 anos de existência, paraexistir conscientemente, estava ativo e operante.Realmente Jo 2.19 –22 prova que Jesus atuou com oPai (At 2.24; Rm 8.11) e com o Espírito Santo ( 1Pe 3.18), no milagre da Sua própria ressurreição.Como na criação do Universo e de tudo quanto nelehá (Gn 1.1; Jo 1.1-3, 10; Hb 1.2; Cl 1.14-17; At17.24; Is 44.24b etc.), a Trindade atuou emconjunto, quando da ressurreição de Jesus.

Sobreviveram à morte de Cristo, tanto o Seuespírito-alma, quanto a Sua Divindade. O espíritoque Jesus confiou aos cuidados do Pai, quando deSua morte (Lc 23.46), não foi o Seu lado Divino,visto ser desnecessário que os integrantes daTrindade estejam, um sob a custódia do outro. Éigualmente óbvio que quando Ele disse que iriaressuscitar-se a Si mesmo, que Ele não estavadizendo que Sua alma iria vivificar o Seu corpo,pois como sabemos, a alma humana é uma criaturafinita, e não onipotente, estando, portanto,impossibilitada de devolver a vida a até mesmo ao

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seu próprio corpo. Assim podemos ver então quetanto o lado humano espiritual de Cristo (Seuespírito e Sua alma), quanto o Seu lado Divino,continuaram vivos, durante os dias que sucederam asua morte, até à Sua ressurreição.

7.4. O Corpo de Jesus Está Morto Para Sempre?!

Desde seus primórdios que as TJ negam aressurreição corporal de Jesus. Charles TazeRussell, o fundador dessa “religião” registrou naobra Estudos das Escrituras, Volume V, página 454que “ ... o homem Jesus está morto, morto para sempre.” Aindareferindo-se ao corpo de Cristo, Russell disse oseguinte: “’ ... se foi dissolvido em gases ou se continuapreservado em algum lugar ... ninguém sabe.” (Ibidem, VolumeII, página 129).

Vimos acima que Russell disse que ninguémsabia o que fora feito do corpo de Jesus. Mas,atualmente os líderes das TJ já “desvendaram” omistério. No livro Poderá Viver Para Sempre noParaíso na Terra, páginas 143-145, parágrafos 6-10, eles asseveram com argumentos diversos,inclusive citando várias referências bíblicas, queDeus removeu do sepulcro o corpo de Jesus, e oescondeu, como no passado fizera com o corpo deMoisés. Reza no parágrafo 8 o seguinte: “Então, queaconteceu ao corpo carnal de Jesus? Não encontraram os discípuloso seu túmulo vazio? Sim, porque Deus removeu o corpo de Jesus.

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Por que fez Deus isso? Cumpriu-se o que havia sido escrito na Bíblia(Salmo 16:10; Atos 2:31). Por isso, Jeová achou bom remover o corpode Jesus, assim como fizera antes com o corpo de Moisés.( Deuteronômio 34:5,6)...”

Sabemos que Jesus, após ressuscitar dentreos mortos, foi visto literalmente pelos Seusdiscípulos, e por eles reconhecido. Custava-lhescrerem que fosse Ele mesmo, razão pela qual oSenhor mandou que eles o apalpassem. E mostrou-lhes as mãos e os pés, nos quais havia ascicatrizes dos cravos que prenderam Suas mãos eSeus pés na cruz (Lc 24.36-40; Jo 20.27). Masestas coisas não demovem as TJ de sua crença deque Jesus não ressuscitou no corpo que morrera,pois seus guias lhes dizem que tal se deu porque“... Jesus simplesmente se materializou, ou assumiu um corpo carnal... similar ao em que fora morto... (Ibidem, páginas 144-145,parágrafos 9 e 10).

O fato de alguns dos discípulos do SenhorJesus não o terem reconhecido de imediato (Lc24.13-31; Jo 20.14-16; 21.6,7) é, na opinião dasTJ, prova irrefutável de que Jesus “assumiu... corposdiferentes ao aparecer a Seus seguidores ...” (Ibidem, página145, parágrafo 10).

Por dizer a Bíblia que “... carne e sangue nãopodem herdar o reino de Deus” (1 Co 15.44-50), as TJinferem que então Jesus não ressuscitou no mesmocorpo. (Ibidem, página 144, parágrafo 7).

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Segundo Hb 2.9, Jesus como homem erainferior aos anjos. As TJ comparam isto com 1 Pe3.22 que nos afirma que “anjos, e autoridades, e poderes”estão sujeitos a Jesus, e concluem que, “Jesus nãolevou o seu corpo humano ao Céu para ser ali um homemeternamente. Se assim afizesse, estaria sempre abaixo dos anjos”(Seja Deus Verdadeiro, página 38).

Os três últimos argumentos acima esposadospelas TJ podem ser refutados assim:

1°) “Carne e sangue não herdam o reino deDeus, não obstante Jesus ressuscitou no mesmocorpo que morrera. É que Seu corpo foitransformado e adaptado às condições celestiais.Deus não fez outro corpo, mas transformou aquele.

2°) Às vezes os discípulos de Jesus não oreconheceram de imediato, mas o motivo, segundo aBíblia, não era porque Ele teria“assumido ...corpos diferentes ao aparecer a Seusseguidores”, como supõem os líderes das TJ. Não! ABíblia diz que eles não o reconheceram porque “osolhos deles estavam como que fechados”, bem comoafirma que o motivo pelo qual o reconheceramdepois, foi porque “Abriram-se-lhes então osolhos”. (Lc 24.16, 31). Estes dois versículos,muito longe de apoiar a teoria das TJ, prova queJesus estava na Sua forma de sempre, pois doutromodo não precisaria opera um milagre nos olhos dosdiscípulos, impossibilitando-os de reconhecerem-

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no. Sim, a diferença estava nos olhos deles, nãoem Jesus.

3°) Jesus vestiu-se de humanidade, semdespir-se da Sua Divindade. Em outras palavras:Ele se fez homem sem deixar de ser Deus. Ele éDeus e homem ao mesmo tempo. Ele é Deus-homem.Deste modo, Jesus fora, era, é, e será para sempresuperior aos anjos. Antes de humanizar-se Ele forasuperior aos anjos, pois era igual a Deus (Fp2.6). Após humanizar-se e antes de morrer, Ele erasuperior aos anjos, pois era igual a Deus (Jo5.18), Por cujo motivo os anjos o serviam (Mt4.11). Atualmente Ele é superior aos anjos, poisnão mudou (Hb 13.8). Na eternidade Ele serásuperior aos anjos, por cujo motivo eles irãoadorá-lo (Hb 1.6., Fp 2.10) e confessar o SeuSenhorio (Fp 2.11). Sim “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, ehoje, e eternamente.”

“Já que os anjos se submetem a Cristoatualmente”, argumentam as TJ “então Ele não éhumano mais”. Mas elas dizem isso porque não sabemquem é Jesus. Se soubessem que Ele não é Miguel(do qual a Bíblia diz ser apenas “um dos maisdestacados príncipes”[Dn 10.13]), mas sim, Deus feitohomem, certamente não teriam essas idéias.

Voltando a considerar o fato das TJ negaremque Jesus não ressuscitou no mesmo corpo quemorrera, passamos a analisar mais alguns fatos

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bíblicos que também deixam saltar aos olhos queelas estão desnorteadas.

O anjo disse às mulheres que o motivo peloqual o corpo de Jesus não estava no sepulcro eraPORQUE Jesus havia ressuscitado (Mt 28.6). Ora, asTJ dizem que o corpo de Jesus desapareceu dotúmulo, PORQUE Deus o removeu de lá, para um lugarnão revelado a nós. Já a Bíblia diz que odesaparecimento do corpo de Jesus se deve ao fatode que Jesus ressuscitou. Claro está, portanto,que o porquê do anjo é diferente do porquê das TJ.Realmente Mt 28.6 prova que Jesus ressuscitou nomesmo corpo. Se Ele não tivesse ressuscitadocorporalmente, o anjo não poderia dizer que “Ele nãoestá aqui, POIS foi levantando...”(Mt 28.6 TNM), visto que,nesse caso, a ressurreição não implicaria nodesaparecimento do corpo.

Outra prova bíblica da ressurreição físicade Jesus, é o Salmo 16.8-11, que o apóstolo Pedrocitou em At 2.26-27, a fim de provar que osalmista Davi previra pelo Espírito Santo, aressurreição de Jesus. Sim, segundo afirmou oapóstolo Pedro em At 2.31, o que Davi registrou noSl 16.8-11, a saber, que a alma de Jesus não seriaabandonada no Hades, e Sua carne residiria emesperança, visto que não veria a corrupção, istoé, a putrefação ou decomposição, foi uma antevisãoda ressurreição de Jesus.

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O apóstolo Pedro, após asseverar que Deusressuscitou a Jesus em At 2.24, cita os versículos8-11 do Sl 16, em At 2.25-28, e os explica nosversículos 29-31, assim: “Mas Deus o ressuscitou porafrouxar as ânsias da morte, porque não era possível que elecontinuasse a ser segurado por ela. Pois, Davi diz com respeito aele: ‘Eu tinha constantemente a Jeová diante dos meus olhos;porque ele está à minha direita, para que eu nunca seja abalado.Por esta razão, meu coração ficou animado e a minha língua sealegrou muito. Além disso, até mesmo a minha carne residirá emesperança; porque não deixarás a minha alma no Hades, nempermitirás que aquele que te é leal veja a corrupção. Fizeste-mesaber os caminhos da vida, encher-me-ás de boa animação com oteu rosto’.

Irmãos, é permissível falar-vos com franqueza a respeito dochefe de família Davi, que ele tanto faleceu como foi enterrado, e oseu túmulo está entre nós até o dia de hoje. Portanto, visto que eraprofeta e sabia que Deus lhe havia jurado com juramento que fariasentar um dos frutos dos seus lombos sobre o seu trono, previu efalou a respeito da ressurreição do Cristo, que ele nem foiabandonado no Hades, nem viu a sua carne a corrupção, ”(At2.24-31, TNM, ênfase acrescentada).

Vimos que Pedro disse que o registroconstante do Sl 16.8-11, o qual garante que acarne de Cristo não veria a decomposição, vistoque repousaria em ESPERANÇA, é uma previsão daressurreição de Cristo. Logo, a ressurreição deJesus foi corporal, já que doutro modo, não sepoderia associar uma coisa com a outra.

