JORNAL DO BRASIL

©JORNAL DO BRASIL SA 1989 Rio de Janeiro — Sábado, 26 de agosto de 1989 Ano XCIX — N" 140 Preço para o Rio: NCzS 1.20

TempoSâo Paulo — João Dario/DiArlo Popular

No Rio e Niterói, nublado com períodosparcialmente nublado e pancadas de chu-va ocasionais. Visibilidade moderada.Temperatura estável. Máxima e mínimade ontem: 3'1,1° em Banjíu e 21.2° em San-ta Teresa. Foto do satélite, mapa e tem-po no mundo, Cidade, página 2.

Alfredo Ceschiatti

? 191811989

O escultor Alfredo Ceschiatti, cujas obrasviraram uma espécie de marca registradade Brasília, como Ax banhistas, no Pa-lácio da Alvorada. Justiça, no Itamarati, ouos anjos da catedral, morreu ontem noRio, onde também está famosa obra sua:As trfei forças armadas, no Aterro. (Pág. 18)

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Cnstiana Barbosa (loto),a Hannah da novela

Kananga do Japão, daTV Manchete. mostra

as bases de noiatendência: a filosofia

dc ter poucaspc*is

escolhendoum tipo.

uma cor ouinvés¦lindo

naqualidade.

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Frederico Rozario

? .4 noite de hoje é uma das maispromissoras da íasc carioca do FrecJazz, com a apresentação do grupobrasileiro Souvellc Cuisine e do cantorde bluesJoe Williams, acompanhadopela orquestra de Count Basie. Nasduas noites anteriores, os showsprincipais correram por conta deGcorge Benson (foto), que cantou paraum teatro lotado e foi aplaudido de pé.

Tasso Marcelo

mrnUi'$jr. HkIaV^'

Erundina diz que não altera em nada sua rotina

e que ameaçada está a estabilidade do país, não ela

Maratona reúne Metrô do Rio

Li» >-- % KInseparáveis. Eliakim Araújo c Lcila

Cordeiro (foto) tem poucas diferenças dcposto: e/e curte Eça e Machado, ela prefereGarcia Marque/; os Ídolos dele são l idei eChaplin, o dela c Gorbachev; Eliakim sonhacom um cruzeiro pelo Caribe. Lcila comapartamento em frente ao Central Park.

CASA COR'89 /

? Em mansão paulista de estilonorma rido, .1? decoradores,arquitetos e paisagistas se reunirampura expor sutis concepções nosdiversos ambientes da casa. Casa eDecoração mostra que o resultadoconsagra o talento nacional.

no Leme às 16h

Com 4.850 corredores inscritos,será disputada hoje, a partir dasI6h, a 10a Maratona do Rio. comlargada e chegada no Leme. Umaprova de amor à cidade, a Marato-na servirá para que todos os corre-dores mostrem o resultado de umlongo e detalhado treinamento, feitocom um objetivo: completar a maisimportante prova de rua do Brasil.

Em Bruxelas, o corredor Rob-son Caetano da Silva venceu os200m na etapa belga do circuito deGrand Prix. O brasileiro fez o tem-po de 19s96. melhor marca do anopara a distância, e ficou mais pró-ximo do recorde mundial de 19s72.O americano Carl Lewis decepcio-nou e terminou em quinto lugar,fazendo 20s47. (Páginas 20 e 21)

Sérgio Vieiraipwsw**! <0

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Carro e Moto

] O prefeito de Curitiba. Jaime Lerner(foto), admite ser mau motorista,distraído e descuidado. A maior provadisso e que nem lembra da placa do seuAlfa Romeo SI. "Está apodrecendo e echamado dc Mfa morreu por minhamulher e minhas lilh.is". conta.

MHMUim». ¦«¦—¦

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Dos 32 produtos pesquisados petoJORNAL DO BRASIL, dezesseteestavam mais baratos no Carrefour.Em segundo lugar ficou o CR, daRua Bartotomeu MHre, no Lebtoo.

Um jogo de pastilhas de freio emBotafogo custa NCzS 227; em Boo-sucesso as mesmas pastilhas saempor NCz$ 58. É o comércio de auto-peças que exige pesquisa e muitaatenção.

Novidade do mercado: a bicicletapersonalizada. Montada a partir depeças de modelos usados, ela saimais barata e é exclusiva de umaloja na Barra da Tijuco.

Outra inovação é a liquidação daslojas Varese. Até 15 de outubro, os

preços de sapatos e bolsas para mu-iheres estão congelados. (Pág. 15)

Idéiaslivros

; j O escritor norte-americanoJohn Updike é. por hábito,

tratado como um fino retratis-ta. dono de ironia sofisticada eestilo elegante. 5., romance lan-çado ano passado cm Nova Ior-que e agora traduzido pelaRocco, vem mostrar porém queUpdike é mais que isso: comsua literatura delicada e intimis-ta, ele promove uma verdadeiradevastação na face americana.Sally, a personagem central, éuma quarentona desiludida quedeixa para trás vinte anos dccasamento e uma felicidade al-go estúpida e parte para o Ari-zona em busca da verdade nu-ma seita iogue. O romance é.na verdade, umacartas que ehiamigos e para

coleção deremete para

a sua família.

Cartel de Medellín

já atinge o Brasil

Na guerra contra o tráfico dedrogas, o Exército da Colômbiavenceu uma batalha: descobriu,numa fortaleza conhecida comoCastelo Marroquim. nos arredo-res de Bogotá, um arsenal dos tra-ficantcs, que incluía mapas doBrasil com referências ás viagens aterritório brasileiro. Segundo aimprensa colombiana, a mulher deJosé Londono, um dos chefes doCartel dc Cáli, tem propriedadesno Rio de Janeiro. Na fortaleza,havia um altar para magia negra,com castiçais de ouro maciço, ca-beças de bode e de tigre.

Além do castelo dos traficantes,o Exército colombiano ocupou,nas montanhas, duas fazendas e

Violência em

Santos faz Lula

parar campanha

O candidato do PT á Presidência daRepública. Luis Inácio Lula da Silva,interrompeu a viagem que fazia ao Sule voltou de Porto Alegre para Santos,a fim de acompanhar hoje o enterro deseu correligionário Anésio Pimentados Reis, 50 anos, militante do PTdesde a fundação, baleado na noite dequarta-feira e falecido ontem.

Anésio estava á porta de uma ga-ragem de ônibus que seria devolvidaaos donos no dia seguinte, por ordemjudicial, c foi baleado por um gru-no que, seiiundo a prefeita Telma deSouza (Pt), inclui policiais civis.A prefeita paulistana, Luiza Erun-dina, ameaçada de morte e protegi-da pela politia, disse que nada temee mantém vida normal. (Págs. 4 e 5)

uma sede clandestina do Cartel deMedellin, onde encontrou livrosde contabilidade e equipamentosde telecomunicações. Os soldados,recebidos a bala no hunker, conse-guiram prender um filho e doissobrinhos do chefâo Gonzalo Ga-cha. Foram queimadas 2 tonela-das de cocaína em laboratórioperto de Medellín.

Diante do novo desafio dos nar-cotraficantes, que ameaçam matar10 juizes para cada traficante ex-traditado para os Estados Unidos,o presidente americano GeorgeBush anunciou auxílio militar deUSS 65 milhões à Colômbia. Opacote inclui 22 helicópteros, lan-chas, lançadores de granada, ar-mas leves e munição. (Página 8)

Collor supera

soma de todos

em 7 pesquisas

Pela sétima pesquisa consecutivado lbope o candidato do PRN a pre-sidente da República, Fernando Col-lor dc Mello, tem percentual cie in-tcnçòes dc voto superior á soma dosíndices dc iodos os outros candidatose vem se mantendo num patamar quecorresponde a mais dc ires vezes amarca do candidato do PDT, LeonelBrizola.

Na rodada de pesquisa divulgadaontem pelo lbope. por encomendada Rede Globo. Collor subiu doispontos, passando para 44%, e Bri-zola cresceu um, chegando a 14%.Em terceiro lugar, estão empatadoscom 5% Mário Covas, Luis InácioLula da Silva e Paulo Maluf. UlysscsGuimarães ficou com 4% e Aurelia-no Chaves caiu para zero. (Página 3)

paga em média

^000Oito mil cruzadoslTov©&_équan-

to ganham por mês. em nieduíTr^IS6 assistentes. (>4 economistas e 39advogados do Metrô. O menor sa-lário é o do continuo: NCzS 1 mil.É o servidor mais bem pago doestado, di/ o presidente da Compa-nhia do Metropolitano. José MariaSiqueira de Barros, que admite ain-da a existência dc distorções e des-vi o de função.

Barros diz que o Metrô não temcondições de pagar em 48 horas oestabelecido pelo acordo salarial eestuda recurso contra a sentença doTRT, que considerou legal a grevedos metroviários. A direção doMetrô encomendou uma avaliaçãoda situação salarial de seus funcio-nários e admite a possibilidade dccortes de pessoal. (Cidade, pág. 3)

AP

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Pontf^firuiflritãoTurn 240" abaixo de zero

A mais longa jornada

Doze anos depois e a 4,5 bi-thões de quilômetros da Terra, aVoyager 2 completou a maiorviagem de exploração espacialdeste século e mergulhou no espa-

ço interestelar. Este passeio porcinco planetas e dezenas de luas,iniciado em 1977, jogou no lixotudo o que se sabia.

Foram muitas descobertas do-cumentadas com belas imagensinéditas. Saturno, um mundo de

gás alaranjado, não tem apenastrês ou quatro anéis, mas mais de20. Nas vizinhanças de Júpiter,onde se esperava encontrar ape-nas paisagens geladas, a Voyagerfotografou a lua Io, um mundoinfernal coberto por enxofre in-candcscente. Em 1986, a sondadescobriu perto dc Urano luas cmundos onde estranhos vulcões

expelem uma forma de gelo cre-moso como uma pasta de dentes.

Depois de se despedir de ISetu-no, planeta de gás metano azul,com furacões maiores que a Terrae nuvens brancas que projetamsombras escuras, a Voyager afinalaproximou-se ontem de uma dasoito luas do planeta, Trítão, mos-trando montanhas e crateras de ummundo onde a temperatura de 240graus negativos solidifica o ar.

Robô de uma tonelada, a Vo-vager chegou a Trítão, seu des-tino final, a 120 mil quilômetrospor hora, velocidade 60 vezesmaior do que a de um Concordee, a partir de agora, erra peloespaço com um videodisco ondeestão gravados a Nona Sinfoniade Beethoven c Mick Jagger,vedete dos Rolling Stones, can-tando Satisfaction. (Página 12)

1

2 ? Io caderno ? sábado, 26/8/89 Brasil JORNAL DO BRASIL

Coluna do Castello

Voto firme só com

o programa eleitoral

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V: nri'lVrcn-

Provavelmente nao

haverá novidadesem matéria dc númeroseleitorais antes das pes-quisas que se realizarema partir dos últimos diasde setembro, quando osindecisos por carência deinformações começarãoa dispor de elementos"coili

que uiii.süiidar oii-r-cvcr suascias manifestadas anteriormente. Candidatoscomo Ulysses Guimarães. Aureliano Chavese Mário Covas jogam tudo no discurso delese dos seus respectivos partidos para levar aum público ansioso por decidir com autono-mia e votar com independência. A audiêncianacional desses discursos será propiciada pe-lo programa oficial no rádio e na televisãosupervisionado pela Justiça Eleitoral. OPMDB e o PFL transformaram a campanhados seus candidatos numa corrida de obstá-culos pois é deles principalmente que partemas objeçòes e as rejeições que povoam oscaminhos de ambos.

Em matéria de pesquisas convém ouvir osperitos e na espécie o mais autorizado delescontinua a ser o poeta Homero Icaza San-chez. que alerta os interessados para a cir-cunstáncia de serem ainda muito reduzi-dos os votos firmes ou cristalizados. Mais de60% dos eleitores não se consideram aindacm condições de fazer sua escolha e outros afazem em caráter precário numa lista ofereci-da pelo pesquisador. Homero não quer pro-duzir novidades mas apenas raciocinar comclareza, tanto que. como qualquer leigo, ad-mite que deverão chegar ao segundo turnoFernando Collor de Mello e Leonel Brizola eassinala como fatos que podem alterar oquadro de disputa ascenções de candidatosmenos favorecidos até aqui, como PauloMaluf e Afif Domingos.

Ficando apenas nas suas avaliações técni-cas é ainda nesse terreno que se devem colo-car suas observações sobre as razões do blo-queio das candidaturas de Ulysses eAureliano, vitimas de notória rejeição doeleitorado mas principalmente dos seus pró-prios correligionários. Reclama o deputadoFrancisco Pinto que Ulysses não tem posi-ções nítidas relativamente a questões comodívida externa, papel do Estado na econo-mia. política financeira, etc. Essa a atitude deum membro da Executiva Nacional doPMDB e de alguém que permanece solidáriocom o candidato. Não é difícil diagnosticar oque. nesse caso. separa o candidato do seuseguidor. Ulysses ,não se define sobre taisquestões porque se o fizesse certamente nãoiria agradar o deputado. Todo mundo sabeque ele não pensa como Chico Pinto nemcomo Waldir Pires e que sua candidatura foium casamento de conveniência de um politi-co liberal com uma corrente ideológica queeventualmente dominou duas convenções dopartido.

Já Aureliano não sofre na mesma escala acrítica idelógica na sua grei, mas tal como seuconcorrente do PMDB enfrenta igualmente odiagnóstico de inviabilidade eleitoral ditado_ 'lns que. nns_p£j':lns di- m.ir.t.o. interpretam-as bases dos dois partidos. O PFL situa-sesabidamente do centro para a direita e seucandidato, pessoalmente, talvez tenha postu-ra que sensibilizasse mais o nacionalismosocializante do que o antigo presidente daConstituinte. Seu caso seria portanto menosgrave não fosse mais alarmante a sem ceri-mónia com que políticos do PFL negociamseu apoio a candidatos concorrentes ou sim-plesmente os apoiam por deliberação própria(ou das bases, como costumam dizer).

A partir do dia 15 de setembro, no entan-to, os discursos dirão do que se passa nacabeça dos candidatos e ainda que sublimi-narmente suas verdadeiras mensagens alcan-çarão o eleitor. Há os que não se definem porserem mesmo por natureza indefinidos eos que não o fazem por conveniência politi-ca. Falando diariamente não há como evitarque suas idéias sejam percebidas e sua postu-ra seja visível. A massa de informações doseleitores crescerá suficientemente a ponto detranqüilizar, por exemplo, o deputado Fran-cisco Pinto na sua decisão de votar em Ulys-ses Guimarães ou de levá-lo a desviar seuvoto para o autor de discurso mais próximodo seu.

As verbas rodoviáriasO deputado Israel Pinheiro Filho nega

que a Comissão Mista de Orçamento doCongresso tenha retido por motivos políticoso autógrafo do projeto de lei já aprovado quedistribui pelos estados as verbas rodoviárias.O autógrafo não foi mandado à Presidên-cia da República por questão técnica cujasolução foi confiada á Seplan. A propósitomostrou o cartão assinado por Pedro 1'ullenParente, diretor da Secretaria de Orçamentoe Finanças da Seplan, que diz o seguinte:

"O trabalho de codificação técnica e pro-cessamento de dados do Projeto de Lei n° 6,solicitado a esta SOF por Vossa Excelência epela Mesa da Comissão Mista de Orçamentono dia 17/8. está em fase final de elaboração,aguardando apenas a revisão da assessoriatécnica daquela comissão. Estimamos queesteja concluído até o próximo dia 25."

Ontem o autógrafo chegou ao Palácio.

Carlos Castello Branco

Olívio enfrenta ato

de servidor e marca

data para reposiçãoPORTO ALEGRE — O prefeito Olivici Dutra (PT) enfren-

tou ontem o protesto dc cerca dc 500 funcionários mu-nicipais que se aglomeravam no largo da prefeitura pedindo areposição de um resíduo salarial de 25.73% acumulado desdejaneiro. Ao lado do presidente do Sindicato dos Municipários,Dàrvin Ribas, o prefeito petista garantiu que o percentual serápago junto com o salário de agosto, em folha complementar,até 10 de setembro.

Foi a primeira vez. cm oito meses dc governo, que oex-presidente do Sindicato dos Bancários Olivio Dutra depa-rou-sc com uma manifestação popular na frente da prefeitura.O clima dc cordialidade, porem, partiu dc Ribas: "Em nome dosindicato, agradeço a Vossa Excelência por ter vindo aqui secongratular conosco". Depois. Ribas, que c da CGT c, portan-to. faz oposição á CUT e ao PT, disse que, apesar dc o-resíduo-não ser pago em agosto, como preferiam os 17 milfuncionários do município cm atividade, já c um avan-ço.

A alegria dos servidores significa dor dc cabeça para osadministradores. Pelos cálculos da Secretaria dc Administra-çào, o pagamento dos funcionários deve absorver 100% dareceita de agosto. Para setembro, é possível que a prefeiturarecorra ao mercado financeiro, adicionando mais dividas aosNCzS 10,5 milhões que deve a bancos particulares como com-plemento á folha de pagamento dos funcionários. Olivio garan-liu, porém, que até o fim do ano quer transformar essadistorção — o pagamento do funcionalismo não pode ultrapas-sar 65% do orçamento, conforme a Constituição.

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ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTESDAUFRJ —ADUFRJ

EDITALA Diretoria da ADUFRJ. em conformidade comos artigos 36. 37 e 38 do Estatuto da Entidade,convoca todos os sócios em gozo dos seus direi-tos para elegerem nos dias 27. ?8 e 79 de setem-bro nova Diretoria para o biênio 1 989, 1 991 No <<>mesmos dias também se realizará a eleição par.i oConselho de Representantes nas unidades emque o mandato dos atuais representantes so esgota. Informações adicionais, regulamentos enormas cfns eleições, etc., podem ser obtidos naSecretaria da ADUFRJ

Rio de Janeiro. 26 de Agosto do ' 989.Ass. Alexandre Magalhães da Silveira

Presidente em Exercício

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Com Fábio MumzO CRIACÀ0 E PRODUÇÃO DE TV. CINEMA. CO-

MERC1AL E VlDEOCom José Antônio Tauil

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furte na FM 105Vale a FVna Ouuir dc Nouo Ira;paru uocê as cançOes que marcaramos melhores momentos do sua uida

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Você uai goslar desta jiagem notempo

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Lula promete

retirar subsídio

que favorece

grandesempresas

PORTO ALEGRE — O candidatodo PT, deputado Luís Inácio Lula daSilva, disse que. sc for eleito presidente,extinguira os subsídios indiretos que be-neficiam grandes grupos empresariais eproprietários rurais, destinando os recur-sos p.ir.i os pequenos e médios produto-res agrícolas c para a habitação, saúde,educação e produção de alimentos bási-COS.

Lula disse que o preço do aço produ-/.ido pelas siderúrgicas estatais é vendidocom redução de 50% para subsidiar aindústria automobilitica. Deu outroexemplo de subsidio dissimulado: a Pe-irobrás vende nafta por quase metade dopreço de mercado, para favorecer as in-dustrias petroquímicas. Ele prometeutambém obrigar as multinacionais a p.i-garem á vista os derivados dc petróleofornecidos pela Pctrobrás.

Proalcool — "São esses subsídiosescondidos que estão por trás dos prejui-/os das estatais, como a Companhia Si-derúrgiea Nacional", afirmou. Sc chegará Presidência da República, ele extingui-rá lambem os subsídios ao Proalcool.que segundo informou "já consumiuUSS 6 bilhões desde 1984".

Lula denunciou que a privatizaçãodas siderúrgicas Aços 1'inos Piratini,Açominas e Acesita "é um ato ilícito dogoverno Sarney contra o patrimônio dopovo brasileiro, pois se pretende lambemvende-las por preços um terço do valorreal". Prometeu que etn seu governo asestatais serão "democratizadas e não pn-vati/adas".

Na área agrícola. Lula pretende"acabar com o atual sistema, que subsi-dia uuase que somente os grandes pro-pnetarios. como ocorreu na Bahia, ondetodo crédito rural foi destinado a novefamílias de grandes fazendeiros". Garan-tiu que os pequenos e médios produtores"receberão a totalidade dos financia-mentos agrícolas, além de assistência téc-nica, subsídios e incentivos fiscais"

Acompanhado do prefeito OlmoDutra, o candidato do PT fez um comi-cio para 150 trabalhadores da metalúri-gica Zivi-Hérculcs, na zona norte de Por-to Alegre. Em cima de um banco dapraça em frente á fábrica, Lula disse que"os trabalhadores estão prontos para to-mar conta de seu pais c de seu próprionariz" e prometeu voltar ás portas dasfábricas depois das eleições.

PMs — () candidato a vicc-presidcn-te na chapa de Lula, senador José PauloBisol (PSB), disse em entrevista á TVBandeirantes que. no governo do PT. asPolícias Militares dos estados serão des-\inculadas do Exército. Informou que,além da devolução da autonomia dasPMs. o programa dos petistas para aarca dc segurança incluirá a desvincula-çào do Departamento de Policia Federaldo Sistema Nacional de Informações(Sisne) e a criação do Ministério da IX'-lesa. que absorveria os atuais ministériosmilitares.

"O poder tem que ser civil, pois aindavivemos numa democracia consentida",justificou Bisol. O vice de Lula ressaltouque uma das prioridades do PT é elimi-nar leis e órgãos administrativos que per-mitam aos militares exercer o papel depoder moderador.

Bisol não acredita que o TribunalSuperior Eleitoral acate o pedido de im-pugnação de sua candidatura feito pelaProcuradoria Geral Eleitoral, que alegoudescumprimento do prazo de filiação aoPSB. "O pedido baseou-se em lei daditadura, que foi sobrepujada pela Cons-tituição", disse.

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Yladimir rico dobra audiência

Engraxate pedebicicleta. mas

deputado nega

Como faz tradicionalmente todas

as sextas-feiras, o deputado le-deral Vladimir Palmeira (PT-RJ) —que ganhou o prêmio de N'C/5 5milhões na Sena da semana passada eum Mon/a Classic, há cinco dias, nosorteio do consórcio interno da Cá-III.ira ."O.-W HHI..H1 M , ,.yRua São José com Avenida RioBranco discursando, desta vez. paracerca de 100 pessoas, o dobro deouvintes que normalmente compa-recem as suas "audiências popula-res" l m deles, o engraxate MárcioVieira dos Santos, pediu ao deputadomilionário uma bicicleta. Não foiatendido.

Vladimir disse que não daria abicicleta ao garoto em troca de voto,e não acredita na possibilidade de osseus eleitores começarem a miportu-ná-locom pedidos. Depois de conver-sar com o deputado. Márcio, que naopude votar por ter apenas 13 anos.esclareceu aos repórteres: "Ele me en-tendeu mal. Não trocaria a bicicletapor voto. Poderia até ganhar a bici-cleta e não votar nele se fosse ciei-tor". Como engraxate ele recebeNC/S 10 por dia. e morador de Nite-rói, tem três irmãos menores e nãoestuda.

Cenário — A Rua São José nãofoi um cenário muito adequado parao discurso de um deputado milioná-no Água c terra caiam de um prédioem obras bem em cima de Vladimir,que subiu num banco de praça ilhadopor uma poça d'água. A qualquer

Raimundo Vaientim$

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Como sempre, Vladimir fez minicomício no Centro

momento, uma máquina sugadorapoderia ser ligada pelos operários daobra. ameaçando impedir os eleitoresde ouMrein o discurso. "Pessoal, voufalar rápido antes que essa máquinabarulhenta comece a funcionar", dis-se Vladimir.

O deputado petista condenou oprograma de privatizações de empre-sas estatais proposto pelo presidenteJosé Sarney e prometeu votar contraesta medida no Congresso Nacional.Ele declarou também estar solidárioao movimento estudantil de protestocontra o aumento das mensalidades eá reivindicação dos bancários pormelhores salários, motivos das pas-seatas de quinta-feira acompanhadaspor Vladimir. Após discursar, ele res-pondeu ás perguntas dos ouvintes. Obiológo Zilson F. Soares, 29 anos.

quis saber se o deputado poderiasubstituir o candidato do PT a vice-presidente, Paulo Hissol, caso estefosse impedido de disputar as ciei-ções, Vladimir não admitiu a hipótesee apontou os nomes de Jorge Bittar.Benedita da Silva, Paulo Freire, Vir-gilio Guimarães ou. provavelmente,um nome do PSB ou do PC do B.como estratégia de ampliar o territó-rio do PT.

Vladimir confirmou que dará10% do prêmio ao partido. Não ha-vera nenhuma solenidade para a en-trega do dinheiro. "Será muito dis-crcta. Semana que vem me encontrocom o tesoureiro para acertar deta-lhes", prometeu. Os NCzS 500 mil doPT estão investidos no overntghi e aparte que coube ao ganhador do pré-mio está depositada na poupança.

Direito do voto será

disciplina de Io grau

PORTO ALECiRI — A partir dopróximo ano. os alunos de I" grau dacapital gaúcha terão como disciplina re-guiar no currículo o ensino sobre direitodo voto do jovem de l(\ anos. O vereadorWilton Araújo (PDT), autor da emen-da. disse que esta "é uma maneira de oestudante, já no ensino fundamental,ir se familiarizando com a importán-cia da sua participação nos processossociais e. principalmente, no momen-to de ir ás urnas".

W ilton Araújo propõe o ensino dehistória da democracia, o papel do ci-dadào nos processos eleitorais, a elei-çào e política no Brasil a serem minis-irados como matéria obrigatória áscrianças, O vereador Ciro Martini (PDT)chegou a apresentar emenda para que a

disciplina fosse estendida até o segundograu. mas foi rejeitada.

O vereador Adroaldo Corrêa (PT),coniráno á proposta dc Wilton Araújo,acha que na prática os professores deensino de Io grau já promovem essaorientação sobre o voto na disciplinadc Organização Social c Política Bra-sileira (OSPB) desde que a Constitui-ção federal aprovou o voto aos l(i anos.Wilton Araújo, porém, considera que épreciso formalizar o ensinamento e apro-fundar o debate sobre o exercício dovoto com as crianças e adolescentespara que entendam as dimensões dasua posição na hoia dc eleger um can-didato. A emenda foi aprovada com 15votos favoráveis c 10 contrários.

Freire tem em

Cuic ib á comitê

suprapartidárioCUIABÁ — O candidato á Presidên-

cia da Republica do PCB. deputadoRoberto I reire, terminou visita de doisdias a Cuiabá, inaugurando, ontem pelamanhã, um comitê suprapartidário deapoio á sua campanha, organizado porartistas e intelectuais mato-grossenses,

Foi uma solenidade simples, infor-mal. com a presença de aproximada-mente 40 pessoas, cm que o ponto altofoi uma performance do ator cuiabanol.iu de Arruda, satirizando, com ex-pressões regionais que o candidato es-forçava-se para entender, o precòncci-to existente no pais cm relação aoscomunistas. Sob uni forte calor, suan-do muito em seu terno preto c gravatavermelha, l:reirc fez um breve discur-so. destacando que, se o socialismo noBrasil ainda é um sonho, "se todos nóssonharmos, poderá se tornar realida-de"

Porto Alogro — Mauro Mattos

Lulu disse. nit porta da Hercules </ue trabalhadores estdo preparados para o poder

Porto Alegro — Mauro Mattos

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JORNAL DO BRASIL Brasil sábado, 26/8/89 ? Io caderno ? 3

Collor supera soma dos adversários em sete pesquisas

Brizola quer instituto do exteriorA rodada de pesquisa divulgada on-tem pelo Ibope, por encomenda da Re-de Globo, mostra que, em sete pesqui-sas seguidas, o candidato do PRN,Fernando Collor de Mello, vem regis-trando um percentual de intenções devoto superior à soma dos percentuais detodos os outros candidatos. Além disso,ele vem mantendo uma distância maisde três vezes maior que a posição regis-trada pelo segundo colocado, o ex-go-ycrnaao Leonel Brizola. Nessa últimapesquisa. Collor subiu dois pontos per-centuais, obtendo 44% da preferênciade votos e Bri/ola subiu um ponto per-centual. atingindo 14%. F.sta últimapesquisa foi feita no período entre 16 a23 de agosto e foram ouvidas 3.581pessoas em todo o pais.

Os dados divulgados pelo Ibope re-gistram também que na Região Sul ocandidato do PRN teve uma queda dedois pontos percentuais, ficando com32%. enquanto Leonel Brizola subiudois pontos, atingindo igualmente 32%.Na Região Nordeste, foi a vez de Brizo-Ia cair uni ponto, registrando 5%. cn-quanto o candidato do PRN subiu 5pontos percentuais, passando para54%. Na Região Sudeste. Collor deMello caiu um ponto, passando para38"o. e o candidato do PDT subiu doispontos, atingindo 16"o.

Segundo o diretor do Ibope. CarlosAugusto Montenegro. a ascensão docandidato do PRN ultrapassou pelaprimeira vez uma barreira determinadapelo Ibope. Os técnicos agrupam oscandidatos cm quatro patamares. Oprimeiro vai de zero a 2%. que nessassete pesquisas vem sendo ocupado peloscandidatos Roberto Freire (PCB). AfifDomingos (PL), Aureliano Chaves(PFL). Ronaldo Caiado (PDC) c Afon-so Camargo (PTB). O segundo patamarvai de 4% ;i 7%, ocupado por LuísInácio Lula da Silva (PT), Mário Covas(PSDB), Ulysscs Guimarães (PMDB) cPaulo Maluf(PDS). A seguir, o terceirogrupo, entre 10% e 14%, è ocupadopelo candidato do PD I'. Leonel Brizo-la. I um último, de 38% a 43%. estariao candidato do PRN. que agora ultra-passou esse limite.

Até agora, as pesquisas vinham re-gistrando um quadro estável dentrodesses limites determinados pelo insti-tuto de pesquisas, sendo superado pelaprimeira pelo candidato do PRN. Mon-tenegro diz. entretanto, que e necessáriapelo menos mais uma pesquisa para seconcluir que Collor realmente mudoude patamar.

Os últimos números°//o

1a 29/6 6 a 21a 3 a lOa 16 a7/6 5/7 12/7 26/7 9/8 16/8 23/8

Collor 43 39 41 41 42 42 44

Brizola 11 13 12 13 14 13 14

Luto 7 6 6 6 5

Maluf 5 6 5 6 5

Covas 5 4 6 4 5

Ulysses 4 5 3 4 4

Afif 12 112 2 2Freire 1111111

Auretiano 1 1 110

Caiado 1110 11

Camargo - 1 0 0

Brancose nulos 4 5 5 5 4

Indecisos 17 16 16 16 14 15 15

j Fonte Ibope

Tasso e Melo — O governador'lasso Jereissati (PMDB) anunciou eml-ortaleza que não tem mais "qualquercompromisso" com o candidato doPRN. Fernando Collor de Mello. UmRecife, o governador do Rio Grande doNorte. Geraldo Melo (PMDB), anun-ciou também que e "definitivo" o rompi-mento das negociações com Collor. I as-s o considerou a divulga ç ã o d odocumento que ele e Melo elaboraram"uma atitude deselegante" do candi-dato do PRN e a prova de que Collor"fugiu á proposta de apoio ao Nordes-te". Os doi> governadores continuam,porém, indefinidos na sucessão prc^i-dcncial.

Tranças — A deputada MoemaSantiago (PSDB-CE) festejou em Brasi-lia o recuo do governador Tasso Jereis-sati, que esteve na iminência de aderir aocandidato do PRN. Fernando Collor.Moema havia prometido cortar as tran-ças que usa desde a década de 70.quando militou na esquerda armada,se o governador aderisse. Agora misti-ca, Moema, que torce para que Tussoapóie o candidato do PSDB. senador

O candidato do PDT à Presidênciada República, Leonel Brizola. anunciouque pretende contratar um instituto depesquisa da Europa ou dos Estados Uni-dos. com a ajuda da Internacional Sócia-lista — órgão do qual é um dos vice-pre-sidentes — e do Partido Democrata, dosEstados Unidos. "Estou cada dia maispreocupado com a possibilidade de umafraude nas eleições presidenciais porquese chegou a um ponto de utilização daspesquisas como instrumento de forma-çào de opinião pública que fazer umafraude, afinal, não seria uma grande sur-presa", atacou o candidato, se refenn-do, principalmente, à Rede Globo e aoIbope.

Brizola — que na última pesquisa doIbope, divulgada ontem pela televisão,está com 14% das intenções de voto,enquanto o candidato do PRN, l er-nando Collor de Mello, está com 44" 0informou que está procurando saber opreço da contratação de um institutoestrangeiro de pesquisa eleitoral, "real-mente eficaz e reconhecidamente idõ-neo". Segundo Brizola, os institutos na-cionais de pesquisa estão "dentro daarmação" que. de acordo com ele. estásendo organizada para "criar um climade que o candidato que está em primeirolugar nas pesquisas (Collor) já ganhou".

Ajuda — "Não sabemos se e caro oserviço, mas estamos pedindo a cola-boração da Internacional Socialista edo Partido Democrata. E fomos agra-davelmcntc surpreendidos com a uu-

Leonel Brizola

ciativa de um amigo nosso do PartidoRepublicano, também dos Estados Uni-dos. que nos perguntou: E por quenão a colaboração do Partido Republí-cano também?", contou o candidato.Brizola afirmou que ainda está esto-dando unia forma de baratear o custoda contratação de uma empresa cstr.m-çeira, citando ,i possibilidade de o PDTfornecer pesquisadores oriundos de uni-versidades, ficando á cargo da empresaapenas a direção da pesquisa.

As pesquisas feitas no Brasil — queindicam a vitória de Fernando Collorde Mello — para Brizola, estão criandoum clima "favorável á realização deuma nova Proconsult". O escândalo daProconsiilt — tentativa de fraude elei-toral — ocorreu nas eleições de 1982,quando Brizola disputava o governo doRio pelo PDT. "Durante a campanha,a Dona Sandra (Sandra Cavalcanti, en-tão candidata a governadora pelo PTB)estava com W)% nas pesquisas e no finalacabou ficando cm quarto lugar", com-parou o candidato pedetista.

Para mostrar que as pesquisas estãoexagerando na vantagem apontada pa-ra o candidato do PRN, Brizola citou avaia que Collor recebeu em Brasília,há alguns dias, quando foi asssistir anm jogo de tênis: "Não me venhamdizer que era a Brizolándia (grupos deadmiradores de Brizola que se reúnemna Cinelàndia, no Centro do Rio) quejogava tênis em Brasília, com todo opessoal lardadinho de Adidas. Até láele se deu mal. O povo brasileiro estáse sentindo usurpado pelo que os meiosde comunicação estão divulgando", pro-testou o candidato, sem mencionar onome de seu rival. Alem de contratarum instituto de pesquisa estrangeiro,Brizola pretende, junto com a OAB eoutros partidos, organizar um sistemaparalelo de apuração das eleições pre-sidenciais, temendo a fraude.

Mário Covas, acha que o padre Cíceroatendeu suas preces. Ela \.u levar Co-vas a Juazeiro do Norte.Robertão — Apesar dos ataques deI ernando Collor ao presidente José Sar-ney, o ministro do Desenvolvimento daIndústria e do Comércio. Roberto Car-doso Alves, disse em Brasília ficara como candidato do PRN, se cie disputar osegundo turno com o candidato do PDT,Leonel Brizola. "Dos males, ficarei como menor", declarou Robertão. que noentanto admitiu apoiar o candidato doPDS. se Paulo Maluf continuar subindonas pesquisas.Pesquisa — O governador do Pa-raná. Álvaro Dias, disse cm Curitiba quedecidiu retirar-se da campanha do depu-t.tdo Ulysscs Guimarães porque, segun-do uma pesquisa do Ibope, 93° o dosparananeses preferem que ele não apóieo candidato do PMDB. Álvaro negouque tenha liberado a bancada pemede-bista de seu estado para apoiar outrocandidato. Admitindo a derrota de Ulys-ses. ele disse que no segundo turno "as

questões regionais" vão definir a posiçãodos pcmedebistas.

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4 ? Io caderno ? sábado, 26/8/89 Brasil JORNAL DO BRASIL

Candidato a vice diz Em Minas> Covas

ter conta no exteriorBRASÍLIA — Pelo menos um

\ dos envolvidos na disputa pela Pre-; sidência da República, o candidatoj a vice pelo PL, ex-ministro Aluizio[ Pimenta, tem conta bancária no ex-j terior. Segundo sua declaração de? bens entregue ao Tribunal Superior\ Eleitoral (TSE), ele tem depósitosj no valor de USS 14.405.00 no Biggs) Bank de Washington, além de uma; participação de tJSS 18.951,00 na

Cooperativa de Crédito do MD. Ovice do PT, José Paulo Bisol, apre-sentou uma lista de vários bens e

j pelo menos uma curiosidade: duas! dividas junto ao Banco do Brasil.! no valor total de NCzS 410.731,41.; A divulgação dos bens apresen-

tados pelos candidatos a vice aca-1 bou provocando um verdadeiro

frisson no inicio da noite, em Brasi-! lia. Em documento autenticado em! cartório, o vice do PDT, deputado; Fernando Lyra, apresentava uma; relação de quatro cadernetas de

poupança, com o valor total deuma astronômica cifra de NCzS

; 37.684.553,34. A quantia, de deixar; rubro de inveja o mais novo milio-

nário da Sena. o deputado Wladi-mir Palmeira (PT), que canhouNCzS 5.000.000.00. é na verdade,como jura Lyra, de NCzS37.684,55."Eu errei. Os valores são de de-

, zembro. Houve uma confusão de; cruzados com cruzados novos. Esteí dinheiro todo é para o Wladimir

Palmeira", disse o deputado quan-j do foi localizado em Jaboatão (PE).| Assediado, Fernando Lyra, que; além dos mais de NCzS 37 mil.\ possui aplicações no mercado aber-; to de capitais e ações em empre-r^sas. tem também trés automóveis,

. dois apartamentos e três linhas tele-fónicas. Suas cadernetas de pou-

: pança são do Banorte Crédito Im-

biliário S/A (duas) e da CaixaEconômica Federal (duas).

O vice do PSD. o ex-presidentedo Banco do Brasil, Camilo Cala-zans, apresentou um patrimônioavaliado aproximadamente emNCzS 870 mil, distribuídos em imó-veis em Brasília e Sergipe, ações daPetrobrás e do Banco do Brasil,equipamentos rurais, carro e contasde poupança. Já o vice do PFL,Cláudio Lembo, tem 26 imóveis,contra 29 de Collor.

Waldir Pires, do PMDB. apre-sentou uma lista de 16 itens, queinicia com um apartamento e acabacom "jóias, valores e bens". Ele temoito imóveis espalhados pela Bahiae Rio; neste último estado foramdeclaradas "1.999.680 cotas daPAS-Emp, Adm. Ltda", ali incluin-do-se dois apartamentos no Rio.José Paulo Bisol. do PT, relacionouimóveis, equipamentos agrícolas,automóveis e até bens penhoradosjunto ao Banco do Brasil.

O candidato a vice do PSDB,senador Almir Gabriel, está entreos que tém mais bens. Ele possui 12cadernetas de poupança, somandoNCzS 253.506,00. cinco telefones,dois carros c cinco imóveis, além deseis contas bancárias, cujos saldosna data da declaração variavam deNCzS 0,00 (no Banco do Estado doPará) a NCzS 11.070.21 (no Bra-desço Belém).

Itamar Franco, do PRN, deda-rou apenas quatro imóveis e trêsautomóveis. José Bonifácio de An-drada. do PDS. declarou um apar-lamento, fazendas, automóveis ecotas da Rádio Correio da Serra, deBarbacena (MG). Já o candidatodo PCB. Sérgio Arouca, é dispara-do o que tem menos bens — apenasa metade de uma casa em San-ta Teresa, no Rio.

André BarcinsM

Disco já está a venda é custa NCzS 12,00

Collor tem trilha sonora

Medi na é autor daletra e disco tem3 mil exemplares

A 82 dias da eleição para Prcsi-dente da República, a campa-

nha política começa a ganhar trilhasonora. Quem saiu na frente foi ocandidato Fernando Collor de Mello(PRN), com o disco I'amos Collorir.titulo escrito em a/ul com as letras Icm amarelo e verde, marca do candi-dato. O disco é um mix (apenas umafaixa) com música de mesmo nomecantada por Marcelo Guimarães,compositor e puxador de samba daBeija-Mor de Nilópolis. A novidade éa autoria da letra da canção: o pubh-citáno Roberto Medina, diretor daArtplan, em sua primeira incursão nomercado fonográfico.

O samba foi composto cm parcc-na com Nizan Guanaes. diretor daagência de publicidade DM-9 e res-ponsável pela música. "A gente seencontrou um dia e pintou a históriade fazer a música. Saiu meio na emo-çâo", conta Medina. confessando terentrado a primeira vez numa agênciade publicidade "por acaso": "Antesde começar a minha vida profissionalescrevia muito, era metido a poeta",diz. orgulhoso da aprovação de Col-lor a versos como "Chega de ter umfuturo negro um povo roxo de fome/Chega de tanta descrença. Chega dafloresta virar cinza, de manchar o nos-so nome. Chega de tanta indecência.

Quanto ao convite a MarceloGuimarães, não foi a loa. "Queria-

mos um puxador de samba, e ele jáhavia manifestado a intenção de vo-lar no Collor." Marcelo é um dosautores de Sou negro, do Egito á hber-dade, samba-enredo da Beija-Flor noano passado. Além disso, já gravoudois discos. Este ê o terceiro e. comotem tiragem pequena (três mil exem-plares), está á venda em poucos luga-res. No Rio, pode ser comprado porNCzS 12,1X1 nas lojas Gabrícla, cujoproprietário ê eleitor de FernandoCollor Nem todos os vendedores, noentanto, são. Na loja da rua Viscondede Pirajá (Ipanema), assim que o to-ca-discos começou a repetir o refrãoCollorir eu vou. pra vida ficar azul.collorir eu vou. o Brasil de norte a sul,eles puseram buttons de seus candida-tos — Lula. Brizola e Afif —. únicaarma encontrada para fa/er contra-propaganda junto aos clientes.

Os clientes, segundo a gerente Eli-sabeth Augusto Pessoa, têm reaçõesdiversas. "Uns gostam, outros criti-cam." Fia. particularmente, gostamuito. "Tem que abstrair. O sambacm si ê muito bonito", acredita. Seuautor acha impossível prever se Va-mos Collonr pode virar uma espéciede hino do PRN. A letra, de exacer-bado nacionalismo, tem todo o ufa-nismo necessário para tanto: "Dcfen-der as quatro cores da bandeira! ver apátria brasileira resgatar a sua honra.IChega desse verde desbotado, do ama•relo ser roubado, dessa falta de vergo•nha. Chega desse azul tão poluído,desse branco ene ardido, da desordem edo regresso./E hora de pintar tudo denovo pra devolver a alegria desse po-

nega titulo de

santo e salvadorDIVINÓPOLIS, MG — O ferrovià-

rio aposentado João Godoy, 69 nnos,acercou-se ontem do senador Mário Co-vas, do PSDB. e disse: "Espero que osenhor seja o São Jorge que vai nossalvar". O candidato a presidente reagiu:"Não! Não serei isso. Esta nação só vaise salvar se todos nós nos empenharmos.Não quero me apresentar como o salva-dor da pátria". Covas foi recebido comentusiasmo nas ruas desta cidade de 260mil habitantes, no oeste mineiro.

Para Covas, o candidato do PRN.Fernando Collor de Mello, já chegou aoponto máximo de crescimento nas inten-çòes de voto. "Não tenho dúvidas que elevai cair. A posição que ele ocupa o colo-ca como vidraça", analisou o senador.

A possibilidade de adesão dos gover-nadores Tasso Jereissati, do Ceará, e deGeraldo Mello, do Rio Grande do Nor-te, ambos do PMDB, a sua candidaturafoi recebida com cautela pelo candidatodo PSDB. "Vamos esperar. Cabe a elesfalar", disse Covas, com um sorriso. Eleafirmou que gostaria de ter os dois go-vernadores não só como aliados na cam-panha, mas nos quadros do PSDB. "OTasso mudou a política de coronclismono Ceará", elogiou.

A secretária aposentada Luzia Gonti-jo Resende queixou-se de que está rece-bendo da Previdência Social apenasNCzS 158,00 por mês. Covas pediu maisdados a ela, fez contas de cabeça e res-pondeu: "O certo seriam NCzS 285,00.Entre na Justiça. Estão roubando você."Ele fez uma visita à Câmara Municipal,onde apenas cinco dos 17 vereadores es-lavam presentes: dois do PSDB, dois doPSB c um do PTB.

A programação cm Divinópolis teveainda uma visita ao portão de saída dosempregados da Rede Ferroviária Fede-ral, onde o candidato distribuiu apertosde mão e fez um improvisado comício.IX- manhã, o candidato do PSDB estive-ra cm Patrocínio, cidade de 85 mil habi-lantcs no Triângulo Mineiro, onde desfi-lou sobre uma cannnhonele e andoupelas ruas. antes de almoçar c embarcarpara Divinópolis.

TRE apreende

propaganda

de candidatosTrcs equipes de fiscais da 1' Zona

Eleitoral pcrcorrcrram ontem Copaca-bana, Lcblon, Botafogo, Centro, Rodo-viária. Avenida Brasil. Madurcira cMeicr e apreenderam cartazes c ban-deirolas de candidatos a presidente daRepública. Por determinação do Tri-bunal Regional Eleitoral, é proibidapropaganda política cm locais públi-cos.

A ordem para a operação foi dadapelo juiz Paulo César Salomão, coor-denador de Fiscalização de Propagan-da da I' Zona. As equipes, compostasde quatro homens, não tinham, scçun-do o chefe Domingos Ribeiro Alves Fi-lh'i aniomlatk para feeerhef a mate*rial. O papel deles era apenas exibir odocumento dando ciência aos nulitan-tes, da exigência.

Na Praça XV. porém, os fiscais nãotiveram outra alternativa. Vicente So-breira, um dos fundadores do PDT

fez questão de se apresentar assimrecusou-se a desmontar sua barraca."Esta é a forma mais honesta de cam-

panha. Estamos vendendo buttons(NCzS 1.50) e plásticos (dc NCzS 1 a5,00) para arrecadar fundos para o Bri-zola sem incorrer no abuso do podereconômico. Não acho correto o TREgeneralizar. Os cartazes, tudo bem, masa minha barraca não ê propaganda os-tensiva", tentou argumentar com o fis-cal Antônio Carlos Ferreira.

Outra que protestou foi MarleneMacedo. 34 anos, vendedora da barra-ca. "Estou achando estranho eles nãoterem comunicado nada antes ao PDT.A impressão que dá é a de que ê umboicote ao nosso candidato. E maisestranho ainda é eles desmontarem tu-do justo hoje (ontem), quando temum show marcado para as 1 Sh aqui napraça". No local foram recolhidos qua-tro varais repletos de fotos de LeonelBrizola, alem de faixas. E. apesar dosargumentos, os fiscais acabaram fc-chando mesmo a barraqumna de Vi-cente e Marlene.

O material apreendido será devolvi-do. se os comitês dos partidos recla-marem. "Em geral ninguém quer dizerque é dono e tudo vai parar no TRE",explicou Domingos. Neste caso. a dc-volução exigirá autorização do juiz elei-toral. Além de faixas, cartazes e bandei-rolas, estão proibidas as pichações ouqualquer meio gráfico de propaganda.

Militante petista

morre e

prefeita quer investigação

SÀO PAULO — O militante petistaAnésio Pimenta dos Reis, 50 anos. mor-reu ontem no Hospital Albcrt Einstein,em São Paulo, .cm conseqüência deagressões sofridas na quarta-feira, du-rante uma briga na porta da CompanhiaSantista de Transporte Coletivo (CSTC).A prefeita dc Santos. Telma de Souza(PT), enviou telegramas ao governadorOrestes Quércia. ao secretário estadualdc Segurança. Luis Antônio Fleury Fi-lho, e ao delegado regional da PoliciaCivil, solicitando "rigorosa investiga-çâo" para apurar a participação dc poli-ciais civis nas agressões a Anesio dosReis.

Motorista da CSTC, integrante doPT desde a sua fundação, há 10 anos, eamigo pessoal da prefeita Telma de Sou-za, Anêsio foi agredido na entrada dagaragem da Viação Santos-Sào Vicentequando ajudava o dirctor-administraiivoda CSTC, Gerson Rozo. a tentar contatocom o oficial dc justiça que. na manhã dcquarta-feira, concedia mandado de rein-legraçâo dc posse da garagem aos pro-pnctários. A garagem havia sido encam-

pada pela Prefeitura de Santos no dia 12de abril.

A morte de Anesio. conhecido comoKojak, casado, dois filhos, foi o ápicedc uma briga entre a prefeitura c aViação Santos-Sào Vicente, a única cm-presa dc ônibus particular da cidade,com 132 veículos.

Em 28 de março, após haver cometi-do um lock-out, a empresa sofreu in-tervenção municipal. Na quarta-feiradesta semana, o empresário Cláudio Re-gina, proprietário da Viação Santos-SàoVicente, conseguiu mandado de reinte-graçào de posse na 2' Vara Privativa dosDireitos da Fazenda da Comarca dcSantos. Imediatamente, um oficial dejustiça foi à garagem da empresa, nobairro do Macuco, entregar o ilocumen-to ao funcionário da CSTC que coman-dava a garagem ainda sob intervenção.Quando o oficial de justiça encontrava-seno escritório da garagem, o diretor-ad-ministrativo da CTSC, Gérson Rozo,chegou para conversar com ele, num vei-culo dirigido por Anêsio.Ambos foram impedidos de entrar por

cerca de dez homens, alguns deles identi-ficados por Gérson como policiais civis.Seguiu-se uma briga e Anêsio foi agredi-do no chão a pontapés. Ele ainda conse-guiu registrar queixa por agressão, massentiu-se mal e foi levado á Santa Casada cidade. Sem recursos para a cuidardo. a Santa Casa encaminhou o fundo-nário ao Hospital Albert Einstein, umdos mais sofisticados da capital paulista.

| I O candidato a presidente da Rcpú-blica pelo PT, Luís Inácio Lula da

Silva, chamou de "testas-de-ferro dospatrões" os homens que provocaram amorte do motorista Anésio Pimenta dosReis, o Kojak, ao espancí-lo à por-ta da garagem da empresa Viação San-tos-Sío Vicente, em Santos (SP), ondeAnesio e o diretor administrativo daCompanhia Santista de Transporte Co-letivo, Gérson Rozo, tentavam entrar.Lula cancelou a viagem que faria hoje aFlorianópolis para participar do enterrodo motorista.

Crise começou

com intervenção

há cinco meses

A morte do motorista Anésio l'i-menta representou a etapa mais

cruel de uma longa relação de diver¦gcncias entre a Prefeitura de Santos c aViação Santos-São Vicente, a únicaempresa privada que operava parte daslinhas de ônibus da cidade. .4 crisecomeçou no dia 2S de março quando aprefeita Telma de Sou/a. do PT, decre-tou intervenção na companhia sob oargumento de que os seus proprietárioseram os responsáveis pela grc\c dc mo-tonstas e cobradores, que reivindica-

vam 4S'"o dc reajustes, iniciada naqueledia .1 empresa de ônibus só aceitavadar o aumento se as tarifas fossemreajustadas. Telma acusou os propric-tários de locaute.

A partir da intervenção, as linhasda Viação Santos-Sào Vicente passa-ram a ser operadas pela CompanhiaSantista de Transporte Coletivo(CSTC). empresa da prefeitura. No dia29 dc março, a prefeita Telma dc Sou/abaixou um decreto declarando os bensmoveis c imóveis de uma das garagensda companhia — a do bairro do Macu-co — como sendo de utilidade públicapara fins de desapropriação. Inconfor-mados, os empresários conseguiramuma liminar na Justiça, que foi derru-bada pela prefeitura trcs dias depois, jácom a greve dos motoristas e cobrado-

res encerrada através dc um acordo.Mo dia 12 de abril, o contrato de con-cessão de financiamento da ViaçãoSantos-Sào Vicente foi rescindido pelaprefeitura, o que colocou o transportecoletivo na cidade diretamente nasmãos da administração municipal.

Ao dia 29 de junho, em mais umaetapa da crise, a I' Vara da FazendaPublica dc Santos concedeu liminar aosempresários para reintegração dc possedos IJ2 ônibus da companhia que esta-vam sob o controle da prefeitura. Naultima quarta-feira, dia da agressão aomotorista Anesio Pimenta, a prefeituradeveria, por divisão judicial, devolvertambém a garàgcm, que estava em seupoder. Agora os proprietários têm devolta a empresa, com todos os seusbens móveis e imóveis. AIas pernian-ívm sem linhas para operar, tí\Jas sobo controle absoluto da prefeitura.

Recife — Nataneol Guedes

ÊlPIffiPPS88' " •' v «.• • - —•Jsàlrfc.rOs estudantes judiam às pessoas que não riflassem mais nos deputai

é $ :. V«y ***: '

OS

Aluno protesta contra

mordomia de deputadosRECIFE — Inconformados com o

veto dc uma emenda popular á Consti-tuinte estadual que propunha a extin-çâo do Fundo Especial de Pensão dosParlamentares (Fcppa), cerca de 500alunos do Marista, um dos colégiosreligiosos mais tradicionais do Recife,saíram das salas de aula ontem a tardepara fazer um protesto diferente; cs-crcveram os nomes dos deputados quevotaram contra a aprovação da emen-da e os dos que continuarão a ser bene-ficiados por ela. em cartazes afixadosno muro do colégio, situado na Aveni-da Conde da Boa Vista, a mais movi-mentada do Centro da capital. A cadapessoa que passava no local, os estu-dantes distribuíam panfletos e pediampara que não votasse naqueles depu-tados.

— F. um absurdo um deputado, queganha NCZS 8 nnl por mês. se aposen-tar com apenas dois mandatos — diziao estudante Madson Ferreira de Sou-sa. 16 anos. que cursa a 6' série e jádecidiu em quem votar no dia 15 denovembro: "Meu

presidente c Lula". Aaluna Isabcla Caterína de Araújo. 16anos, seguia praticamente o mesmoraciocínio de seu colega: "Para queum deputado sc aposentar, se ele ga-nha para não fazer nada na Assem-bléia?" E completava sua indignação:"É injusto um operário passar 35 anospara sc aposentar, mesmo ganhandouma miséria, enquanto um deputado,que nada faz e muito ganha, se aposen-tar com dois mandatos."

Nomes como os dos cx-deputados

Abelardo Ribeiro Godói, AdalbertoFarias e João Falcão Ferraz — algunsdos 33 que sc beneficiam com a manu-tençâo do Fcppa — e dc deputados queainda exercem seus mandatos, comoGeraldo Coelho (PFL), Roberto Fontes(PMDB) e Henrique Queirós (PTB),que votaram contra a extinção daemenda, ficaram expostos á curiosida-de e ás criticas dos alunos e dc quempassava pela avenida. "Olhe bem: nãovote cm quem tá sc beneficiando hojedo nosso dinheiro", alertavam os estu-dantes, enquanto distribuíam os 3 milpanfletos que também tinham os no-mes dos deputados.

— É claro que eu sei do que se trata:eu já vi o nome desses ladrões nosjornais — dizia o comerciante JoséRoberto de Sousa, 66 anos, que passoupela avenida na hora da manifestação.Só dois deputados da Assembléia csca-param das criticas: o relator da Co-missão dc Sistcmatizaçào, Marcus Cu-nha (PMDB), e Ranilson Ramos(PMDB), que votaram a favor da extin-çâo do Fcppa.

O Fundo Parlamentar, agora manti-do com a decisão da maioria dos depu-tados. foi criado cm 1978. no governode Moura Cavalcanti. O deputado, pa-ra ter direito á aposentadoria, teráque fazer 96 contribuições, ou seja, oi-to anos ou dois mandatos. O deputado,mensalmente, contribui com 8% deseus vencimentos, enquanto o governodo estado — ou prefeitura, no caso dosvereadores — pagam os outros 8%.

Aviõezinhos no plenárioBELO HORIZONTE - O quartodia de protestos dos estudantes secunda-

ristas desta Capital contra os reajus-tes das mensalidades escolares foi marca-do ontem, pela manhã, com a ocupaçãodas galerias da Assembléia Legislativa deMinas por cerca de 150 colegiais de trezeestabelecimentos de ensino Mesmo como apoio de alguns deputados, os estudan-tes não pararam de gritar palavras deordem e jogaram no plenário notas dedinheiro e aviõezinhos de papel, obrigan-do a suspensão da sessão da ConstituinteMineira.

Na véspera, o presidente do Grêmiodo Instituto Loyola, Henrique SouzaLima, 18 anos. já havia anunciado queos lideres estudantis dc treze escolas

estavam preparando para entregar naAssembléia um documento contra a Por-taria 140. do Ministério da Fazenda, queconcede "liberdade vigiada" aos estabe-lecimcntos na questão dos reajustes. Co-mo não revelaram a hora em que fariamisso, os parlamentares foram surpreendi-dos pelos estudantes, que os vaiaram

O presidente da Assembléia. KenulKumaira (PMDB), leu o manifesto le-vado pelos estudantes c reabriu a ses-são da Constituinte. Trés minutos de-pois, diante do permanente protesto dosestudantes, que chamaram os deputadosde marajás — eles ganham NCzS 18 milmensais, excluídas as sessões extraordi-nánas -, Kumaira suspendeu os traba-lhos até segunda-feira.

Sem telefone — O ministro dasComunicações, Antônio Carlos Maga-Iháes, não gostou da iniciativa da Tele-brasilia de cortar os telefones do Depar-lamento dc Policia Federal, por falia depagamento, e determinou ontem a aber-tura dc sindicância interna para apurar aresponsabilidade pelo corte, Na assesso-na da presidência da Telebrasilia, noentanto, a mformoção é dc que a empre-sa cumpriu a portaria do Ministério dasComunicações que determina o corte detelefones de residências, empresas e or-gãos públicos com 15 dias dc atraso nopagamento da conta. Mas o ministroentende que. apesar de existir a ordem dccortar, no caso de serviços essenciais temque predominar o bom senso.CNBB — Reforma agrária justa c efi-caz. política agrícola que garanta o lio-mem no campo, preservação do meio-ambiente, incentivo à participação dostrabalhadores em sindicatos c nos lucrosdas empresas. Todos esses pontos devemser defendidos pelo candidato á Presi-dencia da Republica que a ConferênciaNacional dos Bispos do Brasil (CNBB)considera ideal. 0 perfil, que não citanomes, foi divulgado ontem pelo prcsi-dente da CNBB, D. Luaano Mendes dcAlmeida. Segundo D. Luciano, a igrejaligada á CNBB prefere "um candidatoprogressista c dc esquerda", mas cabe ápopulação ler e interpretar qual o quemelhor sc enquadra neste perfilMeio ambiente — Os secreta-rios dc Meio-Ambicntc do Rio dc Janei-ro. Santa Catarina, São Paulo e Paranáinauguraram ontem em São Paulo asede do Consórcio Mala Atlântica, umaassociação dos estdos onde sobrevivemas principais áreas remanescentes da fio-resta. Localizada praticamente no quin-tal da Secretaria do Meio-Ambiente pau-lista, a espaçosa casa deverá abrigar umarquivo interestadual subre a região,além de funcionar como uma espécie dequartel general destinado a fiscalizar autilização dc recursos e a coordenar asatividades e pesquisas a serem desen-volvidas cm toda a extensão da mata.Isolamento — Representantes de747 famílias de Roraima estiveram on-tem no Palácio do Planalto para entregaruma carta em que culpam o governa-dor do estado. Romcro Jucá Filho, pe-Ia perda dc suas colheitas c isolamcn-to da região de São João da Baliza,cuja estrada (a BR-210) está interdita-da por causa das chuvas. Segundo opresidente do Sindicato Rural, JuarczPereira de Souza, Jucá retirou as má-quinas c tratores dc esteira que garan-tiam a preservação dc 30 km da estra-da durante a cheia que vai de abril asetembro, impedindo o escoamento de60 caminhões de banana mensais paraBoa Vista.

JORNAL DO BRASIL Brasil sábado. 26/8/89 ? Io caderno ? 5

Desfile de 7 de Setembro

será feito

em área militar

Sôo Paulo - Jofto Dario/Diário PopularMMÊÊ~

BRASÍLIA — 0 Gabinete Militar daPresidência da República e o Comando Mili-tar do Planalto decidiram transferir o desfilemilitar de 7 de Setembro do Eixo RodoviárioSul (Eixào) para o Setor Militar Urbano, afim de facilitar a segurança do presidente JoséSarney c evitar incidentes. Com a mudança delocal, anunciada pelo governador do DistritoFederal, Joaquim Roriz, o povo ficará afasta-do das comemorações no aniversário da lnde-pendência, apesar da determinação de se colo-car ônibus gratuito à disposição dapopulação, saindo de todas as cidadcs-satéli-tes.

No ano passado, durante as comemora-ções do 7 de Setembro, foram realizadas di-versas manifestações cm frente ao palanquepresidencial, o que gerou um constrangimentomuito grande para o presidente Sarney c deumuito trabalho á segurança. Este ano. com acampanha presidencial nas ruas e os baixosÍndices de popularidade do presidente JoséSarney. o governo decidiu não arriscar pro-movendo a cerimônia cm local onde milharesde pessoas se aglomeram e Sarney acabariapor se tornar um alvo fácil. A decisão foi

Pichador está

proibido de

dar entrevistaBRASÍLIA — O ministro da Justiça,

Saulo Ramos, proibiu o vendedor gaúchoMoacir Jerõnimo Trevisan, preso desde terça-feira por pichar o Salão de Recepção doItamaraty durante a visita do presidente ar-gentino Carlos Mcnem.de entrar cm contato•com a imprensa, dar entrevistas ou posar parafotografias. Saulo garante que o preso só podefalar com autorização do juiz César AugustoBatistU de Carvalho, da Quinta Vara da Justi-ça Federal, encarregado do caso.

Os advogados Luis Gustavo do Nascimen-to c Raimundo de Oliveira Magalhães entra-ratn com um mandado de segurança paraassegurar o direito de Moacir falar Ele esta\apronto para dar uma entrevista às 17h30.quando o superintendente da Polícia Federal,Paulo Licht. recebeu ordem, segundo dissevinda de Saulo Ramos, para cancelar tudo.

A Policia Federal informou que não serápossível saber se Moacir usou o próprio san-gue para a pichação c se está contaminadocom o vírus da AIDS, como chegou a afirmar.IX- acordo com o laudo pericial, a pequenaquantidade de sangue que ficou no frasco(apenas 1.5 mililitros), misturado ao anticoa-gulante CPD. estava em processo de coagula-çào. prejudicando a obtenção dos resultados-grupo sangüíneo e fator RH. Os restos desangue nas roupas de Moacir, igualmentecoagulados, lambem são imprestáveis paraanálise. "O caso e que houve descaracteriza-çào da cena do crime", alega o assessor daPolicia Federal, Paulo Marra.

tomada após reunião de oficiais do ComandoMilitar do Planalto e do Gabinete Militar daPresidência, responsáveis pela segurança deSarney.

Dia do soldado — Com a presença dopresidente Sarney — que assistiu á primeiraapresentação dos sete helicópteros Esquilo,que compõem o I" Batalhão de Aviação doExército, sediado cm Taubaté (SP) — o Diado Soldado foi comemorado ontem no Se-tor Militar Urbano. O I" Batalhão de Aviaçãodo Exército terá 52 helicópteros. Os sele pri-meiros chegaram em março c até o final doano que vem os demais estarão incorporadosá força.

Outra novidade do desfile que reuniumais de 2.600 pessoas foi a presença dasalunas da quinta série do Colégio Militar deBrasília, que a partir desse ano puderam in-gressar nos quadros da escola.

Em sua ordem-do-dia. o ministro do Exér-cito acentuou que a constante vigilância dosanônimos soldados brasileiros "garante á na-ção a certeza de chegar a lugar seguro, supe-rando as adversidades - resposta á desespe-rança e ao derrotismo de alguns".

Arquidiocese

proíbe CJP de

emitir opiniãoRECIFE — Tida como uma das mais

atuantes entidades da sociedade civil no esta-do. a Comissão de Justiça c Paz da Arquidio-cese de Olinda e Recife está proibida de emitiropiniões sobre qualquer assunto sem o con-sentimento expresso da arquidiocese (leia-se.do arcebispo). A determinação consta deum decreto baixado ontem pelo arcebispoDom José Cardoso sobrinho, em represália auma nota oficial publicada pela comissão, nasemana passada, onde ele era acusado deutilizar métodos "do tempo da ditadura mili-tar" para expulsar posseiros da sede do ar-ccbispado.

A medida é o primeiro passo dado porDom José Cardoso para mudar toda a direçãoda Comissão, com a qual vem mantendo umrelacionamento dilicil há dois anos. desde queassumiu o arccbispado, cm substituição aDom llélder Câmara. Na terça-feira, duranteuma entrevista coletiva na Cúria Mctropolita-na, Dom Josc prometeu tomar medidas con-tra as posições da Comissão e deixou no arque iria forçar o pedido de afastamento deseus integrantes. "Em um governo, quandoum ministro não se afina com o presidente, ocerto é ele pedir para sair. Na Igreja deve ser amesma coisa", chegou a sugerir o arcebispo.

Em 2(1 linhas e tom bastante duro, odecreto diz que "a mencionada Comissão deJustiça e Paz fica proibida, até ulterior delibe-ração, de utilizar o nome desta arquidiocese— ou mesmo papel timbrado com o nomedesta arquidiocese — cm qualquer de seusatos ou pronunciamentos".

Erundina cumpriu a agem. seguida de perto por seguranças

Erundina ignora ameaça

e não vai mudar rotinaSÃO PAULO — Apesar de ler sido infor-

mada de que corre riscos de sofrer um atenta-do. a prefeita de São Paulo, Luiza Erundina,não pretende modificar seus hábitos. "Voucontinuar minha rotina", garantiu ela, en-quanto cumpria uma agenda de visitas aoTeatro Municipal e á Biblioteca MunicipalMonteiro Lobato na tarde de ontem. Naquarta-feira, o ministro da Justiça, Saulo Ra-mos, recebeu um telex enviado pela Superin-tendência da Policia Federal em São Pauloinformando-o de que uma pessoa "de inequi-voca idoneidade" leria ouvido uma ligaçãotelefônica com linha cruzada na qual um ho-mem afirmava que no dia 29. sem especificaro mês, a prefeita seria executada. "Não tenhomedo", reafirmou a prefeita.

"Muito pelocontrário, me sinio inais estimulada para meutrabalho".

Erundina soube do possível atentado naquarta-feira à noite, depois que o vice-prefeitoLuiz Eduardo Greenhalg conversou com odiretor-geral da Policia Federal. Romeu Tu-ma. No dia seguinte, Erundina compareceu aoAeroporto de Conaonhas para recepcionar opresidente José Sarney e o presidente da Ar-gentina. Carlos Menem.

Conhecida por suas participações cm ma-nifcstaçôcs populares até mesmo depois deeleita — como no dia 18 último, yuandocomandou uma manifestação de cerca de milpessoas em frente ao prédio da Caixa Econò-

mica Federal —. a prefeita de São Paulo dizque não pretende mudar.

Para a prefeita, mais do que a ela o fato èuma ameaça á estabilide política do pais. "Is-to prejudica o Brasil, a democracia e o proccs-so eleitoral", afirmou. Luiza Erundina nãoaponta suspeitos, mas reconhece que seu go-verno está incomodando várias pessoas. "De-vc haver pessoas que se sentem preocupadascom meu governo de privilegiar a maioria e deeliminação da corrupção", comentou.

Seguida ontem de perto por dois seguran-ças, a prefeita afirmou que continuará com amesma equipe que a vem acompanhando des-de sua posse. A Secretaria Estadual de Segu-rança c a Policia Federal, no entanto, infor-inaram o esquema de segurança da prefeita foireforçado. Na quinta-feira á noite o secretárioLuiz Antônio Fleury Filho conversou com odelegado Romeu fuma.

A segurança da prefeita é feita por poli-ciais da Guarda Metropolitana e por pessoalda Policia Militar. O superintendente regionalda Policia Federal, Marco Antônio Vcronezzi,esteve no gabinete de Erundina e deve. apartir de hoje, destacar agentes especializadosem segurança de autoridades para acompa-nhar a prefeita. Erundina não pretende modi-ficar sua agenda para o próximo dia 29. queprevê uma reunião, a solenidade de reinaugti-ração da Tribuna Livre Tcotônio Vilela, noParque Ibirapuera e. á tarde, uma viagem aoRio de Janeiro, onde terá audiência com opresidente do BNDES, Márcio Fortes.

Intimidação é a

terceira, desde

posse em janeiro

A possibilidade de um atentado contra Luiza Erundi-na é a terceira ameaça contra a vida da prefeitadesde a sua posse, cm I" de janeiro. No final de

maio. quando Erundina estava cm viagem a Itália, umacarta anônima foi enviada ao seu gabinete ameaçandonão só a prefeita, mas também o vice-prefeito Luiz Eduar•do Greenhalg e o secretário municipal dos Negócios Ju-rídicos. Hélio Bicudo. "/I carta dizia que este era o últimoaviso c chamava o doutor Hélio de esse tal de bicudi-nho. rememorou Grecnlialg. "Não houve nenhum avisoanterior", completou.

A segunda ameaça, informou Grecnlialg. ocorreu háccrca de vinte dias. quando dois telefonemas anônimosanunciaram a colocação de bombas no gabinete da prefei-ta. no Parque Ibirapuera. A Policia Militar foi chamada enada foi encontrado. Cauteloso, o vice-prefeito de SãoPaulo não acusa diretamente ninguém pelas ameaças."Certamente são setores que tiveram seus interesses con-trariados pelo governo afirmou.

Corrupção — Tranqüilo, o secretário de Governoda capital paulista. José Eduardo Martins Cardozo. temuma resposta para a série de ameaças, que atingiu tambémsecretários municipais. "Com o combate aos fixos decorrupção na máquina administrativa, os setores atingi-dos reagem", avaliou, lembrando que irregularidadesadministrativas foram encontradas em todas as secreta-rias. "Os principais problemas são na área de fiscali-zaçào c no setor de compras das secretarias", afirmouCardozo. "Muitos produtos eram adquiridos pela prefei-tuni a preços até cinco vezes maiores que os de mercado, ehoje não acontece mais isso", ponderou

A'.i visão do secretário de Governo, porém, não são sóos funcionários corruptos da prefeitura que tiveram seusinteresses atingidos pela gestão Erundina. "Existem seto-res externos que se beneficiam d.i corrupção na máquinaadministrativa", afirmou. Lembrando que a política li-nanccira da prefeitura envolveu um duro processo denegociação com as empreiteiras c coletoras de lixo paraacertos de pagamentos atrasados e revisão de contratos,Cardozo fez questão de descartar a hipótese do envolvi-mento desses setores com as ameaças. "Nossas relaçõesestão muito boas. Os pagamentos estão cm dia ". subli-nhou.

Além da prefeita, também o secretario municipal doAbastecimento, Ademar Gianinni, já recebeu ameaçasanônimas. A ultima foi na semana passada, através deuma carta que. em nome do Sindicato dos Agentes Visto-res da Prefeitura de São Paulo, dizia: "Colabore conosco eterá nosso apoio ou terá qtie desmontar muitas bom-bas". Gianinni não acredita que o sindicato esteja envolvi-do na ameaça

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6 ? 1" caderno ? sábado, 26/8/89JORNAL DO BRASIL

Informe JB

A revista The Economist da se-mana passada publicou repor-

tagem de meia página com o títuloTelevisão collorida, em que afirmaque o candidato preferido para aspróximas eleições presidenciais noBrasil, Fernando Collor de Mello,tem "um novo e prático amigo": osenhor Roberto Marinho.

A revista discorre sobre a in-fluência do proprietário da RedeGlobo, passando pelo episódio dasmarionetes da senhora Lily de Car-valho, "uma milionária e sua com-panhia constante", e pela tentativade derrubar os ministros Mailson daNóbrega e João Batista de Abreu.

E ressalva:"Dizem

que o Jornal Nacionaltem tanta influência política quantoa Igreja Católica."

A revista diz que — ainda queos partidos de esquerda tenham rei-vindicado leis como as do EUA eInglaterra, para rechaçar o perigo deum monopólio da mídia — "o se-gundo colocado nas pesquisas, o ve-terano socialista e ex-governador doRio Leonel Brizola. prometeu sole-nemente. se eleito presidente cm no-vembro, esmagar o império da Glo-bo".

AliásCollor c o empresário Roberto Ma-

rinho realizaram ontem, no Rio, umalonga reunião de trabalho.

CaboO maior cabo eleitoral de Cândido

Mendes na Academia Brasileira de Lc-trás foi seu adversário na disputa, Alva-ro Pacheco.

DebandadaO professor José Carlos Azevedo,

secretário-gcral do Ministério do Desen-volvimento da Indústria e do Comércio(MIC), esta deixando o barco.

Sinal de que o ministério comanda-do por Roberto Cardoso Alves, o Ro-bertào. está fazendo muita água.

PorreO governador do Pará. Hélio Guei-

ros. que e bom de copo, resolveu imitaro presidente Sarney, com uma Convcrsuao Pê do Rádio, que c transmitida demanhã cedo em cadeia estadual. Só quea conversa c diária.

Resultado: o programa matinal estásendo chamado pela população de Be-lém de "o

primeiro gole", por ser "umporre".

Sem medoO ex-governador Fernando Collor

de Mello sustenta que não teme eleito-ralmente o segundo turno:

Todas as pesquisas mostram quea nossa posição também é confortávelnum eventual segundo turno.

Para ele, o inconveniente é de or-dem política:

O seuundo turno nãõ interessa

não foi considerada na elaboração doprograma de governo do candidato.

Motivo: das 16 reuniões que os eco-nomistas do PMDB realizaram para or-ganizar o programa de Ulysscs, a secre-tária da Fazenda de Pernambuco. TâniaBacelar, indicada por Arraes. compareceu a 12.

Ducha friaO festival de pesquisas que assolou

o pais esta semana — quarta-feira a daVox Populi, quinta a da Datafolha e doGallup. c ontem a do Ibope — nãodespertou o menor interesse nos comi-tés.

Os velhos cabos eleitorais estão comsaudades do tempo em que a divulgaçãode uma pesquisa emocionava a todos.

Eleição erradaDo secretário particular da Presi-

dcncia da República, Augusto Marza-gão: — Os candidatos à Presidência daRepública estão mesmo é fazendo cam-panha para governos estaduais. LeonelBrizola é o único que tem duas oportu-nidades: no Rio de Janeiro e no RioGrande do Sul.

AchaqueA Policia Rodoviária do Rio de

Janeiro informa que instaurou processoadministrativo para apurar a denúnciafeita por esta coluna no último dia 14 deque o ator Felipe Pinheiro teria sidovitima de um achaque na estrada Rio-Pctrópolis.

Filho únicoOntem, por volta de meio-dia, na

Rua Guilhermina Guinle. cm Botafogo,a Kombi branca placa JT 5504 desfilavacom diversos adesivos de Ulysses Gui-maràes.

AgendaO candidato tucano Mário Covas

vai dedicar-se ao Oriente Médio na se-gunda quinzena de setembro.

No dia 16 tem encontro marcadono Clube Hebraica de São Paulo.

li no dia 27. na Liga Árabe deBrasília.

Haja jogo de cintura!

Quem vemChega ao Brasil no fim do mòs o

médico Richard P. VVenzel, da Universi-dade de lowa. reconhecidamente amaior autoridade mundial em controlede infecção hospitalar.

Ele e o pioneiro no desenvolvimen-to de programa utilizado por cerca de80% dos hospitais americanos e que estásendo agora introduzido na Clínica SãoVicente, no Rio, e no Hospital São Pau-lo.

Sua vinda é patrocinada pela Divi-são Hospitalar da empresa Ceras John-son.

DesarranjoO Io Encontro Nacional dos Em-

presários Aquaviários. promovido pelaFenavega no Centro de Instrução Almi-rante Graça Aranha, do Ministério d.iMarinha, no Rio. não deixou boas lem-

ao Brasil, pois levaria a uma radicaliza-çào ainda maior do processo político. Eo presidente que vencer, seja ele quemfor. precisa de um ambiente não confia-grado para enfrentar os problemas dopais.

De voltaO ex-prefeito do Rio Saturnino

Braga está de volta.Lança no dia 28 de agosto o livro

Governu-comunidade

É grave a criseOntem, na esquina das ruas Viscon-

de de Pirajá e Vinícius de Morais, emIpanema, no Rio. um camelô vendia lei-tc em pó Glória.

Enquanto isso, o produto está emfalta nas prateleiras dos supermercados.

IncoerênciaA coordenação da campanha do

deputado Ulysses Guimarães não estáentendendo por que o governador Mi-guel Arraes continua a dizer que suacarta de propostas enviada a Ulysscs

branças em pelo menos 70% dos cerca"de 400 participantes.

E que no almoço após a abertura,quinta-feira, foi servido de entrada ma-mão com camarão estragado.Ontem, durante todo o dia. não houvebanheiro que desse conta.

Dois pesosO governador do Paraná. Álvaro

Dias, cita uma pesquisa feita pelo ibopeem seu estado para justificar sua decisãode cruzar os braços e praticamente igno-rar a candidatura do deputado UlysscsGuimarães.

Segundo Dias. apenas 7% dos pa-ranaenses acham que ele deve apoiar ocandidato do seu partido, enquanto93% são contrários ao seu engajamento.

LJMas. para manter a tradição de dar

uma no ferro c outra na ferradura. Alva-ro Dias entrega, neste fim de semana,um documento ao Diretório Estadual doPMDB no Paraná, cm que recomendaque nenhum pemedebista deixe o parti-do mesmo que esteja apoiando outrocandidato.

Quinta-feira, ás 21 h. o Opalaprelo do Pinicr Legislativo doRio. chapa dc bronze 065 com ainscrição "Presidente dc Comis-são". csta\.i parado com as qua-tro rodas em cima da calçada cmfrente ao número 391 da RuaBaraia Ribeiro, em Copacabana,Rio No \ idro. afixado um adesi-\o dc Hri/ola

Quem fc/ » maior campanhapara que o governador do Cear»,lasso Jcrcissati, não collorisse foi

a sua filha Joana.O Banco do Brasil vai rcah-

zar um esforço entre seus 110 milfuncionários cm todo o pais parafa/cr do Dia Nacional dc Com-bate ao Fumo, 29 de agosto, umdia sem fumar. A campanha an-titabagista conta ate com umpersonagem: o Fulig.

A coordenação do Rio doPSDB vai estar panfUundo ama-nhà, às 9h. no Aterro do Flamen-go. Os dois bonecos tucanos idea-li/ados por Daniel A;ulav vãoanimar a garotada e serão dislri-

-Lance Livre-buidos exemplares do jornal dacampanha de Mário Covas.

Comentário malediccntc quecorre na ala insatisfeita dos ar-raiais pcmcdcbistas: DoutorUlysses consegue imobilizar acupula c desmobilizar as bases9 O saxofonista Léo Gandel-man está chegando de uma turnêaos talados l nidos e no dia 4entra em estúdio para produ/ir onovo LP de (>al Costa.

O governo do Distrito Fede-ral vai montar um quartd-gene-ral para as eleições — com 50cabincs dc rádio e toda uma m-fra-estrutura para atender á im-prensa — no Centro dc Convcn-ções dc Brasília.

O Museu Casa da Hera, emVassouras, vai promover aos sá-bados, a partir de hoje. ás I6h. ochá Imperial em clima dc séculoXIX. A idéia é não só trazer acomunidade para o museu comoangariar recursos para sua revita-li/ação.

O prefeito de CaHo Frio, Ivo

Saldanha, autorizou o inicio daconstrução do cantpo de golfe docomplexo turístico Marina PortoHu/ios. numa área de 650 milmetros quadrados, e cuio lèr-mino está previsto para 1991. Oinvestimento è dc 8 milhões dcdólares

Os navios norte-americanosda Operação t nitas XXX estarãoabertos a visitação publica ama-nhà. de I4h às I6h. roí Rio.

O filme Sonhei com vocc. dadupla Milionário c Zc Rico, nradirigido por Ncy SantWnna. II-lho do cineasta Nelson Pereirados Santos

O programa Manchete ur-gente, quinta-feira, exibiu umasdas melhores peças telejornalisti-cas deste ano. O assunto era difi-cil — Aids c horoossexualismo —.a repórter competente — MímicaTeixeira'—, e a Rede Manchetebrilhou. Vale reprise.

O que faz o ex-governadorFranco Montoro pela candidatu-r.i do senador Mario (. ovas'

¦í rirei mo Gois, com sucursais

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vírtce-

GUTEMBERG CHEGOU...Na Bienalsábado, às 16 hs,Estande 26O MAIOR ACONTECIMENTOLITERÁRIO DE 1989 NO BRASIL

De Portugal, vemANTONIO ALÇADA BAPTISTApara autografar

^4 "TIA SUZANA, MEU AMOR"(no mesmo horário c local)

1

DOIS GRAWIS IA\ÇAt.!l \ /i ;s p\ nordcQ

SINDICATO DOS PROFESSORES RIO

CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA • 5* REGIÃOEDITAL DE CONVOCAÇÃO

Tomamos publico que a Chapa aprovada pai» a EleiçJo OrdinAna <10 Conselho Roglonal dePsicologia b' Rogino. é n seguinte

CHAPA "PRÁTICA

E CIDADANIA"MEMBROS EFETIVOSELIANE BATISTA IEITE tELMIRA MARIA LIMA 1ENEDINA MARIA DE CNOP 3RODRIGUES 4•1 JUSSARAINtSKOCHUUNSKI 5

LUCIENE OA SUVA IACERDALUZIA SANTOS PACHECO 6MARIA ALICE DOS SANTOS 7MARIA LEA AZEVEDO 8MARIA NASARE BENTO DA COSTA10 NYMPH A AM ARAL 911 REGl.NA ROSARI MUGAYAR GUEDES 10FIGUEIREDO it12 SEBASTlAO MEOEIROS OA SUVA 1213 ZOE OE MELIO SIQLIEIRA 13

01 YONE CALDAS SIIVA

MEMBROS SUPLENTESADEMIR SILVA ABRANTESANDRtA ASSUNÇÃO PENAANGELA MARIA GONÇALVESCARLOS ALBE RTO .DIASediclEa mascarenhasFERNANOESELISABETE EIRASLAERTE LEITE DE SOUZALAURA GOMES DA SILVATEIXEIRALUIZ CLÁUDIO TEIXEIRA CYRILLOROSA MARIA PRISTA DUARTESOMA GUIMARÃES MESQUITASÔNIA FONSECA ILHA

. _ TANIA MARIA DE LIMAMEMBRO SUPLENTE P CFP01 NELI FERREIRA MURESA eletçAo Mfâ (ealuada no dia 28 dc aoosio dc 1989 das 09 00 ,ls 17 00 hoiasAs Mesas Eleitora» seiío disliiboldai em 10 (dei) ZONAS ELEITORAIS instaladas nos seguintesendereços ZONA I a) PUC RJ Depimamenio de Psicologia Run Maiquês de 5ào Vicente n" 225 —

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Os Ps.cO.ogos domiciliados fora da Capital do Estado e dos Municípios acima mencionados cadastradosno CRP 05 poderio votar por correspondência UUliiando material enviado por ttsle CRPA Comissão Eleitoral do CRP 05 estarí de plantio no dia da votaçio no horino dc 09 00 as 1 7 00horas para fornecer quaisquer informações a respeito das eleições a que se refere o presente EditalRio de Janeiro 25 de agosto de 1989COMISSÃO ELEÍTORAL

JB

Ir ao Teatroficou maisbarato.Cartão do Leitor

DR.ALOANCASA Ot SAUDt E MATIRNIDAütPRONTO AUNDIMfcNTO DIA i NOITELAtOR ATÔRIO DE ANAUSíS,RAIO X I ULTR ASSONOORAFIA

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devido aos professores na forma da lei salarial em vigor— O Sindicato dos Professores foi obrigado a recorrer à Justiça

porque um grande número de estabelecimentos recusava-se aCumprir a lei

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(ç) JORNAL DO BRASIL S A 1989(H textos, fotografias e demais cria^òcs inlelec-tuais publicadtn neste exemplar não pintem serutill/adm. rvprodu/idos. apropriados ou esto-cados em sistema de banco de dados ou procrx-vi similar, em qualquer forma ou meiomecânico, eletrônico, microfilmagem foloco-pia. gravação, etc sem autorização escritados titulares dr>s direitos autorais

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Exército ocupa o

Roscntal Calmou Aires

BOGOTÁ — No mais duro golpe cmsua atual campanha contra os narcotra-Hcantcs, o Exercito colombiano ocupouuma das sedes clandestinas do estadomaior do Cartel de Medellin, a principalquadrilha do trafico internacional de co-caina. As autoridades militares informa-ram também que foram presos na batidaum filho e dois sobrinhos de GonzaloRodriguez Gacha, conhecido como ElMexicano, um dos chefões do cartel,além de sete pistoleiros integrantes desua guarda pessoal. São os primeirosparentes de algum chefio a caircm presosna atual campanha.

O narcotráfico ameaçou ontem matar10 juizes colombianos para cada trafi-cante que for extraditado para os Esta-dos Unidos. A ameaça foi enviada numacarta ao chefe do Judiciário da cidade deCáli. Omar Garcez. num novo desafio ásautoridades, que estão prometendo ex-traditar vários criminosos procuradospelas autoridades americanas.

Ao contrário das outras instalaçõesdo cartel ocupadas sem resistência pelosmilitares nos últimos dias. os soldadosforam recebidos a bala desta vez. Depoisde um rápido combate, a tropa ocupouduas fazendas e um hunker oculto nasmontanhas, onde achou li\ros da conta-bilidade, códigos de mensagens e poten-les equipamentos de telecomunicações.Segundo as fontes, os documentosapreendidos mostram como se operavamnumerosos negócios legais e ilegais docartel, no pais e no exterior, nos últimosanos. Não foram fornecidos detalhes,nem foi possível saber se os papeis incri-minam autoridades colombianas, que es-

tariam na folha de pagamento do Cartelde Medellin.

O bunkcr, que aparentemente era usa-do como uma das principais bases deoperação do estado maior do cartel estáoculto nas montanhas da província deCundinamarca, a duas horas de carro, deuma das fazendas de El Mexicano, quefica nas proximidades de uma cidadezi-nha chamada Pacho. O filho e os sobri-nhos de Gonzalo Rodigucz Gacha esta-vam cm Chihuahua, uma dessasfazendas do traficante. O nome é emhomenagem a um estado mexicano. Ele étão fascinado pelo México, que usa sem-pre nomes de estados e cidades me.xica-nos para batizar a suas propriedades naColômbia.

Com o filho de El Mexicano, os mili-tares encontraram uma pistola de usopessoal do chefão. Nela. incrustraçòcsque parecem íer de prata destacam onome de Gonzalo Rodriguez e o escudonacional mexicano, que ele também ado-tou como simbolo de suas bilionáriaspropriedades. Cada bala que eslava como lllho do iraficante linha gravada, tam-bem cm aparente prata, as iniciais do pai:GRG. as mesmas que aparecem cm fio-res amarelas no jardim de uma de suasmansões confiscadas nos arredores deBogotá.

Milhares de estudantes com tarjas ne-gras no braço marcharam pelas ruas deBogotá num protesto contra o narcotrá-fico. Eles foram ale o cemitério onde estáenterrado o senador e candidato presi-dcncial Luís Alberto Galán e colocaramflores no túmulo. Galán, que fazia cam-panha contra o Cartel de Medellin. foiassassinado há oito dias pelos narcotrafi-cantes e ontem também foi rezada missade sétimo dia na catedral de Bogotá.

Militares

enfrentam

o desafio

A injeção dc dólares e equipa-méritos dos Estados l'nidos

chegam cm boa hora para ajudar oExercito colombiano na luta contrao narcotráfico. Mal-cquipado. malpaço c assolado pela corrução, oExército, mesmo do jeito que esta,ainda e considerado por cspccialis-ias americanos como perfeitamenteapto a enfrentar o desatio.

"Mais do que nunca e uma ques-tão dc vontade política dos dirigen-tes colombianos", afirmou RobKurz. um scholar da Brookings Ins-titution especializado na questão co-lombiana. Ele acha que os recentesassassinatos de um chefe dc policia,de um senador e candidato presiden-ciai e de um juiz, fizeram com que opovo c o governo colombianos dei-\assem dc lado a tolerância com quese encarava as atividades do carteldas drogas instalado na cidade dcMedellin

¦\ssim que i>* militares receberemos 100 helicópteros c aviões apreen-didos na operação antidrogas dosúltimos oito dias. sua capacidade dcação na selva colombiana pratica-mente dobrara, secundo analistas

do Instituto Internacional de Estu-dos Estratégicos de Londres.

efetivo total de 86.000 homensdo Exercito (2S.200 recrutas) é con-siderado suficiente para fazer frenteaos mercenários do narcotráfico,que não tem estrutura de uma forçaregular, apesar de terem armas eequipamentos mais modernos. Osnarcotraficantes distribuíram umteipe esta semana mostrando efeti-vos sob treinamento de um instrutorisraelense como uma advertência aogo\ erno dc que estão prontos para acucm.

Especialistas militares consulta-dos pelo jornal Los Angeles Timesdisseram que o máximo que o nar-cotralico pode fazer e uma guerra deguerrilhas, como já vem ocorrendohá trés dias com \,irios atentados abomba. A possibilidade de partirempara o combate aberto contra asforças regula res é considerado extre-mamente remota e só nesta hipóteseacredita-se que c> presidente VirgílioBarco possa pedir ajuda de tropas,estrangeiras, provavelmente ameri-eu nus.

iii diplomata da embaixada dosEstados Unidos em Bogotá achaque o Exercito poderá vencer essaguerra com a ajuda dc emergênciaamericana Com novos helicópteros,barcos de patrulha, armas e equipa-mento dc busca e i igilãncia, as For-ças Armadas colombianas farãotreme tranqüilamente ao exercito dopo

Oposição mexicana luta

por poder emMicho ãcá ri

Lucy Coneer

CIDADE DO MÉXICO — I n-quanto continua a disputa sobre as con-trovertidas eleições estaduais em Mi-choacán, o partido governante doMéxico e o crescente partido oposicio-insta de centro-csquerda tornaram-se pa-res numa prologada dança de capoeira,que ritualiAi a luta pelo poder

Ó Partido da Revolução Dcmocráli-ca (PRDl. da oposição, contesta os resul-lados oficias que deram ao partido do-minante a maioria das cadeiras naseleições dc 2 de julho para o Congressodo Estado de Michocán. O PRD afirmater conquistado 14 das IX cadeiras, masas autoridades lhe outorgaram apenasseis. O Partido Revolucionário Institu-cional (PRI), do governo, di/ que defen-derá todas as 12 cadeiras que afirma lerconquistado.

Nesta semana, o Tribunal do Estadode Michoacán concluirá o exame da ape-laçâo do PRD. Mas não se espera que adecisão do tribunal dissipe as dúvidasgeneralizadas dos mexicanos sobre fraudes nessas eleições c sobre as perspectivas

Queimadas duas toneladas de cocaína

MEDELLÍN, Colômbia - As for-ças policiais e militares cm guerra abertacontra a maior quadrilha do tráficointernacional dc cocaína, sediada aqui.anunciaram ontem mais duas vitórias:prenderam outro suposto tesoureiro doschcfõcs do Cartel de Medellin e ocupa-rafai o maior laboratório dc cocaina en-contrado durante a atual campanha, des-trunido duas toneladas da droga. Aspressões contra os traficantes aumenta-ram ainda mais com quatro novos dccrc-tos que entraram cm \igor ontem, am-pliando substancialmente os poderes doEstado, principalmente na área das ex-propriações e do combate ao enriqueci-mento ilícito, ate hoje tolerado na Co-lômbia.

Na madrugada de ontem. 12 homensarmados, que se diziam membros daorganização clandestina dc defesa dostraficantes chamada Os Extraditávcis.saquearam e atearam fogo na sede doclube campcstrc Llano Grande, nos ar-redores dc Medellin.

A quadrilha perdeu mais algumasde/enas dc milhões de dólares, quandoo Exército destruiu perto de Medellinum grande laboratório dc refino dc co-caina. As instalações incluíam longos tú-neis, usados como depósitos. Duas tone-ladas de cocaina pura foram queimadasimediatamente.

Em Medellin. a 4' Brigada do Exerci-to prendeu Luis Ecrnando Galeano Ber-rio. 39 anos, e informou que ele eprocurado pela Justiça dos Estados Uni-dos, acusado dc ser um dos contadoresdo chefão Gon/alo Rodriguez Gacha,conhecido pelo apelido dc El Mexicano.As fontes militares explicaram que a co-nexào dc Galeano Berrio com o Cartel dc

Medellin começaram há alguns anos,quando os pais dele foram seqüestradospor guerrilheiros esquerdistas do Exerci-to Popular dc Libertação. Em vez dcacudir a policia, ele pediu socorro aochefão Pablo Escobar, que providenciouus negociações com os seqüestradores c opagamento de um resgate de milharesdc dólares. Foi o bilhete dc entrada nocartel, onde teria passado a cuidar dcassuntos financeiros para El México-no.

Repressão — As crescentes ativi-dades dos narcotraficantes no mundo fi-nanceiro, que dão importante ajuda áeconomia da Colômbia, foram o alvodc um dos principais decretos, assina-dos pelo presidente Virgílio Barco, pa-ra ampliar os poderes de repressão doEstado. Pela primeira vez na hisióriadeste pais, o enriquecimento ilícito dequalquer pessoa passou a ser conside-rado um crime, sujeito a pena dc cincoa 10 anos dc prisão c a uma multa novalor do capital dc origem ilícita ouinexplicável. Até agora, isso só era crimenos casos dc funcionários públicos.

Pelos decretos, os traficantes têm 10dias para entregar ás autoridades pro-vas de que os bens apreendidos foramobtidos dc maneira honesta Sc issonão acontecer, os bens serão cncami-nhados a diversas agências governamen-tais para redistribuirão. As fazendas csinos serão divididos entre famílias dcagricultores cm terra, as propriedadesurbanas irão para a previdência social,dinheiro c automóveis vão para um fun-do de combate ao narcotráfico e aviões cbarcos serão entregues ás forças Arma-das Os decretos autorizam a destruiçãosumária de pistas de pouso para que não

sejam utilizadas novamente pelos trafi-cantes.

O Exercito colombiano ocupou umcastelo dc estilo medieval onde os ha-rões da droga do Cartel de Medellinguardavam um verdadeiro arsenal, alémdc objetos de luxo, obras de arte, oitocarros blindados, cavalos puro-sanguc ecarros Mcrcedcz-Bcnz. O comandante da13* Brigada do Exército, general RamónNievcs, informou que além das extrava-gáncias comuns aos redutos dos narco-chefões, desta vez sc encontrou tambémum altar equipado com uma parafernáliapara cultos dc magia negra: pes de gali-nha e palas dc bode estavam guardadasem vasos dc ouro maciço, havendo tam-bem castiçais de ouro maciço, cabeças dcbode c de tigre.

Conhecido como Castelo Marro-quim. a edificação data do século ll> efica no meio de um campo arado emChia, 40 quilômetros no norte dc Bogo-tá. O general Nievcs disse que foramapreendidas várias fotografias tiradas nocastelo de personalidades da vida colom-biana, mas não citou nomes. Os 13 cm-pregados detidos no castelo disseram queseu patrão é Camilo Zapata, testa-de-fer-ro dc Pablo Escobar Gaviria, um dosgrandes do Cartel de Medellin

Em Bogotá, milhares de estudantescom tarjas negras no braço marcha-ram pelas ruas da capital em protestocontra o narcotráfico. Eles foram ate ocemitério onde está enterrado o sena-dor c candidato presidencial Luis Car-los Galán, c colocaram flores em seutúmulo. Ele foi assassinado há oito diaspelos narcotraficantes e ontem foi rezadamissa dc sétimo dia na catedral de Bogo-lá. (R.C.A.)

da democracia no sistema político domi-nado há 60 anos pelo PRI.

A disputa eleitoral em Michocán éparticularmente dura, porque o PRI estálutando para reconquistar o poder, apósai peider a eleição presidencial no anopassado para Cuauhtcmoc Cárdenas,popular líder nacional que saiu do PRIpara fundar o PRD. O PRD pressiona&=-?rr-r,".'.v|üisrarõ"Controle da maioria doCongresso, o que tornaria o PRI umpartido minoritário nesta casa.

Os dois lados tem mantido uma cau-tclosa distância, enquanto atacam o ad-versário. Os ativ istas militantes do PRD.que afirmam ser uma provocação a frau-de montada pelo PRI. têm bloquedo au-to-estradas, cm protesto contra as irregu-laridades eleitorais.

Enquanto o tribunal debate o resulta-do final da votação dc Michoacán, mili-tantes do PRD estão ocupando ou blo-queando o acesso a mais de 60prefeituras do estado, para pressionar ogoverno local a reverter os resultadosoficias da eleição. As autoridades têmameaçado prender os dirigentes locais doPRD envolvidos cm bloqueios de estra-das c cassar os mandatos eletivos dossenadores do partido

Protesto — A policia sul-afncanadispersou ontem com balas de borracha.

^-tvttmiHt-dc-caçã e gáTTãc ri m ogè ncovárias manifestações estudantis, a maio-ria na Cidade do Cabo, cm proles-to contra as eleições parlamentares de6 dc setembro, das quais foi excluída amaioria negra do pais. O estudante GaryGordon (foto) foi atingido por váriasbalas dc chumbo. Um negro morreu ba-leado c pelo menos 28 estudantes foramdetidosPrisioneiros — Pelo menos800.000 prisioneiros dc gucrrji alemâe

-múrrcnnrreili campos de detenção oci-dentais entre 1945 c 1946. afirma o esen-tor canadense James Bracquc em seulivro Other Losses (Outras Baixas), a serpublicado cm breve no Canadá c naAlemanha Ocidental Baseado cm dc-noimentos de ex-prisioneiros alemães co-lhidos durante ires anos dc investigação.Bracquc disse que alguns prisioneirosalemães foram enterrados vivos por ma-quinas mvcladoras das tropas amcrica-nas, enquanto outros morreram de fome,esgotamento, desidratação, febre tifóide,desinteria ou pneumonia.Extradição — Um pedido dc cx-tradição do Brasil dc Gustavo Strocss-ner, filho do ex-ditador e presidente pa-raguaio Alfredo Stroessncr. foiapresentado pela embaixada paraguaiacm Brasília, informou o jornal ABC Co-

Cidade do Cabo — Routers

lar. dc Assunção. Gustavo Strocssner,coronel do Exército, c acusado dc mal-versação de fundos públicos, corrupção evcnalidade,Rushdie — As ameaças dc mortedo aiatolá Khomcini podem ter provoca-do o fim do casamento do escritor an-glo-indiano Salman Rushdie. autor dolivro Os Versículos Satânicos, considera-do blasfemo pelos muçulmanos. Marian-nc Wiggins. a escritora americana comquem Rushdie se casou há um ano. di-vulgou ontem um comunicado em Lon-

Medellin

EUA mandam

armas e

helicóptero

Ma noel Francisco BritoCorrespondente

WASHINGTON — A Casa Brancapreferiu as armas às palavras para res-ponder á ofensiva deslanchada pelosbarões do pó da Colômbia, contra arepressão do governo daquele pais aotráfico de drogas. Dc Kennebunkporl.no Mame. onde passa ferias, o presi-dente George Bush autorizou um auxi-lio imediato de material militar á Co-lômbia no valor de t'SS 65 milhões. Opacote inclui 20 helicópteros de trans-porte Huey. dois helicópteros dc ataqueBlackhawk, lanchas de assalto, armasleves, munição, lançadores de granadase material de comunicações."As recentes ameaças do cartel co-lombiano de drogas tornam claro que éhora de os Estados Unidos, e outrospaíses do mundo, apoiarem dc modoinequívoco os esforços do presidenteVirgílio Barco para livrar seu país dostraficantes", afirmou o porta-voz dapresidência, Marlin Eitzwater, ao anun-ciar a ajuda adicional á Colômbia. Jun-lo com as armas c helicópteros, os ame-ricanos vão enviar assessores militarespara ensinar os colombianos a operaros equipamentos. "Não prevemos nc-nhum risco dc que eles venham a seenvolver em combate direto com oatraficantes, disse Fitzwatcr sobre o pes-soai mililar americano.

O material, que deve começar a serrecebido pelos colombianos dentro deduas semanas, elevou o custo total daajuda americana à. luta aniidrogas naColômbia para USS 7S milhões. Desdeo inicio do ano. os Estados Unidos jáenviaram l SS 10 milhões àquele paispara o combate ao tráfico de cocaina.Na quinta-feira, por ordem especial dosecretário de Justiça, Dick Thornburg,foram liberados USS 2.5 milhões para aproteção a integrantes do Judiciário co-lombiano ameaçados pelo Cartel dcMedellin

Ontem, pouco antes de a Casa Bran-ca anunciar seu pacote, o Dcpartamcn-to dc Estado revelou que estava reliran-do USS 500 mil de seu próprioorçamento para a compra de veículosblindados c material dc laboratório deanálise criminal para a Colômbia. Jun-lo com esse dinheiro, seu porta-voz,Richard Boucher. disse que estavam in-do ainda dois helicópteros dc transpor-ic Bell. uma versão civil tio Huey. "Oque os colombianos mais precisam sãomeios de transporte rápidos para fazerincursões na selva contra os trafican-tes". disse Boueher.

Os chcfõcs do Cartel dc Medellinsc "refugiaram cm Manaus no

coração da Amazônia brxsikira. ondepossuem grande número de >aliosas pro-priedades", informou a rede de teloisàoamericana NBC, citando fontes daD EA, a agencia americana dc repressãoas drogas. Em Manaus, a policia federalafirmou que não sabe da presença denenhum chefão do Cartel de Medellinmas admitiu que eles podem entrar noBrasil como turistas sem que sejam pre-sos a menos que tenha uma ordem deprisão dada por Brasília.

