Acordo cessa hostilidades errMão Domingos

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TEMPO — bom, comnebulosidade variável.T.EMCPE11ATUBA —estável. VENTOS —fracos a moderados.MÁXIMA — 28.1. Mi-NIMA — 17.2. (Muisdetalhes na Agenda

JH, página 14)

JORNAL DO B AolJLRio de Janeiro — Quinta-feira, 6 de maio de 1965

Acordo cessa hostilidades errMão DomingosS.A. JOHN AL DO IIUASIL- Enil.Tel.lOlilIRASIL —

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Ano LXXV — N.° 103

//o/c' /e/nCaderno doIV Centenário!

Reis belgasvêm este anoao Brasil

Lima (FP-JB! — Os Reis

Baudouin e Fabiola, da Bélgica,visitarão êste ano o Brasil,

Peru, Argentina e Chile, possi-veiménté em outubro, segundo

notícia dada pelo sociólogo bra-

sileiro Josué de Castro e con-

íirmada pela Embaixada belga

nesta Capital.Josué dc Castro, ciue e pro-

lessor de Assuntos Latino-Ame-

ricanos na Sorbonne, Fran-

ça, disse que, iir semana pas-sada, conversou com os reis

belgas sobre a sua viagem a

América do Sul, demonstrando

Baudouin bastante interesse

por temas econômicos e ar-

queológicos da América Latina.

Ascençoferreiramorreu

O poeta Ascenço Ferreira,que foi o introdutor da poesiamodernista no Nordeste e eraum dos seus mais autênticosintérpretes, morreu ontem, aomeio-dia. no Hospital do Cen-tenário. em Recife, onde cs-tava internado há quatro me-ses. Um colapso cardíaco ma-tou-o quando

"almoçava, em seu'quarto.

O sepultamento de Ascenço

Ferreira será hoje, às 10 lio-

ias, no cemitério recifense de

Santo Amaro. Desapareceu sem

conseguir seus dois maiores de-

sejos: ser filmado declamandosuas próprias poesias c. escre-

ver suas memórias, para as

quais já havia escolhido o ti-

tulo: Vida, Paixão e Morte dcAscenço Ferreira. iPág. 10)

Presos 36pistoleiros

Soldados <los EUA guardam a estrada que liga a póim inlernaciond « base de San Isidro

A DISCRETA PRESENÇA

^_i P^_r ___»_.¦ _>._1\Ê-\\\\\\\\\\_\\\\\\\\\WÊ^^^^ _____\___._Z_*A_.^ T*» _t^\____kV^^J ¦Pi^^^ _^___________V^__/^%__r £*•*!___ _-_-__ +_%_______**

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O Xainxá e a Imperatriz farnh Pahhtvi improsshmifttincinSãô Paulo ptílá ..imnlicidadi:

O "El" PECADOR

Os rebeldes dominica-nos que formaram o Go-vêrno Constitucional erepresentantes da antigaJunta Militar de Govêr-no assinaram ontem aAta de São Domingos,ratificando o acordo decessação de hostilidadese prevendo a criação deuma zona de segurançae facilidades para o tra-balho da Cruz Vermelhae da OEA.

A Organização dos Es-tados Americanos, depoisde adiar por duas vezesa realização da ReuniãoIntermiriisterial Cônsul-tiva, anunciou que con-vocará os representantesdos países americanos pa-ra debater a criação deuma fôrça militar de paz,logo depois de receber orelatório da Comissão Es-pecial enviada à Repú-blica Dominicana.

Na Orga n i zação dasNações Unidas, o Delega-do norte-americano AdiaiStenvenson pediu ao Con-selho de Segurança quedeixe à OEA o encargode solucionar a crise eafirmou que os EstadosU n i d os intervieram emSão Domingos, "para sal-var vidas humanas e dartempo à OEA de entrarem ação".

Os meios diplomáticosde Londres informaramque a Inglaterra recu-sou-se a reconhecer o Go-vêrno provisório do Co-ronel Francisco Caama-no, apesar do forte apoiodado ao Presidente eleitoe ao ex-Presidente Boschpor deputados trabalhis-tas e pelo Primeiro Mi-nistro Harold Wilson. Opedido de reconhecimen-to íoi apresentado ao Go-vêrno inglês por interme-d i ár i os latino-america-nos.

Em Washington, a Câ-mara dos Representantesaprovou por grandemaioria o pedido do Pre-sidente Lyndon Johnsonpara a constituição deum fundo de emergênciade USS 700 milhões, a ser .aplicado nas operaçõesmilitares norte-america-nas na República Domi-nicana e no Vietname; :¦-

No Rio, antes de em-barcar para a Argentinae depois de conferenciarcom o Presidente CasteloBranco, o enviado espe-ciai do Presidente John-son, Sr. Averell Harri-man, declarou que "o

¦y

:'$Governo brasileiro temdesempenhado um papelaltamente construtivo edestacado na liderançade uma ação inteligente.

O Presidente da Comis-são de Relações Exterio-res da Câmara, DeputadoRaimundo Padilha, foiautorizado pelo Presiden-te da República a anun-ciar no Legislativo que oBrasil só enviará tropasá República Dominicanacom o consentimento doConselho de SegurançaNacional e a aprovaçãodo Congresso.

Às primeiras horas dehoje a Associated Pressinformava que, em Was-hingtoh, se havia chega-do a um compromissopara a constituição deuma fôrça intermilitarencarregada de pacificara República Dominicana.A proposta de constitui-ção da fôrça obteria rá-p i d a aprovação numaConferência Especial In-teramericana. (P á g inas2r 3 e 4)

'*;«*«"

Xainxá começano Nordeste

A ofensiva policial, apoiadapelo Exército, para desmante-lar, no Nordeste, o Sindicatodo Crime, e que foi iniciadaliá uma semana, acusava ateontem a prisão de 29 pistoleirosno interior de Pernambuco ede sete cangaceiros em Alagoas,entre os quais Valderedo, FloroeoProíeitode Olivença,Enéias de Oliveira, sóbre o quaipesam sérias acusações e emcuja casn foram encontradasmetralhadoras e farta muni-ção.

Estão sendo empregados naoperação policial, destinada aacabar definitivamente com obanditismo no Nordeste, ex-in-legrantes do Esquadrão daMorte da Guanabara e forçasvolantes de Pernambuco c Ala-aoas. com cinco carros equipa-rios com rádio e 10 metralha-doras com 10 mll cartuchos,estando em estudos a partici-pação de tropas de pára-que-distas do Exército nas próxi-mas incursões ao alto sertão.— (Página 9)

Série D fazprofessoramilionária

no RiõTTetãpã

final da visita

A professora Alzir Auxiliado-ra dos Santos, que hâ dois diasdeixou a maternidade do Hos-pitai Central do Exército, ondedeu à luz. foi a ganhadora doprimeiro prêmio, no valor deCrs 8 milhões, do sorteio dasérie D do concurso Seus Ta-lões Valem Milhões, reali/.adoontem na Loteria do Estado.

O 2." prêmio, de CrS 1800 000,coube ao Tenente-Coronel tia-briel Junqueira Giovaninni; osde CrS 800 000 às Sras. Zulmi-ra Pinto Barroso, Isabel de Al-meida e Margarida Pais Lara,c aos Srs. Antônio do Carmo eTomás Pereira. Somente a Sr."Zulmira Pinto Barroso compa-receu ontem à Loteria, para re-ceber o prêmio- (Página 5)

O Xainxá do Ira —que ontem, pela manhã,visitou em Brasília o Su-premo Tribunal Federale o Congresso, seguindodepois para São Paulo —chegará às 15h30m dehoje à Guanabara, emcompanhia da Impera-triz Farah Pahlavi, paracumprir a terceira e úl-tima etapa de sua visitaao Brasil.

O Xainxá Reza Pahlavie a Imperatriz serão re-cebidos na ala militar doAeroporto Santos Du-mont pelo GovernadorCarlos Lacerda e seu Se-cretariado e homenagea-dos, às 20h 30m, com umbanquete de gala no Pa-lácio Guanabara, segui-do de uma recepção e deuma exibição especial daEscola de Samba Acadé-micos do Salgueiro.

No seu discurso peran-te o Congresso Nacional,reunido em sessão con-junta, o Xainxá do Irãafirmou que sua visitatem um significado mui-to profundo, "o de refôr-co dos laços de compre-

ensão entre o Ocidente eo Oriente", e pediu aoBrasil para participar daluta contra o analfabe-t i s m o promovida peloseu país, enviando o Mi-nistro da Educação aoCongresso InternacionaLde Educadores, que serárealizado em setembro,em Teerã.

Ao Supremo TribunalFederal, o Imperador doIrã afirmou que traz aoBrasil "a saudação deum país que tem mani-testado, há longos sé-culos, profundo respeitopelos princípios elevadosde Justiça e do direitodo homem" e afirmousua certeza de que "o Po-der Judiciário, para sereficaz, deve ir de par coma justiça social".

Em São Paulo, a segu-rança determinada peloItamarati e a simplicida-de do Xainxá e da Impe-ratriz do Irã decepciona-ram os que esperavam,vê-los desfilar em carroaberto, com grande pom-pa. (Página 8)

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Járno elogia9ação econômica

JL.__.__

da Revolução

Jânio reprovou o /cinismo por ser personalista

O ex-Presidente JânioQuadros, que passou on-tem pelo Rio a caminho' de Londres, classificou de."acertada" a política eco-nômico-financeira do Go-vêrno, embora com críti-cas ao "abandono em quese encontram as peque-nas e médias empresas",

, <? declarou que a Revolu-ção está oferecendo aopovo a oportunidade dese pronunciar, "o que re-comenda, e muito, os di-rigentes do País".' V i a j a n d o no navioBrasil Star, em compa-nhia da mulher e da mãe,além do casal GiacomoFranco, das indústrias

: Vigor el li, o Sr. JânioQuadros — que justificoua sua renúncia com a re-velação de que pretendiafazer justamente o quefaz o atual Governo, se-gundo o Coronel Ardovi-no Barbosa — disse quenão tem sentido a hipó-tese de apoiar a candi-d a tu r a do GovernadorCarlos Lacerda à Presi-dência da República.

A f i r m ou o ex-Presi-dente que não lhe agra-da a idéia contida naex-pressão janismo, "porqueé um personalismo queprec isa ser ultrapassa-do", e, ao ser perguntadasobre a sucessão esta-dual, perguntou qual eraa dificuldade, depois defrisar que há na Guana-bara nomes como os deAlim Pedro, Negrão deLima e Gilberto Marinho.

Com uma consultamarcada para o dia 24,em Londres, a fim deoperar-se novamente doolho. o Sr. Jânio Qua.-.dros, sempre bem-humo-rado, admitiu a possibi-,lidade de, se procuradoJavistar-se com o Sr. Kubi-tschek e disse que nadasabe da articulação deseus amigos para que lhesejam restituídos os di-reitos políticos.

O Sr. Jânio Quadrosrecebeu a bordo, entreoutros, os SenadoresAfonso Arinos e JoãoAgripino e os Presidentesdos pequenos Partidos daGuanabara. (Página 7)

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Rebeldes assinam ata de trégua em São Domirigos^^"¦^ ¦-'-.te.-- ----- .. ._ ,i« Qnn Tinmirvon*: r1pmni*r»n

Embaixada .aniericana naVenezuela é metralhadaem um atacpie-relâmpago

Caracas, Buenos Aires, Montevidéu. Miami (AP-FP-UPf-

tb> — A Embaixada dos Estados Unidos em Caracas tos

alvo onlcm de togo de metralhadoras e alguns dos mem-

bros de seu pessoal se salvaram milagrosamente, tendo o

ataque, que durou dois segundos apenas, sido atribuído a

terroristas, que fugiram de táxi.

Um porta-voz da Embaixada disse que as balas des-

trocaram o.s vidros de 17 janelas e empregados disseram

que dois homens dispararam rajadas no lado norte do edi-

fício, de uma quadra e meia de distância, tendo-se visto

ainda uma mulher armada de revólver.

^ WEleições, .sim — mus ««

¦^V.i^/jÇfm

Embaixador ililes se amtliüutur?

AFfeLO

O Sr. Rafael Caldeira, lídermáximo do Pari ido Social Cris-cão COPEI, pediu o fim da in-tervenção dos Estados Unidosna República Dominicana, cmtelegrama que enviou ao Vice-Presideme Hubert Humphrey.e tèlègrafou -também ao Presi-dente do Conselho da OEApara que êste manifestasse ao.írepresentantes do.s governosamericanos 'o unânime senti-mento de protesto de nossospovo* contra a intervenção mi-litar dos Estados Unidos emterritório domi nica no".CONFLITO

Violentos choques entre mu-nífestantes ftlodommicanos e apolicia ocorreram segunda-tei-ra em pleno centro de Monte-vidéu, ficando feridas seis pe.-.-soas, das quais Ire* o tiros, in-

clusive o Cônsul Honorário daRepública Dominicana uo Uru-guai. Raul Santiago Acosia La-ra, que assistia ãs manifesta-ções e foi atingido por umabala perdida.

MANIFESTAÇÕES

Continuaram em Buenos Ai-res e no inferior as manifesta-cóe.s contra a intervenção mili-tar dos Estados Unidos na Re-pública Dominicana, com aparticipação quase unânime dePartidos e organizações esiu-dnntis e sindicais.

As manifestações estudantisculminaram nas Avenidas deMayo e 9 de Julho, com a quei-ma de um boneco vestido ámoda do Texas que represen-lava o Presidente Johnson cque ostentava o .seguinte car-taz: '-Fora cie São„< gorilas ianques"

OEA

Domingos

Vaticano adverte que osconflitos poderão chegai"a proporções imprevistas

Cidade do Vaticano, Roma e Moscou (AP-ANSA-JB) —

A publicação semanal do Vaticano. Osservatore delia Uo-

menica. advertiu ontem que o.s conflitos na Republica Do-minicana e Vietname poderiam transformar-se em crisesde proporções imprevistas, de -gravidade extrema".

Em Roma. o.s socialistas do Gabinete do Primeiro-Mi-nistro Aldo Moro. que .iá criticavam a politica norte-ameri-cana no Vietname. lançaram novos ataques contra a inter-vencão dos Estados Unidos na República Dominicana, fatosóbre o qual o Governo italiano ainda não se pronunciou.

Unidos se a nona-DEBATE

O Primeiro-Ministro Aldo Mo-ro falará, na próxima semana,no debate no Parlamento. Es-pera-se que responda ao pedidoíeito pelo Partido Socialista,para que esclareça a posiçãocte apoio ao Governo de Wash-ington, em relação ao Vietnã-me. bem como informe o Gabi-nete sobre o resultado riu en-rrevista, o mês passado, entreo Ministro do Exterior; Amin-tore Fanfani. e o PresidenteJohnson. Também a crise do-minicana será discutida

IVAvímti órgão do PartidoSocialista, em seu editorial de¦•onlem condenou a intervençãoem São Domingos, è pediu aoGoverno que a denunciasseabertamente: '-Alem do fato de

us Estadosrcm o direito de julgar ciuem écomunista e quem não é. comsua proclamada intenção deimpedir que se forme um Go-vêrno que considera hostil; srcolocam contra o principio denão-intervenção nos assuntosinternos de outro pais. que de-ve ser o fundamento do direitointernacional."

Em Moscou, o Ministro daDefesa Y. Dymov. em entre-vista ao Estrela Vermelha, or-yão do PC chinês, disse que osEstados Unidos, de há muito,vêm repelindo suas ações deagressão. "A última aventurados Estados Unidos, desta ve/.contra a pequéífá; -República,dns Caraibas, que conta 3 mi-Ihões' de habitantes, assombrapor sua arrogância e cinismo."

de forçaWashington TAP - UPI - FP-

JB) — Depois de adiar, ontem,por duas vezes, o inicio da Reu-nião Ministerial Consultiva, aOrganização dos Estados Ame-ricanos anunciou que. convoca-rá os representantes dos pai-ses americanos para debater ;>criação de uma forca militarde paz quando receber o reVtório da Comissão Especial en-víada a São Domingos, dentrocie algumas horas.

Informa-se oficiosamente queo adiamento deve-se também,ao atraso na redação do textorio projeto dc resolução, queestá sendo preparado por va-rias delegações, entre as quaisas dos Estados Unidos. Vene-zuela, Argentina e Colômbia.

ADIAMENTOSA OEA tinha marcado a pri-

meira reunião para as 11 ho-ras de ontem, transferindo-apara as 15 h 30 m, ã espera dorelatório da Comissão Especiale marcando-a definitivamentepara as 21 horas, prejudicadadevido a recepçáo oferecida pe-lo Presidente Lyndon Johnsonao Corpo Diplomático na CasaBranca.

Os observadores diplomático.-acreditam que a Organizaçãodos Estados Americanos apro-ve a criação da força de paz.com.os votos contrários de cin-co nações: México. Chile, Uru-guai. Peru c Venezuela.

Um dos principais problemasa ser enfrentado pela Organi-zação dos Estados Americanosrefere-se ao comando da força,

debate hoje envioa S. Domingos

São Domingos (UPI-PP-AP-JB) — Os rebeldes do-minicanos que formaram oGoverno Constitucional e osrepresentantes da antigaJunta Militar de Governoassinaram, ontem, a Ata deSão Domingos ratificando oacordo de cessação de fogo,aceitando o estabelecimen-to de uma zona de seguran-ça e comprometendo-se afacilitar o trabalho da CruzVermelha e da Organizaçãodos Estados Americanos.

Pouco antes de os conse-lheiros da OEA enviados aSão Domingos afirmaremque o cessar fogo não haviasido violado, pára-quedistasnorte-americanos atacaramum barco pesqueiro de na-cionalidade desço nhecidacarregado de munições paraos rebeldes dominicanos. Obarco explodiu à entrada doRio Ozama, desconhecendo-se até o momento o númerode seus tripulantes e qualsua procedência.

RECONHECIMENTO

de paz. anunciando-se oficiosa-mente que èle deverá ser exer-cido conjuntamente pelas na-ções que fornecerem soldados.POSIÇÃO CHILENA

O enviado do PresidenteJohnson. Averrell Harriman.está sendo esperado hoje cedoem Santiago a fim rie debatercom o Presidente 'Eduardo Freia situação em Sáo Domingos.

Voltando a repelir a criaçãoda fórc-a multinacional para aRepública Dominicana, o Chan-celer chilena Gabriel Valdésafirmou que "o Chile náo jul-ga ciue deva participar de umaforça multinacional porque háoutros tipos de soluções parao problema dominicano e quedevem ser procurados rápida-mente".

Declarou também que náopensava ir. no momento, aWashington, ressaltando queno caso dc a situação se agra-var e os Chanceleres do Conti-nente comparecerem a umareunião extraordinária, iria de-fender pessoalmente a posiçãado Chile

— A atual situação, acrescer.-tou o Chanceler, permitirá queos que eram céticos ante a ne-cessidade de se introduziremreformas na Organização dosEstaãos Americanos compreen-dem agora, nesta grave criseem que foram destruídos todosos princípios do sistema inter-americano, que náo mais sepode falar de reforma, mas dereconstrução.

As linhas gerais do projetosôbre a criação da força multi-nacional são os seguintes, se-gundo fonte oficial da delegaçãonorte-americana:

— criação de uma forçasob comando unificado com re-presentantes de todos os pai-ses:

— retirada parcial rias tropas norte-americanas enviadaunilateralmente a São Domin-ços, a qual se efetuará segun-io modalidades fixadas pela Or-¦-anização dos Estados America-nos:

— envio de forças de pai-•:es latino-americanos a SãoDomingos para substituir òsefetivos nurte-americanos reti-rados. Sua importância varia-rá segundo as possibilidades dospaises que estejam em condi-ções de participar da força, quenáo será simplesmente simbó-lica: '

— a idéia de neutralidadeabsoluta da força multinacional¦Mitre as facções cm luta seráimplicitamente reconhecida por¦ima fórmula que reafirmará aliberdade rio povo dominicanade esco'her as autoridades qtrdeseja para dirigir seus as -suntos

O texto que e.stá sendo pre-parado será apresentado con-juntamente à Reunião Ministerial Consultiva, a ser realiza-da dentro de poucas horas, pe-los EUA, Argentina, Colômbia eCosta Rica. que intervieram emsua redação final.

Enquanto o Chanceler donovo Govêrno dominicanopedia o reconhecimento atodos os paises do mundo,observadores politicos afir-mavam que o acordo obtidodas duas partes em luta nâosoluciona o problema políti-co do pais, criando apenascondições para procurar-sepacificamente uma said;1bara a guerra civil.

Durante o dia de ontemregistraram-se alguns dis-paros de franco atiradoresrebeldes contra as forçasnorte-americanas, sem cau-sar vítimas. As patrulhasmilitares dos EUA conti-nuam guardando os bairrosresidenciais e as Embaixa-das, dentro do limite esta-belecido pela zona de segu-rança.

RELATÓRIO

A Comissão da Organiza -eão dos Estados Americano:que estabeleceu a trégua haguerra civil dominicana de-vera embarcar nas próxi-mas horas para Washingtona fim de apresentar seu n-latório á reunião dc Ministros da.s Relações Exteriori .dos Estados Americanos.

Em entrevista coletiva, nPresidente da Comissão daOEA, Embaixador RicardoColombo, da Argentina, afir-mou que a cessação de fogoc a, assinatura do acordo

entre as duas facções do-minicanas representam umavitória do sistema interame-ricano.

PROPAGANDA

O comando militar norte-americano em São Domin-gos iniciou uma campanha,publicitária fazendo distri-buir panfletos em espanholcom trechos do discurso doPresidente Lyndon Johnson.Antes de se referirem àspalavras do Chefe de Esta-do norte-americano, os pan-fletos declaram que "John-

son deseja paz, justiça so-ciai e um Govêrno livre pa-ra os dominicanos".

Também já está funcio-nando na residência de umdos diplomatas norte-ame-ricanos em São Domingosuma estação de rádio cha-mada A Voz da Zona de Se-gurança, que d i v ú 1 ga co-mentários sôbre a infiltraçãocomunista, o perigo cubanoe os esforços feitos pelos Es-tados Unidos para marite-rem o território dominicanodentro do sistema intera-mericano.ATA DE SAODOMINGOS

A integra dc documentoassinado pelo Governo Cons-titucional, do Coronel Fran-cisco Caamano, e pela Jun-tá Militar de Govêrno. doGeneral Wessin y Wessin aCoronel Bartoiome Benoit, éa seguinte:

"As partes abaixo assina-das que declaram represen-tar com as qualidades quemencionam, respectiyàmeit-te, ao Governo Constituclo-,nal e à Junta Militar do Go-vérno. deixam constante que

, chegaram ao seguinte acôr-do como resultado das ges-toes realizadas junto às duaspartes pela Comissão Espe-ciai da Décima Reunião deConsulta dos Ministros deRelações Exteriores dos Es-tados Americanos, cujosmembros firmam também apresente ata em garantia doseu cumprimento e execu-'.-ão. funções que as duaspartes aceitam sejam feitaspela Comissão:

— as partes que assinampresente ata em garantia deacordo de cessação de fogoassinado no dia 30 de abrilpróximo passado:

— as partes aceitam oestabelecimento de uma zo-na dc segurança na Cidade

de São Domingos, demarca-da dentro dos limites indi-

''.[

cados no plano anexo a és- ,,tc documento e subscrito • -

pelas mesmas partes que fir-mam a presente ata;

— as partes se obrigam ¦.,.,

a respeitar especialmente es-ta zona de segurança, den-tro da qual se garante, naforma que a Organização .das Estados Americanos ache >>,conveniente, adequada pro- •

ytec&o e segurança a tôdas as ;•pessoas que se encontramnessa zona de refúgio;

— as partes se compro- •>!;

metem tt dar tôdas as faci- "te

lidades necessárias à CruzVermelha Internacional oa ;"•ao organismo internacionaldesignado peJa Organizaçãodos Estados Americanos pa.-ra fazer em qualquer part-da cidade de Éão Domingos ,;ou da República Dominica-na a distribuição de alimen- .tos, medicamentos e equipesmédicas. Também se com-prometem a dar tôdas asfacilidades pedidas pela Or-ganização dos Estados Ame- ¦ricanos para que o pessoalmédico e sanitário enviadospeios Governos possam trás-ladar-se para qualquer pon-to da cidade de São Domin-gos ou do território dominl-cano. para prestar seus ser-viços;

— as partes se compro-metem a dar tôdas as segu-ranças necessárias para eva.cuar os asilados das Embai-xadas ou missões diplomáti-

¦ cas estrangeiras que o so-licitar;

— as partes se compro-metem a respeitar as mis-sões diplomáticas e a pres-tar tôda a cooperação ne-cessaria para garantir a sérgurança de todo o pessoaldessas missões e das pessoasasiladas ou refugiadas riasmesmas;

7 — as partes declaramque acatam e reconhecem aplena competência da Cu-missão Especial designadapela 10.a Reunião de Con-sulta dos Ministros das Rc-lações Exteriores, tendo porfim a fiel observância doconcertado neste acórcio.

Na fé do qual subscrevemo presente documento quese denomina Ata de São Do-mingos, em quatro exempla-res originais, um dos quaisficará na Secretaria-Geraida OEA, um para cada umdos interessados e outro parra o arquivo da Comissão".

EUA pedem que adeixe solução à

ONUOEA

Vinte mil dosjá em São Domingos

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Nações Unidas fAP-UPI-PP-JB) — O delegado norte-americano Adiai Stevensonpediu ontem ao Conselho deSegurança da ONU que deixeque a Organização dos Esta-dos Americanos (OEA> tratede solucionar . a crise domini-cana e afirmou que os EUAintervieram em São Domin-

_çom__uma finalidade hu-manitárifl.

Momentos antes, o repre-sentante da Jordânia, AbdulMonem Rifai, denunciou a in-tervenção unilateral norte-americana e opinou que aONU deve tomar medidas ur-gentes para controlar a situa-ção e restabelecer a ordem eo direito na República Domi-

O delegado soviético Niko-lai Fedorento rechaçou a ex-plicação de Stevenson sôbre osmotivos que levaram a, açãounilateral dos EUA e disseque a posição norte-america-na pode ser comparada à deum réptil- buscando um lugarpara esconder-se.

A longa defesa do represen-tante dos EUA se baseou na

_ afirmação de que seu país ln-""terveio na República rinminl-

cana com um objetivo huma-nitário, para salvar vidas hu-manas e dar à OEA temposuficiente para "funcionar cfamaneira prevista por suaCarla".

Disse Stevenson que os Ar-tigos 15 e 17 da Carta da OEAnão proíbem cm absoluto o

emprego da força armada"quando éste emprego é hu-manitário c destinado a sal-var vidas". Do mesmo modo.acrescentou, esses Artigos nãoestipulam a retirada imediatarias tropas empregadas.

— Seria agir de modo ir-responsável por parte' dos Es-tados Unidos retirar suas tro-pas da República Dominicanaenquanto a segurança dos ci-dadãos estrangeiras não esti-ver garantida e enquanto õãõse puder impedir sangrentoscombates entre as facções an-tagônicás — declarou Steven-son.

Defendeu também o enviode forças norte-americanas aSão Domingos como necessá-rio para evitar um golpe rieestado comunista.

Washington 'FP-AP-UPI-JB'— O Pentágono anunciou on-t:in. oficialmente, que estão naRepública Dominicana 1!) 303homens das Forças Armadasdos Estados Unidos, sendo 11! 43!)do Exército de terra e li 024 fu-zllélrós navais, e que signifi-ca um aumento de 5 3G3 lio-mens em relação ao últ Imo to-tal anunciado pelo PrcsicLnicJohnson numa transmissão derádio e televisão, rioru

O Pentágono informou tam-bém que foram mortos emação na República Dominicanaseis militares norte-america-

nos. três do Exército e três doCorpo d? Fuzileiros Navais, eferidos 5'J. 30 do Exército e 22da Infantaria de Marinha, es-tando desaparecido um fuzileisro nava! que caiu ao mar dcum navio de desembarque.

EVACUAÇÃO

Um relatório do Pentágono_revUajjueJjai^uw-evittmTíí^^¦nrpfiuTicaDominicana 3 270

pessoas, entre as quais 1897norte-americanos e 1 373 cida-dãos de outros 41 países, tendoo Vicc-Almirante Kleber S.Masterson. Coman dante daoperação, declarado: "Eva-

cuamos todos os que quiseramutilizai' nossos serviços e faci-lidades de evacução".

O relatório precisa que fo-ram evacuados quatro apátri-das e que outros estrangeirossão originários da Argentina.Áustria, Bélgica, Bolívia, Grã-Bretanha. Brasil, Canadá, Chi-le. Colômbia, Costa Rica, Cuba.

..Pinamana. Equador. Egito, El '

"Salvador. França, Alemanha.

Guatemala, Haiti, Hungria, in-dia, Irlanda, Israel, Itália, Ja-maica. Jordânia, Líbano, Mexi-co, Nicarágua, Noruega, Pana-má, Peru, Portugal, ArábiaSaudita, Espanha, Suécia, Sul-ça, Venezuela e Iugoslávia.

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f^fVtut***?*WWÍi*í

De Gaulie tem fórmulapara a paz dominicana

Londres não aceitaGovêrno.de Caamano

¦¦¦fer--s-^Bfc

clube ^^11social do^MIspiroo clube que faltavaem Teresópolis

o clube que suafamília vai adorai

/.tema -*#\$ .JiMÜâa

Paris (FP — JB) — Uma so-lução diplomática para a crisedominicana, tal é o procedi-mento que implicitamente su-geriu a França, segundo se de-dtiz da intervenção de seu re-presentnnte, Roger Seydoux,no Conselho de Segurança.Assim o afirmam fontes dignasde crédito, comentando a po-sição francesa no debate daONU sôbre a situação na Repú-blica Dominicana:

. Êsse procedimento poderiaser o seguinte:

1) — Cessar fogo; 2) —Constituição de um Governoapoiado na legitimidade cons-titucional; 3) - Partida dasíôrças estrangeiras.

Esta atitude, adotada pelaFrança no problema dominica-no 6 a conclusão lógica dc cer-to número de princípios que.nesta circunstância, encontra-ram sua aplicação prática:

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HUMLIKON,dois anos depois

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pequenina aldeia de Hum-

liUon perdia, virtualmente,

quase tnda a sua popula-cão adulta, lira uma tra-

gédia grahde-.cleniais parao modesto ti lindo prose-

: pio encravado na nove.'Mas o oorarão da Kuropa

pulsou p.or Humlikon. Leia

11 _ Trata-se'— alguns diasapenas depois do discurso doGeneral De Gaulie sôbre o te-ma da independência nacional— de manifestar que a Françase opõe, por uma razão deprincipiei, à ingerência de qual-quer pais nós problemas inter-nos de ama nação indepen-dente.

2i — Ao mesmo tempo, aFrança se opõe formalmente aque possam ser colocados en-traves ao restabelecimento deuma ordem constitucional.

POSIÇÃO FRANCESA

Apesar dç tudo isso, a posf-çáo'da França no problema do-minicauo não supõe, de modoalgum, uma atitude de oposi-ção .sistemática contra os Esta-dos Unidos, segundo esclarc-cem os círculos informados.

Assim 6 que a França com-preende perfeitamente que os

| norte-americanos tenham tidoque recorrer a uma legitimaintervenção para proteger os

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Não obstante, na medidaque as Forças Armadas dos Es-tados Unidos representem umobstáculo à solução política in-terna do problema dominica-no. o Govêrno francês, fiel aoprincípio antes enunciado, temo dever de manifestar sua ati-tude.

Dc tudo isto. c sempre se-tiunclo as explicações dadaspelos meios autorizados da Ca-pitai francesa, se depreendeciue a França não aceita aidéia da existência de "zonasde influência" nas quais o prin-cípio da independência nacio-nal se acharia submetido aconsiderações de ordem supe-rior. Esla oposição ao princi-pio dc "zonas dc influência" semanifesta claramente na atitu-dc francesa a respeito do pro-blema dó Vietname e acaba deser reafirmado novamente nacrise dominicana.

OUTROS MOTIVOS

Alémdesta explicação da po-sieão francesa, considera-seque motivos de outra ordemdeterminaram a linha adotada,pelo Govêrno de Paris. Comefeito, parece evidente que de-pois da viagem do General DeGaulie pela América Latina, aFrança via com simpatia ast e n t a t ivas empreendidas naAmérica do Sul pelos que Pa-ris denomina "reformadores",entre os quais se inaluía. evi-dentemente, o cx-PresldenteJuan Bosch.

Dc Gaulie nunca escondeu,com efeito, que via com bonsolhos os esforços dos partida-rios do "caminho intermedia-rio" no Continente americano,isto é. os homens que, afastan-cio o caminho radical da revo-luteo mnrxlsta. procuram fax-.-ireíovniás profundas nas condi-cTes políticas c econômicas dospaisas do Novo Continente.

1, n inlre s, Sáo Domingos,Washiustoii lUPl-AP-FP-JB)

— A Grã-Bretanha recusou-seentem a reconhecer o GovernoProvisório do Coronel Fran-cisco Caamano. apesar do vigo-roso apoio dado ao Presidentedominicano eleito e ao ex-Prc-sldêhte Bcsch por deputadostrabalhistas e pulo Primeiro-Ministro Harold Wilson, infor-maram fontes diplomáticas emLondres.

O pedido dc reconbccimen-to fei transmitido ao Governobritânico por intermediárioslatino-americaiifts em Londrese não pela Embaixada Domi-nicana. que declarou não rece-ber instruções de Sáo Domin-:íos desde o início da rebelião.O Departamento de Estadonorte-americano declarou qüepermanece na convicção de que••não há ayora um Governodominicano efetivo".

As fontes diplomáticas infor-maram que a Grã-Bretanharetarda o reconhecimento doGoverno Provisório dominicanoaté que êste demonstre estarcontrolando efetivamente oliais.

O Governo mexicano, segun-do so soube entem em circulesligados á Chancelaria do Mexi-

co. espera um relatório porme-norizado de seu Embaixadorem São Domingos sôbre ascondições, do ponto-de-vistaconstitucional, em que o Co-ronel Francisco Caamano íoidesignado Presidente Provisó-rio. O Chanceler tio Chile, Ga-briel Váldcz, disse também que.aguarda maiores detalhes ante.-,cie reconhecer o nôvo Govêrno.

O Presidente da Venezuela,por sua vez, disse que "a or-dem constitucional deve ser abase de qualquer solução parau problema dominicano" e res-saltou o seu repúdio a todo re-gime de força, "venha de ondevier". Raul Leoni afirmou que••o Governo venezuelano esperaconhecer mais amplamente asituação do Coronel Caamanopara se pronunciar".

Os informantes londrinosdisseram que o líder das forças¦'rebeldes" dominicanas. Coro-nei Caamano. eleito Presiden-te Provisório com '19 votos emB3, na reunião do Congressodominioa-io realizada na se-gúiídá-feira; pediu também oreconhecimento da Franca e deoutras nações européias, inclu-sive a União Soviética.

O Embaixador dominicanona Grã-Bretanha, Alejandro

Éspáillát, encontra-se em NovaIorque e a Embaixada, nào quis ..informar se a sua viagem, na-segunda-feira, foi conseqüên-cia da crise. Os funcionáriosdominicanos, disseram; no en-tanto, ter recebido "centenas"de cartas cie cidadãos britàni-cos condenando a intervençãonorte-americana na ilha.

O Encarregado de Imprensado Departamento dc Estadonorte-americano. Robert Mc-Closkey, disse ontem que ape-sar cias afirmações dos insur-gentes dominicanos de que em-possaram um Presidente Cons-titucional, a posição do Govêr-no norte-americano continua amesma.

"No que diz respeito aos Es-tados Unidos — afirmou Mc-çioskey — continuamos semcandidato especial" para a di-reção do Governo dominicano.

O Govêrno teria que de-monstrar que controla o país",acrescentou o funcionário doDepartamento de Estado, masnfto quis responder á seguintepergunta, de um correspondeu-te tcheco-eslovaco: "Como po-de o Governo demonstrar queexerce o controle do pais seesse pais está ocupado?"

*,'

Câmara aprova verbala por Johnsonpedid por

Washington íAP-FP-JBi —A Câmara de Representantesaprovou, ontem, por maioria,o pedido do Presidente LyndonJohnson ptra a constituiçãode um fundo de emergência de700 milhões de dólares a serdistribuído entre as operaçõesmilitares norte-americanas noVietname e na República Uo-minicana.

O projeto lol colocado emprimeiro lugar na ordem dodia depois cc ter recebido oparecer favorável do Comissãode créditos que em sua cori-

cltisão diz que o dinheiro "pro-

porcionará meios nara conti-nuar a acumulação de estoquesmodernos, equipamentos e fa-ellidades para nossas forças",além de "demonstrar aos nml-gos e Inimigos dos Estados Uni-dos que Washington está firmecm sua oposição ao comunis-mo".

O Secretario dc Defesa, Ro-bér.t McNamara. declarou quea maior parte dos 700 milhõescie dólares solicitados pelo Pre-sidente seráo utilizados nc.

Vietname e o restante serádedicado á República Dominl-cana.

McNamara demonstrou suasatisfação pela rapidez com quoos créditos foram aceitos pe-las comissões da Câmara e doSenado, revelando em seguidaque os últimos informes rece-bidos do Vietname do Sul sãootimistas: os norte-americano.-e sul-vietnamitas conseguiramalguns êxitos e os vietcongsdiminuíram seus ataques cieso':.

._¦'¦;.¦¦.'.,¦¦.'..:".¦ - - .

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¦'¦'-. ,.}

Jornal do Brasil, Quinta-Feira, 6-5-85. í,° Cad.

Averell Harriman diz que Brasil lidera ação na crise dominicanaA propósito da noticia publicada na edição dç 27 de

dezembro de 1964 do JORNAL DO BRASIL sob o titulo dçSobra] diz que os chineses recusarão o indulto porque sõse indultam criminosos, o Juiz de Direito da 7-a Vara Cri-minai, Sr. Joaquim Antônio de Vizeu Penalva Santos, mandaque seja publicada a seguinte carta;

Rio dc Janeiro, 25 de janeiro de 1965 '

Senhor Diretor Responsável.

Forçado pelo advogado SOBRAL PINTO, que teima emtransgredir o Código de Ética dos Advogados, "afirmando,como argumento, sua convicção pessoal da inocência docliente e da justiça dn causa", venho pedir para esta carta,de conformidade com a boa ética jornalística, b mesmo tra-tamento dispensado ao patrono dosmove. comunistas .chln*"-ses, pela edição de 27 dc dezembro de 1964, do JORNAL DOBRASIL. s

A "declaração dos nove inocentes cidadãos da RepúblicaPopular da China, protestando com veemência contra a sen-teiiça injustificada", é mais uma das -'guerrilhas" do Dr.SOBRAL PINTO forn da sala do Tribunal que condenou"os pacatos súditos da República Popular chinesa". Despei-tado e desprovido de argumentação convincente, o Dr. SO-BRAL PINTO, desprezando a profissão que tanto apregoasabei- exercer, esqueceu que o único poder capaz de julgaro "caso chinês" é a Justiça Militar. E esta já o féz legal-mente.

Os clientes do Dr. SOBRAL PINTO, que vieram ao Bra-sil íazer subversão, sempre tiveram a mais ampla guaridanos melhores jornais para lançar manifesto, sem que o pró-prio jornal contradite ou responda.

Confiante, porém, no espirito sadio da Lei de Impren-sa. que não admite, divulgação exclusiva para o Dr. SOBRALPINTO, é que ouso tomar o espaço das colunas desse pres-tigioso matutino, para pôr a limpo a fecundidade do vazioem que navega êsse teimoso "defensor de comunistas".

De inicio, a prática de aceitar, para publicação, mani-festos redigidos por condenados é insólita e abre o perigosoprecedente de, amanhã, manifestos assinados por "CarlinhosCapitão". "China Preto" e "Pororoca" serem divulgados emerecerem, da imprensa idônea do Pais, a mesma acolhidaora dispensada ao "documento" do Dr. SOBRAL PINTO.Imagine, Senhor Diretor Responsável, se a moda pega: Cás-sio Murilo escreveria coluna social, n "Fera da Penha"taria uma seção de "Consultas Sentimentais Femininas" eo Padre Artola seria encarregado de noticias de caráter re-ligioso c espiritual tou daria pareceres sóbre esgotos sarii-tários .. ,i.

No manifesto do Dr. SOBRAL PINTO alegam os chi-neses:

— -'Viemos ao Brasil legalmente, com passaportes deserviço visados pêlo Consulado brasileiro, em Genebra".Mas. afinal, quereriam eles entrar com passaporte de es-pião? Já é por demais conhecida da opinião pública, aordem de Jango a Berna para a entrada dos espiões deMAO TSÉ-TUNG em território nacional. E por que Berna?Simplesmente por ser ali o centro da espionagem mundialda China comunista.

— "Durante a nossa permanência neste pais, entre-gamo-nos sempre às atividades respectivas, pacíficas e pro-íissionais". fi evidente que a técnica de espionagem moder-na evoluiu: hoje em dia, conforme ressaltou o promotor en-carregado de acusar os chineses, Dr. Rubens Pinheiro deBarros, os espiões se mostram em todos os campos, paraserem vistos e. mais tarde, apresentar engenhosos álibis de"cidadãos pacatos, entregues às atividades diuturnns". Oespião KVITA exercia as funções de l.°-Secretário da Em-baixnda tcheca. aqui mesmo no Rio. O casal Rosembergpertencia ao quadro funcional do projeto Manhattan, doqual se aproveitaram para entregar segredos militares aossoviéticos, permitindo, com isso, que a Coréia do Norteatravessasse o Paralelo 38, iniciando a fratricida campanhade 1950. Tal acusação não é minha, ma.s da Corte de Justiçanorte-americana que os condenou á pena capital.

— "Entregamo-nos sempre às atividades de naturezaeconômica e cultural, observando a política exterior de naze amizade do nosso Govêmo, e respeitando as leis brasilei-ras". Se respeitar as leis brasileiras comporta trazer pistolacom silencia dor para assassinar patrícios nossos, reuniõescom a cúpula do P. C, partido marginalizado na políticanacional, divulgação de cartas em que se apontam brasilei-ros traidores, com os quais o processo de subverter a estru-tura nacional encontraria guarida, então, senhor DiretorResponsável, o respeito à soberania de uma nação implica,para os defensores do credo marxista, num significado bemdiverso do das nações democráticas.

— "Quer os abundantes documentos existentes noarquivo dos órgãos pertinentes ao Govêmo brasileiro, comos quais mantivemos contatos, quer o.s depoimentos pres-tados junto a esta Auditoria nelas testemunhas, confirmamque as nossas atividades são licitas e corretas". Tão licitaseram as atividades, lão lícitos eram o.s contatos, que o.s mem-bros do Governo deposto tiveram seus direitos políticoscassados por 10 anos, inclusive o Dr. Juscelino. com o analos chineses afirmaram ter eòn.cr.neiado de certa feita.Que os chineses digam ter exercido alirum comêrrió no Bra-sil não é novidade: como também não é o fato de terem"exagerado" êsse comércio: quiseram, inclusive, "comer-ciar" um canal telegráfico cle informações para Pequim...

— "As acusações contra nós formuladas são tôdasfalsas e foram, completamente, pulverizadas pelos íatos epelo nosso patrono". O diário de Wáiig Chih, o revólverdotado de silenciador, a lanterna para esconder papéissuspeitos, as reuniões sigilosas com Lincoln Oest, MaurícioGrabòis e elementos do P. C. de Belo Horizonte, todos dn"linha chinesa", tudo isso não passa de uma farsa paracondenar os "inocentes" constituintes do_jiaix_i__3--SO-_HFíAL7"Certamente. paiô_i_i_______2s&---dtr_T_nBõr de comunistas", o.s

j______mGUSTAVO BORGES

Secretário de Segurança

Justinoaprova idade tropas

Porto Alegre (Sucursal)— O Comandante do IIIExército, General Justino Al-ves Bastos, em entrevistaconcedida ontem, expressousua satisfação ante a possi-bilidade de serem enviadastropas brasileiras à Repúbli-ca Dominicana."Se nos coubesse mandarbatalhões, grupamentos detropas ou divisões inteiraspara São Domingos — afir-mou o General — seria umaoportunidade a mais para oExército brasileiro e para aPátria de mostrar sua va-liosa capacidade de colabo-rar para as grandes causasdo Continente e da huma-nidade."

Deputado emcampanha demobilização

5O Deputado mineiro Atos

Vieira de Andrade, do PR, dc-clarou ontem no Aeroporto doGaleão, ao voltar de Miami —onde conferèn ciou com osprincipais lideres do movimen-to anticastrista — que inicia-rá em Belo Horizonte, para ou-de vinja ainda hoje. "violentacampanha de mobilização po-pular em favor do envio detropas brasileiras à RepúblicaDominicana".

JB citado no"N. Y Times"e "Le Monde*5

O Jornal New York Times,em sua edição de domingoúltimo, publicou uma sele-cão de matérias opinativasdc jornais norte-americanose latino-americanos sobreos acontecimentos ná Repú-blica Dominicana e incluiuo seguinte trecho de um edi-torial do JORNAL DO BRA-¦SIL a propósito da crise do-mlnicana:"Se, por ura Jado, a pre-sença dos marines se justi-fica pela necessidade de de-fender vidas humanas, deoutro novamente se verificaque Washington não confiano Sistema Interamericano,por não estar s u f i c i ente-mente afinado para agircom presteza nas horas decrise, porque não soube se-quer definir propósitosatualizados que justificas-sem a sua sobrevivência nascondições em que se colo-cou."

__ Nojju-nari Le Monde, de"anteontem, o jornalistaMareei Niedergand cita omesmo editorial do JORNALDO BRASIL, em sua frase fi-nal, quando diz que "a OEAacabou".

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O Sr, Averell Harriman, en-viado especial do PresidentaJonhson, que viajou ontem paraa Argentina, depois do confe-renciar em Brasília com o Ma-rechal Castelo Branco, declarouà imprensa no Galeão que "oGoverno brasileiro tem desem-penhado .um papel altamenteconstrutivo e destacado na 11-derança de uma ação inteli-gente".

O Sr. Harriman voltou a sereferir à infiltração comunistana República Domincana edisse esperar que o maior níi-mero possível de países latino-americanos adiram à forma-ção de uma fôrça Interamerica-na de manutenção de paz.Na entrevista que concedeuno Galeão, o enviado do Pre-sidente Johnson foi interroga-do, inicialmente sobre-, a elei-ção do Coronel Caamano paraa Presidência de São Domin-gos, respondendo:"Êle não foi eleito. Encarre-ga-se de armar a população naparte mais populosa da cidadee isso é tudo o que controln;não tem controle sobre o res-to do pais, Nada controla, anão ser uma pequena parte dacidade. O importante aconte-cimento, desde ontem — coma Comissão da OEA em SãoDomingos — foi que a Comis-sãooediu à OEA uma fôr-'ça pacificadora. Êste assun-to está sendo estudado peloConselho da OEA. em Washing-ton, hoje, e eu tenho esperan-ça de que uma solução satisfa-tória seja aprovada. Desejo di-zer que o Governo brasileirotem desempenhado um papelaltamente construtivo e desta-cado na liderança de uma açãointeligente. Alegra-me infor-mar que as fôrçns dos EstadosUnidos, em São Domingos, rc-ceberam pedido da Comissãoda OEA para ampliar o peri-metro da zona de segurança, afim de abranger tôdas as Em-baixadas da América Latina.Os franco-atiradores das fôr-ças rebeldes parecem continuara agir. a despeito do cessar-fogo, mas a situação vai-se re-solvendo gradati vãmente. Eudisse ontem que, como resulta-do da presença dos fuzileirosnavais na República Domini-cana, três mil estrangeiros, na-türáls de 30 paises, já foramevacuados em segurança. Hácinco mil outros cios quais umterço é de cidadãos dos Esta-dos Unidos: mas eles têm azona internacional, para ondepodem ir e permanecer semperigo. Naturalmente, não énecessário dizer, as pessoasevacuadas íoram as que quise-

ram sair do pais. Alegra-medizer que, a pedido da Comis-são da OEA, a zona do segu-rança abrange, agora, tôdas asEmbaixadas. Parece bem con-tradltórlo que alguns dos pai-ses que se queixam da presen-ça dos fuzileiros em Sâo Do-mingos estejam p c d 1 n do queesses fuzileiros protejam suasEmbaixadas. Eu acho que,quando todos tiverem oportu-.nidade de discutir plenamenteessa questão, a história regis-trará a enorme coragem, daparte do Presidente Johnson,de agir rapidamente, a fim desalvar as vidas de cidadãosnorte-americanos e de outrospaises. Ver-se-á que êle teráevitado outro Fidel Castro,cujas atividades terroristas te-riam escravizado o povo domi-nicano; e agora, com o resulta-do, há todos os motivos paracrer que o povo dominicano po-dera estabelecer um governo desua escolha — um governo ver-dadetramente democrático-"NÔVO CASTRO

Interrogado, depois, sobre seo nôvo Castro seria o ex-Pre-sidente Juan Bosch, o Sr. Har-riman declarou:"Não, o Sr. Bosch, comosempre achamos, é um liberaldemocrata. Não sei quem o se-ria, mas há cinqüenta e oitoou cinqüenta e nove comunis-tas bem adestrados que-vêm re-sidindo no pais ou entraramrecentemente. Sabe-se bem quaesses homens são bem conheci-dos como tendo sido comunis-tas ativistas, treinados quer emCuba, quer na União Soviéticaou na China Vermelha. Os so-nhores sabem, sua fôrça pro-veio do fato de que tomaramarmas da Polícia e as distribui-ram entre os arruaceiros, poissua fôrça estava na multidãoindisciplinada. Já haviam se-guido a norma castrista domuro, isto é, do paredón. Trêsmuros foram identificados den-tro da Cidade, onde gente ino-cente foi assassinada, elimina-da a tiros. Todos esses fatosficarão claros quando os jor-na listas tiverem pleno acessoaos mesmos. Foi noticiado on-tem que havia mais de mil ca-dáverés na parte da Cidadecontrolada pelos rebeldes: eque. além da tragédia dessemassacre, havia perigo para asaúde pública".FÔRÇA DA OEA

Perguntou-se então ao Sr.Harriman quantos homens se-riam necessários para a fôrçainteramericana a ser enviada àRepública Dominicana.

"Nfto sei, respondeu éTe.- «~-um assunto que está sendo dc-batido agora. Multo depende,e claro, de saber se os arrua-celros que foram armados cn-tregarão suas armas. Meu Go-vêrno csipera que o maiornúmero possivel de países lati-no-amerlconos adiram, de mo-do que seja realmente uma fôr-ça interamericana de manuten-ção da paz. Houve üm ato slg-nlflcativo que resultou da ini-ciativa da OEA, qual o de vá-rios pulses latino-americanos,bem como os Estados Unidos,terem enviado suprimentos dealimentos e remédios para so-correr o povo, que está famintoe doente. Esses suprimentos cs-tão sendo distribuídos. Feliz-mente, os fuzileiros navais nor-te-americanos conseguiram dis-tribuir esses suprimentos portôcla a cidade. As maiores !pe-minas se verificaram na áreadominada pelos rebeldes".

O enviado pessoal do Presi-dente Johnson disse, a seguir,que não achava que a posiçãoassumida pela França no Opn-selho de Segurança da ONUmerecesse qualquer comentário,pois a França não tem respon-sabilidades na América. Disseainda que, depois de BuenosAires, irá a Santiago do Chilee a Quito, retornando a Wash-ington.

interrogado sóbre sua decla-ração a respeito da posição bra-sileira de liderança na questãodominicana e ante o argumen-to de que apenas três paLses— Brasil, Bolívia e Paraguai —apoiaram a posição dos EstadosUnidos na OEA, o Sr. Harri-man afirmou:"Apenas três paises? Nâo.Entendo que havia 12. sendonecessários apenas 14 para aação, e a reunião prosseguehoje. Vários países, além da-queles 12, que ainda não apro-varam, estavam retendo suaaprovação por questões técni-cas, isto é, a relação entre afôrça internacional e o Conse-lho da OEA — a terminologiaconcernente. Creio que o Se-nhor inverteu a situação. Háapenas poucos países básica-mente contrários à idéia".

Finalmente, o Sr. Harrimandeclarou que não pode preverse será longo o período de per-máiiêriciá da força interame-ricana na República Domini-cana e acrescentou: "Creio te-rem todos concordado quantoa que sua missão seja estabe-lecer a lei e a ordem, de talmodo que o povo dominicanopossa constituir um governoverdadeiramente democrático erepresentativo de sua vontade".

Costa e Silva diz queBrasil é que agradece

O Ministro da Guerra, Gè-neral Costa e Silva, declarouontem que o Govêmo brasileiroestá aguardando a decisão daOEA sobre o envio de tropaspara a República Dominicana,para poder dar seu pronuncia-mento final, e que os EstadosUnidos nada têm a agradecerao Brasil por ter tomado suadefesa na crise dominicana:"Eles nada têm a agradecer,nós sim" — foram suas pa-lavras.

O Ministro desembarcou noGaleão, procedente de Brasilia,onde manteve conversações como Presidente Castelo Branco,sobre o conflito na Repúblicacaraibana. Se o Conselho daOEA aprovar o envio de tro-"pas, o Congresso brasileiro ain-da terá de se manifestar, an-tes que a decisão se cumpra,segundo afirmou o General.EXPECTATIVA

Ao desembarcar, o MinistroCosta e Silva soube das pala-vras de agradecimento feitaspelo Embaixador Averell Har-riman, enviado especial do Pre-sidente Johnson, ao Governobrasileiro, por ter defendido osEstados Unidos na questão do-minicana.

Admitindo que conversaracom o Presidente Castelo sóbre

o* .iSí-Ul-to áS_ devolução • domi-nicana "por ser um homematualizado com o: que aconteceno mundo", o. General Costae Silva disse que não podiarevelar detalhes _ a respeito, emuito menos pretendia fazerqualquer pronunciamento sobroo envio de soldados brasileirospara a República Dominicana"matéria da alçada exclusiva,do Presidente da República",do Congresso e posteriormentedo Estado-Maior das ForçasArmadas,

Oficiais superiores ligados aogabinete do General Costa aSilva informaram .que o "Mi-nistro da Guerra é apenas umapeça importante na engrena-gem também de peças impor-tantes" que vai decidir o as-sunto. A rotina a seguir seráa mesma de sempre, a exemplodo que aconteceu com o Ba-talhão Suez: ao receber a so-licitação da OEA ou da ONU,o iPresidente Castelo Brancoenviará mensagem ao Congres-so a íim de ser ratificada a.decisão, Em caso de aprova-ção do Legislativo, caberá aoEstado-Maior das Forças Ar»madas sugerir o tipo e a quan-tidade de combatentes, quetudo íaz crer recairá sobre atropa dos fuzileiros navais"por seu adestramento e mobi-lidade em guerra pequena".., ,

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Castelo discute tro pascom ministros militares

Brasília (Sucursal) —Fontes militares bem infor-madas admitiram ontem queo tema central da Conferèn-cia reservada que o Presi-dente Castelo Branco man-teve ontem, das 19h às 20h30m, com os três Ministrosmilitares, foi a crise da Re-pública Dominicana.

Acrescentando que as in-formações sobre essas con-ferencias foram as mais res-tritas possíveis, informaramas fontes que até agora nãofoi tomada nenhuma medi-da concreta para envio dequalquer tipo de tropas.

RESERVADA

Nos setores militares, apossibilidade de envio de

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Você se lembra, Edmilson ?...Quando voce começou conosco, como menino de reca-dos, levando os primeiros textos c as primeiras montagenspara composição c gravação — que bisonhos anúnciosentão fazíamos?!...

Era no tempo, há 25 anos atrás, cm que ainda sc tinhadc explicar ao desconfiado consumidor para que diaboservia aquela coisa chamada refrigerador, o então prin-cipiante c pioneiro Frigidaire.

E Essolubc. o veterano Essolubc, nos assegurávamos —c era verdade — tratar-se do melhor lubrificante quehavia para aqueles novíssimos carros, que estavamcomeçando a perder os "bigodes"

que mancavam asmudanças de marcha...

Que dores de cabeça tínhamos com as reclamações dosClientes, porque os Jornais e Revistas não imprimiam tãobem e, por vezes, tão maravilhosamente como hoje!...Televisão?... Que doidice seria isto? Daria certo? Era"impossível"

que algum.meio de comunicação surgissepara convencer tão bem quanto aquelas vozes que oRadio já punha tão eficientemente no céu, como algovindo do além...

Antes dc criar fôlego dc "business-man" cosmopolita,o Armando Sarmento ainda estava conosco. E conosco

i;P

estavam, ou viriam a estar, outros companheiros que-ridos que, depois, seriam levados em vôo, por Deus,para outras plagas: Jorge Rosa, Manuel Corrêa,Amorim Mendes, ítalo Eboli.

Todos esses anos — 25 — passaram-se c o menino derecados, virídQ numa das levas que Deus tange do Cearápara ajudar a movimentar o Brasil — esse menino é oexperimentado e eficiente profissional que comandahoje o setor de produção gráfica do Depto. dc Vendasda nossa McCann.

Também não somos mais aqueles 23 "gatos pingados"

que ensaiavam crescer numa profissão difícil, mas ditiâ-mica e de alto proveito social. Somos hoje mais de .50profissionais de uma das quase 400 Agências de pro-paganda com que, felizmente, já conta o Brasil.

Crescemos por causa de nossos Clientes. Crescemospor causa do Brasil. . ,

... i

Crescemos por causa do bom material humano q^Cfi11,!0você, começando do nada, adquiriu experiência e.contic-,cimentos — que fazem com que a publicidade brasileiraseja tão boa quanto as que melhor sc destacam no mundo.

Parabéns, Edmilson Alcântara Leite. Obrigado, cõmba-nheiro de tão longa jornada.

Seus colegas da McCann.-Erick.son Publicidade.Ltda.'

íiiiidí!

il"!/-. . f;t<

.,.Si'-1>'.

tropas para São Domingosfoi encarada, de um modogeral, com grande reserva..Alguns oficiais, no máximo20% da totalidade, mostra-vam-se francamente íavorá-veis ao envio, sob o funda-mento de que não é possi-vel permitir-se o predomi-nio de nôvo regime comu-nista na América Latina,Para estes oficiais, se hou-ver a abertura de um vo-luntariado, é inevitável quemuitos se inscrevam.

A maioria, no entanto, nãoapoia totalmente a inter-venção dos Estados Unidosna República Dominicana.Para estes, o fato se resu-me em uma questão de or-dem: se forem mandados,irão, se não forem, melhor.

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4 — l.o Cad,, Jornal do Brasil, Quinta-Feira, 6-5-65

Coluna tio Castello

Sátiro quer líderdesarmado para UDN

Brasília- (Sxicursal) — Pode-se perceber,nas priníeiras coordenações a que se entrega,o Si\ Ernãni Sátiro como Presidente âa UDN,o propósito de ter sua área limpa de dificul-dades. Não pretende êle, ao que se verifica desuas gestões, ter seu comando político con-testado nos escalões de liderança com que de-verá se entrosar para o êxito ãa sua missãoà frente âo Partiâo. A liâerança da bancaàada UDN na Câmara é precisamente um dessesescalões de primeira importância, notanâo-se,em conseqüência, seu empenho em que a ban-cada coloque no posto alguém que não estejadiretamente envolvido nos atritos e nas dis-sensões que vêm ameaçando a uniâaãe tiãe-nista, em função ão caso Carlos Laceráa.

Isso explicaria o afastamento ão nome âoSr. Aãauto Carâoso âas cogitações para a li-derança da bancada e sua substituição pordois outros nomes que vêm tendo atitude dis-creta em face dos últimos acontecimentos. OSr. Adauto Cardoso não foi, no entanto, relê-gaào nem se levantou uma oposição definiâaà sua candidatura. Simplesmente, pretende-sedar a êle a presiãência âo Bloco ParlamentarRevolucionário, instrumento oficial âa políticaâo Governo Castelo Branco na Câmara âosDeputaáos. Exercendo a liderança âo Bloco, oSr. Adauto estaria com a coordenação do setorpolítico governista, mas sem uma interferên-cia áireta e imeâiata no comanão ãa bancaãauãenista, que se quer pelo menos âesarmar nocorrer âe tima luta que poãerá ter ainâa tran-ses dramáticos.

Para a liderança da UDN, dois nomes es-táo senão examinados pela cúpula partida-ria.- os dos Srs. Guilherme Machado e DjalmaMarinho. Nenhum dos dois aspira à indicaçãoe nenhum deles manifesta qualquer entusias-¦mo pela expectativa ãe exercer a tarefa nesseâifícil ano eleitoral. Mas tenáo surgiâo essascanâiâaturas por inspiração âos Srs. BilacPinto e Pedro Aleixo. a bancada aceitaria bemqualquer dos dois e nenhum terá condiçõesde recusar pura e simplesmente a âecisão âosseus correligionários. Como, no entanto, o Sr.Djalma Marinho parece ter tima aversão maisestrutural à liâerança do que o Sr. GuilhermeMachado, o provável é que seja êsse último oescolhido, a menos que as coisas se compli-quem dentro da bancada, a tal ponto que setornasse legítima uma recusa ãe ãisputa porparte âe ambos.

A âecisão, no entanto, somente sera to-mada na próxima semana. O Sr. Ernãni Sá-tiro, ontem, na reunião do bloco governista,ouviu um apelo para que permanecesse napresidência, mas respondeu que caberá à UDNindicar o seu substituto no posto. O apelo par-tiu de representantes âe outros Partiáos asso-ciados, mas sabe-se que encontra ressonânciana área lacerâista ainda entrosaâa no bloco,inconformaãa com a idéia de ter na presiden-cia ãos seus trabalhos um homem como o Sr.Aãauto Carâoso.

Bilac define-se em Mmgà

.Governo afirma que só enviará tropasa São Domingos se Congresso autorizar

Brasília, (Sucursal) — Auto-rizado diretamente pelo Pre-sidente Castelo Branco, comquem conversou pelo telefonemomentos antes de subir à trl-buna, o Deputado RaimundoPadilha, Presidente da Comis-são de Relações Exteriores daCâmara, anunciou que p'Bra-sil caso venha á ser escolhi-do pelo Conselho da OEA pa-ra participar da íôrça intera-mericana, não enviará um sósoldado sem a recomendaçãodo Conselho de Segurança Na-cional e a autorização do Con-gresso Nacional.

Aíirmou também que o Go-vérno não se Insinuará para aparticipação de tropas brasi-leiras na íôrça de policiamen-to que a Organização dos Es-tados Americanos venha a en-viar à República Dominicana,embora aprove tal medida, se-gundo instruções dadas ao Em-baixador limar Pena Marl-nho.

Insistiu o Deputado Padilha,do princípio ao íim de seudiscurso, em aíirmar que o epi-sódio da República Dominica-na não deve ser consideradoisoladamente, pois íaz partede um problema complexo queenvolve, inclusive, a situaçãode Cuba e que se constitui, emsíntese, numa prova das defi-ciências da Carta da Organi-zação dos Estados Americanoscomo instrumento de controledo sistema político latino-ame-ricano.

O que está em jogo — se-gundo o Sr. Padilha —- é &idoneidade da carta da OEAcomo instrumento capaz de as-segurar o equilíbrio da paz nasAméricas, e, desde que tal ins-trumento, atualmente, mostra-se incapaz de assegurar talequilíbrio, como demonstra acrise na'República dominicana,as nações americanas, especial-

mente o Brasil devem cuidarda reformulação daquela carta.Nó DA QUESTÃO

Essa opinião do representan-te da UDN íoi contestada peloDeputado pessedista Vieira deMelo, que tomou um aparte aodiscurso — ouvido atentamen-te pelo plenário, quase cheio,embora o tempo da sessão jáse houvesse esgotado — paraafirmar que o problema de S5oDomingos resume-se apenas emduas questões:

— Quais os fatos concretosque justificaram a intervençãodas tropas norte-americanas naCapital da República dominl-cana?

— Por que os Estados Uni-dos não fizeram qualquer con-sulta á OEA antes de remeter

j suas tropas a São Domingos?— Essa primeira pergunta —

justificou o Sr. Vieira de Melo— tem razão de ser porque,enquanto o Secretário Dean

Rusk explicava a decisão dosEstados Unidos pela necessi-dade de combater um movi-mento de possivel caráter co-munista naquele país, queameaçava a criação de umanova Cuba, o Presidente Lyn-don Johnson, também em de-clarações distribuídas para todoo mundo, dizia que o envio dastropas era necessário para sal-var a vida de cidadãos ameri-canos em São Domingos e ou-trás localidades da RepúblicaDominicana. Ora, quem estácom a razão, no caso? Qual aversão exata? a do PresidenteJohnson ou a do SecretárioDean Rusk? — indagou.

Para responder a essa ques-tão. o Deputado Raimundo Pa-dilha limitou-se a lembrar que"pelo menos trinta nações jáagradeceram aos Estados Uni-dos por terem salvo a vida deseus súditos na República do-minicana, através da interven-ção armada"./

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Oposição critica Governono Senado condenando idade tropas a São Domingos

Brasilia (Sucursal) — O Sr. Artur Virgílio, PTB. doAmazonas, voltando a falar, no Senado, sobre a possívelremessa de tropas brasileiras a São Domingos, declarouque dará seu voto favorável a isso, desde que nossas tro-pas partam em missão de paz, em atendimento a solicita-cão da ONU ou da OEA.

Antes, porém, voltou a condenar a intervenção norte-americana na República Dominicana, classificando-a deum "ato de guerra" com o qual os Estados Unidos pare-cem desejar retornar aos tempos coloniais, agindo sob oaguilhão de interesses puramente financeiros.

a um grupo inglês, em prejui-

Vasco explica como Brasil colaboraO Chanceler Vasco Leitão da

Cunha disse, ontem, no Itama-ratai tentando situar a posiçãobrasileira na revolução domi-nicana, que, se a Reunião deConsulta aprovar a criação deuma força internacional de paz,e o Congresso ratificá-la. "oBrasil participará de uma açãopacifica, a fim de manter a or-dem. salvar vidas e assegurar oabastecimento numa cidade on-de reina total anarquia".

O último comunicado da Em-baixada em São Domingos, se-gundo o Chanceler, informouque o centro da Capital con-tinua em poder das forçasconstltucionaltstas, "os bairrosestão em estado lastimável, háEmbaixadas assaltadas e o am-blente é de pânico". O tele-grama, enviado dia 30 pelo Em-carregado de Negócios, chegouontem.POSIÇÃODEFINIDA

Procurando definir a posiçãobrasileira, afirmou o MinistroLeitão da Cunha que a Cartada ONU e da OEA não previ-ram a criação de- forças inter-nacionais para operações depaz, mas no caso das NaçõesUnidas, a crise de Suez em1956 suscitou a criação, numaassembléia de emergência, deuma força para operar na áreaconflagrada. — Quase dez anosdepois — disse o Chanceler —vemo-nos diante de uma crise¦•que está provocando, no seio

da OEA, a idéia da criação deuma íôrça Internacional. É emcrises como esta que os orga-nismos internacionais se retém-peram. A adoção de medidascorajosas torna-se fruto" destascirdunstânclas.

— Ninguém discute — prós-seguiu — que. quanto à ONU,as forças internacionais tive-ram um papel relevante napreservação da paz. Estamosconvencidos de que. no siste-ma americano, se faz necessá-rio adotar medidas corajosase que se incorporem à práti-ca do sistema. No futuro, esegundo a experiência venhaa aconselhar, poderia tornar-se matéria institucional. fiinteressante recordar que oBrasil foi invariavelmente fa-vorável à criação de forças in-ternacionals de paz. Votamosa favor da formação da forçaque serve em Suez e nos or-gnlhamos dela; apoiamos oenvio de forças para o Congoe Chipre. A tal ponto julga-mos importantes as forças ln-ternacionais de paz que, emdezembro de 1964, propus noplenário da ONU, uma emen-da à Carta das Nações Uni-cias para institucionalizá-las.Por que não deveríamos, nummomento grave para uma na-ção irmã, reconhecer que énecessário uma força interna-cional de paz no sistema in-teramericano? Peço aos bra-aileiros que acompanham, com

justa preocupação, os fatosnas Caraíbas e que atentempara a natureza da operaçãointernacional proposta ã XReunião de Consulta.

Disse o Chanceler que apresença de uma força naRepública Dom inicana,enviada pelo Governoapós a aprovação do Congres-so, teria especificamente finsde policiamento, manutençãoda ordem, salvaguarda de vi-das, garantia do abasteci-mento e de saúde pública nu-ma cidade onde reina a anar-quia.— Quero deixar claro —afirmou — que esta opera-çãó não tem nenhum cará-ter bélico. O Brasil não estásendo convidado para umaação dc guerra; seria errôneaessa adjetivação. Votamos pe-la criação da Comissão queestá em Sáo Domingos. EstaComissão também já pediu àReunião de Consulta que seforme uma força internacio-nal de paz.

Prosseguindo. acentuou oChanceler Leitão da Cunha quea Comissão da OEA "encontrouuma cidade faminta, caótica".— Muitas Embaixadas foramalvejadas. A última comunica-ção que recebemos do Encar-regado de Negócios, Gil Rober-to do Ouro Preto,*" datada decinco dias atrás e chegada ape-nas ontem, informa que o cen-tro da cidade continua em po-

der das forças chamadas cons-tltucionalistas, os bairros es-tão em estado lastimável, o am-biente é de pânico numa ci-dade sem água, luz, telefone,correios e jornais, e entreguea uma turba que mata e saqueiaimpunemente — acrescentou.

Atendendo-se ao possivel en-vio de uma força para integraro contingente de paises mem-bros da OEA, explicou o Chan-celer que a força internacionalde paz "não ficará .subordinadaa um único pais, mas ao próprioorganismo". — Acredito que aOEA pedindo, o Congresso apro-ve a participação brasileira —declarou. Quanto aos reflexosImediatos da crise dominicanana II Conferência, programadapara 20 de maio no Rio, sali-entou o Ministro que "os fatosocorridos em São Domingos po-derão constar da agenda, desdeque a inserção seja aprovadapelo Conselho, por maioria dedois terços de votos".

Quanto à viagem do Sr.Averell Harriman, enviado doPresidente Johnson à AméricaLatina, disso que o Embaixa-dor está à disposição do Presi-dente Castelo Branco para es-clarecer as razões da decisãodos Estados Unidos de realizaruma operação militar. — Naverdade — acentuou — as tro-pas norte-americanas estão sò-mente fazendo um perímetro desegurança onde as estrangeirospodem abrigar-se.

Causou alvoroço entre os partiãários dacanâiãatura ão Sr. Roberto Resende ao Go-vêrno âe Minas a notícia de que, em conversacom o candidato, o Sr. Bilac Pinto admitiuapoiá-lo, começando assim o degelo da atitudedo setor federal ão udenismo mineiro em re-lação ao candiãato preferencial do GovernadorMagalhães Pinto.

Outro canâiãato ttãenista ao Governo deMinas apareceu ontem, em Brasília, para con-tatos com êsse setor federal: trata-se do Sr.Auréliano Chaves, Secretário da Educação,apoiado por Diretórios do Sul ãe Minas.

Conspiração contra os pequenos

Entendem-se sigilosamente na Câmara asbancadas âos grandes Partidos no sentido dederrotar todas as emendas apresentadas pelosdeputados dos pequenos Partidos visando adar condições de sobrevivência às agremia-ções menores no futuro quadro partidário.Por êsse entendimento, somente deverão so-breviver o PSD, a UDN e o PTB.

Como é_, na UDN

O Sr. Adolfo de Oliveira, candidato a li-der da UDN, pediu o voto do Sr. E dílsonTávora. O Sr. Edilson responâeu-lhe, didática-mente: "Olha, Adolfo, você ainda está no pri-meiro mandato. Na UDN, quando se está noprimeiro mandato, espera-se que os velhos ãe-ciãam. Quanâo a gente vem no segundo man-ãato, è que eles nos comunicam as decisões.Só no terceiro é que eles nos chamam paraajuãar a deciãir. Finalmente, no quarto man-dato é que poâemos aspirar a algum posto."

O Sr. Aãolfo de Oliveira, aliás, comunicou aoSr. Aãauto Carâoso que não disputará a lide-rança contra o antigo líder, se êste fôr o'candiãato.

Levi põe Carvalho Pinto na esquerda

O Sr. Herbert Levi, candidato ao Govêr-no âe São Paulo, assinalava ontem que o PDC,com a eliminação do Sr. Nei Braga ãa Presi-dência e a escolha do Sr. Franco Montoro,para substituí-lo, deu uma abertura "sinis-tra", indicando assim que o Sr. Carvalho Pin-to, saindo candidato ao Governo paulista ouà Presidência da República, será um candidatoesquerdista e, portanto, anti-revolucionário,

O bloco e o Ministério

O Presidente Castelo Branco não terá si-do bem interpretado pelos representantes doBloco Parlamentar governista, com os quaisabordou, o tema da . reforma ministerial. OPresiâente não peãiu nomes, ao contrário âoque pensam alguns debutados dp Bloco. Dequalquer forma, para.-^sclareceiy^J^^sttíSs.constituiu-se uma ccqkissão qi&.jtàttarèH^ü''._Marechal para trazer uma exêfèsp^^lîfi^^das suas palavras. ?P?SP*

Carlos Castello Branco

resposta

Tão logo o Sr. Artur Virgi-lio encerrou sua fala, o liderdo Governo, Senador DanielKrieger; ocupou a tribuna pararesponder-lhe, felicitando o Se-nador petebista pela antecipa-ção .do seu voto favorável àpossível remessa de tropas bra-slleiras em missão de paz àSão Domingos.

Lendo trechos do Tratado doRio do Janeiro e da Carta daOEA, o Sr. Artur Virgílio aflr-mou que os Estados Unidos,com sua intervenção, rasga-ram os tratados continentais,praticando um insólito ato cieguerra, para acobertar interes-ses econômicos, ocultando essaação sob o slogan do anticomu-íilsmo.SATÉLITE

Reiterou, depois, que o atualChanceler transformou o Bra-sil em mero satélite norte-ame-ricano, desmoralizando o Bra-sil no exterior. Acrescentouque o atual Governo brasileirotem apenas se limitado a "ho-mologar as decisões do Depar-tamento de Estado norte-ame-ricano", de todo esquecido dopapel que deveríamos repre-sentar na politica internacio-nal.

Observou que os tratados emdefesa da autodeterminação vi-sam a proteger os países ira-cos e que, portanto, devíamoslutar inquebrantàvelmente pelasua observância, já que nos en-fileiramos entre esses paisesmenos fortes.

APOIO

Num longo aparte, o Sr. Jo-sé Ermírlo de Morais deu so-lidariedade ao Sr. Artur Vir-gilio, afirmando que o Govêr-no de Bosch, eleito livrementepelo povo de São Domingos eque era amigo de Kennedy, foi_^__r-,.l-,orin npwiflK pnrmi<. deu

zo do grupo Morgan, a tarefade eletrificar vasta área ' àbPaís, contrariando assim poete-rosos interesses econômicos 'dósEstados Unidos."Essas forças econômicas, guetão decisivamente influem noPentágono", continuou o Sr.Ermírlo, "derrubaram Bosch cmais uma vez interferem ¦ havida interna daquela Repúbli-ca, já agora alcançando a iil;tervenção armada". Observouque essa influência ecòiiômic?sobre o Pentágono está, hoje,exposta em muitos livros publi-ciclos nos próprios Estados Uni-aos, sendo igualmente conheci-da a ação do CIA, órgão rçs-ponsável pela invasão agorarealizaria pelo Governo norte-americano.KRIEGER

Indo à tribuna logo após odiscurso do Sr. Artur Virgílio.o Sr. Daniel Krieger voltou adefender a posição adotada pe-lo Marechal Castelo Branco noproblema, reaflrmanlo que oBrasil só remeterá tropas a Sã°Domingos "em missão de pa?".tal como ocorre com nossastropas de Suez. Afirmou que.essa será, mesmo, uma fôrmaeficiente para extinguir a lutaque se inicia em São Domingo!*,constituindo êste um caso quereclama atuação imediata daOEA.

Defendeu o.s norte-americano sdas acusações dc imperialismoeconômico, lembrando os "inu-meros e imensos" sacrifíciosfeitos pela "grande nação di»:Norte em defesa dos ideais.da.liberdade e da democracia." Ei-,nalmente, insistiu em que o Uo~vêrno brasileiro está agindo "às.claras, dentro da lei. apenas-cumprindo o seu dever, bemcomo que a remessa de tropas— caso se venha a efetivar —só se dará com a observânciatotal da lei e, portanto, com aaprovação do Congresso.EU A enviãmmãisl20dôldados

Para baSeS nO Vietname do Sul wêim intem^ e fazJT defesa da Carta da i}LA

Manifesto de intelectuais

Saigon (UPI-AP-FP-JB) —Os Estados Unidos desembar-caram ontem no Vietname doSul mais de mil e 200 pára-quedistas para protegerem duasbases aéreas vitais, na zona deSaigon, esperando-se a chega-da de outros 2 300 homens da173.a Divisas Aero transportada,procedentes de Okinawa, pro-vàvelmente ainda esta semana.

Os fuzileiros navais queguardam a base de Da Nang,no Norte do pais, mataram seteguerrilheiros durante uma mis-sáo de patrulha realizada forado perímetro da base, no se-gundo choque registrado entrefuzileiros navais e guerrilhei-ros do Vietcong nas-últimas 24horas, informou ontem umafonte militar norte-americana.

VANGUARDA

Os efetivos chegados ontemsão os primeiras unidades ter-restres norte-americanas decombate que chegam ao Viet-name do Sul para enfrentar oVietcong.

Desceram ao despontar dodia, nas" importantes bases aé-reas de Bien Hoa, 30 quilo-metros a noroeste de Saigon,e Vung Tau, 60 quilômetrosa sudeste da capital, com todosos apetrechos de guerra, ten-das enroladas ao ombro, capa-cetes pesados com camuflageme empunhando metralhadorase fuzls-metralhadoras.

Depois dos homens foram de-sembarcados os veículos, peque-nos jipes especiais das forçasde intervenção, abarrotados deexplosivos e munições e dota-dos de canhões.

Os efetivos destinados a BienHoa íoram transportados ime-diatamente para suas posiçõese, sob a guarda de sentinelasarmados, começaram a cavartrincheiras individuais e insta-lar as metralhadoras e mortei-ros pesados.

Na base de Vung Tau, mui-to mais ameaçada que a outrapelas íôrças do Vietcong, a ce-na de desembarque e instalaçãodos pára-quedistas foi assisti-da pelos aviões sul-vletnaml-

tas, que varriam repetidas vezescom 0 fogo de suas metralha-doras tim bosque situado apoucos quilômetros da base.