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Seguramente, no passado os líderes das TJ“refutariam” este argumento, dizendo que o corpode Jesus não viu a corrupção, tampouco foiressuscitado, mas tão-somente, ou foi dissolvidoem gases ou continua preservado em algum lugar.Hoje, por terem uma posição definida a respeito dodestino dado ao corpo de Jesus, certamente dirãoque o corpo do Senhor não viu a corrupção,tampouco foi ressuscitado, mas sim, que foiremovido para um lugar ignorado por todos nós,como outrora fora feito ao corpo de Moisés. Masinsistimos em dizer que essas “explicações” nãocoadunam com o contexto, visto que Deus não diriaque o motivo pelo qual o corpo de Jesus não viu aputrefação é porque foi ressuscitado, se Ele não oressuscitou no mesmo corpo, pois que lhe faltariacoerência. Se Deus fizesse isso, poderíamos dizerque Ele não fala coisa com coisa.

Como já sabemos, At 2.26b-27 mostra que acarne de Cristo repousou (ou “residiu”, como o diza TNM) em esperança. Mostra ainda este texto que areferida esperança não foi malograda, antes,materializou-se no terceiro dia, quando então areferida carne foi vivificada por Deus.

O leitor já sabe que as TJ concatenam o fatode a Bíblia dizer que Jesus é, como homem, menordo que os anjos (Hb 2.9), com outro fato não menosrelevante de que atualmente os anjos são sujeitosa Ele (1 Pe 3.22); e dessa junção deduzem que

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então Ele não é homem mais. Deste modo, de duaspremissas verdadeiras, elas chegaram a um falsosilogismo, de onde extraíram a errônea conclusãode que Jesus não ressuscitou no mesmo corpo quemorrera, já que, doutro modo, Ele continuariasendo homem. Já refutamos esse raciocínio,contudo, retornamos a ele porque queremos exibirmais algumas provas de que a conclusão que setirou desse silogismo entra em choque com ocontexto geral da Bíblia; sendo, portanto, falsa.Senão, vejamos: 1 Tm 2.5 diz textualmente oseguinte: “Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus eos homens, um homem, Cristo Jesus”. Este versículo diz queJesus está como homem lá no Céu, pois o chama dehomem, e não ex-homem. E em Mt 24.30 Jesus nos Dizque Ele virá, naquele grande dia, como o Filho dohomem. A nós que sabemos que a expressão “o Filho dohomem” significa genuinamente humano, Jesus deixouclaro que Ele, quando de Sua vinda, ainda seráhomem.

A crença absurda de que Jesus nãoressuscitou corporalmente, além de ser uma sutilnegação da Sua ressurreição (o que éperigosíssimo, `a luz de 1 Co 15.14, 17), induz,naturalmente, à errônea conclusão de que Jesus nemmesmo existe mais. Por exemplo, na revistaDESPERTAI!, de 22/12/1984, página 20, os líderesdas TJ fizeram a seguinte declaração: “... Jesus deNazaré, não mais existe. Foi morto em 33 EC ” (EC.: Era

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Cristã. Corresponde a d.C (depois de Cristo) e a A.D.(Anno Domini). Portanto 33 EC quer dizer 33 do séculoI.)

A declaração acima é facilmente refutável. Éque segundo At 3.6, um coxo de nascença selevantou e andou em nome de Jesus Cristo, onazareno. Ora, como que Jesus, o nazareno, poderiaoperar este milagre se Ele não existisse mais? Se“o homem Jesus está morto, morto para sempre” e, portanto,“não mais existe”, como o querem os “instrutores” das TJ,seria razoável o apóstolo Pedro invocar o Seunome, como o fez em At 3. 6?

O que os guias das TJ pregam é dificílimo deser entendido. Certamente nem eles compreendem oque estão dizendo. Como podem eles ensinar queJesus de Nazaré, por não ter sido ressuscitado nomesmo corpo que morrera, não mais existe; e, aomesmo tempo pregarem que Jesus está no Céu, queEle veio em 1.914, que Ele irá reinar por milanos, e ainda orarem a Jeová em nome de Jesus?Logicamente eles também não entendem isso.Conseqüentemente, se o leitor não está conseguindoacompanhar o “raciocínio” deles, não se preocupe,pois eles também não sabem o que estão dizendo.

Os chefes das TJ pregam que Jeová, ao criarJesus, o fez superior a todas as demais criaturas,e lhe deu o nome de Miguel. Este foi, no início doséculo I, transformado em ser humano, quando entãodeixou de ser a maior das criaturas. E, no ano 33d.C. Ele morreu, e assim deixou de existir, para

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nunca mais voltar à existência. Porém, no terceirodia após a Sua morte, Jeová o ressuscitou, nãocomo “humano, senão como um poderoso Filho espiritual”( SejaDeus Verdadeiro, página 37). A partir daí, crêemas TJ, Jesus passa a ser superior ao que foraantes da humanização. Porém, esse não é o Jesus daBíblia. O Jesus bíblico “é o mesmo ontem, e hoje, eeternamente”(Hb 13.8). É evidente que Hb 13.8 nãotrata da humanidade de Cristo, mas sim, da SuaDivindade. Sabemos que o homem Jesus nasceu comoneném, e cresceu em sabedoria e em estatura (Lc2.52). Logo, Ele se tornava cada dia mais sábio,bem como maior fisicamente, até atingir a idadeadulta, quando então Ele confessou que ainda nãosabia de tudo (Mt 24.36). Ademais, ao ressuscitarJesus, Deus o exaltou soberanamente e aindatransformou Seu corpo num corpo glorioso, tal qualos nossos corpos serão, na eternidade (Fp 2.9;3.21). Assim sendo, é impróprio dizermos que ohomem Jesus é o mesmo: ontem, e hoje, eeternamente. Sim, visto que:

ONTEM, isto é, na eternidade passada, Elenem mesmo existia (como homem).

HOJE (isto é, da humanização do Filho deDeus, até os nossos dias, e enquanto durar apresente Dispensação, a qual está em vigor há doismil anos aproximadamente) o homem Jesus já tevepelo menos três estágios: 1) o de inocente (Ele nãonasceu portando o conhecimento próprio dos

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adultos, visto que, doutro modo, Ele não teriacrescido em sabedoria [Lc 2.52; Is 7.15]);2) o deum adulto consciente (quando então Ele, por ser umhomem sem pecado, era como Adão fora antes depecar, a saber, um homem perfeito, e portantomuito sábio; mas não onisciente [Mt 24.36], atéporque a onisciência é atributo exclusivo de Deus;não sendo, pois, extensiva a homem algum, nemmesmo ao homem Jesus); 3) o de um homemtransformado em um corpo glorioso (Fp 3.21),adaptado às condições celestiais (1 Co 15.50).

ETERNAMENTE: ora, o homem Jesus será parasempre o que Ele é hoje, mas Ele não é hoje o queno passado foi, visto que Ele já foi:1)inexistente. O homem Jesus tem apenas pouco maisde dois mil anos de existência; 2) embrião; 3)feto; 4) infante; 5) adolescente; 6) jovem; 7)adulto; 8) defunto.

Dos dados acima pode emergir a seguintepergunta: em que sentido “Jesus Cristo é o mesmo ontem, ehoje, e eternamente”? O “Jesus” das TJ não é o mesmoontem, hoje e eternamente, pois já foi: 1)inexistente; 2) a maior das criaturas de Jeová; 3)foi rebaixado à condição humana; e 4) exaltado auma posição de glória superior àquela na qualvivera desde que fora criado, até à humanização.Por conseguinte, a resposta à pergunta acimaformulada, é que só do lado Divino de Jesus sepode fazer a afirmação constante de Hb 13.8; e que

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,portanto, este versículo trata da Deidade deCristo. E, assim podemos ver desmoronar mais umacidadela russelita, considerando que, sendo Jesus“hoje” o que Ele foi “ontem”, bem como o que há deser pelos séculos dos séculos, salta aos olhos queEle não é o que a chefia das TJ supõe, a saber,uma grande criatura que, após ser rebaixada, foielevada acima do “patamar” no qual estivera antesdo rebaixamento. E daí podemos concluir que as TJnão conhecem o Senhor Jesus. E, se não o conhecem,não podem testemunhar dEle. E, se não podemtestificar dEle, não demos crédito ao que dEleelas falam.

Por que as Tj são tão tinhosas em dizer queJesus de Nazaré não ressuscitou, e que, porconseguinte, não existe mais? Já ouvimos as TJexporem o seguinte raciocínio: “por causa dopecado de Adão, este e seus descendentes perderama vida humana perfeita na Terra paradisíaca. EntãoJesus ofereceu o resgate correspondente, dando seucorpo por nós. Porque Ele morreu, nós teremos umasegunda chance. Ora, se Jesus deu o seu corpo emsacrifício pela nossa salvação, então ele não podereavê-lo, visto que isso equivaleria a reembolsara importância paga”. Desse “raciocínio”, as TJconcluem: “porque Jesus deu seu corpo emsacrifício por nós, nos é facultada a vida eterna.E se um dia Ele voltasse a viver, a vida eternadeixaria de ser uma possibilidade”. Deste modo,

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enquanto nós, os evangélicos, nos gloriamos nofato de que Jesus ressuscitou, ao ponto decantarmos que “porque Ele vive, posso crer noamanhã;” as TJ se “alegram” na crença de que Jesusestá morto e, diametralmente diferentes de nós,podem cantar que “porque Ele está morto, possocrer no amanhã.”.

Para que o leitor se certifique que de fatoas TJ são ensinadas a apresentarem o argumentoacima, veja esta transcrição: “... Jesus deu assim seucorpo carnal em sacrifício pela humanidade... tendo dado sua carnea favos da vida do mundo, Cristo jamais poderia tomá-la de volta...”(Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra,página 143, parágrafo 5).

Em resgate de nossas almas, Cristo deu Suavida, não Seu corpo. E se até a Sua vida que foidada em resgate da nossa, ele pôde reavê-la, semprejuízo da nossa salvação, muito pelo contrário,por que a Sua vida não poderia ser restaurada nomesmo corpo?

CAPÍTULO 8__A VINDA DE JESUS

8.1. Ele Já Veio Quatro Vezes?

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É promessa bíblica de que um dia Jesusvoltará (Jo 14.1-3; Mt 24.30; 1 Ts 4.13-18; Hb9.28 etc.). Os cristãos aguardam, pois, a vinda deJesus. As TJ, porém, crêem que Jesus já veio em1.914. Uma das provas disso está na página 183 dolivro delas intitulado Poderá Viver Para Sempre noParaíso na Terra, parágrafo 23, que diz: “Sim, desdeque Jesus VOLTOU e se sentou no seu trono celestial ...”(grifonosso).

