Topografía y forma urbis de Idanha-a-Velha en épocas romana y tardoantigua

73
Livro de Resumos Comunicações

Transcript of Topografía y forma urbis de Idanha-a-Velha en épocas romana y tardoantigua

Livro de Resumos

Comunicações

Livro de Resumos - Comunicações

2

Pré-História

Ídolos e idoliformes cerâmicos dos povoados do IVº/IIIº milénio a.n.e. de São Pedro (Redondo)

– contributo para o estudo de uma ritualidade fugidia …

Catarina Costeira1 e Rui Mataloto2

1 [email protected]

2 [email protected]

Os objectos rituais e simbólicos são, quase por definição, uma entidade bastante fugidia, na qual

se acaba por enquadrar, por defeito ou por excesso, a maioria dos “OCNI’s” (objectos cerâmicos

não identificados). De facto, a ausência completa de conhecimento da liturgia e mesmo do

panteão do IIIº ilénio a.n.e impõe-nos a pura especulação, à falta de contextos significantes do

ponto de vista do seu uso.

Pretende-se, então, com este trabalho dar a conhecer um conjunto de objectos cerâmicos por nós

enquadrados dentro das realidades simbólico-rituais, ainda que estejamos conscientes da

manifesta possibilidade de alguns deles se poderem enquadrar de modo distinto.

Intentar-se-á efectuar uma primeira categorização tipológica dos mesmos e uma leitura

diacrónico-espacial no contexto dos diversos povoados do São Pedro.

Por fim, apresentaremos algumas reflexões sobre as geografias do simbólico a nível regional.

Livro de Resumos - Comunicações

3

Ocupação calcolítica da costa alentejana: problemáticas levantadas pela nova intervenção na

ETAR de Vila Nova de Mil Fontes (Odemira)

António Carlos Valera1

Jorge Parreira

1 [email protected]

Em 2011 a ERA Arqueologia realizou uma intervenção de minimização no âmbito da

construção de uma nova ETAR em Vila Nova de Mil Fontes (Odemira). Sítio conhecido pela

presença de níveis conquíferos calcolíticos e interpretado como um extenso povoado aberto,

havia já sido pontualmente intervencionado no final do século passado.

A recente intervenção realizada em área (abrangendo cerca de 500 m2 permitiu a obtenção de

novos dados sobre este importante contexto arqueológico e levantar um conjunto de novas

questões fundamentais para a sua interpretação e para o conhecimento das estratégias de

exploração dos recursos costeiros durante o 3º milénio.

Na presente comunicação serão apresentados os novos dados recolhidos e debatidas as

problemáticas que levantam.

Livro de Resumos - Comunicações

4

Elementos de prestigio en las estruturas del área habitacional del asentamiento prehistorico de

Valencina (Sevilla)

Pedro Manuel López Aldana1 e Ana Pajuelo Pando2

1 Departamento de Prehistoria y Arqueología. Universidad de Sevilla. Arqueólogo.

[email protected]

2 Departamento de Prehistoria y Arqueología. Universidad de Sevilla. Arqueóloga.

[email protected]

Las formaciones sociales del III milenio a.n.e. muestran diversas evidencias materiales que

manifiestan una organización social muy jerarquizada y compleja. En la literatura arqueológica

estos objetos y productos son referidos como elementos de prestigio. En una sociedad en la que

la presencia de lo ideológico parece constante en las actividades cotidianas resulta difícil

diferenciar nítidamente ambas actividades sociales. En el asentamiento calcolítico de Valencina

de la Concepción (Sevilla) esta dificultad se manifiesta de forma meridiana. La variabilidad

estructural, los problemas de establecer una aproximación a la organización espacio-funcional

del asentamiento prehistórico bajo de la población actual y lo limitado del espacio excavado en

comparación con su tamaño (más de 400 ha.) inciden negativamente en la posibilidad de

estructurar una explicación plausible que suponga, al menos en algunos aspecto, la

convergencia de la comunidad científica que se ocupa y preocupa de este extraordinario

yacimiento para la comprensión del calcolítico en el sur peninsular. Su valoración y análisis

están sujetos a desacuerdos, siempre saludables, entre diferentes investigadores.

Uno de los principales desencuentros se establece sobre la existencia de dos áreas funcionales

principales dentro del yacimiento (zona necrópolis y el área residencial / productiva),

propuesta, esta última, que compartimos. Por tanto, aunque la discusión presenta fundamentos

razonables desde ambos posicionamientos existen algunos elementos que, desde nuestra

percepción y valoración del registro arqueológico, nos inducen a pensar en una organización

espacial genérica dividida en dos grandes sectores diferenciados.

Livro de Resumos - Comunicações

5

La fenomenología de la muerte siempre es más proclive para realizar una lectura sobre las

relaciones sociales mientras que, para el momento del proceso histórico que nos ocupa, el

análisis de los ámbitos domésticos resulta bastante más complejo en este sentido. Nuestra

propuesta pasa por presentar los elementos de los que disponemos en contextos habitacionales

y productivos que pudieran indiciar la existencia de ciertos individuos o colectivos (p.ej,

artesanos especializados) que poseyeran ciertos “bienes” que los situaran estatutariamente en

una posición social y, por qué no, política, diferenciada del resto de la comunidad en el seno de

una sociedad segregada y clasista.

Livro de Resumos - Comunicações

6

Bases para el estudio de las cuentas de collar de color verde de la Prehistoria del Suroeste

Peninsular

Laura Pérez Oliva

Alumna de Doctorado de Arte y Humanidades por la Universidade de Cádiz, miembro del

grupo PAIDI HUM-812, [email protected]

Esta comunicación es una síntesis sobre las bases metodológicas empleadas en la tesis doctoral

que realizamos actualmente. La cuentas de collar constituyen, en primera instancia, un

elemento de adorno, pero encierran factores de índole mucho más complejas. El uso del collar

es un elemento distintivo para la mayor parte de las sociedades prehistóricas; como adorno

distintivo, ejerce para las culturas antiguas una función social, ya que el hecho de llevarlo

motiva una diferenciación, una señal de rango, de poder. Puede tratarse de un elemento de

diferenciación sexual, de edad o de status y/o señalar la pertenencia a una determinada

creencia religiosa o secta; se há llegado a creer que puede incluso existir una determinada

distinción (función) política relacionada con el uso del collar, entre otros elementos.

Nuestro estudio recae en conocer el proceso productivo de elaboración de estos objetos,

entendiéndolos como “producto” (Ruiz et alii, 1985). Por ello, en primer lugar hablaremos sobre

las materias primas utilizadas para su elaboración (variscita, talco, serpentina, turquesa, etc.).

Una vez conocidas las características de la materia prima, expondremos cómo pudieron

prospectar y explotar los afloramientos de estas rocas, así como todo el proceso minero de

extracción (pozos, galerías, trincheras, etc.) que se llevaron a cabo. El siguiente aspecto a

estudiar, es el proceso productivo de elaboración de las cuentas así como qué tipos de

mecanismo pudieron existir para que estos elementos tuvieran una distribución tan amplia,

estando a veces muy alejadas, del lugar de explotación minera. Comentaremos aspectos

relativos a la función y para ello será necesario atender a los contextos donde se han localizado.

Finalmente realizaremos un intento de clarificación cronológica de estos productos.

Livro de Resumos - Comunicações

7

Estratégias de povoamento e recursos mineiros no Baixo Guadiana durante o III e o II Milénio

a.n.e.: resultados preliminares dos trabalhos de prospecção arqueológica nos concelhos de

Alcoutim e Mértola

Nuno Inácio1, Moisés R. Bayona e Francisco Nocete

1 Departamento Historia I, Universidade de Huelva (Espanha), [email protected]

O Projecto MISURP - ACTIVIDADE MINEIRA E METALÚRGICA NO SUL DE PORTUGAL

DURANTE O III MILÉNIO A.N.E. foi desenhado com o objectivo de abrir uma nova linha de

investigação e ampliar o debate sobre as primeiras etapas metalúrgicas no Sudoeste Peninsular,

centrando a análise na avaliação dos modelos de ordenamento do território, a sua relação com

as eventuais áreas de aprovisionamento e exploração de recursos abióticos (cobre) e os

contextos tecnológicos e sociais da actividade metalúrgica.

Os resultados preliminares dos trabalhos de prospecção desenvolvidos nos concelhos de

Alcoutim e Mértola com o apoio do Ministério da Educação, Cultura e Desporto do Governo de

Espanha (Secretaria de Estado da Cultura), permitem apresentar uma leitura mais actual sobre

os padrões de povoamento e os territórios de exploração mineira. Pela primeira vez de forma

inequívoca foi possível identificar contextos de mineração pré-histórica, bem como uma grande

variabilidade de registos arqueológicos que complementam a informação actualmente

disponível.

Livro de Resumos - Comunicações

8

Sobre a colmatação de fossos na Pré-História Recente: o preenchimento dos fossos Neolíticos

dos Perdigões (Reguengos de Monsaraz)

António Carlos Valera1

[email protected]

As formas como foram colmatadas as estruturas tipo fosso é uma das problemáticas relevantes

para o debate relativo à natureza dos recintos de fossos e funcionalidade destas estruturas.

Na presente comunicação serão apresentados os dados relativos ao preenchimento dos fossos

neolíticos do recinto de fossos dos Perdigões (Reguengos de Monsaraz) e debatidas as suas

implicações no que respeita ao uso destas estruturas e às práticas sociais que lhes poderiam

estar associadas.

Livro de Resumos - Comunicações

9

Excavaciones de la Universidad de Málaga (UMA) en el yacimiento de Perdigões (Reguengos de

Monsaraz, Portugal). El entorno de la Puerta NE del Foso 1. Campaña 2014

José Suárez Padilla*, José Luis Caro Herrero**, Pablo Cuevas Albadalejo, Ester Altamirano, Jose

Antonio Santamaría, Elena Mata Vivar* e José E. Márquez Romero***

* Investigador Proyecto “Arqueología y Patrimonio en los Recintos de Fosos de la Península

Ibérica. Perdigões como caso de estudio” (Plan Nacional Ministerio de Ciencia e Innovación

HAR2010-21610-C02-01), [email protected]

** Profesor titular Universidad de Málaga. Investigador principal Proyecto Investigación

“Sistema de Información del Registro Arqueológico” (Plan Nacional Ministerio de Ciencia e

Innovación HAR2010-21610-C02-02), [email protected]

*** Profesor titular Universidad de Málaga. Investigador principal Proyecto Investigación

“Arqueología y Patrimonio en los Recintos de Fosos de la Península Ibérica. Perdigões como

caso de estudio” (Plan Nacional Ministerio de Ciencia e Innovación HAR2010-21610-C02-01),

[email protected]

La Universidad de Málaga (UMA) lleva investigando desde el año 2008 en el yacimiento de

recintos de fosos de Perdigões en el marco de un Programa Global de Investigación

responsabilidad del Núcleo de Investigação Arqueológica (NIA) de ERA Arqueologia S.A.

Los trabajos desarrollados entre el año 2014 se han centrado en la excavación de un área

ubicada en el ámbito de la puerta NE del Foso 1, que había sido definida de forma preliminar en

los trabajos de limpieza del 2012. Se ha ahondado en la definición de límites de dicha estructura,

así como en el conocimiento de su relación con una serie de zanjas y fosas practicadas sobre su

relleno. Destaca la localización de los restos de una serie de estructuras construidas, entre las

que destaca una singular fosa de planta rectangular excavada en el geológico, reforzada con

mampostería y segmentada mediante una gran laja, ubicada en el espacio que ocupó este vano

de acceso al Foso investigado. Su excavación parcial no ha podido determinar su funcionalidad

ni su temporalidad con respecto a este recinto, aunque el material contenido (entre los que

Livro de Resumos - Comunicações

10

destaca un fragmento de crisol plano) podría encuadrarse, a falta de dataciones radiométricas

en curso, en momentos de la segunda mitad del III milenio.

Livro de Resumos - Comunicações

11

Aproximación bayesiana a la cronología de foso 1 del Complejo Arqueológico de Perdigões

(Reguengos de Monsaraz – Portugal)

José L. Caro1 e Agueda Lozano2

1 Universidad de Málaga, [email protected]

2 Universidad de Granada, [email protected]

Durante las campañas de los años 1997 (NIA-ERA Arqueología), 2009, 2010 y 2013 (Universidad

de Málaga) estuvieron destinadas a completar la investigación relativa a la excavación y

caracterización del relleno de foso 1 del Complejo Arqueológico de Perdigões (situado en una

de las “puertas” de acceso al recinto) en el sector L. Dentro de los resultados de estas

actuaciones, se ha obtenido un conjunto relativamente amplio de dataciones absolutas relativas

al yacimiento (Valera et al., 2014) y en concreto de foso 1 (Márquez-Romero et al., 2013).

El estudio de la cronología usando métodos estadísticos y en concreto el análisis bayesiano se

ha hecho prácticamente necesario debido a la naturaleza probabilística de una muestra de C14 y

la complejidad de la formación del registro arqueológico en este tipo de estructuras en negativo

(Whittle et al. 2011). Así, relacionando un conjunto de dataciones y su estratigrafía conjugada

con su necesaria calibración ofrece la posibilidad de afinar las dataciones absolutas obtenidas en

laboratorio así como inferir cotas e intervalos de uso de las estructuras estudiadas.

En esta comunicación desarrollamos dos objetivos. En primer lugar, proponer una

aproximación al análisis bayesiano de las fechas del foso 1 de Perdigões. Para este punto se

presentarán las fechas confrontadas en la estratigrafía y se desarrollará un modelo bayesiano

empleando OxCAL (usando el lenguaje CQL Chronological Query Languaje)) (Ramsey, 2009)

para conseguir una interpretación más afinada de la cronología de dicho foso. En segundo

lugar, como creemos necesario, discutiremos el modelo realizado, en tres aspectos

fundamentales: en lo referente a la problemática de la complejidad de la formación del registro

arqueológico de este tipo de estructuras, a la cantidad de fechas y al uso que se puede o debe

hacer de las mismas para obtener una datación lo más completa y fiable posible para este tipo

Livro de Resumos - Comunicações

12

de yacimientos. Todo ello contextualizado en el caso de estudio del foso 1 del sector L de

Perdigões.

Bibliografía:

Ramsey, CB. (2009). “Bayesian Analysis of Radiocarbon Dates” en Radiocarbon, vol 51. P. 337-

360.

Márquez Romero, J. E., Mata Vivar, E., Jiménez Jáimez, V. y Suárez Padilla, J., (2013).

Dataciones absolutas para el foso I de Perdigões (Reguengos de Monsaraz, Portugal).

Reflexiones sobre su cronología y temporalidad. SPAL 22, 17-27.

Valera, A.C., Silva, A.M. and Márquez Romero, J.E., 2014. The temporality of Perdigões

enclosures: absolute chronology of structures and practices. SPAL 23, 11-26.

Whittle, A., Healy, F., Bayliss, A., 2011. Gathering time: dating the early Neolithic enclosures of

southern Britain and Irland. Oxford, Oxbow.

Livro de Resumos - Comunicações

13

Avance de resultados de la petrografía cerámica de foso 1 (Complejo Arqueológico de Perdigões

- Portugal). Una propuesta tipológica

José L. Caro1, José M. Compaña2 e José Suárez-Padilla3

1 Universidad de Málaga, [email protected]

2 Universidad de Málaga, [email protected]

3 Investigador grupo PERUMA – Universidad de Málaga, [email protected]

El complejo arqueológico de Perdigões (Reguengos de Monsaraz – Portugal) se sitúa en la

cercanía del río Guadalquivir. Posee al menos 12 recintos de fosos, cientos de fosas, una

necrópolis, en un área (el Alentejo portugués) con uno de los más ricos paisajes prehistóricos de

la península ibérica.

El equipo PERUMA de la Universidad de Málaga lleva realizando labores arqueológicas desde

el año 2008. Así las campañas de los años 2009, 2010 y 2013 (parcialmente) estuvieron

destinadas a completar la investigación relativa a la excavación y caracterización del relleno de

foso 1 (situado en una de las “puertas” de acceso al recinto) en el sector L (Márquez-Romero et

al.,2011;2013). Éstas continúan la labor realizada por ERA arqueología de 1997 sobre dicho foso.

Una de las labores realizadas por el equipo consiste en el estudio petrográfico de la cerámica

para su caracterización con el objetivo de responder a preguntas como la fuente de

abastecimiento de la misma, generación de clusters tipológicos en lo referente a la pasta,

comparación entre las diferentes estructuras, que nos pueden dar una idea sobre aspectos de

movilidad, procedencia, tecnológicos, abastecimiento y uso de la misma (Carney, 2010; Quinn,

2013).

Para desarrollar estos objetivos hemos planteado la elaboración de una biblioteca de láminas

delgadas de las pastas para realizar un análisis petrográfico de las mismas que las caracterice.

En la presenta comunicación presentamos un avance con dos resultados fundamentales. En

primer lugar desarrollaremos la metodología empleada para el estudio petrográfico y, en

segundo, presentaremos las láminas delgadas estudiadas (incluida su caracterización) y una

Livro de Resumos - Comunicações

14

propuesta tipológica (de toda la cerámica de la fase II de foso 1 conjunto bien datado)

estableciéndose una serie de grupos relacionando las categorías analizadas en la pasta con la

caracterización macroscópica y formas del grupo.

Bibliografia:

Carney, J N, 2010. Comparative petrography of pottery sherds and potential geological source

materials in the East Midlands. Open Report of the British Geological Survey, OR/10/034

Márquez Romero, J.E., Suárez Padilla, J., Jiménez Jáimez, V., Mata Vivar, E., 2011. Avance a la

secuencia estratigráfica del “Foso 1” de Perdigões (Reguengos de Monsaraz, Portugal) a partir

de las campañas 2009 y 2010. Menga. Revista de Prehistoria de Andalucía 2, 157-174.

Márquez Romero, J.E., Suárez Padilla, J., Mata Vivar, E., Jiménez Jáimez, V., Caro Herrero, J.L. y

Cuevas Albadalejo, P., 2013. Actuaciones arqueológicas realizadas por la Universidad de

Málaga en el yacimiento de Perdigões (Reguengos de Monsaraz, Portugal). Trienio 2011-2013.

Apontamentos de Arqueologia e Património 9, 61-72.

Quinn, P., 2013. Ceramic petrography. The interpretation of archaeological pottery & related

artefacts in thin section. Archaeopress, Oxford.

