Trunfos de uma Geografia Activa. Desenvolvimento local, ambiente, ordenamento e tecnologia

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IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA DESENVOLVIMENTO LOCAL, AMBIENTE, ORDENAMENTO E TECNOLOGIA Norberto Santos Lúcio Cunha COORDENAÇÃO EOGRAFIA ACTIVA G TRUNFOS DE UMA 2011

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IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

DESENVOLVIMENTO LOCAL,AMBIENTE, ORDENAMENTOE TECNOLOGIA

Norberto SantosLúcio CunhaCOORDENAÇÃO

EOGRAFIA ACTIVA GTRUNFOS DE UMA

2011

Série Documentos

Imprensa da Universidade de Coimbra

Coimbra University Press

2011

Co-financiamento

Obra publicada em co-edição com:

Norberto Santos

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RAFIA ACTIVA

A Geografia, ciência de síntese e integra-ção dos fenómenos sociais e naturais, tem vindo a adquirir uma importância crescente em termos de aplicação tendo em vista, não só a compreensão do Mundo a diferentes escalas, mas sobretudo uma intervenção nos planos económico, social e cultural, que conduza à promoção de uma cidadania acti-va e que contribua para o desenvolvimento sustentável e para a qualidade de vida dos cidadãos.

Partindo desta premissa e da neces-sidade de reunir os geógrafos nacionais para o debate do modo como a Geografia pode estudar o espaço, perceber os lugares, organizar os territórios, sentir as pesso-as, promover o desenvolvimento, criar as opções para a decisão política e, mesmo, decidir e promover o desenvolvimento em torno das questões teóricas e metodológi-cas da aplicação dos estudos de Geografia, a Associação Portuguesa de Geógrafos orga-nizou, em colaboração com o Departamento de Geografia da Universidade de Coimbra e com o CEGOT, o VII Congresso da Geografia Portuguesa, Trunfos de uma geografia activa. Desenvolvimento local, ambiente, ordenamento e tecnologia, cujos resultados principais se apresentam agora sob a forma deste livro.

Norberto Pinto dos Santos é geógrafo e doutor em Geografia Humana. Professor Associado com Agregação no Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e Investigador no Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território, ao longo dos anos de carreira universitária tem desenvolvido trabalhos na área da Geografia Social e Económica, do Lazer, do Turismo e do Ordenamento do Território.

Integrou diversos projectos de investigação de que se salientam: Dinamismos sócio-eco-nómicos e (re)organização territorial: processos de urbanização e reestruturação produtiva, Dinâmicas dos Espaços produtivos e reprodutivos locais: A mobilidade dos investimentos e desenvolvimento das cidades médias, Organização e revitalização dos territórios rurais, Portugal e as Contradições da Modernidade – Território, desenvolvimento e marginalidade.

Publicou dois livros: Lazer. Da libertação do tempo à conquista das práticas. Imprensa da Universidade, CEG, Coimbra (2008) (em colaboração) e A sociedade de consumo e os espaços vividos pelas famílias, Edições Colibri, Lisboa (2001).

É membro da Direcção da Associação Portuguesa de Geógrafos, desde 2008; Director do curso em Turismo, Lazer e Património, desde 2009. Foi Presidente da Comissão Científica do Instituto de Estudos Geográficos, Coordenador do Centro de Estudos Geográficos, Presidente da Comissão de Supervisão do Ramo de Formação Educacional da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Director do Instituto de Estudos Geográficos da Faculdade de Letras de Coimbra, membro da Assembleia da Universidade de Coimbra, Vogal do Conselho Directivo da Faculdade de Letras de Coimbra.

Lúcio Cunha é geógrafo e doutor em Geografia Física. Professor no Departamento de Geografia e Investigador no Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Ao longo de mais de 30 anos de carreira universitária tem desenvolvido trabalhos na área da Geomorfologia (Geomorfologia Cársica, Geomorfologia Fluvial e Património Geomorfológico), da Geografia Física Aplicada aos Estudos Ambientais (Recursos Naturais, Ambiente e Turismo, Riscos Naturais) e de Sistemas de Informação Geográfica aplicados ao Ordenamento do Território.

Participou em vários projectos de investigação nacionais e internacionais. Publicou cerca de centena e meia de trabalhos sobre os temas a que se tem dedicado e proferiu conferências em várias instituições de ensino superior no nosso país, mas também em Espanha, Itália, Brasil, Uruguai e Cabo Verde.

Foi Presidente do Conselho Directivo, Vice-Presidente do Conselho Científico e Director do Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Foi, também, Presidente da Associação Portuguesa de Geomorfólogos e membro da Direcção da Associação Portuguesa de Geógrafos e da Comissão Nacional de Geografia. Actualmente, é coordenador da linha 1 (Natureza e Dinâmicas Ambientais) do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território. É, também, membro da Comissão Científica do Centro de Estudos Ibéricos.

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D O C U M E N T O S

Co-ediç ão

Imprensa da Univers idade de CoimbraComissão de Coordenação e Desnvolvimento Regional do Centro

ConCepç ão gr á fiC a

António Barros

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Fotografia © Ilda Castro

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ex eCuç ão gr á fiC a

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978-989-26-0111-3

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CEGOTUniversidades de Coimbra,Porto e Minho

IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

DESENVOLVIMENTO LOCAL,AMBIENTE, ORDENAMENTOE TECNOLOGIA

Norberto SantosLúcio CunhaCOORDENAÇÃO

EOGRAFIA ACTIVA GTRUNFOS DE UMA

2011

(Página deixada propositadamente em branco)

SUMÁRIO NOTA INTRODUTÓRIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

Norberto Santos e Lúcio Cunha

PARTE I GEOGRAFIA E CIDADANIA. FORMAÇÃO E DIDÁCTICA.

