O tratamento dado pelo Código Civil às sociedade de responsabilidade limitada.

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A SOCIEDADE LIMITADA NO NOVO CÓDIGO CIVIL DE 2002 João Filippe Rossi Rodrigues Aluno do 2º ano do Curso de Direito da UNESP (campus de Franca-SP) Sumário: 1. Introdução. 2. Sobre o tratamento geral das sociedades no direito civil. 3. Sociedades Personificadas. 4. Sociedade limitada. 4.1. Natureza e legislação aplicável. 4.2. Contrato social. 4.3. Administração da sociedade. 4.4. Distribuição dos resultados. 4.5. Responsabilidade dos sócios. 4.6. Alteração do contrato social. 4.7. Deliberações sociais. 4.8. Conselho fiscal. 4.9. Exclusão de sócios minoritários por justa caus. Conclusão. Referências. 1 INTRODUÇÃO Com a aprovação do Novo Código Civil em janeiro de 2002, houve a tentativa de uma unificação do direito civil e do direito comercial, este antes regulado pelo Código Comercial de 1850, derrogado em grande parte, restando apenas a segunda parte, onde encontram-se as normas sobre o direito marítimo. 1 1 RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Direito empresarial esquematizado. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO. 2014. ARQUIVO EPUB. ISBN 978- 25-02-21799-7, p. 61.

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A SOCIEDADE LIMITADA NO NOVO CÓDIGO CIVIL DE 2002

João Filippe Rossi Rodrigues

Aluno do 2º ano do Curso de Direito

da UNESP (campus de Franca-SP)

Sumário: 1. Introdução. 2. Sobre o tratamento geral das sociedades no

direito civil. 3. Sociedades Personificadas. 4. Sociedade limitada. 4.1.

Natureza e legislação aplicável. 4.2. Contrato social. 4.3. Administração

da sociedade. 4.4. Distribuição dos resultados. 4.5. Responsabilidade

dos sócios. 4.6. Alteração do contrato social. 4.7. Deliberações sociais.

4.8. Conselho fiscal. 4.9. Exclusão de sócios minoritários por justa caus.

Conclusão. Referências.

1 INTRODUÇÃO

Com a aprovação do Novo Código Civil em janeiro de 2002,

houve a tentativa de uma unificação do direito civil e do

direito comercial, este antes regulado pelo Código Comercial

de 1850, derrogado em grande parte, restando apenas a segunda

parte, onde encontram-se as normas sobre o direito marítimo.1

1 RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Direito empresarial esquematizado. 4. ed.Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO. 2014. ARQUIVO EPUB. ISBN 978-25-02-21799-7, p. 61.

Fundado nos princípios da eticidade, socialidade e da

operabilidade2, este diploma apresentou um grande avanço no

tratamento geral do direito privado e também mantendo

considerável diálogo com a Constituição Federal de 1988.

Em questão das atividades comerciais, o Código Civil de

2002 apresentou a filiação à teoria da empresa, inspirado pelo

Codice Civile De 1942, onde o tratamento das atividades econômicas

passou a ser tratada pela ótica de relações entre

particulares.3

Em grande correspondência com a tendência de evolução do

capitalismo mundial, o novo tratamento normativo dado no

Brasil ao tema da empresa veio representa a consolidação das

atitudes correntes no país antes mesmo da aprovação do novo

Código, mesmo que o Código Comercial ainda estivesse em vigor.

Por se tratar de um sistema com grande preocupação em

corresponder a vontade do consumidor e por ser totalmente

imprevisível quanto ao seu arranjo4 é comum que o estado,

traduzido principalmente através de suas leis, venha a

apresentar certa incorrespondência temporal5.

A jurisprudência brasileira já demonstrava um considerável

distanciamento da teoria francesa dos atos de comércio e

evidenciava sua aproximação com a teoria italiana da empresa.

2 GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil. v.1. 16. ed. SãoPaulo: Saraiva. 2014. ARQUIVO EPUB. ISBN 978-25-02-21799-7, p. 149.3 Coelho, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. v.1.16. ed. São Paulo:Saraiva. ARQUIVO EPUB. ISBN 978-85-02-15803-0, p. 34. 4 MISES, Ludwing von. As seis lições. Traduzido por Maria Luiza Borges. 7.ed. São Paulo: Instituto Ludwing von Mises Brasil. 2009. Disponível em<http://mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=39>, acesso em 12 jan de 2015. 5 MISES, Ludwing von. A mentalidade anticapitalista. Traduzido por Carlosdos Santos Abreu. 2. ed. São Paulo: Instituto Ludwing von Mises Brasil.2010. Disponível em < http://mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=271>, acessoem 12 jan de 2015.