OFENSIVA"Durante os 19 primeiros dias

de abril as forças de liberta-çfio da província de Blnh Dinh(no Vietname do Sul) fizeramfracassar a quarta grande ofen-slva de tropas norte-americanase seus lacaios, matando 550 soKdados inimigos, entre os quaisestavam nove norte-america-nos", anunciou ontem a agèn-ela Nova China, transmitindoInformações obtidas através doVietcong. A agência informouque foram derrubados seis he-licópteros.

Quatro aviões Skyhnwk daSétima Frota dos Estados Uni-dos, escoltados por dois Crusa-der, atacaram ontem um tremde carga da ferrovia transviet-namita, cerca de 270 quilôme-tros ao norte do paralelo 17,entre as localidades de Vlnh oThanh Hoa. O cargueiro sofreugraves danos.

Outro bombardeio ao Vietnã-me do Norte foi efetuado poroito aviões sul-vietnamitas, es-coitados por dois caças. O ata-que afetou a Rodovia Um, atéHui Lou, cerca de 150 quilôme-tros ao norte da fronteira. Fo-ram destruídas três pequenaspontes, perto de Phuong Donge Luong Trinh, sem que hou-vesse intervenção de aviõesnorte-vietnamitas.

Em Saigon foram removidosontem os últimos vestígios domonumento aos mortos franco-vietnamitas .das duas guerrasmundiais e da guerra da Indo-China, dois dragões de bronzeque suportavam á coluna degi-anito.

Uma fonte do Governo deSaigon anunciou ontem quenas operações de segunda e têr-çá-feiras, no centro o no sul dopaís, foram mortos 131 guerri-lheiros e capturados 15, apreen-dendo-se 14 armas c munições,inclusive um fuzil-metralhndo-ra. Os governistas perderamtrês mortos e 11 feridos.

Para expressar "a mais viva repulsa pela atitude assíu--mida pelo Governo brasileiro, de cumplicidade com a aem-tosa intervenção armada dos Estados Unidos nos negóciosInternos da República Dominicana", um grupo de inte-lectuais, jornalistas e artistas lançou ontem manifesto .emdefesa do principio de não-intervenção, "pedra angular doSistema Interamericano". . .

Após notar que "o principio de nao-intervençao íoi con#sagrado nos Artigos 15 e 17 da Carta da OEA", o docum6n->to observa que "o seu desrespeito fere de morte os fun-damentos da politica de cooperação continental — a m-dependência e soberania — autodeterminação, em suma, __de tòdas e de cada uma das Repúblicas americanas", j-,

poldo Teixeira Leite, HemíleicfPróis, Teresa Raquel, RenarclPõrez, Esdras Nascimento, Hn-roldo Bruno, Carlos Ribeil-u,Jaguar, Norma Bltim, Dias Gò-mes, Moacir Félix, Ènio Silvei-ra, Paulo Francis, GilbertoPaim. Otto Maria Carpentix,'Eneida, Néison Pereira dos San-tes, Gláuber Rocha, Artur José.

DENUNCIA

Prossegue o manifesto: "Nahora em que as disposições daOEA são frontalmentc e dura-mente violadas pelos EstadosUnidos, denunciamos à Naçãoo voto favorável dado pelo Go-vêrno brasileiro ã propostanorte-americana de_ constituiçãoofíciosferir indevidamente na situa- . .. _-,_,çâò política interna da Repú- Mendes. Edison Cameiro,_Ca

de uma Comissão de bons Poemer, Danvin Brandão, Josoos e mediação; para inter- Conde, Jânio de Freitas S$fereira Gullar, José Guilherme

OTASE aprova guerra ao VietcongLondres (AP-UPI-FP-JB) —

O Conselho de Ministros daOTASE, ao término de trêsdias de deliberações em Lon-__jres, decidiu que "a ação de-íensíva no Vietname deve con-tinuar até a derrota dos comu-nistas", adotando-se todas asmedidas que se fizerem neces-sárins para enfrentar a luta deguerrilhas.

A França, mantendo sua po-litica de total desaprovação âguerra vietnamita, não assinouo comunicado conjunto, en-quanto o Paquistão reafirmousua neutralidade, num para-

grafo em que adverte o Conse-lho das conseqüências que tra-rá o prosseguimento do confli-to armado, e formula votos pa-ra que a paz seja estabelecidaatravés de negociações, combase nos Acordos de Genebrajá existentes.

COMUNICADO

Redigido depois de muita de-longa, já que Estados Unidos ePaquistão estiveram todo otempo em desacordo, o comu-nicado conjunto diz apenas quea acuo defensiva deve prosse-

guir no Vietname, para impe-dir que o Vietname do Sulcaia em mãos dos comunistas.Não cita que medidas os EUAjulgam necessárias para isso.

A delegação norte-americanainsistiu para que os termos docomunicado fossem, pelo me-nos, tão fortes quanto os dadeclaração expedida ao finalda Conferência de Manilha. tiano passado, e sc batia, prin-cipalmentc pela inclusão deum parágrafo, condenando for-malmente a China comunista ea agressão contra o Vietnamedo Sul.

A cláusula virou pomo dadiscórdia entre norte-america-nos e paquistaneses que, se-gundo as fontes de Londres,louvaram, como das mais me-ritórias, a posição assumida pe-la França de não participardas sessões da atual conferên-cia. O observador francês,Achille Clarc, insistiu para queíôsse aposto um parágrafo aocomunicado, sublinhando que aFrança está desobrigada dequalquer decisão tomada peloConselho de Ministros daOTASE, nesta reunião clc Lon-clres.

Tensas as relações Paris-SaigonParis, Saigon (Correspon-

dente-FP-UPI-JB) — A pri-meira reação à politica deneutralidade do Sudeste asiá-tico reafirmada por De Gaullena semana passada surgiu,ontem, em Saigon onde o Go-vêrno anunciou sua decisão deexpulsar o correspondente daFi-ance-Press do país e sus-pender os programas da mis-são cultural francesa na ca-pitai, depois de acusar aFrança de impedir que aOTASE cumpra suas obriga-ções naquela região da Ásia.

O segundo .sintoma de pro-testo partiu, ontem, da dele-gação norte - americana aoConselho da Europa, reunidoem Strasburgo, quando o Rc-

presentante Wayne L. Hays,,sem mencionar explicitamentea França, acusou um deter-minadovpaís que pede o pa-gamento de seus créditos emouro a fim de pressionar osEstados Unidos, afirmandonão acreditar que o Governodêste país conte ¦ com apoiopopular para esta política.

MEDIDAS

O Ministério das RelaçõesExteriores do Vietname doSul distribuiu um comunica-do na noite de terça-feiraanunciando as duas atitudesque seriam tomadas pelo Go-vêrno contra as emissorasfrancesas e o correspondenteda -feaAce-Press.

! Diz o comunicado que a ex-pulsão foi decidida em virtu-de de notícias falsas divulga-das polo correspondente JeanAgeorges, frisando que a me-dida não é contra a agência,mas sim contra o correspon-dente e seus artigos tendeu-ciosos.

Jean Ageorges declarou quea decisão do Governo não sebaseia em questões pessoais"pois nada tem contra mim",acrescentando que não rece-beu ainda um comunicadooficial do Governo. A data deexpulsão não foi divulgadapelo comunicado da Chance-laria.OTASE

Embora o Vietname do Sul

não seja membro da Organiza-ção do Tratado do SudesteAsiático — OTASE — o comu-nicado do Governo de Saigonacusa a França de impedir aorganização de cumprir suasobrigações, aludindo à políticadefendida pelo observador fran-cês ao recente encontro reali-zado em Londres.

No íinal do comunicado, oGoverno ameaça tomar novasmedidas de represália contra aFrança se as circunstâncias oexigirem. Na opinião dosobser-vaciores a atitude do Govrnoconcretiza a deterioração dasrelações entre França e Viet-name "do Sul que vem sendoregistrada nns últimas sema-nas.

blica Dominicana, bem como aparticipação brasileira na re-ferida Comissão, na pessoa doseu Representante no Conse-lho da OEA.•Denunciamos, sobretudo, astentativas do Itamarati de,mediante o envio de tropasbrasileiras à República Do-minicana, comprometer irre-mediàvelmente o nosso Paiscom o exercício do arbitrário eprepotente poder de policiacontinental invocado pelo Go-vêrno de Washington".

O manifesto é assinado por:Barbosa Lima Sobrinho. An-

tônio Calado, Hermano Alves,Jorge Amado. José Honório Ro-drigues, Alceu Amoroso Lima,Antônio Houaiss. Jaime Ázeve-do Rodrigues, Dl Cavalcanti,Mauro Lins e Silva, Mário Vi-tor, Cid Silveira, Osvaldo Gus-mão, Carlos Diegues, MiltonPedrosa, Leandro Konder, Má-rio Lago, Leon Hirschman, Do-mar Campos. R u d á Andrade,Sérgio Bernardes, Cláudius,Carlos Heitor Coni, Plínio deAbreu Ramos, Alinor Azevedo,Mércio Moreira Alves, JoséLouzeiro, Alberto Passos Gui-maráes, Teresa Cesário Alvim,Natália Timberg, Sérgio Porto,Gelr Campos, José Viana dePaula, Paulo Pontes, AntônioCarlos Fontoura, Hélio Pelegri-no, Ligia Pape, Néison Xavier,Luis Carlos Barreto, Oscar Nie-meyer, Valed Perry, HenriqueSérgio Melman, Mem Xavier daSilveira, José Henrique Belo,Otávio Iani, Eduardo Galvão,Sérgio Buarque de Holanda.Amadeu Duarte Lana, JoséFrancisco Quirino dos Santos,Júlio César Melatti, Bento Pra-do ele Almeida Ferra?. Júnior.Osvaldo Porchat Pereira. AbelBarros Lima, Jean-Claude Ber-nardet, Nestor de Holanda, Leo-

valcftnti Proença, Nelson Wer-neck Sodré, Luciano Martins,Flávio Rangel, Oduvaldo Viu-nn, José Mauro, Alex Vinnny,Oduvaldo Viana Filho, Ediiiim-do Moniz, Joel Silveira, Fran-cisco de Oliveira, Paulo Silvei-ra, Edna Savaget, Marques*Rc- jbelo, Nara Leão, Armando Cos-ta, EdUíti-do Coutinho, MárioPedrosa, Lígia Clark, J." »AiPessoa de Queirós, Vera Gertsl,Reinaldo Jardim, Hélio Uçhon,Bruno Giorgi, joáo Proença,Freda Jardim Boni, Marialiçc.Foracchi, Gioconda Mussótini,João Cruz Costa, Lourdes Sola,,Célia Gnlvfto Quirino dos San-tos, Eunice Ribeiro Durhaiii.'Luís Pereira, Paulo Beigüetr.iiann. Carmem Silva Junquei-rn Lima, Cláudio Torres Vou-ga, Roberto Schwarz, Hugo.Rj-'-,nis dos Reis. Arnaldo Estréia,Giuseppe Ghiaroni, Olavo dcBnrros, Luis Sérgio Per sou.Fortuna, Inineu Garcia, MarioMartins e Glauco Rocha.

Paulo Torreidisposto avestir farda fi

Niterói (Sucursal) — O Ç§>rvernador Paulo Torres declarou,ontem, que apoia a deci.sáo»llíGoverno brasileiro em tflSfl}do problema cln República Çg»-.minicana. acrescentando cjix1'¦para defender a integrkltitU»do Continente e a fim de ÇvÇtar a formação de uma nojuCuba na América Latina cs*»disposto a vestir outra ve»*»uniforme de Gen»ral do E>$sj*eito"» ..»I*

>3

Jornal do Brasil, Quinta-Feira, 6-5-65, 1.° Cad.

Professora ganha os 8 milhões da Série B-de Seus Talões 7*

Abastecimento de leite ao Rio f*É£MPRISÂ0já está normalizado,segundo delegado da SUNAB

O Delegado Regional da SUNAB, Major Roberto deSousa, declarou ontem ao JORNAL DO BRASIL, antes deuma reunião secreta na CAMDE, entre o SuperintendenteGuilherme Borghoff e os industriais de leite, que o abas-tecimento do produto à população carioca já se normali-2:011, uma vez que as empresas estão distribuindo diária-mente mais de 500 mil litros de leite..: Grande número de pessoas correu à CAMDE ontempara assistir â palestra que seria proferida pelo Sr. Gui-lheraie Borghoff. mas inexplicavelmente não foi realiza-da, .transformando-se numa reunião secreta, o que cau-sou'' descontentamento entre as senhoras presentes quesaíram criticando a atitude tomada pelos organizadores.NÃÒ ASSISTIRAM disponibilidade de tempo ime-

.-,„,. diato para tal fim, convoca-ô Iniciar a reunião foiam mQS as pDSSoas que> a lloss0

chamados os representantes tle poderiam muito nos auxi-algumas entidades interessadas ,. honestamente e, sem maio-no problema do leite, os quaissentaram-se à mesa, estando oSn. Guilherme Borghoff nocentro. Formada a mesa parait.rçunião, a CAMDE distribuiuuij)a nota seguida de advertên-çta de que o encontro não po-dia ser presenciado por todos.

Dizia o seguinte a nota dac'AMDE:"Meus senhores e minhas sc-nhoras:

Esta reunião, hoje, foi suge-rida pela CAMDE, a fim detomarmos, com profundidade,conhecimento do problema quetanto aflige a população daGuanabara, a respeito do leite.

. A CAMDE, aqui nesta reu-íiüq, representa a população,pois esta entidade foi fundadacom a finalidade não somentede servi-la como também de ea-cfàrécê-la. Por esta razão convo-eámos todos os responsáveis, di-reta e indiretamente, pela dis-tribuição do leite, a fim de quepodamos, com segurança c co-nhecimento profundo da mate-ria, elucidar a todos quantosconfiam em nós.

Poderíamos chamar a estareunião de Encontro com a Ver-dade, sem subterfúgios.

. As senhoras da CAMDE de-veriam tomar conhecimento,in loco, sóbre as dificuldadesde' que hoje carecem os agri-cultores, c como não temos

res interesses, lutando por con-seguinte pelo mesmo ideal.

Esta reunião não é uma reu-nião da CAMDE e sim detodos aqui presentes. Daremos,portanto, inicio a um debateleal e franco para que, ao fi-nalizarmos este encontro, te-nhamos econtrado a soluçãodesejada."

PRESENTESA reunião estiveram presen-

tes o Super intendente da.SUNAB, Sr. Guilherme Bor-ghoff; o representante da Con-federação Rural Brasileira, Sr.Lindolfo Martins Ferreira; oDiretor Executivo da SUNAB,Sr. Fernando Murgel: o De-legado Regional da SUNAB,Major Roberto de Sousa; oPresidente da CooperativaCentral dos Produtores de Lel-te (CCPL), Sr. Vicente Megio-iaro: os representantes daCOCEA, Srs. Sílvio Pacheco eDias Lopes; o» Presidente da'Associação Brasileira de Lati-clnlstas, Sr. Oto Franzel; orepresentante da Nestlé, Sr.Gualter Mano; o representan-te do Leite Glória, Sr. Guy P.Waddell, e o Presidente dacomissão que Investiga possi-veis irregularidades na distri-buição de leite pela CCPL,General Rocha. Maia,

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Quem usar o Ianque de mothlismo naval como piscina, quando éle tiver gradil, será preso

Está quase normalizadofornecimento a Niterói

Niterói (Sucursal) — Poucomais de 21 OOO litros de leiteíoram fornecidos, ontem, pelosprodutores — das usinas deCantagalo, Conceição de Ma-cabu o Rio Negro — para abas-tecer esta Capital e o Muni-cípio de São Gonçalo. verifi-cando-se .uma- queda, de 15%cm -relação ao dia anterior, se-gundo informação da Delega-cia Regional da SUNAB.

O Delegado regional do ór-çáo, Major José Monteiro Fi-lho, determinou novas investi-gaçõés junto à bacia leiteirafluminense, a fim de inteirar-se da situação real de todasns cooperativas agropecuáriase saber se, de fato, algumasdelas insistem ein provocar olockout no abastecimento pa-ra forçar a alta do produtoconforme denúncias de váriosdeputados â Assembléia Legis-ia.üva.

Jâ uma cooperativa, a deMàcaé, íoi há dias multada emO.S7C milhões, pela DelegaciaRegional da SUNAB, por nãotti-' atendido à convocação doMajor José Monteiro Filho pa-

Lajes deixasem água aZona Norte

_^ paralisação da Adutora deRibeirão das Lajes provocouontem falta de água em diver-sos bairros da Zona Norte,principalmente Rio Comprido eMijracanã, embora o Diretor doDepartamento de Águas, Sr.Veiga Brito, tenha informa-dp'íiue as máquinas foram des-ligadas para possibilitar o con-sõrto de um vazamento. Disseo Sr. Veiga Brito que a aduto-ra';permaneceu paralisada sò-mente durante oito horas, e queontem mesmo, na parte danoite, voltara a funcionar nor-malmente.

Americanospmlem medirno Brasil

'Brasilia (Sucursal) — Aten-dendo à exposição de motivosdo" 'Estado-Maior das ForçasArmadas, o Presidente da. Re-pública concedeu autorizaçãopara que dois oficiais da ForçaAérea dos Estados Unidos rea-lfzèjrí observações gravimétri-cas em nosso território, seguin-do' itinerário experimental, dc-i_fa e volta, entre Belém e Pe-lotas.

rai esclarecer por que deixarade fornecer a sua cota normalao entreposto de Niterói. Ena Assembléia Legislativa, on-tem, o Deputado Henri Nôvo<PTB) ocupou a tribuna paradenunciar que, em recente vi-sita ao Norte do Estado, pôdepresenciar "o leite sendo ati-rado aos porcos, em quantida-de que daria para alimentardezenas de crianças".

Também o Deputado CalixtoKalil (PR-dissidente) teceuduras criticas às cooperativasagropecuárias que, segundo éle,"com a complacência das au-toridades, obrigam os morado-res de Niterói e São Gonçaloa formar filas por mais de do-ze horas, para a compra de doislitros de leite, no máximo".Terminou por observar que "oproblema já se está transfor-mando em calamidade pú-blica".

Barracos cedem lugar avia de ligação direta doMéier ao Centro do Rio

As famílias residentes em 80 barracos na favela doMorro dos Macacos serão transferidas para a Vila Ken-?-.edy, a ______ de permitir o andamento das obras de cons-trução da segunda pista da Rua 24 de Maio que, a partirde novembro, possibilitará a ligação direta, em 15 minu-tos, entre o Méier e o Centro da Cidade.

O Diretor do Departamento de Urbanização, Sr. Mar-cos Tamoio, revelou que já foram demolidas mais de 6'_Jcasas e que o valor total das obras está orçado em CrS1 bilhão e 700 milhões. A nova via já está com mais dametade concluída c obrigará a construção de um via-tiuto. para evitar cruzamento, na Rua Joaquim Méier.

Tanque de modelismo navaldo Flamengo terá gradilpara evitar sua destruição

Um gradil de l,20m de altura será colocado em voltado tanque de modelismo naval, no Parque do Flamengo,para evitar sua total destruição, pois o local, usado ape-nas aos domingos pelos adeptos do esporte, transfor-ma-se nos demais dias em piscina, onde adultos e cri-ancas tomam banho e praticam toda a sorte de brinca-deiras.

O Grupo de Trabalho encarregado das obras de ajar-di namento do Aterro está preocupado também com ascrianças que saltam diariamente nos estribos dos tren-zinhos, geralmente estudantes que fazem gezeta e aliarriscam a vida sem que os pais o saibam.

A Professora Elzlr Auxiliado-ra dos Santos, ganhadora do,primeiro prêmio, no valor dc;.Cr$ 8 milhões, do sorteio da"Série D do concurso Seus Ta-lões Valem Milhões, realizadoontem na sede da Loteria do

, Estado, ainda não foi localiza-, da, pela Secretaria de Finan-i ças para a entrega da impor-i tância, apesar de intensamentei procurada, pois nem seus vizi-

: nhos de apartamento sabem' onde se encontra no momento.

A Sr.& Elzir, portadora docertificado ir.0 135 486, segun-do informações do porteiro doprédio onde reside na Rua Ba-rata Ribeiro, 96, apartamento506, há dois dias deixou a ma-ternldade do Hospital Centraldo Exército e deve estar con-valescendo na casa de uma

\ irmã, cujo endereço foi pro-curado ontem arte por seus vi-zinhos para lhe cumprimenta-rem.

DESCONHECIDA

O porteiro do edificio n. 90da Rua Barata Ribeiro, Se-nhor Sérgio Sousa, disse aoJB que a Professora Elzir estámorando há apenas dois mesesno prédio, "não sendo muitoconhecida nem dos seus pró-prios vizinhos, tendo há 15 diasdeixado a sua residência paradar à luz na maternidade doHospital Central do Exército".

Informou que o marido daProfessora Elzir é Capitão doNúcleo Aeroterrestre (pára-quedista) e que durante todoo tempo em que a esposa seencontra no hospital poucastêm sido as vezes que este íolao prédio, "assim mesmo paraapanhar algumas roupas e sairlogo".

Durante toda a tarde e parteda noite de ontem, vários fo-tógrafos, repórteres e cinegra-íistas permaneceram em con-tato com o porteiro do edifi-cio e seus moradores na espe-rança de falar com o maridoda ganhadora do sorteio dosSeus Talões, a fim de que éste

os levassem até a casa dacm. lada, onde estaria, para que' ela jjudes$e. f prneceirlmpressõea''sô.wví Ma;6or"t_7;''. •••

Informou "ainda" o" 'porteiro

do edificio que òcásat'fria bre«vemente deixar o Rlo, com des*tino a Goiás, para onde o ma«rido havia sido destacado. Dts-se mais ser do seu conheci-mento, segundo lhe revelara oCapitão pára-quedlsta que a suamulher, em virtude do parto,"não estava passando muitobem".

PREMIADOS

Além da Professora Elzir Au-xiliadora dos Santos, portadorado certificado n.° 135 480, fo-iam contemplados ontem o Te«nente-Coronel Gabriel Jun.queira Giovoninni, de certifica-do n.° 614 569, com OrS 1 mi-lhão e 600 mil (segundo prê-mio); a Sr.tt Zulmira PintoBarroso, de certificado número58 104, com Cr$ 800 mil; a Sr."Isabel de Almeida, portadorado certificado n.° 77 495, comCrS 800 mil; o Sr. Tomás Pe-reira, de certificado n.° 593 941,com CrS 800 mil; a Sr.a Mar-ginete Pais Lara, de certificadon.° 703 161, com CrS 800 mil, eSr. Antônio do Carmo, de cer-tificado n.° 909 119, com 800mil cruzeiros, como os prêmiosmaiores, seguindo-se váriascentenas dc prêmios menores,cuja lista de ganhadores serádivulgada hoje pela Secretariadc Finanças.

O ganhador do segundo prê-mio, de Cr$ 1 milhão e 600 mll,Tenente-coronel Gabriel Jun-queira Giovanirini, segundo foiapurado pela Secretaria de Fi-nancas, reside em Caxias e atéás 17 horas de ontem — hora-rio estabelecido para o paga-mento dos prêmios na própriasede da Loteria do Estado —também não havia comparecidopara receber a importância quelhe coube. Somente um dosgrandes prêmios foi pago on-tem: o que saiu para a Sr.aZulmira Pinto Barroso.

.

PISTA

A scirartdft-pist-v-da Rua 24-de Maio começa na Rua SâoFrancisco Xavier c aproveita otraçado cias Ruas Sousa Dan-tas. Ceará, Figueira, FranciscoManuel. Tenente Azauri. Barãodo Bom Retiro. General Eele-garde, Maria Antonia c Hcr-

"inengarda, onde atinge a RuaDias da Cruz.

A obra consta, do alar;u-mento das ruas para 10 metros;reconstrução dos sistemas de jágua potável, águas pluviais,gás e iluminação; terraplena-gem em alguns trechos, paradiminuir as rarqpas, e pavi-

mentação eni concreto para. oposterior asfaltamento.

A metade cios 4 500 metrosda nova pista está prãticamen-te pronta, entre as Ruas SãoFrancisco Xavier e AntunesGarcia, num total de 15 quar-teirões. As obras no trechoentre as Ruas Alice Figueiredoc Vitor Meireles, de três qua-tiras, compreendida naquelametade, está em íase de con-clusão.

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Marinhaentregaespadins

Em cerimônia que contoucom a presença de diversasautoridades, entre as quaiso Comandante do I Exerci-to, General Otacilio TerraUrurai, além de grande nú-mero de pessoas, 127 novosaspirantes da Marinha pres-taram juramento à Bandei-ra, ontem,. à_i..l0 horas, naEscola Naval.

Após o juramento à Ban-deira, os novos aspirantes

no Rui Barbosa, aluno do Co- receberam os e s p a d ins dcS™_iLTH«rarna^« «J?*-fri° £*? AlT° ^^. &-_ "' ê *° '¦ ^s madrinhas e padrinhosproblema da carona nos estri- tentar subir a* estribo caiu ao ,i,_,<.ni___. .1.. «_.. pnnfin&i.bos dos trenzinhos, brincadeira soi0 e quase íoi esmagado pelas e. desíiltuam em continen-perigosa, que põe cm risco a rotias do veículo, O menino, se- cla a0 oecretano-uerai aavida das criticas. Uma média gundo explicou o fiscal teve Marinha, Aimirante-de-Es-

sorte, não sofrendo sequer ar- quadra Valdemar de Figuei-ranhões. redo Costa.

PERIGO

Segundo plano já elaborado,as pessoas que saltarem o gra-dil do tanque de modelismo na-vai serão presas o autuadas porinvasão da ¦proprlcda_-fe-A-«--i-dida atingirá crianças e adul-tos. Há ainda o perigo da con-taminação das águas por lar-vas de mosquitos, Construído o

dc dez meninos são levadosdiariamente à estação central,onde são repreendidos por umpolicial, sob a ameaça de serementregues ao Juizado de Meno-res. Mas os meninos não levam

-a~séi'ia a. advertência.O fiscal Nicolas Simões, fun-

cionário do serviço de trenzi-nhos, prendeu ontem: o menl-

sr£*v»*vw.í^v#_>vAVí-^

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_&&i __fq$ílWm^B8Ífê'à'fc\

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Houli ganhaCadeirade Clínica

Em concurso recentemen-le realizado, foi escolhidopara ocupar a primeira Ca-deira de Clínica Médica daEscola de Medicina e Cirur-gia do Rio de Janeiro oProfessor Jacques Houli.

Integraram à ComissãoExaminadora os ProfessoresCustódio' Martins e AnibalNogueira Júnior, ambos daGuanabara; José Martins

Job, do Rio Grande do Sul:João Galizzi, de Minas; eRoberto Santos, da Bahia,c a b e n do a presidência dehon-i-t-aü Diretor da Eseola-j-Professor Alberto SoaresMeireÀos.

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sabilidade já se encontravam nas lojas e distribuido-

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A lição daAcademia JORNAL DO BRASIL

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Josué Montello;,'iio será indiscrição recordar

agora que o Adonias Pilho dchoje, modelo de amigo e com-pnnhelro, emoldurado no íai> -

* dfto cl». Academja^ Bl. sil, ü'j;.¦' tem Iflürtcr . oucor'oU**mesmi)

unda. do Adonias Filho dc on-Al tem,; sqrjio . rie-uma pena ex-'*-*" tremamente cáustica, a serviço

dêste nome de ftuerrn: DjalmaViana.

Debaixo dessa armadura,Adonias distribuiu cutlladas rl-jas, no suplemento literário deA Manhã, ao tempo em .unJorge Lacerda, com fino espl-rito político, fazia de Letras cArtes o ponto de encontro dasmais variadas tendências dacultura brasileira e onde atéeu fui poeta, com um terrívelsoneto de intenções parnnsia-nas, de que apenas se salvavaa Ilustração de Santa Rosa.

Semana passada, ao ver onòvo confrade ler o seu discuv-so de posse, de mim para mimdei razão a Maurlac, quandoobservou, numa página recen-te de seu Bloc-Notes, que só poruma exageração de si mesmo oescritor atravessa a maturidadearmado da lança ou do vara-pau de que se utilizou nn ju-ventude.

Nfto é que lhe falte o instin-to da luta e o pendor para ocombate nessa nova fase da vi-da, mas sim porque, segundo asabedoria do EclesiasUs, assimcomo há tempo de dar abraçose tempo de se ver longe deles,há tempo de destruir e tempode edificar.

Desde que venceu a fase pan-flctária do Djalma Viana, Ado-nias Pilho entrou no caminhoque o levaria ã Academia.

Seus três romances e seu li-vro de ensaios, redigidos numaprosa de excepcional densida-de, revelaram no escritor umadimensão grave da vida, como sentido da tragédia humana,na sua intensidade mais pun-gente. Dai o homem novo quenele aflorou, despojado das pri-mitlvas asperezas, agora toca-do pelo instinto da solidarieda-de humana, que o aprimorariacomo um paradigma de compa-nheiro.

Recebido por Jorge Amado,que o saudou em nome da Aca-demia, na noite de sua posse,Adonias Pilho travou com o ro-manclsta de Jublabá o diálogoda concordância literária, nadivergência das idéias politicas.

Nesse dialogo superior, quepode ser levado à conta de umexemplo, a Academia demons-trou que, ã revelia de qualquerintenção preconcebida, conti-hua fiel às suas origens, no sen-tido de aproximar os escritoresde tendências diversas na uni-dade fraternal da corporação.

A redação da Revista, Brasi-leira, que lhe serviu de berço,não era apenas o caíé dos prós-critos, como.Nabuco e Taunay,•nostálgicos da monarquia, eratambém o grêmio dos revolu-

-oionários, como' Lúcio de Men-donça e Medeiros e Albuquer-qt-.c. ainda __a___Mdo com., as

-, ressonância*» da propaganda re-publicaria.

A Academia não se conten-tou, sob a liderança de Macha-do de Assis, á aproximar as

• novas e as velhas gerações:aproximou adversários políticos,

,nuranerfelto modelo democra-tico de convivência pacifica,

No momento em que o Paisse orienta no sentido de con-fiar na sua vitalidade democra-tica, o diálogo de Jorge Ama-do e Adonias Filho, cada qualfiel ãs suas idéias, tem o va-Ior de uma lição oportuna. Am-bos se identificaram na mesmaconfessada paixão da liberda-de — sem a qual não teriamproferido os dois admiráveisdiscursos que calorosamenteaplaudimos no salão nobre daAcademia.

Cartasdosleitores

Diretor-r-rcstclente:C. Pereira Carneiro nl.

Rio, fi de maio de 1965Diretores:

F. do Nascimento Brito o Celso ile Souza e Silvatidltor-Chefe:

Alberto Dines

COISAS DA POLÍTICA

Manifestações cla Reservapoderão criar dificuldade*Ls

Novas armasInformações sobre infiltração, comunista na

revolução dominicana começam a indicar que o

movimento iniciado com o objetivo de redemo-

eratizar o país tendia a se transformar num es-

forço dc substituir nma ditadura, a da Junta de

Governo, por outra, igualmente extremista, mas

tia esquerda. Agindo unilateralmente em franca

violação dos princípios interamericar.os, o que vi-

saram, então, os Estados Unidos foi impedir quese estabelecesse no Continente mais uma cabeça

de ponte soviética.Aliás, o que ocorre em São Domingos parece

confirmar às informações que transpiraram há vá-

rios meses sobre uma decisão dos Partidos co-

munistas latino-americanos reunidos em Praga.

Então. soube-Bé, estariam os comunistas conven-

eidos dc qne a América Latina poderia scr con-

flagrada ria base da criação de "Movimentos dn

Libertação Nacional". Os Governos hemisféricos

ficaram na¦ expectativa da ativação dos movimen-

los comimizániês.Teria havido pequena diferença entre os cha-

macíos comunistas do grupo chinês e os soviéticoscm relação aos ob-cm matéria <le tática mas nao

jetivos estratégicos das ações que precisariam ser

desencadeadas- Os chineses, numa linha mais

agressiva, teriam insistido nas teses de Mao Tsc-

Uing no sentido de que só através da ação arma-

da seria possível criar as condições propícias a

rápida tomada do Poder; os comunistas da linha

soviética teriam insistido na técnica da erosão,

mais lenta e menos perigosa. Os objetivos finais,

coincidentes, seriam, numa primeira etapa, criar

confusão maior na área ocidental e. numa segun-

da, enfraquecê-la pelo desgarrameuto de outros

de seus integrantes.A comunidade interamericana formou-sepor

virtude da geografia e se cimentou nos interesses

comuns da defesa da democracia representativa.

Sua substância ideológica foi sendo definida em

termos jurídicos a partir da Conferência de Ca-

ràcas, em 1954, e qualificou-se, com a maior ela-

reza. em resolução aprovada pela Conferência de

Punta dei Este, quando foram enunciados os prin-cípios e objetivos da Aliança para o Progresso.

Inclusive com a assinatura do Brasil, esta reso-

lução declara que o Hemisfério rejeita o marxis-

mo-lemnismo.Não queremos o comunismo no Continente

como não podemos deixar de negar validade ao

anticomunismo puro e simples como meio e ins-

piração de um sistema de vida continental. A ex-

periência histórica também demonstra que as ati-

tudes simplesmente negativas não constituem a

resposta mais apropriada às ameaças de infiltra-

cão e, pelo contrário, podem contribuir para re-

forçar os movimentos extremistas. • É, inclusive,

da tática comunista a precipitação de movimentos

que provoquem repressão violenta justificandotodo um processo de acusações contra o qual não

valem explicações realistas. A repressão pura e

simples, em última instância, só fortalece os Par-

tidos comunistas.Em Punta dei Esle o Hemisfério não rojei-'

tou apenas o sistema marxista-ieninista: assumiu

o compromisso dc realizar "a Revolução Pacífi-

ca" atualizando as estruturas não só para demo-

eratizar a vida social como paia permitir um mais

rápido desenvolvimento econômico, demonstram

do pelos fatos que liberdade e progresso econômi-

co são compatíveis. Se um homem pode ter pão e

ser livre jamais optará apenas pelo pão.Essa verdade foi, inclusive, reconhecida pe-

los Estados Unidos no após-guerra quando, pelo

Plano Marshall, contribuiu, decisivamente, .nua

a rápida recuperação da Europa Ocidental e, por-

lauto, para extinguir a miséria que era o toco e

a forca dos Partidos soviéticos que pretendiam

O 'decreto

presidencial o fie iais da reserva te- ter pessoal, da qual naoaue liberou os militares riam expressão bem mais se excluem, no entanto,da reserva para o efeito ampla que a do simples os objetivos visados porde

'pronunciamentos po- desejo áe projeção. êle, no esforço de esclare-

liticos vedados aos da ati- As entrevistas ãos Srs. cer sua posição políticava poderá ser revisto pelo Henrique Lott e Jair em face do Governo fe-Marechal Castelo Branco, Dantas Ribeiro, que sao deral.se fôr'Confirmada a im- homens, alias, avessos ao No curso da conversapressão áe que as entre- sensacionalismo, deverão mantida com 0 Sr. Biíacvistas áo Marechal Hen- seguir-se outras, que es- pinto em Bel0 Horizonte,rique Lott e do General tão senão esperadas nos Q Covernacior de MinasJair Dantas Ribeiro, ori- meios partidários como repetiu ma-s ou menos oentadas na mesma linha capazes de aumentar dissera ao Sr. Luisde opinião a respeito áe suspeita governamental Viana Füh0i mantenão acertos aspectos dá con- e influir numa possível ma posicão e negandojuntura, não foram ma- decisão ão Marechal cas- pretendesse, com ela.nifestações isolaâas mas telo Branco, no sentido \üngir a Revoiucão. Aoresultaram áe consultas de coibirêssetipo ãe ma- CQntrário _ que pretendedestinaâas a estabelecer nifestações, determinan- aícríor 0 Govêrno paraum esquema áe ãivulga- áo o ,™enW*dra™™l°n a necessidade de reinte-ção ordenaáa áe certas áos mütt?resJa.™íe™Q orar a Revolução nosinsatisfações, suscetíveis nas sanções ^ciphnares J ol}jeüvos iniciais_ Es_âe contagiar a oficiahâa- a que se sujeitam os do sa

reinj.egracão não seriade nos quartéis. ^Seôficiais ãa re- alcançada

'enquanto o

serva, ãos quais se espe-ram para breve pronun

Teria essa, segunáo seacreãita em alguns circu-£¦ ssssrüttSE fî^mmdeclaração dó Ministro da daqueles dois Ugu rn

Guerra e em ainda mais mais um exMstioãarecente referência, feita Guerra, que leva sobie o

pele Presidente da Repú- General Jair a. vantagem

blica, no discurso de Ipa- de não ter sido alcançadotinqa, a descontentes que pelo Ato Institucional^ e

tentariam organizar continua em pleno gozosentimento- anti-revolu- dos direitos políticos,cionário na tropa. Depoisdessas duas manifesta- previsãoções oficiais, ambasacompanhadas ãe adver- ontem, no antigo edi-tências bastante severas „._ dQ Senad0) 0 Sr. Di-quanto a ação defensiva naHe Mariz preVia varado Governo, o General n Govêrno dificulãaâes

¦ntalcòmuniza-Ja.\ melhor, e a grande resposta conluie

àqueles que pretendem a subversão, é a transfor-

macão da Aliança para o Progresso num progra-

ma tão amplo e eficiente quanto o foi o liano

Marshall. Armar o Continente para que pos.a

defender o seu sistema de segurança, arma-lo pelo

desenvolvimento econômico e pelas reformas em

profundidade. Só assim a democracia ficara a sal-

vo de cair em armadilhas que a subversão espa-

lha num continente legalista.

Costa e Silva deu a en-tender ontem que nãoemprestava maior impor-'tância ao pronunciamen-to ão General Jair, en-quadrando-o num grupode pessoas que estariam,apenas, procurando pro-jetar-se na opinião pú-blica.

É certo, contudo, queos setores de segurançado Govêrno estão volta-dos com a maior atençãopara determinaãas zonasâe influência, tanto civilquanto militar, nas quaisos pronunciamentos de

que poderiam, a seu ver,ocorrer "dentro ãe ses-senta dias"'.

O Senador udenista,amigo pessoal do Maré-chal Castelo Branco, nãose referiu, entretanto, ànatureza dessas dificul-dades.

Magcdhãés71 o Rio

O Sr. Magalhães Pintoestará hoje à tarde noRio, em viagem de cará-

Govêrno revolucionáriocontinuasse a hostilizar,por atos e não apenas porpalavras, alguns dos ho-mens que mais contribui-ram para a vitóriado movimento revohicio-nário.

O Sr. Magalhães Pintonega que tenha havido¦pacto, acordo ou compro-misso entre éle e o Go-vernador da Guanabara.O que aconteceu, no en-contro de Belo Horizonte,foi a verificação, pacificade que os dois tinhampontos-de-vista comunsem relação a determina-dos aspectos da políticaoeral do Governo. Se oSr. Carlos Lacerda, vol-tando à Guanabara àsvésperas da Convença oNacional da UDN. mudoude posição e reviu os seusponto s-de-vista, nadatem o Governador ãe Mi-nas a objetar, emboranão tenha ainda, igual-mente, razão para acom-panhar o Sr. CarlosLacerda na evolução re-velada em seus últimos

pronunciamentos.

Processo inoperante A Igreja aberta

:¦¦

II

¦.

_',"..

fl?! '

;•: O Embaixador da Repúbli-ca Dominicana no Brasil, Sr.Ciro Amauri Dargam Cruz, en-viou carta ao JORNAL DOBRASIL, a propósito de repor-tagem ontem publicada sobreos recentes acontecimentos noseu país, na qual faz um repa-ro "com referência ao parâgra-fo que dir. Numa luta entrePartidos ou uma revolta emqualquer pais latino-america-no, hoie em dia, a acusaçãocomunista é a mais comum"-"Ê possível — continua —que. devido á interpretação dalíngua espanhola, em que la-lei. os repórteres não apre-ciaram o verdadeiro significa-do da minha expressão, já quena realidade o que qulz diteríoi que em "uma luta entrePartidos ou em uma revoltaem qualquer pais latlno-ame-ricano, os comunistas não per-dem a ocasião de tomar pnr-te nela."-.!- O Sr, Vnldenir Dutra, Co-ordenador' dos Festejos do 1."Centenário da Rua Urugunia-na, agradece a colaboração"emprestada pelo JB aos fes-tejos do primeiro centenárioda Rua Uruguaiana. durante

mês de abril".Informa que a Noile da Se-

resta será realizada em outrai oportunidade e "esclarece que1 o Secretário de Turismo • da.; Guanabara não participara

dela como cantor".! 5jí O policiamento das praias; 6 reclamado pelo leitor Fran-• cisco Noronha, freqüentadorI -das areias de Copacabana e que"não compreende comu a.s nos-

i sas autoridades permitem quecontinue a ser feita eífsu pro-paan-riírS-dc-folhetos ou pára-quedinhas com bnla.s lançados

¦ por aviões".Observa êle que. "C-m geral,

quando èssrg aviões vadies cc-meçam.. a/ lançar' a sua ^ciiâ,.íoríiíc-^sè'',veni*idciro.,\tüii)ui\;õ.j_nas praias! com• mármaulcs; Je"migÍAiriiiído a cri.iiçaa nft ccr*-

, r_rí^__t--tç.n.taUva. dí apar. íaraI^"SrK-r*JlícsgejJ;es: ou-uniL bom -brtfisrP¦t-sãlterrtóVê qttç.hàVpi-: saSelas,- mehÍnos*se perdçift-dps

ipais, senhoras são incòmcddâõ*«s até bri_a surge por nica reUm* ftítlíi.ade, cjur íó s.-rV!Ittktiajberéeâe* dos«n.usciantp-s".

É unânime e incontestável ü convicção de~que

o Brasil reclama uma i .forma adminiMrnti-

va em profundidade. O tema tem estado na ordem

do dia há muitos anos, com maior ou menor in-

tensidade. No segundo Govêrno Vargas, em 1950,

constituiu-se uma comissão de nível ministeriid e

procedeu-se aos estudos necessários, mas o csfôr-

co não foi além das boas intenções, apesar da'bco-

Iluda que o assunto tinha em todos os setores ofi-

ciais, inclusive nos meios políticos e parlamenta-res. Estudos tem sido elaborados, com sngesloes

fartas, fundadas sempre nas exigências aluais de

um Estado que não se conforma com um apare-

lho burocrático atrasado de algumas décadas, in-

capaz de acompanhar a complexidade de uma

vida administrativa cada vez mais necessitada «lc

uma reforma que a modernize e lhe dê condições

de funcionar com eficiência.A Revolução não poderia deixar de lado o

lema. Ela se fêz sob a inspiração reformista, de-

cidida a remover os conhecidos estrangulamentos

obsoletos que emperram a máquina estatal, que

eslá longe de poder competir com a nova menta-

lidade empresarial brasileira e não satisfaz, porisso mesmo, às exigências inadiáveis de nosfo dc-

senvolvimento. . .O tema é vasto e o Govêrno revolucionário

parece disposto a encará-lo com a decisão de en-

contrar uma solução efetiva, pela remodelação de

lodo o aparelho administrativo, ainda sufocado

sob o peso dc vícios dc toda ordem, inteiramente

anacrônicos para o momento que estamos viveu-,l„ Ainrln almra. salie-se. nela uróoria palavra ofi-

ciai. que o plano de iuvestimentos esbarra nas

dificuldades e obstáculos de uma Administração

que corresponde, no máximo, a um Blíbil ani..

quado, anterior ao processo industrial e ignoram

tc da" suas atuais responsabilidades.Um só exemplo dessa estrutura ultrapassa-

da é bastante eloqüente e enfático para pôr em

. vidêncra-a-ôt-UHHdadt.^^^tiva. Referimo-nos ao Tribunal de Contas da

União. Trata-se de órgão manifestamente incapaz

de acompanhar o ritmo de trabalho que o Gover-

no está chamado a desenvolver. Seus procosos cie

ação c.tão francamente superados, porque presos

a\im sistema operacional — e melhor diríamos

inoperante — que é um empecilho permanente a

indispensável desenvoltura que a Admnu-i.aça,,

Púhlica reclama. Será, sem dúvida,

peitável. com excelentes e amáveis sin<

boa parte do pessoal certamente habilitado, mas

condenado definitivamente do pouto-de-vista da

identificação com um Govêrno dinâmico e ino-

demo. desejoso de imprimir unvíritmo efi cien te

c alerta ao serviço público. O Governo Castelo

Branco não pode contemporizar com um orgao

dê«se gênero. Terá de reexaminá-lo a luz da tec-

nica administrativa moderna e partir para subs-

tituir o Tribunal por uin sistema de auditorias

capazes de serVir aos objetivos da ação adnuius-

trativa. Não enfrentar o problema com anuno de

resolvê-lo será ruinoso para o País, na medida que

isto significa acomodação com os habilos tle um

passado que a Revolução veio banir

por todas.

—Apr:nr df '"dn quan-to se tem dito e escrito

"O Concilio de Tren-to recorreu a b u n d-ir-rr*-

Tristão de Athayde

riia, organizou um ciclodr rfiníVr'""'"'- i-ulièndo

um orgao rc-íectirás, com

de uma vez

Ainda demagogiaO Brasil inteiro devia estar mohilizado para

a causa comum da recuperação financeira, mas

na verdade só o setor privado carrega o peso do

sacrifício imposto pela política cstabilizadorir da

ínoexÍa.»A Câmara, refletindo a mesma iniqüida-

de da ação do Governo, acaba dc aprovar um

projeto que arredonda para trinta dias o periododc férias dos assalariados. iNão está cn causf o

mérito social da iniciativa, mas a oportunidade

da medida: indiscutivelmente, a alteração das leis

trabalhistas, para dar mais quatro ou cinco dias

.le férias a "todos

os que vivem dc trabalho, tem

alcance político e conseqüências econômicas. Pode

ser socialmente justa, mas é politicamente injusta.

Ppr que a Câmara não toma a iniciativa dc

abolir os privilégios salariais, estabelecidos com

evidente injustiça para outros setores do traba-

lho? O Governo não «lã o exemplo": deixa o ônus

da contenção d<' gastos sôhre os uinbros dus eni-

presa* privadas, enquanto as empresas do setor

público fóigrtm. poi* nem ao menos os privilégios

tudos por disforçno política são erratliea-

,,,,,. :,.. ...aioria dos ea-ps, as «mprê-uts geridas

pclo^Govêrno.>ão. Iodas deficitárias. Paralelas;;Se.

MisleitVal-éiut^rí^íia^^^gîuhpir^' é coni

isso retardar o sançarjaento unauceiro.

Politicamente, o bloco do Govêrno na Cama-

rn não se comportou à altura das necessidades

brasileiras e do programa revolucionário: agiu

com espirito demagógico ou pecou por falta clc

monção. Em nenhum dos casos c desculpavcl. tia

certa leviandade cm aprovar um projeto conto

êsse. uniu momento cm qile o Pais busca emaii-

cipar-se dc práticas demagógicas e ilusionismos

trabalhistas. Temos uma iuflação a vencer e um

dos modos é aumentar a produtividade; no en-

tanto, a Câmara diminuiu em quatro ou cinco

dias a jornada anual de trabalho de cada brasi-

1paraas necessidades dcrreci(!iiB .__-.•_

aí. consumindo bilhões, com voracidade inüa

n» ferrovias c empresas marítimassalariais a

IIIUS il JU-.litn.in auuuj. >.¦« —..—

leiro qne .ive do seu esforço. Isso não concorre

para baratear o custo de vida, nem para estancar

as necessidades de dinheiro. Também não melho-

nt a posição das empresas estatais, até hoje favo-

recidiiB pelos defieits cobertos com emissões. Es-

em torno do Concilio émvésperas de sua quarta eúltima reunião, ainda er-

ytamos, longe de ter cons-ciênciiTde sua ímpuilân-cia na história da Igrejae do Cristianismo em ge-rai. Creio que, para ter-mos uma vnga idéia de.--sa importância, é precisocompará-lo ao Conciliodc Trento. no início doséculo XVI. Trento l/m-cnu o Estatuto da Igreja

fecluidá. Vaticano II es-

Ui lançando o Estatuto da

T g r cj a aberta. Vin se

apresenta como o com-

plemento do outro, pelasua importância decisiva,como abrindo uma nova

era, apenas com uni sinal

oposto. Ambos corres-

poudem à imposição de

duas eras históricas cuja

transição m a r c a m. O

Concilio de Trento vinha

encerrar a era medievale abrir a era moderna da

Cristandade. O grandefenômeno n ô v o era a

ruptura da unidade rc-

ligiosa ocidental e a nc-

cessidade de / ec.hu r a

Igreja, para que concen-

irasse Mias forças c ope-

rasse suas reformas iu-

terna,. de que a Compa-nhia de Jesus, por e.xevn-

foi um dos elemen-mis importantes. O

atual Concilio tambémsurge numa curva da His-

tória, com a passagem da

Cristandade ocidental bi-

furcada ir Cristand a de

universal policênlri-ca. Daí a abertura da

Igreja, marcada pelo es-

pirito ecumênico o dialo-«ante.

lilo.los ma

do

inipliuit

laociiin ária,Govêrno. Para corrigir os privilégiosrepresentação do Govêrno ua Câmara não se

move. No entanto, a extinção dos focos inflacio-

nário- interessa tio Govêrno e à Oposição, aos que

recebei.. e aos que pagam salários, pois a infla-

cão provou que é inimiga de todos. Depaupera os

"ÃaAj4fiM.os lncroí- enfraquece o Govêrno e a

Oposição. V

Quem o diz não sou

cit. evidentemente vendi-do ao esquerdismo inter-nacional... É o bispo ita-liano D. Pietro Parento.ui e in b r o da Comissãodoutrinária do Concilio,assessor do Santo Ofício

(sic), c o in enl a ndo aConstituição

"De Eccle-sia"t

temente às £ ó r m u 1 a sesco lásticas de caráterteológico e jurídico, parareivindicar a doutrina ca d i s c i p 1 i n a cutóli-cas contra as confusõesluteranas. A teologia pós-trindciUina sc desenvol'veu eni sentido cada vezmais sistemático, r acio-nal, polêmico, ma.- nmlauto fechado (sic)... Va-ticano II se abre em umclima novo, saturado dçmotivos urgentes exigiu-do uma nova linguagem.A Providência inspirou a

João XXIII uma tomadade posição que pareceurevolucionária... Um esr

quema teológico tinha si-

do preparado segundo asformas clássicas, bem de-

finidas c de perfeito ri-

gor. Não foi bem acolhi-do e o Papa ordenou quefosse completamente re-

fundido, sob unia forma

pastoral, isto é, em tom

ir ê n i co, evangélico e

aberto (-sic). Assim nas-

ceu o novo esquema, pm-

niulgado por Paulo VI a

21 de novembro. Esse cs-

queiiui respira calor c li-

herdade (sic), evita <>

tecnicishio e o (orinali-

mo, as distinções e as sc-

parações excessivas, ale;-

nua a a s p c r e z a das

fórmulas; evita o tom po-

lêmico, procura concen-

irar cm uma unidade vi-

va todos os elementos in-

ternos da 1 g r e j a e do

Cristianismo, abrindo

(sic), um diálogo mais

humanamente inteligível

com o mundo em evolu-

cão" (in Doe. C a t h.

7-3-65, pg. 420).

Ê nesse espírito nóvo

da Igreja aberta que sc

entende um recente inci-

d ente na Universidade.lc Madri. O capelão da

Universidade, o P. Zii-

ao teólogo scvilhano de

grande prestigio Gonza-íez Ruiz a conferênciasobre A Visão Cristã duA l i etuição Religiosa. A.

princípio as autoridade:-universitárias proibirama conferência. Sob. -pres-

são dos professores e do-

estudantes acabaram con-

sentindo. A conferênciaconcluiu assim: "Na mol-dura da mais pura téolo-

giri cristã, devemos lutarcontra toda f o r ma dc

alienação religiosa, juntocom os marxistas'' (sic).

Os marxistas pensamque toda religião é mn

ópio, unia "alienação' -

Diz o teólogo espanhol:"Uui estudo alento d.a Bi-

Ulia evidencia a diíeren-

ça essencial entre a reli-

gião bíblica c as outras

religiões históricas." Es-

ta.- concebem a salvação,

a volta a Deus, de modo

alternativo: ou Deus ou

o mundo. A religião bi-

blica, no contrário, con-

cebe-a dc modo dialógi-

co: Deus e o ínundin isto

ê: o ..erviço feito a Deus

é primordiaínie n l ç- um

serviço prestado ao 'ho-

íiiein." A lese marxista é

falsa. Ma- não impede

mie seja discutida com

eles como acaba dc iicon-

le ce r na Semuine <des

Inlélléctuels Ca th o Li-

quês de Paris, dc 18 a

22 de março, em cujo*-,

primeiros 3 dias falaram

cristãos e marxistas,*: in-

clusive um comunista.

Um serviço prestado,: ls-

so ocorreu na Espanha

í-franaüisjta" e na Fran-

ça *-giiullista". Se no 1.ra-

sil "democrático" uni es-

tudaiite fosse propor tais

na Universidadecoisasdo Brasil, santo D eu s.

que lhe ocorreria?

•fSí

Jornal áo Brasil, Quinta-Feira;, 6-B-65, i.° Cad, ¦_. 7

/drao Quadros elogia Governo por permitir a&povo pronunciar-seO ex-Presidente Jânio Qua-

dros declarou ontem, a bordodo navio Brasil Star, no qual".'. viaja para Londres, que a Re-

•' "> Volução está dando ao povo"••" brasileiro a oportunidade de so

,',vpronunciar, o que, a seu ver,..-..a-ecomenda, "e muito", os di-'rigentes do Pais.

Acompanhado da m 111 h e r,• Dona Eloá, e da mãe, Dona

Leonor Quadros, além do casal\ ^Giacomo Frauco, das indústrias'.-'-Vigorelll, o Sr. Jânio Quadros

i;,i;fará uma consulta dia 24, para¦ ¦ y. ser operado novamente do olho'.',1)0 dia seguinte e voltar ao'Brasil

até meados de junho.¦li \'<y,l

••'•BOM HUMOR

,''l_\' Com um sorriso freqüentenos lábios, abraços apertados

' para amigos e jornalistas, aos'/.-.quais atendeu fazendo questão. ,de entrar nos detalhes e de

sjtber se estava sendo bem com-1 • preendido. o ex-Presidente Jà-" '. nio Quadros concedeu ligeira'., " entrevista no lounge do navio,

após falar a sós. durante dezminutos, com o Deputado Mu-

. rilioz da Rocha.- v — Que é que poderia dizer

i — começou — se sou hoje um, homem com direitos suspensos?

Eu é que poderia querer entre-" vistâ-los.

' Para evitar tumulto, depoisde o navio atracar, o CoronelNatalino Brito — que foi deseu Gabinete Militar .e per-tence hoje a seu estafe no Rio¦ estabeleceu a ordem de aten-dimento dos que já se encon-travam presentes: Senador Ar-' tur Bernardes Filho, impren-

-'•¦sa, Senador Afonso Arinos e•• presidentes dos pequenos Parti-dos da Guanabara.

A ENTREVISTA

Pergunta: Dr. Jânio Quadros,por que o senhor escreveu aoMinistro Juarez Távora sóbrea reformulação dos portos na-cionais, criticando o projeto quecriaria neles uma administra-ção de economia mista?

Resposta: Quem redigiu aquê-le projeto deve ser inimigo pes-soai do Juarez. Eu viajei comcie por todo êsse Brasil e sei

. : que o Ministro é um homemde uma democracia a tóda pro-ya. Analiso o projeto pela re-percussão que teve no Porto deSantos, cujos problemas eu co-nheço. É um projeto iníquo emesmo reacionário. Tenho cer-feza de que aquilo não estava• na cabeça do Ministro Juarez

i'. Távora. Como brasileiro, quis. ^ .dar minha contribuição, para

que êle encontre uma soluçãohumana e justa. O projetoatenta contra a Consolidaçãodas Leis do Trabalho e põe porterra direitos adquiridos. Nãoconheço sistemática maior deopressão do trabalhador.

Pergunta: Corre boato de queo Sr. Lutero Vargas o procura-ria para lhe pedir o apoio aocandidato rio PTB na- Guanaba-"yy. —vn troca, daria o apoie doPTB a seu candidato de SãoPaulo. O que o senhor diz disso?

Resposta: Eítou fora da po-

litica. Não acredito, porém, queo Sr. Lutero Vargas proponhaessa barganha. Acho 6 que, porcircunstâncias várias, a Revolu-ção de março (ou de abril, vo-cês decidem) está dando aopovo a oportunidade de se pro-nuncinr, o que, a meu ver, re-comenda, e multo, os dirigentesdo Pais. Mas na Guanabara hánomes como os de Mm (AllmPedro), Negrão (Negrão de Li-ma) e Marinho (Gilberto Ma-rinho). Qual é a dificuldade?

Pergunta: Ê verdade que seusamigos fazem um trabalho pelarestituição de seus direitos po-liticos?

Resposta: Nada sei a reapei-to. Se fazem, nâo tomo conheci-mento. Meus contatos tém sidode troca de idéias, de conse-lhos a amigos. Como cassado,nâo tenho nem o direito devotar. No caso do Prefeito FariaLima, meu apoio foi relaciona-do com a administração muni-cipal de São Paulo, pois tam-bém fui.prefeito. _ apenas umacontribuição. Nos últimos dias,não tenho visto o BrigadeiroFaria Lima.

Pergunta: O senhor daria seuapoio ao Governador Carlos La-cerda para a Presidência daRepública? Se seus direitos po-liticos lhe forem devolvidos, quepretende fazei'?

Resposta: Perdoem, mas nãovou responder, porque estariaexaminando minha situaçãopessoal e não me parece ético.

Diante da insistência sóbre oapoio ao Sr. Carlos Lacerda,declarou:

— A hipótese não tem sen-tido. porque quem apoia dá al-guina coisa. Não tenho nem omeu voto. Como poderia dar odos outros?

Pergunta: O senhor não acre-dita então no janismo?

Resposta: Em São Paulo, éuma realidade, mas não sei co-mo é no resto do País. Não meagrada a idéia contida na ex-pressão janismo. Porque é umpersonalismo que precisamosultrapassar. Agir politicamenteà base de convicções. Os ho-mens em si valem pouco, va-lem é pelas idéias. O que im-porta não é a prosperidade deum homem, mas de uma cole-tividade.

Pergunta: Que diz da situa-ção em São Domingos?

Resposta: Acho que terei ditobastante, se não disser nada.

Pergunta: O Senhor vai seencontrar com o ex-PresidenteJuscelino Kubitschek na Euro-pa?

Resposta: Não sairei de Lon-dres. Minha consulta é dia 24,minha operação provavelmenteno dia seguinte e, uns 10 diasdepois, embarco de volta aoBrasil. Mas, se êle me procurarem Londres, não vejo nada de-mais ém conversar com um ex-Presidente da República.

Pergunta: Qual a sua opiniãosóbre a politica econômlco-fi-nanceira do Governo?

Resposta: Eis uma perguntaque respondo com prazer. Nomeu entender, globalmente, anolitica econômico-financeira éacertada, tendo lallmdu tílli lie-talhes. Tenho várias restriçõesa íazer à politica fiscal, ã de

investimento, à agrícola, àagropastorll, á velocidade

' da

aplicação da política econômi-co-financeira. Em outras pala-vras: é boa no atacado, má novarejo. Critico o abandono cmque estão as pequenas e mé-dias empresas nacionais, total-mente desamparadas, com riscode absorção pelas empresasestrangeiras.

OS CONTATOS

Os primeiros a chegar abordo do Brasil Star, quando onavio estava ainda ao largo,foram os Srs. Esmerino Arru-da, Afonso Arinos e TenórioCavalcanti, que viajaram nu,-ina lancha do Serviço de Saú-de dos Portos. Antes deles, po-rém, subiram, a bordo os Srs.Munhoz da Rocha, o CoronelArdovino Barbosa, Artur Ber-nardes Filho e Artur Junquei-ra, Presidente da Caixa Eco-nômica Federal, no GovernoJânio Quadros.

No salão do navio se encon-travam, então, as Sras. Eloá eLeonor Quadros, O ex-Presi-dente Jânio Quadros entroupouco depois e se afastou, ime-diatamente, com o Sr. Munhozda Rocha, demorando-se 15 mi-nutos. Depois de rápido con-tato com a imprensa, semprede bom humor, dirigiu-se a seucamarote (número 31), com oSr. Artur Bernardes Filho.

Antecipando-se aos presidên-tes dos pequenos Partidos(PDC, MTR e PST), foi rece-bido, em seguida, o Sr. Afon-so Arinos. Os pequenos Parti-dos queriam do Sr. Jânio Qua-dros um pronunciamento, amodo de conselho, para suaação política. O ex-Presidentese negou a isso, alegando maisuma vez sua condição de cas-sado.

O ex-Deputado Tenório Ca-valcánti — que tinha sido con-vidado para almoçar, mas aca-bou jantando com o Sr. Jâ-nio Quadros, por ter o navioatrasado de cinco horas naviagem Santos-Rio — foi pro-curado também pelos Presidên-tes dos pequenos Partidos. Suaresposta:

— Que posso fazer em poli-tica? Proibiram-me de fazerqualquer coisa. Durante 10 anostenho o direito de não íazernada. Que poderiam me íazerde melhor? Quando me ba-terem à porta, grito de dentro:não amolem, estou proibido delazer qualquer coisa.

Quando o navio atracou naPraça Mauá, subiram a bordoos Senadores João Agripino eAarão Steinbruck e o Sr. Ne-grão de Lima, que se reuniramcom os políticos já presentesnos corredores e salões. Emcompanhia da mulher do in-dustriaí Giacomo Franco, asSras. Eloá e Leonor Quadrosdesceram em terra para dar umtelefonema para São Paulo. OBrasil Star demorou quatrohoras no porto, sainWTDhoras para Tenerife.

Costa e Silva alerta paracomunismo em declaraçãoalusiva ao Dia da Vitória

Brasília (Sucursal) — O Ministro da Guerra, GeneralCosta e Silva, alertará em sua ordem-do-dia de sábado,

quando se comemora a vitória dos aliados na SegundaGuerra Mundial, "para um outro inimigo que muito de

perto nos ameaçou", referindo-se ao comunismo que, a seuver, continua atuante e, se oportunidade houver, tentaráoutra vez conquistar o Poder.

As solenidades do Dia da Vitória comparecerão o Pre-sidente da República e o General Willys Crittenberger, quefoi o Comandante do IV Corpo de Exército na Europa, edezenas de oficiais que integraram a FEB. O General Crit-tenberger chegará hoje a esta Cidade, viajando para aGuanabara amanhã, em companhia do Presidente CasteloBranco.

Guilhermino Mendes de Morais e Goulartdeixam CPI do papel porquenão vai haver mais perícia

ORDEM DO DIA

£ a seguinte a ordem do diado Ministro Costa e Silva:"Comemora-se hoje. dia 3de maio, o Dia da Vitória, emque reverenciamos a memóriade nossos irmãos que, com ln-vulgar desassombro, souberamtomar posição no campo debatalha, honrando o compro-misso sagrado de defenderemcom o sacrifício da própria vi-da a soberania e as instituiçõesda pátria querida.

A ameaça nazi-fascista queconvulsionou o mundo, levan-do a morte, o desespero, o ter-ror e o luto a milhares de fa-millas, teve fim naquele gio-rioso dia 8 de maio, que mar-cou a vitória das íôrças alia-das nos campos da Europa.

São decorridos 20 anos queajudamos a derrotar' o pesa-delo nazi-fascista e não se digaque o preço não foi alto, pois apátria como hoje e sempre cho-rara com orgulho os bem-ama-dos filhos, que, chamados a darprova suprema do dever mili-tar, sucumbiram no campo dehonra.

"A vitória que ajudamos aalcançar foi o justo prêmio dosesforços, sacrifícios, abnegaçãoe entusiasmo de todos quantocontribuíram para banir aque-la ameaça que rondava a nossa

, Pátria.Agora, mais do que nunca,

devemos estar alerta para umoutro inimigo que muito deperto nos ameaçou.

O Brasil acaba de triunfarcontra o inimigo demolidor,que é o comunismo internacio-nal, mas não devemos esmorc-cer nem descuidar, porque êlecontinua atuante e, se oportu-nidade houver, tentará outravez a conquista do Poder.

A nossa Nação, democrática ecristã, não aceitou e jamaisaceitará a tutela do comunis-mo e, por isto, conclamamosque, permaneçamos sempreunidos, oficiais e praças, Fôr-ças Armadas e povo, em tornodas legitimas aspirações nacio-nais de ordem, progresso e pazsocial para que ideologias exó-ticas não tenham guarida emnossa Pátria."

CRITTENBERGER

O General Willys Crittenber-ger, que veio participar das co-memorações do Dia da Vitória,sábado próximo, foi recebidono Rio pelos Marechais Mas-carenhas de Morais, ex-Coman-dante da FEB, e Nelson deMelo, Generais Cordeiro de Fa-rias e Edson Figueiredo, alémde outras autoridades militares.

O General Crittenberger, quepartirá hoje para Brasília, se-rá homenageado no Rio de Ja-neiro sábado pelo MarechalMascarenhas de Morais e porex-combatentes. Sábado, as 10horas, o general norte-amerl-cano assistirá ã cerimônia jun-to ao monumento aos mortosda Segunda Guerra Mundial,ato principal das comemora-ções do 20.° aniversário do tér-mino da guerra.

nao vai serprocessado

Brasília (Sucursal) — Por129 votos contra 121, a Câmarados Deputados rejeitou, ontemà tarde, o projeto que concedialicença à Justiça para processaro Deputado Guilhermino deOliveira (PSD — Minas Ge-rais), indiciado por crime delesões corporais, em conseqüen-cia de um acidente com o seuautomóvel, no Rio.

Minutos antes da votação, opróprio Sr. Guilhermino de

. Oliveira subir à tribuna parafazer um veemente apelo aosseus colegas, no sentido de queconcedessem a licença solicita-da pela Justiça, pois não dese-java, inocente que é, "íicaracobertado pelo manto daslmunidades parlamentares".

IRRITAÇÃO

Ao conhecer o resultado davotação, no Gabinete da Presi-dência da Comissão de Orça-mento, o Sr. Guilhermino deOliveira subiu à tribuna paratação, declarando a todos ospresentes:

— Êsse resultado não me sur-preéndeu. A Câmara mostramaU uma vez ser um valha-couto de criminosos.

Rotarianosdiscutemsuas idéias

Os Rotary Clubes do Brasilinstalaram na noite de ontemno Hotel Glória sua Conferên-cia Nacional, que reúne repre-sentantes de todos os distritosrotarianos do Pais para troca deidéias sobre diversos problemascomunitários.

Para hoje e amanhã estãoprevista reuniões plenárias aencontros de confraternização,devendo a Conferência ser en-cerrada no sábado às 21h.

Brasilia (Sucursal) — Os Deputados Mendes de Morais.e Mauricio Goulart renunciaram, ontem, aos cargos depresidente e relator-substituto da CPI da Câmara sobropapel, o primeiro por discordar do relator Adolfo de Oli-veira e da "decepcionante mudança de orientação do órgão".

O segundo alegou que o seu afastamento era um "im-

perativo de consciência", pois entende que a CPI não temmais razão de ser, já que não vai realizar a perícia con-tábil no grupo Klabin-Láfer, para determinar o preço decusto do^papel.ATUALIZAR

Na reunião de ontem, o re-querlmento do Sr. Adolfo deOliveira (UDN-RJ), no senti-do de a CPI apenas atualizaro levantamento feito nas in-dústrias Klabin-Lafer peloConselho de Segurança Nacio-nal e não mais realizar a pe-ricia, foi aprovado por 6 vo-tos contra 2. Além do relator,votaram contra a perícia e pe-la atualização do trabalho doCSN, os Deputados Aloisio deCastro (PSD-BA), Estélio Ma-roja (PSP-PA), Lírio Bertoli(PSD-PR), Zaire Nunes (PTB-RS) e Mário Covas (PST-SP).Contra a proposta do Sr. Adolfode Oliveira e a favor da rea-lização da perícia, votaramapenas os Deputados MaurícioGoulart (PTN-SP) e Teófilode Andrade (PDC-SP).

Os Srs. Mário Covas e ZaireNunes justificaram seu votocontra a perícia, devido à in-formação levada à comissãopelo relator, segundo a qual oCSN esclarece que o processoutilizado no fabrico de papelpelo grupo Klabin "não deveser tornado público", devido aosconcorrentes canadenses, es-candinavos e norte-americanos.CONSCIÊNCIA

Após a aprovação do projetodo relator, o Deputado Maurl-cio Goulart, ao apresentar oseu pedido de afastamento daOPI, declarou o seguinte:

"Determinar um preço decusto, seja do que fór, semexaminar os livros contábeisque o registram e refletem, éo mesmo que desejar procederà laparatomia exploradora deum enfermo, sem usar apare-lhos cirúrgicos. Não é possiveldissecar sem bisturi. È impôs-sível conhecer os órgãos inter-nos do escorpião sem abrir-lhe)

as entranhas. Tenho o maiorrespeito, intelectual e moral,por todos os membros da CPI,a começar pelo eminente re-lator, de quem me orgulho deser amigo. Entretanto, paraser coerente comigo mesmo,não posso fugir ao imperativode consciência, de afastar-mede um órgão que, na minhaopinião, já agora perdeu suarazão de ser."IMPEDIDO

O Deputado Mendes de Mo-rais (PSD-GB) encaminhou aseguinte carta ao Vice-Presi-dente do órgão, Deputado Wil»son Chedid (PTB-PR), comu-nicando seu afastamento:"Venho, pela presente, comu-nícar ao eminente amigo e co-lega que, em conseqüência dosúltimos debates no selo da co-missão que tenho a honra depresidir e da qual V. Ex.* éVice-Presidente, ficou farta-mente evidenciada a divergên-cia fundamental, no curso dostrabalhos da CPI, entre o Pre-sidente e o relator, DeputadoAdolfo de Oliveira, no que tan-ge à realização da perícia con*tábil a ser realizada na emprê-sa Klabin e, por isto mesmo,incluída no roteiro dos set_trabalhos. Compreendendo quecompete à CPI, por seus meios,verificar e apurar, ela própria,o preço do custo de papel, enão louvar-se em informaçõesde outros órgãos ou entidades,por mais respeitáveis e idôneasque sejam, sinto-me impedidode continuar a presidi-la, de-sarmado como estou de dar àopinião pública uma explicaçãorazoável e aceitável, dentro doseu aspecto moral, de sua de-cepcíonante mudança de orien-tação. Rogando, aceite comoirrevogável e jã. consumada aminha renúncia, agradeço-lhea consideração que sempre meprestou".

ja tem3 candidatosna a

João Pessoa (Corresponden-.te) — Novos rumos íoram da-rios ao problema sucessório pa-raibano, com a indicação de

, ,três nomes para disputar, haconvenção do PSD, marcadapara o próximo dia 5, indica-ção a candidato ao Govêmo doEstado.

O Senador Rui Carneiro es--réve na Cidade, com o fim desondar os correligionários emtorno da aceitação dos nomes

i dos deputados federais Teotó-nio Neto e Humberto Lucena,tendo sido surpreendido com o'lançamento de sua própria can-didatura, quando iniciava asconversações.

DISPUTA

Tanto os partidários do Sr.Humberto Lucena quanto os do

. Sr. Teotônio Neto mostram-seintransigentes, mas ambas asfacções declararam que abri-

. riam mão da candidatura deseus correligionários em favordo nome do Sr. Rui Carneiro.

Terminada a reunião dacúpula do Partido, entretanto,nada ficou decidido quanto aonome que será lançado na Con-

. venção. O Sr. Rui Carneiro,antes de seguir para o Rio. on-tíe pretende concluir os enten-fl ini e n to s, declarou que nãoaceitará a indicação de seunome.

Lojistasfazem festaao TRT

O Clube dos Diretores Lo-jistas do Rio homenageou,em seu almoço semanal on-tem realizado, o TribunalRegional do Trabalho, atra-•vés dos juizes que compare-

i ceram à reunião, Srs. CésarPires Chaves, Presidente doTRT, José Joel Salgado Bas-tos, José Morais Rates, Ge-raldo Otávio Guimarães,

.Geraldo Magela, Jés EliasC a r v a lho de Paiva, Pedro' Paulo de^ Freitas e SimõesBarbosa.

Em homenagem aos visi-tantes, discursaram o Presi-

( dente do Clube dos Lojistas,Sr. Valdemir Santos, e o Di-¦retor de Relações Públicas,

Q _Sr. Sílvio Cunha. Agradece-ram, em nome dos demais,

:'o • Desembargador-Presiden-te do TRT e o Juiz José Mo-rais Rates. Durante o al-

. moço, diversos diretores doClube fizeram um relato das- ¦atividades da entidade.

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Kg _ l.o cad., Jornal do Brasil, Qulnta-Feira, 6-5-65

Xainxá chegou a. São Paulo sob proteção e com simplicidadeSão Paulo (Sucursal) O Governador Ademar

A seKuranca. doteímíiSáaá- <Bfi Barros, os comandan-pelo ItamaratCVr sta-' tes militares, o prefeito eplicidade do_Xalnxáye* daImperatriz do Irã, tiraram

||à ilusão de muita gente,que esperava os soberanosda antiga Pérsia em trajespomposos, acenando de

I carro conversível: o Xa-inxá, depois de descer em

y Congonhas, foi colocadonum Cadillac fechado, en-quanto sua esposa entra-va em um discreto Rolls-Royce,* em companhia deDona Leonor Mendes deBarros.

demais autoridades, rece-beram os soberanos emCongonhas, onde o Vis-count da Presidência daRepública pousou, às 16h,com trinta minutos deatraso. Os visitantes ru-maram para os CamposElisios, que ainda é utili-zado para grandes recep-ções, servindo-se ai umjantar para mil e qui-nhentas pessoas.

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lou um pouco com as moças,sempre sorrindo.

Ao sair do salão, Já de bra-ço com a esposa, o Xainxá vi-rou-se para despedir-se: falouque estava feliz, em ver seuspatrícios contribuindo para oprogresso do Brasil e esperavaque todos visitassem a Pátria,"de vez em quando". Poi bas-

tanto aplaudido e a maior par-te dos iranianos que Íoramcumprimentá-lo afirmaramque o soberano tem sido uinestadista notável, por causadas reformas, principalmentea agrária. Por isso é que o Xa-inxá tem inimigos e sofre aten-tados.

A ELEGÂNCIA REAL '¦yy yyy, -

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A IMPACIÊNCIA

A CHEGADAHavia muita gente nas jane- riam, até um tapete persa,; já

las dos prédios próximos aoAeroporto de Congonhas, e umpoliciamento severo não deixa-va que ninguém — a não serque apresentasse credenciais —chegasse ao portão da ala ofi-ciai do prédio. Na pista, tropasda Aeronáutica estavam for-madas. Uma passadeira ver-melha, meio enrolada e gastapelo uso, de outras solenidades,mostrava o caminho que oXainxá e a Imperatriz segui-

sem franjas, e velho, também.-Faltavam cinco minutos ipara

as 10 horas quando o Viscountda Presidência da Repúblicasobrevoou o campo. O Gover-nador Ademar de Barros e suaesposa, D. Leonor, aproxima-ram-se. Ela- vestia um costumeverde, sem mangas, com bolsa,ehnoéu e sapatos brancos, tra-zendo uma corbelha na mão.Ademar aproximou-se do localreservado.aos jornalistas econ-versou com alguns.

Depois da recepção, o casalsubiu novamente para seusaposentos e a Imperatriz íoitrocar de roupa. Enquanto isso.Dona Leonor aguardava impa-ciente- que Farah Pahlavi des-cesse, porque já havia passadouma hora do previsto para ochá do Jóquei Clube. O Gover-nador conversava com delega-dos e investigadores e seguiupara o Palácio Bandeirantespara ver como estavam os pre-parativos da recepção.

Farah Pahlavi desceu sõzi-nha, com vestido preto e umcasaco transparente rosa. Exi-blu agora chapéu creme, sapa-tos prateados e bolsa tambémcór-de-rosa. Na escadaria do

Palácio Dona Leonor a aguar-dava e subiram no Rolls-Roy-ce, rumo ao Jóquei, escoltadaspor batedores da Força Públi-ca. O Xainxá íicou no Palácio.

A Imperatriz chegou commais de uma hora de atrasoao chá, oferecido por DonaLeonor, na «ede social do Jó-quei Clube, onde se aglomerougente que tala doa escritórios,esperando desde às 17h 30m.Todos os Jornalistas foram lm-pedidos de entrar na sede —por ordem do Itamarati —, se-gundo informou um dos, dire-tores da entidade. No entanto,dois cronistas sociais foram ad-mltidos, enquanto a imprensaficava do lado de fora.

Às 16 horas, com 30 minutosde atraso, o avião desceu. Apassadeira íoi desenrolada atéa escada e o' primeiro a desceríoi o Xainxá, vestindo um ter-no azul-marinho, modelo ja-quetáo. Atras, Farah Pahlavi,que chamou a atenção, princi-palmente das mulheres. Exibiaum vestido e capa verde, aba-cate, da seda, grande chapéubranco, sem enfeites, luvas,bolsa e sapatos brancos. Tinhatrês jóias: um colar de péro-las, um broche de ouro e umpar de brincos.

O Xainxá íoi apresentado àD. Leonor, que lhe mostrouos prédios da cidade, ao lon_e,encobertos pela névoa. A lm-peratriz recebeu a corbelha ecomeçou a conversar com DonaLeonor. Os quatro pararam sô-¦bre o tapete persa, para ouvira execução dos Hinos Nacio-' nais'do Brasil e do Irã. e a sal-va de 21 tiros de canhão.

DESCENDOA cerimônia no aeroporto

durou menos de 15 minutos. OXainxá passou as tropas daAeronáutica em revista, cum-prlm.ntbu o General AmauriKruel o Comandante da 4."Zona'Aérea, Brigadeiro CarlosAlberto Huet de Oliveira Sam-paio, o Prefeito Faria Lima eoutras autoridades. Enquantoisso, o Governador, sua mu-lher c Farah Pahlavi davam avolta por trás dos soldados.

Chegaram quase juntos à es-cadaria, e a Imperatriz cum-primentou algumas senhorasque a aguardavam, desceramtodos cercados de policiais esoldados da PM. O Xainxáapressou o passo e deixou aesposa mais atrás, com Ade-mar e D. Leonor. No SalãoNobre, algumas pessoas espe-ravam para os cumprimentos,mas só receberam rápidos ace-nos de mão.

Durante o Jantar, no Paláciodos Bandeirantes, o Governa-dor saudou o soberano emfrancês, dizendo:

— Há apenas 13 dias o Go-vèrno de Sáo Paulo aqui insta-lou a sua nova sede. O velhocasarão dos Campos Elisiosabrigou, por mais de meio sé-culo, os governantes do nossoEstado, e hospedou figurasilustres, a ultima das quais foio Presidente Charles De Gaul-le e, agora, Vossa Majestade,O tempo, implacável apagadornatural, tornou-o obsoleto. Oprocesso exigia a mudança eaqui nos instalamos para nãosermos sobrepujados pelo ritmode desenvolvimento de SàoFaulo.