O PROCESSO DE BOLONHA E AS REFORMAS CURRICULARES DA GEOGRAFIA EM PORTUGAL

Anabela Gil e Herculano Cachinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 CONTOS DE UMA CIÊNCIA PERIFÉRICA: BACK, WITH A VENGEANCE

André Carmo e Maria José Aurindo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 NO LIMIAR DA MUDANÇA DIDÁCTICA: APRENDER A SER SOCIALMENTE INTERVENTIVO NAS

AULAS DE GEOGRAFIA Branca Miranda e Manuela Malheiro Ferreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

“CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE” – UMA NOVA DISCIPLINA LECCIONADA POR PRO-FESSORES DE GEOGRAFIA – REFLEXÃO SOBRE OS DESAFIOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS

QUE ENCERRA PARA OS PROFESSORES-GEÓGRAFOS Cristiana Martinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

PROJECTOS DE EDUCAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO E A CIDADANIA NO CONTEXTO

ACADÉMICO – ESTUDO DE CASO DO CURSO DE GEOGRAFIA DA UNIVERSIDADE DO MINHO Francisco da Silva Costa e Paula Cristina Remoaldo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57

CONTIG – AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NOS ENSINOS BÁSICO E

SECUNDÁRIO Madalena Mota . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

PARTE II NATUREZA E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO.

A CONQUISTA DE NOVOS ESPAÇOS PARA A GEOGRAFIA. PROJECTOS PIN (POTENCIAL INTERESSE NACIONAL): UM INSTRUMENTO PARA PROMOVER O

CRESCIMENTO ECONÓMICO À CUSTA DA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL? Flávio Nunes e Cecília Jesus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

6

POLÍTICAS DE MONTANHA E COESÃO TERRITORIAL. DA DIMENSÃO EUROPEIA AO CASO

PORTUGUÊS Gonçalo J. Poeta Fernandes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85

DINÂMICA(S) DEMOGRÁFICA(S) NOS MUNICÍPIOS COM ÁREAS CLASSIFICADAS E O QUADRO

VIGENTE DAS ESTRATÉGIAS NACIONAIS DE SUSTENTABILIDADE DO AMBIENTE E DO

DESENVOLVIMENTO. UMA ANÁLISE PROSPECTIVA J. Cruz lopes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93

ÁREAS PROTEGIDAS E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO: INDICADORES DE ANÁLISE

Susana da Cruz Clemente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103

PARTE III LAZER, TURISMO E QUALIDADE DE VIDA.

UMA SOCIEDADE DO TRABALHO A CRIAR TEMPO LIVRE. MUSEUS E NÚCLEOS MUSEOLÓGICOS: FACTOR DE VALORIZAÇÃO DO TOURING CULTURAL

DA REGIÃO CENTRO – AS ALDEIAS HISTÓRICAS António Costa Gonçalves e Fernando João Moreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113

VIVER ALBUFEIRA – AVALIAÇÃO DE EFEITOS DO PROGRAMA POLIS

Aquiles Marreiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121 O DESPERTAR DO “PAÍS SONOLENTO”: CONTRIBUTO DAS FEIRAS DE PRODUTOS LOCAIS

PARA UM NOVO PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL Nuno Azevedo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131

IMAGINÁRIOS TURÍSTICOS E (IN)VISIBILIDADES URBANAS: GEOGRAFIAS DO TURISMO NA CIDADE DE COIMBRA

Carina Sousa Gomes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141 AMBIENTES AQUÁTICOS NÃO MARÍTIMOS NO BAIXO MONDEGO: MARGENS PARA A

RECREAÇÃO, O LAZER E O TURISMO Claudete Oliveira Moreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149

NOITE, OPORTUNIDADES E INOVAÇÃO NO TERRITÓRIO – OS EVENTOS CULTURAIS À NOITE

COMO EXPRESSÃO SOCIAL DO LAZER Diana Almeida e Teresa Alves . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159

ANTECIPANDO OS IMPACTOS DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NO TURISMO: PERCEPÇÃO DOS

AGENTES ECONÓMICOS E MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E ADAPTAÇÃO Eduardo Brito Henriques, Carlos Cardoso Ferreira, Henrique Andrade, Raquel Machete e José Couto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167

A PRODUÇÃO DO ESPAÇO PELO E PARA O TURISMO: O CASO DA PRAIA DE JERICOACOARA, CEARÁ, BRASIL

Fabio Silveira Molina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177

7

DESPERDÍCIO, A CULTURA DO CONTRADITÓRIO. REFLEXÕES PARA UM “NOVO” PARADIGMA Fernando Martins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187

TRANSFORMAÇÕES E RUPTURAS NA OCUPAÇÃO E USO DO SOLO NAS SERRAS DA

CORDILHEIRA CENTRAL Gonçalo J. Poeta Fernandes e Patrícia Abrantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195

A NÁUTICA DE RECREIO COMO FACTOR DE DESENVOLVIMENTO LOCAL: O CASO DO

ESTUÁRIO DO TEJO João Figueira de Sousa, Milvia Fonseca, André Fernandes e Sónia Galiau . . . . . . . . . . . . 203

AS PAISAGENS URBANAS ENQUANTO TERRITÓRIOS TURÍSTICOS E IDEOLÓGICOS – O CASO

PARTICULAR DO SZOBORPARK, EM BUDAPESTE João Luís Jesus Fernandes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 211

O TURISMO RELIGIOSO NO MINHO: CONTRIBUTO PARA A COMPREENSÃO DO PAPEL DOS

SANTUÁRIOS NO DESENVOLVIMENTO DO NOROESTE DE PORTUGAL – ORIENTAÇÕES

METODOLÓGICAS NA SELECÇÃO DOS SANTUÁRIOS E NA ELABORAÇÃO DA GRELHA DE

ANÁLISE. João Luís Figueiredo da Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219

A PERCEPÇÃO DA MUDANÇA: O CENTRO HISTÓRICO DE TRANCOSO

João Sarmento e Maria João Costa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227 TURISMO DE NEGÓCIOS – CONVENTION & VISITORS BUREAU NA REGIÃO CENTRO

Jorge Humberto Soares Marques e Norberto Pinto dos Santos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237 ESTUDO DAS SEGUNDAS RESIDÊNCIAS EM PORTUGAL: DESAFIOS CONCEPTUAIS E METO-DOLÓGICOS

José António Oliveira, Zoran Roca e Maria de Nazaré Roca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247 TURISMO, SUSTENTABILIDADE E AMBIENTES DE MONTANHA: O CASO DO PIÓDÃO. REFLEXÕES EM TORNO DAS PERSPECTIVAS DOS VISITANTES