Exemplo disto foi a concessão, por parte de juízes, de

concordatas a pecuaristas e a renovação compulsória de

contrato de aluguel a sociedades prestadoras de serviços. 6

Desta forma o novo Código Civil veio a afirmar o que

encontrava-se já em prática e firmar paradigmas para o livre

desenvolvimento do capitalismo em território brasileiro, em

total consonância com o modelo da livre iniciativa

capitalista7.

Um ramo do agora direito empresarial que sofreu bastante

modificação normativa foi o do direito societário, do qual é

localização dos institutos que esse artigo pretende expor

breves esclarecimento.

A sociedade limitada do modo como hoje é configurada,

mostra uma clara evolução no sentido da simplificação e da

adaptação do Direito das Empresas à realidade das trocas

sociais e voluntárias. Este artigo tratará de alguns aspectos

principais e breves a fim de explorar a regulamentação das

limitadas.

2. SOBRE O TRATAMENTO GERAL DAS SOCIEDADES NO DIREITO CIVIL

O capitalismo apresentou-se como um sistema econômico de

grande mutabilidade na história moderna e contemporânea. Não6 RAMOS, op. cit., p. 58. 7 Como observado no caput e no parágrafo único do art. 170 da Constituiçãode 1988 que diz que a “ordem econômica, fundada na valorização do trabalhohumano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existênciadigna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintesprincípios: [...] Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercíciode qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãospúblicos, salvo nos casos previstos em lei.”

de outra maneira os seus elementos e agentes também apresentam

uma evolução que está longe de se manter estáticos em seu modo

de ação, mesmo que tenham conservado durante toda essa

trajetória.

Podem ser identificadas, nesse processo de transformação e

adaptação, a figura das sociedades comerciais ou, como são

chamadas atualmente, as sociedades empresariais. Fábio Ulhoa

Coelho identifica já na época do Renascimento exemplos de

sociedades que exerceram atividades de natureza empresarial.8

O art. 981 abre o segundo título do Livro II do Código

Civil, inciando identifica na sociedade o contrato onde as

partes se obrigam a “contribuir, com bens ou serviços, para a

o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos

resultados.”

No entanto, segundo o art. 982 percebe-se que nem toda

sociedade, por mais que uma de suas características seja a

atividade econômica, é empresária, fazendo este artigo

distinção entre sociedades empresárias e sociedades simples.

Seguindo a mesma orientação do art. 966, o direito

brasileiro atrela ao aspecto empresarial a necessidade desta

atividade econômica ser organizada para a produção ou a

circulação de bens ou de serviços. Desta forma a sociedade que

se encaixar nestes parâmetros é tomada como sociedade

empresária, aplicando-se as regras específicas relativas a

estas e, por exclusão, as que não se identificarem com essas

características são denominadas de sociedade simples.

8 COELHO, op. cit., p. 109.

Por objeto de interesse do atual artigo a análise se

focará dos arts. 1.052 ao 1.087 do Código Civil de 2002,

relativos à Sociedade de Responsabilidade Limitada (LTDA).

Para maiores detalhes cabe-se voltar a atenção para o art.

44 do Código Civil, onde diz que são pessoas jurídicas de

direito privado: I- as associações; II- as sociedades; III- as

fundações; IV- as organizações religiosas; V- os partidos

políticos; VI- as empresas individuais de responsabilidade

limitada.

Logo conclui-se que os institutos que trataremos aqui são

também regidas pelas normas. O §2º remete que as disposições

relativas às associações aplicam-se subsidiariamente às

sociedades, além das que estudam-se no Livro II.

É importante lembrar que nem todas as sociedades são

personificadas, ou seja, não estão em dia com o seu registro,

são as sociedades em comum e as sociedade em conta de

participação, que estão disciplinadas pelos artigos 986 a 990

e os artigos 991 a 996.

É interessante observar que essas regras guardam uma

relação com a morosidade no registro de empresas no território

brasileiro. Empresas, que pelo excesso de burocracia e

ineficiência que podem advir do Estado9, acabam recebendo

disciplina do Código Civil para facilitar a operação dessas

sociedades em operação.

9 ESTADÃO. Abrir uma empresa demora 107 dias e pagamento de impostos rouba 2,6 mil horas no Brasil. Disponível em: < http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,abrir-uma-empresa-demora-107-dias-e-pagamento-de-impostos-rouba-2-6-mil-horas-no-brasil,4650,0.htm>, acesso em 15 de jan 2015.

3. SOCIEDADES PERSONIFICADAS

É importante também ter-se registrado o conceito e a

disciplina que o Código dá para as sociedades personificadas,

nas quais estão incluídas a sociedade limita e a sociedade

anônima. Diferentemente do direito inglês, no Brasil nem

sempre sociedade personalizada está ligada à limitação da

responsabilidade, já que o ordenamento interno tem incorporado

tipos societários que permitem a responsabilização dos

sócios10.

