Governo quer acordo direto sobre salário Conta nuclear teve ...

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Rio de Janeiro — Sábado. 25 de agosto de 1979 Ano LXXXIX - \ 139 Preço: CrS 7.00

TEMPO

Rio — Po'C'a!mente

nublado. Temperaturc

e^ ligeiro e^vaçãoVentos: Nordestes fro-

cos Máxima 27,5 e

mínima 14,5.

Belo Horizonte —

Parcialmente nublado

TemDeratura estável.

Ventos- Este 'racos

(Máxima 27.9 e mm;-

ma 14,2).

Brasília — Parcial-

mente nut^odc a no-

blodo com nevoa seca

Temperatura estável.Ventos- Este a Nordestefracos. (Máxima 30,2,mínima 16, Ó).

Curitiba— Nublado,

passando o oarcial-mente nublado. Tem-

oeratura estável. Ven-

tos: Nordeste fracos.

(Máxima 22,6. mínima

5,8).

Florianópolis — Nu-

blado com possível ins-

tabilidade no penodo.Temperatura estável.

Ventos: Nordeste fra-

cos. (Máxima 22,4, mi-

nima 14,3)

São Paulo — Par-cialmente nublado.

Temperatura estável.Ventos: Nordeste fra-

cos. (Máximo 24,6, mi-

nima 14,1).

Vitória — Parcial-

mente nublado. Tem-

peratura estável. Ven-

tos: Nordeste fracos.

(Máxima 25,0, mínimo

19,5).

" Temoo referente as últi-ma* 2-1 hofas

(Mapas na página 22)

PREÇOS, VENDA AVULSA:

Minas GeraisDiasÚteis 7 00

Domingos 8.00

Outros Estados:

DiasÚteis 12,00

Domingos 13,00

Foto de Cristina Paranaguá

510 ACHADOS EPERDIDOS

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Banqueiro Azeredo Santos faz negociação direta: segura o gravadorenquanto o presidente dos bancários Ivan Pinheiro reivindica

Refugiados de3 países somemno Paraguai

Cerca de 30 refugiados argenti-nos. uruguaios e chilenos forampresos nas últimas semanas no Pa-raguai. aparentemente em uma no-va ação da Operação Condor, siste-ma de cooperação entre as policiaspolíticas do Cone Sul. O Ministrodo Interior-paraguaio, Sabino Mon-tanaro, negou os desaparecimen-tos. mas confirmou a prisão de todaa familia Landi: pai, mãe e umamenina de dois anos e meio, deorigem argentina.

Entidades de defesa dos direitoshumanos revelaram preocupaçãocom o destino dos desaparecidos,segundo informaram ao enviado es-pecial do JB. Rosental Calmon Al-ves. Victoria Silva, mulher deum dos estrangeiros detidos,contou que viu ontem o maridona prisão com marcas de torturas,sem alguns dentes e com a bocaensangüentada. ('Página 131

Árabes evitamembaraço paraYoung na ONU

Os países árabes decidiramnão submeter ao Conselho de Se-gurança da ONU projeto favorá-vel à criação de um Estado pales-'tino, para evitar que o demissio-nário Embaixador Andrew Youngficasse em situação embaraçosa— como representante dos Esta-dos Unidos — e fosse obrigado avetar toda iniciativa nesse sen-tido.

O Embaixador do Kuwait. Ab-dallah Bishara, ao se referir aoepisódio que levou Young à re-núncia, perguntou em discursoemocionado: "Em que texto dasNações Unidas está escrito queum embaixador não tem o direitode conversar diretamente com aOLP?" Para o próprio Young. ocaso ajudará o Departamentode Estado a "abandonar seu pa-pel ridículo". (Página 12)

Governo queracordo diretosobre salário

Reajustes semestrais de sala-rios; oficialização da negociaçãodireta entre empregados e empre-gadores; poder à Justiça do Traba-lho para decidir, quando não hou-ver acordo, são as bases da novapolitica salarial que será enviadaao Presidente Figueiredo, segunda-feira, pelo Ministro do Trabalho,informou ontem o Ministro SaidFarhat.

Os bancários do Rio têmassembléia hoje, às 15h, e po-dem decidir pela greve. Opresidente do sindicato dosempregados, Ivan Pinheiro,depois de reunião com osbanqueiros, porém, pediuque qualquer decisão seja to-mada "com racionalidade,sem emoção". O representan-• te dos banqueiros, TeófiloAzeredo Santos, nào acreditaem greve.

Em São Paulo, os bancários di-minuiram suas pretensões de au-mento, em nova proposta aos ban-queiros. As negociações diretascontinuam terça-feira. A Confede-ração dos Trabalhadores em Em-presas de Crédito convidou o Mi-nistro Murilo Macedo para tomarparte em reunião entre banca-rios e banqueiros, em Brasília,quando será tentada uma soluçãoglobal para todo o país.

No Rio, o Governador ChagasFreitas anunciou ontem que to-mou providências "para o imediatopagamento de todos os servidoresda Secretaria de Educação". Acres-centou que as gratificações doArtigo 20 do Estatuto do Magis-tério, correspondentes a agos-to, serão pagas em folha su-plementar ou no contracheque desetembro. (Páginas 8 e 15)

Conta nuclearteve extra deUSS 296 milhões

Apenas uma semana antes de as-sinar os quatro contratos com a Ale-manha para construir as usinas An-gra-2 e 3. as autoridades brasileirastomaram conhecimento de que, alemdos já previstos, havia compromissosadicionais de 296 milhões de dólarespara com a KWU (Kraftwerk Union) —exatamente a importância que a re-vista Der Spiegel, em 1978, denunciouter sumido no âmbito do acordo nu-clear.

Os contratos foram assinados adespeito desses novos compromissos edas tentativas apressadas de revisa-los, em viagens empreendidas aFrankfurt pelos Ministros ShigeakiUeki e Reis Velloso e pelos presiden-tes da Eletrobrás, Nuclebrás e Furnas.O quarto contrato, não previsto, apa-nhou o lado brasileiro de surpresa,com uma cláusula de preço.

Em Brasília, o Ministro da Justi-ça, Petrônio Portella, declarou ontemque náo se pronunciará conclusiva-mente sobre o enquadramento ou náoda Gazeta Mercantil — que publicouhá dois dias o acordo de acionistas daNuclen — enquanto não se inteirar"de todas as minudèncias do assunto".Assegurou que "tudo o que foi feito(apreensão do jornal) teve base nalegislação vigente",

O Governo explicará, em sessãosecreta da CPI nuclear, o acordode acionistas firmado entre aNuclebrás e a Kraftwerk Union.O Vice-Presidente da República,Aureliano Chaves, declarou em SáoPaulo que, "em acordos nucleares,nunca uma nação abre mào de tu-do em favor de outra. Nào existe açor-do bom para um só, por náo ter con-diçôes de ir até o fim". (Página 14)

Fazenda negagrande quedado cruzeiro

"Nào haverá mais desvaloriza-ções do cruzeiro; o Governo não es-tuda nenhuma modificação na poli-tica cambial", assegurou ontem oMinistro da Fazenda, Karlos Risch-bieter. Desmentiu, assim, rumoresde que haveria uma grande desvalo-rizaçáo da moeda nacional, em rela-ção ao dólar, e seria criado um fun-do, através de confisco de exporta-ções, para ajudar empresas com dí-vidas no exterior.

A proposta do Ministério da Fa-zenda para o tabelamento dos jurosestá pronta e será entregue aosmembros do Conselho MonetárioNacional na próxima quarta-feira,informou o Sr Rischbieter. Anun-ciou que, além da retirada de pes-soas físicas do open, são estudadasoutras medidas que permitam trans-formar o mercado aberto num ins-trumento de política monetária.

No Rio, o presidente do BancoCentral, Ernane Galveas, declarou,quanto ao tabelamento de juros, quea sugestão do banco é de que, "prefe-rencialmente, qualquer disciplinaseja feita na ponta da aplicação,ficando flexível a captação". O SrGalveas discutiu com banqueiros aredução do prazo de recolhimentode recursos do INPS na rede ban-cana.

O cruzeiro foidesvalorizado pela 11a vez

neste ano e, a partir desegunda-feira, o dólar passa

a ser cotado a CrS 27,635para compra e CrS 27,775

para venda. Essadesvalorização corresponde

a uma variação de 3,618%em relação à taxa decompra anterior, que

vigorou por 25 dias, e a umaqueda acumulada de 32,988%

no ano. (Páginas 18 e 19)

A AGENCIA RIACHUEIO — Quodesde 1934 vem servindo RJoferece mensaiistc babos cc-peiras ccimheiras moto;istasele Tel 231-3191. 224-7485

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CEF começaa OperaçãoInquilino

O presidente da Caixa EconômicaFederal. Gil Macieira, revelou, no lan-çamento da Operação Inquilino em SáoPaulo, que os interessados nesse pro-grama de casa própria ja podem obterfinanciamento nas agencias da CEF.Ontem, foram assinados os primeirossete contratos, no valor de CrS 4 mi-lhões 956 mil.

Ao comentar a Operação Inquilino, oMinistro da Fazenda. Karlos Rischbie-ter. disse que "o objetivo do Governo emanter e. tanto quanto possível, expan-dir o poder aquisitivo da maioria". OSr Gil Macieira reiterou que a CaixaEconômica Federal aplicara na Opera-ção Inquilino CrS 5 bilhões 800 mi-lhões ate o final do ano. i Pagina 19)

MEC limitapunições aosuniversitários

Ao regulamentar a legislação sobre adisciplina dos universitários, o MEClimitou as punições aos atos contra "aintegridade física e moral da pessoa","o patrimônio moral, científico, cultu-ral e material" e ao •'exercício das fun-ções pedagógicas, cientificas e adminis-trativas". A regulamentação cobre va-áo deixado pela extinção do Dec. 477.

A punição náo poderá constar dehistórico escolar e o registro de puni-ções menores sera cancelado se náohouver reincidência em um ano. Nocaso de punição que implique afãs-tamento das atividades acadêmicas,será necessário inquérito, com di-reito de defesa. Ate o final de se-tembro. o MEC regulamentara a re-presentação estudantil. (Pagina 8>

Theodomiro vaido Panamá paraa Inglaterra

Theodomiro Romeiro dos San-tos, o preso político que fugiu daprisão em Salvador, já tem recep-çào preparada em Londres, paraonde deverá viajar nos próximosdias. Segundo Gerald Thomas, daLiga pelos Direitos e Libertaçãodos Povos, que teria conversadocom ele ontem, por telefone, Theo-domiro, está no Panamá.

Em Sáo Borja, Rio Grande doSul, durante as homenagens pelo25° aniversário do suicídio de Getú-lio Vargas, a Rádio Cultura trans-mitiu um gravação em que o ex-Governador Leonel Brizola dizacreditar que sua presença no Bra-sil, em breve, será "profundamentenormalizadora, porque existe outramentalidade no sentido de reivindi-car a estabilidade social".(Pág.2 e 4)

Juiz exige doIML a verdadesobre Aézio

Depois de considerar comoprova no inquérito a nona foto docorpo de Aézio. o Juiz Melic Ur-dan exigiu ontem, do IML, respos-ta a um quesito suplementar:quer saber por que o laudo des-creve um tipo de sulco, no pesco-ço do servente que morreu na 16aDP. enquanto a fotografia revelagrande afundamento.

O diretor do Médico-Legal atri-bui à policia a culpa pelo laudoprejudicado: a calça do servente,suposto instrumento da morte,não acompanhou o cadáver quan-do este foi mandado para o Insti-tuto. O conselheiro da OAB queatuou no caso. jurista Nilo Batis-ta. continua achando que o casomerece investigação maior, pois"há vários indícios de assas-sínio". (Página 14 e editorial)

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TEMPO

Rio — Parcialmentenublado. Temperaturaem ligeira elevação.Ventos; Nordestes fra-cos Máxima 27,5 emínima 14,5.

Belo Horizonte —Parcialmente nublado.Temperatura estável.Ventos: Este fracos.(Máxima 27,9 e mini-ma 14,2).

Brasilia — Parcial-mente nublado a nu-blado com névoa seca.Temperatfa estável.Ventos: Este a Nordestefracos. (Máxima 30,2,mínima 16,6).

Curitiba — Nublado,passando a parcial-mente nublado. Tem-peratura estável. Ven-tos: Nordeste fracos.(Máxima 22,6, mínima5.8).

Florianópolis — Nu-blado com possível ins-tabilidade no período.Temperatura estável.Ventos: Nordeste fra-cas. (Máxima 22,4, mi-nima 14,3)

São Paulo — Par-cialmente nublado.Temperatura estável.Ventos: Nordeste fro-cos. (Máxima 24,6, mi-nima 14,1).

Vitória — Parcial-mente nublado. Tem-peratura estável. Ven-tos-. Nordeste fracos.(Máxima 25,0, mínima19,5).

* Tempo referente às úl'i-mas 24 horas.

(Mapas na página 22)

PREÇOS, VENDA AVULSA:Minas GeraisDiasÚteis 7,00Domingos 8,00

Outros Estados:DiasÚteis 12,00Domingos 13,00

Rio de Janeiro — Sábado. 25 de agosto de 1979 Ano LXXXIX - N° 139 Preço: CrS 7,00

5)0 ACHADOS EPERDIDOS

FOI PERDIDO LIVRO DE REGIS-TRO — De empregado e cariõoae matrícula do INPS do Condo-rrurio do Ed. Dr. José Coei no.Quem encontrar, favor telefona?pato 260-.IG56

FORAM EXTRAVIADAS las viasaeo. comD„:5ortos p v age"~ ex-tec condene Dec-ie- n° i-170ae 04-06-76 n°s 3539.16 e3539.15 feios AG. Metr. C ne-lándio B B em 23-08-78 em'¦ornes: Ziido Te xeira Coelho deAlmeida e Carmen Mario Gar-cta Gonçalves.

PAGO MUITO BEM — Despare-ceu gota adulta branco, peluda,d um olho de cada cor muitodoente. Favor telefonar p/ 246-9563. Lgo. dos Ledos, 51/ 302.Botafogo.

EMPREGOS

210 DOMÉSTICOS

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Foto de Cristina Paranaguá

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Refugiados de3 países somem110 Paraguai

Cerca de 30 refugiados argenti-nos, uruguaios e chilenos forampresos nas Ultimas semanas no Pa-raguai, aparentemente em uma no-va ação da Operação Condor, siste-ma de cooperação entre as políciaspolíticas do Cone Sul. O Ministrodo Interior paraguaio, Sabino Mon-tanaro, negou os desaparecimen-tos, mas confirmou a prisão de todaa familia Landi: pai, mãe e umamenina de dois anos e meio, deorigem argentina.

Entidades de defesa dos direitoshumanos revelaram preocupaçãocom o destino dos desaparecidos,segundo informaram ao enviado ea-pecial do JB, Rosental Calmon Al-ves. Victoria Silva, mulher deum dos estrangeiros detidos,contou que viu ontem o maridona prisão com marcas de torturas,sem alguns dentes e com a bocaensangüentada. (Página 13)

Árabes evitamembaraço paraYoung na ONU

Os paises árabes decidiramnào submeter ao Conselho de Se-gurança da ONU projeto favorá-vel à criação de um Estado pales-tino, para evitar que o demissio-nário Embaixador Andrew Youngficasse em situação embaraçosa— como representante dos Esta-dos Unidos — e fosse obrigado avetar toda iniciativa nesse sen-tido.

O Embaixador do Kuwait, Ab-dallah Bishara, ao se referir aoepisódio que levou Young à re-núncia. perguntou em discursoemocionado: "Em que texto dasNações Unidas está escrito queum embaixador não tem o direitode conversar diretamente com aOLP?" Para o próprio Young. ocaso ajudará o Departamentode Estado a "abandonar seu pa-pel ridículo", (Página 12)

Governo queracordo diretosobre salário

Reajustes semestrais de sala-rios; oficialização da negociaçãodireta entre empregados e empre-gadores; poder à Justiça do Traba-ího para decidir, quando náo hou-ver acordo, são as bases da novapolítica salarial que será enviadaao Presidente Figueiredo, segunda-feira, pelo Ministro do Trabalho,informou ontem o Ministro SaidFarhat.

Os bancários do Rio têmassembléia hoje, às 15h, e po-dem decidir pela greve. Opresidente do sindicato dosempregados, Ivan Pinheiro,depois de reunião com osbanqueiros, porém, pediuque qualquer decisão seja to-mada "com racionalidade,sem emoção". O representan-te dos banqueiros, TeófiloAzeredo Santos, náo acreditaem greve.

Em São Paulo, os bancários di-minuíram suas pretensões de au-mento, em nova proposta aos ban-queiros. As negociações diretascontinuam terça-feira. A Confede-ração dos Trabalhadores em Em-presas de Crédito convidou o Mi-nistro Murilo Macedo para tomarparte em reunião entre banca-rios e banqueiros, em Brasília,quando será tentada uma soluçãoglobal para todo o país.

No Rio, o Governador ChagasFreitas anunciou ontem que to-mou providências "para o imediatopagamento de todos os servidoresda Secretaria de Educação". Acres-centou que as gratificações doArtigo 20 do Estatuto do Magis-tério, correspondentes a agos-to, serão pagas em folha su-plementar ou no contracheque desetembro. (Páginas 8 e 15)

Conta nuclearteve extra deUS$ 296 milhões

Apenas uma semana antes de as-sinar os quatro contratos com a Ale-manha para construir as usinas An-gra-2 e 3, as autoridades brasileirastomaram conhecimento de que, alémdos já previstos, havia compromissosadicionais de 296 milhões de dólarespara com a KWU (Kraftwerk Union) —exatamente a importância que a re-vista Der Spiegel, em 1978, denunciouter sumido no âmbito do acordo nu-clear.

Os contratos foram assinados adespeito desses novos compromissos edas tentativas apressadas de revisa-los, em viagens empreendidas aFrankfurt pelos Ministros ShigeakiUeki e Reis Velloso e pelos presiden-tes da Eletrobrás, Nuclebrás e Furnas.O quarto contrato, não previsto, apa-nhou o lado brasileiro de surpresa,com uma cláusula de preço.

Em Brasília, o Ministro da Justi-ça, Petrônio Portella, declarou ontemque não se pronunciará conclusiva-mente sobre o enquadramento ou nãoda Gazeta Mercantil — que publicouhá dois dias o acordo de acionistas daNuclen — enquanto não se inteirar"de todas as minudèncias do assunto".Assegurou que "tudo o que foi feito(apreensão do jornal) teve base nalegislação vigente".

O Governo explicará, em sessãosecreta da CPI nuclear, o acordode acionistas firmado entre aNuclebrás e a Kraftwerk Union.O Vice-Presidente da República,Aureliano Chaves, declarou em SáoPaulo que, "em acordos nucleares,nunca uma nação abre mão de tu-do em favor de outra. Náo existe açor-do bom para um só, por não ter con-dições de ir até o fim". (Página 16)

Fazenda negagrande quedado cruzeiro

"Não haverá mais desvaloriza-ções do cruzeiro; o Governo não es-tuda nenhuma modificação na poli-tica cambial", assegurou ontem oMinistro da Fazenda, Karlos Risch-bieter. Desmentiu, assim, rumoresde que haveria uma grande desvalo-rização da moeda nacional, em rela-çáo ao dólar, e seria criado um fun-do, através de confisco de exporta-ções, para ajudar empresas com dí-vidas no exterior.

A proposta do Ministério da Fa-zenda para o tabelamento dos jurosestá pronta e será entregue aosmembros do Conselho MonetárioNacional na próxima quarta-feira,informou o Sr Rischbieter. Anun-ciou que, além da retirada de pes-soas físicas do open, sào estudadasoutras medidas que permitam trans-formar o mercado aberto num ins-trumento de política monetária.

No Rio, o presiderite do BancoCentral, Ernane Galveas, declarou,quanto ao tabelamento de juros, quea sugestão do banco é de que, "prefe-rencialmente, qualquer disciplinaseja feita na ponta da aplicação,ficando flexível a captação". O SrGalveas discutiu com banqueiros aredução do prazo de recolhimentode recursos do INPS na rede ban-cana.

O cruzeiro foidesvalorizado pela 11a vez

neste ano e, a partir desegunda-feira, o dólar passa

a ser cotado a CrS 27,635para compra e CrS 27,775

para venda. Essadesvalorização corresponde

a uma variação de 3,6187cem relação à taxa decompra anterior, que

vigorou por 25 dias, e a umaqueda acumulada de 32,9889c

no ano. (Páginas 20 e 21)

CEF começaa OperaçãoInquilino

O presidente da Caixa EconômicaFederal, Gil Macieira, revelou, no lan-çamento da Operação Inquilino em SãoPaulo, que os interessados nesse pro-grama de casa própria já podem obterfinanciamento nas agências da CEF.Ontem, foram assinados os primeirossete contratos, no valor de CrS 4 mi-lhões 956 mil.

Ao comentar a Operação Inquilino, oMinistro da Fazenda, Karlos Rischbie-ter, disse que "o objetivo do Governo émanter e, tanto quanto possível, expan-dir o poder aquisitivo da maioria". OSr Gil Macieira reiterou que a CaixaEconômica Federal aplicará na Opera-ção Inquilino CrS 5 bilhões 800 mi-lhões até o final do ano. (Página 21)

MEC limitapunições aosuniversitários

Ao regulamentar a legislação sobre adisciplina dos universitários, o MEClimitou as punições aos atos contra "aintegridade física e moral da pessoa","o patrimônio moral, científico, cultu-ral e material" e ao "exercício das fun-ções pedagógicas, cientificas e adminis-trativas". A regulamentação cobre va-áo deixado pela extinção do Dec. 477.

A punição náo poderá constar dehistórico escolar e o registro de puni-ções menores será cancelado se nãohouver reincidência em um ano. Nocaso de punição que implique afãs-tamento das atividades acadêmicas,será necessário inquérito, com di-reito de defesa. Até o final de se-tembro, o MEC regulamentará a re-presentação estudantil. (Página 8)

Theodomiro vaido Panamá paraa Inglaterra

Theodomiro Romeiro dos San-tos, o preso político que fugiu daprisão em Salvador, já tem recep-ção preparada em Londres, paraonde deverá viajar nos próximosdias. Segundo Gerald Thomas, daLiga pelos Direitos e Libertaçãodos Povos, que teria conversadocom ele ontem, por telefone, Theo-domiro, está no Panamá.

Em São- Borja, Rio Grande doSul, durante as homenagens pelo25° aniversário do suicídio deGetúlio Vargas, a Rádio Culturatransmitiu uma gravação em queo ex-Governador Leonel Brizola dizacreditar que sua presença no Bra-sil será "profundamente normaliza-dora, porque existe outra mentali-dade no sentido de reivindicar aestabilidade social".(Págs 2 e 4)

Juiz exige doIML a verdadesobre Aézio

Depois de considerar comoprova no inquérito a nona foto docorpo de Aézio, o Juiz Melic Ur-dan exigiu ontem, do IML, respos-ta a um quesito suplementar:quer saber por que o laudo des-creve um tipo de sulco, no pesco-ço do servente que morreu na 16aDP, enquanto a fotografia revelagrande afundamento.

O diretor do Médico-Legal atri-bui à polícia a culpa pelo laudoprejudicado: a calça do servente,suposto instrumento da morte,não acompanhou o cadáver quan-do este foi mandado para o Insti-tuto. O conselheiro da OAB queatuou no caso. jurista Nilo Batis-ta, continua achando que o casomerece investigação maior, pois"há vários indícios de assas-sínio". (Página 14 e editorial)

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POLÍTICA E GOVERNO JORNAL DO BRASIL Z Sábado, 25*8 79 Io Caderno

Coluna do Castello

Como chegar àestrada real

Brasília — Com toda a mobilização feitapara obter do Governo uma anistia ampla,geral e irrestrita, o fato é que, votado oprojeto oficial, deu o Presidente Figueiredoum importante passo para a conciliaçãonacional. O Brigadeiro Délio Jardim deMatos o definiu como o início da concilia-ção, afirmou que não há militares contra aabertura (teriam desaparecido os bolsõesrevolucionários sinceros mas radicais deque falava o General Ernesto Geisel?) emanifestou sua esperança de que a imagi-nação dos políticos ofereça soluções para aimplantação do pluripartidarismo.

Em Batatais, o Presidente Figueiredonão conteve seu entusiasmo com o resulta-do já obtido, ao acentuar que ''homenspredeterminados" conseguiram fazer a Re-volução voltar para os seus primeiros cami-nhos. Esses caminhos iniciais, o próprioPresidente o lembra com a autoridade dequem conspirou e agiu em março de 1964,eram o respeito á Constituição e aos Pode-res da República (imagem então na modapara impedir-se que o Executivo sozinho seconsiderasse o Poder e a República, ex-cluindo dessa faixa o Legislativo, que resis-tia às chamadas reformas de base). Osrumos eram definidos e democráticos, maslamenta o Presidente que Deus não os te-nha ajudado a evitar a irrupção da violèn-cia e o desvio da estrada real.

Hoje, ele está no comando supremo eajudado por companheiros que pensam emfazer do Brasil, como já o pensavam em1964, uma democracia. Entende o Presiden-te que a desconfiança com que a Oposiçãovê a sua mão. estendida, explica-se "porpudor ou vergonha", dada a sua longacolaboração com os Governos fortes, ?nasacha também que essa Oposição quer aju-dar. Por que não o faz? Seria por escassezde imaginação política? Nesse caso a escas-sez estaria mais difundida do que seria deadmitir-se. O Presidente estende a mão,mas a essa iniciativa nada se segue. Seu atoé estático, a mão está estendida mas nãoaperta outra mão e não há agentes creden-ciados a promover uma oração de mãosdadas dessas que deputados cristãos costu-mam realizar uma vez por ano no dia deação de graças, às vezes no próprio Paláciodo Planalto.

A anistia é um começo, é um primeiroato não só em relação à anistia geral comoem relação à conciliação nacional. Já aimplantação do pluripartidarismo apresen-ta-se como uma questão política complexa.O Governo te-la-ia proposto visando aodescongestionamento da vida pública demodo a permitir que as diversas correntesde opinião se articulassem em Partidoshomogêneos. Essa será uma das inspira-ções da medida, mas náo é segredo que oGoverno pensou também em desintegrar oPartido da Oposição, MDB, por entenderque, na sua composição atual, ele não seriaadmitido pelos militares como uma forçaalternativa para o exercício do Poder. OMDB seria uma organização viciada pelainfiltração esquerdista, quando náo comu-nista, e seria necessário sua desmobiliza-ção para que surja no seio da Oposiçãouma força acima de qualquer suspeita quepossa não só cooperar com a normalizaçãodemocrática como tornar-se a alternativaválida.

¦ a ¦Há, portanto, duplicidade na inspira-

ção, e o Governo, tendo feito votar a Emen-dan° 11, que dá as coordenadas da mudan-ça do modelo partidário, deixou que osfatores centrífugos agissem no MDB en-quanto se esforçava por manter a unidadeda Arena, encurtando a rédea de algunsprecipitados que imaginam poder escolherlivremente o seu caminho. Podem, sim, con- .tanto que apoiem o Governo. O assunto nãoestá suficientemente esquematizado, massabe-se que a repulsa generalizada à suble-gendafoi endossada pelo Ministro da Justi-ça. A lei poderá admitir expressamentecoligações partidárias, naturais nos siste-mas pluripartidários, mas a mesma lei po-dera introduzir meios de captação de votos,como o distrital uninominal. que recompo-nham grandes blocos políticos e, ao longodos anos. eliminem do centro de decisões asforças minoritárias.

Por haver duplicidade e por haver difi-culdade em ajustar interesses, esse temados Partidos seria ideal para que, em tornodele, o Governo convocasse a Oposiçãopara um exame comum. Não basta o Minis-tro Petrônio Portella visitar no seu aparta-mento o Deputado Thalcs Ramalho. E pre-ciso um diálogo osterisivo entre chefes dePartidos, entre ministros e parlamentares,entre Oposição e Governo. Se o Governoquer conciliar e encontrar carninhos co-muns com a Oposição, deve com seus chefese líderes debater os problemas e encontrarsoluções de co?isenso. Enquanto tudo cairdo Palácio como uma oferta dos deuses,como uma concessão ou uma benesse, anatureza do regime tião mudou. O diálogo ea participação de outras correntes de opi-nião nas decisões e no Poder é que modifi-cam a natureza de instituições que levarãoainda bastante tempo, segundo o cronogra-ma oficial, a adquirir sua verdadeira con-sistência democrática.

¦ ¦ ?0 Ministro do Exterior. Embaixador

Saraiva Guerreiro, esclarece que o interes-se do Itamarati em relação ao Concex épuramente mstitucional.

Carlos Castello Branco

Inglês diz que Theodomiro está no PanamáRealização;

A. BRASCAN>T IM0BIL1ÁR1AS.A.

Reseroas:

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PROMENADESãO CLEMENTE

ANTECIPE-SE.

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Comitê que recepcionaráArraes adverte contrarevanchismo e provocação

Recife — "A festa da chegada do ex-Governador Miguel Arraes de Alencar deve trans-correr sem revanchismo nem provocações", ad-verte a circular distribuída ontem pelo DiretórioRegional do MDB de Pernambuco, aos líderesoposicionistas do Estado.

Segundo a nota, "o ponto alto" da recepção"será a grandiosa e emocionada homenagem queos pernambucanos prestarão ao seu último Go-vernador eleito pelo voto, em concentração púbü-ca prevista para as 19h do dia 16 de setembro nobairro de Santo Amaro, Recife".PROPAGANDA

A partir do dia Io de se-tembro começará a ser dis-tribuído o material de di-vulgaçào e propaganda, pe-lo comitê central de recep-çáo que lembra a carênciade recursos e pede a ajudaaos oposicionistas do Esta-do, para custeio das despe-sas de transporte e hospe-dagem.

No final, a nota, assinadapelo presidente do Direto-rio Regional do MDB dePernambuco, ex-DeputadoJarbas Vasconcelos, reiteraa recomendação no sentidode que "o prezado compa-nheiro e todos os democrá-tas de Pernambuco partici-parão ordeira e ativamentedessa mobilização".

Maciel confia emnovas lideranças

O Governador de Per-nambuco, Marco Maciel, aocomentar ontem a mobili-zaçáo promovida pelo MDBpara reviver a liderança doSr Miguel Arraes, disse que"esse problema nós nâo te-mos, pois nesses últimosanos surgiram novas lide-ranças que estáo perfeita-mente aptas a realizar suamissão politica."

A declaraçáo foi motiva-da por uma pergunta sobreo significado político da suapresença numa solenidadepelo 27° aniversário da mor-te do Governador Agame-non Magalhães. Ao deposi-

tar uma coroa de flores notúmulo, o Sr Marco Macieldisse que "Agamenon é osímbolo do homem públicoque se preocupou em fazerjustiça através da paz, e aordem por intermédio do di-reito."

Indagado se suas pala-vras revelavam a intençãode ressuscitar o "mito Aga-menon" para enfrentar o doex-Governador Miguel Ar-raes, o Governador pemam-bucano disse que "nâo hánecessidade disso, porque omito Agamenon Magalhãesnunca morreu.".

Este é o primeiro númeroda sua assinatura

do Jornal do Brasil:264-6807

Senadorafaz apeloàs mulheresBrasília — A Senadora

Eunice Michiles (Arena-AM) anunciou ontem quevai fazer um apelo às mu-lheres brasileiras, especial-mente, para que realizemuma campanha de esclare-cimento sobre os malefíciosdo álcool e da dependênciadas drogas, cujo consumotem aumentado no pais nosúltimos anos, segundoafirmou.

A legislação brasileira en-foca, a seu ver, muito bem oproblema das drogas, fai-tando, apenas, ser cumpri-da com mais eficiência. Amaior falha do Governoneste setor lhe parece ser ocombate ao tráfico de en-torpecentes e sua distribui-çáo nas principais cidadesbrasileiras.

EXPERIÊNCIA

A Senadora Eunice Michi-les representará o Brasil nom Congresso Mundial daComissão Internacional pa-ra Prevenção do Alcoolismoe Dependência de Drogas,que se realizará no México,de amanhã até 31 próximo.Em sua exposição, ela faráuma análise da legislaçãobrasileira e das campanhasa respeito, tanto as da áreaoficial quanto as de entida-des comunitárias.

Considera ela, no entanto,que apesar desses esforços,o consumo de drogas temaumentado, o que demons-tra a necessidade de umaaçáo mais efetiva. Não sepode, ressalta, esperar quetudo seja resolvido pelo Go-verno. A sua concepção, aocontrário, é de que a socie-dade deve, em assuntos co-mo estes, ter uma participa-çáo mais ativa.

Em relação à dependên-cia de drogas e do alcoolis-mo, a Senadora Michiles es-tá convencida que é neces-sário criar uma consciênciaentre os mais jovens do quelhes poderá ocorrer.

NesteSábado

9 da Noite

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Canal 7

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uma nova companheira em sua vida.

Diretor do presídioquer esclarecimento

"Nosso objetivo é que se esclareça tudo. O maiorinteressado é a direçáo" — afirmou o diretor daPenitenciária Lemos de Brito, Sr Mario Conceição,ao defender necessidade de que a Secretaria deJustiça do Estado volte a liberar a entrada de jorna-listas no presídio, náo apenas para apurar as circuns-tàncias da fuga do preso Theodomiro romeiro dosSantos, mas também para verificar o estado atual daprisão. •

A posição do diretor da penitenciária foi assumi-da após a publicação das fotos do ex-comissário depolícia, Manoel Quadros, condenado como chefe do'•Esquadrão da Morte" na Bahia, telefonando de um"orelhão" na área externa do presidio e, em conse-qüència também, da entrevista do preso comum,Jaime Sales, que afirmou no Fórum de Salvador, tervisto Theodomiro iniciando a fuga desde quarta-feirada semana passada.

"Não viu nada'Segundo o Sr Mário Conceição, o preso Jaime

Sales já foi ouvido pela comissão nomeada peloGoverno Estadual para apurar as circunstâncias emque teria ocorrido a fuga de Theodomiro Romeiro, "eà comissão, pelo que estou informado, esse detentodisse que náo viu nada". Também autoridades poü-ciais que o conhecem, afirmam que o prisioneiro temforte tendência para inventar fatos.

Com autorização do juiz da 2a Vara Privativa doJúri, Sr Moacir Pitta Lima, e do advogado HermanoTourinho Filho, o presidiário Jaime Sales que foi aofórum prestar depoimento em processo que respon-de, deu entrevista ao jornal baiano A Tarde. Eleinformou ter visto Theodomiro na quarta-feira dasemana passada retirando do presídio uma malaescura e alguns embrulhos, e, "como fazia sempre,deixou o presídio em um carro "TL" vermelho, semser incomodado pela portaria"."Theodomiro vestia uma camisa cinza e calçabranca, tinha em uma mão uma mala de viagem e naoutra um embrulho. Não deu para ver o que era".Segundo Jaime Sales, condenado por assassinato,"os guardas de segurança sabiam que Theodomirotinha livre acesso a qualquer parte da Lemos deBrito, onde mantinha um bom relacionamento comtodos os presidiários. Não tratava com a gente sobrepolitica e só procurava conversar a respeito do que agente achava da vida na penitenciária".

O diretor da Penitenciária Lemos de Brito, SrMário Conceição, confessou ontem que gostaria dever suspensa a proibição aos jornalistas de entraremno presídio, feita pelo Secretário Plinio MarianiGuerreiro. "Assim todos poderiam ver a situação quejá encontrei. Lá adotamos um sistema carceráriomisto, com regime aberto e regime fechado"."No regime aberto há presos que saem da peni-tenciária na segunda-feira e só retornam na sexta.Desde que aqui cheguei no atual Governo, mais de 60presos já estavam na área livre. E o ex-comissárioManoel Quadros está incluído entre eles", acrescentao Sr Mário Conceição.

Secretário estáconvencido da fuga

O Secretário de Justiça da Bahia, Sr PlínioMariani Guerreiro, está convencido de que Theodo-miro Romeiro dos Santos fugiu ao pressentir que nãoseria alcançado pela anistia do Governo "e a provadisso é que os dois presos que serão anistiados nãofugiram".

Apesar de demonstrar essa convicção, o Secreta-rio negou ontem a possibilidade de permissão paraque a mulher de Theodomiro, Sra Maria da Concei-ção Gontijo Lacerda, visite o preso Haroldo Lima.companheiro de cela do marido. Para Maria daConceição, Theodomiro "foi morto a mando dasautoridades".

Alegando que "as investigações da comissão desindicância ainda estão em fase sigilosa", o Secreta-rio de Justiça negou também licença para que osjornalistas visitassem o preso Haroldo Lima, porsugestão do diretor da Penitenciária Lemos de Brito,Sr Mário da Conceição. Os jornalistas aproveitarampara ver as condições de segurança do presidio.

Para o Sr Plinio Mariani, na sua primeira entre-vista desde o anúncio da fuga, no domingo passado,não tem sentidoi a versão de um preso comum,Jaime Sales, publicada no jornal "A Tarde", de queThodomiro fugiu quinta-feira da semana passadanum TL vermelho.

Presos afirmam quegreve prosseguirá

As visitas seiasaals dos familiares dos presospolíticos da Penitenciaria Lemos Brito será normali-zada, hoje, após seis dias da fuga de TheodomiroRomeiro dos Santos. Haroldo Lima e Paulino Vieira,porém, revelaram que vão continuar em greve defome se náo for rompida incomunicabilidade paravisita de amigos, liberado o banho-de-sol e devolvidaa livre circulação pela área do presídio.

Além dos familiares, o Padre Renzo Rossi. daPastoral Penitenciária, vai visitar os presos políticosem nome do Cardeal Avelar Brandáo Vilela. Ontem,o Secretário de Justiça permitiu excepcionalmenteque a mulher e os filhos de Paulino Vieira fossemvisitá-lo, depois de terem passado cinco dias semcontatos com o preso.

O delegado do Serviço de Investigações Espe-ciais da Secretaria de Segurança Pública. ArmandoUlm. ouviu, ontem, o depoimento de três pessoas quevisitaram os presos políticos da Penitenciária LemosBrito no domingo. Os estudantes Maria Léa SantosRocha, Clóvis Menezes Caribe e Deoclides Cardosode Oliveira declararam que foram visistar os presosindistintamente e que nào viram Theodomiro Ro-meiro.

Eles consideram normal o fato de náo teremencontrado com Theodomiro. porque ele costumeira-mente ficava na áurea livre do presidio.

Theodomiro Romeirodos Santos está no Pa-namá. afirmou ontem,em telefonema de Lon-dres. Gerald Thomas,Liga pelos Direitos e Li-bertação dos Povos, en-tidade que sucedeu aosTribunais Russell. Ex-integrante da AnistiaInternacional. GeraldThomas tem pronto umesquema de recepção aTheodomiro, que éaguardado em Londresnos próximos dias.

Thomas não sabe co-mo o preso políticobaiano fugiu do presi-dio. nem que meiosusou para deixar o pais.Na quarta-feira, já sa-bia que Theodomiro seencontrava na AméricaCentral, e ontem preci-sou o país: o Panamá.Falando fluentementeo português — já estevevarias vezes no Brasil eé casado com uma atrizbrasileira — Thomasdeixou implícito já terentrado em contatocom Theodomiro.NOTA

O secretãrio-geral doPartido TrabalhistaBritânico, Ron Hay-ward. divulgou no dia22 a seguinte nota:"Observando queuma lei de anistia par-ciai está sendo conside-rada hoje pelo Congres-so brasileiro, o PartidoTrabalhista pede ur-gência à concessão deanistia política plenaao povo brasileiro. Ins-tamos ainda as autori-dades brasileiras a ga-rantirem a integridadefisica do ex-prisioneiroTheodomiro Romeirodos Santos, que soube-mos ter escapado daprisão após mais de oi-to anos de detençãoilegal".

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Petrônio atendea Governador

Brasília — O Minis-tro da Justiça, PetrônioPortella, anunciou, on-tem, que autorizou aPolicia Federal a parti-cipar das investigaçõesdestinadas a estabele-cer o paradeiro do pre-so político TheodomiroRomeiro dos Santos,que desapareceu, na úl-tima semana, da Peni-tenciária Lemos Brito,em Salvador.

O Ministro disse quedestacou a participa-ção da Polícia Federal,há dois dias, a pedidodo Governador daBahia, Antônio CarlosMagalhães, que nãochegou ainda a nenhu-ma conclusão sobre afuga do preso, mas estámantendo o Ministérioda Justiça informadodo curso das investiga-çòes.

A. Carlos negapreocupações

Salvador — Ao reafir-mar. ontem à tarde, quenada de novo existe naapuração da fuga dopreso político Theodo-miro Romeiro dos San-tos, o Governador An-tònio Carlos Magalhãesreiterou, também, queo Governo federal nãose mostra muito preo-cupado com o assuntoou "se está, a preocupa-ção não chegou a mim".

Sem querer arriscarum palpite sobre o pa-radeíro de Theodomiro— "não afirmo que eleestá no Brasil nem queestá fora" — o Sr Antô-mo Carlos disse que es-tá ' pensando na possi-bilidade" de permitir oacesso dos jornalistas àpenitenciaria LemosBrito no início da próxi-ma semana.

JORNAL DO BRASIL Sábado. 25/8/79 _ Loaerno POLÍTICA E governo

Governo prepara a nova Lei dos Partidos para outubroBrasília — O Ministro da Comunica-

ção Social. Sr Said Farhat. confirmou queo Govemo encaminha até outubro men-sagem propondo uma nova Lei Orgânicados Partidos, onde estarão incluídos osdispositivos que vão definir a reformapartidária.

O Ministro não deu informações decomo será encaminhada a questão, emparticular sobre a extinção ou não dosatuais Partidos, alegando não ter o Presi-dente João Figueiredo tomado uma posi-ção definitiva sobre o assunto.

A questáo agora se prende a "reduzir atermo as opções existentes", explicou.Terminado o processo da anistia com avolta dos antigos líderes hoje exilados, oGoverno vai partir para a reforma dosPartidos.

O Ministro deixou claro que o resulta-do da votação do projeto de anistia noCongresso Nacional, com várias deser-çóes da Arena, náo muda em nada adisposição oficial de promover a reformu-lação partidária. Lembrou que a votaçãoem si do projeto de anistia oficial foitranqüila, através do pronunciamentodas lideranças dos dois Partidos. A dispu-ta foi pela emenda do Deputado DjalmaMarinho (Arena-RNi. que tomava a anis-tia irrestrita, e o MDB acabou perdendopor uma diferença de apenas cinco votos.

Arquivo

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Said Farhat

Anistia não tem qualquer relaçãoNa opinião do Ministro da Justiça.

Senador Petrônio Portella. o episódio davotação do projeto da anistia, no qual 15deputados da Arena contrariaram a lide-rança da bancada, votando a favor daemenda Djalma Marinho, "não tem qual-quer relação" com a tese do Partido únicogovernista — o "Arenâo".

O comentário foi feito quando indaga-ram ao Ministro se o episódio da votaçãoda anistia iria fortalecer ou enfraquecer aidéia da organização do " Arenáo". Ao seulado, o Deputado Paulo LustosalArena-CEi — que votou a favor da emen-

da Djalma Marinho, que tornaria ampla eirrestrita a anistia — confirmou que "nâoexiste relação entre um assunto e outro."

O Ministro Petrônio Portella. por outrolado. não confirmou a informação de quemais de 100 deputados, reunidos em duasoportunidades pelo Sr Herbert Levy, te-riam se manifestado contra a tese do"Arenào".

— Nào é o que ouvi do Levy. Ele estáexaminando outra coisa, outro regime.

O deputado paulista, de fato, tem pro-curado sensibilizar seus companheiros afavor da adoção do regime parlamenta-rista.

Setúbal quer oposição democráticaO ex-Prefeito de São Paulo. Sr Olavo

Setúbal, depois de se encontrar ontempela manhã com o Senador TancredoNeves e de almoçar com o DeputadoMagalhães Pinto, disse que ira para umPartido de "oposição democrática" capazde ser uma alternativa para o Poder.

Anteontem à noite, na casa do Deputa-do Caio Pompeu lArena-SPi, ele estevecom 15 deputados e os Senadores AfonsoCamargo Neto. Murilo Badaró (biônicosdo Paraná e de Minas i e Mendes Canale(Arena-MTi. para uma "avaliação da si-tuaçào brasileira". Acha que a crise eco-nòmica náo retardará a reformulação par-tidária; ao contrário: vai acelerar.

Disse que nào se integrara num Parti-do de apoio ao Governo, principalmenteporque o Governador de Sâo Paulo. SrPauio Maluf. ja o fez e suas diferençaspolíticas impedem-no de integrar a mes-ma agremiação. Acha que no Congresso eque os futuros partidos serào formados enáo a partir do entrechoque das forçaspolíticas a nivel estadual.

O ex-Prefeito nào quis afirmar catego-ricamente que formará no mesmo Partidodos Srs Magalhães Pinto e Tancredo Ne-ves. mas disse ver "nestas duas figuras osúnicos capazes de formar um solido Parti-do de centro-reformador". tendência coma aual se alinha.

Considera importante a volta dos SrsMiguel Arraes e Leonel Brizola ao Brasil,principalmente pela experiência que acu-mularam. tanto quando foram Governa-dores quanto pelos anos que passaram noexílio." mas não concorda com a volta àlegalidade do Partido Comunista nemcom a formação no Brasil de um Partidode extrema-direita.

Voltou a afirmar que espera sejam for-mados apenas quatro Partidos, um lidera-do basicamente pelos atuais Governado-res, outro com os deputados do MDB detendência socialista, o PTB do Sr LeonelBrizola e o Partido de centro-reformador.É contra a formação do Partido dos Tra-balhadores defendido pelo líder sindicalLuiz Inácio da SilVa. o Lula.

Aclhemar garante consulta amplaSão Paulo — O Deputado Adhemar de

Barros Filho lArena-SPi negou ontem queo Presidente da República e u Ministro daJustiça estejam ouvindo apenas a Arenana questão da reformulação partidária eassegurou que "o MDB também esta sen-do consultado pelo General Figueiredo epor pessoas por ele indicadas. Simples-mente isso esta sendo feito sem testemu-nhas. para preservar os companheiros daOposição. Mas a opinião do MDB tam-bém esta sendo levada em consideração".

Nas consultas feitas às bases partida-rias da Área. segundo o Deputado Adhe-mar de Barros Filho, o Ministro da Justi-ça. Petrônio Portella. e o presidente daArena. Senador José Sarney, "estão cons-tatando que o Partido quer uma reformu-laçao irrestrita e não aceita mais o quadrobipartidario".

Para demonstrar a necessidade de

uma reformulação do quadro partidário, oDeputado Adhemar de Barros Filho lem-brou a votação do projeto de anistia,principalmente a votação da emenda Ma-rinho — que tornava a anistia irrestrita —que contou com a aprovação de 15 parla-mentares arenistas.

— Essa significativa votação demons-tra que existe uma oposição dentro daArena. O Partido esta irremediavelmentedividido. Hoje existem dois Partidos den-tro da Arena — acentuou o DeputadoAdhemar de Barros Filho.

O Deputado concordou com a afirma-ção de que o Governo náo realizou areformulação partidária ate agora "por-que esta preocupado em manter a suamaioria e ainda náo tem certeza se poderápreserva-la", mas manifestou a convicçãode que "até o dia 15 de novembro aquestão da reformulação estará tramitan-do no Congresso Nacional".

Brossard terádebate comalunos da ESG

Brasília — O Senador Paulo Brossard tRS), liderda bancada do MDB no Senado, fará uma conferèn-cia na Escola Superior de Guerra, no dia 11 desetembro próximo, sobre o tema Aperfeiçoamentodo Processo Político, devendo após sua exposiçãosubmeter-se a um debate.

A participação do Senador gaúcho no painelelaborado pelo comando da Escola Superior deGuerra enquadra-se nos objetivos daquela institui-ção. de "propiciar aos estagiários a oportunidade decolher dados e informações sobre aspectos relevan-tes do aperfeiçoamento do processo político nacionalem andamento". O convite ao parlamentar foi formu-lado pelo comandante da ESG, Almirante CarlosHenrique Rezende de Noronha.

O Segundo

O Senador Paulo Brossard e o segundo parla-mentar da Oposição a ser convidado pela ESG paradebates sobre política, depois do Senador FrancoMontoro I MDB-SP i, que a 6 de agosto ultimo, aconvite do comandante daquela Escola, ocupou-seali do tema Sindicalismo e Democracia, defendendoa liberdade e a autonomia sindical.

A conferência dü Senador paulista foi objeto deum debate durante o qual inclusive houve contradi-tas e mereceu do comandante da Escola Superior deGuerra referências elogiosas. Em oficio de agradeci-mentos que lhe enviou, o Almirante Henrique Rezen-de Noronha se referiu a "magnífica impressão" deixa-da pelo parlamentar paulista durante o painel.

EmedebistacriticaOposição

Joáo Pessoa — O SenadorHumberto Lucena (MDB-PB) sugeriu, ontem, que seuPartido prepare um projetoalternativo para o Brasil "afim de mostrar ao povo quesomos competentes e nãosabemos apenas fazer criti-cas". Para ele. o MDB devedesignar logo um grupo detrabalho para redigir o do-cumento e propôs paracoordenar os trabalhos oSenador Roberto Satur-nino.

A idéia do Senador parai-bano já foi levada à conside-ração da cúpula emedebis-ta. porém nenhuma decisãoé conhecida até o momento.O Senador Humberto Luce-na acha que o Projeto Bra-sil, do Sr Teotónio Vilela,pode ser o ponto de partidapara o documento alterna-tivo, além de sugestões queprofessores universitáriosjá prometeram fazer.

No entendimento do SrHumberto Lucena. O MDB,com os votos que obteve em1974, afirmando-se comoPartido de massa, contraiuum débito com o povo."Desde aquele época" —disse — "a Oposição se sen-tiu na obrigação de apre-sentar à nação, para umamplo debate, um projetoalternativo que pudesse darao povo opçòes para o de-senvolvimento do país".

AOS BANCÁRIOS DO RIO DE JANEIROA Federação Nacional dos Bancos manifesta, mais

uma vez, aos bancários e ao público, seu desejo de firmarACORDO JUSTO, para ambas as partes. Esse deveatender às possíveis aspirações da classe que necessitarecompor seu poder de compra, corroído pela inflação.

O SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABÉLE-CIMENTOS BANCÁRIOS DO MUNICÍPIO DO RIO DEJANEIRO, em proposta, pleiteou mais de 200% (DUZEN-TOS POR CENTO) de aumento salarial!

Não obstante, anteontem, saltou para majoração demais de 400% (QUATROCENTOS POR CENTO), emexposição repleta de fantasia.

Se a primeira é inviável, aos olhos de todos, asegunda conduz, como a anterior, a impasse proposita-do, efeito pretendido por PEQUENA MINORIA, talvesnada interessada pela situação da classe. Essa atuanteminoria está fortemente empenhada em promover AGI-TAÇÃO, que a pretexto do assunto se faz. Simula odiálogo, com a finalidade de, escondendo.a verdade dosnúmeros, enganar a opinião pública. Faz ameaças, emviolência à ordem e à legislação em vigor.

Estamos certos de que a A MAIORIA ABSOLUTAdos bancários também quer AUMENTO JUSTO e saberádar novo exemplo de RESPEITO À LEKcomo ocorreu comos bancários em Minas Gerais), no qual repousa a tranquili-dade dos cidadãos e o resguardo 'de seus própriosDireitos.

Caminhamos para o aperfeiçoamento da DEMO-CRACIA, em regime de LIBERDADE, mas — é precisoreafirmar e compreender—, com RESPONSABILIDADE.

Rio de Janeiro, 23 de agosto de 1979THEOPHILO DE AZEREDO SANTOS

(P Presidente

Este é o primeiro número da sua assinaturado Jornal do Brasil:

264-6807

Ministros militares nãocomparecem à homenagem daCâmara ao Dia do Soldado

Brasília — Com a ausência dos três Ministrosmilitares e o comparecimento de apenas três civis— os Srs Petrônio Portella. da Justiça, EliseuResende, dos Transportes, e Antônio Neder, Pre-sidente do STF — a Câmara dos Deputadosrealizou ontem sessão solene em homenagem aoDia do Soldado. Pelo MDB discursou o DeputadoRosemburgo Romano (MG) e, pela Arena, O Deputado Ibrahim Abiakel (MG).

A sessão durou 50 minutos e transcorreu emclima rigorosamente formal. Dos 63 convidadosespeciais do Executivo e do Judiciário, compare-ceram 25, dos quis 22 oficiais ds três anuas.

um projeto de anistia que.embora contemporâneo dasmaiores campanhas mun-diais em tomo dos direitoshumanos, nâo teve a gran-deza que a nação inteira

A SESSÃOO primeiro orador. Depu-

tado Rosemburgo Romano,autor da proposição que le-vou à homenagem, conside-rou o momento atual propi-cio para a Câmara lembrarCaxias: "É que este anotransitou no Parlamento

louvaria se fosse propostopor aquele vulto do Im-perio".

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outra fase da implantação ú^ empreendimento. E todas aos moradores úo Atlântico Sul.AV. SERNAMBKTIBA, 3600.

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4 — POLÍTICA E GOVERNO JORNAL DO BRASIL Sóbado, 25/8/70 O Io Caderno

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Angolanovem aoBrasil

Brasília — A visita do Mi-nistro do Comércio Internode Angola, Sr Carlos Alber-to Van Dunen, ao Brasil,servirá para assegurar a po-sição brasileira de grandefornecedor de gêneros ali-mentidos ao Governo an-goiano, além de servir paraexibição do potencial deempresas brasileiras deconstrução civil interessa-das em trabalhar em An-gola.

A infopnação foi prestadaontem por fontes diplomáti-'cas brasileiras, que vêemcom otimismo a terceira vi-sita ministerial angolana aoBrasil em seis meses. O SrCarlos Alberto Von Dunennão tem data fixada parachegar a Brasilia, mas espe-ra-se que ele venha em se-tembro, ou, no máximo, emoutubro.

GARGALO

Diplomatas brasileirosconsideram que o "grandegargalo" da economia ango-lana permanecerá sem solu-ção até que se estabilize aprodução agrícola local e senormalize a rede de trans-portes, o que assegura aparticipação brasileira nofornecimento de gêneros deprimeira necessidade poralgum tempo.

Entendem os diplomatasque a vinda do Ministro doComércio Interno permite aconcretização de negóciosobjetivos, o que não poderiaocorrer, por exemplo, navinda do Ministro do Co-mércio Exterior, Sr RobertoAlmeida, que esteve no Bra-sil em março. O Sr Van Du-nen tratará de questões ob-jetivas do fornecimento dealimentos pelo Brasil a An-gola.

Emedebistadefendeas diretas

Brasília — Na opinião doDeputado Airon Rios(Arena — PE), o restabeleci-mento de eleições diretasem 1982 deve ser considera-do "um compromisso inar-redavel com a nação", de-fendendo ainda a imediatareformulação partidária, a.prorrogação dos mandatosmunicipais, a extinção domandato dos senadoresbiônicos e a eliminação dasublegenda.

O parlamentar pernam-bucano, ex-vice-líder doGoverno na Câmara e poli-ticamente ligado ao ex-Senador João Cleofas. nolugar de expor suas opi-ruões em declarações à im-prensa, ou da tribuna, en-viou carta-circular a todosos deputados e senadores.

Brizola diz que carta deVargas ajudou resistência

Sào Borja, RS — Em mensagem grava-da. retransmitida ontem por alto-falantespara cerca de 800 pessoas na praça cen-trai de Sáo Borja, durante a cerimôniapelos 25 anos da morte de Getúlio Vargas,o Sr Leonel Brizola afirmou que "foi atra-vés da carta-testamento, que durante 15anos de autoritarismo e espoliação donosso povo, quando todas as vozes foramabafadas, quando o protesto conduzia aoexílio e às prisões, que nosso povo semanteve consciente e inabalável em suaresistência".

O Senador Pedro Simon, que liderou acomitiva do MDB a sáo Borja, disse, emrápida entrevista, que o Sr Leonel Brizolaé um homem angustiado para voltar aoseu país, mas "nesta angústia nâo háamargura, nem ódio nem revanchismo.Brizola é uma grande figura, um eminentepolítico que se somará a nós na luta daOposição".

CerimôniaNo pedestal da estátua do Presidente

Getúlio Vargas foi descerrada uma placacoberta pela bandeira do PTB, registran-do "As homenagens no 25° ano do seudesaparecimento".

A Praça 15 de Novembro estava cerca-da de faixas, com frases de "Constituintelivre e soberana", "Agora e Sempre PTB","Vargas, seus ideais vivem com Brizola" e"Associação pró-PTB reverencia tua me-mória.

Entre gaúchos vestidos a caráter, cir-culavam pessoas vendendo bandeirinhasde papel do PTB, ao preço de Cr$ 3,00,além de folhetos reproduzindo a carta-testamento do Presidente Vargas e outroscom fotos do ex-Governador Brizola e ofundador do PTB de um lado e o hino doPartido de outro.

Além de discursos de diversos políticosda região, e com a presença de cincoPrefeitos de cidades próximas, militarescassados e Vereadores, alguns com lágri-mas nos olhos, o Io vice-presidente daAssembléia, Deputado Ibsen Pinheiro, fa-lou em nome do MDB, quando afirmouque "os inimigos de Vargas foram aquelesque também foram inimigos e responsa-veis pela derrubada do Governo Goulart.São os mesmos reacionários que abrem anação ao capital estrangeiro e conspiramcontra os interesses do povo".

Após a cerimônia na praça, todos se-guiram ao cemitério, distante três quilo-metros do centro da cidade, onde visita-ram o túmulo do Presidente Vargas.

Arquivo

Discu rsoO pronunciamento do ex-Governador

Brizola é o seguinte:"A figura de Getúlio Vargas, que hojereverenciamos, pertence cada dia mais aoconjunto da nação brasileira, nâo apenaspelo que foi como personalidade, comopessoa humana, tão querida e amada denosso povo, de nosso trabalhador, da gen-te humilde do Brasil. Todos sabem quan-to representou e ainda representa paranossas consciências e nossos sentimentosa suprema dignidade do seu sacrifício;nós, acima de tudo, vemos sua trajetóriapolítica como o personagem mais impor-tante deste século, da vida pública donosso país. Quando afirmamos que a datade hoje, historicamente, tem dimensãocrescente e um conteúdo cada vez maior,o fazemos com a profunda convicção deque o legado de Vargas, seu pensamentoconclusivo, expresso na carta-testamento, é o documento básico naformação da nossa nacionalidade, peloamor que devotou ao nosso povo, que erapor ele considerado como um todo. Comsua missão igualitária, e pelo mais enrai-zado espirito de defesa da nossa pátria, desua riqueza e dos seus valores autênticos,Getúlio Vargas marcou a História brasi-leira. Como homem, como lider da Revo-

Getúlio Vargas

lução de 30, como Presidente eleito em1950, candidato de oposição contra a tira-nia e as máquinas partidárias, sempre foicarregado nos ombros do povo, aplaudidoe amado. A figura de Vargas é ainda maismarcante na história do povo porque,mesmo depois de 25 anos de sua morte,sua presença continua como símbolo deorientação na atualidade brasileira. Vintee quatro de agosto é um daqueles rarosmomentos da história de um povo, quan-do ele se encontra plenamente consigomesmo. A carta-testamento será sempreatual, pelo que explica da História, antese depois de 54. Ela é formadora de gera-ções, sejam aquelas que acompanhavamVargas no seu caminho da nacionalizaçãodo Brasil, sejam as que criarão o Brasil deamanhã. Para todos, sua mensagem ain-da vive. Foi através da carta-testamento,que durante 15 anos de autoritarismo eespoliação do nosso povo, quando todasas vozes foram abafadas, quando o pro tes-to conduzia ao exílio e às prisões, quenosso povo se manteve consciente e ina-balável em sua resistência.

Quando humilhado, ele sentia que oespirito da missào de Vargas estava guar-dada em nossa História. De nosso povo,era a verdadeira oração, em que todos osgrupos elitistas e desumanos que impuse-ram este período ao nosso pais, não fica-rão na História senão como uma noitetrágica, que precisamos ultrapassar parao mais rapidamente esquecermos. Nestes15 anos, o povo manteve-se unido, comose tivesse memorizado a carta-testamento. Unido na resistência, esperoua sua oportunidade e rejeitou inapelavel-mente a tirania, ferindo de morte todaesta gigantesca armadura de submissão,ao negar pelo voto livre e consciente, todoo conteúdo ético e moral do regime. Cur-va-nos diante de 24 de agosto com peitocheio de tristeza, pelo tanto que já fizeramsofrer o nosso povo, ainda mais um povocomo o nosso, generoso e bom, pelo quetem demonstrado e nos ensinado. O tem-po nos mostra que realmente passados 25anos, Getúlio estava com a razão, tinharazão em tudo o que disse e o que nosdeixou dito. Por isso, hoje, neste 24 deagosto, sinto-me cheio de esperanças e féna gente brasileira, na criação de umBrasil democrático, independente comoeste povo e somente ele, soberano em suaprópria pátria, construirá uma sociedadecada dia mais livre, mais fraterna, eigualitária, como queria e aspirava o pre-sidente Getúlio Vargas".

Ex-Governador espera apoioNuma entrevista telefônica dada on-

tem de Lisboa para a Rádio Cultura deSão Borja, o ex-Governador Leonel Brizo-Ia disse que "historicamente, estamos vi-vendo uma época em que o trabalhismoressurgirá como uma proposta plenamen-te ajustada às aspirações e à realidade dopovo brasileiro".

O ex-Governador gaúcho acredita quea sua presença e a de outros exilados, nopaís, será "profundamente normalizadoraporque existe no Brasil outra mentalida-de, no sentido de reivindicar a estabilida-de social. As greves fazem parte da convi-vencia democrática e devem ser encara-das normalmente".

Recife lembra também AgamenonRecife — Ao reverenciar a memória do

Presidente Getúlio Vargas e do ex-interventor de Pernambuco, Sr Agame-non Magalhães, o Deputado Assis Pedro-sa (MDB) afirmou ontem que ambos eramautoritários, "mas foram sobretudo pa-triotas, crentes na capacidade de afirma-ção do Brasil e conscientes do papel so-ciai do Estado moderno".

Julgamos nosso dever registrar queGetúlio e Agamenon, com o passar dotempo, ganham até mesmo a admiraçãode adversários de ontem, dos que náo .compreenderam a visão que ambos pos-suíam do futuro. O reconhecimento dasclasses trabalhadoras é testemunhado pe-las homenagens que ainda hoje lhes sãotributadas.

O Sr Assis Pedrosa lembrou que"ambos morreram no Poder. Podemos,em certo sentido, dizer que nâo se "con-servaram" no Poder, embora soubessem

utilizá-lo com maestria, porquanto doa-ram suas vidas literalmente ao povo. Um,com o gesto extremo, todavia justificadoem carta célebre, guardada com carinhopelos companheiros trabalhistas, onde in-terpreta a auto-extinção como um derra-deiro sacrifício em favor dos trabalha-dores".

— O outro — acrescentou — fulminadopelo coração no auge da marcha politicaascensional, em que muitos já viam ofuturo Presidente da República. Eramautoritários, e aí reside o seu maior peca-do, segundo os críticos. Mas eram sobre-tudo patriotas, sem complexos de inferio-ridade, crentes na capacidade de afirma-çâo do Brasil, e consciente do papel socialdo Estado moderno. Sociais-democrata,sabiam que o luxo das liberdades dsmo-cráticas nâo medra nas favelas e nosmocambos: que a democracia só sobrevi-verá com o socialismo democrático.

Cearenses fazem romariaFortaleza — Ao contrário dos anos

anteriores, quando no máximo 10 pessoascompareciam, o busto do Presidente Ge-túlio Vargas, na Praça dos Voluntários,em frente ao prédio da Secretaria de Se-gurança Publica do Ceará, atraiu ontemintensa romaria, que começou às 9h e seprolongou até o final da tarde.

Ontem, visitaram o busto e até coloca-ram coroas 'de flores ao seu redor muitosestudantes, políticos do MDB e gente do

povo. Mas o Deputado federal AntônioMorais, organizador do futuro PartidoTrabalhista Brasileiro no Ceará, nào apa-receu. Seus parentes informaram que eleviajou de Brasilia para São Borja. onde osreorganizadores do PTB se reuniram parahomenagear a memória de Getúlio —fundador do Partido — e traçar novosplanos, em função do próximo retorno doex-Governador Leonel Brizola.

Petrônio admitevetos do Governoà Lei da Anistia

Brasília — O Ministro daJustiça, Petrônio Portella.náo confirmou a observa-ção que lhe foi feita, de queo Presidente Figueiredo iriasancionar sem vetos o subs-titutivo ao projeto da anis-tia. aprovado quarta:feirano Congresso Nacional."Quem disse que nào podeser vetado?" — foi seu co-mentário.

O Ministro conversou ra-pidamente com os jornalis-tas, no Salão Nobre da Cã-mara, ontem, à tarde, apósa sessão solene em homena-gem ao "Dia do Soldado".Evitando declarações, o SrPetrônio Portella, contudo,admitiu que surgiu um pro-blema no exame do textoaprovado na Comissão Mis-ta e no plenário, com baseem emenda do vice-líderarenista Cantídio Sampaio(SP).

Esta dificuldade ja haviasirio apontada anteontempelo vice-tider Joáo Lanha-res iSC), receoso de que aredação do artigo Io possaresultar numa anistia irres-trita. jà que beneficia osatingidos pelos atos excep-cionais "e outros diplomaslegais".

Os Senadores Paulo Bros-sad (MDB-RSi e AloisioChaves lArena-PAi. contu-do, náo tem esta interpreta-çáo. observando ambos quenenhum Tribunal estende-ria a anistia para os crimescomuns.

O Ministro du Justiça, poroutro lado, esclareceu quenào foi chamado a exami-nar o assunto no Palácio doPlanalto, alegando que oproblema da sanção nào écom a sua Pasta.

Sanção presidencialocorrerá até 3a-feira

Até terça-feira da próxi-ma semana o PresidenteJoão Figueiredo terá san-cionado a lei da anistia, in-formou ontem o Ministro daComunicação Social, SaidFarhat. Os autógrafos da leichegaram ao Palácio doPlanalto no final da tardeda Ultima quinta-feira e fo-ram entregues à asséssoriado Chefe do Gabinete Civil.

Segundo as explicaçõesdadas pelo Ministro Farhat,o Presidente da Repúblicajá decidiu que não haveránenhuma solenidade formalpor ocasião do ato da san-çâo porque, por ocasião doenvio do projeto de lei aoCongresso, houve uma sole-nidade especifica no Pa-lácio.

NA SEGUNDA

Pelos cálculos do Minis-tro, são de 55% as chancesde o Presidente da Republi-ca sancionar a lei na próxi-ma segunda-feira. Neste ca-so o Gabinete Civil lhe en-tregaria o documento, comas devidas anotações e res-salvas, se consideradas ne-

cessárias, e o Presidente Fi-gueiredo daria uma lida nosautógrafos no decorrer dodia. Poderá ainda, se ele en-contrar alguma dúvida, de-bater o assunto no despa-cho de rotina que terá às16hl5m da segunda-feiracom o Ministro da Justiça.

Caso surja alguma duvidaou interpretação duvidosa,então o assunto ficará paraser decidido na terça-feira.Conforme o próprio Minis-tro Farhat explicou, o pro-jeto do Governo sofreu mui-tas alterações durante suatramitação pelo Congresso,68 emendas, e o Governoestá agora analisando o ai-cance e as implicações pro-vocadas pelas modificaçõesapostas ao texto original.

No final da tarde de on-tem chegaram ao Paláciodo Planalto informações,vüidas do Congresso, dandoconta de que o PresidenteFigueiredo poderia vetar ai-guns dos artigos introduzi-dos pelo substitutivo do De-putado Ernani Satyro. Maso próprio Ministro disse nãoter conhecimento de "qual-quer possibilidade de veto".

STM estima númerodos beneficiados

Serão beneficiadas pelaanistia 2 mil 200 das 2 mil600 pessoas condenadas pe-Ia Justiça Militar a part ir doAI-2, de outubro de 1965, e17 dos atuais 50 presos poli-ticos deverão ser libertadosna próxima semana.

A informação foi prestadaontem pelo Presidente doSuperior Tribunal Militar,General Reinaldo Mello deAlmeida, que prevê, atravésdo indulto já prometido pe-lo Presidente da Republicae do livramento condicio-nal, a liberdade de todos ouquase todos os presos poli-ticos do pais até dezembropróximo.PROCESSO RÁPIDO

O General Reinaldo Mellode Almeida declarou que oSTM aguardará apenas asanção da Lei de Anistiapara lhe dar imediato cum-primento. Nào esperará suapublicação no Diário Ofi-ciai. A partir do dia imedia-to ao em que a lei for saneio-nada, o STM passará aatuar em "expediente com-pleto", com sessões diáriasdas 8h30m as 18h, com in-tervalo apenas para o almo-ço, a ser servido no própriotribunal.

O STM executará a Lei deAnistia nos processos quese encontram em seu poder,em grau de recurso. O.s mi-nistros relatores os levaráopara julgamento. Reconhe-cido o direito à anistia êproclamada extinta a puni-bilidade e comunicada a de-cisào, no mesmo dia, portelex, ao auditor militar, pa-ra colocar o condenado emliberdade caso ele se encon-tre preso.

Os auditores executarão

a lei nas ações em anda-mento. inclusive nas que seencontram paralisadas porser o réu revel. Ha aproxl-madamente 170 revéis naJustiça Militar, e todos »ebeneficiarão com anistia,inclusive os que sáo acusa-dos de terem cometido umdos crimes excluídos do be-nefício (terrorismo,atenta-do pessoal, seqüestro e as-saltoi porque suas condena-ções, se já aplicadas, naotransitaram em julgado.

Caberá ainda aos audito-res executar a lei nas açòesque estejam com sentençacondenatória transitada emjulgado. Os processos quese encontrem no SupremoTribunal Federal, em graude recurso, seráo decididospor seus ministros.O Gene-ral Reinaldo Mello de Al-meida informou que entreas 2 mil 600 pessoas conde-nadas pela Justiça, desde1965. ha pelo menos 350 as-saltantes comuns, exclui-dos, portanto da anistia.CONDENAÇÃODEFINITIVA

O Presidente do STM dis-se como interpreta a ex-pressão condenados, cons-tante da Lei de Anistia:

— Como condenados,usando a expressão legal,há que se entender os queforam condenados por sen-tença transitada em julga-do. Segundo princípio basi-lar de direito penal, antesde sentença condenatóriadefinitiva, final, da qual naocaiba mais recurso, nào sepoderá falarem condenado.

Esse também é o pensa-mento de todos ou pelo me-nos da grande maioria doSTM.

Advogado comparaperdão com o de 45

Sáo Paulo — O advogadopaulista Iberê Bandeira deMelo defendeu ontem a tesede que o projeto de anistiaaprovado pelo CongressoNacional é , náo apenas emseu conteúdo, mas tambémformalmente, igual ao de-creto assinado em 1945 peloPresidente Getúlio Vagas,náo sendo melhor nem piordo que o exemplo anterior.

Segundo Bandeira de Me-lo, "é errado pensar que ostorturadores estejam bene-ficiados pela anistia, pois oprojeto de anistia aprovadoprevê o perdão aos crimesconexos aos crimes políti-cos e o crime de torturadornão tem qualquer conexãocom os eventuais crimesdos torturados. Pensar queos torturadores sào anistia-dos junto com os presos po-

liticos é até uma injustiçacom o legislador".

Ao comparar o decreto as-sinado por Vargas em 1945com a lei votada quarta-feira pelo Congresso, o ad-vogado paulista quer dizerque "esse projeto é retro-grado, além de nào pseifi-car os espíritos, quando es-quece alguns e beneficia ou-tros que talvez praticaramcrimes maiores, pelo sim-pies fato de nao haveremrespondido por eles".

A anistia de 1945, previstano Decreto-Lei n° 7474, de18 de abril do último ano doEstado Novo. como o atual,exclui da anistia "os crimescomuns praticados com finspolíticos e que tenham sidojulgados pelo Tribunal deSegurança Nacional".

JORNAL DO BRASIL ? Sábado, 25/8/79 D I6 Caderno POLÍTICA E GOVERNO - 5

Chancelerda Malásiachega hoje

Brasília — O Ministro dosNegócios Estrangeiros daMalásia, um pais cuja únicaafinidade com o Brasil foiter servido de campo de ex-perimentação para que osingleses pudessem destruiro monopólio da produçãode borracha na Amazônia,no começo do século, vaichegar a Brasília em visitaoficial na próxima segunda-feira, de acordo com anún-cio feito ontem à tarde peloItamaratl.

O Príncipe Ahmad Ri-thauddeen, que lidera a de-legação da Malásia à Confe-rência dos Países Não Ali-nhados, em Havana, desem-barcará às 16h40m de hojeno Rio, de um vôo vindo deLondres, acompanhado dasua mulher, a Princesa NorAini, e de dois assessores doMinistério dos Negócios Es-trangeiros de Kuala-Lumpur. Ele vai ser recebi-do pelo Presidente João Pi-gueiredo, no Palácio do Pia-nalto, na manhã de segun-da-feira, e homenageadocom um almoço, logo emseguida, pelo Chanceler Sa-raiva Guerreiro, no Itama-rati.

Rithauddeen e sua comi-tiva ficarão hospedados noHotel Copacabana Palacedurante a permanência noRio e só chegarão a Brasíliapara iniciar a parte oficialda visita, na noite de ama-nhã. Seu programa incluitambém visitas ao Io secre-tário do Senado, SenadorNilo Coelho; ao presidenteda Câmara dos Deputados,Flávio Marcilio; e ao presi-dente do Supremo TribunalFedera)., Ministro AntônioNeder. Ainda na tarde desegunda-feira, o Chancelermalaio concederá uma en-trevista coletiva ã impren-sa, às 16hs, no Itamarati.

Congressoquer rádioe TV

Brasília — A liderança doGoverno no Senado concor-dou com o adiamento devotação do projeto que tor-na obrigatório às emissorasde rádio e televisão sob con-trole direto da União reser-varem uma hora de sua pro-gramação semanal para di-vulgação de debates sobregrandes problemas brasilei-ros, sob a responsabilidadedo Congresso Nacional.

O Projeto deveria entrarontem em votação, mas, an-te o parecer contrário daComissão de Constituição eJustiça, cogitou-se do seuadiamento, quê foi solicita-do pelo Senador FrancoMontoro (MDB-SP), com aconcordância do SenadorJarbas Passarinho (Arena-PA), lider do Governo.OBJEÇÕES

Considera-se assim quehá a viabilidade de uma in-versão de rumos da banca-da do Governo relativa-mente ao projeto. Segundoo projeto, a organização dosdebates deve ser efetuadapelos comitês de imprensada Câmara dos Deputadose do Senado, com um repre-sentante da liderança de ca-da Partido.

A inspiração do projetofoi, segundo o SenadorFranco Montoro, o fato deque "a população brasileiravem atravessando um acen-tuado processo de aliena-çáo quanto aos grandesproblemas nacionais".

O relator na Comissão deConstituição e Justiça. Se-nador Murilo Badaró. consi-derou o projeto inconstitu-cional e injuridico, sob aalegação de que "o Con-gresso Nacional, a cuja res-ponsabilidade ficará a pro-gramação semanal, nàoexiste como pessoa júri-dica".

Nordestecobrap r ornes sas

Fortaleza — Cobrar aspromessas feitas pelo Presi-dente Figueiredo é o objeti-vo da frente ampla de defe-sa ao Nordeste, formada on-tem por lideres da Arena edo MDB e os presidentesdas Assembéias Legislati-vas dos nove Estados que sereuniram ontem com ospresidentes das associaçõescomerciais e empresáriosda região.

Ao encerrar o encontro, opresidente da AssembléiaLegislativa do Ceará,Deputado Aquiles PeresMota (Arena) disse que"basta de tanta promessa"e lembrou o discurso do Ge-neral Figueiredo, na Sude-ne. ainda como candidato aPresidente da Republica."Passado o tempo, aliásnâo demasiado, tivemosmanifestações inquietantesde que as promessas exigi-riam nào apenas cobranças,mas ate ações executivas".

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6 — JORNAL DO BRASIL D Sábado, 25/8/79 D Io Caderno

Informe JBQuatro

Terminada sua missão relativa àanistia, o Sr Petrônio Portella volta-seagora para a reformulação partidária,capítulo seguinte da história políticado país, neste fim de década.

O Ministro da Justiça deverá traba-lhar, a partir de amanhã, na últimafase do projeto que será encaminhadoao Congresso até o final do próximomês, para ser aprovado ainda nestalegislatura.

A idéia é aproveitar o período dorecesso, que começa a 5 de dezembro,para a estruturação dos novos Par-tidos.

Nessa época já estarão no Brasil,em pleno gozo dos direitos políticos eprovavelmente em plena ação, todosos líderes partidários que hoje se en-contram no exterior.

E assim o pais veria a inauguraçãodo ano político de 1980 com os quatroPartidos já prontos, funcionando.

¦ ¦ ¦

Em principio, segundo os cálculosdos melhores estrategistas, serão oArenão, o Independente, o PTB e o querestar do MDB.

Mudança

Ao sancionar, na próxima semana, aLei da Anistia, o Presidente João Fi-gueiredo estará introduzindo mudançasubstancial no Direito Civil brasileiroem matéria da figura jurídica de au-sência.

Até então, a declaração de ausêncianão ensejava possibilidade de novo ca-samento, e, para abertura da sucessãodefinitiva, era necessário esperar pelomenos 10 anos, depois de passada emjulgado a sentença que concedia aber-tura de sucessão provisória.

Com a nova lei, tal declaração esta-belece todos os efeitos de morte civil.

Em outras palavras, a lei consideraestarem mortos os desaparecidos.

Carne

Na reunião que movimentou maisde 500 pessoas, na Granja do Ipê, porocasião do aniversário do MinistroGolbery do Couto e Silva, o MinistroDelfim Netto conversava com o empre-sário Geraldo Bordon, sobre o preço dacarne. "Como está o mercado, Geral-do?" perguntou o Ministro. "A cami-nho dos Cr$ 1 mil a arroba do boi empé", respondeu o industrial. E Delfim:"Não é possivel. Não vou permitir quepasse dos novecentos, e até menos".

O Sr Delfim Netto garante que esse' limite já remunera de sobra o produtore deixa margem razoável para os frigo-rificos.

O Sr Geraldo Bordon não gostou daconversa.

Alma

Dois, dos três personagens da histó-ria de banqueiros e bancários, já traba-¦ lharam com o Sr Margalhães Pinto. OSr Teófilo de Azeredo Santos, seu so-brinho e antigo empregado, é o presi--dente da Federação Nacional dos Ban-cos e portanto fala pelos banqueiros. OSr Murilo Macedo, Ministro do Traba-lho, também é diretor do Banco Nacio-nal, licenciado. Caberá a ele tentarconciliar as duas classes.

O terceiro homem é o Sr Ivan Pi-nheiro, presidente do Sindicato dosBancários e funcionário do Banco doBrasil.

¦ ¦ ¦

Um dia o Sr Magalhães Pinto con-fessou-se um banqueiro com alma debancário.

Seria interessante saber hoje comoanda a alma do Sr Magalhães Pinto: semais para os banqueiros ou mais paraos bancários.

rio recusou-se a lavar a xícara, pendu-rando-a na parede como um troféu. Umdia, estudantes entraram no bar e alve-jaram a xícara, despedaçando-a.

Na quinta-feira, já como Presidenteda República, o General Figueiredovoltou a Ribeirão Preto e foi novamen-te tomar o seu cafezinho e comer umpão de queijo, pelos quais pagou, por-que quis, CrS 100.

O dono do bar voltou a procedercomo anteriormente: não lavou a xíca-ra e pendurou-a no mesmo lugar daanterior.

E está à espera dos atiradores.

Atraso

Quanto mais se investiga as circuns-tancias da fuga do preso político Theo-domiro Romeiro dos Santos, fica maispatente que, pelo menos ao denunciaras péssimas condições do principalpresídio baiano, o Sr Mario Conceição,diretor da casa, está coberto de razão

Na guarita da prisão pode-se notar,por exemplo, um certo atraso em rela-ção à história política do Brasil. Naparede, o retrato do Presidente da Re-pública não é o do General Figueiredo,mas sim do Sr Getúlio Vargas.

Estréia

Desde ontem o Ministro Delfim Net-to passou a ocupar o gabinete que oseu antecessor usava quando vinha aSáo Paulo.

Fica no 18° andar do edifício daReceita Federal, na Avenida PrestesMaia. É um conjunto de salas amplas,com elevadores privativos ligando di-retamente à garagem do subsolo.

Por essa passagem discreta entrame saem, longe dos olhos do público, aspessoas mais importantes que ele rece-be em audiência.

Quem a estreou foi o empresárioAbilio Diniz, do grupo Pâo de Açúcar.

Diálogo

O contencioso salarial entre opera-rios e empresas metalúrgicas do Muni-cipio do Rio de Janeiro parece encami-nhar-se para desfecho diferente do queresultou, em abril deste ano, na grevedos trabalhadores da categoria, em Ni-terói.

As duas partes realizaram váriosencontros na sede da Federação dasIndústrias do Rio de Janeiro e, nopróximo dia 4 de setembro, discutirãoos termos de nova convenção coletivade trabalho.

Para bom entendimento náo há ca-minho melhor do que o diálogo.

Outra Civilização

Ontem, em Brasília, no Gabinete doSr José Madeira, chefe do Departa-mento de Censura Federal, na ausèn-cia do próprio ninguém sabia explicarem que o poema Vou-me Embora PraPasárgada, de Manuel Bandeira, con-trariava "as disposições censoriais vi-gentes," impedindo sua apresentaçãonum Festival de Música e Poesia, noParaná.

Não se sabia também quem era o SrManuel Bandeira.

Aliás, não se sabia sequer que Vou-me Embora Pra Pasárgada é umpoema.

Troféu

Quando viajava pelo Brasil, na fase"contato com a realidade", da suces-sào presidencial, o General Figueiredopassou por Ribeirão Preto e tomou umcafezinho no bar A Única. O proprietá-

Know-how

O economista Cleantho de PaivaLeite, vice-presidente da AssociaçãoNacional de Fertilizantes foi à China evoltou impressionado com a agricultu-ra do pais. Os chineses conseguemduas a três colheitas por ano, alternan-do arroz, trigo, milho e soja, porexemplo.

O segredo de Pequim está na irriga-çáo abundante e na proporção de usode 60% de adubos orgânicos para 409cde fertilizantes químicos. Onde a de-senvolvida cultura européia consegueproduzir 4 toneladas por hectare, oschineses retiram de 10 a 12.

Ele pretende organizar suas notasde viagem num estudo comparativocom a performance brasileira.

Lance-livreHá um quarto de século, completa-

do ontem, o Presidente Getúlio Vargascometia suicídio, com uma bala nocoração. Há 18 anos, no dia de hoje. oPresidente Jânio Quadros renunciavaà Presidência. No Brasil, é agosto omais cruel dos meses. E agosto de 1979ainda não terminou.

Frase do Sr Tancredo Neves, ementrevista à revista Senhor: "O bompara o Brasil seria um Presidente for-te, militar, e um Primeiro-Ministrocivil". O esquema já foi tentado naAlemanha com o Marechal Hinden-burgo e o Sr Adolf Hitler, e não deucerto.

Depois da aprovação do projeto deanistia, mais de 30 deputados da Arenaforam jantar com o Deputado HerbertLevy numa churrascaria, onde ficaramaté de madrugada. Todos se manifesta-ram contra o Arenão. Na semana ante-rior, em outro jantar de parlamentarespromovido pelo Sr Herbert Levy a po-sição havia sido a mesma.

O depósito compulsório para via-gens ainda não caiu, mas quem nãoreservou lugar nos vôos para a Europadificilmente viajará nos próximos 10dias. Os aviões para Londres, Roma eParis estão partindo lotados.

A monotonia que tem marcado asreuniões da Assembléia Legislativa dePernambuco foi quebrada ante-ontemquando um enxame de abelhas africa-nas invadiu o pátio do Palácio Joa-quim Nabuco, levando o pânico a gran-de parte dos funcionários. Foi necessá-rio chamar o Corpo de Bombeiros, que

atacou os insetos com gasolina. O trá-fego nas imediações do Palácio ficoutumultuado e a presença de grandenúmero de populares criou pequenaconfusão. Alguém pensou que o ex-Governador Miguel Arraes havia che-gado.Entre várias personalidades quereceberão hoje a Medalha do MéritoMilitar, em Brasília, está o Sr IsaacKerstenetsky.

O sistema de som do QG do Exerci-to, em Brasília, mandava ontem paraos gabinetes a melodia de Viola Enlua-rada de Marcos e Paulo Sérgio Valle,que no fim da década de 60 chegou aser considerada canção de protesto.Ontem, ao retirar-se do Encontrode Empresários do Setor Siderúrgico,em Salvador, o Governador AntônioCarlos Magalhães desculpou-se comos jornalistas alegando compromissourgente: "Vou me encontrar com oTheodomiro". E deu um largo sorriso.

No próximo dia 28 a Ordem dosVelhos Jornalistas oferece almoço, noClube Militar, em homenagem ao Exér-cito. O Ministro do Exército será repre-sentado pelo General Gentil Marcon-des Filho. Comandante do I Exército.

O político fluminense Nilo Peçanhaconsiderava os mineiros "os mais poli-ticos dos brasileiros". E explicava:"São como os turcos da Rua da Alfàn-dega. Podem estar-se estraçalhandono fundo da loja. Mas se chega a poli-cia, vèm todos abraçados e contestam:nós, brigando? Nào. Nós somosamigos..."

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O Sistema CAPEMI está participando da EXPO-EX 79, promoção do I Exército, noPavilhão de São Cristóvão. O "stand" da CAPEMI oferece uma visão da obra assistenci-ai desenvolvida a favor do sócio e seus beneficiários, além do amparo à criança e velhocarentes, e vem despertando enorme interesse das centenas de pessoas que comparecemdiariamente ao local. A foto mostra o momento em que o Governador Chagas Freitas,acompanhado do General Gentil Marcondes Filho, Comandante do I Exército, de ou-trás altas autoridades e do Diretor Presidente do Sistema CAPEMI, General AdemarMessias de Aragão, visitava o "stand", no dia da inauguração. A EXPO-EX 79 vai até opróximo domingo.

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O Dr Sabin recebe o título outorgado em 67

Sabin recebe título deDoutor da USP com votosdo país extirpar pobreza

São Paulo — O cientista Albert Sabin, desço-bridor da vacina oral contra a paralisia infantil,recebeu ontem o título de Doutor Honoris Causada Universidade de São Paulo e afirmou queespero, "até o final deste século", ver o Brasil sempobreza. Ele comemora amanhã, 73 anos deidade.

Ao discursar, em inglês, disse que "existemdois brasis, um pobre, ainda subdesenvolvido, eoutro, moderno, cheio de trabalho e união. Citocomo exemplo, para o último caso, as obras deItaipu, com as quais fiquei encantado. Um dia,ainda quero ver o Brasil uno, sem pobreza".TRABALHO

O Dr Alberto Sabin veio aSão Paulo especialmentepara receber o título, outor-gado em 21 de agosto de1967. Estava acompanhadoda mulher, a carioca Heloí-sa Dunshee de Abranches.O cientista recebeu o titulovestido de beca. Compare-ceram à cerimônia autori-dades civis e militares e rei-tores das principais facul-dades paulistas. O título lhefoi entregue pelo Reitor daUSP, Waldyr Muniz Oliva.

O cientista comentou queestuda, atualmente, "os tra-balhos realizados no campodo câncer. Estou fazendouma catalise do que exis-te". Quanto ã cura do càn-cer, afirmou que não acredi-ta numa vacina: "os meto-dos para seu tratamento se-rão baseados nas recentesdescobertas do que seja ocâncer humano. O câncer éo resultado de uma perdade gens regulatórios ou ce-lulas normais"."As causas da doença sãogenéticas e não microbia-nas. São conseqüência daprópria natureza do indivi-duo. Minha maior preocu-pação atualmente é com asimunizações do mundo in-

teiro. Também descobrir anatureza do câncer, pesqui-sar as doenças respiratóriase, aumentar os estudos nocampo imunológico. É bomlembrar que estou sintetl-zando todos os trabalhosexistentes no mundo sobreo câncer. Estou trabalhan-do fora do laboratório."

INFÂNCIA

Segundo o Sr Alberto Sa-bin. "os problemas de infãn-cia no mundo sào principal-mente decorrentes da po-breza, subnutrição, diarréiae má alimentação. Sua solu-ção depende mais das me-lhores condições de vida doque de vacinas." Lembrouque "em muitas partes domundo a poliomielite aindaé um sério problema, issoporque os serviços de vaci-nação são feitos de maneirainadequada."

O Sr Albert Sabin e DHeloísa ficarão no Brasilaté o dia 31. O cientista fezum curso de Português dedois meses na PUC do Rio ejá fala o idioma, emboracom dificuldade. O profes-sor Sabin já recebeu o titulode Cidadão Paulistano em1963, e de Servidor Eméritodo Estado, em 1967.

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JORNAL DO BRASIL D Sábado, 25/8/79 ? Io Caderno NACIONAL

Beltrão acha as coisasruins porque o país épobre mas metido a rico

Sáo Luís — "O Brasil é um país pobre metidoa sofisticado; por isso, as coisas aqui vão mal e aburocracia vai bem" — advertiu o Ministro Ex-traordinário para Desburocratização, Sr HélioBeltrão, ao participar, nesta capital, do debatepromovido pela AGM (Associação Comercial doMaranhão) em comemoração aos seus 12 anos defundação.

No debate, anteontem à noite, na ACM, oMinistro, sentado entre o presidente nacional daArena, Senador José Sarney (que fez questão deacompanhá-lo até Sáo Luís) e o Governador doEstaao, João Castelo, disse que devemos buscarsoluções simples, "compatíveis com a nossa po-breza", em vez de copiar modelos estrangeiros.

Salvador / Foto de Artur Ikiulmo

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MANIA DE GRANDEZAO Sr Hélio Beltrão, que foi

ex-Ministro do Planejamen-to no Governo Costa e Sil-va, admitiu poder morrerprimeiro do que a burocra-cia, mas prometeu fazer tu-do para que tal não aconte-ça, embora ela seja uma he-rança cultural presente aténa Constituição. O Ministrochamou a União e o INCRAde "terríveis burocratas",aconselhando Estados eMunicípios a intensificaremos contatos com Brasilia,que é o lugar das decisões.

O Ministro condenou amania de grandeza do país,principalmente na épocados milagres, quando esta-va na moda dizer que "AAmazônia devia dar um sal-to pra frente"."Eu, no tempo dos mila-gres, ouvia sem parar suges-toes até de como seria esse

salto. Recebia muitas car-tas do Ministério. Só que, amais inteligente delas, diziaque a Amazônia tinha quedar era um salto para trás esalvar-se de toda essa febreprogressista que a estavalevando à morte. Essa cartame aliviou".

Logo que o Ministro con-tou a história do salto naAmazônia, um empresáriocearense perguntou-lhe senâo era contraditório o Go-verno criar um Ministério,com muita burocracia, paradesburocratizar."Eu sou o único Ministroque nâo tem Ministério, nãotenho nada. Na minha, salasó tenho uma secretária euma porção de telefones.Mesmo assim, a única coisaque posso assegurar-lhe éque vou tentar, custe o quecustar, desburocratizar estepaís

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Embrafilme vai usar osfinanciamentos para darestabilidade à indústria

A Embrafilme quer resolver um dos maioresproblemas da indústria cinematográfica brasilei-ra — a instabilidade. Segundo o seu presidente,Celso Amorim, a empresa "busca equilibrar oatual panorama, que alterna períodos de grandeatividade cinematográfica com outros de ativida-de mínima, espaçando a liberação de suas verbas

, durante todo o ano."O Sr Celso Amorim reuniu ontem a imprensa

para apresentar o Programa de Desenvolvimentode Projetos de Realização Cinematográfica, quefinanciará o desenvolvimento de roteiros de fil-mes de longa metragem. Pessoas de todas asáreas do cinema estão sendo convidadas paraopinarem a respeito dos projetos.

Ministro adia a criaçãoda TV por cabo até ouvirsugestões dos deputados

Brasília — O Ministro das Comunicações,Haroldo Corrêa de Mattos, decidiu ontem retar-dar, por um mês, o envio ao Palácio do Planaltodo projeto que cria o sistema de cabodifusáo —TV por cabo — no Brasil, a fim de permitir que aCâmara dos Deputados apresente sugestões. Eleaceitou convite do Deputado Israel Dias Novais(MDB-SP) para debater o projeto na Comissão deComunicações, dia 26 de setembro.

o Deputado Walmor de Luca (MDB-SC), querecentemente criticou o projeto afirmando quefavorecerá grupos multinacionais, esteve esta se-mana com o Ministro Haroldo de Mattos, em seugabinete, juntamente com 11 outros parlamenta-res dos dois Partidos para ouvir explicações sobreo sistema a ser instalado no Brasil dentro de trêsanos.ENCONTRO

Durante o encontro comos deputados o Ministroafirmou que o projeto prevê"todo apoio e proteção" àsempresas nacionais queatualmente estão equipa-das para fabricar 807r dosequipamentos necessáriosà televisão por cabo. Expli-cou que o projeto fora sus-tado em 1976 pelo Presiden-te Ernesto Geisel porquenaquela época o Governohavia limitado as importa-ções."Quanto a beneficiar mui-tinacionais — disse o Minis-tro — o regulamento é claroe incisivo: todos os gruposterão que ser integrados ex-efusivamente por brasilei-ros". Ele informou, inclusi-ve, que o Governo já tomoumedidas para impedir quegrupos estrangeiros sejamrepresentados por empre-sas brasileiras na explora-cão do serviço de cabodi-fusão.

O Ministro adiantou queo regime jurídico da cabodi-fusão será o de administra-çâo por concessão, podendoparticipar da concorrênciaentidades de direito públi-co, de administração públi-ca direta, fundações e socie-dades nacionais, por açõesnominativas ou por cotasde responsabilidade limita-da, desde que subscritas ex-clusivamente por brasilei-ros natos ou naturalizados.

A cabodifusáo consistenuma transmissão ponta-a-ponta, podendo o usuáriousar seu aparelho conven-cional de televisão para re-ceber a imagem. Por serconsiderado uma "corres-pondència fechada", a cen-sura aos programas serámais branda.

O anteprojeto não faz, in-clusive, referência a qual-quer tipo de proibição, mes-mo à exibição de filmes por-nográficos.

D Ricardo assumeuma das diocesesmais problemáticasBahia temamanhã maisjovem bispo

Salvador — O mais jovembispo do país, D RicardoWerberger, de 39 anos, queserá empossado amanhã nadiocese de Barreiras, regiáodo Alto Sào Francisco, afir-mou que "é muito impor-tante, nesse momento, apresença da Igreja na vidanacional, para que o desen-volvimento, principalmenteeconômico, náo atinja ape-nas uns poucos privilegia-dos, mas a todos sem dis-tinçâo".

D Ricardo Weberbergerresponderá por uma dasmaiores e mais problemáti-cas dioceses baianas, queabrange 12 municípios etem sido marcada nos últi-mos anqs por constantesconflitos envolvendo a pos-se da terra. Em sua açãopastoral, o novo bispoanunciou que vai chamar aatenção das comunidadespara as injustiças e buscará"recursos humanos paraatender as regiões afasta-das, pois o índice de pobre-za é muito grande e a grila-gem é um dos problemas aserem enfrentados".

MISSÀO DA IGREJA

Nascido na Áustria, ondese ordenou padre em 1964,ele veio 10 anos depois parao. Brasil como vigário dadiocese de Barreiras. Fezdoutorado de teologia e filo-sofia na Universidade deSalzburg, viajando depoispor vários países, inclusiveda América Latina, de cujosproblemas é consideradoum conhecedor.

Para D Ricardo, em pri-meiro lugar a missão daIgreja "é construir para oreino de Deus", missão que,segundo ele, requer tam-bém uma participação poli-tica, "já que a Igreja traba-lha com o homem e desen-volve, hoje, um trabalho deconscientização que fatal-mente envolve aspectos po-líticos"

PRIMEIRO PASSO

Segundo o Sr Celso Amo-rim, este é o primeiro passoda nova gestão relativo àprodução. Cada roteiroaprovado receberá CrS 200mil para ser desenvolvido eos primeiros contratos de-vem ser assinados até mar-ço. A Embrafilme já tem 130projetos para serem exami-nados, mas aceita inseri-ções até o dia 28 de setem-bro. Serão selecionadas 30ou 40 propostas que recebe-râo o financiamento pararoteiro, dos quais 18 ou 20 aEmbrafilme produzirá as fil-magens.

No ano passado a Embra-filme sempre entrava com60% da produção (30% co-mo co-produção e 30% co-mo adiantamento da ren-da), mas a partir de agora,disse o Sr Amorim, náo teráuma norma . Por exemplo:num filme com grandes pos-siblidades comerciais, po-dera entrar com um percen-tual menor, mesmo que issosignifique mais dinheiro;em outros, culturalmenteimportantes, financiar qua-se tudo.

Para o Sr Celso Amorim,a Embrafilme é um órgão defomento cultural e tambémuma empresa que precisade lucros: "Além disso, semfilmes de grande bilheteriao cinema nacional não sedesenvolveria. O financia-mento de roteiros náo é

Senadoaprova

uma invenção da Embrafil-me. É assim que trabalhamos grandes produtores in-ternacionais. Além disso,estamos preocupados emestimular o aparecimentode roteiristas profissionais,que, no Brasil, sâo muitopoucos."

O presidente da Embrafil-me não está muito preocu-pado com a "economia deguerra" do Governo. A ver-ba oficial aumentou maisde 100% — os CrS 65 mi-Ihões do ano passado sãoagora CrS 185 milhões, masas receitas próprias da em-presa devem elevar o total aCr$ 300 milhões. "O cinemapode ser uma fonte de divi-sas e uma das maiores preo-cupações da Embrafilme écom a exportação. Estamosestudando a criação de fi-liais no exterior e já criamosa Superintendência de Co-mercialização Externa. Co-meçaremos pelos paísesque tem maior identidadecultural com o Brasil, comoos da América Latina e daÁfrica," comentou.

O Sr Celso Amorim infor-mou que, no primeiro dia daSemana do Filme Brasilei-ro, em Buenos Aires, o filmeA Força de Xangô, de IberèCamargo, tinha o dobro deespectadores que o filme do007. "Depois da Semana deAngola, já recebemos pro-postas para compra de to-dos os filmes.

LBA abreEncontro

biomédico Nacional

CartasrevelamHistória

Juiz de Fora — O Diretordo Patrimônio Histórico doArquivo Nacional, Sr JoséGabriel da Costa Pinto,descobriu ontem, numapasta esquecida na prate-leira do Museu MarianoProcópio, alguns documen-tos inéditos sobre a Históriado Brasil, entre eles seiscartas de Luiz Alves de li-ma e Silva, numa das quaiso Duque de Caxias provaque não queria assumir oPoder e o fez somente"atendendo a instâncias doImperador".

A informação foi prestadaontem pelo superintenden-te da Fundação Cultural Al-fredo Ferreira Lage, Sr Is-mair Zaghetto, informouque os documentos estãoem perfeita conservação eque serão microfilmados eenviados ao Arquivo Nacio-nal, para análise.

Entre os documentos dapasta, que se acredita per-tencesse a D Pedro II, figu-ram ainda bilhetes e cartasdo escritor português Cami-

•lo Castelo Branco, do poetafrancês Victor Hugo, das ir-mãs do Imperador, Januá-ria e Francisca, de GuerraJunqueira, do Rei DomLuiz de Portugal e do Reida Espanha, Afonso XII.Também alguns documen-tos assinados por NapoleàoBonaparte foram achados,mas ainda nâo decifradosdevido ao péssimo estadode conservação.

Segundo o Sr GabrielCosta Pinto, "os documen-tos que não tèm grande va-lor histórico, pelo menossão de alto teor informati-vo". Do total de 100 peças,ele acredita que pelo menos40 são inéditas e altamenteimportantes para a HistóriaPolítica brasileira. O desta-que, segundo ele, sáo as car-tas de Caxias. Numa delas,o patrono do Exército, cujadata se comemora hoje, dei-xa clara a sua fidelidade àFamilia Imperial, fato ain-da nâo muito esclarecidopor historiadores — e assi-nala aspectos de sua pró-pria família, o que será degrande valia para uma bio-grafia."

Mobral mostra o que atecnologia da escassezpode produzir de útil

Um disgestor de metanol que produz gás demetano retirado da planta baronesa, e que podeser utilizado nos fogões domésticos; uma estufasolar feita de bambu e plástico transparente, parasecar alimentos, e uma máquina de lavar roupafeita de tambor de óleo são alguns objetos criadospela Tecnologia da Escassez — programa desen-volvido pelo Mobral — e que estão expostos nasede da fundação, no Cosme Velho.

Para fabricá-los visando a orientar sua clien-tela para o aproveitamento de materiais encon-trados na natureza e os industrializados que sáojogados fora, o Mobral valeu-se de pesquisas deinstituições governamentais e técnicas desenvol-vidas pela cultura popular. As técnicas de comofazê-los serão inseridas no material didático doMobral e poderão ser transmitidas à comunidadepor campanhas de informação.os OBJETOS

A maquete do disgestorde metanol, em exposiçãona sede do Mobral, na La-deira do Ascurra, foi desen-volvida com base em pes-quisas do Instituto de Pes-quisas da Marinha. O gás éretirado da planta aquáticabaronesa (que o produz emgrande quantidade, é de fá-cil obtenção e se reproduzcom facilidade). Depois deseca por 15 dias, é colocadanum saco de plástico espe-ciai. Através de mangueira,o gás pode ser usado emfogões domésticos.

A estufa solar, feita combambu e plástico transpa-rente, tem a vantagem desecar rapidamente alimen-tos. A máquina de lavar éfabricada com tambor deóleo, pintado com zareão,no qual se instala um agita-dor feito com balde e cabode madeira para ser movi-mentado de cima para bai-xo. Num tambor de 100 li-tros, podem ser lavados 5kg de roupa. Para fabricaruma roda de afiar (amolafacas, enxadas, pás e foi-ces), usa-se uma armaçáode madeira, de areia grossa,cimento e água.

Estáo expostos ainda sa-bão biodegradável feito de

soda cáustica, sebo, óleo ve-getal, água e essência paradar cheiro; caneta de bam-bu; lanternas feitas com la-tas de leite em pó, furadasnas partes laterais; pás fei-tas de lata de óleo de cozi-nha e saco de papel fabrica-do com jornal velho. A ex-posição destina-se aos fun-cionários do Mobral, paraque sejam conscientizadasa aproveitarem materiaisnaturais ou industriali-zados.

O programa Tecnologiada Escassez, do Mobral, soba orientação da professoraMarlise Moreira Salles visaà promoção do registro e

.difusão de métodos e técni-cas criadas pela cultura po-pular; dinamizar a sua pro-dução; e adequar as.técni-cas populares às condiçõesexistentes em cada área.

O presidente do Mobral,Arlindo Lopes Corrêa, disseque as noções da tecnologiada escassez seráo veicula-das pelos 5 milhões deexemplares da coleção Ca-da Cabeça é um Mundo des-tinados aos alunos do Mo-bral; pelos 1 milhão deexemplares do Jornal Ru-ral, que é distribuído à co-munidade e pelo Jornal Mu-ral destinado às classes dealfabetizaçáo.