Juliana Correia e Paulo Carvalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 257 TURISMO E PATRIMÔNIO IMATERIAL. DAS POLÍTICAS E IMPLICAÇÃO E SUAS REALIDADES NO

CASO DAS FESTAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE GOIÂNIA Maria Geralda de Almeida, Maria Idelma Vieira d’Abadia, Jakeline Graziela Pinto e Rosiane Dias Mota . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265

AS TRADIÇÕES DO PÃO, TERRITÓRIOS E DESENVOLVIMENTO

Norberto Pinto dos Santos e António Gama . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 273 SUSTAINABLE TOURISM CLUSTERS: THE CASE OF ALENTEJO NATURAL PARKS

Regina Salvador, Jorge Ferreira, José Lúcio, Vanessa Camilo e Ivânia Monteiro . . . . . . . 283 O CONTRIBUTO DOS IMPACTES ECONÓMICOS DO PARQUE ALQUEVA NO DESENVOLVI-MENTO LOCAL DE REGUENGOS DE MONSARAZ

Soraia Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293

8

PARTE IV PODER LOCAL, PLANEAMENTO E GESTÃO TERRITORIAL.

NOVAS OPORTUNIDADES DE UMA VELHA DISCIPLINA. HEDONISMO OU ALIENAÇÃO? O CENTRO COMERCIAL NA CONTEMPORANEIDADE

Ana Estevens e André Carmo . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 305

TEORIA CRÍTICA, PRÁTICA GEOGRÁFICA E DESENVOLVIMENTO LOCAL Ana Francisca de Azevedo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 313

O PAPEL DAS PRÁTICAS QUOTIDIANAS DAS FAMÍLIAS NA DEFINIÇÃO DE COMUNIDADES

SUSTENTÁVEIS À ESCALA URBANA Ana Louro, Eduarda Marques da Costa e Soraia Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 321

«GEOMETRIA DO PODER», VALORES, REPRESENTAÇÕES E PRÁTICAS DE CIDADANIA

André Carmo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 331 PLANEAMENTO URBANO E FINANCIAMENTO DAS AUTARQUIAS: O ESTADO (DES)REGULADOR

DA EXPANSÃO URBANA? Carlos Gonçalves . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 339

OS PLANOS REGIONAIS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E A COESÃO TERRITORIAL: REFLEXÕES SOBRE A SUB-REGIÃO OESTE

Daniel Nascimento Matoso Gil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 347 PLANEAMENTO E GESTÃO DE FRENTES DE ÁGUA – A FRENTE RIBEIRINHA NORTE DE

ALMADA, NOVOS USOS, NOVOS TEMPOS. Diana Almeida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 355

COOPERAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA RECENTE VS ANTIGA. PORTUGAL-ESPANHA E SUÉCIA-NORUEGA

Eduardo Medeiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 363 DESENVOLVIMENTO RURAL: NOVOS DESAFIOS E NOVAS OPORTUNIDADES

Hélder Marques e Ângela Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 371 A EVOLUÇÃO DAS ACESSIBILIDADES RODOVIÁRIAS E FERROVIÁRIAS EM PORTUGAL

CONTINENTAL João Figueira de Sousa, Sónia Galiau e André Fernandes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 379

COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS COMO EXPRESSÃO SOCIAL DA SUSTENTABILIDADE URBANA

João Fumega . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 389 ANÁLISE DAS POTENCIALIDADES DO PROJECTO AEROPORTUÁRIO DE BEJA NO DESEN-VOLVIMENTO DO BAIXO ALENTEJO

José Freitas e João Figueira de Sousa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 397

9

UNIDADES DE EXECUÇÃO: A TÉNUE FRONTEIRA ENTRE INSTRUMENTOS DE PROGRAMAÇÃO

DO USO DO SOLO E DE PLANEAMENTO MUNICIPAL Júlia S. C. Reis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 405

DAS MARGENS PARA O CENTRO: AS GEOGRAFIAS PÓS-MODERNAS NO ESTUDO DA

NOBILITAÇÃO URBANA Luís Mendes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 413

COESÃO TERRITORIAL E GOVERNANÇA: ABORDAGEM MULTI-ESCALAR

Margarida Pereira e Maria Adelaide Carranca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 421

URBANISMO ESCOLAR: CONTRIBUTOS PARA A DEFINIÇÃO E APLICAÇÃO DO CONCEITO Margarida Pereira e Paulo Pisco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 429

TERRITÓRIOS EMERGENTES VS. TERRITÓRIOS ADMINISTRATIVOS: CONFLITO E

COOPERAÇÃO PARA A EVOLUÇÃO DAS CULTURAS DE PLANEAMENTO Margarida Queirós . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 437

PÓLOS DE CULTURA E CRIATIVIDADE EM LISBOA – QUE PAPEL NA COESÃO DA CIDADE?

Maria Adelaide Carranca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 445 POLIS XXI, GOVERNÂNCIA E PLANEAMENTO URBANO NO NORTE DE PORTUGAL: IMPACTOS

DO PROGRAMA DE REGENERAÇÃO URBANA. Pedro Chamusca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 453

OS IMPACTOS, PROVENIENTES DA IMPLANTAÇÃO DE DOIS NOVOS CENTROS COMERCIAIS, PARA A CIDADE DE BRAGA

Pedro Porfírio Coutinho Guimarães . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 461

ALGARVE: DINÂMICAS SOCIODEMOGRÁFICAS E POLÍTICAS PÚBLICAS Renato Miguel do Carmo e Sofia Santos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 469

SOCIEDADE DO CONHECIMENTO E TERRITÓRIOS INTELIGENTES: O SISTEMA DE

CONHECIMENTO DE COIMBRA Ricardo Fernandes e Rui Gama . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 479

INFRA-ESTRUTURA DIGITAL E INTELIGÊNCIA DOS TERRITÓRIOS EM PORTUGAL: A INTERNET, A WORLD WIDE WEB E AS EMPRESAS

Rui Gama e Ricardo Fernandes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 487 CARTA DE EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS DA AMADORA

Sofia Casanova . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 495

ALTA VELOCIDADE: AS ESTRATÉGIAS DE IMPLEMENTAÇÃO E OS EFEITOS DA ESTAÇÃO Sónia Galiau e João Figueira de Sousa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 505

10

APLICAÇÃO DO CONCEITO DE ECO-BAIRRO NUM BAIRRO DO MUNICÍPIO DA AMADORA: UMA ABORDAGEM EXPERIMENTAL

Susana Pereira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 513

A CASA DE ILHA E A CASA DO BAIRRO MUNICIPAL: DOIS MÓDULOS NA CONSTRUÇÃO DE

MORFOLOGIAS DE PADRÃO GEOMÉTRICO Vasco Cardoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 521

PLANEAMENTO E GESTÃO URBANÍSTICA MUNICIPAL – REPERCUSSÕES NO DESENVOLVI-MENTO RECENTE DA CIDADE DE SETÚBAL

Vasco Raminhas da Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 529

PARTE V NOVOS MODOS DE REPRESENTAR O TERRITÓRIO.