É importante lembrar que nem todas as sociedades são

personificadas, ou seja, o seu registro não se encontra

totalmente regulado, são elas identificadas pelo Código Civil

de 2002 como as sociedades em comum e as sociedades em conta

de participação, que estão disciplinadas pelos artigos 986 a

990 e os artigos 991 a 996.

A título de comentário, é interessante observar que essas

regras guardam uma relação com a morosidade no registro de

empresas no território brasileiro. Empresas, que pelo excesso

de burocracia e ineficiência que podem advir do Estado11,

acabam recebendo disciplina do Código Civil para facilitar a

operação dessas sociedades em operação.

A pessoa jurídica é um instituto jurídico, não

preexistente a este, que por se apresentar como uma técnica10 COELHO, op. cit., p. 2011 ESTADÃO. Abrir uma empresa demora 107 dias e pagamento de impostos rouba 2,6 mil horas no Brasil . Disponível em: < http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,abrir-uma-empresa-demora-107-dias-e-pagamento-de-impostos-rouba-2-6-mil-horas-no-brasil,4650,0.htm>, acesso em 15 de jan 2015.

jurídica acaba por auxiliar a comunidade jurídica na solução

de conflitos ou a composição de interesses. Tomado isto cabe-

se observar quais são os seus principais efeitos quando se

define que as sociedades empresárias são reconhecidas como

pessoas jurídicas.

A principal consequência da personificação que a sociedade

fica reconhecida como sujeito de direito, apresentando

personalidade e, consequentemente, patrimônio distinto e

autônomo dos sócios que a constituíram, dando uma das bases

para a configuração da responsabilidade limitada. Assim, a

própria sociedade responde por suas obrigações sociais12.

Acrescenta-se ainda que a titularidade processual é também é

diversa das dos sócios.

Segundo o art. 44 do Código Civil, são pessoas jurídicas

de direito privado: I- as associações; II- as sociedades; III-

as fundações; IV- as organizações religiosas; V- os partidos

políticos; VI- as empresas individuais de responsabilidade

limitada.

Logo conclui-se que os institutos que trataremos aqui são

também regidas pelas normas. O §2º remete que as disposições

relativas às associações aplicam-se subsidiariamente às

sociedades, além das que estudam-se no Livro II.

4. SOCIEDADE LIMITADA

A sociedade limitada representa o tipo societário mais

utilizado na prática empresarial brasileira, correspondendo12 Como assim demonstra o art. 1.024 do Código Civil.

cerca de 90% dos registros de sociedade no Brasil. A

contratualidade e a limitação da responsabilidade dos sócios

são as duas características específicas deste tipo que podem

explicar a sua grande adesão nas atividades comercial.

É certo que nem sempre o interesse social coincide com os

interesses individuais dos sócios, da mesma forma que os

resultados conseguidos com as decisões tomadas no curso de

suas atividades são coincidentes com as aspirações

individuais.

Desta forma o descolamento da personalidade individual dos

sócios da personalidade jurídica da sociedade representa um

grande incentivo para os empreendedores em potencial iniciarem

suas atividades econômicas.

A limitação da responsabilidade dos sócios nesse tipo

societário vem a expressar essa condição, já que o risco

empresarial não será posto totalmente sobre a pessoa

individual do societário, e o seu patrimônio será protegido,

nos termos legais, das obrigações e responsabilidades

contraídos pela sociedade.

No entanto, outros tipos societários também apresentam

essa característica, como a sociedade anônima, de modo que

isto, apenas, não explique a grande atratividade deste tipo de

regulação.

Há de se considerar como fator contribuinte para o

prestígio da sociedade limitada a sua contratualidade, que

representa um atrelamento à autonomia da vontade, integrante

da liberdade econômica, grande fator de sucesso econômico e de

desenvolvimento humano para as sociedades13.

O contrato social, documento de caráter liberal e fundador

da sociedade, portanto, será o principal instrumento de

regulação das atividades e dos procedimentos concernentes à

sociedade limitada.

Diferentemente da sociedade anônima, como será visto

adiante, as regras previamente estabelecidas pela legislação

não constituem o principal meio norteador das atividades dos

sócios, mas sim o contrato pelos sócios estabelecidos, com

clausulas e regras compactuadas por eles mesmos.

4.1 Natureza e Legislação aplicável

No entanto, cabe-se a observação de que há regras

previamente estabelecidas pelo Código Civil de 2002, a fim de,

principalmente, garantir uma tipificação necessária e

garantidora de certa previsibilidade para esta espécie

societária.