Livro de Resumos - Comunicações

15

As Lâminas de Ouro do Túmulo 2 dos Perdigões (Reguengos de Monsaraz)

António M. Monge Soares1, Pedro Valério1, Luis Cerqueira Alves1 e António Carlos Valera2

1 Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares (C2TN), Instituto Superior Técnico, Universidade

de Lisboa, Estrada Nacional 10 (km 139,7), 2695-066 Bobadela LRS, Portugal.

[email protected] ; [email protected] ; [email protected]

2 Núcleo de Investigação Arqueológica – NIA, ERA Arqueologia SA, Calçada de Santa Catarina,

9C, 1495-705 Cruz Quebrada – Dafundo, Portugal. [email protected]

Na escavação arqueológica do Túmulo 2 do Recinto dos Perdigões registaram-se 16 fragmentos

de lâminas de ouro num contexto campaniforme datado do terceiro quartel do III Milénio a.C.

A maior parte destes fragmentos, uns constituintes de jóias usadas por si sós (como diademas

ou pendentes), outros de folhas de ouro aplicadas em suportes (tecidos, couro, madeira, por ex.)

foram já públicados. No entanto, como alguns se encontram ainda inéditos, designadamente o

único decorado, além de que a publicação dos restantes foi efectuada em Actas de um

Congresso que não terá tido grande divulgação entre nós, apresentar-se-á, nesta comunicação, a

totalidade destas jóias de ouro. As análises arqueométricas efectuadas (Soares et al., 2013)

indicam uma manufactura realizada em ouro muito puro (o cobre é vestigial e as percentagens

de prata distribuem-se entre os 0,6 % e os 5,5 %), típica da metalurgia primitiva do ouro na

Península Ibérica. Além disso, a análise microestrutural revela que na forjagem das lâminas se

utilizou a martelagem seguida de recozimento, como é habitual também na metalurgia coeva

do cobre. Por fim, deverá referir-se que as folhas de ouro mais finas apresentam um anverso

brilhante, enquanto o reverso se apresenta baço. Este aspecto do reverso deve-se à utilização de

uma argila misturada com cera (possivelmente cera de abelhas) para a fixação da folha de ouro

ao suporte.

Bibliografia: SOARES, A.M.M.; ALVES, L.C.; FRADE, J.C.; VALÉRIO, P.; ARAÚJO, M.F.;

CANDEIAS, A.; SILVA, R.J.C.; VALERA, A.C. (2014). Bell Beaker Gold Foils from Perdigões

(Southern Portugal) – Manufacture and Use. In Scott, R.B., Brackmans, D., Carremans, M.,

Degryse, P. (eds.), Proceedings of the 39th International Symposium for Archaeometry, Leuven (2012).

120-124.

Livro de Resumos - Comunicações

16

Quotidianos em Osso: Algumas notas à Indústria Óssea dos Perdigões

Patrícia Castanheira1 e Nélson Cabaço2

1 Colaboradora do NIA

2 Arqueólogo na empresa OMNIKNOS, Lda; colaborador do NIA

A partir da caracterização morfológica e tecnológica da Indústria Óssea dos Perdigões, bem

como da análise dos contextos nos quais foram recolhidos artefactos em osso, pretendem-se

identificar eventuais padronizações ou relações preferenciais entre objectos e respectivo

contexto. Isto é, pretende-se mapear a Indústria Óssea recolhida no sítio, por forma a avançar

com novas ideias e perspectivas sobre os quotidianos daqueles que por lá passaram.

A par desta caracterização que fundamentalmente se prende com aspectos funcionais das

próprias peças, tentar-se-á ainda inferir a existência de táxones preferenciais para a produção

dos diferentes objectos, procurando estabelecer linhas de contraste ou aproximação ao que já se

conhece para os artefactos de carácter mais simbólico.

Desta forma, o que se propõe é a introdução de conteúdos mais pragmáticos na abordagem do

sítio, abrindo assim espaço para leituras diversas no contexto pluralista da investigação do sítio.

Livro de Resumos - Comunicações

17

A componente faunística do fosso 6, setor Q dos Perdigões

Cláudia Costa

ICArEHB - Interdisciplinary Center for Archaeology and Evolution of Human Behavior

[email protected]

Apresentam-se os resultados obtidos com o estudo dos restos de animais vertebrados

provenientes do interior do troço de fosso 6 intervencionado no setor Q do complexo de fossos

dos Perdigões. O enchimento do fosso encontra-se datado entre a segunda metade do 4º milénio

a. C. na base e a transição para o 3º milénio no topo da sequência.

O conjunto faunístico é composto maioritariamente por mamíferos, tendo-se registado também

restos de aves, répteis e anfíbios, embora em muito menor número.

Além da caracterização das espécies encontradas, analisaremos também o padrão distribuição

estratigráfico dos fragmentos dentro da estrutura, numa perspectiva comparativa com os

restantes troços de fossos identificados e cujos restos faunísticos são já conhecidos.

Livro de Resumos - Comunicações

18

Proto-História

Os Hipogeus Funerários do Bronze Final do Sudoeste do Monte da Ramada 1 (Ervidel,

Aljustrel). Estudo preliminar

Lídia Baptista1, António M. Monge Soares2, Zélia Rodrigues3, Pedro Valério2, Nelson Vale4, Rui

Pinheiro5 e Sandrine Fernandes6

1 Centro de Estudos de Arqueologia, Artes e Ciências do Património (CEAACP); Arqueologia &

Património, Rua do Chouso 434, 4455-804 Santa Cruz do Bispo, Matosinhos, Portugal.

lidiabaptista@arqueologiaepatrimónio.pt

2 Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares (C2TN), Campus Tecnológico e Nuclear, Instituto

Superior Técnico, Universidade de Lisboa, Estrada Nacional 10 (km 139,7), 2695-066 Bobadela

LRS, Portugal. [email protected]; [email protected]

3 Antropóloga, Arqueologia & Património, [email protected]

4 Técnico de Arqueologia, Arqueologia & Património, [email protected]

5 Arqueólogo, Arqueologia & Património, [email protected]

6 Arqueóloga, Colaboradora da Arqueologia & Património, [email protected]

No âmbito dos trabalhos de minimização de impactos sobre o património cultural devido à

construção do Bloco de Rega de Ervidel, promovidos pela EDIA SA, foi realizada uma

intervenção arqueológica pela Empresa Arqueologia e Património, Lda, no sítio Monte da

Ramada 1, o qual seria afectado pela referida obra. Os trabalhos realizados nesse sítio

permitiram a identificação de um conjunto de estruturas em negativo de diversa cronologia.

Destas destacam-se dois hipogeus funerários atribuíveis ao Bronze do Sudoeste. O hipogeu da

Sondagem 4 apresentava uma inumação primária e um nível de ossário, encontrando-se

associada à inumação primária uma taça de cerâmica, quatro pulseiras em bronze e algumas

contas de colar, sendo duas de ouro. No hipogeu da Sondagem 2 foi registada uma sequência

Livro de Resumos - Comunicações

19

de enchimento com vários níveis de inumações primárias e ossários, além de diverso espólio

cerâmico e metálico. A datação pelo radiocarbono de diversas amostras ósseas, permitiram

datar estes hipogeus do primeiro quartel do I Milénio a.C. O tipo de ligas metálicas (cobre-

estanho e ouro-prata), bem como as formas cerâmicas recolhidas nestes hipogeus, enquadram-

se perfeitamente nesta cronologia. Destaque-se, por fim, que é a primeira vez que este tipo de

estrutura funerária é registado em contextos do Bronze Final do Sudoeste, além de que constitui

também novidade, com implicações na interpretação do final do Bronze do Sudoeste nesta

região do Alentejo, o enterramento colectivo registado no hipogeu da Sondagem 2.

Livro de Resumos - Comunicações

20

Algumas achegas para o conhecimento do Bronze do Sudoeste na área da freguesia de Alfundão

(Ferreira do Alentejo, Beja)

Bruno Magalhães1, César Neves2 e António M. Monge Soares3

1 Arqueólogo. Aluno de Doutoramento da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade

de Coimbra (FCTUC). [email protected]

2 Arqueólogo. FCT - Fundação para a Ciência e Tecnologia. [email protected]

3 C2TN, Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa. [email protected]

Nesta comunicação dar-se-ão a conhecer alguns contextos do Bronze do Sudoeste

intervencionados durante os trabalhos arqueológicos de campo levados a cabo pela Empresa

Crivarque, Lda e resultantes da implantação de adutores integrados na Rede de Rega de

Alfundão (Rede de Rega do Alqueva da responsabilidade da EDIA, S.A.). Foram escavadas

diversas estruturas negativas, na sua maioria fossas tipo “silo”, algumas delas já bastante

destruídas pela maquinaria utilizada na abertura das valas para as condutas de água. Os sítios

intervencionados, Alto de Beja 1, Malhada dos Carvalhos 1 e Lancinha 2, situam-se todos na

freguesia de Alfundão, concelho de Ferreira do Alentejo, distrito de Beja. Embora muitas das

fossas não apresentassem qualquer acervo artefactual – e deste, quando existente, apenas foram

identificados e registados artefactos cerâmicos – foi possível verificar a existência de diacronias

nas estruturas negativas destes três sítios. No entanto, apenas a cerâmica atribuível ao Bronze

do Sudoeste, a mais abundante constante dos registos destas intervenções de campo, será

objecto de análise pormenorizada, uma vez que este período cultural era praticamente

desconhecido nesta região do concelho de Ferreira do Alentejo.

Livro de Resumos - Comunicações

21

O Anel de Chumbo de uma Inumação do Bronze do Sudoeste da Horta de João Lopes (Selmes,

Vidigueira) – o mais antigo artefacto de chumbo da Península Ibérica

Pedro Valério1, Lídia Baptista2, Zélia Rodrigues3 e António M. Monge Soares1

1 Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares (C2TN), Campus Tecnológico e Nuclear, Instituto

Superior Técnico, Universidade de Lisboa, Estrada Nacional 10 (km 139,7), 2695-066 Bobadela

LRS, Portugal. [email protected]; [email protected]

2 Centro de Estudos de Arqueologia, Artes e Ciências do Património (CEAACP); Arqueologia e

Património, Lda, Rua do Chouso 434, 4455-804 Santa Cruz do Bispo, Matosinhos, Portugal.

lidiabaptista@arqueologiaepatrimónio.pt

3 Antropóloga, Arqueologia e Património, Lda, Rua do Chouso 434, 4455-804 Santa Cruz do

Bispo, Matosinhos, Portugal. [email protected]

O sítio arqueológico da Horta de João Lopes situa-se na bacia do Guadiana, na freguesia de

Selmes, concelho da Vidigueira, tendo sido intervencionado por uma equipa da Empresa

Arqueologia e Património, Lda, no âmbito dos trabalhos de minimização de impactos sobre o

património cultural devido à construção do Circuito Hidráulico de Pedrógão. Foram realizadas

15 sondagens englobando diversas estruturas negativas pré-históricas, designadamente fossas

tipo “silo” e estruturas de planta em “osso”, além de outras já atribuíveis a períodos históricos.

Esta comunicação tem por objectivo dar a conhecer um anel em chumbo encontrado in situ

associado à inumação em posição fetal de um indivíduo adulto na Fossa 9. A datação pelo

radiocarbono desse esqueleto permitiu atribuir-lhe uma cronologia da 1ª metade do II Milénio

a.C., na transição do 1º para o 2º quartel. Deste modo, estamos perante o mais antigo artefacto

de chumbo, de contexto seguro, até agora encontrado na Península Ibérica, sendo muito

anterior à primeira produção deste metal na Península, tendo em conta que a mesma terá

ocorrido com a introdução da técnica da copelação da prata no Período Orientalizante. Deste

facto serão tiradas ilações, quer no referente às eventuais trocas a longa distância, quer ao

estatuto social dos inumados em fossa durante o Bronze do Sudoeste.

Livro de Resumos - Comunicações

22

La imposición de Tanit como diosa fenicia

Mercedes de Caso Bernal

Doctoranda del área de Prehistoria, Universidad de Cádiz, Miembro del grupo de Investigación

PAI-HUM 812, [email protected]

Decir Tanit, según la tendencia cada vez más vertiginosa de al menos los últimos 25 años, es

indicar una cultura única, la fenicio-púnica, y una expansión comercial y colonial por todo el

Mediterráneo que se extiende en el Atlántico hacia las costas europeas y africanas.

Ella parece definir en sí misma la vocación existencial a la que son llamados los cananeos, como

elementos de quienes van a depender toda la evolución de las culturas que circundan estos

espacios marítimos, desplazando ampliamente las culturas clásicas grecolatinas en la

concepción de formación del espíritu tanto mediterráneo como europeo. Sin embargo, es muy

arriesgado mantener esta propuesta debido, básicamente, a dos cuestiones que constituyen el

eje central de este trabajo. La primera es que la cultura fenicio-púnica no es homogénea,

habiéndose catalogado toda una amplia etnia a partir de su núcleo de origen geográfico, sin

haber sopesado ni la influencia del paso de los siglos en la determinación de sus propios

cambios culturales, ni la variedad de estilos culturales que originariamente conforman el

espacio fenicio. La segunda es que Tanit no pertenece a un primer periodo fenicio, relacionado

entre los siglos XIII y VI a. C. y que la definición de esta diosa dista, tanto de ser aclarada, como

de qué concepción se está hablando –o queriendo aplicar en la actualidad- realmente.

El análisis de estas dos cuestiones convergen en el motivo por el que entra en la Historia, -y nos

llega-la verdadera Tanit, pero sólo tras haber sido extendida por los cartagineses, anulando a su

predecesora en un claro giro cultural, ahora de origen y dominio púnicos cuyo núcleo

geográfico es Cartago, en el centro del Mediterráneo.

Estos dos apartados se convierten en el hilo conductor del trabajo, en el que se expone una

revisión sobre los diferentes aspectos iconográficos del periodo fenicio de la predecesora de la

diosa Tanit. Si bien es verdad que no se analizarán bajo la perspectiva de la antropología

simbólica para definir el pensamiento figurativo al que pertenece, nos bastará seguir el hilo de

Livro de Resumos - Comunicações

23

la Historia y los modelos figurativos ideológicos de las culturas para ver cómo influyeron en las

varias formaciones iconográficas de las principales zonas de Canaán. Un ejercicio que ayudará a

acercarnos a las distintas poblaciones –en plural- que desde el Oriente occidental entraron en

contacto con el suroeste de la Península Ibérica.

La exposición finaliza con una reflexión de conjunto y un debate en el que se confronta la

concepción de sincretismo o de simple mímesis en la religiosidad cananea de dicho periodo, así

como la cuantificación de impacto peninsular que demuestran los hechos arqueológicos.

Livro de Resumos - Comunicações

24

A necrópole da Idade do Ferro de Corte Margarida, Aljustrel

Manuela de Deus, António Monge Soares e José da Costa Correia

A necrópole de Corte Margarida localiza-se no concelho e freguesia de Aljustrel e encontra-se

próximo da vila de Ervidel. Da necrópole conhecem-se duas sepulturas de tipo cista e restos de

uma provável estrutura tumular. Do espólio identificado destacam-se dois ornitomorfos de

cerâmica, um escaravelho, alguma cerâmica de produção manual e um conjunto de contas de

colar de âmbar e de pasta vítrea.

Publicada apenas de forma preliminar, a presente comunicação pretende dar a conhecer a

totalidade do espólio e dos resultados da intervenção arqueológica realizada em 1999 em

contexto de emergência.

Livro de Resumos - Comunicações

25

“Dar uma mão”: o santuário proto-histórico do São Pedro das Cabeças (Castro Verde) -

abordagem preliminar

Rui Mataloto1, Manuel Maia2 e Artur Martins3

1 [email protected]

2 [email protected]

3 [email protected]

Em 1998, a identificação de diversos vestígios arqueológicos à superfície nas imediações da

igreja de São Pedro das Cabeças (Castro Verde), nomeadamente três grandes dolia seccionados,

diversos vestígios de estruturas e abundante cerâmica de cariz proto-histórico deu origem a

uma pequena intervenção de emergência dirigida por Maria Maia.

Com este trabalho pretendemos efectuar uma abordagem preliminar ao extenso espólio

recolhido nesta intervenção que, sem margem para dúvidas, nos permite asseverar a

identificação de um pequeno santuário proto-histórico no local. Será igualmente intentada a sua

integração no contexto da religiosidade do sudoeste peninsular, num momento aparentemente

avançado do Iº milénio aC.

Um último apontamento merece a utilização do local em torno dos sécs. III/IV dC enquanto

espaço de enterramento, com pelo menos uma sepultura.

Livro de Resumos - Comunicações

26

Visibilidad y accessibilidad en los Complejos Monumentales del Guadiana Medio: los casos de

La Mata (Campanario) y Cancho Roano (Zalamea de la Serena)

José María Murillo González

[email protected]

Entre las múltiples posibilidades que nos brinda la aplicación de las nuevas tecnologías de la

información y la comunicación al conocimiento del pasado, los estudios de visibilidad y

accesibilidad teóricas han tenido una excelente acogida en el mundo de la Arqueología.

Presentamos como aportación a esta reunión un breve estudio sobre estas dos cuestiones,

visibilidad y accesibilidad, referidas a los conocidos yacimientos de La Mata y Cancho Roano,

ambos en la provincia de Badajoz (España), actualmente los ejemplos mejor conocidos de un

tipo de arquitectura monumental que proliferó en el valle medio del Guadiana a finales del

Período Orientalizante (siglo V a.C.).

Mediante el uso de Sistemas de Información Geográfica (SIG) y desde unos planteamientos

encuadrables en la Arqueología del Territorio-Paisaje y de la Arquitectura, profundizamos en el

conocimiento de algunas cuestiones relacionadas con la lógica arquitectónica y espacial de estos

dos sitios a escala micro y meso-espacial.

Livro de Resumos - Comunicações

27

Novedades en torno a la cerámica griega en Extremadura

Javier Jiménez Ávila

Junta de Extremadura, [email protected]

Se cumplen 10 años de la publicación de una serie de trabajos de recopilación y análisis sobre la

presencia de materiales de importación griega en los horizontes protohistóricos de varios

yacimientos de Extremadura, que constituyeron los primeros estudios de conjunto sobre este

tema en la región.

En estos años se han producido una serie de novedades que justifican la realización de una

puesta al día sobre este tipo de hallazgos.