As TJ não crêem que Jesus tenha vindoliteralmente à Terra, em 1.914. Elas entendem queessa “volta” é no sentido que Ele dirige, de formaespecial, Sua atenção à Terra (Queira ver “Testemunhasde Jeová – Proclamadores do Reino de Deus, página 144, editadopelas TJ). Elas chamam a isso também de entronizaçãode Cristo. É que elas crêem que na data acima,Jesus foi entronizado lá no Céu qual Rei doplaneta Terra. A essa suposta entronização deCristo, elas chamam de volta de Jesus. À página 147de Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra,parágrafos 16 e 17, elas dizem que “a evidência bíblicamostra que no ano de 1.914... o tempo de Deus chegou para Cristovoltar e começar a dominar...” E acrescentam que essa “voltade Cristo é invisível”

O vocábulo original traduzido em nossasBíblias por “vinda”, é “parousia” que, de acordocom o contexto pode significar “vinda” ou“presença”. “Parousia” está vertido por “presença”com muita freqüência na TNM. Queira ver Mt 24.27,

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na TNM. É importante sabermos desses fatos, paraentendermos o que as TJ estão querendo dizerquando firmam que Jesus está presente desde 1.914.Quase que invariavelmente, quando os líderes dasTJ dizem que Jesus está presente, estão sereferindo ao suposto emposse de Cristo, datado de1.914.

Atualmente as TJ proclamam que Cristo veio(ou está presente) desde 1.914, mas antigamentediziam que o tal evento tinha ocorrido em 1.874.Senão, vamos às provas:

“O nosso Senhor, o Rei nomeado, já está presente, desdeoutubro de 1.874 ...” (Estudos das Escrituras, volumeIV, página 621).

O fato dos chefes das TJ terem feito duasafirmações quanto à data do que eles chamam deentronização, presença, vinda, volta, e emposse deJesus, é um bom motivo para não darmos crédito aeles.

8.2. Cobrindo a Vergonha Com Evasivas

A data atual apresentada pelas TJ como a davolta de Cristo, é o ano de 1.914. Isso éridículo. Não aconteceu nada do que as TJ dizem,naquele ano. Em 1.914 só ocorreram três coisasmarcantes:

1ª) o início da Primeira Guerra Mundial.

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2ª) a frustração das TJ, pois Russel haviaprevisto que então se concretizaria o Armagedom(Estudos das Escrituras, volume II, página 101: “... a ‘batalha do grande dia de Deus Todo-Poderoso’ (Ap 16.14), queTERMINARÁ EM 1.914 A.D. com a destruição dos atuais reinos daterra, já começou,” (ênfase acrescentada). Em arevista A Sentinela (em inglês) de março de 1.880,página 2, as TJ registraram o seguinte: “ Os Temposdos Gentios se estendem até 1.914 e o reino celestial não terá plenodomínio até aquela data.” (citado em Seja DeusVerdadeiro, página 249 edição de 1.955).

3ª) A necessidade de se criar uma nova datapara o Armagedom. Como o atual sistema corruptonão foi destruído em 1.914, como previra Russel,então pouco tempo depois os líderes das TJ fizeramos seguintes ajustes: a “vinda” de Jesus, quesegundo eles havia ocorrido em 1.878, passou a serum evento datado de 1.914. E o Armagedom, atéentão previsto para 1.914, passou a ser previstopara 1.918. Como prova disso lembramos ao leitorque dissemos acima que as TJ dizem que “a evidênciabíblica mostra que no ano de 1.914 ...o tempo de Deus chegou paraCristo voltar e começar a dominar ...” E na obra FinishedMystery (The), página 62, edição de 1.917,podemos ler: “ ... a primavera de 1.918 trará à cristandade umespasmo de angústias ainda maiores do que as experimentadas nooutono de 1.914.”

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8.3. Não Verão o Senhor? ! Que Pena!

Já informamos o que as TJ querem dizerquando afirmam que Jesus voltou em 1.914.Realmente elas crêem que Cristo governa egovernará a Terra, à distância. Na opinião delasCristo subiu ao Céu para nunca mais voltar àTerra. Por este motivo elas crêem que os humanosque herdarem a vida eterna na Terra paradisíaca,não poderão ver o Senhor Jesus. Dizem as TJ: “...Assim, quando Cristo volta, os que são levados para o céu setornam pessoas espirituais, e estes vêem a Cristo em seu glorificadocorpo espiritual. Mas, será que o restante da humanidade, que nãovai ao céu, vê a Cristo quando ele volta? ...Jesus prosseguiu dizendoaos seus apóstolos: ‘Mais um pouco e o mundo não me observarámais’. (João 14.19) O ‘mundo’ significa a humanidade. Assim,Jesus disse claramente aqui que as pessoas na terra não o veriamde novo após a sua morte...” (Poderá Viver Para Sempre noParaíso na Terra, páginas 142, 143, parágrafos 2 e3).

As TJ, à base de Jo 14.19b que diz: “...mas vósme vereis ...” concluem que os apóstolos, porpertencerem ao grupo dos 144.000, se tornarampessoas espirituais, e portanto podem ver aCristo.

As TJ crêem que o Governo de Cristo sobre aTerra é à distância, visto não crerem que Ele viráÀ Terra literalmente, como já dissemos. Contudo,se o fato de Jesus dizer que “o mundo não me verá

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mais”, provasse que seres humanos não transformadosem pessoas espirituais, não poderão vê-lo, o queEle rebate em Mt 24.30, as TJ deveriam pregar queos apóstolos também não verão o Senhor, já queJesus disse a eles o que se segue: “... não me vereismais” (Jo 16.10). E se elas dissessem isso,rebateríamos com 1 Jo 3.2, onde o apóstolo Joãoassegura: “ ... porque assim como é, o veremos.”

O que Jesus quis dizer em Jo 16.10 é que osapóstolos, após a ascensão de Cristo, não maisiriam vê-lo até àquele dia. Quanto a Jo 14.19,onde Jesus afirma que o mundo não mais o veria, eque os apóstolos continuariam a vê-lo, refere-se àpresença mística de Cristo, na instrumentalidadedo Espírito Santo, o qual torna a presença deCristo real e tangível em nossas vidas. Paravermos isto, basta-nos lermos o versículo 18 de Jo14.

8.4. 1914 e Suas Inusitadas Fontes

8.4.1. Fonte “bíblica”.

Dissemos repetidas vezes que as TJ pregamque Jesus voltou em 1.914, mas ainda nãoinformamos de onde elas tiraram isso; vamos, pois,tratar agora deste assunto.

Segundo Daniel capítulo 4, Deus deu ao reiNabucodonozor um sonho; e a Daniel, a sua

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interpretação. Eis o sonho: “ uma grande árvorenum campo, que cresceu tanto que a sua alturachegou até o céu, de modo que podia ser vista emtodo o mundo. Suas folhas eram bem verdes ebonitas, seus galhos estavam carregados de frutos,bastante para todos se alimentarem. Os animaisdescansavam à sua sombra, e em seus galhos as avesfaziam os seus ninhos. Entretanto, um anjo descedo céu gritando assim: “ Derrubem a árvore; cortemos seus ramos, arranquem suas folhas e espalhem osseus frutos. Espantem os animais da sua sombra etirem as aves dos seus ramos, mas deixem as raízese o tronco, amarrados com uma grossa corrente deferro e bronze, entre as ervas do campo; e sejamolhado do orvalho do céu e se alimente de erva,como os animais, durante sete tempos. Nesteperíodo terá instinto de animal, em vez deraciocínio de homem. Este decreto tem por objetivofazer com que todos saibam que o Deus Altíssimodomina sobre os reinos do mundo e que Ele os dá aquem bem entende, até ao mais humilde dos homens.”Eis a interpretação: a árvore era o próprioNabucodonozor. Como tal árvore ele havia crescidoe se tornado muito forte, de modo a impressionartodo o mundo conhecido de então. Mas o referidorei não deu glórias ao Deus que o exaltara, antestornou-se soberbo, por cujo motivo Deus decidiupuni-lo, a bem da disciplina. A puniçãodeterminada foi a seguinte: tal qual a mencionada

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árvore foi derrubada, o rei seria retirado do seupalácio e enviado ao campo, onde pastaria comoboi. Com o fato de as raízes e o tronco da árvoreterem ficado na terra, Deus estava dizendo que,expirado o prazo de sete tempos, isto é, sete anosde 360 dias cada, o que equivale a 2.520 dias, orei recobraria a razão e reassumiria o seu posto,visto que então o castigo divino sobre eleatingiria o seu objetivo. O que tudo executou.Realmente o grande imperador, um ano após o sonho,foi expulso do seu palácio e passou a comer capimcomo os bois. Vivendo ao ar livre, ficou molhadodo orvalho da noite. Seus cabelos cresceram comopenas de águias e as suas unhas ficaram enormescomo unhas de pássaros. “Ao fim daqueles dias”, disse orei, “eu, Nabucodonozor, levantei ao céu os meus olhos, e voltoua mim o meu entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, eglorifiquei ao que vive para sempre ...” “No mesmo tempo voltou amim o meu entendimento; e recebi de volta a minha honra, o meupoder e o meu reino. Meus conselheiros e auxiliares me buscaram efui novamente proclamado rei com muito mais honra do queantes ...”

O episódio acima não tem nada a ver com apromessa bíblica de que um dia Jesus voltará.Contudo, é nesta narrativa bíblica que as TJ sebaseiam para pregarem que Jesus veio em 1.914. Nolivro Poderá Viver Para Sempre no Paraíso naTerra, páginas 138 – 141, parágrafos 14 –21,encontrarmos a exposição de um raciocínio que pode

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ser sintetizado assim: se Nabucodonozor, representadopor uma árvore gigante, foi forçado a reconhecer que Jeová, por sermais elevado do que ele, é o real dominador, então, de um modomais importante, esta árvore passa a representar o reinadosupremo de Deus, particularmente em sua relação com a Terra. Poralgum tempo, o reinado de Jeová era expresso por meio do reinoque ele estabelecera sobre a nação de Israel. Mas, mais tarde, oreinado de Judá, que Jeová estabelecera, se tornou tão corrupto queDeus permitiu que Nabucodonozor o destruísse ou cortasse. Istoocorreu no ano 607 a.C. Naquela época foi dito a Zedequias, oúltimo rei de Judá a sentar-se no trono de Jeová, o seguinte: “ Retiraa coroa ... certamente não virá a ser de ninguém, até que venhaaquele que tem o direito legal, e a ele é que terei de dá-lo” – Ez21.25-27. Ora, se o reinado de Jeová foi cortado em 607 a.C; e Deusnos diz na Sua Palavra em Dn. 4.16, 23 que assim permaneceria por“sete tempos”, se descobrirmos o valor de um tempo, teremos comocalcular o ano em que Deus voltaria a ter um governorepresentando Seu reinado na Terra.