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dres informando que há quatro semanasnaõ vive mais com seu mando c não sabeonde cie sc encontra atualmente O pres-tigio dc Wiggins como escritora unhacrescendo, antes dc o casal passar a seesconder.AuschwitZ — O ministro dc As-sumos Religiosos da Polônia, Wladyslav,Loranc, c seu colega israelense. ZcvulunHammcr, se declararam a favor dc uma_reunião urgente de iodas ai-partcr^ãcn!^

Wrdowle Genebra dc 19X7com vistas a transferir um comento car-inclita instalado cm terrenos do campodc concentração dc Auschwitz. Mantfcs-tantes judeus tentaram expulsar as frei-ras e um sacerdote que cuidam do con-vento, mas foram rechaçados porpedreiros uue faziam consertos no pré-dio. Os judeus consideram Auschwitz osimbolo do holocausto e querem transfc-rir o convento para outra área, com oque os religiosos não concordam.Aviflo — Está desaparecido um aviãoEokker-27 da empresa aérea paquista-nesa, que sumiu ontem de manhã dastelas dc radar cinco minutos depois dedecolar de Gilgit. um centro turísticonos Himalaias, com 4y passageiros ccinco tripulantes a bordo. As buscasforam suspensas devido ao mau tempo,devendo ser reiniciadas hoje de ma-nhã. Um dos passageiros c o jornalistaamericano Paul McGorrian.

Inglês reage a

convite real

a argentinos

LONDRES— Um convite feito pelarainha Elizabcth II para que cinco na ti.lamcntarcs argent-f. i iiMTcm a capi-

-rrrTíígícsa esta causando polemica nosmeios políticos da Grã-Bretanha Osconservadores britânicos alegam que econstrangedor receber representantes deum pais com o qual os ingleses aindaestão formalmente cm guerra.

A visita será entre 4 c 4 de setembro,para as comemorações do centenárioda União Inlcrparlamcntar inglesa. En-tre os argentinos, a figura mais ilustre eEduardo Menem, irmão do presidenteCarlos Menem e presidente provisóriodo Senado.

Acontece que a guerra pela posse dasEalklands (Malvinas) na prática já termi-nou ha sete anos, lembram os trabalhis-ias ingleses. "Não há nenhuma razãopara não recebermos os argentinos", dis-sc o deputado trabalhista George Foul-kcs.

Argentinos e ingleses reuniram-se cmNova Iorque na semana passada e anun-ciaram que as negociações oficiais sobreas relações entre os dois paises começamnos dias 17 e 1S dc outubro cm Madri.

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JORNAL DO BRASIL Internacional sábado, 26/8/89 ? 1" caderno ? 9

Mulher assume chefia do

gabinete japonês após

novo escândalo sexualTÓQUIO — Uma mulher, Mayumi Moriyama, 61 anos,

assumiu pela primeira vez a chefia da importante secretariageral do governo japonês, substituindo um político do seupartido — o Liberal Democrático (PLD) — que foi obrigado arenunciar, também pela primeira vez na história políticado pais. por causa de um escândalo sexual.

O episódio assume mais uma vez contornos de revanchcfeminista numa sociedade cm que as mulheres têm sido relega-das a papéis secundários e num regime — o do PLD —acossado por escândalos sucessivos, envolvendo o comporta-mento sexual de seus dirigentes masculinos.

Há apenas duas semanas no cargo, assim como o primeiro-ministro Toshiki Kaifu. o secretário geral do governo, TokuoYamashita, 69 anos. renunciou depois que a revista SlwkanShinchb denunciou ler ele oferecido USS 21 mil a uma garçone-te com quem manteve relações amorosas por três anos, a partirde I4S4. quando ela tinha 21 anos. Casado há 45 anos, pai dequatro filhas adultas. Yamashita sustentou que lhe ofereceu odinheiro apenas por saber que precisava, mas o fato éque o fez pouco antes de ser designado para o cargo, o quedeixou evidente o desejo de calá-la.

O fato de a jovem ter posto a boca no mundo e de umamulher suceder ao secretário de governo em desgraça, eviden-ciou ainda mais que as mulheres estão cercando o poder noJapão por dois lados, como pivôs de escândalos ou comoalternativa política.

Gueixas — Embora tenha renunciado sobretudo porqueseu partido, o PLD. perdeu a maioria pela primeira vez noSenado, na eleição de julho, o anterior primeiro-ministro,Sousuke Uno. deixou o cargo depois de apenas dois meses, noinicio de agosto, também por causa de denúncias sobre en-Volvimento com gueixas e prostitutas. Estas denúncias quase olevaram a uma renúncia ainda mais prematura.

O próprio Toshiki Kaifu. chefiando atualmente o governo,foi alvo de denúncias sobre a existência de um filho ilegítimo,pouco depois de assumir o cargo no dia 9. Mas a história foidesmentida e logo esquecida.

Mayumi Moriyama ja era uma das duas mulheres no atualministério japonês, á frente da pasta do Meio Ambiente.Senadora pela segunda vez. viúva dc um parlamentar do PLD,ela foi durante 30 anos funcionária do Ministério do Trabalho.Sua ascensão á secretaria geral de governo é importante,porque o titular tem sialus dc ministro e é o verdadeirobraço-direito do primeiro-ministro. Mas a conquista foi decerta forma privada de uma parte de seu brilho por ler opremier designado um homem, Sctsu Shiga. para sucedê-la áfrente do Ministério do Meio Ambiente

Com a combativa Takako Doi â frente da oposição socialis-ta, que tomou de assalto o Senado na eleição de julho, o regimedo PLD — instalado ha 34 anos e ultimamente desmoralizadolambem por escândalos de corrupção que levaram cm maio árenúncia de outro premier, Noboru Takeshila — deve agoraa-unir o que resta de suas forças para enfrentar eleições geraisprevistas para o primeiro semestre de 1990

T Cquio — AFP

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Enviado da URSS ao Líbano

pede solução diplomática

mMorixama sucede a S amashita

Mazowiecki enfrenta a

primeira greve e Walesa

denuncia provocação"VARSÓVIA — O novo premier da Polônia, Tadeusz Ma-

zowiecki, entrou cm seu primeiro dia no cargo com a noticia dcuma greve iniciada pelos ferroviários da cidade de Lodz paraexigir aumentos salariais. Lcch Walesa, o líder do sindicatoSolidariedade, que levou Mazowiecki ao pexier. considerou aparalisação uma provocação c pediu aos ferroviários que asuspendam, para apoiar o primeiro ginciin.' iiào-liJrfsfcJu-comunistas no pais."Uma greve, especialmente desta importância, é uma pro-vocação contra o primeiro chefe de governo eleito por iniciati-va do Solidariedade", disse Walesa, que enfrenta ha algumtempo pjwlucmas com as bases mais jovens e radicais dosindicato "A Polônia tem uma chance depois de 45 anos (dcpoder comunista) e não deve desperdiçá-la. Estou certo de quevocês são responsáveis e não se deixarão guiar por provo-cadorcs", disse Walesa. dirigindo-se aos grevistas.

Também a Federação dos Trabalhadores na Siderurgia fezum apelo semelhante a todos os trabalhadores do pais. para"salvar a economia da Polônia", que enfrenta uma inflação dequase 200%. escassez dc produtose uma divida externa de USS40 bilhões. Na véspera da confirmação dc Mazowiecki nocargo pelo Parlamento, anteontem, mineiros da Silésia c traba-Ihadores de transportes dc Katowice e Biclsko-Biala suspende-ram greves, atendendo a um pedido da direção do Solidancda-dc.

Walesa disse aos trabalhadores, em declarações prestadasem Gdansk. que a arma da greve não tem hoje o mesmovalor, "pois é necessário reduzir radicalmente os deficits econò*micos". Ele garantiu que o novo governo que Mazowieckiespera formar ate o fim do mês — tomará "medidas radicaispara combater a miséria, as enormes diferenças salariais, asdesigualdades e as injustiças".

Mazowiecki recebeu ontem o senador americano RobertDole e sua mulher, a secretária do Trabalho do governoamericano. Elizabeth Dole, e. mais tarde, o embaixador soviéti-co, Vladimir Brovikov.

Robert Dole, líder da bancada republicana no Senado, disseaos repórteres que o novo dirigente polonês pediu ajuda urgen-te ao governo do presidente Georgc Bush "Ele me pediu quetransmita ao presidente que quem ajuda cedo, ajuda cm do-bro", informou.

Do encontro com o embaixador Brovikov soube-se apenas,por fontes da embaixada soviética, que Mazowiecki garantiu-lhe que a Polônia permanecerá uma aliada confiável do Pactode Varsóvia. e elogiou as reformas econômicas e liberalizantcsempreendidas pelo Kremlin sob o comando do presidenteMikhail Gorbachev.

AFP — 23/8/89

BEIRUTE — O enviado soviético a Bei-rute. vicc-chancclcr Gennady Tarasov, rcu-niu-sc ontem com lideranças cristãs e defen-deu uma solução náo-militar para a guerraque há 14 anos destrói o Libano. Tarasovinformou que a Síria, aliada dos soviéticos noOriente Médio, vem fazendo diversos conta-tos para pôr fim ao conflito.

Navios da Sexta I rota dos Estados Uni-dos, entre eles o encouraçado Inwa, atracarama SO quilômetros da costa libanesa, no MarMediterrâneo, segundo informaram emissorasdc rádio francesas. Uma rádio muçulmana dcBeirute afirmou que o navio dc guerra soviéti-co Kirov, equipado com mísseis, eslava sedirigindo á região. A informação foi imediata-mente negada pelo porta-voz da chancelariacm Moscou. Yuri Grcmítskij.

Pelo terceiro dia consecutivo, facções xu-tas apoiadas pela Siria ameaçaram atacar osnavios dc guerra estrangeiros, sobretudo osfranceses, que estão cm missão no litoral liba-nês. Os combates entre cristãos c muçulmanosprosseguiam ontem, embora com menor ín-tensidade, matando uma pessoa e lerindoquatro. Esta etapa mais sangrenta da guerralibanesa foi iniciada cm março, quando ocomandante do Exército cristão, general Mi-chcl Aoun. lançou uma "guerra total" paraexpulsar as tropas Sinas do pais.

O enviado da URSS reuniu-se com MichelAoun no refugio subterrâneo do palácio pre-sidcncial no subúrbio ocidental dc Baabda.alvo constante dos bombardeios sinos. "Acre-

ditamos não haver uma solução militar possi-vcl. só política. E o momento dc se daruma chance á paz", afirmou Tassov Pelamanhã, o vice-mínistro soviético encontrou-secom o lider espiritual dos cristãos maronitas,Nasrala Sfeir. Tassov se encontrou anteontemcom lideranças sírias em Damasco.

Enquanto os nav ios dc guerra americanosc franceses margeiam o Libano, os paisesocidentais intensificavam ontem sua ofensivadiplomática Uma delegação da ComunidadeEconômica Européia chegou ao Libano paraavaliar o montante necessário para uma ajudahumanitária. Só nestes últimos cinco meses.792 pessoas morreram e 2.21S ficaram feridascm conseqüência dos combates, segundo da-dos oficiais. Em Roma, o porta-voz do Va-ticano. Joaquim Navarro-Valls, confirmoupela primeira vc/ que o papa João Paulo IIestá estudando a possibilidade dc uma visitaao Libano.

| j A organização palestina Al Fatah-Conselho Revolucionário ameaçou

matar "15 espiões pertencentes a diversosgrupos" em prepresália ao assassinato deAin el Hilneh. um de seus militantes, nacidade libanesa de Sidon. O grupo, lideradopor Abu Nidal, é uma facção pró-Siria daOrganização para a Libertação da Palcsti-na (OLP) e tem cm seu poder sele reféns —cinco belgas, uma francesa c seu filho, nas-cido cm cativeiro.

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Muzoiviecki pediu mais ajuda aos EUA

AFP — 15/8 89

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No exterior da sede do governo, não há uma parede inteira

Despacho sob as ruínas

Destruído, palácio ?rccida5 leslcI?unhanl0 incé"diowaicomeçou mas foi rapidamente dominado.

presidencial Vira Sobre os tapetes dilacerados encon-o /iníta cj i/^fprr') hp/i iruni"SC cm desordem porlus ürnincíidüüa ongo suDierraneo

^ força das cxp,osòcs'c dc Janc.ias. A caixa do elevador é apenas umacarcaça vazia. No antigo escritório presi-dencial, agora vazio, o calor dc um projétilexplodiu os vidros. As esquadrias das ja-nelas são apenas pedaços de madeira calci-nados ou partidos pelas explosões. Pcda-ços de teto pendem das vigas metálicas.Canalizações d'água despedaçadas deixamjorrar o liquido que é hoje o mais aprecia-do pelos habitantes dc Beirute, porque émuito raro.

So está intacto o abrigo subterrâneoonde vive c recebe o general Aoun. quepraticamente não sai dali. No corredorque leva ao abrigo, instalaram-se camas decampanha dos soldados de sua guarda,ocultas apenas por um biombo chinês sal-vo da destruição. Seu carro fica estaciona-do lá permanentemente Embora esse abri-go seja mais bem protegido, como umcasulo, a violência das explosões faz asparedes tremerem com ecos que se refletemao longe. Inaugurada pelo presidente Hé-lou. esta construção, sem elegância massímbolo do Estado libanês, certamentenão abrigará o próximo presidente doLíbano que, aconteça o que acontecerde agora em diante, iniciará seu man-dato á imagem desse palacio, sobre asruinas de um pais que, a cada dia, mergu-lha um pouco mais no abismo.

Frnnçoise ChipauxLo Monde

BEIRUTE — Chove no Palácio dcBaabda. Com os pês dentro d'água, osvisitantes acorrem ao palácio por suaconta c risco. Ele é o alvo preferido dosartilheiros sirios ou de seus aliados Aspessoas aguardam num vcstibulo com asvidraças quebradas e cortinas arrancadasapós os quatro dias negros de bomhar-dcios que cobriram os preparativos e pos-terior ofensiva contra Souk-cl-Gharb. dis-tante dali apenas 5 quilômetros Segundoseu hóspede, o general Michcl Aoun. opalácio recebeu cerca de 100 toneladas deprojéteis dc grosso calibre dc 240 milime-tros ou de 180 milímetros. Desta vez, des-truiram o que restava da construção jábastante danificada desde o mês dc março,não restando na parle externa uma únicapeça intacta.

No patamar externo, o tom e dadopela visão do bloco em cimento arma-do do alpendre fendido, cujos pedaçospenduram-se perigosamente no vazio. Pa-ra chegar ao interior, è preciso quase csca-lar montes de pedras, tabuas, placas dcgesso e fios elétricos. Um projétil de 240milímetros rompeu o terraço do primeiroandar, de onde se vê toda Beirute. Na peçavizinha, cortinas queimadas e paredes ene-

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Polícia resgata joalheiro

judeu raptado por árabes-&• JnffA. Isra>

JERUSALÉM — O comerciante dc jóiasisraelense Shaul Mashania foi resgatado on-tem pela policia depois de passar 40 horas cmpoder dc comandos do Exercito Popular Pa-icstino, na Cisjordânia. Mashania havia sidoseqüestrado quando cobrava dividas dc joa-lheiros árabes na cidade dc Tulkarem.

Mashania. de 45 anos, pai de sete filhos cmorador da localidade de Bat Yam. próximo aTcl Aviv. foi encontrado dentro dc um poçoseco por agentes do serviço dc segurança doMinistério do Interior. A policia conseguiuresgatá-lo depois de prender um palestino sus-peito na noite dc anteontem.

O joalheiro foi seqüestrado por palestinosarmados com punhais quando descia dc umtáxi para fazer suas cobranças. Após ser libcr-lado. Mashania telefonou ao irmão Isaac, umpequeno comerciante cm Bat Yam. "A voz domeu irmão me pareceu muito fraca e pedi queele dissesse o nome dc cada um de seus filhos",disse Isaac. Ao que o joalheiro respondeu:"Que voz queres que eu tenha? Acabaram demc tirar de um poço."

A policia decretou toque de recolher na

Jatfa, Israel — AP

Mashania reencontra os parentescidade de Tulkarem. Shaul Mashania foi opeimeiro civil israelense seqüestrado por pa-lestinos desde que começou a rebelião nosterritórios da Cisjordânia c Faixa de Gaza, há20 meses. Neste período dois soldados foramraptados, um dos quais apareceu morto.

Laranjeiras uai dar

o maior pé.

veja nosClassificados

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10 ? Io caderno ? sábado, 26/8/89

JORNAL DO BRASILFundado cm IH9I

M. F. DO NASC1MFNTO BRITO — Diretor PresidenteMARIA RliGINA DO NASCIMENTO BRITO — Diretora

VICTORIO BHFRING CABRAL — Superintendente Geral

MARCOS SA CORRI A — {.duo

M AVIO PI NI II IRO — í.duor Litrumo

ROBI KIOPOMI'1 l! Dl IOI I DO — Hdnor l.tnut»

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Caminho do Inferno

Para quem acha consoladora, na atual situação

brasileira, a afirmação de que "o Estado vai

mal, mas a economia vai bem", deveria servir degrave advertência o que está acontecendo na Co-fòmbia. Se o Estado em excesso é uma praga quesufoca a economia, a desorganização do Estadopode levar a situações monstruosas — como a quea Colômbia enfrenta agora.

Reconheça-se, de inicio, que o Estado colom-biano sempre foi um edifício desconjuntado. Essepaís andino transmite a estranha impressão de quejamais se recuperou da colonização espanhola.Sobre a base indígena, superpôs-se um verniz eu-ropeizante sem que houvesse integração entre umacoisa e outra.

Em conseqüência, instalou-se na Colômbia aque ò talvez a mais antiquada estrutura social efundiária do continente — gerando uma carga deressentimento que também no Peru pôde ser expio-rada por quem quer que quisesse contestar a socie-dade oficial.

A violência acabou explodindo, já nos anos40. e em tal nível que as elites dirigentes estabelece-ram um cômodo pacto: os dois principais partidos— Liberal e Conservador — governariam alterna-damente, até que a situação social se desanuviasse.Mas enquanto durou esse pacto, o país não mu-dou.

Não estranha, assim, que os movimentos guer-rilheiros aproveitassem a "década ideológica" dosanos 60 para tomar conta de largas parcelas dointerior colombiano. Coube a esses movimentosalimentar e desenvolver a atmosfera geral de res-sentimento contra a ordem social c o Estado. Aresposta do governo a esse quadro foi uma suces-,são de estados de sítio que só congelavam asdoenças incuráveis do país.

A economia colombiana nunca conseguiu iralém das suas bases agrícolas — extremamenteprodutivas, por exemplo, no grande boom do caféque criou um quadro aparentemente favorável: aColômbia não parou de crescer nesta década deestagnação, e não precisou recorrer ao FMI. Masquando a crise dos anos 70 apertou as margens delucro, e multidões expulsas do campo foram baterem cidades despreparadas para recebê-las, a indús-tria das drogas cresceu nos espaços vazios deixa-dos pela desorganização social e pela ineficiênciado Estado.

As voltas com a guerrilha, os sucessivos gover-nos colombianos não percebiam a outra tempesta-de que se aproximava. Quando se deram conta, o

narcotráfico já tinha se tornado um estado dentrodo estado. O governo Bcttancourt tentou umatrégua com as diversas organizações guerrilheiras;mas a tréegua durou pouco, pois os grupos deextermínio de direita não estavam dispostos aconviver com inimigos históricos.

Espertamente, o cartel das drogas apresentou-se como "braço auxiliar" do governo no combateá subversão. Um anticomunismo visceral no paísparece ter visto nisso uma oportunidade para li-vrar-se do velho adversário: mas assim se perdeutempo e energia para enfrentar os novos barõescolombianos, que se infiltravam cada vez mais napolítica, na administração e até 110 judiciário dopaís.

A situação chegou a um tal grau de absurdoque até a hierarquia católica, um ano atrás, propu-nha uma negociação com o mundo das drogasjá então responsável pelo setor mais dinâmico daeconomia. "Toda

guerra é política", aventurou-sea dizer um bispo colombiano, acrescentando: "há

que buscar argumentos políticos e o diálogo".O que significa esse diálogo já agora está bem

claro: seria simplesmente a capitulação final doEstado ante um mundo marginal que vem-se im-pondo pela violência c pela corrupção. Os barõesda droga já explicaram e provaram que se dispõema matar quem ficar em seu caminho juizes,ministros, policiais. Tornaram-se mais fortes que oEstado, até que este encontre algum modo derecuperar posições.

O último argumento do narcotráfico é o dopatriotismo — confirmando a velha frase de que"o

patriotismo é o último refúgio dos canalhas".Tenta-se estabelecer como anti-colombiana a possi-bilidade de extradição para os EUA dos envolvi-dos no narcotráfico pois a Justiça americanatem força e autoridade para julgar e condenar osque fazem do mercado norte-americano seu gran-de território de lucros.

Este último sofisma precisaria ser rejeitadofrontalmente pela opinião pública continental. Atriste verdade é que o narcotráfico, na Colômbia,já é hoje mais poderoso que o Estado nacional. AColômbia não sairá desta situação sem ajuda ex-terna.

Fica a advertênbcia para os que acham que a"economia informal" é um remédio eficaz e indo-lor para a inépcia do Estado. A compactuar comeste sofisma, o Brasil arrisca-se sériamente a de-sembarcar na Colômbia — enquanto pensa estartomando o rumo da Itália.

Miragens do Poder

Em plena campanha eleitoral, discute-se muito

o tamanho do Estado mas quase não se toca110 tamanho do funcionalismo desse mesmo Esta-do que há muito tempo dá sinais de esgotamento.Antes de mais nada. os governos têm ate dificulda-de de saber quantos são os seus funcionários. Apartir daí. qualquer discussão carece de base.

Segundo a Secretaria de Administração, o Es-tado do Rio tem 400 mil funcionários mas poderiafuncionar plenamente apenas com 120 mil. Os 2S0mil excedentes, no entanto, não podem ser dispen-sados por serem estáveis. Logo. conforme concluiuum estudo, depois de escolhidos os 120 mil maiscompeientes, todos os outros poderiam ir paracasa e ficar à disposição — expressão burocráticapara definir aqueles que nada fazem e só recebem110 fim do mês.

Seria até mais econômico que a massa inútil,mais de duas vezes maior do que a útil. ficasse emcasa. Ganharia pouco (deixaria de ter promoções)e não atrapalharia o funcionamento da máquina.Trata-se de uma hipótese, um exercício de imagi-nação em final de governo. Mas é uma hipóteseassustadora.

Se a mesma proporção de funcionários tecni-camente inúteis fosse projetada para todo o país,somando todos os funcionários municipais, esta-duais e federais (seis milhões, segundo cálculosconservadores), então mais de quatro milhões defuncionários são desnecessários: não só não aju-dam mas contribuem de maneira decisiva para oemperramento da máquina administrativa. Seriammais úteis em casa do que na repartição.

O excesso de funcionalismo é um mal reconhe-cido por todos. Em campanha, os políticos prome-tem modernizar a máquina estatal, enxugando-a.E no entanto a máquina continua a crescer. Já noexercício do poder, em geral os políticos que mais

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Cartas

prometeram cortar sao os que mais nomeiam,caracterizando a falta de pudor que hoje é a marcaregistrada da função pública.

O nepotismo, o clientelismo e o empreguismosão atualmente os três pilares da ilusão republica-na. Toda uma legislação sub-reptícia protege osfilhos diletos do favoritismo. Não é por coincidên-cia que o bacharelismo (outro dos ismos que cor-roem por dentro a máquina governamental) estána origem da pletora de leis arrevezaÜas que exi-gem interpretação e intermediação.

Uma das características do arcaísmo que puxa

consiste cm transformar aquilo que é um bempúblico num bem pessoal. Políticos em épocas demaré vazante recorrem, para sobreviver, a práticasfisiológicas, sendo que uma das mais importantesdelas é a caça aos cargos públicos para a colocaçãoestratégica dos afilhados. Depois disto, permane-cer no emprego público é um "direito divino",irremovívcl, pessoal e intransferível. O resultado éum inchamento cada vez mais escandaloso damáquina administrativa.

Evidentemente a máquina se degradou e comela se degradaram também as carreiras, elimina-ram-se os incentivos á produtividade e acabou aprofissionalização do servidor. A administraçãodireta, amarrada a controles formais e burocráti-cos. estiolou-se, e nem dispõe de recursos mate-riais, humanos e técnicos para realizar sua função.

Num panorama como este, chega a ser mira-gem qualquer tentativa de rearrumar o perfil dofuncionalismo e deixá-lo do tamanho da tarefapara a qual ele existe. É bom lembrar que de cadaseis brasileiros economicamente ativos um recebe osalário do serviço público. O governo possui largoportão de entrada e estreita portinhola de saida. Eainda por cima os funcionários são intocáveis.

Sonho e Realidade

O mercado de ações inglês funcionou séculosassentado na especialização das instituições

financeiras. Com o avanço da informática c dossistemas de comunicações, a Bolsa de Londres foiperdendo importância. Cedeu a segunda posiçãopara o mercado de balcão de ações dos EstadosUnidos, o NASDAQ, e para a Bolsa de Tóquio.

O governo Thatcher e as lideranças financeirasconceberam em 1985 uma profunda reforma nomercado, a partir da modernização dos princípiosda auto-regulação (para coibir as constantes cpreocupantes irregularidades) e do fim da especia-lização no mercado que deu partida ao big bang. Areforma triplicou o número de acionistas para 9milhões e permitiu deslanchar a privatização dasempresas estatais com a pulverização do capital.Nesse processo, além do saneamento financeiro doEstado inglês, houve a capitalização das empresase a transformação de rentistas em sócios dos lucrosdo regime capitalista de mercado

No Brasil, a comissão especial de notáveis já

Aids o transfusãoNão é verdadeira a noticia publi-

cada no JORNAL DO BRASIL dc25 S 89, sob o titulo "Medica confir-ma precariedade do sangue". Em ne-nhum momento c relatado qualquerdado que diga respeito à qualidade dosangue atualmente á disposição da po-pulação do Rio dc Janeiro. A propor-ção dc casos dc Aids conseqüentes atransfusão sangüínea são resultantesda contaminação ocorrida hã pelo mc-nos cinco anos atras, lista proporçãofoi retificada c a transmissão chamadaparentcral é dc 2l°o e não dc 54%.como foi noticiado. É, sem dúvida,uma proporção elevada c a adoção demedidas dc controle dc qualidade dosangue permitiram que em nenhumadas amostras examinadas desde o anopassado fosse encontrado o virus daAids. Hoje cm dia. o sangue do Rio dcJaneiro é um dos melhores do pais c,certamente, dentro de cinco unos (pe-riodo dc incubação médio da doença),estaremos com a Aids transfusion.ilpraticamente erradicada. Em relaçãoaos casos dc Aids. continua cm nossoestado predominando a transmissãosexual com 63% dos casos.

Não disponho dc razões para dc-sejar a demissão da Dra. Lair Guerradc Macedo do Ministério da Saúde, enão a pedi a quem quer que fosse. JoséCarvalho dc Noronha, secretário dcEstado dc Saúde — Rio dc Janeiro.Respeito à criança

A propósito dc nossa carta puhli-cada no JB dc 17 S N1), sob o titulo"Parecer favorável", vimos, com in-dignaçâo, no tabloide dc bairros dc11111 conhecido jornal, entrevista com adiretora da Escola Corcovado, onde cdeclarado que "a principal função da-qucla escola c atender os filhos dcalemães que vêm morar aqui". Comoa escola é mantida por uma sociedadecivil brasileira (Sociedade Escolar cBeneficente Corcovado). paga obriga-loriamcnlc por brasileiros, questiona-mos, publicamente, a sua "principalfunção cm nosso pais".

Além de alardear o seu espaço cbiiwaj forcas fcãsüãtmcntê bem brasi-

EUA. a Sra Francês Kissling é co-fundadora dc uma associação públicadc proprietários dc clinicas de aborto,a NAF (National Abortion Federa-tion).

apresentou suas sugestões para corrigir as distor-çòes do mercado de capitais brasileiro que ficaramflagrantes no caso Nahas, como a deficiência dosmecanismos de fiscalização do poder público e daauto-regulação exercida pelas Bolsas. Mas algu-mas das sugestões pecam pela idéia de eliminar aspossibilidades de repetição de delito, para contor-nar a falta de policia. E o caso da proibição dascorretoras de atuar no mercado aberto ou admi-nistrar carteiras próprias de ações e de terceiros,para evitar a velha prática da desova de açõesdesvalorizadas nos fundos mútuos.

O que o mercado brasileiro precisa é de umareforma que crie condições para atrair a poupançanacional, hoje absorvida quase totalmente para ofinanciamento do déficit público, para a capitaliza-ção das empresas. Ou seja. de um programa efi-ciente de redução dos gastos públicos que iránecessitar do maior número possível de instituiçõesfinanceiras para convencer o investidor brasileiro atrocar a posição de rentista da divida pública pelade sócio das empresas nacionais.

loiras), a matéria esclarece aos menosavisados que "a escola alemã c rescr-vada a uma pequena elite". Por que?Só faltou esclarecer, todavia, que emrecente parecer do Cederj. foi diagnos-ticado que ela " não possui sensibili-dade para atender diferenças indivi-duais das crianças, carecendo deacurada análise técnica para o caso",alem do que, doravante, "todas assuas ações administrativas e pedagógi-cas serão convenientemente registra-das c passíveis de acompanhamentopela supervisão educacional". Mais doque espaço físico c belezas naturais, ascrianças precisam de respeito á suadignidade. Jorge José Gimcnez e El/adc Souza Oliveira Gtménez — Rio dcJaneiro.Uso indevido

A propósito dc nota publicada noInforme JB dc 22 8 89. a assessoria deimprensa da Arquidiocese do Rio deJaneiro esclarece que a legislação daIgreja católica determina que "nenhu-ma associação assuma o nome dc 'ca-tólica' sem o consentimento da auto-ridade eclesiástica competente".(Código de Direito Canónico. cânon300).

A organização CSSC (Católicospela Livre Escolha), com sede emWashington, representada no I Con-gresso Brasileiro de Planejamento l a-miliar em realização no Rio. sob osauspícios da Bcnfam. do Fundo dasNações Unidas para as Atividades Po-pulacionais (UNFPA). c pela IPPF(Federação Internacional da Paterni-dade Planificada). usa indevidamenteo nome de cataólica. Em junho desteano. foi ela denunciada pela Comissãode Pastoral Familiar da ConferênciaEpiscopal Peruana, como "uma orga-nização que despreza .1 vida, advoga oaborgo cm todas as suas formas, utili-zando como argumento uma falsaconcepção dc liberdade". Por issomesmo, o uso do nome de católica"parece somente uma ardilosa estrale-gia. pois repudia o magistério da Igre-ja c até ridiculariza os seus ensinamen-tos" (carta do presidente daConferência Episcopal Peruana e dopresidente da Comissão de PastoralFamiliar do Peru, de 26 6 89).

A Sra. Francês Kissling. presiden-te da entidade, não pode pretender seruma lider católica, já que. em seusatos e manifestações públicas, contra-diz abertamente a doutrina da Igreja,como se jpode verificar em sua decla-ração ao jornal Washington Post, de24 6 86. Além disso, em seu pais, os

Qualquer tentativa de envolvimen-to do nome católico, em tal contexto,por não corresponder á verdade dosfatos, é reprovada pela Arquidiocesedo Rio de Janeiro, e merece firmemen-te a repulsa por parle dos católicos cdc todos os homens que buscam since-ramente a verdade. Adioncl C arlos daCunha, assessor dc imprensa da Arqui-diocese do Rio dc Janeiro.Mau trato

Em 21/08/89 tirei meu carro daRio Motor, 11.1 General Polidoro (Bo-tafogo) com álcool suficiente para che-gar até um posto. Por precaução, acheimelhor abastecer 110 posto Esso damesma rua, entre a Sorocaba c a DonaMariana, onde pedi ao frenlista quepusesse NCzS 20. No túnel Rebouças,constatei que o marcador não havianem chegado a I 4 Como já estivesseatrasada para o trabalho, retornei lano dia seguinte. Não 111c movia tanto ailusão de que teria .1 diferença resti-tuida, mas a convicção dc que presta-ria um favor ao gerente ao lhe comuni-car que as coisas não corriam bem noseu domínio. Isto sim, foi ilusão. Fuirecebida pelo proprietário, um rapazque a principio nem se identificou co-1110 tal — apontou para o gerente e sósc meteu na conversa quando julgouconveniente. Contei o que havia acon-tecido, c admiti minha dificuldade emidçnliíkat i' rmprr_ ' Q rapaz~inc~garantiu então que 110 seu posto todoseram honestos e que unha certeza deque a bóia do meu carro eslava defei-tuosa. "Quer ver? Vou por NCzS 2(1 eaposto que não vai passar de um 1 4.como ontem", desafiou. O marcadorchegou quase até a metade. Ele, quealé aquele momento, certo de que oengano era meu, foi extremamenteamável, mudou radicalmente de atitu-de. Insinuou que haviam roubado ocombustível 110 estacionamento domeu trabalho, acusação infundada, jáque havia percebido a pouca quantida-de ainda a caminho. Disse-me entãonão admitir que alguém reclamasseum dia depois de ter abastecido. (...)

Tancrcdo Neves morreu deixandoo seu vice, José Sarney, inteiramentedespreparado p.ir.i exercer a presiden-cia. Acredito mesmo que se o governoSarney estivesse começando hoje. onosso presidente teria um desempenhomuito superior ao que teve nos ulti-mos anos.

Não podemos pois deixar dc co-nliccer aquele que poderá substituir onosso candidato no "aso de sua morteou impedimento. Joaquim Aurélio Na-buco — Rio dc Janeiro.

O povo brasileiro assistiu, no últi-1110 debate dos presidenciáveis, .1 111-coerência política do Sr Roberto Frei-re

liste candidato, que sc diz comu-nista. do alto da sua presunção, nãoteve a competência necessária paraanalisar com isenção o incidente ocor-rido em Niterói, envolvendo o Sr Col-lor dc Melo. Ao responder perguntaformulada por um jornalista, colocou,maldosamente, 110 mesmo nivcl. a ma-nilestação expontânea dc repudio porparte de populares á candidatura glo-bal, com a provocação armada e vio-lência brutal dos capangas coüoridos,chamando o episódio dc briga de ban-didos.

O raciocínio estreito e elitista daresposta desconheceu o passado e acoerência política do Sr. Leonel Brizo-la. Colocá-lo no mesmo saco com o Sr.Collor dc Melo é um desrespeito aquem, ao longo da sua vida publicaesteve ao lado do povo brasileiro. (...)Thclman Madeira dc Sou/a — Rio deJaneiro.

A lei 11" 7.773 de S 6 89. .10 disporno 5 2" do art. 2f> que "fica vedado,nos trinta dias anteriores a data daeleição em primeiro turno e nos dezdias anteriores ao segundo turno adivulgação de pesquisas, prévias oulestes pré-eleitorais. relativamente aeleição presidencial", c flagrantementeinconstitucional porque fere o art. 5"nem MV da Carta Mar";' :iq pr^U-111.11 que "c assegurado .1 iodos acesso

De reclamante passei a acusada — sófaltou insinuar que eu mesma haviaretirado o álcool. Virou então as cos-tas e sc recusou a falar comigo, depoisde levantar a voz e mc destratar, comosc fosse eu a culpada pelo episódio. Osenhor X — vamos chamá-lo assim,pois não sc identificou — disse entãoaos gritos que cu não precisava pagarpelo "teste" que ele havia feito. Estouacostumada a pagar pelos bens queadquiro. Mas somente pelos que ad-quiro. Paguei por I 2 tanque, e recebi

I 4. Como ele mc ofertou este 1/2tanque, fico lhe devendo 1/4. Em com-pensação, o senhor X fica devendoboa educação c respeito aos clientesque ainda tiver, alem de disposiçãopara investigar o que anda errado noseu posio. Ele não c o único a terempregados desonestos neste pais deespertos. Mas negar que eles existamnão c, ccrtamentc, a melhor política

"para combatê-los. (...) Rosane Rubin,Rio dc Janeiro.Eleições

Parece-me dc suma importânciaque haja também debates entre os vi-ce-presidenciáveis. Não podemos nosesquecer de que Ulysscs e Brizola sãoseptuagenários, que Mário Covas é re-cém safenado e que ninguém está livredc um acidente.

á informação", podendo ser ela torna-da sem efeito através dc mandado dcsegurança que venha a ver impetrado...(...) Essa restrição, além dc antidemo-crãlica, sc constituí cm atentado ao di-reito dc informação.

Esse c o entendimento do PartidoNacional dos Aposentados do Brasil(PNAB), do qual sou I" secretário ccandidato á presidência da República,e que foi manifestado ao juiz PauloCésar Salomão, responsável pela fisca-lização da propaganda no Rio de Ja-neiro. (...) Nildo Martini — Rio dc Ja-nciro.

GAproximam-se as eleições presi-

dcnciais. O Brasil, em teoria, é um paiscristão. Infelizmente, muitos dos quese dizem cristãos esquecem os rcspec-tivos critérios 11.1 hora dc votar.

O respeito ás leis divinas, notada-mente no que sc refere á sacralidadeda vida humana, é um dado funda-mental. Assim, nenhum candidato acargo eletivo (ainda mais neste caso)pode merecer .1 confiança do eleitorcristão, se for a favor do abortamentoainda que com restrições. O cristãotem de ser radicalmente contra o fetici-dio. sc não quiser trair a Cristo a quemjulga servir Não pode votarem sócia-listas que sempre, até prova em con-trário, apoiam o abortamento. MiguelCarqucija — Rio dc Janeiro.

?Quero manifestar meu repúdio â

atitude do jornalista José Paulo An-drade. da Bandeirantes, durante aapresentação do 2" debate dos presi-denciávcis. Perante uma resposta clarae objetiva do Sr. Ulysscs Guimarães,de que era independente perante o go-verno Sarney — respondendo á per-gunta sc era ou não oposição — ojornalista fez um comentário jocoso,injustificável e parcial. Afinal, inqui-rir. questionar, perguntar era a suafunção; comentário pessoal não sejus-lificava.

Estávamos assistindo o programapara saber e conhecer os comentáriosdos presidenciáveis c não do jornalis-ta. E bom que ele se lembre que foigraças â liderança do Sr. Ulysscs Gui-maràes na luta contra a ditadura, queestamos tendo eleições livres, vendo eouvindo debates e ele podendo fazerperguntas ao vivo e sem censura. (...)Ruj de Oliveira Barbosa — Rio dc Ja-nciro.As cartas serão selecionadas para publica-ção no todo ou em parto ontre as quetiverem assinatura, nome completo e legí-vel o endereço que permita confirmaçãoprévia.

JORNAL DO BRASIL Opinião sábado, 26/8/89 ? 1" caderno ?II

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HUMOR NEGRO

SAIU NO JORNAL DO BRASIL DE DOMINGO. QUE OS DEPUTADOSESTADUAIS DO MARANHÃO ESTÃO PREOCUPADOS COM A POSSIBILIDA-DE DE INSTALAÇÃO DE ARMAS NUCLEARES EM REGIÃO ESTADUAL.TODO MUNDO ACHOU MUITA GRAÇA, MAS. DO JEITO QUE CUIDAM DAECOLOGIA NESTE PAÍS, ACHEI ATÉ UMA BOA MEDIDA SE NÃO, UM DIA.ALGUÉM POR LÁ PODE ATÉ TER QUE FAZER ESTE DISCURSO:

OPERÁRIO DA USINA: — Eu queria agradcccr ao nosso ministro das Minas cEnergia por ter aumentado o mercado de trabalho aqui no Maranhão, resolvendo o

problema dc desemprego cm todo o estado, com a instalação na região desta enormeusina nuclear. Eu fui escolhido para falar em nome dc todos os meus colegas da usina,

porque eu sou o operário padrão. O fato de eu ter duas línguas também ajudou um

pouco. Graças a esta medida saudável, que foi a criação da usina, hoje cm dia, temtrabalho aqui para todo mundo. Ninguém pode queixar-se. E com a grande vantagem dcser um trabalho limpo. A gente só trabalha com pinça. E por isso até que papai teve umacidcntezinho nuclear. Ele se distraiu e pegou o lixo atômico com a mão. Mas, não fazmal. acidente de trabalho é uma coisa que acontece em qualquer fábrica. Também teve o

probleminha que aconteceu com a minha irmã mais velha. Ela já trocou de pele trêsvezes. Só que agora ficou muito mais bonita. Está com a pele toda azul. Com o olhovermelho, então, combinou demais. Além dc tudo, a gente também está muito feliz,

porque não falta mais comida na região. Aqui, agora, só se come comida natural.Comida que sai direto da granja da usina. Sem quimica. A gente come ovo. sabe, ovo?Aquele negócio quadrado?"Eu gosto muito dc ovo. Galinha, eu adoro galinha. Gosto do

peito. As galinhas da usina tem cada peito! Peitos lindos. Todos três. Como se nãobastasse, a usina ainda cuida da gente, através do departamento dc recursos humanos. Ausina é generosa. Temos até o asilo dc amparo à velhice, que é pra onde a gente vai

quando fica bem velhinho, depois dos 35 anos. Sem falar em outras benfeitorias, como afábrica dc bonés para os operários, que foi instalada aqui pelo doutor Scholl. Enlim.

pela instalação da usina c todas as vantagens decorrentes, é que cu quero agradecer aoministro das Minas c Energia. Nós só temos pena que ele nunca tenha vindo aqui, desdea inauguração da pilha atômica.

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Millòr Fernandes é o último jornalista míope num mundo cada vez mais bifocal.

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A galinha

do vizinho Coisas da Política

.\irlando Beirão

Não convidem para a mesma nas-

scata a classe média injuriada cidéias claras c distintas. A irrupção danova militáncia juvenil, nas manifesta-ções contra as mensalidades escolares,areja as ruas com a fotogenia festiva deseu protesto, granjeia as simpatias soli-darias que faltam, por exemplo, às gre-\es operárias c concedem aos papais de68 um reconfortante replay de seus tem-pos, novamente revividos por seus atéentão acomodados rebentos. Ainda queo trânsito possa, eventualmente, chiar, acoisa dos estudantes é amena e franca —assim como ligeiramente equivocada.

Dizem os estudantes, com o caloro-so reforço doméstico, que são abusivasas mensalidades pagas as escolas. Que opreço está pela hora da morte — embo-ra. pensando bem. estudante de 14 anosde idade não dira "hora da morte".Mas, enfim, lamentam e denunciam quefreqüentar escolas de bom nível torna-seprivilégio restrito de uma meia dü/ia deabonados. As críticas costumam wr re-chcadas dc expressões como "tubarõesdo ensino particular" c "ganância dosdonos das escolas". Assim como, nopassado, a classe média acreditou quecongelamento de preços consistia apenasem vigiar a maquininha remarcadorados supermercados, ela hoje acerta nosintoma, mas erra no diagnóstico earrisca-se a fazer dc uma causa justauma trapalhada inócua.

—V. univiiires. a classe média esta apresentando afatura legitima no guiclic errado. Hásinais dc que também em outros assun-tos. que dizem respeito ao atual momen-to do pais. haja gente confundindo oguiché Inclusive na eleição presidencial

As mensalidades escolares, salvocasos de abuso que só confirmam aregra da correção, correspondem ao quepode e deve ser cobrado de um serviçocujo custo é razoavelmente alto e que.por isso mesmo, fica condenado, numpaís onde há 10 anos reina a recessão, a-•cr cxcludentc Não foi o ensino particu-lar que. numa conspiração sorrateira,tramou a idéia de se elitizar. Foi a classemédia que empobreceu. Papais c ma-mães saudosos de suas boas escolas dopassado reivindicam o mesmo para os

filhotes, mas esbarram na constataçãodolorosa, testemunhada fatalmente acada final de mês, de que sobram zerosnos carnés dc pagamento c faltam zerosno cheque do salano. A indignação comessa realidade cruel escorre pelos canaismais sensíveis — ca educação é umdeles.

Há, porem, um sujeito oculto naquestão, c convém puxá-lo para fora desua estratégica e confortável clandcstini-dade. O sujeito oculto c o poder público.O quadro negro da educação, no Brasil,não começa no saque mercantilista dcempresários privados, c. sim. na omissãoescandalosa dos governos responsáveis,ante a lei c ante a sociedade, por propor-cionar o ensino gratuito — mas de qua-lidade — a quem não pode aventurar-sepelo universo fechado do ensino pago.

Os governos sucatearam a educa-çâo. Proletarizaram o ensino. E lavam,olimpicamente, as mãos. A frente datevê, as autoridades, por assim dizer res-ponsáveis, devem dar boas gargalhadasassistindo as marchas estudantis c, de-pois. recolhem-se a um sono sem culpasc sem pudores. A classe média, aturdida,pretende cobrar o preço dc seu santoestupor a quem naua tem a ver com adívida contraída.

A classe média quer escola — mastambém quer roupa bonitinha. Diasatrás, com comovente candura, um alu-no exprimia neste JB esse seu simbólicodilema Trajava, na foto, camiseta, jeanse tênis avalizados por etiquetas finas, o _que facüinrTS ,i ulti observador iscmocalcular que o doce contestatário enver-gava, para um único dia dc aula. duasvezes o preço que ele desembolsa por ummês de escola (NCzS 250. cie se prontifi-cara a anunciar).

Não se trata, naturalmente, de cs-tabelccer uma rancorosa prioridade en-tre lições de quimica e roupas da Fioruc-ci, mesmo que, em condições normais,num pais normal, seria de se esperar quea juventude tivesse acesso, tranqüila-mente, a ambas. No Brasil, porem, aclasse média paga risonha a conta naCompany, mas sai a rua quando tem depagar convenientemente o preço daequação do segundo grau. A garotadacnragèe tem papai com Monza zero kmc acha justo que. no tráfego doidiyanas,papai note cm risco uma propriedade

que consumiu um punhado de milharesde dólares — mais do que o suficientepara financiar toda a trajetória escolardo filho, do 1" grau â universidade. Opreço do automóvel, no Brasil, é de nívelinternacional. Os salários, do TerceiroMundo. Mas, ai. tudo bem.

O carro — dirão — é imprescindí-vcl Aqui. também, não restou á classemédia a alternativa civilizada c. em ou-tros recantos, banal do transporte públi-co. rápido, limpo c eficiente. Nisso,igualmente, o poder público naufragou.Mas, enquanto dá uma polidinha namáquina, nos domingos sonolcntos. ocidadão médio remói seu ódio contra aescola do filho. O carrào c. afinal, oorgulho social da família, o emblemaluzidio da ostentação dc um staiusapontado diretamente para a cara mve-josa do vizinho Já a educação da ninha-da tem porque tem de ser ato de bene-merenda alheia.

Essa gente não vai resolver a criseda educação no Brasil, mas vai decidir aeleição presidencial, li bom. portanto, seprecaver. Entorpecida nas suas desilu-sões dc cx-cruzados c alimentadas porpuro c cristalino rancor, prepara-se paradepositar um voto contra, renunciandoá oportunidade de um voto a favor. Acampanha capitaliza os rancores, ali-mcnlados pelo sentimento de impotên-cia. diante do tudo-que-está-ai: salárioscurtos, carnes compridos, roubalheirageneralizada, privilégios inacessíveis etc.etc

A abertura da caça aos marajás c.cm si. um fim dc linha. O que fazer,depois de se bolar em cana dois asccnso-nstas dc ministérios, trés contínuos deautarquias c quatro funcionários subal-ternos? O menino dos olhos da classemédia, sintomaticamente, não tem res-posta a essa pergunta. Não precisa ler.O cidadão-padrão da classe media, quepretende ver na esquina o guarda quemulte o infrator, mas passa com o sinalfechado, o impecável adepto da lei doGérson, o fanático da lisura alheia, bra-da pela moralidade dos outros, mas re-laxa na sua. sempre dc olho na galinhado vizinho — que como se sabe. é maisgorda do que a sul.

Jornalista, roaator cheto da rovislaIsto Ê 'Senhor

O receio dos donos do poder

Ricardo Nohlat

rf* 'Eis,

dc fato. o risco que ocandidato Collor dc Mello

não quer correr quando argu-menta que o segundo turno daeleição presidencial seria muitoruim para o futuro do pais: cietem medo de nadar, nadar, paraacabar morrendo na praia. Col-lor sabe que sua candidatura cs-tá sendo adotada pelos gruposeconômicos mais poderosos dopaís, como uma espécie dc seguro dc vida contra ahipótese dc vitória dc Brizola ou dc Lula.

É uma adoção por conveniência. Há pouca con-vicção nela — c menos ainda adesão as idéias dcgoverno oferecidas pelo candidato. Ate porque asídéias são rarefeitas até agora. Collor não inspiramuita confiança aos interesses que decidiram reunir-secm torno dele. Não se teme que ele seja um esquerdistaenrustido. Longe disso. Nem que, á falta dc quadrospara governar, ccda á tentação de se compor comforças de esquerda.

Teme-se sua falta dc compromisso com idéias — oaventurcirismo que e uma das marcas da personalida-dc dele. O governador Lasso Jcrcissati confidenciou aamigos paulistas um episódio que o impressionou. Eledisse já ter visto Collor participar dc comícios e. maistarde, rir muito das coisas que acabara de dizer. "Ele é

atuftprista de idéias . concluiu o governador cca-

privilegiado que recebe de Marinho. Uma vez. disserecusar o apoio da Federação das Indústrias de SãoPaulo (Fiesp).

Mais tarde, foi cobrado pelo que dissera em reu-nião com diretores da federação. "Olha. isso e só paraganhar votos", desculpou-se junto a Mário Amato,presidente da Fiesp. Amato gostou do que ouviuGostou, mais ainda, quando Collor disse a ele c aoutros empresários que não entendia de política monc-tária. mas que poria no Banco Central, caso eleito,"um homem que vocês me indiquem"

Amato está apoiando Collor — mas guarda cmrelação a ele uma certa ponta de desconfiança. "L

preciso cercar o Collor de pessoas sensatas e compe-tentes", sugeriu o governador Jcrcissati há uma sema-na em encontro com o senador Fernando HenriqueCardoso (PSDB-SP) em uma das dependências doHotel Nacional, em Brasília. "Collor não tem ninguémpara governar com cie. Governaremos nós, se oapoiarmos." O senador apoia Mário Covas.

Apóia-se Collor na liderança folgada das pesqui-sas sobre intenção de voto para tentar dar o salto evencer a eleição no primeiro turno. No segundo, elepoderá ser abandonado pelos que montaram em suacandidatura, somente para se livrar de Brizola e dcLula. Os que pensam, como o empresário c jornalistaRoberto Marinho, por exemplo, torcem para que Col-lor ganhe no primeiro turno, diante do risco de ele irpara o segundo com Brizola.

(i ideal mtUüiin p^r.-t-jrtg

rensc. Ê. também, um político que despreza os poliu-cos. , .

Recentemente, contou com satislaçao que o sena-dor Fernando Henrique Cardoso fora obrigado a espe-rar sentado um longo tempo até ser recebido pelodeputado Rcnan Calhciros — aliado de Collor c liderdo l'RN na Câmara dos Deputados. O candidato sebeneficia do apoio que lhe concede o empresário cjornalista Roberto Marinho, dono das OrganizaçõesGlobo. Mas. em conversa com amigos, dc vez cmquando se queixa disso.

Observou, há duas semanas, que Marinho lhetelefona, diariamente, c que insiste em se pôr á disposi-çâo para cabalar apoios na área empresarial. A vtncu-lação da candidatura á TV Globo poderá criar sériosembaraços para cia, imagina o proprio Collor. Alega,contudo, que não tem como dispensar o tratamento

li as.um. iuileger um parceiro para Collor no segundo turno. I m

parceiro como C'Ovas," Ulisses. Afif ou Malut Qual-quer um desses nomes, até mesmo Covas, inspirariamais confiança do que Collor. Dc resto, um candidatocomo Collor. já eleito no primeiro turno, poderá, maistarde, esquecer parte dos acordos que firmou com osverdadeiros donos do poder Poderá vir a pensar que opoder, dc fato, é cie.

Mais — O deputado Ulysscs Guimarães estaprofundamente irritado com a atuação da 1 \ Globona sucessão presidencial.

"Sc essa questão não lorregulamentada direito, a televisão elege até um postepara presidente da República", imagina o candidatodo PMDB. Ulysscs se está contendo para não baterduro na TV Globo. "Não sei até quando me agüenta-rei", disse ele. Leonel Brizola está cm guerra abertacom a TV Globo. Aureliano Chaves está no mesmocaminho. O próximo poderá ser Ulysscs.

RELIGIÃO

CEBs, Igreja e política

Dom Eugênio de Araújo Sales *

À medida que se desenvolvem ccrescem nossas Comunidades

Eclcsiais de Base (CEBs). manda a pru-déncia cristã que haja vigilância na dc-lesa de suas características essenciais. Aeficácia desse admirável instrumento decvangelizaçâo. proporcionado pelo Es-pírito Santo, dependera da preservaçãode sua identidade religiosa.

O fulcro sobre o qual está deposi-tado o futuro das CEBs é a fidelidade ásorientações do Magistério que governaa Igreja. Elas são parte integrante dasparóquias e estas, das comunidadesdiocesanas que estão sob a direção dePastores, os bispos, e-do Sucessor dePedro, o Santo Padre. Qualquer procc-dimento discordante constitui uma trai-çâo e uma ruptura, com a separação dotronco e a supressão da seiva divina.

No Código de Direito Canônico asCEBs não são ciladas. Contudo, indirc-lamente, sim, pois há farta determina-ção ás dioceses, incluindo as paróquias,e, por extensão, os demais grupos queas integram. E entre eles as CEBs.

Há perigo de desvios? Sim. Quan-do veio ao Brasil o papa João Paulo II,em Í98Ü. deixou um documento mtitu-lado Mensagem aos lideres das Comuni-dades Eelesiais de Ba>< do Brasil. Neleobserva o Sucessor de Pedro: "Subli-

nho. também, esta eclesialidade. porqueo perigo de atenuar essa dimensão, dcnão deixá-la desaparecer em beneficiode outras, não é nem irreal nem remoto.Antes, é sempre atual. É particularmen-te insistenle o risco dc intromissão dopolítico. Esta intromissão pode dar-sena própria gênese c formação das co-munidades (...) Pode dar-se tambémsob a forma dc instrumentalização poli-tica das comunidades que haviam nas-cido. em perspectiva cclcsial" (n. 3).Trata-se de uma advertência que nãochamarei dc profética, pois já existiamdesvios que motivaram a paternal c fir-me admoestaçào do Romano Pontífice

Isto foi dito há quase 10 anos e,ainda hoje, conserva toda a sua atuali-dade. Acrescente-se o que lemos no n°58 da Carta Magna das CEBs de todo omundo, a Evangelii Suntiandi. Nestedocumento, com a autoridade que lheconfere o titulo de Exortação Aposlóli-ca. o papa Paulo VI dá a legitima orien-tação da Igreja católica nessa matéria.

Diante da importância dessa ativi-dade religiosa, é dever do Pastor e demilhares dc integrantes das Comunida-des Eelesiais de Base zelar pela obser-váncia dos rumos dados pelo Magistc-rio. F. o que João Paulo II chama de"uma delicada atenção e um serio ecorajoso esforço para manter, em todaa sua pureza, a dimensão eclesial dessascomunidades" (idem).

No ambiente onde estamos c como ar que respiramos, alguns desvios exi-gem maiores cuidados pastorais cm fa-vor de nossas CEBs.

Com algumafreqüência, sc ma-nifesta, cm certosmeios, incontrolá-vcl desejo dc inde-pendência face ásnormas que nossão ditadas pelaSanta Sé. Para es-ses cristãos, valemais a autonomiae a autodetermina-ção. Trata-se dcum comportamen-to oposto ao ver-dadcíro "senlirecum Ecclesiae"."sentir com a Igic-ja". que contradizas aspirações dcuma liberdade semrestrições, com umrompimento comtudo o que contra-ria o modo de conceber a estruturareligiosa c a atividade pastoral. Ora, sesomos católicos, a obediência as leis daIgreja não é facultativa, mas obngato-

' Lendo alguns escritos sobre as

CEBs. pode parecer que a ordem vigen-

"Um socialismo em

senso estrito não

è solução paranossos males.

A conversão dus

pessoas e não

somente das

estruturas sociais

é o caminho

evangélico."

te na Igreja é inauténtica. Em nossosdias, recua em suas posições. Isso éfalso. Ela c o fruto da tradição apostóli-

ca até nossos dias.Não há oposiçãoás ComunidadesEclcsiais de Base:quando estas sãoverdadeiras. Cris-to deixou uma es-trutura. que é in-t o c á v c I. Nodecorrer dos tem-pos. adaptaçõesno acidental foramintroduzidas, masresta inalterado oessencial. Não ca-bc ao fiel procla-mar o que aceitaou rejeita, não é opovo dc Deus quedecide, mas o Es-pirito Santo que.embora "sopreonde quer", ja-mais está cm con-

tradição consigo mesmo, Ele que dirigea obra de Cristo desde suas oriaens. AIgreja não é tradicional no sentido pejo-rativo mas eterna cm sua juventude.

O ecumenismo é uma das grandesmetas propostas pelo Vaticano II. En-tretanto, quando genuino. segue as dc-

terminações ditadas pelo concilio. Lc-vados por um entusiasmo que não vemdc Deus nem a Ele conduz, graves fa-lhas podem-se acobertar sob este titulo.Um exemplo é a íntcrcomunhão c parti-cipaçâo indevida em determinados atoslitúrgicos. Cantos e celebrações sãoparte constitutiva do caráter religiosodas CEBs. Um texto, por mais sügcsti-vo que seja. sc estimula a luta dc classes,quebra a disciplina. O mesmo se diga dainclusão arbitrária de nomes de pessoasmortas, mesmo ilustres, no martiroló-gio da Igreja. Com referência a atitudesque não se coadunem com o sagrado,registram-se erros a serem corrigidos,para que tais grupos possam denomi-nar-se autênticas Comunidades Eclc-siais de Base.

As CEBs. por serem parte inte-granlc da paróquia, não podem teruma linha pastoral paralela, á margemda assumida pela diocese a que perten-cem. Não há diretrizes nacionais masseguirão o cajado do Pastor.

Nossos sofrimentos têm geradoanseios legítimos por uma nova socic-dade. válida somente quando identifi-cada com a nova civilização do amor,tantas vezes proclamada pelos últimosSantos Padres. Um socialismo em sen-so estrito não é solução para nossosmales. A conversão das pessoas c não

somente das estruturas sociais é o ca-minho evangélico.

Nessa mesma linha ocorre o riscodc infiltração partidária nas Comuni-dades Eelesiais dc Base. Formar osleigos para levarem ás agremiaçõespolíticas o fermento da doutrina cristãé missão das CEBs. Entretanto, optarpor determinado candidato e um erroe provoca grave desvio. . . ,

Uma outra fonte de contradição ca falsa interpretação da Sagrada Es-critura. O Santo Padre nos adverte queas CEBs devem receber da Igreja a"reta interpretação da Revelação divi-na na Bíblia e na Tradição, os meios dcsalvação, as normas dc comportamen-to moral, a vida de oração e a liturgiaetc" (idem, n° 4).

Eis alguns pontos, entre outros,que pedem nossa atenção. Um examedo que vemos e ouvimos, a ser compa-rado com o que caracteriza uma ver-dadeira Comunidade Eclesial de Base.Com coragem, devemos "conservarintacta a sua dimensão eclesial, nãoobstante tendências ou impulsos quevenham do exterior ou do própriopais. num sentido diverso' (idem. n°3). Essas palavras dc João Paulo II nosorientam para discernir o certo do cr-rado. dentro do que sc afirma ser Co-munidade Eclesial dc Base.

* Cardeal-arccbispo do Ru> dc Janeiro

12 ? Io caderno ? sábado, 26/8/89 Ciência JORNAL DO BRASIL

Yoyager 2 conclui com sucesso

a missão de 12 anos no espaço

PASADENA. Califórnia, EUA —Ao terminar com desempenho impecáveluma missão de 12 anos no espaço, asonda Voyagcr 2 passou sobre o pólonorte de Netuno. na madrugada de on-tem. e foi arremessada para um vôo so-bre a gélida lua Tritão. a maior do plane-ta. As fotos de Tritão ainda estão sendoanalisadas pelos cientistas da Nasa. masmostram um mundo rosado, com regiõesmontanhosas, vulcões que expelem geloe. ao que parecem, pântanos."Tritão roubou o show até agora",disse um membro da equipe. Enquanto aVoyagcr voava sobre o hemisfério ilumi-nado de Tritão, as câmaras registraramimagens de crateras e riscas negras queos cientistas supõem terem sido escava-das por ventos supersônicos. No hemis-ferio sul de Tritão há uma região panta-nosa, formada por matéria sémi-sólida,talvez neve de metano ou nitrogênio soli-dificados pela temperatura de 240 grausnegativos. Florence Johnson, da equipede fotografia, disse que as 23 imagens deTritão despertam muitas indagações. Al-gumas formações parecem penhascos,outras geleiras. Um trecho da superfíciede Tritão mostra uma formação quelembra uma cru/ cm alto relevo. "Tritãoé diferente de tudo que já tínhamos vis-to", disse o cientista Edward Stone.

No controle da missão, os cientistasgrilavam e batiam palmas a cada ima-gem que chegava. Alguns deles traba-lham ha duas décadas no projeto Voya-ger. Concebida na década de 1970, asonda espacial e sua irmã, Voyagcr I,foram lançadas ao espaço em 1977 com oimpulso de um foguete Titan Centauro.A Voyagcr I fotografou Júpiter e Satur-no e perdeu-se no espaço. A Voyagcr 2.

depois de passar por Saturno, foi desv ia-da pela gravidade do mundo dos anéispara sobrevoar Urano cm 1986 c, agora,Netuno."Foi o climax da maior viagem deexploração desse século", disse o astro-nomo Bruce Murray. ex-diretor do La-boratório de Propulsão a Jato de Pasa-dena. Nos primeiros minutos damadrugada de sexta-feira, a nave atingiuo ponto mais próximo de Netuno. voan-do a 120 mil quilômetros horários sobreo pólo norte do planeta. A uma distânciade cinco mil quilômetros das nuvensa/uis do mundo gasoso. a Voyagcr 2 foibombardeada por uma saraivada de par-liculas de poeira, todas pequenas demaispara danificar os instrumentos da espa-çonave de uma tonelada de peso. A ma-nobra permitiu que a grav idade de Nctu-no curvasse a trajetória da Voyagcr. nadireção sul. lançando-a para o encontrocom Tritão. cinco horas depois.

Penumbra — As melhores fotosde Netuno já tinham sido enviadas paraa Terra e todas as imagens obtidas dti-rante a maior aproximação ficaram bor-radas pela alta velocidade da sonda. Oscientistas da Nasa explicaram que asduas câmaras Vidikon da espaçonavenão foram projetadas para fotografar deuma distância tão curta. Como a luz dosol cm Netuno é mil vezes menos intensado que na Terra, e preciso uma exposi-çâo de um minuto para formar imagens,o que prejudicou a visualização do pia-neta no ponto mais próximo do sobre-vôo. Ontem a Voyagcr atingiu o pontode maior proximidade com um planetacm toda a sua viagem.

O computador de bordo da nave fun-cionou com perfeição, apesar da idade,executando as 24 manobras programa-das pelo controle da mijsão. Enquantose afastava de Netuno, a nave atingiuuma distância que permitiu novamente atomada de imagens com nitidez. Nesseponto, sobre o lado escuro do planeta, aVoyagcr obteve as imagens mais nitidasdos anéis de poeira que cercam o mundoazul, mostrando detalhes de até um qui-lòmetro de comprimento. Voando ao cn-contro dc Tritão, por trás de Netuno. aVoyagcr foi eclipsada pelo planeta gi-gante. perdendo momentaneamente ocontato com a Terra. Analisando a ma-neira como a atmpsfcra de Netuno inter-feriu com os sinais de rádio da espaçona-vc, pouco antes do eclipse, os cientistasda Nasa poderão obter informações pre-cisas sobre a densidade c composição dosgases que envolvem Netuno.

Centenas de cientistas, jornalistas cconvidados fizeram vigília durante todoa madrugada, no centro de controle damissão Voyagcr, no Laboratório de I'ro-pulsâo a Jato cm Pasadcna, Califórnia.Devido á grande distância de Netuno(4.5 bilhões de quilômetros), os primei-ros sinais indicando que a Voyagcr tinhasoba*v iv ido ao mergulho sobre o planetasó começaram a chegar ás 5 horas damadrugada. Logo depois a Voyagcr pas-sou a enviar imagens cada vez mais niti-das de Tritão. transmitidas ao vivo pelaTV norte-americana. Completada suamissão, a espaçonave mergulhou no cs-paço interestclar, onde se perderá no in-finito. Técnicos da Nasa estimam queserá possível manter contato de rádiocom ela por mais 25 anos.

Uma viagem fantástica até Tritão

Da Terra à luacapturada pelaforça de Netuno

Jorge Luís Calife

O envio dc uma nave robô parapousar em Tritão, a lua gelada

dc Netuno, ainda não está nos planosda Nasa. mas poderia ser feito com atecnologia atual, sc houvesse verbapara isso. Com base nas fotos envia-das esta semana pela Voyagcr 2. já scpode imaginar como seria essa via-gem fantástica. Uma aventura cheiade luz c cor, através dc belos panora-mas. Um desafio, talvez, para os cien-listas do século 21.

Flutuando no espaço, a 2 milhõesde quilômetros de Netuno, a sondade pouso cm Tritão parece um cogu-melo feito dc metal c plástico. O cha-pcu do cogumelo é o escudo de acro-frenagem, montado na proa daespaçonave cilíndrica. Para atingirTritão, a sonda precisará mergulharfundo na atmosfera dc Netuno. repe-tindo a mesma trajetória que os cien-tistas acreditam ter sido feita por essalua. ao ser capturada pela gravidadedc Netuno há I bilhão dc anos. ComoTritão, a sonda perderá velocidadeno atrito com a atmosfera do planetaazul, caindo numa órbita ao seu rc-dor.

Bola de jade — Visto da naveque sc aproxima, Netuno é uma boladc jade brilhando pálida contra ofundo estrelado da Via Lactca. Pare-cc uma jóia com delicadas estrias denuvens brancas c incrustaçôcs dc azulmais escuro, no ponto em que rede-moinhos de gás maiores do que aTerra rodopiam na atmosfera dc me-tano, o gás dos pântanos. Netuno é300 vezes maior do que a Terra c suapaisagem azulada sc expande em to-das as direções c logo cncobra todo océu á frente da espaçonave. A sondainterrompe o contato com a Terra,recolhe seus sensores, dobra a antenaparabólica de comunicações c sc cn-colhe toda atrás do pires metáli-co do escudo de aerofreio.

Voando sobre o equador dc Nctu-no. ela faz contato com as primeirascamadas atmosféricas. A uma alturade 80 quilômetros, Netuno não pare-cc mais um planeta, é um oceanoinfinito dc gás, com todas as tonali-dades imagináveis de azul. Nuvensbrancas, de cristais de neve, flutuam.50 quilômetros acima, numa camadadc metano incrivelmente transparcn-te, lançando sombras cor de anil so-

bre o mar dc gás opaco. Um sol frio eencolhido pinta dc rosado o horizon-te e algumas luas cm quarto-crcscenteaparecem no ccu escuro.

A nave voa trinta vezes mais rápi-do do que o Concorde, mas Netuno éum mundo tão vasto que a paisagemparece deslizar cm cântara lenta. Mi-crofoncs captam o primeiro som naviagem de 4 bilhões de quilômetrosO uivo agudo das moléculas de arcsmagando-sc contra o escudo dc ae-rofreio. Aquecido a uma temperaturade 5 mil graus centígrados, o metanoforma uma onda de choque fiamejan-te em torno do pires côncavo, na proada sonda. A desaceleração é brutal:um homem de 60 quilos pesaria umatonelada nesse momento e seria es-magado. Mas a sonda não é tripuladae os computadores não reclamam

Perdendo velocidade para o en-contro com Tritão. a nave volta aganhar altura sobre o lado escuro doplaneta. Incendiada pelo atrito, a at-mosfera de Netuno forma um casuloincandescente ao redor da sonda. Obólido fiamejante atravessa a noite,iluminando os furacões dc Netuno,quilômetros abaixo. A distância au-«menta c a sonda mergulha novamenteno espaço. O escudo dc aerofreio éejetado c sc afasta, brilhando ainda,cor dc brasa. A nave estende nova-mente sua antenas, restabelece conta-to com a Terra c assume posição parao pouso cm Tritão.

Quatro horas depois Netuno ficoupara trás c Tritão domina o céu. Pa-rece uma bola rosada, com manchasazuis e listras negras. A cratera de umvulcão extinto domina o hemisfériovisivcl dc Tritão. Perto do fim de suaviagem, a sonda gira no espaço, assu-ninido a posição de pouso. As quatropernas metálicas do trem de aterrissa-gem se colocam para contato e come-ça o ultimo periodo de frenagem.Dessa vez não há aerofreio, a naveusa um tnotor-foguctc nuclear paraperder velocidade enquanto circundao lado escuro de Tritão. Passandopelos pântanos formados por lama denitrogênio, a nave lança feixes dc ra-dar, mapeando a superfície em buscade um local seguro de pouso.

Neve de nitrogênio — Naplanície de Anfitrite. perto do cquu-dor de Tritão. uma camada de gelosuficientemente sólida é encontrada.A nave pousa em meio a uma nuvemde cristais de neve de nitrogênio. Ascondições atmosféricas são perfeitas,sopra uma brisa fraca, o ccu é escuro,cheio dc estrelas, mas perto do hori-zonte há uma borda azul. Os termò-metros da nave registram 240 grausnegativos. A antena parabólica danave começa a se mover, procurandoum ponto invisível perto do Sol. Àdireita, Netuno parece um enormecrescente azul, cortado pelo risco pá-lido dos anéis. A sonda faz con-tato com a Terra, perdida no brilhodo Sol, ao final de sua viagem de 4bilhões de quilômetros.

Pasadona, Califórnia. EUA — Reuters¦ I | ' « A

•. 3Fi3r;

Tritão, rui imagem enviada ao laboratório de Pasadcna

Cariocas de todas as ori-gens amam o Rio do diversasmaneiras. E estão sempre con-tribuindo para tornar a cidademais alegre, mais bonita, maisfestiva.

Hoje. cerca de 7 mil pessoasvào fazer isso correndo os42 quilômetros e 195 metros

da 10° Maratona do Rio. E ou-tros milhares vSo torcer,aplaudir, vibrar, abrir passa-gem, dar força, que sáo ma-neiras diferentes de participarda mesma festa.

Participe você também.Mesmo se quiser ficar em ca-sa, torça para que esse

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O JORNAL DO BRASIL tor-ce por isso, apoiando a 10°Maratona do Rio que acontecehoje às 16 horas no Leme.

E correndo atrás de umacidade melhor, nos outros diasdo ano.

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«FM 102,9»

MARATONA DO RIO

UMA PROVA DE AMOR A CIDADE.

JORNAL DO BRASIL

PM LT:qa| m11 ^

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Voyagcr 2

Netuno

Terra (2 7 de agosto de 197 7)

TriiãoJúpiter <9 de julho de 1979)

(24 de agosto de 1989)

Saturno (25 do agosto de 1081) Urano (24 de janeiro de 1 986

Gotúllo Vilsnovn

A Voyager - percorreu 4.5 bilhões de quilômetros e agora entra no espaço interestclar

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JORNAL DO BRASIL Economia sábado, 26/8/89 ? I" caderno ? 13

informe Econômico Abreu

quer dobrar alíquota do Finsocial

A «nrlnctrio rvinlicto íniif» rM*r\mitr\

Aeroespatialle tenta hoje

privatização da Helibrás

A indústria paulista (que é 40% do produtonacional) está criando cerca do 20 mil

novos empregos neste mês de agosto. Percen-tualmente. não é muito; um aumento do empre-go em torno de 1%. A novidade é que o índiceanual de emprego volta a ser positivo. Isto é.haverá aumento no número de postos de traba-lho no periodo de doze meses encerrado nesteagosto.

A última vez que houve aumento de cm-prego foi cm 1986. ano do. Plano Cruzado. Em1987, a indústria paulista eliminou coisa de 50mil empregos e. 1988. mais 40 mil. Neste ano.até julho o resultado foi negativo. Em agosto,tornou-se positivo —- o que significa que aindústria recuperou os empregos perdidos na-queles dois anos e criou mais uns 20 mil.

Agosto è um mês importante porque aprodução das indústrias já reflete as encomen-das para o fim do ano.

Estaríamos superando um longo periodode recessão?

É cedo para dizer. A inflação de 30° o aomês impõe uma grande perda salarial. A pró-pria inflação e problema grave. O estado conti-nua investindo pouco. Há redução de vendasno comércio. E há as incertezas da eleiçãopresidencial.

Mas. preto no branco, a atividade indus-trial está hoje melhor que há um ano.

Gerentes de recursos humanos têm percc-bido isso. As empresas já começam a roubaroperários especializados umas das outras — oque caracteriza um daqueles raros momentosem que o mercado está melhor para o trabalho.As empresas acham que possivelmente terão defazer negociações e acordos mais favoráveis aostrabalhadores.

Juros & crescimentoCom a inflação dc capitais para fora do

agosto um pouquinho pais c ou para os sensi-mais bai\a que os 29.5% veis c especulativos mer-apontados pelo governo cados de ouro c dólarao longo do mês, as apli- —, o governo anunciacações em overnight se- que vai manter os ga-rào extraordinárias. lis- nhos reais no over.larão pagando juro real .. ,¦j a ?o Mas o Governo (a-em lorno de 4,5% no \ %lava em ganhos ua or-mes, ou seja. quem dei- . , ,0 < ,j u i dem de 3%. Acosto, as-xou o dinheiro rolando . y , ^, „ • sim. terá s do umno over vai levar a infla- , , ,, cn- exagero, mas de qual-çao mais 4.5 ?, ou uni - , M

• , n uucr modo. a cxpccta-ganho real 9 vèzes supe- / t- .iva continua sendo dcnor ao da poupança. ,. 1 ganhos no over dc sc-A esse nível, os iu- f ,ros do over batem cerca ,emDro-dc 70% ao ano — estão E mais uma vez, ana estratosfera. economia brasileira des-

Dinheiro aplicado norteia observadores:no o\cr significa, basica- num mês dc juros altissi-mente, dinheiro aplicado mos, a indústria paulis-cm títulos do governo. ta, pela primeira vez des-para manter a situação dc 19S6. aumentou oassim — c evitar fuga dc número dc empregos.

MeridionalÉ possível que o Banco Meridional seja autori-

zado a instalar uma agencia em Buenos Aires. Oassunto sumu dunmli' a \Kll;i d.s nrpMrVntf •|rp..pll.no Carlos Menem ao Brasil, na semana passada.

PosiçõesEis o atual ranking nacional das empresas dc

convcnio-refciçâo, que atendem nada menos que 3milhões de usuários por dia:

Ticket -- 1.3 milhão de usuários;Vale Refeição — 600 mil:Cardápio — 4tK) mil:Brazilian Food — 320 mil;Apctelik — 250 mil.Demais empresas dividem os 130 mil usuários

restantes.

Ág-io do açoProdutos siderúrgicos que deixam as usinas da

Açominas e Usiminas custando USS 200 a toneladaestão chegando aos fabricantes de motores e elctro-domésticos por escorchantes USS 500 A diferença de150% vai por conta do ágio cobrado no meio docaminho.

Para resolver o problema, representantes dc em-presas do Rio. São Paulo, Minas, Paraná e SantaCatarina estiveram reunidos cm Belo Horizonte comos presidentes da Usiminas, Luís André Rico Vicen-te. c da Açominas, Maurício Hascnclcver. Eles ten-tam encontrar novos caminhos dc distribuição doaço.

As empresas presentes á reunião consomem, porsemestre. 250 mil toneladas de chapas laminadas daUsiminas e 150 mil de aço inox da Acesita.

Visa & NacionalO vice-presidente do Banco Nacional e presi-

dente do Cartão Nacional. Nuham S/princ. é o maisnovo membro e o primeiro brasileiro a integrar oComitê dc Planejamento e Assessoramento da VisaInternacional, organização que congrega, cm todo omundo, 21 mil bancos que operam cartões dc crédi-to.

O Comitê tem 18 membros e reúne-se duas vezesao ano nos Estados Unidos para definir novas estra-tégias. A Visa tem 200 milhões de cartões dc crédito,dominando 52o» do mercado mundial.

Carlos Alberto Sardenberg, com sucursais

BRASÍLIA - O Orçamento Geral daUnião está praticamente pronto, dependendoapenas dc um parecer da Consultoria Cicralda República sobre a data em que devementrar em v igor os benefícios previdcnciáriosprevistos na Constituição, c de uma reuniãoda área econômica do governo, na segunda-feira, para definir o pacote tributário. "Exis-tem dúvidas sc os benefícios da Previdênciavalem já para o ano que vem", esclareceu oministro do Planejamento c Coordenação,João Batista de Abreu.

Se a Consultoria Geral entender que os 18meses previstos nas disposições, transitóriasobrigam o governo a conceder os benefícios jáem 1990. o Executivo proporá ao CongressoNacional o aumento da alíquota do Finsocialde 1% para 2%, o que gerará uma receitaadicional de NOS 6 bilhões para o orçamentoda Previdência e Assistência Social. Até on-tem. os ministérios da Previdência c Assistên-cia Social, do Trabalho, Saúde, Educação eInterior ainda não haviam enviado á Secreta-ria de Planejamento suas propostas orçamen-tárias.

Esse atraso — o Executivo está obrigado aenviar o Orçamento até ?I de agosto, quinta-feira — levou o ministro João Batista deAbreu a acertar com o deputado Cid Carva-lho (PMDB-MA), presidente da ComissãoMista de Orçamento do Congresso Nacional,

que será remetida uma proposta com grandesnúmeros, sem detalhamento.

João Batista anunciou que para o próximoano as empresas estatais terão, para seus in-v estimemos, o equivalente a 3.2° o do ProdutoInterno Bruto (PIB). índice superior aos 2,7%alocados para 1988. As empresas estatais che-garam a propor á Secretaria de Planejamentoa possibilidade dc investirem 4.4% do PIB,mas a Seplan preferiu contingenciar esse valorao desempenho de cada uma delas no proces-so de privatização. "Sc a Petrobrás, por hipó-lese. vender uma de suas subsidiárias, os re-cursos serão dela", explicou o ministroAbreu.

Outra novidade na proposta orçamentáriade 1990 é que o Executivo proporá a indexa-çào do Orçamento Geral da União com ape-nas um indexador ao invés dc vários, como fezno decorrer deste ano. "Vamos optar pelo1PC ou pelo BTN", adiantou Abreu. Segundoele. a fixação de um único Índice tornará aatualização do orçamento mais simples e maisrápida.

Para evitar surpresas no Congresso Nacio-nal e cumprindo determinação da Lei de Dire-tri/es Orçamentárias (LDO), a Secretaria dePlanejamento diferenciará, em sua previsão dcreceita, as fontes dc recursos adicionais quedependem de projeto de lei daqueles que têmorigem numa decisão do próprio governo.

BELO HORIZONTE — O presidente daSocieté Nationalc Industrialle Acrocspátiale,Hcnry Martre, sc encontrará hoje com o gover-nador Newton Cardoso para por fim há quaseseis anos da novela de privatização da He-librás-Hclicópteros do Brasil S A, de llajubá(MG). Montadora de helicópteros, a Helibrás,com 54% de ações pertencentes ao governo dcMinas. 45% da Aeroespatialle e I "o da Aerofo-to Cruzeiro, foi recusada, em outubro de I9S3,pela Construtora Mendes Júnior e. desde marçode 1987, está sendo oferecida á Engesa, maiorfabricante nacional de armas e carros blinda-dos.

Martre está retornando às negociações umano após apresentar ao Exercito o Panter-Dou-phin 365 F que equipará o I" Batalhão deAviação do Exército (Io Bascx). cm Taubaté(SP). Em operação desde março de 1980, mon-tando kits dos helicópteros modelos Esquilo eGavião (este fora de linha), trazidos da fábricada Aeroespatialle, a Helibrás já foi recusadapelas Forças Armadas, seu maior cliente, cmvárias negociações, a partir de 1982.

O maior obstáculo que a Helibrás vem en-

frentando — desde o inicio dc suas operaçõesem São José dos Campos (SP), em 1979, jáentregou 142 aparelhos, 50 para as Forças Ar-madas c mais de uma dezena exportada paraArgentina, Paraguai. Bolívia, Chile e Venezuela-, é a decisão de seus acionistas de realizarem

um programa de capitalização, de mais dc USS70 milhões. Um plano dc expansão, aprova-do pelo Conselho de Desenvolvimento Indus-trial (CDI). com investimentos, até 1984, deUSS 30 milhões, com 70% de nacionalização,até 1987, deixou de ser cumprido.

No final do ano passado, já com um contra-to para entregar ao 1" Bascx 52 helicópteros,num contrato de USS 300 milhões, a Helibrásmostrava um indico de nacionalização de 10%.A concorrência aberta pelo Exército, em pnn-cipios do ano passado, foi vencida pelo consór-cio I Iclibrás-Acroespatialle-Engcsa. A primeiraaeronave foi entregue no dia 30 de março e aúltima deverá acontecerem 31 de maio de 1991.Pela proposta, que vem sendo negociada desdejunho do ano passado, a Engesa controlaria60%, a Aeroespatialle 30% e o governo deMinas 1(1%.

Petrobrás descobre mais Aumento de automóvel pode

óleo e gás

em mar do RN chegar a 125% em 2 meses

O oitavo poço perfurado nas proximida-des do campo de Pescada, no litoral do RioGrande do Norte, aumentou .1 reserva de gásem 4 bilhões de metros cúbicos, passandopara 5,5 bilhões, apresentando também reser-vas dc 12 milhões dc barris de condensado(óleo extremamente levei. \ jazida, dc 20quilômetros quadrados, tem ainda uma reser-va de petróleo de 13 milhões dc barris.

A nova acumulação tem especial impor-tância pelo fato dc constituir, juntamente como campo de Pescada, uma importante fonte dcsuprimento dc gás para o gasoduto do Nor-deste, que vai dc Guamaré (RN) a Cabo (PE).Atualmente, a Petrobrás fornece 652 mil me-tros cúbicos de gás por dia para as indústriasinstaladas nos estados do Rio Grande doNorte, Paraíba e Pernambuco, A demandaproictada para 1992 é de 1.8 milhão dc metroscúbicos diários, que poderá ser atendida comas novas descobertas.

Este último poço (3-RNS-120) revelouuma vazão diária, cm testes, de 250 mil metroscúbicos dc gás e 270 barris de condensado Anova descoberta apresenta as vantagens de selocalizar cm águas de apenas 32 metros dcprofundidade e a 33 quilômetros da costa.A área próxima ao campo de Pescada vinha

sendo estudada desde a primeira descoberta,em 1986.

Álcool O diretor industrial da Pc-trobrás, Roberto Villa, mostrou-se ontempreocupado com a possibilidade de faltar al-cool no próximo ano, porque as medidasaprovadas pelo governo permitem reduzirapenas a metade do déficit previsto para opróximo ano. dc 2 bilhões de litros. As medi-das são a adição dc 5o u de gasolina ao álcoolhidratado; redução da mistura de álcool ani-dro na gasolina dc 18% para 12%. e interrup-çáo do fornecimento de 350 milhões dc litrospara a indústria alcoolquímica.

¦\ área industrial da Petrobrás pouco podecolaborar na mistura dc gasolina ao álcool,pois apenas 25"o da demanda de álcool passapor suas refinarias. Além disso, não sc sabeainda como esta i\ustura seria realizada semalterar a qualidade do produto, que tem de serhomogêneo mas os usinciros não dispõem deequipamentos próprios.

As autoridades também temem que a mis-tura de gasolina 110 álcool possa gerar fraudes,pois o derivado de petróleo e mais caro do queo álcool. E os postos de serviços teriam derecalibrar os densimetros de 21 mil bombas deálcool no pais.

Álcool subirá de 1,8% a 2%BRASÍLIA — O ministro das Minas

e Energia, Vicente Fialho, disse ontem que,segundo informações do Conselho Nacionaldo Petróleo, o aumento dos preços do álcoolpara o consumidor. devido à ""-fira de 5"—

do álcool eoino dos combustíveis dependentesde petróleo", observou Vicente Fialho.

A adição de 5o o dc gasolina no álcool,conforme o ministro das Minas e Energia, não

SÃO PAULO — Os preços dos carros zeroquilômetro tiveram um reajuste acumulado, dcIo de janeiro a 13 de agosto, de 194,96%,enquanto a inflação, nos sete primeiros mesesde 1989 (janeiro/julho), subiu 254,89%, segun-do dados da Associação Nacional dos Fabri-cantes de Veículos Automotores (Anfavca). Aentidade aguarda, para a próxima semana, umadefinição do Conselho Intcrministerial de Pre-ços tCIPi sobre o pedido de reajuste de 50%para os veículos, a vigorar a partir do dia I" desetembro. Se conseguirem, o aumento em doismeses será de 125,71%. Na reivindicação, estãoincluídos os custos incorridos de 12 de julho a13 de agosto (como exige o CIP para a planilhafeita pelas empresas do setor) e aqueles a incor-rer nos dias restantes do mês.

O fato dc a Anfavca pedir 50% não significaque o setor será atendido em seu pleito naintegra. No último pedido, referente á planilhade 12 dc junho a 12 de julho, a Anfavca haviapedido 54°o, sendo 36% para os custos incorri-dos no periodo c mais 18" o por conta de custosa incorrer até o final dc julho, época do mês emque normalmente o reajuste è anunciado peloCIP. O governo concedeu menos do que aindústria automobilística havia solicitado:31,65%, a partir do dia Io de agosto: 14,30% apartir do dia 14.

Em 1989. segundo Jacy Mendonça, presi-dente da Anfavca, o setor ficou sem aumentosdc preços cm dois meses (fevereiro e março), oque levou a indústria a contabilizar essa distor-çáo no acumulado em relação á inflação. Deacordo com estudos da Federação Nacional dasEmpresas Revendedoras Autorizadas de Veicu-los (Fenabrave), os carros usados 88 foram

imbativeis no primeiro semestre, no estado deSão Paulo, onde são comercializados pelo mc-nos 40"o dos veículos do pais: a média devalorização ficou em 205.2%, contra 175,6% dainflação, 169% do overnight. 170% do dólar noparalelo e l72.2% para a caderneta de poupan-çá. Por marcas, o desempenho foi este: Gol(204,9%), Monza (179,9%), Escort (226,9%),lino (202%) c Parati (211,9%)

Aço pressioiia "O aço é a melhoraplicação financeira", ironiza Jacy Mendonça,quando ouve comentários sobre a "excessivavalorização do carro zero quilômetro", cm1989. Mendonça lembra que o aço. que estavacom preços defasados, subiu mais de 500% em1989: 336,5%, referentes ao acumulado de rca-justes autorizados pelo CIP; nas negociaçõesempresa por empresa, os fornecedores reduzi-ram os prazos dc pagamento, conseguindo, comisto. mais 20°o de aumento nos preços; nasespecificações das chapas dc aço eles obtiverammais 15% de aumento.

O presidente da Anfavca cita a grande eleva-çáo dos preços do aço como fator principal paraque a indústria automobilística tenha muniçãosuficiente para reivindicar os aumentos, maslembra que quase todas as matérias-primas tive-ram reajustes acima daqueles que as montado-ras vêm obtendo. O cobre e o zinco, por exem-pio. subiram de 45" o a 55% no periodo de 13 dejulho a 12 de agosto. Mendonça não vé outrasolução a não ser o governo deixar o mercadolivre, porque ai as próprias empresas (clientes efornecedores) encontrarão, o parâmetro idealpara negociar os preços. "É o que acontece cmpaíses sem controle, como Alemanha, EstadosUnidos c Japão."

de gasolina, devirá ficar entre I.S"0 a 2"». Aprevisão de Fialho contraria a do ministroda Industria e Comercio, Roberto CardosoAlves, de que o aumento seria dc 8° o.

Vicente Fialho, em entrevista ao programaHnin ilia Brasil, da Rede Globo de Televisão,explicou que os dados definitivos sobre arepercussão da adição da gasolina ao álcooldeverão ser anunciados segunda-feira. O per-centual por ele anunciado faz parle de estudosiniciais realizados pelo CNP. IX- qualquerforma, enfatizou que a paridade para os pre-ços do álcool está fixada cm lei e será mantidaem 75° o do valor da gasolina.

A intenção do governo, mesmo com a crisedo álcool, não é dc elevar os preços do produ-to ao mesmo patamar da gasolina, segundo oministro das Minas e Energia. Conforme en-tendimento mantido entre os produtores decana-de-açúcar e o Ministério da Fazenda, ospreços serão recuperados gradualmente paratodos os derivados, de forma compatível como esforço para estabilizar a inflação. "Compreços realistas, se resolve tanto o problema

devera prejudicar o desempenho dos veículos.Observou que a medida foi exaustivamenteestudada. Informou ainda que na próximasemana será assinado um protocolo com aindústria automobilística para equilibrar aprodução de carros movidos a álcool e agasolina. Esclareceu que o regulador final, noentanto, será o mercado, e que há um indica-dor de que a tendência futura é dc produçãoequilibrada. "O ideal - afirmou — c quepara cada veiculo a gasolina seja produzidoum a álcool, estabelecendo a relação um porum."

O ministro das Minas e Energia tambéminformou que independentemente das medi-das adotadas para resolver a crise do álcool acurto prazo, outras estão sendo tomadas paraestimular a produção de cana-de-açúcar, queteve uma queda de 4.5%. Entre essas, citou oaumento do crédito para os produtores, alia-do a correção das defasagens nos preços. "Ióbvio que sc os preços não cobrirem os custosde produção os produtores vão procuraroutras culturas mais remuneradas", alecou.

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Sarney quer. "

reajustar os

servidoresBRASÍLIA — O presiden-

te José Sarney assinou pelaterceira vez a Medida Provisó-na 74 — desta vez com o nu-mero 82 —. que ate hoje nãoentrou na pauta de votação doCongresso, a fim dc garantiraos servidores civis e militaresda administração direta, au-tarquias. fundações e funcio-nários dos antigos territórios,o reajuste dc 22.63% no mêsde agosto.

A nova medida apresentapoucas modificações cm rela-çào á anterior: o inciso III foiincorporado ao artigo 3" paraintroduzir o novo índice e oparágrafo 2° explica que o rca-juste já é a antecipação salarialreferente ao quarto trimestre(outubro) Fica mantida a da-ta-base dc 31 de dezembro de1988 para os "salários, venci-mentos. soldos c proventos deservidores civis c militares",cujos aumentos trimestrais sãocalculados de acordo com oIPC.

Na exposição de motivosassinada pelos ministros doPlancjancnto. João Batista deAbreu, da Fazenda. Mailsonda Nóbrcga, do Emfa. ValbertLisieux, e do Trabalho. Doro-thea Wcriicck, o texto diz que

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.14 ? 1" caderno ? sábado, 26/8/89 Economia JORNAL DO BRASIL

Du Loren valoriza o busto

em nova linha de lingerie

José Rezende Jr.

BRASÍLIA — Se depender da Du Loren —tjue acaba de investir l'SS 10 milhões parabiripliar em 25% sua produção anual de 13bilhões de pecas a partir de 1990 —, o bumbumesta seriamente ameaçado dc perder a liderançano ranking da preferência nacional para outroobjeto do desejo ainda pouco cult no Brasil: osseios. Seguindo a tendência mundial do mo-mento, a Du Loren apresentou ontem, em Bra-silia. sua nova coleção, cm que as grandes vede-tes são os sutiãs que. depois de queimados cmpraça pública pela inquisição feminista dosanos 60, renascem das cinzas transbordantes desensualidade."Há, neste momento, uma conscientizaçãomundial da beleza e da sensualidade dos seios",decreta a estilista Dcnise Arcai, gerente dc Dc-scnvolvimcnto dc Novos Produtos da Du Lo-ren. Portanto, saem as minúsculas calcinhas queva)orizam o bumbum — substituídas por mode-los maiores mas nem por isso menos sensuais—. entram os sutiãs, predestinados a colocar ossejos num lugar dc honra na preferencia dosvoycurs."Fazemos a linha romântica-sensual, semesquecer o binômio qualidadc-conforto", expli-ca Dcnise Areai. Para valorizar os seios, a Du

Loren inova até mesmo com o retorno triunfaldo velho sutiã com enchimento, capaz dc. ou-trora, conferir a qualquer colegial a opulênciade uma Sophia Loren. estrela italiana que, aliás,inspirou o nome da empresa.

"Papai tinha o maior tesão pela SophiaLoren. Mas quem não tinha?", recorda-se ovice-presidente de Operações da Du Loren, Ro-ni Argalji, 35 anos, filho do imigrante libanêsMarco Argalji. fundador da empresa juntamen-te com o irmão Samuel.

A manequim Patrícia Campos Pereira, 18anos. que participou do desfile dc lançamentoda nova coleção, não poupa elogios aos sutiãs càs calcinhas que sua mãe e talvez até mesmo suaavó usaram um dia: "H uma linha bonita, sen-suai e muito confortável", avalia, com umaressalva: "Se eu tivesse dinheiro, usava sem-pre" O próprio Roni Argalji. admite, com umaponta dc orgulho, que são as peças "mais carasdo mercado."

O maior passo para tornar a Du Lorenauto-suficiente cm insumos (renda de Lycra.elásticos, algodão, colchetes, entre outros) aca-ba de ser dado com o investimento dc USS 10milhões cm equipamentos.

Ç VILLARES Aços Villares SA

Companhia AbertaCGC N° 60 664 810/00CP-74

AVISO AOS ACIONISTASPAGAMENTO DE DIVIDENDOS

declaração de dividendosComunicamos aos senhores acionistas que o Conselho de Administraçíio. em reuniêo realizadaem 25 08 89. autorizou ad referendum" da Assemblôia Gorai OrdinAna que aprovar as contasdo exercício, o pagamento dc dividendos intermediários a conta do lucro liquido apurado nobalanço semestral levantado em 30 06 89. a ra/áo do NC/S 0 30 (trinta centavos) por lote de1000 (mil) açòes que serft payo a partir de 04 de setembro de 1989HABILITAÇÃO E PROVIDENCIAS PARA RECEBIMENTO

1 Os acionistas possuidores de açóes ao portador deverão apresentar o cupáo nn 50(cinqüenta), devidamente colado em formulário próprio, distribuído pela sociedade noslocais do atendimentoOs acionistas possuidores de açòes nominativas receberão os dividendos com base emsua posição acionária registrada no Livro de Registro de Açòes Nominativas em 25 08 89.ficando dispensados da apresentação dos certificadosOs acionistas deverão habilitar-se pessoalmente ou através dc procurador legalmonteconstituído, portando obrigatoriamente, Cédula do Identidade o CIC. quando pessoa físicaou C G C . quando pessoa jurídicaOs representantes legais dos acionistas deverão apresentar se munidos de procuraçãocom poderos específicos, a qual ficará retida na empresa

MPCrSTCTDE-RE-ttDA —1 De conformidade com o artigo 36 da~Lei /.713. de Z'2 '¦ 2 58. i.ju ).tucró rütcrrfln rle

2 2

3 Iimposto de renda na fonte, exceto para os acionistas residentes ou domiciliados noexterior

HORÁRIOS E LOCAIS DE ATENDIMENTO4 1 Os acionistas serão atendidos de segundas as sextas-feiras, das 8 00 às 1 2 00 e das 14 00

às 16 00 horas, nos seguintes endereçosSão Paulo SPRio de Janeiro RJ

Rua Verbo Divino. 1661Av Nossa Senhora de Fátima. 25

São Paulo 25 do agosto de 1989Paulo Diederichsen Villares

Presidente do Conselho do Administração

VILLARES Indústrias Villares SACompanhia AbertaC G C. N° 61 460 762/0001 -65

AVISO AOS ACIONISTASPAGAMENTO DE DIVIDENDOS

DECLARAÇÃO de dividendosComunicamos aos senhores acionistas que o Conselho de Administração, em reunião reali/odaem 25 08 89. autori/ou ad referendum da Assembléia Geral Ordinária que aprovar as contasdo exercício, o pagamento de dividendos intermediários a conta do lucro liquido apurado nobalanço semestral levantado om 30 06 89. a razão de NC*S 0 20 (vinte centavos) por lote de1000 (mil) açòes. que será pago a partir de 06 de setembro de 1989HABILITAÇÃO E PROVIDÊNCIAS PARA RECEBIMENTO2 1 ACÔES PREFERENCIAIS ESCRITURAIS

2 11 O dividondo correspondente as açòes preferenciais escriturais será pago aos seus titularesatravés do Banco Itaú SA. instituição financeira depositária das açòes escriturais supracitadas mediante crédito direto dos valores respectivos nas contas correntes dos acionistas,mantidas nas agências do referido banco ou outros estabelecimentos bancários informadospelos mesmos para depósito

2 1 2 Os acionistas não correntistas receberão via postal o Aviso de Pagamento de Dividendo,indicando a agência do Banco Itaú SA em que deverão receber o seu dividendo2 2 AÇÕES ORDINÁRIAS NOMINATIVAS

2 2 1 Os detentores de açòes ordinárias nominativas deverão se habilitar pessoalmente ouatravés de procurador legalmente constituído, portando, obrigatoriamente, Cédula deIdentidade e CIC quando pessoa física ou CGC. quando pessoa jurídica, ficando dispensada a apresentação dos respectivos certificados2 2 2 Os representantes legais dos acionistas deverão apresentar-se munidos de procuraçãocom poderes específicos, a qual ficará retida na empresa3 DIREITO DE RECEBIMENTO DO DIVIDENDO2 3 1 Os detentores de açòes ordinárias nominativas e açòes preferenciais escriturais receberão osdividendos com base em sua posição acionária registrada nos Livros de Açòes Nominativas oEscriturais em 25 08 89

IMPOSTO DE RENDA1 De conformidade com o artigo 36 da Lei 7 71 3. de 22 12 88 não haverá retenção de imposto derenda na fonte, exceto para os acionistas residentes ou domiciliados no exteriorHORÁRIOS E LOCAIS DE ATENDIMENTO1 Os acionistas detentores de açòes preferenciais escriturais serão atendidos de segundas assextas feiras, no horário bancário, nas seguintes agências do Banco Itau SA

São Paulo-SPRio de Janeiro RJBelo Horizonte MGPorto Alegre- RS

Rua XV de Novembro 324 — térreoRua Sete de Setembro. 99 — sub soloRua João Pinheiro, 1 95 — s/lojaRua Sete de Setembro. 746

4 1 1 Nas demais localidades, o atendimento será efetuado pelas agências do Banco ItauSA autorizadas a rxestaçâo de serviços de acionistas4 2 Os acionistas detentores de açòes ordinárias nominativas serão atendidos pelo Departa-mento de Açòes da empresa de segundas as sextas feiras das 8 00 As 1 2 00 e das 1400às 16 30 horas, nos seguintes endereçosSão Pau'0-SPRio de Janeiro-RJ

Rua Verbo Divino, 1661Av Nossa Senhora de Fátima, 25

São Paulo, 25 de agosto de 1 989Paulo Diederichsen Villares

Presidente do Conselho de Administração

Young & Rubicam

rompe união com

Fischer & JustusSÃO PAULO — Dentro de uma semana, a

telefonista da Fischer. Justus. Young & Rubicam, anona maior agência de publicidade do pais, serápoupada dc um exercício verbal que vem pratican-do há quase cinco anos — o dc citar esse longo ecomplicado nome cada vez que atende o telefone.Isso porque, desde o final da semana passa-da. foi consumado o da empresa, com rompimentoda sociedade entre a agencia brasileira Fischer &Justus Comunicações e a americana Young &Rubicam. o maior grupo publicitário do mundo,presente cm 53 paises, com um faturamento anualde USS 6.2 bilhões.

Assim que forem realizados os últimos acertosadministrativos e operacionais, além da divisão declientes, a Fischer & Justus carrega suas malaspara outra sede. deixando os quatro andares doprédio instalado na avenida Faria Lima. nos Jar-dins. nas mãos da Young & Rubi cam. "Trata-se deum divórcio amigável", explica Roberto Justus, umdos dois sócios da agência brasileira — o outro eEduardo Fischer. Provavelmente, os dois publici-tários despejarão seus móveis na sede d.i Impact(na avenida Rcbouças), agência do grupo que seráabsorvida para formar uma única empresa.

Fmbora se trate de uma separação amigável, oscônjuges não quiseram esperar, para desfazer .1união, até o inicio de 1990 quando o contrato seextinguida após uma sociedade dc cinco anos. Osproblemas entre os dois parceiros se agravaram háseis meses, quando a Young & Rubicam resolveuimplementar uma outra agencia no pais de nomeImpact sob o comando da publicitária Cristina deCarvalho Pinto na presidência e Antônio I adiga navice. A performance da Impact foi extremamenteboa, conseguindo, em um semestre captar grandescontas, com um projeto novo a cada doze dias,além de atingir naqueles seis meses os objetivosfixados para todo o ano. Em contraste com essebom desempenho, a Fischer & Justus vinha amar-gando prejuízos.

Por outro lado, os sócios brasileiros perceberamque. em troca do conforto c estabilidade dc estarligados á maior agência do mundo, tinha perdido aliberdade de tomar decisões e definir linhas deatuação. Outra reclamação refere-se ás restriçõesimpostas pela Young & Rubicam. que não admitiacontas conflitantes com seus clientes mundiais mes-mo que estes não atuassem no Brasil. Um bomexemplo disso e o cliente americano GeneralFoods, que fabrica café. que impedia ,t filialbrasileira a aceitar contas nessa área. "Queremosser uma agência mais flexivcl, moderna, jovem cdinâmica, que atende os clientes dc perto", analisaJustus. "Assim como atua a própria Impact."

l;ssa cisão provocou também um remanejaincn-to nos cargos chaves do grupo no Brasil. A cadeirada presidência d.i Young & Rubicam. antes ocupa-da por Eduardo Fischer, passa a pertencer .1 Ncl-son Homem dc Mello, que também é responsávelpela empresa na América Latina A dupla que co-mandava a Impact, Cristina e Fadiga, passa a aluarnos mesmos cargos na Young & Rubicam. "Paramim não muda nada. Muda apenas o tamanhodo estimulo e desafio, já que comandarei umaagência bem maior. Posicionáramos muito bem 110ranking criativo", avalia Cristina.

Ibec avalia imagem na mídia

Empresas e políticoscorrigem falhas parurecuperar o conceito

Valéria da Silva

SÀO PAULO — Que tipo de imagem uma

empresa — ou o próprio empresário —passa pelos meios dc informação quando citadacm reportagem? Essa preocupação, tão comumentre as grandes empresas c personalidades pú-bücas, como políticos, justifica-se pela possibili-dade de terem sua credibilidade abalada devidoa uma eventual falha de comunicação. Avaliar aimagem desses assíduos freqüentadores das pá-guias de jornais, apontando os problemas exis-tentes, para corrigi-los, c um dos objetivos doInstituto Brasileiro de Estudos de Comunicação(lbcc).