Brasilia — Em regime deurgência, o Senado aprovouontem projeto de iniciativada Câmara dos Deputados,que permite aos portadoresde diplomas de biomédico,e aos que venham concluiro curso até 1983. realizaremanálises clínico-labora-toriais, assinando os respec-tivos laudos, uma vez quecomprovem terem cursadodisciplinas indispensáveisao exercicio da atividade.Agora, o projeto será enca-minhado ao Presidente daRepública para sanção.

Foi rejeitada emenda doSenador Evelásio Vieira(MDB-SC). no sentido de se-rem extintas, a partir de1980, as matrículas iniciaisnos cursos de biomédico.Segundo parecer da comis-são de Constituição e Justi-ça. a favor do projeto e con-trário à emenda, o objetivodesta seria extinguir talmodalidade de curso, inva-dindo assim competênciado Conselho Federal deEducação.

Brasília — Ao instalar, namanhã de ontem, o Encon-tro Nacional da Legião Bra-süeira de Assistência, o Mi-nistro da Previdènca So-ciai, Jair Soares, afirmouque o INAMPS gasta CrS 90bilhões anuais em saúde eque, se somadas as verbasdo Ministério da Saúde (CrS8 bilhões) e das Secretáriasestaduais e municipais deSaúde, as despesas do paíscom a saúde perfazem umtotal de Cr$ 130 bühões.

O Encontro Nacional daLBA reúne as mulheres dosgovernadores de Estados eTerritórios e dos prefeitosdas grandes cidades com oobjetivo de promover esfor-ços, junto às mulheres dascomunidades brasileiras,no sentido de obter recur-sos para o atendimento àscamadas mais pobres dapopulação. A reunião vaiavaliar os programas desen-volvidos pela entidade emtodo o pais.

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8 — JORNAL DO BRASIL D Sábado. 25/8/79 D Io Caderno

Chagas libera pagamento na Secretaria de Educação"Determinei hoje a adoção das

providências necessárias para oimediato pagamento de todos osservidores da Secretaria de Educa-ção, sem exceção": o trecho é denota oficial do Governador ChagasFreitas distribuída ontem, na qualanalisa sua posição diante das rei-vindicações do professorado e deoutros servidores.

A nota explica que as gratifica-ções correspondentes ao Artigo 20do Estatuto do Magistério não fo-ram pagas em agosto, por causa dademora da remessa das folhas deponto, mas os professores as rece-berão em folha suplementar ou nocontra-cheque de setembro. Infor-ma ainda que na próxima semanaanunciará à Assembléia que acolhea indicação feita por deputados doMDB.

Intrega"Ao assumir o Governo, há ape-

nas cinco meses, encontrei o profes-sorado do meu Estado em greve.

No discurso de posse, manifesteiuma grande preocupação com asituação dos servidores estaduais,injustiçados pelas distorções doPlano de Classificação de Cargos. Apartir dai, cada minuto da minhavida foi dedicado à conciliação dasreivindicações dos servidores com aimperiosa necessidade de consoli-dar a fusão.

Governando com um orçamentofeito à minha revelia, tinha queatender às reivindicações que eu,antes de qualquer pessoa, conside-rava justíssimas, sem, contudo, per-mitir que atividades vitais para apopulação fossem paralisadas pe-los cortes orçamentários que nãopude evitar, mas que, tenho certe-za, não produziram efeitos sobre ascamadas mais carentes".

Greve selvagem"Diante do insucesso do movi-

mento grevista, já que a grandemassa dos professores reconheciaos esforços que o Governo promo-via, formaram-se piquetes à portadas escolas. Professores e alunosameaçados. Alguns até agredidos.A greve tomou-se selvagem. As fra-cassadas tentativas de obter ade-soes cederam lugar às ofensas pes-

soais. Um pouco além, surgiram asagressões.

Assim, nada mais restava a fazerdo que preservar o princípio daautoridade do Estado, para tran-qüilidade da família fluminense, oque foi feito nos estritos limites daLei".

Ao longo dessa jornada, 21 milprofessores contratados foram efe-tivados; todos os professores da re-de estadual foram enquadradosprovisoriamente, com retroativida-de a 16 de março; o artigo 20 doEstatuto do Magistério foi regula-mentado, concedendo aos mestreso direito à gratificação de regênciade turma, coordenação de turno epor exercício da atividade em localde difícil acesso; o novo plano devencimentos foi decretado".

Pagamento"Agora, restabelecida a normali-

dade, livre o Governo do clima depressão que minorias pretenderamcriar, determinei hoje a adoção dasprovidências necessárias para oimediato pagamento de todos osservidores da Secretaria de Educa-ção, sem exceção.

Çom a demora da remessa dasfolhas de ponto, à sede da Secreta-ria de Educação, tornou-se impossí-vel pagar em agosto, conforme oprometido, as gratificações corres-pondentes ao artigo 20 do Estatutodo Magistério. Os professores quenão as receberem, na folha suple-mentar que está sendo preparada,as terão no contracheque de setem-bro, juntamente com as correspon-dentes àquele mês.

Finalmente, anunciarei à As-sembléia Legislativa, já na próximasemana, que acolho, integralmente,a indicação dos senhores deputa-dos do MDB, realizando todos osatos para a produção de seus efei-tos, no que diz respeito aos triêniose qüinqüênios, ao enquadramentopelo nível de formação e ao novoplano de vencimentos.

Não me ficam dúvidas de que,assim, cumpro uma das principaismetas do meu Govemo: atendo auma das mais laboriosas classes dofuncionalismo e dou aos meus con-didadãos a certeza de que seus fi-lhos terão um ensino melhor".

STM concede liminar a professoresBrasília — O Superior Tribunal

Militar, pelo Ministro Ruy de LimaPessoa, concedeu ontem liminarpara impedir que o delegado Ar-thur Brito Pereira, do DPPS-RJ,identifique datiloscopicamenteprofessores indiciados em inquéritoque apura realização de greve ilíci-ta. O argumento é que as impres-soes digitais já estão no InstitutoFélix Pacheco.

A liminar terá vigência até o

julgamento de habeas corpus re-querido pelos advogados MárcioLuiz Donnici e Nélio Machado, emfavor dos professores Ricardo Bel-lingrodt e ítalo Moriconi (já indicia-dos) e Silvan Baldomiro da SilvaSantos, Maria Luiza Moreira Gal-vão, Jane Milan Caminha, Antônioda Costa Leal, Adílio Paula SalasarFilho e Tânia Martino Salim, queacreditam estarem ameaçados deinclusão no inquérito.

MEC não assume ensino de Io. grauBrasília — "As palavras do Mi-

nistro Eduardo Portella não têmsido perfeitamente entendidas. Emnenhum momento o MEC pensouassumir a responsabilidade pelo en-sino de Io grau", observou ontem oassessor de imprensa do MEC, aocomentar uma declaração do Pre-feito Israel Klabin a respeito doensino de Io grau, divulgada pelojornal O Globo,

"O que o MEC pretende é procu-rar uma forma de cooperação técni-ca e financeira para arrancar c^ensi-no fundamental do impasse em quese encontra", concluiu o assessor.Na quarta-feira, o Prefeito teria de-clarado que o MEC não deveriaassumir a responsabilidade pelo Iograu, mas sim transferir recursos.

Em comemoração aos 82 Anos desua fundação, a CASA GELLI MÓVEIS,promoveu um coquetel-jantar de con-fraternização, no qual estiveram pre-sentes os Diretores, Gerentes e Super-visores da empresa, acompanhados desuas esposas.

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MEC regula adisciplina nasuniversidades

Brasília — Apenas os atos praticadoscontra a integridade física e moral da pes-soa, contra o patrimônio moral, cientifico,cultural e material, e contra o exercicio dasfunções pedagógicas, científicas e adminis-trativas serão passíveis de punição, de açor-do com a regulamentação da nova legisla-ção sobre a disciplina dos alunos universitâ-rios.

A regulamentação, assinada ontem peloMinistro da Educação, Eduardo Portella,estabelece o direito à defesa, gradação daspenas, proibição de inclusão de penalidadeno histórico escolar e o cancelamento dassanções menores (advertência verbal e re-preensão) dos registros internos, se o punidonão reincidir no prazo de um ano.

Regimentos

A portaria foi divulgada pelo diretor-geral do Departamento de Assuntos Estu-dantis, Hélcio Ulhoa Saraiva; depois de pu-blicada no Diário Oficial, as universidadesterão 180 dias para apresentar novos regi-mentos disciphnares ao Conselho Federalde Educação, que os julgará. A regulamenta-ção estabelece as linhas gerais e dá grandemargem de autonomia às universidades.

O professor Hélcio Ulhoa Saraiva obser-vou que o documento é marcado pelo "espí-rito da abertura", considerando rundamen-tal que as universidades não se esqueçamque um regimento disciplinar é "antes demais nada, um instrumento educacional", eque "errando é que se aprende". Acrescen-tou que a regulamentação foi feita em regi-me de urgência, pois a extinção do Decreto477 criou um vácuo na disciplina universi-tária.

Por fim, o professor Hélcio Ulhoa Sarai-va informou que a representação estudantil,também englobada na nova legislação, temprazo de 90 dias para ser regulamentada,mas tudo deverá estar pronto até o final desetembro.

A Portaria"O Ministro de Estado da Educação e

Cultura, no uso de suas atribuições, e tendoem vista o disposto no Artigo 6o da Lei n°6680, de 16 de agosto de 1979, RESOLVE:

Art. Io.) As instituições de ensino superiordisporão sobre o regime disciplinar, aplicávelao corpo discente, em seus estatutos e regi-mentos, obedecidas as normas contidas nes-ta portaria.

Art.2°.) Na definição das infrações disci-plinares e fixação das respectivas sanções, asinstituições de ensino superior levarão emconsideração os atos contra: a) A integridadefísica e moral da pessoa; b) O patrimôniomoral, científico, cultural e material; c) Oexercício das funções pedagógicas, científi-cas e administrativas.

Art.3°) São sanções disciphnares: a) ad-vertència verbal; b) repreensão; c) suspen-sâo; d) desligamento.

Art.4°.) Na aplicação das sanções disci-plinares, seráo considerados os seguintes ele-mentos: a) primariedade do infrator; b) doloou culpa; c) valor e utilidade dos bens atingi-dos; d) grau da autoridade ofendida.

Art.5°.) Aplicação de sanção que impli-que no afastamento das atividades acadêmi-cas será prcedida de inquérito no qual seráassegurado o direito de defesa.

Art.6°.) O estatuto ou regimento da insti-tuição de ensino superior definirá as autori-dades competentes para apurar infrações eaplicar ações.

Art.7°.) Da sanção aplicada caberá recur-so ao órgão colegiado superior competente.

Art.8°.) O registro da sanção aplicada a-discente náo constará do seu histórico es-colar.

Parágrafo único. Será cancelado o regis-tro das sanções previstas nas letras A e B doartigo 3o. se, no prazo de um ano da aplica-ção, o discente não ocorrer em reicindència.

Art. 9o) O estatuto ou regimento da insti-tuiçâo de ensino superior disporá sobre osprazos e as normas processuais do regimedisciplinar.

ArtlO0) As instituições de ensino superiordeverão submeter à aprovação do Conselhode Educação competente, no prazo de 180dias os seus estatutos e regimentos adapta-dos à normas contidas nesta portaria.

Art. 11°) Esta portaria entrará em vigorna data de sua publicação, revogadas asdisposições em contrário.'

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King Kong desfilou no Centro nuna carreta de número 67, a do gorilano jogo-de-bicho, e garantiu o lucro dos banqueiros: deu borboleta

\focê acaba de faaeruma assinatura do

JORNAL DO BRASIL

Conselhodesagravao Cardeal

Reunido na igreja de SãoPedro, no Rio Comprido, oConselho Presbiteral, cons-tituido de 41 padres, enviouao Cardeal Eugênio Salescarta de repúdio e protesto"pelas considerações mali-ciosas e falsas, publicadasem revista semanal de am-pia difusão, contra a pessoade Vossa Eminência".

Assinada pelos Monse-nhores Maurilio César deLima e Vital FranciscoBrandão Cavalcanti e peloCónego Abílio Ferreira daNova, diz a carta que aque-les ataques "se inferem nocontexto de desmoraliza-ção com que se procuraatingir, de um modo ou deoutro, a hierarquia cato-lica".

INJUSTIÇA"Dói-nos ver" — continua

o documento — "como seusadversários — que sáo os daIgreja — de maneira tãosoez brindaram o jubileu deprata de seu operoso epis-copado. Lamentamos igual-mente a insistência de certamentalidade que busca vul-garizar e impor dividindo aIgreja de Deus, rotulandoseus pastores, como se fos-sem figuras políticas, à mer-cê da maré das circunstãn-cias."

"Consola-nos, porém, vera pessoa de Vossa Eminèn-cia assemelhada à de nossoMestre e Senhor, que comoEle e com Ele continua a servítima da injustiça despu-dorada dos seus inimigos.Queira Vossa Eminênciaperceber por meio destas li-nhas a adesão calorosa doseu clero através do Conse-lho Presbiteral."

Providêncialera sitiocom bichos

A 19a Feira da Providèn-cia, a realizar-se de 4 a 7 desetembro, no Rio Centro,terá como atração principalum protótipo de fazenda,que ocupará 10 mil metrosde área externa da exp osi-ção. Além de um trenzànhopara percorrè-la, mostrarábois, cabras e cavalos e ven-dera leite, manteiga e lin-güiça.

Pela primeira vez, partici-parão da Feira os Territó-rios de Roraima, Amapá eRondônia. Entre as repre-sentaçóes estaduais desta-cam-se as barracas do Esta-do do Rio (de D. Zoé ChagasFreitas), que venderá lito-gravuras de artistas reno-mados, e o Setor Jovem (omais alegre da Feira), com-posto por 20 grupos, combarracas de jogos e disco-tecas.

ESTRANGEIROS

Vinte e seis paises estarãopresentes. A França, ven-dendo queijos e vinhos; aInglaterra, uísque, comoprincipal atração; a Itália,vinhos e brinquedos; e, vol-tando à Feira depois demuito tempo, Portugal, quevenderá produtos enlata-dos, como azeite e sardi-nhas.

A Feira da Providência,tal como no ano passadoterá uma oarraca vendendoobjetos doados pela Recei-ta Federal [aqueles apreen-didos pela alfândega e que,a principio, deveriam serqueimados): calças jeans,perfumes, rádios de pilha eeletrodomésticos.

Gorila desfila por ruasdo Centro após semana demuitos atos e passeatas

Depois de uma semana de passeatas pela "

anistia e por aumentos salariais, ontem foi a vezdo gorila King Kong:, um gorila mecânico de 15metros de altura e 22 toneladas, que das 12h às13h desfilou pelo Centro deitado numa grandecarreta, amarrado por cabos de aço e embrulhadonum plástico preto.

A passagem de King Kong, escoltado porquatro batedores da PM, causou grande curiosi-dade e muita gente aproveitou a sugestáo parajogar no macaco, justamente o número 67 dacarreta (deu borboleta). A partir do dia 5 o gorilaestará montado na Praça 11, repetindo os movi-mentos e caretas que fez no filme.

e levou cinco dias pela Du-tra para chegar ao Rio.

A BANDA PAROU

Houve até quem se assus-tasse com a cara do gorilacom a boca escancarada eas órbitas vazias. Somentea cabeça, de duas toneladase três metros e meio, ficavapor fora do plástico e muitagente (era hora do almoço)se comprimia junto aosmeios-fios para ver o maça-co passar.

A bandinha dos bancáriosvinha desde a esquina daAv Presidente Varagas to-cando, a todo vapor, Me dáum dinheiro aí, convidandoa classe para a assembléiade hoje. Quando chegou naesquina de Ouvidor comRio Branco, os instrumen-tos começaram a calar e abandinha murchou comseus componentes boquia-bertos ou divertidos.

"Lá vai o custo de vida",ironizavam alguns, sem sa-ber que o macaco custou 10milhões de dólares, mas ascrianças eram as mais estu-siasmadas, algumas que-rendo saber "se ele está dor-mindo". Quase todos reco-nheciam o King Kong, ousimplesmente, "o macacodo filme", mas como nãohavia na carreta faixa oucartaz, a dúvida geral erasobre o que ele teria vindofazer ou qual o seu destino.

Além do número da carre-ta, era também anotada asua placa (MS 3421), masmuitos, com espírito maisobjetivo, ponderavam que omacaco estava muito mal-tratado, "quem sabe comsarna". Sua pelagem realis-ta, feita de 6 mil rabos decavalos pretos, já apresentasinais de desgaste.devido àsviagens a que submetemKing Kong desde que aca-bou de rodar o filme. Ele jáesteve 45 dias em São Paulo

TRANSITO CONFUSOA passagem da caneta

pelas Avenidas Rio Branco,Almirante Barroso, Antõ-nio Carlos e Rua Primeirode Março, antes de seguir _para a Praça 11, causou ai-"gum tumulto no transito e .por pouco não provocou ai-J-guns acidentes, pois os mo-toristas diminuíam a veloci-- ¦dade espantados com o queviam. King Kong estavasem braços (as articulaçõespodiam ser vistas pelas fa-Lhas do plástico), mas quar-ta-feira começa a ser mon-tado.

Ficará no terreno ondetradicionalmente sào arma--dos os circos no Rio, que jáestá sendo fechado por umacerca de alumínio. Segundoa empresa que promove avinda do macaco, a Carros-sei Promoções, a montagemserá supervisionada pes-soalmente por Eddie Sur-kin, o criador, além do KingKong, dos efeitos dos filmes,Tubarão (1 e 2), Terremoto,Aeroporto, Inferno na Tor-,, ,re e outros.

Quando estiver montado,num cenário tropical, King .Kong poderá ser visto porCr$ 50, com direito a apre-ciar seus 82 movimentos,"com força para levantartrès toneiadas, delicadezapara erguer uma criancinhaou brutalidade para derru-bar uma muralha, tudo co-mandado por computador".

Ao lado do gorila seráapresentado, pela primeiravez no Rio, o cinema Omni-vion 80, um filme de 70 mili-metros projetado numa telaesférica de 180 graus, quedá ao espectador a sensa-ção de estai- dentro do fil-me. Haverá filmes de mon-tanha russa, carros, e aviõesem alta velocidade.

Metrô fala Francêsfala detrânsito

direto comS. Aguiar

Para atender a passagei-ros e operários das obras, opresidente do Metrô, Noelde Almeida, inaugurou on-tem uma linha telefônica di-reta do Centro de ComandoOperacional ou HospitalSouza Aguiar, mas negou apossibilidade de um aciden-te de tráfego. Estão previs-tas Ligações diretas com oCorpo de Bombeiros, a PMe outros hospitais.

O Sr Noel de Almeida co-mentou que a comunidadefacilita acidentes "ao rou-bar cercas e tapumes queprotegem valas e buracos":"Vamos cuidar da limpeza,remoção de entulhos, pintu-ra, alargamento de passare-Ias, enfim, melhorar a co-municaçâo entre os cantei-ros de obras e a comunida-de. para superar os estorvosde quatro meses de parali-sação." Informou que nãohaverá atrasos por falta demão-de-obra.

O secretário-geral da Co-missão Interministerial deSegurança Viária da Fran-ça, Christian Oerondeau,convidado pelo Detran parauma palestra, disse ontemque os problemas de transi-to no Rio e São Paulo sáosemelhantes ao da Françade 10 anos atrás. Ele falousobre o sistema adotado emseu país para reduzir os aci-dentes de trânsito, mas sa-lientou que problemas decirculaçáo representamquestão a parte.

O técnico francês, que jáesteve em Brasília e SãoPaulo, informou que a segu-rança nas estradas melho-rou cerca de 50% em seupaís com a adoção de mem-das de ínlorrnação, regula-mentaçáo e controle dotransito. O veto ao aicool,Limite de velocidade, uso docinto <ie segurança e proibi-ção de transporte de crian-ças nus bancos dianteiros,corn apoio de medidas le-gais e agido cuntroie poli-ciai. foram ds principais me-didas adoradas.

JORNAL DO BRASIL D Sábado, 25/8/79 U 1" Caderno CIDADE

Tráfego do ,/. Botânicoao Leblon será diretoa partir de novembro

Os carros procedentes do Jardim Botânicocom destino ao Leblon não precisarão entrar naRua Marquês de São Vicente a partir de novem-bro quando estarão concluídas as obras de remo-delação da Praça Santos Dumont, em frente aoJóquei, na Gávea, iniciadas rio último dia 6.

Uma pista nova, aberta junto à Praça, unira aRua Jardim Botânico à Avenida Visconde deAlbuquerque pela Rua Rodrigo Otávio, evitandoque carros entrem na Marquês de São Vicente, oque dará um tráfego mais livre para os que sedirigem à Barra.NOVA PRAÇA

De acordo com o projetoda Secretaria Municipal deObras, Secretaria de Trans-portes e DER, a calçadaoposta ao Jóquei ganharámais 10 metros de largura,cobrindo uma das duas pis-tas que atualmente ligam aJardim Botânico à Marquêsde São Vicente. Esse calça-dão se estenderá até a RuaOrsina da Fonseca, entre asEscolas Municipais ManoelCícero e Júlio de Castilhos,que ficarão separadas poruma das maiores ruas depedestre do bairro.

A pista em frente ao Jó-quei servirá para o prolon-gamento da Jardim Botãni-co, desembocando na Vis-conde de Albuquerque atra-vés da Rodrigo Otávio.

CPOR vaiunir turmade 1954

O Centro de Preparaçãode Oficiais da Reserva doRio de Janeiro está convi-dando os integrantes daTurma Duque de Caxias,formada em 1954, a se reuni-rem no próximo dia 28, às20h, em seu auditório naAv. D Pedro II, 158, paratratar da programação dasfestividades de seu jubileude prata.

O Comandante do CPOR,Coronel Rogério Arcuri, pe-de , aos interessados queconfirmem seu compareci-mento com o oficial de rela-ções públicas, pelo telefone254-2064, ramal 23.

Hospitalfará cursoe jornada

O Centro de Estudos doHospital de Ipanema(INAMPS) promoverá apartir de 5 de setembro umasérie de cursos, jornadas,mesas-redondas e outrasreuniões, a começar peloCurso de Cirurgia, até 3 deoutubro em sua sede à RuaAntônio Parreiras, 69,7o an-dar, onde sáo feitas as ins-crições e dadas informa-ções.

A partir de 22 de setem-bro, 21 pesquisadores do ex-teriòr e oito do Brasil vãoapresentar trabalho na 8aReunião de Neoro-Radiologia programada pa-ra a sede da Associação Mé-dica de Minas Gerais, emBelo Horizonte. As inseri-ções também neste caso po-derão ser feitas no Hospitalde Ipanema.

Quem sai do Jardim Bota-nico em direção à Barra de-ve dobrar à direita.

O planejamento da praça,de acordo com o SecretárioMunicipal de Obras, SrPaulo Roberto Martins,tem dois objetivos básicos:melhor ordenação do trân-sito na área e valorizaçãoda praça como área de lazere recreação (a área de lazertotalizará 15 mil metrosquadrados).

O Sr Paulo Roberto Mar-tins garantiu que não have-rá perda de árvores com asobras. Das 30 existentes, 20serão replantadas. As ou-trás 10 já estão comprova-damente doentes. Serãoplantadas 100 árvores no-vas. A obra foi avaliada emCr$ 15 milhões.

BNH e CEFfazem 50mil casas

Brasília — O Ministro doInterior, Sr Mário Andreaz-za, presidirá, na próximaterça-feira, assinatura deconvênio entre o BNH, Cai-xa Econômica Federal eInocoop para a construçãode 50 mil unidades habita-cionais no Estado do Rio deJaneiro, nos próximos doisanos, num investimento to-tal de Cr$ 50 bilhões.

Este é o primeiro convè-nio assinado com o Inocoope órgãos do Sistema Finan-ceiro de Habitação após avigência das reformas insti-tuídas pelo Conselho Admi-nistrativo do BNH, na áreade habitação popular. Se-gundo o Ministério do Inte-rior, outros convênios, nosmesmos moldes, serão fir-mados em todas as Capitais.

Baixadaagradeceas obras

A Câmara Municipal deNilópolis aprovou ontem,por unanimidade, moção decongratulações e aplausosao Secretário de Obras doEstado, Emílio Ibrahim, pe-Ia duplicação da estação detratamento do Guandu einstalação de uma adutorade 53km de extensão paraatender a Baixada Flumi-nense.

A moção, do Vereador Or-lando Hungria, destaca ain-da "o trabalho que vem rea-lizando em sua pasta, bene-ficiando principalmente aBaixada Fluminense e mo-dificando os aspectos dosmunicípios que a compõem— Nilópolis, Duque de Ca-xias, São João de Meriti eNova Iguaçu

Maçonarialeva floresa Caxias

A Maçonaria prestou, ontem, ho-menagem ao patrono do ExércitoBrasileiro e Grão-Mestre Honoráriodo Grande Oriente do Brasil, o Du-que de Caxias, apondo uma coroade flores no seu monumento naPraça Duque de Caxias.

Estavam presentes à solinidadeo Comandante do I Exército, Gene-ral Gentil Marcondes Filho, o Ge-neral Luís Braga Mory, secretáriode Cultura da Casa Grande Orientedo Brasil: e o Sr Sylvio Cláudio,Grão-Mestre Estadual da Maço-naria.

Durante o ato solene, o GeneralBraga Mory, que estava represen-tando o Grão-Mestre da MaçonariaNacional, -ex-Senador Osires Tei-xeira, pediu um minuto de silêncio.A seguir o General Gentil Marcon-des cumprimentou os presentes.

Túnel emNiteróitem verba

Brasília — O Ministro dosTransportes, Sr Eliseu Rezende, as-sinará segunda-feira convênio entrea EBTU e a Prefeitura de Niterói,num total de Cr$ 19 milhões, paraconclusão do Túnel São Francis-

co—Icaraí, que terá 588,5m e aten-dera as populações de baixa rendacom transportes coletivos. Até hojeo túnel já recebeu Cr$ 80 milhões.

O Túnel Sáo Francisca—Icaraífaz parte de um complexo viárioque inclui o Túnel Roberto Silveirae a Estrada Fróes, permitindo aexpansão da cidade em direção aJurujuba, Pendotiba, Piratininga,Itaipu e Itacoatiara.

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Vice-Pfesidente Executivo M. F. do Nascimento BritoEcitor Walter Fontoura

Rio de Janeiro, 25 de agosto de 1979

D.retora.Pres'derte Condessa Pereira Carneiro Diretor Bernard da Costa CamposD 'e:cr Lywal Salles

Os fatos gerados pela abertura carrega-ram de natural emoção a atmosfera política.Somos uma nação em expectativa. A aprovaçãoda anistia, com toda a sua carga humana epolítica, desanuviou grande parte das tensõesacumuladas em 15 anos. O país começa a seroutro em seu comportamento. Amplia-se aconfiança e abre-se espaço aos gestos de cola-boração.

Refletiu o Presidente da República, nointerior de São Paulo, a emoção do sentimentodemocrático que a nação reencontra. E deutestemunho desse reencontro ao reafirmar oseu compromisso "em fazer deste país umademocracia1'. A importância de suas palavrasestá, no entanto, menos na reafirmação daspalavras com que se empossou na Presidênciada República do que na energia dramática queo improviso liberou.

Um discurso lido poderia dizer tudo que oPresidente Figueiredo extravasou com emoção.Mas não teria a mesma capacidade de transmi-tir sinceridade de propósitos. Falou mais alto ocidadão João Baptista de Figueiredo, quandose referiu às injustiças de que não está livre ojulgamento político dos adversários. Confessouter também "cometido injustiças mentais arespeito de alguns brasileiros".

A revisão política humaniza. Removem-semais claramente as prevenções que nos separa-vam. O Governo, que abriu o processo deanistia política, é o mesmo que faz a remissãohistórica: as idéias que fizeram 64 eram "ru-

mos bem definidos, rumos bem democráticos'"

Razão e EmoçãoNão foi, aliás, por outra razão que a sociedadeaceitou as violações constitucionais. Não seperpetuariam. Nem foi por motivo diferenteque, depois de 69, a sociedade teve a coragemde repudiar o arbítrio.

E possível que o Presidente Figueiredotenha cedido à emoção dramática pela falta dereciprocidade política: suas palavras e seusgestos ainda não conseguiram atravessar adesconfiança que isolou o mundo político.Enquanto permanecer a muralha de atos arbi-trários e sem legitimidade, a confiança seráprecária.

Toda confiança é frágil: precisa de muitasdemonstrações para se conquistar mas seperder com muito pouco. A nação ainda tempresente o esforço dos políticos no ajuste deuma fórmula conciliatória, e a retribuiçãopunitiva que sofreu com o pacote de abril. Aanistia já foi um gesto de conciliação no maisalto sentido. O que partir do Governo, paraconfirmar o seu anunciado propósito democra-tico, completará a confiança.

A maior importância desse esforço pessoalpara se identificar com os sentimentos nacio-nais está, porém, em que o Presidente .daRepública reafirma o seu compromisso políticomaior — "fazer deste país uma democracia" —num quadro dramático. As greves testemu-nham tensões sociais e o próprio Governo éintérprete das dificuldades econômicas queassolam o país: acabou de renovar-se funda-mentalmente em sua estrutura. Portanto, con-fia na abertura.

Confusão de LinhasSe a decisão árabe do adiamento da vota-

ção do Conselho de Segurança da ONU nãosurpreendeu, ela assinala, todavia, o vértice dasucessão de paradoxos através dos quais se temdesenvolvido a atuação da diplomacia norte-americana relativamente àquele problema.Porque não foi por apreço pelos EstadosUnidos ou por consideração para com seuGoverno que os países árabes desistiram tem-porariamente de uma confrontação direta comWashington, e das graves conseqüências deordem política e econômica que decorreriam doveto americano a sua proposta. Foi simples-mente como tributo pessoal — e político,evidentemente — ao Embaixador AndrewYoung, demitido de seu cargo pelos meandrosda política interna norte-americana.

Não era segredo para ninguém — não,sobretudo, para árabes e israelenses — que osEstados Unidos vinham procurando há temposcontatos indiretos com a OLP, com vistas aalcançarem uma fórmula capaz de levar Jeru-salém a aceitar sua presença à mesa dasnegociações. Tratava-se de uma solução trian-guiar: a Organização reconhecia a existêncialegítima do Estado de Israel; interpretandoesta atitude como sinônimo de desistência deseus objetivos de destruição de sua soberania,Israel transigiria em passar a ter a OLP comointerlocutora dos interesses palestinos na re-gião; e o motor de arranque para tudo seria aalteração, pelo Conselho de Segurança, daResolução 242, através da introdução em seutexto de uma cláusula que pudesse vir a abrir a

porta para a intervenção de uma entidade

palestina no processo, a qual, evidentemente,só podia ser aquela Organização.

Esta hipótese partiu ingenuamente doprincípio de que seria possível levar o GabineteBegin a transigir no que é o ponto básico detoda sua estratégia — o reconhecimento dalegitimidade da representação da OLP. Umavez conhecidas as diligências que vinham sendofeitas, com a notícia do encontro entre oEmbaixador Young e o observador da OLPjunto da ONU, Israel tinha de reagir. E reagiucom tal eficácia que provocou a demissão deAndrew Young — e com ela a possibilidade doabandono pelo eleitorado negro da candidatu-ra do Sr Jimmy Carter.

Depois, foi a confusão. Malogrou a missãoStrauss, este se desentendeu com o Departa-mento de Estado, a orientação política norte-americana no Oriente Médio foi então apressa-damente confiada e subtraída à responsabilida-de do Vice-Presidente Walter Mondale, voltan-do novamente às mãos do Secretário CyrusVance. Neste momento, a confusão de linhas écompleta em Washington. Resultado, este, querepresenta mais um golpe rude no já tãoabalado pres-iígio do Governo norte-americanojunto ao Cairo, a Jerusalém, no mundo árabe ena comunidade internacional.Porque, na reali-dade, voltaram ao ponto morto as conversaçõesde paz. Dos acordos de Camp David, poucoresta agora mais que a esperança.

Era tempo de o Governo Carter tomarconsciência de que, mesmo para os EstadosUnidos, há assuntos em jogo bastante maisimportantes que sua próxima campanha elei-total.

Prova do CrimeA dúvida beneficiava, até agora, o infra-

tor. Pois embora se suspeitasse do pior, não sepodia, por enquanto, cobrar abertamente se-não a incompetência dos responsáveis peloinquérito policial destinado a investigar o su-posto enforcamento do servente Aézio nasdependências da 16a DP.

O inquérito, como se sabe, terminou com aconclusão de que nada se podia apurar deconcreto. Não descobriu nada e nada provou.Confessava não saber se a vítima se suicidaraou fora assassinada; ou quem era o policial quemandou recolher o servente à cela onde encon-traria a morte; ou a hora exata em que estaocorreu.

A foto agora entregue pelo IML à Justiçapõe abaixo esse pseudo-inquérito e a simplesacusação de incompetência. Há agora réus aserem descobertos e incriminados. Como sus-tentar a hipótese de suicídio ante novas evidên-cias do que foi feito ao desgraçado servente? A

famigerada calça já não serve como causamortis. Será preciso, então, descobrir quem éde fato o responsável pelo laudo pericial quefala de um "sulco apergaminhado com largurade 15 milímetros" onde existe, de fato, muitomais do que isso. E descobrir quem são, noIML, os responsáveis por uma evidente tentati-va de encobertamente

Ainda mais evidente é o fato de que isto éapenas uma pequena parte da história. Pois oservente Aézio está morto e não ressuscitaráantes do Julgamento Final. Feita a justiça queeste caso exige, trata-se de modificar a todocusto a máquina infernal onde episódios destanatureza já não têm, sequer, um caráter excep-cional. Enquanto esta realidade não começar aser transformada, vivemos, todos, em plenabarbárie, e sujeitos a todos os riscos — a umadose de risco e insegurança que é incompatívelcom uma sociedade ainda que precariamentecivilizada.

Raízes do CrimeNo ambiente de paz de uma residência

episcopal do Rio, autoridades eclesiásticas,magistrados, juristas, professores, médicos,advogados, delegados, diretores de presídio epoliciais reúnem-se para falar de violência. Eratempo de a comunidade tomar consciência dedois fatos: o problema existe e é dos maisgraves de quantos afligem a cidade; e, segundarealidade, trata-se de problema solúvel, nosentido de que é possível reduzir-se à expressãoque tem noutras comunidades semelhantes.

Por coincidência, a reunião decorre nomesmo momento em que se verifica em Curitibao 4" Encontro Nacional de Delegados, paradebater o tema. E assim que ele pode começar aser vencido. Assim: com os homens de pensa-mento e os da experiência a debaterem em seusforos suas causas remotas, mas também suasrazões diretas. Porque, se no Sumaré vaichegar-se a conclusões perturbadoras e respon-

sabilizantes, de natureza sociológica, econômi-ca e política, em Curitiba é que se podecompreender até que ponto a deficiente organi-zação de nossas forças policiais são tambémculpadas por este estado de coisas. Aliás, logonuma das primeiras sessões os delegados locali-zaram dois dos cúmplices mais ativos da crimi-nalidade: a existência de mais de uma polícia eo fato de ser normalmente repressiva e nãopreventiva a atuação desses organismos. É umapolícia que chega sempre depois do crime,afirmou-se no Encontro. É uma polícia a quem.entre outras atribuições — como também sedisse — cabe a de. aliás em vão, policiar-se a simesma.

O problema começou a ser problema, emtermos de procurar encontrar-se-lhe soluções.0 que não pode é continuar a ocultar-se sua

gravidade ou camuflarem-se suas motivações.

Chicof "A í

.,'¦

^— Meu senhor, a cometa é minha e eu toco quando eu quiser...

CartasSangue

O médico Nelson Senise, no arti-go Sangrias Criminosas, no JOR-NAL DO BRASIL do dia 20 , pedeurgentes providências para um as-sunto que, "apesar de muito conhe-cido e debatido, permanece relega-do, protelado e congelado" e per-gunta se "seria justo aceitar estasituação em silêncio".

Diante de tão grave apelo e naqualidade de representante de doisórgãos de classe relacionados técni-ca e eticamente com a matéria, sin-to-me na obrigação de responder.

Não, nâo é justo. Primeiro, por-que o problema envolve doação desangue humano e não se pode discu-tir e almejar soluções sem conside-rar a opinião pública. Segundo, por-que os doadores existem e, como ésabido, nunca faltou ao nosso povogenerosidade em responder a apelosde caráter social. O que falta é opor-tunidade da doação voluntária e ho-nesta, o porquê e onde doar.

Ressalvando o Presidente Caste-lo Branco, que criou a ComissãoNacional de Hemoterapia, nossasautoridades já tomaram alguma ati-tude coerente? Criaram politica edefiniram metas e princípios de con-duta sobre o que se poderia enten-der por um plano nacional de trans-fusão de sangue e derivados? Ape-sar de fartos debates, alguém jáapresentou soluções que mobilizas-sem a opinião pública?

A doação de sangue e o conse-quente fracionamento são proble-mas a serem resolvidos pela comu-nidade, por seus movimentos nacio-nais e internacionais, como CruzVermelha, Cruz Verde, Estrela Ver-melha de Davi e Crescente Verme-lho e pelos bancos de sangue comu-nitários regionais.

Os Estados Unidos atingiram 8milhões de doações por ano; a Suí-ça, com 7 milhões de habitantes, 550mil; Israel, com 3 milhões, 150 mil; eo Brasil, nào mais do que 800 mil.Isso significa que é necessária a per-da de preciosas divisas com a impor-tação de hemoderivados e que nãohá o que exportar, pois as doaçõespagas, tônica geral no pais, além deperigosas, são também insufi-cientes.

Nosso mercado interno de deriva-dos de sangue humano alcança acifra de pelo menos 200 milhões dedólares e aumenta vertiginosamen-te, em face da rápida interiorizaçãoda medicina, da explosão demográ-fica e das constantes descobertasdas propriedades do sangue.

As poderosas multinacionais,ávidas pela conquista desse fabulo-so mercado, agem em terreno fértil edesprotegido, contornando frágeisempecilhos pelos conhecidos testas-de-ferro, inocentes-úteis, corruptose até vaidosos e oportunistas. Na-ções pobres da Ásia, da África eAmérica Central têm-se prestado aotriste e desonroso papel de exportarsangue para setores industriais dasnações desenvolvidas, dando ori-gem ao trafico internacional.

Fala-se no risco das transfusões eesquece-se de que o maior risco éfalta de sangue humano, que já éalarmante. Fala-se da exportação,mas esquece-se da importação, acada dia mais indispensável. Fala-se no comércio de sangue, mas es-quece-se de que foi o Governo quepermitiu a instalação de uma multi-nacional ligada ao fracionamentodo plasma humano e legislou favore-cendo a proliferação desordenadade órgãos de coleta de sangue. Fala-se de médicos envolvidos em san-grias criminosas, mas esquece-se deque muito pouco há de medicinanum meio que se tornou infiltrado edesestimulador ao especialista, que

se refugia em outras áreas longe doconflito.

É necessário, apesar da vergonhaque a nós causam as palavras do DrNelson Senise, que se escrevam arti-gos como o dele, pois nós, módicoshematologistas, sozinhos e sem oesclarecimento da opinião pública,jamais faremos o Governo assumiruma atitude sensata, qual seja a derecorrer à comunidade, em busca doapoio, do diálogo e da restruturaçãocorreta das bases de um plano na-cional de sangue que atenda os inte-resses do país. Augusto Luiz Gonza-ga, presidente da Sociedade Brasi-leira de Hematologia e Hemotera-pia e da Associação Brasileira deBancos de Sangue — Rio de Ja-neiro.

Combustível

Diante da crise de combustível,sugiro o seguinte para os carros depasseio: no emplacamento, o odò-metro seria lacrado e na listagem docomputador fornecida ao Detran se-ria anotada a quilometragem do veí-culo. Cada automóvel poderia rodarxkm/ano, como, por exemplo, 1 mil200 km. Caso ultrapassasse o permi-tido, seria cobrada multa de Cr$ ypor quilômetro excedido (por exem-pio, Cr$ 1). A medida, além de fazercom que os proprietários de carro ousassem apenas em necessidade,serviria a contribuir para a ReceitaFederal para a compra de petróleo,até que o Brasil se faça auto-suficiente em outra fonte de energia.Maria Cecilia de Souza Ribeiro —Rio de Janeiro.

Aposentados

Dia 29 de julho o JB publicou, sobo título Dasp Vai Acelerar a Equi-paraçáo de Aposentado e Ativo, no-tícia que mostra, sem dúvida, discri-minação. Por acaso somente funcio-nário público é trabalhador nestepaís? E as demais classes? E o cami-nho que vai do carregador ao doutor— náo funcionários públicos — porexemplo, também não é trilhado portrabalhadores? Por que apenas ofuncionário público aposentado éequiparado ao ativo? Esse critério éde dois pesos e duas medidas. Nãoesqueçam os senhores congressistasque o futuro lhe poderá fazer justiça.Não esqueçam os demais aposenta-dos. Eles têm famílias, as quais,também, votam e elegem. Joáo Bap-tista Cataldo — Rio de Janeiro.

\v>Gratidão, por quêO Secretário de Educação do Es-

tado do Rio de Janeiro diz que osprofessores devem estar è "gratos"ao Governo estadual que atendeuem parte suas reivindicações, comose tivéssemos de ser gratos por rece-bermos o que nos é de direito. Mal-assessorado talvez, o Governo doEstado, em vez de começar peloatendimento dos pisos salariais pre-tendidos, começou por gratificaçõesque também oneram o Estado e quenão satisfazem, tanto mais que elasdão margem a problemas que sóquem não conhece a dinâmica deuma escola pode ignorar, a saber:

a) Gratificação por dificil acesso— não atinge a todos; b) Gratifica-ção por regência de turma — há, emcada escola, inúmeras funções deinfra-estrutura, fora de regência deturma, e que sâo desempenhadaspor professores, já que náo há fun-cionários para desempenhá-las.Sem elas, a estrutura não deslan-charia. E esses professores nâo tèmdireito a qualquer gratificação. Vãopreferir a regência. E quem desem-

penhará essas funções? c) Gratifica-çáo por coordenação de turma —sâo os coordenadores que organi-zam e controlam o processo escolar;supervisionam os professores e fun-cionários, e, no entanto, sua gratifi-caçáo é mais de 50% inferior à daregência de classe. É uma inversãode papéis que trará o desinteressedos professores em desempenharemessa função, absolutamente primor-dial na estrutura e na dinâmica deuma escola.

A decisão de efetivar logo os con-tratados, embora justa, objetivou,cremos, a divisão da classe. E issonão é bom para o processo.

Diz o Sr Arnaldo Niskier — umprofessor que nâo vive do seu sala-rio, já que sempre exerceu outrasocupações, que "qualquer atitudedo professorado agora deve ser degratidão". Essa colocação é infeliz edenota o seu mau senso. Deve sergrato alguém que luta para que osgovernantes entendam que a educa-çâo é fator de progresso individual esocial e que ela so será bem qualifi-cada a partir da revalorização deseus agentes? Nailza Gomes Olivci-ra — Rio de Janeiro.

FGTS para casaJá que se fala tanto em desburo-

cratização e facilidades para o assa-lariado adquirir moradia, permita-me sugerir que o FGTS possa sersacado, sem burocracia, nas seguin-tes hipóteses: a) para compra deterreno urbano, diretamente do ven-dedor, sem a interferência de qual-quer órgão do Sistema Financeirode Habitação; b) para a compra decasas modestas (de Cr$ 50 mil a Cr$200 mil), também sem interferênciado SFH; C) como incentivo a empre-sas privadas, com financiamento denumerário captado pelo SFH, paraa construção dessas moradias, nun-ca em quantidade superior a 100unidades em cada região ou bairro,a fim de nâo empurrar os futuroscompradores para bairros distantesonde há mais disponibilidade de ter-renos de maiores dimensões, e nemse exigirão maiores gastos com in-fra-estrutura e urbanização. O assa-lariado, possuindo terreno, irá aospoucos construindo sua casa. Aque-les que nào têm habilidade ou dispo-nibildade de tempo, adquiririam acasa dentro do sistema do item c.Edson Valentim de Freitas — Riode Janeiro.

Não dê propinasCom relação ao quadro policial

do Estado do Rio, a sensatez e aretidão do JORNAL DO BRASILnào lhe permitem silenciar diantede tantos abusos, desmandos e in-competências. Parabéns pelos edi-toriais que tem feito sobre este as-sunto. Aproveitamos para lembrarque o jeitinho brasileiro corrói asentranhas da consciência nacional.Não dêem propinas para o bem doBrasil. Antônio José da Silva Rocha— Nova Iguaçu (RJ).

As cartas sorão selecionadas para publicaçãono todo ou em parte entre as quo tiverem

assinatura, nome completo e legível e endere-

ço quo permita confirmação prévia.

CorreçãoO JORNAL DO BRASIL errou na

noticia publicada ontem na primei-ra página ao afirmar ijue assaltan-tes levaram CrS 8 milhões da firmaSBIL/ Segurança Bancária e Indús-trial. Houve apenas uma tentativa,frustrada pela resistência do dispo-sitivodesegurança da empresa.

JORNAL DO 8RASII LTDA , A. B-ci 500 CEP 20940 telRede Imerno 264-4422 — ErxJ Teleg-of co JORBRASILTele» núneioj 21 23690 e 21 23262.

Sóo Poulo—A. Poul.no n° I 25a — 15° ondor —Unidade

15-8 - Ed',oc E:.~a Te :aJ 8'33 "BX

flroiilia — Se'or Cc-e'C'01 Sul — S C S — Q^aá'z ', Soco K.Ea.'.c>c Deroio. 2° and Tel 225-0150

&#lo Ho'iiontt — A. A'--íc ?e"a í 500222.3955.

Niterói-Av Amo>olPei««o 207 ¦ le 3 103 Te-'c-e 722-2030

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Porto Altgra — A, Bcges de Mede -cj 915 4'araat Te:

Bedooio 2I-87U. Serar Corr^rfa- 21-3547.

SoUodof — B„o Cz^ze Pe-e -c Co"« >c. i rr :âo r'3 dePetnombuco) "e 244 3:33

Rttife — Ruo Gcv;=l.ei Boa 193 — Boa v-ra Te' 222-1 144

CORRESPONDENTES

Macapá, Boa Viito, Porto Vtlho, Rio Branco. Manau», B4l*m,Sóo Luti, Ttriuna, Fortoltia. Nctal Joõo Piiwo. Mae».o,Aíocotu Cuiobó. Compo Grand». Vitorio, f ionanopoln,Goiomo Washington Novo lorqu», Pcr>i. Londret Roma,Mokou Loi Angel»», Tóquio, Modn Bu#no» Air«i Bonn ¦Jtfuwlém.

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OPINIÃO — 11

^5 ¦¦^\

Andrew Young, símbolode uma política

SEGUNDO

seu próprio ponto-de-vista, de seu Presidente e

! de muitos colegas, o maiorlegado diplomático de AndrewYoung ao Governo Carter é a boavontade que criou para os EstadosUnidos entre os países africanos eoutras partes mais pobres do Tercei-ro Mundo.

O ambicioso rumo que estabele-ceu para si há 30 meses foi o deconquistar credibilidade para a no-va política de Governo em relaçãoespecialmente aos africanos negros,que andavam irritados com o queconsideravam a indiferença de Wa-shington às suas necessidades e as-pirações. Quando renunciou ao car-go de representante dos EstadosUnidos na ONU há poucos dias, de-pois do furor causado pelos seuscontatos não autorizados com a Or-ganizaçào para Libertação da Pales-tina (OLP), a mensagem de despedi-da de Young foi uma promessa deque Washington iria seguir a politi-ca que ele ajudou a estabelecer eque continuaria a ter influência so-bre os acontecimentos "como amigodo Presidente". E acrescentou quepretende visitar a África para apre-sentar pessoalmente estas garantiasa seus governantes.

Sua inclinação por declaraçõesimpulsivas e controversas causouirritação e embaraço ao GovernoCarter e seus aliados estrangeiros.Os críticos classificaram a políticade Andrew Young de ingênua, di-zendo que ele não dava o devidovalor às ameaças comunistas, erabenevolente em relação às ditadu-ras"esquerdistas e muito ansioso emproclamar os defeitos da políticanorte-americana. Mas os líderes afri-canos, pela primeira vez desde oGoverno Kennedy, pareciam ansio-sos pelas idéias e iniciativas de Wa-shington, desejando aceitar os Esta-dos Unidos como um honesto inter-mediário na tentativa de colocar naRodésia e na África do Sudoeste umGoverno de maioria negra. Enquan-to nestes dois casos a paz ainda náoestá garantida, esta nova politicacompensou muito de outras formas,por exemplo, no fato de os paísesnegros da África estarem prontos amoderar dentro da Organização daUnidade Africana os ataques dospaíses árabes do Norte da Áfricacontra o Egito, por causa de suapolítica de paz com Israel.

A política africana do GovernoCarter foi resultado de um trabalhode equipe coordenado pelo Secreta-rio de Estado Assistente, RichardM. Moose. Mas Andrew Young eraseu símbolo e articulador. No ex-lider da campanha pelos direitoscivis do negro americano, o Governopossuía um representante que se

podia relacionar com a luta dos afri-canos negros contra os remanescemtes do Governo das minorias bran-cas. Como membro de uma minoriaainda afetada pela discriminação,Young podia identificar-se com osoutros povos que emergiam do colo-nialismo. Embora advertindoYoung por suas declarações emba-raçosas, o Presidente Carter, duran-te sua reforma ministerial, deu a seuEmbaixador na ONU o crédito demelhorar as relações "com cerca de50 países do mundo".

Grande parte das energias deYoung se dirigiram para a Nigéria, omais populoso e rico dos países daÁfrica Negra. Aí ele foi saudado co-mo símbolo "de uma nova e constru-tiva política americana", o GovernoCarter foi elogiado como tendo feitomais do que qualquer um dos seusantecessores para combater o racis-mo da África do Sul. Tais elogioseram especialmente surpreendentesporque vindos de um país que portrês vezes recusou uma visita do ex-Secretário de Estado, Henry Kissin-ger, tornando claro que consideravaas administrações Nixon e Ford co-mo inclinadas a manter no Poder osGovernos de minoria branca.

Afirma-se que Young pode rece-ber o crédito pela concordância daNigéria em fornecer 50% de seu pe-tróleo exportado aos Estados Uni-dos a preços especiais e decidir en-viar cerca de 10 mil jovens nigeria-nos para os EUA, em busca de trei-namento técnico, medida que certa-mente reforçará os laços bilaterais eo comércio entre os dois países.

Apesar de Donald F. McHenry,assistente e possível sucessor deYoung, ter liderado as negociaçõespara a independência e Governo damaioria negra na África do Sudoes-te, ele deu a Young o crédito pelacriação da atmosfera de confiançaque permitiu aos Estados Unidos eseus aliados ocidentais garantirema aprovação africana para os planosdo acordo. "Mais do que qualqueroutro fator ou pessoa envolvida noestabelecimento daquele clima, es-tava Andrew Young", declarouMcHenry.

Outro aspecto da missão queYoung estabeleceu para si foi o dainterpretação dos desejos africanospara os Estados Unidos. Baseadoem seu passado como ministro orde-nado e líder da campanha pelosdireitos civis dos negros, ele desen-volveu o argumento de que era umaquestão de grande interesse comer-ciai, assim como de justiça moral, odesenvolvimento de laços mais es-treitos política e economicamentecom a África negra. Usou este argu-mento com os financistas de WallStreet, para convencè-los a levar

Kathleen TeltschThe New York Times

para os países africanos seus invés-timentos da África do Sul, e com ossindicatos da indústria automobilís-tica de Detroit, argumentando queuma África estável constituía umgrande mercado potencial para oscaminhões produzidos pelos EUA.

Viajando através do Caribe du-rante seu primeiro ano como delega-do dos EUA na ONU, Young prati-cou um estilo individualizado deevangelismo, garantindo que o Go-verno americano estava pronto paraaceitar o direito dos outros países deescolher seus próprios sistemas eco-nômicos e políticos. Esta mensagemteve um sentido especial para aGuiana e a Jamaica, cujas políticassocialistas e laços com Cuba haviamestremecido suas relações com osGovernos republicanos de Nixon eFord.

Em Nova York, na ONU, Youngadotou uma política de portas aber-tas na delegação americana. Comoparte do que chamava de "diálogo",enviou convites pela primeira vez adelegações de países com os quaisos Estados Unidos não possuem re-lações formais, como o Vietnam e aMongólia. Piquetes, inclusive os dosexilados haitianos e da Liga de De-fesa Judaica, eram regularmenteconvidados a entrar para conversarcom ele.

Young é um "comunicador lm-pulsivo", afirma um amigo íntimo,tentando explicar sua inclinaçãopara falar o que lhe vai na cabeça aoinvés de dizer o que queria o Depar-tamento de Estado. Durante seusprimeiros dias como delegado,Young provocou uma tempestadeao afirmar que os cubanos haviamcriado "certa estabilidade e ordemem Angola". Observações seguintes

como "os ingleses sâo um poucocovardes" nas questões raciais, "ospiores racistas sáo os russos", e Ni-xon e Ford também eram racistas"

foram comentários que o Depar-tamento de Estado se viu obrigado adesautorizar. Seu modo de falar edesprezo pelas convenções diploma-ticas enfurecia os diplomatas tradi-cionais que servem nas Nações Uni-das, enquanto sua ênfase sobre osproblemas da Nigéria fez com que ospaíses africanos colonizados pelaFrança se sentissem um tanto aban-donados.

Apesar de se queixar de que suasobservações freqüentemente eramdistorcidas pelos repórteres, Youngfoi bastante atencioso em relação àimprensa quando se despediu docargo de delegado americano naONU.Sem sua atenção ser provoca-da pela imprensa, as pessoas náotomarão conhecimento do que sepassa no mundo, declarou. "Assimagradeço pela controvérsia e fofocascriadas por vocês".

M ^S^~^á m jT*^W^^^I^3i mL\

O cristão no momento atualDom Eugênio de Araújo Sales

Cardeol-Arcebispo do R'0 de Janeiro

\focê acaba de faaeruma assinatura do

JORNAL DO BRASIL

OS

bispos das maiores Capi-tais do país estiveramreunidos no Rio, entre 16

e 18 deste mès. Juntos, refletiramsobre a pastoral em suas respec-tivas áreas. Julgaram oportuno,no atual e difícil momento nacio-nal, dirigir-se às suas dioceses.Aliás, elas representam pondera-vel e atuante parcela da comuni-dade brasileira: Sáo Paulo, Riode Janeiro, Salvador, Recife, Be-lo Horizonte e Porto Alegre.

Do documento, vazado em es-tilo evangélico, emergem trêsidéias: a tensão existente, a re-conciliação e a esperança.

Como participante deste en-contro, aproveito a ocasião paratecer algumas considerações quepossam fortalecer o boni senso,fundamental, de modo particu-lar, na hora presente.

Nosso país. em recente perio-do de sua História e por motiva-çóes várias, enveredou por umregime autoritário, forte, com res-trições ao pleno uso da liberdade.

O Concilio Ecumênico Vatica-no II tem sábias orientações so-bre essa matéria. Reconhece apossibilidade de uma limitaçãodos direitos, mas exige o respeitoa princípios básicos. Diz ele, emGaudium et Spes. n° 75: "Masquando, por exigência do bemcomum, se limitar temporária-mente o exercício dos direitos,restabeleça-se quanto antes a li-berdade, logo que mudem as cir-cunstâncias".

Felizmente, retornamos à pro-gressiva normalização da vidanacional. Esse fato merece oapoio e a ajuda dos cristãos. Pelaprece, sim, mas também por ati-tudes e ações maduras e sensa-tas, que sirvam de garantia eestímulo ao atual e difícil períodode transição.

Sem me imiscuir nos aspectospartidários ou em apreciação deordem jurídica, parece conve-niente alertar acerca de umacomparação perigosa: ontem, ha-via tranqüilidade, e hoje, multi-plicam-se os focos de agitação.Importa bem analisar os fatos:antes, a calmaria também era oresultado da temporária restri-ção à liberdade; agora, poderá sera conseqüência do legitimo exer-cicio de direitos, às vezes influemciado por interesses subalternos,mesclados à reta Intenção e ajustas aspirações.

Em qualquer hipótese, recor-demos que a paz pode ser verda-deira ou um simulacro. A resigna-çâo forçada abriga germes que,no futuro, tomam-se mortíferos.Náo se pode confundir realidadecom aparência.

Além disso, nada de duradou-ro se obtém sem um preço. Hátensões que sào normais na socie-dade atual e devem ser com-preendidas e aceitas. Elas. de persi comuns, tomam-se perigosasna medida em que provocam odesequilíbrio em uma coletivida-de pouco integrada, instável emdeterminados segmentos da vidapublica.

Diante das greves que aí estão,justas ou influenciadas por ou-tros motivos, o cristão nào sedeve atemorizar nem se deixarmanipular. Esse clima transitórioé um preço a pagar se for preser-vada a força unitiva de um idealcomum, superior aos interessesde grupos ou facções.

Assumindo sua responsabili-dade de leigo, o discípulo do Sal-vador nào permite que seu lugar,no empenho pela justiça, sejaocupado por eventuais aventu-reiros. Lembro o que nos ensina oVaticano II em Gaudium et Spes,n° 75: "Os cidadãos, todavia, querindividualmente, quer em gru-pos, evitem atribuir demasiadopoder à autoridade pública e nàoexijam dela, inoportunamente,privilégios e proveitos exage-rados".

O esforço legal, autentico everdadeiro em busca dos pro-prios direitos, exclui todo e qual-quer egoísmo. Por isso, recordoque o bem-estar econômico deuma classe, inclusive as de fracopoder aquisitivo, deve tomarsempre em consideração os de-mais componentes da comunida-de. especialmente os mais des-protegidos. O egoísmo é o mes-

mo. quer seja individual ou so-ciai.

Além de trazer uma palavra detranqüilidade, em meio às ten-soes por que passa a vida nacio-nal. o Encontro dos Bispos dasGrandes Cidades, realizado re-centemente no Centro de Estu-dos e Formação do Sumaré, insis-te em duas outras idéias: a recon-ciliaçào e a esperança.

No Antigo Testamento, o le-gislador impunha limites à "leido taliào". E o Redentor vai maislonge, quando diz a Pedro: "Nâote digo ate sete vezes, mas atésetenta vezes sete" iMt 18.221.

O fiel assim age. vencendo omal pelo bem e o faz por amor aoMestre. Na busca de um congra-çamento geral, essa virtude niti-damente evangélica é ingredien-te essencial. Ela entretanto espe-ra, em contrapartida, a coopera-çào daquele que se torna seu be-neficiàrio.

Quem governa, mesmo imbuí-do desses sentimentos, tem dian-te de si o bem-estar da sociedade,salvaguardando os aspectos que'a verdadeira sabedoria políticafaz vir à tona. A ele compete ojuizo prático. Nossa tarefa, po-rém. é lembrar a únportància, ovalor da misericórdia.

A esperança foi também incul-cada. Ela penetra toda a Mensa-gem do Redentor. Necessária emdiversas circunstâncias, torna-seimperiosa nos períodos críticosde nossa vida pessoal e coletiva.Dá-nos a tranqüilidade.

O cristão, cónscio de suas limi-tações e conhecendo o poder deDeus, mantém todo o dinamismona vida presente, sem perder aperspectiva eterna. Apesar dosobstáculos aparentemente in-transponiveis do presente, eleconserva a paz interior entre astensões que o envolvem. Vê-sefortalecido pela confiança no Paique dirige, pela Providência, odestino dos filhos.

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O AVANÇO AO FUTURO

Rádio CidadeFM Stéreo em 102,9 MHz

12 — INTERNACIONAL JORNAL DO BRASIL D Sábado, 25/8/79 H Io Caderno

Estados Unidos ajudam Irã a reprimir curdos_,_7„ r>..__: -__

Washington — Com o ob-jetivo de "fortalecer a auto-ridade do Primeiro-Ministro Barzagan", queWashington considera "im-portante para a estabilida-de da região e a preservaçãoda ordem civil no Irã", osEstados Unidos confirma-ram que ofereceram ao Go-vemo do Irã, armas que ha-viam sido encomendadas epagas pelo Governo depôs-to do ex-Xá Reza Pahlavi emais 5 milhões de dólaresem peças sobressalentespara equipamentos mili-tares.

A informação foi forneci-da ontem pelo porta-voz doDepartamento de Estado,Tom Reston, que disse queo Governo do Irã não solici-tou o fornecimento de ar-mas norte-americanas eainda nã deu resposta àoferta. O porta-voz afirmouque a proposta norte-americana foi apresentadaantes dos últimos inciden-tes entre curdos e iranianose disse desconhecer que elatenha sido revista nas últi-mas semanas.PREOCUPAÇÃO

O Departamento de Esta-dos vem, há alguns dias,negando-se a afirmar umaposição pública sobre os in-cidentes no Irã. Ontem, soba pressão de várias pergun-tas de jornalistas, Restondisse que os Estados Uni-dos "esperam que o uso deviolência excessiva entrecurdos e iranianos chegue aum fim e que as duas partesconsigam uma acomodaçãode suas diferenças".

Sobre as execuções decurdos que tèm sido noti-ciadas, o porta-voz afirmouque "os Estados Unidos,desde os primeiros dias darevolução, repudiaram osprocessos utilizados pelas

Armando OuriqueCcrresDcnderve

cortes marciais iranianas".Acrescentou que Washing-ton está preocupado com asituação dos direitos huma-nos no Irã e que esse conti-nua sendo um dos critériospara a orientação da politi-ca externa do país.

Reston disse que desço-nhecia a política em relaçãoà luta dos curdos pela inde-pendência. Afirmou que "oatual Governo iraniano temoferecido aos curdos maio-res oportunidades de auto-nomia e ajuda financeira doque o Governo deposto."RAZÕESHUMANITÁRIAS"

O Governo dos EstadosUnidos concedeu uma li-cença excepcional paravenda, "por motivos huma-nitários", de 47 milhões emdólares de querosene e óleodiesel para o Irã, que carecedesses produtos porqueuma de suas refinarias foirecentemente sabotada.Entrar em detalhes sobrede que maneira o GovernoBarzagan pode contribuirpara a "estabilidade da re-gião". Também disse que"não poderia assegurar queessas armas norte-americanas não seriam uti-lizadas contra os curdos.

Reston não quis tambémdestacar fatores específicosque teriam motivado a deci-são dos Estados Unidos.Concordou depois que o pe-tróleo havia sido um impor-tante fator.

A proposta de forneci-mento de armas enquantoos curdos estão expostos àviolência das Forças irania-nas é um exemplo de que osdireitos humanos figuramcomo terceira prioridade naformulação da política ex-terna. A primeira são quês-toes estratégicas e a segun-da questões econômicas.

PortiAiPI

Iraque liberta presospara evitar rebelião

Beirute — O novo Chefede Estado do Iraque, Sad-dam Hussein, ordenou a li-bertação de centenas decurdos condenados por par-ticiparem de uma rebeliãono Norte do país há quatroanos, com o objetivo de evi-tar que a luta no Irã provo-que um novo levante noCurdistâo iraqueano contrao regime de Bagdá.

O Partido Democrático

do Curdistâo Iraniano, quelidera o movimento de au-tonomia curdo no Noroestedo país, anunciou que suaseção iraqueana também selevantara em armas. A re-belião dos curdos iraquea-nos há quatro anos fracas-sou quando o Xá Reza Pa-hlavi retirou o seu apoio aomovimento, depois de che-gar a um acordo com o Go-verno do Iraque.

Barzaui fará falta na luta contra Bagdá

Um dos principais lideres da luta no Iraque foi omullah Mustafá Barzani, conhecido como o grandevelho do nacionalismo curdo, morto em Washington,aos 76 anos, a 2 de março de 1979, depois de passarquase toda sua vida combatendo pela autonomiacurda. A partir de 1925, quando os ingleses criaram oIraque, que negou autonomia aos curdos (apesar deo Tratado de Sèvres, de 1920, prevè-la) Barzanilevantou-se de armas nas mãos contra a divisão doterritório curdo entre os diversos paises vizinhos.

A primeira revolta liderada por Barzani foi es-magada pelo Governo iraquiano em 1933. Dez anosmais tarde houve novo levante e o exército curdoacabou refugiando-se no Norte do Irã, ocupado nofinal da Segunda Guerra Mundial pelos soviéticos.Em 1946 foi fundada a República Independente doCurdistâo, que só durou um ano; quando as tropassoviéticas saíram do Irã, as forças do Xá puseramfim à jovem república. Barzani e seus guerrilheirosse asilaram na União Soviética, voltando ao Iraqueem 1958, quando os militares iraquianos derrubarama dinastia hachemita e prometeram autonomia poli-tica aos curdos, em troca de um cessar-fogo.

A promessa, contudo, não foi cumprida. Barzanirefugiou-se nas montanhas e passou a contar com oapoio dos Estados Unidos e do Irã, principalmentedevido à divergência fronteiriça iraniano-iraquiana.Com o apoio aberto do Governo de Teerã — quefornecia armas, munições e equipamentos de toda aordem a Barzani — os curdos impuseram gravesderrotas aos iraquianos depois de 1966, terminandopor obter um acordo, segundo o qual ganhavamalguns ministérios e o direito de freqüentar escolasonde o ensino era ministrado em sua própria língua.

O tratado estabelecia também que os limitesgeográficos da região autônoma curda seriam fixa-dos em plebiscito que jamais se realizou; em 1974, oIraque demarcou tais limites, sem a prometida con-sulta popular, mas desta vez faltou aos curdos oapoio do Irã, que chegara a um acordo com Bagdá.Uma das cláusulas desse acordo previa que afron-teira entre os dois países não mais estaria aberta àlivre passagem dos curdos. Barzaiii desistiu de lide-rar a rebelião e exilou-se nos Estados Unidos. Naocasião, afirmou: "Tudo acabou. A revolução curdanão voltará a levantar a cabeça."

Enganou-se. A partir de 1976, o movimento curdoreiniciou suas ações guerrilheiras, sob a liderançade Jalal Talabani, fundador da União Nacional doCurdistâo, com o objetivo de depor o Governo doIraque, pois suas principais reivindicações nuncaforam atendidas.Ü-- -..->.¦:,;¦¦":¦ ¦

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Mustafá Barzani

Em Saint Merri, 20 curdos fazem greve de fome contra o genocídio de seu povo

Saqqezresisteà invasão

Saqqez, Irã — Centenasde soldados iranianos aero-transportados conseguiramchegar ontem ao quartel deSaqqez, protegidos pelo fo-go de helicópteros de com-bate que. disparavam con-tra a cidade e as posiçõesdos curdos, enquanto solda-dos do Exército e guardasrevolucionários lançavammorteiros e granadas paramanter os rebeldes à dis-tancia.

Os curdos informaramque os helicópteros e a arti-lharia do quartel que devas-taram a cidade atingiramindiscriminadamente seto-res habitados por civis."Mulheres e crianças nãopuderam escapar e morre-ram vítimas das explosões edos tiros provenientes doshelicópteros", afirmou umatestemunha.PHANTON EM AÇÀO

Terceira cidade da pro-víncia do Curdistâo a trans-formar-se num campo debatalha desde que os cur-dos intensificaram sua lutapela autonomia, Saqqezpermanece sob o controledos rebeldes, que conti-nuam a resistir às investi-das do Exército iraniano,que mobilizou tanques, ar-tilharia e aviões de com-bate.

O único hospital da cida-de estava cheio de feridos ehavia falta de medicamen-tos; os curdos passaram autilizar a escola de Saqqezpara abrigar um grande nú-mero de mulheres e crian-ças feridas, enquanto caçasPhantom F-4, fornecidospelos Estados Unidos ao an-tigo regime do Xá, sobre-voavam constantementeesta cidade de 40 mil habi-tantes.

O Governo iraniano infor-mou que morreram 16 sol-dados e 18 ficaram feridosnos combates de ontem emSaqqez. Os curdos, entre-tanto, colocam em centenasos números de mortos emambos os lados.

As autoridades em Teerãpreparam a abertura deuma segunda frente decombate em Mahabad,Quartel-General do PartidoDemocrático do CurdistâoIraniano, totalmente con-trolada pelos rebeldes e on-de se encontra o lider dos 4milhões de curdos, XequeEzzedin Hussein.

Numa batalha a 40 quilo-metros de Mahabad, quedurou até a manhã de on-tem, os rebeldes abateramum helicóptero Cobra de fa-bricação norte-americanaque atacava suas posições.Um comboio de tanques doExército iraniano foi deslo-cado em direção a esta cida-de, que nos anos que se se-guiram à Segunda GuerraMundial foi a Capital doúnico Estado curdo da his-tória contemporânea.

Aviões C-130 do Governoiraniano transportaram on-tem tropas e equipamentospara reforçar suas posiçõesem Sanandaj, Capital daprovíncia do Curdistâo; on-de partidários do PartidoDemocrático, proscrito porKhomeiny, entraram emchoque com um grupo quedefendia o regime islâmico.

O Governo de Khomeinyenfrenta outra possivel re-belião na província rica empetróleo do Curdistâo, noSul do Irã, onde a maioriada população de origemárabe ameaçou tomar o Po-der caso não se permitisse oretorno de seu líder espiri-tual dentro de um prazoque expira hoje.

O Xeque Shobeir Khaqa-ni foi preso em julho portropas iranianas pouco de-pois dos choques ocorridosentre os árabes e a guardarevolucionária no porto deKhoramshahr. Acredita-seque o Xeque Khaqani este-ja detido em Qom, onde re-side Khomeiny.

Greve de fome em Parisalerta para genocídio

Paris — "Parem com a guerra deextermínio ao Curdistâo iraniano!".Este grito de duas dezenas de curdos,homens e mulheres, que atualmentevivem em Paris, eles o lançaram paraalertar a opinião mundial, iniciando aomesmo tempo uma greve de fome ilimi-tada na igreja Saint Merri, ao mesmolocal em que, há cinco dias, exiladosbrasileiros se instalaram para protes-tar contra as limitações do projeto deanistia.

Interrogado pelo JORNAL DOBRASIL, porta-voz do grupo declarou:"O genocídio começou. Se as organiza-ções internacionais não intenderem lo-go, vai haver um banho de sangue".Cartazes explicando o drama curdo,fotos e as últimas noticias dos massa-crês perpetrados pelas tropas de Kho-meiny estão fixados nas colunas daigreja, em torno da pequena capelalateral onde os grevistas da fome colo-caram seus colchões desde quinta-feiraúltima.

Apelo ao mundoPessoas olham e com eles discutem.

Visivelmente, os acontecimentos deque são vítimas seus irmãos que per-manecem no Irã não deixam ninguémindiferente. "Não temos outra saidasenão pretender atrair deste modo aatenção da opinião internacional", ex-plica o porta-voz dos curdos em Paris."É urgente que conheçam nossa situa-çáo. Um genocídio foi iniciado no Cur-distão. O Partido Democrático Curdo,interditado por Khomeiny, dirigiu ape-lo aos Chefes de Estado, ao Papa e aKurt Waldheim para que intervenhamcom a maior urgência. Mas, até agora,não se conhece nenhuma resposta.Quando os curdos forem massacradospor dezenas e mesmo centenas de mi-lhares, será muito tarde para dizer: "Ospobres curdos", como já se disse "ospobres judeus".

Nosso interlocutor, que se apressaem viajar para Frankfurt hoje à tarde,a fim de participar de uma grandemanifestação, com a participação decerca de 200 mil curdos que trabalhamna Alemanha Ocidental, está, contudo,certo que a ofensiva lançada por Kho-meiny é apenas o início de longa guer-ra, uma guerra civil implacável."Para começar, porque Khomeinyconsidera os curdos filhos de Satanás,grandes infiéis que devem ser extermi-nados', afirma ele. "Não é uma guerrapolítica, mas uma guerra santa contrao nosso povo. Como explicar de outramaneira o fato que, quinta-feira últi-ma, por exemplo, ele tenha feito conde-nar à morte 17 crianças curdas? Segun-da razão: nosso povo náo se deixaráesmagar sem reagir"."Nosso povo não se submeterá à leitirânica do novo regime. Haverá resis-tência dura e tenaz. Luta até o fim. Enâo só na população, cujo sentimentonacional é muito forte, como tambémdo lado dos combatentes que partirampara a guerrilha, ou a ela pretendemaderir'.

Todos os curdos interrogados peloJORNAL DO BRASIL, na Igreja SaintMerri, confirmam: a população resisti-rá por todos os meios. A consciênciacoletiva da opressão iraniana é muitoforte. Basta recordar que as palavrasde ordem de boicote às eleições demarço último foram seguidas no Cur-distão em 98%.

Povo armadoInformaram-nos que há muitas ar-

mas na região: "A partir de março,quando se compreendeu que nâo haviamais nenhuma possibilidade de enten-dimento com Khomeiny, que não ha-veria esperança e que a guerra se pre-parava, começou-se a comprar armas.Muitas famílias venderam seus objetosdomésticos para, inclusive, adquirir ar-mas no mercado livre. Assim, os curdosestáo agora prontos para combater. Eos combatentes guerrilheiros, bem pre-parados e muito decididos, vão provaràs Forças Armadas iranianas que elasjamais chegarão aonde pretendemchegar".

Não se pode põr em dúvida a reali-dade. quando se conhecem os númerosdos primeiros choques entre as tropasde Khomeiny e os curdos: 400 mortes,em fins de março, em Sanandadj, víti-mas das balas e dos bombardeios ira-nianos; mil mortos a 20 de abril, massa-crados pelas bombas lançadas sobreNaghadeh.

De inicio, porém, parte dos curdosabrigava a esperança de que haveria

Arlette ChabrolCorrespondente

possibilidade de negociar com o novolíder do país. "Hoje, sabemos que só aforça poderá levar Khomeiny a nego-ciar conosco", dizem eles. Na realida-de, a difícil situação do Curdistâo não éde ontem. Seria preciso remontar aoSéculo XI para identificar a origem doproblema: "Digamos que nós, os cur-dos, somos os índios do Oriente Mé-dio", explica-nos o porta-voz de SaintMerri. "Isto é, somos os verdadeirosautóctones, os que sempre lá estive-ram. Depois chegaram os turcos e ára-bes, e tomaram o Poder. Mas, até ametade do Século XIX, muitos peque-nos principados curdos independentesresistiram. Mas, pouco a pouco, os im-périos otomano e persa os anexaram".

Desde 1830, revoltas irromperam noterritório do Curdistâo. Em 1880, gran-de insurreição congregou todos os cur-dos da Pérsia e da Turquia. Como sevê, o problema não é novo: os curdossempre se revoltaram contra seus ane-xadores. Em 1920, pelo Tratado deSèvres, foi decidido que um Estadocurdo seria criado, mas afinal isso nãofoi feito: as grandes nações (França,Grã-Bretanha) deixaram de lado aquestão, não chegando a se entendersobre a criação deste estado indepen-dente"."Novamente, em 1925, a Sociedadedas Nações enviava uma missão deinvestigação ao Curdistâo e concluíaque sete curdos em oito queriam umEstado curdo independente. No entan-to, o projeto não foi levado muito lon-ge, argüindo-se as dificuldades que te-riam os países existentes se lhes fos-sem amputadas as partes curdas. Asrevoltas então continuaram. Na Tur-quia, entre 1925 e 1934, houve um mi-lhão e meio de vítimas curdas".

"No Irã — prossegue nosso interlo-cutor — "uma república curda mante-ve-se durante um ano antes de serreprimida. Em 1968, enfim, uma revol-ta fez várias centenas de mortos eferidos. Em 30 anos, o povo curdo lutoumuito contra o Xá e o pai do Xá".

Afinal, o que é o Curdistâo? Estáengastado entre a Turquia, o Iraque e aSíria. Conta com cerca de 20 milhõesde pessoas. De oito a 9 milhões naTurquia; 3 milhões no Iraque; na Síria,perto de 5 milhões; e 6 milhões no Irã.Da religião zoratrista de origem, res-tam apenas pequenas comunidades defiéis. A maioria é muçulmana e algunsgrupos tornaram-se cristãos.

Território rico"Atualmente, o Curdistâo é muito

pobre, acrescenta o porta-voz dos cur-dos de Paris, mas possui grandes rique-zas exploradas pelos países que o ocu-pam. Assim, 77% do petróleo iraquianose encontra em território curdo. Igual-mente, boa parte do petróleo iraniano.No entanto, todas essas regiões sãosubdesenvolvidas porque o beneficiode suas riquezas é enviado para asCapitais"."Os curdos do Irã, como de seuspaises vizinhos, são considerados cida-dãos de terceira categoria. Vivem malno Irã. Sua língua náo é reconhecida.Os jornais, as rádios, a escrituraçãoadministrativa não são em curdo. Oscomerciantes que, como a populaçãoem geral, falam preferentemente o cur-do, não podem sequer colocar os no-mes de suas empresas em seu idioma:serão presos durante três anos por te-rem relegado a língua oficial".

Essa antiga situação, histórica po-de-se dizer, os curdos chegaram a acre-ditar, durante certo momento, que iriaterminar. Lutaram ao lado dos comba-tentes pró-Khomeiny, para expulsar oXá. "O que queremos, o que semprepretendemos, é a autonomia, em umIrá democrático e laico. Khomeiny náopode suportar isso e, desde que tevepossibilidade, tentou liquidar nossapretensão"."Khomeiny pretende ser o dono daverdade e quer barrar os passos dasforças progressistas e laicas. Quer umregime único, um Partido único, o deDeus, isto é, o seu"."Agora, o povo curdo recusa subme-ter-se à lei de Khomeiny, como ante-riormente à da dinastia Pahlevi. Re-clema liberdade e autonomia. Luta porum Irã democrático e laico, federativo,e constituído de várias nações, comdireito a gerir seus próprios negócios ea desenvolver sua própria cultura. Eiso que pretendem os curdos de nossosdias. Eis porque o áyatollah Khomeinylança contra eles seus aviões bombar-deiros. Eis porque cerca de 6 milhõesde homens, mulheres e crianças estãodispostos a morrer antes de ceder".

Árabes desistem deresolução pçdestiPMem apoio a Young

Nações Unidas — Numgesto de solidariedade eapoio ao demissionário Em-baixador dos Estados Uni-dos na ONU, AndrewYoung, que se encontra naposição de Presidente doConselho de Segurança, ospaíses árabes decidiramnâo submeter à votação oprojeto de resolução reco-nhecendo os direitos pales-tinos à autodeterminação,independência e soberanianacional.

Com isso, pretendem evi-tar embaraços ao represen-tante norte-americano, fa-vorável a esses direitos epor isso forçado à renúncia,bem como evitar provocarna opinião pública norte-americana a confusão dever o homem que se colocoudecididamente a favor da"abertura de novas pontesno Oriente Médio" votandocontra um projeto que emcondições normaisapoiaria.

TRIBUTO A YOUNGO projeto foi apresentado

pelo Senegal, que não émembro do Conselho de Se-gurança. Outro país repre-sentado no órgão vai levã-loa discussão. Todos os dis-cursos de ontem — dos re-presentantes da Jordânia,União Soviética, Zâmbia,Jamaica, Kuwait, Bangla-desh, Tcheco-Eslováquia,China, Laos, Turquia, Mar-roços e Síria — foram favo-ráveis aos direitos palesti-nos. Para ganhar maisapoio no Conselho, eles fa-laram em soberania nacio-nal e não em estado palesti-no, mas deixaram claro queseria futil qualquer tentati-va de negociação de paz emque uma das partes (no ca-so, a Palestina) náo está empé de igualdade.

O Embaixador do Ku-wait, Abdallah Yaccoub Bi-shara, emocionado, disseque a decisáo de adiar avotação é um "tributo a An-

Beatriz SchillerCorrespondente

dy Young", pois os árabes"nâo queremos que ele sejadifamado por causa disto".Bishara confirmou que oencontro de Young com orepresentante palestinoaconteceu em casa.

Bishara questionou osmotivos que levaram à re-núncia de Young e pergun-tou: "Que erros ele come-teu? Onde, nas Nações Uni-das, existe um texto proi-bindo Embaixadores de fa-lar com a OLP"?

Indignado, o porta-voz dogrupo árabe declarou nãoter havido qualquer viola-ção. "Sào os Estados Uni-dos que estão violentandoseu passado democrático esua História. Eu conheço aHistória americana e elasempre se baseou no diálo-go, nâo na alienação. Ondeos Estados Unidos estàomergulhando agora? Emque vale de escuridão?"

E prosseguiu: "Tenho re-cebido centenas de cartaspelo correio. Estão tentan-do me intimidar. Que pres-soes sáo essas? Não me dei-xo intimidar com facili-dade".

ESCRAVOS DASEMÂNTICA

Voltando-se para o Em-baixador especial do Presi-dente Carter no Oriente Mé-dio, Robert Strauss, o diplo-mata Kuwaitiano prosse-guiu: "senhor Strauss, mi-nha preocupação é a diplo-macia americana. O senhornão pode dizer que negocia-rá a paz, sem falar com aOLP. Nâo posso aceitar queos Estados Unidos, umgrande pais, tenham ficadoescravos da semântica".

E, no mesmo tom emocio-nal, continuou, afirmandoque a paz no Oriente Médioestá sendo negociada "comferramentas ultrapassadas,vitorianas".

Leia editorial "Confusão de Linhas"

Naçõ»l Unida.UPI«9*1

Bishara arquitetou o apoio a Youno

Embaixador deixa oConselho prestigiado

Nações Unidas — (DaCorrespondente) Ao sair doConselho de Segurança,sem que este votasse o pro-jeto de resolução reconhe-cendo os direitos palesti-nos, o Embaixador AndrewYoung, prestigiado pelosárabes, declarou que a náovotação "náo se deveu à mi-nha interferência, mas àação diplomática que teve aparticipação dos embaixa-dores do Kuwait, Senegal eBangladesh, além de outroscontatos. Isso se chama di-plomacia e desta vez funcio-nou muito bem".

Acrescentou que cabeagora aos Estados Unidos eâ comunidade internacio-nal "tranqüilizarem Israel",pois esse país acaba de ou-vir do mundo inteiro oapoio incondicional aos di-reitos e soberania nacionaldo povo palestino."PAPEL RIDÍCULO"

"Se pedimos a Israel quecorra vários riscos, temostambém de apoiar essepaís. Temos que expandir odiálogo. Ninguém gosta deviver sentindo que o inimi-go está à porta", declarouYoung.

Para ele, nesta semanacheia de atividades e man-chetes jornalísticas, o maiorsucesso foi "o despertar dacomunidade negra norte-americana para o fato deque as elites brancas náodevem tomar sozinhas asdecisões políticas interna-cionais. Quando elas come-tem erros, a gente negra éque morre". E acrescentou:"Isto significou o despertarde 16 milhões de eleitorespara assuntos que dizemrespeito às suas vidas".

Disse esperar que seu en-contro com a OLP "tenhatornado mais difícil ao De-partamento de Estado con-tinuar fazendo um papel ri-dículo".

Ao falar em 16 milhões deeleitores, Young referiu-seao eleitorado negra norte-americano, com o qual Jim-my Carter espera contar pa-ra assegurar sua reeleição àCasa Branca. Young saiudo episódio do encontrocom o representante daOLP fortalecido dentro des-sa comunidade.

O senhor se sente felizhoje?, perguntaram-lhe:— Fui feliz toda a sema-na, respondeu.

JORNAL DO BRASIL D Sábado, 25/8/79 D 1° Caderno INTERNACIONAL — 13

Paraguai prende30 refugiados daAmérica do Sul

===== -M&s&iiftl Galtnoru AlvesEnviado especial

Assunção — Cerca de 30argentinos, uruguaios e chi-lenos, incluindo pelo menosuma criança de dois anos emeio, foram presos nas últi-mas semanas nesta Capitale em outras regiões do Pa-raguai, aparentemente emmais uma ação da famosaOperação-Condor, sistemade cooperação entre as poli-cias polticas do Cone Sul.

O Ministro do Interior(responsável pela polícia),Sabino Montanaro, em en-trevista ao JORNAL DOBRASIL, desmentiu o desa-parecimento das pessoas,mas confirmou que forampresos os três integrantesda família argentina Landi

pai, mãe e uma meninade apenas dois anos e meio

garantindo que eles fo-ram deportados para seupaís, "por entrada ilegal noParaguai."

IGREJA PREOCUPADA

Paraguaios que traba-lham na defesa dos direitoshumanos, principalmentealguns setores da Igreja, es-tão seriamente preocupa-dos com o que possa ocorrera esses presos políticos,cuja existência é enérgica-mente negada pelo Gover-no Stroessner, que acaba dereceber com todos os privi-légios o ex-ditador nicara-güense Anastasio Somoza.

Victoria da Silva, mulherde um dos estrangeiros queestão nos cárceres da temi-da policia politica para-guaia, contou que viu on-tem seu marido em péssi-mas condições físicas, coma boca ensangüentada porhaver perdido alguns den-tes, devido a supostosmaus-tratos recebidos.

Ela ia tentar ontem à tar-de uma audiência com oArcebispo de Assunção,Dom Ismael Rolon, paraimplorar-lhe que intercedapor seu marido, pois poli-ciais já lhe adiantaram queele deverá ser deportado.Desesperada, Victoria daSilva teme pela vida de seucompanheiro de nacionali-dade uruguaia. Ele temaproximadamente 50 anose foi preso junto como ofilho de cerca de 25 anos.

Segundo pôde ser apura-do em Assunção, o grupo deumguaios, argentinos e chi-lenos estaria todo nos cár-ceres da Secciónde Vigilan-cia y Delitos dei Departa-mento de Investigatión (apolicia política paraguaia),localizada na Rua Frarcis-co Franco, no Centro dessaCapital. Defronte a esse ve-lho prédio, podiam ser vis-tos ontem dois Ford Falconcom a inscrição Policia, si-renas e luze"s vermelhas, docomando radioelétrico dapolícia argentina.

A POLÍCIA PARAGUAIA

Os dois automóveis tive-ram suas placas retiradas,mas a polícia paraguaia nãotem nenhum carro deste ti-po e nem mesmo algum veí-culo pintado de vermelho,como os dos órgãos de segu-rança do pais vizinho. Istocomprova suspeitas que al-guns setores paraguaios játinham, de que policiais ar-gentinos estariam partici-pando diretamente de in-vestigações e dos interroga-tórios destes presos.

A familia argentina Landimorava no bairro Loma Py-tá. a prisão no dia 4 passadofoi feita pessoalmente pelosenhor Pastor Coronel quehá anos chefia a policia po-lítica paraguaia. Segundodenúncias, os policiais usa-ram métodos bastante vio-lentos e a casa continua cer-cada.

Numa nota divulgadasexta-feira passada, a Co-missão de Defesa dos Direi-tos Humanos do Paraguaiinformou que havia recebi-do "denúncias responsáveissobre a detenção das se-

VioletaignoraSomoza

Assunção — "O que So-moza diz já não importa amais ninguém", comentoua integrante do Governo daNicarágua, Violeta Chamor-ro, ao ser consultada porum jornal paraguaio a res-peito das últimas declara-çòes do ex-ditador.

A julgar pelos jornais deAssunção, segundo a agèn-cia ANSA. Violeta Chamor-ro acertou em cheio. Poucose fala no ex-ditador queresolveu instalar-se no país.Ele passeia por lugares tu-risticos e come nos melho-res restaurantes, acompa-nhado de pequena comi-tiva.

guintes pessoas, todas denacionalidade argentina,nos primeiros dias do mèsde agosto: Sr Oswaldo Enri-que Landi, sua mulher Ofe-lia de Landi, acompanha-dos de uma criança de trêsanos, filho do casal; igual-mente o Sr Ramon Silva eseu filho Juan Carlos Silva.Estas pessoas residem noParaguai há alguns anos."

A nota denunciava aindaque as pessoas estavam noDepartamento de Investi-gações e que as detençõestinham sido justificadascom a alegação de que eram"para investigações". "EstaComissão expressa suapreocupação pela sorte daspessoas mencionadas.

Em entrevista ao JOR-NAL DO BRASIL, 0 Minis-tro do Interior garantiu quesó existem três presos poli-ticos no Paraguai e desafioua quem prove o contrário.Perguntado sobre a famíliaLandi, o Ministro declarou:"Estes nós deportamos pa-ra o Uruguai. Dizem quedesaparecem mas é porquenós deportamos quem nàotem vistos. Eles foram deti-dos e nós temos as fichas doporto por onde saíram. Fi-cam dizendo que foram de-saparecidos. Desaparecidosseriam se nós os tivéssemosdetidos e depois não desse-mos razões para isto; elesforam deportados para oUruguai, Juan Carlos Silva,Linda e seus filhos", afir-mou o Ministro.

Em seguida, o Ministroleu um documento: "Prisãoda família argentina Enri-que, Ofélia e Totó Landi (acriança) e do cidadão uru-guaio Juan Carlos Silva". Egarantiu mais uma vez:"Esses foram deportados.Temos o nome do porto poronde saíram".

Qual o nome do portode saída?"Este dado não tenho nomomento, mas posso dar".

Mas esses eram procu- ,rados pelas policias doUruguai e da Argentina?"Náo, nâo senhor. Eramapenas residentes sem vistoe sem permissão do Depar-tamento de Imigração parapermanecer no país".Mas existe uma colabo-ração mútua entre as poli-cias da Argentina, do Uru-guai, Paraguai, Brasil?"Há colaboração mútuano sentido de transmitir in-formações, mas nunca noGoverno do PresidenteStroessner e durante meus11 anos à frente do Ministé-rio do Interior e seis anos noMinistério da Justiça ja-mais participei da entregade argentinos à Argentina,nem de uruguaios ao Uru-guai. Nem o Uruguai entre-gou paraguaios a nós, nema Argentina entregou para-guaios a nós. Se vem aquium argentino, nós nâo o en-tregamos à Argentina se es-tiver sendo perseguido pelaArgentina. Mas se vem umresidente sem visto, estenós expulsamos".

E se o residente forprocurado pela polícia deseu país? "Se estiver sendoprocurado pela polícia daArgentina, passamos para oBrasil, mas não o entrega-mos aos argentinos. Agoramesmo tenho em mãos umacarta de um representantedas Nações Unidas no Para-guai que outorga salvo-condutos para mandar àFrança uns argentinos per-seguidos pela Argentina.Nós os estamos procurandoe quando os encontrarmos,aqui lhe daremos salvo-condutos para que saiamdo Paraguai".

Há também uma de-núncia de que a polícia bra-sileira recentemente entre-gou alguns paraguaios àpolícia do Paraguai."Expulsou-os por perma-nência ilegal no Brasil eaqui eles estão livres por-que não são politicos".

Argentinosexigemeleições

Buenos Aires — Líderesde seis Partidos publicaramontem nos principais jor-nais uma declaração exigin-do a imediata convocaçãode eleições, após manifestarestranheza quanto aos re-centes pronunciamentos dechefes militares.

Deolindo Bittel, do Parti-do Justicialista (peronista),Oscar Alende, do PartidoIntransigente, e outros poli-ticos dos Partidos Demo-crata Cristão, ConservadorPopular, Socialista Populare Socialista Unificado afir-maram que as últimas de-clarações dos comandantesargentinos são "contradito-nas ¦

Indirapede saídade Singh

Nova Deli — A ex-Primeira-Ministra indiana,Indira Ganghi, exortou oPresidente Sanjiva Reddy ademitir o Primeiro-Ministro-interino, Charan Singh, esubstituí-lo por outro politi-co "menos polêmico" ime-diatamente. O Partido Ja-nata, o maior do país, tam-bém exigiu a saída do "Ue-gítimo Ministério deSingh".

O pedido é feito no mo-mento em que se fala empedir o impeachment dopróprio Presidente Reddy.Convencido de que nenhumpartido se acha em condi-ções de formar um Governoestável e viável, ele dissol-veu o Parlamento, convo-cou eleições antecipadas econvidou Singh a continuarno cargo, interino, até opleito.A VOLTA

Essas medidas irritaramos principais Partidos. Indi-ra, que francamente tentareconquistar o Poder naseleições antecipadas mar-cadas para dezembro,apoiou Singh na demissãodo ex-Premier, Morarji De-sai, mas quando Singh pre-cisou do voto de confiançado Parlamento, o Partidodo Congresso (de Indira) ne-gou-lhe apoio.

lan Smithfacilitaránegociações

Johannesburg — Ao che-gar à África do Sul parauma série de conferências, oex-Premier rodesiano lanSmith disse que nâo partici-para das conversações emLondres sobre a Constitui-ção da Rodésia, em setem-bro, se sua presença for obs-táculo para uma decisão."Vamos — assinalou o ex-Primeiro-Ministro — con-versar com o Governo brita-nico e não com a FrentePatriótica, cuja presença naconferência não é necessá-ria. Ela é simplesmente umapêndice, uma convidada

, do Governo britânico".A reunião de cúpula de

todas as partes envolvidasfoi proposta pela Primeira-Ministra da Grã-Bretanha,Margaret Thatcher, na con-ferência da ComunidadeBritânica realizada emZâmbia no começo do mês.A proposta foi apoiada por.todos os 39 chefes de Esta-do presentes à reunião.

Alemanhaprocessanazistas

Le MondeBonn — O dirigente do

movimento que do exteriorprega o retomo do PartidoNacional Socialista ao po-der, Gary Rex Lauk, depôsontem em Buckburg (BaixaSaxônia) como testemunhade defesa, no primeiro pro-cesso instaurado na Alemã-nha Ocidental contra osneo-nazistas, sob acusaçãode "criação de organizaçãocriminosa e dela partici-parem".

Expulso da AlemanhaOcidental em 1974, o jovemLauk, de 26 anos, que seconsidera o Fuhrer da orga-nização que abastece, deseu novo domicílio em Ne-braska (EUA), os ramos eu-ropeus do movimento emmaterial de propaganda,entrou na sala do tribunalsaudado por braços exten-didos de 22 camaradas debotas e blusão negro.

A obtenção do salvo-conduto que permitiu aLauk vir a Bonn testemu-nhar em favor de um dosseis acusados, MichaelKuhnen, ex-tenente doExército Alemão, acusadode ser dirigente do movi-mento neo-nazista na Ale-manha Ocidental, constituipara ele, sem dúvida, umavitória.

Em blazer azul e gravataparda, a testemunha caiuna armadilha que os juizeslhe estenderam. Conscienteque, durante seus três diasde Alemanha, poderia serpreso por algum propósitoanticonstitucional, negouque sua organização pre-tenda o retomo ao poder doNacional Socialismo pormeios violentos e rejeitou aresponsabilidade dos ape-los à luta armada, para"derrubar o poder atual-mente instalado na Alemã-nha Ocidental".

Brandindo o jornal NSKampfruf (Chamada aocombate nacional socialis-ta), órgão do movimento, noqual Luck concitava a "des-truiçáo, por todos os meios,do Estado Alemão Ociden-tal em sua forma atual", oProcurado Karge solicitouque as declarações da teste-munha fossem consignadaspor escrito.

Romo/UPI

Algemado e sem a habitual elegância, Franco Freda desembarcou sob forte custódia

Britânicos rejeitammediação americanana Irlanda do Norte

Londres — A Grã-Bretanharejeitou categoricamente a ofer-ta dos Estados Unidos de servi-rem de mediadores na questãoda Irlanda do Norte. Poucas ho-ras antes do regresso da Primei-ra-Ministra Margaret Thatcherde um feriado na Escócia, seuSecretário de Estado para a Ir-landa do Norte, Humphrey At-kins, divulgou uma declaração,na qual afirma que é erradoqualquer membro do Governobritânico participar de discus-soes ou negociações nos Esta-dos Unidos ou outro lugar sobreo futuro político de qualquerterritório do Reino Unido.

A iniciativa de se organizarum encontro em Nova Iorquepara discutir a questão da Irlan-da do Norte — que reuniria At-kins da Grã-Bretanha, 0'Ken-nedy, Ministro do Exterior daRepública da Irlanda, e repre-sentantes das comunidades ir-lando-americanas nos EstadosUnidos — partiu a princípio deHugh Carey, Governador do es-tado de Nova Iorque, depois devisitas a Londres e Dublin, háalgumas semanas.

Princípios básicos

A princípio, a idéia foi bemrecebida por Atkins, que acredi-tava que qualquer iniciativaque pudesse ajudar a deter oenvio de dinheiro irlando-americano para financiar as ati-vidades terroristas do IRA de-veria ser levada adiante. Estareação foi de certa forma ingê-nua, assim com o foram as pro-postas do Governador Carey.Thatcher agora rejeitou firme-mente essas propostas por vá-rios motivos.

Um desses motivos é o prin-cípio básico da politica tradicio-nal britânica: o Governo deLondres nâo tolera intervençãoestrangeira em seus assuntosinternos, e há um princípio ele-mentar de que náo pode havermudança de soberania dos terri-tórios sob o controle da Coroabritânica sem a aprovação damaioria dos habitantes. Isto seaplica nas questões de Gibral-tar, Belize e as Ilhas Malvinas.

A Grã-Bretanha gostaria dever esses territórios cedidos àEspanha, Guatemala e Argenti-na, respectivamente. Da mesmaforma, não haveria objeções deLondres a que a Província deUlster se tornasse parte da Re-pública da Irlanda. Em cadacaso, porém, as mudanças te-riam que ocorrer com o inteiroconsentimento dos habitanteslocais. Esse consentimento não'foi dado pela população de al-guns territórios que, em referen-dos realizados pelo Governo bri-

Robert Dervel EvansCorres pondents

tánico, optaram por permane-cer ligados à Grã-Bretanha.

O caso da Rodésia serve parailustrar o mesmo princípio, aoinverso. A maior parte dos habi-tantes, que é negra, quer umGoverno de maioria negra. Pelamesma razão, Londres tem ne-gado apoio ao regime de mino-ria branca de lan Smith e serecusado a reconhecer sua legi-timidade. Antes de reconhecer onovo Governo de Abel Muzore-wa, Londres quer provas con-vincentes de que ele representa,efetivamente, a vontade damaioria do povo rodesiano.

Interesse políticoA política externa britânica

baseada nesse princípio tem si-do coerente desde que foi inicia-do o processo de descolonizaçãodepois do fim da guerra. Ela éaceita e seguida por sucessivosGovernos britânicos, tanto Übe-rais quanto conservadores.

A iniciativa de Hugh Carey eas declarações feitas no passadopor americanos influentes deorigem irlandesa, como o Sena-dor Edward Kennedy, e Tho-mas 0'Neil, porta-voz da Cama-ra dos Deputados, agravaram asituação na Irlanda do Norte.

Essas declarações e iniciati-vas são interpretadas em Lon-dres, e pela maioria protestanteem Ulster, como jogadas cal-culadas para ganhar os votosdos americanos de origem irlan-desa nas próximas eleições nor-te-americanas. Segundo a revis-ta The Economist, sangue irlan-dês está sendo usado para pro-mover as ambições poüticas delideres do Partido Democratanos Estados Unidos, desde oGovernador Carey até o Sena-dor Kennedy e mesmo o Presi-dente Jimmy Carter.

De acordo com o Guardian,jornal londrino, Carey tentouutilizar o Ministro HumphreyAtkins para promover sua pró-pria ambição política. As criti-cas da imprensa e a decisão deMargaret Thatcher de rejeitar aproposta para se discutir o as-sunto em Nova Iorque é umaviso aos líderes do Partido De-mocrata norte-americano paraque não se aproveitem do pro-blema que já custou a vida de 3mil pessoas para promover inte-resses politicos internos.

O próprio Carter tem sidocriticado na Grá-Bretanha pordeixar de fornecer armas às for-ças de segurança da Irlanda doNorte e pela falha de sua admi-nistração em tomar medidasmais enérgicas para deter o en-vio de dinheiro para financiar asatividades do IRA

Londres sofre radiaçõesLondres — Ao fazer verifica-

ção de rotina com um medidorgeiger, o Corpo de Bombeirosde Londres descobriu que al-guns de seus integrantes esta-vam contaminados e chegaramà conclusão de que pode terhavido um vazamento de radia-ção na Embaixada de Israel,perto do quartel, em Ken-sington.

No quartel, o fluxo de ra-dioatividade desapareceu pelamanhã, voltando a registar-se à

tarde. "O caso é um mistériopara nós e estamos colaboran-do com as autoridades paratentar descobrir o que estáacontecendo", disse um porta-voz da Embaixada.

Cogitou-se de que as radia-ções poderiam ter vindo doequipamento de raios X da Em-baixada, que é usado antes deabrir a correspondência, pelotemor de um atentado a bombapostal.

Terrorista dedireita chegadetido a Roma

Araújo NettoCorrespondem»

Roma — Franco Freda, o terrorista cul-tor de Nietzche e de Hitler, amanheceu on-tem em Roma. O avião militar italiano que otransportou da Costa Rica — um dos Hércu-les C-130 do célebre escândalo Lockheed —aterrou às 7 da manhã no aeroporto deCiampino, depois de um vôo, com váriasescalas, que durou 36 horas.

Nove meses depois de sua inexplicávelfuga de Catanzaro, o despachante e livreirode Pádua, neonazista convicto, não pôdeexibir a mesma elegância e a mesma arro-gància que marcaram todas as suas grandesaparições públicas. O Franco Freda que sereviu ontem na pista de Ciampino era umhomem cansado, mal tratado e mal humora-do, ao fim de uma viagem longa e incômodademais.

Protesto encerradoBarbado, olheiras fundas, muito pálido,

com a sua bela cabeleira prateada tosada,algemado, protegido por um batalhão deagentes de polícia, carabineiros e funciona-rios do Ministério do Interior, num primeiromomento ensaiou o protesto cinematográfi-co à frente de dezenas de fotógrafos e cine-grafistas mantidos à distância por um cor-dão de isolamento.

Percebeu que era inútil, e fez-se humilde.Ao entrar no presídio de Rebibia, onde foiposto numa ala supervigiada da maior emais moderna prisão romana, quese implo-rou que lhedessemsemdemora alguma coisaquente para beber e um sonífero que ofizesse dormir tranqüilo.

Depois de atender o pedido (autorizadotambém pelo médico do presidio que fez umprimeiro exame de seu estado de saúde), odiretor de Rebibia telefonou para o presiden-te do Tribunal de Cantazaro, comunicando-lhe que Freda estava em Roma, e novamen-te à disposição da Justiça que o processou àprisão perpétua.

Amanhã, mais tardar segunda-feira,Franco Freda deverá estar diante do juiz deCatanzaro para responder a um novo e difícilInterrogatório. Perguntas que devem ser asmesmas que lhe fariam todos os italianos —e que podem reabrir mais uma vez o intermi-nável processo para estabelecer as responsa-bilidades políticas pela chacina de PiazzaFontana, em Milão, verdadeiro início da"estratégia da tensão" na Itália (dezembro1969).

Muitos mistériosSe Franco Freda responder apenas três

das perguntas que tantos se fazem neste pais— 1) quem organizou sua fuga da Catanzaroem outubro de 1978?; 2) como se manteveduarante todo esse tempo na Argentina eCosta Rica?; 3) onde encontrou os 50 mildólares que tinha depositados numa contabancária na Costa Rica —- muitas das dúvi-das e das perplexidades que restam sobre aação criminosa do grupo nazi-facista deFranco Freda seriam esclarecidas.

Como poucos acreditam que Freda sedisponha a responder honestamente essasperguntas, muitos se contentariam em ter asua versão ou interpretação para o êxito daoperação policial que o recapturou. Porqueaté agora não é possível reconstruir exata-mente a história de sua prisão em San Joséda Costa Rica. As versões divulgadas sãocontraditórias.

Há quem sustente, como o Coronel John-ny Cheverry, chefe de segurança nacional daCosta Rica, que todo o mérito deve-se atri-buir aos seus homens, policiais costar-riquenhos. Por acaso, num controle minucio-so dos estrangeiros presentes ou residentesno pais, neste momento agitado por umaonda de greves, eles teriam chegado à identi-ficaçáo de Franco Freda.