Estas novedades se refieren a revisiones sobre los materiales ya repertoriados, a la aparición de

nuevos materiales en yacimientos conocidos o al descubrimiento de nuevos materiales griegos

en nuevos sitios.

En lo referente al repertorio de materiales y los elencos formales, lo más destacable es la

aparición de nuevas formas, en particular la cratera y el bolsal, que no se documentaban en las

series hasta ahora presentadas, y que vienen a sumarse al hallazgo de este tipo de recipientes en

algunos poblados y necrópolis del Suroeste, en particular, del sur de Portugal.

Con respecto a los yacimientos, junto a los tipos ya conocidos, aparecen otros nuevos, como las

pequeñas granjas agrícolas del la Segunda Edad del Hierro, constituidas por un hábitat de

chozas, muy deleznables, como las halladas en El Espadañar (Quintana de la Serena), donde se

documentó la presencia de una copa griega del siglo IV. La presencia de este tipo de materiales

en estos hábitats marginales sugiere una serie de problemas de cara a su recurrente

consideración de productos de prestigio que se repite en otros hallazgos de cerámicas griegas

del Suroeste.

La secuencia cronológica permanece, en lo sustancial, inalterada, con una fase arcaica, centrada

en el siglo VI a. C. en la que no se han producido novedades. Una etapa post-orientalizante,

coincidente con el siglo V, donde aparecen nuevos yacimientos siempre vinculables con

Livro de Resumos - Comunicações

28

complejos palaciales de tipo Cancho Roano y un tercer momento, centrado en la Segunda Edad

del Hierro, y más concretamente en la primera mitad del siglo IV, que es el que asume un

mayor papel en la incorporación de novedades, tanto en la provincia de Cáceres, como en la de

Badajoz.

Livro de Resumos - Comunicações

29

Os santuários rupestres de Cáceres: um estado da questão

Maria João Correia Santos, [email protected]

No presente trabalho dá-se a conhecer o novo conjunto rupestre de Pico de San Gregorio,

situado no ponto mais elevado da serra de Santa Cruz y reflecte-se sobre a sua relação com os

lugares de San Juan el Alto, San Cristóbal e Las Calderonas, integrados no mesmo âmbito

territorial. Discutir-se-á as várias dificuldades que se colocam ao estudo destes sítios tão

particulares e quais os critérios para classificar um lugar como santuário rupestre.

Uma forma de superar estas dificuldades é a adopção de una metodologia de estudo sistémica

e, entender algo "sistemicamente", não é mais do que colocá-lo em contexto e verificar a

natureza das suas relações. Deve considerar-se, assim, não só a realidade arqueológica inerente

ao próprio sítio, mas também a sua localização na paisagem e a sua relação comparativa com

outras estruturas similares.

Os vários sítios analisados mantêm entre si, relações de intervisibilidade, orientando-se para

pontos muito específicos na paisagem e coincidindo na sua localização com vias de passagem

natural que mais tarde foram usadas como rotas de transumância.

Estes lugares estariam, assim, integrados não só no âmbito de uma paisagem simbólica, mas

também no quadro de um território organizado de acordo com as dinâmicas de ocupação

humana e de exploração dos recursos. A paisagem era habitada e a vida, é essencialmente

movimento, através dos territórios: a paisagem simbólica que emerge da análise dos espaços de

culto y da sua localização, será assim, inevitavelmente o reflexo de tal vivência, que só podemos

entrever ao colocar todos os dados em contexto.

Nota Biográfica

Investigadora do Centro de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de

Lisboa e colaboradora do Instituto Arqueológico Alemão, tem a licenciatura em História e

Arqueologia, o mestrado em Pré-história e Arqueologia, ambos pela Faculdade de Letras da

Universidade de Lisboa e acaba de concluir o doutoramento em Ciencias de la Antigüedad

Livro de Resumos - Comunicações

30

sobre Santuarios Rupestres en la Hispania Indoeuropea, pela Facultad de Filosofía y Letras da

Universidad de Zaragoza, com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Desenvolveu investigação na Faculté des Sciences Humaines et Sociales da Université René

Descartes, Sorbonne, Paris; no Instituto Arqueológico Alemão de Madrid; e na Escola de

Estudos Avançados da Universidade de Kiel, Alemanha; sendo directora, do projecto de

investigação Quisdom - Cabeço das Fráguas, Guarda, assim como, mais recentemente do

projecto Diis Deabus Omnibus: o santuário de Panóias.

Livro de Resumos - Comunicações

31

Época Romana e Antiguidade Tardia

Ánforas romanas de Mértola. La excavación de la Biblioteca Municipal (2010)

Vicente Doblas Peguero

Becario Campo Arqueológico de Mértola. Máster de Arqueología (Universidad de Granada)

[email protected]

Las ánforas, el recipiente más utilizado para transportar alimentos comercializados por todo el

Mediterráneo, son unas de las más importantes referencias que tiene la arqueología para

conocer los patrones de producción, distribución y consumo en la Antigüedad. En este trabajo

presentamos un conjunto de ánforas recogidas durante el desmonte de unos muros de época

romana republicana y augustea en el solar de la Biblioteca Municipal de Mértola. Su estudio nos

permitirá conocer mejor el comercio interprovincial entre la antigua Myrtilis Iulia y los centros

productores del Mediterráneo, principalmente la península itálica y la Hispania Ulterior/Bética.

Estos contextos anfóricos tienen un particular interés, ya que ponen de manifiesto un pujante

comercio a gran escala y a media-larga distancia de alimentos básicos, como las salazones de

pescado, el vino y el aceite, y de otros artículos considerados de lujo que, aun estando más que

probada la presencia de estos productos romanos en contextos indígenas con anterioridad a la

llegada de los ejércitos romanos a la península, es a finales del siglo III a.C. y principios del II

a.C. cuando aparecen masivamente.

Los conflictos bélicos son, sin duda, causas que apremian a un abastecimiento más intenso,

dado el aumento de efectivos militares en la península e impulsan, además, este incipiente

comercio de productos que proporcionan el aporte energético necesario para evitar la

desnutrición de las tropas.

No obstante, la llegada de estas ánforas a lugares de tanta importancia geoestratégica como

Mértola no obedece en exclusiva a periodos de guerra. La importación de salazones de la

Ulterior y vinos itálicos también estuvo ligada a la explotación de los recursos minerales de la

Faja Pirítica Ibérica. El aprovechamiento del mineral exigía un aparato de control militar que

también precisaba de un continuo abastecimiento de suministros. Mértola tenía un rol

semejante al de otras ciudades romanas del suroeste peninsular como Onuba (Huelva), Ituci o

Caura (Coria del Río). Al ser el último puerto del Guadiana, actuaba de nexo de este fluido

comercio a través del río, dando salida a las remesas de hierro, cobre, plata y oro procedentes de

Livro de Resumos - Comunicações

32

las minas de Santo Domingo y de Aljustrel (Vipasca), y acogiendo a las embarcaciones cargadas

de ánforas que, a su vez, distribuía por el territorio del actual Alentejo.

El conjunto anfórico que presentamos en esta comunicación es una muestra del papel que

representaba Mértola como uno de los agentes principales en este entramado comercial, y que

además sirve para dar constancia de qué productos elaborados eran demandados, así como con

qué regiones productoras establecía vínculos comerciales.

Livro de Resumos - Comunicações

33

Joyas romanas de vidrio en el antiguo territorio emeritense

Javier Alonso

Facultativo de Bibliotecas, Museo Nacional de Arte Romano, [email protected]

Descripción de los distintos objetos en vidrio usados como adornos personales en época

romana. El trabajo se organiza según los diferentes tipos de materiales, anillos, pulseras,

pendientes, agujas, amuletos y las distintas variedades de cuentas halladas hasta la fecha

(trilobites, Kempten, hexagonales, gallonadas, etc). Además de explicar el método de

fabricación y su área de distribución, el estudio concluye con tablas tipo-cronológicas para los

distintos tipos de materiales.

Livro de Resumos - Comunicações

34

Tamuda flumen castellumque. El río Martil como motor del territorio de Tamuda

Manuel J. Parodi Álvarez1 e Mustapha Ghottes2

1 Universidad de Cádiz. Grupo de Investigación HUM 440 “El Círculo del Estrecho”

2 Universidad Abdelmalek Essaadi de Tánger-Tetuán (Campus de Tánger)

Uno de los elementos definitorios, esenciales, del paisaje natural tanto como del paisaje

humano, del poblamiento y la Historia de las sociedades humanas en la región de Tetuán y en

el conjunto de la Yebala (junto a la orografía de esta gran región) es, sin lugar a dudas, el río

Martil (antes Martín y mucho antes aún, Tamuda). La misma existencia del poblamiento

humano en la región guarda una directa relación con el río, su valle y la evolución en tiempo

histórico de dicho curso fluvial 1.

El emplazamiento de la ciudad feno-mauritana de Tamuda, como la pervivencia del

poblamiento en el sitio bajo la forma del castellum romano del mismo nombre, tiene una de sus

más profundas y significativas razones en la misma presencia del río Martil. Tamuda se acoda,

hoy como hace dos mil años, al río Martil; es el Martil quien da vida y carta de naturaleza al

asentamiento humano (multiforme en el tiempo pero permanente en el espacio) de Tamuda, es

el río el medio principal de comunicación, uno de los factores estratégicos esenciales del

poblamiento en la zona (en época mauritana como en época romana, de cara al control del

territorio), uno de los agentes económicos fundamentales (directa o indirectamente) de la zona,

y el gran eje dorsal de la organización del territorio y la presencia humana en la región.

El río Martil (el antiguo flumen Tamuda) es uno de los cursos acuáticos permanentes de

naturaleza no estacional) más importantes de la actual provincia de Tetuán. Nace en el macizo

del Djebel Karcha (a más de 1600 metros de altitud), que separa la vertiente mediterránea (al

1 Cfr. al respecto AA.VV., “El valle del río Martil en época preislámica e islámica. Primeros resultados de la Carta Arqueológica (campaña 2008)”, en D. Bernal, B. Raissouni, M. Zouak, J. Ramos y M.J. Parodi, (eds.), En la Orilla africana del Círculo del Estrecho. Historiografía y proyectos actuales. Colección de Monografías del Museo Arqueológico de Tetuán (MMAT II). Actas del II Seminario Hispano-Marroquí de Especialización en Arqueología. Cádiz 2008, pp. 313-349; AA.VV., “Carta Arqueológica del Norte de Marruecos. Resultados de las ocupaciones de sociedades prehistóricas (campañas 2009 y 2010)”, en A.AVV., Arqueología y Turismo en el Círculo del Estrecho (MMAT III). Cádiz 2011, pp. 223-263.

Livro de Resumos - Comunicações

35

Este) de la atlántica (al Oeste). Drena una cuenca de más de 1200 Km2 (981 Km2 a la altura de la

estación hidrométrica del puente de Torreta). En su curso alto, el Martil lleva el nombre de

Chekkour, confluyendo unos kilómetros aguas arriba de Tetuán con dos afluentes importantes, el

Khemis (que discurre en dirección Norte-Sur) y el Mhajrat, que fluye en dirección Sur-Norte. El

río Martil forma de este modo un curso más estable, orientado hacia el Este a medida que el

valle se ensancha y se convierte en una gran llanura aluvial, en el seno de la cual se retuerce en

distintos meandros y recoge por su orilla izquierda dos afluentes temporales (estacionales), los

oueds Samsa y Boussafou-Chejra, cuyas riberas están sufriendo un proceso de urbanización. A una

decena de kilómetros aguas abajo de Tetuán, el río Martil desemboca en el Mediterráneo junto a

la homónima localidad costera de Martil (la antigua Río Martín); a lo largo de su curso cuenta

con varias estaciones hidrométricas que permiten conocer las características del flujo de agua

por su cauce2.

El régimen de los cursos de la región es irregular y acusa un marcado carácter

torrencial. El río Martil, en concreto, conoce frecuentes crecidas en el curso de las cuales llega a

desbordarse hasta invadir -en parte o incluso por completo- toda la extensión de su llanura

aluvial3.

El nombre del río “Tamuda”

Conocemos el nombre del río Tamuda4 gracias a Plinio el Viejo, cuyo texto recoge la que

se considera como la referencia más antigua al nombre de dicha ciudad5. La arqueología no

confirmó la identificación entre las ruinas -vecinas a Tetuán- de Tamuda y la ciudad nombrada

por Plinio bajo la denominación de “Tamuda” hasta el hallazgo en el citado yacimiento de una

inscripción latina en la que precisamente aparecía el nombre de Tamuda6.

2 Estas estaciones ofrece unas cifras de flujo medio interanual de 12’53 m3/s., un débito específico de 12,8 l/s/km2, un índice de desbordamiento decenal de 1248 m3/s y un índice de crecida de 2602 m3/s en un siglo. 3 M. Ghottes y M.J. Parodi Álvarez, “Le fleuve Tamuda”, en M.J. Parodi Álvarez y E. Gozalbes Cravioto (dirs. ed.), Pelayo Quintero en el primer centenario de 1912. Cádiz 2011, pp. 430-431. 4 Para la cuestión de los distintos nombres del río a lo largo del tiempo, cfr. M. Ghottes, “Le fleuve Tamuda. Le fleuve aux cinq noms”, en A.AVV., Arqueología y Turismo en el Círculo del Estrecho (MMAT III). Cádiz 2011, pp. 529-ss. 5 Plinio, N.H. V, 18, “Ab his ora interni maris, flumen Tamuda nauigabile, quondam et oppidum (…)”. 6 R. Thouvenot., “Une inscription latine du Maroc”, en REL, XVI, 1938, pp. 266-268; este epígrafe fue descubierto en Tamuda en 1933; el mismo recoge la victoria obtenida por el praeses de la Tingitana sobre unos invasores a mediados del siglo III d.C.; gracias a esta inscripción es posible reconsiderar la puntuación (y con la misma el sentido) del texto pliniano (así, “flumen Tamuda nauigabile quondam, et oppidum…”, en lugar de “flumen Tamuda nauigabile, quondam et oppidum…”); cfr. M. Tarradell, “La crisis del siglo III de J.-C. en Marruecos”, en Tamuda, III, 1955, pp. 87-92.

Livro de Resumos - Comunicações

36

En el siglo II d.C., el geógrafo clásico Claudio Ptolomeo sitúa la desembocadura del río

Tamuda entre Iagath, al Oeste, y el Cabo de los Olivos Salvajes (o de los Acebuches -Ptolomeo,

4.1.1) al Este (con unas coordenadas de 35° de latitud y 8° 30’ de longitud7).

Por su parte Pomponio Mela cita asimismo al “Tamuda fluvius” en el marco de su

descripción de la costa atlántica marroquí 8. Este flumen Tamuda, o Tamuda fluvius ha sido

identificado con el río navegable que desemboca en la bahía de Tetuán, seis millas aguas abajo

de dicha ciudad, y que a día de hoy lleva el nombre de oued Martil o río Martín9.

Tissot piensa que el topónimo Tamuda que nos ha legado Plinio10 es un nombre líbico,

que puede ser encontrado aún en la lengua amazig (bereber) bajo la forma de “Tamda”, término

que tendría el significado de “laguna”, “pantano” 11 (guardando una directa relación con un contexto acuático,

pues). La de Tissot parece una hipótesis bien fundamentada; en efecto, aún en nuestros días el

término “thamda” significa (en amazig del Rif occidental) “estanque, charca en la llanura de

inundación de un río”.

El historiador tetuaní Ahmed R’honi cita a Charles Tissot al mencionar que el río Martil

se corresponde tanto al Θαλοΰδα de Ptolomeo como al Tamuda de Plinio (término que viene a

significar “pantano”, “marisma”); R’honi apunta que el Martil estuvo rodeado de marismas en

la Antigüedad, como lo estaba aún en su época (en el siglo XIX) 12.

Notas sobre los ríos del Norte de Marruecos como medios de comunicación

La mayoría de las ciudades antiguas de Marruecos fueron fundadas junto a las

desembocaduras de los ríos o en las riberas de los mismos, como sucede en los casos de Lixus,

Sala, Thamusida, Banasa y Tamuda, por ejemplo. Estrabón nos dice que la Maurusia “…está muy

7 Ptolomeo, Geographia (4.1.3) [E codicibus recognovit, prolegomenis, annotatione, indicibus, tabulis, instruxit Carolus Mullerus, vol. I, París 1901, p. 582]; Le Maroc chez les auteurs anciens, pg. 37; P. Schmitt, Le Maroc d’après la "Géographie" de Claude Ptolémée (tesis de doctorado), Tours 1973, pp. 144-146; (“Tamuda” se encuentra bajo la forma de Θαλοΰδα en la edición empleada por Ch. Tissot o de Θαμουδα en la edición de C. Muller). 8 Pomponio Mela, Chorographia, 1. 9 Cfr. Ch. Tissot, “Recherches sur la géographie comparée de la Maurétanie Tingitane”, Mémoires présentés par divers savants à l'Académie des

inscriptions et Belles Lettres de l’Institut de France, 1è s., IX, París, 1878, pg. 157; J. Dessanges, Pline l'Ancien, Histoire Naturelle, Livre V, 1-46 (L'Afrique

du Nord), pg. 149. 10 Plinio, N.H. V, 18. 11 Ch. Tissot, “Recherches sur la géographie comparée de la Maurétanie Tingitane”, pg. 157 (“L’oued Martil forme de vastes marécages à son embouchure et c’est évidemment à cette particularité qu’il a dû son nom primitif de Tamuda”); sobre la atribución hecha por Tissot de dicho término a un origen impreciso (al entorno del Atlas en lugar del Rif), cfr. M. Ghottes y M.J. Parodi Álvarez, “Le fleuve Tamuda” art. cit., pg. 432. 12 M. Ghottes, “Histoire des fouilles à Tamuda”, en D. Bernal, B. Raissouni, J. Ramos, M. Zouak, M. Parodi (eds.), En la Orilla africana del Círculo del Estrecho. Historiografía y proyectos actuales. Colección de Monografías del Museo Arqueológico de Tetuán (MMAT II). Actas del II Seminario Hispano-Marroquí de Especialización en Arqueología. Cádiz, 2008, p. 460.

Livro de Resumos - Comunicações

37

bien provista de ríos…”13. Los estuarios y las desembocaduras, en general, resultaban lugares

singularmente atractivos para establecer en ellos instalaciones relacionadas con la actividad

náutica y marina en especial. Estas corrientes fluviales, además, han favorecido históricamente

el contacto entre las costas y el interior de las tierras, permitiendo asimismo la comunicación

con el ámbito costero de algunas ciudades emplazadas considerablemente lejos del litoral, caso

de Volubilis, e.g.