A Companhia de Saneamento Básico de SãoPaulo (Sabcsp) e o Cilibank. preocupados comsua credibilidade nos meios dc comunicação,são dois exemplos de empresas que já recorre-ram aos serviços do lbcc. No mês passado,apesar do racionamento dc água (atualmete cmvigor cm São Paulo, cm caráter rotativo porregiões da cidade), a Sabcsp, surpreendente-

Tiícrite, obteve uma avaliação positiva, a julgarpelas matérias publicadas na imprensa. Segun-do Osvaldo Martins, diretor do Ibec. a divulga-ção antecipada dos dias dc racionamento deágua e das regiões afetadas permitiu uma amplacobertura pelos jornais c possibilitou uma atitu-de de prevenção por parte dos usuários. Emestudo anterior do lbcc, feito cm 1987. contudo,a Sabcsp enfrentava uma imagem negativa naimprensa, principalmente naqueles veículos queconcediam grande espaço às cartas dc leitores.Quando o lbcc apontou o problema, a Sabcspdeterminou que nenhuma carta dc leitor ficariasem resposta, além de tomar as providênciascabíveis cm cada caso. Em curto periodo de trêsmeses, explica Martins, o volume de reclama-

ções diminuiu em 72% c a boa imagem daempresa foi restaurada. . 1

"Nós, que trabalhamos diretamente com apopulação, temos que ter uma avaliação cons-'tante dos nossos proccdimctos de comunicação,c nossa diretriz foi aperfeiçoada c redirecionadaa partir dc estudos do Ibec", afirma CelsoVcrnizzi, superintendente de Divulgação da Sa-besp. que requisita mensalmente avaliações des-se instituto. "Esses estudos funcionam tambémcomo um termômetro concreto da eficiência dotrabalho da comunicação", avalia. O Citibanktambém contratou os serviços do lbcc quando!seu atual presidente. Antônio Boralli, assumiuseu cargo em maio. Segundo Marcus Molina,'vice-presidente de Comunicação Social do Citi-bank. a ocasião exigia uma "medição da ima-gem" da organização, já que a primeira entro-,vista coletiva concedida desde a chegada dobanco ao pais, em 1915, estaria a cargo do,também primeiro presidente brasileiro. "O ban-co estava cm fase dc abertura e queríamos sabera opinião da imprensa, analisa Molina

Outra cliente, uma empresa aérea, assustou-sc com o baixo conceito que possuía nos órgãos'de comunicação detectados pelo Ibec. Uma che-lcagcm interna permitiu á empresa verificar que,o motivo da imagem desgastada era o seu pessi-mo atendimento dc balcão — estrategicamentesolucionado. O método do lbcc obedece a umcritério de leitura denominado de centímetrosponderados. Isso significa que. além de umamedição por centímetros quadrados de todas nsreportagens em jornais e revistas (reunidas pelocliente) em que a empresa (ou pessoa) aparece'cm um determinado período, o estudo leva cmconta também o veiculo dc comunicação (deacordo com sua credibilidade junto ao público,projeção c circulação), a editoria e a página em1que foram publicados os artigos, determinando,para cada caso, pesos dc leitura. Por esse trab.i-Ího, o lbcc cobra 1.751 BTNs fiscais (NCzS4 450,00 cm valores de ontem), quando o volji-me dc material alcança 200 noticias, mas quepode chegar a 3.150 BTNs (NCzS 8.006,00) scforem entregues para estudo 2.500 noticias.

?

COMPANHIA CERVEJARIA BRAHMA

ATA DA ASSEMBIEIA GERAL EXTRAORDINARIAREALIZADA AOS 24 08 1989

Aos 24 de dyubto d« 1969 as 14 horas eni suri í>t?dfc, na RuaMarquGs tle Sapui ai n 200 reuniram se em Absemtoleja Geral EMidordmaria. ern 2"" Cunvtn.avau i;unlomie etJttais publii adoh nu Diário Oticiui (1o Estado Jornal do Biasil e O Globocios dias 1b 21 e 22 do corrente mos a< lonisias com quorumlegal, i.ontorme se ventu.a üo Livro de Presença Pu» propostado Presidente da Companhia, Sr Muben Gregg foi aclamadoPresidente du Assembléia o Di O;,*aido Murç^i Rezende, oqual. assumindo ii Presidência, convidou para Secretano o acioinsta Si Ary Waddtngiun Constituída, assim a Mosa. loram tonicidas as seguintes deliberações 1 'i Homologai o aumento! | . |. , >,/- -t ,;x- UUW)n(| N(- 136 000.00aprovado peiu AssomDleid Geral Extraordinária de de maiode 19H9 tia|a vista a subscrição total oe 4b? 000 000 açf>es oiilirtanas t- 924 UOOOOO ações preterem lais Consequentementeo artigo 6" do Estatuto Social passa a lei a seguinte redaçãomantidos os respectivos paragralos ARI 6 O Capilal Sociai e de NCzS 209 lif> 000.00 dividido em ')W4 000 000 deações sem valoi nominal sendo 1 twb 000 00o de ações ordinánas i-J696 000 000 de avOes preferenciais nominativas ouao |>otlailui a vontade dos acionistas que poderão sempre«..onverie Ias uma lorma em outra bem como negocia-laslivremente observadas as prescrições legais 2") Autorizar apublicação desta ata cotn omissão das assinaturas dos acionistas Esgotada assim a ordem do dia. o Si Presidente suspendeu a sessão pelo tenipu necessário a lavralura da presenteata que reabertos os habalhos foi lida e aprovada, sendo assinada pot todos os acionistas presentes a Assembléia Ceriilicu que a presente cOpia confere com o original do Livro deAtas de Assembléias Gerais n 9 da Companhia Cerveiana

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Executivo

estrangeiro

ganha planoQuantas \c/es um diretor

de uma multinacional já teveque subir o Pão de Açúcar ci-ccroneando um executivo cs-trangeiro que esteja no Ri» atrabalho e queira conhecer asbelezas da cidade? A tarefa —até agradável a primeira vez —pode acabar se tornando unifardo pesado, dependendo -d.tfreqüência rnm que estes pas-seios turísticos sc repitam. Fõlpara solucionar este tipo deproblema que Walter Amarale Sérgio Abelheira — dois evexecutivos dc multinacionais— montaram uma forma dcatendimento a visitantes es-trangeiros que prevê cerca de30 tipos dc serviços. Sócios daagência dc \iagens TWS hátrês meses, eles estão lançandoo Visitors Assistance, um atenrdimento personalizado-

Segundo Walter, as gran^des multinacionais costumamreceber por ano até 20 execuli;vos vindos da matriz, estran*geira. "A empresa só conseguepreencher com facilidade aagenda de trabalho", explicaWalter, que oferece desde se-gurança pessoal ale médicosbilingües, além de um plantão24 horas para atender emer-géncias. Por este atendimentopersonalizado, a TWS cobraUSS 120 por hora de trabalho,fora as despesas que as solici-tações do executivo venham aacarretar. Assim, é possível,por exemplo, que este turistaacidental prefira jogar golfe oupraticar caça submarina ao in-vês dc percorrer os tradicio-nais circuitos turísticos da ci-dade.

Segundo Walter, o pontomais nobre dos seus serviços co fato de que a TWS não ofe-rccer um pacote pronto, más,sim organizar as atividades dovisitante conforme suas prefe-rèncias. "Sc ele trouxer a espo-sa, por exemplo, podemosprovidenciar um acompa-nhante que auxilie nas com-pras c evite que ela seja vitimadc assaltos ou dc cambistasque paguem cotações menorespara o dólar", explica cie Pararecrutar estes acompanhantes,além dc contar com um cadas-tro próprio, a TWS se asso-ciou a prometer Ana MariaTornaghi. que oferece pessoasqualificadas para não sóacompanhar o executivo como'também alguém que seja capazdc trocar idéias sobre a cónfu-sa conjuntura econômica bra-silcira.

Brasilia — S6rgio Plmontel

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M| •' mm'I M 3\() desfile nwstrou a volla do sutia com encliimento dos anos 60

Brasília — Sérgio Pimontel

O desfile mostrou a volta do sutiã com enchimento dos anos 60

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JORNAL DO BRASIL Economia sábado, 26/8/89 ? 1" caderno ? 15

Em Itaipava, boa cerâmica e bom preço

f—Carina Caldas

Para fazer economia e atingir o tãosonhado bom, bonito c barato, vale apena, às vezes, andar alguns quilòmc-tros a mais. E quando se trata de cera-mica. subir a Serra de Petrópolis e ocaminho certo. Em Itaipava, na EstradaUnião Indústria, lojas e pequenas fábri-cas oferecem desde os tradicionais vá-sos com desenhos em estilo português(Cerâmica Luiz. Salvador), passandopor cachepôs c porta-retratos na linharomântica (Mascote e Nova Cerâmica),até modernas estatuetas e peças (Bru-na), que representam modelos como oGordo e Magro c uma arrojada DamaErótica. Os preços são muito compen-sadores: para se ter idéia, a peça Joma-leiro custa, na Bruna. NCzS 25, mas cmIpanema é vendida em sofisticadas lojaspor até NCzS 160.

Há peças para todos os gostos eorçamentos. E para os mais precavidos,passar um dia em Itaipava pode signifi-cár comprar todos os presentes para oDia das Crianças c até para o Natal. NaCerâmica Mascote predomina a simpli-cidade nas peças e preços baixos: porta-retratos retangulares, de diversas cores,entre NCzS 4,20 e NCzS 7. Até NCzS 4há porta-jóias de vários tipos, com co-res suaves c alguns com a tampa deco-rada com bichinhos. Entre as louças, asqueijeiras variam de NCzS 11.20 aNCzS 15.40. Há ainda xicaras a NCzS3, acompanhadas de pratos (NCzS 2.20e NCzS 2,50) e bules (NCzS 7). Todasas peças são fabricadas artesanalmentcno local por 12 pessoas cm uma área de600 m\ A Mascote funciona de segun-da a sexta-feira, de 7h às 16H50. c aossábados até ás I Ih.

Na Luiz Salvador há peças,maiorese mais requintadas, com possibilidadede pagamento através de todos os car-tòcs de crédito — sem acréscimo nospreços. O forte são os vasos c louçascom pinturas no estilo português: pra-tos de parede a NCzS 45; potes a NCzS16 e um aparelho de jantar para 12pessoas (64 peças) por NCzS 350. Hátambém cerâmicas do tipo craquelc(branca com riscadinhos): cestas aNCzS 26. potes de NCzS 22 a NCzS 46.Mais sofisticados são os vasos pretos,que vão de NCzS 17 a NCzS 52. Acerâmica funciona de segunda-feira adomingo, de 9h as lXh.

Na Arco Louças, o destaque ficapor conta dos abajures, com pés redon-

Chrlstina BocayuvaflÜMf

i rbano e Jornaleiro são peças i/ue Itaipava produz e tjue Ipanema vende mais raras

As ofertas de hoje Zf—— a,PrixMon Maffior Uwl

huh mMMU(N«S) (NCife«M<

Arroz lipo 1 5 Kg 5,75 Rio 7,39£F»l|»o Prato Tloo 3,40 Sendaa *,50»Creme do lelle NostIG 1,80 Carretour 2,9J"L«l(e condanMdo Nastl* 1,50 Carrolour 2,90CalG Pil*o 500B 3.50 Carrelour 4,80Ftrlnhi da Trlgo D.0»nta 0.70 Carrelour 1.18Contra lild Kg 10.35 Disco 11.30Alealra Kg 10,35 DUco 11,30P*/ac<im 5 70 Disco 6.95,;CamasacaKg '8.80 Rio 12,80*Frango cong Kg 3.20 CB 3.90-.Raqual|io ItamM pole ?55g 4.30 Carrelour e.SbvAcucar re'inado UniSo Kg 0.99 Rainha 1,13Olao da tola Violala 1.48 Carrelour 2,10O'eo de soia Lira 179 CB 2.10togurte Danone c/6 4.40 Carrelour 5,8$Noscau 500g 3.30 Carrolour 5 30Qalalina Royal B5g 0.90 L. Amorlcanas 1.39Maloneae Gourmol 250g 1.18 Carrolour 2.17Maionaaa Hellmann'i 500s 3.90 L Amoricanas 4.90-'M ClHybom Cromoso 500g 1.75 Carrolour 2.4(TMartlelga Mlmo 200g 2.38 Carrolour 3.50A/oite Oliva Beira Aita 500ml 5.B9 CB 6.50Carveja comum 600ml 0.80 Carrolour 0,98Rolrlgeranto lilro 0.55 Carrolour 0.99Shampoo Colorama 500ml 1.50 Carrelour 2.90SahAo om pO Omo 800g 2.00 Carrolour 3 02Daterganta Umpol 500ml 0.68 CB 1.01Bombril Ipcl 0.25 Carrolour 0 48Sabonele Lux Suave 130g 0.35 Zona Sul 0.43C denial Colgate c/MFP 90g 1 18 Zona Sul 185Agua Sanlt. Qlobo lilro 0.58 Carrelour 1.10

dos de cerâmica pintada c cúpulasbrancas, entre NCzS 20 e NCzS 39.Para enfeitar o quarto das crianças háletrinhas coloridas (de pendurar na pa-rede) que formam nomes, a NCzS 2,30cada. Também para agradar as crian-ças. especialmente as meninas, a Ccrà-mica Novita oferece porta-retratos comdetalhes entre NCzS 5.50 e NCzS 9.50 epierrôs a NCzS 7.20. Para a parede, háguarda-chuvas, em tons claros, a NCzS6.20. Em outra linha há conjuntos detrés potes para banheiro a NCzS 15.60.A Nova Cerâmica é especializada emcerâmicas vitrificadas, cujos vasos vãode NCzS 27 a NCzS 90.

Mas para quem busca peças quenada têm de tradicional, o endereçocerto é a Bruna Cerâmica. As peças cestatuetas fogem do comum: são perso-nagens como o Gordo e o Magro, ovelho pingüim (de cima da geladeira).

ou ainda simples representantes dosdias de hoje, como o Urbano c o Joma¦Icir-o. A Dama Erótica é sensacional:trata-se de uma gordinha nua sentadade maneira comprometedora cm umapoltrona. Há também bustos da Car-mem Miranda e James Dean e diversasoutras peças que tém destaque garanti-do cm qualquer mesa ou estante. Ospreços vão de NCzS 8,80 a NCzS 25.Mas ao descer a serra e fazer o caminhoinverso do consumidor em busca deeconomia, as peças da Bruna chegam áZona Sul carioca até 540% mais caras.Um lembrete: cm economia super-infla-cionada, no dia l" de cada més é praxereajustar as tabelas de preços.

Endereços

Há mais de 20 cerâmicas na região deItaipava. A maioria fica ao longo da

União Indústria ou ainda em travessas eestradas transversais. Não há mistério:há placas e letreiros indicando os locais.Quem quiser telefonar, antes de ir. nãodeve se esquecer do prefixo 0242:

A Nova Cerâmica: Estrada UniãoIndustria 9 100 — Tel: 22-2165

Cerâmica Mascote: Travessa Jo-sô Machado Costa — Tel 22-3238

Arcos Louças: Estrada União Indus-tria 10 152 — Tel: 22-1150 (recados)

Cerâmica Luiz Salvador: EstUnião Indústria 10 583 — Tel: 22-2712

Bruna Ind. Com. de Cerâmica:Estrada das Arcas 37 — Tel: 22-1496

Cerâmica Novita: Estrada Petrô-polis-Teresôpolis n° 89

Carrefour tem 17 mais

baratos em lista de 32Na corrida pelo melhor preço da

Prateleira de hoje, o Carrefour da Bar-ra da Tijuca (Avenida das Américas,5.150) chegou mais uma sez cm primei-ro lugar Lá. o consumidor poderá en-contrar 17 produtos mais baratos, en-tre os 32 da cesta do JORNAL 1)0BRASIL. Depois veio o CB do Leblon(Rua Bartolomeu Mitrc. 705), com qua-tro produtos. O Disco do Largo do Ma-chado iRua das Laranjeiras, 218-A),que está com uma promoção de carnespara hoje, está em terceiro lugar comires produtos. O supermercado Rio deInhaúma (Estrada Velha da Pavuna,4.618), a Lojas Americanas do Largo doMachado (Rua das Laranjeiras, -l1)) e oZona Sul de Copacabana (Rua Rainha

Elisabeth, 325) têm dois produtos commelhor preço Por último vieram a CasasScndas do Leblon (Rua José Linhares,245) c o Rainha de Inhaúma (EstradaVelha da Pavuna, 2.212) com apenas umprod uto.

Sunab Segundo Aylton Fornari.vice-prcsidcnte da Associação dos Su-permercados do Rio, várias redes estãotendo problemas com a lista de preços,divulgada semanalmente pela Sunab pa-ra orientar os consumidores. Ele dizque entre o tempo de coleta dos preçose a divulgação da lista, alguns produ-tos são reajustados e muitas pessoas,reclamam com os gerentes, porque pen-isam que se trata de um tabclamen-ito. *

Varese congela

bolsa e sapato

para mulheres

.José; Antônio Martins

A expressão congelamento de preçose capa/ de arrepiar a maioria dos co-merciantes do pais, calejados com asfaltas de produtos e defasagens de eus-tos que foram forçados a enfrentar. Oempresário Paulo Calil. diretor-presiden-te da fábrica e das seis lojas da Varese,contudo, para incrementar suas vendas,resolveu exatamente congelar todos ospreços da sua linha de bolsas e sapatosfemininos, numa promoção que come-çou na última quarta-feira e vai até 15 deoutubro. Com essa novidade, Calil espe-ra aumentar, além de suas vendas, a suaclientela. "Nossos clientes são cativos",afirma Vera Calil Simão. sócia da cmpre-sa, que cuida da loja feminina da RuaSanta Clara. 75, segundo andar.

As disparidades dos preços dos pro-dutos estão cada vez maiores. Hoje epossivel encontrar o mesmo produtopela metade do preço de uma loja paraoutra. Porém, o consumidor, quandoparte para a pesquisa do melhor preço,corrç o risco de voltar ao mesmo esta-belecimento e já encontrar o que pro-curava mais caro. Agora, com está pro-moção, o consumidor poderá coletar ospreços nas lojas Varese, com a certeza deque não serão modificados alguns diasou horas depois.

A linha dos produtos, fabricada pelaprópria Varese, ja é da primavera se-râo. Por isso, os preços a primeira ms-ta podem assustar, se comparados comas promoções de muitas lojas. As boi-sas pochcte em couro custam NCzS ISO,NCzS 192, NCzS 204. NCzS 234. NCzS258 e NCzS 288, dependendo do tama-nhoedo material utilizado na confecção.As bolsas tipo pasta estão na base deNCzS 120. Os sacolòcs. que servem atépara viagem, ficam entre NCzS 180. amais barata, ate NCzS 336, a mais cara.As bolsas esporte estão sendo \endidas aNCzS 234 e NCzS 288.

Os sapatos escarpim de salto baixo(1.5 cm) estão custando NCzS 120. Omesmo modelo de salto alto (de 5 a 7cm) sai a NCzS 140. O resto das linhas,que \âo de sapatilhas tipo balé a san-dálias com sola de borrachão, custaentre NCzS 89 e NCzS 130. Os tamancos,ótimos para serem usados no serão,estão a NCzS

Bicicletas já

são personalizadas

\eina. Assim, ocom um modelo

Uma oficina montamodelos a partirde velhas marcas

Elane J\lacie

Desfilar pelas ruas com uma bici-

cleta personalizada é, no mim-mo. um charme. Além disso, pode seruma boa opção para quem tem umafora de uso, aposentada pelos modelosmais novos. Essa e a proposta da SóBicicletas, um misto de oficina e loja deacessórios, na Barra da Tijuca. quemonta bicicletas, utilizando peças dediferentes tipos c marcas, partindotambém, se for o caso. de uma bicicleta

llllltCexclusivo, que une.

por exemplo, o pedal da Caloi 10 como guidon da Monark Cross. Os preçostambém são atraentes e muitas vezesmais baixos do que os modelos tradi-cionais. Para se ter idéia, a Caloi Crui-ser sai por cerca de NCzS 630,00 nomercado em geral, enquanto a similarna Só Bicicletas pode ser adquirida porNCzS 550.00.

A Só Bicicletas oferece ao cariocaum tipo de comércio que é muito co-mum na Europa c nos Estados Unidos."Estamos tentando criar um mercadoparalelo com as bicicletas da marcaSU. mas montando-as de acordo com ogosto e a necessidade do cliente", ex-plica Vera Lúcia Araújo, dona do ne-gòcio. Na loja. já há alguns modelosprontos, entre eles a Mountain Bicy-cie, aro 26 (bicicleta para terrenos aci-dentados), equipada com pneu biscoi-to. recém-lançado pela Pirclli, porNCzS 385.00. Ou ainda a Bizz Trail,que sai por NCzS 345,00. Se o clientefor mais exigente, pode optar pela co-locação de trés ou cinco marchas, o quesignifica desembolsar mais NCzSI70,00.

Frederico Rosário — 24<06i'89

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Custo de autopeça tem

diferença de até 286%

I era Lúcia: modelos exclusivos ao uosto do cliente

Iuri Totti

Toda vez que se ouve um barulhoestranho no carro é sinal de dor de cabe-ça para o proprietário. A dor maior,contudo, e sentida no bolso, quando aoficina mecânica apresenta o orçamentoe se constata que mais de 60% do serviçoe gasto em peças e o resto em mâo-de-o-bra — ate o Plano Cruzado, ocorria aocontrário. E o melhor analgésico paraessa maldita dor é a pesquisa de preço.Pode-se encontrar uma mesma peça comuma diferença de até 215"o. E o caso dofiltro de gasolina para o Uno, que naTrampolim custa NCzS 6.30 e na Tru-partes NCzS 2,00. Já na Genuína (RuaSouza Valente, SA, São Cristóvão) estapeça fica por SOS 4,00.

Mas a discrepância não para por ai.São muitos os produtos que. apesar de

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O modelo infantil SB 2000 (tipoCaloi Extra Light, com roda de náilon)está custando NCzS 385,00. A partirdo garfo e do quadro — os usados pelaSó Bicicletas são os da marca Arrojo—. o consumidor poderá determinar otipo de guidom. aro. pneu. selim, entreoutras peças, que quer para sua biciclc-ta. "Assim, podemos transformar uma\elha bicicleta aro 26 numa moderna,inclusive com marcha", garante Vera.Portanto, o preço final dependera dosrequisitos pedidos pelo dono da bici-cleta.

Na Só Bicicletas, ha uma infinidadede peças à disposição dos clientes.Existem, por exemplo, cinco tipos deselim: Caloi com uma mola sai porNCzS 13.00; o de duas molas está porNCzS 11.50; o cross com canote custaNCzS 15,00: o Concorde sai por NCzS13,00 e o mirim por NCzS 7.10 Umguidom de alumínio estilo cross está a

NCzS 45,00; o de ferro anodizado eus-ta NCzS 15,00. Um par de pedal crosspode se encontrado por NCzS 10.50. Jáo da Caloi 10 sai por NCzS 15.50 c omirim por NCzS 9,30. Um par de arode náilon está por NCzS 108,00; já opar de aro 20, de alumínio, está porNCzS 130.00. O pneu comum sai porNCzS 19,70 (cada um) e o biscoito 26 x12 x 2 custa NCzS 29.S0.

Além disso, outros acessórios po-dem ser encontrados, como buzinafotn-fom por NCzS 2,80, a de trés tiposde som (que funciona com pilha) sai aNCzS 28.80. Um velocimetro está eus-tando NCzS 28,50. O ciclista tambémpode fazer uma revisão geral na bieli-cleta por NCzS 15,00. A Só Bicicletas(Aí. das Américas, 1.917 loja I - tel.:325-0669) funciona de segunda a sexta-feira das 9h às lMh e no sábado de 8h às12h.

sentam preços muito diferentes. O carbu-rador duplo do Escort sofre aumentosconforme o bairro cm que se compra. NaTrampolim (Rua Arnaldo Quintela 10,loja F, Botafogo) o carburador Weberestá numa média de NCzS I 500 NaTrupartcs (Rua Tenente Abel Cunha 20,

loja A B, Bonsücèsso) com preços»bem atraentes — a mesma peça está em1média por NCzS 350,00. Enquanto na'Confiança (Estrada da Cacuia 12. loja A,1Ilha do Governador), o carburador We-,ber custa na média NCzS I 085,00.

Apesar das diferenças de preço entreas lojas de autopeças, a situação ficaimais dolorosa quando estes preços são'comparados com os das lojas de peças'das autorizadas. Um exemplo ocorre*com o Fiat Uno. Na Gastai, autorizada'da I i.it na Voluntários da Pátria 48,Botafogo, um jogo de pastilhas para,freio custa NCzS 227,00 c na Tru partes,esse mesmo conjunto está por NCzS58,80. que dá uma diferença de 286"0.

Mesmo correndo atrás de preços maisbaixos, nunca deixe de dar uma choradi-nlia. Todas as lojas oferecem descontos |que variam de 15% a 40V mas dependendo do jeitinho pode-se conseguir ate,

-©atra uu. nas lojas trampolim.Confiança e nas lojas autorizadas, acej-.ta-se cartão de crédito. So na Trampo-lim. no entanto, não ha acréscimo, que inas demais varia de 15% a 30%. O pior éque, além dos preços altos, o consumidorainda enfrenta a falta de peças, o queobriga a uma pesquisa mais trabalhosa.

Peças para Chevette

Agora, roupa

suja não se

lava só em casa

Cristina Palmeira

Se você mora sozinho e não témtempo para lavar a roupa em casa, cmuito menos espaço para colocar aspeças para secar, vale a pena conheceras laundromats — lavanderias em es-lilo americano onde o próprio usuáriomanipula as máquinas de lavar e secar— e que podem ser uma ótima opção.Nestas lojas, as rounas são lavadas csecas em menos de duas horas. E se apessoa preferir levar a roupa para casajá passada, os prazos podem variar de24 a 48 horas.

Na Aquariana do Brasil, na Tijuca,uma ficha com direito a lasar aproxi-madamente quatro quilos de roupa eus-ta NCzS 4,50. Se a pessoa quiser que

a roupa seja seca no local, ela desem-bolsa mais NCzS 4.50. Ou seja. gasta-seao todo NCzS 9.00. Para os mais apres-sados, que não podem esperar menosde duas horas pelas peças prontas, aloja dispõe de um serviço de palete —as funcionárias colocam a roupa paralavar e secar — pelo adicional ue NCzS3.50. Além disso, a Aquariana ofereceuma passadeira: por 15 peças, o usuáriopaga NCzS 13,75. Mas o cliente podetambém levar apenas uma peça parapassar: uma camisa social, por exem-pio. fica em NC/S 1.32 e uma calça,NCzS 1.42.

Mas é bom lembrar que os preçospodem x ariar dependendo da lavande-na. Na I .aundromat do Flamengo, porexemplo, o preço do serviço das íun-cionárias é um pouco mais caro: NCzS4.50 e. para passar, o consumidor pagaNCzS 4,50 por quatro peças. Mas lá asroupas ficam prontas cm, no máximo,24 horas.

Vantagem — Os preços podemparecer salgados á primeira \ista c oprazo longo. Mas se o consumidor pro-

curar uma tinturaria ele vai constataruma grande diferença. As roupas sóficam prontas cm trés dias e para selavar e passar uma camisa social, porexemplo, o cliente desembolsa NCzS5.00. enquanto um quilo de roupa decama mesa sai por NCzS 12.00. Ou se-ja. sai mais em conta lavar numa laun-dromat onde se paga pelo saco comquatro quilos o mesmo que mandar aroupa para tinturaria.

Outra lavanderia automática é aLav e Lev. na Voluntários da Pátria,em Botafogo. Lá. a ficha custa NCzS5,00. mas o cliente tem direito a lavarcerca de sete quilos de roupa.

Endereços

Aquariana do Brasil — Rua Had-dock Lobo. 311-A — Tijuca. Barata Ri-beiro, 658-A — CopacabanaLaundromat — Rua Senador Ver-gueiro. 235-E — Flamengo. Anita Gari-baldi. 37-ALav e Lev — Rua Voluntários da Pâ-tria. 248 — Botafogo

TrimpoMm TrupartN ConfterK* GenuineArrx>rtec€K>o'idiantei'os e trawfo*) ?7B fO 341 30 331 TO 10Pattitr* <fe Fre»0 [jOQO) 33 50 19 90 35.20 2370Lona cJo Fr©«o (jogo) 35 00 12 50 30 13 20Junta do C4txx^Jt« 4«c 29.40 23 00 16 00

8*s _ 16.10 14 00Ve<a Oogo) Botch 28 00 12 00 28 00 28 00FHtro de cc*rit>ufflv«l fclc 9.10 3 00 4 30 4 00

gas 6,30 2.U0 3,00 4 00Cabo do aceierado' 14 58 16 50 21 60 18 30Ca£» 6f> 25 48 23 00 34.20 25.20Plat6 154 00 109.00 126 90 201 00Rico 154 00 107,90 124 80 '36 80Ccxar 59 15 26 00 65 00 57 00Corr*a 8 06 3.70 530 1400Cofreia dentada 10.22 5.50 9 00 6 00Carburador Webof (m6d»a) 840.00 214.00 770,00 i 008

As peças do Gol

TrampoOm Trupartoa Confiança Qtmáia{Mm MCz$)

AmortececJor (diantotros trasuiros) 425 60 456,60 442 70 561.40Pastilha de 1re»o (jogo) 40.60 1 9.90 35.00 45,00Lona de freio (jogo» 28 70 10 40 20 20 12.60Junta horoocindttca luntd) 2W.50 107.00 252.00 238,00Junta do cabegotetrefrtgerado A dguai a'cool 41 30 31 00 25 40gasoiina 23.80 16.20Vela (jogo) 28 00 12.00 28 00 28.00Filtro de combustwel &»c 7.24 3.00 4 30 4 00gas 5 04 2 00 3,00 4 00Cabo do acelerador 14.56 10.00 17.70 17.70Cabo de embreagom 25 48 34 00 39 00 37.20Platd 126.00 97.40 112,50 166.70Disco 64 00 79 00 122.00 122.80Colar 56.00 25.00 30,00 54.00Correia 8.26 3,80 7.20 14.00Correia dentada 10.22 10.00 12 00 6.00Carburpdor Weber (media) 634 20 450.00 1 000 00Sole* (m^dia) 480.00 1.100.00

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JORNAL DO BRASIL'16 ? 1" caderno ? sahado, 26/8/89 Economia

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Resumo das Operações

LoteMercado a termoMercado de Opçòes-Opçôes de compraExercícios de opçõesFuturo c/liberaçàoFuturo c/rotençàoTotal GeralIBV FechamentoDas 90 ações do IBV. 21 subiram. 62 caíramestáveis e quatro nào foram negociadas.

Mèi. Festo. Oee.(Md*(mil)

1 326 28-1

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Bolsa Mercantil e de Futuros

Volume Geral

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220 11.0? 10X®

Curto Prazo

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Empresas em Situação Especial

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Bolsa de Mercadorias de São Paulo

Contr Morid AlgodãoMêsoutdezmarTot merc estávelContr nac do cruz cquiv dólarM*tTot neg roa' mercContr nac de caféMès rna* minset n/cdezTot neg real merc ca!moContr. nac da ouro (250 grs)Môs máximo minimoset n cout 79,54 79.54Tot 60 neg real 12 merc calmoContr bras cent boi gordoMôs máximo mínimoout 78 33 77.51de/Tot 536 neg real 22 merc calmo

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Bolsa Brasileira de FuturosMercado Futuro de IBV - 1 2Veto Voi nr Pos NCzS

Contratos Aberto MilMercado á vista — IBV 1 2Abi Mà< Mm122 709 123 554 118 756

mèd119 441

CotaçõesMin Fech

Fech119 239

OscVíOsc-2.45

JORNAL DO BRASIL Economia sábado. 26/8/89 ? l°caderno ? ' 17

Rendimento liquido do over em

agosto pode

chegar a 32,94 %Boa noticia para os investidores: a

inflação deve ficar mesmo abaixo dc30% este mês. mas os juros estão su-bindo, o que deve significar ganhos mc-lhores neste fim de mcs. Ontem, a taxado overnight se 'elevou, ficando em39.78%, contra os 39.40% da quinta-fei-ra. Mas a projeção de inflação (indi-

.cada pelo BTN fiscal) cedeu, caindopara 28.91%.

Os executivos financeiros apostamna alta dos juros c já estão colando ataxa para setembro (mercado a termo)em torno de 45%. Em agosto, o ganhodo over poderá ficar em 35,16% brutose 32.94% líquidos. No mês que vem. nominimo os ganhos repetem essa per-formancc. Mas a estimativa de infla-ção não ê tão otimista: no mercado

futuro, os empresários financeiros fe-charam o dia de ontem negociando umindice dc 33,08% para o próximo mês.Agora cm agosto, o IPC deverá se apro-•x-imardüS'29%."

A crença na manutenção dos jurosreais elevados (acima da inflação) c geral,mas a discussão ê sobre o patamar cmque ficará a taxa. "O Banco Central devetentar controlar a disparada dos ativosespeculativos (ouro c dólar) até as elei-ções. Sc não fizer isso. a inflação dispa-ra". acredita o diretor dc um banco.

Ouro e dólar — Ontem, a reaçãoá alta dos juros, associada á queda daprojeção dc inflação, dcscstimulou a cs-pcculaçào cm ativos reais. O ouro e odólar que já tinham se acalmado naquinta-feira, cederam de preço c vol-

tou-sc a falar no prejuízo que c mantero dinheiro nessas aplicações num mo-mento cm que o mercado financeiropromete taxas tão atrativas.

O movimento esteve fraco durantetodo o dia. No mercado dc balcão dascasas de câmbio do Rio, o dólar parale-Io foi cotado a NCzS 4.50 para compra cNCzS 4,65 para venda, com ágio de74.02% cm relação ao câmbio oficial.No mercado de grandes qunatidades(dólar-papcl) a moeda americana en-cerrou a semana valendo NCzS 4,57 pa-ra compra c NCzS 4,62-f«fa venda.

O ouro também cedeu. No mercado ãvista da Bolsa Mercantil c dc Futuros(BM&F), o grama do metal ficou cmNCzS 53.85. contra os NCzS 54,20 dodia anterior. O movimento foi dc 14 milcontratos de 250 gramas.

Mercado Externo

Corretoras impetram :

mandado contra Receita

O aumento dos preços cm Wall Streetrefletiu cm praticamente todas as boi-sas dc valores européias que seguirama tendência dc alta iniciada cm NovaIorque. A exceção foi a Bolsa de Tó-quio e na de Londres, pelo terceiro diaconsecutivo o indice FTSE ultrapassousua própria marca recorde. Os mercadosdc câmbio c de metais preciosos caírampara segundo plano, exceto na capital'¦japonesa onde rumores dc renúncia dcmais um alto funcionário fizeram os in-vestidores correrem para o dólar.

Dólar — Na Europa, os negócios

cambiais foram fracos na medida em queos investidores aguardam a divulgaçãodc números importantes sobre a eco-nomia americana na próxima semana.Em Tóquio, após uma queda motivadapela realização dc lucros dos especula-dores, o dólar fechou cm 143,53 ienes c1.9610 marco alemão. Em Londres, acotação foi um pouco mais baixa: 1,9570marco c 143.40 ienes.Ouro — A fraca jornada dc ontemfez os preços do metal caírem nos trfsprincipais centros de compra c vendadc ouro. Em /.urique, a cotação baixouquase dois dólares, ficando cm USS

360,25 a onça-troy, o mesmo preço co-brado cm Londres Na Comeu dc NovaIorque, o ouro foi vendido a USS 360,70a onça no fechamento.Bolsas — Depois da disparada dcquinta-feira, Wall Street parou para to-mar fôlego após o pregão ter aberto cmalta c assim se mantido até o meio-dia. Oindice Dow Joncs caiu 2.27 pontos para2.732.36 pontos. Em Londres, o ESTEpara as 100 blucchips voltou a subir,fechando cm 2.397.4 pontos. J.i o Nik-kci de Tóquio baixou 46,42 pontos, li-cando cm 34.739,93 pontos.

Mercado aprova

audiência para

debater mudançaFoi muito bem recebida pelo merca-

do dc capitais a decisão do governo dcfazer uma audiência pública para discutiras mudanças que estão sendo pensadaspara as bolsas de valores c para as corre-toras. "É muito bom que todas estasmodificações sejam amplamente discuti-das", comentou Álvaro Barcelos, diretorda corretora Nacional.

Um projeto trata somente das pro-postas para as bolsas de valores c outrosomente se refere às corretoras. As bolsasdc valores deverão fazer suas sugestõespara os dois projetos cm conjunto. Masisto não deverá impedir que alguns cor-retores ou especialistas da área tambémfaçam suas sugestões separadamente.

"As bolsas deverão apresentar aspropostas de consenso", acredita Antõ-mo Carlos Coelho, diretor da corretora\'cga. Em coro. os empresários criticamos principais pontos do projeto abertoagora para audiência pública: o fim dacarteira própria, a proibição das correto-ras financiarem clientes e a possibilidadedc grandes investidores pagarem taxas dccorretagem menores.

Fábio Nahoum, diretor da corretoraVetor, acha que c um grande retrocessopensar no fim da carteira própria.

"Será

o mesmo que voltar ao inicio deste sécu-Io, ao tempo dos corretores dc fundospúblicos", disse "É como se estivessemdizendo para o sapateiro que ele nãopode usar os sapatos que faz Não faz omenor sentido", acrescentou AntônioCarlos Coelho. Os dois aprovaram, po-rcm. a decisão dc abrir para audiênciapublica todos estes assuntos polêmicos.

Os membros do Conselho MonetárioNacional também irão estudar as duasminutas apresentadas pela CVM e irãoapresentar suas sugestões no dia 13 dcsetembro, quando será realizada a próxi-ma reunião.

SâO PAUL.O — Várias corretorasde valores paulistas estão preparandomandado judicial pedindo uma liminarque lhes garanta a não divulgação dcdados sobre suas operações realizadasneste ano á Secretaria da Receita Fede-ral. alegando que o pedido fere a lei dosigilo bancário. A Receita solicitou todosos mapas das operações realizadas poralgumas corretoras nos mercados daBolsa de Valores dc São Paulo (Bovcspa)c da Bolsa Mercantil & dc Futuros(BM&F) com o objetivo de rastrear opc-rações fraudulentas de manipulação porconta ainda das investigações sobre en-volvidos no Caso Naji Nahas.

As corretoras solicitaram parecer do

A noticia dc que duas distribuidoras,Dinâmica c Tcc-lnvest, tinham sido li-qüidadas cxtrajudicialmentc pelo BancoCentral contribuiu para o dcsaquccimcn-to das bolsas dc valores ontem. Alémdisso, houve corrida para a venda, comvários investidores querendo realizar lu-cro depois dc vários dias seguidos dcalta. A Bolsa dc Valores do Rio dc Janci-ro caiu 1.0° o e o mercado paulista fc-chou com queda de 2,6" o.

Na semana, quem investiu cm açõesnão teve dc que se queixar. O indiceBovcspa, termômetro da Bolsa de Valo-res dc São Paulo, subiu 4,63% c o IBV,que mede o comportamento das 90 açõesmais negociadas no Rio de Janeiro, mos-trou uma valorização acumulada de3,33%. Os aplicadores que possuemações de empresas exportadoras, conhc-cidas como segunda linha nobre, consc-guiram ganhos ainda mais expressivos.

departamento jurídico da BM&F,*}queanalisou o caso como sendo uma clarainfração â lei do sigilo bancário, poden-do resultar cm pena dc dois a oito apósde prisão. Dc acordo com parecer juridi-co da BM&F. a Receita Federal poderiasolicitar, para efeito dc um inquérito ad-ministrativo instaurado formalmente, ohistórico de operações de um ou maisinvestidores, devidamente especificados,Mas não poderia solicitar os mapas detodas as operações e dc todos os investi-dores, indiscriminadamente.

Um grupo dc advogados está anali-sando o caso para essas corretoras, quedeverão patrocinar uma ação judicialcontra a entrega dos documentos.

Mesmo com as taxas do overnightapontando uma certa vantagem da infla-ção em agosto, vários investidores estãoarriscando colocar parte de seus potri-mônios nas bolsa e cm outros ativos rc.usá procura de maiores lucros. Mas é bomprestar muita atenção. Passado o sustodo caso Naji Nahas, as ações de grandeliqüidez, chamadas de blue-clups, aindamostram uma queda cm relação aos pre-ços dc junho, antes deste cpsódio. Abolsa esta cada vez mais seletiva c técm-ca.

Há grande expectativa cm relação ,iprovável reabertura dos mercados dc op-ções c futuros dc ações nos próximosmeses. Na próxima quinta-feira, dirigen-tes das bolsas de valores discutirão comos dirigentes da Comissão dc ValoresMobiliários este assunto.

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18 ? 1" caderno ? sábado, 26/8/89 JORNAL DO BRASIL

Obituário Morre Ceschiatti, escultor de Brasília

Rio de JaneiroIsabel Mauro Yilardi. 76 anos,

«•»de infarte agudo no miocárdio.no Hospital Pró-Cardiaco, cmBotafogo (Zona Sul). Flumi-

Tiense, casada, morava no Hu-1 -maitá (Zona Sul) e foi sepulta-1 "do ontem no Cemitério de São1 *íoão Batista, cm Botafogo. Ti-| ilha dois filhos.

Nedina Comes. 80 anos, de in-suficiência cardiaca. no llospi-tal Pró-Cardiaco. Fluminense,viúva, morava no Leblon (Zo-na Sul) e foi sepultada ontemno São João Batista. Tinha umfilho.Virgílio Alexandre Clemente.74 anos, de edema pulmonar,no Hospital da Lagoa (ZonaSul). Fluminense, solteiro, mo-rava em Botafogo e foi sepul-tado ontem no São João Balis-"ta.Rdio Padovani. 61 anos. dc in-

.suficiência cardiaca, na SantaCasa da Misericórdia do Rio

-de Janeiro, na Ponta do Cala-

bouço. no Centro. Fluminen-se. solteiro, morava na Tijuca(Zona Norte) e foi sepultadoontem no Cemitério de SãoFrancisco Xavier, no Caju(Zona Portuária). Tinha setefilhos.Sônia Ferreira da Costa. 70anos, de arteriosclerose. emcasa, no Caju. Fluminense,viúva, foi sepultada ontem noCemitério do Caju.Aírton Macedo. 42 anos. dc tu-berculosc. no Hospital SousaAguiar, no Campo de Santa-na, no Centro. Fluminense,viúvo, morava no Catumbi(bairro da área central do Rio)c foi sepultado ontem no Caju.Tinha uma filha.José Ferreira da Silva, 52 anos.dc insuficiência respiratória,em casa. em Nova Iguaçu, naBaixada Fluminense (regiãometropolitana). Fluminense,solteiro, foi sepultado ontemno Caiu.

•^Vizinhos fazem prece' em solidariedade à

! família de RaphaelaBELO HORIZONTE — O seqüestro da menina Raphae-

Ia Gazire, ocorrido no começo do mês. teve ontem seu diamais movimentado, com sucessivas aglomerações na porta doprédio em que moram os pais José Guilherme c AdrianaGazire. As l(lh. cerca de 50 funcionários da estatal Ruralmi-nas. localizada na vizinhança, deram-se as mãos e rezaramuma Ave Maria, cm frente ao edifício onde mora a famíliade Raphaela. José Guilherme observou da janela dc seuapartamento a manifestação dc solidariedade.

Três faixas foram esticadas nas proximidades: "Raphaela.com Ic e esperança, esperamos sua volta". "A Associação dosServidores da Ruralminas manifestam sua solidariedade àfamilia dc Raphaela" c "Raphaela. a JMM torce por você",esta dc autoria de uma agência dc publicidade, tambémvizinha ao prédio.

Às 16h. os funcionários da Ruralminas voltaram. "Preci-samos re/ar muito", disse a presidente do conselho derepresentantes da Associação dos Servidores, Joana LúciaXavier Neta. Chegaram também funcionários da JMM Mo-radores dos prédios vizinhos juntaram-se a cies c. no final datarde, o grupo soma\a cerca dc uma centena dc pessoas,incluindo jornalistas.

As 18h30. o pai de Raphaela chamou ao seu apartamentoo repórter da TV Globo. Guilherme Menezes, e afirmouque não havia nada de concreto ainda, mas estava esperanço-"5o. Tanto ele como a mulher. Adriana, estavam mais' tranqüilos, dormindo e se alimentando melhor. Uma chuvafina dispersou a aglomeração.

Um indicador de que a liberação da menina podia se dar a, qualquer momento foi dado pelo poria-\oz da Secretaria dci Segurança Publica. Vargas Villaça. Lie recomendou aosjor-i nalistas que não arredassem pé do local.

Disco de Bob Marley

; será apreendido se a

capa mostrar maconhaBRASÍLIA — O álbum Caicii a Firc. do cantor jamaica-

no Bob Marley. que aparece na capa fumando um cigarro"cie maconha, será apreendido caso a gravadora WF.A confir-me o seu lançamento nas lojas de discos a partir daprimeira quinzena de setembro. A advertência foi feita pelopresidente do Conselho Federal dc Entorpecentes, LaèrcioPellcgrino, que exibiu um recorte dc um jornal paulistaanunciando o lançamento do disco. Catch ii Firc te\c suacirculação proibida no Brasil em 1973 durante a censurapromovida pelo governo militar.

Laèrcio Pellcgrino informou que a venda do álbum serásuspensa porque a capa representa uma propaganda sub-rcp-ticia ao uso dc drogas, o que implica, segundo ele. numa claraafronta ao uuc estabelece o Decreto Lei 7S.992. de 21 dedezembro dc 1976, que regulamentou a lei dc combate aosentorpecentes e que proibe a divulgação dc qualquer produtoque. direta ou indiretamente, estimule o consumo de drogas.

Laèrcio Pellcgrino vai presidir cm Washington (EUA), dc'29 deste mês a I" de setembro, a reunião da ComissãoInteramcricana de Controle das Drogas Abusivas, que reúne20 países membros da Organização dos Estados Americanos(OEA). Esta reunião deve preparar a pauta do encontro dctodos os ministros da Justiça dos paises americanos que. cmdezembro, no México, vão traçar uma estratégia dc combateao tráfico dc drogas cm todo o continente.

t

PAULO ROBERTO MARINHO(MISSA DE T DIA)

A família agradece as manifestações cie solidariedode recebidas e convida papra a Missa àrealizar-se às 19 horas do Dia 28 de agosio. 2-'feira Na Paróquia Matriz dos Santos Anjos, áAv Afránio de Mt?llo f ranco. 300. Leblon.

STELLA QUADROS DE TOLEDO

MISSA DE 7o DIA

tSua

família sensibilizada, agrade-ce as manifestações de carinho econvida parentes e amigos para a

Missa de 7o Dia, a ser realizada nesta2a-feira, dia 28 08. às 18:00 h, naCapela do Colégio Sacré-Coeur duMarie. à Rua Toneleiros. 56.

JULIA AUDAY

$

Io ANOFilhas, netos lembram o1o Aniversário de suamaior Iniciação, con-

quanto isto tinha nos deixado namais desolada das solidões. In-formamos que o ato religiosodar-se-á no dia 28, segunda-feira11 horas na Igreja Santa Cruz dosMilitares (Rua 1°'de Março).

O escultor Alfredo Ccschiatti. 71 anos, morreu dc câncerna laringc às cinco horas da manhã dc ontem, no HospitalSão Vicente dc Paulo, na Tijuca (Zona Norte), onde foiinternado cm estado grave na segunda-feira. O corpo foilevado para Belo Horizonte, cidade onde ele nasceu c naqual será enterrado hoje. no Cemitério do Bonfim.

Alfredo Ccschiatti c provavelmente o escultor mais vistodo Brasil, com algumas dc suas obras divulgadas cmgrande escala em fotografias ou cartões-postais: Talvez amaioria das pessoas não ligue seu nome à famosa es-cultura em bronze .*Lv banhistas, duas mulheres enxugandoos cabelos. localizada no espelho d'água do Palácio daAlvorada, mas Ccschiatti c o autor. Os cartunistas popula-n/aram essa obra em vários desenhos dc humor, as mu-lheres puxando os cabelos cm desespero ante osMcsmandosdos governantes.

E dele ainda outra obra conhecida e muito documenta-da. ,-l.v ires forças armadas, um marinheiro, um soldado cum aviador cm granito, que está no Monumento aos Praci-nhas. Nos anos 50. quando a escultura brotou no Ater-ro e o time do Flamengo tinha uma linha-média das nunsfamosas dc sua história, a irreverência do carioca chamavaa escultura dc Jailir-Dcquinlia-e-Jordan, cm mais uma provada popularidade das obras de Ceschiatti. sem que popularse tornasse seu autor.

Também são muito conhecidas c divulgadas suas obrasJustiça, cm frente ao Supremo Tribunal Federal, cm Bra-silia. c As duas irmãs, no Itamarati. também cm Brasília,inspiradas pelo filme Persona. de Ingmar Bcrgman. Ccs-chiatti morre, assim, como um artista consagrado, emboranão fosse moderno. Seu ideal estava na Grécia clássica ouno Renascimento. Era com humildade que dizia, depois dcsua primeira viagem á Europa: "Diante de Miguel Ângelo,quem pensaria cm ser escultor'.'"

Apesar do peso da tradição. Ccschiatti foi escultor. Nosanos 40 o mineiro Ccschiatti. quarto filho de uma familiaitaliana cujo pai era padeiro, abandonou uma precoce

Arquivo — 2 2 88

carreira dc desenhista c veio para o Rio. matriculando-sc naEscola Nacional de Belas Artes, onde viveu então a dilace-ração interna entre os defensores do mais puro academismoc professores progressistas como Qiiirino Campofiorito.O modernismo excessivo do segundo grupo parece nunca oter encantado muito.

Mesmo assim, para os padrões da Escola a obra deCeschiatti era subversiva c a direção proibiu que fossemexpostas numa mostra interna, alegando que

"arte modernaera coisa dc comunista". Inconformados, os artistas conse-guiram uma sala na Associação Brasileira de Imprensa,onde um jovem arquiteto se encantou com suas obras. EraOscar Nicmcycr c a partir dai os dois nomes ficariamindissoluvelmente ligados em inúmeras obras. Niemcyer oconvidou para colaborar com alguma obra no projeto queestava preparando para a Pampulha, cm Belo Horizonte.Ccschiatti ganhou um dinheiro que nunca tinha ganhoantes c sobre isso conta: "Deu

para mudar de um quartinhoem Santo Cristo para Copacabana." Mas até morrer elemanteve seu ateliê cm Santo Cristo, onde executava suasobras cm hron/c.

Depois da Pampulha, Ceschiatti ganhou o prêmio deviagem ao estrangeiro no Salão Nacional dc Arte Modernae foi para a Europa, vivendo em Paris o clima boêmio doexistencialismo: "A gente esbarrava com Sartre num bar-zinho ou dava dc cara na rua com o futuro ator GcrardPhilippe. então lider estudantil." Pouco produ/iu. masconheceu mestres como Despiau, que o influenciou muito.Só cm 1958. novamente pelas mãos de Nicmcycr. Ccs-chialti voltou a ter oportunidades, com as obras dc Brasília.Várias de suas esculturas se tornaram marcas da novacapital, entre elas os primorosos anjos barrocos da cate-dral.

"Meu grande objetivo é o mesmo do Renascimento: oda integração dc todas as artes na unidade dc um só pre-dio.". dizia Ccschiatti, sempre com um olho na tradição.

Sonja Rogo — 7 8 75

Cristina Paranaguá — 27.7 81

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.'í.s três forças armadas, no Aterro, rio liio As banhistas, no Alvorada: a mais vista

Pais e alunos formam

grupos de segurança

para proteger escola

PORTO ALEGRE — Alarmados com os freqüentesassaltos c agressões a seus filhos, estudantes do curso nortu-no da Escola Municipal Darcy Borges de Castilhos. cmNovo Hamburgo (região metropolitana), pais e alunosmontaram milícias á porta da escola para afugentar osdelinqüentes. Também preocupado com a falta dc segu-rança, o secretário municipal de Educação, professor ErnestSarlcl. pretende decretar um dia de paralisação para pres-sionar os órgãos policiais a tomarem providências.

Os pais dos alunos montarão guarda em turmas dcrevezamento na frente da escola, onde o pavor tomou çonta_dos 554_£iUute)*evT piolcssotes Estaõ liderando também

Justiça absolve gaúcho

que criticou pena dada

a atropelador do filhoFLORIANÓPOLIS— O engenheiro gaúcho Amo Eltz,

processado por ter publicado anúncios cm dois jornais daregião Sul no ano passado, divulgando "o enterro do PoderJudiciário", foi absolvido na última quinta-feira pela SegundaCâmara Criminal do Tribunal de Justiça catarinense, quejulgou recurso do advogado Cláudio Gastão da Rosa. Eltzteve seu filho Bruno, de 11 anos, atropelado no balneário deCambonu em 85. e. revoltado com a pena de um ano e trêsmeses de proibição de dirigir imposta ao empresário Rogériode Souza, publicou anúncios contra o Judiciário catarinense.Eltz foi processado por calúnia, injúria e difamação, e conde-nado em primeira instância a uni ano e oito meses dcdetenção, com direito a sursis.

Perplexo com a condenação, reccbida_jH^wcCT~iÍõ~ãrü)~Eli/ recusou o sii^^ikri^Trrn^sFdTspõsiii a cumprir a pena e"abriu mão dc um recurso a segunda instância. A Justiçanomeou então Cláudio Gastão da Rosa como seu defensor. Oadvogado recorreu c conseguiu na quinta-feira a absolviçãodc Eltz por unanimidade. A defesa se baseou cm citações dojurista Heleno Fragoso, para descaracterizar a ofensa contraa honra, alegada na acusação "A honra e um bem individuale pessoas jurídicas não podem ter honra ofendida, por nãopossuírem tal bem", explicou. Utilizou, também, a próprianota dc esclarecimento da Primeira Câmara Criminal, pararesponder aos anúncios de Eltz. onde há menção ao "desres-peitoso comportamento" c não a ofensa.

O advogado lembrou uma declaração cm jui/o de ArnoEli/, que garantiu que "em momento algum pretendeuofender a dignidade do Poder Judiciário". Para Rosa, osanúncios foram atos "imbuídos de sentimentos emocionais equalquer pai compreende facilmente o estado psicológico emque se encontrava o acusado". Mesmo com a absolviçãodecidida pela Segunda Câmara Criminal, Eltz continua re-voltado com a pena branda que recebeu o atropelador de seufilho. O empresário já havia respondido a outro processo poratropelamento. "Apesar da saudade irreparável do filho. Eltzficou fcli/. acho que ele já esperava isso. Na minha opinião,foi feita justiça", disse o advogado.

um abaixo-assinado entre a população, exigindo com ur-géncia medidas de proteção aos estudantes e a comunidadeem geral contra a violência. A chefia da corporaçãolocal da Brigada Militar alega escassez, de efetivos paracoibir o crescimento da violência. O tenente PM José PauloSilva, membro do comando da PM local, afirmou que acorporação está com falta de efetivos, impossibilitai!-do o policiamento ostensivo. "Os baixos salários (cerca deNC/S 400,00) não atraem interessados no alistamento",argumentou"Se a policia não tem condições dc dar segurança aosnossos filhos nós mesmos vamos nos encarregar disto",disse Mário Dornclles. pai de um dos alunos da EscolaDarcy Borges dc Castilhos. Eles formaram patrulhas (asse-guram que não portarão armas) para guarnecer a escola.Nos últimos meses diariamente registram-se incidentes,tentativas dc estupro, assaltos e agressões contra estudantese professores. Ladrões armados constantemente invadem assalas dc aula espalhando o pânico. Também já foi promovi-do um encontro com pais <Je alunos dc todas as 53 escolasdo município para discutir o problema Foi decidida aformação de comissões por bairros ou por estabelecimentode ensino para dar mais segurança aos estudantes c mora-dores.

Motim de menores — Os menores delinqüentespresos na Penitenciária Máxima de Contagem, município daregião metropolitana dc Belo Horizonte, voltaram a se amoti-nar ontem e foram reprimidos com violência por uma tropade choque da PM com mais de 100 homens, que usaram atébombas de gás lacrimogêneo. A rebelião começou ás duas datarde, no Pavilhão 7. de onde 21 menores conseguiram fugir,subindo para o telhado do presidio. Do alto do telhado, elesgritavam que estavam sem colchão, sem comida e comvisitas proibidas. Os policiais subiram para o telhado combombas e cassetetes e os menores começaram a descer.A imprensa foi mantida afastada. No fim, o diretor dopresidio foi exonerado.

Morte sem pista — O engenheiro Carlos Alberto daSilva. 40 anos, casado, foi assassinado com quatro tiros derevólver 38 quando dirigia seu carro, uma Chevrolet D-20.indo pelo bairro de Asa Branca, nos subúrbios dc BoaVista, as 23h30 de quinta-feira. A policia de Roraima aindanão conseguiu qualquer pista que identifique o assassino enão há testemunhas da ocorrência. Carlos Alberto aindaconseguiu dirigir durante cinco quilômetros, depois dc balca-do, até que bateu contra o muro dc uma casa, cuja donachamou a polícia. A viatura policial que apareceu levou oengenheiro para o Pronto-Socorro Municipal, onde CarlosAlberto não resistiu a uma forte hemorria interna c morreu

OLGA DA CUNHA

TELLES DE

(VIÚVA DO GENERAL HEITOR ANTONIO DE MENDONÇA)

(FALECIMENTO)

tA

família de OLGA comunica o seu falecimento e convida

parentes e amigos para seu sepultamento HOJE, dia 26,às 9:00 horas, no Cemitério São Francisco Xavier (Caju),saindo o féretro da Capela

"K".

MENDONCA

•/*

Ccschiatti: entusiasmo com o que Jazia

Para Braga, o melhor dc

Minas desde Alèijàdinlio"Depois do Aleijadinho, Ccschiatti é, com certcftj. o

melhor escultor dc Minas. O mais curioso é que ele,,queconheceu bem a arte moderna da Itália e da França, gosta\.idc voltar a formas barrocas, que sabia impregnar dc sensua-lismo e dignidade." A observação é dc Rubem Braga, aosaber, oniem. da morte dc Alfredo Ccschiatti, dc quem foi umdos bons amigos, desde os tempos da juventude do es-cultor, quando Braga morava cm Belo Horizonte.

Outro amigo exemplar dc Ceschiatti — e fidelissimb par-cciro profissional, pois o escultor está ligado a quase todas assuas obras arquitetônicas a partir da Pampulha. 193') —.Oscar Nicmcycr, gosta dc relembrar Ceschiatti desde os .anosdc boêmia no Vcrmclhinho (Araújo Porto Alegre, em frente aABI. mas já não existe há anos): "Ele me encantava por serum homem muito dedicado â sua profissão, que era sua arte."Niemcyer lembra emocionado que o último trabalho dc Ccs-chiatti foi no Memorial da América Latina, cm São Paulo,uma enorme pomba dourada noJnycr do auditório. "Mas oforte de Ccschiatti eram as mulheres. Fa/er mulher é sempreuma boa idéia." Para o arquiteto, Ceschiatti era um entusias-mado com tudo o que fazia: "Era um artista de muitasensibilidade, que manteve uma integridade incomum emtoda a sua obra. Figurativo, procurou se manter sem-pre dentro desse critério. I ra o que gostava de fazer — e faziamuito bem "

Tuma vai à Itália para

apurar participação de

brasileiros em tráficoBRASÍLIA — O ministro da Justiça. Saulo Ramos,

informou ontem que o diretor-geral da Policia Federal, dele-gado Romeu I uma. viajará para a Itália na primeira semanadc setembro para manter contatos com as autoridades italia-nas sobre a eventual participação de governantes brasileirosdurante o regime militar no tráfico internacional de drogas.

Saulo Ramos disse que já manteve contatos com o enibai-xador brasileiro na Itália, Carlos Alberto Leite Barbo-sa, para dar todo apoio ao chefe da Policia Federal noscontatos que manterá com a policia e o Poder Judiciárioitaliano. "Já sabemos alguma coisa sobre o assunto, mas oTuma v,ii Ia para obter mais i ¦ n »..isõ . Uíssco ministro da Justiça.

Colômbia — O ministro afirmou que o governo br.tsi-leiro está muito preocupado e acompanhando atentamenteo desenrolar dos acontecimentos na Colômbia, "onde bandi-dos estão querendo derrubar o Estado c fazer do paisuma baderna e uma nação sem leis". Para Saulo Ramos, oque está acontecendo na Colômbia representa uma ameaçapara a estabilidade política e a democracia que aos poucosestá sendo implantada cm toda a América Latina: "Estamosatentíssimos em relação a esta questão, pois ela pode implicarnuma instabilidade gravíssima para aquele pais", declarou oministro, ao lembrar que a ameaça colombiana ocorre justa-mente no momento em que o presidente Josc Samey está lu-laudo pela integração de todos os pises da América Launa.

Saulo Ramos disse não acreditar que alguns dos chefõesdo Cartel de Medellin, que controla o tráfico de drogas naColômbia, já se encontrem cm território brasileiro. Ele afir-mou que as fronteiras do pais estão bem guardadas e sealguns dos chefões chegarem aqui cm jatinhos poderão en-contrar "algo bem mais sério do que acontece na Colôm-bia" Indagado se a falta de pagamento dos telefones daPolicia Federal não é um sinal de que o órgão esta desprepa-rado para atuar nas fronteiras, o ministro respondeu que aescassez de dinheiro na Polícia Federal não significa que oórgão vá dcscumprir o seu dever. Segundo o ministro, a Pqli-cia Federal esta muito bem equipada dc recursos humanos,capacitados através de concursos e cursos especiais,,p ppitermos de recursos o déficit do órgão é de apenas NCzS 6milhões, que logo serão liberados pelo governo. .. ,.

Polícia indicia Oloci

por mais um crime de

vingança em XapuriRIO BRANCO — Oloci Alves da Silva, filho do

fazendeiro Darli Alves da Sil\a. denunciado como umdos mandantes do assassinato do líder sindical e ecolo-gista Chico Mendes, foi indiciado anteontem em Xapuri(AC) pelo delegado Nilson Alves dc Oliveira pelamorte do peão Josc Ribeiro dos Santos, ocorrida no anopassado naquela cidade.

Oloci, que está preso na colônia penal do estado cmRio Branco juntamente com seu pai. Darli. e o irmão.Darci — este acusado dc ser um dos executores de ChicoMendes —. foi indiciado como mandante do crime. Sc-gundo o delegado, durante uma festa cm Xapuri, JoscRibeiro dos Santos acertou um dos irmãos "mineiri-nhos". o Scrginho, com um soco. Oloci teria dito aSerginho, empregado da Fazenda Paraná, que. se nãomatasse José Ribeiro, cie. Oloci. o mataria. Na saidada festa. Scrginho matou Josc com um tiro de revólver.

Alem desse crime. Oloci Alves da Silva está indiciadocm mais dois: um atentado a tiros contra seringueiros.—dois foram feridos — que estavam acampados na sededo 1BDF, cm Xapuri, e pela morte do delegado sindicalIvair Higino, assassinado numa emboscada, cm julho de1987. -•«-

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JORNAL DO BRASIL Automobilismo sábado. 26/8/89 ? Io caderno ? 19

Spa-Francorchamps B^lgica — Router

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chuva, uma especialidade

na Bélgica

Esporte na Tv

7h30 lip>m •• - Tdnis 69h30 Mtmdo #•• ••porUt — H6quei no gelo nos Estados Unidos 6lOh Ttnta — Torneio de Hudson, direto de Golfinia Narracflo de 6

Ivan Mendes12h M#nohete eeoerthfe (V tempo)--soioqdo brasiioira tie futo- 6

boi. Copa do BrasilI2h30 Bsportt total -- varledades *7I2h55 Qlobo ee#orte — Oarbadas do turfo com ErnAm Pires Ferret- 4

ra seiecAo brasileira de futebol. Copa do Brasil18h30 R#»k* — Free surfe, em Santa Catanna. Windsurle no Farol. 9

UB9-4 de skateI8h40 tin** — Boletim da Formula ¦»20h ManctoU Mperthra (2* tempo) — seiecAo brasileira do lute- 6

boiAutomobU* — ComentAnos do Nick Lauda sobre a Formulai .9

c clip de vveiQcdadc20h25 OrW da lar«»4a — Boletim de Formula J>

9h30 P6rmula 1 — Grande Prdmio da Beigica ao vivo NarracSo de 4Natan Ollveira comentfirtos do ReginaldO Lemo

lOh T4n»a — Final do Tornoio de Hudson, direto de GolAma 6narracdo do Ivan Mendos

10h10 OlnAattca »«r66*c« — Campeonato realizado em CampinasUnJO Fut#to<tf — Interna/ionale * Cremonose ao vivo NarragAo de 7

Silvio Luis e comentArios de Rivolino12h Kiport* • 19*0 — vanedades 6Uh KaporU 89 — Tdms 6I3h30 F4rmut« ludy — Compacto da otapa de Pocono14h VMI — Brasil i Cuba VT Campecmalo Mundial Juvenil15h PuteboJ — Reoortagem sobre as eliminatOnas da Copa do 6

MundoRod»io - Final roalizada em Barreto. ao vivo

!6h Futabol — Chile * Venezuela ao vivo Nar^acAo de GafvAo 4Bueno. comentarios de Chico Anysio e PeiePutabol — Chile i Venezuela, ao vivo Narra;Ao de Paulo 6Stem, comentanos de JoAo SairtanhaPutabol — Chile i Venezuela ao vivo NarracAo de Luciano doVaile cometanos de Juarez Scares e Mario SergioPutabol — Chile i Venezuela ao vivo NarracAo de Luis tlAlfredo comontarios de Orlando Duarte e 'epoftagom do Ro¬berto Cabrmc

I0h Putabol - Paraguai Colombia ao vivo NarracAc de Haimaio 6Silva comentanos do Marcio GuodesPuUbot — Paraguai » Colombia ao vivo NarracAo do Jcta 7Junior e comontAnoi de Rivolino

2lh45 Show de gota — Gols nac»onai» e mtornacionais 6?2h30 Grid de largatia — Boletim da ^Ormuia 622t\ teporte aapataculac — Gols nacionais o mternacionais Copa *

shell de marcas e pitotos bastidoros da formula i22h30 Itport# vtaAo — com Januario de Olivei'a Rui'Porto. Stffflio 2

Cabral Achiios Chiroi23h30 Toque de bote — com Paulo Stem JoAo Saldanha. Warcio J

Gueoos f berto LAo e Modrado Dias

Berger supera Senna sob chuva....

Mair Pena XctoCorrespondente

Spa-Francorchamps, Bélgica — RouterSMB

-- SPA-FRANCORCHAMPáTBélgica — O diretor cspor-"TiVo da Ferrari, Cesare Fiorio, não faltou com a modéstiaquando disse ter escolhido a hora certa para mandar seus«&õs á pista sob chuva. Prova é que Gerhard Berger consc-güfu superar Ayrton Senna em uma de suas especialidades,

êisla molhada, o que Ron Dennis. chefe da McLaren, atri-

uiuà tática da escuderia italiana: "O treino foi simplesmente.reflexo da condição climática. Era só questão de entrar na. pista no momento adequado."

, "--aKyrton Senna concorda que foi à pista um pouco tarde,pe£3cniora da equipe em mudar o acerto do carro, mas achaqucxu problema foi o chassis desequilibrado. "A Ferrariestava melhor nas curvas. As condições da pista eram iguaispara todos, e se não fomos mais rápidos, é sinal que os outrosestSb" melhores." Berger também atribuiu o resultado aomelhor desempenho de seu carro. "A Ferrari tem o melhorchassis da Fórmula I. Com a chuva, conseguimos melhorequilíbrio, enquanto a McLaren perdeu a vantagem da maiorpotência dos motores Honda."

Audazes — Foi um treino dramático, daqueles cm aucmal se vc os carros cm meio á nuvem de água levantada pelospneus, e no qual se destacaram pilotos audaciosos, como

Jjenja e Berger, ou loucos, como René Arnoux. o quarto maisrápido pela manhã, que se manteve entre os 10 melhores nasessão oficial. "O carro está ótimo nessas condições", exultouo veterano piloto francês. "F.u não sei se ele estará tão bomno seco. e por isso espero que continue a chover". O perigorondou a pista o tempo todo e o treino chegou a ser interrom-pido por 17 minutos, quando Michele Alborcto rodou comsua Lola e ficou em posição perigosa na pista.

Senna preferia a pista seca para se valer mais da potênciado motor Honda, mas acha que se a previsão para domingo éde chuva, é melhor que o tempo continue assim hoje. "Prcci-

samos treinar nas condições da prova. Não adianta o tempomelhorar para o último treino c voltar a chover na corrida.De qualquer forma, procuramos encontrar um acerto que nãofique muito distante de uma outra condição climática, paranão sermos surpreendidos."

Mesmo com o desequilíbrio no carro. Senna não ficoumuito distante de Berger (foram os únicos a rodar na casa dosZmlls). a quem elogiou pela fantástica volta na chuva. Nofinal do treino, o piloto brasileiro ainda catou uma ?cbra. oque pode ter entortado um tirante da suspensão dianteira."Aequipe ainda está vendo o que aconteceu Pode ter afetado asuspensão ou só o amortecedor."

Pcriço — Senna acha que na chuva fica ainda maisimportante largar na frente, para ter a melhor visibilidade cpoder andar rápido. Em algumas de suas históricas corridasna chuva, porém, ele veio de trás para lutar pelas primeirasposições.

"È verdade. Em Mônaco, pela Toleman, larguei cm 13° econsegui chegar até o Prost. quando suspenderam a prova.Este ano. no Canadá, fiquei preso entre a sétima e a oitavaposições, por ter parado duas vezes para trocar pneus, creassumi a liderança. Mas c uma loucura correr atrás. Alémde muito perigoso, você não tem a pista livre para andarrápido. Prefiro mesmo sair na primeira fila."

AJain Prost. que ao contrário do companheiro de equipetem a fama de tirar o pé cm corridas sob chuva, conseguiu oquinto melhor tempo, atrás de Senna, das Ferrari e daWilliams de Riccardo Patrese. "Fiz uma série de modificaçõesno carro e só o piorei. Ao fim da sessão, fiquei preso notráfego c a pista naquele momento não unha boa aderência",comentou. "Se bem que, geralmente, a adcrência não estevedas melhores c o risco de aquaplanagem foi grande."

mesmo an an soVTienna foi superado por fíerg sua

Tempos de ontem

1* Gerhard Bergar Austria Ferrari 2m11s1022° Ayrton Smna ... ¦raall McLaren 2m11s1713° Nigel Mansell Inglaterra Ferrari 2m12s0424° Fticcardo Patrese ItAlia Williams 2m12s5815° Alain Prost ..Franipa McLaron 2m12s7216" Derek Warwick Inglaterra Arrows 2m13s0057" Thierry Boutsen B6lgica Williams 2m13s0308° Satoru Nakajima JapUo Lotus 2m13s6779° Alossandro Nannini Italia. Benotton 2m14s11710° Ren6 Arnoux Franca Ligier 2m14s34411° Philippe Alliot Franca Lola 2m14s35712 N«l»on Plqutt Braall Lotus 2m14s35813" Eddie Cheever EUA Arrows . 2m14s64l14° Emanuele Pirro Italia Benetton 2m15s06815° Pierluigi Martini Italia Minardi. ... 2m15s51516° Ivan Capelli ltdlia March 2m15sB6317° Maurtclo Qugalmln Braall March 2m16s40118° Michele Alboreto Italia Loin 2m17s24019" Stelan Johansson Suficia Ony* 2m17s32920° Andrea de Cesaris Italia Dallara 2m17s51221* Ale* Catti Italia Dallara 2m17s60422° Johnny Herbert Inglaterra Tyrrol .. 2m17s71423° Bertrand Gachot . Bftlgica Ony* 2m1Bs15124° Olivier Groulllard Franca Ligier 2m18s17525° Jonathan Palmer Inglaterra Tyrrol 2m18s40526° Martin Brundle Inglaterra Brabham 2m18s66327* Luis P6rez Sala Espanha Minardi 2m18s90728° Stelano Modena ... ItAlia Brabham 2m19s16129* Christian Danner Al Oc Rial 2m20s50330° Pierre-Henri Raphanel Franpa Rial ... 2m21s160M6dia de Berger: 190.569 km/h

Berger lenta oOter Hojesua 1" pole este ano

March começa a mudar

e já sonha com HondaAlém da atraente proposta financeira, Akira Akagi consc-

guiu manter Maurício Gugelmin e Ivan Capclli por mais umatemporada com a promessa de reformular inteiramente aequipe March, processo já desencadeado c fortalecido, com acontratação do engenheiro alemão Gustav Brunner, ex-Fer-rari, atualmente na Zakspeed. Brunner. que acertou tudoontem a tarde, em reunião no motor home da March. começa

Piquet roda na sua volta mais rápida Con ta-girosNélson Piquet não gosta de chuva e

essa incompatibilidade aumentou ontem,quando rodou na pista atrás de umavolta mais rápida que lhe permitisse eo-locação melhor que o 12" lugar assegura-do até agora. "Tive um dia difícil, len-tando acertar o carro, e na minha voltarápida, rodei. E normal que isso aconte-

a trabalhar no fim do ano e. cm IWO, sera chele dos carrosnas corridas. Harrv Mcndel. rcccm-contratado da Arrows,cuidara mais dos testes.

O japonês Akagi, presidente da Lcyton House Racing,parte agora atrás do motor Honda Os primeiros conta-tos já foram feitos e ele espera resposta até o fim do mês. "Scnão tivermos o motor em 90. deveremos ter cm 91. Tudodepende da Honda, que ainda estuda se fornecerá seus moto-res a mais de uma equipe, ano que vem " A reforma não páraai. Tim Holloway, engenheiro de Capclli. passará a trabalharna fabrica, para que ela não pare no periodo de testes ecorridas, e outro engenheiro será contratado para acompa-nhar o piloto italiano.

' Gugelmin dÍ7 que frustrava ver seu empenho não sercorrespondido no boxe. e a reestruturação foi exigênciasua e de Capclli "Após o terceiro lugar no Brasil, esperavatemporada bem mais produtiva, mas ainda lenho esperançade fechar o ano com saldo positivo." Ele renovou contrato sópor um ano, sem opção de renovação, e. segundo comentáriosgerais, por cifra bastante considerável.

Mas a March não está livre de problemas. Gugelminconsiderou ontem um de seus piores dias na F 1 e atétemeu não se classificar. "De manhã, o carro saltava tanto defrente, que nos trechos mais ondulados eu não conseguiaenxergar a pista. Amolecemos o amortecedor, aliviando umpouco o problema, mas ai a lu/ traseira, obrigatória nachuva, não acendia, e os comissários não me deixaram sair.Quando, finalmente, consegui ir á pista, o motor parou naparte alta do circuito c fiquei assistindo ao treino de lá",descreveu o treino livre, no qual foi último. No oficial, o carrosaia de frente, nas curvas de baixa velocidade, e de traseira,nas de alta, devido a um erro de algum mecânico, que nãofixou bem um parafuso da junção das duas partes do assoa-lho.

Indagado sobre as polêmicas criticas do inglês JamesHunt — "Se Gugelmin não acelerava na F 3.000. por que ofaria na F I? —, não perdoou "Ele disse ainda mais, que eunão acelerava cm fórmula nenhuma. Mas vocês acham quevou me preocupar com um frustrado, que já cansei de verbêbado, caindo pelos padoques da Fórmula 1 ?" (M.P.N.)

ça quando se tenta ser mais veloz, mas eum tempo perdido."

Segundo Piquet. com chuva fica mui-to difícil encontrar o acerto ideal, pois ascodnições da pista variam muito de acor-do com a quantidade de água. Ontem,ele mexeu o tempo todo no carro, que sófoi piorando ate o final do dia. "Cadavez que modificava a regulagcm, a pistaestava diferente, com mais ou menoságua, e óleo deixado pelos carros. Vocênão tem um parâmetro para trabalhar.Fica impossível ver se o carro melhorouou nâo."

Pela manhã. Piquet foi o quinto maisrápido, e para o treino de hoje elevolta ao acerto inicial. A possibilidadeda chuva continuar não o agrada, nempelo aspecto de compensar um pouco adiferença de potência que tem para ou-tros carros. "Chuva e uma porcaria,só maluco pode gostar de correr assimSe vocc esta na Irentc. ainda vui, masquando se anda no tráfego, è impres-sionante. Não se enxerga nada e o peti-go é constante."

Se Nélson Piquet não saiu muitosatisfeito da pista, o mesmo não podeser dito de Satoru Nakajima, que exul-tou com sua oitava colocação, a se-gunda melhor entre os carros que cor-rem com motor V8 (Derek SVarwick foio sexto colocado com Arrows-Ford):"Eu não mexi muito no carro O balan-ço estava ótimo e tudo correu bem ateo fim da sessão. Spa c o tipo do circui-

to que gosto. Vocc pode conseguir umbom resultado se mantiver o ritmo ccr-to."

Conversas — Piquet negou qual-quer novidade sobre seu futuro, mas umaopção para a próxima temporada podeser a Brabham. O piloto conversou lon-.. H/rnii- EçdgMgnç 'IHOs Otreino de ontem, c se a escuderia apresen-tar um projeto competitivo, pode ter devolta o piloto que lhe deu dois mulosmundiais.

A Lotus também ainda não tem qual-quer definição para 90, mas parece ineli-nada a contratar o australiano Pcter Co-lins, que deixou a Benctton semanapassada, para chefe de equipe. Colms,que já trabalhou na própria Lotus, estev equatro anos á frente da Benctton, masdeixou a escuderia por incompatibilida-des com seus proprietários. (M.P.N.)

Moreno teve problemas com os pneusSe a chuva fina que marcou os trei-

nos de ontem tivesse começado um pou-co mais cedo. durante a pré-qualificação,Roberto Moreno poderia ter tido maissucesso na sessão, que completou emsétimo lugar com problemas nos pneusNas três vezes anteriores cm que correrana pista belga, pela Fórmula Ford, cm80. pela Fórmula 3.000, em 87, c comuma BMW nas 24 Horas de Spa, tam-bem cm 87, Moreno sempre pegou chu-va, c sabe como pilotar nestas condições.

"Assim que a sessão acabou, come-çou a chover. Era a minha esperança",lamentou. "Na prova da Formula 3.000fi/ a polc-position. c correndo de Fór-mula Ford. em 80, larguei em 20o echeguei cm segundo. Com chuva, a di-ferença dos pneus acabaria e podíamosmesmo nos classificar."

Mas Moreno não deixou a sessão de-ccpcionado. Ao contrario, ele estava ani-mado com o carro, que começa a sercompetitivo, c que levará para um novoteste, na próxima quinta-feira, cm Misa-no "Em Mon/a, testamos as molas, cagora vamos acertar asa. O carro estábem melhor, c basta ver nossa colocação.Antes estávamos atrás de Tarquini, eagora já passamos a AGS c estamos emcondições dc brigar por uma vaga nostreinos."

Segundo Moreno, os pneus tiverampapel determinante na pre-qualilicaçào,c os quatro primeiros colocados, querodaram um segundo mais rápido, usa-vam Goodyear. "Os pneus Pirclli nâoagüentavam mais dc quatro voltas, en-quanto os Goodyear davam oito."

O resultado da pré-qualificação foi oseguinte; I — Stefan Johansson (Sue-cia). Onvx. Iin5(is279, 2 — Michele Al-boreto (Itália), Lola. Im57s509; 3 —Bertrand Gachot (Bélgica), Onyx.Ini57$720; 4 — 1'lulippc Alliot (França),Lola. Im57s748; 5— Nicola Larini (liá-lia), Osella, Im58s065; 6 — PiercarloGhinzani (Itália), Osella, Im58s209: 7 —Roberto Moreno (Brasil), Coloni.Im58s650: 8 — Gabricle Tarquini (ltá-lia). AGS, Im59s432; 9 — Bernd Schnei-der (Alemanha), Zakspeed. 2mOOs7l3;10 — Acun Suzuki (Japão), Zakspeed,2mOOs757; II — Yannick Dalmas(Fran-ça), AGS, 2m02s205: 12 — Grcgor Foi-tek (Suiça). Eurobrun, 2m02s767; 13 —Enrico Bertaggia (Itália), Coloni.2m21s709. (M.P.N.)

Marcas — Pela primeira vez. nos últimos dois anos, aCopa Shell Campeonato Brasileiro dc Marcas c Pilotos,tera uma prova disputada a noite. Será hoje, cm Goiânia,com largada ás 22h. tendo na pole-position a dupla Tp-ninho da Malta Gunnar Vollmcr, com 1'assat. Com o segun-do melhor tempo, sai o campeão do ano passado. AndrcasMaltheis, que corre lambem de Passai, em parceria com

ta- -GR-rHoffmann. com Escort. c Armando Balbi Capela Palhares,com Passai.GM-Lotus — Dois outros brasileiros estarão correndono circuito de Sna-Francorchamps. no fim dc semana.Paulo Carcasci c Eduar Mcrhy Neto disputam a sétima etapado Campeonato Europeu dc Fórmula Gm-Lotus, preliminardo Grande Prêmio de Fórmula I da Bélgica O grid para aprova dc amanhã será definido hoje. com os dois brasileirosapontados como favoritos, ao lado do dinamarquês HcnnkLarscn. lider.Mais um — Além de Affonsinho GiaíTonc, a décima eantepenúltima etapa do Campeonato. Inglês de FórmulaGM-Lotus, dia 3 de setembro, em Donington l'ark. lera maisum brasileiro. É Marcelo Pctriccione, que embarca paraLondres, hoje, em São Paulo, com esse objetivo. Será asegunda participação de Pctriccione na competição, pois jahavia corrido a terceira clapa.Rali — Os carros japoneses dominam a primeira fase doRali dos 1.000 Lagos, válido pelo Mundial da categoria, opeesta sendo disputado na região de Jyvaskaya, na FinlándÇiNos dois primeiros lugares estão dois Toyota Celica, pilolji-dos respectivamente pelo finlandês Juha Kankkunen e o espy-nhol Carlos Sainz, c em terceiro aparece o Mitsubishi. 4°finlandês Ari Vatanen. Nas 10 primeiras posição, oiiosão de carros japoneses. O título de pilotos já foi assegurado,antecipadamente, pelo italiano Massimo Biasion, da Lanctu.campeão ano passado.Moto — O americano Kevin Schwantz (Suzuki), lidjrrdo Mundial, caminha para obler sua nona polc position c otitulo da principal categoria do motociclismo de velocidade,as 500cc. Fez onicm. em Brno, o melhor tempo no segunqotreino para o GP da Tcheco-Eslováquia. na categoria 500«c.com média de I56,300km h. Schwantz precisa de apenas maissete pontos na corrida tcheca para ser campeão. Se nãoconseguir, a decisão será adiada para o GP do Brasil, dia I7de setembro. Em segundo ficou Eddie Lawson. da Honda.-eem terceiro, Wayne Rainey, da Yamaha, que briga pelo titulocom Schwantz..

20 ? Io caderno ? sábado, 26/8;S9, 11 Esportes/Turfe JORNAL DO BRASIL

Quase cinco mil disputam a Maratona do Rio

J. Divulgação Sônia D AImeida

a

Edir Lima

Hoje. às 16 horas, começa a décima Mara-tona do Rio, a maior prova do atletismo' brasileiro. Com largada e chegada no Leme e75% de seu percurso pela orla marítima, os4.850 inscritos poderão mostrar o resultado de

, todo seu treinamento. Foram muitos obstáculos c dietasi enfrentados ao longo do último ano, tudo superado para

conseguir melhorar o tempo. Eles têm motivos de sobra parafazer da prova um acontecimento inesquecível, demostrandoque a Maratona é. antes de tudo, uma prova de amor á cidade.

Todos os que completarem a prova receberão um lanche, especial, oferecido pelo Bob's, um abrigo térmico, e. se riecessá-, rio, atendimento médico. Os homens que chegarem nas de/

primeiras colocações, além das seis mulheres melhor classifica-: das, têm direito a prêmios cm dinheiro, de acordo com o1 regulamento da Federação Internacional de Atletismo. Os1 atletas deverão, obrigatoriamente, usar uma camisa ou camise-

ta, sobre a qual será afixado o número que os identificarádurante a prova.

O tempo oficial da corrida será computado até às 22 horas.Para que todos os serviços de atendimento sejam eficientes, naárea da chegada só terão acesso os corredores que completarem

, o percurso.O diretor médico, Fernando Monastério, aconselha a todos

os corredores com problemas de saúde a realizarem umaavaliação médica antes da corrida. Neste caso, é imprescindívelo atestado médico para que o corredor possa participar d.i

| Maratona com segurança. A refeição antes da prova deve ser, leve. A alimentação deve ser. basicamente, de carboidralos

(macarrão, batata, arroz). li bom beber bastante água até ahora da largada, para evitar desidratação. Um banho quente eexercícios dc alongamento farão bem.

Os maratonistas que terminarem a prova com a camisetaoficial da prova, Nike Canalonga, concorrerão a uma passa-gem Rio,/Nova Iorque Rio, para participar da Maratona deNova Iorque, dia 5 de novembro próximo. Da mesma forma,todos que completarem a prova serão incluídos no sorteio dcduas Walk Machinc (patinete motorizado), oferta da Sportma-nero. A Maratona do Rio. uma prova dc amor á cidade, écriação e promoção do JORNAL 1)0 BRASIL, organizadapela Sports & Marketing, com o apoio da Prefeitura do Rio dcJaneiro.

Conselhos c lembretes

para correr tranqüilo

Para correr 42.195 metros, alguns conselhos são funda-mentais para se conseguir um bom resultado. Checar cedoá área de concentração c um deles. Ela será aberta ás14h30m, sendo fechada dc/ minutos antes da largada. Comcalma, entregue sua senha, reveja o plano de corrida crelaxe. Por ser o Rio de Janeiro uma cidade de clima únudoe quente.h idratc-se antes, durante e depois da prova,mesmo sem sentir sede. Serão instalados postos d'água nosquilômetros 6. 12.5. 16.5, 22. 27. 31. 36 e 40.5.

O maratonista deve lembrar que ele c o dono da festa.Largue no seu ritmo de corrida. Defina bem seu objetivoantes da prova e procure correr obedecendo seu treinamentodiário. Conviver com a fadiga será relativamente fácil: cantementalmente, calcule quantos quilômetros faltam ou se au-to-motive com a proximidade de um ponto de concentraçãode torcida. Após a metade da corrida, caso esteja cmcondições para isso, procure ultrapassar os corredores maispróximos.

Prepare-se psicologicamente para o ponto mais difícil daprova, ou seja, a subida da Perimetral. Primeiro, pelo aclive.depois, pelo eventual esgotamento das reservas de glicogé-

—nio. Lembre-se que neste trecho haverá posto do hidratanteGatoradc. Correr a Maratona do Rio é apenas um teste dcresistência, não um ato dc heroísmo. Caso o maratonistapasse mal, poderá procurar um dos postos médicos instala-dos ao longo do percurso.

Não coma ou beba nada a que não esteja acostumado tiotreinamento. O dia da prova não é apropriado para testes.Lembre-se dc que não existem fórmulas mágicas capazes demelhorar o rendimento físico de um dia para outro. Amotivação c importante durante toda pr^^ rt Eense cgduro treinamento para a prova c no cumprimento do seuobjetivo.

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José (.(irlo,s Santana treinou oito meses fiara ser bicamjicão Lonrtval volta, após os IEU. I

Os fa voritos

Esperança é

chegar em

Io outra vez

Não há um favorito destacado. En-

tre os últimos vencedores, sãograndes as esperanças de conseguir re-petir o resultado. Mas. o que impressio-na nestes atletas c sua disposição cminiciar, a partir da Maratona do Rio.um vôo mais alto. cujo objetivo princi-pai é a Maratona dos Jogos Olímpicosdc Barcelona, cm 1992.

José Carlos Santana, alagoano, 25anos. vencedor da Maratona cm SS com2h23m3S, e um dos que acredita no bi-campeonato. A programação elabora-da pelo seu treinador Silvio Gusmãoincluiu treinos a partir de janeiro, emAlagoas, ate a fase final, cm Teresópo-lis. Nesta ultima semana, o marato-nista hospedou-se no centro dc treina-

Judô. cmUvi C vUÍIlucIit^au ÜL"Santa Cru/., onde encontrou todas as

condições necessárias para sua con-ccntração. Nas 15 provas que disputounos últimos IS meses. Josc Carlos ven-teu 10. Em corridas internacionais. 11-cou em 13" em Los Angeles e 12" emLong Beach.

O mais experiente maratonista dopais. Josc da Silva, o Zezinho. 35 anos.tem o segundo melhor tempo brasilei-ro para a maratona (2hl2m57), conse-guido cm Londres, cm abril deste ano.Zezinho teve seus treinamentos preju-dicados com a interdição do Caio Mar-uns. em Niterói, onde realizava suapreparação para conseguir ritmo e ve-locidade. Substituiu as pistas do está-dio pelas ruas e ladeiras da cidade.Mas está confiante, l-.lc foi 3" na Mara-tona do Marrocos cm 88. além dc che-gar em 2" na da Suécia, no mesmo ano.

O paulista Lourival Sampaio. 31anos. participa pela segunda ve/ daMaratona do Rio. Nos Estados Unidoshá dois anos. ele acredita poder reali-zar uma boa prova, apesar de só estarcom 70° „ de sua forma. Em julho, foi osegundo colocado da Maratona de São|-rancisco, com 2h21ni

fcr+tí~cünrih22m07. Na avalia-çâo do próprio Lourival, ele só alcan-çarã a plenitude de sua forma na Ma-

ratona de Boston, em abril de 90, ondepretende iniciar sua preparação paraos Jogos Olímpicos de Barcelona.

Mulheres — Duas maratonistas sedestacam entre as atletas que disputa-rào a Maratona do Rio: Nercy dc I rei-tas. vencedora do ano passado, e Elia-na Reinert. campeã de 87.

Para Nercy, 26 anos, carioca, dc ape-nas !.50m. a preparação para a vitóriacomeçou uma semana depois da con-quista de 8S. Com 22 maratonas dispu-tadas cm sua carreira, ela venceu, cmN7. a Maratona de Blumenau, assina-lando a terceira melhor marca brasi-leira com 2h47m. Após a prova do Rio.Nercy pretende viajar á Europa e dis-putar ou a Maratona de Lisboa, emnovembro, ou a do Marrocos, cm janci-ro dc 90.

A experiência internacional é amaior aliada da catarinense Eliana Rei-nert. 31 anos. Morando atualmenteem São Paulo, ela já participou trésvezes da Maratona de Nova Iorque(chegou em 32" cm S5). e do Mundial doJapão, em 86. Para atinajr hi1 mfitw—

Tnrnsíca. Eliana seguiu um esque-ma de treinamento que incluiu, nosúltimos meses, corridas diárias comduração de três a quatro horas.

Hoje na GáveaCarlos Mesquita

| | Treccia. M/ui dc Present TIic Colors cm Crvta. dc criação c'—' propriedade do Haras Santa Mana dc Amais, c :i fawrita doGrande Prêmio Adhcmur dc Faria. pro\a central desta tarde noHipódromo da Gávea. Terceira no GP Major Suckow, guando foisuperada apenas por dois dos melhores i cltKistas do pais. Graphuse Guerra, volta bem preparada e dificilmente será derrotada .-1outra boa atração dc hoje e a disputa do Clássico Tude Sena UmaRocha, Elaps, do Haras Santa Ana do Rio Grande. Jasjuapcri, dosHaras São Josc c Expedictus, e Don Nova (foto), do Stud Amigosdo \ova. são os destaques. Elaps, filha dc Rasputm II cm Rcfusào,leva vantagem na escala depeso. pois deslocará apenas 56 quilos.

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Indicações

^ Pà«l» — ll 11JI - \ X* MU»

V ««rliCVn*IW5WS-

Kl I? lC fVI SVM(» C Varal SftÜ fet*0 U

1° Páreo: Pcrhnps Lovo ¦ Cher Panlhere ¦ Pertinaz2o Páreo: Grã Sudden ¦ Halú ¦ Dally-Ber3° Páreo: Estelline ¦ Fair Eclipso ¦ Grent Liberty4° Páreo: Honesl Boss ¦ Lecanlo ¦ Boau Monsier5» Páreo: Galopada ¦ Colan ¦ Alacôra6° Páreo: Elaps ¦ JaQuapori ¦ Don Nova7° Páreo: Mister Velvel ¦ Fert Gaiano ¦ Loncomoo8o Páreo: Treccia ¦ Flrebag ¦ Fasl Poker

Páreo: Edmond Dantes ¦ Mostro Karan ¦ Lijon10°Páreo: Istahan ¦ Mídas King ¦ L Arco BalenoAcumulada 1°5(Perhaps Love), 8e1(Treccia) e 9°7(EdmondDantes)

Vôlei masculino

embarca para

Mundial juvenilA seleção brasileira dc vôlei juvenil

masculino embarca hoje para a Grc-cia, onde vai tentar repetir o Feito daequipe feminina, ou seja, conquistar otitulo mundial da categoria, no cam-peonato que vai de 3 a 12 dc setembro.O técnico Jorge Burros admite que se-r.i difícil, mas acha possível chegar aoprimeiro lugar, embora desconheça ascondições dos adversários. A chave doBrasil tem União Soviética, México eIndonésia e ele espera classificar-se cmprimeiro lugar, porque os resultados daprimeira fase contam para a segunda.

Jorge disse que a preparação foi vol-tada principalmente para defesa e hlo-queio. "Foi um tratamento de choque",definiu. Os titulares são Daninho. Janél-son. Marcelo Negrão. Gcovani, Tandi cDouglas. Antes do Mundial, haverá doisamistosos em Madri, contra a seleçãoespanhola. O objetivo, para o treinador,é apenas dar mais riltno ao time. que vemde sete vitórias em sete amistosos com .iCoréia, atual campeã, mas que está serenovando.

Para Jorge Barros, a 'conquista daseleção feminina foi apenas uma moti-vação a mais para os rapazes tentaremo titulo mundial, porque, mesmo antesdisso, a idéia da comissão técnica eraformar uai litnc competitivo para dis-putar a medalha de ouro e revelar ta-lentos para a seleção adulta. "Mas otítulo das moças é positivo c estimulatodos nós", reconheceu

Tiro — A equipe brasileira de tirocomeça amanhã a disputar a CopaAmérica. F.sta é a primeira vc/ que oBrasil leva uma equipe feminina parauma competição internacional, mas odestaque da delegação brasileira, cmaior esperança para medalha, aindaé o veterano Delival Nobje.Basquete — Depois dc perder oiugoslavo Drasen Pctrovic para o bas-quetc americano, o Real Madri estápróximo de contratar dois jogadoresdos Estados Unidos para a próximatemporada. Ben MacDonald, do Gol-den State Warriors. ala de 2.tl2m. eDarnell Valentine, armador de l,90m,do Cleveland Cavaliers, deverão seapresentar à nova equipe amanhã.Salão — \ equipe da Perdigão man-teve seu favoritismo pura chegar ao bi-campeonato sul-americano de futebolde salão ao golear o Comapa. do Chile,por 24 a 0. em Rosário. Argentina.Agora, a Perdigão divide com o AguaBranca, também do Brasil, o primeirolugar da competição, com sete pontos.Inverno — \ candidatura da F.spa-nha aos Jogos Olímpicos dc inverno de1998 será apresentada amanhã, naabertura do congresso do Comitê Olím-pico Internacional, cm Porto Rico. Actd.iJw i',[mnIk*i.i dc .i,i\.a. porem. tera~que disputar a indicação com Nagano(Japão). Salt Lake Citv (EUA) e Oster-sim (Suécia). O congresso do COI iráaté o dia P.Futebol de praia — Com apartida entre Embalo v Ala Moana.Iiojc, as 14h. cm frente a Rua PradoJúnior, Copacabana, tem inicio o Cam-peonato Estadual de Futebol de Praiado Rio. com a participação dc 20 eqiu-pes. divididas em duas categorias: prin-cipal c secundária.Aeróbica — Mais de 1200 proles-sores de aeróbica do Brasil e de maisquatro paises sul-americanos pártici-pam hoje e amanhã, no Clube Sírio, doNike & Runner Fitncss InternationalConvcncion, congresso de aperfeiçoa-mento com a presença dc dois dos maisdestacados nomes da aeróbica norie-a-mericana, Candice Copeland e JeffVandiver. O Brasil tem 1.5 milhão depraticantes e 22 mil academias.Skate — Lincoln Ucda c Sérgio Ne-grão, quarto e décimo colocados, tes-pectivamentc, no Campeonato Mun-dial dc Skate, disputado na AlemanhaOcidental, no inicio do mês, são osfavoritos para vencer o Io Urgh! VcrtWar. que sera realizado hoje e amanhãno Ultra Skate Center. O torneio teráa participação dos melhores skatistasbrasileiros da categoria vertical (dis-putada em half pipe) c é válido pelaquinta etapa do C ircuito Brasileiro pro-movido pela União Brasileira de Skate.Boxe 1 — O brasileiro Adilson Ma-guila Rodrigues manteve a nona posi-çào no runKiitg do Conselho Mundialde Boxe, categoria pesado. ClaudcnirDias é o sexto colocado na catéúoriamosca, onde ti taílândcs Sot Chitaladaocupa o primeiro lugar. Já Carlos An-tunes ocupa a I0J posição nos super-médios, longe do primeiro colocado, onorte-americano Sugar Rav Leonard.Boxe 2 — Mikc Tyson defenderáseu titulo mundial dos pesos pesados,provavelmente, no dia 4 de novembrocontra o campeão canadense Ka/orKuddick.

UMA PROVA DE AMOR À SAÚDE.

^ Ainda nàd éabemos quem vai vencer a Maratonado Rio. Mbé temos certeza que, seja ele quem for,

vai phegar com CAXAMBU, a Água Mineralda Maratona.

da a competição estaremos ao lado dosatletas nos Postos CAXAMBU, onde serão

uidos milhares de copos dágua e muito maisenergia para a vitória.

MARATONA DO RIO

IS<

?

1!

- JORNAL DO BRASIL Esportes sábado, 26/8/89 ? 1" caderno ? 21

Robson é o mais rápido do ano nos 200João Saldanha

"•BRUXELAS — Robson Caetano daSilva está cada vez mais próximo do recordemundial dos 200m rasos. Ontem, na etapabelga do circuito dc Grand Prix, ele marcouo melhor tempo do ano para a distância:

¦ 19s96. resultado que também é novo recorde•snbamericano. Apesar da forte chuva quecaiu na capital belga. Robson correu a provaCÒÍ11 tanta facilidade que sua vitória era con-siderada certa logo no inicio.

Ele foi também o único a completara distância cm menos de 20 segundos, comcerca de cinco metros â frente do segundocolocado, o francês Daniel Sangouma, daFrança, com 20s42. Em terceiro chegou oamericano Floyd Heard, com 20s44. CarlLeuis. campeão olímpico dos lOOm rasos.

,não passou dc um modesto quinto lugar,com 20s47.

Até a prova de ontem, o melhor tem-po do ano para os 200m rasos tambémpertencia a Robson. que marcara 20s04no Grand Prix dc Zurique, há 10 dias.Três dias antes, na Colômbia, durante aCopa América, cie fizera I9s94. mas oresultado não foi considerado porque tevecronomctragcm manual, que não é aceitapela Federação Internacional. A superiori-dade do vclocista brasileiro, medalha dcbronze nesta prova nos Jogos Olímpicos dcSeul. 110 ano passado, foi reconhecida pelopróprio Carl I.evvis.

Nos últimos 30 metros viu que não

tinha mais condições de melhorar sua classi-ficaçâo c desistiu da luta por uma medalha.Robson manteve-se imbativel na distânciaeste ano c só ele até agora correu a prova emmenos dc 20 segundos. Agora, aumentam asexpectativas de que Robson quebre o re-corde mundial ainda nesta temporada. Paraisso. ele ainda tem duas competições impor-tantes: a última etapa do Grand Prix, dia Io.cm Monteearlo, e a Copa do Mundo deBarcelona, dc 8 a 10 próximos.

Nas outras provas de ontem, o mar-roquino Said Aouila não conseguiu bater orecorde mundial da milha, mas chegou cmprimeiro lugar, com 3m50s09, a segundamelhor marca do ano. "Não se pode baterrecordes ao longo dc toda a temporada",justificou Aouita, que domingo fez a melhormarca do mundo para os 3 mil metros.Ele reclamou da chuva c das próprias per-nas: "Dei o máximo de mim. mas não foipossível. A pista estava muito pesada c aspernas não responderam."

O recordista mundial dos llOm combarreiras, Rogcr kingdom. dos EstadosUnidos, venceu a prova cm 13s 12. O quenia-no Paul Ercng, campeão olímpico, foi oprimeiro nos SOOm. em Im43s72. Nos 400mcom barreiras, o americano Andrc Phillips,campeão em Seul. fez 48s54 e foi derrotadopelo compatriota Kevin Young. que mar-cou 4Ss0S.

Bruxolas — Reutor

URSS épunida por usar doping

DU1SBURG, Alemanha Ocidental -A equipe masculina da União Soviética foieliminada da Copa do Mundo de Atletismo,que será disputada cm setembro cm Barcclo-na. depois que o arremessador de peso Ale-xander Bagach competiu sob o efeito dcsubstância proibidas na Campeonato Euro-peu. no inicio do mês. A laaf (FederaçãoInternacional de Atletismo) divulgou um co-municado. ontem, informando que o exameanti-doping constatou a presença dc testos-terona. uni hormônio masculino.

Bagach, dc 22 anos, tinha ficado cmterceiro lugar na prova de arremesso dc pesodo Campeonato Europeu, que foi disputadona Inglaterra nos dias 5 e de agosto, econtribuído com seis pontos para o segundolugar geral da União Soviética. Com .i elimi-nação dc Bagach. a União Soviética passoua ser a terceira colocada no campeonato eapenas as duas primeiras equipes tinhamlugar garantido na Copa do Mundo — aInglaterra, campeã, e a Alemanha Oriental,que herdou o segundo lugar dos soviéticos.Como os europeus têm direito a mais umaequipe, formada por uma seleção de atletasde diversos países, ela passará por mu-danças com a saída dos alemães.