Como há quem já tenha construido eescrito uma love-story a propósito de suaprisão: Freda teria sido vítima de uma na-morada abandonada e ressentida. Uma mo-ça costarriquenha a quem prometera casa-mento, mas que abandonou no momento emque a descobriu uma cozinheira incompeten-te, incapaz de preparar um spaghetti aldente, como um bom italiano exige.

Abandonada pelo aristrocrático e beloterrorista — grande leitor de Nietzche esempre com uma fotografia de Adolf Hitlerna mesa da cabeceira—a jovem costarrique-nha o teria entregue à Interpol e aos novos eativos 007 italianos que já estavam no seuencalço em San José da Costa Rica.

Lisboa temnovo grupoesquerdista

Juarez BahiaCorrespondente

Lisboa — A União de Es-querda para a DemocraciaSocialista, do ex-Ministroda Agricultura e Pescas doprimeiro Governo constitu-cional e dissidente do Parti-do Socialista, Antônio Lo-pes Cardoso, tornou-se o 19°e mais novo Partido politi-co português autorizado pe-lo Supremo Tribunal deJustiça a concorrer às elei-ções intercalares deste ano.

Lopes Cardoso, 47 anos,ataca o PS e o Partido Co-munista, convencido de que"a esquerda não pode seruma espécie de latifúndiopartilhado" entre MarioSoares e Álvaro Cunhai;propõe uma frente de es-querda para solucionar acrise política como oposi-çào à "unidade da direita"representada pela aliançademocrática i Partido So-ciai Democrático. CentroDemocrático Social e Parti-do Popular Monárquico).

ALTERNATIVAS

Com a UEDS .somam qua-tro as alternativas da es-querda para o Parlamentoque sairá das eleições inter-calares (além do PS e PC, oMovimento DemocráticoPortuguês), um bloco extre-mamente dividido que pen-sa barrar a tentativa daaliança de centro-direita deser majoritária na Assem-bléia da República. Uma as-piraçào que poderá resultarna dispersão dos votos es-querdistas e só numa hipó-tese mais distante na atra-çào dos indecisos.

As frágeis possibilidadesde avanço da aliança demo-crática ainda não garan-tem, a 90 dias do pleito, avitória da esquerda nematenuam a possibilidade deuma queda dc 5% a 7% nototal dos votos do PartidoSocialista. De suas perdasdeverá beneficiar-se o Parti-do Comunista, que tem oeleitorado mais discipli-nado.

A importância da Uniãode Esquerda de Lopes Car-doso está na sua proposiçãode unidade, primeira fórmu-Ia concreta para confrontaros Partidos de oposição àaliança democrática e à suaprópria unidade já obtidagraças a concessões e re-núncias que fortalecem oPSD, o CDS e o PPM e osestimular a perseguir umadifícil maioria absoluta naAssembléia da República.

Para tanto a centro-direita conta com a disper-sào dos votos esquerdistas— a divisão da maioria atétransformá-la em minoriashostis entre si. como afir-mou o lider do PSD, Sá Car-neiro. A aliança democráti-ca reage à criação da UEDScom o prognóstico de que oespaço político ocupado pe-Ia esquerda apresenta-se"cada vez menor, congestio-nado e confuso".

A maioria formal PS-PCnão admite a tese do enfra-quecimento pela dispersãodos votos da esquerda. Pelocontrário, seus dirigentesvalorizam a possibilidadede ganhos sobre o eleitora-do da aliança democráticacom base no crescimentoda abstenção, reforçada deum contingente de inde-cisos.

Essa expectativa, no en-tanto, tem o mesmo valorda relutância do PartidoSocialista em admitir umaqueda de 5% a 7% nas urnasdas intercalares em relaçãoaos votos de 1976.

UNIDADE E MAIORIA

Segundo Lopes Cardoso,a divisão da esquerda émaior do que se calcula."Na verdade — diz ele — aesquerda nunca esteve uni-da, assim como a alegadamaioria da esquerda nuncafoi uma realidade.

Diferentemente, esclareceo lider da UEDS, o que exis-te na Assembléia da Repú-blica é uma "maioria decentro-direita responsávelpor um permanente quês-tionamento do projetoconstitucional".

Teme a UEDS que se repi-ta a composição partidáriada atual Assembléia e poreste motivo quer a negocia-çáo de um acordo pós-eleitoral com inspiração naunião da esquerda. LopesCardoso promete apresen-tar nos próximos dias aoPartido Socialista e ao Par-tido Comunista Portuguêsa plataforma de nego-ciaçào.

Este é o primeiro númeroda sua assinatura

do Jornal do Brasil:264-6807

14 — JORNAL DO BRASIL D Sábado, 25/8/79 D Io Caderno

Juiz do caso Aézio exige verdade sobre o sulcoPolícia tem um novosuspeito do seqüestro emorte de Irene Rodrigues

Em acareação na DPPS, ontem, nenhuma dastrês. testemunhas reconheceu o policial RenatoLuiz Pedrosa, de Teresópolis, suspeito de autor doseqüestro e morte de Irene Rodrigues Guimarães,e a Polícia chegou à conclusão que o responsávelpelo crime é Euclides Andrade dos Santos, oKidinho, suspeito da vários assassínios em que asvítimas sáo encontradas carbonizadas e reta-lhadas.

Um retrato de Kidinho será levado ao PMque estava de serviço no Palácio Guanabara,quando do seqüestro de Irene. Conhecido como o"matador" da Baixada Fluminense, Euclides An-drade dos Santos também é suspeito da morte deNarcisa Pereira da Silva, achada há alguns mesesna Estrada do Adrianópolis, próximo à Estradado Quintela, onde doi encontrada Irene.ACAREAÇÃO

Renato Pedrosa, em suaprimeira acareação, foi re-conhecido pelo PM Messias,de serviço no Palácio Gua-nabara quando do seques-tro de Irene, como um dosseqüestradores. Segundo odelegado Otthon Alves, da9a DP, porém, ontem, ne-nhuma das três testemu-nhas — cujos nomes nãoforam revelados por temorde represálias — o reco-nheceu.

A acareação do policialestava marcada para as lOhna 9a DP, onde FernandoSesi, conpanheiro de Rena-to Pedrosa da delegacia deTeresópolis, prestou depoi-mento, dizendo conhecerRenato desde que começoua trabalhar em Teresópolis,nunca tendo sabido de na-da contra o colega.

Depois do depoimento deSesi, informou-se que a aca-reação seria realizada naDivisão da Polícia Políticae Social, na Secretaria deSegurança, para onde se di-rigiram os advogados Nel-son Schleder e José CarlosPacheco, que antes conver-saram com o delegado Ot-thon.

Renato Pedrosa chegou àDPPS escondido no bancotraseiro do Opala BT 7816,do advogado José CarlosPeixoto, coberto com folhasde jornais. Saiu do carrocorrendo, tapando o rostocom o jornal, às 12h30m.

A acareação foi feita na

sala de reconhecimento,coordenada pelo delegadoMunir Bachá. Meia hora de-pois, Renato saiu da DPPSe seus advogados disseramque não fora reconhecido.Antes do resultado da aca-reação, o advogado NelsonSchleder mostrava-se ner-voso e revoltado. Segundoele, náo estava sendo obser-vado o Artigo 226 do CódigoPenal, pois os suspeitosmostrados juntos com o po-licial às testemunhas nãotinham a mesma caracteris-tica de seu cliente.

O policial suspeito con-versou com os repórteres,confirmando que conheceJorge Haguenauer, ex-marido de Irene, e que este-ve com o bancário no diaem que tiraram o carro deuma sobrinha de Jorge. Es-sa sobrinha morreu e deuseu carro a um amigo, Or-lando. O bancário, revolta-do, pediu a Renato para ti-rar o automóvel de Orlan-do, e o policial teria apareci-do com uma metralhadora.

O delegado Othon conflr-mou que Renato não foi re-conhecido na acareação, sa-lientando porém que, caso opolicial seja novamente re-conhecido, "será indiciadoautomaticamente". Acredi-ta o delegado que Jorge Ha-guenauer é o mandante docrime.

Funcionários da Secreta-ria de Segurança assegu-ram, no entanto, que o poli-ciai foi reconhecido na aca-reação de ontem.

Pirata tomaBoeing com69 pessoas

Larnaca, Chipre — Comuma arma automática, o pi-rata aéreo Mohammed Ass-mounah, 28, estudante li-bio, seqüestrou ontem umavião Boeing 727 das Li-nhas Aéreas Líbias, com 69pessoas a bordo, e entre-gou-se sem resistência àsautoridades cipriotas quan-do o aparelho fez um pousode emergência em Larnaca,por escassez de gasolina.Não houve feridos.

O Governo de Chipremandou fecharo aeroportode Lamaca quando o co-mandante do avião pediuautorização para pousar.Os aeroportos da Grécia ede Beirute também nega-ram permissão para opouso.

Minutos depois o pilotoinsistiu com as autoridadescipriotas e obteve permis-sáo para reabastecer o apa-relho e seguir viagem paraDamasco.

O seqüestrador já tinhaentregue a pistola automá-tica ao comandante doavião e o acompanhou atéos policiais que entraramno Boeing, escoltando osubdiretor do aeroporto,Theodoros Papapetrou. Nachefatura de polícia foi ini-ciado o interrogatório comdificuldade, porqueMohammed só fala árabe.As autoridades acham queo estudante queria apenassair do seu pais.

Raptosmovimentam

Meninos acham umaossada em N. Iguaçu

Um grupo de meninos quecaçavam passarinhos en-controu — na Estrada doQuintela, Nova Iguaçu, a200 metros de onde foi acha-do carbonizado, dia 17, ocorpo de Irene RodriguesGuimarães — uma ossadaque a policia acredita ser daestudante de Psicologia co-nhecida por Lúcia, que de-sapareceu no último dia 7quando se dirigia ao ClubeFluminense, em Laran-jeiras.

Além da coincidência dolocal onde foram achadosos dois corpos, Lúcia, que seacredita estudava na Facul-

dade Santa Úrsula, desapa-receu no mesmo dia do se-qüestro de Irene, e na mes-ma região. Irene foi seques-trada na Rua Pinheiro Ma-chado, próximo ao Flumi-nense.

SUSPEITAS

A suspeita de que a ossa-da possa ser da estudantefoi levantada pelos delega-dos Romeu Diamant, da52a, Nova Iguaçu, e OtthonAlves, da 9a DP, Catete.

O delegado Otthon sabiado desaparecimento da es-tudante, mantido em sigilo.

Pistoleiro acusa Prefeitode Cascavel de ordenarcrime contra jornalista

Curitiba — Apontado por um pistoleiro comoo mandante do assassinio, há 11 dias, do proprie-tário do jornal Fronteira do Iguaçu, AntônioHeleno dos Santos, o Prefeito de Cascavel, JacyScanagatta (Arena) não teve ainda sua prisãopreventiva decretada. Por enquanto, existe ape-nas uma acusação e o inquérito não foi concluído.

Segundo o diretor da Polícia Civil, Luís Che-min, em Cascavel há dois dias, acompanhando asinvestigações a pedido do Governador Ney Braga,o inquérito será concluído quando for ouvida uma"tesiemunha-chave" que ele se recusou a identifi-car. Está sendo ouvido pela Polícia, tambémcomo suspeito, o Vice-Prefeito Assis Gurgacz.

Polícia

TRAMA

Na madrugada do últimodia 13, o jornalista AntônioHeleno dos Santos, 49 anos,foi encontrado morto, comtrês tiros, em seu automó-vel numa rua central deCascavel. Logo informou-seque fora assassinado porpistoleiros.

Desde o inicio o principalsuspeito foi o Prefeito dacidade, a quem o jornalistafazia oposição. No iniciodesta semana, dois pistolei-ros — Júlio Teles e Euclidesda Rocha — foram presos.Júlio Teles apontou o Pre-feito como o mandante docrime.

A princípio, os pistoleirosnegaram qualquer envolvi-mento no assassinio, masacabaram confessando queforam intennediários entreo Sargento da PM Artur deOliveira e outros dois pisto-leiros, autores do crime, fo-ragidos no Paraguai, que te-riam recebido CrS 500 mil.ANTECEDENTES

Três semanas antes docrime, um jornal de Casca-

Dois raptos movimenta-ram durante toda a madru-gada equipes de bombeirose policiais, que consegui-ram libertar R.R.V.B., 14anos, e encontrar Marilenede Oliveira, 25, atacada eviolentada por quatro ho-mens. As duas foram se-qüestradas na porta de suascasas, uma em Acari e outrana Vila da Penha.

Um homem de calção,com um revólver calibre 38,atacou a menor na Rua Ser-ra da Leoa, levando-a, comseu namorado Juarez Este-vão Ribeiro, para um mata-gal nas imediações. O rapazconseguiu fugir, avisando opai da moça, que reuniu vi-zinhos e avisou a Policia.Bombeiros e policiais inva-diram o matagal com holo-fotes, libertando a menor. Oraptor fugiu.

Marilene de Oliveira foiraptada por quatro homensna Rua Tejupá, 677, Vila daPenha, e levada ao Largo doBicão, atrás da Escola Gré-cia — onde foi encontradaviolentada — num Chevettebege. Os fatos foram regis-trados na 38a e 27" DPs.

Aviãocai emS. Paulo

São Paulo — Menos deum minuto depois de deco-lar do aeroporto de Congo-nhas, às llh24m de ontem,com destino à Praia Gran-de, o Cessna PT-CFS per-deu altitude, caindo naAvenida Engenheiro Geor-ge Corbisier e derrubandoum poste de iluminação. Ostrês ocupantes do avião, noentanto, sofreram apenasferimentos sem gravidade.

Propriedade de ícaro Ma-chado Vieira, o Cessna erapilotado por Nelson JoséBonzoni, comandante daVarig.

Detegado tem aprisão relaxadaPorto Alegre — Devido a

falhas deixadas no inquéri-to pela polícia e pela períciatécnica, o Juiz da 5a VaraCriminal de Porto Alegre,Moacir Danilo Rodrigues,foi levado a relaxar, ontem,a prisão preventiva do dele-gado de policia Janito Cos-ta da Silva, que estava reco-lhido do DOPS desde o dia3, por crimes de receptaçãoe falsidade ideológica. O de-legado é, também, um dosenvolvidos no seqüestro docasal uruguaio.

Seu advogado, Nei Mou-ra, ao libertá-lo ontem como alvará de soltura, admitiuque a decisão da Justiça foidevida às falhas no inquéri-to, inclusive na perícia emdiversos documentos, ne-cessaria para comprovar afalsificação. "Como o prazode 10 dias dado à políciapara este trabalho nâo foicumprido — disse o advoga-do — o juiz determinou asoltura".

PM-PE mandaprender soldado

Recife — O Comando Ge-ral da Polícia Militar dePernambuco ordenou a pri-são disciplinar do soldadoJosé Félix Pereira, do 2o Ba-talháo da PM em Nazaré daMata, a 64km de Recife,acusado de matar o agricul-tor José Barbosa de Olivei-ra, a quem prendeu e espan-cou no último dia 19 na ci-dade de Vertentes.

Segundo a Secretaria deSegurança Pública, o dele-gado José Rodrigues Paiva,de Palmares, desde quinta-feira investiga o crime. Osoldado está preso na ca-deia pública.

Mulher reclamamorto há 5 anosSáo Paulo — Diante da

denúncia feita pela familiade Luis Eurico Tejera Lis-boa, morto em 1972 e sepul-tado sob o nome falso deNelson Bueno, a DOPS, natarde de ontem, requisitouo inquérito sobre o caso.

A mulher de Luis Eurico,Sra Suzana, ao procurar o5o Distrito para obter umacópia do boletim de ocor-rència (a morte do marido),foi informada que a docu-mentação havia sido quei-mada porque o caso ocor-reu há mais de cinco anos.

O diretor do Degran, dele-gado Maurício HenriqueGuimarães, estranhou a in-formação, solicitando umaverificação e constatando arequisição do inquérito pelaDOPS.

Deputado acusacaso de torturaRecife — O Deputado

Sérgio Longman (MDB -PE) denunciou maus, tratospoliciais contra o comer-ciante Luis Pereira da Sil-va, o Paraíba, seqüestradoem frente a sua casa e es-pancado com coronhadasna cabeça, ontem internadono Hospital Central de Pau-lista com um derrame cere-bral, provavelmente provo-cado pelos maus tratos.

O comerciante foi espan-cado para confessar o roubodo toca-fitas do Volkswa-gen OA 5389. Levado aoquartel do Derbi, sofreuameaças de morte. Encami-nhado à Delegacia de Rou-bos e Furtos, foi torturadovárias vezes para confessarcumplicidade no roubo como Paraíba.

Segundo testemunhas, osautores do seqüestro do po-licial foram os TenentesFerreira e Menezes da PMde Pernambuco.

vel revelou que um jornalis-ta da cidade seria morto porpistoleiros, que receberiamCr$ 500 mil. O próprio Fron-teira do Iguaçu, ao voltar acircular dia 11 deste mès,anunciou em manchete:"Agora, só falta nos assassi-narem".

O jornal ficou paralisadode fevereiro a agosto, de-pois que seu parque gráficofoi incendiado proposital-mente.

Após o assassinio de An-tònio Heleno dos Santos, osjornalistas de Cascavel fize-ram uma passeata de pro-testo e pediram providên-cias ao Governador NeyBraga e ao Presidente daRepública, ante o clima deterror na cidade.

Ney Braga, além de no-mear um delegado especialpara investigar o caso, pe-diu ao diretor da Polícia Ci-vil para acompanhar as in-vestigações.

A tensão em Cascavel, noentanto, nào diminuiu e naquarta-feira um editor dojornal Hoje Cascavel dei-xou a cidade, após recebersucessivas ameaças.

MINISTÉRIO DA SAÚDE

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZCOMISSÃO GERAL DE LICITAÇÕES

FIOCRUZJ

TOMADA DE PREÇOS N° 015/ 79 -EDITAL N° 141/79 — C.G.L

AVISO

SLBM

A Comissão Geral de Licitações da FUNDA-ÇÃO OSWALDO CRUZ, torna público, para conhe-cimento dos interessados, que no dia 10 0979, às14:00 horas, receberá propostas para o fornecimen-to de 2.000 caixas de isopor em diversos tamanhos.

O Edital contendo maiores esclarecimentospoderá ser adquirido ao preços de CrS 100,00 (Cemcruzeiros) na sala da Comissão, situada no 2C andardo Pavilhão Figueiredo Vasconcelos, a Av. Brasil,4.365, Mangumhos — RJ, no horário de 8 30 as12:00 e 13:00 às 16:30 horas.

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 1979

(a.)RONALDO CÉSAR MATTIODA DE LIMAResponsável pela C.G.L. tP

Assessorado por médicos legistasjá aposentados — atualmente pro-fessores de Medicina Legal, semqualquer vínculo com a administra-çáo pública — o Juiz sumariante doIo Tribunal do Júri. Melic Urdan,oficiou ontem ao IML um quesitosuplementar: qual a razão da dife-rença entre o sulco descrito no lau-do de Aézio da Silva Fonseca (15milímetros) e o da fotografia do ca-dáver que mostra um grande afun-damento?

O próximo passo a ser dado peloJuiz Melic Urdan — para esclarecertodos os pontos obscuros que envol-vem a morte do servente do Ita-nhangá Golfe Club — será o pedidode exumação do cadáver. Requisita-rá também a calça, que os policiaisalegam ter sido o instrumento daconstrição (e "eu não sei onde está")e ainda as fotos do enforcamento deJoaz Rodrigues de Melo, com as

mesmas características do de Aézio.para confronto.

Esclarecimento

O Juiz sumariante do Io Tribunaldo Júri explicou que esta tomandotodas estas providências -- anteon-tem, encaminhou ao IML oficio comoito quesitos para uma consulta mé-dico-!egal, por considerar o auto doexame cadavérico do servente Aéziolacônico, insuficiente, inconclusivoe duvidoso — pelo fato "de um juiznão estar adstrito a laudo algum".Podendo, desta forma, adotar atitu-des que o levem a um esclareci-mento.

Dai ele ter entregue a nona fotodo pescoço de Aézio da Silva Fonse-ca — que mostra um grande afunda-mento e náo apenas um "sulco aper-gaminhado de 15 milímetros de lar-

gura". como afirma o laudo do exa-me cadavérico — a dois médicoslegistas de renome, que. emboraaposentados, sào hoje professoresde Medicina Legal "e muito interes-sados e atualizados na matéria".

E foi assessorado por eles que o..Juiz Melic Urdan fez ontem umaoutra consulta ao IML: "Podem os JSrs peritos explicar a razão da dife-'rença entre as dimensões do sulcodo pescoço descrito no laudo de'necropsia (15 milímetros), e as di-mensões que se observam na foto-grafia do cadáver que, evidentemen-..te, pela perspectiva, devem ser demuito mais de 15 milímetros de lar-gura?".

Esse ofício, como também o enca-minhado anteontem contendo oitoquesitos, constará como peça doprocesso, pois para o Juiz Melic Ur-dan "todas as provas sào provas".

Foto 9 já é prova no inquérito"Todas as provas sáo provas e, na

medida em que elas se harmonizam, temos indícios e circunstânciasque fazem a evidência" — afirmou,ontem, o Juiz sumariante do Io Tri-bunal do Júri, Melic Urdan, ao sereferir à nona foto que mostra umacavidade no pescoço de Aézio daSilva Fonseca, mas que só foi torna-da pública após uma solicitação ju-dicial.

Com isto, as declarações feitaspelo diretor do Instituto Médico-Legal, Olímpio Pereira da Silva,quando procurou invalidar a foto-grafia como prova do inquérito, as-sim como justificar o fato de nãohaver revelado sua existência, náocoincidem com o pensamento da-quele magistrado, que pretende

continuar investigando todos os de-talhes sobre o enforcamento do ex-servente do Itanhangá Golfe Clube.

E Documento

Embora não seja comum ao IMLfotografar os cadáveres que ali sâonecropsiados, o simples fato de olegista Olímpio Pereira da Silva ha-ver requisitado fotógrafo do Institu-to de Criminalística para fazè-lo, e omaterial ter sido arquivado naqueleórgão — como ele próprio afirmou —sob o n° 3881, o tornou documento.

A versão de que a foto foi tiradaapenas por um ato de cortesia aopedido do Promotor Cláudio Bo-cayuva Cunha torna-se uma mera

desculpa, à proporção em que o ma-,terial não lhe foi entregue nas diver-sas vezes que o solicitou. Ao contra-rio, a foto foi remetida ao Io Tribu-nal do Júri, como documento oficial,já que foi colada em impresso paracolar fotografia (padronizado), como timbre Estado do Rio de Janei-ro/S.S.P./ D.T.C. I.C.E..Serviço Fo-tográfico, e carimbo do órgão, alémde assinatura de perito e fotógrafo.

Quanto à declaração do legistaOlímpio Pereira da Silva de que acavidade no pescoço de Aézio, con-forme mostra a foto, foi provocadapela retirada dos músculos, laringe,faringe, traquéia e lingua, "poste-riormente recolocados, mas de ma-neira desorganizada", só será escla-recida depois da exumação do corpopara novo exame.

IML culpa polícia por omissãoO diretor do Instituto Médico Le-

gal, Olímpio Pereira da Silva, consi-derou ontem "imperdoável" o fatode a policia não ter enviado, juntocom o corpo de Aézio da Silva Fon-seca, a calça com a qual ele apare-ceu enforcado na cela n° 6 do xadrezda 19a Delegacia Policial."Até agora não recebemos a pe-ça, o que acabou prejudicando olaudo, pois seria praxe remeter ocorpo do enforcado com o laço emvolta do pescoço", declarou o dire-tor do IML, que não encontrou umaexplicação para o tipo de sulco des-crito pelos médicos legistas. "É pos-

sível que o sulco fosse branco e náoapergaminhado", acrescentou.

A Dúvida do Sulco

A dúvida sobre a natureza dosulco nasce do próprio laudo danecropsia que fala num "sulco aper-gaminhado de 15 milímetros (1,5cm) de largura, mais intenso na par-te anterior e oblíquo de diante paratrás, desaparecendo na face poste-rior". Na autópsia o quesito n° 3:"qual o instrumento que causou amorte?" não foi respondido pois, de-

vido à "imperdoável" omissão poli-ciai, a calça só foi enviada à perícia(do Instituto de Criminalística) 24dias após o ocorrido.

Em seu livro Medicina Legal, oprofessor Hélio Gomes descreve, àpágina 627, a natureza dos sulcos,segundo o instrumento da morte:"Os sulcos, no que diz respeito à cor,podem ser pálidos ou apergaminha-dos. Os pálidos ou moles (tambémchamados brancos) têm cor próxi-ma à da pele, ou azulada, e sàoproduzidos por substâncias de po-der compressivo reduzido como gra-vatas, lençóis, etc".

Jurista pede nova investigaçãoNas apurações feitas sobre a mor-

te de Aézio da Silva Fonseca, jamaispoderia ter sido abandonada a hipó-tese de homicidio. Quem afirma é ojurista Nilo Batista — atuou no casoem nome da OAB-RJ — ao garantir:"Há vários indícios de assassinio.Continuo achando que o caso mere-ce uma investigação, pois não consi-dero o que houve uma verdadeirainvestigação".

Para ele, o fato de a fotografia dopescoço do cadáver, mostrandogrande afundamento, só ter sido li-berada agora, vem ratificar que oinquérito feito pela policia "foi umaforma de ocultar tudo o que aconte-ceu a Aézio, do dia 20 ao dia 22 dejunho, na cela onde ele ficou atémorrer na 16a DP, pois nem sei se foia mesma onde ficou detido. Presoficar sozinho em uma cela é muitoestranho. Os vivos ficam sujeitos àpromiscuidade".

Buscando a verdade

O conselheiro Nilo Batista con-tou que desde o instante em que oPromotor Cláudio Bocaiúva o colo-cou a par da morte de Aézio em

condições suspeitas — indo até oseu escritório com a mulher do ser-vente, Maria Nilza Nogueira de Al-varenga, e com o primo, José deAraújo Filho — os dois começaram aagir. Enquanto ele telefonava para aOAB a fim de agir como represen-tante do Conselho Seccional, o Pro-motor Cláudio Bocaiúva ligou paraa Procuradoria Geral de Justiça."E o Procurador Hermano Odilondos Anjos mostrou sua posição fir-me, desde o primeiro instante, poisfalou que a intenção da Procurado-ria era a de náo esconder nenhumcrime ou criminoso", lembrou o ju-rista Nilo Batista.

Depois disso, foram ao IML, ondeo advogado Nilo Batista e o Promo-tor Cláudio Bocaiúva tiveram gran-des dificuldades para poder olhar ocorpo: "Só depois de grandes nego-ciações, conseguimos subir. O cada-ver de Aézio estava em uma gavetabaixa e, quando foi puxado, perce-bemos que a necropsia havia sidofeita. Seu corpo era de um homemtáo subnutrido que seu fisico maisparecia o de um rapaz de 17 anos".

O conselheiro da OAB afirmouque sua maior preocupação foi como pescoço de Aézio, que ficou olhan-

do por mais de cinco minutos. "Nãohavia incisão de necropsia no pesco-ço. Só a em forma de Y no corpo eum corte também na nuca".

Elucidação

O advogado da familia de Aézio,Sr Alexandre Moura Dumans, afir-mou ontem que "agora se pode afãs-tar a hipótese de suicídio, inclusiveporque as iniciativas tomadas peloJuiz Melic Urdan podem trazer no-vos fatos bem reveladores para aelucidação da verdade".

Mas disse que sua posição é deexpectativa, por não ter ainda legiti-midade para agir. "Precisa ser apre-sentada uma denúncia para eu po-"der me habilitar como assistente deacusação. Antes da denúncia, nâoexiste ação penal, somente inquéri-"to policial, que por sua vez é fiscali-zado pelo Ministério Público". E no-'.,vãmente se queixou do fato de nãoter tido acesso aos autos do inquéri-to, durante a investigação, o que éilegal. O sigilo do inquérito nào po- _de ser estendido ao advogado, se-gundo o estatuto da OAB.

Petrônio deixa crime com EstadoBrasília — "É problema da Justi-

ça" (a estadual) — assim o MinistroPetrônio Portella respondeu à per-gunta sobre o que achava das ver-soes que colocam em dúvida a tesede suicídio, sustentada pela policia,no caso de Aézio da Silva Fonseca, o

sevente do Itanhangá Golfe Clubeque apareceu morto na 16a DP doRio.

O Ministro evitou maiores co-mentários sobre o assunto, mesmoquando foi informado de que o Juiz

Melic Urdan, encarregado do caso,'exigiu novos exames para compro-var a tese de suicídio, depois do.aparecimento de uma fotografia do.corpo de Aézio, que entra em cho-que com o laudo do Instituto Medi-co Legal.

Leia editorial "Prova do Crime'

MINISTÉRIO DA SAÚDE

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

jWlHOCRUZ

COMISSÃO GERAL DE LICITAÇÕES

COMUNICADOA Comissão Geral de Licitações da

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, torna pú-blico, para conhecimento dos interessadoso CANCELAMENTO da Tomada de Preçosn° 013/ 79 — SLBM, referente ao forneci-mento de 900.000 frascos ampola de vidroneutro.

Rio de Janeiro, 23 de agosto de 1979

(as (RONALDO CÉSAR MATTIODA DE LIMAResponsável pela C.G.L (P

MINISTÉRIO DA SAÚDE

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

JWlFIOCRUZ

Este é o primeiro número da suaassinatura do Jornal do Brasil:

264-6807

COMISSÃO GERAL DE LICITAÇÕESTOMADA DE PREÇOS N° 016-79 - SLBM

EDITAL N° 142/79 — C.G.L.

AVISO

A Comissão Geral de Licitações da FUNDA-ÇÃO OSWALDO CRUZ, torna público, para conheci-mento dos interessados, que no dia 12/09/79, às14:00 horas, receberá propostas para o fornecimen-to de rótulos e bulas para vacina contra o sarampo.

O Edital contendo maiores esclarecimentospoderá ser adquirido ao preço de CrS 100,00 (Cemcruzeiros) na sala da Comissão, situada no 2° andardo Pavilhão Figueiredo Vasconcelos, à Av Brasil,4365 Manguinhos — RJ, no horário de 8 30 às12:00 e 13:00 às 16.30 horas.

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 1979

RONALDO CÉSAR MATTIODA DE LIMAResponsável pela C.G.L. (P

JORNAL DO BRASIL D Sábado, 25/8/79 D 1° Caderno — 15

EBTU financia transporte em MinasBrasília — A Empresa

Brasileira de TransporteUrbanos (EBTU) firmouconvênio de Cr$ 30 milhões,provenientes do Fundo Na-cional de Desenvolvimento,à conta do Fundo de Desen-volvimento de TransportesUrbanos, para execução deobras de transporte coleti-vo na Região Metropolitanade Belo Horizonte a seremfeitas ainda este ano.

O programa do convênio,

assinado com a Prefeituradaquela capital, vai expan-dir e melhorar mais de121km de vias de transpor-tes coletivos nos bairros debaixa renda, que alimenta-rão os eixos das AvenidasAmazonas, Pedro II, Antõ-nio Carlos e Cristiano Ma-chado. O total dos investi-mento é de CrS 150 milhões,dos quais 537c por conta deconvênio da EBTU com oBIRD.

Exército e INAMPS têm convênioBrasília — Os Ministérios

do Exército e da Previdên-cia fizeram convênio paraassistência médica recípro-ca, nos locais onde um dosdois tiver instalações ade-quadas, em casos excepcio-nais poderá haver escolhaentre os dois serviços., O

convênio cobre pensionis-

tas do INAMPS e militares,da ativa e reserva.

O convênio foi assinadopelos Ministros do Exército,Walter Pires, e da Previdên-cia, Jair Soares, e cobre ca-sos de terapia, diagnóstico,odontologia, consultas (nospostos ou consultórios demédicos credenciados), in-ternamentos e urgência.

Desabrigados em Minas são 11 859Belo Horizonte — Ainda

existem 11 mil 859 desabri-gados em decorrências dasenchentes ocorridas no co-meço do ano em Minas, in-formou, ontem, o chefe doGabinete Militar do Gover-nador do Estado, CoronelPM Jair Coutlnho, durantedepoimento na CPI instau-rada na Assembléia Legis-lativa para investigar osefeitos das chuvas.

Segundo o Coronel, ape-nas 172 municípios, dos 325atingidos pelas enchentes,que provocaram a morte de277 pessoas, desabrigaram185 mil e destruíram 14 mil55 casas, receberam auxíliofinanceiro do Estado. Infor-mou ainda que somente 170municípios enviaram rela-tório dos danos, pedindoauxílio, à Defesa Civil.

Pernambuco planeja mão-de-obraRecife —- O Governador

Marco Maciel criou, ontem,o Conselho Estadual deMão-de-Obra, cuja finalida-de é traçar as estratégias,diretrizes e normas parauma policia integrada deformação profissionalizan-te, coordenando todas asentidades públicas e priva-das que tèm atividades nes-sa área, como o Senac, Se-nai e outras.

A escolha do dia de ontempara a criação do Conselhofoi uma homenagem do Go-verno de Pernambuco aoex-interventor AgamenonMagalhães, pelo 27° aniver-sário de sua morte, por seconsiderar que ele teveatuação social intensa, ten-do lançado, entre outrascoisas, a idéia dos atuaisCentros Sociais Urbanos.

Reitor garante hospital da UFMGelo Horizonte — Embora

reconhecendo que as difi-culdades financeiras daUniversidade Federal deMinas Gerais "sáo muito sé-rias", o seu Reitor, prof. Cel-so de Vasconcelos Pinheiro,afirmou não haver ''razõespara pânico", desmentiu ofechamento de unidades degraduação e garantiu o fun-cionamento do Hospitaldas Clínicas.

Segundo ele, a persistir odéficit previsto de Cr$ 250milhões este ano, "algumasatividades terão que ser sa-criticadas". O que está pre-visto, disse, é a desativaçãodo Instituto de PesquisasGeológicas Eschwege, emDiamantina, e do Observa-tório Astronômico da Serrada Piedade. Garantiu quenão se pensa em fecharqualquer curso.

Municípios têm atenção do SenadoBrasília — O Senado —

que tem hoje entre seusmembros 23 ex-prefeitos —vai instituir uma comissãopermanente para exame dasituação dos municípiosque, segundo parecer do Se-nador Murilo Badaró (Are-na-MG), são atualmente"entidades desfiguradas doponto-de-vista político e ad-ministrativo".

Num esquema de fortale-cimento dos municípios, oSenador Afonso Camargo(Arena-PR) apresentou pro-posta de emenda constitu-cional transferindo-lhe oimposto inter vivos, poisconsidera que o desenvolvi-mento das comunas tem deser alicerçado em nova re-forma tributária.

Delegados condenam fusão policialCuritiba — Contrários à

tese da fusão das políciascivil e militar, a maioria dos80 delegados que partici-pam de encontro da Asso-ciação Nacional dos Dele-gados, nesta cidade, apon-tam como riscos da fusãoum retrocesso no funciona-mento das corporações po-liciais; prejuízos à políciacivil devido à sua inferiori-dade numérica, e formação

de uma superpolícia "comtendências totalitárias."

Até o final do encontro,que se encerra hoje, a Asso-ciação deverá divulgar suaposição oficial sobre o te-ma, que foi objeto de 12trabalhos apresentados ali.Representante de Sâo Pau-lo sugeriu a criação de orga-nismos policiais municipaise estaduais, com comandospróprios.

Exame sobre motor é supérfluoCuritiba — O diretor do

Detran de São Paulo, SrFrancisco Guimarães do 'Nascimento, disse, nestaCapital, considerar super-fluo o exame sobre motorpara os motoristas de táxireceberem habilitação; porisso, vai propor sua extin-ção ao Conselho Nacionalde Trânsito (Coutran). "Ra-ramente um motorista vaiconsertar o motor de seu

carro, porque as oficinas es-tão aí para isso", comentou.

Ele anunciou que vai su-gerir ao Contran tambémque se torne obrigatória au-torização escrita do pro-prietário de veículo quandoeste for dirigido por outrapessoas, devido ãs dificul-dades que a polícia enfrentacom os furtos de automo-veis.

Saúde propõe disciplina a MECBrasília — Todas as enti-

dades de ensino de Io e 2ograus deverão incorporarem seus currículos, a partirdo próximo ano, o Progra-ma Educativo de Preven-ção do Uso de Tóxicos, casoo Ministério da Educação eCultura aprove o projeto daCâmara de Entorpecentes eTóxicos, enviado ao MECpelo Ministério da Saúde.

Segundo a diretora da Di-visão Nacional de Educa-

Operários escapam do gás de milhoFlorianópolis — Já se en-

contram fora de perigo osdois operários intoxicadosna quinta-feira com o gásliberado pelo milho putrefa-to dos porões do navio Mal-teza S. Pireus, encalhadoem Laguna, e que provocoua morte de quatro outros.Os três outros que eram da-dos como desaparecidos,talvez mortos, estavam defolga e nem entraram nonavio.

O Juiz Erwin Peressoni

Política salarial vai a Figueiredo na 2a- feiraBrasília _- Reajustes sa-

lariais a cada seis meses;poder à Justiça do Traba-lho para decidir, quandonão houver acordo entreempregadores e emprega-dos; oficialização das nego-ciações diretas entre sindi-catos patronais e de traba-lhadores são os pontos bási-cos da nova política salarialque o Ministro do Trabalhoentregará segunda-feira aoPresidente da República.

Sem revelar até que faixasalarial serão feitos os rea-justes semestrais, o Minis-tro da Comunicação Social,Sr Said Farhat, que deu on-tem estas informações, dis-se que o pais caminha paraum sistema de livre nego-ciação, sem interveniênciado Estado. Argumentou,porém, que é preciso umperiodo de transição paraque isto possa acontecer emplenitude.ESPÍRITO ABERTO

Este periodo de transiçãodeve ficar bem caracteriza-do no projeto de lei que oPresidente João Figueiredovai encaminhar ao Congres-so Nacional. O Ministro Fa-rnat lembrou ainda que oGoverno envia a mensagemaos parlamentares de espi-rito aberto, "sem nenhumprato feito e sem idéias pré-concebidas". Entende eleque o Executivo não vetaránenhuma emenda parla-mentar sem antes tomar co-nhecimento prévio dos seusobjetivos e alcance.

Quarta-feira, o Presidente

João Figueiredo debate ostermos do projeto de lei noConselho de Desenvolvi-mento Econômico. Antesda saída do professor MárioHenrique Simonsen, estavaacertado entre ele e o Minis-tro do Trabalho que os rea-justes seriam semestrais ealcançariam os assalaria-dos até a faixa dos 30 sala-rios mínimos.

Depois, com o Sr DelfimNetto na Pasta do Planeja-mento, houve algumas mu-danças no projeto original.A principal delas, que aindanão foi anunciada, seria aredução de 30 para 15 sala-rios mínimos do limite dealcance dos aumentos auto-máticos semestrais.

FUNCIONÁRIOSPÚBLICOS

Outra questão ainda nãodefinida e não abordada pe-lo Ministro Farhat é a inclu-são ou náo dos funcionáriospúblicos na nova políticasalarial. Os servidores sãoregidos por sistema espe-ciai de salários, cujos indi-ces de aumento variam doGoverno federal para os es-taduais e destes para osmunicipais.

A dificuldade de englobaro funcionalismo público nasistemática de reajustes se-mestrais é a grande escas-sez de recursos da União.Aumentos desta naturezalevariam a maior dispèndiodos cofres públicos e pode-riam comprometer o equilí-brio entre receita e despesado orçamento da Uniào.

Aleqf*:Ft.*o d* Cândido Augufrt»

TRT-MG declara ilegalgreve de mineiros, não dáaumento e cobra custas

Belo Horizonte — Por nove votos a dois, oTribunal Regional do Trabalho de Minas decla-¦ rou ilegal a greve dos 3 mil 800 trabalhadores dasminas de ouro de Morro Velho; negou suas reivin-dicações de reajuste salarial e determinou a voltaimediata ao trabalho como condição para reto-mada de diálogo com a empresa.

O TRT, acompanhando voto do relator Gus-tavo Azevedo Branco, entendeu que a greve éilegal porque está em vigor até janeiro acordo emque os trabalhadores receberam 55% de aumento.Os dias de paralisação serão descontados dosgrevistas e as custas do processo — Cr$ 50 mil —deverão ser pagas pelo sindicato dos empregados.RECURSO

O advogado do sindicatodos mineradores disse quevai recorrer da decisão aoTribunal Superior do Tra-balho. Além do aumento dejaneiro, a Mineração MorroVelho concordara em ante-cipar 25% de aumento — aserem descontados no pró-ximo acordo ou dissídio —sendo 15 em julho passado e10 em outubro. Os trabalha-dores pediam Cr$ 8 mil paraserventes, Cr$ 9 mil paraajudantes, Cr$ 10 mil paramaquinistas e Cr$ 12 milpara encarregados.

Em assembléia a quecompareceram aproxima-damente 2 mil empregadosnas minas da Morro Velho,foi decidido, por aclamação,que a greve continua, ape-sar de ter sido declaradailegal. Hoje, nas entradasdas minas, haverá piquetese foi criado um fundo degreve.

Diante da decisão dos tra-

balhadores em minas decarvão de permaneceremem greve e não acolherem oapelo da Secretaria das Re-lações do Trabalho do Mi-nistério do Trabalho emPorto Alegre para a volta àsminas, o secretário AlencarRossi decidiu náo patroci-nar qualquer negociaçãoentre empregados e empre-gadores. Ele aguarda ordemde Brasüia para decretar ailegalidade da greve.

Os empresários alegamque só poderão dar os au-mentos solicitados pelos 2mil 300 mineiros em grevese o CNP (Conselho Nacio-nal do Petróleo) autorizar oaumento de preço do car-vão. Segunda-feira, o presi-dente do sindicato dos mi-neiros vai a Brasília, ondeterã contatos com os Minis-térios do Trabalho e das Mi-nas e Energia e com o CNP,para tentar uma solução. Agreve em Charqueadas eButiá é pacífica.

PetroleirosSão Paulo — Quatorze li-

deres de trabalhadores empetróleo de todo o país reú-nem-se no Rio, a partir das9h, na sede do Sindicatodos Petroleiros. Eles farãouma avaliação da campa-nha salarial e tentarão uni-ficar as reivindicações. Àtarde, encontram a direto-ria da Petrobrás, quandotentarão fazer acordo.

As negociações em petro-leiros e a Petrobrás começa-ram há 23 dias. Apesar dasvárias reuniões já realiza-das, ainda não foi possívelchegar a um consenso. NaRefinaria de Paulínia (SP)

chegou a haver ameaça degreve. A empresa estataltem-se mantido irredutívelnum reajuste máximo de49,4%, que não satisfaz aostrabalhadores, que preten-dem 57% sobre os saláriosatuais.

Os empregados da Refi-naria de Paulínia conti-nuam mobilizados e não es-tá afastada a possibilidadede greve na unidade querefina um terço de todo opetróleo produzido no país.Os petroleiros, porém, acre-ditam na possibilidade deacordo com a Petrobrás.

çào em Saúde. Sra Rosa Pa-vone Pimont, o programafoi baseado em resoluçãonormativa baixada pela Cà-mara Técnica da Câmarade Entorpecentes e Tóxi-cos, e abrange uma série demedidas relativas à preven-ção, fiscalização, repressãoe controle do uso de entor-pecentes e substâncias queproduzam dependência fisi-ca ou psíqiüca.

Caminhoneiros

Teixeira determinou a aber-tura de inquérito. A familiade um dos mortos — AlmirA. Rubens, 16 anos — pre-tende processar a empresaCari Ramos Vally, encarre-gada da retirada da cargade milho, sob a acusação de"falta de condições de segu-rança do trabalho". A em-presa, entretanto, afirmaque Almir não é empregadoe deve ter entrado no navio"como clandestino".

Recife — Motoristas decaminhão — que fizeramgreve parcial esta semana— e empresas transportado-ras chegaram a acordo on-tem. Estabeleceram au-mento imediato de 46%,com vigência a 7 de julho, emais 30% dentro de 60 dias,condicionados à aaajoraçáodos fretes, garantida aosempresários pelo Governa-dor Marco Maciel, que farágestões junto ao GovernoFederal.

Em Porto Alegre, cerca de300 motoristas autônomosde caminhões carregadoscom adubo entram hoje em

DOPS soltaBelo Horizonte — Três

dos 10 presos durante osmovimentos grevistas e in-diciados na Lei de Seguran-ça Nacional, por incitamen-to à greve, foram liberadosontem pela Polícia Federal.Os outros, no DOPS, pode-rão ser liberados após inter-rogatórios e depoimentos.

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í Pedindo desculpas por não saber cantar, o operário da construção civil deu a partida no-Lshow que promoveram para angariar dinheiro para o fundo de greve; não houve'incidentes

seu segundo dia de greve, àespera de um aumento nosfretes de 20 a 50%, e detabela única de fretes paratodas as empresas trans-portadoras.

Ontem, o Sindicato dosCondutores Autônomos deVeiculos Rodoviários reu-niu em sua sede, paia umaassembléia, cerca de 100motoristas, para discutiremproposta a ser encaminha-da às empresas (tanto in-dustriais como transporta-doras), mas preferiram es-perar maior adesão dos ca-minhoneiros, para ampliaro movimento.

Dos presos soltos ontem,dois — Matusalém FaustinoFerreira e Maria da Fé Ali-cen — são funcionários daPrefeitura e participaramda malograda greve dos ser-vidores públicos. O outro.Benevenuto Ribeiro dosSantos, é bancário.

Bancários do Rio decidemhoje se entram em greve

"A greve pode ser decidida na assem-bléia hoje. Mas eu lembro aos bancáriosque se for votada, que seja com racionali-dade, sem emoção", afirmou o Sr. IvanPinheiro, presidente do Sindicato dosBancários. "Eu nâo acredito em greve. Amaioria da classe bancária quer aumen-tos justos", disse o Sr. Theóphilo de Aze-redo Santos, presidente da Federação Na-cional do Bancos.

As duas declarações foram feitas de-pois da reunião de banqueiros e banca-rios, no sindicato dos empregados. O Sr.Pinheiro acusou os donos de bancos deincitar a greve, enquanto o presidente dosbanqueiros negava este fato e denunciava"agitação da minoria de esquerda". Nãofoi apresentada nenhuma nova proposta.A assembléia dos bancários será hoje, às15h, na quadra do Confiança (local deensaio da escola de samba Salgueiro).

DissídioO Sindicato dos Bancos entrou com

pedido de instalação de dissídio coletivo,no Tribunal Regional do Trabalho. Aindanão foi marcada data para audiência. OSr. Theóphilo de Azeredo Santos disseque a escolha da via judicial para soluçãodo impasse "não significa que acabou odiálogo". O Sr. Ivan Pinheiro foi além:"seremos os únicos bancários, em todo oBrasil, que teremos dissídio coletivo. Éum orgulho".

Sobre as declarações do Ministro Muri-lo Macedo ("os banqueiros tèm se msotra-do intransigentes"), o Sr. Theóphilo deAzeredo Santos comentou que nâo acre-ditava no que os jornais de quinta-feirahaviam publicado. E acrescentou: "Se oMinistro disse fê-lo mal". Em seguida lem-brou que havia disposição para entendi-mento, "embora não haja condição paraapresentar nova proposta, pois é impossí-vel convocar a classe dos banqueiros atésegunda-feira".

Na última assembléia dos bancários, aproposta dos patrões (que era mantidaaté ontem) foi a de um aumento de 2,2%além do índice oficial (44%). O presidenteda Federação Nacional dos Bancos con-cordou também em compensar o abonode 25%, concedido a partir de julho. "Oaumento total seria, então, de 27% alémdo piso, muito abaixo das nossas reivindi-cações", afirmou o Sr. Ivan Pinheiro.

Os bancários querem aumento de 50%e um fixo de Cr$ 6 mil, além de pagamento

de anuênios. A reunião de ontem entrebanqueiros e bancários foi a segunda dasemana. Os dois dirigentes de classe (debanqueiros e bancários) embora náo te-nham saído do encontro com perspecti-vas de cordo, admitiram que só o fato deter acontecido a reuniào "foi avanço nasnegociações e uma demonstração de ten-tativa de diálogo".

O Sr Ivan Pinheiro voltou a dizer queos bancários estão sendo utilizados comomassa de manobra dos banqueiros: "Elesquerem que o Governo não tabele os jurose nào concretize a promessa de reduzirpara 48 horas e prazo de disponibilidadedo dinheiro arrecado das contribuições doINPS" (atualmente os bancos dispõe des-se dinheiro por 30 dias. Mas, lembrou queos empregados não admitem ser usados."Eles querem nos empurrar para a grevepela greve, o que nunca fizemos. Se parar-mos, será conscientemente".

O Sr Theóphilo de Azeredo Santosdisse que "além dos agitadores, quemestá tumultuando sáo os envolvidos numclima de pessimismo e os que fabricarameste clima, alguns que querem um retro-cesso no processo de democratização".

Pessoalmente, o Sr Ivan Pinheiro achaque "a mobilização cresceu muito e, aprova disso é que o professor Theóphilo,homem bem-informado, já está sabendode tudo". Ontem, a "Bandinha" de músi-cos.contratada pelo Sindicato, percorreuas ruas do Centro, convocando para aas-sembléia de hoje. O Sr Ivan Pinheiro disseque a corrida aos bancos que houve foiprovocada pelos banqueiros". Não houveuma grande corrida ontem mas caixas dealguns bancos admitiram que o movimen-to foi maior que o normal.

O presidente do Sindicato dos Banca-rios denunciou ainda "pressões dos donosde bancos para desmobilizar os banca-rios". Segundo ele, estào sendo distribui-dos panfletos com a data e o local daassembléia errados, funcionários têm re-cebido ameaças do demissão e de prisão,outros foram convocados para trabalharhoje. "Foi até marcado para hoje o con-curso de Miss Itaú, tentativa nítida deesvaziamento da assembléia", disse.

Os bancários do Estado do Rio deJaneiro são 70 mil. Destes, 60 mil traba-lham em bancos comerciais e 10 mil emfinanceiras. Estes estão em dissídio coleti-vo desde julho, jã que o sindicato patronalé outro. Dos que trabalham em banco, 21mil são sindicalizados.

Paulistas diminuem reivindicaçãoOs bancários paulistas diminuíram

suas pretensões iniciais de aumento sala-rial (50% mais Cr$ 3 mil fixos). Eles apre-sentaram ontem nova proposta: reajustesfixos acima do índice oficial de Cr$ 2 milpara quem ganha até cinco salários mini-mos; de Cr$ 1 mil 500 para os que recebementre cinco e oito salários mínimos; e deCrS 1 mil para os demais.

Esta proposta foi feita em reunião en-tre o sindicato patronal, o sindicato e afederação dos bancários (que representaos empregados de Sáo Paulo, Mato Gros-so e Mato Grosso do Sul). A proposta foifeita verbalmente. As negociações diretasprosseguem terça-feira e no mesmo dia, ànoite, haverá assembléia dos bancários.

Falta uma semana para a data-base daconvenção coletiva de trabalho dos ban-cârios e eles vêm intensificando a campa-nha de aumento. Ontem, os banqueirosdeclararam que pretendem descontar doacordo a ser feito oa aumentos espontã-neos — "salvo se por lei não compensa-veis" — desde o começo da vigência doúltimo acordo.

Mesa RedondaA Confederação dos Trabalhadores em

Empresas de Crédito convidará o Minis-tro do Trabalho Murilo Macedo para par-ticipar de mesa redonda, quarta-feira,quando banqueiros e bancários discuti-rão, em Belo Horizonte, uma solução — "anível quase nacional" — para as reivindi-cações salarias em quase todos os Es-tados.

Ao comentar a atitude dos banqueiros,classificada de "intransigente", o presi-dente da Contec, Sr Wilson Gomes Mou-ra, levantou uma nova suspeita: "será queos banqueiros estão interessados em quehaja provocações para tirarem resultadosem seu beneficio?".

Ao rebater denúncias publicadas emjornais dos grandes centros de que osbancários estáo reivindicando até 400%, opresidente da Contec explicou que a rei-vindicação só se aproxima de 200% paratrabalhadores que atualmente recebempouco mais que o salário mínimo.

Lembrou que sáo reivindicados 50% deaumento, sem desconto do abono de 20%já concedido, e mais um adicional fixo deCrS 3 mil. Assim, para quem ganha poucomais de CrS 2 mil. realmente o aumento seaproximará de 200%.

GaúchosO Sindicato dos Bancos de Porto Ale-

gre pediu ontem, aos bancários, prazo deuma semana para estudar uma contra-proposta salarial, alegando a necessidadede "estudos demorados". Sugeriu a parti-cipação de representantes do sindicatodos empregados nos estudos, o que foiaceito.

Depois de uma hora de reunião com osbanqueiros, o presidente do sindicato dosbancários, Sr. Olivio Dutra, disse que osempregados darão prazo até sexta-feirapara resposta patronal. Sábado haveráassembléia.

Os bancários querem aumento médiode 86% dos quais 23% representam"umaparticipação nos lucros".

CuritibaMais de 1 mil 200 bancários encerra-

ram. ontem à noite, sua assembléia empasseata pelo Centro de Curitiba, protes-tando contra a terceira rejeição de suareivindicação de aumentos salariais de33% além do índice do Governo. A assem-bléia, no auditório da Igreja N.S. do Gua-dalupe, decidiu criar um fundo de greve ecomissões de bancos, para o caso de opta-rem por greve na próxima reunião sema-na, que vem.

Construtor znão pagará rmah de 20%

Porto Alegre — O Sindi-cato das Indústrias da XConstrução Civil, em reu- _niào de oito horas, decidiumanter a proposta de rea-juste máximo de 20%. e re- rjeitar a proposta de conci-liaçáo de 25%> da presidên- ,cia do TRT.

Além da Brigada Militar,, _em prontidão há duas séZH"manas, 2 mil policiais civis -entraram em prontidão às, Z6h de ontem, porque houve .boatos de que ocorrerian\3,,invasões em supermerca-r.,-.,dos e empresas e até agres-, -soes e linchamentos de em-..presários. Mas nâo houve •'¦>incidentes. Os grevistas, pa-rados há 12 dias, realizaram 7show de músicas e repen- ,',tes, com violas e gaitas, no *-Centro da Capital.

Os empresários decidi- •-ram também que só paga-rão a primeira semana degreve (semana passada). Os"salários desta semana náoserão pagos.

Os empresários estão dis-postos a ir às últimas conse-qüências. Chegamos ao má-ximo possível, e queremosesvaziar esta greve, e se di-zem que a queremos esva-"ziar pela fome, será, então, ^pela fome. Alimentar e pa-ZZgar grevista não existe emparte alguma do mundo; se-náo vira férias. Ou morre-mos ou nos matam", afir-mou o presidente do Sindi- ¦cato Patronal, Sr Luís *Ponte.

Voz rouca, mão tremendoao segurar o microfone,("Desculpa se eu errar, quer- -eu não sou cantor, sou tra-balhador") um dos grevis-^tas da construção civil co-'""meçou a cantar: "Não chora ¦¦••meu bem, não querida, não "cpensei mal, eu estou cho-rando de alegria". * *

"Os trabalhadores estãoprecisando do seu apoio,meus amigos. Qualquer 50/.,centavos já ajuda quem es-tá sem levar nada de comer_ ^para casa", dizia um dos*Zvários operários que, ao re-dor dos que faziam o show,pedia contribuições para ofundo de greve. ? Z

Metalúrgicos ....Belo Horizonte — Em as-

sembléia, ontem de manha,-—os metalúrgicos da Alcomi- ,,,nas, em greve desde quarta-feira, recusaram contrapro-,.posta da empresa para au-mento variável entre 65% er~-o índice oficial, aos 1 mil 500''empregados. O dissídio co-letivo será julgado semanaque vem pelo Tribunal Re-gional do Trabalho. "¦

O diretor do Sindicato ...dos Metalúrgicos, Sr Gil- *berto Cardoso, informou""que à assembléia compare- • > -ceram 600 operários. A Al- "' ¦cominas, uma das três gran-..des produtoras de alumínio «"do pais, continua com seus"fornos ligados, mas sem-operar. Os trabalhadores""pedem aumento de 80%.

Quarta-feira à tarde, trêsmetalúrgicos ficaram feri-dos durante ação policial--contra piquetes nas proxi- -midades da fábrica. O dire---tor do sindicato negou acu- •saçóes da empresa de que'teriam sido cortadas as li-gações de telex, telefone eterminais de computador'da fábrica.

Piquetes de operários im- 'pediram ontem, em Divino-polis, a volta ao trabalho de " *pequenos grupos de meta-lúrgicos da Siderúrgica ^-Pains que, há 14 dias, entra-ram em greve.

JORNAL DO BRASIL D Sábado, 25/8/79 Q ]° Caderno 2o Clichê — 15

EBTU financia transporte em MinasBrasília — A Empresa

Brasileira de TransporteUrbanos (EBTU) firmouconvênio de Cr$ 30 milhões,provenientes do Fundo Na-cional de Desenvolvimento,à conta do Fundo de Desen-volvimento de TransportesUrbanos, para execução deótífa^dê^rarâporí^cóletFvo na Região Metropolitanade Belo Horizonte a seremfeitas ainda este ano.

O programa do convênio,

assinado com a Prefeituradaquela capital, vai expan-dir e melhorar mais de121km de vias de transpor-tes coletivos nos bairros debaixa renda, que alimenta-ráo os eixos das AvenidasAmazonas, Pedro n, Antò-nio Carlos e Cristiano Ma-

xrradorCrtotãl dos investi-"mento é de Cr$ 150 milhões,dos quais 539c por conta deconvênio da EBTU com oBIRD.

Política salarial vai a Figueiredo na 2a- feira

Exército e INAMPS têm convênioBrasília — Os Ministérios

do Exército e da Previdên-cia fizeram convênio paraassistência médica recípro-ca, nos locais onde um dosdois tiver instalações ade-quadas, em casos excepcio-nais poderá haver escolhaentre os dois serviços. O

convênio cobre pensionls-

tas do INAMPS e militares,da ativa e reserva.

O convênio foi assinadopelos Ministros do Exército,Walter Pires, e da Previdên-cia, Jair Soares, e cobre ca-sos de terapia, diagnóstico,odontologia, consultas (nospostos ou consultórios demédicos credenciados), in-temamentos e urgência.

Desabrigados em Minas são 11 859Belo Horizonte — Ainda

existem 11 mil 859 desabri-gados em decorrências dasenchentes ocorridas no co-meço do ano em Minas, in-formou, ontem, o chefe doGabinete Militar do Gover-nador do Estado, CoronelPM Jair Coutinho, durantedepoimento na CPI instau-rada na Assembléia Legis-lativa para investigar osefeitos das chuvas.

Segundo o Coronel, ape-nas 172 municípios, dos 325atingidos pelas enchentes,que provocaram a morte de277 pessoas, desabrigaram185 mil e destruíram 14 mil55 casas, receberam auxíliofinanceiro do Estado. Infor-mou ainda que somente 170municípios enviaram rela-tório dos danos, pedindoauxílio, à Defesa Civil.

Pernambuco planeja mão-de-obraRecife — O Governador

Marco Maciel criou, ontem,o Conselho Estadual deMào-de-Obra, cuja finalida-de é traçar as estratégias,diretrizes e normas parauma polícia integrada deformação profissionalizan-te, coordenando todas asentidades públicas e priva-das que têm atividades nes-sa área, como o Senac, Se-nai e outras.

A escolha do dia de ontempara a criação do Conselhofoi uma homenagem do Go-vemo de Pernambuco aoex-interventor AgamenonMagalhães, pelo 27° aniver-sário de sua morte, por seconsiderar que ele teveatuação social intensa, ten-do lançado, entre outrascoisas, a idéia dos atuaisCentros Sociais Urbanos.

Reitor garante hospital da L FMGBelo Horizonte — Emborareconhecendo que as difi-culdades financeiras daUniversidade Federal deMinas Gerais "são muito sé-rias", o seu Reitor, prof. Cel-so de Vasconcelos Pinheiro,afirmou não haver "razõespara pânico", desmentiu ofechamento de unidades degraduação e garantiu o fun-cionamento do Hospitaldas Clinicas.

Segundo ele. a persistir odéficit previsto de CrS 250milhões este ano, "algumasatividades terão que ser sa-criticadas". O que está pre-visto, disse, é a desativaçãodo Instituto de PesquisasGeológicas Eschwege, emDiamantina, e do Observa-tório Astronômico da Serrada Piedade. Garantiu quenáo se pensa em fecharqualquer curso.

Municípios têm atenção do SenadoBrasília — O Senado —

que tem hoje entre seusmembros 23 ex-prefeitos —vai instituir uma comissãopermanente para exame dasituação dos municípiosque, segundo parecer do Se-nador Murilo Badaró (Are-na-MG), são atualmente"entidades desfiguradas doponto-de-vista político e ad-ministrativo".

Num esquema de fortale-cimento dos municípios, oSenador Afonso Camargo(Arena-PR) apresentou pro-posta de emenda constitu-cional transferindo-lhe oimposto inter vivos, poisconsidera que o desenvolvi-mento das comunas tem deser alicerçado em nova re-forma tributária.

Delegados condenam fusão policialCuritiba — Contrários à

tese da fusão das políciascivil e militar, a maioria dos80 delegados que partici-pam de encontro da Asso-ciação Nacional dos Dele-gados, nesta cidade, apon-tam como riscos da fusãoum retrocesso no funciona-mento das corporações po-liciais; prejuízos à políciacivil devido à sua inferiori-dade numérica, e formação

Exame sobre motor é supérfluo

Curitiba — O diretor doDetran de Sào Paulo, SrFrancisco Guimarães doNascimento, disse, nestaCapital, considerar super-fluo o exame sobre motorpara os motoristas de táxireceberem habilitação; porisso, vai propor sua extin-çáo ao Conselho Nacionalde Transito (Contran). "Ra-ramente um motorista vaiconsertar o motor de seu

Saúde propõe disciplina a MEC

Brasília — Reajustes sa-lariais a cada seis meses;poder à Justiça do Traba-lho para decidir, quandonáo houver acordo entreempregadores e emprega-dos; oficialização das nego-_

Jciár;ü^íraire"tãs-éntre—sindi-catos patronais e de traba-lhadores são os pontos bási-cos da nova política salarialque o Ministro do Trabalhoentregará segunda-feira aoPresidente da República.

Sem revelar até que faixasalarial seráo feitos os rea-justes semestrais, o Minis-tro da Comunicação Social,Sr Said Farhat, que deu on-tem estas informações, dis-¦ se que o pais caminha paraum sistema de livre nego-ciação, sem interveniênciado Estado. Argumentou,porém, que é preciso umperiodo de transição paraque isto possa acontecer emplenitude.ESPÍRITO ABERTO

Este período de transiçãodeve ficar bem caracteriza-do no projeto de lei que oPresidente João Figueiredovai encaminhar ao Congres-so Nacional. O Ministro Fa-rhat lembrou ainda que oGoverno envia a mensagemaos parlamentares de espí-rito aberto, "sem nenhumprato feito e sem idéias pré-concebidas". Entende eleque o Executivo nâo vetaránenhuma emenda parla-mentar sem antes tomar co-nhecimento prévio dos seusobjetivos e alcance.

Quarta-feira, o Presidente

de uma superpolícia "comtendências totalitárias."

Até o final do encontro,que se encerra hoje, a Asso-ciaçào deverá divulgar suaposição oficial sobre o te-ma, que foi objeto de 12trabalhos apresentados ali.Representante de São Pau-lo sugeriu a criação de orga-nismos policiais municipaise estaduais, com comandospróprios.

carro, porque as oficinas es-tão aí para isso", comentou.

Ele anunciou que vai su-gerir ao Contran tambémque se tome obrigatória au-torização escrita do pro-prietário de veículo quandoeste for dirigido por outrapessoas, devido às dificul-dades que a polícia enfrentacom os furtos de automó-veis.

Brasilia — Todas as enti-dades de ensino de Io e 2ograus deverão incorporarem seus currículos, a partirdo próximo ano, o Progra-ma Educativo de Preven-çào do Uso de Tóxicos, casoo Ministério da Educação eCultura aprove o projeto daCâmara de Entorpecentes eTóxicos, enviado ao MECpelo Ministério da Saúde.

Segundo a diretora da Di-visão Nacional de Educa-

Operários escapam do gás de milhoFlorianópolis — Já se en-

contram fora de perigo osdois operários intoxicadosna quinta-feira com o gásliberado pelo milho putrefa-to dos porões do navio Mal-teza S. Pireus, encalhadoem Laguna, e que provocoua morte de quatro outros.Os très outros que eram da-dos como desaparecidos,talvez mortos, estavam defolga e nem entraram nonavio.

O Juiz Erwin Peressoni

João Figueiredo debate ostermos do projeto de lei noConselho de Desenvolvi-mento Econômico. Antesda saida do professor MárioHenrique Simonsen, estava

_a£ertedj3£ntrp-.eJp-e:,osMi»is-tro do Trabalho que os rea-justes seriam semestrais ealcançariam os assalaria-dos até a faixa dos 30 sala-rios mínimos.

Depois, com o Sr DelfimNetto na Pasta do Planeja-mento. houve algumas mu-danças no projeto original.A principal delas, que aindanão foi anunciada, seria aredução de 30 para 15 sala-rios mínimos do limite dealcance dos aumentos auto-máticos semestrais.FUNCIONÁRIOSPÚBLICOS

Outra questão ainda nâodefinida e não abordada pe-lo Ministro Farhat é a inclu-são ou não dos funcionáriospúblicos na nova políticasalarial. Os servidores sâoregidos por sistema espe-ciai de salários, cujos indi-ces de aumento variam doGoverno federal para os es-taduais e destes para osmunicipais.

A dificuldade de englobaro funcionalismo público nasistemática de reajustes se-mestrais é a grande escas-sez de recursos da União.Aumentos desta naturezalevariam a maior dispèndiodos cofres públicos e pode-riam comprometer o equili-brio entre receita e despesado orçamento da União.

TRT-MG declara ilegalgreve de mineiros, não dáaumento e cobra custas

Belo Horizonte — Por nove votos a dois, oTribunal Regional do Trabalho de Minas decla-rou ilegal a greve dos 3 mil 800 trabalhadores dasminas de ouro de Morro Velho; negou suas reivin-dicações de reajuste salarial e detenrünou a voltaimediata ao trabalho como condição para reto-mada de diálogo com a empresa.

O TRT, acompanhando voto do relator Gus-tavo Azevedo Branco, entendeu que a greve éilegal porque está em vigor até janeiro acordo emque os trabalhadores receberam 55% de aumento.Os dias de paralisação serão descontados dosgrevistas e as custas do processo — Cr$ 50 mil —deverão ser pagas pelo sindicato dos empregados.RECURSO

O advogado do sindicatodos mineradores disse quevai recorrer da decisão aoTribunal Superior do Tra-balho. Além do aumento dejaneiro, a Mineração MorroVelho concordara em ante-cipar 25% de aumento — aserem descontados no pró-ximo acordo ou dissídio —sendo 15 em julho passado e10 em outubro. Os trabalha-dores pediam CrS 8 mil paraserventes, CrS 9 mil paraajudantes, Cr$ 10 mil paramaquinistas e Cr$ 12 milpara encarregados.

Em assembléia a quecompareceram aproxima-damente 2 mil empregadosnas minas da Morro Velho,foi decidido, por aclamação,que a greve continua, ape-sar de ter sido declaradailegal. Hoje, nas entradasdas minas, haverá piquetese foi criado um fundo degreve.

Diante da decisão dos tra-

balhadores em minas decarvão de permaneceremem greve e não acolherem oapelo da Secretaria das Re-lações do Trabalho do Mi-nistério do Trabalho emPorto Alegre para a volta àsminas, o secretário AlencarRossi decidiu não patroci-nar qualquer negociação-entre empregados e empre-gadores. Ele aguarda ordemde Brasília para decretar ailegalidade da greve.

Os empresários alegamque só poderão dar os au-mentos solicitados pelos 2mil 300 mineiros em grevese o CNP (Conselho Nacio-nai do Petróleo) autorizar oaumento de preço do car-vão. Segunda-feira, o presi-dente do sindicato dos mi-neiros vai a Brasilia, ondeterá contatos com os Minis-térios do Trabalho e das Mi-nas e Energia e com o CNP,para tentar uma solução. Agreve em Charqueadas eButiá é pacífica.

PetroleirosSão Paulo — Quatorze li-

deres de trabalhadores empetróleo de todo o pais reú-nem-se no Rio. a partir das9h, na sede do Sindicatodos Petroleiros. Eles farãouma avaliação da campa-nha salarial e tentarão uni-ficar as reivindicações. Àtarde, encontram a direto-ria da Petrobrás, quandotentarão fazer acordo.

As negociações em petro-leiros e a Petrobrás começa-ram hà 23 dias. Apesar dasvárias reuniões já realiza-das, ainda não foi possívelchegar a um consenso. NaRefinaria de Paulínia (SP)

ção em Saúde. Sra Rosa Pa-vone Pimont. o programafoi baseado em resoluçãonormativa baixada pela Cã-mara Técnica da Câmarade Entorpecentes e Tóxi-cos. e abrange uma série demedidas relativas à preven-ção. fiscalização, repressãoe controle do uso de entor-pecentes e substâncias queproduzam dependência Ssi-ca ou psíquica.

Teixeira determinou a aber-tura de inquérito. A famíliade um dos mortos — AlmirA. Rubens. 16 anos — pre-tende processar a empresaCari Ramos Vally. encarre-gada da retirada da cargade milho, sob a acusação de"falta de condições de segu-rança do trabalho". A em-presa, entretanto, afirmaque Almir não é empregadoe deve ter entrado no navio"como clandestino".

caminhão — que fizeramgreve parcial esta semana— e empresas transportado-ras chegaram a acordo on-tem. Estabeleceram au-mento imediato de 46%.com vigência a 7 de julho, emais 30% dentro de 60 dias,condicionados à majoraçãodos fretes, garantida aosempresários pelo Governa-dor Marco Maciel, que farãgestões junto ao GovernoFederal.

Em Porto Alegre, cerca de300 motoristas autônomosde caminhões carregadoscom adubo entram hoje em

Porto AlegroFoto de Condido Auguito

Pedindo desculpas por não saber cantar, o operário da construção civil deu a partida no-show que promoveram para angariar dinheiro para o fundo de greve: não houve.

incidentes

chegou a haver ameaça degreve. A empresa estataltem-se mantido irredutívelnum reajuste máximo de49,4%, que não satisfaz aostrabalhadores, que preten-dem 57% sobre os saláriosatuais.

Os empregados da Refi-naria de Paulínia conti-nuam mobilizados e não es-tá afastada a possibilidadede greve na unidade querefina um terço de todo opetróleo produzido no país.Os petroleiros, porém, acre-ditam na possibilidade deacordo com a Petrobrás.

CaminhoneirosRecife — Motoristas de seu segundo dia de greve, à

espera de um aumento nosfretes de 20 a 50%. e detabela única de fretes paratodas as empresas trans-portadoras.

Ontem, o Sindicato dosCondutores Autônomos deVeículos Rodoviários reu-niu em sua sede. para umaassembléia, cerca de 100motoristas, para discutiremproposta a ser encaminha-da às empresas i tanto in-dustriais como transporta-dorasi. mas preferiram es-perar maior adesão dos ca-minhoneiros. para ampliaro movimento.

DOPS soltaBelo Horizonte — Très

dos 10 presos durante osmovimentos grevistas e in-diciados na Lei de Seguran-ça Nacional, por incitamen-to à greve, foram liberadosontem pela Polícia Federal.Os outros, no DOPS, pode-rão ser liberados após inter-rogatórios e depoimentos.

Bancários do Rio decidemhoje se entram em greve

Dos presos soltos ontem,dois — Matusalém FaustinoFerreira e Maria da Fé Ali-cen — sào funcionários daPrefeitura e participaramda malograda greve dos ser-vidores públicos. O outro.Benevenuto - Ribeiro dosSantos, é bancário.

"A greve pode ser decidida na assem-bléia hoje. Mas eu lembro aos bancáriosque se for votada, que seja com racionali-dade, sem emoção", afirmou o Sr. IvanPinheiro, presidente do Sindicato dosBancários. "Eu nâo acredito em greve. Amaioria da classe bancária quer aumen-tos justos", disse o Sr. Theóphilo de Aze-redo Santos, presidente da Federação Na-cional do Bancos.

As duas declarações foram feitas de-pois da reunião de banqueiros e banca-rios, no sindicato dos empregados. O Sr.Pinheiro acusou os donos de bancos deincitar a greve, enquanto o presidente dosbanqueiros negava este fato e denunciava"agitação da minoria de esquerda". Nãofoi apresentada nenhuma nova proposta.A assembléia dos bancários será hoje, às15h, na quadra'do Confiança (local deensaio da escola de samba Salgueiro).

Dissídio

O Sindicato dos Bancos entrou compedido de instalação de dissídio coletivo,no Tribunal Regional do Trabalho. Aindanào foi marcada data para audiência. OSr. Theóphilo de Azeredo Santos disseque a escolha da via judicial para soluçãodo impasse "não significa que acabou odiálogo". O Sr. Ivan Pinheiro foi além:"seremos os únicos bancários, em todo pBrasil, que teremos dissídio coletivo. Éum orgulho".

Sobre as declarações do Ministro Muri-lo Macedo ("os banqueiros têm se msotra-do intransigentes"), o Sr. Theóphilo deAzeredo Santos comentou que não acre-ditava no que os jornais de quinta-feirahaviam publicado. E acrescentou: "Se oMinistro disse fê-lo mal". Em seguida lem-brou que havia disposição para entendi-

mento, "embora nào haja condição paraapresentar nova proposta, pois é impossi-vel convocar a classe dos banqueiros atésegunda-feira".

Na última assembléia dos bancários, aproposta dos patrões (que era mantidaaté ontem) foi a de um aumento de 2.2r<além do índice oficial (44r;). O presidenteda Federação Nacional dos Bancos con-cordou também em compensar o abonode 25rr. concedido a partir de julho. "Oaumento total seria, então, de 27rr alemdo piso. muito abaixo das nossas reivindi-cações", afirmou o Sr. Ivan Pinheiro.

Os bancários querem aumento de 50r;e um fixo de CrS 6 mil. além de pagamentode anuènios. A reunião de ontem entrebanqueiros e bancários foi a segunda dasemana. Os dois dirigentes de classe (debanqueiros e bancários i embora não te-nham saído do encontro com perspecti-vas de cordo, admitiram que só o fato deter acontecido a reunião "foi avanço nasnegociações e uma demonstração de ten-tativa de diálogo".

O Sr Ivan Pinheiro voltou a dizer queos bancários estão sendo utilizados comomassa de manobra dos banqueiros: "Elesquerem que o Governo não tabele os jurose nâo concretize a promessa de reduzirpara 48 horas e prazo de disponibilidadedo dinheiro arrecado das contribuições doINPS" (atualmente os bancos dispõe des-se dinheiro por 30 dias. Mas, lembrou queos empregados não admitem ser usados."Eles querem nos empurrar para a grevepela greve, o que nunca fizemos. Se parar-mos, será conscientemente".

O Sr Theóphilo de Azeredo Santosdisse que "alem dos agitadores, quemestá tumultuando são os envolvidos numclima de pessimismo e os que fabricarameste clima, alguns que querem um retro-cesso no processo de democratização".

Paulistas diminuem reivindicaçãoOs bancários paulistas diminuíram

suas pretensões iniciais de aumento sala-rial (50% mais Cr$ 3 mil fixos). Eles apre-sentaram ontem nova proposta: reajustesfixos acima do índice oficial de CrS 2 milpara quem ganha até cinco salários mini-mos; de Cr$ 1 mil 500 para os que recebementre cinco e oito salários mínimos; e deCrS 1 mil para os demais.

Esta proposta foi feita em reunião en-tre o sindicato patronal, o sindicato e afederação dos bancários (que representaos empregados de Sáo Paulo, Mato Gros-so e Mato Grosso do Sul). A proposta foifeita verbalmente. As negociações diretasprosseguem terça-feira e no mesmo dia. ànoite, haverá assembléia dos bancários.

Falta uma semana para a data-base daconvenção coletiva de trabalho dos ban-cários e eles vêm intensificando a campa-nha de aumento. Ontem, os banqueirosdeclararam que pretendem descontar doacordo a ser feito os aumentos espontà-neos — "salvo se por lei náo compensa-veis" — desde o começo da vigência doúltimo acordo.

Mesa RedondaA Confederação dos Trabalhadores em

Empresas de Crédito convidará o Minis-tro do Trabalho Murilo Macedo para par-ticipar de mesa redonda, quarta-feira.quando banqueiros e bancários discuti-rão, em Belo Horizonte, uma solução — "anível quase nacional" — para as reivindi-cações salarias em quase todos os.Es-tados.

Ao comentar a atitude dos banqueiros,classificada de "intransigente", o presi-dente da Contec. Sr Wilson Gomes Mou-ra. levantou uma nova suspeita: "será queos banqueiros estáo interessados em quehaja provocações para tirarem resultadosem seu beneficio?".

Ao rebater denúncias publicadas emjornais dos grandes centros de que osbancários estáo reivindicando até 400%. opresidente da Contec expücou que a rei-vindicação só se aproxima de 200% paratrabalhadores que atualmente recebempouco mais que o salário minimo.

Lembrou que são reivindicados 50% deaumento, sem desconto do abono de 20f <¦jâ concedido, e mais um adicional fixo deCr$ 3 mil. Assim, para quem ganha poucomais de CrS 2 mil. realmente o aumento seaproximará de 200r'r.

GaúchosO Sindicato dos Bancos de Porto Ale-

gre pediu ontem, aos bancários, prazo deuma semana para estudar uma contra-proposta salarial, alegando a necessidadede "estudos demorados". Sugeriu a parti-cipação de representantes do sindicatodos empregados nos estudos, o que foiaceito.

Depois de uma hora de reunião com osbanqueiros, o presidente do sindicato dosbancários, Sr. Olivio Dutra, disse que osempregados darão prazo até sexta-feirapara resposta patronal. Sábado haveráassembléia.

Os bancários querem aumento médiode 86% dos quais 23% representam" umaparticipação nos lucros".

CuritibaMais de 1 mil 200 bancários encerra-

ram. ontem à noite, sua assembléia empasseata pelo Centro de Curitiba, protes-tando contra a terceira rejeição de suareivindicação de aumentos salariais de33% além do índice do Governo. A assem-bléia, no auditório da Igreja N.S. do Gua-dalupe. decidiu criar um fundo de greve ecomissões de bancos, para o caso de opta-rem por greve na próxima reunião sema-na. que vem.

Motoristas param greve em PelotasPorto Alegre — Cerca de 1.500 motoris-

tas. fiscais, despachantes e cobradoresdos transportes urbanos de Pelotas, a 255Km da Capital, aprovaram a segundaproposta de aumento salarial dos patrõesem assembléia realizada ontem à noite,encerrando dois dias de greve que deixoucerca de 100 mil pessoas sem condução.

A proposta aprovada eqüivale a umaumento salarial fixo a partir de setem-bro, com um acréscimo de 20% em janei-

ro. assim distribuído: Motoristas CrS 5mil. despachantes e fiscais CrS 3.500,00 ecobradores. CrS 3.200. embora a primeirasolicitação fosse de CrS 7.200.00, CrS 6 mile CrS 4.800.00 respectivamente. Na reu-nião tensa realizada à tarde, os emprega-rios decidiram que não iriam além daúltima proposta, dispostos a colocar osônibus na rua hoje de qualquer forma,inclusive com o auxilio da Brigada Mi-Litar.

Construtor ,VT,não pagará unmisde20c7o

Porto Alegre — O Sindi-cato das Indústrias dá""Construção Civil, em reu-nião de oito horas, decidiu"" "manter a proposta de rea-juste máximo de 20%. e re-jeitar a proposta de conci-liação de 25r'r da presiden-cia do TRT.

Alem da Brigada Militar,--em prontidão ha duas se-manas. 2 mil policiais civisentraram em prontidão as - •¦ •6h de ontem, porque houveboatos de que ocorreriam -invasões em supermerca-dos e empresas e ate agres--"-"-soes e linchamentos de em- "presários. Mas nao houveincidentes. Os grevistas, pa- *M l'rados há 12 dias. realizaram •-"-"show de músicas e repen-' "'tes, com violas e gaitas, noCentro da Capital.

Os empresários decidi-""ram também que só paga-rão a primeira semana de 'greve isemana passada). Ossalários desta semana nàoserão pagos.

Os empresários estão dis-postos a ir às últimas conse-quèncias. Chegamos ao má-ximo possivel. e queremog'Xesvaziar esta greve, e se di-. ,„zem que a queremos esva- iiivziar pela fome, será, então,!]','.',"pela fome. Alimentar e pa-gar grevista náo existe enrji.X,parte alguma do mundo; se-nào vira férias. Ou morre-,..mos ou nos matam", afhv... .mou o presidente do Sindi-cato Patronal, Sr Luis ,„„.Ponte.

Voz rouca, mào tremendoao segurar o microfone,("Desculpa se eu errar, queeu nào sou cantor, sou tra-balhador") um dos grevis-"tas da construção civil co-meçou a cantar: "Não chora ''meu bem, nào querida, nãopensei mal. eu estou cho- - "rando de alegria"."Os trabalhadores estãoprecisando do seu apoio," ~meus amigos. Qualquer 50centavos jà ajuda quem es- >. >tá sem levar nada de comer "

para casa", dizia um dosvários operários que, ao re-,„ ,.,dor dos que faziam o show, - .pedia contribuições para pX'u'fundo de greve.

Metalúrgicos :Belo Horizonte — Em as-* un

sembleia. ontem de manhã-,-• —os metalúrgicos da Alcomi- , ,,nas. em greve desde quarta- >•¦feira, recusaram contrapro-posta da empresa para au-.mento variável entre 65% e"o índice oficial, aos 1 mil 500empregados. O dissídio co-letivo será julgado semanaque vem pelo Tribunal Re-gional do Trabalho.

O diretor do Sindicato • •dos Metalúrgicos. Sr Gil--berto Cardoso, informouque à assembléia compare--^ •ceram 600 operários. A Al-cominas. uma das três gran-—des produtoras de alumínio"'do país. continua com seus" -fomos ligados, mas sem "operar. Os trabalhadores'"pedem aumento de 80%. »•' ¦¦

Quarta-feira à tarde, trèsmetalúrgicos ficaram feri-dos durante ação policial ¦••contra piquetes nas proxi-midades da fábrica. O dire-'tor do sindicato negou acu-saçóes da empresa de que-teriam sido cortadas as li;gações de telex, telefone eterminais de computador-da fábrica. . ,..\_

Piquetes de operários im-pediram ontem, em Divino- '*"polis, a volta ao trabalho depequenos grupos de meta-"' •lúrgicos da Siderúrgica.-Pains que. há 14 dias, entra- ¦ram em greve.

16 JORNAL DO BRASIL ? Sábodo, 25/8/79 Q 1° Caderno

ficiência da Nuclen custará mais US Hk *°JQí\ milhõesAcordo para Aurelianotem de beneficiar dois

- - São Paulo — "Em acordos nucleares nunca umailação abre mão de tudo em favor de outra. Nào

. _ «x[s|e .a.cgrdg tom pana jjm ,sp c pnjssa.»absfijia5 sastícr:mau"para os dois", por não ter condições de ir até ofinal. A transferência de tecnologia depende mais dequem a recebe do que de quem a transfere".

A afirmação foi feita ontem, em Ribeirão Preto,pelo Vice-Presidente da República, Aureliano Cha-ves, respondendo à pergunta dos jornalistas sobreque garantia tem o Brasil de obtenção da tecnologianuclear se o controle técnico das subsidiárias brasi-letras fica na mão de estrangeiros. Disse ainda o Vice-Presidente que não conhece país do mundo quetrilha vencido suas etapas de desenvolvimento "semum sacrifício extraordinário. Dependência econômi-ca é antes uma dependência de inteligência. É preci-so esforço, trabalho e capacidade para queimar apestana, numa linguagem comum".-t 1I

Diálogo

O que o Sr quis dizer quando afirmou qüe emrelação à política energética só o Sr e o Presidenteda República poderiam falar? Era uma advertênciaao Ministro Delfim Netto?

Aureliano — Não se trata de advertência, mas deum disciplinamento da política energética. Eu ape-nas participei que há uma organização pertinente, aComissão Nacional de Energia. É um assunto quedeve ser definido com uma certa preocupação geral,pelo responsável por sua coordenação, que é o presi-dente da comissão. E num grau maior fala o Presi-dente da República. Este é um assunto do qual o quetinha de ser dito já foi dito e nada mais tem a seracrescentado.-"' Mas esta conceituação não é conflitante com opi-ograma energético que vem sendo elaborado peloMinistério de Minas e Energia?'' Aureliano — Náo, porque todos esses assuntospertinentes à Comissão Nacional de Energia e quesão tratados pelo Ministro de Minas e Energia, o sãcem função do exercício pelo mesmo Ministro naSecretaria-Geral da Comissão. O Ministro de Minas eEnergia é secretário-geral da CNE. Quando ele traba-lha em assuntos pertinentes ao setor que lhe é afeto,ele faz por delegação do presidente da CNE.

Em que ocasião o programa nuclear brasileiroserá levado à CNE?

Aureliano — A CNE resolveu debruçar-se sobreos assuntos que exigem definições mais imediatascomo é caso do Programa do Álcool, do PlanoNacional do Carvão, que já foram definidos. A CNEagirá a níveis de programas e projetos.¦ E sobre a ampliação do debate do acordo nu-qlear?

i Aureliano — Existe uma CPI sobre o assunto eeste órgão é específico do Poder Legislativo, compoderes peculiares dentro da própria organização deuma CPI, e é claro que nem todas as informações deum programa desta natureza sâo públicas. Elasdevem ser do conhecimento dos representantes dopovo. Esse é um assunto que deve ser resolvido anivel de representantes do Poder Legislativo com oExecutivo.

Sobre a obtenção da tecnologia, que garantiatemos se o controle técnico das subsidiárias brasi-leiras fica na mão de estrangeiros?

Aureliano — Nesses acordos nunca uma naçãoafjre mão de tudo em favor de outra. Nâo existeacordo bom para um só, pois acabaria sendo maupára os dois, por não ter condições de ir até o final. Atransferência de tecnologia depende mais de quem arecebe do que de quem a transfere. Nós temos quenos preparar para isso. Eu não conheço país domundo que tenha vencido suas etapas de desenvolvi-mento sem um sacrifício extraordinário. Dependên-cia econômica é antes uma dependência de inteligên-cia. É preciso esforço, trabalho e capacidade paraqueimar a pestana, numa linguagem comum.

i E sobre a falta de liberdade das Universidadesem dialogar com o Governo na área cientifica?

Aureliano — Todas as vezes que a universidadeprocurou o poder público para o diálogo, para tomarconhecimento da iniciativa do Governo no seto)competente, não foram subtraídas das universidadesas informações competentes. Náo me consta que cMinistro César Cais tenha se furtado, em qualquei. momento, a prestar ao setor universitário informa-ções que desejavam. Nós estamos abertos à colabora-ção. O Governo nào tem o dom divino e quem vaipára a administração pública não é bafejado peloEspirito Santo, não é e nem sempre sáo recrutados osmais capazes.

Pela primeira vez na história deste pais se consti-tulu uma Comissão para tratar de assunto de interes-se nacional e em que a iniciativa privada está sendoconvocada para participar, não como espectadora,njas como participe, opinativa no que diz respeito àsdecisões da comissão e, quanto a seu poder delibera-tivo, em igualdade de condições. Os empresários queparticiparam das duas reuniões, o fizeram em igual-dpde de condições e suas opiniões foram levadas emconsideração ao mesmo nível das opiniões dos minis-tros. Numa prova eloqüente do desejo do GovernoFigueiredo fazer com que a Nação, através das suaslideranças capacitadas, sejam partícipes de um tra-balho que não pertence ao Governo: O Governo étransitório, ele passa. O país fica.

Qual seria a questão prioritária do Governo: Aenergia ou a Agricultura?

1 Aureliano — São dois problemas que tèm mnainterligação total. Exemplo é o álcool, uma fontealternativa de energia que tem sua origem na agri-cultura. Náo há nenhum choque de prioridades.

São Paulo / Foto do Joio Corlc* Braiil

Quando, em setem-bro de 1978. o Presiden-te da Nuclebrás. PauloNogueira Batista, cias-sificou de "leviana" adenúncia da revista ale-má Der Spiegel dg flue„tinham "sumido" 296milhões de dólares nosdesvãos do acordo ató-mico Brasil-Alemanha,ele não estava longe daverdade.

Os 296 milhões de dó-lares, de fato, náo sumi-ram, mas apareceram,numa conta que o Bra-sil vai ter que pagar atéo fim — e que só desço-briu que ia ficar deven-do uma semana antesda revoada que levou aFrankfurt várias auto-ridades brasileiras, pa-ra a revisão final dosauatro

acordos celebra-os para a construção

das usinas Angra-2 e 3.SURPRESA

A contratação dasusinas Angra-2 e 3 im-pôs a negociação detrês acordos. O primei-ro, entre a KWU e Fur-

nas. da ordem de 1 bi-lhão de marcos, para aimportação de compo-nentes para as centraisnucleares (cerca de 70%do equipamento). O se-

„gUDdq.- senifJáusujlakdeo"preço" limitava-se a sis-tematizar garantias eidentificar responsabi-lidades no caso de fa-lhas, estabelecendoprocedimentos jurídi-cos. O terceiro, entre aNuclen e Furnas, dis-põe sobre a prestaçãode serviços da Nuclen aFurnas para os projetosde construção da cen-trai nuclear e coordena-ção da construção emontagem; valor, 800milhões de marcos, masem cruzeiros.

Em fins de 1975, e nocomeço de 76, os ale-mães, sob a alegação deque seria difícil imple-mentar a ativação daNuclen em tempo hábil,convenceram a Nucle-brás da necessidade deum quarto contrato,para que a KWU pudes-se começar a prestar

serviços até que a Nu-clen estivesse em con-dições de operar. Seria,diziam, apenas uma es-trutura jurídica, cujospagamentos se proces-

ossajagi was-iocrms- -do--contrato número 3, istoé, em cruzeiros. E, mais,que, à semelhança docontrato número 2, nãoestipularia uma cláusu-Ia de preço.

Quando estava tudopronto para a revisãofinal dos quatro contra-tos — revisão que im-portou numa viagem aFrankfurt dos Minis-tros Shigeaki Ueki eReis Velloso, al-.m dosPresidentes da Eletro-brás, da Nuclebrás e deFurnas — o Sr PauloNogueira Batista des-cobriu que o quartocontrato, ao contráriodo que supunha, conti-nha uma cláusula depreço: 600 milhões demarcos. Ou seja, os 296milhões tle dólares queo Spiegel dizia have-rem "desaparecido".

Denúncia de "Der Spiegel"A denúncia feita pela revista

alemã Der Spiegel, em setembro doano passado, de que haviam "desa-parecido" 296 milhões de dólaresno âmbito do acordo nuclear com aAlemanha, foi repelida numa notaconjunta da Nuclebrás e do Institu-to Nacional de Propriedade Indus-trial (INPI), que a classificaram de"insultuosa".

Ao fazer a denúncia, a revistaalemã baseara-se em cifras diver-gentes, divulgadas na imprensabrasileira pela Nuclebrás e peloINPI, sobre o pagamento de tecno-logia à Alemanha. O INPI diüa queesses pagamentos atingiam a 468milhões de dólares, enquanto a Nu-clebrás mencionava 104 milhões.Der Spiegel fez as contas e con-cluiu: "sumiram" 296 milhões.

Essa denúncia resultou na cons-tituição da Comissão Parlamentarde Inquérito do Senado Federalque ainda hoje está investigando oacordo nuclear. Logo nas primei-ras semanas de funcionamento, aCPI concluiu que a denúncia nãotinha fundamento, dando-se por sa-tisfeita com as explicações dos pre-sidentes da Nuclebrás, Paulo No-gueira Baptista, e do INPI, Ubiraja-ra Cabral.

Ainda antes da constituição daCPI, as duas entidades haviam che-gado a um acordo sobre o exatovalor dos pagamentos. Na notaconjunta que então distribuíram áimprensa explicavam: "a cifra de104 milhões de dólares mencionadapela Nuclebrás refere-se a contra-tos de fornecimento de tecnologiaindustrial e de cooperação técnico-industrial e expressa valores cons-tantes, em moeda de 1977; a cifrade 468 milhões mencionada peloINPI engloba os 104 milhões dedólares citados pela Nuclebrásmais os custos referentes aos con-tratos nas demais categorias, es-sencialmente serviços técnicos es-pecializados, de engenharia, ex-pressos em moeda corrente, ou se-ja, em valores monetários corrigi-dos para a época dos pagamentos".

Mais adiante, dizia a nota que asquantias nos contratos averbadosno INPI "referem-se a pagamentosao longo da duração dos contra-tos", em média 10 anos. e engloba-vam não só os pagamentos feitospela Nuclebrás, mas também os deFurnas, firmas de engenharia efa-bricantes de equipamentos.

Governo informará a CPIBrasilia — O Governo ex-

plicará, em sessão secretada CPI nuclear, o acordo deacionistas firmado entre aNuclebrás e a KraftwerkUnion, parcialmente publi-cado pela imprensa. A deci-sáo foi tomada ontem, noPalácio do Planalto, duran-te reunião de cerca de duashoras entre o Chefe da CasaCivil, General Golbery doCouto e Silva, e os Senado-res Jarbas Passarinho e Jo-sé Sarney.

A sessão secreta, sugeridapelo MDB após a publica-çào do acordo entre as duasempresas, deverá realizar-se antes do dia 12 de setem-bro, segundo o Senador Jar-bas Passarinho, pois nestedia ele visitará o ProjetoJari, acompanhando mem-bros da Comissão Parla-mentar de Inquérito sobre aAmazônia.

Antes do encontro com oMinistro Golbery, o Sena-dor Jarbas Passarinho la-mentou a publicação, pelojornal paulista, Gazeta Mer-

cantil, do acordo de acio-nistas entre a Nuclen e aKWU, afirmando: "O jornalque publicou a matéria fala-va de partes do acordo etirava suas próprias conclu-soes. Diante destas conclu-soes, se uma delas era dizerque o Brasil está sendo pre-judicado na sua soberania,é evidente que a respostatinha que ser condena-tória".

O Senador paraense disseainda que "é muito desvan-tajoso para o Brasil a publi-cação do documento, por-que vai prejudicar outrasnegociações externas, bila-terais, que o país vem man-tendo na América Latina.Já fizemos um acordo com aVenezuela, e agora a Vene-zuela vai supor que o açor-do não é conosco, é com aAlemanha".

O Palácio do Planaltomanteve ontem sua atitudede silêncio absoluto sobre apublicação do acordo pelaGazeta Mercantil. O secre-tário de imprensa, MarcoAntônio Kraemmer, negou-

se a comentar declaraçõesdo Vice-Presidente Aurelia-no Chaves sobre a necessi-dade de se explicar o açor-do, agora que havia sidopublicado, afirmando: "Jádisse que náo comentare-mos este assunto. Até quetenhamos outra orientaçãodo Govemo, nos mantere-mos assim", disse o SrKraemmer.

O secretário de Imprensado Palácio negou que o fisi-co José Goldemberg tenhasido convidado para assu-mir a presidência do Conse-lho Nacional de Pesquisas,pelo Ministro Delfim Netto.

"A história nâo é bem as-sim. Houve uma sondagem.Isto vocês podem perguntarao próprio Goldemberg",afirmou o Sr AlexandreGarcia, garantindo quetambém náo houve qual-quer veto do Gabinete Mili-tar ao nome do físico JoséGoldemberg, um dos maisardorosos críticos do Açor-do Nuclear firmado entre oBrasil e a Alemanha.

Senado ouvirá empresários

tAureliano acha que transferência detecnologia depende de quem a recebe

Brasília — A ComissãoParlamentar de Inquéritodo Senado que investiga oAcordo Nuclear Brasil-Alemanha ouvirá empresa-rios da indústria pesada, apartir da próxima semana,sobre o "acordo de acionis-tas" da Nuclen. O primeiroa ser ouvido será o Sr Wal-dyr Gianetti. presidente daABDIB (Associação Brasi-leira para o Desenvolvimen-to da Indústria de Base), nodia 30, próxima quinta-feira.

O empresário Antônio Er-mírio de Morais ido GrupoVotorantini, um dos prinei-pais opositores ao acordoda área empresarial, seráouvido no dia 4 de setem-bro. O Sr Paulo Villarestambém será ouvido, masem data ainda não fixada.Além dos empresários, se-rào ouvidos técnicos comoo fisico Oscar Sala. profes-sor da Universidade de SâoPaulo e ex-presidente daSBPC (dia 31, sexta-feira I;Roberto Hubai. engenheironuclear do Instituto de Pes-quisas Energéticas de SãoPaulo (ex-Instituto de Ener-gia Atômica), também no

dia 4 de setembro, junta-mente com o Sr José Ermi-rio de Morais, Aldo Vieirada Rosa (dia 11 de setem-bro, a confirmar) e o Gene-ral Dirceu Coutinho, ex-diretor da Nuclei (Nucle-brás Enriquecimento deIsotopos SA), em data ain-da não definida. O Generaljá esteve na CPI em junho,mas recusou-se a depor sema presença de documentosenviados pela Nuclebrás,entre eles o "acordo de acio-nistas" da Nuclen.

Os depoimentos feitos àComissão de Inquéritos se-rào concluídos no dia 15,com a reconvocação do SrPaulo Nogueira Batista,presidente da Nuclebrás.Esse seu depoimento serátomado independente dasessão secreta de que eleparticipará com lideres dosdois Partidos no Congressopara explicar aspectos sigi-losos do acordo. O SenadorMilton Cabral (Arena-PB).relator da CPI. disse ontemque pretende encerrar ostrabalhos de redação do re-latório final da Comissãoaté 15 de outubro. "Depoisele será discutido pelos

membros da comissão e emseguida publicado no Diá-rio do Congresso como do-cumento exclusivo dos tra-balhos", disse.

A representação da Nu-clebrás em Brasília recon-firmou ontem a disposiçãodo presidente da empresa,Paulo Nogueira Batista, emsujeitar-se a uma sessão se-creta com os líderes dosdois Partidos no Congressoe os membros da CPI Nu-clear, para debater os as-pectos considerados sigilo-sos do acordo. "Estamosapenas aguardando que oCongresso determine a datada sessão", explicou umfuncionário.

Quanto à contradição so-bre a hospitalizacão do SrPaulo Nogueira Batista, arepresentação explicou que"o Senador Jarbas Passari-nho provavelmente se equi-vocou. O Sr Paulo NogueiraBatista realmente estavano hospital quando faloucom o Senador, mas apenasvisitando sua sogra, que es-ta internada. O presidenteda Nuclebrás goza de boasaúde.

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Petrônio não tomará atitude sem exame dos detalhes

Petrônio não enquadra jornalBrasília — O Ministro Petrônio Por-

i«)la disse, ontem, que náo se pronun-ciará conclusivamente sobre o enqua-dramento ou nâo da Gazeta Mercantil,solicitado pelo Governo por publica-ção de informações consideradas sigi-losas e de interesse da Segurança Na-cional, "enquanto nào me inteirar detodas as minudèncias do assunto".

Evitando alimentar a conversa so-bre o assunto, que, segundo ele, "já foidevidamente esclarecido pela Presi-dência da República", o Ministro afir-mou que não fez ainda "nenhuma apre-ciaçáo sobre o que foi publicado" edescartou a possibilidade de desdobra-mentos, dando a entender que não oinspira muito a punição do jornal.Sempre manisfestando o desejo denão falar sobre o assunto, até mesmopara evitar repetições ou incoerências,o Sr Petrônio Portella esclareceu quenào poderá adotar medidas a partirsomente do episódio da publicação dareportagem pelo jornal e dos aconteci-mentos que a antecederam. "Há fatosposteriores que eu não examinei ainda,estou em contato com a direção dojornal e nào posso prejulgar nada. Vouexaminar todo o problema". Só a par-tir de então é que poderá entrar nomérito da questão quanto aos aspectosda legislação em que o assunto estárigorosamente enquadrado. Admitiuque segunda-feira próxima jã possafalar sobre a matéria em termos maisconclusivos.

O Ministro contou que fora informa-do de que a reportagem seria publica-da na Gazeta Mercantil, pelos "setoresda Segurança Nacional", perto dameia-noite de terça para quarta-feira.

Depois que essas autoridades lhetransmitiram o problema, ele determi-nou à Polícia Federal que se dirigisseao jornal com objetivo de evitar a pu-blicaçáo, através da dissuaçào dequem de direito. Se tal naô se conse-guisse, fosse feita a interdição.

Ele concordou com os argumentosdo Vice-Presidente Aureliano Chavesde que o acordo nuclear possa serdiscutido no Congresso, mas faz suasrestrições quanto a aspectos da açáocomercial, que em razão de uma natu-ral estratégia do Governo, não devamser discutidos.

O Ministro da Justiça demonstrou,em todos os lances da conversa com osjornalistas no seu gabinete, completo

desinteresse por um maior aproveita-mento no assunto, chegando inclusivea se recusar a falar para uma estaçãode televisão, que o procurou em segui-da, alegando constrangimento. Consi-derou "deselegante" repetir o tema naTV. Pediu que a repórter lhe propuses-se qualquer outro assunto, menosaquele.

Aparentemente, o Ministro da Justi-ça, pessoalmente, não está empenhadoem punir o jornal, pois manifestou seudesinteresse pelos desdobramentos eargumentou que a definição das medi-das legais exige um exame também defatos posteriores, numa referência apa-rente a divulgação posterior da mate-ria por outros jornais. Anteriormente,ele já havia se irritado com algunsassessores que insistiram, por pressãodos jornalistas, que o Ministro formu-lasse um pronunciamento decisivo so-bre a questão.

1

No Congresso

"Se nâo tivesse conhecimento pré-vio de que a matéria do acordo nuclearseria publicada na Gazeta Mercantilnão seria mais Ministro. Só quem nâome conhece poderia ter pensado nestapossibilidade" — comentou, no Con-gresso, o Ministro Petrônio Portella.meio irritado, quando indagado a res-peito da ação da Polícia Federal emSão Paulo contra aquele jornal.

Ele afirmou que à direção do jornal— de propriedade do ex-vice-líder are-nlsta Herbert Levy — foram apresenta-das duas alternativas: a preventiva e apunitiva. Como a matéria foi publicadae o jornal circulou, deverá ocorrer açãona Justiça, com base na Lei de Segu-'rança Nacional."Eu mesmo recebi a Gazeta Mercan-til em meu gabinete. O que foi feitoteve como base a legislação vigente.Há um dispositivo legal assegurando oprocedimento adotado, pois a publica-çâo da matéria — que nâo havia sidodivulgada antes, ao contrário do que secomentou — tem implicações na Segu-rança Nacional" — frisou.

Diante da insistência dos jornalis- jtas, no salão nobre da Câmara, após asessão em homenagem a Caxias, o Mi-nistro Petrônio Portella desabafou: "Oque vocês querem mais? Já nào houveo fato?".

Itamar já nota desaceleraçãoBelo Horizonte — "O Govemo pode

náo confessar, mas já se percebe umadesaceleração do programa nuclearbrasileiro", disse ontem, nesta Capital,o presidente da CPI nuclear. SenadorItamar Franco (MDB-MGi. que anun-ciou para os próximos 10 dias a convo-cação de uma reunião secreta paraanalisar o acordo de acionistas da Nu-clen.