En época medieval, algunos ríos de la fachada atlántica marroquí desempeñaron un

más que notable rol en el campo de las comunicaciones, en los intercambios comerciales y la

pesca. La mayor parte de las desembocaduras de estos ríos fueron empleadas como

fondeaderos cuando no como verdaderas zonas portuarias naturales. Tal fue el caso de

Azemmour, en la desembocadura del Oum a-Rrabi’, de la Mamora (al Mahdia), en la

desembocadura del Sebou (en época almohade), o del Tensift, cuya desembocadura revistió gran

importancia en época del geógrafo andalusí Abou Ubayd El Bekri14 (siglo XI), quien cita el

núcleo de Ribat Qouz como puerto de Aghmat, antes de la fundación de la ciudad de

Marrakech.

Este fue el caso de la desembocadura del río Bou Regreg, que jugó un más que notable

papel económico en época medieval; allí era donde se conectaban algunas de las grandes rutas

comerciales del momento, como la de Tlemcen y la costa atlántica a través de Fez15. La

desembocadura del mencionado Bou Regreg contaba con virtudes naturales que la convertían en

un puerto fluvial natural.

En el contexto del uso económico de los ríos del Norte de Marruecos a lo largo de la

Historia, es que señalar que en el siglo XVI, los genoveses remontaron el curso del Lukkus (en la

región noroccidental), alcanzando el territorio de los Beni Zekkar (en el valle medio del citado

río), con el fin de entablar relaciones comerciales con los habitantes de dicha zona (con un

especial interés en las pieles y la cera de los zekkaríes) 16.

Los textos y autores de la Antigüedad citan los nombres de algunos de estos cursos

fluviales, como Hannón, quien describe su llegada “…al gran río, el Lixus, el cual fluye desde

13 Estrabón, Geografía, XVII, 4. 14 Ghottes y Parodi, “Le fleuve Tamuda” art. cit., pg. 424; cfr. B. Rosenberger, “Note sur Kouz, un ancien port à l'embouchure de l'oued Tensift”, en Hespéris-Tamuda, VIII, 1967, pp. 23-66. 15 H. de Castries, “Le Maroc d’autrefois. Les corsaires de Salé”, en Revue des deux mondes, XIII, fév. 1903, pg. 828; Ch. Picard, L’Océan Atlantique musulman. De la conquête arabe à l’époque almohade. Paris 1997, pg. 58. 16 A. El Gharbaoui, La terre et l’homme dans la Péninsule Tingitane. Etude sur l’homme et le milieu naturel dans le Rif occidental. Rabat 1981, pg. 54; R. RICARD, “La côte atlantique du Maroc au début du XVIe s., d’après les instructions nautiques portugaises”, en Hespéris, VII, 1927, pp. 236 -237.

Livro de Resumos - Comunicações

38

las grandes montañas de Libia (…), donde se encuentra su origen (…)17. Por su parte, el Pseudo-

Escílax18 menciona el Anides, el Lixos, el Crabis y el Xion entre los ríos de esta región del Planeta.

Pomponio Mela19 cita los ríos Tamuda, Mulucha y Gna; Plinio el Viejo20, por su parte, cita

varios cursos fluviales, como el Lixos21, el Sububus (“…río impresionante y navegable…”)22, o los

ríos Sala23, Anatis24, Quosenum25, Masath26, Darat, Salsum (flumen Salsum)27, Asana28, Fut29,

Ivor30, o Ger31, que vierten hacia el Atlántico, además de mencionar otros ríos como el Tamuda 32,

el Laud 33 y el Maluane 34, que fluyen hacia el Mediterráneo.

Ptolomeo35 enumera las desembocaduras de los cursos fluviales del margen occidental

de la Tingitana; entre éstas, cita las de los ríos Zilia, Lix, Subur, Salata, Dyos, Cousa, Asana, Diour,

Phouth, Ouna, Agna y Sala. Las desembocaduras de cauces de las costas septentrionales

marroquíes mencionadas por dicho autor antiguo son las de los ríos Valon, Thamouda, Molochat

y Malva.

Respecto al Geógrafo de Rávena36, este autor cita al río Turbulenta, que recibe asimismo

el nombre de Davina.

La navegabilidad del río Martil

De acuerdo con las palabras de El Bekri (quien, como hemos señalado, escribe desde un

horizonte cronológico medieval), sabemos que, agotado el ciclo vital del poblamiento en la

Tamuda romana (en el siglo V d.C.), el río seguiría desempeñando un más que notable papel de

17 Hannón (Periplo de Hannón), en J. Desanges, Recherches sur l’activité des Méditerranéens aux confins de l’Afrique (Ve s. av. J.-C.-IVe s. ap. J.-C.). París-Roma (Collection de l'École française de Rome, n° 38), 1978, pp. 39- 40 y 83. 18 Escílax (Periplo del Pseudo-Escílax), en J. Desanges, Recherches sur l'activité des Méditerranéens aux confins de l'Afrique, op. cit., pp. 87-120 y 404-414. 19 Pomponio Mela, Chorographia (A. Silberman, Les Belles Lettres. París, 1988).

20 Plinio, Naturalis Historia, V, 1-46 (África del Norte; J. Desanges, Les Belles Lettres. París, 1980).

21 Plinio, N.H., V, 4.

22 Plinio, N.H., V, 5.

23 Plinio, N.H., V, 5; el río del mismo nombre es el Bou Regreg; Plinio lo recoge asimismo bajo la forma de Salat (N.H., V, 9). 24 Plinio, N.H., V, 9; J. Desanges (Pline l'Ancien, Histoire Naturelle, Livre V, 1-46 [L'Afrique du Nord], pp. 110-111), lo identifica con el oum er-Rabi’. 25 Plinio, N.H., V, 9; de acuerdo con J. Desanges (Pline l'Ancien…, op. cit., p. 114), podría tratarse del oued Sous, del que no se conoce el nombre antiguo, o del Tensift. 26 Plinio, N.H., V, 9; se trata del actual oued Massa. 27 Plinio, N.H., V, 10; puede tratarse del oued Sous. 28 Plinio, N.H., V, 13; quizá el oum a-Rrabi’. 29 Plinio N.H., V, 13; podría tratarse del Tensift.

30 Plinio N.H., V, 13; quizá el oued Ksob, al Sur de Mogador.

31 Plinio N.H., V, 15; puede ser el oued Guir.

32 Plinio N.H., V, 18.

33 Plinio N.H., V, 18, el actual oued Laou.

34 Plinio N.H., V, 18; generalmente identificado con el Muluya. 35 Ptolomeo, en R. Roget, Le Maroc chez les auteurs anciens. París, 1924, pp. 36-38.

36 Geógrafo de Rávena, en R. Roget, Le Maroc…, op. cit., pp. 43-44.

Livro de Resumos - Comunicações

39

cara al desarrollo y la vida cotidiana del núcleo de población que, ya en la orilla Oeste del río

Martil, habría de tomar el relevo del viejo asentamiento feno-púnico y romano de Tamuda,

Tetuán.

La ciudad de Tetuán, que poseía una ciudadela de factura antigua, disponía asimismo

de su propio faro. En este sentido, es de anotar cómo el ya citado historiador tetuaní Ahmed

R’honi37 deja constancia de cómo existía la costumbre de anunciar -en la misma Tetuán- la

llegada de los barcos:

“Por lo que se cuenta, Sidi Al-Mandari, el constructor de la antigua Medina en

el centro de la ciudad, acostumbraba a permaner un buen rato sobre las murallas cada día

vigilando la costa, teniendo en sus manos un pequeño cuerno. Cuando se percataba de la

presencia de una embarcación pequeña en la mar, soplaba el cuerno cinco veces; si se

trataba de un buque de mediana envergadura, hacía sonar el cuerno siete veces; pero si lo

que aparecía ante sus ojos era un gran navío, o un barco de guerra, lo soplaba nueve

veces. Esta costumbre habría de perdurar durante largo tiempo tras la desaparición de la

primera generación de fundadores [Sidi Al-Mandari “refunda” Tetuán a finales del

siglo XV]. El literato Sidi Ahmed el Ghanmia as-Soulaymani al-Hassani relata que tuvo

noticias de que a la vista de los barcos se hacía sonar un tambor, signo anunciador de la

llegada de aquéllos. Cuando la ciudad creció, se comenzó a anunciar la llegada de los

barcos desde el barrio de at-Tal’a, mediante el procedimiento de hacer sonar un cuerno

denominado an-nafir”.

Según R’honi38, a principios del siglo XV, Tetuán se había convertido en un nido de

piratas que atacaban desde dicha base norteafricana las costas de los países mediterráneos

europeos, y muy especialmente dirigían sus incursiones contra las costas españolas en unas

expediciones de rapiña que reportaban un notable botín (tanto como para hacer interesante esta

actividad económica de presa) en el que también tenía su papel el capital humano (sic): los

cautivos eran reducidos a la esclavitud y convertidos de ese modo en mercancía. El oficio de

pirata, que llevaba aparejado el saqueo de las costas y las incursiones en el litoral enemigo, se

encontraba muy extendido en los puertos septentrionales marroquíes, y más notablemente en

Tetuán, dadas las características del mismo y la proximidad de las costas españolas.

An-Naciri39 relata por su parte que los piratas tetuaníes (y no sólo los tetuaníes) hacía

presa igualmente de los buques que navegaban frente a las costas españolas. Por ello ya en 1400

37 Sidi Ahmed R’honi, Historia de Tetuán (traducida al español por Mohammad Ibn Azzuz Haquim). Tetuán, 1953. 38 Ghottes y Parodi, “Le fleuve Tamuda”, art. cit., pp. 439-ss. 39 Ghottes y Parodi, “Le fleuve Tamuda”, art. cit., pg. 440.

Livro de Resumos - Comunicações

40

el rey Enrique III de Castilla40 envió una armada para conquistar Tetuán y destruir los navíos de

dicho puerto. Dicha armada penetró por el río Martil y efectivamente destruyó los buques

tetuaníes que encontró allí, tras lo cual los soldados castellanos desembarcaron y tomaron al

asalto la ciudad después de que la mayoría de sus habitantes la hubieran evacuado. A resultas

de este asalto, Tetuán permaneció deshabitada casi un siglo (hasta finales del siglo XV, cuando

el ya mencionado Sidi Al-Mandari la repobló, refundándola) 41.

R’honi nos relata los mismos hechos, añadiendo que los castellanos tras haber destruido

la ciudad hasta los cimientos regresaron a la Península Ibérica con los cautivos que hicieron en

dicha jornada. Esta actividad pirática, basada en el río Martil, continuó desarrollándose

posteriormente -tras la destrucción de Tetuán en 1400 (se retomaría con el tiempo); sabemos que

en 1495 el propio Sidi Al-Mandari, a la cabeza de los tetuaníes, atacó la ciudad de Arcila (en la

costa atlántica marroquí) apoderándose de varios barcos y capturando prisioneros. León

Africano nos dejó el testimonio de que en una de sus visitas a Tetuán pudo ver a 3000 cautivos

cristianos vestidos con túnicas de lana, que dormían encadenados en las mazmorras

subterráneas de la ciudad; de ahí, como nos explica R’honi42, la existencia en Tetuán de un

barrio llamado “Al-Matamir” (precisamente, “Las Mazmorras”)43.

P. Dan44 hace alusión al referido testimonio de León Africano sobre la presencia de los

3000 esclavos cristianos que dicho autor pudo ver en Tetuán, e incluye a la capital tetuaní en el

40 Se trata del primer monarca de la Casa de Trastamara (a la que pertenecería en su rama castellana, Isabel I, la Católica) que venció en la guerra civil que le enfrentó a su medio hermano Pedro I el Cruel, siendo hijos ambos de Alfonso XI. 41 Véase la traducción del texto de An-Naciri sobre la destrucción de Tetuán a principios del siglo XV en A. Moulieras, Le Maroc inconnu: étude géographique et sociologique. Exploration des Djebala (Maroc septentrional). París, A. Challamel, 1899, pg. 238. 42 Ghottes y Parodi, “Le fleuve Tamuda”, art. cit., pp. 440-ss. 43 Las famosas mazmorras de Tetuán fueron objeto de reconocimiento por M. Gómez Moreno, en el curso de su visita de inspección al territorio a principios de los años 20 del siglo pasado, siendo estudiadas igualmente por C. Montalbán, autor del primer (y aún clásico) estudio específico sobre dicho espacio histórico subterráneo tetuaní; vid. al respecto M. Gómez Moreno, (1922): “Descubrimientos y antigüedades en Tetuán”, en Boletín Oficial de la Zona del Protectorado de España en Marruecos, Suplemento al nº 10. Madrid, 1922, pp. 5-13; igual y especialmente, C.L. de Montalbán y Mazas, “Las mazmorras de Tetuán, su limpieza y exploración”. Madrid, 1929 (se trata de un pequeño estudio de 36 páginas, con ilustraciones y un plano de la planta de las mazmorras, obra del arquitecto Carlos Ovilo, vocal de la Junta Superior de Monumentos Históricos y Artísticos y constructor de la parroquia católica de Tetuán, la iglesia de Ntra. Sra. de la Victoria). 44 P. Dan, Histoire de Barbarie, et de ses corsaires. Livre second, París, P. Rocolet, 1637, pp. 215-216: “La ville de Tetuan doit bien estre mise encore au nombre de celles de ces Corsaires de Barbarie, puis qu’il est vray qu’autrefois elle a seruy de repaire à telle engeance d’hommes brutaux; et que fuiuant la remarque qu’en fait un Autheur, il s’y est treuué jusques au nombre de trois milles esclaues Chretiens…” [“La ciudad de Tetuán debe ser incluida en la lista de las bases piráticas de Berbería, ya que es cierto que en no pocas ocasiones ha servido como base a tal calaña de brutales individuos; y sobre la misma existe el comentario que nos deja un autor, que señaló haber visto en ella hasta tres mil esclavos cristianos…”; trad. del autor]; igualmente, ver el testimonio de F. Pidou de Saint-Olon, Relation de l'empire de Maroc où l'on voit la situation du pays. París, 1695, pg. 13: “Le Consul François et tous les Marchands qui y sont établis [à Tétouan], quoi que de nation et de Religion différentes, y entretiennent à frais communs, outre le droit de trois écus qui se lève pour ce

Livro de Resumos - Comunicações

41

elenco de ciudades piráticas norteafricanas; en efecto, la ciudad de Tetuán fue -durante mucho

tiempo- una base más que significada de los pitaras de Berbería, así como un relevante mercado

de esclavos en la región 45.

En 1541, el gobernador portugués de Ceuta atacó a los tetuaníes poniéndolos en fuga.

La causa de dicho ataque, de acuerdo con R’honi, radicaba en el hecho de que Tetuán fuese un

nido de bandidos (que actuaban tanto por mar como por tierra). El ejército que desde su base

ceutí se vio comprometido en dicha acción se componía de unos 400 jinetes y unos 1500

infantes, así como de un determinado número de embarcaciones capturadas a los argelinos,

junto a quince barcos menores y mayores que habían sido capturados a los propios tetuaníes

que asolaban las costas europeas (españolas esencialmente) con sus acciones piráticas (unos

barcos que habían sido apresados precisamente en el curso de dichas acciones)46.

Casi un cuarto de siglo más tarde, reinando Felipe II, una flota española al mando de

Don García de Toledo atacó Orán y Nekor (en el Mediterráneo magrebí). El comandante

español trató de remontar el río Martil, que seguía constituyendo un verdadero foco de la

piratería marroquí, pero en su intento encontró impracticable la boca del referido río al haber

sido hundidos allí por los propios marroquíes varios barcos cargados de piedras a fin de

impedir a los navíos enemigos remontar el río utilizando dicho curso como una vía de

penetración al interior y de acceso hasta Tetuán47.

Ya en época más reciente, contamos con testimonios relativos a la navegabilidad del

oued Martil incluso en época tan cercana como el siglo XIX, ya que diversos textos relativos a la

Guerra de África (campaña militar desarrollada en 1860, bajo el reinado de Isabel II, y que

llevaría a la toma de la ciudad de Tetuán, posteriormente restituida a Marruecos, por España)

sujet sur chaque Vaisseau, Tartane ou Barque qui y abordent, un petit Hôpital avec deux Recollets Espagnols pour le service de la Religion, et pour la consolation des esclaves…” [“El cónsul francés y todos los comerciantes allí establecidos -en Tetuán- sean de la nación y credo que sean, mantienen intereses y gastos comunes, no sólo el impuesto a pagar por cada embarcación grande, sino que sostienen un pequeño hospital regido por dos religiosos recoletos españoles, destinado a asistir a los esclavos”; trad. del autor]. 45 Para este particular, cfr. A. Aragón Fernández, Asaltos de piratas berberiscos al litoral gaditano de La Janda. Cádiz 2009, pp. 183-ss. 46 Ghottes y Parodi, “Le fleuve Tamuda”, loc. cit.; del peso de la piratería en Tetuán en el siglo XVI bajo el gobierno en dicha ciudad de la viuda de Al-Mandari, Sida al Hurra, nos informa por ejemplo F. Mernissi, Las Sultanas Olvidadas. Barcelona 2003, pp. 36-39; un estudio reciente sobre la piratería magrebí y su peso en las costas meridionales españolas en época moderna (especialmente en el ámbito de la actual provincia de Cádiz) en A. Aragón Fernández, Asaltos de piratas berberiscos al litoral gaditano de La Janda. Cádiz 2009, pp. 132-ss. 47 Ghottes y Parodi, “Le fleuve Tamuda”, art. cit., pg. 442; el hecho del autohundimiento (por parte de los tetuaníes) de embarcaciones lastradas en la boca del Martil con vistas a estorbar, cuando no a impedir por completo, el uso de dicha vía navegable por sus enemigos habla con claridad acerca de las potencialidades que en la segunda mitad del siglo XVI seguía manteniendo el Martil de cara a su navegación, cuando menos hasta las proximidades de Tetuán, por embarcaciones como las que debieron ser empleadas por García de Toledo en su ataque (galeras, galezas, pinazas…); ello parece abogar por un aún considerable potencial sustentador de la navegación interior por parte del Martil en época moderna.