ENTRE A LEITURA DA NATALIDADE E A CONSTRUÇÃO DE MODELOS. MODELAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA DA AVALIAÇÃO DA SUSCEPTI-BILIDADE A MOVIMENTOS DE VERTENTE NA ÁREA AMOSTRA DE LOUSA-LOURES (REGIÃO A

NORTE DE LISBOA) Aldina Piedade, José Luís Zêzere, José António Tenedório, Ricardo A. C. Garcia, Sérgio Cruz de Oliveira e Jorge Rocha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 539

A IMPLEMENTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ESTRUTURANTES COMO FACTOR DE DESEN-VOLVIMENTO DO SISTEMA URBANO

Ana Márcia Ferreira e Andreia Rosário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 547 MODELAÇÃO DE REDES TERRITORIAIS: O CASO DO INTERREG III C

Ana Mendes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 553 MEMÓRIAS AFRICANAS, LUGAR EUROPEU: A IDENTIDADE DO «RETORNADO»

Bruno Machado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 561 INFRA-ESTRUTURAS DE DADOS ESPACIAIS NOS MUNICÍPIOS – CONTRIBUTO PARA A

DEFINIÇÃO DE UM MODELO DE IMPLEMENTAÇÃO Clara Afonso e Rui Pedro Julião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 569

APLICAÇÃO DE ÍNDICES QUANTITATIVOS NA CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DAS CIDADES

Eduarda Marques da Costa, Jorge Rocha e Michael Rodrigues . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 577 MODELAÇÃO GEOGRÁFICA EM SIG DO RISCO DE RE-EMERGÊNCIA DE MALÁRIA EM

PORTUGAL CONTINENTAL Eduardo Gomes, César Capinha, José António Tenedório, Jorge Rocha, A. Paulo G. Almeida, Virgílio E. do Rosário e Carla A. Sousa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 585

LICENCIAMENTO EM ÁGUAS PÚBLICAS E CARTOGRAFIA – O CASO DO RIO AVE NO ÍNICIO DO

SÉCULO XX Francisco da Silva Costa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 593

11

POLÍTICAS DE PREVENÇÃO RODOVIÁRIA – UM CASO DE GEO-REFERENCIAÇÃO Jorge Ferreira e João Ferreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 603

A GEOGRAFIA DA CRIMINALIDADE

Jorge Ferreira e José Martins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 613 ORLANDO RIBEIRO, A CIDADE, E A TRANSIÇÃO PARADIGMÁTICA DA GEOGRAFIA PORTU-GUESA NOS ANOS SESSENTA

José Ramiro Pimenta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 621 CONSTRUÇÃO DE MODELOS DE AVALIAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL A RISCOS

NATURAIS E TECNOLÓGICOS. O DESAFIO DAS ESCALAS Lúcio Cunha, José Manuel Mendes, Alexandre Tavares e Susana Freiria . . . . . . . . . . . . 627

OS SIG E A CONSTRUÇÃO DE MODELOS TERRITORIAIS NO ÂMBITO DO PLANEAMENTO

MUNICIPAL Luis Ramos, Nuno Azevedo, Ricardo Bento e Paulo Gonçalves . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 639

O RURAL EM MUDANÇA – BREVE NOTA SOBRE OS PROCESSOS DE URBANIZAÇÃO

Maria de Lurdes Roxo Mateus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 649 CAPITAL HUMANO E DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL: DIFERENÇAS DE GÉNERO

Maria de Nazaré Oliveira Roca e Nuno Leitão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 657 SIGMDL – PORTAL DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

Maria Manuel Gouveia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 665 NOVA MÉTRICA FOCAL DO ACIDENTADO DO TERRENO: AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DE ESCALA

E DE CONTEXTO Nuno Neves, Nuno Guiomar, Marco Freire e Lénia Duarte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 671

IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL

Paula Lopes Costa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 681 A EMIGRAÇÃO NA ILHA GRACIOSA. ESTUDO DE CASO DOS EMIGRANTES GRACIOSENSES NOS

ESTADOS DA CALIFÓRNIA E MASSACHUSETTS (EUA) Paulo Espínola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 693

OS SIG NA FISCALIDADE MUNICIPAL – APLICAÇÃO AO CÁLCULO E GESTÃO DA TRMIU

Raquel de Deus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 701 CENTRALIDADES URBANAS – TEMPOS E PROCESSOS NO NOROESTE DE PORTUGAL –A ÁREA

CENTRAL DE VIANA DO CASTELO Rogério Barreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 709

MODELAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DA POPULAÇÃO DA ÁREA METRO-POLITANA DE LISBOA COM RECURSO A PARÂMETROS EMPÍRICOS

Sérgio Freire . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 717

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CLASSIFICAÇÃO DE IMAGENS DE SATÉLITE DE ALTA RESOLUÇÃO COM INTRODUÇÃO DE

DADOS LIDAR. APLICAÇÃO À CIDADE DE LISBOA Teresa Santos, Sérgio Freire, José António Tenedório e Ana Fonseca . . . . . . . . . . . . . . . 725

PARTE VI PARA UMA GEOGRAFIA FÍSICA PRESENTE.

