NOVEMBRO - UQ 390 - Coleção Digital de Jornais e Revistas ...

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1949 NOVEMBRO - UQ 390

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UlNOVEMBRO — 1949Redator-chef e. M R DE CASTRO -

6.° DO ANO XXXID

PROPRIEDADE DA COMPANHIA EDITORA AMERICANADiretor-presidente: GR

Redação: Rua Visconde de Maranguape. 15. Rio d*3 JaRedação: 22-4447; Administração e Publicidade: 22-255Severino Lopes Guimarães, rua Alvares Penteado n» ISCapitão Salomão w> 67. telefone 4-1569. RepresentantesMendonça, 19 West. 44th Street, New York City, In Y54, 2dt., Lisboa. Na África Oriental Portuguesa: D. SMuratório & Cia.. Constituyente. 1746, Montevidéu. Na ArBuenos Aires. Número avulso em todo o Brasil: Cr$

Registrada — Para o Brasil. Cr$ 4

ATULIANO BRITOneiro. Endereço telegráfico: *'Revista". Telefone» —0. Representantes em São Paulo — Para a publicidade;0. 59 andar, sala 502, telefone 3-2649; Distribuic&o: rua— Nos Estados Unidos da América do Norte: Aguiar

Em Portugal: Helena A. Lima, avenida Fontes de Melo,pano, Caixa Postal 434, Lourenço Marques. No Uruguai:gentina: Inter-Prensa, Florida, 29, tel. 33, Avenida 9109,

4,00. Número atrasado: Cr$ 5,00. Assinatura anual:S.00. Para o estrangeiro, Cr$ 78,00

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MAGAZINE MENSAL ILUSTRADO — CIENTIFICO. ARTÍSTICO. HISTÓRICO E LITERÁRIO (FUNDADO EM 1917) y

lí 1 SIV U IIIf W 11 F OS LA PARAConto de ISABELA TAVES

"AO SENTAR-SE NO BAR DE«TOE. DON ADMITIU QUE ERA.REALMENTE, UM. FRACASSA-DO. REPENTINAMENTE, LE-VANTOU-SE E AVANÇOU PARAUM DESORDEIRO. QUE EMPU-NHAVA UMA PISTOLA..."

ON sentiu vontade de chorar, dechorar como uma criança. Sentiu

mfoém uma vontade louca desair ara a rua e esmurrar o primeiroque er ;ontrasse, mesmo que fosse umguarda. Gostaria também de poder

1 pé sobre o balcão do "Depar-taménti de Vendas'', vociferando de-safo maiúsculos, que os diretores

ouviriam — e não gostariam.ente decidiu que passaria ai-

no bar do Joe.&ih sorrateiro, taciturno, indo

5quil o corpo no alto do esguiode pernas longas, num

cante pequeno balcão. Isso, àslres

^ 1 "as pouco depois de haverrece o, no Banco, a importância re-lativc } seu cheque-pagamento. Qua-

os Unham decorrido, desde en-[Q0, (~ °n sempre bebendo.Mai. larde, quando o bar ficoucheic habitues, encolheu-se todo,

^ . -tado, até a extremidade doalc< mquanío este era impetuosa--upado por repórteres e revi-S°MS' °r!CabeÇado's Per Mike Flynn.]ão era, positivamente, umorem à sua custa o jornalanhava um bom cabeçalho,coisa de sensacional e que

interesse cio público.o melhor repórter de

escritor,Settiprequalquçsus!gr;cErG, ri-

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polícia da cidade — e o mais atre-vido e respeitado, mesmo entre osdelinqüentes. Alguns 'corretores deanúncios participavam da "rodinha

de amigos" de Mike. Todos, semexceção eram gratificados, com ousem razão, com alguma pilhéria es-túpida ou insultuosa de Mike, entre

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1 EU SEI TUDO 33^ Ano — N'.* 6 — Novembro

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o riso geral. Porém, logo que c seubando se dispersou, deixando o bar,Mike ficou calado e só, na outra ex-tremidade do balcão e sempre ignc-rando a presença de Don.

O mesmo, porém, não aconteciacom Joe que vinha observando aatitude do rapaz. Diplomático e ia-lando em voz baixa, entre dentes,aproximou-se dele, para dizer pater-nalmente:

— Você devia ir para casa. . . Jávai íicando tarde. . .

Don moveu a cabeça em enérgicanegativa. Não podia! Ir para casasignificava encontrar-se com Polly.Polly imediatamente começaria a fa-zer perguntas pois logo notaria aalteração no seu semblante. E semdúvida diria: "Don! Não sei o queestá acontecendo com você. No cole-gio você era o "maioral". nos estu-dos e no campo de esportes''. . .

E Den, naturalmente, não poderiaíazê-la compreender — êle próprionão compreendia! — o que estavaocorrendo. "O miserável Gilbert —tentaria explicar. — Êle nunca simpa-tizou comigo" . . .

De fato, íude se passara friamente,sem debates. E isso era o mais irri-tante. Gilbert chamara Don ao seugabinete, fazendo questão de entre-gar, pessoalmente, o cheque-pagamen-to. Era essa a primeira vez que dis-pensava os serviços do caixa, que-rendo efetuar, êle próprio, essa en-trega. E então dissera:

"— Don, você não tem demons-trado empenho ultimamente. Na ver-

-dade tem sido incapaz de conseguirum "pedido"

qualquer. Ora, reco-nhecemos aue a competição se torna.dia a dia maior; mas, por isso mes-amo, exigimos maior esforço e mesmo

dedicação de nossos vendedores. Eagora chegou o momento de vocêprovar que é, de fato, um vendedor.

A Diretoria estava bastante desgos-

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tosa, mas falei em favor de você efui autorizado a esperar mais ummês. Por isso fiz auestão de fazereste pagamento e preveni-lo de quepoderei pagar somente mais outremês. . . no caso de continuar tracassando..."

E agora? A situação era essa. Nãohavia outro remédio senão arranjaroutro emprego! Oh! Não poderiaolhar uma só vez mais para Gil-bert. . . Impossível!

Mas não tardou a voltar ao seudevaneio:

"— Teu nome é Don Tapen, rapaz!Talvez alguém ainda se lembre detuas proezas dos bons tempos do foci»bali colegial. E daí, quem sabe? Tai-vez algum "coach"

pense em te apro-veitar no seu "team". Por que não?Polly disse, certa vez, que era c seu"lindo

gigante louro", o "center" irre-sistível! Para ser franco, isso íoiantes de ela descobrir que haviauma grande diferença entre a cora-gem física e essa coragem persis-tente, teimosa, refletida, que faz dealguém um bom vendedor praçista ou

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IPAEA O LAR — O ideal para passarsedas, lãs e linhos. Um ferro que, aogosto de quem o maneja, expele vapor

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um bom. . . qualquer outra coisa; en-fim., um rapaz que saiba olhar asdificuldades corajosamente; que en-frente até mesmo uma esposa curiosae perguntona. . .

"E agora, Fatso, êsse "barril de ba-nha'', também vinha ocupar um lugarno balcão! Don tinha vontade de in-sultá-lo, de insultar qualquer um. . .Principalmente aquele cacete, de vidaincerta e aue vivia aborrecendo osfreqüentadores do bar, com pedidosde dinheiro ou promovendo apostastolas. . . E geralmente todos davamqualauer coisa, só para se ver livresdo imbecil. . .

"Mas, então, Don Tapen? E' pre-ciso reagir. . . Quando Jack Price fal-tou a um encontro comercial, por terque viajar, repentinamente, para Mia-mi, não correste no seu encalço onão conseguiste a sua assinatura numgrande pedido, ali mesmo, já com opé no estribo do vagão? Não. . .Esse Don Tapen deve ter sido outro. . .outro qualquer, não o Dcnnie queés agora. . . e que só pede a Deusque o deixe só, absolutamente isc-lado do mundo. . . "

—¦ Repete a dose, Jce! — falou

cem voz enrouquecida e desperta;do seu sonho.

Joe deitou soda e gelo num coe logo acrescentou uma dose dowhiskey. Don, nesse momento, levetou a cabeça e viu Fatso que o oiavava, curiosamente. Por um segundaseus olhos se encontraram, e sú.furor assaltou Don. Levantou-se- dmeio do bar e gritou, colérico:

Que aconteceu? Não está gotendo da minha cara? . . .

Fatso pigarreou e ergueu os oh.bros, como se desculpasse o que lhedissera o outro. Ao mesmo tempevoltou a cabeça com ar desolado.Era homem grande, corpulento, talvecom menos banha e mais músculosdo que Don imaginava.

Porém Don encontrara o pretexto.."para desabafar". Foi com vozvccadora que disse:

Pois saiba aue não gostosua!

Todo o bar se fêz silencioso, tãsilencioso que íoi possível ouvir, embera confusamente, o aue diziam osempregados ná cozinha. O homen-rai rão caminhou pera Don.

Joa se intrometeu para dizer, apres-sadqménte:

Sr. Tapen... O senhor devia iipara casa!

Qual nada! Êle é muito maiordc aue eu. Deve pesar maisv de cemquilos... Mas tudo banha... impres-tayèl-j Não lenha cuidado, Joe. Vouamassa-lo facilmente.

Fatso já estava junto dele, olhar*do-o de cima.

Quer apostar, benitão?Nesse instante, Don ainda pôde

ouvir a voz de Polly, aue lhe dizia:"VccS está embriagado. E' uma

vergonha! Gilbert deu a você um mêsadiantado e um ótimo conselhoVocê soube aproveitar êsse conselho?Não... Preíeriu ir beber no "Jo?"

até íicar nesse estado. Agcra, quevou íazer cem você? Você parece ter

(Continua na pág.

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Novela de ADELA ROGERS ST. JOHN

O princípio, o verdadeiro começo — Char-les Van Alen soube depois

"— não foi

naquele instante em que pela primeiravez viu Monica Lacey, lançando bolas de têniscontra o paredão que fechava o court. Nemmesmo naquele dia em que Jacques Ranier alevou ao seu camarim a fim de suqerir fosseconfiado a ela o papel de Irmãzinha jovem, num:'próximo filme.

Agora o princípio, segundo entendia, foranaquela manhã, em que completou seu qua-dragésimo quarto aniversário; quando, para seu'7extremo aborrecimento... e espanto, desper-';"¦Iara com uma insopitável e dolorosa saudadeda juventude, com todo o rosário de grandesesperanças e amargos desesperos. Até êsseinstante considerara a mocidade como coisaque valera a pena perder, em troca do sardôf!nico prazer com que observava toda a grotesca.luta pela vida, que os outros, . os novos, tra-;7vavam em seu redor.

Vestindo-se, nessa mesma noite, para jantar *em companhia de Candace Waring, sentia queXjá estava cansado de aturar Candy e os inicessantes queixumes que surgiam dos seusílábios carminados e do seu rostinho de flor"recentemente cortada, mas que depressa se -fanava como as flores colocadas à mesa dos 1restaurantes. X,

Ajustando a gravata de laço branco, no estilo 4tipicamente "Van Alen", Charles decidiu com

'Xar magoado que, positivamente,

' não existiaoutras mãos, em Hollywood ou outra qualquer II

parte, capazes de ajeitar um laço assim. Ò "

cínico exterior de seus brilhantes papéis,' na.tela, acabara por penetrar até os seus próprios §ossos. O famoso gesto com que ajeitava o fino 'M

bigodinho preto; o olhar... o .inimitável olhar 3com que emocionava as platéias e também a «Isua leading-lady. nas cenas de "romance";

osorriso irônico e suave; o ar grave e tranqüilo, -que às vezes assumia; as tonalidades de voz/ 5dessa sua voz educada, obediente e fiel, que'era a sua grande arma secreta e que' deli-ciava milhões nos cinemas de todo o mundo'Não. Não havia segundo. Só êle!

Tudo aquilo se tornara hábito tão 'fixado quenão lhe era possível modificar qualquer de--Xtalhe, da mesma forma que não podia mudaro nariz ligeiramente arqueado, a boca fina -

expressiva, ou os olhos frios e cinzentos. 6"rei incógnito", o ""gentleman-jogador", o "mi- Ilionário filantropo", o "irrequieto

grão-duque"

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constituíam a rotina que ja começavaa lhe causar irritação.

Q*. Mas Benson '— disse êle, lan-

çando a capa volante sobre os ele-

gantes ombros. — Eu continuo a re-

presentar, fora da tela,' tão bem comose nela estivesse! Você deve ter co-nhecido muita gente que acredita seraquilo que anuncia o seu agente de

publicidade. Em geral todo indivíduoacredita ser aquilo que lê ou escreve...

Sim, senhor — disse Benson.Até você, Benson... Você tam-

bem é um fruto de meus filmes. Vocêé um mordomo perfeito porque traba-lha para mim... ou trabalha paramim porque é um mordomo perfeito?Não... Não responde! Isso é, sim-plésmente, outro círculo vicioso. Avida, meu caro Benson, se compõe,toda ela, de círculos viciosos. . .

Sim., senhor — respondeu Ben-son, inalterável. — Miss Waring aca-ba de chegar.

Isso — disse Charles Van Alen— não é novidade. Ao contrário, seMiss Waring não tivesse chegado, en-tão sim, seria de espantar. Mas não;ela sempre chega — vestindo qual-quer toilette sombria, linda, aumen-tando a sedução com perfumes rarose vestindo-se exatamente, proposita-damente de maneira a despertar amaior inveja em todas as mulheresque encontre em seu caminho. So-mente um tolo, Benson, pode falarde uma dama com o seu criado,mas desde que ninguém pode serum herói aos olhos de seu mordomo...posso dizer a você que desejaria queMiss Waring estivesse. . . na Ásia?

Benson, aparentemente, não estavasurpreendido. Em sete anos, tão dis-tante quanto pudesse recordar, Char-les Van Alen e Hollywood tinhamsurpreendido Benson somente umavez. Esta foi na noite em que Phelli-da Phillips, do "Follies", ameaçouMr. Van Alen com uma faca de açou-gueiro. A surpresa de Benson foi nãocompreender como Miss Phillips con-seguira aquela faca. — "Eu sempreguardo as facas e trinchantes da cc-zinha, à noite, senhor" — disseraBenson mais tarde, como se apre-sentasse desculpas pelo fato de aagressora se apresentar com aquelaarma temível.

"Aqueles —¦ pensava Charles VanAlen — eram os bons velhos tempos...Às vezes, como no caso de Miss Phil-lips, surgiam' complicações, mas avida era boa e regalada..."

. — Benson — disse êle, repentinamen-te.-—Você já fêz... quarenta e quatro?',.'— Oh, sim, senhor! — confessouBenson. —¦ Há muitos anos..." Masque tem isso, senhor? Um homem sóé velho quando se sente velho. Eusempre digo. . .

¦— Você não diz nada disso comconvicção, não é mesmo? Mas na ver-dade é um pensamento profundo ecreio que serve mesmo para reanimarmuita gente. . . Você, que diz de mim,Benson? Então? O homem mais bemvestido de Hollywood, segundo dizeme você é o primeiro a propagar. Mas

será essa realmente, a impressão dcmeu público?

— Oh, sim, senhor! — disse Ben-son> — Não pode haver dúvida.

Pois — disse Charles Van Alen— nesse caso eu me despeço. Vocênão precisará ficar de pé, esperandopor mim. Se eu estiver "consciente"

poderei trocar de roupa e deitar semo seu auxílio. . . Caso esteja "mais

para lá do que para cá", provável-mente não encontrarei o caminho decasa. Portanto, de qualquer maneira,você não terá que esperar por mim.Poderá dormir quando quiser. . .

Desceu para encontrar Candy,um pouquinho menos encanta-dora e fresca do que de cos-tume, pelo simples fato de, tendocomparecido a nada menos detrês cocktail-parties, haver per-dido a hora marcada com o seucabeleireiro.

— Candy — disse êle. — Quefaria você se eu lhe dissesseque gostaria muito mais se vocêestivesse, neste momento, naÁsia?

O que Candy "faria", eladisse com tão grande violênciaque deixou Charles frio ' e de-sencantado. Candy tinha um vo-cabulário que., sem ser grosseiro,causava arrepios e náu-seas. E dizia uma sériede tolices, entre dentes,como se isso au-mentasse a forçadas palavras e es-tendesse o seu

33<? Ano — Nf> 6 — Novembro —- 1949

apaixono de fato; ela acaba desce-brindo quem eu sou; mas descobretambém que, afinal, tenho um cora-ção de ouro. . . e tudo acaba bem!E como a guerra, na China, continuetalvez haja qualquer boa cena nessavelha e querida Xangai de pa-pelão. . .

Depois desse filme — infor-mou Jacques — creio que vou pc-der arranjar as coisaspara que você tire umasférias.

Você acha que. . .

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alcance.Positivamente

a noite conti-nuava escura,

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Estavauma noiteigualquan-do, senta-do no es-critório de JacquesRanier, discutiam oinevitável "próximo

filme".— Você não precisa

contar a história — disseêle. — Tenho a certezade que é boa. Sempreé... A velha "fórmula"

dos filmes de Charles VanAlen! Estarei: maisuma vez, como ocordeiro fantasiadode lobo.Sou umtipo quedeseja dó-lares,mais dó-lares. . . Mas acaba tro-pecando e sacrificando tudo por cau-sa de uma pequena por quem me

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10 N° 6 Novembro 1949

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le agüentar tanto tempo semDh, Jacques! Você me desiludenie! De qualquer maneira eu.costumei a essa vida. Mão

te afastar disto! Adoro isto!hei de fazer com as férias?'rabaihar! sugeriu Jacques

muita convicção.íein? Você já esqueceu quem

exclamou Charles,ível trabalhar. . . estar ao

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•— Ora! Alé lá você poderá estarpaixpnado por alguém e assim será

ima viagem de lua-de-mel — dissemais famoso "executivo'' de Holly-

wocd.oncordo com você, Jacques —

disse Charles. Há apenas uma di-culdade. Só podemos ficar apaixo-

nados por uma mulher... e as mu-íheres, Jãck, são todas iguaisinhas;sem originalidade. . . Conhecendo-se aprimeira dúzia conhecem-se todas! E,se passam a ter amor por nós, logose lornam cacetes, aborrecidas, exi-gentes, insuportáveis. Se não nos

mam. . . Mas infelizmente sempreacabam apaixonadas. Você sabecomo elas são. Quase me separaramdesses bens camaradas que você eeu temos aqui no estúdio. Ah, Jacques!

Felizmente aprendi... So-f ri muito, conheci ver-dadeiras tragédias, mas

aprendi! Soucomo o indi-víduo que to-meu indiges-tão de umaiguaria e nãcpode mais tra-gá-la. As mu-

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botão vermelho á lapela, alto, esguio,elegante. . '

— Jacques, você me confunde! Eudevia ter aprendido um pouco do seugênio. . . Fazedor de estrelas! Ditadordeste incrível e asinino paraíso cha-mado Hollywood! E, apesar de tudo,você teima em ser o maior sentimen-talista da terra. Também você acre-dita em Cinderela, e procura vesti-lapelo último figurino, forçando as de-mais pessoas a acreditar nela tam-bém. Incrível!

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cance de todos... e, princi-palmente, de todas!:-is viaje um pouco, por qual-

quer parte( no seu iate.~~~ Sozinho?

Íheres dei-x a r a m dem e tentar.Apenas umaleve, levíssi-

' '''''^'X^W^MW' ma • distra-J ção. Só isso! E

' além do mais jáestou com quarenta e quatro anos. . .

Você parece ter trinta e oito, nomáximo. . .

Com um bom cameraman» não? Em alguma parte, qualquer dês-

tes dias, você encontrará a esposa

que lhe convém — disse o produtor.Charles Van Alen se ergueu, cha-

péu, luvas e "stick" em mãos, um

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aFoi na manhã seguinte que Char-

les Van Alen encontrou Monica La- ,cey, rebatendo bolas que atirava con-.tra o paredão que fechava o courtde tênis. Não havia outra qualquer ;.'pessoa no court,

"de chão côr de tijolo.

Foi ela a primeira a falar:— Como está. Mr. Van Alen? Pen-

sei encontrar aqui Bob Heinz, porémêle não apareceu. . . Sou Monica La-cey!

Em geral, uma pequena chega aHollywood e se torna importante mes-mo antes de fazer um filme. Primeiro,.é preciso ganhar importância social,cercando-se de gente importante, de .figuras do mais alto prestígio. Por-que Hollywood, com todo aquele ta-manho, não passa de uma aldeia,mexeriqueira, onde tudo vem a lumee tudo se comenta e se enfeita commil e um detalhes mentirosos. Tudoo que possa ter relações com o possí-vèl interesse de algum grande atorcu diretor por uma jovem criaturinha, ¦

assume proporções de "grande caso",que reverte em benefício da caranova e lhe assegura um lugar entreos vultos do Cinema.

As pequenas que chegam a Holly¦>wood e, repentinamente, sem qual5quer razão aparente, são vistas emtoda parte, vencem fatalmente. Ven-'cem porque têm arrogância e sabem,:que estão vivendo numa cidade onde..isso vale muito. Imediatamente co-meçam a ser homenageadas por ou-tros "que desejam uma aproximação'vantajosa". . . e o caminho fica aber- .to para a fama e para a glória!

Monica Lacey não tinha expèriên^cia de representar. Nunca estiveranum palco; nunca fizera um filmey;zinho. Simplesmente chegara a Hol-vlywood com uma carta de recomen-dação para alguém importante; po-rém, sendo inteligente e corajosa;além de sedutora, não tardara a fazeroutras relações úteis. Não tardoumuito que os jornais especializados-de Hollywood anunciassem que. ela;tinha sido vista no "Trocadero", no"Hut", no "Grove", com Bob Heinze Chet Mac Pherson, o famoso crítico:que tudo sabia e que tudo podia nò,sentido de derrubar ou lançar umaestrela; noticiou-se também que Jac-quês Ranier se esforçava para

"arran-

jar um bom papel para Monica Lacey,a graciosa figurinha. . . etc". Foi dito,;'mais, que ela era uma debutante.pela simples razão de não se conhe-cer qualquer fato de sua vida passa-

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EU SEI TUDO

da. Monica tinha, realmente, essear que Hollywood gosta de associaràs debutantes — e Hollywood é acidade mais crédula deste mundo —depois de Nova York.

Ninguém sabia isso melhor queCharles Van Alen. Êle íazia partedesse círculo super "sophisticated",

que incluía Bob Heinz e Chet MacPherson. Lembrava-se, agora, de quetinham realmente pensado em fazerde Monica Lacey uma '"baby-star".

Olhando-a agora, com vagar, com-preendia a razão desse plano.

Ela era uma criaturinha adorável,quase uma criança, mas já com aslinhas aerodinâmicas de um avião doúltimo tipo, e arrogante como o ven-cedor de um "Derby". Não lá muitoalta, mas caminhando, movendo-secomo uma mulher de boa altura.Não, positivamente, bonita, embora ti-vesse o ar, a pose e a expressão deuma grande beleza. Não usava make-up; os pêlos em redor de seus olhosazuis eram finos e longos, tinha mi-núsculas nódoas de sardas — umassete ao todo — espalhadas fantasio-samente pelo narizinho gracioso, e oscabelos eram cortados bastante curtos,conforme a moda que Hollywoodagora impunha.

— Tenho muito bom gênio e nãome zango com Heinz. . . '— disse ela.— Agora. . . não sei se devo ir paracasa ou. . . aceita jogar comigo? Que-ro avisá-lo. porém, de que sou boatenista e que provavelmente ganharei!

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Realmente, jogava bem. Mas nãoconseguiu batê-lo. Essa vitória pelfqual êle teve que lutar valentemente;foi a primeira claridade que passouatravés da nuvem negra que o cer-cara. ultimamente. Isso devia alertá-lo.Entretanto, tal não aconteceu.

Ao contrário, essa vitória suada foia razão pela qual êle se mostrou tãosorridente e amável quando, uma se-mana depois, Jacques levou Monicaao seu camarim. Charles era bomganhador. Além disso gostou ime-diatamente do tailleur de veludoverde, que ela vestia, e tambémdo absurdo véu, que lhe dava umateatral auréola à la Hollywood, fa-zendo-a parecer uma menina, fanta-siada de mulher.

Jacques foi logo anunciando:•— Penso aproveitar Monica Lacey

para o papel da "irmãzinha". Creioque1 ela o fará bem. Não tem qual-quer experiência, mas tem essa qua-•'lidade tão difícil de encontrar. Pre-cisamos, aliás, de "baby stars" dessetipo. , E' muito moça, alegre, vivaz..não tem passado e ainda não foimarcada por esses tons pardacentosdos desenganos amorosos. . .

Parou, indeciso, depois prosseguiu:— Você sabe a dificuldade que

temos para encontrar intérprete paraesse papel. A chave da história estáfirmada, realmente, na impressão quese tem da suicídio da pequena. Te-mos que acreditar nesse horrível de-

10

sespêro... ou perderemos o dramada reforma final do caráter do prota-gonista, isto é. . . de você mesmo. . .Como sabe, tenho feito vários testes,com dúzias de jovens artistas, todasbonitas e com experiência. Mas ne-nenhuma me deu isso. Então encon-trei Miss Lacey, no Charane's e...Enfim, que diz você?

Charles Van Alen se surpreendeuobservando as mãos dela. Repousa-vam no regaço, uma sobre a outra.Onde já vira mãos iguais? Nenhumanel; as unhas simplesmente pinta-das, e" uma delas com o esmalte par-tido, como são as unhas das meni-nas. Ali estava ela! A menina engra-çadíssima igual àquela que se sen-tava ao seu lado, no colégio, e quetinha verdadeiro pavor de ser interro-gada pela professora. Sua memóriavoou ainda alguns segundos pelopassado, e os olhos de Monica Laceymudaram com as mudanças que seoperaram nos dele. Finalmente, comesforço, pôde perguntar, com voz quesaiu ligeiramente fora de tom:

Você quer esse papel?Os olhos de Monica brilhavam,

agora, revelando satisfação.É. . . é formidável! — declarou.

— E suponho que poderei agradar.De fato, toda mulher acredita quepode representar. Sempre pensei que

TARA A MESA — Recipiente paraôvo-quente. Descobriu o dono de urirestaurante parisiense que é muitomelhor o "coquetier" horizontal doque o vertical, já conhecido. Será?

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¦¦¦hmhéhK-A TERRÍVEL TARÂNTULA — Foto-grafia tomada em São Paulo, por E.F. George e que mostra uma dessasgigantescas arranhas, devorando umpequeno pássaro, que assaltou e ma-tou. Muitas variedades de tarântulas

são venenosas

33* Ano — N'«' 6 — Novembro — 194»

podia. . . facilmente. E agora, depoi-.de tantas provas, depois de ser ül»mada e fotografada de tantos angu-los, sinto-me como alguém que jámuitas vezes operada, mas queestá inteiramente "cicatrizada''. N-dc-receio praticar faltas e erros esiipidcs que possam causar prejuízode milhares de dólares. (Sorriu, cc:aleqria infantil e concluiu.) Nãose posso ou não representar. Sei qu--devo contar também com um pòuccde sorte. . .

Qualquer coisa revelara a CharleiVan Alen que ela queria o pape!queria-o desesperadamente. Mas quer;sabia isso não era Charles Van Aleihá nove anos primeiro ator de Holly-woccl e antes disso famoso ator dòspalcos de Nova York. Não... Ereum alto e jovem new englander, aspernas bambas, as mães trêmulas ncbrilhante ambiente de ura palco doprovas, esperando, na fila, o mo-mento de dizer suas primeiras linhas.

Charles Van Alen não pensaranesse rapaz durante muitos anos.Quase nem pensara mais nele, nemem como esse rapaz gostava depoder representar; como imaginaraa arte uma coisa elevada; como en-trevira a probabilidade de vir a ser.algum dia, um "astro" rutilante...Agora era a vez daquela pequenae por isso íalcu-lhe com simpatia:

Se quer realmente tentar, achoque deve ter coragem — disse êle.— Esse medo todo passará depressa.Tenho a certeza. Além disso, a maio-ria das suas grandes cenas serão íii-mqdas comigo. E, está claro, tratareide ajudá-la. . .

Para surpresa sua, o seu riso cris-teimo interrompeu seu discurso, comessa irresistível espontaneidade dascrianças.