Livro de Resumos - Comunicações

42

señalan que las embarcaciones militares españolas alcanzaron las proximidades de la ciudad de

Tetuán surcando las aguas del río Martil, habiéndose apoderado previamente de la cabeza de la

localidad costera de Río Martín como cabeza de puente para las operaciones bélicas de los

buques españoles. Uno de los textos más explícitos al respecto es la crónica de Pedro Antonio

de Alarcón y Ariza48, en la que dicho autor señala en varias ocasiones la navegabilidad del

Martín, apuntando las dificultades de la misma existentes ya en su época (en la segunda mitad

del siglo XIX), lo que no impediría a barcos de guerra españoles penetrar en el mismo y batir

con su artillería las fortificaciones marroquíes (y no sólo las costeras):

“[…] Y en fin los guardacostas tenían orden de penetrar oportunamente en la ría

o sea en el río Martín (que como ya he dicho es navegable) con gran dotación de tiradores

protegidos por cañoneras y disparar de flanco contra los moros caso de empeñarse una

batalla” (Cap. XXVIII).

“[…] El [río] Martín baja por la izquierda pasando cerca de la aldea de

Benimadán pueblo disperso y diseminado al modo de algunos de la montaña de

Santander. Es navegable hasta la Aduana [en la localidad de Río Martín] y aun

durante las grandes lluvias se ha subido hasta las huertas de Tetuán en botes de poco

calado. La barra que forma al desembocar en el mar es muy peligrosa e inaccesible cuando

reina el levante pues la cubre muy poca agua; pero tiene una especie de portillo por donde

han entrado alguna vez buques de alto bordo” (Cap. XXX).

Tamuda. Vías de comunicación y economía

A pesar de que Tamuda no se encontraba en ninguna de las consideradas como

principales vías de comunicación de la región y que son citadas por los textos antiguos, como el

48 Para los hechos de 1564, cfr. E.J. Renou (Description géographique de l’Empire de Maroc. París, 1846, pg. 304), quien atribuye la acción del bloqueo de la desembocadura (en 1564) no a los marroquíes, sino a los españoles, señala: “En 1564, Philippe II, voulant détruire ce port, qui servait de refuge à de nombreux corsaires, combla l’entrée de la rivière au moyen de navires chargés de pierre; mais cette opération, qui réussit, n’eut qu’un effet d’une courte durée (…)” [“En 1564, Felipe II, queriendo destruir este puerto, que servía de refugio a un enjambre de piratas, determinó bloquear el acceso al mismo hundiendo en el río varios barcos cargados de piedra; sin embargo esta operación, que resultó inicialmente exitosa, tuvo unos cortos efectos en el tiempo” -trad. del autor]; al respecto, M. Tarradell, “Las excavaciones de Tamuda de 1949 a 1955”, en Tamuda, IV, 1956, pg. 82; asimismo E. Gozalbes Cravioto, “Fuentes para la historia antigua de Marruecos 1 - Fase prerromana”, en Cuadernos de la Biblioteca Española de Tetuán n°. 16, diciembre 1977, pg. 132;

vid. también E. Gozalbes Cravioto y G. Gozalbes Busto, “El desarrollo naval de Tetuán en el primer tercio del siglo XVI”, en Actes du Colloque Tétouan aux

XVI et XVII s. Tetuán 1996, pp. 29-46; de cara a la presencia naval española en la campaña de África en los entornos de Tetuán y en el río Martil, una de las

fuentes contemporáneas a los hechos más notable sigue siendo el texto de Pedro Antonio de Alarcón, Diario de un testigo de la Guerra de África (1ª. ed. en

Madrid, 1859), donde se recogen diversas referencias al papel desempeñado por la armada española (y con ello, la rada y el curso del río Martil) en la

campaña de Tetuán.

Livro de Resumos - Comunicações

43

Itinerario de Antonino49, es oportuno no pasar por alto que Tamuda se mantenía en contacto

con las demás ciudades mauritanas del Norte de Marruecos, como Tánger y Lixus.

Una de las vías de comunicación entre Tamuda y Lixus quizá discurría a través de una

ruta secundaria que pasaba por Dar ac-Chaoui, la antigua Iulia Campestris50 y Tinin Sidi

Yamani51. Tamuda se comunicaba asimismo con Tánger a través de una ruta que se encontraba

jalonada de guarniciones militares relevantes como la de Dugga (ruinas de Al Bunian) 52.

R. Rebuffat por su parte pone en cuestión la existencia de dicha última ruta,

apoyándose en el Itinerario de Antonino, que no señala la presencia de ninguna vía que

comunicase ambas ciudades (Tamuda y Tánger), algo que parecería hablar en pro del relativo

aislamiento de Tamuda53, si sólo considerásemos las vías terrestres principales como medios de

sustento de la comunicación y el tráfago de personas y mercancías; en este sentido, y amén del

papel que la caminería menor pudiera jugar en este particular, no es de ignorar el peso que en el

contexto de las comunicaciones desempeñaban en la Antigüedad las vías acuáticas (en general

el medio acuático), tanto en lo que se refiere a los ríos navegables (donde los hubiere), como

debió ser el caso del flumen Tamuda al menos desde su desembocadura hasta el emplazamiento

de la ciudad feno-mauritana y el posterior castellum romano de Tamuda (primero) y Tetuán

(más tarde): este curso fluvial navegable cumplía precisamente la función de comunicar a

Tamuda con la costa, y por este mecanismo, con el exterior de la provincia tanto como (al

menos) con el resto del ámbito litoral de la misma.

Así, los cursos fluviales navegables de la Tingitana romana habrían de cumplir -en la

medida de sus posibilidades- los mismos cometidos que sus equivalentes del resto de la

Romanidad (entre los que han de contarse los de Hispania, que hemos tenido ocasión de

considerar en precedentes ocasiones54) como vías de comunicación entre la costa y el interior,

así como entre los diferentes núcleos humanos de sus riberas, lo que es decir entre distintos

territorios del interior.

En este sentido, y en el contexto del Norte del Marruecos romano, sabemos por el

Itinerario de Antonino que los territorios de las dos Mauritanias, la Tingitana y la Cesariana

49 M. Euzennat, “Les voies romaines du Maroc dans l'Itinéraire Antonin”, en Mélanges A. Grenier, t. 2, Collection Latomus 58. Bruselas, 1962, pp. 595-

610.

50 R. Rebuffat, “Les erreurs de Pline et la position de Babba Iulia Campestris”, en Antiquites Africaines 1, 1967, pp. 31-57.

51 C. Morán Bardón y G. Guastavino Gallent, Vías y poblaciones romanas en el norte de Marruecos. Madrid 1948, pp. 23-26. 52 M. Tarradell, “El Benian, castellum romano entre Tetuán y Tanger”, en Tamuda I, 1953, pp. 302-309; idem., Historia de Marruecos: Marruecos púnico,

Universidad de Rabat, Publicaciones de la Facultad de Letras, Instituto Muley El-Hassan, Tetuán, 1960, pg. 97.

53 R. Rebuffat, “Les erreurs de Pline et la position de Babba Iulia Campestris” (art. cit.), pg. 54, n. 2; M. Pasto Muñoz, “El Norte de Marruecos

a traves de las fuentes literarias griegas y latinas. Algunos problemas al respecto”, en España y el Norte de Africa. Bases históricas de una relación

fundamental. Actas del Primer Congreso Hispano-Africano de las culturas mediterráneas “Fernando de los Rios Urruti”, Granada-Melilla 1987, pg. 164, nn.

136 y 138.

54 Véase, por ejemplo, M.J. Parodi Álvarez, Ríos y lagunas de Hispania como vías de comunicación. La Navegación interior en la Hispania romana. Écija-Sevilla, 2001.

Livro de Resumos - Comunicações

44

tenían en el mar su principal medio de comunicación55. M. Coltelloni-Tranoy apunta también

que el Itinerario de Antonino (10, 1-2) señala la existencia de una ruta marítima que ponía en

comunicación las dos Mauritanias, mientras no recoge sin embargo la existencia de rutas

terrestres entre ambos territorios, lo que parece apuntar en el sentido de que la navegación

marítima habría sido la principal vía de comunicación entre los referidos territorios mauritanos

romanos56.

M. Ponsich57 es de la misma opinión, y sostiene que el río Martil y la navegación

marítima habrían constituido las grandes vías de comunicación de la ciudad de Tamuda (por

ejemplo con Tánger), si bien pone el acento para ello más en cuestiones de seguridad (en la

relativa inseguridad y peligro que podían suponer los caminos terrestres en la época) que en

razones económicas (de costes del transporte y de oportunidad, rapidez y comodidad de las

vías acuáticas frente a los caminos terrestres)58. Las motivaciones de seguridad (la inestable

relación entre los nativos de la zona interior y el dominio romano, cuestiones a las que hace

referencia Ponsich apoyándose en Mommsen59, por ejemplo) no dejan, además, de ser

cuestiones susceptibles de ser consideradas desde una perspectiva económica: dichas

condiciones de [in]seguridad (unidas a la naturaleza del territorio, y a la ausencia de vías

terrestres mayores -como hemos visto que señala el Itinerario- en lo que hemos de ver realidades

directamente relacionadas e interdependientes, conectadas en red) habrían hecho si no

imposible sí económicamente poco viable la comunicación terrestre (junto al hecho de la mayor

rentabilidad y potencialidad de las vías acuáticas navegables -marítimas e interiores- frente al

transporte terrestre en época antigua en general y romana en particular) 60.

En cualquier caso, y amén de las condiciones de seguridad, además de la no existencia

de vías terrestres principales en la región, como parece delatar el Itinerario de Antonino, habrían

sido, como apuntaba ya Ponsich, las vías acuáticas (la marítima y el flumen Tamuda) los

55 R. Rebuffat, “Au-delà des camps romains de l'Afrique Mineure: renseignement, contrôle, pénétration”, en ANRW, II, 10. 2, 1982, pg. 506. 56 M. Coltelloni-Tranoy, Le royaume de Maurétanie sous Juba II et Ptolémée. París, 1997, pp. 76-77. 57 M. Ponsich, Recherches archéologiques à Tanger et dans sa région. Paris, 1970, pp. 220 y 291; vid. M.-C. Sigman, “The Romans and the indigenous Tribes of Mauritania Tingitana”, en Historia, XXVI, 1977/4, pg. 420. 58 Vid. una comparativa de precios de transporte de mercancías por medios terrestre y acuático (con datos de épocas antigua y moderna) en M.J. Parodi Álvarez, Ríos y lagunas de Hispania como vías de comunicación. La Navegación interior en la Hispania romana. Écija-Sevilla 2001, pp. 21-23, y nota 10. 59 T. Mommsen (Histoire romaine, t. II, Livre VI. Les provinces sous l’Empire. París 1985, pg. 946), señala la inexistencia de rutas terrestres entre ambas Mauritanias, anotando que la comunicación entre los territorios romanos del Magreb Occidental tenía en el mar su principal aliado. 60 El emplazamiento de la ciudad feno-mauritana, primero, y del castellum romano de Tamuda, después, cuenta con poderosas razones de índole estratégica y de control del territorio entre sus claves; situado en un cruce de comunicaciones, el castellum se encuentra en un verdadero nudo terrestre y fluvial, en el que convergen caminos terrestres (como los que se dirigen hacia Xauen -en la sierra- o Tánger), y con la vía fluvial del río Martil que comunica el sitio de Tamuda con la costa, y desde allí con el exterior del territorio (amén de con el resto del ámbito costero del mismo).

Livro de Resumos - Comunicações

45

principales recursos de cara a la comunicación del núcleo de Tamuda con el resto de la

provincia Tingitana, con el exterior inmediato a la misma (la Mauritania Cesariana, por ejemplo,

o la misma Baetica al Norte), así como con el resto de las tierras de la Romanidad, dentro y fuera

del marco del Mediterráneo, mar al que vertía el mencionado flumen Tamuda, y que

proporcionaba en la desembocadura de dicho curso un fondeadero natural para la navegación

marítima y un punto de inflexión a la hora de convertir el cabotaje (por los mecanismos que se

hicieran acaso necesarios, como el transbordo de personas y mercancías, en su caso) en

navegación interior hasta el estratégico emplazamiento de Tamuda. De este modo, junto a las

cuestiones de seguridad, las razones económicas habrían primado a la hora de encontrar en las

vías acuáticas los principales elementos de sostén de la comunicación para el castellum de

Tamuda.

De hecho, en distintos momentos de su historia, ya en época mauritana, ya en época

tardorromana, Tamuda debió verse aislada del resto de los núcleos urbanos principales de la

Tingitana septentrional, siendo la ruta marítima y fluvial, a través del río Martil, la que permitía

a este asentamiento mantener las líneas de comunicación con el resto del territorio; esta vía de

comunicación, pues, debió constituir el hilo conductor del que dependía la vida económica de la

ciudad mauritana y del castellum romano, especialmente en dichos momentos de aislamiento.

Nuestros conocimientos sobre las actividades y la vida económica de la Tamuda

romana (y de la feno-mauritana) se están viendo enriquecidos gracias a las campañas de trabajo

arqueológico (en apoyo a las tareas de conservación del sitio) desarrolladas en los últimos años

en el yacimiento de Tamuda. Adolecemos, empero, de la falta de textos escritos antiguos que

nos ofrezcan información sobre la economía del sitio y de la región, viniendo el grueso de la

información, como hemos señalado, de las excavaciones arqueológicas (tanto de las históricas,

de principios y mediados del siglo XX, como de las recientes, de fines del siglo XX y principios

del XXI). Es, pues, la arqueología la que nos permite contar con una idea aproximada de la

economía de la ciudad y la región, tanto en época púnico-mauritana (cuando la ciudad habría

desempeñado un rol económico mucho más relevante) como en tiempos romanos.

En el plano agrícola y respecto a la producción de grano, Mauritania fue considerada en

la propia Antigüedad como uno de los graneros del mundo romano61. Tras la huella fenicia, los

nativos de la Mauritania debieron enriquecer sus prácticas agrícolas, cultivando trigo y

leguminosas además de olivos, circunstancia esta última que M. Ponsich62 pone en relación con

una de las posibles ubicaciones tradicionalmente consideradas para el mítico Jardín de las

Hespérides, en la región comprendida entre Tánger y Lixus63.

61 Así en Flavio Josefo, Guerra de los Judíos II, 16.4. 62 M. Ponsich, Recherches archéologiques à Tanger et dans sa region…, pg. 291. 63 Plinio, N.H., V, 3: “(…) ésta es la región donde se encuentra el palacio del rey Anteo, donde tuvo lugar su combate con Hércules y donde se halla el Jardín de las Hespérides (…). En la isla se

Livro de Resumos - Comunicações

46

Los habitantes de Tamuda y su comarca pusieron en explotación la llanura aluvial

donde se encuentra la ciudad, practicando una agricultura intensiva como demuestran los útiles

agrícolas de hierro encontrados en la zona, y que recuerdan a los de similar empleo en toda la

cuenca del Mediterráneo64.

El núcleo de Tamuda debió exportar, con el concurso y ayuda de su río homónimo, sus

producciones agrícolas, como los cereales que aparecen en las monedas de la ciudad o las

uvas65, así como el plomo, ya que existían numerosas minas de este mineral tanto en el valle del

Martil como a lo largo del litoral mediterráneo entre el M’sa y Ceuta66.

De acuerdo con Ponsich67, las minas de plomo de las tierras de los alrededores de

Tamuda contenían un mineral argentífero que encontró una alta explotación en época romana,

como parecen testimoniar las lámparas romanas exhumadas en dichas minas. El mineral

extraído en las distintas minas de la región de Tamuda sería transportado hasta la ciudad (el

castellum, en época romana), que serviría como centro redistribuidor, ya que desde allí saldría

por el río hasta la costa y desde allí por vía marítima hasta Tánger, para ser reenviado desde allí

hasta sus puntos de destino final en otros puntos de la provincia romana de la Tingitana (o de

fuera de la misma, en su caso). El plomo de la comarca de Tamuda era utilizado para la

elaboración de sarcófagos, así como de otros productos de uso cotidiano como pesos

(ponderales), marcos de espejos, cajas, tubos y tuberías de distintas formas y tamaños.

El núcleo tamudense (ya en época feno-mauritana y especialmente en época romana) se

habría servido igualmente de la vital vía de comunicación que constituía el río Tamuda para sus

importaciones de material cerámico, nada desdeñables, especialmente en lo que concierne a la

Campaniense A y B, que el Marruecos antiguo comenzaría a importar ya en el siglo II a.C. 68.

En Tamuda se encuentran asimismo otras importaciones, como cerámicas aretinas69,

terra sigilata hispanica (TSH) 70 o cerámica decorada (en relieve) 71; igualmente encontramos

encuentra se levanta un altar de Hércules, y nada más, salvo los olivos silvestres que nos cuenta la historia del famoso bosque de las manzanas de oro”. 64 M. Tarradell, Historia de Marruecos. Marruecos púnico…, pp. 113 y 329. 65 S. Gsell, Histoire ancienne de l'Afrique du Nord. París, 1913-1929, t. V, pg. 249; F. Mateu Llopis, Monedas de Mauritania. Contribución al estudio de la

numismática de la Hispania Ulterior Tingitana según el Monetario del Museo arqueológico de Tetuán. Publicaciones del Instituto General Franco para la

investigación hispano-árabe, 27, Tetuán 1949, pg. 33.

66 M. Ponsich, “Le trafic du plomb dans le détroit de Gibraltar”, en Mélanges d'archéologie et d'histoire offerts à A. Piganiol. París 1966, 3, pp. 1276-1277.

67 M. Ponsich, loc. cit. 68 J.-P. Morel, “Céramique à vernis noir du Maroc”, en Ant.Afr. 2, 1968, pp. 55-76; idem, “La céramique campanienne: acquis et problèmes”, in Céramiques hellénistiques et romaines. París 1980, pp. 85-122; id., “La céramique à vernis noir du Maroc: une révision”, en Lixus, Colloque international de

Larache. Roma (Collection de l'EFR, 166), 1992, pp. 217-233.

69 M. Ponsich, “La céramique arétine dans le nord de la Maurétanie Tingitane”, en Bulletin d’Archeologie Marrocaine XV, 1983-1984, pp. 139-181; M.

Tarradell, “Las excavaciones de Tamuda de 1949 a 1955”, en Tamuda IV, 1956, pg. 80; Ch. Godineau, “La céramique arétine”, en Céramiques

hellénistiques et romaines. París 1980, pp. 123-133.