Vida curta, história longa: oPalácio dos Bandeirantes rece-be a visita dos soberanos doIrã, inscrevendo, no seu livro

O DISCURSOde ouro, página que será, ln-delével, página que nos é grátissima e que estreita os laços deunifto entre dois povos que náoaceitam a opressão dos extre-mos, que não se submetem aoregime de íôrça das ditaduras.

— Vossas Majestades — con-tinuou — visitam um Pais 11-vre, como a terra que Ciro, oimortal herói da Pérsia, sonhoupara o seu povo. O Brasil ad-mira o legendário Irã, nos seusanseios de paz, nos seus esíor-ços da preservação das liber-dades fundamentais, no estoi-cismo de seus guerreiros e nafibra de sua gente, acostuma-da a vencer as intempéries e arudez âos desertos Dasht, deKevir e de Lut, a dominar oplanalto, a conquistar as mon-tanhas de Elburz e a desbravaros montes negros, erigindo umacivilização vanguardelra.

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A elegância da Imperatriz, só superada peta *ua Uleza, destacou-se lago à cbegada ,.o cenário paulista

Xainxá pediu ajuda doA HOMENAGEM DA JUSTIÇA

O POVO ELEITO

O Xainxá entrou no Cadillacdo Governador, tendo ã írenteidols carros de investigadores e

- ;ium carro-pilôto. Atrás, vinhammais dois carros com policiais,.precedendo um Rolls-Royce,creme, sujo e desbotado, quase¦amarelo, sem chapa, ano 1948,-que levava a Imperatriz e Do-na Leonor. ft

O percurso pelas ruas do bair-ro do Aeroporto foi feito aossolavancos, pois o trecho estáem conserto e, às vezes, náo era.possível evitar os buracos queo Prefeito na madrugada ante-rior, mandou tapar, sem êxito.O público não deu muito tra-balho aos policiais: eram sò-mente mulheres que queriam'ver a sucessora de Soraia. A-passagem do cortejo, algumasmoças tentaram avançar para'vê-la de perto, mas íoram vio-lentamente afastadas.

No trajeto foram colocadascrianças de escolas próximas. nm hnndelras brasileiras, ace-

O ROLLS-ROYCEnando para os visitantes. Atéchegar ao Centro da Cidade acomitiva passou em ruas debairros residenciais. No Centro,o policiamento foi dobrado. Aentrada e à salda do TúnelNove de Julho, um grupo desoldados da Força Pública, for-temente armados, impedia quequalquer pessoa permaneces»em cima.

No Viaduto do Chá foi lm-pedida, «té mesmo, e, passagemdc automóveis. Todavia, quan-do o cortejo passava pelo Valodo Anhangabaú, o povo rom-peu os cordões de isolamentoe deixou apenas uma estreitapassagem.

O papel picado caiu do prê-dio da Delegacia Regional doIAPI e de um edificio da Ave-nida S&o João: eram volantesanunciando a venda de torre-nos "a preços de ocasião", numsubúrbio de São Paulo. Até oPalácio dos Campos Ellseos,não houve qualquer incidente.

O iraniano é um povo elei-to do Senhor. A Bíblia, no Li-vro de Isaias, consagra a Cirouma grande mensagem, que êlesoube compreender e cumprir,dando ao mundo o primeiroGovêrno realmente devotadoaos edificantes ideais da uniãoe da concórdia.

Povo de pioneiros e de des-bravadores, os persas dissemi-naram a cultura e levaram oprogresso a outras regiões asià-ticas, projetando-se na Históriade íorma positiva e consagra-dora- Coube a Vossa Majestade,Xainxá, papel decisivo na solu-ção dos magnos e aflitivos pi _-blemas de sua Fátria. Temos,em comum, a mesma filosofiada valorização do homem. Seugesto de amor nos súditos, efe-tuando a primeira reformaagrária, que beneficiou 20 milfamílias, teve ressonância mun-dial, porque eram terras daCoroa que Vossa Majestade dis-tribuía para fazer a felicidade

coletiva e criar condições devida condignaí para lavraidoreshumildes.

— Vossa Majestade deu ohomem & tetra e tito, como nosregime negatlvlstas, terra tohomem, assegurando meios erecursos para a exploração dasglebas. Outro ato de Vossa Ma-jestade, de ampla repercussãoconst-tlu na aplicação direta de60 _ da receita do petróleo, oque resultou na formação daclasse média, que constitui agrande reserva das democracias.Vossa Majestade apoiou a livrsiniciativa e sanolonou a legis-lação sôbre a posse. Individualdos terras,

— Vossa Majestade assegurouaos 27 mUhSes de Iranianos umnível existencial compatível coraa condição humana, tomando-se querido è respeitado em todoo mundo pela política de «morao povo e de defesa dos direi-tes do cidadão.

A MULHER— No Irá de hoje, a mulher

participa de todos os setores daatividade pública e contribui,com dedicaçfio e talento, paraa maior grandeza nacional.Vossa Majestade, em ato inspi-rado, confiou o Ministério daEducação a uma educadora,dando à mullier Iraniana o pa-pel que lhe compete nos des-linus de sua Pátria. Emb acon»

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Brasil no Congresso

tàriamente, a reforma do ho-mem. O Exército do Saber, ins-tltuido cm 1962, para o combateintensivo ao analfabetismo, vemobtendo resultados surpreen-dentes e demonstra o seu cui-dado e atenção ao magno pro-blema educacional. _

vo7o ámSadeS £%£ O Xainxá /oi recebido nojupremo $gm PrcsUKn». UinisUO- de 1668 um aciilklo de alta ma- lt;l,„ir„ lin C.OSta

Brasília (Sucursal) — Falan-do ontem ao Congresso Nacio-nal, desacompanhado da Im-peratriz Farah Pahlavi, o quedesapontou cerca de 200 mu-lheres que lotavam o plenárioe as galerias da Câmara — oXainxá do Irã íêz um apelopara que o Brasil participe daluta contra o analfabetismo

. promovida pelo seu pais, envl-ando o Ministro da Educaçãoao Congresso Internacional de

i Educadores que será realizadoem setembro, em Teerã.

Em seu discurso, no qual ía-' lou das reformas que vem rea-

i llzando no Irã há três anos eque visam "dar meios aos ira-

, nianos para criar tima socieda-de que será uma das mais

i adiantadas do.mundo", o Xaln-i xá condenou os distorções que'•

separam as nações ricas dasi nações pobres e afirmou que o, Brasil e o Irã "estão separados! pela distância, mas unidos pele1 coração".

A SESSÃO

Pela primeira vez na históriadas suas reuniões, o CongressoNaoional teve ocupada quase ametade de suas cadeiras pormulheres — esposas, íilhas, so-gras, irmãs e sobrinhas dadeputados e senadores — quedesejavam ver de perto os so-beranos do Irã, e especialmen-te a imperatriz Farah Pahlavi.

A ausência da imperatriz nasolenidade, por isso mesmo,constituiu-se na grande decep-ção da manhã. As mulheres,no entanto, restou a oportuni-dade de apreciar a figura doXainxá, elegante e sereno emtodos os momentos.Entra os 400 pai es du fones

distribuídos nas bancadas paraque fossem ouvidas as tradu-çôes (português-francês e íran-cês-português) dos discursos, odo Xainxá foi o único a nãofuncionar perfeitamente duran-te a solenidade. Assim, enquan- '

to o 8enodor Antônio Carlos eo Deputado Carvalho Sobrinhofaziam da tribuna à direita damesa os seus discursos de sau-dação, o Xainxá Reza Pahlaviesforçava-se para íazer íuncio-nar os seus fones, ora comprl-mindo-os contra os ouvidos,ora tateando o pino de contatodo seu fio contra a tomada.

Por ordem do Presidente doCongresso, Senador Moura An-drade, o Terceiro Secretário daCâmara, Deputado Emílio Gfl-mes, preocupou-se em substi-t-uir os fones dos visitantes,mas êste, porém, recusou aajuda, preferindo escutar osdiscursos em português, lendo,tanto quanto possivel, no textoimpresso, a tradução para oinglês.

Quando chegou a sua vez defalar, respondendo às saúda-ções, o Xainxá demonstrou ab-soluta tranqüilidade, abando-nando por algumas vezes otexto dactilograf ado do discursoque trazia 4 mão, encadernadocom capa de veludo. vermelho,para arriscar o improviso. Fa-lando em francês, só interrom-pia suas frases para cocar dis-cretamente o lado do nariz,quebrando um pouco a soleni-dade do seu discurso.

O Xainxá trajava um ternode tropical azul-marinho, gra-vata escura e camisa branca,cujo colarinho, alto e engo-mado, fugia algumas vezes dodentro do tmletó nara ficar sô-bie a sua-

Um policial, nos portões doPalácio, foi o responsável peloúnico incidente com os jorna-listas. Tal elemento, um preto.de média estatura e vos arro-

.'gart-e, quis impedir um totó-grafo —do O Globo — de entrar

"no Palácio, apesar de quasetodos os outros jornalistas jáse encontrarem dentro. O ío-tógrafo protestou, mostrou suas

¦credenciais, mas só conseguiuentrar com a intervenção de'um

oficial da Força Pública.O policial continuou a im-

-pedira entrada de outros jor-'nalistas, inclusive alguns es-!trangeiros, que prometeramprotestar contra a inclusão, na.Policia do Sr. Ademar de Bar-'ros, de elementos sem compe-¦tência e completamente igno-rantes.

Por duas vezes, o Comandan-,te do Batalhão da Força Pú-.blica ordenou posição de senti-do aos soldados, pensando queo cortejo estava chegando aos'Campos Elisios. Mas eram si-

O ARROGANTErenes de ambulâncias e buzl-nas de carros, perto do Palácio,poraue o trânsito íoi proibido,ãs 15h 30m.

Às 15h 40m, as soldadoscalaram as baionetas e, àsISh 55, o Xainxá e a Impera-triz chegavam ao Palácio. ABanda da Força Pública inicioua execução do Hino Nacional do

¦Irã, quando o soberano desceudo Cadillac preto, com o Go-vernador. Depois a Banda to-cou o Hino Nacional Brasileiro,enquanto o Sr. Ademar de Bar-ros acenava a mão para os fo-tógrafos e cinegraílstas, que es-tavam na sacada de um prédiodefronte ao Palácio.

Quando a Banda parou detocar, o soberano íêz um acenode mão para as 800 pessoas, dosdois lados da rua, e passou oBatalhão em revista. Quandoo Governador entrou no Pa-lácio, surgiu o Rolls-Royce coma Imperatriz e Dona Leonor.Elas só desceram quando o car-ro estacionou na escadaria daala residencial.

teclmento demonstra ser o Irá,um Pais onde os mesmos direi-tos e deveres são outorgados,sem distinções de sexo e sempreconceito de qualquer espé-cie. Somente o recrutamento devalores autênticos preocupa asua Xainxá.

— Caracteriza-se o Govêrnode Vossa Majestade pelos gran-des reformas, surgindo, priori-.

turidade politica e assinalou umavanço sensível na reformula-çfw que Vossa Majestade estiempreendendo. Soberano domais antigo Império do mun-do. Vossa Majestade conduz oIrã com alta sensibilidade, com-penetrado das elevadas respon-sabllldades que a problemáticainternacional requer dos Che-íes de Estado.

Salgueiro desfila às23h para os soberanos

UM POVO— Quem visita n moderna hesita, o Irã estàni- trlnohel-

O TUMULTO'.

Quando a comitiva estava noPalácio, os portões de entrada'fecharam-se. Muitos iranianose jornalistas desejavam entrar,mas os soldados e um delegadoda DOPS nâo deixaram.,HouveItumulto, e, só com a interfe-rência do Chefe da Casa Mi-litar, íoi possível a entrada de(jornalistas com credenciais e dejranlanos documentados. Em*•virtude do tumulto na entrada,'um Capitão da Força Públicadisse que ia surrar um jorna-lista do O Estado dc Sfio Puulo.

1 Enquanto o Imperador e suaesposa subiram para seus apo-senbos, o Governador reuniu osjornalistas para explicar que

to trajeto do aeroporto aosCampos Elisios teve de ser feitoCom carro fechado por impo-sição do Itamarati. Depois, o

Sr. Ademar de Barros apresen-tou o Embaixador do Irã, Sr.Abdel Hossein Hamazavi, aosjornalistas, a quem disse, emfrancês:

— São terríveis IO Governador estava satis-

íeito porque o Xainxá tinhasido bem recebido e o Sr. AramAbbas, Ministro das RelaçõesExteriores do Irá, disse queosoberano nunca teve recepçãotão concorrida como no Brasil.Dona Leonor íicou conversandocom senhoras iranianas radica-das em São Paulo e, quando foiperguntar ao Governador a quehoras seria a recepção no Jó-quei Clube, o Sr. Ademar deBarros estendeu a mão à es-posa, dizendo:

— Prazer em conhecê-la —depois, beijou-lhe o rosto.

Teerã o conhece um povo queíala fluentemente três idiomas,

o persa, o árabe e o cur dosente que está diante do ber-

ço da cultura mundial, culturaeclética, refletida numa dasmais belas escolas arquiteto-nicas, traçando plataformassuspensas, construções em ter-raços, tijolos vidrados, brilhan-temente coloridos, o outros fa-mosos motivos de sua mllenárladecoração.

— O Irã de hoje — prosse-Bue _ reafirma a sua tradl-ção histórica. O Irã luta pelacausa da paz, pela preservaçãodo mundo livre e pela legi-tima autodeterminação dos po-vos. O exemplo de Dario falana alma dos iranianos. As 11-ções de Zoroastro, os seus en-sinamentos filosóficos e doutri-nários não permitem ao Irã ocaminho das trevas. Por isso,na luta mundial pela vitóriado bem sôbre o mal, o Irã náo

ra do mundo livre.São Paulo hospeda, com Jú-

bllo e honra, tão Ilustres re-presentantes d» um povo quetanto tem feito pela civiliza-ção, pela cultura e pelo pro-gresso da humanidade — con-clulu.

No Juntar, foi servido filé desole persalne, suprême de ca-neton Monmorenoy, petit poisirais, * la françalse, pombeglacés lmpératrice, oourbellleds pettt-fours, comte de cham-pagne e talttlnger brut reserva.

PROGRAMA HOJE

Hoje, *s 10 horas, o sobe--rano visitará a Mercedes Benz,em São Bernardo do Campo,enquanto a Imperatrla Irá, às10h SOm, ao Hospital do Cãn-cer e á Associação dos Crian-ças Defeituosas. As 14h SOm,o casal imperial embarcará pa-ra a Guanabara.

Chegarão hoje à Guanabarapara uma visita oficial de cin-co dias o-XRlnxá do Irá e a lm-peratriz Farah Phalavi, que se-rão hospedados no apartamentoA do Copacabana Palace, o mes-mo quo Já serviu às mais des-tacadas personalidades inter-nacionais, tais como o Roí Al-b.rto, o Duque de Windsor,Marconi, Stefan Zweig, Hem-ingway c Al.xander Fleming

O apartamento, situado nosexto andar possui um terraçode quase 30 metros de extensãocom vista pnrn toda a prr.ia CoCopacabana, além de um gran-de saláo, snla de jantar, v * isnla de estar, doiB banheiros deluxo com mármore de Carrarac cozinha própria com eleva-dor de.pratos diretamente li-pado à cozinha central doHotel.

OS APOSENTOS

que dá para uma cozinha pró-pria c para dois quartos deempregados. Todas as depen-dências são finamente deco-radas, possuindo inclusive qua-dros da coleção partioular doSr. Otávio Guinle.

Os hóspedes terão um servi-ço de crladagem que funciona-rá ininterruptamente, inclusivea cozinha, a qual estará pron-ta a atender qualquer pedido,mesmo durante a noite. Trêsmaitres de hotel se revezarãode oito em oito horas, sendoque os garçons que servirão di-retamente ao Xainxá e a Im-peratriz, já estão há mais deS0 anos no hotel.

O BANQUETE

Reza Pahlavi lembrao respeito à Justiça

A SEPARAÇÃOA ala residencial dos Cam-

nos Elisios estava limpa e asparedes decoradas com gravu-ras, de mottiros iranianos, o

ois quadros, com selos do Irã-Tm deles mosttava selos come-

iábrativos do f casamento dol jgXainxà com aí Imperatriz Fa-

asSÍ- e o nascimento do herdei-' f|o Bizza. O outro, uma série

**e selos iranianos de iai8 a.1896. Eram lth30m quando o^

% ^^brLueiros flquerí _êsf" quíTo" ímpfj.adprsS-zjqijjjstão;te lado e os Iranianos na sala de cumprimentar todos os con-

I !de recepção.' com o Governador ficaram

os Jornalistas, três delegadosda DOPS, dezenas de investi-gadores, soldados da Força Pú-blica e algumas senhoras, comDona Leonor. No salão de re-cepção havia aproximadamen-te 80 iranlanoáí.ó (Embaixador

jôssein e o Ministro.ÃTànij.Âs 17h60m o soberano é es-posa desceram para recepcio-nar os patrícios, com os mes-mos trajes da chegada. A re-cepção durbü 30 minutos, por

terrãneos e conversar com al-guns deles. Farah Pahlavi ía-

fl

Mesmo no prado o sr. só ••Uré bern^ K ILinlormado ouvindo ae trantmlMõt- da | I

TL Ernani Pires Ferreira a os comen.arlos II Tde Domingos Pontes Vieira o Luii Reis. I

da sua PRF-4, I

BÁPIO IIr SjèRNAÍ. DO BRASIL I

O Xainxá do Irã e a Impe-ratriz Farah Pahlavi, durante avisita de cinco dias que farãoà Guanabara, como hóspedesoficiais do Governo brasileiro,ficarão Jnstalados na SuitePresidencial, apartamento Ado Copacabana Palace, que jáse encontra quase pronta pa-ra recebê-los.

No mesmo apartamento, sl-tuado no G.° andar do hotel,ocupando metade de toda afrente, a começar pela RuaRodolfo Dantas, já foram, hos-pedados reis, príncipes, cien-tistas, políticos, aristocratas,artistas, todas figuras ^ desta-cadas da sociedade n-Vr-êinternacional. Entre eles estãoMarconi; Alexander Fleming,o descobridor da Penicilina; oRei Alberto, avô do atual Reida Bélgica; o Rei George VI;Walt Disney, Orson Welles;Kim Novak; Stefan Zweig;Hemingway e muitos outros.

O apartamento A consta de¦um grande salão, com telefo-nes diretos, televisão e um pe-queno escritório; uma sala deJantar, com mesa para seispessoas; dois grandes dormitó-rios, com uma camn de casalem cada uma, dando para oterraço de onde se avista todaa praia de Copacabana. Êsteterraço é coberto por. uma lo-na verde, possuindo cadeirasde vime. Os dois banheirosexistentes são de mármoreCarrara, sendo que as portasdos boxes são de cristal im-portado. Há um enorme corre-dor, com armários embutidos,

O Xainxá do Irã ofereceráamanhã, um banquete ao Pre-sidente Castelo Branco, doqual participarão 70 convida-dos. Depois do banquete have-rá um coquetel que reuniráaproximadamente 1 600 perso-nalldades do Corpo Dlplomáti-co e autoridades.

Todo o serviço do banqueteserá de talheres dourados, as-sim como os candelabros queornamentarão a mesa de 19metros de comprimento. Cercade 250 pessoas, entre garçons ecozinheiros, estarão de serviçodurante a recepção.

O banquete oficial ofereoldoao Presidente Castelo Brancoterá o seguinte menu: Caviarsur soclc bllnis; Consome à laPrlntanière; Vol au Vent à IaFlnaucière; Coenr de Chato-lals Rotl ã la Broche aux Pri-meuw; Sauce Bearualse. PelreFialchc Bordelaise. Bebidas:Wyborowa, Vodka; Vin CUquote Nopolcón Champagne.

A Escola de Samba Acadê-micos do. Salgueiro desfilaráhoje, ãs 23 horas, em írente aoPaláoio Guanabara, em home-nagem ao Xalnxà do Xrfc e àImperatriz Farah Pahlavi, can-tando o samba-enrêdo Historiodos Carnavais Cariocas, tom oqual conquistou o primeiro lu-par nos desfiles carnavalescosdeste nno.

Embora tenham ensaiadoapenas quatro vezes e se apre-sentem com somente 200 figu-rantes — no carnaval foram3 000 — os componentes da Es-cola .tendo à írente Isabel Va-lença, como Chies- da Silva,prometem dar aos visitantesuma grande demonatraçlo doque é o carnaval carioca e osamba.:

Brasília (Sucursal) — OXainxá do Irã afirmou ontemno Supremo Tribunal Federal.onde foi recebido às 10 h 30 m,que traz ao Brasil "a saudnçáode um pais que tem manifes-tado, há longos séculos, profun-do respeito pelos principios ele-vados da Justiça c dos direitosdo homem".

— Posso, pois — disse — Jul-gar-me autorizado, a título desoberano de um pais que se ía-milia.izou desde os temposmais longínquos com os prin-cípios da Justiça e dos direitosdo homem, a saudar o vossotribunal que agrupa os mais al-tos representantes da Justiçado vosso Pais desejando-lhes osmaiores êxitos no cumprimen-to do mais delicado de todosos deveres humanos.

A CONVIÇAO

Minha firme convicção, daqual tenho muitas vezes falado

desdo o inicio do meu reinado —declarou o Xainxá — é que,sem Justiça severa e que gozede podêres extensos, não serealiza progresso válido algum.Mas, tenho, também, outraconvicção: a de que o PoderJudiciário, para ser, verdade!-ramente eficaz, deve ir de parcom a Justiça Social. O que éverdade, sobretudo, ha épocaque vivemos, época na qual osdireitos do homem constituemcada vez mais o fator vital eIndispensável a uma sociedademoderna.

— Damos a maior importan-cia, na evolução atual da nossasociedade — frisou —. a queuma e outra dessas justiçasseja tomada tão eficaz quantopossivel. Sinto-me feliz em vosrevelar que, nos últimos anos,temos assistido não só ao re-íòrça do nosso aparelho judltciário, como a transformaçõesradicais na aplicação dos prin-ciplos da nossa justiça social.

Recepção modificatrânsito à noite

Para- evitar o congestiona-mento de veiculos durante arecepção oíe.ecida pelo Gover-nador Carlos Lacerda ao Xaln-xá e à Imperatriz do Irã, oDepartamento de Trânsito ve-solveu restabelecer o regime demão dupla na Rua Ipiranga.entre as Ruas Paissandu eCoelho Neto, a partir das 19horns de hoje.

Também a partir das 19 ho-ras, será adotado o sistema demão única nas Ruas Marquêsde Penedo, no sentido da Rua.Presidente Carlos de Campospara a Rua Paissandu; Presi-dente Carlos de Campos, uosentido da Rua Pinheiro Ma-chado para a Rua Paissandu;Clarlsse índio do Brasil, nosentido da Rua Marquês deAbrantes para a Rua Jornalls--ta Orlando Dantas; JornalistaOrlando Dantas, no sentido daRua Clarisse índio do Brasilpara a Rua Farnni e Barão deItambi, no sentido da Rua Fa-rani para a Rua Clarisse Indi.do Brasil.O ESTACIONAMENTO

Os automóveis que conduzi-rem convidados para a recep-çlo terão reservado, desde as12 horas, o estacionamento nolado esquerdo da Rua Coelho

Neto, no lado esquerdo da RuaPaissandu, no trecho entre asRuas Pinheiro Machado e Ipi-ranga; e em ambos os ladosdas Ruas Marquêo de Penedo,Presidente Carlos de Campos,Barão de Itambi, JornalistaOrlando Dantas e Clarisse lh-dio do Brasil, esta última notrecho entre as Ruas Jorna-lista Orlando Dantas eItnmbl.

Para atingir o Palácio Gua-nabara os automóveis que. vie-rem da Zona Sul deverão se-guir pelas Ruas Paranl e Pl-mhelro Machado, contornan-do este última sob o viadutodo túnel Santa Bárbara atéatingir a outra alameda, tra-Jeto que também deverá serpercorrido pelos veiculos quevierem da Rua Coelho Neto.

A Linha 673, São Salvador—Leblon, via Jóquei, alterará oitinerário para Praça São Sal-vador, Rua Estêves Júnior,Run Conde de Bacpendl, Pra-ça José de Alencar, Rua Mar-quôs de Abrantes e Praia deBotafogo. A linha 574, SãoSalvador—Leblon, via Copa-cabana, passara pela Praia deBotafogo, Rua Senador Ver-gueiro, Praça José de Alencar,Rua Marquês de Abrantes eRua e Praça São Salvador.

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Jornal do Brasil, Quinta-Feira, 6-5-65, 1.° Cad.'— 9

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Vaca na pista foi a causa J7^rre5 /#£ J dUO de Govêffl Odo acidente com "Viscount" ¦¦* /da VASP em Belo Horizonte

Belo Horizonte (Sucursal) — Com a retirada de umavaca morta na pista do Aeroporto da Pampúlha, a BaaeAérea de Belo Horizonte iniciou o inquérito para apurar oacidente ocorrido na madrugada de ontem com o ViscountPP-SRL da VASP, que fazia a rota Recife—Salvador—BeloHorizonte—Rio—São Paulo, com 22 passageiros a bordo,dentre os quais o cineasta francês Jean-Pierre Desagnat,que estava dirigindo uma parte do Filme SS 117 no Brasil,na Bahia. •

O avião levantou vôo ãs 23h 15m com destino ao Rio,voltando poucos minutos depois, quando um passageiro,chamou a atenção do Comandante William Becker parauma rachadura na asa esquerda, provocada, segundo algu-mas testemunhas, por um choque do aparelho com umavaca que estava junto com outras sete, na cabeceira dapista.SEGURANÇA

, O Viscount sobrevoou o Ae-roporto da Pampúlha duranteuma hora e 18 minutos, en-

¦çiuauto o Comandante WilliamBecker e o SubcomandanteGuimarães llscutlam com atorre de controle as condiçõesem que seria feita a aterrisa-gem. principalmente, levandoem consideração a existência deduas valas na lateral e na ca-becelra da pista. A aterrisa-gem forçada foi conseguida aolado do pátio de grama, semo trem de pouso, que tambémestava avariado, o que provo-cou um abalroamento com umDouglas da VARIG, retiradominutos antes da pista paraaquele local.

Apesar da demora da aterrl-sagem e do segundo abalroa-mento, nenhum dos 22 passa-geiros e seis tripulantes preci-sou ser atendidos pelos 150 sol-dados da Aeronáutica, PolíciaMilitar e Corpo de Bombeiros,que estavam ao lado da pista,com 13 viaturas e uma equipemédica. Os passageiros, que

foram hospedados pela gerên-cia da VASP no Hotel Ama-zonas, são o cineasta JeanPierre Desagnat; Chefe de Ga-blnete do Reitor da Universi-dade da Bahia, jornalista Zi-telman de Oliveira; banqueiroJoão Carlos de AlbuquerquePilho, de Maceió; industrialCarlos Nogueira, de Alagoas;Laerte de Almeida Sáo Bernar-do, investigador na Bahia;João Cordeiro Neves, presiden-te do Rolory Clube de Juàzel- .ro — Petrolina, e sua esposaNllse Lia Neves; Válter Rego,Inspetor do IBGE na Bahia;Carlos Eduardo Carvalho deGóes, engenheiro civil naBahia; Luis Péricles Rodrigues,funcionário do IAPB de Ma-,ceio; Newton Falcáo, comer iciante em Feira de Santana;.Valdomiro Alves de Melo, co-merolante na Bahia; Durên-cia Firmino da Silva, comer-ciante em Maceió; FredericoCarvalho, comerciante naBahia; Elosio Barbosa Lopes,agricultor em Maceió, ondecomprou a passagem do comer-ciante Eli Pinto.

Niterói (Suouwaí) O Gover-nador Paulo Tôrrea declarou,ontem, ao JORNAL DO BRA-SIL, na véspera, do primeiroaniversário de ceu Governo, queo êxito de sua administraçãose deve à execução de um pio-grama dc obras públicas, me-dido e planejado, que se es-cuda no trinômio educação-energla-rodovlas.

Destacou que encontrou oEatado com um defiolt de CrS11 bilhões e com mais CrS 11-bilhões de dividas diversas, masconseguiu, em apenas dez mé-ses, saldar todos os compromis-

. sos atrasados, equilibrar a rc-celta orçamentária e obter umsuperávit de Cr$ 3 bilhões.

REDENÇÃO ECONÔMICA

O Governador Paulo Torresféz uma análise das principaisrealizações de sua administra- 'çáo, para prometer, Já, a partirde agosto deste ano, a reden-ç6o econômica de grandes re-giões até então abandonadas,como a Baixada Fluminense eo Norte do Estado. Explicouque essa redenção será possivelcom o aumento do potencialenergético do Estado, atravésda interligação de todos os seussistemas. de íôrça e luz, das33 empresas oficiais e particu-lares em íuncionamerlo.

Somente no Norte do Estado,que o Governador cognpara auni .Novdeste em, ponto menor,o desemprego atinge. 70 milpessoas de uma população depouco mais de 500 mil habi-tantes. Aquela região receberáa partir de agosto um rs forcoenergético de 30 mil KW diá-rios, através da Usina de Fur-nas, e a sua distribuição ierãfeita por linha de transmissãoRio da Cidade—Macabu. inter-ligando os sistemas da CBEE cda Rio Light.

No setor educacional, o Ge- .neral Paulo Torres encontrou oEstado do Rio com um déficitde mais de duas mll salas denula, o que deixava, anualmen-te, cêrca de 200 mil criançassein escola, entre sete e 14 anos.Conseguiu diminuir sensível-mente o déficit, tendo o nume-ro de crianças sem escolas eni-do para 70 mil. O Govê r-no está construindo, ntualmen-te, duas salas de nula por diae Já no próximo ano letivo po-dera oferecer escolas a todasas crianças em idade escolar.

O Departamento de Estradasde Rodagem, que executa a po-litica rodoviária do Governo,investirá até 1967, no-PlanoTrienal elaborado por seus téc-nicos, CrS 34 bilhões. Pavimen-tara mais 700 quilômetros de.rodovias, realizará serviços deterraplenagem em 400 quilõme-1 tros de estradas e' construirácinco mll nistros lineares deobras de ayte, entre pontes,pontilhões, muros e bueiros,

PLANOS DE AJUDA

Alam das obras, consideradasde base, o Governador PauloTorres está desenvolvendo emNiterói, São Gonçalo, Campos,Nilópolis, Nova Iguaçu, Cordel-ro, Magé e Bom Jesus do Itaba-poana, Planos Especiais de Aju-da aos Municípios. Somente naCapital fluminense pavimentoudezenas de ruas e colocou maisde dois mil metres de postou-ção tíe iluminação a vapor demercúrio.

Na Capital do Estado, o Pia-no Estadual de Ajuda, coorde-nado pelo Chefe do GabineteCivil do Palácio do Ingá, Sr.Adllar •Teixeira, concentrou asua ação na Alameda Sáo Boa-ventura, que foi toda repavi-mentada e iluminada a vaporde mercúrio, por se tratar de

uma das mais Importantes viasde comunicaç&o entre Niterói eo interior fluminense.

PACIFICAÇÃO POLÍTICA

Em suas declarações ao JB,o Governador Paulo Torres dis-se que "podia se orgulhar decompletar, hoje, um ano deGoverno, ostentando com orgu-lho o titulo de pacificador dapolitica fluminense". Afirmouque consogqlu unirem tornode sua administração 55° dos 62¦deputados estaduais, contando,isoladamente ou em grupos,com o apoio de todos os Parti-dos representados na Assem-bléia Legislativa.

Sôbre política, no entanto, oGovernador só náo abre mãode uma condição, que chamade "um direito irreversível".Essa condição é a de apoiar,em todos os sentidos, a politicado Presidente Castelo Branco,"a quem aprendi a admirar, porocasião da II Grande Guerra,nos campos de batalha da Itá-lia, sob cujo comando servi". .

PROPOSTAS

O General Paulo Torres temrecebido as mais diversas pro-postas para ingressar definltl-vãmente na vida pública, masas recusa. Responde a todos osoferecimentos com uma frasefeita e que usa invariávelmen-te: "estou aqui acidentalmentee quero apenas cumprir o meumandato, mandato que a As-sembléia Legislativa me confe-riu em nome cio .povo, para de-pois voltar ao meu posto noExercito".

A última vez que esteve no no-ticlárlo político, íoi conseqüên-cia áo desejo do Deputado JoãoFrancisco, do PDC, de vincula-lo de vez fi vida pública flumi-nense. O parlamentar, sem

consultá-lo, lançou a sua can-didatura ao Senado, pelo PDC,chegou a sondar outros Parti-dos, que aceitaram a idéia, masfoi obrigado a abandoná-laporque o Governador não gos-tou.

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PROGRAMAO Governador Iniciará hoje

um extenso programa de Inau-gurações públicas, que se esten-dera por todo o mês, comemo-ratlvo da passagem de seu 1.°aniversário de administração.Entregará a nova iluminação avapor de mercúrio à populaçãodo Outeiro de São Lourenço,onde Araribóia fincou o marcode inauguraçáo de Niterói; as-slstirá, às. 19 horas, na Igrejl-nha do Outeiro, Já Iluminada, àmissa em Ação de Graças man-dada celebrar pelos moradoresda localidade; entregará, tam-bem, a rede de Iluminação avapor de mercúrio do perime- ,tro universitário da CapitalFluminense; e Inaugurará, emSão Gonçalo, as obras de re-composição da 2." Unha da adu-tora que abastece Niterói dcágua, que custou CrS 120 mi-lhões ao Estado.

Durante todo o mês, o Go-vemador Paulo Torres, em ví-sitas programadas ao interior,entregará às populações das di-versas cidades fluminenses no-vos melhoramentos públicos.Reservou, para o final do mês,

. no entanto, a obra qüe Julgamais importante e que é a derestauração da Alameda SãoBoaventura, a principal via decomunicação entre Niterói e ointerior do Estado.

Amanhã, às 11 horas, o Go-vernadór concederá entrevistacoletiva à imprensa carioca efluminense, quando fará a pres»tação de contas do 1.° anlver-sário do Governo e abordaráproblemas polltlco-administra-tivos nacionais.

Presos 36 pistoleiros emAlagoas e Pernambuco naguerra contra o cangaço

Maceió, Recife e Brasilia (Correspondente.jô"Sucursâ!s)tollcí— A ofensiva policial, apoiada pelo Exército, .para des-qm!mantelar o' sindicato do crime no Nordeste, que teve inhrf .cio há uma semana e que continuará por mais um mês, -,,acusava, até ontem, a prisão de 29 pistoleiros no interiorde Pernambuco e de sete cangaceiros em Alagoas, entreos quais Valderedo, Floro e o Prefeito de Olivença, Enólasde Oliveira. . „ , , , ., .

Estão sendo empregados na operação policial, üesu-nada a acabar definitivamente com o banditismo no Nor-deste, ex-integrantes do Esquadrão da Morte da Guana-bara e forças volantes de Pernambuco e Alagoas, com cin-co carros equipados com rádio e 10 metralhadoras com10 mil cartuchos, estando em estudos a participação detropas de pára-quedistas do Exército nas próximas incur-soes ao alto sertão.CONTATO

O Diretor do DFSP. Gene-Tal Riograndino Kruel, es-tá mantendo, de Brasilia, con-tato permanente com as íôrçasem operação na zona do can-gaço, contando com o apoiodas autoridades do IV Exército.Hoje, deverá mandar um ob-servador pessoal a Alagoas,para informar ao Ministro daJustiça, os resultados das in-vestlgações.

Para a Policia pernambuca-na, a prisão de Valderedo eFloro apresenta uma vanta-gem de dois pontos sôbre aeliminação de Lampião: am-bos estão vivos e seus depoi-mentos dão início ao maiorprocesso policial da história docangaço nordestino. Juntamcn-te com Valderedo e Floro, fo-ram presos os cangaceiros Cl-cero Alves, José Duarte. JoséCarlos, Francisco Viana eEnélas Vieira de Oliveira, Pre-feito de Olivença, Alagoas, sô-bre o qual pesam sérias acusa-çôes.

Segundo informações chega-das a Brasília, na casa do Pre-feito Enéias foram encontradasarmas de vários tipos, inclusl-ve metralhadoras, e grandequantidade de munição.

DILIGENCIAS

As diligências são comanda-das pelo Delegado da POLIN-TER de Pernambuco, InspetorOsvaldo Rabelo, e estão orçadasem CrS 5,5 milhões. Até on-tem, as diligências se' concen-tráram nos Municípios deÁguas Belas, Garanhuns, Iatee Bom Conselho, onde existemaior número de pistoleirosfiliados ao Sindicato do Cri-me.

A campanha contra o can-gaço desperta o interesse dosmilitares e os Comandantes doIV Exército, General AurélioLira Tavares, é da 7* RegiãoMilitar, General Murlcl, sáoinformados diariamente do de-senrolar da ação policial.

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Informe JB FIM DA POESIA

PEDRO GOMES

Capacidade operacional,»do Governo

A "critica

Heèjiie á máquina adminis-tratlvltâstîferiüla, sem capacidadeoperaîonal-ttuè corresponda a ação de

planejamento e à dinâmica do desenvol-vimento nacional, o Governo responde

que ainda ê cedo para julgar. O ano de1964 não pode servir de base para com-

paracões, porque grande parte dele joidedicada a salvar o Pais de uma situa-cão caótica. Em 1965, sim, é que se pode-rã medir a eficiência da atual maquinaadministrativa, comparando-lhe os re-sultados com os do ano de 1963, porexemplo. De qualquer forma, entende oGoverno que há setores desempenhandocom grande rendimento as suas tarefas,como é o caso da Eletrobrás. O DNERtambém hoje acusa satisfatório índiceoperacional, depois de oito meses em queesteve praticamente paralisado, por con-ta de inquéritos, pagamento de contasatrasadas e falta de recursos para mi-ciar qualquer obra nova.

O Governo aponta ainda obstáculossérios à eficiência administrativa e aoritmo do programa de desenvoivimen-.to, que só poderão ser resolvidos atravésdá reforma administrativa. Ê o que ocor-re por exemplo, com o registro de con-tratos e verbas no Tribunal de Contas,

feito previamente, o que importa emconsiderável atraso na aplicação dos in-vestimenlos e na execução das obras

públicas. A reforma administrativa criao controle a posteriori, que economizatempo sem naãa perder da eficiênciaiiscalizadora. Aliás, o Ministro EtelvmoLins já se comprometeu com o Governoa criar, no Tribunal de Contas, condi-

ções para um mais rápido andamentodos processos relacionados com as obrasa serem executadas êste ano.

* * >:«Outro problema é o da escassez de

projetos. Houve um tempo em que dis-

púnhamos deles, mas faltavam os re-

cursos correspondentes..Hoje ha recur-sos principalmente externos, à minguade'planos para sua aplicação. Para re-mediar a dificuldade, o Governo insti-tuiu um fundo de financiamento de pro-jetos (o FINEP), servindo tanto a or-

gãos estatais como à iniciativa privada.

Cinco do XainxáO mundo feminino de Brasília sofreu,

ontem uma grave decepção. Desde cedo foi

S Sário dl Câmara tomado m&&>*ras e senhoritas, ansiosas por veiem de-

perto a Imperatriz Farah Panlavi. e em

íac grande número que muitos senadorese deputados não tiveram onde sentar. O

Xainxá apareceu sozinho, em trajes civis,pelo menos para a: o

"riores-à eleição do Brigadeiro Faria Limaem Silo Paulo, acompanhando dia e noiteo ex-Presldente. A presença do Coronel foimotivada, segundo explicou, pela informa-ção de que o Governador Ademar de Bar-ros pretendia mandar prendê-lo, para evi-tar que continuasse a fazer proselitismoeín favor do Sr. Faria Lima. O Coronel Ar-dovino, hoje um entusiasmado janista, dis-se que teve então oportunidade de esclare-cer muitos enigmas a respeito do Sr. JânioQuadros. Um deles diz respeito à. condeco-ração de Che Guevara, com a Ordem doCruzeiro do Sul. O Sr. Jânio Quadros disseque a concedeu para atender a um pedidode Dom Armando Lombardi, o antigo Nun-cio Apostólico no Brasil, em troca da vidadc 200 padres cubanos, prestes a serem fu-zilados em Havana. "Eu teria condecoradoChe Guevara 200 vezes por causa de um sopadre — comentou o Sr. Jânio Quadros —

quanto mais por causa de 200 padres".* S.U'.'. ,

O Deputado Esmerino Arruda passou odia de ontem em grande movimentação.Telefonou aos Srs. Tenório Cavalcanti, Lu-tero Vargas, Afonso Arinos e João Agripi-no, insistindo para que não deixassem deir a bordo do Brazil Star cumprimentar oex-Presidente Jânio Quadros. E comentou:"Sou eleitor no Ceará, não tenho nada coma sucessão na Guanabara. O meu problemaaqui é só atrapalhar p Lacerda".

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e algo desapontador, .iovem Roseana, que perguntou ao pai,Deputado José Sarnei: "Papai, rei e -

assim?" (. » <,Dos numerosos trocadilhos provocados

pela designação do soberano iraniano queos eruditos dizem ser uma corruptela deCésar merecem citação o do líder Doutel dcAndrade, que observou - "O Xá' deu umacolher de si mesmo ao plenário — eo do Deputado Padre Godinho, achandoque o nome Reza Pahlavi é uma espéciede invocação em favor da candidatura doSr- Herbert Levi ao Governo de Sao Paulo.

Discursava o Xair.xá, no plenário da—GèmsrfL usando o francês. Talvez, porem,

com alguriT^ntme.-nmsaîm^ria a informação dada pelo xmptrtftflo-fiüiã.Pereira, ex-pintor de paredes, ao continuooue lhe indagou em qual idioma se expres-sava o imperial visitante: "Ê persiano', foia resposta firme e enciclopédica.

O primeiro discurso de saudação, pro-nunciado pelo Senador Antônio CarlosKonder, não foi entendido pelo Xamxa,porque seu fone enguiçou. O soberano seabaixou para ver onde estava o defeito,checando a sumir das vistas do plenário,mas em vão. O Presidente Bilac Pinto pro-curou socorrê-lo, sem também nada con-seguir. Um funcionário da Câmara, bas-tante informal, deu algumas cutucadas nascosta do Xainxá, recomendando-lhe mexernos botões, o que resultou inútil. O defei-to só foi corrigido pelos técnicos da casaquando já ia em meio o discurso do Depu-tado Carvalho Sobrinho, discurso, de resto,que comoveu o visitante.

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Durante a recepção, no salão nobre doCongresso, duas senhoras quebraram o pro-tocolo e pediram autógrafos ao Xainxá, queatendeu de bom humor.

PrecisãoO General Riograndino Kruel recebeu

da agência do DFSP, em Alagoas, a seguin-te informação: "Foram presos pelas autori-dades locais os seguintes bandoleiros: fula-no, beltrano, sicrano e Eneas Vieira de Oli-veira, êste último Prefeito de Olivença".

Jânio, de passagemO Coronel Ardovino Barbosa, dos pri-

meiros a chegar a bordo do Brazil Star, emque viaja o Sr. Jânio Quadros, contava on-tem que passou os últimos vinte dias ante-

Arrais traduz ChardinDepois de ter traduzido do francês o

livro Violação das Massas, obra de psicolo-gia politica, vai agora o Sr. Miguel Arraispartir para empreitada mais séria: a tradu-ção dos oito volumes da obra do controverti-do pensador francês Teilhard de Chardin, oprimeiro a tentar uma conciliação entre teo-logia católica e a teoria evolucionista. Jãforam feitas as combinações preliminarescom a editora francesa, que tem os direitosautorais, e com a editora brasileira, que pu-blicará a obra traduzida. Arrais está com aobra de Chardin no apartamento de Botafo-go onde dedica a maior parte do seu tempoa ler e anotar, com vistas a um livro sóbreproblemas da atualidade brasileira, onde suaexperiência pessoal nos últimos acontecimen-tos não entrará em cena. Sua tradução deViolação das Massas é considerada, pelos quea conhecem, de muito boa categoria. O ex-Governador também está consciente de queserá convocado para responder a outros in-quéritos.

Faío consumadoNão aceitou o economista Antônio Dias

Leite o convite do Governador Carlos Lacer-da para assumir a Secretaria de Finançasdo Estado, file explica que como economistatem uma missão a cumprir no CONSPLANe, apesar de divergir "dos próprios funda-mentos da politica econômica em curso", en-tende ter chegado essa politica a um pontoem que não pode mais ser alterada.

Na introdução ao seu trabalho O Pru-grania de Anão Econômica do Governo emFace da Realidade Nacional, o Sr. Dias Lei-te esclareceu outro ponto que íaz honra a sipróprio e ao Governo: "Ao ser convocadopelo Presidente da República para a honrosafunção de membro déste Conselho, reitereia' Sua Excelência, c ao Ministro do Planeja-mento. que, coerente com a posição arite-riormente assumida, mantinha minha diver-gência em relação aos próprios fundamentosda politica. econômica em curso-" Foi con-vidado, portanto, para o diálogo e não parao monólogo.-

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Lacerda em campanha

O Governador Carlos Lacerda está le-vando muito a sério o seu regime paraemagrecer, ou, pelo menos, para não engor-dar mais. Fraquejou apenas uma vez, nosúltimos trinta dias. Foi em Santa Rita doSapucai sul de Minas, quando almoçou nacasa da familia Bilac Pinto. Ali não pode

-íesistir_ao_desafio de um notável tutu amineira

Na Rádio de Poços de Caldas, o Gover-nador foi sabatinado por um grupo sele-cionado de entrevistadores, em que se in-cluíam figuras ilustres da cidade. Um deles,ao formular a sua pergunta, entendeu deíalar só na bnse das siglas: JK, JQ. CB, JGetc. Não demorou muito para o Governa-dor interromper:

— Por favor, êsse JK de que o Senhor tan-to fala é o ex-Senador ou é o automóvel?

Lacerda está satisfeito-com os resultadosdo seu nôvo estilo de campanha sem avisoprévio. Consiste em chegar a uma cidadequalquer, sem avisar a ninguém. Salta napraça principal ou no botequim para tomarcafé. Imediatamente é reconhecido e empouco tempo tem uma pequena multidãoà sua volta. E assim se comunica com opovo, em tom de bate-papo, sem fazer comi-cio nem altear a voz.

Sérgio antecipa o futuroO arquiteto Sérgio Bernardes vai ter a

oportunidade de antecipar, em parte, a exe-cução do seu projeto para o Rio do SéculoXXI. Projetará para um incorporador ca-rioca um edifício em espiral, a ser construi-do em Bangu, contendo numerosas bossasnovas da imaginação e da técnica bernardla-nas. Êsse edifício esplralado se destina aser um grande núcleo residencial popular.

Recentemente o arquiteto Sérgio Bernar-des participou de um jantar em que o con-vidado de honra era o Presidente CasteloBranco. Teve, então, oportunidade de dis-cutir com o Marechal o plano habitacionaldo Governo e o problema de habitação emgeral, no Brasil. As opiniões nem semprecoincidiram. Mas também é verdade que, emmuitos casos, o arquiteto falava com o pen-samento voltado para o ano 2 000.

Sussekind aconselha aosempregados gastar desdeagora o seu. 13.° salário *

O Ministro do Trabalho, Sr. Arnaldo Sussekind, acon-selhou ontem, ao regressar de Brasilia, os trabalhadoresbrasileiros a empregar metade do seu 13.» salário na com-

pra de objetos de uso pessoal, vestuário e até mesmo carne-seca, afirmando ser "melhor comprar agora, do que pagarmais caro em dezembro".

— Os empregados — disse o Ministro do Trabalho —

podem também adquirir Letras de Câmbio ou ObrigaçõesKeajustáveis, que rendem juros garantidos, como defesacontra a Inflação. Quanto ã questão do pagamento do 13."salário, o trabalhador só terá lucros com o seu parcela-mento.AS VANTAGENS

— Suponhamos — explicouo Sr. Arnaldo Sussekind —que um cidadão ganhe CrS100 mil. De fevereiro a/no-vembro, receberá Crs 50 mil,com o parcelamento. Em de-zembro, então, irá receber ametade restante, acrescida doaumento que vier em setem-bro, época do vencimento da

maioria dos contratos coleti-vos de trabalho.

Assim — frisou — os traba-lhadores receberão, além doseu 13° salário, um aumentosóbre éle, podendo, ainda, re-ceber a mais qualquer quan-tia, a critério do empregador.A oposição ao parcelamentodeve-se ao fato de o operaria-do brasileiro estar muito malInformado sôbre o assunto.

Ascenço Ferreira há meses eslava internado em um hospital do Recife

Colapso mata poeta Ascençono Recife quando almoçava

Recife ("Sucursal) — Vítimade um colapso cardíaco quandoalmoçava, no Hospital do Cen-tenáiio, onde estava internado,morreu às 12 horas de ontemo poeta pernambucano AscençoFerreira, introdutor da poesiamodernista no Nordeste, daqual era o seu intérprete maisautêntico.

Ascenço morreu quatro diasantes de completar 70 anos,sem poder realizar seus doismaiores desejos: aparecer num

filme declamando suas própriaspoesias e escrever suas ineinó-rins, para as quais Já escolherao título: Vida, Paixão e.Mortede Ascenço Ferreira.MAGOA

O poeta Ascenço Ferreira,que morreu sem reprimir suasmágoas de alguns politicos, serásepultado hoje, às 10 horas, noCemitério de Santo Amaro, ten-do o Governador Paulo Guerraexpressado à sua familia o dc-

sejo de o Kstado custear todasas despesas dos seus funerais,conforme jã vinha íazendo des-de sua internação, há quatromeses, no Hospital do Cente-nário.

Ascenço deixou viúva a Sr."-Maria Esteia e uma filha, MariaLuisa. Grande número de inte-lectuais, autoridades e amigoscompareceram ao Hospital,onde seu corpo foi velado emCâmara ardente, durante todaa noite de ontem.

Itaperuna pede fim de sua

polícia porque ela estápraticando muitos crimes

Niterói (Sucursal) — Os crimes praticados pelos pró-

prios policiais e a ineficiência para solucionar uma sene

de outros delitos, levou a Associação Comercial de Itaperu-

na a pleitear, do Governador Paulo Torres e do Prefeito.a

substituição de todo o policiamento estadual e a extinção

da Guarda Municipal. ,n,':-s_;Criticando o Juiz, o Promotor e o Delegado, por nao

comparecerem ao Município, a entidade lembrou que no sa-

bado um soldado da PM praticou um crime, na írente da

Igreja Batista, auxiliado por dois guardas municipais. A

morte do Presidente da Câmara Municipal, em março de

1964, com a participação de policiais fardados, também nao

foi esclarecida até hoje.

Ascenço de corpo inteiro

RELAÇÃO

Os dois crimes ocorridos nofim da semana causaram re-percussão. No sábado foi a.s-sassinado o comerciante JoáoFurtado de Sousa, pelo solda-do Jadiel de Sousa, com aajuda de dois membros da Po-lícia Municipal. No domingo,uma pessoa foi baleada quan-do colocava íestões na porta

da igreja Católica, saindo íe-rida, também, uma moça.

Recordando que policiais a.s-sassinaram um lavrador a foi-cadas; no ano passado, a en-tidade entende que a Policiaestá sendo íator de intranqüi-lidade. Critica, ainda, a para-ILsação do inquérito sóbre amorte do vereador José Gar-cia Santiago e seu filho, portrês soldados fardados e nãoidentificados.

Um metro e noventa de altura, um cha-véu enorme de abas largas, tipo sombrero.ires galinhas de cabidela e uma terrina dedoce de jaca no almoço, assim era AscençoFerreira, poeta de uma poesia intraduzwelque — no dizer de Sérgio Milliet — preten-deu alcançar o universal pelo regional.

A extravagância era a sua marca. A umjornalista que um dia lhe perguntou por quenão entrava para a Academia Pemambuca-na de Letras, respondeu:

— Menino, eu já sou rei do Maracatu aoOiteiro e Mestre do Bumba-meu-boi emPalmares... onde é que eu vou parar comtanta sociedade?

ASCENÇO MODERNO *O -Movimento Modernista é que deter-

minou a poesia de Ascenço Ferreira. Delesão conhecidos, além de alguns poemas pu-blicados em revistas e suplementos ntera-rios de todo o Pais, três livros: Catimbó(1927); Cana Caiana (1939> e Xenhenhem(1956). Quem o conheceu de perto pôde sen-tir que a espontaneidade era o que havia

—irête~ée-^»uiisjpuro, Lançado o Modernismo,entendeu Ascenço TêfTétra que clc íibeva o artista de todas as suas convenções li-terárias, de todos os preconceitos. E quis¦ser êle mesmo.

Hora de comer. — comer!Hora de dormir, — dormir!Hora de vadiar, — vadiar!Hora de trabalhar? .--.,'. ,Pernas pro ar que ninguém e de ferro!

Essa era a Filosofia âe Ascenço Ferrei-ra. Inconfundível. Também inconfundívelera o seu senso de humor. O anedotário dopoeta daria, êle só, um livro. A sua parti-cipacão na campanha eleitoral áo ex-Pre-

Departamento de Pesquisa do JB

sidente Juscelino Kubitschek é, ainda hoje,comentada na Cidade ão Recife. Nos sensdiscursos — cheios dos causos gue sabiacontar e inventar como ninguém — Ascen-co repetía:,^

^ ^ q psD coma UDN. Nem com o PTB. Eu estou e comJuscelino!

ASCENÇO DO RECIFE

Embora nascido na Cidade de Palmares,interior de Pernambuco — a í[de maloiâejí95 _ Ascenço Ferreira pertencia muitomais ao Recife. Era uma marca ãa Cidade,como as suas pontes seculares e os sobra-dos de azulejos. Bom senso, excelente gai fo— pouca gente acreditava no que sc diziaão seu apetite.

— A minha comida preferida e a_ queeu não posso mais comer: piítt com coco e

farinha, feita com o calão respectivo e bolode pimenta. '

Certo do valor que tinha, Ascenço Fer-reira gostava ãe recitar suas poesias, certodn que só êle sabia fazê-lo, com o seu vo-zeirao, seus gestos c sua alma. Morreu semconseguir o seu maior desejo poético: fazeilnrt~ttinie-4ecla;nando os seus poemas. Avos era grande cõinõ~õ'1lovtem-d-o^liapelao.A sua poesia era uma mistura ãe versosmetrificados e rimados 'ao lado ãe versoslivres. Cheia do folclore musical do Nor-deste:

Sertão! — Jatobá!Sertão! — Cabrobo!

Cabrobó!Ouricuri!Exu!Exu!

Lá vem o vaqueiro pelos atalhos,tangendo as reses para os currais... i

Presidente do TRE voltade Reunião de Magistradossem falar nas eleições

Com o objetivo de informar à imprensa alguns aspec-

tos da Reunião Internacional de Magistrados realizada em

Megève, Franca, o Presidente do Tribunal Regional Eleito-

ral da Guanabara, Desembargador Oscar Tenono. conce-

deu entrevista coletiva, ontem, logo após reassumir o cai-

go, mas sem íalar de política ou de eleições.Disse o magistrado que a Comissão de Direito Intei-

nacional do conclave manifestou-se favorável ao principioria não discriminação entre nacionais e estrangeiros, quan-to às garantias individuais, fato que ainda em alguns pai-ses subsistia, apesar de no Brasil estar de todo abolida.

mais eficaz da defesaSÔBRE O fiRRO

Sóbre o erro judiciário, oDesembargador Oscar Tenó-rio informou que o debate emtorno do assunto foi muitogrande, principalmente no quetoca ao problema da repara-cão, ficando decidido que estanão deve ser apenas pecuniá-ria, mas, em certos casos, fei-ta por intermédio de uma pu-blicação de grande tiragem,

meioda honra ou da dignidade.

Ficou também estabelecidoque a prisão preventiva deveser sempre- assentada numadecisão judicial, pois houvecensuras às tendências de al-guns na sua decretação, mes-mo quando não estivessem cmperigo a ordem pública e osmeios de apuração dr ver-dade.

iSÔVO DIRETOR DÁ SHELL

Holandeses mostram dançase tulipas no Salão da Moda

Lance livreEstava entusiasmada a intérprete da

Embaixada americana, aliás brasileira, quetraduzia para os jornalistas a entrevista doSr. Averell Harriman em Brasilia, tão en-tusiasmada que andou cometendo algunserros, prontamente corrigidos pelo Embai-xador Lincoln Gordon. O Embaixador, po-rém, só suportou até a terceira imprecisãovocabular, substituindo a moça por um Sc-cretário da Embaixada.

O Sr. Leõnidas Bório, que completouontem um ano de administração à frentedo IBC, estará hoje no encontro informaldo Terasse Clube, às 17h30m.

Em carta ao Secretário Enaldo CravoPeixoto, diz o Prefeito de Miami, RobertKing High: "A rica variedade de notáveisobras públicas sob o seu comando, agoraem execução no Estado da Guanabara, éalgo de que me lembrarei para o resto dosmeus dias."

O Secretário Dario Castro Alves, a pro-pósito da idéia do lançamento do espanho-guês, sugerido pelo Deputado Aliomar Ba-leeiro, dá a sua contribuição informandoque no Itamarati, pelo menos, já são cor-rentes as definições d(V*portuntiol (hispano-americano que pensa''estar falando portu-guês) e do espanhês (brasileiro pensandoíalar espanhol). """''¦'* c.

'

Encerra-se .segunda-feira a exposiçãocios quadros de Pancetti, patrocinada porGomes de Almeida & Fernandes, no localonde se erguerá um edificio da empresacom o nome do pintor (Av. Vieira Souto,416». São onze trabalhos de Pancetti, em

que se inclui o seu último óleo, pintado noleito de morte.

A assembléia de acionistas do Banco deCrédito Real de Minas Gerais aprovou oaumento de capital de 3 para 9 bilhões decruzeiros. O atual Presidente do Banco eum seu antigo funcionário, o Sr. José Tos-tes de Alvarenga Filho.o A Agência Staff Press foi conferir onúmero de pessoas que estão visitando amostra fotográfica por ela organizada paraa nova sede do Banco do Estado da Guana-bara, O Rio de Ontem e de Hoje. Resul-tado': em cada minuto 16 pessoas entram noBanco para ver a exposição.

A jornalista Ismènia Dantas, secreta-ria de Seleções do Beader's Digest, parte ho-je para Lisboa, a convite do Governo por-tuguès. Estenderá em seguida a viagempara a França e outros paises europeus.

O Deputado Paulo Sarasate será o en-trevistado de amanhã, no programa O as-sunto é politica, na TV Rio, às 23 horas.

O programa Sc a cidade contasse, daTV Globo, ouvirá hoje. às 23h30m. o Al-mirante Magaldi, Coordenador da Mudançada Freqüência no Estado da Guanabara,que falará sôbre problemas de energiaelétrica.

O Carlos Drummond de Andrade tempassado -as últimas tardes na Biblioteca Na-cional, pesquisando.e O Senador Afonso Arinos vai entregar,até o próximo dia.15, os originais do segun-do volume de Alma ilo Tempo ao editorJosé Olímpio.

' Danças folclóricas apre-

sentadas por um grupo de20 imigrantes holandeses etulipas vindas especialmen-te da Holanda, como umahomenagem ao IV Cente-nário do Rio, íoram as gran-des atrações de ontem noSalão da' Moda, no Museude Arte Moderna, que foi opalco, ao íinal da apresen-tação, de uma disputa dassenhoras presentes pelasílôres holandesas.

A gravação dos discursosem português do Ministrode Relações Exteriores daHolanda e do prefeito dacidadezinha holandesa deWillemstad comoveram opúblico, mas a nota emo-cionante íoi dada pela Se-nhora Margarida Spukcrque, há 57 anos, emigroupara o Brasil e íoi ao Salãounicamente porque não que-ria morrer sem rever as tu-lipas de seu país natal.

SOLENIDADE

A solenidade em homena-gem.ao Rio e comemorati-va, também, da expulsãodos nazistas de territórioholandês foi iniciada comuma saudação proferidapela Embaixatriz holandesano Brasil. Baronesa Christi-ne Chlewe van Adward- Emseguida íoi apresentada agravação feita na Holandados discursos em portuguêsdo Ministro de Relações Ex-teriores c do Prefeito deWillemstad.

Os primeiros acordes damúsica Cidade Maravilhosaprecederam à voz do nosso

Embaixador na Holanda.Sr. Jaime Chermont de Bri-to, que íêz a apresentaçãodo programa gravado e ex-plicou que, além dos discur-sos, seriam ouvidos os sinosda mais antiga igreja deWillemstad e ainda um coroinfantil da cidade que can-taria o Hino Nacional daHolanda e duas músicasbrasileiras: Roda Pião e Ci-randa, Cirandinha.

COMPARAÇÃOO Embaixador íêz em se-

guida uma comparaçãoentre as duas cidades, di-zendo que elas tinham emcomum não somente a ida-dc, mas também os aterrose a fibra heróica com queresistem aos invasores. Lo-go depois, tendo por fundomusical um samba brasilei-'ro, falou o Prefeito da ci-dadezinha dando barabénsao Governador da Guana-hara e dizendo-se "cheio dejúbilo em ter a ventura deoferecer à sua irmã grandegêmea um pequeno presen-te que será um símboloeterno da amizade entreduas cidades".

Depois falou o Ministrode Relações Exteriores, Sr.J. Luns, chamando o Riode "coração do Brasil" edando parabéns à cidade,antes de fazer um retrós-pecto da influência da Ho-landa no Brasil, "começan-do com Maurício de Nassaue se estendendo até os nos-sos dias graças às relaçõesculturais, comerciais e áimigração".

O grupo folclórico, com-

posto de oito pares de dan-carinos, dois acordéonistas edois líderes, apresentóu-seem seguida. Os mais novostêm 14 anos e os mais ve-lhos 26 e trabalham comoagricultores e pecuaristas daCooperativa Agropecuária deHolandeses de Castrolanda,no Paraná.

É a primeira vez que vêmao Rio, que preferiram a SãoPaulo, embora se queixassema todo o momento do calor.As roupas típicas que ves-tem para dançar são carac-teristicas de camponeses ho-landeses da região de Vole-dã, perto de Haia. As mô-cas trajavam-se com saiade flanela listrada e blusabranca e preta bordada, eusavam os famosos taman-cos e touca holandeses; osrapazes traziam blusa ver-melha e calça, colete e bo-nes pretos.

Apresentaram seis danças,recebendo mais aplausos edespertando risos a Dançada Venda dos Touros, quesimboliza uma disputa bemholandesa no comércio degado e na qual os dançari-nos simulam um duelo ba-tendo uns nos outros ou fa-zendo caretas. A Dança doAmor e a Das Fitas e Ban-áeiras também íoram muitoaplaudidas e a exibição ter-minou com todo o grupo en-toando o Hino à BandeiraBrasileira. Em seguida, asdançarinas distribuíram astulipas que traziam, o queocasionou um corre-corre cempurrões entre as damaspresentes.

_____t____t____^______\__f •' ^'--Ç JÊl&^?w1íÍ__\___^!P**^"zÍ-_-_^^ •¦*•*¦¦- '¦''" ¦ •':¦¦.:'¦'''•• !.-.'.-.':-¦¦. - '".;.*•

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O Sr. IvavrThoinwz Azevedo foto) acaba da ser "Mnj^c'^,1« Shell ntãsil S. A. (Petróleo). varazcit]OS quadro» viunm '¦"

fevereiro de l')Jl, como Emgiúriò formado «',"Ui nasceu «Administrativo,

DireitoP(1957), pela Facilidade, de Niterói, cidade <>»>!>'27 de março de 1928, o Sr. Azevedo irabalhouêm ,1,verse >

da empresa e realizou, no Tlldaterrii, o Curso de RafafiouSta I Dcvelopment toiiiac . a novo

as funções de Gerente <lnDivisão dé Administração

Industriais e o "Mtirlretint;diretor continuará, Utinbém, a exercer

-7--.

JOCKEY CLUB BRASILEIRORECEPÇÃO AO XAINXÁ E

Â IMPERATRIZ DO IRÃ

Sábado, 8, o Jockey Club Brasileiro re-

ceberá, no Hipódromo da Gávea, o Xainxá e

a Imperatriz do Irâ. Haverá corridas notur-

nas, ao término das quais se realizará gran-

de queima de fogos de artifícios.

Para o jantar-dançante, no restaurante

da Tribuna Social, os Srs. sócios devem-se

entender com os mahres, para reserva de

mesas.-TRAJE DE PASSEIO. (P

H-:» -..« *¦.-. --.*,-

Jornal do Brasil, Qulnta-Feira, 8-5-65, l.o Cíd. —11 ^

TTVT"

Rua do Fogo volta hojelembrando onde nasceramo teatro e a maçonariaFrancisco, terá, ipa*a»' n E t,ft Gu6rra Dl,valoriginal, de Rua do Fogo,, PO« $J$^úiiMo a lembrançavai descerrar a placa ™a,_ £ j entos da maçonariade que ali surgiram °? f^Seifa fábrica de fogos dacarioca, o teatro linco e a p"°idade' -„

rio JORNAL DO BRASIL, cujo objetivo éA Promoção do JORN.^

dl j is mudados sem mui-recordar os nomes das luastiaa >ntante do 0ardealto critério, reunira ^m

a Arquldloce-Dom ^SÍS»; autoridade e con-

;1Lados'esíc;aaisCeASsí10Guei,'a Duval ê Presidente per-

pétua da Pro-Matre.

FLORES PARÁ RONDON

DO FOGO

Várias ruas surgiram depoisdn demolição da muralha dt-

feiisiva que o Brigadeiro Mas-

sé projetou em tomo d:. Cida-de em" 1911. Uma delas se cha-mava Rua rta Pedreira do Al-Zlc, pois servia de caminhon tra a pedreira das encostas daConceição. Mas, como através-sava a Chácara do Fogo, ondese fabricavam íogos de artui-cio, seu nome íoi mudado parado Fogo, assim P^mançcendoentre os séculos XVII e XIX.Eni 1866, ganhou a atual deno-minneão. em homenagem no.sirmãos Andradas: Jose Bom-láclo, Antônio Carlos e MartiniFrancisco.

A rua foi berço do teatro H-viço e da Maçonaria, quando es-ta ganhava foros de instituiçãolegal Em 1767 estabeleceu-seali' o padre Ventura com a sr.aCasa da ópera ou ópera dos

Vivos, substituindo por homenso, bonecos dos teatros anterlo-re.s Mas a épocn durou pouco;em 1769 um incêndio destruiua casa, quando estava em car-taz Encantos de Meãéla, de An-tônio José, o Judeu.

i Maçonaria já não era coi-sa' nova no Rio, quando em 1821se instalou a loja Comércio eArte, na esquina da Rua doFogo com n Estreita de São Joa-quim.

Eram muitos o.s maçons, noPaís inteiro, porém, nesta loja.a Maçonaria era apresentadaet o um Partido, liderado peloPrincipe herdeiro, D. Pedro.José Bonifácio, José ClementePereira e dols sacerdotes, ora-dores habituais das cerimôniasassistidas pela realeza: FreiFrancisco de Santa Teresa.Sampaio, o Boca cie Ouro, e oCônego Januário da Cunha Bar-bosa

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CàlTDAIlA

No Cemitério de São JoSo Batista o mausoléu dc Rondon recebeu flores

Casada ópera ou ópera dos bosa.

Primeiro reator todo feito Romaria assinala 100 anos de Rondonr,o Timsil será entregue J- „ mB1M0M1I o primeiro o»*» «£o sr. &&&ü£*é^& rXTnclc íoi a figul'a deno Brasil será entregueamanhã a Instituto Nuclear

n nvimeiro reator atômico todo construído no Brasil

estrangeiros, os quais chegarão hoje ao Rio.

A comissão, que será chefiada pelo ™d%Xssoria Aeêhcia Internacional de Energia Nuclear, Piofessc.oa Agencia m-w constituída, também, porSSS^cÊSe^nòs e uruguaios, que mostra-ram interêSe pe Io Argonauta durante a realização d-,conferência internacional de Energia Nuclear, em Genebra.

QUEM SAO

¦\ delegação do.s Estados Uni-dos é chefiada pelo Prof. JohnPalfrev e integrada pelos cien-tistas John A. Hall, testei- Ro-gers Alia Dalton e pelo teeni-cò Stàedler; considerado, em«eu pais, um dos grandes es-pecialistas na construção dereatores de potência.

A Argentina, e o Uruguai en-viarão

"os Presidentes das suas

Comissões de Energia Atomi-ca Srs. Oscar Quihlllalt •

Afonso" FrangeTlá, respectiva-mente. O Embaixador MarcosBrondi, representante uruguaio

na AIEA. também compare-cera. ,

O reator Argonauta que seráacionado pelo Presidente daRepública por um botão damesa de controle, íoi construí-cio, com 93 por cento de com-porièntés nacionais, por técm-cos da Indústria MecânicaCBV e sua montagem exibiudois anos de trabalho. Destina-cio principalmente ao treina-mento de engenheiros e físicosnucleares e às investigaçõestecnoiágicasIo_Argonauta per-—fèncFã~TJrvisfto ae Keutores aoInstituto Nacional de Enge-nharia Nuclear.

Uma romaria, ao mausoléude Rondon, no Cemitério deSão Jofio Batista, promovidapela Liga de Defesa Nacional,assinalou, ontem, o transem-so do centenário de nascimen-to daquele que íoi chamado oBandeirante do Século XX pe-lo importante trabalho de cies-bravamento que desenvolveudurante trés décadas.

Sua memória foi igualmentereverenciada pela Escola Nacio-nal de Música, no Rio de Ja-neiro e, em Brasília, o Senado''Lopes da Costa recordou, porentre apartes de solidariedade,"os imensos serviços prestadospor êle ao Brasil, no decorrerde tôda a sua longn vidn."

A CERIMÔNIA

A cerimônia no cemitério,contou com a presença dos Mã-reohais Eurico Dutra e Masca-renhas de Morais; GeneraisPeri Beviláqua c Décio Escobar.além de inúmeras personalida-des civis e militares, teve ini-cio com a execução do HinoNacional e a colocação de de-zenas de palmas de flores ao pédo mausoléu, por entre, contin-

—gentes aas Forças Ar ma a as Edelegações de colégios públicosc particulares.

O primeiro orador foi o SrJosé Carlos Pereira de Sousaque falou em nome da Liga deDefesa Nacional, dizendo que "o

Marechal Rondon íêz históriaainda em vida e a grandeza dodesafio com que se deparou, êleo enfrentou com a grandeza daresposta, lutando contra mu-meras e gigantescas vicissitudes.em mnis de três décadas de es-forço até então inédito, em quedeterminou 200 coordenadasgeográfiens, em pontos notáveis,descobrindo rios caudalosos quenão estavam mencionados nosmapas e levantando 17 outros.'

Acentuou o orador que Ron-don explorou, ainda, por terrae através de vias fluviais, maisda 40 mil quilômetros do nossoterritório, corrigindo erros grn-ves nn cartografia nacional e,no mesmo tempo, atraindo, pa-cificando e incorporando tribosantes inacessíveis à civilização,sendo ninda o responsável pelaconstrução de 2 300 quilôme-tros de linhas telegràficas, sen-do 1 200 em sertão bruto.

Falou em seguida o Presl-dente da Liga de Defesa Nacio-nnl Marechal Floriano Peixoto

reia de pacificar Índios, e íi-nalizando a cerimônia, em no-me da familia de Rondon, queestava representada por suasfilhas Araci, Clotilde e Maria;falou o seu genro, Sr. AlvavoBernrdinelli.

RENOME

Brasília (Sucursall — O Sr.Lopes da Costa (UDN-MatoGresso). quando falava sobre apassagem do centenário donascimento de Rondon, íoiápartèádo pelos Srs. Vasconce-los Torres, Pedro Ludovlco, Ed-mundo Levi e Filinto Müllcr.que se solidarizaram com o ora-dor, ressaltando, todos, o reno-me internacional alcançado porRondon, acentuando, ainda, aenorme contribuição que êledeu para o conhecimento cien-tifico de extensa áren de nossoPais.

O Si'- Vasconcelos Torres la-mentou que o centenário donascimento de Rondon "não te-nha sido comemorado, em todoo País, com o brilhantismo quemerecia", lembvando que emtodas ns escolas deveriam ter

kveiiei', repetindo sua *vi53 -'... sid0 feitas palestras que nios1U1H.I, n,JJVV...«u"morrer, se íôr necessário; ma-tnr nunca", em tôda a'stia ta-

"quão grande íoi a figura deRondon".

ÍNDIOS COMEMORAM

Bciu Horizonte (Sucursal) —O.s 257 Índios machacalis, re-mnnescentes da tribo nas al-deins de Pradinho e Agua Boa,a 461 quilômetros de Belo Ho-rizonte, na divisa das vales doMucuri e Jequitinhonha, come-moraram ontem o centenáriode nascimento do MarechalRondon com um churrascopreparado pelo Serviço de Pro-teção aos Índios na nascentedo Ribeirão Umburana, onde atribo se reuniu e passou o diaem íesta, com danças e rituais.

Durante a festa das macha-calts o Inspetor Augusto deSousa Leão, do Serviço de Pro-teção aos Índios, entregou umjipe ã agência local do SPI edistribuiu 200 cobertores, cincocaixas de antibióticos, 50 litrosde querosene, dois-sacos de sal,roupas e brinquedos de mntéria

plástica, no mesmo tempo que,em Belo Horizonte, a Secreta-ria do Trabalho e Cultura Po-

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ni'!"QU1NQUECENTÉSIMO-M1LIONÉS1MO!a PRipqsON DO brasil comemorou festivamente, no dia 23 tio mês de abfll **oon-eiZ .a etap, tndüeiriai consistente nn produção de melo«f** f*"*»SSrot em sua fábrica de São José dos Campos, com a partioipaçao delldSteSslste^s o municipais. São 300.000 tetetosiabôspÊricsson em apenas pcuco mais de 10 anos e a noa

^S^^f^Tnossa fábrica triplicou do tamanho, ocupando hoja uma ama dBMOO matortnarimrins em um terreno que lhe permitirá ampliar-se tento-quanto íor necessário.l"o ^0.000 tetefonessewindo a maisde300 municípios, marcando •W*oroaresso filmando a integração territorial dêste imenso país - prova l^g^fera-asTcamlnha oada va-a passos maia largos para a sua completa emancipaçãono, Sr ditelecomunicações. Enfim: 500.000 telefones que representam atóterSípfa aSade da Ertosaon em prol da tecnologia eeçonorma H*»^laso.tudo nos faz multo orgulhosos. ^j^^yp^

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MCE autoriza Fundo Monetário abrircrédito de 1,4 bilhão à Inglaterra

BOLSAS E MERCADOS

.-..sWv.'•.:-'¦' *

_ . .

Governo estuda soluções

para crise conjunturalda indústria nordestina

Canes (PP-JB) —OFundoMonetário Internacionalabrirá um crédito de US$1.4 bilhões a Grã-Bretanhacomo ajuda a ser concedi-da à libra esterlina, segun

A crise conjuntural que atinge importantes setores da

economia do Nordeste, mormente os das industrias têxtil

e canavieira, continua sendo examinada em profundidade

pelo Governo que procura evitar uma possivel retração ge-

ral da atividade econômica.Em paralelo às atividades que vêm sendo desenvolvi-

das pelo Grupo de Trabalho Especial incumbido de sugerir

«olucões. a curto e médio prazo, para os problemas da agro-

indústria do açúcar, técnicos do Ministério da Industria

c do Comércio e, em particular, do GEITEC. examinam aa

dificuldades que enfrenta a indústria têxtil.

Reunião do México buscaintegração econômica e

da à libra esterlina, segun- O •» «, • • 1

rança.%dodoTíSndt.s mais produção industrialdos bancos centrais dos Seis ,,-A^-'n iPP_.th. __ cerca de 400 delegados e obser

MERCADORIAS

::.NOVAS LINHASDE CRÉDITO

Detendo-se. em especial,nos problemas de Pernam-buco. o Secretário-Executiyodo GEITEC. Sr. José LuisPilhôto. externou a impren-sa a opinião de que as no-vas linhas de crédito a se-rem concedidas pelo FUN-DECE e pelo FINAME, alia-das aos estímulos governa-mentais previstos para todasas firmas que aderirem aPortaria 71 < estabilização depreços i, solucionarão as di-íicuidtides de financiamento.

PROBLEMASDE MERCADO

Alguns setores, entretanto,somam às dificuldades definanciamento as clc mer-cado. Isto. para a atual fasede ajustamento, quando _ãupromovidas ns reduções deestoques ociosos nas indús-trias de confecção e nos ata-çadistas-e o consumidormantém-se na expectativade uma drástica redução depreços.

O programa, em elabora-ção, para reativar a eco-nomia canavieira e a dina-mização da economia naRegião Centro-Sul do Pais.abrirão novas perpectivas domercado interno para a in-dústria têxtil pernambuca-na. ainda de acordo comopinião externada à impren-

. sa por técnicos do Ministé-rio da Indústria e do Co-mércio.

T a m b é m a.s medidas já1 .¦',. adotadas pelo Governo,

objetivando incrementar asexpo rtaçôes, possibilitarãoama., cünclirõci eeíupatii-

titular da Pasta de Indús-tria e do Comércio, Minis-tro Daniel Faraco, lembrouque já estão sendo- exporta-das telas de juta fabrica-das em Pernambuco e quepelo menos uma das indús-trias têxteis de Recife já fir-mou contratos para a expor-tação de tecidos e confecções

SOLUÇÕES SOCIAISE ECONÔMICAS

A abertura de novas íren-les de trabalho no Nordeste,com o auxílio do Governo,diminuirá consideràvelmen-te os problemas sociais pro-vocadòs nos períodos de en-tressafra, com a reduçãoconsiderável da exigênciade mão-de-obra. Entre essasnovas írentes de trabalho.citou o titular da Pasta daIndústria e do Comércio aabertura de novas estradasvicinais e a intensificaçãodos financiamentos deculturas que não sejam acanavieira.

O Governo, ainda cie acôr. do com informações presta

das à imprensa pelo Ministro Daniel Faraco, mantémo propósito de utilizar todosos instrumentos legais, ad-ministrativos e financeirosque a Lei de Reforma Agra-ria propicia, para que se fa-ça a modificação da estru-tura da indústria canaviei-ra. "O Governo — concluiuo titular da Pasta da In-dústria e do Comércio —co-loca o problema do açúcarem termos dc produtivida-dc. com a preocupação dedar assistência à agroin-dústria canavieira neste pe-riodo de transição, objeti

do Mercado Comum Europeu(Alemanha, Itália, França,Bélgica, Holanda e Luxem-burgo).