Em Ap 12.6, 14 verificamos que “três tempos e meio” sãoiguais 1.260 dias: logo, um tempo corresponde a 360 dias. Portanto,“sete tempos” são iguais a 2.520 dias. Agora, se fizermos cada diavaler um ano, segundo uma regra extraída de Nm 14.34; Ez 4.6, os“sete tempos” equivalem a 2.520 anos.

Já aprendemos que o reinado de Deus, conformerepresentado pela ‘árvore’ foi cortado em 607 a.C.; e que assimpermaneceria por “sete tempos”, ou 2.520 anos. Jesus estava sereferindo a esse período de tempo, quando falou dos “temposdesignados das nações” ou “os tempos dos gentios” (Lc 21.24).

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Assim, por contarmos 2.500 anos a partir de 607 a.C; chegamos a1.914 d.C.

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Exemplo:607 a.C. a 1 a.C.= 606 anos1 a.C. a 1 d.C = 001 ano1 d.C. a 1.914 d.C= 1.913 anosSete tempos dos gentios = 2.520 anos

Sendo a Bíblia a infalível Palavra de Deus, podemos afirmarque segundo cronologia à base de Dn 4, o reinado de Deus, que foicortado em 607 voltou estar em operação a partir de 1.914. Naqueleano, aquele que tem o direito legal (isto é, Jesus Cristo) foientronizado. Sim, `Jesus Cristo começou a dominar qual Rei dogoverno celestial de Deus em 1,914.”

Caro leitor, do exposto acima vê-sefacilmente que os líderes das TJ forçam a Bíblia adizer o que eles gostariam que ela dissesse. Énecessária muita “criatividade” para inventar queDn 4.10-37 + Ez 21.25 –27 nos fornecem a data davolta de Cristo. Essa “hermenêutica” é descabida.Essa cronologia está errada por três razões:

1ª) Dn 4.10-37 não é um texto correlato deEz 21.25-27.2ª) Dn 4 não é um texto profético, mas sim,

o registro de um fato que já aconteceu no tempo e

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no espaço. Entre outras utilidades, este textoserve como advertência a todos os arrogantes; masjamais serve para alimentar a curiosidade dosespeculadores que querem saber daquilo que,segundo Jesus, não nos pertence, por ser da alçadaexclusiva do Pai (Mt 24.36; At 1.7).

3ª) O ano em que Zedequias foi deposto, foio de 586/7 a.C.; e não 607 a.C, como querem oslíderes das TJ. Não há no mundo um só livrohistórico, incluindo as enciclopédias, que e digaisso. Ninguém no mundo sabe disso. As faculdadesde História de Israel não pregam isso. Só os“educadores” das TJ sabem disso. Isso se dá porqueo ano 607 a.C. lhes interessa. Eles precisam desseano, pois é atrás do mesmo que eles se escondem davergonha que passaram por não ter ocorrido em1.914 o Armagedom que Russell previra para essadata. É que mantendo a data e mudando o evento,fazem parecer aos incautos que Russell cometera umpequeno equívoco: as passagens bíblicas quepreviam a data da entronização ou “volta” deCristo, Russell teria interpretado como sendo adata do Armagedom. Aliás, só esporadicamente oschefes das TJ confessam a frustração que assolouas TJ em 1.914. E, quando o fazem, se servem de ummalabarismo tal, que um leitor não familiarizadocom seus jargões, dificilmente entenderia o quejaz nas entrelinhas.

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No dia em que as TJ se valerem do que aHistória diz quanto ao ano em que Zedequias foideposto, dirão que Jesus veio em 1.934 (2.520 –586 = 1934); nós, porém, continuaremos a dizer, seCristo não tiver vindo até lá, que nosso Senhorbreve virá.

8.4.2. Fonte piramidal.

Atualmente as TJ citam a Bíblia e algunsfatos históricos, no intuito de provarem que Jesusvoltou em 1.914, mas antigamente Russell eRutherford se inspiravam também na Pirâmide deGizé. No livro de sua lavra, intitulado Estudo nasEscrituras, nas edições anteriores a 1.914, volume3, página 342, Russell se inspira nessa pirâmidepara dizer que Jesus havia vindo em 1.874. Já naedição de 1.923, na mesma página, a mesma pirâmideserve de base para se afirmar que Jesus voltou em1.914.

8.5. A Vinda de Jesus e a Subseqüente I Guerra Mundial

As TJ pregam que “imediatamente após aentronização de Cristo em 1.914, houve uma guerrano Céu, quando Miguel (isto é, Jesus) e seus anjosexpulsaram de lá o Diabo, conforme previsto”,dizem, “em Ap 12.7 – 12”. Uma vez lançado na

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Terra, o Diabo teria instigado as nações à guerra,eclodindo, por isso, a Primeira Guerra Mundial.Essa crença é exposta detalhadamente em seuslivros, como, por exemplo, A Verdade Que Conduz àVida Eterna, páginas 82-93; e Poderá Viver ParaSempre No Paraíso na Terra, páginas 20 –22.Acontece, porém, que as TJ pregam que aentronização de Cristo ocorreu em 4/5 de outubrode 1.914, quando então Satanás, em oposição aorecém-empossado Rei, fomentou uma batalha no Céu(ao qual ainda teria acesso), sendo, então,derrotado e atirado à Terra. Ao serem lançados naTerra, Satanás e seu exército (os demônios)fomentaram as nações à Guerra Mundial. Ora, todomundo sabe que a data exata do início da PrimeiraGuerra Mundial é 28 de Julho de 1.914. Agoraraciocinemos: como pode Cristo ser empossado qualRei do planeta Terra no início de outubro; sendo, oDiabo, em seguida lançado na Terra, o qual, porsua vez, incitou as nações à Primeira GuerraMundial, se essa guerra começou em Julho? Doismeses antes de o Diabo ser lançado do Céu à Terrae levar as nações à guerra, a Primeira GuerraMundial já havia começado?! Pensem nisso ossinceros!

A verdade solene é que Cristo está fazendo apartir de 1.914 o que já fazia antes; e que omesmo podemos dizer de Satanás, de seus anjos, edos falsos profetas.

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8.6. Calculando Erradamente

Já estamos cientes que as TJ difundem que oponto de partida para a contagem dos sete temposde Dn 4, que elas teimam em dizer que equivalem a2.520 anos, é o ano 607 a.C.. Mas nem sempre foiassim. Inicialmente Russell ensinava, no livrointitulado Três Mundos ou Planos de Redenção que“foi em 606 a.C. que terminou o reino de Deus...”Naquela época ele ainda não havia dado conta que2.520 anos contados a partir de 606 a.C., se chegaa 1.915, e não a 1.914. Tão logo ele detectou oerro, tornou-se-lhe claro que ele teria que mudar,ou a data da previsão para o Armagedom, ou a datado ponto de partida. Ele optou pela últimaalternativa e, desde então as TJ proclamam que oreino de Deus foi cortado em 607 a.C..

8.7. Provas da Presença de Cristo?!

Aprendemos há pouco que as TJ dizem que apalavra parousia, traduzida nas nossas Bíblicas emMt 24.3 por “vinda”, significa “presença” (queiraver Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra,página 148, parágrafo 3). Isso é desonesto. ODicionário do Novo Testamento Grego, de W.C.Taylor, JUERP, nos diz que este vocábulo podesignificar “ presença; vinda, chegada, volta ...”.

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Nós, os evangélicos, geralmente cremos que quandoos apóstolos solicitaram que Jesus lhes dissesse “quesinal haverá da sua vinda e do fim do mundo” (Mt 24.3), que elesqueriam saber qual seria a característica dos dias queprecederiam a volta de Cristo à Terra para destruir osgovernos do mundo e estabelecer o Seu Reino. As TJ,porém, não pensam assim. Na ótica delas, os sinaisreferidos por Jesus, em resposta à pergunta dosdiscípulos, não indicam que Jesus breve virá; antes,significa que Ele já veio. Dizem elas: “... Então, quando o‘sinal’ fosse visto, isso significaria que saberíamos que Cristo, emborainvisível, estaria presente e já chegara no poder do Reino...” (Ibidem). Masa verdade é outra. Realmente os apóstolos não queriamsaber em que podiam se basear para saberem se Cristo jávoltou ou não, mas sim, quais os acontecimentos queocorreriam imediatamente antes do retorno do Senhor aomundo. Uma das muitas provas de que não estamosinterpretando errado, é o fato de Marcos, ao narrar omesmo episódio, tê-lo feito em outras palavras, nestestermos: “Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haveráquando todas elas estiverem para se cumprir” (Mc 13.4 – grifonosso). Outra prova fortíssima de que estamosinterpretando bem o texto em apreço, é que os apóstolos,ao inquirirem sobre o sinal da vinda de Jesus, indagaramtambém sobre o sinal do fim do mundo. Ora, se asocorrências listadas por Jesus em resposta à perguntados discípulos que queriam saber a respeito do sinal daSua vinda E DO fim do mundo, não provassem apenas que Elebreve virá, mas sim, que Ele já veio em 1.914, comointerpretam os líderes das TJ, então poderíamos dizerque o mundo (isto é, o atual sistema) também se findouem 1.914. Tal conclusão seria, porém, uma aberração,

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pois como nós e as TJ sabemos, o fim do mundo – ou“terminação do sistema de coisas”, como o diz a “bíblia” delasem Mt 24.3 – ainda não ocorreu. Raciocinemos: se ossinais mencionados por Jesus em resposta à interrogaçãodos discípulos, provam que o fim do mundo está próximo(e as TJ concordam), por que não podem provar igualmenteque a vinda de Jesus está próxima? Será que os mentoresdas TJ não estão usando dois pesos e duas medidas?

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Um dos sinais que, segundo afirmou Jesus,marcaria os dias que precederiam a Sua Vinda é aatuação, como nunca, dos falsos profetas (Mt 24.11). Aforma inescrupulosa que os guias das TJ interpretam Mt24.3 não é uma pista de que tal profecia, proferidapelo próprio Cristo, já está se cumprindo? E se sim,

CAPÍTULO 9___QUEM É O ANJO DE JEOVÁ?