70 J. Boube, La terra sigillata hispanique en Maurétanie Tingitane 1. Les marques de potiers. Rabat (ETAM I), 1965, pp. 44-45, 53, 90 y 226-227, fig. 32;

idem, “La terra sigillata hispanique en Maurétanie Tingitane. Supplément au catalogue des marques de potiers”, en BAM VI, 1966, pp. 115-143; id., “La

terra sigillata hispanique en Maurétanie Tingitane. Supplément II au catalogue des marques de potiers”, en BAM VIII, 1968-1972, pp. 67-108.

71 A. Jodin y M. Ponsich, “La céramique estampée du Maroc romain”, en BAM IV, 1960, pp. 287-318; A. Jodin y M. Ponsich, “Nouvelles observations sur

la céramique estampillée du Maroc romain”, en BAM VII, 1967, pp. 499-546.

Livro de Resumos - Comunicações

47

ánforas púnicas72 y romanas73, lucernae romanas cerámicas74 y de bronce75, junto a otros

materiales como fíbulas y hebillas de cinturón datadas incluso en época tardorromana76.

Conclusiones

El rol fundamental desempeñado por el río Martil en el establecimiento, desarrollo,

evolución y continuidad del poblamiento humano en el yacimiento de Tamuda (así como de

cara a la integración de dicho poblamiento en estructuras (administrativas, territoriales, legales,

culturales…) superiores (léase el mundo feno-púnico o el reino de Mauretania, primero, o el

Imperio Romano, después), hace necesario contemplar la relación existente entre el río y el

yacimiento como uno de los ejes de la investigación (histórica y arqueológica) del territorio en el

que ambos se insertan.

Se trata de un eje integrado (río-yacimiento), cuyos alcances trascienden en realidad del

mismo yacimiento arqueológico de Tamuda, y se extienden una doble coordenada espacio-

temporal, abarcando todo el valle del citado río y el ámbito costero inmediato a su primitivo

estuario y su desembocadura, mientras en diacronía se extiende desde los primeros testimonios

arqueológicos prehistóricos hasta la época contemporánea, pasando por los horizontes pre-,

protohistóricos y antiguos del yacimiento de Tamuda, por los yacimientos arqueológicos

(adscritos a diversas épocas) existentes en el curso (y valle) del río, así como por los horizontes

medievales, modernos y contemporáneos de núcleos tan significativos como la misma ciudad

de Tetuán o su particular “Pireo”, el núcleo poblacional de Río Martín, en la costa.

De cara al desarrollo de esta línea de estudio, es conveniente aplicar modelos ya

contrastados acerca del valor y papel económico de los ríos (su relación con el poblamiento y el

establecimiento de estructuras administrativas superiores o de su implantación en el territorio,

su papel de cara a las actividades económicas, no sólo a la producción, sino a la exportación e

importación de bienes y producciones, su rol como medios de transporte, su capacidad y

desempeño como vías de comunicación destinadas a sustentar el tráfago de personas y

mercancías) en el ámbito geográfico del Norte del Círculo del Estrecho, en la Península Ibérica

(en la Bética, por ejemplo, pero no sólo en la Bética: contamos con referentes del conjunto de la

72 M. Ponsich, Recherches archéologiques à Tanger…, op. cit., pg. 187; M. TARRADELL, Marruecos púnico, op. cit., pg. 113; P. Cintas, Contribution à

l'étude de l'expansion carthaginoise au Maroc. Publications de l'Institut des hautes études Marocaines, 56, París, 1954, pg. 73.

73 M. Tarradell, “Las excavaciones de Tamuda de 1949 a 1955”, art. cit., pg. 80; id., Marruecos púnico, op. cit., pg. 113. 74 M. Ponsich, Les lampes romaines en terre cuite de la Maurétanie tingitane. Rabat, PSAM, 15, 1961; P. Quintero Atauri, “Lucernas de barro que se

guardan en el Museo Arqueológico de Tetuán”, en Mauritania. Año XVIII, n° 198, Tánger, mayo 1944, pp. 135-137; id., Mauritania, n° 200, julio

1944, pp. 197-204; id., Mauritania, n°201, agosto 1944, pp. 229-232; M. Vegas, “Estudio cronológico de las Lucernas del Museo de Tetuán”, en I

Congreso Arqueológico del Marruecos Español (Tetuán, 22-26 junio de 1953). Tetuán, 1954, pp. 425- 429.

75 C. Boube-Piccot, “Lampes de bronze”, en BAM IV, 1960, pp. 459-461; pl. VII, a y b; id., Les bronzes antiques du Maroc. II Le mobilier. Rabat (ETAM V),

1975, pp. 107-108; pl. 37.

76 J. Boube, “Fibules et garnitures de ceinture d'époque romaine tardive”, en BAM IV, 1960, pp. 319-380; C. Boube-Piccot, Les bronzes antiques du Maroc. III Les chars et l'attelage. Rabat (ETAM VIII), 1980, pp. 357-360.

Livro de Resumos - Comunicações

48

Hispania romana), contemplando y contrastando su validez en el espacio meridional de la

referida región histórica del Estrecho en época antigua (esencialmente) 77.

Algunos investigadores, como (y muy especialmente) M. Ponsich, han prestado su

atención al papel del río Martil en relación con el yacimiento de Tamuda, si bien en este sentido

se ha hecho un mayor hincapié en los factores estratégicos (de control), no en los económicos; es

necesario por ello (aplicando modelos que se han revelado como válidos y oportunos)

considerar la relación entre el río y Tamuda, de una parte, y de Tamuda con el resto de la

provincia Tingitana (y con el Imperio) a la luz de la economía del río, del peso y el papel del río

de cara a la economía del territorio (y con éste, del núcleo poblacional tamudense) a lo largo del

tiempo.

En estos últimos años (desde 2008) y en el seno del proyecto de la Carta Arqueológica

del Norte de Marruecos se han llevado a cabo trabajos de investigación in situ en las riberas del

Martil, los cuales han arrojado luz y datos sobre la existencia de diferentes yacimientos

arqueológicos en dicho contexto físico (algunos ya conocidos desde principios del siglo XX

gracias a los trabajos de C. Montalbán, por ejemplo); igualmente, en el contexto de los trabajos

desarrollados en el yacimiento de Tamuda en estos mismos últimos años (desde 2007), se han

llevado a cabo reconocimientos de la ribera del río en las inmediaciones del castellum (como el

efectuado en el verano de 2012). A resultas de las consideraciones expuestas, se hace necesario

plantear una línea de trabajo que aúne la investigación de gabinete con el trabajo de campo y

que permita reconocer la ribera del Martil considerándola una unidad en sí misma

(reproduciendo modelos de trabajo como los de G.E. Bonsor en el Guadalquivir y poniendo al

día la expedición de C. Montalbán de principios del siglo XX), reconociendo los yacimientos

ribereños, estudiando los resultados de las prospecciones ya efectuadas en relación con el río,

elaborando un eje diacrónico de ocupación de las riberas y trazando un mapa del poblamiento

humano en las orillas, el valle y la desembocadura del río a lo largo del tiempo 78.

Al mismo tiempo, se hace necesario igualmente profundizar en el conocimiento de la

relación entre la barranca sobre la que se asienta el castellum de Tamuda y el río (y sus afluentes,

como el pequeño arroyo denominado precisamente Tamuda en la actualidad, que fluye en las

inmediaciones del yacimiento y vierte sus aguas en la orilla izquierda del Martil), la evolución

del comportamiento del curso respecto a la ladera de la misma (y viceversa), con evidentes

implicaciones y consecuencias en la misma naturaleza y morfología del yacimiento en la zona

77 Desde Bonsor a Abad, Chic o Parodi (véase Bibliografía, infra). 78 Se hace necesario igualmente contar con información sobre la evolución geológica de la zona (del río y su estuario/valle/marisma), la topografía de la comarca, la modificación del paisaje del río merced a la propia acción del curso fluvial, sin olvidar los impactos de las acciones antrópicas en la región (siendo quizá, y a priori, una de las más llamativas sea el reiterado taponamiento de la desembocadura del río por mano humana a lo largo de los siglos, por causas de índole estratégica y militar).

Livro de Resumos - Comunicações

49

afectada (tanto en su facies puno-mauritana como en la romana), y la interacción entre el núcleo

humano y el medio físico inmediato; del mismo modo, es oportuno avanzar en el conocimiento

de la interacción entre el cauce y su llanura aluvial, de una parte, así como en la formación

paulatina de la marisma del Martil (de considerable envergadura tan al interior como en las

proximidades de la misma Tetuán por el este, en dirección al mar) en tiempos históricos, todo lo

cual habrá de guardar una estrecha relación tanto con el poblamiento del valle y las riberas

como con la misma realidad cotidiana del emplazamiento de Tamuda y sus inmediaciones.

La naturaleza del curso fluvial determinará las potencialidades de uso del mismo, sin

exclusión de la posibilidad de que en Tamuda puedan encontrarse evidencias que reflejen los

perfiles de las capacidades de sustentación de la navegabilidad del río, unas capacidades que

podrían haber sido suficientes para sustentar la navegación por el río de embarcaciones

marítimas (comerciales o militares, en su caso) 79.

De cara al estudio de los valores y usos económicos del antiguo sitio de Tamuda, del

valle y la comarca tamudense, creemos firmemente que se hace imprescindible considerar al

viejo flumen Tamuda como uno de los ejes económicos de dicho espacio, de aquella región, para

lo cual es más que conveniente establecer una línea de trabajo que centre su interés

precisamente en el río, sus características físicas y la evolución de su paisaje, así como en la

diacronía del poblamiento de sus riberas, valle y bocas. Ello deberá servir para enriquecer los

perfiles históricos del yacimiento de Tamuda, al tiempo que para abrir una línea de

investigación que se complemente con las que actualmente se encuentran en curso.

Imágenes

FIG. 1. Río Martil al pie de la Barranca 01

79 Si no se trata, en cualquier caso, de una navegación mediante embarcaciones sutiles (fluviales) desde la costa hasta Tamuda, con transbordos de mercancías y personas, en su caso.

Livro de Resumos - Comunicações

50

FIG. 2. Río Martil al pie de la Barranca 02

FIG. 3. Río Martil al pie de la Barranca 03

FIG. 4. Río Martil al pie de la Barranca 04

Livro de Resumos - Comunicações

51

FIG. 5. Llanura aluvial desde la Barranca 01

BIBLIOGRAFÍA

AA.VV. (2008), “El valle del río Martil en época preislámica e islámica. Primeros resultados de

la Carta Arqueológica (campaña 2008)”, en D. Bernal, B. Raissouni, M. Zouak, J. Ramos y

M.J. Parodi, (eds.), En la Orilla africana del Círculo del Estrecho. Historiografía y proyectos

actuales. Colección de Monografías del Museo Arqueológico de Tetuán (MMAT II). Actas del II

Seminario Hispano-Marroquí de Especialización en Arqueología. Cádiz, pp. 313-349.

AA.VV., “Carta Arqueológica del Norte de Marruecos. Resultados de las ocupaciones de

sociedades prehistóricas (campañas 2009 y 2010)”, en A.AVV., Arqueología y Turismo en el

Círculo del Estrecho (MMAT III). Cádiz 2011, pp. 223-263.

ABAD CASAL, L. (1975), El Guadalquivir, vía fluvial romana. Sevilla.

De ALARCÓN, P.A. (1880), Diario de un testigo de la Guerra de África. Madrid, 1880.

ARAGÓN FERNÁNDEZ, A. (2009), Asaltos de piratas berberiscos al litoral gaditano de La Janda.

Cádiz.

BONSOR, G.E. (1989), Expedición arqueológica a lo largo del Guadalquivir. Écija.

BOUBE, J. (1965), La terra sigillata hispanique en Maurétanie Tingitane 1. Les marques de potiers. Rabat (ETAM I).

- “Fibules et garnitures de ceinture d'époque romaine tardive”, en Bulletin d’Archeologie Marocaine IV,

1960, pp. 319-380.

- (1966), “La terra sigillata hispanique en Maurétanie Tingitane. Supplément au catalogue des marques de potiers”, en BAM VI, pp. 115-143.

- (1968), “La terra sigillata hispanique en Maurétanie Tingitane. Supplément II au catalogue des marques de potiers”, en BAM VIII, pp.

67-108.

BOUBE-PICCOT, C. (1960), “Lampes de bronze”, en BAM IV, 1960, pp. 459-466.

- (1975), Les bronzes antiques du Maroc. II Le mobilier. Rabat (ETAM V).

- (1980), Les bronzes antiques du Maroc. III Les chars et l'attelage. Rabat (ETAM VIII).

Livro de Resumos - Comunicações

52

de CASTRIES, H (1903), “Le Maroc d’autrefois. Les corsaires de Salé”, en Revue des deux mondes,

XIII, pp. 823-852.

CHIC GARCÍA, G. (1990), La navegación por el Guadalquivir entre Córdoba y Sevilla en época

romana. Écija.

CINTAS, P. (1954), Contribution à l'étude de l'expansion carthaginoise au Maroc. Publications de l'Institut des hautes études Marocaines, 56. París.

COLTELLONI-TRANOY, M. (1997), Le royaume de Maurétanie sous Juba II et Ptolémée. París.

DAN, P. (1637), Histoire de Barbarie, et de ses corsaires (Livre second). París.

DESANGES, J. (1978), Recherches sur l’activité des Méditerranéens aux confins de l’Afrique (Ve s. av. J.-C.-IVe s. ap. J.-

C.). París-Roma (Collection de l'École française de Rome, n° 38).

EUZENNAT, M. (1962), “Les voies romaines du Maroc dans l'Itinéraire Antonin”, en Mélanges A. Grenier, t. 2, Collection Latomus, 58. Bruselas, pp.

595-610.

EL GHARBAOUI, A. (1981), La terre et l’homme dans la Péninsule Tingitane. Etude sur l’homme et le

milieu naturel dans le Rif occidental. Rabat.

GHOTTES, M. (2008), “Histoire des fouilles à Tamuda”, en D. Bernal, B. Raissouni, J. Ramos, M.

Zouak y M.J. Parodi (eds.), En la Orilla africana del Círculo del Estrecho. Historiografía y

proyectos actuales. Colección de Monografías del Museo Arqueológico de Tetuán (MMAT II). Actas

del II Seminario Hispano-Marroquí de Especialización en Arqueología. Cádiz, pp. 459-471.

- (2011), “Le fleuve Tamuda. Le fleuve aux cinq noms”, en A.AVV., Arqueología y Turismo en

el Círculo del Estrecho (MMAT III). Cádiz, pp. 529-543.

GHOTTES, M. y PARODI ÁLVAREZ, M.J., (2011), “Le fleuve Tamuda”, en M.J. Parodi Álvarez

y E. Gozalbes Cravioto (dirs. ed.), Pelayo Quintero en el primer centenario de 1912. Cádiz, pp.

423-454.

GODINEAU, CH. (1980), “La céramique arétine”, en Céramiques hellénistiques et romaines. París, pp. 123-133.

GÓMEZ MORENO, M. (1922): “Descubrimientos y antigüedades en Tetuán”, Boletín Oficial de la

Zona del Protectorado de España en Marruecos, Suplemento al nº 10. Madrid, pp. 5-13.

GÓMEZ MORENO, M. (1924): “Descubrimientos y antigüedades de Tetuán”, en Revista

Hispano-Africana.

GOZALBES CRAVIOTO, E. (1973): “Nuevos restos cartagineses en el valle del río Martín”, en

Cuadernos de la Biblioteca Española de Tetuán nº. 7, pp. 27-35.

- (1977), “Fuentes para la historia antigua de Marruecos 1 - Fase prerromana”, en Cuadernos de la Biblioteca Española de Tetuán n°. 16, pg. 132.

- (1997): “La colección numismática de Tamuda del periodo mauretano”. Cuadernos del

Archivo Municipal de Ceuta nº. 11. Ceuta.

- (2003): “África Antigua en la historiografía y arqueología de época franquista”, en F. Wulff

y M. Álvarez (eds.), Antigüedad y franquismo (1936-1975). Málaga, pp. 135-160.

- (2005a): “Los pioneros de la arqueología española en Marruecos (1880-1921)”, en

CABRERA, V. y AYARZAGÜEÑA, M. (eds.), El nacimiento de la Prehistoria y de la Arqueología

científica (= Archaia, 3-5), Madrid, pp. 110-117.

Livro de Resumos - Comunicações

53

- (2005b), “Los inicios de la investigación española sobre Arqueología y Arte árabes en

Marruecos (1860-1960)”, en Boletín de la Asociación española de Orientalistas (BAEO), 41, pp.

225-246.

- (2005c): “Los inicios de la investigación española sobre arqueología y arte árabes en

Marruecos”, en BAEO 41, (edición electrónica en:

http://descargas.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/128150711267226

17432435/020247.pdf).

- (2005d): “El final del rey Ptolomeo de las Mauretaniae”, en Gerión 23, nº. 1, pp. 189-204.

- (2005e): “Las excavaciones arqueológicas de 1921-1922 en Tamuda (Tetuán, Marruecos)”,

en Cuadernos del Archivo Central de Ceuta 14, pp. 325-342.

- (2007), “Algunos avatares de la arqueología colonial en el Norte de Marruecos (1939-1942)”,

en BAEO, 43, pp. 77-96.

- (2008a): “La arqueología española en Marruecos (1921-1936): memorias y desmemorias”, en

MORA, G., PAPÍ y AYARZAGÜENA, M. (Eds.), Documentos inéditos para la Historia de la

Arqueología, Madrid, 183-195.

- (2008b): “Los primeros pasos de la Arqueología en el Norte de Marruecos”, en BERNAL,

D., RAISSOUNI, B., RAMOS, J., ZOUAK, M. y PARODI, M.J. (eds.), En la Orilla africana del

Círculo del Estrecho. Historiografía y proyectos actuales. Colección de Monografías del Museo

Arqueológico de Tetuán (MMAT II). Actas del II Seminario Hispano-Marroquí de Especialización en

Arqueología. Cádiz, 33-61.

- (2008c): “Notas de historiografía arqueológica: la visita de Joaquim Fontes a Tetuán y

Tamuda (Marruecos) en 1923”, en Revista Portuguesa de Arqueologia. Volume 11, número 1,

pp. 285-295.

- (2009): “El padre César Morán Bardón: la arqueología y la etnografía, de Salamanca a

Marruecos”, Salamanca. Revista de Estudios, pp. 51-63.