"Os soviéticos disseram que o doping eum sério problema no pais e que eles lutampara controlar seu uso — cies estão rcalmen-'tc chocados", disse John Uolt, sccrclário-ge-ral da laaf. O presidente da entidade, oitaliano Primo Ncbiolo, disse estar satisfeitopelo trabalho dc controle ter dado resulta-

Pr o cóp i o ign ora

apelos do Flu e

vai mesmo emboraHl LO HORIZONTE — O técnico Pro-

copio reafirmou ontem .i sua posição de dei-vai o I luminense na próxima segunda-feira,apesar dos dirigentes do clube já terem ditoque querem que ele permaneça. "Não há por-que voltar atrás Na segunda-feira vou aoclube me despedir dos jogadores. Oucro saircomo entrei, com a cabeça erguida", argu-mchtou o treinador, que garante não ter rece-bido ainda nenhuma proposta.

Procópio lembrou que informou a sua de-cisão a diretoria do Fluminense durante aexcursão a Europa para que o clube tivessetempo de contratar um novo técnico., "Nãoquero prejudicar o Fluminense de maneiraalguma", comentou, não admitindo, porém,continuar ajudando a equipe enquanto adiretoria não contrata um substituto. Nem apossibilidade de o time carioca contratar osreforços solicitados entusiasma Procópio."Não ha mais tempo. Além disso, o presiden-te Fábio Egypto foi taxativo ao dizer que oclube está sem dinheiro."

do. "Ê sempre triste ver um caso de dopingmas é bom saber que nossos procedimentosestão funcionando".

Alexander Bagach foi segundo colocadono Mundial Júnior em 19S6 e nono no Cam-peonato Mundial de Atletismo, disputadoem 19S7, em Roma. Apesar de uma tempo-rada fraca no ano passado, Bagach era con-siderado a mais promissora revelação sovié-tica no arremesso de peso, prova onde o paistem a tradição de formar campeões. Após oCampeonato Europeu, a urina dc Bagach foianalisada duas vezes e cm ambas foi consta-tada a presença da testosterona. uma subs-táncia que aumenta a força muscular. Osoviético deve ser suspenso por dois anos dascompetições.

A classificação da Alemanha Orientaldesfalca a equipe européia que disputaria aCopa do Mundo com cinco alemães orien-tais: o arremessador de peso Ulf Timmer-mann. o de disco Jucrgen Schult, o vclocistaSvcn Matlhcs, e os especialistas cm 400 me-tros rasos Thomas Schocnlebc e Jcns Car-lowitz. Timmermann deve ser substituídopelo suiço Wcrncr Gucnthor. ex-campeãomundial: o alemão ocidental Rolf Dannc-berg deve lançar o disco no lugar de Schult;outro ocidental. Norbcrt Dublcvt. tomará olugar de Schocnlebc. A União Soviética deveparticipar da equipe masculina européia comdois atletas: o velocista Vladimir Krylov(substituindo Matthcs) e um especialista nos400m.

Botafoero — Com duas derrotas e uni'empate, o Botafogo está praticamente elimi-nado do líirneiQ-Ckiade-àe-G^adãfajntar-ntT-México, graças á derrota dc quinta-feira anoite, para o Atlas, gol do argentino Libera,de pênalti, aos 23 minutos do segundo tempo.O Universidad. time da cidade, goleou oPenarol, por 5 a 0. e já está classificadopara decidir o torneio, que apresenta outrotime brasileiro, o São Paulo.Loteria — Campo Grande e São Cristo-vão, jogo 4. abrem hoje. as I5h. o testenúmero 97? da loteria esportiva. 1 rés outraspartidas serão disputadas hoje, todas na Eu-ropa: jogo 8, Nice \ Toulouse: 9. Vitória deGuimarães Bcnfica, e 1U. Penaficl \ Porto.Edu barato — O meio-campo Edu.ex-jogador da Portuguesa de Desportos eque. na temporada passada, disputou o Cam-peonato Italiano pelo Torino, assinou ontemcom o Porto F.C., de Portugal. Segundo fon-tes do clube português, o passe do jogadorque foi comprado pelo Torino a Portuguesapor USS 1.5 milhão no ano passadocustou apenas USS 250 mil.

Placar JB

FUTEBOLCampeonato Amazonense(1* fO?o da ck«ciüAo SMeirn)Nâv ionai 0*0 Rio N«tgroCopa do MundoZom Africana • Grupo AAry^í.a 1 t 0 Costa óo MarlimCi&ssihcaçAo Argélia 6. Costa tioMarlim â Zmbabwe i po^to

passou As s*<ru?ina<s)AmistosoBar>gu 1 * 0 SeíoçAo óo Qatar

BASQUETETaça Brasil Juvenil2* rodadaflamengo l-U « 62 BN&-CESogtpa-RS 72 • 63 Coontians-WS

UNIVERSÍADE(Em Duisburgo, Alemanha Oc.)Basquete masculir>o Israel 97 « 76FinlândiaAtletismo — martelo. ímai I Astap-WíMCh URSS 80 56m H Weis Al Oc.79 58m K Fia« EUA 75 86m Pesofemínmo H Zhihong Cín. 20.í»6nt OLa/a, Cuba. 19 32m Z Tianhua. Chi,i8 71ti Marcha 20Km masculina WA|«r>a fta. 1h23m25a M Prieto. Esp.ínAJrTÚ^S A Jachno Aus. in?3m4&*

Mundial Juvenil(Tjjnja. Co'ômbia)Áb^yankar(lnd) 0 5*0.5 Kaitani lUP.S)Madi iMun) 1 * 0 (CubaiGallíamova ÍURS) 0.5*C 5 Zayas (URSS)Kos*osva Nugl 0 * 1 Trabe^l (Al Oc )Hoyos (Cot) 0 * t Botsan iGre)

Ueti (Bfa) 1 * 0Ek)er (Esc)Ciass4t>cȍAo Kdjiam 7, Mad> 6Atyryankar 5 5 Gaibanova a ?Trabert 5 Ueti (Bral 2

FUTEBOL DE SALAOSul-Americano de Clubes(Rosário. Argentirui)5* rodadaAgua Bra?>ca(Bra! 13 « 0 C»vi»tianfU'u)F/cva (Par) 6 « ? Universidad tArg)PerdtgAo iBrai 24 * 0 Comapa (Chi)CíassftiCAçAo Perd»gAo e Agua B'ar»ca7 Urwvers»dad e E/curra 6 T»ma<o(BoO e Chruttan» 2. Comapa 0

NATAÇÃOCampeonato Mundial de Saltos(Madri Espanha)Trampolim 3m. final 1* F Platas(Me*) 7* V Baranovswy (URSS). 3*L De'gado (Cub) Ptatatcma muihe-res ftnal 1* I Vera fURSS) ?* AMontainy (Can). 3* H Alien (GBR)

TÊNISHudson Cup(CkwAnta)Qu*rtas-de-'inaiG fiarbosa (Bra) 6/0 e 7<5 F Ri^ers(Chi). J Z*etscfc (Bra) ft e SI4 aGariz/»0 (Arg) D Osan< (Arg) 62e 6"3 W Kyriakos. J Pino (Cub) 6.'3e 7/5 F Roese (Bra)Aberto do CanadáG Sabatini < Arg) 7ff> e 6>"0 B Pau-lus (Aus). M Navratitova (EUA) 6"3e 6/3 M Ke'esi (Can). A Sane hei(Esp) S7 e &'l L F.eid (Austr)Hamlet Challenge Cup(Jencho EUA)Couner (EUA) 4,6 6'2 e S'3 Connors(EUA) Seguso (EUA) 6-2 e 6/4 Steeí5(Al Oc ) Svensson (Sue) 7/6 e 7/6Noah (Fra)

Robson venceu facilmente e Leu is ficou em quinto lugar

Sport e Grêmio começam a

decisão da Copa do Brasil

RECIFE — O Sport será um time ofensi-vo e determinado na primeira partida contrao Grêmio pela final da Copa do brasil, hoje,ás 16h, na Ilha do Retiro. O time quer vencero jogo para ter a \antagcm do empate nosegundo confronto com a equipe gaúcha, nopróximo sábado, cm Porto Alegre. Umdos trunfos do Sport e o centroavante Mar-eus Vinícius, recuperado da contusão na co-\a esquerda, que o afastou por duas roda-das.

"Com o Marcus Vinícius, o time ficamuito mais ofensivo", admitiu o técnico Ne-reu Pinheiro. Alem da esperança cm MarcusVinícius. Pinheiro aposta na eficiência dasjogadas pelas extremas, principalmente comBctào pela direita.

No Grêmio, o técnico Cláudio Duar-tc definiu que Nando suhsituirá a Kita.afastado em razão de um problema nojoelho. O Grêmio tem a defesa menos va/a-da da competição — levou apenas tres, to-dos do Flamengo — c conta com jogadoresexperientes, como o zagueiro Edinho e oapoiador Jandir. O cérebro da equipe è oatacante Assis, que disputou o CampeonatoMundial de Juniorcs, na Arábia Saudita.

O Sport jogará com: Rafael, Hetào.Márcio Alcântara, Ailton c Aírton: Rogério.Lopes e Joécio; Barbosa. Marcus Vinícius cEdson. O Grêmio começará com Mazaropi,

Recifo — Nntanael Guedes

j-r V

c

lietão fez seguro para jogarAlfinete, Luis Eduardo, Vilson e Elcio; Jan-dir. Lino c Cuca; Assis, nando e Paulo Egi-dio. O juiz será o paulista José dc AssisA ração.

Objetivo maior é a Libertadores

() Sn.)ri ft'manos. a chance de participar da Taça Liberta-dores da América. Campeão brasileiro de S7,titulo contestado pelas equipes que formavam(i Clube dos 20, mas reconhecido pela C HI. otime chega á final da Copa do llrasil pensandoem repetir o feito e disputar, em 90, a princi-pai competição entre clubes na América doMil

A possibilidade de |ogar a I ibertadoresdeixa jogadores, dirigentes e torcedores doSport orgulhosos. "Antes diziam que o Sportfoi campeão enfrentando os pequenos. Quero\er o que vão dizer agora", afirma o lateralBctào, 26 anos. que já esteve na seleção brasi-leira, em 83. convocado por Carlos AlbertoParreira. O jogador se revolta com a discrimi-nação sofrida pelo futebol nordestino. "Éuma falta dc respeito". Mesma opinião tem oponta-dircita Edson, aquele que atuou no Bo-tafogo no inicio dos anos 80 c os mais afoitoschegaram a apontar como sucessor de Garrin-clia. "Se fosse enfrentar um time do Rio ou

P.iülo, g.nanio que o '.cênico do titennonão iria falar que iria ganhai i.uil o túu-Io."

Os últimos resultados obtidos pelo Sportdeixaram os dirigentes do time pernambucanootimistas."L uma das melhores equipes doBrasil Foi campeão dc 1987. Ilcou em ? luçaino Campeonato Brasileiro e ja e \icc-campeàoda Copa do Brasil", afirma Scvcimo OtávioRaposo, vice-presidente do clube.

O técnico do Sport, Nereu Pinheiro. 39anos. assumiu a direção da equipe interina-mente e, graças aos resultados obtidos pelotime, loi cleuvado V prosocaçòcs çreinist.isforam recebidas com satisfação por Pinheiro."Serve para mexer com o brio dos jogado-res c dá uni gostinho a mais na hora davitória". O experiente goleiro Rafael, 35 anos.campeão brasileiro pelo Contiba. em 85. tam-bem enxerga fatores positivos n.is provoca-çôes. "Esse bairrismo vai acabar no dia emque o pessoal pcrccbcr ijuc c unia arma contraeles."

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RIO de JANEIRO

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Não tiveram

infância

são dois clubes de Re-gatas, mas a marola

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entre eles c no futebol. I:que as Regatas apareceramantes, aqtn na Guanabara,O Botafogo também virouRegatas, ele que era somen-te dc futebol. Botafogo Fu-tcbol Clube. E até que nãofoi muito feliz. A turma dasRegatas, que veio do Regatas ali do Mourisco,estava na pior pindaíba da história.

Até uma turma tricolor, que lá militava nowatcr-polo porque o Fluminense não aceita-\a esta turma briguenta cm sua piscina, o Ha-velange, o Zé Roberto, o Nova Monteiro cmais alguns, se quisessem jogar o pólo aquáti-,co, esporte não muito granfa, que fossem paraoutros lados acabou sc chegando.

1 o Botafogo, com seu patrimônio fabulosoe firme, dono mesmo da área comprada porfirme c valiosa transação, fez a fusão com ooutro que nunca teve patrimônio sólido. Co-modato ou concessão precária, o caso é que a"antiga sede foi abaixo, para fazerem o túnel doPasmado e o Mourisco Mar. que é mais prccá-rio do que qualquer concessão a um barraquei-ro da Barra da Tijuca.

Pois os homens que dirigiam o clube resol-veram vender, em transação firme e valiosa, aúnica propriedade que pertencia todinha ao clube!Fantástico. Ninguém compreendeu, mas umamaioria eventual assim resolveu.

Um pequeno grupo ficou dc fora do quedizem ter sido uma simples negociata, pois nãohá quem explique que General Severiano tenhasido vendido para pagamento de dividas com aCaixa Econômica. Divida muito mais roltivel'do que a div ida externa do Brasil.

<> Flamengo foi mais esperto. Dc um aterroali na Gávea foi andando para dentro da LagoaRodrigo J.c I reitas c construindo, grilando, for-talceeu seu patrimônio. O Vasco também nãofoi trouxa c soube transar seus bens cm SantaLuzia e na Getúlio Vargas. Em São Januário, oVasco também cresceu em tamanho e valor.

•\gora surge uma pontinha no iccberg davolta do Botafogo a General Severiano. Aquele .matagal desagradável, cheio de mosquitos, leti-do c enti ihado de marginais, ao menos foicapinado. Parece que aquele diretor da Vale.aquele que tem ódio aos esportes c ao lazer, foisubstituído Sc loi. um grande passo foi dadono sentido de que aquele local sc transforme,outra vez. numa arca esportiva e não naquelematagal, exatamente numa cidade onde a garo-tada não tem onde brincar.

É hora dc investir. O clube, a associaçãocomunitária, ou quem dc direito, estão no dever ¦de reclamar aquela área tomando-a das mãosdc homens que não tiveram infância e detestamo esporte.

Flamengo vai à serra

para buscar a paz e

um novo plano de jogo

Ricardo (totizalez

I Rllit KGO. RJ Começar de novo Após três deccp-i,òes este ano — eliminação do Campeonato Brasileiro, deSS. e da Copa do llrasil. de 89, alem da perda do tituloestadual para o Botafogo —, o I lamengo começou ontem abuscar nesta bucólica cidade serrana paz e bons fluidos paratentar vencer o Brasileiro, que começa dia 7 de setem-bro N.i parte física, o preparador Carlos Alberto Lanceuapretende recondicionar os jogadores, aumentando o volumede exercícios "Isso linha que ser feito no inicio do ano. Mas,oito dias depois do fim das férias, o Flamengo teve queenfrentar o Grêmio pelo Brasileiro. Mas apagamos defini-tivamente o passado e estamos começando tudo de novo."

Na parte técnica. Telé Santana ter.t tempo de organizarsua estratégia de jogo, já que o time foi bastante mojji-ficado Ele admite ate. pelos jogadores que estão na sclcç^i.adotar o esquema com libero, colocando Fernando nafunção. No primeiro d,a em Friburgo — fica até dia 3 desetembro . Telé preferiu aprimorar dois fundamentos.

I reinou m,u> de duas horas chutes a gol e cabeçadas, comaproveitamento apenas razoável "Claro que faríamos isso. scestivéssemos no Rio Mas. aqui, a tranqüilidade para trabu-líi.ir é bem maior Só lamento que não possa treinar conrotime titular". dis-,e

Junior era um dos mais animados com a viagem: "Paramim. será ótimo, porque estou saindo das ferias, apósum duro Campeonato Italiano, c terei 10 dias sem jogos parame recondicionar e mostrar que ainda estou em ótima for-ma." Segundo Lancetta. Júnior está otimo fisicamente. Sonão suportando lx:m uma longa seqüência dc jjpss comrodadas no meio dc semana Fernando também treinou commuita disposição e comentou a hipótese de atuar futuramentede libero: ' I sse esquema e mesmo o melhor, torna o ti-me mais seguro atrás e libera os laterais. Nunca joguei assim,mas não haverá nenhum problema de adaptação."

A tarde. Lancetta comandou corrida de oito quilômetrosnum bosque perto do Hotel Brucsky. O único ausente foiLeandro. Quando todos no clube se animavam com suarecuperação — semana passada treinou muito bem ert-tre os reservas —, no último fim-de-semana ele sentiu fortesdores nos músculos adutores esquerdos e não tem maisprevisão dc voltar. "Não creio que seja grave. Ele até queriaparticipar dos trabalhos, hoje, mas não deixei", explicou omédico Giuseppe Tar.mui.

O médico voltou ,i admitir que o futuro de Leandro nofutebol ainda e incerto: "Nunca escondi isso dc ninguém. Orisco de ele não poder voltar a jogar me lez protelar o máximopossível a cirurgia do joelho direito." I eandro se recuperouda tendinite sentida há um mês. Quanto á perna operada, omédico garante que ela respondeu muito bem ao exigido aftaqui: "Mas quando cie voltar, e impossível prever."

V/ A VISTA 63.0O5 ,

tzia • r., j—

I I André t"ruz não vai mais vestir a camisa do Vasco —'—' nem a do Flamengo, se depender do presidente vascai-

no, Antônio Soares C alçada. O dirigente disse ontem qut'não há mais clima pura o zagueiro jogar em São Januário,mas também deixou claro que seu clube não desistirá doprocesso. Calçada não sal>e o que >ai fazer com o jogador,se ganhar seu empréstimo junto à Ponte Preta. No eneontrt)que pretende manter com o técnico Nelsinho. na próximpsemana, quer definir o nome de um outro zagueiro que possjireforçar o V asco. Mauro Galvão — assim como Tita e Sila*ainda Hrteressa?6 tinn estréia hoje no Troféu Kamon de

Carranza. na Espanha, contra o Sporting. de Portugal.

Pena de Romário é aumentada para

três jogos

ZURIQUE. Suiya — A comissãodisciplinar da Pifa decidiu ontemsuspender o atacante brasileiro Ro-mário por três jogos por agressãocontra um adversario, durante apartida entre Brasil e C hile, dispu-tada no dia 13 passado, em Santia-go. Como já cumpriu um jogo. Ro-mário não enfrentará o mesmoChile, no dia 27 próximo, e estáfora também do jogo de estréia daCopa do Mundo da Itália, se oBrasil sc classificar para ela. O chi-leno Ormeiio. expulso na mesmapartida, foi suspenso por duas par-tidas e não jogará contra a Vene-zuela c o Brasil.

As suspensões foram decididasdepois que o comitê da Fifa leu osrelatórios dos bandeirinhas da par-lida. Eles acusaram Romário deagredir Ormeno quando o juiz Je-sus Diaz Palácios estava de costas

para o lance. Já o chileno foi sus-penso por dois jogos porque, se-gundo os relatórios, ele praticou"atos de violência" no decorrer dapartida.

Segurança — A Fifa resolveutambém enviar um comissário espe-ciai ao Rio de Janeiro para garantira observância das regras de segu-rança da entidade para os jogos quepatrocina. Agustín Dominguez, ocomissário designado, verificará, emparticular, se no banco de reservasestarão apenas os cinco jogadores enão mais de seis outras pessoas.

A imprensa também sofrerá res-trições. pois não poderá realizar en-trevistas dentro uc campo e os fotó-grafos. que não serão mais de 80,ficarão confinados atrás dos gols.As equipes de televisão serão ape-nas quatro, sendo uma delas chile-na.

Terosôpolis. RJ — Olavo Rufino

Lazaroni perde uma opção

O treinador Sebastião Lazaronilamentou ontem o aumento da puni-ção a Romário, porque pretendia u-sá-lo no dia 3. contra o Chile, noMaracanã. O atacante não começariajogando, mas seria utilizado durantea partida.

"Assim como Careca eraum trunfo importante no banco. Ro-mário e do mesmo nível. Bastava oataque não acertar para ele entrar e.quem sabe. decidir a classificação.Condições para isso ele tem", comen-tou Lazaroni.

Para o técnico, o importante epoder contar com jogadores de quali-dade para entrar nos momentos difi-ceis do jogo.

"Com o Romário nareserva, posso fazer várias mudançase tornar o time mais ofensivo, deacordo com as necessidades da parti-da. Além disso, o adversário o respei-ta muito. Tanto que em Santiago,o Aravcna se preocupou em provoca-Io. No fim. Romário acabou expulso.

Foi ruim para a seleção e pior paraele. que vinha se dedicando aos trei-nos com muito empenho, para voltara ser titular", disse o treinador.

Como Romário não vai mesmopoder jogar, Lazaroni terá que prepa-rar um outro jogador para jogar nocomando do ataque se for necessário.Isto ele começa a fazer hoje. duranteo treino tático a ser real izado naGranja Coman. "O importante é quehaja opções de jogadas. Se o timenecessitar ser mais agressivo, temosque ter um jogador pronto para exer-cer a função."

Amanhã, a seleção fará um colcti-so contra o misto do São Cristóvão cLazaroni apenas aguarda a definiçãosobre a situação de Mazinho. que jábateu bola. mas só hoje volta a fazertodos exercícios. Se o jogador doVasco for liberado, entra na letcral,pois e o titular. No coletivo, porém,poderá revezar com Jorginho.

^ £: com idado para um menu de Salada deQuem coire e chega em prime,ro. C.alinha, 1 aranja Bob's e Mousse Bob's.

Quem corre e dcixa pra chegar em primeiro na proxima. Idem.

Quem corre por corrcr. Idem.

Quem cora'para impressionar aquelagarotado 13 andar. Idem.

Quem corre porque corre lodo ilia. Idem.

'JMiàiMi • -«V-í susj>ensão triplicada abateu Romário, que estava certo de convencer o técnico a escalá-lo contra o (.liili

Atacante se julga injustirado

Quem corre "pero no mucho".

Quem corne pensando que os outros esiào correndoatrás dele.

Quem corre fazendo cooper.

()uem cm re fazendo fooiine.

Quem corre com aquele sorriso de campeão

Quem corre fazendo careta

Idcm.

Idi II!

kiem

klem.

Uieiri

Quem corre jurando que nunc.i mais. Idem.

Quem corre e nao desiste de jeito nenhum. Idem.

Quem corre achando que dcxeria estar assistindo . ta corrida pela TV. ___

Quem corre achando que o importante e competir. Idem.

Quem corre achando que o importante e mcrgulhar Idemus pes em agua morna para sempre.

Quem corre inspirado nun, filme sobre corredoiev Idem.

Quem corre inspirado nuni filme de,error. Idem.

Quem coi re porque se nao correr o bicho pega. Idem.

Quem corre porque ten, 2d anos. Idem.

Quem corre desde os anos 20. Idem.

Quem coi re porque v iu lodo mundo correndo. Idem.

Quem corre e chega ate o 50 . lugar. Idem.

Quem corre e chega ate o 500'.' lugar. Idem.

L com idado para um menu de Salada deQuem corre e chega ate o _ .(XK lugar. Galinha, Larania Bob's e Mousse Bob's.

Oldernário I'ouuuinlió

O aumento dc sua suspensão paraires jogos deixou Romário desiludidoEle lutava para ser titular de novo eacreditava que. dia 3, contra o Chile,no Maracanã, começaria jogando. On-tem, esse sonho acabou. O centroavan-te não sc conforma com a punição.Disse respeitar a decisão da Pifa masse julga mjustiçado. Agora, quer umapassagem para voltar logo a Holanda.

Normalmente, ele se diverte muitonos treinos. Brinca com Renato. Cieo-vani e Edivaldo. Mas ontem ele consc-guiu ser burocrático ate numa simplespelada. "Por mais que queira me moti-\ar, não dá. Sou um atleta que gostade jogar Nunca fui reserva Preparo-meintensamente achando que tenho sempreuma vaga de tilular Isso derrota qual-quer um. Quero ir embora", desabafou,olhos vermelhos, abatido.

O que o irritava mais e que ele acre-ditava ler sido julgado pela segundauv A l lii—ii '• ,um jogo para mim e de dois para o ZéCarlos, t omo aumentaram agora"' Nãoadianta protestar Isso serviu para meensinar alguma coisa. Estou sempreaprendendo. Chato, mas é verdade. Na

próxima \e/. pensarei duas vezes aniesde reagir."

Romário lembra j.i ler passado pormuitos momentos parecidos com o deSantiago, mas sempre teve calma parareagir. "Houve jogos do Vasco em cam-pos do interior cm que os zagueiros mebombardeavam. Pior foi no PSV Algunszagueiros não se conforma\am em \erum baixinho entrar na área para marcargols de cabeça Mas acabava fazendomeus gols. e tudo bem. Nessa do ( hile.não deu para segurar "

Ele prefere voltar a Holanda a ficarassistindo ao jogo com o Chile. "O queadianta olhar, olhar e não poder fazernada. Sou jogador de raça. que gostadc jogar e vencer", disse, com lago-mas nos olhos. Fim de treino. várioscompanheiros tentaram conforta-lo Naporta do vestiário, o supervisor PauloAngioni passou a mão no seu ombro emarcou uma conversa para mais tarde."A cabeça desse menino fica sempre tu-multuada quando acontecem casos im-prev isíveis, como o de agora Vou tentaracalma-lo para ver o que fazer depois.

I alvez. o memoi hicmIiu u.;1,,! ,r ¦para casa. porque a Mònica (mulher deRomário) sabe melhor do que todos nóscomo cuidar dele. num momento comoesse", afirma Angioni, amigo c consc-

I hei lo.

Meneguelli não

quer violência

SÃO PA t t O — Pm manifesto di-vulgado ontem, o presidente nacionalda CUT (Central l nica dos Trabalha-dores), Jair Meneguelh. pede á torcidabrasileira que não hostilize jogadorese torcedores chilenos no jogo do dia 3.pelas eliminatórias. Ele afirma que tam-bem ficou revoltado com o empate de Ia I. em Santiago, mas que o Brasil podegarantir sua vaga no campo, sem vio-léncia e intimidações, como os chilenos.

"Estou preocupado que um jogo de

futebol acabe criando conflito entredois povos que devem permanecer uni-dos na defesa de seu continente, e nãoum contra o outro, favorecendo os dita-dores que continuam oprimindo o povochileno", diz o palmeircnse

"roxo" Me-neguelli. "Já nos basta o triste espetácu-Io de Santiago, jogo que virou batalhacampal, com cartola chileno incitando aviolência e um juiz muito ruim. Nãovamos descer ao nivei ua uilaiiui j- V. 1111na. que incentivou a policia pinochetis-ta, militarizada c truculenta, a intervirnum jogo de futebol."

I pra quem não corre, mas gosta dc ver outros correrem, o Bob s convida para uma maratonamusical, com o yi upo Terra Molhada tocando Beatles, a partir das 16:40 horas, na linha de largada.

dõ©Ciostinhode vitória para 5.000. a gente so encontra no Bob >.

Fifa ajuda a seleção

Decisão evitacrise entreSilas e Romário

Tadea <le Aiiuiar

A seleção brasileira escapouairioSiTriTrrrK'. graças ao au-

mento da suspensão de Romário pelaPifa de sofrer sua primeira crise dcrelacionamento Inconformado coma virtual reserva, o centroavante seadiantou ontem as criticas por suasaida do lime Afirmou que sc consi-derava titular c que haveria grandeinjustiça em não ser escalado contra oChile. "Não sai por motivos técnicosou táticos. Se o técnico colocar nabalança o que fiz c o que posso fazerpela seleção, vai me escalar " As dc-elaraçòcs de Romário não repercuti-ram bem e causaram imediata reaçãode Silas. "Ninguém pode falar, depoisque Careca, a grande estrela da sele-ção. esperou sua vez para entrar "

E foi além "A seleção brasileiranão e lugar para vaidade Há grandesjogadores fora do time, como Ale-mão, Tita, Renato, Edivaldo. e nin-guém reclamou." As criticas eram pa-ra Romário. Silas lez questão deesclarecer que suas colocações nãotinham nada a ver com uma possívelsaida da equipe. "Ninguém pode ficar

fazendo onda. Lazaroni e que temque optar Se quiser jogar com iresatacantes, deve tirar um do meio-campo Se quiser jogar com dois. en-tão um dos atacantes não vai jogarSeleção è oportunidade, pois são to-dos do mesmo nível."

\ polêmica aconteceu ontem ce-do. bem antes de chegar a informaçãosobre a punição dc Romárxfe-Aquciaaltura, o atacante do PSV não viacomo ficar fora do jogo com o Chile."Sc fosse o técnico, escalaria o limecom três atacantes. Só não funcionouantes porque não tivemos tempo paratreinar. IX-sta vez. temos quase 10dias E so I azaroni querer

" A vonta-de de Romário jogar era tanta que eleadmitia até alterar seu estilo, passan-do a atuar mais recuado na seleção."Dizendo-se em plena forma fisíca etécnica, sustentava que a escalaçào deapenas dois atacantes não teria senti-do. por ser um jogo contra uma cqui-pe sul-americana, no Maracanã "Senão jogar, vou ficar inste e magoa-do."

Romário não escondia os motivosde sua ansiedade "Para mim. o jogocom o Chile é especial. Preciso limparminha imagem, que ficou totalmentenegativa." Achando que seria nova-mente alvo das provocações chilenas,dizia-se preparado para respondercom belas jogadas e gols ao antijogodo adversário Era tarde demais.

Selecionadas

Apelo alvineg-ro — O liberoMauro Galvâo recebeu ontem a visita dcalguns integrantes da Mancha A/rinrgra.pequena facção da torcida do Botafogo.Liderados por Paulo Sampaio, os tor-cedores fizeram um apelo para que ojogador não fosse para o \ asco. "Gostomuito do Botafogo e gostaria de conti-nuar jogando Ia Talvez, com a ajudafinanceira de alguma empresa a situa-ção possa se resolver", argumentouMauro tialvão. O joiunior lembrou, noentanto, que não há nada definido quan-to a sua transferencia para o Vasco, em-bora ache que o Botafogo, se não oliberar, tenha que lhe dar compensa-ção no salário.Tranqüilo — Silas já não demons-ira a preocupação dc antes com o futuroAs boas atuações na seleção brasileira,que lhe valeram um lugai no time dcSebastião 1.azaroni. lhe garantem tam-bém uma boa colação no mercado ilalia-no. Foi o ijue lhe transmitiu o empresa-rioJuan I igger "Por enquanto, só querosaber dc seleção brasileira e climinatò-rias Vou deixar para depois a definiçãosobre qual clube defenderei."Preocupação — Preocupadocom a umidade que os jogadores pegam,com o corpo ainda aquecido pelo treina-mento. nas entrevistas, o medico Li-dio Toledo pediu que os jogadores des-sem entrevistas somente na sala deimprensa Foi uma gripe que deixou ozagueiro Aldair fora do jogo com aVenezuela, em São Paulo

NIKE AIR.

NÃO I APENAS WH TÊNIS.

, ^4 - yM SEESAW;w_m

^Vnimais emextinção

Rio do Janeiro — Sábado, 26 de agosto de 1989

JORNAL DO BRASIL

Cidade

Nflo pode ser vendido separadamente

Banho proibidoem seis praias

^ A Feena alerta os ba-nhistas que, devido ao

alto índice de coüforaes fe-cais, estio interditadas parao banho de mar as praias doFlamengo — da Rua Dois deDezembro até a enseada deBotafogo —, Botafogo, Ur-ca. Praia Vermelha, Leblone Gávea. Estio liberadas aspraias do Flamengo — daRua Silveira Martins a Doisde Dezembro —, Leme, Co-pacabana, Ipanema e Bar-ra da Tijuca. Tempo nubladoa parcialmente nublado.

Olho da ruaFaltam 11S dias para começar o

verão. O que o governador MoreiraFranco e o prefeito Marcello Alencarestão fazendo para devolver ao Rioas praias sem poluição?

Pré» ia reali/ada nos dias 16, 17 c18 entre 194 clientes do restauranteSabor da Vida. na Rua José Clemente,90, Niterói: Bri/nla, 5H votos; Lula.47; Roberto Freire, 29; Afif Domingos,20; Collor. 16; Covas, 14; e nulos, 10.

Atenção. Comlurb! A Praça dosJacarandás, na Rua J. Carlos, no Jar-dim Botânico (Zona Sul), está prcci-sando de uma limpe/a urgente.

O proprietário da casa 1.945 daRua Hnnório. no subúrbio do Cacham-bi. cortou uma árvore, mas deixou ostroncos no meio da calçada.

Ontem, pela manhã, o motoristado Chevette placa QR S640 dingi.ipela contramão na Rua Camaragibe.Tijuca (Zona Norte). Quando chegoua Rua Padre Elias Gorayeb o carroparou e saltaram dois PMs.

A Superintendência da LBA noRio de Janeiro liberou verba de NC/S2.1 (Kl para a edição de um video sobrea mobilização da comunidade de La-ranjeiras (Zona Sul) na luta pela recu-peraçâo do prédio do antigo MercadoSão José.

A preservação d.i Amazônia seráo tema da Olimpíada CEL, que reúnehoje, das Sh as 16h. na Escola Naval,mais de I IKKI alunos. Ao final daolimpíada, eles formarão uma grandepipa com a logomarca do CentroEducacional da Lagoa.

Hoje, ás 8h, começa no InstitutoMetodista Bennett, no Flamengo (Zo-na Sul), o 3o FjKontro Lstadual deNegros na Luta contra o Racismo.

O ex-deputado Alcir Pimenta falahoje, às 17h. no auditório do ColégioAfonso Celso, em Campo Grande(Zona Oeste), sobre o scsquicentená-rio do nascimento de Machado deAssis.

Os sinais de trânsito da Rua Memde Sá, em Icaraí. Niterói, estão engui-

dos.

Queixas do povoOs moradores da Rua Joaquim

Murtinho. em Santa Teresa, se quei-xam de bueiros de esgoto entupidosem toda a sua extensão, de paralele-pipedos soltos e de falta d'agua.A Cedae não encontrou nenhum bueiroentupido e pede aos moradores queinformem o local preciso. Quanto áfalta d°água. a empresa disse que éconseqüência do rompimento de umatubulação de 400 milímetros, mas oconserto já foi feito e o abastecimentoserá normalizado hoje. A 23" Re-gião Administrativa vai recolocar osparalelepipedos de imediato.

Marcos de Aguiar Rebibout, daBarra da Tijuca, reclama do atendi-mc-nto premiado pela empresa Rádio-táxi, frisando que por duas vezes, naprimeira quinzena de abril e cm 2 deagosto, combinou previamente corri-da do bairro para Botafogo e o táxinão apareceu.A empresa Rádiotáxi confirmou o nãoatendimento ao usuário por falta decarro na ocasião. Acrescentou queagora comunicam por telefone quandonão podem atender ao pedido.

Maria Pereira dos Santos, de Co-pacabana. se queixa de que nas esqui-nas das ruas Djalma Ulrich e Leopol-do Miguez mecânicos autônomostrabalham, dia e noite, de domin-go a domingo, perturbando os mora-dores da região com barulho e sujei-ra. atrapalhando o tráfego.O 19° BPN1 (Copacabana) prome-teu fiscalizar o local e acabar com oabuso.

¦ No dia 7 de agosto de 1899, oJORNAL DO BRASIL publicou aseguinte queixa: "Os moradores darua de Santa Philomena, na estaçãoda Piedade reclamam contra a fal-ta de agua de que actualmcnte es-tão sendo victimas. Os queixosos at-tribuem essa irregularidade a teremos gatunos roubado o respectivo en-camento na esquina daquella rua coma Amazonas. Chamamos para tal fac-to a attenção do sr. inspector ge-ral da^ obras publicas."

Estacionamentos sem

'bandalha'

Empresas privadas vão administrar 5.732 vagas nas zonas Sul, Norte e Centro

Luiz BettencourtMarcelo Aulcr

Aos 44 anos, o carioca Richardson Valleacaba dc comprar um desafio. Depois deconseguir, ao longo de 27 anos, mudar a carae os serviços dos postos de gasolina, o maioracionista da Companhia Mercantil Itaipava(dona dos postos Itaipava) entra agora cmuma área eternamente problemática no Rio: ados estacionamentos. A empresa ganhou aconcorrência da Prefeitura para explorar3.023 vagas de estacionamento na orla mariti-ma. de Botafogo ao Leblon. e na Rua Viscodedc Pirajá, incluindo as praças Nossa Senhorada Paz c General Osório. Outras 2.709 vagasno Centro, Méicr e Madureira ficaram com aCarPark, de um grupo de empresários dosetor de transporte coletivo.

Será a primeira investida de Valle fora dospostos de gasolina, área onde suas inovaçõeslhe valeram no ano passado um prêmio daAssociação Brasileira de Marketing. Desde os16 anos trabalhando na Itaipava, na décadadc 60 ele abriu pontos de venda de refrigeran-tes nos postos e hoje é o quarto maior reven-dedor de Coca-Cola no Rio, repassando men-salmente 1.1 milhão de litros. Acabouconvidado para ocupar uma cadeira no Con-selho Consultivo da

Itaipark

!£Í!*Ü OOh asOOh

NONONONOMONOMOMOéONONON OHONCMCNOMONO

Coca-Cola. Depoisconseguiu vencer aresistência da SouzaCruz c aliou inflama-\cis com cigarros,tornando-se o maiorrevendedor do produ-to no município. Aidéia era atrair aospostos não apenasmotoristas. Deu certoe ele foi adiante.

O Itaipava foi oprimeiro a romper a imagem de sujeira dos postosde gasolina. Junto das bombas e da graxa hojeconvivem pacificamente alimentos, utensílios do-mestiços, discos e até obras de arte. O acervo daItaipava inclui cerca de mil quadros expostos ecomercializados nos espaços culturais construídosnos postos do Parque da Catacumba e da Barra daTijuca. Na noite de quinta-feira, por exemplo, cen-tenas de pessoas participaram de \ernissage dopintor Silvio Pinto na galeria do Itaipava naLagoa, por onde já passaram muitos outros artis-tas.

Dia e noite — A grande jogada, porém, foiarmada em 1986. Depois de passar nove anos dcmãos atadas, quando os postos limitaram suasatividades com a política federal de restringir oconsumo de combustível, o Itaipava deu o troco.Em sigilo, reivindicou â Justiça autorização parafuncionar 24 horas. Antes mesmo da decisão favo-r.i\ci. cm 2^ oc TTTÕTU daquilo trftdr tratou Jc fggfitrar a marca Posto 24 Horas. A agilidade permitiuque no dia seguinte ao pronunciamento judicial,uma sexta-feira, os postos ficassem abertos ininter-ruptamente. já empregando 50 novos frentistas.

A polêmica criada sobre o serviço dia e noite —tanto o sindicato dos proprietários de postos comoo de trabalhadores foram contra — acabou serviu-do de publicidade para a Itaipava, que hoje, com 50postos espalhados pelo Rio (24). São Paulo (24) eSalvador (2), embora seja a terceira rede do pais emnúmero de estabelecimentos, é a primeira na vendade combustível — 12 mil litros por mês. O quegarante 85" o do faturamento de USS 2 milhõesmensais. Os 15% restantes incluem não só os refri-gerantes e cigarros mas também mais de mil artigosoferecidos nos 19 departamentos das lojas de con-veniència que a empresa criou nos postos da Lagoae da B.trra e que pretende levar aos demais.

A mais recente novidade e o convênio com aPro-Disc, maior revendedora de discos no pais. noatacado e no varejo. Até o final do ano, a Itaipavalança campanha cm torno de outra inovação: otiquete gasolina. Desde o ano passado esse produtovem sendo oferecido a 13 mil clientes preferenciais.O talão com 10, 15, 20 ou 25 tíquetes, á escolha docliente, é personalizado, o que evita prejuízo cmcaso de perda. Atualmente é usado por pessoasfísicas, principalmente chefes de família, que osrepassam aos dependentes. A Itaipava pretendefazer intensa publicidade para atrair as empresas.

Valle investe noserviço de

estacionamentodepois de 27

unos inovandonos postos

Itaipava, quetêm até lojas dedepartamento,

como naLagoa. Com a

Itaipark. ele

prometesegurança nas

Serviço será

vendido com

talonáriosAntes mesmo dc assumir as áreas de

estacionamento conquistadas na concor-réncia — o que só deverá acontecerem outubro Richardson Valle já pen-sa cm revolucionar o setor. Não vai scsatisfazer apenas cm organizar as 3.023vagas por 12 horas diárias: das 7h às 19h.Quer convencer a Prefeitura a montarprojetos especiais, ao lado da outra \en-eedora, a CarPark. para os grandes even-tos da cidade e á porta das casas notur-

berto de Souza Brito, que responde pelaCarPark, garantem que a segurança seráconstante. Segundo pesquisa cncomen-dada pela Itaipava, 48% dos usuários dcestacionamentos da cidade consideram ainsegurança o principal problema. Vallepromete, além dos operadores, equipesde segurança motorizadas.

Dos 240 entrevistados, 62" a conside-ram péssimos os atuais serviços de es-racionamento no Rio. Apenas 30%acham bons c 8%, razoáveis. Depois dasegurança, a principal reivindicação é

O que você achados estacionamentos?

vagas da orlamarítima

Tanto a lt.np.irk marca que aItaipava utilizara em -.eus estacionamen-tos como a CarPark vão adotaro sistema de talonário. idêntico ao daZona Azul. usado pela Prefeitura deSão Paulo. Os talonários serão vendi-dos em pontos fixos espalhados pelacidade, inicialmente nos postos Itaipavae. no futuro, provavelmente em bancasde jornais e bancos. Ao parar em umavaga, o motorista anotara no talão aplaca do veiculo, a data e a hora. Ne-nhum dinheiro será dado aos funciona-rios do estacionamento, a não ser nosguichès montados exclusivamente paravenda dos talonários. Haverá talões paraum máximo de duas horas e outros paraquatro horas de estacionamento.

Os estacionamentos funcionarão desegunda a sábado das 7h ás I9h. Paraatender ás duas áreas sob sua respon-sabilidade (orla maritima e Rua Vis-code de Pirajá), a Itaipark empregarácerca de 250 pessoas em serviços desupervisão, fiscalização, segurança, lim-peza, venda em quiosques e operação. ACarPark também empregará 250 funcio-na rios.

Segurança — As duas empresasoferecerão seguro contra incêndio, roubee furto de carros e peças, não incluídosacessórios, como rádio e toca-fitas. Mastanto Richardson Valle como Paulo Ro-

o aumento do número de vagas. A or-dem das reivindicações se inverte quandoos consultados são comerciantes. Dos120 com negócios nas áreas dos estacio-namentos licitados, 72"o querem, antesde mais nada. o aumento de vagas.

Já os empresários da noite rccla-rnarn que. sem uma segurança razoa-vel, a freqüência de público cai. Quei-xam-se que o estado os proíbe decontrolarem estacionamentos mas nuncadá o reforço de policiamento que pedem,por desaparelhamento da PM. Qualifi-cam os atuais guardadores dc "lumpende rua, vagabundos, traficantes e beba-dos". Com base no resultado dessa pes-quisa, Richardson Valle quer propor àPrefeitura que esquematize o estaciona-mento diante das casas noturnas. Eleacha que há solução e. como Paulo Ro-berto. sc prontifica a participar de con-

rrè:K:.i ¦¦

? Péssimo: «2%1 [Bom: 30%| | Médio: 8%

Qual a sua sugestão?

? Segurança: 48%I I Mais vagas: 35%1 | Outros: 17%

Preços A pesquisa apurou que4S°o dos 240 motoristas entrevistadospagam em média NCzS 5 para estaciona-rem seus carros. Ja 5Io» dos 120 guar-dadores ouvidos disseram que recebemNCzS 5 ou mais por veiculo. As duasempresas propuseram no edital de con-corrência cobrar o máximo de 1.53 BTN(hoje, NCzS 3.I8) pelo estacionamentode duas horas. Pelos cálculos da prefeitu-ra, a esse preço as 5.732 vagas renderãomensalmente cm torno de NCzS 2 mi-Ihões, dos quais 50% reverterão para oscofres municipais, fora os 5"o que cadaempresa terá que pagar de Imposto So-ba1 Serviços.

Valle acredita que para pôr em or-dem os estacionamentos, a Itaipark teráque investir USS I milhão na melhoriado pavimento cm todas as áreas, compradc placas e quiosques, uniformes dosempregados c seu treinamento, alem dacompra ou arrendamento de um rebo-que. serviço extra que será oferecido aosusuários c cobrado a parte. Como seráresponsável por área com intenso tráfegoá noite, principalmente na orla maritima,Richardson Valle vai discutir com a 1're-feitura a possibilidade de estender oatendimento ao período noturno.

Ique eLan

Com uma pinceladade humor.

JB

JBCartão do Leitor.

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2. O Cidade o sábado, 26/8/89 JORNAL DO BRASIL

Tempo

RIO/NITERnublado com períodos dc par-cialmcntc nub lado c pancadas dcchuvas ocasionais. Ventos dcNorte a Noroeste, rondando paraSudoeste Sul, Iracos a modera-dos. com rajadas ocasionais. Vi-sibilidadc moderada. Tcmpcratu-ra estável. Máxima e mínima dcontem: 34.1°, em Bangú; c 21 2",cm Santa Teresa.

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Hjixa-mar 05h44m 0IRh23m 0 6m

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Nawcntc OfthOSmOcavo 1 7h40m

A frente fna que se deslocou para o Sudestedeverá manter o tempo nublado e com chuvas cmalgumas áreas. O Sul apresenta bom tempo, e o restodo pais. nebulosidade e pancadas de chuva apenascm alguns locais do Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

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IF Condors Max. Mia.R() ptc nuNado 14 2 21 SAC pic nubladoAN! pie nublado .11.J 2*0RK pic nublado *2 6PA nuWado 32 2 22 2AP pic nuNadoMA nublado 2MPI pie nublado .22 2CE nublado 20 f* 23 5RN nuNadoPB nubladoPI. nublado 27« 212Al. nublado 2f> ** 214SI nublado 2b* . 20 7H^ nublado 2? 2 210MG nubUdo . 21 6 17 6LS nublado 27 20 9SP nublado . 24 0 IMPR nublado 20 6 14 »ST pic nublado 20 0 ..... IMR.S pie nublado 20 3 10 71)1 nublado 28 0.... . IS.6MS nuNado 35.1... 20 1Ml nubUdo 35 1 22 ftGO nublado .— .... .19 5

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claro 2S 19

Serviço

w,Consumidor

Comissão de Defesa ilo Consu-midor (Câmara Municipal do Rio dc Ja-neiro): Praça Floriano, s/n°, sala 201.Cinelândia. Tcl.: 292-4141. ramais 365 e364. c 262-7638 (direto), horário de 10 ásI6h

Secretaria Municipal de Saúde (De-parlamento Geral de Fiscalização''Sa-nitária): Rua Afonso Cavalcanti, 455, 6°andar. Cidade Nova. Tcl : 273-6117, ra-mal 2280. c 293-4595 (direto). 24 ho-ras.

Sunab: Av Franklin Rooscvelt, 39, 2"andar. Centro. Tel : 198 e 262-0198.

Telefones úteisTo)/ Sjr/'* Policia: 190; Defesa Civil: 199;Água c esgoto: 195; Corpo dc Bombeiros:193; Gás: 197; Lu: c força: 196

F armáciasII fcl3 Flamengo: Farmácia Flamcn-go. Praia do Flamengo. 224. Tcl: 285-1548(ate Ih).

Leblon: Farmácia Piaui. Av Ataulfode Paiva. 1.283 Tel : 274-7322 (dia cnoite).

Copacabana Farmácia Piaui. Rua Ba-rata Ribeiro, 646. Tel : 255-7445 (dia enoite)

Barra da Tijuca: f armácia Piaui. F.s-trada da Barra. 1.636, loja E. bloco E,Art Centcr Tcl : 399-8322 (dia c noite).

Caseadura: Farmácia Max, Rua Si-dónio Pais, 19. Tcl 269-6448 (dia cnoite}.

Realengo: Farmácia Capitólio. RuaMarechal Soares Andréa, 282 Tcl. 331-6900 (dia c noite).

Bonsucesso: Farmácia Vitória. Praçadas Nações, 160. Tcl 260-6346 (ate21 h)

Mcicr: Farmácia Mackenzie. RuaDias da Cruz. 616 Tcl 594-6930 (dia cnoite)

Jacarepagua Farmácia Carollo. F.s-trada dc Jacarcpaguá. 7.912. Tcl : 392-1888(ale Ih)

Ti/uca Casa Granado. Rua Conde deBonfim. 300-A. Tcl 228-2880 c 228-3225 (dia c noite).

t^^Êmergências:fc- >1 Prontos-socorros cardíacos —Botafogo: Pró-Cardiaco, Rua Dona Ma-riana, 219. Tcl.; 286-4242 e 246-6060;Tijuca: Prontocor, Rua São FranciscoXavier. 26. Tel : 264-1712.

Urgências clinicas — Botafogo: ClinicaBambina, Rua Bambina, 56. Tel.: 286-0662.

Urgências pcdiátricas — Botafogo:Urpc, Av. Pastcur. 72 Tcl.: 295-1195);Ipaiutna Urgil, Rua Barão da Torre.538 Tel. 287-6399.

Urgências ortppcdicas — Leblon Co-trauma. Av. Ataulfo de Paiva. 355. 2"andar. Tel 294-8080

Olorrinolanngolor.ia — Copai aluiriaCota. Rua Tonclcro. 152. Tel: 236-0333

Oftalmologia — Ipanema: Clinica deOlhos Ipanema. Rua Visconde de Pi-rajá. 414. sala 511 Tel 247-0892

Psiquiatria — Botafogo: Serviço deUrgência Psiquiátrica do Rio dc Janeiro.Rua Paulino Fernandes. 78. Tcl M2-0844.

Prontos-socorros dentários — Copa-cubana Clinica Dr Barroso, Rua SantaClara. 115. sala 408 Tel 235-7469;/i/uca Centro Especializado dc (Xlonto-logia. Rua Conde dc Bonfim, 664 Tcl288-4797.

{Reboque\^JÊ São Cristóvão: Auto-socorro

Botelho. Rua Sa Freire. 127 Tel 580-9079. Rio Comprido Auto-socorro Gafa-nhoto. Rua Aristides Lobo. 156 Tel273-5495.

Chaveiromv. l ar Lobo Trancauto Centralde Atendimento, Av Vicente dc Car\a-lho, 270. loja B Tcl 391-0770, 391-1360,288-2099 c 268-5827; Caiete ChaveiroImpcrio. Rua Corrêa Dutra, 76 Tcl245-5860, 265-8444 e 285-7443.

¦^^Seçurança

Delegacia Especial de Atendi-menti' á Mulher: Av. Prcs. Vargas, I 248,3° andar. Centro. Tcl: 223-1366, ramais194, 195 e 137, c 233-0008 (direto).

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HORIZONTAII — 1 — esporofilo do« equ'«»*«o5 o cjualos ©sporâmgiot n«» rr>arg«ia da tac« tnierna a*4»»m*lhar><Jo-sea um p*»qu«no «»cudo 10 — paci'»co« tranqüilos qu« nàocau»am tadiga 12 — qu« penwfwm um corpo a% rTKjt^cu-ias duma »ub«tAf>c.« p«i«l'ada '«passada 13 — pessoa d'C'iade»»« nom« com tcxJos os predicados qu« um s»r humi->g d*»«possuir o ma-s stmpl«« a o ma«s universal de Iodos os conceitos14 — língua fafada na Gàlia e |A e»tmtâ r>o séculü V. pertencenteao grupo de línguas irvdo-ejropéias faladas pelos celtas que sedividiu em duas seç£*»s a continental e a lnau'ar. 15 — sufuogrego usado em química para indicar os oifécidos em que oelemento tem a ma>s bana de duas valfrncias possíveis, t^ —nome com que amiude se designava Plutâo deus romano domundo inferior. 18 — ¦ individualidade da substância completa eincomunicável principalmente da peasoa humana (pi ). o queenste ab»t*o do acidente (pl ), ?0 — financista industrial, comer-ciante que e*erce predomínio absoluto, ou ocupa a primeirasituação em determinado ramo de atividade o trabalhador decava ou redra que f»câ na extremidade de uma coluna de homens.?1 — característica de uma radiaçáo eletromagnética visível decomprimento de onda situado num pequeno intervalo de espectroeletromagnético, a qual depende da intensidade do fluxo lumíno-

e da composição espectral da lu*. e provoca no observadoruma sensação subjetiva indepeinJente ds ccvíiçA*s espAciais outemporais homogêneas, 23 — t«'*â larga de tecido fone de sedausada no Japão por ambos os seios, enrolada em redor da

JL

cintura sobre o qutmono principal nome dado A nojr-de-cola.usada nas cerimônias tet.csta» ?5 — cabaça seca e interior-mente limpa em que os indígenas metem pedras ou frutos eagitam nas fes'as na teitN-aria e na guerra chocalho que servede bnnquedo âs crianças ?8 — pequena erva da família dasboraginaceas. de origem europe<a. cultivada em tardins comoornamentai que apresenta pequenas ftores a/u-s cuia t*ie;areside no conjunto. 30 — coisa difícil. ocup'açâo 31 — a divinda-de em sua pu'a essAncia 32 — smeta de meta' usa.la r»o ritual dedar comida ao ortaáVERTICAIS — 1 — que tem boca de ouro. que fala bem.eloqüente. 2 — ferro que se embebe no vào da fêmea e sobre oqual se move a porta ou a |aneia 3 — tndecoroaos indecentes. 4— duas ações semelhantes ou duas coisas ou seres da mesmaespêc*e sistema de duas forças paralelas iguats. que atuam emsentido contrário, mas nào diretamente opostas 5 — dn-se doque ocupa a o'dem n 6 — aversão entranhada má vontade,réptil lacertlho da familia dos geconideos, originário da África eIntroduzido no Brasil com o trAfico de escravos 7 — coberto depêlos longo», crespos e suaves 8 — camareira escra.a aserviço das mulheres de um sultáo (pl) , mulheres morenas ebonitas 9 — braços de moinhos de vento 11 — composição emverso que se destina a ser cantada, entre os antigos gregos (pl ),16 — retumbe. ecoe 19 — máquina, geralmente montada numabarraca, munida de uma esteira sem-fim de baldes ou caçambas,ou de um tubo de sucção, otí de uma sô caçamba na extremidade

de um braço para 'impar o fundo das éguas de are<a lama.depósitos «tc que ai ae formam, ou p*'« l"ar quaisquer ob|«tosque tenham submergido 72 — nono dia do TloUm (ano santo dosmaias de 260 dias) 24 — advertência escrita em trecho demusica ou canto pa'a iid-car que deve ser repetido. 26 — açáode receber os sacramentos 27 — parte triangular de umaabôbada compreendida enfe a linha do e>tradorso a do proion-gamento dos seus pês direitos e a Que passa de nível por seuponto mais elevado. 29 — largado CotaboreçAo de SA FREIR1Dl SOUZA -

connupoMolNCi*M.M. SA FRCIRt Dl IOUZA — Brasüts — Agradecemos acolaboração Como há um espaço a ser preenchido as chavesforam um pouco esticadas O confrade |é conhece o CIRCULOF.MGMISTICO CARIOCA A disposição

SOtUÇÚU DO NÚMERO ANTERKMtHORIZONTAIS — ceromas ca aporeticas tt aiil pa ecartenar, nut. to*ico anios ci. rimar cota. is colulos. amba acaraso soiauVERTICAIS — catenarias epicurtamo ro orar mel atitos. sne«.capacitor asaro at>m. mcoiau toro. laças. cuca. asas lai

Correeoondêwcia parat Rua dut PalmeWea, 17 »p. 4Botafogo — CEP SSS70

Horóscopo

Aries21 do março a 20 do abrilAto o inicio da tarde as coisas podomestar um pouco intricadas, por isso 6importante começar o dia bem atento,pronto para transmutar pequenas dili-cuidados em novas vitórias e driblareventuais indisposições A cautela ser-virá como escudo.TOURO21 do abril a 20 do maioO inicio da tarde pode trazer algum tipode insatislaçâo ou desentendimentoamoioso. Tenha a certeza de que o qua-dro so tornará mais ameno e menosconluso. so vocô souber transmitir suasemoções com maior segurança.GÊMEOS21 de maio a 20 de junhoSeu regente. Mercúrio entra hoje emLibra favorecendo a ponderaçAo. o con-vivio social e a união entre a estética e opensamento As idéias se refinam e setornam mais equilibradas Ê tempo deharmonizar seus conditos.cAncer21 de |unho a 21 de julhoO canceriano passa por vários estadosdo Animo neste sábado, desde a depres-Silo alô a euloria A lua em CAncer con-vida a um mergulho profundo nas emo-çôes, tornando vocô mais transparente ehiporsensivel Flutuações.leAo22 de julho a 22 de agostoLeoninos nascidos no começo de agostopdSb.il li I uma !u.su .'•••!• CdMU Ju tllbijo reconstrução Apesar da virulênciadeslo aspecto, ole laz com que vocôreavalie totalmente a sua vida. detormi-nando o fim de uma lase. Transforme-seVIRGEM23 do agosto a 22 do setembroCom a lua em Câncer nada melhor doquo se dedicar â lamilia. buscar o ncon-chego e viver as emoções mais Intimasao invés de levar tudo para o racional.Dia positivo para a confraternização en-Ire amigos NostalgiaLIBRA23 de setembro a 22 de outubroLibrianos que nasceram bem no começoda regôncia |A estão experimentando hâalgum tempo solavancos e reviravoltas,alterando totalmente seus hábitos e seuprojeto de vida Apesar do estresse, a-bra-se para o novo Impaciência.ESCORPIÃO23 do outubro a 21 da novembroUm sabado para descansar e se dedicará familia ou a uma nova paixão queesteja surgindo. £ tempo também devoltar âs origens e deixar a emoçãofluir Arranje um tempo para estudar,reavaliando seus conceitos.saoitArio22 do novembro a 21 de dezembroHoio vocô pode estar o próprio adminis-Irador de festas, congressos ou reu-niôes amistosas e artísticas Um bomdia para se dedicar âs amizades, ativi-dades educacionais e vivências em gru-po Os pintores do lim de semana terãoum dia cheioCAPRICÓRNIO22 do dezembro a 20 de |aneiroA lua está no seu signo oposto e com-plemenlar Esta configuração o influen-cia na medida em que você pode viverexpenônclas e sensações que afetarãosua forma de lidar com as emoções eexprimi-las Integre seus opostos.AQUÁRIO21 de laneiro a 19 de fevereiroGeralmente a parte mais sensível nosaquarianos é o aparelho circulatório emanifestações espasmôdicas no orga-msmo Externamente. Aquário rege ostornozelos Hoje, porém, você pode es-tar com o sistema digestivo exigindoatençãoPEIXES20 de fevereiro a 20 de marçoExcelente dia para o amor e a criativida-de artística, avivando seu lado criança,romântico e maternal Ou você desem-penharâ o papel da grande mãe, oupreferirá ser a criança que suplica aten-ção e colo Emoções à flor da pele

CARLOS MAGNO

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JORNAL DO BRASIL sábado. 26/8/89 o Cidade o 3

Adrlana Lorete

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Trem da alegria do metrô paga

até NCz$ 8Um metrô com excesso de funciona-

rios, cm sua maior parte de nivel supe-rior. com 186 assistentes. 64 economis-tas e 39 advogados — todos ganhandocm torno de NCzS 8 mil mensais —,além de distorções e desvios de fun-çòcs. Esse trem da alegria é reconheci-do pelo próprio presidente da Compa-nhia do Metrô. José Maria Siqueira deBarros, que revelou ontem a possibili-dade de cortes de pessoal, após umaavaliação encomendada a uma cônsul-toria particular. "São ainda os funcio-nários mais bem pagos do estado. Omenor salário é o do contínuo: quaseNCzS I mil".

Em entrevista coletiva, Siqueira deBarros contestou que o metrô não es-teja cumprindo a Lei Salarial, pois fezuma proposta que os metroviários re-cusaram e precipitadamente entraramcm greve. Anunciou que a decisão derecorrer da sentença do Tribunal Re-gional do Trabalho está sendo estuda-da pelo seu setor jurídico e pela Procu-radoria Geral do Estado, que tomaráprovidencias, porque o problema agoraultrapassa os limites da companhia cenvolve outros órgãos do governo atingi-dos pelo congelamento do repasse deverbas.

O metrô vai aguardar a publicaçãoem Diário Oficial da sentença do Tri-bunal Regional do Trabalho para defi-nir sua defesa ou recurso, que pode serencaminhado cm um prazo de cincodias, mas não teria meios de cumprir aexigência de pagamento cm 48 horas.Siqueira de Barros esclareceu que o me-trô não se recusou a pagar o estabe-lecido no acordo salarial; apenas fezuma proposta alternativa, diante da faltade recursos do estado, c os metroviáriosnão aceitaram.

O acordo previa pagamento duranteeste mês das três parcelas do IPC (9,9%do IPC de maio. no dia 4: 24,83% dejunho, no dia 15. e 28,76% de julho, nodia 30). Dessas, o metrô só pagou aprimeira e propôs pagar um pagamen-to escalonado das parcelas restantes."Houve até libcralidade da companhia,pois a lei determina pagar o IPC integralapenas a quem ganha até três saláriosminimos. Nós iriamos pagar integral atodos, mas com a dificuldade de caixa, aproposta era pagar o percentual da esti-mativa de arrecadação real do estado porconta do IPC do mês anterior".

Sobre o quadro funcional, o presi-dente do metrô disse que sua folha dcpagamento é a segunda da administra-

ção estadual e foi estimada em NCZS12 milhões para 3.906 funcionários. Noquadro, pelos salários de agosto, umbilheteiro ganha NCZS 1.200 por seishoras dc trabalho; um piloto ou moto-rista. NCZS 1.800, um vigilante, NCZS1.600 e um inspetor de trem, NCZS3.300.

| | Cerca de 50 metroviários foram demanhã às estações do metrô da

Central, Saens Pena, Carioca e Presi-dente Vargas. Eles se reuniram no Cen-tro de Manutenção, na Avenida Presi-dente Vargas, e dali saíram em grupospara distribuir à população, 20 mil notascomunicando a legalidade da greve, jul-gada pelo Tribunal Regional do Traba-lho (TRT) na quinta-feira, e a continui-dade da paralisação. Os grevistas dizemque mesmo que a empresa pague osreajustes salariais em 48 horas, como foideterminado pelo TRT. a greve não ter-minará antes da próxima assembléia, àsI6h de segunda-feira. Mas se o metrôrecorrer ao TST e a gre»e ultrapassar ofinal do mês, o salário de agosto podeatrasar; não haterá ninguém para preen-cher a folha de pagamento.

Adriana Lorete

Afonso (esquerda) c seu irmão Carlos Henrique querem manter limpos os painéis da entidade

Melhorias na Avenida Brasil

Verba será usada

principalmente naárea do Ge ricinó

A recuperação da pavimentação c deviadutos, pontes c passarelas da Ave-nida Brasil, especialmente na região deGericinó — trecho dc 12 quilômetrosonde uma das faixas está intransitável—, faz parte do programa dc melhoriasque o Departamento de Estradas de Ro-dagem (DER) vai realizar a partir daliberação de NCzS 15 milhões pelo go-verno federal. O repasse da verba, parteda arrecadação do selo-pedágio, será vo-tado pelo Congresso na próxima sema-na.

Até o fim do ano. o DER deverácolocar em prática um conjunto dc proje-tos para melhorar o tráfego nos 54 quiló-metros — do Gasómetro a Santa Cruz —da Avenida Brasil. Estão previstas obrascomo alargamento das pistas laterais econstrução de baias para os ônibus, den-

tro do projeto Bird 4, com verbas doBanco Mundial, um total de NCzS 16milhões, através da Empresa Brasileirade Transportes Urbanos (EBTU). Emtrecho do bairro Fazenda Botafogo seráconstruída uma ponte, e em Realengo eIrajá haverá pavimentação e drenagem,com verbas do Banco Mundial destina-das a obras dc recuperação dc áreas afe-tadas pelas enchentes, cabendo á Avcni-da Brasil um total de USS 1.5 milhão."Tudo isso é pano quente", afirmouo diretor geral do DER. Mário Roscnc-wajg, que não vê solução definitiva paraos graves problemas da Avenida Brasil,onde hoje trafegam diariamente 240 milveículos — 73% dc automóveis, 12% dcônibus c 15% dc caminhões — c que, cmmédia, sofre 14 horas de retenção dctráfego por dia. Ele diz que as obras derestauração, assim como as medidas demanutenção c conservação, são neccssá-rias, mas contribuem apenas para reduziro tempo dc retenção, sem acabar comcla."E o trecho dc maior sobrecarga emtoda a BR-101 ccada dia fica mais satu-rado". explicou.

Desafogar totalmente o tráfego na

Avenida Brasil só com a construção darodovia RJ-109, levando o tráfego dire-to de Itaguaí para a Rio-Petrópolis, noentroncamento com a Rio-Tcresópolis,da Linha Vermelha e investimentos notransporte dc massa. Em dois dias dcfiscalização intensiva na Avenida Brasil,para coibir abusos, foram multados8.683 veículos. A média é de 25 mil mui-tas por mês. sendo a grande maioria porinvasão da faixa seletiva dc ônibus etáxis.

I I O diretor geral do DKR, Mário— Roscncwajg, disse que a instalaçãodos painéis de sinalização do Túnel Re-bouças, controlados por computador,que serão espalhados pela cidade, estádependendo de sinal vçrde da Prefeitura.Dos 26 painéis. 13 estão situados emáreas dc responsabilidade municipal, ea solicitação de autorização está coma Secretaria Municipal de Desemolti-mento Urbano, que ainda não deu qual-quer resposta. Roscncwajg garantiu queos painéis estarão nas ruas no dia se-guinte à liberação.

Tráfego na ponte vai exigir paciênciaA partir da segunda quinzena de se-

tembro. quem mora em Niterói c tra-balha no Rio terá que reunir uma boadose de paciência para fa/cr o trajetode casa até o trabalho. É que nessesentido, uma das pistas no vão centralda Ponte Rio, Niterói será interditadapara obras que só podem ser executa-das durante o dia Outras pistas serãointerditadas nos dois sentidos, uma decada vez, alé todas estarem rccapca-das. E a previsão é de que esse trabalhonão deve durar menos dc três meses.

A obra é necessária c será executadapor uma empresa espanhola cspccíali-zada Custara USS 70 mil. As pistasterão de ser descascadas, para que a

chapa metálica dc I cm dc espessurapossa ser limpa com jatos de areia. Otrabalho tem de ser feito de dia porcausa da umidade, que é maior á noite.Se a chapa ficar exposta á umidade pormais de uma hora, logo se forma umacamada de ferrugem e o trabalho teriadc recomeçar.

Depois de limpa, a chapa metálicaprecisa ser coberta por uma camada de2 cm de espessura, composta por diver-sos materiais, entre eles asfalto c epo-xi A variação de temperatura nessachapa, do dia para noite, é muito alta.Por isso. o asfalto se racha e. dc tem-

pos em tempos, é preciso fazer essetipo de obra para acabar com infiltra-ÇÒCS.

Para tentar evitar maiores conges-lionamentos na ponte, pela qual pas-sam 75 mil veículos dia. o DNER pre-tende proibir o tráfego de caminhõesentre 6h30 c 9h30 c já está discutindo oassunto com o Sindicato dos Cami-nhoneiros. Isso porque, se um camí-nhão enguiça na ponte, o engarrafa-mento e quase inevitável. A principio,os caminhões só não poderiam passarpela ponte nesse horário, no sentidoNiterói Rio, onde o movimento é maior.

Barat anuncia novas medidas

Trânsito gãnBirmais segurançatambém à noite

O secretárioestadual d cTransportes, Jo-sef Barai, rcu-niu-se cm seu ga-b i n e t e — noprédio anexo aoTerminal Mene-zcs Cortes, noCentro —, com representantes dc entida-des comunitárias, deputados e um verea-dor que vão se integrar ao ProgramaEstadual de Segurança no Trânsito, dc-senvolvido há dois meses por um conjun-to dc instituições dos governos estadual efederal. Barat fez um balanço do progra-ma, considerando positiva a participaçãoda Companhia Feminina da Policia Mili-tar na Operação Arrastão — punindomotoristas que estacionam irrcgularmen-te — e o disciplinamcnto do trânsito naAvenida Brasil, que começou quarta-fei-ra.

Na reunião, o secretário anunciou aadoção de novas medidas, como o lança-

mento de um adesivo com o logotipo doprograma — uma placa dc advertênciamin o .lua ftho ili ama famiüa; •• " "i-

sultado prático da reunião foi a forma-ção de uma comissão com as entidades e

mento da vigilância em 14 locais críticos,que Barat chamou de pontos negros. Eleprometeu iniciar policiamento noturnonessas áreas a partir da próxima semana,entre as quais estão a Rua Lauro Sodre,cm frente ao Canccâo e ao Rio Sul (Bo-tafogo). a Jardim Botânico (cm frente ásede da ABBR), a San Martin (Leblon).a Bulhões de Carvalho (Copacabana), ca área cm torno da Rodoviária NovoRio.

Queixas — Barat disse que o obje-tivo da campanha não e multar motoris-tas. mas reduzir o número dc infrações.Argumentou que o volume de multasemitidas na operação feita há dias naAvenida Brasil foi menor no segundo dia(172) que no primeiro (2.411). As poli-ciais femininas, alem de multar, ouvemas queixas dos infratores — a maioriareclama da falta de estacionamentos e desinalização —. que são encaminhadas aBarat e ao secretário da Policia Militar,coronel Manuel Elysio dos Santos Asentidades civis vão atuar na educação demotoristas c pedestres, pois, na opiniãodo secretário, a participação da comum-dade aumenta as possibilidades dc êxito.

Apesar das muitas sugestões para aredução dos acidentes dc trânsito, o rc-

os pftTTTirfre presentes; que vao contribuircom a campanha segundo suas áreas deatuação. Os Alcóolicos Anônimos, porexemplo, vão aluar junto às empresas deônibus e de transporte dc carga, procu-rando reduzir o alcoolismo entre os fun-cionários, enquanto os escoteiros vão de-senvolver campanhas dc educação para otrânsito nas escolas. O estado, segundoBarat, tem poucos recursos financeirosdisponíveis, mas contribuirá com asses-sona técnica.

Participaram também da reunião clu-bes de serviço, o Sindicato dos Técnicosem Segurança do Trabalho, o Grupo dcApoio ao Trânsito, o Grupo dc Colabo-radores do Trânsito, o Centro de Tecno-logia de Segurança no Trabalho, osdeputados Roberto Pinto (vice-presiden-te da Comissão de Transportes da Alcrj)e Pedro Fernandes (vice-lider doPMDB), o presidente da Comissão deTransportes da Câmara Municipal, JoséRichard. c Thomaz Henrique Fúria, paido estudante Roberto, que morreu emacidente de trânsito. A Associação deParentes c Amigos das Vitimas de Aci-dentes de Trânsito, que não enviou rc-presentante, também vai participar dacomissão formada.

Obra provoca alterações no CachambiO intenso trafego da Rua Cachambi

(Zona Norte do Rio) vai sofrer impor-lante alteração, a partir de 31 de agos-to. devido a uma obra da Light. Aempresa está construindo uma subes-tação de energia para melhorar o for-necimento no Méier. Del Castilho. Ca-chambi, Maria da Graça e EngenhoNovo,

O trecho entre as ruas Gctúlio eGarcia Redondo, no Cachambi. vai termão única na direção do Méicr. Paranão causar maiores transtornos, a Lightforneceu ao Dctran c ao Departamentode Circulação Viária (DCV) todo o ma-terial de sinalização para orientar o trán-sito.

A modificação vai afetar o tráfegode 15 bairros, o que justifica a coloca-

ção dc 368 placas dc sinalização c 162novos postes na área. Segundo o dire-tor do DCV, coronel Sarmento, as al-terações poderão ser provisórias ou não.Sua adoção definitiva vai depender docomportamento do tráfego a partir damudança.

As placas estão sendo colocadas dcmodo que o motorista tome conheci-mento do itinerário a ser seguido bemantes do local onde hou\cr modifica-ção. Quem vier da Rua 24 de Maio ouda Souza Barros, no Engenho Novo,terá orientação quando entrar na RuaPropicia. Quem vier de Maria da Graçaserá orientado a partir das ruas Mi-gucl Ângelo, Fernando Esquerdo e Fer-reira de Andrade.

No Méier, a sinalização começa naRua Arquias Cordeiro e na Carolina

Méier. seguindo por Lucidio Lago eCapitão Rezende. Além das placas, nosprimeiros dias o trânsito será ordena-do por guardas do 3'' BPM. As linhas deônibus que terão itinerário alterado: 678(Méicr-Valqueire), 662 (Méier-Maria daGraça). 673 (Meier-Lucas) c 623 (Penha-Saens Pena I.

A obra da Light tem 1.5 km de ex-tensão, atravessando a Avenida Segai,a Rua Cézane. a Avenida Suburbana ea Rua Cachambi. Iniciada em maio.sua conc}usào está prevista para dc-zembro. E necessária para interligar asubestação do Méicr, na Rua AristidesCaire. que fornece energia a toda aregião, â nova de Del Castilho. Estãosendo instalados dois circuitos de 138mil volts.

Propaganda limpa nos muros

União de jovensdá seu recado

pin ta n do pa inéis

No inicio, o objetivo dos painéis

pintados nos pontos mais movi-mentados do Rio era apenas chamar aatenção dos jovens de 16 anos para aimportância do voto. Com o tempo,descobriu-se que eles são um meio efi-caz e limpo para transmitir mensagenspolíticas, ao contrário das pichaçõesdos muros. Por isso. a União da Ju-ventude Socialista (UJS), movimentoorientado pelo PC do B que tem ccrcade 40 mil filiados dc 16 a 23 anos.resolveu, cm junho, divulgar seu pro-grama através dc painéis como o Votetios 16. pintado nas estações do metrôde Botafogo (Zona Sull c PresidenteVargas (Centro) e nos muros das a\e-nidas Heitor Beltrão, na Tijuca (ZonaNorte), e Venceslau Brás, cm Botafo-go. "Quando vi o nosso painel ser pi-chado, eu c um amigo saltamos doônibus correndo para impedir, maseram dois contra sete. Quando os pi-

chadores sairam. comprei carvão deum \endcdor de amendoins c apagueia palavra UJS. Não quena compro-meter o nosso grupo", conta AfonsoCláudio de Carvalho, de 17 anos, te-soureiro da entidade, lembrando asdificuldades dc quem milita num gru-po de esquerda. Depois de ter dese-nhado e pintado o painel na estaçãoPresidente Vargas do metrô, convo-cando os jovens dc 16 anos a votar,Afonso, por obra do acaso, viu seutrabalho ser "mal interpretado c des-truido". No dia seguinte, ele e o irmãoCarlos Henrique dc Carvalho, 20anos, coordenador da UJS no Rio,refizeram o painel, mostrando umadas características do grupo: a persis-tència.

Criada cm 22 de setembro de I9S4.com sede cm São Paulo, a UJS foiformada por dissidentes do grupo 17-ração Secundarisia, movimento estu-dantil que se reunia apenas cm épocasdc eleições dc grêmios. "Havia umanecessidade dc sc tocar nos problemasque atingiam a juventude, como edu-cação, trabalho c la/cr. Chegamos âconclusão de que eles eram típicos dceconomias capitalistas c só o socialis-

mo os resolveria", explica Carlos Hcn-rique, militante do PC do B que étambém vice-presidente da Ubes(União Brasileira de Estudantes Se-cundaristas). "A UJS c a única organi-zação da juventude que tem uma poli-tica voltada para os jovens", afirmadc.

O orgulho dos integrantes da UJS éterem sido os primeiros a defender ovoto dos jovens aos 16 anos. "Lota-mos as galerias do Congresso, a partirdo primeiro turno, e conseguimos aaprovação da lei do voto aos 16. De-pois do nosso trabalho, todo mundoqueria ser o pai da criança", diz CarlosHenrique, que acredita ter sido esselobby um dos mais eficientes da Cons-tituinte. Outra bandeira levantada pe-la UJS no Congresso foi o serviçomilitar opcional. "Ninguém é obriga-do a fazer aquilo que não quer. Épreciso acabar com essa idéia de que ajuventude só tem deveres. Queremosnossos direitos", argumenta CarlosHenrique, que define a atual situaçãodo pais como um encruzilhada histón-ca, o momento de uma opção entre adireita e a esquerda Lie diz saber ocaminho: "Unir as esquerdas".

Política e sexo preocupam militanteDrogas, sexo e política são ques-

tôes que preocupam um militante co-mo o coordenador da UJS no Rio,Carlos Henrique dc Canalho, 20anos, que pretende fazer o vestibularde pedagogia Apesar dc já ter termi-nado o curso de 2° grau no ColégioPedro II. Carlos participa com os sc-cundaristas dos movimentos estudan-tis. mas alerta para algumas falhas: "Efundamental politizar as passeatasNão é \álido terminar os movimentos

de rua quando sc atinge objetivos eco-nômicos, no caso, a redução dos valo-res das mensalidades escolares."

A militáncia dc Carlos Henriquelhe impôs certos sacrifícios: deixar dcpraticar remo, tocar violão c namorarfirme. Namoro, agora, só com outramilitante: "E difícil encontrar umapessoa que entenda o tipo dc vida poli-tica que a gente leva. Por isso, è acon-sclhávcl alguém engajado na luta es-tudantil." A falta dc recursos é outro

fator que prejudica a difusão do pro-grama da UJS. "Perdemos nossa sedepor falta dc grana. Nào dava para pa-gar o aluguel. Só realizamos reuniõesquando nos emprestam um local", dizCarlos Henrique, lembrando o Encon-tro Estadual da UJS, amanhã, ás lOh,na sede da UNE (União Nacional dosEstudantes), na Rua do Catete, 243,aberta ao público. Vantagens: "Co-nheço quase todo Brasil, por causa damilitáncia."

Na edição de agosto, 1NFOrevela como o mercado na-cional de impressoras cres-ce a taxas próximas de 509r,ao ano. Nus tentes, o de-sempenho de sete novata-des que chegaram ao mer-cado. Saiba também comofunciona a tecnologia laser.

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JORNAL DO BRASIL

Rio perde plantas

e bichos

Pesquisa mostraa devastação domeio ambiente

Bruno Ctisolli

O tamanduá-bandeira, a anta. aarara-vermelha c o tatu-bola

são algumas das 15 espccics de animaisque desapareceram 110 Estado do Rio.Existem mais 11 espécies de animais deextinção, e. como eles. lambem estãosumindo do flora fluminense sete espé-cies vegetais, entre elas o palmito, acaneln-santa e o xaxim. Este é o resul-tado de um levantamento feito pelaFundação instituto Estadual de Fio-restas (IEF), que fiscaliza caça c des-matamento numa região cuja cobertu-ra florestal está reduzida a menos de9% de sua superfície.

A avaliação foi feita por ocasião doaniversário do IEF, que completa umano segunda-feira. Criada como autar-quia no inicio de 1987, a entidade tor-nou-se fundação em agosto do anopassado, mas só começou a funcionarefetivamente há seis meses. Dispõe decinco carros e 30 fiscais, mas apesar dapequena estrutura a fundação aprccn-deu em um ano 40 caminhões quetransportavam 90 toneladas de madei-ra. 20 molo-serras. 105 armas, 3.420peças de palmito, 994 cartuchos, sendo38 deflagrados. 80 trabucos (armadi-lhas). 50 pios (apitos para atrair pássa-ros). 30 facões, 20 facas, 15 lanternas,10 cartucheiras e duas redes de pesca

Agressões — Segundo pesqui-sas de grupos ambientalistas associa-dos à ONU (Organização das NaçõesUnidas), a cada ano desaparecem 200espécies de plantas no mundo. O qua-

dro é considerado assustador, levan-do-se em conta a interdependência cn-tre fauna e flora. Trata-se do resultadode sucessivas agressões ambientais,crescimento demográfico e aceleradaurbanização. De acordo com o IEF,cm 78 anos, a cobertura florestal doEstado do Rio foi reduzida em 30.747quilômetros quadrados, passando arepresentar 3.897 dos 43.305 quilôme-tros quadrados de superfície terrestredo estado. Em 13 anos (de 1975 a1988), o estado perdeu 3.413 quilôme-tros quadrados de floresta.

Espécies maiores exigem maioresterritórios para sobreviver e os quase9" o de cobertura florestal já são insufi-cientes para abrigar espécies de menorporte. Dos 260 mil hectares de arcaprotegida no território fluminense, 90mil são unidades de conservação fede-rais c 39 mil de conservação estadual,ou seja, administradas pelo IEF. Asáreas de proteção ambiental (APAs)representam 68 mil hectares c os 63mil restantes são de competência daUnião. Se fosse aplicado um único ar-tigo do Código Florestal, o 2°— quediscrimina áreas de proteção —. o Rionão teria 9%, mas pelo menos 28% desua cobertura florestal.

Doação — Criado em substitui-ção ao Departamento Geral de Recur-sos Naturais Renováveis, da Secretariade Agricultura, o IEF surgiu da neces-sidade de tornar autônoma a conser-vação e fiscalização das matas flumi-nenses. É responsável pelos parques doDesengano, da Pedra Branca e da IlhaCirande e pelas reservas florestal daTijuca, biológica de Araras e biológicac arqueológica de Guaratiba. O gover-110 federal, através do Ibama (Instituto

Brasileiro de Meio Ambiente c Recur-sos Naturais e Renováveis), adminis-tra os parques de Itatiaia, Tinguá, Bo-caina e a Floresta da Tijuca.

A menina dos olhos do IEF é oParque do Desengano, considerado amais importante área verde do estado,por ser a maior, com 22.400 hectares.Para suprir a carência de recursos, afundação busca apoio cm empresasprivadas— a única doação até hoje foifeita pela White Martins, ao Parque doDesengano. A fundação fez convêniocom a Fun-Natura (Fundação Pró-Natureza) para elaboração de projetode detalhamento do que é preciso fazerpara se levantar a estrutura fundiáriado estado.

Projetos — O presidente doIEF, Eduardo Novaes, não hesita emrepelir a frase: "A participação da co-munidade é fundamental." É atravésde denúncias, por telefone, cartas oupessoalmente, que a fundação partepara operações de apreensão de armasde caça. palmito 011 madeira. Ele con-sidera graves os desmatamentos cmmunicípios como Campos, Silva Jar-dim. Macaé. Petrópolis c Teresópolis.

So agora os fiscais do IEF estão re-cebendo carteira de identificação e li-cença para porte de arma — o quecertamente vai livrá-los de ameaçasque recebem durante as operações. Oprograma Profloresta será lançado nodia 21 de setembro e há outros proje-tos. como adoção de parques e reser-vas, criação de hortos em municípiose. a exemplo de São Paulo, sistema decomunicação para controle de ineên-dios, que podem ser detectados maisfacilmente com ajuda de rádios trans-missores e satélites. Em tempo: o tclc-fone do Disque Floresta é 231-1026.

Fernando Lemos — 26/7/89

Ramos terá calçadão e quadra

Parques e Jardins

promete entregar a

obra até dezembroA Praia de Ramos vai ser urbaniza-

da pela Fundação Parques c Jardins(FPJ). da Secretaria municipal deObras. O projeto, do arquiteto JúlioChcrem. inclui arborizaçào. quadras deesportes e a construção de um calçadãode concreto. A obra, orçada cm NC/S715.923. será paga exclusivamente comrecursos da FPJ e deve ser concluída cm120 dias úteis.

Uma das praias mais freqüentadaspela população carioca, há muito tem-po Ramos está incluída também entreas mais poluídas. Mas a Comlurb jáestá executando uma limpeza geral da

praia, purificando c acrando a areiacom máquinas especiais. Depois depronto o projeto, serão instaladas ces-tas de lixo, para estimular os freqüenta-dores a não sujar a areia com papéis cplásticos..

O projeto prevê uma passarela noponto de acesso á prais mais utilizado,conduzindo a uma alameda que teráarbustos do tipo pata-dc-vaca ou unha-de-vaca (Bauliinia variegata). que d.igrandes flores cor-de-rosa. e palmeiras(Lalaniu borbomeo). as mesmas plantasque contornarão o calçadão de placasde concreto. O plantio dos arbustos fazparte do projeto da FPJ de "florir acidade".

O calçadão será elevado cm relaçãoà praia, para evitar que seja invadido

pela areia, mas terá sete rampas deacesso para deficientes e idosos. N.ipraia propriamente dita, serão planta-dos 90 coquciros-da-baia. Tambcm se-râo delimitadas três quadras dc vôlei dcareia e dois campos dc l uicbol de praia.Os adeptos do fisiculturismo encontra-rào aparelhos dc ginástica, como barrafixa. barras paralelas c prancha abdo-minai. Os menos atléticos poderão ocu-par as mesas dc jogo.

Banquinhos serão espalhados aolongo do calçadão. iluminado pelospostes já instalados. A área total doprojeto será dc 16.979 metros quadra-dos. Na Praia dc Ramos já existempostos dc saúde, do Salvamar c da poli-cia. que foram considerados no proje-to.

Ronan Cepeda

da dos Bandeirantes, estará termi-nada em outubro. Segundo osecretário de Obras, as duas pontessairão por NCzS 600 mil. Em visitaao Recreio dos Bandeirantes, o pre-feito reafirmou decisão de demolir45 casas construídas irregularmentena orla marítima, mas prometeu re-

4 o Cidade o sábado. 26/8/89

|—| O prefeito Marcello Alencar'—' esteve ontem em VargemGrande para i isitar duas pontes emconstrução no Rio das Paineiras,em substituição ás que foram de-molidas nas enchentes de fevereirodo ano passado. A primeira fica naEstrada do Pacui e deve estar pron-ta em 30 dias. .-1 segunda, na Estra-

ver o plano de alinhamento queprevê no local a construção de umaavenida. Na Favela do Terreiráo,perto da arca de demolições — nu-ciadas há 15 dias —. os moradoresmanifestaram o temor de ter suascasas derrubadas, mas MarcelloAlencar garantiu que a comunidade

não será tocada

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Todas as segundas-feiras, o Caderno Cidade traz reporta-

gens especiais que levantam problemas, apontam caminhos,

mostram o melhor e o pior em produtos e serviços, ajudam

a compreender o Rio e suas questões.Um Caderno feito por gente que ama o Rio, e quer ver a

cidade vivendo melhor

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Cidade

Redução das matasAno Superficie florestada Area do estado

(em km") (em %)

1910 34.644 80I960 10.750 251976 7.310 17

1988 3.897

Fauna em perigo

Animais extintos ou quase nAo maisencontrados no estado

Tamanduá-bandeira (M tndactyla)Tamanduá-mirim (Tamanduátetradactyla)Tatu-canastra (Priodontes matimus)Anta (Tapirus terrestris)Cachorro-do-mato-vinagreAríranha (Ploronura brasilionsis)Talu-bola (Tolypoules Irtcinlus)Arara-canindô {Ara araraúna)Arara-vermelha (-Ara chlosopiora)Harpia (Harpia harpi/a)

Flora em riscoEspicles vegetal* Dittribuipao

de extinpioMangue-da-praia Restingas do Rio de Janeiro(Scaevola plumieri) e Cabo FrioCanela-santa Mage, Petibpolis, Rio de Janeiro.(Vochusia oppugnata) Teres6polis e VassourasCaiapia (Dorstenia tischeri) Serra de Maca6SamambaiaQu-imperial ou xaxim Serras do Mar e Mantiqueira(Dicksonia sellowiana)Gu6tea Restingas do Rio de Janeiro(Pavonia alniloha) e Cabo FnoMarmelinho Rio de Janeiro e Santa Catarina(Brosimum glaziovo)Palmilo (Euterpe edulis) Serra do Mar

~Pãpa g a i o- o o- m angu e (A~m a zonaamazônica)Papagaio-do-peito-roxo (Amazonavinacea)Guará (Eudocinus ruber)Jibóia (Boa constrictor)Jacard-do-Dapo-amarelo (Caimanlatirostris)

Animais ameaçados de extinçãoMuriqui ou mono-carvoeiroIBrachylelles arachnoides)Mico-leâo-dourado (Leonlopithecusrosahs)Preguiça-de-coleira (Bradypustorquatus)Onça-pintada {Panthera onca)Onça-parda (Felis concolor)Capivara (Hidrochaorus hydrochaeris)Macuco (Tínamus sohtarius)Jacutinga (Plpile /aculinga)Mutum (Cra« blumenbachul)Papagaio-chauá IAmazona rhodochryta)Jacupemba (Penelopo superciliaris)

Fonte IEF

Recordes para

Campos

APOR QUÊ?

Reportagens que in-

vestigam por que al-

guns problemas do Rio

se perpetuam, como se

não pudessem ser re-

solvidos ou ameniza-

dos. As respostas orga-

nizam o debate das

soluções.

T £nM/Á

Produtos e serviços

públicos e privados

passam por rigorosos

exames, a cargo de re-

pórteres ou encomen-

dados a instituições

especializadas.

JORNAL DO BRASIL

Ô MELHOR DO mo

Enquetes com per-

sonal idades e a popula-

ção mostrando o que

a cidade tem de melhor

e de pior.

rio aaa «cíi ] if.vi

Cidade

Um vereador temmais longo e mais

curto mandatos

CAMPOS, RJ — Os recordes na-cionais de mais curto e mais longoexercícios de mandatos legislativossão de Sevcrino Vcloso dc CarvalhoNeto. De 1956 a 1988 cie ocupouiniterruptamente uma cadeira dc ve-reador na Câmara Municipal deCampos (Norte Fluminense), ondequarta-feira à noite foi obrigado adar o lugar para o titular EdcrvalVenáncio (PMDB) 24 horas depoisde assumir o mandato na condição deprimeiro suplente do partido. Na ter-ça, Ederval tinha pedido licença por-que sonhava ser nomeado chefe dosetor de emplacamento da 2' Cire-tran, o que não ocorreu.

A tumultuada entrada e saida dosvereadores envolveu denuncias demalversação de dinheiro público etroca de favores políticos. Uma delasc de que foi nrometido alto saláriopor fora ao vereador do PMDB quecedesse seu lugar a Sevcrino, que naseleições de 88 não conseguiu c'.' reele-ger após 32 anos de mandatos conse-

cutivos. Presidente da Casa na legis-latura passada, ele é acusado pelaatual Mesa Diretora de comprar ra-ção para seus cavalos com dinheiroda Câmara, o que lhe rendeu o apeli-do de Sevcrino Purina, uma ação po-pular encabeçada por dirigentes doPDT local e processo da Procurado-ria Geral do município, cujo prefeito,Anthony Garotinho Matheus, e tam-bém filiado ao PDT.

Para que Sevcrino pudesse res-ponder às acusações da tribuna daCâmara, o PMDB campista, lideradopelo ex-prefeito José Carlos VieiraBarbosa, reuniu seus vereadores e te-ria acertado que Edcrval pediria li-cença por cinco meses e Sevcrino as-sumiria como primeiro suplente,repassando o salário de vereador aEderval. que seria nomeado para achefia de emplacamento da 2' Cire-tran. Ederval deixou rendimentos deNCzS 3 mil na Câmara para ficarcom NCzS 600 na Ciretran. Mas ofato escandalizou a opinião pública enão houve a nomeação que estariaacertada com o governador MoreiraFranco. Revoltado, Ederval voltouatrás e reassumiu o mandato, tirandoSevcrino do cargo apenas 24 horas

iis de ser empossado.

Justiça dá

mais prazo

ao Exército

O prazo que a Justiça Federal deu aoExército, para apresentar o Plano deEmergência Externa, que garanta a reli-rada em segurança da população de An-gra dos Reis, deveria vencer ontem, masfoi prorrogado até dia 29. Isso porque ooficio expedido pela juíza Maria TeresaLobo. em 21 de junho, e endereçado aoMinistério do Exército, só chegou a Bra-silia oito dias depois, em virtude de en-traves burocráticos. E o que vale é a datada chegada do diKumento e não de suaexpedição, informou um funcionário da7" Vara Criminal.

Enquanto as informações requeridasao Exército não chegam, o deputadoCarlos Mine anunciou que moverá, nospróximos dias. nova ação. desta vezsolicitando a suspensão das atividadesda usina Angra 1. até que sejam dadastodas as garantias e segurança á popu-iaçào de Angra dos Reis. em caso dedtidente nuclear. E até, também, ficardecidido o destino do lixo atômico. Se-gundo o deputado, falta infra-estruturapara saida da população, "pois não bas-ta apenas colocar crachás e dar sandui-ches"

Para ele. o plano de fuga deve contarcom Corpo de Bombeiros, ambulãn-cias, hospitais, trens e. principaimen-te, com estradas alternativas.

&

JORNAL DO BRASIL sábado, 26/8/89 o Cidade o 5

Estado dá 30% em setembro

Ficam de fora os

que já receberamreajuste em julho

Os funcionários públicos estaduais,incluindo professores, aposentados epensionistas, terão aumento de 30 %em setembro. As policias Civil e Mili-tar. o Corpo de Bombeiros, os servido-res do poderes Legislativo e Judicia-rio. que tiveram reajuste em julho,não foram beneficiados. O secretárioestadual de Fazenda. Jorge HilárioGouveia Vieira, anunciou que o fun-cionalismo estadual não precisará maistrabalhar oito horas por dia.

Graças ao Decreto 13.410 do gover-nador Moreira Franco, publicado on-tem no Diário Oficial, os cerca de 227mil funcionários da administração dire-ta, sem contar corporações militares cPolicia Civil, médicos e professores —que têm outro tipo de carga horária —,passam a trabalhar seis horas diárias,com carga horária semanal de 30 ho-ras. Os 50 mil celetistas que estão sen-

do efetivados no quadro de funciona-rios estatutários estão incluídos nasnovas normas de trabalho.

Jorge Hilário disse que a nova cargahorária só entrará em vigor quando foradotado, cm cada repartição pública,sistema efetivo de controle de ponto."O governo reconhece que o funciona-lismo ganha pouco e não tem condi-çòes de exigir oito horas de trabalhopelo salário que paga." Cada secreta-ria escolherá o melhor horário paraseus funcionários, que poderão traba-Ihar cm dois turnos.

A secretária de Administração, Lú-cia Lca, informou que a partir de ou-tubro os reajustes do funcionalismoestadual serão mensais, de acordo como aumento da arrecadação. Anterior-mente, os aumentos eram dados desdeque a folha de pagamento não ultra-passasse 65% da arrecadação. Esta no-va política salarial, explicou a sccre-tária, será possível graças aocongelamento dos repasses de recursosdo Tesouro para as estatais deficitá-rias.

Editora reage à interdição

Advogado vai ver

registro do quehouve na Bienal

"O advogado da editora Revisão.Cércio Toledo de Matos, vai hoje à16° DP. na Barra da Tijuca (Zonasul do Rio), saber como se fez oregistro da confusão causada pelainterdição do stand da editora naBienal do Livro, que se realiza noRiocentro, cm Jacarepaguá. A edi-t(3£a exibia em suas prateleiras vá-rios livros sobre nazismo, um delescom a cruz suástica na capa, maspor ordem do governador MoreiraFxanco foi obrigada a fechar ostand. Manifestação organizada pe-1» Federação Israelita BrasileiracRamou a atenção do governadorpára os livros que tratavam o nazis-mo de forma simpática. Na vêspe-r.r; o prefeito Marccllo Alencarhavia sancionado lei. proibindo adivulgação e incentivo ao nazismo.

Segundo Cércio Toledo de Ma-tos, que foi à Bienal tomar conheci-mento do edital que interditou ostand. a decisão do governador "fe-re o artigo 5o, inciso 9. da Consti--tuiçào Federal, que considera livretoda manifestação cultural e esta-belece que não há censura no pais".Cércio prometeu tomar medidas ju-diciais contra a interdição. "O edi-tal que encontrei pregado no standestá um tanto ou quanto confuso,porque foi feito por um policial,mas há também um promotor quecita o governador. Enfim, um jogode empurra", disse o advogado.

Os limites entre a liberdade deexpressão e a proibição de se veicu-larem idéias racistas, também pre-sente na Constituição, foi a polèmi-ca que tomou conta dos corredoresda Bienal. O sindicato Nacionaldos Editores de Livros c a CâmaraBrasileira do Livro distribuíramnota afirmando que

"a Câmara e aSNEL recusam-se a admitir atitu-

des deste gênero, sequer considerá-Ias. partam elas de onde for. Erejeitam de forma categórica o pa-pel que lhes querem impor." Nanota, os patrocinadores da IV Bie-nal declaram-se mais uma vez con-trários a todas as manifestações "desectarismo irresponsável, que tentaimpor e promover censores."

|j A editora Revisão nãoocupa o stand 77 na IV

Bienal Internacional do Livro,que se realiza no Riocentro,em Jacarepaguá (Zona Oestedo Rio), como saiu publicadona edição de ontem, mas sim ode número 75. A Revisão foialvo de protesto por parte daFederação Israelita do Rio deJaneiro, porque expôs livroscomo Holocausto, judeu oualemão? e Hitler, culpado ouinocente? Quem ocupa o stand77 é a editora Vira e Mexe, queedita livros de pano para crian-ças.

Veranico acaba coma chegada de ventos

de 24 quilômetrosO vento forte que atingiu a cidade

ontem à tarde trouxe o fenômeno co-nhecido como "sistema frontal frio",segundo o chefe de previsão do Insti-luto Nacional de Meteorolüm^-Lwf-Cãrlõs Ãustin. Isso significa que atemperatura de hoje será semelhanteá de uma estufa: quente e úmida, epoderão ocorrer chuvas ocasionais.

A ultima vez que os cariocas senti-ram este fenômeno, responsável pelachegada de uma frente Iria. foi emjulho, quando ocorreram dias de in-u-rno intenso. Desde então, embora

o fim da estação se dê, oficialmente, a23 de setembro, as massas polaresnão mais aconteceram, o que propi-ciou a elevação gradativa da tempe-r.itur.i, até caracterizar, nas duas ulti-mas semanas, o veranico, explicaAustin. Em Bangu, onde são registra-dos os índices máximos, os termòmc-tros ontem checaram ri mun^u—U^-

"TffifüãnTcTno Aterro do Flamengo,que mais ou menos determina a tem-peratura da Zona Sul. a media foi de26°. Na terça-feira foram registrados30° no Aterro, menos que os 34" mar-cados pelos termômetros no Alto daBoa Vista, cm 1972, nesta mesmaépoca.

Ontem, o vento forte e quente quechegou a desmontar duas barrracas

Avião — Não foi só o vento quetumultuou ontem á tarde as operações depouso e decolagem do Aeroporto San-tos Dumont. O bimotor PT JJU (foto),tipo PA3I, de propriedade da empresaTosana Agropecuária SA, quebrou aroda do nariz por imperícia do piloto.As 14h50. quando se preparava parapartir para Jub de Fora (MG) levandoquatro pessoas, o bimotor "laxiou in-devidamente na área do pernoite (ondeos aviões ficam estacionados) e subiuna grama", segundo a Infraero. O tremde pouso do lado esquerdo caiu numralo de drenagem de aguas pluviais,quebrando a roda.Pavanelli — O ex-PM AlfredoManoel Moreno Filho, de 38 anos. queas autoridades policiais da 18' DP apon-tain como suspeito do assassinato de Re-siere Pavanelli Filho, apresentou-se aosdelegados José Carlos Ribeiro Franco ePlinio de Sousa, respectivamente titular esubstituto daquela delegacia, para negarenvolvimento no caso e também as acu-sações de que estaria fazendo ameaçasaos policiais. Moreno, desertor da PM,foi á delegacia ás 22h de quinta-feira etinha condicionado sua ida á ausência daimprensa. Muito nervoso, segundo osdelegados, o suspeito afirmou que se-quer conhecia a vitima e que. do cri-me. só sabe um pouco do que foi publi-cado. Disse que conhece o ex-1'M JoséRenato Maia — que a policia acreditatenha sido o coordenador do assassina-to —. mas que não o via desde a prisãodo ex-PM pelo envolvimento na mortede Irene Rodrigues Guimarães. Disseque voltaram a se encontrar há uns 20em Nova Iguaçu, quando os jornaisdnulgaram serem suspeitos da mortede Pavanelli. Explicou que não compa-receu antes á delegacia por sua mãe,muito idosa, estava doente. Moreno foiavisado de que será reinquirido na pre-sença do promotor. Maia. tambémaguardado pelos policiais, não apare-ceu. Os policiais suspeitam de que oMon/a usado no crime tenha sido ven-dido por Maia em Volta Redonda.

Assalto — Dois seguranças morre-ram, no final da tarde, ao evitarem que oBanco de Investimento Multiplic (Aveni-da Rio Branco, 85. Centro) fosse assalta-do. Luís Teixeira Sayão Filho c RenatoFausto dos Santos, da Transegur. forambaleados por dois assaltantes, que fugi-ram a pé em direção a Praça Mauá. Comtiros de calibre 45 morreram no HospitalSousa Aguiar. Fm Copacabana (Aveni-da Nossa Senhora de Copacabana. 647),ás I4h20. quatro homens, usando umPassai, levaram NCzS 53 mil da agênciado Banco Nacional, após imobilizar fun-donários e clientes.Decapitado — Foi identificado noInstituto Médico Legal por uma irmã euma vizinha como sendo do estofadorArmando Brandão de Sousa, de 31 anos,o corpo encontrado decapitado na malado Gol cinza-metálico chapa fria RJ UM7069. abandonado em frente ao prédio41 da Rua Professor Gabizo, na Tijuca(Zona Norte do Rio). A família não teveautorização para providenciar o sepulta-mento, que só poderá ser feito quando acabeça for encontrada. Armando Bran-dão morava na Cruzada São Sebastião,no Leblon (Zona Sul) A irmã. Rita de

Cássia Sousa, e a vizinha Sandra MariaTibúrcio Vieira estiveram no IML compoliciais da 1XJ DP (Praça da Bandeira)para o reconhecimento. Rita de Cássia eSandra Maria nada disseram á policiaque possibilitasse o esclarecimento docrime, informando apenas que Armandoganhara recentemente liberdade condi-cional, depois de permanecer preso qua-tro anos no Galpão da Quinta da BoaVista. A placa original do Gol é RJ JM5520, de Maricá (RJ), e foi roubada emBotafogo A placa fria não consta comoroubada no Centro de Coordenação dosÓrgãos de Segurança (CCOS) da Secre-taria de Policia Civil e pertence a umaVariant. A policia considera estranhoque o proprietário do veiculo não tenharegistrado o desaparecimento da placa esai intimá-lo a prestar esclarecimentos.Rita de Cássia e Sandra Maria não pres-taram depoimento, mas. segundo a poli-cia. omitiram fatos relacionados com asatividades de Armando, que cumpriupena por assaltos e tráfico de drogas.Ainda de acordo com os policiais, tudoindica que o homicídio foi praticadopor vingança: Armando foi atingido por\ários tiros antes de ser decapitado.