Outra significativa informação bíblica arespeito da Divindade de Jesus e Sua identificaçãocom Jeová, nos é fornecida nos trechos que falamde um personagem que se apresenta como sendo oAnjo de Jeová (Anjo do Senhor em algumas Versõesda Bíblia) e Anjo de Deus. Este Anjo, emboradistinto de Deus, nos é apresentado nas páginas daBíblia como sendo Um em essência com o Deus Todo-poderoso. Em outras palavras: a Bíblia diz que oreferido Anjo é o próprio Jeová Deus. Por seremmuitas as ocorrências bíblicas, citaremos apenasalgumas delas, objetivando ilustrar a nossa tese:

9.1. As Aparições do Anjo do Senhor

9.1.1. Aparição a Abraão

O capítulo 22 de Gênesis nos diz que Deustestou a fé de Abraão, mandando-o imolar o seufilho (versículos 1,2). Abraão deu então prova defidelidade incondicional (versículos 9,10). Aoatingir este clímax de obediência, o Anjo doSenhor (Jeová) bradou, dando-lhe uma contra-ordem(versículos 11,12a). Na parte “b” do versículo 12,o dito Anjo de Javé, após autenticar o temor (oureverência) que Abraão devotava a Deus, diz que oporquê de tal autenticação é que o patriarca havia

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demonstrado que realmente temia a Deus,oferecendo-Lhe (ao Anjo) o seu filho. O Anjo nãodisse: “Não LHE negaste o teu filho;” mas sim,“não ME negaste o teu filho.” Ora, sabemos queDeus não mandou Abraão sacrificar o seu filho aanjo algum, mas sim, a Ele próprio; e que Abrãoassim o fez. Contudo, a Bíblia diz que Abraão nãonegou o seu filho Isaque ao Anjo. Pelo menos foi oque o próprio Anjo falou. Este misterioso Anjo nosserá, pois, sobremaneira enigmático, até querendamos às evidências de que Suas manifestaçõessão teofanias, nas quais, quem se revela, é o pré-humano Jesus; já que este é o único Mediador entreDeus e nós (1 Tm 2.5).

9.1.2. Aparição a Jacó

A Bíblia diz que o Anjo de Deus disse aJacó: “... Eu sou o Deus de Betel ... onde me fizeste um voto ...”(Gn 31.11-13).

9.1.3. Aparição a Hagar

O Anjo do Senhor apareceu a Hagar, segundoGn 16, e prometeu multiplicar a sua semente, istoé, dar-lhe muitos descendentes (versículo 10).Ora, só Deus pode fazer isto. Ademais se diz noversículo 13 que o ser que com ela falava era oSenhor, isto é, Jeová, no original. Neste mesmo

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versículo Hagar chama o Anjo de El-Rói, quetraduzido é: DEUS QUE ME VÊS.

9.1.4. Aparição a Moisés

A aparição do Anjo do Senhor a Moisés estáregistrada em Ex 3.2-4.17. Diz o texto que“Apareceu-lhe o anjo de Jeová numa chama de fogo do meio dumasarça...” Disse então Moisés: “ Voltar-me-ei e verei estagrande visão ...” E, “Vendo Jeová que ele se voltou para ver, domeio da sarça chamou-o Deus e disse: ... Eu sou o Deus de Abraão,o Deus de Isaque e o Deus de Jacó ...” Como acabamos de ver,o Anjo de Jeová, Jeová e Deus são um só.

9.1.5. Aparição a Gideão

“Então o anjo do Senhor veio... Então o anjo do Senhor lheapareceu, e lhe disse: O Senhor é contigo, varão valoroso... Então oSenhor olhou para ele... E o Senhor lhe disse: (...) Porém o anjo deDeus lhe disse (...) E o anjo do Senhor estendeu a ponta do cajado...e o anjo do Senhor desapareceu... Então viu Gideão que era o anjodo Senhor: e disse Gideão: Ah! Senhor, Jeová, que eu vi o anjo doSenhor face a face. Porém o Senhor lhe disse: Paz seja contigo...Então Gideão edificou ali um altar ao Senhor, e lhe chamou, Senhoré paz...” (Jz 6.11, 12, 14, 16, 20 – 23, ARC –Almeida Revista e Corrigida).

9.1.6. Aparição a Israel

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“E subiu o anjo do Senhor de Gilgal a Boquim, e disse: DoEgito vos fiz subir, e vos trouxe à terra que a vossos pais tinhajurado, e disse: Nunca invalidarei o meu concerto convosco. E,quanto a vós, não fareis concerto com os moradores desta terra,antes derrubareis os seus altares; mas vós não obedecestes à minhavoz. Por que fizestes isto? Pelo que também eu disse: Não osexpelirei de diante de vós; antes, estarão às vossas costas, e os seusdeuses vos serão por laço. E sucedeu que, falando o anjo doSENHOR estas palavras a todos os filhos de Israel, o povo levantou asua voz e chorou” (Jz 2.1-4 ARC – edição melhorada, de1.995).

Aludindo ao trecho acima transcrito, oscomentaristas da Bíblia de Estudo Pentecostalfazem o seguinte comentário: ”... A identidade do Anjo doSenhor tem sido debatida... Note os seguintes fatos: (a) em 2.1, oanjo do Senhor diz: Do Egito EU vos fiz subir, e EU vos trouxe à terraque a vossos pais EU tinha jurado, e EU disse: EU nunca invalidareio meu concerto convosco (o grifo dos pronomes foiacrescentado). Comparada esta passagem com outras quedescrevem o mesmo evento, verifica-se que eram atos do Senhor, oDeus do concerto dos israelistas. Foi Ele quem jurou a Abraão, aIsaque e a Jacó que daria aos seus descendentes a terra de Canaã(Gn 13.14-17; 17.8; 26.2-4; 28.13). Ele jurou que esse concerto seriaeterno (Gn 17.7), Ele tirou os israelistas do Egito (Ex 20.1,2) e Ele oslevou à terra prometida (Js 1.1,2)...

Porque o anjo do Senhor está tão estreitamente identificadocom o próprio Senhor, e porque ele apareceu em forma humana,alguns consideram que ele era uma aparição do Cristo eterno, a

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Segunda pessoa da Trindade, antes de nascer da virgem Maria”(página 387).

O Anjo do Senhor é Deus Pai, ou Deus Filho?O autor destas linhas opta pela segundaalternativa, e crê que não o faz sem razões;contudo, aquiesce que este tema é discutível,embora não admita que se conclua que este Anjo nãoseja integrante da Trindade, visto que Ele seproclama Deus, como vimos.

O artigo definido é anteposto ao Anjo aquiconsiderado. Esta construção gramatical se usa, oupara indicar unicidade, ou para destacarindividualidade. Logo, Ele não é um anjo, ou umdos anjos; Ele é o Anjo. Por que este destaque?

O Anjo do Senhor não pode ser uma criatura,visto ser lógico que criatura alguma pode arrogarpara si as prerrogativas Divinas, sem incorrer emgravíssimo pecado.

Que o Anjo do Senhor não é alguém menos queDeus, é o que ele diz de si mesmo (Gn 31.11, 13).Isto indica que há pluralidade de Pessoas naDivindade. Sim, pois é razoável que um Deus nãotriúno, não poderia dizer-se Anjo de si próprio.Mas Jesus pode dizer-se Deus, bem como o Anjo deDeus, pois é tão distinto do Pai, quanto Divino.

9.2. O Anjo do Senhor é Onipresente

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“O Anjo de Jehovah acampa-se ao redor dos que o temem, eos livra” (Sl 34.7, Versão Brasileira).

Sabemos que há pessoas tementes a Deus emtodos os continentes, assim como em todos ospaíses. Os que temem ao Senhor somam-se aosmilhões. Mas o Anjo do Senhor é tão capaz queconsegue acampar (o que é bem diferente de visitaresporadicamente) junto de cada um de nós. Ele moraconosco, não nos deixando, portanto, sequer, umsegundo. Ora, quem poderia fazer isto, a não serexclusivamente aquele que disse: “... onde estiverem doisou três reunidos em meu nome, aí, estou eu no meio deles?”(Mt18.20).

A suma do que temos apreciado a respeito doAnjo do Senhor, é que os relatos bíblicos alusivosa este magnífico ser, constituem um libelo contrao “arianismo” das TJ. Os registros acerca do Anjode Deus, se não são a prova material e cabal daDivindade natural e plena do Senhor Jesus, são,pelo menos, um considerável indício que, somados aoutros do mesmo quilate, constituem a provaescriturística de que verdadeiramente Jesus éDeus.

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CAPÍTULO 10__ JESUS É O “EU SOU”.

Sabemos que Deus disse a Moisés que Ele é oEU SOU. Disse Deus a Moisés: “Assim dirás aos filhos deIsrael: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3.14b). Salta aosolhos que neste caso, EU SOU não é predicado, mastítulo da Deidade. Esta é, portanto, uma formapeculiar e apropriada de Deus falar de si mesmo,no Antigo Testamento. Sabemos, porém, que no NovoTestamento, Jesus se apresenta como sendo o EUSOU. Dizia Ele: “... Antes que Abraão existisse,EU SOU” (Jo 8.58). E: “ Se não crerdes que EU SOUmorrereis nos vossos pecados” (Jo 8.24). Destemodo, embora os chefes das TJ discordem, Jesusaplica a Si um título que implica na SuaDivindade. Ele queria, com esta expressão, dizeraos Judeus que Ele era o Deus de Israel,encarnado. E Ele conseguiu se fazer entender, poisos judeus incrédulos “pegaram em pedras para lheatirarem” (Jo 8.59). Por que fizeram isso? Porquedas duas uma: ou Jesus é o que disse ser, ou Eleera um megalomaníaco que queria se passar porDeus. Eles optaram pela última alternativa, e porisso o consideram blasfemo, e por conseguintedigno de sofrer a pena capital por apedrejamento,já que a Lei prescrevia que os tais assim fossemexecutados (Lv 24.16).

Os adeptos da seita TJ não são os únicos ase assustarem diante do fato de Jesus aplicar a Si

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o título exclusivo de Deus (EGO EIMI = Eu Sou). Osatuais herejes que tentam elidir o fato com“traduções” e “explicações” descabidas, foramprecedidos pelos judeus que, depois de váriastentativas, executaram o falante, na esperança desilenciá-lo para sempre, no que foram frustados,visto que Cristo ressuscitou dentre os mortos, oque por sua vez confirma que de fato Ele é ogrande “EU SOU”.

Só Deus é EU SOU; ninguém mais. Isto postonos leva à óbvia conclusão de que Jesus seidentifica com Jeová.

Na “bíblia” das TJ, Jo 8.58 está “traduzido”assim: “... Antes de Abraão vir à existência, eu tenho sido,” maso original diz EU SOU. Essa traduçãozinha barata,embora não consiga esconder que Jesus existiraantes de entrar no seio da humanidade, contudocamufla dos leitores sem formação teológica, o queJesus quer que todos vejam: que Ele é Jeová.