A resolução íoi tomada emreunião recentemente reali-zada em Canes sob a presi-dência do Ministro francêsdos Assuntos Econômicos,Giscard DEstaing, que revê-lou "nessa operação de cré-dito à Grã-Bretanha, o FMIterá de utilizar mais de US$350 milhões de suas reser-vas de ouro".

DEFINIÇÃO

Sobre os resultados dareunião, disse o Sr. GiscardD'Estaing que os seis minis-tros se pronunciaram emfavor da pro r r o g ação doconvênio pelo qual se apli-caram os recursos do FundoMonetário, para concederempréstimos, mas subordi-nando tal prorrogação auma reforma do sistemamonetário internacional.

Os ministros resolveramreuni i'-se novamente emStresa. Itália, nos dias 19 e20 de julho do corrente ano.com o objetivo de discutiremos problemas monetários e,em particular, a reforma dosistema internacional antesda C o n f e r ê ncia anual doFMI, que se realizará emWashington.

México (FP-JB) — Cerca de 400 delegados e observado-res procedentes de 27 países do nôvo e do velho Continen-

tes reunir-se-ão nesta capital, a partir de hoje a íim de

estudarem fórmulas sucetíveis de acelerar a integração eco-

nômica latino-americana e aumentar a produtividade das

indústrias da região. _A reunião, organizada pela Comissão Econômica paia

a América Latina (CEPAL) marcará o décimo primeiro pe-riodo de sessões desse organismo, regional e será ínaugtt-

rada pelo Presidente do México, Gustavo Diaz Ordaz. Es-

tarão presentes, entre outros: José Antônio Mayobre, Se-

cretário-Geral da CEPAL, e Philippe de Seyne, Subsecreta-rio da ONU, encarregado do Departamento Econômico e

Social.

Os delegados irão analisar,particularmente, a situaçãoatual da economia latino-americana, segundo um estu-do preparado pelo Secretário-Geral, que assinala a lentidãode seu desenvolvimento. Osdocumentos que lhes serãosubmetidos à apreciação indi-cam, por exemplo, que desdeo fim da última Guerra Mun-diai a renda média por liabl-tante, da região, cresceu em50. o coneretamente, de umaexígua renda média anualequivalente a USS 280 per ct-pita. apenas conseguiu, em 20anos, aumentá-la a USS 430e, se não se modificar a teu-dência atual, os 600 milhõesde latino-americanos que ba-verá no ano 2 000 somenteirão dispor cte uma renda mô-dia anual de 650 dólares.

A renda média atual, porhabitante e por ano, na Amfi-rica latina, segundo frisam osdocumentos, representa 20%do eme dispõem os estacrunl-

café: — mo

O mercado clc cat. disponívellunclonou. ontem, írneo c

acusou nova onlxa nas cotações.O' llpo 7, entra 1904/05, contri-

bulç-o de 22,50 dólares foi co-

tndo ao preco do CrS 4 600 por

10 quilos. Náo houve vendas bò-

bre o dlsponlvol. Foram dospa-

ohadas para embarques 65 250

sacas, de cafó. Fechou fraco c

Inalterado.

Saíra 1064/65 — Contribuição:

l'AUTA

Rio:Estado do Minas

Cale comum nafra 64/65 470.00

Llfooraçuo em 4 de maio:

Leopoldina:

América do Norte ,..

Total:

.Dcstlo 1 do mès .,Desde 1 de JulhoExistência

1 075

1 0732 521 853

553 502

E. do UloE. Santo .Minas ....

250f!G«250

Tlpo 2Tlpo 3Tlpo 4Tlpo 5Tlpo 6Tlpo 7

CrSCrSCrSCrS

; oooi 400i 200i oou

Total: .¦;¦.¦'.;

Desde 1 do mcs Dc£de 1 de Julho ....Idem, ano passado ..Galé entr. pi camlnh&oüo 1 de Julho

1 100

10 8804 207 884_ 338 330

l D34 343

Cl* 4 300CrS 4 000

4 400

denses e um pouco mais de50% da rencia do habitanteda Europa Ocidental.

A CEPAL reúne-se em ses-são plenária cada dois anos.A última sessão celebrou-seem 1963, cm Mar dei Plata.A reunião a se iniciar ama-nhã. no México, devia, emprincípio, ter sua sede em SâoDomingos, mas o Governo do-minicano advertira, há ummês e meio, como curiosopressentimento, que a situa-cão politica, criada ante aproximidade das eleições, nãoconstituía um quadro favorá-vel, e pediu que a CEPAL sereunisse em outro pais- OMéxico, que já havia abriga-do, em 1951, o quinto perio-do de sessões, ofereceu nova-mente sua hospitalidade.

A sessão, que terminarácom a votação das resoluçõe.,ciue constituem, de fato, re-comendações aos governos in-teressado-, durará até o dia18 do corrente.

Tlpo 8 CrS

AÇÚCAR — RIO

O mercado deste produto rc-guiou firmo o Inalterado. En-tradas 3 340 sacos do Estado doKlo. Saldas 3 000. Existência52 445 sacos.

Colações por 60 quilos:

ResoluçRo clc março de 1965:

Branco cristal — PVU. CrS 12 180

AÇÚCAR - NOVA lOSQUE

Os futuros dc açúcar domes-tico, Contrato número 7, fechoucom 1 ponto de baixa, tendosido ne_oclndo_ 103 contratos.Os futuros mundiais. Contrato

DÓLAR

Compra CrS 1825,00Vencia CrS 1350,00LIBRA

Compra CrS 5106,30Venda CrS 5185,60

LIV-tEAbriu ontem, o mercado dè

câmbio livre calmo, cerm o Ban-co do Brasil vendendo o dólar aCrS t 850 e a libra a CrS 5 185.60e comprando a Crt 1 825 e a CrS5 106,30 respectivamente. Osbancos particulares vendiam odólar a. Crs t 840 e a libra a

1_5000

Siderúrgica Menor procura de dinheiro: tíaBahiateiii determina baixa na taxa

idade àe juros em Miiuis Gerais

Embarque em 3 de mnio:Europa América do Sul

número 8. por sua vez, íeeha-ram com baixa dc 4 a 0 pontos.Foram vendidos 055 contratos. Odisponível, para entrega ime-diata, foi cotado a 6,70 centa-vos dc dólar a' Hbra-pêso,

CACAU — NOVA IORQUE

Os futuros de cacau fecharamcom alta dc 13 a 17 pontos, ton-do sido vendidos 165 contratos.

ALGODÃO — RIO

funcionou ontem, o mercadode algodão em rama calmo einalterado. Entradas 350 fardosdc S&o Paulo. Saldas 250. ExiíS-tência 1 936 fardos.Cotações por 15 quilos:

MOEDASCrS 5 152 e compravam a CrS1 825 e a CrS 5 105 respectiva-mente. Fechou Inalterável.

MANUAL,Níi abertura <lo mercado do

câmbio manual o dótar-papel re-BUloU parn compra a CrS 1 380e para venda a Crs 1 900. Emseguida o dólar-papol foi coto-do u Críi 1 835 para compra e aCrS 1 Bífo para vendai Fechoumais fraco, cera o tlólar-papelcotado a CrS 1 930 para com-pra c a CrS 1 950 para venda.

O Banco do Brasil declarou Etnseguintèa taxas:

Venda: Compra;Dólar 1 850 1 823Franco franc. 378.50 372.40

TÍTULOS

CAFE - NOVA IORQUE

O café tlpo Santos número 4foi cotado, na Bolsa 'ln NovaIorque 0 45.00 centavos dc díilfU'a Ub-a-pteo. Entre os tipos queIncluem custo e frete, o SantosBourbon número 3 foi cotadoa 45.25 C 44.25.

Nas operações realizadas nomei cado a termo, o Contrato B,para entregas futuras, r.fislna-lou uma baixa de 27 pontos cuma alta de 49. Foram vendi-tios 04 contratos. Por sua vez.o Contrato M fechou lnaltcra-do, sem vendas.

(Entregas cm 120 dUu))

nora i.oiiga: /CiS: CrS:

Serldó tlpo 3 .. 1» 000 a 19 300Serldó tipo 4 .. 18 700 a 19 000

Fibra Média:Cr?: CrS

Sertões tlpo 3 .. 16 300 a 16 500 \Sertões tlpo 4 .. 16 000 a 10 300 jCeará tipo 3 .. 16 000 a 16 3U0 ;Seara tipo 4 .. 15 700 a 16 000

Fibra Curta: ..

Matas lipos 3/4 .... nominalCr: CrS:

Paulista tipo 5 .. 15 500a 15 800

Coroa »ueca 350,70 353,80Coroa dinom. 255,40 250,80Peso'urug. ... nom. nom.Libra irland. 4 030.50 4 351.70Dólar canad, 1 715.00 1 680.S0Ccroa nortieg. 253,10 255,20'Libra 5 135.00 5 106.30Escudo 64,80 03,30Marco .66.00 458,70Fiorlm 514,20 506.30Franco sulco 420.55 410,70Púío argentino S,.0 7,30Franco belga 37,40 38,70Lh-a 2 070 2 020Pc.eta 31.60 70.60Shtlllng 72.60 70,60

%#$£

CONV LIO

Dólar 1 759,00 1 734,00

vas na produção do Nordes- vantto melhorai-te no mercado;,internacio- mento e diminuir os custosnal. A propósito, o próprio de produção".

Ministério Extraordinário para Coordenaçãodos Organismos Regionais

S u perhi tendência tioDesenvol vimento do Nordcsle

AVISOChamamos a atenção' dos interessados

que a SUDENE fêz publicar no Diário Ofi-ciai do Estado de Pernambuco, no dia 1.°de maio de 1965, Edital de Concorrên-cia Pública n.° 01/65-GEAR, para aquisi-ção de 107 (cento e sete), moto-niveladoras.

Acham-se à disposição dos interessa-dos. no Escritório da SUDENE, no Estadoda Guanabara — Edifício do Ministério daFazenda, 6.° andar, grupo 611 — questio-nários relativos ao mencionado Edital.

Recife, 5 de maio de 1965.Adelson Alves de Oliveira

Coordenador do Grupo de Execuçãode Acordos Rodoviários.

prioriO Governo federal vem don-

do tôda prioridade it Usina Si-clerúrgica da Bahia, tanto por-que se trata de siderurgia doNordeste, eomo pelo íato detratar-se de empreendimentode relativo baixo custo c pio-ducão excepcionalmente baia-ta. segundo afirmou o Presi-dente da USIBA, Sr. AméricoBarbosa de Oliveira.

Entende o Sr. Américo Bar-bosa que o sistema de pro-ducão de ferro-esponja. me-diante utilização de gás depetróleo, com lin.-lamentocontínuo, oferece vantagens es-15i;ciafeT-'-íííãs-4«-^!^-^l__!n__2í.altos-fomos; como também oconsumo tle carvão mineral im-portado e todos os componen-tes de ctistos dêste, a exemplodos fretes marítimos interna-cionais". frisou.

- C APITAI, :.-Cg,_._3..j_ILHúES— Dai, adiantou, a grande

economia oferecida pelo siste-ma que a USIBA aplicará, combase em recursos naturais dnBahia.

O Sr. Américo Barbosa, quese pronunciou sobre o assuntoem conferência que pronunciouno Simpósio de Política Gover-namental, sob os auspícios daUniversidade da Bahia, duSUDENE c da USAID, decla-rou que a USIBA está sendoencarada como uma questãobaiana.

— Uma frente única de Par-tidas e meios universitários ogovernamentais, no Estado, de-monstra a importância localdo projeto. Mas o empreendi-mento tem o apoio do MinistroRoberto Campos, em nome doGovêmo federal e da SUDENE,visto o papel que desempenha-rá nos planos iniciais de in-dustiialização para o Nordeste.

Belo Horizonte (Sucursal) — O Presidente da Associa-.¦ãó Mineira de Empresas de Crédito, Investimento e Fi-

nanciamentos - AMECIF - Sr. Silvio Grandinetti, anun-

ciou ontem que todas as companhias de investimentos clc

Minas foram obrigadas a reduzir suas taxas de juros para4 5 ou 5 %, durante abril, "porque houve uma grande que-da na procura de dinheiro e nas negociações de títulos .

O Sr. Sílvio Grandinet-i disse ainda que a AMECIF

está, insistindo diariamente com as autoridades monetárias

iederais para que autorizem que todas «companhia,de investimento atuem como agentes do FINAME — im-

nanciamento Nacional para Aquisição de Maquinas e Equi-

pameritos — pois "a procura para este tipo de empréstimo

tem sido muito grande".

Total de títulos negociados —872 723.

Volume em CrS 36. 104 270.índice BV — 313. Alta dc 1

ponto.MERCADO

O mercada apresentou-se está-

vel. em gera!, embora algunsp.ipéls tenham melli-vaclo umpouco suas cotações. O pregftâde Bralima foi o mais animado,com ct; compradores e6Um.ii.a-.osIielo preço abaixo <le CrS 2 OCOpara as ações preferenciais. A

mesma euloria não se registrouentretanto nos negocies £CtUin-tes, com os pregões evoluindomais calmamente, embora apre-

sentando volume maior tle ne-

góciõs.

CUKSO nOS TÍTULOS DO IBV 13M: 5-5-1.0-

Companhias Quant;Ações

Valernn CrS

Cot.Más.

Cr.l..lin.

Cot.Méd.

1 (Vai.)

CONCORRÊNCIA

— Apesar de as-compaTOtíasde investimentos mineiras es-tarem se projetando no merca-do financeiro nacional como osBancos dc Minas — disse o Sr.Grandlnetti —. o que aconte-ceu durante o mês de abril édifícil de ser analisado. Não

nôinicb-Ilhanceirâ do Governofederal, ou se é nei» queda de

íiouvR nnr|U-l„- liCbúCÍOS—':j4_.-

Banco do Brasil Dona Isabel (preferencia:')Aços Villares Ai no c/ri Brasileira tle Roupas ..Brahma (oyd.l Bralima (pref.) Sonsa Cru/.Dceas de Santos Fdri-o Brasileiro Klbon Lolas Americanas

2 2002000301110302

5 76222 2-1.11 10322 -100

ÕVT1(1 300

233

podemos aiiiüa ain.ihu be ur.dução nas taxas de juros é umadecorrência da politica eco-

Argentinosfabricammais carros

Buenos Aires (FP-JB1 —A produção de automóveisda Argentina no primeirotrimestre do ano em cursoprogrediu em 55 por centocom relação ao periodo equi-valente dc 1964. A fabrica-ção alcançou a cifra dc41 208 unidades, ou seja,14 719 unidades a mais queno ano passado,

més, provocando com isto umaconcorrência entre as compa-nhias. Assim, é difícil de seprever se esta tendência inV.sefirmar por vários meses.

Depois de afirmar que a si-tuação cconômico-financeira

-^!»íiuUpai:a_riií_n.te_der)enderáexclusivamente das medidas ãserem adotadas pelo Governo",

Déficitmenor qneá previsão

Brinquedos Estrein Mesbln S.xmitn Petrobrá- São Paulo Alpargatas ...Bel.o Mineira Siderúrgica Nacional c/dVale do Rio Doce (pt.) ..Willys (ord.)

3 .11.0 7004,4505 os;s

22 sou31 954

530l 000(i 020

4 552 000 II 335 000 !! 003 000 |3 ÍOH 800 !

494 804 I10 3S0 100 ;43 311 180 ;25 327 750 '

ÍS Ô27 OCO !812 030 |

11 51D 500 !052 230 ;

—j'033 820 '

II 119 2003 105 330 |

912 160 !3 833 533 |

21 035 534 i430 000 ;

6 052 ooo ;7G0 ISO |

2 1001 100

9.301 020

002820000

2 400750850010

1 2.10

2 0501 130

9501 000

5901 790

1100350730630592

1 230

2 Oíitt1 154

054t 012

5971 S01

9703T1742839597

1 '15°1 204

5.81.20,40.00,51.02.10.33,81.1

t.0.30.4

910710330172005800

! 520430

9206353701706C0860

3 500410

931895.Í7ÍÍ1716SG860

I 501415

¦'- U.3091.1

est.est.4- 1.2+ 0.2

3.5

MÉDIA S/N DOS TÍTULOS PAUTICULARIÍS DA BOLSA DO IUO DE JANEIRO

5 '5/65

2 000

(Elaborada pe

•t'3/05 25/4/651 997 2 075

Serviço Nacional de Investimentos Ltd

20/4/652 173

Maio do 19S4

FUNDOS MÚIUOS DB INVESTIMENTOS

Dala Valor da Cota |CiS I

ült. riisi.CrS

Valor cio FliniloCi$

A ORQUESTRA "ARCO-ÍRIS"•fará o baile em homenagem ao Xá do Irã, noPalácio do Guanabara, sob a batuta do Mães-tro Cópia,

HPEEMÜÉOlBRASILEIRO SjÃ

PETROBRÁSSELEÇÃO DE AUXILIAR DE ESCRITÓRIO

O Serviço de Pessoal da PETROBRAS comunica aos candi-datos inscritos, que fará realizar às 8,00 horas do dia 9 demaio corrente, as provas seletivas destinadas a prover, quan-do a Empresa julgar necessário, vagas existentes ou quevenham a ocorrer, na função de AUXILIAR DE ESCRI-TÓRIO.

2. Para a realização das provas que constarão de PORTUGUÊS,MATEMÁTICA e CONHECIMENTOS GERAIS — OS can-didatos deverão apresentar-se munidos dos respectivos car-toes de identlfioaçâo, bem como de 2 (duas) canetas esfero-gráficas de tinta azul, nos locais abaixo mencionados, deacordo com o número de inscrição que lhes foi atribuído.

COLÉGIO MILITAR — Rua Sáo Francisco Xavier n.° 267

Candidatos,inscritos na REDUC — de n.°s 001 a 313Candidatos inscritos no ORBEL — de n.°s 01 a 02Candidato^ inscritos nos SERAC — de n."s 1 a 1188

COLÉGIO PEDRO 11 — Rua São Francisco Xavier n.° 204

Candidatos inscritos nos SERAC — de n.°s 1189 a 197.

COLÉGIO PEDRO H — Rua Marechal Floriano n.° 80

Candidatos inscritos lios SERAC — de n.°s 1975 a 2 923

3. Considerando que não haverá segunda chamada para nenhu-ma das provas, a ausência do candidato implicará na impôs-sibilidade de continuar como participante da seleção.

BANCO DO ESTADO DAGUANABARA S.A.

13.° Concurso para EscriturárioComunicamos aos candidatos que os

resultados das provas da primeira etapa es-tão afixados nas agências Copacabana,Castelo, Tijuca, Bonsucesso, Dias da Cruz,Irajá, Campo Grande e Filial de Niterói.A prova de datilografia será realizada às 14horas do dia 15-5-65., na Av. Rio Bran-co ,n.° 39.

A Comissão de Concurso.

CLUBE NAVALCAIXA BENEFICENTE

EDITAL DE CONVOCAÇÃOO Diretor da Caixa Beneficente do Clube Naval

convoca o seu quadro de sócios efetivos para a As-sembléia Geral Extraordinária para discussão doante-projeto do nôvo Regulamento, motivado pelareforma do Estatuto do Clube Naval.

l.a convocação — dia 7 de maio às 17,30 horas2.a convocação — dia 11 de maio às 17,30 horas3.a convocação —-,di^ 14 de maio às 17,30 horas

¦ ¥' AUGUSTO SOARES PAES LEME- i>\

João M. Didier Barbosa ViannaSecretário da C.Ben.

A execução orçamentária, da jUnião, no exercício de 1964, . iapresentou um déficit de cai-xa da ordem de CrS 699,7 bi-ihões, mas com um saldo deCr.. 600 milhões cm relação aociue fora previsto no Programa ide Ação Econômica posto emprática pelo Governo CasteloBranco.

— Isto vem provar — co-mentou o Sr. José GonçalvesCarneiro, técnico do Ministé-rio do Planejamento, em pa-lestra proferida no Institutode Pesquisas c Estudos Sociaisda Guanabara — o acerto dasmedidas tomadas pelo Exccuti-vo, visando ã normalidade dasfinanças do País.

MEDIDAS CORRETIVAS

O Sr. Gonçalves Carneiroacrescenta que o resultado po-sitivo alcançado no ano de 19G4,e no corrente Exercício naexecução do plano econômicoíederal. íoi e está sendo possi-vel graças adoção dc uma sé-rie de medidas de caráter le-gislativo, tais como:

Na parte relativa à despesa:eliminação dos subsídios à im-portação de trigo, petróleo epapel de imnrensa, reguladapela Instrução n.° 270 da an-tiga SUMOC; redução do de-íicit das autarquias, principal-inente pelo regime do reajustedo valor das tarifas das ferro-vias, marinha mercante etc,bem como pela eliminação deramais ferroviários antieco-nomico e pela redução de cêr-ca de 30% das despesas gover-namentais variáveis.

E na receita: pela emendaConstitucional n.° 7, o.ue deunova legislação fiscal aos Im-postos de Renda, Consumo e doSelo; pela supressão dos pri-vilêgios existentes para deter-minadas categorias funcionais,que eram isentas do Impostode Renda: reformulação do Im-Imposto de Renda; reformula-ção do Imposto de Renda na

parte relativa à obrigatorieda-de de reavaliação dos ativos dasempresas; ampliação, do des-conto do Imposto de Renda na

I íonte: reajustamento das tari-ias das autarquias deficitárias

(P etc.

FUNDO CRESCINCO ..CONDOMÍNIO DELTECFUNDO ATLÂNTICO ..FUNDO ORCICA FUNDO HALLES FUNDO BRASIL FUNDO NOBTEO FUNDO VERA CRUÍÍ ..FUNDO S. B.

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Apólices e Obrigações

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13135 Idem 50 300117 Ree. Flnnnc 720

5014 Idem 750

Estaduais165 Lel 820 — P/A .... 700

1604 Lel 303 5502203 Idem 540

500 Emp. 1031 16077 Tlt. de Remia l'rog.

E, 240000

Ações — Outros Bancose Companhias

375 Lar Brasi leiro —— Pref 370

700 Mercantil R. 300

Companhias

3079 Amer. Fabril 07011U00 Idem 0722000 Idem 0731000 Idem «742500 Idem 0757050 Idem .., .' «l!0

500 Arno — o/dlr íooo830 Idem 1010

1100 Idem 1015700 Idem 1020

2300 Idem — ex/dlr. ... 7201500 Artes Gráficas Go-

mcs de S o u s a —Nom. — ex/dlr. —Ord 450

200 Artes Gráficas Go-mcs de Sousa —Pref. —' c/e 4 ..... 405

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— Ord. c/C 6- 465

1000 Brasileira U.ina Mc-talúrgloa '450

1000 Idem 4452800 Idem 4404000 Bl_. Ind. Blclclc-

tas — Ord 1100100 Credito e Financia

mento do Comércio— Ord. (100) 1400

50 Idem — Pref 14002700 cimento Aratu 9003100 Emerco S. A. Em-

presa Mercantil Im-portadora 3400

500 Fab. Artex 1255300 Idem 1200

18 Idem 1205120 Hime 1870

1000 Idem 1390200 Idem 1880

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PROPRIETÁRIOSD E

APARTAMENTOSChamamos a atenção dos Srs. proprietários de apartamentos

e condomínios em geral, para o Artigo 13 — Capítulo IV — da

Lei n.° 4 591 (16-XH-64) sobre a obrigatoriedade do condomínio

ou proprietário segurar o imóvel, sob pena de multa equivalente

a 1/12 do Imposto Predial.Face à nova Lei, a UNIÃO CORRETORES DE SEGUROS S. A.

está preparada para dar imediata cobertura contra os riscos de

ÍNCÊNDIO, raios e suas conseqüências, de que trata a Lei.

Tratar na Av .13 de Maio n.° 23, sala 505, tels.: 42-0193 e

42-9152, ou à noite, se necessário, na residência do proprietário.

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Arrecadação apresentou aumento real dé 3%fajXJornal do Brasil, Quinta-Feira, 6-5-05, L? Cad. — 13

TendênciasNalium Sirotsky

Lomanto foi a Bulhões parapedir fixação do preço docacau no mínimo de Cr$ 7,5

O Governador da Bahia, Sr. Lomanto Júnior, declarouontem, ao JORNAL DO BRASIL, momentos depois de dei-xar o Gabinete do Ministro da Fazenda, Professor OtávioGouveia de Bulhões, que os produtores de cacau relvln-dicam a fixação do preço mínimo do produto em CrS 1500,e que "o Ministro da Fazenda mostrou-se muito com-preensivo em relação às ponderações apresentadas".

Segundo o Sr. Lomanto Júnior, que deverá avistar-sehoje com o Presidente da SUNAB; Sr. Guilherme Borghoff,o preço defendido representa, apenas, o custo de produção,"sem qualquer lucro, nem mesmo os 20% de praxe".

SISALCom relação ao problema do

sisal, o Governador da Bahiadisse que pretende elevar o seupreço para CrS 210 o quilo,conforme documento entreguehá dias ao Ministro Otávio Gou-vela de Bulhões, contendo tô-das as reivindicações dos pro-dutores apoiadas pelo Govêmodo Estado.

O Sr. Lomanto Júnior infor-mou, ainda, que apesar daatenção com que o Ministro daFazenda, prometeu estudarproblemas do sisal e do cacau,manterá hoje um contato como Sr. Guilherme Borghoff, nasede da SUNAB, a íim de ex-por as dificuldades da produ-ção cacaueira.

Com um aumento nomi-nal de 139% e real de 37%em relação aos meses de Ja-neiro, fevereiro, março eabril de 1964, a arrecadaçãotributária da União aumen-tou, durante o primeiro qua-drlmestre deste ano, de CrS324 bilhões para CrS 773 bl-lliões, apresentando uma dl-ferenea para mais de CrS449 bilhões, sem computarCrS 140 bilhões em trânsitono Banco do BrasU.

O levantamento, realiza-do pelo Ministério da Fa-zenda, considerou para cál-culo do aumento real a taxade Inflação de 75%, basea-da na média dos preços dosquatro primeiros meses de1965 sobre igual periodo doano anterior.

PREVISÃO

Segundo informou aoJORNAL DO BRASIL o Dl-

retor-Geral da Fazenda, Sr.Osvaldo Geraldo Qulnsan,os resultados da arrecada-gão vem confirmando asprevisões iniciais do Govêr-no, que calcula em CrS 3trilhões o recolhimento to-tal de impostos durante oano de 1965, "e. a continuaro ritmo progressivo, é bempossível que cheguemos aofinal do exercício còm umaarrecadação superior à pre-vista".

O Governo considera queo aumento da arrecadaçãotributária deverá crescerbastante nos próximos me-ses, pois somente no mês dejunho começarão a ser co-nhecidos os números refe-rentes ao recolhimento devários impostos, principal-mente do Imposto de Ren-da, que deverá concorrercom cerca de CrS 1 trilhãopara a receita global de CrS3 trilhões.

Usiminas aplicará até 70USS 300 milhões para fazerdois milhões de lingotes

Belo Horizonte (Sucursal) — As Usinas SiderúrgicasMinas Gerais — Usiminas — Investirão até 1970 USS 300milhões para ampliar sua capacidade de produção para 2milhões de lingotes de aço por ano, o que corresponde àmesma inversão feita até agora, para produzir 500 mll to-neladas por ano, segundo os cálculos feitos pelos técnicosda empresa.

Quanto à participação japonesa na Usiminas, uma car-ta do Presidente da empresa japonesa Nlppon-Usiminas,Sr. Teino Horlkoshi, transcrita na ata da última assembléia-geral da Diretoria da empresa mineira, revela que a redu-ção de 40% para 20% na participação dos japoneses, foi"devida à grande depressão econômica ocorrida em todoo território do Japão".

Milhões em dólares

ALALC deve sua criaçãoao "gênio brasileiro *>•>

afirma Filipe HerreraO Presidente do Banco Interamericano do Desenvol-

vimento. Sr. Filipe Herrera, afirmou ontem, por ocasião doalmoço que lhe foi oferecido pelos Bancos Central e Na-cional do Desenvolvimento Econômico no Iate Clube, que"a criação do BID e o surgimento da ALALC muito se devemà participação do gênio brasileiro".

Salientou o Sr. Filipe Herrera que "os esforços dos úl-timos anos em favor da integração econômica, emborasignificativos, não têm permitido avançar muito em direçãoao objetivo, pois num qüinqüênio, podemos admitir, ape-nas, que houve um aumento quase vegetativo do inter-câmbio latino-americano".

Guanabara isenta de Impostode Vendas e Consignaçõespara estimular exportação

O Secretário de Finanças da Guanabara, Sr. MárioLorenzo Fernandes, declarou ontem ao JORNAL DO BRA-SIL que, com o objetivo de incrementar as .exportações peloPorto do Rio de Janeiro, o Governo estadual decidiu isentardo Imposto de Vendas e Consignações essas operações, co-brando apenas uma alíquota de 1%, no corrente exercício,acrescido do adicional de 8%, ou seja uma alíquota finalde 1,08%, que corresponde ã quinta parte do imposto antescobrado.

Esclareceu ainda o Sr. Mário Lorenzo Fernandes que onôvo sistema de cobrança do Imposto de Vendas e Con-signações, proposto pelo Governo federal em reunião deSecretários de Fazenda de Estados, atenderá a regressivi-dade desse imposto, favorecendo uma faixa maior da popu-lação, além de estimular o crescimento horizontal de in-dústrias, ao invés do crescimento vertical que vem sendopropiciado.

INTERESSEMostrando o interesse do

Japão em continuar partici-pando da Usiminas, o Sr.Teixo Horlkoshi — A NipponUsiminas é uma empresa Ja-ponêsa que reúne 14 outraspara participação direta naUsiminas — diz em sua car-ta que apresenta suas "entu-siásticas congratulações porseu sucesso, tendo em vlstaque a subscrição para o au-mento do capital da empresapara CrS 150 bilhões, foi efe-tuada em conformidade como que ficou estabelecido noacordo assinado entre acio-nistas brasileiros e japoneses,em 29 de janeiro de 1965".

— Desde que fui nomeadoPresidente da Nippon Uslmi-nas — continua o Sr, Teixo— em fevereiro último, tenho

Baixam ospreços naGuanabara

RECEIOS

Acrescentou o Presidente doBID que, ultimamente se receiaque falar em mercado comunilatino-americano representa amanifestação de setores ultra-nacionalistas òu a manifesta-ção de um sentimento anti-norte-americano. Nada maisfalso — frisou o Sr.. FilipeHerrera — sendo oportunolembrar as recentes declaraçõesdo Vice-Presidente dos EstadosUnidos. Sr. Hubert Humphrey,segundo o qual o 'seu pais temtodo o interesse em ver a Amé-rica Latina unida num merca-do comum vigoroso e próspero,a exemplo do que ocorreu naEuropa, onde os benefícios domercado comum se fizeramsentir em cada pais.

INTEGRAÇÃONa saudação que divigiu ao

Sr. Filipe Herrera, o Presiden-te do Banco Nacional do De-opflyratnraop.a T?/*nnfirmço, Sr,

José Garrido Torres, disse quea América Latina náo tem ou-tro caminho senão o da inte-gração econômica, uma vez queo grando ideal que ambiciona-mos éver os nossos países uni-dos e prósperos e não confina-dos a suas fronteiras nacionaisque lhes impossibilita o aprovei-t,i mento dns economias de es-cala.

O Sr. José Garrido Torresdeu o testemunho da partici-pação de Herrera nos esforçosem favor da integração eco-nômica, desde os seus primor-ciios, assinalando que "se mui-tos pensassem e agissem damesma íorma seria mais fácilo entendimento entre os povoslatino-americanos e a integra-ção mais rapidamente alcança-da." Falta contudo — íinali-zou o Presidente do BNDE —multiplicar o intercâmbio dostécnicos e economistas, paraque os ideais comuns traduzamna prática os resultados alme-iados.

NÔVO SISTEMA

Assinalou o Secretário de Fl-hanças da Guanabara ao refe-ril'-'sê à proposição do Governofederal de que a cobrança doImposto de Vendas e Consig-nações passe a ter caráter nãocumulativo, isto é que em cadaoperação se cobre o impostosóbre o valor acrescido ao pro-duto, que "esía nova modalida-de apresentará sensíveis vanta-gens de atenuação da régressl-fvidade do imposto, quando hámúltiplas operações de vendaaté. que o produto chcçue aoconsumidor".

Exemplificando, explicou oSecretário Mário Lorenzo Fer-nandez: "suponhamos uma ali-quota de 5%"; cobrada sóbre opreço de CrS 100 de uma. mer-cadoria que passe por três mãosantes de chegar ao consumidorcom um acréscimo de CrS 20em cada venda sucessiva; nessecaso, teríamos, na primeira ven-da um Imposto de CrS 5, na

Plano deempréstimoaCGSIPA

São Paulo (Sucursali — En-contra-se em São Paulo umaComissão do Banco Mundial,composta pelos economistasLouis V. Peres e André Gué. doWorld Bank, e engenheiro Re-nato Wood, do BNDE, a fim deestudar um plano de empres-timos para as Usinas Siderúr-gleas Nacionais, entre as quaisa Cosipa.

Os visitantes foram ontemhomenageados com um almoçono Jóquei Clube pela Diretoriada Siderúrgica Paulista, via jan-do em seguida para Cubatão,onde visitaram as instalaçõesda Cosipa, em fasç final deconstrução.

zBrasil fapropostasna África

Daear (FP-JB) — "Trazemospropostas concretas de vendade produtos brasileiros a preços¦de concorrência", declarounuma. entrevista à imprensa, oSv. Mário Tancredo Borges duFonseca, que chefia a missãocomercial brasileira que acabade ohegar à Capital do Senegal.

O Sr. Borges da Fonsecafrisou que existe uma possibili-dade de intensificar os inter-cambies comerciais entre o Se-negai e o Brasil. "O Brasil,afirmou particularmente, pode-ria importar íosfatos, gomaarábica e óleos vegetais",acrescentou, outrossim, que, apartir de Junho ou julho pró-ximos, um cargueiro brasileirofará escala em Dacar, quasetodos os meses.

FINAME aplicou 1 bilhãona compra de máquinasindustriais, diz Murilo

As operações de refinanciamento na compra e venciade máquinas para indústrias através do FINAME (FundoIndustrial para Aquisição de Máquinas e Equipamentos) jáultrapassaram CrS 1 bilhão, segundo informou ontemo Secretário-Executivo dôsse organismo, Sr. Murilo Gou-veia, salientando que só até 30 de abril os financiamentossomaram CrS 900 milhões.

Esclareceu o Sr. Murilo Gouveia que a maior operaçãodo FINAME somou CrS 96 milhões e se destinou ao finan-ciamento de veículos pesados de transporte para um fri-gorifico do Estado da Guanabara. Disse que com 10 ope-rações concretizadas, a sociedade de financiamentoCREDIBRÁS, do Rio, lidera em volume de transações as ati-vidades dos Agentes Financeiros do Fundo.

segunda CrS G, e na terceiraCrS 7; a soma do imposto pagoCrS 18, que sóbre o valor daúltima v e nd a representariaaproximadamente uma alíquotade 13%".

Por outro lado, suponha-mos um outro produto que pas-se apenas por duas mãos e ad-mitindo que seu preço final te-nha sido acrescido de CrS 100para CrS 140, na primeira ope-ração teria pago CrS 5 e nasegunda CrS 7, num total deCrS 12. Nesse caso, a taxa realdo Imposto, no último preço,coi-responderia pouco mais deSr:„. Como se vê a Incidênciado imposto se agrava no siste-ma atual na medida em queaumenta a área de comerciali-zação e produção até a entregafinal do produto ao consumidorou usuário-

Sabendo-se que as merca-dorias de uso mais constante,por exemplo, gêneros alimenti-cios, roupas feitas e outros, sãoas que passam por maior nú-mero de mãos atê chegar aoconsumidor, o sistema de co-branca do Imposto de Vendase Consignações sóbre o valoracrescido atenuaria Imediata-mente a regressividade desseImposto, pois, no consumo deuso geral, faria com que satornasse menor o efeito do lm-posto sóbre a maior parte dapopulação, oujo poder de com-pra praticamente está limitadoaos gêneros de subsistência.

Acentuou ainda o Sr. MárioLoi-enzo Fernandes que "o nôvosistema apresentará a vantagemde estimular a concentraçãohorizontal de indústrias segun-do a natural especialização c aracional divisão do trabalho, aopasso que o sistema atual, aocontrário, favorece a concen-tração vertical, em que as in-dústrias a fim de baratear oscustos dc produção procuram

produzir desde a matéria-primaao produto acabado, o que nãoé aconselhável pava a harmoniade conjunto do desenvolvimentoeconômico".

— É bem verdade que a ali-quota compensatória, que per-mitirá arrecadar com o impostonão cumulativo o mesmo valorda arrecadação atual ccm umimposto em cascata, será maisalta que as alíquotas atuais e,em conseqüência, transladarápara as fases primárias da pro-dução o financiamento de umamaior quantidade de imposto doque atualmente é exigido. Masêsse pequeno inconveniente épor tal forma compensado nassucessivas formas de comercia-lização do produto que não serádificil encontrar uma soluçãopara facilitar o recolhimento naprimeira operação.

Declarou o Secretário de Fi-nnnças da Guanabara que aoutra vantagem decorrente dacobrança do imposto acrescidosobre o valor, ou seja nãocumulativo, sera A Utí dirimirdefinitivamente as dificuldadessurgidas nas operações de ca-ráter interestadual, ressaltandoque "os Estados em que predo-mina a produção primária se-rão beneficiados largamentecom o nôvo sistema, porque, na"produção

primária, o valor daprimeira venda é praticamenteo valor base de cálculo do im-posto, pois nessa fase é nulo,ou quase nulo, o valor acres-cido do produto, por não incor-porar custos anteriores de ma-térias-prlmas".

Disse o Sr. Mário Fernandesque "êsse nôvo" sistema não po-deria ser adotado por uma úni-ca unidade da federação, da-do os reflexos que poderiam in-cidir sóbre a economia ¦ desse IEstado" manifestando, porém, opensamento de. que "se o sls-tema de cobrança do impostosobre o valor acrescido vier aser adotado uniformemente emtodos os Estados deverá produ-zlr rapidamente excelentes re-sultados, propiciando a obten-ção de um dos objetivos da Jus-tiça fiscal, que é o de distribuireqütativamente a carga trl-butária segundo a capacidadeeconômica dos contribuintes".

Acrescentou o Secretário deFinanças da Guanabara que"com o objetivo de íncremen-tar as exportações pelo Portodo Rio de Janeiro, o Governoestadual estabeleceu estímulosatravés da franquia fiscal, iseivtando o Imposto de Vendas eConsignações, antes cobradonessas operações. Nas operações de exportação, a Guana-bara vem cobrando apenas umaalíquota de 1%, durante o pre-sente exercício, acrescida doadicional de 8%, ou seja umaalíquota final de 1,08%, quecorresponde ii quinta parte doImposto de Vendas e Consigna-çóes da 5,4%" finalizou.

Os dados mais recentes daFundação Getúlio Vargas i.ndi-cam que na Guanabara o custode vida estabilizou-se na últi-ma semana de abril e que jáhouve uma pequena baixa naprimeira semana de maio. OMinistério do Planejamentoprometeu divulgar hoje gráfi-cos sóbre o custo de vida e opreço dos gêneros alimentícios.

Os novos dados da Funda-cão Getúlio Vargas referem-seunicamente ao período que seinicia com a última semana deabril, pois nos 30 dias anterio-res o aumento foi da ordemde 3,9';.., como já foi anuncia-do. A FGV revelou, também,que no Rio Grande do Sul ospreços subiram 0,18% na pri-meira quinzena de abril.

íeito o possivel para levantarfundos necessários, num totalde 5 bilhões de ienes, quantiaessa que corresponde à parti-clpaçfio dos acionistas japo-nêses".

— Falando francamente —continuou — devido à depres-são econômica em todo o ter-ritório japonês, todos os acio-nistas da Nlppon, náo sòmen-te as empresas siderúrgicas,como também os fabricantesde maquinaria, encontraramdificuldades em atender àproposta de aumento de ca-pitai. Sendo esta a situa-ção, fiz o possível para solici-tar ao Govêmo japonês, quenos concedesse financiamentoespecial para financiar osacionistas e o resultado foique pudemos assegurar umfundo de 5 bilhões de ienes.

Castelo nãoé entendidona Europa

O banqueiro Fernando CatãoMagalhães Pinto, filho do Go-vernador de Minas Gerais, dis-se ontem ao regressar da Eu-ropa, que "o povo europeu nãocompreende o Govêmo CasteloBranco, inclusive porque a des-valorização do cruzeiro se acen-tua dia a dia, causando J3és-slma impressão do Governo quesurgiu para restaurar as finan-ças."

Acompanhado de sua esápôsãe do casal Paulo Matos Gon-çalves, o Sr. Fernando Maga-íhães Pinto, falando sóbre acandidatura do Sr. SebastiãoPais de Almeida ao Govêmode Minas Gerais, disse que,embora êle não fosse o seu.candidato, "não deixa de reco-nhecer que tem as maioresoportunidades, sendo um ho-mem hábil, simples e rico."

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Estocagem eExportação de Carnes

A Associação dos Abatedores de Gado e Frigoríficos doBrasil Central enviou, ontem, o seguinte telegrama ao Supe-rintendente da SUNAB:

nao copeHá outros aspectos relativos ah Banco Na-

cional da Habitação que devem ser acentuados.Em dezembro último, através de uma cartade intenções, sob a garantia da Agência para,o Desenvolvimento Internacional, o AFL-CIO(Federação Americana de Trabalho — Con-gresso ãas Organizações Industriais), a Con-federação Geral do Trabalho áos Estados Uni-dos, estendeu-lhe um crédito de US$ 23 mi-Ihões para ser amortizado èm 15 anos. O BNHainda não conseguiu concluir as negociaçõessobre tais créditos. Recentemente,'foi a vez doBanco Interamericano abrir-lhe um créditode USS 10 milhões, que também não pôde seraproveitado até agora, ao que consta, por faltade projetos específicos.

E há mais: as letras imobiliárias compul-sórias ainda não foram regulamentadas, cri-ando as maiores dificuldades aos construtorese proprietários de imóveis. Não foram regula-mentaáas as Sociedades ãe Crédito Imobiliá-rio que deverão surgir para financiar o setorparticular, através da vendade letras imo-biliárias, o retorno à construção civil.

O Banco alega que já comprometeu CrS 30bilhões em financiamentos a várias COHABs.E afirma que as primeiras unidades serão en-tregues dentro dos próximos 30 dias no Recife,Brasília c várias outras cidades e municípiosáo Pais.

Mas se a Cooperativa n.° 1 da Guanabaraparece ter sido recuperada, existiriam 68 outrasna expectativa ãe verem aprovada a sua cons-tituição para qxte possam iniciar as atividadesde construir moradias.

Rece7ilemente, o banco concluiu os estu-dos para o estabelecimento dos índices de cor-reção monetária, considerados essenciais noprograma de estímulos à iniciativa privada.Mas ainda não estão operando as várias Car-teiras (Promoções, Financeira, Redesconto,Arrecadação), inclusive as Habitacionais quefuncionarão nas Caixas Econômicas para cap-tar recursos e facilitar a construção ou aquisi-cão da casa própria através do País.

O esforço feito nos primeiros seis mesesfoi grande, não se pode negar. O caminho pelafrente, porém, é ainda mais longo porque ago-ra é preciso fazer o banco existir como institui-ção e operar com eficiência para que sejam al-cançados os objetivos áo Plano Nacional daHabitação.

A saga do "Lóide Uraguai"

Em meios do comércio exportador áo Riode Janeiro circula a história do Lóide Uruguaique é bem uma demonstração da ineficiênciada Marinha Mercante do País. Aquele naviodeveria ter carregado em Santos no dia 26 defevereiro para chegar a Nova Iorque no dia17 de marco. O carregamento foi feito e oLóide Uruguai teria se deslocado para outrosportos brasileiros apenas para voltar i}ovamen-te a Santos. E só teria chegado em águas nor-te-americanas em meados ãe abril. Importado-res americanos teriam emitido duro protestoporque o atraso causou-lhes sério prejuízo.

Nordeste e Fundo Alemão

Dos 200 milhões ãe marcos do Fundo Ale-mão de Desenvolvimento, cerca de 102 milhõesforam reservM7õs~^paru~crN^ré^&tè^MeciMu___s^

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"Doutor Guilherme Borghoff .DD. Superintendente SUNAB — Rio GB.

que a SUDENE aprovaria os projetos que fiz.essem jus aos créditos. Constituído um grupode trabalho logo foram estabelecidos contatoscom os vários Estados para a alocação dascotas. Industriais nordestinos também foram

¦-e-m-mdadüs^_..a_je,_çandidatar aos financia-. mentos.

A Associação dos Abatedores de Gado e Frigoríficos do Bra-sil Central, reunida ontem" tomou conhecimento da reformu-lação de critérios anteriormente estabelecidos por essa Supe-rintendência para ordenar a estocagem e a exportação de carnebovina em 19C5. Tal reformulação afetou interesses das emprê-sas de capital nacional, pois implicou em redução de suascotas em geral e em impossibilidade prática de exportação pelamaioria delas. Cotas se fixaram com base em médias de matançade vários anos, beneficiando grandes empresas que vinham di-mlnuindo os abates enquanto médias e pequenas nacionais osaumentavam para atender as nossas populações e contrariandocritério já tradicional que tomava por base o movimento doano imediatamente anterior. Também empresas sem autoriza-ção slpama para exportar não poderão agora realizar cotasde venda ao exterior através de outros frigoríficos autorizados,conforme fora estabelecido por essa própria Superintendência em'ofício

dirigido á CACEX a 18 de março último. Dessa formagrandes frigoríficos, que deixaram de atender a -procura domercado Interno em épocas difíceis, vão agora colher os fru-tos rendosos da exportação, enquanto médias e pequenas cm-presas nacionais perdem mais uma oportunidade de obter recur-sos para seu melhor aparelhamento, Lamentamos ter de infor-mar não existir receptividade entre associados para arcar comnovos ônus da estocagem em 65, já que lhes veda acesso aosnegócios lucrativos com o exterior. Atenciosas saudações. Ass.)Mozart Garcia Nascimento — Presidente". (P

PRIMEIRO TÊXTIL

Adiantou o Secvetário-Exe-cutivo que a primeira operaçãode refinanciamento de máqui-nas para a indústria têxtil,através do FINAME, íoi desti-nada a uma empresa do inte-rior dc São Paulo, que adqui-riu teares automáticos paramodernizar sua produção detecidos cie algodão, com prozode pagamento de três anos, noi.ilor total de CrS 30 milhões.

Da transação, participou co-mo agente financeiro o Bancocia América do Sul, da Capitalpaulista.

O Presidente do Banco Na-cional de Desenvolvimento Eco-nómlco e da Junta Coordena-dora do FINAME, Sr. JoséGarrido Torres, declarou quenão faltarão recursos para su-prlr o crédito a médio prazoaos Industriais desejosos demodernizar suas instalaçõesfabris.

"Journal"vê mercadode café

Em comentário sobre » situa-cíio do mercado cafeeiro. o Jour-n.il nr Commerco, dc Nova Iorque.afirmo quo "o Brnsil tem segui-do o íiuico caminho que lhe 6possivel, com seus embarques bemalmlxo dn quota, em exeolentoposlçíío pfira verificar bo o AcordoInternacional do Café está real-mente capacitado para estabilizaro mercado mundial".

Acentua que a principal barrei-ra á grande meta do Brasil é amedida em que mantêm os catesafricanos fora do mercado, e qu»o país "gostaria de receber euarecompensa na forma de um mer-cado ordenado, que lhe dâ possi-bilidade do enfrentar a lnvae&odos robustos e dos tipos suaves".

SINDICATO DOS EMPREGADOS EMESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS

DO RIO DE JANEIROAv. Presidente Vargas, 502 '— 22.° andar — GB

EDITAL DE CONVOCAÇÃOASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

Na forma dos estatutos, convocamos oscolegas bancários, associados deste Sindicato,para uma Assembléia Geral Extraordinária, arealizar-se na Sede Social da ASSOCIAÇÃOBRASILEIRA DE IMPRENSA — A.B.I., àRua Araújo Porto Alegre, 71-A, no dia 7 docorrente (sexta-feira) em primeira convocaçãoàs 18,30 ou em segunda e última às 19 horas,com a seguinte ordem do dia:

ABONO DE MARÇORio de Janeiro, 4 de maio de 1965.

A JUNTA GOVERNATIVAPaulo Zimmevmann

Secretário

Aviso Aos Consumidores de EnergiaPara expansão e melhoramento da rede de distribuição de

energia elétrica, e segurança do pessoal que realiza esse serviço,torna-se indispensável interromper o fornecimento de eletrlcl-dade nos seguintes logradouros:

AMANHA7-5-1965 (SEXTA-FEIRA)

ZONA SULPeriodo: Aproximadamente das Th 30m hs 17 horas

LEBLONRUAS: Félix Pacheco, Padre Leonel França. AVENIDA: ' Vis-

conde de Albuquerque entre os ns. 927 e 1392.Periodo: Aproximadamente das 8 às 12 horas

BOTAFOGORUAS: Paulo Barreto, Voluntários da Pátria.

ZONA NORTEPeriodo: Aproximadamente das 7 ks 18 horas

TIJUCARUAS: Fontes Castelo, Conde Bonfim, Eduardo Xavier. ESTRA-

DAS: Velha da Tijuca, da Oávea Pequena, Rita da Costa,do Chapecó, da Pedra Bonita, da Vlsta Chinesa, dasCanoas.

DEPOIS DE AMANHA8-5-1905 (SÁBADO)

ESTADO DO RIOPeríodo: Aproximadamente das 7 as 17 horas

DUQUE DE CAXIASRUAS: Bahia, Pernambuco, Itatlnga, Paraná, Mato Grosso, Rio

Grande do Sul, Ceará, Amazonas, Bárbara de Araújo,Dr. Albino Imparato, Cruz e Sousa, Cândido Mendes.AVENIDAS: Duque de Caxias, Paulista. Jjau-

RIO LIGHT S.A.Serviços ide \ Eletricidade

Mas revelou-se de nôvo o problema da es-cassez de projetos. Dobrando-se à realidade aSUDENE optou pelo caminho dos anteproje-tos que lhe permitiria estabelecer prioridadese lhe facilitaria os entendimentos com os re-presentantes do Governo alemão. Ganhar-se-iatempo para que aquelas idéias aceitas e exeqüí-veis pudessem ser transformadas em projetostécnicos, capazes de obter o financiamento de-sejaão.

A tática foi bem sucedida. E ontem a Em-baixada alemã aprovava a alocação ãe DM 40milhões para a Cia. Hidrelétrica do SãoFrancisco, um hospital e equipamento parauma fábrica de cimento em Alagoas. Na próxi-ma semana será encaminhada à Alemanha aproposta de um financiamento global de DM 8milhões para pequenas e médias indústrias.

Verifica-se, assim, aue o problema do Nor-deste não é só da SUDENE, é áos Estaáos, mu-nicípios e do setor privado que querem crédi-tos mas não se preparam para recebê-los nempara gastá-los.

Rendas Federais

O Governo Feãeral continua trabalhanâonas estimativas sobre as rendas que deverá au-ferir no ano corrente como resultado das pro-fundas modificações nas leis do Imposto sobrea Renda ?. de Consumo. No caso déste últimotributo haverá boa produtividade das transf or-mações das alíquotas. Ignora-se, ainda, se re-sultados semelhantes serão obtidos pelas ãe-mais modificações opostas à lei. Quanto aoImposto sóbre a Renda, já se registraram subs-tanciais acréscimos em virtude dos cuidadosmaiores nos descontos em folha, atingindo to-dos os assalariados. Pela proposta encaminha-da ao Congresso definindo a sonegação comocrime acredita-se que melhores resultadostambém serão possíveis no que diz respeito aoImposto de Renda sobre a pessoa jurídica. Se-gundo a nova lei desse imposto a incidênciamáxima sobre a pessoa física vai a 65% en-quanto a incidência sobre a pessoa jurídicaeqüivale a uma taxa de 28 mais 7%.

O crescimento da renda proveniente da-queles dois tributos tem sido acentuado nosúltimos aíios. Em termos percentuaisyporém,o Imposto ãe Selo é o que tem creüçiúo.lhais.A evolução a partir áe 1959 rate1 Í9b4 foi aseguinte: I. Consumg,.áe 53 bilhões, e>800 mi-Ihões em 1959 para 880 bilhões no ano passa-ão-(.l640'jl); I. Renda de 46 bilhões epi.19,59para 482 bilhões em 1964 (1040%); Impostode Selo dc 17 bilhões em* 1959> ptmWSWl-Ihões em 1964 (1 05077),n • -<r- &)¦»»

Eni relação a 1959 a renda tributária daUnião crescewem 1 220% ¦¦efiVtêf-mosinó)niriáis,passando de'140 bilhões fàfàtttilhaò'7Í8 bi-Ihõesè't>ÍlÔ64.

: B3¦¦'¦¦'•*'¦: '*v

14 — l.o C.ul., Joiiuil do Brasil, ÇJutnta-Pòlra, 0-5-05

AGENDAJBDIA DAS MAUS — Foi lançada nas escolta pvlm&rlaa da Guanaba-ra a campanha Vamos Ajudar its Máes Pobres, em homonniíem AMãe Brasileira, princlpalmonto àquelas desprovidas do recursos.

! * » r t. »¦ ' -ENQUADRAMENTO — Os ferroviários da Central do Brasil poderão.«tá amanha, lüterpor recursos contra o enquadramento publicado310 suplemento do Diário Oficial, de 7 de Janeiro último, segundo

..comunicação ,»,,dlreçfio tl_v.cmprt.sa da Comlssáo Mista Revlsora dos' -Stauos de (_,laí__,iílci.<;fvo-tios Cantos dos Servidores Portuários c Fer-'"íòvláiiu...cej-%i -i'i----_lUPOSTAEISTA A Escola de Aperfeiçoamento dos Correios e Tolé-

. -nraíos avisa que os candidatos Inscritos no concurso do postallstupelo DCT, que náo revalidaram suas inscrições no DASP, poderãoprestar a primeira prova (Legislação, Goograíla o Matemática), bas-tando apresentar o cartfio de identificação fornecido pelo DCT, duosíotogralins 3.-. 4, de írente, sem cliapóu, e titulo eleitoral.

EXÉKC1T0 — Termina no dia 15 o prazo para requerimento de ma-1 tricuia no concurso tlc admissão à Escola do Comando e Estado-

Maior do Exército, podondo Inscrever-se no mesmo os capitães cmajores das armas e serviços do orreglmentanSo ou exercido desrespectivas funções após o curso de EAO.

ÍJ.KSPEG — A Escoln de Serviços Públicos marcou pura o próximodia 10 a Identificação da prova escrita especializada, prestada pelos', candidatos a nutricionistas dos hospitais do Estado, o que será feitona eedo da E3PEG, na Av. Carlos Peixoto, 54, oitavo andar, a partir' das 13 horas. i. No dia 17, a partir das 71» 30m, no primeiro setorüe I_,aborattirio"*BromatolâgIco Francisco de Albuquerque (Rua doResende, 110), será realizada a prova prátlco-oral do Química Ann-

• litica Aplicada do concurso de farmacêutico, promovido pela ESPEG,para as Inscrições de 6 a 25.

TRENS — O.-; trens elétricos paradorés que se destinam à Estaçáo deDeodoro, náo pararâo hoje, devido a Interrupção na linha um. nasEstações do Méier c Todos os Santos entre 11 e 16 lioras, fazendoparadas em Silva Freire e demais estações.

' CAN — A Comi~sáo de Festejos do 34.° aniversário do Correio AéreoNacional vai realizar um concurso para premiar estudantes do nivelmédio (ginásio, que realizarem trabalhos de redaçáo sobre os se!--Viços prestados pelo CAN.

PAGAMENTO — A Subciiretoria de Finanças pagara hoje. na Pontado Calabouço, os funcionários da Panair quo ainda não receberam,atendendo aos funcionários dás letras A a J, das 9 às 11 lioras. edas letras K a Z, das 13 ás 15 horas.

AERONÁUTICA — Será realizada ás 10 horas de amanhã..nu Escolade Comando e Estado-Maior da Aeronáutica, a solenidade de eneer-j-nmento dos cursos de 1904. com a presença do Presidente da Repú-Wica.

CURSOS — Na Escola dc Submarinos, na Base Almirante Casiro o, Silva, será realizada hoje a cerimônia dc encerramento do curso cu.

submarinos para oficiai.-.. :;; Ainda se encontram abertas ns Inseri-ções para o curso sobre a novn Lei do Selo. quo será realizado a

partir do próximo dia 10 na Fundação Lowndes. devendo os Inte-ressados se dirigirem á Bua da Quitanda n.° 159, 3.° andar. -_|: A' partir dn-.. 13 horas do próximo dia 11, o Ministro Joáo Lira Filho

' ministrara, no Centro de Estudos Políticos do Tribunal Regltnir.lEleitoral da Guanabara, um curso sobre Politica o Economia, pataO qual as inscrições se encontram nbertas.

PANAIR — O Departamento de Administração do SAPS (Largo deSão Francisco, 35, 13." andar) esta autorizado a receber a documen-

. tação dos ex-funcionários dn Panair Interessados em colocar-se na-quela autarquia.

CONFERÊNCIAS — As 181i 30 ni de amanhã, na Escola Nacional d>Música, o Professor Mário Barata realizará uma conferência sóbreo tema: Aspectos Iconográficos e Históricos do Kio de Janeiro noSéculo XIX c no Início do Atual — Os Fundamentos da Urbs i.suas Imagens. ;'; No próximo dia 12. ás 20h 30m, na sede dos Ca-demos Brasileiros (Rua Prudente de Morais. 1291, a Professora Hr-loísa Mnrla Cardoso cia Silva fará uma conferência sóbre Educaçãoc Desenvolvimento.

ENSINO A Secretaria üe Educação vai realizar concurso pnra provi-mento efetivo de 450 vagns de professor secundário.

CONGRESSO — O Centro de Estudos Odontológicos do Exército£ lestá convidando nos oiteiais-det.tist.is do Exército a se Inscreverem

Imo IX Congresso Odontológico Brasileiro e no II Congresso Interna-'cional de Odontologia, quo serão realizados pela Associação Brasi-" Seira de Odontologia, em homenagem no IV Centenário do Rio d»;_3anelro.

PSICOLOGIA —'A Sociedade Brasileira clc Psicologia Pnra-simboló-ígica eslá convidando os seus associados e adeptos pnra participarem•amanliS, na Hun Arqulns Cordeiro. 447. da solenidade do seu segun-tío aniversário de fundação.

FESTA — O Clube dos Caiçaras realizará a partir das 22h 30m de¦ nmanbS um jantar dançante, com a orquestra de Zé Maria, se-.t

6rgáo eletrônico*." conjunto de boate e do sliow Rio, Uossa e lialnn-'<,"j, com Lení Andrade.- Manuel Gusmáo, Quarteto dc Mário CastroKevcs c bailei moderno de João Lopes, com ns bailarinas Voko eRu-inia Turana,

.KOI.ENIDADES — A Administração da Irmandade de Nossa Senho-tt-a do Rosário e São Benedito dos Homens Preços vai realizar a Se-

.maua da Abollçio, entre amanhã e o próximo dia 13, com as se-'sulnlas solenldndes: miasa por alma dos abolicionistas, ãs 11 horas:

romaria ao monumento de José do Patrocínio, às 14 horas; sessãosolene de encerramento, no auditório do jornal O Globo, com a pai-tlclpação do coro orfeónlco da Escola Heitor Lira.

FOTOGRAFIA. — A Federação Internacional de Arle Fotográficaestá organizando um concurso com a finalidade de revelar novos"valores '. estimular prática da fotografia artística, para jovens entre

]i4 e 25 anos, distribuindo, entre outros prêmios, nma bõlsn-de-cs-iudos na Alemanha,

íAroVA — Os candidatos ao exame de admissão à Escola de Espé-' cinlistas da Aeronáutica, inscritos pela Guanabara, serão submeti-idos á prova de português, hoje, no Maracanã. .

Nina falará hoie na Câmara ôaído•' DCT quercontra as decisões do STF casanoDF

O Deputado Nina Ribeiro(UDN) solicitou tempo àMesa Diretora da Assem-bléla Legislativa para ia-zer, hoje, um discurso abor-dando as recentes decisõesdo Supremo Tribunal Pe-deral, que afirmou serem"uma afronta aos ilustresmilitares encarregados dosIP Ms, principalmente noque se refere ao habeas-corpus concedido ao ex-Governador Miguel Arrais",

Pontes ligadas aos meiosmilitares informaram quegrande número de oficiaiscomparecorá à. Assembléia

para assistir ao discurso doDeputado Nina Ribeiro,manifestando-lhe todo oseu apoio. Os militares jãtêm conhecimento dos tér-mos do pronunciamento do'parlamentar udenista.

QUEIXAS

Afirmou o Deputado Nl-na Ribeiro que a maioriados militares encarregadosdos IPMs têm manifestadoseu descontentamento anteas decisões tomadas peloSupremo Tribunal Federal,apontando, dentre elas, co-

mo as mais sérias, a con-cessão de habeas-corpusaos ex-Governadores Ml-

guel Arrais e Mauro Borges.— Esses militares —

acrescentou — estão che-sando à conclusão de que dsnada valeu fazer uma re-volução para libertar o Paisda subversão e da corrup-ção, uma vez que os maio-res implicados estão sendoagraciados pelo STF, to-lhendo assim a Justiça Mi-litar na aplicação. das de-vidas medidas punitivasàqueles cujas culpas fica-ram comprovadas.

Habeas dá liberdade ao padre LajeBelo Horizonte (Sucursal) —

O padre Francisco Laje Pessoafoi pôsto em liberdade ontempor força do habeas-corpus quelhe concedeu o Supremo Tribu-nal Federal, afirmando ao dcl-xar o Quartel do 10.° Regimen-to de Infantaria, em Juiz deFora, que pretende ser agora oque sempre íoi desde sua or-denação sacerdotal: "amigo dospobres e humildes e sacerdotede Jesus Cristo".

O Comandante da 4.a RegiãoMilitar, General Alfredo SouloMallan, esperou em seu gnbi-nele o cumprimento das for-malidades burocráticas da con-cessão do habeas-corpus, sódeixando o quartel às 18h 40m,quando o padre Laje jã se pre-

parava pava ir ao Palácio Epls-copai, antes de viajar paraBelo Horizonte, onde chegaráhoje cedo.

O telegrama do Supremo Trl-bunal Federal, comunicando aconcessão do habeas-corpus aopadre Laje, foi entregue ao au-ditor titular Milton Fiúza, àslfih 35m, com horário de expe-dição dc 13h, sendo encami-nhado imediatamente ao audl-tor-substituto, Sr. Valdemar deCarvalho, Juiz do Conselho Ex-traordlnúrio, onde foi aforadoo processo.

Acompanhado do Irmão. Sr,José Laje Pessoa, e dos advo-gados Obregon Gonçalves eFrancisco Assis, o padre Latesaiu do Quartel do 10." R. I, cm

um Volkswagen, placa 63-94-04,de Juiz de Fora, evitando fazerqualquer pronunciamento po-lítico e dizendo apenas queagradecia ao Arcebispo D. Ge-raldo Maria de Morais Penidoe ãs pessoas, especialmente asde classes sociais mais humil-des, que o visitaram e o acom-panharam em seus ínomentisde sofrimento.

O padre Frr.ncisco Laje in-íormou que assumirá sua ca-deira de deputado se fôr convo-cado, pois, "não posso deixarde cumprir o compromisso as-sumido com o meu eleitorado".Êle c primeiro suplente da ban-

Çcádá lederal do PTB e o Depu-lado Milton Reis deverá entrarém licença nos próximos dins.

STM tranca processo de Sérgio

;arte Os artistas hoi-s-concours têm o prazo até hoje paia entve-Lhe.- -ir, ->nv Rnllio Nacional de Arte Moderna.

O Superior Tribunal Mlll-tar, em sua sessão de ontem,decidiu por unanimidade man-dar trancar o processo contrao economista Sérgio ResenduUilho do Marechal EstêvãoTaurino de Resende), con-cluindo que èle não incorreuna prática de qualquer ato de-lilucso.

O processo iõra mandadoinstaurar pelo Delegado de Se-rinhaém em conseqüência dedesordens verificadas no Forolocal, quando o Sr. SérgioResende já havia sido benefi-ciado com dois tíabeás-cqrpus,um no STM e o outro no STFe ambos relativos à divulgaçãode um manifesto, no qual osmilitares da Revolução eramchamados de gorllas.

ÁLIBI

Durante o julgamento, oProcurador-Geral tia JustiçaMilitar. Sr. Eraído GuéirqsLeite, ao acusar o Sr. SérgioResende, disse que o álibi deque êle viajara para o Riono dia do comício em Serl-nhaém era- inaceitável, citandocomo exemplo, o caso de umJuiz de Pernambuco que foiacusado de viajar para o Sul afim de encontrar-se com agi-tadores, quando quem viajouem seu lugar e usando o seunome foi o "conhecido agita-dor comunista Diógenes de Ar-ruela Câmara".

Disse mais o Procurador queSérgio Resende envolvera-seem agitações rurais e nos meiosestudantis, o que a prova sò-mente poderia aparecer nocurso do processo. O MinislroRomeiro Neto disse constareindos autos depoimentos de tcs-temunhas que viajaram com oSr. Sérgio Rosondo para o Rin

tocou em Sérgio nem em Sei-xas Dória".

O STM concedeu ainda ospedidos de habeas-corpus emíavor de Válter Granja deAraújo, Evaristo Lopes da Sil-va e José Leite Filho. Negouos pedidos para Nilton Bene-dito Barbosa e Gregório Be-zerra, tendo considerados pre-judicados os pedidos em íavortie Cláudio Viana Costa, Lu-icano Campagioluci. KardecLeme Cex-Tenenle-Coronel),José Barcelos Felizardo, Ma-nuel Pereira Lima. FranciscoLopes de Almeida, Manuel An-tônio Mendes André. AírtonGitai de Brito c Jaime JoséMendes, os quais já haviam sl-do postos em liberdade.

A ordem de habeas-corpusem íavor de Gregório Bezerrafoi negada, contra os votos dosMinistros Peri Beviláqua e Rt-beiro da Costa. A votação íolde 5 a 2.AGENTE DO SNI PRi.SO

A advogada Carmen Barbo-sa íêz a defesa do seu marido,o médico Nilton Benedito Bar-bosa, preso e incomunicáveldesde o dia 8 de abril na Ba-se Aérea de Cumbica, em SãoPaulo. Na sustentação oral dadefesa do pedido de habeas-corpus, disse a advogada quao seu marido não está itnpli-cado em qualquer crime mili-tar de natureza subversiva,pois está identificado com aRevolução.

O marido da advogada éagente do SNI c foi presoquando fazia uma investigaçãona Fábrica de CompressoresElétricos, no Bairro da Lapa,em São Paulo, acusada de so-negação de impostos. Após nsinvestigações r e gulamentares,

«liem» r. orivogada. o agente do

[MARÉS — Hoje: preamar — 51» 55m/l,0 e 19h 25m/l,0; balxa-mur —t_'a 30m/0,7 e I4h 20m/0,4. >;; Amanhi: preamar — Oh 25m/0,9; bal-

I.Ka-mm. — 3h 33m/0,7 c lãh 40m/0,4.

LUA — Fe__cs da Lun, para o mês de maio:

no dia 26 de março dêste ano,enquanto o Ministro LimaBrainer declarou que não irianegar a ordem de habeas-cor-pus, porquanto "o Govêrno náo

SNI dirigiu-se para a ruaquando surgiu o General do R/lPaulo Lobo Peçanha, que seapresentou como advogado daíirma e solicitou que Nilton

voltasse à íábrica a fim de en-tabularem conversação. Aochegar no interior do estabele-cimento, foi dada voz de prisãoa Nilton, o qual íoi conduzidopreso por uma patrulha da Ae-ronáutica. Concluiu afirmandoque as diligências dos agentesdo SNI não necessitam de pré-via autorização do órgão, poisos relatórios podem ser apre-sentados por missão cumpridaou oferecidos espontaneamente.

O pedido de habeas-corpusfoi negado, contra o voto doMinistro Peri Beviláqua.

KARDEC PROTESTA

O advogado George Tavaresdesistiu, ontem, do habeas-cor-pus impetrado em favor do ex-Tenente-Coronel Kardec Leme,sob a alegação de que o oficialjá se encontra em liberdade.

O Coronel Kardec Leme es-tévc presente, ontem, á sessãodo STM. Declarou nos jorna-listas que, "reconquistada maisuma vez minha liberdade, que-ro expressar meu veementeprotesto contra a prisão a queíui submetido, por agentes daDOPS, que alegaram estar a-gindo por ordem do I Exerci-to". Etn seguida denunciou 'aatitude desumana das autori-dades responsáveis pela minhaiprisão, que ao tomarem co-nhecimento de que havia sofri-do uma indisposição cardíacano momento, não permitiramque fosse retardado por horas. Ipelo menos, o meu recolhimen- jto aos nefandos cárceres daDOPS."

Sugeriu que os jornalistasdemocratas ".procurem visitaras jaulas da DOPS, onde sáolançadas os pesos políticos, pa-ra comprovarem qual a imun-Ua alimentação que lhes é ser-¦vida, paru ser comida com—as-

Brasilia (Sucursal) — Fun-clonários do Departamento dosCorreios e Telégrafos estive-ram, ontem, na Redação daSucursal do JORNAL DOBrasil, para dizer que váriosdeles, transferidos para Brasi-lia desde os anos de 1960, 01,C2, 63 e 64, estão sem casapara morar, residindo, alguns,cm barracos c, outros, "pa-gando aluguéis absurdos".

Alguns desses servidores pa-gom aluguéis que vão de Cr$ 10mil a Cr$ 120 mil por aparta-mento de sala o quarto ou mo-ram em apartamentos conde-nados pela própria Prefeiturado Distrito Federal, situadosna Asa Norte do Plano-Pilòtode Brasilia, sem que as auto-ridades do Ministério da Via-ção ou do IAPC tomem qual-quer providência.SITUAÇÃO TRISTE

Os servidores esclareceram,ainda, que a imprensa localtem divulgado vários apelos àsautoridades, no sentido de sa-nar as irregularidades e citamos casos dos Blocos 62, 63, 46,SO, 27, 29 e 36, cujos prédiosestão tombados, rachados ebrotando água das suas caixasde água subterrâneas e supe-riores. mal construídas e nãorevisadas pelo Grupo de Tra-

¦ balho de Brasilia, IAPC ou pelaCompanhia Construtora, Cá-pua &. Cápua.

— Admirados, nào sabemoscomo se* compromete o GTB afornecer 850 apartamentos per-tencentes ao IAPB e ao Minis-tério da Viação e Obras Pú-blicas, para transferir todo êsteMinistério e suas autarquiaspara Brasília, pois, como é sa-bido, centenas de servidoressubordinados àquele Ministério,principalmente os do Departn-mento dos Correios e Telégra-íos, se encontram sem residen-cias em Brasília, — disseram.

UDN marca 2.a-f eira data daConvenção em que escolheráo seu candidato à sucessão

Reunido ontem à noite, o Diretório da UDN da Gua-nabara decidiu transferir para segunda-feira, quando rea-llzarâ nova sessão secreta, a solução do problema da fi-xação da data da Convenção regional que escolherá ocandidato do Partido à sucessão estadual nas eleições deoutubro.

Da reunião, agitada por acusações ao Govêrno do Sr.Carlos Lacerda e respostas enérgicas dadas pelo Secreta-rio sem Pasta, Sr. Raul Brunini, participaram adeptosdas candidaturas dos Srs. Enaldo Cravo Peixoto, Raimun-do de Brito e Adauto Lúcio Cardoso.BRUNINI NAOSE DEFINE

A uma interpelação no cursodos debates, o Secretário RaulBrunini não soube responderse o Governador Carlos Lacer-da acatará ou não o resultadoda Convenção, se o vitoriosonão fôr o Sr. Enaldo CravoPeixoto.

— O melhor será a consultaao Governador Carlos Lacerda,mas aos meus amigos udenis-tas formulo apelo para que semantenham unidos e afastadosde intrigas e pensem apenas noengrandecimento e fortaleci-mento do Partido — disse.

Os partidários do engenheiroEnaldo Cravo Peixoto acredi-tam que até o fim do mês cieestará homologado pela Con-venção Regional da UDN. Tãologo tenha o seu nome apro-vado, o Sr. Enaldo Cravo aban-donará a Secretaria de Obras,que passará a ser exercida peloengenheiro Marcos Tamoio.

O Sr. Enaldo Cravo Peixototeiíi dado os retoques finaispara consolidação da sua can-didatura na área política ude-nista, visitando comitês debairros e entrando em contatocom os deputados estaduaisda UDN.

Esquerdas descontentescom atuação dc Lutero

Inclustriahsverão KAiaaciedos Calçados

O local onde surgirá a Cida-de das Calçados, em SantaCruz, será visiatdo hoje por 50industriais de calçados, curti-dores e fabricantes de artefa-tos cte couro, em companhia doPresidente da COPEG, Sr. Fer-nando De Lamnre. A constru-ção das fábricas será finan-ciada pela COPEG, dentrodo plano de desenvolvimentoeconômico da Guanabara.

Além da visita aos terrenosde Santa Cruz, os industriaisseráo recebidos na CHEVAP eseguirão, logo depois, para Se-petiba — onde almoçarão —estando previsto para às 16 lio-ras o retorno.

Desconfiados de que o Sr.Lutero Vargas está submeteu-do o nome do engenheiro Hé-lio de Almeida a um processode desgaste, com o objetivo de,em última análise, lançar acandidatura do Senador pesse-dista Gilberto Marinho, pelacoalizão PTB-PSD, ao Govêr-no da Guanabara, os setorespolíticos de esquerda ameaçamlançar candidato próprio,abrindo cisão no esquema elei-toral das forças populares.

Os círculos esquerdistas apon-tam o Senador Gilberto Mari-nho como um candidato que,ao mesmo tempo, agradaria aoSr. Lutero Vargas, ao Gover-nador Carlos Lacerda e, "mui-to possivelmente", até ao Pre-sidente Castelo Branco e aoGeneral Golberi Couto e Silva.VETO A NEGRÃO

Os esquerdistas cariocas es-tão convencidos de que o Sr.Lutero Vargas procura impe-

dir a consolidação da cândida-tura' do engenheiro Hélio deAlmeida, e para essa conclusãomuito colaborou a reunião qu?o Presidente do PTB teve hádias com o Sr. Negrão de Li-ma, que também deseja serlançado pela coalizão PTB-PSD.

No encontro, o Sr, LuteroVargas comunicou ao Sr, Ne-grão de Lima que não há con-dições para a sua candidatura,explicando que o Sr. Hélio deAlmeida tinha preferência só-bre o seu nome, porque sem-pre esteve ligado ao PTB,íoi Ministro do Sr. João Gou-lart e contava com o apoiodas esquerdas, sem as quais oPartido não poderia marcharpara as urnas.

Em resposta, o Sr. Negrão deLima disse simplesmente:

— Então, vamos todos juntosapoiar o Hélio.

O Presidente petebista pon-derou imediatamente que eraainda muito cedo para qualquerdecisão.

<

AVISOS RELIGIOSOS

mãos; como são humilhados eofendidas como se fossem criminosos condenados -por crimesiníamantes

Ao MeninoJesus de PragaAgradeço graça alcan-

cada — Antônio.

ALICE ALVES DEARAUJO MORAES

MISSA DE 7.° DIA

Joaquir.3 Rodrigues Alves deAraújo, Nelson Luís de Araújo Moraes,senhora e filhos, Eduardo de Araújo

Moraes, senhora e filho, Luís de Araújo Mo-rais, senhora e filha, José Carlos de Araújo Mo-raes e senhora, e demais parentes, agradecemas manifestações de pesar recebidas pelo fale-cimento da sua querida filha, mãe, sogra e avó,ALICE, e convidam para a missa pela sua bo-nissima alma, amanhã, sexta-feira, dia 7, às 10horas, na Igreja Santa Cruz dos Militares (Rua1.° de Marco).

Ao Menino Jesus dePraga e ao Glorioso

Santo AntônioAgradeço a graça alcançada.

— FERNANDO.

NOVAL. Q. CRESC. | L. CHEIA : Q. MINC.

O JDia 2 Dii 1? Dia 23

Bambirra sai após um ano de prisão

Q.EMI'0 — Brasília: tempo bom. Temperatura.: estável. Vento,: doquadrante leste, fracos. Visibilidade: boa. — Máxima: 2G.5. Mini-ma: 17.2. — Kecife e Salvador: tempo instável, pancadas esparsa:..Temp.: estável. Ventos: de sul a leste, íracos a moderados. Visib :tjoa. — Belo Horizonte: tempo bom. Temp.: estável. Ventos: doquadrante leste, íracos. Vlslb.: boa. — São Paulo e Curitiba: tem-po bom, com nebulosidade variável, nevoeiros na madrugada. Tem-peratura: estável. Vontos: variáveis, íracos a moderados. Vlslb.:boa, salvo durante os nevoeiros. —Kio de Janeiro, Guanabara, SãoPaulo e Paraná: tempo bom. com nebulosidade variável, nevoeirosna madrusada. Temp.: estável. Ventos: variável», íracos a mpds-' rados, Vlslb.: boa, salvo durante os nevoeiros.

COSTAS DO BRASIL — Norte: tempo Instável, pancadas esparsas.Vlslb.: boa. Ventos: do quadrante leste, fracos a moderados. Mar:pequenas vagas, l.cstc: tempo instável, chuvas esparsas. Visio.:boa. Ventos: de sul a leste, íracos a moderados. Mar: pequenas va-gas. Sul: tempo bom até Sfio Francisco c nublado no resto da costa;lnstabili_.ando-sc no íinal do período ao sul tle Porto Alegre, Vlslb.:moderada a boa até Santos, boa no resto da costa. Ventos: fn.cc.svariáveis até Iguapé e norte a oeste, moderados no resto da costa.Mar: chfio até Santos e pequenas vagas no resto da costa.

ANALISE SINÓTICA DO MAPA — Uma nova írente iria movimen-ta-se pelo Uruguai em direção nordeste, com tendência a atingir oextremo sul do Pais nas próximas 24 horas. Uma zona do conver-gência tropical mantém ainda Instável o litoral da costa norte até

-Espirito Santo, com chuvas esparsas. No resto do Pais o tempo -.mantém bom, com nebulosidade.