O COMPROMISSO DE SUSTENTABILIDADE. EVOLUÇÃO DOS CAUDAIS NO RIO BEÇA: RESPOSTA À VARIABILIDADE CLIMÁTICA OU ÀS

MUDANÇAS NO USO DO SOLO? Adélia N. Nunes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 735

PARÂMETROS GEOMORFOLÓGICOS PARA A CARACTERIZAÇÃO DE TIPOLOGIAS DE TERRAS

ÚMIDAS Adriana de Fátima Penteado e Jurandyr Luciano Sanches Ross . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 745

ALTERAÇÕES AMBIENTAIS RECENTES E RISCOS ASSOCIADOS NO MÉDIO CURSO DO RIO ZÊZERE

– O COUTO MINEIRO DA PANASQUEIRA. Anselmo Casimiro Ramos Gonçalves . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 753

A PERCEPÇÃO DO TERMO «DESERTIFICAÇÃO» NA COMUNICAÇÃO SOCIAL EM PORTUGAL

Bruno Neves e Maria José Roxo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 761 CHEIAS RÁPIDAS EM ÁREAS URBANAS: O CASO DE SACAVÉM

Catarina Ramos e Ana Ramos-Pereira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 769 IMPACTES DAS BARRAGENS NOS REGIMES FLUVIAIS: COMPARAÇÃO ENTRE VILARINHO DAS

FURNAS (HIDROELÉCTRICA) E MONTE NOVO (HIDROAGRÍCOLA) Catarina Ramos, Miguel Leal e Patrícia Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 779

A SUSTENTABILIDADE DA PRODUÇÃO DE BIODIESEL A PARTIR DE ÓLEOS ALIMENTARES

USADOS: O CASO DA FREGUESIA DA ERICEIRA Cláudia Caseiro e Maria José Roxo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 791

CHEIAS E MOVIMENTOS DE MASSA COM CARÁCTER DANOSO EM PORTUGAL CONTINENTAL

I. Quaresma e J. L. Zêzere . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 799 AVALIAÇÃO E VALIDAÇÃO DA SUSCEPTIBILIDADE E PERIGOSIDADE DE INCÊNDIO FLORESTAL

EM PORTUGAL CONTINENTAL J. C. Verde e J. L. Zêzere . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 809

MIAVITA – MITIGATE AND ASSESS RISK FROM VOLCANIC IMPACT ON TERRAIN AND HUMAN

ACTIVITIES J. Fonseca, H. Ferreira e M. Matias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 819

O PLANEAMENTO E GESTÃO DAS ALBUFEIRAS DE ÁGUAS PÚBLICAS DE SERVIÇO PÚBLICO

Lara M. Alves de Almeida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 827

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EXTENSÃO TEMPORAL E MAGNITUDE MÁXIMA DA ILHA DE CALOR URBANO – ESTUDO DE

CASO EM PARANHOS, PORTO Licinia Balkeståhl . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 835

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA EM PLANOS DIRECTORES MUNICIPAIS

Luis Ramos, Paulo Gonçalves, Nuno Azevedo e Ricardo Bento . . . . . . . . . . . . . . . . . . 845 A MUDANÇA DO USO DO SOLO PÓS ALQUEVA E OS NOVOS DESAFIOS AMBIENTAIS: O CASO DO OLIVAL

Maria José Roxo, José Eduardo Ventura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 853

AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO CONCELHO DO PORTO: UM ESTUDO HIDRO-HISTÓRICO N. Devy-Vareta, L. Freitas, A. Gomes, M. J. Afonso e H. I. Chaminé . . . . . . . . . . . . . . 861

MODELO DE AVALIAÇÃO DA PERIGOSIDADE DE INCÊNDIO FLORESTAL

Nuno Neves, Nuno Guiomar, Marco Freire, João Paulo Fernandes e Lénia Duarte . . . . 871

A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ARUNCA. FACTORES CONDICIONANTES E CARTOGRAFIA

DOS PROCESSOS DE CHEIA/INUNDAÇÃO Pedro Santos, Ana Isabel Andrade e Alexandre Tavares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 879

(Página deixada propositadamente em branco)

NOTA INTRODUTÓRIA

A Associação Portuguesa de Geógrafos organizou, em colaboração com o Departamento de Geografia da Universidade de Coimbra e com o Centro de Estudos de Geografia e Orde-namento do Território (CEGOT), o VII Congresso da Geografia Portuguesa, Trunfos de uma geografia activa. Desenvolvimento local, ambiente, ordenamento e tecnologia, que teve lugar no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, de 26 a 28 de Novembro de 2009.

A Comissão Organizadora, constituída por Margarida Pereira (Presidente da Associação Portuguesa de Geógrafos), Lúcio Cunha, Norberto Santos, Dulce Pimentel, Claudete Mo-reira, Isabel Paiva, Clara Guedes e Manuel Mateus, tem a certeza de que este evento cientí-fico da comunidade de geógrafos portugueses, em que foi proposto o debate dos aspectos aplicados de uma Geografia actual e útil, particularmente no desenvolvimento local, no am-biente e no ordenamento do território, encontrou os temas que lhe possibilitaram partilhar a investigação em processo de desenvolvimento assim como a discussão dos temas que no tempo presente mobilizam os geógrafos.

Os Congressos da Geografia Portuguesa têm sido, ao longo dos anos, uma forma de a investigação geográfica mostrar as suas potencialidades, os seus dilemas, os seus trunfos e os seus triunfos. Têm servido para dar a conhecer à sociedade em geral formas de fazer que, pela sua interdisciplinaridade, multidisciplinaridade e transdisciplinaridade, conseguem eviden-ciar uma abordagem muito própria dos problemas e uma capacidade efectiva de encontrar soluções.

A História dos Congressos é já relevante. O I Congresso da Geografia Portuguesa rea-lizou-se em Lisboa e foi intitulado Portugal uma Geografia em Mudança, tendo decorrido em Abril de 1991. A 2ª edição decorreu em Coimbra, em Outubro de 1994 e foi subordinada ao título A Geografia Portuguesa. Debater as mudanças, preparar o futuro. O III Congresso veio a decorrer no Porto, em Setembro 1997, e teve como tema A inter-disciplinaridade na Geografia Portuguesa: novos e velhos desafios. O IV Congresso realizou-se quatro anos mais tarde, em Outubro de 2001, em Lisboa, tendo como mote a Geografia: Territórios de Inovação. O V Congresso, Territórios e Protagonistas, realizou-se na Universi-dade do Minho, em Outubro de 2004, tendo o VI Congresso acontecido em Lisboa, em Outubro de 2007, subordinado ao tema Pensar e Intervir no Território. Uma Geografia para o Desenvolvimento. A sétima edição, motivo para a presente publicação, teve pois uma responsabilidade enorme, visto os Congressos da Geografia Portuguesa serem uma das principais montras da investigação geográfica nacional.