Frederico RozArto

Wagner mostnt o seu trabalho entre os pesquisadores Cajetan Luna (E) e Riehard Brown

Fotos de um menino de rua

Americanos usam a

cria ti vi da de pa ra

com eça r pesq u isa

Wagner Bernardo da Silva é

um dos milhares de meninoscarentes que peranibulam pela cida-dc. A diferença e que na semana pas-sada ele viveu uma experiência inedi-ta e divertida. Um americano oprocurou, através do Grupo de Assis-tència a Menores de Rua da Catedraldo Rio dc Janeiro, c lhe propôs umnegócio: Wagner ganharia uma má-quina fotografica Kodak Instamatic,com filme dc 24 poses, para tirar asfotografias que quisesse. No diaguinte teria que devolver a máquina cas fotos e, cm troca, ganharia roupasnovas.

Wagner, de 15 anos, sorriso bom-to de dentes muito brancos, nuncatinha segurado uma máquina foto-gráfica. Quando o fotógrafo JoeWatson lhe entregou a máquina, elenem acreditou. "O homem disse queconfiava em mim, que era pra eu tirar

lotos como quisesse c depois compra-na umas roupas pra me dar As rou-pa< eu não ganhei, mas não tem pro-blema. Ele me deu a máquina",conta, exultante. o menino, que morana Carioca com outras crianças. Foia forma de aproximação que escolheua equipe do University Research E.x-peditions Projects, da Universidadeda Califórnia, em Berkelcy, interessa-da em estudar o comportamento dosmenores abandonados e suas relaçõescom a Aids.

"Escolhemos o Rio porque já co-nheciamos pessoas aqui e tambémpor ter certa semelhança, em termosde liberalidnde sexual, com a cidadede São Francisco, de onde viemos",explicou o pediatra Riehard Brown.Ele diz que a experiência com Wagnerfaz parte de um contexto de observa-çòes: "A vida sexual dessas criançasque vivem na rua começa cedo e co-mo não podemos fazer muita coisaapós o virus da Aids ter se manifesta-do quando eles já tem mais de 20anos, queremos entender como viveme fazer alguma coisa enquanto sãojovens."

Com o apoio da L erj e do llospi-

tal Pedro Ernesto, cm Niterói, osamericanos fizeram entrevistas c pes-guisas sobre o comportamento sexualdas pessoas. O que farão exatamentecom esse material, nem eles sabemainda. "Esse é o desafio que estamoslevando para casa. Acredito que essetrabalho é a b.ise p.ira outros queserão feitos cm países com menorescarentes", acrescentou Brown, de 50anos. I a terceira vez que a equipevem ao Brasil, onde já fez contatoscom entidades, fundações e grupos deapoio aos portadores de Aids.

Turista por um dia. Wagner ti roufotos da Cmelándia. da Catedral, dosArcos da Lapa, da Glória, dc monu-mentos e colegas de rua Ele não templanos para o futuro e. por enquanto,ireqüenia aulas de artesanato no Li-ceu. As fotos resultaram num álbumcom explicações e comentários queele fez sobre cada uma. "Ele e ummenino especial, que captou com sen-sibilidade a cidade e a sua vida", disseo antropólogo Cajetan Luna, 32anos. Wagner esta feliz com seu brin-quedo e só teme o olho grande doscolegas. "Tenho que esconder a má-quina porque meus amigos queremvender cia pra cheirar cola", conta.

Frente fria vem do Paraguai

de vendedores ambulantes na Praça15 não passou dc 24 quilômetros."Esta velocidade não caracteriza umvcndaval", explicou Luiz Carlos Aus-tin. Mas e prenuncio dc uma novainvestida do fenômeno frontal friovindo do Paraguai, que penetrou noBrasil pelo Sul, onde provocou tem-

-poiaiv ~

No Rio. a conseqüência será umamudança no tempo de hoje. O sábadoserá nublado, com chuvas ocasionais,mas a temperatura deverá se manter.A tendência é de melhoria no domin-go, quando o sol pode voltar. "Afaixa tropical è muito sujeita a essetipo dc mudança. As nossas estaçõessurgem dc forma desordenada", cx-plicou Austion.

Recursos adiam

para setembro

prova de fiscal

Foi transferida para o dia 17 de se-lembro a segunda etapa de provas doconcurso para fiscal de rendas do estado,antes marcada para amanhã. A tranfe-rencia foi causada pela demora no julga-mento de cerca de 1.400 recursos dc can-didatos que devem ter seus resultadosduuiyaiios pei.i I esp 11 unu.iç.io Escoladc Seniço Publico) até sexta-feira.

A primeira etapa do concurso teve 16mil 545 candidatos para 376 vagas, masapenas 345 acertaram o mínimo de 60%das questões, deixando 31 vagas sem se-rem preenchidas. Como algumas ques-tões foram consideradas mal formuladas,mais dc 1.400 canditados impetraram re-cursos que estão sendo julgados por ju-ristas convidados pela Fesp c indicadospelas secretarias estaduais dc Adminis-tração c Fazenda.

Vara recebe

declaração de

traficante

A Secretaria de Receita Federal infor-mou que cópias das declarações de rendi-mentos de Paulo Martins Xavier — oPaulinho da Matriz, condenado a 15 anosde prisão c confisco de bens por tráficode drogas — e de sua mulher. ReginaCélia de Andrade, foram enu.nl.is ontempara a 33* Vara Criminal, como pedira ojuiz Eduardo Mayr. O juiz havia protes-tado porque a Receita alegava dificulda-des financeiras para providenciar as có-pias c pedia que cias fossem pagasantecipadamente.

O chefe da divisão dc informaçõeseconômico-físcais da Delegacia da Re-ccita Federal, Bolívar Holanda dc Oli-veira, que Mayr ameaçara processar pordesobediencia à lei, alegou ontem quehouve um "problema de comunicaçãoentre os juizes c a Receita".

Documentos da

PM incriminam

as CiretransA PM enviou á Polícia Civil docu-

mentos que comprovam milhares de irre-gularidades que descobriu no recadastrà-mento que realiza com a frota de todo oestado, e agora espera que diretores efuncionários de Ciretrans responsáveispelo cmplacamento de \eiculos no inte-ti.ir mi I. .... . ' ¦ ¦ ' r j,to criminal para esclarecer como suasrepartições registraram, ao longo dosanos, milhares dc carros roubados sem aexigência de certificado de nada consta.

Esse registro ilegal de automóveisfoi o mais comum entre os 11 905 pro-blemas de documentação ja constata-dos no recadaslramento. Feita com aajuda dc técnicos e computadores do1'roderj. a malha fina foi iniciada cmjulho, quando a PM recolheu as fichasde registro de automóveis dos muniei-pios de Campos, São Gonçalo, Casimi-ro de Abreu c Volta Redonda.

DUVIDASS0RKF

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JB

INFORMATIVO

TOEMANO: IX número 83 — Río de Janeiro 26 de agosto de 1 989.

Assessora deCollor fala aos

construtoresNo almoço com os construtores e Incorpo-radores do Rio segunda-feira passada, odeputado César Maia assessor de econo-mia do ex-governador do Rio. Leonel Bri-

•zola. apresentou de forma clara e objetivaproposta para que o país retome o caminhodo desenvolvimento, pronunciamento queleve excelente recepiividade |unto aos em-presânos que lotaram o restaurante do Joc-key Club. no centro da cidade. As Integrasdo documento e do debate do deputado,que se submeteu a perguntas dos partiei-pantes. serão distribuídas aos associadosda ADEMI. a partir de depois de amanhã

Agora, o setor terá a oportunidade deconhecer o pensamento da professora Zé-lia Maria Cardoso, assessora de economiado e*-govemadof de Alagoas. FernandoCollor de Mello Será também uma pales-ira-almoço, no mesmo local, dia 30. quar-ta-feua. as 1 ?h30m As adesões pelo tele-fone (021) ?95-0873 Vagas limitadas

¦ O prefeito de Curitiba, Jaime Lerner.vai submeter á Câmara dos Vereadores,proieto de lei que autorizará aumentos degabaritos de prédios, em zonas residen-ciais tm contrapartida, a Prefeitura rece-berá do construtor ou incorporador que sebeneficiar da permissão terrenos ou di-nheiro para o Tundo Municipal de Habita-ção Lerner quer construir 40 mil casas

populares para as famílias que eslão na filada Cohab local São Paulo e Porto Alegrejá adotaram esse procedimento.

Na segunda quinzena de setembro, aCaixa Econômica Federal (CEF) volta aaceitar cadastros de empresas construtorasque tenham projetos habitacionais o quei-ram financiamento O presidente da CEF,Paulo Mandarino. chamou a Brasília ossuperintendentes das filiais da Caixa paraorientá-los como proceder nesses casos

A CEF avisa que os empréstimos parapessoas físicas, destinados á compra daimóveis usados, permanecerão fechados,provavelmente por todo este semestre Mas.está sendo liberado financiamento paiaquem já tem terreno quitado e pretendaconstruir uma casa de. no máximo, o equi-.valente a 5 mil Valores de Referência de!Financiamento (VRF). ou NCzS 104 mil

Do presidente da Associação Brasileiradas Entidades de Crédito Imobiliário ePoupança (ABECIP), Luiz Filipe SoaresBaptista: "Com o congelamento das pres-taçôes da casa própria, em janeiro desteano. o SFH deixou de arrecadar 44% dosrecursos, enquanto o saldo devedor cres-ceu de forma assustadora, com a correçãomonetária plena, através do IPC Resulta-do o rombo do Fundo de Compensações eVariações Salariais (FCVS) já atinge NCzS30 bilhões".

Para complementar salário, o poupador-brasileiro retira da caderneta mais dinheirodo que deposita Até quando o governo vai"arrochar" irresponsavelmente a renda do.trabalhador, empobrecendo o mercado in-terno e ameaçando acabar de vez com o-SFH. que tem na poupança a sua base?

ADEMI - Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado ImobiliárioAvenida Portugal, 466 - Urca - CEP 22291 - Rio de Janeiro

Vlelefone: (021) 295-0873

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Hildrio: carga horaria menor

13/07/88

Hilário: carga horária menor

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6 o Cidade o sábado, 26/8/89 JORNAL DO BRASIL

SiSnia D'Almeida

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CANTO DO RIO

rri a •

Toma

C arrero

Quarenta anos de vida teatral e a

preocupação com velhos sobrados do

Morro da Conceição

Adriana Castelo fíranco_

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impossível con\ersar sobre o Riocom a atri/ Tônia Carrero sem queela desfie deliciosos comentários e

lembranças de pequenas ruas do Centro dacidade, do final dos anos 40 cm Copaca-bana. quando estreou sua primeira pe-ça, Um deus dormiu Ia em casa, ou doconfortável casarão de número 300 daRua 24 de Maio. no tradicional bairrodo Riachuelo. na Zona Norte, onde nasceu.Mas o que mais preocupa hoje a cariocaMaria Antonieta Porto Carrero. que esteano completa 40 anos de vida artística, nãoé o bairro do Jardim Botânico, onde morasozinha numa confortável casa, mas umpedaço do Rio antigo esquecido entre pe-quenas ruas da Praça Mana e próximo aRua Marechal Floriano: o Morro da Con-cação.

Durante a infância, ela costumavaacompanhar o pai, o oficial Hermenegildo

Porto Carrero. geotècnico do InstitutoGeográfico Militar, em suas visitas ao mor-ro. E lá foi filmada sua estréia no cinema,como estrela de Quando a noite acaba, deFernando de Barros. Mas o encantamentopelas construções do Morro da Conceiçãose deu há poucos meses, quando Tôniavoltou ao lugar para visitar um amigoargentino que restaura suas jóias. Agora,cia pretende falar com o \ice-prefeito Ro-berto D'Avila sobre a importância de recu-perar dezenas de casarõcs antigos que so-breviveram nas encostas do morro e quehoje se transformaram em cortiços habita-dos por famílias pobres."Se o prefeito Marcello Alencar qui-ser que seu nome fique na história doRio, ele iria se dar conta desse espaço,uma espécie de Santa Teresa pequena, queprecisa ser revitalizado."

Atualmente, a bela leonina, que no dia23 de agosto completou 67 anos bem \i\i-dos. divide seu tempo entre as gravações da

novela Kananga d» Japão, na Rede Man-chete, e os espetáculos da peça Esta valsa éminha, do dramaturgo norte-americanoWilliam Luce. que depois de uma têmpora-da de quatro meses cm São Paulo estreouquinta-feira no Teatro Glória. O monólogoaborda a \ ida de Zclda Fitzgerald (1900-1947). mulher do escritor Scott Fitzgerald(1896-1940), que acabou seus dias cm umhospital psiquiátrico.

Tônia voltou de São Paulo no dia Iode agosto e ainda nem teve tempo detelefonar para os amigos mais íntimos. "Sótive tempo de contratar empregados, parapoder dormir e decorar meus textos." Eladiz que se tivesse nascido cm qualquer outracidade escolheria ser carioca e viria para oRio. onde mora o filho Cecil Thiré. e seusquatro netos, Lui/a, de IS anos. Carlos,de 17. Miguel, de 7. e João, de 6 meses."Minha cidade é o Rio. onde tenho minhafamília, minha casa e meus rclacionamen-tos."

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Praia; "ToUt". vz»-~-

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Copacabana

Melhor paisacem "Do alto dos morros.Especialmente de onde se pode ver a orlamarítima. Grumari é deslumbrante, e e umpecado essa praia não ser explorada comoponto turístico. Mas fico mesmo com o Morroda Conceição, que é um lugar maravilhoso".Bairro — Ipanema. "Morei 12 anos na A\eni-da Vieira Souto e sinto muita falta de morarem frente ao mar. onde qualquer dia. feio oubonito, e deslumbrante. As nuvens negras, asbrancas, uma tempestade ou o sol. Tudo elindo na praia".Rua — Visconde de Itaúna, no Jardim Botâni-co. "Moro na rua que uni dia já foi no Centroda cidade e onde existia a Kananga do Japão.Não e incri\el?".Diiu para o lurisia — "Lm domingo nafeira de São Cristóvão é fantástico. Tambémrecomendo o mercado de antigüidades da Pra-ça 15 e um banho de mar em Grumari. comdireito a camarões e manjubinhas fritas. An-gra dos Reis também merece ser visitada".Off-Rio — A Pousada Pardieiro, em Parati,"aonde costumo ir quando tenho tempo". E oHotel Jatiúca, em Maceió, "tem a lagoa de unilado e o mar do outro, é simplesmente ines-quecível".Praia — Todas. "Lembro do tempo de Copa-cabana familiar,quando todo mun-do se conhecia. Eufui a praia até 20dias antes do Cecilnascer, todos osdias. pois moreimuito tempo lá. In-felizmente hoje só epossível ir a praiaem Grumari ou naBarra, onde gosta-ria de ter um apar-lamento, na Aveni-da Sernambctiba".Pôr-do-sol — "On-de houver mar. NaGlória ou no Ater-ro do Flamengo,quando você passa pelos jardins de BurleMarx e o sol se põe. Da janela de Paulinha eJaques Morelembaum. cm Santa Teresa, opór-do-sol é maravilhoso, sobretudo ouvindomusica"Prédio mais bonito — Copacabana Palacc, oPaço Imperial, na Praça 15, e o Outeiro daGlória. "Tudo antigo. Não existem constru-ções modernas empolgantes".Saudade — "Do tempo em que \ivi na Aveni-da Vieira Souto, com o Cecil pequeno. Minhavida era a criança e o mar c não sabia nemmesmo se ia ser atri/".Rio chique — O Teatro Municipal. "Fazercompras no Largo da Carioca é chique. Tam-bem acho chique passear pelo Rio antigo, peloCentro e tomar um chá na Colombo. Ir aosantiquados da Praça XV échiquérrimo"Passeio — Vista Chinesa e a Capela Mayrink.na Floresta da íijuca. "O Parque Lage é lindoe tem uma casa fantástica, mas está abandona-do".Restaurante — Saint-Honoré, no Meridien."sempre como frutos do mar", o Petronius. noCaesar Park, o Pronto, no Leblon. "adoro api//a de lá . o Edo, na Barra da Tijuca, "uma\c/ por semana para comer sushi e saslumi". oReal Astória. no Leblon, "que tem um peixemuito gostoso" e o Quadrifoglio. na Lagoa,"tem umas massas deliciosas e as moças queservem são muito agradáveis".Manjar dos deuses "A mousse de chocolatedo Pronto é inacreditavelmente boa c o peixecom pirão da Tia Palmira, um restaurante naPedra de Guaratiba. é manjar dos deuses"

"Minha rua já

foi no Centro e

lá ficava a

Kananga do

Japão. Não é

incrível?"

Passeio Público

Passtio:"Vista Chintttt Ctpela Mayrink,na Flore ata daTijuca'. /"

Hcatâurànte: Ouadrifoglio."Tem umas massasdeliciosas e as mocasque servem siomuito tgradavtl%."

Pitlâ dê cooper;Jardim SoUnico."Onda costumoand ar da manhã"

Bar: Florentmo,no Leblon. Rio chique:"O Teatro Municipal"

Sumaré

St* Teresa

Lagoa Museu: Museu deArte Moderna,no Aterro do Flamengo"E uma belaconstrução".Manjar do s *v

deuses:"A mousse de Ipanemachocolate do /•Pronto ~r~ÍJX.

Hospital: "A clinicado Ivo Pitanguy,na Rua Dona Mariana".inacradrtavelmafltt

boa".Aterro doFlamengoivê m+wmo com as favelas,

tem uma das vistas maisbonitas do Mundo".

Saudade: "Do tempoem que vivi naVieira Souto como Cecii pequeno".

de Açúcar

li/es UKíWr

¦ ProntoRua Dias Ferreira. 33. Leblon. Tels. 259-781)8.

¦ QuadrifoglioRua Marta Angélica, 43. Lagoa. Tc! 226 1799.

¦ FlorentinoRua Gal. San Martin, 1 227. Leblon. Tel. 274.6841

¦ Hotel Copa D'OrRua Figueiredo Magalhães, 875. Tel. 235 6610.

Melhor papo — Rubem Braga. Oito LaraRezende, Millòr Fernandes e Tati de Morais,"a

primeira mulher do Vinícius, com quemadoro sentar para conversar".Programa de indio — "Assistir

jogo de futebolno Maracanã e pegar engarrafamento. Evitosair na hora do trânsito. Estamos gravandoKananga em Água Grande e Grumari. umprazer sensual sem igual, mas felizmente" va-mos nas horas de pouco movimento. Nãoagüentaria se tivesse que enfrentar todos osdias as horas de rush".Rio que funciona — Os Correios. "Não atrasae ainda é um serviço cm que se pode confiar".Rio que não funciona — "A miséria, a falta deassistência social c a educação. F. lamentávelos professores ganharem tão mal"Lixo — Caminhão de lixo. "Vejo os cami-nhòes sujando as ruas, pois eles não fechamatras e o vento le\a casca de banana, papel, oque lor. Também é lixo os buracos de rua daLopes Omnta. no Jardim Botânico".Luxo — "Os bem-te-vi e borboletas quemoram comigo. Tem um gambá que veio damata aqui atrás que tenho medo. E um luxo\er os passarinhos se molhando na piscina daminha casa e ter um espaço, um jardim, semsentimento de culpa".Na agenda — "Ir ao dentista, comprar umatelevisão nova. uma agulha de vitrola c recom-por a casa agora que voltei de São Paulo".I topia — "Ver a cidade limpa, com ascrianças de rua amparadas e as pessoas maisrespeitadas".leatro — "Adorei a idéia de trabalhar no

"Luxo é ter

bem-te-vis e

borboletas

morando

comigo. E um

gambá que me

visita."

Teatro Glória, queé pequeno e gostosopara um monólogo.Tenho paixão peloTeatro Copacaba-na. no CopacabanaPalacc, onde come-çci minha carreira,e pelo Municipal".Cinema — "Voumuito pouco c gos-taria de ter tempode ir mais. Gostodos cinemas doFashion Mall. emSão Conrado, por-que têm estaciona-mento. Mas sempresem fila. é claro"Museu O Museu de Arte Moderna, noAterro do Flamengo. "É uma bela construção,o espaço é bom e eu sou sócia".(ialeria de arte — Montessante, no FashionMall, c a Saramcnha. no Shopping da Gávea."Passo sempre para dar uma olhada e já tra-balhei como dona da Saramenha 11a novelaLouco Amor".Sala de Concerto A Sala Cecília Meirelles.Hotel — O Copa D Or. na Rua l iguei-redo Magalhães, em Copacabana, c o Parte-non. na Barão da Forre, em Ipanema, ou naAvenida Sernambctiba. na Barra da Tijuca.onde moram a Bia Scidl e a Cláudia Ohana".Hospital — A Clinica São Vicente, na Gávea e

a Clinica do Ivo Pitanguy. na Rua DonaMariana. cm Botafogo.Loja de Roupas — "Eu comprava muito naMaria Bonita, mas me aborreci porque man-daram a Luciana embora. Agora compro naDocumento ou na Troppo. ambas na GaleriaSaint Germain, na Rua Visconde de Pirajá, emIpanema".Cabeleireiro — "Cecília, na mesma galeria, emIpanema, tem uma tinturista que se chamaAlicia queé perfeita".Ótica — Óticas Brasil, "na mesma galeria,pois sou uma mulher prática c é onde conheçotodo mundo".Lhraria — Siciliano, em Ipanema, c a JoséOlympio. no Centro.Banca de jornal — A da Praça GeneralOsório, em Ipanema.Programa preferido — "Receber meus amigosem casa para o almoço".Pista de Cooper — Jardim Botânico, "ondecostumo andar de manhã pelo menos duasvezes por semana".Loja de doces de salgados — O Natural,da Rua Barão da Torre, no Leblon. e oSabor Saúde, 11a Ataulfo de Paiva, no Leblon.Oficina — Guanacar. no Humaitã. "Tenho11111 Santana e estou comprando outro".Multa de trânsito - "Já recebi multas delugares em que nunca estive c passei por situa-çòes em que o guarda não quis me multarporque wu que a motorista era a Tônia Carre-ro. Uma vez fui multada por estacionar cmlugar proibido e neni o papo resolveu".

Assalto — "Já fui assaltada cinco vezes, den-tro e fora do carro. Não me lembro em quelocais, mas sei que foi entre Rio e São Paulo"Floricultura — Isabelita Flores, na Rua Vis-conde de Pirajá. em Ipanema.Lavanderia — A Mariposa, no Humailá.Bar — Florentino, no LeblonSupermercado — "Mando o motorista ao Car-refour. mas gosto de ir muito á Cobal doHumaitá. onde tem o Arapuca e posso com-nrar feijão de corda, manteiga dc garrafa enatida de pitanga".Feira — "Aos domingos na Rua Lineu dePaula Machado, na Lagoa. E uma gracinha ein 111 lo divertida. Vende comidas típicas doNorte, como curau, para assar franco".Cara do Rio — "Meu filho Ceei! Thiré,com seus filhos"Mulher carioca — "A Maité Proença é cheiade graça, só não sei se ela é carioca. E a DonaZica da Mangueira, mulher do Cartola"Homem Carioca — Albino Pinheiro.Bairro que sabaria se a cidade explodisse —"Salvaria o Centro da cidade, o Morro daConceição, a Rua da Carioca, a Praça 15 e ocume dos morros, que mesmo com as favelastem uma das vistas mais bonitas do mundo.Também salvaria a cidade cenográfica daKananga do Japão, que é muito bonita".Canto do Rio — "O Qucbra-Mar. na Barra daTijuca. Fica 110 final da Sernambctiba. e é umcantinho lindo. Tem uma prainha, e o únicoproblema e que descobri que vive cheio dcgente".

1. /'fi*''

fXI -AmmIMb

Fotos do Gustavo Miranda

JORNAL DO BRASIL

Rio de Janeiro -- Sábado, 26 dc agosto de 1989

Bandas desenhadas na Bienal

A tradução portuguesa, das histórias

em quadrinhos é a novidade da mostra

Ciciisa Maria

EM Portugal^í\_ banda desenha-

l061' ('izerhistória em qua-

f Ê drinho. É bomf r ^ V# h a b e r disso

quem pretendeBIENAL conhecer umaDO LIVRO llns mals ,nte"

possantes cole-çôes de títulos

da IV Bienal Internacional do Livro,que fica no Pavilhão Central do Rio-centro até o próximo dia 3. Ela seencontra, justamente, no estando dePortugal o pertence a Meribéria doBrasil, a editora com sede em Lisboae filial no Kio. especializada há 20anos em editar apenas batidas dese-nhadas. S;\o 150 títulos. 50 a mais doque os mostrados na Bienal de SiloPaulo ano passado, reunindo o quese publica de melhor na Europa. Odiretor da editora 110 Brasil, LuísRosa Duarte, resume assim o planoeditorial da Meribéria brasileira:"Queremos trazer o quo se faz demelhor na Europa, principalmenteentre os franceses o os belgas. Nopróximo ano vamos começar a edi-Lar os italianos, como Hugo Pratt, omais conhecido."

Os visitantes do e.-tande portu-guês o maior desta bienal quepode ser comparada n unia instala-çâo do livro, por seus estandes me-dernos. criativos, bonitos e equipa-dos — verílo muitn novidade nasprateleiras da Meribéria. Um dostraços que podem dar uma boa defi-niçilo dos lançamentos da editora 6a preocupação em escolher históriasque passem nâo apenas pelo crivo doentretenimento. " Os quadrinhosatualmente nfto sAo histórias alie-nadas, têm um cunho artístico t,Aogrande quanto os artes plásticas oua literatura", diz Luís Rosa Duarte.Um exemplo é a sério O Mercenário,do artista espanhol Segrelles. queassina dois lançamentos da editoranessa bienal: O fogo sagrado e Osacrifício. Segrelles, que ocupa a po-slçAo de estrela entre os maioresilustradores do mundo, mistura te-mas da Idade Média com ficçAo cien-tifleae futurista. Primeiro ele pintaquadros a óleo que sío fotografadose transpostos para o livro.

Outra novidade entre os quadri-nhos da Meribéria silo os dois álbunsde Enki Bilal com argumento dePierre Christln. A caçada, se passana Uni&o Soviética, e falanges daOrdem Negra., uma história de he-róis da Resistência que voltam paravingar os atentados da extrema di-reita na Espanha, têm contéudo ex-plicitamente histórico e político.Uma jóia da Meribéria sfto os qua-drinhos de Dethorey. e Giroud e soupersonagem o "agente discreto" tos-pião) Luis Má Sorte. O horói bastan-te apreciado pelo público brasileiroé um intelectual que recua na liistó-ria e participa de acontecimentosreais.

A banda desenhada propriamen-te dita está representada pelo triode maior peso entre os portugueses.O desenhista José Rui — que está noRio, como convidado da Meribéria —é o autor de um dos lançamentos dabienal — O bobo —, adaptação de umhistória do escritor Alexandre Her-culano. Jorge Magalhães, outro con-vidado, é um premiado argumentis-ta português com clara preferênciapor temas da lenda do Rei Arthur eaventuras em terras africanas."Meu tema básico são as históriasclássicas que me fascinaram na in-fáncia. Não gosto de situar minhasnarrativas no contexto urbano. Pre-firo a fantasia, não com o intuitode evadir. mas para estimular aimaginação do leitor", diz o artistaque está lançando nesta bienal Vin-pança do elefante e Eicalibur.

Entre os quadrinhos do estandode Portugal há 20 novos títulos deLucky Luke (Morris) que vão se so-mar a outros 20 já publicados noBrasil. I)e inédito há ainda quatrotítulos dos Smurfs, que em Portugalsão os Estrumpfes, e também algu-mas histórias de Spirou e Fanta-sio."Spirou é um herói de 30 anosque há uns 12 ou 11 fez multo sucessono Brasil, no traço de seu criadororiginal Franquin."

Mas os quadrinhos lançandos pe-la editora portuguesa que vêm ob-tendo maior sucesso são os eróticos.Na bienal estão sondo lançados Fe-bre da primavera do humorista bel-ga Michel Bridenne. uma coletâneade charges eróticas e Chances dasérie Histórias Fantásticas, do su-per-premiado desenhista argentinoHoráclo Altuna, que tem como ce-nário o mundo da droga, da solidão edo desespero nas sargetas do NovaIorque. "Nossa literatura eróticanão é agressiva, nem explícita. Elarelaciona o sexo com a vida. com amaneira que cada um tem de enca-rar e resolver o problema", concluiLuís Rosa Duarte.

Jorge Magalhães, um autor dequadrinhos português, está nabienal lançando Vingança doelefante e Excalibur, enquanto oeditor Luis Rosa Duarte, daMeribéria, mostra clássicos dogênero, como O sacrifício

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JORNAL DO BRASILsábado, 26/8/89 o CADERNO B o 3

Boa

idéiaO ministro da Iniiús-

tria e Comércio está pen-sando seriamente em au-torizar os fabricantes deaguardente a adaptaremseus alambiques para aproduçilo de álcool hi-dratado, o que significa aprodução imediata de 100milhões de litros docombustível.

A quem lhe perguntase tal medida obrigariaos consumidores de ca-chaça a adaptarem seusfígados para a ingestãode álcool hidratado. Ro-bertio argumentou:— Conheci pinguço quebebia até água de colô-nia. * * *

Boa idéia, se nào an-dassem os preços dosperfumes tAo amargos.

¦ ¦ ¦

Recado

TesteSe você acha que 6

bem informado em políti-ca, responda depressa:

Quem è o candidato avice-presidente na cha-pa de Aureliano Chaves,do PFL?

Quem 6 o vice de Af-fonso Camargo, do PTB?

m m m

InsistênciaA Aeroflot vai fazer,

na reunião da Organiza-ção Aeronáutica Intcr-nacional, mês que vem,em Montreal, uma novainvestida junto às auto-ridadrs brasileiras do se-tor pura conseguir antorização de voar parari.

Vai bater de frente,mais unia vez, com aVarig.

Sine die• A Embratel. que iriaanunciar ontem seu pa-recer técnico e de preçossobre o satélite a sercomprado pelo Brasil,adiou a divulgação dosrelatórios.

Carregar nas costas a candidatura dodeputado Ulysses Guimar&es está tirandoa calma do governador de Sào Paulo, Ores-tes Quércia.

Perguntado sobre os dissidentes queprogressivamente abandonam o barco deUlysses, Quércia lembrou o próprio exem-pio de sua campanha, em 1986, e esbrave-jou:— Acho que quem náo quer trabalharpor Ulysses que caia fora logo. Foi oque houve na minha campanha, quan-do teve gente no partido que náo quisseguir comigo e eu os mandei para osquintos dos infernos.* * *

A-frase de Quércia. para quem conhe-ce suas idiossincrasias, tinha endereço eaté CEP certo: o senador Fernando Henri-que Cardoso, hoje no PSDB.

Quase quase• A versão mais curiosa do episódio da in-vasão do Itamaraty por um desequilibradoque esguichou tinta no chão próximo aospresidentes Sarney e Mencm, no início dasemana, foi dada pela embaixatriz YvonneGiglioli:

— O cidadão certamente queria collorir opresidente Sarney — e quase conseguiu.

Na contramãoO deputado pedetista Paulo Ramos, que

vive na contramão, pisou na bola mais umavez ao enviar a t odos os senadores um pedi-do do veto ao nome do atual presidenteinterino do Banco Central. Vadico Bucchi,indicado para o cargo de presidente.

Na carta. Ramos acusa Bucchi de ser"um entulho da administraçAo Elmo Ca-môes".

No atento deputado só não sabe que opresidente interino do BC foi nomeado hámais de dois anos o meio p.ira o banco peloministro Bresser Pereira e que foi ele —precisamente ele — quem sugeriu a decre-taçfto da intervenção na corretora CapítA-nea. dos Camões pai e filho.

Acordo difícil

1'íIo mal as negociações para passar dopapel <i prática o acordo de intercâmbio co-mercial entre o Brasil e o Iraque.

De acordo com os representantes bra-siletros na mesa de conversações, embaiiado-res Sebastião do Rego Barros e Antônio Ama-lal de Sampaio, as dificuldades encontradaspodem ser creditadas à Cacei.

O acordo pode. inclusive, dar cm na-da.

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Herança0 projeto do lei com-

plemcntar elaborado portécnicos do Instituto deResseguros do Brasil eapresentado no Congres-so Nacional pelo depu-tado César Mala é umaobra de engenharia poli-tica.

Reúne as aspiraçflesdos seguradores, dos se-curitários, dos funcioná-rios do IRB e de outrasvárias correntes do mer-cado.

Ronaldo do Valle Si-mões, presidente do IRB.está se saindo um dignoherdeiro do talento poli-tico de seu sogro, Tan-credo Neves.

DiferençaA anedota do momen-

to na Itália conta a dife-rença existente entreDeus e o Papa.

Deus está em todos oslugares.

O Papa já deu. pelomenos, uma passadinhacm todos eles.

De vez

• Dc Neuzinha Bmoiaa um amigo carioca,num cartão postal dos-pachado de Amsterdam:"Desta vo7., vou ficaraqui. Não volto mais;aqui mc sinto unia pos-soa normal c ai a pressãoera demais."

A perigoO candidato Affonso

Camargo está pedindo aseus correligionáriosajuda para Bua campa-nha rumo ao Planalto.

Mais exatamente 12cadeiras e trés mesinhaspara poder montar umescritório em Curitiba.

Zózimo Burrozo do Amaral r Fred Sulrr

Jogo rápidoJá tom data o embarque do proBlden-

te Sarney — e comitiva, bien sur — paraNova York.

Domingo, dia 23 de setembro.Na segunda-feira. Sarney fala na aber-

tura da sessAo anual da ONU.* * *Fica uma semana por lá recuperan-

do se do discurso.¦ ¦ ¦

Roda-vivaVai ser no Itamaraty, dia 7 de setem-

bro. o banquete b.t. que o presidente Sarney oD. Marly ofereceráo aoB diplomatas estran-geiros. festejando n Data Nacional.

A Sr». Vivi Nabueo foi a anfitriã an-teontem de uni almoço only for womencom 14 lugares A mesa. Retribuições.

0 editor Ah-aro Pacheco, depois da tercei-ra derrota nas elelçOes para a Academia Bra-sileira rte Letras, já decidiu: vai escrover umlivro sobre a ABL, contando tudo o que sepassa nos bastidores dos pleitos.

Sônia Amaral festeja hoje seu aniver-sário, reunindo amigos na feijoada do Copa•°0-leilão de Roberto Haddad. que vai ao ara partir de 12 de setembro, tem como desta-ques trOs peças em prata do Fabergé com asarmas imperiais russas. Lances minimos de12 mil dólares por peça.

De volta de uma temporada na Espa-nha, está no Rin Luciana Capanema.

A embaixatriz Zazi Corrêa da Costa reúneamigas para festejar seu aniversário com umalmoço dia 30 no Oula-Oula.

Drlinhu Klkind lança hoje no stand dalllooh, na IV Bienal Internacional do Livro,A borboleta mágica.

Mesa de moda no almoço do ontem doScafandro: Frankio e Amaury. Naná Parana-gud. Silvia Pfelffer. Carla Barros. Lalá Oui-maríes e Sônia Mureb.

O empresário Olavo Monteiro de Car-valho recebe terça-feira, em cerimônia nossaliWs do Mòridien, o titulo de presidente daAssociação dos Membros da Legion d'Hon-neur, substituindo no posto o embaixadorWalther Moreira Salles.

A socialit» Vera Swlft ombarca domingo dovolta a Nova York.

No Rio, depois de uma temporada deum mês em Paris, a cantora Marina.

Isa o Júlio Bozano serílo os anfitriões,hoje, em Araras, do um concorrido almoçoem mrnu do magnata sul-afrlcano Harry Op-penhelmer.

Vitima de uma crise renal, o jornalis-ta e escritor Luís (iultemberg foi forçado acancelar sua tarde de autógrafos de Retldez-vous no Itamaraty, hoje, na Bienal doLivro.

Andró Brett mostra na segunda-feira, emSilo Paulo, a nova coleçAo da urifTc GtorgioArmnni. que ele produz no Brasil.

Será cm torno da Sra. Vânia Badin ocoquetel que a Sra. Mirtia fiallotti oferecerádia '20 no bar do Hippo.

O embaixador Hugo Gouthier e Regina Riqucno coquetel dc Lisa Salomon

Primeiro passoJá está decidido o primeiro evento do

acordo cultural Brasil-Unido Sovióticafirmado no ano passado pelos presidentesSarney e Gorbachcv.

Uma exposição retrospectiva dupla cmMoscou de Cândido Portmari e OswaldoGoeldi.

Zózimo

Fotos de Rubens Monteiro

LisaSalomon,

anfitriã doconcorridocoquetel deanteontem eVera Swift,a homena-

geada,emolduradas

por MariaHelena

Guinle eAna Sillos

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George Benson imitou com perfeição N 'aí King Co/e cantando Unforgettable. >4 platéia adorou o show

¦ Eleitores ilus-tres na pesquisaque o JORNAL DOBRASIL está fa-sendo com os fre-qüentadores dofestival para saberquem 6 o preferidopara vir se apre-sentar na ediçdodo ano que vem: opoeta apocalípticoJorge Salomão vo-tou cm A files Da-vis, o cartunistaChico Caruso es-colheu Macalé elUlo Kyao, e Ma-calè votou em LuísMelodia e nelemesmo. ctisoiiO grupo dc George cscansa do trabalho no Frce Jazz nas mesas do Jazzinania

¦ Resultado par-ciai da pesquisado JB: 1°) MilesDa ris com 20 vo-tos; 2") Pat Me-theny com 13 vo-tos; 3") Macah*com 12 votos; 4°)Ella Fitcgcrald eChick Cor ca com10 votos. 6") OscarPeterson e QroverWashington Jr.com 9 votos; 8")Deiter Gordon ,Luiz Melodia, Mi-chel Camilo, Ste-phane Grapclli eSiing com 7 votos.

John Zorn continua com a velhacalça amarela remendada, as mes-maa sapatllhas trocadaa, mas a ca-miseta mudou: agora traz nas costasa inscrição "Martha sucks brains"(Martha chupa cérebros).

A úllinim parada dc jazz da rrviiitanorte-americana expreializada cm para-das dc »ucc**o Blllboard comprova quea nata do gênero está no festival. NosK*t«doft l'nidoft, o disco mais vendido dasemana <• Tenderly, com (icorRe Ben-»on. Branford Mareai» está cm quartolugar com Trio Jeepy e o veterano JocWilliams aparece em quinto com Ingood company.

Outra noite de canjas arrasadorasdo Jazzinania: o baixista StanleyBanks e o tecladista Davld Garfield.da banda de George Benson; o saxo-fonista Ralph Bowen e o baixistaJames Horace Jr.. do Horace SilverSextet misturaram-se ao sax deRaul Mascarenhas até as 4h30 damanhft de ontem. O excelente bal-xista James Horace Jr.. em sua se-gunda noite de canja, disse ter Beapaixonado perdidamente por aque-le palco com viBta para o mar. Tocousozinho no final e só parou porque,na platéia, nlio havia mais ninguémFoi embora jurando que voltaria látodas as noites.

A» produtora» do Frce Jazz, Mo-nique e Silvia Gardciibcrjt. consideraramimpossível o pedido da direção do HotelNacional de retirar do programa do festi-vai os chicletes que vem de brinde. Elassc comprometeram a arrancar todas as

gomas dc mascar dos tapetes e das pol-tronas estofadas. AU ontem, eram rèn-tenas de chicletes grudados por todoo teatro.¦ Pelo menos em um detalhe o gui-tarrista Georgc Benson 6 tào perua

quanto a cantora Sara Vaughan. Klce ela (quando esteve aqui no terceiroFrre Jazz) exigiram a passagem sub-tcrránea e super secreta para ir d» hotelaU* o palco.¦ A alegria do baterista Max Roach

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Cotações: **** (excelente), ??* (ótimo), ?? (bom), ?(razoável), ( (ruim)

no auge do consumo no Barra Shop-plng anteontem foi provar misturasde suco de frutas Inventadas por ele:um copo de banana com morango,outro de laranja com melancia e oterceiro de papaia com abacaxi. De-pois, com uma barriga de pipa d á-gua. comeu 300 gramas de bala decoco e muitos chocolates.

O maluco Hcrmcto Pascoal desem-barrou anteontem de uma cxcumio pelaKuropa "louco para tocar" ontem à noite110 Rio Jazz Club. A novidade 110 palcoserá uma máquina dc costura que "fazum som legal" lá na sua casa de Jabour,depois de Bangu. "0 show será aquiloque eu sei e que todos vocês sabem.Ou seja, ninguém sabe de nada. Tudoacontece nma hora." A chaleira cheiad'água não faltará como instrumento dcsopro. "Ela está mais famosa do que euna Europa. Uma chalciriuha à toa faz omaior sucesso.*' Depois. Hermeto fará 20shows nos Estados Tnidos até o verão."Vinte shows para começar está bom."

O pianista Joflo Donato apareceuontem para assistir ao workshop docolega Horace Silver.

Caetano Vcloso é o arroz de festado Frce Jazz. Nâo perde uma noite.

Superanlmados na platéia deGeorge Benson. Lou de Oliveira e omarido, que ela chama de Bombom.José Bonifácio de Oliveira Sobrinho,o Boni. vice-presidente de operaçõesda Rede Globo.

O empresário Oscar Ornstcin virouuma macaca de auditório na primeirafila do (íeorge Benson.

4 o CADERNO B o sábado, 26/8/89

Branford Marsalis chegoupara estrelar a noite de en-cerramento. No show dequinta-feira, George Ben-so7i arrasou, como era espe-rado. Mas o baterista Max

Roach continua sendo o maisbem cotado no Júri B. Nas madru-gadas pós-festival, o Jazzmaniatransforma-se no melhor reduto decanjas. Hoje apresentam-se JoeWilliams, Count Basie Orchestra eNouvelle Cuisine.

JORNAL DO BRASIL

Um sax tenor

influenciado

pelo

rock

l rra FrancoOVA IORQUE — "WyntonMarsalis é a razão pelaqual eu toco jazz hoje. Senâo fosse o seu Incentivo

eu nâo teria me tornado um músicode jazz". admitiu o saxofonista Bran-ford Marsalis. antes de embarcar pa-ra o Rio onde se apresent-a segunda-feira no encerramento do 5o FreeJazz Festival. Aos 29 anos. Branfordjá teve chances de se envolver profissionalmente com vários estilos demüsica. Em 1985, abandonou a bandade jazz de seu irmão um ano maisnovo. Wynton Marsalis, para acom-panhar o cantor Sting em suas incur-sôes pelo mundo do pop rock. e em 86gravou o best seller Romance for sa-xophone — em que interpreta com osax soprano peças de R»vel, Stra-vinsk e Satle."Em musica clássica, é funda-mental uma boa técnica e habilidadeno Instrumento para tocar com niti-dez a espiritualidade", ensina Bran-ford. "Em pop music, a técnica já nâose faz tào relevante, é preciso enten-der a música e tocá-la com sentimen-to para fazé-la funcionar. Jazz já émais difícil e intelectual na medidaem que se tem que criar a nossa pró-prla melodia. É a música concebidano presente, no aqui e agora. Mesmoque você toque uma música há oitoanos. você sempre acaba reinterpre-tando-a de forma diferente", explica,acrescentando, no entanto, que inde-pendentemente do estilo de músicaque se toca "tem que se colocar aalma para Interpretá-la.

0 primeiro contato de Branfordcom música foi através do plano,quando tinha quatro anos de idade,por Incentivo de seu pai, Ellls Marsa-lis, pianista de jazz. Aos sete come-çou a tocar clarinete, "que eu odeiotocar até hoje", trocando-o, aos 15.pelo sax. "Desde a primeira vez quetoquei um sax tenor, eu entendi queele é o Instrumento mais próximo davoz humana", conta. O estilo deBranford Marsalis. segundo ele mes-—mor-é-baseade-ne-som-do-sax-do-Be-n^Webster, de Lester Young e de SonnyRolllns, e na concepção de WayneShorter.

0 Interesse de Marsalis por jazzaconteceu mesmo aos 19 anos. "Naépoca do liigh-school. eu toquei emuma banda funk e queria ser umagrande estrela da mídia." Mas quan-to mais praticava e ouvia discos efitas de jazz. mais incorporava o seuswing. "É multo mais um desafiofazer o quo Charlie Parker fez do queChuck Berry". avalia. Marsalis aper-feiçoou seus skills jazzistlcos naBerklee School of Muslc. em Boston,mas foi na Southern Unlversity. depredominância negra, que "eu meencontrei". Durante o verão de 1980,começou a participar das bandas dosgrandes músicos de jazz como ArtBlakey, Llonel Hampton. que lhe deuespaço para fazer muitos solos, eClark Terry.

Mas tanto Branford quanto Win-ton Marsalis — que em função dosucesso obtido nos anos 80 tém setornado os Jackson do jazz, como re-conheceu a revista Rolhng Stone nasua edição de fevereiro do ano passa-do — foram fortemente influencia-dos pelo rock. em especial o de LedZeppelin. que ouviam muito em NovaOrleans. onde nasceram. Branford.que sempre quis tocar com uma boabanda de rock. conseguiu explorartodas as suas possibilidades comStlng, com quem veio ao Brasil pelaprimeira vez, o se confessou impres-sionado com o entusiasmo dos brasi-leiros por música.

Pelo que tem percebido da músi-ca brasileira através de discos e fll-mes ("Pixote e .Vica da Silva sâoverdadeiras obras de arte"). Bran-ford nâo acredita que se apresentan-do agora no Brasil na condição demúsico de Jazz terá que encantar umoutro tipo de público. "Eu acho queno Brasil o público nâo varia muitoporque a musica brasileira nâo é tâosegmentada como a americana."Embora admita que o jazz brasileiroseja muito influenciado pelos Esta-dos Unidos, "é possível reconhecerimediatamente o caráter e a forçada música brasileira". Entre seusmúsicos favoritos no Brasil, ele des-taca Milton Nascimento, "e claro .Ivan Lins, Nico Assunção, HermetoPaschoal e Elis Regina.

R T Fasanello

Branford MarsaUs chegou elogiando Ivan Lins e Elis

Tárik f/r Souza

SE

a primeira foi a noite doestranhamento, com dia-bruras zornlanas e o abis-sal Cecyl Taylor. a tercei-

ra, a noite de quinta-feira, deu arevanche ao conformismo. Umasalpicada (eles carregaram no sal)de fusion na abertura com o grupopaulista Zonazul e o arremate (elenâo dá ponto sem nó) do pop jazz/soul super bem calibrado de Geor-ge Benson.

Coalhada de globais (Inclusiveo proprio Boni e Sra.). yuppies,socialites e candidatos cheirosos aalguma dessas trôs categorias, aapinhada platéift saboreou comdeleite o hors d'oeuvre nacional(houve até um rápido bis) e Iam-beu os beiços com a piôce dc resis-tcncc (Benson reserva um mlni-s-how do três greatest hits para obis). O Zonazul abriu os trabalhoscom Pousada, um fusiominhomeio apático; mas o seguinte.Samburguer, funk-samba pontua-do por tamborim e curtos comen-târios free, deu uma pala da po-tenclalidade do grupo — mais bemexplorada, diga-se. no recém-lan-çado LP Lucanoz. de onde foi ex-traido o número. Exibindo-se emdiversos tipos de sopros (inclusiveum ortodoxo sax barítono). TecoCardoso é a estrela do grupo, quetoca envolto num misto de euforiae contenção, nos padrões apolí-neos da célebre escola de Berklee.Entre as dissonâncias de Um jegueem Estocolmo, bom projeto debaiâo-funk descendente do en-

avançar o sinal do Jazz ready ma-de, pronto para temperar estôma-gos leves.

Em quase duas horas de espetá-culo (incluído o seriado bis), Geor-ge Benson atestou sua ginga anfi-bia de único astro até agorapresente tanto no Rock in Rioquanto convidado do Free Jazz.Ele brinca nas onze. O único estra-nhamento que se permite é o uni-forme azul escuro de cinto e sapa-

tos pretos, que lhe confere aaparência de um guardinha can-tante dos velhos musicais da Me-tro, acentuada pelo pancake norosto sorridente e o bigodlnho ca-da vez mais fino. No repertório,ele dá o que elas gostam (e osacompanhantes aprovam): umabatelada de baladinhas e funks deglacê romântico (Ladij love me. Inyour etjes. The greatest love ofali), entrecortada por curtos e cer-

Jrnnr.mi.nin Miiog Davls/Herme-to Paschoal. e o ajardimuuTTãT:—^ía^aJrn n Znnasul não mostrou toda a potencialidade queque cósmico, o Zonazul nâo quis está gravada em disco

teiros solos de sua guitarra ladi-na. O baixista toca um pandeiro dearo preso ao pé. a gracinha voca-lista Kate Marcowltz reveza-se napercussão aditiva: enfim, é a ma-qulninha do showbicz bem azeita-da e de alta competência em plenofuncionamento

Benson faz "algo que me pro-meti da primeira vez quo estiveaqui": emula com perfeição o NatKing Cole de Unforgettable. Outroclássico que faz parte de seu showé a bela balada anciã Stardust("provavelmente nenhum de vo-cês tinha nascido nessa época",imagina bem humorado), únicaextraída do LP Tenderly. que che-ga às lojas brasileiras por estesdias. Brazilian stomp. sarnblnhafunkiado. saiu do LP que Bensongravou em dupla com outro gui-tarrista glamouroso. Earl Klugh.autor da música. Mas Benson ain-da homenageou a platéia á suamaneira cantando (com seu sota-que entre Nat Cole, Johnny Ma-thiB e Luther Yandross), "do meuamigo Ivan Lins", Love dance eDinorah, Dinorah. ambas do dis-co Give me the night, produzidoem 80 por Quincy Jones. E, lógico,depois de This masquerade nàopoderia faltar On liroadwaij. nu-ma enésima e elegante versão deseu maior sucesso. Delírio da ga-lera. o bis foi na medida para sa-ciar a todos. Aos 10 minutos desexta feira. GB e seu grupo (desta-que para o pianista e diretor musi-cal Barnaby Finch) batem em re-tirada no momento preciso.Timing is money. Muita coisa emcomum ele tem com o público queatulhou de automóveis as cerca-nias do Hotel Nacional.

'After Hoixrs'

Fotos do Frederico Rozàrlo

JORNAL DO BRASIL sábado, 26/8/89 o CADERNO B o .5

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6 o CADERNO B o sábado, 26/8/89 q T E I R» JORNAL.

DO BRASIL

Ví* RECOMENDA

FACA DE DOIS GUMES (Brasileiro). do Mu-nlo Salles Com Paulo José. Maneta Severo.Josò de Abreu e Josò Lewgoy Palácio-2 (Ruado PcissG'0 40 — 240-6541) 13M0. 1 5h30.

1 7h20 19h10 21 h Leb/on2 (Av AioijKo dePaiva. 391 — 239 6048) Ti/uca / (Rua Condede Bc nlim. 422 — 264 6246). Copacabati(Av Copacabana 801 — 2bb 09b3) 14h10.16h 17h60. 19M40 2IM30 (16 anos) As 2'.3» 5» o 6* duas pessoas pagam somente umingresso, mediante a apresentação do cartão JBe do cupom do Guia do Assinante Continua¦çàoAdultério, crime e corrupção na trajetória de umadvogado. Que descobre o romance da mulherc.om o sOoo e melhor amigo Baseado no ro-mance de Fernando Sabmo Produção de1988TUCKER — UM HOMEM E SEU SONHO(Tucker — The man and his dream). do F ranesFord Coooola Com Jeff Br dges. Joan AfienMartin tandau e Fredortc Forrest Lido 1 (Praado Flamengo 72 — 28b 06*12) 1 bh 17h10.19h20. 21 h30 (Livro) ContinuaçãoBaseado na história rea! do Preston Tucker,criador de um carro revoiuc-onáno. mas derroJado poios poderosos da >ndustr>a automobilis-tica EUA/1988INDIANA JONES E A ULTIMA CRUZADA(Indiana Jones and lhe last crusade) do StevenSpielborg Com Harrison Ford Soan Connery.Dfinholm EMiott e Hiver Phoenix Largo do Machado 2 (Largo do Mac hado 29 • 20b 68*12)14h. 16h30 19h 21H30 Paronesa (Rua CJnd do Benicio. 1 747 — 390 bMb) 1 3h3Ü. 16h1 8h30 21 h (10 anos) ContinuaçãoA procura do Santo Graal. o herói envolve-secom criminosos nanstas com uma perigosamulher e com o pai. um professor não acostumado a aventuras EUA/19BSLIGAÇÕES PERIGOSAS (Dangerous liai-sons) de Stophcn Frears Com Glenn C'oso.John Malkovich Micholie Pf©iff©r o SwoosicKurt;. Art Fashion MaII 1 (tstrada da Gávea899 — 322 12b8) 1bh1b 17h30 19h4b 22hLido 2 (Pra>a do Flamengo 72 —• 28b 0642)14h30 16- ' 19h10 21h30 11 4 anos) ConvnuaçàoNa sociedade pars>onse do sOcuio XVIII umamarquesa e sou e« amante brincam de envolveras pessoas em um jogo erótico sem nenhumescrúpulo. Baseado na obra de Chodorios deLaclos Oscar rfo melhor cenografia figurino eroteiro adaptado lnglaterra/1 988A OUTRA (A nother woman). de Woodv AHenCom Gona Rowtands, Mia Farrow. Gene Hackman e lan Ho'm Jóia (Av Copacabana 680 —256-7121) 14hb0 I6h30 18h10 19hb021h30 (l'vre) ReapresentaçàoDrama ps'C0lóg'C0 Professora universitária co-m«>ça a cjuoshonar a própria vida Quando passaa ouvr, através da paredo as consultas de umanalista v /snho EUA/1988A FESTA DE BABETTE (Babettes feast) deGabriel Axel Com Stephane Audran. B<rg>tteF edorsp ei Bodn Kjere e Vibefce Hastrup Cãnd'do Mendes (Rua Joana A.r>gei'ca 63 — 267-7296: dl' 2' a 6* as 1 C-.fi 18h 20h, 22hSábado e dom.ngo a part r das 14n (Livre)ReapresentaçãoMulher mister osa vai trabalhar na casa de duasirmãs num viiarojo perdido da costa d namar-Quesa Tempos ma-s tarde cia recebe um p'ém.0de »otoria e gasta ioda a fortuna preparando umautént.co banquete francês Oscar de melhorhime estrangeiro Dinamarca/1 988PROVIDENCE Providencia. d" Ala n Resna s Com D ?» B<~»garde [ len Burstyn JohnGie'gud e David Warner Complemento Caramu/o flor. de Joe' Pi/7mt Estação 3 (Rua Voluntános da Pátria 88 286 6149) 17h19Mb 21h30 Ate amanhã (18 anos) Reaprese nt açãoEm sua mansão — Providence — um escritorseptuagenar<o rememora os fantasmas cie suavda. da sua obra e da doença que o consomeF rança/1978

MestréiasPOWAQQATSI ( Powaggatst) d«» Godfrey Regg<o Mus»ca de Ph iip Gíass Cinema 1 (Av PradoJún.oi. 281 — 296 28f- '¦ 16n30 1 >'30 19h30.21 h30 (10 anos)Sem enredo nem d-.Yogos. o f->me mostra umaudiovisua' que lustra o contraste entr.» a a talocnologta e as culturas ma s pr mit.vjs fcUA/1988INCONTROLAVEL PAIXÃO W/me mischiel)de Michael RadfO'd Com Sarah ies Joss Ac»and. John Murt e Greta ScaccJ' Art Casa^hot)

pmg 1 (Av Alvorada V a 11 2 1 bO • 32b 0746)de 2* a 6* t'js 1 7h 1 9h 21 h Sábado e domingo apartir das 1 bh Star Ipanema (Rua Visconde dePirajá 371 b? 1 4690) 1 bh. 1 7h20 19h4Q.2?fi Sáhado nio haverá a ultima sessão B'un< T</ucê (Rua Conde de Bonfim 370 -- 2b4 89 *b)

1 4h30. 1 6h4Q. 18Mj0 21h (14 anos)Intr.gas se»ua s p drogas envolvem a morte m.ster-osa de um conde britânico no Quêr> a em 1940Inglaterra-' 1 988FEITIÇO DIABÓLICO ISpe/lbindc) do J.inciGree» Com Timothv Da'y KeMv Preston R.ckRossovtCh f Audra Lindioy Aferro &<^a>ista (Ruado Passe>o. 62 - 240 1 291) Condor Copacabana(Rua Figueiredo Maga^hàes 286 — 2bb 2610).Lnryo do Machado I (largo do Machado 29 -205*6842). PioSu' (Rua Marquês de São Vicentejf ? ,A.4 666 32b-6*18/) 14h, 16h 18h 20h ?2hT t/uca Pa lace t (Rua Condo d«* Bonfim. 214 —228 4610) 1 bh 1/h 1 9fi 2'h (lOanos)Ter»or Advogado socom» uma mulher os dois seapaixonam mas e e descobre que eta tom um passado m st»'r-oso envolto em b'u»arias e mentesEU A/1988ENCURRALADO EM LAS VEGAS (Heal) deJerry Jame&on Com Burt Re-vnoids Karen VoungPeter Macnico' e D ana Scarwid Odeon (Pi.aMahatma Ganorv. 2 — 220 383b) 14^i 16h10.

18h20 20h30 São Lwz 2 (Rua do Catete. 307 —28b 2296). Opera 2 (Pra<a de Botafogo. 340 —bb2-494b). Barra 2 (Av das Américas. 4 666 —32b-6487) 1 bh. 17h10. 1 9h20. ?1h30. Canoca(Rua Conde de Bonfim. 338 — 228 81 78). Ma-dureira 3 (Rua João Vicente. 1b — b93 2146)Node-Shopping 1 (Av Suburbana b 4 74 — b929430). Ramos (Rua Leopoidma Rego b2 — 2301889) 14h30. 16h40. 18hb0 21h (1 4 anos)Homem viciado em jogo pretende do>*ar Las Vo-gas. mas envolve se com gangsters o precisa lutarpara sobreviver fcUA/198 7THUNDER 3 — 0 HOMEM TROVÃO Thunder3). rio Larry Ludman Com Mar»; Gregory. HorstSchon. VVerner Pochath e Ingnd Lawrence ArtCasashoppmg 2 (Av Alvorada Via 11 2 1 bO —32b 0/46). Art Ti/uca (Rua Condo de Bonf m.406 — 264 9678). Madureir.t 1 (Rua D.igrrw d.iFonseca. 54 — 390-2338) 15h30. 17h20 ;9h10.21 h Sábado nào havorã a última sessão no Art 7<-\uca Pathè (Praça Flonano. 4b — 220-31 3b) do2" a 6". âs 12IV 13h40 16h20 17h ' 8h4020h20. 22h Sãbado e domngo. a partir das1 3h40 Paratodos (Rua Arquias Cordeiro 3b0 —281-3628) 14h20 16h. 17h40 19h20. 21 hCampo Grande (Rua Campo Grande. 880 — 39444b2) 1 bh. 17h. 19h. 21 h (lOanos)0 üdor do uma reserva indígena jura vingançadepois que um e* coronel mata seu amigo ind»oEUA/1988

ÊÊCONTINUAÇÕESFESTA (Brasileiro), de Ugo G-orgott' Com Antomo Abujamra Adriano Stuart, Jorge Mautner eVara Jamra fíicamar (Av Copacabana 360 -237 « 9932) de 2* a 6\ lis 14h30. 1 6h 17h30.19h. 20h30, 22h Sábado e domingo, as 20h30.22h (lOanos)

A históna gira em torno de três personagens pobros — um músico, um jogador do sinuca e umvelho decadente — contratados para animar umafesta da alta sociedade Produção de 1 988OS SAFADOS (Dirty rotten scoundrels) deFrank 0<f Com Stevo Martm, Michael Came. Glen-no Headiy o Anton Rodgers SAo Lua l (Rua doCaleie 30/ — 286-2296). Opera ' (Piaià de üo(afogo 340 — bb2 494b) Ro*y (Av Copacabana. 94b — 236-6245), Leblon I (Av Ataulfo doPaiva. 391 — 239-5048). Barra 3 (Av das Amér»-ras. 4 666 — 326 648/') 16h 17hl0 19H20.21h30 América (Rua Conde do Bonfim. 334 —264 4246). Madurara 1 (Rua Dagmar da Fonseca b4 — 390 2338) Niterói Shopping 2 (AvSuburbana b 4 74 - b92 9430) Art Méier (RuaSilva Rabolo 20 — 249 4644) 1 Jh30. 16h40.18h50. 21 h (lOanos)Dois espertos golpistas vivem de (irar dinheiro dosincautos, num rico ba'neãno francês Eles fa/emum trato o primeiro que conseguir arrancar bO m>ldólares do uma mulher fíca com o direito de atuarsonnho na área EUA/1 988SOLIDÃO — UMA LINDA HISTÓRIA DEAMOR (Brasileiro) do V»clor d' Mello Com Rogòno Samora Marcoiia Praddo. Maitô Proença eJosé WiU.er Palácio-1 (Rua do Passeio. 40 --240-6541) 13h40. 1bh30 17h20 19h10. 21 hTi/uca Palace 2 (Rua Conde do Bonfim. 214 —228 4610). Olana (Rua U'anos. 1 474 — 2302666) Madure<ra 2 (Rua Dagmar da Fonseca 54

390 2338) 1 bh30 17h20. 19hl0 21 h Palácio(CampoGrande) 16h 1 7h50 1 9h40 (14 anos)Jovem imigrante português torna-se prósperobanqueiro de b«cho. mas sua v;da muda depoisque se apamona pela mulher do melhor amigoProdução do 1 988A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER Theunbearable hghtness of betng). de Phthp Kaufman

Com Daniel Day-lows. Juliotte Bmoche. LonaO><n e Dorek do Lm» Veneza (Av Pastour 184 —29b-8349). Tt/uca• 2 (Rua Conde do Bonfim. 422— 264 5246) 1 bh 1 8h. 21 h (16 anos)Médico e fotógrafa vivem apaixonada historia deamor quando e*plodo a repressão em Praga o elessão obrigados a emigrar Baseado no romancehomônimo do Milan Kundera f-rança/1988

AMOR NAO TEM SEXO (Pncl up your ears)de Slephen Frears Com Gary Oldman. Alfred Moima. Vanessa Rodgrave o WalUace Shawn Stucfio¦Copacabana (Rua Raul Pompéia 102 — 2478900) 14h30. 16M60 I9h10 2Hi30 (18 anos)Baseado em fatos reais O trágico relacionamentohomosse*ual entre Joe Orton. autor teatral inglêsdos anos 60. e seu amante. Kenneth MaUiWoliEUA/1987AS AVENTURAS DO BARÃO MUNCHAU-SEN (The adventures of Baron Munchausen) deTerry GdHam Com John Neville. Eric Idle SarahPolley e Olíver Reed Art Copacabana (Av Copacabana. 7b9 — 23b 489b) Art Fashon Ma/l 2(isnada da G.)vea 899 - 322-1 268) 1 5h7h20. 1 9h40 22h Sãbado não haverá a últimasessão no Art Fashion Kl ali 2 Art Casashoppmg 3{Av Alvorada. V-a 11 2 1 bO— 325 0746) do 2* a6* as 16h20 18h4Q. 21 h Sábado o domingo apartir das 14h (L'vre) Desconto do 30% em todosos cinemas, mediante a apresentação do cupom doGuia do assinante o do cartão do leitor JBComédia O Barão Munchausen, oficial da cavalar<a a serviço de Frederico, o Grande, reúne osamigos para contar suas fantásticas o inacrcctoã*ves aventuras Inglaterra/1989CORRA QUE A POLICIA VEM Ali (The nakedguri) de Dav d tucker Com Les'io N.e'sen Pr«scilla Presley. Ricardo Montalban e Goorge Kennedy Art Fashion Ma/l -J (Estrada da Gávea 899

— 322 12b8) 1bh20 17h 18h40. 20h20 22h(Livre)Comédui Conspiração para matar a rainha da Inglatorra pòe em ação um policial trapalhão, queprecisa descobrir o assassino durante uma partidado beisebol EU A/1988A PRINCESA XUXA E OS TRAPALHÕES(Brasileiro). de José Alvarenga Jr Com RenatoAragâo. Dedo Santana. Mussum. Zacarias. Xu*aMeneghel o Paulo Rds Art Madureira 2 (Shopp-pmg Conter de Maduretra — 390 1827) 14h, 16h.18h 20h Ricamar (Av Copacabana 360 — 2379932) sabado e domingo, ãs 14h30. 16h, 18ha .-o)Num outro planeta princesa vive prisioneira emsou castelo até receber a ajuda de urn aventureiro etrês príncipes rebeldes Produção do 1 989O MESTRE DA MUSICA (Lo maltre de musi•gue) do Gerard Corbiau Com Jose Van Dam.Anne Roussel PMitipoe Voltor e Sylv-e FennecArt Fashion MaH 3 (Estrada da Gávea. 899 —322-1 2b8) do 2' a 6' ás 16h. 18h. 20h. 22hSábado e domingo a partir das 14h (14 anos)Desconto de 30% mediante a apresentação dorupom do Guia do assinante e do cartão do leitorJBE* cantor finco dedica-se a preparar dois alunospara concurso de canto patrocinado por um prino-oe seu rival há 20 anos Bélgica/1988MreapresentaçõesA PEQUENA LOJA DOS HORRORES (Lmleshop ol honors) do Fran/ O* Com Rick Moranis.EHon Groene. V>ncent Gardênia e Steve MartmStud'0 Paissandu (Rua Senador Vergueiro 3b —26b 4663) 14h 10 I6I> 17h60 19h40 21h30(Livro)Versão de um musical da Broadway que. por sua

vo/. foi baseado em um filmo da década do 60Numa floricultura os negócios vão mal até que unijovem começa a criar uma pequena planta carnivora que. á medida que vai croscendo. canta, dança oexige como alimento sores humanos EUA/1987SUBWAY (Subivay). de Luc Bresson. Com Isa-bello Adjani. Christophe Lambert o Jean-HúghesAnglade Estação I (Rua Voluntários da Pátria. 88— 286 6149) 16h. 20h Até amanhã (lOanos)A mulher do um executivo envolve-so com umdesconhecido, que vive nas galerias do metrô dePar s o que roubara documentos comprometedorespara seu mando França/1 985IMENSIDÃO AZUL I rim biq blue) de Luc Besson Com Rosanna Arquotte. Jean-Marc Eíarr.Joan Reno. Paul Shenar e Sorgto Castellitto EstacJo t (Rua Voluntários da Pátria, 88 — 2866149) 1 8h. 22h Até amanhã (Livre)f >lme baseado na história real do um mergulhadormu'to especial o seus campeonatos do mergulholivre, onde seu maior rival é um antigo amigo deinfância Franca/1988UM ROBÔ EM CURTO-CIRCUITO (Shoncircuit 2) de Kenneth Johnson Com Fishor Stovens. Michael McKean. Cynth>a Gibb o Jack Wes-ton Lagc\i Dnve In (Av Borges de Medeiros.1 426 — 274 7999) 20h30. 22h30 Ate amanhã(Livre)Robô reprogramado, após receber descarga elétri-ca deixa a pa/ do sua casa do campo para enfronlar as agruras da cidade grande EUA/1 988KUARUP (Brasileiro) de Ruy Guerra Com Tau-maturgo Ferreira Fernanda Torres. Cláudia Raia oLucélía Santos Busto! (Av Ministro Edga' Romo-ro .J60 — 391 4822) 1 bh. 17h. 19h. 21 h (14anos)Padre em cnso existencial va« trabalhar como mis-sionãuo entre os iridios do Xingu o. na vo'ta.engaja so na luta poiit'ca contra o regime militarBaseado no livro de Antônio Caiiario Produção do1988Mextra

2?BBnnEJÊÊEinÊinEiEiir

mSHOPPINGSART-CASASHOPPING 1 - Incontrolèvel pai-*ào de 2* a 6V as 17h 19h 21 h Sábado edomingo, a partir das 1 bh (1 4 anos)ART-CASASHOPPING 2—7 hundiff 3 — Ohomem trováo lbh30. 17h20 l9h1Q 21 h (10anos) Curta Os romances de Dona Olinda Olanda de <at<a MesselART-CASASHOPPING 3 — As av enturas doBarão Munchausen de 2* a 6'. as 16h20. 1 8h4Q21 h Sábado e domingo, a partir das 14h (Livre)Curta A superfície domada partida dobrada deNewton SilvaART-FASHION MALL 1 Ligações perigosas1 5n1 b 1 7h30. 19h4b 22n (l^anos) Curta Suite Bahia de Agnaldo S<r> A/ovedoART-FASHION MALL 2 - As aventuras doBarão Munchausen 1 bh 1 7h20 19h40 22h Sàbado náo haverá a ulfma sessão (L<vre) Curta Asuperfície domada partida, dobrada de NewtonSilvaART-FASHION MALL 3 O mestre da músicade 2* a 61* as 16h 18h 20h 22h Sábado edomingo, a partir das 1 4h (14 anos)ART-FASHION MALL 4 Corra gue a policiavem ai 15h20. 17h. 1 8h40 20h20. 22h /Lrvre)BARRA-1 feitiço diabólico 14h, 1 6h 1 8h.20h. 22h (lOanos)BARRA 2 ê ncurralado em Las Vegas 1 bhI7hl0. 1 9h20. 21h30 (14 anos) Curta Carnavalde Franc sco Liberato de MatosBARRA-3 - Os safados 1 bh 17h10. 19h?0.21h30 (10 anos) Curta Trajetória do frevo doFernando SpencerNORTE SHOPPING 1 — Encurralado em LasVegas 14h30. 16h40. 18hb0 21 h (14 anos)

Curta Os romances de Dona Olinda Olanda deKafa MesielNORTE SHOPPING 2 - Os safado', 14n301 6fi40 1 8hb0 21 h (lOanos) Curta Justiça paraManoel Congo de M iton do Aiencar JúniorRIO SUL Feitiço diabôtrco I 4h 16h 1 8h 20h22h (lOanos)

Mcopacabanã~ART-COPACABANA Js aventuras do fí.nAoMunchausen 1 bh 17h20. 19040. 22h (Livre)Curta Fai ma' II. de StilCINEMA PoivaQoatsi 1bh30 17h3019h30. 21h30 (10 anos) Curta Cama vai. deFrancisco Liberato de MatosCONDOR COPABACABANA Femço d*abóhco *4h 16h 18h 20h 22h (lOanos) C.urtaMelodrama de Jorge MansurCOPACABANA faca de do-, <junvs 14M0.16h. 1 7h50. 19h40 21h30 (16 anos)JÓIA 4 outra 14h60. IO 3j I8h10 19h60.21h30 (Livre)RICAMAR /psm de 2* j >j- as 14n30 16h.17h30 19h. 20h30 22h Sabado e domingo, às20h30 22h (10 anos) A prmces<i Xu*a e 0%trapalhões sábado e dom ngo âs 14h30 16h.18h (Lrvro)ROXY - Os safados 15h. 17hl0 19h20 2lh30(10 anos)STUDIO COPACABANA O amor não temse*o 14h30. 16h50. 19h10 21h30 (18 anos)

Kl PA NEM A ELEBLONCÂNDIDO MENDES A tenn de Babette d«2-a 6' às 16h. 1 8h 70h. 22h Sábado e domingo a

partir das i4h (L-vr«») Curta Ibtfô Camargo. P>n-tora. p>ntura de Mâr»o AugustoLAGOA DRIVE-IN Um robô em curto circuito20h3Q 2?h30 (Lrvre) Curta Roberto Rodriguesde Antônio Carlos AmáncioLEBLON 1 - Os safa-los 1 bh 1 ?M 10 19h2021h30 (10 anos) Curta Justiça wa ManoefCongo de M ton de Alencar JumcwLEBLON-2 Faca do dou gumes 14t» 10 16h.1 7h50 19h40 21 h30 (16 anos)STAR IPANEMA Incontrofàvef p*n*ão 1 bh.i 7h20. 1 9h40 22h Sábado náo haverá a uit masessão (14 anos) Curta Um d>a Mana. de MarcoAntônio S mas

MbotafogoBOTAFOGO —- Garganta profunda 2 1 3h30.16h25 19h 15 (18 anos)ESTAÇÃO 1 — Subway 16h 20h (10 anos)Imensidão azul '8n 22h (Lrvre)ESTAÇÃO 3 — Provtdence 1/h 191.16 21h30(18 anos )OPERA 1 Os sátados 16h 17h10 19M2021h30 (10 anos)Opera 2 ~ Ery: urra lado em Las Vegas 1 bh.l/h10 19h20 21h30 (14 anos) Curta Justiçapiira Manoel Congo, de Milton A'encar JumorVENEZA A insustentável leveza do ser 1 bh18h. 21 h (16 anos)

Catete e flamengoLARGO DO MACHADO 1 Feitiço diabólico14n 16h 18h 20h 22h (lOanos) Curta Me/od'ama de Jorge MansurLARGO DO MACHADO 2 - Indiana Jones <• .#uinma cruzada 14h I6h30 19h 21 h30 (10anos) Curta Sertão do conselheiro de AgnakjoS r. A/evedo

LIDO 1 Tucker — Um hçytyem e seu sonho16n 17hi0. 19h20 21 "30 (L.vie)LIDO 2 L*gaç<Ses wjosas 14h30 HihbO19h10 21h30 (14 anos) Curta Ku/tura té na ruado Octàvio Be/orraSAo LUIZ 1 ¦ Os safados Ibh l/i.io 'Í»n2021h30 (lOanos)SAo LUIZ 2 t ncurralado em L as Vegas 1 bh.17h10 19h20. 21h30 ('4 anos) Curta Carnaval.de Francisco Liberato de MatosSTUDIO-CATETE Vespãma a prefeita erótica14h50 16h 10. 1 7h30 20h10 21h30 í1R^«>STUDIO PAISSANDU - ^ pequena lo/a doshcyrores 14hl0 16h. 17hb0 19h40 21h30 (L*-vro) Curta O visionãno d« Ney Costa Santos

MCENTROCINEMATECA DO MAM — Ver a programaçãoem MostrasHORA — Kuarup 11h 13h. 1 bh, 17h 19h (14anos)METRO BOA VIST A — Feitrço diabólfCO 14h.16h 18n 20 h 22h (lOanos) Curta A santa domaracatu de Fernando SpencerODEON — Encurralado em Las Vegas 14h.16MQ. 1 Bli20. 20(i30 (14anos)PALACIO-1 - Sohdão • Uma linda história deamor 13h40 '6h30 17h20 19h10 21h (14anos)PALÁCIO 2 Faca de dois gumes 13h4016h30 1 ?ft20 I9li10. 2lh (16anos)PA THE - Thunder 3 0 homem trovão do 2* a6* às 12h ' 3H40 16h20 1?h. 18h40 20>>2022h Sábado o dormrvgo a parfr das 1 3h40 (10anos) Curta MAM SOS do Wa!ter Carvalho

VITORIA Vespánia, a prulmta erónca 14h201 5h40 1 7h. 18h20, 19h40. 21 h (10 anos)

MtijucaAMÉRICA Os salados 14h30 'C.h40 18h5021 h (10anos) Curta Tra/etóna do frevo do f wnando SpencerART-TIJUCA Thunder 3 — 0 homem trovão1 bh30 1 7h20 19h10 21 h Sábado não haverá aultima sosvão (lOanos) Curta Lampião capitãoMalazarre de Octávio Be/orraBRUNI-T1JUCA - Incontrolãvel ptnão 1 4»>3016h40 1 BhbO 21 h (14 anos) Curta Santa domaracatu do Fernando SpencerCARIOCA Encurralado em Las Veg^ts 14h30.16h40 18f<50 21^ (14 anos) Curta Pal<k:ioMonroe uma épix:a em ruínas, de Còlu Gonçal

TIJUCA 1 — F oca de do<s gumes 14hl0 16h.1 7h50. 19h40 21 h30 (16 anos)TIJUCA 2 — A insustentável leveza do ser 1 5h1 Bh. 21 h (1 6 anos)TIJUCA-PALACE 1 ~ Fen>ço diabólfco Ibh1 7h. 19h 21h (10 anos) Curta Carnaval deFrancisco L berato de MatosTIJUCA-PALACE 2 - Sohdão - Uma lindahistóna de amor 1 5h30 1 7h20. 19h 10 21 h (14anos)

MméierART-MÊIER Os sata<1us 14h30 16h401 8hb0 21 h (10 anos)BRUNI-MEIER Cenas eróticas 16h. 1 6ii301 8h 19fi30 21 h (18 ano-.)PARATODOS Th under 3 O homem trovão14h20 16M 1 ?h40 I9h20 21h (10 anos) Cun.)

Pa'ãcio Monroe. uma época *Gonçalvos

rumas, de Célio

MRAMOS E OLARIARAMOS Lncurralado em Las Vegas I4h301 Gn40 1 8hb0 21 n (14 ,»nos) Curta Tra/etóna dofrevo de Fernando SpencerOLARIA Sohdão • Uma linda históna de amorI 6h30 1 7h20 1 9h 10 21» |14ano:.l

mMADUREIRA EJACAREPAGUÁ

ART-M ADUREIRA 1 Thunder 3 - O homemtrovão 15h30. 1 7h20 19hl0. 2ih (lOanos)ART-MADUREIRA 2 A princesa Xu*a e osTrapa!hôes 14h, 16h 18h. 20h (Livro)BARONESA — Indiana Jones e a ultima cruzada13h30. 16h. 18h30 21h (10anos) Curta 1924— Bendxa revolução de Sérgio SandersonBR ISTO L Kuarup Ibh. 1 7h 191» 21 h (14anos)MADUREIRA-1 - Os safados !4h30 1 Gh401 8hb0 21 h (lOanos) Curta Justiça para ManoelCongo de Milton de Alencar JúniorMADUREIRA 2 Sohdão Uma linda histónade amor 1bh30. 1 7h20 19h10 21 h (Manos)MADUREIRA-3 Encurralado em Las VegasI4H30 16h40 18Hb0 21 h (14 anos) Cúria192^ Bendua revolução de Sérgio Sanderson

mCAMPOGRANDECAMPO GRANDE Thunder 3 O homemtrovão 'bh 17h. 19h. 21 h (lOanos) Curta Meunome ê de Dav>d QtxntanaPALÁCIO Sohdão - Uma linda história deamor 1 6h 1 7hb0 19h4Q (14 anos)

Wm ESPECIAL J»_ 85.CAMISETA

MANGA COMPRIDA - 4QProroci) >iiia enquanto dunr«estoque

VENÇA ESPKIAL ífis

Di vujgac A

¦ - - v imMm-WWvm. .Ac i *v'^ rnJWM

^HHL. ¦" *. R—' . s g|. ir mJSlGr

fa perplexidade-

POR VOLTA DA MEIA NOITE (Round m,dmght) de Bortrand Tjvermer Com De*ter Gofdon.Franco«s Clurot. Gabrielle Haker o Sandra HeavesPhillips Ho|0. ás 23h30 no Studio Paissandu.Rtja Senador Vergueiro. 3b (Livre)Levemente inspirado na vida do Bud Povveil oLester YounQ dois ja//istas n»»(jros norte amencanos duo vão para Pans no fina' da década de bONo filme o musico frustrado e alcoólatra encontraapoio o ajuda de um grancOs aficaonado por jazzEUA/1986A PEQUENA LOJA DOS HORRORES (Littleshop of horrxys) de f »an/ OZ Com R>cV MoranisEHon Greene Vtncent Gardênia o Strve MartmHoje á me a noite no Cândido Mendes Rua Joana Angélica 63 (Livro)

MmostrasCENTENÁRIO DE JEAN COCTEAU (XII)Hoje Joan Coctoau (Joan Cocteau). documentar*o »íe Paul Seban Cinemateca do MAM (AvBeira Mar s/n") 16h30 Vorsào origina' sem iegendas Entrada IrancaDopoímonto de Cocteau sobre as pessoas duo omfluoncaram o sobro os artistas do sua épocaFrança/1 964HOMENAGEM PÓSTUMA A BERNARDBLIER — Hoje Crime e castigo (Crime et chã timent) de Goorgos Lamp.n Com Rob^rt Mossn.nJoan Gab n Bernard B'«er n Marma Vladv Cmema teca do MAM (Av Beira Mar. s/n •) 1 8h30Adaptação do romance do Dosto<evs»» Franca/1 9b6CENTENÁRIO DE JEAN COCTEAU (XVIII —FINAL) — Hoje Tt\onu*s o imposto' (ThpmasIimposteur) de Georges ^ ran(u Com Emmanuo^eRiva. Jean Serva-s o Fabrico Rou'oau Cmen>atei~ado MAM (Av Beira Mar i/n") 20fi30 Versãoorigmai sem legendasAdaptação de uma peça de Joan Cocteau f rança.1964Upré-estreíãs~~A ARMADILHA DE Vf NUS (OlO Venusljtle) doRobert van Ackor«»n Com Myr-em Roussel HorstGunthor Mar* o Sonja Kirchberger Hoje. á meianode. no Art-Copacab*»na Av Copacabana 759 oArt Fashion MaH 2 Estrada da Gávea 899 (14anos)Medico do 30 anos vivo obcecado pela 'deia deencontrar a mulher ideal e vaga pela oddde aprocura d»« um grande amor Alemanha/1 988MOMENTO DO DESTINO A ume of destm>)de Gregory Nava Com vV-Miam Murt 1 «mothy Hutton Meltssa Leo e f rancsco Rabal Hoje á nu»,ano>to no Rio Sul. Rua Marquôs de São V rente52 (lOanos)Durante a guerra iovem basca apai»<jna so porsoldado Sua lamina e contra •• o -rmâo mais ve'hop*>rsogue o rapa.' f»ngindo se s»?u amigo EUA/1 988GRINGO VELHO (O/d grmgo) de lus Puen/oCom Jane Fonda Gregory Pl»c» J.mmy Sit^ t*., «Anne Pitonia*. Hoje. ár. 21 h no Art Ti/uca F*uaConde do Bonfim 406 o ás 22h no Art FashionMaH 2. Estrada da Gávea 899 e Star /pkinema RuaVisconde d*' Pirajá 371 (14 anos)Velho |Ornal'Sta mulher des>iud'da o general doirjm s»:; no Me*TO *> vivem urra grande p.» »âuAdaptação do romance do Carlos f uontes EUA;1988007 — PERMISSÃO PARA MATAR (l,cerre toki/l), de John G'en Com Timothy Dalton C.arevLoweO Robert Davi o Ta>>sa Sc»to Hoio. á me*ano te no Largo do Machado I Largo do MachaooT^eJ^et^ory ¦' Av .P.)...-... jp.;—i

Nesta nova aventura Jarn«íS Bond arr«w,a a carrerae a vida depois de jurar acabar c.om o traf-co dedrogas na Amenca Latma EUA/1 989ADORÁVEL SEDUTORA ÍHer .i"tfi cieBeresford Com tom Se^oc» Pauima Pon/kovaW»n»am Daniels o James Farentmo Hoje á me*anoite no Leblon 2 Av Aiauito de Parva 391 (14anos)Escritor do histórias povoais conh«w;i* bola mulher,k usada de assassinato mas resolve a;uda a fc>rnecendo lhe um ái<b« EUA,-1989

Cinema/CRÍTICA ? 'Powa.qqa.tsi'

Entre a

beleza e a

O Terceiro Mando é abordado pela tabelinha Godfrey Reggio e Philip Glass sem exotismo

Susurui Scltilil

AVISO

inicial: quem resistiu ao mi-pado das imagens delirantes queopunham nature/.a e progressocm Koyatmisqatsi, tem grandes

chances dc também nào embarcar na segun-da aventura visual proposta pelo c\-mon-ge Godfrey Reggio, Powaqqtitsi. desde quin-ta-feira cm cartaz no Cinema-1. Quemgostou da experiência, porém, tem iodos osmotivos para repelir a dose, provocada pelafone combinação de beleza e perplexidadede su.is imagens. M.ns que cinema. Reggio,um americano dc Nova Orlcàns. propõeuma reflexão filosófica. E radicaliza a inlen-çào. recusando ao espectador alguns supor-tes habituais da relação com o cinema, comoenredo convencional, narração, atores, pala-sras. Mesmo sem o impacto do novo, ofere-cido pelo seu antecessor. Powaqqaisi preser-_\a a essência da iinCTiçàô-de-RMgio; danjmnovo tempo c reflexão a imagens nào neces-sariamente desconhecidas, algumas, pelocontrário mais do que balidas por documcn-tários ou telejornais, mas perdidas na emur-

rada audiovisual que brinda o cidadão pós-moderno.

Koyaanisqiitsi no dialeto dos Índios ame-ricanos Hopi, significa "vida louca, desequi-librada". Ponatiquisi, segundo a mesma fon-le. significa "vida cm transformaçãonegativa". E para ilustrar a expressão, Reg-cio fez um périplo do subdesenvolvimento,filmando um tolal de S7 horas distribui-das por de/ paises de cinco continentes, k,cm imagens deslumbrantes, lemos a condi-çào de vida urbana c rural de Índia. Egito,Nepal. Hong-Kong. Quênia. Peru e Brasil, aquem coube abrir o filme com uma sequén-cia admirável dc Serra Pelada, com seuspeões escalando pedreiras com sacos ás cos-las como escravos egípcios cm superprodu-çòcs de Cecil 1!. de Mille. Um deles, carrega-do pelos companheiros, adquire a dimensão

~ik,iim Crislo inerte, o ventre encolhido, opeilo arfanle. os braçõFcsTerttirdffs:

Cámcras virtuosas dc Graham Berrve Leonidas Zourdoumis mostram aspectos

do Terceiro Mundo, como rostos de crian-ças, camponeses em atividade, comunidadescm rituais folclóricos c rclieiosos. Repetindoo eficiente casamento da experiência ante-nor. a música dc 1'hilip Glass confere aofilme um rumo especial e próprio, desta vezainda mais enriquecido com ritmos brasilei-ros, africanos, coros infantis hispânicos.Com um olhar c um tempo muito partícula-res. Pouaqqatsi recusa transformar o sub-desenvolvimento cm exotismo. e acentua oabsurdo de diferentes modos de vida revê-laudo a vulnerabilidade c fragilidade dc seuspersonagens sem nome. mas transbordantesde expressão (ao contrário de tantos nomesfamosos, e sem qualquer expressão).

Para os adeptos do gênero, uma boanoticia: Reggio prepara o último filme dcsua trilogia, que levara o nome de Nakoiq-uaisi "vida em guerra". Se o plancta, como,„deixa-supof-o--pessimis-la-i-^"_Rêggio, nàocvplodir até lá

Cotação: ***

S3

JORNAL DO BRASILROTEIRO sábado. 26/8/89 o CADERNO B o 7

V40OIJOE70OO

NA PONTINHA 00 SONHO — Teatro do an,mação Texto de Silvino Fernandes Com os gru-pos Zero de Teatro e Teatro de Bonecos PatatiPatatá Teatro de Cultora Laura Afvim Av Vie r,}Souto. 176 (247 6946) Sab e dom às 16h304nf}íessos a NC/S 9 00 Desconto de 10% no mgresso mediante apresentação de cartão de leitordo J B Até d»d 1 7 de setembroTOM E THÊO Texto e direção de ArnaldoMiranda Testro Posto Sois. Rua Francisco Sá b1(247-5443) Sab e dom ,1$ 1 /M30 Ingressos ,iNC?S 10 00

BRUXO E O REPOLHINHO AZUL Textode Wall B.nret Direção de Ada Souza Lima JedtroAmérica. Rua Campos Sales 118 (234 2068)Sab dom e feriados, às 17h30. Ingressos a NC/S7,00 Até dia b de novembroII FESTIVAL DE TEATRO AMADOR DO LI-CEU — Sàb . apresentação de O menino Queaprendeu a voar com o grupo Encenação ás7h30. no Liceu de Artes e Oficio. 'Rua FredericoSilva. 86 Ingressos a NC/S 1 00MARIA MINHOCA - Texto rio Mana Clara Machado D-recflo de Roberto Bontempo Com oPessoal do Tom Teatro da Cidade Av fcpttáooPessoa 1 664 (287 1145) Sab e dom. ás 1 6h e17h30 Ingressos a NC/5 10 00FACA SEM PONTA. GALINHA SEM PÊAdaptação do livro de Ruth Rocha Direção deMiguel Rezende. Com o grupo Beto HorirontemTeatro Villa Lobos Av Princesa Isabel 4-10 (27b6695) Sáb e dom ás 1 7h Ingressos a NC/5 6 00Ate dezembroA MENINA E O VENTO — Texto do Mana Clar.jMachado D >ecáo de Cacá Moufthí» Teatro lablado Av l.neu de Paula Machado 79b (29478J7) S.ib v : m ás I6h o ' 'h30 Ingressos tNC/5 10 00O COMETA VASSOURINHA — Opereta rock

_<nfani-i de Pemetno N'colau o Fernando LotxjD-re-.ào f>m£tfio Wolau Com o Pessoa! doSão Vicente bJ (1 7h30 dom ,is '• 6Desconto de ' b% nccão do (artáo dec.Òmeca ngorosamerO PATINHO FEIOchado Direção de T

'tara Nunes Rua MarQuA*/4 Sab as 16»30 Ingressos a NC.*S 1 ?ingresso mediante apresnr••tor do J P O espctãce no hora''O

.-o dr> Mana ,na Ma¦»ho Lopes Teatro CAndnioMendes Rua Joana Angeiica 63 (267 729b)Sáb as i 7h o dom as 1 6h e 1 7h30 Ingressos aNC/i 10 00 Desconto de 20'* no ingresso m«>o<ar>tp apresentação d»' cartão de leitor do J P Oe?petaríi'o r omeca rigorosamente no horário Nãoserá permitida a entrada apos < ) do

TISTU O MENINO DO DEDO VERDE Toxtode Maunce D'uon Traducáo e adaptação de OscarFelipe e Ne.de Mendonça D«reçâo de Ivan Merno Corr* C,vva'h.nhc e outros Teatro l'annucciMa

1 7h30

O PEQUENO FRANKENSTEIN

539 i '0b 'iwd c2). Sab e dom 1 i

o grupo Tate Mesquita

Ingressos aA MISTERIOSA VOLTA DOS DINOSSAU-ROS M js«cai História de Arnaldo N<sk.»er Te*tOdeKan/igg Direção de Andréa Dantas Teatrofíenjanvn Constam Av Pasteu» 350(295 3448).Sáb e Oi .ls 16h NC.-S 80C' Jrsconto de 2rv\ no -ngresso nn-d-ante apresentaçãode cartão de »• tor do J P

DIA EM OUE O MICO LEÃO CHOROUTe«to de Afnj dr N>$» ot Adaptação deNunes D-recáo dr? Jose Rot>e'to Mendes At, ¦>convidaor Grando Ole«o Teatro Beryam^ C, ¦¦¦,tani A, Pasteur 3bOi29b 3448) Sap e dom as7h30 Ingressos a NCrS 8 (X>APENAS UM CONTO DE FADASde tduardo To^ntíno D-'«y.áo d»' Fernando Carr#»ra Teatro íarumrc Rua Marques d»» S Vrente'¦'i ir.-." , :..,n r I6h ir.gw.sns aNC.-S 1 b 00O MENINO MAIS BONITO DO MUNDOMuvca- de /«raido D<»ocáo de Eduardo Cabus eAdelaide Amonrn Teatro Caetano Pça T radentes s:n; (221 0305) Sat) »? dom. as 16h30lnQ/cf,sos a NC/S 7.00DRACULINHA — A VIDA ACIDENTADA DEUM VAMPIRINHO .to de Carlos Que.-o.-TeUes e Ineas Ca^os fVrc ra ÍVeçào d«- Ciáud-oMaoclrev Ifidfo do Piaretar li Av Padre Leor»e!franca ?40 . li ¦ :¦ Sab o <: -v ' 7h

Lima Teatro de Bolso Aurímsr Rocha Av Atau!lode Paiva ?69 Sab p dom . as I 7h30 ingressos aNC^S 7 00 Desconto de 20% no ingresso median-te apresentação do cartáo de le tor do J [IPÁSSARO ENCANTADO Texto e direcòo d-Cristina Rollei Com o grupo Fajondo Arte Teatrode Bolso Aunmar Rocha Av AtauHo de Paiva.1Sab e dom às 16h Ingressos .1 MC/S 7 00Desconto de 20% no ingresso mediante apresentacão do cartão de leitor do J P

CAMALEÃO E AS BATATAS MAGICAS —Texto de Mana Ciara Machado Direção de Oaud aVieira Com o grupo Brincando de Criar TeatroBatia Shopping Av das Américas 4 666 (32bS,íb dom. ás Wh15 >¦ jressos a NC.-s10 00 Ate setembroCHAPEUZINHO VERMELHO _ Oirecào de GilH.|n'Os Teatro Renro dos Artistas Rua Retiro dosArt stas 571 (392 7427) Sáb e dom, ás 17hIngressos a NC.-s 5 00 a NCíS .1 00 (professores)Ate amanhãVIAGEM AO MUNDO PRATEADO - Texto dnRose Corte.* D^eção de Carlos Arruda TeatroAmenca. Rua Campos Sales 118 (234 2066)Sáb e dom as 16h Ingressos a NC/S 6 00 Desconto de 20% no ingresso mediante apresentaçãodo cartáo de leitor do J B Ate setembroCINDERELA E ALICE NO PAlS DAS MARA-VILHAS — Texto e d reçào do L>machem CheremTeatro Armando Gonzaga Av Ga' Osvvaldo Corde ro de Farias. 511 (350 6733) Sáb e dom. ás7h Ingressos a NC/S 5 00 At£ amanháOS TRÊS POROUINHOS E O LOBO MAU -Te«to de Javr P«nheiro Direção de Maurício Fiar-ros teatro Prigitte P'a:r ? Rua Senador Dantas13 (220 5033) Sáb e dom . ás 16h ingressos aNC«*$ 1 0 (X) Ate amanháBRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕESTc-t de Javr Pinhen Direçáo de Mauricro Barros Teatro Pngute Pta/r 2 Rua Senador Dantas13 (220 5033) Sáb e dom as 17n Ingressos aNC.*S 10 00 Ate amanhãJOAOZINHO E MARIA NA CASA DA BRUXA~ i^ção de Maurico

Rua M-gue' Lemosás 1 6h lngr»>sso:> a

ALICE NO PAlS DAS MARAVILHAS Texirde Javr Ptnhe-ro Direção de Maurício Garros Teafo fírtgute Pi<í>' / Rua Miguel Lemos 51 (5212955) Sab o dom as 1 7h Ingressos a NC.*$10 00 At^ amanhãAS AVENTURAS DO CAPITÃO PERNABAMBA - Texto o direção de Jaguar Com ogrupo Gang da Cidade Teatro Cawe/i Rua Desembargador ls«dro. 10(268 9176) Sáb e domas 1 7h Ingressos a NC.-S / 00KATIBUM — EM BUSCA DA PEDRA MÀGICA Texto e direção de Mauro dos Anjos Comogrupo Novo Horizonte Teatro Armando GonzagaAv Ga! Cordeiro de Faria. 51 1 (3b0 6733) Sab edas 1 6h Ingressos a NC.*$ 4 00 Ate amanhãQUEM VIU E QUEM SUMIU COM O MEUTIU PIU? Te.to e Ohkío da Carlos Albetio d«Car\a'ho Toatro Sesc SAo Jc\ío oe Mi>rui AvAutomôve? C'ub 66 (756 4615) Sáb e dom as16h Ingressos a NC*S 3 (X) Até amanhãMcínêmàNOVAS FÁBULAS DE LA FONTAINE f.tcáo dos curtas de Georgo de La Grand é'e e Mor.aStetanescu O lobo e o cão (L e coup et !e ch-enj Atebrfi o ,i tartaruga H.a ht*% ro et la toriue) 4 /eíKe eas r,h (i e hevr et les g'enou>Ua.\) A tartaruga e os<7>.% par os (ia ttvtue ri tes deu* canards) e A

Ma' os da Pflina H8 ?866' 49': sáb p dom as 1 5hA DAMA E O VAGABUNDO tL.M, and th,fantp) deser«ho animado de Walt Disney Dut. ad! p" português t agoa Orno <n (Av Borges d«M.--í.':rns • 426 2 74 7999) sab e dom a1 tí*i30 (Livre) Ate dia 3 de setembro

de 2(d ante ap'eserítaçáFORMIGANDO

de • t-

beiUut.a< • Jt- cartão de 'Cito' do j B Ate d.a oeWítombroDANÇA DAS FLORES ¦.¦.ro de Ha a •Daeçái, d- Marco 7e.r-p -,iRua Prud.-f te de Mora-s H/4 4 ? 9 /94 S-Jb c

UMA HISTORIA Dr UM CIRC.O UM. DOISTRÊS OLHA Q PALHAÇO OUTRA VEZ"

Campos Sare'17h30 lngr(«t

'' --'Ose Mino TamasS U»- ra Ieatro América Rua(234 2068: Sab e dom asNC.-S 5 00 Desconto de 20%r~ed a "te apresentação de cartão de i#»»tor do. J PTA FERVENDO NO FERVOR DO FREVOCtear . PauU Medeiros DirccAo

nua Engenheiro Richard 83 Sab e dom . as 1 7hIngressos a NCri 5 00 Ate amanhãO SONHO DO LÁPIS PRETO Texto de PauloCesa. ÍV.- ,| ,1. wase '.rra Teatro Sesc deMadurptra R-,a tvsban» da Câmara 90 Sab eas i Tr, ingressos a NC./S 5 00 Atè amanhãO PATINHO FEIO O ESTRANHO DO NINHO

ihobêt

OPERA BRASIL — Rocital da cantora ApoieMüo com particpacáo do p anista e maestro F«j-gene Kohn Sáb âs 21 h no T<*atro Mumct¦pai Cmeiãndia (262 3935) Ingressos a NCrS96 00 platéia e balcão nobre a NC/S 65 00 bai-cáo simples, a NC/5 50 00 ba cão simples lateral aNCz$ 30.00 galeria a NC/S 25.00 galeria lateral aNCrS 650 00. Irisa e camarotePSIU í — Te»to concerto de Ttm Rescala ComM'aria Tere/a Madeira (piano). Ltilu Pere ra (trombone) Oscar Boíão (bater a) e outros Museu deArw Moderna. Av Beira Mar. s/n° Sáb e dom . às

ÁREA DE LAZER DO JOCKEY CLUB Ate í^sd»' t "tu«a t/r nquedos e brmc.ade ras m.n. fa/entía enr»e outras atraç6«?s Incluído o lanche Todosos sábados e domingos de 13h as 18n PçaSar". Dumo-i! S,rv (2/4 OObbl Ingressos oNC«rS 10 00 Idade mínima de 4 an^,BALANÇANDO O CORETO Atividades derecreação apresentação do g'upo teatral Bnncando c 1 ranstormando. do palhaço X>milique entreOutras atrações Hoje as 10t». na Praça Cato/é daBocha — Vtgario Geral Entrada francaÍCIRCÕ

CIRCO DE^MOSCOU — Show das águas dcantes ch.mpan/es acrobatas cavalos apaiu/asp6ne>s amestrados além de palhaços e mágicosPça II (231 0797). b* o 6*. as ?1h. sib ás Ibh1 7h30e ?0h o dom e lenados as 10h, 1 5h 1 7h30e 20h Ingressos cadeira lateral a NC/5 15 00(aduMo) e NC/S ^2 00 (criança) cade ra central aNC/5 20 00 íadulto) e NC/S 15 00 (criança) e aNC.-S 100 (Xi camarote de cjuatio lugares

18f> 2" as 20h d as 2 e 3 de setembro, as 1 Bti ed a 4 às 20h Ingressos a Nc/S 8 00CONCERTO DE INVERNO Apresentacio daCamerata Socius sob a regência do maestro Israe1Mene/es No programa peças de Hanoei VivaldiBach e Wariock Sab as ?0n no Sesc da Tt/ucaHua BarSo de Mesqu ta b39 Entrada trancaORQUESTRA RIO DE VIOLÕES - Reciial delançamento do Lp Sab e dom. ás 18b nas arcadas da Casa de Cultura Laura Alvim Av V>eiraSouto 176 (227 2444) Ingressos a NCrt 5 00COSI FAN TUTTE — Onera de Mo/ari com a01<c>na de Canto Lírico, de CurM-ba Direção doWaiter Netva Teatro Dulcma. Rua Alcindo Guanabara 17 (240-4879) 5*. ás 19h sáb e dom as1 7h Ingressos a NC/S B 00 e NCíS 'j &D «sludantes

CENSWZA iJVItE

Como

percorrer a Bienal

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Clrusa XI(iria

M bom programa para pais e crianças nestefinal é passar algumas horas na IV BienalInternacional do Livro, que abre suas bilhe-terias. hoje e amanhã, às lOh. e só fecha 12

horas depois. Basta se dispor a percorrer os cerca de30 km que separam o Pavilhfto Central do Riocentroda Zona Sul; pagar NC'z5 5 pelo ingresso (quem medirmenos de l,50m entra de graça) e mergulhar nes-sa enorme biblioteca de 8.000 m1 e 200.000 mil títulos.A16m dos livros, estrangeiros e nacionais, hii grandevariedade de atrações especialmente dirigidas áscrianças.

Koi reservada, inclusive, num dos setores da Bie-nal uma área de 1.600 m'. onde funciona a Cidade da

Gustavo Miranda

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Nem só de livros vive a Bienal. Lá, a criança encontra de palhaçosda perna-de-pau a cobras-papagaio

Criança. Ali a programaçáo 6 intensa e continuadurante todo o dia de hoje e amanhá. Logo á entrada,os pequenos veráo uma mini-exposiçáo do Planetáriosobre a conquista espacial. Sáo painéis com fotos etextos-legenda, além de uma maquete que reproduz omódulo lunar Águia, pousado no Mar da Tran-qüilidade. no qual os astronautas Armstrong e Al-drin ensaiam seus primeiros passos na Lua. Poucoadiante, ainda dentro do FJspaço ciência, as criançaspoderá o matar sua curiosidade observando, porexemplo, as caixas de insetos e as experiências aovivo. montadas pela Fundaçáo Oswaldo Cruz; a cida-de dos ratinhos (cobaias usadas em pesquisas cienti-ficas), a cobra papagaio e as aranhas caranpuejei-

B I E N A L expostas pelo Instituto Vital Brasil. Sem falar doDrt I I \# D O te,Tílr'° liil Fundação Rio zôo, que além da jibóiaw *- • * n V/ Vanessa. de dois metros de comprimento, abri-

ga 12 morcegos (objetos da pesquisa mais avançadado Zôo), tartarugas, peixes e Jacarés — a jibóia, éclaro, estará sempre bem alimentada para garantir asobrevivência dos outros animais. Outro personagemlevado do Zoológico para a bienal é o leáo King,que estará no mesmo setor.