Belo Horizonte (Sucursal) —Um ano c 35 dias depois dcser preso na sede do Sindicatodos Tecelões, o ex-Deputadoestadual Sinval Bambirra rece-beu ontem com alegria a noti-cia da concessão, pelo STF, doliabeas-corpus a seu íavor noquartel do CPOR, de Belo Ho-rizonte, disposto a procurar,logo após a sua libertação, umnôvo emprego de .tecelão.

O ex-Deputado estadual, queteve o seu mandato cassadopela própria Assembléia Legis-lativa, foi o primeiro a ser prê-so om Minas e é acusado de

subversão e de crimes contra asegurança nacional.QUEM Ê

A carreira sindical do Sr.Sinval Bambirra começou em1953 quando elegeu-se Secreta-rio do Sindicato dos Tecelõesde Belo Horizonte, numa cha-pa articulada pelo ex-Depu-tado federal llacir PereiraLima. Dois anos depois, comocandidato de oposição, assumiaa- Presidência do Sindicato,derrotando o então VereadorJoão Louro. Em 1959, elegia-se para a Federação dos Tece-lões, passando a comandar 13

sindicatos mineiras. No ano se-gitinte. participou ativamenteda campanha do Marechal Lottà Presidência da República,ao mesmo tempo em que fun-dava os comitês sindicais e ope-rários no interior do Estado.

Em 1961, Sinval Bambirraera incluído no diretório esta-dual do PTB, por indicação daslideranças sindicais e interfe-rência direta do ex-Deputadofederal San Tiago Dantas. Naseleições de 1962, candidata-se adeputado estadual, conseguindo11412 votos, sendo um dos maisvotados ua legenda do PTB

WATIISGA - MARCO DA VIDA INDUSTRIAL DO PAÍS

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JOSÉ PEREIRADO NASCIMENTO

(1." Tnte. ila Marinha)Maria Sendão do Nasci-mento, Dr.a Júlia Nasci-mento Oliveira e Dr. Dio-mar da Silva Oliveira

cumprem o doloroso dever decomunicar o falecimento de seuquerido pai e genro, e convidamos parentes e amigos para o seusepultamento, no Cemitério dcSão Francisco Xavier (Caju),¦hoje, às 9 horas. (255

Madre Leodora e aoPapa João XXIII

Agradeço graça alcançada. —M. I.

Menino Jesusde Pra&a

Curtenar e Náira agradecemgraça alcançada. '

Gabriella Rocha de FigueiredoMISSA DE SÊTIMQ_PJA

Gabriel Carlos de Figueiredo, Gilberto OliveiraCastro e Sr.a, Roberto Osório e Sr.a, AriostoPagani e Sr.a, Cristina B. de Figueiredo e

Stella, L. Leal convidam parentes e amigos para as-sistirem à missa de sétimo dia que farão rezar pelaalma de sua querida mãe, avó e tia, às 10 horas desexta-feira, dia 7, na Igreja de Santo Inácio, na RuaSão Clemente.

Manoel Joaquim de Moraes

+ (FALECIMENTO)Duarte Alves de Moraes, esposa e filhas,João Alves de Moraes e esposa, CarlosAlves de Moraes, Marguerite Oliveira deMoraes e filhos, Luiz Fernando de Mo-

raes e esposa cumprem o doloroso dever de co-municar o falecimento de seu querido pai, sogroe avô — MANOEL JOAQUIM DE MORAES —e convidam parentes e amigos para o seu sepul-tamento que se realizará hoje, quinta-feira,dia 6, às 17 horas, saindo o féretro da Cape-la "A" do Cemitério de São Francisco Xavier(Caju,), para a mesma necrópole. (P

ALZIRA REISVIÚVA DR. CIBELE REIS

Missa de 7.° dia

Sua família agradece as manifestações de pesar recebidas peloseu falecimento e convida parentes e amigos, para a missa ao

7 o dia que, por intenção de sua boníssima alma, fará celebrar

dia 7 de maio, sexta-feira, às 9,30 horas na Igreja de N.' Sr do Rosa-

rio, Convento dos Dominicanos, na Av. General R.be.ro da Costa, 164.

Leme.

+

A USmiNAS está produzindo u. chapa, finas „ quente mais largas ,1a América Latim,, desde¦ o

ÂíÍAc,, pronunciamento do Dia do Trabalho como "marco da vida industrial do Iim

FRANCISCA ROCHA DE LAETMissa de 7." dia

Carlos Rocha Mafra de Laet, senhora e filhos; Maria José Rocha

de Laet e filho- Bernardind Rocha, senhora, filhos, genro noras

e netos; Carmen Rocha e filha; e Marieta Rocha, convidam;a

parentes e amigos a assistirem à missa por alma de sua querida mae

sogra, avó, irmã, cunhada, tia e am.ga Ch.quinha. a se realizar ama

nhã dia 7 de maio, sexta-feira, às 11 horas e 30. no altar-mor da Igre-

ja de São Francisco- de Paula, no Largo de São Francisco, agradecendo,

desde já, pelo ato de piedade cristã.

+

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D. Helder nega que tenhavetado padre para órgãodò Governo pernambucano

Recife (Sucursal) - O Arcebispo de Recife e Olinda.Dom Helder Câmara, disse ontem que nao vetou a nomea-eão do padre Antônio Melo para o Departamento de Assis-tência ao Cooperativismo de Pernambuco e que apenas pon-derou ao Governador Paulo Guerra que "o padre Melo se-ria mais útil à Igreja, sem exercer cargo publico .

Dom Helder acrescentou que não tem qualquer funda-mento a notícia, segundo a qual o Grupo de Ação Católica,remanescente da extinta Ação Popular, teria solicitado asua interferência no sentido de vetar a nomeação do pa-dre Melo, que deveria ter sido feita ontem pelo Governa-dor de Pernambuco.JUVENTUDE

Em dins da semana passada,quando se comentava que o pa-dre Melo seria o substituto doSr. Válter Costa Porto no DACde Pernambuco, um grupo dejovens católicos teria ido a DomHelder e manifestado o desejocle que a nomeação não fosseefetuada. Na ocasião, teria si-do comentado a posição do pa-dre Melo que, segundo os jovenscatólicos, "não se coadunavacom os princípios da Igreja. No-vn e não haveria por que ficar

»l em suas mãos um setor tãoimportante como o do coopere-tivismo".

Uma fonte do Grupo de AçãoCatólica revelou que Dom Hél-der íicou de considerar aquelaobservação, não emitindo du-rante o contato nenhuma opi-nião acerca da justeza ou nãodo pedido que lhe era feito.

¦ Agora, entretanto, a sua inter-

ferêneia junto ao Governadoríoi tida como atendimento àsreivindicações dos ativistas ca-tólicos, que teriam compareci-do ao Palácio do Arcebispadoe sugerido o veto ã nomeaçãodo padre Melo.

O Departamento de Assisten-cia ao Cooperativismo de Per-nambuco é o órgão encarregadoda orientação e fiscalização detodas as cooperativas existen-les no Estado. Funcionam emPernambuco cerca de 316 co-operativas entre as dc crédito,consumo e agropecuárias. Tnisorganizações têm 137 564 asso-ciados c deverão movimentai-recursos financeiros da ordemde Crs 10 bilhões no correnteano, pois só o Banco do De-senvolvimento do Estado dePernambuco, nos últimos no-venta dias, fèz empréstimosàquelas sociedades no valor cleCrs 1 bilhão.

Bezerra queralterar Leida Educação

Brasília (Sucursal) - Pro-jeto de autoria do SenadorBezerra Neto (PTB-MatoGrosso) foi apresentado noSenado, ontem, alterando aLei de Diretrizes e Bases daEducação, ao introduzir, noensino técnico de grau mé-dio, o curso artístico, par:),a formação de atores, con-tra-r è gr a s, cenotécnicos esonoplástlcos.

A proposição institui, tam-bém, no ensino artístico denível médio, o curso pré-téc-nico, de um ano, "em que.poderão ser ministradas a.sdisciplinas específicas do en-sino técnico, a critério doConselho Federal de Edu-cação".

ORGULHO DE ESTADO

Fa

Acompanhado de secretáriae guarda-costas, Bidault

ministrar cursoparachegaAcompanhado de uma intérprete e de um guarda-cos-

ias de terno marrom, o ex-chefe da Organização do Exér-cito Secreto francês, Sr. Georges Bidault. chegou ontem aoRio, a fim de preparar as 15 aulas de um curso de exten-são que ministrará, a partir do dia 11, na Universidade doEstado da Guanabara.

O Sr. Georges Bidault está asilado no Brasil em conse-qüência de suas divergências com o General De Gaulle e,morando em Campinas, afirma que tem vivido de contri-buições, "comendo o pão do asilo com a manteiga dos ami-gos". Justificando que "não se sabe até onde podem ir asaves voadoras", negou-se a falar sôbre os planos para oíuturo.NAO FICARÁ

O ex-chefe da OES afirmaque continuará no Brasil, ntequando puder voltar à Francae "enquanto o Governo brasi-leiro der a generosidade de seuasilo" e n8o pretende fixarresidência no Rio. mesmo de-pois do curso, pelo qual rece-berá uma importância que nfiorevelou. .

Nas 15 aulas que ministrara,pretende analisar a Organiza-ção da Europa Unida, as ela-pas de sun formação, as ten-dencias, dificuldades, os resul-

. tados que poderão advir e, fl-nalmente, o seu íuturo.

• — Não se sabe, ainda, se aEuropa caminhará pana umaíederação, confederação — nuqual todos os Estados conti-Tiuem soberanos —, ou se man-lera o atual slatus quo — afir-

! mou o Sr. Georges Bidault.1 MERCADO COMUM

Ao falar sôbre o MEC, o Sr.Bidault disse tratar-se de umproblema multo complexo, pois,

. na Europa rios Seisde países que fazem parte üoMCE — "são falados quatrolínguas, numa extensão menordo que a cio Peru, com a Fran-ca, do tamanho de Minas Gu-rais, apresentando uma Ale-manha de área quase Idênticaá de São Paulo, o com a Bél-gica, pequena como Sergipe,tendo todos, no entanto, uma

população igual â dos EUA oua da América Latina".

— Os seis paises que com-põem atualmente o MCE deve-rão marchar sozinhos pára;pouco a pouco, receberem novosmembros, como Portugal e Es-panha. Desejo, contudo, que osgrandes blocos econômicos jáexistentes ou em formação —como o MCE. CO ME CON,ALALC c a Comunidade Brita-nica, se façam progressivamen-te abertos, ao invés de se tor-narem economicamente fecha-dos — disse o Sr. Georges Bi-dault.

Sóbre o ingresso da Inglater-ra no MCE, afirmou que mui-tos pafscs são contra, por ve-rem nela a penetração não sôda Comunidade Britânica naEuropn, como também dos Es-tados Unidos. "Outros paíáes,porém, são a favor, por conside-rarem a Inglaterra uma con-'tlnuação natural da Europa,pois não dista mais que 28 qui-lômetros do Continente".

Perguntado se a criação dosgrandes mercados provoca va_a

3c certos pai-ses, deixando outros, uo mesmotempo, apenas com a agricultu-ra e na situação de fornecedo-res de matérias-primas, disseque "a criação de grandes uni-dades econômicas não é a res-ponsável pela. industrialização,pois ela independe disso, sendoque o Rhur, por exemplo, nãofoi obra do MCE".

80 anoso Vovô daPublicidade

O Sr. Eugênio Leuenrotb,considerado pioneiro da propa-ganda no Brasil, será home-nagado hoje com um almoçopromovido pela Standard Pro-paganda, no Iate Clube do Rio,em comemoração ao seu 80.°aniversário. O Sr. Eugênio Leu-enroth iniciou suas alivida-des há 53 anos, quando íun-dou uma agência de publicida-de e, até hoje, cumpre diária-mente seu expediente pois ain-da é funcionário da StandardPropaganda.

Seu trabalho pioneiro já foi¦ comentado inclusive pela revis-

ta Time, que focalizou intime-ros aspectos de sua vida prç-fissional. inicinda há mnis dcmeio século. Considerado oVovô da Publicidade no Brasil.receberá hoje náo só as home-nàgèns dos funcionários dnagência, como também de inti-meros outros publicitários, mui-tos dos quais se iniciaram, hámuito tempo, com o Sr. Eugê-nio Leuenrotb.

Rede terá

que pagarimpostos

A 5.a Câmara Cível deci-diu, por unanimidade de vo-tos, em sua última sessão,que a Rede Federal de Ar-mazéns Gerais S.A. deve aoEstado da Guanabara osImpostos de Localização ede Indústrias e Profissões,uma vez que a imunidadefiscal de que cogita o Arti-go 31, letra A da Constitui-ção federal, não abrange associedades de economlamista.

A decisão foi tomada du-rante o julgamento do Agra-vo de Petição no Mandadode Segurança impetrado poraquela empresa contra oConselho de Contribuinti

fimiona sentença de primeira ins-táncia, que denegara o pedi-do. A defesa do Estado, queesteve a cargo do Procura-dor Rômulo Olivieri, foi fei-ta com base em sucessivosacórdãos do Supremo Tribu-nal Federal.

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Jornal do Brasil, Quinta-Felra, 6-5-C5. 1° Cad. — 15;

Petrobrás compra terrenodo Estado paia construirseti eçlifíeiq-sede no Rio

O Marechal Ademar de- Queirós.c ,© Governador CarlosLacerda assinaram ontem a escritura 'de compra e vendado terreno compreendido entre ás1 Riias'da Constituição,dos Andradas, Teófilo Otôni e Avenida Presidente Vargas.neio qual o Estado recebeu CrS 1 bilhão da Petrobrás, >queali construirá o seu edifício-sede, a ser concluído em cincoanos.

A solenidade, realizada na atual sede da Petrobrás, naPraça Pio X, marcou a primeira visita de um governantecarioca àquele órgão, tendo seu Presidente, Marechal Ade-mar de Queirós, afirmado na ocasião que "esta visita vemestreitar as relações entre o Governo do Estado e a maiorempresa industrial do Pais".

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O Governador disse qii« o Estudo se sente orgulhoso cm transacionar com a Petrobrás

Juarez decide transferirpara Brasilia até 1966todo o seu Ministério

Brasília (Sucursal) — O Ministro Juarez Távora de-ç.idíu ontem, depois de uma reunião com o General ÁlvaroLa Rocque, dirigente do Grupo de Trabalho de Brasilia.transferir até o próximo ano todo o Ministério e suas au-tárqüiás para o Distrito Federal.

Durante todo o dia de ontem, o Ministro permaneceuem Brasília para tratar especificamente do problema, ten-do afirmado, depois dos entendimentos que manteve, queaqui se sediarão os órgãos de sua Pasta e das demais au-tarquias pertencentes ao MVOP, ficando no Rio de Janei-ro. tão-somente, representações dos diversos setores do Mi-nistério.

ontem iniciados e promover olevantamento dos funcionáriosque se transferirão. O plano demudança, segundo os entendi-mentos, ficará concluído até ofim- do ano.

APARTAMENTOS

O General La Rocque. por seuturno, garantiu ao Ministro daViação que estará em condições,dentro de um certo prazo, deatender às reivindicações deapartamentos para efetivar ain udança, comprometendo-se.desde logo, a entregar, dentrodé CIO dins, a.s primeiras unida-des de uma quota de 850 npnr-tamentos do IAPB. parn rest-dência.

Pol constituída; durante areunião dos dois titulares, umacomissão de três membros —integrada pelos Srs. CrisantoSeabra Fagundes e Celso Bier-rénbacb de Castro do MVOP,e pelo Sr. Felinto EpitácioMaia, do GTB — a fim cle ul-limar, com o General AlvnroLa Rocque, os entendimentos

O próprio Ministro JuarezTávora manifestou que preterirde se fixar em Brasília. Alias,existem centenas de funciona-rios do Ministério que já .setransferiram, desde o nno de

EmTresidencius oupara morar em barracos ouapartamentos condenados, naAsa Norte da Cidade. Outrosestão residindo em apartamen-tos particulares, pagando preçosabsurdos, que vão de CrS 10 atéCrS 120 mil, por um quartoe sala sem as demais depen-dôncias.

Bangu vaihomenagearpracinhas

Estudantes vestidos a cará-ter, representando o Brasil.França. Inglaterra c EstadosUnidos, participarão da con-ceutraçáo que a Administra-ção Regional de Bangu farásábado, ãs 9 horas, na PrnçaPadre Miguel, em homenagemao Dia do Expedicionário cquecontará com a presença do Ma-rechal Mascarenhas de Morais.

Como parte dos festejos doIV Centenário, a Administra-ção Regional de Bangu reali-zou ontem, às 20 horas, no sa-lão do Bangu A. C, uma con-ferêneia do Professor JustoFerreira sôbre o Rio. Hoje, às18 h. haverá show artístico pa-ru operários, na Prnça do Tra-balhador.

A homenagem aos pracinhasda Segunda Guerra Mundial,será aberta com missa campal,às 9h de sábado, na Praça Mi-guel, local da concentração. Lo-

-go cm seguidü, sérSõ hasteadas,ao som dos respectivos HinosNacionais, as bandeiras do Bra-sil, França, Inglaterra e Estn-dos Unidos. Além dos estudan-tes de Bnngu e Padre Miguel,estarão presentes o GeneralUlhoa Cintra, e o Secretáriode Serviços Públicos, GeneralSalvador Mandim.

O ATOi.

A assinatura da compra doterreno estadual pela Petro-brás foi realizada às 11 h 30 nic além do Presidente da cm-presa e do Governador, com-pareceram o S e c r e t á r io deObras Públicas, engenheiroEnaldo Cravo Peixoto, direto-' res e demais representantesdaquele órgão.

Em seu discurso, o MarechalAdemar de Queirós disse quehá 11 anos passados a emprê-sa cresceu e se expandiuocupando inúmeros edifícios cpresentemente ocupa uma áreade 24 730 metros quadrados,sendo'que 10 178 de sua pro-priedade e 14 552 alugados.

— O prédio — disse — seráInvestimento oportuno, porqueevitará que a empresa continue apagar aluguéis que presente-mente se elevam a CrS 100 mi-Ihões anuais.

VANTAGENS

A vantagem de uni edificiopróprio, reunindo num só localtodas as dependências da Pe-trobrás, está, segundo o Maré-chal Queirós, na rapidez deexecução do serviço, evitando-se desperdício de tempo nn cir-culnção de pessonl e documen-tação. além de possibilitar me-lhor coordenação interna e ce-leridadc nas decisões.

— O edifício-sede será loca-lizado no Rio — justificou oPresidente da Petrobrás — por-que êste é o maior centro de

comunicações cto País. tem fa-eilidade de transportes, está aolado do maior centro industrialdo Pais, e é onde se localizamas sedes dos principais estabe-lecimenlos bancários, as enti-dades dc crédito internacionale os estabelecimentos dc ensl-no médio e superior dc maiorprojeção,

BOM CLIENTE

Falando de improviso, o Go-vernador Carlos Lacerda disseque a localização do edificio-sede da Petrobrás na Guanaba-ra é para o Governo uma aspi-ração, "pois mantém em nossoEstado a empresa que consoli-da o desenvolvimento nacio-nai".

— O Governo do Estado —disse — se. orgulha de ter fa-cilitado esta transação. A idéiade. construir-se uma só sedepara as empresas já é consa-grada, por entidades de menorporte que a Petrobrás, e esta-mos fazendo o mesmo com oBanco do Estado. O dinheirojá pago pela Petrobrás está hámuito empresado em obras pú-blicás no Estndo. Se houvessemais prédios n vender, seriacom prazer que os colocaríamosá disposição do órgão, que já éum bom cliente nosso". t

Finalmente, o Governadorcreditou à Petrobrás uma sériede facilidades nn construção doprédio, retirando a fixação deum número certo de pavimen-tos e a de prazo certo cle cincoanos pnra a, finalização do edi-ficio sob pena dc multa.

Brasileiros e portuguesescontra Salazar reverenciamdia 10 memória de Delgado

Personalidades brasileiras e portuguesas, contrárias aoregime do Sr. Oliveira Salazar. inclusive asilados políticoslusos saídos de outros países sul-americanos, tomarão par-te nas solenidade?, póstumas programadas para homena-gear a memória do General Humberto Delgado, no dia 10de junho, ein local a ser ainda fixado.

O escritor Álvaro Lins será o convidado de honra e ojornalista Paulo de Castro o orador oficial da solenidade.A data escolhida, para a realização da solenidade foi 10 dejunho por ser êsse, segundo os organizadores du homenú-gem. "o Dia da Raça, sempre comemorado com grandepompa pela raça a. que pertenceu o morto".A LUTA

Cinco comissões vão apurarirregularidades havidas noSindicato dos Jornalistas

Já foram escolhidos os associados do Sindicato dos Jor-nalistas Profissionais que integrarão as cinco comissões deinquérito destinadas a apurar irregularidades praticadaspor diretorias anteriores, segundo parecer aprovado peloMinistro do Trabalho, na semana passada.

O Sr. Reinaldo Santos, um dos quatro ex-diretores de-nunciantes, informou, ontem, que as cinco comissões pre-cederão a uma revisão no quadro de associados e investi-garão o financiamento de automóveis pela Caixa Econômi-ca, a venda irregular de passagens aéreas, e a malversaçãode verbas em campanhas eleitorais.

O melhor espetáculo da terraacontece... na ÁGUA!

Fê§TiVAL NA

AGUA(Holiday on Skis)

o QUE HOUVESôbre a malversação d e

verbas, informou o Sr. Rei-naldo Santos que. por ocasiãodas últimas eleições no órgãoda classe, sem aprovação dosquatro membros da Diretoria,foi impresso um boletim-ma-nifesto, e feitas publicaçõesdc matérias pagas'nos jornais,"pró-diretoria vencedora. Es-tas despesas atingiram aquantia de cerca de 2 milhõesr!e cruzeiros, o que, com os

Estudantesdo Cearáprotestam

Fortaleza — (Do Corres-pondente) — Estudantes se-cundários promoveram on-tem manifestações contra-rias á decisão do Prefeitodesta Capital, Sr. MuriloBorges, que concedeu au-

.. mento das passagens déônibus.

Alguns grupos mais exai-fados tentaram depredar

: veículos lias ruas centrais,. mas foram contidos pela

ação da radiopatrulha, queos dispersou sem maioresconseqüências. Os protestos,porém, continuam.)

'2 mil e poucos votantes exis-tentes, dá uma média de milcruzeiros para cada voto de-positado.

Sôbre o financiamento de !automóveis pela Caixa Eco-nômica, disse o Sr. Reinai-do Santos que várias pessoasestranhas à classe, com a titi-lização cle, registros profissio-nais de jornalistas e sem oconhecimento dos titulares,conseguiram comprar carrosfinanciados.

- \ '- 'ÀWW'^ '->'J_W TW ¦ __? ' '-^C-

MAIO

DIA DASMÃES

KM

Lacerda vaia Castelopelo turismo

O Governador Carlos Lacerdaenviou, ontem, telegrama aoPresidente Castelo Branco, a-través do Ministério das Re-lações Exteriores, propondo umacordo entre a União e o Esta-do destinado a incentivar o tu-rismo na Guanabara e no Pais.

Na proposta, a Guanabara,além dos recursos que estãosendo aplicados no momento,propõe-se a conceder verba deCrS 100 milhões para financia-mento de campanhas promocio-nais visando a atrair turistas.A proposta foi baseada na a-fluência dc turistas america-nos, que se deslocuram para oRio pelo carnaval.

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CASSIO MUNIZtem o presente

daMamãeem 30 MESES

O assassinato do Gen e r a !Humberto Delgado continua arepercutir entre os asiladosportugueses no Brasil, emboraapenas alguns líderes recebam

ros cinsinvestigações feitas em tornodos últimos momentos do Ge-neral, cle sua secretária Ara-jarir e mais alguns auxiliaresque o.acompanhavam.

Sabe-se que um setor opo-sicionista pretende reeditar ojornal Oposição Portuguesa, en-quanto outro aguarda os resul-tados finais das investigaçõespara dar a público detalhesainda inéditos. O Coronel Oli-velra Pio desenvolve grandeatividade para quo sejam mar-cadas, o quanto antes, as elei-ções gerais para a escolha riolíder efetivo dos asilados por-tuguêsex, em todo o mundo.

EXPULSOS

Os Srs. Henrique Galvão eRodrigo Abreu estáo prática-mente afastados dc qualquertentativa de reconciliação como restante dos oposicionistasportugueses, uma vez que "nãosabem divergir c têm encontrossuspeitos com elementos daEmbaixada dc Portugal".

O Capitão Galvão, segundo osasilados, nada mais quer como movimento anti-salazarista eo Sr. Rodrigo Abreu, "quando

Delgado se candidatou ao Go-vérno. em 1958, já tinha másintenções com relação ao can-didato".

Essa atitude de afastamentodos asilados é considerada pre-Mdirinl pi'"' a èipp AÇka] ' m.i.i

é necessária, pelo nada que re-presentam os dois".

O Capitão Henrique Galvãoteria atrasado o movimentoem varies anos. quando, emvez de seguir rumo ã Áfricacom o navio Sanla Maria, veiopara o Brasil, "porque sabiaque. sendo contrário ã auto-nomia das colônias portuguesasem ultramar, não seria bemrecebido".

ESPOSA NÃO VIU

Baila jos i UPI-JB) — A cs-posa do ex-General HumbertoDelgado retornou, ontem, á sunresidência cle Lisboa, sem terconseguido identificar o cada-ver que sc acredita seja dochefe dá oposição portuguesa.

A Senhora Maria Iva de An-cl r a cl é viajara, especialmenteparu Baclajós, acompanhada dofilho e de um advogado, paratentar identificar o corpo en-contrado na região de Villa-nueva dei Presno, mas tudoindica que as autoridades cs-panholas não lhe permitiramver o cadáver nem os perten-ces encontrados próximo aomesmo. —

RODRIGODE FREITAS(Gávea)

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Everardo acha difícil àCPI esconder "caixinha"

porque povo não é burroO Deputado Everardo Magalhães Castro afirmou on-

tem qne nada o surpreenderá quanto à conclusão da CPIda caixinha, "mas será bem dilicil para ela convencer o

povo, que tem faro e não é burro, de que não há nada, nãohouve e nunca haverá nada de anormal na Assembléia da

Guanabra".Sôbre discurso pronunciado pela Deputada Edna Lott,

respondendo a declarações suas a respeito du nomeação da

üspôsa do Coronel Kardec Leme, afirmou que não pôs em

dúvida a honra do militar, mas apenas acha que "basta

óle pretender jantar a revolução, mas querer sobremesa e

pão-de-ló é demais".

CASSIO MUNIZRua Sinadot Dintas, 74 • uiuina i% Cvariilo da V«>g«Avtnita Copicibim, 782-A • En li«nu is tn-PtiJcaR. Viic. it tUbo.ll, 4(9 - aluai Maiilra Falida TaMt • Nilaral

RESPOSTA

Revelou o Deputado Evernr-do Magalhães Castro que sósoube do discurso da DeputadaEdna Lott pela imprensa e quese estivesse presente não res-ponderin e talvez se retirasse,•'dado que sendo ela uma da-ma", teria que comportar-secomo uni valheiro."

- Compreendo sua vèeuiêiAcia cm me criticar, pois. con-forme ela mesma confirmou, unomeação dn cspõsn do coronelcomunista Kardec Leme íoi desua iniciativa. Por conhecerbem os militares, especialmenteos revolucionários <• os maisdignos, ê quo sei da revolta que -tal ssstò-Provocou. NSo busco,conforme- a deputada procla-mou, tirar o pâo da boca da

família do coronel, já que estecom esposa e dois filhos, temrecebido regularmente os seusvencimentos como militar, oquo considero de Inteira jus-tiça. (•

— Adicionar-se aos seus vqn-clmentóSv conto cpronel os fiaespêsa nòfueada,' no panairia,cpnt ordenado de CrS 660 mil,£\rf_pito,' uma afronta, comounin afronta foram as nomea-ções dc filhos, esposas ctc, daisehbores deputados.,' E, per-punto. qual o direito da esposa,üo coronçl, noiríeaç/a »ém con-etmo, em conflito ciinr os dl-rejtus di' jovens-

"bancárias, co-merciarias

' e Jndu/triória.? quenâo iofam nomeadas apenas

porque não dispunham de pis-tolão?

\.^:..m fif.v.ws-

jg _ 1,0 cad., Jornal do Brasil, Quinta-Feira, ^'65_

José Luís tem como certa a vitória de BewitchedBinóculo TÉCNICA GAÜCH4

A égua Lausannc. vencedora |do G~ P. IV.jiÇentenãrio.^íoi-iiincluída como.cabeça dn ohavi;um no campo do G.' P. SãoP.uilo. cabendo aos argentinos.Mr.anim, Aurélius e Solféo mustrês restantes. Os demais, pelaordem, são Último Gaúcho,Itamarati, Dulçor, Que Lindo.Láncil, Interlagos, Pantheon.Young Love, Quibor, Snowbrown, Zenabre, Deacio eEgoísmo.

LAUSANNE APRONTA

Lausanne deverá ler seuspreparativos encerrados namanliã dc sexta-feira, contem-do com u direção de Franciscoirlgoyen, que estava sendoaguardado ontem de BuenosAires. Pancho adiou a viagem,por 24 lioras, mas comunicouao Sr. Alfredo Scstini, proprie-tárlo da égua. por telegrama,a sua decisão de estar presenteuo apronto final.XAINXÁ NO JÓQUEI

Jóquei Clube Brasileirorecepcionara, na noite de sá-bado. o Xainxá e a Impera-triz do Irã, oícrecentio-ihes timbanquete nn Tribuna ãe Honra,com inicio previsto parn ns20h 30m. Logo após n reali-zação do Grande Prêmio, 6."do programa, .serão queimadosfogos de artificio.

A diretoria da entidade ca-rioca está empenhada em cum-prir sua verdadeira finalidadede clube esportivo social, sem-pre presente aos grandes acon-tecimentos.

DITONGO. O MELHOR

Ditongo tem o mellior exerci-cio para o G. P. AssociaçãoBrasileira de Criadores de Ca-valos, completando os 121)0metros em 76", justos, na di-reção (ío bridão chileno JuanMarchant.

Sabót, para a mesma prova,aumentou, para. 7S", com Al-bênzio Barroso muito tranqüiloem seu dõrso.

HUDSON NO SABADO

O cavalo Hudson está sendoaguardado em Cidade Jardim,na manhã de sábado, devendoficar sob a orientação de Joa-quim Gonçalves Bueno, queretornou às atividades depoisde cumprir pena cie suspensão,

URUGUAIOS SÒ HOJE

Os cavalos uruguaios inseri-tos nas provas internacionais desábado e domingo em Cidade.lardim, só hoje deverão chegara. São Paulo, em virtude de nãolerem sido regularizados a tem-po os documentos de embarqueEstão sendo aguardados togomais Snow Crow, Que Lindo.Pirangi e Ateneu.

JOUR ET NUITO Jóquei Clube de São Paulu,• ijor intermédio da Comissão cie

Fomento, acaba de adquirir náFrança o reprodutor Jotir ELNuit. com a finalidade de in-corporâ-lo aos garanhões queservem no Posto Agropecuário.

FLOREIOS BONSParo os compromissos de fim

de semana no Hipódromo duGávea, deixaram magnífica im-pressão os floreios de Sapoli.Don Diego. Jcolé, Lord. Rico.Rei Ricardo. Azurra, Portela.Fairy Flower. Helena Vainpa.Extra- Dry. Sorano. Fiapo, SeuLei)!/, Frecdon, Echinon.. Epc-ron, Miss Glide e Kaidalá.

PLEOCADIO

Pleocádio com Audálio Ma-chado em seu dorso, trabalhou

300 metros em 88" 2/5. comalgumas reservas e sempre pelocentro da pista. O potro foiinscrito no Prêmio Raul deCarvalho, em 1 3 0 0 metros,numa carreira cm que Snlama-Íec, com o aumento do percui-so, tem suas possibilidades bas-tante alimentadas.••FOKFAITS"

Os forfaitfi conhecidos pa-ra a corrida tie hoje à noiteim Gávea sâo os de Tocaio eSizado no páreo de amadores,Roberto r íforil no 5o e Tei-nml no 7.° páreo cio programa,BABÃO

HamWEggs ' .1. B a f f i c a ipartindo dn volta fechada, dagalope largo e ajustando namilha, trouxe para a distânciatotal a marca de 144" 2/5, com110" a milha, chegando algocontido e sempre pelo centroda pista. Palman (D- P. sil-va) melhorou para 109", do-minando com facilidade a Bál-(sano (F. Conceição), que oaguardava nos 1 400. Candom-blê (D. Moreno.) muilo à von-tade, trouxe 92" para os 1300.

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ílrin i Ciiriliif.il i-iiiuliitiríi Timoneiro un miili th* haja, e poilfí aplicrír càúhécinientosfizfíriiih um dós melhores iln fuís

(ulijiliritlòs ho llipáilriiinn ile Cristal, f/»«' o

C. R. Carvalho assinou ontem Bewitcheã em turma fracacompromisso paia conduzir é favorito destacado doBar no G. P. Xainxá do Irã .sexto páreo da noturna

SÁBADO

O treinador campeão da tem-porada passada, Josó Luis Pe-drosit, acredita, quo possa mo-lhornr dc posição na noito dehòjoi através dos seus pupilosBewltched e Bcaujolais que,.segundo suns próprias declara-ções, estão colocados cm turmaonde sc prevalecer a clnssc cer-tnmente irão obter a vitória.

Com relnção a Bewltched,npesar da presença de El Ca-cique e pela primeira vez atuarsob a luz dos refletores, aflr-mou não ter dúvida da vitóriae não bnstnsse a melhor cato-gorin, o trabalho da semnnapassada de 105" para n milhae o segundo de 109", a puro ga-lope, seriam argumentos posi-tivos e suficientes.

SUPERIOR

E a seguir, falando das pos-sibilidndes de Bewltched, JoséLuis Pedrosa declarou que seualazão atravessa ótimo estadode treinamento e tem condiçõesinclusive, pnra ganhar de nel-versúrios bem melhores, nüosendo El Cacique o empecilhoque multn gente quer preteií-der que seja. Admite, o treina-dor, que seu pupilo já largatomando conta da corrida e noíinal se apresentará correndomais que qualquer outro con-corrente.

SÓ PERY

Na prova em que tomaráparle seu pensionista Beaujo-lais, deixou claro José Luisque apesar da ótima íormaque ati-nvessn seu pupilo, umrival, Pery. pela sua rapidez,em 1 200 metros, não deve seresquecido. Mns, disse, que suaconfiança maior em Bcaujolaisnão é apenas pelo excelenteestado do cavalo, mas tnm-bém peln maior classe, poden-do inclusive esmagar os ad-versários de tal forma, no ini-cio do percurso, que não exis-

ta a possibilidade de Pery sur-gir como ameaça.

Com relação a Xamete, ins-crllo no sétimo páreo, o trei-nador José Luís Pedrosa es-clnrcceu que mesmo numa pis-ta mnls seca acha a tarefa bas-tante difícil, pela presença doscomponentes da parelha um,Timoneiro-Reine, que lhe pa-rece dominar inteiramente aprovn. E admite que Timonei-ro, na distância; no flnnl do-mine sem maiores problemasn corrida c dificilmente sejadominado por qualquer cou-corrente.

TAMBÉM DIFÍCIL

Outra prova que José Luísacredita ser difícil é aquelaem ciue se ncha inscrita Ofen-sa, pois indicou Chave comoa dona- absoluta da disputa,pois corria e ganhava de ad-versários bem melhores. Masespera que Ofensa possa con-seguir a segunda colocação, jáque para a dupla espera umaluta bnstnnte difícil e equiii-brada.

DEPENDE DE ERNANI

Comentando, depois, acercado páreo de abertura do pro-grama, comentou Pedrosaque a carreira é equilibrndaparn todos e o jóquei vito-rioso deverá ser aquele demaior coragem e habili-dade. E. por Isso mesmo éque referiu-se bem liumora-do ao seu amigo Ernnni Pi-res Ferreira, avisando queapenas dele dependin a vitó-ria. já que o estado dè Bér-bere é o melhor possivel. Eencerrou:

— Ernãni me disse que vaisair procurando a ponta dequalquer maneira e acha quevai correr na frente e, nessaposição, não mais será supe-mdo. Só depende de êle cum-prir a promessa...

Predomíniosaiu e chegoucom ritmo

Predomínio que recentemen-te conseguiu um bom .segundolugar frente a Hudson, voltoua deixar impressão dns melho-res no seu floreio pnra correro Grande Prêmio Sun Majcs-tade Imperial Xninxá do Irã,lendo no seu dorso M. Silvn.

Sempre fazendo o percursobcm aberto. Predomínio com-pietou a voltn fechada eni138", com a última milha eni108". tendo finalizado os 200metros em menos de 14" alctosofreado pelo jóquei. Dar, tam-bém em grande forma marcou187" 3/5 nos 2 040 metros mui-to fácil.

GUADALUPEArabatashe 'A. M. Cami-

nha) trouxe para os 1 200 amarca de 83". com poucas re-servas. Skindó (B. Alves) re-aparece com alguns floreios,sendo que o Ultimo, vindo demnis longe, finalizou o quilo-metro em 68". agradando mui-to, e Guadalupe IF. PereiraF.°) chegou agarrado com Us-tinoff (L. Carlos) em 80" 2/5para os 1 200 metros.

UNION STREET

Union Street íO. Cardoso)chegou de galope largo ao ladodc Cheitan fJ'_ Silva) em 8fi"os 1 300. Escurinho )J. PortI-lhoi aumentou para 87". com.sobras. Lincolin (P. Fontoura'deu um carreirão de 84" pnrtos últünos 1 200. Égis (J. Sou-sa) da mesma forma, assinalou97" os 1 400, sendo que vinhabem melhor do que seu spar-riiig.

1." PAKEO —l ano metros —

As i!)ii 45mCrS 500 1)00.

1-1 F. Ju.itice. H. V.ifc-c. ,2 Arabatnshe, A. M. C,

2—ll Sotéla, A. Ramos ....-5 Bltindõ. H. Alves

3—:> Guadalupe, v. Est. .Volãnl-.i. M. Heu. ...Auu Bata. S. Sllva ..

4—8 L. Roc-, J. Tinoco .,.9 Azfiléft. C. R Carv. .

10 Oardl. í\ Menezes ..

Kg5S

53565858

2011 151)1i ooo ooo.

Rio

3

5656565656565656

5656

5I>54566056

36565656

10

4 56

56

Nossos

palpitespara hojeGurango — Bérbe-

re — NavaroneLüarentò — Spot-

tin Life — J.I.Chave — Lenoca

QualopaKumi — Hoirié —

AratibaCompadre Cabreio

Bórdalo —Cadete Oriòn

Bewitched — ElCacique — Nihuil

Timoneiro — IliovNectar , Dou-

radoBeaujolais — Pery

Bob Lee

3.» 1'AREO — AS1 300 metrôs — CrS

I— 1 Union-Street. A.•¦ Cheitan, J. Süv» ...

2—2 Eíourliiho. C. R. CnrvLincolin. A. Santos ,Tlbõ, F, Esteves ....

3—5Eals; A. Ramos ....G Nóvftmíis. J. Sus- *¦¦ •" Sl-.vlolé. A. Machado

4—8 Carapftliíla. H. Vasc.!) Havaí. D. P. Silva ..

10 Úlster, J. Reis •i<> PAKEO — As Mli 4.->m

1 coo metros — cr? 500 ooo

1 1 Htttn N'EgS, J, Bat, . *

2 Palmou, P. Uma 18—.1 Candomblé. O. Corti. . 2

" Corumln. S Maia .Pinsolinlio. A. Assey,

4-0 Banclar, A. Ricardo" Cndmu, J. Correia ... 3•• Babão. A. Santos '

4» puüío — As :;iii ii"'1 200 mi-trus — Cr? 1 000 000

..__--.l-Ana Maria. H. Va__c. . -

2 G. Clr.um, L. Santos , *

:i Palmoa, D. P. Silva ..2—4 T. Love, A. Ricardo ,

La Boa. L. Acnfia ....Poeira, P. Sontoura .

3—7 Economia, A. Santos ." Engra, S. Esteves •' Exuberante, A. Much8 Old-Dallla, . A. Ç, S

4—D Emmet. O. Cardoso ..10 Courauea. 3. Tinoco ,

" Opinda, A. Ramos ...11 OdioíH. -1. G

5 o PAREO — As 2111 501111 300 metros — CrÇ 1 000 000.

1—1 S. de Solell. A. Mach. 7" pilasse, F. Esteves .. "2 Xltalali. J. Reis

2—3 Salomè, A. M. L'. ...- '• Àlãte, A. Marca! ....

4 Oltáni.i. A. líamos .,3—5 L. Peroba. A. Santos

fi H.-Pi'lnceèh. P. Lima7 V. Gablróba. J. T. ...

4—8 Unfalr, J, Correia .II Eilesie, A. Ricardo ..

10 ConstantsMi, L. Santo.11 Urtézlu. O. Cardoso

li o PAKEO — ÀS 22U 25111 —

2 100 metros — CrS 3 (100 000 -

(Cirande Prêmio Sua MajestadeImperial Xainxá do Irã) — Bel-tin.,0.1-1 Bar, C. R. Carv *

" Clcricato, J. Sllva "-1 Qúerlon, D. Moreira . *

2—3 Don Dleao. A. Rlc. .. -I" Estlieta, J. Portilho . *

K. Prince, F. Esteves . *

Arl-.epan. J. Tinoco .. 63—6 Predomínio, ÍIC Sllva . 7

" Sapotl. J. Bíifllca 2Ebro, A. Santos lCaio, D. P. Sllva 3

4—9 El Plconero. J. Heis 'io Montelepre, H. Vasc. . *

11 El Emir, J. Correia .. *¦¦ Tubi, O. Cardoso 5

-,.« PAREO — As 23 horas1 300 metros — Cr? «oo ooo.(Betting).l-~i Monteliore, J. M&. ... 4

Mlstrol. H. Vasc 4 ¦

Mosqueteiro. C. R. C. .2—4 Flomanu-. NV Lima ..

5 Real. D. P. Silva ....0 Hemiciclo, .1. Negreló .

3-7 Ocar-Wày, O. CardosoIcotc. J. Marinho ...Cocclnelle, L. Carlos . 2

4-10 Redoxan. A. Ricardo . >U Urussú. nfio correrá . 412 L. Rico. S. 11 Cm/.. . -

13 Dentolii. O. Ricardo .. *

8." PÁREO — As 23h 35in200 melros — CrS soo ooo

(Ul-ttillK).II Palquerc, 3. Tinoco . '

Rei Ricardo. J B. P. . 7Balmain. F. Estêvés .. 9

2—4 G. Negreo. A Reis .. 4" D. C. 8. M. Nlclcvlske *

5 Iusoleutc. .1. Sllva ... -

3—6 Aratiuiri. .!. Reis .... 1Sabrcur. A. Ramos ...FarjiiUta, J. Baíílca .

4—9 Hot-Suminer. J. G. M.10 ItaroKUam, L. Actifuia11 Orei, J. Fíusundes ¦ijl Cartaxo. A Campos ..

2." Páreo — As 14 li 15 in — 1 400melros —• CrS 600 000.1-1 Hollsa, S. Sllva * 57

2 Hand, N. Lima .... •_ 572—3 Elana, O. Cardoso ., 2 57

4 Oclrema, A. Ricardo . 5 573—5 Havollnc. F. Esteves . 3 57

li Happy Baby, M. Hen-rlque 4 57

7 Paquera, A. M. Canil-nha 1 57

4—8 Terracoa. A. Ramos , * 57!i A-.zurra. A, Ncry ... * 57

10 Osògada, L. Acufla .. 6 573," Páreo — .vs 14 h I.i ni — 1 300

metros — CrS 1200 00(1 — (l)ra-Bõcs da Independência).l—l Falry Flower, D. Mo-

reno 2 Sandeji, L. Santos .,

2—3 Portela, F. E-stèves ..4 Sttzy Brown, C. R.

Carvalho 3—5 Dabula. A. Ramos ..

" Dilca. M. Silva 0 Tmvn Guarda. J. Fa-

gu ii ti es 5 5S4—7'Dona Meraèdes, A, M.

Caminha 3 558 Figura, A. Santos ... 8 55" Data Venta, J. Rel-s . 6 55

s 15 li 15 m — 1 6001 000 000.

A. _\;. Ca-

Bewitched quo voltn a pista na noite de hoje no sextopáreo, aparece como o maior favorito da prova e basta lm-por sua melhor ciasse para levar de vencida El Cacique,rival nestes 1600 metros do primeiro páreo dos bettings.

Evidenciando íorma de treino das melhores, o pupilode José Luís Pedrosa trouxe 105" para os 1 600 metros noexercíòio sobrando visivelmente no linal. e voltou a deixarimpressão cias melhores no apronto com 45" para 700 me-tros na pista de areia que estava agarrando.

Montarias oficiais, treinadorese últimas performances para hojel.o PAUEO - AS 20 HORAS - 1 200 METROS - CRS 400 MIL - RECORDE: 72"4/5 - CABINE

4

910

1

55

DO

4;o páreo — .vmetros — CrS1—t VenuRiano,

minha 2 Town Holly, o. Car-

doso . €—3 Extra Dry, A. Ricardo

4 Carreiro. N. correrá .3—5 Zest, A. Machado ...

G Helena Vampa. M, Sil-va "

7 cobiçada'.. L. Santos . 84—8 Ltmaison, D. P. Silva 6

O.Este. A. Ramos l10 Ondagiiassu. J. Sllva 45.» páreo — As 15 li 15 m — 1 300

nu-inis — CrS ioooooo (PremiuRaul de Carvalho)\i-\ pleooiicliu, A. Mtichttdò 6 53

9 543 ifi

5454505654

5fi10 50

56<l 56

56li 56

565656

61535660535656575353

60575656

3 57

2—2 Seu Levy. M. Sllva .. 1 55Fixo. A." Hodecker ... 7 55

3—4 Salamalec, D. Moreira 5 355 Jocúcr, J. Reis " 55

4—6 Fólio, J. Portilho ... 2 55-Fiapo. A. Santos ... 3 35" Fado. F. Pereira F.n . * 35" Sorano, A. Ricardo . 4 55"Soldi, O. Cardoso 3 55

6." Páreo — As 16 ll 20 ttlmetros — CrS 1 200 000.

1—1 D. Ernanl, D. Esteves 12 ABsuan, O. Moura ... 4

2—3 Empedan, J. Reis ... "

Massarl. 11. Sllva ... 0Kota-Yama. J. Silva . 10

3—6 Coi-morfio, C. R. Car-valho 5, 55Fenton. 3. Negrelló . 3' 55Don Branco, O, Car-doso 8 55

4—9 Frecdon. F. Mala ... 5 5510 Mastro, J. Ramos .... 2 5511 Foxbrldge, L. Acuna . 7 55;.» Páreo — As 16 li 55 ni — 1400

melros — CrS 600 000 - (BETTING)1

1 300

55

AMADORES

A carreira iniciai cio pro-grama cio hoje é destinada aos'amadores, destacando-se en-tre eles Horácio de CarvalhoNeto com Gurango e ErnãniPires Ferreira no dorso deBêrbere. Dos outros existemesperanças na grande atua-ção de Navarone, que depoisda sua última vitória seguiuprogredindo sempre.

VELOZ

Luarento vem de segundopara Paranai em 1 500 me-tres. e agora em distânciamenor deve chegar brigandopela primeira colocação.

Sporting Life também pro-gredlü muito depois da exibi-ção frente a Purus, e temchance positiva nesta oportu-nidade. Há muita fé ainda emJ.I.. que sempre correu emturma melhor que esta.

PROGREDIU

Chave correu aceitàvelmen-te frente a Querajana e Ho-ney Love, dai o seu desta-que agora neste páreo eviden-temente mais fraco- A pilota-da de A. Santos aprontou os600 metros em 38" com so-bras, e confirmando, não deveser derrotada. Lenoca, queatravessa uma forma de trei-no das melhores na dupla, fi-bando como lertius, a fielQualopa.

REABILITAÇÃO

Os responsáveis por Kumináo acreditam na sua derro-ta, e esperam o mesmo, a rea-bilitação. Poi poupada esta

semana nos floreios, mas nãopoderia atravessar m e lhorforma técnica. Hoirié. Beclui-ná e Aratiba na formação dadupla, com vantagem paraHoirié que. neste páreo, sem-pre comparece nos metros fi-nais.

RETROSPECTO

Compadre Cabrero é francoretrospecto no quinto páreo dehoje. e também trás um apren-to des melhores, poi-? assinalou22" para 3U0 metros sobrandovisivelmente junto ã cerca ex-tei na. Bordald pela sua vfeioeí-dade inicial surge como granderival, ficando Pato Donald eCadete Ortcn como adversáriasperigosos.

CATEGORIA

Timoneiro tem mais catego-ria que os rivais do sétimo pá-reo. dai ser o franco favorito na -noite de hoje. Sua fui ma atual-mente é a melhor possivel, eseus responsáveis acreditam noseu êxito. A melhor luta serápela formação da dupla, ondeXamete, Ilfov, Nectar Douradoe Tagadá tém nossibilidade comligeira vantagem para Ilfov queJ. Portüho monta com niuitaíé na competição.

PORÁ DE TURMA

Beaujolais aparece totalmen-te fora de turma no páreo finalda reunião e pode proporcionarao freio Antônio Ricardo umbom ponto na estatística. Aformação da dupla é bem dtíi-cil entre Pery, Beb Lee e Cia-rinete, podendo o pilotado dePaulo Lima levar a melher,caso tenha um percurso feliz uaprimeira parte cia competição.

Animal Montar!»

l—l Navarone, L. M. Pereira.2—2 .Bêrbere. E. F. Ferreira...3—3 Tocaio, náo corre

4 Gurangò; H. C. Neto ...4—5 Bentevl, J. M. AragSo ..

6 Slzudo, nfio corre

Bl5959596360

Tratador

K. IX; Oliveira,i. l. PedrosaC. GomesG. L. FerreiraE. FreitasR. Sllva

Treinador UM. Pista Tempo

l.° Tocaio2." Cloy2? Navarrone6." I. do Sul2." Babão7.» Non'Stop

1 5001 0001 5001 000

1 6001 200

NPNPNPNLGilNP

87"3/563"l-597"3/563"4/598"4. 576"2.5

!.o PAREO - AS 2011 Mm - I 000 METROS - CRS 500 MIL - RECORDE 60"3/5 _ BLAJIELESS

1—1 J. I„ J. C. Martins Fugidia, J. Fagundes Maiuy, A. Campos

2—4 Luarenio, J. Hc-ls Doutorando, A. M. CaminhaI-zildiiiha. N. Lima

3—7 Sporting Liíe, L. Santos...3 Uatton, S. M. Cru?. 9 Chlsanta. J. Santos

4-10 Ronánia. J. Négveío II Tio Guimarães, J. Banos..

" Lúcia Maria, A. Ramos ....

565450545054565454545654

W. Pedersen |N. P. Gomes |E. P. Coutinho ;R. Morgado _J. W. VianaE. Pereira Filho iW. PlottoJ. C. Lima IH. SousaW. Alves |W. G, Oliveira ,ldem |

2.° Purus7." Candeur

]0.° Lady Roo2,t> Paranai

ll.o Balmain9." Lady Koo6." Purus6.° Hall-Márlc6." Lady Roc2.o Lady Roc4." Orei

ll.u Lady Roc

1 200i 3001 2001 5001 2001 2001 200

• 1 3001 2001 2001 3001 200

NPNPNPNLNUNPNPNPNPNPNUNF

78"l/583"3.579"1,599"77"79"1 '5

78-1.585"1 579"l/579"l/535"1<579"1 5

I

-.l.o PARKO AS 21 HORAS — 1300 METROS — CRS 500 MIL RECORDE: FAHINELLI

1 — 1 Chave, A. Santos 2—2 Lenoca, ,1. Portllho 3—3 Qualopa. J. Reis

4 Terwal, N. Lima 4—5 Lena Qulca. O. Cardoso.

6 Ofensa, L. Carlos

58 I L. Ferreira I 5.° Querajana 1 600 AP 103"2/358 M Sousa l.o Lena Qulca 1 300 NL 82" 1,5

56 ! P Morgado 1.° Chuva 1400 AM 90"l/554 ! C. Morgado I 3.» Attila U. 2 100 . NL 138"58 A. Morales 1." Lena. Qulca I 300 AU 34"2,554 J. L. Pedrosa j 5.» Swcctness 1200 AU 76"1,.>

4." PAREÍO - AS 211130111 - 1200 METROS - CRS 400 MIL - RECORDE: _2"4 CABINE

1—1. Kumi, A. Reis 38 A. Araújo2 Novata L. Roberto 56 C. I. P. Nunes

'—3 BoduTna, J. B. Pauliclo.... 54 W. Meireles¦1 ovanglno. M. Niclevlsl; 56 R. Costa

3—5 Hoirié"; 3; M. Santos 54 J. Pêrez6 lava, H. Vasconcelos 58 O. B.Lopes

4-7 Aratiba. S. M. Cru/, 56 A. CorreiaQue Guapa!, N. Lima 34 A. D. MonteiroRelvlnha, J. Vieira 54 A. J. Sousa

3.o4 o

PreoiositPreciosaPreciosaTerwalRou&sltePreciosaPreciosaPreciosaPreciosa

1 2001 2001 2001 3001 3001 2001 2001 200

1 200

APAPAP

NUNPApAPAPAP

78"l/578--1..578"l/583-4/585"3/578"l 573"1578"! 578"1. 5

PAREO - AS 22 HORAS - 1300 METROS - CrS 400 MIL - RECORDE: Í9"2/5 - FARINELLI

1

Nasib. P. Mala •Carabranca. A. Ramos *Madruk, O. Cardoso 2Bíiícano. N. correrá .. Ii

2—5 Plvot, J. G. Martins "' .loiro, A. Azevedo .... *

Araguari. 3. B. Pau-lielo 4Lançiio, A,. Machado 6

3—8 Echinon, J. Marinho 3Itaxl, G. Alves 8

10 Quixote. A. Ricardo 711 Marón, L. Carlos »

" Macon, M. Andrade 14-12 Ourofan', 13. Alves ... *

13 Pãteo, F. Meneses .-.. *13 Gitano. A. M_ Caml-

nha *15 Tulchan, P. Lima .. *

" Casco Escuro, S. Silva •»." Páreo — As 17 li 30 m — 1

metros — CrS 1000 ooo (BETTING) — (Areia)1—1 Camaleu. A. Ricardo !i-

Engenho, G. Alves .. 5Otan. A. M. Caminha 5

2-4 Bigurrllho. L. Acuna 5Royal Caparty, A. Ha-mos 11 fiBandit. N. Lima 5Fftche. M. Andrade .. 12 5

3—8 Eperon. H. Vasconce-los S

9 Cambei J, Fagundes 510 Escaleno, C. A. Sousa 511 Don Querido, A. Ma-

chado c4-l_: òlivlo. .1. Silva !

13 Jimba-Loo, D. P. Silva ;14 Ustinoíí. M. Silva .. .'15

57

57

Curiosos esperam ansiososchegada dos estrangeirose sabidos falam de Atenea

São Paulo (da Sucursal)' — O Hipódromo da CidadeJardim tem estado lotado dc fotógrafos e curiosos, na ex-

péctativá dos preparativos dos parelheiros inscritos na pro-ví' internacional de domingo e. pelos dois adiamentos da

chegada dos animais estrangeiros que sao aguardados hojetontem) na parte da tarde, viajando em avião especial.

A administração do Jóquei Clube de São Paulo infor-mou que os argentinos e chilenos deverão estar em SaoPaulo pela madrugada, enquanto os uruguaios chegarão atemeio-dia, caso não haja qualquer contratempo. O aprontodos craques está. marcado para amanhã pela manha, logoapós o exercício cios nacionais.

QOiBOn fi DUVIDA

1—1 Comp. Cabrero, A. Santos..2 Prlnc. José. J. B. Pauliclo.

2—3 Bordalo, A. M. Caminha...ftotaerta. não corre Meharl, M. Nlolevlsk

3—6 Iforll, não corre 7 Doze. 1. Oliveira » Qualf. N. Lima

4_9 pato Donald, M, Sllva10 Cadete Orlon, A. Ricardo..11 La Habanera. S. M. Cruz..

5854585456585858585854

M. Salesp. SimõesO ProprietárioS. BezerraR. CarrapitoC. I. P. NunesO. PintoO. C. DiasW. AttlaneslC. RibeiroA. Coutinho

2.u Lordsburg12.° Lordsbui-i.

10." Coronado6.° Coronado

10." Bluejeans14,o Lordsburg11.» Coronado3.o Boostcr5.° Lordsburg9." Novata

1 40(11 400

1 2001 2001 500.1 4001 2001 2001 4001 200

APAP

NPNP

AMAPNPNPAPNP

93"93"

77"2;577"2, 597"3,'593"77"2-578"2/fl93"78"3/5

6.» PAREO - AS 22h35m - 1600 METROS - CRS 500 MIL - RECORDE: 97"Z/5 - IAR1NELI.Í (Bettilisr)

585658545458

DOMINGOI.» Páreo — As 13 li 45 ni — 2 !C

metros — tírí 480 000 — (Areia).

1—1 Lordsbursi J. Reis .. 562—2 Tocaio. O. Cardoso .. .^63—3 Rayon, A. Haroos ... 54

4 Papa Dano, 1. Oliveira.* 584—5 Boa Vido. J.-Ramos . 5B

6 Mlracle, J. Negrelló . 5S

Ensino, P. Fontoura . 10 56ü.» 1'ãreu — As 18 li 05 m — l 300

metros — CrS 000 000 — (I1ET-TINIU — (Areia)1—1 Dialu, A. Machado .. 57

". Miss Turí, A. Suntos 572 Falr Biruta, D. P. SII-

va 572—3 Norka. C. A. Sousa 57•' Mias DUde, C. R. Car-

valho 574 Dcrcy. F. Mala 57

li—5 Arapova, J. Reis .... 576 FloraiUnlin, J. Tinoco 57i Kaldafai Mi Sllva ... 57

4—8 Rosatlor. S. lf. Cru/. 570 Tulsa. N. cowerft *' 57

10 Boina Real, L. Carlos 57

A presença de Quibor noGrande Prêmio não eslá ga-râhtidâ, porque o animal ain-da sente o joelho em que le-vou ponias-de-togo. rece n-temente .segundo seus respon-sáveis só' no exercício de ama-nhã, ficará decidida ou não asua participação no domingo.

CaStoririo Borges, treinadordc Lancil está um pouco de-«animado com o floreio domesmo, que chegou com açãomuito fraca, mas atribuiu olato a um possivel mal pa.ssa-geiro. acreditando que até oapronto de amanhã, o cavalopossa recuperar sua melhorcondição técnica.

DENDICO E ZENABRK

Dendico Garcia logo apósdesmontar de Zenabre no tra-balho para o G. P. São Pau-lo, era o mais otimista, afir-mando que o craque terá nosargentinos Solféo c Aurélius eem Lausanne seus principaisadversários. O freio não quistecer uma opinião sobre Ma-auim, alegando não o conhe-cí-r,, pois nunca o viu correr.

Zenabre toi o quarto coloca-do no G. P. IV Centenário,atrás de Lausanne. Solféo eAurélius, mas teve um pereur-so adverso na reta oposta cgrande curva.

João Godoy é da mesmaopinião que o jóquei Dendico.preferindo, contudo, esperar omomento do páreo, torcendopara o bonito Zenabre.

O.s sabidos bem informa-dos sobre o turfe sttl-ameri-cano comentam que a éguauruguaia Atenea. inscrita noG. P. Organização Sul-Ame-ricana de Fomento ao PuroSangue de Carreira, em 2 000metros, venceu recentementeuni páreo clássico, enfrentan-do, entre outros, o conhecidouruguaio-argentino SnowCrown, já vencedor da provade Cidade Jardim no ano pas-sado e que acabou arrematan-do no quinto posto e con-cluem: "Atenea é a maiorbarbada das trás provas inter-nacionais".

A melhor égua do lurfepaulista no momento é Elo-qüência, do Stud Peixoto deCastro, que está anotada nomesmo páreo e em grandeforma técnica.

1—1 Bewltched. A. Machado.2 151 Tangõi A. Azevedo .

2—3 El Cacique. A. Ricardo.¦I Carduccl. 3. Uafica ..'.

3—5 Nihuil, F. Mala 6 Grcy-Paturá. J. Reis .." Radajós, P. Fontoura .

.1_7 sério, S. M. Cruz 8 lago; A. Ramos" Inox, J. Portllho

54546054585454545654

J. L. PedrosaA. V. NevesR. CarrapitoC. QomczM. SallesS. d'AmorcR. MorgadoG. MorgadoO. FeIJóIdem

10.» Domino9.» Chantllly3.° Confúcio

10.° Confúcio3.» Bewltched9,o Bewltched4.° Sawer4.° Confúcio4." Cambrioleur1.» Coníettl

1 tíUU1 3001 5001 5001 0001 6001 400

500200

1 300

GLAPALAI,APAP

GMALALAU

95."2_83"1/96"196"1

104"104"85"196"1.

144"83"

PAKEO 23h lOm - 1 300 METROS - CR$ 400 MIL — RECORDE: 91-4/5 - TIRAFOGO (BcltiiiR)

1—I Timoneiro, O. Cardoso 38" Reine. E. Oliveira 562 Xamete, A. Machado 54

2—3 Ilfov. J. Portllho 54Caiman, A. Reis 56Brumado. O. Ricardo 52

3—6 N. Dourado. H. Vasconcelos 54"Gala, J. Ballca 55

7 Colo-Colo, L. Santos 524—8 Tagadíi, A. Azevedo 56

9 Crel-Carlna, J. Santos .... 52"Terwal, não corre 38

J. C. LimaIdemJ. L. PedrosaA, CorreiaA. AraújoA. VieiraH. CunhaIdemJ. PlottoA. V. NevesC. MorgadoIdem

5.» Agradol.o Kalor4.° Non'Stop4.» Reine1.» Pingolinho4.» Attila V.2.o Non'Stopti.» Reino9.» Navarone3.» Non'Stopl.o Kumi3.» Attila U.

2 2001 600

1 2001 600

400100

1 2001 6001 5001200

000100

APNMNPNPAMNLNPNMNPNPNLNL

145"3 5104-2 576"2 5

104"2-.)' 39"

138"76"2/5

104-2 597"3 576"2/564"

138"

8." PAREO - ÂS 2311 15m - 1 ÍOO METROS - CRS 400 MIL - RECORDE: 72"4 5 - CABINE (Bettillfi)

1-1 Pery. P. Lima 56 S. dVtmore 1 2.» Cascavelero 200 Al 77 2/5

Akatuvbi. L. Carlos 50 L. Bcnltea l.« Coronado , 000 NM 6a

Papa DaBô. I. Oliveira 56 B. Ribeiro | 14.» 1. do Sul , 000 NL 63.4/5

2-4 Reaujolals. A. Ricardo .... 56 J. L. Pedrosa | 8.» Anavlon 1500 AP 97 2/a

Good Time. H. Vasconcelos 50 J. Carrapito | 10.» Navarone oOO NP 07.3/5Hileu, N. Lima 58 E. P. Coutlnho I 10.» Non-Stop 400 AP 90 2.

3-7 Bob Lee. A. Ramos 54 F. P. Lavor j 4.» Cascavelero 200 AP 77 2/3

Grelhado. J. Reis 54 R. Morgado G.o Navarone j d00 NP 97.3/5

Dondoco, L. Roberto 54 J. VÍ. Viana 9.» Tagada 500 NP 98 1/5

4-10 Clarinete. L. Acuíia 56 C. Morgado 5.» Tagada | 1500 NP 98-1/5

11 Coronado. O. Cardoso 56 J. Bnrionl 7.» Cascavalcro ; 200 AP 77 2/5

12 Lagamar. R. A. Pinto 56 1. Pinheiro 7.» I. do Sul 000 NL 83 4-5

13 Anglo. J. Veiga 56 W. Attlfmesi , 14.« Tagada 1 »00 NP 98 1/5

i '¦

1 -iT~',«'. ta-

Jormü do Brasil; Quinta-Feira, 6-5-65, l.n Cad. - 17

Tostão que muitos querem é ^pera de luta

mineiro no amor à terra ecarioca no sonho de craque

Seio Horizonte (Sucursal) — Eduardo Gonçalves deSousa, um mineiro que o futebol conhece pelo apelido deTostão, passou a ser, quase de uma hora para outra, umdos nomes de maior evidência do futebol de Minas, nao

apenas pelo que o Cruzeiro está dispostos a fazer para man-ri-lo em sua equipe, mas também pelo persistente interes-.se do Fluminense no sentido de levá-lo para as Laranjeiras.

Entre o Cruzeiro e o Fluminense Tostão mostra-se uni

pouco indeciso, parte pelo amor que o prende a terra onde

nasceu, parte pelo sonho que alimenta de vir a jogar porum grande clube do Rio. Sentindo-se importante, ao con-

erário do que o apelido sugere, o jovem jogador recusou

há pouco uma proposta para renovar com o Cruzeiro -

CrS 2.5 milhões de luvas e 100 mil mensais - e esta a cs-

pera da oferta tricolor.

MENINO BOM

\ii Na srande área

Tostão nasceu em Belo Ho-rizonte, em 1946. e começou ajogar futebol com os meninosque se entregavam às peladasno conjunto do IAPI. no bair-ro da Lagoinlia, onde êle mo-rava. Por ser o menor e maisnovo de todos — e apesar dis-so o mais cotado na hora dopar ou impar — ganhou oapelido com que mais tardeficaria famoso, embora em ca-sa todos o chamem, até hoje,de Eduardo. Naquele futuroque o menino Tostão via pelatrente. na Lagoinha, há mui-tn coisa do presente de agora,segundo êle mesmo diz ao ver-seu n o iri e todos os dias nosjornais daqui e do Rio.

Muito louro, miúdo, impres-sionando pela habilidade comque executava um drible, umpasse em profundidade, umchute a gol, quase sempre como pé esquerdo. Tostão logo cha-mou a atenção do técnicoJorge Abraão, que o levou pa-ra o infanto-juvenil do Cru-zeiro. em 1902, quando o trei-nador Crispim. do América,resolveu interessar-se por èle econseguiu com que o meninose transferisse para seu clubeUMA REVELAÇÃO

Como pon t a-dc-lança cioAmérica, formando num ata-que com Saci. Mosquito e Sa-bino. Tostão foi artilheiro doCampeonato Mineiro de Ju-venis de 1963, revelando-se co-mo principal jogador a serpromovido à equipe dc profis-siohais que tentaria o titulodo ano seguinte. Mas um nô-vo convite de Jorge Abraão fêzcom que voltasse ao Cruzeiro,sem dar oportunidade a que oAmérica lhe fizesse uma pro-posta.

O América, enlão. protestouiunto à, Federação Mineira deFutebol contra a transferênciado jogador, mas o Cruzeiroconseguiu provar que èle eraainda um amador e acabou

contrátáudo-o por CrS 1,5 mi-lhão de luvas e CrS 40 milmensais, lançando-o na equi-pe principal no Campeonatopassado, quando, então, a cro-nica mineira o considerou,além de melhor jogador da po-sição, a grnnde revelação dutemporada.

. INEGOCIÁVELComo treinador do Cruzeiro,

Mário Celso decidiu deslocarTostão da ponta-de-lança punin meia de armação, o que nãoalterou em muito o seu rendi-mento técnico. Mário Celsoacha mesmo que suas caraete-risticas são muito mnis de ar-mar jogadas do que conclui-las, ainda que éle tenha se re-velado, praticamente, como go-leador.

— Tostão sabe dominar umabola, conduzi-la com facilida-de. passá-la de qualquer dis-rância, como todo bom arma-dor — diz Mário Celso.

O Cruzeiro, ao saber do in-terésse do Fluminense p c loseu jogador — interesse queainda íião foi demonstrado deforma concreta — tratou lo-go de dizer que seu posse óinegociável. Mesmo que apa-regam propostas fabulosas —dizem os dirigentes — o Cru-zeiro saberá resistir, pois "nãosc impressiona com os milhõe3ipie possam vir de fora".

Mas Tostão, tranqüilo,ngitarda que o Fluminense sur-ja. Enquanto isso, asseguraque não renovará contrato como Cruzeiro por menos de CrSti milhões de luvas e CrS 150mil mensais, fora uma cláu.su-Ja que lhe permita, sem maio-res problemas, continuar osestudos. Tostão está no se-giindo ano cientifico do Cole-gio Arnaldo, de onde esperasair no próximo ano para ía-zer vestibular de engenharia.Isso — e mais o amor qne tema terra onde nasceu — talvezvenha, segundo êle, constituir-«e no maior de todos os obs-táculos à sua transferência pa-I'Q n Rin

:& * * •>¦¦•*;¦-.* •;. ¦ . sr -í-ivrt .A 7:...... -,-. " 'fe ' .'¦=&-. \ 7 7 ¦;. .--.)*,¦, '• ' ¦'Mü. ¦/ - < -¦ -¦-. -V' ';..-*! «í1'-. ¦**¦'<'•:. ¦•-,& ..%. ., .-'¦"-. •,*•¦' *.-, ~ hl % *>,* i' * > <• ¦-.-"'.- '¦£;: ¦ '"^ ,-: > , '. v ¦ : 7':-.; 7 V.* * • - ' í í ** * ' í ' VJ ?. 'í' ^^ '" % * '< :. :¦

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IZitqitantn n Vliiniineii nnoIntnuilo

aparececóntru a

com uma prooostà concreta oú o Cruzeiro não se decida a pagar o que êle. iiuer. Tostão aguiirtla,defesa ií« DÍmgii nn outra qualquer, a hora ile assinar um nôvo contrato

ra o Rio.

Caça SubmarinaYtleii' Kerr

CONSELHOS DE CAMPEÕESO IDEAL ESTA NOS 15CEMITÉRIO SEM MEROSVER E OUVIR NO MAR

^"

^lí.*** . ^y^S

Prosseguindo hoje com a sé-íie de conselhos aos jovensque estão entrando no terrenoda caça submarina e que, acada dia que passa, aumentamde qualquer maneira a armadasubmarina; alguns mesmo, semsaber ao certo para que serveum cinto de chumbo. Vamosnesta seção dar a palavra acampeões. São eles, os trêsfranceses que no Rio de Ja-neiro ganharam para a Fran-ça o titulo mundial. HuguesDesssault, Robert Stromboni eTonj- Salvatori, com uma dasmais belns demonstrações dcconjunto já vistas em caça.submarina, mostraram o queé possível obter através de umtreinamento sério e bem apli-cado.

Os conselhos dos três servemcomo uma perfeita orientaçãopara os que ainda têm diantetíe si um longo caminho. Aforça de vontade está no trei-namento da caça submarinacomo em todos os treinamen-tos esportivos, com uma largaporcentagem. Na opinião dostrês campeões mundiais o lei-lor poderá observar como éáspero o caminho da caça embaixo da ãgua.

HUGUES DESSA ULT — Sequeres ser um bom caçadorsubmarino cuida primeiro dastuas condições fisicas. .Nadabastante com as nadadeiras.Quando faz mal tempo trei-na em casa fazendo ginástica.Treina caça, sempre junto comum companheiro. Nunca só.Náo te enerves. Faz três mer-gulhos curtos se necessário, emvez de um prolongado. Nuncaacredites que o mero arpoadoenfraquecerá rapidamente. Èleé, no seu elemento, mais for-te que o homem. Oxigena-telongamente antes de mergu-lhar.

No veráo. treina com perse-verança. Duas horas em fun-do raso, duas horas em pro-fundidades maiores, e depois,mais duas, em fundo raso.Aprende a conhecer o peixe,seu comportamento e seu cam-po de ação. O peixe é rápido,e deves ter a consciência pie-nn do décimo dc segundo emque deves atirar.

Protege-te do frio duranteo mergulho, se queres estarem plena posse de teus re-flexüs. Escolhe as tuas armasem função da zona de caça. eda fauna que a freqüenta. Ca-da um de nós tem os seus pe-quenos segredos, e brevementeterás os teus. De minha, parte,com o peixe até trinta quilos,conservo a minha arbaletc.

Em competição deves estarlão calmo como nos treinos.Não vás para zona muito fre-qüeritadá. Mais vale estar sónuma zona média de peixes,que numa muito piscesa c rc-pleta de caçadores.

Não troques de material nodia dn competição.

E sobretudo não tomes mui-to a sério as histórias de ca-çadas a vinte e cinco e trin-ta metros. As melhores sãoainda na profundidade idealde 15 metros.

ROBERT STROMBONI —O recorde do mundo de mergu-lho em profundidade é de 51metros. Pertence a um italiano.O recorde de apnéia é de umamericano, com 15 minutos. Orecorde do mero é de um bra-sileiro.

Dito isto, vais começar pormergulhar a 8 ou 10 metros elá ficar por 40 ou 50 segun-dos, e tratarás de arpoar umsargo. Encontra-los-á cm bu-racos sombrios, c, ao menormovimento, tua atenção serádespertada por reflexos pra-teados.

Não hesites em ficar nasposições mais bizarras para ca-çá-los, mas te esconde o maispossível. No inverno caça orobalo. í: o peixe cuja caçaé mais apaixonnntc. Mas éastuto. É preciso que atirescom segurança, com uma ar-m» longa, -de elásticos poten-tes. gatilho sensível e arpãcleve.

Náo ataques o mero sem sa-beres bem o que estás a ía-zer, e nunca só. Faze equipecom amigo. Não esqueças ¦ queo mero é o leão-do-mar.

Atira-lhe a quatro dedos atrásdos olhos, de lado ou por ci-ma. Poderás assim matá-lo doum só golpe. Senão, será du-ro desentocá-lo. Muita paciên-cia e muitos mergulhos terãoque ser gastos. Deves ter cons-ciência da tua resistência fi-sica e da tua capacidade.

Lembra-te: não há meros nocemitério.

TONY SALVATORI — A ca-ça submarina de competição éuma das disciplinas mais du-ras no esporte, e das mais es-gotantes que existem. O me-nor acidente, banal num es-tádio, torna-se fatal no fun-do do mar. É necessário por-tanto, para praticar êste es-porte, ter um autocontròloperfeito.

Não se caça durante cincohoras, a vinte metros de íun-do. Isto só pode acontecer de-pois de multa experiência elonga prática.

É preciso que saibas oxlge-nar-te convenientemente.

Muita ginástica respiratóriaaumentará, pouco a pouco, acnpacidade pulmonar o conse-qiientemente. o tempo de imer-são. Há ainda o problema dapressão, que, atualmente éfacilmente resolvido através damáscara de compensação, queequilibra-a no ouvido interno.

E sobretudo, jovens caçado-res, nâo hesitam em se acon-solhar com os mnis velhos, an-tes dc se lançar aos grande'!fundos. Ob-ervn-os dentro tiaagun. Ap-.cuc'crás mais. n«sim,que ouvindo conselhos c-m terra;

x^'^ ^bggé ^y^J^c^T-'

Exército e Renildo tentamà noite manter posições notorneio de saltos na Hípica

A Comissão de Desportos do Exército e o Coronel Re-nildò Ferreira, que estão liderando o Campeonato Brasi-leiro de Saltos nas categorias por equipe e individual, res-

péctivámente, tentam hoje às 20h 30m. na nista cia Socie-cíiidé Hipica Brasileira, manter essas posições, o que stgni-ficaria para eles, praticamente, a conquista cio titulo decampeões.

A prova de hoje. denominada Comitê Olímpico Brasi-leiro, constará dc um percurso do tipo Brasil, havendoentre os cavaleiros concorrentes a esperança de que osobstáculos sejam mais bem colocados, coisa que nas provasjá disputadas, segundo eles, provocou algumas quedas es-

petaculares e um aproveitamento técnico relativamentebaixo.

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PISTA DIFÍCIL

Na realidade, nns duas pri--meiras provas do Brasileirode Saltos, principalmente naque foi disputada domingo, osresultados obtidos não forambons- A pista encharcadatnmbém é apontada comocausa, mas, a opinião dosparticipantes é de que os obs-làdalos estavam mal coloca-dos. Para se chegar ao triplo,em frente à sede da Hipica,por exemplo, eles afirmam queera preciso fazer uma curvade quase 90 graus.

Os obstáculos verticais, de

acordo com a opinião de al-guns, li á o tinham nenhumponto dc referência c, assim.algumas quedas ocorreram. OCapitão Agraçóes foi um dosqúe caíram, inclusive por duasvêzés seguidas. Segundo ou-tros, entretanto, n inatividádétanto de cavalos como de ca-valeíros foi a responsável pe-los insucessos dos primeirosdias.

A Comissão Desportiva doExército é a primeira coloca-da na contagem por equipes,totalizando a t é agora 81.5pontos, contra 79 da Federa-ção Paulista de Hipismo.

FORA DO TÍTULO

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oTudo acertado quanto à seleção, será uma

só mesmo, a excursão vai restringir-se à Eu-ropâ' e à África, a tempestade — que foi ape-nas num copo de ágüsjJSsegundo o Sr. PauloMachado de CarvalH^g- passou; Mas ficouainda um rabinho: osôgadores" do Santosvão ou não vão? Ou melhor, PèlèvaiW hão?

Claro que o Santos tem vários outros'j o-gadores em condições, indispensáveis até, pa-ra a seleção brasileira, figurando na pautapara qualquer convocação. Mas vamos ficarapenas com o fundamental, que no caso sechama Pele.

Alguém discute que Pele e o grande trun-fo com que conta o Brasil para o mundial deLondres? É ou não é da maior necessidadeque se comece a preparar desde já a seleçãopara Londres? E a seleção que vai excursionarnão tem como objetivo principal iniciar essapreparação?As perguntas não sao minhas, bao uojornalista Alain Fontan, um francês que emmatéria de futebol é muito mais brasileirodo que muita gente boa. Sessenta e seis eamanhã, a Copa está aí a nos desafiar. Seuma porção de novos vai entrar no scratchdesta vez — o que muda muito o sentido dotrabalho em relação a 62, porque já nao po-derá mais ser usada a base da seleção cam-peã de quatro anos antes — é preciso queeles estejam preparados para essa novidadeem suas'vidas que será a seleção. Sem qual-auer especulação em torno de nomes, masapenas exemplificando: se Flávio, Ademar,Parada ou outro qualquer terá de jogar aolado de Pele, em 66, o ideal nao seria que des-de já se habituassem à responsabilidade di-ierente que é êsse jogar ao lado de Pele?_

São todas muito respeitáveis as razoesalegadas pelo Santos para nao abrir mao dePele desde já, senão na preparação direta daCopa de 66. É duro ter um jogador como elee perdê-lo naquela que é talvez a melhor epo-ca para excursões. Ainda mais para um clu-be como o Santos, cuja política prolissiona-lista tem sido a mais inteligente entre as detodos os clubes brasileiros e que por isso sonos merece respeito. Mas já que começamosna base das perguntas, vamos terminar tam-bém por elas: o que é que tem de ver a CBDcom esses problemas do Santos? Por que eque a seleção brasileira é que vai pagar portudo? A seleção, que é quem tem de lutaipara'o Brasil'pelo título de tricampea mun-dial, é a mais prejudicada nisso tudo. Ou me-lhor, a única prejudicada.