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Na verdade, sempre tentando tornar a Geografia uma ciência mais interventiva e pro-motora de mais cidadania e melhor qualidade de vida, a troca de ideias, os debates e as questões suscitadas por estes eventos científicos têm contribuído, tanto para suscitar novas linhas de investigação, como para dar resposta, do ponto de vista da Geografia, a problemas diversos com que se debate o mundo actual.

O VII Congresso da Geografia Portuguesa teve a honra de poder contar com o apoio Científico de uma Comissão que muito prestigiou o evento e que integrou os Doutores Ana Paula Santana (Departamento de Geografia, Faculdade de Letras, Coimbra), António Antunes Martins (Departamento de Geociências Universidade de Évora, Évora), António Campar de Almeida (Departamento de Geografia, Faculdade de Letras, Coimbra), Celeste Coelho (Departamento de Ambiente e Ordenamento, Universidade de Aveiro, Aveiro), Dulce Pimentel (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova, Lisboa), Fernanda Delgado Cravidão (Departamento de Geografia, Faculdade de Letras, Coimbra), Fernando Manuel da Silva Rebelo (Departamento de Geografia, Faculdade de Letras, Coimbra), Helena Maria Gregório Pina Calado (Departamento de Biologia, Universidade dos Açores, Ponta Delgada), Herculano Cachinho (Departamento de Geografia, Faculdade de Letras, Lisboa), José Alberto Rio Fernandes, (Departamento de Geografia, Faculdade de Letras, Porto), José António Tenedório (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova, Lisboa), José Luís Zêzere (Departamento de Geografia, Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, Lisboa), José Manuel Simões (Departamento de Geografia, Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, Lisboa), Lucinda Fonseca (Departamento de Geografia, Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, Lisboa), Lúcio Sobral da Cunha (Departamento de Geografia, Faculdade de Letras, Coimbra), Luís Saldanha Martins (Departamento de Geografia, Faculdade de Letras, Porto), Manuela Malheiro Dias (Departamento de Ciências da Educação, Universidade Aberta), Margarida Pereira (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova, Lisboa), Maria Helena Dias (Departamento de Geografia, Instituto de Geografia e Ordenamento do Terri-tório, Lisboa), Maria José Roxo (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova, Lisboa), Miguel Bandeira, (Departamento de Geografia, Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho), Norberto Pinto dos Santos (Departamento de Geografia, Faculdade de Letras, Coimbra), Paula Remoaldo (Departamento de Geografia, Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho), Teresa Barata Salgueiro (Departamento de Geografia, Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, Lisboa), Teresa Pinto Cor-reia (Departamento de Geociências Universidade de Évora, Évora), Teresa Sá Marques (Departamento de Geografia, Faculdade de Letras, Porto), Zoran Roca (Faculdade de Arqui-tectura, Urbanismo, Geografia e Artes, Universidade Lusófona, Lisboa), que foram também responsáveis pela selecção e arbitragem dos trabalhos aqui publicados.

Os temas das investigações em processo de desenvolvimento assim como a discussão dos temas que na actualidade mobilizam os geógrafos foram inscritos em seis assuntos principais, que estruturaram o modo como o Congresso foi composto em termos de apre-sentação ao longo dos dois dias em que decorreram as sessões. Esta organização teve sempre em consideração a investigação integrada em Geografia, ao mesmo tempo que se propôs dar expressão à investigação em Geografia Humana, em Geografia Física, em Didáctica da Geografia e nas disciplinas instrumentais que são fundamentais em Geografia (Cartografia, Sistemas de Informação Geográfica, Estatística)

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Assim o 1º tema foi intitulado Geografia e cidadania. Formação e didáctica e teve como coordenadores Paula Remoaldo, António Campar de Almeida e Herculano Cachinho. O 2º tema versou as questões da Natureza e ordenamento do território. A conquista de novos espaços para a Geografia e foi coordenado por Lúcio Sobral da Cunha, Maria José Roxo e Teresa Pinto Correia. O tema 3 foi orientado para o Lazer, turismo e qualidade de vida. Uma sociedade do trabalho a criar tempo livre e teve a coordenação de Fernanda Delgado Cravidão, Teresa Barata Salgueiro e Luís Saldanha Martins. O tema 4, sobre o Poder local, planeamento e gestão territorial. Novas oportunidades de uma velha disciplina, foi coor-denado por José Alberto Rio Fernandes, José Manuel Simões e Norberto Pinto dos Santos. O 5º tema, Novos modos de representar o território. Entre a leitura da realidade e a construção de modelos, foi coordenado por Ana Paula Santana, Maria Helena Dias, José António Tenedório, enquanto o 6º e último tema, Para uma geografia física presente. O compromisso da sustentabilidade, teve a coordenação de Fernando Rebelo, Celeste Coelho, António Antunes Martins.

Como é normal em realizações com estas características, os temas do Congresso resul-taram do pressuposto de que a investigação geográfica em Portugal apresenta orientações concretas a que se quis dar uma expressão relevante.

Assim, o tema Geografia e cidadania. Formação e didáctica foi aventado como tema porque a educação geográfica precisa de ser uma proposta de interpretação, explicação e intervenção no espaço. Saber pensar o espaço de forma consciente é uma condição de cidadania. Esta representa um modo de identidade, do local ao global, da inclusão à exclusão, da norma à transgressão. A promoção de uma educação geográfica é orientadora para os espaços, os tempos e as práticas da sociedade civil e fundamental para a sua com-preensão. Da sala de aula ao mundo, os modos de intervenção da geografia e da educação geográfica necessitam de ser dinâmicos e integradores.