Ainda na Cidade da Criança foi instalado umteatro de arena, no qual durante todo o dia de hoje ede aroanhíl, havení encenações de peças, apresenta-çáo de mágicos e atividades de circo. O grupo doTeatro Tablado fará duas sessões de Pluft, o fcintcis-minha (de Maria Clara Machado), hoje às 17h e 18h30e. no domingo, ás 15h e 19h30. Mas as atrações infan-tis náo se restringem a essa área, onde se encontratambém um centro gastrônomico vendendo páo dequeijo quentinho, crepes. sanduíches naturais, refri-gerantes e sorvetes. A cada passo as crianças es-barraram em alguma coisa divertida: os palhaçosperna-de-pau. o Carlitos da Editora .José Olympio,com sua expressáo séria sobre um par de patinsou as novidades que se espalham pelos estandes.

No estande da Associaçfto Paulista de Fabricantesde Papel Celulose (n" 109>. pode-se aprender, porexemplo, a fazer papel. Ali foi montada uma pe-quena oficina de papel artesanal. Ela poderá serusada pelos visitantes que receberáo um folheto ex-plicativo de como fabricar papel em casa, o chama-do felto-por-mlm. Já no estande da Fundaçáo doLivro Infantil e Juvenil, a seçáo brasileira do IBBYfrancês, verá um importante acervo de 2.500 livros,doados pela Feira de Bolonha. É uma seleção dosmelhores títulos já expostos em 25 anos da feiraeuropéia — todos os livros podem ser manusea-dos pelas crianças.

No estande da editora Apel está a coleçáo Laços eTraços, de quatro volumes (Au-au Lambâo, Nenecapcteca. Leonora Cenoura e Miizzy, uni bichinhoguloso) de pano que possuem personagens móveis quepasseiam pelas páginas através de uma fita de vel-cro. Além disso, os livros bolados pela pedagoga IsisValéria Gomes se transformam em brinquedos.Háainda os autógrafos programados para esses doisdias. Hoje. entre 10 e 12h. Arnaldo Niskler estarálançando O Doto e o raio de sol. no estande 66. daMelhoramentos, e ás 16h, Thals Motta, uma meninade nove anos, autografa seu livro de poesias. Criançacriando, no estande 90. da Ribro Arte. Na Salaman-dra, estande 37, a escritora Ruth Rocha autografaUrna história de rabos presos, na mesma hora. Ama-nhá. será a vez de Silvia Orthof lançar, ás 15h. Pi rra-ça que passa passa e Ziraldo, O menino quadra-dinho, uma hora depois no mesmo estande.

Os mais dedicados á causa do meio-ambiente, po-deráo encontrar uma vasta bibliografia na Bienal.Por exemplo, no estande da Fundaçáo Oswaldo Cruz(Cidade da Criança), poderáo adquirir O buraco nocéu. da coleçáo Ciranda do Meio-Ambiente; na Edito-ra Interação, Preservação do meio ambiente, ummanifesto do chefe índio Seattle ao Presidente dosEstados Unidos (em linguagem bem simples). Eas crianças que quiserem mais informações cnhm —mtinrln r>m q-m im |., ulm-ilr. nnennlrar nn n«! a n d eda Comunidade Européia, o folheto colorido Falem-me da Europa, com dados bem interessantes sobre ovelho continente. Para quem ainda tiver fôlego, valeuma espiada nos quadrinhos de Portugal. Os pais,com certeza, náo veráo os filhos reclamando de tédioe da falta do que fazer.

^nannun-VlDEO SHOW I. t do vldoo Yes m C.rnada com Ver» HOjC a'. 16n 18h ?0h 2?h eme a no te no Cândido Mendes Rua Joana Angélica 63VÍDEOS NO VILIAGC Hoje John Mayall As21 h no Vil/age Rua Visconde Silva 10VÍDEOS NO CREPUSCUIO Hoje /«(/.<? fopvídeos A partir da meta noite no Crepúsculo üeCubatào Rua B<irata Ribeiro. 543VlDEOS NO GIG — Hoje Janis JopJm e Jacobfastcirius A part.r djs 21 h no G/G Restaurante eVídeo Bar Av Gen San Martin. 629SÉRIE OS BRASILEIROS/INTERVlDEO/MANCHETE — Hoje Mús*cs popular Ás 16h. noMuseu do Folctcye Rua do Catete 181 Entradafranca

JB

Ir ao Teatro

ficou mais

barato.

Cartão do Leitor

SUCESSO!

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"Com humor c imuginação, FESTA c a Ixia surpresa<la aluai safra de filmes nacionais." ., , .I.ruvü\r,,

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DÍVIDAS SOBRE ASSINATURAS

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8 o CADERNO B o sábado, 26/8/89ROTEIRO

JORNAL DO BRASIL

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FREE JAZZ FESTIVAL — Apresentação do 0"<po Nouvelle Cutí^ne. Count Baste Orchestra e oranic r Joe Williams .Is no Teatro ao HotelNacional Av Niemeyer. 769 (322 ^ 000) Ingressos a NC«r$ 40.00NEY MATOGROSSO — Show do ramo' Cane-cêo Av Venceslau Bra/ 2^5 (295 3044) b* edom as."h30 6« e sab às 22h30 Ingressos aNC.'S 30 00 iarquibancada) NC/S 4000 (mesalateral e mezarvno) e NC?S bO 00 (mesa central olisa)CHEGA MAIS — Fesla do PC. Ei com a particoa-ç<5o de Pauimho da V>ola e a orquestra do maestroOpô. Sâb ,is 2:h. no Circo Voado' Lana Inçiressos a NCz$ 10.00ITAMARA KOORAX. NANDO CARNEIRO ECIA Show da cantou do compôs toi e f)'upoTeatro JoAo Teothômo. Rua da Assombra 10(224-8622) b4 e 6*. as 18b30. sâb e dom ás 20hIngressos a NCzS 10.00 Ate amanhãSEIS E MEIA NO ZIMBA - Apresentação deLos "Trovadores de America Teatro Ziembinsii.Rua Urbano Duarte 72 De b* a sâb às 18^30Ingressos a NC/S b 00OPUS 5 — Apresentação do qu-meio de ja/zTeatro do Ibam. Rua Visconde Silva. 1 b7 (2666622) De b* a sâb. Ar, 21^30. dom As 19hInçjressos b" e dom .i NC?5 1 2 00 e 6* e sáb aNC/S 1 b 00 Ate dia 3 de setembroADRIANO GIFFONI E MARIMBADA - Apte-sentacáo do contrabaixista e grupo Sala SidneyMil/pr. Rua Araújo Porto Aloqre 80 De 3' a sAbás 216 Ingressos a NC/5 6 00 UttmodnMONGOl — Apresentação do cantor e ron-povtor no sbow Herrar é urrano Teatro Vanucci. RuaMarquês de São Vicente, ò2 (2/4 7246) 3' asJ1h32 6" As ~3lib7 c sáb A Oh33 ^grossos aNC/S 20 00 Até d'a 9 ríe novembroMAITE TCHU - AprespntacSo do grupo voca: opart e pação de conjunto Saia Funarte SidneyMi/ler. Rua Araújo Porto »Vegre 80 (297 61'6)De 4' a sAb As 1 8f>30 Ingressos a NC/S 6 00 Ated-a 2 de setembroHOMENAGEM A EDU DA GAITA — S*o.vcom os cantores Vanja Or co Jose Stanec» M<irceio Furtado entro outros SAb. As 10^30 riaPraça Saens PeAa Lntrada francaPASSOCA — Apresentação do cantor c compor,!-tor Casa de Cultura Lawa A/vim Av Vie m Souto176(267-1647) 6# e sAb . as 22h oom às21hIngressos a NC/S 7 (X)

ÊtHUMORSÉRGIO RABELLO E O CONCERTO DESCONCERTANTE - A presontacâo do humoristaSérgio Rabeüo Teatro da Lagos. Av Borges d»1Mede^os 1426 (274 7999) 6* Ôs?ih30 sab as22h y dom as 206 Ingressos 6* e dom ,j NC/S20.00. ;.ab. fer>ados e vespefa de ler ados a NC/S25,00

JOÃO KlEBER. HUMOR PRA VALERShow do humorista D-recAo de Chico Anys'0Teatro da Caiado Av fcpitácio Pessoa. 1664 (2473292) De b* a sáb As 21h30 dom ás 20h30Ingressos a NC/S 1 b 00 (14 anos)COSTINHA. O REI DO RISO — Show do humor sta Te*to de Lauretti Gu//ard Direção d»'MAroo Cabral Teatro Glauce Rocha Av R>oBranco 179 (220 0269) De C" a dom . As 18h30e 20h Ingressos a NC/S 1 b 00 Ate amanhãBURACO DO URUTU N° 2 Show da humor sta Nád<a Maria Te*io df Nan-. D<«ecAo de LuizFigueiredo Teatro Armando Gomaga Av Ga!Oswaido Corde^o de Far<a bll (3b0 6733) Sâb

dom às 21 h Ingressos a NC/S 10 00 DuracAohl b Ate amanhã

AGORA SO COMO EM CASA Showhumor stas Roberto Roney e F-as Per mo To*to d»'Gugu Olimecha Direcôo de Roberto Ronev TeatroSesc Encjenho de Dentro Av Amaro Cavalcant

1 661 (249-1391) 6* e sAb às 21 h. dom . as 20hIngressos a NC/S 10 00 Desconto de 30% mediante apresentação de cupom e cartão de :e tor doJ B Até amanhãMpagodes e gafieiras

Apresentação do Trioa dom , a cantora Mariypartir das 23h na Rua

Ingressos a NC/S h 00mulher As 34 4» e b*

FORRO DO LEBLONBambas do Norte de 3*Pontes de b* .1 dom »*Bartolomeu M'tre 630homem, e NC/S 2 00mulheres náu pagamELITE CLUBE - Hoie As 23h. e amanhã As 21 hconjunto Turma da Galera Rua Fre< Caneta 4(232 321 7) Ingressos a NC/S 6.00 homem eNCzS b 00 mulher (5*) e NC/S 4 00 muiher eNC/S b 00 homem (de 6* a dom )CONVERSANDO COM O SAMBA - Apresentacào do grupo Cravo na Lapela e Dèlco CarvalhoSab As 22h no Arco da Velha. Pca CardealCâmara 1 32 Couverr a NC?S b 00

IREVISTAS

o travesti tioina e modelos masculinos TeatroAlasca. Av Copacabana 1241 (24/ 9842) b'edom as 21h30. 6* e sáb as 24h Ingressos aNOS 1 b 00 t b*) e NCíS 20 00 (de 6' a dom )TEM SARNECA NA PERERECA le*to edireção de Ja«r P nheiro Com Luiz Vaient m Márc a Steüa Osvaldo Ferra o outros Teatro RriçjiitePlair 1 Rua M guel L^mos b1 (b21 29bb) Do 6'a dom as 21h30 Ingressos a NOS 1 b 00 {6* edom ) e N'OS 20 00 ísáh ) Até dom ngo

lBARESPEPEU GOMES Show rOn the rç\iyj do guitarosta esáb As 22h30. no Peopie, i*3 70 (?94 0b4 7) Couber' J'

lançamento do Lpompes tor Dr» 4* a

Bartoionvíu M>feb* a NOS 18 00 e

PANTERAS DO POSTO SEIS — Teto dc JoséFernando Bastos e Verus» .i D'reção de João Pauio Pmheiro Com K r a».' Marlene Casanova. Ve-rusKa Camiíp e outros Teatro Alasca Av Copaca-bana 12-Jt í247 9842) 6* o sáb às 21h30 cdom as 19h Ingressos a NC^S 1 2 (X)A RECEITA DO VEADO — TeMo e d recão deBr g tte Bla r Com Clov s G-erkens. Táss a Veriss-mo Twggy Teatro Brig<i:e Btau 2 Rua SenadorDantas 13(220 b033) 6* A$18h30 sAb e dom ,áf. 18h30 o 21h1b Ingressos 6* a NC.*S 8 00 sAbc: dom a NOS 10 00OS BELOS DA TARDE — Texto e d<recào dcBr g tte B aif Com Eiamr Muni/, e e'enco de modeios masculinos 7»>atro Brtgtiut Rlair 2. Rua Senador Dantas 13(2?0 b033) b* e 6' As 1 8h30 esôb as 24h Ingressos b* e 6* a NC/S 8 00. sAb aNC/S 10 00NOITE DOS LEOPARDOS — Show erôt co com

6* e $At> a NC/S 2b 00 A 'H dd manha DuoShadow JartALL STAR Apresentação da banda de ,a//liderada por Raul Mascarenhas o pa't c pacào deJorge Heíder (ba »o) De 2" ao d a 28 as 2 3h noJaismanra Av Ra nha fc^/abelh 769 (227 244 7)Couvert 2* a NC/S 1 b 00. de 2* a b* e d«a 28, aNOS 20 00 o de 6« a dom a NOS 2b 00 Cons.jmaçã o 2* e 3* a NC/S 10.00 e de 4* a dom a NC/S• I. coFREE SPECIAl JAZZ — Apresentação de Mormeto Pascoai (de 6* ao d a 29) Antes e deoo s dushow quaM«Mo instrumental As 24h Pio Ja//CJul) Rua Gustavo Sampa-o s n° Motel Mer d en(b4l 9046) Couvert a NC/S 30 00SILVIO CÉSAR - Show do cantor acompanhado de con;unto Botecctt*C(\ Av 28 cie Setembro.20b (204 272? a partir das Uh) b* As 22h30 6*e sab As 23h30 e dom ás 21 h30 Couvert de b*e dom a NC/S 20,00 e de 6* e sAb a NC/S 2b 00Consumação a NC/S 1 b 00 Ate d a 3 de s^t»»mproSOM E SAUDADE - Show dr T to Mad acompanhado de tr«o Jakui Mote' Intercont nenta' AvPrefe>to Mendes de Mora>s 222 (322 -2200) 4*b* As 22h30 6* sáb as 23*30 Couvert 4* e b* aNC/S 2b 00 e 6* p sab a NC.-s 30 00ADRIANA CALCANHOTO Snow da cantorae compositora e grupo De 6* a dom . ás 23h sAbe dom as 20h tnão fumantes), no Mistura Fina.Rua Garcia D Av a 1b (267 6b96) Couvert eccnsumacâo sáb e dom. às 20h a NC/*S 16 CO(cada), de 6* a dom As 23?> a NC/S 22 00 (cada)Até amanháMARTINHO DA VILA ~ Sno.*. do cantor rcompôs tor e grupe 4* b* e dom ás 2 3n #» 6' «•sáb As 23h30 no Un Deu» Tro<5. Av Bartoio*meu M-tre 1 23 (239 0198) Ingressos a NC/S30 00 (4* b* e dom ) e a NC/S 3b 00 16» e sáb )Até amanhãEMÍLIO SANTIAGO Shmv Aauaielas no - rter. acompant^ado da banda Performance Gaf>e>raAsa Branca Rua Mem de SA 1 7 (2b2 4428) 4* <«b* ás 22h 6* e sáb ás 22h30 e dom as ?C;hIngressos 4* b* e dom a NC/S 2b00 (;uparmarcado) e a NC/S 20 00 6* e sáb a NC/S 40 00(luga' marcado) e a NC/S 30 00 Ate d a 3 desetembroMEG E O BlUES SELVAGEM — Apresentação

10 00TEMPLO DA BOSSA NOVAda de Sa e Roberto Mvoescaí De 4* ,cantora Sôn.a .lopp»"! e tno D-ar-anManoel Gusmão (ba.*o) e ' ' , dono) Vmicnt^ PBar V-nic39 (28 7 1497) Couwr 2 * r 3- ,, t-nUltimo d-.»LUIZINHO EÇA A{ ,com n part c pacàn de iri? ss B^. ud' t3* a dom às 23h no Ch„;r ^ B e1' X)TAVINHO BONFA Show ti (n sta Piano Bar 770 S Cornado Pa'N emever 776(322 0911) SAh àsa NC/S 15 00 Sem consumaçãoPERESTROIKA Marcos Ar.e' tGarça (sa*) ás 24h Couvert .i NC/sumacão a NC/> 10 0f'' R.ua C-i? D(309 9073)OS CARIOCAS Apresenta, âo dSob às 22h no S*yiab M o OthoAtiãntua 3264 (b21 bb22' 'ng«r35.00CLUB 1 Abro .v • 9h i> mus ca •sah o conjunto do p an -ita T '-;v10 (?bo 31 .J R j \Y,7».'? ,T ' "/S 6 1

BIBLOS D ar-an-enti' ás/1h. Ce grupo Av Bp tAco pessoa 14P4Couvert a NC/S 20 00 homem «•mulherPOKER BAR Programação de

e* toCo

Gonçalves b0(b21 4999»DESGARRADA Aj-esentacãMar a Atcma Ade^a Pedrosa e An(de 2* a sab ) D'4 2* a sáb a pCouvert de í>* a sftb a NC/S 10.COTorre 66 7 (239 b746)ST MORITZ Apre sentacão da •g'upo. As 21 h Casa da Suíça Rua 1des 1 57 (2 b2 b 182) Couvert a NCCALICE Apresentação de ío(tvano), Ciaósse Grova (vo,-) e Luc¦ o) de 4* a sáb ás 23h D-af amerfJ ta 0"ve «a Cadinhos Vene/es eCouveu a NC/S 1 b 00 Rua D as(274 4946)MARIA MARIA Apresentação ciho e outfos As 22h30 Rua Barão(bbl 139b) Couvtrt a NC/S 7.00CALlGOLA - D ar amente. a partmúsica úf ( !.) Do 2* a sib as 22F :v Arcoverde de 3' a dom conju'

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Prates de 3* a sáb L'g>a Drummond (vo/) RuaPrudente de Mora s 129 (287 7146) Couvert aNC/S 1 3 00 Consumação a NC./S 1 2 00BECO DA PIMENTA Apresentação do cantor/<> A e»ancjre. ás 23h3Q Rua Real Grande/a. 1 76(266 b746) Couvert a NC/S 10.00 (6-* o sab )COSTA BRAVA - Apresentação do grupo AnalIa SAb a partir das 22h. na Estrada do JoA l.god.t Joat nga (399 2267) Couvert a NC/S 12 00Sem consumaçãoJOSÉ ALEXANDRE Apresentação do cantor ecompôs.tor 6J e sáb ás 21 h no Calahar Rua DrSatamim. 244 Couvert a NC/S 6 00 Sem consu

ONE-TWENTY-ONE ¦ Música ao vivo dionamente de 7' a sáb As 17h o pianista FernandoGallo b*5 6*5 « sâb» As 2-lh, show do canf»MiHmho no show f.u e o Bio Av N emeyer 121(274 1 1 22) Consumação a NC/S 2b.00 (de b* asáb ) e NC/S 22.00 (de dom a 44)ARCO DA VELHA — Apresentação do grupoCravo na Lape'a e Doido Carvalho, as 22h Couverr a NC/S b.CX) Consumação a NC/S b.00 PcaCardeal Câmara 1 32EXISTE UM LUGAR — MPB com o violonistaFernando Lu'/ e Beaties com o grupo T»>rra Momada As 23. na Estrada das fumas. 3 001 (3994bR8) Couvert a NC/S 1 b 00NOVA LAPA Show com os cantores Dommgu nho do Estãcio e Bruno Ma a com o grupo SóParrb.i As 22h na Rua da Lapa 86 (242 2240)Mesas a NOS 30 00

iPARA DANÇARMAMA AFRICA - Show de Repo ho (anfueatro) e da cantora Bebe' G''berto (piano bar) alémde mus ca para dançar com o discotecário DomP»»pe 6' e sáb ás 22h no Morro da L/rca AvPa«-*eu' b20 Ingressos a NC/5 1 b 00 'nciu'r<do apassagem do bond»nho Mesa a NC/S 20 00BABILÔNIA — Discoteca a cargo de Demse lporact Rômulo Marques e Fon- Av Afrãn>o deM«> o Franco 296 (239-483b) De 4* a dom apartu das 22h30 matmé de dom a part r das 16hingressos a NC;S 20 00. homem. NC/S 1 b 00mulher o matinê .i NC/S 1 b 00BALI BAR Apresentação de vdeos e mús.cap-ara dançar com o discotecàvo Fernando Costan« a dom As 22h na Estrada da Parr^ daTática 1 636 (399 3460Í Intjmssos a NCrt 10.00hómurr .• NCrS 8 00 mw'herPSICOSE Mus í a mecãn-ca e v deos De 4» adom a partir das 22h o veso de dom . às 1 bh como'- d st-otecáoos Va:ter e Tfircio lr>gressos de 4* a6* f dom a NC/S 0 00 homem e NC/S b 00n~ j'her sAb e vesp de fer ado a NC/S 10 Oc"*homem r> NC/S 6 00 mulher vespera' .t NC/S b 00Rua Mar / o barros 10b0(294 1 796)CREPUSCULO DE CUBATÁO Discotecavídeos 6# o diSCOtecAr o Fe' pe Venáncio e sftbcom José Roberto Mahr 4* e b* as 23h e 6' »•

sab. A meia noite, na Rua Barata Ribe.r£fcwbi3(236 204b) Consumação 44 (• b^ a NC/S VèiOO e6* e sáb a NC/S 20.00 **CARINHOSO - Musica pata dançar com a handa da casa e o conjunto da cantora Dora Diáriamente a partir das 22h De 7* a sáb. As "24h ocantor Pedrinho Rodrigues Rua Vise do PirajS 22(28 7 0302) Couvert de dom a b* a NC/S 1Ó}0**6* sab e véspera de feriado a NC/S 20 00 • ?

fll ri iHELP — Discoteca a cargo de Tom. André e Adão,Av Atlântica. 4332 (b21 1296) D*oriamento ¦)partir das 22h Ingressos a NC/S 20 00 'ZODlACO -- Mus ca de Md i^.ira dançar Consu-macão de dom a b' a NC/S 10.00. 61* sAb «Jvéspera de lofiado a NCíS 20.00 Av Semínlbíl''ba 1 996 <399 03/5)ZOOM Discoteca com Gustavo de Cau* e Aire^Dtôgpnos De 4* n dom . As 22h e vesp dom . às16h e 20h l.go de S Conrado 20 (322-4179)!Ingressos 4* b* e dom a NC/S 8 00 homem e

6 00. mjlber 6* a NCz5 10.00. sáb e véspeJd»1 feriado a NC/S 12 00 homem e NC/S 10.00.mulher vesp a NC/S 7 00 •LEON S DISCO - Discoteca e musica ao vivo,'com o discotecário Ed.ntio De b4 a dom às 20h *ivesp sáb o dom ás 1 bh Ingressos b' a NO*2 00 «• a NC/S 6 00 sab a NC/S 8 00 dom ,iNC/S b 00 vesp de sáb e dom a NC./S 2 00Travessa Almermda Fredas 42 (369-0277)VINÍCIUS Música ao vivo para dançar, a partirdas 22h. com a B qband e os cantores Reg">yf aicão Càss»a e Jose Carlos Couvert de dom y !)•a NC/S 1 2 00 6* sáb o véspera de feriado a NC/S18 00 Av Copacabana. 1 144 (267-1497)SOBRE AS ONDAS Musica ao vivo.paMdançar. d>anamente a partir das 2 1 h. com a bandade Beto Godoy e o quinteto de Miguel Nobre e acantora Cacy Couvert du dom a b' a NC/S 13 que6' sáb « v»<epera de feriado a NC/S 20 00 Consw-macão 6* sáb e vespera d«> feriado a NC/S 1 'j.OJAv Atlântica 3432(521 1296)CO LU M BUS Discotecab* a NC/S 18 00 e. de 6* eDiariamente a part r das 22h94 (b21 0279)PAPILLON - Discoteca de 3* a dom a part' du-.21 h ingressos df> 3' a b* a NC/S 14.00 6* e sor> ijNCZS 2b 00 e dom a NC/S 1 4 00 (damas gratjsjHotel Intercontinental Av Prete.to Mendes deMora s 222 (322 2200)PRESS - D r.coteca e vídeos a carqo de RicardoAraújo o Luís Henrique Aperta de 3' a dom ,jpartir das 22n Consumação d»1 dom a b* <5 NC/S10 00 e 6* sáb o véspera de fenado a NC/S 1 5i00Av Sernambet ba 4700 (38b 2813)

ngressos de dom asab . .1 NC/S.aaOORua Raul Pompé»0

BOfTE VOGUEto da casa o ,1 ',cdom.ngos apresen1

:a ao v vo com o con^unA p.irtif das 22h Aos

cntacào da banda Cap¦!•>' o Couvert de dom a b# a NC/S 4 00 e 6* sAb e vésperad" fenado a NC/S 8 00 Consumação de dom a í\*a NC/S 6 'X) e 6v sAb e vespera de fenado a12 00 Rua Cupertsno Durão 1 73 (274 4145)

007 LEMXÊ MKWL

Ficou no ar? Então não perca.Próxima quinta-feira, neste jornal.

GOVERNO DO ESTADO DO RIO Dl: IAM IRO SECKITARIA DE I Dl CAf, Ao t CUITURA FUNDAÇÃO llAtKO MfNICIP.U DO RIO DE JANEIRO. •

Temporada de Primavera

31 dc Agosto 2 c 3 dc Setembro 1989

O Lago Dos Cisnes

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VERA FAJARDO-e- 7?:'. MARCOS FLAKSMAN' "S BIILY ACCIOLY ,-racàcMANECOQUINDEREvv. . REGINA MIRANDA r: r-:ac RAFAEL PONZl í vulgàcãr ANDREACALLS

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DE QUARTA A DOMINGO

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JORNAL DO BRASILROTEIRO

sábado, 26/8/89 o CADERNO» o 9

ifBISBEUHET

RECOMENDA&

O JARDIM DAS CEREJEIRAS - Te.io d.?Anton Tchekov Tradução e direçào do PauloMamede Com Natôlia Thimberçj Sérgio Pr tioOthon Basios. Edwn Luis». José Lewgov eoutros teatro dos Quatro Rua Marquês do SVicente 52/2° (274 9895) De 4' a sàb às21 h e dom às 1 9h Ingressos 4' o b* a NO*20 00 6* o dom a NC/S 2b 00 e sAb feriado evéspera de fenado a NOS 30 00 Nào serapermitida a entrada apôs o inico do esoetácuio0 valor dos ingressos nào será reembolsadopara os retardatanos Duracào 2h300 e»traordmário te*to de Anton Tche^ov é recriado numa montagem em que elenco afinadocom a melancolia e desesperança da peca compôe um pa-nei da e»'Sténoa tr<ste e crepuscular0 visual abstrato desenha um espetáculo r>goroso e formalmente bonito

ESTA VALSA ê MINHA — Monólogo de Wili am luce D '"cão de Márcio Aurôi>o Tradução deLya Luft Com Tôn-a Carrero TeatroGlôna Rua do«ussel. 632 (24b b527) De b* a sob ás 21h30dom ás 19h Ingressos a NC/S 30 00 Duraçáo1 h20Biografia sobre a po!ém»ca Zelda Fiurgerald mulher do escritor Scott F-t?goraidLOJA DOS HORRORES — Te»to de HowardAshman e Alan Menken Tradução e adaptação doHávo Marinho Dtrecáo de Woif Maia Com Osmar Prado Tirr Rescala Stella Miranda c tduardoDusok alem de coro e babamos Teatro TeretaRacupt Rua Siqueira Campos 143 (23b 1113)Dp 4* a 6* ár. 21h30 vesp b' ás I8h sáb ás 20ho 22h30 e dom as 1 flh o 20^30 Amanhã nãohavorá a pr meira sessão ingressos *1» b* e dom aNOS ?0 00 e 6* e !.àb a NC?4 ?b 00 EMr^.a d ,i30

fa.* um pacto com uma planta} do sucesso d-nheuo c amorUm florista 0

carnívora ^m tPERVERSIDADE SEXUAL EM CHICAGO ~Te»to do Davci Mamet Tradução do Marcos Ribasdo F aria Direção de José W i»er Com José Maver,Paulo Beti- "fcuane G'0'dmi e Vera Fajardo Teatrode Arena Rua S-quO'ra Campos 143 (23b b348)Do 4- a 6* ás 21 h>30 sáb as 20h o 22'i o dom as1 9h Ingressos 4* e 5* a NíC.*S 15 00 6* o dom aNC."S 2b 00 e sab a NC-/S 30 00 Duração ' h30Comédia que q ra em torno do se*o o da so>'d«io dequatro pessoas numa cd.»de grandoA FARSA DA ESPOSA PERFEITA Tc»!o doEdy L-ma D rocão de João Beihencoun ComPau(o Guarnier- inés Gaivão Lutero Lu»? e outrosTeatro CAndroo Mendes Rua Joana Ar>g6i>ca 63(232 9714) !>' e 6' As21h30 vesp<»ral de b* «H1 7h sáb as 20h e 22h o dom . ás 2Qh Ingressosa NC/5 1 h 00 vosrxval a NCfS 10 00 Desconto do20% med^nte apresentação de cupom o cartão do'>ei:or do J BVIRALATS. MAS COM PEDIGREE - To»?o doAnamar a Nunes <nsp rado em T S t '«-ot D'reçào

fie. Calota Po»te'Ui Com Guilherme Karan B<a?>rn e o grupo Vac.'ou Dançou. Teatro VtUa Lc£os av Pr ncesa Isabel 440 (275 6696) Do 4» a6* as 21 n30 sáb as 20h e 22h30 « dom as 1 9ningressos 4* *' b' a NCrS 1 b CO 6* o sáb NO*20 00 o dom a NOS 18 00Musicai sob?»' um grupo do cachorros que 5"Mujne para escolher um novo lide?VAIDADES E TOLICES tncenacáo do O ursoV pedido de casamento e O /ubiJeu do AntonToherhcv Tradução e adaptação do Marçii-o MoTaes e Vera L r>% Direção do A»o R po,: HamerCom Anno Ju ão Ludova' Campos Chnsima Vefioso o Soimo Go»dmacher Teatro Cândido Mendes Rua Joana Angéoca. 63 (267 729b) 2' o 3*As 21h30 6* ?* sab as 24h Ingressos a NO*12.00 Desconto do 25% med»anto apresentaçãodo, cupom, e cartão do >e tor d o JB Duração

Conjunto do s tuaçôos h-iariantes apresentadas porJiguras humanas obstinadas e confusasMOÇA. NUNCA MAIS Te» to do Ary F ontourae Ju;'C Dessaune Direção de Ary Fontoura e Ivanbenna Com Ary Fontoura o Sueiy franco. IvanSenna o Outros Teatro do Barra shopping Av dasArrancas 4666 (325 b844) b* e 6#. âs21h sab^s '3^30 e 22'h. dom as 1 9h e 21 h30 Ingiessos*%• a NC.-S 1 b 00 6* o sáb a NOS 2b 03 dom a.^OS 20 00 Duração 1H30 0 espotácu'o começa.(/gorosamorto no horário"Co^Vvi a mus-ca: Tentativas do uma funcionáriapúbi ca so'to'ona para perder a virgindadeMARAT MARAT — 1e».to o d.reçâo do MarcoViana Com Ana Lui;a Magalhães Leonel BfumI4a;a Vargas o outros Teatro aa Aliança francesade Botafogo, Rua Muni? Barreto 730(286 4;4BiCe 5* d sáb ás 21 h30 dom as 20h30 Ingressosa NCíS '0 00 e NOS 5 00 classe artística SessãoJ»tra ho;o ás 24h Ingressos a NC/S 10.00 Dura^áo 1h30A Revolução 1 'ò'<r • *.i : • ¦ P«

ás 19h Inqressos a NOS 1 b 00 Duração 1h1bAte amanhãComédia que conta a influência de um psicanalistana vida de um casal

SANTO E A PORCA —¦ Texto de Ariano Suassuna Direção do VValmor Chagas Com lta»o RossiZezé Poiessa. Lafaiete Galváo e outros TeatroZtembmski. Rua Urbano Duarte. 22 (228 30/1)44 o b* ás 20h 6* e sáb . ás 21 h30 o dom . ás 18hIngressos 4* e b* a NO& 8 00. 6* e dom a NO$10.00 e sab a NOS 12 00 4* e b*. 50% dedesconto para estudantes Duração 1 h40 AteamanhãFarsa nordestina sobre a avareza de um velho queguarda suas economias dentro de uma porcaMEU REINO POR UM CAVALO - Te*to doDias Gomes D'reção de Antônio Mercado ComPau'0 Goulart. N<cette Bruno. Angela Leal e outros Teatro Nelson Rodrigues (e* BNH). Av República do Paraguai, s/n" (262 0942). 4* b' edom, ás 18h30 6' ás 21 h sáb. ás 20h e 22hIngressos 4* e bv a NOS 1 b 00 6* e dom a NC$20 00 e sáb . véspera de fenado e feriado a NOS2b.00 Entrega dos ingressos a domicílio Desconto de 20% nos postos Polrobrás da Rua do Catete.Catacumba. Av Maracanã. Quebra Mar Barra. SFrancisco. N^terO» e Rua 2 do Dezembro. AterroDesconto de 40% as 4»s. 30% nas vespera;s de b*e 20% nas demais sessões mediante apresentaçãode cupom o cartão de leitor do J B Duraçãoh30 Ate dia 3 de setembroComédia Dúvidas existenciais de um intelectualde esquerdaCOMO SE TORNAR UMA SUPERMAE EMDEZ LIÇÕES — Texto de Pau' Fuc s Tradução doF'ávio Marinho D reção de WoU Ma*a Com LvaTodor. Daniel Dantas Ida Gomes Oswa'do Louzada e outros Teatro Princesa Isabel Av PrincesaIsabel. 186 (27b 3346) Do 4' a 6*. ás 21h30sáb as 20h o 22h30 e dom. ás 18f»30 e 21 hIngressos 4» e b* a NC.*S 20 00 sáb a NOS 30 00o 6' e dom a NOS 2b 00 Desconto do 20%mediante apresentação do cupom e cartáo de leitordo JB Duração 1h40Coméd-a que conta em dez esquetes a história douma mão domínadora e afetuosa que exerce opoder sobre sou MhoSUBURBANO CORAÇÃO - T o»to de NaumAlves de Sou.*a e Chico Buarque. Direção doNaum Alves do Souza Com Fernanda Montenegro Otávio Augusto, Ana Lúcia Torro o IvoneHoffmann Teatro C/ara Nunes, Rua Marquês do SVicenti» 52 (2 74 9696) Do 4* a sáb ás 21h30.dom as 1 9h. Ingressos 4* e b' a NC/S 20 00 6* odom a NCzS 2b 00 sáb fenado o véspera d»1feriado a NCzS 30 00 Duração 1 h&OComédia com musicas que conta a história do umamulher que persegue o sonho de um amor eternoENCONTRARSE — Te»t0 de Lu g> P'ande^oTraduçãodo MiHor Fernandes 0'reção de UiyssesCruz Com, Renata Sorrah Selma Lgre^ Tales PanChacon RosMa Thomás Lop<'S o outros TeatroCopacabana. Av Cof»acabana 291 (255 7070)Do 4* a sáb ás 21 h30 dom ás 19h e vesp de b*as 1 7h Ingressos 4* ?> b* a NCzS 20 00 6* e dom.a NCzS 2b 00 o sáb a NCzS 30 CO Duração 2hGrande d'va do teatro num momento de cr-see* stoncalBRASILEIRAS E BRASILEIROS - Te»to deLuís Finando Veríssimo Direção do Cécil ThiréCom LúCia Alves Ivan Sotta Antôn»o P»»dro Ja'usa Barco !os o Carmem Figuo ra Teatro da Casa deCultura l aura Atvtm Av Vie ra Souto 1 76 (24 76946) Do 4• a 6* as ?1h30 sáb as 20h30 o22h30 o oom as 20h30 Ingressos 4* e 5* aNCzS t b 00 6* o dom a NCzS 20 00 o sab aNCzS 2b 00 Duração 1h?0 l o>tores entre 16 o' 8 anos com titulo tém bCv- d»? doscoritoComedia Bc*mbeiro tonta descobrir mfiUracòes emprédio n«» c asso méd«a e encontra os mais vacadostipos sociais brasiie rosADEUS IRMÃO. DURMA SOSSEGADO'o*to e direção de Vagner de Almeida Com AndréRange' i"S«»both S'lveira Zani /antmi r outrosTeatro da A!,s'Ka franccsa de Copacabana RuaDuv-ver 43 (541 9497) 6* o sáb às 21h30d<»m as 20h Ingressos de 6' o sáb a NCzS 1b 00o dom a NCzS 10 00 Desconto do 2b% medianteapresentação do cupom o cartão do leitor do J BDuração 1 h3b A^ «manhiO NOSSO MARIDO - Comédia de Mar íu Saídanha o Manha Garc;a Direção de Cláudio Cava1canti Com ClAud'0 Cavalcant. Mar.a Lúc»a FrotaMar a Hefena Das o Ltd'a Mattos Teatro SenacRwa Pompeu Loureao 45 (256 2641) De 5* asáh As 2ih30 dom ás 19h Ingressos a NCzS20 00 As 5*s e 6*s estudantes o maiores de 60anos tém desconto de 50% Duração 1h30 Desconto -do 25% mediante apresentação de cupomdo guia de assinantes o cartão do leitor do J Btsposa amante o sogra so unem numa troca dopapé«s para desespero de Osvva doEU AMO — Te*to or-gma' do Maiaxovs»- Traducão d« tmiho Carrera Guerra Roteiro o direção doHe véco A ves Jr Com Ana Palma. Gtslane Bong.omo G'ei Péi as HefvéciO Aves Jr o MiguelMudr » Saia Monteiro Lobato Teatro VtUa LoOosA* Princesa Isabel. 440 (2 75 6695) De 5' a sabas 2lh30 Dom as 20h Ingressos a NCzS 10 0DAs b*s casais pagam somente uma entrada Descorno do 40% mediante apresentação de cupom

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Triste comédia

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espantoso como o público quevai ao teatro Barrashopinprmostra tanta complascênciacom o que assiste. Moça, nun-

ca mais!, de Ary Fontoura e .Júlio Des-saune. é uma comédia musical (se éque os autores consideram pertencerao (fônero uma peça que usa músicaapenas como recurso para suprir a fal-ta de substância dramática) que nftoregistra sinais visíveis de que tenhaqualquer compromisso com o teatro. Oque se vê é uma peça alinhavada gros-seiramente, em que a medida da cenanfto está na vontade de contar umahistória com o minimo de critério ar-tlstico, mas numa visfto deturpada doteatro comercial. A peça serve a al-guns objetivos indisfarçáveis. Um de-les. o de viajar a Portugal, onde oprestigio popular de Ary Fontoura foiconseguido através das telenovelas.

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especialmente de Roque Santeiro. Ooutro, o de ser utilizado como veículopara o histrionismo de Ary, que semultiplica em vários tipos. E ainda,transformar a bilheteria numa máqui-na caça-niqueis.

Moça. nunca mais.' trata das agru-nas de uma mulher que se esforça parasuperar a sua condiçfto de donzela. Es-se problema, que tem discutível eficá-cia humorística, nfto sustenta por si sóuma comédia de quase duas horas. Opúblico pode até achar alguma graça,mas é um riso preguiçoso, triste, semvitalidade, cheio de preconceitos tospapéis sexuais estfto definidos por có-digo de comportamento moralista).Um espetáculo com tais ambições des-merece atores cujas carreiras foramtfto arduamente construídas. E mesmoque a platéia pareça reagir Aquilo quea montagem convencionou como cô-mico (o palavrfto, a anatomia humanae o doboche), o espectador nfto se dáconta da maneira como essa Moça,

nunca mais! explora a sua acomoda-çfto cultural, deixando-o ft mercê dasua vulnerabilidade Intelectual.

0 que mais surpreende, nfto é a au-to-indulgència do público (afinal, hásempre alguém que se deixa levar pelabanalidade). Multo menos, o desleixodos profissionais ligados á montagem(tudo tem um ar de improviso e demau acabamento), mas a própria des-confiança dos autores e do produtordiante do poder comercial de seu pio-duto. Foram pedir ajuda á Secretariado Cultura do Paraná que patrocinaMoça. nunca mais! (o programa regis-tra que a peça tem "os auspícios daSecretaria de Estado e Cultura do Pa-raná"). o que é, no minimo, desconcer-tante. já que esta é uma interpretaçãobastante distorcida do papel constltu-cional do Estado em relaçáo a cultura.

Cotação: •

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quia Rentme Hennqueta Brieba entre o^itrosTeatro da Praia Rua Francisco Sá 88 (267 7749)4* 5* o 6*. ás 21 h30 sAb , ás 20h e 22h30 e domas 18h30 e 21 h ingressos 4* e 5* a NCzS 1 2 00 6*e dom a NCzS 1 5.00 e sAb a NCzS 20.00 DuraCão 1 h30Come<i.a om torno do do>!« casa s dflsompregadosmorando num pequeno atiaríamentoNOVE E MEIO - To.to e direção de PatrioaVentania Com Angela Safvatt- tdgard Martoref'Jorge Gutrrera e outros Socius Rua Mal Mascarenhas do Mo»ais 156 (235 5412) De 5* a sábas 21h30 Ingressos a NCzS 6 00 Durar ão 'MbUltimo d'.iAcontece um assassinato em uma poufoda deix>»sque chegam a guns hòsjHXies .rmspcadosTRAIR E COÇAR Ê S0 COMEÇAR !«Marcos Canjso D»reção do Att'í*o R ccô Com V-cM 1-to'io Tonv f erre ra Má* o Cardoso José SantaCruz e outros Teatro Galer a Rua Svnador Vornmi.rn '» ¦ '1 •• '» ' ¦ * - ' •

Ingressos vesp do 4» a 6* a NCzS 6 CO 5* (2'sessão) a NCzS 8 00 o do 6* a dom a NCzS 10 00Desconto do 70% mediante apresentação do cupon « cartáo de leitor do J B Duração 1 h20Comédia mutucal nuo conta a trajotòna da mulhernegra no Brjs iMEU CORPO DARIA UM ROMANCE - Te«todo Herbe/t Daniel adartado t>e'o grupo do teatrodo Sest Meríti Direção do Vanderie- Ga'vão ComAndréa Monteiro. L'son M-guoi. G^o co Me*o ooutros Teatro do Sesc oe S Jc\iO de Menu. RuaTenente Manoel Alvarenga R.{>»:ro 66 (756461 b). S.tb o dw ài 1 8h Ingressos a NCzS 1 OODuração " ri Z-«té amanftãIAM PI AÇO. O REI DO CANGAO TC.M 0"José Bezerra f • D-reção do JcvO Mar .1 Rc<JrvjuesCom Juse Ma* a Rod' gues Sandra He-ena C:.iud .! Caé ^ ,j?ros Teatro Seu São J0J0 oe M»nt>R ia T»*nerij»> Mance* A:..irer>^a R t—to í>6 (/5C461b) 6* sab o dom ás 20*00 lnrjn»sso\ a NCzS6 00 o NC .•! 3 00 (comerr ar.os) 20% do desconto

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CIA DE DANÇA ENTRE OS DENTES — Aprosontacão do dança moderna e »azz com d-reção doCa o Nunes Teatro Cadda Be<*er Rua do Catet»t338 (265 9933) Do 4* a sab as 21 h dom ás20h ingressos a NCzS 10.03 Até amanhã

OS QUATRO ELEMENTOSBi Ot Atro e o grupo Dant

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O VISON VOADOR - Te *to do Ray Coc>nf>, eJo^n Chapman Adaptação de Marcos CafusoD^eçao de Oda»-ias Pett Com MaMy Martov LuísCarlos Arut,n Co' a Cout^nho Mon quo A »os 0Outros Teatro Casa Grande Av »MrAn>o de Me>oftr 290 . ¦ • ¦¦¦'¦• M*jub »2lh30 etlorr as 19h ir^Qressos 4* 5* 6* o dom a NCzS15 00 sáb o véspera de tonado a NCzS 20 00posconto de 20% nos postos Petfobrâs da Rua doCateto Catacumba Av MaracanA Quebra MarBarra S f sco N-totô' o Rua 2 do dezembro."Aie^o Duração 1 h40 Até d-a 3 do sotombroComfrd a C) mando aproveita a ausência da esposae presente .1 uma outra muihor com um casaco do•fjotesÓPERA JOYCE — 1o«to de Acdes NogueiraCom Vora h - tz M-gue' Magno e João Carius•Couto Casa cie Cultura iêura Alv\m Av V>emScito 1'6í24/ 6046) 5* o 6* ás21h30 sáb as

,pC'h30 o 2?h30 dom ás 20h30 Ingressos a NCzS0 C»D Du'açáo 1 h10 Ate d^a 10 do outubro

Tnãngu'0 amoroso formado por james Jovce sua^uiher e o a ter ego do escritor Stephen Dedaiusjiuma Europa da d0cí»da de 20POR TELEFONE - Tini O de Antômo f aguados

4-' 'oçáo de f :,»v.o Fretas Com T htano D- Aier>car o. ara Tf •••'a Teatro Be-'to'd Brechi P'anetánoda Gávoa Av Padre loone' Manca 240 (274C~!96í De 5' a sáb ás 21h30. dom ás 20hWksos de b* e dom a NCzS 15 00 6* o sáb aNCzS 20 00 Desconto de 20% mediante apresentacáo de cupom e cartão de le«tor do J BComédia Casai de classe med-a entra em cn&e.quando o mar.do petde o empregoTSM UM PSICANALISTA NA NOSSA CAMA*—ICòmed a de João Bethencourt Direção de Ary

Com Roberto Pirillo. Angela V>e>ra e Ro-Owo r ab^ano Teatro Joèo Caetano Pça T «raden-

*/n° (221 0305) De 4* a sáb ás21hedom.

Duração 16 Até amanhãV agem peia vida e obra do pcx»ta MaiaKovs»SPLISH SPLASH — T e«to de ftávio MarinhoDireção de Woll Mata Coreografias de 0'en».aRa a Com A!e*and»e Frota Ronov Villeía Man'uBuono C áud a Raia Lmne Ma a e outros TeatroG mês tico Av Graça Aranha 187 (220 8394) 4*5' e dom As 1 8h 6' ás 1 8n e 21 h; sab as 21 hingressos 4* <• 5* a NCzS 8 00 6* a NCzS 8 CO (navesperai) e NCzS 1 5 CO sáb a NCzS 20.00 e dom aNCzS 1 5 00 Desconto de 20\ (4* e 5*) medianteapresentação do cupom e cartão do ledor doJB (L'vre) Duração 1h30 0 espetáculo começarigorosamente no horárioRoc» humor o dança para retratar os ídolos o ajuventude dot anos 50A PRESIDENTA — Te*to do Br-catre e lasavgues Direção do José Renato Com Jorge DOnaCarva'h«nho Jorge Cherques Paula Budamaque ooutros Teatro Vani/cci Rua Marquês de S V»cento 52 (274 ,*246) De 4* a 6* as ?1h30 sáb as20h e 22h30 e dc>m as 19h e 21 h30 Ingressos 4»

5* a NCzS 25 00 do 6* a dom a NCzS 30 00Duração 2hComédia d« situações em que do<s irmãos brigampor um estilo de vida antagôn»coQUERELLE — Te»to do Jean Genet Tradução d«;Jean Marte Remy o Demétr.o do 0><ve m Adaptacão de Nelson Wagner D-reçáo de f áb»o PiHarCom Rogéria Gerson Brenner. Mauri Akiander eOutros Teatro da SUAM Pça das Naçfos 88(270 7082) De 6* 1 dom . as 21h30 Ingressos aNCzS 15.00 Duração 1 h40 Até amanhãHi&tôria do mar nheiro Georges Ouere'le entre Obordei e o cais do porto e seu alegre su«c«dtomoraiPOR FALTA DE ROUPA NOVA. PASSEI FER-RO NA VELHA — Te *to de Apiiio FernandesDireção de Pau'o Afonso de L ma Com BenvindoSeque«ra Vanda Lacerda Mon-que Lafond Saiu

20n o 22h30 e dom ,js 1 Br*, o 2'n Inqrossos de4- .. 5* a NCzS 20 00 d.' 6' o dom «. legados •»NCzS 25 00 e sab a NCzS 30 lV) Desconto do20% mediar»te apresentação de ¦ upo^ e ca't.»u¦oitor do J B Duração 1650VaudeviHe no qual uma empregada c .1 maipn*,end'do cie adu«tér>o er>jre »ar>os casaisPOR DEBAIXO DO LENÇOL - To.to do Gugu0'-in>echa Direção de L.ico Mauro Com He'enaWernec» lu z P-mente1 Marco Ort-.z e Gugu 0:mecha Teatro Caw'í Rua DesembijrQj.dc>» lsid'o10 (541 533" > 6* o sab as 21h30 dom ás20h30 Ingressos a NCzS 10 00 Desconto do 4(/v,m«fd anto apresentação do cupom o do cartão dek"tor do J B Duração 1640 (16 anosj

1 noeper-dentes to* loComéd-a com rés histí>rcomo tema J camaPRA UMA FINA DONZELA PIPOCA NELA!— Te»to e d-reçáo de Carva^h nho Cc»m Tàn-aMoraes Selma Lopes S^ve-rmha ? rantc«sro S '»ao Ca' OS Mansur Teatro Afn>*\f<ca R*ia CamposSa es 118(234 2060) 6* o sab as2l^ dom as2Crh Ingressos a NCzS 1 2 CO Desconto do 20>med ante apresentação de cupí»m e cartão de 'e.tordo J B Até dia 29 do outubroC omedtaA NOITE DAS MAL DORMIDAS Teto deN eis Petersen D-reçáo do Renato Preto ComMarcos Mameim Lu a t»1ede ros o l -j*s D as TeatroSesc de Madurara Rua Evvbank da Câmara 90(350 9433) 6* o sâb as 216 dom as 20hIngressos a NCzS 6 00 o NCzS 3 00 (s'< or>) Duraçáo 1h 30Comédia Até amanhãOHI QUE DELICIA OE NEGRAS - Multai doNeí 'opes é C'aud o Jorge D reção de Haro'do doO ve'a Com tdir do Castro. Jussara Caimon.Adagoborto Arruda o outros Teatro Rrva! RuaÁlvaro A!vim 37 (240 11 35) Vesoera* do 4* a 6*as 18h30 do 5* a sâb. as 21 h dom as 19h

A FARSA DO ADVOGADO PATHELIN D-"•çáo de M ra Pa neta Com Renan Ví>n Gutte»M i<t Pa-neta R-cardo Veiloda o outros TeatroSesr tr'[je"f~>o de Dentro Av Amjro Cavalcante1 661 (249 1391) Sáb o do*n as Wh Ingressos.1 '«CzS 5 (X) Duração 1h Ate amanhã

JACOUES OU A SUBMISSÃO Ip.lo 0.;hjgene lonesco Tradução do Luiz do l ma D-recão do Renato Icarahy Teatro L u>: Pe>'0t0 Escolado Teatro Ma't;ns Pena Rua 20 de abr-i 14 (2 325598) Sáb as 2lhe dom as 20n Ate amanhãPADARIA PAVUNA Te.to o d re'.ào de Mque-' On çja Com Ama B ttoncotirt Chico Sztoc»marm o M gu«H On ija Sáb o úom\ as 2' h na SalaPà%cf><Ml Cifos Magno UNI — R>o U'< a Entradafranca

Minfanto-juvenilOS DEZ TRABALHOS DE HtRCULES TojIüde Monte ro Lobato Adaptação e direção de Carios W':st?n Com Z.iotaf^dre frota Bel Kutner Anderson r>< f of $Mt Ma't nj e elenco TeatroGméitco Av Gra<a Aranha 18/ (?20 8394)Sáb ás 1 4h e 1 7ti dom as 1 bh Irtgressos a NCzS10 CO Duração 1 h4Q

JORNAL DO BRASILMAM 940 KHz ESTÉREOJBI — Jornal do Brasil Informa de 2* « 6*Ji 7hTO Uh30. !8h30 e ü-'30 sJb dorr el<>nfldo» .t\Bli30 1 30 I8h30p0h30Rapôrtar JB de 2* a dom informativo as horascortas

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¦FAÍ 105 — IO 5,1 MHz105 na Madrugada Ameia notoAa Mais Pedidas da Madrugada as 5nAa Melhoras da 105 ás 9hVale a Pana Ouvir de Novo ás 1Robano Carlos am Detalhes - as 1 3hBlack Baat as 1 4h105 som Parar ás 22n

TciDADE — 1 02.9 MHzSaudada Cidada - As 7h o 1 4hTalefone da Cidade - ás 9hCidade Rádio Lasar - ás 1 7hFasta da Cidada As 22h

DomingoTão boa que virou duas.

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Cartão doLeitor.Não vá aoTeatro sem ele.

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10 O CADERNO B o sábado, 26/8/89ROTEIRO-

JORNAL DO BRASIL

ICANAL 2 — TV Educativa

Últimos dias de Napoleão

Anseio Regina Cunha

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batalha de Waterloo,que em 18 de junho de1815 colocou frente afrente os exércitos de

Napolefto Bonaparte e do Duquede Wellington. nilo chega a serpropriamente o melhor progra-ma para a noite de sábado. MasWaterloo. a multimilionáriaprodução ítalo-sovlétlca que aTV Globo exibe às 23h40. valepela reconstrução dos últimos100 dias de Napolefto. A históriada sua queda começa numa noitede"fevereiro daquele ano quandoNapoleão foge do retiro na ilhado, Elba levando mil homens desua guarda pessoal e terminacom sua humilhante derrota emcampos belgas. Foi o primeirotrilbalho conjunto da Mosfilm,d£ Moscou, e um produtor oci-dental, no caso. o megalòmanoDino De Laurentls.

Os três mil soldados e cavaloscedidos pelo exército soviético,além dos 16 mil extras usadosnás filmagens, provam que osprodutores nào pensaram em

, economizar na hora de mostrarcuidadosamente cada momentoda batalha que pós fim ás ambi-çôes de Napoleflo. E De Lauren-tis sabe como ninguém reunirgrandes nomes. Entregou a dire-çâo a Sergei Bondartchuk. entáocom 50 anos. Primeiro diretorsoviético a filmar num pais nâosocialista. Bondartchuk ganhou.iem 68. o Oscar de melhor filmeiestrangeiro com Guerra c pazMtambém produzido por De Lau-|rentis. No superelenco de Haíer-lloo estáo Rod Steiger, como Na-Ipoleáo. Christopher Plummer, oDuque de Wellington e OrsonWelles. no papel do rei LuisXVIII. A música é de Nino Rota.o maestro favorito de FedericoFellini. Para quem acha que asduas horas de filme podem can-

,sar. uma lembrança: Guerra cpaz levava sete horas.Os outros filmes da programaçáoficam na média. Merecem nomáximo uma espiada: O ultimo

Jiomem inocente (Globo. 21h35i.Contrato com um morto (Man-'chete, 22h30) e Cobra (Bandei-rant.es. 23h30> além. é claro, do'delicioso Casa, cumula e carinho(Manchete, 0h30i em que Judy,Garland canta Gct happy c Gene.Kelly consegue dançar sobre jor-mais. Só ele!

ÉH OS F II^JVTESMOSTRA CINEMA E FUTEBOLI TV K 19h30

I Curtas vthrr futebol Barbosa. de Jorge

Rod SteigerinterpretaNapoleão namultimilionáriaproduçãoitalo-sovióticaWaterloo, que tematraçãosuplementar: Amúsica de NinoRota

A, &

HpP??"-; J;.

8h,159h9h30

10H3011 h11 h30

12hI2h301 3h13H30I4h

15h

16h17h

TELECURSO 1° GRAU — Educati-voREENCONTRO — Monsagem roli•g«osa com o Pastor f anmiEM DEBATE — Programo focalizando assuntos da atualidade com ospe- 1 7h30cialistas convidadosMONTANHAS — Documentário 18h30VIAGENS — Documentário sobre tu-rtsmo 19hTOME CIÊNCIA - Noticias o repor-tagens sobro ciência e tecnologia no 20hBrasil e exteriorI 10VE YOU Aulas tio inglêsApresentação do Márcia KrengiolFRANCE EXPRESS - Revista sobroatualidades e cultura francesasIMAGENS DA ITÁLIA — Rovistasobre atualidades e cultura italianas .'1 h

2IH30ZERO A SEIS. O PRIMEIRO MUN-DO — Informativo sobre puericulturaPEQUENAS EMPRESAS. QRAN-DES NEGÓCIOS — Jornalístico so-bro empresas 23h

Mh30 VERSO E REVERSO — Infor mativosobre educação básica para jovens eadultos Apresentação de Álvaro Gou 0hlart

Telefone da emiwora 2

EU SOU O SHOW ESPECIAL ¦Musical Hoie Sá o GuarablraPLANETA VIDA — Documentário iTURISMO — Inlorm ativo »ESPECIAL LITERATURA - Jorn»lístico Ho|e Afonso Avilla ?AS NAÇÕES UNIDAS Jornal informativoSINAL DE VlOEO - Informativo sç>bro vídeoTELECINE BRASIL — Mostra Cine-ma e futebol Curtas Barbosa, de JoVge Furtado o Ana Lui/a Azevedo. Oincrível Maná Garrincha, do Aôcio doAndrade. Jogo cios homens, de Rt>berto Moura e Zona do agrião, de Robeno MouraJORNAL DE SÁBADO - Noticiárionacional e internacionalOS CLÁSSICOS — Especial musicalHoie Andrò Prevm (14 parte)ALTA FIDELIDADE - MusicalApresentação de Maria Lu</a TrancoBusseAS PESSOAS — Entrevistas Apre-sentacão de Hildegard Angel

42 1598

ICANAL 4 — TV Oloboi>h50 TELECURSO 2o GRAU - tducali-;h308h1 2h50

1 3h13h251 4h14h55I6h1 7h50

GLOBO CIÊNCIA Informaçõessobre ciência e tecnologiaXOU DA XUXA — Infantil Apresen.tação de Xu*aGLOBO ESPORTE — Noticiário es-pnrtivo Apresentação de FernandoVanucciHOJE — Noticiário, agenda cultural eentrevistasPAIS DEMAIS — Senado EpisódioO primeiro encontro de NicolcANJOS DA LEI — Senado EpisódioOs melhores anos da sua vidaVlDEO SHOW — Molhoios momon-tos da televisãoCOPA DO BRASIL Jogo Spon XGr fim toPACTO DE SANGUE - Novela doRegina Braga Com Carlos Ver era.Carla Camuratti Esther Góes. EdwinLu 151 e Jaymo Periard

18MO SINAL VERDE - Boletim do GP c/dBélgica %

18h45 QUE REI SOU EU7 - Novela deCassiano Gabus Mondes Com tdsonCelular». Maneia Severo. Toreza Rii-quel e Daniel Filho

19h45 RJ TV Noticiário local20H JORNAL NACIONAL — Noticiárto

nacional o internacional ' '20h35 TIETA — Novela do Agumaldo Silva.

Ana Maria Morotzsohn o Ricardo Lf*nhares Com Betty Faria. Joan\iFomm, Côssio Gabus Mendes. LidçjBrondi o Reginaldo Faria

21h35 SUPERCINE - - I itme O último '"3-mem inocente

23h40 SESSÃO DE GALA — Filme Water;loo

2h CORUJÃO I r ilmo Suplicro deuma vida•th CORUJÃO II ¦ Filme Hordas Sctvi-gens

Telefone da amittora í»29-28b7

MC AN AL 6 — TV Manchete6h15 PROGRAMAÇÃO EDUCATIVA/h ESPORTE 89 Noticiário esportivo9h TORNEIO HUDSON DE TÊNIS

Ao vivo12h MANCHETE ESPORTIVA - 1"

TEMPO Noticiário esportivoApresentação do Márcio Guedes

I2h30 JORNAL DA MANCHETE - EDI-ÇAO DA TARDE Noticiário nacio-na! o internacional

1 3h CINEMANIA — Noticias do mundodo cinema Apresentação do WilsonCunha

I4h ESTAÇÃO SHOCK — MusicalApresontaçáo de Btg Abreu o CarolinaFerraz

1 6h MILK SHAKE — Parada musicalApresentação do Angélica

18h30 C&A SHOPSHOW - MusicalApresentação Flávia Monteiro

Telefone da em

19h30 JORNAL LOCAL — Noticiário local'20n MANCHETE ESPORTIVA — Notir

ciáno esportivo Apresentação düPaulo Stom

20h25 GRID DE LARGADA - Boletim db>Fórmula-1 o i

20h30 JORNAL DA MANCHETE — 1,"EDIÇÃO — Noticiário nacional e ir\tornocional , ,

:th30 KANANGA DO JAPÃO - Npveliide Wilson Aguiar Com Cristiane To^loni. Raul Gazola. Tônia Carroro., Giu-seppo Ortstanio. Zozò Motta o RubensCorrêa '

22h30 SALA VIP — Filme Contrato com ummorto0h30 SESSÃO EXTRA - Filme Crfsj col

niida e carmho (legendado)isiora 285-0033 ,

ICANAL 7 — TV Bandeirantes7h BOA VONTADE Religioso7H30 PALAVRA DE FE Roligioso8h30 NOVADIMENSAO Religioso9h SHOW DE TURISMO - Informa

çík»s turísticas Aprosontação de PauloMonte

9h30 NITERÓI REVISTA — Jornalístico10n CIDADES FLUMINENSES — Jor-

nalisticoI0h30 TV PETRÔPOLIS - Noticiário n

agenda cultural Apresentacát) do Ho-loisa Cavaco

11 h JEANNIE Ê UM GÊNIO - SonadoJeannio em duplicata

11 h30 A FEITICEIRA — Senado CJt'S e £W-tos1 3h 2ACCARO — Variedades Apresenta-

çâo de Augustinho Zaccaro14h CLUBE DO BOLINHA — NA BOCA

DO POVO Variedades Apresenta*cão de Edson Curi

16h COPA DO BRASIL Jogo Spwt kGrêmio

tan CLUBE DO BOLINHA — OLlM-PIADA DE CALOUROS — Cominuaçèo

20h JORNAL DO RIO — Noticiário loca'20h10 JORNAL BANDEIRANTES — NoiV

Ciáno20h30 BRASIL RURAL — Informativo SO'

bre u campo21h30 BRONCO — Humorístico com Rol

nald Golias22h30 SO RISO NA PRAÇA — Humorlstt-

CO com Cosfinha23h30 SÁBADO A NOITE NO CINEMA -

Filme Cobra1 h30 CINEMA NA MADRUGADA — F il-me Rockmama

Telefone da emisiors 542 2132

ICANAL 9 — TV Corcovado

Furtado * .-irui Lui^a Acrvedo. Com An-tónio Fagundes. 198S, (Um). Cor, O iti-

chc <• Cindi/ Ptcket. Produção amrrwanadc fí.i. (9?m). Cor.Detetive particular iSimpsoni in-vestiga desaparecimento da namo-rada (Ferris) dc um desconhecido

criiii MamK Garrincha, d> At\%to Andra-'dc. 1978. (Um), PS- H. Jugo dos homens,ric Roberto Moura, 1979. (13tn), P & li{Xona do agrião, de Roberto Moura, 1979;/Um). !'A- H

I O ÜLTIMO HOMEM INOCENTETV Globo - 21h35

'¦ I)r*m* (The last mno<ent man) deRoger Spotti.su oode Com Ed llarris, Ro-^annc Hart. Davtd Suchet. lirucc Mc-Gill, Dar reli l.arson. Rose Grcgorio eClarencc Williams 111 produção ameri-{¦ana paru a TV de 87. (lOUm). Cor.'Advogado (Harris) famoso pela ha-•lnlidade com que inocenta seusclientes apaixona-se pela mulherilHartl de um homem (Suchet\ nfluem defende da acusaçflo de üs.s<i.s-einato.

i CONTRATO COM UM MORTOTV Manchete 22h30

.¦ Drama (Cocatne and blue eyes) dc E.,U Sivackhamer. Com O J Simpson,Çandy Clark. Pena Ferris. Eugcnc Ro-

que conheceu num bar de estrada edescobre quadrilha de traficantesde cocaína.

COBRATV Bandeirantes 231130

Criminal (l.e saut dc Tangei de VvcsHoisset. Com Jean Yanne, Sento Hergcr.Sterling Hayden, Giancarlo Sbragta,Gordon Mitchell. Michel Rix her c Ratj-tnond PcUegrin. Produção franco-italia-na de 71. (91 m). CorAventureiro (Yanne) perde mulhere filha durante guerra eleitoral tra-vada entre mafiosos e volta a Mar-selha para se vingar.

WATERLOOTV Globo 23h40

liurrr» ( Waterloo) dc Sergei liondarl-chuk. Com Rod Steiger. ChristopherPlummer, Jack Haiekms. Orson Welles.Virgínia McKenna, Dan O'Herhhy cRupert Panes Produção 1talo-sovicttcadc 70. Il23in). Cor.A história de N apoie Ao a [lartlr de

sua abdicaçío e seu retiro na ilha doElba até a unido das forças anglo-prussianas a Bélgica para destrui lodefinitivamente.CASA. COMIDA E CARINHO

SUPLÍCIO DE UMA VIDATV Globo - 2h

¦ Drama (The babp rnaker) de Jamesfírtdges. Com Barbara Hcrshey. CollinWilcoi Home, Sam Groom, Scott Glertn..

TV Manchete 0h30Drama iniiiir»! (Snmmirr stock) de

i hurles H aífpm Com Juiiy Garland. Ce-m Kelly. Eddic llrarkcn, Glona De Ha-trrj, Hans Conned. Sita Btcber c RayColltns Produção americana de 50.(lOihn) CorProdutor iK>'llyi ensaia show numafazenda onde moça (Garland) se ln-teressa por ele e entra para o musl-i al

ROCKJV1ANLATV Jiantk-írantes lh30

A»rnuir* imum< ai I)e Adnor Pitanga.Com Marido, Juho Braga, Mayara Xor*bim, /{riíicflo Bomtcmpo, FernandoResKy, Sick Sicula, Monigue Alies eJfda Clias Produção brasileira dc 87.(fijm) CorNamorada iNorbim» de cantor derock (Marcelo) 6 raptada e levadapara um barco <• ele procura locall-7-\-la com a ajuda de u::i computa-iter

Jean me lieriin. LUy i cn ri e nacuaKaltaniotcs. Produção americana de 70.

Cor.Jovem irresponsável (Hcrshey) co-nhece casal que nAo iwdo ter filhos eso dispõe a engravidar do rapaz(Groom) o dar o bebô a eles em trocado dinheiro.

HORDAS SELVAGENSTV Olobo - -lli

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7h.10 QUALIFICAÇÃO profissional— Educativofih POSSO CRER NO AMANHA

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VINDC A CniSTOFÉRIAS NO ACAMPAMENTOSenadoPLÁCIDO RIBEIRO — DA CIDADEAO SERTÃO MusicalSAMBA DE PRIMEIRA - MusicalAp/esentaçào de Jorge Perlingeiro

Hoje A/cone Jos# Ricardo. Ronaldo,Bebeto. Zoca Pagodmho e FritnctsDalva

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17h IUCY Senadot?h30 SAMURAI - SorijrtoI8h30 REALCE Programa |Ovem com en*

trevista5 Hoje surf bodyboard s*ate>v\ indsurf e musical com Enya e S'Ou«•_

j/t» and the Banshees20h AUTOMOBILE Aulomobilistico!

Apresentação de Paulo Santana Jt21 h QENTE DO RIO tntrovistas23r>45 ANTÔNIO ANDRADE SHOW -

MusicalT«l«fon« da emittors 580 1536

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Apresentação de Simony9h30 ORADUKAPETA — infantil Apro

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Infantil Apresentação de Manane12hí)2 CHAPOLIN SenadoI3h15 BOZO — Infantil. Apresentação dc

palhaço Do/o1ÕÍ1 SHOW MARAVILHA — Infantil

Apresentação de MaralRliH. CHAVES Stinarto!8h40 CARROSSEL — PUNKY. A LEVA-

DA DA BRECA - Senado19h 10 ISTO ê BRASIL Programa d« tu-

Talafon* da •m

nsmot9hl 5 ECONOMIA POPULAR/PERGUN-

TE AO TAMER — Intoimativo OCOrnômico i

1 9hl 7 TJ RIO Nonciòrio local o entrevis-t.is• 9(1-10 TJ BRASIL Noticiário nacional jiinternacional Apresentação de Bori*Casoy

20hj0 PRIMEIRA FILA Bolalim da Fôr-mula t

:0M2b FESTIVAL RlMULA — Musical rBigional ,

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7h Até d-a 16 de setembroGERALDO LAMEGO - Arqu tetura de interiorAne*o da Avanti Tapetes. Av Atau'fo de Paiva.270/111 Das10has22h Até d a 19 de setembroARTHUR LUIZ PIZA Relevos, gravura* e eoiagens Tríade. Av tp tàco Pessoa 1 264 Das 11Has I6h Até O i 22EXPOSIÇÃO AEROFILATÉLICA DA LUF-THANSA - E»pos'Cào documentando a evo>ucào do tráfego aéreo entre 1955 e 1983 MuseuHistónco Nacional Praça Marechal Ancora, s/m»Das 14h30 ás 1 7h30 Até d a 1P de outubroO TRANSPORTE EM SAO CRISTÓVÃOE»ooscào mostrando a evoluçào dos me?os detransporte d«»sd«* D Joào Vt até os dias de hojeCasa da Marquesa de Santos Av Pedro II 293Das 1 3h as 1 7h Até d a 30 de outubroMAJJQUESA DE SANTOS Obietas pi-ssoa s.cartft e reproduções fotográficas sobre a vida damarquesa Museu cfo Primeiro Reinado Av PedroII 293 Das T 3h às 1 7h Expos-çào permanenteCOLONIZAÇÃO E DEPENDÊNCIA - Documentos hrstôncos que façam a evoiucáo econôm'ca do país, desde a colônia Museu HistóricoNacional Praça Marechal Ancora. s/n° Das14h30 ás 1 7h30 Exposição permanente

COMUNIDADE EVANGÉLICA DEBOTAFOGO — Religioso Apresen-taçào do pastor Marcos SilvaVINDE A CRISTO - R ei igiosoApresentação do pastor Valter B LimaVISÃO ECOLÓGICA -• InformativoApresentação do Marcus ViníciusCLIP TV - Apresentação de RenatoRabelo

I0M30 MUNDO ÁRABE Noticias da colônia árabe Apresentação de fouadT ayar

7h30

7h45

8h

3h

.llh SÁBADO ESPECIAL I — Varteda-'des Apresentação de José Cunha

!5h SÁBADO ESPECIAL II — Vawda-des Apresentação de Raul G«t «

1 Rh SOM E ENERGIA I MusicalApresentação de Cláudia Maldonado '

20h HIT PARADE — Parado musical^Apresentação do Mana Lúcia PnoWi

21n30 KUNG FU - Filmo «programar i23h ALEM DA IMAGINAÇÃO — Sena'

doOh SHOW DA MADRUGADA -^Va |nedades Apresentação de Maurq

MontalvàoTalafona da «mlHora 293 0012

(As se*tas. sábados e domingos a coluna Televisão apresenta a programação da TVBútiOS Os programas sô podem ser captados na ArmacAo de Búzios)

ICANAL IO — TV Búzios8h TVE — Rotr.msmissòo da progra-

rrtação do Rio18H REALCE Programa |Ov.?m

Apresontaçáo de Antônio Ricardo.Patrícia Barros e Ricardo Bocão

19h SINAL DE VlDEO — Rctrans-missão do programa da TVE R»o

20h 10 NOTICIAS — 1* EDIÇÃO —Noticiário da Região dos Lagos

20h30 ECOLOGIANOO — 1* EDIÇÃOJornalístico Apresentação de

Tito Rosemberg e Ricardo Gutierres

21 h JORNAL DE SÁBADO - Retransmissão da programação daTVE

21 h30 VIBRAÇÃO -- Programa |0vemde esporte, música e entrevistasApresentação de Cesmha Chaves

21 h50 BÚZIOS SERVIÇO - Utilidade

pública Apresentação de Tito Ro-sembergTHUNDERBIRDS - Senado "»ALTA FIDELIDADE — Retraná-'missão da programação da TVE10 NOTICIAS — 2' EDIÇÃO —Noticiário da Região dos Lagos • iECOLOGIANDO — 2* EDIÇÃO— Jornalístico Apresentação dèTito Rosemberg e Ricardo GutierresVARIEDADES MUDERNAS —JornalísticoCOLA CLIP - Clips musicar»Apresentação de Gisele FragaDESENHOS NA MADRUGA-DA Desenhos

2h50 BOA NOITE BÚZIOS — Ho|eCanta Bú/ios Apresentação deCesmha Chaves

2?h23hOh0h20

1 h1 h452h1 5

? A programação publicada no Roteiro está sujeita a aMeraçôes do última hora E aconselhável confirmarhorários e programas por telefonen As criticas publicadas no Roteiro obedecem és seguintes cotações • Ru'm * Razoável * * Bom # ** Ótimo * * * # F*cepctonal

12

JORNAL DO BRASIL sábado, 26/8/89 o CADERNO B o I 1

André Cristovam sobe ao palco do Free Jazz

como versão paulistana dos velhos

cantores negros das margens do Mississipi

O blues de Pompéia

Roberto Cornodo

SÂO

PAULO — Um brasileiro com oblues na alma, o guitarrista e cantorAndré Christovam, 13 anos de carreí-ra como músico, sai do burburinho

dos bastidores e sobe amanhã ao palco doFree Jazz Festival, no Hotel Nacional, coma responsabilidade de fazer o show de aber-.tura de dois ídolos da estrada blues: o mes-tre John Lee Hooker e o inglês John Mayale seus Bluesbreakers. Dividir o palco comdois-mitos"fecha um ciclo de realizações doguitarrista, que lançou no começo do anoseu primeiro LP solo, Mandinga, pelo seloEldorado, revelando um insuspeitado bluesde veia tropical injetado de malícia e ginganas letras: e se apresentou com sucesso noBlues Festival de Ribeirão Preto (SP), emjunho, o que lhe valeu um convite paratocar em Dallas, no Texas, junto com oendiabrado bluesman Albert Collins.

O paulistano André Christovam, 31 anos,guitarrista de sólida formação musical,com fulgurantes passagens pelo soft e hardrock — ele tocou tanto com Rita Lee comocom a banda Golpe de Estado — não inven-tou de seguir a onda blues agora, porque émoda. O espírito do blues encarnou nele hámuito tempo, é uma paixão antiga, suaverdadeira praia. "Acho que isso começoudesde que ganhei um disco do Holin'n Wolf.aos 16 anos", conta Christovam, que adoles-cente ouvia muito o rock pesado dos gruposingleses Cream e Led Zeppelin, filhos dire-tos do blues.

Por causa desta obsessão, Christovam,que nasceu e se criou no bairro da Pompéia,em São Paulo, conhecido berço do rockpaulistano que gerou os Mutantes e o MadeIn Brazil, já chegou a carregar o amplifica-dor do texano Albert Collins. em Los Ange-les, onde morou dois anos, de 1980 a 82,estudando no Guitar Instituí of Tecnology.Antes disso, o guitarrista começou a estu-dar violão clássico aos 14 anos, passou pelafamosa escola de música do Zimbo Trio, aClan, e fez até o terceiro ano de composiçãoe regência na Faculdade Paulista de Artes.

Foi na encruzilhada de Los Angeles, ondeAndré Christovam se lembra de ter tomadoum memóravel porre de uísque barato dagarrafa que o endemoniado Collins traziano bolso ("achei que ia me vingar dele emRibeirão Preto, oferecendo a nossa cachaça,mas o home resiste a tudo", brinca), que eleapurou a sua veia blues. .No prestigiadoGuitar Institut, ele teve aulas com os mes-

>tres Joe Pass, Joc Diorio (que tocou comCharlie Parker) e Robbert Ford, tido comoum dos maiores guitarristas de blues.

Mas como um autêntico bluesmanChristovam aprendeu mesmo nas ruas, to-cando em pequenos clubes e bares. "Em LosAngeles eu trabalhava numa loja de guitar-ras, só de instrumentos antigos, a Norma'sRare Guitar. freqüentada por astros como oBob Dylan e o Yan Halen, e por intermédiodo dono da loja, ex-baixista da ArethaFranklin, acabei conhecendo o Collins e oJohn MayaH", conta o guitarrista. Antes de

-viajar, Christovam conheceu em São Pauloo grande B.B.King nos bastidores do 2o Fes-tival Internacional de Jazz. "Peguei os en-dereços de alguns músicos da banda dele, equando cheguei em Los Angeles fui superbem recebido por eles", lembra. Com estescontatos, ele acabou tocando com Tim Bo-gert, baixista do guitarrista Jeff Beck, ecom Bernard Purdie, baterista da banda derock Steely Dan.

"Não era nada grandioso, a gente sem-pre tocava em bares pequenos, mas é comotirar músicas de discos que, na realidade,é a melhor maneira de se aprender umamúsica não acadêmica", diz André Chris-tovam. De volta ao Brasil, o guitarristamontou um trio, o Fickle Pickle. já volta-do para a vertente blues, rodando com eletodo o estado de São Paulo até ir, em 1981,para Londres. "Era uma coisa nômade,uma aventura, onde dava a gente tocava",lembra ele. que um ano depois, estava denovo em São Paulo, agitando o grupo He-róis do Brasil com o roqueiro Kid Vinil.

A banda gravou um LP. em 1986, produzi-do por Roberto de Carvalho e, em seguida,se dissolveu. Christovam foi parar no discoe turnê Flerte fatal, de Rita Lee e Robertode Carvalho, onde tem uma música suagravada, Pára com isso, e tocava slide gui-tarra, tirando belos efeitos com um bottle-neck. uma espécie de dedeira de bronze. "Naépoca, eu estava cheio de dúvidas, vivendouma crise, de identidade, sentindo que esta-va afastado do que queria fazer", diz Christo-vam. que resolveu superar o impasse, enca-

__llil__ll^^l_ mi O'vulgacflo

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Uma palavra

amigaConheço o André há mais de 1(1

anos. quando iramos vizinhos naPompéia. Elo é da terceira pera-çí\o dos roqueiros da Pompéia-,mas o blues sempre esteve t,\oarraigado nele que acabou fazer,do uso do tudo r|ue aprendeu mu-slcalmonto nas várias escolas quofreqüentou. O Aiulre é um superbluesman, o blues sempre foi asua praia. E uma coisa lecal e quoele está evoluindo muito dentrodo próprio blues. O seu disco,Mandinga. ó multo bem resolvi-do. Como guitarrista, ele conse-guo dizer muito com poucas no-tas, e todos minto bem colocadas.E apesar de saber tudo da guitar-ra. ele r.Ao se apega a técnicas,esta coisa de rapidez e firulas, oAndré é pela expressão clara eImediata, com uma concepção d"simplificar o complexo, o que ad-miro multo.

André Gcraissati (violonista)

Mapa

astralAndré Christovamnasceu a 29 do aeo.s-to tio 1958. às 7hl0,em São Paulo. É' *Virgem com ascen-dente em Virgem oLua um--Po i x o-^-r—

rando uma carreira solo. "Solomesmo, só eu e o violão."

No auge dessa fase — comparadas para participar comsua guitarra Fender Strato-caster dos LPs dos gruposhard Golpe de Estado, do psy-cobilly Cães Vadios, do con-tracultural Os Mulheres Ne-gras e do último Lp de RaulSeixas, A panela do diabo —Christovam lotou em julho doano passado o Bar Talento,em São Paulo, num elogiadoshow que teve a produção doexpert Zuza Homem de Melo.Dois meses depois, ele eracontratado pelo selo Eldoradopara gravar o seu primeirodisco. Mandinga. Com umabanda afinada com seu blues ábrasileira — Alaor Neves (ba-teria), Mareio Vituli (baixo),Paulo Calasans (teclados) e asparticipações de Pique River-ti (sax alto) e Roberto de Car-valho (guitarras) —. AndréChristovam produziu umblues malandro e ensolarado,com letras irreverentes, comoSo long boêmia e Dadosch umbados.

"Vejo o blues como umacoisa universal, uma músicaurbana de cidade grande", dizChristovam para quem. à primeira vista, seespanta com um brasileiro fazendo blues. Opúblico poderá ficar ainda mais espantadoao saber que o guitarrista sente uma forteinfluência do sambista paulistano Adoni-ram Barbosa, gosta muito de Noel Rosa eCartola e tem profunda admiração por TomJobim. Mas os colegas músicos só têm elo-gios para a performance de Christovam."Ele faz música a partir da raiz, graças a

Som sabor do quemso tratava, o astro-logo Podro Tornag-hi traçou sou mapaastral: "É meticu-loso. técnico, per-feccionista, suporsensível o em eter-

na busca de conhecimento.Por ter nascido em luacheia, ele ô dado a ter ma-rés e fluLuaç-ões onde àsvezes vai desculpar tudo eás vezes ser muito criticopois tom sempre em si ainquietaçào do realizar tu-do com perfeição. Quer re-fletir na forma o invisívele o mágico. Plutáo emconjunção com o seu Sollhe dá grande acuramento.'Deve tomar cuidado paranáo ficar obsessivo om sua _¦

moa—

toda informação que tem, e o que eu achomais legal é a coisa da base que ele levapara o som, e que pode mudar esta pasteuri-zação que a gente ouve nas rádios", dizFrejat, guitarrista do Barão Vermelho."Além de conhecer muito o blues, ele acres-centa técnicas, é versátil e tem feeling, queé o principal", completa Greg Wilson, dacarioca Blues Etílicos.

Amanhã á noite, o bluseiro André Chris-tovam que, apesar da forte miopia, é bicam-peão paulista por equipe de futebol de bo-tão. estará saindo da sombra dos bastidorsdos Free Jazz, onde já foi assessor de palco eintérprete, para dividir com sua banda opróprio palco com as feras do blues JohnLee Hooker e John Mayall. Para quem co-meçou tirando músicas desses ídolos, é aglória total. "Mais do que lisonjeado, estoume sentindo até meio bobo, isso mexe mui-to com a gente", confessa Christovam.

busca de autoaperfeiçoa-monto. Isso lho traz tam-bém uma forte procura deuma identidade própriaque o diferencie do meio,"mas que o deixa com umapostura constantementetensa. Pode enxergar tan-tas possibilidades nas coi-sas a ponto de náo ver nexoentre elas. Netuno emtriângulo com a Lua é umdos aspectos mais bonitosem seu mapa; faz com queele, algumas vezes, expres-se a sua criatividade deforma profética e reaja aoestímulos externos criati-vãmente e de forma imagi-nativa. Gosta de desafios esente sua personalidadeafirmada em momentos deriscos, mas também buscaintensamente a paz. Inven-tivo artisticamente, sabecomunicar dramaticamen-te suas experiências esté-ticas. Apesar da auto-cri-tica marcante, é umgrande apreciador das fi-nas coisas da vida."

L3

E3E

'•'12 o CADERNO B o sábado, 26/8/89 JORNAL DO BRASIL

-Maria Lúcia Dahl

Beleza

pura

m

Jlilt

WW*

Tenho um amigo que malufou. E justificasua atitude dizendo que o Maluf é o únicocandidato transparente.

Mas se é pra votar em ectoplasma, por quenão o Alain Kardec?

E uma amiga colloriu. "porque ele é jo-vem. lindo, um tesão".

Mas tesão a gente transa. nâo vota.Minha amiga e a maioria da população,

segundo a TV Globo, quer eleger um candida-to jovem.

Mas jovem quem. cara pálida?Chamam de jovem quem apoia o sistema,

vota contra asdiretas, e todoum sonho na-cional?

Diante dessapostura mile-nar, começo aachar o Ulissesum gatinho, alino palanquedando força proTancredo.

No meu tem-po. jovem eraquem ia pra ruacontestar o es-tabelecido. gritar contra a ditadura, exigir aliberdade de escolha e lutar contra qualquerrepressão.

Depois de torturado, exilado, esquecido,marginalizado, humilhado e morto, o povoesquece sua ânsia de mudança, veste a cara-puça da lavagem cerebral, diz "ok, vocês ven-ceram. aperta unzinho e deixa rolar"?

O que aconteceu com ele, digo. o sonhonacional? Acabou?

Será que já esqueceram o pranto patéticode um país inteiro, de camiseta verde e ama-rela, ao som do hino nacional, diante dascámeras de televisão?

Minha geração morreu de susto, bala, vicioou Aids pra tentar mudar este escândalo queé o Brasil, e agora ouço as pessoas me falandode Poder Jovem. Brasil pra frente? Será quejá não viram esse filme antes? E não sabemque por causa dele assistimos hoje ao dayaftcr?

Há 30 anos o povo brasileiro nAo goza.traumatizado com a renúncia de Jânio, ogolpe militar, a ditadura, as diretas nunca, amorte de Tancredo e o plano cruzado e aindaacha que leva vantagem em tudo.

Mas que vantagem Maria leva?A de um assalto por dia. um seqüestro por

semana, uma hiperinfiação mensal?E na falta de gozo verdadeiro se masturba

com a televisão, ao som do samba do crioulodoido, onde fantasia e realidade, personageme ator, presidente e galã de novela são coloca-dos no mesmo saco da sessão terror dessecinema sem tela que passa pela cidade.

Odcte Roitman saindo das telas pra virarmanchete de jornal. Pixote assassinado du-rante sua última e magistral performance.

Mas se é yuppie, in, super, hiper, massavotar num gato pra presidente, por que não oFábio, que já era da Globo antes (não precisa-va nem gastar esse dinheirão), dá o mesmoibope. e é mais do que jovem, é Júnior?

Já pensaram no Poder Júnior? Cujo sim-bolo seria uma chupeta, o candidate usassebabador e andasse de quatro?

Pense nisso, gente! Fábio Júnior pra presi-dente!

Eu dou a maior força...E bonito, é jovem, não debate, mas canta.O que é que se quer mais?O Brasil é um país tão musical!Chega de gente feia. pobre, preta, sem den-

te. nojenta!Vamos eleger a beleza brasileira nesse 15

de novembro e chamar a Maria Augusta praorganizar essa eleição. Viva a beleza brasilei-ra!

... Os estados brasileiros apresentamA'essa festa de alegria e esplendorJovens misses seus estados representamSua gente, seus costumes, seu valor...

Casal telei ornai

Eliakim Elizabcth Orsin Leila

1 ,- V. . V.. ,?_ .'AV. ATAULFO DE PAIVA, 236-A LEBLON

Perfil do Consuimdor/EZia&mi Arailjo e Leila CordeiroPerfil do Consumidor/Eliakim Araújo e Leila Cordeiro

Fotos de Tasso Marcelo

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atrisdela

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O filme dos dois

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A personalidade dele

Ana Carolina Fernandes

A can torn ITpfn

Perfume — Pnco Rabanno.Sabonete — NSo tom prediloçfto.Xampii — "Os que a Leila compra para mim "Sapato — Aqueles que náo apertam o pé ("Por acaso comprei oúltimo par na Itália. Mas nâo tenho nada contra o calçadobrasileiro").Roupa — Gosta dos paletós da VUla Romana e da confecçãoRochele ("Também tenho ternos Valentlno").Motivo de orgulho — O atual momento pessoal e profissional.Motivo de arrependimento — "Evidentemente a pente erra, masprocuro náo me arrepender do que faço."Cm defeito — "Muitos, mas náo consigo me lembrar de ne-nhum."l iii» qualidade — "Ser amigo dos meus amigos."Maior etnoçio profissional — "Na antiga emissora em que eutrabalhava foi proibido o uso da palavra diretas em 198-1. Mas apressão populnr fez com que essa mesma emissora tivesse quetransmitir o grande comício pelas diretas. Eu ancorei todo ocomício. Foi. sem dúvida, o meu grande momento proflssio-nal."Notícia que gostaria de dar — A de que colocaram na cadela todosos corruptos, colarinhos brancos e os polftlcos que participa-ram da ditadura e que ainda estáo soltos neste pais.Objetivo profissional — Fazer o Jornal cia Manchete ter grandepenetraçflo popular e contribuir para que leve um Jornalismodo verdade na televi- ^^^^^^^^^^^An^Carolin^ernandes

Castro e Charles Cha-— Heron

("Sou vascaíno")."Rclog7õ - No momen-to um ^T>Oriento dourado HLcorrente demarrom.Coleçio — De jornaishistóricos, como aediçfto do JORNALDO BRASIL que no-tlclou a instauraçáodo A15 ("Também souum modesto colecio-nador de quadros. Te-nho 32. O preferido 6um desenho A lápis dePortinarl datado de 1R38").Mania — Acordar ásseis da manhá paraler o JORNAL DOBRASIL ("Sou LAofanático que mesmoindo dormir às cincoda manhá acordo ásseis para ler às noti-cias que já dei no Jor-nal da noite").Símbolo sexual — "Amodéstia me impedede dizer o nome. Masvou dar uma dica: es-ta aqui na m1nhafrente."Psicanalista — De jeito A personalidade delenenhum.Astrólogo — "Isso náo existe na minha vida."Ator — Paulo Autran.Atriz — Fernanda Montenegro.Cantor — Milton Nascimento.Cantora — Simone e Beth&nla.Restaurante — Churrascaria Cruzeiro do Sul. no Leblon. eRodeio, no Casa Shopping ("Náo sei viver sem carne").Comida preferida — Churrasco, camaráo e feijoada.Sobremesa — Náo come ("Mas se for Inevitável fico com o quindáo").Alto astral — "LeiUnha. sem dúvida."Baixo astral — "Sáo muitos. Mas conseguimos fugir de váriosdeles recentemente."l.ivro de cabeceira — Os de Eça de Queiróz e Machado de Assis.Filme — Império do sol, do Spielberg.(lebida -- Uísque Cutty Sark e Hallantine 12 anos.Cor — AzulNúmero da sorte — Nfto tem.Guloseima — Pudim de leite condensado.Dietisu — Nenhum.Sonho de consumo — Um cruzeiro pelo Caribe ("Com n Lellinha.é claro").Pais — BrasilCarro — Troca trés vezes [x>r ano ("Acabei de vender umSantana que é o meu predileto").l'm homem bonito — O pai Eliakim.Uma mulher bonita — A mfte Roainha.Um homem charmoso — O diretor de jornalismo da TV Manche-te. Mauro Costa.t'ma mulher charmosa — "Leilinha. disparado."l'm homem inteligente — Sílvio Santos e Jô Soares.Uma mulher inteligente — Leila Rlchers.Quem levaria para uma ilha de*erta — "Lei li Ilha e OS filhos."Quem deixaria numa ilha deserta — "NAo poderia ser numa ilha."teria de ser num continente para deixar tanta gente..."Santo - Nenhum.Fra.se — Pode-se enganar todo mundo durante algum tempo, ecertas pessoas durante o tempo todo. mas nâo se pode enganartodo o mundo todo o tempo (Abraiiam Ivincolm.

AMOR

com amor se pnga.Pelo menos é isso que sededuz depois cie alguns

dedos de prosa com o casal LeilaCordeiro e Eliakim Araújo, asnovas aquisições do jornal da TVManchete. A carioca Leila, 32anos, mfte de Ana Beatriz. 5,dedica vários itens de seu perfilao marido Eliakim, arpumen-tando: "Pode parecer piegas,mas sou apaixonada mesmo. Porque náo dizer?" Mais reservado,Eliakim, 48 anos, pai de Alexan-dre e Frederico, tambóm m\ose faz de rogado. E dedica, igual-mente, outros tantos itens à suaamada, que insiste em chamarde Leilinha. Como consumido-res, Leila e Eliakim fazem o es-tilo enamorado: o que ó bom pa-ra Leila é bom para Eliakim.

Custódia Coimbra

Fotos do Tasso Marcelo

Perfume - Tem mania. Quartz da Molineau ("É o tipo de perfumoque dá pira usar tanto de dia quanto de noite").Sabonete — Piele.Xampu — Troca muito de marca, mas gosta muito dos da Re-vinil.Sa|wu> -- Os de camurça da Sang (Fonte da Saudade), da Dabou-kuir (Ipanema) e os sapatos baixos da CanUo que acha superconfortáveis.Roupa — Malhas e calças compridas da Cantáo e Gang; Dabou-kuir para festa. Para apresentar o jornal Andréa Saletlo, Segun-da Pele o Chocolate.Motivo de orgulho — A filha Ana Beatriz, do cinco anos. o marido eo livro de poesias que acabou de lançar pela Record, Pedaços demim.("Também me orgulho do meu momento pessoal, proflssio-nal e dos meus pais, Renato e Théa"). "*Motivo de arrependimento — De náo ter tido mais filhos ("Evidente-mente, a gente erra, mas procuro náo me arrepender do quefaço").Um defeito — Falar muito ("E. às vezes, demais").Uma qualidade — A sinceridade.Maior emoçio profissional — O apoio e carinho que recebeu dopublico e da TV Manchete com a mudança de emissora ("Naverdade teve uma repercussão que me surpreendeu").Noticia que lamentou dar — A InvasAo ela Siderúrgica Nacional("Me Impressionou tanto que até escrevi um poema sobre o

assunto": Acordar as-sim de madrugada; fa.:lembrar noticias danoite passada gentemorta em plena calça-da nâo dá nem /nasonhar na eterna li-herdade de {X>der gri-—tárftí benta hei:Noticia que gostaria dedar — "Náo posso reve-lar porque n;lo possodizer qual é o meucandidato. Mas era veresse meu candidato nopoder "Objetivo profissional —"Contribuir para colo-car o Jornal da Man-chetc como um doscampeões de audiôn-cia."Personalidade — Gorba-chov.Mito — Carlos Drum-mond de AndradeRtportc — Futebol.Relógio — Tem coleçAo("Mas o Baume Mer-cler que comprei cdTíimeu primeiro saláriohá 10 anoB, paguei emdez vezes, é o meu re-lógio de estimação"),Coleçio — De óculos es-curos ("Tenho mais de30").Mania — Dormir com aluz do abajur acesa("Incomoda horrores oEllakln") e dormirvendo televisão ("Émelhor do que aneste-sia geral").

Símbolo xexual — O marido Eliakim Araújo.Psicanalista — Nunca fez análise.AxtrAloga — Está precisando arranjar uma ("Quem qulscr/seoferecer pode me procurar que eu aceito").Ator — Lima Duarte.Atrix — Marílla Pera, Fernanda Montenegro e Cláudia Raia.Cantor — Milton Nascimento.Cantora — Simone.Restaurante que go*ta — Churrascaria Rodeio, no Casa Shopping.Comida preferida — Feijoada.Sobremesa — Tudo que tenha chocolate.Alto astral — Xuxa ("Aliás ela nos mandou umas flores llrüüisdizendo que agora só vai assistir ao Jornal da Manchete").liaixo astral — Os mentirosos e invejosos.Livro de cabeceira — Cem anos de solidão, do Gabriel GarciaMarquez. - > •Filme — Império do sol. •Itvbida — Todas as diet ("a melhor coisa do mundo"), uísque evinho branco.Cor — Todas as variações do rosa.Número da sorte — Dez.(iuloseima — Chocolate da Kopenhagen ("Pena que náo possacomer multo porque tenho problemas com peso").Dietista — O sentido crítico é o melhor dletlsta que existe.Sonho de consumo — Um apartamento em Nova Iorque em frenteao Central Park.Pais — Brasil.Carro — Escort.Uma iiomrin bonito — Eliakim Araújo.Uma mulher bonita — Xuxa. Angélica e Malu Mader.Um homem charmoso — Eliakim Araújo.Uma mulher charmosa — Leila Rlchersl'm homun inteligente — Jô Soares ("Que aliás prefaciou 0 meulivro").Mulher inteligente — Leda Nagle e Marílla Gabríela.Quem levaria para tuna ilha deserta — A família e O marido.Qu em deixaria numa ilha deserta — "Todaa as pessoas que jáquiseram fazer mal a gente e nfto conseguiram."Santo — Náo tem santo protetor ("Tenho uma relaçáo comDeus").Frase — Sucesso é feito gripe, dá e passa.

JORNAL DO BRASILCOMIDA

sábado, 26/8/89 o CADERNO B o 13

Claudia Garcia

Lea Linster c José Hugo Cclidônio almoçando no Clube Gourmet, enquanto acertam detalhes das aulas'*T>—wv t

Curso & festivais

LagostasLeque de la-

gostas á manga,aspic de lagostaperfumado aonianjencào, mo-saico de lagostasfrescas, consomeespecial de lagos-ta. lagosta gre-

lhada e seu limão verde, brochete delagosta em manteiga de caviar, fricas-sé de lagosta llambada ao pastis, crc-me de lagosta e legumes frescos, rosa-cea de lagostas gratinadas cm folhasde espinafre.

Pois é. não é um festival do tutu amineira. O Rio-Palace reedita um ve-lho sucesso, desta vez sob a responsa-bilidade do chef executivo do hotel,Christophe Besse. Por NCzS 130.00.incluindo bufê de sobremesas c umagarrafa de vinho branco por casal.¦ Atlantis — Avenida Atlântica4240, Io andar (nível das piscinas),Copacabana. Tel.: 521-3232, ramal7171. Das 19h30 às 23h30, até dia2 de setembro.

Danusia Barbara

Desembarca no Rio a campeã Lea Linster,primeira mulher a ganhar o concurso mundialde culinária Bocuse D'Or: veio dar um curso noClube Gourmet para quem quiser saber o que êque Luxemburgo tem. Enquanto isso, o Alt Mun-chen faz um festival suíço e o Atlantis inventaum festival da lagosta.

A vencedora

SuíçaSalslchâo de-

fumado o Balai-chílo do repolhosorvido com a-lho-poró ao cre-me; brochete deficado de vitelacom aíUvla o ba-con sorvido com

batata roestl; filé de salmflo frescoao molho do vinho tinto; cozido deporco, legumes e champlgnons combatatas; queijo de cabrito A mllane-sa no molho de amoras; ragout docarneiro ao vinho branco.

Estes sflo alguiiB dos pratos dofestival de gastronomia suíça que ochef Alatn Jacot está promoven-do em seu Alt München. De sobre-mesas, ha uma torta de maçã, outraao klrsch. fondue de chocolatee amoras fl&mbadas com sorvete decreme.¦ Ali MQnchen — Rua Dias Ferreira410, Leblon. Tel.: 294-4197. O festivaldura este fim-de-semana, para al-moço e jantar. Preços à la cartr, deNCzJ 9.50 (sobremesa; a NCzS 48,00CwJ&fto).

José Huko CelIdAnlo diz que ela ganhou o concursomundial de culinária Bocuse D'Or deste ano só porcausa do sorriso. Pode até ser: Lea Linster sorride Jeito que Ilumina tudo em volta, tem um bomhumor natural e parece realmente gostar da arte dacozinha. Seguramente é a maior cozinheira de seu pais— e o fato de Luxemburgo ser 3.000 vezes menor que oBrasil nio quer dizer nada.

Fim de semana passada, Lea Linster foi a Minasprovar a comida de la: o representante brasileiro doconcurso, Edgar Mello, convidou-a para uma fes-ta á mineira em Belo Horizonte, com torresmo, lombl-nho, "uns ravlolis fritos" (pastéis), uma "patlsseric dogalinha" (empados)... Parece que gostou, porque a co-zinha de Luxemburgo também é do tipo feljAo comporco — comida levezinha.

Loa Linster tem 33 anos. é gordinha e lembra umacamponesa de cartão postal — devia andar sompre deroupas típicas, dessas de conjunto folclórico. Seu res-taurante, aliás, fica mesmo no melo do campo, a 13quilômetros da capital (a distância do Leme ao fim doLeblon; mas o pais acaba em mela hora de carro). Elafaz tudo — chef, caixa, maitre. Quando tira folga, a ca-sa fecha.

Faz diferença, ganhar o Bocuse D'Or? Faz sim: aclientela crosceu, apareceram os turistas americanos(oxlglndo uma sala no smoking). Ela foi convidadapara vir ao Brasil dar aula.no Clube Gourmet, vai fazero cruzeiro marítimo gastronômico ao lado de JoelRobuchon e outros papas, que Bempro acontece nasCaraibas em dezembro.

Promete continuar cozinhando "com o coraç&o", aocontrário da escola doB que elaboram tudo "na cabe-ça". Quem? Fredy Olrardet, por exemplo, o super-c/ie/suíço que o L'Erpress considera o máximo no mundo.Jobô Hugo Celldônlo e ela ficam um tempo enormocontando um ao outro piados de belga — os portugue-sob lá deles.

Nfto faz planos paro o futuro. No momento, preten-de tOBtar seu namorado, o sorrwtWler francês Francis,no boI de Copacabana (está hospedada no Mérldlen)."OoBto de francês bem passado" explica ela rindo.Segunda-feira, Lea Linster começa seu curso do trêsdias no Clube Gourmet. ensinando inclusive a receitapremladlBsima. scllc d'agneau cn croutc de pomme dcterre.

Lra Linster — 17 route de Luxembourg, 5752 Frlsange,Luxembourg. To!.: (00352 ) 668411 ou 660915. Fechadosegunda-feira á noite e ás terças.

Clube Gourmet — Rua General Polldoro 186. Botafogo.Tel.; 295-3494 o 295-1097. O curso acontece dias 28. 29 e30 deste môs, a partir das 19h.

v II

Boca no trombone¦ Ouro Verde;sexta-feira, ocasal às 20h te-

lefona e reser-va uma me-

sa paradois, per-to da ja-nela, pa-ra ás 22h.Chegapontual-

mente ao restaurante, esperaque o maitre se digne a atonder.Ele olha de alto a baixo os cllen-tes, vira-se e comanda:"Sigam-mo!" E designa uma mesa bemlonge da janela. E fica Inflexí-vel, embora no momento da re-serva tivesse sido confirmadauma mesa perto da janela. O ca-sal foi embora.

La Tour, quarta-feira; o clienteabre o cardápio e recebe a Infor-maçáo que o almoço de truta gre-lhada (mais uma entrada e sobro-mesa) custa USS 25.00; o com filéde doiB peixes, USS 28.00 e o comfrango USS 18.00. Assim meBmo —em dólar. Mas o pé de páginaexplicava: a conta poderia ser pa-ga pelo câmbio oficial do dia.Ah,bom.