E' engraçado — disse ela, ale-grèrnente. — Eu vim a Hollywoodpara passear. Não pensava, real-mente, em filmar fosse o que fosse.Mas ouvindo e observando c que fa-ziam, acabei me entusiasmando. . .Creio aue vou gostar muito. . . Achotudo tão engraçado!

Mostrou-se tão agradável e simpa-íica que Charles Van Alen, que dese-jara ardentemente não ter jamais outra aualquer pequena para almoça-èm sua companhia, enquanto vivesseem Hollywood, disse, quase sem re-fletir:

— Pois bem, isto exige que ceie-bremos! Se quer esperar cinco mi-nütás enquanto troco de roupa paravoltar a ser o homem mais bem ves-tido de Hollywood, segundo se dizlevarei você para almoçar.

No Vendôme cs turistas cochichoram que "aquela era uma grandoestrela", que era tão sedutora forado estúdio como dentro dele. Po1sua vez os cronistas mexeriqueirosanotaram, a presença do brilhantepar e, também, que o reinadoCandy Waring terminara.

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K9 6 — Novembro 1949'i

EU SEI TUDO-

pouco depois dizia:amiguinha, isto faz parte

:ão da terra; como o usarHawaii. Se você quiser

i mim, como numa extática* u assumirei meu mais irre-

[bar apaixonado e imedia->rá dito e escrito que vocêdo sex-appeal, sem c qualbaby-star pode ter espe-vencer.

mágicaCharleiAa r\hc

cs comcinado.

Houvídia. Fíêle pan

devido a qualquer coisa! descobriu nos olhes dela,

Alen ,íci esquecendo

para o relógio, esquecendo..misses, positivamente ias-

um memento frio nessequando ela regressou como estúdio e Charles a dei-

:asa. Diante da porta aberta"Olhando para você eu

me sinto estranhamente coníortado. . .e agradável. Talvez porque, estar aseu lado, seja onde fôr, é como seestivesse num lar".

Dep is aue ela se despediu e de-sápáreceu, êle se sentiu perturbadoe descontente consigo mesmo; umestado jamais sentira antes. Ac-mesmo tempo sentiu que aquela'rase. . . )á fôra por êle mesmo pro-nunciada. . Qualquer coisa como:"Quando eu era rei em Babilônia evocê uma escrava cristã...". Forem,pouco depois já sabia onde disseraaquilo... Era uma de suas "írases'

em "Duquesa de Nova Orleans"!'Minu os depois, ac cruzar a porta

princ do estúdio, dizia para simesm Charles, meu velho, por quehás de representar sempre, dentro oufora dc estúdio?". E desejou, arden-¦emen; que Monica não tivesse visto

7 filme. Infelizmente, era qualquercoisa'.ade.

t-ra diiicil, senãc impossível, ser di-• fereriií

ais forte do que a sua von-íavia de ser sempre assim.

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graçare blufí.;ros.mostroMuitoboniüni

Era

ouafácilc íutih'per ¦-_•..Qqasiuga teua "irrr

ravabanhoengraçum a

aeiro dia de estúdio foi eme-para êle. Ficou de pé um

rás da "carnera'', observandoante. A "irmãzinha' chega.aio, ao lar, vestindo um en-

uniforme com saia pregueadelembrando a dos marinhei-

•da a galante figurinha sea orgulhosa na primeira cena.erta, muito ecradinha, muito

iCI.

3SC . Desejava ardentementeacertava mesmo!

limeira cena, juntes, íoi maispara ela. O homem famoso

mo irresistível, prestes a rom-a famosa prima-donna, afinal

; com seu temperamento, che-e, certa noite, para encontrar

ãzinha", cuja existência igne-acolhida dentro do roupão dejunto da lareira. Uma cena

ídíssima, emocionante e com°gc feliz. E, pela primeira

vez em toda a sua vida cinemaiográ-fica, Charles Van Alen, .o mais fa-moso ator cinematográfico, c domi-nador dos cenários, sentiu um desa-gradável frio na espinha dorsal.

Foi depois dessa cena que Fen-wick Hardy, diretor de diálogos dos

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EU SEI TUDO

filmes de Charles, disse a JacquesRanier: "Êle ficou preso dentro dodiálogo. Grande "lover", porém fra-quinho como ator. Parecia um prin-cipiante".

Foi também depois dessa cena queCharles confessou a Monica que aamava. E desta vez não fazia partede alguma "linha" dita por VanAlen em alguma cena. E como foidito não passara jamais, em qualquerfilme, pelo

"cutting room". Êle aencontrou sentada, diante do espelho,em seu camarim; e antes mesmoque soubesse, que compreendesse oque dizia cu fazia estava de joe-Ihòs, sobre o tapete, e havia lágrimasem seus olhos... e romance — so-mente romance — em seu coração.

Assim, ajoelhado, passou os bra-ços em redor do corpo gracioso edisse: "Amo-a, querida!". E imedia-tamente se surpreendeu pelo fato denão haver pronunciado essas pala-vras há muito, muito tempo. Nemmesmo ern filmes! Havia outros de-talhes que recordavam o Van Alende sempre. Mas podia salvar aque-las palavras. E como tinham sidopronunciadas! Ah! Havia também osabor novo e doce, que agora en-contrara nos lábios dela!

•.

Através da mesa do jantar, no es-túdio agora quase deserto, MonicaLacey, o ar sério, ouvia o que lhedizia Bob Heinz:

— Êle já .caminha para os cin-quenta! Já se apaixonou por todasas mulheres de Hollywood ou fingiu

se apaixonar, desde os tempos docinema silencioso. E fêz o mesmo'em Nova York Paris e provavelmenteem Xangai! E o pior é que toda pe-quena da sua idade, quando ouveum homem dizer "amo-te, querida"acredita piamente. Oh! Eu bem quegostava que tomasse juízo e, princi-palmente, desistisse de uma certapessoa... Mas, para sua informação,quero que saiba: você é a milésimaprimeira criatura a sonhar com êlepara marido. Mas é preciso refletir.Você é muito criança para êle, baby-star... E êle já vai amadurecendo ¦

e não suporta as mulheres da mesmaidade, preferindo escolhê-las assim,quase meninas.

Os olhos azuis se enfureceram. Mo-nica levantou o rostinho altivo, deboneca, e exclamou:

Não pedi a você para ser meuconselheiro. Você tem ciúmes comoqualquer outro terá, porque Charlesé o homem mais sedutor do mundoe pode conquistar quantas desejar.Porém a verdade_ é que êle é edu-cado, generoso e alegre e. . . umencanto... e eu o adoro!

Está bem! — declarou Bob Heinz,. levantando-se e abanando a cabeça.— Desisto. Mas não se lastime de-,pois. A culpa é dêsse seu coração-zinho maluco!

Maluco. . . mas é o- meu cora-ção! Prefiro que êle seja assim.

Levantou-se por sua vez, retiran-do-se muito digna, enquanto êle, de-solado, gritava:

Maluquinha! E você aqui temum brilhante futuro! Todos dizem quevocê é a melhor aquisição do estúdio

ESSES ONZE CAMPEÕES DEFRANÇA. SÃO ALEMÃES!

O primeiro regimento da Legião Estrangeiraacaba de conquistar o título de campeão dcFrança de "Hand-Ball", vencendo por 17x4o "team" da Escola de Artilharia. SalvoWilly Giesselmann, de Drèsde, e HerbertHeinrich, de Hamburgo, todos são bávaros.Ei-los prontos para o esporte (em cima) eem uniforme militar (no clichê ao lado)

33*? Ano — N*? 6 — Novembro — 1949

desde Shirley Landis. E quer arrnar tudo!

Quando o filme terminou, JaccRanier disse a Van" Alen:

Agora, velho, pode tirar fériasPrecisa mesmo repousar. . .

Férias! Poderia ter até três me?se quisesse. Reconhecia ser essencrespirar ares diferentes, trocar denorama, viver um pouco em outrçqualquer lugar que não se chamaiHollywood.

Monica! E que faria de Monica,se aproveitasse as férias? Como se-ria possível viver três meses longedela, se mal podia suportar a au-sência dela por algumas horas ape-nas?

O impossível será harmonizaras coisas, meu amigo — dissesorrindo para Jacques Ranier.tou apaixonado por uma pequena quetem sardas no narizinho. . . Sei quevou sentir tudo aborrecido e feio.longe dela.

—¦ Porque não a leva com vocêcom sardas e tudo? — insinuou Jac-quês.

Ela não é dessas. . . Sei quenão aceitaria. . . — o que em parteme agrada.

Por que não casa com ela?Como sempre, Jacques tocava no

ponto vital. Casamento. Somente duasvezes, antes, Charles pensara em ca-samento. Somente duas mulheres, qüeconhecera, tinham feito rolar no seupensamento a palavra

"esposa'

Amara, primeiro uma criaturinha,adolescente, chamada Anne. Meiga,dedicada, romântica. Trocaram pro-messas de amor eterno. Ela queriaesperar que êle se tornasse um gran-de ator e então seria sua esposa. Po-rém Charles jamais recebera cartasda eleita e por sua vez jamais vol-tara à cidadezinha do interior, quedeixara, um dia, para abrir caminheem Hollywood. Amara Anne antesmesmo de Monica haver nascido. Co-nhecera, assim, a glória e o desen-gano amoroso antes de Monica existir.

Depois, muito depois, conhecera ou-tra criaturinha, suave, muito moçacom uma voz celestial, que o marafervorosamente. Pensou em casar.Estava, porém, em plena guerra. Nacpodia assumir essa espécie de com-promisso quem, como êle, cada noite,em seu avião, marcava um possívelencontro com a morte. Não encon-trou essa terrível ceifadora. O encon-tro se realizou em outro local, numfestivo e brilhante "boudoir", ondeuma linda criaturinha estava diantedo espelho, sonhando com o noivedistante. Uma bomba caída do ceumatou essa segunda eleita, enquantoas granadas e metralhadoras poupa-vam a êle próprio, na frente de com-bate.

Desde então, uma esmagadora sen-sação de isolamento desceu

(Continua na pág. 72)

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33P Àno N„ g — Novembro — 1949 13 EU SEI TUDO

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Existirá na Rússia uma fábrica como essa cio Oak-Ridgo. em algum recanto misterioso da Sibéria?

A RÚSSIA A BOMBA ATÔMICA? QUANTAS? ONDE?ESDE o minuto em que ecoou pela

Terra a explosão da primeirabomba atômica, lançada sobre o

Japão os Estados Unidos iniciaramuim inenarrável esforço com o obje-tivo de manter ern segredo o meca-nism dessa arma suprema, que aca-baia uma guerra num abrir e fecharde olhos. A ninguém, mesmo inglês,canadense ou russo, daria a "chave'

da bomba. Era essencial que fossemeles a conhecer o processo de

íabi :ação, sem o que a bomba per-deria todo o seu valor, deixaria deconf lituir um irrespondível argumento,um altimatum decisivo nas diferenças

os povos e governos.Mas... Guardar um segredo! Eis,

o impossível!Entre as nações que mais segura-

mente tentariam alcançar o segredoarma atômica, os Estados Unidos:avam a Rússia à frente de outra

ialquer. Mesmo quando as tropasduas nações confraternizavam e

as alias autoridades russo-norte-ame-••mas trocavam sorrisos e apertos

Kios, enaltecendo o esforço mútuoa vitória final! E isso era natu-ois sendo a Rússia a segundapoderosamente armada, naque-

'Cisião, podia ser considerada

de logo uma nqção rival, que se-ciria desde o primeiro instanteobter a bomba atômica e igua-

potencial bélico dos EstadosDo contrário ficaria em si-

iUKRRA FRIA PROVOCADA PELA MAIS ESCALDANTE DE4.S AS ARMAS — UM SEGREDO IMPOSSÍVEL DE GUARDARBLUFFS" E REALIDADES DA BOMBA ATÔMICA — OS ESTA-

UNIDOS AJUDARAM A RÚSSIA A FABRICAR A BOMBA? —E A RÚSSIA TRANSPORTAR A BOMBA PARA ALVOS DIS-TES> _ A RÚSSIA ATACARÁ LOGO QUE POSSA? — DEVEMESTADOS UNIDOS ATACAR ENQUANTO SÃO MAIS FORTES?

tuação incômoda, obrigada, em últimainstância, a obedecer ao ditado danação rival. . . para não se ver es-

magada e humilhada pela bomba! Eesse fantasma dã bomba, como últi-ma palavra em qualquer discussão

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Eis os cinco pontos onde os técnicos soviéticos podem ter feito o testecom a bomba atômica, em segredo

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33* Ano — Nv 6 — Novembro

BLUFF OU REALIDADE? A bomba atômica soviética — se realmente existe— só pode ter sido "testada" em algum lugar na Sibéria (talvez na crateraíormada pela queda do grande meteorito de 1908). Desde 1947, a Rússia

vem afirmando que possui o segredo da bomba atômica

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que se "azedasse", passou a ser in-

tolerável, cté mesmo para certo grupoligado ao governo britânico, que nãogostava muito de ver a bomba — ea fábrica atômica — instalada nosEstados Unidos. Quem podia saber,afinal, o que estaria para acontecer?_Se -algum dia a Inglaterra divergisseessencialmente, mesmo vitalmente...do governo norte-americano, não tra-taria este de forçar os ingleses áobediência com o fantasma da bomba?¦y/j Nesse ambiente de dúvidas, receios,denúncias, espionagens e acusaçõesrecíprocas, decorreram quatro anos e,oom o tempo, a Rússia, mais e mais,foi tomando posição diametralmenteoposta à política ocidental, e princi-palmente norte-americana, começandoa se mostrar menos respeitosa rela-tivamente ao poderio atômico, nãonegando que procurava conquistar osegredo da bomba e, mesmo, que-fazia certas experiências. . .

Bluff? Como saber? Com um terri-tório de dimensões espantosamentegrandes nele se estendendo regiõesabsolutamente desérticas, inacessíveis

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quase, montanhosas ai-gumas, formando va-les profundos e som-brios outras, fácil se-ria à Rússia instalarnão uma, porém várias fábricgs ato-micas a despeito das tentativas defiscalização, sondagens, etc, que osEstados Unidos pudessem promover.Sem jamais afirmar que possuía abomba, porém sem desmentir tam-bém, a Rússia chegou a criar nosEstados Unidos e no resto do mundoum ambiente de opressão e angústia,que serviu para dar à chamada"guerra fria" alguma tepidez peri-cosa.

¦ Na opinião de um dos maiores téc-nicos de Oak Ridge, a imensa fábricade bombas atômicas, existente nosEstados Unidos, opinião formulada jáem março de 1948, "a Rússia possuia bomba atômica. . . no papel". (Pelomenos era essa a situação naqueladata.) Acontece, entretanto, que ornes-mo técnico afirmou que, "com o cam-po de pesquisas de que dispõe; corr

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EU SEI TUDO 16 33"? Ano -— N*«' 6 — Novembro —- 1949

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Um pequenino cofre é conduzido lentamente, sobre trilhos, para receber "calor"de um forno rádio-ativo, no laboratório de Oak-Ridge. Um engenheiro-chefe,ajudado por outros três engenheiros peritos, observa no "contador" a tiracolo

o grau de aproximação limite... sem o que pode haver

os seus recursos técnicos; com os co-nhecimentos que possa ter obtido pormeios misteriosos... a Rússia poderáter a bcmba atômica em 1960 ou, tal-vez, em 1970". E acrescentava: "Tal-vez mesmo não consiga fabricá-la* ja-mais!". Depois, à guisa de explica-ção, concluía:"Quando a Rússia tiver a sua pri-meira bomba atômica havemos de sa-bê-lo. pois que a natureza da bombaé tal que uma nação, que esteja pro-curando fabricá-la, pela primeira vez,não poderá estar segura do êxito de

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Trincheira de tijolos especiais e umbraço mecânico, que faz variados mo-vimentos, tudo para proteger o enge-nheiro de Oak-Ridge em seus pacien-tes e arriscados trabalhos que, poucoa pouco, por seções, conduzem à fabri-cação da bomba atômica... essa arma

que tem o tamanho de umabola de tênis!

perigo

seus trabalhos antes de que uma"bomba-teste" tenha explodido. E seránecessário, para esse teste, transpor-tar todo o material para uma áreadesértica inteiramente isolada. No casoda Rússia, particularmente, levariama bomba experimental para algumlocal na Sibéria, no próprio centro docoração da Eurásia, ou talvez daárea do Ártico, em local bastanteafastado e protegido dos curiosos. Oque não poderá, sem dúvida, é man-ter secreta essa experiência, pois dequalquer modo o eíeito da mesmaserá sentido no mundo circunvizinho."

Entretanto, ao contrário do que seimagina geralmente, nenhum sismó-araío no mundo é bastante sensívelpara acusar a explosão de uma bom-ba atômica, e muito menos quandocolocados a um mínimo de 200 a 300milhas de distância do local da de-flagração. A força de uma bombaatômica é (felizmente) quase nada,comparada com a do menor tremorde terra sendo ainda muito inferiora parcela da força explosiva da mes-ma bomba transmitida à crosta ter-restre.

O "microbarógrafo", um instrumen-to que acusa as menores alteraçõesna pressão do ar, é tão inútil comoo sismógraío, para a finalidade deregistrar a explosão atômica da bom-ba. Por isso mesmo, é possível afir-mar que, a uma distância bastantegrande do ponto da explosão, muitodificilmente terá o mundo conhfeci-mento da mesma — a não ser porrevelações de fontes dignas de fé,estabelecidas muito mais próximas.

Já os eletrccopos, capazes de medira radioatividade na atmosfera, pare-cem oferecer maiores possibilidadesde registro. A poeira radioativa, pro-vocada pela explosão de uma bomba

pode ser colhida nas correntesperiores atmosféricas ou muito aléma milhares de milhas de altura, p0jdendo assim ser medida mesmo foradas fronteiras da Rússia Porém essaspartículas se dissipam rapidamentee as simples vagas do correntes dear tornam a utilidade dos eletrccoDoscomo detetores dessas alteraçõestalmente nula.

A verdade é que se os EstadosUnidos não puderem saber, de ime-diato, que a Rússia fêz um teste coma sua primeira bomba atômica, cer-tamente saberão um pouco mais tarde,pois que segredes dessa natureza nãopodem ser conservados (que o digao governo norte-americano). Além dcmais, a quantidade de urâniotrás matérias primas exigidas, boaparte das quais proveniente de fontesextra-fronteiras russas, assim como asgrandes proporções das próprias ins-talacões indispensáveis ao fabricebomba, revelarão a posse da armeterrível.

Os Estados Unidos ajudaram a Rússiaa fabricar a bomba? — E' casode ser feita essa pergunta, pois quea América do Norte continua expor-tando quantidades colossais de ma-quinaria, industrial e equipamento detransportes, além de variados produ-tos manufaturados para a Rússiatendo iniciado essa exportação ncinício da guerra. Dessa lista de ma-terial exportado boa parte, sem dú-vida, concorreu para ajudar a Rússiaa construir a sua bomba atômica.Os Estados Unidos ajudaram também(nc período crítico da guerra) a Rús-sia a construir seu atual e vastíssimoparque industrial, ensinando igual-mente os seus técnicos e operáriosrelativamente a "como fazer' parafazer de acordo com o útil e verti-gineso processo de trabalhar dosnorte-americanos. E os russos — con-forme reconheceram seus rivais dehoje — aprenderam tudo muito direi-tinho. . .

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O técnico holandês baseou sua ai.11"mativà de total destruição da fabricarussa e a morte de todos os £écnicPJ>atômicos, no fato de que essas pegquisas químicas exigirem cuidados 1 -mitados. A gravura, por éxemP1^mostra um técnico de Oak Ridge c .lhéhdò um vidro contendo um rainmortal;.. O seú sorriso é forçado, V°X

por dentro está pálido de medo

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— N'.' 6 Novembro 1949

pió bem pouco tempo, ainda, os

Estados Unidos recebiam da Rússia,m troca de seus produtos manufa-

largas quantidades de ma-prima. Eram estas, principal-

manganez, cromo e platina,esses classificados como "estra-

s" e não existentes em quan-tO~^ **-*^'

tidade, suficientes dentro das fron-teiras de Tio Sam.

manganez da Rússia é muitoimportante para os Estados Unidos e,hc essa fonte estando muito difícil,vo aram-se os norte-americanos para

anganez de Cuba que é pouco,as vastas quantidades que o

Brasil possui, porém de exportaçãocuco dificultada em razão da

deficiência de transportes. Tambémas fontes normais, na índia e naÁfrica, passaram a ser menos favo-rav por motivos políticos e de

ortes. Nessas condições os Es-Unidos ainda hoje precisamdo manganez soviético, en-

quanto não põem em estado de plenautilidade a outra boa fonte desseproduto: o Brasil.

Na verdade, ainda agora os Esta-dos Unidos precisam mais de mate-rias primas da Rússia do que estanação necessita dos produtos manu-{aturados norte-americanos. Os Esta-dos Unidos, ainda há uns dois anos,tinham um grande trunfo que era ode negar o seu consentimento a queos técnicos russos tivessem livreacesso às suas fábricas e labcrató-rios, a fim de aprender o "como-

fazer' norte-americano, caso lhes fossenegada aquela matéria prima, vitalpara a sua indústria pesada. Dequalquer maneira o auxílio à ndús-tria russa, representado pelo atualpequeno volume de exportações demaquinada, poderá prosseguir ainda

algum tempo, pois que os Esta-Jnidos, ainda hoje em últimae, saem ganhando nessa troca

produtos manufaturados por ma-teria prima. .

Pode a Rússia transportar a bombaPara alvos distantes? — "Voar mais

voar mais longe; voar mais de-' • . . Eis o slogan da aviaçãosoyií ;;a, segundo se poderá verificar

s selos postais. E' uma pro-ida metódica, refletindo os es-

de engenheiros e técnicos delautlca, no sentido de conquis-

supremacia no ar para a forçarussa. Propaganda que vem

desenvolvida desde 1948. Nes-ndições, forçosamente a Rússia

terá iticos,

> grandes progressos aeronáu-

ialmente, os Estados Unidos sãosiros a reconhecer que a Rús-'Sui algumas cópias da sua

m°! B-29, embora em número re-Possuem também o fogueteQlernan v o ^v-z e os mais modernos tiposlarinos germânicos, que são

antos veículos condutores daòmica. Além disso, peritos

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alemães trabalham ativamente naRússia com o fim de aperfeiçoar todasessas armas. O trabalho, depois deum período de experiências e reto-quês, já chegou ao ponto que ante-cede de pouco tempo as realizações.O perigo está, assim, próximo e nãomais distante.

A Rússia atacará os Estados Uni-dos. . . tão logo possa? — Hoje, indu-bitavelmente, os Estados Unidos pos-suem maior potencial industrial e asua posição é mais poderosamenteestratégica do que a da Rússia. Defato, possuem os norte-americanos ba-ses além-Atlântico e bem próximasda Rússia (França, Holanda Bélgica,Luxemburgo, Inglaterra, Malta, Gré-cia, (Iugoslávia?), todo o norte afri-cano, o Oriente Próximo e Médio,índia, China, Ceilão, Sumatra, Aus-trália, Japão. Coréa, Formosa, Fi-lipinas, Dinamarca, Noruega, Islân-dia, Alemanha Ocidental, Áustria,etc. etc), enquanto a Rússia nadapossui, nesse sentido. Os Estados Uni-dos possuem a bomba atômica. ARússia deve ter. (Já houve um técnicoholandês, escrevendo num jornal ca-tólico, que afirmou: "A explosão ato-

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Vishinsky. o delegado russo, numa desuas poses habituais, reclamando con-tra o "monopólio" norte-americano da

bomba atômica

mica, ocorrida recentemente, na Rús-sia, nâo foi provocada pelo "teste"

da primeira bomba russa. Foi, ao con-trário, o resultado de uma catástrofe,de um grande desastre, qual a expio-são da única fábrica atômica sovié-tica, provocando a destruição comple-ta da mesma e causando a morte detoda a equipe técnica que ali se de-dicava à fabricação da bomba". Econcluía declarando que

"agora po-dia o mundo ocidental dormir descan-sado, pois que aqueles que enten-diam da fabricação da terrível arma,na Rússia, tinham perecido com aexplosão da fábrica!".) Ora. por tô-das essas razões e mesmo que, con-forme é provável, a Rússia possua abomba atômica, os Estados Unidos es-tão nesse sentido muito mais avan-

çados do que ela e em posição de

poder usar melhor essa arma. Por-tanto, não deve haver receio de quea Rússia inicie o conflito em futuro

próximo.

EU SEI TUDO¦

Devem os Estados Unidos atacar aRússia, agora, antes de que ela setorne mais poderosa. . . atomicamen-te? — Na verdade, dentro e fora dosEstados Unidos, há os que defendemessa guerra preventiva contra a Rús-sia soviética, para que se proteja defuturo ataque atômico!

Entretanto a resposta deverá ser:"Não!".

As razões? São muitas. . .Antes de tudo, há a razão moral.

Seria gravíssimo erro. Caso os Es-tados Unidos assim fizessem, estariamimitando simplesmente a maneira deagir dos nazistas que enforcaram emNuremberg. Os Estados Un.dos — ouqualquer outra nação — não podematacar um país adversário apenasporque receiam o seu ataque.

E esses defensores da "guerra pre-ventiva" (felizmente são em numere .reduzido e sem voz de comando ncgoverno e na imprensa dos EstadosUnidos) baseiam essa opinião no fatcde os Estados Unidos possuírem bom-bas atômicas em número suficientepara obter rápida e completa vitória.Esse é outro erro, segundo entende-mos, pois que os exércitos russos de-pressa se espalhariam por toda a .Europa, que seria destruída. Essaguerra, em qualquer hipótese, serialonga e cruenta.

E convém lembrar que, derrotando"a Rússia, os Estados Unidos destrui-riam, primeiro, toda a riqueza daEuropa, essa mesma riqueza e eco-nomia que procuram tão afanosa-mente e por tão elevado preço salvarcom o "Plano Marshall".

O continente está ainda agora malcurado das feridas da última luta.Nele ainda há miséria e desolação.Outra guerra, já agora, sem dúvida:acabaria o pouco que ainda resta/:e eliminaria aqueles povos. Nada,portanto, se obteria com essa guerra.O que restaria,, dessa luta, mesmaque os Estados Unidos vencessem,seria o caos completo.

Aqueles que acreditam em "guerra;

preventiva" fazem mais outro racio-cínio errado. Consideram uma futuraguerra com a Rússia como "inevitá-

vel". Essa palavra é de um pèssi-mismo que atinge as raias da loucura! ..Ninguém pode prever o futuro 1 Há.tantas maneiras diferentes para seresolver o impasse atual.

Segundo um refugiado russo, uma,das soluções poderia ser "a mortenatural de Stalin, nestes próximos dezanos., e a luta palaciana pelo poder,a fim de ser escolhido seu sucessor.";Nessa ocasião, uma ligeira pressãointerna, na Rússia, poderia forçáriuma radical mudança na política ex-,terior soviética".

De qualquer forma, vindo a guerraneste próximo quarto de século, cmedo da destruição geral há de evi-tar o uso da bomba atômica e deoutras armas equivalentes. E isso,mesmo que não se tenha encontrado.ainda, um satisfatório sistema de con-trôle para energia atômica.

Tudo depende, naturalmente, deboa vontade e confiança.

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Para o verão...ULTIMAS NOVIDADES

Espirituais ou alegres, os mil nadasque chamamos de "acessórios" criamc clima da- moda. Os que mais sur-preendem e cujo uso foi esquecidonas praias são as sombrinhas, quereaparecem desde o minúsculo "pe-

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HENRY LA PENSÉE — Essa bolsade linho branco' tem a forma de peixetm^*****^i*^mammÊÊÊmmmmmmm. .««M«K_nM-_m>aa_Mi(

CALIXTO — Original bolsa de praia,servindo de chapéu, feita de palhae um quadrado de algodão estampado

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BENFEITORIAS DO APÓS-GUERRASummer Welles, antigo sub-secretá-

rio de Estado norte-americano, recupe-rou a saúde. . . graças à guerra.

Conforme foi amplamente noticiado,Mr. Welles foi encontrado num cam-po nevado, tendo escapado milagro-samente da morte. Depois disso ain-da teve sobre êle a ameaça de ver¦ as mãos e os pés amputados.

Porém foi-lhe aplicado um tratamen-to especial: banhos em movimentoconstante, penicilina, aplicação localde gelo, etc... E assim, o enfermoconservará seus membros.