GOZALBES CRAVIOTO, E. y GOZALBES BUSTO, G. (1996), “El desarrollo naval de Tetuán en el primer tercio del siglo XVI”, en Actes du

Colloque Tétouan aux XVI et XVII s. Tetuán, pp. 29-46.

GOZALBES CRAVIOTO, E. y PARODI ÁLVAREZ, M.J. (2011): “Miguel Tarradell y la

Arqueología del Norte de Marruecos”, en AA.VV., Actas del III Seminario Hispano Marroquí.

Arqueología y Turismo en el Círculo del Estrecho. Cádiz, pp. 198-221.

GOZALBES CRAVIOTO, E. y PARODI ÁLVAREZ, M.J. (coords.), Pelayo Quintero Atauri. El

Sabio de Uclés (e.p.).

GSELL, S. (1913-1929), Histoire ancienne de l'Afrique du Nord. París (5 tomos).

JODIN, A. y PONSICH, M. (1960), “La céramique estampée du Maroc romain”, en BAM IV, pp. 287-318.

- (1967) “Nouvelles observations sur la céramique estampillée du Maroc romain”, en BAM VII, 1967, pp. 499-546.

MATEU y LLOPIS, F. (1949), Monedas de Mauritania. Contribución al estudio de la numismática de la Hispania Ulterior Tingitana según el Monetario

del Museo arqueológico de Tetuán. Publicaciones del Instituto General Franco para la investigación hispano-árabe, 27. Tetuán.

Livro de Resumos - Comunicações

54

MERNISSI, F. (2003), Las Sultanas Olvidadas. Barcelona.

MORÁN BARDÓN, C. y GUASTAVINO GALLENT, G. (1948), Vías y poblaciones romanas en el norte de Marruecos. Madrid, pp. 23-26.

MOREL, J.-P. (1968), “Céramique à vernis noir du Maroc”, en Ant. Afr. 2, pp. 55-76.

- (1980), “La céramique campanienne: acquis et problèmes”, in Céramiques hellénistiques et romaines. París, pp. 85-122.

- (1992), “La céramique à vernis noir du Maroc: une révision”, en Lixus, Colloque international de Larache. Roma (Collection de l'EFR, 166), pp.

217-233.

MOULIERAS, A. (1899), Le Maroc inconnu: étude géographique et sociologique. Exploration des

Djebala (Maroc septentrional). París, A. Challamel.

NÚÑEZ CALVO, J.N. (2001), “La Marina de Guerra en las campañas de Marruecos (1909-

1927)”, en AA.VV., Las Campañas de Marruecos, 1909-1927. Madrid, pp. 194-255.

PARODI ÁLVAREZ, M.J. (2000), “Algunas notas sobre el papel de lagos y lagunas costeras

peninsulares como soportes para la navegación en época altoimperial”, en SPAL (Revista de

Arqueología de la Universidad de Sevilla), nº. 8 [1999]. Sevilla, pp. 207-216.

- (2001), Ríos y lagunas de Hispania como vías de comunicación. La Navegación interior en la

Hispania romana. Écija-Sevilla.

- (2001b), “Algunas notas sobre la navegación del Baetis", en Revista de Estudios Locales de Lora

del Río, nº. 11, 2000-2001. Número extraordinario. Actas de las III Jornadas de Historia Local de Lora

del Río. Lora del Río (Sevilla), pp. 62-69.

- (2001c), "Los ríos del Campo de Gibraltar en época altoimperial romana. Algunas notas

sobre su desenvolvimiento económico", en Actas de las VI Jornadas de Historia del Campo de

Gibraltar. Almoraima, Revista de Estudios Campogibraltareños. Nº. 25, pp. 133-140.

- (2001d), "Acerca de los medios de transporte [de las ánforas] en época altoimperial romana.

El transporte por vías acuáticas interiores", en Actas del Congreso Internacional "EX BAETICA

AMPHORAE" (C.I.E.B.A.), Sevilla-Écija, 1998. Écija-Sevilla, pp. 1241-1268.

- (2002), “La Navegación antigua por el Baetis, una realidad sobre formas mutables”, Revista

de Estudios Locales. Lora del Río, nº 12. Lora del Río, pp. 7-14.

- (2003), “Notas sobre el Guadalquivir altoimperial como vía de comercio. Reflexiones sobre

la Economía del río”, en Actas del 3º Congreso de Historia de Andalucía (Córdoba, abril 2001). Vol.

4. Historia Antigua. Córdoba, pp. 531-543.

- (2003b), “Varia de Baetis navigatione”, Actas del 3º Congreso de Historia de Andalucía (Córdoba,

abril 2001). Vol. 4. Historia Antigua. Córdoba, pp. 545-553.

- (2003c), “Notas sobre la economía del Anas: apuntes sobre su navegación antigua”, en G.

Pascual Berlanga y J. Pérez Ballester (eds.), Puertos fluviales antiguos: Ciudad, desarrollo e

infraestructuras. Actas IV Jornadas de Arqueología Subacuática. Universidad de Valencia (UVA).

Valencia, pp. 49-58.

Livro de Resumos - Comunicações

55

- (2003d), “El papel económico de los cursos acuáticos como vías de comunicación en la

Hispania romana. Algunas notas”, en Actas de los XVII Encuentros de Historia y Arqueología.

San Fernando, pp. 295-315.

- (2007), “Notas y reflexiones a partir de un eje de comunicaciones sudhispano (el Anas en

Estrabón, Mela y Plinio) en época romana altoimperial”, en Espacio y Tiempo nº. 21, pp. 87-

108.

- (2007b), “Aprovechando que el Baetis pasa por Ilipa. Reflexiones sobre la navegación fluvial

en la Península Ibérica como agente económico en época altoimperial romana”, en “Ilipa

Antiqua. De la Prehistoria a la Época Romana”. Actas del I Congreso de Historia de Alcalá del Río.

Alcalá del Río, pp. 255-266.

- (2007c), “Arqueología española en Marruecos, 1939-1946. Pelayo Quintero de Atauri”, en

SPAL Revista de Prehistoria y Arqueología, nº. 15 [2006]. Universidad de Sevilla, pp. 9-20.

- (2008), “Notas sobre Historiografía Arqueológica Hispano-Marroquí. 1939-1946, Pelayo

Quintero”, en D. Bernal, B. Raissouni, J. Ramos, M. Zouak y M.J. Parodi (eds.), En la Orilla

africana del Círculo del Estrecho. Historiografía y proyectos actuales. Colección de Monografías del

Museo Arqueológico de Tetuán (MMAT II). Actas del II Seminario Hispano-Marroquí de

Especialización en Arqueología. Cádiz, pp. 63-92.

- (2008b), “Pelayo Quintero de Atauri. Apuntes de Arqueología hispano-marroquí, 1939-

1946”, en J. Beltrán y M. Habibi (eds.), Historia de la Arqueología en el Norte de Marruecos

durante el Protectorado y sus referentes en España. Sevilla, pp. 97-119.

- (2008c), “Pelayo Quintero: Arqueología en las dos orillas del Fretum Gaditanum”, “Atti del

XVII Convegno dell’Africa Romana”. Roma, pp. 2517-2526.

- (2009), “Notas sobre la organización administrativa de las estructuras de gestión del

Patrimonio Arqueológico en el Marruecos Septentrional durante el Protectorado (1912-

1956)”, revista digital Herakleion (CSIC), nº. 2, pp. 117-141.

- (2009b), "La navegación interior ibérica según Pomponio Mela. Una visión económica de la

Hispania romana desde el Fretum Gaditanum: ríos mediterráneos peninsulares", en Espacio y

Tiempo, nº. 23, pp. 133-153.

- (2011), “Pelayo Quintero. Crepúsculo en Tetuán”, en M.J. Parodi Álvarez y E. Gozalbes

Cravioto (dirs. ed.), Pelayo Quintero en el Primer Centenario de 1912. Cádiz, pp. 309-322.

PARODI ÁLVAREZ, M.J. (2012), “La navegación interior ibérica según Pomponio Mela. Una

visión económica de La Hispania romana desde el Fretum Gaditanum: ríos atlánticos

peninsulares”, en Espacio y Tiempo, nº. 26, pp. 137-156.

PARODI ÁLVAREZ, M.J. y GOZALBES CRAVIOTO, E., “La Arqueología en el Norte de

Marruecos (1900-1945)”, en A.AVV., Arqueología y Turismo en el Círculo del Estrecho (MMAT

III). Cádiz, pp. 175-197.

Livro de Resumos - Comunicações

56

PASTO MUÑOZ, M. (1987), “El Norte de Marruecos a través de las fuentes literarias griegas y latinas. Algunos problemas al

respecto”, en España y el Norte de África. Bases históricas de una relación fundamental. Actas del Primer Congreso Hispano-Africano de las culturas

mediterráneas “Fernando de los Ríos Urruti”. Granada-Melilla.

PICARD, CH. (1997), L’Océan Atlantique musulman. De la conquête arabe à l’époque almohade. París.

PONSICH, M. (1961), Les lampes romaines en terre cuite de la Maurétanie tingitane. Rabat.

- (1970), Recherches archéologiques à Tanger et dans sa région. París.

- (1983-1984), “La céramique arétine dans le nord de la Maurétanie Tingitane”, en BAM XV, pp. 139-181.

QUINTERO ATAURI, P. (1944), “Lucernas de barro que se guardan en el Museo Arqueológico de Tetuán”, en Mauritania. Año XVIII, n° 198,

Tánger, pp. 135-137.

RENOU, E.J. (1846), Description géographique de l’Empire de Maroc. París.

REBUFFAT, R. (1967), “Les erreurs de Pline et la position de Babba Iulia Campestris”, en Antiquites Africaines 1, pp. 31-57.

- (1982), “Au-delà des camps romains de l'Afrique Mineure: renseignement, contrôle,

pénétration”, en ANRW, II, 10. 2, 474-513.

RICARD, R. (1927), “La côte atlantique du Maroc au début du XVIe s., d’après les instructions

nautiques portugaises”, en Hespéris, VII, pp. 236 -237.

R. ROGET, R. (1924), Le Maroc chez les auteurs anciens. París.

ROSENBERGER, B. (1967), “Note sur Kouz, un ancien port à l'embouchure de l'oued Tensift”,

en Hespéris-Tamuda, VIII, pp. 23-66.

SERRALLOLA URQUIDI, J. (1998), “La guerra de África (1859-1860). Una revisión”, en Ayer 29,

pp. 139-159.

SIGMAN, M.-C. (1977), “The Romans and the indigenous Tribes of Mauritania Tingitana”, en

Historia, XXVI, pp. 415-439.

TARRADELL, M. (1953), “El Benian, castellum romano entre Tetuán y Tanger”, en Tamuda I, pp. 302-309.

- (1955), “La crisis del siglo III de J.-C. en Marruecos”, en Tamuda, III, pp. 87-92.

- (1956), “Las excavaciones de Tamuda de 1949 a 1955”, Tamuda, IV, pp. 71-85.

- (1960), Historia de Marruecos. Marruecos púnico, Universidad de Rabat, Publicaciones de la Facultad de Letras. Instituto Muley El-Hasan,

Tetuán.

THOUVENOT, R. (1938), “Une inscription latine du Maroc”, REL, XVI, pp. 266-268.

TISSOT, CH. (1878), “Recherches sur la géographie comparée de la Maurétanie Tingitane”, Mémoires présentés par divers savants à

l'Académie des inscriptions et Belles Lettres de l’Institut de France, 1è s., IX, París.

VEGAS, M. (1954), “Estudio cronológico de las Lucernas del Museo de Tetuán”, en I Congreso Arqueológico del Marruecos Español. Tetuán, pp. 425-

429.

ZOAUK, M. y PARODI ÁLVAREZ, M.J. (2011), “Pelayo Quintero y el Arqueológico de Tetuán”,

en M.J. Parodi Álvarez y E. Gozalbes Cravioto (dirs. ed.), Pelayo Quintero en el primer

centenario de 1912. Cádiz, pp. 325-352.

Livro de Resumos - Comunicações

57

Cañada Honda II y el poblamiento romano de ribera en la Ría del Odiel (Aljaraque, Huelva)

Pedro Campos Jara (*) y Juan Aurelio Pérez Macías (**)

(*) Universidad de Huelva. Grupo de Investigación Universitario HUM556,

[email protected]

(**) Universidad de Huelva, [email protected]

El entorno fluvio-marino de la desembocadura del río Odiel ha sido un territorio capaz de fijar

el poblamiento desde la prehistoria. Su excelente condición de bahía abierta al Océano Atlántico

propició la práctica de marisqueo (Cañada Honda I) auspiciando de modo preferente este tipo

de actividad subsistencial en los primeros hábitats permanentes en este ámbito geográfico.

Durante la Edad del Cobre y Bronce, los asentamientos van penetrando por las tierras de

campiña aunque bordeando los esteros y marismas (Papa Uvas), como consecuencia de un

mayor peso de la agricultura y de la ganadería, hasta que en época protohistórica la ría va a

detentar la hegemonía por el impulso de las relaciones comerciales gracias al intercambio

fenicio y a su interés en los minerales que llegan a esta zona de la margen derecha del río desde

el área minera de Tharsis (La Monacilla), que bajan por la vía natural que marca la cuenca

hidrográfica del Odiel.

El impulso de las pesquerías y de las industrias de salazones en época prerromana deben estar

detrás del auge que experimentan estos asentamientos de ribera entre los siglos V y III a.C. (La

Almaina, Las Monizas, y Aljaraque), y marca las directrices en las que posteriormente se

desarrolló el patrón de asentamiento de época romana en este sector. A lo largo de la margen

derecha de la desembocadura del río Odiel van a ir surgiendo toda una serie de villas para la

explotación de los recursos agroganaderos y marinos. Desconocemos si en los asentamientos de

ribera pudo desarrollarse un tipo de economía mixta, en la que se alternaran la explotación

agrícola y las actividades pesqueras y sus industrias derivadas y/o auxiliares (salazones,

salinas, alfarería, carpintería de ribera, y otros), pero es constatable que este tipo de enclaves se

van a multiplicar junto a los arroyos que desaguan al río Odiel.

Uno de estos yacimientos, Cañada Honda II (Aljaraque), nos ofrece las claves para indagar en

la morfología de este tipo de establecimientos, su categorización, su cronología, y nos sirve

además para reflexionar sobre el marco de relación con otros hábitats coetáneos conocidos en la

Ría de Huelva, ejemplarizados en la cetaria de Punta Umbría.

Livro de Resumos - Comunicações

58

Nuevos datos sobre el poblamiento rural romano en el territorio de Medellín: primeros

resultados del yacimiento Las Arenas (Medellín, Badajoz)

Primitivo Sanabria1 e Macarena Bustamante2

1 Arqueólogo

2 Programa Juan de la Cierva, Universidad Autónoma de Madrid,

[email protected]

Se presentan los primeros resultados de la intervención arqueológica llevada a cabo en el año

2012, con motivo de las obras de construcción del gaseoducto Mérida-Don Benito Miajadas, en

el enclave de Las Arenas, situado a menos de dos kilómetros al sur de Medellín. A pesar de las

limitaciones espaciales impuestas por la obra, el interés de las estructuras localizadas nos

pareció justificación suficiente para darlas a conocer. De especial relevancia, aunque sólo

documentado parcialmente, es el caso de una estructura para la que planteamos su

interpretación como un horrea o granero sobreelevado. Igualmente interesante es el amplio y

variado repertorio cerámico recuperado. Su detallado análisis ha permitido acotar el marco

cronológico del establecimiento desde época augustea inicial hasta fechas muy tempranas del

siglo III dC. En definitiva, unas novedades que deben contribuir a paliar el vacío de datos

existente en la zona, ampliando así el conocimiento del entorno inmediato de la colonia

metellinensis.

Livro de Resumos - Comunicações

59

A topografia de Mértola na Antiguidade tardia: novos dados para velhos problemas

Virgílio Lopes

Campo Arqueológico de Mértola

Escola Profissional Alsud

Nos últimos tempos os trabalhos arqueológicos desenvolvidos em Mértola trouxeram à luz do

dia um conjunto de significativas estruturas, demonstrativas de um rico e prospero período que

antecede a islamização.

Pretendo, com esta comunicação, perspectivar os dados de natureza topográfica e de carácter

funcional referentes a Mértola nos finais do mundo romano e da Antiguidade Tardia. Numa

segunda parte da comunicação procurarei abordar um conjunto de peças oferecidas ao Museu

de Mértola e que suscitam novas hipóteses de interpretação histórica e de leitura topográfica da

cidade.

Livro de Resumos - Comunicações

60

El episcopio de Egitania. Campaña de excavación 2014 en el Paço dos Bispos de Idanha-a-

Velha (Portugal)

Isabel Sánchez Ramos1 e Jorge Morín de Pablos2

1 Institut Ausonius, Bordeaux/ UCO, [email protected]

2 Audema, Madrid, [email protected]

Se presentan los resultados arqueológicos obtenidos durante la Campaña de excavación de 2014

realizada en el yacimiento conocido como Paço dos Bispos de Idanha-a-Velha.

En este lugar emplazado intramuros junto al lienzo murario suroccidental se ubica el grupo

episcopal tardoantiguo de Egitania. La comunicación pretende dar a conocer la secuencia

estratigráfica registrada durante la excavación, así como aportar algunas nuevas

consideraciones interpretativas y cronológicas en relación a las construcciones eclesiásticas del

episcopio egitano.

Livro de Resumos - Comunicações

61

Topografía y forma urbis de Idanha-a-Velha en épocas romana y tardoantigua (Proyecto

IdaVe)

Jorge Morín de Pablos1 e Isabel Sánchez Ramos2

1 Audema, Madrid, [email protected]

2 Institut Ausonius, Bordeaux/ UCO, [email protected]

Se presentan los resultados arqueológicos obtenidos durante la Campaña 2014 realizada en la

ciudad de Egitania (Idanha-a-Velha). Con motivo de la realización de la campaña de

excavaciones en el episcopio tardoantiguo y visigodo de la ciudad lusitana, se llevo a cabo la

documentación de este espacio con un escáner láser con el objetivo de tener una topografía

precisa del espacio. Esta campaña se complemento con una visión macro de la topografía de la

ciudad mediante la utilización de un dron y una campaña topográfica que nos ha aportado

interesantes datos sobre la topografía urbana, no sólo en época tardoantigua, sino también para

el resto de los períodos. Se presenta una evolución del paisaje urbano desde época altoimperial,

haciendo especial hincapié en la topografía tardoantigua –muralla y visigoda –episcopio-.