Escurinho e charmoso o am-biente do Engüsh Bar, no Centro,com um couvert que incluía atémesmo bolinhos de bacalhau, aNCzS 3,50. Mas, quando veio aconta, os bolinhos (que ninguémpedira) foram cobrados á parto,NCzS 7,00. O maitre ouviu os pro-testos mas confessou: "Nós tam-bém achamos um abuso, mas acasa nos obriga".

Segunda-feira, três da tarde, asenhora chega ao Dinho'» o pedeum mamão, queijo minas e chA. Oserviço — perfeito, gentil, aten-cioso — reagiu como Be a pedidafosse caviar Beluga e champagneGrand Siècle. Maravilha.

Palm'*: com este nome harmo-nloso e inspirador, abriu um res-taurante novo onde ante» foi oAlllsca e o Chez Philllpe, na RuaPaula Barreto.

O Natural de Ipanema deu umamelhorada; já o de Botafogo con-tlnua triste.,

Passando' pelo Chez Anne, noshopping da Gávea, descobrem-seuns salgadtnhos de aipim com ca-tupiry e um rocambole comchantllly e morangos atraentes.

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JB

O» mato iuni|éM»i» »— i¦ M"'WI WInforme JB

À mesa, como convém

Almoço

de

domingo

Apícius

PEGO

o papel e a Inspiração,esperta, calça as sandálias opóe-se a correr. "Nâo será

hoje — irritada, diz ela — que Irásme explorar!" E fico sem saber quehistória é esta. "Pois — pergunto-lhe — que és, senílo uma parte demim?" Mas a moça está em diasgraves — daqueles de cinzento mauhumor — e me responde, imitandoum marreco: "Quac! Quac!" e"Cuen! Cuen! Cuen!"

Sinto, leitor, os pudores que do-vo ao descrever um diálogo assim...assim, como direi? Tfto absurdo.Mas a verdade me obriga a confes-Bar que, às vezes, há pedaços nossosque entram para o PT e algunsmesmo para o Par-tido Anarquista.Basta lembrar cer-tas senhoras que,abandonando osescapulárlos, umdia partem atrásde partes suas que,antes, só encara-vam com desdém.E passam, com mé-todo. a fazer o quea falecida Messall-na fazia, paragrande espanto doshistoriadores deenUlo.

E nem só as se-nhoras. Tenho umamigo, que é omais cordato serque existe. Pois.outro dia, tomoumela garrafa amais de vinho.Conseqüência: des-trulu toda a vltrl-ne do botequim on-de est-ava e ainda quis estrangularum chaufTftir de táxi. coitado que.correndo pelas ruas. gritava: "Mor-rer, só por 200 UTs!" Nfto pagaram.Sobreviveu. Sorte.

Foi-se, entáo. a inspiração em-bora, conforme eu te contava. Náo

me importei. Lembrei-me que, nodomingo passado, tinha tido umagradável almoço sem fim, emcompanhia da Mme K. Era um diaventOBO, Já se anunciava o calor.-Uma moleza enorme me amarravaao leito. Decidi reagir. A receitaideal é banho frio e muitos chopes.Foi o caminho que escolhi. Mar-quei com minha amiga no Sagres etive o tlroclnio de sair algumas ho-ras antes, para ter tempo de espe-rá-la sensato.

Mas, leitor, ventava! E era umvento desses que anunciavam o ve-râo. Entravam-te os sopros pelasorelhas, torciam as folhas do jor-nal, enchiam de areia os cabelos.Aos poucos, todos nós. no banalbar, tínhamos um ar algo demente.Mesmo o gerente, pegando doiscardápios, batia um no outro, comopratos, para espantar os pombos. E,os pombos, em revoada, conturba-vam o ambiente ainda mais.

Bem quis. de Início, minha ami-ga ir embora. Mas náo resistiu átontaçflo. Encomendou, correndo,uma caipirinha e. logo depois, ou-tra. E foi com o vento dentro daalma que, enfim, partimos para oSc«fandro que fica na Avenida Hen-rique Dumont e onde se acha,atualmente, o melhor peixe do Rio.

Há pouco mais de um mês. Unhacomido lá uma linda salada de ca-marões, lulas, polvos e depois, umasopa de peixes — tudo recém-pesca-

do. Náo me recordode ter aqui — nemem outras terras,para te dizer a ver-dade — encontradocoisas do mar tíloboas. frescas e sim-pies, como devemser.

Desta vez. vie-ram, de Inicio, unscamarões e limaslulas frit-as, de ale-gre consistência e,depois, uma bonitobadejo, no forno,com vinho branco.Coisa correta mas.comparando, náochegavam aos pésdo outro dia (se eque dia tem pés).

À hora da sobre-mesa. lembrei-meque, no Antir|i)âríu.i,Manoel zinho tl-nha-me ensinadouma sobremesa —

coisa de criança, imagino eu; mo-rangos frescos, amassados comaçúcar e vinho do Porto. Fomos,pois. ao Antiquarius pelos morangos.E como lá havia, também, um Diorecém-chegado, algo mais suave,por lá nos eternizamos, até...

T*iCHI t

fv VA/C S

O abe do

leblonONDE Sh COME A MELHOR

COMIDA ÁRABE DO RIODestaque para os pratos carneiro recheado, folha deuva o quibo cru com snalba ou ainda deliciosos qulbesfritos crocantes Requinte na pasta de grão-de-bicoentre outros pratos Outro sistema bom concorridoda casa e o mazzar. um tipo de rodízio árabe ondese degusta 15 pratos por um preço saboroso.

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Quanto menos,

melhor: é a

filosofia da moda

O guarda-roupa pequeno

aumenta a elegância

lesa Rodrigues

HA

vários tipos de mudanças do moda. Ascorriqueiras sobem e descem as bainhas,estreitam e alargam as barras das calças,

trocam de branco para preto a cor do momento.As do tipo fofoqueiro elegem estilistas novos co-mo mestres, arranjam maridos para as top-mo-deis. E hii a mudança filosófica: nfto basta ter obotAo dourado, a saia de strctch, a sapatilha deestampa de onça.

Filosofia dentro de um armário? Pois é, depoisque a moda virou tema de livros e toses intelec-tuais (que analisam sua evoluçáo histórica ouposições mercadológicas), ficou mais séria a doei-sflo do que vestir no dia-a-dia. A consumidoranormal talvez ainda nem tenha sentido esta mu-dança, mas quem trabalha nos bastidores (estilis-tas. modelos, jornalistas da área) já está aderindo.Resumo da tendência: quanto menos roupa, me-lhor. Náo no sentido da vestimenta, do sair quasenua pela rua: ó a quantidade de opções nos cabidose gavetas que diminui, para dar lu^ar a outrasprioridades. Que podem ser a clássica: qualidade,em vez de quantidade, que exige um xasto grande,em peças assinadas ou muito duradouras. Ou podoser a personalizada: estilo próprio, cm vez dadispersão de seguir as novidades anunciadas dia-riamonte. £ uma questão mesmo de filosofia, niloapenas de falta de dinheiro.

Como aderir á pouca-roupa? Escolhendo qualsua melhor opção de figura: afinal, tem certezaque a pantalona fica bem em você? E aquele saltoalto. de que você tanto gostava, valeu a pena atroca pelos tênis Reebok? Saber o que agrada,mantendo o estilo facilita escolher as compras,até economizar, dependendo dos preços. Aquelamania de variar de roupa todos os dias. nâo repetiro vestido em festas ou ter 52 pares de sandálias noveráo, está fora de moda.

Nas fotos, Cristiana Barbosa, a bola Hannah danovela Kananga do Japão, da TV Manchete, mos-tra algumas variações de bases para um guarda-roupa, com a vantagem de aproveitar poças apreços do liquidaçflo, junto com novidades da pró-xima temporada de veráo. Para ter uma idéia (iavantagem de pesquisar os saldos, basta compararalgumas etiquetas: uma saia em oferta custa cer-ca de NCzS 150: uma calça de crepe. NCzS 110. E umcolar de veráo custa NCzS lüO. Numa lista deprioridades, uma roupa sempre será mais impor-tanto do que um acessório. Mas este ató pode sercaro, desde que seja vital para o estilo pessoal.Beleza por Beto, do Jacques Dossango. Produçáode Rita Moreno.

Esta peça óinfalível nosestilos da7iova filosofia:camisa dechambrayazul, válidapara qualquersexo e idade.(NCzS 150).ParaCristiana, éacompanhadapor saia debrim (NCzS 70.em promoção);blusão de tricô(NCzS 518) ebolsa escocesa(tudo, da Poloby RalphLauren)

Como

reduzir o

guarda-

roupaLscolha uma cor iavorilu

í mantenha a fidelidade a ela.A maioria das pessoas da mo-da ainda esta no preto, que éfácil de usar e passa por todasas ocasiões. Uma das editorasdo New York Times chega aít de calça e camiseta pretas.Com um colar de pérolas cur-tinho. num churrasco. Estetambém é um dos segredos dacarioca Maria Helena Guinlc:ela está sempre de preto.

Repare o que veste melhorsou corpo Difícil não fic.irbem de jcans ou no feitio dacalça 5-bolsos; uma camisetatambém é sempre benvinda.um vestido tubo. Ou uma om-breira. mesmo que nào estejano auge da moda oficial. Aatriz Jane Birkin há 20 anos

aparece em publico de jrans csueter leve. I"dith Piaf tinhaseu uniforme no vestido preto,simples.

Jogue fora o que engorda,o que nunca é usado. Salvam-se os modelos do museu pes-soai: aquela miniblusa dosanos 70. que você usava quan-do conheceu seu primeiro na-morado; o \estido de noiva(se nào foi vendido), um sapa-tinho Chanel do baile de de-butantes. Ya lá. afinal a nu»daestá vivendo uma fase racio-nal. mas não desprovida dealma.

Pense quando for fa/ercompras. Toda esta filosofia écontra o consumo de impul-so.

Como sempre na moda. atendência atinge primeiro aala feminina. Os homens es-tão em plena euforia do con-sumo de tendências e detalhesnovos. Mas a estrutura doguarda-roupa masculina tema tradição da filosofia da pou-ca-roupa: um bom terno, umjmns, camisetas e variedadede camisas sociais resolvem avida de um senhor bem-vesti-,do de posses médias.

Um trio quedeve estar nominiguarda-

roupa: a calça5-bolsos, em

versão marrom,com bolso

bordado (NCzS238,91); acamiseta

listrada — quepode ser

marinho oupreta e branca— (NCzS 78,47)

(PhilippeMartin) e a

blusa de linhamarfim, com

tranças (NCzS217) (Dimpus).

Toques de modana botinha

(PhilippeMartin: NCzS

192,24) e na saialonga, florida

(Dimpus: NCzS1 72) .

LIS?

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n ^

H

Rio de Janeiro. 26 de agosto de 1989 — N* 152 Não poda ser vendido separadamente

JORNAL DO BRASIL

V 1 ^ •

Idéias

I V R O S

JOHN UPDIKE

0 CARRASCO DA AMERICA

0 escritor John Updike costuma ser tratado

como um cronista da América moderna. Mais

que um dócii observador, porém, ele é hoje um

crítico feroz dos impasses de seu país. A prova

está em S., seu 36? livro, um belo romance que

está sendo lançado pela editora Rocco. (Pági-

nas 6 a 8)

B 1KE

I

VIDA CULTURAL

Referênciaeditor Jorge Zahar," enfrentando unia la-

cuna imperdoável no cata-logo editorial brasileiro,continua a investir comfirmeza na linha dos livrosde referência. Na semanapassada, recebeu os origi-n;iis do Dicionário de mi-totogia grega e latina, dohelenista Mário de GamaKury. um trabalho de cercade três mil verbetes pro-gramado para o secundosemestre de 1990. Já inicioutambém a tradução doKobbé's complete operabook. a bíblia da ópera, umvolume de 1.-100 páginaseditado por The Earl of Harewood. .Jorge Zahar já temem tradução, ainda, o Dic-

tionary oi arl and artists.de Peter e Linda Murray,editado pela Penguin, e es-tuda a possibilidade decompor um só volume comeste dicionário mais o Dic-tionary oI arl terins. de Ed-ward Lucie-Smith. sob aorganização do critico deartes plásticas ReynaldoKoels Jr.. da equipe do Ca-derno B do JORNAL DOBRASIL. Por fim, aprontaa edição brasileira de TheMiddle Ages! .-1 conciseencyclopedia, magníficotrabalho organizado p«r H.R. Loyn com 250 ilustra-ções — como os anteriores,este é prometido para a se-gunda metade de 90.

2 livros do Prof. Reinaldo Politoensinam a falar melhor

(TSbo.

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Habermas

no Brasil

O filósofo alemão JUrg^n Haber-mas chegará ao Brasil na

quarta-feira 27 de setembro, a convi-te do Instituto C.oethe. para umaserie de conferências Nos dias 28 e29, Habermas falará em Horto Ale-gre. na Universidade Federal do RioGrande do Sul. Entre os dias 1 e3 de outubro, estará em SAo PauloNo Rio, tem três conferências pro-gramadas: na quarta. 4 de outubro,ás 17h. no Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, na Praia Vermelha, on-de voltará a falar no dia seguinte àmesma hora. sempre com entradafranca; e na quinta. 5. dessa vez ape-nas para convidados, no Instituto deFilosofia e Ciências Humanas daUFRJ. no Largo de Sâo Francisco.Entre os temas escolhidos por Ha-bermas para as conferências cario-cas estAo a ética, o conceito de agircomunicativo e a soberania do povo.Paralelamente, a editora TempoBrasileiro lança Consciência morale agir comunicatuo, um dos clássi-cos de Habermas.

FonsecaJL Companhia das Letras come-

-*¦ çou a distribuir esta semanauma reedição de Os prisioneiros.livro de estréia de José RubemFonseca, publicado em 1963 ulti-mamente fora do mercado. O volu-me. de 128 páginas, agrupa onzecontos. Fonseca publicou, depois,outros ijuatro livros no gênero (.•!caleira do cão. de 1965. Lúcia Mc-Cartney. de 67. Feliz ano rim de75 e O cobrador, de 79). e desdeentão abandonou o conto. O relan-çamonto faz parte de um projetodo editor Luís Schwarcz. que pre-tende recolocar á venda toda aobra de Fonseca. Sabe-se que o es-critor. depois de uma relação in-t<>nsa com a literatura do russoIsaac Babel, habilissimo contista epersonagem central do romanceVastas emoções e pensamentos tm-perfeitos, voltou a praticar o gêne-ro.

Lançamento

Arecém-lançada Revista Amê-

rica-Hispanica oferece aosleitores um diversificado leque decriticas sobre a obra de Alejo Car-pentier, Gabriel Garcia Marquez.Juan Rulfo, Manuel Escorza e Ma-rio Vargas Lhosa. Carlos Fuentes,um dos editores internacionais, é oentrevistado deste primeiro núme-ro Coordenada pela professora Be-la Josef. da Universidade Federaldo Rio de Janeiro, fazem parte docomitê editorial as brasileiras Ma-riluci Guberman e Maria Apareci-da Silva. Na parte internacional,Arturo Arzuela e Hugo Gutlerrez.entre outros, estão no comitê.

SemanaA professora Beatriz Berrini. da

Pontifícia Universidade Católicade S;\o Paulo, lança na cjuarta-fei-ra. dia 3(1. a partir das 19h. na Casade Portugal de SAo Paulo (Avenida

j Liberdade. 602) seu livro Eça deQueiroz Palavra e imagem.

Psicanálise da interpretação ávivência compartilhada, do psica-nalista Nahm.u. Armony. será lan-çado tamWm na quarta, 30. a par-

r das 21h. na sede da Sociedade dePsicanálise Iracy Doyle (Rua Vis-

donde de Pirajá. 156. salas 307-310).Flela Editora Universitária Santa£'\r»ula.

Abre amanhã, ás 19h. no HotelGlViria. o XV Congresso Brasileirode (Biblioteconomia e Documenta-çA(|. que se extende até sexta-feira,

ma central e o gerenciamentoinformação Promovido pelaeração Brasileira de Bibllote-os e Associação de Bibliotecá-do Rio de Janeiro

IdéiasR O S

Editor: Jon/? Cantellolíditor asaiatente: MA no Ponte»vagriunador: Antoninho de Paula

A Livraria Timbre-lpanema

e a Companhia das Letras

convidam para o lançamento de

Este mundo

é um pandeiro

de Sérgio Augusto

riMBRE

IPANEMA

Quinta-feira, 31 de agosto, a partir das 20 horas

Rua Visconde de Pirajá, 82, Lj. 106

(Pça. General Osório) - Tel.: (021) 227-2413

Idéias/LIVROS,

SÉRGIO AUGUSTO

Em.

ESTE MUND0 a

B E UM PflNDEIRO Hi

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26/8/89 ? JORNAL DO BRASIL

. ESTE MUMD0

E UM PANDEIRO

BRASIL

O delírio

do general

I Quatro estrelas no pijama,de Guido Guerra. Hecord, 158XC;S 13,90.

Guilherme Fiuzu

cm tudo é verdade.Ou melhor: tudo é

Jti verdade, até que umconfronto entre duas verdadestransforme-as em (Jois absurdos.Com toda a sofist icarão do saber,náo há um só Indivíduo que con-siga enxen?ar-se além da ficçAoque cria sobre si mesmo. Portan-to. a verdade 6 também filha dacrença - sem deixar de ser verda-de. Bem sabe disso o povo de VilaNova da Rainha, pedaço de chãoressecado pelo sol do sertão baia-no: lá. diante das coisas da vida. ocabra só crê, vendo, ma.s tambémsó vê, crendo. Quatro estrelas nopijama é uma encruzilhada dehistórias situada justamenteneste meio caminho entre ciôn-cia e fé. onde tantos brasileirosperseguem suas lendas pessoais.

Ostentando quatro estrelasdouradas sobre o paletó do plja-ma verde e amarelo, a calça pru-dentemente substituída por umfraldào descartável, o generalCordeiro da Paz é um homem só.símbolo fiel do estigma que oPaís dos Jovens costuma imporaos velhos — uma morte lentapor asfixia moral Mas o generaln;1o aceita sumir pelo ralo do es-quecimento. A História deve ter-se enganado. Precisa de correçáourgente. Assim, ao sabor de suaesclerose avançada, ele reparagraves equívocos históricos sobroa Guerra do Paraguai: ficamossabendo, por exemplo, que a céle-bre frase de Caxias, "quem forbrasileiro, siga-me", foi dita pelogeneral Cordeiro, diante de quemo Paraguai se rendeu.

Guido Guerra consepue trans-por para sua escrita os temperospicantes com que a pronúncianordestina ornamenta (e realça)a língua portuguesa. Cadênciafirme apoiada na sonoridade daspalavras, extraindo melodia dosvogais e percussão das consoan-tos, sua literatura por vezes apro-xima-se de um baiáo de Luiz Gon-zaga. A linguagem cantada e rudeanuncia a estética sertaneja, decuja aridez florescem dor e amoralém da conta, e onde céu e infer-no parecem estar logo acima dascabeças. Dir-se-ía que o autorevocou uma fusão dos espíritosde Gregório de Matos e GlauberRocha para retratar, na figura dopadre Eduardo, o convívio entre amoral religiosa e a militar, traçomarcante desta província tropi-cal. Paranóico torturador de co-munistas. o sujeito pode ser vistode farda queimando um retratode Kidel Castro, ou de batina re-zando pela alma de Che Guevara.

Percorrendo o Imaginário des-tas aflitas criaturas de Deus <e doDiabo), que vivem a dissimularseus pecados enquanto esperampela redenção divina, a ficção deGuido Guerra é pura realidadebrasileira

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Lá brindaremos ao prazer da leitura.

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JORNAL DO BRASIL 26 8 89 Idéias/LTVHOS

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POESIA

Originalidade

paradoxal

Sena Madureira distancia-se

das convenções modernas

para ser moderno

¦ Rumor de facas, de Pedro Paulo de Sena Madureira.Companhia das Letras, 168 p.. NCzJ 35,00.

Cláudio \X iller

TTa houve tempos em que a poesia foi popular. E nào»ô na Antigüidade, no século passado ou na Bellc

Epoque. Bem mais recentemente, há poucas déca-das e no Brasil, autores de qualidade, com Bandeira, Drum-mond e Vinícius tinham uma circulação ampla até mesmoentre adolescentes e colegiais.

O espaço que já foi seu, a poesia contemporânea brasilei-ra tem a chance de recuperá-lo. por meio de versos inspira-dos como os deste poema lírico de Pedro Paulo de SenaMadureira, que começa assim:

Ocorre que também o amor acaba.Ocorre que chamas se abrandame o que fica (cinzas de ondeave alguma renasce) desesperamas não perturba o desolado deslizar no sononem altera o sofrido passo cotidianoem busca d«* um minimo trato com a vida.Esse poema termina com um paradoxo. Depois de trés

páginas de verso longo, proclama que:Ocorre,e isso é tudo.que a poesia é poucae desespera.Certamente, nâo é pouca a poesia de Rumor de faca», que

acaba de ser lançado pela Companhia das Letras. Em suas168 páfr-nas. bastariam mais alguns poemas da qualidade doque foi citado acima, para justificar sua publicação. E paratranqüilizar seus criticos e resenhistas. ao convencê-los daisenção, desvinculando a aceitação da obra de seu autor,personagem conhecida como profissional da editoração, e,mais recentemente, da política cultural.

A relaçíi.0 autor-obra merece comentários, no caso deRumor de faca». Sabe-se que Sena Madureira é um leitorapaixonado e um conhecedor de literatura. Assim comotambém se sabe que a criação literária é uma releltura, umprocesso intertextual, um diálogo com outras obras e auto-res. Mas Rumor de fac*s, com sua fluência. seu tom conais-tentemente coloquial e confessional, expressando-se na prl-meira pessoa de ponta a ponta, nunca passa a ImpreesAo detranscrição erudita, de reaproveitamento intelectualizadoe cerebral do que Já foi lido.

Isso. até mesmo nos três poemas finais, comentários.

conforme indicam suasdedicatórias, sobre Ca-bral, Celan e Drum-mond. Neles, Sena Ma-dureira nâo se afastaum milímetro de suadicção pessoal e de seuestilo característico,ao mesmo tempo que 6reflexivo e metalin-guistico.

Fugindo ao intelec-tualismo. ele é econò-mico até nas epígrafes:três. uma para cadaparte do livro. Dentreelas, a citação de Ma-chado de Assis é umapista para sua sutilissl-ma Ironia, decorrenteda lucidez que, em mo-mento algum, trava ofluir da emoçáo.

Ao indagar se o poe-ma é a pedra que sobe oua pedra que cai?, SenaMadureira pode, ounáo. estar citando Oc-tavio Paz (principal-mente do Conjunções edisjunções). No restíint€de Rumor de facas há amesma ambigüidade,entre a intertextuall-dade e a pura fala dosujeito. Ouvem-se res-sonáncias de muita coisa familiar, já lida antes. Por exem-pio, de Lorca, em Nio. nlo é o vento que arrMte o* cavalos dosmeus sonho*./ Nio. não:é o mar que rrcolhe o cristal/ do» meu»escombros. Ou do português Herberto Helder. em São as ruina»do milagre./ Sio os olho», os dentes, os cabelos, a» unha»., a fúriade Deu» — intacto» na» mina». Sio do nada metálica» floresespantadas.

Nas mãos de qualquer autor menos talentoso e segurodo que faz. tais ressonâncias soariam como repetição oucompilação. Em Sena Madureira. compõem música commelodia própria, marca do seu estilo e de sua originalidadeparadoxal, que consiste. Justamente, no distanciamento dosparâmetros do que se convencionou como sendo original,dentro da tradição moderna.

Cada vez mais, criaçáo e originalidade tornaram-se, emliteratura, sinônimo de lnvençáo e experimentação. A pon-to de se criar um fetiche do novo. transformando-o emcânone e identificando-o com o próprio valor literário,assim invertendo a acolhida e a recepção que as vanguardastiveram no começo do século 20. Em Sena Madureira. onovo é Justamente o modo como ele se distancia dessecânone de modernidade, sem, por iaso, soar em momentoalgum como anacrônico ou tradicionalista.

HA, até mesmo, ousadia e desaseombro no uso de frases eimagens que, em qualquer outro contexto, mereceriam servistas como chavões. Coisas como iniciar um poema falan-do doe Primeiros fios brancas dos cabelos sempre curtos. Ou,entAo, proclamar que Rasgarei a fantasia ofusrante do leu corpo.

servindo a uma dupla funçAo. Dedosada ironia, que se permite recoutro, a uma ênfase, a uma rcitepretende e do modo como ele vêcabe citar um episódio célebre quAilen Ginsberg. Ao lhe perguntanpoesia, ele respondeu: "Nudez",insistiu seu entrevistador; ao queargumentar, exemplificou tirando

Sena Madureira é desses quepoesia é expor-se e desnudar-se. Adiretamente proporcional, náo sóconhecimento de literatura, masqueza e honestidade.

Pedro Paulo de Sena Madureiseus poemas. Ao longo das três dartes que compõem o

Certa critica literáriaque. infelizmente, àsvezes ainda reaparece eque se compraz em in-digitar obras atravésde citações de frases fo-ra do seu contexto, su-post-aniente detectandolugares comuns, teria,neste caso, um pratocheio.

Ocorre que o con-texto do que poderiaser citado nessa linha êconstituído por textosomo este, merecedor

ie citaçáo integral, pe-Io que tem de conciso elenso:

Trevae palavraentrrlarada*;uivosem lugarna história— linguagem:que corpoousa vestirtua cM-ória?Diante disso, cessa

ualquer dUvlda quan-o á propriedade de fra-

^es que, fora desse 11-ro, poderiam até

irnamentar um bolero..Ias que, aqui, estáoum lado. a uma bemorrer ao exagero. Deraçáo do que o autor

poesia. A propósito.: envolveu, há anos, am o que entendia porMas o que ê nudez?".Ginsberg, em vez de

a roupa.

livro, o que temos, na verdade, éçôes da mesma frase, de um dtscide sujeito a sujeito, no qual se fala da poesia, do amor edo amor á poesia. Um diálogo que merece lnterlocuto-res, na quantidade de bons leito: es que Rumor de faca»certamente terá.

lio Willer é poeta e tradutor

acham que escreverforça de seus versos êa sua sensibilidade etambém a sua fran-

a nâo usa títulos em

im contínuo, modula-rso dirigido ao leitor.

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Dois grandes lançamentos da Editora .Itatiaia e Editora BriguietVIAGEM AO BRASIL

Mais que o relatório fidedigno deum cientista apaixonado pelosencantos da nossa Natureza e in-saciável em sua sede de conhe-cimento, é a Viagem ao Brasilobra de um fino artista capazcomo poucos de nos comum-car pela palavra escrita e pelopincel, sua emoção ao terdiante dos olhos o quadromaravilhoso de uma terraquase virgem

REMINISCÊNCIAS DE UM RÁBULACRIMINALISTA

"Corno o gênero "rem»n»scéncias" é sempre agradável e comoEvanslo contava leoidamente. o seu livto lé-se de um fôlego,com o pra/er de quem se regala num trabalho de história quefosse ao mesmo tempo um trabalho de imaginação Istoporque nas coisas forenses, versadas pelo autor, a gente,diante dos casos singulares recordados, pensa às vezes estarpercorrendo náo um volume que ò a reprodução te*tual darealidade, mas um romance ã Gabonau ou a Conan Doy-le" Agnpino Gneco

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Idéias/,LI V.RO,S . 26 8/89 J DRNAL DÇ> BRASIL

Venha viver novasaventuras lendo Cida-des Perdidas da Anti-ga Lemúria e Pacífico,em busca do verda-deiro e misteriosopassado do homem

que pode ser descoberto na Lemú-ria, uma civilizoçào que guarda osmistérios da humanidade.

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IqueeLanCom uma pincalodade humor.

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DECIDA-SE JA:

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Esperar por mais '),

anos, por que ?

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(021) )') )- / /OQ240-6 W

Domingo =

T^o boa que virou duas.

AGENDA VOZESIV BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO RJ

24 de Agosto à 03 de Setembro de 1989

Dia 26/08/89 — SábadoAutor convidado — DARCY RIBEIROHorário — A partir das 15:00 horasAutor convidado — ODETE LARAHorário — 19:30 horasDia 27/08/89 — DomingoAutor convidado — ARLETE RIBEIROHorário — 15:00 horasAutor convidado — EDMAR MORELHorário — 20:00 HorasAutor convidado — MERCIO PEREIRA GOMESHorário — 20:00 horasDia 28/08/89 — 2a FeiraAutor convidado — JUAREZ BAHIAHorário — 19:30 horasAutor Convidado — VALÉRIA MOREIRAHorário — 19:30 horasDia 30/08/89 — 4* FeiraAutor convidado — PAULO NEY K. DÓRIAHorário — 15 00 horasAutor convidado — HELENA RODRIGUES BARBOSAHorário — 15 00 horas IAutores convidados — LEONARDO BOFF

Pe. BRUNO TROMBETACLODOVIS BOFF

Horário a partir das 19:00 horasDia 31/08/89 — 5* FeiraAutor convidado — PATRÍCIA GWINNERHorário — 15 00 horasAutores convidados: RENÉ A. DREIFUSS

HERBERT DE SOUZA — BETINHOHorário — A partir das 19:00 horasDia 31/08/89 — 5* FeiraAutor convidado — RICARDO GONT1JOHorário — 19 30 horasDia 01/09/89 — 6* FeiraAutores convidados: BERTA RIBEIRO/

CARLOS ARAÚJO M. NETOHorário — A partir das 19:00 horasDia 02/09/89 — SábadoAutor convidado: MARIA LÚCIA AMARALHorário — A partir das 14:00 horasAutor convidado PATRÍCIA GWINNERHorário — A partir das 16:00 horasAutores convidados: Dr. AMILCAR LOBO

FERNANDO JORGEHorário — A partir das 19:00 horasDia 03/09 89 — DomingoAutores convidados: FRANCISCO ALENCAR

CLAUDIUS CECCONMARCUS VENICIO

Horário — A partir das 14:00 horasAutor convidado JUNITO DE SOUZA BRANDÃOHorário — A partir das 19:00 horasAutor convidado — MARIA TERESA MALDONADOHorário — a partir das 19:00 horas

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As dez primeiras pessoas que apresentarem este anúncio noStand, ganharão um livro do autor que estiver autografando.

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O rio é fundo, de águas limpas, onde o livro fluirá.

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Cumprimenta todos os participantes da^IV Bienal Internacional do Livro.

JORNAL DO BRASIL 'D 26/8/89 5 Idéias/LIVROS

D

LANÇAMENTO

Ca,ixiixih.o que

não le

John Updike é impiedoso com a, América, um pa,is onde os extremos se e

¦ S. di' John í 'pdike. Tradução (Ir Lia lVylcr. Rocco, 242 p.XCcS 42,00.

.José C"astvllo

Nas

escolas brasileiras dos anos 50, cres-cemos com a lição de que o Brasil é umpais de contrastes. A definição equipara

maravilhas e desgraças, engolfa édens e infer-nos na mesma paisagem, e nos aliviava, poisera sempre possível pensar que, se de um ladoimpera a desgraça, no outro podemos alcançaro paraíso. John Updike. 57 anos, nasceu naPennsylvania, teve uma educação luterana,graduou-se em Harvard. e depois decidiu queBoston. Massachusetts, é o centro de seu mun-do. Mas o mundo terá mesmo um centro? Up-

dike escreveu 37 livros

Updike jogaem Sally todo

o seu esforço

para criar

alguém quesimbolize a

vontade de

superação, o

desejo sincero

de uma

mudança paravaler

para testar na suaAmérica a mesma fór-mula simplória queaprendemos nos bancosde aula — se ela supor-ta, como se apregoa, aconvivência dos opos-tos e os contrastes ci-vilizatórios. Paísimenso e farto capaz deacolher todos os extre-mos? A solidez ameri-cana, nação onde todosos problemas parecemse resolver uma vezconvertidos em dóla-res, é — nos diz Updikea cada livro — um ble-fe. Na América ondetudo é possível, na ver-dade nada é possível.Contrastes tão agudosquanto os que separamos rígidos luteranos daNova Inglaterra, ondeUpdike vive. daquelesiogues barbudos quegritam "Ommm" nosdesertos do Arizona,onde a personagemcentral de S. foi buscar

a verdade, são duas versões da mesma ilusão.Não há contrastes na América, há uma profu-são de máscaras. Com elas, Updike faz o seubaile.

Sarah Worth, a narradora de 5., coitada,bem que se esforça para saltar fora. Updikejoga nela todo o seu esforço para criar alguémque simbolize a vontade de superação, o desejosincero de uma mudança para valer. O poderde se transfigurar. Sally. pacata senhora deMassachussets. esteve por vinte e dois anoscasada com Charles, um médico competente ecínico, que lhe deu a filha Pearl. Cumpriu,enfastiada, todos os rituais esperados de umaamericana feliz. Não alcançou a felicidade e,numa decisão difícil, parte rumo ao outro ex-tremo do país. Sally é uma mulher crédula.Desembarca em Forrest, Arizona, para con-verter-se à seita do guru Arhat (Merecedor). Éuma mulher honesta, que deseja espelhar-se

r—

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6 <Meu caro Charles,

¦ j iquei triste de receber suacarta. Sinto demais queMidge tenha lhe dado o meu

endereço, quando pedi que não ofizesse. Ela ainda pertence, e nãodevo esquecer, muitíssimo ao seumundo, está muitíssimo ligada.Até mesmo Irving, receio, estáapenas bri?icando dedvandvanabhighata — a cessaçãodo conflito entre os pares opostos.Você e eu, meu caro, vejo agora,

éramos um desses pares de opostosem conflito.

Você fala de nossas contasbancárias e ações. Chega ate aescrever a caluniosa palavra'rouboAqueles valores não erampropriedade comum? Não trabalheipara você durante vinte e doisanos sem remuneração, servindo-ocomo concubina, bonequinha,dona-de-casa, esquentadora decama, massagista, conselheirasolidária e anúncio ambulante —nas minhas roupas e acessórios,maneiras e sotaque, e até no

em algum tipo de fé. No deserto, o guru ensinaque "o ego é o inimigo", fórmula que na apa-réncia varre todos aqueles resíduos deixadospelo passado. "Pense nesse episódio agora co-mo se fosse a continuação da minha educa-çâo", diz numa carta á mãe. S. é um romanceepistolar, onde a sucessão de cartas é inter-rompida apenas por diálogos que Sally regis-tra num gravador. Ela escreve á cabeleireiraShirlee, ao dentista Dr. Podhoretz, ao psica-nalista Dr. Epstein, ao professor de ioga Ir-ving, á maior amiga Midge Hibens. Cinqüentae cinco cartas, além da transcrição de seisconversas gravadas, formam um painel de suatentativa de metamorfose, desde a separaçãoaté a desilusão final com o mestre hindu.

5. nos diz: não há para onde fugir. Nãoexistem alternativas na América. A criticaliterária norte-americana, provando sem per-ceber a lição melancólica de Updike, destacouo cinismo e o humor do livro, reduzindo-o a

finas gargalhadas. Há elogios que são mortais.A critica não soube abandonar o que ela mes-ma sempre disse sobre Updike: que ele é umgrande escritor de miudezas. Iludiu-se nova-mente com este autor que faz best sellers imó-veis. literalmente sem ação, pegando o leitornão pela corrida cega dos fatos, nem por qual-quer psicologia profunda, mas pelo poder deabocanhar o impasse. 5. é sem dúvida um livroque faz rir. muito, mas também provoca oleitor. A história é quase simplória. Sally éaquela americana desnorteada típica, que fogepara o deserto, mas continua a controlar ocasamento da filha, o trabalho dos jardineiros,as fofocas da academia de íoga, os investimen-tos da mãe. Aquela mulher que não perde ocontrole. Que não desiste de mandar. "Vocênão deve nunca beber leite para evitar úlce-ra", escreve á mãe. "Leite, descobriu-se, ébastante indigesto. Experimente Gelusil-Maa-lox". Quer o samadhi, estado final de contem-

Idéias/LIVROS 6 26 8 89 C JORNAL DO BRASIL

\ev£L a, parte

aJg'uina,

5 se encontram

(ém \

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biótipo e tono muscular — de seustatus e prosperidade? Como podeestar tão atolado em prakriti aponto de se importar com osnúmeros que estão impressos nosextratos bancários que nãocostumava ler? Aqueles númerosfluíam livre e inevitavelmente deseu trabalho — você nãotrabalhou para produzir aquelesnúmeros. Sempre fiz as contas e oorçamento. Para você como paranós aqui no ashram o trabalho óum culto — mas você venera umdeus idiota, o deus enfadonho e

atarracado da respeitabilidade edas aparências exteriores, um deusesnobe de lata, dos carros, sapatose country clubs 'certos', dosendereços aceitáveis e dasaquisições que se dissolvem parabaixo em ferro-velho democlé aocontrário dos que tomam ocaminho da ioga e do nâo-ego,cujas aquisições se dissolvem parao alto em samadhi e no vaziobeatífico do Mahabindu. Tenhopena de você, querido"

Sally

plação atingido pelos iogues. a imobilidade donirvana (= sem vento), "uma certa simplici-dade não terrorista e íntima", mas, coitada,não pode se livrar do que é. Updike, mais umavez, escreve sobre a impossibilidade de esca-par. Vê a América tragada pela tragédia darepetição. Toda mudança é transformada rapi-damente em bottons e slogans. Toda novidadetransmuta-se em camiseta, nome de sandui-che, seriado de TV. Leva. outra vez. ao pontode partida.

Já náo se pode mais distinguir, nesta Amé-rica de Updike, o verdadeiro do falso. O guruArhat não nasceu em Bombaim, mas na Ave-nida Elton, em Watertown. Nos anos 60. leuAlan Watts, Krishnamurti, Ginsberg e todo oexército de isantos da contracultura. Leu oUpcuiishads e deparou com esta frase: "O SerSupremo, do tamanho de um polegar, o eumais recôndito, habita sempre o coração detodos os seres". Concluiu cjue a sentença o

autorizava a fundar uma seita. Tornou-semestre. Mandou contruir um chafariz com 40mil litros de água reciclados ininterrupta-mente para simbolizar a circulação do karma— o ciclo infinito das reencarnações. E imagi-nou a fundação de um mundo "sem egos", eportanto sem antagonismos, onde todos se dis-solvem na imagem difusa do mestre, que sópode ser captada através de um sistema inter-no de video. Sally, logo que chega, é escaladapara manejar uma retroescavadeira que ain-plia o reinado de Arhat. Depois é elevada àfunção de secretária, e responde cartas dandolições de moral sobre a sociedade consumista eegoísta que sobrevive no exterior. O guru des-pende um enorme esforço na demarcação dasfronteiras que o separam da América. Sallylogo merece o nome de Kundalini, a grandeserpente enroscada que, na tradição hindu,detém a energia feminina. Torna-se uma guar-diá de fronteira daqueles descendentes dos Ve-

das, seres misticos sempre ameaçados pela mávontade da policia. Vítimas, como deseja Ar-hat. O mestre hindu ensina que "o mundointerior e o mundo exterior não se relacio-nam", o que torna a perseguição explicável,mas não a resolve.

E importa? Todos os bens de Sally foramrequisitados, na sua chegada, pelo Tesouro daIluminação, com a ressalva de tratar-se ape-nas de um empréstimo. O guru sabe lustrar suaimagem: detrata os fazendeiros vizinhos, ostecnocratas que desejam planejar o uso dosolo. o pessoal da imigração que persegue seusestrangeiros. Faz-se de herói solitário. Paraseduzir Sally, vale-se de uma frase tomada deempréstimo a um antigo texto mahayana. aforma tardia e sincrética do budismo: "Detodas as formas de ilusão, a mulher é a maisimportante". A mulher é o portal da liberta-çâo, onde o homem penetra para desfazer-sedas ilusões terrenas echegar ao Vazio Trans-cèndental. O próprioBuda nasceu de Maya(a ilusão) e os que obuscam devem tomar oneti neti (o caminho do"nem isso. nem aqui-Io"). A ingênua Sally,obstinada na busca deum estilo de vida alter-nativo que a livre dolixo capitalista, se en-trega. O mundo exter-no fala da promoção deorgias, mas Sally crêapenas em trocas ener-géticas. Está ce?a.Tem uma relação lés-bica. que na verdadenão deseja .com a mis-tica Alinga. Sente-seenojada quando visitaa mundana Phoenixcom seus caubóis, apo-sentados e velhos re-tratos de Goldwater, eacha muito razoávelque o Arhat mandeconstruir uma butiqueonde vende a própriaimagem e uma discote-ca. o Kali Club, que transforma os misticos emcontorcionistas madrugada adentro. Sallytem noção do prazer de ser enganada. Quandopassa pela primeira entrevista com Durga,braço direito do guru, registra: "Ela falava demaneira pomposa, como as altas sacerdotisasnas extravagamas do velho Cecil B. De Mil-le". Toda critica, porém, se perde na fascina-ção. É uma mulher que deseja ser convencida.Ser salva.

Updike sempre concebeu, pessoalmente, aliteratura como uma fuga: à pele escamosa.bronquite asmática. gagueira que o atormen-tam desde muito tempo. Como Sally, tambémele desfez um casamento de vinte anos — enunca escondeu, mesmo que os críticos o des-prezem, o peso desta experiência intima emsua obra. Parece um grande caricaturista, umconstrutor incansável de narrativas de costu-

O próprio

Budã nasceu

de Maya (ailusão)

e os que o

buscam

devem tomar

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caminho do'nem

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nem aquilo')

JORNAL DO BRASIL 26 8 89 7 Idéias/LIVROS

As memórias de Updike

Srruio Sá Leitão

Em

uma bela manha norte-americana, perdidaem meio ao dinâmico passar daa horas, minu-tos e segundos desta década de simulacros ereifi cações, o laureado escritor John Updike. especia-lista na arte de representar as vastas emoções e pensa-mentos imperfeitos dos seus compatriotas, recebeuuma das piores notícias que um militante introspecti-vo da literatura pode receber — havia um sujeitoincansável seguindo seus passos para redigir uma bio-grafia completa e reveladora. Rápido no gatilho einfalível no tiro. ele decidiu imediatamente que náoentregaria facilmente o ouro da sua Intimidade aosbandidos. E resolveu, no instante seguinte, apropriar-se sem vacIlações da Idéia do pretenso biografo, em-prendendo uma viagem radical ao seu passado. 0 resul-tado da empreitada é mais um dos inúmeros best-sel-lers do autor — Self-consciousness (Consciência à florda pele. arrebatado pela Companhia das Letras apósdisputado leilão entre as principais editoras do pais.com lançamento previstopara dezembro), editadoem março deste ano pelaAlfred A. Knopf, de NovaIorque, com o preço de USJ18.95, que esgotou sua tira-frem Inicial apenas na pri-meira semana de venda-irem."Um desconhecido que-ria escrever minha biogra-íia — para roubar minhavida, o filão da minha ver-ve e a montanha das mi-nhas memórias", conta oresponsável pela excelentetrilogia Rab bit (Corre.Coelho. Rabbit redux e OCoelho está rico i na intro-duçâo de Sclf-conscious-ness. "A idéia me pareceutão repulsiva que parti.nAo sem hesitações, parauma autobiografia." Par-tlu. escreveu e venceu —exatamente como em ou-tros episódios memoráveisda sua vida. entre os quaisa pequena guerra que tra-vou contra a Intelectual!-dade liberal que o acusoufalaciosamente de apoiar aintervenção dos EUA noVietnã (detalhes no capitu-lo político do livro. On

John lnot bexng a dove). Updike,entretanto, prefere nâo chamar a obra de autoblogra

fia memórias £ a palavra estampada, lo^o após otitulo, na capa da primeira ediçflo. Nos seis ensaios quese espalham pelas arrebatadoras 257 páginas de Sei/-consciousness. ele apresenta aos leitores, segundo suaspróprias palavras, registros analíticos do que lhe pare-ceu importante destacar a respeito da sua trajetória."Um egoísmo impessoal foi meu ajudante Inseparávelpara escrever honestamente, tentando abrir veiastampadas durante mais de 30 anos dedicados à litera-tura". explica.

Apesar da rigorosa autocensura de Updike. nâo fal-tam detalhes polêmicos ou novidades picantes, elemen-tos cuja presença em livros deste tipo é praticamenteindispensável para o sucesso comercial que os memo-rialistas ambicionam. Assim. Seif-consciousness revelao principal escritor contemporâneo dos Estados Unidoscomo um homem recatado, metódico e doente, sujeito a

crises de bronquite asmática e gagueira. Basta? Hámais — Updike sofreu durante anos a fio com suapsoríase hereditária, além de compartilhar com os per-sonagens do diretor Alfred Hitchcock muitas das neu-roses já catalogadas por psiquiatras. Sem bombas paranarrar, ele cativa graças á perfeita combinação desinceridade e perspicácia dos seus ensaios - e. claro, áprosa ímpar, talvez a única a ampliar atualmente aspossibilidades flccionais da língua inglesa, que (ornasedutores os episódios do seu cotidiano aparentementebanal. Escrever, afinal, é para Updike um illtimovicio, uma desinibiçáo ilusória, uma pretensão de do-mar a realidade, uma forma de expressar com leveza ohumanamente insuportável" < A letter to my grandsons)— nada mau. aliás, para um admirador confesso deProust e Kierkegaard.

O romancista tcheco Milan Kundera. como o bra.sí-leiro Rubem Fonseca, gosta de propagandear que seuslivros falam em seu nome. Em parte está certo — tantoque John Updike demorou algum tempo até se sentirabsolutamente certo de que teria algo de inédito a dizer

sobre si. algo que náo seencontra em nenhum dos 36livros, entre romances (13),coletâneas de contos (10),compêndios de ensaios(tròs), coletâneas de poe-sia.s (cincoi. ficçôes infantis(quatro) e uma peça. quechegou a produzir antes deSelf-consciousness. O autorde 5.. entretanto, traz boasnovas aos seus muitos crili-cob e admiradores — embo-ra admita que multo poucodo que está no livro tem im-portAncia para o resto dahumanidade. Os desavisa-dos podem imaginar que es-táo diante de um título deficção, de um romance inti-mista e subjetivo que se va-le da primeira pessoa, á mo-da do n ou ve a u r orna nfrancês — tal 6 a sensaçAotransmitida pela misturade memória e reflexão queembala, por exemplo, aapresentação dos seus per-sonagens (a família, asamantes, os amigos o os de-safetos. assim, sáo absolutamente descartáveis e

quase irreais). Mas Updikecapricha — ha vida e artepara todos os gostos no livro.A suave elegância de Updike confere alto poder deatração a histórias como a do seu reencontro com acidade natal (em .-1 soft spring ntght in Shillington).

provocador de remlnlscèncias nostálgicas e interiora-nas da Grande Depressão da década de 30 e dos anosdourados do pós-guerra, ou da sua convivência contur-baila com a psoríase (em At ícar u-ith mi/ skin >. que olevou a mergulhar progressivamente na solidão da 11 te-ratura. abandonando a tentação de profissões que pode-riam expó-lo publicamente (chegai a confessar emocio-nadamente que gostaria de ter sido um artista plásticobem sucedido), e a casar, aos 21 anos. com a primeiramulher que náo sentiu nojo das escamas da sua pele. Noúltimo capitulo. On being a self forever. Updike declinaseu insuperável pânico da morte e define-se como umhomem sexualmente normal, afortunado e otimista,apesar "dos problemas físicos, sintomas neuróticos,abernintes modelos de pensamento e limitações de ca-rater" que menciona no livro. O Coelho ataca maisuma vez — e no melhor da sua forma.

mes, mas na verdade trabalha mais com inte-riores. E por esta via introspectiva que alcan-ça o imaginário americano. 5. é uma prova deque a literatura pode falar da vida real semque o escritor, como agora está na moda. si-mule a pose de historiador. Até porque a vidareal não está apenas nos fatos; há todo umterritório inconsciente a mover o mundo, quenão escapa da escrita de autores mais sensi-veis como ele. Updike já admitiu seu espantocom as aventuras do guru Bhagwan Shree Raj-neesh, lider transcendental do Oregon, respon-sável por uma fórmula de sucesso que incluimassagens, meditação, citações védicas, tera-pia grupai e filosofia. Mas Arhat não é Raj-neesh. Fez breves leituras antes de escrever 5.,em especial o Dhammapada (os salmos dosprimeiros budistas), alguns textos de MirceaEliade e o importante estudo sobre mitologiaoriental assinado por Joseph Campbell. Com-pôs um glossário de nove páginas, aproxima-damente 250 expressões ligadas à literaturahindu, que fecha seu livro. A consulta ao glos-sário pode interromper a leitura de modo de-sagradável. mas amplia sua compreensão. Ne-,'.e estão as definições precisas de termos de usocorrente entre nós, e freqüentemente mal in-terpretados, como karma. nirvana, tantra. sa-

tori e i/oga. mas tam-bém de palavrasmisteriosas e intripan-tes como vajrolimudra(postura de raio), oudvandvanabhighata(cessaçáo de conflitosentre opostos).

Ninguém deve ler S..porém, com o desejo deaprender rudimentosde budismo. As lei tu-ras das cartas de Sallyensinam outra coisa:como está fadada aofracasso a busca demudanças através dereceitas alheias. Updi-ke está interessado emflagrar a maneira co-mo sua personagem secega. Como deseja secegar. Sally é umamulher que leva tudo asério. Sua cegueiratem a aparência posi-tiva de disponibilida-de. Sempre que tentaagir. porém, parece es-

tar no enredo errado. Sobra o desengano. Estetrato com a desilusão é insistente na obra deUpdike. Seu livro mais famoso, bruxas dehastwick. de 1981, simula a mesma misturaescandalosa de feitiçaria com sexo para, atra-vés dela, desvendar os mecanismos da fasci-nação. Conta a história de três bruxas bisse-xuais que se envolvem com um certo LaurieCabot. que não se sabe se é bruxo, mas é umgrande sedutor. Updike nâo se interessa emprecisar fatos, mas sentimentos. Interessa-senáo pelo fardo pesado dos acontecimentos,mas pelas linhas delicadas, quase invisíveis,que fazem o homem agir.

Trabalha sob a influência confessa de Na-thaniel Hawthorne (1804-1864), um escritorsinistro que viveu a maior parte de seu tem-po em Salem e deixou o célebre A letra es-carlate. o mais importante romance que oséculo 19 produziu na Nova Inglaterra. Haw-thorne, como Updike, escrevia investido porum estilo introvertido. Seus temas eram asruinas, as tensões morais, as pequenas lou-curas, a vida desolada da América. AlfredKazin, critico da Universidade de Nova Ior-que, assim o definiu: "Prefere representarsituações psiquicas em vez de explicá-las". Asentença pode ser aplicada, sem retoques, aUpdike. que abre S. com uma citação de Thescarlet letter. Está registrada a herança. Up-dike, porém, tempera esta divida com ironia,

Idéias/LIVROS

um humor devastador, uma acidez que nãoexclui a doçura. Nâo esconde, também, suasangústias religiosas, cultivadas a partir daleitura de teólogos controvertidos comoKarl Bath e Paul Tillich. Seu romance Painosso computador, já traduzido no Brasilpela Rocco. que conta a história de um ho-mem que deseja provar a existência de Deusatravés da informática, dá prova desta preo-cupaçâo. Em S., Sally também nâo é enlou-quecida. Updike é duro com sua personagem,mas nâo deixa de ressaltar sempre o que háde digno em sua busca do transcendental.

8

Sally deixa-se enganar, é uma estúpida,mas sua procura continua a ser digna. O livrode Updike náo é sobre chantagistas, mas pes-soas imobilizadas e vazias. O imaginárioamericano, tomado por slogans ocos e estra-tégias de marketing, mostra-se incapaz deacolher a inquietação da personagem. Sallyé uma heroina medíocre, mas sincera, que sedebate numa armadilha. Updike não deixachance alguma para ela. pois entende que aarmadilha é a própria América.

26 8 89 C JORNAL DO BRASIL

Updike ?iãoesconde suas

angústiasreligiosas,

¦ cultivadas a

partir daleitura deteólogos

controvertidoscomo Karl

Bath e PaulTillich

U

^ CRIANÇA

Verbetes

ilustrados

¦ Dicionário Aurélio infantilda língua portuguesa. Ilustra-çOe.s de Ziraldo. Nova Fronteira.228 p . NCzS 89.00.

Tina Correia

No

catálogo da editoraNova Fronteira constao nascimento do seu

mais recente dicionário, este be-lo Aurélio Infantil, que traz cer-ca de •i.Sfl Ilustrações a cargo domestre Ziraklo itamWm autor doprojeto prafico). O Aurelinho. co-mo já foi apelidado, nasceu com3.22-1 verbetes distribuídos em 228páKinas. Amanhã, a partir das16h, ele será apresentado ao pú-blico infantil na I* Bienal Inter-nacional do Livro do Rio de Ja-neiro (Riocentro).

Destinado á faixa de estudan-tes das primeiras letras e prepa-raiio dentro de critérios ripida-mente pedagógicos, o Aurelinhochegou para facilitar a vida dopequeno pesquisador, que se as-sustava com a sobriedade do /tu-rehão e, náo raro, terminava a-bandonando-o sem ter acesso aosignificado das palavras. Em es-tilo direto, claro e preciso, o .-lu-rclinho esclarece, por exemplo, oque ò amendoim: "s.m. Plantacujo fruto, que nasce debaixo daterra, contém sementes que sáocomidas cruas, torradas ou cozi-das". No Aureliâo o verbete re-gistra: "lomim). (do tupi mA-du'bi. mAdu'1. com infl. de amèn-doa», s.m. Bras. Planta herbáceada família das legumlnosas (Ara-chis hypogaea)..." — tal herme-tismo, como se sabe. é de difícilcompreensão para uma criança.Kumár, por exemplo, é um con-ceito que náo deixa dúvidas: "As-pirar o fumo de cigarro, charuto,cachimbo: Fumar faz mal à naúdt."Para reforçar o alerta a ilustra-çâo do Pereré lembra ainda que"Fumar è dr*rlrj{*n(r". O verbe-te drogas também náo dispensa oesclarecimento: "O uso ir drogas

a uúdr e a vida'*. Foramretiradas do Aurelinho as indica-çOes etimológicas das palavras,bem como as referências cientifi-cas — a equipe responsável porsua elaborjçáo considera que es-tas informações náo se encaixamna área de interesse do públicoinfantil.

Filho mais novo da família dedicionários mais vendidos no pia-neta — cerca de oito milhões deexemplares até hoje —Aureli-nho anda em boa companhia nocatálogo da editora. Os leitorestém à disposição o Sovo Dicioná-no da Língua Portuguesa (ousimplesmente Aureltâo) — hojecontabilizando 15 reimpressõesde sua 1» edíçAo e 12* reimpres-sOes da ediçáo atualizada, com1810 paginas, NCzS 128,00 —. o A/é-dio — na 2» reimpressão da 1»ediçáo, com 1782 páginas, CzS59.00—. o Aurélio Escolar — na 2»reimpressáo da 1» ediçAo. com 688páginas. NCz$ 60.00 — e o MiniAnúncio. Aurélio — 11 reimpres-sOes da 1* ediçáo. NCzS 13.60.

JORNAi DO BRASIL ü 26,8 89 Idéia*/LIVROS

M. m

IV BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO RIO DE JANEIRO - CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA

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Seus cabelos ficarão em pé, seus corações baterãomais rápido, o fôlego lhes faltará ao acompanharem asaventuras sobrenaturais de "O JOGO DA PERDI-çAo' Poucos romances conteporâneos consegui-rão impressionar tanto os leitores quanto este.HORROR, HORROR profundo é o que sentirão diantedesta delirante fantasia que torna plausíveis, reais, asmais chocantes criações da imaginação.

OPINIÕES"Clive Barker não é apenas bom. ele é excepcional! Trata-se de um autorpersonalíssimo: jamais, em toda a minha vida. fui tão abalado quanto mesenti ao ler sua obra: jamais fiquei tão chocado, aflito e nervoso como aoler essas histórias angustiantes."

Stephen King"Clive Barker explodiu no cenário da literatura de horror como autorplenamente realizado. Radicalmente novo e criativo mesmo na abordagemde temas correntes, ele nos oferece uma perspectiva insólita para penetrarna realidade invisível que nos cerca Sua literatura pertuba, choca eencanta ao mesmo tempo, com a alternância de beleza poética e abominá-vel violência "

Revista PENTHOUSE"Desde quando Henry James e Edith Wharton tentaram mexer com osobrenatural, os aficionados do gênero estavam à espera de um escritorque lhe desse legitimidade literária. Pois já o encontraram: ele é CliveBarker. Tão mórbido quanto Stephen King. ele é, no entanto, sarcástico,imprevisível. . e conciso."

TIME Magazine

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VENI

FILOSOFIA PSICANÁLISE

Fuga do acaso

A idéia de uma mãe

natureza serve apenas

como disfarce do vazio

¦ A antinatureza. de Clément Rosset. Tradução doGetúlio Puell. Espaço e Tempo. 32-1 p.. NCzS 21.16.

lvana Dentes

o

filósofo francês Clóment Rosset parti-lha. com Cloran. desse bem-estar—ale-gria trágica — frente ao pior dos pensa-meniios: a Idéia de acaso que. secundo Rosset. "é.

talvez, dentre todas as que os homens puderam conhe-cer, a' mais difícil de ser assumida por sua afetivldade,pois implica a insignificAncla radical de todo aconteci-mento. de todo pensamento e de toda existência" Daio caráter terrorista e trágico de toda filosofia que se dêcomo tarefa conseguir pensar e afirmar o pior. ou seja.o acaso (fonte direta ou indireta, secundo Rosset. "detudo aquilo que possa vir a desagradar o homem"), eque faça dessa afirmação condlçáo única e necessáriade toda verdeira alegria: êxtase sem motivo. Júbilodiante do pior.

Angustia frente ao acaso, para a qual o pensamentotrágico vai buscar remédio na própria fonte do "mal",prática nietzschiana: "o que náo mata. me fortifica",enquanto as filosofias raclonallstas tentam noH curarafirmando uma idéia de ordem subjacente a todo aca-so. remédio raclonalista que acalma devolvendo o sen-tido. "temporariamente" perdido. Procedimento exa-lamente oposto ao primeiro, que, frente ao medo queos homens têm do imprevisível,acalma retirando todo sentidoPrática do pior, onde náo há nada aperder porque nunca houve nada.Mais do que duas "verdades" ex-cludentes, estamos diante de doispontos de vista diferenciais, onde opensamento trágico faz da sua"ética de acolhimento" e Júbilofrente ao acaso o Índice de um ce-tlcismo radical: pois náo há ne-nhuma verdade a ser revelada e,paradoxalmente, apenas o acaso énecessário. Pensamento que sedesqualifica a si mesmo (náo hánada a fazer, nem a pensar, além deacrescentar acaso ao acaso, no quese resume toda atividade humana)retirando sua força da sua própriaimpotência.

Náo tendo nenhuma verdade arevelar, a filosofia trágica torna-se"ato destruidor e catastrófico",decorrência direta da aflrmaçáo doacaso, empreendimento que inspl-ra os onze livros escritos por Clê-ment Rosset, de 1961 a 88. entre osquais os três publicados no Brasil: "O Real c seu duplo, Lógica do pior e,agora, A antinature/a. elemento* parauma filosofia trágica, lançado pela Espaço e Tempo, epublicado orinalmente em 1973. na França, como tesede doutorado. Se em Lógiea do pior. Rosset tematizava aidéia de acaso, em A antinaturrca. analisa a idéia denatureza, expressão mais geral do que ele chama do"uma racionalização paranóica", de um "desejo" denatureza, verdadeiro "remédio" e ilusão do qual ohomem se muniu como antídoto contra o acaso. Ver-dadeira "miragem naturalista", já que a idéia de natu-reza sofre de uma total vaculdade. tendo sido definidaapenas negativamente, em oposiçáo ao acaso (tnérciamaterial) e ao artificio (intervençáo humanai. Vacul-dade que a torna ainda mais eficaz, segundo Rosset,como toda crença ou ideologia: "nada é táo invencívelquanto aquilo que náo existe", a crença em Deus emuma natureza sendo os grandes exemplos da facundi-dade desses nadas, sobre os quais se sustentam as maisdiferentes construções morais, religiosas e metaflsi-cas.

A idéia fundamental do naturalismo, diz Rosset, "éuma neutralização da atuaçáo do acaso na gênese dasexistências", uma recusa do aceitar uma realidademuito simples, sem razáo. sem causa, sem determina-çáo e sem objetivo. É aqui que se confundem naturezae religião, natureza e racionalismo. Natureza, deuses erazáo sendo três instâncias perfeitamente permutá-

vels, onde a Idéia de natureza é que conduz à idéia deDeus (primeiro a física, depois a metafísica) o a outrascrenças. A versão envergonhada dessa religiosidade,"modernizada", preferindo falar numa "razáo" dascoisas, ou, ainda, numa "força" ou "energia" natural,quando, para a filosofia trágica, "só a idéia de acasopermite conceber a passagem do inerte ao vivo. somque se recorra a u:n referencial metafísico". Um outroaspecto bem atual da moralização do naturalismo, queremete a Rousseau. s«\o as idòias de harmonia, dopureza, de autenticidade da natureza, virtudes que sedegradam e sáo destruídas polos artifícios do homem,culpabllizado por atuar como um princípio de acasoque destruiria essa harmonia preestabelecida. Culpaque o mundo desnaturalizado, factício o Irreligioso dopensamento trágico quer exterminar.

A distinção clássica entre acaso, natureza é artifi-cio náo interessa ao pensamento trágico, pois, se náoexiste natureza, ela é um nada. náo faz sentido contra-por a esse nada o artifício. Rosset fala de uma filosofiae de uma estética do artificio por comodidade, já que opensamento trágico acaba com a própria distinçãoentre natureza e artificio, dissolvidos frente ao princí-pio de acaso que se torna indiscerniveis. "Natureza oartificio designam, antes duas formas de olhar queduas Instâncias existentes", a primeira implicando umdesejo de Interpretação (natureza) e a segunda (artifi-cio) a recusa a toda interpretação. É por isso queRosset vai destacar as experiências trágicas do desejo,da morte o do riso. em toda a sua Imprevislbllidade efacticldade, como puras emergências do artificio quevêm desmontar os frágeis cenários naturalistas quesáo armados pela representação cotldldana: "Qualquerque seja a aparência de necessidade, náo há nenhumaproduçáo que. Instantaneamente, náo se dissolva sob oefeito do riso, restando apenas o arbitrário" e a impôs-sibilidade de qualquer justificação ou lnterpretaçáo.

A antinaturr/a trabalha náo apenas com os elemen-tos para uma filosofia trágica, mas também tendo emvista uma estética do artificio, preocupação perma-nente de Rosset em misturar o registro filosófico e oestético. É assim que, além de um esboço histórico dasfilosofias trágicas, vindo desde Heráclito, Empédocles.

passando pelos Sofistas. Lucrécio.Graclan. e com referências cons-tantos a Pascal, Montalgne eNletzsche (a quem Rosset se filiamais diretamente), "um abuso doreferências e de desenvolvimentosde ordem histórica", segundo opróprio Rosset (há ainda os "natu-ralistas": plantáo. Aristóteles,Rousseau. Plínio, o Velho...), o li-vro reserva um capitulo á emer-gôncia do artificio nas artes, ondevai distinguir três grandes linhasdesta prática: a prática naturalis-ta do artifício, que se pretende ar-tlflelal apenas por desgosto de umanatureza decaída (prática "artifi-cialista" de Bauldelaire. por dos-gosto do mur.do, como o grandeexemplo): a prática quase-artlfl-cialista. onde o artifício é engen-drado por nostalgia de uma natu-reza ausente (o caso de Mallarmé),e a prática propriamente artificia-lista, de júbilo pelo artifício, fren-te ao pastiche e ao postiço: astragédias de Shakespeare ("o mun-do é uma história contada por umidiota, cheia de sons e de furor, quenada significa"), a alegria artifi-

cialista de um Offenbach, Molière etc.Frente ao vigor da idéia de natureza e a atualidade

filosófica do naturalismo, que Rosset detecta numcerto "hlstoricísmo" (história finalista), nas utopiasrevolucionárias ou no existenclallsmo ("com seus te-mas morais e demagógicos" — entrevista ao Entadio).resta repetir mais uma vez a pergunta de Nletzsche:"Quantos deuses ainda sáo possíveis?" A idéia do natu-reza. uma das principais "sombras de Deus", foi invés-tida de crença pelas filosofias naturalistas, pelas ar-tes. por nossa afetlvi lade ia "máe natureza") e implicauma recusa total do acaso e da alegria trágica frente áinsígnlficáncia de toda coisa. Para o pensamento irá-gico e artificialista, da alegria incondicional frente aopior. só resta uma pergunta crucial, a de Cloran: "Háuma aliança possível entre a lucidez e a alegria?" queRosset se coloca em Ij forer majrurr, a resposta édupla: "há uma Inexpugnável alegria no sentimentosempre presente da absoluta futilidade de toda a col-sa". mas. por outro lado. "a associaçáo da alegria e dalucidez é impossível em teoria, pois contraria todarazáo (...), como insiste justamente Cloran: 'existireqüivale a um protesto contra a verdade.'

lvana Bentes è critica õe cinema e faz mestrado emcomunicação na ECO<UfRJ

Prova de vigor

Ensaios comprovam \

a vitalidade da

psicanálise brasileira

X¦ Ensaios dc psicanálise c semiótica,dc XfiriciTtiChnaidcrrruni. Escuta, 175 p., \'C;S 21.R0. '

C.hairn Sitmucl Knlz

Conseqüência

dagrande expansãodo "sistema ps!".

Burgem inúmeros (e já agorainumeráveis) escritos sobretemas psicanalíticos. Partíci-pes ativos da psicanálise, te-mos qüe examina-los tambémenquanto produções teóricas.Que espécie de olhar (theo-réin. veri lançam sobre "o queconcerne" á Psicanálise, co-mo articulam seus métodos,as técnicas e as concepçõesclinicas e de cura.

Contudo, a psicanálise émais do que isto. Na medidaem que é e é aceita como "sls-tema de pensar". Influi decisí-vãmente na Interpretação dosfatos culturais e na produçáocultural.

Os ensaios de Míriam Cha-naiderman se inscrevem espe-cialmente nesta última arti-culaçâo. embora náo seesqueçam da primeira. Porexemplo, examinando o cíne-ma, náo apenas nos fala dosfilmes de "modo" psicanallti-co. como aponta Instrumentosdas teorias psicanalí ticos e so-miótlcas que permitem taisInterpretações.

L'm filme náo é apenas atraduçáo imagétlca de um ro-telro. qualquer que seja aperspectiva ideológica usadapara sua compreensão. Porexemplo, o filme de NélsonPereira dos Santos. Memória*do cárrrrc. náo é uma transcri-çáo do livro de Graciliano Ra-mos.

Examinando-o com as ca-tegorias especificadas porDerrlda. mostra como ne-nhum escrito é centro de simesmo. Ao produzir Gracilia-no escrevendo seu livro. Nél-son estabelece um traço de dl-ferêncía (atençáo, náo se traiade um traço diferencial, comona lingüística dlacrítlca).mostrando que o papel da es-crlta náo permite apenas aInscrição ideológica (O que jásabemos desde Marx). como éum gesto político, criador donovo: "o gesto da escrita é ogesto político, o gesto que íns-taura uma diferença, e a par-tir do qual é possível a cadacompanheiro de Gracilianoum trabalho com a históriasingular a cada um" <p. 50).Escrever, aprender-se-á com ofilme, náo é apenas produzirideologia, mas prazer e singu-larizações.

Náo existe uma metalin-guagem. ou uma linguagemoriginária, da qual derivariamtodas as possibilidades de ex-pressáo. Bem como ela nos

aponta que separtir significan-te de significado fe estabelecerum centro, que tfdria respeitoao primado do Signlficante.Exatamente o quela categoriade diferênria evita. \

Inseparabilldad<| de sensí-vel e Inteligível, recusa de umcentro único que drganlzasseo psiquismo. adoçâb da cate-gorla de memória, criativa(um filme náo é umti atualiza-çáo de um escrito, qiue lhe se-ria "subjacente") —listo farácom que a autora se kproxlme'da psicanálise wlnnicpttiana eda pragmática de PeUee.

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Por exemplo, participandode uma experiência (lramatúr-glea. ela mostra a dificuldadede certos grupos para rompercom o centrismo ocidental(ocidental - um certo tipo.hegemônico, de sujeitos doOcidente). Um dos coordena-dores pede ao grupo que ouçaum ruído "como se fosse 100vezes mais alto". Um doscomponentes do grupo tendoescolhido escutar ruídos "danatureza", pergunta, muitoirritado: "Como é que eu vouaumentar o volume dos passa-rinhos?" (p. 73).

Contudo, tal propósito sesustenta na critica nitzschia-na á música romântica, que sepropunha a relacionar a ca-dela sonora com algum "esta-do de alma" descritlvel.Nietzsche diz que os sons jásAo significados, mas sabemosque os significados tambémsáo sons. Quer me parecer quelinha similar foi elaborada, napsicanálise, por Wlnnicott,com a categoria de objetotransicional (p. 78 9). Som estadiscussão, e sua postulaçáotécnica, a psicanálise contl-nuará distante das psicoses,entendendo-as unicamentedesde a questáo das neuroses(foi a estas últimas e o seumodo de funcionamento que,

Idéias/LIVROS 10 26 8 89 JORNAL DO BRASIL

il<' modo especial. Freud recorreu para construir o apare-lho psíquico).

Com tais referenciais teô-ricos fica. talvez, complicadocompreender como Chanai-derman compatibiliza Lacan eWinnlct.t ipor exemplo). Sa-bemos que de sua perspectiva.l,acan i riticou intensamentea catcfroría de objeto transi-cional ' ver As rt*Ia<;ò«*s dr objetop as estruturas freudianas. Semi-nário Inédito), de vez que ele(I,acan) funda a articulaçãopsicanalltica em torno do fa-lo. que e a postulaçAo maisexata da falta. E a autora sabedisto: a época do logo* temrebaixado a escritura, onde osentido do ser 6 sempre postocomo presença. A presençaameaça, a falta tranqüiliza"ip 127).

Como. entAo, afirmar aunidade da psicanálise en-quanto saber? Falando sobrediferenças entre aa pslcanáll-ses de Melanie Klein e Lacan.Míriam Chanaiderman firma;"a questão é sempre a mesma:como dar conta da linguagem,e como conceituar a língua-cem. dada a existência do ln-consciente. E ò essa a questãoque permeia toda a peicanáli-se. e que faz com que. sejaklelnlana. seja lacaniana. elaseja apenas uma" ip. 174 5). Separa o leitor ou interprete"cultural" ou "Ideológico" apsicanálise à unitária, certa-raenW náo o 6 para o leitor deDerrlda: "Designaremos pordifrrínna o movimento segun-do o qual a 1 Íngua, ou todocódigo, todo sistema de reme-tlmentos em geral, se constí-tul historicamente como teci-do de diferenças" (Derrlda,citado pela autora, p. 102).Ambos. Klein e Lacan. perten-cem ao campo psicanalitico;mas isto implica em afirmar aunidade da psicanálise?

Percorrendo literatura,teatro, música, cinema, histó-ria. clinica e instituições emsuas relações e inscrição como campo psicanalitico, estesensaios nos enriquecem mui-to Elaborando a obra de Der-rida por referência á Psicaná-líse. fica Chanaiderman nosdevendo uma teorizaçAo maisexplícita acerca da categoriafreudiana de Verapítun^ (atra-so ou atrasamento), quase in-teiramente esquecida (ou re-calcada?) na psicanálisecontemporânea, obliteradapela categoria de Nw-hiri^lich(a posterior!). Derrlda ensinaque ambas andam juntas, eganharíamos multo se nossaautora nos mostrasse em suaspróximas "leituras derrlda-dianaa" (p. 105). o que é estacategoria de "atraso" emFreud. como ela se faz na me-mória criativa (e como nospropõe uma outra conceitua-çâo de tempo).

Mesmo que percorridos ra-pidamente. os temas sáo ela-borados com articulações ri-gorosas e linguagemescorreita A edição desta co-letánea de ensaios psicanalití-cos vem mostrar que a palea-nálise brasileira já pode seravaliada, também, por suaspróprias criações.

Chairv Samuel Katz ôpsicanalista o autor do Psicanálise

e nazismo (Taurus)

Viagem JB

Porque, quando, como e onde ir.

LANÇAMENTOS NACIONAIS NAIV BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO

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um» Mjifissi*: MVJCA

mJOT4JBI Ultfl

COMO NUM PASSEDE MÁGICALeopoldo Ca mar a26/08 - 18í)OhDelicioso romance urbano emestilo leve e bem-humorado.A trama desenvolve-se nacidade do Rio de Janeiro.

A MIlHffiESTRITA

3JTU VT*.

A MULHER ESCRITALúcia Castello Branco eRuth Silviano Brandão27/08 - 18flOhD iv» de-se em duas partes,tratando a primeira depersonagens femininas naliteratura, e a segunda, daescrita feminina.

Stand 55 - Noite cie autógrafos com os autores

LANÇAMENTOS NA BIENAL

CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA f BERTRAND BRASIL

O JOGO DA PERDIÇÃOClive Barkor

O Jogo da Perdição é um livro que nos levará As nossaspróprias fronteiras e nos marcará para todo o sempre O autoré o mglès Clive Barker e está se tornando um nome cada vezmais respeitado no tema Horror Ele vem sendo apontado pelacrítica internacional como capaz de arrepiar os cabelosmais tranqüilos e. ao mesmo tempo transmitir ao leitor umamensagem literária de grande força emocional 8 estéticaNczS 57 20 Páginas 468

O HOMICÍDIO PERFEITOJeffray Archer

Jeffrey Archer inclui-se no time dos grandes roman-cistas britânicos, com cinco romances de sucesso Caime Abel". A Filha Pródiga Um Caso de Honra". "Pri-meiro entre Iguais e O Arqueiro e Suas Flechas 0HOMICÍDIO PERFEITO é o seu mais recente sucesso —BERTRANDNCzS 30.80 Páginas 220

NIJINSKYNflum Alves de Sou/a

Esta brilhante peça teatral de um dos maiores dramaturgosbrasileiros de hoje nos envolve na tragédia pessoal do grandebailarino cujo qênio criativo foi tolhido pelas malhas daincompreensão, da brutalidade e do abusoNCzS 26 40 Páqmas 1 50 1

MOCINHOS, BANDIDOS E

OUTROS AMANTESShera Hita h K/ite Colleran

A autom do* polêmicos s*ner* 0 Relatório Hite Sotxe a<> Femtoma". 0 flelatôno H'te Sotxe a Se*ual«J«<Je Masculina" t AsMoeres i o A/nor tscrev«u. nua una o hvro qu* as nulhere» anwvamRevelado* 0 chocante a otva ensina a evitar armadilhas da sol«rtão, ar*<ert8r es com^rvadcss r^ssóes para ~a<ju'*!ar sí"«a encontrar a melhormanetra tíe transformar um «ncontro passageiro em duradouro — 9ERTRANDSCrt 38 50 284

SUBURBANO CORAÇÃOUma deliciosa buileta. onde pauio e delmo. desenganos

amorosos, traições mesquinhas, humor e lágrimas se mesclamnum todo que oscila entre o patético e o grotesco Poderemosnr muito desses amores de perdtçáo mas com um nô nagargantaNCzS 26.40 Páginas 164

MEU REINO POR UM CAVALODias Gomes

MEU REINO POR UV CAVALO é a mais recente peca deDias Gomes montada sobre o t/ipe mando esposa amante emconflito emsiencial Sucesso teatral e literário — BERTRANDNCzS 21.22 Págmas 102

O ANJO DE ÓCULOSMeditações inteligentes, estimulantes sobre os conflitos

de gerações, os problemas enfrentados pela juventude dehoje ao refletir sobre a precária herança de erros e preconceitos que recebeu Religião, se*o. regras sociais, tudo é postoem *eque neste Irvro sêno e provocadorNC/S 26.40 Paginas 1 92

A

A CASCA DA SERPENTEJosé S. Veiga

A linha de realismo mágico que consagrou o goiaoo JoséJ Veiga em obras como Os Cavalinhos de Platiplanto"ganha novos contornos em A CASCA DA SERPENTE Valen-do-se de uma das figuras mais fascinantes da História brasileira -- o beato Antônio Conselheiro, que comandou a revoltade Canudos — o escritor utili/a fatos e personagens reais paraexercitar sua ficção — BERTRANDNC/S 25 08 Paginas 1 60

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É SÓ ERAM VERDADE OSQUE PARTIRAM

leonor Xavier0 e*ílio voluntário um dos mitos portugueses por e*ce

lénoa. è retratado neste livro em que Leonor Xavier esmiuça ocotidiano de um português de trajetória semelhante á demilhões de outros imigrantes, com seus fracassos e ilusões,momentos de riso e de tragédia, na soitdáo do anonimato emterras distantes —BERTRANDNCzS 26 84 PAgmas 180

O HOMEM DA MAQUINA

DE ESCREVERFernando CamposQuando um homtm corttríw uma ca*a iruciando p^o iHKacJo tudc podeeer até rr.«mo escr«»v«>» um conto partindo do Utulo 0 HOMEM DA

MAQUINA DE ESCREVER * a tatOna úe un Vxrw»rr qo«; jcn^va %m cord.çAoj te to*na* eicntor po**o«r uma m^Quma de escreve* « tomou *eMtxn. autor e narrador, p^otago^nta e ie«to*. um ca*icatun«xa da p*6ori*escritaffrrrarxlo Campos estreou no Bra*il em *988 com "A Casa do pA um /t**st vSlor em Portugal onde »endeu r^ais de 30 mil ««empiares BERTRANDNcrf 22.00 PAgma» 80

PELE NUA DO ESPELHOPatrícia Bin«

Neste seu quarto romance, a autora elege como persona-gem central uma pintora dividida entre os papéis de mãe.esposa e artista mas decidida a enfrentar seus Íntimos confli-tos e pautar a vida mediante distinções entre o ideal artístico ea integridade moral

PELE NUA DO ESPELHO (oi eleito como melhor livrodeste ano pela critica de São Paulo e Rio Grande do Sul. —BERTRANDNC/S 26 84 Páginas 1 74

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A MINHOCA ANA FOFOCAClaudia Schiller

Uma minhoca e fofoqueira Um passarinhocheio de novidades Brincadeiras e muitas emo-ções nesta história infantil Coleção Corta-Cola —BERTRANDNCzS 22.00 Páginas 16

A TARTARUGA MARIANAE O SAPO MADRUGA

Claudia SchillerUm sapo cantor se apaixona por uma tartaruguinha Fa-

zendo a alegria da criançada com a Coleção Corta-Cola.Claudia Schiller ganhou os prêmios Jannuart Montinho Ri-beiro, da Câmara Brasileira do Livro e a Menção de Honra daFeira Internacional do Lrvro de Leipzig. na Alemanha. — BER-TRANDNCzS 22.00 Páginas 16

O FUGITIVO DAS TREVASJoe Dever & Gary Chalk

Grande sucesso entre os adolescentes americanos e euro-peus O leitor è o personagem central e o sucesso da aventuradepende de sua perícia.Incríveis desafios e aventuras inimagináveis — BER-TRANDNCzS 30. 80 Páginas 202

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JORNAL DO BRASIL ? 26.8,89 li Idéiaa/LIVROâ

; LANÇAMENTOS O QUE ELES LÊEM OS MAIS VENDIDOS

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CATATAU

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¦I Catatau, de Paulo Lemlnski.Sulina. 230 p„ NCzS 39.00. RenéDescartes troca o rigor pelo hu-mor e embarca com Maurício deNassau para o Brasil. Romance-idóia experimental lançado em1975. em Curitiba, e desde entãomuito citado, mas pouco lido.

O texto no teatro, de SábatoMagaldi. Perspectiva. 481 p..NCzS 55,00. Coletânea de 86 arti-pos escritos entre 1961 e 88 porum dos mais importantes críti-cos teatrais brasileiros.

Entrevistas do Le MondeiIdéias contemporâneas, vários.Tradução de Maria Lúcia Blu-mer, Àtica. 168 p., NCzS 18.00.Sexto volume da série, Que jádedicou tomos á Sociedade, o In-dividuo. as Civilizações, as Filo-sofia-s e as Literaturas. Entre-vistas com Jean Baudrillhard,Georges Duby, Henri Lefebvre.Paul Veyne e Edgar Morin, entreoutros.

A luta pela borracha no Bra-sil. de Warren Dean. Tradução deEduardo Brandão. Nobel. 286 p..NCzS 62,30. O livro é resultado depesquisas ecológicas realizadasno Brasil entre 1980 e 86. Dean éprofessor do Departamento deHistória da Universidade de No-va York.

Orgônio. Reich <£- Eros' A teo-ria da energia vital de WilhelmReich. de W. Edward Mann. Tra-duçáo de Maria Silvia MouràoNetto, Summus, 3-14 p., NCzS34.00. A polêmica teoria energé-tica do orgônio é relacionadacom o conceito hindu de prana ecom a teoria de forças vitais daacupuntura.

Inconsciente e destino/ Semi-ndrio de psicanálise de crianças,de Françoise Dolto. Tradução deDulce Duque Estrada. Jorge Za-har, 193 p., NCzS 31,90. A psica-nalista francesa falecida há umano mantém-se firme na posiçãode que ouvir é mais importantedo que entender e faz sua últimahomenagem às crianças.

Os verdadeiros pensadores denosso tempo, de Guy Sorman.Tradução de Alexandre Guiasti eoutros, Imago, 347 p.. NCzS 50.00.Diálogo intelectual com KarlPopper, Bruno Bettelheim, Clau-de Lévi-Strauss, Ilya Prigoglne,entre outros dos mais importan-tes pensadores do século.

Glorinha BeuttenmillerRio. prolessora de dicção:Tenho sempre em minhacabeceira a poesia deFernando Pessoa,especialmente quandoencarnada pelo heterônlmoÁlvaro Campos, onde achosempre uma resposta paraas dificuldades que vivendo

Marcos MagalhãesRio. diretor de cinema:Acabei de reler Blecaute, deMarcelo Rubens Paiva, e.4.6.0 da relatividade, deBertrand Russel. Pararelaxar leio semprehistórias em quadrinhos,como l.ucky Luke. comexcelente roteiro deGoscinny (autor de Asterix).

Maria Helena de CiccoRio. produtora do programaSem CensuraLendo História dos judeus,de Paul Johanson, conseguipela primeira vez meabstrair da religiosidadebíblica e encarar o povojudeu como naçãohistoricamente importantedesde seus primórdios até aIdade Moderna.

IO QUE RECOMENDAM

Antonio Carlos VillaçaRio. escritor:Literatura e artes plásticas,do recém-falecldo AlexandreEulálio. um pequeno livroque me fascinou pelosexcelentes estudos críticosque apresenta sobre CornélloPena. Henrique AlvimCorrêa, Gonzaga Duque eArthur Azevedo.Aug-usto MassiSão Paulo, poeta e criticoliterárioO menino pt^rdido. deThomas Wolfe, emhomenagem a quem oconhecido Tom Wolfe adotouseu nome. Um livroespetacular, com tradução deMarilene Kellinto, quepassou despercebido peloleitor brasileiro; e Curtaviagem sentimental, de ítaloSvevo.

Muniz SodréRio. antropólogo.4 antinatureca. de ClémentRosset. e A grande arte. deRubem Fonseca, maiorromance policial já escritona América Latina - aliás,bem superior a O nome darosa e O pêndulo deFoucault, de Umberto Eco.sendo o segundo um doslivros mais chatos que Já 11.

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FICÇÃO ílüm*

O pêndulo dr Foiirault.i Umberto Eco. Record. 624 p História de umaconspiração mundial hue se estende do século 14 até hoje. envolvendoocultistaa de todas as cores. 1Império. Gore Vidal. Rocco, 580 p ReconstitulçAo da luta pelo controlepolítico dos EUA. quando o pais preparava-se para se tornar a maiorpotência deste século. 2A romódia humana. Honoré de Balzac. Globo. 6.50 p. Reedição do primeirovolume das Cenas tia rida privada, incluindo um estudo de Paulo ROnaiPobre a vida de Balzac. 3B<>ca d« lnfrrim, Ana Miranda. Companhia das Letras, 536 p Romanceambientado no século 17 que tem o poeta Gregório de Matos comoherói. OAgenda Icaruv Robert Lundlum. Guanabara. 6-16 p Herói anônimo livrareféns americanos de terroristas árabes e desfaz uma conplraçâo lnter-nacional. 4O* nihf* da Kiia Arbat. Anatoli Rybakov. Best-Seller. 628 p Neste acertode contas com os horrores do stalinismo. tem-se a melhor obra literáriaproduzida até agora pela glasnost. 5Vaita* cinoçòc» r jM-numcnUM imperfeito*. José Rubem Fonseca. Compa-nhia das Letras. 288 p. Aventuras de um cineasta A procura de ummanuscrito de Babel.HintAria do rrrm dr Liiboa, José Saramago Companhia das Letras. 352 pNeste novo romance, o autor de Memorial do Convento questiona aHistória, usando o máximo de sua competência narrativa. OO dicionário Karar. Mllorad Píivitch. Marco Zero. 300 p Romance divididoem três dicionários de conceitos e personagens, relacionados com a vidaespiritual de um povo há multo desaparecido. 8Hotel Atlântico. .JoAo Gilberto Noll. Rocco. 98 p. Com sua literaturaenxuta, o escritor gaücho aprofunda-se na arte de hipnotizar o lei-tor O

nAo ficção f llimt

Av-rnvio r queda dai crandr* potínria». Paul Kenneiiy. Campls. 675 pHistoriador sugere semelhanças entre a situaçAo dos países lideres dehoje e o Inicio do declínio dos impérios póB-1500 5196M o ano que nio terminou. Zuenlr Ventura Nova Fronteira. 316 pCrônica histórica de uma geraçáo que fez de 68 um ano realmente dignode ser lembrado. 20« d<-«-obridnrr*. Daniel J. Boorstln. ClvilizaçAo Brasileira. 6-16 p Hlsto-rlador norte-americano descreve a aventura do homem para dominar anatureza e akançar o conhecimento do mundo. 3Uma brrvr história do tempo. Stephen Hawkintf. Rocco. 220 p Consideradosucessor de Einstein. o autor faz. para leigos, um balanço das teorias douniverso. 4A antinaturr/a. Clément Rosset. Espaço e Tempo. 231 p O autor de Lôçicado pior postula que a idéia de natureza nAo piu-.sa de uma llusAoproduzida pelo desejo. OMinha vida. Charles Chaplin José Olympio. 582 p. Reedição da autoblo-grafia (19651 do criador de Carlitos. em comemoraçAo aos 100 anos de seunascimento. 6Uma vida para vu filho: pai« bons o hattanle. Hruno Betelheím. Campus. 330p Famoso psicanalista lembra que criar filhos e uma arte, e r.Ao apenasuma técnica. 10Idade Média, idade do» homenv Georges Duby. Companhia das Letras. 214p. Estudos sobre uma época em que se firmou o domínio masculino nassociedades ocidentais. 8A burricr do demônio. Hélio PelleKTlno. Rocco. 220 p. Livro póstumo,reunindo 5-1 artigos do psicanalista, publicados no JB. sobre variadostemas humanos. 7

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Vir.An*»ni l»*u

Krrud uma vida para o no**o tempo. Peter Gay. Companhia das Letras. 752p. O historiador e psicanalista faz da vida de Freud um manancial dereflexões para os dias atuais. 1 12

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34Ponm: Livrarias Argumento. Bookmakers. Dazlbao Centro, DazlbaoIpanema. Eu & Você. Paisagem. Ponto de Encontro, Rio Market.Sarai-va, Slcillano. Tempos Modernos. Timbre, Unllivros e Xanam.

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JORNAL BRASIL

Rio do Janeiro — Sábado. 26 do agosto do 1989

Carro

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.Vo Del Rey e na Belina (à direita) foi introduzido terceiro elemento silenciudor no sistema de escapamento, o que permitiu a redução em quatro decibéis do nível de ruido

Equipadocom o motor

AP-1800,usado pelo

Escort 1.8 epelo Gol

GTS, o DelRey

ganhoumais Iorque

paraaumentar asegurança

emultrapas-

sageiis

Novo motor equipa

Del Eey e Belina

De São 1'auloCarlos Poroira do Sourn

Depois dc lançar em junho o Escortcom motor de 1,8 litro de capacidadevolumétrica — o AP-1800 da Volkswa-een — a Ford introduz a mesma modi-ficaçào na linha Del Rey/Belina. A partirdo dia 4 de setembro os dois modelos sóestarão disponíveis ao público com o no-vo motor, pois a montadora já suspendeua produção dos veículos equipados com o

1.6. Embora a Ford ainda não tenhadivulgado os preços dos novos modelos,os revendedores de sua rede autorizadaacreditam que eles fiquem em torno de20% a 30% mais do que os mode-los equipados com motor 1.6, por incor-porarem avanços mecânicos, como acon-teceu por ocasião do lançamento doEscort 1.8.

Mais motor 1 .S na página 2

Estou apaixonado

por outra.

Minha mulher já andava meio desconfiada...,

porque quando ela surge, é amor à primeiravista. Hoje eu a levo pra casa. Minha mulher

compreende esta minna louca paixao pelaCaravan.

Faça como eu, vá até a Cipan e leve pra casa

uma nova paixão.

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o Carro e Moto sábado, 26/8 '89JORNAL DO BRASIL

Del Rey e Belina vêm agora com nova caixa de câmbio

ODcl

Rey será vendido nosmodelos sedà de duas c qua-tro portas, nas versões L,

CiL. GLX e Ghia, enquanto a station-wa^on üelina Del Rev estará ilisponi-vcl nas versões L, CíL.X e Ghia. Osdois veículos poderão ter o motorAP-1 SOO (1 .soo centímetros cúbicosde cilindrada) movido a álcool ou agasolina.

Alem do motor, que tambémequipa o Escort e o Gol GTS. a linhaDel Re;. Belina recebeu nova caixa decâmbio de cinco velocidades — amesma utilizada na linha Santana —,suspensão totalmente recalibradacom amortecedores pressurizados e' gás, rodos de liga metálica leve cnovo desenho para o painel de instru-mentos. Os dois modelos incorpo-ram. ainda, o brake-llght (terelra luzde freio instalada no vigia traseiro),componente oferecido pela primeiravez num veiculo nacional de série.

Preços — Atualmente, o DelRey L, de duas portas, com motor 1.6a álcool, é o carro mais barato dalinha, custando NCzS 25.78S.5I naregião Sudeste. O mais caro e o Del

Rey Ghia de quatro portas, a álcool,com nreço de NCzS 34.587,55. Nalinha Del Rev Belina, o mais barato éa v c r s ã o L. que custa NCzS26.585,80, c o mais caro, a versãoGhia, ao preço de NCzS 36.444,81.

O Del Rey, secundo aferição doDepartamento de Engenharia da Au-tolatina — holding controladora daVolkswagen c da Pord — é capaz deacelerar de 40 a 100 quilômetros ho-rários, numa retomada de quintamarcha, em apenas 1 Ss2, com o mo-tor movido a álcool e cm 20s3 com omovido a gasolina. Isso, na prática,significa que o veiculo ganhou maistorque para ultrapassar com maiorsegurança e ranidez, além de reduzira necessidade ac troca de marchas.

Quanto ao consumo, o Del Reyregistrou a média de 13 quilômetrospor litro de gasolina — cm uso mistona cidade (55%) c estrada (45°o) — c9.8 quilômetros por litro de álcool. Avelocidade máxima da linha Del Rey/Belina aumentou para 159 quilôme-tros por hora (gasolina) e 164 quilo-metros por hora (álcool). (C.P.S.)

Divulgaçãosi

Mudanças melhoram desempenho Ficha Técnica

O Del Rey, modelo topo dê linha da Ford, sempre foi pioneiro na incorporação de equipamentos de luxo

Custo reduzido

Com

93 cavalos dc potência na ver-são a álcool c S7 na versão acasolina. o novo motor do Del

Rey I s oferece mais 20° o a 25" o dctorque cm relação ao modelo equipadosom motor 1.6. O carro recebeu, além don . motor, i-utros aperfeiçoamentos¦ )-.\ai icos nos Mstemas de suspensão,'.liincnução de combustível admissão eexaustão de cases e também na transmis-

\ ¦ compartimento do motor, o DelRev s >ireu a '.'rações no bloco e tio. . passando pelos suportes do

.vr, filtros de ar. de óleo e com-pressor ilo ar condicionado Até mesmo

v,:ip • ,i. r.i <Jo nível de í.lco noi • '-..ida. Já o i, >|etor de

. : n.no di;;o. p. : ondev-:.:. t > leua uiil./.ida no aquecimento

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•' vel. .t!eni de uma¦ iora da ciuulação dosdentr • ,:os limites esta-nslaçào brasileira.

\ instalação do¦¦ pequenas altera-luiura na carroce ria,.i dianteiro foi refor-

• nova localizaçãolorn\mnas precisa-onauas pot causa do

f m uc do conjunto

baixas rotações, alem da economia e la-cllldttde dc manutenção. A melhor res-posta nas nccleraçòes. alida à maior efi-ciência dos freios com discos ventiladosnas rc>das dianteiras, aumentou considc-ravelmente a segurança.

O motor AP-1800 também ganhoumaior rendimento volumètrico. comaplicação de válvulas de grande diã-metro, acionadas por uma árvore decomando central e correia dentada Eletem câmaras de combustão projetadaspara aumentar a turbulência ua misturaar-combustivel no processo de admissãoe de queima. O momento máximo deforça do motor ocorre a 2.SOO rotaçõespor minuto

Alimentação — O sistema dc ali-mentação foi desenvolvido para melho-rar a distribuição da mistura ar-combus-livcl aos dois cilindros do motor Paraisso. um dos componentes mais impor-tantes é o carburador Brosol-1'ieburg 2E,dc corpo duplo. Já no coletor dc admis-são. um homogeneizador da mistura ar-combustível — dispositivo com longos

Motor diâmetro, longitudinal; quatroiihndnu em linha, quãtro tempo», c«i^c\o-tc em liga d« alumínio. comando de vãlvu-Ias acionado por correi.» dentuda, blocoem ferro fundi do, Virahrequliti com cincomancaís c oito contrapesos, refrigeração aágua cònt cd euito presiiuruado. nuliadorJc alumínio e ventilador elctneo acionadopor teimosia toDiâmetro dos cilindros M míli-metrosCurso dos piatões milime-f ro*i ******Cilindrada 1.781,00 centímetros iubicosRazão de compressão 3:19(álcool) c S.5 1 (psolina)Potência máxima 9t cavalos a5 200 rotações |vr minuto (a álcool) S7cavalo» a 5 200 ictuçcto por minuto (aga colina)Sistema elétrico 12 volisTransmissão tração nas rodas diar,tetras por intermédio de caixa longitudinalmecânica Com dife rencial integrado, cincomaiehas >incroní /adas à frente, alem dcmimha-a-rc: semi- eivos Je transmissão

_ Meta é aumentar as vendas

C

Os coxins — suportesdinâmicos de apoio para o :no;. r -também sofreram mudança de formato,localizado e in.itcn.d. com o objetivo depermitir melhor absorção de ruídos e\ ibraçócs

\ : ..i motorização da linha DelRev Uelina e resultado de programa in-tensivo e constante dc aperfeiçoamentodos veu ;! ¦ da Ford Em I9S9, segundoo presidente da montadora Luiz CarlosMeüo. foiam investidos USS li) milhões:.a mlrodusão do novo motor nos doisveut.ios ' m ' 'i ria-los mais competiti-• ' nu ícad brasileiro Na opinião deMello o Del Rev I X "é um novo auto-

.movei e isso poderá ser sentido peloust: no loeo n < primeiro contato".Q Del Re) foi equipado com caixa decâmbio de cinco marchas, com dife-

rcncial acoplado. As relações de marcha da nova caixa estão escalonadaspara permitir melhor aproveitamento dotorque e da potência do motor 1.8. Oengate das marchas ficou mais suave,graças a alavanca de empunhadura ana-tòmica, curso reduzido e melhor posiçãoergonoméirica.

Refriçeraçáo — O sistema de re-frígeraçào também foi redimensionado,sendo formado agora por novo radia-1 dor de alumínio com deílctor c venti-lador elétrico. As mangueiras c o vasode expansão, por sua vez, foram nroje-lados especialmente para o Del Rey1.8.

A nova motorização da linha DelRev llelina oferece como principal ca-raiterisiica positiva o melhor torque em

Divulgação

A Belina será disponível em três versões

pinos de alumínio — está colocado noiluvo normal da passagem do combusti-vel. para irradiai a maior quantidadepossível de calor

I rn busca de menos ruído para ospassageiro* do Del Rey e da lichna, ostécnicos introduziram um terceiro ele-inento silenciador no sistema de escapa-mento, além de mantas fono-absorventesnas paredes internas do compartimentodo motor e sobre o assoalho, Com essasprovidências, a Ford conseguiu reduzirem quatro decibèis o nivel de ruído nocompartimento de passageiros A forra-ção no compartimento uo inotor podeser observada na parte interna do capo c

parede corta-fogo. Ela é produziéem feltro sintético c impermeabilizada.da parede corta-fogo. Ela é produzida

Sob o carpete que forra o assoalhodo veiculo há ainda manta de feltroembebida em resina asfáltica de altadensidade, com 20 milímetros dc es-pessura a qual. aplicada sobre a cama-da dc material termofundento (espéciede papelão pastoso), age como isola-mento contra vibrações e variações dctemperatura. O mesmo material é uti-llzaaò no interior das portas. (C.P.S)

com articula-ção honio einé-ticjs. coroa epinhão com en-grcnngcns cô-nicas c denteshelicoidais: d.fcrencial comp.ir de engrena-gera planeta-rias e sate lilesSuspon-são dianteiroindependente,com bravos in-fe nores irian-Fuiar?^ e supe-

nores simples, molas hclicoídais de açãolinear.amortecedores lelescópicos pressa-nzadov a «á>. de dupla acào. traseira mter-dependente com corpo nsido, braços inlc-riores (len sores) longitudinais, uni braçosuperior central, molas hebeoidais dc du-pia ação progressiva, amortecedores reles-uipicus pieuuriiadtti a gúi dc dupiu açuoFreios discos ventilados nas rodasdianteira* e a tamboi nas traseirasRodas c pneus de aço 13 15B. compneus radiais de aço sem câmara nas ver-sôes L, GL c GLX. dc 185.70 SR 13 eI9560HR M,nasversòéiGhiaDireção mecânica, tipo pinhão e cre-malheuaDimensões entre<ivi)s. 3 milimrtios; comprimèíi to. 4 49i< milímetros tl)elKe>) e 4.520 mi limdtoi (Belina); lai(tura.I mil 676 mi llmetros (todos); altura. I .'28milímetros tDel Rey L, GL c GLX). I 320milímetros (Ghia)e 1.321 milímetros (Bèíi-na)Tanque dc combustível J) li-tros (I)et Rey) e h3 litros (Belina)Resistência aerodinftmica0.49 (coeficiente)

om n nova linha Del Rcy/Bclina 18, a Ford nlnicja cresci-

mento dc 20% nas vendas por ataca-do no merendo doméstico, por meloda rede autorizada de 400 revendedo-rcs. c a absorção dc pelo menos maisdois pontos percentuais na Classe C.o segmento dos automóveis dc luxo,do qual a Ford tem 8%. A montado-ra acredita, ainda, que este ano fecha-rá suas vendas cm torno dc 50 milunidades da linha Del Rey, apesardas dificuldades causadas pelo supri-mento irregular de autopeças no prt-meiro semestre dc 19S9.

Para atender a demanda previstada nova linha Del Rey 1.8, a Fordprogramou a produção média dc4.500 unidades por mês até o final doano. Mas o gerente geral dc vendasda empresa, Valter Baptista, não temdúvida de que tal volume será insufi-ciente para atender à expectativaexistente no mercado cm relação aosdois veículos.

Topo de linha - Desde o lança-mento, em maio dc 1981, o Del Reyvem sendo o automóvel topo dc linhada Ford. Ele sempre incorporoucomponentes dc luxo com pionciris-mo, como vidro elétrico, oloqueiodas portas com trava elétrica e reló-gio digital. A montagem é feita nafábrica de São Bernardo do Campo,região industrial do ABC paulista.

No primeiro semestre de 19S9, a

Ford registrou a venda de 10.470 uni-dades do Del Rey c de 9.772 da Bcli-na. O Del Rey ocupou a nona coloca-cão no ranking brasileiro, cabendo àBelina a décima. Cada um dos doismodelos representa, cm média, 3.8%de participação nas vendas de vcícu-los no pais. A Ford. por sua vez, dcjaneiro a julho deste ano, alcançou aparticipação dc 21,34% no mercadobrasileiro, com a venda de 89.972veículos, incluindo automóveis e co-merciais.

Em 1982, com a venda dc 30.070unidades, o Del Rey alcançava 5,5%do mercado brasileiro, apenas com osmodelos Del Rey e Del Rey Ouro, deduas e quatro portas. Seis anos de-pois, em 1988, incluindo a Belina, alinha atingiu 44.899 unidades, comsalto dc 50%. Já cm 1989 a Fordcompletou a produção c a venda de300 mil unidades. No mercado exter-no. seu melhor ano foi 1982, com avenda de 7.140 unidades, principal-mente cm função da comercializaçãopara a Venezuela.

Perfil — Pesquisa realizada pelaFord mostra uue o consumidor pa-drào do Del Rey tem boa situaçãofinanceira, pertence ás classes A e II etem nivel superior dc educação, comidade média dc 30 a 45 anos. Daspessoas entrevistadas, 62% haviamtrocado pela segunda vez o modeloDel Rey, mantendo a fidelidade àmarca. (C.P.S.) Arquivo

. _ HKÍsíIS®'' O Del Rey dispõe de dupla iluminação no painel

Alinha

Del Rey Belina 1.8 ofe-recc agora aos proprietários,segundo a Ford, o menor

custo operacional do mercado. Atransmissão, por exemplo, tent lubri-ficação permanente, do tipo llfe-tlme,que elimina a necessidade de troca deóleo. Outras vantagens são a regula-gem automática dos freios, proteçãode trés anos contra a perfuração dacarroçaria por corrosão e a ncccssi-dtide do apenas duas revisões, aos |0nul e aos 20 mil quilômetros.

A versão Ghia é a mais sofisticadatia linha, por incorporar conforto citens tle luxo, como o sistema dc ,ncondicionado quente frio. direção hdráulica progressiva — que fica maisfirme á medida que aumenta a veloci-dade do carro -- acionamento elétri-co dos vidros, além da reguiagem dosretrovisores externos, luzes indivi-duais de leitura para todos os octi-pantes, vidros na tonalidade verde etoca-fitas estéreo.