Êsse tratamento fôra aperfeiçoadapara os homens que tinham sido vi-timas de grandes frios, durante aúltima guerra.

Já consola pensar que todos essesprogressos, alcançados na guerra, per-mitiram aos norte-americanos chegara tais resultados em matéria de ci-rurgia. psiquiatria e medicina geral.

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JACQUES HEIM — Imenso chapéu de palha natural, trancada, e grandes frarijas

EM FÉRIAS, NADA É "ACESSÓRIO //

queno polegar" (Tom Pouce) até ogrande parqssoí de linho vermelho.Para aumentar-lhes o efeito, os imen-sos chapéus de todas as formas, emlinho raiado, em palha franjada, emvime, vêm confirmar que, neste verão.as mulheres não serão mais fransfor-macias em estátuas de bronze masapenas levemente douradas.VIOLETTE CORNILLE — Bela bolsade vime trancado e linho pesporitadò

O acessório indispensável em férias,a bolsa, onde se guarda, o jornal, crnaiilct de banho úmido, etc, tomaas formas mais imprevistas. Segundoa imaginação do modista e balãolinho, em "fatias'' multicores, peixese ate mesmo. . . chapéus. O vimeusado para fabricar encantadores ces-tos.

JACQUES IIEIM — Bolsa "balão^em linho laranja e branco. Boina domesmo tipp e sandálias de verniz preto

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H OMEM BUSCA UM ESCRAVOMÁQUINAHO QUE VEM DESDE ADÀO. ,in„u, „ „, ~ ¦

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kta anunciada mais uma exposição: a da Inglaterrade Londres, para sermos mais exatos). O "exposicio-nismo"' — doença do século.— se manifesta por uma¦..cidade periódica de verificar o estado de nossa civi-

.',:õc, de contar nossos tesourose passar em revista os nossosinsí umentos de luta pela vida.

A. Europa, onde os homens nas-cera já curvados por uma velhice'hereditária, sempre sentiu alguma

?vergonha em ceder a essa necessi-clace. Parece ver nisso uma con-

'fissão de fraqueza, que seu orgu-lha ordena esconder.

A Europa, por mais estranhoque seja, mede principalmente avaidade! Por isso mesmo, torturao espirito para encontrar um hon-roso pretexto de se exibir assim

...publicamente. Invoca, por exemplo,c "exotismo colonial", ou as "artestécnicas''.

Os norte-americanos, porém, nãoconhecem tais pudores. Para elessão ainda novas as idéias que oseuropeus vivem mascando semconvicção — como eles fazem comc chewing-gun — depois de se-cular digestão que se perde naantigüidade mediterrânea. E têmrazão. Seu "exposicionismo",

aomencs, rendei E o declaram fran-comente.

— Vocês, europeus, — gritameles a plenos pulmões, sobre ooceano, — perdem um tempo pre-cioso em discussões estéreis. Acada passo, pousam a ferramentapara segurar a cabeça com asduas mãos e perguntar se real-mente, estão no bom caminho. Aera das máquinas se abre largae cheia de promessas e vocês sedetém no limiar, para discutir de-talhos ridículos! Não vêem que

o nosso progresso material,.....canização geral do trabalho -— engenheiros que forneciam ao mun• ordem científica de nossos atos, proporciona mais do todos esses homens máquinas, cada vez mais necessá«.'<uaae a nossos filhos do que a seus pais uma exis- rins ntpnHpnHn rrs onrv-mri arvora. in-.íti.«Y.„^„ ~„*ü~ ..—1—*X

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— OS ROBOTS E A LITERATURA7Ta D/ÍT "PATO" DE VAUCAtfSON

.M,rm^2S^ÜTÔMATOS DE HOUDIN —DOUTOR E CONFERENCISTAcobrir as quimeras dos sonhadores europeus. Mal saídodo paraíso, Adão procurou ganhar o pão... com o suorda fronte dos outros. E quando os fracos, primeiro sub--missos aos fortes, quebraram seus grilhões, tratamos .de/

domesticar os elementos, ou cieforjar, pelo menos, autômatos «que.cumprissem todos os nossos servi-ços e necessidades físicas; paraque assumissem as funções doanimal para deixar inteiramentelivre.. . o anjo! Essa ambição, ain*da não inteiramente satisfeita pelosresultados até hoje obtidos, estarábreve realizada, segundo prevêemos norte-americanos otimistas? E oParaíso reencontrado será povoa-do de andróides atentos a executaros nossos menores desejos... atémesmo colher para a Eva futura-amaçã tentadora da sua gulodice?

A literatura, que nunca fugiuao que considerava um dever ex-plicar, já respondeu, ousadamente:não! Segundo as hipóteses admiti-das, a perfeição do robot ou bemo levaria á rebelião ou bem nos;inclinaria à degenerescência! E'essa, não há dúvida, uma altèr-nativa pouco animadora. Se, to-davia, a escrava de carne e desangue de outrora podia (quebra-dos seus grilhões) ser igual a seuantigo senhor, o robot, fruto dematéria unicamente, continuariaprisioneiro dessa mesma matéria.Mesmo amolecido nas delícias déuma nova Cápua mecanizada, oHomem, no "Reino dos Robots",seria sempre rei.. . Rei talvez ca->tivo, mas de qualquer forma rei!

Um autor dramático, não há mui-to, escreveu para uma estaçãoemissora francesa, uma antecipa-ção que lançava para o problema»sobre a mesa das discussões. „Ima-ginou a revolta dos Robots. Osengenheiros que forneciam ao mun-

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rios, atendendo às encomendas universais, estão isoladosnuma ilha distante. Os",rebeldes vão sitiá-los.Todos os engenheiros isão sacrificados; menosum, do. qual os novos;libertos esperam conhe-|cer o segredo de suavida mecânica. E esse,justamentee, reina../porque soube guardar-a chave da alma dosautômatos..

Outra antecipação, deconcepção mais classi-ca, pois que derivou-de urna teoria grata aogrande mestre do gê-nero, H. G. Wells, foiessa narrativa de J.Painlevé, que descre-veu o último episódioda luta final robote, é

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nc qual vemos os autômatos su-cumbir, como os mqrcianos na"Guerra dos Mundos", ao assaltodas enfermidades suspensas nostubos de cultura, onde o humanovive, no entanto, como peixe naágua, em boa vizinhança com osmicróbios familiares:

"...E pouco tempo depois caí-ram as primeiras gotas dágua. Os"robots" interromperam o* massa-cre; os homens não pensavammais em fugir. A incredulidade, aestupefação, paralisavam todoseles; depois, quando a chuva de-sencadeou, um grande movimentode cólera se apossou dos "robots",em razão da extranheza do fatoque não compreendiam e que nãopressagiava nada de bom. Nova-mente se lençaram, demolidores,contra os refúgios dos homens;mas os blocos eram sólidos e pos-suíam velha e inutilizada prote-cão contra as "ondas mal dirigi-

ponsáveis; como esta não vinha, alguns corajosos, emboratrêmulos, se arriscaram a penetrar nos blocos e entàoviram massas e massas de "robots", desamparados, arras-tando-se, eles sempre tão silenciosos, com um ruído desa-gradável e rinchante, que provinha de sua metalura uax.do emissor de sons; em certos trechos, um tom amareloocre cobria suas partes externas; tinham sido atacadospor uma horrível enfermidade, incurável nessa época,pois que ninguém guardava com que remediar um maicujo último ataque remontava a 100 ionias e do qual <¦mundo se libertara assim, como dos parasitas das onda:.— e do qual somente alguns especialistas das enfermi-dades sabiam o nome: a "ferrugem". Morriam lentamente*com toda sua reserva de energia inutilizada, roídos irre-mediavelmente, nada podendo dizer, porque o ruído quefaziam, mexendo-se, desesperados de dor, tinha feito sal-tar, pela brutal ressonância, suas células de ligação: esta-vam agora surdos, cegos e mudos. . *"

O Golem — O robot inspirou simplesmente visões d:futuro a Jules Verne. Prova disso é a versão tchéca dlenda de Fausto e que explica o nascimento do misteriosoGolem.

A história afirma que um rabino de Praga, erudito naCabala, retomara o curso da grande obra de antigos mágicos. Não a de fabricar ouro: a de fabricar um homem i

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das", mal quesalvou a vida demilhões de seresda ação das on-das destruidorasdos "robots".Agora a chuvaredobrava, provo-cando por todaparte curtos cir-cuitos; os "ro-bots" queimavamsobre a vastapraça, retorcen -do-se na agoniade um metal lu-minescente. Todosos "robots" que

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trabalhavam saíram para examinar o que ocor-ria, mas ao fim de certa tempo, quando viramos desastres que a chuva causava em suas fileiras, tor-naram a procurar abrigo nos edifícios. E a água caindosempre, em verdadeiro lençol líquido! Tudo se umedeciaperigosamente. Eu próprio comecei a espirrar. Depois achuva cessou e foi um silêncio formidável, como se todomundo se julgasse morto. Foi somente muito tempo depoisque alguns começaram a arriscar um passo ou dois, forados abrigos."Por toda parte cadáveres ou pedaços espalhados dehomens e "robots". Em redor das fábricas e dos blocosonde se alojavam os "robots", reuniam-se pessoas ame-drontadas, sem ousar entrar, ávidas de saber o que foraleito dos "robots" que haviam escapado e o que tenta-riam fazer ainda. Esperava-se uma ordem dos chefes res-

O jogador de xadrez, de Kempelen... .<•'

Era no tempo em que os ocui-tistas alemães pretendiam tirar

uma vida humana da raiz da mandragora fecundada pelaúltimo espasmo de um enforcado. O rabino estava con-vencido de que velhos documentos em seu poder escoa-diam a fórmula da geração espontânea. Impaciente invc-cou o Diabo:

— Ajuda-me, Satan, a decifrar este documento e terásminha alma!

Negócio fechado. O rabino "fêz" um homem: o Golem,um autômata tão perfeito que seu dono pôde apresentá-lapor toda parte como seu servidor, um servidor de carne!O Golem é forte como um touro, mas bastante hábil paratocar violino como um virtuoso do arco.

Porém o dono morre. O Golem segue o cortejo aueconduz o rabino à sua suprema moradia. Na volta, un.

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vizinho quer conquistar o criado fiel eleva-o para sua casa. À noite, o Golemfoge... e ninguém mais o tornará a ver,ou melhor: ninguém mais que o veja,se gabará de o ter visto!

Pc que o Golem (pelo menos ó essa acrença popular) não morreu. Não deixouPraga. À noite, fica á espreita dos re-igrdatários. E daqueles que o Golem en-contra,, seus parentes apenas podem ter,na anhã seguinte, um cadáver com ocrânio f end ido. . .

São Tomaz de Aquino e o Homem deFerro Propositadamente, escolhemospara ervir de quadro ao assunto doisde seus aspectos romanescos mais dis-tantes de nossa época.

Realmente, a história do Robot, do Au-tômaío e do Homem-Máquina, do andrói-de segundo as diversas concepções— sempre permaneceu indecisa, reticente,contada com displicência.

Mesmo quando os lamas tibetanos lita-nizam para sua salvação eterna um sa-cerdoíe mecânico do moinho das orações,concecem a seus piedosos autômatas umpapel simplesmente acessório. O moleironão tem necesidade de mover os lábiospara entrar em comunicação com Deuse, se o moinho deixa escapar ruidosase cantantes palavras, é porque o povodeve entender o murmúrio sagrado. Todasas religiões, de resto, inventaram, paraimpressionar os espíritos mais rústicos,ritos espetaculares e símbolos transpa-rentes. Um pouco ilusionismo não faznenhu mal a quem deseja alcançar as-cendência sôbre seus semelhantes, prin-cipálmente quando tenha a puríssima in-¦enção de dominar para... evangelizar!

Assim Heron, o Antigo, mecânico ematemáüro da Grécia, nascido em Ale-xaridria e que viveu provavelmente noprimeiro ou segundo século antes de Je-susyCristo, expunha os métodos de fabri-cação os autômatas, num tratado muitosábio * que foi editado em França, noano de 1693, por Thévenot. Contava quecs sacerdotes do antigo Egito tinhamtentado construir verdadeiras máquinasYivjB , falantes, para causar impressão

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Eis Elektro. O robot que breve será "doutor". Aolado. seu inventor e construtor parece satisfeito com '|8o estado das "entranhas" do seu homem-máquiná $B

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sôbre os fiéis e obrigá-los a acre-ditar no Milagre.

Nossas igrejas da Idade Mé-dia, de resto, conheceram todasorte de truques e efeitos. E quesão esses anjcs mecanizados se-

não os primitivos autômatas, umaespécie de ingênua imagem .ani-mada, um pouco como os prese-pes para as crianças e que seexibem em todas as vitrines, porocasião do Natal.

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O "Monde des Automates", obra de Geliset-Chapus,

uma autoridade na matéria, descreve-nos as mais ceie-

bres :figuras mecanizadas das igrejas, entre elas as íamo-

sas máquinas-homens de Estrasburgo e de Lyon.

O espaço impede façamos, aqui, a descrição detalhada

dessas maravilhas. Diremos ao menos que no alto do

relógio de Estrasburgo havia um galo cantante que cons-

titui, sem dúvida, a obra-prima da técnica medieval. Um

detalhe, de passagem: as asas não batiam em bloco, mas

todas as penas eram articuladas, umas relativamente as

outras. . _ ,r.Mas falemos da "boneca-humana". Leonardo Da Vinci,

Durer, Galileu e outros eminentes sábios e artistas pensa-

xam em realizá-la. Levaram seus projetos para o túmulo.

Alberto Magnus, ao contrário, esse misterioso personagemdo século XIII, que escondia sob esse pseudônimo sua

qualidade de fidalgo germânico, criou o 'Homem de

Ferro"!Não houve quem nos descrevesse o plano dessa ma-

•quina, que os cronistas contemporâneos afirmavam ser-coisa fabulosa. Parece que lembrava extraordinariamenteum homem, havendo mesmo quem a confundisse, real-

mente, com o humano. Abria e fechava a porta da casa,

saudava os visitantes e praticava, a seguir, todos os gestos¦impostos pela vida em sociedade.

Não era preciso tanto, numa época de obscurantismo,

para que a voz pública se mostrasse emocionada e come-

casse a gritar contra a feitiçaria. Realmente Alberto Ma-

gnus foi cercado em sua própria residência por uma mui-

tidão enlouquecida e pronta a linchá-lo, a arrasta-lo para•a fogueira, quando São Tomaz de Aquino, em pessoa, foi

bater à sua porta.' O povo comprimindo-se sob as janelas-do "feiticeiro" ouviu qrande fragor; depois São Tomaz

reapareceu martelo em punho: Destruí a máquina maldita — anunciou êle. — Ela

falava de mais!...A "filha" andróide de Descartes — Não era o povo

mais tolerante, quando, no século XVI e XVII foram cons--truídos novos andróides. De tal sorte que nem um só dosautômatos com figura de gente, construídos em três épocas,

pôde.chegar até nós... Foram destruídos!Sabemos, apenas, que um iletrado, chamado Hans Bul-

mann, que morreu em 1535, em sua cidade natal de Nu-renberg, fabricou homens e mulheres movidos por meca-nismo de relojoaria e que tocavam tambor e marchavam!

Da mesma forma, Gianello delia Torre foi hábil relo-

joeirp, verdadeiro mestre nessa arte, e o imperador CarlosQuinto, «que construiu inúmeros autômatas cuja famachegou até nossos dias. Finalmente, Descartes — tambémêle! -X- construiu uma mulher mecânica a que deu onome de Francine. Os cronistas da época (1620) escre-veram maravilhas dessa autômato. Francine, porém, nãoteria carreira longa, tal como ocorreu com os "filhos".

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A ALEMANHA CURA SUAS FERIDAS DE GUERRA —Essa ponte sobre o Meno, que fora em parte destruídadurante a guerra, acaba de ser completamente recons-truída. E' ela a única ponte de Francfort capaz de supor-tar um tráfego importante. Eis por que se impunha suareconstrução, que foi em grande parte ajudada pelas auto-ridades de ocupação, pois só assim se permitiria a normalligação das duas partes da cidade. A fotografia é um

flagrante da inauguração oficial

autômatos de Hans Bullmann e de Gianello delia TcUm dia em que Descartes navegava com a sua Fransobreveio uma tempestade. O capitão, católico fervee marinheiro supersticioso, se encheu de medo e, fi.mente, decidiu tomar uma atitude, segundo suas crere receios:

— Senhor — disse êle ao filósofo. — O Diabo pen> ;. ..uno corpo dessa boneca de metal. E se Deus procura nr.u.fragar o meu barco é porque reconheceu a presença doDiabo a bordo. Nessas condições, senhor, vou dar ordenia meus homens para que lancem ao mar essa Francine!

E, realmente, fêz o que anunciava.Do "pato" de Vaucanson. . . ao "escritor" de Dro?.

Na verdade, foi somente a partir do século XVIII qu co-meçou em quase todos os países adiantados do mundoa grande voga dos andróides. E dessa época, ap menos,restam para nosso governo preciosos testemunhos, taiscomo os autômatas de Vaucanson e os de Jacques Droz.

Jacques de Vaucanson, nascido em Grenoble era 24de fevereiro de 1709, morto em Paris, em 11 de novembrode, 1792, era ainda aluno dos Jesuítas, quando começoua construir seus curiosos bonecos mecânicos e outrosobjetos; um relógio de madeira, uma capela minúsculae povoada de anjos e padres, todos com movimentos.Êle próprio descreveu, numa tabuleta composta paraanunciar sua exibição, os três autômatas que lhe valeramreputação internacional:

"— A primeira, um homem de tamanho natural, vestidode selvagem e que toca onze árias numa flauta, executan-do todos os movimentos dos lábios e dos dedos e soprandopela boca como um ser vivo.

"— A segunda, um homem também do tamanho natu-ral, vestido de pastor provençal, que toca vinte árias dife-rentes sobre uma flauta de Provença, com uma das mãose bate num tamborim com a outra, tudo em cadência eperfeição, como se fosse um hábil músico.

"— A terceira, um pato artificial, de cobre dourado, quepode beber, comer, brincar na água de um lago, cantare fazer a digestão, tudo como um verdadeira animal vivo."

Pierre Jacques Droz (pai) nasceu em Chaux-de-Eonds,em 1721, tendo morrido em Bienne, em 1791. Henri Louis— seu filho — nascido em 1752, morreu um ano depoisdo pai.

Suas obras principais são o "Escritor", o "Desenhista

e o. "Músico", apresentados, os três, em 1773, exploradosaté 89, como artigos de curiosidade, vendidos e disputados,a seguir, por diferentes colecionadores e museus, mas final-mente tendo voltado, em 1906, ao seu país de origem.

O "Escritor", da estatura e aparência de uma criançade cinco anos, pode traçar até sessenta sílabas, sem parar,com letra clara e lisível, de um texto qualquer, checandoa respeitar os espaços entre as palavras. Ao escrever,move a cabeça como para seguir o movimento da > ena,que molha na tinta, em intervalos regulares. Quando ter?mina, joga pequena quantidade de areia sobre a pagina,antes de entregar o manuscrito a quem o encomendo;).

O Jogador de xadrez, de Kempelen — Um filme nãomuito antigo e ao qual os produtores não regatearam apublicidade, vulgarizou a história de outro autômato: ceie-bre do século XVIII: o jogador de xadrez, de Kempelen.Wolfgang, barão de Kempelen, nascido em Presburg em1734, é conselheiro áulico na côrte de Viena. Exo lentejogador de xadrez, chegou a jogar muitas partidas coraa imperatriz Maria Teersa. Eoi êle quem desenheu umautômata para o qual o manobra das torres, dos peõese dos cavalos não teria segredos; um adversário de inte"ligência matemática, sem jamais praticar uma falha e ao

qual o rigoroso encadeamento dos cálculos valeria "mates

irresistíveis, seguros como um reflexo.O aparelho consiste em um móvel de lm.20 cie com

primento, por Om. 85 de altura, montado sobre rodas, atrasdo qual está sentado, em estreita cadeira, um panequiataviado como um grande senhor das Mil e uma n0ie'segurando com uma das mãos um cachimbo de calongo.

O móvel está dividido em três compartimentos em

baixo, uma gaveta que contém o tabuleiro, uma almofada

(Continua na pa<?- 86)

¦"«Oo A 21 0 N» 6 Novembro 1949

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Tut-Ank-Amon aspira o perfume deuma flor de lotus (Desenho originalde autoria da egiptóloga Mario T.

de Saint Paul)

A pesada tampa do sarcófagofoi levantada finalmente e, na-qíiela câmara talhada na rocha,a várias dezenas de metrosabaixo do nível do solo, a mu-mia apareceu.

Era uma mulher! Seu rosto,pequeno e bem feito, estava co-berto por fina máscara de ou-ro. Entre as largas malhas deuma rede de pérolas azuis e ne-eras, sobre o peito curvado,surgiram inscrições vermelhas eamarelas. Sob as finas tirasde unho, habilmente dispôs-tas, adivinhava-se a formagraciosa de suas pernas. Umdos pés, pequeninos e morenos,saia través de um rasgão.

O I tor pode imaginar estarlendo um trecho de romance depÇão Mas, na verdade, apenas(tese; emos o que ocorreu, há^enc de dois meses no lenda-po misterioso Egito, presen-tcs alias autoridades, figuras derenome nos meios científicos,esPe': ástas em excavações,^P ogos de diferentes nacio-^liüí.des, todos reunidos, gra-yeinente, curiosamente, dianteao novo achado.do i <Ille acabam os senhoresS? cies cobrir é realmente muitoten s -ante — declarou aos ar-Ciosos, Ali Ayoub Bev, atual^nisl. ,> da Educação Nacional,10 govrno de Faruk e que es-eve presente aos trabalhos fi-^uessa exeavação.

reu ' ia' como dissemos, ocor-nò ' !a. menos de dois meses,nao muno Jonge do Cairo...

ENFRENTANDO 11 VINGANÇA DOS Üi ISim! Mais uma vez, um grupode homens, engenheiros e ci-entistas, ávidos de sondar ossegredos do passado, revolve-

ram durante meses e meses avelha e misteriosa terra do Egi-to, em busca de túmulos, deantigos soberanos e de civili-zações desaparecidas.

de argila azul, reunidas há sé-culos e séculos em redor dossarcófagos, um dos indígenas,contratado entre os trabalhado-res das excavações, murmurouem voz baixa, mas não tantoque não ferisse os ouvidos dospresentes, fazendo-os estreme-cer:

A máscara de ouro de Tut-Ank-Amon, tal como surgiupor ocasião da abertura do sarcófago

Mais uma vez os vivos viola-vam o refúgio dos mortos.

Enquanto os ministros do reiFaruk, soberano moderno eculto, que se interessa por todomovimento relacionado com ahistória do seu país, examina-vam as .centenas de estatuetas

— Oxalá, aqueles cujo re-pouso perturbamos agora, nãose vinguem como se viugou Tut-Ank-Amon!

Ao falar, uma careta de medotorceu seus lábios. Porque, paraêle, como para milhões de seussemelhantes, não apenas o acaso

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Mesmo no outro mundo Tut-Ank-Amon não dispensava uma vida aparatosa.Por isso fazia questão de levar uma multidão de servidores e escravos

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Logo à entrada do Vale do Nilo, a esfinge indica que aquelaé a terra dos mistérios

é o responsável pela morte es-tranha dos que se aproximaramda múmia do célebre faraó.

— Invencionices! Imagina-ção ridícula! Coincidências! —afirmam os sábios. — As mal-dições nada valem! Não existetal força!

Porém, os fatos aí estão, mis-teriosos, perturbadores, desa-fiando melhor explicação.

A História tem início em1922, tendo como cenário oquadro.desolado e grandioso doVale dos Reis, a poucos quilo-metros das ruinas de Thebas, aCidade das Cem Portas.

Durante seis "estações", umaexpedição arqueológica brita-nica, dirigida por Howard Car-ter e financiada por Lord Gar-narvon, revolveu toneladas dede areia e de pedras para des-

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Ainda hoje os arqueólogos continuamfazendo escavações e 'abrindo túmu-

los... A maldição continuaráceifando vidas?

cobrir o túmulo dc Tut-Ank-Amon, faraó que subiu ao tronocom a idade de nove anos em1369, antes de Cristo e morreucom apenas dezoito anos.

Já haviam sido postas à iuzdo sol várias câmaras nas quaisos operários empregados naconstrução desse colossa! iú_mulo real, tinham dissimuladosuas ferramentas. Uma dessascâmaras ou alvéolos excàvadòsna rocha, parecia mesmo, terservido de refúgio aos pen tosencarregados do embalsarriento.

Além dos vasos de cerâmica,que serviram para conter osdiferentes unguentos, necessa-rios para o preparo das bandasde linho, estava entulhada dcrestos de refeições, o que deixasupor que desde a mais distanteantigüidade, já existia a tradi-ção, ainda em vigor em algumasregiões de nosso interior, queexige sejam os entcrranicníosmarcados por üm banquete,mais 011 menos modesto.

Na verdade, foram encontra-dos ali numerosos ossos de boi,de cabra ou carneiro, as Garças*-sas de nove gansos e quatropatos, os destroços de bolos epastelões, assim como recipien-tes de variadas formas, que ti-nham contido vinho. E, se li-garmos tudo isso ao número depratos existentes, chegaremos àespantosa conclusão de quetanta comida foi ingerida, apé-nas por oito convivas! Os pc-ritos de embalsamaménto de-viam ser grandes comilões!

Cada uma dessas câ murasconstituíam surpresas, servindode fonte para prolongadas e en-tusiasmadas pesquisas. Deixa-vam ainda entrever coisa me-lhor; por exemplo: enchiamde esperanças os pesquisadores.Porém Tut-Ank-Amon continua-va distante, impossível de cn-contrar! Até quc um dia, umdesses dias egípcios, cie clari|dade que chega a perturbar avisão e tonteia, surgiu da areia...um degrau! Sim; um degrau-bem talhado; depois outro e ou-tro mais. . .

Howard Carter, quc era odadeiro chefe da expediçãogou-se a participar do tsiasmo geral.— Isto talvez ainda sejasimples t ú m ü 1 o inacabado,como já encontramos muitos..

Entretanto, na base dos uc-degraus libertados

porta. Ebre ela Carter encontrou oreal, representado por umcal e nove escravos.

Nesta vez, não podia n^dúvida: era o túmulo aefaraó.

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7'Hi*.mM*' Ano N* 6"— Novembro — 1949

Enquanto esperavam a che-gadia de Lord Carnarvon, quedeixa Londres apressadamentepara estar presente à aberturado túmulo propriamente dito,,0s trabalhos prosseguiram.

A primeira porta dá acesso aunia longa galeria entulhada d-pedin e destroços, que é preevscevacuar antes de se alcançaruma segunda porta, coberta deliier oglifps.

dia. fixado, perante olord e algumas testemunhas,emocionadas, pálidas, as peru stremulas c expressão de medono olhar, Howard Carter abreuma brecha no canto esquerdodesla ultima barreira. Um flux >de ar quente faz vacilar a cha-ma da vela que êle introduz naabertura, com mão trêmula.

Vê alguma coisa? — per-funía ansioso, a voz rouca, LordCarnarvon.

Carter fica ainda um instantesilencioso, depois, pelo espeta-

JÓIAS DO MAR

ima simples mesinha poderá ser-oficina de trabalho quando se

de formar lindos broches demtas marinhas. Aprcveitando-se ariedade de sua forma e colorido,

fácil conseguir lindíssimosenoís. desde — é claro — gue

25

culo que se oferece a seus olhos,murmura:— Sim... Vejo coisas mara-vilhosas!Na penumbra se alinham ani-mais estranhos^ ornados demarfim e ouro e afogados numcolossal bric-à-brac de cadeirasesculpidas, vasos de alabastro,rodas de carriolas, de ébano,incrustado de ouro; inúmera-veis estatuetas de argila; pu-nhais, lanças e outras armas fi-namente trabalhadas e entre-meadas com boiiquets funerá-nos. E, um pouco por toda

parte, ouro, mais ouro refle-tindo a frágil luz da vela... -

Howard Carter confessaria,mais tarde:

a— Quando penetramos nessacâmara, sofri uma sensação bi-zarra, respirando o mesmo arque haviam respirado, milhares

se ;cr h a gosto, paciência e habili-Os exemplos aqui apresenta-

animam, realmente, qualquer umtar realizar o mesmo. . . ou coisa

ainda melhor.

k» broches são arranjados ci-mentando-se a.s conchas sobro umao plástico transparente. E' con-ve.niente organizar um recipiente, di-Jiui. eni pequenos ostojos, a fim decer as conchas separadas pola forma.Pelo tamanho, pela côr. o que muitoara o trabalho de compor as jóias

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iisa«ia unia pinça, a fim de1 "locar as pequeninas con-co/a a ser usada deverá sercomo um cimento brancoe transparente

Palheta. arranjada unicamente com di-ferentes broches de conchas marinhas,para que se observe a variedade dosarranjos, a beleza e delicadeza das

formas e dos coloridos

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de anos antes, os que ali tinham^levado aqueles tesouros.