Livro de Resumos - Comunicações

62

Épocas Medieval e Moderna

Vinte anos de Cerâmica Islâmica do Gharb al-Andalus: ensaio crono-tipológico das formas

abertas II

Grupo CIGA – Catarina Coelho, Marco Liberato, Ana Sofia Gomes, Jacinta Bugalhão, Helena

Catarino, Sandra Cavaco, Jaquelina Covaneiro, Isabel Cristina Fernandes, Susana Gómez, Maria

José Gonçalves, Isabel Inácio, Constança dos Santos

No anterior Encontro de Arqueologia do Sudoeste Peninsular, o Grupo CIGA associou-se às

comemorações dos 20 anos destas reuniões científicas, apresentando uma síntese crono-

tipológica de cinco séries de formas abertas de cozinha e mesa utilizadas durante a época

islâmica no extremo ocidental do Gharb al-Ândalus: caçoila, tigela, taça, terrina e prato.

As limitações de tempo e espaço da publicação impediram-nos de apresentar todos os tipos de

formas abertas identificadas nos contextos arqueológicos do território atualmente português.

Pretendemos agora completar a apresentação realizada em Aroche, estudando as formas que

não foram consideradas nessa ocasião: alguidares, bacios e pias de abluções e vasos.

Livro de Resumos - Comunicações

63

Arqueología en el entorno de la Rábida (Palos de la Frontera, Huelva)

Juan Aurelio Pérez Macías1 e Diego González Batanero

1 [email protected]

El paraje de La Rábida (Palos de la Frontera, Huelva) está unido a la existencia del monasterio

franciscano desde el cual se dieron los primeros pasos para que Cristóbal Colón realizara el

viaje que supuso el descubrimiento de América. Por este motivo es Monumento Nacional y un

lugar de referencia internacional.

Pero más allá de sus valores arquitectónicos y emotivos, todos los autores que se han ocupado

del monumento y de la descripción de los pormenores históricos de la historia del

descubrimiento, han explicado la existencia de este convento franciscano como la posible

continuidad de un ribat musulmán, al que aludiría el propio topónimo de Rábida, una

castellanización muy conocida en toda la geografía peninsular que delata la existencia de

monasterios musulmanes (Rábida, Rápita, Arrabida, etc.). Los últimos estudios sobre la

implantación de monasterios musulmanes, como los excavados en las Dunas de Guardamar

(Alicante) o el de Arrifana en Aljezur (Algarve), inciden precisamente en la implantación

costera de estas manifestaciones cenobíticas islámicas, con las que concuerda la posición del

monasterio de La Rábida.

No obstante, a pesar de que se han realizado algunas intervenciones arqueológicas en el interior

del monasterio a la búsqueda de posibles estructuras de época medieval anteriores a la

construcción del monasterio, hasta momento se carece de cualquier elemento arquitectónico o

de cultura mueble que avale la existencia en este lugar de un ribat musulmán.

A pesar de esto, las fuentes documentales si citan la existencia de un monasterio para retiro de

los buenos musulmanes junto a una aldea rural en esta zona del término de Palos de la Frontera

cercana a la desembocadura de los ríos Tinto y Odiel, con lo que si no podemos situar el

monasterio musulmán en el mismo lugar que el monasterio franciscano de La Rábida, es

posible que se encuentre en los alrededores y diera nombre a todo este paraje.

En relación con este problema, en este trabajo se presentan algunos documentos de la

prospección realizada en esta zona por J. Bonsor en sus intentos de localizar la mítica Tartesos,

en los que se cita la existencia de un asentamiento en el Cabezo de Alcalá, situado en las

inmediaciones del monasterio de la Rábida, que por sus comentarios se trataría de un

asentamiento islámico en el que destacan los silos de almacenamiento. Por otro lado, en el

Livro de Resumos - Comunicações

64

monasterio de La Rábida se conserva una pequeña colección arqueológica en la que destacan

una serie de materiales cerámicos romanos (ánforas) e islámicos (brocales de pozo), que

proceden de los alrededores. En este trabajo se estudiarán además estos materiales y los

procedentes de una intervención subacuática llevada a cabo por la empresa Ánfora Gip en el

Muelle de Minerales, donde se encontraba la cercana línea de costa en época antigua.

El estudio de esta documentación textual, los materiales depositados en el monasterio

franciscano y los recuperados en la intervención arqueológica subacuática, nos lleva a proponer

que ya en época romana se encontraba en este lugar un pequeño fondeadero romano, al que

estarían adscritos un pequeño poblado dedicado a la pesca y a la producción alfarera y una

necrópolis. Y aunque no se conserven restos arquitectónicos del posible ribat, destruido quizás

por la construcción mudéjar franciscana, los materiales islámicos, en especial los brocales de

pozo con vedrío verde y decoración estampillada, avalan la posible existencia de este ribat en

las cercanías del asentamiento rural de Cabezo de Alcalá, tal como detallan las fuentes árabes,

que la tipología cerámica permite situar en época almohade.

Livro de Resumos - Comunicações

65

Idanha-a-Velha y su territorio en época andalusí (Proyecto IdaVe)

Antonio Malalana1, Isabel Sánchez2 e Jorge Morín3

1 [email protected]

2 Institut Ausonius, Bordeaux/ UCO, [email protected]

3 Audema, Madrid

Se presentan los resultados arqueológicos obtenidos durante la Campaña de excavación de 2014

realizada en el yacimiento conocido como Paço dos Bispos de Idanha-a-Velha.

En este lugar emplazado intramuros junto al lienzo murario suroccidental se ubica el grupo

episcopal tardoantiguo de Egitania. Los trabajos arqueológicos no sólo han permitido

documentarla secuencia tardoantigua, sino también el momento final de la ocupación de este

espacio en época andalusí –ss. IX al XI-, cuando el espacio de representación y religioso de la

ciudad ha sido trasformado en un espacio con otros usos, como el de almacenaje de cereales en

silos excavados en el subsuelo. Se aborda la problemática de este tipo de estructuras y la

ocupación andalusí en el solar de la antigua sede episcopal.

Livro de Resumos - Comunicações

66

La Poliorcética Medieval en la Raya: la Banda Gallega Versus la Banda Lusitana

Eduardo Romero Bomba1, Timoteo Rivera Jimenez e Omar Romero de la Osa Fernández

1 [email protected]

La Raya es el espacio geográfico de la frontera luso-española que comparte elementos

históricos. Entre esos elementos se encuentran un conjunto de fortificaciones bajomedievales

que han articulado el territorio. Desde el momento de conquista de Garb-al- Ándalus hay un

interés por una política de repoblamiento tanto por la monarquía lusa como por la castellano-

leonesa. En esta reorganización del Alentejo y de la estribación occidental de Sierra Morena, que

incluye la disputa entre ambos reinos, juegan un papel importante la construcción de castillos

que se erigen no sólo como defensa pasiva sino que se convierten en un elemento de

ordenamiento del territorio.

En la Margen izquierda del Guadiana, se construyen, principalmente por el impulso de D.

Dinís, los castillos de Mourao, Moura, Noudar, Serpa y Mértola, que en su conjunto

denominamos como la Banda Lusitana o como también ha sido citado la Raia alentejana

medieval. En la comarca de la Sierra de Aracena se localiza la Banda Gallega, definición

historiográfica del conjunto de castillos medievales que se localizan en las estribaciones

occidentales de Sierra Morena y que pertenecían al Reino de Sevilla.

Ambos conjuntos de arquitectura militar difieren aunque fueron construidos para la defensa del

territorio en disputa. Los castillos portugueses fueron edificados gracias al impulso de D. Dinís

en lugares con población islámica, mientras que los castillos de la Banda Gallega es una realidad

heterogénea ya que las distintas fortificaciones no se construyeron en un mismo momento, ni

con las mismas técnicas constructivas, ni con la misma estructura ni atendiendo a un criterio

común pero dieron lugar, en conjunto a un sistema que organizo y vertebró el territorio. En

este trabajo trataremos de analizar sus características para lograr un mejor conocimiento de la

realidad histórica de estas fortalezas.

Livro de Resumos - Comunicações

67

Investigación, conservación y puesta en valor de la muralla de Aroche (Huelva)

Nieves Medina Rosales

Arqueóloga Municipal Ayuntamiento de Aroche (Huelva), [email protected]

El Área de Urbanismo y Patrimonio del Ayuntamiento de Aroche (Huelva) viene desarrollando

en los últimos 10 años (2004-2014) diferentes proyectos encaminados a la recuperación,

investigación, conservación, y puesta en valor de parte del extenso patrimonio histórico-

arqueológico que posee el municipio. Una de las apuestas más importantes realizadas han sido

las intervenciones dedicadas a recuperar la muralla de Aroche, un importante elemento de la

arquitectura defensiva de la villa, muy maltratada por la historia más reciente en beneficio de la

expansión urbanística del entramado urbano.

La muralla de Aroche cuenta con casi 1.300 metros de extensión y un grosos medio de 2’30

metros. Conserva algunos tramos con una altura extramuros que rozan los 15 metros en sus

puntos de mayor altitud. En cuanto a la datación de esta muralla tradicionalmente se ha

atribuido a la necesidad de defensa contra la artillería portuguesa durante la Guerra de

Restauración (1640-1668), no obstante la existencia de documentación histórica con referencia a

una muralla en época medieval, así como los resultados de algunas intervenciones

arqueológicas realizadas permiten avalar la tesis de que aunque se produjera una ampliación y

reforzamiento de la muralla en atención a la contienda hispano-lusa en el siglo XVII, existía una

muralla previa en época medieval, de la cual aún conocemos escasos datos, pero que las

intervenciones arqueológicas podrán ir desvelando a medida que se desarrollen en tramos más

cercanos al entorno del castillo islámico de Aroche, dado que la muralla antigua debía estar

circunscrita a las inmediaciones del castillo.

Livro de Resumos - Comunicações

68

Memórias materiais da pena de morte no Alentejo

Jorge de Oliveira

CHAIA, Universidade de Évora, [email protected]

Nesta comunicação serão apresentados os mais notáveis testemunhos arqueológicos de forcas

existentes no Alentejo. Decorrente dum projecto de investigação iniciado para o Distrito de

Portalegre temos vindo a alargar paulatinamente este levantamento a todo o Alentejo. Uma

síntese do inventário já disponível acompanhado das principais variantes e respectivas

cronologias serão disponibilizadas nesta comunicação. Com a abolição da pena de morte em

Portugal, em 1867, a maior parte das forcas foram destruídas subsistindo apenas as suas

fundações ou, tão só, o topónimo que identifica a sua existência. Outros casos, muito raros, a

forca manteve-se relativamente bem conservada porque a governação autárquica à época

descurou o seu desmantelamento.

Livro de Resumos - Comunicações

69

Varia

Quando nem tudo o que parece é. Estratigrafia e materiais arqueológicos do Claustro do

Convento da Graça (Tavira)

Sandra Cavaco1 e Jaquelina Covaneiro1

1 Arqueóloga. Câmara Municipal de Tavira, [email protected]

Em resultado do projecto de recuperação/adaptação a Pousada, o Convento de Nossa Senhora

da Graça em 2002, e o espaço correspondente à antiga cerca conventual, foi alvo de trabalhos

arqueológicos. Foram identificadas várias realidades de que se destaca uma necrópole de urnas

de tipo dito «tartéssica», um bairro de época almóada e uma pequena capela ou cripta funerária,

onde foram enterradas várias gerações de uma família de estatuto elevado.

A escavação realizada na área do claustro do Convento da Graça revelou uma estratigrafia

típica de contextos urbanos: sucessivos níveis de ocupação e de abandono, estruturas positivas e

negativas, perturbações de estratos mais antigos por outros mais recentes, sendo espectável que

o estudo dos materiais arqueológicos exumados viesse auxiliar na datação dos distintos

momentos identificados e registados.

Porém, à medida que o estudo ia avançando, uma realidade distinta foi aparecendo, o que

levou a ajustes na abordagem e metodologia utilizada no estudo das cerâmicas. A triagem que

estava a ser efectuada mostrou-se desadequada, tendo os conjuntos sido constituídos de forma

mais genérica. O estudo dos numismas veio confirmar as nossas suspeitas e reforçar a nossa

convicção de que a interpretação que estávamos a fazer sobre o sítio está correcta.

Os resultados do estudo dos materiais exumados do Claustro do Convento da Graça colocam

questões pertinentes sobre o uso de materiais arqueológicos, escolhidos aleatoriamente do

conjunto de materiais exumados, na datação dos distintos estratos de que são provenientes.

Pretende-se, pois, não apenas apresentar os resultados do estudo das cerâmicas, como também

abordar questões metodológicas.

Livro de Resumos - Comunicações

70

Avaliação de impactos em arqueologia: dados e ideias para uma mudança de paradigma

Miguel Lago1

1 Arqueólogo. Era-Arqueologia, S.A., Cç. de Santa Catarina, 9C, 1495-705 Cruz-Quebrada -

Dafundo. Portugal. Contacto: [email protected]

Palavras-chave: Gestão de projectos, avaliação de riscos, obras, arqueologia

Nos últimos vinte anos a arqueologia portuguesa transformou-se de forma significativa.

Verificaram-se evoluções teóricas, a profissão de arqueólogo amadureceu e a arqueologia saiu

da invisibilidade social, cruzando-se hoje com o ordenamento do território e com a economia.

Por isso, a arqueologia está amplamente associada a fases de estudo, projecto e execução de

grandes obras.

Pretende-se analisar os principais problemas que se têm colocado ao longo dos anos às equipas

de avaliação de impactes e de gestão de projectos de obras que incluem componentes de

arqueologia. Em Portugal os vestígios arqueológicos relevantes são, na maioria dos casos,

detectados já em fase de obras, dai decorrendo dificuldade de decisão e constrangimentos à

gestão do nosso património arqueológico e das obras que com ele se cruzam. Lacunas de

informação têm conduzido a decisões mal informadas e lesivas de uma adequada gestão dos

bens arqueológicos nacionais. Este cenário tem origem na forma como se tem abordado a

componente de arqueologia dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e os riscos decorrentes a

jusante das suas diversas fases têm vindo, ao longo dos anos, a ser assumidos como inevitáveis.

Face à experiência acumulada pela ERA Arqueologia, apresentam-se dados que apontam para a

necessidade de mudar, devendo os arqueólogos estar na linha da frente de alterações ao

paradigma que tem imperado no actual sistema. A actual crise e a queda dos investimentos em

grande obra públicas podem ser aproveitados para inovar ao nível da integração da

Arqueologia nos processos de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA).

Livro de Resumos - Comunicações

71

DISCO 2014 - Para uma caracterização da profissão de arqueólogo em Portugal

Cláudia Costa, Cidália Duarte, Miguel Lago, João Tereso

Associação Profissional de Arqueólogos, [email protected]

Em 2012 a Associação Profissional de Arqueólogos (APA) assinou um contrato com o York

Archaeological Trust a fim de se constituir como parceiro do projeto Discovering the

Archaeologists of Europe – DISCO 2014. Trata-se de um projeto promovido pela Comissão

Europeia e tem como principal objetivo a caracterização da atividade profissional dos

arqueólogos em espaço europeu. A base do estudo consistia na implementação de um inquérito

em cada país aos agentes de Arqueologia nacionais.

A APA, como representante de Portugal no projeto, implementou dois inquéritos, um destinado

às organizações promotoras de atividade arqueológica e outro para a resposta anónima dos

arqueólogos a trabalhar em Portugal.

Nesta comunicação a APA apresenta os principais resultados do projeto português,

contribuindo para a caracterização da atividade profissional dos arqueólogos portugueses

Livro de Resumos - Comunicações

72

Clube de Arqueologia: experiência didática e patrimonial em contexto educativo formal

Miguel Ferreira Feio

Licenciado em História (UL), Pós Graduado em Ensino Especial (ISEC) e especialista em Ciências da

Educação na área de Formação de Professores (FPCEL). Mestrando em História, Património e Arqueologia

- Tese submetida (IPT/UAL), leciona há 15 anos no Ensino básico e Secundário. Colabora com a Escola

Superior de Educação Jean Piaget (Almada). Membro convidado da Direção Geral do Património e

Cultura (DGPC) para gestão e acompanhamento do Projeto Eurovision Museum Exhibiting Europe

(EMEE). Membro da equipa da Rede de Clubes de Arqueologia (Museu Nacional de Arqueologia).

Escreve em vários órgãos de comunicação social e é autor do programa de rádio “Radar da Educação” na

RDS 87.6.. É o Presidente da Associação de Educação e Defesa do Património e Desenvolvimento

Profissional (AEDP). [email protected]

A sensibilização para o património cultural é quase obrigatória nos dias que correm, é um

problema que invade a Escola e que exige dela uma resposta adequada, um tratamento

pedagógico-didático que motive os jovens para o estudo das realidades patrimoniais e que

desenvolva capacidades de investigação e de «leitura» histórica do património. Dar ao aluno a

possibilidade de aprender fazendo, é promover a motivação para a construção do saber

histórico a partir da experiência, sensibilizando para a descoberta do património, a sua

valorização, a sua preservação e o conhecimento da história local. Processo este, que constitui

parte integrante e significativa do percurso temporal da sociedade em que se inserem.

Neste contexto, é assaz importante que os professores dos vários graus e áreas de ensino

reflictam, sejam sensibilizados e conheçam novos recursos para abordagem da história e

património local, independentemente da área do saber. Os Clubes de Arqueologia, através da

experiência arqueológica são umas das diversas estratégias de ensino e aprendizagem,

motivadora pela sua forma prática de operacionalizar e pela curiosidade que gera.

Entendida como “uma ciência geradora de história”, mais do que como uma “disciplina

auxiliar da História”, a arqueologia possui um enorme potencial educativo, podendo

representar um recurso didáctico de grande interesse, aplicável, em todos os graus de ensino, a

todos os períodos históricos e a todo o tipo de vestígios materiais. Numa perspectiva do

“estudo da história pelo estudo do meio”, a arqueologia afigura-se constituir um dos principais

recursos educativos ao dispor dos docentes e será talvez o mais popular e mais acessível de

todos. A articulação com as novas tecnologias, a multidisciplinariedade e a capacidade de gerar

Livro de Resumos - Comunicações

73

parcerias caracteriza o Clube de Arqueologia e o projeto de educação patrimonial, que encerra

nos seus princípios pedagógicos uma aprendizagem pela prática e pela descoberta, nas suas

diferentes dimensões.