Ele supõe que o problema envolvemdo o acordo é muito sério, "porquedesde 1978 vem-se tentando obter osdocumentos sem qualquer sucesso".Disse que, na sua opinião pessoal, oGovemo deveria parar o programa deconstruções de usinas nucleares emAngra-2 e fazer um reexame do acordoBrasil' Alemanha. "Nos estamos em talabsurdo, que o Governo contratou An-gra-3 sem concorrência e sem sabernem mesmo o local onde será implan-tada", denunciou.

Segundo o presidente da Comissão,já foram gastos 5 bilhões 500 milhõesde dólares em Angra-1 e 2, o que mos-tra que o custo social deste programa,para a nação, é muito grande.

O Senador Itamar Franco garantiuque o pais poderá atingir o século XXIsem as oito usinas nucleares, porque opotencial hidrelétrico do país é muitogrande e, através da tecnologia, osproblemas de transposição da energiaelétrica a grandes distâncias já sãosuperados. Lembrou a possibilidade daativação das pequenas usinas hidrelé-tricas que. ao custo atual do petróleo,sao hoje plenamente viáveis.

Acha que está havendo no país umabuso do secreto, confidencial, sigilo-so, em nome da seguraça nacional. "Seo Congresso pode aprovar o acordoBrasil Alemanha, por que nào pode-mos tomar conhecimento do acordo deacionistas entre a Nuclebrás e o con-sórcio liderado pela KWU?"

KWU nega dominar NuclenFrankfurt, Alemanha Ocidental —

\ companhia Kraftwerk Union iKWU).lubsidiária da Siemens, desmentiuxissuir um acordo secreto com a Nu-:lebrás para reter o controle da indus-;ria nuclear brasileira por meio da Nu-:len — a subsidiária da Nuclebrás parai engenharia nuclear.

As ações da Nuclean pertecem emTõCc à Nuclebrás e em 25^ à KWU mas,segundo o acordo divulgado há dias no3rasil. os interesses alemães poderiametar a iniciativa tomada pela maioriaacionai.

Numa declaração sucinta, a KWUísistiu que o objetivo da Nuclen é darma indústria nuclear independenteo Brasil em meados da próxima déca-a e que seu papel é formar brasileirospecializado.

A KWU repeliu, assim, as informa-ões publicadas inicialmente pela Ga-;ta Mercantil, segundo as quais a

Nuclen está dominada pela empresaalemã, já que as decisões mais impor-tantes no setor de transferência detecnologia devem ser adotadas semprepor unanimidade e a KWU ocupa doispostos-chave na diretoria — o técnico eo comercial.

O jornal informou ainda que a em-presa alemã dispõe amda de maioriade quatro representantes com direito avoto e que so um dos diretores perten-ce a Nuclebrás, mas sem aquele direito.

Revelou também que o contrato se-creto limita a participação brasileirana construção de componentes do pro-grama nuclear a 30r:< inicialmente, e aum máximo de 70cr_

As autoridades brasileiras não con-firmaram nem desmentiram a publica-çáo mas classificaram o assunto comosegredo de Estado e apreenderam aediçào do diário paulista que deu anoticia.

JORNAL DO BRASIL D Sábado, 25/8/79 Caderno 17

Governo dá aumento ao álcool mas quer sanear o setorSão Paulo — Novos pre-•ços para o açúcar, cana-de-

..açúcar e álcool estão sendoestudados pelo Governo,assim como outras medidaspara estes setores, admitiuontem o Ministro da Indús-tria e do Comércio. CamiloPenna. Destacou que "ain-da hoje o custo de produçãodo álcool no Brasil é supe-rior ao da gasolina, exigin-do que o Governo empre-gue recursos para vender oálcool a preço menor do queo da gasolina"."Reconhecendo que hou-ve muito subsídio anterior,o Governo está empenhadoem sanear o setor de açúcare álcool, para que possamoster uma base sólida. O setorde açúcar náo é táo sólido,hoje, e foi por isso que nosempenhamos em resolver ocaso da Copersúcar e agoraestamos em negociaçõescom outras entidades vi-'sando a tornar o empresa-rkdo do açúcar mais efi-élênte e trazer novos empre-sários com saúde para o se-tor", afirmou._ O Ministro Camilo Pennaadiantou que "essa decisãolãê sanear o setor de açúcar,

cana-de-açúcar e álcool farácom que o Governo adotenova politica de preços nes-sas áreas. Novas medidassairão brevemente, e já es-tamos tratando com o Mi-nistro Delfim Netto a esserespeito, e com ele voltare-mos a conversar sobre o as-sunto".

"Quanto ao programa doálcool em si, gostaria de in-formar que estamos man-tendo conversações com aindústria automobilística,para elaborar um documen-to a respeito da produçãode carros a álcool e sobre ovolume de álcool necessárioao setor. Esse documentoserá levado à Comissão Na-cional de Energia", afirmou.

Para o Ministro Penna,"há necessidade de se com-patibilizar o álcool nâo so-mente para o uso pela in-dústria automobilística,mas também para o setorquímico, para manter amistura com a gasolina eaté para exportação. Va-mos garantir financiamen-tos e preços aos produtoresde cana ,e ao produtor deálcool".

Sindicato denunciademissões em Jaú

São Paulo — O presidentedo Sindicato dos Trabalha-dores nas Indústrias da Ali-mentação de Jaú, AristidesBarros, denunciou a UsinaCentral Paulista de Açúcare Álcool, do Grupo Atalla,em Jaú, pela demissão de 30operários "a maioria delespor liderar o movimento deparalisações — duas que to-talizaram 35 dias — por mo-tivo de atrasos de pagamen-tos. Outros foram acusadosdé ameaçarem os chefes deagressão e demitidos.".

Os pagamentos de maio ejunho atrasaram entre 30 a50 dias e o do mês de julhofoi pago nos dias 21 e 22deste mês. O Sr AristidesBarros não considera "justacausa" as demissões e deuentrada de ação trabalhistano setor competente em de-lesa dos operários despedi-dos "porque pararam porum motivo justo: recebe-rem o que ganharam peloseu trabalho".

IAA confia no setor privadoCampos — A confiança do Gover-

no no setor privado, traduzida peloaumento da prudução alcooleira,com a entrada em operação de cercade 100 novas destilarias anexas àsusinas de açúcar e 18 destilariasautônomas incentivadas pelo Pro-grama Nacional do Álcool reforça atese de que o Brasil, em 1985, estará,produzindo 10,6 bilhões de litros deálcool.

A afirmação é do presidente doInstituto do Açúcar e do Álcool,Hugo de Almeida, ao encerrar on-tem o 7" Encontro Nacional dos Pro-dutores de Açúcar, que prevê, aindapara esta safra 79 80 a entrada emfuncionamento de mais 10 destila-rias, entre anexas e autônomas, "oque possibilitará o país atingir osídices programados".

Segundo o presidente do IAA,com base em dados e levantamen-tos pelo órgão que dirige, o volume ¦de álcool anidro entregue para finscarburantes na safra 197879 foi de8,8 vezes superior ao do ano de 1976,quando se iniciou o programa nacio-nal do álcool. Disse, ainda, que su-porte a estimativa de safra 1979/80 enas recentes medidas governamen-tais de incentivo ao consumo de

álcool hidratado em substituição to-tal à gasolina, nos motores de veicu-los, no ano corrente deverão ser des-tinados para fins carburantes cercade 2,8 bilhões de litros de álcool,incluindo-se neste volume a misturacarburante e o consumo direto.

Acrescentou ainda o Sr Hugo deAlmeida que se encontram aindaem estudo no IAA propostas de im-plantação e aplicaçào de destilarias,com uma capacidade de produçãoda ordem de 4 milhões e 120 millitrosdia. "Para esses projetos —explicou — estima-se. no setor in-dustrial, um investimento de CrS 5,5bilhões e finalmente de CrS 4,4 bi-Ihões".

Disse também que, "para um per-feito grau de interação entre gover-no, iniciativa privada e necessida-des do pais", será conferida priori-dade aos projetos que proporcio-nam maior volume de segurançacomo: menor relação investimento-/capacidade de produção; melhorutilização tecnológica e econômicade matérias-primas, efluentes, equi-pamentos e materiais, o que redun-daria na otimização dos processosagrícola e industrial; e menor custoem termos de adequação da infra-

estnitura necessária à produção eutilização do álcool.

Ao conceder entrevista coletivalogo após o seu pronunciamentoque encerrou o VII Encontro Nacio-nal dos Produtores de Açúcar e Al-cool. o presidente do IAA informouque para amenizar de imediato acrise entre as usinas fluminenses eseus empregados, por atraso de sa-lários. conseguiu liberar ontem jun-to ao Banco do Brasil, antes de virpara Campos, uma verba de CrS 50milhões, como adiantamento dewarrantagem. "Com isso — esclare-ceu — as usinas poderão atender aseus problemas imediatos".

Advertiu, porém, que a situaçãodo setor só será tranqüilizada comos 60 milhões de dólares que asindústrias fluminenses pretendem,com o aval já assegurado do IAA,obter junto ao um pool de bancos.Desses 60 milhões de dólares. 30mihòes poderão ser remanejadospor constituírem dívidas das empre-sas açucareiras com o IAA e o Ban-co do Brasil, enquanto os 30 milhõesrestantes "serão para zerar as dívi-das com os particulares, dando aosprodutores a tranqüilidade de queprecisam para produzir mais ál-cool".

Inojosa quer empresário na CNECampos — A inclusão de um téc-

nico ou empresário da agroindústriaaçucareira do país na Comissão Na-cional de Energia foi defendida on-tem pelo presidente da Coperflu,Evaldo inojosa, "para evitar distor-ções no Programa do Álcool, poistem muita gente falando verdadei-ras heresias a respeito".

Ele afirmou que esta solicitaçãojá foi apresentada, mas até agoranão houve resposta. O empresáriofluminense classificou como "umdesastre" o Governo Geisel para osetor açucareira, "principalmentenos dois últimos anos. No GovernoFigueiredo há pelo menos uma coisa

muito forte, que é a esperança. É umGoverno aberto ao diálogo, com me-nos técnicos e burocratas man-dando".

Política

Ao fazer um balanço do VII En-contro Nacional de Produtores deAçúcar e Álcool, o Sr Evaldo Inojosacitou o pronunciamento do Ministroda Indústria e Comércio, Camilo Pe-na, na sessão de abertura, "quandoassegurou que o preço do açúcar, apartir de agora, será econômico enão político".

— A mesma coisa foi dita comrespeito ao álcool pelo Vice-Presidente da República e presiden-te da Comissão Nacional de Ener-gia. Acho que este ponto tem umaimportância fundamental para o se-tor açucareira, que vem sendo trata-do com preços politicos há muitotempo. Quando o Estado adminis-tra preços e dá subsídios, há equili-brio, mas quando ele administra ospreços, como no caso do açúcar, elibera os custos financeiros, os jurosdos bancos, é marchar para umadegradação financeira muito rápida— afirmou.

Petrobrás também querestocar e distribuir

Sào Paulo — Pelo tipo deorganização que mantêm, aPetrobrás nâo teria condi-çôes de atuar na produçãodo álcool, mas deverá parti-cipar da estocagem e distri-buição do produto, segundoadmitiu ontem em Pinda-monhangaba. o Sr PauloVieira Belotti. presidenteda Petrofértil (PetrobrásFertilizantes i.

Observou que a participa-ção da Petrobras no Progra-ma do Álcool será "no fimda linha", ou seja, a distri-buição, e poderia tambémdesempenhar um bom pa-pel na estocagem do produ-to. aproveitando recursos jáempregados para a estoca-

gem da gasolina. "Essaatuação na estocagem iriabeneficiar grandemente osprodutores de álcool", disseele.

No seu entender, a comer-cialização do álcool nâo po-de ser considerada como "aparte do leão" e sua posiçãoé favorável a que as pró-prias distribuidoras da'redeprivada também executema distribuição final do pro-duto. "A distribuição nâodeve ser feita apenas nospostos verde-amarelos".

Segundo o Sr Paulo Be-lotti. teremos este ano urnaprodução de álcool equiva-lente a 30'; ou 40rí da pro-dução de petróleo.

Professor quer definiruso de matéria-prima

Belo Horizonte — O pro-fessor de Energia Nuclear eTérmica e de RecursosEnergéticos da UFMG, JairCarlos Melo, afirmou ontemque, como o país vive o dra-ma crucial de ter que desen-volver fontes alternativasde energia, para substituir opetróleo, não deve perdertempo discutindo infinita-mente qual a matéria-prima mais adequada à pro-dução de álcool.

— Como temos muitasmatérias-primas das quaispodemos extrair álcool, oideal não é fazer um cam-peonato nacional delas,mas uma seleçáo, atacan-do-se a produção de álcoolcom as imediatamentemais convencionais. Essaatitude evitará que no iútu-ro tenhamos, nessa área. osmesmos problemas que te-

mos agora em relação àenergia nuclear, campo emque ainda somos muito de-pendentes do exterior — ar-gumentou.

O criador e ex-coordenador do Gnipo do Tório daUniversidade Federal deMinas Gerais — que desen-volvia uma tecnologia nu-,clear menos dependente doque a atual, mas foi desati-vado pela CNEN — expli-cou que, como as tecnolo-gias e os suportes indus-triais para produzir álcoolde várias matérias-primassào praticamente os mes-mos, não há inconvenienteem que se opte por uma ououtra, pois. mais tarde, sehouver necessidade, po-dem-se utilizar as demais,bastando para isso peque-nas adequações.

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ÒQCONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DIRETORIA Diretores CONSELHO FISCALPresidente Diretor Presidente Anna Gabneita AnnrpscaKaiel EletivosJose Carlos Mello Oumvio José Carlos Mello Ounvio Canos Alberto de rM..*a Sca-es Gcdomo cio U.f-òa Cailo Prestei teVice-Presidente Diretor Vice-Presidente Jose Lorenjom Pane.r,i JouDen «-<aiPniiio Mello Oumvio Paulo MeMo Ounvio José Luu' Oionm ne Carvalho Oíj.j:::. oo '.íyav, Bas'os SüC.moConselheiros Direlores Gerais Raymunrio de Paula Soares P .*'-; S .a l*,i. ae M *j-.:jÁlvaro de Souza Carvaino Es«o de Almeida Lisboa R-?na*o de Aoreu Sc;i R : •*¦"¦ '.'•-¦ J'mCarlos Eduardo Lemos de Carvalho Felipe de San Tiago Dantas Ricardo Barata RiDe<ro SuplentesEsro de Almeida Lisboa Barbosa Ouentai Sérgio Peoioso do Albuquerque Anciccl,'»!Helvécio de Almeida Barbosa Mello Francisco Monteiro Peres Jumor Cardoso Curénou m O ..?.'a Co$:a F,;noJoio Paulo dos Reis Veiioso Hélio Camniste Gomes Umocno da Cosia Martins Jose Rebu/21João Lúcio de Souza Coelho João Paulo dos Reis Veiioso Luoano Arar.rje TorresManoel Rubens Pinho de Aihuquerque Marcos Vinícius de Albuquerque Ricardo Penna Je Azevedo

Sole' da SilveiraRoberto Graça Couto

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Senhores Acionistas.

O primeiro semestre de 1979 marcou para as empresas Veplan.Residência, na oportunidadedo transcurso dos seus 40 anos de operação o inicio do funcionamento eletivo de uma raorga-nizaçâo interna iniciada em 1978 e ora ia em lase avançada de implantação

A reestruturação abrangeu impoManr.es alterações nc quadro de administração das empre*sas Vepian Residência, cabendo destacar a eieiçAo de nove antigos funcionários para car*gos de diretoria em conseqüência e corno forma de realizá-la

Essa reestruturação tem por objetivo dar maior aulonomia a cada uma das atividades desen-volvidas pelas empresas subsidiárias e pelas divisões operacionais da companhia, dentro daum Quadro de diversificação, pautado de um lado. no propósito de minimizar os riscos que po-deriam advir da e*cess<va concentração de atividades em um umco mercado, e. de outro na tir-me deliberação de operar naquefasateasemque a empresa ia provou sua experiência ecapaci-dade. ou seja os mercados imobiliário, de construção e financeiro, alem do avanço realizado,por e<empip. na área de "Shopping Centers' e Hotelaria

O acerto dessa politica uode ser observado nas demonstrações financeiras da empresa —hoje muito mais uma 'holding do que empresa operacional — mesmo numa conjuntura desta*vcavei como a que atravessa a economia brasileira como um todo. e o setor imobiliário, maisesoecihcamenle, O lucro liquido do semestre (após imposto dc Renda) alcançou CrJ

A d /erstlicaçâo e descentralização de comando administrativo proporcionaram, nesse pri-meiro semestre, o desenvolvimento de novas atividades na área de engenharia, com a contraia-,çao de importantes obras de construção de casas populares, setor amplamente estimulado pe*ia política governamental Na área imobiliária, venticou-se uma mudança de rumo. no sentidode incorporar edifícios residenciais destinados a popuiaçAo de renda media com unidades demenor valor unitário, financiaveis pelo Sistema Financeiro de Habitação, no Rio de Janeiro Ni-leroí e Sào Paulo Também foram lançados importantes empreendimentos comerciais, doaquais se destaca o Centro Comercial de llaigara em Salvador

Foi comercializada, con; sucesso, mais uma etapa do empreendimento de Itaipu. e conclui-da parte substancial da mtraestrutura urbana no locai

O Rio Palace Hote> entrou em regime operacional "pré inauguração", em |ulho. e tem suainauguração lormal prevista para muito breve.

Com o resulfado alcançado no semestre, ao capitai de Cr$ 295 500 OCO 00 somam-se agoraC'S i 2J3 9-u 992 00. de reservas e lucros acumulados alcançando um patrimônio liquido deCrS 1 539 444.992.00 representando em seio meses um acréscimo de 37;•> sobre o baiançoanterior

Devemos destacar a importante contribuição das Instituições Financeiras Residência no ré-suitadodo semestre (34%|, bem como os excelentes resuMados do "Shopping Center'' ibirapue-ra e do empreendimento de itaipu. que participaram, respectivamente, com 5 'o e >/Js no resul*tado tinai da empresa A Divisão Indústria de Construção contribui com 2IV ea Divisão indus-tria Imobiliária com 203í dos resultados. Demais atividades coninpuiram com 3'o

O lucro real tapos a correção monetária) representou cerca de 20° e sobre o patrimônio liquido antenor. ou 17°/* sobre o patrimônio médio no período

Ressalte-se que o resultado do exercício antenor. de CrJ 141 677 778 foi amplamente supe*rado pelo lucro liquido do semestre. *a mencionado, o que revela um substanciai aumento derentabilidade.

Em associação com prestigioso grupo local formamos em Santa Catarina Companhia Me-fropolitana de ' Shopping Centers '. da qual lemos o coniroie acionário Esta nova empresa de*senvoiveiâ um importante Shopping Cenier em Florianópolis, utilizando se Ioda a experiênciaadquirida com o nosso Shopping Cenier Ibirapuera. em Sâo Paulo

Merece especial destaque a atuação do Banco Residência S.A. De um total de CrJ629 828 000 de deposilos em 31 12 78. atingiu a Cri 2 695 954 000 em 30 06 79 As InsliluiçôesFinanceiras Residência todas controladas por esta Companhia segundo os critérios de classt-ficaçao da Revista Balanço em 31.12 78. compunham o 21; conglomerado financeiro privadonacional, posição esta que. com os resultados deste semestre, certamente será melhorada.

Aos dedicados e competentes funcionários, cuia rápida assimilação da reestruturação dasEMPRESAS VEPLAN-RESIDÊNCIA toi um dos fatores determinantes do aumento de nossa lu-Cratividade e eficácia, queremos tazer o registro especial de seu mento

Rio de Janeiro 21 de agosto de 1979

José Carlos Mello OunvioPresidente

BALANÇO SEMESTRAL REALIZADO EM 31 DE JULHO DE 1979

ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE

Disponibilidades. Incluindo titulos mobiliários vmcu-lados ao mercado aberlo

Títulos mobiliários

384 477.428

224 353 250

A receber de clientes porObras por emptenada Administração de obras ...............Incorporação cie imóveis (CrS 224.393 206 de |utosvincendos)

Imóveis a comercializarTerrenosImóveis em construçãoImóveis concluídos

123 844 4476.981922

1.315.403.451 1.446.229.820

29 495 550462 705 917246 638 021 738 839.488

Depósitos compulsórios no Banco Central do Brasil(Resolução 47978)

Depósitos bancários vinculados a amortização definanciamentos

Adiantamentos a empregados, lornecedores. correto-res ele

Comissões sobre financiamentos de instituiçõeslinanceiras pagas antecipadamente

Aplicações e retenções compulsórias

Outros ativos

683 206 793

71.984.913

22 596 691

50 380626

29 596 381

_ 10 200 4623 661.665 852

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

A receber de clientes porObras por empreitada 658 052Incorporação de imóveis (Cr$ 605841.101 de |uros

vincendos) 3 218 915 2553219 573.307

Imóveis a comercializarTerrenos 188 756 031Imóveis em construção 23 476 935Imóveis concluídos __29 509 068

241742.034

Títulos mobiliários 23 764 940

A receber ae empresas controladas 608 911 358Outros 14 327 326 4 106 318 875

PERMANENTE

Imobilizado 92435638

InvestimentosEm Empresas Controladas 1340 903 091Decorrentes dt .nceniKOs tiscais 7 568 034

1 348 471 125

CIRCULANTE

Financiamentos de instituições (inanceiras

Obrigações de construir benfeitorias comercializa-

das

Fornecedores

Dividendos (CrS 11 820.000 propostos no semestre)

Participação estatutária da diretoria e do conselho

de administração .

Contribuições e impostos a recolher

Credores por compras de imóveis

Outras contas e despesas a pagar

2 059 733 176

350 515 921

91 297 881

20 476 299

10 199 509

22 071.037

30 322 359

24 430.100

2 609 046 282

EXIGiVEL A LONGO PRAZO

Financiamentos de instituições financeiras

Liberados 2 681535 671

A liberar (Resolução 479.78) 683 206 793

Obrigações de construir benfeitorias comercializa-

das 315 067.659

A pagar a empresas conttoiadas 479 606 086

Imposto de renda 60944933

Credores por compra de imóveis 2 661 080

Outras contas e despesas a pagar. _25 2_2S694.

RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS

Juros a receber vincendos sobre créditos de meor-

poraçôes de imóveis 830 234 307

248 250 916

Lucro de empreendimentos em liligio

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

CAPITAL

Ditendo 23412.595 1 464 319 3569 234 504 083

RESERVAS DE CAPITAL. ...

RESERVAS DE LUCROS

LUCROS ACUMULADOS

'527 566 837 76*393

295 5C0 000

689 1 75 702

523 680 '75

31 089 '15 ' 5 «9 444 992

9Lji4 3u4 j63

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO SEMESTREENCERRADO EM 31 DE JULHO DE 1979

LUCRO LIQUIDO POR ACAO (com base no capital inleg-aliza-üo no fim uo semestre) C*S

DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS ACUMULADOS NO SEMESTREENCERRADO EM 31 DE JULHO DE 1979

SALDO NO INICIO DO PERÍODO

CORREÇÃO MONETÁRIA

LUCRO LIQUIDO DO SEMESTRE

RESERVA LEGAL

RESERVA DE LUCROS A REALIZAR

PROVISÃO PARA DIVIDENDOS

SALDO NO FINAL DO SEMESTRE

31 039 1*5

6 013=3037 108 695

224 5 ' 8 55026* 6276«

1 1 225 349

207 492 621

_11 820 000

31 089.115

EMPRESAS VEPLAN-RESIDÊNCIA

VEPLAN RESIDÊNCIA EMPREENDIMENTOS E CONSTRUÇÕES S ABANCO RESIDÊNCIA S ABANCO RESIDÊNCIA DE INVESTIMENTOS S ARESIDÊNCIA CIA DE CREDITO IMOBILIÁRIO DO RIO DE JANEIRORESIDÊNCIA CIA. DE CREDITO IMOBILIÁRIO DE SÃOPAULORESiDÉNCIA 0ISTRiBUiDOcA DE TÍTULOS E VALORES MOBIl IAPIOS 3 ArcSiDENC:A LEASlNG EMPRESA DF ARRENDAMENTO MEac Ar,' ^ ARESIDÊNCIA CORRETORA DE SEGUROS ^TÜARESIDÊNCIA ADMINISTRAÇÃO DE iMOvEtS ltDAric palace hotéis e turismo s a1b1rafuera empresa de shopping centers ltdaITAIPU Cia üE DESENVOLVIMENTO'TERRT0R,AL

88

88

RECEITAS BRUTAS DE OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS %&De obras por empreitada 172 132856 r_De administração de obras .. 8 534 693 £ADe incorporação de imóveis 1 325 397 10^ OO

1 500 00-: 653 r*"188

CUSTOS DE CONSTRUÇÃO 83De obras por empreitada ... 151 894-'.07 ^„De incorporação de imóveis 589 738 506 74<6',3003 <5u

LUCRO BRUTO DE OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS 764 4.) 1 656 £*?

WLAJ

PARTICIPAÇÕES SOCIE1ARIAS çvpNos acréscimos patrimoniais de empresas controladas 204 8r'4 '51 c^jOutras 1623 049 206 477 200 ry-;

RECUPERAÇÃO DE DESPESAS DE EMPRESAS CONTRO- ÇOLADAS 37 322 -.'67 C*o

LUCRO BRUTO OPERACIONAL 1 008 i \1 821 ¦>?

àDESPESAS GERAIS ÇO

Honorários da diretoria e dos conselhos de administração ^consultivo e fiscal 16 303477 OO

Administrativas 1 r=, suu .-;.;õ ^De vendas 8? 463 454 OOFinanceiras líquidas (recedas financeiras CrS 226 990 0001 631441 i03 <~Tributarias 4 266 424 Ç>JDepreciação e amortização 10 84J519 925 937 828 C^

LUCRO OPERACIONAL 82 793 995 ggCORREÇÃO MONETÁRIA LIQUIDA DOS IMÓVEIS A COMER £S?

CIALIZAR DO ATIVO PERMANENTE E DO PATRiMÔNrü LI- °°OUIDO 147 9^9 408 ÇX?

PARTICIPAÇÃO DA DIRETORIA E DO CONSELHO DE ADMI °^NISTRAÇÃO 6 254 493 >*?

LUCRO LIQUIDO 224 518 990 rv,

28

Jose Augusto dos Samos Mello Tec Com CRC Hj 02? m ;

88 88 88^88 88 88 88 88 8S 88 82 88 88 8S 88 88 88 88 88 88 88 88 88 88 88 88 88 88*8888888888^

18 — ECONOMIA JORNAL DO BRASIL U Sábado, 25/8/79 Y Caderno

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Informe EconômicoPlanomania

O Ministro Camilo Penna, que vem de-sempenhando suas funções com repetidasdemonstrações de bom senso e racionalida-de, acaba de desmoronar sua reputação.Anunciou que o Governo não permitirá aaplicação de investimentos para a criaçãode empregos em grandes concentrações ur-banas como o Rio, São Paulo, Recife e BeloHorizonte.

Até que se compreende o alcance delongo prazo da proposta ministerial. A ace-lerada urbanização da sociedade brasilei-ra, associada à inexistência de uma disse-minada expansão de cidades médias, nomeio do caminho entre a zona rural e asgrandes metrópoles, é uma fonte permanen-te de encarecimento ãe custos de infra-estrutura urbana—transportes, saneamen-to — e de atendimento social — como aampliação de hospitais e do sistema previ-denciário. Sem falar, é claro, na concentra-ção de problemas politicos, como a recenteeclosão de graves quase selvagens na cons-trução civil de Belo Horizonte e PortoAlegre.

Porém, o fato concreto, neste momento,é que existe um subemprego indisfarçávelprecisamente nesses grandes centros e pre-cisamente nesta camada social — os opera-rios não qualificados, recém-saidos da zonarural — mais permeável à explosão inconti-da das reivindicações salariais.

O objetivo da desconcentração econô-mica deve ser colocado no horizonte dolongo prazo. E não impositivamente. Deveser entrentando com medidas pelos flancoscom providências que induzem à descon-centração.Porque, historicamente, é impossível

conter a atração dos grandes centros. In-clusive em sociedades fortemente planeja-das e com alto poder de coerção. Nem osmais adestrados planejadores soviéticos echineses (ou suas polícias igualmente apa-relhadas) conseguiram impedir, apesar detodos os planos, a invasão de Moscou ePequim por um número indesejado de habi-tantes que partem do interior.

Da mesma forma, numa sociedade capi-tálista, o Governo não pode impedir que umempresário se instale num grande centro.Pode desestimular, não conceder incenti-vos. Mas, proibir atenta contra a racionali-dade e o bom senso — atributos que sempreforam conferidos ao Ministro Camilo Pena.

Pistolão

Em sua cruzada da desburocratização,o Ministro Hélio Beltrão lembra ser neces-sário não perder, no afã de rasgar papéis, asensibilidade histórica, para que não sedestruam documentos ãe valor, pois, emmatéria de correspondência, por exemplo,"seria imperdoável rasgar a carta de PeroVas de Caminha".

Se tomar a carta do missivista da frotadescobridora como fonte de sugestões, teráo Ministro Beltrão mote para muitas outrascruzadas, a principal das quais — deixandode lado a do "em se plantando nela tudodá", já encampada pelo Ministério da Agri-cultura — será sem dúvida a do combate aopistolão, pois a carta do escrivão da Arma-da cabralina conclui pedindo ao Rei DomManuel I, o Venturoso, um favor:

"...Pelo que, por me fazer singular mer-cê, mande vir da ilha de São Tome a Jorgede Osório, meu genro — o que d'Ela (daAlteza) receberei em muita mercê.

Beijo as mãos de Vossa Alteza. Pero Vazde Caminha."O beija-mão agradecido ficaria paraoutra cruzada, mais delicada e de foroíntimo. Embora sempre atual e oportuna.

Mercado em alta

Quem comprou um assento na Bolsa deValores de Nova Iorque no ano passado fezum excelente investimento. Pagou cerca de50 mil dólares em agosto e 75 mil em dezem-bro. Seu valor atual é de 210 mil dólares(cerca de CrS 5 milhões 600 mil).

Registre-se que o recorde não foi amea-cado: um assento, que dá á corretora direi-to de operar na Bolsa, chegou a 625 mildólares (cerca de Cr$ 16 milhões 750 mil)antes do crack de 1929.

Apesar disso, os corretores estão oti-mistas e dizem que os altos preços atuaisrefletem a força do mercado acionário euma renovada confiança no futuro da ativi-

. dade.Náo deixa de ser curioso que a cotação

de um assento na Bolsa de Nova Iorqueainda não tenha conseguido alcançar a doRio, onde a última transação chegou a CrS7 milhões, há cerca de três jneses.

Desatenção

A Petrobrás deveria pedir aos seus fun-cionários que lessem a decisáo de sua dire-toria que excluiu do Cadastro de Contra-tantes a empresa Igram Corporation e suassubsidiárias controladas e coligadas.

A Petrobrás contratou para fazer o re-boque da plataforma de Namorado, afun-dada no dia 11 de janeiro, uma subsidiáriada empresa Igram — a Oceanic ContractorsInc. — que náo só recebeu para rebocar aplataforma, como é também a responsávelpela cobrança do seguro de 22 milhões dedólares que a Petrobrás fez em conjuntocom a Oceanic de uma pequena empresainglesa, a U. S. Salvage, que agora se negaa pagar o seguro.

E bom lembrar que a exclusáo da Igrame suas subsidiárias feita pela Petrobrás foitomada pública através de seu informativon° 114 de 24.11.77, porque esta empresa estáenvolvida em caso de suborno a funciona-rio da Petrobrás.

Stábilequer preçocontrolado

São Paulo — Após reu-nião de três horas com oPrefeito de São Paulo, re-presentantes da Sunab, Co-bai, Secretaria de Agricul-tura do Estado, e Bolsa deCereais, o Ministro da Agri-cultura, Amaury Stábüe, re-velou a criação de uma co-missão que irá estudar for-mas de ação contra a ativi-dade dos intermediários, nacomercialização dos produ-tos hortifrutigranjeiros.

As conclusões estarãoprontas até o final da próxi-ma semana, adiantou.

Estamos em uma posi-ção de avaliação cuidadosada situação do aumento depreço dos hortifrutigranjei-ros para o consumidor finale procuramos formas parainibir e limitar a ação dosintermediários — afirmou oMinistro Amaury Stábile."Queremos encontrar for-mas de evitar o abuso e oGovemo tem instrumentosnecessários para pôr emação medidas que coibamesses abusos, como a fiscali-zaçào conjunta Sunab-Prefeitura, os instrumentosde crédito e a Cobal quepode funcionar como agen-te de compra quando neces-sário."EQUILÍBRIO

Para o Ministro, a única"forma de equilibrar o mer-cado é aumentar a oferta e aprodução dos produtos",além de uma "remuneraçãojusta para o produtor".Considerou a reunião reali-zada ontem como "prelimi-nar" e informou que hojemanterá encontros com osrepresentantes das Coope-rativas de Cotia e Sulbrasii.

A atual situação exigeum comportamento maisenérgico a nível federal, es-tadual e municipal — escla-receu o Sr Stábile.

BP suspenderá vendasdevido à perda de suasinstalações na Nigéria

Londres — A companhia British Petroleum sus-penderá a partir de Io de setembro o fornecimento aoutras empresas petrolíferas, em conseqüência danacionalização de suas instalações na Nigéria, quecorrespondiam a 12% de suas operações. O anúnciofoi feito em Londres.

Em Lagos, autoridades nigerianas marcaram pa-ra dentro de um mês o pagamento de uma indeniza-çáo ainda não especificada à BP, pela nacionaliza-çáo. A Nigéria tomou medida no último dia 31,alegando que a firma britânica permitia a venda depetróleo extraído do mar do Norte ã África do Sul,enquanto levava para a Grã-Bretanha o óleo extraí-do no país.

O diretor da Companhia petrolífera estatal nige-riana, Festus Marinho, disse que as negociações coma BP começarão em breve, mas nâo fixou valor paraa indenização. A nacionalização significou uma per-da de 12 milhões de tonelads de óleo por ano para aBP, mas a empresa garantiu que suas subsidiáriasnão serão afetadas. ,

Juiz acha que EUA nãopodem condenar OPEPLos, Angeles — EUA — O juiz federal norte-

americano Andrew Hauk decidiu que os tribunais dopaís não têm jurisdição sobre as nações exportado-ras de petróleo, com o que frustrou um esforçojudicial para impedir que tais paises fixem o preço dopetróleo.

Desse modo, o juiz expressou sua impossibilida-de de julgar a ação impetrada pela Associação Nacib-nal de Maquinistas e Trabalhadores na IndústriaEspacial, que buscava um meio de impedir a OPEPde estabelecer os preços do produto.

A conclusão de Hauk é que cada país-membro daOrganização tem direito a proteger seus recursosnaturais, em beneficio de seus cidadães, através desistemas de impostos, regalias e compromissos derecompra.

A OPEP quadriplicou os preços do petróleo em1973/74 e ordenou novos aumentos de 50% no anopassado. Hauk disse que foi determinante em suadecisão a impossibilidade de comprovar se os paisesda OPEP tèm negócios em territórios norte-americano.

Em Bogotá, o Ministro das Minas e Energia daColômbia, Alberto Vasquez Restrepo, anunciou queo país vai produzir álcool em grande escala paraeconomizar 20% do combustível consumido por seusveículos.

IBC teráagente naColômbia

Sào Paulo — O futuro re-presentante do IBC em Bo-gota, Sr Nelson Osmar deMoraes, afirmou ontem, emSantos, que sua missão será"aproximar os dois princi-pais produtores de café daAmérica do Sul e reforçarseus acordos visando à de-fesa do produto. Embora aColômbia seja um concor-rente, é também um aliadodo Brasil junto aos consu-midores".

Contudo, os meios ligadosao caie entendem que o pri-meiro titular da representa-ção do IBC na Colômbiaestará fazendo um papel de"espião". Como afirmou seusubstituto como agente doIBC em Santos, Sr AntônioJosé Capra, "ele vai atuarna área do inimigo e teráque utilizar de muita diplo-macia".

CIP elevapreços deágua e fios

O CIP — Conselho Inter-ministerial de Preços — au-torizou ontem o aumentode 10,02% para água mine-ral em embalagem plástica;3,8% para linhas de coser,bordar e tricô; de 1,1% paratecidos de algodão; de 0,8%para fios de algodão; de10,9% para artefatos de po-lopás moldados por com-pressão; de 2,3% para pro-dutos plastificantes ftáli-cos; e "sistemática de adi-cional de prço nos produtoslaminados de aço ao molib-dênio com tratamento desuperfície".

Foram reajustadas, ain-da, as passagens de ônibusem vários Estados e, no Es-tado do Rio, as empresas deBarra do Piraí conseguiramaumento de 46,04%.

MINISTÉRIO DA INDUSTRIA E DO COMERCIO

INSTITUTO BRASILEIRO DO CAFÉRESOLUÇÃO N° 59/ 7

O Presidente do Instituto Brasileiro do Café, no uso de suasatribuições legais e na conformidade do que dispõe a Lei n"1.779, de 22 de dezembro de 1952,

RESOLVE

Art. Io — Fixar em USS 137.00 (cento e trinta e sete dólares), ouo equivalente em outras moedas, por saca de 60,5 quilos brutos,a Quota de Contribuição sobre a exportação de café verde oudescafeinado, em grão cru, ou 48 quilos de torrado ou torrado emoido, para as operações cujos registros venha a ser acolhidospelo Instituto Brasileiro do Café, a partir de 27 de agosto de 1979,inclusive, para embarque de 1o a 31 de outubro de 1979.Art. 2° — Manter inalteradas todas as demais disposições quenão colidiram com as da presente Resolução.

Brasília (DF), 24 de agosto de 1979.

OCTÁVIO RAINHO DA SILVA NEVESPRESIDENTE

^\\\\m\\\\\mCLUBE DE ENGENHARIA

iAOS ASSOCIADOS DOCLUBE DE ENGENHARIAOuçam domingo dia 26, na Rádio Gua-nabara, emissora da Rede Bandeiran-tes (1360 Klz), apartir das 9:00 horas, opronunciamento do presidente do Clu-be de Engenharia, Dr. Geraldo Bastos ^da Costa Reis, candidato a releiçãopara o trienio 1979/1982. ^ASS: A Comissão da chapa "Valoria-

^çáo e Desenvolvimento" (P g

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^1 IPATPlf B-A-mmmWWmmWWrmmm^Êmm ¦¦#% Wm* MI^MÍCOMPANHIA ABERTA - GEMEC/RCA - 200-76/075 - C.G.C. 61.194.080/0001-58

ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA. CONVOCAÇÃO

Sào convidados os senhores acionistas da DURATEX S.A.. a se reu-nirem em Assembléia Geral Extraordinária, que se realizará na sedesocial, na Av. Paulista n.° 7- 14? andar, nesta Capital, às 11:00 horasdo dia 3 de setembro de 1979, para deliberarem sobre a proposta doConselho de Administração, relativa à elevação do capital socialem 50% (cinqüenta por cento) ou se|a de MCrJ 696.150 paraMCrS 1.044.225. em duas etapas, sendo:

• AUMENTO DE CAPITAL PELA CAPITALIZAÇÃO DE RESERVASE CONSEQÜENTE BONIFICAÇÃO EM AÇÕESA elevação imediata do capital social em 25%, ou seia. deCri 696.150.000.00 para Crí 870.187.500,00, no montante deCr$ 174.037.500,00, processar-se-à mediante o aproveitamentode reservas livres, distnbuindo-se. gratuitamente, aos titularesde ações nominativas e ao portador (estes contra a apresenta-çâo do cupâo n.° 55) 174.037.500 ações bonificadas. sendo89.948.674 ordinárias e 84.088.826 preferenciais, todas no valornominal de Cr$ 1,00 cada uma, na proporção de 1 ação novapara cada grupo de 4 ações antigas da mesma espécie das quepossuam.1.1. Participação das Ações Bonificadas

As ações novas advindas desse aumento de capital, parti-ciparão dos dividendos e bonificações em dinheiro que vie-rem a ser distribuídos com base nos resultados apuradosno 2? semestre de 1979.

1.2. Reforma parcial do Estatuto SocialNova redação para o artigo 4? do Estatuto.

• AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO PÚBLICAA elevação do capital social em 25%. ou seja. deCrJ 870.187.500.00 para Cr$ 1.044.225.000.00 no montante deCrí 174.037.500.00, propõe-se seja realizada mediante subscri-ção pública em dinheiro, com a emissão de 174.037.500 ações,das quais 39.948.674 ordinárias e 84.088.826 preferenciais, to-das no valor nominal de Crt 1.00 cada uma, ao preço unitário deCrt 1,35, sendo Crt 0.35 a titulo de ágio.2.1. Exercício do Direito de Preferência à Subscrição. Prazo.

a) E assegurado aos acionistas o direito de preferência pa-ra subscreverem aquelas ações, na proporção de 1 açãopara cada grupo de 4 ações antigas, na mesma espéciedas que sejam titulares.

b) O prazo para o exercício do direito de preferencia à subs-crição terá inicio no dia 12.9.79 e término no dia 11.10.79.inclusive.

O Aos acionistas titulares de ações ao portador os direitosserão representados pelo cupâo n? 54 dos respectivos ti-tulos representativos de ações.

2.2. Decadência do Direito de PreferênciaO direito de preferência deverá ser exercido no prazo aludi-do em 2.1., b. pois. sendo prazo de decadência, seu nãoexercício acarretará para o acionista o perecimento daque-le direito.

2 3 Pagamento das Ações subscritasE facultado ao acionista integralizar ações subscritas noato da subscrição ou. ainda, parceladamente, a saber:

30% no ato da subscrição e70% até 30/11/79 com recursos próprios ou por inter-médio do 3? Programa Especial de apoio à Capitalizaçãode Empresa Privada Nacional ¦ PROCAP lll, observado odisposto no item 2.4.

2.4. Financiamento PROCAP lllOs senhores acionistas e subscritores que houverem subs-cnto. pelo menos, 80.000 ações, poderão habilitar-se emoperação de financiamento, para a integralização de parce-Ia de 70% do preço daquelas. |unto aos Bancos: Banco Ba-menndus de investimento S.A., Banco Bradesco de Investi-mento S.A.. Banco de Investimentos Lar Brasileiro S.A.,UNIBANCO - Banco de Investimento do Brasil S.A.. median-

le repasse de recursos de linha de crédito que lhes foi aber-ta pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico -BNDE, por intermédio do 3o Programa Especial de apoio àCapitalização de Empresa Privada Nacional - PROCAP III(Resolução BNDEn? 506/77. no que couber e decisão da Di-retoria BNDE 272/78), com juros de 9% ao ano. correçãomonetária não superior a 20% ao ano. e prazo de resgatedo financiamento de até 5 anos.Os interessados que se julgarem habilitados ao financia-mento deverão dirigir-se, diretamente, aos referidos Ban-cos de Investimentos, os quais estarão também, atenden-do até o dia 01/10/79, nos locais de atendimento abaixoindicados.

2.5. Garantia de subscrição de sobrasFindo o prazo para o exercício do direito de preferência, assobras de ações não subscritas seráo integralmente subs-critas ou colocadas pelos Bancos: Banco Bamerindus deInvestimento S.A., Banco Bradesco de Investimento S.A.,Banco de Investimentos Lar Brasileiro S.A.. UNIBANCO ¦Banco de Investimento do Brasil S.A., na forma do contratode garantia pertinente.Participação das ações subscritasAs ações subscritas participarão dos dividendos e bonifi-cações em dinheiro que vierem a ser distribuídos com basenos resultados apurados no segundo semestre de 1979.Locais de AtendimentoOs senhores acionistas serào atendidos nos seguinteslocais:2.7.1. Departamento de Acionistas • Av Paulista n? 7, 13?

andar • Sào Paulo • SP

2.6.

27.

2.7.2. Banco Itau S/ACapital

Rio de Janeiro -

Agências:057 • CentralRua Boa Vista. 176301 • Rio CentroPraça Pio X. 99

2.7.3.

2.8.

y

As Instituições Financeiras. Sociedades Corretoras,Distribuidoras, desta Capital, serão atendidas, exclu-sivamente. no Depto. de Acionistas da Sociedade.

Vantagens do Incentivo FiscalO subscritor pessoa física • respeitado os limites legais ¦poderá abater diretamente do imposto de renda, devido na,declaração de rendimentos de 1980. até 30?i (trmta porcento) do total aplicado efetivamente em 1979 na mtegrali-zação das ações subscritas, mediante recursos próprios oudecorrentes de financiamento, inclusive PROCAP lll. Asações que forem objeto desse incentivo fiscal permanece-rão indisponíveis pelo prazo de dois anos.

3 • OUTROS ASSUNTOS DE INTERESSE DA SOCIEDADE

Conforme dispõe o artigo 9? do Estatuto Social, poderão participarda assembléia os titulares de ações nominativas, que tiverem seusnomes inscritos no Livro de Registro de Ações Nominativas pelomenos 5 (cinco) dias antes da data da realização da assembléia. Po-derào. também, participar os possuidores de ações ao portador quecomprovarem haver feito, nesse mesmo prazo, depósito de suasações na sede da Sociedade (Departamento de Acionistas) ou emestabelecimento bancário. Os titulares de ações ao portador, dequalquer espécie, e os de ações preferenciais nominativas, náo te-rão o direito de voto. Ficam suspensas as transferencias e conver-soes de ações no período de 29 de agosto de 1979 a 3 de setembrode 1979, inclusive

Sâo Paulo. 23 de agosto de 1979.O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

a) Eudoro VilleiaPresidente

Cacex quer acabarcom as isenções naárea da importação

Salvador—"Está na horade acabar com as isençõesnas importações", afirmouontem nesta Capital o dire-tor da Cacex, Benedito Mo-reira, para quem "a isençãodeve ser exceção e náo re-gra, como vigora no Brasil.A busca da isenção, hoje,gera uma enorme burocra-cia e apenas cerca de 17%das importações pagam im-posto".

Este ano, as exportaçõesbrasileiras devem alcançarUS$ 15 bilhões e, mesmoassim, acredita o Sr Benedi-to Moreira, "vamos fechar o

ano com déficit na balança,mas o que interessa não eeste ano, mas 1980, quandoteremos de aumentar nos-sas exportações em mais de30%, o que acho perfeita-mente viável".

Em encontro mantido on-tem em Salvador com em-,presários baianos, o Sr Be-nedito Moreira informouque, até julho último, o tn-cremento das exportaçõesfoi de 19,5%, alcançando-seUSS 9 bilhões 88 milhões, oque representou um déãcit"bastante razoável" na ba-lança comercial, de USS 866milhões.

Empresários negociam' indicação para Concex A

Romuaklo BarrosA estruturação do Concex — Conselho Nacional

de Comércio Exterior evoluiu, nas conversas doMinistro Rischbieter com a liderança privada e go-vernamental, para um fato novo: além de três repre-sentantes no colegiado (de Ministros de Estado,presidido pelo Ministro da Fazenda, e que seriaampliado), o empresariado faria, também, o secreta-rio executivo, cargo atualmente ocupado pelo diretorda Cacex, Benedito Fonseca Moreira, e comporia amaioria nos grupos setoriais de trabalho.

No Rio, em Brasília e São Paulo, onde participou,a portas fechadas, de reuniões com exportadores, oMinistro Rischbieter deixou claro que o Governo doPresidente Figueiredo é aberto às sugestões objeti-vas para melhorar a balança comercial e ouviu, deum lider exportador, como resposta, que "basta osenhor acabar com os privilégios que a gente toca oresto".

Ontem dizia-se no Rio que essa poderá ser aprimeira experiência do Governo no sentido de orde-nar a máquina burocrática através da agilidadeempresarial, de modo a aumentar, rapidamente, asvendas do pais no exterior, produzindo os dólaresindispensáveis para pagar a conta do petróleo. E nalista de nomes que reúnem as preferências, para asecretaria executiva do Concex, empresários coloca-ram: Pratini de Moraes; Giulite Coutinho: Lafaietedo Prado; José Cutrale; e, embora náo necessária-mente à frente de empresas, mas com transito juntoà iniciativa privada, Guilherme Hatab (Befiex) eArmando Vasone, da assessoria do Ministério daFazenda em São Paulo, e que ontem reuniu em suacasa lideres exportadores para nova conversa com oMinistro Rischbieter.

REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASILMINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTLJRA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAESCRITÓRIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO

AVISO DE LICITAÇÃORetificação do Edital

da Tomada de PreçosInternacional

N° 02/79— ETA/PAA Universidade Federal do Pará comunica aos interessa-

dos. as modificações feitas no Edital da tomada de preçosinternacional n° 02/79 — ETA/PA:

O ano de assinatura dos periódicos (nacionais e estran-geiros) será de 1980.

Fica eliminado o item 8 "garantias", não sendo exigida hmesma , também fica eliminado o item 9 "penalidades "

A data de abertura da licitação fica transferida para o dia24/09/79.

Belém. 23 de agosto de 1979Eng. Mec. Luiz Otávio Brito de Souza Ferreira

Presidente da Comissão de LicitaçãoVistoProf. Geraldo de Assis GuimarãesVice-Reitor, no exercício da Reitoria IP

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSADIRETORIA DE MATERIAL

TOMADA DE PREÇOS N° 121/79.A Universidade Federal de Viçosa toma público,

para conhecimento dos interessados, que, até as12:00 horas do dia 11 de setembro de 1979, aComissão Permanente de Licitação, instalada nasala de reuniões da Diretoria de Material (CampusUniveristário — Viçosa — MG), receberá propostaspara o fornecimento de Cilindro para: Oxigênio,nitrogênio e acetileno, destinado ao Almoxanfadoda U.F.V.

As instruções detalhadas serão fornecidas porintermédio de edital nos seguintes locais:

1. Protocolo Geral da Diretoria de Material daU.F.V.Campus Universitário — Viçosa — MG —

36.5702. Rua Rio de Janeiro, 1662 — Belo Horizonte— MG —30.000 Viçosa, 20 de agosto de 1979

Márcio José Ozório GonçalvesDiretor de Material (P

UNIVERSIDADE FEDERALDO RIO DE JANEIRO

ESCRITÓRIO TÉCNICODA UNIVERSIDADE

EDITAL DE TOMADA DEPREÇOES — ETU — 20/79

Faço público aue se acha aber-ta, uma licitação, sob a modali-dade de TOMADA DE PRE-ÇOS. para o FORNECIMENTODE TINTAS, destinadas aoSERVIÇO DE MANUTENÇÃOGERAL DO ESCRITÓRIO TÉC-NICO DA UNIVERSIDADE FE-DERAL DO RIO DE JANEIRO.Os interessados deverão obterEdital e Especificações na Co-missão Permanente de Licita-ções. de segunda a sexta-feira, de 9 as 12 e de 13 às 17horas.Data da Realização 13 de se-tembro ce 1979 as 15 00horas

Em. 22 de agosto de 1979

Eng"- Wolney Frederico DantasHupsei

Presidente aa C. P L. (P

UNIVERSIDADE FEDERALDO RIO DE JANEIRO

ESCRITÓRIO TÉCNICODA UNIVERSIDADE

EDITAL DE TOMADA DEPREÇOS - ETU - 22/79

Faço puouco aue se acra aoer-ta, uma licitação, soo a rr.oüa:-^üede TOMADA DE DREÇOS. Daráfornecimento de 200 metros OeCABO PLÁSTICO, bitola AWG. rv>4,0. para 600 volts e 1 200 metrosde CABO SINGELO com neutroisolado Dimdado. oara 15 <V. bitolaAWG, n° 1.0. referência sipE,_.-ou similar, destoados ao SSW ÇODE MANUTENÇAOSSM. do ÉS-CRITÓRIO Típ^O DA UNIVER-SIDADE ..SíDÊRAl DO RIO DE'JANBRÒ

Os interessados deverão octero Editai e Escec'cações -.a Co-m-ssão Permanente ae l c tações.de segunoa a sexta-feira, oe 3 as12 e de 13 as 17 neas

Data da Realização '2 de se-temero de 1979 às 15 00 neas

Em, 22 oe agosto de 1373

Eng3 Womey Freder^o DintMHuBSSI

p,es dente 30 C = ¦_ (P

JORNAL DO BRASIL Q Sábado, 25/8/79 D lc Codemo_ ECONOMIA — 19

Furos deMaluf são"alto risco"

São Paulo — O diretor deProdução e Exploração daPetrobrás, engenheiro JoséMarques Neto, afirmou on-tem em Pindamonhangabaque"o risco exploratório naBacia'do Paraná é muitoalto".e explicou que a Pe-trobrás nunca deixou detrabalhar nesta área, "mas,analisando os riscos, optoupor aplicar recursos em ou-trás bacias onde a perspec-tiva de êxito era maior".

A afirmação do diretor daPetrobrás foi feita ontemapós'a entrega à Petrofértildo primeiro vaso de altapressão produzido na Amé-rica Latina, fabricado pelaConfab Industrial, de Pin-damonhangaba, e que seráutilizado na fábrica de ferti-lizantes da empresa emAraucária, no Paraná.

RISCO

Definindo como de "altorisco a exploração da Ba-cia do Paraná, anunciadapelo! Governador de SãoPaulo, afirmou o Sr JoséMarques Neto que "o gran-de problema nesta área é afraca informação obtida dotrabalho sísmico, uma vezque a presença de basaltonesta bacia é muito grande,que marcará o trabalhogeofísico e portanto nin-guém pode afirmar que nãotenha petróleo, mas assegu-rar é muito dificil.

Segundo o diretor da Pe-trobrás, a empresa nesteano explorou mais de 400mil metros e deverá chegaraos 730 mil até o final doano, '0 que representa umaevolução de 35% a 40% emrelação ao ano passa-do."Assim, estamos perfu-rando um poço de 3 milmetros a cada dia e meio nopaís, o que nos coloca numaposição mundial muito boa,uma vez que operamos sóno Brasil 64 equipamentosde perfuração, no mar e emterra", afirmou.

Sobre a Bacia de Campos,José Marques Neto expli-cou que "o que se tem hoje éuma área aprovada com se-te campos provados e áreadefinida, onde se instaloutodo o complexo de produ-çáo submarina que envolve-rá um capital de cerca de 2milhões 500 mil dólares, dosquais W/r serão realizadosem moeda nacional. Esteprojeto se compõe de seteplataformas de produção ea primeira delas está sendoconstruída em São Roque,devendo ser entregue em ja-neiro de 1980. As outras es-taráo prontas em 1982. Aprevisão de produção naBacia de Campos é de cercade 350 mil barris diários.

Petrobrás vai

perfurar mais

A Petrobrás vai investirCrS 790 milhões 400 mil pa-ra perfurar sete poços ex-ploratórios. Os poços serãolocalizados uni na platafor-ma do Rio de Janeiro, umno litoral do Maranhão eoutro, na Foz do Amazonase mais um em terra no Ama-zonas e dois no Recôncavobaiano.

No litoral do Rio Grandedo Norte, a Petrobrás ini-ciou ontem a instalação deuma plataforma de aço eoutros cinco equipamentosjá instalados com o objetivode aumentar a produção depetróleo daquele Estado de7862 barris diários atuais,para 13840 barris/ dia em1980 e 16354 barris/dia, em1981.

A plataforma em instala-çáo no Rio Grande do Nortefoi projetada pela Petrobráse construída pela empresaZanini a um custo de Cr$143 milhões.

Redução de óleo|atinge fábricas

Recife — A redução dasquotas de óleo combustívelestá provocando uma dimi-nulção de 20% da produçãode'sete grandes fábricas lo-calizadas no Distrito Indus-triàl de Prazeres, a 20 quilo-metros desta cidade, segun-do! informações do presi-dente da Associação das In-dú'strias daquele município,Sr! João Hazin.

£s empresas afetadas, atéo momento, são a Refinariade Açúcar do Nordeste —R^N, a Companhia Cerve-jaria Brahma, a CompanhiaPernambucana de Borra-chia Sintética — Coperbo —a Rhodia. a Alpargatas Nor-dçste, a Fiação e TecelagemSão José e a Refinaria deMilho S.A. estas indústriasreduziram em um dia a jor-nada de trabalho de seusoperários e estudam medi-das para superar o pro-blema.

A Refinaria de Açúcar doNorte teve sua quota deóleo reduzida de 960 para760 toneladasmès, a Alpar-gatas Nordeste sofreu umaredução de 90 para 76 tone-ládas e no final deste mêspoderão informar o total doprejuízo que estão supor-tando.

Macedo impedirá postosde fecharem mais cedo

São Paulo — "Não acredito que ospostos de gasolina fechem às 19 h efarei todo o possível para que isto nãoaconteça", declarou ontem o Ministrodo Trabalho, Murilo Macedo, paraquem "eles só poderão fechar nessehorário se houver um acordo com asautoridades responsáveis pelo Conse-lho Nacional do Petróleo".

O CNP, por sua vez, ainda náo deci-diu que medida tomar com relação aoanunciado novo horário de funciona-mento dos postos de gasolina paulistasa partir do dia 1°, conforme decisão doSindicato do Comércio Varejista deDerivados de Petróleo do Estado. Ainformação foi dada em Ribeirão Pretoontem, pelo presidente do CNP, Gene-ral Oziel de Almeida.

O ministro do Trabalho disse tam-bém que "se os proprietários de postospretendem diminuir suas despesas àcusta de desemprego, náo irão conse-guir, pois não vou permitir". Esclare-ceu não dispor de dados que justifi-quem que as demissões com o fecha-mento dos postos alcancen a casa dos50 mil trabalhadores, afirmando que"esse número nâo é real".

O presidente do CNP declarou tam-bém em São Paulo que

"o ConselhoNacional do Petróleo é responsável pe-lo abastecimento de derivados de pe-tróleo no pais" e adiantou que "qual-quer dia poderá tomar medidas, ouapoiando ou desapoiando" a decisãosobre horário de funcionamento dospostos de gasolina.

O presidente do Sindicato do Co-mércio varejista de Derivados de Pe-tróleo paulista, Sr Rubens Apovian,afirmou que "nossa decisão de funcio-nar das 7 às 19h, de segunda a sexta-feiras, está amparada pela Lei, porquea Portaria 290 do CNP, que começou avigorar dia Io passado, proibe nossasatividades das 21 às 6h da manhã, masnada determina quanto a horário defuncionamento"."A nossa decisão", observa o SrApovian, "foi tomada em assembléiada classe e, portanto, é soberana. Nãoqueremos prejudicar o público, mas éque o setor está trabalhando com pre-juízo e precisamos reduzir nossoscustos."

Esclareceu também que os postosfuncionarão, a partir de Io de setembro,das 7h às 19, inclusive no horário de

almoço, quando os empregados farãorodízio, para que o público não sejaprejudicado. Afirmou ter sido a decisão"a mais branda" entre as propostasapresentadas: de greve ou de self ser-vice parcial.

Entretanto, o presidente do Sindica-to dos Trabalhadores do Comércio Va-rejista de Derivados de Petróleo, SrElviro Pereira Magaldi, considera "umabsurdo" a decisão, "pois não tem am-paro legal, conforme o presidente doCNP já afirmou". Acrescenta que osproprietários de postos de gasolina nàotêm poderes para determinar seus pró-prios horários de funcionamento".

— Na verdade — diz ele — isso é umamanobra dos patrões para náo cumpri-rem um acordo salarial que determinapiso de Cr$ 3 mil e mais 307c de insalu-bridade a partir de Io de setembro.

O Sr Elviro Magaldi enviou telegra-ma ao Ministro do Trabalho e ao presi-dente do CNP "denunciando que osdonos de postos manobram no sentidode não cumprirem o acordo que prome-teram, há um mês, diante do MinistroCésar Cais e do Ministro Murilo Mace-do, em Brasília".

Em Curitiba, o presidente do Sindi-cato do Comércio Varejista de Deriva-dos de Petróleo, Sr Roberto Montanhi-ni, classificou de "ilegal e precipitada"a posiçáo tomada pelos proprietáriosde postos paulistas. Diz ele que o fun-cionamento dos postos ainda é regidopelo Decreto 79148/77 e pelas portariasdo CNP , que estabelecem inclusivehorários e dias de funcionamento.

A exemplo de Sào Paulo, os postos egaragens revendedores de gasolina doRio Grande do Sul poderão reduzir seuexpediente para 12 horas — das 7h àsI9h — com interrupção de duas horaspara almoço, o que provocará desem-prego de cerca de 4 mil empregados noEstado.

A informação foi dada ontem emPorto Alegre, pelo presidente da Asso-ciaçáo dos Garagistas do Estado, SrEduardo Viana Pinto, que anunciouque a proposta de mudar o horário defuncionamento dos postos deverá serdebatida em assembléia da classe napróxima semana. Adiantou havergrande possibilidade de a proposta vira ser aprovada, visto que o interessedos revendedores é reduzir os custos.

Delfim quer aumento moderadode Julho passado, a contraproposta doSão Paulo e Brasília — O Ministro

do Planejamento, Delfim Netto, negouontem, em Aparecida do Norte, SP,que tivesse vetado a proposta do Mi-nistro das Minas e Energia, César Cais,de aumento de 50% nos preços dosderivados do petróleo.

Deixou claro, entretanto, que nãoconcordará com reajustes elevados,que funcionariam "como sérios e peri-gosos realimentadores do processo in-flacionário". Em Ribeirão Preto, o Mi-nistro César Cais negou qualquer di-vergência com o Ministro do Planeja-mento a respeito do assunto.

Proposta mantidaO Ministério das Minas e Energia e o

CNP mantiveram, junto ao Sr DelfimNetto, a proposta de 507c de reajusteda gasolina apresentada ao ex-Ministro Mário Henrique Simonsen,com o que o litro da comum passariados Cr$ 10,20 atuais para Cr$ 15,30.Junto ao novo Ministro do Planeja-mento argumentaram que, decorridoquase um mês após a discussão com oSr Simonsen, elevaram-se os gastoscom a compra de petróleo, pela desva-lorização cambial.

No exame inicial da questão, em fins

ex-Ministro Simonsen, conjuntamentecom o Ministério da Fazenda, foi de umaumento de preço ao redor de 337c,pelo que a gasolina custaria Cr$ 13,56 olitro. Não se sabe, ainda, se tal contra-proposta será encampada pelo Sr Del-fim Netto.

Já a proposta para um reajuste de277o nas tarifas de energia elétrica parao setor industrial, apresentada peloDnaee (Departamento Nacional deEnergia Elétrica) ao Planejamento, im-plicaria num impacto direto, no IPA(índice de Preços por Atacado — dispo-nibilidade interna), de 0,37c, considera-do inconveniente.

A proposição inicial do Dnaee era deum aumento médio de 98; tanto para atarifa industrial quanto para a residen-ciai, mas com a decisão de não elevaras tarifas residenciais, este reajustepassou a 277c.

Tecnicamente, o aumento propostoé correto, porque remunera 107c dosinvestimentos das empresas de energiaelétrica e elimina as dificuldades finan-ceiras por que vêm passando algumasdelas. Mas tanto no caso da energiaelétrica quanto no da gasolina, a deci-são final será mais política do quetécnica.

.Parati não quer se isolar.Os comerciantes de Parati envia-

ram documentos ao Govemo do Es-tado e ao DNER pedindo melhorianos transportes para o Rio e, princi-palmente"São Paulo, origem de 807cdos turistas, única fonte de recursosda cidade. Desde o fechamento dospostos de gasolina nos fins de sema-na, caiu muito o turismo.

Tombada pelo Patrimônio Histó-rico e com 25 mil habitantes, Paratifica a 250 quilômetros do Rio e a 200de Sào Paulo. Nos fins de semana,recebia pelo menos 1 mil turistasque viajavam de carro. Os comer-

ciantes argumentam que sâo precá-rias as ligações com Rio e Sáo Pau-lo, nem a cidade tem um sistema detransporte coletivo adequado.

O diretor de Cultura, Turismo eEsportes de Parati, José CláudioAraújo, entregou, ontem, às Secre-tarias de Estado de Transporte e deIndústria, Comércio e Turismo abai-xo-assinado de 42 comerciantes. Pe-dem mais linhas de ônibus, serviçomelhor e sugerem ligação de barcasa partir do Rio e de Angra dos Reis.Ao DNER reivindicam melhor liga-ção com São Paulo, propondo o usode micro-ônibus.

St?MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES

EMPRESA DE PORTOS DO BRASIL S.A. - PORTOBRÁS

Ato Convocatório N9016/79-CAviso de Concorrência

A EMPRESA DE PORTOS DO BRASIL S/A - PORTOBRÁS, empresa públicade direito privado, vinculada ao Ministério dos Transportes, localizada no Setor deAutarquias Sul, Quadra 01, Blocos E e F, Brasília - Distrito Federal, comunica aos in-teressados que irá proceder concorrência para construção do Embardadouro de Barca-rena Velha, no Estado do Pará.

As Instruções, Especificações e demais elementos do Projeto Básico da Obra, ob-jetos da concorrência, estão à disposição dos interessados na Seção de Compras e Li-citações, no 19 andar, a partir desta data, pelo preço de CrS 7.000,00 (sete mil cru-zeiros).

Somente poderão participar desta licitação, firmas nacionais, individualmente ouem consórcio.

O capital social mínimo registrado e integralizado para as empresas interessadas,isoladamente ou integrantes de consórcio é de CrS 70.000.000,00 (setenta milhõesde cruzeiros).

As interessadas deverão entregar suas propostas às 1500 horas do dia 25 de se-tembro de 1979, ao Presidente da Comissão de Julgamento, na Sala de Reuniões, lo-calizada no andar térreo, do Edifício Sede da PORTOBRÁS.

A participação na presente concorrência dependerá de depósito de caução no va-lor de Cr$ 500.000,00 (quinhentos mil cruzeiros), que deverá ser efetuado até às12:00 horas do dia 25 de setembro de 1979, na Tesouraria da PORTOBRÁS, median-te guia de depósito emitida pela Seção de Execução e Registro de Valores.

O prazo para execução dos serviços não poderá exceder a 08 (oito) meses, conta-dos a partir da data de validade do documento contratual que vier a ser firmado.

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Simonsen manteve-se

Simonsen diz que grau deendividamento é subjetivo

Ao contestar a validade de se jogarapenas com números absolutos na admi-nistração de uma economia, o ex-Ministrodo Planejamento, Mario Simonsen, obser-vou ontem que embora náo seja nadaextraordinário a relaçào entre as exporta-ções brasileiras (15 bilhões de dólares) e adivida líquida (40 bilhões) para 1979,,issonâo "significa que, se as exportações fos-sem de 45 bilhões de dólares, a dívidalíquida poderia ser de 120 bilhões"."O nivel ótimo de endividamento deum país é algo extremamente subjetivo,que vai depender do balanceamento entrea prudência e a ousadia do administra-dor", afirmou ainda o ex-Ministro, queontem voltou efetivamente à vida acadè-mica, depois de um intervalo de quaseseis anos, como Ministro da Fazenda e doPlanejamento. Ele deu uma aula parauma platéia de 80 alunos da Escola dePós-Graduação em Economia da Funda-ção Getúlio Vargas, cuja diretoria reas-sumiu.

Modelos

Durante a sua aula, num nível elevadode abstração e com referências episódicasa economia brasileira, o ex-Ministro tra-çou vários modelos teóricos para simularrelações entre dívida externa e exporta-ções, analisando situações hipotéticas deuma economia, e dirigindo perguntas aosalunos sobre os resultados obtidos com aaplicação de cada variável. Numa segun-da parte ele fez um esboço da situaçãoenergética brasileira, relacionando rapi-damente as fontes alternativas do petró-leo, com ligeiras criticas sobre cada umadelas.

Ele disse que a relação entre a dívidaexterna brasileira e a receita das exporta-ções deverá se manter mais ou menosigual à de hoje "se o crescimento dasexportações seguir num mesmo ritmo queo crescimento das taxas de juros. Se asituação se inverter a economia poderiaatingir um estágio crítico", afirmou."Os números da divida externa brasi-leira", disse ele, "em relação às exporta-ções não têm nada de dramático. O pro-blema é administrá-la de maneira a man-ter as relações fixas.

Segundo o ex-Ministro, "o único paísque não tem problemas com sua dividaexterna são os Estados Unidos, porqueela é em dólares. E ele é o único que podeemitir moeda para pagá-la", afirmou.

O "hiato de recursos nas contas comer-ciais brasileiras, como é chamada a neces-sidade de recursos para pagar diferençaentre as exportações e as importações, emsua opinião, deverá manter-se igualmenteidêntico ao atual. Ele considera, entretan-to, que se por alguma razão houvessenecessidade de reduzi-lo repetinamente azero "haveria um choque tremendo naeconomia".

Apesar do ex-Ministro Mário Simonsenconsiderar "a liquidez do mercado inter-nacional muito boa atualmente", eleachou dificil que um banqueiro interna-cional "se disponha a inverter um volumerazoável de recursos numa economia, ca-so nâo lhe seja suficientemente demons-trado que ela está decisivamente voltadapara as exportações". Considerou esteponto, inclusive, como essencial para agarantia de crédito externo, uma vez que"os juros podem ser renegociados, masnáo a garantia de crédito".

Ele contestou a teoria da ênfase nomercado interno ao afirmar que o cresci-mento das exportações se deve fazer si-multaneamente ao crescimento do Pro-duto Interno Bruto. Ele disse que a ênfaseexcessiva ao mercado interno "pode ca-minhar a médio prazo para um conjuntode relações que se traduziriam numa posi-çâo razoavelmente trágica" para a eco-nomia.

Na opinião do professor Mario Simon-sen, o crescimento de uma já teria resulta-dos diretos sobre a outra, uma vez que "édificil manter alta a taxa de crescimentodas exportações se a do Produto InternoBruto não for também alta".

O ex-Ministro chamou a atenção paraa necessidade de "delimitações rígidas deáreas consorciadas com outras culturaspara o plantio de cana destinada à fabri-cação de álcool, a fim de não causarproblemas alimentares com o afastamen-to de outras culturas", pois a cana requergrande extensividade em terras férteis.

O velho estilo de sempreUsando um temo cinza bem cortado,

gravata cinza com listras brancas e azuis,o ex-Ministro Mário Simonsen deixou cia-ro durante o decorrer da aula um descui-do com a aparência pessoal, atitude típicasua como cientista social, que a vida dehomem público sempre lhe vedou, apesarde nunca ter conseguido tolher total-mente.

Uma única vez a atenção de Simonsense voltou para um mundo exterior a ele,que foi no momento em que o repórterfotográfico começou a tirar as primeiraschapas; cuidadosamente o ex-Ministro fe-chou o botão do meio do casaco. Mas logoque a descontração se sobrepunha à pre-sença de pessoas estranhas ao seu meio —a economia — o ex-Ministro retomava àsua imagem; freqüentemente suspenden-do a calça na cintura, recolocando a cami-sa para dentro, o temo sujo de giz, agravata manchada.

Esta sua imagem se manifestava tanto

no plano subjetivo como objetivo. Duran-te sua aula as perguntas lhe eram dirigi-das, na maioria das vezes por integrantesda própria Escola de Pós-Graduação emEconomia, seus colegas de convido. Osmais jovens guardavam uma certa distân-cia, típica dos que estáo frente a umprofessor recebendo apenas informaçõesnovas em tudo o que era dito, e nãoapenas participando de uma discussãoem alto nível do modelo econômico.

Bastante à vontade numa platéia sele-cionada, Simonsen demonstrava umagrande rapidez de raciocínio no trato comas sofisticadas fórmulas matemáticas quetraçava, suscitando risos nas vezes emque propunha um problema e solicitavaum resultado, mas ante o silêncio daplatéia logo traçava outra fórmula comoresultado dizendo que com base na fór-mula proposta poderia se "fazer uma por-çâo de brincadeiras com estas relações".

Pena quercontrolarmetrópoles

São Paulo ¦ _ O Ministroda Indústria e do Comércio,Camilo Pena declarou on-tem que "o Governo nâopermitirá a aplicação de in-vestimentos para a criaçãode empregos em grandesconcentrações como SâoPaulo, Rio. Recife e BeloHorizonte", ao anunciar terentregue ao Ministro doPlanejamento. Delfim Neto,um documento sugerindo adesconcentração do cresci-mento econômico.

Apesar de não consideraruma advertência ao empre-sariado paulista, o MinistroCamilo Pena disse na Asso-ciação Comercial do Estadode São Paulo que "caso oempresário privado paulis-ta nào lidere o processo dedesconcentração econòmi-ca, o Govemo terá de apelarpara poupanças externaspara desenvolver outras re-giòes do pais. Não ha dúvi-da sobre isso"."A desconcentração". ex-plicou ele, "visa à constru-çào de uma nação, para quenáo vivamos um conglome-rado de regiões. Visa a redu-zir a vulnerabilidade dopais e o aumento da produ-tividade nacional, pois asgrandes metrópoles sàograndes consumidoras decombustíveis. A desconcen-tração visa logicamente àredução do consumo de pe-tróleo."

Disse o Ministro que "adesconcentração tem departir de São Paulo."Achoque Sào Paulo que desen-volveu um grande ritmo decrescimento .chegou a horade um novo bandeirantis-mo. Cabe a cada empresa-rio paulista desconcentrar-se para que possamos viverdescontraídos, ninguémquer viver sob tensão. Que-ro o quanto puder conduzira desconcentração, partin-do de São Paulo, cio seuempresário", declarou."A criação de novos em-pregos serão feitos atravésde investimentos prove-mentes da poupança inter-na, que vêm caindo. Serápreciso aumentar o nível dapoupança , que hoje estáum pouco mais de 20r'<-,abaixo da performance in-ternacional. Precisamoscriar empregos não para fi-guras intangíveis, mas paratodos", afirmou.

Explicou que não quisameaçar quando afirmouque se a desconcentraçãonão for feita pelo empresa-rio será feita por multina-cionais. "Isto é uma simplesconstatação, pois o paisprecisa continuar cresceu-do a 6r'c ou 77c ao ano, sejapor que deseja ser mais for-te ou por que deseja sermais livre", disse o Sr Cami-lo Pena."Como o Brasil tem quecrescer desconcentrado edescontraído, o empresáriopaulista terá de liderar esseprocesso. Caso contrário oGoverno terá que apelar pa-ra poupanças externas paradesenvolver outras regiõesdo país, não duvidemdisso".

O pronunciamento do Sr.Camilo Pena na AssociaçãoComercial, foi feito peranteempresários das arcas in-dustrial e comercial. O em-presário Carlos Vilares, ex-presidente da ABDIB, disseque "o Governo tem de im-pedir a importação de em-pregos", fazendo uma alu-são à importação de bensde capital. O Ministro anun-ciou que "o Governo estápreparando novos mecanis-mos para a indústria debens de capital, buscandoincentivar a compra nomercado interno".

IBrasília, 20 de agosto de 1979MÁRCIO FERREIRA VIANNAServiço de Administração Gtrc)

¦rn-nanCONCORRÊNCIA N? 06/79 - ADM/GTC

AVISO- O PROGRAMA DE EXPANSÃO E MELHORIA

DO ENSINO - PREMEN, Órgão do Ministério daEducação e Cultura, instituído pelo Decreto n?70.067, de 26 de janeiro de 1972, corn sede na Av.Pasteur n9 368, na cidade do Rio de Janeiro,Estado do Rio de Janeiro, torna público que,devidamente autorizado pelo Coordenador de suaComissão de Administração, fará realizar Concor-rència para a conclusão das obras do Centro Inte-rescolar de Campo Grande, no Município do Riode Janeiro, no Estado do Rio de Janeiro.

- As obras de que trata o presente Aviso serãofinanciadas com recursos do Contrato de Emprés-timo n? 379/SFBR, assinado entre o GovernoBrasileiro e o Banco Interamericano de Desenvol-vimento - BID.

- A Concorrência se processará obedecendo aostermos do Decreto Federal n? 73.140, de 09 denovembro de 1973, que regulamenta os Artigos125 e 144 do Decreto-Lei n?20O, de 25 de feve-reiro de 1967.

- Os interessados poderão obter o Edital de Concor-rència e demais documentos e informações, naGerência do Projeto do Construção do PREMEN,na Avenida Pasteur n? 368, na cidade do Rio deJaneiro, de segunda a sexta feira, das 8.00 às 1200ede 1300 às 17.-00 horas.

- Para participação na licitação é exigida das firmasum capital mínimo integralizado, na data daentrega das propostas de Cr$ 2.000.000,00 (doismilhões de cruzeiros).

— As propostas serão recebidas na Gerência doProjeto de Construção do PREMEN, no endereçoacima indicado, às 14 ÜO horas do dia 27 de se-tembro de 1979.

Rio de Janeiro, 20 de agosto de 1979.Ia) JOSÉ MACHADO BELLAS

Secretário - Executivo

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Caderno de Esportesdo Jornal do Brasil

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20 — ECONOMIA JORNAL DO BRASIL D Sábado, 25 8 79 D Io Caderno

BC sugere taxar os Eliezer acha a Vale umjuros na aplicação abacaxie muda atuação

....... TTma pnmnlpt.n mnrlanpn na li- venha a ser inriustrializadn naO presidente do Banco Central,

Ernane Galvêas, disse ontem que nareunião do Conselho Monetário Na-cional da próxima quarta-feira a su-gestão do BC sobre a questão dotabelamento dos juros será "de quequalquer disciplina seja feita naponta da aplicação, ficando flexívela captação".

Ele esteve reunido à tarde, du-rante três horas e meia, com ospresidentes das federações brasilei-ra e nacional dos banóos, RobertoBornhausen e Teófilo Azeredo San-tos, os diretores do Bradesco, Láza-ro Melo Brandão e Miguel Persi, e doNacional, Germano Brito Lira,quando se discutiu o encurtamentodo prazo de permanência dos recur-60s do INPS na, rede bancária, —que poderá cair de 30 dias para umasemana, segundo Roberto Bor-nhause.

Ótica da inflação

Em sua primeira entrevista comos jornalistas no Rio, o presidenteErnane Galvêas disse que está estu-dando a questão do tabelamentodos juros "dentro de um approachde combate gradualista da inflação,que inclui a ação das autoridadescom relação às taxas de juros".

—Minha sugestão é que qualquerdisciplina feita na ponta da aplica-ção, ficando a captação flexível. Masestamos trabalhando sobre as dife-renças existentes entre as váriasinstituições do sistema (bancos co-merciais, de investimento, financei-ras), logo é dificil balizar, tudo.

Ele negou que a longa conversacom os banqueiros tenha envolvidosugestões sobre o tabelamento, afir-mando que a questão central foi umpedido de homologação do BC co-

municando ao sistema bancário osentendimentos com o IAPAS (Insti-tuto de Assistência e PrevidênciaSocial) sobre as novas regras derecolhimento — que, entretanto, elenão quis adiantar.

Segundo o presidente da Federa-ção Brasileira dos Bancos, RobertoBornhausen, "ficou mais ou menosacertado que o recolhimento cairápara uma semana, com o IAPASpagando uma tarifa de serviço aosbancos".

Os banqueiros dizem que oIAPAS saca a descoberto no siste-ma bancário, com sua divida já em,torno de Cr$ 10 bilhões, e pleiteamajuda do BC em função da presta-ção desse serviço. Segundo o presi-dente do BC, entretanto, "eles po-dem recorrer a nós, mas pelas viasnormais, via redesconto".

Ernane Galvêas acentuou que alinha de ação do BC será orientadapelas prioridades já ditadas pelo4 Presidente Figueiredo: o combate àinflação, o fortalecimento do balan-ço de pagamentos e a retomada dodesenvolvimento.

— Temos que atuar fortementena expansão das exportações parafortalecer o balanço de pagamentos,atacar a inflação e o problema ener-gético (buscando fontes alternati-vas), ligando a tudo isto o desenvol-vimento agrícola. Porque o resulta-do que obtivermos na produçãoagrícola é que vai-se refletir na redu-çáo das taxas de inflação, no equa-cionamento dos problemas do ba-lanço de pagamento e na reformula-çáo do programa energético.

A premissa básica em todo essequadro, acentuou, é a melhoria daqualidade de vida da população: "E,para atingi-la, temos que asseguraro crescimento sustentável da econo-mia nacional".

Vilar compra Caravellopela carteira de câmbio

"O fortalecimento da corretoraindependente, com a tentativa deatuação em todas as áreas do mer-cado", foi a principal razão aponta-da pelo ex-diretor do Banco Econô-mico e atual presidente da Correto-ra Duarte Rosa, Carlos Vilar, para acompra de mais uma corretora emapenas um ano: a Caravello, que lhepermitirá atuar também em câm-bio, com uma carteira que movi-menta 100 milhões de dólares pormês, em média -*~ a segunda maiordo mercado.

Carlos Vilar esclareceu que sóontem a operação foi efetivada, coma autorização do Banco Central, eque o patrimônio líquido foi com-prado por Cr$ 42 milhões incluindo

a carta-patente. A incorporação de100% das ações até aqui pertencen-tes aos irmãos Vicente, Libero eFrancisco Caravello foi feita 70% àvista e o restante até o encerramen-to das contas pela auditoria.

Em primeiro lugar no que toca aonúmero de clientes cadastrados (25mil), a Caravello realizou 117 under-writtings ao longo dos últimos 10anos, mantendo-se em segundo noranking das maiores em câmbio.Segundo Carlos Vilar, a agregaçãodo seu faturamento à CorretoraDuarte Rosa certamente levará estaúltima a sair do 19° lugar para umamelhor posição, inclusive pelo aces-cesso que terá ao cadastro de clien-tes da Caravello.

Uma completa mudança na li-nha de atuação da Cia. Vale doRio Doce foi anunciada ontempelo seu presidente, Eliezer Ba-tista, para quem a empresa esta-va "um verdadeiro abacaxi", queele está descascando. A nova po-lítica se caracterizará pelo esfor-ço de exportar o maior valoragregado possível, por exemplo,em vez de apenas o minério deferro, passar a industrializá-lo evender ferro gusa.

Já existem, inclusive, projetospara implantação de usinas deferro gusa, em Carajás e em Mi-nas Gerais, nos quais a Vale doRio Doce procurará ter apenasuma participação minoritária,deixando que eles sejam assumi-dos pela iniciativa privada, depreferência nacional. Quanto aoprojeto básico de Carajás — ex-ploraçào de minério de ferro — oSr Eliezer Batista disse que eleserá implantado só pela CVRD,sem associações.

O presidente da Vale do RioDoce explicou, também, que oProjeto Carajás no momento estasendo reformulado e que somentena primeira quinzena de setem-bro será enviado ao Governo pa-ra aprovação. Em função disto,ainda não foi acertado nenhumesquema financeiro para o proje-to, mas, segundo Eliezer Batista,os japoneses estão muito interes-sados. Mas os recursos para Cara-jás poderão vir de outra fonte, decerta forma pouco usada no pais,que seria a antecipação dos con-tratos de venda do minério deferro, que, logicamente, não tra-ria apenas os recursos necessá-rios, mas também demonstraria agrande confiança dos clientes daV Vale.

Excluindo-se o projeto básico,a Vale do Rio Doce tem uma sériede alternativas para Carajás quese enquadram dentro da filosofiada empresa de exportar produtosmais nobres. A idéia do Sr EliezerBatista é que o minério de ferro

venha a ser industrializado naprópria região. Desta forma, po-derão surgir ao redor de Carajás eao longo da ferrovia que ligará aregião a Jtaqui (no Maranhão),vários complexos metalúrgicos.O dirigente exemplificou citandoa construção de usinas de sinteri-zação, ferro gusa, ferro esponja,ferro-ligas e de pellets.

Mas toda esta nova linha deatuação da Cia. Vale dó Rio Docenáo surgiu à toa e de uma horapara outra. Segundo o Sr EliezerBatista, quando ele assumiu apresidência a empresa estavamuito mal, "era um verdadeiroabacaxi", que ele teve que des-cascar. Com a empresa no verme-lho, precisando saldar as suasdívidas e cuidar da sua reputaçãono exterior, o melhor caminhopara o dirigente foi este encon-trado.

— O importante é nos próxi-mos anos a Vale do Rio Doceoferecer credibilidade, eficiênciaoperacional, pagar as suas dfvi-das, enfim, manter sua reputa-çáo, fundamental para a elevaçãodas suas vendas e para a obten-ção de mais recursos — explicouo Sr Eliezer Batista.

Ao anunciar esta nova políticaempresarial, o presidente da Valefez questão de esclarecer que aempresa náo está querendo di-versiflcar as suas atividades e fa-zer de tudo. "Nós achamos que éaltamente interessante para oBrasil valorizar os seus produtosde exportação, não só porque te-rá uma geração maior de divisas,mas também porque o agrava-mento nos preços do frete só podeser absorvido pela exportação deprodutos de valor mais alto, maisnobres. Além disso, estaremoscriando maiores oportunidadesde emprego e consumindo insu-mos nacionais para a produçãodesses produtos mais nobres",explicou o dirigente, acrescen-tando que a crise de petróleo veiomostrar a importância da expor-tação.

México cede mais petróleo"Vamos para o México no pró-

ximo dia 2 de setembro para ne-gociar contratos muito importamtes, nâo só para a Vale do RioDoce, mas também para o Brasil.Vamos vender alumina, minériode ferro e pellets, e em trocacomprar petróleo. Hoje, o Méxicojâ nos adianta 30 mil barris/dia,mas a partir de 1980 poderá nosfornecer 100 mil barris, depen-dendo da sua produção".

Estas afirmações também fo-ram feitas ontem pelo presidenteda Vale, Eliezer Batista, que cias-

•sificou o México como o país mais

importante para a empresa nocontexto latino-americano. "Va-mos criar uma ponte, pela qualvenderemos os nossos produtosem troca do petróleo; desta for-ma, teremos uma importante co-laboração", disse Batista.

A meta do dirigente é venderentre 2 e 3 milhões de toneladasde minério de ferro para o merca-do mexicano. Além disso, estásendo estudada a formação deuma joint-venture para produçãode pellets, tanto no Brasil comono México.

6000.

5500.

5000.

4500.

IBV

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4000i—r i i—i—i—i—i—r-50 n <* j7g i m a m

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4500 —1 113|7 20 27 3 8 10 17

Ontem5400.

5350.

5300 1IM» 11:30 12.00 12.30 13:00

Fechamento: 5438 Evolução%: +1,1Média: 5378

Bolsa do RioOs números do pregão

Papéis moii negociados ã vista, em dinheiro: Petrobrás PP( 14,95%)Alpargatas OP(7,47%), Brasil 0NI6.87Í»), Mesbla PF»(6.13co), ValePP(5.96%)

Na quantidade de tilulos: Petrobrás PP(19.12%). B. Brasil ON(9,32%),Vale PP(6,27%), Alpargatas OP(4.93°i) e L. Americanas OP(4,48%)

Papéis governamentais (CrS mil): 67 075 (39,98°o)

Pap«is privados (CrS mil): 100 693(60.02%)

IIVi médio 5378( + 0,l%).. final 5488 (+ 1.1%) IPBV 527( - 0,8%)

Média SN: Ontem: 93,934, anteontem: 92,619, ha uma semana:91,988, ha um mès: 86,363, há um ano: 87,716

Oscilação Das 30 açòesdo IBV, 13 subiram, 8 caíram, 7 ficaram estáveise 2 nóo foram negociadas (Cate Bras^n e Mesbla)

Maiores Altas: Banco Nacional PN(3,92%), Vale PP(3,53%). Feri.sulPP(3,44%), Mesbia PP(2,59%) e Sou;a Cru: O°(2,30%)

Maiores baixos Somitri OP/ C(?,73%), Boiano PP/ C(1.84%), LightOP(l,69%), Petrobrás PP(1,37%) e Novo Américo OP(!.32%)

Volume negociadoQuantidade Cr$

Avisto 69 021.638 127 227.169 91A termo 6 230 000 10 221740 00Merc. Fututo 18 440 000 30 320 500,00Total 93 691.638 167.769 409 91Mais alto do ano (305) 159 024 472 297.983 511,58Mais boi.o do ono (29/1) 29 983 421 46 380 337,47

EMPRESAS

Ate final de julho, o Ban-co do Nordeste aprovou 47projetos agro industriais,com financiamentos de Cr$1,4 bilhão e investimentosde CrS 3 bilhões. Um deles,de carne e derivados, foi oque absorveu a maior fatia:CrS 737.7 milhões de invés-timentos e CrS 432 milhõesde financiamentos.

A Braskraft, que foiproibiria de se instalar emSão Paulo, conseguirá fi-xar-se no Paraná. O Secre-tário de Interior do Estado,Renato Johnsson, pratica-mente confirmou a noticia,ao dizer que a empresa "po-dera perfeitamente respon-der às condições do Gover-no", pois seu projeto "foiconsiderado excelente pelaSecretaria de Estado doMeio-Ambiente (SEMA) emBrasilia e pelos técnicos daminha Pasta, embora devasofrer modificações para seenquadrar na legislação doParaná".

Com o acordo de fran-quia assinado entre a Alte-rosa de Cervejas e a PepsicoInternational, a empresamineira passa a segundamaior fabricante de Minas,com faturamento de CrS 200milhões este ano. Os invés-timentos para engarrafar osprodutos Pepsi atingirãoCrS 150 milhões ate 81. coma ampliação da cervejariapara 415 mil hcctolitrosanuais, contra os 220 milatuais.

A Mesbla Veiculos reali-zou a primeira assembléiado Consórcio Nacional GM,do qual tem a exelusivida-de, em coquetel que-contoucom a presença do gerente-geral do consórcio, JuanDomingrues. Ele entregou,na ocasião, os dois primei-ros Chevette.

A escolha dos líderesempresariais do ano pela re-vista Balanço Anual mar-cou a inauguração do Cen-tro de Convenções de SàoPaulo, na Marginal Pinliei-ros — que dispõe de quatroauditórios com capacidadepara 400 pessoas, seis salasprivativas cie reunião eequipamento completo desom.

Cleto Campeio Meireles(Sistema Financeiro lias-pa) foi indicado pela ABE-CIP — Associação Brasilei-ra das Entidades de Crédi-to Imobiliário e Poupança— para presidir a ComissãoNacional de Marketing dainstituição.

Volume é dos melhores do anoSão Paulo — Um dos me-

lhores resultados do ano foiregistrado no pregão de ontemda Bolsa paulista: O volumesomou Cr$ 218 milhões 189 mil32% a mais que o anterior, e oíndice subiu 1,8% Se náo fosseo fato dos preços das BlueChips acusarem uma timida

elevação (0,5%) a alta seriamais acentuada, pois a médiadas cotações dos títulos de 2a.linha elevou-se em 2,6%. OMercado foi totalmente des-concentrado e as Blue-Chipsnão se incluíram entre as maisnegociadas, onde se destacouPP com Cr$ 10,6 milhões.

Cotações da Bolsa de São PauloAção Abert. Méd. Fech. Quant.

1000Ação Abert. MM. Fech. Quant.

1000

Acesita opAcos viil opAcos viii ppAlpargatas opAlpargatas ppAma/ama onAmerica Sui onAna Ciayton apAnfarcKa opArno poArtex ppArtliu' Longe opAuxilior pnBandeirantes onBandeirantes ppBanespa onBanespa pnBanespa ppBelgo Minei' apBen*enex ppBetumorco opB'c Monark opBo/ Simonsen opBoz Simonsen ppBrad Invest onBrad Invest pnBradesco onBradesco pnBrahma pnBrahmc ppBrosil onB'OS'l DOBraSiití ODBrastliutu ppBrosimet OPBrasmotor opCacique ppCa* Brasília opCaf Brosil.a ppCasa Anglo opCasa Anglo ppCasa J Siiva ppCasa Masson poCBV Inds Mec ppCemig ppCerv Polar ppaCESP ppCim Aratu opCim Caue ppCim Itau ppCmaf opCimepar pnCi meta' ppCoòrasfer ppCobrasma ppCom e Ina SP anCom e Ind SP pnCom e Inc SP ppCons» Bete- poCopas DpDiâmetro emp odDiâmetro emn ppDocas Santos opDurais» ppD» Dmalube anEcei ppEconômico pnEijrrta ODElumo ppEmili Ramarv ppaEngesa opEngesa ppaEricsson opEs' Paraná onfcst«eiü opEvreia ppElernit opEiernn ppaEler.i.f pppEucate» odEutate* ddoF N V buoEac C ffena^ji ooF«r Lan: g(0s opf%' Lam Bras DO

0,981,041,252,782.030.631,001,301,083 102,602.000.710,760,500,670,660,691,730,32o,600,861,301,401,621,821,751 721 261 40

381.472,90

580814003,80

302 352,00

755 40

1 155.20

0,591 450,700.521,222.303.50

1 000.781,211,454.001.02I 010,390.931.091.082,502.501.000,35

1 751 351.800,606 106,50

150963,00

5580

4,854.803.503.50

802 10

1 25I 30

0,981,041,242,802.650,631,001,331,083,142,602,000,710,760,500,670.650,6B1,740,320.600,851,301,401,821,821,751.731.261,401,371,482.780 580.804 113,812,302 402,101,755.401,175200.591.450.700,521,242,333,571.000.781,211.504.00

1 021.01

390,921.091.082.502.581.000,35

751.351.680.606,406,501,15

0 983.003,605,014,904,803.503.50

972.101 261 30

1,001,041,252,652,65

631,001,371,083,202,602,000,710,760,500,670,650,681,770,320,600,851,301,401,621.821.751.741.26

401,381 492.750.580,804,153,812,302,452,151.755,401,185,200,591.450.700.521.272.403,701,000,781,211,514,001,021,01039e,921,091,092.502.60I 000,35

1 751,351.900,606,406 50

161,003,003.655 104.904,603,503,5!3.00

101 27135

210I

673384249

1531

63059841014230

1.647110

990

2031.7871 944

61.000

931

18523

1 2301.317

257

2501.2441.0933410

50957

1658

380407

7.175400

571

1 0002.398

31 8121 794

34

52220

5 78429

53913

650325

29

3794 147

371665

1172095

60201

50212

76100

1 60637!297356

10300661606084

Ferbaso ppFerro Bras opFerro Bras ppFm Bradesco onFrancês Ital onFund Tupy opFund Tupy ppGrazíiorin ppGuararapes opHot Bradesco onlop opIbesa opIbesa ppbleopaso ppIfema ppIguaçu Café ppaIguaçu Café ppDInd Hering opInd Hering ppaInd Villares ppInds Romi opInds Romi ppIfaubanco onItaubanco onItausa pnItausa ppKarsten ppLight onLighi opLobros ppLoias Amenc opLonaflex ppMademt opMadeinr opMagnesita ppManasa opManasa ppMangels Ind! opMangels Ind' opMendes Jr ppMerc S Paulo pnMerc S Paulo pnMesbfo ppMe' a Eberle ppMetol Leve ppMinasmaquma onMinasmaquina pnMoinho Flum opMoinho Sant opMontreal ppNacional onNacional pnNakata ppNora Brasil DDNorabn me' opNoroeste Es? onNoroeste Est pnNoroeste Est ppNova Amenca opOivebra ppOrniex opOrniex ppPaul F Lu? opPerdigão opPeraigão ppPetrobrás orPetroDrds ppPi rei i - opP.rell ppPia Monsanto opPia Monsanto ppPremesa ppProsdocimo DpReal onReai pnReai ppRea! Cia Inv pnRea' Cons pnbReai Cons pneRea' Cons pnff?ea< Cons onRea ae inv anRea de inv pnReal ae >nv ppRea. par- ona

1,404,601,801,351,251,451.552,803,251,000,842 102,400,201,104,604,504,324,602,401,301,251,611 383.103,103,800,56

572,30

021,503,802,25220

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1 031,600,760,900,662,701,853,050.80073

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1.45! 451 55! 502,70

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1,404,601,801,351,251 491.682,803,251,000,842,102,400,201,104,604,504,324,762,401,301,251,611.383,103,103800,560,572,301,911 50

802,252,202602,531,031,600,760000.662.701,853,070,800.73

502.120,701.061,061,601 023,701,451 45

551,502,70'.,55

140582 503,98

1 101,441,171,10500500

7057

0900800 802.701,000 95¦ 00

0 92

1,404,601,801,351,251,501,702803,251,000 832,102,400,201.104,604,504,324,802,411,301,251,611,383,103,103,800.5657

2,309050

3,802.252,20

602 50

I 036076

0,900,66

706507

0 6073

4,502,200,70

06i 06! 601 02

3 75'.45

! 45I 551.502.70

552,150,582.503 961,101,451,181,105 005 000,701.590 90ceo807000

0.951 000 92

'36 35

; 3o ¦ 3C¦ 25 '250.95 0 95

53

2532

251 3273 27020040

512266193102022292

1.347125

1.107248

2.420854

20288298232

2001.488

272

2 0001050

6503

10202|

750100942

6240540

6

57550

1 000|10510

500300125

4 184961187100

1 67619021023919120

50666

50

6013

Cotações da Bolsa do Rio

Títulos

EM CRUZEIROS

Abart. Fech. Méd.

Var. Luc. Quant.

med. «1179(1000)

ant. JamlOO

Acesita opAlpargatas opAlpargatas ppAçonone ppApoio opAratu opArtex ppBanha ci. opBarbara opBasa onBco Brasil onBco Brasil ppBco. Cred. Nacional onBelgo opBanerj onBaner| ppBanespa onBanespa pnBanespa ex/d ppBco. Itau onBco. Itau pnBco. Naoonaf onBco Nacional pnBNB onBNB ppBNB c/d opBNB c/d ppBco Reol onBco Real pnBradesco, pnBrahma opBrahma ppCBEE opCBV ppGuararapes opA Clayton opCimetal ppCobrasma ppCorrêa Ribeiro pp ex/db5ouza Cruz opCafé Brasilia ppCSN ppDocas opDuratex ppAbramo Eberle ppEletromar opEngesa opEstrela opEstrelo ppFeroaso ppFerro Bras ppFertisu! ppC I. F. OR clC I. Fiest Reflo ciC I Fiset Tunsmo ciMetalúrgica Gerd ppDocas DL Imbitub opBrasii|uta ppKcti SehDe pplight onLight opAmer.canos odBrasile'as opRenner maRenner mbRef. Pef'. Manguinhos onMannesmann opMannesmann opMendes Júnior ppMesbla Div 54 2/ pare opMesbla D'v 54 2''parc ppMontreai opNova Amenca apPetrobrás orPetrobrás p"P. Força e Luz opMcrcoDOÍO opPet. Ipirangc ppPe'. Ipiranga cpRiog-anaense opSamif ca opS-oergasò'as opSharp ca ppS-na1 pnSondo'ecnrco opTecnosoio opTeier. ceTelerj onTeier; peTeier; pnTioras eoT^cras ebT Jane poLXibc-cc odUn.pa' oeUnipa- peVa'e ddVai me- odVaf.g odW Ma^ns op

0,972,792.651,830,850,502.604,05U50,601,361,461,021,720,620,800,610,610,701,611.381,061,060,841,051,471,600,710,661,721,351,380,595.203.251,300,801,492,502,602.350,462,502,431,853,506,502,903,501,401,703.000,250,240,533,701,000,592,400,530,581,922,353,103,200,580,950,820,752,702,700.861,521,101.35

0 582,703,063,612,551.072 901.451,361,721,300,220.210,660.065.905,001,721,503.103.601.702,202.721.92

1,002,802,671,880,850,502,604,051,200,601,401,490,901,760,620,800,610,610.681,611,381,061,060,841,051,471,700,710,661.721,351,380,585,203,251,300,801,492,502,602,400,462,502,601,853,506,502,903,501,401.703,000,260,240,533,701,000,602,400,530,571,882,353,103.200,580,920,840,752,702,780,881.431,091,360.582,703,053,902,701,062.681,451,361,721,300,220.210,660,645,984,901,701,503,103 801,802,202.721,95

0,992,802,661,850.650,502,604,051,200,601,361,480,991,750,620.800.610,610.681.611,381,061,060,841.051.471.600,710,661,721,351,380,585,203,251,300,801.492.502,602,370,462,492,531,853,506.502,903,501,401,703,010,250,240,533.701,000,592,400,530,58 -1,701.90 -1.042,35 2,173,103,200,580,920,820,752,702,770,681,50 -1,321,10 Esl1,35 -0,740.58 1162.703,053.612,561072 881.451,361,721.300,220.21

Est0,281,18

• 2731.41357

0,58

•4,35Est

0,66 -5 720,65 -4,415,91 0 174.931.721,503.103,801,762,202,721,94

137,50130,23130,39303,28

111,11157,58164,6368,57

127,66112,40

213.4189,86

102,5695,3192,42

115,2587.98

121,05115,22115,2290,32

150,00139,13142,00132,00134,3897,8392,62

120,83153,85131,0592,86

133,33

137,57159,06109,52180,43218.10106,32155,56

130,11142,8666,9394,95

131,58160,00265,00300,81142,86140,48130,4368,8375,3268,79

104.91126.53

82,66170,37154,7269,44

107,14105,7397,78

132,7481,4887.10

30938,46

132,61132,21289.89157,35129,15

1,56137,50131,25153,49156,54121,36

1 18 '60.75

0,6769,5171,83183,33

0,761,65

Est•7,69¦0,73

1,37

1,163,33

Est

3,923,92•5.62

0,96

-1,64

EstEstEst

3,17

Est2,36

EstEst

6,75Est

6,56

EstEst

3,44Est

EstEst

7,27

•1.08

bt

2,59

1 333 53

1.57224,7985,84

8793,400396

1.1883

201140

5216229

6.4312.212

42.157

41

4132259944

3482

161763522

454

57975

40095030150700118

2.232706

2196

2.61033120

200400708

501.4781953747

60230

220100

1352

3.08920039313997

220051317

» 52813

2025

62930

22165109991901010612

1224544

2 060204091218

2246

43.32 500500576

índice acumula quedade 3 pontos na semana

Nova Iorque — A Bolsa de Valores de NovaIorque encerrou a semana em baixa, com amédia industrial Dow Jones fixando-se em880,20 pontos, representando queda de apenas0,18 pontos sobre o dia anterior, significandoperda acumulada de 3,16 pontos durante asemana. Na sessão foram negociadas um totalde 32 milhões 73 mil ações, frente 35 milhões 71milhões no dia anterior.

O Governo produziu o movimento de ven-das ao informar que os preços aos consumido-res tiveram alta de 1% em julho, mesmo índicede junho, enquanto as vendas caíam 0,4%. Aomesmo tempo, a diretoria da Reserva Federalrestringiu ainda mais seu crédito, depois derevelar alta de 1 bilhão de dólares no suprimen-to monetário básico do país.