À claridade das lanternas eíé-tricas os arqueólogos prossegui-ram o inventário: a múmia alinão estava. Foi encontradaalém de uma terceira porta,guardada por duas figuras demadeira esculpida, represen-tando Tut-Ank-Amon, a frontedominada pelo gavião e a ser-pente sagrados.

Dez sermmas assim decorrem,todos ocupados em pôr em localseguro as riquezas da câmara;depois os sábios começam aabater os derradeiros obstá-culos que os separam do faraó. \Vendo Lord Carnarvon, quegraceja e ri de maneira fora deseus hábitos, Arthur Weigall,umdos convidados, confia a. seuvizinho: "Se êle continua assim,não lhe dou mais que seis se^manas de vida. . ."

A atmosfera da nova câmaraé ainda mais pesada e angus-tiante do que a anterior. O solo'está coberto de vasos de ala-*bastro, estátuas de ouro majiçóe se espalham os dez remos ná-gicos que permitirão ao defuntovogar sobre as águas do rio dosmorlos.

Outra vez, no momento deafastar os dois batentes daporta, selada, além da qual reWpousa a múmia, Howard Cartere assaltado por estranha an-gústia e renuncia ir adiante.

Somente três anos mais tardeum pequeno grupo de arqueó-logos se animaria a completaro gesto supremo, arrancando aseu repouso o pequenino sobe-rano de dezoito anos e que mor-reu tuberculoso.

E, enquanto os egiptólogoscontemplam, fascinados, a más-cara de ouro, que parece fita-los do fundo das idades; en-quanto examinam as placas deouro, representando Nut, a mãedivina, deusa do céu, e Geb, opríncipe das divindades e deusda terra, não deixam de estre-mecer, violentamente, ao pensarque a maldição já começara suaobra...

Realmente, sete semanas apósa estranha predição de Weigall,Lord Carnarvon morrera, le-vado por misteriosa enfermi-dade, provocada — segundo c idisse — pela picada de um mos-quito.— Já ouvi o chamado e sóme resta preparar-me para agrande viagem — disse êle,poucas horas antes de expirar.

Ninguém jamais, soube que"chamado" fora esse; poréin,outros homens, que haviam es-(Continua na pág. 89)

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IGRADIL E CORRIMAO DE FERRO ESCALAM A FACEESCARRADA DA ROCHA DO LEÃO — Degraus, cons-truídos em 1899-1900 substituem os antigos degraus depedra e tijolos outrora ali existentes. Mesmo a primitivaentrada, entre as garras do leão, foi reformada e ornadacom uma nova muralha de tijolos. Mesmo agora a subidacausa vertigem e há sempre o risco de um assalto de

abelhas, que infestam a velhíssima muralha

Acreditando por alto no que diziam os indí-genas, mas picada pela curiosidade, a nossa ca-ravana que repousava em Trincomalee, ao no-roeste do Ceilão, depois de extenuantes marchase contramarchas e gastando filmes fotográficosno interesse da ciência (conforme justificava-mos, engrossando a voz, ao careteante almoxarifeda expedição que tinha espírito econômico) anossa caravana, repetimos, abandonou o confortodo alto platô salubre para sair com os jeeps seismilhas fora de nossa rota, a fim de conhecer ohistórico monumento de Sigiriya.

Sabíamos que a viagem seria difícil, porém,ignorávamos que as estradas tinham sofrido pa-vorosamente com as últimas chuvas torrenciais.Ao fim de um dia e meio de marcha, o terreno

passou a ser pedregoso e logo começou a em-pinar, aparecendo então as primeiras estacadas deSigiriya, nascida do juncal e logo dominando asmais altas árvores.

Chegamos ao albergue-refúgio às quatro datarde, instante favorável à primeira observaçãodo local. O sol, descendo além da montanha,destacava a massa sombria de Sigiriya, domi-nada pela cidadela de granito vermelho e que serecortava em agressivo relevo contra o fundocrepuscular.

As chuvas do monção, trabalhando paciente-mente no correr de muitas centúrias, tinha dadoàs pedras efeito fantástico. Porém, depressa ovisitante é arrancado de sua estática contempla-ção pela voz amiga do indígena, que explora omiserável comércio local e fornece leitos de

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DAMA COROADA E COM CINTURA DE VESPA PASSEIAPELAS NUVENS — Numa gruta de Sigiriya surgem reira-tos como êsse, de três quartos, representando unia damada corte. Quinze séculos não puderam diminuir sua bri--lhante beleza. Seus olhos amendoados são escuros e lus-trosos; o rosto. Sobre a pele levemente rosada traz jóiasde alto luxo é um diáfano tecido, como a gase

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52<£,,E?IÍÍCESA REAL E SUAS AIAS. CARREGANDOFLORES PARA UM TEMPLO — Na galeria de arte dorei Kasyapa, surgem 21 mulheres peregrinas que formamum desfile de modas celanesas dp século V. Aias (coinoa que se vê à direita) são pintadas em tonalidades maisescuras, indicando uma raça estrangeira. Os artistas budis-tas executaram esses frescos em muralhas absolutamentelisas e unidas e em locais de difícil acesso para nele se

executar um trabalho tão delicado e perfeito

000ú'.>' Ano N« 6 —: Novembro — 1949 27

tábuas simples, sem lençol, havendo apenas umisimples esteirinha para forrar a cama ou cobriro sen ocupante.

0 caminho está bom! afirma êle —Muá hoje vai ter lua! Melhor esperar o amani cer. — e seu dedo de unha longa e enros-cria. aponta para o ceu.

\pós o jantar o visitante compreende enfimo significado do "hoje vai ter lua/'. De' fato aimensa e alvissima lua tropical, aparecendo re'pentinamente do flanco de Sigiriya, proporcionaao espectador um cenário deslumbrante e verda-d; rainente indescritível.

Alguns nativos presentes, e conhecedores dáhistória de Sigiriya, relatam a mesma ao visitantèj fazendo repetidas referências ao Maha-Vamsa ou "Grande Crõnisa", que começa eom osacerdote Budista Mahanama, pertencente à fa-milia real e que foi testemunha ocular de muitosdos episódios que descreveu.

Histórias de Vingança, Parricidio e Medo: Sigiriya foi uma fortaleza do rei Kasvapa I, queali encontrou refúgio, depois de liaver brutal-mente assassinado o próprio pai, o rei DhatuSi 1 ii:í

Em sua mocidade Dhatu Sena viveu inteira-monte Isolado em razão da grande supremaciados Tamil, conquistadores da índia e que semantiveram senhores da terra de 434 depois deCristo ao ano 459. Estudou sob a orientação deMalianamá, seu tio, para ser sacerdote; porém,atingindo a idade adulta, abandonou a vida ü>contemplação para tentar arrancar sua pátriado domínio dos conquistadores e recuperar otrono.

MA FORTALEZA NO CEU"Por WILSON K. NORTON

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Ha MUITOS ANOS. O CORPO DE UM LEÃO COLOSSALLADEAVA OS DEGRAUS QUE CONDUZEM A SIGIRIYA;AS GARRAS AINDA EXISTEM. AMEAÇADORAS... —aNesse local, curiosos destroços atraíram a atenção dosarqüeologistas. Escavações trouxeram à luz duas garras;elas dão as dimensões da fera esculpida, em parte, na faceperpendicular da rocha. Essas patas ladeavam uma porta;o corpo ladeava as diferentes seções da escadaria. Tijolose argamassa formavam o corpo do l'eão. As patas do ani-mal foram descobertas em 1898 e assim pôde ser explicadoo nome da cidadela: Sigiriya (Rocha do Leão)

Dhatu Sena, na verdade, conseguiu expulsaros Tamils e restabelecer a paz. Restaurou a an-tiga religião, restituindo-lhe o passado brilho eo poder. Os nobres que, durante o domínio dosTamils tinham formado aliança com os usurpa-dores foram reduzidos à condição de escravosern sua própria terra.

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Sf^HÈlRA E TRONO — ÚNICOS REMANESCENTES DOS ESPLENDORES DE SIGIRIYA — FORAM ESCAVADOSA'X

por seus engenh<restauração) iniciam a subida para o alto da fortaleza e palácio de Kasyapa

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A PISCINA DE GRANITO. USADA OUTRORA PORKASYAPA, SERVE HOJE DE ESPELHO AO PEQUENO"GUIA" — No cume da cidade-fortaleza há um platô comcerca de 3 acres, sobre os quais a cidade real se espalha.Ali viveu o rei com a sua corte entre roupagens de gaseou seda e utensílios de ouro. A piscina-real, semelhanteao tanque da "Rocha da Cobra", subsiste onde outrosluxos se apagaram irremediavelmente. Apenas robustos

alicerces, por exemplo, restam do palácio real

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:A ÍNDIA TEM O CEILÃO COMO UM PENDENTIF DEPÉROLA — Ceilão, colônia da coroa britânica, é quase do-tamanho da Irlanda. A maior parte de sua população de..seis--.milhões é budista. A ilha foi ocupada há-uns 2 500anos pelos sinhaleses. povo de língua ariana. Algumas dosuas velhas capitais, como as ruínas Mayas, estão hojeinvadidas pelo juncal. Uma delas é Sirigiya, uma rocha-fortaleza, situada a poucas milhas fora da estrada Co-lombo-Trincomalee. A história de seus gloriosos 18 anosde esplendor e das suas ruínas presentes é narradanestas páginas

Ao contrário, todos os que se haviam mantileais, foram generosamente recompensadossoberano fundou hospitais e mosteiros, restavae redecorou os edifícios religiosos e construiu vservatórios em toda parte onde eram necessárioMuitos de seus tesouros privados, em ouro, obiotos de arte e em jóias, foram sacrificados parreadornar os velhos ídolos que haviam sido derrubados e destruídos pelos Tamils.

Uma das grandes realizações dè Dhatu Senafoi a construção do grande "tanque" de Kai«twewa ou "Reservatório Negro", situado três milhas mais ao norte de Kekirawa. Esse innn.solago construído para garantir a irrigação regularcom mais de 4.000 acres e hoje pareialrrienterestaurado, é qualquer coisa que impõe respeitoaos modernos engenheiros.

A represa construída por Dhatu Sena tem aprd-ximadamente seis milhas de comprimento (poucomais de 9 quilômetros), dezoito metros de aitura e seis de largura, no alto, com üm vasador

dc 72 metros de comprimento e 40 de largura.Apesar de ser um bom administrador, muito

tendo feito pelo progresso do seu reino, DhatuSena foi soberano cruel. Mandou queimar vivia própria irmã porque seu filho, Migara, sobrinho e genro de Dhatu Sena, era cruel para suajovem esposa.

Levado ao mais extremado furor pela mortede sua mãe, Migara se rebelou contra DhatuSena, com a ajuda de Kasyapa, filho de DhatuSena e de uma escrava. Conseguindo dominara resistência cio povo, fiel ao soberano, os cons-piradpres se apoderaram de Dhatu Sena, que Jogofoi acorrentado.

Com Kasyapa no trono é Dhatu Sena prisio-neiro, Migara desejou aumentar sua vingança.Persuadiu Kasyapa de que o pai escondera fa-

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ROCHA ESCARPADA E VELHA MURALHA LADEIAMA GALERIA INFERIOR — Guias descalços sobem a gal'3-ria outrora usada pelos artistas e soldados de Kasyapa.Após os primeiros degraus, que nascem entre as patas dpl ao, a galeria sobe circulando um quarto da face da

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rocha. O paredão de quase dois metros e meio eicado com uma pasta amarela, macia e brilhante,preparo é uma arte que se perdeu

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3$ç Ano — N? 6 Novembro — 1949

jjuloso tesouro, com a intenção de entregá-lo,n3ais tarde, ao seu filho de sangue real Mo*-gallanà. ' s

imediatamente Kasyapa enviou uma mensagemao pai, na prisão, pedindo-lhe que indicasse olocal onde o tesouro se achava guardado Reco-nhecendp que pairava sobre a própria cabeçao risco de morte violenta, Dhatu Sena declarouaos mensageiros que se fosse conduzido a Kala-welva indicaria o local onde se encontrava otesouro. Kasyapa atendeu a essa condição

Depois de banhar-se no grande reservatórioem companhia de seu velho amigo, o sacerdoteMahánâma, Dhatu Sena apontou para Mahanmae para as águas do lago e declarou: "Estes são osúnicos tesouros que possuo".

Quando os guardas ouviram essas palavras,intenderam que tinham sido enganados. Trata-ram então de levar Dhatu Sena de retorno àpresença de Migara, para ser executado. O rei

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OS JAPONESES SEM FOGO PENSAM NO M1KADOCOM CALOR. .. — O imperador Hirohitò e a imperatrizNagako inauguram em Tóquio uma fábrica de tijolos com-,bnstíyeis, para os pobre*», que não podem comprar carvão

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ANTIGO SEGREDO DOS GREGOS... — Lisette Parienti¦.(intxi..i.x\ *..: x „„c.x A.x "basket-ball"

furando entre as componentes do "five" representativol\r s<u país> c* agora escultora sobre a... carne viva!:Ulrmíi haver encontrado um "segredo perdido desde a

ecia antifr«". a massagem com a ajuda de um simples' uí<» dê madeira e um pouco de óleo iodado. Graças a seu™et(Hlo ela própria pôde emagrecer 20 quilos e afirmapoüer reduzir de 8 a 10 centímetros a circunferência da

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EU SEI TÜfcO •

foi surrado cruelmente, posto sob o peso dègrandes correntes, e, enfim, emparedado vivoern sua prisão (477 antes de Cristo).Consumado o crime e receando represálias^abandonou a capital de Anuradhapura. Desejosóde ter um inacessível refúgio, a fim de furtar-sea vingança de seu irmão, foi para o distrito deMatala, onde construiu um palácio no cume deuma grande rocha à qual deu o nome de Sinhéâgiri, significando "Rocha do Leão". O nome foi.'mais tarde, alterado para Sigiriya (ou Sigiri).iNessa fortaleza, Kasyapa governou e viveuconfortavelmente, dezoito anos, até que preferiuabandonar toda essa segurança para ir morrerna planície, em baixo, em feroz batalha comMoggallana (495 depois de Cristo).-.«'.

Depois de ouvir essa narrativa dramática, ovi-isitante so tem um desejo: conhecer a fortalezavde Kasyapa. E foi assim que, na manhã se-guinte, os jeeps foram guiados na direção dòimponente pilar rochoso em que o parricidàconstruiu seu refúgio. O caminho do "alber-gue ate a base de Sigiriya, termina quando ovale começa a subir. Guiados por dois jovens há-tivos, o mais velho tendo 12 anos, no máximo,os visitantes subiram com relativa facilidade atéa Rocha da Cobra", onde o rei Kasyapa fizeraconstruir seu tanque particular, próprio para ocerimonial do banho e onde também fizera cons-truir um "trono-baixo". A cobra foi importantesímbolo religioso e realmente a forma da rochasugere a cabeça e o pescoço de uma cobra.

Segundo a lenda, o rei dos réptis zelava pelarepouso de Buda, quando este sentava para me-ditar. A subida é feita, usando-se os degraus cor-tados na própria rocha, há muitas centúrias!1pelos escravos de Kasyapa.

Chegados diante do tanque próprio para o ce-rimònial do banho do soberano os visitantes!são premiados com uma impressionante vista &a|face enrugada de Sigiriya, levantando-se róseoe verde contra o céu azul.

Mais além da "Rocha da Cobra", há uma largaiescadaria, protegida por uma muralha de tijolos.Daí por diante existe um gradil de ferro, prote-*gen do a vida do visitante. Felizmente — pode-mos dizer — de fato, a passagem é muito estreitaie o abismo, que se abre aos pés do que sobe!causa vertigem. Ao fim de 60 metros essa passaigem termina de repente, na própria base do pa-3redão, onde se vê uma imensa porta-gradeada^Slembrando a de uma prisão. Essa é a entrada^do verdadeiro palácio-refúgio do soberano par-íjricida. Mas é preciso subir mais! Uma escada*!que parece não ter fim... Respirando com difi-culdade e ruidosamente, chega-se ao alto. .. e|;logo se considera todo o esforço bem compen-3sado, pois então surge a galeria dos "frescos"/!pintados pelos sacerdotes Budistas nas lisas e|côncavas superfícies situadas nos mais profun-dos recessos da montanha, há uns 1.500 anos,e que devem ser, obrigatoriamente, incluídos en-Jtre as mais belas coisas que o Oriente pode apre-sentar. São as únicas antigas pinturas celanesaslÉde real mérito e que permanecem em excelente ]estado de conservação. Isso é devido à perfeita?!unidade do granito e ao fato de se encontrarem^em galerias inacessíveis à sanha dos vândalos.

Pintores C o ntor cio nistas: — Há ali 21 figurasde mulheres, com metade ou três quartos do com-primento. Possivelmente porque o espaço nãò,permitia aos pintores reproduzir as figuras com-fpletas e nas desejadas dimensões. Por isso cria**'ram o efeito de pernas desaparecendo entrenuvens. São retratos de damas da corte, ser*vidas por suas áias.

(Continua na pág. 90)

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o ar mais desolado destemundo, Pettie explicava a seumarido e a seu irmão que, de

nenhuma maneira, podia levar o fi-Ihinho a passear no parque, a fimde respirar ar puro e apanhar um

pouco de sol, como todas as manhãs.E nem podia pensar em mandá-locom Minnie, a criada, pois à noiteteriam nada menos que dezesseis pes-soas para jantar e não poderia seausentar de casa sequer por um se-gundo.

• Pettie estava à margem do deses-jSêro. Mesmo porque a criança, em

•casa, só serviria para atrapalhar osserviços extraordinários daquele dia.E Dick, seu marido despertara comíorte dor de garganta e um resfriadoespantoso. Não poderia, portanto, va-ler para nada, já que passaria o diatodo cuidando-se e fazendo repetidosgargarejos, a fim de melhorar e po-der, «à noite, desempenhar seu papelde amável dono de casa. Ela pró-pria, mal encontraria tempo de àl-moçar.

Mas Pettie, para que tantos la-mentos? — perguntou repentinamenteseu irmão que acabava de entrar nasala. Vivia perto dali e todos os do-mingos ia fazer o primeiro almoçocom ela e o cunhado. — Por quenão podes ir passear um pouco como guri, no parque... apanhar umpouco de sol?

Pettie levantou os dois braços paraó céu e perguntou, indignada:

Pois você não me ouviu dizerque esta noite teremos dezesseis pes-soas para jantar? Eu havia pensado,primeiro, que seríamos apenas doze.Porém os Brinnard regressaram ines-peradamente e se sentiriam ofendidos,caso não fossem convidados. E, alémdisso, Helena Mowbray telefonou, pe-dindo desculpas, que nem ela nem omarido poderiam vir, porque ontem,a noite, sua irmã, Mary, também che-gou sem nada avisar e, assim, nãopoderiam deixá-la só. Como é natu-ral, logo insisti para que a trouxessem

/ com eles. Isso significa que terei umasolteira sem par e que é preciso arran-

f jar um. Pensei em você, Johnny. . .Em mim? — exclamou Johnny

alarmado. Ah, não! Por favor...Vej.a se me deixa em paz!

Impossível! Você terá que sero companheiro de Mary Whitney,irmã de Helena!

Não deve esperar isso de mim!;;0 mais que posso fazer, para ajudar,

, é levar agora mesmo o guri ao:¦ .parque.

-— Johnny querido! — Pettie se sen-tiu aliviada. — Você fará isso?

Pois claro. . . Vistam o bebê eo levarei com o carrinho até o par-que, para que êle apanhe sol «i» res-pire ar puro. Eu e êle nos entende-mos muito bem...

Você é um anjo! — exclamouPettie contentíssima. E, dirigir^do-se aomarido, pediu:

"Dick, por favor, yai

Por FANNE FERBER FOX

avisar a Minnie que prepare o me-nino para sair. E depois^ vai fazergargarejos... Porque você tem queestar bem logo mais!

Dick, com o ar mais desolado destemundo, foi cumprir a ordem de suamulherzinha, porém antes perguntou:.

—• Por que você não quer jantarconosco, John? Tem talvez outro com-promisso para esta noite?

Nenhum; é que não suportoestas reuniões, em que sou obrigadoa tratar com tantos estranhos. . . —respondeu o rapaz, que com os seusolhos azuis e os cabelos louros, eramuito parecido com a irmã. Ouvin-do-o Pettie o mirou de alto a baixoe seus olhos brilharam, ao dizer comenergia:

Johnny... Se vocênão vier esta noite, paraser o par da irmã de He-lena, vou ficar seriamentezangada. . . Ouviu bem?— e vendo entrar, nesseinstante, a criada, prosse-guiu agora diri-gindo-se a ela:"Hoje, Minnie,você não precisalevar o meninoao parque; o sr.John se encarre-gará disso. Estamanhã êle nadatem que fa-zer e o coi-tado domeu filhi-nho não

perderá oparque.

E, tendo falado,voltou as costas,saindo da sala.

Você é mes-mo uma maravi-lha! — exclamouJohn, seguindo-apelo corredor. —Maneja as pes-soas como bementende. Mas sóuma coisa eu digo: esta noite nãocontem comigo!

Você é quem sairá perdendo — ob-servou Pettie, seguindo nova tática.— Esta noite terá oportunidade deconhecer a moça mais encantadora,mais elegante e distinta.

Não é bem isso o que eu pro-curo numa mulher — disse John,rindo.

Que deseja, então? — pergun-tou a irmã, intrigada.

—¦ Naturalidade. . . bondade. . . per-sonaMdade própria... — e vendo quea criada trazia o carrinho e que oseu sobrinho já estava vestido, con-tinuou: — Quando a encontrar, aprimeira pessoa avisada será você...

Pois não há de ser hoje —

disse Pettie agora rindo francamen'«-. . .pois esta manhã estás mui

mal vestido e, além do mais, o cannho e a criança não vão ajudar nadu.

John estava, de fato, simplesmen:vestido; calças de flanela bransweater de lã verde, já bastante usa-da, e sapatos de tênis. Porém, ser:ligar muito a esse seu aspecto untanto endomingado, seguiu Minnie, quejá entrava no elevador, para desceicom o carrinho até a porta da rua

— Quanto tempo terei que ficar mparque com o menino?

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— Uma hora no máximo, sr. John— disse a criada. — O tempo eslátemperado e o menino poderá dormirdepois do almoço.

Uma vez no porque, John abriuminho entre as compactas fileiras decarrinhos, conduzidos por ama-sêcas,ou pelos pais. que aproveitavam &formosa manhã. As amas-sêcas ves-tiam, quase todas, o mesmo uniforme:roupas brancas, aventais brancos, sa-patos brancos, pensando John q^etodas elas se pareciam de maneireiassombrosa.

Escolheu, para sentar, um bancoafastado — apenas ocupado por ou-tro homem que, evidentemente, erao pai de um menino gordo e travesso,que não tardou a sentir-se atraído

.?¦•.. «vuo — N*> 6 — Novembro — 1949

elo carrinho e pelo seu pequeno.upante, já agora adormecido. O

aènino gordo comia chocolante eorn as mãozinhas sujas tratou de

acariciar o rosto do bebê e puxar-lhecabelos. Como era natural, o

obrezinho acordou, começando a cho-.ir com todas as forças; e como um

o, pertencente ao menino do cho-

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31

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EU SEI TUDO•-*im

Johnny sossegou o bebê o melhorque pôde e as duas meninas volta-ram às suas bonecas. A "nurse",entretanto, aproximara-se do carrinhoe procurava limpar o rostinho ddcriança, com um lenço, ao mesmotempo que dizia sorrindo:

Oue lindo bebê! — Voltou-separa John: — Não seria melhor levan-tar a capota do carrinho? Assim comoestá, recebe sol no rostinho; e creioque quer dormir.

John, que nesse instante admiravaa formosa linha do pescoço da des-conhecida, disse, apressado:

Sim, sim. . . E poderia tambémlevar o carro para a sombra daque-Ias árvores. Que diz?...

Certamente. Apenas... não sei

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;ate, entrou a latir desesperada-ente, o pandemônio íoi insuportável.Num banco próximo estavam muito

>m sentadinhas duas meninas lin-ssimas, que brincavam com boné-

estavam acompanhadas pela-se", que lia inclinando a cabeça

bre o livro, podendo John ver ape-uma cabeleira preta e brilhante;"a o inevitável sweater branco,

-a branca e sapatos brancos. Comgritos do menino e os latidos dontál. as 4uas meninas observaram<Jna, interessadas, enquanto a "nur-'. levantando também a cabeça,-giu um olhar de censura a Johnny,

imediatamente notou que essaurinha tinha olhos pretos, brilhan-

e expressivos.

Ao cuidar do menino, nocarrinho, ela perguntou: —Não sei se sua esposa pre-fere que esta criança apa-

nhe sol...

se sua esposa terá recomendado dei-xá-lo ao sol.

— Minha esposa? — repetiu John.— Não tenho esposa.. .

Ela o observara com alguma in-sistência, e agora dizia, parecendonotar a roupa dele um tanto descui-dada:

Oh... sinto muito! — Em suavoz evidenciava compaixão, e toman-do a olhar para o bebê continuou: —

Pobrezinho!John, compreendendo o pensamento

da desconhecida, apenas ergueu osombros enquanto ela continuava:

Mas o senhor tem quem cuidedessa linda criança?

Sim. .. Minha irmã se encarregadisso.

Ela tornara a sentar no banco, tendo as duas mãos apoiadas no én-|7'côsto.

John viu que eram mãos formosasjporém com sinais de trabalho, de um$trabalho nada leve. Logo pensou.^penalizado: "Pobre moça! Sem dúvida"os patrões não lhe poupam trabalho'-'.;Pareceu-lhe providencial ter encontra-do uma criatura assim. O estranho.é que tivesse recorrido a um empregai;de ama-sêca quando bem poderia teraspirado a melhor situação. Mas cpm-r|preendia que os pais confiassem ;,<i|ela seus filhos: parecia tão bondosa,'?tão sincera em suas afeições. .. Süavoz era clara e tranqüila e tudo nelatranspirava franqueza, lealdade e atemesmo distinção.

Diga-me — perguntou re-pentinamente — é bem tratactâpor seus patrões? Está numaboa casa?

? Ela o fitou, um instante, comexpressão enigmática, porémlogo, dissimulando um sorriso,baixou o olhar sem nada res-ponder. E de novo Johnny pen-sou que aquela encantadora cria-tura não era feliz em sua po*- 1sição subalterna. Porém ela já 4falava com voz meiga:

Sim, sim, estou numa casa !íexcelente e todos são muito boni|comigo; apenas, às vezes, eu me|7sinto solitária e gosto de vir com|yas crianças ao parque. Elas sãáf í; |uns amores e me fazem boa com- 7 ipanhia... Porque sou nova nestagrande cidade. ..

Johnny já estendera a mão!para acariciar a da desconhe-cida. mas retirou-a em tempo:"Devia estar louco! Se alguémo visse, assim, conversando iri-timamente com uma ama-sêca doparque! E' claro, ela era dife-,rente das outras; ou, pelo méll:nos, parecia ser"...

E foi novamente assaltado de 7compaixão por aquela mocinha^tão bonita e franca, e já imcr^Sginando-a dormindo em qualquéf.^quarto modesto, sem jamais iipa festas, aos bailes e aòs tea||tros de Nova York. Assim erdi Ia vida!

Neste instante uma das menfilnas falou, gentil.