Em Jo 8.24, podemos ler na TNM, o seguinte:“... Pois, se não acreditardes que sou eu, morrereis nos vossospecados.” A expressão original, traduzida por “soueu” neste versículo, é EU SOU. Por que nestetexto, o “EU SOU” é “sou eu”, e em Jo 8.58significa “tenho sido?” Certamente os chefes dasTJ evitaram o ridículo de não falarem coisa comcoisa, traduzindo este versículo assim: “...Antes deAbraão vir à existência, sou eu”

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Salta aos olhos que o EU SOU do NovoTestamento aplicado à Pessoa do Senhor Jesus, oidentifica como sendo da mesma essência do Pai; eé óbvio que os guias das TJ já enxergam isto.Entretanto, ao invés de se retratarem, preferiramevitar o que consideram um vexame: confessar oerro?

São muitos os peritos bíblicos que aquiescemcom este autor na interpretação de que EU SOU étítulo privativo da Deidade, e que exibe aDivindade natural e plena do Senhor Jesus.Contudo, vejamos só este exemplo:

“O texto em apreço no grego traz EGO EIMI, cuja tradução éEu Sou. Era usada exclusivamente para identificar Deus, e Jesusaplicou-a a si mesmo...” (Bíblia Apologética, editadapelo ICP – Instituto Cristão de Pesquisas –comentando Jo 8.58, nota de rodapé).

Finalmente damos por liqüidada esta questão,informando que na expressão Eu Sou, o verbo éabsoluto, não podendo haver, portanto, nenhumpredicado expresso com ele, sob pena de“atropelar” a gramática grega.

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CAPÍTULO 11 __O SENHORIO DE JESUS

O título Senhor que a Bíblia tributa a Jesus,não é mero pronome de tratamento, antes designaSeu poder régio e exibe a Divindade que Lhe éinerente. O vocábulo senhor se usa na Bíblia comopronome de tratamento (1 Pe 3.6); Jesus, porém, oé noutra dimensão.

Todos os que estudam a História Universal sabem que os cristãos dos primórdios do Criatianismo preferiram a morte, a chamarem os Césares de Senhor. Isto fizeram porque, certamente, viam neste gesto uma antropolatria (Culto de adoração ao homem). Deste modo vê-se que estapalavra varia de significado de acordo com o contexto. Sim, é à luz do contexto histórico e gramatical que se deve buscar os valores (significados) do termo SENHOR, nas páginas da Palavra de Deus, na qual esta designação vai desdepronome de tratamento (como vimos acima) a título da Deidade, passando por amo (dono de escravos) e título nobiliárquico.

É de bom alvitre inferirmos que os cristãosnão hesitariam chamar os Césares de senhor, seisto fosse simples pronome de tratamento, ou formarespeitosa de se referir aos membros da nobreza;pois, como aquiescemos, não há maldade algumanisso. Deste fato emergem perguntas contundentescomo estas: Não está claro que os referidos

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imperadores de Roma queriam ser reconhecidos comoSenhor, no sentido em que só Deus o é? Por dizerem“não” aos Césares, acrescentando que Jesus é quemé o Senhor, não estavam os cristãos querendo dizerque “Senhor”, como título da Deidade, por serexclusivo de Jesus, não pode ser usurpado pelosmortais? E não prova isto que na concepção delesJesus era Deus na verdadeira acepção do termo?

O Senhorio de Jesus nos é relatado naBíblia, de uma maneira impressionante. Vejamosalguns exemplos:

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11.1. Segundo Isabel

Quando Jesus ainda estava no ventre deMaria, Isabel o chamou de Senhor (Lc 1.43). Ondejá se viu embrião ou feto ser chamado de Senhor?Mas Jesus foi assim reconhecido!

11.2. Segundo o Anjo

Imediatamente após o nascimento de Jesus,foi dito pelo anjo mensageiro das “novas de grandealegria que” Jesus é “o Senhor” (Lc 2.11). Onde jáse viu chamar recém-nascido de Senhor? Há um sóregistro em toda a História da humanidade!

11.3. Segundo o Salmista Davi

Cerca de 1000 anos antes de Jesus nascer,Davi reconheceu que Jesus era o seu Senhor (Sl110.2; Mt 22.41-46). Se não traduzirmos aspalavras originais que foram traduzidas por“Senhor”, no Salmo 110, versículo1, onde estapalavra aparece duas vezes nas nossas traduções;mas tão-somente as transliterarmos, teremos oseguinte texto: “Disse Jeová ao meu Adonai:...”Adonai pode ser traduzido por Senhor, visto quedesigna a soberania de Deus; porém, nunca é usadona Bíblia como pronome de tratamento, mas sim,como um substantivo próprio, exclusivo de Deus.

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“Senhor”, como pronome de tratamento é (nohebraico, a língua original do texto em pareço)adoni.

De acordo com Mt 22.41-46, os fariseusemudeceram-se quando Jesus levantou a seguintequestão: como pode o Cristo ser filho de Davi, seeste lhe chama Senhor? Todavia, este não é umproblema insolúvel, desde que saibamos que Jesus éDeus-homem. Assim, como homem Jesus é filho (istoé, descendente) de Davi; mas como Deus, é o seuSenhor, a saber, o seu Adonai ou o seu Deus, jáque só Jeová é Adonai.

11.4. Segundo os Apóstolos

Os apóstolos dissertam a respeito doSenhorio de Jesus com ênfase tal, que poderíamostachá-los de antropólatras, se Jesus fosse apenaso maior homem que já veio à Terra. O Senhorioexclusivo do Pai, que eles nunca negaram é, comnaturalidade, extensivo ao Filho. Sim, Jesus é,segundo o Novo Testamento, o nosso único Senhor.Isto, além de rebaixar o Pai, enalteceria o Filhoacima de seus méritos, se este, além de não serDeus, não constituísse com o Pai, uma sóDivindade.

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Diz mesmo a Bíblia que Jesus é o nosso únicoSenhor? Certifiquemo-nos:

“Todavia, para nós há um só... Senhor, Jesus Cristo...” (1 Co8.6).

“... único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo (Jd 4).Quando os apóstolos disseram a Tomé: “Vimos

o Senhor”, ele não lhes perguntou: “qual deles?”(Jo 20.25). Logicamente tal se deu porque Tomésabia que, na ótica dos seus colegas, só Jesus é oSenhor.

Dissemos no início deste capítulo que apalavra “senhor” pode significar “amo”, isto é,dono de escravo(s) ou servo(s). A Bíblia dizrepetidas vezes que nós, os cristãos, somos servosdo Senhor Jesus Cristo (Tg 1.1; 2 Pe 1.1; Rm 1.1;14.4). Fomos comprados por bom preço (1 Co 7.23a),a saber, o sangue de Cristo (Ap 5.9), por cujomotivo não podemos nos fazer servos dos homens (1Co 7.23b). Isto se dá porque Aquele que noscomprou é nosso Dono (Amo ou Senhor).

Já que a Bíblia nos manda servir só a Deus(Mt 6.24), perguntamos: poderíamos ser servos doSenhor Jesus, se Ele não fosse Deus?

Paulo e Tiago disseram que Jesus é o Senhorda glória (1 Co 2.8; Tg 2.1). Poderíamos conferira Cristo tão magnífico título, sem incorrer emgrave infração, se Ele não fosse o verdadeiroDeus?

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Para o termo hebraico Jeová, não há vocábuloperfeitamente equivalente nos demais idiomas dospovos. Por este motivo os apóstolos vertiam-no porSenhor, enquanto redigiam o Novo Testamento. Nistoforam precedidos pelos 72 sábios que elaboraram aSeptuaginta (trata-se de uma tradução de todo oAntigo Testamento para a língua grega, elaboradapor volta de 286 a.C.).

Como é do conhecimento de todos osestudiosos da Bíblia, o Novo Testamento é recheadode citações extraídas do Antigo Testamento.Podemos demonstrar isto comparando Jr 31.31, comHb 8.8. A palavra original (hebraica) traduzidapor Senhor na maioria de nossas Bíblias emPortuguês, constante de Jr 31.31, é o tetragramaque se convencionou transliterar por Jeová, Javé eIavé, e é um dos nomes próprios (e exclusivo) deDeus. É importante sabermos que ao reproduzir Jr31.31, em Hb 8.8, o referido tetragrama foitraduzido por Kyrios. Esta palavra é grega (alíngua original do Novo Testamento), e correspondea Senhor, em Português. Ora, sendo Kyrios às vezesequivalente a Jeová, dispomos de uma boa razãopara crermos que na maioria das vezes, quando oNovo Testamento confere este título a Jesus, o fazpara identificá-lo com o Deus dos hebreus. Estapostura não é uma inferência infundada, poisdispomos de provas materiais de que assim é, vistoque o apóstolo Paulo, após afirmar em Rm 10.9-12

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que judeus e gentios se salvam do mesmo modo,quando se tornam cristãos assumidos, já que oúnico Senhor de ambos (o qual, segundo o texto empreço, é Jesus) é rico para com todos os que oinvocam, respaldou-se em Jl 2.32, que diz “que todoaquele que invocar o nome de Jeová será salvo” (Rm 10.13).Ora, a citação deste versículo em apoio àafirmação anterior, de que quem com sinceridadeconfessa ao Senhor Jesus se salva, seria flagranteincoerência se Jesus não fosse Jeová. Tal atitudeseria tão grosseira quanto se apoiar em At 4.12, afim de fazer crer que o anjo Gabriel é o únicoSalvador. Imagine o leitor, quão ilógico seriaapresentar alguém o seguinte argumento: “Se, comtua boca, confessares ao Senhor Gabriel e, em teucoração, creres que ele é o redentor, serás salvo.Visto que com o coração se crê para a justiça, ecom a boca se faz confissão para a salvação. Mas,se duvidares, serás condenado, pois o apóstoloPedro disse: “E em nenhum outro há salvação...”(At 4.12 a). Sim, este argumento, só não seria umdisparate, se fosse possível provar: ou queGabriel e Jesus são uma só pessoa; ou que At 4.12refere-se à pessoa de Gabriel. Do contrário, aconfusão estaria estabelecida. E assim podemoscompreender que o apóstolo Paulo não falou coisacom coisa se, sem crer que o nome Jeová éextensivo a Cristo , afirmou que quem confessa aoSenhor Jesus não será condenado, baseando-se no

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fato de que segundo o Antigo Testamento , todosque invocam o nome de Jeová se salvará. Sim, poisque teria uma coisa com a outra, se Jesus nãofosse Jeová, nem tampouco se transfundisse naDivindade? Realmente, na maioria das vezes, o NovoTestamento confere a Jesus o título de Senhor, com“peso” de Jeová.