Atendendo principalmente a anseios dos pequenos e médios

empreendedores, foi regulamentado a fim de estabelecer um tipo

de sociedade que possuísse um modelo legal flexível, simples e

13 Como pode ser observado na comparação entre o Índice de Liberdade Econômica, elaborado pela Heritage Foundation em parceria com o Wall Street Journal (disponível em: <http://www.heritage.org/index/>, acesso em 10 de jan de 2015), e o Índice de Desenvolvimento Econômico (disponível em: <http://www.pnud.org.br/atlas/ranking/Ranking-IDH-Global-2013.aspx>, acessoem 10 de jan de 2015). O primeiro índice considera dentre os indicativos a liberdade empresarial, expressa pela legislação do país. Numa comparação com o IDH, há a clara constatação de que um país que promove a proteção à liberdade econômica provavelmente estará entre os países mais desenvolvidose, se não, apresentará grande evoluções socioeconômicas (como é o caso, porexemplo, de Botswana, no continente africano).

desburocratizado (ao menos para os padrões brasileiros) que

contasse também com o dispositivo da limitação da

responsabilidade dos sócios nas obrigações contraídas pela

sociedade.

A primeira regulação pode-se perceber na Alemanha, no fim

do século XIX, representando uma clara alternativa à sociedade

anônima, demonstrando a sua entrada recente no direito

empresarial, comparando-se com os outros tipos societários.

No Brasil a primeira lei viria a ser decretada em 1919, a

chamada Lei das Limitadas, no entanto grandemente criticada pela

doutrina e empresários, por legislar mais propriamente a

respeito da sociedade por quotas de responsabilidade, apresentando um

certo fusão entre a sociedade anônima e sociedades contratuais

de pessoas, desta forma apresentando certas discrepâncias com

os anseios empresariais.

Nas palavras de André Luiz C. S. Ramos tem-se que:

Atualmente, a sociedade limitada é um modelo

societário empresarial típicom regulado por um

capítulo próprio do Código Civil (arts. 1.052 a

1.087), que finalmente conferiu um novo perfil a

esta sociedade começando por lhe atribuir nova

nomenclatura: de sociedade por quotas de responsabilidade

limitada passou a ser apenas sociedade limitada.14

A atual legislação, do Código Civil de 2002, a respeito

das sociedades limitadas possui um texto menor que a Lei das

14 RAMOS, op. cit., p. 422.

Limitadas de 1919, no entanto limitando-se a assuntos mais

básicos do que esta.

Além dos 36 artigos que a disciplinam (arts. 1.052 a 1.087

do atual Código Civil), tem-se também a possiblidade de

aplicação dos arts. 997 a 1.038, referente às sociedades simples.

Como já dito, essas regras se aplicam subsidiariamente,

segundo o caput do art. 1.053.

Também no campo das regras das sociedades anônimas há a

possibilidade de aplicação supletiva daquelas regras na

constituição da sociedade de responsabilidade limitada.

Segundo o art. 18 da antiga Lei das Limitadas, havia a

permissão para que os sócios, por expressa disposição

constante do contrato social, pudessem adotar, de modo

supletivo, as normas contidas na Lei das Sociedades por Ações (Lei

6.404/1976 – LSA).

4.2 Contrato social

Como já visto, o contrato social é um dos elementos

caracterizadores das sociedades limitadas. As características

que fazem do contrato social ter natureza jurídica são: a

possiblidade de várias pessoas dele tomarem parte e a affectio

societatis.

O art. 1.054 do Código Civil, determina que “no que

couber, as indicações do art. 997, e, se for o caso, a firma

social”. O art. 997, por sua vez, elenca que deverá constar

nos contratos: a) nome, nacionalidade, estado civil, profissão

e residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a

denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas; b)

denominação, objeto, sede e prazo da sociedade; c) capital da

sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender

qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária;

d) a quota de cada sócio no capital social, e o processo de

realização; e) as prestações das quais se obriga o sócio, caso

a contribuição seja em serviços; f) as pessoas naturais

responsáveis

Não é de se entranhar essa especificação do contrato, já

que ele é um dos elementos caracterizadores e que contribuíram

para o sucesso dessa espécie de sociedade. Tangente a isto, há

o ponto também dele representar a segurança jurídica que

haverá na sociedade.

Ele deverá ser escrito e ser levado ao órgão competente

para o seu registro. Segundo o art. 1.150 do Código Civil,

caso seja uma sociedade empresária, deverá ser levado na Junta

Comercial; caso seja uma sociedade simples o registro deverá

ser levado ao Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas.