Quero ir para casa, MitsíiSEu também, Mitzi; também quo_fân

ir para casa — repetiu a outra m*f|fi_fl,nina, enquanto a ama abraçando-as

"::§^yX,

a um só tempo beijavá-as fitaridllJohn com um sorriso de despedida^Êle, emocionado e encantado, pensavaque aquele era o quadro mais encánítador que já vira em sua vida.

Ela se ergueu e tomando as dud|meninas pelas mãos caminhou para saída do parque. John, empnhando o espaldar do carrinho, séguiu em sua companhia. Chegarán,à rua 76 e John, colocando-se ao s€lado, perguntou:

Este é o seu domingo de saída'Terá a tarde livre?

Ela voltou a fitá-lo como assomJj&BBBS

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ÉU SEI TUBO 32

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!•> Ano N'*> § — Novembro — 194&

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brada e, entornando muita seduçãcdos olhos escuros, respondeu:

Sim... Isto é: às seis em pontotenho que estar em casa. E agoradevo me apressar. E. . . por íavor,não me acompanhe! Minha patroanão gosta de me ver com estranhos,especialmente estando com as me-ninas.

Mas (John não se decidia a dei-xá-la). .. Não poderíamos ir, estatarde, ao cinema? (Ao mesmo tempovoltava a pensar que estava louco!Convidar uma ama-sêca para ir accinema! Que estaria acontecendo comêle?).

Ela pareceu refletir e respondeu:Não sei, porque minha patroa. . .Por favor, não fale dela! Então?

Posso esperá-la aqui ás 3 horas?Depois de curto instante de vacila-

ção ela respondeu:Está bem. Aqui mesmo, às 3

em ponto!E tendo falado, afastou-se rápida-

mente, com as duas meninas.Voltando para casa de sua irmã,

empurrando vagarosamente o carri-nho, John não cessava de dirigir asi mesmo epítetos como este: "Idiota!Imbecil! Em que te íoste meter? Queestupidez convidar uma ama-sêca,uma desconhecida! Deveriam meter-me num hospício! Porque essa pe-quena, por mais atraente e formosaqüe seja, nunca poderá satisfazer astuas aspirações...". Porém tratou dese convencer de que não havia assimtão grande mal. Estava mesmo curió-so por saber o que havia além desseexterior fascinante... O mais prova-vel era que, mal a visse com suasroupas endomingadas, desistiria deachá-la sedutora e então seria tempode apresentar despedidas definitivas,pensando que, ao menos, poderia pas*sar uma tarde divertida e distraindoa infeliz!

. Dick e Pettie o esperavam ansiosos.— Voaê demorou muito! — excia-

mou Pettie. — Era para ficar apenasuma hora no parque!' E- enquanto Pettie se afastava como menino, Dick perguntou, zombeteiro:' -— Eram assim tão bonitas as em-pregadinhas do-parque? — E ao ver

Será esseO SUBSTITUTO DE FRANCO?

c ar aborrecido dc seu cunhado, prós-seguiu rindo: — Nãc se zangue, meucaro. Quantas vezes tive de levar ogaroto ac parque, num domingo desol? Confesso que vi amas-sêcas bembonitas! Mas sei que um rostinho maisou menos bonito não é o suficientepara você. Afinal, não passam deempregadas!

Pettie não c deixou sair sem in-sistir:

Você não pede faltar, John, logomais — dises cem sua habitual ener-gia. — Tentei arranjar outro par paraMary Whitnéy. Mas não foi possível.Por isso espero que você aqui estejaàs 8 em ponto. . .

Pois sim, Pettie. Virei!Às 3 horas, justamente, nesta mes-

ma tarde, John aguardava sua novaconhecida. Tivera o cuidado de ves-tir um terno velho e lustroso, pen-sando que assim poderia ter, de fato,o aspecto de algum mecânico, viúvoe com um filhinho. Mas nem por umsegundo deixava de dizer a si mesmoque era um "idiota sentimental", quese enamorava pelo primeiro rosto bo-nite que se apresentava em seu ca-minho. . . E enquanto esperava diantede Central Park, na esquina da rua75, sentia uma emoção nova, na ex-pectativa indescritível do efeito queela agora lhe causaria. . . E sua sur-presa foi tão grande como penosaao vê-la se aproximar: vestia um ber-rante vestido azul, de tom forte, e umcasaquinho que se ajustava em redordo corpo, luvas de algodão e um ridí-culo chapéuzinho azul adornado compintinhas rosas. Na verdade tinhaiodo o aspecto de uma ama-sêca en-domingada. . .

Mas. ao encontrar os seus olhos, aotrocar com ela o primeiro sorriso, tudoisso ficou esquecido para ver apenasos olhos negros, grandes e brilhantes)as faces rijas e coradas, a boca frescae de expressão tão adorável. Ofere-ceu-lhe o braço, que ela aceitou semtimidez.

A que cinema iremos? — per-guntou êle, seguindo pelo parque tam-bérn agora cheio de carrinhos cembebês.

A despeito de sua toilette um tantoridícula, a pose da criaturinha a seu

lado era cheia de graça e desenvftura. A cabeça formosa e altiva,olhar vivaz de seus olhos mágico;tudo nela contrastava de maneira singuiar com suas galas domingueircide ama-sêca de casa de alto trata-mento. Seguiram de braços enlaçadotal como outros muitos pares com qucruzaram. Repentinamente John sigeriu:

—¦ Creio qúe será melhor, antes iir ao cinema, entrarmos em um deste*:restaurantes. . .

Ela aceitou e entraram no ChilcTs,cujo jardim, cheio de velhas e um-brosas nogueiras, oferecia melhor res-guardo do calor e do sol. Ocuparamuma das mesinhas à sombra das ar-vores e tomaram chá. John pediu-lheque falasse de sua vida, querendosaber se era tratada com considera-ção, e ela tornou a afirmar que sim,que as meninas a queriam muito eque ela só desejava progredir emsua profissão. . . Finalmente assegu-rou que se sentia ditosa e feliz acpoder passar essa tarde com êle.

O salão do cinema da rua 58 pa-recia ser o preferido pelos pares...assim como eles. Na "penumbra

sur-giam incontáveis cabecinhas louras oumorenas, todas recém-onduladas eapoiando-se sôbre os largos ombrosde seus companheiros, todos vestindo*roupas domingueiras.

John ajudou Mitzi a retirar o casa-quinho e voltou a admirar a puríssimalinha do pescoço que, qual o talo deformosa flor, emergia do decote deseu barato vestidinho azul. Ela tirouas luvas de algodão, e as mãos dededos maculados pelo trabalho, fica-ram repousando sôbre o braço da poi-trona. E embora, em seu íntimo, êlecontinuasse a pensar que era um im»becil e um desastrado, não pôde sub-trair-se à sensação de inenarrável fe-licidade que o embargava.

Cerca de seis horas ela começoua se mostrar intranquila.

Terei de voltar para casa —-murmurou; e John, consultando o re-lógio-pulseira, concordou que, de fato,já era hora. Levantaram e saíram,,acompanhando-a êle até o ônibus e,inexplicavelmente, sentindo-se déscon-solado ac pensar que muito provável-mente não tornaria a vê-la. . .

Foi uma tarde deliciosa. . . —

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DA ESQUERDA PARA A DIREITA — O Dríncine Juan farine ,i„ 10(assunto dificílimo hoje...) sob a orieniaíâo de* se»T tutor José Garri.lTn

f"h" dC - Dí,n Juan* cstud? *'»*'»'',"petições esportivas, sendo um dos melhores lançadores de ntr ,1» c? . ioyeS? PrinciPe adora também as com-criança enchem a vida do provável fnturo re" de Espanha hoie al„™ ,1

ClaSSe" também os folguedos próprios daJuan Carlos pronto para iniciar «ma corrida. O herdeiro do ™?ímw.

im\ coleSio ™s arredores de Madrid. Eislecimento reservado à elite e aristocracia espanhola íracis Inm !?* i80 Ír.°no esPanho1 estuda em um estabe-^ aci* espannoia... graças a um acordo entre seu pai e o generalíssimo Franco

\

33* Ano -- N«? 6 — Novembro — 1949

nou ela ao subir para o ônibusNo próximo domingo. . .

pôde terminar a frase, pois opesado e ruidoso veículo iniciara aha, e John ficou pensando qUehaveria "domingo

próximo" paraêl Aquilo terminaria ali mesmo

mais que seu coração sangrasse'Pc sentia que jamais conseguiriaes *cer a graça reservada do seuiv, essa imaculada e virginal sim-p] iade de que fazia gala em cadade suas palavras, essa bondade

aiuralidade que tanto buscavamlheres e que jamais, até agorantrara nas de sua classe, quepoderiam invejar essas formo

qualidades nessa criaturinha igno-A Ui* Ll. • • 1

As oito em ponto entrou na casaia irmã, agora corretamente ves-ostentando o smoking impecávelgo ao entrar, ouviu o ruído d-=s alegres de risos e de grac»"-Distinguiam-se as "fesíinhas"

depor uma grande animação Ajovem der.cr de casa, vestida de'ce-To W

^ SSlaVa a!a-fodíssi-"' a,en,a A°s menores desejos dosseus ccnv.dados, e John viu Minnieapreseniando'grandes bandejas, c£

adi* * C0CfUs e s°«dwiches.a damas e cavalheiros. Ao ver Johnentrar, todos lhe sorriram odo-se a perguntar a PeTue

' aPreSSan'

vcTdSr0- AÍndQ nã° enconlro" "oi"

tempo de r raPa^ Pellie? M é>P de pensar em casá-lo"

son;d™fe,0ll*r,CUTTPÍ1CarPet,i^refratórtn ' QUG J°hn se mo^ra'Qno ao matrimônio F ~iu.- êle«daria excelenTpai de

°tl

«ingueiro... P de papai d°"

fc A --Painha da poria da rua vol-dade;. SLVn,7ram mais convi"

recebê-lo?" T t lníerromPeu para ir

-_ 0°S eJ°hn a °uviu dizer:

querida"' JP^ C°mo es,á você,

me .-ieam P * ÍTna^^ comoirmã _^enhqUe ,efha Jazido sua&**& ÍJb^Cf d° ° VÍSÍ'a der« coremAfyy' de grandes Pin'°"9)oriar-me rí , '* nUnca Pude v<™-^ -a' B, «Sr

recebid° em minhaela ,;" _escull°ra tão feslejada comocom 0"tí]Ko

° Purocurand° seu irmãoh^ Cn'

Chamou-° P«a o seuifio_a

" '¦ nU?u sorrindo com orgu-^ntóle r, m Jo,hnn,e' quero apre-de«ei*„a ^ ^hi,n"»>. a irmãJohn

MfTY' es*e é meu irmão,dc )ui;o

e deixando-os um diantedados Q„ a'ender a °utros convi^

'

Pena; nest9 estante surgiam à

^a o^rder'aVa a " me^â « «O-ÍOrni<*° e anilT»

' ' ESSQ oobecinha°lfl0£ brilhem * Cabelos' êsses'Mágicos! JrS e negros, negros e!0r e« seu red

° ° ^'^ PQreCÍa gi'f-^e assirn eaor' enquanto pensava

C,ro« estav'neSS'eJ Veslido de 'afeta ne-ÍÓfa bordada n° ^ ^ d° quequando pU

na sua memória. Ea Gs!endeu Para êle. com

33 EU SEI TUDO m• _

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B ^fcv<^^^^^¦'',: >^^H _l^^^_fl ™^x_jw! Ir^J^B flnJr ^^B _B —^$*!_ni

Com orgulhosa satisfação. Pettie anunciou: — John. quero apresentar-tea Mary Whitman... Mary, este é meu irmão, John...

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um sorriso entre zombeteiro e afe-tuoso, a mãozinha de' dedos macula-dos apertou-a com profundo respeito,procurando ao mesmo tempo dissimu-lar a forte emoção que o dominava.'E ouviu, próxima, a voz um • tantoestridente de Helena:

—¦ Mas querida, se mal. a vimos,•desde que chegou, ontem à noite. . .Esta manhã, antes de levantar-me, jóMitzi pedira as crianças à ama-sêca,para ir com elas ao parque, alegandoque desejava aspirar o ar fresco epuro da manhã e queria ter as so-brinhas em sua companhia. . . Depois,tendo terminado o almoço, tornou asair, afirmando que tinha um encon-tro com um colega ou coisa parecida...

Tivemos, assim, que ir ao clube sem-'ela. E só tornamos a nos reunir paravir até cá! .

Os olhos azuis de John não -seafastavam dos olhos negros e - má-gicos de Mitzi. E foi em voz muitobaixa que disse:

Sabia, então, quem eu era. ..'?Sim — disse ela. — Sabia!

Quase desde o primeiro momento.Porque... Helena conserva alguns ins-tantâneos, tomados no clube, durante*os week-end. e em um deles estásua^irmã, seu cunhado... e tambémvocê, vestindo, casualmente, a mesmasweater desta manhã. Reconheci-a,

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EU SEI TUDO 34

Onde as mulheres só têm entrada uma única vez por... século!Realmente, uma só vez por século à abadia cisterciana de Lérins (França)

admite a visita das mulheres. Essedia excepcional coincide com os fes-tejos municipais de Cannes. Há, naocasião, concertos públicos, visitaçãoà capela do convento, comunhão ge-ral, etc.

Logo no portal da entrada, esse çar-taz previne que os monges, não

recebem mulheres

H9 K'i' '^Xv^tS^^^^a^^ÊmmmmA^^BmmmalsWa^S&^l

Verdadeira multidão, em sua maioriaformada de mulheres, invade uma vezem cada cem anos os jardins da aba-dia. A curiosidade suplanta a devoção

• * * * • • * *meçado a conversar.. . E pensei quebem poderia continuar a brincadeira,apesar de saber que o lindo bebê

era o de Pettie... De qualquer ma-

í|f||&|i|ÉJÍii WÊ<- ii

m&W<Sk WL^íi^x^^^fAyJy.yf- im:Zl:.iz^SÍ IBj^SõW B^^^croi^ ¦'.''' ¦'

"Vade retro!" — parece gritar omonge a essa criatura vestindo shorte que procurava infringir as regras

do convento. Mulher não!

neira, íoi você quem começou a co-média, recorda? Mas. .. Creio quenos divertimos muito. . .

Interrompeu-se, corando e baixando

33^ Ano — N<? 6 — Novembro — in.-**

o olhar ante a insistência dos olhres dele.

John, sentindo que uma grandegria e uma felicidade nova o imdiam, murmurou:

— Sabe, Mitzi, que esta tardevimos o filme até o iim? E se eudisse permissão a minha irmã. .fôssemos ver o filme outra vez,mesmo? De qualquer maneira ccnuarei a fazer companhia a você,como ela tanto me recomendou.

Leu o assentimento nos belos olhosde Mary Whitman, a jovem e já cé-lebre escultora, e, atravessando rapi-damente o salão, foi inclinar-se sobrea orelha pequenina e rosada de;Pettie, que, nesse instante, dizia a!gremente a seus convidados: "Vamos!

Todos para a mesa!...", enquantoa criadinha abria de par em par asportas que davam acesso ao salãode refeições em que se viam váriasmesinhas individuais, deliciosamenteornadas com luzes e flores. Pettieouviu o que lhe dizia o irmão euma grande e alegre surpresa se de-senhou no seu rosto expressivo. Ime-diatamente concedeu o que lhe pediaJohnny e este voltou, apressado, parao lado de Mitzi, enquanto Pettie ie-vantando um braço, saudava com umgesto de felicitações o par que fui ti-vãmente saía do salão para tomar

¦ o elevador e chegar à rua deserta.

Uma vez ali, simulando um ar desuma gravidade, tornou a oferecer-lheo braço, que ela aceitou imediai-a-mente. A noite era clara, serena, car puro e fresco. Voltaram a passarpelo parque, agora solitário, paracheqar ao cinema. Ali encontraramum público semelhante ao da tarde,ocuparam as mesmas poltronas, pon-sando que a vida era uma deliciae que esse encontro matinal, em Cen-trai Park, decidira a deles para sem-pre...

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¥ CONTRA OS ASSALTOS — Nãosó aqui aumenta o número dosassaltos em plena rua, principal-mente contra os estafetas ban-cários, transportando valores. NaInglaterra, parece, a coisa é mui-to pior. Por isso acaba de ser

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inventado esse dispositivo, que as três gravuras apresentam. Trata-se de um aparelho que o estafeta, ao sair do bane*liga a valise contendo dinheiro (I). Caso venha a ser assaltado, como indica a irravura II o disDositivo entra emfuncionamento (III) e, justamente, quatro segundos depois (para que

"o" próprio"' esfaf^nada"* sof râV

"o ladrão

atingido por forte descarga de bomba lacrimogênea, que detém a sua fuga, fazendo-o abandonar o roubo e e'ntregaí.-se

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:;;;'.> Mi) — N<? 6 — Novemhro — 194935 , * y jf

EU SEI TUDO I

í JOGO FEITOSim, sim. . Mas pensava que você se interes-sasse mais pelo conteúdo.. «iteres-Sim. Tem razão. Porém examinei tambem o papel, depois de o alisar com o íeâo quen^te. Compare-o com esta carta qEvidentemente. As duas folhas são iguaisMas que pode isso provar? Se a carta foi Stamilhares de outras pessoas podem ter compradoo mesmo tipo de papel. . ^^piduo--- Tem razão; mas vamos fazer outra comnnracao; reuna as folhas, uma contra a outrPdèmaneira que as filigranas se correspondam entre

cidem Vei% a°' qUe °S QUatro' canto™ 3?Sim, coincidem.

- Muito bem. Agora volte uma das folhas co-ioque-a novamente sôbre a outra e tente 'reu-ni-las.. u

E' impossível... — respondi. — As bases nãocoincidem mais. Dir-se-ia que não estão primo-rosamente esquadradas...Não Jervis .. As duas folhas não estão bemesquadradas, pois os quatro cantos só coincidemquando colocadas uma sôbre a outra, com a mes-ma face voltada para cima... Examine ambascom um bom esquadro e há de verificar que umae_outra, tem o mesmo defeito de corte Conclu-sao: as duas folhas pertencem ao mesmo bloco'Pois seja — respondi. — o argumento me pa-

Wfr iS' seií,ao concIudente, pois todo umcularidade P° apresentar a mesma Parti-

Evidentemente — admitiu êle. — Mas deveconsiderar as probabilidades: ou essas duas fô-inas provem do mesmo bloco ou pertencem a doisblocos diferentes... e pertencentes a duas pes-soas diferentes. Qual a hipótese mais provável4?, -7 Do ponto de vista das probabilidades purase ciaro.;. a primeiro ganha com larga margemmas você parece querer sugerir que o chantagistatra John Gillum! Sim, êle próprio! E isso é tão

Romance deR. AUSTIN FREEMAN

o

RESUMO DA PARTE JA' PUBLICADA

¦y]lotn Mortim,cr'. bancário e residindo só num apartamento paraWc Cm U>m rr° modest0' costumava, ao regressar para casa,"tinhh °r c;xped,c;nt? n° banco, fazer um trajeto variado. Entretantorc-r A PfterTencja Por um esquema mais longo porém mais pito-nmn , m > ¦ Londres> tcndo mesmo que cruzar por um peque-CaC

velhfSSimo cemitério ao fundo da Igreja de S. Miguel, ondeisrpjfl

UnU P;lssa.Sem coberta com um pórtico pertencente à própriaenn L, Xa 1 Tt0 JardÍEÚ' Ali- uma noite, ao regressar do banco,estr-n

to.mbfdo um chapéu de luxo e novo. Surpreendido com odo r

' .ac,iadíí c S(^ndo homem econômico, entra a procurar o donoou esíivS1

c,v>?' ?ncüntrá-lo. sentado sob o pórtico, como se dormisseCorre Aproxima-se e ferifica que o homem está morto!ricand< •? a rua. em busca de um guarda, que examina o morto,auxílio 1 Muardando ° corpo enquanto o policial vai procurarformali-1 í

assis.t.enaa. Esta chega, com o inspetor, e depois dastante' ent pollc,ais ° corpo é levado para a morgue; nesse ins-nhecidíV r

°S cu,nosos atraídos pela ambulância, surge um seu co-cedido > rCntC banco, John Gillum, Mortimer conta-lhe o su-verifica < c^\\

convida-o para jantar, e pela conversa Mortimertosas \

C ' -1 c* jogador incorrigívcl, que arrisca quantias vui-co; ÒuavSU" í^®-£ as espantosas oscilações de sua conta no pan-Pécto (Tr i? f entao surgem dois indivíduos e uma mulher de as-sar do • d

, atos.° e parecendo muito interessada por Gillum. ape-

retirar-se1 ^ ,<)rrecido do homem que apresenta como seu esposo. AoGillum a f- Iiara ^"um ir até a "boite" e que leve o amigo,teza

' siibí*"í í'1" a° conv'te» pàréth ela diz que o espera com cer-

cieixa CHI¦ .?. as Palavras com ligeira ameaça na voz, o que*¦ l;ii: pálido. Realmente ao sair do restaurante Gillum leva

mérito tj,,"Ve at^ a residência, despedindo-se alegremente. .se chamava Abel Webb;

in-coroner' revela que o morto"iresl

i-im também o policial que encontrara naQuanto r?; primeiro a prestar depoimento, confirmando tudo

qissera antes* ' .• ¦ ......

SSS fQ^ me recuso a acreditar, emboraessao duas folhas possam ter a mesma origembiürturtP %W9 acôrd° Je™is • Essa única proba-:Dilidade nao seria suficiente para justificar umádo oTfatof

°X maS £á ainda outraJcoisa leS

mum £&?"& acabam.os de estabelecer, em to-TM t?nh„m' *Ífc conclu.1t me as cartas de chan-zage tinham sido escritas... pelo ürónrio OH

!L ™t*Lbloco.servem apenas para confirmaro lilitó £TC^ Vou' aliás, enviar a MUtermortP Hp o?n inquento realisado por ocasião dannrfhn o^Glllum e ° Prevenirei de que me pro-:fS vir «t/?? °.-CaS° entre suas «^os, o aul oIla^ellíeiSS^ ^ Sinâ° ^se^c^teSri IfSnar^ =35,°'uiü,f»; We Gillum fingiaqser explorado ^Oxa, Gillum esta morto, e mesmo que vivesse ain-da nao teria praticado nenhum crime^ XxiíêtíÊãM^' JAerVÍS'u~ <?isse êle sem se mostrarví^2 «p?d0*

~* Amanha a noite eu mostrarei a™ ° teV? de minha denuncia, antes mesmo Xde comumca-la a Miller. Mas, enquanto esoera-mos, gostaria que você mesmo fizesse um Sbeslorço para resolver o problema. Você coSétodos os fatos, em todos os seus detalhes FacaSf™!!? de,tud0> sem qualquer idéia precon-ohr «Jf,? ler ° relatório de Mortimer e será ;obrigado a chegar a uma conclusão, à mesmaconclusão, que pretendo relatar a Miller. i

Não pude fugir à proposta, aceitando-a emborasem qualquer entusiasmo, pois que previa uminevitável revés... Evidentemente. Eu conheciatodos os fatos, mas — infelizmente — quanto aíentende-los, era coisa diferente. Eu sentia que mefaltava esse poder de dedução e de reciociniosintético, que Thorndyke possuia no mais alto "

rua. Conclui-se que o infeliz morrera vitimado por uma iniecãòíde cianureto de potássio^ dada com uma seringa e agulha pãSâS-[ara usos veterinários. Quanto ao morto era A&l Webb lub-2?eíorde uma companhia de aparelhos de refrigeração, depois'ck ser'Itofuncionário em uma companhia de navegação. Não se lhe ron hl'ciam imnugoiyo inquérito é encerrado* sem fkar esfaWecW^se '

ratava de suicídio ou assassinato. Na mesma noite é convidado "Por Gillum para jantar em seu apartamento e ali têm nS dediscutir sobre suicídio, mostrando-se Gillum defensor desse IncursoPaia certos casos. como, por exemplo, a completa ru naí Wafirmativa deixa Mortimer preocupado. Este, pouco depois kfdoao deposito de carvão, é atacado de tonturas, quase Sncb ossentidos, melhorando após ingerir um pouco de whiskey que o joga!clor lhe oferece. Ao sair Gillum faz questão de acompanhá-lo i« * •rua, onde apresenta-o ao porteiro do edifício como seu "amigo

maisintimo e que, nessas condições, teria entrada livre no préSo'? ^)epois de uma semana de muito serviço em que não ?ivera ensefode se avistar com Gillum, nem este aparecem no banco MorSme?'e procurado por um senhor, Arthur Benson, que diz sei pri£ ZGillum recém-chegado à Inglaterra e que desejava notícYas d^me,mo. Alega que GÜIum ficara de o aguardar no cais e nâo o fiz™"'Diz ainda que tora procura-lo no seu apartamento, do qual tinha oendereço através das cartas que trocavam, e lá chegado? í^irL?t.lmc-nte sem obter resposta o mesmo acontecendo no dia eguintePor isso ah estava para pedir informações. Indo com Benfon aó :apartamento de Gillum, Mortimer verifica que de fato o mesmoesta fechado e em silêncio, parecendo vazio. Alarmados Tt?mhcenta especial do porteiro e ao abrir o apartamento verificam q£ ;í

John Gillum estava morto e que seu corpo já entrara em Tranca %decomposição, revelando que a morte datava de vários dias cíllumdeixara testamento em favor de Benson. Mas, infelizmente SÈpouco adiantava ao primo da Austrália, pois 4ue GilSS morreratotalmente arrumado. O inquérito do "coroner"^ouco 2?s S asobre o que se sabe, apenas, que Gillum morrera por ingestãi demorfina e que praticara o suicídio depois de se arruinar paS atender a exigência de um chantagista dos mais exigentes, senão maisde um explorador. São lidas algumas cartas do misterioso chantagis-

ta exigindo dinheiro. Benson, não satisfeito com o resultado do in-

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EU SEI TUDO

CAPÍTULO XVI

Revelações

Na noite seguinte, conforme Thorndyke previ-^ra, o comissário Miller foi ao nosso encontro.

—Muito bem, senhores! — disse êle. — Eis-nos novamente reunidos para um misterioso con-ciiiábulo. De que assunto, afinal, trataremos? Eiso que ignoro!

O senhoor leu o relatório, referente ao in-quérito sobre a morte de John Gillum? — per-guntou Thornyke.

Sim. E deve esclarecer que, como os jurados,também conclui que se trata de um caso de sui-cídio... Aliás é coisa evidentissima. Mas supo-nho que, na sua opinião, estou errado, hein?

Está.Não pensa, entretanto, que se trata de um...

crimes? Um assassinato?Não penso nada... — disse meu amigo, ex-

traindo do bolso uma pequenajfolha de papel.Aqui está o fato, segundo pude concluir. E noteque sou capaz de jurar o que ai está, em plenotribunal.

Assim falando Thorndyke entregou a Miller afolha de papel. O comissário, visivelmente emo-cionado, desdobrou o papel, lendo o que nele es-tava escrito com profunda atenção'.

Não posso compreender muito bem — disseêle afinal, pousando o charuto para fitar Thorn-dyke com o ar da maior perplexidade. Natural-mente... as datas são falsas... A sua secretáriadeve ter errado...

As datas são perfeitamente exatas!Mas... Mas.. . é absurdo! E' impossível! O

senhor acusa Augusto Peck, médico, de haver as-sãssinado John Gillum na noite de 17 de setem-bro de 1928, na residência da vítima, no número64 de Clifford's Inn.

Exatamente.—Mas, meu caro amigo, isso é impossível. O

corpo, de Gillum foi descoberto no dia 18 de julhode 1930, isto é, cerca de dois anos depois da dataque o senhor indica como sendo a do assassinato.O senhor pretende, neste caso, que o homem jáestava morto desde dois anos antes da data emque foi descoberto o cadáver?