11.5. Segundo Miquéias e Apocalipse

O profeta Miquéias profetizou que Jesusnasceria em Belém, e o fez dizendo que destacidade é que sairia o que seria Senhor em Israel(Mq 5.2; Mt 2.4-6). Ser Senhor em Israel significareinar sobre os judeus. Uma das evidências dissopode ser encontrada na Versão Brasileira, quetraduz este versículo assim: “Mas tu, Belém Efrata, queés pequena para se achar entre os milhares de Judá, de ti é que mesairá aquele que há de ser reinante em Israel ...” Aqui oSenhorio de Cristo diz respeito à Sua realeza. Eleé Senhor porque é Rei.

Ap 19.16 também trata desta mesma faceta doSenhorio de Cristo. Ele é Senhor dos senhores.Nestes casos (isto é, Mq 5.2; e Ap 19.16), ovocábulo Senhor não equivale a Jeová, mas sim,governante e expoente dos governantes,respectivamente. Assim podemos ver que às vezesJesus é chamado de Senhor, na Bíblia, como títulonobiliárquico, como informamos na introdução aeste capítulo.

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CAPÍTULO 12__ELE NÃO TEM AUTORIDADE PRÓPRIA?

Um dos argumentos das TJ a fim de “provar”que Jesus é criatura, “baseia-se” em Mt 28.18 quediz que o Pai deu ao Filho “toda a autoridade noCéu e na Terra”. Alegam as TJ que se Deus delegouautoridade a Cristo, então Ele não é Deus,considerando que doutro modo Ele teria autoridadeprópria, e não outorgada por Deus. Todavia, o queeste versículo está dizendo é que o Filho, por nãoser só Divino, mas humano também, está melhorqualificado no trato para com os homens do que osdemais membros da Trindade, por cujo motivo o Paie o Espírito se abdicam e passam-lhE o comando.Uma das evidências disso se encontra em Jo5.22,27, que respectivamente dizem: "Porque o Pai aninguém julga, mas deu ao Filho todo o julgamento.” “E deu-lheautoridade para julgar, porque é o Filho do homem.” Podemosparafrasear estes versículos assim: “O Pai decidiunão julgar a ninguém, antes deixou que eu o façapor mim mesmo; e o porquê deste Seu proceder é que

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eu não sou só Deus, mas homem também”. Este nossoparecer coaduna com Ap 5.1-14 que nos fala que“ninguém no Céu, nem na Terra, nem debaixo da Terra, podia abriro livro, nem olhar para ele” a não ser o Senhor JesusCristo. Está este texto bíblico dizendo que Jesusé superior ao Pai? A resposta é que o Jesus homemé inferior ao Pai, e o Jesus Deus é igual; mas oJesus Deus-homem é o que o Pai e o Espírito Santonão são. E deste modo, o próprio Deus Paiconsidera Deus Filho como melhor qualificado.Atentemos para o fato de que o “ninguém” de Ap 5.3inclui o Pai, já que diz que nem mesmo no Céu,havia alguém portando tal qualificação, além deJesus.

Do exposto acima se vê facilmente que Mt28.18 refere-se mais a “passagem de comando” doque a delegação de poder ou autoridade. Realmente,se Jesus é Deus, Seu poder lhE é inerente e emanade Si mesmo; caso contrário, Ele não é Deus. Logo,a única explicação que não colide com o todo daBíblia que sustenta a Divindade de Jesus, é: o quesobressai no texto em lide é a abdicação do Pai(que acima chamamos de “passagem de comando”), oqual decidiu por conferir ao Filho todo o juízo.Ora, se “todo o juízo” foi dado ao Filho, entãonão sobrou juízo algum para quem quer que seja. OFilho é o Supremo Árbitro

Podemos parafrasear Mt 28.18 assim: “Atarefa de perdoar, salvar, julgar, galardoar,

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punir, levar para o Céu, lançar no Inferno... quepodia ser executada por toda a Trindade, seráefetuada exclusivamente por mim. Assim é, pordecisão soberana do Pai.” Em outras palavras: é oFilho quem avaliará as obras da Igreja (1 Co 3.10-15), julgará as nações (Mt 25.31-46), os vivos, eos mortos na Sua vinda e no Seu Reino (2 Tm 4.1),bem como a todos os que serão ressuscitados no Diado Juízo Final (Ap 20.11-15). E o porquê distoreside no fato de que Jesus é Deus-homem, estando,pois, melhor habilitado a lidar conosco, quercondenando-nos por Sua justiça, quer absolvendo-nos à base da graça.

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CAPÍTULO 13__JESUS NAS ENTRELINHAS

Muitos dos trechos bíblicos que salientam aDeidade de Jesus, o fazem de maneira tão tênue quenem sempre percebemos à primeira vista. Podemosaté dizer que já vimos isso, considerando queembora em Sua Filiação Divina e em Seu Senhorio,possamos divisar a Sua Divindade plena, nem todostêm conseguido avistar daí a Sua identificação como Pai. Entretanto, vejamos mais alguns dos muitoscasos esparramados na Bíblia de Gêneses aApocalipse:

13.1. Ele Deve Ser Temido.

Jesus afirmou que devemos temer só a Deus(Lc 12.4,5); contudo, o apóstolo Paulo disse quedevemos temer a Cristo (Ef 5.21). Nestareferência, algumas versões da Bíblia dizem “temorde Deus”, todavia, no original é “temor deCristo”. Neste caso a palavra “temor” designa orespeito, a veneração e reverência supremosdevidos a Deus. É óbvio que a Bíblia jamais nosmandaria temer alguém que não fosse Deus, dondepodemos inferir que se devemos temor a Cristo, Elenão pode ser nada menos do que Deus.

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13.2. Ele Tem Autoridade

13.2.1. Para falar

Em Mt 7.24-29 encontramos o Senhor Jesusfalando da feliz sorte dos que obedecem à SuaPalavra, bem como das desventuras dos que não Lheobedecem. E, ao encerrar o sermão, a multidãoadmirou-se do fato de que Ele não ensinava como osescribas, mas “com autoridade” . Realmente, qualquerescriba podia dissertar sobre os males dadesobediência à Palavra de Deus. Por exemplo,qualquer escriba podia dizer mais ou menos assim:“Todo aquele, pois, que escuta as palavras de Deus e as pratica,assemelhá-lo-ei...” Mas Jesus disse assim: “Todoaquele, pois, que escuta estas minhas palavras eas pratica, assemelhá-lo-ei ...”Daí podemosperceber que a autoridade de Jesus não é comum àde nenhuma criatura. As criaturas têm, quandomuito, autoridade delegada; mas Jesus é portadorde autoridade própria. Ele não é um simples porta-voz. Ele fala em Seu próprio nome. El é o próprioSenhor que galardoa os fiéis e pune os infiéis.Como bem disseram os guardas “Jamais alguém falou comoeste homem”, Jo. 7.46. Jesus falava como Deus!13.2.2. Para salvar

Ele é o único Salvador (At 4.12; 10.43;Rm 10.13). Só Deus possui tamanha autoridade e,obviamente Ele não a delega a criatura alguma (Is42.8).

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13.2.3. Para operar milagresExpulsão de demônios, batismo no

Espírito Santo e muitas outras maravilhas só sematerializam se for em nome de Jesus (Mc 16.17,18; Lc 10.17).

13.3. Ele é Nosso Dono

Segundo Jo 14.3, Jesus nos levará para Simesmo. Se Ele não fosse Deus, mas apenas umdelegado incubido por Deus de nos escoltar até oCéu, ao chegarmos lá, Ele teria que nos apresentara quem de direito, a saber, a Deus, nosso legítimodono. Todavia, como Ele é o próprio Deus, Ele podedizer: “... Vos levarei para MIM mesmo...”

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13.4. Quem o Vê, VÊ o Pai

Quando Felipe solicitou que Jesus lhemostrasse o Pai, Jesus lhe disse: “Estou há tantotempo convosco, e não me tendes conhecido, Felipe? Quem me vê amim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?”(Jo 14.8,9).Poderia Jesus falar assim se Ele não fosse o Paida criação (Jo 1.1-3,10) e, por conseguinte, o Paieterno? (Is 9.6). Sim, a disparidade que há entrea criatura e o Criador é tão grande que criaturaalguma pode dizer que quem a vê, vê o Pai, semincorrer no gravíssimo erro de usurpar asprerrogativas divinas. Disso, pois, podemosinferir que, das duas, uma: ou Jesus errou, ou Elee o Pai se transfundem. Nós, os trinitarianos,optamos pela última alternativa.

Quem vê Cristo vê o Pai porque, além dasrazões supra, Ele é igual ao Pai (Jo 5.18).

13.5. Deve Ser Amado Sobre Todas as Coisas

Jesus reivindicou para Si o amor supremo doqual só Deus é digno (Mt 10.37). Temos que amá-lomais do que a nossos pais, irmãos, cônjuges,filhos e, até do que nós a mesmos (Lc 14.26). PorEle devemos dar nossas vidas (Mt 10.39). Comopoderíamos devotar-lhe tão grande amor se Ele e oPai não fossem um? É óbvio que só Deus pode seralvo do amor maior. Logo, se Jesus o reclama para

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Si, fica patente que Ele se considera digno domesmo, o que exibe com espontaneidade a SuaDivindade natural e plena.

13.6. Ele é Onipresente

Do fato de Jesus se autoproclamaronipresente em Mt 18.20, se subentende a SuaDivindade, visto que as criaturas, por seremfinitas, não podem estar em mais de um lugarsimultaneamente.

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13.7. Ele é Onisciente

Os apóstolos disseram que Jesus sabe “todas ascoisas”(Jo 18.20); e o apóstolo Paulo afirmou quenEle “estão escondidos os tesouros da sabedoria e daciência”(Cl 2.3). Logo, Jesus é onisciente. E porser a onisciência um atributo privativo de Deus,aqui está mais uma prova de que Jesus é overdadeiro Deus.

13.8. Ele é o Deus Que se Manifestou e se Manifestará

Em I Jo 3.2 o apóstolo afirma que “agora somosfilhos de Deus”, observa que “ainda não é manifesto o quehavemos de ser”, e acrescenta que “quando ele semanifestar seremos semelhantes a ele, porque assim como é overemos.”Ora, neste texto, o sujeito da sentença éDeus. Logo, todas as vezes que o pronome pessoal(“ele”) aparece neste versículo, bem como nos queo sucedem (versículos 3-7) está, indubitavelmente,referindo-se a Deus. Quanto a isto, certamente nãohá, até aqui, nenhuma novidade. Mas estaobservação objetiva levar-nos à compreensão de queo versículo 5 diz, `a luz do contexto, que Jesus éDeus. É que o texto diz, referindo-se a Deus, “queele se manifestou para tirar os nossos pecados.” Ora, sabemosque quem fez isto foi Jesus. Portanto, Jesus éDeus. Aliás, o versículo dois também confirma a

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Divindade de Jesus, porquanto afirma que Deus háde se manifestar. E como sabemos, quem há de semanifestar é o Senhor Jesus (2 Ts 1.7; Mt 24.30).