A sociedade limitada, mesmo sendo um tipo societário

notado por ser de índole empresarial, pode sim exercer objeto

que não seja caracterizado como empresarial, onde ostentará a

natureza de sociedade simples

A qualificação dos sócios no contrato social deve ser

feita com o objetivo de uma melhor fiscalização da Junta

Comercial, por exemplo, onde serão verificadas eventuais

pendências ou impedimentos que poderiam impossibilitar um

sócio de adentrar na sociedade.

Lembre-se que um incapaz ou um impedido (segundo o art. 972

do Código Civil) até podem participar (o sócio não é o

empresário), desde que não assumam cargos administrativos, já

que não teriam capacidade civil que permitisse a contração de

responsabilidades e obrigações.

O capital social também deverá constar no contrato, já que

é a somatória correspondente aos montantes de cada sócio. No

caso das sociedades limitadas, o Código Civil preferiu arrolar

mais alguns dispositivos a fim de melhor regular as hipóteses

de aumento e redução do capital, nos arts. 1.081 a 1.084.

De acordo com o art. 1.055, o capital social pode ser

dividido em quotas iguais e desiguais, representando a escolha

pelo sistema da pluralidade de quotas, mas não na sua

concepção pura.

Cada sócio fica responsável pela subscrição e pela

integralização das cotas, comprometendo-se a efetivá-la como

prometido. Ela pode ser feita de formas diversas, no entanto o

§2º do art. 1.055 não permite a efetivação através da

realização de serviços.

4.3 A administração da sociedade

A atividade do administrador é personalíssima, não sendo

permitido a ele exercer outra função (art. 1.064). Também não

pode ser exercida por pessoa jurídica (art. 997, VI), além das

pessoas mencionadas pelo art. 1.011, §1º, do Código.

O art. 997, inciso VI, além de chamar a designação dos

administradores (se houver mais de um), também dita a

necessidade de se estabelecerem as suas funções e deveres.

É importante lembrar que há duas formas de se apontar a

maneira como os administradores são escolhidos, através do

próprio contrato social, ou através de documento em separado.

A diferença entre os tipos de nomeação reside no fato de

que aquele nomeado pelo contrato social, quando não sócio,

possui poderes irrevogáveis; enquanto aquele nomeado por ato

em separado tem poder revogáveis a qualquer momento (art.

1.019, CC).

No silêncio da designação dos poderes e atribuições é

entendido que há a autonomia para estes praticarem quaisquer

atos pertinentes à gestão da sociedade, desde que não seja

oneração de bens imóveis (segundo o art. 1.015, do Código).

Na direção do parágrafo único do art. 1.015, aponta-se que

a sociedade responderá por todos os atos dos seus legítimos

administradores, salvos a hipóteses dos incisos I, II e III.

No inciso I está exposto que quando os administradores que

extrapolarem os poderes estabelecidos no contrato social, ou

em ato separado que especifique, não haverá a responsabilidade

para a sociedade.

O inciso II estabelece que, semelhantemente ao primeiro,

quando aos terceiros couber ciência que determinado ato do

administrador não corresponde às suas atribuições, ou seja,

quando provado que os terceiros conhecem as limitações, mesmo

que não registradas em ato oficial, à sociedade também não

caberia a responsabilidade.

O inciso III trata da chamada teoria ultra vires, onde cuida

da hipótese de quando o administrador realiza atividade

diversa dos negócios da sociedade.

Diferentemente das duas primeiras, que trata de quando as

atividades condizem com as atividades da sociedade, esta

teoria, surgida no direito inglês, trata de operações

estranhas.

Os administradores, quando agem com culpa, “respondem

solidariamente perante a sociedade e a terceiros prejudicados”

(art. 1.016).

Por fim, “os administradores são obrigados a prestar aos

sócios contas justificadas de sua administração, e apresentar-

lhes o inventário anualmente, bem como o balanço patrimonial e

o de resultado econômico” (art. 1.020, do Código).

4.4 Distribuição dos resultados.

Detalhe importante que não poderia deixar de ser regulado

é justamente o que ocorre com os resultados, sejam eles

positivos ou negativos, ainda mais levando em consideração que

a atividade empresarial leva justamente em conta o caráter

lucrativo e, quando de uma sociedade, a partilha desses

lucros.

Disto trata justamente o inciso VII, do art. 997. Sabe-se

que é vedada a “cláusula leonina”, pelo art. 1.008, do Código

Civil. Desta forma, estando incluído todos os sócios, cabe-se,

no contrato, a indicação de como será dada a divisão dos

resultados, sua participação.

Caso o contrato não determine os parâmetros que serão

determinantes neste assunto, pela legislação civil é aplicado

o art. 1.007 do Código Civil: “salvo, estipulação em

contrário, o sócio participa dos lucros e das perdas, na

proporção das respectivas quotas, mas aquele, cuja

contribuição consiste em serviços, somente participa dos

lucros na proporção da média do valor das quotas”.