Nunca me esqueço de uma carta escritanor um lider universitário da nova Afncci aPele publicada aqui na revista Cadernos Bra-sileiros e deijois reproduzida em parte numadas crônicas do titular desta coluna, Arman-do Nogueira. Ali, melhor ão que evi qualqueroutro documento, pode-se sentir com toda aintensidade o que representa Pele parajiatual juventude africana, em seu sentido delibertação. . .... „„ „

Isso para a juventude universitária. Vaiao povo Pele é o ídolo que precisa ser tocadoe sentido, tal a ânsia com que o esperam.Uma raça em busca âe redenção precisa maisdo que nenhuma outra ãe alguém para ido-latrar E ninguém representa-melhm- do..qu& -..Pele o sentido âe ascensão de uma raça. Mas,Pele — que compreende muito bem tudo issocom o excepcional sentido de percepção des-sas coisas que o levou ao lugar onde esta semnunca criar uma antipatia em torno üe s% —sabe oue não poãe também se arriscar. Temum exemplo vivo na memória ãa ultima ve«que passou, por lá, numa rapiâa escala porDacar. apenas. O aeroporto âe Dacar temsempre um ônibus à espera de quem chegaporque a pista é muito distante da estatuode passageiros. Quando Pele se acomodounesse ônibus, uma multidão que invadira apista corria em desespero sobre ele O moto-rista precisou dar várias demonstrações ãeperícia, fugindo para um lado e para o ou-tro porque a multidão avançava, com o uni-co

'sentido ãe homenagem, mas como umaturba. Foi tudo inútil. Pele teve de voltar pamo avião depois âe uma série áe tentativas dorrãlmta de ir até a estação. O %#%*£Santos contava isso ainãa nervoso, num ho-tel âe Milão, ao único repórter carioca quefoi cobrir a primeira ãas finais ão mundudde clubes, evi 63. Acabavam de chegar de Da-car e__xf^m

negócio de dar inèâo. Medo,mesmo é o que nós sentíamos dentro daque-KS0 até que os policiais conseguissemafastar a multidão, âepois de mais âe umahora üe trabalho penoso p

Justo, por isso, o pedido de Pele, qwmdo ficar de fora ãos jogos ãa África. A LBüTeveZarpor Pele nos jogos ^Z&Zapode abrir uma exceção w^W^MÁfrica Isso tudo causa, uma reação de anwiZ mèmas, frente a frente com

g|gèle tem mêâo, também. E o tributo que o lio-mem paga ao íâolo.

Interino

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'ai fivou muito paia trás depois ilas duas primeiras rõdãdãs r. não teia mais

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possi bilidades ile

Radar recebeu convite paratemporada de vôlei femininoem várias cidades peruanas

rte julho próximo. Existe ^MtSîficipar da excursão o quadro masculino, «e\enaulu

!o ficar resolvido após a viagem do técnico Heckel Rapo

so a Lima. . , j-O treinador levará uma W^??h^òi^&?

poucos dias, para a disputa de apenas W g|°sdioc0^-

equipe feminina, segundo informou cr duetoi C aud o ?

tual. Além da temporada no exteüoi o^Baaar

série de amistosos em diversas *WgScando hoje, com um torneio quadrangiüw

em J- ;|j

a Trio™ r>A FOTI-1PE duas partidas qifldp- _m ^mAJUSTE DA EQU-ifh- " [fixadas, ma^-serao efe-

varia Wk ° fmmn"^nus começara. Hoje, em Nite-rói! entre Radar, Flamengo.Botafogo e Canto do Rio. Otorneio terá duas ro1mdiis/«lie-nas, cÍnelülnuo*se diíi w.

Na Ârimeii-.i ciuinzenu„^'j\l-niío ciVnv.ítf Radar WttP«rmu m adranoul»rr\etmnufo asêquliiti masculinas do MinasT C

^Tiuills^ãno c à seleçãocarioca juvenil, que sé preparapara intervir no CampeonatoBrasileiro,

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>3KAta,v.l

Os amistosos visam ajustar apoderosa representação mas-eulina que o R-.Klnr congregoupara disputar o Campeonato doIV Centenário, orientada pelotécnico Sami Mehlinskyi O Sr.Wiander Carneiro, ex-dirigentede Botnfopo c ngorn tambémparticipando do i-rupo de dire-tores do E. C. Radar, disse qüeo seu nôvo clube já acertou jo-«os coin o Minas T. C, emPelo Horizonte, c com a sele-cão santista. cm Santos. Estas

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Vasco tira Fia da liderança vencendo por 1 a 0O Vasco tirou o Flamengo O Vasco continuou a Jogar i

CA^n RARO -'da liderança do returno do vontade, agora com vantagem/~1 * AntiirJs* siIf/JmrnVV ¦ :Tt-¦¦¦¦¦¦- ... 1^

niMiTi WHHTT - - - ?*#•' Torneio Rio-São Paulo ao der- numérica 1 e v a riid o seguida:Geninho estuda alteraçõesno treino de hoje, podendousar Zé Maria e Adevaldo

Ó Botafogo treina ani conjunto hoje às 15h 30m, quan-do o técnico Geninho aproveitará para tentar algumasmodificações na equipe, possivelmente experimentando ZeMaria em lugar de Zé Carlos e até mesmo Adevaldo no dePaulistinha. que pode passar a zagueiro central, além deesperar a palavra do Departamento Médico para escalarRoberto na ponta esquerda.

Geninho, preocupado com o rendimento da equipe, dis-se que o Botafogo só voltará a ganhar sc correr, acr-sseen-tando:

— Se fosse para não correr eu estava jogando.de um 4-2-4 bemPRECISA VENCER

Segundo o técnico, o Bota-íogo, que já perdeu três pon-tos, não pode perder mais ne-nhum neste turno final doTorneio Rio-São Paulo, poisse íôr derrotado pelo Flamen-go ficará sem possibilidadesde decidir o titulo com o Pai-meiras, campeão do primeiroturno.

— Nem o empate nos inte-ressa — disse Geninho.

Dentro deste espírito, o téc-nico vem dirigindo o treina-mento desta semana e deuum individual com bate-bolana manhã de ontem, progra-mando para a tarde de hojeo treino de conjunto seguidode concentração.

ROBERTO

A recuperação de Roberto6 a, sua escalação na pontaesquerda ó a grande preo-cupação de Geninho, que querver o time mais agressivo e

dentro de um 4-2-4 bem ar-mado.

O técnico já decidiu quomanterá Garrincha na pontadireita e, se fôr possível, atéo fim da partida por acharque êle sô se recuperará com-plètamehte jogando. Assim, oataque do Botafogo deverájogar com a seguinte escala-çáo. se Roberto estiver emcondições: Garrincha. Bian-chini, Jairzinho e Roberto.

DEPESA

Na defesa. Zé Maria, que jãacertou a situação com o clu-be, depois que Geninho ve-tou sua saída, deverá ser ex-perimentado no lugar de ZéCarlos, n u m a tentativa dedar maior segurança à linhade zagueiros.

Oulra fórmula que pode sertentada é a entrada de Ade-valdo no lugar' de Paulisti-nha. que, por sua vez, ou saicio time ou passa para o lu-gar de Zé Carlos.

rafsíÉIiMH na ¦HM^HBsHSHB9^^w-"-?í<!í*'''-yí?' -"£&Ifò£8níÍiB H^BI^B^HP5«ÉíBISBfflWiw'Í4Í*<;;*,*,:<W®mWl&Sm WMmã^SÊJ!.^^^ÊmiLWaiWí^lL^ *"•' > .'••.'¦> Vm^MglggflEg -*• * - A -'Amm IM MÍGBisSPâKKSv - -LÍ<&SL.?m mW*M MM ivSéÊm ..^^Kmm^KA,^: ¦¦;¦

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AO CAMINHO DO PAI

ssou usstni pc h defesa th Vasco, fy««sc sempre fugindo uo combate tlireio

-m

Tabelinhas com Del Vecchiogarantiram a escalação dePaulo Valentim no São Paulo

São Paulo fSucursai) — Paulinho Valentim, fazendotabelinhas perfeitas com Del Vecchio, no treino de con-

.iunto do São Paulo, convenceu o técnico Poy que sua esca-íação é necessária já contra o Vasco, quando jogará tam-bém Osvaldo Cunha, como zagueiro lateral-direito, apesarde ter treinado apenas um tempo, poupado após uma se-mana de inatividade.

Vadinho, apoiador que estava fazendo teste no San-tos e era amador, assinou contrato com o São Paulo, por3 meses, recebendo em parcelas mensais de Cr.S 500 mil,um total de CrS 1 500 mil de luvas, CrS 1 300 mil peloseu passe e CrS 150 mil de ordenado.

ifute-FAUSTINO

Mesmo com seu contrato ter-minado, Faustino declarou qiieJogará se íôr escalado contrao Vasco. Existe apenas o pro-blema de seu calcanhar, por-que, depois de uma disputacom Bfraim. sentiu dores e te-ve que se submeter a um tra-.tamerçto especial. O médico-BaS-sèS T^-°"-" ftacnnr. no'en-jtanto, diz que êle não é pro-blema e que só o mela Prado'preocupa,

já que está comuma contusão na coxa direita.sendo tratado com infraver-melho c toalhas quentes.

!] Os titulares, venceram os re--."Ser:vas~T)or~S~ar-4,--i.cndo * tes»-

tado o médio Nenè, do Piraju,que jã teve seus papéis regu-larizados na Federação Paulis-ta de Futebol c poderá ser lan-çado ainda no Rio-São Paulo,

Ari agradouno treinodo América

Ari, ponta-de-lança levadoao América por Jair Rosa Pin-to, treinou muilo bem no co-letivo da manhã de ontem, nocampo do Bonsucesso, agra-dando ao técnico Lourlval Lo-renzi e aos dirigentes — que o

! apontaram crao uma cópiafiel de Parada — e poderá sercontratado, amanhã, caso re-pita ã sua atuação.

O atacante Quarentinha. doSeleto, cie Paranaguá, treinouapenas 25 minutos — o treinodurou 90, ao todo — porquesentiu muito o.s efeitos do in-dividual do dia anterior, masmesmo assim mostrou qualida-des. Lourival Lorenzi dirigiráesta manhã, em Campos Sales,um individual.

O TREINO DE CONJUNTO

O coletivo do América foi dl-vidido cm duas etapas, a pri-meira durou 90 minutos e tevea participação de titulares ereservas, enquanto que a outra.durou 50 minutos e foi só paraos jogadores em experiência noclube.

Os titulares venceram os re-servas por 4 a 3. golr, de Fer-nando Cônsul (2), Zèzinho eCarlos Pedro para os veneedo-res e Hélio (2> e Manuel paraos vencidos. O time titular irei-nou com Mouro, Luciano. Ser-jâo (Antônio Carlos). Leônidase Itamar; Amorim e Carlos Pe-dro: Zuino. Zèzinho. FernandoCônsul e Ramon. Os reservas

com Ari, Batista. Charrão, Wil-son Santos c Vicente; Fará(Carlos Alberto) e Silvio (Éd-son); Pedrinho, Quarentinha(Hélio), Ari (Manuel c Gilmá-Tio.

IRMÃO DE ABEL

pois Poy gostou dc seuboi.DEL VECCHIO

Del Vecchio. entendendo-seperfeitamente c o m Paulinho,.tez todos os gois dos titulares,exibindo um futebol de gran-de oportunismo e da melhorqualidade, o que ajudou acon-vencer Poy da necessidade deescalar seu parceiro de tabell-

—rrhàs:O time que treinou, b a s e

do que enfrentará o Vasco éo seguinte: Suli iGilberto).Osvaldo Cunha (De Sordl), Be-Uni, Jurandir e Renato: DiasíNejiê) e Válter; Faustino (Ce-cillo Martinez), Paulinho, Del

-Vreeh ie—e- • P-awmáOs jogadores, que têm o dia

de hoje livre, voltam a seapresentar ao técnico Poy ama-nhã, para novo treino de con-junto, quando a equipe serádefinitivamente escalada.

S. Paulo quera eliminaçãode Arpi Filho

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Equipe dos peruanos temmaioria de jovens,que não pretendem o título

A delegação do Peru, que chegou ontem de manhã aoRio para participar do Campeonato Sul-Americano de Atle-tismo, integrada por 15 atletas — 14* rapazes e uma moca

veio mais para participar dos festejos do IV Centenário,

pois não tem pretensões ao titulo nem mesmo a uma cias-sificação secundária, segundo o técnico Antônio Gregório.

José Lavero. um dos que têm condições de ir às finais,veio para competir nos 400 e 110 metros com barreiras eno revezamento dc 4 x 400, mas poderá também participardos 400 metros rasos, que percorre em 49 segundos, depen-dendo do calendário das provas, cuja organização está acargo do Congresso do Campeonato.

MAIORIA DE JOVENS

O técnico Antônio Gregório,que é italiano o ex-DiretorTécnico da Escola de EducaçãoFisica de Roma. reside emLima desde 1938, dedicando-seexclusivamente aos esportes in-dividuais. Segundo explicou, aFederação Peruana só envia aoCampeonato Sul-Americano csque alcançam os índices esta-belecidos, pelo que só vieram15 r.""*'"* -1 maioria de jo-

Roberto Consiplierú Jthiiur, tlit ãeleçttciio do 1'ent. <e. arremessado/- dc disco, a exemplo do pai, seu grande

! èrigonfié/ruincenlit-titlor

Entre os .jogadores em expe-riência no clube, estavam o ir-mão de Abel, Paulo Roberto,ponta-direitã '.tjtíe. já Jogou Vio'Bangu, Miranda, ex-goteiro db1;aspirantes do Flamengo, e umlateral-csquerdo mandado peloDeputado Loví Neves, mas quenâo aprovou.

O pohteiro-esquerdo Eduardo.que esteve emprestado ao Ban-gu.niasjá se reincorporou aotime do América, não foi on-tem ao campo do Bonsucesso,pois foi prestar juramento ãBandeira e, conseqüentemente,dar baixa no Exército.

Seio Paulo (.Sucursal) — OSão Paulo vai entregar hoje aFederação Paulista de Futebolofício solicitando a eliminaçãode Romttaldo Arpi Filho doquadro de juizes dessa entida-de, sob a alegação de que êleagrediu o jogador Bfrailri comuma cabeçada, no jogo de sá-hado á noite, no Maracanã,entre o Flamengo e o São Pau-lo. Em outro oficio, com baseno Código Brasileiro de Disci-plina do Superior Tribunal deJustiça Desportiva, o Sáo Paulo-tentará obter efeito suspensivoda punição imposta a Del Vec-chio.- para poder contar como atacante contra o Vasco.Baseia-se o advogado do SáoPaulo no tato de ser Del Vec-chio réu primário.

Orlandoacertacom Santos

O zagueiro Orlando, campeãodo mundo em 58 e há algumtempo jogando no Boca Ju-niors, dc Buenos Aires, chegouontem ao Galeão ás 19 h 30 m*e à noite foi ao Maracanã, on-dc encontrou o Sr. Aírton Bon-íim, representante do Santosno Rio, com quem ficou deacertar hoje as últimos deta-lhes para seu ingresso naque-le clube.

Um desencontro, causado porum engano quanto á compajsjnliia de aviação em que Or-1ando viajava de Buenos Ai-res para cá, féz com que o Sr.Aírton Bonfim não estivessecom Orlando logo no aevopor-to. Mas à noile, no Maracanã,

. assistindo a Vasco x Flamengo,o jogador conversou com o Sr.Airtoii Bonfim afirmou querealmrnte mí-.o volta mais paraBuenos Aires. No encontro queterão hoje deverão ser acerta-da.s as bases entre o clube e ojogador, uma vez què ao BocaJuniors o Santos já decidiuque oferecerá 30 mil dólaresalém da renda dc uma parti-da em Buenos Aires, que ra-ramente é inferior à 100 mildólares, quando joga Pele.

Joaquinsiiiho continua de

fora devido à disiensão,mas Amoroso volta ao Flu

Joaquinzinho sentiu a distensão muscular durante otreino de conjunto que o Fluminense fêz ontem de manhãe imediatamente saiu de campo, sendo substituído porEvaldo. que será assim o meiu-esquerda contra o Corin-tians, porque o Dr. Valdir Luz já afastou Joaquinzinhode todo e qualquer treinamento e não lhe deu a mínimapossibilidade de tomar parte na partida de domingo.

Amoroso, porém, não só treinou normalmente o tem-po todo como teve mesmo uma grande atuação, marcan-do três dos oito gois que os titulares fizeram contra os re-servas, garantindo sua escalação na ponta direita, domin-go, e sendo muito cumprimentado por seus companheiros,depois do treino no vestiário.

QUEM TREINOU

vens de 18 anos.Os únicos veteranos são Ro-

berto Abugaias. para o saltoem altura, que é campeão sul-americano e ultrapassou o ín-dice de 1,90 m, Hector Mena-cho com 48,32 m no disco, e

-Josc-i*^*«aT--^»m.-!33_,s.EEiJ.ndp.s__para os 400 metros com barrei-ras e 15m3s nos 110 metroscom barreiras. O primeiro, quesaltou 2,07 m no último sul-americano, está contundido notornozelo do pé esquerdo, queé o de impulsão, e não se podeadiantar iiada sóbre suas pos-sibilidades.

TREINO COM ALTERES

Hector Menacho manifestoudesejo dc preparar-se indivi-dualmente com alteres e con-seguiu, com um telefonema pa-ra o Presidente do Flamengo,Sr. Fadei Fadei- permissão pa-va utilizar as dependências da.sede velha do Flamengo. Alémde competir nas pistas, Mena-cho disputou, no Rio, no anopassado, o Campeonato Sul-Americano de Remo.

Colchado e Rici. entre os no-vos, que obtiveram o Índice de

1.88 metros no salto em altu-ra. são os que têm possibilida-des, pois Juárez GuimarãesFreitas, do Rio Grande do Sul.ganhou o recente CampeonatoBrasileiro com marca inferior.1,80 metros.

ARREMESSO DE DISCO

No arremesso de disco, oPeru será representado porManuel Consipliere Jr., que éengenheiro c filho dc um en-

¦ ¦¦J.»l,iKni(ini- rl,» disco

O Vasco tirou o Planiengoda liderança do returno doTorneio Rio-São Paulo ao derrolá-lo por 1 a 0, ontem à. noi-tc, no Maracanã, com um golde pênalti cobrado por Célloaos 4 minutos do primeiro tem-po, fase em que se mostroubem superior ao adversário emereceu a vantagem.

O Flamengo jogou com 10elementos a partir dos 27 ml-nutos do primeiro tempo, porcausa da expulsão de Luís Car-los, que respondeu cem raiva à,cena criada pelo juiz ArmandoMarques, após ter praticadouma falta normal em Céllo.O Flamengo cresceu no segun-do tempo, mas não alcançou oempate. A partida rendeu CrS34008 500 com público de 39 318pessoas.

As equipes se apresentaramcom as seguintes escalações:Flamengo. — Franz, Murilo,Luís Carlos. Ditão e PauloHenrique: Carlinhos e Fefeu;Amauri, Evaristo, Airton e IvoSoares. Vasco — Gainete, Joel,Fontana, Brito e Barbosinha;Maranhão e Lorico; Luisinho,Célio, Mário e Zèzinho.

O Vasco desde o inicio ado-tou a tática do 4-3-3 com orecuo de Zèzinho para aju-dar o meio-campo, o que pro-v o c o u. o avanço de Murilo,aproveitando-se Mário para ga-nhar bolas em profundidadepela esquerda e levar sucessivoperigo à meta de Franz. poisganhava sempre na corrida deLuís Carlos, outro que tambémjogava adiantado.

Aos 4 minutos, Célio esticoupara Mário, que venceu Ditãona corrida e íoi derrubado naárea por Murilo quando se pre-parava para arrematar. O juizassinalou o pênalti, que Céliobateu muito bem no canto di-reito de Franz, sem defesa parao goleiro.

Depois do gol. o Vasco pas-sou a pressionar ainda mais eCélio acertou a trave depois deuma blitz na área do Flamen-go. Aos 7 minutos, Célio rece-beu ótimo passe de Mário echutou dc direita por cima dotravessão, quando tinha ótimachance de marcar o gol.

O Flamengo não reproduziasuas últimas partidas, pois Car-linhos estava tonto em campo,em virtude de um choque comum adversário, enquanto o ata-que não apresentava profundi-dade, pois apenas Amauri seesforçava para levar o time ãírente.

Aos 27 minutos, Luis Carlosíêz falta em Célio e o juiz ad-vortiu-o. .O jogador reclamouda marcação e foi expulso. Di-tão não se conformou e correupara o árbitro, mas foi conti-do pelos companheiros. A se-guir. Jaime substituiu Evaris-to. mas foi ocupar a posiçãode Luis Carlos.

O Vasco continuou a Jogar &vontade, agora com vantagemnumérica levando seguidasameaças à meta de Franz, on-quanto o Flamengo só teveoportunidade de gol numa fal-ta cobrada magistralmente porFefeu, quase no íim do pri-meiro tempo, quando o golei-ro Gainete teve de estirar-se. edesviar para córner a bola quoia penetrando no ângulo es-querdo.SEGUNDO TEMPO

As duas equipes voltaram pa-ra o segundo tempo sem modl-ficações, mas o Flamengo, ape-sar de interiorizado numérica-mente, lançou-se ã frente, embusca do gol do'empate, na ba-se do esforço e da vontade devencer. O Vasco, que voltou jo-gando no 4-2-4. não apresenta-vu a mesma inspiração do pri-meiro tempo, sem conseguir doispasses seguidos, embora conti-nuasse perigoso, principalmeii-te em jogadas de contra-ata-que, qué iam esbarrar em Jai-me. muitas vezes sozinho nadefesa contra dois ou três ad-versai-los, ou no goleiro Franz.

Aos 15 minutos, Aírton pene-trou pela área e obrigou Gai-nete a uma boa intervenção pa-ra salvar o gol. animando o Fia-.mengo que íoi todo à frente,á ponto de Murilo invadir aárea e chutar violentamenterente ã trave.

O jogo continuava a nãoapresentar bom nivel técnico,mas o entusiasmo dos jogado-res era suficiente para emoeio-nar o torcida. Aos 26 minutos.o Vasco colocou Bené, jogadorque está em experiência, no lu-gar de Célio, entrando Saulzi-nho no lugar de Luisinho, cujaposição, na realidade, foi ocupa-da por Mário.

Logo em seguida, o Flamen-go sofreu grande pressão dosvascainos. culminando a joga-da com um chute de Lorico pa-ra fora, depois de sério perigo.Aos 32 minutos, Amauri, queera o único atacante do Fln-mengo a representar ameaçapara o Vasco. íoi substituído porCarlos Alberto, que ainda tevetempo de realizar duas boas jo-gadas, batendo o seu marcado:Barbosinha com facilidade, masnão encontrou companheiros deárea para a complementaçãodos lances.

O Flamengo continuou cor-rendo muito até o final do jô-go, enquanto o Vasco insisti*--,nos contragolpes, que sempreencontravam a defesa adver-sária desguarnecida, obrigandoFranz a desdobrar-se para evi-tar a ampliação do marcador.Terminada a partida, Ditãocorreu na direção do árbitruArmando Marques, mas náoconseguiu aproximar-se, poisfoi novamente contido.

Palmeiras íica lídereom vitória tle 1 a 0

r-gçrifoi treinado por éle na in-

fãncia com pequenos discose espera dentro de pouco tem-po alcançar o recorde sul-americano, para satisfazer :¦vontade do pai. Manuel Consi-pliere Jr. está com 21 anos i

-t-enj-jücmiçado a marca de..•15,32 metros.

No setor feminino, a única.representante é Delia Vera, de18 anos, que arremessa o dardoa 40,08 metros, superando abrasileira Kiyomi Nakagawa,do Paraná que conquistou o ti-tulo brasileiro, domingo último,com 38,56 metros.

TREINO HOJE

Os peruanos treinarão hoje,a partir de 8 horas, na Escolade Educação Física do Exerci-to, devendo a representaçãoparticipar das seguintes provas:salto em altura, com três atle-tas: disco, com dois: martelo,com dois; salto com vara, comtrês: 100 metros rasos, com três,400 metros rasos, com três, ti-rando dessas provas os quecompetirão nos revezamentos ecorridas com barreiras, estas acargo de Lavero.

São Paulo (Sucursal) — OPalmeiras derrotou o Corin-tians. ontem à noite, no Pa-caembu. por 1 a 0, gol mar-cado por Rinaldo, aos 7 mi-nutos do primeiro tempo, nu-tua p„,i'.aa'perior ao seu adversário nesseperiodo. e que foi disputadacom violência na segunda fa-se, terminando com a expul-são de Djalma Dias e Flá-vio, aos 29 minutos.

Com ésse resultado o Pai-Hiew»s-assiKUijj_.a..Jlderança._ do

Torneio Rio-São Paulo c'oni"dois pontos perdidos, pois o

chutou forte para Heitor re-bater, do qu.- se aproveitouRinaldo pora entrar e marcarde cabeça. Dal para a fren-te o Palmeiras passou -a do-minar a partida, pois suaequipe era mais bem estru-

O treino de ontem durouuma hora e os titulares joga-ram com Edson, Lauricio (ZéLuis), Procópio, Valdez e Al-tair: Luis Henrique e Denílson,Amoroso (Carlinhos), Antunes(Amoroso), Joaquinzinho (Eval-do) e Gilson Nunes.

Os reservas contaram comVitorio (Márcio), Pedrinho,Ri-va, Dari (Lula) e Antenor: ZéCarlos e Gonçalo; Gibirinha,João Márcio, Lula II e Naka-mura.

Os gois foram marrados porAmoroso (3), Evaldo. GilsonNunes, Carlinhos, Denilson eLuis Henrique para os titula-res, enquanto Gonçalo marcouliara os reservas, na cobrançade uma falta. Gonçalo aliástreinou muito bem, apesar deestar parado há 20 dias.

Sam poder contar com Joa-quinzinho, Tim vai manterEvaldo na meia esquerda dotime titular, escalando Amoro-so na ponta direita. Para o se-jljndo* tempo, porém, Tim pre-

$ft$nde passar Amoroso, para o'luâr de Antunes, fazendo en-

trai- Carlinhos na ponta di-'reita.

SEM PROGRESSO

Os entendimentos entre oFluminense e o Corintians pa-ra a compra do passe do pon-ta-de-lança Silva não registra-ram qualquer progresso no diade ontem. O Sr. Jamil Nelu.representante do Coríntians noRio, continua firme nos CrS 100milhões, enquanto o Fluminen-se continua também êni, suadisposição de esperar baixar opreço do jogador.

Ao que se sabe. porém, nãof. por falta de dtnheiTO que. o

Fluminense regateia o passede Silva, pois o clube tem, li-quidos. CrS 180 milhões pro-venientes do lucro do campeo-nato passado e da parte quejá recebeu pela venda dos pas-ses de Oldair e Carlos Alberto,este ano.

Dêste dinheiro, CrS 80 ml-lhões foram investidos em le-trás de câmbio, através daCompanhia Auxiliar de Apli-cações, da qual é sócio, o Sr.Nelson Moreira, Presidente doclube.

Os outros CrS 100 milhõesestão depositados no Banco Ço-mercial do Estado de São Pau-lo. do Sr. Nelson Moreira, eIrmãos Guimarães: do Vice-Presidente de Finanças (de-missionário) José Moura.

COM DINHEIRO

Estes CrS 100 milhões po-dem ser movimentados aqu?i-quer momento, para a comprade um ponta-de-lança — comoSilva, por exemplo. E a ver-dade é que os dirigentes defutebol Wilson Xavier e NazihNa?ser têm'procurado comprarjogadores, mas até agora, ne-nhum deles parece ter agrada-do ao Sr. Nelson Moreira, quesempre acaba por vetá-los.

No caso de Samarone, porexemplo, depois de todos te-rem concordado em comprar ojogador — recomendado enfá-ticamente por Tim —- o Sr.Nelson Moreira recusou-se afazê-lo, sob a alegação de queum gerente seu, em São Paulo,o achara "muito lento".

E agora, no caso de Silva,parece ser também a rede degerentes do Sr. Nelson Morei-ra que conspira contra o Jo-(rarior, acusandn-o de farrista.

Aída dos Santos e Érieaestão ijuase recuperadas

Flamengo perdeu para o Vas-co. A renda da partida, re-corde no Pacaembu neste tor-nelo. foi de CrS 40 638 mil, eo juiz. que teve uma boaatuação, foi o Sr. Etel Rodri-gues.

QUADROS

As duas equipes iniciaram apartida com a seguinte íor-mação: Palmeiras — Valdir,Djalma Santos, Djalma Dias,Valdemar e Geraldo; Dudu eAdemir da Gula; Gildo, Ade-mar. Tupãzinho e Rinaldo.Corintians — Heitor, Augusto,Mendes. Clóvis e Maciel; fid-son e Rivellno; Manuelzinho,Nei, Flavio e Geraldo José.

Até os 7 minutos o jogo foidisputado de igual para igual,quando o Palmeiras atacouperigosamente através de Tu-pãzinho que, de fora da área,

dossu-de-

turacla. com uliia 'plantada e um ótimo traba-lho de meio campo, realizadopor Dudu e Ademir da Guia,auxiliados por Ainaldo, querecuava constantemente. Noataque Tupãzinho e Ademarjogavam bem, levando o per"rigõ" 'if' tottflr-msawniEdo Coríntians. A partir30 minutos o Coríntiansbiu de produção, com suaíesa jogando com maior tran-qüilidade, o que possibilitou aRivelino armar melhor as jo-gadas de meio campo, impul-sionando o seu ataque, queteve uma boa oportunidade deempatar, através de Flavio,que cabeceou para fora quan-do estava sozinho fronte afrente com Valdir.

No segundo tempo o Corin-tians féz várias modificações,entrando Luisinho nõ lugarde Manuelzinho. Geraldo node Nei c Bazzanl no. de Ge-raldo José, enquanto o Pai-meiras féz apenas uma, colo-cando Servilio no lugar deAdemar. Com as modificaçõeso Corintians passou a jogarmelhor, apesar rio clima deviolência imposto pelas1 duaíequipes, enquanto o Palmeirasdefendeu-se como pôde.

Aída dos Santos e Érica Lo-pes, que estiveram ameaçadasde náo participar do Sul-Ame-ricano de Atletismo, a primei-ra por uma contusão no tor-nosselo e a segunda por ter ex-traído dois dentes, estão prá-ticamente recuperadas: Aída jáfez ginástica, ontem de manhã,na pista do Fluminense, en-quanto Érica reiniciou os trei-iiamcnt.es normais.

O sistema de iluminação doEstádio de atleftsmo do Ma-racanã já foi testado, com êxi-to. o as arquibancadas estãoquase prontas, com a separaçãodo pavilhão das autorldadts,Imprima e público. A cerimà-riia cie abertura será no sábado,às lã horas,JOÃO TIRA DENTE

João Alexandre, que partici-para da prova de arremesso do

Mercedes dePele entrasem imposto

Brasília ¦ Sucursal) — A Cc-missão de Economia da Cama-ra aprovou ontem projeto doGoverno concedendo isenção dcimpostos, taxas e outros emo-lumentos para a entrada noPaís do Mercedes-Benz quePele ganhou na Alemanha. AComissão baseou-se em pare-cer favorável do relator, Depu-tado Gil Veloso (UDN-ES), li-berando o carro, que foi doadopela firma Auto Honnekg, deMunique.

I

disco, extrairá esta manha umdente com o Dr. Mário Trigo,mas isto não o impedira departicipar da competição, poisa prova só será realizada no dia15, dando tempo assim para asua recuperação.'

d atleta Válter da Costa Ro-drigues íoi convocado, ontem,pelos técnicos Osvaldo Gonçal-ves e Jarbas Gonçalves paraparticipar da prova do arre-mêsso do martelo. Todos osatletas da equipe brasileira seapresentarão hoje, ãs 9 horas,no Hotel Paissandu. de ondeseguirão, uma hora depois paraA concentração, no Hotel dasPalheiras.

Os argentinos estão sendoesperados hoje, enquanto quea equipe da Venezuela devechegar ao Galeão às 8 horas,em avião militar de seu país.

niiissao

Santos deuno Bahiade 3 a 1

Salvador (SP-JB) — O San-tos venceu o Bahia por 3 a 1,em partida revanche, ontem ànoite, no Estádio da FonteNova, com renda de CrS 35 752mil e gois de Peixinho, no pri-meiro tempo, que. terminou 1a 0. Raimundo Mário para oBahia, empatando, c Toninha(2) para o Santos no segundotempo. O Santos jogou comCláudio, Carlos Alberto, Mau-ro (Joel) Haroldo e Dé, Limae Mengálvio (Tonlnho): Peixi-nho, Coutinho, Pele e Pepe<Abel).

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QUANDO

A BELEZA

IMPERAIndiscutivelmente bela e simpá-

tica, a jovem Farah Pahlavi — quea esterilidade de Soraia e o amordo Xainxá transformaram em Im-

'peratriz do Irã — dominará de ho-je até a hora dc sua partida asconversas de todas as mulheres,preocupadas em descobrir-lhe de-feitos ou qualidades,, segundo osseus desejos.

Considerada, além de boa mãe,boa esposa e soberana bondosa,uma das mulheres elegantes domundo, a Imperatriz Farah Pahla-vi — que não perdeu o sorriso es-pontâneo e alegre dos seus temposde estudante — será analisada sobêste aspecto pela colunista LeiaMaria, em sua seção, na página 3.

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é muito fácilconhecermaravilhascomo esta:

ROMA — O COLISEU (Anliloatro Flávio)Iniciado pelo Imperador Flávio Vespasiano no ano 72 e concluído pelo seu sucessor e filho,Tito, no ano 80 após Cristo, foi por este inaugurado com um "festival de combates" queleve a duração de três meses o custou a vida de um grande número de gladiadores e*de 5.000 feras. Estes espetáculos sangrentos foram suspensos somente no ano 400, depois,do Anfiteatro Flávio ter sido palco de violências e mortes sem número por ocasião dasperseguições movidas contra os cristãos. Durante a Idade Média o Coliseu - cuja denomi-nação teve origem no fato de eslar o Anfiteatro nas proximidades de uma colossal estátua,de Nero - foi aos poucos espoliado de seu revestimento do mármore e dos materiais maispreciosos, utilizados em parle na construção de famosos palácios romanos e de algumasBasilicas. Esta monumental obra de arte, várias vozes restaurada depois dos desmorona-mentos, é somente uma lembrança do esplendor original. Seu perimelro é de* 527 metrose a altura de suas paredes alcança os 50 metros. A lotação das 80 filas de degraus daescadaria aproximava-se de 65 mil lugares. O Coliseu foi consagrado pelo PapaBenedito XIV, no século XVIII, e desde 1926 uma grande Cruz de madeira plan-tada no centro de sua Arena lembra aos católicos o sacrifício dos mártires cristãos.

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visiteaItália

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como os negros Watusi

No Rio já não ê novidade. Todas as noites, noMariu's lnn e no Küt, jovens bem dispostos e resis-tentes se exibem naquele conjunto de contorcões,Jfáltc^watusi.

Apesar de inspirado na tradicional dança nup-ciai da tribo africana descendente dos egípcios, owatusi, que perdeu com a atualização corepgráficaa finalidade original, limita-se a substituir o surf eo bird, danças consideradas pouco imaginativas.

Diante do seu sucesso internacional, os produ-tores ãe Hollyiuood acharam sábio enxertá-lo no fil-me Não me Mande Flores, nova comédia da- duplaRocie Hudson-Doris Day, a ser exibido em breve noRio. Os resultados estão nas fotos, que poderão ser-vir de orientação para os menos avisados, garantiu-do a glória nas boates cariocas.

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2 — Cad. B, Jornal do Brasil, Quinta-Feira, 8-5-65

LITERATURA ILAGO BURNETT I

CIDADE FEITA DE POESIAFiguras tradicionais do Rio popu-

lar — o sorveteiro, o homem do rea-lejo, o carvoeiro, o garrafeiro — des-íilam no nôvo livro de Luís Paiva deCastro, o Guia Poético da Cidade doRio de Janeiro, que a Editora Civiliza-ção Brasileira apresenta em sua cole-ção Rio 400, dirigida por GuilhermeFigueiredo. Não desfilam isoladarneh-te, no espaço neutro, como silhuetas,recortadas em tela incolor: o poetateve o cuidado de montar a paisagem,com o amor e os requintes de um ver-dadeiro carioca, para servir de passa-rela aos personagens humildes queíazem a riqueza folclórica da Cidade.

Fotogênica pela própria natureza,a Guanabara se oferece a quem temolhos para ver e sensibilidade paracantá-la, com as excelências de um

: cartão-postal sob qualquer ângulo —i no Centro, nos arredores, nos subur-! bios. Isso facilita o trabalho dos poe-

i tas, isentando-os de gastar imagina-1 ção, porque tudo de mais belo que se

possa imaginar existe na Guanabara.; Luís Paiva de Castro, poeta sem hesi-

il! tação, sentiu bem essa verdade e de-II sincumbiu-se muito bem da tarefa que

¦ se propôs, ao registrar em versos can-tantes, alegres e saudáveis como a na-tureza carioca, a paisagem vegetal,humana e urbana da Cidade.

Esta Cidade não é de pedra:[estamos aqui para dizer.

Não há medo que possa ci-[mentar nas ruas o que ela

[tem de mistério.jj Os namorados serão livres

[porque são testemunhas de[que a Cidade não é de pedra.

lí.Esta cidade — o poeta o demons-

tra pelas páginas do seu livro — é deamor. Amor que está impresso no ros-to das pessoas, nas ruas, nas praias,nos bairros, na poesia de Luís Paivade Castro.

Nesta quinzena, finalmente, viráà lume Os Degraus do Paraíso, o nôvoromance de Josué Montelo, a ser lan-çado pela Livraria Martins Editora,de São Paulo. Nesse livro, Josué Mon-telo aborda, pela primeira vez, o temade uma conversão ao protestantismo.

| A cena se desenrola em São Luis doMaranhão, terra natal do escritor.

O pára-quedista Charles Astor.autor de Metodologia do Ensino da Gi-

nástica Acrobática, editado..pejo MEC ... .,em 1954, reaparecerá na coleção BUPda Editora Civilização Brasileira, comHistórias Rude$,em que êle confirmaas suas qualidades de ficcionista re-veladas em trabalhos esparsos, inclu-sive o conto Totó,-''premiado por OGlobo, em 1958. Ihtrodutor do pára-quedismo civil em São Paulo e no AeroClube,do Brasil, Charles Astpr foi ins-trutór poi' mais de dez anos da E_co-la de Aeronáutica, possui mais de 600 ; ,saltos de pára-quedas e detém o re-corde mundial de salto, à baixa altu-ra (57 metros). Hoje aposentado,'de-*- *"dica-se à sua biblioteca especializadae a escrever contos e memórias.

Mais uma obra póstuma de Miray López: Psicologia Geral, lançada pe-las Edições Melhoramentos com nu-merosos desenhos explicativos do tex-to. "Nosso primordial objetivo — diz oautor — é dar ao leitor uma visãoeqüidistante das exigências dos pro-gramas didáticos e do panorama realdas concepções psicológicas mais mo-dernas, sem nunca esquecer que es-sas concepções não são "puras abstra-ções e, sim, idéias derivadas do enor-me caudal dô resultados experimen-tais, o que as torna imediatamenteaplicáveis e proveitosas, de vários mó-dos, para quem-as comprove e as siga .em seu trato pessoal." O ProfessorLourenço Filho, que escreve o prefá-cio, afirma que "Psicologia Geral ofere-ce segura orientação aos que se ini-ciam em estudo da matéria, ao mesmotempo que apresenta aos estudiososjá graduados indicações bibliográficasdas mais completas e atualizadas nosdiversos setores da especialidade."

O poeta Lincoln de Sousa adereà trova com êxito em Cantigas do MeuCrepúsculo, recém-editado pela Livra-ria São José. Para os que apreciam ogênero, eis uma leitura amena, agra-dável. Na singeleza dos seus versos,o poeta apreendeu bem o. sentido po-pular da redondinha e conseguiu reu-ríir uma porção de flashes de sensibi-lidade capazes de agradar a todos.

Livros e informações para a RuaMaestro Francisco Braga, 307, ap. 302— Copacabana.

RELIGIÃO!i MARTINS ALONSO

O USO E O TEMPO DA BATINA

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Parece resolvido pela superior au-toridade diocesana adotar-se na arqui-diocese o uso do clergyman, já autori-

j! _;ado em inúmeros outros paises cato-, iicos e em várias províncias eclesiásti-¦feüasr- brasüeiras. E -certo, porém,, .que—! nem todos os eclesiásticos adotarão

1 imediatamente a veste secular, pois os| religiosos dependerão de permissão dos

; gerais de suas ordens e, mesmo en-i tre os padres seculares, alguns conser-I varão ou preferirão o uso da batina.

As vestes clericais, a sotaina so-|L bretudo, têm uma história que se ma-Ü; nifesta, segundo as autoridades no as-

j. sunto, por duas tendências, de umlado o cuidado de manifestar o estadoseparado e o caráter sagrado do clero,

j resguardando-o contra a tentação de• uma vivência demasiado profana, e de

outro o zelo apostólico de não frustrar,¦y pela aparência- externa, os padres se-j culares e os religiosos em sua vocação

! apostólica frente ao povo que lhes!i cumpre evangelizar.

Destaca-se que a primeira forma

Êrevaleceu entre os séculos VI e XIX.

lurante os primeiros cinco séculos| não havia diferença entre o hábito|. profano e o dos clérigos. Era, porém,| uma época em que a Igreja nao dis-

: punha de um código próprio, vigen-[' do somente as leis e as instituições do; Estado e acrescendo a circunstância

. de enfrentar a Igreja um período cruelde perseguições. A disparidade que rei-nava em certo momento, quando osbispos franceses resolveram adotar

¦¦ vestes conforme ao Evangelho, levouj o Papa Celestino a clamar contra a

jí decisão, dizendo que eles usavam um| hábito contrário ao espírito da Igreja,f, pois, se é preciso, dizia o pontífice,I distinguir-nos dos outros, que seja pelai; doutrina e não pelas vestes. E se é ne-

i cessário seguir à risca o Evangelho, por¦i; que não usar um bastão e uma lan-.terna na mão?

Vem depois a época da imitaçãodos trajes profanos, conduta que me-teceu reprovação dos concílios dos V,.VI e VII séculos que impunham o há-'bito romano. E a êsse tempo ò PapaZacarias (743) chegou a permitir quese usasse o hábito curto e cômodo, oqual se conservou até o século passa-'¦¦ clc, veste modesta que não se afãs-' íava da batina comprida. No séculoXIII, contudo, os clérigos tenderam aadotar vestes luxuosas, comportamen-to aue também sofreu reação dos con-

I cílios. Houve nesse tempo várias al-i ternativas. Os concílios

"insistiam no

- I uso da batina comprida, assim decidi-ra o Concilio de Latrão, enquanto osclérigos procuravam imitar os secula-res, até que o Concilio de Trento fi-..ou que os clérigos usassem um hábi-

to decente, clecorosu, conveniente, semprecisar côr ou forma, proclamando:"conquanto o hábito não seja suficien-tc para tornar o homem religioso, éentretanto necessário que os clérigos

.tragam sémpfe vestes?''conforme ao;'seu estado, afim de destacar ã purê-za de vida e a integridade interior dos.eus costumes pela decência dos seushábitos".

Coube aos sínodos provinciais deMilão, em seguida ao Concilio Triden-tino, determinar o hábito eclesiásticoadotado por todos os países católicos.Consoante as normas formuladas peloscitados sínodos, ao tempo de São Car-los Borromeu, a côr preta foi adotadapara a batina dos clérigos, a violetapara os bispos, interditas a seda e aspeliças de alto custo. Para os clérigos,a batina devia vir até a terra, permi-tindo-se, para viagens, a batina curta.Mas, na Europa, houve divergênciasquanto à forma e côr das.vestes ecle-siásticas e prelatícias, tendo um arce-bispo que mais tarde chegou ao pon-tificado admitido que a hatina se im-punha apenas para rezar a missa.

O Concilio Vaticano (1870) reto-mou as normas de Trento, deixandoaos ordinários a decisão sôbre a for-,ma. Nessa época usou-se em Roma abatina curta, a qual foi proibida aoscardeais nas audiências com o Papa: ilNo século em curso, o uso da batinalonga se tornou universal. O Códigopie Direito Canônico, vigente, há quasemeio século, manda que os clérigosvistam traje eclesiástico decente, se-gundo os costumes admitidos no paise as prescrições do ordinário local e,conforme anotação a êsse preceito, ohábito talar é imitação . das antigas;túnicas e togas romanas que os ecle-siásticos conservaram através dosséculos e cujo uso foi declarado obri-gatório pelo Concilio de Latrão (1215).

A questão, porém, já debatida an-tes <do Concilio Ecumênico, vem sen-:!c tratada sob vários ângulos, admi-.indo-se na maioria dos países catóii-cos que o uso do clergyman facilitariaa atividade dos eclesiásticos, sobretudonas missões, nos meios operários e nointerior onde os padres são obrigadosd, vencer grandes distâncias em seutrabalho pastoral. Adotando-o na Ar-quidiocese do Rio, depois de pruden-te meditação sôbre a importância doassunto, a autoridade eclesiástica com-petente declara facultativo o seu usoe permitido aos que o desejarem, deacordo com o'modelo que identifiqueo sacerdote mesmo fora do templo.-Contudo, sabe-se que alguns de nos-sos padres vão preferir a velha batinaromana.

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I

TELEVISÃOFAUSTO WOLFF

APENAS TRÊS COMENTÁRIOS

Domingo à tarde assisti à retrans-missão do ¦primeiro filme da série AsAventuras de Jaimie, enlatado com-prado pela TV Globo e que está sen-do apresentado todas as sextas-feirasdas 21 às 22 horas. O fa.tp de a Globopossuir a-melhor imagem da Cidadecoloca-a evidentemente na jrente dasoutras ou, pelo menos, faz com que>otelespectador tenha mais paciência pa-ra assistir aos seus filmes. Ocorre, po-rém, que esta série conseguiu impres-sionar-me pela honestidade da sua re-alização. Trata-se da história de um¦menino de doze anos_ que, com o seupai, cruza o continente americano em1849 à procura ãa fama e da fortunadurante a grande corrida do ouro naCalifórnia. A série é rica em humor no

...estilo. Mark._ Twain e mais próxima-mente Robert Louis Stevénson e focali-- za sempre um cast permanente de qua-torze membros, encabeçado semprep o r Dan 0'Herlihy, no papel do Dr.Sarãius McPheeters. Baseia-se na no-vela The Traveis of Jaimie McPhee-ters, vencedora áo prêmio Pulitzer pa-ra ficção em 1958 e o autor é RobertLewis Taylor. Os quatorze membrospermanentes do cast representam dozeintegrantes da Beaver Company (ca-ravana pioneira, formada para o des-bravamento do território dq Califór-nia) e dois bandidos permanentes.Aliás, é a primeira vez que uma sériefilmada de televisão conserva os mes-mos vilões do princípio ao fim. Pode-ria, apesar disso tuão, ser ruim, comoa maioria dos westerns apresentadosna TV e os exemplos são inúmeros,(Bonanza, Bat Masterson etc). Sen-te-se, entretanto, uma equipe traba-lhando: os diálogos são autênticos;cheios da creduliãade religiosa angli-cana; o mocinho não é o valentão,?nas um médico trapalhão; a traduçãoé primorosa,• os cçnários e os figurinosformam yurn

' erivQlyiiriêrito. Lastima-

• velmente, porém,. Jaimie tem um hor-rível sotaqtte ão interior .paulista e o' - filme éyhmitó prejudicada por uma sé-riede: interrupções comerciais. Dequalquer forma,-recomendo com pra-zer, pois trdta-se[de um-, autêntico tes-temunha de época, yy

.Já disse nestaçahmq. uma, vez quequem se propõe a'escrever sôbre tele-

y visão deve tomar ó-rnaior cxiidaão,pois é quase impossfvèUmanter uma*' posição crítica, fria. e"até razoável-

¦ ¦¦ mente distante, quando o panoramaque se lhe é apresentado é um verda-deiro painel de mediocridade. De pre-ferência, portanto, o critico deve terhoras para assistiria T.V e mais, assistir menos que .o telespectador co-mum, pois caso contrário, sendo pas-sivel de embotamentò; ucabará porachar qualquer droga xnri pouco acimada mediocridade, uma verdadeira obrade arte. E isso já teni acontecido di-versas vezes. Em segundo lugar, ãevepreocupar-se com a resultante ãos pro-gramas, ou seja, limitar-se a_ criticarapenas o que vê tio víâeo e não tôda aengrenagem interna âe uma estaçãoâe TV, quase sempre, estruturaáa nosmolàes áe rim botequim da Lapa enunca de uma inãústria organizaáa.Há casos, porém, em que o crítico pre-cisa áescobrir as origens de determi-

nados incidentes. Um exemplo: a Ex-celsior vem caindo na preferencia po-pular exclusivamente ppr falta ãe ái-reeão- e — o que é pior'-- falta de es- .pirito profissiona.1; .âe respeito ao ver-dadeiro profissional. Um programaquè ea, por exemplo, sintonizava como maior prazer era a parte esportivado Jornal de Domingo, às 22h. Repen-tinamente, porém, a direção da emis-sora (que, em verdade, ninguém sabequem é) resolveu dispensar a colabo-ração âe um âos maiores experts emfutebol, ão Brasil. Falo âe ManecoMuller (que já foi Jacinto âe Tormes;nome qtie abandonou por uma ques-tão de honestidaâe e espírito âe mis-são). Èle que era uma ãas grandesatrações áo programa, ]>ois dignifi-cava o futebol e dava a caãa um ãos.s.íi. personagens, jogadores, uma per-sonaliãaãè que analisava psicológica-mente, foi, simplesmente, barrado naporta ãa emissora, juntamente comoutro excelente jornalista, José Araú-jo, que possui uma ãas melhores colu-nas especializadas em futebol do Riode Janeiro. Diante da grosseria ãadireção, João Saldanha, outro inte-grante da equipe, decidiu jazer as ma-las e voltar para a TV Rio. Resultado:por incompetência, o público perde ¦um ãos melhores programas âo Canal2. A isso chama-se falta ãe respeitoao trabalho profissional. Felizmente,porém, os verâaâeiros profissionais es-tão compreendendo. a necessiáaãe áoespírito ãe eqtiipe e ãeixanâo áe pro-ceder ;como verdadeiros mortos de fo-me ãiante ãos babbitts ão víâeo nati-vo. Espero ver João Saldanha, ManecoMuller e José Araújo novamente jun-tos qualquer dia desses..

Pôr puro acaso passei pelo atiáitó-rio lotüáó áa TV Rio, segunáa-feiraúltima, evi uma menininha sôbre opalco. Confesso que.não -entendo nadade música, mas. dizem que entendo ãeteatro-. ¦ A menininha chama-se RitaPavone. Alguns cronistas improvisa-dos endeusaram-na; outros, por ães-peito, disseram que ela não tinha voz.Pessoalmente, creio que ela é um pro-auto âa nossa época; que satisfaz asnecessiàaâes neuróticas ãe tôáa uma

¦geração que se vê, ãe repente, sem terpara quem apelar; não acreáitanâonas convenções que lhe são apresenta-das, vias-sem ter outras para refugiar-se; vítimas do total autoâesconheci-mento, buscam na música frenética,uma espécie ãe válvula áe escape. Ri-ta Pavone parece-me ser a legitima re-présentante dessa geração. Mas temum áetalhe: trata-se, realmente, âeuma artista. Uma artista que possuiagentes, empresários que ãiscutempor ela. estabelecem preços e fazemexigências. Sente-se na menina, en-tretanto. uma flama interior; umasinceriãaáe vocacional impressionan-ie. Não há ãúviãa que ela canta o quesente; não tem um métoâo certo. Masa sua âança ê um prolongamento âasua personalidade. Realmente, a pe-queninha conseguiu impressionar-me.Não poderia ser outra coisa: apenasartista. É um diamante bruto que bri-lha sem precisar de luz artificial; selhe fazem um belo anel isso eu. emverdade, hão .sei.

L

MÚSICAHENZO MASSARANI

MUSICAHÚNGARA

A Seção de Imprensa da Le-gação carioca da Hungria me re-mete uma interessante publica-ção sôbre a música húngara con-temporânea, concluindo com asseguintes palavras: "Graças aBartók e Kodály, a música hún-gara foi elevada à categoria dasgrandes artes progressistas domundo; os discípulos dos dois gê-nios continuam fiéis a tal tradi-ção tão preciosa."

Antes disso, há algumas bio-grafias dos jovens mais destaca-dos, ajudando-me na compreen-são de um grupo de composiçõesque a própria Seção de Imprensa,muito gentilmente, me envia. Dei-xo de lado as obras de Bartók eKodály, para um primeiro rápidocontato com as das novas gera-ções.

KADOSA PÁL (1903) "foi ini-cialmente um propagandista en-tusiasta da música contempdrã-nea"; seu Capriccio op. 23, parapiano, corre porém tonalíssimo,evidenciando reflexos populares-cos, saborosos mas tradicionais eaté acadêmicos.

GYORGYRÁNKI (1907) "temum talento particular para expri-mir musicalmente o grotesco e obizarro. Usando uma orquestra-ção opulenta, conseguiu criar elei-tos diferentes e inesperados; es-creveu uma ópera, Roi Pomááé,que é das melhores do nosso tem-po". Com efeito, sua suíte Aristó-fane, para violino e piano, parecebem mais interessante do que aobra de Pál: a rítmica é (aquitambém) de origem popular masapimenta uma fala expressiva echeia de vivacidade; as própriasharmonias não esquecem que es-tamos vivendo no século XX eque afinal papai Bartók teve he-róicas, geniais ousadias, nestecampo também. Uma suíte bas-tante bonita.

ENDRE SZERVÁNZKY (1911)"foi quem seguiu mais fielmenteos caminhos de Bartók; no seumundo emocional e intelectual, atradição popular procede de bra-ços dados com a técnica moder-na." Na sua Sonaivnu para Piano,o movimento melhor é o terceiro,vim lindo alegro, bér^desenv_i

donriJ^TTíúItoTnTerèsse.PÁL JÁRDÁNYI (1920) é

apresentado não apenas comocompositor mas — como Bartók— como pesquisador. O que éconfirmado pela sua Dança Hún-gara para violino e piano,máscula e vigorosa; e naciona-lista.

Seria grande e estúpida prejsunção chegar a conclusões, nta resenha mirim. Mas, tocan&oGalántai Táncok (que aliás Balclijá regeu, no Rio) e MarosszékiTáncok, de Kodály, e — aindamais — as Duas Elegias e a So-natina do grande Bartók, a gen-te não deixa de constatar queestes dois mestres convidam seusjovens patrícios não apenas paraa fabricação de música naciona-lista inspirada no folclore desempre, mas lhes indicam a úni-ca grande eterna verdade musi-cal: que' sua obra seja mesmomúsica, preocupando-se não namaneira de dizer as coisas, mas

. ~no valor e no conteúdo dessas

coisas. Numa palavra, se Bartók Jlembra, sob tantos aspectos ad-/miráveis, nosso Heitor Vila-Lôbosseus sequazes de hoje parecemlembrar alguns jovens brasileirosque, pensando em continuar Vila.recomeçam mais uma vez com ofolclore, estèrilmente.

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BASTA UMSIMPLES

TELEFONEMAPARA VOCE

FAZER A SUAASSINATURA DO

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Jornal do Brasil, Quinta-Feira, 6-5-65, Cad. B — 3

Lutar com palavrasé ii luta mnis vã.Ijitanto lutamosmal rompe a manhã

CARLOS URUaiMONODE ANDRADE

Diretor da Biblioteca Na-cional, responsável pelo ex-

pediente da Agencia Nacio-nal e Conselheiro do Servi-ço Nacional do Teatro e doInstituto Brasileiro do Livroo recém-eleito Conselheiroda Associação Brasileira doImprensa, escritor AdoniasPilho, mantém, durante as24 horas do dia, uma Unaconstante contra o tempo, aíim de conciliar todos o.sseus afazeres, unidos peiamatéria-prima da palavra.

— Todo o meu trabalho —

diz Adonias — faz parte daminha vida de escritor ê

jornalista c as funções com.

plementam-se umas às ou-tras. Por isso, apesar de es-tar com inflamação das cor- jdas vocais e terminante-mente proibido de falar, es-tou lançando pela EditoraCivilização Brasileira o meunovo romance, O Forte.

O dia do escritor começa jàs cinco horas da manhã evai até as 11 da noite, sem juma pausa para descanso, anão ser uma hora passadareligiosamente na praia, "o

melhor tônico para todo odia, faça o tempo que fizer".

Além cie e s t a r lançandoum nôvo romance, AdoniasFilho, — qúe, nas horas va-gas, escreve contos paruO Cruzeiro Internacional —

está preparando' as novasedições das suas obras ante-nfores, Memórias cie Lázaro

fa Corpo Vivo e cómplemen-tando a série de. ModernosFiccionistas Brasileiros, paraa Editora Tempo Brasileiro.O volume será constituídode estudos críticos sòbve osromancistas atuais.

Como nôvo Conselheirada ABI, Adonias Filho prc-tende manter a entidadecomo agente dos interessesda classe, "mantendo a tra-diçâo da Associação, sem e.s-quecer as exigências de suaadaptação às circunstânciasatuais".

ADONIAS E

O TEMPO DAS

PALA VRAS

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Sua elegância em moldes prontos!Porque o seu fígurinista é o famosoGIL BRANDÃO

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ZÊ4 M4i?£4PICADINHO

• Mais de dez mil pessoasestiveram na exposição Ar-te Brasileira do Hoje, reali-zada recentemente em Lon-dres, no Royal College ofArt. Oitenta telas de artis-tas brasileiros foram adqui-ridas por colecionadores bri-tânicos. E dentre eles: Ibe-ré Camargo, Manabu Mabe,Ianelli, Ivã Serpa, Scliar,José Paulo Moreira da Fori-seca, Bandeira, Fayga Ostro-were Edite Bering. A mes-ma mostra será realizada,agora,, em Madri.• Quem vai decorar o Jó-quei Clube pára o jantar.desábado, em honra aos Im-peradofes do Irã é MariaCeliha Simon. O ?>te7iu dojantar é b.seguinte: Conso-me Jóquei Club; Crevettes ãMaria Stuart; Faisón à laPerigordine; Specialités deBahia. De bebida: Champa-nha Pommerie lirut. Depoisdas corridas não haverádança, mas um espetáculode fogos de artificio em ho-menagem aos visitantes.

Murilinho de Almeidaestá -pensando em adquirira Boate Crepúsculo, na RuaToneleros, atualmente fe-chada. Quadros de Edelweissestariam sendo cogitadospara arrematar a decoraçãoda simpática boate.

Nâo mais meias renda-das, mas meias de renda deverdade são a sensação dês-te inverno, no Rio e em S.Paulo. A Mônaco, em Copa-cabana, já oferece dessasmeias, em marinho, marrome preto. São especiais paracoquetel ou trajes mais re-quintados. Nunca para ho-ras esportivas.

Dentro em breve seráinaugurado, em Tóquio, umFestival de Caricaturas Bra-sileiras. Quem fêz a sele-ção de trabalhos foi o nos-so companheiro Yllen Kerr.Zlraldo, Zélio e Claudius fo-ram os escolhidos.

Também de Tóquio: dia10 próximo será inauguradaa 3.a Bienal dessa Cidade.O comis sário brasileiro éVálter Zanini, diretor doMuseu de Arte Contempbra-nea de S. Paulo. Telas deWes-ley Duke Lee. Maria He-lena Chartunis e FernandoOdriozola estarão presentes.O Itamarati enviou o pintorDuke' Lee para a iriaugu-ração.• Amanhã, no Leme Pa-lace Hotel, banquete para400 pessoas oferecido pelaMissão Naval americana aoGovêmp^Brasileifer;

""§" Circulando pelo Salãoda Moda: André Snell. Te-resinha Muniz Freire. HeroOrtemblad, Gilsa Afpnsèca,Pena Kerti. Julita Abreu.Dirce Vieira. Gilda Millict.Zélia Bernardino de Campos.Nenete de Castro e sua íi-lha Claudine. As elegantesse interessam espeeialmen-te pelos stands da Mataraz-zo, Bangu c Scala D'Oro.Querem ver de perto as sé-das puras, as sarjas de láestampada (lindas) e os fus-toes grossos, tipo expor-tação.

JANTAR DEDESPEDIDA

Apesar de não ser aindamuito inverno a gra n d emaioria das senhoras pre-sentes ao souper de Míriame José Alberto Gueiros cs-tava de preto. Por exemplo:Teresa Sousa Campos leio-í/iíc, com alças entremea-das de pérolas pequenas;usando coque), Loli Hime(crepe macio, fazendo íren-

te única), Lourdes Catão(de alpaca, com pérolas pre-tas e brancas no colar en-roscado), Eleonora Herre-ra (chegada há quinze diasdo Uruguai, muito bonita,com cabelos mechados) e

Este é um dos moldes da série da meia-osiação. E 3ão 30, cada um coni o riloW» «m A lainaiiliós.

Em tôdas as bancas-, de jornais e livtarias você-encontra agompíde jú pronto para vote rnésmg lazer seu vestido. Pelo en-

7BÊ-.

válope, você escolhe u modelo. Dentro tio envelope, o moldeòiti quatro tamanhos diferentes. Ainda mais, você pode até ada-píar medidas (as que quiser) de um tamanho para outro. Suaelegância nunca ioi TÃO FÁCIL, TÃO ECONÔMICA. E que pra-zer você mesma íazer os seus vestidos!

Edições JBStu llguiinitt*

Gil Branda»

Peça ao jornaleiro Moldes GIL BRANDÃO

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friifilii, h Imperairix, nmiiuli) Diòr-ilnrc Tiniam, </c /''iím

GALA NO ALVORADAPontuais, os Imperadores áo Irã chegaram exata-

menle ás 21 horas à recepção com que o Presidente oshomenageou, ontem ü noite, no Palácio Alvorada. AImperatriz -usou um longo amarelo cintila7ite (mo-dêlo Dior), e, sob uma belíssima fiara de brilha».-les. um veu romântico. Seus acessórios eram verdes.O Xainxá vestiu uniforme de gala, azul. Primeiro, liou-ve coquetel, e depois, o banquete. Os camarões consti-luíram o prato de mais sucesso no mesmo.

Ainda de Brasilia: quando o Xainxá visitou o Su-premo Tribunal Federal, recebeu dc uma professora dc.Goiânia, descendente deiruniauos. um cristal do pia-nallo. O filho da professora nasceu no mesmo dia cm —r/íte os Imperadores ganharam uni herdeiro. Dui.'ó no-me que deu ao garoto: Ciro. Seu nome é Helena Falluh,

ANÁLISE DE LAIA IMPERATRIZ ELEGANTE

Dc corte impecável, linha supermoderna, o con-iunlo que a Imperatriz do Irã usou. ao desembarcar,anteontem, ho aeroporto de Brasilia, era da coleçãoDíor-Márc Bohan. de Paris, seu costureiro oficial, des-dc que ela se tornou soberana dc seu país. Em seda

pura. combinava perfeitamente com os brilha»-les (discretos) dos brincos e com as pérolas do colar.O fato dc a Imperatriz Farah usar estas jóias sunluo-sas. ás 10 horas da manha, tem seu cabimento, poisque ela é a primeira figura feminina cie sua terra. Se

outra mulher qualquer usasse jóias assim, àquela hora

do dia, estaria fazendo papel ridículo. Seu chapéu,

dc palha tipo bakou, era perfeito. Seus sapatos, de salto

cinco c meio, com gáspea fechada, como c a moda

atualmente. E todos puderam reparar que o Xainxá

deve ser uns cinco centímetros mais baixo que ela. Sua

bolsa, pequena, como está na ordem do dia, não era,

entretanto, mínima — ern uma bolsa correta paru

quem está de viagem.

Quando o Xainxá apresentou a Imperatriz ao nos-

so Presidente, de modo muito simpático, disse: -Minha

mulher".

As sobrancelhas da Imperatriz — nolou-se — es-

Lão mais alongadas e mais finas (portanto, mais equi-

libradas em seu rosto), do que antigamente. E suas

luvas, entrando pela manga do ' casaco-redingote,

não deixavam aparecer o braço, o que e o certo.

A Sr.a Eliane Gomes, que acompanhava o Minis-

tro da Aeronáutica, não se misturou às demais senho-

ras presentes ao aeroporto, pois não usava chapéu.

Adeluide de Castro (de reri-das). Marilu Moreira usavacloqué branco. Leila Carnei-ro da Rocha, Jourreau desari verde-esmeralda. LedaGalliez, de túnica vermelhae preta; Eliana Bocaiúva,fazendo sucesso, entre ho-mens e mulheres, com ves-tido de organza verde-alfa-ce e Marilu Pitangui, d*brocado dourado. Sônia Ga-delha (de jérsei dourado)foi quem primeiro viu en-trar, discretamente, semninguém perceber, o Minis-tro Roberto Campos, levadoà reunião pelo Sr. CiceroLeunroth. Depois de reco-nhecê-lo, chamou a atençãodos presentes, que não acre-ditavam ser o Ministro. Êleconversou com o Sr. Nehe-mias Gueiros e Madeleine eRenato Archer. Fêz sucessoo retrato de Miriam, de Pe-dro Leitão, daqueles "que sófaltam falar". O casal Guei-ros viajou ontem para a Eu-ropa e organizou o jantarpara despedir-se dos ami-

Clóvis Bornai é o autordo trajo dá atriz Lola Brah,que encarnará M a d a m eClessi na peça Vestiáo ãeNoiva, de Nelson Rodrigues,a estrear no dia 25 no Mu-nicipal. O vestido tem saiaampla e uma cauda de plu-mas. A noite de estréia seráde gala e em beneficio daAssociação Brasileira de Re-cuperaçáo Motora.

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E O TRÂNSITO DASCALÇADAS?

Quanto ao trânsito dasruas, a Secretaria compe-lente do assunto, já cuida.De uma ou de outra manei-ra, há resultados compensa-dores. 'Mas o trânsito dascalçadas? Das bicicletas, porexemplo. Há dias, BeatrizCardim foi uma das vítimasdas bicicletas dos menino-tes que se aproveitam paraandar nas calçadas cmgrande velocidade, atrope-lando os pedestres. Ao sairde uma loja comercial, Bea-triz foi abalroada por umciclista, resultando em iri-ternacão no Hospital Silves-tre, com escoriações em to-cio o corno, devendo agoraser submetida a longo c do-loroso _àtamentsí:-CXv_a^-'io-õVar-bicicTéta, é claro, fu-" "iu. Nossa pergunta aquifica: qual o departamentoque pune ciclistas nas cal-cadas?

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Marin Eudôxià Monteiro th Barros t Liia Duvivier: u cstinnimrin em ,,iiut« uo Saião <?« SioSa

A cabeleireira Maria, estasemana, está sem saber oque fazer: supermarcadapelas suas clientes, que irãoâs festas dè ho.ic amanhae depois dc amanhã, Marisaestá quase que sem podüvlocomover-se, pois quebrouúm dedo do pé.

Amanhã, show de ManilaBatista na Estudantina Mu-sical Sègurida-feira; showdè João dó Vale, no mesmolocal. A entrada, na segun-da-feira, será a compra dolivro Opinião, com o roteirodo espetáculo anterior a hi-berdade. no Arena. E por fa-lar no Arena', o teatro con-ta com 320 lugares, mas to-das as noites uma média oe•J.)0 pessoas vão ver o espe-táculo. São postas cadeirasextras mas mesmo assim fi-ca muita gente de pé.

O aniversário de HigiaCampos foi comemoradocom um j a n t a r em seuapartamento, onde estive-ram Odila e Nilo Gomes deLemos. Lourdes e TeobaldoViana, Sarlta e Hugo SantosPereira, Elisabete e BuiFreitas, Rute e Paula Maga-Ihães, Mirtes e Manuel MeloMachado, o casal ItamarGuimarães e Tercsinha Cos-ta Gama, uma das mulheresmais elegantes de Porto Ale-gre. Higia recebeu vestidade musselina azul-noite, tô-da bordada, e auxiliada pelafilha, Célia Márcia (bonita,com um vestido rosa, deMessias). O escort de Célia,atualmente, é José AntônioAbreu Fialho.

Curso de Orientação parao Casamento, com uma equi-pe de casais promovendo de-bates e palestras é o queestá sendo organizado porVera Noel Ribeiro. Algunsdos temas: Amor e Casa-mento; Maternidade e Pa-ternidade; Princípios e Fi-nalidades do Casamento.A assistência do curso estáa cargo do padre Osvaldo, daMatriz do Cristo Redentor.O inicio está marcado parao dia 17, às 20h30m. In-formações pelo tcl. 46-0667.

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Cad. B, Jornal do Brasil. Quinta-Feira, 6-5-65

FERNANDOSABINO

DOIS MENINOS,

MARY E SAMLondiw, Vi» BUA

DOIS MENINOS de 11 anos

foram levados à Corte sob acusa-

ção de haverem posto na linha

de um trem grossos pedaços de

madeira e uma caixa cheia de

pedra?. O maqúinista freou a

tempo, diminuindo a velocidade.

__ a locomotiva se chocou com o

obstáculo, mas não chegou a de?-

carrilar, como poderia ter acon-

tecido.

1SSOÍ

Por que vocês fizeram' inquiriu o juiz.

— Nós queríamos provocarItCS acidente — explicaram ns

fiieninoe.

UM FANTASMA chamado

Mary está forçando o empreiteiro

de demolições-Fred Lunn a con-

tratar novos empregados. Desde

que a firma começou a demolir"lima velha mansão há três sema-

nas atrás, quatro operários já se

recusaram a entrar no prédio e

nm dele* até «e despediu.

Mary, segundo afirmam os

moradores dos arredores, come-

teu suicídio atirando-se do telha-

do liá muito? anos atrás.

O problema começou logo ao

primeiro dia, quando chegaram

os homens da demolição. Coisa*

estranhas começaram a aconte-

cer: ruídos de passos pelas esca-

das, batidas nas paredes — de sú-

bito um operário foi atingido na

bôca por am objeto invisível, quelhe partiu o lábio. Outro, quandotrabalhava no segundo andar, foi

atirado escada abaixo por uma

força misteriosa, que o fêz rolar

até o jardim. Este não voltou nem

para receber o pagamento.

NÃO há nada que Stm gostemais nesta viida do que uma cer-

vejinha no domingo.

A princípio este era um gòs-to relativamente difícil de satis-

fazer, por duas razoes: primeiro,

porque Sam só tem cinco anos de

idade e, segundo, porque Sam é

urn cavalo.

Num desses domingos, quan-do seu proprietário, Ken Elliott,

deixou Sam sozinho sem a sua

cerveja, próximo do Clube ilare

and Hounds üc Bidborough. _}cavalo encontrou por si mesmo <i

caminho certo e em pouco metiii

o focinho à porta tle um bar.

— Desde então — afirma

Mr. Elliott — Sam costuma tomar

sua cerveja comigo e o resto da

turma no bar. Enquanto não to-

ma ao menos uma. não vai lá pa-ra fora me esperar.

PASSARELAGILDA CHATA1GMER

JB FEMININO NO SALÃO DA AÍODAO stand do JORNAL DO BRASIL no Salfto da Moda vai hoje contar com a

presença de Madame Campos, especialista em assunto de beleza. Ela estará à dis-posicãq do público, maquilando, dando conselhos e distribuindo o seu famoso pòlanié cintilante. Esta è uma das promoções de Departamento Feminino da sc-rie jã programada.

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< Em primeiro lugar a fotografia normal dc um rosto demulher. No centro a união dn duas partes esquerdas simétri-

.cas. com um rosto niais doce e menos proporcional, e nuterceiro lugar, a operarão sn repete com o Indo direito, ondehá mais proporcionalidade c //mis dureza de expressai.

Simão tem dois anos. A parte esquerda do vulto, aocentro, mostra um menino vivo e esperto, enquanto qui, àdireita o aspecto i menos inteligente

UMROSTO

ETRÊS

FACESTERESA CASOU

Tudo começou como uma brin-cadeira. É sabido que um lado dorosto nunca é igual ao outro, e nomeu trabalho como visagista tenhooportunidade de observar isso mui-to bem. Cada vez que vou maquilaruma pessoa, pego um espelho de ân-

guio e vejo um rosto completamen-te diferente. Resolvi então fazeruma montagem fotográfica, com aajuda de Lucena e Artur, o que re-sultou numa experiênda muito in-

teressante. Em geral, o lado esquer-do é bem mais doce que o direito.

Juntando-se duas partes exata-mente iguais e simétricas, surge umnôvo rosto. O mesmo vulto nas duasversões, isto é, com a união dos doislados esquerdos ou dos direitos, re-vela duas personalidades diferentese muitas vezes contraditórias. Sen-sivel e inteligente a esquerda, e

grosseira em alguns casos no ladodireito.

Num próximo contato com vo-cês, vou apresentar as duas versõesde um rosto completamente maqui-ladas e penteadas. Com um espelhode ângulo faça essa experiência emcasa, mesmo com as suas crianças,e verá como vai-se surpreender comos resultados.

Na cirurgia plástica de nariz, àsvezes as pessoas se queixam de queuma narina ficou diferente da ou-tra, mas podem ter certeza de quejá eram assim antes da intervenção.

Angela, de 1 ano. A parte esquerda do vulto, no centro.(lifii últi» o.vprujjiio esperta e tiríufdúf ácida, enquanto </!/<¦ <idu tlirei(t) ii ile inun tli<yirmtinir inocência

Esto i Lucinda, d« 18 meses. A \xirtt esquerda dn vulto,no cenlro, tem traços delicados <• gentis, «nqnonta que « <'>•reita é resoluta teimosa

GOMO

DORMIR

(GOSTOSO)NO INVERNO

REGINA GUERREIROFOTOS DE OSVALDOMARIOATO

Falemos do sono da mulher 65,As correrias nós já sabomos docor. Porque é uma regra: mulherdc hoje não tem tempo para nada.Mal levanta já começa a correr.Poucas sáo as horas de sono, doreíax. E poucos são os momentosque a gente tem para se preocupar

com elas, Mas voltemos um pov.cnpara trás. 1Ü00 e adjacências. Mu-lher estudava pouco, importantemesmo era pensar no enxoval. Vi-vei' era saber arranhar um piani-nho e bordar, mas bordar pra v.i-ler. Tardes inteiras, vidas in.tei-ras, Porque era o que se podia d«uma moça: mãozinhas prendadas,cabeclnha vazia. Mudou tudo mcs-mo. Não existe mais nom u moçabordando, nem a camisola borda-da. A gente quer tudo pronto, tudofácil. Em vez de passar anos la-zendo um enxoval, a gente traba-lha, e numa semana com o tutusuficiente, a gente compra tudo.Acabou-se a poesia? B o b a g e mjApenas dinamizou-se. Como é dl-námieo o nosso lufa-lufa cotidiano.

Está superadíssimo o pijamade flanela. Agora a gente vestepljamlnhas de pluma. Ê uma va-rlaçlo do Polial, 65w dc Poliestere 35% de algodão. E é exclusivi-dade Nailotex. Não existe mesmo,

nada mais macio, nada mais acon-chegantc. É a própria espuma fei-ta tecido.

Palazzo-Pyjama agora tambémé linaerie. Acolchoado, fundo lisocom estampas douradas, ou todoestampadinho mesmo. Isso quer dl-zer que a gente choga om oasacansada, toma banho e já veste upijama nara ver televisão. E soaparecer visita não tem correria/;.Porque estamos lindamente salvasl

Outro jeito, que é uma graça.de dormir (gostoso! no inverno, áo macacão-pijama, todinho de Plu-macet. As cores são ótimas: azul-piscina, violota e até sulferlno.

Vale uni destaque os frufíUSda Nailotex. Do pró p r i o nylonplissadinlio, rendlnhas no acaba-mento. Têm toda a poesia dos com-plicadissimos bordados da vovó.São explorados nos jabols, nasbarras e nos punhos das camiso-las de pluma. E é bom mesmo, umapitada assim do romantismo, per-que a necessidade de poesia, afl-nal de contas, ainda è a mesma.

HMIx Um 11 jlflí, ÉS II K \.'¦BríS "i_

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l.stti nu hora tir dormir... IC você |ii vestiu sita camisalinha tir pluma, tõtlii tir fru-fru enfeitada

l.á fora. a .Cidade iluminada. Aqui, você. quentinha, hoseu palaz/.o-pyjiima do capuz. São três peças, Fõr_t:'a calça « flt-tisaquinhó, estampados r fòrra'dos tlt' rauma blusa tir plumnçcl, slmcking itimbêai

Hr*nnhn «le Diana

SYLVIE VARTAN,UMA NOIVA ORIGINAL

Os jornais já falaram do casamento dos Jo-vens cantores do yé-yé, Sylvle Vartan e JohimyHalllday. Nas íotos, aparecia a noiva suave, çomos olhos lacrimejantes e seu narizlnho arreblta-do Mas os detalhes do bonito vestido, ninguémpercebeu. Trouxemos hoje para vocês o modelocom o qual Sylvle subiu ao altar, t um estilo ro-màntico. diferente, perfeito para o seu tipo físicoe sensibilidade. Faz um gênero restauração e eem organdl. Foram gastos 20 metros de tecido e400 metros de rendinha valenclana. Na cabeça,em vez do tradicional véu, Sylvle usou um capuzterminando com laço de fita, de onde saia umpequeno ramo de flores de laranjeira.

slwckipg, exista

.. - - *--

MMMHi Jijpjiiimii,!

JOSÉ CARLOSOLIVEIRA

f!