Cotações da Bolsa deValores de Nova Iorque

Nova Iorque - Foi a seguinte média Dav*. Jces na Bolsa de Valoresde Nova Iorque ontem:

Ações Abertura Máxima Mínima Fechamento

30 Industrias 876,62 883,87 872,18 880 2020 Transportes 268,94 270,21 266,56 268 6015 Serviços Publ. 109,5 110,42 108,93 109 4465 Acôes 312,61 314,87 310,67 313 15

foram os seguintes os preços f.nois no Bolsa de Valores de Nov.Iorque, ntem, em dólares

Airco IncAlcan AiumAlhed ChemAflis ChaimersAlcooAmAirlinesAm CynamidAm Tel & TelAmf IncAnacondaAso recAti RichfieàdAvco CorpBendm CorpBen CpBoeingBoise CascadeBord WarnerBranir"BrunswickBourroughs CorpCampbeH SoupCanodianCaterptHar TrocCBSCelaneseCbase Manhatt B<Chessie SystemrrChrysler CorpCticofDCoca Cola

Coígate Paim.ColumD'a Piei.Com SateUiteCons EaiscmControl DotaCorning GiGSSCPC Int,Crown ZelierbochDow CnemxaiD'essc Ind.DuponlEastem AirEastman Kodo*.El Passe ComoanynEasmarhExxontXestonefora MotorGen DynamicsGe- Efe^cGen FooasGe' MotorsGTEGeriy QüGoodrc*Gooayea-GracewGt An & PocGui' O"

383837365513265817232370253923463734121573323056524742316

256

3/81/43/83 41/85-81/81/83'85/85/85/8

5/8

1/43/4

3/41/47/63/45/834

24 3 44223 3; 816 3 8

3, 828

3' 4848

3- 87/ 8

635437295142

858212755

1 1424053 1/ 43359 822 899 8>5 215 233 8

Gui' & WesternIBMir' HarvesterIni pope-Int Tei & leiJonnso" & JcHnsonKo se' AiutnmKennecotl CopLgge** & Myersu'tO-~ InauStüx<neea A'-ITV CoroManatact ManaverMerc»;Mobil O-'Mor-Son-o CoNcbtsccNa' DisM.,ersNCR CorpNL IndustNor-tneast A>r. resOcctdento. PetOI ir CorpOwens lllmoisPoc!Í'C Gas & E1Panam Wora Ai'Pespsicc IncPftzer Cras-Phihip Mor-.sPn.liips PetPolarca"•ore' 4 Go-ceRCAReynolds iraReymoids MetRockweh int,Roya' Dutcr PetSafeway StrsSccv PaperSears RoçDjckShell 0'iSmger CeSmi»hltei<re CorpSTD Oi' CanfSTD 0'i meranaStownStwaewTeieayneTennçcoTexaccTexas msxmenrsTe*tror'Twen* Cen» FoxUnio<- Carc aeUn^oyaur.ttea BranasUS inaus"*'esUS SteeWev Ünior CorpWevn EiectWooiwortr

5-81 21/2

1669

3077272535502/1036694256242879272725242224

2737 236 7-%40 1*470 ' J7925 3-462 436 3'441 ' 67440 '- 2

1-25/8125'8t 'd

5/65.8

1943124756

4950

15137289529434243111023212227

1,43-43.4

I 8

3-45-e5/63 *i3-6343/87-61/8

5'fe

220.

180.

140.

ÍOO.

CaféSet/NI

(cents por libra)

jSgigrr \

212

1 f ' m ' a ' m ' j ' j nPV

As cotações do café no mercado de NovaIorque abriram ontem a 2 dólares e 14centavos e fecharam a 2 dólares e 12 centa-vos por libra-peso. No Rio, o IBC informouque elevou para 137 dólares por saca oconfisco cambial (cota de contribuição), emfunção das alterações cambiais.

Mercado externoChicago a Novo loiqu»—Cotações futuras nas Bolsas de mercadorias de Chicago e

Novo Iorque, oniem

MES FECHAMENTO VARIAÇÃO MES FECHAMENTO VARIAÇÃODIA DIA

ANTERIOR ANTERIOR

AÇÚCAR INI)cents por libra (454 grs)

N° I 1

MILHO IChicogo)cents por buihel (25,46 kg)

Se'pmo-00„!uO't.Jane 'c\ta-çcVo-r- - nc

927954

'0051067¦090

7

913940957

101910601095

SelPm0'CDe/e'"ofoMíjfçüMacJoirc

20?206

30?30b

20020329.1?9930?

ALGODÃO (Nllcent» por libra (454 grs)

OLEO DÉ SOJA (Chicago)cents por libra (454 gri)

Oy.ccDejemoroMarçoMaiO

64 2'65 20666566 0068 9066 70

53 6565,00684267 6068,6466,10

SetemoroOutoOrc.DeíeT.'cJane"cMcçcMa.c

29 iO2/ 7526 9026 0526 0026 00

207227 4026 6020.4526 5026.47

CACAU (NI)cents por libro (454 grs)

SOJA (Chicoao)aolorus por ronelado

'34 5C'36.00

144 75'46,95'49 '0

•35 7539 50-3 )í45 40

¦4/ 5549 70

SetembNc^e"-!Jone.T.*/C'C£M010Ju^rx.

/327?0

'63

72072?'36740757766

CAFF (NI)cents por libro '454

grs)

'RIGO (Chicoooldólares por tonelada

Scemc:De?e~c<"VO'COMoc

iiü.60201 00190 '6'09 00'85

34¦84 30

i'4,96203,59'94 16

93 00Í89 54188,75

COBRE INI)cwnts por libro [454 grs)

Agpsx 86 90 88 90Setemorc 56 70 38 %Ou'ucíg 89 30 89 30De;e"-.D'C 90.00 90 90Jone-o 91 10 91,00Morco 91 40 91 55

44d4 54466 ¦46044i

MxoiiLondres Co--,c*s 'jo* -^etas e^

orfe<^Cobrea v s'o 594 00*'ès n-eses è9's 50Estanno ¦;Sranaor\:<l't, 66' 0•*e- -eses Ó620Estanho iHign g'aoe.

FARELO DE SOJA (Chicoao)dólares po> ronelodb

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93 30¦94 409"' J(,99u)(.'

2Ü2 20205,20

92 5093 2090,00

'98.00201.50203 70

Zinco

Prata

Ouro

66 06630

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Ju./S

437440450450430

894 50394.Í0

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269 50JÜOuO

437 'IJJ5 30

mmmmmmmmmwmmmmmmmmummBÈÈBmm miHMIMIIIMH mi, ,1 I „l

JORNAL DO BRASIL D Sóbodo, 25'8/79 D Ia Caderno

SERVIÇO FINANCEIRO

ECONOMIA — 21

Rischbieter desmente maxidesvalorizaçãoEmpréstimos bancários

subiram 30,3% até agoraBrasília — Embora o Go-

verno já tenha anunciadouma série de medidas con-tracionistas, os emprésti-rçips,o.os bancos comerciaisao setor privado cresceram

. 30,3%, somente nos sete pri-nieiros meses deste ano. Ocrescimento do mesmo tipode empréstimo do Banco doBrasil foi bem mais modes-tò,"ii9penas 22,5% no pe-ríodo.,. Nqs. últimos 12 meses (ju-lho.dé 1978 a julho de 1979),os ..bancos comerciais ex-,pandiram os seus emprésti-mos ao setor privado em60,56%, enquanto que o BBexpandiu suas aplicaçõesdojnesmo tipo em 43,23%.

.Ao final de julho, o saldodos,empréstimos do siste-ma,monetário ao setor pri-vado era de CrS 1 trilhão 306bilhões 984 milhões, contraum-saldo de Cr$ 1 trilhão 29bilhões 411 milhões regis-trado em dezembro do anopassado. O saldo dos em-préstimos dos bancos co-merciais era, na mesma da-ta, de Cr$ 770 bilhões 508milhões, contra um saldo deCr$ 591 bilhões 515 milhõesem 31-de dezembro de 1978.

O saldo dos empréstimosdo Banco do Brasil ao setorprivado, no final de julhoúltimo, era de Cr$ 536 bi-lhões 476 milhões, contraurh saldo de Cr$ 437 bilhões

896 milhões registrado nofinal do ano passado.

A expansão dos meios depagamentos nos sete pri-meiros meses deste ano fi-cou em 18,4%, registrandouma acumulada nos últi-mos 12 meses de 51,2%. Par-ticularmente no mês de ju-lho, os depósitos à vista noBanco do Brasil crescerammuito, registrando um au-mento de 44.27c em relaçãoao seu saldo em dezembro.Os depósitos à vista nosbancos comerciais cresce-ram apenas 15,8% no mes-mo período.

No Rio, a injeção de recur-sos pelo Banco Central on-tem, diante da ameaça degreve dos bancários, garan-tiu a liquidez do mercadomonetário. Assim, os nego-cios com cheques do Bancodo Brasil — usados para co-brir as perdas dos bancosna compensação — estive-ram tranqüilos durante to-do o período.

Suas taxas oscilaram en-tre 67c e 97c ao ano, com amédia das operações a7,807o ao ano e volume denegócios somando Cr$ 3 bi-lhões 44 milhões, segundoamostragem da ANDIMA.Os financiamentos de posi-ção para segunda-feira gira-ram entre 7,807c e 12,607c aoano, em mercado equili-brado.

;y CHEQUE BB(% ao ano-os últimos',',' seis dias)

60_

40_

"í^-yw-i—f—i—i—r

ea 2a 3a 4a 5a Ontem

OVER NIGHT(taxas anuais em LTN

os últimos seisdias)

120-

80_

40.

"-1—1—1—1—rea 2a 3a 4a sa

—1

Ontem

Mercado de LTNA moniitençõo 00 nivel do liquidez vol-

tou o movimentar os negócios com Letras doTesouro Nacional ontem, ca mercado aber-to. Os financiamentos de posição por umao inlciaram-se em 10,20% ao ano, ca n-ao para 7,80°o no decorrer ao período. Nofechamento, as taxas subiam pa-a12.60% ao ano, com a média dos negócios

a 10.20có ao oro. Gco^ro aos títuíos, osmais regoc-odos 'oram 05 com vencimentocm fevere.ro negociados no faixa de30,55°i ofe 30,1 53c de desconto ao ano. Ovolume de negócios com Letras do Tesoj-oNacional somou CfS85 bilhões 857 mi-IbÒMríegundo dados da And ma A segu r,as taxas médias anuais ae desconto oetodos os vpnome^ovVencimento Compro29,0805/0912,0919/0921:0926(0903-1010/1017/1019/10

15.9027,6530,10305530,7530,9531.2531.3531,4331 46

Veria30.2526 4028.6029.0029,5030 0030 60307530 9030,58

24/1031/1007/1114 I I16 1 I21.1128,1 135 12121214 1219.1226 1202'0109 011601

¦ 180123 013001060213,0215.02200214,0325.0416/0520/0618/0722/08

31,4831,5031,5231,5431.5331,5531 4731,4331,3531,2931.2030 80307030,5031,3031,1831,0530.8330,5530,38303030.1530 0829,9529.8029.5529.2528.90

31,0B31,1031,1231,1431,1531,1531.1231.0831.0330.9630,9030 3531,3031,1030,90307530.6330,3030.1830,0529,5029,7529,5829,4529,3029,0528,7528,55

Títulos públicosO mercado secundário de títulos públicos e priva-

dos de renda fixa apresentou-se praticamente para-do ontem, para negócios efetivos de compra e venda,já que as instituições financeiras concentravam seus•; negócios apenas nos financiamentos para segunda-feira. As Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacio-•¦nal não tiveram seus preços cotados no mercado. Osfinanciamentos para segunda-feira oscilaram entre10)08% e 14,88% ao ano, com a média dos negócios a11,52% ao ano. O volume de negócios com ORTNs"Somou Cr$ 8 bilhões 871 milhões, segundo dados daANDINA.

Eurodólar'A'fbxd

interboncnr'0 de cõmoio de Lon-drW',' nü-mercoao 00 eumàotar, fechouontem, poro o penoao ae se>s meses em 1 21/16%, EHi doiares, francos suíços e mar;osfarCflRjUinte o seu comportamento.

Dilatei %Sele o,os II 7 16 115 16

mès 12 5/16 12 3 16mesei II 15.16 111316meses 12 18 12

6 meses 12 3 16 12 116I oro 1134 1158

Francos Suíçoimes 3'4 15 8meses 17 13 4meses I7 8

6 meses 5 2 I 21 oro 15 '6 2 13(16Marcos

mes I 16 6 15. limeses ' 7meses 1-4 7 18

6 meses 12 7 3 81 ano 1.2 7 3 8

Interbancário

O mercado interbancário de câmbio parocon*ratos oronfos ap'esemou-se procuradoon'em, regiSt'0"do um volume fraco denegócios, As taxas para telegramas e che-rjues sit^arnm-se entre Cr$ 26,800 eC-S26.810. O bancário tuturoesteve prrxu-radc, com volume fraco de negócios, reali-;adosoCrS 26 810 mais 3,10% ale 3.40'-„ao mès para contratos com qraíos de 30 ate180 dias, respectivamente.

OuroLondres — O ouro continuou subindo

ontem no miercada. atingindo um navorecorde de 313,75 dólares a onço, ouseio 6,5 aoiares mais que o fechamentocio cna anterior. O recorde anterior erade 3 U ,50 doiores a onço Segundo umccvretor de Loncres Samuel Montagu, ac'*a do meta* reflete em parte as incerte-zai ponticas ao O-ente Media e aa!na'0 Oufc 'o;ào apontada Dará a altaao ouro toi o ultimo leilão ae ouro'eaii/aac ceio Tesouro Norte-Americanona 'erça-fe.rc oassaao

axas de cambio

MOEDAS COMPRA VENDA REPASSE COBERTURADólar dos EUA US$ 26670 26 S10 26 705 26790libra Esterlino 59 223 60 306 5o 301 00 261Dólo: Canoaer-se 22 767 23 080 22 797 23.063FloriM Holondès 13,245 13 428 13 262 '3418F-ontô Francês 6.2385 6 3231 6 24õ7 6 3'83Fror-co Suíço 'o

036 '6,264 16.057 16 252len Jóoonès 0'20S' 0 ' 2275 0 ' 2097 0.12266Uro"lfaliono 0,032513 0 032965 0.032556 0.032940Morco Alemão 14 530 'J73: '4549 '4.720

As ta*as ac^a foram 'nados c—e"". caucdcr 0.0356 0 ?54Joelo Sanco Cen-a1 -o fechomemc ac Franco 0 2348 6,2950mercado ae :ãmD'0 cosie -o As sea- r-tes, tomam ae* oase as ;o'o;ôes 3C ;ec"o-m«n'o no "-e-caac ae Novo cwq^e Em USS Em CRS

Haa-da 0 4967 13 3701Hc-q Hcmg 0 1964 5 2655

Em USS ir.cnao 2 0605 55 2420Em CRS •- 0 00'225 0 0326

-ccco 0 004563 0 1223A'e-a-na Oco 0 5476 146812 Ve» :o 0 0439 11770Argentino (Peso) 0 0007 0.0'88 No-.ego 0'988 5.329S8onVor<Peso) 0 0495 13271 Per. 0.004388 0 i "6

G'ó 8'e'anna 2 2340 5=8935 S.ec 0 2369 6 35'3Conooa (Do!o'J 0 85-4 22=669 s„ ;c 06039 '61906CoBni&D 0 0234 0.06274 j-.g.c 0.1372 3 8783Dinamoto 0'698 5 0685 Ve-e;ueia 0 2330 0.2467

CEF iniciaOperaçãoInquilinoSão Paulo — Os inquilinosinteressados em comprar osimóveis em que residem jápodem obter financiamen-tos em qualquer agência daCaixa Econômica Federal,anunciou ontem o presiden-te da entidade, Gil Maciei-ra, em solenidade à qualcompareceram os Ministrosda Fazenda e do Interior. Olançamento da OperaçãoInquilino foi acompanhadoda assinatura dos sete pri-meiros contratos de finan-ciamento no valor de Cr$ 4milhões 956 mil.

A CEF aplicará na Opera-çâo Inquilino Cr$ 5 bilhões800 milhões atê o final doano. Os imóveis de valorinferior a 1 mil 666 UPC (Cr$640 mil) serão financiadosde acordo com as regras doSistema Financeiro da Ha-bitaçâo, com cobertura deaté 90% da operação. Nosimóveis de valor superior a1 mil 666 UPC — com limitemáximo de até 3 mil 500UPC (Cr$ 1 milhão 400 mil)— a CEF só financiará 80%do valor, enquadrando aoperação nas normas daCarteira Hipotecária, queprevêem juros mais altos.

Só receberão financia-mentos da CEF os inquiü-nos que comprovarem queresidiam no imóvel, pagan-do aluguel, antes de 16 demaio, através da declaraçãodo Imposto de Renda, con-tas de luz, telefone, gás ou,ainda, da apresentação docontrato de locação devida-mente registrado.

O Ministro da Fazenda,Karlos Rischbieter, ao co-mentar a Operação Inquili-no, disse que

"o objetivo doGoverno é manter e, tantoquanto possível, expandir opoder aquisitivo da maio-ria". Observou que o Gover-no não pretende combater ainflação simplesmente im-pedindo a erosão da moeda,"mas está empenhado namultiplicação de oportuni-dades de trabalho e no au-mento da produção". E con-cluiu: "Queremos superar ainflação com uma ofertacrescente de alimentos e debens e serviços de consumopopular".

Fim do IRcalamidadeé admitido

São Paulo — Poderá sersuspenso a partir do próxi-mo ano o "IR-calamidade",segundo admitiu ontemnesta Capital o Ministro doInterior, Mário Andreazza.O adicional no recolhimen-to na fonte do Imposto deRenda, conforme frisou, foiinstituído no início desteano para atender aos pro-blemas criados com as en-chentes do Rio São Fran-cisco.

O Ministro adiantou queestão sendo feitos estudospara uma reformulação to-tal do sistema financeiroda habitação, tendo por ba-se a evolução experimenta-da pelo sistema até agora.Ele será norteado básica-mente para o atendimentodas populações de baixarenda, aproveitando inclu-sive o Fundo Nacional deHabitação, já em fase decriação, para financiar mo-radias para aqueles que ga-nham entre um e dois sala-rios mínimos.

Para o próximo ano, o Mi-nistério do Interior concen-trará seus esforços e dota-ções em dois programasconsiderados básicos e es-senciais pelo Ministro An-dreazza: o Programa Habi-tacional e o Programa deDesenvolvimetno da Re-gião Semi-Árida do Nor-deste. "Temos muitos ór-gàos e muitos planos, masesses dois váo merecer es-pecial atenção", disse.

Referindo-se ao "IR-calamidade", observou oMinistro que ele teve cará-ter temporário e que os re-cursos obtidos até agora,cujo montante ele aindanào tem calculado exata-mente, foram canalizados,na sua totalidade, paraatender aos problemascriados pelas cheias do SãoFrancisco. "Houve proble-mas na infra-estrutura demunicípios em vários Esta-dos, e vimos financiando osplanos de reconstrução ela-borados pelos governos lo-cais. Nisso já investimoscerca de CrS 2 bilhões", in-formou.

Depois de negar que te-nha anunciado como metade seu Ministério a cons-trução de 6 milhões de mo-radias no pais, o MinistroAndreazza disse que o seuempenho será no sentido deacelerar o Programa Habi-tacional, pretendendo, jáem 1980, construir um totalde 600 mil moradias,

Sào Paulo — Não haverá maxidesvalorizaçòes. OGoverno não estuda nenhuma modificação na politi-ca cambial", informou ontem o Ministro da Fazenda,Karlos Rischbieter. Ele contradisse os rumores quecirculam nos meios financeiros, de que o cruzeirosofreria uma grande desvalorização em relação aodólar e seria criado um fundo, com recursos obtidosatravés do confisco de exportações, para auxiliar asempresas com dividas no exterior.

A proposta do Ministério da Fazenda para otabelamento dos juros já está pronta e deverá serentregue aos membros do Conselho Monetário Na-cional na próxima quarta-feira, segundo informou oSr. Karlos Rischbieter. Ele náo quis, entretanto,antecipar qualquer pormenor do plano. Acrescentouque, além da retirada de pessoas físicas do OPEN,estão sendo estudadas outras medidas que permi-tam transformar o mercado aberto num instrumentode política monetária.

Conglomerado

A formação de um conglomerado entre bancos eindústrias, de acordo com o Sr. Karlos Rischbieter,"é uma idéia que está em gestação e deverá serimplementada, como um mecanismo auxiliar naexpansão do desenvolvimento do pais". Destacou,ainda, que o aumento dos prazos de financiamentode bens de consumo para a população de baixa rendaestá sendo estudado pelo Ministério da Indústria edo Comércio. Comentou, no entanto, que "maisimportante do que os prazos são os juros dessesfinanciamentos"."O serviço da dívida, hoje, é bastante pesado,mas com o aumento das exportações será possívelsuportá-lo", afirmou o Ministro da Fazenda. Obser-vou que o Governo se preocupa com o balanço depagamentos como um todo, mas a balança comerciallhe permite atuar mais. Acentuou que "o Governopoderia ter optado por uma ação negativa, no senti-do de restringir as importações, mas preferiu agirpositivamente, dedicando todo o esforço possível aoaumento das exportações.

O Sr Karlos Rischbieter disse que foi "surpreen-dido" com o anúncio do fechamento dos postos degasolina às 19h, observando que "isso vai causarmuitos transtornos." Ele não quis se manifestar emrelação à proposta do Ministro das Minas e Energia,de aumentar o preço da gasolina em 50%, garantin-do apenas que "toda alta do custo do petróleo ditadapelo cartel da OPEP será transferida aos consumi-dores, pois nào há outro remédio".

Segundo o Sr Rischbieter, "podem-se discutir aoportunidade, o prazo e até as percentagens doaumento da gasolina, mas a elevação do preço dopetróleo tem que ser paga". Na sua opinião, osconsumidores seráo sacrificados, mas não há comoevitar isso sem introduzir sérias distorções na eco-nomia".

O Ministro da Fazenda confirmou que náo serãofeitas previsões de crescimento no III Plano Nacio-nal de Desenvolvimento, atualmente em fase finalde elaboração.

Observou que o "III PND deverá indicar apenasas tendências e objetivos, sem previsões estreitas elimitadas, pois seu período de abrangência — seisanos — é muito longo".

SECRETARIO DA FAZENDAINAUGURA NOVA

FÁBRICA DABEIRA ALTA DESTINADA

À EXPORTAÇÃO

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O Secretário da Fazenda, Dr. Heitor Brandão Schilleracompanhado do Superintendente da SUDEPE, Dr. JoséUbirajara Timm e do Secretário da Indústria è Comércio,Dr. Júlio Coutinho, inaugurou a nova fábrica das Indús-trias Alimentícias Beira Alta S.A., cuja produção serádestinada à exportação. A nova unidade industrial temcapacidade para produzir 4 milhões de latas mensais deconserva de pescado, e irá atender os contratos jáfirmados entre a Beira Alta e os Estados Unidos, Canadá,Argentina, Paraguai, Uruguai, Israel, África do Sul eLibéria.

Empresa de capital 100% nacional, a Beira Altainiciou suas atividades há 15 anos, através da importaçãoe enlatamento de azeite de oliva. Hoje ela opera umavasta linha de produtos enlatados, que inclui azeite deoliva, óleos comestíveis, temperos, ameixas, azeitonas,ervilhas, vinagre, doces em calda e, principalmente,conserva de pescado, totalizando uma produção de 70milhões de unidades-produtos por ano.

A Beira Alta possui cerca de 1 500 funcionários e em1978 apresentou um faturamento de 530 milhões, sendoque a previsão para 1979 e de 1 bilhão de cruzeiros só nomercado interno.(P

Pesquisa entre empresáriosrevela otimismo com Delfim

Sâo Paulo — Com a mu-dança no Ministério do Pia-nejamento, 78% de umaamostra de empresáriospaulistas declararam-se oti-mistas com as perspectivasdo segundo semestres desteano, tendo a maioria delesmanifestado a confiança emque o Ministro Delfim Nettoconseguirá, a médio prazo,reduzir a inflação, manterum crescimento de 5% a 6%e reduzir os desequilíbriosdas contas externas.

A revelação é de uma pes-quisa encomendada pela re-vista Exame — que circulaa partir de segunda-feira —ao Instituto Gallup. O le-vantamento foi realizado,por telefone, entre os dias17 e 21 de agosto (logo apósa escolha do Sr Delfim Net-to) junto a 88 empresáriospaulistas de uma amostrainicial de 190 nomes de assi-

nantes da revista, escolhi-dos por sorteio probabilísti-co. Cerca de 72% dos entre-vistados pertencem ao se-tor industrial e os demaisaos setores financeiros, co-mercial e de serviços. Osempresários deram, em mê-dia, uma nota de 6,8 ao Go-verno Figueiredo, sendoque 850c dos entrevistadosderam notas entre 5 e 8.

Dos empresários entrevis-tados, 640f acreditam quecom o Ministro Delfim Net-to no Governo se consegui-rá reduzir a inflação, masobservam que isso deveráocorrer a médio prazo.Quanto à taxa de cresci-mento do PIB, 84rr acredi-tam que o Governo conse-guirá mantè-la entre 5% e6%. A confiança quanto àredução dos desequilíbriosdas contas externas é maismoderada (58%), enquanto40% consideram que uma

simples mudança no Minis-tério nào basta para reduziro déficit.

De acordo com a pesqui-sa, um em cada dois empre-sários considera que devemocorrer outras alterações noMinistério. Um total de 27%defendem a substituição doatual Ministro das Minas eEnergia, César Cais, que, se-gundo a opinião de um em-presàrio, é homem de boavontade, mas sem capaci-dade.".

Embora a pergunta se re-ferisse apenas ao Ministé-rio, 12% dos empresários semanifestaram pela substi-tuiçâo do presidente da Pe-trobrás, Shigeaki Ueki,apontando-se entre as ra-zòes: "nào ter credibilidadedo povo", "não funciona","Já comprovou sua inefl-ciência no Governo ante-rior".

Cia. de Ferro Ligas da Bahia, S/A — FERBASACGMF - 15 141 799 0001-03

Sociedade Anônima de Capital Autorizado e abertoDEMEC — RCA — 220 — 77/091

Capital Social Autorizado — CrS 300 000 000.00Capital Social Subscrito e Integralizado — CrS 283 362 900.00

ATA DE ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIAE EXTRAORDINÁRIA REALIZADAS EM 20.04.1979

Às oito horas do dia vinte da abril de mil novecentos esetenta 8 nove. na serio r.oaal da companhia, atendendoaos termos dos avisos de convocação DuOlicados noDiário Oficial do Estado da Bahia ed-çõns de 12 17 e !8de auril de 1979. e nos lornais Diano oe Noticias oacidade oo Salvador ed çoes de 12. 13 e 15 de abnlcorrente. JORNAL DO BRASIl do R.o de Janeiro edi-çôes de 12, 13 e 14 de ab',1 e Estado d* São Pauio dacidade de São Paulo edições cie 17. 13 e 19 de abnlcorrente compareceram os senhores acionistas rep-e-sentando mais de noventa e cinco por ce"to do CapitalSocial Subscrito e Integralizado com direito a voto.conforme assinaturas constantes do livro Presença deAcionistas". De conformiüacíecomos termos do estatu-to social, oa presentes elegeram para presde^te esecretário da mesa os acionistas José Corgosmho deCarvalho Filho e Thomaz de Aqumo Banos respectiva-mente. Iniciando os trabalhos, o senhor presidentedeclarou instalada a Assembléia Ge'al Ordinária a. emobediência a ordem do dia. solicitou fosse feita a leiturados avisos acima, dd Relatório da Administração. Baian-ço Patrimonial e outras demonstrações financeiras cor-resoondentes ao exercicto encerrado em 31 de dezem-bro de 1978. e publicados nos dias 12 de abril de 1979no Diário Oficial do Estado da Bah.a e jornal D-ar>o deNoticias da cidade do Salvador, 14 de abnl de 1979 noJORNAL DO BRASIL e 17 de abril corrente no |OrnaiFstado de Sào Paulo Solicitou ainda a leitura do avisoprevisto no artigo K13 da lei n" 6 404 76 publicado nosseguintes lornais: Diano Oficial do Estado da Bah.aEdições de 21. 22 e 23 de fevereiro de 1979, Dano deNoticias editado em Salvador nos dias 20, 21 e 22 dafevereiro de 1979, JORNAL DO BRASIL edições de 20.21 e 22 de fevereiro de 1979 e Estado de São Pauloedições de 22. 23 e 24 de fevereiro de 1979 Submeti-dos os documentos acima aludidos à Assembléia, foramaprovados por unanimidade dos presentes, demando devotar os acionistas impedidos por lei A seguir o senhorpresidente disse que de acordo com a ordem cio dia aAssembléia deveria se pronunciar sobre a distribuição departicipações e dividendos prooosta pela administraçãono seu relatório Pediu a palavra o acionista AntônioFerreira de Oliveira Brito proponto a aprovaçáo dossenhores acionistas ãs participações indicadas caradiretoria e funcionários, sendo que para dividendospropunha a fixação de CrS 0.04 (quatro centavos) poração o que corresponde a um tolal de Cr$ 11 334 510 00(onze milhões, trezentos e trinta e quatro mil, aumhen-tos e dezesseis cruzeiros! Caso a Assembléia semanifestase favoravelmente a essa proposta, dos lucrosacumulados deveria ser transferido CrS 750 664 00(selecentos e cinqüenta mil. seiscentos e sessenta equatro cruzeirosi para complernentarçào da verba dedividendos e em decorrência, a conta de lucros acumula-dos ficana reduzida nara CrS 31 000 8B9.97 (trinta e ummilhões, oitocentos e oitenta e nove cruzeiros e noventae sete centavos! cu|0 valor uropunha ser translendo parafl conta Fundo para Aumento de Capital Submetida aospresentes foi por todos aprovada, ficando determinadoque a participação da diretoria seria distribuída enfe osseus membros através de decisão em reunião dosmesmos, e a partiooaçào dos funcionários seria objetode deliberação também da diretoria A seguir o senhorpresidente disse que a Assembléia deveria eieger onovo Conselho de Administração para um mandato aedois anos como determina o estatuto social e fixar a suaremuneração bem como os honorários globais da direto-na. Pediu a Daiavra o acionista Antônio Ferreira aeOliveira Brito que propôs a reeleição dos segu-ntesmembros para um novo período de dois anos JoséCorgosinho de Carvalho F'iho. F^n-osco Lizardo Neto.Thomaz de Aqumo Barros. José i^obaran. Juho França daSiiva. Márcio Senno, Emani Silveira Pettmati. CanosHumberto de Miranda Pereira Melo. Georg Wntmer,Humberto Ribon Neto. Adiivo Dinneiro ae Oliveira Françae José Inaldo de Oliveira, ficando três vagas parapreenchimento pôster.or. e reelegendo igualmente parapresidente e vice-presidente os senhores José Corgosi-nho de Carvalho Filho e Francisco Lizardo Nteto Propôsamda a fixação do honorário anual de cada merrtb'0 emCrS 10 000 00 Idez mil cruzeiros!Ainda com a palavra o acionista Antônio Ferre^a deOliveira Brito propôs que aos honorários giooais aadiretoria executiva fosse incorporada jma verba adicio-nal de CrS 300 000.00 (trezentos mil cruzeiros) mensaiscorrespondentes a um acréscimo de. aproximadamente.

43% (quarenta o três por cento) com vigência 3 partir deabnl corrente, ficando a distribuição entre os seusmembros nara deliberação dos mesmos em reun.áo dediretoria. Posta em votação as proposta acima foramaprovadas por todos os presentes, Em continuidade aordem do dia, disse o senhor presidente que propunna aAssembléia a correção do Capitai Socai e Autor-zado deCrS 300 000 000 00 itrezentos milhões de cruzeirosipara C'S 408 710 540.00 (quatrocentos e oito milhões,selecentos e dez rntl, quinhentos a quarenta cruzeiros)ae conformidade do parágrafo 2° do artigo 168 da le< n36.404 76, ea fixação de nova expressão do Capital SocialSubscrito e Integralizado de CrS 3B6 044 673,00 itrezen-tos e oitenta e seis milhões, quarenta e quatro mil.seiscentos e setenta e três cruzeiros) através a incorpo-ração do reservas do capital pvprossas no BalançoPatrimonial sob a rubrica de "Cofreçao Monetária doExerccio", com a conseqüente elevação do valor nomi-nal por ação para CrS 1.36 24 Submetido aos presentesfoi a proposta por todos aprovada. Em continuidade osenhor presidente declarou iniciados os trabalhos con-cernentes a Assembléia Geral Extraordinária fazendo aseguinte proposição a) aumento do Capital Social Subs-ento e Integralizadotie CrS 3B6 044 673.00 (trezentos bOitenta o seis milhões, quarenta e quatro mil. seiscentose setenta e três cruzeiros) para CrS 408 042 b76.00(qua-trocemos e oito milhões, quarenta e dois mil. quinhentose setenta e seis cruzeiros) mediante a incorporação dasseguintes reservas I saído de correção monetária doimobilizado ¦-- CrS 4 536 909,90; 2 isenção do impostode renda. Lei n° 4 239 63 CrS 7 383 851 00; 3 fundode exaustão de minas Decreto Lei n° 1 096 — CrS9 ?88 638,00, 4 Fundo para aumento do capital — CrS788.504,10. continuando o Capital Social Subscrito aintegralizado reprosentado por 113 400 000 (cento •treze milhões e quatrocentas mil) ações ordinárias o169 962 900 (cento e sessenta e nove milhões, nove-centos e sessenta e dois mil e novecentas) açôe*preferenciais no valor nominal de CrS 1.44 (um cruzeiro 8quarenta e quatro centavos) Se aprovada essa proposi-çáo deveria ser modificado o artigo 5C do estatuto social,einvando-se o capital social autorizado para CrS432 000 000.00 (quatrocentos e trinta e dois milhões decruzeiros) ficando com a seguinte redação "Artigo 5o —O capital social autorizado o de OS 432 000 000.00(quatrocentos e trinta e do>s milhões de cruzeiros)dividido em 300 000 000 Itrezentos mrlhòesi de açõesno valor nominal de CrS 1.44 (um cruzeiro e quarenta equatro centavos) cada. sendo 120 000 000 (cento e vintemilhões) de ações ordinárias e 180 000 000 (cento aoitenta milhões) de ações preferenciais". Submetida aospresentes as proposições acima foram aprovadas porunanimidade Amda com a palavra o senhor presidentedisse que submetia uma nova proposta para extinção daletra dl do artigo 7o e do parágrafo 5v: do artigo 6o doestatuto social, em virtude dos assuntos constantes dositens acima estarem vinculados a classe B" das açòespreferenciais, ja extinta em Assembléia Geral Extraorcíi-nana de 14 de fevereiro de 1978 Aprovada essaalteração estatutária o parágrafo 53 do artigo fiP tioestatuto social passaria a vigorar corri a mesma redaçãoatua! do parágrafo 7°. como abaixo "Artigo 6°Parágrafo 5o - O desdobramento dos títulos múltiplosserá efetuado por preço não superior ao custo ' Subrr-e-tida essa proposta a Assembléia foi por todos aprovadadeclarando o senhor presidente alterado o estatutosocial nos artigos 5o. 6o e 7° A seguir o senhorpresidente suspendeu a reunião para que fosse redigiOaa presente ata no livro proono em virtude de terem sidotratados todos os assuntos constantes da ordem do diaReaberta a sessão foi a presente ata iKla. aprovada eassinada pelos acionistas presentes Salvador, 20 cteabril de 1979 Thomaz do Aqumo Barros-Secretarto JoséCorgosmho de Carvalho Filho-Prestdente da mesa Antftrnio Ferreira de Oliveira Brito pela Fundação José Carva-lho José Corgosmho de Carvamo Fiino Francisco Lizar-do Neto Antônio Ferreira de 0!ive"a Bnto José Zooa-ran Carlos Alberto Mota dos Santos Emani SilveiraPettinati Elziton Siqueira Santos Juntor Sandovai deSouza Vasconcelos do Amarai Antenor Ceimo CostaJúlio França da Silva José Almir Lago de MedeirosThomaz de Aqumo Barros

Esta conforme o origmalSarvador. 20 de abnl oe 1979

laiTHOMAZ DE AQUINO BAflTOS— Secretario —

SERVIÇO PÚBLICO ESTADUAL

SECRETARIA DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO

JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DA BAHIA

O 3EL FERNANDO DOS SANTOS CORDEIRO.Secretaro Gerai da Junta Comercal oeste Estado cert-fi-ca oua foi a'auivaoa nesta Reoartçáo sop -"- JC-70 808nesta data, por dec são da 41 Turma, a copia da ata deAssemDie^a Gerai Ordinâna e Extraordinária da CIA DEFERRO LIGAS DA BAHIA SA — FERBASA, -eaiizaoaaos 20 (vinte) dias do més de aon! de 1979 mum milnovecentos e setenta e "ove) que aofovou respectiva-mente. Reiatóno da Administração. 3aianço Patrimoniale outras demonstrações finan.cepras. referentes ao e*er-cipio encerrado em 3M2 78. reeiegeu membros aoConselho de Admin.straçáo fixou os resoectivos nono-

rànos. aumentou o capital subscrito e 'ntegrui.i-ado p^naCr$ 408 CW2 576 00 mediante incorporação de reservase tratou de outros assuntos ae interesse social, protoco-laoa nesta JUCEB sob n3 020661 em 04 07 79A taxa de arquivamento fo, oaga no valor de CrS 6.30.00E para constar se passou a presente ce^idão nestaSecretaria da Junta Comerciai do Estado da Ban-a aos 17'dezessete dias» do mès de agosto de 1979 thum milnovecentos e setenta e novej

Ia) Fernando dos Santos CordeiroSecretario Gerai

MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIADEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL

APROVADO nos termos do an 97 ao Decreto •v 62 934 ae 02 7 68. tenao em yista o constante noprocesso n: DNPM 7 700 61

Em. 19 06 79

ia» Mana \eide A RibeiroChefe da Seção de

Empresa ae Mineração

22 JORNAL DO BRASIL Li ãaoaao, 25/8/7V _ i" L.Datírna

FalecimentosRio de Janeiro

Lauro Teixeira dosSantos, 76. funcionáriopúblico, na sua residèn-cia em Copacabana. Nas-cido no Rio de Janeiro,casado com Ivanüde Li-ma dos Santos. Paradacardíaca. Será sepultadoàs lOh no Cemitério SãoJoão Batista.

Henrique Lessa deAzevedo, 79, industrial,morava em Ipanema.Natural de São Paulo,viúvo de Déa Cardoso deAzevedo, tinha dois fi-lhos (Paulo Roberto, Ve-ra Maria) e três netos.Acidente vascular cere-bral. Será sepultado às9h no Cemitério SâoJoáo Batista.

Carolina Ribeiro Gar-cia, 57, no Hospital deIpanema. Natural do Riode Janeiro, morava emCopacabana. Casadacom Hugo Almeida Gar-cia, tinha três filhos: Léa,Leo e Lia, além de umaneta. Será sepultada àslOh no Cemitério SáoJoào Batista.

Ernestina Carneiro deOliveira. 67, na sua resi-dência em Botafogo. Ca-rioca, viúva de ManoelLopes Carneiro, tinhadois filhos (Manoel, Ma-ria José) e quatro netos.Enfarte do miocárdio.Será sepultada às lOh noCemitério São Joáo Ba-tista.

Josélia Brandão Rapo-so, 42, no Hospital da Pe-nitència. Nascida no Riode Janeiro, morava naTijuca. Casada com Os-waldo Neves Raposo, ti-nha uma filha, Dka. Car-diopatia. Será sepultadaàs 13h no Cemitério SãoFrancisco Xavier.

Valdomiro Vieira daFonseca, 50, comerciante— proprietário do barNevada (Pilares), no Hos-pitai do Andarai. Cario-ca, casado com MariaHelena Esteves da Fon-seca, tinha um filho (Ivo)e morava no Méier. Insu-ficiência cardiorrespira-tória. Será sepultado àsllh no Cemitério SãoFrancisco Xavier.

Estados

Hormino de Almeida,101, proprietário de ter-ras, político eleito Prefei-to com 93 anos de idade emembro de uma familiade 16 irmãos com umadescendência de quase600 pessoas. Natural daBahia, mudou-se aos 17anos para o Vale do Je-quitinhonha. região maispobre de Minas Gerais,onde ajudou a fundar oMunicípio de PedraAzul, onde morava. Eraconsiderado um dosmais respeitados coro-néis do PSD mineiro eposterior integrante daala udenista da Arena.Amigo- de Juscelino Ku-bitschek. começou napolítica em 1913, elegen-do-se Vereador. Cincoanos mais tarde foi con-vidado pelo avô do Sena-dor Murilo Badaró paraorganizar na cidade oPartido Republicano mi-neiro, o que fez enfren-tando as iras do coronelPacífico Soares de Faria— o até então incontes-tável chefe político local,pai de Clemente de Fa-ria, fundador do BancoReal. Em seu centésimoaniversário, ano passa-

do, ele se orgulhava denunca ter tido jagunços,numa época em que "emquase todo o Município ochefe tinha sua jagunça-da". Foi por várias vezesVereador e presidente daCâmara Municipal, massomente se candidatou àPrefeitura com a idadede 93, quando se tomouo Prefeito mais velho dopais. Um dia depois doseu centenário, afirmou:"Em 1964 nós queríamosfazer uma eleição demo-crática, e hoje estamosdiante de eleição de dita-dores. O Brasil empobre-ceu o povo. Eu preferiaque fosse mais devagar,mas com mais serieda-de." Fundou com seus ir-mãos o grande Bazar 36e se tornou grande pro-prietário de terras e pro-dutor da mangeiraOriente. Era também omaior negociante de ga-do da região, tendo aliintroduzido, com o irmãoTeotompo, o gado zebu.Casado com BernardinaAntunes Araújo de Al-meida, tinha dois filhos(Satyro e Joaquim), oitonetos e mais de 20 bisne-tos. Parada cardíaca.

Exter

Stuart Raymond Heis-ler, 82, em Oceanside.Califórnia. Diretor de ci-nema de renome em Ho-lywood nas décadas de1920 e 1930, aposentan-do-se aos 40 e passou amorar numa fazendapróxima a Crisbad, na

Califórnia. Entre seus fil-mes figuram: WeddingNight, The Big Broad-cast, The Glass Key,Long Carne Jone, TokyoJoe, Jorney Into Light,Beachread, I Died aThousand Deaths e TheBurning Hills.

AVISOS RELIGIOSOS

ABRAHAM BIRENBAUM(DESCOBERTA DA MATZEIVA)

\

Esposa e filhas comunicam a descobertada Matzeiva que se realizara no dia 26 deagosto, às 10 horas, na porta nova docemitério de Vila Rosali.

ERNST BERGER(DESCOBERTA DA MATZEIVA)

\/\f Herta Berger, Alfred Amnon Berger e Sra.Y V Convidam parentes e amigos para a ceri-i\ J\ mônia da descoberta da Matzeiva do seu

V inesquecível esposo, pai, e sogro, a serrealizado no cemitério Jardim da Saudade, dia26/8/79, domingo, às 11 hs. Informações para trans-porte — Tel. 256-5291 246-2366.

DAGMAR CONCEIÇÃO CORRÊAFALECIMENTO

tDarly

Corrêa e família, Diony Corrêa e Família,Devanaghi Corrêa Rodrigues, filhos e netoscom pesar comunicam o falecimento de suamãe, avo e bisavó e convidam para o sepulta-

mento, a ser realizado, hoje, dia 25, às 16 horas,saindo o féretro da sua residência à Rua Cajá n- 264Penha para o Cemitério São Francisco Xavier (Caju).

GLÓRIA DE OLIVEIRA MARTINS

t

Viagens Meiiá, Associação de Guia de Turismodo Brasil e Antônio Holanda Filho, convidampara a Missa de 7o dia, às 18:00 horas do dia27, 2a feira, na capela da Matriz de Nossa

Senhora de Copacabana, à Rua Hiiáno de Gouveia36.

Hospitalvê ataquesexual

A direção do Hospital Es-tadual Olivério Kraemercriou uma comissão de sin-dicància para apurar o inci-dente de quinta-feira entreum ginecologista e a pa-ciente Ana Mendonça, queacusa o médico de beijá-la etentar violentá-la duranteum exame, provocando-lheum ataque de epilepsia efazendo-a perder os sen-tidos.

O nome do médico só serárevelado após o término doinquérito. A comissão desindicância enviará suasconclusões à Coordenado-ria Estadual de Saúde, queas encaminhará ao Conse-lho Regional de Medicinapara a tomada das medidasnecessárias: advertência,repreensão por escrito, sus-pensão, demissão ou. emcaso extremo, comunicaçãodo fato à polícia.SINDICÂNCIA

A comissão de sindicán-cia será formada pelos mé-dicos Clamir Rosa, chefe doServiço de Coordenação deEmergência: Fausto Rober-to Furtado, assistente de di-reçào; e Maria Alice Perei-ra, secretária de direção.

Ana Mendonça, grávidade dois meses, depois doincidente foi levada por seumarido, José Ribeiro da Sil-va, para o Hospital das Clí-nicas Brasil-Portugal, emCascadura, onde está sobobservação, com perigo deaborto.

Editoré presocom droga

Roma — Rudolf Augstein,editor da revista alemã DerSpiegel, foi preso na ilhaitaliana da Sardenha com40 gramas de haxixe, nomomento em que voltava aHamburgo.

O editor argumenta que ohaxixe foi esquecido poramigos na vila onde passouas férias. Ele pensava emdevolvè-lo. O próximo nú-mero de Der Spiegel temcomo reportagem de capaHeroína — os últimos for-necedores.

Policiaisapreendemmaconha

Policiais do 19° Batalhãoda PM apreenderam ontemà noite, na esquina dasRuas Joaquim Nabuco comVieira Souto, em Ipanema,cerca de cinco quilos de me-conha, encontrados noDodge QM 3571 de CarlosAlberto Batista Filho, au-tuado na 13a DP.

Com quase meio quilo demaconha, o traficante de tó-xicos Francisco Pereira, oTreme-Treme, foi preso emflagrante pelo sargento Li-ra, do 2o Batalhão da PM,na esquina das Ruas Fer-nandes Guimarães com Ma-cedo Sobrinho, em frente aoColégio Andrews, durante aOperação Tarrafa, desen-volvida nas portas das es-colas.

Francisco Pereira contouque compra a maconha nomorro Santa Marta, em Bo-tafogo, "onde é grande omovimento de viciados etraficantes". Morador naEstrada de Jacarepaguá sn°, foi autuado na 10a DP.

Loterj saipara Duquede Caxias

O Io prêmio da extração197 da Loterj. de CrS 1 mi-lhão 700 mil. saiu ontem pa-ra o bilhete 23 156. vendidoem Duque de Caxias. Nilo-polis ficou com o 2o. de CrS100 mil. com o n° 11 033; oRio com o 3o iCrS 30 mil) e o5o (CrS 10 mil), bilhetes 39914 e 3 490; e o 4Ú (CrS 20 mil)foi sorteado para o n'J 23 701,de Cabo Frio.

Quanto aos prêmios espe-ciais, o Caravan foi sortea-do para o bilhete 21 759. 20°vigésimo, de Nova Iguaçu; oPassat, bilhete 16 693 (12°vigésimo) ficou no Rio. quetambém ganhou a Fiat.com o niimero 10 668. Iovigésimo. A Honda, com obilhete 27 472 (17° vigésimo)saiu para Volta Redonda.

HELOÍSA DE AZAMBUJA GUEDES(FALECIMENTO)

t

Regina Guedes Etcnegoyen, Leo Guedes Et-chegoyen, Alcides Carlos Guedes Etchegoyene Cyro Guedes Etchegoyen comunicam ofalecimento de sua querida irmã e tia, convi-

dando os demais parentes e amigos para o sepulta-mento que se realizará hoje, dia 25, às 12 horas,saindo o féretro da Capela Real Grandeza sala 5,para o Cemitério São João Batista

Assaltos rendem Cr$ 30 mile um morre durante a reaçãoTrês assaltos — em Ban-

gu, Copacabana e Ramos —renderam pelo menos CrS30 mil e feriram S. R. A.. 17anos, e três tentativas ter-minaram: uma, com a mor-te de um homem de cercade 30 anos, atingido pordois tiros disparados pelovigia Lourival Santos, eduas — em Sáo Joáo deMeriti e no Centro—com asprisões de Agnaldo dosSantos e Roberto da Silva ede Jorge Erasmo da Concei-ção e Waldir de Freitas.

Em São Paulo, no bairrode Itaquera, Zona Leste, pa-trulheiros mataram a tirosquatro assaltantes, quepouco antes haviam rouba-do o Volkswagen KR-4403de Luis Sérgio de Jesus. Osoldado Waldir Heliodoroda Silva foi ferido no braçoesquerdo. Nenhum dos as-saltantes foi identificado.ASSALTOS

Quatro homens assalta-ram o Supermercado Gua-nabara, Rua Rio Prata1370, Bangu, levaram CrS 20mil, feriram com um tiro naperna direita a caixaS.R.A., medicada no Hospi-tal Olivério Kraemer, e fugi-ram no Corcel H, cinza, pia-ca WX-4323, encontradoabandonado na Rua Or-leans, no mesmo bairro.

O Posto e Garagem Trás-Os-Montes, Rua Leopoldi-na Rego 258, Ramos, foi as-saltado também por quatrohomens, que fugiram noVolkswagen placa RW-8628em direção a Bonsucesso. Odono do posto recusou-se arevelar a quantia roubada.

E um homem assaltou aCamisaria Ingrid, na NossaSenhora de Copacabana,128, roubando CrS 6 mil. Fu-giu a pé.

José Carlos de Oliveira,pauüsta, 23 anos, medicadono Hospital Salgado Filho,foi levado pelo policial deplantão à 24a DP, que nãoacredita em sua história: se-gundo ele, foi assaltado namanhã de ontem por três

homens, na Rua PereiraPinto, em Tomás Coelho.Reagiu, recebeu um tiro deraspão no pescoço e os as-saltantes fugiram.

Com dois tiros de revólvercalibre 38, o vigia LourivalSantos matou um homempreto de cerca de 30 anosque tentava assaltar a firmaMontavison-Indústria Far-macêutica, no Km 5 da Ro-dovia Washington Luis.

Depois de matar o supôs-to assaltante, o vigia telefo-nou à 59a DP em Caxias,comunicando o crime. Pre-so em flagrante pelo delega-do Álvaro Duüio, Lourivalfoi autuado. Alegou ter ati-rado com medo de ser mor-to quando o homem, na ma-drugada de ontem, pulou omuro que cerca o estaciona-mento da firma.

PRISÕESPoliciais da 5a DP prende-

ram Jorge Erasmo da Con-ceiçáo, 27, e Waldir de Frei-tas, 29 — que tentaram as-saltar a Joalheria ValênciaLtda, Avenida Gomes Frei-re 803, Centro — graças àintervenção de Elielson Al-ves dos Santos, tesoureirodo Banco ltaú, cuja agênciaestá localizada em frente àjoalheria dos irmãos JoséPensado Gusmão e AntônioPensado Gusmão, que acio-nou o esquema policial aopressentir o assalto.

Às 8h45m de ontem, osdois assaltantes entraramna joalheria, perguntando aJosé Gusmão se ali se con-seriavam relógios. Dianteda resposta afirmativa, sa-caram armas e, aos empur-rões, levaram os donos paraos fundos da loja, imobili-zando-os com cordas.

Em seguida, perguntarama José Gusmão onde estavaa chave das vitrines da loja.José demorou alguns se-gundos para responder,sendo agredido a coronha-das na cabeça e no pescoço.

O funcionário Elielson, doBanco ltaú, ao notar o as-salto, acionou o alarme liga-do à 5a DP. Em pouco tem-

po a turma de ronda chegouao local. Os assaltantes jo-garam suas armas num cai-xote embaixo do balcão deatendimento da joalheria,afirmando que eram apenasfregueses que queriam con-sertar um relógio.NA MERCEARIA

Quando tentavam assai-tar uma mercearia na RuaPerimbau 31, Sáo Joào deMeriti, Agnaldo dos Santose Roberto da Silva forampresos por uma patrulha da64a DP. Os dois, armadoscom uma potente escopeta(fuzil de repetião e grandeimpacto), antes haviam as-saltado Sérgio Barbosa, dequem roubaram CrS 1 mil500. Agnaldo confessou sero autor de mais de 50 as-saltos.

O proprietário da mercea-ria, José Miguel dos Santos,disse ter sido assaltado 23vezes, cinco por Agnaldo,segundo quem "passei aroubar porque minha mu-lher é muito exigente, sem-pre querendo tudo do bom edo melhor, enquanto eu tra-balhava, como ajudante decaminhão, ganhando CrS800."

Segundo a Polícia, Adil-son assaltou, a 4 de julho, aLanchonete Mirim, EstradaSâo Joào Caxias 2 570, ondeferiu com três tiros o deteti-ve Sidney de Souza, da 64aDP, internado até hoje noHospital Duque de Caxias.

Os policiais desconfiamque a escopeta foi roubadanum assalto na quarta-feirapassada contra a Sbil, ondeforam roubados 6r$ 8 mil evárias armas. Adilson ga-rante que ganhou a arma deum amigo.

Na Rua Zoroastro Pam-plona, com uniformes com-pletos de guarda mancha-dos de sangue, foi encontra-do o Passat, placa OH 6546,Sào Paulo, usado no assaltoà firma de segurança parti-cular Sbil. O carro foi rou-bado de Gregório Rescechi,semana passada, em SantoAndré.

Alice Figueira de Mello Vasconceílos

t (FALECIMENTO)

Sua família pesarosa, comunica o seu falecimento e convida parentes e

amigos para o seu sepultamento hoje, dia 25 às 16 horas, saindo o féretro da

Capela 4, Real Grandeza para o Cemitério de Sáo João Batista. (P

ANA STELA MOTA TEIXEIRA(TÉI)

MISSA DE 7o DIA

tJosé

de Araújo Teixeira e família, convidam parentes e amigospara a Missa que mandam celebrar em intenção de sua alma,dia 28, terça-feira, às 18 horas na Igreja de Sta. Therezinha na

rua Mariz e Barros, 354 — Tijuca

Dr. JOÃO FRANCISCO DE SOUZA(MISSA DE 7° DIA)

tGraciema

de' Souza Machado, Paulo Goulart de Andrade eSouza Senhora e filhos. Fernando Goulart de Andrade e SouzaSenhora e filhos. Maria de Souza Pereira e filhos. José Maria

Goulart de Andrade e Souza Senhoras e filhos. Rubens Cardoso DiasSenhora e filhos. Agradecem as manifestações de pesar recebidaspor ocasião de seu falecimento e convidam para a missa de 7o diaque farão celebrar 2a feira dia 27 às 9:30hs, na capela do ColégioMilitar à Rua S. Francisco Xavier n° 267 Tijuca.

LUIS WERNECK DE CASTROA família de LUÍS WERNECK DE CASTRO agradece, sensibili-

zada, aos parentes, amigos e companheiros, o carinho com que acercaram por ocasião do seu falecimento, desejando — como era desua vontade — que, juntos, continuemos todos a trabalhar poraquele mundo mais fraterno e justo pelo qual ele sempre lutou.

ODYLO COSTA, Filho

tSua família agradece as manifestações de

solidariedade e convida para a missa desétimo dia a ser celebrada no Mosteiro deSão Bento às 11.30 horas do dia 25 deagosto.

PEDRO CARLOS DECERQÜEIRA LIMA

tSeus

irmãos cumprem o doloroso de-ver de comunicar o seu falecimento econvidam seus parentes e amigos pa-

ra missa de 7° dia que será celebrada no dia27 agosto, 2a feira, às 18h30m, na CapelaN3 Sa da Piedade dos Poloneses, à ruaMarquês de Abrantes, 215

ODILIO COSTA, filho

tCelina

e Wellington Moreira Franco convidampara a missa de 1° dia pela alma de seuinesquecível amigo, ODILIO COSTA, filho,hoje, dia 25. às 11:30 horas, no Mosteiro de

São Bento, à Rua Dom Gerardo, 68 — Centro —Rio. (P

MAPA DO TEMPO

Transmitida pelo satélite meteorológico NOOA-4 • recebida entr© 1óhS8m e18MOm. As partes claras indicam formação da nuvens que podem provocarchuvas e as partes escuras tempo bom. A deformarão do mapa do Brasil ecousoda pela esfericidade da Terra e pelo altitude em que foi tomada afotografia (1 mil 444 km). A estaçóo receptora pertence oo Instituto dePesquisas Espaciais, órgão do Conselho Nacional de DesenvolvimentoCientifico e Tecnológico (CNPq) vinculado à Secretaria de Plane*amento daPresidência da República.

NO RIO

ONUBLADO

PcroaiTier-e nublado Te^pero^-aem ligeiro elevação K^o\ 27 5(Jacarepaguá) Mm 14 5 (Alto anBoa Vis'o).

OS VENTOS

NORDESTENordeste fracos

A CHUVA

Chuva (em mm), recorda no povodo Aterro do flamengo do Deporto-mento Nccic^al ae Me'ereo'og oOdade do R:o de Janeiro

PRECIPITAÇÃO (mm)ULTIMAS 2-1 HORAS O 0ACUMULADA ESTE MÈS 42 6NORMAL MENSAL 42 09ACUMULADA ESTE ANO 834 8NORMAL ANUAL 10758

O SOL

£\Nasce- 6hl0nOcoso ! 7h41rr

A LUA

ONOVA

Nova a'e d'a 29

O MAR

MARESRio Niterói P-eamo-03h4lm/l 3me I6h04m I 3m Ba ¦<amar I 0 h 4 6 m ¦ O 2m e23hOlm/0 4m Cobo Frio Preo-mor03h4lm/l 2mel6h07m/l ImBa i x o ma i IOhWm/0 2m e22h29m.'0.3. Angra rios Re.s -P-eama- 03h26m/| 4m -eI 5h43m/l ,2m. Bo. «ama'I0h5lm/0.2m e 22h48m'0.Jm

Temperaturas.Den-ro da baio; 21 gro^s f-o-o ooDoic 21 graus

TEMPERATURA E O TEMPO NOS ESTADOS

Amazonas — Roraima — Pte ^b o nub d pnes solados e trovesparsas ao Norte no fim do período Temp estável. Ventos Es'e (focos

Móx . 32.5 min 22.3

Acre — Rondônia —• Nublada Temp estável Ventos Es'e ('acos

Paru Pte. nub a nub suie*to a pnes isoladas Temo es'ave; VemosEste fracos Ma. 31.8 min 2' 9

Maranhão — Piaui - Pte nub o nub sj|e'o a pnes ocasionais nohtorol. Temp estável. Ventos Estu fracos Ma* 32,0 min 22.3

Cearó — Rio Gde do Norte - Parcialmente nublado a n^niado Tempestável Venlos E/SE fracos Ma. 30.0 mm 23 4,

Bahia -¦¦- Pte nub a nub no litoral demais reg oaro a pre "oc Tempeslave! Vemos SE fracos Mo. ; 26.4 mm 218

Mato Grosso — Pte nub o nub ao Norte Demais feg claro o p'e nub Onévoa seca Temp estável, ventos; NE fracos Máx ; 35,6 mm 19 2

Mato Grosso do Sul — Goiás — Ciaro o o'e rub d névoa soca 'empestável Ventos Este a None Fracos Mo* 32,0

Brasilia —- Pte nub a nub. d •-evoa seco 'emp estave1 ve"'os LNt lcsfito* 30.2 mm : 16,6.

Minas Gorais — Claro a p'e nublado o tarde Temp es'a»íí' sentas- Efracos Móx 27.9 min 14 2

São Paulo — Parcialmente r-^btodo Temp ;'ge'a e>eso;ão VerdesNordeste fracos. Máx . 24,6 mm • 14,1.

Paraná-- Parcialmente nublado a nublaao no litoral Demais reg claroa ocasionalmente nublado a 'orae Temo es'ávei ventos NW fracos amoderados. Max : 22.ô mm 5.8

Sta. Catarina — Nub c' possível instab no sul e Oeste do estado Tempestável. Ventos: Noroeste fracos a moderados Mo* ¦ 22.4 mm 14,3

Rio Grande do Sul - Nublado podendo instabili/ar-se no pe-iodoc/ pnese "ovoodas esparsas co Norte Demais reg 'nstave* d pancadas e 'rovoodasesporsas. Temp. estável Ventos Norte -onaondo po'o SW fracos a modera-dos com raiadas. Man . 23 2 min ¦ 15.5

MARIA THEREZA LEALCOSTA MAYALL

30° dia

tO

núcleo R. J., da ANASC, convida parentes eamigos da querida Thereza, para a missa, nodia 27 de agosto, 2* feira, às 10h30rm, naCapela N. Sra. das Vitórias, a Rua São Clemen-

te n° 214.

MORDUCH KOSOVSKIa (DESCOBERTA MATZEIWA)

t/\f Naum e Ester Kosovski, Rachel e MoysesY )( Niskier, Eva e Bons Arkader, convidam\f * parentes e amigos para a descoberta da

? Matzeiwa de MORDUCH KOSOVSKI a serealizar dia 26 do corrente (domingo) as 9,30hs noCemitério (novo) de Vila Rozaly.

DORA HELENE KURZ

tRaymundo

A de Azevedo, Use Susanne e Renato, genro,filha e neto. Niobel Chagas ae Jesus — Willy kurz esenhora, cunnadas e sobrinha, ausentes — agradecem atodos os parentes e amigos pelo carinho recebido naocasião de seu falecimento e convidam oara o Ato

Religioso à realizar-se amanhã, o«a 26, às 10 30 horas, na igrejaEvangel^a Luterana do Rio de Janeiro, à Rua Carlos Sampaio n'251. IP

JOÃO ESTEVES DE SA

tA

familia de JOÃO ESTEVES DE SA, comunicaa Missa pela passagem do primeiro amversá-rio de seu falecimento, a realizar-se hoje, dia25, às 17:00 horas, no Santuário de S. Camilo

de Lellis (Estrada Velha da Tijuca, 45 — Usina).

JORNAL DO BRASIL Sóbodo, 25/8/79 Io Caderno TURFE — 23

Resultado geral dacorrida noturna

1° PáreoIo Chispeada, J.M. Silva2o Timorous, E.R. FerreiraVencedortl) l,00.Dupla(13)2,50. Placèsdl 1,00 (5) 1,00.2°Páreo1° Harpoon, J.L: Marins7? Cargo, J. ReisVencedor(9) 9,30.Dupla (14)4,80.Placès (9) 5,10(3) 11,00.Exata (09-03) 153,603o PáreoIo Praça da Luz, P. Vignolas2o Adistela, J.M. SilvaVeficedor (3) 9,00. Dupla (12)6,90. Placês (3) 6,60 (1) 9,204o PáreoIo Cambial, J.M. Silva2o I. Princess, J. RicardoVencedor (10) 7,00. Dupla(34)3,20. Placês (10) 3,60 (7)2,60.5o páreo

Io Don Daniel, A. Abreu2o Último Garufo, C. Mor-gado

Vencedor (1)4,10. Dupla (12)3,70. Placèsdl 1,80(5) 1,80.Exata (01-05) 19,80

6o páreoIo Chispeada, J. M. Silva2o Token Girl, T. B. PereiraVencedor (6) 4,80. Dupla (23)2,70. Placês (6) 2,80 (3) 1,90.7o páreoIo Torpiller, G. F. Almeida2° Sir Richard, J. M. SilvaVencedor (1) 1,60. Dupla (13)2,10. Placês (1) 1,20 (5) 1,70.8° páreoIo Gond Panzo, J. M. Silva2o Tipster, E. FerreiraVencedor (5) 3,30. Dupla (34)6,00. Placês (5) 1,90 (8) 2,00.9o páreoIo Encouraçado, E. Freire2o Allez, W. CostaVencedor (4) 9.00. Dupla (12)6,80. Placês (4) 3,80 (1) 2,20Exata (04-01) Cr$ 39,30.Movimento geral, Cr$ 11 ml-lhões 800 mil.

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que vaise tornarproprietáriode umfuturocampeão.

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LEILÃO 79 Foto da Joié Camilo da Silva

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Estuardo (Andabataem Sublime, por Xa-drez), criação de Fa-zenda e Haras Harmo-nia, é o número 14 docatálogo dots leilões ofi-ciais da As.sociação deCriadores e Proprietá-rios de Cavalos de Cor-rida do Rio de Janeiro,devendo vr à licitaçãona primeira noite, dia28. Trata-^e de produtoda primeira geração doargentino Andabata(Brecher em Anomedu-sa, por Moster Cube),ganhador, entre nós,dos simplesmente clás-sicos Almirante Mar-quês de Tamandaré eMinistro da Agricultu-ra. Descendente do ex-traordinário Ribot, seupai, Brecher, é pai,igualmente, de Ser-xens, ganhador doGran Prêmio Nacional,o Derby argentino doGran Prêmio de Honora Gold Cup de Palermo,e do clasico GeneralPueyrredón, então aprova mais longa doturfe argentino. Foi,ainda, segundo e tercei-ro no Gran Prêmio Car-los Pellegrini.

Dig Dug deve abrir a reunião1° PÁREO — À« 14h00 — 1300 metros — R — Yard — ImlBs 3/5 (Areia)

1—1 Quecyon.G. Meneses 582 Indicação, P. Vignotas 57

2—3 Flor U. E ferrc.ro 57m 4 Arremetida, W Costa3—5 SheCot,J.Ricardo 57

6 Dogesa.T. B. Pereira 564—7 Digdug.J. Escobar 56

B ElongeJ.F. Fraga 579 Boroma.M.Peres 54

5° (12) Vila Royale e («íiaueta9° (II) Aciraze e Rua Alegre1° (16) Adistela e Praça da Luz

10° (12) Viia Royale e Rinquera3° ( 9) Viciaria Cros! e R. Aleg-e5° ( 9) Viciaria Goss e R. Alegre5° (12) Zikilon e Beibi4° ( 9) Viciaria Cross e R. Alegre3° ( 5) lelson (BH) '

130011001300130012001200130013001200

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J. T. AlvesR Ca"aaitoG F Santos

A. OrciuoliS. MoralesW. Pcnnla!J. B Silva

2° PÁREO • ¦ Ai 14h30 — 1000 motroí — R -DUPLA EXATA

Ou.nolr — ImOOs — (Arala)

I—1 Lucarenõ,D.Guignoni 562 Beno, C. Morgado 56

2—3 Piccolomondo, J. Queiroz 56Ubine, A Oliveira 56Meiro, D Neto 56

3—6 Reboleado.J.F. Fraga 11 56Paroard,J.Garcia 56

G. Challenge, E. B Queiroz 564—9 BeliloBlanco, E Ferreira 10 56

10 SonTours, L. Gonzales 5611 Bandinelli.F.Arauio 56

9° ( 9) R. Ridge e Geller11° (II) Bedouin e Bangalar»

6° (11) Bedouin e Bangalors10° (10) Right Now e GellerEstreante

10° (14) Montchenont e Ramal^ahEstreanteEstreante5° (10) Belo Nick e Zinder (CP)

12° (12) Even Oddl e Laoag10° (11) Bedouin e Bangalore

1500 GU1000 AP1000 AP1400 GL

Estreante1200 GL

Es'rean'eEstreante1100 NI1400 GL1000 AP

lm3lsIm03sl.Im03sl.Im24s

Imllil

Im09sl1 m24slm03sl

F. AbreuL. AcunaP. M, Piotto

A V NevesG. L. FerreiraG. FoijóW. Pioto

H. CunhaR. Morgado

Z. D. GuedesS. P. Gomes

3°. PÁREO — Ài 15M» — 1600 metros — R — Forlnelll — lm37s 275 — (Areio)

I—1 QuolityStreet.A Olive;ra 572—2 Freitas,J.Ricardo 56

" MisterYato,E.R. Ferreira 553—3 AceOlAces.G.Meneses 57

4 E*rocn,G. Alves 564—5 Piriápolis.J.R.Olivelra 56

6 King Bra;o,E. Ferreira 53

1°. ( 8) Bas Fcn e Boots11°. (14) Aragonais o Van Eyck

3o. ( 6} Quality Show e Filmador7o. ( 8) Podem Jogar e Carcassons4°. ( 5) laoag e Quilotlm (BH)1°. ( 8) Mister Yota o Quality Show1°. (15) Andrei. e Adalgo

1200160016001600160014001600

NPGPNUNPALALGL

ImIAsIm39s2Im42s2Iir39s2Imllsllm27s

t m3ós3

A MoraiesA. ArábioA. ArauioF Sara>vaS MoraleiR. NahidE. Coutmho

4°. PÁREO — Ál 15h30 - lOOOm.tros — R - Solylui ¦INÍCIO DO CONCURSO

¦ 56s 2/5 — (Groma)

1 — I Wiborowo.J.F, Fraga 12 56" Esmerald.J. L. Martins 562 Bobyssa, R Morques 56

2—3 Miss Bruleur, TB. Pereira 56Cobalé.R Silva 56Laguna Bianca, J.Queiroz.... 10 56

3—6 Rarolinda, J.R. Oliveira II 56"Agua

prata, L.Maía 567Grimsby,R. Macedo 56

4—8 Urgeira,F. Pereira 569 Bélique,J.Ricardo 56

10 Aek Roma, W.GonoolVes... 56

B°. ( 8) Bonne Pule e R. FortuneEstreanteEstreante8o. ( 9) Damo Sinistra e Meg RoseEstreante9°. (II) Retilha e Regina Regia5°. (1 1) Retilha e Regina RegiaEstreanteT. (1 1) Retilha e Regino RegiaEstreante

1 Io. (13) Carving e Brisa Leve11°. (13) News e Klang

1000 ALEstreanteEstreante1300 AU

Estreante1000 AL1000 AL

Es"eante1000 AL

Estreante1000 NL1300 NL

Im03s2

lm22sl

Im02s3Im02s3

Im02s2Im22s4

G FeijóG. Fe..6M. Cane(o

A. P S.lvaA Araújo

G. L. ferreiraS. P GomesS. P. Gomes

B. RibeiroG. F. Santos

W. PenelosO. Cardoso

5° PÁREO — Ài lòhOO — 1000 metros — R — Gromo — Solyluz — 56t 2J5

1—I SweetPot, J Ricardo 562 Alvorada do Norte. J. Reis 56

2—3 Nueva,F.Pereiro II 56Mary Nice, R. Marques 56Zigue, Juo. Gorcia 56

3—6 Bessie,W. Gonçalves 56Guasco Linda, E. R. Ferreira 56LrxhanOra.D.Neto 56

4—9 Estevmha.E Ferreiro 5610 Realmente,U.Meireles 56" Pietro,P.Cardoso 56

4° (II) Retilha e Regina RegiaEstreante

3° (II) Retilha e Regina RegiaEstreante10° (II) Retilha e Regina Regia

6° (1 1) Retilha e Regina Regia13° (14) Baraúna e Carving

8° (11) Retilha e Regina Regia2° (7) Together e F. Eriko

Estreante11° (11) Retilha e Regina Regia

1000 ALEstreante1000 AL

Estreante1000 AL1000 AL1100 AP1000 AL1200 NP

Estreante1000 AL

Im02s3.

Im02s3

Im02s3Im02s3Iml0s3.Im02s3.IrnlBsl.

Im02s3.

S. P. GamesP. MorgadoG. FeijOM CanejoJ. L. PedrosaO. J. M. DiasJ. CoutinhoG. L. FerreiraR. MorgadoA. Arau|0A, Arau|0

6° PÁREO-Á> 16h30- . 1600 metros — R — FatlnDUPLA EXATA

I — lm37i2/5 —(Areio)

1—1 FriuKhan.C Morgado 6Fanfarron,J.L.Marins 13

Rei da Noite. U.Meireles 32—4 SevenSeas, M. Peres 4

Jeremie, A. Ferreira 12Tonto, D. F. Graça 2

3—7 Escamoso.J. Malta 8Cocoruto,J.Queiroz 9

Erinnys.R Macedo 14—10 Evento. F. Silva 10

11 Clogny, J. Escobar 712 Alampier,Jua. Gorcia 1113 GayDagroon,F. Pereira 5 57

2a (II) Adam e Amare'»6° (II) Adom e F. lhon7o (11) Adam e F. Khon1° (5) Efésio e Grolho (BH)6° (11) Doutless e Escomoso

10° (II) Adom e F. Khon4° (II) Adom e F. Khon7° (13) Fumat e Parejero8° (II) Adam e F. Khan5° (II) Adam e F. Khon4° (9) Moeto e Doriiea9° (II) Adam e F. Khan5° (7) Cingoro e (CJ)

1500 GL1500 GL1500150014001500

GLALAPGL

1500 GL1300 NP1500 GL1500 Gl140015001400

Im3lslIm31s!Im31sl]m36slIm30s3lm31sllrr31slIm22s3Im31sllm3lsl1 n-.26s3Im31slIm28s4

C. MorgadoJ. I. PedrosaJ. MarchantJ. B SilvaA. A SilvaG. UHoaR. CcrrapüoP. MorgadoR. TripodiR. MorgadoA. P. SilvaA OrciuoliO. M Fernandes

7° PÁREO — Ài 17h00 — 1600 metros — R — Farlnelli — Im37s 2/5 — (Areio)

1 —I lombic.U Meireles 582 Decurso S Silva 58

2—3 Toulon.L.Gonzoles 10 55Arobionco D.Guignoni 54Emerillon.J.R.cordo 58

3—6 Radi,F, Pereiro 56" DardiHon.j Queiroz .11 557 KunaFu.J.L Morms 54

4—8 Ourovilie.W Gonçalves 569 Debarek.C.Valgas 58" ElDiem.J.P.nto 57

3° (11) Ricrus e Radi7° (9) Zenamour e Kilo (CJ)4a (7) Ben Amodo e Pcsan5C(11) Rictus e Radi9° (11) Rictus e Rodi2° (11) Rictus e lambio

10° (11) Rictus e Red.4° (11) Rictus e Rodi1° (13) Kmg Lear e instantâneo7° (11) Rictus e Radi6°(ll) Rictus e Radi

1600 NU lm43s1600 AL lm40sl1600 NL !m4lsl.1600 NU lm43s1600 NU tm43s1600 NU lm43s1600 NU ln-43s1600 NU Im43s1600 AL 1 rr.41 s31600 NU ln-43s1600 NU 1^43s

J Pearo PP SouzaZ D. GuedesC I P NunesA. OrciuoliG. F. Santo»G. F. Santo»J. A. Limeira

N. P. GomesR. Corra pi toR. Carrop to

8° PÁREO — Ás 17h30 — 1000 metros — R — Ouenolr — ImOOs — (Areia)

1 —1—Effervescen;a,G Meneses 562GayEyes,J Queiroz 56

2—3 Agomia.T.B. Pereça 564 La Contraventora, J. R:cardo 56

3-5 Cope:oSur„P.Cardoso 566 Henessy.F Carlos 56

4—7 Do'eViie,J R.Ol veira 7 568. Biancrvna. L. Ganhes 8 56

5° (13) Refinada e RetilhaEsTearte53 (13) Carv.ng « B,rso Leve6- (8) Bonne Pue e R. Fo-tune6° (9) Kiaus e Urase6° (6) Notu.g K.rl e Agra (BH)EsfecnteEs'reante

1200 NPEs"earte1000 NII000 AL1000 NPilOO AL

Esvea^eEstrec-"*

Iml7s4

Im02s2Im03s2.1^03sl.Irr04s

S P Games.J L Pearosa

S Mo-cesL. AcunaA. Ara- o

W. G. O .e"aR. Ncn.dZ D Guedes

9° PÁREO — Às I8h00 — 1000 metros — R — Ouenolr ImOOs — (Areio)

1 — Ferner.A Ol.veiro ...F-oro,E Frete

2—3 0*her\vise J Escotxr.Qjerties, W Gonçaiv

3—5 Tolook.D.NetoGratos. P. Vigno^s...

4-7 Repes. T B Pe-e ra....BortoÜ, Jya Gcrca ..

' 58

¦ 55I 56

571 57I 54i 54

56

3° (13) Jurisro e Tokcnir8° l!3) Jurista e Ta*c-,.5° (13) Jurista e Ta.c- r9° ( 9) Jusr Out e Jur s-a3° ( 9) Jusr Oul e J-rs-a6° (;3) Ju-sra e Tc.c" -4° ( 9) l-ao-e e J.st 0^

10° C2) Ta-ia-» e O:0 ce''ov.

12001200120010001000'20010001000

NUNUNUNLN.NUNP

l~15s2l-!5s2l~'5s2Im01s4,l"-01s4.Irrl5s2i-n03sl.i-02s!

J V Arogáo. L F-e 'oi- PeresN P GomesCRosaA V Ne'.esL Acur>oW G O ve -a

10° PÁREO ¦ ¦ Às 18h30 — 1000 metros — R -DUPLA EXATA

Que ImOOs (Areia)

1—1 Azul.no J Res 57 2° ( 9) Hume.ra e Eaèn co H00 A'. I ~07s4 STCámo-a1 Fabmo.j R.ccroo 58 1° ( 9) P.c-o" e Lo-e. "00 Nu l-09s3 h T0D as

2—3 Venturous G Meneses 58 4° (12) Androcles e Nalivul '200 ND lml6sl C Bo-c-4 Bnck EB Queiroz 57 6° í 9) Humbird e Azulmo 1 100 AL '-07s4 C Rosa

3— 5 Alores.W.Gonçalves 56 4° ( 61 Sweer S.y e R.oi D. vo 1000 NL lm02si. N P Gomeslanço Chamas, R. Silva 58 6° l 8) Ivonovitch e Sweet Sky 1000 N5 1 —02s V,' G O ,e-aAaj.virJ Pmto 10 58 1° | 8! DouDe- e Z'o'i 1000 NP lm03sl. R Co-ac-o

4—3 Acer'o\F Silva 58 1= ( 6) Ziot. e Smo-s H00 NL lm08s VCa-eo' Vopuaçu.R.Marques 57 8= (10) Gresr A-ms e A •: '300 NU l-22s2 I! Co-e o9 SocoUuo Ga-:a 57 7^(9) H.-o'0 e Az. -o i'C0 A. Im07s4 A-e-a

RETROSPECTOIo páreo Digdug — She Cat — Flor II

2o páreo Lugareno — Piccolomondo — Sons Tours3o páreo Quality Street — Ace of Aces — King Braza4o páreo Wiborowa — Urgena — Raralinda5o páreo Sweewt Pot — Bessie — Nueva6o páreo Fritz Kahn — Evento — Cocoruto7° páreo Toulon — Radi — Ouroville8o páreo Capela Sun — Agomia — Effervescerza9o páreo Ferrier — Otherwise — Talook

10° páreo Venturous — Azulino — Alores *

B. Bettingconfirmaboa forma

Blue Betting, que treinoumuito bem há quinze dias,confirmou que está em boaforma ao encerrar os treinospara atuar no clássico Im-prensa, assinalando 48s3/5para os 800 metros, comlls4/5 para os últimos 200metros, sob a direçáo dofreio Jorge Escobar. Guil-lermo Ulloa é o responsávelpelo preparo do castanho.

Barnum, que reapareceuchegando na segunda colo-cação, mostrou que está emexcepcionais condições detreinamento para a sua ter-ceira atuação nas pistas aotrazer 49s certos para os 800metros, com 12s2/5 para osúltimos 200 metros, sob adireção do bridão chilenoGabriel Meneses. O alazãoque é treinado por Francis-co Saraiva treinou em pistade areia pesada, mas boapara marcas.

OUTROS APRONTOS

Para a primeira prova,Convicção, sob a direção deF. Pereira Filho, aprontoucom reservas em 39s para os600 metros, sem dar tudo;Gimsa, com G.F. Almeida,sempre num ritmo igual,marcou 38s3/5 para os 600metros; Aconchegante, comE.R. Ferreira, terminoucom reservas em 52s para os800 metros.

Na quarta carreira, LinhaReta, com J. Queiroz, termi-nou bem em 39s3/5 para areta de chegada, com so-bras; Dona Clò, com J. Es-cobar, finalizou com firme-za em 38s3/5 para a mesmadistância e Mandona, comR. Macedo, aprontou dopartidor, largando com dis-posição.

Para a quinta prova, alémde Blue Betting, foram leva-dos a apronto Even Odds,com G. Meneses, que termi-nou com reservas em 51spara os 800 metros, semprecom boa ação; Ibiune, comJ. Queirós, arrematou em52s2/5 para os 800 metros,com facilidade; Le Sultan,com F. Lemos, terminou os800 metros em 50s2'5, bem,Big Tilden, solicitado nosúltimos metros e correspon-dendo, assinalou 49s3/5 pa-ra os 800 metros; Bernachi,com A. Oliveira, impressio-nou pela facilidade com quetrouxe 50s3 5 para os 800metros; Ramallah náo foiexigido por J. M. Silva efinalizou com boa ação em53s para os 800 metros eWisdsom, na mesma distân-cia, terminou em 52s2õ,com disposição.

Para a sexta prova. Edab-ka. com W. Costa, assinalou22s para os 360 metros, comdisposição; Tuyuneta, comF. Pereira Filho, arrematouem 23s para os 360 metros,com boa ação; Danaraby,com J. Ricardo, arrematoumuito bem em 37s para os600 metros; Ibesonera. comJ.M.Silva, finalizou em 22spara os 360 metros, numpique ligeiro.

Na oitava prova, QueensTennis desceu os 600 me-tros em 3õs45, esplendida-mente; Adrianina. com C.Morgado, arrematou comreservas em 45s para os 700metros.

Para a penúltima carrei-ra. Delightfull Gal. com G.Meneses, terminou firmeem 37s2 õ para os 600 me-tros; Orminda, com E. Frei-re. aprontou na reta oposta,marcando 36s mostrandoalguma velocidade; Amen-doeira, com J. Ricardo, era-vou 40s para os 600 metros,sempre de carreiráo.

Volta Fechada-\

Escoria/

A prova mais interessante neste fim/l de semana no Hipódromo da Gá-

/~| vea, o simplesmente clássico Im-prensa em 1 mil 600 metros, pista de

grama, marcado para amanhã, reservadoa produtos nacionais nascidos em 1976, temcomo característica principal de sua cha-mada restrição a somente produtos de paisigualmente nacionais, mesma característi-ca que possui o francês Prix Grefulàe, em-bora seja esta a única semelhança entre aprova nobre de amanhã e uma das maistradicionais poules francesas.

¦ ¦ ¦

QUINZE

animais tiveram seus nomesconfirmados, sendo que treze potrose duas potrancas. Diga-se de passa-gem que o elevado número de con-correntes vem constatar com as úl-

timas versões deste mesmo páreo, domina-das pelo gaúchos Triarco (Rastacuer), pos-teriormente aparecendo como um miler ri-gorosamente clássico, e Garbet (Garboso)com algumas colocações razoáveis em pro-vas de expressão (terceiro no grande clássi-co Lineu de Paula Machado, o Grande Cri-terium, e quarto no grande clássico Estadodo Rio de Janeiro, as Two Thousand Gui-neas cariocas), apesar de uma campanhatraçada sem a menor coerência. Tanto em1977 e 1978. seus campos foram reduzidos einexpressivos.

Este ano, pelo contrário, vamos encon-trar entre os inscritos, os três escoltantes deNagai (St. Ives em Naide, por Waldmeister),no ultimo Criterium de Potros (importanteclássico Conde de Herzberg): Blue Betting(Blue Jet em Bettita, por Idaho), criaçào doHaras Limoeiro e propriedade do StudA.M., por sinal, irmão materno do vencedordo ano passado, o acima citado Garbef,Zuluz (Zuido em Luz, por Mat de Cocagne),criação do Stud Fazenda Pedras Negras epropriedade de Fazendas Monsieur S/A, eKubrick (Sabinus em Rage, por Adil), cria-çáo e propriedade do Haras Santa Maria deAraras.

Cremos, pessoalmente, que estes trêsnomes tèm que ser colocados, se náo fossepor outra razão, como os teoricamente maisinteressantes. O primeiro deles, um potrocastanho de físico um tanto leve, é um dosmuitos produtos precocemente estreadosem pencas e retas do Ç.io Grande do Sultrazidos para a Gávea e aqui continuaremsuas campanhas. Por isto mesmo, são, nomais das vezes, potros prematuramentecastigados, sendo a conseqüência principaldisso uma resistência física precocementeabalada. Neste caso particular, trata-se depotro um tanto irregular, alterando perfor-mances razoavelmente promissoras comoutras francamente decepcionantes. Possi-velmente, a causa desta irregularidade sejao artificial (e aparente) processo de amadu-recimento a que foi obrigado. De qualquermodo, correu apreciavelmente no Crite-num. Mesmo levando em consideração que .sua única aspiração, então, foi obter a me-lhor colocação possível, sem objetivar parti-cularmente a vitória, dado que facilitoumuito sua tarefa, não há como negar que eleterminou, como os franceses dizem, trêsfort, mostrando um significativo esforço nodireito. Zuluz, como Blue Betting, também .agradou alguma coisa no Criterium. Corri-do longe, descontou bastante na reta vindoalcançar a terceira colocação. Sua atuação,amanhã, porém, aparentemente, estará umtanto condicionada ao fator pista, pois, sena leve (talvez macia) correu razoavelmen-te, na pesada, sua exibição foi bastanteruim (deslocado no simplesmente clássicoMário Azevedo Ribeiro). Finalmente, Ku-brick foi dos três o que mais nos agradou no .Criterium. Embora, então dominado pelosdois adversários, o filho do derby-winnercarioca de 1968 teve participação mais doque ativa na carreira desde a largada, poisfoi o responsável direto pelo severo ritmoinicial que aquela prova contou e mesmoassim, exibindo uma boa dose de coragem,veio até o final correspondendo. Vamos vercomo ele se comportará amanha, sobretudose ele tiver a possibilidade de correr umpouco mais tranqüilamente na primeiraparte do percurso.

¦ ¦ ¦

A LÉM destes três potros, dois outros/B nomes merecem menção i os demais,

f~\ acreditamos, comparecerão à lar-gada amanhã enfrentando um tes-

te, até certo ponto válido, para suas futurascampanhas, possivelmente esperando umahonrosa colocação e, em eventuais fracas-sos dos favoritos, a posição de honra):Bernachi (Viziane em Show Time, por Im-mortality), criação do Haras São Quirinoda Bela Esperança e propriedade do StudCelta, e Zarina iKurrupako em Pirene, porHudson), criaçào do Haras Cuiabá e pro-priedade de Roger Guedon. O filho de Vizia-ne, apesar de não ter enfrentado qualquerteste clássico até agora, vem de duas vitó-rias em estilo bastante sedutor, um estiloque, fora Kubrick, nem mesmo Blue Bettinge Zuluz proporcionaram até agora. De pa-pel bastante interessa?ite, este descendentede Tourbillon tem contra ele o fato deabordar, pela primeira vez, percurso tãolongo quanto a milha, percurso já testadopelos três nomes anteriormente comenta-dos. Já Zarina, runner-up de Earn na milhado Criterium de Potrancas (importanteclássico Francisco Vilella de Paula Macha-do), extremamente leve como modelo, teráa tarefa de permitir uma primeira compa-ração entre os machos e fêmeas da geração1976. Com isto, poderá fornecer algum dadosobre a real extensão das limitações clássi-cas das potrancas deste ano.

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24 — ESPORTE JORNAL DO BRASIL Z Sábado, 25/8/79 _ 1= Caderno

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Roteiro

A indecisão de Chamego provocou queda do Sargento Lemos e impediu conjunto de obter boa classificação

João Carlos em formatenta bicampeonato domundo no salto triplo

Montreal — Sem a dorciática que o prejudicou nosJogos Olímpicos dispu-tados há três anos — ga-nhou apenas a medalha debronze —, o brasileiro JoãoCarlos de Oliveira entra ho-je no estádio olímpico destacidade como favorito indis-cutivel para a conquista dotítulo de bicampeáo do sal-to triplo, prova em que de-tém a liderança do rankingmundial nesta temporada.

Líder do ranking tambémno salto em distância — quepreferiu não competir nestaII Copa do Mundo de Atle-tismo, porque as duas pro-vas eram em dias seguidos— João Carlos atravessaboa forma e deve repetir oresultado do Pan-Americano, quando apesarda guerra-fria dos norte-americanos impòs-se comcategoria e conquistou amedalha de ouro.

As onze finais e aschances de cada um

Salto com vara: PatrickAbada, da França, e MikeTully, dos Estados Unidos,sáo os melhores do rankingmundial, o primeiro com5,65m e o segundo com5,56m

Martelo: Karl Riehm, daAlemanha Ocidental, é o re-cordista do mundo, masnesta temporada foi ultra-passado por Lituinov, daUnião Soviética, líder, com79,82m, contra 78,66m, deRiehm.

lOOm barreiras: ainda emgrande forma, a polonesaGrazina Rabstyn aparececomo principal força embo-ra em seu encalço estejamDebbie La Plante (EUA) eAnissimova (URSS).

400m: Harald Schmid, daAlemanha Ocidental, vaicorrer pela Europa 3. Eletem o melhor tempo datemporada (44s92), enquan-to o seu maior adversário, onorte-americano Ton Dar-den, está com 45s02.

Salto triplo se repetir assuas ultimas atuações, co-mo no Pan-Americano, porexemplo, a vitória do brasi-leiro João Carlos de Olivei-ra será tranqüila. Seu maiorrival é o soviético GennadyValyukevitch, com 17,21,enquanto o brasileiro fez háum mès 17,27m.

800m: as européias domi-nam a distância. Com favo-ritismo absoluto está a búl-gara Petrova (Im56s2).Quem pode apertá-la é asoviética Vavrutcheva, comlm57sl.

Peso: mais uma vitóriapara a Alemanha Oriental:Slupianek lançou o peso dequatro quilos à distância de22.04m. A recordista mun-dial, a tcheca Helena Fabin-gerova, tem o segundo me-lhor resultado: 21,08m

3,000m com obstáculos:se for confirmada a ausèn-cia de Henry Rono, o favori-to passa a ser o italianoScartezzini (Europa3), queestá com 8m22s8. Konrad,da Austrália, pode sur-preender: está também com8m22s8.

lOOm: duas atletas estãoempatadas com o tempo de10s97: Marlies Oelsner(RDA) e Evelyn Ashford(EUA).

1.500m: o norte-americano Scott tem3m34s8 e é o favorito. Umbom adversário é Nyambuida Tanzânia.

Revezamento 4xl00m: fa-voritismo dos Estados Uni-dos, com o tempo de 38s03.Com boas chances estào aAlemanha Oriental, (38s70)e a União Soviética. (38s99).

AS PROVAS DE HOJE

Provo Recorae da Cepa Recorde MundialVara 5.60m 5.70m

Tuily (EUA) Robens (EUA)Martelo 75,ó4m 80 32m

R;enm (RFA) Rtenm (RFA)lOOm barreiros 12s70 12sJ8

Rabstyn (Polônia) Raos^yn (Polônio)400n J5s50 43s8ó

Juan'orena (Cuba) Evans (EUA)Triplo 16,66^ 17,89m

J. C. O. veira (Brasil) J. C. Oliveira (Bros')800m Im59s2 1m5<ls9

Petrova (Bulgária) Kazankina (URSS)Peso 20.93m

22,32-n

Slupianek (RDA) Fobingerovo (TcH)3.000m obst. 8n-21só Sm05s4

Karsr (RFA) Rono (Quênia)lOOm 1U16 10=88

Ceisner (RDA) Oelsner (RDA)1.500m 3m34s5 3t32sí

Ovet (Inglaterra) Coe (Inglaterra)4x1 OOm (Homens) 38s03 (EUA) 38s03 (EUA)

Itaú mostra2 estilosna decisão

Sào Paulo — A decisão doMasters da Copa Itaú, hoje,às 15 horas, no Ginásio doPacaembu, tem uma atra-çâo a mais do que a presen-ça dos seus jogadores, Car-los Alberto Kirmayr e To-mas Koch. É a oportunida-de que o público brasileiroterá de assistir ao confrontode técnicas de duas épocasdistintas do tênis brasileiro.

Tomas Koch é o jogadornacional que melhores re-sultados obteve em tor-neios internacionais, conse-guindo um lugar de desta-que no ranking da ATP en-tre os anos de 1962 e 1974.Kirmayr é, atualmente, obrasileiro mais bem coloca-do no mesmo ranking, 58°,mas nunca alcançou a pro-jeção de Koch.

Em Florianópolis, o Cam-peonato brasileiro da Ju-ventude começa hoje com21 jogos masculinos e 5 fe-mininos, no Clube 12 deAgosto. Os vencedores esta-rão automaticamente ins-critos no Campeonato Sul-americano da categoria.

Os cariocas que partici-pam da rodada de hoje sãoCarlos Meireles, contra JoséAnone (SP); Robson Perei-ra, contra Rocardo Risk(SP); César Sá, contra Má-rio Werner (SC); Lincoln Ve-nàncio, contra FranciscoSiqueira (RS); Ricardo Mi-lanez, contra Evandro Setze(RS); Andréa Cito, contraSuzana Prunes (RS) e Suza-na Souza, contra RossanaMuller (SC).

BORG EM PRIMEIRO

Nova Iorque — BjomBorg é o primeiro pré-classificado do US Open deTênis, que começará terça-feira, em Flushing Mea-dows. O torneio é a terceiradas quatro etapas que com-põem o Grand Slam e Borgjá venceu as duas anterio-res, em Roland Garros eWimbledon.

Jimmy Connors, maior ri-vai de Borg e três vezescampeão do US Open (1974,76 e 78). é o segundo na pré-classificação. Os outrosmais bem cotados sáo: 3oJohn McEnroe (EUA), 4o Vi-tas Gerulaitis (EUA), 5oRoscoe Tanner (EUA), 6oGuilhermo Vilas (Argenti-na), 7o Harold Solomon(EUA) e 8o Victor Pecci (Pa-ráguai).

Passagem perfeita dáa Boghossian liderançano torneio de hipismo

Ney Cardoso Boghossian,com passagem perfeita,venceu a prova GeneralOsório e assumiu a lideran-ça do 3J Torneio Cadernetade Poupança Delfin, abertoontem na pista de saltos doRegimento Andrade Neves,na Vila Militar, como partedo Festival Hípico da Se-mana do Exército. Montan-do Bonjour, ele cumpriu opercurso de obstáculos a1.30m x 1.80m, tabela A,sem cometer faltas e notempo de 60s.

Em segundo lugar OcouJoão Alberto Malik de Ara-gáo. com Paxá — 0 em 60s

seguido do Major Harol-do Moreira, com Isabelita

0 em 67s8. Empatados emquarto lugar ficaram JorgeCarneiro, com Jota. e RitaBezerra de Mello, com EauSauvage (conjunto cam-peão do Torneio de 78) am-bos com 0 ponto em 70s. Osexto colocado foi GérsonMonteiro, com Handsome

três pontos perdidos numrefugo no tempo de 62s2.

Terceiro dos 34 conjuntosa entrar na pista -— houve19 forfaits — Ney fez passa-gem impecável e imprimiugrande velocidade a Bon-jour. bom cavalo para pro-vas ao cronômetro, e obtevea marca de 60 segundos queele acreditava pudesse serbaixada por Elizabeth As-sal", com Para Bellum. MasBeth acabou derrubandodois obstáculos e perdendooito pontos em 60s8.

Quem quase superou otempo de Ney foi João Al-berto Malik de Aragão que,com Paxá, cumpriu exce-lente percurso e perdeu pordois décimos de segundo.

Para hoje está prevista aProva Duque de Caxias,normal, com obstáculos a1.40m x l,80m, e uma barra-gem ao cronômetro. O Fes-tival Hípico Caderneta dePoupança Delfin da Sema-na do Exército encerra-seamanhã, às 10h30m, com aprova de Potência, inicial a1.40m

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latismo faz 4a regatasesc

REAL GRANDEZAfundação de previdência e assistência social

ALIENAÇÃO DE IMÓVELA REAL GRANDEZA — Fundação de Previdência e Assstènoa Socai — promoverá, em

são pública, no dia 03 (trêsl ae setembro ae 1379. às 15 00 (quinze) noras, ra Rua Sao João"sta r: 60 2- ancar saia 202 3o:aícac resta c dade. a aoefjra aas propostas para venda aos

R a 3'ã^cc. P o ae . enreaues es e

O Iate Clube do Rio deJaneiro promove hoje. comlargada às 14 horas, emfrente à Escola Naval, aquarta regata dos Campeo-natos Estaduais das Cias-ses Star e Snipe. Pouco an-tfis, às 13 horas, no mesmolocal, será dada a largadapara a primeira regata doTorneio Eugênio Viilarinopara barcos de Classe Ocea-no, I a VI.

Os promotores da RegataAnual do Clube dos Marim-

bâs. prova marcada para atarde de hoje com a presen-ça de cerca de 50 iatistas daClasse Laser, resolveramcancelá-la em virtude dafalta de lanchas de apoio.

Enquanto isso. o Campeo-nato Estadual da ClasseOptimlst prossegue nestefim de semana, na LagoaRodrigo de Freitas, retmin-do concorrentes das catego-rias estreante, mirim e ju-venil.

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Se-áo consderaaas. exclus .a~e-.e. p-ooostas -as segj-tes cc-c ;cesl — dati!ografaaas. isentas ae e~.en.aas. ressa.vas, rasgas e entrei-nnas. devendo constar

'Ço global ofêrecao. em a!gar s~o e ocr extensa s: sta o- a cazo. o a^a -ao ccce'a se- "e- c;rS"<l2 000 000 00 lauarenta e dos n- rces ae c.:e rosi a •¦ sta— acresentaaas e~i invoiuccs 'ec^aaos ;:"te~a: -a c="te exte'~a. -c~e e enaereço acs

c ca-tes r-ccar todas as cocestas •': '=. a ': ¦ - --ttamente com a ^o~ ssão para ta t m;?tu'da ceio D''=:cr-Surer-te-je-te ;¦:-. ;.-aaç33Do ato sera avrada ata ass-aaa c-íos cese.-tesNo lüiaamento aas propostas a -;-_ GRANDEZA _s=-a c-te-o próprio, aceta-ao c.

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BOXE

Boghossian recebe o prêmio do Cel. Lair

ores m'0-maçces coae'ãc se2. ramais <!710e4076

,eves aa .a. através ao telefone 2£í

O colombiano AntônioCervantes, campeão mun-dial dos meio-médios ligei-ros, aguarda conjiante. emSeul. a luta de hoje, quandopõe o título em jogo contrao sul-coreano Kim-Kwang-Ming.

Cervantes, de 34 anos —10 a mais que seu desajian-te — está sendo apontadocomo favorito em razão desua grande pegada e maiorexperiência, apesar de ai-guns especialistas nào afãs-tarem a possibilidade deuma surpresa por parte dosul-coreano. Este. apesarde sua pouca idade, possuium cartel de 15 vitorias.eapenas um empate, estandoinvicto até o momento.

MOTOCICLISMOA quinta etapa do Cam-

peonato Estadual de Moto-ciclismo, marcada para odia 2 de setembro, no Auto-dromo de Jacarepaguá. po-dera ser suspensa — assimcomo a etapa anterior, quedeveria realizar-se dia 12 deagosto — porque a Riotur,vem adiando há vários diasum contato com a Federa-ção Carioca.

Náo obtendo sucesso emseus contatos com o admi-nistrador do Autôdromo,Norman Casari. o presiden-te da Federação de Motoci-clismo, Eduardo Caenazzo,dirigiu-se diretamente aopresidente da Riotur. Eugè-nio Agostinho, e Scou acer-tada uma reunião para 10de agosto, adiada para se-gunda-feira passada. Nova-mente não houve o encon-tro, nem há previsão parauma nova reunião.

MOTONÁUTICASerá disputada amanhã,

na Lagoa Rodrigo de Frei-tas, com inicio previsto pa-ra as lOh, a última etapa doCampeonato Brasileiro, deMotonáutica. Apenas duascategorias ainda náo tèmcampeão definido. Na SD, adisputa é entre Nelson Tei-xeiraiRJ) e Tadeu Greca(PR) e na SE Catamarã en-tre Francisco Mauro (RJ) ePlício Reinheiner (RS).

As classes que já têm ven-cedor sáo: SC, Paulo Oppli-ger (RS); SE Hidro V. CarlosOtávio Ribeiro (RJ); OE,Domingos Costa Neto(MG)e ON, Lalo Corbeta (RS).

WATER-PÓLOO Campeonato Estadual

de Water-pólo Juvenil temdois jogos programados pa-ra hoje, válidos pela tercei-ra rodada do returno dacompetição: Guanabara xTijuca e Flamengo x Bota-fogo, ambos na piscina doFlamengo, a partir das 16horas.

Na rodada de estréia doreturno, a Gama Filho man-teve sua invencibilidade notorneio vencendo o Flamen-go por 5 a 3. No outro jogo, oGuanabara derrotou o Flu-minense por 7 a 4.

NATAÇÃOO Festival de Natação Mi-

rim programado para estefim de semana pela Federa-ção Aquática do Rio de Ja-neiro reunirá cerca de 800atletas de idade entre 7 e 9anos.

As provas se realizarão si-multaneamente nas pisei-nas do Flamengo, Icarai,Guanabara e Canto do Rio.No Flamengo, nadarão re-presentantes da Gama Fi-lho, Fluminense, Jequiá, edo próprio clube, que pos-suem as equipes mirins quemais ganharam medalhasnos últimos anos.

XADREZSan Juan — O xadrez tem

desde ontem mais quatrograndes mestres internacio-nais: Slobodan Martinovic,iugoslavo, de 39 anos; JesusNogueira, cubano, de 20anos; Nicolai Spiridonov,búlgaro, de 41 anos; e JurajNikolac. iugoslavo, de 47anos. Alem deles, a Comis-são de Qualificação da Fe-deração Internacional ele-geu mais 26 mestres inter-nacionais.

GOLFEO Gávea dá prossegui-

mento a seu calendário nes-te fim de semana com arealização da Taça Arca-dia de Golfe Masculino, quetem suas quartas-de-finalmarcadas para hoje e assemifinais para amanhã,cada rodada em 18 bura-cos, match-play. As finais,em 36 buracos, estão mar-cada para o dia Ia de se-tembro.

No campo do Itanhangá,está prevista a realizaçãoda Taça Brigadeiro IsmarBrasil, hoje. em IS buracos,stroke-play, para as catego-rias 0 a 17 e 18 a 24 dehandicap. Amanhã serádisputada a Taça Entrete-las Nova America, em 18buracos, par point. catego-rias 0 a 9,10 a 17 e 18 a24.

Regazzoni dominaIo treino parao GP da Holanda

Zandvoort, Holanda —Num treino tumultuado pe-Ia chuva e pela desorganiza-ção do Circuito de Zand-voort. Clay Regazzoni, pilo-tando a Williams vencedorados três últimos grandesprêmios de Fórmula - 1 foimais rápido no dia de on-tem. colocando-se à frentede Jean-Pierre Jabouille ede seu colega de equipe.Alan Jones, para definir aordem de largada do Gran-de Prêmio da Holanda, quese disputa amanhã. O trei-no final será hoje.

Nelson Piquet. pilotandoa Brabham Alfa-Romeo, foio nono colocado e EmersonFittipaldi, sempre muitoaborrecido com os .-váriosproblemas na equipe, ficounovamente em 19° lugar.

Os treinos de ontem pri-maram mais uma vez pelaineficiência do Serviço deCronometragem dos holan-deses. Além de ter atrasadoduas horas, os resultadosforam inexatos, com váriasreclamações, tendo os orga-nizadores, enfim, definidoos tempos corretos ao finalda tarde.

Afora a desorganização ea chuva — que prejudicouos treinos, de manhã e à

Álvaro TeixeiraEspecial eco o JB

tarde — houve a constata-ção de mais um fracasso daequipe McLaren, ao posicio;nar seis carros na 22a e 23aposição, respectivamentecom Watson e Tambay. Omodelo M-29 que pareciadevolver à equipe campeãdo mundo, em 1974 (Emer-son Fittipaldi) e em 1976,(James Hunt) a credibilida-de de uma das melhores daFórmula - 1. mais uma vezse desfez com as péssimasposições de seus pilotos.Além da McLaren, a Lotusparece que ainda não en-controu a competitividadede outrora, apesar de um deseus técnicos ter sido visto,ao final da corrida em Zelt-weg, medindo a suspensãodos Williams. Ontem, os Lo-tus de Chapman aparece-ram com uma suspensão si-milar à dos Williams. Mes-mo assim, Reutemann eAndretti foram 12° e 15° co-locados.

Em contraposição aospéssimos desempenhos dosLotus e McLaren a Wolf co-locou-se em 10° lugar, comKeke Rosberg usando todoo seu talento sobre a pistaainda molhada e que mes-mo assim permitiu-lhe pro-gredir rapidamente no acer-to de seu Wolf WR-8.