13.9. Ir a Ele é Ir ao Pai

É digno de nota que Jesus não disse assim:“Ninguém vai ao Pai, senão por mim”, mas sim,“Ninguém vem ao Pai, senão por mim.” Poderia Eleexpressar-se assim, se Ele e o Pai não setransfundissem mutuamente, constituindo uma sóDivindade?

13.10. Ele Dá Mandamentos

Se só Deus pode dar mandamentos àhumanidade, e Jesus o faz (Jo 14.15), salta aosolhos a Sua Deidade natural e plena.

13.11. Ele Perdoa Pecado

Só a pessoa ofendida pode perdoar ou não aoofensor. E como sabemos, o pecado é uma ofensa,primeiramente a Deus. Assim sendo, só Deus podenos perdoar. O perdão de Deus não pode serconcedido por nenhuma criatura. Sim, pois é lógicoque Deus não outorgou a criatura alguma o poder deperdoar as dívidas de seus devedores (Sl 103.3; Is43.11). Entretanto, a Bíblia diz que Jesus perdoa

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pecado (Mc 2.10). Esta é, pois, mais uma prova daDeidade do Senhor Jesus.

13.12. Ele é o Messias

A literatura neotestamentária apresenta oSenhor Jesus como Messias ou Cristo, isto é, oDelegado. Sim, o título Messias, cuja traduçãoliteral é Ungido, designa aquele a quem Deushabilita e credencia, delegando-lhe autoridade.Todo indivíduo credenciado por Deus é um cristo.Todavia, Jesus é o Cristo. Tal se dá porque aninguém mais Deus deu missão e poder, como osoutorgados a Cristo. Sua missão é salvar os quenEle crêem, bem como julgar e sentenciar osincrédulos. E, para tanto, Ele tem carta branca,isto é, toda a autoridade ou poder (Mt 28.18; Jo5.22, 27; Ap 5.3-5). Ora, a autoridade irrestrita,dada por Deus a Jesus, testifica de Sua Deidade,visto que doutro modo, Deus teria conferido a umacriatura as prerrogativas divinas; o que colidiriacom Is 48.11, onde Deus garante que Ele não dá aSua glória a outrem.

Quanto a alegação das Tj de que se Jesusfosse Deus Ele teria poder próprio, e não dado porDeus, lembramos que já consideramos isso nocapítulo 12, onde deixamos claro que o poderconcedido a Jesus não é o atributo da onipotênciaque lhE é inerente, antes ressalta uma espécie de

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“passagem” de comando, onde o Pai e o EspítiroSanto se “abdicam” (veja o leitor que usamosaspas), deixando que a Segunda Pessoa da Trindadedecida, devido ao fato de que o Filho, por ter sehumanizado, tem uma qualificação a mais, comovimos acima, ao citarmos Jo 5.22, 27 e Ap 5.3-5.

13.13. Ele se Dirige ao Pai em Pé de Igualdade

O verbo “pedir” aparece no Novo Testamentogrego de duas maneiras: aiteo e eratao. Este se usaquando o pedinte está em pé de igualdade oufamiliaridade com a pessoa a quem se pede. Lc 14.32 é um exemplo disso. Jesus usava este verboquando falava com o Pai em Suas orações (Jo.14.16; 16.26; 17.9, 15,20).

13.14. Deus Confabula e Empreende Com Ele

A Bíblia nos fala de um ser que ombreia Deusem seus empreendimentos, a quem Deus fala,conferenciando sobre seus projetos etc.. Vejamosalguns casos.

13.14.1. Na criação do homem

Em Gn 1.26 podemos ler: “E disse Deus: Façamos ohomem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” AsTJ dizem que naquela época Deus já criara o Seu

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Filho Jesus e estava usando-o como obreiroassociado. Porém, não há nada na Bíblia quejustifique a idéia de que o homem não seja 100%criado pelo Criador. Deste modo, não somos obra decriatura alguma, nem mesmo parcialmente.Realmente, o fato de o Filho atuar com o Pai paratrazer-nos à existência, exibe naturalmente Suaigualdade com Deus.

Por afirmar a Bíblia que Deus disse“Façamos”, mas não nos dizer a quem Ele sedirigia, nos ajuda a percebermos que a ditaconferência se deu no “conclave” na DivindadeTriúna, ao qual nenhuma criatura teve acesso.

13.14.2. Na queda do homem

No capítulo 3 de Gênesis, versículo 22,lemos que após a queda do homem, Deus disse oseguinte: “Eis que o homem é como um de nós”. PoderiaDeus falar assim, se os unitaristas estivessem coma razão? Não temos implícito nessas entrelinhasque há pluralidade de pessoas na Divindade?

13.14.3. Outros casos

Vejamos mais três casos onde Deus refere-sea Si mesmo no plural:

Gênesis 11.7: “Eia, desçamos e confundamos ...”Isaías 6.8: “... Quem há de ir por nós? ...”

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Jo 3.11: “... Nós dizemos o que sabemos e testificamoso que vimos, e não aceitais o nosso testemunho.”

Muito mais teríamos a dizer a respeito de JESUSNAS ENTRELINHAS. Porém, decidimos parar por aqui. Que oleitor continue perscrutando as Escrituras sob o influxodo Espírito Santo e descobrindo mais e mais trechosbíblicos que põem em relevo a Deidade do nosso queridoJesus, o único Filho de Deus!

ConclusãoO apóstolo Paulo formulou aos gálatas a

seguinte pergunta: “ Tornei-me, por ventura vosso inimigo, por vosdizer a verdade?”(Gl. 4.16). Isto prova que existem pessoastão iludidas pelos falsos profetas e tão cegas porSatanás, que ao invés de se darem por avisadas, quandoadmoestadas por alguém que ousa expor a verdade, seenchem de animosidade. Não são poucas as TJ que odeiamos ex-adeptos, bem como a todos os que se esmeram emdenunciar as heresias sobre as quais o russelismo seapóia. Todos os que se opõem às heresias da Torre deVigia são tachados de inimigos de Jeová. E, sobre estes,os líderes das TJ impetram a seguinte maldição: “O desejodo povo de Deus é ver os inimigos de Jeová destruídos” (Riquezas,pág. 216).

Muitas das TJ nos odeiam, outras sentem dó denós, mas a todas amemos e por todas oremos, pois nossasorações falarão mais alto do que nossos argumentos. QueDeus se compadeça das almas sinceras, porémiludidas, que se acham perdidas no labirinto daseita “Testemunhas de Jeová”! Amém!

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BIBLIOGRAFIA

Livros Evangélicos

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Pentecostal, Bíblia Apologética, Bíblia VidaNova, Bíblia Anotada etc .

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7. Trinta Anos Escravizado à Torre de Vígia;Schnell, W. J. Distribuição ABU Editora; 2ª

edição em Português, em 1962.8. Religiões, Seitas e Heresias. Cabral, J.

Universal Produções – Indústria e Comércio;3ª edição.

9. Seitas e Heresias, Um Sinal dos Tempos,Oliveira, Raimundo F. de; 9ª edição/1.994.

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12.Testemunhas de Jeová, volumes I e II; Silva,Esequias Soares de; 2ª edição de 1.993 e 1ª

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13.Vinte Razões Porque Não Sou Testemunha deJeová; Justus, Amilto; A.D. Santos & CiaLTDA, 8a. edição.

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19. Lições Bíblicas, 2° Trimestre de 1.997,revista do Mestre, editada pela CPAD – CasaPublicadora das Assembléias de Deus.

20. Novo Testamento Grego Analítico. Friberg,Barbara e Timothy, edição de 1.975, pelaSociedade Religiosa Edições Vida Nova.

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3. Seja Deus Verdadeiro, edição de 1.952,Sociedade Torre de Vigia de Bíblias eTratados.

4. Raciocínios ‘a Base das Escrituras, 1985,Sociedade Torre de Vigia de Bíblias eTratados.

5. Deve-se Crer Na Trindade? Sociedade Torre deVigia de Bíblias e Tratados, 1.989.

6. A Verdade Que Conduz ‘a Vida Eterna,Sociedade Torre de Vigia de Bíblias eTratados, 1.968.

7. O Conhecimento Que Conduz ‘a Vida Eterna,Sociedade Torre de Vigia de Bíblias eTratados, 1.999.

8. A Sentinela; e Despertai! (Revistas, váriosexemplares); Sociedade Torre de Vigia deBíblias e Tratados.

9. Unidos na Adoração do Único Deus Verdadeiro,Sociedade Torre de Vigia de Bíblias eTratados, 1.983.

10. Inimigos, Sociedade Torre de Vigia deBíblias e Tratados, 1.937.

11. Riquezas, Sociedade Torre de Vigia deBíblias e Tratados, 1.936, J. F.Rutherford.

Livros Diversos

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1. Dicionário Hebraico – Português e Aramaico –Português, 4ª edição, 1.994, editorasSinodal e Vozes.

2. Dicionário Grego – Português e Português –Grego, Isidro Pereira, S. J; LivrariaApostolado da Imprensa, 7ª edição, 1.990.

3. Novo Dicionário Aurélio, Holanda Ferreira,Aurélio Buarque de, Editora Nova Fronteira.

4. Enciclopédia e Dicionário, Koogan/Hoariass,Edições Delta, Editora Guanabara Koogan,1.993.

5. Radiografia do Jeovismo, Christianimi,Arnaldo B., CPB – Casa PublicadoraBrasileira, 1.991.

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Acerca da Pessoa do Senhor Jesus Cristo, as “Testemunhas de Jeová” fazem as seguintes afirmações:

1ª) Ele é a primeira, bem como a maior, de todasas criaturas de Deus.

2ª) Ele ajudou Deus a criar todas as outrascoisas.

3ª) Ele é o arcanjo Miguel, o maior dos anjos.

4ª) Ele não é Deus com “D” maiúsculo, mas sim,com “d” minúsculo.

5ª) É pecado adorá-lo e, por conseguinte,dirigir-lhe orações.

6ª) Ele não morreu numa cruz, mas sim, numaestaca ou poste.

7ª) Seu corpo está morto e assim permanecerápara sempre.

8ª) Seu corpo está escondido onde só Deus sabe.

9ª) Ele não é onipotente, onipresente eonisciente.

10ª) Ele “veio” em 1.914.

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11ª) Jesus de Nazaré não existe mais

As distorções Cristológicas supracitadas, eoutras mais, são analisadas neste livro, peloprofessor de Heresiologia e TeologiaSistemática –Pastor Joel Santana.

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