FORMIGAEREMORSO

O problema da fome no Nor-

deste, colocado pelos jornais de

modo a provocar trauma no Sul,

foi imediatamente atenuado pordeclarações de especialistas resi-

dentes no Rio. Aquilo que, à pri-meira vista, parecia asqueroso,

passou a ser visto como requinte.'Há muito tempo se dizia: "Ou o

Brasil acaba com a saúva, ou a

saúva acaba com o Brasil." A fór-

mula foi agora surpreendente-mente invertida: ou a saúva aca-

ba com o Nordeste, ou o nordes-tino acaba com a saúva. Outro-ra a formiga era uma praga queafligia o homem, hoje o homemé a praga que aflige a formiga.As multidões estão comendo saú-vas no Nordeste. Em Recife, ante-ontem, houve uma revoada de ta-

najuras, e elas se transftirmaramem banquete em plena rua. Aqué-les que não gostam de comidacrua levaram algumas dúzias pa-ra casa. Tanajura frita com fa-rofa é um prato muito aprecia-do no interior do Pais. Se o pri-meiro movimento dos corações

piedosos é de repugnância, o se-

gundo pode ser de inveja. Os es-

pecialistas dizem que a parteabdominal das saúvas e tanaju-

ras.i._riça_em_gordura. Um ento-mólogo declarou (em~Õ~~GlWá~de terça-feira) que as formigassão consideradas "um verdadeirocaviar" pelos índios do Alto Xln-

gu. Tudo isso demonstra que as

noticias alarmantes que nos che-

gavam do Nordeste estavam mal

redigidas. Os telegramas deviam

dizer assim:"As populações nordestinas

acabam de consagrar a formigacomo a única iguaria digna do

seu refinado paladar. O cozido, a

feijoada, a galinha ao molho par-do e outros pratos brasileiros fo-

ram destronados pelas delioiosasnádegas.fritas de saúva. Na geo-

grafia gastronômica do mundo,Recife ocupa agora o lugar quetradicionalmente cabia a Paris."

Devemos ver em tudo isso o

sinal iniludível de que a consciên-cia brasileira está com remorso.Parece que ninguém suporta a

idéia, entretanto honesta, de qusacabar com o comunismo e coma corrupção não é suficiente pavavarrer a miséria. Se nossos ir-mãos comem formigas, e se nossaconsciência dói, recorremos aoclorofórmio, "files é que são feli-zes» _ Como diz o carioca, "Nós

aqui, comendo feijão com arroz,e bife, e farinha... nós, condena-dos ao trivial... e eles fritandoas suas formigasl"

No filme Mundo Cão, vimos

grã-finos comendo formigas e re-

quintados gourmets orientaisreunidos em torno das mesas em

que se servem serpentes, files sedeliciavam, não havendo portan-to motivo para o nosso horror.Mas nós nos horrorizávamos.-Aquele não era um mundo côr-de-rosa, era um mundo cão, Assimtambém se dá atualmente noNordeste, com a diferença de quenós é que atribuímos prazer à de*

gradação do ritual do almoço. Sefôssemos gravar em filme essesbanque.tes desesperados, certa-mente não veríamos a felicidadeestampada no rosto dos gulosos.

Jornal do Brasil, Quinta-Felra, 6-5-85, Cad. B i— 5

EDUcanta o que pensa

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Edu I.-6bo, que em dois anos compôs cerca de 45 músicas •deixou os estudos de Direito para seguir uma carreira inspirada'por Vinícius de Morais, está na Boate Zunzum, ao lado de NaraLeão e do Tamba Trio tocando e cantando ao violíLo, "e se façomúsica de fundo social" — diz, numa pausa — "não é porquapretenda mudar alguma coisa, mos simplesmente mostrar o qu»penso, livremente, apenas externar minha opinião".'

Áos 21 anos, depois de terminai- o Cientifico, no Colégl»Santo Inácio e parar no terceiro ano da Faculdade de Direitoda PUC, Edu explica seu êxito na música popular brasileira aoauxilio que recebeu de Vinícius, Rui Guerra — que escrevemos letras de suas composições — e Luís Eça, responsável peloiarranjos, fazendo questão de lembrar que também vai ao Cas-tellnho, "embora não concorde com a alienação que lá existe".

A MELHOR EXPRESSÃO

Mesmo quando estudava Direito, Edu jã fazia sambas e can*ções, "mas sem nenhuma expressão". Confessa que só em 1964.após conhecer Vinícius de Morais, começou realmente sua car-reira artística: "logo no primeiro encontro fizemos juntos umsamba, e dai nasceu uma amizade que se firmou cada vez mais;resolvi largar os estudos para não ter outra obrigação a não sera música popular".

. "',iAgora, participa de um show de música popular e clássica

na Boate Zunzum, em companhia de ílara Leão, do Tamba Trios do Quinteto de Sopro Vila-Lôbos. "Estava com medo de apre-sentar Hindemith em número de boate, mas a reação do públicofoi ótima, pois não há obstáculo intransponível entre a músicajrudita e a popular."

4 ÓPERA DOS PALMARES

Ao lado de Gianfrancesco Guarnieri, autor de Glmba e ElesNão Usam Black-Tie, Edu Lobo acaba de terminar em S. Pauloa parte musical da peça Arena Canta o Zumbi dos Palmares.que estreava em breve no Teatro de Arena da Capital paulista.São 20 músicas, tôdns inéditas e de sua autoria, que deverão sercantadas e tocadas durante a peça. fora o texto de Guarnieri •as partes de ligação-

Durante sua permanência em São Paulo, em conversa comGuarnieri, surgiu a Idéia dc fazer, pela primeira vez no Brasil,uma ópera popular — que define como um espetáculo cantadoe representado "num clima de simplicidade e naturalidade abso-lutas, sem diálogos em italiano, grandes árias e perigosos agudos,algo assim como Les Paraplúies de Chcrbotirg, (Os Guarda-Chuvas tio Amor)".

VIVER A ESQUERDA

Sobre as acusações que lhe fazem cie pertencer à chamadaesquerda festiva, e também a propósito de um artigo escrito re-centemente colocando, em dúvida a validade das músicas sobreo Nordeste, Edu Lobo'diz que "ir ao Castelinho não é concordarcom a alienação que lá existe", e que "escrever sôbrc uma terradistante, de algo que nunca se viu de perto, é uma questão desensibilidade".

Explica: "Viver numa sociedade e nela estar, integrado náosignifica aceitar intimamente sua ideologia: além do mais, essahistória de intelectuaiismo de esquerda já está tão batida que,mesmo querendo mostrar-me diferente e sofisticado, nunca to-

maria cercas atitudes que, na minha opinião, se tornaram maisconvencionais do que um comportamento normal".

DO FOLCLORE AO CLÁSSICO ^"Tudo que componho tem, a meu ver, algo dc clássico e algo

de folclórico", diz Edu Lobo. "Talvez seja por isso que gostotanto de Vila-Lôbos e de Khatchaturian, compositores que con-

seguiram Vgar tão bem as duas coisas, trataram com a maior

nobreza temus táo puros e autênticos como ns cantigas de roda

e as cançbCi: populares",Falando sôbrc a sua música: "componho 'iSTdois

gêneros: •

o das músicas ligeiras, acentuadamente ritmadas (sambas), a

o das melodias mais livres e paradoxalmente mais clássicas

(canções). G meu objetivo final é a música clássica, e pretendoseriamente entrar para um Conservatório e estudar a fundo

harmonia contraponto e composição".

Na primeira quinwma dc maio deverá ser lançado pela gra-

vadora Elenco o LP Edu t.ftbo Canta Edu Lobo. com lettps da

Vinícius de Morais e Rui Guerra, arranjos de Luís Eça.

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LEIAdescobre Canes

NELSONcastiga a nudez

Para também cantar na Europa emostrar seu rosto um pouco triste,Leia Bulcão — que começou no ci-nema ao lado de Sérgio Ricardo, emÊsse Mundo É Meu — segue para Ca-nes no próximo dia 9, convidada es-pecialmente pelo Itamarati, e no maiscosmopolita festival cinematográficoda Europa representará o Brasil jun-tamente com Odete Lara e NormaBengell. ... ,

iviais conhecida pelo teatro, ondefirmou a presença de uma atriz preo-cupada em reagir segundo a realidadeda mulher brasileira de hoje, Leia es-tara nos principais centros europeusao mesmo tempo que seu filme de es-tréia tentará, nas salas de Paris eRoma, atrair um público difícilpara uma das experiências do cl-nema nôvo, a crônica amería do Rio,sem artifícios e modesta.

De tssé Mundo É Meu, Leia pre-tende tirar algumas canções paraapresentar, em pessoa, o talento deSérgio Ricardo nos encontros de Ca-nes, onde, juntamente com Noite Va-zia, de Válter Hugo Khouri, terá aoportunidade de abrir mais um dialogoentre o Brasil e a Europa,

MORNAl DO BRASIL INFORMA 1ii 7.55-12,30- 18,50- 21.55

(ou a qualquer moman.0)RIDIO JB

. OFERTA DÁ VCStAOj

O principal papel feminino da peça Toda Nudez SeráüaMgada, recusado por duas atrizes como multo ousado,foi finalmente aceito por Olelde laconls. Nelson Rodrigues,o autor e produtor da peça, pela primeira vez íoi elogiadopola censura, apesar dos problemas que surgiram com re-lação a uma determinada cena, na qual a personagem te-ria de aparecer com o busto nu.

Segundo Nelson Rodrigues, a peça foi recusada poroutras atrizes porque o teatro no Brasil está "profunda-monte comprometido com o subdesenvolvimento".

— O artista brasileiro — afirma — topa a pornogra-fia traduzida e a obscenidade com sotaque, mas se a coisaé dita no nosso idioma, eles a tomam como algo profundoe mortal.

ANJO E DEMÓN/O

No final desse mõs e Início de junho, Nelson Rodri-nues, agora também como produtor, lançará duas peçasde sua autoria: uma que êle considera como produto deata fase angélica e outra bem representativa da fase de-moniaca de sua carreira. A primeira è Vestido de Noiva,já seis vêzss representada e que encenada pela primeiravez em 1943 foi acolhida pela crítica como um marco domoderno teatro brasileiro, o qual, até então, não passavade comédia de costumes.

Vestido do Noiva — afirma Nelson — deu ao tea-tro brasileiro uma nova concepção cênica, trouxe novi-dades na linguagem e uma carga revolucionária de den-sidade psicológica. . .

A minha fase demoníaca — continua — seva bemrepresentada por Toda Nudez Será Castigada, em que seressalta o.ato mais importante da mulher que é o de sedespir — hoje um ato deturpado, Jà que nós estamos pa-gando pelo nosso desamor, pois a nudez não e mais ex-eiusiva do amor.

A Censura felizmente — pensa o autor - nao te/,cortes e so portou com a maior inteligência e senso co-mum. As duas peças encenadas uma em seguida à ou-tra valem como demonstração de que cada peça que es-crevi corresponde a um determinado momento da minha

a— Jamais — lembra - M a mínima concessão ao pú-

blico e quanto à critica, acho que tanto vale o julgamentodos cretinos atuais como o dos vindouros, pois nunca mepreocupei com a posteridade.

Vestido de Noiva será encenada no Municipal, ae zt>¦ de maio a 6 de junho, e Todo Nudez Será Castigada será

dirigida por Ziembinsky. O principal papel masculino dapeca será confiado ao ator José Linhares, que fez o Pa-qador de Promessas, no Teatro Nacional de Comedia, ea peça deverá entrar em cartaz no dia 15 de maio.

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GODARD E AFICÇÃODA CIÊNCIA

Jean-Luc Godard pen-sa. escreve, roda — emresumo, encena — UmaNova Aventura de Lem-my Caution, que tantopode ser a história de umcérebro eletrônico capazde se transformar em di-tador do mundo, comonovas aventuras de Tar-zã contra a máquinaIBM.

Sempre atrás de óculospretos, Godard agora le-va Ana Karina a uma al-

Cad, B, Jornal do Brasil, Qnínta-Pelra, 6-5-65

WercunteAO JOÃO

ipILÀ DO LEITE|1| CORONEL AFONSO: ROM ANO — Botafogo —•Com a idade de SO anos.

esse antigo oficial do Cor-\po de Bombeiros — fia sua|íjorÉa em linguagem âíre-ta e com apreciável fran-

jMieza —.pergunta: "Con-) tando SO janeiros, tenho' ãireito a algumas conces-

• sões, principalmente ao'.comprar leite na fila às 5

y 'da manhã? Entro na fila: 'da leite assim lão cedo c¦yèèla saio às S horas com

íò vasilhame vazio... — Se-7rã que a idade de SO anos'..' à,onccde-me alguma vanta-

7} gem?"':J Sen.¦':' "iaou-nos por seu.aspecto iiuiiiano essa cartado veterano oficial do Cor-po dc Bombeiros. CoronelAfoiuo Romano: Só mesmo

¦ 'o Artigo 87. parágrafo I.°*; ido Código Eleitoral (dis-!positivo já de seu conheci-imento) é que expressamen-'•'tie dá preferência de ime-'diato atendimento, entre.outros casos, às pessoas dcidade avançada. Consulta-jnos, inclusive, o eminente.Ministro Edgar Costa, an-tigo membro do Supremo/Tribunal Federal, e lam-bém coleções de leis, semnada encontrar que assegu-ze prioridade nas filas co-muns da Cidade às pessoasidosas. — Mas, por umaquestão elementar dc res-' peito, em toda fila se devedar preferência de atendi-mento rápido a pessoas.idosas. — O Cel. AfonsoRomano (o veterano bom-beiro de 80 anos) vem pe-vando ali na famosa lilada CCPL no Flamengo, RuaMarquês de Abrantes.

MAIOR TREMJOSÉ ANCHIETA GO-

MES — Campo Grande: "O¦maior trem do mundo serárealmente aquele compostode 1 000 vagões?"

j Não, leitor! Na sede daRede Ferroviária Federal,

; mostramos a carta do lei-';. tor ao Assessor da Direto-iria, Dr. José Lara, que de-: clarou por escrito: O re-

;! corde. sobre maiores trens,embora pertencente àmencionada ferrovia da

; Cia. Vale do Rio Doce, cor-: responde no e n ta n t o a• trens de minério constitui-

dos de pouco mais de 100-gnudolas, cie tração qvtin-

i tupla.~Ja~Em-feHete.rip 1 ,R0i 711, o recorde é da CentralIdo Brasil que fêz correr:\im trem de 112 gôndolas,'transportando minério deferro.

JESUS A JUDASJAIR SOUTELLO — No-

vu Friburgo: '-Quais foramexatamente as palavrasque Jesus disse a Judas,sem ser aquela frase diri-gida a todos os apóstolos?"

Diretamente a Judas, naúltima Ceia, disse Jesus aseguinte frase: "... O quetens de fazer, que o façalogo." Evangelho de SãoJoão.

PORTUGALREPUBLICANO

; HENRIQUE ALCID E SCOUTINHO — Flamengo:

¦ "Em Portugal, de quandodata a República — e quaisas principais beneficias nocomeço do regime republi-cano em Portugal?"

! A República em Portugalfoi proclamada em 1910 —,Iniciando-se logo a pro-jnulgação de várias leis tiamaior

"importância econô-

$Pinica e social.

PSTINGUIR" HAIDÈE GARCIA AVE-LAR — I taipu, Niterói:"João, desde que sc pro-núncia o u 7io verbo deu-milingüir, não se pode fa-zer o mesmo com o verbodistinguir?"í Não, leitora. Nas flexõesdo verbo distinguir, não épronunciado o u. Dá-se omesmo com o verbo extin-gulr e suas flexões. Quanto

• a êsse outro verbo citado,riem os dicionários de ver-bós o registram.

deia, Alphaville, domina-da por um robô, Alpha60, que sente a obrigaçãode tomar conta das figu-ras imperfeitas que oconstruíram. Já dominaAna (Natacha), dominaseu inventor, o professorDavinci, e condena àmorte um grupo de ha-bitantes da pequena al-deia perdida.

Um dos condenados àmorte, que não escapam,recita na hora da exe-

cução um poema de Paul'Elúard.

Mas chega Tarzã, oumelhor, Lemmy Caution,agente secreto disfarçadoem jornalista, conhecidodo público como EddieConstantine. Pergun-ta Caution a Natacha:"Por que foi este homemcondenado à m o r t e ?"Responde a mulher:"Quando sua mulhermorreu, êle chorou."

O cérebro que envolveAlphaville, como os já do- •minados' habitantes daaldeia, reage com simplesatitudes mecânicas, s e mqualquer sentimento.

Godard, trocadilho àparte, a ponto de esco...-rar de talento, vive umanova vida, a dêste século.

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IIMáÊSffliBSSaSBMEBII^2-4-6-8-10 HS. tPATHÉ: OESDE 12 HS.l

* M. * * * * * * + ** ******

O QUE HA PARA VER

SUPERINTENDÊNCIA DO IV CENTENÁRIOcm colaboração coin a

RADIO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA E COM A PRÓ-ARTE

TEATRO MUNICIPALCONCERTO SINFÔNICO

SÁBADO, DIA 8 DE MAIO, AS 21 HORAS

,SoIista: o grande pianista GYORGV ,v ANDORRegente: Maestro ALCEU BOCCHINO

PROGRAMA: 1." PARTEMARCOS PORTUGAL: Abertura n.» 16 — D. PEDRO I, Imperador do Brasil: Sinfonia

Independência — FRANZ LISZT: Concerto n." 1 pára piano e orquestra2." PARTE

PADRE JOSÉ MAURÍCIO: Abertura cm Ré — BELA BARTÓK: Concerto n." 2 parapiano c orquestra. ' • '

Ingressos ã venda na Bilheteria do Teatro Municipal aos seguintes preços:. Frisas eCamarotes — Cr? 25 000; Poltronas — Cr$ 5 000; Balcões Nobres — CrS 4 000; BalcõesSimples — Cr$ 2000; Galerias, filas A c B — Cr$ 1000; Demais filas.-— CrS.500. Osingressos poderão ser adquiridos coin Bônus do IV Centenário c aos estudantes ó

concedido um abatimento dc 50%. ...,,. (P

ESTRÉIAS"com* a i\l\ldadk na ai.-_ JA (llusli... llusli... SwaolCharlottc), do Robori Aldrlch.O cineasta nfto ropolo o ôxltoparcial do, O Qu« TeriaAcontecido a llaliy Jane 1em ciuo Botto Davis (do nôvocom essa história tcrroiiílcufl beira da loucura) c rnolsvitima do que ameaça. Na.ninns&o sinistra: Oilvla duHavllluiid, Josepli Cotteu,Victor Buono, Mary Astor,Arucs Moorchéad & CecilKollaway. — PAIjACIO, LK-RLON, niVIEKA o ESKYKTIJUCA: — 2h. 4h30m, 71),Oli iiom Ç18 nnos). ; ."oSvCIilMÉS DB OSCARW1LDE {Tlie Triais ot OscarWilctc), dc Ken HURheB. Odrama do escritor irlandês,mvtro a estréia do O Lequede Laily Windernierc e suapartida para o exílio, pari-alento, após' dois anos na pri-,

'Kio cie Rendln?. Segundo asretci-éncias, aborda-so- comiranqueza o Julgamento doescritor. Com Peter Finch(W 1 Hl e 1, Yvonne Mltclisll(Constancc), John Frascr:Lord Alfred Doualasl JamesMuson & Nisel Patrick. VI-'lúIllA; VENEZA, AlADKl eSANTA ALICE: 2h, 41i30m. 7h,flhanm. 118 anos). ;:¦>'"*íSÍ*ftÜIO DA VINGANÇA(Tacgart), dc R. O. Sprlnas-teeen. Western colorido, com•fony Voung, Dan Dui-yoa,Dicl: Fore.n & Elsa Cordenas.' PLAZA (desde lOh), ROXV,OLINDA: 21i 3h40m, 5h20m,Vh, BMOm, 10h20m. CASCA-DURA: 3h. 4h40m, 6h2»m, 9hr 40m. Outros: PALACIO-II1-IJiüNÕPOLIS e MASCOTE —i 14 1UÍQ8)."UMA

MULÍ1ER PARA Tô-DA VIDA (Eliíò 1'raú 1'urscnv/.e Lelien). dc Wolígan.;Llebeneliier. Comédia român-tlca em Éastinánçolór. Pro-düçbó alemã. Com R t> 11»Leviweiick. Klàiialurgon VVus-sow, Harry Meyer & M 11 n.Kopp. Circuito ART-PA-l.iCIO: 2h 4h, 6h, Oh, lCh.(Livre).

RÉLANÇAl^NtOS__NOITE VAZIA (brasileiro),

dc Válter Hugo Khourt. Uni(Hiadro dc alienação senti-mental, sexual, social, con-<-e';iido com lucidez c reali-7?.:.o com talento. Sólido ni-vel proílcslonal em todos osHCtores. Com Norma Beiniell.Otlcte Lara. Gabriele Tinti fcMário Benvenuti. Filme ec-lecionado para o próximo Fei-tival de Canes. 1!EX, BOTA-FOGO. COLISEU 0 FLUMI-NENSE: 2h, 4h. Oli. 8h, 10b:FI.OUIANO: 13h30m. 13h30ni,I71i30m, 19H30m. 21h30m. —LEOPOLDINA: 3h, 5h, 7h. 9h(18 anos). ¦__ ..'CRIMINOSOS NAO MEÍIE-CEM PRÊMIO (The Prize). deMark Robson. Trnma Inter-nacional ameaça um vence-àor do Prêmio Nobel porépoca da cerimônia cm Rs-tocolmo. História ptieril orealização vulgar. Colorido.Com Paul Newman, EliteSommer & Edward O. Ro-binson. RICAMAll: 2h, 4h.(ih, 8h e lOh. (14 anos).

Bicai, com aioun Ford e Eloa-nor Parlscr. Colorido. Antcçnt2h — 4h — (lh — Bh o lOh. —(Llvro^CONTINUAÇÕESJUVENTUDE DBBBNKllEADÃ(For tlioms who TlilnU Voiinglde Lcsllo H, Martinson. Algu-mas boas piadas eM-uw pa-norania do lnstgnlflcn n c 1 a.Intriga romântica nuum uni-versidade americana cujasprincipais matérias silo osesportes ntiuíiMcos, mu» loaluvcnll e tim nlglit ciul> pro-ximo. Com James Darrcn,r.tme.a Tlflln. Woody Wooil-bury, Tina Loulso, «ancy Hl-natrá, Claudia Martin, EUcnMcRao o, cm pontas, cs vc-tanuios Jack LaRuo o poorgoRaít. Tocnlcolor. Kelly, «rn-ni-GraJnú, Rio Branco, llru-nt-PleUiidc e Cassino. — (14anos), .„Õ~SÍ Ó N S T ft O DE JBAN-KEN8TEIN — (Tlie hvil of1'ranltensteln), (do F r o d d 1 oFrancis. Nova cdlçuo Ha:n-mor (Inglaterra) do popularpersonagem dc terror, comPctor Cushlng, Peter Woodt-b o t p e, Duncan Lamont oKaty Wlld. Uma caracteriza-cfio lioa praça do monstro ed. (mica atração. Colorido. —Plaza, Roxy, Olinda o Masco-te: 2h — Sh 40m — õli 20m -Vh — 8h40m c 10b 20m — (18anos)._ '_VÊNUS

¦'ÍMPiíRIAL — (VenereJmperiale), de Jean Delan-noy. Os amores c aventurasdePaollna Bonapartc. seguu-do esquema comercial da co-produção ltalo-lranccsa. ComGina Lollobrigida. StephcuBoyd. Raymoud Pelegrln. Ml-chollne Preslo, Gabriele Fev-Kettl o Masslnio Gtrottl. Tec-nlcolor/Tecnlrama. Capitólio(desde 111130111), São Luis,Rian e América: 2h — 4h 30m— Vh — 9h 30ni — (laano.s).A~QUEI1Ã DO IMPÉRIO.KO-MANO (The Fali "f the Ro-man Emplre), de Anthony•Mann. Mal.; do «ue satlstatp-vio. para os aflclonodos dogônoro; Em verdade, a qua.l-lleooüo de histórico nao canoa lím '-'.énero quo. quandon"_o distorço nitidamente osf.iiai. lhes falseia o c-spirito.ciim Sõphifl, Loren. StephenMovd, James Mason, AlecCulness, Mel Ferre», OrnarSh.irlí e Anthony Quayle. —Tcclinlcolor c Panavislon. —Santa lleiena, Penha e Pilar.(10 anos).

20 tn — V li )0 m — 10 ho-ros. (Livre).TOPKAÍM" (Topkapl) dõ Jií-les Dassin. O drama é subs-tuldo polo humor sofistica-do nessa. transforêncla dafórmula Hirifl para Istam-bul, onde Melina Morcouri,Maxlmilian Schell. Peter U:;-tlnov (merecendo multomais dc que um Oscar), Ro-burt Morley e Aklm Taml-roff sa envolvem no roubolniposslvel da fabulosa ada-ua em exibição no MusouTopknpl. História curiosa doEric Ambler, o boa direçãode Dassin — OPERA — 2 h— 4 h — 0 h — ,8 h — 10lioras — (18 anos).CHARADA (Ciiarado) —' bõatanloy Doncn. Suspensehumorístico de bon inspira-ção Ultchcocklana, com Ga-ry Grani, Audrey Ilcphurn oVVallor Matthau. Tocnlcolor.COPACABANA e CARIOCA:1 h 3J m - 3 ll 40 m ¦— S hSU m — ll li .--' 10 horas. —(10 anos).\ MULIlElt lll! l'ÀLÍL\"(\VlV-man of S tra w), de BasllDeardcn. Melodrama policialrom ahiumas doses ..de sus-pensei História Implauslvel.direção competente — ComSean Connqry, Gina Lollo-brlgldri. e Ralph Richardson.inglòs. Colorido. — CORAL

BRUNI-IPANEMA — PA-HIS PALACE: 2 h — 4 h —8 h — 8 h — 10 horas. —Outros: FESTIVAL, RRITA-Sl\ — IIRUNI MÉIER —IlIO PALACE. (18 anos).

TEATRO ~J~

'ÉK/TCARf AZ_

T MORAI. DÒ ADULTÉRIOComédia dc Luis Igléilas

e Mário Brasini. O bulevarnacional não se renova: urna¦¦hiaôvla de triângulo" dcmau gosto e scm novidade».Direção <lr Mário Brasini;cotn Eva, Mário Brasini e ou-tros. Senador, Rua SenadorDantas. (32-8531): 21h30in;páb.. 20h lõm e 22h 15m; ves-pernis quinta e domingo, 18horas. Todas as noites direi-to ao Jantar teatral.

REPRISES"

\ PRINCESA E O PLEBEU(lininan Ilojiday), de WilliamVWlor — Comédia romântica,realizada com a habitual in-tellKénela pelo mestre'dc_ClsMelhores Anos Ue Nussa vuut, __— Com Audrey Hepburn. Ore-Kory Peck c Eddie AVbert -Alvorada: 211 — 4h — Oh —sou e ioik (Livro).'

sÊNiumÍTA JULIA (FrpkenJulie), de Alf SJoberg. — lm-nrcislonantc adaptação da pe-ra de Strlndborg. lembrando

existe grando cinema.sueco ioTtr-Tiffc—nron f'° „'""mar Borgmaii. Perfeição cur-todos os setores defende paraesse filme uma posição «cclássico. Anita Bjork tomatuação memorável como Ju-lie. Também admiráveis: UlfPalme (o criado). A nele rsHcurlkaion (o conde), a to-tografia de Gorau Strlndborge a mú-rlea de Das Wlrcn. —Versão bam dublada cm fran-rés. _ o illme nunca foi lar.-çado antes em sala de es-iróla. 110 Rio. Exclusividadedo Paissandu: 2h — 4h — OU— 8hje lOliî 18.;«nba)..---

ARMADO..ATÊ OS "DENTES '

(Man wttli lhe Giin). de Ri-chard Wilson. Western. ComRobert Mltchum e Jan Ster-Ungi Colorido. Flórida, Royal,Paraíso. Matilde; Alfa, Rosa-rlõ"'e alello (Penha).

ESTRELA DO DESTINO; —(Lone Star) — Western colo-rido. Clark Gable e Ava Gard-ner. Pathé, Pax. Paratoüos e.Mauá: 2h — 4h —" 0b — 3he ioh-__X^__L_5íí2?'-_. ""MELODIA

INTERROMPIDA(Interruptcd Melody) — Mu-

JURNIE; CONFISSÕES DEXJ5IA LADRA (Marnie), <ieAlfred Hltchcock. O mestre-cineasta faz. de uma pífiahi-tória romântleo-pslconua-litica mais um' filme de no-laveis atrativos. Uma estra-nha commilGãô leva Marnie(Tlnpi Hedren) , a roubar.Tentando desvendar o mistê-j-io _ oue também esta araiz de sua Irlgldez sc-xua. —o marido (Sean Connory)encobre seu comportamentocriminoso. Diano Bnkõr fechao trlflngulò amoroso. Tcclinl-color. — Odeon: 2h — 41i 30mVh — 9li30. (14 anos).

Ò ROtLS-ítÒYCê AMARELO(The Yellow Rolls-Royce), deAnthony Asquith. Um Rolls-Royce que passa de mão cmmão, dc 1930 a 1941. serve dcpretexto a aventuras picou-tes, cômicas e sentimentais.Só a aventura final, prolaao-nlzada por uma milionáriaamericana (Ingrid Bergman)e um guerrilheiro comunistaiugoslavo (Ornar Sliarlf) naooferece oportunidade compa-tivel com o talento dos ató-ves. Trata-se de um displayde atores, 110 qual o» auto-res têm os papéis mais apa-cados. O gangster Georgç C.Scott. sua gun-moll ShirleyMacLaine o o gigolô AlainDeion têm as maiores chan-ces no segundo episódio. Res.Harrison (o aristocrata in-*"glés)"

0'-JénF_tt£_M__!X£au_(aposa Infiel) garantem o —canto do primeiro episódio,apesar de Edmundo Purdoni.Prod. Inglesa da Metro, comexcelente reconstitulção deépocas. Panavislon e Metro-colo. — Mctro-Copacabana. —Metro-TUuca: — lh 2ôm —Sh35m — 5h45m — 8h e

..l.OhlOm. (14 anos).

DEU A LOUCÃ^NÕ SIONDfl-(lt*c à Mad, M.lü, Alad. MailWorld), de Stanley Kramer.A busca de uma fortunaoculta é o pretexto destasüpéi*pròclxiçfto qüe, segundoo produtor-dlretor Kramer.procura reviver u< oiliil.lda-des das comédias 1 rlcancs(sercivball) da dèca.la de 30o da o s c o 1 a silenciosa dcSonnett. História de William(Cuneviéve) c Tanla Tiosc.

Com Spencer Tracy, MiltonBerle. Sid Caesar. Ethel Mer-man, Mickey Sliawn, Jona-thau Wlnters. e. om papéisligeiros, voteranisslmos co-mo Bustor Keaton, Joe E.BrawníBõca-Larga), os TrêsPatetas e Zasu Pitts. Pana-vision & Tecnicolor — Pre-miado com o Oscar (WalterG. Elllot) pelas ¦ melhoreseleitos sonoros. Lançamen-to exclusivo do BRUNI-FLA-MENGO: 1 h 30 m — 4 li

COMO VENCER NA VIDASEM FAZER FORÇA — Mu-sicol cie Abe Burrowa o Franí:Loosaer. A peça e o espeta-culo — com alguns desem-penhos de categoria -»agra-dam aos aflciouados da co-média musical americana;Direção de Harry Woolcver,com Moacir Franco, ProcópioFerreira, Paulo Araújo (pre-miado corno coadjuvante),Marília Pera, Llllon Fernan-des e outros. Carlos Gomei.Rim D. Pedro I, 2 (telefone22-7531): 21h; vesp. quinta,kiVo. c domingo, 16 honis.VA.WOS BRINCAR DE AMORF..M CABO FRIO — Comédiamusicada, peripécias e ro-mancos de veranistas deso-cu pados. Texto sem preten-sões, Duniia música de JoáoRoberto K e 11 y, espetáculocuidado c engraçado, com al-guns bou; desempenhes. Di-reção de Sérgio Vlóti, comDuloina (ótima)! Zani Perel-va, Dircc Mlgllacclo. JardelFilho, Márcia de Wlndsor- eoutros. Dulcina, Rua AlclndqGuanabara. 17 a 21 (32-5817);21h lõm; vesp. quinta, sába-do c domingo. lOh 15m.A GUERRA MAIS OÜ MÉ-NOS SANTA — Comédia deMário Brasini, satirizandoclioqúes políticos numa cida-dczlnha do interior. Excelen-te Idéia cômica prejudicadapor urna elabòrnç&o apressa-cia. Direção de Pernambucodc Oliveira. Com Elza Gomes,Antônio Putino <; outros. —

ríiicòsn Isabel. Rua Prince-Isabel, ISG 137-3537); 2!h

__ _r. ,áiii_"_mí.i.n o 22h30m.ltOSA DE OURO — Bem su-cedido espetáculo dc musicapopular cíirloca. com ArtioiCortes e Clementina de Je-sus — Direção de HermínioBelo de Carvalho — TeatroJovem, Praia de Botafci;o 11.522 {40-3165);' 21h30m; sába-do, 20h c 22h 30m; vesperal.'.ic.mj.ijiio. lfi horas.PER 1) A Ilfl^PAR*VEL;^-,Comédia premiada no Con-curso do SNT de IM*. de au-toria cia Vanda Fáblaú, dc-batendo certas iníerioridadesd.\ posição da mulher na so-ciedaclc. n u m a encenaçãobastante divertida, mas quonão resiste a uma análisemais' fria. Direção ele Ztciii-li.iiífcl: — com Honriectc Mo-rlneãu. Ziombinskl e outros.Copacabana, Av. Copacabana,327 (57-1818. R. "Çcatro), 21h30m, sábado. 20h e 22h lõm;vesperal quinta c domingo àsio horas.

com arando alegria. Direçãodo Valmor Chanasi com Jor-sc Cliala, Gan/.arolll, MariaEsmeralda c oturos. ' Mesbla,Rua do Passeio, 42/50. (Tel.42-4880); tftrça, quarta, quin-ta e sexta. 20 h. sáb.. 21 h:1 todas as sessões noturnascom direito ao jantar toa-Irai). Vesp. quinta • do-mlniío, 18 horas.isT/is"<fí'R A. — Tragédia déSófoclcs. Uma das obras-pri-mas do teatro dc todos oslimpos, encenada pelo GrmmDecisão, com exemplar dlisnl-dado e notável beleza plásti-ca. — Direção de AntônioAbujamra; com Glauco Ro-cha, Margarida Rol, Emílio<lc Blasi e outros; cenário efigurinos (multo bons), deAnísio Medeiros. — Itio, Ruado Catete. 338 (tel. 45-9051):21hl5m; sAb.. 20 e 22h30ni:vesp. quinta-feira, às 17 ho-ras. e domingo. 18 horas.os

"ossos 1)0 "bakào —

Comédia do Jorge Andrade,que bateu todos qs recordesde público em Suo Paulo.

.Os quatroecutóes em deca-dência e os Imigrantes Ua-Uoncs om pleno vigor. Pecaiiitoríssàhto; c m b o r a sematingir o nivel das melhoresobr.13 de Jorge Andrade, com-potentemente apro s entadapelo elenco do TBC. Direçãotío Mauriee Vaiieau: — comOtelo Zeloni (éngroçadlssl-mo); Léila Abramo, M a r i aHelena Dias e outros. GI-místico, Av. Graça Aranha.187 (42-4521). 21h 15m; sáb;'-do, 20 lioras e 22h lãm; vesp;quinta c domingo. 10 horas.Somente até domingo.ÕTÃÜJTO!,, DO GUERREIRO —Simpática e despretensiosacomédia de Cláudio Ferreira.bastada no bumba-meu-boi:espetáculo bem adequado pa-' ra o teatrinho-bar onde estás o 11 d o exibido. Direção doautor; com Eduardo Càllxto,Hugo Mayer. Lisete Fernan-des c outros. — Arena Clubede Arte, Rua Barata Ribeira.810 (30-4479): 21h; sábado edomingo também às I8h 30ni.RIO BOSSA ÍE BALANÇO -T-Espetáculo musical sóbre aCidade Maravilhosa. Direçãode Álvaro Rajão, com LeniAndrade. Quarteto de MárioCastro Noves e outras. Arciiuda Guanabara, Larga da Ca-rioca (52-3550): 21h30m; sáb.,20h c 22h; vesp. sábado e do-mingo, às 18 horas.ÒS" PEQUENOS' BURGUESES .— Drama de Gorki: conflitode mèntaUdadcs, classes e ge-raçóss na Rússia ds 11)02. AP'c:r.ladissima encenação do'Teatro Oficina de São Paul»confirma, no Rio. a sua con-dição da melhor realizaçãodo teatro brasileiro nos úl-timos anos. Um programafascinante que recomenda-mos calorosamente. Direçfiode J. C. Martínez Correia;com Eugênio Kusnet, Fau-zi Aràp, Célia Helena, Ceei!Thiré e outros. Maison deFrance. Av. Presidente Antô-nio Carlos. 50 (52-3456): —21h lõrn; sáb., 19h 30m e 22h30m;. vesperal quinta, 16h, edomingo. 17 horas.

6 SÃNTÔ MILAGROSO —Comédia de Lauro César Mu-niz; unv padre o tim pastorprotestante ás voltas comuni santo inesperado e in-cômodo. A mais divertida cagradável peca nacional dosúltimos tempos, encenada

LIBERDADE, LIBERDADE —Comiíriicatlvo e interessantesbow musicado: a história daluta do homem pela liberda-de, mostrada através de tex-tos de escritores famosos, sc-lecionados e comentados porFlávio Rangel e Milor Fer-uonáes, Direçfio dc FlávioRangel. — Com Paulo Autran(notável 1. Teresa Raquel,Oduvaldo Viana Filho e NaraLeão. Arena de São Paulo.Rua Siqueira Campos. 143 —(30-3497) 211l30m: sáb. 20 is22h; vesp. quinta. 17 horas,e domingo, Vi horas.MEU (IUERIDO:.MENÍÍUÕSO— Remontagem da peça deJerome Kllty. baseada hacorrespondência de Bernard

-S_r_'.-v" conv Mrs. PatrickC.unpbnll. Direção de Antô-nio de Cabo. Com N.uàüa.Timberg e Sérgio Brito. Ca-rioca. Rua Sen. Vergueiro u."233 (45-8124): 21h lãm; sáb..301il5m c 22h30m; vesperalquinta o domingo, tis 16h.A: QARÍÕSTÊRE; DO." MEUMARIDO — Comédia de Si'.-velra Sampaio, remontada 15anos deopis de sua criação.Direção dc Aurimar Rocha.Com Delorges Caminha. Ma-rllu Bueno e outros. Bolso,Rua Jangadeiros n.° 28 (tel.:27-3122): 21h lõm; sáb., 20h15m e 221i30m; vesp. quinta;lOh lãm, o dom., 17h 15m.

PARA GRIANGAS_CIRCO KATAPLAN. de Pe-dro Veiga, direçfio do autor.

¦ Teatro Princesa Isabel. Rua

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SANGRENTOS, ELES ERAMOS MAIS implacáveis:

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Princesa Isabel n.« 186 (tel.1)7-3331). — Sibado, 16h; (lo-mingo. 15 liorius,O PAPAGAIO MANHOSO —

. Do clóber Ribeiro Fernando.llólso (tol. 27-3122); sábado,lOh. > domingo, 14h30ro,NÕ" PAÍS do papa-pipocas— De Antônio C. Foz. Jovem(tel. 46-3HJ0); sib. e üomln-HO, 16 horas.O BALÃO ENCANTADO —Do Raul da Mata, Arena deSio Paulo (tel. üfl-3497): sá-bado e domingo, 16 horas.O BRUXO B A BAINHA —Peça de Pedro Reis. /Te»»'0Santa Teresinha (26-4889) —sábado e domingo 17h e lan.A VOLTA 1)0 CAMALEÃOALFACE — Peça Infantil deMaria Clara Machado. Dire-i;ilo da autora: com o elen-oo do Tab.ado. O Tamado,At. Lineu de Paula Maolia-do n. 795 (26-4555): sábadoc domingo, ás 15h30m e lihoras. ,PAULINHO E O ANÃO OI-GANTE — De Vlademir José.Arena da Guanabara (tel.52-3550): sáb. e dom. 16 li.

REVISTABOAS EM UQUIDAÇAO —Revista dc José Sampaio,Luis Felipe Magalhães o Oo-mes Leal: oom Amparlto oAngelito Melo. Rival — RuaÁlvaro Alvim, 33/37 (22-2721):20h e 22h; vesp. 5a., sáb. edom. 16 h.

EM ENSAIOSANTES TARDE DO QUEthur Long. Direção de Per-tliur Long. Direçáo de Fer-nando Torres. Teatro dos Se-te. Ginástico. — Estréia emmaio. ___ARCO-ÍRIS — Sliow musicaide grande montagem. Produ-vão de Abraáo Medina. Re-pública. Estréia- dia 12.

MÚSICAIVONE MEYER e IVAN DRA-OADZE — Recital de dança.Teatro Municipal, sexta-fei-.ra. ás 21 horas.A MÚSICA POPULAR CÃ^RIOCA — Palestra do Prof.Silvio Salema. Escola Nacio-¦íal de Música, hoje ts 17 h.ORQUESTRA DE CÂMARADE SAO PAULO — Regendo,Olivler Toni. Teatro Muni-etpal, hoje às 31 horas.O-DINAMISMO DE LUISHEITOR — Conferênoia deDulce Martins Lama — Es-cola Nacional de Música,.-.manhã, às 17 horas..IÃCQUÊS KLEIN — H.cttpidedicado a sonatas de Bee-ilioven — Teatro Municipal,amanhã, às 21 horas.BAILARINOS IVONE MYERE IVAN DRAGADZE — Es-petáculo de ballet. TeatroMunicipal, sexta-feira, às 21lioras, e domingo, às 16 ho-ras.CAMARGO GUARNIERI —Concerto de suas músicas,regendo o autor e com opianista Roberto Szidon — ,Teatro Municipal, sábado,ns 16 horas.CARMELA SAGHY — Reol-tal da conhecida violinista¦brasileiro. — Teatro Munlei-pai. sábado, às 21 horas.GYÕRGY SANDOR — Comii orquestra do Municipal,reg. Bocchlno. No progra-mn. o Concerto n.» 1, deLlszt. — Teatro Municipal,domingo, às 21 horas. CONJUNTO UCRANÍANO —Espetáculo de dençns, porparte de 110 artistas — Tea-iro Municipal, 10 tie maio,ã» 'J! horas.

LIVROSOS BEST-SELLERSNACIONAIS

1 _ OPINIÃO — ArmandoCosta, Oduvaldo Viana Filhoe Paulo Pontes. Edições Vai.-89 páginas. Or$ 1 mll. Textooompleto do show de músicapopular brasileira, apresenta-do no Teatro de Arena deS&o Paulo, com Nora Lrto(depois substituída por Su-sana Morais e esta por MariaBetânia), João do Vale e- ZéKéti, os dois últimos auto-res das músicas.•r_ o GOLPE COMEÇOU KMWASHINGTON — EdmarMorei. Editora CivilizaçãoBrasileira, 276 páginas,. CrS3 mll. O autor, atingido peloAto Instltuolonal por ter cs- lcrito, há alguns anos, o livro3 — BRASIL — GUERRAA Revolta da Chibata, ana-lisa os acontecimentos queculminaram com a queda doGoverno Joio Goulart, omabril do ano passado.QUENTE NA AMÉRICA IA-TINA — Mala Neto. EditoraCivilização Brasileira, 232 pá-glnas, Cr8 2 800. Mais umalnterprctaç&o dos anteceden-tes e das conseqüências daRevolução de 31 de março,íeita por um dos jornalistasatingidos pelo movimento eque baseia sua análise emexperiências e observaçõespessoais.4 — TIRO NA MEMÓRIA —Esdras do Nascimento. Edi-tora Clvlllzaç&o Brasileira, 149páginas, Or$ 2 mil. Nesse seuterceiro romance, o autor re-torna à temática de Solidãoem Familia, seu livro de cs-tréia. através de problemasda classe média carioca, seu»dramas familiares, seus prc-conceitos, suas angústias, suacrise social.5 — JOÃO TERNURA — Ani-bal M. Machado. — LivrariaJosé Olímpio Editora, 230 pá-glnas, Cr» 4 mil. Com umaBalada em Prosa para AníbalMachado, por Carlos Drum-moud de Andrade, prefáciode Oto Maria Carpeaux e umestudo biográfico de RenardPércz, aparece a primeira edi-ção do famoso romance iné-dito do autor, falecido o anopassado, -e no qual êle vinhatrabalhando há mais de vintea nós.

ESTRANGEIROS"í — OS OUTROS QUE SEDANEM (Llve And Let Dc)— lan Fleming, Editora Ci-vllizaçSo Brasileira, 206 pá-ginas, CrS 2 mll, tradução deJosé Laurêncio de Melo, Mr.Big, um superorlmlnoso, demétodos inteligentes, mistu-ra de ciência com culto vodué o adversário de James Bondnessa nova aventura do agen-te Becreto 007. ,

2 — GOLDFINGER (Goldfln-ger) — lati Fleming. Best-sel-ler Importadora de Livros,276 páginas. CrS 2 400, tradu-çáo de Aldano Arruda. Outravez James Bond, às voltaseom criminosos perigosos »mulheres bonitas, no talvezmais conhecido livro de lanFleming, também transfor-mado em filme, como os (o-mances anteriores.

ARTESPLÁSTICAS

JOVENS GRAVADORES —Coletiva de nove gravadores,entro os quais a mineira Iara

-TFtiçiramSl-._— Galeria IBEU(Av. Copacabana;"6Sfr,-2A-a!U-dur, tel. 57-1140). Diàriamen-te dc 16 ãs 32 horas: sába-dos, de 16 às 20 horas; fe-chada aos domingos.CAMARGO E WEGA — Es-culturas e relevos de SérgioCamargo, premiado pela Bie--mü de Paris, e Retroapecti-va de Wega Néri, premiadapela Bienal de São Paulo.Museu dc Arte Moderna (Av.Beira-Mar, tel. 31-1871). —Diariamente, de 12 às 19 ho-ras; sábados e domingos, de14 as 19 horas.

JOSÉ CARLOS NOGUEIRADA GAMA — Paisagens aóleo e guaehe, oom apresen-tanção de Antônio Bento.Galeria Verseau (Av. Copa-cabana n.° 1 133, loja 12).Diariamente, de 17 às 24 ho-ias; fechada às segundas-feiras.

1v

RUBENS GERCHMAN —Guaches, desenhos.: lltogra-lios e painéis déste Jovemartista que se vai firmandorapidamente com suas oom-posições figurativas. GaleriaJleiévo (tel. 37-1787. Avcnl-du' Copacabana n.o 253).Diariamente de 17 às 22 ho-ras: fechada, aos domingos.AFRÂNIO — Pintor plaul-ouse apresentando Cristo co-mo tema, Chica da Silva —(Tel.: 27-0700. Av. Copaca-bana-n.° 1 146). De 9 às 22lioras. sábados de 9 is 13;fechada aos domingos.CARICATURAS — Aspectosdo Rto. na percepção doeseus carleaturistas, numapromoção conjunta da Bl-hlloteca Naolonal è do JOR-NAL DO BRASIL. Hall daJiiblioteca Nacional (Aveni-da Rio Branco n.» 219 a 239,tel. 52-7478). Diariamente:ué 22 horas; «abados até 16lioras; fechada sob domin-lios. J^_ISABEL iPONS —„ Conjuntoac gravuras da produção re-cente desta ¦ artista seleclo-nada para" Resumo JB 1064,premiadá-peias Bienais de S.Paulo e Veneza* -r Galerialiarclnskl (Av. Copacabana,400, tel.t 37-6931)í. Diária-mente de 10 às .13 • de 14ás' 22 horas, sábados de 10às 13; fechada aos domingos.A mostra vai até 8 de maio.LUCtLIA TEIXEIRA — Ta-peçarlas desta artista quepela primeira vez se apre-senta ao público. Galeria Vi-lu Rica (Barata Ribeiro n.ü467-C, tel. 36-2704). Diária-mente de 9 às 12 e de 14as lfl horas; sábados pelamanhi}: fechada aos domin-«os; __S1SOANE — Pinturas da fa-se A Metamorfose dá Bota-nica déste pintor paulista.Galeria Bonino (Barata Ri-beiro n.° 578, tel. 36-7538).Diariamente de 10 às 12 ede 16 às 22 horas; íechadanos domingos. Aberta até 22de maio.CARMCLIO CRUZ — Pintu-ras da série As Cidades deum dos pintores mais orlgl-uala do Brasil. Galeria Goel-di (Praça Ger,. Osório —Ipanema, tel.: 47-9371). —Diariamente de 18 às 22 ho-ras; fechada sábados e do-mingos.

3 — AGONIA DA ALEMÃ-NHA (L'Agonie de L'Alle-inagne) — Georges Bond. — .Editora Flamboyant, 264 pá-ginas. CrS 3 200, tradução deAugusto de SouBa. Descriçãodos últimos onze meses auSegunda Guerra Mundial,suas principais batalhas, oavanço aliado, a resistênciaalemã, além de uma inter-pretação dõ fim do conflitoe de suas conseqüências,após a derrota da Alemanha

—9m__maig__de 1945.4 — A JSVXSAO~DÍClCM=—RICA LATINA (The Great,$>ar) _ John Gerassi. Edltò-va Civilização Brasileira, 531páginas. CrS 4 500, traduçãode Valtensir Dutra. O autor,ex-redator do Time e atua!responsável pelos assuntoslatino-americanos em Néws-week, analisa a influênciaexercida pelos Estados Uni-dos, através de óvgãos comoo State Department, o Pen-tágono e a CIA, na politicaInterna dos paises latino-americanos, entre os quais oBrasil.

5 — A MURALHA DA CIÍÍNÃ(Deschreibung Eines Kamp-fes) — Franz Kafka, Livra-ria Exposição do Livro, 245 .páginas, CrS 2 500, traduçãodc Torrierl GuimarãeB. Con-tos, páginas de diário e al-guns fragmentos de obras doautor tcheoo, cujos livroscontinuam sendo lançados,regularmente, pela mesmaeditora e oom o mesmo tra-dutor. |

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Civilização Brasileira, En-trellvroB, Livraria do Autor,Novelli, Livros <le Portugal,Freitas Bastos, S. José, Agir,Casa dó Livro e mais as bar-raças da Feira do Livro. na.

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Glauce Rocha em Electrn

Teclado de notas

CONCURSO GIGLI — Co-mo nos anos anteriores, con-tinua a afluência Ue cândida-tos ao Teatro de ópera daGuanabara, para inscrição noVI Concurso de Canto Benia-mino Gigli, com início mar-cado para o próximo dia 14,sob patrocínio da Divisão doEnsino Extra:Escolar . do Mi-nistério da Educação.

JULHO, NO MUNICIPAL —Nos dias % e 9 de julho, Bea-triz Consuelo e Claude Danotno Corpo Estável do TeatroMunicipal, em espetáculo mon-tado por Dollar. Dia 16, ópe-ra de Viena, com os cantoresWilma Lipps, Dagmar HaaR,Hilde Sadok, William Blan-kenship, Otto E d e l m a n n,Kmst Outstein, Herbert Lack-ner e Ljubomir Fantscheff-.Maestro Lcibner, encenação deSchneider, còm Don Giovánni,de Mozart e Cavalheiro daRosa de Strauss.

KLEIN — Hoje à noite, úni-co recital de Jacques Klein noMunicipal, inteiramente dedi-cado a Beethoven: Seis Baga-telas op. 126, Sonata op. 27 (aoLuar), Sonata op- 109 e aAp.iassionata.

CURSO DE VIOLINO —' Abertas as inscrições para o

curso de violino na AcademiaLorenzo Fernandez, classe dePaulina D'Ambrosio.

Câmara & ação ,

CINEMA DE ARTE — Nopróximo dia 10, Jaci Camposlança no Teatro Princesa Iso-bb! sua temporada de Cinema,de Arte, tôdas a~ - segundas-feiras. Programa de estréia: 1— Um Jovem dc 70 anos, do-cumentário, de Nelson Pereirados Santos sobre o JORNALDO BRASIL; 2 — Seqüênciade Escândalos Romanos, de

Eddie Cantor: 3 — Paisã,cÍassTcoT'icD-=*eaUsia._di;'. Rober-to Rossellini.

AVIAÇÃO DE GUERRA —Em julho próximo terá inícioa filmagem cm Londres, deuma superprodução sóbre osases da aviação da guerra de1914-18. A cena muis impor-tante do filme será a da re-constituição da batalha doSomme. O inglês John Guiller-min, um dos diretores de OMais Longo dos Dias, dirigiráThe Blue Max.

-WESTERN ITALIANO —Pela primeira vez um filmewestern, rodado na Itállh eEspanha, íoi comprado paraser distribuído nos EstadosUnidos: Jcnnle Loes Got aNew Gun, realizado com uniuverba de 300 mil dólares, porÍtalo Zingarolli. O principal

. ator .é Guy Madison.ÉPICO TCHECO — O di-

retor tcheco Frantlsek VIaciljá deu Início às filmagens deMarkota Lazarova, filme épicodividido em duas partes, ex-traído do romance de Vladis-lau Vencuxa, morto durante aocupação nazista. '

HITLER SEM VENDA — Qprodutor francês André Miche-lin não. conseguiu vender noexterior seu filme Hitler, Con-nais Pas, dirigido por BertrandBlier. Em compensação, suaidéia .foi aproveitada poroutros países, como a Holan-da, Itália e Alemanha, que es-tão"i realizando filmes análo-gos,ao seu. O filme holandês,por exemplo, já foi escolhidopara participar do Festival deCanes, que não admitiu o fil-

•me de Michelin.LISBOA ANTIGA — RUa

Pavone, Charles Aznavour eSilvio Vartan serão interpre-tes do filme português. LisboaAntiga, dirigido por ManuelQueirós. A rodagem começaráem julho, assim que Aznavourtermine paris au Móis d'Aoul.

LAFÔRET 007 — ClaudeChabrol, iestá filmando os ei.-teriores de Marie Chantal con-tra o Dputor Kha, versão fe-mlnina francesa do agente 007.Marie Lafóret é Marie Chan-tal, ao lado de Francisco Ra-bal. Akin Tainiroff e RogerHanin.

PRESLEY NO HARÊM —O templo que Cecil B. De Mil-le construiu em Hollywood, cm1925, para o filme Rei dos Reis,começou a ser reconstituídopara o filme Férias em umHarém, com Elvis Presley. Naépoca, a construção do edifi-cio custou 3 800 dólares. Suareconstituição já supera aquantia de 40000 dólares.

LOSEY DE NOVO .— War-ren Beatty interpretará TheMosl Dangerous Game, a serrealizado em Londres, sob b.direção de Joseph Losey;

Nos bastidores

PASCOAL SOBRE ELECTRA — O diretor de Electra,Anlonio Abujamra, recebeu a seguinte carta do Emba xa-dor Pascoal Carlos Magno

"sóbre o'espetáculo do GiupoDecisão:

"Que beleza a sua Electra. Direção, montagem, Inter-pretação, iluminação - admiráveis. E o ritmo> - o Deus- verdadeiramente perfeito. Eu me lembrei de Electiaaplaudida em Siracusa, ao ar livre, diante de milhares deespectadores. Eu me lembrei de Electra «aAoropole melembrei de outras, vistas, ouvidas e aplaudidas em terrasalheias, onde o teatro é amado pelos que representam epelos que assistem. Mas a sua Electra nada fica a dever aessas Nada. Fica no mesmo plano e às vezes em planomais alto. Sua Electra nos envaidece como c vilizaçao.Viva; Em outro qualquer pais a estas horas Glauce Ro-cha c Margarida Rei teriam manchetes, fotografias emprimeira páginn de jornais, em capas de revistas, o diaboE você seria saudado como um grande, nobre diretor, vi-vas para Biasi, Sérgio Miranda, Norma, Isolda, Vereza,Creusa, Medina e Anísio. A platéia que aplaude sua Elec-tra de pé — comove, impressiona pela honestidade e au-tenticidade de seu entusiasmo. Ontem a noite eu mete.coücüiei com o teatro, do qual estou ha tanto afastado e

pelo qual dei desinteressadamente o melhor de mimmesmo."

O SNT E A BIENAL — O Serviço Nacional de Teatroencarregou-se de organizar êste ano - como já_ tem_ acon.tecido em anos anteriores - a representação brasileira à,VIII Bienal de São Paulo, a realizar-se de 4 de setembroa 28 de novembro de 1965. De acordo com o regulamentodo certame, a participação de artistas naciona s, ou de es-trangelros residentes no Brasil no minimo há dois anos,deverá ser solicitada pelos organizadores da Bienal, issonão impede, contudo, que os artistas não convidada se

. in-crevam o que deverá ocorrer, até o próximo dia 15 demaio devendo os trabalhos ser entregues ate o próxl-mo dia 31 de julho, para exame e apreciação da comissãojulgadora, du qual dependerá a exibição.

O.- interessados poderão obter Informações detalhadasna sede do SNT, Avenida Rio Branco n.-179 ~'8.«Mid«r,diariamente das 13 às 17 horas. A Exposição de ArtesPlásticas de Teatro, que constituirá, como de habito, umadas partes da Bienal, compor-se-i de a) representação es-trangeira, espontaneamente oferecida pelos países partici-pantes; b) representação brasileira, constando de obras ou•le movimentos de arte brasileiros; c) salas especiais, comexposições dc interesse didático, solicitadas pela Bienal;dl salas lioi'5-concovu's de artistas nacionais e estrangeirosconvidados pela Bienal.

KRAJCBERG NO RIO —Esteve no Rio o pintor Franv.Krajcberg, que velo especial-mente para a abertura da ex-posição de Sérgio Camargo noMuseu de Arte Moderna. En-contra-se agora no interior deMinas Geral», na região.- deItabirtto, fazendo pesquisa»para sua nova fase de pintura.Trabalha com raiaes e pedras<tendo realizado círca d* 50quadros e outro tanto, de gra-vuras. A suai mostra será noMAM, em setembro ou outu-bro, devendo depois seguirpara Paris. O pintor está en-tusiasmado com suas desço-bertas, principalmente no ter-reno da côr: as terras apre-sentam tonalidades que as tln-tas industriais jainais conse-guiram.

EXPOSIÇÕES — A galeriade arte do Centro de Ciências.Letras e Artes- de Campinasapresenta uma exposição deOito Pinturas de Raul Porto.Ontem, em S. Paulo, foi Inau-gurada a Galeria JD, com umamostra de pintura de NormaBeltrán. Para o dia 10, aquino Rio, duas exposições: Car-los Louzada, Manuel Leal ePaulo Pedro Leal na Relevo, eMestres do IBA na nova Ga-leria. Guignard (Barata Rlbel-ro. 529). Para dia 13, maisduas: Luci Calenda, na Mont-martre, e o Grupo Igrejlnha,na Galeria D. Joio VI (RuaVisconde de Pirajá, 318, sobre-loja). DU 17. a Gead abre amostra de Vitor Décio. Final-mente, dia 20, Maria Pólo naSão Luís de Sio Paulo.

VIAJANTES — Embarcapara Washington no próximodia 9 o pintor Palatnllt, quevai expor nessa cidade, seguin-do posteriormente para Muni-que e Berna, onde tambémexibirá Süa arte.' Raquel Stros-berg encontra-se na Capitalamericana Ncom exposição mon-tada na União Pan-Americana.

BOLSAS NA ESCOLINHA —Sob os auspíolos da Divisão deEducação da AdministraçãoRegional de Copacabanaacham-se abertas, na Escoli-nha de Becreaçf . Sócio-Cultu-ral (Áv. Copacabana, 583, gru-po 302), Inscrições para con-curso e bolsas de estudo paradiversos cursos,1 entre ea quaispintura para crianças de 4 a14 anos-

CURSO PARA DECORADO-RES -r- O Atelier Saint-Hono-ré, de Buenos Aires, iniciaráuut ciclo internacional de cursode especialização para decora-dores, baseado na aplicação dapsicossoclologia a arte de in-.teriores. Aos interessados noBrasil: o curso teça e, duração'""" "dé ünv més, sob" á orientaçãodo decorador argentino MiguelAngel Yubro Berro, e as in-formações podem ser solicita-das ao Atelier Saint-Honore.Esmeralda 561, piso 14. BuenosAires.

Gaveta de letrasARRAIS E FAMÍLIA — Hoie. às 21 horas na Faculda-

dc de Direito tia Universidade da Guanabara, noite de au--.togisifos quando serão lançados os livros A Palavra de Ar- •

rais. umíWõimento ào ex-Govei-nadoi; de Pernambuco, e\sshn Marcha a Família, de vários autores, àiiibOs aa Edi-tora Civilização Brasileira. Deverão estar presentes a noi-t» de autógrafos, entre outros, os escritores Adonias Filho,Cfli-ioí Heitor Coni, José Conde, Antônio Calado e AlceuArnoroso Lima.

._ Livraria Agir Editora, Para cooperar com o magia-tério no aprimoramento da aprendizagem do português,organizou a promoção didática denominada QuinhentasPalavras Premiadas. Serão premiados aluno e professor:îiílino primeiro colocado dará direito ao seu mestre deuma viagem cum estada de 15 dias para duas pessoas emqualquer cidade do Brasil, se,o seu trabalho sobre os dás-sicos brasileiros, entre os editados pela Livraria Agir forselecionado pela comissão julgadora. As composições dosalunos sobra qualquer prosador e poeta clássico nao pode- .nii, ultrapassai o limite de quinhentas palavras. O.con-curso é dirigido para os dois ciclos do curso secundário ea Agir fòrneue, tanto para professores como para alunos,n índice da coleção Nossos Clássicos. O professor escolheos temas e o-i volumes para composições e o aluno realizatrabalhos sôbrc os autores escolhidos. O professor sele-<;iuna os três melhores trabalhos de poesia e prosa desua classe c os envla-para o julgamento final. Sao os se-guintes os prêmios oferecidos pelo Concurso -QuinhentasPalavras Premiadas: PROFESSOR E ALUNO - Passa-gem de Ida e volta e estada de 15 dias, para duas pessoas,em qualquer cidade do Pais, de livre escolha do professor;um relógio de pulso Mldo; uma máquina de escrever por-tátll; uma enciclopédia Delta Larousse; um crédito de Cr$200 000, nas Lojas Ducal; créditos para aquisição de 11-vros.

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As noturnasBADEN NO SANTA ROSA

_ Na sua primeira apresen-tação no Rio após a volta deParis, Baden Powell estará,durante seis semanas, no Tea-tro Santa Rosa, em Recital deSamba. O show começa ama-

-flivarc-ao-lado-àe-Bftdett-apa-Tecerão Alaíde Costa — vindade São Paulo, para cantarpela primeira vez em tempo-vada normal na Guanabara —Dulce Nunes e Oscar CastroNeves, que além de diretormusical do show atua com umtrio. Produção de GuilhermeAraújo.

SEMPRE A VILA — A Es-tudantlna Musical anunciapara amanhã, às 88 horas.Sempre a Vila, com Marília .Batista, Nelson Cavaquinho. ,Regina Werneck e Conjunto ;

' Samba 7. Marilla Interpretar»Noel Rosa e Regina cantaramúsicas it sua parceria comCartola. O show é promovidopor um grupo jovem que pre-tende encenar, ainda em maio,um espetáculo na linha deOpinião, produzido por CelioSoares.

ADIAMENTO DE ARCO-ÍRIS — Adiamentos de últimahora fazem parte, infellzmeiirte, da rotina dos espetáculos,e o adiamento da estréia deArco-íris não íoi, portanto,essencialmente diferente detantos outros. O que espanta,porém, é o fato de uma orga-nização como a de Abraão Me-dina, que se.vangloria de es-tar gastando dezenas de mi-lhóes de cruzeiros com seu es-petáculo, não ter tido o cuida-do de avisar a tempo os re-presentantes da imprensa quehaviam sido convidados parao ensaio geral do dia 3. Umpasseio até o Teatro Repúbli-ca para ver, em vez de umArco-lrls, um portio de ferrotrancado a sete chaves (sema presença ao menos de umfuncionário encarregado dedar uma explicação) significauma experiência bastante de-sagrada vel. Apesar de tudo,•Medina anuncia a nova pro-gramação do espetáculo: dia10, sessão especial para a im-prensa, quando será servidoum coquetel aos presentes: dia

. ••# 12, pré-estréia em beneficio doInstituto Brasileiro de Reedu-' cação Motora; dia 13, estréiapara o público.

A PANTERA — Reunião in-formal, com demonstração dedan«as modernas e uísque au-têntlco, amanhã, ms 33 horas,no The Ptnk Fanther (Rua

- Rodolfo Dantas).

HOLANDA — O Clube Ho-landes comemorou, na Chur-rascaria Camponesa, o aniver-sário da Rainha da Holanda.Compareceram à homenagemmais de 200 pessoas, entreembaixadores, politlcos e jor-nalistas.

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OS ÚLTIMOS

CAUDILHOS

NOS PAMPASABDIAS SILVA

foto de LEMVR MARTINS

(Da Sucursal do JB em P. Alegre)

Paim Filho, que combateu HonórioLemos e a Coluna Prestes, é hoje umdos únicos caudilhos vivos no Rio Gran-de do Sul, que na tranqüilidade de umachácara nos arredores de Porto Alegrevive apenas de fortes recordações.

Hoje, aos 81 anos de idade, passeia , &ã sombra das árvores, lê jornais, ouve [ _7rádio e vê televisão, sem esquecer que, de- -

pois da Revolução de 30, íoi deportado e ; "

teve sua patente de general honorário ' ¦•cassada por seu amigo e compadre Ge- ¦'••-.•'•túlio Vargas.

APENAS UMA LENDA /, >¦

Os caudilhos são hoje apenas umalenda, nos imensos Pampas cio Rio Gran- ;de. A última bravata que deles se conhecedata de 1950 e se passou com Flores da .Cunha, na Cidade de Rio Grande. Cinco „anos antes, êle estivera ali, em campa-nha pela candidatura de Eduardo Go-

- mes. Fora vaiado e agredido por um gru- ...po de exaltados queremistas. Aconselha- ,ram-no a deixai' o teatro pelos íundos,mas recusara-se e .sairá de cabeça ergui-da, mastigando o seu infalível charuto,pela mesma porta em que entrara.

Voltando em 50 com os mesmos objn- -..tivos, o velho Flores, desta vez em praça . ¦

pública, indiferente à hostilidade que pu- •desse manifestar-se à sua pessoa, assim ..iniciou o seu discurso:

"Na campanha eleitoral passada, nc.-- .ta Cidade, fui atacado por desordeiros,atras dos quais se ocultavam alguns be- ¦ 'neficiários da ditadura caida. Não os

, temi então e não os temo hoje. Há, no . g' reino" zoológico, certos animais que só 'atacam agrupados, em varas, comei osporcos, ou em alcatéia, como os lobos.Mas há também um animal que sabelutar sozinho e a todos enfrenta". E.elevando a voz, ao mesmo tempo em que .batia no peito com o punho cerrado, com-pletou o desabafo: "Êste animal é oleão!". Logo depois, Flores da Cunha reti-.Tava-sç completamente da 'atividade

po-.-'¦. litica.

. Êle £oi, sem dúvida, o último caudilho'. ",:

a sair de cena, pois os dois únicos quolhe sobrevivem há muito já se encon-tiiivam.no sossego de sua velhice, vivendo -'•apenas de recordações. Ção eles Valzu- •"mii^Dutra^JdojloJQft^^^"ê

Paim Filho. Do primeiro, vale a pena £recordar duas passagens, contadas pelo

' •historiador Artur Ferreira Filho: uma.;.com Borges de Medeiros e outra com o,',"'próprio Flores. Embora pertencesse ao ¦'..•;.Partido Republicano, parece que o cau-.,,dilho não se dava muito bem com o chefe., ¦¦'„que; uni dia o recebeu no Palácio comfrieza e, sem muito rodeio, foi logo obser-varido:: , ;,, y

_ coronel Valzumiro, não estou nada .*satisfeito com as últimas mortes verifi- j-cadas ém Palmeira.

Ao que èle, em tom de pilhéria e. ironia,, mas evidentemente azedo, re- ;.'-\

iruóou:'^_'E, com as primeiras, Dr. Borges, •

j o senhor está satisfeito?Com o General Flores, recém- nomea- ;

•do Interventor Federal no Rio Grande,-.-após a Revolução de 30, manteve Vai- .

i zumiro certa vez um diálogo de idêntica .aspereza. A certa altura da discussão, o .General bateu fortemente na mesa e lan- .çou ao rosto do caudilho êste desafio:

Coronel Valzumiro, quero dizer-lhe ..que, no cumprimento do meu dever, só •;tenho medo de Deus!

E a resposta no mesmo tom:Pois então eu estou melhor cio que

o senhor, General, porque não lenho'..-;medo nem de Deus, pois sou ateu!

Hoje octogenário, Valzumiro Dutra- ,vive tranqüilamente em sua fazenda, no jMunicípio de Palmeira das Missões.

Recolhido' também inteiramente ao '

convívio dos filhos e dos netos, o outrosobrevivente do .caudilhlsmo no Rio Gran-de do Sul — Firmino Paim Filho — com81 anos, passa os seus dias á sombra dasárvores, na Chácara das Pedras, nos ar- -.

redores de Porto Alegre.. Lê jornais, ouve '

rádio, vê televisão e faz questão de man-.ter-se em dia com os acontecimentos.Talvez porque o seu nome esteja tãoligado a lutas em campo aberto, a re-fregas que comandou em nossas coxilhasou fora do território rio-grandense (con-

' tra Portinho, Honório Lemos e a colunaPrestes), multa gente ignora o grau de

sua formação jurídica. Colega de turma-,?de Getúlio Vargas, foi seu fraternal ami-r

go e duas vezes compadre, o' que não.

impediu que; após a Rt. olução de 30,3

tivesse que ir para o exilio. no Uruguai/-Seu, nome é hoje.município. Dizem que

¦ serviu também para assutaí as crianças,

quando havia revoluções por aqui: "Dor-

me, menino, senão òü mando chamar o.

General Paim",' diziam' as mães para as

crianças renitentes. ' '

Lendas, certamente. Leiidas de um

tempo em que os homens lavavam a

honra nas coxilhas. Lendas de um Rio

Grande que, certo ou errado, escreviacom sangue i sua História;

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¦>.,—,--¦... :'T"-->mií£V5" n f-r~i<-^-?**:?*n*r**rfyt*'*'¥~

Antes de Cindido Rondontr ao seu encontro, já os in-

.dios conheciam — como agora7 depois dele — a piranha, afebre, o bugreiro, "a terrafurtada pelo* que vinham delonge e não sabiam possui-' la". A morle chegava pelamão do braneo — cm cadanova. penetração do seu ter-

¦ ritório — a terra er» perdida' na luta desigual com' quem''podia mais.,Ma« houve um tempo deRondon, um caminho abertopor êle que ainda hoje é fã-

i?<cil de percorrer.

CAMINHOS DE RONDON

., De dois homens com quemconviveu na juventude —Benjamim Constant e Go-mes Carneiro — recebeu,Cândido Rondon influênciaque, muitas vezes, julgou

"decisiva na sua vida de sol-dado e indigenista. Quandoos conheceu, em 1889, era

\ aluno da Escola Militar daPraia Vermelha. O Rondonpositivista, que abandonouuma carreira fácil de ma-gistério para servir no setormais árduo do Exército — a

te construção das linhas tele-gráficas entre Goiás e Mato

te Grosso — surgiu do entu-Vsiasmo pela personalidade

de Benjamim Constant. Comteo Major Antônio Ernesto

"Gomes Carneiro, seu coman-dante na Comissão Cuiabá—Araguaia, aprendeu a amar

| .o índio.

A carreira do humanista'Rondon teve inicio em 1890.Já a essa época, dedicado àssuas convicções de positivis-tá, agiu de acordo com opensador que nascia nele.Dirigindo-se a Mato Grosso,sonhava aplicar, no coman-dõ da tropa que o ajudariaa construir a linha tele-gráfica C u i a b á—Araguaia(1892-1898), a doutrina deAugusto Comte, O índio nãolhe havia aparecido ainda,mas surgiu logo depois —"na figura altiva de um bo-roro de Garças", para serum amigo e amor de tôda avida. Os bororós, vistoscomo obstáculo â construçãodas linhas telegráficas, esendo ao mesmo tempo víti-mas de trucidamentos, fo-ram o primeiro contato. Emseguida, se deparou ou foi aoencontro dos remanescentesdos guanás, dos índios cava-leiros dos ofaiés, dos parecis.

Até êsse dia, quando Ron-te -don caminhou Brasil aden-

tro, os índios viviam entre-gues ao seu próprio destino,

"Eras um dos nossos vol-Itando à origem

¦f trazias na mão o fio quetfala

-V õ fôste entendendo tttèl.o maior segredo da mata."

O. TEMPO DE RONDON — I

Os índios que, então, nãoconcordavam com as fren-tes pioneiras saídas das ci-

dad-es_çpntra as suas aldeias,h eram simpiesméiu7ê*"dizima»ú dos. Muitas vezes por cha-f: cinadores profissionais, ostí célebres bugreiros pagos pelo|í! próprio Govêrno. Ainda mais

dramático era o destino dosW que se haviam submetido ao

|.te nosso convívio: já sem capa-cidade de defesa, experi-mentavam condições de mi-séria às quais nenhum povo

te poderia sobreviver.'Assim

viviam, assim mor-riam os índios do Brasil, nodia em que Rondon foi aoseu encontro. E isso não

te:'ocorria apenas nos igarapéslongínquos da Amazônia ounos ermos do Brasil Central,mas à porta, ou à distânciade um dia de viagem, de Cl-dádes como São Paulo, Blu-menau, Vitória e Ilhéus..

LÁ EM MIMOSO. t ';

'a sesmaria de Morro Re-dondo fica no centro de Ma-

¦tó Grosso, entre campos cor-tados de matas e pequenosplanaltos. É uma terra acos-tumada às histórias de ho-

l mens valentes. Foi lá, bemperto da Cidade de Mimoso,cjue nasceu Cândido Maria-no da Silva Rondon, a 5 demaio de 1865. Também de

ViáZé o sargento Antônio JoãoRibeiro, o comandante da

Colônia Militar de Dourados£'..Qtt£ morreu combatendo —I :Ío lado de 10 soldados —

"para impedir a invasão do1. ^território brasileiro pelos^ítórkguaios. O próprio Ron-

dòn descreve o Mimoso dasua .infância como um lugaronde havia "rosas no céu,brisa fresca no ar, rocio naerva".

?'0 Cuiabá saltava todosos anos os limites das mar-gens para vir beijar as ervi-nhas e detinha-se, pregui-coso, na campina, formandoo pantanal. Lá que se ia«nadar."

"Depois do banho, subia-mos nos bancos"; onde as la-vadeiras batiam e esfrega-vam as roupas, cantando}

OSCAMINHOS.DESDEMIMOSO

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NICODEMUS DE CARVALHO ...

(Departamento de Pesquisa do JB)

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Carímpampão, da côr do[limão,

Quem cair mais primeiroSerá mau irmão!..."

A ascendência paterna deCàiidído Rondon era luso-espanhola. Seu avó, JoséMariano da Silva, descendiade portugueses e Maria Ro-sa Rondon, a avó, era filhade uma família paulista deorigem espanhola, com algu-mas gStas de sangue índioOuaná. Cândido Mariano da.Silva e C 1 a u d i n a LucasEvangelista ¦<- seus pais —se conheceram e se casaramlá mesmo em Mimoso.

Para fazer os primeirosestudos, Rondon foi levadoa Cuiabá, onde, depois do 11-cenclar-se professor prima-rio, ingressou no Exército eveio para o Rio de Janeirocursar a Escola Militar. Eni1890, já bacharel em Ciên-

¦ cias Físicas e Naturais, épromovido a Tenente do Es-tado-Maior e aproveitadocomo professor-substituto deAstronomia e Mecânica, aconvite de Benjamim Cons-tant.

NOVA CAMINHADA

O ano de 1906 encontrou oCoronel Rondon saindo para

' uma nova missão — dessavez maior e mais arriscadaque a Comissão Cuiabá-Ara-'guaia. Pediam-lhe, agora,que atravessasse 250 léguasde sertões desertos do No-roeste de Mato Grosso e 300léguas de floresta amazòni-ca -r lugares nunca antespercorridos — para levar osfios telegráficos de Cuiabáao Território do Acre.

Rondon aceitou a tarefaque a muitos engenheiros emilitares parecia impossívele se propôs, ainda, amplia-la, procedendo o estudo ci-entifico da região que iriadesbravar. E dessa vez, já.como indigenista militante,impõe uma condição intei-ramente nova: exige que osíndios desconhecidos que en-contrasse ao longo da cami-nhada fiquem ao seu cuida-do. Sonha evitar que a pe-netração de brancos numterritório nôvo seja acompa-nhada de calamidades. Essamissão é que seria conheci-da, mais tarde, como Co-missão Rondon — o maiorempreendimento científico ea maior cruzada húmanísti-ca já tentada no País. A ela,aos cientistas que acompa-nharam Rondon, se devemas contribuições para o co-nhecimento etnográfico, lin-güistico, geológico,, botani-co e zoológico do-interior doBrasil. Entre os seus cola-boradores — nas diversasexpedições — estavam o an-tropólogo Edgar Roquete, F.C. Hoehne, A. J. Sampaio,Alfredo Cogniaux, H. Harns(botânicos); J. G. Kuhl-mann, Adolfo Lutz, AlípioMiranda Ribeiro, AdolfoDucke, H. Von Ihering, Ar-naldo Black, H. Reinisch. E.'¦¦ Stolle (zoólogos)", AlbertoBetim Pais Leme, Eusêbio dr;Oliveira, Cícero de Campos,Francisco Moritz (geólogos emineralogistas) e GastãoCruls (naturalista).• Sôbre a Comissão Rondon— a sua importância —afirma o antropólogo DarciRibeiro:

— Maior porém que aobra do geógrafo, do enge-nheiro, do cientista, foi ado humanista. Num tempoem que junto a zonas po-voadas, próximo de grandescidades, os índios eram es-píhgardeados como feras,Rondon, penetrando os ser-toes mais ermos, fora aó en-cont.ro das tribos mtesaguerridas do Pais, levando-lhes uma mensagem de puae abrindo novas perspecti-vas nas relações das socie-dades nacionais com os oo-vos tribais. Através dí suuação humanístlca, orovouque era possível chamar atribo mais hostil ao cor.vi-vio pacífico da sociedaJebrasileira, por métodos tam-bém pacíficos. Sua equipehavia atravessado o terri-tório das tribos mais temi-das, nos quais ninguém an-tes ousara penetrar, sem ja-mais hostilizá-las, acaban-do por conquistar a confian-ca e a amizade dos nan-bikuára, dos kepkiriwat

parnawat, ürlnil, arlkêm e,mals tarde, dos umotina.

Essa caminhada foi inter-rompida apenas uma vez —durante um ano — quandoRondon levou o ex-Presi-ciente Theodorc Rooseve'1;através dos sertões, do RioParaná ao Amazonas,

A FÉ DE RONDON

A.presença dos nanbikuá-ra (nanbiquara) — a suafama de agressivos — foi aprova maior por que passouo positivista Rondon. O st:ulema, Morrer se preciso fôr,matar nunca, encontrou asua vez de ser testado, filemesmo, recordando maistarde sua caminhada peiaterra dos nambiquaras, re-conheceu a importância doteste: *

"O que não teria passadopelo espírito dos nossos sol-dados e tropeiros, cercados,naqueles ermos, de indíciose vestígios dos nambiquaras

nome que só por si bastapara arrebatar as alm as,mesmo as mais frias — âsregiões povoadas de cenasde antropofagia, de que an-dam cheias as lendas sa-culares entretecidas em tôr-no daquela nação de silví-cuias."