Problemas do F-6Ajá irritam Emerson

Mais uma vez, EmersonFittipaldi mostrou-se des-contente com sua equipe eontem foi a vez de pequenosproblemas tumultuarem obom andamento do Coper-sucar F6-A:

— O carro tem melhora-do, mas acontece uma sériede pequenos problemascom a equipe que náo pode-riam acontecer. Acho queesta será nossa principalpreocupação para o anoque vem: encontrar pessoalpara formarmos uma novaequipe de mecânicos, poisatualmente eles deixam adesejar.

DOIS PILOTOS

Emerson se refere, semdúvida, ao projeto já divul-gado de formar uma grandeequipe, com dois pilotos e,aproximadamente, 50 ho-mens trabalhando para aescuderia, em 1980. É evi-dente que a escolha de tan-

tas pessoas se torna difícil emais dificil ainda qual delasserá a responsável por to-dos, com a eficiência e dina-mismo necessários em talcargo.

Com o objetivo de definiro futuro da equipe e o res-pectivo patrocínio, Emer-son Fittipaldi embarca pa-ra o Brasil amanhã, depoisdo Grande Prêmio da Ho-landa. Em São Paulo, vaitratar da renovação do con-trato com a Copersucar epossivelmente decidir opasso maior a ser dado pelaequipe brasileira em 1980.Para segundo piloto, fala-seno argentino Michel Guer-ra, que corre na Fórmula-2 edeve trazer uma bagagemfinanceira capaz de lhe darum carro na Fórmula-1, nu-ma equipe sul-americana. Acontratação de Guerra nàoé confirmada por Emerson.Limitou-se a dizer queatualmente existem váriospilotos sendo contactados.

Piquet vai ser opiloto número um

Vencedor do CampeonatoInglês de Fórmula-3 e recor-dista de vitórias o ano pas-sado, Nelson Piquet ganhounotoriedade e deu um saltogigantesco, ao ingressarimediatamente na Fórmu-la-1 como integrante deuma das mais importantesescuderias — a Brabham Aexpectativa em torno desuas atuações se confirma-ram e o brasileiro passou aser considerado o piloto-revelação deste anò. Masnão foi só: ele galgou maisum degrau na sua carreiravertiginosa e, a partir de1980, passara a número umda equipe inglesa, ao volan-te dos novos Branbham BT-49, com motor Ford-Cosworth.

Anunciada como segredo,

a nova Brabham foi testadaa semana passada em Sil-verstone, náo pelo atual pri-meiro piloto da equipe, NikiLauda, mas por aquele queo será brevemente, NelsonPiquet. Lauda deve mesmoir para a Mc Laren, em 80.

— O carro é novo. Temmuita coisa para ser aper-feiçoada, como os radiado-res, por exemplo, que sâograndes demais. O motorfunciona com pouca tempe-ratura. Mas, acredito, temum grande potencial, poisbasicamente é quase idènti-co ao atual, com o mesmotipo de suspensão e carroce-ria. O que difere totalmenteé o chassis, bem mais curtoentre os eixos. O carro éextremamente compacto eleve — comentou Piquet.

Turbo sob ameaçade ser proibido

Desmentida por BernieEcclestone e confirmadapor Jean-Marie Ballestre,houve uma reunião no Ho-tel Bowes, em Zandvoort,quinta-feira, em que a"Asso-ciaçáo dos Construtores(FOCA) tentou decidir a in-terdiçáo de motores turbo-comprimidos para 1981. Se-gundo Ecclestone, a reu-nião náo aconteceu masBallestre, presidente da Fe-deração Internacional deAutomobilismo (FISA),confirmou a proposição, fei-ta pelos construtores ingle-ses, de proibirem o motor

turbo na Fórmula — 1.Além disto, a Ferrari, a Al-fa-Romeo e a própria Re-nault lhe confiaram umacarta, em que pedem à Co-missão Esportiva Interna-cional (CSI) a defesa de seusdireitos de utilizarem essetipo de motor, quando lhesconvier.

A reunião de fato aconte-ceu mas nada ficou decidi-do. A palavre final será da-da em reunião na próximasemana, dos membros daFOCA e da FISA Tudo in-dica que os turbo continua-rão na Fórmula — 1.

Nacache não confirmadecisão de renunciar

Charles Nacache, presi-dente da Confederação Bra-sileira de Automobilismo,adiou para a próxima sema-na a decisão de renunciarao cargo, através de comu-nicação entregue formal-mente ao primeiro vice-presidente, o desembarga-dor Amilcar LaurindoRibas.

Nacache havia entregue odocumento na quarta-feirae depois, a pedido de ami-gos, reconsiderou sua deci-sào. ficando de dar uma res-

posta ontem, mas nào com-pareceu à CBA. Nacache re-cebeu mensagem de solida-riedade dos presidentes dasfederações de São Paulo,Rio Grande do Sul. Goiás,Minas Gerais. Paraná Per-nambuco.

Os pilotos Maurício Chu-lam. (Brahmai, Paulo Judi-ce e Armando Baldi (Refri-centro) realizaram ontem,no autôdromo do Rio. maisuma série de testes com car-ros movidos a álcool.

24 — ESPORTE 2° Clichê JORNAL DO BRASIL Z Sábado, 25/8/79 Io Caderno

Brasil decide Mundial de Basquete contra os EUASalvador/Foto dt Cildo Uma

Sílvio^ (n° 10) foi um dos jogadores mais importantes da Seleção Brasileira na vitória sobre a União Soviética

João Carlos em formatenta bicampeonato domundo no salto triplo

Montreal — Sem a dorciática que o prejudicou nosJogos Olímpicos dispu-tados há três anos — ga-nhou apenas a medalha debronze —, o brasileiro JoãoCarlos de Oliveira entra ho-je no estádio olímpico destacidade como favorito indis-cutível para a conquista dotitulo de bicampeáo do sal-to triplo, prova em que de-tem a liderança do rankingmundial nesta temporada.

Líder do ranking tambémno salto em distância — quepreferiu nào competir nestaII Copa do Mundo de Atle-tismo, porque as duas pro-vas eram em dias seguidos— João Carlos atravessaboa forma e deve repetir oresultado do Pan-Americano, quando apesarda guerra-fria dos norte-americanos impôs-se comcategoria e conquistou amedalha de ouro.

As onze finais e aschances de cada um

Salto com vara: PatrickAbada, da França, e MikeTully, dos Estados Unidos,sào os melhores do rankingmundial, o primeiro com5,65m e o segundo com5,56m.

Martelo: Karl Riehm. daAlemanha Ocidental, é o re-cordista do mundo, masnesta temporada foi ultra-passado por Lituinov, daUnião Soviética, lider, com79,82m, contra 78,66m, deRiehm.

lOOm barreiras: ainda cmgrande forma, a polonesaGrazina Rabstyn aparececomo principal força embo-ra em seu encalço estejamDebbie La Plante (EUAi eAnissimova (URSS).

400m: Harald Schmid, da •Alemanha Ocidental, vaicorrer pela Europa 3. Eletem o melhor tempo datemporada (44s92t. enquan-to o seu maior adversário, onorte-americano Ton Dar-den, está com 45s02.

Salto triplo se repetir assuas últimas atuações, co-mo no Pan-Americano, porexemplo, a vitória do brasi-leiro Joáo Carlos de Olivei-ra será tranqüila. Seu maiorrival é o soviético GennadyValyukevitch, com 17.21,enquanto o brasileiro fez háum mès 17,27m.

800m: as européias domi-nam a distância. Com favo-ritismo absoluto está a búl-gara Petrova (Im56s2).Quem pode apertá-la é asoviética Vavrutcheva, comlm57sl.

Peso: mais uma vitóriapara a Alemanha Oriental:Slupianek lançou o peso dequatro quilos à distância de22,04m. A recordista mun-diàl, a tcheca Helena Fabin-gerova, tem o segundo me-lhor resultado: 21,08m

3.000m com obstáculos:se for confirmada a ausèn-cia de Henry Rono, o favori-to passa a ser o italianoScartezzini (Europa'3), queestá com 8m22s8. Konrad,da Austrália, pode sur-preender: está também com8m22s8.

lOOm: duas atletas estãoempatadas com o tempo de10s97: Marlies Oelsner(RDAi e Evelyn Ashford(EUA).

1.5 00 m : o norte-americano Scott tem3m34s8 e é o favorito. Umbom adversário é Nyambuida Tanzânia.

Revezamento 4xl00m: fa-voritismo dos Estados Uni-dos. com o tempo de 38s03.Com boas chances estáo aAlemanha Oriental, (38s70ie a União Soviética. (38s99).

AS PROVAS DE HOJE

Prova Recorde da Copa Recorde Mund.alVara 5,60m 5,70m

Tully (EUA) Roberts (EUA)Martelo 75,ó4m 80.32m

Riehm (RFA) Rienm (RFA)lOOm barreiras 12s70 12s48

Rabstyn (Polônia) Rabstyn (Poiónia)400m 45s50 43s8ó

Juantorena (Cuba) Evans (EUA)Triplo 16,68"i 17,89m

J. C. Oliveira (Brasil) J. C. Oliveira (Brás I)800m Im59s2 lm54s°

Petrova (Bulgar-a) Kazonkina (URSS)Peso 20.93m 22,32m

SiuD.onek (RDA) - Fabmgerova (Ten)3.000m obs*. 8m21s6 8m05s4

Karst (RFA) Rono (Quênio)ICOm Usló 10s68

Oeísner (RDA) Oeisne' (RDA)1.500m 3m34s5 3m32sl

Ovett (Inglaterra) Coe (lng'a'errc)4x1 OOm (Homens) 38s03 (EUA) 38s03 (EUA)

Itaú mostra2 estilosna decisão

São Paulo — A decisáo doMasters da Copa Itaú, hoje,às 15 horas, no Ginásio doPacaembu, tem uma atra-çào a mais do que a presen-ça dos seus jogadores, Car-los Alberto Kirmayr e To-mas Koch. É a oportunida-de que o público brasileiroterá de assistir ao confrontode técnicas de duas épocasdistintas do tênis brasileiro.

Tomas Koch é o jogadornacional que melhores re-sultados obteve em tor-neios internacionais, conse-guindo um lugar de desta-que no ranking da ATP en-tre os anos de 1962 e 1974.Kirmayr é, atualmente, obrasileiro mais bem coloca-do no mesmo ranking, 58",mas nunca alcançou a pro-jeção de Koch.

Em Florianópolis, o Cam-peonato brasileiro da Ju-ventude começa hoje com21 jogos mascuünos e 5 fe-mininos, no Clube 12 deAgosto. Os vencedores esta-rão automaticamente ins-critos no Campeonato Sul-americano da categoria.

Os cariocas que partici-pam da rodada de hoje sãoCarlos Meireles, contra JoséAnone (SP): Robson Perei-ra, contra Rocardo Risk(SP); César Sá, contra Má-rio Werner (SO; Lincoln Ve-nâncio. contra FranciscoSiqueira (RS); Ricardo Mi-lanez, contra Evandro Setze(RS); Andréa Cito, contraSuzana Prunes (RS) e Suza-na Souza, contra RossanaMuller (SC).

BORG EM PRIMEIRO

Nova Iorque — BjornBorg ê o primeiro pré-classificado do US Open deTênis, que começará terça-feira, em Flushing Mea-dows. O torneio é a terceiradas quatro etapas que com-põem o Grand Slam e Borgjá venceu as duas anterio-res, em Roland Garros eWimbledon.

Jimmy Connors, maior ri-vai de Borg e três vezescampeão do US Open < 1974,76 e 78), é o segundo na pré-classificação. Os outrosmais bem cotados sào: 3°John McEnroe (EUAi, 4o Vi-tas Gerulaitis (EUA), 5oRoscoe Tanner (EUA), 6°Guilhermo Vilas (Argenti-na), 7o Harold Solomon(EUAI e 8o Victor Pecci (Pa-raguai).

Passagem perfeita dáa Boghossian liderançano torneio de hipismo

Ney Cardoso Boghossian,com passagem perfeita,venceu a prova GeneralOsório e assumiu a lideran-ça do 3o Torneio Cadernetade Poupança Delfin. abertoontem na pista de saltos doRegimento Andrade Neves,na Vila Militar, como partedo Festival Hípico da Se-mana do Exército. Montan-do Bonjour, ele cumpriu opercurso de obstáculos al,30m x l,80m, tabela A,sem cometer faltas e notempo de 60s.

Em segundo lugar ficouJoão Alberto Malik de Ara-gáo, com Paxá — 0 em 60s

seguido do Major Harol-do Moreira, com Isabelita

0 em 67s8. Empatados emquarto lugar ficaram JorgeCarneiro, com Jota, e RitaBezerra de Mello, com EauSauvage (conjunto cam-peão do Torneio de 78) am-bos com 0 ponto em 70s. Osexto colocado foi GérsonMonteiro, com Handsome

três pontos perdidos numrefugo no tempo de 62s2.

Terceiro dos 34 conjuntosa entrar na pista — houve19 forfaits — Ney fez passa-gem impecável e imprimiugrande velocidade a Bon-jour, bom cavalo para pro-vas ao cronômetro, e obtevea marca de 60 segundos queele acreditava pudesse serbaixada por Elizabeth As-saf, com Para Bellum. MasBeth acabou derrubandodois obstáculos e perdendooito pontos em 60s8.

Quem quase superou otempo de Ney foi Joáo Al-berto Malik de Aragão que,com Paxá, cumpriu exce-lente percurso e perdeu pordois décimos de segundo.

Para hoje está prevista aProva Duque de Caxias,normal, com obstáculos a1.40m x l,80m, e uma barra-gem ao cronômetro. O Fes-tival Hípico Caderneta dePoupança Delfin da Sema-na do Exército encerra-seamanhã, às 10h30m, com aprova de Potência, inicial al,40m.

Boghossian recebe o prêmio do Cel. Lair

Iatismo faz 4a regataO Iate Clube do Rio de

Janeiro promove hoje, comlargada às 14 horas, emfrente à Escola Naval, aquarta regata dos Campeo-natos Estaduais das Cias-ses Star e Snipe. Pouco an-tes, às 13 horas, no mesmolocal, será dada a largadapara a primeira regata rioTorneio Eugênio Villarinopara barcos de Ciasse Ocea-no. I a VI.

Os promotores da RegataAnual do Clube dos Marim-

bâs. prova marcada para atarde de hoje com a presen-ça de cerca de 50 iatistas daClasse Laser, resolveramcancela-la em virtude dafalta de lanchas de apoio.

Enquanto isso. o Campeo-nato Estadual da ClasseOptimist prossegue nestefim de semana, na LagoaRodrigo de Freitas, reunin-do concorrentes das catego-rias estreante, mirim e ju-venil.

REAL GRANDEZAfundação de previdência e assistência social

ALIENAÇÃO DE IMÓVELA REAL GRANDEZA — Fundação ae Prevaênòa e. Assistência Soca' — promoverá em

sessão oubi<ca, no dia 03 (trèsl ae setembro de 1979, às lõ 00 iqumzel noras, na Rua sao -cao3a! sta, "! 60. 2r anaar, sa-a 202 3o*.a'ogo. nesta cdaae. a abertura aas cecostas oa*a ve^aa dosT, 8: e 9: andares do edifício ": 151 oá Av. Ro 3ra-cc a o ae jane.x RJ entregues '.-es edes-mDea'dcs

Serão consideradas exclusivamente propostas ~as segures eco çoesI — aa!i!ografaaas, sentas ae emenaas ressalvas !'as..'ss e e"!.* -nas. deve-ao consta'.

preço aiQDâi orirec ao. em aqsr s""c e por extenso, a v.sta ou a prazo o qua rac coae*a se* n'e* ora C*S 42 000 000.00 lauarenta e cos m. nôes ce c\_zercs) a . stal! — apresentadas em invólucros íecnaaos, contendo -s ca~e exte'-a *~o~"e e enae'eço dosinteressadosAcenos os nvólucros,' na D*ese-;a acs n;eressadcs as Drooostas serão oas cabendo acsoanc cantes rubricar toaas as Drocos!as, fc *-= a ;c "a ,_.-*.ame-:e cc*- a Com ssac ca*a ta f mconsttuída peio Diretor-Super ntendente aa Eu^oaçãc

Do ato será lavrada ata. assinada ce_os cesem.esNo julgamento das propostas a REA_ GRANDEZA usa*3 c".éro coce aceitando o.

recusando as mesmas, se*^ aue ca.ca aos ccc-c-e-tes aua q_,er recamação, nâo se ocganao ajustificar suas deosóes nem m'ormar acs *~esmcs os mot.vos c_e as aete™ r3ra~

V.si-.as ao imóvel no hora* o ae 9 30 as 12 00 e '- as 16 50 rs ce segunda a sexta-,-aMaiores informações ooae*âo ser cot aas cc~ c D' „acy Neves ca S va, através ao te'e'one 265-2l12.rarrô-s-í710e<iO76. lD

Salvador — A SeleçàoBrasileira fez uma excelen-te partida ontem e obteve avitoria mais importante desua campanha, derrotandoa União Soviética, por 76 a75, para garantir o direitode disputar hoje. a partirdas 22h30m. contra os Esta-dos Unidos, o titulo do 1"Campeonato Mundial deBasquete Juvenil. Na outrapartida da rodada de on-tem. os Estados Unidosvenceram a Iugoslávia, por99 a 74.

Foi a melhor partida dosbrasileiros nesse Mundial —assegurou o vice-campeo-nato —- embora a equipetenha voltado a apresentaraltos e baixos no seu rendi-mento. Os dois tempos dejogo foram disputados demaneira completamentedistinta: no primeiro, o Bra-sil esteve impecável e ven-ceu por 45 a 39: no segundo,caiu bastante logo no ini-ciom. mas se recuperou atempo.

BEM NO REBOTE

A velocidade e a precisãonos arremessos de meia dis-tancia foram os destaquesda equipe na fase inicial,quando os soviéticos sequerconseguiram realizar suasjogadas de conclusão, pois,tanto Silvio — cestinha doBrasil, com 22 pontos — co-mo André, estiveram perfei-tos nos rebotes defensivos eofensivos. Dessa forma, oBrasil conseguiu uma van-tagem de 11 pontos (19 a 8)logo no começo.

Os soviéticos marcavamzona e foram obrigados atrocar seu esquema — pas-saram a marcar pressão naquadra do Brasil e zona noseu campo — e desconta-ram nove pontos (30 a 281. Aqueda de rendimento de-veu-se à saída de Zé Rober-to, que vinha cobrindo mui-to bem a entrada do garra-fâo. junto com Fábio. Ivan,que entrou em seu lugar,esteve precipitado e facili-tou a reação do adversário.

Mesmo assim, a equipevoltou ao equilíbrio inicial,aumentando outra vez avantagem para 10 pontos(38 a 28), embora ainda res-sentida da ausência de ZéRoberto. Os soviéticos, comum aproveitamento de 80%nos lances livres, desconta-ram mais quatro pontos eterminaram o primeiro tem-po perdendo de 45 a 39.

A diferença do rendimen-to do Brasil do primeiro pa-ra o segundo tempo foi radi-cal. Os brasileiros levaramseis minutos para marcarsua primeira cesta, enquan-to os soviéticos desconta-ram a vantagem e coloca-ram uma frente de 5 pontos(50 a 45), deixando o técnicoCláudio Mortari preocupa-do. Tanto que pediu umtempo e solicitou maisatenção nos rebotes, poisSílvio. Wagner e João Pe-drosa perdiam todos.

A partida foi sendo dispu-tada com muita garra, prin-cipalmente depois que oBrasil tomou novamente adianteira do marcador (58 a57) pela primeira vez no se-gundo tempo. A partir dai,houve um revezamento dasduas equipes no comandoda partida, até que o Brasilgarantiu a vitória, gastandoos 4 minutos finais.

Jogaram e marcaram pa-ra o Brasil: Fábio(4i. An-dré(3), Guy(3), Ivan(2), Sil-vio(22i, Wagner(.16), JoãoPedrosai3), Ze Robertoi6),Kleberilli e Israel(6). Paraa União Soviética: Alexan-der(2i, Berezhnoi7i, Rai-mundas(7i. Gorin(2), Po-povi26). Zuzmin(13), Vik-ton 10), Zurab(8i, Tjubin(l) eKiselev.

CONFIANÇA

O fato de o time norte-americano ser uma equipeque marca sob pressão eque precisa ganhar os rebo-tes defensivos, para sair emvelocidade, fará com que oBrasil mude seu esquemade marcação que vinha sen-do feito individualmente.Assim, o técnico CláudioMortari pretende utilizaruma marcação por zona,usando jogadores que ca-denciem o ritmo do jogo,como Fábio, Ivan eRudney.

Segundo Mortari, os Esta-dos Unidos interceptam asbolas com muita facilidade,pois só assim podem aplicaro estilo de jogo que estãoacostumados a fazer. Eleacha que se utilizar um jogocadenciado, com jogadoreshabilidosos em trabalhar abola. os Estados Unidosprocurarão reter a bola e.provavelmente, náo rende-rão o máximo.

Na opinião de Mortari. ahomogeneidade e o maiortrunfo da equipe norte-americana e isso foi de-monstrado em todas as par-tidas disputadas no Mun-dial. Porém, ele destaca ojogador James Worthy. res-ponsável pela armação eque se movimenta commuita facilidade.

Regazzom dominaIo treino parao GP da Holanda

Álvaro TeixeiraC-D-í íl E.XTC1 O

Zandvoort, Holanda —Num treino tumultuado pe-Ia chuva e pela desorganiza-çáo do Circuito de Zand-voort. Clay Regazzom. pilo-tando a Williams vencedorados três últimos grandesprêmios de Formula - 1 foimais rápido no dia de on-tem, colocando-se à frentede Jean-Pierre Jabouille ede seu colega de equipe.Alan Jones. para definir aordem de largada do Gran-de Prêmio da Holanda, quese disputa amanhã. O trei-no final será hoje.

Nelson Piquet. pilotandoa Brabham Alfa-Romeo. foio nono colocado e EmersonFittipaldi. sempre muitoaborrecido com os váriosproblemas na equipe, ficounovamente em 19° lugar.

Os treinos de ontem pri-maram mais tuna vez pelaineficiência do Serviço deCronometragcm dos holan-deses. Alem de ter atrasadoduas horas, os resultadosforam inexatos, com váriasreclamações, tendo os orga-nizadores, enfim, definidoos tempos corretos ao finalda tarde.

Afora a desorganização ea chuva — que prejudicouos treinos, de manhã e à

tarde — houve a constata-ção de mais um fracasso daequipe McLaren, ao posicio-nar seis carros na 22a e 23aposição, respectivamentecom Watson eTambay. Omodelo M-29 que pareciadevolver à equipe campeãdo mundo, em 1974 (Emer-son Fittipaldi) e em 1976.(James Hunt) a credibihda-de de uma das melhores daFórmula - 1, mais uma vezse desfez com as péssimasposições de seus pilotos.Alem da McLaren, a Lotusparece que ainda nao en-controu a competitividadede outrora. apesar de um deseus técnicos ter sido visto,ao final da corrida em Zelt-weg. medindo a suspensãodos Williams. Ontem, os LO-tus de Chapman aparece-ram com uma suspensão si-milar a dos Williams. Mes-mo assim. Reutetriann* eAndretti foram 12" e 15" co-locados.

Em contraposição aospéssimos desempenhos dosLotus e McLaren a Wolf co-locou-se em ,10" lugar, comKeke Rosberg usando todoo seu talento sobre a pistaainda molhada e que mes-mo assim permitiu-lhe pro-gredir rapidamente no acer-to de seu Wolf WR-8.

Problemas do F-6 Ajá irritam Emerson

Mais uma vez, EmersonFittipaldi mostrou-se des-contente com sua equipe eontem foi a vez de pequenosproblemas tumultuarem obom andamento do Coper-sucar F6-A:

— O carro tem melhora-do, mas acontece uma sériede pequenos problemascom a equipe que não pode-riam acontecer. Acho queesta será nossa principalpreocupação para o anoque vem: encontrar pessoalpara formarmos uma novaequipe de mecânicos, poisatualmente eles deixam adesejar.

DOIS PILOTOS

Emerson se refere, semdúvida, ao projeto já divul-gado de formar uma grandeequipe, com dois pilotos e,aproximadamente, 50 ho-mens trabalhando para aescuderia, em 1980. É evi-dente que a escolha de tan-

tas pessoas se torna difícil emais difícil ainda qual delasserá a responsável por to-dos, com a eficiência e dina-mismo necessários em talcargo.

Com o objetivo de definiro futuro da equipe e o res-pectivo patrocínio. Emer-son Fittipaldi embarca pa-ra o Brasil amanhã, depoisdo Grande Prêmio da Ho-landa. Em Sâo Paulo, vaitratar da renovação do con-trato com a Copersucar epossivelmente decidir opasso maior a ser dado pelaequipe brasileira em 1980.Para segundo piloto, fala-seno argentino Michel Guer-ra, que corre na Formula-2 edeve trazer uma bagagemfinanceira capaz de lhe darum carro na Formula-1, nu-ma equipe sul-americana. Acontratação de Guerra nãoé confirmada por Emerson.Limitou-se a dizer queatualmente existem váriospilotos sendo contactados.

Piquet vai ser oiloto número umpil

Vencedor do CampeonatoInglês de Fórmula-3 e recor-dista de vitorias o ano pas-sado, Nelson Piquet ganhounotoriedade e deu um saltogigantesco,, ao ingressarimediatamente na Fórmu-la-1 como integrante deuma das mais importantesescuderias — a Brabham. Aexpectativa em torno desuas atuações se confirma-ram e o brasileiro passou aser considerado o piloto-revelação deste ano. Masnâo foi só: ele galgou maisum degrau na sua carreiravertiginosa e, a partir de1980. passará a número umda equipe inglesa, ao volan-te dos novos Branbham BT-49, com motor Ford-Cosworth.

Anunciada como segredo,

srjl Ja nova Brabham foi testadaa semana passada em Sil-verstone, náo pelo atual pri-meiro piloto da equipe, NikiLauda, mas por aquele queo será brevemente, NelsonPiquet. Lauda deve mesmo,ir para a Mc Laren. em 80. -

— O carro é novo. Temmuita coisa para ser aper-feiçoada, como os radiado-res, por exemplo, que saograndes demais. O motorfunciona com pouca tempe-ratura. Mas, acredito, temum grande potencial, poisbasicamente é quase idénti-co ao atual, com o mesmotipo de suspensão e carroce-ria. O que difere totalmenteé o chassis, bem mais curtoentre os eixos. O carro éextremamente compacto eleve — comentou Piquet.

Turbo sob ameaçade ser proibido

Desmentida por BernieEcclestone e confirmadapor Jean-Marie Ballestre,houve uma reuniào no Ho-tel Bowes, em Zandvoort,quinta-feira, em que a Asso-ciação dos Construtoresi FOCAi tentou decidir a in-terdiçâo de motores turbo-comprimidos para 1981. Se-gundo Ecclestone. a reu-niào náo aconteceu masBallestre. presidente da Fe-deração Internacional deAutomobilismo (FISAi,confirmou a proposição, fei-ta pelos construtores ingle-ses, de proibirem o motor

turbo na Fórmula — 1.Além disto, a Ferrari, a Al-fa-Romeo e a própria Re-nault lhe confiaram umacarta, em que pedem à Co-missão Esportiva Interna-cional i CSI i a defesa de seusdireitos de utilizarem essetipo de motor, quando lhesconvier.

A reunião de fato aconte-ceu mas nada ficou decidi-do. A palavre final será da-da em reunião na próximasemana, dos membros daFOCA e da FISA. Tudo in-dica que os turbo continua-rão na Fórmula — 1.

Nacache não confirmadecisão de renunciar

Charles Nacache. presi-dente da Confederação Bra-sileira de Automobilismo,adiou para a próxima sema-na a decisão de renunciarao cargo, através de comu-nicaçào entregue formal-mente ao primeiro vice-presidente, o desembarga-dor Amilcar LaurindoRibas.

Nacache havia entregue o

documento na quarta-feirae depois, a pedido de ami-gos, reconsiderou sua deci-sáo. ficando de dar uma res-posta ontem, mas não com-pareceu a CBA. Nacache re-cebeu mensagem de solida-riedade dos presidentes dasfederações de São Paulo,Rio Grande do Sul, Goiás,Minas Gerais, Paraná Per-nambuco.

JORNAL DO BRASIL ? Sóbodo, 25/8/79 U Io Caderno ESPORTE 25

Vasco com nove vence Betis nos pênaltis

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Botafogovoltacom lucro

O Botafogo retomou on-tem da excursão à Europae, mesmo sem vencer ne-nhum título nos vários tor-neios de que participou,trouxe um apreciável lucrofinanceiro. Tanto o presi-derjte Charles Borer, quechefiou a delegação, como otécnico Jorge Vieira, elogia-rara a forma do time, consi-derando-o recuperado tec-nipgmente e em condiçõesde fazer boa figura no Cam-peonato.

Segundo Borer e Vieira,apesar de o Botafogo ter selimitado a tirar três tercei-ras colocações nos torneiosde Bilbao, Sevilha e Vigo,além de vencer o Benficanum amistoso em Lisboa,sempre ne apresentou beme, por isso, os jogadores che-garam a receber prêmiosaté 'em derrotas. Ambosdestacaram o zagueiro LuisCláudio como a melhor fi-gura do time, fazendo elo-gios ainda aos ponteiros Gile Ziza.

QUEIXA DOS ÁRBITROSSatisfeito com os resulta-

dos técnicos e financeirosda temporada. Charles Bo-rer queixava-se entretantodos árbitros espanhóis, afir-mando que "cinicamenteroubaram o Botafogo emquase todos os jogos". Odirigente disse ser muito di-ficil para um time estran-geiro ganhar um torneio naEspanha, atualmente. Lá,começam desde já os prepa-rativos para a Copa de 82 ejuizes e bandeirinhas nãotêm o menor constrangi-mento em colaborar paraque o futebol espanhol subalogo ao primeiro plano.

Na opinião do dirigente, oBotafogo jogou sempreboas partidas e poderia terganho pelo menos o torneiode Vigo. Em Portugual, comuma arbitragem normal,venceu o Benfica, merecen-do amplos elogios da im-prensa portuguesa.

Jorge Vieira confirmou aboa forma da equipe e, talcomo Borer, afirmou queacima de tudo os juizes pre-judicaram o Botafogo, pren-dendo o jogo, inventandofaltas e fazendo todo o pos-sível para irritar os jogado-res. Na cobrança de penal-

, tis, enquanto o goleiro dotime do Sevilha se adianta-va no instante das cobran-ças, havia um excessivo ri-gor com o do Botafogo.

Para Jorge Vieira, a revê-lação do time foi o zagueiroLuis Cláudio, que se firmeina posição e, segundo o téc-nico, já pode ser incluidoentre os melhores do fute-boi carioca. Gil tambémmereceu elogios e JorgeVieira julga que ele voltou aatuar como nos seus melho-res tempos. Outro que ga-nhou de vez a posição foi oextrema Ziza.

Japão ahreMundialde Juvenis

Anilde WerneckCcespondente

Tóquio - Com Maradonajá apelidado de Pele Bran-co e Luís César Menotti nadireção técnica, a Argenti-na é apontada favorita da2a. Copa Mundial dc Juve-nis, que começa hoje comdois jogos nesta Capital edois em Kobe.

O torneio, promovido pc-Ia FIFA c pela Coca-Cola,deu ao futebol, pela primei-ra vez no Japáo. um espaçoque ja7nais conseguiu naimprensa, pois vários jor-nais, mesmo os náo especia-lizados, dedicaram paginasinteiras ao assunto.

As partidas seráo trans-müidas ao vivo pela televi-sào e também transmitidasviü.satélite para Argentina,Paraguai, México e Cana-dá^Dezesseis países dispu-tarào o titulo, que foi con-quistado pela União Soric-ticà no primeiro torneio, hadois anos, na Tunísia. Osórgmiizadorcs esperam umpublico médio de 300 milpessoas em cada rodada dcquatro jogos. Os preços dosingressos variam entre CrS120 e CrS 240.

Na Capital jogam Méxicoe A.rgélia. na preliminar deJapáo e Espanha pelo Gru-po A. Em Kobe. Canadá ePortugal fazem o primeirojogo, enquanto o Paraguaienfrenta a Coréia do Sul nasegunda partida. Os Cru-pos B c D só teráo jogosama?iha. também pelo siste-ma dc programação dupla:em Omiya. Polônia x lugos-láina c Argentina X Indone-sía: em Yokohama. UniãoSoviética x Hungria e Uru-guai x Guiné.

Foto» d« D»tflm Vieira

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>M .. . ,,„,„,„.„.,,.Toninho pode renovar contrato na Europa Júnior teme pelo cansaço do time na final

Fia estréia na Espanhacom a equipe completa

Satisfeitos com a boa atuação daSeleção Brasileira, mas muito cansa-dos pelo desgaste fisico e emocioríalda partida contra Argentina, CláudioCoutinho. Zico. Carpeggiani, Toninhoe Júnior embarcaram ontem à noitepara Europa, a fim de participaremhoje da estréia do Flamengo no Tor-neio Ramon Carranza, contra o Bar-celona.

De acordo com os planos dos fun-cionários do Departamento de Fute-boi do clube, o grupo chegará à cida-de de Cádiz por volta das 15 horas —oito antes da partida. Se computadoo horário que deixaram o HotelBauen, em Buenos Aires, e o tempodas conexões nos aeroportos do Rio eMadrid, os jogadores permanecerãoquase 20 horas viajando.

O descansoComo o vôo não estava lotado, a

Ibéria permitiu que os jogadores doFlamengo se colocassem nas melho-res localizações do avião, para quepudessem repousar. As poltronas des-tinadas aos jogadores tèm uma boafolga para os assentos posteriores eassim, quando dormirem, todos pode-rão se esticar e se acomodar conforta-velmente.

Quando chegar a Madrid. o grupoaguardará cerca de duas horas noaeroporto, a fim de embarcar numoutro avião, que os levará até Cádiz.O hotel onde se encontra a delegaçãodo Flamengo está situado na cidadeJerez de Ia Frontera, cujo percurso —quase 40 quilômetros — será cobertode ônibus.

O técnico Cláudio Coutinho disseque os jogadores dormirão tão logocheguem ao hotel e que só acórdãomomentos antes de a equipe seguirpara Cádiz, onde será realizada a par-tida com o Barcelona, cuja equipeconquistou a última Copa da Uefa.

Coutinho entende que seria bemmelhor para o Flamengo o TorneioRamon Carranza integrar a últimaetapa da viagem.

— Nossas chances, que consideroboas, seriam ainda melhores. Dispu-tariamos os dois amistosos em Ma-drid e Paris e iríamos para Cádiz coma equipe perfeitamente adaptada aofuso horário. Outro problema é en-frentar o Barcelona, a equipe maispoderosa, logo de inicio.

De maneira geral, os jogadores es-tão confiantes e acham que só senti-rão realmente o cansaço no segundojogo do Torneio, quando poderão de-cidir o título.

— Com o repouso que faremos noavião e no. próprio hotel, acho quenosso rendimento será bom. O pro-blema poderá acontecer no dia se-guinte, quando disputaremos a se-gunda partida — comentou Júnior.

Zico e Júnior ainda puderam falarcom seus familiares, presentes ao Ae-roporto do Galeão para lhes desejarsorte na excursão pela Europa. Cláu-dio Coutinho, no entanto, pareciamuito preocupado, pois a mulher e ofilho não chegaram a tempo de vé-loembarcar.

Depois de dar vários te-lefonemaspara casa, ainda ficou longo tempo dolado de fora do portão do embairque,aguardando a chegada da família.Quando o auto-falante do Aeroportoanunciou a última chamada, um tan-to decepcionado, Coutinho juntou-seao grupo de jogadores e embarcou noJumbo, que os levou para a Europa.

Família devolvea alegria a Zico

O encontro com Sandra, sua mu-lher, que o acompanhará durante aexcursão à Europa, e a presença dosfilhos Júnior e Bruno, que tiveramacesso àsala de trânsito para as des-pedidas, diminuíram a decepção deZico, ainda revoltado pela expulsãona partida contra a Argentina.

O vice-presidente do Flamengo,George Helal, também foirecepciona-lo no Galeão. Inclusive,teve acesso à sala de trânsito e ambosconversaram reservadamente duran-te longo tempo. O assunto não foirevelado, mas por certo falaram sobreo assédio que o jogador sofrerá deempresários e dirigentes de clubeseuropeus, interessados em contrata-lo.

Viagem documentada

Quanto a isto, Zico está tranqüilo.Para ele, uma boa proposta do exte-

rior poderá ser estudada pelos diri-gentes do Flamengo, mas só pensaráno assunto depois que houver algo deconcreto. Ainda mais porque estábem no clube e não tem grande inte-resse em sair do Brasil.

Munida de máquina fotográfica eum aparelho de vídeo-tape, Sandrachegou ao Aeroporto do Galeão qua-se na hora do embarque. O funciona-rio José Henrique, do Departamentode Futebol do Flamengo, a esperavapara auxiliar o despacho da baga-gem, pois Zico se encontrava na salade trânsito.

Esta é a segunda viagem ao exte-rior que ela fará em companhia deZico. A primeira foi para os EstadosUnidos, mas o marido estava de licen-ça e puderam passear. Agora serádiferente, já que na Europa, onde ojogador possui grande prestígio, malpoderão sair do hotel. Desta vez, San-dra sentirá de perto o prestígio adqui-rido por Zico fora do Brasil.

—Náo posso me queixar desse tipode problema. É um preço pago pelosucesso obtido por ele. E ninguémdeve se queixar do problema causadopor uma carreira bem-sucedida. Esta-mos preparados e procuramos apro-veitar todos os momentos juntos.

O video-tape será para documen-tar a viagem inteira. Não só as partici-pações de Zico nos jogos internacio-nais, como os passeios que farão. Emcasa, têm catalogados os principaismomentos da carreira do jogador eultimamente vèm gravando os golsmarcados por ele.

Sandra assiste a todos os jogos domarido, sem qualquer preocupação esem pensar em problemas de contu-soes, mas confessa que ultimamentefica apreensiva pela forma como Zicovem sendo marcado e provocado, du-rante os jogos.— Contra a Argentina, fiqueiapreensiva, mas vi logo que nào have-ria maiores problemas. No jogo com aBolívia é que tive medo, pois o tumul-to foi generalizado.

Pouco depois da explicação, veio aúltima chamada para o embarque.Alegres, por seguirem juntos para Eu-ropa, Zico e a mulher beijaram os doisfilhos, colocando-os no colo dos paisde Sandra, e seguiram em direção àsanfona que os levou até a porta doavião, mas sem olhar para trás, paraevitar a emoção.

Nunesmas nem

treina e aceita jogarpara banco é chamado

O técnico Sebastião Araújonáo vai escalar Nunes no ataquedo Fluminense, na partida contrao América, amanha, nem preten-de relacioná-lo para o banco dereservas. Embora o jogador tenhatreinado normalmente durante asemana e esteja à disposição dotreinador — Nunes so se recusa aficar na reserva — a equipe foiconfirmada sem o atacante.

Na realidade. Sebastião Araú-jo também espera que Nunes sejanegociado, porque seu plano émanter na equipe só quem ficarano Fluminense. Como o atacantepode ser vendido de uma horapara outra, o técnico não quercorrer o risco de afastar quemesta jogando atualmente e des-motivar quem esta lutando parasuperar a ma fase. como os atuaistitulares.

Sebastião Araújo náo quertentar convencer Nunes a ficar nareserva, apesar de ter de recorrera três juvenis para formar o ban-co amanhã por causa de algumas

contusões. O treinador tem evita-do fazer comentários a respeitoda situação de Nunes, recorrendosempre a evasivas quando abor-da o assunto:

— Quero vê-lo jogando peloFluminense, desde que tenha suasituação definida. Náo posso tirarum jogador que vem atuando,escalar um que vai ser vendido,pois desmotivaria o que saiu.Também nenhum dirigente mesugeriu o lançamento de Nunesou de qualquer outro.

O time que enfrenta o Américaestá definido: Paulo Goulart,Edevaldo. Tadeu. Miranda e Car-linhos; Pinünho. Cléber e Mario;Gilcimar. Fumanchu e Zezé. Es-te. alias, e um dos grandes sonhosde Sebastião Araújo, lançar umaequipe formada exclusivamentepor ex-juvenis do Fluminense. SoMiranda, que substitui Edinho.nào começou no Fluminense. Atemesmo Fumanchu foi dos juve-nis. mas acabou transferindo-separa o Vasco, onde se destacou.

A venda de Nunes parece en-trar neste fim de semana numciclo mais positivo, ja que seuadvogado, Joaquim Reis, mante-ve contato com um dirigente doBenfica, ontem, ficando de telefo-nar novamente hoje, a fim demanter novos entendimentoscom a diretoria do clube portu-guès. O procurador do jogadortambém conversou com um em-presàrio que tenta vender o passede Nunes para o América do Me-xico, mas terá uma resposta atéquarta-feira sobre uma propostaconcreta.

O coletivo de ontem terminou3 a 1 para o titulares, gols deFumanchu, Pintinho e Carlinhos.com Nunes descontando para osreservas. O atacante Robertinho.que ficaria na reserva, deixou otreino com o tornozelo direitobastante inchado e não deve tercondições. Os jogadores fazem re-creação pela manha, no campoda Escola de Educação Física ddo Exército.

Sevilha — Ao conquistarontem o título do 8o TorneioInternacional de Sevilha.na decisão por pênaltis con-tra o Betis, o Vasco se tor-nou o primeiro clube es-trangeiro a quebrar a hege-monia dos espanhóis nacompetição. A proeza temainda mais valor porque oVasco, com dois jogadoresexpulsos, atuou com nove,a partir dos 13 minutos dosegundo tempo.

No tempo regulamentar,registrou-se um empate de1 a 1. gols de Paulinho, aos29m do primeiro tempo, eOrtega, aos 45m. Na prorro-gação de 30 minutos, houvenovo empate de 1 a 1, golsde Roberto, aos 14m, e Car-denoza, aos 21m. Na deci-sào por pênaltis, o Vascovenceu por 4 a 2 — gols deRoberto. Zandonalde, Du-du e Paulinho II, Ortega eBizcocho converteram, en-quanto Arana e Anzarda co-braram mal, permitindo adefesa do goleiro Jair.

MOVIMENTAÇÃO

O Betis começou o jogocom muita disposição, comataques rápidos pelas pon-tes, que chegaram a sur-preender o Vasco. Aos pou-cos, porem, o time brasilei-ro foi se organizando, lide-rados por Guina e Dudu, epassou a dominar o adver-sário. Até que, aos 29m,Zandonaide lançou Rober-to e daí a Paulinho, queemendou para a rede. Vasco1 a 0.

Quando maior era o domí-nio do Vasco, o zagueiroGaúcho, que já tinha leva-do cartão amarelo, revidouuma falta e foi expulso. OBetis aproveitou a vanta-gem, pressionou e acabouchegando ao empate no fimdo primeiro tempo: Ortega,concluindo um córner da di-reita.

O Vasco voltou para o se-gundo tempo com Argeu nolugar de Xaxá, para recom-por a zaga. Depois de per-der duas oportunidades, te-ve mais um expulso, aos13m: Argeu, por falta vio-lenta em Oliveira. Mesmocom nove, entretanto, osbrasileiros — Paulinho IIentrou no lugar de Paulinho— sustentaram o empateaté o fim dos 90 minutos.

Na prorrogação, o Vascofoi o primeiro a marcar: Ro-berto emendou forte umcruzamento de Paulinho II.O empate surgiu aos 21m,quando Cardenoza pene-trou livre e colocou a bolalonge de Jair. Na decisãopor pênaltis, o Vasco tevetodo o seu esforço recom-pensado, ao vencer o adver-sário, que náo foi capaz deaproveitar a vantagem deatuar boa parte do jogo comdois homens a mais. Os jo-gadores do Vasco deixaramo gramado aplaudidos pelatorcida.

Os times: Vasco — Jair.Orlando, Gaúcho, Ivá eMarco Antônio; Dudu, Gui-na e Paulinho (Paulinho II);Xaxá (Argeu), Afranio eZandonaide. Betis — Es-naola, Bizcocho, Gordillo,Ortega e Peruena: Alex,Cardenoza e Labanda; Mo-ran, Cabezas (Anzarda) eOliveira.

Américaquer o golde saída

O técnico Ivá Navarro ga-rantiu que o América en-frentarà o Fluminense,amanhã, com o mesmo es-quéma tático do jogo con-tra o Flamengo, procuran-do o gol logo no início. Eleespera melhor sorte, pois napartida anterior o time per-deu varias oportunidadesde gol e só náo conseguiu avitória, em sua opinião, porinfelicidade nas conclusões.

Após o coletivo de ontemà tarde, no Andarai — titu-lares e reservas empatarampor 1 a 1. gols de Valença eSilvinho — Navarro definiuo time que começará contrao Fluminense: Jurandir,Uchoa. Alex. Eraldo e Alva-ro; Joáo Luis. Celso e Nél-son Borges; César, Rui Reie Silvinho.

No coletivo, o técnico exi-giu muito da defesa, poisacha que o Fluminense viaexplorar o contra-ataque.Alex e Eraldo foram os maisempenhados, treinandochutes a gol e hoje todo otime treinará cobranças defaltas. O vice-presidente defutebol. Gérson Coutinho.considera o Fluminense fa-vorito do jogo. "mas nãoquero dizer com isso queeles vào ganhar". O Améri-ca vai disputar dois jogosem Angola, em setembro:viaja no dia 20 e retoma aoRio no dia 30.

Campo Neutro iÀ volta da Seleçáo Brasileira à Ar-

/M gentina, mais ou menos um ano/l depois daquela frustrante excur-

são patagònica da Copa de 78,oferece algumas curiosidades senão grati-ficantes á memória ao menos obediente áinteligência do futebol.

O primeiro gol do Brasil, por exemplo,Sócrates apejias deu-o à luz, pois o difícil ecomplicado processo de concepção, fecun-daçáo e gestação, este foi todo realizadopelo binónio criatividade resposta moto-ra, que é em suma aquilo em que se resumeum especialista da extrema, como é o casode Zé Sérgio, na esquerda.

Foi somente ã custa da sua ambides-treza tseu pé original é o direito, tanto queé com ele que tece as jogadas) adquiridascom treinamento, tempo e aquilo que sechama de jeito, que Ze Sérgio conseguiuexecutar o cruzamento de forma precisapara a cabeçada de Sócrates. Convémobservar que a precisão de um cruzamen-to das extremas para a arca deve serapreciada no seu triplo aspecto dire-çáoalturavelocidade.

A direção recomendada é a da distan-cia de mais ou menos dois a três metros dalinha do gol, pois, a bola partindo da linhade 'fundo e seguindo esse curso, estaráfugindo do goleiro e dos beques para apre-sentar-se de frente para os atacantes.

A altura admitida é. como até os guar-das da penitenciária da Bahia sabem,aquela em que a bola pode ser alcançadapela cabeça humana - a bicicleta dc Leòni-das anda um tanto defasada.

A velocidade é fator igualmente im-portantejá que, viajando cm ritmo lento,a bola é facilmente interceptada pelosdefensores, por definição mais altos c cor-pulentos. Cumprindo trajeto mais rápido,a sua dominação torna-se menos acessívelà massa física, própria da dejêsa, e maisfácil à esperteza, privilégio dos atacantes.

Como se vê, o cruzamento adequadopara a área não é mero fruto de lanceseventuais, mas produto de ingredientesque nem sempre se reúnem numa só pes-soa, razão pela qual, quando isso ocorre,devem ser, mais que preservados, aprimo-rados e explorados.

Dos cruzamentos de linha de fundo deZé Sérgio já surgiram inúmeros gols. Co-mo, há pouco tempo, o primeiro contra aColômbia, de Zico. Como ha um ano, umque Roberto deixou de fazer, no últimotreino da Seleção antes de embarcar paraa Copa de 78, contra o combinado gaúcho,em Porto Alegre.

Zé Sérgio andou quase um mês naArgentina, vestido com o uniforme da Se-leção Brasileira, cm cidades de segundaimportância.

Náo pagou depósito prévio, mas tam-bém não teve chance de fazer uma comprasequer na Callc Florida.

A

carteira de identidade de Ze Sér-gio, em si, não é o alvará de funcio-namento que se exige para a Sele-ção Brasileira. O jogador do São

Paulo apenas simboliza a necessidade, aimperiosidade mesmo, de que um time,sobretudo uma seleção, que prima pelaquantidade de alternativas individuais serarmado em condições de poder utilizar asduas faixas laterais do campo como corre-dores de exportação ofensiva, já que ocorredor cental é invariavelmente conges-tionado a partir do próprio porto, ou seja,dos portões de saída do grande círculo.

Nesta ordem de idéias, que fiquemigualmente relacionados no certificado dealistamento da bateria do capitão Couti-nho especialistas como Joãozinho, JúlioCésar, João Paulo, Zezé e outros mais queapareçam mostrando aptidão para execu-tar a nobre jogada. Esta poderosa armaque, desde 74, com a cumplicidae do recua-do Dirceu, expurgaram da Seleção, furan-do o buraco da agulha com que a bordadei-ra já poderia ter costurado pelo menosmais uma estrela no peito da camisa ama-rela nestes últimos nove anos depois doMéxico.

MAS

se a Seleção apresentou emBuenos Aires um amadurecimen-to técnico, tático c até mesmo doponto-de-vista da estrutura pes-

soai dos jogadores. Zico, ao contrário,exibiu uma inocência capaz dc elevar aoscéus a partida que o Sr Leonel Brizola e aSra Ivete Vargas disputam para ver quemfica com o voto dos trabalhadores.

O sorriso que Gallego mostrou ás cã-maras da tevê no momento da dupla ex-pulsáo foi nada mais que uma ostensivamanifestação de alegria pelo cumprimen-to de uma missão superior, por mais sujei-ra que ela carregasse em sua essência.

Zico. se, ao invés de revidar o empur-rão de Gallego, tivesse simplesmente cai-do, e de preferência com as mãos no rosto,simulando uma agressão mais contunden-te, poderia ter até conseguido ojubilamen-to único do argentino. Achou melhor fazerjuz á fama de galinho de Quintino.

Segundo uma raposa nascida e queprefere não morrer em Belo Horizonte, ofutebol brasileiro e a política mineira es-táo a depender de duas urgências igual-mente importantes:

De Zico assumir uma mentalidademais madura e de o Sr Francelino Pereiratomar posse no Governo de Minas.

William PradoRedotor Subttnwto

eleção teme ficar sem Ltico nas finais i cArquivo

opaOo enviado esoocfol

João SaldanhaReafirmação

de um bom time

FLTAVAM

pára o time brasileiro,fundamentalmente, duas posições:o ponteiro-direito e o esquerdo. Enão era muito fácil a solução. Júlio

César andou machucado e fora de forma.0 Batata é bom mas não o ideal, e agoraTitã foi tentado. Deu certo. Joga como seestivesse em seu clube, com desembaraço emuita decisão.

E ainda mais: quando Zico cometeu ainfantilidade de revidar (talvez eu fizesse omesmo ante a grosseria do adversário,mas para um jogador que desequilibra ébom saber que sempre será provocado),Titã foi para o meio e continuou jogandobem.

Pela esquerda estava o Zé Sérgio. Pa-lavra que eu não fazia fé neste jogador.Que se trata de um bom jogador nuncaninguém duvidou. Mas para Seleção pre-cisamos de um excelente jogador. E ZéSérgio é precisamente isto. Muito hábil emuito valente. Olhem que não era um jogopara cavalheiros ou damas. Não chegou aser muito violento mas as entradas erambem fortes e a pusüanimidade do arbitro-zinho, visível. E Zé Sérgio tratou de jogarsua bola.

Estes eram os dois grandes problemasdo time e penso que estão amplamenteresolvidos.

Um outro aspecto da questão era setínhamos um time apenas hábil ou tam-bém uma equipe corajosa. Ora, não é fáciljogar em terreno alheio e com o campomolhado. Aqui, um particular: nossos jo-gadores, antes da partida, foram ao cam-po e experimentaram o material. Um ououtro tombo inevitável, mas de resto tudobem. Esta prática de experimentar chutei-ras é importantíssima. O campo do Riverestava apenas um pouco pesado mas nãotanto como se supunha. Eles tiveram ocuidado de colocar imensos plásticos paraque a grama não ficasse encharcada, e,sem experimentar, não seria possível sa-ber como jogar ou com qual material.

Pois bem, com estes dois ponteiros,com os cuidados tomados e com uma pés-sima e parcial arbitragem (a praxe sul-americana manda que o árbitro apite sem-pre para o time da casa) demonstramos amaturidade essencial a um time de primei-ra categoria. Podem crer, este é nossotime.

Argentinos achamclassificação justa

Buenos Aires — Os jor-nais argentinos, em suagrande maioria, criticaramo nivel técnico da partidade anteontem, no Monu-mental de Nunes, mas mes-mo sem fazer maiores elo-gios ao desempenho da Se-leçao Brasileira, acharamjusta a sua classificação pa-ra a segunda etapa da CopaAmérica.

Segundo o Diário Popu-lar, pior mesmo foi o Brasil"ter se dado ao luxo demanter a invencibilidadesobre a Argentina, que des-de 1970 não consegue ven-cer um jogo entre as duasSeleções". O La Nacion pu-blicou que o único aspectoelogiável da Argentina foiseu entusiasmo, acrescen-tando porém: "ainda quecom isto seja muito difícilconseguir atingir obje-tivos".

AS OPINIÕES"Nos eliminaram da Amé-

rica", foi a manchete de oitocolunas estampada na pági-na de esportes de La Cróni-ca, jornal que, num extenso

comentário, afirma, entreoutras coisas, que a equipelocal saiu da competição"sem pena e sem glória". "ÀArgentina jogou de acordocom as suas limitações esuas individualidades, nâoconseguindo derrotar aequipe brasileira que, semser nada do outro mundo,teve maior organização emelhores jogadores".

O jornal La Prensa afir-mou que "a Argentina nãojogou bem diante de um ad-versário medroso, que veioespecular e tentar se apro-veitar de contra-ataques,sem impor as qualidadesalegadas permanentementepor seus dirigentes". Termi-nou o comentário, no entari-to, reconhecendo que o Bra-sil foi melhor e mereceu seclassificar.

Após considerar a partidacomo discreta, o La Naciondisse que o Brasil foi umtime mais definido e quesoube manter um esquemaconservador, onde o princi-pai era tocar a bola comrapidez e contra-atacar se-guidamente.

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mÈÊÊÉNos sorrisos da chegada, Zico ocultava a preocupação de sofrer uma severa punição e ficar fora da Seleção

\

E agora, Coutinho?São 3hl5m da madrugada de

sexta-feira, em Buenos Aires. Amaioria das luzes do HotelBauen está apagada. No restau-rante do segundo andar, o gar-çom recebe ordem para encerrara conta da única mesa que aindaestá ocupada. Nela conversamCláudio Coutinho, André Richer,José Teixeira, Carlos Alberto Ca-valheiro, o funcionário da CBDJosé Ferreira Duro e o amigo eespião do técnico, Jairo Santos.

Naquele momento, estava ter-minando a primeira reunião in-formal sobre o futuro da SeleçãoBrasileira na fase semifinal daCopa América e, também, naseliminatórias da Copa do Mundoãe 82. Todos estavam entusias-mados com a equipe que, poucashoras antes, havia empatado de2 a 2 com a Argentina. A opiniãogeral era a de que o resultadomais justo seria, no mínimo, 3 aipara o Brasil.

No início, o medoCoutinho disse que a atuação

da equipe tinha sido boa porqueela entrou em campo com a maio-ria dos titulares e isso aumenta aconfiança de todos.

Cheguei a ficar preocupadocom nosso futuro depois daquelapéssima exibição contra a Bolí-via, no Morumbi. Mesmo assimprocurava me animar, admitindoque com a equipe mais certa ecompleta tinha chance de elimi-nar a Argentina. Por isso resolvichamar todos que estavam bem eos que ainda eram dúvidas. Go-mes e Jair chegaram à Seleçãopela primeira vez, mas eu os es-calaria de saída se fosse o caso.No entanto, o que queria mesmoera escalar o time que considerotitular.

Nesses poucos anos de comi-vencia com uma seleção, Couti-nho já observou que os jogadoresse motivam e se tranqüilizamquando estão em campo com aforça máxima.

Só náo escalei Falcão desaida porque ele não estava emcondições de agüentar o tempotodo. Achava que lhe faltaria fô-lego. Para mim, Falcão é titularem qualquer seleção do mundo,inclusive a minha.

Coutinho acha que nessespoucos dias que a Seleção Brasi-leira esteve concentrada já deupara recuperar alguns jogadoresque se mostravam cansados, co-mo Sócrates, Júnior, Zico e Car-peggiani.Sei que o esforço dos joga-dores é rnuilo grande, pois jogampelos clubes e logo depois, semter tempo para uma boa recupe-ração, se integram á Seleção.Exigir mais dessa turma chega aser covardia.

Mais descontraído que nas úl-Urnas semanas, quando náo ti-nha tranqüilidade nem para fa-lar sobre a equipe, Coutinho iiãoperdeu a oportunidade de umdesabafo:

Só eu sei o que passamosneste Grupo Dois. Aquele resulta-do em La Paz acabou comigo.Pensei que pudéssemos vencer aBolívia e entrar com mais segu-rança nas partidas seguintes.Mas La Paz foi um desastre. Atéagora nào esqueço como sofrinaquela altitude. Logo que che-gamos, me sentia bem. Depois dealgumas horas também passei asofrer com a altitude e tive querecorrer ao oxigênio. Fiquei ar-rasado, mais ainda com a derro-ta. Passei a me preocupar emrecuperar a Seleção, mas entre

Oldemário TouguinhóEditor de Esporfei

Foto de Delfim Vieira

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Coutinho, algumas rugas e fios de cabelo brancouma coisa e outra havia os jogosdo Flamengo. Ninguém quer sa-ber de justificativa, do cansaçopor causa do calendário, compartidas seguidas. Não adiantaprocurar mostrar este problemaporque o que todos desejam é avitória a qualquer preço.

Depois, o desgasteCoutinho confessa que sofreu

um processo de desgaste que lheprovocou até problemas de esto-mago. Passou a ler dificuldadena digestão e perdeu dois quilos.Ele mesino já se sente bem maisvelho que há pouco tempo. Diz eleque as rugas c os fios de cabelobranco começaram a aparecer,depois da Copa do Mundo.

De fato. Coutinho tem o rostocansado e diz que não encontramais tempo para fazer sua ginás-tica. Antes tinha hora certa: ago-rafaz uma vez ou outra, no Fia-mengo.

E dura a vida de técnico,mas gosto desse tipo de emoção.Gosto de viver esses problemas,mas não há dúvida de que issodesgasta a gente.

Na conversa que teve comaquele grupo da Comissão Técni-ca, durante o jantar da madruga-da, Coutinho aproveitou parafa-zer uma espécie de relax, masficou sério quando o calendáriopassou a ser o assunto da mesa.

O calendário tem que sermais racional. Acredito até que ojogador sinta um problema emo-cional por viver intensamente, acada dia, a responsabilidade deum novo jogo. Tomem o exemplodo Zico. Sempre foi muito disci-plinado, mas ultimamente tem ti-do reações violentas, que só umhomem cm atividade intensa co-mo ele pode ter. Não sei se Zico,descansado, teria reagido assim,pois é um jogador que náo agrideninguém.

Ao comentar a atuação de Zi-co, Coutinho disse que ficou preo-cupado com a expulsão.

Cada jogador entrou emcampo com um setor para fechar.Vocês viram que até o Sócratesestava dando carrinho. Conver-sei com ele e disse que no meutime craque é craque, mas temque ajudar também na marca-ção. Nosso esquema consistia emcercar os argentinos e evitar ospasses do meio-campo para osatacantes. Mandei que Amaral eEdinho se revezassem na perse-guiçào a Fortunalo para que elenão pudesse se movimentar atrasdos nossos homens de meio-campo. Nessa fase, Carpeggianifoi sensacional, é um talento deverdade. Mesmo com essa preo-cupaçáo, íamos com perigo aoataque, porque nossas tabelinhaseram muito rápidas. Quando Zi-co saiu. senti que a situação ia semodificar porque as jogadas decriação dos contra-ataques de-viam partir de Zico.

Com o empate da Argentinae sem contar com Zico, como vocêorientou o time no segundo tem-po, o que disse aos jogadores?

Disse que em decisão valiatudo e que nos estávamos pagan-do o preço por sermos bons. Tati-camenle. mandei Batista ficarmais atrás. Mandei aliás que to-da marcação direta se fizessemais atrás para que os argenti-nos pudessem se adiantar umpouco e com isso abrir espaçosem suas costas. Pedi ao meio-campo que se fechasse mais por-que os laterais estavam liberadospara atacar no segundo tempo.Isso deu certo. Se tivéssemos sor-te teríamos ganho de 3 a 1. queera meu escore justo. Tudo termi-nou bem. Na entrevista coletiva,gostei de ver o Sachi comentarque nós estivemos melhores.

Coutinho não esconde que temduvidas no meio-campo. AchaBatista sensacional lá atrás, "umverdadeiro monstro". Diz queCarpeggiani e Falcão, juntos,acabam com o sistema defensivode qualquer adversário.

Como vou fazer no futuro? —pergunta ele.

O técnico já deixou claro queZenon perdeu suas chances naSeleção e que só será chamado,de agora em diante, no caso deuma emergência, como a contu-são de um titular.

Durante as semifinais, Couti-nho espera ter mais tempo paradescanso dos jogadores.Vamos ter adversários co-mo Peru, Uruguai e Chile, semfalar na Colômbia, que goleou aVenezuela. Precisamos ver tudosobre essas seleções.

Nesse ponto da conversa, en-tra o diretor de Futebol da CBD,André Richer, para lembrar quedevemos começar a pensar logonos problemas da altitude de LaPaz durante as eliminatórias daCopa do Mundo, em 81.

Acho bom — diz o dirigente—fazermos urna escalada cm Co-rumbá, depois cm Santa Cruz deLa Sierra e Cochabamba para sóchegar em La Paz no dia do jogoe ir logo para o estádio, comofizeram os húngaros nas elimina-tórias de 78, e acabaram golean-do a Bolivia.

Coutinho diz que este era seuplano para a Copa America, masnáo foi aprovado pela ComissãoTécnica, e usa como testemunhao funcionário da CBD, FerreiraDuro.

Para uma competição maislonga como a Copa do Mundo,por exemplo, minha filosofia —afirma Coutinho — ainda é a depassar pelo menos 30 dias nolocal da competição. Um periodode adaptação ainda é a melhorcoisa para a equipe estar bem nahora do jogo. Este será meu pon-to de vUta quando houver reu-nião da Comissão Tônica para aseliminatórias da Copa.

No momento, Coutinho achaque a equipe titular está pratica-mente formada, faltando apenasque dois jogadores se firmem: Ti-ta, que vem se saindo otimamentesegundo o técnico, e Edinho.

Atualmente, Edinho c titu-lar absoluto, mas é nos jogos fu-turos que ele tem que confirmaressa dupla com Amaral, poús olugar antes era de Oscar. NaSeleção, náo escalo ninguém, sãoos jogadores que se escalam comsuas atuações. Por isso tantoEdinho quanto Titã podem, den-tro de pouco tempo, ser tão titu-lares quanto os outros.

O importante, agora, para otreinador, é reunir sempre essesjogadores e pedir que no Rio. emSão Paulo, e no Rio Grande doSul, eles sejam um pouco maispoupados.

Meu medo é ter que passarnovamente por tantos sacrifíciose. no fim, não ter um time comsaúde para as partidas das semi-finais. Por favor, poupem nossosjogadores e ajudem mais a Sele-ção. Já temos hoje um time bom,em que a torcida confia, 'e isso émuito importante. Agora é só darmais estrutura ao conjunto, por-que personalidade a equipe mos-trou r.este jogo com a Argentina.Se naquela partida havia um ti-me confiante e seguro era o nos-so, e esse prestigio temos quemanter eternamente. Não temosmedo de ninguém, mas muitagente tem medo quando nos en-frenta cara a cara.

Buenos -Vires — Apesarde todas as tentativas de semostrar otimista e de falaro menos possivel sobre oassunto, numa manobra eu-ja finalidade é nào chamar aatenção dos dirigentes daConfederação Sul-Americana para o assunto.Coutinho passou a convivercom mais um problema naSeleção Brasileira: a possi-bilidade de ficar sem Ziconas partidas decisivas daCopa America.

Expulso no primeiro tem-po do jogo de anteontemcontra a Argentina, apósuma troca de empurrõescom o apoiador Gallego, Zi-co dificilmente deixará desofrer uma severa puniçãoatravés do tribunal da Con-federação Sul-Americanade Futebol, onde possuiuma ficha disciplinar com-prometedora.

DIFÍCIL DEFESA

Não só Coutinho, mas to-da a CBD se encontra preo-cupada com esta possibili-dade, e os dirigentes já es-tão estudando leis e regula-mentos numa tentativa de-sesperada de livrar o ata-cante de uma punição. Averdade é que, dirigida peloperuano Teófilo Salinas, eu-ja má-vontade com o Brasiltornou-se tradicional, aConfederação Sul-Americana dificilmente dei-xará Zico impune.

Além das implicações po-liticas, consta da ficha deZico urna expulsão contra aColômbia, nas eliminató-rias da Copa 78, e que lhevaleu uma suspensão portrès jogos, embora fosse réuprimário. A preocupação dotécnico e dos homens daCBD aumenta na medidaem que existe ainda o riscode o juiz que apitou Brasil xBolívia, no Morumbi, ter re-latado na sua súmula a cor-rida que Zico deu para de-volver uma agressão do za-.gtiüiro Vargas.

Sobre a súmula de RoqueCerullo, o uruguaio que diri-giu a partida com a Argenti-na, a preocupação ainda émaior, pois o juiz, bastantecriticado pelos brasileiros,poderá se vingar em suasdeclarações e em vez de di-zer que houve troca de em-purrôes, escrever que os jo-gadores se agrediram mu-tuamente.

Leão reconheceas duas falhas

O goleiro Leão admitiuontem, ao desembarcar noRio, que falhou nos doisgols da Argentina contra aSeleção Brasileira explican-do que esteve "em maudia". Ele não acredita queaquela atuação ameace suacondição de titular, "poistenho também o direito defalhar depois de 88 jogos emque meu saldo é amplamen-te favorável".

A tranqüilidade de Leão édemonstrada por uma fra-se: "É claro que fico aborre-cido por ter falhado, mas demaneira alguma me sintoabatido". O goleiro achaque a conseqüência maiorde suas falhas é que o Brasilpoderia ter obtido uma vi-tória fácil e teve que se con-tentar com o empate. Mas oimportante, afirmou, é queo resultado garantiu a cias-sificaçáo para a próxima fa-se da Copa América.

TÉCNICA E RAÇA

Nada mais houve doque um mau dia — repeteLeão — daqueles em que sevocê sair de casa descalçocorta o pé antes de andaraté a esquina, Tomei doisgols que, em situação nor-mal. não deixaria passar. Etanto isso é verdade quetodos estão querendo saberpor qué. Em 15 anos de fute-boi, náo foi a primeira vez e,certamente, não será a últi-ma. Portanto estou prepa-rado para essas coisas.

Na análise que faz do jo-go, Leáo afirma que a Sele-ção Brasileira soube dosartécnica e raça nos momen-tos certos e, porisso, tevetranqüilidade para garantiro resultado que lhe interes-sava para a classificação.Quanto a possibilidade deter sua posição ameaçada,em virtude das falhas, nãochega a considerar possivelqualquer problema dessetipo.

Quem pensa assim élouco. Se isso ocorresse, en-tão niguém poderia maissair de casa para trabalhar.

Leão estará de volta aoVasco segunda-feira, com amesma segurança de sem-pre e certo de que na nisto-ria do futebol brasileiro ou-tro grande goleiro de Sele-ção sabia superar as falhase se manter sempre comotitular:

Cansei de ver o Gilmarengolir grandes frangos enem por isso deixou dfi ser omaior goleiro de sua época.

caderno JORNAL DO BRASILKio áe Janeiro, ? Sábado, 2.í de aposto de 1979

CINELÂNDIA «SIItól^SA CINELÂNDIA Cl

OS VELHOS TEMPOS ESTÃO VOLTANDO

Na hora do rush de seis décadas atrás, pouco9carros indo, nenhum vindo, dois bondes quasevazios e alguns transeuntes sem pressa. Nos anos40, uma graxa nos sapatos, no banco da praça,não era privilégio dos homens

Em 1964, entre o povo e a rua, soldados debaionetas caladas. O Brasil, como a Cinelândia,começava a mudar. Quatro anos mais tardo,Vladimir Palmeira discursava para a multidãona escadaria do Palácio Pedro Ernesto

NOS CARTAZES, TUDO É LIBERDADEj MA calça Lee e um par de#

tênis são abordados poroutra calça Lee e outropar de tênis:— Já sabe quando vai

ser a próxima assembléia? ,Perguntas como esta se repetem

com freqüência na nova Cinelândia,ou melhor, na Cinelândia redivivaque este movimentado 1979 conver-teu em palco da maioria das manifes-tações populares no Rio.

Numa das principais estátuas daPraça Floriano, ideologias se mistu-ram. Sob o ano de 1789, lê-se: Liber-tas Quae Será Tamen. E sob o de1889: O Amor por Principio, a Ordempor Base, o Progresso por Fim. Entreas duas sentenças, inscritas em mate-rial nobre, outras, mais vistosas, es-critas em spray sobre faixas já esgar-çadas, falam de apoio à greve defome, dão vivas à Frente Popular eclamam por anistia ampla, geral eirrestrita. Do outro lado da estátua,sob o ano de 1822, outra frase: A SãPolítica É Filha da Moral e da Razão.E mais um viva, desta vez à UEE,misturando-se à afirmação de que" ter-rorista ó a ditadura", ou de que "échegada a hora do povo". Sobre todosesses dizeres, a figura de mulher, alti-va, braço erguido. Ao lado, a placa deinauguração da Praça, dedicada coma gratidão dos filhos à bem-amadapátria. Preso à mão da mulher, umcartaz com um coração vermelho de-senhado e os dizeres: "Mãe, LiberteNossos Filhos."

Este é o novo visual da Cinelândia.cujos austeros prédios públicos tèmsuas paredes pichadas. Uns reagemcom indignação, outros com benevo-lència ("Estão floridos..."). Mas todosconcordam que as manifestações po-pulares realmente fizeram do lugar oseu quartel-general.

Há 30 anos olhando do alto daescadaria do Palácio Pedro Ernesto,Felix Abdala. 52 anos. chefe de segu-rança da Câmara dos Vereadores, nàoestranha todo esse movimento, paraele mais do que legitimo.

— Eles foram feridos em algumacoisa e tèm o direito de protestar. Eunào fui ferido. Se a manifestação épacifica, sou a favor.

Abdala recorda alguns dos mo-mentos de maior agitação vividos porele em seu trabalho, da morte deGetúlio Vargas, quando teve de pas-sar um mês dormindo na Câmara dosVereadores, a 1964, quando ficou ape-nas 15 dias. Depois, segundo diz, ascoisas ficaram meio paradas.— Lá por 1968, 69, o movimentovoltou. E agora de novo. Até quegosto, pois isso ajuda a passar otempo.

Mas a época preferida foi mesmo oinicio da década de 50. Hélio Santos,auxiliar de Abdala, concorda. RubemVidal, outro auxiliar, desconversa.Nem todos gostam das manifestaçõesna escadaria, ou percebem que ostempos realmente sáo outros. NelsonArantes, mato-grossense do Sul, 19,anos; Paulo Bandeira Borges, cario-ca, 28; e •Antônio Ferreira de Lima,paraibano, 25, formam a turma delambe-lambes da Cinelândia e garan-tem que não entendem nada de políti-ca. Nem se interessam. A única coisaque sabemn é que, na hora das mani-festações, corre todo mundo para ver.José Fagundes de Abreu, 73 anos,vendedor de milho para ser distribui-do aos pombos, desde que se entendepor gente vota com o Governo, sejaqual for. E nào discute a questão.

De um modo geral, o comércio emvolta da Praça (duas ou três lancho-netes, um galeto e uma loja de artigosmasculinos) não gosta muito das ma-nifestaçòes. Antônio Francisco Fer-reira, dono do tradicional Amareli-nho, explica por qué:— Quando vem muita gente, mes-mo que pacifica, temos de fechar asportas, pois não conseguimos atenderdireito.

Ele recorda a velha Cinelândia deedifícios harmoniosos, "a cordilheirade prédios em frente à Biblioteca Na-cional". hoje interrompida pelo espi-gào que pós fim ao antigo Capitólio epelo outro que forçou a demolição doImpério. Restam o Pathé (exibindoOs Imorais) e o Odeon (Uma Fêmeado Outro Mundo), construídos na dé-cada de 20.

Embora veja com bons olhos osmelhoramentos já feitos na Cinelàn-dia. seu Francisco acha que muitomais precisa ser feito. Por exemplo, aconstrução de banheiros públicos alipor perto:

— Em dia de manifestação, os nos-sos não dào vazão.

A outra sugestão é o tombamentodo que resta da antiga cordilheira,para que nào se ergam novos espi-gões e ele próprio Se sinta menospressionado pelo proprietário do pré-dio onde está o Amarelinho.

Os freqüentadores da Cinelândiade agora não são os mesmos dos seusgrandes dias, mas não mudaram mui-to em relação aos que fazem ponto alinos últimos anos. À noite, o GayPower predomina. De dia, são pes-soas que para para dar uma descan-sadinha, pivetes de que todos recia-mam, gente de passagem e vendedo-res. Entre os últimos. Helena Venturade Melo, Francisca Feitosa Cavalcan-ti e Maria da Glória dos Santos, folhe-tos em punho, tentam arrebanhar no-vas ovelhas para A Sentinela e Des-pertai, publicações das Testemunhasde Jeová.

Há também os namorados, comoGualberto, uruguaio, 21 anos, e MariaElisabeth dos Santos, paraibana, 24.Mesmo sendo táo jovem, ele diz que aCinelândia já foi muito melhor. Nãose.refere. é claro, aos tempos de Fran-cisco Serrador, mas à época em que"os hippies podiam ficar curtindouma boa até as 5 da manhã". Hoje,quando bate meia-noite, vem o cam-burão e a curtição termina.

Bororó, autor de poucos mas exce-lentes sambas (Da Cor do Pecado eCurare), passa depressa. Sobre a Ci-nelàndia, afirma ter dito tudo em seulivro Gente da Madrugada. Cumpri-menta Miguel Alexandre, 84 anos, ve-lho amigo. Elegante, chapéu de feltroe sapato de camurça pretos, uma pé-rola prendendo a gravata, Miguel'Ale-xandre é categórico:

A Cinelândia e o Rio nào sãomais os mesmos desde que o Governofederal mudou-se para Brasilia.

Antigo freqüentador da praça, ex-operador de cinema (inaugurou o Pa-thé e o Pátria), ex-motorista da Gara-gem Batista, inspetor fiscal por 50anos. ele recorda o tempo em que aBrasileira, famosa sorveteria, era oponto de encontro de senadores eVice-Presidentes:

Vinha o Goulart quando eraVice, o Flores da Cunha...

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PASSEATAS,

faixas, carta-zes, discursos inflamados.De repente, já nào sâo asgigantescas perfuradorasdo metrô as responsáveis

pela quebra do silêncio nas tardes daCinelândia, mas o coro (não táo baru-lhento, mas bem mais humano i dasmanifestações populares. Seja qualfor a causa — reivindicação salarialou anistia ampla, geral e irrestrita — éali que esse coro se faz mais presentea cada dia. Como nos velhos tempos.

— Sim. a Cinelândia voltou a ser ocentro nervoso do Rio.

Félix Abdala diz isso com autori-dade: ele é chefe de segurança daCâmara dos Vereadores, em cuja es-cadaria se reúnem os manifestantes,sob os olhos sempre vigilantes depoliciais fardados ou nào.

Nào é apenas na preferência poresses degraus que as manifestaçõesmarcam uma volta aos velhos tem-pos. A própria polícia continua a mes-ma, fotografando e filmando, do altoda Biblioteca Nacional, os acaloradosmanifestantes e os pacatos transeun-tes, que em breve farão parte dosimplacáveis arquivos da Rua da Re-laçào. Também sáo os mesmos ospombos, prováveis descendentes dosque sobrevoaram o célebre discursode Jango ou os protestos que se segui-ram à morte de um estudante noCalabouço.

O que mudou, e muito, foi a paisajgem. Ao contrário do que aconteciaem outros tempos, é até com certoconforto que os trabalhadores podemgritar por mais salário (e os políticospor mais liberdade). Além do amplocalçadâo, com seus 11 mil 800 metrosquadrados, hà a estação do metrô,nova alternativa para retiradas estra-tégicas.

Tudo isso, segundo seus mais anti-gos freqüentadores, é mais um impor-tante capitulo na história do lugar. ACinelândia, lembram eles, já foi so-nho, depois se transformou em estadode espírito, mais tarde virou cartão devisita da decadência do Rio e por fimse converteu num monte de ruínascercado de pombos por todos os la-dos. Hoje, ela tenta reviver o antigoesplendor. E não apenas nos letreirosluminosos de seus cinemas, no chopedo Amarelinho ou nas noitadas doBola Preta, heróicos redutos de resis-tència à febre dos arranha-céus e àfúria das britadeiras. Passada a fasedo metrô — reconstruído o lugar compostes art-nouveau, jardins floridos,bancos novos, pedrinhas portuguesase o chafariz francês que substitui oPalácio Monroe — parece que chegoua hora de a Cinelândia recuperar tam-bém o seu espirito, começando porser, novamente, a imensa tribuna po-pular de tempos atrás.

Assim, exatamente por onde pas-saram, de velas na mão, os que mar-charam com Deus e a família pelaliberdade, caminham hoje, de mãosdadas, os apóstolos da anistia. Sepa-rando uns de outros não há apenas oespaço de 15 anos (ou as diferençaspolítico-filosóficas que os fazem ver aliberdade de ângulos táo opostos),mas a própria mudança que tem sidoimposta à cidade em sua lenta e com-plicada modernização.'

A Cinelândia de 1964, segundo osque a conheceram nos áureos tempos,era um retrato da decadência do Rio.A de hoje, pelo contrário, pretende sero primeiro passo para um reencontrocom as melhores tradições de umacidade outrora maravilhosa. Nisso, osaudosismo é inevitável. Por maisque saibam que o tempo nào dá mar-cha à ré — e que o Rio boêmio,elegante e romântico dos anos 30 estásepultado para sempre—os reabilita-dores da Cinelândia recordam seusvelhos encantos certos de que, revis-tos e aumentados, eles podem serrevividos.

Sonho, estado de espirito, deca-dência, ruína, reconstrução. A Cine-làndia. em mais de meio século deexistência, tem obedecido a um ciclode constantes transformações. O so-nho pertenceu a um homem só, Fran-cisco Serrador, um espanhol apaixo-nado pelo show business que decidiuconstruir no Rio uma Broadway bra-sileira. Inspirado certamente nas lu-zes de Times Square. nos espetáculosde Ziegfeld e na efervescência da Ma-nhattan dos anos 20. ele imaginou umlugar onde cinemas e teatros, casasde cha e restaurantes trouxessem pa-ra o Rio a atmosfera de Nova Iorque.

O sonho se fez realidade. Em finsda década de 20. a Cinelândia ja náoguardava vestígios do convento daAjuda, que antes existia no largo domesmo nome (hoje Praça MahatmaGandhi). Muito menos do casarão on-de morara a mãe do Bispo do Rio deJaneiro, dona Ana Teodoro RamosMascarenhas, na confluência dasRuas dos Barbonos (hoje Evaristo daVeiga) e da Guarda (Avenida 13 deMaio), local que em sua homenagempassou a chamar-se Largo da Màe doBispo. Substituindo essas constru-ções ligadas a vida religiosa da cida-de. estavam agora o Capitólio, oOdeon. o Pathe e o Alhambra. primei-ros de uma longa serie.

A Broadway brasileira, como seumodelo, não se confinaria a uma uni-ca via pública. Ruas paralelas e trans-versais, ou mesmo pontos mais dis-tantes da atual Praça Flonano. tam-bem se incluíam no sonho de Serra-dor. A Cinelândia cresceu. E seuslimites geográficos, em termos de ca-

sas de diversão, estenderam-se. deum lado. ate os cinemas da Rua daCarioca e os teatros da Praça Tira-dentes, e, do outro, até os restauramtes da Rua do Passeio e os cabarés daLapa. Mas a Cinelândia nâo uniu ape-nas esses dois pólos. Toda a cidade.Zonas Norte e Sul. passou a fazer dalio seu ponto de convergência.

Por muito tempo, ficou sendo aCinelândia o centro cultural, artísti-co. intelectual, político e mundano doRio. Afinal, eram parte dela o TeatroMunicipal, o Museu de Belas-Artes. aBiblioteca Nacional e o Palácio Mon-roe, importado dos Estados Unidosem 1904 e mais tarde transformadonum importante templo político me-le, não apenas as decisões, mas tam-bém as discussões, emulações, confu-soes. contradições e ate conspiraçõesque marcaram alguns capítulos daHistória do Brasil).

Depois, o que era sonho tornou-seestado de espirito. Em certa época —década de 30 e parte da de 40 — toda avida carioca podia se resumir naspessoas e costumes que se contrasta-vam dentro dos limites da Cinelàn-dia. Para muita gente, aquela nào eraapenas uma parte do Rio: era o pró-prio Rio. Cinemas e teatros, que semultiplicavam, exibiam em seus car-tazes os títulos dos grandes espetácu-los, todos estreados ali e só depoislevados para os bairros. As casas dechá (o Amarelinho começou comouma delas) eram esticadas obrigató-rias onde se discutiam o filme ou apeça visto pouco antes. Pelas calça-das, o footing confundia-se com umdesfile de elegância, as mulheres lan-çando ou simplesmente se mostrandoem dia com a última moda. Nos ban-cos do jardim, homens conversavamsobre política, literatura, arte. Osboêmios, transitando entre a Lapa e oNice, sempre paravam para um gole.Os intelectuais faziam ponto nos mes-mos bares e nos mesmos restau-rantes.

Naquele mundo, nào tão esfuzian-te quanto a Broadway que Serradorconhecera, mas de certo tão comple-xo em seus contrastes, tudo era possi-vel, inclusive a mais perfeita coexis-tència pacifica entre os que não per-diam um concerto de gala no Munici-pai e os que pulavam a noite toda noBola Preta; entre os que liam tranqüi-lamente na Biblioteca Nacional e osque se entregavam às madrugadas doBrasil Danças; entre os que falavamde corridas no Jóquei Clube e os quetraçavam planos para o próximo car-naval dos Embaixadores; entre osque se reuniam no Senado, para dis-cutir os destinos do país, e os que sesentavam à mesa com Noel, Orestes,Nássara e Bororó, para ouvir o últimosamba de um deles; entre a policia ealguns dos mais legítimos represen-tantes da malandragem carioca.

E a decadência? Os velhos fre-qüentadores, os saudosistas de ummodo geral, os estudiosos do Rio anti-

go, todos tèm na ponta da língua umaexplicação para o esvaziamento pro-gressivo sofrido pela Cinelândia. emfins dos anos 40. Para uns. tudo sedeve à mudança da vida noturna ca-rioca para a Zona Sul. onde o apareci-mento de cinemas, teatros e boatesacompanhou de perto o crescimentode bairros como Copacabana. Leblone Ipanema. Para outros, a razão esta-va na própria modificação dos habi-tos do carioca em ralação à Cinelàn-dia, o que acabaria refletindo a deca-dência da cidade, a partir do momen-to em que a Capital se mudou paraBrasilia. A Cinelândia. pouco a pou-co, perdia seu charme. As casas dechá desapareceram, substituídas poragências bancárias, tabacarias e bo-tequins de segunda. Os restaurantesrenunciaram ao seu status, enquantolojas de eletrodomésticos, sebos e ca-melõs proliferavam. O Amarelinho re-sistia. embora ilhado entre cinemasque, em vez de promover grandesestréias, desciam quase à condição depoeiras de luxo. Resistiam tambémos pombos, alimentados por mãosgenerosas. Mas os outros freqüenta-dores do lugar já náo eram os mes-mos. Nada de homens conversandosobre política, literatura e arte nosbancos de madeira. Nada de footingselegantes. A mulher carioca preferiaagora as sofisticadas boutiques deIpanema. E a velha calçada acabouconvertida naquilo que Mario Lagodefiniu como "um prado maravilhosopara as bonecas correrem à vontade".

No período mais agudo da deca-dência, até mesmo a coexistência dei-xou de ser pacífica. O Bola Preta, oBrasil e as mesas boêmias, como oAmarelinho, desafiam o tempo, masjá passam ao largo os bem-comportados freqüentadores do Mu-nicipal, do Jóquei, da Belas-Artes eda Biblioteca. A malandragem tor-nou-se mais agressiva, ao passo que apolícia, de cassetete em punho, decla-rou guerra ao trottoir. Os políticosmudaram-se para Brasilia. E o AI-5veio calar as manifestações popula-res. Até que o metrô entrou cm cena.E o que era decadência, na Cinelàn-dia dos anos 70, transformou-se numenorme buraco.

Agora, a reconstrução. O buracofoi fechado, as minas já náo estáo lá.Depois de quatro anos de per*urado-ras e britadeiras, pás e picaretas, aCinelândia ressurge. As passeatas, asfaixas, os cartazes e os discursos infla-mados, nas manifestações que devol-veram ao local as honras de centronervoso do Rio, sào uma volta aosvelhos tempos. Talvez nada mais sejareconquistado, nem a glória de cine-mas e teatros, nem a passarela daelegância, nem as casas de chá, nemos restaurantes, nem a Broadway deFrancisco Serrador. Mas a visào demilhares de manifestantes, na esca-daria da Câmara dos Vereadores, co-mo na época em que a Cinelândia erauma imensa tribuna popular, é pelomenos um recomeço.

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PAGINA 2 CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL Rio de Janeiro, sábado. 25 de agosto de 1979

MaH__a__-__n-B-_

LELUIA ! Temos anistia, vamos come-morar com uma chopada ali na esqui-na da Rua Frei Caneca. Comemorarem termos. Também a anistia propostapelo Governo e aprovada pelo Con-

gresso é em termos. João Brandão observou-meque trocada em miúdos, poderia ser redigidaCLSSÍ7H.'"È concedida anistia a todos quantos come-teram crimes políticos ou conexos com estes.Quer dizer, a todos não. Só aos que a gentequiser."O gordo Artigo Io da lei e o seu magroParágrafo 2o, unidos de cama e pucarinho, de-monstram que o significado da palavra todos émuito relativo. Todos não são numericamentetodos, há umas partes componentes do todo queficam de fora do todo.

Falei em Frei Caneca... Aí está um velho¦insubordinado que não teve anistia. Preferiramarcabuzá-lo em praça pública, e hoje o seu nometanto representa rua, onde o povo teoricamenteé soberano, como o presídio nela instalado, evique a soberania fenece. Entenda-se.

¦ ¦ ¦

E soube-se, ainda na semana, que um acio-nista que detém 25r/c do capital é superior, empoder de decisão, ao acionista portador de 75c7c.Esta é a novidade introduzida no acordo entre anossa Nuclebrás e a Kraftwerk Union, para aformação da Nuclen. O menos valendo mais doque o mais. Eis ái mais um aspecto da curiosanatureza do todo. ã luz de critérios modernos.No todo, o menor prepondera sobre o maior, osalgarismo ascendentes são cavalgados pelos

Drummond

A SEMANA"EM TERMOS"

descendentes. Ah, quem me dera ser acionistaminoritário, mas bem minoritário mesmo, doBanco do Brasil, para asumir o controle desseestabelecimento ! Ainda é cedo para realizareste sonho. Por enquanto, o princípio "todopoder ao minoritário" vigora apenas nos açor-' dos internacionais ligados à indústria nuclear.Em termos.

¦ ¦ ¦

Voltam às aulas os professores. É uma notí-cia simpática. Não saíram vitoriosos. E pena.Quem deseja a educação valorizada só podedesejar que os professores sejam condignamenteremunerados pela administração pública. Ain-da uma vez, teoricamente admitido o princípio,

na prática se fazem restrições à sua universali-dade, a pretexto de carências orçamentárias.Vale dizer: Condignamente remunerados, masem termos. Nunca se usou tanto (e se abusou)desta locução como agora.

Mas ficou da penosa greve dos professoresdo Rio de Janeiro este saldo positivo: a classeassumiu a consciência de seu estado, de seuespirito de fraternização, e lutou com bravuracontra a indiferença, a incompreensão e o silên-cio. Ganhou experiência ãe arregimentação so-ciai e trouxe contribuição para o reconhecimen-to dos direitos democráticos do trabalho. Con-fesso que até hoje não entrou em minha cabeça aidéia de que o trabalhador-funcionário públiconão tem os direitos conferidos ao trabalhadorcomum. Por quê ? É inferior a este ? Ou tão

superior, que não carece ter direitos, bastam-lhea honra e glória de ter o Estado corno patrão ?

¦ ¦ ¦Violinos,.violas, violoncelos, o sonoro v des-

ses instrumentos de corda parece ressoar numaala internada Funarte, onde por uma semana etanto se expuseram 46 instrumentos fabricadosem sua luteria. É agradável saber qúe já temosuma escola de formação de coiistrutoras deinstrumentos musicais desse gênero, e maisagradável ainda a informação úe que nessaescola estudam e se profissionànkam alunos daFunabem. essa Fundação criada por inspiraçãoe instigação do nosso querido Odylo Costa, filho.Na semana do seu falecimento, os menoresabandonados que ele cuidou de preservar damarginalizaçào surgem como artesôes de músi-ca, produtores de material, especializado paraas orquestras brasileiras. Ê intenção da escolanão ficar adstrita ao seu trabalho no Rio: pre-tende ser matriz de núcleos de fabricação por aíalém nesses brasis táo carentes de trabalhopara o menor: seus diplomados ensinarão aoutros jovens, que assim se defreontam com umaopção de vida útil e lindamente relacionada copia mais pura das artes. A Escola de LuteriaFunábem-Funarte está aí para mostrar como seescolhe a madeira; como é preparada: como seesboçam as faixas, o tampo, o fundo os moldesdo braços, a voluta, a cravelha, o cavalete... emais aquele indefinível e maravilhoso toque dealma de que nos falou o noticiário da Funarte, eque afinal de contas é ou deve ser tudo na vida,quando se deseja criar ou ajudar a criaçãoalheia. Muito bem dito: toque de ahna. Saudadede Odylo e honra à sua memória.

Carlos Drummond de Andrade

-osirtâiS-Notoriedade

Ao assumir a presidência da Fun.terj, adotei o propósito de responder ascartas divulgadas nos jornais, referên-tes à Fundação. Assim decidi, menospela importância de alguns missivistasde gabarito rasteiro, do que para escla-recer honestamente o leitor às vezesdescaminhado pelo epistógrafos.

Ocorre que tal correspondência sefaz volumosa: há quem náo encontreoutro prazer senão lamber o próprionome em letra de forma. Há suicidasque se matam para ler a história nojornal. Como eraZo nome do anônimoque, para entrar na História, derrubouo Colosso de Rodes? E o que marteloua Pietá?

O missivista Luiz Fernando CruzMarcondes exibe-se louco para mos-trar que esteve no Teatro do Wolf Trap,e à espera de que eu aqui construa aversão cabocla, para ali deixar o seugraíítti. E outro, entendido em ópera, adesafiar-me para uma espécie de céu-é-o-limite, para ganhar notoriedade àcusta da minha.

Por isso, venho pedir humildemen-te: se devo responder a essas Sevignésdo ócio, adote-me o JORNAL DOBRASIL como colaborador, pois, tudoindica, minhas respostas estão dandoibope. Guilherme Figueiredo — Rio deJaneiro.

Assassinato gastronômicoContinuam aparecendo no JOR-

NAL DO BRASIL reportagens e noti-cias sobre o restaurante Giardino. In/ciou-as o Sr Apicius, com uma crônicarelatando corretamente a mediocrida-de do local. Revidou a seguir o Sr J.B.Oliveira Sobrinho com uma carta,transcrevendo trechos de livros de culi-nária americanos, para defender a qua-lidade de seus queijos e da massa utili-zada. Finalmente, a edição do dia 23dedica uma página inteira aos talentosdo chef paraibano Laércio Ferreiraque, tendo estagiado em vários restau-rantes americanos, aqui voltou paraauxiliar o Sr José Bonifácio na introdu-ção da "alta gastronomia italiana".

Apesar de tanto espaço já dedicadoao restaurante em apreço, espero queainda sobre um pouco para publicarestes meus comentários. Estive no res-taurante já duas vezes, a segunda real-mente para verificar se a experiênciadesastrosa da primeira não fora devidaa um dia particularmente infeliz dochef Laércio. Confirmei depois as mi-nhas impressões com vários amigosque também haviam experimentado olocal, e a impressão inicial sobre a suapretensiosa mediocridade continuainalterada.

Alguns exemplos talvez ilustremmelhor o verdadeiro assassinato que seestá perpetrando contra a gastronomiaitaliana:

1. Spaghetti alie Vongole*. a porçàoencomendada veio tâo mole que tevede ser substituída. A porçào substitutafoi também incomivel, pois a massaestava literalmente crua.

2. Gnocchi alia Romana: servidoscom molho de tomate e preparadoscom batatas, coisa jamais vista, poisdeve-se utilizar semolina e servi-lossimplesmente gratinados ao forno,com manteiga e queijo.

3. Spaghetti com corações de alça-chofra de lata, o que é inaceitávelquando há varias semanas ja se encon-tra o produto fresco. Além do mais,agredir o delicado sabor das alcacho-fras com pecorino é crime digno dacozinha "italiana" de Dom Corleone.

4. Cappelletti in brodo: supercoá-dos,desmanchando-se no caldo, e pre-parados com massa excessivamentegrossa. •

5. Queijos ralados realmente mal-cheirosos. Pode ser que realmente se-jam importados ipensei que a importa-ção de queijos fosse proibida), porémcontinuam velhos, secos e mal raiados.

6. Sobremesas seguramente oriun-das da mais modesta padaria. Enco-mendei um babá ao Rhum e veio umabombinha de massa de choux que pa-recia borracha. Nào houve infelizmentemeio de convencer o garçon de quebaba e outra coisa.

7. Durante o tempo todo o chefeLaércio, com o seu avental branco ima-culado. circula elegantemente entre asmesas. Não deveria ele talvez passarmais tempo na cozinha a transmitir àsua brigada os seus conhecimentosgastronômicos italianos made in USA?

8. Finalmente, ao pedir um cacho deuva elegantemente exposto com ou-trás frutas numa linda fruteira, foi-me

respondido que se tratava de fruta deplástico.

Se adicionarmos a tudo isso a pre-sença de uma tropa de maitres enfatio-tados como galãs de teatro de revista,uma sommeillère equipada de taste-vin e chaves de adega — mas sem fazersequer o gesto de experimentar os vi-nhos servidos — e os preços absoluta-mente escorchantes, fica definitiva-mente confirmada a opinião creio quejá generalizada: o lugar é pretensioso, acomida medíocre e quem lá come umavez não volta. Sérgio Piombo, Rio deJaneiro.

Espetáculo turístico

Lamentável e vergonhosa a violentacena de incompetência que nos foi pro-porcionada por 11 soldados da PoliciaMilitar, em cinco viaturas da temívelcorporação, na Avenida Copacabanaesquina de Rodolfo Dantas, em plenachamada zona turística, às 22h do dia15 de agosto. A PM, despreparada eselvagem, desconhecendo os mais ele-mentares métodos de repressão ao tu-multo em via pública, pôs em polvoro-sa todo o quarteirão.

Foram necessárias quase duas ho-ras e empregou-se todo um pequenoexército para remover do local umamulher, que, acometida de ataque his-térico, foi esbordoada e desrespeitadapelos violentos homens da farda azul.A chegada da primeira* patrulhinha, nu540 268, às 22hl8m, deu inicio ao barba-ro espetáculo que tivemos como sobre-mesa, de nossa janela, na companhiade amigos diplomatas estrangeiros queconosco haviam jantado.

A segunda viatura, n° 540 267, che-gando às 22h40m, dedicou-se à impor-tante tarefa de tentar desobstruir otrânsito que ela mesma, mal estaciona-da, dificultava. Às 22h58m, uma tercei-ra patrulhinha, n" 540 539, chegou aolocal do inusitado entrevero e, agora,mais dois homens se dedicam à glorio-sa atividade de esbordoar a doente. Aessa altura, um médico, horrorizadocom aquilo que assistíamos, aproxi-mou-se para tentar efetivar a subjuga-çào, já que os beleguins se tinhamprovado incapazes de atender umasimples emergência psiquiátrica, e foiameaçado em sua integridade fisica,tendo de voltar à sua janela. Maistarde, às 23h32m, assistimos à chegadade um carro fechado de transporte depresos, nü 520 111, trazendo o que nosparecia ser (estávamos no 12° andar)uma camisa de força. Pensávamos quefosse o fim das tropelias da noite. En-gano: houve mais 22 minutos de muitapancada aplicada na histérica vítima,que cada $ez mais se excitava com aviolência. Às 23h41m, o trânsito ficoucompletamente congestionado com achegada de um guincho-reboque daPM que estacionou em fila tripla, aolado da patrulhinha nu 540 267, deixamdo apenas uma estreita faixa à passa-gem dos veiculos que àquela hora tra-fegavam pela mais importante via dobairro. A nova guarnição uniu-se aoscolegas, no afà de surrar a mulher,amedrontar o povo, perturbar o silên-cio e obstruir o tráfego.

O problema só foi resolvido às23h55m, quando finalmente desacor-dada à custa de tanta pancada, a mu-lher, foi atirada no camburão, que pas-sou ainda quatro minutos estacionadopara depois, sirena aberta, partir emdesabalada carreira.

Agora: o que explicar aos estragei-ros que eu tentava afastar da janela?Como agiriam tais facinoras desprepa-rados, se a ocorrência tivesse tido lugarnão em plena Copacabana mas numafavela? Teriam simplesmente atiradona doente para matar? Como se permi-te que homens dessa forma destreina-dos. sem nenhuma noçào de como agirfrente a tão comezinho incidente, te-nham a seu cargo a nossa (iniseguran-ça? Que espécie de adestramento tive-ram esses homens?

Ou será tudo isso um esquema, umdiabólico plano para exacerbar os àni-mos da população, fazer o povo temer aautoridade (e não respeitá-la. conse-qüentemente) e promover a médio pra-zo um cataclisma social? (...) GilbertoAugusto Corrêa Filho — Rio de Ja-neiro.

As cartas serão selecionadas para publicação notodo ou em parte entre as que tiverem assinatura,nome completo e legível e endereço que permitaconfirmação prévia.

ALEXANDER GODUNOV .

NO OCIDENTE, O PRIMEIROPASSO PARA A GLÓRIA

Montreal/AP

| OVA Iorque — Alexander Go-ãunov, 29 anos astro do BaleBolshoi, obteve asilo políticonos Estados Unidos. Alto emusculoso, conhecido pela ve-

locidade e impacto dramático quetransmite à dança, o bailarino é o tercei-ro a fugir da União Soviética nos últi-mos 10 anos, seguindo o exemplo deRudolf Nureyev e Mikhail Baryshnikov.Godunov alegou que pretende "ampliarsua experiência artísitica".

Ludmila Vlasova, mulher de Godu-nov, e que também se encontra em NovaIorque há duas semanas com o Bolshoi,não pediu asilo nem declarou nada àimprensa. "Desejo", disse Godunov,"que minha mulher fique comigo nosEUA. Quero conversar com ela porquena verdade não lhe permitiram sabercomo são realmente os fatos!'

m ¦ ¦

A

fuga de Alexander Godunov do BaleBolshoi nâo só traz ao Ocidente umbailarino de grande apelo carisma ti-co, comparável ao de um artistapop, mas também marca a primeiravez que mn profissional de sua qua-

lidade abandona o famoso grupo de Moscou.Ao contrário do turbulento Bale Kirov de

Leningrado, do qual fugiram Rudolf Nureyev,Natalia Makarova e Mikhail Baryshnikov, oBolshoi, seu grande rival, até aqui podia orgu-lhar-se de ser estável. Pelo lato de que nenhumbailarino o abandonou em 18 anos desde queNureyev deixou o Kirov em Paris, o Bolshoiparecia capaz de oferecer aos seus membros ascondições que faltavam ao Kirov para que nàofosse seguido o exemplo de Nureyev.

Na verdade, o Bolshoi tornou-se o sucessordo Kirov, conhecido como Bale Maryinsky an-tes da Revolução' Russa, e conquistou o lugarde primeira companhia de dança num país quecoloca o bale acima de todas as outras artescênicas. Por causa de sua localização na Capi-tal soviética, literalmente sob os olhos de umGoverno que leva para ver bale os mais altosdignatãrios políticos que visitam o pais, o Boi-shoi adquiriu os privilégios perdidos pelo Ki-rov. Porque o Bolshoi viajava para o exteriormais vezes do que o Kirov, facilitavam-se aosseus bailarinos os contatos com o Ocidente.

O fato de Yuri Grigorovich, o atual diretorartístico do Bolshoi, ter abandonado o Kirovino qual possuía fortes raízes), para chefiar ogrupo de Moscou em 1964, é um testemunho daascensão de status do Bolshoi. Com Grigoro-vich, o Bolshoi ganhou também a mais criativapersonalidade na coreografia soviética. Embo-ra seus bales tenham recebido muitas misturasno Ocidente, Grigorovich foi muito admiradopor bailarinos como Baryshnikov.

Por causa de sua posição privilegiada, suahabilidade de oferecer boas condições mate-riais aos astros do nível de Maia Piisetskaia. ede sua relativa liberdade artística dentro docontexto soviétivo, o Bolshoi foi capaz de con-ter o tipo de descontentamento que apareceuabertamente no Kirov. Nos últimos nove anos.a companhia de Leningrado mudou três vezesde diretores e não conseguiu um so coreógrafode estatura internacional.

A verdade é que nem tudo sâo flores atémesmo no Bolshoi. Contudo, as autoridadesculturais soviéticas executaram um tipo depolítica que se beneficiou largamente' do imen-so tamanho do Bale Bolshoi. Com perto de 300dançarinos, o Bolshoi foi capaz de funcionarnão tanto como uma companhia singular,quanto como uma combinação de facções dissi-dentes. Nâo é segredo que Grigorovich. apoiadopela bailarina Galina Ulanova. hoje fora dospalcos, desentendeu-se pessoal e profissional-mente com Piisetskaia. a prima ballerina dacompanhia, de 54 anos.

O que as autoridades fizeram foi permitir aPiisetskaia viajar pelo exterior com seu grupoindependente de bailarinos e com um reperto-rio diferente do grupo principal Viagens simila-res foram arranjadas para outros grupos, en-quanto o mais importante bailarino do Bolshoi.Vladimir Vassiliev e sua mulher. Katerina Ma-ximova. aparecem regularmente na Europa co-mo astros convidados por companhias de baieestrangeiras.

A questào. então, é saber por que Godunov.de 30 anos, ao contrário de outros importantes

Alexander Godunov e sua mulher Ludmila Vlasova, solistas do Bolshoi. Paraa crítica, Godunov pode tornar-se o primeiro bailarino da geração do rock

bailarinos do Bolshoi, escolheu viver no Oci-dente. Seria ingênuo sugerir que os bailarinossoviéticos fogem exclusivamente por motivosartísticos, tal como eles afirmam. A experiênciatem demonstrado que eles privilegiam no Oci-dente exatamente o mesmo repertório de clás-sicos nos quais foram excelentes na UniàoSoviética.