Luxo — A linha Del Rey lielin item os bancos c os painéis lateraisrevestidos com cashmere, o teto e dotipo pré-moldado cm fibra aveltidadae o console fixado no teto tem relógioe cronômetro digital multi-função.com lâmpadas de foco regulável . CO-mo nos aviões. O painel de instru-mentos oferece dupla iluminaçãoa/ul e laranja. A abertura dá tampado porta-malas é feita nos modelossedà por meio dc dispositivo sob opainel.

O consumidor dc Del Rey tem.agora, 10 alternativas: Del Rev I ssedà de duas c quatro portas nasversões L. GLX e Ghia e quatro por-ias na versão GL. Del Rev Belina nasversões L. GLX e B Ghia. Todos osmodelos podem ser equipados com osmotores AP-1800 a álcool ou a gaso-lina, com câmbio mecânico de cincovelocidades.

São 12 as opções de cores: as me-tálicas prata-Strato, cinza-Executtve.cinza-Bristol, ouro-Colorado. a/ul-Mistral, azul-Matisse e vcrde-Cassa-ta, as lisas branco-Diamante, verme-lho-Rosso e preto-Dakar, e as peroii-i a d a s dourado-Mosela evermelho-Mandarino. Internamenteo acabamento monocromático doDel Rey pode ser em preto, marrom ccinza. (C.P.S,)

Varias

GM encerra produção

da MarajóI C i.l'as.'l

DivulgaçãoACri.HR ANDO

| | Ufrupo Siemens Au-— lomoíivc investiráI SS 400 milhões na e\[\in•.v/o do c.lptLil e em Jí-sí-n-i (i/i imenio tecnológico,.ilem de USS 2lK> milhõesem /vsym.sj. :itè o im.il de1990. Alem de matrizes emKeeensbure, Alem a n h aOcidental, c lro\. nos I ata-dos l mdos. o grupo temfábricas n<> Brasil. Cana-da. França, Japão. Coréiado Sul. Itália e ÁustriaCom 10 mil funcionários.

A caminhonete Ipanema, derivada do Kadett, começa a ser

seu faturamento foi de l SSI hilhãi i em I WS

No Brasil >>11.1 fabrica ti-c.i em Salto, interior de SãoPaulo, onde s.h1 produzidosreles comutadores, temperi-/adores e eletrônicos, inter-ruptores de coluna, de luzde freio, de luz de ré e depn.-ss.io de oleo. entre ou-tros componentes torneei-dos para as montadoras \asubsidiária brasileira os m-iestimemos programadoss.ío de l SS 10 milhões nobinónio I9S9 1990.

üivulg nçAo

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L.nçnda

cm I9K0 riomercado brasileiro,como derivado do1 licvctte. a perua Marai.v

ii,i Gene: -.1 Motors, terá ,si: terrompida na

:' ' emana, para dar: as'' .< montagem de sua,ui. a Ipanema, den-

v.uia do k.iiietL que Carro eMotu riiosüou coni esclusi-\id.ulc na edição do dia 12

Oi'.indo a»tm\nu a serproduzida, a Marajó t»raequipada com ni >to; de 1.4

1 pacu! t.!c •.< -iuniv-tnca i I 4<h) ccn'ime!ros cú-bicos dc cdsíhirada > Dois

Arquivo

.-1 Marajó começou a ser jiroducidu e/n 1980

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o niolor loi subslituido por¦' i i Mi centímetros cúbicos» c. no ano passado, peloiv:n mais ptMente.

sirar o pic<» de produção e de's2. com I 3 1 : unidades, au a ter penetração menor no

mercado a partir dc 19S6, quando reeis- a verádepcrltrou 8.209 unidades Fm 1987 as vendas tubi o. em Sàiatmeiram 6.135 unidades e : o u p.osa- A Maraiodo. "|'!| I :;i j. ri i. ¦ dc i un im 2; '17 ia julho, as \endas não pagaram de ' }2'> -1 íSIunidades, com a media nicnval dc 47.^ (verVio SI íunidade» ivciCi.' Sl i

Alem da pequena médiamensal de produção, a Ge-neral Motors tem outromotivo forte para encerrar amontagem da Marajó 7 ra-ta-se da chegada da peruaIpanema, com a qual pre-tende destronar a Parati, li-der de vendas no segmento.Com o fim da Marajó, amontadora terá mais espaçoem suas unidades indus-tnais para a produção daIpanema, que someça noinicio de setembro. O novomodelo será apresentado aimprensa especializada cmsetembro, mas o público só

o durante a í ranspo. cm ou-> Pa i.ilochcija ao fim ca-tando \(>Scrsào Sl .1 álcool). NCzS

a ga^ilinai. \( /S .' I T^.NIa alioi !l . /S 23 '"«I >

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A PM de São Paulo usará Tocantins

Os produtos da Siemens Automotive

I I A Volkswagem do Brasil dara uma pick-up Saveiro,'—' zero quilômetro, ao peão que permanecer IU segundono dorso do cavalo chamado Derrubador. durante a l estado Peão Boiadeiro, que termina hoje em Barrctos, a 43ísquilômetros da capital paulista. A festa è conhecida nacio-nalmcnte e tem o patrocínio da montadora desde 1973

| I O empresário1 Mário 1 rinchcro(foto), da indústria deAutopeças Kluma. é oprimeiro presidente doSindicato dos Kabri-cantes de Autopeçasde Minas Gerais. Aentidade foi criada noano passado, mas ain-da como associação.Agora, transformou-seem sindicato.

Divulgação

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I I .1 Gurgel esntregou 50 unidades'—' do seu modelo Tocantins TR áPolicia Militar de São Paulo, que osutilizará nos serviços de patrulha-mento na capital e cm cidades dointerior .1 corporação tem centenasde Tocantins c ( arajás em sua frota,para os comandos de trânsito e depa milha mento < >sten sivo.

Devido á instabilidade econômicado pais. a Gurgel decidiu reajustar ospreçosquinzcnalmentc, pela PIS tis-cal. Sua tabela e conhecida, agora,multiplicando os valores estabeleci-do.s pela empresa, pela H TX llscal doprimeiro dia útil da quinzena. O vei-culo mais barato na primeira quinze-na de agosto era o X-12 TocantinsLona l.e, que custava I.IO.V BTNsfiscais, t) mais caro era o Carajáscinco portas Vip, com preço fixadoem 2.1905 BT.\s \ li I \ para a pn-meira quinzena foi dc V >5 ^ 0842

JORNAL DO BRASIL sábado, 26/8/89 o Carro e Moto o 3Fotos de Murilo Monon

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Caio produz

ônibus

para

vários países

Empresa lidera a fabricação paraa utilização urbana no Brasil

A

cada dia dc 12 a 14 ônibus novossaem da linha dc montagem da Caio,com variados destinos: a maioria ro-

dará em cidades brasileiras e outros conduzi-rào passageiros em lugares distantes comoBarbados, onde a direção fica á direita e aporta da entrada à esquerda, ao contrário doBrasil. Com capacidade de produção de 40unidades diárias, a Caio (Companhia Ame-ricana Industrial de Ônibus) é a maior encar-roçadora de ônibus do pais e uma das trêsmaiores do mundo.

Localizada desde 1980 em Botucatu, mu-nicipio a 229 quilômetros da capital paulista,a Caio é empresa de capital nacional, funda-da em 1945 por José Massa, imigrante italia-no que trabalhou 22 anos na indústria pio-

Novo tipo dc porta da Caio

ncira de carrocerias no pais. a Grassi. Naépoca da criação, a pequena indústria deMassa, então no bairro da Penha, em SãoPaulo, tinha capacidade apenas para montarde oito a 12 ônibus por mês.

Liderança — Segundo o diretor indus-trial. José Massa Neto. a empresa lidera osegmento de ônibus urbanos no pais, com60% de participação. A posição vem sendomantida nos últimos 14 anos e as maioresconcorrentes são a Marcopolo, no segmentourbano, e a Nielson. no rodoviário.

No ano passado, as fábricas de Botu-catu e Jaboatão, cm Pernambuco, produzi-ram 3.803 ônibus, dos quais de 10% a 12%destinaram-se á exportação. Da produçãototal, 80% foram veículos urbanos e o res-tante rodoviários e microônibus. O ano demaior produção da empresa, no entanto, foi1981, com 4.747 unidades. A contribuiçãode Jaboatão é pequena, de apenas 25 unida-des mensais.

A Caio detêm de 45% a 50% do mer-cado brasileiro, considerando-se todos ossegmentos de ônibus. O faturamento no anopassado foi de USS 100 milhões, volume quenão deverá ser mantido este ano, devido áqueda nas encomendas das empresas de ôni-bus de todo o pais, com exceção das do Riode Janeiro.

Linha de montagem — Apesar de ter1 mil 260 empregados diretamente ligados àprodução, a fábrica da Caio é muito auto-matizada. Ela recebe os chassis da Mercc-des-Benz, Saab-Scania e Volvo, que são en-carrocados graças a gabaritos apropriadospara cada um.

A primeira etapa na montagem de umônibus é o alinhamento de uma base sobre ochassi. Depois são colocados os parafusos-no chassi Mercedes-Benz ou soldados nosdemais. Em cada estação existem dois con-troladores de qualidade. Eles acompanhamtodas as etapas, como as colocações daslaterais, do piso, a funilaria interna c exter-na. a pré-pintura, a pintura, o retoque final ea revisão definitiva.

O chassi é suspenso sobre um trilho c nelepercorre todas as estações de montagem. Aseção de pintura, no passado um gargalo naprodução, tem hoje câmaras independentes,descongestionando o trabalho na fábrica. Osempregados da Caio acompanham todas asetapas de montagem, entre elas a colocaçãodas janelas, portas, bancos e acessórios dos

Cr,ente

AO VOLANTE

Conceito singular

Lerner compara carro a sogra

Martha Feldcns

O

urbanista Jaime Lerner. que exerce pelaterceira vez o cargo de prefeito de Curi-tiba. tem uma definição bem pessoal

para o carro: "Ê uma sogra mecânica. Importan-te. mas não podemos deixar que tome conta denós". A frase re\ela a desconfiança que ele admiteter em relação ao automóvel, justificada por suaespecialidade profissional — o urbanismo.

Isso porque, no seu entendimento, uma cidadesó c viável quando se pensa cm transporte dcmassa para os grandes deslocamentos. O trans-porte individual, defende, deve se restringir aosdeslocamentos não rotineiros e ás atividades dclazer.

Mas. mesmo assim, o prefeito tem carro e ousa. com freqüência, em passeios ou na estrada, fium Alfa Romeo 81, cinza metálico, mais umaprova da sua falta dc apego a automóveis. "Estaapodrecendo e e chamado pela minha mulher eminhas filhas de Alfa morreu, porque ás vezesmorre na rua", conta Lerner, brincalhão. "La emcasa. todo mundo tem vergonha de entrar nele".Ele diz que gosta muito do Alfa e já teve outro —

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Das linhas demontagem daCaio, saemdiariamente de 12a 14 unidadespara o Brasil e oexterior

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JosôMassaNeto e umajardineiraproduzida nopassado

Rio renova frotaRio de Janeiro é a cidade brasilei-

ge ra que renova com maior veroci-dade a frota de ônibus urbanos,

como atesta o diretor industrial da Caio,José Massa Neto. Atualmente, de toda aprodução da indústria paulista, 50% desti-nanvse ao Rio. São Paulo, ao contrário,praticamente não tem comprado novosônibus.

Uma das vantagens de renovaçãoconstante da frota, alem dc oferecer maiorconforto aos passageiros, è proporcionaraos empresários custo mais baixo de ma-nutençao. Os empresários cariocas têmpreferido repassar os ônibus mais velhospara o interior do Rio e de outros estados,em vez de reformá-los. Os ônibus fabrica-dos pela Caio e que se destinam ao Rio *ãotodos com bancos estofados.

Velhice — Estima-se que circulempelo pais de 165 mil a 170 mil ônibus,muitos com 12 anos de uso. quando o ideale a utilização por cinco anos no máximo.A renovação exigida pela frota brasileira,sem considerar o crescimento demográfi-co. seria no minimo de 10"/» ao ano, ouseja, em torno dc 17 mil unidades. Esteano a previsão é da venda total no pais de15 mil ônibus. Um ônibus urbano custa,cm média, NCzS 150 mil, pronto pararodar.

Massa Neto comenta que a ameaça dasprefeituras do PT de intervir cm empresastem assustado a iniciativa privada na reno-vaçào da frota, a exemplo de São Paulo:"Os empresários pararam de investir desdeo ano passado, por causa da tarifa baixa eda demagogia leita em cima da área detransjjorfe. "Este ano, por ser também deeleição, a tendência é de piorar". (C.P.S.)

ônibus, como corrimão c pegador. O sistemade checagem è perfeito, garante o engenheiroRubens Afonso Bicudo, chefe do Departa-mento de Controle de Qualidade, de modoque jamais um ônibus chega com imperfei-çao ao final da linha de montagem.

Peças — Há menos de dois meses aCaio inaugurou sua própria unidade de pc-ças, com capacidade de produção de 5 militens, ganhando independência com relaçãoaos fornecedores. Essa unidade também éresponsável pela reposição de peças no mer-caao brasileiro. A empresa produz ônibuscom carroçarias de aço ou de aluminio, de-pendendo do pedido dos empresários.

Massa Neto assegura que os ônibus têmevoluído tecnicamente. A unidade de Botu-

catu só produz o modelo Vitória urbano,com bancos anatômicos, portas com cantosarredondados, recursos ue segurança paraos passageiros e padronização de compo-nentes para facilitar a manutenção. Outrainovação do Vitória é o sistema dc aberturae fechamento das portas, com a parte exter-na sempre voltada para dentro quando acio-nada, para evitar que molhe ou suje ospassageiros.

Além do Vitória urbano e do Caroli-na (microônibus), a Caio produz em Botu-catu ônibus articulado e atualmente aperfei-çoa o Vitória rodoviário, que estará expostona Transpo, cm outubro, em São Paulo.(C.P.S.)

Sérgio Vieira

igualzinho ate na podridão da lataria — mas nãotem aptidão para cuidar do carro

— Na minha casa, sequer tenho garagem —conta. F. justifica: "Moro numa casa pequena.Não acho justo tirar 50 metros quadrados daminha familia para dar ao meu carro". No jardimda bonita casa projetada por Lerner no BairroJuvcvc, cm Curitiba, há só um pequeno tapume,sob o qual fica o carro da mulher — Fanny —,um Monza, que às vezes ele também dirige enormalmente está cm ordem, sem problemas me-cânicos c com boa lataria.

Não bastasse o desleixo com o carro. Lerneradmite ser mau motorista, distraído c descuidado.A maior prova c que nem lembra o número daplaca de seu Alfa Romeo. "Reconheço que dirijomal. Mal á beça. Sou distraído, perco a concen-tração com facilidade", admite. Só em estradaconsegue, com muito esforço, ser mais cuidado-so.

Como arquiteto, Lerner é apaixonado por de-senho e diz ter interesse especial pelo dos carros."Gostava mesmo era do desenho dos anos doura-dos. Ilram carros maravilhosos", conta, sonha-dor Seu carro preferido era o antigo Citroen."Era demais. Até resmungava cm francês", ga-rante

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Descuidado com o Alfa Romeo 81, Lerner admite ser mau motorista e não ter aptidão para cuidar de automóvel

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4 o Carro c Moto sábado. 26 S 89 JORNAL DO BRASIL

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Valmet lança nova

linha de tratores

Inovações incluem um sistema

multiplicador de velocidades

F otos de Divulgação

Valmet

As duas versões domodelo 885 dispõem de sistema hidráulico de trás pontos, além de novo eixo dianteiro rcfmçada. Essas do solo brasilèno

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»•. í A nova Veraneio è maior aindaTudo é generosamente grandepara quem precisa transportarainda mais gente ou mais volume

í Conforto excepciona! para': 6 adultos e espaço de nada menos' que 2.77 nVi Ou mais ainda, se

., vOCe quiser: esse volume pode*" ' ser'aumentado para 4.37 m3com' o rebafimento do banco traseiro"»;- Grandes famílias vào adorar ai, nova.Veraneio Grandes, médias

ou pequenas empresas também,. ,:é sópensar grandiosamente

Bonanza, o novo lançamento. Chevrolet, e a rjova Veraneio,f*; já£stáo/ios Concessionários'"' CHé/rolet para você conhecer

de perto.*"". •<¦*••; '" •;..

'¦ A Bonanza e a Veraneioestão em conformidade com oPROCONVE. . .. .Preserve avida. - •'

^ ..Use o cinto de segurança.

Com

investimentos programadosde USS 100 milhões, no períodode 1988 a 1992, a Valmei do

Brasil lançou nova linha de tratores nafaixa de 84 a 95 cavalos de potência. Osmodelos são o 885. versões 4x2 c 4x4, o980 com motor turbo, versão 4x2. e o980 versão 4x4. que pode ser equipadocom o multiplicador de velocidades.

Bati/ado de multiiurque, o equipa-mcnio é inédito no pais. segundo o dire-tor de engenharia de produto, HeitorRoberto Mens Pilho, f ie duplica as oitomarchas pura 16. além das duas rés paraquatro, oferecendo melhores condiçõesde operação. O sistema permite, ainda,aumentar em 26% a velocidade do tra-tor com simples apertar de botão.

Inovação — () modelo 980 4x4tem o multiiurque acionado por sistemaeletro ludráulico, que funciona automa-Ocamente, dispensando o uso de em-hrcagem o.; acelerador O equipamentopossibilita a diminuição automática davelocidade <.,. .indo ,;> condições de ler-reno ou manobras exigem a redução.

Mens Filho explicou que o sistemaoferece ganho médio de 10% na opera-cionalidade d > irator. além da reduçãode consumo de combustível Com o mui-titorque. o trator pode operar cm qual-quer tipo de terreno. Se ele estiver tra-baihando, por exemplo, cm quarta

A subsidiária brasileira da Valmet eresponsável por IO"o do faturamento daValmet Corporation, uma das maioresempresas finlandesas no setor de máqui-nas c na área eletrônica Em 1989, ogrupo prevê faturamento de USS 2 bi-Ihòcs 300 milhões, do qual 65% prove-mentes das vendas externas e operaçõesinternacionais. O principal segmento éconstituído pelas máquinas para produ-çào de papel.

A empresa — A Valmet Corpora-tior. detém 98.6% do capital da Valmeido Brasil, graças à transferência á subsi-diária de I SS 28 milhões, este ano, atitulo de capitalização. A empresa brasi-leira começou a produzir cm 1960 e temse destacado pela introdução de tccnolo-gia de ponta em seus tratores, a exemplodo câmbio sincronizado, motor turbo,direção hidraulíca e estrutura de prote-çào centra capotagem.

Com 2 mil empregados e fábrica nomunicípio de Mogi das Cruzes, regiãoda Grande São Paulo, a Valmet do lira-sil exporta seus tratores para países daAmérica Latina, África, Ásia e OrienteMédio. A capacidade produtiwi é de 20mil tratores por ano. Este ano a produ-çào prevista é de 10.700 unidades, 8.600para o mercado interno e 2.100 para oexterior. (C.P.S.)

marcha e se deparar com um adive,basta acionar um botão, com um dedoda mão. para entrar cm funcionamentoo sistema que engata a oitava marcha,-capaz de oferecer mais potência. Emseguida, novo toque no botão faz o tra-tor voltar á marcha original.

Já o trator 885. que substituirá o 880da linha Valmet, foi repotcnciado e temum sistema hidráulico de três pontos,além de novo eixo dianteiro reforçado.Essas alterações permitem a adaptaçãoda máquina ás condições do solo brasi-leiro. As mesmas inovações são cncon-iradas na versão 885 4x4, especialmenteprojetada para tração nas quatro rodas.

Peso — Além de melhor distribui-ção do peso - 45% na dianteira e 55% natraseira - o trator 885 4x4 recebeu umeixo dianteiro desenvolvido para ofere-cer maior grau de oscilação e absorçãodas irregularidades do terreno em queele opere.

Da r,o\.i linha de tratores, o moddo980 turbo, versão 4x2. de 95 cavalos de 'potência, oferece alta potência com bai-xo consumo de combustível. A Valmetacredita que esse trator tem condições deliderar em seu segmento, ao lado do mo-delo 980 4x4, também de sua linha deprodutos. O modelo 930 turbo, versão 4x2. oferece alta potência com baixo consumo

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JORNAL DO BRASIL sábado, 26/8/89 o Carro e Moto o 5

FORD

GASOLINA ALCOOLEscor1 20.690.35 27.313.21Escort GL 3p 31 657,34 30 151.31Escort Ghia 53.590.78 50 946.44Escort XR3 54 986.86Escort Conversivel 79 8KM8Del Rey L 2p 27.278.16 25.957.78Del Roy GL 2p 28 938.16 27 550,88Del Rey GLX 2p 31 807,93 30.278,66Del Rey Ghla 2p 36.196,41 33.830,59Del Rey L 4p 28 028.65 26.734,24Del Rey Ghia 4p 36 576,32 34.814,58Bel'na 28 210.82 26.860.96Belina GLX 33.981,39 32.377,36

Ghia 38 645.06 36.684,02Pampa L 4x2 22.654.52 22.655.41Pampa L 4x4 26.057.14 25.968.78Pampa GL 4x2 24 583.23 24.584^91Pampa GL 4x4 27.494,53 27.528.72Pampa Ghia 4x2 28.170,01 28 163J6F-1000 64_915,75 40 599.59M00° (') 05 349,76 II

FIATiMMlJU GASOLINA ALCOOLUno 22 842.05 22 219.37Uno CS 25.922,08 25 648.37Uno 1.5 31 341,45 31.052.59PnSmlO S 2p 25 098.77 24.772.16Pernio CS 1.5 2p 28 505.15 28_134,76Prftmio SL 1.3 4p 27 660,18 27 296 ^8Prfemio CSL 15 4p 31.646.41 31 229.91Elba 27 100.56 26 658.59Elba CSL 31 658,10 31,336.89Plcape 1.3 22 993.50 22 984.53Picape 1.5 24 359.59 24.350.06Picape 1.5 LX 25 885.75 25 875,63Ftortno 1.3 23 847.62 23 840.35Ftorino 1.5 25 279.71 25 271,96Furgonela 21 539.56 ' 21 470,79

MERCADO

VEÍCULOS NOVOS

A tabela de preços dos veículos novos,fornecida pelas próprias fábricas, nãoinclui custos de fretes e demais equi-pamentos considerados opcionais.

VOLKSWAGEN

GENERAL MOTORS

V— GASOLINA ALCOOL0o1 CL 22.908.25 21.670,16Gpl GL 25 580.40 24.377.77Gol GTS 18 36 731,60Go' GTI 58.193^63 —Voyage CL 25 501.38 24 364.28Voyage GL 28 574,40 27 26078Voyage GLS 1.8 40 770.09 37 722,07Parn" CL 29 467.36 28.113^23Parati GL 34 417,39 32 834,74Parati GLS 18 45 642.70 42 107.51Sanlana CL 32 359.37 30 875.29^Sanlana CL 4p 33 109.57 31.586.00Santana 2000 CL 36 973,31 36 946.08Sanlana 2000 CL 4p 37 915,85 37.749.08Sanlana 2000 GL 50 357.81 46 623.94Sanlana 2000 GLS 52.079.89 52^081,14Sanlana 2000 GLS 4p 53 333.72 53 323.67Quantum CL 35 731.65 34 089.05Quantum 2000 CL 39 847.07 39.856.45Quantum 2000 GL 54 603.62 50 549.88Quantum 2000 GLS 59 419.54 59.425.30Saveiro CL 21 468.13 ~

21 470.17Saveiro GL 24 701.30 24.700.25Go' Furgao 20 007.66 20.434,53Kombl Standard 30 467,06 29 065.92Komb. Picape 23 725,72 23.716,32Kombi FurgAo 24 652,66 24 649.77

GASOLINA ALCOOL "

]Chevetle SL 21.025.26 20.782.41Chevetle SL'E 23.581.19 23.325.25Ma™)6 SL 21.956,69 2^705.07Ma rap SL'E 23.990,23 23.729.60Ka(letl SL 31.351,41 31.191.64Kadetl SLE 35 001.78 34 727.26Kadett GS 57 978 31Monza SL 18 2p 32.955.76 32 83672Monza SL 1.8 4p 33 596,78 33.421.74Mogga SL 2 0 2p __ 33 508,72 34 429.08Monza SL 2.0 4p 34.141.02 35 083.53Monza SUE 1.8 2p 38_890.86 38.547,75Monza SL'E 1.8 4p 39 703,16 39.355,95Monza SUE 2.0 2p 39.619,54 40 537.60Monza SUE 2.0 4p 40.370,67 41.413.08Monza Classic 2.0 2p

" 55 233,74 56 880.32

Monza Classic 2.0 4p 56 349,27 58 034.72Opal" SL 4c 27 983,85 27 583~28~"Opala SL 6c 32 183,30 31.693,48Comodoro SLE 4c 34 836.25 34.270,35Comodoro SLE 6c 38.215.11 37.583.37Diplomata SE 4c 53.450,79 52 558,23Diplomata SE 6c 59.203.60 58 701.09Caravan SL 4c 30 157,96 29 737.82Caravan SL 6c 34 254,90 33.712.07Caravan Comodoro SLE 4c 37.310.68 36 727.79Caravan Comodoro SL E 6c 40.748 74 40 097,90Caravan Diplomata SE 4c 55.377,71 54.492,58Caravan Diplomata SE 6c 59.596 50 59.020,29Chevy 500 SL 19 763,79 20,298,93Chevy 500 SLE 22.556.94 23 170,01A-10 cJ ca^amba 30.782 42C-10 c. capamba 30 237.81 ZA-20 & ca<;amba — _ 34.372.16C-20 a cagamba 33 543.30 —C-20 c cac. ch lonoo 34 672^36 Z~C 20 cab dupla & cac ~—D-20 c/cagambaQ 50.395,19 —D-20 c cat; ch. tongoQ 51 545.16 —D-20 cab dupla c. cat(') 6-1345^08~" —

GENERAL MOTORS

HJJRH T98JS 1967 1&M 19J5J GAS ALC GAS ALC GAS ALC _GAS ALC

Znmne IBOOO 17COO 16COO 15 000 13 000 12600 12000 11 COODM-vOTf SLSE ISOOC 16 K0 17 OOO 16 SX 14 000 13 500 13 000 12 50C3novene Kaic.i 51 SE 17 03C 16 500 14 000 13 500 13 000 12 50C«tora£ SI — — —

SE 20 000 19 WO '6 COO 17 500 15 000 14 500 14CCC 13 M0Wc»va_SL __ 25 000 24 CCO 21 OX 20 DCC 18 OM 17 000 15 000 14 000Wytta SLE 2p 31 COO 30 (PC 2'OX) «000 22000 21 000 17 COO 1«COOMon;a SLE *r 32 000 31 3flQ 28IM0 27 000 23 000 22 000 1B000 17 COO

Class.: 36 3M 3' 030 J4 000 33 00C -Moua Classic 4p 39 000 36 000 36 0CC 34 COO - _Opaia I 4CII 20 000 19 000 16 WO 17 000 '60W 15 0W 13 000 12 0000twlaj_ff 21 000 20 000 19 0.0 16 COO 16 000 15 0CC 13 000 120CCCornjac-o ,"r 27 COO 26 000 21 OOP 20 000 16 OX 16 000 14 WO 13 000Coryxtro 4c 4p 28 CP3 27 000 2T 000 2' 000 17 000 16 CCO 15 000 14 000gynoocxo 6i 2p 26 003 27 COO 22 OX 21000 17 000 16 000 15 000 14 0OCComoaorr 6c 4p 31 000 30 000 26 000 24 P03 20 000 19 000 17000 16 000DipUxmitt 4c 4p »000 38 000 39 000 31 000 lb OX 26 000 20 000 190CCOptomata 6c 2p 37 OX 36 000 32 000 3C OOC 2fW0 26 000 22000 21 0MDptomaa 6c 4c *0.000 36 000 35 OX 33 OX a OX 29 000 26 000 24 0OCCaravan 6c 23 030 22 000 r. 000 19000 17 000 16 000 15000 140CCC Comootyc 4c 26 OCX) 27 000 26 000 24 QQ3 19 COO 16 000 17 000 16 000C ComoOCTQ 6c 30000 29 OOC 27 000 26 COO 20 000 IS OX 17 000 16 000C 4c 39 COO 36 OX 34 000 33 000 25 OCB 24 000 20 000 19 000C Diptomala 41000 4OQCI0 36 000 34 OOP 25 000 24 000 20 0CC 19 000Chevy 5Q0 SI I 17QCO 16QX 14 ox 14 wo 12 600 12 000 11 500 I'OOO

VEÍCULOS usados

A tabela de preços dos veículos usa-dos foi elaborada a partir dos dadosfornecidos pela Bolsa de Automóveisdo Rio de Janeiro e de pesquisa juntoaos revendedores. São preços médiose podem variar de acordo com o esta-do de conservação e equipamentosdos veículos.

FIAT

9361

VOLKSWAGEN

(&}) 12®? 1967 1906 1985 GAS ALC GAS ALC OAS ALC GAS ALC

Fusca 12COO 11 000 10 500 10 000Go* B*.C 1B00Q 17 0X1 16 500 16 000 11500 10 5CCGo1 SCL 20 000 19 500 17Q0C 16 500 15 500 15 OOC 14 500 14 CO:Go1 ISGL 21 000 20 500 1B000 17 500 16 500 16000 15 503 15000G"1 GT GTS 30 003 26 000 22 000 19000Vo/age SCL 21 000 20 000 19 COO 160Q0 17QOD 160CC 16 000 15 000Vo>89f LS GL 24 000 23 000 21 000 20 000 19 000 18 000 17.000 16 COOVoyage Supe-GLS 30 000 29 COD 26 000 25 000 23 000 22 000 190W IB COOVoyage LS 4p 21 OOP 20 000 19 COO ieCOO 17 000 16 000 16 000" 15 000ParaH SU 26 000 25 000 22 000 21 000 20 000 19 000 18,000 17 000Parati LS GL 27 &3Q 26 OOP 23 000 22 000 21 000 20 000 TjTcwf Ifm

GLS 32 000 31 030 27 COO 26 000 24 OOP 23 000 20 000 19 COOPassa; LS GL Village 21 000 19 00.'' 18 000 17 000 16 000 15 000 14COO 13000Passa! TSGTS p 23COO 2200Q 21 COO 20 003 19OCO 19 000 16 000 15 000Samara CSCl 32 000 31 000 24 OOP 23 000 19 000 1B000 17 000 16 000Sanlana CG GL 33 000 32 COO 21030 24 000 19 600 16 600 17 600 16 500Sanlana CD GLS 14 000 33 000 26 000 2SQ00 20CQQ 19 000 18 000 11 COOSamara CSCl 4 33 000 32 000 25 000 24 000 20 00Q 15 000 18 000 17000Sanlana CG GL 4p 34 000 33 000 26 000 25 000 20500 19 500 18 500 U500Sanlana CD GLS 4p 35 000 3* 000 27 000 26 000 21 000 80 000 19 000 18 000Quantum CSCL 33 000 32 OCB 27 000 26 000 22 000 21 000 —

~Quantum CG Gl 37.500 36 500 30 000 29 000 24 000 23 000 — —Quantum GLS 38 000 37.000 32 000 31 000 25 000 24 000 — —Saveiro SCL 19 000 18 600 17 000 16 500 15 000 14 500 13 000 12 500Saveiro LS GL 20 000 19 500 18 000 17 5Q0 16 000 1S5Q0 14000 13 500Saveiro LSGL —Koms Standard 23 000 22.500 21 500 20 000 18 000 17500 14 000 13 500

JORNAL DO BRASIL

Carro e Moto

1f . ,J=k, ^

\

UULMJ '9^ 1987 ~ 1986 190}GAS ALC GAS ALC GAS ALC GAS ALC

Fift 147 CL 10 000 9 500 8 000 7 50Spa/10 CLGL H 000 10 500 9 000 8.500SMiO CLStoo — — _ ~

cs - - ' • 001 10.50018000 17000 ' 6 000 15 500 14 000 13 500 11 500 11.000

^ CS '9000 16 000 17 000 _16 500 14 600 14 000 13 500 13 000Uno Sx ~ — —_ 16 OOC 14.500Uno I 5 A 24 000 23 COO - 19.000 - _ ' -p,^">0 18000 17500 000 135oc 13000 12500'Pr»m.o CS I 3 ' 9 000 __18 500_ _1_7 5C>3_ 1' poo" 15.000 14 5C«3 14Q.jp' ,35^ IPromo CS 1 5 20 000 19 500 'B 600 18 POO 16 000 15 500 15 000 14 500

19 500 ' 9 030 18 000 1 7 503 15 500 15 000 14 500 14 OOCEta CS 20500 20 000 19 KO 19 500 16 530 1 iS 000 15 500 15 000Panorama 12 000 11500 11000 10 500Panorama CL - 12COO 11600 11 POO t0.500Picape City 14 000 13 500 1 2 500 12 COO 11 500 11 000 9 5O0 9 COOFurgAo For no 14 000 1 3 500 125Q0 12 000 11500 1' 00C/ ~~1>500 9 000.Va Rpr^oo Tl _ ... 25 000 24 000 19 000 IBOfn1

HONDA

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1 i im. ' ~ y~'j "t—,• Tf/-

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4

6

CG 125 Cargo 3 660.53CG_1?5 3 4.18.62CG Today 4 361.49XL 125 Duty 4 198,38CSX 150 Aarp 6 649 86NX 150 8 039.46XLX 250R 9 497.02XLX 350R 12 963,51CB 450DX f5 032,34CBR 450 SR 26.529.9TCBX 75QF 40 056.06

AGRALESST 13 6 015.56SXT 16 4318.58Eletanl 16 4 453.49SXT 27,5 8 180.76

NOVAS

YAMAHAno 135 2 812 -'.TRD 1352 3 173.18DT 180Z

6 867.00

TOR 180 7 661.00RD 350R 17 095.05~XT

600 Z~T6riere 21 553.94

VESPAPX 200~S 7 1 90 88PX 200 Elestart 8 613.08

Elelant 27.5 8 244 07Dakar 30 9 450.87_____ 7

306.80Elefantro 9 796.46

A-20 com caçamba

MOTOS USADAS

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FORD19M 1M7 1986 1985

GAS ALC OAS ALC GAS ALC ~AS ALCEscort 3p - 2C 000 16 000 13 000 11 000Escort L 3p 23 000 22 000 19 000 16 000 1SOCO 14 000 13 000 12 000Escort GL 3p 26 000 25 000 21 OOP 20 000 J6 000 JI5 000 14.000 13 000Escort Gfiia 3p 2e 000 24QQQ 18.000 15 030Escort XR-3 3'COO 27 TOO 21 000 18 000Corcel 14000 13 500 12 000 11 500Corcel GLLDO 14 500 14 000 12 500 12 COOBel'na 21 000 20 000 18 000 17 000 15 000 14 CiQQ 13000 12 000Belina GLXGL 24 000 23 000 21 000 20 000 18 000 17 000 16COO 15 000BeHna Ghia 26 000 25 000 23 000 22 000 20OOP 19 000 19 000 17 000Del Rey GL 19 000 18 000 17 000 16 000 15000 14 000 130Q0

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\Iarcclo Toprtozzi

Parecia

até dia dc treino pa-ra um grand prix. Muitamovimentação nos ho.xcsdo autódronio de Jacarepa-gua. engenheiros e niecâni-

cos circulando entre roncos de mo-tores turbo e aspirados. Mas napista não corriam os tradicionaiscarros que costumam freqüentar oscampeonatos de marcas. O dia erados caminhões Cargo 221S-T daFord, considerados os mais mo-demos já produzidps pela indús-tria nacional, que foram submeti-dos a rigoroso teste de desempenhopor jornalistas e donos de trans-portadoras.

As 15 horas foi dada a largada eos pilotos entra-ram na pista comsuas máquinas decarga, rodando auma velocidadeque atingia os100 quilômetrospor hora no re-tão das a r q in -bancadas. Duashoras e meia emuitas voltas de-pois. não houvequem não elo-giasse o desempe-nho do Cargo,produto com quea Ford pretendechegar a ocupar25% do mercadode cannnhòesmédios e leves.

O Cargo temquatro versões:12. 14. 16 e 22 to-neladas. O modo-lo mais barato éo de 12 tonela-das. que custaNCzS 93.875, e omais caro o de 22toneladas, cujopreço é NCzS145.271 Testar ocaminhão em au-tódromos fazparte da estrale-gia publicitária da Ford, quecentemente promoveu eventomelhante cm Goiânia.

O Brasil produz por ano cercade 65 mil caminhões e a empresa,que hoje detém 17% do mercado,pretende fechar 89 atingindo a me-ta de chegar a 23%. Além dos tes-tes em que transportadores e jor-nalistas têm a oportunidade dcdirigir o caminhão, a Ford criouum plantão 24 horas para dar as-sistència técnica ao caminhoneirocm todo o Brasil

Empresários elogiam desempenho

Os 20 empresários que testaram o

Cargo 22IS-T no autódronio deJacarepaguá elogiaram principalmen-te a direção hidráulica progressiva, aembreagem hidráulica de regulagemautomática c o freio motor acionadopor um sistema cletropncumáticoatravés de botão instalado no painel.O torque e a potência do motor Forddiesel de 6.6L também impressiona-ram. "Ele transmite sensação de se-gurança c é muito fácil de dirigir",atestou José Alberto Ferreira Serra-no. da Transportes FS Ltda.. dc Du-que dc Caxias (RJ).

No teste comparativo com os mo-delos 11140 da Volkswagem c 11.14da Mercedes, o Cargo se mostroumais macio c com sistema de trans-missão mais fácil de ser trabalhado,como observou o comprador da

Brahma Marco Antônio Carneiro,cuja empresa opera com mais de milcaminhões. Outro que fez questão dcelogiar o Cargo foi o presidente daComlurb. Ivan Lagrota, que acaba dcencomendar á Ford 232 desses cami-nhões. "Nós testamos um modelo noseviço dc coleta dc lixo nos piores lo-cais do Rio. Um verdadeiro rali cnem nosso pior motorista conseguiucnguiçá-lo", contou Lagrota.

O modelo da Volkswagen foi criti-cado pela direção dura c o freio mo-tor difícil de ser acionado. O da Mcr-cedes foi considerado bom, maspecou pela falta dc visibilidade dacabinc c pelo câmbio duro. "As mar-chas são mais difíceis dc entrar", afir-mou Carlos Alberto da ConceiçãoFerreira, da Transportadora Jober.(MT.)

-ÉUP"'

.-1 boa visibilidade do painel também reccbcu elogios

i.Antes da partida para o teste no autôdromo, os caminhões se alinharam nos boxes ao melhor estilo das competições de grand prix

re-se- Ficha técnicaMotor Ford DtcvH 5.61.T«P° Turbo alimentadoV dc cilindros. f,

Di>pc»n6ci do* nlindros Em linhaCilindrada luukcitiV. .._„. „jjj|Diâmetro dos cilindros <nm) . ........112Curv>do>p»i6cMmmi 112Tjxadecomfvessâo |ft(MPotência máxima líqu<da(DIN 70020). llÍ.8k*U*JDcvX2.MOrpra7orque máximo liquido<DIN 70020).,. 559.0Nm(57.OnkgOa I 60lryHnPotência máxima liquida[ABNT NBR 54U) IVU\MI76Jo)a2GOrpmTorque máximo liquidoABNT-NBR $4*4t ..542.0Ntn(S5.3nkgfta I.AOrpmSistema dc tnjeçjodt combustível BOSCH em linha)Traosnksào• Fmhrcagem

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Diâmetro do disco Imn). ... 350-3Acionamento Hidráulico comregulagen automáticaCaiu de mudanças

Relações de reducio I* ....„—. FS 5i#S A

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Matuta (m)Diiliacu cnirt cito dianteiro eciiuiirjiun 5 018Dí«iocu ri>ó irauvo c cnomnMo I.3MCoraprimtmo toul 9WBjImço lr«ciro 1.778Altura (Cirrcfado) .2.718

6 o Carro e Moto sábado, 26 8/89

Caminhãoé

JORNAL DO BRASIL

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Cargo da Ford rodana pista e consegueaplauso dos pilotos

testado em

autôdromo

¦ " MgaBBgaaaa^-<^¦•¦^¦¦7^^ ^ _ .1°S P0U'OS "uns depois do teste foram a direção hidráulica progressiva, a embreagem hidráulica de regulagem automática e o freio motor acionado por botão no painel

Velocidade agrada

 pesar dos 6 310 quilos c dos 9.4 nu*-tros dc comprimento, o Cargo 221S-1

rodou a toda velocidade no autôdromoNelson Piquet. cm Jacarepaguá, enfren-tando as 11 curvas sem qualquer proble-ma. Como nào era recomendado usar osfreios a ar. por motivo dc segurança, foinecessário manter ligado todo o tempo oIreio motor. Tanto o modelo turbo quan-to o aspirado respondiam com a mesmaprecisão permitindo ao piloto trabalharsempre cm quinta c scvta marchas duranteo percurso dc 5.030 metros do circuito

No retào o velocimctro chcgou a regis-trar 110 quilômetros por hora. apesar dc aficha técnica do fabricante di/er que .1velocidade máxima c dc 90 quilômetros porhora. A suspensão, com feixes dc malasserni-clipticas dc duplo estágio, c os amor-Iccedorcs telcscópicos hidráulicos dc duplaação permitiam que o caminhão entrassena curva do final do retão a cerca dc 7uquilômetros ptir hora sem que .1 cstabilida-dc fosse afetada O Cargo e mais velo/ do

que o modelo 11 14da Mercedes c permi*te manobras rápidasno câmbio dc seismarchas, que funcio-na como o dc qual-quer carro dc pas-seio

Comparado aomodelo I I I 40 daVolkswagem. o Car-go 221S0-T c maisfácil dc ser controla-do. Isso porque a di-rcçáo hidráulica pro-g r c s s i v a d .1 aomotorista maiorcontrole sobre o vei-culo. sem fa/cr qual-quer esforço. No ca-so do caminhão daVolkswagen, a dtre-çáo mais dura o tor-na mais rebelde n.iscurvas — situaçãoque fica ainda maiscomplicada devido adificuldade dc acio-nar o freio motorcom o calcanhar dopc esquerdo

O modelo comtres eixos, trucado defábrica, tem o mes-mo desmpenho do dcdois eixos A cahincdc cara chata, conce-hida para redu/ir cm10% o atrito com oar. torna o caminhãomais veloz do que osconcorrentes Alemdisso, o dcsign per-mitc ao motoristaraio de visão muitoamplo (M T.|

largura m.utma 2 415Bitola dianleira traseiro 2 086 I 835Vio livre dianteiro traseiro(\cku1o cirrtfado) 232 223Diàmclrodc firo (parede a parrdtl . 21.1 22 4mf tpcMifc* OirtoslTanque de combustiscl 150.07' ianque 140.0Óleo do MotorCom filtro 19.0Sem filtro 16 0Caixas de mudanças 5.0Diferencial ...! 20.0Sistema de arrefecimento 26.0Às informações aqui contidas encontrarn-se atualizadasaté a data cm que foi autorizada e impressão desdefolheto A Ford Brasil reser»a-se o direito de alterar a*especificações e desenhos dc s<us produtos a qualquertempo, ou meAmo desconfmuá-los. independente de sm-» ou comun»caçio e sem incorrer em ohngaçòes ouresponsabilidades de qualquer ctpecic

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arquitetos Ricardo Hachlya, LuizEduardo Almeida o Joílo Pedro Balllyoptaram por concepção urbana na re-forma de um apartamento. meHclando

o uso da estrutura metálica com madeiras pintadase outros materiais mais quente», que humanizam afrieza do estilo high tech do metal.

Com base nessas características, o projeto aten-dou às necessidades dos proprietários, casal Jovem eBem filhos, que desejavam apartamento com áreasamplas e vista livre para a paisagem privilegiada daBarra da TIJuca. A sollcltaçfto básica era redlstrl-bulçilo de espaço no primeiro pavimento, que por-mltlsse Intimidade o aconchego para o casal, aliadaa espaços amplos para receber muitos amigos comconforto. A outra era transformar a cobertura emsuper área de lazer.

As mudanças começaram pelos três quartos,transformados, a pedido dos proprietários, cm duassuites mais confortáveis, com banheiros que com-portassem banheiras do hldromassagem o closet.Como a piscina existente na varanda foi deslocadapara o segundo pavlmonto, aproveitou-se sua áreapara a construçfto de uma sala Intima. Integrada aosaldo, com o piso clovado e toda envldraçada, o tetoInclusive, ela Be tornou opçfto mais aconchegan-te ao amplo salfto, além de proporcionar vista pano-rámlea para a paisagem o os Jardins existentes navaranda.

O Baláo, com espaço para Jantar e leitura, foitotalmento aberto, com a BubstttuIçAo das peque-nas portas envldraçadas por amplas portas de cor-rer de vidro r*yb*n. A construçfto de uma escada deacesso á cobertura criou Uumlnaçfto zenltal para asala. Na cobertura, o salAo e banheiro deram orl-gem a amplo salfto de ginástica, sala de estar echurrasqueira com bar de apoio, banheiro, sauna cnova piscina de concroto.

Para a execuçflo do projeto foi necessário o cortede vigas, reforço de estruturas com vigas metálicas,alôm de cálculo da dlstrlbulçfto do cargas sobre ospilares para a construçfto da piscina e das novasparedes na cobortura. Esse trabalho foi feito peloengenheiro Ataballpa de Andrade Filho.

Os materiais utilizados visaram criar ambienteslimpos o confortáveis, com toques de requinte nadecoraçfto, mas preservando basicamente climadespojado. 0 escritório Almeida, Ballly e Hachlyafica na Rua Jardim Botânico. 700 509 - telefones2M-4095 e 511-0541,

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As estruturas metálicas aliadas ú madeira dão a leveza necessária à construção e criam moldura para a paisagem exuberante

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LâmpÊdas lialógenas e refletores dicróicos cnam estilo moderno de iluminação com maior capacidade e economia

Tudo

indica que eerâ apo-sentada na década de 90 aluz Incandescente, lnven-tada por Thomas Alva Ed-

son em 1879. Os motivos sAo vários.Primeiro, o tempo de vida da limpa-d» normal de 50 watts vai de 750 a 800horas, enquanto a halógena duracerca de 3.000. Em segundo lugar, asÚltimas novidades tecnológicas nocampo da luz artificial trabalhamcom voltagem do baixa tensAo — 12volts — (as usadas normalmente sâo137 e 220). Jufe,halógena e refletor«Heróico, o qd§^j!|gnlfica maior capa-cidade de llmiínaçâo e. portantoimais economt*;

Nessa corrida em busca da me-lhor luz, a indústria brasiloira está•tenta paraíbAo ficar atrás. Umexemplo é a Jjuminar. fundada emBelo HorizonMJaá 12 anos, que abriuamais recenBjlial no SAo ConradoFashion MajBfrPara apresentar aoRio sua projMfía de trabalho, a em-presa convocou o luminotécnlco. ouBgfat designer, Ricardo Sobreira, umdos sócios da loja e estudioso dasInovações.

— Luz nAo é claro escuro, e simcor — explica Ricardo, acresccntan-do que o objetivo da loja é progredirna pesquisa n&Ma área. Além de pro-dozlr seus exiVlj^mentoa, a Iluminaré representante exclusiva das em-presas italianas Ilguzzini (responsá-vel pela iluminação da pirâmide derldro erguida no Louvre) e Reggiani.A •asociaçio está gerando troca dokaow-how, e a empresa nacional Jáíàbrica.equip&mentos com tecnolo-gla italiana.

Voltando ao principio de que luzé oor, Ricardo Insiste numa explica-çáo Blmples sobre a importância daIluminação: sem luz náo existe ar-quitetura neradecoraçAo. "Há umagrande dlfereata entre quantidade equalidade. l{p ambiente pode termulta luz e <3$íàr mal iluminado. Sea lâmpada ijW for bem escolhida,ral desvalorlS|ir e distorcer o am-

bíente. c nâo rcalçA-lo" diz o expert.Além disso, usada erradamente, aluz pode transmitir radiações quodesbotam quadros, cores, couro,plástico e outros materiais. Assim,dentro de pouco tempo a casa nàoserá a mesma.

A loja se propõe oferecer boasformas de iluminar um espaço, ge-rando conforto. A disposiçAo docomprador estAo variadas luminá-rias com luz halógena, embutidosdiversos, arandolas o a mais novacriação do Ricardo, o Blstema aéreoauto-sustentante, que dispensa ouso dos cabos condutores por ser ri-gldo e compacto, além do poder tervárias formas. Claro que tudo issodentro do uma concepçAo atual dedetign. "A funçáo do deiign é tor-nar possível novos efeitos de llumi-naçAo, respeitando a necessidade daluz, gerando resultado final esteti-camente bem resolvido". A Iluml-nar trabalha também oom projetos eassessoria de iluminaçAo.

Os anos 80 — tâo apaixonados porclimas, efeitos sedutores e amblen-tes artificiais — puseram na luz umadas condições primordiais para umambiente ser considerado moderno.Alguns exageros foram cometidosem nome disso. Por esse motivo opara difundir seu conhecimento nes-se campo, Ricardo ministrará pelaterceira vez para arquitetos o cursoIluminação de Interiores, cuja tn-tençáo é "gerar profissionais que en-tendam de iluminação o tornar omercado qualitativo". Ele chegou áconclusAo de que havia um hiatoentre os poucos especialistas em luzno Brasil e os arquitetos quo cria-vam projetos sem ter informaçõessuficientes sobre o assunto. O cursopretende dar "apenas a consciênciade alguma coisa chamada luz", vistaatravés de temas como caracteristi-cas físicas da luz, olho humano, fon-tes luminosas elétricas, eolorime-tria e introdução ao oálculo deiluminação. <Isabclla Vargas)

Cortinas de

madeira têm

novas coresAs cortinas de madeira nAo

Bâo novidade no mercado. Osmodelos existentes, com meca-niemo de roldanas para enrolar,geralmente aAo em madeirauniforme e envernizada, poden-do eventualmente ser encon-Irados em materiais mais rús-ticos ou pintados com coresmais vivas.

OpçAo artesanal multo ori-ginal está sendo oferecida pelaDecasa. Trata-se de cortinasconfeccionadas com ripas demadeira inteiramente pintadasà rnAo e com várias combina-çOes de cores. Além de criarbonito efeito estético para fe-chamento de janelas e portasde Armários, podem ser utiliza-das na confecçAo de divisóriaspara ambientes

As cortinas podem ser en-contradas em cinco diferentescombinações de cores, que vAoda alegre mistura de cores vi-vas até a mais sóbria, com pre-domináncia do preto. As largu-ras variam de 80 centímetros aum metro e a venda é feita pormetro linear. A Decasa fica no

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Criações em estilo atual

Convidados respeitam a estrutura original da casa, mas com liberdade para exercitar nos trabalhos toda a imaginação

Fotos do Geraldo Viola

Jorge Elias criou sala de estar, onde a influência lusitana se faz presente com força, no colorido e no mobiliário. Não faltou nem o trompe-1'ocil de azulejos portugueses nas paredes de todo o ambiente

Ana Cláudia de Oliveira

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No ha II de Luiz Fernando Redó o tapete Avanti repete a colorido exato dadecoração. A cômoda francesa c o par de candelabros estão emolduradospor belo trabalho de boiscric

Na sofisticada sala de jantar de José Duarte de Aguiar, as cadeiras são ve-nezianas do século XVIII. assim como as louças brancas. Os tecidos utiliza-dos são da Bauhaus. com estampa clássica

Inspirada

em exposições como o KipsBay Boy's Club Decorator Show Housc,de Nova Iorque, o Napa Vallcy DesignerShow House, da Califórnia, e a Casa

F.O.A.. de Buenos Aires, a Çasa Cor 89 foi •inaugurada dia 14, em São Paulo, commovimentadissimo coquetel. A renda daexposição, beneficente como as mostrasamericanas e a argentina, será destinadaao Centro de Reabilitação Lar São Fran-cisco. A exemplo tios anos anteriores, osvisitantes terão a rara oportunidade deconhecer o estilo de 33 decoradores, ar-quitetos e paisagistas que, ,com muitotrabalho e requinte, realçaram, a belezade mansão no mais puro estilo normando.

A casa, construída em 1935. está si-tuada na Rua Atlântica. 318, zona no-bre dos Jardins, e foi cedida pelo pro-prietário, o empresário Jacques Eluf. Aárea construída 6 de aproximadamente1.000 metros quadrados, dividida em três

'andares com diversos ambientes e áreasde serviço, localizada no centro de umterreno com 2.000 metros quadrados dejardins floridos, no mais puro estilo euro-peu.

A fachada está revestida de tijolosaparentes, cozidos especialmente paraobter as diferentes tonalidades que acom-panham o desenho das esqua,drias e paraproduzir efeito igual ao das casas da Nor-mandia. O estilo normando, aliás,, podeser observado nos menores detalhes, aténas ferragens do vidros das janelas, nasportas e nas calhas, todas em cobre. Emleilão no Pátio do Colégio, foram adquiri-das na época da construção peças origi-nais, como o aquecimento central e oslampiões de gás. Adaptados mais tarde àcorrente elétrica, reforçam ainda mais oestilo.

Os profissionais convidados tiveramtotal liberdade ria criação de seu am- §biente. apenas com a exigência de nãomexer na estrutura da casa. Esta es-trutura original — como estava o es-paço antes da criarão de cada um —pode ser observada à porta dos ambientes.Uma fotografia preto e branco, com onome do decorador que assina o trabalhoe a descrição do material utilizado, ajudao visitante a ter. idéia da total transfor-mação do espaço

Percorrendo as salas, quartos, varan-das, corredores, bibliotecas e banheirosda casa, onde foram gastos aproximada-mente 1.500 metros de tecido, além de 5Ó0metros de tapetes, todos exclusivos, fei-tos sob encomenda com patrocínio daAvanti. se tem um resumo das tendênciasdo momento.

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Cortinas de seda com tapete indiano no ambiente criado por Júlio Pech-man. O painel ê de mármore cortado cm meio milímetro, como alabastro.Ele se inspirou nos estilos império e biedermeier para os seus móveis

Escritório projetado porSylvia Kowarick. A decoradora explorou em suadecoração a bonita caída do telhado para criar ambiente aconchegante emtons sofisticados. A estante arrojada abriga o som e a T. V.

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/Vo interior do bistro. Sig Bergamin utilizou a mistura de muitaS /lores nos tccidos que revestem as Com muito bom gosto, utilizando viirios de seus tccidos da cole^ao Provence, Rodolfo Scarpa decor'ou\parades e o teto, em almofadas e arranjos sobre as mesas. Dctitro das estantes e nas pra- especialissimo quarto de casal, onde a maior parte dos movcis e de estilo imperio. 0 estilo fanwieleiras. varios objetos de lou^a inglesa, antigos. 0 lugar para as conversas consagrado no Casa Cor S9

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sábado, 26/8/89 ? Casa e Decoração cj-5JORNAL DO BRASIL

Com muito bom gosto, utilizando vários de seus tecidos da coleção Provence, Rodolfo Scarpa decorouespecialissimo quarto de casal, onde a maior parte dos móveis c de estilo império. O estilo foiconsagrado 110 Casa Cor 89

Guimarães de Vieira Santos. aecoradora revestiu as paredes e o teto com madeira e tecidos, e criouuma bay-window. A bem dosada mistura de cores padrões e mineis de variados estilos.

No interior do bistró. Sig Bergamin utilizou a mistura de muitas flores nos tecidos que revestem asparedes e o teto. cm almofadas e arranjos sobre as mesas. Dentro das estantes è nas pra-telciras. vários objetos de louça inglesa. antigos. O lugar para as conversas

Uma proposta diferente que valoriza os bons móveis brasileiros. Clarisse Reade e Antônio Henriquede Noronha optaram por este tipo de móveis, misturados a gravuras francesas e 1 asos ingleses. Umdos ambientes mais aconchegantes e concorridos do Casa Cor 89

Um atelier de pintura extremamente feminino e romântico, cm tons claros.Adecoradora Carolina Szabó montou em seu espaço proposta diferente. Daarquitetura original de estilo normando. aproveitou o charme da queda dotelhado e as janelas

Do espaço original, um jardim de inverno o arquiteto carioca Chicô Couvêanão deixou vestígio. Transformou em gostossisima sala para ouvir música.As paredes repetem o tecido de seda da Larmod.no novíssimo tom de ameixa

Móveis,

antigüidades, farturade tecidos, materiais e peçasdecorativas, arrumadas deacordo com o estilo de cada

decorador, formam ambientes requinta-dos e aconchegantes, onde predominamas influências européias.

Dos 33 convidados, apenas dois foramdo Rio de Janeiro, Chicô Gouvêa e LuizFernando Redó. E o primeiro ambiente damostra, o hall de entrada, coube a Redó,que imprimiu tom chique ao espaço, bemao sou estilo. Suntuoso trabalho em boise-rio. mas sem excessos, contrastando como tecido adamascado, vermelho, que re-veste as paredes, serve de fundo para acômoda, e castiçais franceses. Chicô. porsua vez. criou em seu pequeno espaço gos-tossisima biblioteca sala de música. Paraquebrar o clima de mostra, o arquitetoprocurou humanizar ao máximo o ambien-te. instalando um som de primeira. Osmelhores acordes do Casa Cor são ouvidosem sua sala.

Muitas outras originalidades podemser apreciadas, como o living criado porJorge Elias. Ele decorou a maior sala dacasa usando decór nitidamente influen-ciado pelo estilo português. Nilo faltoutrompe-1'oeil azul e branco nas paredes,imitando os famosos azulejos lusitanos,nem os pesados móveis com marqueteriade marfim. Proposta carregada de bom-gosto. As linhas dos estilos biedèrmeier eimpério podem ser apreciadas com novaleitura no living criado por Júlio Pech-man. O arquiteto projetou uma sala depoucos móveis e objetos que estão desta-cados no ambiente por um painel de ala-bastro, com rigor estético.

No Casa Cor 89, o que fica bem claropara o observador é o domínio do estiloimpério sobre os outros estilos de mo-biliário. Com suas alongadas colunas edetalhes em bronze, o império pareceser o grande hit da temporada nas de-corações, aparecendo muito em toda amostra, principalmente nos quartos. Lin-das camas servem para compor a decora-ção de alguns quartos, destacando-se o decasal proposto por Rodolfo Scarpa. emtons de amarelo Mas nem só de móveisimportados vive a decoração. Um dos am-bientes mais charmosos foi composto porbons e antigos móveis brasileiros, mistu-rados a gravuras francesas e vasos ingle-ses, na sala decorada por Clarisse Reade Antônio Henrique de Noronha.

O Casa Cor 89 repetiu o sucesso gas-tronômico dos anos anteriores. Simpáti-co restaurante, na verdade um bistró comdecoração floral assinada por Sig Berga-min, funciona, ao lado da piscina, paraalmoço, chá e drinques à noite. O preço daentrada para o Casa Cor 89 é NCzS 20,00.funcionando de 10 ás 22 horas, tambémnos fins-de-semana, até o dia 3 de setem-bro

.V,i £7^ ci I /7 <. A'i ^Na pequena varanda da casa. a decoração de Anahyd Cardoso Franco, daloja Se Essa Rua Fosse Minha. Ambiente bem priinavcril. cm tons clarospara vimes, juncos e estampas florais

Célia Whitaker dividiu o espaço de seu charmoso quarto cm dois ambientes,reservando pequena ante-sala. O mesmo lambríde madeira trabalhadareveste as paredes dos dois ambientes. Quarto muito aconchegante para oinverno paulista

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Itacoatiara e os locutores das rádiosFM estão com a bola cheia. Confira ocharme da Milcna Oribclli, o pique doChristovam, a carcticc alegre da Sei-ma Vieira e o humor de todas essasvozes ocultas logo ali, algumas pági-nas adiante. Mas não esqueça de acu-mular energias comendo todos aqueleslegumes, frutas c cantes comprados hojede manhã na barraca do seu feirantefavorito, aquele da página 5. Você vaiprecisar de muita disposição para curtir anoite de ja/z e dar uma esticada no SteakHouse, para tomar um chope com oFJton Furricr, nosso perfil de amanhã.Saúde! Rá! Axé! Issa!

( Ney Reis)

Tudo pelo

sensual

Telci Ruas divide seu tempo entre o palco, a TV e a gmastica Forreira JúniorIa corre contra o tempo.Com apenas 21 anos, TelciRuas Miranda é professo-

ra de Educação Física em três aca-demias, está no elenco da peça Arevolvei dos brinquedos, faz algumaspontas para a nova novela da Glo-bo — Top Model —, está ensaiandouma outra peça infantil, faz desfilesde moda e ainda encontra tempopara se dedicar ao curso de teatroministrado pelo ator AlexandreFrota, no Rio. "Estou investindomuito na minha carreira de atriz,mas não quero deixar minhas aulasde ginástica e de natação", jus-ti fica Telci.

Apesar do corre-corre entre oRio e Niterói, onde mora desde quenasceu, a manequim não pensa emsair da cidade. "É só atravessar aponte", explica Telci. Aos 13 anos,a atriz entrou para o grupo nite-roiense de teatro Construção e játem cm seu curriculo inúmeras par-ticipações nos espetáculos infantisproduzidos na cidade. "Adoro mo-rar aqui. Tem tudo que quero. Sósairei se precisar trabalhar fora doEstado, porque em Niterói não hámesmo chances", argumenta.

Liane Gonçalves Aos 21 anos, Telci trabalha como modelo e atriz, leva uma vida agitada mas não pensa cm mudar de cidade

Caro leitor

Se

o parapsicólogo e projcciolo-pista Waldo Vieira (esse ai dafoto ao lado) estiver certo, a

hidrelétrica de Itaipu que se cuide. Eleacaba de afirmar que a nossa praia deItacoatiara é um dos "pontos energéti-cos" do planeta, fazendo parte de umalista que inclui Macchu Picchu, nos An-des, c a as pirâmides do Egito. Bem queos naturebas e os surfistas nos avisaram.Energia pura, brolhcA Aliás, energia é oque não falta a essa gata ai de cima, aTelci Ruas, que só pára de malhar crepresentar quando quer ler aquele li-vrinho new-age, o Fcrnão Capelo Gai-vota, ou namorar, é claro. Deve dar umtremendo calor no seu gato, a julgar

pela disposição cm fazer ginástica, po-sar para fotos e transar teatro infan-til. Parece até os posseiros e morado-res do Engenho do Mato, nossa capa deamanhã, que não poupam energias pa-ra preservar o bairro rural, livrando-odo progresso desenfreado. Energia mes-mo. porém, você vai ver hoje, no Duerê,quando o franco-brasileiro Idriss Bou-drioua detonar seus acordes do mais pu-ro jazz. mainstrcam, como sugeriu o LeoGandelman. Idriss e Paulinho Trompcte(que loca no lcarai Jazz) são as feras queos jazzófilos vão encarar hoje à noite.

Todo esse papo de energia, porém,não teria sentido sem as ondas do rá-dio. Afinal, onda por onda, o mar de

Teatro: Não temos quase atenção, princi-palmente o infantil. Niterói está precisan-do de uma força. Até as peças que vêmdo Rio têm problemas. Todo espetáculopara ter sucesso precisa de muita divulga-çáo. Mesmo assim, temos bons teatroscomo o da UFF, que tem um palco exce-lente, iluminação boa e bom espaço parao público. O Abel também é muito bom

Cinema: Adoro. Vou sempre que possoao cinema que está passando o filme aque quero assistir.

Videoclube: Costumo pegar muitos fil-mes. Sou até sócia de dois videoclubcspara ter mais opção. Vou ao Du VídeoDo, na Gavião Peixoto, e a outro noIngá, que não me lembro o nome. Oimportante é que eles me atendem beme oferecem muita variedade.

Restaurante: É muito difícil eu ir a res-taurantes em Niterói. Quando acontece,vou ao Tratoria. Gosto muito da massade lá.Alimentação: Não faço dieta. Só evitocarne vermelha e frituras. Também nãofumo nem bebo álcool. Até gosto dosdoces do Viena, no Plaza Shopping.Praia: Gosto de ir a Itacoatiara porquelá encontro muitos amigos. Também voumuito a Camboinhas que é mais isolada.Ambas são lindas.Viagem: Gosto sempre. Para qualquerlugar. Geralmente, curto a época. Noinverno, vou muito para Friburgo, Te-resópolis c Visconde de Mauá. Já noverão, estou sempre cm Búzios.Vista: O Parque da Cidade tem umapanorâmica linda. Entre Camboinhas e

a Praia do Sossego tem-se um dos vi-suais mais bonitos que já vi. E na Pedrado Elefante, no caminho para Itaipua-çu, a vista é de cartão-postal.

Noite: Em matéria de boates é fraca.Tem a Blow-up e a Aquários, onde sóvou quando a festa c particular. E bar-zinhos existem uns lá para Piratiningae Pendotiba, onde fica o Dueré, que ébem legal, dependendo de quem vai to-car.

Literatura: Leio sempre que posso. Gostomuito de Richard Bach, autor de FernãoCapelo Gaivota. Ele te dá uma idéia deliberdade que você não tem hoje. E tam-bem curto Rajneesh, que escreve sobrefilosofia.

Livraria: Costumo comprar na Guttem-

berg, na Moreira Cczar. Lá mc atendembem e tem sempre os livros que gosto deler.Música: Adoro jazz, que é ótimo parase dançar e ouvir. Curto Riquc Panto-ja, Leo Gandelman c outros. Tambémgosto muito de bossa nova, apesar deeu ser novinha. E do rock, dependendoda letra.Hobby: A minha profissão é um hobby.Adoro fazer ginástica e dançar. Dançarmesmo cm boates. E onde posso, sejana praia ou na serra, faço ginásticas,mesmo fora das academias onde douaulas.Planos: Quero me profissionalizar co-mo atriz, continuar dando minhas au-Ias de Educação Fisica c começar afazer teatro adulto fora do Estado ouno Rio, porque aqui não dá.

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/I diretora Ccrcs diz que a procuraé maior dentro da UFF

Ferreira Júnior

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Zaluar foi prctcrido pelas virgulas

acerta ao editar

Com

uma reduzida verba destinada pelogoverno federal — de NCzS 20.000para este ano —, a Editora da Univer-

sidade Federal Fluminense, EDUFF, não de-sanima e expõe mais de 40 títulos na IV BienalInternacional do Livro, que fica no Riocen-tro ate 3 de setembro. Segundo a professoraCcrcs Marques de Moraes, diretora da EDUFF,as prioridades são a publicação dos trabalhosproduzidos dentro do campus universitário c doslivros de escritores niteroienses. Entretanto, dosquatro lançamentos da EDUFF durante a Bic-nal, apenas o livro do escritor Geir Camposnão pertence aos quadros universitários. "Porenquanto, ainda são mais numerosas as pu-blicaçòes de pessoas da própria UFF, porqueo indice de procura por parte deles é bemmaior", justifica a diretora.

Os originais dos escritores, que podem ser dequalquer lugar, passam primeiro pelo crivo doConselho Comunitário, formado por represen-tantes de diversas áreas fora da UFF. Já os daUniversidade — muitas vezes extremamente téc-nicos — são aprovados antes pela EDUFFe depois encaminhados ao Conselho. "Não im-porta a nós de onde vêm", garante o livrei-ro Carlos Mônaco, um dos 24 conselheiros."Cerca de 40% dos trabalhos analisados por nóssão aprovados", comenta. O Conselho se reúneuma vez no mês para debater sobre os livroslidos c receber novos titulos, e segundo Mò-'naco não há critérios que determinem a sele-çáo. "O que importa é o valor do texto", cx-plica.

UULTURA

Conselho de amigos

DUFF erra eRenan CeDeda

Passados pela peneira, os aprovados da comu-nidade são encaminhados á fila de espera, para ocrivo da comissão editorial da EDUFF, quenem sempre agrada. "Segundo o parecer tcc-nico que recebi, eu não sei virgular", ironizao editor do jornal Opção e professor de portu-guês durante 28 anos, Aurélio Zaluar, que te-ve seu livro recusado pela comissão editorial. Za-luar reconhece que a função da universidadenão é publicar livros da comunidade, mas re-crimina a esperança que a editora desperta naspessoas. "Aceitei humildemente a resposta, por-que quem se submete a essas coisas está sujeitoàs injustiças", finaliza.

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AGORA é a vez das crianças

de amizade faz com que elas gostem dolugar, sentindo-se à vontade e totalmentedesinibidas. o que facilita em muito oaprendizado. )á que o interesse aumenta e.no caso de alguma dúvida, elas não têmvergonha de perguntar.

O mais impressionante foi ver que apesarda pouca idade (variando entre oito e dozeanos), elas têm noção da importância doinglês em suas vidas A maioria começou aestudar por vontade própria, obviamenteque influenciadas por um irmão mais velhoou por coleguinhas. e sabe que o domíniodo inglês facilitará o sucesso na profissãoque escolherem, numa viagem ao exterior enos estudos Falam até. com orgulho, que jáconversam em casa com os pais em inglês

No depoimento de seus alunos, o Fiskcomprova a eficácia de seu método A partirdos 4 anos. sem qualquer prejuízo para aalfabetização. a criança já começa a ter con-tato com o universo da língua inglesa. Com30 anos de experiência, o Fisk se mantémsempre atualizado e. além dos cursos regu-lares, oferece também intensivo, semi-in-tensivo. cursos para vestibular e viagens,para crianças, adolescentes e adultos. NaRua Pereira da Silva 306 — Icarai. ele prestamaiores informações sobre o seu trabalhopelos telefones 71 7-41 23: 710-621 1 e710-4065.

-.as contaram o que acham do Fisk

música e dashistórias Al-guns optarampelo dever es-ento As justifi-cativas pela es-colha nãopoderiam sermais simples eobjetivas "é

bom", "é le-gal",

"ê diverti-do" Nessasrespostas fica acerteza de queo inglês é pas-sado para elasde uma formanatural, semimposições

Em relação âprofessora, elas

Cnogou a hora delas Depois de uma apresentação naqual foi mostrado todo o seu sisloma de ensino da línguainglesa os recursos disponíveis e a técnica aplicada o Fisktíeu a palavra as professoras, que contaram os Dene-ficios de se iniciar cedo na língua e a estrutura que dispõempara oferecer um ensino de qualidade Agora 6 a vez daspróprias crianças falarem o que sentem em relação ao Fis*Com a naturalidade e a espontaneidade táo próprias daidade e'as contam o que gostam o que nào gostam e separa elas realmente 6 importante saber inglês

Como cnanca gosta é de agitação e mo-vimento. as preferências pelo que é dadoem aula ficaram por conta do video. doslide, das brincadeiras, do laboratório, da

disseram que é muito divertida e nem sen-tem o tempo da aula passar

"Ela brinca,ensina bem e faz um monte de coisas le-gais". foi o comentário geral Da aula em si,o video foi o que recebeu mais elogios, jáque. segundo elas. ali aprendem o som dasletras O laboratório também foi muito cita-do. por ensinar a letra de várias músicas,coisa que elas adoram

Segundo elas. são tratadas por respeitopor todos, desde a diretora, passando pelasprofessoras, até por elas próprias Esse clima

*

Show

E o jazz

botou a boca no mundo

¦ O saxofonista Idríss Boudríoua é a atração de hoje no Duerê

Quando

a televisão francesa passou o filme fír-fcu negro, de Mareei Camu, cm 1964, sobre oBrasil, o menino Idriss Boudrioua, então comcinco anos, ficou louco. "Jurei que um dia moraria

naquele pais. Depois esqueci a promessa, mas, muitosanos depois, acabei cumprindo o juramento da infância",conta o saxofonista de 30 anos, que mora no Brasil desdeI9X|, quando veio passar três meses c acabou ficando.

C heguei a São Luis do Maranhão e adorei o pais logo decara. A única coisa que não me agradou foi quandoabri a ianela da casa onde eslava hospedado — uma casaconfortável — e vi logo adiante os barracos de uma lave-Ia , completa o simpático sagitariano que mora há trêsanos na rua Maria Eugênia, no Humaitá, e hoje atravessaa ponte para fazer mais um show no Duerê (EstradaCaetano Monteiro, 1882, Pendotiba), ás 23h, com seuquinteto formado por Jorge Helder no baixo, AlexandreCarvalho na guitarra, Êlcio Cafaro na bateria e GlautonC ampello no piano, além dele próprio. "Meu estilo é obebop, com alguma tendência de ...Olha. essas definiçõeshoje cm dia são muito difíceis. Sinceramente, agora nãosei mais o que é jazz", confessa o saxofonista, embara-çado com a pergunta sobre seu estilo musical.

Para quem já tocou com a romântica Joana, o marom-beiro Marcos Valle, os bossanovistas Johnny Alf e JoãoDonato. a lirico-rcalista Fátima Guedes e o pianista clás-sico João Carlos Assis Brasil, essa dificuldade nas dcfi-niçôes é perfeitamente comprcensivcl. No caso dc Bou-drioua, só há uma certeza: ele toca saxofone como poucos.Quem não puder ir ao Duerê hoje à noite, pode conferirseu talento durante toda a semana, com exceção dasterças-feiras, no Chico's Bar. na Lagoa (Rio}, onde Idrisstoca em duo com o pianista Luizinho Eça. "E muito bomtocar na noite, mas se você não tomar cuidado, acaba seacomodando, fazendo só aquilo, e deixa até dc estudar",ensina o francês naturalizado brasileiro. Boudrioua come-çou a trabalhar na noite assim que chegou ao pais cm 81,no Da Vinci Bar. cm Copacabana, ao lado de CláudioRoditi. Bob Wyatt, Maestro Cipó, Aunno Ferreira, ZeróSantos e Romero Lubambo. Roditi, aliás, foi quem oconvenceu a vir para o Brasil, depois que o visto deentrada nos Estados Unidos — seu destino inicial — lhefoi negado. "Ainda bem. Hoje me sinto muito carioca.Parece que já vivi no Brasil em outra encarnação", brin-ca.

Boudrioua participou do Free Jazz Festival, em 86.entrando logo depois do grupo vocal americano Manhat-tan Transfer. Segundo o critico José Domingos RafTaelli,do JORNAL DO BRASIL, o show não decepcionou.Muno pelo contrário. "O grupo, completado por CláudioRoditi (trompete e fluegelhorn). Edmundo Cassis (piano),Dean kcenhold (baixo) e Bob Wyatt (bateria), apresen-tou-se bem entrosado, tocando um estilo derivado direta-mente do bebop, salpicado por alguns maneirismos mais

Ferreira Júnior

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recentes, resultando cm música consistente", escreveuRafTaelli. no Caderno B do dia 6 de setembro de S6.Apesar do sucesso. Idriss faz criticas ao festival. "O FrceJazz é elitizado. Algumas pessoas vão aos shows só paradizer que foram. Todo ano, são mais ou menos as mes-mas pessoas na platéia", dispara o músico

Filho dc um árabc-argelino e uma francesa. Boudriouacomeçou a tocar quando tinha oito anos. num piano dcsua casa em Massy-Palaiseau. na França. Depois recebeuaulas particulares dc sax-alto (mais grave que o soprano emais agudo que o tenor) c aos II anos entrou para oConservatório dc Arpajon. Aos 16 anos. já se inte-ressava por jazz c música brasileira, e não abandonou amúsica nem quando teve que servir o exército francês: foisaxofonista da banda militar. Amigo do trompctista Cláu-dio Roditi, Boudrioua veio com ele passar ferias noBrasil. Acabou casando-se com a brasileira Valéria, umaenfermeira dc profissão e cantora amadora ("Ela tem umouvido c uma voz ótimos", garante o mando), com quemhá dois anos teve o pequeno Jamal. um garoto inteligentee desinibido que sabe dc cór o nome dos músicos comquem o pai gravou os dois primeiros discos — Esperança,dc 85, e Jamal. dc 88, que lhe valeu o Troféu Victor AssisBrasil de melhor disco de 88, uma promoção do Museu doIngá e do Plaza Shopping. Idriss costuma hospedar músi-cos estrangeiros em sua casa c já deu canjas com váriasferas internacionais: com o falecido trompctista Chet Ba-kcr, cm Paris, com o violinista Didicr Lockwood na casadc um amigo comum, em Santa Tcrcza, no Rio. c gravoucom o pianista francês Jcan Pierrc Mas.

Boudrioua conhece, literalmente, todos os segredos dosax. Graças aos conhecimentos técnicos adquiridos nosseis anos cm que trabalhou na fábrica francesa Sclmcr,que fabrica os melhores saxofones do mundo, e elequem conserta os instrumentos dc muitos colegas deprofissão, como Leo Gandclman, Mauro Scnisc. NivaldoOrnellas. Raul Mascarenhas, Beto Saroldi e Juarcz Arau-jo. "Ele já salvou a vida dc muito músico ao consertar osinstrumentos. Além disso, o Idriss é um dos maioressaxofonistas do pais, com um talento extremo, comomúsico e compositor, dentro da linha dc jazz mamtream,mais tradicional. Ele tem contribuído, como professor— Idriss da aulas cm casa c na Proarte. em Laranjeiras —para formar uma nova geração dc instrumentistas. Po-dc dizer ai que eu sou fã do Idriss Boudrioua", avahsa LeoGandclman, o sax mais famoso do Brasil. No show dchoje no Duerê. que terá abertura do duo Shadow Jatj,Boudrioua promete tocar alguma coisa dos dois discos an-tenores e coisas novas, como o tema Pour Hermeto,dedicado a Hermeto Paschoai. e temas que farão parte dopróximo disco, a ser lançado no ano que vem. Bom fim dcsemana e bon soir, Niterói!

Boudrioua toca bebop jazz com incursões na MPBNev Heis

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HOJE — TV BANDEIRANTES — 9:30hs

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les acordam tnvaria-velmente nas primoi-ras horas da madru-

f?a;la para pepar no pesado.Carroçam suas caminhonetescom a mercadoria a ser ven-dida e checam junto com osprimeiros raios de sol no localde trabalho. Sáo os feirantes.velhos conhecidos das donas edonos de casa, que comemora-ram seu dia nessa sexta-feira,25. O lucro, em torno de NCZJ50 a NC/.S 100 por dia, 6 peque-no. considerando-se o traba-lho que dá. Mas eles nâo recla-mam. "O que seria do mundose todos apenas estudassem? Oque essas pessoas iriam co-mer?". filosofa a portuguesaMaria Celeste Queiroz, 48anos. dos quais 15 vendendolegumes, verduras e ovos nafeira com a lrmá e o filho.Sábias palavras.

A rotina de Maria Celestecomeça ás 3h com a arruma-çáo. em sua própria caminho-nete, das verduras e legumesque planta em seu sitio emPendotiba. e só termina nomeio da tarde, quando desapa-roce o último freguês. Mal sa-bendo ler e escrever, a imi-grante portuguesa confirmaque apesar de Árduo, seu tra-balho lhe permitiu criar osquatro filhos. "Nâo posso so-nhar em juntar dinheiro, mastambém náo passo fome",cor.sola-se. JA Amarildo Bar-bosa. de 14 anos. tem maioresambições. Trabalhar na feira

vendendo milho e limáo 6 sóum bico. Seu grande sonho éestudar informática. "JA te-nho até um computador. Debrinquedo, é claro", diz ele.Dos cerca de NC7.S 20 que ga-nha por dia na barraca. Ama-rildo contribui com a metadepara as despesas da casa. Osoutros 50 por cento sâo gastosem roupas e sapatos.

Na vida de feirante, nemtudo s.lo flores. A n<lo ser paraos irmãos JoAo Luis, JorgeJosé e Antônio Luis, que háanos atuam em todas as feirasde Niterói vendendo rosas,monsenhores, flores do cam-po, papoulas e orquídeas. "Jádeu até para comprar umMonza". brinca Joílo, referin-do-se A velha Kombi que usamno trabalho. JA o portuguêsFrancisco Barbosa. 57 anos,optou pelas verduras e legu-mes plantados em sua própriahorta, e para driblar os con-correntes anuncia que em seusprodutos "agrotóxico náo en-tra". É ele mesmo quem tra-balha a terra, semeia e colhe,levando tudo fresquinho paraa feira. Barbosa levanta às 2h."É exatamente por isso quetenho saúde", reconhece, ad-mitindo que náo dispensa "umcigarrinho e uma cervejinhaquando sobra um trocado"'.Francisco nAo tem do que sequeixar de sua vida no Brasil."Gosto daqui". Voltar paraPortugal, nem pensar.

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Ferreira JúniorMylena (alto) usasua voz sorridentepara conquistar osouvintes notivagosenquanto SelmaVieira (ao lado) sóperde o jeitãoalegre ao esbarrarna mesma tietagemque fez do agitadoChristovam(embaixo) umverdadeiro ídolo dodial, com fãsardorosas, capazesde tentar despi-locm público duranteuma festa emCaxias

Nunca te vi, sei

¦ Os locutores de rádio fazem de sua

Quem

diz que Niterói não temvoz junlo ãs rádios cariocassó está certo no sentido íigu-

rado. Indo ao pc da letra, a cidade bemque pode ser considerada a terra do"amigo oculto", já que muitas das miste-riosas vozes do ilial moram aqui. É fatal.Basta um deles entrar num táxi c abrir aboca para que o motorista venha semprecom a mesma pergunta: "Você não éo...". Pois e. Caso comum na vida dequem se faz intimo pela voz e não pelorosto. Fruto do voycurismo sonoro queassola os ouvintes, os locutores povoamo universo de gatinhas. servem de com-panhia para solitários e alegram as noitesdos deprimidos. Mas se alguém cruzassecom o aveludado Carlos Augusto, daGlobo FM. ou com o berrante Christo-vam. da Rádio Cidade, pelas ruas deIcarai, talvez passasse direto. A não serque eles dissessem um possante alô...

Os Clark Kents do microfone já fa-zem parte do folclore erótico da cidade."Fico arrasada com a tictagem gratuita",admite Selma Vieira, da Transamérica."Mas isso é até explicável, porque olocutor, assim como o artista, exerce umfascínio meio misterioso nas pessoas",explica ela. Fascinio que levou um grupode meninas de Mesquita a formar umíã-clube para o locutor Christovam. daCidade, e por pouco não o deixarampelado numa festa que apresentou no 25Disco, cm Duque de Caxias. Ou aindalevar um médico de plantão a ligar paraMylena Ciribclli, lambem da Cidade, pa-ra participar de uma promoção. Coisasdas tardes c noites nas ondas do rádio.

Christovam Newmann Santos. 22anos, faz o horário de 15 ás 18h na RádioCidade. Quando ele está no estúdio, édifícil ficar parado. A agitação — carac-teristica de sua locução, sempre expansi-va c forte — contagia não só os ouvintescomo os simples espectadores de sua per-formance ao microfone." Para ele. ogrande barato da locução é ter o ouvintecomo um amigo e. por isso, a descontra-ção também faz parte da profissão. Masnão foi por brincadeira que ele hoje fazum dos horários nobres da emissora.Começou com uma equipe de som emBrasília, onde morou. Isso deu expcrién-cia no manejo de mesas de som e facili-tou sua passagem pelas rádios MancheteFM e Transamérica, na capital federal.

"A gente veste um personagem assim queentra no ar", conta Christovam Os pro-blemas ficam do lado de fora do estúdio."Tem que ser profissional Mesmo por-que a gente exorciza tudo. despeja raivanuma locução forte, grita, berra, aprontamesmo", completa cie.

Li dentro, os locutores são os reis docucada preta. Mas nem todos gostamdesse personagem A locutora SelmaVieira, da Transamérica — que começoucm rádio dando uma receita de bolo decoco na Manchete AM em 79 —. diz queé exatamente a mesma coisa no rádio ena "vida real". Ela discorda quando di-zem que o ouvinte não tem nada a vercom os problemas do locutor. "Assimcomo damos força pra levantar o astraldas pessoas, não tem porque disfarçarquando a gente acorda com o pc esquer-do." Mesmo porque, quando ela disfar-ça. é inevitável alguém ligar e perguntar:"O que você tem hoje?". Essa troca, paraSelma, é essencial. Assim como para JoséCarlos Oliveira Araújo, o Carlinhos Iça,da FM 105 e da Ipanema AM. O apelidosurgiu cm S4, num batismo de EduardoAndrews, coordenador da Rádio Cidade."Tudo

que eu achava legal, gritava iiiça!.A identificação do ouvinte com a rádiose faz através do locutor", define eleCarlinhos. 29 anos. queria ser comissáriode bordo. Já estava entrando para umacompanhia aérea quando arranjou tra-balho na Fluminense AM. apresentandoo programa Tarde 540. Atualmente,alem de cobnr férias c fim de semana daFM 105, apresenta um programa de se-gunda a sábado na Ipanema AM, domeio-dia às trés da tarde. Diferente doestilo da Cidade c da Transamérica. maisdestinadas ao público jovem e com umalinguagem adaptada á essa faixa etária, a105. para Carlinhos. "busca uma lingua-gem coloquial, na qual o locutor tem queser o amigo que entra na casa das pes-soas".

Levantar o astral parece ser a regranúmero um. Que o digam aqueles quetém a companhia de Mylena Ciribelli.das 22 às 2 da manhã, de segunda asexta, na Rádio Cidade. Com a voz sorri-dente que marca seu estilo, ela já fez ummédico de plantão ligar para participarde uma promoção e pedir uma música."No horário que faço, as pessoas estãomais concentradas no rádio. A gente

mpre te escutei

voz um instrumento do prazer alheio

Cláudia Garcia

acaba servindo dc companhia pra quemtrabalha á noite." Alem do horário narádio, Mylena c apresentadora da TVManchete e. a partir de segunda, poderáser vista cm dobradinha com MárcioGuedes no programa Manchete Esporti-ia 1' Tempo. Boa companhia também é avoz aveludada do locutor Carlos Augus-to. que pode ser ouvida das 14 às lSh naGlobo FM. Alem dc locutor, Carlos ctambém o programador da rádio "Porvezes, quase precisei largar a locuçãopela falta dc tempo. Mas não faria issonunca. A locução me relaxa, fico literal-mente no ar", conta ele. Com um estilomais soft, Carlos se identifica plenamentecom a proposta da ràd'o. "Aqui, o ente-no principal é o interesse do profissionalpelo trabalho. Eu não me sentiria á von-tade numa rádio onde precisasse fazergracinhas a cada intervenção." A com-panheira dc rádio de Carlos. Sônia Boi-ron, 28 anos, segue a mesma linha."Sempre me identifiquei com as rádioscm que estive", conta cia, que começouna Fluminense FM, passou pela Estácioe está há um ano e meio na Globo."Agora estou na minha praia."

De Roberto Carlos ao InformationSocicty, quem vive na música tambémtem as suas preferencias. .Selma Vieiranão dispensa o Rei quando chega cmcasa. "Sou muito romântica", diz cia. Jáa pop Mylena, tiete assumida do Sting.adora quando alguma dc suas músicasentra na programação. Sempre se refereao duble de cantor e indianista como"elezinho". The Polícc, Simply Red eTina Turncr também estão cm alta rota-ção na vitrola. Christovam e o que maiscurte a programação da Cidade. "É mui-to difícil você falar bem dc uma músicase você mesmo não consegue ouvi-la",admite. Para isso, o ecletismo dc seugosto musical vai do funk ao heary metal.Carlos Augusto já c chegado ao Hues."Qualquer tipo de blues eu curto", dizcie, que também não dispensa a new-agemusic, o funk ou a MPB

Boas histórias não faltam para essaturma que parece colecionar legiões defãs. Na Cidade, a média é de 400 telefo-nemas por dia. Muitos deles, verdadeirasdeclarações de amor aos locutores. "Atérapazes 'alegres' ligam fazendo convi-tes", brinca Paulo Beto, que atualmente

cobre ferias e fim dc semana na Cidade.Paulo não tem qualquer tipo dc prccau-ção com a voz — como as fatais regrasdc não beber gelado ou pegar sereno — cvolta c meia fica rouco. Numa das vezes,pediu rcccitinhas para os ouvintes."Choveu receitas caseiras, remédios alo-patas ou homeopatas, veio gente trazerxarope. O estúdio virou uma farmácia",conta. Sônia Boiron lembra que, quandoapresentava o programa Novas lendcn-cias. na Fluminense, os ouvintes partici-pavam mesmo, indo até o estúdio parti-cipar do programa. "Tinha dias queparecia um ônibus, de tanta gente ládentro", brinca Mylena Ciribelli, quenão gosta de usar os fones "porque ficaigual ao Mickcy Mouse" destaca que osmomentos mais emocionantes foram asentrevistas que fez. com o vocalista cflautista Ian Andcrson. do Jethro Tull,no rádio, c com o vocalista e guitarristaIan McCulIan. na TV Manchete. Nesseúltimo caso, Mylena não conseguiu dis-farçar: fã numero-um do cantor, baboudiante das cámcras. Cantadas, ela dizque não recebe. "Meus ouvintes são su-per respeitadores." Tá legal...

As gafes também pontuam o dial."Uma vez anunciei uma música do Ca-zuza. Balada do Esplanada, que ele fezcm cima dc um poema do Oswald deAndrade. Só que saiu: dc Cazuza c Os-wald de Souza, o matemático." Outravez ouviu um amigo anunciando umacanção dc um compositor chamadoUlysscs Rocha. Mas na hora h. a músicafoi atribuída a Ulysscs Guimarães. "Es-sas coisas acontecem", justifica. Masmuitas vezes o que pode parecer umproblema acaba se transformando cmbrincadeira. Com um tremendo resfna-do. Christovam lançou no ar a "promo-ção do espirro". Gravou um dos muitosespirros que dava entre uma música coutra c passou a tarde toda anunciandoque ele seria ouvido no final da progra-maçâo. "Choveu gente pedindo pra ou-vir." Cadinhos Iça já ouviu um sonoropalavrão quando, num karaokê em cimada música Pipipi no popopò, uma ouvintederrapou e perdeu os 40 discos acumula-dos para a promoção. "Fiquei sem graça,claro. Mas a gente tem que vir preparadopra tudo." Falou e disse.

Patrícia Paladino

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Carlos A ugusto cSelma Boiron (no

alto). da GloboFM sc identificam

com o estilo maissoft du rádio, sem"gracinhas";

já oblasé Carlinhos Iça

(ao lado), apesardo apelido que

lembra mais ummarombeiro. está

de bem com a vidae com o trabalho

Cláudia Garcia

ml, G

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Nas ondas da surpresa

em que nossas tias velhas, aquelasque só encontramos em casamento,velório e batizado, nos diziam que"quem \é cara. não vê coração". Tirando algum

exagero, muito comum a tias velhas, até que elastêm razão. Ou será que alguém ai realmenteimagina o Magnum com a cara do FranciscoMilani. o musculoso Esqueleto, inimigo do He-Man. com a cara do magrelo Isaac Bardavid?Francamente, a voz do Nelson Gonçalves, can-tando. está mais para Frank Sinatra do que paramorador de Niterói, preconceitos á parte. E aMylena Ciribelli, essa menina bonita ai do lado?A voz dela no rádio é digna da Mata Hari nosáureos tempos, ou de qualquer femme fatalecomo a esposa boazuda do coelho Roger Rabbit.Sem falar no Nelson Ned. com aquele vozeirão decantor-de-churrascaria, capaz de encobrir um

ensurdecedor pedido de chuleta mal-passada comcaipirinha. Dupla. Sabe lá o que é isso? Já imagi-nou a cara que o Emani Pires de Almeida teria, sequem visse cara acertasse no coração? Raul Ga-zolla que se cuidasse. Enfim, não são apenas asaparências que enganam. O rádio também. Ecomo! Na época de ouro das Cantoras do Rádio,dava pra adivinhar as espinhas da Nora Ney,com aquele vozeirão de amante argentina? Claroque alguns têm a cara de sua voz, e nenhum dosnossos amigos ai ao lado ê feio. E bom cscla-recer. afinal, já viu os músculos do CarlinhosIça?... Quem vê atrevimento nessas linhas não vêa fragilidade do autor. Seguro morreu de velho e,como diria o Sganzerla, nem tudo é verda-de...

( Ney Reis)«3

Roteiro¦*u ^

^

Os safados, com Stcvc Martin c Michacl Cainc, c o cartaz do Icaraí

CinemaTHUNDER 3—0 HOMEM TROVÃO (Thunder3) de Larry Ludman Com Marfc Gregory. HorstSchon. Werner Pochath e Ingnd Lawrence NiteróiShoopiryg 2 1 5h 17h. 19h. ?th Curta Metodra-ma d»» Jorge Mansur (10 anos)

iider de uma reserva indígena jura vingançadepoü que um ex-coronel mata seu amigo ind<oEUA/1988OS SAFADOS (Dirry rot!*>n scoundroJs). deFrank O? Com Steve Martm, Mchaei Carne G*en-ne Headfy e Anton Rodgers Icarai (717 0120)14h30. 16M0. 18h50. 21h Curta Trajetóna dofrow. de Fernando Spencer (10 anos)Dois espertos golpistas vivem dr* t>rar dinheiro dosincautos num rco balneário francês 6'e* ta/emum trato o primeiro que consegu»r arrancar 00 mi<dólares de uma mulher fica com o direito de atuarsozinho na área EUA/1968SOLIDÃO — UMA LINDA HISTORIA DEAMOR (Bra.ii/etro). do Victor d- Mello. Com Rogério Samom. Mareeila Praddo Ma>tà Proença eJosé Wiikw AZ/rfviV ( 719 9322) 14h10. 16h.7h50. 19h40. 2!h30 (14 anos)

Jovem imigrante português toma se prósperobanqueiro de bicho mas sua v»da muda depouque se apaixona po'a mulher do melhor amigoProdução de 1988FACA DE DOIS GUMES (Brás,te.ro) de MuriloSajies Com Paulo José Mar eta Severo José d»?Abreu e José Levvgov Centra! (71 7 0367)14h 10 16h. 1 7h50. 19h40 21h30 (16 anos)Aduhéno. cr»me e comjpçào na trajetòna d»» umadvogado que descobre o romance da muíhe*com o sócio e melhor amigo. Baseado no romancede Fernando Sabirto Produção de 1 9B8A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER ITh*unbearabte hghtn&ss of bemg). d*» Phiiip KaufmanCom Daniel Day Lewis JuUette B*noche LenaOlin e Derek de Lmt. Certrer (711 6909) lí>h.1 Bh 21 h (16 anos)Médco e fotógrafa vivem apaixonada h<st6r.a deamor quando explode a repressão em Praga e «• ?•*»são obrigados a emigrar Baseado no romancehomônimo de Milan Kunderd França/1988E T. — O EXTRATERRESTRE EM SUA AVENTURA NA TERRA (E T — 77*? e*tr» rrrrrsmn'hu actventurv on e>vth) d«? Steven Sp»e?berg Com

Henry Thomas. D«»e Wallace. Peter Coyote *• Hobert MacNaughton Star (São Gonçaio) 14h30.16h40. 18h50. 21 h Curta / última canção dob*>co. de João Carlos Velho (L'vre)Como num conto de fada', da era espacial, o filmenarra o encontro de um extraterrestre com ummenmo de 10 anos EUA/1982

TURISTA ACIDENTAL f The accdentaf rourist). de Lawrence Kasdan Com WiHtam HurtKathleen Tumor e G»*ena Dav»s Niterói Shopn-ng1 5h. 17h. 19h 21 h Curta Aimen e An ~ C>c!odo Rec/fe e da vida de Fernando Spencer (Lrvre)Escritor metódico v4 sua v»da virar de cabeça paraba>*o. quando a mulher pede o divórcio e e'econhece uma extravagante treinadora de cacho*ros. Oscar de melhor atri/ coadjuvante (GeenaDav.s) EU A/1988LOUCAOEMIA DE POLICIA 6 — CIDADE EMESTADO DE SITIO (Pohce Academy 6 C'ty un ¦dor &ege). de Peter Bonerz Com Bubba Sm,thDav>d Graf Michae< Wmslow e Leslíe Far,te'brooiWmdscr í 717 6?B9) 1 bh I 7U 19h 2lh CurtaJ Scwbx um pioneiro do Cinema de f ernandoSpencer, (Lrvre)Comédia Criminosos cr arr pAníco na cidade matando pessoas e redu/mdo o valo* d? seus bensimóveis Para resgatar a ordem, entram e»m açào fisloucos da Academia de F^oíic-.a EUA/«989KUARUP (Brasileiro), dt' Ruy Guoria Com Tau-maturgo Ferreira Fornjmía Torres C^áud a Ra a eLucélia Santos Cinema 1 (711 9330) 15h 1 7h19h. 21 h (14 anos)Padre em cnse CMStençiai vai trabalhar como m snonáno entre os índios do X:ngu e. na volta,engaja na luta po!-t ca contra o reqime mBasnado no i>vro d«« A.-irónto Cagado Produção cie1988A VOLTA DOS MORTOS VIVOS — PARTE II— De Ktm VV.ederhorn Com Michael Kemvivthv.Iftor van L«ngen, Jason Hogan e Jarnes Ka'enTamoro (Sào Gonçaio) 14h30 17h50 2H-10Curta O mu-'0 — O filme rte Sérgio Péo (10anos)Terror Depo-s da cpíos/io nuclear do primeirof me um grupo de mortos vivos continua atwrori-/ando as j>essoas A pr-*KW9 de vhj princpat a'« -mento cérebros frescos EUA/1988HOMEM DE FOGO Uan on f«t>) de Fite Chouraqui Com S«:ot* G^nn. Jade Maíle Jo** Peso e

Adams fam<xa (Sào Gonçaio) 16n'0.19hb0 Curta O rruro — O filme, de Serg-0 PêO(14 anos)Drama d«? açào f sur.ponse sf>bre t«»rrcy*srr«o esequesí^cs Para esciarec**' os cr.m*-, entra em«câo urr agr»nte da CIA EUA/1987

ShowFÁTIMA GUEDES S^ow da cantora e compos!tora No No na Madeira (Av Aimirante Tamandar^ 810 Pira: n;nga) Ho;eAs23h ConvertaNCZS1 2 e consumacáo mínima de NCZS8IDRISS BOUDRIOUA QUINTETO Shov. doinstrumentista No D«ierè (Est Caetano Monteiro18R2 Perx.iot.ba) Hoj" is 23hPAULINHO TROMPETE E SÉRGIO RICARDO— Show do trompet>--fa acompanhado do hurror r»ta No lcafa' Ja.v (Pra>a rt" lcara» 33b) Mo;e as22h30 Couvert a \ .*5 20

ExposiçãoERALDO MOTA Mostra trabalhos do annta No Museu do irtgA (Rua Pres Pedre rj 93)Hoje de 14 as 18hBERNARDII E*püsiçAo dos traba'h<os d i a*t sIa No Mi;v»u do lngà(Rua Pres Pedre ra 7H)Hoje d<? 14 as 18rtLUIS SÉRGIO DE OLIVEIRA E FERNANDOBORGES - Montra dos trabalhei dos art.stas NoMuseu do íngi (Rua Pres Pedre ra. 98) Ho-e de1 4 as 18h

CriançasBRINCANDO DE SHERLOCK HOLMES P-ca mfantií De Augusto Gutierre; No Nitero» í>r»opp ng (3" P'SO) Ht;;e aslüh Entrada francaA GATA BORRAIHEIRA Da obra d s IrmãosGnmm Com Reg na Fracho Alessandra f mm.-;aentre witros Ho;? as 1 7h Ingressos a NC«*S ísI ELEVÍSAO

NITERÓI REVISTA D.retJlo d« FUvio CJrvt.dne Leonardo Aguar Apresentação de E^/abethW.jgr.er O programa de hoje apresenta uma entrevista com M>r;hes .Veare-' d-retca rto CentroEdiK.ar.iona' d'» N t»»r!*>i e uma reportag«*m sotv»» a

Orgânica do Município A ag«»nda da Semanaa opn èo de Marcc-s Gíxnes e a cnV-ca de tu/ taBittencourt O prog-ama va- ao ar p^ a T V Bn:!-rantes ès 9h30

PalestraMENSAGEM 00 CRISTIANISMO ES0TÉRICO NO OCIDENTE l.vo d» paieslfa a v*proferida txx Ronaklo Per^-ra Na Assooacáo Méd'Ci* rtum^norse (Av Roberto S'-:ve.-ra. 123 »cara.) Hoi«. 4s * 6n

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0 que pode haver cm comum entrea igreja evangélica c ojazz? Muita coi-sa. pelo menos para Paulo Robcrio deOliveira. Aos oito anos, PaulinhoTrompcte. como ele é conhecido pelopúblico, fez sua iniciação musical lo-cando numa igreja evangélica cm Ban-gu. bairro onde nasceu c passou parteda infância, "Sempre fui muito ligado aDeus, ele me deu muito apoio numaépoca difícil da minha vida", afirma omúsico, que passou por momentos de-licados. Durante quatro anos, en\ol-veu-sc com a heroina, mudou para aFalsite Street (uma rua de viciadosnos EUA) e gastava uma média de 150dólares por dia para o consumo dadroga. "A hora cm que ficava maislouco <!ra quando lembrava de Deus,chorava demais e me enfiava na músi-a", conta.

Há dois anos afastado do vicio c vi-vendo um momento produtivo, Pauli-nho carrega um extenso currículo. Aos13 anos, fez parte do conjunto Cemini

7, ao lado de Wandcrlcy Cardoso, to-cou em bailes de clubes de suburbioacompanhando Ed Lincoln e o grupoDevaneios, participou da gravação dediscos de Gal Costa. Gilberto Gil c seuúltimo trabalho foi na faixa Manlmtii,do disco Burguesia, de Ca/u/a. Pauli-nho também buscou na Europa o reco-nhecimcnto Ao chegar tia Dinamarca,integrou o conjunto Boa Nova. ao ladode Edson Machado (o inventor dosamba de prato), e depois montou abanda 2 4, tendo como base musical aMPB Mais recentemente, tocou com obaterista Robertinho Silva e o saxofo-nista Mauro Scnisc no Free Jaa Festi-vai. "Nos conhecemos desde a épocade calças curtas. Ele é um dos maiorestrompetislas brasileiros", afirma o ba-terista. "Ê um entusiasta. Aprendomuito quando tocamos juntos, sempreme pareceu ser um campeão", dizMauro. Paulinho loca hoje no IcaraiJazz (Praia de Icarai, 335), ás 22h30(C. A.)

Em cartazArquivo-JB

Só a música salva

Paulinho mistura o talento c a MPB c do jazz

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