É necessário apontar que a parte final não deve ser

considerada, já que conforme o §2º do art. 1.052, que coloca

fora das possibilidades de participação nas quotas da

sociedade, a prestação de serviços.

A distribuição dos lucros ilícitos ou fictícios, por sua

vez, obedece aos preceitos do art. 1.009 do Código Civil, que

diz que os administradores que os realizarem, assim como os

sócios que os receberem, respondem solidariamente, quando

conhecem ou devem conhecer a ilegitimidade de tais.

Ainda segundo o art. 1.059, do Código, os sócios estão

obrigados a reporem eventuais percas lucrativas e também

restituir as quantias retiradas, a qualquer título, mesmo que

pelo contrato autorizados, caso acarrete prejuízo ao capital

social.

4.5 Responsabilidade dos sócios

A responsabilidade dos sócios está expressa no art. 1.052,

do qual já foi falado, ou seja, cada sócio responderá conforme

a sua contribuição ao capital social, mas solidariamente pela

integralização do capital.

Percebe-se que, em regra, não há a responsabilização do

sócio através de seu patrimônio pessoal, firmando uma das

características chamariz deste tipo societário empresarial.

Segundo o art. 1.024, do Código Civil, é consagrado este

princípio, o princípio da autonomia patrimonial. Dessa forma

pode-se afirmar que a responsabilidade dos sócios sempre é

subsidiária, independentemente do patrimônio estar totalmente

ou não integralizado.

No entanto, no caso da segunda hipótese os sócios

responderão solidariamente, mesmo que já possa ter contribuído

totalmente com a sua quota, restando-lhe o direito de

regresso. Lembrando-se, mais uma vez, que é respeitado o

princípio da autonomia patrimonial. O credor, desta forma,

poderá executar qualquer um dos sócios quotistas.

4.6 Alteração do contrato social

Seguindo o exemplo da sociedade pura, o contrato da

sociedade limitada não é um contrato imutável, pode, conforme

a vontade dos sócios, ser mudado. No entanto, é exigido, pelo

Código Civil de 2002, um quórum bastante expressivo.

Conforme o art. 1.076, inciso I, do Código é exigido um

quórum de ¾ do capital social para tal modificação. Essa

modificação sempre deve ser averbada no local onde o registro

foi feito.

4.7 Deliberações sociais

Há decisões que podem ser tomadas unipessoalmente na

sociedade, pelo administrador, decisões mais corriqueiras,

mais comuns, decisões menores. Em oposição decisões de maior

complexidade exigem uma decisão colegiada.

O art. 1.071 do Código Civil arrola quais serão as

decisões que deverão ser tomadas através de deliberação dos

sócios, além de outras que possam conter em outras leis, ou

mesmo no próprio contrato: a) aprovação das contas da

administração; b) a qualificação dos administradores, quando

feita em ato separado; c) a destituição dos administradores;

d) o modo de sua remuneração, caso não tenha sido estabelecido

no contrato; e) a modificação do contrato social; f) a

incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a

cessação do estado de liquidação; g) a nomeação e destituição

dos liquidantes e o julgamento das suas contas; h) o pedido de

concordata.

O órgão competente para tanto é a assembleia dos sócios,

que, no entanto, pelo Código de 2002, pode ser substituído

pela reunião dos sócios, caso a sociedade tenha até dez

sócios. É o que se vê versado no art. 1.072 do Código Civil e

também no seu parágrafo primeiro:

Art. 1.072. As deliberações dos sócios, obedecido odisposto no art. 1.010, serão tomadas em reunião ouem assembléia, conforme previsto no contratosocial, devendo ser convocadas pelosadministradores nos casos previstos em lei ou nocontrato.§ 1o A deliberação em assembléia será obrigatóriase o número dos sócios for superior a dez.

A diferença entre esses dois regimes de tomada de decisão

está justamente no seu procedimento. Enquanto o regime de

assembleia segue um rito mais solene, que deverá estar de

acordo com o Código Civil; o regime de reunião de sócios, por

sua vez, segue um rito mais simplificado, o qual deverá estar

com os detalhes de seu procedimento descritos no contrato

social.

Segundo o §5º do art. 1.072, todas as decisões deliberadas

fazem lei entre os sócios, mesmo que ausentes ou dissidentes.

No entanto, segundo o art. 1.080, as decisões que ferirem o

contrato tornam os que as aprovaram ilimitadamente

responsáveis por elas.

Segundo o art. 1.073, a reunião ou a assembleia pode ser

convocada por: a) sócios, quando houver um atraso acima de

sessenta dias por parte dos administradores na convocação, nos

casos regulados por lei e nos contratos; b) pelo conselho

fiscal, em conformidade com o inciso V do art. 1.069.