Baryshnikov e Makarova afirmaram publi-camente que eles ainda consideram o Kirov amaior companhia de bale do mundo. O queesses bailarinos buscam, obviamente, é umaliberdade pessoal maior e um diferente estilo devida. Seria igualmente ingênuo sugerir que odesejo de alta recompensa financeira, que tor-nou milionários Baryshnikov e Nureyev, nãotenha desempenhado uma parte qualquer emtal decisão.

Suspeita-se de que Godunov tenha fugidopor motivos predominantemente pessoais. Co-mo Nureyev. na década de 60. Godunov foi omenino prodígio do bale soviético. As autorida-des soviéticas negaram-lhe permissão de ficarno exterior durante quatro anos (inclusive natemporada de 1975 em Nova Iorque, com toda acompanhia i, depois que ele viajou pelos Esta-dos Unidos em 1974 com um grupo do Bolshoiliderado por Plissetskaya.

Pelos padrões soviéticos, o jeito hippie deGodunov. tanto no palco, quanto fora dele.pode ter sido demais. Com seus longos cabelos

louros alta estatura, porte atlético. Gudunovbem pode ser o primeiro dançarino da geraçãodo rock. Ele não está na mesma classe deBaryshnikov ou Nureyev porque lhe faltam aprecisão e o polimento clássico desses doismonstros sagrados.

Mas ele tem um tremendo apelo popularque ressalta de sua presença altiva e dominado-ra e de sua velocidade fantástica. O públicojovem identificou-se com ele totalmente. Godu-nov freqüentou a escola de bale de Riga e com17 anos juntou-se ao Jovem Bale Clássico, umnovo grupo formado por Igor Moiseyev, e neleficou durante três anos. Estreou no Bolshoi em1971, no papel de Siegfried em O Lago dosCisnes. Em 1973. ganhou medalhas de ouro naCompetição Internacional de Bale em Moscou,juntamente com Vyacheslav Gordeyev e Nade-zhda Pavlova.

Uma semana depois, o trio, a que se uniuLudmila Semenyaka. conquistou o publico deNova Iorque na Metopolitana Opera House,numa temporada do Bolshoi. Estava claro queesta geração de astros emergentes era a espe-rança do grupo soviético. A partida de Godu-nov, portanto, é obviamente uma perda para acompanhia que ainda tem uma equipe masculi-na magnífica, mas é carente de jovens astros.No momento, pode-se apenas especular sobre ofuturo de Godunov. O American Ballet Theatretem o mais adequado repertório para o seuestilo, e não seria surpreendente se ele afinal sejuntasse à companhia.

PARA QUEM NÃO FOGE, O ANONIMATOA União Soviética,

os artistas, bailari-nos, membros emé-ritos ou não, sãoobrigados a dar

cerca de 80r_ dos seus saláriosao Gossconcert. Disso quei-xou-se Maia Plissetskaiaquando estava doente em SâoPaulo, afirmando que precisa-va ficar boa, pois sua diáriade inativa era muito pequena.

Tal fato acontece tambémcom Azari Plissetski, que, ob-tí*ndo licença do Bolshoi paraexercer as funções de maitrede bailet na companhia de Bé-jart, envia um percentual ab-surdo do seu salário para aUnião Soviética.

Por outro lado, os conhece-

dores de dança são unânimesao afirmar que Vassiliev seriao maior bailarino do mundo,caso tivesse saído da UniàoSoviética. Vassiliev, um bai-larino verdadeiramente espe-ciai e talentoso, tinha todas aschances para explodir como ogrande astro mundial. Tal nàoaconteceu. Baryshnikov en-trou no seu lugar, lambemcom grandes aptidões, mas ogrande Vassiliev ficou comsua notoriedade reduzida porser um homem tranqüilo enão ter pedido asilo político, oque, a propósito, não deverafazer mais, beirando os 40anos.

Goudonov, dentro de poucotempo, estará despontando no

mundo mágico de dinheiro efama que tem por outro ladoda moeda a ansiedade e vidacurta. Sua carreira acabarámais cedo no Ocidente, suavida talvez, mas provar o su-cesso mundial, deve dar águana boca de todo o bailarinorusso mais impetuoso. O car-taz comera com a fuga se real-mente ele tiver qualidadestécnicas para sustentá-lo,pronto, estará feito.

Um dia, o manager de Nu-reyev comentou para umabailarina ocidental: "Se vocêfosse uma escapada da Rús-sia. com a metade de sua téc-nica, eu a faria uma estreiamundial amanha, mas vocênào fugiu de lugar algum."

CADERNO B O JORNAL 00 BRASIL O ' Ri» <!e Janeiro, gábacto, 25 t?e agosto r?e 19T9 a PÁGINA 3

Cinema amenoSe o público brasileiro pensa que está vendo

Alien ou verá Moonraker e Apocalypse Now, paracitar apenas três filmes da nova safra americana,exatamente como foram produzidos, está redonda-mente enganado.

O que lhe está sendo (ou será) mostrado nas telasé uma versão acanhada do trabalho original minimi-zado pela falta em nossos cinemas de equipamentocapaz de reproduzir o som desses filmes, o chamadosom total, emitido em dolby stéreo.

Como o som, nas atuais produções americanas, éfundamental para a linguagem do filme, esta chegapálida e amortecida à sensibilidade da platéia brasi-leira.

Os cinemas só sabem conjugar o verbo atualizarquando se trata de aumentar o preço dos ingressos.

¦ ¦ ¦

Quem chegaEstará chegando terça-feira ao Rio o dire-

tor-executivo do Carnegie Hall, de NovaIorque.

Vem passar 10 dias trazendo uma agendade apenas dois itens: — o Festival de CulturaBrasileira que será promovido ano que vemno Carnegie Hall.— a programação da Orquestra Sinfôni-ca Brasileira no exterior em 1980, ano do 40°aniversário do conjunto.

Noite de autógrafosO General Vernon Walters, velho conhecido dos

brasileiros, estará no Brasil em fins de setembro parao lançamento aqui da edição (Record) em portuguêsdo livro que escreveu sobre suas experiências comoadido militar e adviser de vários Presidentes ameri-canos (e até estrangeiros).

O livro de Walters já foi lançado com sucesso nosEstados Unidos e na França.

• Em Paris, entrevistado pela televisão em seguidaà noite de autógrafos, o General Walters expressou-se num francês (foi amigo intimo do falecido Presi-dente De Gaulle) de tal forma perfeito que o entrevis-tador se viu obrigado, mais de uma vez, a alertar ostelespectadores para o fato de que se tratava de umgeneral americano e nâo francês.

ZozimRecorde Q

Dalal Achcar Bocayuva, detentorade mais um recorde artístico

Dalal Achcar Bocayuva encerra amanhã(com dois espetáculos) a temporada no Tea-tro do BNH de seu bale Cinderela exibindoum resultado inédito: 55 espetáculos de dan-ça encenados pela mesma companhia nummesmo local.

O que com peças de teatro é mais do quecomum, até normal — anormal seria a car-reira de uma montagem teatral que nãochegasse àquele número — nunca tinhaacontecido antes com um espetáculo de bale.

uem vaiA bailarina brasileira

Laurinha Proença está di-zendo adeus aos amigos poistoma o avião de volta à Eu-ropa na segunda-feira.

Vai a Paris e de lá a Bru-xelas, onde chega antes deIo de setembro, dia marcadopara ela se reintegrar ao gru-po de bale de Maurice Bé-jart, ao qual volta como es-trela maior.

Béjart tem pronta a co-reografia de um bale espe-cialmente criado para Lauri-nha, com estréia previstaainda este ano.

Só paramilionários

Frank Sinatra será a es-trela do espetáculo benefi-cente certamente mais caroda história: cantará em finsde setembro, no Egito, paraas obras sociais da Sra An-war Sadat a 2 mil 500 dóla-res por cabeça (Cr$ 150 mil ocasal).

O show levará ao Cairodezenas de caixas altas in-ternacionais em charters es-pecialmente organizadospara a promoção, qué deco-larão de Nova Iorque eParis.

À frente da organizaçãoda festa está a incrível Prin-cesa Ghislaine de Polignac,hoje seguramente a mais fa-mosa e solicitada relações-públicas do mundo.

EntusiasmanteHá muito tempo um desempenho

da Seleçáo Brasileira não entusiasma-va tanto os torcedores quanto o dequinta-feira contra a Argentina.

E náo apenas pela bravura e cora-gem, como foi pisado e repisado, mastambém pela técnica dos jogadorestanto individualmente quanto em con-junto.A superioridade do time brasileirofoi tão clara, sobretudo no segundotempo, quando decidiu com vontade edeterminação totais ganhar a classifl-cação, que só o imponderável livrou osargentinos de uma derrota acacha-pante.Se as mesmas tranqüilidade e auto-confiança tivessem sido mostradas noMaracanã contra os mesmos argenti-nos e os bolivianos, a classificação jáestaria no bolso da CBD há muitotempo.

FelizmenteFelizmente, o confrade Chafi Had-

dad, coordenador do almoço mensal daConfraria dos Gastrònomos. realizadoesta semana, no Chez Yunes, teve aprecaução de recomendar aos comen-sais, antes do inicio, que se portassemcom moderação diante de cada prato,comendo apenas pequenas porções.

De outra forma, teria havido umacarnificina, com a possibilidade remo-ta de sobreviventes.

Afinal, desfilaram à frente de cadaconfrade mais de lõ pratos, cada ummais soboroso do que o outro. Se todostivessem a eles se lançado com o apeti-te e o impeto que tornaram famosos osencontros da Confraria, muito possi-velmente estaria agora esta coluna alamentar o desaparecimento da ilustreagremiação, vítima de uma coletiva emonumental apoplexia.

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RODA-VTVAA Academia Brasileira de Letras já

recebeu a inscrição de D Marcos Bar-bosa para a cadeira n° 15, vaga com amorte de Odylo Costa, filho.

A Sra Teresa Muniz e o Sr e SraRicardo Pujals participam o casamen-to dos filhos Cayetana e Ricardo, dia15 de setembro, em cerimônia em Pe-trópolis.

O Sr e Sra José Willemsens Júniorparticipando sua nova residência, naRui Barbosa.

O churrasco comemorativo da vitó-ria do cavalo Aporé no Grande PrêmioBrasil, oferecido pelo clã dos PaulaMachado, juntou um grupo da socie-dade no picadeiro da escola de apren-dizes do Jóquei Clube.

A Sra Berta Leitchic está com via-gem marcada para os EUA no dia 8próximo. Depois, estica até a Europa.

O Embaixador e Sra limar PennaMarinho inspiraram-se no chef PaulBocuse para o prato de camarões quefizeram servir como pièce de résisten-ce do jantar oferecido esta semana.

Jean Castel pegou seu barco e foivelejar nas Antilhas enquanto não che-ga a hora de inaugurar seu restauranteno Rio Palace.

O jovem violoncelista Cláudio Jaf-fé dará seu único recital no Rio, segun-da-feira, na Sala Funarte, acompanha-do da pianista Dayse de Luca. No dia30, o artista estará seguindo de voltaaos Estados Unidos.

Mesa de duas mulheres no restau-rante Le Coin: Olivia Hime e Miúcha.

Rogério Ehrlich preparando paralançamento em dezembro seu livro defotos sobre acontecimentos mundanosde 1973 para cá. De um arquivo de 40mil fotografias foram selecionadas 600que focalizam cerca de 1 mil 200 pes-soas diferentes.

O Sr Carlos Roberto de Aguiar Mo-reira abre os salões dia 5 próximo para

um jantar em homenagem ao ex-Prefeito e Sra Marcos Tamoyo.

A sala de exposições da Escola deArtes Visuais iniciando sua programa-ção do segundo semestre com umacoletiva de artistas que têm como pon-to em comum a pintura geométrica.Nana Caymrni e Edu Lobo fazemuma curta temporada a partir do dia 5de setembro no Canecáo.

O Sr e Sra Antônio Rodrigues dosSantos e o Sr e Sra Aristides Junquei-ra estão convidando para o casamentode seus filhos Paula e Feliciano, dia 5de setembro, na igreja de N Sa doCarmo.

Um grupo bem vestido e alegre desenhores de meia-idade estourava estasemana garrafas de champã GordonRouge no popular Restaurante Auro-ra, em Botafogo.

José Zaragoza expondo com suces-so suas Sombras na Antiqua, em SâoPaulo.

A Sra Maluh da Rocha Mirandatrabalhando febrilmente para o recitalque o premiado pianista Edson Eliasdará em beneficio da ABBR no dia 11de setembro inaugurando o auditórioda sede do Jóquei Clube, especialmen-te cedido para a promoção.O presidente do Trinta x Trinta,Dalmo Esteves de Almeida, homena-geado pelo seu aniversário por umgrupo de amigos com um almoço noRio's no aterro.

Há uma confusão de Romanelli napraça. É Giuseppe, o italiano, e nãoArmando, o brasileiro, o RomaneLUque está expondo na Galeria da Delfin.

O Hippopotamus paulista será pai-co quarta-feira próxima de uma gran-de festa — A Bientôt São Paulo —oferecida por Gisela e RicardoAmaral.

Daniel Azulay de'volta da Dinamar-ca, onde visitou a cidade de brinque-dos Legolândia, deu entrevista para atelevisão dinamarquesa e mostrouseus desenhos no Tivoli Park, de Cope-nhague.

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PÁGINA 4 3 CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, sábado. 25 de acosto de 1979

111 IIIIIIIIIIIIII——1——M1I1

Cinema***** EXCELENTE **** MUITO BOM *** BOM ** REGULAR * RUIM

Estréias***

DETETIVE DESASTRADO (Cheop Detective).de Robert Moore. Com Peter Falk, Ann-Margre1, Eileen Brennan, Sid Caesar, Stoc-kard Chanmng, Marsha Mason, Dom DeLoui-se, Louise Fletcher. John Houseman e Made-lineKahn. Cinema-2(Rua Raul Pompéia. 102

247-8900), Lido-1 (Praia do Flamengo. 72245-8904), Art-Méier (Rua Silva Rabelo,

20 — 249-5455): Uh. lóh, I8h, 20h. 22h.Studio-Tijuca (Rua Desembargador Isidro, 10

268-6014). 15h. I7h. 19h, 21h(10anos).Comédia escrito pelo teatrólogo Neil Simon eapresentada como "afetuosa oaródia doslegendários filmes de detetives particularesdos anos 40". Entre as pretensões de humor,intriga e nostalgia, Peter Falk da sua versãomeio lunática da figura de Humphrey Bogarte dos heróis que este viveu em Casablanca,Relíquia Macabra, A Beira do Abismo eoutros filmes célebres. Produção americana.

***GOLPE DE ESTADO À ITALIANA (Vogliano iColonnelli), de Mano Monicelli. Com UgoTognazzi, Claude Dauphm e François Perier.Capri (Rua Voluntários da Patna, 88 — 226-7101); 19hl5m, 2ln30m (18 anos). Umgolpe planeiado po' um deputado envolveum remanescente aa monarqya ita'iana emilitares sauaosos do fasosmo. Traições eintrigas amorosas se aítcnam com a vamaconspiratória. Produção italiana.

***ALIEN — O 8° PASSAGEIRO (Alien), deRidley Scott. Com Tom Skerritt, SigourneyWeaver. Verônica Cartvvnght, Harry DeanStbrifon, John Hjrt, lan Holm e Yaphet Kotto.Palácio (Rua áo Passeio. 38 — 222-0838),São Luiz (Ruo Machado de Asss, 74 — 225-7679), Roxy (Av. Copacabana, 945 — 236-6245), Tijuca (Rua Conde de Bonfim, 422 —288-4999). Olaria- 14n, 16h30m, 19h,21h30m. Santa Alice (Rua Barão de BomRetiro. 1095 — 201-1299): de 2= a 6=, as16n30m, 19h, 2 lh30m. Sábado e domingo,

o Dartir das 14h, Madureira-1 (Rua Dagmarda Fonseca. 54 — 390-2338): 13h30m, lóh,18h30m, 21 h (Manos). Ficção científica comuma histona de mistério, suspenso e terror.A espaçonave Nostromo viaja à procura aeplanetas desconhecidos, onde possam exist.rfontes energéticas para suprimento da Terra,levando a reboque usinas de tratamento decombustíveis. Atraídos por smais estranhosdescobrem uma nave habitada por um serinaeí'nível, que assume múltiplas formas —irvmigo aparervemenie imbativel. Superpro-du;ão americana, segundo longa-metragemdo airetor de Os Duelistas.

**UM TÁXI ROXO (Un Taxi Mauve), de YvesBoisset. Com Fred Astaire, Charlotte Ram-plmg, Phülippe Noiret. Agost na Belli, PeterUstmav e Edward Aibert. Leblon-2 (Av.Ataulfo de Paiva. 391 — 287-7805), Améri-ca (Rua Conde de Bonfim, 334 — 284-4519).13h45m. 16h20m, 18h55m, 21h.30m. Ópe-ra-2 (P'aia de Botafogo, 340 — 246-7705):18h55m, 21h30m (i8 anos). Histona am-bientado no Su1 qa Irlanaa, oa-a onaeconvergem, atraídos pela atmosfera bucólicae celas paisagens, solitários e desiludidos devarias nacionalidades. Alguns desses perso-nagens se dedicam a investigar o isolamentoem que vivem um homem corpulento (judeuperseguido, nazista disfarçado?) e uma belajovem, sobre cujo relacionamento não háinformações. Produção francesa.

A TROCA DE CASAIS A ITALIANA (Bruciatida Cocente Passione), de Giorgio Ccpitam.Com Jane Birkin, Catherine Spaak, CochiPonzoni e Aldo Maccioni. Roma-Bruni (RuaVisconde de Pirajá, 371 — 287-9994), Bruni-Copacabana (Rua Barata Ribeiro, 502 —255-2908), Bruni-Tijuca (Rua Conde de Bon-fim, 379 — 268-2325), I 5h30m, 17h30m,19h30m, 21h30. Cine-Show Madureira (RuaCarolina Machado, 542): 12h, 14h, lóh,18h, 20h (16 anos). Comédia. Do:s casais —L«'m bem-corr.portado, o outro dado a avenfu-ras —- vivem no mesmo ba<rro, em Mitão.Ehcontram-se, um dia, em circunstâncias queOS levam a procurar um caminho masinteressante para suas vidas. Produção ita-liana.

Continuações*****

CERIMÔNIA DE CASAMENTO (A Wedding),de Robert Altman. Com Desi Amaz Jr., CarolBurnett, Geraldine Chaplin, Howard Duff,Mia Farrow, Vittorio Gassman, Lilian Gish eLouren Hutton. Coral (Praa de Botafogo, 316— 246-7218): 18h50m, 21h30m (16 anos).Americano. Comédia satírica. A cerimôniade casamento de dois jovens de famíliasabastadas mas sem raízes, da qual partici-pam os pcrentes do noivo e os da noiva eaiguns poucos amigos. Tanto na igreia comona recepção a sátiro está presente. Dreten-

dendodesmistificar o cerimônia matrimoniala partir do vulnerável comportamento hu-mano

***O CAMPEÃO (Tha Chomp), de Franco Zefi-reili Com Jon Voight. Faye Dunaway, RickyScnroder, Jack Warden, Arthur Hill e StrotherMartin. Leblon-1 (Av. Ataulfo de Paiva, 391— 287-4524): 14h, 16h30m, 19h, 21h30m.Madureira-2 (Rua Dagmar da Fonseca, 54 —390-2338): 13h45m, 16hl5m, 18h45m.21hl5m. No Leblon-1 a cópia é em 70mmcom seis faixas de som estereofônico (livre).Melodrama americano Refilmagem de umclássico de King Vidor, realizado em 1931,com Wallace Beery e Jackie Cooper nospooeis agora interpretados por Jon Voight eRicky Schroder. Na história — um divórcio —a mãe (Faye Dunaway) abandona o íi'hocom o marido e anos mais tarde quer recupe-rar o menino.

***INQUIETAÇÕES DE UMA MULHER CASADA(brasileiro), de Alberto Salva. Com DeniseBandeira, 0'avio Augusto, Nuno Leal Maia.Miguel Oniga, Jonas Blech e Imaro Reis.Cinema-1 (Av. Prado Júnior, 281 — 275-4546). Cinema-3 (Rua Conde de Bonfim,229), Lido-2 (Praia do Flamengo, 72 — 245-8904), Art-Madureira (Shopping Center deMadureira):15h20m, 17h. !8h40m,20h20m, 22h (18 anos). Conflitos entre umprospero advogado e sua mulher — umcasal da classe média. O reencontro damuiner com um ex-namorado e ex-companheiro de lutas políticas precipita adissolução do casamento.

***CANUDOS (brasileiro), documentário de lon-ga metragem de Ipoiuca Pontes. Narração deWaimor Chagas. Ricamar (Av. Copacabana,360 — 237-9932): 14h, 15h40m, 17h20m,19h, 20h40m, 22h20m (livre). Segundo odiretor, "o filme parte do testemunho dosenão de Canudos, hoje, e procura reconsti-tuir a ação de Antônio Conselheiro e do seupovo". Apoiado em depoimentos especial-mente colhidos, filmagens no local dos acon-teomentos, material iconográfico.

**AS FILHAS DO FOGO (brasileiro), de WalterHugo Khouri. Com Paola Morra, Kann Rodn-gues, Rosina Maibouisson, Maria Rosa, Sera-fim Gonzales e Selma Egrei. Studio-Paissandu (Rua Senador Vergueiro, 35 —265-4563): 14h40m. 16h30m, 18h20m,20hl0m, 22h (18 anos). Uma jovem estu-dante de São Paulo vai a Gramado (RS)passar uns tempos na mansão onde umaamiga vive praticamente sozinha: a mãemorreu há alguns anos e o pai está sempreem viagens. O encontro das duas com umaespecialista em parapsicoiogia leva a umasérie de experiências fantásticas.

A BANDA DAS VELHAS VIRGENS (brasileiro),de Pio Zomuner e Mazzaropi. Com Mazzaro-pi, Geny Prado. Heloísa Raso, Cristina dasNeves. Aparecida Baxter e Gilda Valença.Veneza (Av Pasteur, 184 — 226-5843),Comodoro (R_a Haddock Lobo. 145 — 264-2025): lóh. 18r. 20h, 22h. Palácio (CamooGrande), Vitória (Bangu): 15h, 17h, 19h, 21 h(livre). O Jeca (Mazzaropi) em complicaçõescomo maestro de uma bonda de localidadecaipira, constituída por senhoras idosas ebeatas.

Reapresentações

*****DOIS NA CAMA NUMA NOITE DE CHUVA(The End of the World in Our Usual Bed in aNight Full of Rain), de Lina Wertmuller. ComGiancarlo Giannini, Candice Bergen e AnneByrne. Jóia (Av. Copacabana, 680 — 237-4714): 18h, 20h, 22h. Méier (Av. AmoroCavalcanti, 105 — 229-1222): 15h, 17h,19h, 21 h (18 anos). Americano. Comediaaramá-:ca. G'ancarlo Giannini, um jornaüs-ta i'aliano romântico e chauvinista, e Cana:-ce Bergen, uma fotógrafa americana deideais femmistas, estão em crise matrimo-nial. Questionamentos da espécie humanacolocam macho e fêmea em questão.

***+O FRANCO-ATIRADOR (The Deer Hunter).de Michaei Cimino. Com Robert de Niro,Christopher Walken, Jonn Cazale, John Sa-vage, Chuck Aspegren, George Dzundza eMeryl Streep. Rio-Sul (Rua Marquês de SãoVicente, 52 — 274-4532): 14h)5m,17h30m, 20h45m (18 anos). Ganhador decmco Oscar referentes à programação de 78-os Estados Unidos: categorias Filme, Diretor(o terceiro filme de Cimino), Ator Coadjuvan-te (Christopher Walken), Montagem e Som.Também premiado pela crítica de NovaIorque. Cinco amigos, operários de origemucraniona radicados na Pensilvônlo. contra-balançam a monotonia aos dias de trabalhocom caçadas nos fins de semana. Um se

Extra

Os Esquecidos, filme da fase mexicana de Luiscartaz na sessão de meia-noite do Ricama

Bunuei, emr

casa, outro fica noivo. Dos cinco, três vãoservir no Vietnam. Sofrem os traumas daguerra e ao aonsionamento Delos vietcongs:de volTa à terra natal, o menos veneradopela experiência decide localizar os outrosdois ex-combatentes Dará a proolemáticaretomada da vida normal. Produção ameri-cana.

***NOS EMBALOS DE IPANEMA (brasileiro), deAntônio Calmon. Com André de Biase. Ange-lina Muniz, Zaira Zambelli, Paulo Vilaça,Roberto Bonfim, Gracindo Freire, Selma Egreie Yara Amaral. Caruso (Av. Copacabana,1326 — 227-3544): 18h, 20h, 22h(18anos).Comédia social. Toquinho, um adolescente,vende seu corpo em troca de dinheiro parafreqüentar as praias e a vida noturna daZona Sul e praticar o surfe, sonhando comuma viagem ao Havaí. São importantespersonagens em sua vida a mãe, a namora-da, uma garota com quem transa e umhomossexual.

O ENXAME (The Swarm), de Irwin Allen.Com Michael Caine, Katherine Ross, RichardW'dmarck, Richard Chambenain, Olivia deHavillana e Ben Johnson. Cisne (Av. Gere-mário Damas, 1 207 — 392-2860)1 14h30m,16h50m, 19hl0m, 21h30m (14 anos). Umapraga de abelhas africanas, proveniente doBrasil, chega ao Texas, causando terror euma série de acidentes. Produção amer-zona.

CASANOVA & COMPANHIA (Casanova &Company), de François Legrand. Com TonyCurtis, Marisa Berenson, Marisa Mell, SylvaKoscina, Britr Ekland, Jean Lefebvre, AndréaFerreol e Victor Spmetii. Programa comple-mentar: Os Discípulos de Bruce Lee. Orly(Rua Alcindo Guanabara, 21): de 2" a 6o ôslOh, i3h45m, 17h30m, 19h35m. Sábado edomingo, a partir de 13h45m (18 anos).Poderoso califa se aispõe a salvar as finan-ças de Venezo com a condição de suafavorita passar uma noite com o legendárioCasanova. Como este, envelhecido, perdeusua potência, arraiam um sós;a vagabun-do, que aprende as técnicas do mestre e édisputado pelas mulheres. Co-proauçãofranco-alemó.

CINDERELO TRAPALHÃO (brasile.ro),de Adriano Stuart Com Renoto Aragão, DedéSantana, Zacarias, Mussum, Silvia Salgado.Paulo Ramos e Maurício do Vaile. Programacomplementar: Mais ou Menos Virgem. Rex(Rua Álvaro Alvim, 33 — 222-6327): 14h,17hl5m, 20h30m (livre). Transposição daconhecida história de Cinderela para o inte-nor do Brasil, onde Renato Aragão faz opapel de Cindereio em constantes lutas como coronel da região

DRIVE-IN++*

SUPERAAAN — O FILME (Superman — theMovie), de Richard Donner. Com MarlonBrando, Gene Hackman, Christopher Reeve,Ned Beatty, Jockie Cooper, Glenn Ford eTrevor Howord. Lagoa Drive-ln (Av. Borgesde Medeiros, 1 426—274-7999): de 2= a 6=,às !9h e 22h Sábado e domingo, ás 18h,20h30m e 23h (livre). Superprodução amen-

cana no estilo das histórias em quadrinhostradicionais. Originário de um planeta desa- ¦parecido. Clark Kent, o Super-Homem, chegaà Terra menino, enfrenta os oroblemas deadaptar seus poderes incríveis no novo haoi-tat e toma a defesa do bem. enfrentando oarquivilão Lex Luthor. Roteiro baseado emhistoria de Mario Puzzo, inspirado no clássicopersonagem do gênero. Oscar para EfeitosEspeciais. Até terça.

*••A FÚRIA (The Fury), de Brian de Palma. ComAmy Irving, Kirk Douglas, John Cassavetes,Carrie Snodgress e Fione Lewis. JacarepaguáAutocine-2 (Rua Cândido Benício, 2 973 —392-6186 — Mato Alto): de 2a a 6a às18h30m, 20h30m e 22h30m. Sábado eDomingo, às 20h30m, 22h30m. (18 anos).Ex-mtegrante de uma organização secreta doGoverno americano se rebela quando seuf¦ Iho, dotado ae ooãeres extra-sensoriais, émantido sob o domímo dessa entidade, queutiliza tais poderes. Produção americana desuspensa e terror. Até terço.

••O FABULOSO LADRÃO DE BAGDÁ (TheThief of Baghdad), de Clive Donner. comRoddy MacDowell. Kabir Bedi, Peter Ustinov,Terence Stomp e Frank Finlay. JacarepaguáAutocine-1 (Rua Cândido Benício, 2 973 —392-6186 — Mato Alto): 18h30m, 20h30m,22h30m (livre). Em Bagdá, um jovem prínci-pe, ajudado pelo ladrão Hasan, realiza umasér;e de proezas a fim de que o Califa lheconceda em casamento sua filha Yasmine.Produção anglo-francesa. Até terça.

A OUTRA FACE DA VIOLÊNCIA (RollingThunder), de JohnFlynn. Com William Deva-ne, Tommy Lee Jones e Linda Hoynes. IlhaAutocine (Praia de São Bento — Ilha doGovernador): 20h30m, 22h30m (18 anos).Ex-combatente retorna a casa, em San Anto-mo, Texas, sem saber que, enquanto elesofria torturas físicas e mentais em campo deprisioneiros, sua mulher se apaixonava poroutro homem. O prêmio que recebe doGoverno atrai assaltantes cuja cobiço enfren-ta inesperada resistência do ex-combatente,este, diplomado em torturas, nega-se a revê-lar onde se encontra o dinheiro. Produçãoamericana. Ultimo dia.

MATINÊS

PEDRO BÓ; O CAÇADOR DE CANGACEIROSJóia: 13h30m, 15h, 16h30m (livre).

CINDERELO TRAPALHÃO — Caruso: 14h,15h55m (livre).

ELKE MARAVILHA CONTRA O HOMEM ATÒ-MICO — Coral: 15h50m, 17hl5m (livre).

AS AVENTURAS DE ROBINSON CRUSOÉ —Capri: 16h05m, 17h35m (livre).

O MENINO DA PORTEIRA — Ópera-2: lóh,17h25m (10 anos).

SESSÃO INFANTIL — F«stival de DesenhosJacarepaguá Auto-Cine 2: 18h30m.

(Livre).

SESSÃO INFANTIL — Zé Colméia, o UrsoAmigo — Ilha Auto-Cine: !8h30m. (Livre).

SESSÃO DE SUPER 8 (IX) - Ex.biçâo deJoana do Tal, de Maria Luca Veiga, Terra doTiradentes, de Paulo Kreosk: e Precisa-se deServentes, do Grupo Quüha. Às 18h, noAssociação Scholem Aleichem Rua São Cie-mente. 155. Após a sessão haverá debates

CURTAS — Exibição de Leucemia, de NoiltonNunes, Ônibus Pedreira e Acidentes deTrabalho, de Renato Taoaios. As 20h. noCineclube Humberto Mauro Av Isabel, 343(Colégio Delta) — Santa Cruz

8° SEMANA DO CINEMA ALEMÃO — PRO-GRAMA COMPLEMENTAR — Exibição deLudwig Réquiem Para um Rei Virgem (Lud-wig — Requiem Fur Einen JungfraulichenKonig), de Hans Jurgen Syoerberg. ComHarry Baer e Ingrid Caven Legendas eminglês. Colaboração com o Instituto CulturalBrasil—Alemanha. Programação conjuntacom a Cinemateca do MAM As 18h30m, noCineclube Macunaima, Rua Arauio Po"oAlegre, 71 — 9o andar.

*****O PASSAGEIRO — PROFISSÃO: REPÓRTER(The Passenger), de Michelangelo Antônio-ni. Com Jack Nicholson, Mana Schneider eJenny Runacre. Às 20h. no Cineclube Experi-mental Barramares, Av. Semambetiba,3.300. Entrada franca. (16 anos). O dramade um repórter de TV que se apropria daidentidade de um morto, adulterando seupassaporte e procurando iniciar uma novavida.

•***BRASIL ANOS SESSENTA (X) — Exibição deA Hora o a Vez de Augusto Matraga (Brasi-leiro), de Roberto Santos. Com LeonardoVillar, Jofre Soares e Mana Ribeiro. As 21 h,no Cineclube Macunaima, Rua Araújo PortoAlegre, 71 —Mandar. Programaçãocon|un-ta com a Cinemateca do MAM. (18 anos).Produção de 1966, baseada em uma dashistórias do volume Sagarana, de Guima-rães Roso. Em preto e branco.

•**OS ESQUECIDOS (Los Olvidados), de LuisBuhuel. Com Esteia Inda, Miguel Inclan,Alfonso Me|io, Alma Delia Fuentes e RobertoCabo. Complemento: Samba Não se Apren-de na Escola, de Tuna Espinheira. À meia-noite, no Ricamar (Av. Copacabana, 360).(16 anos). O mais famoso filme da fasemexicana de Buhuel, em distribuição comer-ciai no Brasil com 28 anos de atraso. Ahistória se passa em um subúrbio da Capitalmexicana, focalizando o contagio da cruel-dade e da delinqüência entre jovens margi-nalizados pela sociedade.

***BRANCALEONE NAS CRUZADAS (Brancaleo-ne Alie Crociate), de Mario Monicelli. Com.Vittorio Gassman, Stefania Sandrelli, BebaLoncor e Adolfo Celi. Às 17 e 20 h, noCineclube Orione, Rua Lopes Quintas, 274.(14 anos). Sátira. Segunda aventura doqui-xotesco cavaleiro medieval à frente de ummini-exército.

•**GARRINCHA, ALEGRIA DO POVO (Brasilei-ro), documentário de longa-metragem aeJoaquim Pedro de Andrade. Às 19h, noCineclube Procópio Ferreira, Rua Eduardinade Miranda Teles, 2 — Piabetá. O futebolbrasileiro visto em torno do jogador Gar-rincha.

•**SEDUZIDA E ABANDONADA (Sedotta eAbandonatta), de Pietro Germi. Com S'efa-nio Sandrelli e Saro Urzi. As I8h e 20h, noCineclube João XXIII, Av Afranio de MeloFranco, 300. (18 anos). Filme do mesmocineasta de Divórcio à Italiana. Sátira aocomportamento do homem sialiano,

•*GETÚLIO VARGAS: 25 ANOS DEPOIS (I) -Exibição de Getúlio Vargas (Brasileiro), docu-mentário de Ana Carolina. Complemento:Acidente de Trabalho, de Renato Tapaiós,produzido pelo Sindicato dos Metalúrgicos aeSão Bernardo e Diadema. Apos a sessãohaverá debates sobre a época de Vargas, oPTB e o populismo no Brasil, com a presençade lideres sindicais, histonadores, professo-res e ex-deputados. As 20h, no CineclubeBarravento, Rua Senador Muniz Freire, 60 —Tijuca. (Livre). Documentário de ionga metro-gem sobre a trajetória política do criador doEstado Novo.

O CRIME DO ZÉ BIGORNA (Brasileiro), deAnselmo Duarte, Com Limo Duarte, LadyFrancisco, Stènio Garcia e Otávio Augusto.Complemento: Dr Dionélio, de Ivan Cardoso.Programação da Federação dos Cineclubesdo Estado do Rio de Janeiro. Após a sessãohaverá debates sobre o populismo no Brasil.Às llh. no Cine Fluminense, Campo de SâoCristóvão, 105. (18 anos). Baseado em uma •histona de Louro César Mumz (apresentado

antes como um Especial de TV), ambientariaem cidade do interior 1930 O ferreiro ZéBigorna coso pró-forrrta com a amantp .10coronel, a fim de que este possa continuo' orelacionamento eMraconjuga' guardanao asaparências. Em troca Ze Bigorna ganha aregência de um bando de músico e ou"osfavores, mas deoois se vè envolvido em umcaso de homiad>o.

Grande RioNITERÓI

DRIVE-IN ITAIPU (Estrada Celso Peçonha,1000) — Inferno Sem Saída, com Burt Lan-caster. Às 20h30m e 22h30m (14 anos).

ALAMEDA (Alameda São Boaventura, 553718 6866) — O Destino do Poseidon. com

Gene Hackman Às I4h, 16h25m, I8h50m,21hl5m.(l4anos)

BRASIL (Rua General Castnoto, 487) - Ope-ração Dragão, com Bruce Lee As 14h50m,17h.l9hl0m,21h20m (18anos).

CENTRAL (Rua Visconde do Rio Branco, 455718-3807) — O Campeão, com Jon

Voight. Hoie. amanhã e domingo, as 14h,I6h30m, I9h, 21h30m (Livre).

CENTER (Rua Coronel Moreira César. 265711 -6909) — Uma Fêmea do Outro Mundo,com Kate Lyra As l4h. lóh, 18h, 20h, 22h.(18 anos).

CINEMA-1 (Rua Moreira César. 211—711-1450) — Um Táxi Roxo. com Charlotte Ram-plmg. Às 18h55m, 21h30m (18anos) Mati-nè: Assim Era a Atlántida. com Oscanto. As15h40m. 17hl5m (10 anos).

ÉDEN (Rua Visconde do Rio Branco, 295 —718-6285) — Quanto Mais Pelada Melhor.com Meiry Vieira As 14hl0m, lóh, 17h50m,I9h40m, 21h30m. (18 anos).

ICARAÍ (Praia de Icaraí, 161 -718-3346) —Alien — O 8o Passageiro, com Tom Skerritt.Às 14h, 16h30m, 19h, 2lh30m. (14 anos).

NITERÓI (Rua Visconde do Rio Branco, 375 —710-9322) — Alien — 8o Passageiro, comTom Skerritt. Às 14h, 16h30m, 19h,2lh30m. (14 anos). .

PETRÓPOLIS

DOM PEDRO (Praça Dom Pedro. 34 — 2659— Uma Fêmea do Outro Mundo, com KateLyra.Às !5h, 17h, 19h,2lh(18anos).

PETRÓPOLIS (Av. 15 de Novembro, 808 2296) — Alien — 08° Passageiro, com TomSkerritt. Às 14h, 16h30m, 19h, 2lh30m(14anos).

TERESÓPOLISALVORADA (Av. Feliciano Sodré, 749 —2131) — As Filhas do Fogo, com PaolaMorra. Às 20h e 22h (18 anos). Matinê: Mr.Billion, com Terence Hill. As I5h (10 anos).

Curta-metragemA Gaiola de Avatsiu — De Oswaldo Coldei-ra. Cinema: Jacarepaguá-1.

Campos Elíseos — De Ugo César Giorgetii.Cinemas: Bruni-Copacabano, Roma-Bruni eBruni-Tijuca.

Feira Livre de Caxias — De Adnor Pitanga.Cinema: Cine-Show Madureira.

A Cuíca — De Sérgio Muniz. Cinemas:Cinema-2 e Lido-1.

Os Sertões — De Rubens Rodrigues do»Santos. Cnema. Ricamar.

Rio de Contas — De Bubi Leite Garcia.Ci"ema Joía

Casa da Flor — De Vera Roesler, Cinema:Art-Uff (Niterói)

Memória Paulistana — De Rudá de Andrade.Cinema: Studio-Tijuca.

Guaruba e os Mágicos — De Sérgio Sanz.Cmema: Art-Méier.

Deboche Mecânico — De Mauro Moreira.Cinema: Méier.

ZN — ZS — De Ronaldo Nunes. Cinema:Nilópolis.

O Mundo Mágico de Aldemir Martins — DeAraken Távora. Cinemas: Leblon-1 e Améri-co.

TeatroPATO COM LARANJA — Comedia de Wil-liam Douglas Home. Dir. de Adolfo Celi. ComPaulo Autran, Mari!ia Pèra. Vicente Bacaro,Karin Rodrigues, Roslta Tomás Lopes. TeatroGinástico. Av. Graça Aranha, 187 (221-4484). Hc;e, as 20n e 22h30m. Ing-essos aC-S 200,00,

A CALÇA — Coméaia de Carl Steinhe;madaptada e transubstanciada por Millor Fer-fanaes. Dir. de Maunce Voneau. Com Os-v.cido Loureiro, ítalo Rossi, Bete Mendes,Jccaúeline Lau'ence, Riccdo Petragi a, Ivande Almeida. Músicas de Antônio Luiz (Ton-ga). Teatro Princesa Isabel, Av. PrincesaIsabel. 186 (275-3346). Hoje. as 20h30me22h30m. Ingressos a C'S 200,00

PAPA HIGHIRTE — Texto de Oduvaldo Vian-no Filho. Direção de Nelson Xavier. ComSérgio Brito, T'noco cere:'0. Àngeia Leal,Nildo Parente, Carlos Aiceno Bela. D;norahBrillonti, HeüoGuerra. Pau'o Barros e Miguel

Rosemberg. Teatro dos Quatro. Rua Marquêsde São Vicente, 52/2: (274-9895). Hoie as20h e 22n30m Ingressos a CrS 150.00

O ENTENDIDO — Comedia de Rooeno Silvei-ra e Laurent Guzzardi. D-reçào de JulianRomeo, con o comedionte Costinha. TeatroSerrador, Rua Senador Dantas, 13 (232-8531). Hoje, 20hl5m. Ingressos a C:S150,00.

MURAL MULHER — Painel documentárioestruturado por João dos Neves. D'reção aeJoão das Neves, com líva Nino, Ana Cristina,Dernse Assunção Fátima Maciel, Regna Ro-dngues en*re cu'ras. Teatro Opinião. RuaSiqueira Campos, 143 (235-21 19). Hoie 19he Í21h30m. Ingressos o CrS 120,00 e CrS60,00, estudantes.

O REI DE RAMOS — Musical de Dias Gomes(texto), Ch;co Buarque e Francis Hime (musi-

ca). Dir. de Fiavio Rangel. Com Poulo G'az r-ao. Mano Maia, Eiiene Maia, Carlos Kopa,Jorge Cha!a. Felipe Carone, Leina Krespi,Rooerto Azevedo. Soiange França e outros(alem de músicos e bailarinos). Teatro JoãoCaetano. Praça Tiradentes (221-0305). Hoje,20n e 22h30m. Ingressos a CrS 150,00,platéia e 1-' balcão, CrS 120,00, 2- balcão,C-S 00,00, estudantes no 2° Ixrcóo.

MAS QUEM NÃO É? — Comedia de ChicoAnísio. Dir. ae Poulo Afonso Grisoü. Cenáriose figurinos de Colmar Din:z. Com Nestor deMcntemar, Milton Cameifo, Ivan Cândido eJúlio Braga. Teatro da Lagoa, Av. Borges deMedeiros, 1 426 (274-7999). Hoje, 20h e22h30m. Ingressos a CrS 200,00.

TEM UM PSICANALISTA NA NOSSA CAMA— Comed;a ae João Bevenccrt, antes op-e-sen.taaa como Dolores, Três Vezes por Sema-na. Dir. do autor. Com Suely Franco, FenpeWagner, Neison Caruso. Teatro Copacaba-na, Av. Copoccoona. 327 (257-1818). Ho-ie, òs 20n e 22n30m Ingressos o CrS i 80.00(18 anos).

SE EU NAO ME CHAMASSE RAIMUNDO —Texto ae Femanao Meio. Dir. de Marco

Antônio Palmeira. Com Maurício Lessa, AnoPorto, Charles Miara. Teatro da Gávea, RuaMarquês de Sóo Vicente, 52 — 43 (294-1096). Hoje, 20h e 22h30m. Ingressos a CrS100,00.

MÃE DO MATO — Espetáculo de teatro-dança com escu'turas moveis. Roteiro deHecor Grillo. Dir. Mauro César (dança), Aride Oliveira (musica). Celso Baquil e MarcoA.C. (narração).Esculturos de Marcino Barro-co. Com Marcos Arauio, Groce Alves, JamirSoares, Marco Aurélio, Nestor Nascimento.Teatro Glauce Rocha. Av. Rio Branco, 179(224-2356). Hoje às 2lh. Ingressos a CrS60,00 e 40,00, estudantes. Até 2 ae se-tembro.

NINA CEST AUTRE CHOSE — Texto deMichel Vinaver. Produção, em francês, doTeatro da Alianço Francesa. Dir de EtienreLe Meur. Com Ana Lúcia Bruce, André Van-áomm. Cotios Nessi. Aliança Francesa deCopacabana. Rua Duvivier. 43 (255-8941).Ho;e, as 21 h. Entrada franca, mas aconse-ina-se reserva pelo telefone 255-8941.

A INVASÃO — Texto de Dias Gomes. D.' aeJosé Mario Tomas. Provo publica de direçãodo Centro de Artes da Unirio, com elenco de35 aiunos. Teatro do Conservatório, Praia doFlamengo, 132 — lc. Hoje, às 21 h. Entradofranca. Ate amanhã.

ANAIUG — Criação coletiva do grupo Paska-no. Direção de Leonel Fisher Linhares. Com oelenco do grupo Paskana. Centro CulturalCândido Mendes, Rua Vise. de Pirajá, 351.Hoie às 21 h.

PANDO E LYS — Texto de Fernondo Arrobai.Dir. de Rubens Corrêa. Com Betina Viany,Marcus Alvisi, Ruy Rezende, Alby Ramos,Bernarco Maurício. Teatro Experimental Ca-eilda Becker, Rua do Catete, 338(265-9933).Hoje, às 20h e 22h; Ingressos a CrS 60,00 e40.00, estudantes.

A RESISTÊNCIA — Texto de Maria AdelaideAmaral. Dir. de Ceol Thiré. Com Edwin Luisi,Osmor Prado. Regina Viana, Priscila Camar-go, Stela Freitas, Gualdo de Souza, CecilThiré. Teatro Gláucio Gill, Praça Card. Arco-verde (237-7003). Hoie, as 20h e 22h30m.Ingressos o CrS 150,00.

VALSA N° 6 — Monólogo de Nelson Rodn-gues. Dir. de Wagner Melo Com M.arcio Luiz.Aliança Francesa de Botafogo, Ruo MunizBarreto. 54(286-4248). Hoie. as 21 h Ingres-sos a CrS 100,00 e CrS 60,00, estudantes.

A ÚLTIMA ENCENAÇÃO — Texto oe Rég.sRodrigo e Mano Tnnkous. Dir. de RégisRodrigo. Com Adolberto Guimarães e o au-tor. Teatro Areádia, Travesso Alberto Cocoz-

za. 48, Nova Iguaçu. Hoje, òs 18h30m.Ingressos a CrS 30,00. Até amanhã.

O BORRÃO DA PAISAGEM — Texto e di r. deZezé de Gêmeos. Com o grupo Carroça deTespis. Wládia Martins, Jeferson Correia eNuma Pompílio. Teatro Nacional de Educa-ção de Surdos, Rua das Laranjeiras, 232,(225-0189). Hoie, às 2lh. Ingressos a CrS30,00.

SÉCULO XXI — Texto e dir. de Mario LuizaPrates. Mús. de David Tygel. Elenco do grupoLuz de Serviço. Teatro Isa Prates, Rua Francis-coOtaviono, 131. Hoje, às 18h. Ingressos aCrS 60,00.

ALZIRA POWER — Texto de Antônio Bivar.Direção de Jorge Alegno. Com o grupoGirassol: Arlindo Mendes e Madalena Torres.Teatro Talmo, Rua do Propósito, 20, Saúde,Pça. do Harmonia. Hoie, às 20h. Ingressos aCrS 30,00. Ate amanhã.

APAGA A LUZ... — Texto e direção de EraldoSantos Delie. Apresentação do grupo Poten-gy. Com Lusmanno Rodrigues, GU Siqueira,Lucilene e Luiz Antônio. Teatro Faria Lima,Rua Jaime Redondo, 2 — Vila Kennedy.Hoje, às 19h. Ingressos o Cr$ 20,00 e Cri15,00 (estudantes).

CADERNO B O JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, sábado, 23 de agosto de 1979 D PÁGINA &

ShowBENDEGÓ—Show de música popular brasi-leira com o grupo formado por Gereba(violão, violas e voz), Capenga (violo, bon-dolim, cavaquinhoe voz), Oswaldinho(acor-deão), Kiko (baixo), Ary (percussão), Dino(piano) e Silvano (percussão). Direção deCarlos Alberto Sion. Circo Renascente, RuaMarquês de S. Vicente, 52. Hoie., às 21 h.Ingressos o Cr$ 100,00. Até amanhã.

BOCA LIVRE — Show de música popularbrasileira com o grupo formado por DavidTygel (vocal, viola caipira e violão), JoséRenato (vocal e violão), Maurício Maestro(vocal e baixo), Cláudio Nucci (vocal, violacaipira e violão), gordo e Rubinho (bateria epercussão). Centro Cultural Cândido Men-des, Rua Vise. de Pirajá, 351. Hoje, às18h30m. Ingressos a Cr$ 80,00. Até dio 2 desetembro.

BUMBA-MEU-BOI — Espetáculo de músicapopular do Maranhão, com a participaçãodos compositores e cantores Rogério do Mara-nhão e João Madson e do Grupo Acordes.Teatro Leopoldo Fróes, Rua Manoel deAbreu, 16, Niterói. Hoje, às 21 h. Ingressos aCr$ 70,00. Promoção da FAC

MÍRIAM BATUCADA E GRUPO TARSIS —Show da cantora e do grupo formado porNelson Wellington, Fernando Veloso, Ophe-lio Walvy e Clarice Grova (vozes), Ary Do-mingues (violão, guitarra e voz), Mário Faria(bateria), Coutinho (percussão) e Márcio*(bai-

• xo). Teatro Alaska, Av. Copacabana, 1241.Hoje, às 18h30m. Ingressos a CrS 70,00.

AMOR VIOLETA — Show do saxofonistaNivaldo Ornellas acompanhado de JairoLara (violão e flauta) e Wilson (piano). Teatrode Arena da UFRJ, Av. Pasteur, 250. Hoje, às

1 7h. Ingressos a CrS 40,00.

O SOM DA ÁGUA NO DIA DO SOL — Showdos grupos Água, formado por Nelson Car-vajal (violão e voz), Leopoldo Zuniga (cha-rango), Oscar (violão e voz), Pedro (percus-são), Nano Stuven (flauta, percussão), Renatodas Neves (flauta, percussão) e Flávia Cervi-fio (violino, percussão) e A Barca do Sol,formado por Muri Costa (violão, voz), DaviGane (flauta), Gordo (bateria); Alain (contra-baixo) e Nando (violão e voz). Ginásio daPUC, Rua Marquês de São Vicente, Gávea.Hoje, às 21h30m. Ingressos a CrS 70,00.

CHORO FORRÓ — Show do grupo Balaio deGatos. Direção de Paulo Costa. Teatro ArturAzevedo, Rua Vitor Alves, 454, Campo Gran-de. Hoje, às 20h. Ingressos a Cr$ 50,00 e Cr$30,00, estudantes.

MOVIDO A ÁLCOOL — Show de músicapopular brasileira com o conjunto CoisasNossas, formado por Beto (percussão), Bolão(bateria e voz), Coola (Voz e violão), Dazinho(flauta e voz), Henrique (violão e cavaqui-nho), Luita (voz e violão), Nonato (percussãoe voz) e Zé Carlos (piano) Teatro Opinião,Rua Siqueira Campos, 143(235-2119). Hoje,à meia-noite. Ingressos a Cr$ 100,00 e Cr$70,00, estudantes.

CORAZÓN AMERICANO — Show da novacanção latino-americana pelo grupo uru-guaio Tacuabé, formado por Pippo (voz,violão e charango), Eduardo (voz, baixo epercussão), Pato (voz, violão elétrico e cha-rango) e Franklin (flauta, clarinete e clarone).Teatro da Casa do Estudante Universitário,Av. Rui Barbosa, 762. Hoje, às 21 h. Ingressosa CrS 70,00 e Cr$ 50,00, estudantes.

SERIE INSTRUMENTAL — Apresentação dosaxofonista Vitor Assis Brasil acompanhadode Luiz Avelar (piano), Paulo Russo (contra-baixo) e Ted Moore (bateria). Direção de VitorAssis Brasil. Sala Funarte, Rua Araújo PortoAlegre, 80. Hoje, às 21 h. Ingressos a CrS50,00. Último dia.

TENDINHA — Show do cantor Martinho daVila acompanhado do conjunto Samba SomSete, Neuci (percussão) e Almir Guineto(cavaquinho). Participação de Rui Quaresma(violão). Direção de Fernando Faro. Cenáriosde Elifas Andreato. Teatro Alaska, Av. Copa-cabana, 1 241 (247-9842). Hoje, às21h30m. Ingressos a CrS 150,00. Até dia 23de setembro.

CLUBE DO SAMBA — Show do cantor, com-positor e violonista João Nogueira acompa-nhado de Cuscus e Trambique (ritmo), Wilsondas Neves (bateria), Manoel do Cavaco (ca-vaquinho), Desinho (violão), Luisão (baixo),Ronaldo (sax e flauta). Direção de SérgioCabral. Teatro Municipal de Niterói, Rua 15de Novembro, 35. Hoje, às 21 h. Ingressos aCrS 120,00. Até amanhã.

RESPONDE ESSA — Show do cantor e compo-sitor Mongol. Roteiro e direção de OswaldoMontenegro. Textos de Lauro Borges, RenatoMurce e Oswaldo Montenegro. Teatro Ipane-ma, Rua Prudente de Morais, 824 (247-9794). Hoje, às 21h30m. Ingressos a Cr$

120,00 e CrS 80,00, estudantes. Atéamanhã.

VIVA O GORDO E ABAIXO O REGIME —Show do humorista Jô Soares. Texto de JôSoares, Millor Fernandes, Armando Costa eJosé Luís Archanjo. Cenário e iluminação deArlindo Rodrigues. Direção de Jô Soares.Direção musical de Edison Frederico. Teatroda Praia, Rua Francisco Só, 88 (267-7749).Hoje, às 20h30m e 22h30m. Ingressos a CrS200,00.

LÚCIO ALVES APRESENTA PAULO CÉSARGYRÃO — Show dos cantores acompanha-dos de Luis Marinho (baixo), Reincido Árias(piano), Tião (bateria), José Moacir (guitarra,viola e violão de sete cordas), Ronaldo Alber-naz (sox e flauta) e Café (percussão). Direçãode Kleber Santos. Sala Funarte, Rua AraújoPorto Alegre, 80. Hoje, às 18h30m. Ingressosa Cr$ 30,00. Último dia.

MÊS DO FOLCLORE — Apresentação dosgrupos folclóricos de Folia de Reis e Estrela daGuia. Museu de Artes e Tradições Populares,Rua Presidente Pedreira, 78 — Ingá —Niterói. Hoje, às 15h. Entrada franca. •

VIOLA GUERREIRA — Show com os composi-tores Djalma Oliveira e André Siqueira.Participação dos músicos Júlio Cezar, BetoMagalhães, Joca, Oderfla Almeida, JorgeBrasil e Márcio Batista. Participação especialda bateria do G.R.B.C. Unidos do Catruz.Direção de Zildo Guimarães. Esporte ClubePedra, Rua Belchior da Fonseca — Pedra deGuaratiba. Hoje, às 21 h. Ingressos a Cr$50,00.

MOSTRA DE CULTURA POPULAR — Progra-mação para hoje: às lOh — jogos e brinca-deiras de,crianças. As lóh ¦— peça infantilPalhoça. As 19h — folguedos do Rio Grandedo Sul. Às 21 h — Baile Suburbano. Sesc daTijuca, Rua Barão de Mesquita, 539. Entradafranca.

GAL TROPICAL — Show da cantora GolCosta acompanhada de Perna Froes (tecla-do), Robertinho de Recife (guitarra), MoacirAlbuquerque (baixo), Charles Chaiegre (ba-teria), Sérgio Boré (percussão), Juarez Araújo(sopro) e Zezinho e Tangerina (ritmo). Dire-ção de Guilherme Araújo e dir. musical dePerna Froes. Teatro Casa-Grande, Av. Afrá-nio de Melo Franco, 290 (227-6475). Hoje, às21h30m. Ingressos a Cr$ 200,00.

CASA NOTURNA

eievisao***** EXCELENTE •*** MUITO BOM *** BOM ** REGULAR * RUIM

Os filmesde hoje

A NOITE — Show de lançamento do LP docantor, compositor e tecladista Ivan Linsacompanhado de Gilson Peranzetta (tecladose acordeão), Natan Marques (violão, viola eguitarra), Milton Botelho (contrabaixo), JoãoCortez (bateria e percussão), Ricardo Pontes(sax e flauta). Participação especial de Luci-nha Lins (vocal e percussão). Teatro TeresaRaquel, Rua Siqueira Campos, 143 (235-1113). Hoje, às 21h30m. Ingressos a Cr$150,00. Até dia 2 de setembro.

Dl CASTRO E A BANDA DO INFERNO —Show de rock, funk e blues com o guitarristaacompanhado de Ronaldo Jones (baixo evocal) e Peninha (bateria). Teatro de Bolso,Av. Ataulfo de Paiva, 269 (287-0871). Hoje,às 21h30m. Ingressos a CrS 100,00 e Cr$60,000, estudantes. Até amanhã.

CIRCO

CIRCO DE MOSCOU — Espetáculo com equi-libristas, malabaristas, acrobatas voadores,saltadores, palhaços e mágicos, num total de73 artistas. Maracanãzinho: Hoje, às 17h e21 h, Ingressos a CrS 50,00, arquibancadapara crianças até 10 anos; a CrS 100,00,arquibancada para adultos; a CrS 150,00,cadeira de pista, a CrS 200,00, cadeiraespecial; e a CrS 1 mil camarote com cincolugares, à venda no local, na GuanaturTurismo, Rua Dias da Rocha, Teatro Munici-pai e Lojas Samaritana, em Niterói. Vendapara grupos pelo telefone 255-3070.

REVISTA

MIMOSAS ATÉ CERTO PONTO — Show detravestis. Texto de Brigitte Blair. Com AnaLopes, Kiriaki, Marlene Cosanova e partici-pação especial de Edson Farr. Teatro BrigitteBlair, Rua Miguel Lemos, 51 (236-6343).Hoje, às 20hl5me 22M5m. Ingressos a Cr$100,00.

THE GLENN MILLER ORCHESTRA AND JIMMYHENDERSON- Apresentação da orquestranorte-americana de 18 figuras, sob a direçãodo trombonista Jimmy Henderson. Canecão,Av. Venceslau Braz, 215 (295-3044 e 295-1047). Hoje, às 23h30m. Ingressos aCr$350,00. Sala Cecília Meireles, Largo daLapa, 47 (232-9714 e 232-4779). Hoje, às21 h. Ingressos a CrS 400,00, platéia supe-rior,-e Cr$ 200,00, estudante.

MARILYN

Monroe nãoestava suficientemen-te madura, artística-mente, para viver ababá neurótica de Al-

mas Desesperadas, mas nãochega a destoar do conjunto.Em compensação, Anne Ban-croft, ainda na sua fase de pa-péis medíocre, já demonstravao vigor interpretativo que osprodutores de Hollywood leva-ram tantos anos para perceber.Como amostra do moderno ci-nema canadense, A Criança soba Folha não chega a entusias-mar, embora Dayn Cannon, ex-sra. Cary Grant, viva com de-senvoltura a mulher infiel. Paraos apreciadores de SherlockHolmes, a TV-2 apresenta doisfilmes da série produzida pelaUniversal na década de 40 comseu intérprete mais perfeito, Ba-sil Rathbone: A Casa do Medo eSherlock Holmes e a Arma Se-creta.

A NOITE DO ENFORCAMENTOTV Globo -21hl5m*

(Charlie Cobb: Nice Night for a Han-ging) — Produção norte-americanade 1977, dirigida por Richard Michael.Elenco: Giu Gallagher, Ralph Bella-my, Stella Stevens, Pernell Roberts.Colorido.Em 1870, detetive particular (Galla-gher) é contratado por um rico fazen-deiro californiano (Bellamy,) paradescobrir o paradeiro de sua filha.Feito para a TV. Inédito.

A CASA DO MEDOTV Educativa — 22h30m

(The House of Fear) — Produção nor-te-americana de 1945, dirigida porRoy William Neill. Elenco: Basil Ra-thbone, Nigel Bruce, Aubrey Mather,Dennis Hoey. Preto e branco.** Através de seus métodos dedu-tivos, Sherlock Holmes (Rathbone)descobre o mistério que envolve umamansão arruinada.

A CRIANÇA SOB A FOLHATV Globo — 22h30m

(Child Under a Leaf) — Produçãocanadense de 1974, dirigida por Geor-ge Bloomfield. Elenco: Donald Pilon,Dyan Cannon, Joseph Campanella,Albert S. Waxman, Micheline Lane-tot, Bess Bloomfleld, Julia Bullock.Colorido.** Receando uma represália domarido (Campanella), que descobriusua ligação com um pintor (Pilon),sua mulher (Cannon) tenta acabarcom o caso, mas o amante insiste emver o filho dos dois pela última vezantes do rompimento.

ELES ESTÃO CHEGANDOTV Bandeirantes — 23h

(The U.F.O. Incident) — Produçãonorte-americana de 1975, dirigida porRichard A. Colla. Elenco: James EarlJones, Estelle Parsons, Barnard Hu-ghes, Beeson Carroll, Dick 0'Neill,Terence 0'Connor. Colorido.Um casal (Parsons, Jones) afirma tersido levado em 1961, na Nova Ingla-terra, a uma espaçonave tripuladapor seres extraterrenos, mas nin-guém acredita em suas declarações.A policia resolve, então, entregar ocaso a um psiquiatra, para testar averacidade de suas palavras. Feitopara a TV. Inédito.

O ANJO E O MALVADOTV Tupi — 0h05m

(The Angel and the Badman) — Pro-dução norte-americana de 1947, diri-gida por James Edward Grant. Elen-co: John Wayne, Gail Russell, HarryCarey, Bruce Cabot, Irene Rich, TomPowers. Preto e branco.** Pistoleiro ferido (Wayne) co-nhece uma jovem Quaker (Russell)que o ajuda a se recuperar e parafazer jus ao seu amor resolve se rege-nerar.

SHERLOCK HOLMES E AARMA SECRETA

TV Educativa — 0h30m(Sherlock Holmes ande the SecretWeapon) — Produção norte-americana de 1942, dirigida por RoyWilliam Neill. Elenco: Basil Rathbo-ne, Nigel Bruce, Lionel Atwill.Preto ebranco.** Abandonando a tranqüilidadede seu refúgio em Baker Street, odetetive Sherlock Holmes (Rathbo-ne) procura desvendar a localização

de uma arma sinistra com que seuinimigo, o professor Moriarty (At-will), quer dominar o mundo.

JONAS, O FAIXA PRETATV Globo — 0h30m

(Black Belt Jones) — Produção norte-americana de 1973, dirigida por Ro-bert Clouse. Elenco: Jim Kelly, GloriaHendry, Malik Carter, Scatman Cro-thers, Alan Weeks, Eric Laneuville,André Phillipe.Colorido.•k-k Agente do Governo faixa preta(Kelly), que investiga atividades ma-fiosas, ajuda dono de escola de caratè(Crothers) a repelir as pressões dechefão do submundo (Phillipe) quepretende vender o estabelecimento àMafia. Feito para a TV.

BATALHADORES HERÓICOSTV Bandeirantes — lh

(Dad's Army) — Produção britânicade 1971, dirigida por Norman Cohen.Elenco: Arthur Lowe, John Le Mesu-rier, Clive Dunn, John Laurie, JamesBeck, Arnold Ridley, lan Lavander,Liz Fraser,' Bernard Archard. Colo-rido•k-k-k Em 1940, face ao avanço dosnazistas pelo Oeste da Europa, grupode habitantes de pequena cidade cos-teira britânica resolve criar um ligade defesa, chefiada pelo gerente debanco local (Lowe), um sargento (Me-surier) e um cabo (Dunn).

ALMAS DESESPERADASTV Globo — 2h30m

(Don't Bother to Knock) — Produçãonorte-americana de 1952, dirigida porRoy Baker. Elenco: Richard Wid-mark, Anne Bancroft, Marilyn Mon-roe, Donna Corcoran, Jeanne Cagney,Elisha Cook Jr., Jim Backus. Preto ebranco.•k-k De seu quarto num hotel deNova Iorque, piloto (Widmark) vêquando um casal no apartamentovizinho deixa a filha (Corcoran) en-tregue a uma baby-sitter (Monroe)mentalmente desequilibrada, quepõe em risco a vida da menina.

Canal 211h30m Reencontro — Programa reli-

gioso.12h — João da Silva — Novela didático.

(compacto da semana)14h30m — A Conquista — Novela didática.

(compacto da semana)17h — Sítio do Pica-Pau Amarelo — Novela

infanto-juvenil baseada na obra de Mon-teiro Lobato. O Gênio da Lâmpada. ComZilka Salaberry, Jacira Sampaio, Reny deOliveira e outros.

18h — Turma do Lambe-Lambe — Programainfantil com Daniel Azulay, seguido defilmes culturais e educativos.

18h30 — Uma Data para Lembrar.19h — Cineclubinho — Filmes e debates.19h45m — Era Uma Vez. (Compacto). Adap-

tação de obras literárias. Hoje: Aventurasdo Avião Vermelho.

20h30m — Bate-Papo — Criticas e comenta-rios sobre o programa Era Uma Vez.

20h45m — Bola Dois — Programa esportivo.21 h — Escala — Música clássica. Hoje:

pianista Fernando Lopes e duo AntônioMenezes (violoncelo) e Alda Matos(piano).

22h — Cineclube — Programa sobre cine-ma. Hoje: Curta-metragem Feux Follets,de Jean-Claude Labrecque, e os filmes ACasa do Medo e Sherlock Holmes e AArma Secreta.

Canal 49h — Abertura.9hl5m — Telecurso 2° Grau — Aula.9h30m — Telecurso 2o Grau — Reprise das

aulas da semana.llh — Amaral Neto, o Repórter (reprise).12h — Muppet Show 79 ¦— Desenho.12h30m — Globinho Repórter.13h — Globo Esporte — Noticiário apresen-

tado por Léo Botista.13hl5m — Hoje — Noticiário apresentado

por Sônia Maria, Lígia Maria, MarcosHummel e Nelson Motta.

14hl5m — Oito É Demais — Seriado.15hl5m —•' Final da Copa ltaú de Tênis.17h — Disneylândia 79.18hl5m — Cabocla — Novela de Benedito

Ruy Barbosa, baseada no livro de RibeiroCouto. Dir. de Herval Rossano. Com Gló-ria Pires, Fábio Jr., Kadu Moliterno, Cláu-dio Corrêa e Castro, Milton Moraes, AríeteSalles.

19h — Jornal das Sete — Noticiário localapresentado por Marcos Hummel.

19hl0m — Marrom Glacê — Novela deCassiano Gabus Mendes. Direção de Gra-cindo Junidr. Com Paulo Figueiredo, LimaDuarte, Armando Bogus, Ricardo Blat eoutros.

20h — Jornal Nacional — Noticiário apre-sentado por Cid Moreira e Carlos Camp-bell.

20h25m — Os Gigantes — Novela de LouroCésar Muniz. Dir. de Regis Cardoso. ComDina Sfat, Francisco Cuoco, Tarcísio Mei-ra, Susana Vieira e outros.

21hl5m — Primeira Exibição — Filme: ANoite do Enforcamento.

22h30m — Sessão de Gala — Filme: ACriança Sob a Folha.

0h30m — Classe A Filme: Jones, o FaixaPreta.

2h30m — Coruja Colorida — Filme: AlamsDesesperadas.

Canal 67h30m — Abertura.7h40m — Mobral.8h — Ritmos de União.9h — Rio, Zona Norte — Programa de

variedades.lOh — Copão Tupi — Futebol juvenil.Ilh30m — Reencontro — Programa reli-

gioso.12h — Grand Prix — Programa automobilís-

tico opresentado por Fernando Calmon.12h30m — Repórter Fluminense — Noti-

ciório.13h — Aérton Perlingeiro Show — Varie-

dades.lóh — Rio Dá Samba — Musical apresenta-

do por João Roberto Kelly.17h30m — Mauro Montalvão — Varie-

dades.19h05m — Dinheiro Vivo — Novela de

Mário Prata. Direção de José de Anchieta.Com Luiz Armando Queiroz, Márcia Ma-ria-, Enio Gonçalves e outros.

19h45m — Rede Tupi de Notícias — No-cional.

20h — Como Salvar Meu Casamento —Novela de Carlos Lombardi, Ney Marcon-des e Edy Lima. Dir. de Atílio Riccó. ComNicete Bruno, Adriano Reys, Beth Goulart,Wanda Stefania, Hélio Souto.

20h45m — Gaivotas — Novela de JorgeAndrade. Dir. de Antônio Abumjara. ComRubens de Falco, Yoná Magalhães, IsabelRibeiro, Paulo Goulart.

21h35m — Aquarelas do Brasil. Programade música, popular brasileira. Dir. deFernando Faro.

22h35m — Basquete — Campeonato Mun-dial Júnior.

0h05m — Festival John Wayne: Oe o Malvado.

Canal 710h — Salty — Seriado.10h30m — Caminho» da Vida — Programa

religioso,llh — Rin Tin Tin — Seriado.1 lh30m — Sinais e Prodígios — Programa

religioso apresentado pelo Pastor DélioCardoso.

12h — Desenhos.12h45m — Bandeirantes Esporte — Noticia-

rio apresentado por Paulo Stein, GalvãoBueno e Márcio Guedes.

13h — Primeira Edição — Noticiário apre-sentado por Branca Ribeiro, Roberto CorteReal, Nilto Fernando, Otávio Ceschi Jr.,Regina Aranda e Ana Davis.

13h30m — Tá na Hora, Tá na Hora — Peçainfantil.

14h30m — Show de Turismo — Programaapresentado por Paulo Monte.

15h30m — Programa Dárcio Campos —Variedades.

19h — Cara a Cara — Novela de VicenteSesso, dirigida por Jardel Melo. ComFernanda Montenegro, Luís Gustavo, Dé-bora Duarte, Irene Ravache, David Car-doso.

19h45m — Jornal Bandeirantes — Noticia-rio apresentado por Ronaldo Rosas, Ter-reira Martins, Gilberto Amaral e JoelmirBetting.

20h — OVNI — Seriado.21 h — Discoteca do Chacrinha — Varie-

dades.23h — Sábado à Noite no Cinema — Filme:

Eles Estão Chegando,lh — Cinema na Madrugada — Filme:

Batalhadores Heróicos.

Canal 1110h30m — Nossa Terra, Nossa Gente —

Documentário,llh — Aventura aos Quatro Ventos —

Seriado.1 lh30m — Jornal da Manhã — Noticiário.12h — Papel Legal e sua Turma — Desenho.12h30m — O Vira-Lata — Desenho.13h — Lassie — Seriado.13h30m — Jonny Ouest — Desenho.14h — A Tartaruga Touché — Desenho.14h30m — Superpresidente — Desenho15h — A Pantera Cor-de-Rosa — Desenho.15h30m — O Pica-Pau — Desenho,lóh — A Turma do Pica-Pau — Desenho.16h30m — Maguila, o Gorila — Desenho.17h — Popeye — Desenho.17h30m — Os Caçadores de Fantasmas —

Desenho.18h — Agente 86 — Seriado.18h30m — Tarzã — Filme de aventura.19h30m — O Pica-Pau — Desenho.19h50m — A Pantera Cor-de-Rosa — De-

senho.20h — Sessão Bangue-Bangue — O Homem

de Virgínia.21h30m — Programa Carlos Imperial —

Variedades.23h30m — Gunsmoke — Filme: Laço de

Ouro

RádioJornal

doBrasil

ZYJ-453

AM-940 KHz — OT-4875 KHz

Dioriamonte dai 6h às 2h30m

23h — NOTURNO — Lançamen-tos musicais, destaques interna-cionais, entrevistas. Produção eapresentação de Luis Carlos Sa-roldi.

JORNAL DO BRASIL INFOR.MA — 7h30m, 12h30m, 18h30m,0h30m. Dom.: 8h30m. 12h30m,18h30m, 0h30m. Apresentação deEliakim Araújo, Zanoni Nunes eOrlando de Souza.

FMEstéreo

99.7 MHz

IMIumaBKiifSlZYD-460

Diariamente doi 7h à lh

HOJE20h — Transmissão Quadrafòni-

ca — SQ — Canzona per Sonare N°26, de Pietro Lappl (ColumbiaBrass Ensemble e Andrew Kazdin

3:06); 32 Variações, em Dó Me-nor, de Beethoven (Alexis Weis-senberg, piano — 10:30); A BelaAdormecida — íntegra do BaleOp. 66, de Tchaikowsky (Sinfônicade Londres e André Previn —2h39:46).

AMANHÃlOh — Scheherezade — Suite Sin-fonia, Op. 35, de Rimsk-Korsakoff(Orquestra de Paris e Rostropo-vitch — 47:29); Sonata L. 188,118 e349, de Scarlatti (Horowitz —10:00); Concert en Sextuor n° 6 (LaPoule, Mcnuct, L'Enhaemonique eL'Egyptienne), de Rameau (Or-questra Paillard — 12:40); Concer-to para Piano n" 2, em Fá Menor,Op. 21, de Chopin (Arrau, Filarmô-nica de Londres e Eliahu Inbal —33:57); El Salón México, de Co-pland (Filarmônica de N.York eLeonard Bernstein— 10:54); Sona-ta em Ré Maior, para Flauta ePiano, Op. 50, de Hummel (Ador-jan e Lee — 13:15); Sinfonia n° 7,em Lá Maior, Op. 92, de Bethoven(Filarmônica de Berlim e Karajan

33:00); Rêverie et Caprice, Op. 8,de Berloioz (Grumiaux - 7:25).

20h — Suite Alcyone, de MarinMarais (Paillard —15:30); Sinfoniaem Si Menor, para 2 Pianos, deDebussy (Duo Kontarsky — 8:40);Concerto em Ré Maior, para Violae Orquestra, de Stamitz (Zuker-man — 19:20); Estudos SinfônicosOp. 13 (com as Variações Póstu-mas), de Schumann (Arrau —39:20); Salmo 109 — Dixit Domi-nus, de Heendel (Wenzel — 39:00);Reveildes Oiseaux, de Oliver Mes-siaen (Yvonne Loriod, FilarmônicaTcheca e Veclav Neumann —23:40); Concerto para Violino n° 3,em Sol Maior, K-216, de, de Mozart(Ferras e Müchinger — 24:15).

RádioCidade

FM-STÉREO — 109 MHz

isWhaa-^-MilDi a ria monto das óh ás 2h

Os grandes sucessos da músicapopular dos anos 60-70 e os melho-,res lançamentos em música nacio-nal e internacional. Editor musi-cal: Alberto Carlos de Carvalho.

Cidade Disco Clube — O somdas discotecas cariocas. De 2" a 5adas 22h às 23h, 6a e sáb., das 22h as24h. Produção e apresentação deIvan Romero.

CriançasBARÃO AZUL COM ARRE PIO NA LUA —Texto e direção de Ricardo D' Amorim. ComMareia Leite, Mareia di Simone, Ricardo D'Amorim, Sérgio Melgaço, Wagner Vaz eZémario Limongi. Teatro do América FutebolClube, Rua Campos Sales, 118, Tijuco. Hoje,às 17h. Ingressos o Cr$ 60,00 e Cr$ 50,00,sócios. Até dia 30 de setembro.

O LÁPIS MÁGICO — Texto e dreçóo de LuizSorel. Músicas de Maria Luciana Schmidt.Com Silvio Leider, Maria Luciana e Luiz Sorel.Teatro Glaucio Gill, Pça Cardeal Arcoverde,s/n° (237-7003). Hoje, às lóh. Ingressos aCr$ 60,00. Patrocínio SNT e SEAC.

A FABULOSA FÁBULA A CIGARRA E AFORMIGA — Texto de Mário Paris. Direçãode Marcelo Souza. Com José Carlos, MariaFernanda, Anita Terrana, Domingos Nobre eoutros. Teatro Arthur Azevedo, Rua VitorAlves,454, Campo Grande. Hoje, às lóh.Ingressos a CrS 30,00. Até amanhã.

CARROSSEL DE RISOS — Show de varieda-des com direção de Olegário de Holanda.Teatro da Gávea, Rua Marquês de S. Vicente,52. Hoje, às 17h. Ingressos a Cr$ 60,00.

APENAS UM CONTO DE FADAS — Texto edireção de Eduardo Tolentino. Músicas deOscar Correra Jr. com o grupo TAPA: ClorisseDerzié, Claudionor Bueno, Elvira Lemos, Flá-vio Antônio, Rosa Douat e outros. TeatroVanucci, Rua Marquês de S. Vicente, 52.Hoje, às 17h30m. Ingressos a CrS 60,00.

FALA PALHAÇO — Criação coletiva do grupoHombu. Com Beto Coimbra, Silvia Aderne,Tarcísio Ortiz, Sérgio Fidalgo e Regina Linha-res. Música de Beto Coimbra e Caique Bot-kay. Teatro Viila-Lobos, Av. Princesa Isabel,440 (275-6695). Hoje, às 17h. Ingressos aCr$ 60,00.

CIRCO E MUNDO — Texto de Antônio Ber-nardo Andrade Rocha. Direção coletiva. Como grupo Vagalume: Julia Guedes e ToninhoRocha. Aliança Francesa do Méier, Rua Ja-cinto, 7. Hoje, às lóh. Ingressos a CrS 40,00.Professores não pagam.

AS AVENTURAS DO PIRATA AZUL — Textode Jolan Perroli. Direção coletiva do grupoInternacional da Criança. Teatro da Aliançada Tijuca, Rua Andrade Neves, 315. Hoje, àslóh. ingressos a Cr$ 50,00. Até dia 30 desetembro.

O GUERREIRO DE PRATA —Texto de IremarBrito. Direção coletiva do grupo Os Bufões.Com Alexandre Vieira, João Gomes do Rego,Maria Cristina Rego e Arminda Amorim.Músicos: Zé Alberto e Nicia. Teatro CacildaBecker, Rua do Catete, 339. Hoje, às 17h.Ingressos a CrS 30,00. Até o dia 2 desetembro.

BUMBO, VIOLÃO, VIOLINO TAMBÉM — Mu-sical de Carlito Marchon. Direção de Antôniode Bonis. Com o grupo Vai da Volsa- RicardoSouzedo, Tânia Freitas, Tânia Moroes e ou-tros. Teatro Municipal de Niterói, Rua 15 deNovembro, 35. Hoje, às lóh. Ingressos a CrS40,00.

PERNALONGA, UM COELHO EM APUROS —Texto e direção de Dino Romano. Com ogrupo Fantástico. Teatro Carlos Gomes, Pça.Tiradentes. Hoje, às 16h30m. Ingressos a CrS40,00.

MAKATU MUKUTU — Texto de M. Cena.Direção de Marcondes Mesqueu. Com o gru-po da Fetierj. Museu Histórico do Estado, RuaPresidente Pedreira, 78, Ingá, Niterói. Hoje,às 1 óh. Ingressos a CrS 30,00. crianças e CrS20,00, adultos.

FOLIA DOS TRÊS BOIS — Texto e direção deSilvia Orrhof. Com o grupo Cosa de Ensaio:Fátimo Malheifos, Gê Menezes, João Moita,Robson Guimarães e Flávio Peixoto. Teatrodo Sesc da Tijuca, Rua Barão de Mesquita,539 (208-5332). Hoje, às 17h. Ingressos aCrS 50,00.

O VELHO MAR — Texto de Wanda Bedran.Direção de Beatriz Bedran, Com WondoBedran, Wandirce Worhle e Wilma Brandão.Sonorização do grupo musical Bloco da Pa-lhoça. Participação de Marcos Amma (per-cussão). Quintal Teatro Infantil, Rua Gen.Rondon, 15, S. Francisco, Niterói (71 1-3595 e711-3997). Dom. às 17h. Ingressos o CrS50,00.

MARIA GENTE FINA — Texto de Lupe Gigliot-ti e Cininha de Paula. Direção de Wolf Maia.Cenários e figurinos de Kalma Murtinho, comLupe Gigliotti, Cininha de Paula, Vera Jop-pert, Germano Filho, Vânia Lemme e outros.Teatro Vanucci, Rua Morquês de S Vicente,52. Hoje, às lóh. Ingressos a CrS 60,00.

JACQUELINE DOS AMENDOINS — Texto deCou. Direção de Gedivan. Com o grupo Luzesdo Ribalta: Renata de Assis, Cecília Jaguari-be, Simone Azevedo e outros. Teatro Opi-nião, Rua-Siqueira Campos, 143 (235-2119).Hoje, às lóh. Ingressos o CrS 40,00.

VIAGEM AO FAZ DE CONTA — Texto deWalter Quaglia. Direção de Horoldo de Oli-veira. Música de Milton Nascimento. ComMaio Neto, Heloise Motenegro, Noel Rosa,Hugo Santiago e outros. Teatro Opinião, RuaSiqueira Campos. 143 (235-2119). Hoje.às17h. Ingressos a CrS 50,00

UMA PITADA DE SORTE — Texto de AliceReis. Direção de Eric Nielsen. Com ArnaldoMarques, Marcelo Gapobiango e Alice Reis.Teatro Glauce Rocha, Av. Rio Branco, 179

(224-2356) Hoje, às lóh. Ingressos a CrS30,00. Até dia 30 de setembro.

MARIA MINHOCA — Texto de Maria ClaraMachado. Direção de Eduardo Machado.Com Carlos Alberto Barreto, Chico Diaz,Rocha, Guida Vianna, Dora Pellegrino, MariaDias Couto e Ricardo Maurício. Músicas deMauro Rocha. Toatro Cândido Mendes, RuaVisc.de Pirajá, 351. Hoje, às lóh. IngressosaCr$ 50,00.

DESCULPE SE INCOMODAMOS, MAS ESTA-MOS TRABALHANDO PARA EMBELEZAR ACIDADE — Criação coletivo do grupo Solusde Teatro Estudantil do Colégio de AplicaçãoLuso-Carioca. Teatro Dulcina, Rua AlcindoGuanabara, 17. Hoje, às lóh. Ingressos aCrS 30,00. Até dia 2 de setembro. Aconse-Ihável para adolescentes.

PAPO-DE-ANJO — Texto de Ricordo MackFilgueiras. Direção de Ary Caslov. Com DirceMigliaccio, Margot Baird, João Paulo, JorgeAlberto, Júlio Braga, Marco Antônio Palmei-ra e Rinaldo Genes. Teatro Alaska, Av.Copacabana, 1 242 (247-9842). Hoje, àslóh. Ingressos a CrS 40,00.

O CAVALINHO AZUL — Texto e direção deMaria Clara Machado. Cenário de AnnaLetycia. Figurinos de Kalma Murtinho. Músi-cas de Reginaldo de Carvalho. Com SuraBerdichevsky, Bernardo Jablonki, Morio Cia-ra Mourthé e Ricardo Kosovski. Teatro Tabla-do, Av. Lineu de Paula Machado, 795

(226-4555). Hoje, às 17h30m. Ingressos oCrS 50,00.

ILHAS DO DIA-A-DIA — Texto de JoãoSiqueira e Irene Leonore. Direção coletiva dogrupo Dia-a-Dia. Com Rômulo Júnior, LuziaFonseca, Zé Antônio, João Siqueira e IreneLeonore Teatro do Sesc de S. João de Meriti,Rua Tenente Alvarenga Ribeiro, 66. Hoje, às17h. Ingressos a Cr$ 30,00 e Cr$ 20,00,sócios.

CHAPEUZINHO VERMELHO — Texto de Ricar-do Lavalhos. Direção e cenários de MarcosOliveira Lavalhos. Com o grupo A NossaTurma. Clube Português de Niterói, Rua LaraVilela, 1 176 (718-4542). Dom., às lóh.Ingressos a CrS 40,00.

ZÉ COIMÉIA E A PANTERA COR-DE-ROSA —Produção de Roberto de Castro. Com o grupoCarrossel. Teatro de Bolso, Av. Ataulfo dePaiva, 269 (287-0871). Dom., às 17h. Ingres-sos a CrS 60,00

BRINCADEIRAS INFANTIS — Jogos e brinca-deiras orientadas pelo professor Audir BastosFilho. Shopping Center Cassino Atlântico,Av. Copacabana, 1417. Dom., os 1 óh. Entra-da franca.

BERNARDO E BIANCA E A BRUXA ATÔMICA— Texto de Carlos Nobre. Direção de BrigitteBlair. Com Roberto Andrei, Luci CostO' eoutros. Teatro Brigitte Blair, Rua Miguel Le-mos, 51 (236-6343) Hoje, às 17h. Ingressos aCrS 50,00.

PÁGINA 6 ? CADERNO B D JORNAL DO BRASIL O Rio de Janeiro, sábado, 25 dè agosto de 1979

MúsicaQUADRO CERVANTES — Recital do conjuntointegrado por Helder Parente, Myrna HerzogFeldman, Rosana tonzolotte e Clarice Szajn-brum. Programa dedicado ao barroco e àRenascença na França e na Inglaterra. TeatroVanucci, Rua Marquês de São Vicente, 52-3"*andor. Hoje e amanhã, às 21 h. Ingressos aCrS 100,00.

QUINTETO BRASILEIRO DE METAIS — Con-certo do conjunto integrado por SebastiãoGonçalves e Paulo Roberto (trompetes), JoséCândido (trompa), Cesário Constancio (trom-pete)e Cláudio Silva (tuba). Programa: CincoInstantâneos, de José Siqueira, DivertimentoFolclórico N° 1, de Raphael Batista, Quinte-fóide, de A. Jardim eJ. Schiller, Três DançasFolclóricas, de Bela Bartok, Crepúsculo, de

Murillo Santos, Scherzo, de John Scheetan,Estruturas Obstinadas, de Ricardo Tacu-chian, Música para Metais, de Murillo San-tos, Divertimento Folclórico N° 2, de RaphaelBatista, Sinfonia para Metais (1° movimen-to), de Victor Ewald, e Brass Quintet, deArthur Franckenpohl. Planetário da Cidade,Rua Pe.-Leonel Franca, 240. Hoje, às 21 h.Ingressos a CrS 40,00 e CrS 20,00, estu-dantes.

ORQUESTRA SINFÔNICA BRASItEIRA -Concerto sob a regência do maestro KurtMasur, titular da Orquestra do Gewandhausde teipzig e da Filarmônica de Dresden.Programa: O Aprendiz de Feiticeiro, de Du-kas, Impressões Brasileiras, de Respighi, eSchéhérazade, de Rimskv-Korsako. TeatroMunicipal (263-1717). Hoje, às 16h30m.

Ingressos a CrS 1 mil 500, frisas e camarotes,CrS 250,00, poltronas e balcão nobre, CrS150,00, balcão simples, CrS 100,00, galeria,

e CrS 80,00, estudantes.

RECITAL DE ALAÚDE — Apresentação doalaudista Nicolas de Souza Barros interpre-tando peças de Dowland e Bach, Matriz deBom Jesus do Monte, Paquetá. Hoje, às16h30m. Entrada franca.

ORQUESTRA SINFÔNICA NACIONAL —Concerto sob a regência do maestro Thepha-nis Kapsopoulos. Programa: Sinfonieta, deErnst Mahie, Concerto em Lá Menor Op. 54para Piano e Orquestra, de Schumann (solis-ta: pianista Luís Carlos de Moura Castro), IaSinfonia em Dó Maior, de Beethoven. SalaCecília Meireles, Lgo. da Lapa, 47. Amanhã,às 21h. Entrada franca.

DançaOLORUM BABA MIM — Espetáculo de músi-ca, canto e dança afro-brasi leiro, com coreo-grafia e direção de Isaura de Assis. Participa-ção do cantor Carlos Negreiro. Com .Isaura deAssis, Edson Fhaar, Eulália, Lúcia Santos,Lincoln Santos, Neila Martins, além de corpode baile. Teatro Dulcina, Rua Alcindo Gua-nabara, 17 (232-5817). De 3" a sáb., às 21 h,dom., às .8he 21 h. Ingressos a CrS 80,00.Até dia 2 de setembro.

CINDERELA — Concepção, mise en scène ecoreografia do musical de Dalal Achcar.Músicas de Donno Summer. Cenários de HeliCelano. Figurinos de Cecília Newlands. Como Corpo de Baile do Bale Dalol Achcar e doAssociação de Bale do Rio de Janeiro. Baila-

rinos convidados: Alain Leroy, Ana Botafogo,Maria Luísn Noronha e Chri.stine Stevens.Teatro do _?NH, Av. Chile, 230 (224-9015).Quinta e 6o, às 21 h, sáb. às 17b e 21 h, dom.,òs 17h e 19h. Ingressos a Cr$ 150,00 e CrS80,00 (crianças até 12 anos e estudantes naplatéia superior). Até amanhã.

MATINAIS DE DANÇA — Apresentação doCorpo de Baile do Ineart. Programa: Compo-sição, música de Benedetto Mareei lo, coreo-grafia de Consuelo Rios, Largo, música deBach, coreografia de tourdes Bastos, Eterius,música de Saint Preux, Flutuações e Vibra-ções, música de Dissevelt, coreografia detourdes Bastos, Solitude, música de EltonJohn, coreografia de Gilda Muller, Jazz Som

• Movimentos, música de Charles Smalls,coreografia de Renée Wells e outros nume-ros. Teatro Dulcina, Rua Alcindo Guanabara,17 (232-5817). Amanhã, às 1 Oh. Ingressos aCrS 50,00.

MARIA MARIA — Musical com textos deFernando Brant, músicas e vocais de MiltonNascimento, direção e coreografia de OscarArais. Produção e bailarinos do grupo Corpo.Vozes de Milton Nascimento, Nana Caymmi,Beto Guedes, Fafá de Belém e Clementina deJesus. Teatro Villa-Lobos, Av. Princesa Isa-bel, 440 (275-6695). De 3o a 6a e dom., às21 h, sáb., às 20he22h30m. Ingressos de 3oa 5o a CrS 180,00 e CrS 80,00, estudantes, ede 6a a dom., a Cr$ 180,00.

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A PISCINA DO PAPA, UMDESAFIO AOS FOTÓGRAFOS

ROMA

- Construi-da à prova dosfamosos papa-razzi — fotógra-fos caçadores de

flagrantes impossíveis pelocinema de Federico Fellini— a piscina coberta do Pa-pa, em Castelgandolfo, pas-sou a ser tema para os maiscircunspectos e bem infor-mados vaticanistas.

Valendo-se de amizades einformantes que fez ao lon-go de 30 anos de presençaassídua nos ambientes daSanta Sé, Fabrizio de San-tis, do Corriere delia Será,considerado o melhor emais autorizado dos vatica-nistas italianos, fornece umrelato minucioso da piscinae dos banhos que nela vemfazendo o primeiro Papapolonês e atleta da históriada Igreja.

A piscina — conta o vati-canista — tem as dimensõesregulares para treinamen-to: 12m de largura e 25 decompriTnento. É o conjuntoesportivo mais moderno eaudacioso já construído pa-ra o uso de um Papa, muitomais do que os campos detênis, utilizados quase sem-pre pelos dependentes doVaticano nas férias de Cas-telgandolfo.

Vem sendo usada quasediariamente pelo PapaJoão Paulo II, para surpre-sa dos monsenhores e jo-vens guardas suíços que otêm acompanhado nessesmomentos de relax. Ne-nhum deles sabia que o Pa-pa nada com um estilo euma técnica próprios dosgrandes campeões e queaos 59 anos de idade con-serva um fôlego tão apre-ciável.

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Além de cantor, com um disco recém-lançado João Paulo II é tambématleta, dedicando-se à natação na indevassável piscina de Castelgandolfo

Um gendarme do Vatica-no revelou a Fabrizio deSantis, sem esconder a suaadmiração, que "o Papaainda hoje é capaz de na-dar durante meia hora, fa-zendo várias travessias napiscina, sem denunciar omenor cansaço'. A revela-ção levou o vaticanista ainvestigar os antecedentesde nadador do Pontífice."Nas vizinhanças de Ro-ma, em Palidoro, numa ci-dadezinha próxima de San-ta Marinella, sempre que seencontrava na Itália, como

Monsenhor e Cardeal KarolWojtyla, nunca deixou deencontrar tempo para na-dar numa praia e numa pis-cina privadas dirigidas porMonsenhor Nervo, vice-presidente da Caritas ita-liana, e por uma freira mui-to cordial, irmã Maria Can-celli". Outros freqüentado-res ilustres e habituais des-sa praia e da mesma pisei-na eram Cardeal Freemane o Monsenhor Rubin".

Aprofundando sua pes-quisa sobre o comporta-mento do Papa na piscina

de Castelgandolfo, o vatica-nista de Santis descobriuque ele continua a usar umvelho e curto calção cinza,comprado a bom preço e hámuitos anos numa loja ro-mana. Um calção que, se-gundo os informantes dovaticanista, é muito surra-do e nada ortodoxo. Nasbreves pausas, á borda dapiscina, esquentando-se aosol, o Papa fala de todos osassuntos, e às vezes não senega a tratar com seusacompanhantes dos proble-mas da Igreja.

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CADERNOS O JORNAL DO BRASIL a Rio de Janeiro, sábado, 25 de agosto de 1979 ? PAGINA

AÇÃO E MEMÓRIA DO "ROCK"Tárik de Souza

INSATISFEITOS

com a"baixa qualidade dos pa-drões da música popularnesta década", joven»«ob^lescentes paulistas de 16

anos em média fundaram oASAS (Amigos dos Sons dosAnos Sessenta). A primeira fun-ção da nova seita foi um cerimô-nial digno da Ku Klux Klan:frente ao Teatro Municipal deSão Paulo, na semana passada,estimulados por faixas ("Pelavolta da música de qualidade"),os jovens promoveram uma fo-S;ueira

de discos recém-ançados, convidando os parti-

cipantes a "atirar pelo menosum fósforo aceso". Um dos diri-gentes do ASAS, Ayrton Mug-naim, conceituou confusamen-te: "O punk e a discoteca repre-sentam a pasteurização e amassificação da música consu-mista."

Enquanto isso, coincidindocom a surda comemoração dos10 anos do Festival de Woods-tock, o rock é oferecido aos pa-cotes, numa progressiva liqui-dação para queima de estoquede seus Momentos Históricos,como rotula a coleção da WEA.Com esse carimbo acabam deser lançados mais seis LPs. Trêsdeles referem-se ao mesmo gru-po que embalou Woodstockcom seu estilo country moder-nizado por elaborados arranjosvocais: Crosby, Sills & Nash;Harvest, com Neil Young; e If ICould Only Remember My Na-me, com David Crosby.

Formado em 1968 por ex-integrantes de famosos gruposde rock, o Crosby (ex-Byrd),Stills (ex-Buffalo Springfield) e

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Nash (ex-Hollies) contou espo-radicamente com o canadenseNeil Young, que sempre preferiaescapulidas para discos-solo.Por sua vez, David Crosby pre-feriu a carreira ao menos emdupla (com Nash). If I CouldOnly Remember My Name é seuúnico solo, assessorado por Jer-ry Garcia (Grateful Dead), Gra-ce Slick (Jefferson Starship) eJoni Mitchell. O trio, que virouquarteto e acabou dupla, possuium som homogêneo, quebradoapenas pela dissidência eletrifi-cada (e a poesia rebelde) de NeilYoung. Enquanto durou, foiuma exemplar amostra da mú-sica regional americana urbani-zada. Em relação ao Brasil, elesseriam quase um Quinteto Vio-lado de melhor consistência.

Um tanto imerecidamente,também recebe o carimbo Mo-mentos Históricos o episódiogrupo América, fundado em 69,na mesma esteira do C,S,N & Y,porém com menor dose de cria-tividade. A reedição de seu pri-meiro LP traz de volta o equili-brado ponteio de guitarrasacústicas e elétricas do trio, cal-

AMERICA

çado por discretos baixo e bate-ria. No repertório, o êxito máxi-mo do América, que vendeu deimediato 1 milhão de cópias, afluente A Horse With No Name.

Ainda no pacote da WEA,uma dissidência do rock, o in-classificável Frank Zappa, comseu Hot Rats (Ratos Quentes),lançado originalmente em 1969.Formado no jazz e na músicaerudita contemporânea nos la-boratórios-escola europeus, Mr

¦ • CiS?Pi

'¦ í'.&í3 ES x*!

Zappa criaria o anarquista Mo-ther of Invention (Mães da In-vençáo), cuja única linha defini-da era demolir através de discosconceituais qualquer possibili-dade de levar-se a sério o rock,embora tudo fosse feito com omáximo de competência e au-dácia criadora. Perito na utili-zação de recursos eletrônicos,Zappa conseguiu gravar discosrealmente inaudíveis, ao lado,de obras-primas instrumentais.

FRANK ZAPPAWM

HOT RATSEsse Hote Rats hoje soa pobre,do ponto-de-vista eletrônico,mas ainda instigante, especial-mente quanto à guitarra deZappa e os violinos de SugarCane Harris e Jean Luc Ponty.

Formado em 67, foi luminosae abrupta a carreira do grupoamericano Doors, encerradacom a misteriosa e prematuramorte de seu carismático líderJim Morrison, em 71. StrangeDays, o LP do grupo que fecha opacote de Momentos Históricosda WEA, foi o segundo a serlançado e, a partir dos títulosreporta a transformação poéti-ca e comportamental da gera-ção Woodstock; As Pessoas SáoEstranhas, Você Está Perdida,Garotinha, Não Consigo Imagi-nar Seu Rosto, Dias Estranhos.

Outro conjunto que provo-cou furor no final dos 60 foi oinglês Pink Floyd, ainda hojeem atividade, mas com reduzi-do impacto. Pela primeira vezno Brasil, seu LP de estréia,Piper at the Gates of Dawn, saiàs lojas acoplado num álbumduplo com a gravação seguinte,Saucerful of Secrets, em edição

Odeon, com o selo Harvest. Noprimeiro disco, uma oportuni-dade única de apreciar o Floydoriginal, com Rick Wright (te-ciados), Roger Waters (baixo),Nick Mason (bateria), sob a lide-rança do enlouquecido guitar-rista Syd Barrett, o idealizadordo grupo, que acabaria interna-do por excesso de drogas. Bar-ret, que poderia ter levado oFloyd a uma trajetória menoscomercial, foi substituído a par-tir de Saucerful of Secrets peloguitarrista David Gilmour, hojetambém conhecido através de(medíocre) carreira solo.

Esse rock que abarrota asprateleiras demonstra única-mente a irreversibilidade dotempo e o caráter perecível dealguns de seus repórteres. Quei-ram ou não os irados incendia-rio do ASAS; ou seus asseme-lhados disc jockeys dos prefixosamericanos WLUP, KAZY,KROQ e XLO, que em saneado-ra campanha contra o domíniodo mercado pela discoteca, têmpromovido quebra-quebra dediscos, campanhas contra osBee Gees e difundido sloganscomo Elimine a Discoteca deSua Vida. A crise do mercadointernacionalizante é, porém,mais profunda, como demons-tram as quedas brutais nas re-ceitas das grandes empresasgravadoras este ano (JB,14/8/79). Depois de encher boi-sos ávidos com sua liqüidezimediata, a descartável ondadiscoteca acabou por deixar umvazio cultural numa indústriaque, em momento de irrespon-sável euforia, confundiu seuproduto com a confecção emsérie de caixas de sabão em pó.Talvez tenha chegado o mo-mento de recuperar o sentidoverídico do demagógico lemaDisco é Cultura.

O GRANDE "JAZZ"

DE VICTOR ASSIS BRASILJosé Domingos Rajjaelli

VICTOR

Assis BrasilQuinteto (EMI-Odeon), gravado emfevereiro último porVictor (saxofones alto

& soprano), Fernando Martins(piano), Hélio Delmiro (guitar-ra), Paulo Russo (contrabaixo) eTed Moore (bateria) é uma pro-v.a definitiva da maturidadedesses jazzmen e abre novasperspectivas para a música ins-trumental entre nós. Mereceucuidadosa preparação por partede Victor e seus músicos, comseis composições do líder de for-mas e estruturas variadas queconfirmam sua fertilidade comocompositor inspirado. O nívelalcançado pelos cinco músicosé dos mais expressivos. As im-provisações de Victor, Fernan-do e Hélio contêm elementosque transformam cada solo nu-ma experiência musical repletade imaginação, continuidade edireção. A organização não in-terfere na espontaneidade dacriação.

Victor desenvolve uma atua-ção de gala. Ele é um dos maio-res improvisadores da AméricaLatina. Sua categoria ultrapas-sou fronteiras para situá-lo en-tre os grandes músicos do mun-do. Sua experiência reflete alógica natural de suas frases, afacilidade de alinhavar idéiasrelevantes projetando emoçõesvariadas e suas linhas improvi-sadas, aparentemente comple-xas, encerram um sentido alta-mente perfeccionista. Estimula-do por seus companheiros, dáuma completa demonstraçãode poder de síntese. O virtuosis-mo da execução no soprano emTema Pro Einliorn, com segu-rança e convicção, engloba umaunidade de pensamento rara. Odesenvolvimento de suas idéiasna alegre composição Waltz forPhil é realizado através de fra-ses livres e descontraídas. Apósa introdução de Waltz for Trane(com uma progressão harmòni-

ca idêntica ao formato de ai-guns solos de Coltrane), Victorcria um clima introspectivo

. com frases repassadas de genuí-na paixão, que traduzem seuprofundo respeito pelo músicoamericano. A estrutura assimé-trica de Lydian Dreams alternaandamentos diversos, uma pe-ça-desafio que os participantessuperam com facilidade. Asduas faixas restantes — Baladapra Nadia e Blues for Mr Saltz-man — são interpretadas emquarteto, sem o piano de Fer-nando Martins. A primeira, ex-posta pelo alto do líder super-posto cinco vezes, é um veículopara uma dás maiores atuaçõesde Victor, dividindo suas emo-ções entre um obstinado lamen-to e um feeling melancólico. Noblues Victor coordena suasfrases através de ininterruptofluxo de idéias durante novechoruses.

Fernando Martins, um talen-to que merece maior reconheci-mento dos seus atributos, é umpianista de técnica impecável efacilidade para improvisaçõescoerentes; seu solo em LydianDreams mostra o que pode rea-lizar um músico inspirado e ar-ticulado.

Hélio Delmiro, cuja consis-tência é admirada por todos,combina fluência, flexibilidadee imaginação melódica, mar-cando sua atuação pela quali-dade das improvisações.

Paulo Russo é um baixistada escola atual. Sua pulsaçãoinsinuante e ousada sublinhatodos os solos e uníssonos, fun-cionando também como outravoz melódica do conjunto. Ostrês choruses de Blues for MrSaltzman são marcantes pelaconcepção de sua improvi-sação.

O americano Ted Moore en-fatiza todas as passagens com

CORREÇÃONa coluna de J. R. Tinhoráo de

quinta-feira, dia 23, sobre o discoRealce de Gilberto Gil, um erro decomposição alterou o sentido de todoum período, reproduzido a seguir con-forme o original:

Definitivamente posto em órbita,em termos de ideologia (e nesse sen-tido passando a ser um artista real-

mente cósmico), Gilberto Gil passoua não temer o ridículo das suas posi-ções alienadas c, numa espécie demegalomania artistico-intelectual,passou a dar entrevistas filosófico-mirabolantes, buscando cada vezmais — através do próprio comporta-mento e da forma visual de suasapresentações — apenas o realce.

inteligência e total comando dotempo, dando ao grupo o benefi-cio de sua maleabilidade rítmi-ca. Em Lydian Dreams avalia-mos melhor seus vastos re-cursos.