O tema Natureza e ordenamento do território. A conquista de novos espaços para a Geografia surge perante a importância das intensas modificações no uso do espaço, os novos modos de territorialização das economias e, particularmente, os processos de acelerada urba-nização verificados nas últimas décadas que tiveram como consequência uma modificação muito marcada das relações entre a Natureza e a Sociedade. Hoje, problemas como a degradação ambiental, a necessidade de conservação da Natureza, os riscos naturais nos mais diversos espaços ou a valorização dos espaços rurais progressivamente abandonados são problemas centrais nas políticas de ordenamento do território e, consequentemente, objecto de trabalho, em termos de investigação pura e aplicada na ciência geográfica.

Sendo um propósito crescentemente importante na nossa sociedade e nos estudos geográficos o Lazer, turismo e qualidade de vida. Uma sociedade do trabalho a criar tempo livre foi uma temática muito valorizada pelos participantes. A redução do tempo de trabalho, o aumento do tempo de lazer no seio do tempo livre, o entendimento do lazer como valor social, o acesso a novas formas de relação social e a orientação democratizante do acesso aos lazeres são algumas das adaptações de um mundo que alguns denominam por civilização dos lazeres. Hoje, o mundo global dá aos lazeres significados no âmbito da inter-venção social, da valorização socioeconómica, do desenvolvimento local, da imagem dos territórios, da qualidade de vida das populações, da organização espacial, e da intervenção política, entre outros.

Outro tema transversal nos estudos geográficos é o do Poder local, planeamento e gestão territorial. Novas oportunidades de uma velha disciplina. Por isso mesmo foi-lhe atribuído,

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pelos participantes no Congresso, grande significado, resultante das investigações em curso. Efectivamente, a geografia sempre encontrou no estudo das fronteiras, das áreas de influên-cia, dos territórios do quotidiano, das acessibilidades e, agora, das redes, modos relevantes de fazer ciência. Estas são questões de grande relevância para todo o poder político, mas revestem-se de especial significado quando o nível de actuação é sub-regional ou local. O enorme significado do poder autárquico em Portugal, a importância do Quadro de Referên-cia Estratégico Nacional, a aprovação das políticas e planos de referência territoriais, como o são o PNPOT, os PROT, os PDM (na sua reafirmação enquanto instrumentos de planea-mento), os Planos sectoriais, impõem uma releitura das relações, quiçá uma outra organização dos territórios. Um País que potencia a sua pequena dimensão com uma enorme diversidade precisa de um entendimento claro entre política, sociedade, economia e ambiente, de modo a tornar sustentável o seu desenvolvimento.

Na base da expressão geográfica, tanto a presente, como a passada e a futura, estão as percepções, as representações e as ferramentas que ajudam o geógrafo a melhor interpretar o espaço local/global à sua volta. O tema Novos modos de representar o território. Entre a leitura da realidade e a construção de modelos deu significado a essa relação do geógrafo com o espaço. A percepção, o estudo, o uso e, mesmo, o domínio dos territórios depende muito dos modos como estes são representados. Por essa razão, a cartografia tem vindo a ganhar relevância crescente, não só na investigação geográfica, em que é, ao mesmo tempo, ponto de partida e chegada, mas também noutras áreas científicas e em diferentes actividades económicas, sociais e culturais, em que diferentes tipos de mapas permitem análises mais rápidas, sínteses mais completas ou previsões mais ajustadas. Com o desenvolvimento dos Sistemas de Informação Geográfica, o tratamento de informação de base territorial ganhou um significativo impulso, quer se trate da criação de mapas tecnicamente mais evoluídos, mais legíveis e mais facilmente actualizáveis, quer se trate da construção de complexos modelos territoriais que permitam a compreensão da dinâmica territorial, a construção de cenários evolutivos e, consequentemente, uma melhor gestão do território.

O último tema em referência deu expressão à investigação em Geografia Física. Assim, foi proposto o título Para uma geografia física presente. O compromisso da sustentabili-dade. A sustentabilidade dos sistemas ambientais e, particularmente, dos meios naturais, face ao rápido crescimento económico das últimas décadas e à consequente pressão sobre os recursos naturais, justifica a importância de um estudo rigoroso e completo da Natureza nas suas diferentes vertentes. Água, ar, terra e vida, estudadas de per se ou de modo integrador, em termos de ciência pura ou de ciência aplicada, sem ou com relação, directa ou indirecta, aos modos de vida das populações e sociedades, continuam a ser objectos de trabalho de uma geografia física moderna, actuante e útil.

A organização do Congresso teve o prazer de contar com a presença de cerca de 250 participantes que se distribuíram pelos seis temas propostos, tendo sido organizadas três sessões plenárias que corresponderam a outras tantas conferências proferidas por eminentes geógrafos. Efectivamente, tivemos a honra de contar com a Presença do Professor Rafael Mata Olmo, geógrafo da Universidade Autónoma de Madrid, que proferiu a conferência inaugural do Congresso sobre Paisages, del conocimiento a la acción. La contribución geográfica. Ainda no primeiro dia do Congresso o Professor Jean-Robert Pitte, geógrafo, especialista em estudos de Geografia cultural e paisagens culturais, especialmente através da gastronomia e dos vinhos, Presidente da Société de géographie, co-director científico do Festival international de géogra-phie Saint Dieu des Voges, membro da Academia de Ciências Morais e Políticas, na secção de

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Geografia e História e Reitor da Universidade de Paris IV SORBONNE, de 2003 a 2008, proferiu a conferência Geographie Culturelle et les questions concernant la gastronomie. A conferência de encerramento foi proferida pelo Professor Diogo Brochado de Abreu, geógrafo e Coordenador do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, que intitulou como Geografias do futuro: o futuro da Geografia.

Em reuniões científicas de Geografia, o trabalho de campo tem sempre um papel im-portante, como modo de promover a discussão entre os participantes perante temas e problemas concretos. Neste caso, privilegiou-se a região da Bairrada, através de uma viagem de estudo com o sugestivo título A Bairrada: terras de barro, espaços de vinho, tempo de saber, que, através de contactos com a região vitivinícola, com produtores particulares de vinho e com o Museu do Vinho, permitiu aos participantes a compreensão dos principais problemas de desenvolvimento local e de ordenamento numa região em rápida mudança e de forte inovação ao nível agrícola, industrial, comercial e de serviços.