O quórum de instalação é conseguido com a presença de

titulares com três quartos do capital social, segundo o art.

1.074 do Código Civil, na primeira convocação, e nas demais

com qualquer número. O quórum de deliberação, por sua vez, é

conseguido, conforme o art. 1.076, através de:

I - pelos votos correspondentes, no mínimo, a trêsquartos do capital social, nos casos previstos nosincisos V e VI do art. 1.071; II - pelos votoscorrespondentes a mais de metade do capital social,nos casos previstos nos incisos II, III, IV e VIIIdo art. 1.071; III - pela maioria de votos dospresentes, nos demais casos previstos na lei ou nocontrato, se este não exigir maioria mais elevada.

O sócio pode ser representado na assembleia por outro

sócio, ou por advogado, tendo em vista a outorga de mandato

com o detalhamento dos atos que seriam autorizados, conforme o

art. 1.074. No entanto, “Nenhum sócio, por si ou na condição

de mandatário, pode votar matéria que lhe diga respeito

diretamente” (art. 1.074, §2º).

A presidência da assembleia será composta por sócios entre

os presentes (art. 1.075) e “dos trabalhos e deliberações será

lavrada, no livro de atas da assembléia, ata assinada pelos

me1mbros da mesa e por sócios participantes da reunião,

quantos bastem à validade das deliberações, mas sem prejuízo

dos que queiram assiná-la.” (§1º, art. 1075).

Deverá a sociedade apresentar uma cópia autenticada pelos

administradores da deliberação da assembleia ao Registro

Público de Empresas Mercantis para arquivamento e averbação,

no prazo de vinte dias subsequentes à reunião (art. 1.075,

§3º).

Apesar de toda essa flexibilidade permitida pelo Código

Civil, é exigido, através do mesmo, a realização de pelo menos

uma assembleia ao ano, nos quatro meses seguintes ao término

da atividade, segundo o art. 1.078 do Código Civil, a fim de:

a) tomar as contas dos administradores e deliberar sobre o

balanço patrimonial e o de resultado econômico; b) designar

administradores, quando for o caso; c) tratar de qualquer

outro assunto constante da ordem do dia.

O direito de retirada do sócio é permitido pelo Código

Civil, no prazo de trinta dias subsequentes à deliberação,

segundo o art. 1.077, nos casos de: a) alteração do contrato

social; b) fusão ou; c) incorporação.

Os arts. 1.079, §3º e 1.078, §4º trataram da

responsabilização dos sócios pelas decisões tomadas em

assembleia. O primeiro diz que a “aprovação, sem reserva, do

balanço patrimonial e do de resultado econômico, salvo erro,

dolo ou simulação, exonera de responsabilidade os membros da

administração e, se houver, os do conselho fiscal”. E o

segundo diz que “extingue-se em dois anos o direito de anular

a aprovação a que se refere o parágrafo antecedente”.

4.8 Conselho fiscal

O Código também cuidou de regular como se dará a formação

do conselho fiscal, que poderá ser instituído pela sociedade,

desde que, de acordo com o art. 1.066, seja estabelecido sem

prejuízos aos poderes da assembleia, devendo ser configurado,

pelo contrato social, com três ou mais membros e suplentes.

Eles receberão remuneração fixa para a realização de suas

atividades (art. 1.068, do Código Civil).

O perfil dos integrantes também é descrito no mesmo

artigo, devendo eles serem residentes no país, eleitos na

assembleia, e podem ou não ser sócios. Não podem participar do

conselho, segundo o §1º do art. 1.066: a) os impossibilitados

pelo art. 1.011, §1º; b) os membros dos demais órgãos da

sociedade ou de outra por ela controlada; c) empregados de

quaisquer delas ou dos administradores; d) cônjuge e parentes

de até terceiro grau.

O conselho fiscal é um órgão facultativo e deve ser

heterogêneo, razão pelo qual o art. 1.066, §2º determinou que

os sócios minoritários que detenham ao menos um quinto do

capital social têm o direito de eleger, privativamente, um

membro do conselho, assim como seu respectivo suplente.