Êsse era o miais graveproblema de Rondon naque-la penetração:' o medo dosseus soldados. Gente alicia-da da população sertaneja,acostumada a matar índioscom a naturalidade comque abate uma caça, não po-dia entender que deviamser poupados, mesmo quan-do não se mostrassem dis-postos a matar. Vinhamamedrontados pelas estóriasde massacres, repetidas aolongo da zona pioneira pe-las populações em guerracom os índios, O índio, porsua vez, não podia aceitara invasão indisfarçável doseu território, senão como\im ato contra êle.

Essas preocupações che-gavam primeiro à barraca deRondon:

Que nós estamos inva-dindo suas terras, é inegá-vel! Preferíamos pisá-lascom o consentimento préviodos seus legítimos donos.Havemos de procurar todosos meios para lhes mostrarquanto almejamos merecerêsse consentimento e quenão teinos outra intençãosenão a de os proteger. Sen-timo-nos intimamente em-baraçados por não podermos,por palavras, fazer-lhes sen-tir isso.

REPOUSO DO GUERREIRO

Depois da Comissão MatoGrosso—Amazonas — en- '

cerrada em 1915 — veio oseu tempo dc amigo dos in-dios com ou sem missão doGoverno. Fundou, com a co-laboração de Nilo Peçanhae Rodolfo Miranda, o Servi-co de Proteção aos- ín-dios e anos mais tarde,em 1939, o Conselho Nacio-nal de Proteção aos índios.A última fase da sua cam-panha sertanista, iniciadacom o descobrimento do RioJurema, foi quase inteira-mente dedicada a levanta-mentos geográficos de re-giões importantes de MatoGrosso. Era a êsse tempoGeneral de Divisão.

Na última viagem que fêza Mato Grosso, o velho ca-cique Cadete — chefe dosbororós — pediu-lhe _queíôsse morrer entre ôles.Rondon, emocionado, trans-mitiu para íim amigo que oacompanhava o diálogo quemantinha abraçado com oíndio, seu amigo de mais desessenta anos:

— Sabe o que èle está medizendo? Acha que estou ve-lho e não vou durar muito,deveria vir morrer aqui, poissemente os bororós saberiamfazer o meu enterro.

Quando morreu, em 1958,Cândido Rondon teve emseu enterro as honras de umchefe nacional. Mas haquem pense — e diga — queCadete tinha razão: nemsempre a sua obra e o seupensamento foram ¦ respei-tados, mesmo pelos que con-tinuaram a chegar até osíndios usando o seu nome.

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DOBRASILvendem tudo o todo mundoi

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THjrismo e ^ÉíliilIliil^ttSS ano Üli^SIlSPSiSÜ^ passeio pela baía

mrecidos

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- V-"ônfn^ã PRF-4 RADIO JORNAL DÓ BRASIL,, em comeÊste.caderno éurôfêc^Sî^ri%SîXl1ÍSXffm * serv,co da cidade'moraçao ao seu trigesimo<a.

^£_d£ j0RNyML dq BRASIL

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66 -~ Cadernos jB do IV Centenário

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Aávaôiio

Procurando apresentar uma visão tantoquanto possível completa dos aspectos físicos dageografia da Guanabara e dás suas relações cpmo turismo, sem se apegar a um critério exciu-sivamente didático, ou, se quiserem, adotandoum critério mais jornalístico que didático, foique optamos pela cartografia, como üma solu-:ção mais direta (e também mais popular) paraa compreensão da evolução urbáhá da Cidadede São Sebastião do Rio de Janeiro, em seusquatrocentos anos memoráveis de existência.

Para essa tarefa convocamos um dos maisilustres especialistas brasileiros, Eduardo Cana-brava Barreiros, responsável por uma obra járespeitável no campo a que se dedica, atual-mente à frente de uma equipe que cuida daelaboração de um monumental atlas da evolu-?ção urbana do Rio de Janeiro, da sua fundaçãoaté o ano do IV Centenário, a ser publicado prò-ximamente sob a égide do benemérito InstitutoHistórico e Geográfico Brasileiro.

EDITORIAINem todos os mapas, adiante estampados,

são da lavra de Eduardo Canabrava Barreiros.Os da cidade colonial, imperial e republicanasão. os mais representativos aparecidos.em;cada"época: o de Vaz Pigueyra, Vilíers de L'Ile Àdáme de autor desconhecido, ao tempo da reformaempreendida pelo Prefeita: Pereira ^Passos. Omapa físico do Estado, às páginas 72 e 73, deCanabrava não é só ò mate atual, como o maiscompleto "que

já foi publicado até a presentedata. -

Ò Rio de Janeiro nb ano do IV Centenárioestá esplendidamente representado por uma fo-tografia aérea, cedida pela Agência Retin-a,fixando um aspecto do belo jardim desenhadopelo arquiteto-paisagista Roberto Burle Marxdo Aterro da Glória. .•' .

Miécio Tati escreve sôbre as relações entrea Geografia e o Turismo. E Yllen Kerr discorre,com sabedoria de connaisseur, acerca de um pas-

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SINOPSEGEOGRÁFICA

POSIÇÃO: Os pontos extremos do Estado daOuanabara são: ao Norte, a Ilha Pancaraíba«— na Baía de Guanabara—, ao Sul, a Ilha Rasade Guaratiba — no Oceano Atlântico,— a Oeste,o Rio dar Guarda oa ftaguar ~- próximo a suafoz na Baía de Sepetiba — e a Leste, as IlhasTapuamas de Dentro — na Baía de Guanabara.Suas coordenadas geográficas são: Latitude Sul5Í° 54'23": Loigitüdç~.Wr.dè" Gr." 4$°7í(?Z&r.

ESPAÇO: Com seus 1129 476 quilômetrosquadrados de superfície continental, e mais37 524 insulares, formando uma área total de1167 000 quilômetros quadrados, o Estado daGuanabara encontra-se encravado no territóriodo Estado do Rio de Janeiro, com este limitan-do. Sua distância máxima, no sentido Leste-Oeste, é de 71 quilômetros, e a Norte-Sul de 37

quilômetros, em linhas retas.

OROGRAFIA: Com um terço de sua áreaconstituída de elevações, e 2/3 de planícies õubaixadas, é o território da Guanabara bastanteacidentado, com a altitude máxima/d^^Zoíríà ,Habitada registrando 460 metros, nas Paineiras,a média com 3 metros, no centro da Cidade, ea mínima com 1 metro, em -São Cristóvão.

Suas elevações principais são': -aó Norte, oMaciço Rural Mârapicu-^-Gericinó, tendo como

ponto culminante o Pico do Guandu, com 900metros de altitude. Inclui-se nesse maciço, aSerra do Mendanha.:¦¦'.'¦¦-¦' '

No centro do território, começando no Ocea-no Atlântico, e estendendo-se num semicírculoaté a divisão das Baixadas Suburbana es de Ja-carepaguá,' temos o Maciço Rural da PedraBranca, cujo ponto culminante — que é tambémo do Estado — a Pedra Branca, alcança 1 024metros de altitude. Vários dos contrafortes dessemaciço têm denominação própria, como sejam:Serra do Bangu, Engenho Velho e Barata.

O terceiro maciço, Maciço Urbano do An-daraí, aloriga-se do Centro para Suleste, e tem'como ponto culminante o Pico da Tijuca, segun-da culminância do Estado, com 1 022 metros dealtura. Tem também vários contrafortes batiza-dos, como sejam: Serra dos Pretos Forros, dosTrês Rios, Engenho Nôvo e Carioca, além daselevações tão conhecidas, como a Pedra da^Gá-

vea, Morro do Coreovado, Pão de Açúcar e MorroCara de Cão.

ELEVAÇÕES ISOLADAS: Na Planície Ruralde Santa Cruz, entre várias elevações isoladas,temos a^dar-Paeiência,-Cantajga] o e-JnhQâíba,jg_na Planície Suburbana a da Misericórdia, como Morro da Penha, e na Zona Urbana, a Serrada Providência.

Quanto às elevações insulares, a mais altafoi a da Ilha do Bom Jesus, arrasada e absorvi-da pela atual Ilha da Cidade Universitária, e quealcançava 290 metros. Das ilhas atuais, a maiorelevação registra-se na Ilha Redonda, no Ocea-no Atlântico, com 100 metros;- vindo em segui-da o Morro do Dendê, na Ilha do Governador,com 90 metros de altura.

PLANÍCIES E BAIXADAS: Constituem ess|s

guintes: a Oeste, a de Santa Cruz, maior detodas:. a Sudoeste,, al de.i'GÍia«ktiba, compreen-

P dendo ainda á Restinga de Maiçambaia. A Nor-.. dèsteîTíencontranse a Planície Suburbana, e, ôP Centró-Sul,''á?vdê- Jacarepaguá, còm- "suas^vastas

lagoas.':'¦'.. S ¦ .-.--¦ ¦ :. :-,i .:¦¦:. ¦-.¦¦¦ :'<.. ¦/:.

HIDROGRAFIA: A hidrografia do Estado,que é bem considerável ainda, apesar do desa-parecimento de vários cursos de água, é cons-tituida por três bacias hidrográficas, a saber:

A Bacia-de Sepetiba, situada a Noroeste doEstado, entre, os maciços Marapicu—-Gericinó —ao Norte — e Pedra Branca a Leste, tem comoprincipais formadores os Rios da Guarda ouItaguaí, Guandu,, Piraquê—Cabuçu e Portinho,

- além dos canais São Francisco, Pedro II e Itá,desaguando todos na Baía dé Sepetiba.

A Bacia da Guanabara, situada a Nordeste,entre os. maciços Marapicu-Gerioinó, a Oeste,e Pedra.Branca e Andarai, ao Sul, tem entre osprincipais cursos de água o São João do Meriti,com seu grande afluente, o Pavuna, que cons-tituem o maior curso de água do Estado, comseus 35 quilômetros de extensão. Para o Sul te-mos o Irajá, Timbó-Faria, e os rios urbanos: Ma-racanã e afluentes, Comprido, Catumbi, todosdesaguando no Canal do Mangue, e; caindo aomar através do Aterro Glória — Flamengo, oRio Carioca.

A Bacia Oceânica localiza-se ao Sul dós ma-ciçog da Pedra Branca e.Andarai, .tendo como

seio pela Baía da Guanabara. Ê o passeio clás-sico, de lancha oü de barco, sôbre as ondas damais bela baía do mundo, muito embora YllenKerr pudesse também doutrinar sob as ondas,com a sua experiência

"tão" proclamada, cantada

em prosa e verso, de caçador submarino....Chamamos a atenção, por último, pára as

belas fotografias da Ilha de Paquetá, tiradasnó começo ào século, por Marc Ferrez, e quenos foram facilitadas, para êste caderno dos400 Anos Memoráveis âa Cidade de São Sebas-tiãó ão Rio âe Janeiro, pelo seu neto, o historia-dor Gilberto Ferrez.

Nossos agradecimentos a todos quantos co-laboraram para a feitura do caderno GeografiaFísica e Turismo, especialmente a Eduardo Ca-habrava Barreiros, pela valiosa contribuição quenos deu.

O Eãitor'''''¦'..¦

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principais formadores o Canal e Rio VargemGrande desaguando diretamente no mar, osarrotos Pavuna e Fundo e os Rios Anil e Cachoei-ra — este detentor das duas únicas quedas deágua do Estado: Cascatinha e Furnas. Desaguamna Lagoa~~cTêr^racarepagaá—Camorim^Tijuc^_canal da Barra da Tijuca. Desaguando na Iâgoade Marapendi, levando-as para o mar através doenai da Barra da Tijuca. Desaguando na LagoaRodrigo dé FrèítãsT temos- ainda os Rios-J^Ca-cacos, Cabeça, Branco ou Rainha.

Quanto às lagoas, situam-se todas na Ba-cia Oceânica e são, de Oeste para Leste, a La-goinha, Marapendi, Jacarepaguá—Camorim—Ti-juca e a de Rodrigo de Freitas, esta, ao pé doCoreovado, ligada ao mar por uni canal.

Os canais maiores situam-se na Bacia deSepetiba e sãô o São Francisco, Itá, Pedro IIe Guandu. Na Bacia da Guanabara, o Pavunae o Canal do Mangue são os maiores, e na Ba-cia Oceânica, o da Barra da Tijuca, Viscondefie Albuquerque e o da Lagoa Rodrigo de Freitas.

vK^ ILHAS: Na Baía de Sepetiba, com quase umadezena de ilhas, salienta-se a do Bom Jardim,com 1 399 300"metros quadrados, entre' o conti-

; nente e a Restinga de Marambaia.-;..;" --'

, Na Baía dé: Guanabara, com mais de cin-qüenta ilhas, a maior de todas é a do Gover-nador, com seus 28 906 250 metros quadrados, eas de Paquetá e Brocoió, famosas por sua be-leza natural, além das ilhas Pancaraíba e Ta-puamas de Dentro, pontos extremos -do Estado,ao Norte e no Leste. Ligadas ao continente, porliieio de pontes, temos: a.Ilha da Cidade Uni-versitária; formada pela aglutinação de váriasilhas; a Ilha das Cobras, Fiscal e de Villegaignon;.e finalmente a.última delas —' do Norte para oSul — a Uha da Laje, em frente à Barra.

No oceano, vão a mais de uma dezena asilhas ao longo dacosta, destacando-se, pelo ta-manho, a Ilha Redonda, com seus 373 700 metrosquadrados, detentora ainda da maior altitudeinsular, que é de 100 metros,-e a. Ilha Rasa deGuaratiba, ponto extremo — ao Sul — do Es-tado da Guanabara.

, CLIMA: Muito embora o clima não sejauniforme, em todo o território, em sua maiorparte pertence ao. clima tropical quente e úmido,

..segundo classificação de Koppen. . j ^ -^

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Cadernos JB do IV Ctínte;iário — 67

características físicas do centro da

cidade do rio de janeiro••'•'¦ ¦¦ -

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IlilIaBÈlHflM l^rM-rütf ffff^r-tTr4- I---""IEjE I | Ll Q5—-ZZãfflSy . . tfég • «-— "'¦ Ju«pi—Cl»—•;—'n,ii.\ i, ^ ^ .'. /- - -. \ . -1 ¦ ./

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—EDÜARDO-GANAERAVA-BARBEIROS

ÁREA DEELEVAÇÕES

da cota de 4ade So mse acima derta.] 5o 4

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' 4 ms •¦fJL>T-"^r—AREA f entre os alagadiçds,MíBrMSi»ak,.a \ e as curvas <(Í4e4uts

com a/açad/ços

corri lenço/ d'água vSB\' C^~~<^LL

tio

Caraeterástieasfísieas

Centro cia CidadeSegundo os geólogos, as elevações do Rio de

Janeiro estão classificadas entre as mais velhasformações geológicas do mundo. Quanto as suasplanícies ou baixadas, são de periodo quater-nário, exceção das áreas conquistadas ao mar,

por meio de aterros sucessivos.Nas escavações e sondagens, efetuadas por

diversos Serviços da Cidade, como o Departa-mento de Águas, de Esgotos Sanitários, Ligln;,e a Comissão de Estudos, para o Metro, alemdas contínuas sondagens efetuadas pela cons-trucao civil, na implantação dos arranha-céus,confirmam-se as conclusões dos geólogos de queas planícies do Rio foram produzidas pelo asso-reamflnto. (Amontoação de areias ou desterras,causada por enchentes ou por construções;.

Utilizando boa parte dessas sondagens, en-saiamos vários perfis demonstrativos do isola-mento de alguns acidentes físicos, postenormen-te incorporados èP orla-continental.

Baseado na Planta Conjectural üa Época aaFundação da Cidade, áo^Atías-4a-Evoluçao-a^-bana âa Cidade do Rio de Janeiro, em organi-zacão no Instituto Histórico e Geográfico Brasi-leiro elaboramos o cartograma acima (figuran° 1) que evidencia o isolamento desses aci-dentes, só anexados ao Continente em virtudedo trabalho do mar, em séculos de acumulaçãode areia. Este material, encontrado em todas assondagens, só varia na espessura de suas ca-madas, mas sua presença é sempre constante.

Quanto á dinâmica do assoreamento, pa-rece-nos ter-se processado em duas direções,isto é: de Noroeste para Leste, (A) através do

Saco e Mangai de São Diogo, e de Leste paraOeste, (B) partindo da Marinha dá Cidaae.atual Rua Primeiro de Março, ambas no sentidolongitudinal do vale em formação.

Como não poderia deixar de acontecer, oencontro ou convergência dessas pressões ge-reu, nas partes mais propícias ou escranguiau^sdo vale, diques de resistência.

Se consultarmos plantas do século passadoc atuais, constataremos a,existência de uma ilhaou plataforma, (2) constituída pela atual áreado Campo de Santana e arredores, antigo Cam-po das Pitangueiras. Os acidentes que, provável-mente, concorreram para isso são: do lado doSaco e Mangai de São Diogo, ao Norte, o esporOoformado pela encosta do Morro da Formiga, (3;prolongamento da Serra da Providência, nasimediações do leito da Estrada de Ferro "Centraldo Brasil, logo atrás da Estação D. Pedro TT.Ao Sul, por uma asa do Morro de Pedro Dias,(4) depois do Senado, que se intrometia até ascercanias do antigo Caminho do Conde daCunha, atual Rua Frei Caneca. E do Leste, asabas dos Morros da Conceição, (5) ao Norte, eSanto Antônio, (4) ao Sul.

Assim, nas áreas laterais do dique, forma-ram-se vários lençóis-d'água, pântanos e alaga-'diços, que através dos séculos iriam receber dc-nominações diversas.

A Oeste, temos o vasto Pantanal de SãoDiogo ou Camboa Grande. (A) ocupando quaseoitenta por cento da planície entre a Serra daProvidência, ao Norte, e os Morros de Santos Ro-drigues, Santa Teresa e Pedro Dias, ao Sul.

E. C. B.

Ligando a Camboa Grande aos Pantanaisde Pedro Dias, existia uma sanga ou vala na-tural, (7) que varava o dique ao sul do Campode Santana, alimentando ainda a Lagoa da Sen-tinela (8). Esta estendia-se das proximidadesda atual Rua Moncorvo Filho até as encostasnorte do Morro do Senado, antigo de Pedro Dias.

A Leste, foram várias as lagoas. Da Pavuna,Fole ou Lamnadosa, (9) na área hoje ocupadapoi\ parte da Avenida Passos e arredores. DaDesterro, (10) entre os morros de Santo An-tônio e Santa Teresa, na área da atual Ruados Arcos. A de Santo Antônio, (11) que ocupa-va o espaço do atual Teatro Municipal e os doisquarteirões que lhe ficam ao fundo, indo até oLargo da Carioca. E finalmente a do Boqueirão,(12) ao sul do Morro da Santo Antônio, e queocupava a área do atual Passeio Público carredores.

E entre essas lagoas, os alagadiços de maiorou menor extensão, como o de Pedro Dias, (13^que ocupava toda a área entre o Morro do Se-nado — a Noroeste — o de Santo Antônio — aLeste — e o de Santa Teresa ao Sul.

E foi sôbre essa esponja encharcada, nodizer de um historiador, arrasando morros eaterrando lagoas, pântanos e "alagadiços, que sfóabriram os primeiros caminhos, precursores dasruas e avenidas atuais. Disputada palmo a pai-mo ao paul hostil, desenvolveu-se a Cidade,após derramar-se pelo Morro do Castelo abaixo,seu baluarte inicial.

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68 Cadernos )6 do IV Centenário ^svaotlo

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E. C 8.

Como se poderá ver, pelo cartograma acima(figura 2), a área conquistada ao mar, atravésdos quatro séculos que separam a Cidade de suafundação, é, além de sumamente enibelezadora,de considerável extensão.

Mas para isso foram sacrificados vários aci-dentes físicos, e mesmo alguns logradouros pú-blicos, absorvidos ou arrasados, e que, duranteséculos, participaram da vida e da história daCidade.

Comecemos pela grande reentrância <A>„formada pelo braço de mar que penetrava atra-vés do Saco e Mangai de São Diogo, êste' tam-bém chamado de Camboa Grande. Muito em-bora o Mangai ocupasse toda a parte baixa, en-tre o atual leito da Estrada de Ferro Central doBrasil — ao Norte — e a Rua Frei Caneca ao Sul,o braço de mar era mais estreito, e memóriashistóricas nos falam de sua navegabilidade, porcanoas e faluas, até as proximidades, da atualPraça 11 (M), onde, em rústicos ancoradouros,desembarcavam mercadorias. Aterrada, essagrande área perdeu o nome primitivo, para, atra-vés dos tempos, receber diversas denominações,como Aterrado, Cidade nova e, finalmente, Man-gue, generalização do nome do canal.

Em seguida, no ângulo esquerdo do braçode mar, existia a famosa Bica dos Marinheiros

(B), que, desaparecida com os at.efrosj lêôu noentanto seu nome à atual Ponte dos _-a_iii_.üi-ros, e agora também ao recente viaduto.

Mais para o Norte (2), temos o Saco de SãoDiogo, propriamente dito, e que aterrado deu lu-gar a vários logradouros, como sejam: AvenidaFrancisco Bicaiho, parte das Avenidas RodriguesAlves, Brasil e Pedro II, e das Ruas São Cristo-vão e Francisco Eugênio, bem como as Ruas Ida-]ina Senra, Comandante Garcia Pires e GeneralLuís Mendes de Morais, estas três últimas in-tegralmen te. No centro da Avenida FranciscoBicalho corre hoje a parte final do Canal tíoMangue, que, após ultrapassar a Avenida Rodri-gues Alves, cai no mar.

Com o aterro dessa área desaparecerammais os seguintes acidentes: a suleste do Saeo,na encosta' norte do Morro de São Diogo, a tra-dicional Praia Formosa (5), que, aterrada, deulugar à Rua Pedro Alves, e parte das Ruas JoãoCardoso e Moreira Pinto. A área ainda hoje^é^conhecida pelo nome de Praia Formosa?"

À margem direita do Saco (3) existiam, con-tornando o Morro de São Lázaro pelo norte epelo sul, dois braços de mar, guarnecidos de an-coradouros, desaparecidos com os aterros.

Mais ao sul (4), o Rio Iububuracifca, da plan-ta quinhentista de Luís Teixeira, depois chama-do de São Cristóvão, em seu complexo hidrográ-fico de difícil reconstituição, hoje denominadoMaracanã, e que, canalizado, deságua no Canal

do Mangue, pouco acima da. Estação Barão deMauá.

A nordeste do Saco de São Diogo, a Ilha dosMelões, '(fi) e Illia dos Cães ou das Moças, (7)absorvidas pelos aterros do Cais do Porto. Suasáreas correspondem hoje — a da primeira — aofim da Rua Equadorye parte da Praça MarechalHermes, e a da segunda, à área entre a RuaEquador e Avenida Cidade de Lima, e a RuàCordeiro da Graça e Professor Pereira Reis.

Ao sul dessa última ilha» situava-se o fa-moso Saco do Alferes, (8) ao longo do qual seencontra hoje a Rua Santo Cristo.

Em seguida a êsse Saco, temos, ao pé doMorro da Gamboa, a Ponta de Ana Barreta e aPraia da Chichorra, (9) ambas desaparecidas,e que ocupavam então o local onde se inicia aatual Rua dá Gamboa.

Na. orla do Morro da Saúde, repleta de pon-tes e trapiches, inclusive o af amado Trapichedo Leite, havia também a Ponta de Nossa Se-nhora da Saúde, (11) em área correspondentehoje a pequeno trecho da Avenida RodriguesAlves.

A suleste do Morro da Saúde, temos a cé-lebre Praia do Valongo, (12) e Valónguinho, (13)depois mudada em Rua da Saúde, e hoje RuaSacadura Cabral.

Mais adiante, (14) o Arraial de São Fran-cisco da Prainha, como aparece na magníficaplanta de Francisco João Róscio, de 1778, e onde

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MFV&oriose encontra hoje o templo sob o Invocação âomesmo Santo.

No local da Praça Mauá, (15) o mar quebra-va-se na famosa Prainha, mais ou menos emfrente ao edifício de A Noite, prosseguindo emtorno do Morro de Manuel de Brito, atual Mor-ro de São Bento.

A Ilha das Cobras, (16) antiga Ilha da Ma-deira, foi aplainada, perdendo suas elevações,ampliada e retificada, sendo, através de diquee ponte, ligada à Ilha dos Ratos, (17) hoje IlhaFiscal, e ao continente, em frente à encosta les-te do Morro de Sâo Bento.

Voltando ao litoral, vamos encontrar, logoabaixo do Morro de São Bento, a antiquíssimaPraia dos Pescadores, (18) no trecho que cor-responde à parte final da atuai Rua Primeirode Março.

Onde hoje passa a Rua Visconde de Inhaú-ma, corria o Ribeiro, (19) pequeno curso de águaque nascia nas proximidades da atual Rua Al-cântara Machado, antiga Travessa de SantaRita.

Para o sul, quebrava o mar ao longo da en-tão Praia de Manuel de Brito, (20) depois RuaDireita, e finalmente, Rua Primeiro de Março.

Mais abaixo, onde hoje se encontram a RuaDom Manuel, e o Largo do Moura, havia entãoa famosa Praia da Piaçaba, (21) ou dos Padresda Companhia, primeiro porto da Cidade, noMorro do Castelo.

Para leste, até onde se encontra hoje a an-tiga Estação de Hidros, paralela a essa, proje-tava-se a Ponta da Piaçaba, (22) depois de ul-trapassar a atual Praça Marechal Âncora ç fi-nal da Avenida General Justo. Posteriormenteviria essa ponta a chamar-se Ponta do Calabou-ço, nome que conserva ainda a área aterrada,em suas imediações.

Defletindo para o Sul, ainda como Pontado Calabouço, dava lugar logo adiante á Praiade Santa Luzia, (22) também chamada ante-riormente de Piaçaba, e que viria a ser o Cami-nho da Forca, e, posteriormente, Rua Santa Lu-zia, denominação que chegou até a atualidade.

O pequeno trecho entre a Praia de SantaLuzia e o Boqueirão, nas imediações do atualPalácio Monroe, (24) teve, passageiramente, adenominação de Praia da Ajuda ou das Freiras.

Pelo Boqueirão, (25) segunda reentrânciado Centro da cidade, pois a primeira era o bra-co de mar de São Diogo, estendia-se o mar, le-vando suas águas até um pouco além da atualRua do Passeio, e parte do Largo da Lapa. Ater-rada deu lugar ao chamado Passeio Publico

Para o sul, o mar quebrava-âe alem da atualAvenida Augusto Severo, nas chamadas Areiasdas Praias de Espanha, (26) mais tarde denomi-nada Praia da Lapa..

Em continuação vinha a Praia da Glória,(27) ao longo da atual rua do mesmo nome, eboa parte da orla do antigo Uruçumirim, pas-sando ainda pelo Saco da Glória (28) sendosua porção final chamada, mais tarde, de Praia

do Russel* (29). Acidentes êsses desaparecidoscom os diversos aterros, ou então deslocados,com exceção do Morro. 4

Quanto à Ilha de Villegaignon, (30) antigade Serígipe, teve seus dois morros arrasados, am-pliando-se com isso sua área. Posteriormente,foi retificada, nada restando de seu perfil pri-mitivo.

NO INTERIOR:A orografia do Centro da Cidade não é a

mesma da época de sua fundação, então bemmais movimentada, pois várias elevações foramarrasadas, em benefício da urbanização.

O primeiro morro a ser derrubado, ainda noGovêrno do ViCe-Rei D. Luís de Vasconcelos eSousa, 1779-1790, foi o Outeiro das Mangueiras,(C) pequena elevação, prolongamento da en-costa de Santa Teresa, na sua porção denomi-nada Morro do Desterro. Ocupava a área apro-ximada da atual Rua Visconde de Maranguape.e foi utilizada no atulhamento da Lagoa do Bo-queirão.

O segundo foi o Morro ão Senado, (D) an-tigo de Pedro Dias, que, como o anterior, eratambém um prolongamento da encosta de San-ta Teresa. Estendia-se no sentido da atual Ave-nida Henrique Valadares, até a Rua dos Invá-lidos, tendo ao norte a Rua Frei Caneca, antigoCaminho do Conde da Cunha, e ao sul a Rua doResende: Na Rua do Riachuelo, antigo Caminhode Matacavaíos, na sua parte final, mais ou me-nos entre as esquinas das Ruas do Resende e Se-nado, nota-se, ainda, acentuado aclive, devidoa ultrapassagem do cordão que ligava o aludidomorro à encosta de Santa Teresa. Teve seu arrrasamento iniciado em 1880, e terminado lá para1908.

O terceiro, e de maior importância históri-ca, baluarte que foi da cidade nascente, o Mor-ro do Castelo, (E) antigo Morro do Descanso,localizava-se na parte sul da Marinha da Cida-de, na antiga Ponta da Piaçaba. Sua demolir-cão teve início com a abertura da Avenida Cen-trai, atual Rio Branco, .terminando na segundadécada dêste século. Serviu seu desmonte para

•aterrar grande parte da Ponta do Calabouço,antiga da Piaçaba, atual área do Aeroporto San-tos Dumont e arredores, bem como a faixa lito-rânea até o Russel.

O último a ser arrasado, nos meados dêsteséculo, o Morro de Santo Antônio, (F) antigoOuteiro do Carmo, veio permitir o atulhamentoda área constituída hoje pelo chamado AterroGlòria-Flamenço, onde se desenvolve aindagrandioso plano urbanístico.

NÀ ORLA MARÍTIMA:Das lagoas, não restou nenhuma, aterradas

que foram, para propiciar chãos e salubridadeà urbe que se iniciava.

Uma das primeiras a ser aterrada, pelo me-nos em parte, foi a da Sentinela, (G), pois, jánas plantas do século XVIII, aparece somente

Cadernos JB do IV Centenário — o9

sua porção junto ao Morro de Pedro Dias, tendoa parte ao longo do Caminho das Boas Pernas,depois do Areai, desaparecido.

A Lagoa da Pavuna, (H) Polé ou Lampado-sa, ao norte do Morro de Santo Antônio, juntoao antigo Largo Real da Sé, atual Largo de SãoFrancisco, foi conquistada paulatinamente aotempo do cordeamento das ruas localizadasem sua área. Deve as denominações que teve àsocorrências em suas margens, como uma poléem um de seus cantos, e a Igreja da Lampado-sa em outro.

A do Desterro, (J) a oeste do Morro de San-to Antônio, na área hoje ocupada pela Rua dosArcos e parte da Avenida Mem de Sá, era o ber-ço dos Alagadiços de Pedro-Dias, que, combati-dos desde 1796, no Governo do Conde de Resen-de. só foram extintos, de fato, muitos anos de-pois, quase nos fins do século passado.

Famosa foi a Lagoa de Santo Antônio, (L)que, segundo algumas memórias históricas cha-mou~se antes Da Ajuda, situada no cordão queligava o -antigo Outeiro do Carmo ao Morro doCasteio. Sua área abrangia à do'atual TeatroMunicipal, e dos dois pequenos quarteirões quelhe ficam ao fundo, indo até o Largo da Cario-ca. Foi aterrada no Governo Gomes Freire.

A mais vasta de todas, a do Boqueirão, (25)que se localizava ao sul do Morro de Santo An-tônio, estendia-se pela atual área do Passeio Pú-blico e adjacências, e foi aterrada no Govêrnodo Vice-Rei Luís de Vasconcelos e Sousa, dandoassim lugar ao magnífico parque, hoje inteira-mente abandonado.

O Pantanal de São Diogo, (A) ou Gamboa' Grande, como é chamado na demarcação de

1753-54, abrangia quase tôda a área que ia doSul da Serra da Providência, até próximo às en-costas dos morros de Paula Matos e Santos Ro-drigues. No sentido leste-oeste, ia das proximi-dades da atual Praça 11, até um pouco além daPonte dos Marinheiros. Foi aterrado, na suamaior porção, ainda no século XVIII, e hoje, detodo aquele pantanal, só resta um eanal, deno-minado Canal do Mangue.

Alagadiços foram quase todos os terrenos doCentro da Cidade, entre os morros de São Ben-to e Conceição, ao Norte, e Santo Antônio e Cas-telo ao Sul. Com exceção do tômbolo, depoischamado, dè Marinha da Cidade, primeira fai-xa ocupada pelos fundadores, ao derramar-se aCidade pelas encostas do Morro do Castelo, eratudo, ou quase tudo, um alagadico imenso.

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Do alto tio majestoso Pão de Açúcar, situado h ènlra'da da barra da Baía da Guanabara, tem-se magníficavista da Cidade .'.*¦»

Geografia eturismo Miécio Tati

O Rio de Janeiro desfruta de condições al-trm ente favoráveis ao incremento de uma in-dústria turística rendosa. Não basta, é certo,ser metrópole moderna para transformar-se émcentro de turismo, comercialmente válido. ORio, Cidade grande, já por isso serve bem ao via-janto que pretende distrair-sé, sem prejuízo dasBònídcÜdpLcles a que a civilização o habituou. Masa existência, em torno e dentro da Cidade, demagnificentes recursos naturais é que faz conraue tenha o Rio, turisticamente, um valor inesti-m'_vel, distinto, pela excentricidade de suas con-dioõea geográficas, de outros centros a êle com-paráveis pela importância social e demográfica.

K CAIA DA GUANABARAA Baía da Guanabara, inferior, pelas dimen-

soes, apenas a duas outras baías brasileiras —a de Tc dos os Santos e a de Paranaguá -—, temsua maior largura de 28 km, entre a foz do RioS. João de Meriti e a do Rio Macacu, e sua ex-tensão maior, de 38 km, entre a fortaleza de SãoJoão c a foz do Rio Magé, abrangendo uma áreade 412 km2, com 143 km de contorno. No dizercie Vainhagen, é a Guanabara "um prodígio danatureza tal, que aos mesmos que a estãoadmirando, lhes está parecendq fabulosa; é umverdadeiro seio de mar que, sem exageração, po-der ia conter em si todos os navios que hoje emdia cruzam os oceanos ou fundeiam em seusancoradouros. Não há viajante antigo ou moder-no que não se extasie ante uma tal maravilha,do Criador". Semeada de ilhas e emoldurada demontanhas, que azulecem ao longo, é como por-tentoso átrio da Cidade, de cujos encantamentosvive o carioca enfeitiçado — panorama diário deseus, olhos. Mas é apenas exibida, não turística-mente explorada. No Rio, Cidade do mar, aGuanabara é maravilha. Isso precisa ser apre-goado, como uma das muitas verdades cariocas,de que nos orgulhamos.

GOVERNADORDa .superfície do Estado da Guanabara —

cerca de 1 356 km2 — 37 km2 são formados de

ilhas, ao todo mais de cem, a maior parte den-tro da baía. Governador é, delas, a maior:29 km2, propriamente um grande bairro, com 75mil habitantes, e ponto de desembarque obriga-tório para o turista internacional que viaja porvia aérea, pois,é na ilha que se localiza o prin-cipal' aeroporto" da Cidade — o Galeão. Primi-tivamente Ilha dos Maracajás ou Gatos Bravo3.teve, em seguida, outras denominações — Pa-ranapuã, Grande e Sete Engenhos. Com o desa-parecimento da cultura de cana-do-açúcar, queprosperou na Ilha, passou a denominar-se doGovernador, em lembrança de Salvador Correiade Sá, o velho. De litoral bastante recortado,oferece ao visitante agradáveis recantos e praias

nada menos de 35—, facilmente atingíveispor estradas e ruas de boa pavimentação. Dessaspraias, é a mais popular a chamada da Fregue-sia, atual Guanabara, em cujas proximidades seergue velha igreja, datada dè 1714 — a de N.Sr.a da Ajuda.

PAQUETAJá a pequena Paquetá, com pouco mais de

1 km2 de superfície e uma população fixa decerca de 5 000 habitantes, é um dos pontos tu-rísticos -de maior beleza e pitoresco da Cidade

uma ilha serena, coberta de sombria e orna-mental vegetação, desde o florido flamboyanta toda sorte de árvores frutíferas, em que sedestacam; pelo majestoso porte, mangueiras, ta-marineiros e jaqueiras seculares. Não contandoa bicicleta, só o carro puxado a cavalo é admi-tido em Paquetá como meio de transporte: emgeral se vai a pé de uma ponta da ilha a outra,por caminhos de saibro batido, muito pouco sen-sível aos efeitos das chuvas. D. João VI chamou-lhe "ilha dos amores", como há quem a deno-mine "Pérola da Guanabara". Aquele rei, queresidiu na Ilha, numa casa ainda existente,tinha razão, como todos têm razão, quando atri-buem apelidos graciosos a uma Ilha tão gentil.Seu mar, de águas não muito frias, é bastantepiscoso, bom para nadar e para calmos passeiosde bote. A Ilha é permanentemente uni encan-to. E havendo luar, chega a ser excessivo pre-

sente dos céus — realmente um céu profundo,"que começa neste mundo, e não sabe ondeacabar".

PRAIAS E LAGOASNa margem ocidental do litoral da baía es*

tendem-se as Praias de Maria Angu, Ramos,Inhaúma, Caju, Santa Luzia, Flamengo, Botafogoe Urca. As Praias do Flamengo e Botafogo estãosendo recriadas pelo homem através do traba-lho de possantes dragas, que retirani areia finado fundo do mar, para formar com ela exten-sas zonas balneárias. Já no litoral do Atlântico—do Pão de Açúcar à Restinga da Marambaía— é natural a formação das praias, que se su-cedem harmoniosamente, entremeadas de mon-tanha?: Praia Vermelha, Copacabana, Arpoa-dor, Ipanema, Leblon Gávea, Barra da Tijuca,Bandeirantes e Guaratiba e, para além da Res-tinga, o litoral de Sepetiba. Êsse Rio de. areiasmacias compreende, em boa parte, a zona maisacentuadamente turística dó Estado. Copiacaba-na é ai um símbolo — uma Cidade dentro daCidade e cosmopolita, doméstica e mundana,centro de intensa vida social e de vida espor-tiva, por isso mesmo procurada pelo forasteiro,que lhe aprecia as. maneiras e lhe compreende oespírito. A Zona Sul, de riqueza exuberante comopanorama, inclui praias e montanhas, e umaimensa lagoa de 3 042 000 m.2 de superfície — aRodrigo de Freitas —, nas faldas do Corcovado.Essa é a Sacopenopã antiga, de águas mansase piseosas, circundada de aprazíveis Vivendas erica de pitoresco. Não é explorada turisticamen-te, a não ser como beleza que se mostra— masjóia da natureza engastada na Cidade, de queé, por certo, dos recantos mais encantadores.De outras lagoas dispõe a Guanabara — Jaca-repaguá e Marapendi —, entre o mar e o ma-ciço üa Tijuca, margeando Bandeirantes. Sãode lima espécie de beleza menos requintada quea da Rodrigo de Freitas, mais agrestes —, deuma espécie de beleza comuníssima no Rio, nesselongo trajeto que se estende da Gávea ao litoraldc Sepetiba.

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vM o HoMONTANMAS--E-FLORESTAS- ;¦---•;-

Das montanhas cariocas, que se distribuem-em três maciços, separados por. extensos vales .é baixadas — o da Pedra Branca, onde se loca-,:liza o Pico da Pedra Branca (í 024 m), pontoculminante da Guanabara, o de Jericinó e o daTijuca — são as componentes dêste último-que,por sua acessibilidade, se revestem de interesse-turístico especial, e não pequeno, dado o ines-timâvel valor paisagístico da privilegiada região.O Pão de Açúcarj a Pedra da Gávea :— local demontanhismo —, os Dois Irmãos, o Pico do Cor-covado, o Morro de Santa Marta, a Serra daCarioca, a de Santa Teresa,— toda essa sériede montanhas qüe pròdigamente se sucedeu napaisagem carioca (algumas feitas íavelas, numestranho misto de miséria e pitoresco) ,empresrta ao. Rio de Janeiro uma aparência, inveros-símii'de tela — alguma coisa sem preço, de queo estrangeiro de pronto se enamora. É na Serrada Tijuca, todavia, que reside o interesse turís-tico maior, não apenas em virtude cia imponênrcia das montanhas, como, principalmente, pelapresença, em suas elevações, de? imensa área fio-restai, que facilmente se atravessa em veículosde transporte moderno. Essa área florestal ca-rioca, no dizer. de Mário da Veiga Cabral, "hão

é uma florestazinha, metida dentro de limitadaárea geométrica de urbanização. É imensa. Den-tro da floresta carioca, da Tiíjuca até Jacaré-paguá, çorrem-se léguas. As estradas • macadá--mizadas serpenteiam à sombra de copas gigan-tescas, por vezes apenas de sombrio verde, porvêzès floridas e perfumadas. A floresta cariocanão fica lâ longe, em recanto especial; toca osquintais de moradias, quase mergulha no mar ..Êsse contraste entre selva o c a s a, r i o,, muitasvezes sem a menor solução de continuidade...é mais um dos encantos do Rio Janeiro, umadas suas mais formosas originalidades,um dosfatos mais típicos para classificá-là , como Cida-de sui generis". A -

PARQUES ÉilBÉÉ^S^^SP. a vegetação do Rio, que, na floresta, viceja

livremente, disciplina-se, e como que se civiliza,nos vastos parques cariocas que compõem o qua-dro verde da Cidade, como a Quinta da BoaVistaAajardinada.^^que encerra, em seus limites, alenTTlõAraTto-Zoológico, o Museu Histórico Nacional; o Pas-seio Público: o Jardim Botânico; o Campo aeSantana, também obra de Glaziou; o.ParquedaGávea; é; ainda em fase de preparo a m ensaárea do Aterro da Glória, que ha de sei defuturo, parque internacionalmente fanioso^tan-to pela grandiosidade, como pela variedade do*espécimes vegetais que ali' florescerão.

RIO. BRASIL, AMÉRICAO Rio vale por si, por suas belezas naturais

nela simpatia do seu povo, e por quanto foi porêste laboriosamente construído através de qua-«o séculos de vida da Cidade - e rt^gpre fácil. Além de valer por si — donde lesuita

que ror si, tem a Cidade condições para afir-mar-se como meta turística internacional --, e

^ umTesc^la, no caminho de ôutroscentros de interesse, inclusive ma BJêrof

sul-americana, que tem por termo•«««f0 ^J.

É caminho de Brasília, e caminho doJfir0™mineiro como é caminho de Sao Paulo e detôda 8' váTtíssima bacia turística pm^W^do Espírito Santo e Sul de Minas. As estratosoue nartem do Rio, tanto quanto a aviação, saofiemospara o des-envolvimento do ™ m-xpmo_ êste fator essencial para que se cnem

oüdições realmente favorav^;.ao J™™££mento do turismo externo. O Rio. paia.o Brasil,

iá d» há muito é uma espécie de Meca, a quetodo mindo vem. Não é mais a Capital políticado, pJSmás é a sua Capital por sentimento -

eentao maior de nossa inteligência, a •**££¦da de nossa sensibilidade, o coração da^ gente,isto iaz com que o estrangeiro ^Z^àtlTorincÓeS da América não prescinda da visita aoro _: ainda que seu interesse príncipal seja, aBahia Belo Horizonte ou Porto Alegre. O pia-nejamento de um roteiro tunsüco^raxn^c^no - que incluísse, num único passeio, cidadesdo Brasil (tendo o Rio por ponto essencial davariadíssima excursão) e cidades do.Pratocomdesvio às regiões chilenas —, seria este um meioTe hieremeSto às correntes turísticas aindaesoarâs que para aqui se encaminham, fora daroto natural dPas vilegiaturas, que é indiscutive -

mente a Europa. O renome internacional de queiá destrutamos justifica a esperança de que,num íuturo próximo, venha a Cidade a poderdesempenhar êsse relevante papel deti aço deunião entre o mundo e a America do Sul, em sua

porção atlântica, e que disso provenha, para ocarioca maior prosperidade, com a alegria ciesabe-Ve querido de outros povos, que como ami-

¦ gos o visitam, em busca do prazer.

th jãenit Floresta dn Tiiiurt. nusçàtinhtt' Tuunay é ptnilti obri-

gatório de partida fiara us cx-rsões turísticas

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O Jardim Botânico,, com sua suntuosa tãcia tle pulmel*ras c enorme variedade de plantas, é um dos recantoêmais aprazíveis e bastante procurado pelos turistas

Localizado na Quinta da Boa VisUt, o Jardim Zoolóiii-co conta com belos exemplares da fauna nacional e es-trangeira

70 — <"

72 — Cadernos |B do IV Centenário

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MAPA FÍSICO DO ESTADO Díposíçâo e ESPAÇO

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-Pico do Guandu - Geríc/PO~ Morro da Bandeira —_ Morro de. Sta. Bárbara..—

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EXTREMO sUL:^,lhafí™ad*Guarah'â 23*°4'S6" ' J

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vacões c dois terços ãe planícies e baixadas, apresenta. S^mf^^âspecto acinui reproduzido, em limpa físico, «»> '/«« »* !»«'* "'Gôeráfien.

dentes desta região brasileira se acham dehneados. A« Sinop,e ( ..« n,

com que sc abre esle caderno dos 100 Anos Memoi-avcis da Gidade

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Vtva orlo Cadernos JB do IV Centenário — 73

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TADOHNCtPAtS ALTITUDES

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ORGANJZAOO E CARTOGRAFADO POREDUARDO CANAÒRAVA BARREIROS

1965ANO DO IV CENTENÁRIO

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S<ií}asÍÍHO do fiio Ae .Tmiicí-o, cÕMpUiãih-sé rom ligeira explanação asindicações constantes desta carta, como sejam Posição, Espa.ço, OrograjtatElevações Isoladas, Planícies e Baixadas, Hidrografia, filias e Clima do Hiade Janeiro.

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iVíopa «7tí 7'íís Fígüpyra /I750;

ACidadeColonial E. C. B.

A magnífica "Carta Topographica da Cidade de SãoSebastião do Rio de Janeyro, tirada e executada pelo Capi-tão André Vaz Figueyra, Acadêmico da Aula Militar. Anod' 1750", — original da Mapoteca do Itamarati —. é semdúvida alguma o melhor retrato do Centro da Cidade, nessaépoca.

Mostra a Carta, com muita clareza, o mar junto àselevações e logradouros, hoje interiorizados, como se podever, a partir do Morro da Glória.

Das encostas desse morro, seguia o mar quebrando-seao longo da atual Rua do Russel, e daí, passando pelo fun-do do Largo da Glória de hoje, prosseguia paralelo a atualRua da Glória, até o Passeio Público, que ocupava entãocom suas águas, formando o Boqueirão.

Seguia, junto à Rua Santa Luzia, que invadia às vezes,

danificando o então Caminho da Força, até alcançar a Pon-ta da Piaçaba, depois chamada do Calabouço.

Ultrapassando essa Ponta, corria o mar pela frente doatual edifício do Museu Histórico, na Praça Marechal Ân-cora, e paralelo as atuais Ruas D. Manoel e Clap, alcançavaa Praça 15 de Novembro.

Dessa última, quebrando próximo ao local onde depoisse ergueria o Chafariz da Pirâmide, corria paralelo a RuaVisconde de Itaborai, cortando pelo meio a atual PraçaBarão de Ladário, até as encostas do Morro de São Bento.

Contornava essa elevação, passando pelo fundo da atualPraça Mauá, nas proximidades da junção da Avenida RioBranco, e, fronteando o local onde se encontra o edifíciode A Noite, prosseguia para oeste, colado a atual Rua Sa-cadura Cabral, para ir quebrar-se aos pés do Morro daSaúde.

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M«/?a <7e Villiers de VIU Adam (185v,

ACidadeImperial E. C B.

' Exatamente um século após a magnífica "Carta To-

«nov«nhica " do Capitão André Vaz Figueyra, temosSraSmenós excelente, a "Planta cia Cidade do Rio deJaneiro Novamente Erecta Pelo Vede. DE VILLIEBS DE§MÍ ADAM - Gravada por J H Leonhard - Publicada«AS rt Tpu7ihffer Rüa D'Ouvidor — 36 — 1850 onginairBMio^ecaXcional - que vem mostrar as modificaçõeshavidas no perfil da Cidade, no mesmo trecho.

Decorado mn século, o mar ainda quebrava-se aos pesdo Morro da Glória e ao longo da rua do mesmo nome.

Logo adiante, no entanto, mostrava-se o mar m con-sideràvelmente recuado, com a Lagoa do Boqueuao e aPraia da Ajuda aterradas. .

Ligeiramente retificada, prolongava-se a Praia de SantaLuzia, já então como Rua de Santa Luzia, ate a Ponta do

Çalabouço.

Desta Ponta, em linhas de pequenos e sucessivos cais,passava o mar pelas atuais Ruas Pharoux ©Borja Castroindo até o Cais dos Mineiros, e dai, fronteando a face Lestedo edifício do atual Arsenal de Marinha, contornava o Mor-ro de São Bento, também ao longo de pequenos cais.

Passando aproximadamente pelo meio da atual PraçaMauá, seguia o mar em linhas quebradas, de pequenos caise ancoradouros, numa faixa bem distante da atual RuaSacadúra Cabral, até o Morro da Saúde.

Editado em 1850, precisamente no ano em que o Go-vêrno imperial decidiu acabar com o trafico negreirc?atra-vés da Lei Eusébio de Queirós, o mapa de Villiers de HüeAdam mostra a Cidade pouco antes das reformas eme tct-das sob o influxo da atividade pioneira de Maua, a quem oRio de Janeiro tanto deve, sobretudo no setor dos sei viços

públicos.

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76 — Cadernos JB do IV Centenário v_tva o rio

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Entre esta Planta dos melhoramentos projetados pelo

Prefeito Pereira Passos, mostrando as obras projetadas ou

realizadas pelo Prefeito Pereira Passos., e a anterior, de 18d0,

nota-se sensível recuo do mar. a começar pelas encostas do

Morro da Glória, já retificadas e acrescidas em toda a sua

orla com a denominação geral de Praia do Russel.

Em seguida vem a Praia da Lapa, por onde corre hoje

a alameda central da Avenida Augusto Severo.

Continuando no mesmo rumo. prossegue a linba dc

amurada. passando pelo Passeio Público, até um pouco

além do Obelisco, no fim da Avenida Rio Branco.

Dfete ponto, por meio de pequenos cais e amuraa^.

era o mar contido, até a Ponta do Calabouco, contornando*.

Um pouco antes de írontear o atual edifício ao Min*-

tério da Agricultura, defletia o caís em ângulo reto, mos-trando considerável área já conquistada ao mar, onde seriaedificado o Mercado Municipal, já demolido.

Prosseguindo, passa o mar pela Estação das Barcas ePraça 15 de Novembro, continuando em linhas de cais —

que são os atuais — até o Arsenal de Marinha.Desse ponto — também em linha de cais — alcança

o ângulo do Morro de São Bento, e, num cais contínuo, dei-xando interiorizada a orla marítima de 1850. vai até o Caisda Saúde. Dai voltando-se para o norte, contorna o Morroda Saúde, e corre pela linha atual de cais, até a foz doCanal do Mangue, no mar, deixando para trás, aterrado,o que fora o movimentado perfil do cais de 1850.

-viva o riorn-rA-'•:

Cadernos JB jdo IV Centenário -^ 77

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O RIO DÓ ;IV CENTENÁRIOSf,m a extensos pantanais, ao mar e às montanhas demolidas,

o Aterro da G°ór?a - a maior obra urbanística do Rio Quatro-

centaí- é S exemplo atualíssimo desse ingente trabalho do

povo carioca, construtor pertinaz do solo sempre> tao ^Pâ-

leiro de sua bela Cidade. Aí, nessa imensa area de 1,2 milhão

de metros quadrados, receberam as águas da Guanabara a terra

proveniente do Moito de Santo Antônio, arrasado por impo-

sSão inadiável do crescimento constante da metrópole, queÜa d-a -ea_e„ova, numa expansão sem simU^no quadro do

desenvolvimento brasileiro. No Aterro da Glona florescei a,

nurnfuturo próximo, segundo planejamento do arquiteto-pai-sa^ta BurleP Marx/um dos -™-_mag1g|gmgs££!!«££tadinos do mundo, ostentando, ,unto as ãguas da?ba a a mais

rica coleção de espécies vegetais ate hoie leumdas num

só conjunto panorâmico, para gô.o sadio dc um povo.

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no Rio de Janeiro, ojero.ce um éfnsmíüs imponentes pmierunms^dnRafo -da—Cwmabfíra,Foló Marc Ferres Um passeio pela

Baía de GuanabaraYílen Kerr

Quando eu era menino, aluno de uma escolada então Prefeitura do Distrito Federal, ouvi daprofessora uma frase que marcou época em mi-nha infância: a Baía da Guanabara é bastantegrande para abrigar todas as esquadras domundo! O espanto que isto me causou passouimediatamente a uma imagem real, que rondavaminha cabeça, vendo a todo instante a baíacheia de navios.

Saindo dessa escola, que ficava em São Cris-tóvão, mudei para o Flamengo, bem ao lado doPalácio do Catete. Ali conheci a rampa do CRFlamengo, a ponte antiga fronteira ao Palácioe um gosto definitivo pelo mar. Tôda vez quechegava à murada via a baía cheia das esqua-dras estrangeiras. Um dia cheguei mesmo a so-nhar com um desembarque e vi Getúlio Vargascomandando fuzileiros navais da sua ponte.

Mas a minha intimidade com a baía teveali no Flamengo apenas o seu começo.' De nadador de praia, cheguei a nadador daclube; atravessei a nado o caminho da famosaTravessia de A Noite — Praia do Forte São Joãoà rampa do Flamengo. Cumpri também o per-curso, rampa do Flamengo à Praia de SantaLuzia, se não me engano um patrocínio do Diá"rio da Noite. Mais tarde, como patrão de regatasdo Guanabara, aumentei minha amizade pelaságuas da baía. Com o tempo, fiquei conhecendocoisas e gente que viviam e se movimentavam,exclusivamente, em função da baía.

Com olhos de conhecedor fiquei ligado adetalhes, como üm prático cias enseadas de Bo-tafogo e Flamengo.

Vi passar muita coisa boiando; vi dois afo-gados: vi avifio caído no fundo; vi traineirasrecolhidas com modo do mar de fora: vi navio,,grandes, pequenos, velhos de guerra e de paz;vi a ilha dos nudistas; vi os clubes de Niterói;vi regatas cariocas, nacionais e internacionais;vi peixes e jamantas; vi a barca da meia-noite

Pitftueiâ, em 1900. «préàétiiavti (ts mésnwê oart>ct#rísiicme » «les//»» encanto d<t tempo áo romance de Mucotl*

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Çariogrania tia Ti áia. da Guanabara, mostro.nia os prin-cipais acidentes geafàrof.iv.o.fif. por l.duardo.7 GanahnicilUirreir-os -:- '¦—.-_ ___ ' ;;\ ¦,-".'* V -'

A ponte tle acesso a Pedra dn Moreninhu, nn Ilha daPaquútá, iiiiina loto do invado do século

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de 31 de dezembro; vi gente namorando. Ba reovirado Navio encalhado. Ressaca. Paqnelá. Go-vernador. O contrabando do Caju. A Ilha dasFerros. Juru.iuba. Ponta da Areia.

Via de tudo e de todo ângulo. Do alto, donível do mar e do.fundo. Espiei a baía nas hora,,mais desencontradas, montado nos mais varia-cios modelos de barco. Do navio de guerra, acmais fino out-rü/cjer de regata. Do convés cu-uma traineira ao conforto de uma poderosa 2Dpés, examinei a baía e acompanhei seus pro-gressos.

Sou do tempo em que ninguém sonhava com ô cartaz atual, ali na entrada da barra, quepede aos comandantes do mundo inteiro quetenham cuidado com a limpeza de nossa baía.Sou do tempo da pequena Praia do Flamengo,onde se alugavam bóias e calções, mas sou tam-bém do tempo da draga Ester, que faz praiascom a tranqüilidade de uma honrada senhoraque faz tricô.

Hoje a Guanabara está bem mirdada. Suapaisagem sofreu alterações. A SURSAN e outrasentidades entraram em seu ritmo paisagístico.Onde era mar, agora é terra. Passo todo dia deautomóvel por onde passei nadando. Até mesmoos habitantes da baía mudaram, como mudaramseus barcos e alguns fenômenos de maré.

Jâftemcs até um bateau-mouche. Do-tempodas barcas de Niterói, com imensas rodas, atéas velozes lanchas puxadoras de esqui, a Gua-nabara sofreu em sua infra-estrutura, com um .,ponto apenas servindo de ligação entre duasépocas, sem quaisquer mudanças. Seus encan-tos são os mesmos, imutáveis, dignos e perfeitos,

- continuam habitando a baía todos os seus dotesde bé_e_a, ornados agora pela invenção da vela-balão, do esqui aquático e dc siirf na esteira dalancha.

Para os cariocas a Baía de- Guanabara tempontos que escapam à maioria. Só os muito trei-nados em seus caminhos sabem que ali ficamescamoteados três ou quatro mistérios, típicos üetoda baía. Um deles é o Caju. E na linguaje ncarioca o Caju termina sempre definido assim:é por lá que entra a muamba,

Se a muamba entra ou deixa de entrar, nin-guém garante, mas o charme da baía esoauadefinitivamente comprometido se não tivejoe oCaju, com sua colônia cie pesca, seus estaleirose sua fama de contrabando. Baía que se prezatem que ter seu porto suspeito.

Se eu fôsse um guia turístico da Baía c'oGuanabara, levaria meus viajantes de fora paiadentro, e começaria assim: — Atenção senhorese senhoras! ...

Estamos cruzando a barra. A do lado de láé chamada de barra pequena., mas às vezes temondas-enormes. As duas fortalezas que aqui es-tão hoje são mais chegadas a monuniento—hl-s---tórico militar que a necessidades de uma de-fésa. Desnecessário dizer que êste magnífi ?obloco de pedra, aqui a nosso bombordo, é o Páo

.de. Açúcar, As alheias a nossa proa não são cietubarões: sao de alegres botos que estão- aqui-.para enfeitar.

Olhem bem a nossa proa! Aeroporto c Es-cola Naval. A bombordo Botafogo, a boroeste, Ni-terôi. Encravado .em Botafogo, lá onde os se-

. nhores- vêem muitos barcos, está o Iate Olnbedo Rio de Janeiro; um dos mais belos do. mun doe onde estão certamente algumas das cariocasmais ¦• eneántacloras. Ali, para onde a senhora«stá olhando com seu binóculo, é o Saco de SáoFrancisco e Icaraí. A maledicêncía. carioca, cos-tuma dizer que o melhor'do lado cie lá é 'a vistapara o lado de cá.

A embarcação que os senhores olham aôra. não é, como parece, imitação de gosto duvidoso

. do Mississípi. Trata-se cie Ester, que nos fazpraias: Adoramos praia e então • temos a nossamáquina de cohstruí-las. Vamos adiante.

Agora estamos cruzando coin a Escola Na-vai, que está numa, ilha. Aqui, franceses, algunsíndios, uns tantos portugueses e algumas con-vicções politico-religiosas

' fizeram pequeno cã-pítüío dá história dessa baía. E agora, o Porto cioRio de Janeiro. Não há perigo minha senhora;são os nossos botos outra vez!

Não minha senhora, não é capela- É a IlhaFiscal, famosa por um baile. O porto é como todoporto: tem de tudo. Catraieiros, rebocadores, na-vios, gente, fumaça, carvão, guindastes, trens,armazéns, estivadores, piratas e até -mesmo olado bucólico, traduzido na presença daquelevelho pescador, que empunha um caniço de seubarco, tão velho quanto êle próprio.

O Arsenal de um lado, os navios arrumadosdo outro. Mais adiante, estaleiros de Niterói. A.Base de Submarinos. Depósitos de óleo. Gover-nador. que é um iihão. Jurubaíba, que é umailhihha.

Ao fundo. Paquetá. Mais ao fundo ainda, ofundo propriamente dito. O Caju, bem ao fun-do. Não vamos mais adiante porque esquecemoso prático. Mas ao longe já é Teresópolis, lá pelaserra mais alta, para onde' viajavam os cariocasde antigamente depois ele tomar um barco para

: vir até o fundo da baís1

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TRINTA ANOS DA SUA PRF- 1

Neste ano do IV Centenário da Cidade de São Se-bastião do Rio de Janeiro, a RÁDIO JORNAL DOBRASIL completará trinta anos de existência, desdequando, num sábado, dia 10 de agosto de 1935, foi aoar pela primeira vez.

O JORNAL DO BRASIL já tinha 44 anos de ida-de quando o Conde Ernesto Pereira Carneiro resolveucriar uma emissora para completar a missão de informare de orientar a opinião pública a que o seu jornal já sehabituara. Além disso, tinha em mente elevar o gosto dopúblico, com a apresentação de programas de música deboa qualidade.

Para bem informar os seus ouvintes, a RJB, já às6,25 está apresentando seu primeiro programa noticio-so: Informativo agrícola,

Mas se acontece um fato extraordinário, O JOR-NAL DO BRASIL INFORMA pode ir ao ar logo de-pois de iniciada a programação da RJB, às 5h30m.O JORNAL DO BRASIL INFORMA tem 4 ediçõesfixas, diárias (7,55-12,30-18,50 e 21,55), mas "a qual-quer momento" pode ser apresentado em edições extras,o qne freqüentemente acontece. O outro informativo daRJB é o REPÓRTER JB, cuja primeira edição é às9h30m. A sua ll,a edição (a última) vai ao ar a lh30m.com as primeiras do dia que está nascendo.

As notas e apelos do Serviço de Utilidade Públicasão transmitido-, durante todo o dia, cumprindo assim aRJ B a sua função social.

Diariamente, o João responde a 22 perguntas sôbreOs mais variados assuntos, no programa Pergunte aoJoão, que detém o troféu Cidade Maravilhosa.

De 2.a a 6.a-feira, das 13,05 às 14 h, a RJB apresen-ta f£ Classe, quando um repertório de Música Erudita éincluído em sua programação. À noite as obras dos gran-des mestres voltam à programação da RÁDIO JORNALDO BRASIL, porque l,a Classe tem outra edição,às 22,05. v

Em Música Também Ê Notícia, — sete edições diá-rias —- você toma conhecimento do que está acontecen-do de importante no Brasil e no mundo com a músicapopular.

A Marca do Sucesso antecedendo de S mimtoTas4 edições do JORNAL DO BRASIL INFORMA é umespelho dos discos dè maior evidência nos 4 cantos domundo, enquanto que a Bolsa- de Valores às 6,25 da tar-de dá ao homem de negócios, um panorama diário per-feito do movimento e das cotações da Bolsa, no Rio.Você Ê Quem Sabe é a oportunidade de você tes-tar os seus conhecimentos., ern programas que são irra-diados as 9 da manhã, às 5 da tarde e às 9 da noiteAos sábados e domingos à tarde e às quintas, à hoi-te as transmissões das corridas do Toquei Clube passama 1 plano na programação da Rádio JB que destacatambém especial atenção à música popular quando incluiem seus horários diários aproximadamente 250 das me-Ihores gravações do momento.

RADÍOTO desde 1935 servindo ao ráís com.Música e Informação.

^tm^^^^Sí^^^'^^^^^''^^^^^^!'^^'^' ^_^__________ __________*__*-_-_-_-_-_-_-_*_ *"" _______*_T1______mm' _ww^-i<t-wii-HiM^^ ÉtMüWNW—* íi ¦M—MMWa^waWMaM^^_ -g-_»«---_y--5Bt_i|wjeanfcaBBa^ - —---— -•¦¦——¦,._.__

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JORNAL DO BRASILRio df; Janeiro - - 6 de maio de 1965

t_C_fc2Wt_.'_8LASSIFICADOSh ao «>DB est -coara» bee_r__ aubst»

Comerciemos prometem Vemag ensina os setecampanha contra as cuidados para tirar ireformulações nos IAPs e colocar suas velas

(Noticiário de Trabalho nu página (Noticiário Ac Automóveis na página 14)-:,:

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PAGAMENTO DE DIVIDENDOSAVISO AOS

SENHORES ACIONISTAS— Pela Assembléia Geral-Ordinária realizada em

27 de abril corrente, foi autorizada a distribuição. de um dividendo de 8% sóbre o capital de ....

Crs 4&6 000 000.

~ o pagamento dêsse dividendo, deduzido do Im-posto do Renda devido, será pago a partir do diai3 dc maio p.'f„ obedecendo ao seguinte critério:;

Condomínio do Edifício HAYDiERUA INTENDENTE CUNHA MENESES, 169

Convocamos os senhores condôminos do edifícioacima para a 1.» assembléia íeral extraordinária aser realizada no térreo do mesmo, ás 20 horas em 1.convocação e às 20,30 horas em 2.» convocação, tadono dia 18-5-65, a fim de deliberarem sôbre o seguinte.

A) Eleiç&o do nôvo sindico;B) Assuntos gerais.

Em 5 de maio de 1965.a.) CARMEN SIQUEIRA DE CARVALHO

(Pelo Conselho Fiscal)

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b) os Srs. Acionistas de ações no portador de-verão optar pela íorma de identificação ouanonimato, O prazo para a identificação men-cionada irá até o dia 3 de junho de 1D65, eos Srs. Acionistas, optando por esta íorma,ficam convidados a receber seus dividendos,munidos das respectivas cautelas representati-vas das ações que possuem e prova de identidade, nos seguintes endereços:

RIO — Avenida Rio Branco, 99, 17.* andarSAO PAULO — Rua Libero Badaró, 293, 6." andaronde firmarão a "Declaração de Propriedade ^S^^^j^^SüiAçÕCS'* ovltrlrin Tini* 1pí_ !:-.'_¦,._.. _«....„ «nin ?vtjmrw;

óryf-o, o Conselho Consultl-

b) Assuntos gerais de Inte-ríjtíso social.

De acordo com oa Árticos20 e 21 dos Estatutos, respec-tivamente, a transferênciadas ações nominativas ficara isuspensa cinco dias antes da;data marcada para a realiza-1çtio dn Assembléia-Geral, bem |como os titulares de açóes aoportador, para participaremda referida Assembléia, do-

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o os Srs. Acionistas proprietários de ações aoportador que não se apresentarem até o dia3 de junho de 1965 para fins de identificação,receberão seus dividendos sob a íorma de

anonimato.Rio de Janeiro, 28 de abril de 1965

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-*Í_S

TrabalhoJosé Machado

.«fjliíKÍ

Comerciários prometem campanhacontra reformulação nos IAPs

O Presjdente do Sindicato dos Empregados no Comércio da Guanabara, |Sr. Jaime da Sllva Correia, afjrmou que os comerciários serão mobilizados para yuma campanha pacífica (mas enérgica) contra algumas alterações propostaspelo Ministério do Trabalho à Lei Orgânica da Previdência Social, "por serem yaltamente nocivas aos interesses dos trabalhadores". *-i >

Disse que nada justifica — nem à luz da razão, ou do direito, ou aindados princípios de humanidade, nem mesmo da própria política econômica doGoverno atual —* que sejam cancelados direitos adquiridos S(pós vários anos de-luta não apenas dos comerciários, mas de todos os trabalhadores brasileiros..'Afirmou que, multo ao contrário, de acordo com as idéias sociais do momento,inclusive Já incorporadas à filosofia da Igreja, dever-se-ia ampliar os direitos;dos segurados, "jamais extorquir-lhes o que já lhes pertence".

Citando um exemplo para demonstrar quanto é nociva a chamada re-formulação da Lei Orgânica da Previdência Social, o Sr. Jaime da Silva Cp..-.-rela afiançou que a aposentadoria não mais poderá ocorrer quando o trabalha-dor tiver 35 anos de trabalho, sendo necessário, igualmente, 55 anos de idade.Isso significa que o trabalhador ao iniciar suas atividades aos 14 anos de idade,-ainda que devesse estar estudando, somente depois de pagar 41 anos de Pre- ¦

vldêncla poderá aposentar-so para receber um provento ridículo.K acrescenta:"E por que não dizer irrisório mesmo. O problema torna-se ainda mais

grave, pois a reformulação proibirá ao aposentado de trabalhar, sob pena de jperder todos os benefícios decorrentes de sua aposentadoria".

Ressaltando a Injustiça dessa proibição, o Sr. Jaime da Sllva Correia-lembrou que um general ganha, aproximadamente, dez vezes mais do que amaioria do.s comerciários, que têm üin minimo de Cr$ 80 mil. "No entanto •—acrescentou — o general, quando reformado ou aposentado, goza do direito deexercer atividades em determinado setor privado, sem qualquer prejuízo para.os seus proventos". -:7

Ressaltou que os trabalhadores "não são contrários a que um generarperceba alto vencimento, compatível com a sua condição social". "Mas não:sepode admitir — acentuou — é que se garanta o direito de acumular (aposenta-doria e emprego particular) aos que têm grandes fontes de receita e, ao mesmo:tempo, se negue o direito àqueles que se aposentam com salários irrisórios".¦• -•;'

m

REUNIÃOO Ministro Arnaldo Sussekind volta, hoje,

de Brasília, para participar da reuni&o do Con-selho Nacional de Politica Salarial. Nessa reu-nião será estudada a reivindicação (aumentode vencimentos) dos servidores díts FundaçõesOsório, Getúllo Vargas, Abrigo Cristo Reden-tor e Pioneiras Sociais.

MOTORISTASDia 8, ès 14 horas, assembléia dos moto-

rlstas do serviço público, na Rua Visconde dcInhaúma, 134, 2.° andar, sala 224. Pauta: rea-justamente de vencimentos; jornada de tra-balho; isenção do IAPETC; casos ligados àsreformas dos Códipos Penal e de Trânsito; re-gulamentação da cla-sse, e admissão de moto-rlstas dos Estados como sócios.

PREVIDÊNCIA SOCIALO Sr. Yyens tie Freitas, do Instituto Bra-

sileiro de Reíorma Agrária — IBRA — con-íerenciou com o Sr. Hólio Carneiro Ribeiro.Subchefe de Gabinete do Ministro cto Tra-balho, sobre problemas ligados ã PrevidênciaS.-cial Rural.

GENEBRAO Ministro Arnaldo Suss.l.ind vai convidar

uni jornalista para acompanhar a delegaçãobrasileira que participara daa reuniões de Ge-nebra. Êste ano, ao contrário dos anteriores.o Governo patrocinara a viagem.

CONSELHOO Presidente do Conselho Superior da Pre-

vldêncla Social, Sr* Max do Rego Monteiro,tem enviado, diariamente, cerca de quinhentosofícios aos IAPs, relativos às decisões das tur-mas daquele órgão. Em geral, os ofícios doPresidente do CSPS determinam a execuçãocas sentenças <iue beneficiam aos segurados.Atualmente — segundo o Sr. Max do RegoMonteiro — __ turmas estão com as pautasrigorosamente em dia. Por isso mesmo, os pro-cessos dc benefícios estão sendo julgados comrapidez.TELEFÔNICOS

O Sr, Jaime Cirilo foi eleito Presidente doSindicato dos Empregados em Empresas Tele-fõnicas do Estado da Guanabara,

IAPBO Presidente da Junta Interventora no Ins-

.ituto dos Bancãrios acaba de enviar ofício aoDiretor do Departamento Nacional da Previ-dencla Social, solicitando-lhe a liberação deverbas consignadas no orçamento da autor-quia e destinadas ao pagamento de assistên-cia médica aos seus segurados. Em seu oficio,depois de esclarecer que o IAPB encerrou oexercício financeiro de 1964 com apreciávelsuperávit, o Presidenle Batista Bittencourtacentua que a despeito disso, as contas rc-lativaa à prestação de assistência médica clie-(tadas ao Instituto após o encerramento dobalanço, deixaram de ser cumpridas de veaoue a Verba necessária à sua liquidação naoíoi recebida até o presente". Considerando queos internados vêm reclamando inslstenteme -

te o pagamento da assistência médica, soll-ottáMqSÊu. autoridade a llbn^*>gmento da autarquia, encaminhado ao DNPSna época devida. Quanto ao PWunato dasoa-taTem atraso, no montante de 683 mi-ihões, 125 mil e 57 cruzeiros, o Sr. BatistaBittencourt consulta aquele órgão sôbrc a possi-bilidade de sua liquidação através rte recui-sos próprios do IAPB. Concluindo, informaque apesar de o IAPB se achar com os seusCompromissos em dia, a falta de liquidaçãodaquele débito vem repercutindo mal entre os

seus segurados, tendo, inclusive, ja chegadono conhecimento do Presidente da República-

ESTUDO - l¦»;v-í-'y,'"

Editado pelo Instituto de Ciências Sociaise Direito Comparado da Universidade do Pa-raná, o Sr. Humberto Grande vem de publicarum estudo sob o titulo A Opinião Pública é. aOrganização Nacional. Em sua nova. obra, oautor, que é procurador da Justiça do Trabalho,analisa diversos problemas jurídicos da atua-lidade

''<-

IAPCO Sr. Petrõnío Falcão foi nomeado Presi-

dente da Junta Interventora no ConselhoAdministrativo do IAPC. O novo Presidente éfiscal de previdência da autarquia.

GRE\m NO FRIOHoje, assembléia dos trabalhadores nas in-

dústrlá- dc carne, frio. laticínios e derivados.Vão votar a deflagração de greve, de acordoeom a legislação em vigor. Defendem reajus-lamento salarial nn. ba.se da elevação do custode vida.

JORNALISTASDia 16, associados do Sindicato dos Jorna-

ilsl.ii.. Profissionais da Guanabara visitarão asobras*do Guandu, em passeio p.omovi'üo"TJêl<-~Serviço de Assistência Cultural e Artística riaDelegacia Regional do Trabalho.

CONCURSADOSO Sr. Flãvlo Sussekind, Presidente do GT

encarregado do C-prov-èStaniento clc concursadosna Previdência Social, informou que todos oshabilitados nas carrerlas de éscriturârio o es-creyente-dactllógráfò, na Guanabara, seráo no-meados para ós. IAPs. Solicita o Sr. FlávioSussekind o comparecimento de todos os can-didatos aprovados ao oitavo andar do Paláciodo Trabalho, para serem encaminhados às re- •partições previdenciárias.

PROFESSORESDia 12, no Tribunal Regional do Trabalho,,

julgamento do dissídio coletivo dos professoresda Fundação da.s Pioneiras Sociais. O prazopara a apresentação das razões íinais terminadia 10. Os professores reivindicam um reajus-tamento salarial de 112 por cento sobre os ven-cimentgs de janeiro de 196*1.

MARÍTIMOSCompletou lã anos o Sindicato dos Práticos,

Arrais e Mestres de Cabotagem do Rio de Ja-neiro e São Paulo.

CERVEJARIATrabalhadores na indústria de cervejaria e"

bebidas em geral (setor de fermentação) .vãosuscitar dissídio coletivo, no Tribunal Regionaldo Trabalho. Os empregados recusaram pro-posta dos empregadores, na base de 65 %.

MEDICINA DO TRABALHO*Encontra-se em São Paulo o Sr. Hugo da

Brito Firmeza, Diretor do Departamento Na-cional de Higiene e Segurança do Trabalho, afim de tomar as providências preliminares paraa, instalação, na Capital paulista, de um Centrode Medicina do Trabalho, que será mantidopela Organização Internacional do TrabalholOIT).

• a|

O QUE VOCÊ DEVE SABERAo decidir sobre consulta

do IAPFESP, quanto ao en-tendimento que se deve dara dispositivo da Lel Orgâni-ca da Previdência Social, o

Conselho Diretor do DNPSdecidiu pelo voto do Conse-lheiro Fur quim Werneck,dando direito a íazer con-

tribulções correspondentes adez vezes o maior saláriomínimo aos segurados da-quele Instituto que gozavamdessa faculdade na épocada publicação da LOPS, emagosto de 1960. O mesmobenefício de direito adquiri-do têm os aeronautas, que,segundo a resolução, faziam

contribuições corresponden-tes até a 17 vezes o maiorsalário mínimo, na época.Os demais, embora perten-centes aos mesmos gruposde segurados, só podem con-trlbulr com o máximo coi-

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geles Times); Kurt Klinger (Agencia DPA); Mi-Guy Arditi (A. France Presse); Moncilo PudarÁllgemcíne Zeitung) ; Leionel ífalsh (Agência Reu-

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Uma operação bastantesimples é a de tirar e re-colocar as velas do carro.Talvez por ser tão simples,é comum que muitos igno-rem os cuidados que se de-vem ter ao fazer esse traba-lho, permitindo a entrada desujeira diretamente nos ci-lindros ou, ainda, danifican-do o cabeçote.

Respondendo a uma con-sulta nesse sentido, o Setorde Assistência Técnica daVemag arrolou os sete cuida-nos que se devem ter ao tiraras velas. Essas recomenda-ções se aplicam não apenasaos veículos DKW-Vemag.mas também a quaisquer ou-trás marcas de carros movi-dos a gasolina.—ITõTVeiculos DKW-Vemaghá apenas 3 velas, na parte

superior do motor. Trata-se,portanto, de ponto positi-vo. em face do pequenonúmero de. unidades a tirare repor e, ainda, pelo seufácil acesso.

As recomendações são asseguintes:

1. Antes da retirada dasvelas deve-se limpar em vol-ta das mesmas com ar com-primido, ou então soprando-se, para evitar desta for-ma, queda de partículas desujeira no interior dos ci-lindros.

2. A chave de velas deveestar em boas condições, ese encaixar perfeitamentena vela.

3. A chave deverá ficarperfeitamente perpendicularao plano do cabeçote.

4. A retirada e coloca-

ção de velas deverá ser fei-ta de preferência com o mo-tor frio.

5. Quando da colocaçãodas velas, deve-se primeira-mente limpar perfeitamenteos filètes de rosca das mes-mas, a fim de que impure-zas, que por ventura ali pos-sam existir, não danifiquema rosca do cabeçote.

6. O rosqueamento davela no cabeçote deve serfeito inicialmente com amão a fim de observar-se seo encaixe é perfeito, não fi-cando a vela em posição er-rada.

7. As velas após serem

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Brasileira de Cronistas Automobilísticos(ABCAT), que no corrente ano voltará a pro-mover as G Horas de Interlagos, Válvu-las Sòhráder do Brasil S.A. deliberou efere-cer à entidade que congrega os jornalistas es-jfècializádòs em automobilismo cinco troféusque entrarão em disputa na preliminar das6 Horas (dio 8 dè maio), data em que aABCAT fará realizar uma prova de 5 voltascampletas para cronistas, em Interlagos.

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Acordo cessa hostilidades errMão Domingos

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