Victor Assis Brasil Quintetorepresenta, antes de tudo, umdocumento fonográfico damaior importância que coloca ojazz brasileiro à altura do inter-nacional. Reafirma a excelsaqualidade de Victor, Fernando,Hélio, Paulo e Ted, mostrandopor que aguardavam essa opor-tunidade para perpetuarem umdisco dos mais brilhantes, quehonra e dignifica sua arte.

Victor Assis Brasil: solosrepletos de imaginação

BACH E HAYDN EM LANÇAMENTOS EXEMPLARES

HO,m\MiIiíarfNQAQ3"l)nmíRoir

ACADEMYOFST.MARTilSHN-THE-FIELDS

Xi§

Luiz Paulo Horta

DENTRE

os maiores mes-três, Haydn é o menosdivulgado; dai a impor-tancia de lançamentosdessa natureza, que, fe-

lizmente, se vão tornando mais fre-quentes. As duas sinfonias aquigravadas pertencem ao grupo deseis que Haydn compôs em suaúltima estada em Londres e repre-sentam o estágio final do seu pen-samento sinfônico: a 103 é a penúl-tima de uma série que Haydn es-creveu ao longo de mais de 30anos. Nas suas proporções, ela pre-para diretamente a obra sinfônicade Beethoven. O rufar de tambores

que se ouve na abertura caracteri-zou-a para a posteridade. A Sinfo-nia Militar, apesar do título, émais delicada, repleta de inven-ção, de colorido. A Academia regi-da por Neville Marriner é hoje umadas mais famosas orquestras decâmara do mundo. Pelas suas di-mensões, não pode traduzir o ladohercúleo dessas sinfonias deHaydn. Mas a versão de câmaratambém é válida e revela detalhesque as grandes orquestras às vezessufocam.

Haydn/ Sinfonias n° 100 (Militar) e n"103 (Rufar de Tímpanos) (Philips-Polygram 9500 255). Com a Academy ofSt. Martin-in-the-Fields; regente: NevilleMarriner.

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Ronaldo Miranda

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freqüentadores dosbons Ciclos Bach-Haendel, da Sala CecíliaMeireles, podem remo-

morar em disco um dos seus maisfelizes momentos: as Sonatas paraFlauta e Cravo — em interpretaçãode Aurèle Nicolete e Karl Richter —cujo primoroso LP é um dos melho-res títulos da atual série da Archiv,que vem sendo reativada pela Poly-gram.

Compostas em Cothen, no perio-do de 1717 a 1723, quando Bachestava a serviço do Príncipe Leo-

pold de Anhalt, essas Sonatas (queconservam a estrutura formal dassuítes barrocas) reúnem a elegânciada música instrumental da épocacom a profundidade típica da pro-dução de Bach, em que todos osmomentos se nutrem de substânciae reflexão.

As versões de Richter e Nicoletsáo exemplares, captando com in-tensa expressividade o conteúdodas partituras bachianas, terrenoem que ambos são indiscutíveis au-toridades.

Bach/Sonotas para Flauta e Cravo (Archiv/Polygram, 2 533 368). Com o flautista Au-rèle Nicolet e o cravista Karl Richter.

PAGINA 8 ? CADERNO B O JORNAL DO BRASIL ° Rio de Janeiro, sábado, 25 de agosto de 1979

À mesa, como convém

SMORGASBORDNO HELSINGOR

A» Gsneral San Martin, 983 — Tel, 29d-03<!7

VERÍSSIMO

"trwrjrie Apicius ••

NOSSO

julgamento do que é bom oumau para os tmttos é, quase sem-pre, ditado por conceitos absurdos.Não por que o sejam em si mas porque, em geral, são preconceituosos.

Já sei, leitor, já sei — não estás aqui para meouvir discorrer sobre filosofia. Nem eu estouinteressado nisso. O que mais me interessa émeu fígado. Foi ele quem me fez ficar pensati-vo e, pensando em'meio a sofrimentos, che-gar à simples conclusão acima.

Para explicá-la vou te dar um exemplo.Se eu te dissesse que estou tuberculoso, teucoração se encheria de piedade e teus ouvi-dos de atenção eompungida. Já se eu contas-se que, à minha janela, logo depois do galo,brüadores quebram a calçada, compreende-rias até minhas olheiras. "Mas é desdita detantos, pensarias, que o fato mal merecereferência". Se, porém, eu me queixasse quea vizinha passa seus dias aprendendo violi-no, ririas às gargalhadas, julgando que meusofrimento é de um anacronismo tão grandeque só justificaria um madrigal. Desde queeu não o lesse em voz alta.

Pois bem: a ordem destas desditas éexatamente inversa à que imaginas. A tuber-culose, que já não mais inexorável, empurrapara a tumba, me conduziria até o leito noqual — pagos os médicos pelo seguro —passaria eu manhãs e tardes relendo osclássicos e sendo visitado por amigos. Obritador me deixaria irritado e cada vezmais melancólico, à medida que os mesmosamigos começassem a atravessar a rua, sópara não ouvir meus queixumes. Quanto aoviolino, ele me levaria à loucura e todos delaririam. Incompreendido, entre discordantesrangidos e risadas, acabaria eu minha exis-tência sob as rodas de um ônibui ou de umbonde, (ainda os há, em Santa Teresa.)

V^LJ=ILPensava eu nisso, outro dia, ao acordar

entre negros fantasmas. Como disse um au-tor cujo nome esqueço, a cabeça, o estômagoe os membros, tudo estava dessarrumado.No meio da mistura, a vida era coisa sem omenor sentido. No entanto, a causa de tama-nho descalabro tinha sido um almoço agra-dabilíssimo.

Aos domingos, há já algumas semanas, oHelsingor prepara um pequeno Smorgas-bord. Por pequeno entenda-se 40 pratos. (Nodomingo que fui ainda não serviam queijos.)Se me perguntar o leitor quão grande é umgrande Smogasbord, não saberei responder.E infinito. Começa a mesa por peixes, conti-nua por carnes frias, seguidas de quentes epassa por mil outras coisas e coisinhas, dasquais nos vamos servindo. Certa vez, emNova Iorque, vi uma senhora, com as pernasexageradamente inchadas servindo-se dian-te de uma dessas generosas mesas. E airressistivel impressaão que tive foi que elaestava comendo há séculos e, à falta de lugarno estômago, a comida começava a acumu-lar-se nas bases.

É bem mais modesto o Smorgasbord queaqui nos oferecem. Seu forte são os peixes.Há quatro variedades de arenques: simples,marinqdo ao vinho, com creme de leite edoce. É este o melhor e vem com ovos. Há umcorreto Aspic de peixes. Salmão. Uma lindaenguia defumada. Também bom o dourado.

Já as carnes são menos variadas. (Dife-rença que o leitor não sentirá, pois náoenumerei todos os itens do capitulo prece-dente.) Há peito de peru, salaminho, línguadefumada e lombo de porco idem, roast-beef,carne assada, peito de frango e etc...

Por falta de espaço — à mesa e 7iasbarrigas — não há pratos quentes. Os gar-çons ajudam os fregueses a compor seuspratos, apontando que o molho acompanhaque peixe ou carne e as saladas mais conve-nientes. São corajosos os garçons. Domingoé dia de pais almoçaremfora com seus filhos.Estes confundem a mesa do smorgasbord,com a de doces de aniversário e pulam sobreela, gulosos, querendo entupir-se com tudo.Como a moda é da contracultura, a didáticados garçons corre o risco de lhes ser fatal,pois os progenitores defendem os mais arbi-trários direitos dos seres que geraram.Dentro de suas proporções, é excelente osmorgasbord do Helsingor. Sem falar nospequenos requintes das combinações dascoisas — o arenque doce, por exemplo, efeitocom mil malícias — tem ele a vantagem detudo ser fresco. Ê fácil explicar: tudo que nãoé consumido e pode esperar dois dias éaproveitado nos diversos pratos que a casaserve durante a semana.

Nada disto, porém, explica o horror detodo meu ser, no dia seguinte. Deve-se ele àmalícia dos que me induzirarn a ir acompa-nhando a cerveja com pequenos cálices deaqvavit.

Duas pequenas jarras foram bebidasOSmorgasbord é servido das 12h às 19h e

custa CrS 300.00 por pessoa, sem incluir asbebidas. A casa aceita cheques e cartões decrédito.

COTAÇÕESCozinha * ruim, +• regular; **¦*¦ boc, +*** muito boa-k+-k-k-k excelente Ambiente. • simples.- •• confortável; •••muito confortável; >ott luxo eeeee muito luxo.

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^OGOGRIFO JERÔNIMO FERREIRA

________^_________ PROBLEAAA N° 122 12. negócio dependente do acaso Consiste o LOGOGRl-| 1. amolentar (6) (7) FO em encontrar-se de-

NT5 2. barra de metal fundido (7) 13. núncio pontifício (6) terminado vocábulo,

3. dividir em lotes (6) ] 4. que está ao lodo (7) mS^TqK4. feio (5) '5. relativo a lartnge (8) acimQ Ao ladQV di.

L5.

ladrão (5) 16. relativo a linhas (6) reita, é dada uma rela-6. lameiro (7) 17. relativo ao leite (6) ção de vinte conceitos,7 lanífero (8) 18. relativo ao Unho (5) devendo ser encontra-

8 leitor (5) Io. relativo aos láridas (7) d°um sinônimo para

r,' i l ,ls on w„n, U;~., IA\ cada um, com o nume-9. lenhoso (6) 20. tornar leigo (6) m de |etros en|re pQ_

10. letargia (7) rènteses, e todos come-11. limitar (6) Palavra-chave: 10 letras çados pela letra inicial

da palavra-chave. Asletras de todos os sino-

TT^ [J, nimos estão contidas

¦*¦' >* Soluções do problema n° 121: Palavra-chave: VACINOTERAPIA no termo encoberto, e

l>g^__^_l-—______________ Parciais: vaticana; varino: vitória; viciar; variante; vincar; vicênio; viático,- vacaria; respenanao-se as le-vaicia; vaticinar; voronia; vinário; vitreo; vicariato; vapor; vórtice; vítrice; viperino; ,ras repetidas,verânico.

JEAN PERRIER

CRUZADAS CARLOS DA SILVA

HORIZONTAIS — 1 — barra que fixa ocarro de tração animol no eixo dianteiro,facilitando-lhe os movimentos para os la-dos (pi.); em carro de tração animal, barrade ferro que une a lança com os varais (pi.);10 — hérnia lombar; 12 — peixe da ordemdos isospõndilos, de corpo esguio, escamasfinas, cabeça pequena e pontiaguda; oba-ranaçu; 13 — símbolo do astatínio; 14 —demonstrara alegria; 15 — fruto de umaárvore anomácea do México,- 17 — perfu-ração redonda nas rodas dos carros de bois;18 — fita ou galão estreito para debruar;debrum; beira; 19 — cáfila de camelos;recua de mulos; 21 — tecido transparentede sedo, algodão ou náilon, geralmenteengomado, tramado em forma de rede de

furos redondos ou hexagonais, e usadoprincipalmente para véus, cortinados, ves-tidos de noite ou saiotes de baile; tule,- 22

que não tem nome; não designada; 24na voltarete, parceiro que joga somente

as cartas que teve e não compra nenhuma;25 — na linguagem burocrática, ofício deum ministro a outro; 27 — estágio inicialcegamente impelido para uma nova ordemde fenômenos e de significações; 28 —carne da parte inferior do lombo do porco,-30 — ato ou efeito de não fazer aquilo quemoral ou juridicamente se devia fazer; 31

pedra que assenta nos pilares quesustentam o espigueiro, para evitar quecertos animais atinjam as espigas.

VERTICAIS — 1 — série de pequenascélulas clorifiladas existentes em determi-nados grupos de musgos, como, p. ex., nosestagnos; 2 — diz-se do eqüídeo que tem orabo entremeado de fios brancos; 3 —conjunto de elementos materiais específi-cos de que se lança mão para mostrarpoder, força, erudição,- 4 — viga maisdelgada que a virgem e cuja extremidadesuperior se encaixa no orifício desta, sendoa extremidade anterior atravessada pelofuso; 5 — indignação,- 6 — região daantiga Ásia Menor, sobre a costa, habitadapelos gregos imigrados; 7 — arbusto dofamilia das euforbiáceas, comuníssimo nos

jardins; cauda-de-raposa; 8 — senão; 9 —cada peça que constitui a corola das flores;pétala; 11 —placa ou lamina muito delga-da; 16 — sem umidades, secos,- 18 —objetos muito esburacados,- grelhas dasfornalhas do engenho; 20 — alostrim;espécie de varíola de caráter benigno; 23

o sétimo més do calendário israelita,com 30 dias; 26 — numa rua ou estrada, adireção em que o veículo deve transitar; 27

a mãe de todas as coisas,- 29 — em quenão há interrupção nem divisão. Léxicos:Morais; Melhoramentos; Aurélio e Casa-novas.

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SOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIORHORIZONTAIS — filicales; isobaticos,- loba-do,- tiu; iberos; itã; tato; sarno,- oro; rijo;recusar; ecboladé; baixura,- om; saz; ralo.VERTICAIS — filito,- isobarica,- lobeto; ibaro;cado,- atossicar; li; ectimose; soito; suã;aiudar; reluz,- cromo; roxa; ebo; bis,- oi.

Correspondência e remessa de livros erevistas para: Rua das Palmeiras, 57 apto.4— Botafogo — CEP 22 70.

CARNEIRO — 21/3 a 20/4Finanças-Trabalho — Você deve tomor muitocuidado com as influências que atualmente exis-tem no seu meio profissional. Cuidado com o»negócios duvidosos. Finanças excelentes. Amor —Com Vênus bem influenciado você terá, duranteeste dia, grande satisfação, ligada a uma troca decaria ou a uma correspondência amorosa interes-sante. Pessoal — Afaste todo rancor que houverem seu coração, você lucrará com isto. Saúde —Hoje, não disperse a sua força.

TOURO —21/4 a 20/5Finanças-Trabalho — Recepcionistas, secretários(as) favorecidos. Você obterá um acordo ou assi-nará um negócio muito esperado. Satisfaçõesimportantes no plano profissional. Amor ¦— A»coisas não serão tão simples, hoje, na sua vidasentimental. Você sentirá ciúme e reinará, portan-to, uma grande tensão com a pessoa amada.Controle-se. Pessoal — Interesse-se mais pelolado prático das coisas. Saúde — Você saberácontrolar os seus nervos.

GÊMEOS — 21/5 a 21/6

Finanças-Trabalho — Profissões comerciais favo-recidas. Estudos, solicitações e assinaturas favore-cidos. Plano profissional péssimo, plano financei-ro de primeira ordem. Pode especular. Amor —Atualmente você tem muitas atividades sentimen-tais. Você comete uma imprudência ao procurarser mais condescendente e não impor seu amor aforça. Pessoal — Aproveite o tempo livre para lerou ir ao teatro. Saúde — Boa, você poderá fazeresforços.

CÂNCER — 22/6 a 22/7Finanças-Trabalho — Jornalistase representantesfavorecidos. Você saberá encontrar facilmente aajuda que lhe estava faltando até agora paramelhorar sua situação. Tome muito cuidado fi-nonceiramente. Amor — Dia clama no planosentimental. Ponha sua correspondência em dia.Convide seus amigos (as). Pessoal — As amiza-des que você fizer nesse dia vão se consolidarnotavelmente. Saúde ¦— Saúde tributária damoral. Procure se controlar.

LEÃO — 23/7 a 22/8Finanças-Trabalho — Favorecido (a) se você éfuncionário (a). Hoje reinará uma sorte repentina,oportunidades a agarrar, contatos e contratosinteressantes para o seu futuro. Leve em conta asua intuição. Amor ¦— Adote uma atitude muitofranca e nâo fique no jogo de fugir das pessoasque o (a) amam, preferindo os (as) que fogem devocê. Pessoal — Mude a decoração 4e sua casa.Saúde — Seu coração precisa ser controlado.

VIRGEM — 23/8 a 22/9Finanças-Trabalho — Dia benéfico que lhe permi-te o progresso de um de seus projetos. Você deveaproveitar ao máximo a ajuda de todos os seusamigos (as). Domínio profissional de primeiraordem. Amor — Dia bastante dificil e que vai lhetrazer nova solução — muito inesperada — parasua vida sentimental. Solução de um problemafamiliar. Pessoal — Você tende a exagerar umcontratempo sem importância. Saúde — Nãobeba gelado.

BALANÇA — 23/9 a 23/10Finanças — Trabalho — Sorte se você tem umcomércio de luxo. Cuidado com seu entusiasmo ecom seus impulsos: aja com muita prudência. Nãoassine documentos. Não faça solicitações. Amor— Tome cuidado para não dizer alguma coisaque estrague um clima amigável, pois não saberácomo apagar sua falta de habilidade. Pessoal —Decisão que terá uma excelente repercussão parao seu futuro. Saúde — Você deve ter uma vidaregular.

ESCORPIÃO — 24/10 a 21/11Finanças — Trabalho — Excelente dia paradiscutir útilmente com seus colaboradores para orealização de importantes empreendimentos.Contratos bons. Cuidado com as suas finanças.Amor — Dia benéfico. No plano sentimental vocêdeve esperar coisas boas. Você terá felicidade naamizade e no amor. Harmonia em família. Pes-soai — Você saberá demonstrar a sua ascendên-cia sobre aqueles que o(a) cercam. Saúde — Façoum bom regime e procure ficar calmo(a).

SAGITÁRIO — 22/11 a 20/12Finanças — Trabalho — Representantes favoreci-dos. Dia excelente e rico em idéias, viagens denegócios e contatos novos. Aproveite. Apesar detudo, não gaste o seu dinheiro. Evite as especula-ções. Amor — Cuidado com o dia. Exaltação umpouco excessiva. Você é sentimental demais. Eviteos namoros. Apenas as amizades sinceras serãofavorecidas. Pessoal — Você deve se distrair econvidar seus amigos(os). Saúde — Cuidado comos excessos alimentares.

CAPRICÓRNIO —21/12 a 20/1Finanças — Trabalho — O dia vai lhe trazerajuda, encontros com pessoas de boa vontade,dispostas a ajudá-lofo). No setor profissional,satisfações com os seus chefes. Seja pontual.Finanças boas. Amor — Os seus amigos vão lheprovar sua amizade e o(a) ojudarão quando vocêprecisar. Tudo isto contribuirá paro lhe devolver aconfiança. Pessoal —Sua perspicácia será recom-pensado e você poderá ouvir o sua intuição.Saúde — Não fique pensando todo tempo namesmo coisa.

AQUÁRIO — 21/1 o 18/2Finanças — Trabalho — Hoje, problemas mate-riais vão surgir a respeito de seu patrimônio ou deseu capital. A intuição vai lhe permitir reparar umerro muito grove no plano profissional. Amor —Atenção com Vênus em oposição. Você não terápaciêncio. Riscos de brigos ou de rupturas. Vocênão agüentará as censuras mesmo que as mere-ça. Pessoal — Procure atrair o respeito dos outros,revelando grande autoconfiança. Saúde — Con-trole a suo olimenTação.

PEIXES — 19/2 a 20/3Finanças — Trabalho — Profissões liberais favo-recidas. Ótimos resultados serão obtidos numasolicitação de caráter oficial ou boas noticias arespeito de um negocio litigioso. Viagens favoreci-das. Amor — Você sera crusco(o) e nâo teráhabilidade hoie, você falara demais ou então nãofalará e suas relações sentimentais serão compli-codas. Pessoal — Você pode fazer transformaçõesinteressantes em suo casa. Saúde — Boa mas nãoexagere nas comidas e nas bebidas

CADERNO B a JORNAL DO BRASIL. a Rio de Janeiro, sábado, 25 de agosto de 1979 O PÁGINA 9

O filme ouo livro.Ou os dois

O

livro O OitavoPassageira, lan-çado pela NovaFronteirai232pp> simulta-neamente com a

estréia do filme no Rio. e otipo da obra que não podesuscitar comentários do ti-po "gostei mais do filme" ouao contrário. Pela simplesrazáo de ter sido escrito apartir do próprio filme, re-produzindo cena por cena oque se passa na tela. Aspequenas diferenças preen-chem espaços que na açáocinematográfica não se fa-zem sentir e. por vezes, dãopistas que ao espectadorpodem passar desapercebi-das. No princípio do livro,Alan Dean Fostenque nâo éo autor do ro-teiro i fala desonhadoresprofissionais,aquele cujossonhos "pos-sam ser, de-pois, grava-dos e tocadospara diverti-mentoalheio". Econclui queos sete tripu-lantes doNostromo (oi-to com o gatoJones) náotèm compe-tência nemimaginação para sonhado-res profissionais.

Em seguida, o Autor anali-sa rapidamente as princi-pais características dos per-sonagens, dando assimcoordenadas da ação pres-tes a desenrolar-se. Dallas,o único a usar barbas nocongelador, é competente egosta da vida que leva. Ka-ne, que será em parte res-ponsável pelo ingresso dooitavo passageiro na nave,é um inexpressivo oficial.Lane, a navegadora, sabetraçar rumos no espaço,mas não em seus própriossentimentos. E assim pordiante.

Se no filme o espectadordemora a perceber as parti-cularidades do comporta-

mento de Ash, no livro oautor faz questão de expres-sar logo na página 10 que"os sonhos de Ash nào con-tinham üusáo ou burla", co-mo bem sabiam os que oconheciam. O que náo é ocaso de nenhum dos outrostripulantes. Pouco depoisdesse comentário, quando amáe — nome dado ao bancoda memória do Nostromo —desperta a tripulação parachecar o que parece umSOS vindo de um planetói-de, Ash novamente se dis-tingue por ter. mesmo umpouco sonado. "habilidadede manipular maquinariasabidamente inigualável".

No filme, só perto do fim,o espectador começa a verAsh com outros olhos,quando restam na naveapenas quatro personagense o estranho ser pratica-mente gerado nas entra-nhas de Kane e cuja resis-tência os humanos nào con-seguem vencer. Em com-pensação, as cenas de hor-ror e suspense são mais ex-

¦;:y^B ¦aFflp& Ô&W^^flflflflflM

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aflflflflJMflflt ^M^hB| BaT •?"" $*flflr ^fflflflH

{gPrerBk •. . .. - ¦ .-- ¦ JflfllTom Skerritt (Dallas) em umacena de O Oitavo Passageiro

pressivas no filme, como se-ria de esperar, graças aosefeitos especiais.

Seguindo a trilha de inú-meros outros livros do gene-ro, destinados ao especta-dor que gosta de recordar,O Oitavo Passageiro tam-bém pode ser uma boa dis-tração para quem náo viu ofilme. Testemunha inocentedos acontecimentos, aqui eali catalisador de desastres(é ele quem obriga Ripley ase afastar do módulo, elequem ocasiona a morte deBrett), o gato Jones é perso-nagem táo importantequanto os outros tripulan-tes do Nostromo; principal-mente no livro, onde o Au-tor lhe atribui pensamentose reflexões.

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recentemente,os prêmios da Fundação Na-cional do Livro Infantil e Ju-venil indicaram O Melhor pa-ra a Criança e O Melhor para o

Jovem, além de conceder a outras obras adistinção de Altamente Recomendávelnas duas categorias. O que objetiva essapremiação, que não só orienta professo-res, pais e bibliotecários em suas esco-lhas, mas também leva os editores atrabalhar com mais afinco os livros dis-tinguidos?

Para Laura Sandroni, diretora-executiva da FNLIJ, o que se busca cons-cientizar os editores brasileiros, apon-tando-se nào só um bom texto, mas "umbelo livro", bem-ilustrado, impresso, oproduto final". A escolha dos melhoreslivros e dos altamente recomendáveis éfeita por uma comissão de especialistas,que foi este ano ampliada, incluindo pes-soas de outros Estados. Participaram Ce-lina Rondon (da Livraria Divulgação ePesquisa, Rio), Fanny Abramovich (criti-ca do Jornal da Tarde), Fulvia Rosenberg(pesquisadora da Fundação Carlos Cha-gas, São Paulo), Glória Ponde (professora

de Literatura infantil), Luiz Carlos Lis-boa (chefe da Sucursal Rio de O Estadode São Paulo), Maria Antonieta AntunesCunha (professora e critica em Belo Hori-zonte) e Vera Mattos (ilustradora).

— Pelo regulamento da Fundação —explica Laura Sandroni — escolhem-seprimeiro os Selos de Ouro, isto é, osmelhores para a criança e os melhorespara o jovem, entre os que foram publica-dos no ano anterior. Para os menores,ganhou a coleção Gato e Rato, de Mary eEliardo França, editada pela Ática. Paraos jovens, Lygia Bojunga Nunes, com ACasa da Madrinha, da Agir, ilustraçõesde Regina Yolanda. Os mais votados re-cebem a distinção de altamente recomen-dável.

Julgada a produção editorial do anopassado para as crianças, foram escolhi-dos cinco como altamente recomenda-veis: Lúcia, Já Vou Indo, escrito e ilustra-do por Maria Heloísa Penteado; A Curió-sidade Premiada, de Fernanda Lopes deAlmeida, com ilustrações de Alcy Linha-res (ambos da Ática, São Paulo). Os ou-tros três foram O Reizinho Mandão, deRuth Rocha, ilustrado para a Pioneirapor Walter Ono; Quase de Verdade, textode Clarice Lispector e ilustrações de Ce-

cilia Jucá (Rocco); e Veludinho, de MartaPannunzio, com ilustrações de EliardoFrança, Editora José Olympio. Para osjovens, categoria que pela primeira vezapareceu na premiação, foram vistos li-vros editados a partir de 1974. Três ter-minaram indicados como altamente re-comendáveis: Uma Estranha Aventuraem Talalai, de Joel Rufino dos Santos,ilustrado por Massao Hotashi (Pioneira);O Lobo do Espaço, de Fausto Cunha, daCátedra; e a série Para Gostar de Ler, quea Ática publica com textos de RubemBraga, Carlos Drummond de Andrade,Paulo Mendes Campos e Fernando Sa-bino.

— Para mim — afirma Maria Antonie-ta Antunes Cunha — o intuito da premia-çáo parece ser o de, fundamentalmente,proporcionar uma orientação aos pais,professores, bibliotecários, enfim, a pes-soas que nem sempre tèm condições deseguir o movimento editorial. Consideroimportante orientar a escolha do livro,mas estou mais preocupada em discutir epesquisar que recursos estão à nossa dis-posição para facilitar a busca do livropelos alunos.

Os critérios para a premiação, no seuentender e do ponto-de-vista do adulto,

sáo destacar características literárias, deconteúdo e pensamento, bem como o as-pecto da ilustração, em função da obra edo seu valor artístico. Celina Rondon,que considerou melhor o nivel dos livrosinfantis publicados em 1978, destaca oconjunto de bom texto e boa apresenta-ção, e julgou a escolha dos juvenis maisdifícil, embora se sobressaísse logo o deLygia Bojunga Nunes. Para ela, "e umapesquisa recente já demonstrou", acriança até 10 anos é cativada por umaboa ilustração, uma bela capa.

O jornalista e escritor Luiz CarlosLisboa recebeu a recomendação de apre-ciar a obra pelo seu conjunto: texto,ilustraçào, edição. Só alguns ele conside-rou excelentes, achando baixíssima aqualidade da maioria. Para ele, o princi-pai problema da literatura infantil é ve-lho: sua linguagem piegas, idiotizante. JaVera Mattos, ilustradora, leu o livro deLygia Bojunga Nunes por último, "paranào influenciar a leitura dos demais.Sempre que ela escreve, escreve genial-mente". Sua opinião é a de que os pre-miados se distinguem pelo bom conjuntode texto e ilustraçào, e que há um cuida-do gráfico maior por parte de algumaseditoras.

LYGIAQUATRO VEZESPREMIADANÃO SABEPARA QUEPÚBLICOESCREVE

Lygia Bojunga.Nunes publica

Corda Bamba e éindicada para o

Andersen, o Nobelda Literatura

Infantil

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DOS

cinco livros que publicoudesde 1972. quatro foram pre-miados, três com o selo deouro da Fundação Nacional doLivro Infantil e Juvenil. O pri-

meiro, Os Colegas, pelo Instituto Nacio-nal do Livro. Como Autora de literaturainfanto-juvenil. acaba de ser indicada pa-ra o prêmio Hans Christian Andersen, doIBBY (Organização Internacional para oLivro Infanto-Juvenil), o mais importantedo mundo no gênero. Mas nada distoparece impressionar Lygia Bojunga Nu-nes, que se confessa apenas assustada e sejulga com uma "remotíssima chance devencer o concurso".

Se os critérios da FNLIJ levam a pre-miar o produto final, tendo em contatexto, ilustração e edição, o ponto-de-vista de Lygia Bojunga é diferente. Seulivro Angélica (Agir, Rio. 15 mil exempla-res), acaba de ser editado na França pelasEdições La Farandole. Lygia recebeu umexemplar, em edição esmerada, capa du-ra, mas sem ilustrações misturadas aotexto, e gostou. Não tinha sequer indica-ção para faixa etária. O que essa Autora,detentora de três selos de ouro, acha danecessidade da ilustração?

Nos três livros premiados, preocu-pei-me com a ilustração, mas acho que seo texto for realmente bom não precisadesse recurso, a nâo ser para a faixa decrianças até oito anos. quando é realmen-te importante. A ilustração pode enrique-cer uma obra. e antigamente os livrospara adultos eram igualmente ilustrados.o que encarecia e encarece a edição. Te-nho debatido o assunto nas escolas, comos próprios leitores, e a opinião deles émuito dividida. Nos meus últimos livros,combinei com os ilustradores para quenão mostrassem a cara ou o jeito dospersonagens principais. Em A Casa daMadrinha, por exemplo, Regina Yolandafez uma moldura, uma sugestão de am-biente apenas. Se o texto for bom, vaiestimular a imaginação do leitor. Se náofor. é o caso de jogá-lo fora.

Lygia Bojunga Nunes acha que cadavez mais e importante deixar que a imagi-nação se desenvolva.

Aqui. no Brasil, não tínhamos arrai-gado o habito da leitura, liamos pouco,quando a televisão se implantou e ocupou

todo o espaço. Se o rádio puxava pelaimaginação, até os grandes textos, quan-do apresentados pela TV, estão envoltosem um excesso de visual, nào dando ne-nhuma chance à imaginação do espec-tador."

A Autora de Corda Bamba, que saiurecentemente pela Civilização Brasileira,não tem frases de efeito, e decepciona aquem esperar dela uma "tomada de posi-ção" igual a de tantos escritores e especia-listas, dentro do debate atual — mas jáenvelhecido — sobre as correntes realistae fantástica na literatura infanto-juvenil.

—Não sou boa para isto. Para mim, avariedade de opções é que estimula osenso critico, e acho ótimo que coexistamtantas correntes quantas existirem. Oúnico critério deve ser o da qualidade.Que o livro seja fantástico, realista ounaturalista, pouco importa. E isto meparece mais um modismo, refletindo oque se está passando lá fora. Em arte eliteratura, cada criador deve transmitir asua maneira de ver o mundo, e para quehaja enriquecimento deve procurar abriro painel.

Os livros de Lygia começaram a serproduzidos em 1972. Mas só o primeiro.OsColegas, foi escrito especialmente paracrianças. A turma de vira-latas e margi-nais da sociedade de consumo foi apre-sentada para os leitores menores. A lin-guagem era coloquial, simples, evitandoqualquer palavra que faça uma criançarecorrer ao dicionário. E é a mesma atéhoje.

Por pura sorte, como ela faz questão deacentuar, o livro foi bem aceito no merca-do. e ela nào teve de enfrentar o problematáo comum aos escritores novos, de pro-durar um editor. "Isto." explica, "aconte-ceu em decorrência da premiação querecebi do Instituto Nacional do Livro. Osseguintes não foram escritos deliberada-mente para crianças e jovens. Angélicaseria uma peça de teatro para adultos,abarcando os problemas da discrimina-ção da velhice, com o personagem centralvirando bicho, mas acabou qualificadocomo juvenil. Eu gostaria de escreverpara diversos niveis. tenho horror em fi-xar idades, o que conduz a um afunila-mento. embora haja quem defenda a ne-cessidade de orientar os Pais. Acho mais

importante encontrar os meios de tornaro livro acessível".

A realidade e a fantasia surgem" emdoses nào medidas pela Autora.

Vèm da nossa realidade, táo sofrida,com tudo tão maldistribuído. Mas nâoanaliso, sequer porque as pessoas setransformam em bichos, porque os nari-zes crescem, os personagens ganham ra-bo. Se sào para crianças ou não, eu mes-ma não saberei responder. Se um dia euescrever um livro bom, que acrescentealguma coisa, acho que atingirá todas asidades, sensibilizará e se imporá pela qua-lidade.

Seu ritmo de trabalho é intenso. Escre-ve diariamente, "embora, para publica-çáo. não aproveite quase nada. Rabiscomuito quando estou tensa, junto doispersonagens crio diálogos e isto me alivia.Faço isto como outra pessoa faria pala-vras cruzadas". Os diálogos sào marcan-tes em sua obra, e têm uma origem: oamor pelas peças teatrais. Lygia começousua atividade profissional como atriz, res-pondendo a um anúncio colocado nosjornais pelo Teatro Duse. de PaschoalCarlos Magno. Largou pelo meio um vesti-bular de Medicina, aos 19 anos. Dedicou-se ao teatro, "com paixão mas náo tinhavocação, era contra o meu temperamento,gosto mesmo é de ficar quieta, cercada delivros e com uma mesa á minha frente".Encerrada a temporada como atriz, umcasamento também acabado, trabalhoucomo tradutora, escritora e as vezes nova-mente como atriz, para o teatrinho Trol eo grande teatro da TV Tupi. Dai suafacilidade em lidar com os diálogos.

Tenho vocação de escritora. Sou depoucos amigos, envolvo-me demais commeus personagens. Agora mesmo, queestou acabando O Sofá^stampado (epara desespero dos amigos que acredita-vam estar a fase de bichos encerrada, sofriuma recaída), já tenho dois ou três perso-nagens em minha cabeça. Estão me visi-tando. e isto me deixa meio aflita, porquetenho que terminar um livro para come-çar outro.

A paciência, para a escritora, é umaqualidade essencial:

Tenho ímpetos de largar tudo. depegar os novos personagens até mesmopelo sabor de novidade, mas não posso.

Em seu processo de criação, sente umcerto alivio quando termina um projeto,mas no meio enfrenta uma fase penosa, naqual "empaco, literalmente".

Ai eu volto a rabiscar e pouco apouco retomo o trabalho.

Ao "soltar um livro", Lygia tem a certe-za de que chegou a um ponto-limite, quenáo pode melhorar mais nada.

Há o tempo da saturação, em que onível satisfatório é atingido, em que senti-mos que o leitor náo será desrespeitadoao ler o que produzimos.

A Autora de Angélica, A Bolsa Amare-Ia e A Casa da Madrinha, todos três daAgir, os dois primeiros com 15 mil exem-plares cada um e o último entrando nasegunda edição, faz questão de afirmarque o livro é a sua maneira de comunicar-se com os outros. Para chegar ao queconsidera ser um bom livro, "tenho queescrever sempre, pular degraus e, quemsabe, pisarei bem nesta escada e chegareifinalmente ao livro que valerá a pena terescrito?"

Entre a sua produção para a televisão eos livros, houve uma grande pausa, emque Lygia viajou muito, correu meio mun-do. Amda hoje, apoiada na profissão domarido, que pertence a uma organizaçãointernacional, aproveita para viajar. En-tre um livro e outro escreve peças tea-trais, todas guardadas, em fragmentos, nagaveta. Mas livre da úlcera de duodenoque teve quando trabalhava em teatro,Lygia Bojunga Nunes vê a literatura in-fantil e juvenil com otimismo.

Estáo aparecendo pessoas sérias,não só escritores, mas gente que promoveO livro com dignidade. Durante muitosanos a literatura infanto-juvenil foi umgênero tratado com desprezo, desrespei-tado. quase um estigma. Quem náo sabiafazer nada. diziam, escrevia para criança».O livro infantil hoje é uma curtição, estácomeçando a ser visto como uma fonte deprazer, porque num pais em que se lê táopouco, não pode estar ligado apenas aescolas e a um certo intelectualismo. Olivro possibilita que alguém fique quietoem seu canto, livre das pressões, seraquerer fazer mais nada, apenas lendo.

PÁGINA 10 D CADERNO B D JORNAL DO BRASIL O Rio de Janeiro, sábado, 25 de agosto de 1979

AGORA NASLIVRARIAS ASEDIÇÕES UnB

Cora Rónai

BRASÍLIA

— A partir dasemana que vem, os lan-çamentos da Editora daUniversidade de Brasíliaestarão chegando às Li-

vrarias de todo o país. Com cerca de100 títulos publicados nos últimosdois anos, ela vem tentando ocuparespaços vazios da produção edito-rial brasileira, especialmente naárea do pensamento político.

Esta estratégia faz parte de umanova linha editorial, definida a par-tir de sua reestruturação, em 1977.Até então, a editora, fundada em1965, funcionara de forma pouco sis-temática, sem um programa de tra-balho pré-estabelecido. A nova fasecomeçou com o lançamento da Aná-lise das Relações Internacionais, deKarl Deutsch; seu passo mais recen-te foi a assinatura de um convêniocom a Catavento, que se encarrega-rá da distribuição, antes restrita àslivrarias universitárias.

A obra de Deutsch foi. também, oprimeiro volume da Coleçáo Pensa-mento Político, à qual a UnB dedicaespecial atenção. É nessa coleçãoque se inclui o que o professor Car-los Henrique Cardim, decano de ex-tensão e presidente do ConselhoEditorial, considera "o lançamentoeditorial mais importante da Uni-versidade": Comentários sobre aPrimeira Década de Tito Livio, deMaquiavel.

Tradução do clássico Discorsi,feita pelo Ministro Sérgio Bath, dire-tor do Instituto Rio Branco, a obraestá sendo apresentada em portu-guès pela primeira vez. Para come-morar seu lançamento, a Universi-dade de Brasilia promoveu, duranteos últimos seis dias, uma semana deestudos sobre Maquiavel, aberta poruma palestra do Ministro SérgioBath sobre as dificuldades da tradu-çâo da obra do pensador italiano.

- Da Coleção Pensamento Político,atualmente no sexto volume, fazem

parte também os livros Teoria Poli-tica Grega, de Sir Ernest Baker; ALinguagem da Politica, de HaroldLaswell; Atenas: a História de umaDemocracia, de Claude Mossé; e Po-der e Sociedade, de Abraham Ka-plan e Harold Laswell. Para os pró-ximos meses estão programadosPaz e Guerra entre as Nações, deRaymond Aron; Filosofia PoliticaContemporânea, de Anthony deCrespigny e Kenneth Minogue; Poli-tica e Governo, de Karl Deutsch; OAntigo Regime e a Revolução, deAlexis de Tocqueville, também pelaprimeira vez no Brasil; O Fim daIdeologia, de Daniel Bell; e A NovaCiência da Política, de Eric Voe-gelin.

A editora está trabalhando den-tro de um esquema de coleções so-bre tópicos determinados, em áreasonde há carência de textos de quali-dade. Uma nova série que pretendelançar em breve é a de Temas Brasi-leiros, que vai reunir livros funda-mentais da cultura do país. O pri-meiro lançamento da coleçáo será OSistema Sesmarial, de José da Cos-ta Porto, ao qual se seguirão A Vi-sào da Crise, de Gileno de Carli,sobre o período 1961/64, e O Pensa-mento de Araújo Castro, compila-çáo dos seus principais estudos, ain-da inéditos.

A editora da UnB começou a pu-• blicar recentemente, também, duasoutras séries. Uma é a de Textos deAula: fascículos simples, impressossem maior sofisticação, vendidos apreços em torno de CrS 5. Até omomento, a maior parte dos lança-mentos pertence à área politica: oúltimo, por exemplo, é um discursode Péricles, que esta sendo vendidoa CrS 5.

A outra coleção surgiu a partir doprincípio de que o compositor brasi-leiro não é suficientemente divulga-

¦ do simplesmente porque náo é im-presso.

A editora partiu, assim, tambémpara a edição musical, publicandopartituras de autores brasileiroscontemporâneos. Essas partituras,como os textos de aula, serão vendi-das a preços muito acessíveis. Aindaem setores pouco rentáveis para aseditoras comerciais, a UnB deverá,no futuro, iniciar uma série de poe-sia contemporânea brasileira e es-trangeira. Esta coleção, porém, ain-da é apenas uma idéia.

Com A Escalada do Homem, deJ. Bronowski, lançado há poucosdias em co-ediçáo com a MartinsFontes, a editora da UnB iniciouuma linha ainda sem nome, dedica-da à história do homem, sob o pon-to-de-vista da antropologia e da for-mação da sociedade.

Os próximos lançamentos da sé-rie seráo Civilização, de KennethClark, e Idade da Incerteza, de J. K.Galbraith. Os dois livros tèm a mes-ma origem de A Escalada do Ho-mem: foram, inicialmente, elabora-dos para a BBC.

Dois livros deverão, ainda, sereditados em futuro próximo: dentro

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da série Origens, do célebre arqueó-logo Richard Leakey, a respeito desuas explorações na África Central edas origens do homem, e da Enciclo-pedia da Ignorància."Esta enciclo-pedia é um livro absolutamente fan-tástico" — comenta o professor Car-dim.'"É formada por artigos de cien-tistas de praticamente todos oscampos, a respeito do que ainda

precisa ser descoberto em suasáreas de conhecimento."

Os Cadernos da UnB. uma cole-çáo de baixo custo, tèm, por sua vez.quatro lançamentos em sua progra-mação para este semestre: a Utopia.de Thomas Morus, com um estudode Afonso Arinos de Mello Franco;Poder, de Steven Lukes: A Condi-ção Histórica do Sociólogo, de Ray-mond Aron; e os Discursos, de An-dré Malraux. É nos Cadernos que aUnB está publicando o material dosencontros que realiza periodicamen-te. Esses encontros, geralmente,promovem a discussão de temasbrasileiros: assim, já foram editadosos debates a respeito de terras pú-blicas. energia, urbanização, trans-porte e saúde. Os anais do I Encon-tro Internacional, que reunirá emBrasília os mais destacados pensa-dores políticos do país e do exterior,seráo publicados ainda este ano.após a realização do encontro, emsetembro. Essa será uma co-ediçáobilingüe com a Routeledge, Kegane, Paul, da Inglaterra.

Segundo o professor Carlos Hen-rique Cardim, paralelamente à dis-tribuição pela Catavento, a Univer-sidade de Brasília está lançando um

GUERRA E PAZ,SEM GRANDEZA

Maquiavelestudado em

Brasília.Clausewitz (D.)

editado em SãoPaulo e mal-analisado em

Belfast

Clube do Livro, animada pelos bonsresultados do reembolso postal e deoutros clubes semelhantes, como oCírculo do Livro. Ao se inscrever noclube da UnB, o assinante devecomprometer-se a comprar pelo me-nos quatro livros por ano, nos quaisterá descontos de cerca de 30<~c emrelação ao preço de capa. Por outrolado, ele passará a receber, gratuita-mente, as revistas Relações Interna-cionais e Documentação e Atuali-dade Politica, publicadas pela edi-tora da Universidade.

— Imaginamos este clube pen-sando, principalmente, nos Estadosmais carentes de livrarias —• explicao professor Cardim — que m quiserse associar, precisa apenas preen-cher uma ficha que nós distribuímose que pode ser solicitada diretamen-te à Editora da Universidade deBrasília, DF. O CEP é 70910.

Marcos Margullies

Os Filósofos da Pai e da Guerra, de W B.Galle. Trcd Silvio Rangerl. Artenova'Edito-ra UnB, 1979, Rio. UOpp CrS 125. DaGuerra, de Carl Von Clausewits. Trad Mo-ria Teresa Rarr-os. Marins Fontes, 1979,Soo Paulo. 787do, Cri 380.

O

titulo sugere um estudoem profundidade do te-ma. mas o livro, em reali-dade. é uma despreten-siosa coletânea de confe-rèncias proferidas na

Universidade de Belfast. Mais umaamostragem da metodologia segui-da pelo autor do que uma obra am-piamente informativa e renovadora.A começar pelos filósofos da guerra.Clausewitz. como filósofo, vá lá; massem uma palavra sobre o precursordesse tipo de filosofia. Sun Tzu?Afinal, sua Arte da Guerra, escritauns 500 anos antes de Cristo, mere-

ceria pelo me-nos algumascomparaçõescom a posi-çáo ideologi-ca de Clause-witz. Mais eu-rioso ainda éo mutismo so-bre Maquia-vel, cuja Arteda Guerra é oponto de par-tida para aatitude que aeste respeitopassou a pre-valecer noOcidente.Clausewitz,no caso. équase um po-

lígono. Se o Autor o situasse melhorem seu espaço histórico e geográfi-co. se analisasse melhor o seu tempoe a sua Prússia, poderia com maisfacilidade didática analisar a obradesse filho da "pequena burguesia".

A publicação, em português, pelaEditora Martins Fontes, do famosocompêndio do militar prussiano,que vè na guerra o prolongamentoda politica por outros meios, com-pleta as conferências de Gallie. Oque, lamentavelmente, nào é válidopara outros pensadores da área. Eos há, em bom número. Ainda mo-dernamente, era preciso ter mencio-nado um Raymond Aron, na Fran-ça, e um Hans Magnus Enzensberg,na Alemanha. Sem falar da obranacional, de Orestes Araújo, Sócio-logia da Guerra, publicada em 1959e praticamente esquecida, a despei-to da sua inegável contribuição ao

tema. Os estudos de Jacques Man-tain. sobre o homem e o Estado, e ode Erich Weill. sobre Hegel e o Esta-do. também mereceriam pelo menosuma menção.

Pior ainda ocorre com os filósofosda paz. A escolha de Kant, emboracorreta, se prestaria a alguns co-mentários. na medida em que. devi-do a uma guerra. Kant perdeu ate olugar em que havia nascido. Kònigs-berg. onde viu a luz e viveu toda avida. chama-se. desde 1945. quandofoi anexado à URSS. Kaliningrado;desapareceu igualmente do mapa aPrússia Oriental, dividida entre aPolônia e a URSS. náo sem antesterem sido expulsos daquela terra,manu militari, milhões de alemães.Fatos imprevisíveis para o sonhadorde uma paz perpétua, que só foipossível como resultado de umaconquista duradoura... De qualquermodo. embora pecando pela superfi-cialidade da localização de Kant notempo e no espaço, a conferênciaque lhe é dedicada apresenta umaanálise coerente e profunda do pen-sador.

Se Kant, como filosofo da paz. eClausewitz. como filosofo da guerra,sâo bastante representativos paracertas correntes de pensamento, ede se duvidar da coerência na esco-lha de Tolstoi como filósofo da paz eMarx e Engels como filósofos daguerra. Tolstoi seria muito mais um.sonhador da paz idealizada do quefilósofo propriamente dito. Contu-do. nào se pode incluir Marx e En-gels no rol dos filósofos da guerra, adespeito do interesse que demons-traram pelo papel da violência naHistória. De qualquer modo. náo econdizente corn a posição de umscholar esta simplória afirmação:"Não importa o caráter convincentedos argumentos de Engels; todossabemos que levaram a nada". Ca-beria explicar o porquê desse nada,como resultado da inocuidade. his-toricamente situada, da luta ideoló-gica de Engels.

A nada — aqui. sim: a nada mes-mo — conduz a afirmação de que se"as hipotéticas aquisições da SocialDemocracia alemã nâo produziramnem mantiveram uma política so-cialista internacional eficaz, a culpafoi em parte do próprio Engels".Sempre pareceu, a propósito, quevários outros fatores, nào só políti-cos e econômicos, mas principal-mente psicossociológicos e eultu-rais, também deveriam ter sido to-mados em consideração. Não o fo-ram por Gallie. cujo livro é, a rigor,um passatempo vulgarizador de cer-tos conceitos e idéias, expostos su-perficial e unilateralmente, emboracom graça e interesse.

LIVROS & AUTORES

ÇiniciâT de

OM o objetivo de fornecer ao leitor um panora-ma do movimento cultural no Brasil e no exte-rior, a editora L&PM, de Porto Alegre, lançaráem princípios de setembro a revista Oitenta,em formato de livro. Bimestral, com tiragem15 mil exemplares, para venda em bancas e

livrarias, Oitenta terá de 250 a 300 páginas por número eserá vendida a CrS 100 o exemplar. As seções não serãofixas, mas os editores já sabem que cerca de 509? dostextos tratarão de assuntos brasileiros e os restantes detemas internacionais. No primeiro número, já no prelo,sairão ensaios sobre música, liberdade de imprensa, litera-tura infantil e terrorismo na Itália. O número reproduzirá,também, artigos de Louis Aragon e André Breton sobre asdivergências entre o surrealismo dos anos 30 e o realismosocialista de inspiração stalinista.

Eco — Com um coquetel no Instituto de CulturaItaliano, o professor Umberto Eco será homenageadonesta segunda-feira, às 19 horas. Eco está dando curso naUniversidade Santa Úrsula.

Conferência — No curso de Cultura Portuguesa, jáiniciado pelo Instituto de Estudos Portugueses AfránioPeixoto, falará segunda-feira próxima o historiador ArturCésar Ferreira Reis. O tema será A Comunidade da LínguaPortuguesa.

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LançamentosUma chave para a com-

preensáo da mitologia e re-ligião tribais é o que procu-ra Sílvia Maria Carvalho(doutora em Antropologia),em Jurupari: Estudos deMitologia Brasileira. O li-vro, que sai pela EditoraÁtica (392pp„ Cr$280), mos-tra que ritos e mitos sãouma tentativa de soluçàopara os desequilíbrios cós-micos provocados pelas cul-turas.

Do escritor sul-africanoTrevor Medal Johnsen, quemora atualmente em Holly-wood, a Nova fronteira pu-blica Para Todo o Sempre(236pp., Cr$170). Seu novoromance é uma história deamor, a personagem centrallima bela artista dos anos40, e a açáo desenrola-secomo em roteiro típico daLos Angeles de hoje.

Pela Editora Recordchega às livrarias um ro-mance que traz de volta ageração americana dosanos tenebrosos da n Guer-ra Mundial: O Último Con-versível, de Anton Myrer. Oveículo, no caso, é um mag-nifico Packard Super-8, pro-priedade sucessiva de cincoestudantes de Harvard. deorigens diversas (519 ppi.

• A atração irresistívelde Las Vegas é exploradapelo Autor de O PoderosoChefão, Mário Puzo. Fre-qüentador ele mesmo dasmesas de jogo desde a ju-ventude. esmiuça casos,verdades e mitos do cassi-no. Seu novo livro. Las Ve-gas. é publicado no Brasilpela Record (150pp., CrS110).

Incluído na antologia dehistórias fantásticas de RayBradbury, As Sete Faces doDr Lao teve sua primeiraedição nos idos de 1935. Em1963 foi roteiro de filme. Oautor. Charles S. Finney,jornalista norte-americanoque se inspirou na China dadécada de 20 para montarsua galeria de monstros,ainda oferece, nas últimaspáginas, um catálogo de es-tranhas criaturas (116pp).

O humor e a sátira foramescolhidos por Mário Gal-vaõ como meio de transpor,para a ficção, o seu interes-se pela Justiça. Seu livro decontos A Torre e a Sua Voz

é o volume de número 45 dasérie Autores Brasileiros,publicada pela Ática, edito-ra paulista (93pp).• Um dos mais premiadosno Brasil, Reynaldo Vali-nho Alvarez, era um autorquase inédito, tendo apenasum livro publicado com aslimitações de uma tiragemrestrita e sem distribuidor.A Salamandra, em convê-nio com o Instituto Nacio-nal do Livro, toma a decisàode revelá-lo ao grande pú-

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blico, reunindo três de suasobras premiadas no concur-so Fernando Chinaglia,1977. no volume Canto emSi e Outros Cantos (144pp.,CrS 45).

Pela Civilização Brasi-leira chega às livrarias maisum livro de poesia. Destavez. Arma Branca, de Fer-nando Fortes, psiquiatraalém de poeta, que apresen-ta seu trabalho dos últimos10 anos" H21pp).

Em bem cuidada ediçãoparticular, o perfil biográfi-co de Alípio Bandeira — re-publicano. positivista, indi-genista, militar e escritor —

é traçado por sua filha maisnova, Dulcina Bandeira.Antes que Seja Tarde é pu-blicado, in memoriam, pe-los irmãos Luiz Paulo. Fa-bricio Paulo e Beatriz Ban-deira (198pp).

O modelo nacional-socialista, o ordenamentojurídico e a justiça do mReich são examinados porPlauto Faraco de Azevedo,que analisa o Estado quan-do este se colocar, por meiode leis formalmente perfei-tas, acima do Direito. Limi-tes e Justificação do Poderdo Estado é um lançamentoda Editora Vozes (195pp.,CrS 140).

Um tratado elementar,mas também critico, daeconomia politica, chega aoestudante de nível superiorbrasileiro através das Edi-ções Graal. O Curso de Eco-nomia Politica, de CláudioNapoleoni. é apresentadoem tradução de Alberto diSabbato (405pp).

Pela Editora Forense.Sylvio Capanema de Souzapublica A Nova Lei do In-quilinato, volume que traz,além dos comentários de ar-tigo por artigo, a jurispru-dência, formulários e legis-laçáo sobre o assunto. OAutor oferece também umpanorama geral da locaçãopredial urbana (510ppi.

Um especialista brasilei-ro em Direito Agrário, Octá-vio Mello de Alvarenga, lan-ça agora, pela AdcoasCon-sagra, sua Teoria e Práticado Direito Agrário. Um li-vro-chave, sobre a matéria,conciso e objetivo (302pp).

O poder de agraciar <ou,em termos mais modernos.

AutógrafosDia 25 — Os 70 anos da morte de Euclides da

Cunha serào comemorados na casa que leva seunome. em Cantagalo, com extensa programação,incluindo-se. às 20h30m. o lançamento do livro Eucli-des da Cunha para Estudantes, de Améiia Thomaz.O poeta Foed Castro Chamma fará a leitura do ODrama da Ordem, na Sociedade Teosófica do Brasil,à Rua Imperatriz Leopoldina. 8.17° andar, às 16h30m

Dia 27 — Auto-Photos. Diário de uma Mulher, deGretta. terá lançamento na Galeria Saramenha. àRua Marquês de São Vicente 52, loja 165. a partir das21 horas.

Dia 28 — Em um encontro com autores, promovi-do pela Editora Vezes, estarào autografando seuslivros na Rua Senador Dantas. 118. Jean Ladrière i OsDesafios da Racionalidade). Olinto Pegoraro iRelati-vidade dos.Modelosi e Ricardo Bueno iPor que osPreços Sobem no Brasil I. A partir das 17h30m.

de anistiar), ao longo da his-tória, é estudado na mono-grafia O Poder da Graça, deRailda Saraiva de Moraes.A Autora mostra como aanistia converteu-se, com oadvento da moderna socie-dade politica, em uma dasmais perfeitas e poderosastécnicas da concepção libe-ral (Forense, Rio, 135pp).

Considerações biopsico-didáticas sobre a EducaçãoCívica formam o núcleo daobra Educação Psicocinéti-ca. que a Editora Sulina, dePorto Alegre, acaba de lan-çar no mercado. O trabalho,premiado no 2o ConcursoNacional de Literatura Des-portiva, é de autoria do pro-fessor Luiz Settineri(277pp).

A atividade do Estado edo capitalismo moderno naexploração da última reser-va de terras virgens em to-do mundo é o ponto de par-tida do novo livro do soció-logo Octavio Ianni: Ditadu-ra e Agricultura: o Desen-volvimento do Capitalismona Amazônia (1964/1978). Éum volume de 249 páginas,publicado pela CivilizaçãoBrasileira.

PreloLivros que serào editados

nos próximos dias:Pela Campus (Rio): Eco-

nomia Brasileira: Uma Vi-são Histórica, coletânea or-ganizada por PauloNeuhus.

Pela Civilização Brasilei-ra (Rio): Uruguai: Um Cam-po de Concentração ? de A.Veiga Filho. Pré-Capitalismo ou Xeocapita-lismo, de José do CarmoBarbosa. Dom Abdel Za-lim, de Jorge Ásis.

Pela Forense (Rio): Direi-to Coletivo do Trabalho, deAntônio Alvares da Silva.Da Alienação Fiduciáriaem Garantia, de José Car-los Moreira Alves. Comen-tários ao Código de Proces-so Civil, vol. IV, tomos I en. de Alcides de MendonçaLima, reedição. Comenta-rios ao Código de ProcessoCivil, Vol. IB. de Pontes deMiranda, reedição.

Pela Record tRioj: Pro-teu. de Morris West. O Ho-mem da Noite, de TonyKenrick. Cimarron. de Ed-na Ferber. Grito de Guerra.de Leon Uris. A Alternativado Diabo, de Frederick For-syth. O Navio Invisível, deWilliam L. Moore e CharlesBerlitz. A Falta que Ela meFaz. de Fernando Sabino. M

PROFISSÃO ANTIGAE, POR ENQUANTO,

INSUBSTITUÍVEL

NAS

sociedades ocidentais contemporá-neas. o papel da esposa, ao lado domarido, tomou-se quase tão essencialà sociedade quanto a reprodução. Co-mo se estabeleceu e se manteve atra-

vês da história o vínculo entre a maternidade e opapel de esposa? Quais as conseqüências psicos-sociais desse mecanismo? A tais perguntas procu-ra responder a professora Danda Prado, pós-graduada em Psicologia pela USP. doutorada naFrança e tendo em sua folha de serviços pesquisasrealizadas sob os auspícios do Programa das Na-ções Unidas para o Desenvolvimento.

A autora enfatiza que. na busca de respostasàs perguntas básicas do problema, partiu de umarealidade concreta, que tinha muito a ver com asua própria experiência pessoal. E que se utilizoude idéias novas, encontradas não necessariamentenos arquivos e bibliotecas. O resultado foi o livroSer Esposa: a Mais Antiga Profissão, que acabade ser publicado pela Editora Brasiliense. de SàoPaulo (334pp. CrS260). Como outros trabalhos deCiências Sociais produzidos por brasileiros, a pri-meira versão do ensaio saiu em francês. O textolançado no Brasil é a adaptação de uma tese dedoutoramento defendida na Universidade ParisVII, com o título original de Le Lien Conjugai:Mythes et Réalités.

"Varias vezes me perguntaram", explica aautora,"por que. sendo eu brasileira, náo me tinhaocupado das situações específicas das mulheresdo meu pais e que relação tinham elas com osresultados de minha pesquisa com mulheres fran-cesas. Anteriormente náo saberia responder. Ago-ra, olhando para trás. vejo que nào se tratava paramim de estudar academicamente, ou de com-preender intelectualmente, as outras mulheres.brasileiras ou francesas. A minha finalidade erapesquisar os processos de açáo e reação que euhavia sentido e vivido como mulher, ora identifi-cando-me com esta ou com aquela, ora rejeitandoos papéis e imagens que me eram impostos pelomeu meio e pela sociedade em geral".

Dividido em duas partes, o livro dedica aprimeira a uma indagação histórica e critica sobreo estatuto psicossocial da mulher e as suas ativi-dades e comportamentos na comunidade familiar.Partindo de um exame dos conceitos de esposa emulher, chega à conclusão de que na maioria dosidiomas conhecidos os dois termos conservam amesma conotação hierárquica de dependência emrelação ao homem, ao marido. Se a expressãominha mulher é usada correntemente, o mesmonào se dá com meu homem, restrito às camadasmais baixas da população e tendo sentido pejora-tivo nas mais elevadas.

Embora reconheça que as coisas estão mudan-do, a Autora ainda assim prevê que o laço triangu-lar entre a mulher, o marido e o filho se manterápara sempre. Nas condições atuais, diz ela. essaligação "toma-se. na maioria dos casos, uma fontede pressões e de conflitos. Admito a hipótese deque a existência desse triângulo, tanto emocionalquanto legai, a certeza de sua inexorabilidade, sãoas razões, na maior parte das vezes, que levam amulher a se manter no esquema legal da vigênciade um casamento. Através dos serviços prestadosa família, a esposa traz a sociedade vantagenssignificativas e. ate hoje. insubstituíveis".

CADERNO B"^" JORNAL CO BRASIL D Rio de Janeiro, sábado. 25 de agosto de 1979 ? PÁGINA 11

"¦• ^*^'-sí, 9991 Wilson Martins

Em seu novo livro,Illich continua a torcer o nariz

à sociedade moderna

Sem saídaJ. Kosinski Cavalcanti

O Direito ao Desemprego Criador: a Decadência daIdade Profissional, de Ivan Illich. Alhambra, 1979, Rio.llópp. CrS 120.

EPRESSIVA, é o que se pode dizer,no mínimo, da leitura de mais essaobra do bruxo de Cuernavava. Por-que o raciocínio desse louco é inco-

modamente irretorquivel. Illich vaifundo nos mitos do progresso e através decaminhos que só deixam duas saídas: um tironos miolos ou recriar o mundo. Por isso obrasileiro não afeito ao questionamento profun-do do real imaginário prefere fazer-se desenten-dido, interromper a leitura, fechar o livro eesquecer o assunto — como o fizeram os medi-cos com sua obra anterior, Expropriaçào daSaúde.

O Direito ao Desemprego Criador: A Deca-dência da Idade Profissional não é de fácilleitura. Ivan Illich mostra o mesmo raciocíniocuidadosamente fundamentado, "às vezes ne-.buloso, quase sempre exasperante — nuncamonótono — e fartamente documentado", co-mo disse o critico do British Medicai Jorna!referindo-se ao seu trabalho sobre o excesso demedicalização da saúde e a contraprodutivida-de crescente da medicina, na medida em queela própria progride — a iatrogenia; numa linhade análise que o levou depois à instituiçãoescolar, aos transportes, e, agora, ao demons-trar que "o homem-consumidor-passivo perde ahabilidade para discernir entre a vida e asobrevivência", assim como ao contestar o cha-mado "imperativo tecnológico", ou, "uma vezinventados, que tenham os rolamentos de esfe-ra que ser necessariamente utilizados em veícu-los motorizados mais do que em bicicletas, ouque os circuitos integrados tenham que serintroduzidos inevitavelmente no cérebro".

Illich mostra como a atividade autônoma setornou uma ameaça para os níveis de emprego,gera desvios e diminui o PNB; portanto éimpróprio chamá-la "trabalho. O trabalho jánão significa esforço, labor, mas esse misteriosocomplemento das inversões produtivas queconstituem o capital. O trabalho não significamais a criação de um valor recebido pelo traba-lhador, mas meramente um emprego que é sóuma relação social. "O ócio significa hoje maisuma vagabundagem penosa que estar livrepara fazer coisas úteis para si mesmo e para ovizinho". E como a geração de valores de usoque escapam à medição efetiva limita nãosomente a necessidade de mais mercadoriascomo também os empregos que as criam e osenvelopes de pagamento necessários paracomprá-las.

Ao terminar a leitura, o leitor despreparadopode perguntar-se qual a saída, se é verdadeiroo quadro que o Autor descreve. Nào terá respos-ta. Mas sem dúvida será levado a mais indaga-ções e questionamentos, capazes de abalar-lhea posição estabelecida, o que certamente é umadas intenções do Autor.

FantasmasJoão Carlos Viegas

Os Caninos do Vampiro, de Flávio Aguiar. Atica, 1979.São Paulo. 11 1 pp. CrS 90.

EUNIR pessoas de diferentes origenssociais em um local e observar suasreações diante do inusitado é umartificio já utilizado por Cortázar emOs Prêmios e A Auto Estrada do

Sul, para citar apenas a obra doescritor-belga-franco-argentino. Flávio Aguiar, em O Ônibus,conto integrante de Os Caninos do Vampiro.repete a situação. Um ônibus sai de São Paulocom destino ao Rio e altera o itinerário semmotivo aparente, A partir dai fatos extravagan-tes se sucedem, narrados por um herói meioépico, que se apropria da liderança do grupo.Uma pequena comunidade se forma, em decor-rência da impossibilidade de cada um retornarao seu cotidiano. O Ônibus dá uma idéia danatureza alegórica do livro.

À semelhança de outros Autores brasileirosjovens, Flávio Aguiar, que só agora estréia comlivro próprio, usa essa simbologia com o objeti-vo de propor que se tente descobrir a ligaçãoentre o que se está lendo e a realidade do país.1 Esse recurso de transformar em metáforas todaa realidade foi válido em determinado momen-to de nossa vida cultural. Mas hoje será justifi-cável que a literatura continue a viver de fan-tasmagorias, como as mulheres sem cabeça quevagueiam em A Senhora de Chaffardelle, contode abertura do livro? Ja nâo é tempo de sairdesse labirinto escuro de si mesmo, que foipercorrido com passos mais firmes há um sécu-lo, por Álvares de Azevedo, quando tinha ape-nas 20 anos de idade?

A Última Palavra é o único conto de Flávioa escapar da tônica fantástica que orientatodos os seus textos. A relação de amizade dedois adolescentes num colégio de padres, re-lembrada por um deles, já adultos, traz umavisão mais livre e descomprometida que valori-za a história. Aí não há charadas a decifrar; aconvivência juvenil no ambiente do internatomostra a relação do homem com o seu espanto;mas um espanto direto, claro e humano. O«spanto da descoberta de que é impotente anteO irrespondível, daquilo de que participa semsaber por quê. A contradição humana presenteem A Última Palavra é, sem dúvida, maisconvincente do que o forçado fantástico doresto do livro.

O JOVEM GILBERTO

FLA-SE

muito menos, nestesúltimos tempos, do jovemMarx. idéia que surgiu, háalguns anos atrás, para sal-var o velho Marx; já se fala

no jovem Adolfo (Hitler), titulo de umlivro há pouco publicado na Inglater-ra, e há, até, quem comece a falar,como o marxólogo brasileiro SérgioPaulo Touanet 'Imaginário e Domina-çâo. Rio: Tempo Brasileiro, 1978), nojovem Althusser — o mesmo Althusserque terá feito mais do que qualqueroutro para desmoralizar, precisamen-te. o corpus theologicus que propunhao jovem Marx como a parúsia dosnovos tempos.

As coincidências todo acidentais daedição permitem-nos abordar a nossoturno, o jovem Gilberto (Freyre), re-presentado nos artigos jornalísticosdos anos 20 (Tempo de Aprendiz 2 vols.São Paulo: Ibrasa, 1979), e pelos 150prefácios que veio escrevendo desde amesma época para as obras mais va-riadas e para os autores mais diversos(Prefácios Desgarrados. 2 vols. Org.,int. ,e notas de Edson Nery da Fonseca.Rio: Cátedra, 1978). A fórmula de ca-racterizar-se como "escritor ordinárioe professor extraordinário", para indi-car que é de escritor a sua condiçãopermanente e profissional, sendo ape-nas acidentais e efêmeras as suas ati-vidades didáticas, náo significa neces-sariamente que encare a si mesmocomo professor insigne, admirável emuito distinto, embora fosse imperdoá-vel inocência excluir do jogo de pala-vras aquilo que precisamente o consti-tui, nem, menos ainda, que se vejacorno escritor de qualidades medíocrese banais, pois é justamente a condiçãode grande escritor a que reivindicacom maior orgulho.

Ele é escritor ordinário porque seentrega habitualmente ao trabalho ouao exercicio de escrita, o que acrescen-ta mais um trocadilho aos três ouquatro que assinalamos na pequenafrase, mas é evidente que desejaria ser,como efetivamente é, uma figura ex-' traordinária no quadro das nossas le-trás contemporâneas. Nesse particu-lar, se não sofre um pouco do comple-xo de perseguição, imaginando que'¦certos críticos brasileiros" deseja-riam enxotá-lo da literatura (Pref.Desg., I.XXIVi, nem por isso, ou talvezpor isso mesmo, deixa de lado a inicia-

tiva de sublinhar as qualidades da suaprosa, as antecipações doutrinárias eas prioridades intelectuais que lhepontilham a carreira e que agora fi-cam comodamente documentadas nes-tes volumes, para beneficio da posteri-dade. Propondo recuperar os seus arti-gos de juventude, a iniciativa de NiloPereira, esclarecejoi "generosa", mastambém "lúcida": a respectiva publi-cação em convênio com o InstitutoNacional do Livro prova quão "inteli-gentemente" Herberto Sales o dirigia.O mérito dos artigos, aduz ainda, cori-cordando com os "principais respon-sáveis por sua republicaçào", estarianas suas antecipações "ousadas e sig-nificativas" e também nas suas "inova-ções de expressão, além de jornalísti-cas, literárias" (Tempo de Aprendiz, /,26).

O próprio Gilberto, em artigo escritona juventude, observava que a nósbrasileiros sempre faltou a medida

do elogio

Mesmo a pontuação (e aqui fala èmseu próprio nome) tinha caracteres atéentão desconhecidos, sendo "fisiológi-ca" e "rítmica", inspirando-se, aliás, osseus ritmos em "músicas brasileirasouvidas na meninice"; a expressão eratão nova e surpreendente que logo foichamada de gilbertiana, tanto pelosamigos quanto pelos inimigos, reper-adindo "entre não poucos jovens bra:sileiros" (Tempo de Aprendiz, /, 28). Êuma influência, a estilística, que, alémde exigir melhores e mais precisasverificações antes de ser aceita comofato histórico, mais concorre para des-qualificar do que para enobrecer oinfluenciado, ao contrário da que ocor-re no campo das idéias e da visão doBrasil, já agora indiscutível e que, defato, deixei marcada a passagem deGilberto Freyre como um dos nossosmais formidáveis criadores intelec-tuais.

Sua vaidosa modéstia levou-o a or-ganizar todo um protocolo nos títuloscom que devemos tratá-lo: se for na

correspondência postal, podernos usardr.. mas nunca professor, o mesmo sen-do admitido "quando no exercicio defunções executivas", na juventude, eleaceitava ser chamado de Sr. mas ago-ra, vivendo principalmente de direitosautorais, exige o tratamento de escri-tor, rias publicações cientificas ou eru-ditas, enfim, a forma correta é antro-pólogo-sociólogo" iPref Desg., II,1056). Essa e. talvez, a forma maiscuriosa da influência exercida por Gil-berto Freyre. pois, no circulo dos seusdiscípulos e funcionários do InstitutoJoaquim Nabuco, já náo ha ninguémque seja acanhadamentcDr. ou profes-sor; sáo todos escritores-sociólogos, so-ciólogos-antropõlogos. historiadores-sociólogos, antropólogos-etnógrafos eassim por diante.

Seus prefácios, desgarrados emobras alheias ou integrados nas pró-prias, mais as introduções claramentedescomedidas como a de Nilo Pereira(que, para diminuir Oliveira Viana,chega a designar as Populações Meri-dionais do Brasil como "livro um tantoclássico", criando.com isso. uma novacategoria nos gènerosi, esgotam todo orepertório dos louvores que ele merece,deixando a critica apenas a tarefadesagradável e certamente ingrata deacentuar-lhe as deficiências e defeitos.Ele próprio, em artigo de juventude,observava que "sempre nos faltou me-dida no elogio"; ora, acrescentava,"um nome vitorioso, sempre precedidode brilhantes adjetivos, dá-me a idéiade um enterro de primeira classe, mui-to bonito, muito rico, invejável até peloseu luxo dc grinaldas, mas a caminhodo cemitério. Por isso. a ser embalsa-mado pelos elogios dos amigos é prefe-rivel ser maltratado pelas diatribesdos inimigos" íTempo de Aprendiz, /,309).

Assim, os "inimigos" teriam, dafinalde contas, pelo menos essa inestimávelutilidade, a fim de impedir que o zeloexcessivo dos amigos ise é que a vidaintelectual pode ou deve ser divididanessas polarizações simplistas e sim-plificadoras i transforme prematura-mente em manipanso inerte um grandeescritor cuja importância se mede, co-mo a de todos eles, náo pelas jaculató-rias rituais, mas pela rcsiliênciafecun-da em face das contestações e dascriticas, mesmo malevolentes, para ria-da dizer das análises objetivas.

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OfíciosFernando Py

Ofício da Busca, de Waldimir MaiaLeite. Edição do Autor, 1979, Recife.75 pp. Cr$ 50.

WALDIMIR

MaiaLeite pareceum poeta segu-ro de seu ofício,embora os três

poemas introdutórios do livropequem por um certo tom sen-tencioso e filosofante. E nele,encontramos também algu-mas deficiências de expressão,versos maltrabalhados quedestoam do corpo do poema,ou até mesmo dispensáveis.Outros poemas seriam bemmelhores, se fossem mais cur-tos: o autor não soube conter-se; é o caso de Ofício do Arte-sâo de Sonhos. Alas todos ospoemas da série Ofícios seriamtalvez bem melhores se escri-tos na terceira pessoa.

Já Pòr-de-sol em Aquário ésuperior, tanto como lingua-gem. quanto em ritmo e dic-ção: "O pòr-de-sol repousa ...até o rubor despertar da ma-dragada, em heliocèntrica fu-ga de liqüefeito azLil de peixe./

E já então sísmica se torna asuperfície do aquário, / agitan-do-se ao esvoaçar' do pôr-de-sol." Ou também A Drágea, aseguir: "Sorvo a drágea: há'nesse gesto o vago ar/ de quemsepulta o próprio corpo, on-tem morto" — numa consisáode linguagem e ritmo que lem-bra o melhor Joào Cabral.

Mas a sua poesia, além des-ses momentos excelentes, éentremeada de altos e baixos,felizmente mais altos, mas nãoraro realizações infelizes, pro-saicas, com excesso de posses-sivos, demonstrativos e umaconjunção inicial (geralmenteentão) que estragam muitasvezes um poema inteiro. Ofere-ce tendência marcada paraconsiderações dispensáveis,momentos de comparaçõespretensiosas, com um vocabu-lário um tanto pomposo. Maso saldo, apesar disso, é franca-mente favorável.

EnjauladaJorge de Souza Araújo

Bárbara, de Júlio Cesor MonteiroMartins. Codecri, 1979, Rio. 173 pp.CrS 150.

EM dúvida. Bárbaraé um romance quetrabalha os nervosdo leitor, explora asensibilidade e es-

timuTã a inteligência. Tem co-meço, meio e fim, e conta his-tórias de nossa história recen-te. Bárbara é o romance deuma mulher, seu tempo, aspi-rações, amores, tédios, fobias,solidòes e angústias. Da meni-

na ingênua, violentada pelotio, à mulher madura que es-pontaneamente procura umasilo de velhos onde terminarseus dias, o narrador acompa-nha o dolorido aprendizado daexistência de uma amazonaurbana, em certo momentodeusa da. beleza, no fim curti-do símbolo de desesperança.Romance desta época violentae desagregadora, Bárbara en-globa causas e conseqüências,sob o ângulo do ativismo poli-,tico, do neonaturalismo, do re-ducionismo psicanalitico. Pre-sa de contradições, a vibrantepersonalidade de Bárbara sedeixa corroer por uma serenadesconfiança da vida e buscaum Inconsciente refúgio namorte violenta.' Bárbara explode, mas não oüvro, que permanece contido,estruturalmente engasgado,sem embargo da dramaticida-de interior que sugere e capta.Ao seu Autor, muito valeriamirar-se nas impressões mani-festas por uma das persona-gens de Bárbara, o escritorque, após ter lido o livro depoemas de um jovem cândida-to a escritor, sentencia em tomcurto e incisivo: "Veja bem, olivro não é mal-escrito. Vocêdomina uma técnica, o que já éum bom passo, mas escolheumal o gênero e o assunto"(pág. 68). Que Júlio César Mon-teiro Martins não reaja a estaobservação como sua persona-gem — o candidato a estíritorRudolf — que desanca comfúria o raciocínio critico. Ele éde fato um escritor sensível einteligente, com muita "garra"e talento, que sabe — algumasvezes com excepcional oportu-nidade — avaliar as matériasda realidade viva, transplan-tando-as inventivamente paraa literatura. Náo lhe faltam ogênero e o assunto que falta-riam àquele Rudolf. Falta-lheequilíbrio no trato de seu ma-terial, falta-lhe conter a pró-pria pressa, falta-lhe esperar opróprio amadurecimento.

se igualam a seus projetos, ge-rando tensão e tentativas desolução, ora intransigentes co-mo as de Savonarola, ora cíni-cas como as de Maquiavel. Ha-verá margem para uma recon-ciliaçáo mais conforme a umcerto ideal democrático? A li-teratura específica a respeito érecente e dominada pelo con-ceito marxista de praxis.

No pensamento liberal,Rousseau introduziu o discur-so da teoria política, colocan-do entre a palavra inútil e aação impossível, a palavra es-crita. No marxismo, Mao Ze-dong nunca se limitou a "olharas flores de cima do cavalo",mas ensinou que o homem nãodispõe de critério da verdadesobre o mundo além da práti-ca social. O descompasso de-saparecerá quando a éticaabandonar a transcendência.

A crise da moral, para o

cristão, provém de um certopluralismo atual que exigecerta dose de realismo, que oleva a distinguir entre a situa-çáo (hipótese) e a doutrina (te-se). Não lhe cabendo escolhero mundo concreto no qual temde viver, deve dar o devidopeso às circunstâncias e aoscondicionamentos que interfe-rem na atuação específica.Diante do divórcio, aborto,uso de anticoncepcionais, porexemplo, o cristão precisaachar a escolha unificadora oupelo menos o caminho do malmenor, diz o Autor.

É oportuna a leitura desteensaio, escrito em linguagemacessível e bem documentada.As soluções apontam parauma moral de prudência, queavalia os atos considerando ocontexto e não mais no senti-do de uma moral de obe-diència.

II

PrudênciaHélio Amaral

O Descompasso da Teoria com aPrática, de Hubert Leporgneur. Vo-zes, 1979, Petrópolis. 95 pp. CrS 65.

O

mundo vai mal nàopor falta de teoria,mas por falta deharmonização en-tre teoria e prática,afirma o Padre

francês Lepargneur, escritor eprofessor, vivendo no Brasildesde 1959. A origem da defa-sagem entre a idéia e a açáoremonta ao surgimento da mo-ral e se aplica ao inteiro campodas atividades humanas. Re-Detir e apontar pistas de solu-ção é o objetivo desse seu novoüvro, em continuidade a outro,As Fontes da Moral na Igreja(Vozes/78).

As obras dos homens nunca

"Estrutura eEvolução do Universo"

O Desembargador Bulhões Carvalho, que aca-ba de publicar, em inglês, o livro "Structure andEvolution of the Universe" recebeu a seguinte cartado notável astrônomo francês Dr. Baise:

Caro Sr. Carvalho.Recebi com grande prazer e interesse seu

belo livro que o Sr. teve a cortezia de me enviar comuma lisonjeira dedicatória.

Em seu muito substancial trabalho, o Sr.expressa novas idéias sobre a estrutura e evoluçãode nosso Universo. Se eu bem entendi seu pensa-mento o Sr. considera que isso ocorre não somentepor analogia, mas também por identidade de estru-tura e processo entre o mundo das Galáxias, nossosistema solar, o átomo e a divisão celular — omicrocosmo reproduzindo o macrocosmo — todoseles evoluindo da mesma maneira, isto é, na•mesma forma de expansão.

Não é para mim estimar o valor de sua teoria,porque eu não sou um "expert" nessas dificultosasmatérias; eu acho, isto, entretanto, muito sugestivoe, eu penso, entre as mais sedutoras.

Mais particularmente, eu concordo inteira-mente com o Sr. em alguns pontos como o grandenúmero de sistemas planetários (ao menos emnossa Galáxia) e na probabilidade para cada estrelapassar, a certa idade de sua vida, pelo estado debinaria. As duas publicações juntas à presente cartapodem mostrar que estes fatos estáo bem estabe-lecidos na sólida base da observação (cf. p. 225 daprimeira publicação e p. 326 da outra).

Muito lhe agradeço mais uma vez por meenviar seu livro. EU ESPERO QUE O MESMOENCONTRE JUNTO AOS CIENTISTAS, O ACOLHI-MENTO QUE ELE MERECE.

E eu sou verdadeiramente seu (a) Dr. Baise.Rouíe de Contances. 50560. Gouville-s-Mer. Fran-ce, 7 de julho de 1979.

P.S. Posso sugerir-lhe mandar um exemplar do seulivro para a "Societé Astronormque de France". (3,Rua Beetnoven. 75016, Paris. France). Em abstrato,publicar em nosso boletim pode contribuir, emgrande medida, para difundir suas idéias em meupais.

i. -X —-.\ V*v

/- i -\ A' t -t 't& .

ESSESINTELECTUAIS

SOLITÁRIOS

etu

OMO seu congênere inglês The Ti-mes Literary Supplement ipelo me-nos temporariamente apagado),The New York Review of Books

_ sempre foi uma publicação conheci-da pela austeridade. A quebrar a monotoniados longos artigos que publica, apenas uma ououtra charge de David Levine. uma ou outravinheta representativa da arte gráfica do séculoXIX. Como o suplemento londrino fizera háalguns anos, a revista nova-iorquina resolveucriar também uma seção de pequenos anún-cios. E entào veio a surpresa.

Na seçào do Times abundavam os pedidosde trabalho por redatores desempregados e asofertas de trabalho a bibliotecários. Na de NewYork, imaginem o que predomina? As mensa-gens das almas solitárias. O mais comum sãoanúncios como este: "Escritor. 52 anos. procurasenhora muito atraente, brilhante e sem habitode fumar". Em três colunas de anúncios, ape-nas dois escaparam ao gênero. Em um, a Uni-versidade de Nova Iorque oferece vaga para umprofessor de inglês; noutro, um antiquarioanuncia livros sobre a Ásia.

O anunciante típico da austera tribunaliterária é uma pessoa de meia-idade, freqüen-temente professor, quase sempre amante doslivros, mas também afeito à prática de espor-tes; em geral já passou por um fracasso matri-monial e o que procura é uma ligação semmaiores compromissos, de caráter mais ou me-nos sazonal. "Sou casado, mas tenho idéiasarejadas", diz um senhor de 50 anos, que sedeclara "viril e criativo". Outro, "intelectualdistinto", procura algo "intenso e casual". Umaprofessora reúne inúmeras qualidades; alem de"cálida, espirituosa, sociável, eclética e conci-liadora", 'gosta de Bach, Boticelli, surfe e bei-sebol.

Há anúncios que são pequenas peças delitetatura mambembe. Como este: "EsperandoGodot. gostaria de encontrar-te; desde quesejas másculo, judeu, professor, ames os livros,tenhas uma voz murmurante e um olhar cheiode audácia". Outros que parecem inspiradosem diálogos de Woody Allen: "Libertário, futu-rista, alto, sensível, analítico, esperto, amanteda natureza, da arte. da boa cozinha e daexploração corpo-mente procura senhora culta,com senso dos valores e intensa a mediocridadeda nova classe".

Mas nem todos os anunciantes sáo de meia-idade. Uma professora aposentada, robusta esaudável apesar dos seus 70 anos. "não neuróti-co e desinibido", para com ele partilhar "aalegria de um mundo convulsionado. mas nempor isso menos estupendo". Já um que sedeclara ancião e, como no caso anterior, profes-sor aposentado, o único que promete ao parprocurado são "longos passeios turísticos pelacidade de Nova Iorque".

SEMPREUMBOMLIVRQ

QUER DIZER ISSO.NÃO FICÇÃO

1 - Autobiografia5 - O Outro lado do Poder

FICÇÃO

2 - Ainda estamos vivos- Eu confesso tudo- Vila Real- Três ratos cegos- Cabeça de Negro

De acordo com a revista Veja de22 de agosto de 1979, estes são oslivros mais vendidos no Brasil.(Editados pela Nova Fronteira)

AEDITORA

NOVAFRONTEIRA

Sempre um bom livroRua Mana Angélica. 168Lagoa-CEP. 22.461 RJ

GREGORY RABASSA, TRADUTOR

O PORTUGUÊSDO BRASILÉ MUTÁVEL DEMAIS,QUASE INTRADUZÍVEL

Vivian Wyler

GREGORY

Rabassa, "onome é catalão", apren-deu Português com umprofessor nascido na ilhade Namtucket, "terra de

Moby Dick", que por sua vez haviaaprendido a língua com os pescado-res locais, de origem portuguesa.Foi com professores brasileiros quelecionaram na Universidade de Co-lumbia, que logo depois da guerraentrou em contato com as literatu-ras de Portugal e do Brasü. Hojeensinando Literatura Comparada eTradução no Queen's College, daUniversidade Municipal de NovaIorque, Rabassa se considera umbrazilianist.

Como boa parte do corpo do-cente que ensinou em Columbia namesma época que eu: Ralph DeliaCava, Schneider e outros.

E tem pelo menos uma obra jápublicada no Brasil, para atestar oseu interesse pela História, a litera-tura e a sociedade deste país: ONegro na Ficção Brasileira, resulta-do de um trabalho começado porvolta de 1950.

Eu queria fazer alguma coisade diferente para a minha tese dedoutorado. Conhecia as línguas por-tuguesas e espanhola, e meu profes-sor Frederico de Onis me incentiva-va a dirigir o olhar para a AméricaLatina. Decidi estudar o tema negroem todo o continente. Ele disse queera uma área demasiada grande.Resolvi me limitar ao Brasil, mas,como Sayers já tinha feito uma pes-qulsa semelhante cobrindo um vas-to período até o século XIX, acabeipesquisando somente a partir dessadata. Agora acredito que seria épo-ca de fazer um outro livro, maisatual, sobre o assunto. Ou revisar omeu. Mas detesto revisar o que es-crevo e preferiria que outra pessoacontinuasse a pesquisa do ponto emque parei.

No Rio pela terceira vez (a pri-meira e a segunda foram em 1962 e1965, respectivamente), Gregory Ra-bassa veio acompanhado de "dearClementine" (como ele a apresenta),sua mulher, também professora ecom uma bolsa-de-estudos da Fun-dação Rockefeller para pesquisar AMulher Negra no Teatro Latino-Americano.

— Após 13 anos, pensei que iriaencontrar diferente a situação donegro no Brasil — observa Clementi-ne. Achei, pelo que me contavam,que este era um país bem maisadiantado do que os EUA no tocan-te ao problema do negro. Nada mu-dou, no entanto. Continua-se a pen-sar que negro só serve para sambis-ta, músico. Fiquei bastante chocadacom brasileiros que, depois de dis-cutir em público os direitos huma-nos, levaram a gente para assistir aum espetáculo de mulatas, como seestas fossem alguma espécie de rari-dade zoológica. Por momentos acre-ditei estar na África do Sul, combrancos na platéia e nenhuma pes-soa de cor falando ou pensando,discutindo suas idéias. Nos EUA co-meçou-se declarando que black isbeautiful, mas desenvolveu-se umaverdadeira consciência negra. Aqui,entre os depoimentos que já ouvi deatrizes, autoras, gente ligada a tea-tro, houve até quem dissesse quepor força do preconceito se sentemais à vontade em Nova Iorque doque no próprio pais. Também pude-ra, lá existe um teatro negro shakes-periano; aqui a coisa mais parecidacom isso foi o Teatro do Negro deAbdias do Nascimento, já pelos idosde 1960.

Enquanto Clementine recolhesubsídios para a sua pesquisa, Gre-gory Rabassa faz a ronda das livra-rias, procurando conhecer o queexiste de novo em matéria de litera-tura, saber qual a situação atual dopaís, "coisa quase impossível de sefazer nos EUA, pois é difícil obternotícias recentes". Em 1962, quandoveio pela primeira vez ao Brasil,Rabassa colaborava com uma revis-ta de literatura chamada Odissey(que não durou mais de seis nume-ros). Para essa publicação fez umasérie de traduções do que na sua

opinião era o que havia de maisnovo na literatura brasileira: ClariceLispector, Dalton Trevisan e Anto-nio Callado. Mas esse foi só o princi-pio das experiências de Rabassacom traduções do espanhol e portu-guês que já lhe valera dois prêmios:"o National Book Award, em 1967,pelo Jogo da Amarelinha, de JúlioCortazar, e o prêmio do Pen-Clubpelo Outono do Patriarca, de GarciaMarquez.

Traduzi também do portuguêsa Introdução à Literatura no Brasil,de Afranio Coutinho, e terminei ago-ra Avalovara, do Osman Lins. Tra-duzir do espanhol é de certa manei-ra mais fácil do que do português,devido a uma certa rigidez da pri-meira. O português, ao contrário,toma certas liberdades de expres-são, de estrutura, é tão difícil quan-to o inglês. Em casos como o daNélida Pinon é ainda pior, pois épraticamente impossível manter oestilo e aproveitar todas as possibili-dades da língua. O português faladoe escrito no Brasil é um pouco comoo próprio povo brasileiro, mais aber-to, pegando rapidamente qualquertendência que esteja no ar, sem me-do de ser criativo, com muito sensode humor. Aqui você não precisaexplicar muito coisa nenhuma, vocêfala e o brasileiro diz que já estáentendendo, mesmo que não esteja,ao passo que o espanhol, por exem-pio, franze o cenho e diz que náoestá entendendo. O brasileiro prefe-re acompanhar imediatamente a no-vidade e pensar no caminho. Hátambém uma certa influência daproximidade do mar, eu creio. O quefaz com que alguém de origem lito-rânea como Garcia Marquez tenhase sentido tão bem na Bahia.

Em 1985, quando da sua segundavisita ao país, Rabassa veio comuma bolsa da Fullbright para fazerpesquisas sobre o Padre AntônioVieira. Só agora, no entanto, pensaem publicar o resultado de suasbuscas. Mas não enquanto não deruma passada em Portugal, que nâoconhece.

Estou preparando uma antolo-gia sobre ele, vou traduzir algunsdos seus textos para inglês. Mas ameu ver o público americano se in-teressaria bem mais pela figura dele,confessor da Rainha- Cristina daSuécia, orador, embaixador, prote-tor do índio e do negro.

Proteção que Rabassa partilhacom o Padre, desde o princípio desua carreira acadêmica.

Tudo começou de maneiramuito simples. Eu gostava de músi-ca, preferia jazz, que é uma músicanegra, marginal. Também semprefui um radical da justiça, e, quandochegou a hora de estudar, descobrique estava mais interessado no pro-blema negro enquanto coisa viva doque em estilística. A literatura temmuito por trás da aparência de bele-za, e cada dia mais. Eu, paralela-mente, cada vez me tomo menostolerante com injustiças.

O problema do negro na culturalatino-americana interessou Rabas-sa mais ainda do momento em quedescobriu que a literatura latino-americana é épica e que nos épicos oherói é quase sempre o negro e oíndio. Clementine, que se define co-mo camoniana por excelência (járealizou cinco trabalhos sobre Ca-mões), explica:

O épico surgiu com Adão e Evasendo expulsos do Paraiso.(Miltonassim encerra o Paradise Lost).Quem faz a epopéia, portanto, équem sofre. E quem sofre na Améri-ca Latina é o negro e o indio.

Nos planos futuros do casal, tal-vez uma mudança para o Brasil.

Eu gosto de Nova Iorque —confessa Rabassa.

Mas Clementine é bastante posi-tiva quanto a suas predileções:

O Brasil é diferente dos outrospaíses latino-americanos, apesar dearquitetonicamente ser uma decep-ção igual a todos os outros. NosEUA existe hoje um certo sentimen-to romântico em relação às pesqui-sas feitas aqui. Mas o que me motivamesmo é o ambiente. A sensação deque no Brasil se trabalha, mas maiscalmamente do que nos EUA.

DO JORNALISMO A FICÇÃO

T:ANSITANDO

de Madripara a Cidade do México,onde será correspondente"de Veja para a área daAmérica Central e Caribe,

o jornalista e escritor Eric Nepomu-ceno demora uma semana no Riopara lançar dois novos livros. São osegundo' e o terceiro de sua biblio-grafia; o primeiro, Contradança(contos), foi publicado há algunsanos por editora de vida efêmera, aFolhetim, e quase nào teve distri-buição. Traduzido na Argentina, te-ve destino igualmente inglório, poisa casa que o editou, a Crisis Libro,foi fechada pelo Governo militar.

Os dois üvros seraò lançados namesma noite de 3 de setembro, naLivraria Muro (Rua Visconde de Pi-rajá, 82), juntamente com o novoromance de Luiz Vilela. O Inferno ÉAqui Mesmo, que retrata a redaçãode um vespertino popular em SãoPaulo. Memórias de um Setembroae Praça, publicado pela Atica (SãoPaulo), é uma novela ambientadanos Andes peruanos, no inicio dasrefomias promovidas pelo Governodo General Alvarado, e tem por base

um fato real. É um livro escrito entrea Argentina e a Espanha, com ver-são original de 180 páginas, reduzi-da a 70 aproximadamente.

Caderno de Notas, publicado pe-Ia Paz e Terra (Rio), é uma coletâneade artigos e reportagens sobre aAmérica Latina. Alguns publicados,outros inéditos. Completando ostextos, notas à margem, extraídasdo caderno de anotações do jornalis-ta em suas andanças pelo conti-nente.

OS VIKINGSESTÃO CHEGANDO

De repente o leitor brasileirodescobre como é fascinante a nova literatura

dos suecos e dinamarqueses

Ubiratan Machado

ERIC NEPOMUCENO

O

fato é insólito (e talvezinédito no Brasil). De re-pente, a Civilização Bra-sileira lança três livrosde Autores escandi-navos.

Essa aparente aventura editorialcomprova como o mercado brasilei-ro de livros é uma caixinha de sur-presas. Com tiragens de 4 mil exem-plares, A Ilha dos Condenados, deStig Dagerman, e A Fazenda Africa-na e Sete Novelas Fantásticas, deIsak Dinesen, vêm encontrando ex-celente receptividade por parte dopúblico. O romance de Dagermannestá praticamente esgotado. E asobras de Dinesen vendem muitobem, obrigado. Parece que o leitorbrasileiro vai descobrindo uma bre-cha, até então insuspeitada, parauma literatura bem diferente do en-xame de obras de carregação queinfesta as livrarias.

Os Autores escandinavos edita-dos no Brasil contam-se nos dedos.Entre os suecos, Strindberg, Par La-gerkvist, Selma Lagerglof. Dos no-ruegueses, o leitor brasileiro conhe-ce Knut Hamsun e Ibsen. Da Dina-marca, o indefectível e genial HansChristian Andersen. -A Finlândiacontinua uma ficção geográfica parao mundo do leitor brasileiro. Contri-buindo para esse desconhecimento,existe o mito do paraíso escandinà-vo, em particular o sueco.

Os economistas insistem em pro-clamá-lo. Mas os escritores escandi-navos sáo os primeiros a negá-lo. Doatrito entre as estatísticas e a in-quietaçâo humana, fica uma indig-nação muito angustiante, cada vezmais atual, à medida que nos apro-ximamos de 1984: as chaves do pa-raíso humano estarão na riquezaeconômica? Pode-se recalcar as exi-gèncias espirituais em nome de umfrio igualitarismo social? A robotiza-ção do homem seria a culminânciade mais de 2 mil anos de civilizaçãoocidental?

No caso do sueco, lembremos oespirito mundano de seu povo, suaalegria de viver, que coabita comum inquietante e contraditório mis-ticismo. Foi da Suécia que saíramSanta Brigida, espécie de Teresa deÁvila nórdica, e Swendenborg, queconversava com os anjos pelas ruasde Londres. Talvez seja a tensãoentre a frieza do modelo social suecoe as aspirações místicas, recalcadascada vez mais. num mundo onde ohomem vale sobretudo como produ-tor, que torne o romance psicológicosueco um caso peculiar na literaturamundial. E dentro deste quadro, ca-be um lugar de relevo a Stig Da-german.

A curta vida de Stig Dagerman seassemelha muito á tragédia de umpersonagem kafkiano. Angustiado,sentindo-se na vida como numa pri-são, esse filho de operários procurou

vários fios que o guiassem para forado labirinto. Adolescente, ingressouno movimento anarco-sindical. Jor-nalista, defendeu com garra e brilhosuas idéias. Mas como um autênticopersonagem kafkiano, ele viveria,sempre, à espera de alguma coisaindefinível. Essa ânsia só se aplaca-ria no momento do delírio criador.Assim, menos que influência, tãoapontada pela crítica, a ascendèn-cia de Kafka sobre o escritor suecose originou de uma profunda identi-dade espiritual. Essa identidade me-lhor se revela na peça O Condenado:um homem, preso sob a suspeita deum crime, acaba cometendo-o, aoser solto, por não suportar mais aliberdade.

Essa angústia desgastante, po-rém, não era apenas.uma caracteris-tica de Dagerman. Nascindo em1923, ele sofrerá nos nervos os efei-tos da n Guerra Mundial. A neutra-lidade da Suécia, na época fazendo oseu vestibular para o tão decantadoparaíso, não evitou marcas profun-das nos jovens que viveram aquelesdias. De alguma forma, a tormentaos atingiu. Os dramas pessoais setornavam mais exasperantes. Paira-va no ar, literalmente, uma atmosfe-ra de pesadelo kafkiano.

de toda a sua luminosidade: umaterra selvagem, onde sete náufragosrecriam, em clima de pesadelo, todaa angustiante trajetória do homemmoderno.

Isak Dinesen, pseudônimo deKaren Blixen apesar de ser muitopopular nos países escandinavos fin-tre o público de língua inglesa, équase um writer writer's. HenryMiller recomendava a leitura deseus livros. Hemingway, ao recebero Prêmio Nobel, declarou que quemdevia lá estar era Dinesen. E em suarecente visita ao Brasil, Vargas Lio-sa confessou a Maria Amélia Melloque os livros da escritora dinamar-quesa o marcaram fundamente eque ele gostaria de criar em seusromances uma atmosfera seme-lhante.

Numa página célebre, o roman-cista norte-americano NathanaelHawthorne se queixava da impossi-bilidade de escrever romances góti-cos "num país a que faltam som-bras, antigüidades, mistério, cor oumal obscuro". Todos esses elemen-tos essenciais ao fantástico abunda-vam na velha Dinamarca quandoKaren Blixen nasceu, o que explicao clima de seus livros.

Além dos Autores publicados pela civilização, aEditora Nórdica vem lançando, com muito sucesso,os diálogos dos filmes do cineasta sueco lngmai*

Bergman. Esses textos, como se sabe, não são obrasliterárias independentes, pois em geral não trazem

indicações cênicas comuns aos roteiroscinematográficos.

Interpretando o drama de todosos jovens, Dagerman estréia aos 21anos, com A Serpente, um patético

.romance sobre a angústia da gera-çâo dos anos 40. Numa febre decriação que tinha alguma coisa dealucinante, ele escreve no periodode 1945/49, quatro romances, um vo-lume de contos e quatro peças deteatro. Subitamente, Stig parece es-gotado. à exuberante alegria criado-ra, sucede-se uma desesperadora es-terilidade. As obras que ele publicaa partir daí estão muito longe de suaobra anterior. A tragédia do artistaque nào consegue mais criar, des-camba num desequilíbrio mentalque se vai acirrando até o seu suicidio, em 1954, aos 31 anos.

A obra-prima de Stig Dagerman.Brant Bam (em sueco, A CriançaQueimada; batizado na edição por-tuguesa com o título de O VestidoVermelho) conta a paixão alucinadade um adolescente pela madrasta.Não menos pertubador. e para mui-tos críticos não menos obra-prima, éA Ilha dos Condenados). Nào deixade ser significativo, como prova danecessidade de evasão de Dager-man. o tema da ilha em sua ficção.Em O Vestido Vermelho, a ilha é umtranqüilo e luminoso refugio à pres-sâo da vida diária. Em A Ilha dosCondenados, a ilha paradisíaca per-

Hamlet já dizia que "a Dinamar-ca é uma prisão". Durante a infânciae juventude de Karen, passadosmais de 300 anos da tragédia Sha-kespeariana, as coisas nào pareciamter mudado muito. O pais nórdicocontinuava envolto em brumas e empuritanismo. O céu baixo pesavatanto quanto a autodisciplina, im-posta.às crianças desde o berço. Oambiente era opressivo. Foi nessaatmosfera vitoriana que Karen, des-cendente de uma familia aristocráti-ca. nasceu em Rungstedlund, próxi-mo da Suécia. O casarão, construídono século XVI, era dirigido pela mãecom severa disciplina. O pai, detemperamento aventureiro, acabousuicidando se , quando Karen eraainda pequena.

Inquieta como o pai, com o gostoda aventura no sangue, Karen partepara Copenhague. Na Capital, estu-da Belas-Artes, escreve peças, ence-nando algumas em casa. Aos 29anos, casa-se com o barão suecoBrorwin Blixen, seu primo. A Dina-marca é uma prisão. O primo, apai-xonado pela caça, escolhe viver noQuênia, em plena África. Instalam-se numa plantação de café, a célebrefazenda africana, imortalizada no li-vro de Isak Dinesen. Localizada aopé dos montes Ngong, a uma horade Nairóbi, a cavalo.

Ali, ela precisa reaprender a vida.A viver na África. Um mundo agres-sivamente diferente da placidez di-namarquesa. O sol é causticante. osanimais selvagens se insinuam naplantação. Tudo cheira a exotismo.A África é o desafio da liberdade.Durante 17 anos ela vive esse desa-fiô. Uma áspera aventura diária.Mas Karen não é de fraquejar, e seresponsabiliza pela centena de ne-gros que vivem e trabalham na plan-tação. Ela é, ao mesmo tempo, fa-zendeira, médica, enfermeira, dona-de-casa. E mulher. Sobretudo mu-lher. Perturbadoramente feminina.

Em 1925, Karen se divorcia, en-cerrando uma longa crise conjugai.Com o belo Denys Finch Hatton,filho do Conde de Winchilsea, elaviveria, então, a mais bela históriade amor de sua vida-. Mas as dificul-dades financeiras crescem. A de-pressão econômica de 1929 atingetambém a África. Em 1931. Karenvende a fazenda. Dois meses antes,Denys se suicidara, lançando seuavião contra o monte Mombassa.Com o coração de luto, certa dedeixar na África o melhor de suavida, ela volta ã Europa. Para avelha casa de Rungstedlund.

Então, começa a sua verdadeiravida. A única que interessa ao artis-ta, uma vida febril de criação. Mas,fora do êxtase criador, o cotidianonáo era fácil. De um lado, a velhamàe, com seu rançoso puritanismo.De outro lado, a sífilis, tansmitidapelo marido. Curada, ela nuncamais será uma mulher nonnal. En-tre si e o mundo. Karen lança umacortina. Ela se recusa a tocar emqualquer objeto que possa ser apa-nhado por outra pessoa. Nada deconvivência social. Ela se recusa aviver, simplesmente. Karen Blixen,a mulher, sublimava todos os seusdesejos. Surgia a escritora, uma cer-ta senhora Isak Dinesen.

Seu primeiro livro, as Sete Histó-rias Fantásticas, escritas em inglês,e só depois traduzidas para o dina-marquês, sáo voltadas por um aluei-nante halo fantástico. Uma obracom todos os ingredientes que Haw-thorne se queixara de não encontrarnos Estados unidos, e que Karenvivera em sua infância e mocidade.Essa atmosfera vai persistir em suasobras seguintes. Mas seu melhor li-vro. A Fazenda Africana, nada temde ficção, nem de fantástico. Nestaautobiografia, um depoimento tra-çado com as tintas da ternura e apena da saudade, ela traça um retra-to apaixonante da vida no Quênia.Apaixonante, luni_noso e profético.Inimiga dp coloniaiimsmo, ela ad-verte os ingleses sobje a catástrofeque poderia resultar de sua politicana Africa. O futuro confirmou suaprevisão. Envelhecendo, ela se tor-nou uma espécie de guia das novasgerações de escritores dinamarque-ses. Até que a luz de sua vida seapagou, em 1965. Uma vida extraor-dinària. Mais extraordinária, porém,foi sua obra, um dos mais perturba-dores testemunhos de nossa épocasobre a condição humana.