O art. 1.069 do Código arrola as atividades

exemplificativas que caberão ao conselho fiscal eleito, são

elas: a) examinar, pelo menos trimestralmente, os livros e

papéis da sociedade e o estado da caixa e da carteira, devendo

os administradores ou liquidantes prestar-lhes as informações

solicitadas; b) lavrar no livro de atas e pareceres do

conselho fiscal o resultado dos exames referidos no inciso I

deste artigo; c) exarar no mesmo livro e apresentar à

assembleia anual dos sócios parecer sobre os negócios e as

operações sociais do exercício em que servirem, tomando por

base o balanço patrimonial e o de resultado econômico; d)

denunciar os erros, fraudes ou crimes que descobrirem,

sugerindo providências úteis à sociedade; e) convocar a

assembleia dos sócios se a diretoria retardar por mais de

trinta dias a sua convocação anual, ou sempre que ocorram

motivos graves e urgentes; f) praticar, durante o período da

liquidação da sociedade, os atos a que se refere este artigo,

tendo em vista as disposições especiais reguladoras da

liquidação.

Note-se que estas prerrogativas acima descritas competem

exclusivamente ao conselho fiscal da sociedade limitada, não

podendo ser exercidas ou delegadas a qualquer outro órgão da

sociedade, segundo disposição do art. 1.070 do Código Civil:

“as atribuições e poderes conferidos pela lei ao conselho

fiscal não podem ser outorgados a outro órgão da sociedade, e

a responsabilidade de seus membros obedece à regra que define

a dos administradores (art. 1.016)”.

Finalmente, é cabível que em alguns casos o bom exercício

de suas atribuições exigirá dos membros do conselho fiscal

conhecimentos técnicos ou contábeis que eles não possuem.

Nessas situações, “o conselho fiscal poderá escolher para

assisti-lo no exame dos livros, dos balanços e das contas,

contabilista legalmente habilitado, mediante remuneração

aprovada pela assembleia dos sócios” (art. 1.070, parágrafo

único).

4.9 Exclusão extrajudicial de sócios minoritários por justa

causa

Também é previsto pelo Código a possibilidade de se

excluir sócios minoritários por justa causa. Isto porque

substancial para a existência e manutenção das sociedades é a

chamada affectio societatis. Não existindo, não há outro caminho a

não ser a dissolução da sociedade. No entanto, quando esta

está restrita a apenas um sócio, é preferível à sociedade

continuar a existir sem ele, em harmonia com o princípio da

preservação da empresa.

A novidade trazida pelo Código de 2002 é que a exclusão de

sócio minoritário não precisará ser exclusivamente por meio da

judicialização, faculta-se à maioria dos sócios a exclusão

extrajudicial de determinado sócio faltoso.

Segundo o art. 1.085 excetuando-se o que dispõe o art.

1.030, quando a maioria dos sócios, representando mais da

metade do capital social, vir a entender que um ou mais sócios

põem em risco a affectio socieatatis, e a própria sociedade, “em

virtude de atos de inegável gravidade, poderá excluí-los da

sociedade, mediante alteração do contrato social, desde que

prevista neste a exclusão por justa causa”.

Deve-se ser convocada, pelos demais sócios, uma assembleia

ou reunião específica, na onde se haverá exclusivamente a

discussão e votação a respeito da eventual exclusão do sócio

faltoso. Nada mais poderá ser discutido ou votado nessa

assembleia ou reunião.

É exigido ainda que o sócio acusado seja cientificado

acerca da realização da assembleia ou reunião que deliberará a

sua possível exclusão, a fim de que ele possa comparecer na

data e local marcados com a finalidade de se defender das

acusações que lhe são imputadas.

Por fim, destaque-se que o Código Civil exigiu quorum de

maioria absoluta para a exclusão extrajudicial de sócio por

justa causa, razão pela qual apenas os sócios minoritários

poderão ser excluídos da sociedade por tal via, restando

apenas a via judicial para a exclusão de sócio majoritário.

5 CONCLUSÃO

É visível a evolução do sistema capitalista e sua

capacidade de criação de novas demandas. Os anseios dos

empresários por tipificações mais simples na legislação

brasileira para a criação, operação e até mesmo o fim de

empresas, são sempre procurados a fim de ser atendidos.

No quesito do tipo societário mais popular na sociedade

brasileira, a tratada sociedade de responsabilidade limitada,

houve uma clara evolução desde a lei anterior, e uma clara

exposição de que o Código Civil de 2002 soube muito bem tratar

este tipo societário.

Apesar dos dispositivos apresentarem um aumento em questão

de números de artigos, a segurança jurídica e a flexibilidade,

trazida pelo contrato social, apenas melhoram a maneira como o

Estado lidará com as sociedades de responsabilidade limitada,

já que o tratamento a estas é muito semelhante ao dado às

sociedades puras.

Também é interessante perceber como regramentos

concernentes com as sociedades anônimas também podem ser

aplicados.

A limitação da responsabilidade, outro atrativo legal

desta espécie de sociedade empresarial, também regulada pelo

Código Civil de 2002, apresentou grande evolução e o

tratamento dado também é muito satisfatório a fim de se

estimular as atividades empresariais.

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