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36 :.:.<.> Ànò — Nv 6 Novembro 1049

/¦quérito, não esconde sua decepção e confessa estar convencido deque há mais alguma coisa além do já conhecido e que não pouparáesforços a fim de descobrir e punir os culpados. Por proposta dosr. Penfield, o executor testamentário de Gillum, contrata os ser-riços técnicos\e profissionais do médico e investigador criminal dr.Thorndyke, que trabalha em colaboração com o seu colega, dr.Jervis, aos quais entra a relatar o que sabe sobre seu primo e suamorte. Revela então que fizera a viagem da Austrália à Inglaterrano mesmo navio que antes servira a Gillum e que este passara todoo' tempo da virgem a jogar cartas com o médico e o comissário debordo, que se tinham tornado seus amigos. Ambos, porém, aban-donararri o navio ao fim da viagem, tendo Gillum descido antes,

íem Marselha. O comissário chamava-se. . .Abel Webb! íisse fatoda morte violenta de um antigo companheiro de Gillum, a bordo,

,,e estando na ocasião Gillum nas proximidades do cemitério, levaThorndyke a examinar melhor o fato. Benson informa ainda que

:o médico de bordo se chamava Augusto Peck. Em vista da exposi-; ção de Benson, Thorndyke chega à conclusão de que Gillum foraperseguido por Webb que lhe arrancava dinheiro em troca de amea-ças. Desesperado, matara Webb; mas fora sem sorte pois um se-gundo chantagista, mais exigente. Êsse alguém, forçosamente, co-nhecia Webb... Seria o médico de bordo? Onde estaria? Talvez emalguma região distante ! No dia imediato, Thorndyke visita o apar-tamento de Gillum, onde tudo estava como o morto deixara, aliencontrando um pequeno embrulho, pesado, contendo um parafusocom uma porca robusta e um frasco com a inscrição "Sabão aprabarba", supergorduroso e com cheiro de cloro ou qualquer loçãodo tipo Ensol. Há também uma bacia pequena contendo misturade cimento, com que provavelmente Gillum tapava buracos de ratos.No apartamento o depósito de carvão era de dimensões exagerada-mente grandes. Achando pobre o resultado desse exame, o médicoresolve mandar examinar a poeira do apartamento. Mr. Weeck, oporteiro, informou que o apartamento de Gillum fora conseguidopor intermédio de um senhor pequeno e robusto, rosto pálido, quepagara o sinal combinado, até a chegada e instalação de Gillum,hóspede que a todos agradara pois que acabara com os ratos noprédio de apartamento. Para melhor conhecer Abel Webb, Thorndykeresolve ir procurar informações no "magazine" em que trabalhara.

Ali sabe que era bom funcionário e chefe; que uns quinze dias

Isso... Exatamente!O inspetor chefe deixou escapar dos lábios en-

treabertos um som como o de um gemido deagonia.

O que o senhor diz não tem sentido; e, alémdo mais, não corresponde à verdade. O corpo íoiexaminado por um médico bastante experimen-tado e que afirmou muito simplesmente, que amorte datava no máximo de seis ou oito dias.

Parecia! Parecia datar de seis a oito dias!— corrigiu Thorndyke. — Tal foi a expressão queempregou e eu...

Pois seja! Êle, realmente, escreveu "parecia".Mas não devia estar longe da verdade, porquedez dias antes o homem fora visto, bem vivo, porMister Weech. E o próprio Mortimer o viu al-guns dias antes...

Afirmo que nem o Sr. Weech nem Mortimerconheceram jamais John Gillum! — afirmou meuamigo com a maior tranqüilidade.

N... nunca! — exclamou Miller. Ora, meucaro senhor, isto é excessivo!... Muito mesmo!Eles se conheciam intimamente desde...

Interrompeu-se, bruscamente, para fitarThorndyke com intensidade crescente. Depois,acrescentou, lentamente:

A menos que o senhor pretenda afirmar...Isso mesmo! — disse Thorndyke. — Exata-

mente o que o senhor está agora pensando.Weech, Mortimer, e o próprio Penfield conheciamum homem que se dizia chamar John Gillum.Mas aquele indivíduo, sem a menor dúvida, nãoera John Gillum. Era Augusto Peck, conveniente-mente disfarçado e modificado. Desempenhouêsse papel tanto tempo quanto pôde, depois,quando percebeu que não poderia continuar, de-sapareceu, tranqüilamente, abandonando o corpode John Gillum. . . para iludir a polícia.Embora profundamente impressionado por essadeclaração, o inspetor chefe apresentou novasobjeções.

O senhor diz que êle, o criminoso, abando-nou o cadáver no instante em que decidiu desa-parecer. Mas... onde o escondia, antes?Num grande depósito de carvão, existente nopróprio apartamento de Clifford 's Inn.E como foi que pôde?. . . Sim! O senhor bemsabe que um cadáver, sempre tem que sofrer al-

antes de aparecer morto na "passagem coberta" Webb, deixando

sua sala para ir até o balcão de vendas parecera bastante impressio-nado com a presença de um freguêz que ali estivera para comprar"neve carbônica", querendo saber do empregado quem era clc epedindo que, caso voltasse procurasse saber seu nome e endereço.Êsse.freguêz era alto, moreno, cabelos pretos... emfim, tinha todosos sinaes de Gillum, inclusive os dentes. Depois de. se informarsobre atualidade da neve carbônica Thorndyke sáe disposto a pro-curar o Dr, Peck. Dirigindo-se ao local de sua residência, segundo<> Anuáno médico", ali é informado de que Peck mudara de resi-dencia depois de estar ausente- dois anos, em incessantes viagens étrocas de navios. Era homem prático e, para viajar confortavelmente.mandara construir duas caixa-esíaníes para o transporte dos seuslivros. Fingindo e interessado pelo móvel, Thorndyke anota o en-ciereço do carpinteiro a quem visita, a seguir, ficando tudo con-firmado, inclusive as dimensões desses caixotes-estantes, facilmentedesarmaveis. Regressando encontra Benson a quem pede, se possível,uma fotografia do seu primo. Benson promete arranjar-lhe umlume em que está Gillum, com alguns amigos. Thorndyke revelaa_Jervis que mandara seu antigo auxiliar, Snuper, colher informa-çpes sobre Peck e que o médico residia agora em White-Chapel,muito distante de sua antiga moradia. Vão visitá-lo para colherinformações sobre Gillum, cuja morte Peck aparenta ignora assimtambém a perseguição de que o mesmo fora vítima. Alega aindaque, tendo passado dois anos fora do país e conhecendo Gillumapenas do trajeto da Austrália a Inglaterra, nada poderia informar.Indo novamente a ClifforcPs Inn, Thorndyke explora um velho de-posito de materiais imprestáveis c verifica que alguém visitara o de-posito pouco tempo antes dele. Encontra também várias taboas,que recordam o caixote-estante descrito pelo carpinteiro. Retirando-se,verifica que o Dr. Peck os seguira e procurava retroceder sem servisto. No dia seguinte resolvem colher a poeira dos aposentos noantigo apartamento de Gillum e, de fato, encontram pêlos de barbae cie cabelo louros e pintados dc preto ! Encontram também destro-ços de um material conhecido com lã de escória e também umbloco de papel, do qual Thorndyke retira duas folhas, juntando-asao velho pedaço de papel que servira para envolver parafusos c quejá apanhara antes.

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A.110 — No 6 — Novembro —. 1949 37

gumas modificações ao fim de dois anos OraSegundo o relatório do médico, a morte'deviater ocorrido uns seis ou oito dias antes Como osenhor explica esse ponto? 'Presado amigo — declarou ThorndvkeHoje vivemos numa idade cientifica; numa ida-de em que e possível dominar os fenômenos na-turais. Nessas condições, é preciso conservar oscadáveres da decomposição. Na Mor gue de Parisos corpos nao identificados são conservados anarte; e quero crer que, em tais condições não hálimites para a conservação.

Sim. Bem sei.. E reconheço, também, queo senhor tem resposta para tudo. Mas veiamosagora os próprios fatos: como já lhe havia ditopor telefone, nao estou livre, esta noite Devomesmo, retirar-me dentro de mais alguns'minu-tos, mas gostaria de esclarecer de uma vez êssedrama, antes de sair. Quando poderei obter orovas que me permitam prender o culpado? Quantomais cedo seria melhor!Também sou dessa opinião, e principalmenteporque suspeito nosso amigo Peck de desconfiarde qualquer coisa. Por isso mesmo coloquei-o sobobservação e creio que, por seu lado, também êleesta muito interessado pela minha pessoaAcredita, hein? — exclamou o inspetor chefe- Hum... Isto nao me agrada. Vigiar um cri-iiimoso esta direito. Colocá-lo entre grades porem. e preferível. Quando poderá fornecer-nos a.provas?Poderá vir amanhã, à noite?Claro!Neste caso — disse Thorndyke — pedirei aosenhor que obtenha do procurador geral para queAnstey seja o promotor. Já nos acostumamos atrabalhar juntos. Se êle for designado para êssepapel, farei de modo a que o senhor o encontreaqui mesmo, amanhã a noite; e então farei a ex-posição total das provas em que estão apoiadasas minhas conclusões. Está bem assim?Perfeito.Gostaria, também, que Benson e Mortimerestivessem presntes à nossa reunião — acrescen-tou meu amigo. — Podemos contar com a discre-Çao de ambos.Pois seja.

Miller esvasiou seu copo de whisky e levantou-se. despedindo-se.-7 • • • B muito cuidado, meu caro amigo — dis-se ele, ao apertar a mão de Thorndyke. — Nadape passeios ao ar livre. Se êsse tipo o tem emniira, desconfie das sombras. Não se esqueça dequ sera a primeira testemunha de acusação e que

^oneCeSSitaremos da sua ajuda... Cuide)£iej JJr- Jervis e, ao mesmo tempo, a recomen-rador

SGrVe também para ° seu Precioso colabo-Tornou a apertar a mão de meu amigo e depois,vendo acendido novo charuto, desapareceu des-Pendo a escada.

CAPÍTULO XVIIUm Resumo Indispensável

Na noite imediata, estávamos, todos, reunidosri5n f í de uma confortável lareira. ThorndykeW*o tardou a tomar a palavra.inn Tod°s os que aqui estão leram o relatório domnlIei"l e a narrativa do Sr. Mortimer — aliás^uto bem feita^ ___ gôbre guas relações com Johnos fn?1' Como esses documentos contêm todosDo^a que me serviram de ponto de partida,hn,° ~admitir Que todos conhecem esses deta-„\tao bem como eu.

a j^8 Primeiras pesquizas tiveram ligação comtari >n- dade das Pessoas que tinham explorado' mjseravelmente o pobre John Gillum. Tal

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EU SEI TUÍ*Q

foi o problema que Benson quiz resolver, porque,sem propriamente contestar, de maneira categó-rica, a versão do suicidio, tinha a impressão deque a aparência e simplicidade do drama escondi- Sam complicações misteriosas e assaz suspeitas". 4Nessas condições, logo que tomei conhecimen- *|to dos detalhes, fiquei também convencido daMexistência desses mistérios cheirando a crime e *a crime dos maiores; esbarrávamos com anoma- -nas e contradições verdadeiramente curiosas As-sim era que, da enorme quantia em dinheiro què-ele delapidara em poucos anos, três mil libras §representavam o fruto das economias que Gillum^pudera reunir na Austrália; portanto, era lícito':;indagar como pudera um tal jogador economizartanto dinheiro laboriosamente, durante muitos¦$anos de trabalho? Essas reflexões me levaram a

*?deixar para mais tarde o cuidado de resolver o ]problema da chantage e decidi fazer uma imedia- $ta e cuidadosa revisão de todo o conjunto do mis-|

Nc^ caso em estudo o fato saliente era o se-;íguinte. u Quantia de aproximadamente treze Émil libras desaparecera em pouco mais de dois"anos. Fora retirada do banco sob a fôrma de di-nheiro corrente, em notas que tivessem já cir--icuiado e cujos números não tivessem sido ano- Itados. Nessas condições era impossível encontrar Mo traço das mesmas. Essa curiosa maneira *deagir foi inicialmente explicada da seguinte ma-ineira: o dinheiro estava destinado a comprar osilencio de chantagistas... e a pagar dívidas de -

Essa explicação, confesso, pareceu-me plausi-vel com relação à chantage, mas pouco valiosaquanto ao que se referia a divida de jogo Istoporque, de fato, não se justificava essa precau-çao para evitar que se pudesse seguir a passa-gem de notas que serviriam para o pagamentodessa espécie de dívida. As dívidas de jogo sãoreconhecidas por lei e podem mesmo ser pagaspor meio de cheques. sTendo assim repelido essa explicação, eu mevia diante de um problema realmente originalTreze mil libras tinham desaparecido, sem dei-xar vestígios. Se deixassem de lado as duas millibras que tinham, talvez, sido entregues ao chan-tagista, que havia sido feito das onze mil librasrestantes? Tinham sido, de fato, atiradas foranas mesas de jogo... Ou o jogo seria um pre*texto destinado a esconder outras despesas?.Eu estava tanto mais disposto a estudar aten-tamente esta última hipótese, porquanto ao ler anarrativa de Moutimer muito me impressionara'a maneira como Gillum representava o papel dejogador incorrigível e os prejuízos sofridos úni-

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EU SEI TUDO 38m

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camente para surgir como tal aos olhos de Mor-timer.

Fui assim, levado a suspeitar de que todaessa história de jogo não passava de um mito,destinado a cobrir não sabia que gênero de ocupa-ções. Para ter uma razão de retirar do bancoquantias tamanhas em dinheiro, e sob uma fór-ma tal que fosse impossivel, mais tarde, encon-trar qualquer vestigio das mesmas, eu só podiaentrever o caso ãe um homem que tivesse, -mo-mentaneamente, tomado posse ãa conta-cor rentede outra qualquer pessoa!

Para entrar definitivamente de posse do di-nheiro, não teria podido emitir cheques em seupróprio nome e fazê-los receber por outro ban-co, pois que, nestas condições, seria fácil à poli-cia encontrar os cheques e recuperar o dinheiro.O mesmo teria acontecido com dinheiro novo,cujos números das notas são anotados pelo bancoque o lanço em circulação. O único plano pos-sível, para esse individuo, consistiria em retiraro dinheiro sob a forma de moeda corrente, paradepositá-lo em outro banco... ou guardá-lo naprópria residência.

Mas, como era possivel a alguém apropriar-seda conta-corrente de outra pessoa? Muito sim-plesmente... fazenão-se passar pelo verdadeirotitular! Porém essa teoria implicava a idéia dedois individuos diferentes: o que personificava eo que era personificado. Tornava-se necessário,para atender as necessidades do plano, de com-

pôr John Gillum em dois personagens: JohnGillum... da Austrália e John Gillum, o locatá-rio de Clifford's Inn. Então seria mais fácil fazeracreditar que eles formavam uma só pessoa::Restava saber... se realmente fôra assim mesmo!

Ora, Benson identificara o corpo como sendo,realmente, o de Gillum, seu primo verdadeiro, oGillum da Austrália, ?nas não como o Gillum,locatário de Clifforã's Inn. Por seu lado, Weech,Mortimer e Bateman forneceram, por ocasião doinquérito, informações minuciosas sobre o loca-tário (chamá-lo-ei assim de agora em diante) .Mas seus depoimentos respectivos não chegarampara provar que o corpo era realmente o do Lo-catário". De fato, havia dois grupos de testemu-nhas: de um lado, Benson, que conhecia Gillum,mas jamais tinha visto o Locatário; de outroWeech, Mortimer, Bateman e Penfield, que conhe-ciam o Locatário, mas nunca tinham visto Gillum.

Eis que, nesta marcha, a hipótese de um em-buste começava a ganhar corpo. Nada provavaque Gillum, o Australiano e Gillum, o Locatáriofossem a mesma pessoa. Esta hipótese não tar-dou, de resto, a encontrar dupla confirmação"Antes de tudo, Benson chegara à Inglaterra ime-diauamente depois do suicidio... Ou melhor* osuicidio ocorrera imediatamente antes de suachegada. Admitindo que o locatário de Clifford'sInn fosse um extranho que se fazia passar porGillum, não poderia evidentemente enfrentarBenson sem correr o risco de se ver desmascaradoSe se contentasse com desaparecer, sua fuga nãodeixaria de criar suspeitas, ao passo que um sui-cidio aparente entreteria essa ilusão."Em seguida, havia ainda o estado das finan-ças do Locatário. O inquérito revelou que o de-funto se arruinara total e irremediavelmenteComo ja devem ter compreendido, este últimofato concordava perfeitamente com a teoria damistificação, pois que o fim dêsse embuste todoera, evidentemente, roubar, (assaltar, direi me-mor) as dez mil libras representando o preço davenda da fazenda australiana e mais as três millibras que constituiam as economias pessoais ripJohn Gillum. L

Esse projeto foi realizado plenamente, poisno momento do "suicidip", nada mais restava no

banco. O mistificador só tinha uma coisa a fa-zer: desaparece)-. E isso foi o que fez logo quesoube a data da chegada de Benson.

No conjunto, como podem ver, minha llipò-tese concordava perfeitamente com os fatos,tretanto, chocava-se ainda contra alguns obstgculos, sendo um dos mais formidáveis o cadáver.Se houver a personificação, o embuste devia tercomeçado por ocasião dá chegada de Gillum daAustrália. E prosseguira durante cerca cie doisanos. Mas — é justo que se pergunte — onde es-tava John Gillum durante esse espaço de tempo?Adnütindo-se que estivesse morto, seu cadáverdevia ter sido conservado de maneira a poder serapresentado no momento psicológico do supostesuicidio.

Confesso que torturava as meninges, pergim-tando a mim mesmo como o corpo pudera ser con-servado, nesse caso particular quando a narra-tiva de, Mortimer veiu trazer-me a luz, inespera-damente. Os senhores, que tambem leram esserelatório, devem estar lembrados de que, po*ocasião de sua primeira visita a¦ Clifford's'lnn.nosso jovem amigo foi atacado por extranho malestar. Segundo nô-lo descreveu, era evidente queapresentava todos os sintomas de envenenamen-to por gas carbônico; havia notado que o aposen-to de serviço, onde sofreu esse acidente, era per-corrido por forte corrente de ar e que, pouco an-tes de se sentir desfalecer, estava ocupado emapanhar carvão em uma caixa especial, que to-mava todo o fundo do compartimento.

"Ora, essa combinação de baixa temperatura eexcesso de gas carbônico pareceu-me bastantesignificativa; devia existir nesse compartimentoenorme quantidade de ácido carbônico sólido ecomo esse gas parecia sair da caixa de carvão,conclui que esse depósito continha o acído emquestão".

Anstey interrompeu o orador.Antes de prosseguir, gostaria que nos expli-

casse detalhadamente sobre esse ácido carbônicosólido. . . E' possível?

Sem dúvida. Acho mesmo indispensável,alem de ser um pedido justo, o que me faz. Oproduto, em si mesmo, é um sólido de côr branca,que lembra um bloco de sal. E' o ácido congela-do da mesma forma que o gelo é a água conge-lada. Assim como o gelo tem um máximo detemperatura de 0.° centigrado e se liquifica se oelevamos alem dessa temperatura que se deno-mina de ponto de fusão, da mesma, forma o aci-do carbônico sólido, comumente chamado "nevecarbônica", possue uma temperatura máxima de79.°^ centígrados, isto é, 79.° acima do ponto defusão do gelo. Mas, contrariamente ao gelo quese liquifica quando é levado a uma temperaturasuperior a seu ponto cie fusão, a neve carbônicase transforma diretamente em gás frio, bastantedenso, que flutua em redor do bloco e o preservedo contacto com o ar quente. Se colocarmos umbloco de neve carbônico sobre a mesa, veremosque o mesmo diminue pouco a pouco, até desa-parecer, sem deixar o menor rastro de umidade ediminuirá muito lentamente, porque o gas aoqual a neve carbônica dá nascimento é muito pe-

Outra pergtm-sado e conduz mal o calor

Obrigado — disse Anstey . .ta, ainda: a neve carbônica pode ser obtida comfacilidade?

Sim... E' vendida sob a fôrma de pães dediferentes tamanhos, envolvidos em uma substân-cia isolante conhecida com o nome de lã ãe lei-teiro ou de escória. Satisfeito?

Plenamente. Pode prosseguir em sua mag-nifíca exposição.

Pois bem... — continuou Thorndyke - ossenhores compreendem, agora, o que significava a

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«Ano .1 t ' 6 — Novembro....... A-Q.TfrV* WSÊ

1949 39

presença, om um compartimento bastante friodo ácido carbônico e do enorme, de exageradodepósito de carvão. Conclui imediatamente aueo conjunto representava um método a um temnosimples e eficiente para conservar um cadáverpor tempo indeterminado. Assim estava resolvida uma das maiores dificuldades do mistérioEntretanto, restavam ainda outros muitos obstá'culos a galgar, antes dc poder aceitar definitivamente a teoria da mistificação. Havia por exempio, o caso de semelhança e do disfarce Notemque uma semelhança absoluta não era coisa obrigatória, posto que, mau grado toda sua habili da-de em se disfarçar, o personificador teria sidoincapaz de enganar um amigo de John GillumPor outro lado, para pessoas taes como PenfieldMortimer e Weech, que jamais tinham visto JohnGillum, não se tornava necessária qualquer se-melhança.

"-— Entretanto, por outras razões, o mistifica-dor devia apresentar uma semelhança geral comvítima dc modo que o momento do encontrodo -suicida'/ o corpo dc um pudesse ser tomadocomo pertencendo ao outro.

Vejamos, agora, quaes eram os traços caracte-rísticos de John Gillum. Era muito alto comolhos azues, barbas e cabelos pretos e incisivossuperiores obturado a ouro. Falava também"comligeiro sotaque escossês.'•Sobre todos esses pontos sabemos, pela nar-ratava de Mortimer, que o Locatário se pareciacom John Gillum e, apresentando o cadáver ostraços característicos principais dos dois homens.oi imediatamente reconhecido como sendo o deGillum por Mortimer e Weech. O cadáver do Lo-catar io.Porém, além da altura e da côr dos olhos qual-quer um poderia conquistar artificialmente todosos demais pontos característicos, taes como a côraos cabelos e da barba. A única dificuldade esta-va nos dentes e, mesmo assim, não era um obstá-intransponível, pois o mistificador podiamandar fazer o mesmo nos próprios incisivos su-penores. Por outro lado, se tivesse, por exemplo,aemaclura, restava-lhe apenas mandar colocar nadentadura dois dentes falsamente obturados apuro. Porem essas duas últimas soluções ofere-ciam o grande inconveninte de necessitar da

cumplicidade de um dentista. Aceitei-as, novemate prova em contrario.Perguntei a seguir, a mim mesmo, quem repre-sentara o papel de mistificador. Sobre esse ponto,o relatório do inquérito e a narrativa de Morti-P\er não forneciam qualquer informação dignaue nota. Permitiram-me, porém, descobrir que

dpepDulSte devia ter começado no dia da chegadadin * In§'laterra, pois que, imediatamentec_P0ís, aquele que denominamos cie Locatário sePpnfSeiHfc0U em clifford's Inn. e no escritório demini Seguia-se que, não conhecendo Gillum.uciiquer pessoa, na Inglaterra, quem o personifi-epirV a que ser' forçosamente, um dos passa-w,0S-iCíue com ôle haviam feito a travessia da^stralia à Inglaterra.

^ .^ Por Benson, que Gillum pudera fazere _s a.migos a bordo: o comissário, Abel Webb,tini3e- -?} Augusto Peck. Como os dois homensurf m cieixacl° ° navio, ao chegar à Inglaterra.0\

e 9Mtvo podiam muito bem ter representadoelo t de mistificador. O pobre Abel Webb ten-como nCÍ0- ° Dr' Peck continuava em causa,por,S

sllsPeito possível e era preciso encontrá-loque aU-aS raz°es Primordiais: primeiro, para saberos cierr - a ^nlla> Qruil a côr dos cabelos e, ainda,Eni pp-aiS c*etalhes necessários à personificação.ções < LÜ ' obtcr do niesmo individuo informa-

passageiros-e pessoal do navio.

EU SEI TUDO

CAPÍTULO XVIII

Provas iniciais" —Até aqui — continuou Thorndyke, — apóscurta interrupção — tratei de expor os fatos aossenhores em urna ordem cronológica, porém a°o-ra, van ser mais fácil examiná-los à proporção ea medida em que foram esclarecidos. O primeirolance do inquérito revelou certos fatos oue mere-ciam verificações e entre estas se encontrava adescrição feita por Mortimer relativamente ao de-posito de carvão. Depois de leitura do manuscri-!-<o, conclui que o depósito devia ser bastantegrande para conter um corpo humano e que com-portaria um fundo-falso. Essas diversas conclu-soes tinham importância capital pois que, se oaepo.si,o de revelasse cie pequenas dimensões ousimplesmente despido de qualquer artificio, seriaa ruma total cíe minhas teorias sobre a maneiracorno fora escondido e conservado o cadáver' Meu primeiro cuidado foi, assim, o de pedir aBenson as chaves do apartamento de GillumDepois, em companhia de Jervis, fui a Clifford'smn. para um primeiro exame. Para tratar dire-temente desse detalhe do depósito, direi que des-cobrimos realmente, que o mesmo ocupava todaa parte do fundo do compartimento e tinha asseguintes dimensões: oito pés de comprimento,trinta polegadas de largura e vinte e nove dealtura... Parecia estar cheio de carvão, mas umasondagem, realisada com o auxílio da minha ben-gala revelou a existência de um primeiro fundosituado a neve polegadas da tampa e constituído

L30r^ taboa que uma ranhura transversaldividia em duas, sendo cada metade munida deuma alça de ferro. Tendo erguido esse fundoaescobrimos uma cavidade de dezenove polegadasae profundidade, portanto suficientemente vastapara receber nao apenas um cadáver, mas aindaos produtos químicos necessários à sua conserva-çao. Restava-nos apenas obter a prova de queum cadáver ali fora conservado segundo o meto-do que já descrevi pouco antes."Depois do depósito de carvão, examinamos ocompartimento em que o mesmo estava instala-

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EU SEI TUDO

do. — Era pequeno, estando com a única janelamantida aberta, por meio de dois calços de ma-deira, aparafusados nas ranhuras e destinados aimpedir que o chassis inferior fosse amado.Além disso, verificamos que uma fileira de peque-nos furos tinha sido feito na parte inferior daporta, o que. combinado com a abertura perma-nente da janela, devia assegurar uma ventilaçãoconstante.

1 'Descobrimos ainda que vários buracos de ratostinham sido cuidadosamnte entupidos e fechadospor meio de cimento. E. Mr. Weech ainda forne-ceu outros sciarecimentos interssantes sobre esteponto, á senhora que dirige um escritório de da-tilpgrafia do andar térreo lhe dissera, muito sa-tisfeita. que depois da chegada do Sr. Gillum, acasa que antes era infestada pelos ratos, nada po-dendo estar livre do assalto desses roedorès, fica-ra livre deles, como por encanto! Tendo a felici-dade de encontrar essa mesma senhora, pérgun-tei-lhe se os roedorès tinham reaparecido... de-pois ãa morte de Gillum e ela. desolada informouque. realmente, os roedorès tinham voltado acausar-lhe sérios aborrecimentos.