Ao fazer este balanço do Congresso, é-nos muito grato referir um conjunto de institui-ções que em muito contribuíram para a concretização deste encontro científico e que abaixo inscrevemos: Reitoria da Universidade de Coimbra, Faculdade de Letras, Departamento de Geografia de Coimbra, Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro, Câmara Municipal de Coimbra, Câmara Municipal de Castelo Branco, Câmara Municipal de Penela, Câmara Municipal de Anadia, Câmara Municipal de Lisboa, Museu Nacional Machado de Castro, Museu do Vinho da Bairrada, Associação da Rota da Bairrada, Fundação para a Ciência e para a Tecnologia, Fundação Eng. António de Almeida, Imprensa da Universidade de Coimbra, Instituto Geográfico Português, Turismo do Centro De Portugal, Empresa Muni-cipal de Turismo - Coimbra, Alliance Française - Coimbra, Embaixada de França, Instituto dos Museus e da Conservação, Águas do Luso, Marques e Associados, GeoPint e ESRI Portugal.

O âmbito destes trabalhos foi pois, muito alargado, mostrando a capacidade da Geo-grafia estudar o espaço, perceber os lugares, organizar territórios, sentir as pessoas, promover o desenvolvimento, criar as opções para a decisão política, mesmo decidir e promover o desenvolvimento, assim como de trabalhar ao lado de todos aqueles que têm nestas referên-cias uma parte maior no estudo dos territórios através da percepção, da representação, da acção e/ou do protagonismo. Os organizadores deste volume esperam que os textos aqui publicados ajudem a construir a imagem de uma Geografia Activa em resultado das apresen-tações e discussões havidas no VII Congresso da Geografia Portuguesa.

Coimbra, Setembro de 2011

Norberto Santos Lúcio Cunha

verificar medidas da capa/lombada - Lombada com 46 mm

IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

DESENVOLVIMENTO LOCAL,AMBIENTE, ORDENAMENTOE TECNOLOGIA

Norberto SantosLúcio CunhaCOORDENAÇÃO

EOGRAFIA ACTIVA GTRUNFOS DE UMA

2011

Série Documentos

Imprensa da Universidade de Coimbra

Coimbra University Press

2011

Co-financiamento

Obra publicada em co-edição com:

Norberto Santos

Lúcio CunhaCO

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RAFIA ACTIVA

A Geografia, ciência de síntese e integra-ção dos fenómenos sociais e naturais, tem vindo a adquirir uma importância crescente em termos de aplicação tendo em vista, não só a compreensão do Mundo a diferentes escalas, mas sobretudo uma intervenção nos planos económico, social e cultural, que conduza à promoção de uma cidadania acti-va e que contribua para o desenvolvimento sustentável e para a qualidade de vida dos cidadãos.

Partindo desta premissa e da neces-sidade de reunir os geógrafos nacionais para o debate do modo como a Geografia pode estudar o espaço, perceber os lugares, organizar os territórios, sentir as pesso-as, promover o desenvolvimento, criar as opções para a decisão política e, mesmo, decidir e promover o desenvolvimento em torno das questões teóricas e metodológi-cas da aplicação dos estudos de Geografia, a Associação Portuguesa de Geógrafos orga-nizou, em colaboração com o Departamento de Geografia da Universidade de Coimbra e com o CEGOT, o VII Congresso da Geografia Portuguesa, Trunfos de uma geografia activa. Desenvolvimento local, ambiente, ordenamento e tecnologia, cujos resultados principais se apresentam agora sob a forma deste livro.

Norberto Pinto dos Santos é geógrafo e doutor em Geografia Humana. Professor Associado com Agregação no Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e Investigador no Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território, ao longo dos anos de carreira universitária tem desenvolvido trabalhos na área da Geografia Social e Económica, do Lazer, do Turismo e do Ordenamento do Território.

Integrou diversos projectos de investigação de que se salientam: Dinamismos sócio-eco-nómicos e (re)organização territorial: processos de urbanização e reestruturação produtiva, Dinâmicas dos Espaços produtivos e reprodutivos locais: A mobilidade dos investimentos e desenvolvimento das cidades médias, Organização e revitalização dos territórios rurais, Portugal e as Contradições da Modernidade – Território, desenvolvimento e marginalidade.

Publicou dois livros: Lazer. Da libertação do tempo à conquista das práticas. Imprensa da Universidade, CEG, Coimbra (2008) (em colaboração) e A sociedade de consumo e os espaços vividos pelas famílias, Edições Colibri, Lisboa (2001).

É membro da Direcção da Associação Portuguesa de Geógrafos, desde 2008; Director do curso em Turismo, Lazer e Património, desde 2009. Foi Presidente da Comissão Científica do Instituto de Estudos Geográficos, Coordenador do Centro de Estudos Geográficos, Presidente da Comissão de Supervisão do Ramo de Formação Educacional da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Director do Instituto de Estudos Geográficos da Faculdade de Letras de Coimbra, membro da Assembleia da Universidade de Coimbra, Vogal do Conselho Directivo da Faculdade de Letras de Coimbra.

Lúcio Cunha é geógrafo e doutor em Geografia Física. Professor no Departamento de Geografia e Investigador no Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Ao longo de mais de 30 anos de carreira universitária tem desenvolvido trabalhos na área da Geomorfologia (Geomorfologia Cársica, Geomorfologia Fluvial e Património Geomorfológico), da Geografia Física Aplicada aos Estudos Ambientais (Recursos Naturais, Ambiente e Turismo, Riscos Naturais) e de Sistemas de Informação Geográfica aplicados ao Ordenamento do Território.

Participou em vários projectos de investigação nacionais e internacionais. Publicou cerca de centena e meia de trabalhos sobre os temas a que se tem dedicado e proferiu conferências em várias instituições de ensino superior no nosso país, mas também em Espanha, Itália, Brasil, Uruguai e Cabo Verde.

Foi Presidente do Conselho Directivo, Vice-Presidente do Conselho Científico e Director do Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Foi, também, Presidente da Associação Portuguesa de Geomorfólogos e membro da Direcção da Associação Portuguesa de Geógrafos e da Comissão Nacional de Geografia. Actualmente, é coordenador da linha 1 (Natureza e Dinâmicas Ambientais) do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território. É, também, membro da Comissão Científica do Centro de Estudos Ibéricos.