Êsse era um fato notabilíssimo. O desapareci-mento dos ratos podia ser logicamente atribuidoao cuidado que o Locatário tomava de cobrir seuspratos de comida e, principalmente ao fato aindamais importante de estar constantemente a ta-par-lhe os buracos, mal eram iniciados. Porémseu reaparecimento, depois da morte de Gillum.quando as condições gerais não tinham sofridomodificação, parecia estar ligado diretamente aoLocatário pessoalmente e creio que os ratos nãopodiam agir de outra íórma senão conforme agirram em tais circunstâncias. Suponhamos, real-mente; que o depósito de carvão tenha contido umcadáver conservado em neve carbônica. Essa neve,volatilizando incessantemente, encheria a caixade um gas frio pronto a se difundir. Ora. o gascarbônico é muito denso, quase semelhante a umlíquido, e podemos mesmo transbordá-lo cie umrecipiente para outro, come se se tratasse de água."— Assim, uma vez cheia a caixa, o gas carbo-nico teria transbordado para escorrer ao longo dósoalho, iníiltrando-se pelas fendas dos rebordosdas paredes e soalhos e, mais especialmente, pelosburacos dos ratos, obrigando esses roedorès afugir para evitar a asfixia."-— Pouco depois de nosso exame em Clifford'sInn, Jervis foi comigo á loja da Cope Refrigerei-ting Company. O fim dessa visita era duplo: pri-meiro,. eu desejava obter informações sobre o as-pécto físico de Abel Webb. Em seguida, desejavaobter a certeza de que o homem conhecido como nome de John Gillum não tivera jamais qual-quer relação de negócios com a firma. Tendo in-terrogado um empregado vim a saber, entre ou-tros detalhes interessantes, que um cliente cor-respondendo à descrição que fiz do Locatário, aliestivera muitas vezes afim de comprar pãesde neve-carbônica, de quatro libras, o oue lhe erafornecido em envelopes isolantes, fabricados coma chamada lã de leiteiro ou de escória. Êsse cli-ente parecia ser o Locatário, segundo a descriçãode Mortime:" ~ :

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penas pela estatura e aspectoeral, como ainda pelos dois incisivos superioresque estavam obturados a ouro e oue o emprega-'do, Sr. Small, forçosamente teria que ríotar.;

''Tal é a minha hipótese; os senhores elevem re-conhecer que está baseada em provas muito sé-rias. Há o mal estar de Mortimer análogo aocie urna intoxicação pelo gas carbônico e sobre-vindo em um compártimento frio e próximo dodepósito. Há o misterioso detalhe do apareci-mento, desaparecimento e reaparecimento dosratos; e, finalmente, há a prova de que o Loca-tario comprou pães de neve carbônica de tama-

nho exatamente adequado ao uso que desejavafr "Passemos. Agora, a outra questão. Minha vi-sita ao apartJmcnto de Clifford\s Inn, fora igual*-mente para colher informações relativamente a"saber se o Locatário tinha dentadura. Era umaquestão importante, pois que ó muito fácil colo-car dentes de ouro numa dentadura."Em uma cesta de papéis, teve a boa fortunade encontrar uma garrafinha, vasia, de "Anti-séptico Cawley", que é uma espécie de loção comque os portadores de dentaduras falsas enchemum copo para nele conservar, á noite, a pecaPor outro lado, sobre a cômoda que servia detoilette, descobri um recipiente de porcelana coma indicação "Sabão Super-gorduroso, para' bar-bear". Porém o Locatário usava barba e, ne sascondições, não necessitava desse sabão, be fatoo recipiente estava vazio, mas ainda continha ves-tigios do dentifricio de Caivley, vestigios perfei-tamente reconhecíveis, pelo cheiro. Êsse recipi-ente, portanto, parecia ter servido para guardaruma dentadura, e, confirmando essa suposição,encontramos no aposento de serviço, o cabo cieuma escova de dentes... servindo de espátulapara cimento.

Sem ser absolutamente concludentes, asprovas conjugadas do liquido dentifricio, do re-cipiente e cia escova eram bastante para esta-belecer que o Locatário usava um aparelho deprótese. Mas. nesse caso, podia ser John Gillum,posto que iodos sabem que o infeliz tinha todosos dentes próprios."Acrescentarei que encontramos uma escovapara dentes, coisa ordinária, e um pequeninofrasco de dentifricio; dois objetos que parecemdemonstrar que o ocupante desse apartamentotinha alguns dentes naturais, mas também umadentadura."— Ern seguida tratei de descobrir a identida-cie do rnistificacior. Já lhes expliquei que o Dr.Peck parecia, na minha opinião, ser a única pes-soa capaz de haver personificado o pobre JohnGillum. Na verdade, eu não tinha qualquer ra-zão especial para suspeitar dele, porém a verdadeé que èle reunia as condições necessárias paraisso. e era conveniente, quanto antes, estudar opersonagem."Num anuário médico, pude saber que não ape-nas era formado em medicina, mas também pos-suia diploma de cientista. Desta sorte Peck, a di-ficuidade de conseguir falsos dentes obturadosa outro era coisa inexistente, pois que podia, per-feitamente. fazer a operação, êle próprio."O domicilio do Dr. Peck, segundo descobri, eraem Staple Inn, e para lá nos dirigimos, Jervis eeu, afim de ciar prosseguimento ao inquérito. Re-aimente, fomos felizes, encontrando o porteiro doprédio, homem prestativo e que nos deu exce-lentes informações."Disse-nos, antes de mais nada, que o Dr. Peckacabava de voltar de unia longa viagem, que ciu-rara cerca de dois anos. Não pude deixar cie ficarimpressionado com o fato do nosso homem ha-ver realisado essa viagem no instante em QV-eJohn Gillum... se instalava em ClifforWs Inn,e ter voltado justamente depois da morte desteultimo. Era uma coincidência extremamentecuriosa, mas havia outros detalhes não menossingulares. Por exemplo, o Dr. Peck usava barbae bigode, quando partiu e voltava inteiramentebarbeado; e\ em vez de reaparecer em Staple Inn,

apesar de ter conservado seu apartamento,fora abrir um gabinete médico... em White-

chapei 1'Tudo isto, segundo concordarão, era bastante

Dizarro; mas de todos os fatos revelados Veí0prestativo porteiro, o mais interessante, dizia res-peito a certos preparativos aue o Dr. Peck orde-

;.;;}•.> Ano N'-' b' Novembro — L949

nara, antes de sua partida, particularmente comrelação a duas estantes portáteis, das quais oporteiro forneceu detalhes bastante aproximados.

íiEssas estantes, em fôrma de caixotes eram en-genhosamente construídas. Continham pratelei-ras sobre bastante aplicar sobre as mesmas umatampa, que se fixava por meio de parafusos"Assim montados esses caixotes podiam viaiar^porterra e por mar e, uma vez na cabine do médicoera suficiente desaparafusar a tampa para' tertodos os livros a disposição.

Por outro lacio, podiam ser gàcilmente desmontadas; para tanto era suficiente desaparafusaras restantes partes, para reduzir turio a um mon-te de simples taboas, que se poderia guardar semgrande trabalho, em qualquer cantou

"Taes caixas foram feitas por encomenda numcarpinteiro de Balclwin's Gardens, Mr Crow eninguém mais tornou a vê-las. AcredUa-se quePeck as tenha levado em sua viagem e mais tarde, vendido ao próprio capitão do navio Tinhamsido construidas com tábuas de uma polegada daespessura, salvo as das três prateleiras inferioresque tinham sido de meia polegada de espessurae que corriam em ranhuras especialmente feitaspara isso. Cada caixa media três pés e três po-legadas de altura, vinte polegadas de largura equatorze polegadas de profundidade. Essas di-mensões... não lhes parecem significativas?

Certamente não — disse Anstey, lançandoum olhar na direção de Miller, que moveu a cabe-ça silenciosamente, em sinal de assentimento —Nao vejo em que taes caixotes possam nos inte-ressar.

— Seu interesse — respondeu Thorndyke — estáno fato de que podiam ser transformadas em al-guma absolutamente diferente: cada uma médiatres pes e tres polegadas de altura e, colocando-as ponta com ponta, depois cie retiradas as pra-teleiras e as tábuas laterais adjacentes, ter-se-iaum cíixote com um comprimento de seis pés equatro polegadas por dezoito e treze polegadasUVi te caixote-poderia conter o corpo de um ho-mem de elevada estatura... e caberia facilmenteno deposito de carvão !

objetou Anstey parece-me aue a talcaixa que tanto preocupa o ilustre amigo foi ven-dida em Marselha..— Pretendo — respondeu thorndyke — que essaviagem, de Peck não passa de fantasia; de mais™ ei buste do criminoso! Ein vez de viajar atra-ves cio mundo, esses foram simplesmente des-

contados e transportados, tábua por tábua, parauiiioads Inn. E aqui temos, de resto, a prova.;P?la ° apartamento de. Gillum existe um apo-ml guardar coisas imprestáveis estandomesmo entulhada de velharias fora de serviço.zsa de Weech afirmar que ali ninguém pe-rh>°v nestes unimos anos tive a idéia de ve-

coisa cie perto, pensando -- corn razãoCH. Locatário, no momento de sumir, dese-Dort*° desembaraçar-se de vários objetos que nãoqup ~ eixar no apartamento cio assassinado efmLna?. Plldera destruir, procurara de algumainaír 'ira~los da vista dos visitantes... Penseitaiatamente nesses caixotes-estantes... Erahavia m conseQuêneía fui examinar o queern t sse dePÓsito de coisas velhas, o que fizcompanhia de Polton e de Jervis.Dptd-t__ porta nao estava fechada a chave? -^igunoou Miller._ Q' , •feoWi mas conseguimos vencer depressa a^uuciura.

-p 'iiralrnente, encontrou alguma coisa?fyke JUpn!:'rei' reahnente — respondeu Thorn-o qup *-_ ton vai ter a gentileza de nos exibir41 Pudemos colher.

41EU SEI TUDO

rPl1°n,? riUe C1Zla ° meu ami8'°> Poiton se¦nm___¦, \la ?ai'a reaparecer pouco depois,

a mesa, " tábuas' que dePositou sobre— Ai está — disse Thrndyke — o aue nndp-

rf« tos^ASÜ S°h' Un. PÍlha de objé^s llteío-cnios. A madeira e relativamente nova e os las-

SítôcEWy - ?_ reCentes' Se Proci.-arem.reu-^nl^i S!ãs tabuas' Pocierão verificar aue con-xote estanf.

ei^mrnte entre Si e formam um calDr pfck

ldentlC0 ao mandado construir pelo

sioS_ 6nn?S_ey parecei-am fortemente imores-

l|osJ°" essa demonstração: entretanto, ointimo objetou mais uma vez-l__f^?_;Senh°_' pl'°VOU ~ de maneira aliás con-eluaente — que esses fragmentos fazem nartelíeTtwJ.

al0n?ada e anál°8a a um^osPca !xotes-estantes, portáteis, do r Peck Mü_ ti fir.provou que se trata de fato, de urna dessas caãalRealmente. . . Admito a objeção que me faz_ê

PM°,rer V°U refutá-Ia- Mandei Polton àTficinatesccíi^U7'ZrUil'PÍnteh\que fabricou as <**«»"its caixotes pedidas por Peck. Polton aor-sen-tou-lhe um dos painéis que aqui estão e wavamos ouvir o que disse Mr. Crow. °VnüSdÍ procurar êsse Profissional - declaroua?, 21T tf a .qurm mostrei as três tábuas oue aquiestão. Depois de reuni-las sobre sua mesa de cai-

.r-^rtn . -1 ?onsu!t-ar seu liv-'-0 cie registro com-pai ando as dimensões e a posição dos parafusose .dos furos; finalmente declarou oue as trêslaDoas assim reunidas formavam um oainél aná-logo aos dois caixotes que fabricara para o DrPeck; como eu lhe pergunstasse se não oodiaf então" Sní.

êle V°lt0U a 6XamÍnar as t^t. emao, notando um pequeno "remendo" no cal-ãua^eSi^^011 QUe êSSC detallie refrescava

A essa altura, Polton indicou um fragmento demacieira diferente e metido, como um "calco

en-ne duas taboas. ' ' •...Lembrava-se de ter utiiisaclo êsse peque-no pedaço de madeira, de procedência norte-anie-neana, e, que lhe restara de outro trabalho enao desejava deixa-lo inútil na oficina. E issoele estava pronto a declarar sob juramento rea-firmando que as tábuas faziam parte do painelposterior ae uma das estantes que confecionára¦¦'¦¦•: encomenda do Dr. Peck

A prova é suficiente — disse xtostey, en-quanto Miller movia a cabeça em sinal de plenaconcordância.

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DSCSCNÁRSO DE NOMES PRÓPRIOS PEQUENA ENCICLO.PÊDÍA POPULAR

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H J?, ir

0 TH MAN, nome dc vários soberanos da dinastia osmanlia (VerOsman) . O fundador dessa dinastia. Osman 1, é algumas vêezschamados Othman ou Ottoman.

OTHMAN lll, sultão da dinastia osmanlia, nascido o morto emConstantinopla (1696-1757). Era fillio do sultão Mustafá II. e foitirado do harem para suceder a sue irmão Mahmud-Khan I (1754).Seu reino não teve a marcá-lo qualquer fato importante. Morreurepentinamente, pouco tempo depois de ter feito ehvenar o prin-cipe Mohamed. Teve como sucessor Mustafá 111.

OTHMAN-el-Radby, sultão mérinidio de Fez c de Marroco, morto1327. orga-em 1331. Sucedeu, em 1310 ao sultão Abu-Rehia. Em

nisou uma expedição à Espanha a mando o\o emir de Granada, queassim pôde vencer os Castelhanos. Podem logo se voltou contraseus aliados forçando-os a voltar à África (1329).

OTHAíAN-ibn-yíftan, terceiro califa musúlmano, nascido na Meca.em 574, morto em Medilha em 656. Foi secretário de Mahomct.de quem desposou duas filhas. Sucedeu, cm dezembro de 644. aocalifa Ornar e enviou exércitos ocupar a Pérsia (645-647 ) ; seugeneral, Abd-Allah-ibn-Said, ocupou ao mesmo etmpò a África Ori-ental e, depois a Nubia (651). Othman foi o primeiro califa aenviar expedições contra as ilhas do Mediterrâneo. Mau grado suasvitorias íornou-se impopular ao retirar aos generaes Abu-Bekr e mem-bros de sua família. Além disso era criticado por se sentar na Mes-quita no mesmo lugar que fora ocupado por Mahomet, ern vez desentar dois degraus mais abaixo, como sempre fizeram seus prede-cessores. Quando os mais ilustres ocmpáhhèiros do Profeta forampedia satisfações a Othman. o califa mandou que fossem açoitados.Esntão Aisha, a viúva de Hahomet levantou as tribus em revoltanomeando chefe o filho do califa Abu-Bekcr. Mohamed, que mandouum de seus guardas assassinar Othman.

OTHON (Marcus Silvius), imperador romano, nascido em 32,depois de Cristo, morto em 69. Sua família era originária da Etru-ria e seu pai fora cônsul cm 33. Em sua juventude, teve a tristehonra de ser um dos companheiros de orgias de Nero. Mais tarderompeu com o sanguinário imperador. Néro, depois de roubarPoppéa do marido legítimo, mandou que Othon fingisse despósar araptada. Porém Othon se enamorou de tal forma do Poppéa quefez todo o possível afim de fazer valer seus direitos de* marido,fechando a porta ao imperador. Nero se contentou com anular ocasamento e nomear Othon governador da Lusitânia. Morto Nero,.Othon se declarou em favor de Galba. Porém Pison foi o pre-ferido. Othon comprou então, a peso de ouro, a ajuda dos Pre-torianos e a 15 de janeiro de 69 provocou uma revolta. Alguns sol-dados o proclamaram imperador; Galba e Pison foram massacra-dos. Os principais chefes militares, o reconheceram como impe-rador. Porém a sua situação era difícil. O Senado o hostilisava eos pretorianos não lhe deixavam inteira liberdade de ação. Final-mente Vitélous marchou contra êle com as legiões da Germània.Othon ainda pôde marcar trs vitórias, porém finalmente foi batidoem Bédriac. Matou-se, levado a isso — segundo Suetonio — pelohorror que lhe inspirarei a guerra civil. Tal foi o desgosto causadopor sua morte entre os soldados, que muitos praticaram o suicídio,lançando-se à fogueira onde seu corpo era cremado.

OTHON o OTTON (Santo) bispo Bamberg e apóstolo da Po-merania, nascido na Suabia em 1050, morto em Bamberg em 1139.Abandonou as funções de chanceller, que lhe tinham sido conferi-das por Henrique IV, em 1090 e retirou-se para um convento.Nomeado bispo de Bamberg, em noi empreendeu em 1124, uma"missão entre os habitantes da Pomerania, que foram convertidosao cristianismo. Quatro anos depois, visitou-os novamente parafirmar sua lé" — Festejado em 2 de Julho.

OTHON, o Ilustre, ou o Magnífico, duque de Saxe, em 800 e-duque da Turingia em 907, morto em 912. Quando Luis. o Me-nino, morreu, Othon recusou a coroa, a qual pediu aos eleitoresfosse dada a Çonrado de Franconia.

OTHON ou OTTON I, o Grande, rei da Alemanha e da Itáliaimperador romano, filho do rei Henrique I, o Falconeiro, nas-cido em 912, morto em Münleben (Turingia) em 973. Fo'i pro-clamado em Aix-la-Chapelle (936) e reprimiu as revoítas de seusirmãos Thancmar e Henrique. Othon deu os dücadòs tia .Baviera,Suabia _e Lorena a seu irmão Henrique, que se submetera, a seufilho Lindolfo e a seu genro Conradó; porém quando estes dois

priva d.os decom

e d edi-relações exteriores agiu na França, em favor de Luis,contra o duque Hugo o Grande, reencétoü a luta contra

a leste da Alemanha, submeteu os duque da Polônia ee fundou os Marcos de Slesvig e Brandeburgo. Em 9^5Húngaros na Baviera e fundou o Marco da Áustria. Fmceu com poderoso exercito à Itália, onde vários príncipes di : .:..-. ¦•¦..a coroa real e desposou Adelaide, viúva do último rei. Fm 961¦tomou de Pavia a coroa dc* ferro dos reis lombardos, entrou cmRoma e em 962 foi coroado imperador pelo Papa João XI1. Res-tabeleceu a ordem na Itália, casou seu filho, Othon com a filha doimperador bizantino, Teófane em 972 e que lhe daria corno dotea Itália do sul. Othon I foi o fundador do Santo Império romanogermânico, que durou até 1.806'.

OTHON II, o Raivo, rei da Alemanha e ela Itália, imperador,filho de Oton I e de Adelaide, nascido ern 955, morto em Romaem 983. Foi coroado rei por seu pai, em 961, imperador ern 971.Depois da morte do pai (973), teve que vencer uma revolta deseu primo, Henrique. () Brigão, duque ele Baviera e repelir os Es-lavos e os Dinamarqueses. Expulsou o rei de França. Lotario V, ciaLorena (908) e, no mesmo ano desceu com um exército alemão àItália, entrou em Roma, sem luta, porém seu exercito foi esmagado

últimos, rebelados e vencidos, por sua vez, fica:.; 7seus ducados, o rei governou contra a grande nobresa *o auxílio do clero, que lhe fornecia funcionários hábeis

'cad os. Nas

daeslavos,

Bohemiabateu os951 des-

logo a seguir pelos Sarraccnos. que acabavam de invadir a It.íljdo Sul. Othon morreu pouco depois.

OTHON lil. filho e sucessor do precedente, nascido etn g30morto em Paterno, cm 1002. Teofane e sua avó, Adelaide,durantes sua minoridade, e o arcebispo Willigis de Mayence, de-fendéram penosamente a autoridade real contra o duque Henrique<.\.\ Baviera. Othon lll recebeu brilhante educação é talava gregolatim c alemão. Maior em 996, desinteressou-sc da Alemanha, indoà Itália. Nomeou para seu primo Gregorio V (996); depois. Corri jmorte deste, em 900. nomeou para o seu mestre francês, Gerbertoque foi Silvestre II. Othon lll, sagrado imperador em 996, so!nhava restaurar o antigo império romano em todo o seu esplendor*mas descontentou a um só tempo o.s Alemães, a os quaes consideravabárbaros, e aos Romanos, que se revoltaram e finalmente morreu fadesgosto, deixando o império desorganisado.

OTHON TV, imperador da Alemanha, filho de Henrique, o Leãori-

"c de Matil da Inglaterra, nascido em 1175. morto em Haem 1218. Seu tio Ricardo. Coração de Leão, rei da Inglaterra'educou-o na Aquitania e mais tarde, presenteou o sobrinho coni òducado ile Poitou. Fm 1 1 oH, os príncipes alemães do partido guelfoo proclamaram rei contra os gib&linos de Felipe da Suabia. Depoisde longa e sangrenta guerra civil, Felipe, vencedor, foi assascontinuando Othon a ser rei, agora absoluto (1208). Noguinte, Inocencio III o coroou imperador. Porem Othonmoso como bravo quiz impor seu domínio aos Italianos e foicomungado pelo papa, que reconheceu como rei da Alemã;jovem Frederico II de Hohenstauíen (1211). Nova guerra civil teveinício ao mesmo tempo que uma luta geral entre João, rei daInglaterra, e Othon contra Felipe Augusto de Franca. Othon foi

a nu sc-tei-ex-

vencido pelos Franceses, em Bouvines (1214); seus partidáriosduca üo tle runswick

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12IS)abandonaram. Refugiando-sc em seudeixou o campo livre a Frederico II.

OTHON ou OTTON 1, duque da Baviera. nascido em 1120,morto em 1183. Foi um dos principais conselheiros tio imperadorFrederico I, foi seu porta-bandeira na Itália (1154) e salvou, numato de grande audácia, o exércio imperial, cercado num desfiladeiropróximo a Verona. Sucedeu a seu pai. em 11 «só, como conde pala-tino da Baviera, recebeu do Imperador o ducado da Boviera. Seusdescendentes reinaram até 1918, na Baviera.

OTHON I ou OTTO., rei da Grécia, segundo fillio do rei Luis I,da Baviera nascido em Salzburgo, em 1815, morto em Bamber. em18Ó7. Chamado ao trono da Grécia pela conferência dv Londres,em 1832 depressa foi detestado pelos Gregos, em razão de seuspalacianos bávaros. Maior em 1835, Othon manteve seu principalconselheiro Armansperg, na presidência do Conselho, o qúe provo-cou a rebelião na Messenia. Atenas foi declarada capital (1834), alíngua grega erigida em língua do Estado, instituídos o Conselhotle Estado, a Universidade Atenas e o Banco Nacional. A Inglaterrae a Rússia, que lhe haviam, cóm a França, garantido um empréstimotle 60 milhões para a organização do reino, exigiram economias se-veras. Os soldados bávaros foram licenciadosuma revolta das tropas gregas, (orçando O.thnistros e a convocar uma assembléia nacional1844, criando o Senado nomeado pelo rei epelo sufrágio universal, acalmou os ânimos.teve que eformar o ministério segundo a vontade

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igiram. . e logo rebentou

>n a mudar os nu-A Constituição de

uma Câmara, eleitaDesde então Othon

das maiorias. EmiS^o tendo recusado atender às reclamações da Inglaterra, a pro-pósito de Pacifico, judeu português, protegido britânico e que fofalesado durante a rebelião, foi forçado a ceder, diante tle uma de-monslração naval. Durante a guerra da Crimeia favoreceu os Gre-gos rebelados nas Tessalia (185.]), porém a Franca e a Inglaterraocuparam o -Pi réu; em 1854-57 e forçaram Othon a mudar o mi-nistério. Daí por diante sua posição enfraqueceu cada tha mais ccm 24 de outubro de 1S62 foi deposto pór uma revolução, retirando-sc para Bamberg. Não houve filho de sua união com a princesaAmélia, lho do duque de Oldenburgo, em r.836.

OTTON l, rei da Baviera, nascido em Munici*. emOTHON nu1848. Estudou na universidade local, ingressou no exército, tomancioparte na campanha de 1866, contra a Prússia e na de 1870, contraa França. Atacado de loucura foi internado no castelo de Nymphem-burgo. Sucedeu a seu irmão Luis II, como rei da Baviera, em 13cie junho t!e 1886. e residiu no castelo de Furstenried. com seus me-dicos. Seu tio Lúitpold governou em seu lugar, como regente.

OTHONIEL ou OTHNIEL, um dos pequenos juizes de Israel.ime.iro que julgou o povo, após Josué, â Bíblia faz dele o

de K en. :\o momento da conquista, tomou,1.

a cicuule uefilhoKmath Jearim. Quando Cushan-Kishataim, rei tia Mesopotarruacomeçou a oprimir os filhos de Israel Othoniel promoveu revoltascontra êle e ao fim dc oito anos de lutas tenazes venceu-o c*m lutaarmada. Ainda loi juiz durante quarenta anos.OIHRYONEU, miloogia grega. Rei trácio, aliado de Pnamo.Foi a íroia para ajudar a defesa da cidade e* com a esperança dealcançar a mão de Cassandra, ern troca de seus serviçc ''Ldomeneu o atacou e matou com um

OT1ART.ES, rei fabuloso de BabiJclássica ità-

¦ ¦¦¦¦"'¦¦¦ ... ., • i Zanotti, de Bo*

golpeo nia.

tle a n ç a

'nado em Paris pnr An dicaque cuida mais dC canções

1158 ií-!-filha

lorma em inóo. Otávio e um amorosoe bailados d,0 que de duelos e cavalos' .c9x l'c fye/swgen, historiador alemão, morto em

ceira filho do murgrave Leopoldo IV tia Áustria e tle Agnes,co imperador Henrique IV, ingressou nas ordens religiosas da '^¦'dia de Monmond, e Borgonha, chegando a abade. Foi Çleit0i.c"1.137> bispo de breisingen. E autor de uma História Geral, --Dvai ate o ano de 1 146 (continuada por Otto de Saint BlasienDck uma História do Imperador Frederico 1. (continuada por *;tnewin ) .

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ano N'-1 6 —- Novembro 04943

EU SEI TUDO

NS SÍMBOLOS empregados pelos ALQÜIMISTASA alquimia pode ser estudada sob dois asoccto: orno uma arte primitiva da qual surgiu leiêi moderna da química, ou como sistema dêfi; ia mística que perdurou durante quase do smi nos. Nas duas facetas da alquimia os simboi desempenharam papel, importante eni

"tòri dor se encontra com abundante matéria1 d£perp, cuja interpretação exige grande neri-ci; ir. Duveen nos explica, neste artigo algunsdo: mbolos mais característicos da alauimAmaior parte de suas obras os alquimist'^pro< ram, deliberadamente. desnortear onãoiiiie ocultar ao grande público «seu motosoj.h ndi, mediante o emprego de símbolosm, os sete metais conhecidos eram rerMsentados graiicamente pelos signos dos sete plane

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instruções a seu discípulo. (De mna mão. da Philosopliia Reformata, tleMylius. Francfort, 1622.)

tas (iimicaspreta;

Itundo o sol e a lua» e as operações qui-or meio de vários símbolos, cuja inter-Po fjra' as vezes, relativamente'simples,cima -?'' um bando de Pássaros voando paravo™ ='niflcava a sublimação ou evaporação esacio Para baixo> a Precipitação ou conden-

Nesta representação pictórica o simbolismo va-fièura ;?\frequencia' P°rém era comum usar ash)i um rei vestido de vermelho, para de-c0b \v

' ouro e a de uma rainha, vestida de bran-vezes rePresentar a prata. Empregavam, asfurecK f y° amarelo» para representar os sul-saés dp > S amarelos' um leão verde para ossimboll ':° °U -de ferro' um leao vermelho paralho (J- "l0 ^ulfüreó de mercúrio natural vermeSu?fúCiUabl'10o fogleão

A soi:;(íe- ^ara o mercúrio "filosófico".era rep^'a° ^de 0liro ou de Prata P°r um ácidosol ouJ entada Por um leão verde devorando otoa respectivamente (ver a figura 2) : o

uma águia ou um corvo para osf ^metálicos negros; uma salamandra paraleão com asas para o mercúrio e um

Mtaclo ' usado Para a purificação do ouro erabo usadc m a aparència de um lobo, e o chum-:'ara a purificação da prata adquiria

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Explicado«do símbolos .alquímicos. (Do um manuscritoaiguimico, de princípios do século XVIIIda "Baixa Alemanha".)

geralmente, a figura de Saturno. A figura de umdragão morto pelo sol e a lua representava a com-bmaçao do ouro e da prata. Alegorias como a¦¦: i"í

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Um enigma pietórico que representa a síntese alquímica(De Les Douze Clefs de Philosophie, de FrèreBasil Valentil (Paris, 1659.)

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O'leão verde, devorando o sol. (De um manuscrito alquí-mico de princípios do século XVIII da "Baixa Alemanha.-'*)

morte, o enterro e- a putrefação eram usadasfreqüentemente para descrever em linguagemsimbólica as operações puramente quimicas, e oenlace de homem e mulher para representar aperfeição de uma substância.

A figura 3, tomada de um exemplar, de possedo autor do presente artigo, da Philosofia Refor-mata, de Mylius (Francfort, 1622), e na qual asgravuras estão coloridas a mão, na época da im-

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pressão, apresenta-nos dois homens dia,sob a "arvore do conhecimento universal"tro elementos (derivados de Aristóteles)representados claramente; a terra, pormem e um leão; o fogo, por um dragãodo canto inferior á esquerda) ; a águamulher cavalgando um delfim, no mar, e ¦um pássaro, aparecendo estes dois último..;..---los, no canto inferior, á direita-;-

As figuras- dos dois homens representanior, o adepto, instruindo Adolphus, o di;o autor do livro. Os sete círculos que ro<arvore simbolizam as etapas das operaç.conduzem á realização da magnum opus,"\côr correspondente a cada etapa, sendores de grande importância significativabalhos dos alquimistas. (Ver Hopkins; Al emyChild of Greek Philosophy (A alquimia, fi dafilosofia grega), Nova York, 1934) .

Olhando em redor da árvore, desde o círculoinferior da esquerda, os símbolos reproduzidos sãcos seguintes: (I) uni corvo e uma caveira, pre-sentando a operação de maceração e a côr ara'(2) um par de corvos que representam a disti-lação; (3) três corvos que simbolizam a sublnna-ção; (4) duas aves e uma coroa que representama realização da opus minor e a côr branca (5)duas aves e uma árvore que representam o reinode Marte; (6) um unicornio e um roseiral, repre-sentativos da côr vermelha e (7) o final ãa rnag-num opus e a confecção da "pedra filosofal", sim-bolizados por um menino recém-nascido.

Os alquimistas empregavam também enigmaspara ocultar seus segredos. Como um dos maisfáceis de interpretar citaremos o atribuído ao ia-moso Basil Valentin (ver a figura 4), pseudônimodo autor do livro Les Douze Clefs de lá Phüoso-phie, de Frère Basil Valentin (Paris, 1659) deonde copiamos.

Este enigma pietórico é uma síntese complexado pensamento dos alquimistas. Os planetas dofirmamento se nos mostram exercendo sua influ-ência sobre a importante combinação dos princi-pios masculino e feminino, representados comosempre pelo Sol e a Lua. O cálice, como a comu-cópia, é um símbolo do mercúrio.

Com referência aos símbolos da parte inferiordo círculo, destacaremos a águia de duas cabeças,que representa o vento ou o ar, e o leão, quc sim-boliza o solo ou a terra. O orbe representa a"pedra filosofal", e a estrela de sete pontas serefere aos sete metais conhecidos da terri quecorrespondem aos sete planetas do céu.

As palavras Visita interior a terrae, fectificandoinveries oceultam lapidem são de um interesse es-pecial, porque formam um acróstico cujas letrasiniciais compõem a palavra vitriol. Algum estu-diosos se apoiaram nesse fato para supor que Basil

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alto (esquerda e direita), aparelhos alquímicos e símbolos dos quatro evangelistas (Do um manuscrito iluinin?a mão, de princípios do século XVII, do Livre de ía Sainte Trinité.)

Ano N? 6 — Novembro .19-19

Vo/xxiün tenha sido o descobridor do ácido sul-alqúimistas usaram também muitos ans

gramas, a maior parte dos quais dificílimos dêarar. Citaremos, como exemplo, um aue aniacompanhado de um comentário de dez náde Nicolas Barnaud, no Theátrüm Chemfd (vol. III, p. 744); ^riemi-'¦'Meu nome é Aélia LoeUa Crispis. Não sou ho-nem mulhc*, nem. hermajroãita • nem virgey,jiem joõem, nem velha. Não sou impura nemcasi mus tudo isso a um ?n ^™^ *r~x UL,.'C0 flíôâ

apoiemqaernx

mas tudo isso a um só tempo. Não me mata¦mem, nem o aço. nem o veneno, vias simis essas coisas ao mesmo temvo Não W>o no ceu. nem na terra, nem na água masocias essas partes. Lucius Aqatho Pri////ao era meu marido, nem meu amante nemescravo, me fes construir, sem dor nem /lenem conhecimento de seu destino este morÊ'que nao e uma jnrámide, nem um sepúlcro'im ambas as coisas a um. só temvo E' in»ao que não contem um cadáver e um cadavlrqu ao esta encerrado num túmulo, o cadáverepulcro formam uma só entidademau indica em seu comentário que êstPeni- aa se refere à "pedra filosofal".A figura 5 nos mostra um símbolo geralmenteas: )ciado com um tratado chamado: D.e Hanãder Failosophen (A nicão dos filósofos i, atribuídoa Johannes Isaacus Holandus. A ilustração está°^a" um manuscrito de principios do sé-culo XVIII e representa o cozimento dos ingrt-mentes necessários para se obter a pedra filoso-fal Nesse exemplo particular, nosso autor se mos-trou especialmente atento, e assim pôde oferecerum claro diagrama que explica a significação qui-

flpnvo r fda ?imbolo, segundo podemos'ver nangura I, tomada do mesmo manuscritoPai a_ que o leitor tenha uma idéia do tino deIZT?S 5ea»zadas Por Hollandus, oferecemosPfqP ««,.

'aduÇa° de uma de Sl,as "receitas" para

Édr/lnT/Xmm0r' lst0 é' para Preparar ummia- transmutar os metaes comuns em

- Tome-se uma onça de prata fina, dissolva-rmst,- la fm aqua fortis comum e junte-seQua ' onças de mercúrio sublimado em uma va-carí«,e,C^Stal- P?nha-se tudo em areia quenteWt??xL* me ualor; empape-se depois em águaSv/^5, Se haja dissolvido a prata, até quefir «v. ?da a ãQUa íortis- DeP°is deixa-se es-t rn

lil[ure-se a seguir este mercúrio em par-mo///Áire Ta pedra dura- Deixe-se o mes-«ver sobre a pedra e a seguir coagular-

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se dete-setindodesteelido.resiRrTTó

¦lovo em uma vasilha, em fogo lento. Vol-estregar e a deixá-lo dissolver-se, repe-operação sete vezes. Deite-se uma onçavir sobre trinta onças de cobre bem fun-íste modo se obterá prata refinada, que. <«_. 'A tí\Hor. _-, ,-, ., 7-1

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Si^boi.YPlata

^Iquímicos primitivoshVercurio Cobro

Outros símbolos alquímicos primitivos

Alem do simbolismo usado para mascarar suaspróprias operações, os alqúimistas incorriam asvezes em chocantes extravagâncias ao tratar dediscernir um sentido hermético nos antigos auto-res, como Homero e Virgilio. O livro mais in-teressante do famoso Michael Maier é Atalanta*ugiens (Oppenheim, 1617), no qual se trata deexplicar, bastante arrevezadamente, a fábula deAtalanta e as maçãs de ouro, mediante umaanalogia hermética.Os alqúimistas herméticos não se contentavamcom rebuscar alegorias de tipo alquímico em fá-bulas como as das viagens de Ulisses, pois que asvezes, iam mais além e criavam fábulas própriascomo a contida no livro de Béroalde de Verville •'

L'Histoire Véritable, ou Le Voyage des PrinopqFortunéz (Paris, 1610) nCeSOs próprios títulos que os ai-

quimistas davam a seus tratadosmanifestavam de início, sua pai-xão pelos vôos da fantasia Ve-jamos alguns: A Medula da Al-quimia, a Carruagem Triun-fante do Antimônio, o Anfitea-tro da Sabedoria Eterna, A En-trada Livre no Palácio Fechadodo Rei.

O estudioso da literatura ai-química medieval não pode dei-xar de se sentir impressionadoante a freqüência com que emtrês obras se invoca Deusaparentemente com toda a sin-ceridade. A conexão entre a ai-quimia e a religião tem início

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EU SEI TUDO •16 '.>'>o Ano Nv 6 Novembro 1949

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nos tempos mais remotos, e já é encontrada nostextos alquímicos dos gregos e dos árabes. O en-lace entre a alquimia e o cristianismo foi muitoprofundo. Entre os autores mais notáveis cie ai-quimia, que usaram freqüentemente alegoriascristãs para ilustrar suas obras, podemos citar aAmald Villanova, o pseudo Raimundo Lulio (pre-valece entre os peritos a opinião de que a volu-mosa literatura alqüímica atribuída a Lulio nãofoi, realmente, escrita pelo ilustre malorquino,mas sini/por outro autor posterior) a Petrus Bo-nus e George Ripley.

O Livre de la Sainte Trinité, que foi escrito pro-vavelmente por ocasião do Concilio de Constanza(1414-18) é bom exemplo da aplicação da alego-ria da Paixão, Cruciíicação e Ressurreição deCristo, a realização da "magnum opus" da ai-quimia.

O autor do presente artigo tratou mais ampla-mente deste simbolísmo particular em outra obra(Ambix-vol. III, N.° 2), porém a tábua reprodu-zida no presente texto (figura 6) dará boa idéiado assunto. Sob a representação de quatro vasi-lhas químicas, cada uma das quais destinada auma operação particular, encontramos os símbo-los convencionais dos quatro evangelistas. Estasúltimas figuras representam ao mesmo tempo, osquatro elementos, as quatro principais etapas dotrabalho e as quatro virtudes cardiais.

Já fizemos referência à grande importância queos alquimistas davam á cor. Dividiam, seu tra-balho geralmente, em três principais momentosde cor: negro, branco e vermelho. As operaçõesconducentes á produção da "pedra filosofal" eramdesenroladas, segundo imaginavam, através des-sas três cores, cujo simbolísmo é repetido frequen-temente nas obras de alquimia. Assim, o chumbo(Saturno) simboliza o negro; a prata (a lua),representa o branco e o cobre indica o vermelho.

As vezes se manejam quatro cores em vez detrês, e então as cores podem ser simbolizadas pe-las quatro estações do ano, como na sétima chavede Basil Valentin {Les Douze Clefs de Philosophie,Paris, 1659) . Podem ser também representadaspor quatro aves, simbolizando: o corvo, o negro;o cisne, o branco; o pavão real, o violeta; e aáve fenix, o vermelho. (Veja-se a estréia de cinco

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AS MODERNAS CONSTRUÇÕES — Eis a casa a que ofamoso arquiteto norte-americano John leon intitulou de"Meu sonho". Toda de madeira, essa casa de repouso,situada numa enseada da ilha de Mount Desert, no Estadodo Maine, Estados Unidos da América do Norte, foi elassi-ficada pela "Sociedade dos Arquitetos" de Philadelphia,como o "melhor exemplo" entre os tipos de residênciasindicadas para repouso e recreio e fabricadas de madeira

pontas, associada com a chave nona de Basi ya,Valentin: obra citada».

Alem do simbolísmo pictórico, os alquir stasusavam signos para designar diversos mau. aisAlguns deles aparecem reproduzidos na figt 7'

Quando se trata de estudar e de valoriza se-riamente as obras dos alquimistas, é precis re-cordar que são conhecidas várias classes de a iui-mistas. Os práticos, que foram os precursor

"da

química moderna: mostravam-se interessada emestudar as propriedades dos metais e de ratròscorpos simples e compostos, e os métodos e oa-relhos mais adequados para o seu manejo, sseshomens fizeram — e nos legaram — importunesdescobrimentos científicos. Destacaram-se, ntreeles, Libavius. Glauber, Ulstadt, Van Helmont eCroll.

Havia também um pequeno grupo de químicosespeculativos, que atribuíam à Arte Hermética umvalor mais espiritual do que físico. Esses refletiamseu pensamento por meio de alegorias e de símbo-los. O principal ojpjetó de seus estudos era a almahumana, e seu ideal a condução da humanidadepara uma regeneração espiritual. Poderiamoa ci-tar, como representantes típicos desta tendênciaKhunrath, Vaughan, Fludd e Maier.

Havia, porém, outros praticantes da alquimiaos quais apenas contribuíram para desacredita-la. Eram os "juglares" mercenários, arrivistas echarlatães, que induziam os príncipes e outrosmagnatas a gastar grandes quantias de dinheiropara obter o segredo da "pedra filosofar1, coni aqual poderiam transmutar em ouro todos os me-tais comuns.

Os mais notórios e de história mais conhecida.dentro deste grupo, são Honauer, Caetano, Bra-gatino e Cagliostro. Como exemplo do métodopara imitar o ouro e do destino final dos seusoperadores, podemos citar a história de Mons.i_.tirde Longville, tal como nô-la conta Boyle Gocifreyem seu livro: Miscelanea vere Utilia ou Miscella-neous Experiments and Observations on VariousSubjects (publicado em Londres, em 1745»."O processo empregado por Longeville para imi-tar o ouro, e pelo que os Holandeses o queimaramvivo, em azeite, era o seguinte:

Tome-se quatro onças de cobre; calcine-se comenxofre comum até que fiquem reduzidas a umaonça e um quarto, o que se obterá esquentando-se até que fiquem rubras, repetidas vezes, dei-xando-se de cada vez que voltem à cor verde.Misture-se bem êsse cobre calcinado covi umaonça de prata e meia de borax. Deverá ser ex-traída, a seguir, ão crisol e libertada da escoria,para novamente ser misturada com outro tantode borax. Volta a ser extraída do crisol e libertadada escócia, repetindo-se essa operação três vezes.Leve-se depois ao fogo vivo, acrescentando duasonças de ouro. Mantenha-se, durante algum teinMem estado de fluxo, junte-se um pouco de boraxe mantenha-se ao fogo forte por mais meia hora.Divida-se depois em lingotes e repita-se a fundi;ção ate que o borax permaneça branco. Fup-da-se então êsse ouro artificiai, arrojando nêUgrãos de nitro, até cobrir a superfície supernorcom uma pele espessa. Divida-se novamente emlingotes e a operação estará concluída.

— "Até aqui a receita, tal como me foi confiadapor um professor de uma universidade alemã.

Ignoro as faltas que este homem possa ter co-metido em seu tempo, porém, se foi queimactupor ter fabricado ouro, lamento-o, pois creio Q^seu processo está longe de lograr tal objetivo.Seja como for, um amigo meu conhece um cava-lheiro que viu Longeville arrojar um objeto Qmadeira óca em uma caldeira de azeite fervei^aproximando-se tanto do fogo que algumas goi*de azeite salpicaram sua roupa".

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Alio

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N^ 6 — Novembro — 1949:[-"'¦>¦"•, { '•..•<', "¦ '¦. '¦MSfEff

47

DESCOBRINDO A AMÉRICA('om MiUCOS

cia dese ali,grupomuito

título acima Georgede publicar um livro de quase

(MiiiírocHiitas páginas, consagrado iu-teiraniente aos Kslados Unidos daAm<* ea do Norte o do qual, diii.ivênia, extraímos alguns capítulos pará

delícia de nossos leitores

io Perfeito — Na Américado rte, os sapatos brilhamqua tanto quanto as calçaslüst osas dos homens, na Ingla-ten do após guerra. Somente

ndivíduo de caracter bemirado e que se mantenhasantemente em g u a r d a

pod evitar que os seus sapatossej ii perfeitamente limpos eburr dos quatro a cinco vezespor lia, no alfaiate, no barbeiroou niesmo em plena rua. OsNor -americanos formam uma

consciente, da importân-seus calçados. Encontra-entretanto, um pequenocie ricos, conservadores,distintos, originários da

Noví -Inglaterra, e que pro-curam conservar a nobre tradi-ção dos sapatos sujos, das rou-pas domingueiras e do rostomal barbeado.

Na Inglaterra, o autor passoupor um homem normalmentevestido, sem luxos excessivos.Entretanto, logo que chegou áAmérica do Norte, um irmão, aliresidente há vários anos, insis-tiu para que comprasse roupasnovEs. Na sua opinião o recém-chegado parecia um mendigosem recursos e que tivesse des-eido último degrau da escada

. .. e ganhando ordena-do d mendigo. (Nos Estadosunidos, todo o mundo é classifi-cado segundo a escala dos sa-lafioi Porém parecem ignoraro que ganha um mendigo noprasi sem o que não fariamtal comparação) .Eis, portanto, as primeiras re-gras a seguir:

Jo. fora todas as camisasm ssiúr e trate de compraroutn novinhas; por exemplo:^m; côr de rosa ornadas^m

-andes quadrados pretosdos verdes, se preferir,

podem ser encontra-isas de tom purpura,

EU SEI TUDO

PorG. MIKES

fn rouTan.;das ccomtas veou ea

ma multidão de borbole--olivas, pintadas a mãouís azul-céu, dividido,

a?,^ fatalmente por bandas, W;s duto; onde voam borbo-^ exaltam peixinhos.anibem é possível comprar

a mt "ravata do mais lindo

Pinta fi Com uma mulher nua,nm t, que aParece ainda maisrpLf 0S ráios da luz elétrica,défl, A we^-end. é claro, po-um AZ. usados esses acessóriosdores)) ° m e n ° s conserva-

^eitorp1U)r-previne' dêsde loS°< os!e que as lavanderias

norte-americanas os surpreen-d e r a o fantásticamente. Nãoapenas as camisas que confia-mos a essas lavanderias são la-vacias c passadas a ferro, masem geral vem tudo num só em-Drulho e nao em pequenos voiu-mes separados. Assim tem-se acerteza de que volta, de fato,toda a roupa enviada. Ao con-

rutos de cinqüenta ou sessentacentímetros. Nos gigantescosmodernos automóveis made-inUSA, foi feito um orifício nopára-brisa, afim de que o chauf-fenr por êle passe a ponta docharuto. No cinema, é permiti-do ao cavalheiro de ombros eventre poderosos, queimar aponta da orelha do vizinho da

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trário do que ocorre aqui e naInglaterra, onde há a alegre ex-pectativa... Virá? Não Virá?Porque aqui na Inglaterra ge-râlmente recebemos com duasdas nossas oito camisas envia-das, 4 camisolas de dormir de se-nhoras, 5 babadores de bebês, 6calças... no estilo da época darainha Victoria, ornadas comrendas. E outras coisas mais,tudo em troca das tristes cami-sas enviadas, das calças poucoromânticas e dos lenços de li-nho branco.

Os riscos das mangas dos pale-tós devem ser tão afiados comoos riscos das calças. È não es-quecer, ainda, se gosta de fumarcharuto, que o comprimento domesmo deve estar em acordocom a importância pessoal doindividuo. Os homens magri-nhos contentam-se com os cha-

fila da frente sem ser obrigadoa dizer ''Desculpe".

Finalmente, a compra de umchapéu. Ah! A etiqueta norte-americana é extraordinariamen-te rigorosa nesse ponto. E' obri-gatório colocar o chapéu àcabeça antes de entrar em ai-gum aposento, escritório ou casa,quer seja de amigos ou em re-partição pública. Aq contrário, éobrigatório ao indivíduo se des-cobrir no elevador, salvo se noelevador de uma casa comerei-ai. No caso de dúvida, é prefe-rível continuar com a cabeçacoberta. Seria sinal de péssimaeducação tirar o chapéu, embo-ra fosse por um só instante —durante a lua de mel, no ba-nheiro ou no cabeleireiro.

O Espírito Mecânico — OsNorte-americanos têm verdadei-ra paixão pelos chamados "dis-

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EU SEI TUDO 48 Ano — N<? 6 — Novembro 1049

Em Lyon (Franca).Mme. Elisa Mac Colí,de 9f> anos. desposouum cavalheiro de 2S.No cortejo destacou-so o filho da noiv

com 70 anos

<!y;jf| Em Dijon (Franca), fjf W \ IyH;|| um homem comple- ti* fi Ilíf- lamente nu, trepou Fl I 1pir numa bomba de ga-1 ^J\)fsolina. entoando can- W jYj\Tflí" Ções em louvor do J Vçyilij vinho. Acreditava ser [| j )PJp o deus Baco. (Bebeu ;J j f\bastante gasolina . . . *—-*l W-*4 )

Ipara

morrer depois.) SfrjL ST I

Numa aldeia

irginiaXo Estado da Vu^. (EF VV ). um behó d-* C*f\\I Tt' dois anos fuma dois cha- s"-S\!I^l/v rutos por d ia., tal con*. *\ jVÇTOVv Winstòn Churchill S~^-\ — VcJL)

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austríaca, a Muhicipali-jjade contratou uni guarda que sabelatir como um verdadeiro cão; Assimdoséobre as casas que escondem essesanimais... para não pagar a taxa

tribuidores automáticos", e osaparelhos que se encontram es-palhados pelos 48 Estados daUnião Norte-americana têmuma característica particularis-sima: funcionam! Na Europa ena América do Sul, é comumdeitar-se uma moeda num dês-ses aparelhos de distribuiçãoautomática, mover uma alavan-ca. . . e ficar sem o dinheiro!Nos Estados Unidos, não senhor!Pode-se apostar no bom funcio-namento da máquina e ganharuma tablette de chocolate, nmdisco de gramofone ou um che-wing-gum.

Numa cozinha norte-ameri-cana, figura sempre um espre-medor de fruta automático (elé-tricô), para fazer suco de la-ranja e outro similar, porémmecânico (isto para o caso defaltar a corrente mas devemoslealmente confessar que essasimunes elétricas são desconhe-cidas nos Estados Unidos) . En-contrar-se-á igualmente máqui-na elétrica para lavar a louca,outra para lavar a roupa demesa, uma frigidaire e um mag-nífico abre-latas fixado à pare-de. O forno a gas poderá seraceso sem auxílio de um fósfo-ro ou de um acendedor de qual-quer outro tipo, mas simples-mente, rodando-se uma chave.Existe também a marmita dealta-pressão para cozinhar umpedaço de carne em dezoito se-gundos e qualquer espécie decereal em 2 minutos e nove se-gundos (a relógio!) porque...time is money!

Quanto a garrafas e caixas,o processo é particularmente ex-peditivo. Não têm o menor va-lôr e são jogadas na caixa dolixo. O leite é entregue a domi-ciho em sacos de papel, o tou-cmho num bocal, o queijo numrecipiente de porcelana,' a fa-rinha em pequeninos sacos depano, os tomates envolvidos emcelofane, o sal em saleiros.Tais hábitos tornam fácil eagradável a vida das donas decasa, que, apesar disso, aguar-dam ansiosamente uma novainvenção: a criada-para-todo-serviço! Mas isso não existe nemmesmo lá!

A Inglaterra, em seu c< [un-to, é um país de clima tr ape-rado, mas onde são terríve ascorrentes de ar. Os Es idosUnidos, ao contrário, é um paísfrio mas onde se vive agi ada-velmcnte aquecido... (até ir smosuper-aquecido) . Por ocasiãodos grandes frios, encontrar-se-ão pessoas em mangas decamisa e diante de janelas aber-tas! Não apenas a Inglaterra.porém os países do Continenteeuropeu, poderiam ser perfeita-mente aquecidos com a energiaque escapa pelas janelas dascasas norte-americanas.

Existem servidores automáti-cos, policiais automáticos quechamam a atenção do públicosôbre o coitado que esqueceu oautomóvel mais tempo que opermitido, num posto de esta-cionamento. Mas será possívellibertar-se de complicações coma Inspetoria, deitando a impor-táncia da multa usual no "mtiü-o-matr'. . . mais próximo do lo-cal da falta. Nos restaurantes,portas munidas de células foto-elétricas abrem-se sòsinhas di-ante dos clientes, e também dosgarçons que delas se aproximemcom os braços carregados depratos.

Em certos "vestiários", eita-se uma moeda num aparelho erecebe-se uma chave, permitiu-do guardar a pasta, o chapéu,o guarda-chuva, etc, em -imadas gavetas de imenso armáriode ferro. Outra máquina pode-rá tirar a fotografia do cliente,revelando-a e imprimindo empapel de luxo, tudo em sessentasegundos. E' possível igualmen-te obter uma apólice de segurosde vida de acidentes pessoaiscontra roubo, em viagem, etc,num aparelho automático e sese colocar um níquel de 5 xciüsnoutra máquina, todos os clien-tes de um restaurante ouvirãoa nossa música favoritatrinta vezes, se essa forvontade — e mesmo quedetestem.

Também são admiráveistelegramas de aniversário. P°rum dólar (ou menos?.», é possi-vel enviar um telegrama "p^"tante". isto é: o pequem

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SSa_#KÍffiaZ de 19 anosTíAfíu1fWi.u.^o .aviào-escola#l_^o aí£raravarias, no continente europeu!

terceirasem

ita o entregará cantando''bens para você, nesta dataIa, parabéns parabéns paraFulano de Tal, muitos

de vida" e acrescentandodo remetente. Por 10

es, o telegrama é entregueum coro de dez cantores

25 dólares, o Chefe dacia dirigirá pessoalmente o''coral"!uma lista de novas inven-atualmente em vias de

realização:Apertando um botão,

qualquer indivíduo fica apaixo-nado.

Torcendo um botão, re-cebe uma autorização cie casa-mento (ou fica consumado um«asam en to? >

Baixando-se uma ala-vanca. qualquer indivíduo ob-tem o divórcio.Toca uma campainha erecebe um atestado de vacina.Todas as obras classi-

tarão ao alcance de todospor neio de um simples botão.

rmitido escolher: ler o li-vro apenas calcar o botão.pesar de tudo, duas la-técnicas importantíssimasexis na vida corrente doNor -americano médio:

condutor de ônibus él^\ nem como aqui realmen-.liz; Tem que realizar assegi. tes operações:

a; obrar o preço da pas-sagem.'er e dar o troco.

-^-^aJUÍAAAAAAi

o contar o dinheiro da fériae passá-lo para uma caixa es-pecial.

d) abrir e fechar a porta au-tomática:f) ter uma resposta prepara-da para todo passageiro, desdea informação sobre preço, iti-nerário e próxima esquecida,

até o desaforo correspondenteao que ouviu.

g) E — já nos esquecíamos— Ia, como aqui, eles ainda sãoobrigados a dirigir os pesadosveículos.2.° — Nos Estados Unidos, é

preciso usar as duas mãos paradeitar uma carta no correio.Cada caixa de cartas tem umaalavanca sobre a qual é neces-sário calcar. Joga-se, então acarta no interior da caixa e lar-ga-se a alavanca. Lá é possíveldirigir um automóvel, deter umtrem, pilotar um avião, mesmosendo maneta (ou não conhe-cendo as manobras indispensá-veis) mas é preciso o uso dasduas mãos para deitar uma car-ta na caixa receptora. Quandose tem um embrulho ou umavalise, é preciso depositar o ob-jeto no solo, afim de calcar aalavanca.

Atualmente, os condutores deauto-ónibus e os que usam ascaixas de cartas lamentam aprópria sorte, mas os engenhei-ros norte-americanos ainda nãopuderam inventar nada que ve-nha melhorar a situação.

(Continua)* *****************

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O•oSgi;sisteni-¦dia).Por G;

denaçC^das..alho"Teme^.iciênc

ÇA CONTRA O MERCADONEGRO

pergunta por que nãoao governo aplicar entrestema infalível" para ven-

cado negro.êsse "assíduo leitor", lalpraticado em Madras (ín-

Io comerciante condenadoita de preço ou mercadoigado a imprimir as cen-

que lhe tenham sido apli-seus crimes. no cabe-

m papel comerciai!razões para duvidar da

processo. E eis por que:

aqui o mercado negro não existe(pelo menos é o governo quem afir-ma). Em segundo lugar, se entre nósos negociantes faltosos tivessem queimprimir suas condenações no papel,comercial cia firma,, deixariam de es-cre ver. Simplesmente. . . telefonariam.

**********

No Japão, os donos de armazénsconhecem que a Primavera chegouquando há verdadeira corrida dos 1're-gUesés para comprar suas vagons. Osbudistas tradicionalmente comem va-gens (feijões) no primeiro dia da Pri-maverã, a fim de afugentar os mausespíritos dà torra.

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''$\§ül -~\*Z*'<'* I Em Las Vegas.1 ?&*L~'f//, ~***d um touro se dei-

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( l^hSAT$& <zT /7h^ v a c a favorita.mJW+S+A (^Ík °3 "cow-boys"

I I rrrÂk:Sy '•}*§ V sentimentais en->.*, [nj^ms^m^ií\ k terraram °3 dois,/\\f* £fk\^ animais numa*áM{ CfV só cova

Em Hail, balneá-rio inglês, a po-licia decidiu proí-bir aoa homens ouso de calçõesq. u e mostrem o

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VEE M^ Portanto, as aves cara,

o.s olhos, cm oposição iio:qüe caçara cora o faro \ídesejássemos alongarpesquisas ao conjunto d

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O olho terrível da gaivota, em busca de presa...

mais, veríamos que ospredominantes nãó sãoticos era Iodos cies. 0tem uma visla excelentevido bastante desenvolvia iUasum olfato sem grande ai ace.Já no cão, é o olfato (o s) eo ouvido que predomimi Asaves se parecem mais com ohomem, tendo alfaio rudnneii-tar, ouvido fino e, açini (jntudo, olhos de força cxccpcio-na!. Enfim-, o.s peixes só di-rigem, nas águas pelo sabor eo olfato; são quase completa-mente surdos e exágeradaj cate-míopes.

Ver de muito longe e dislin-guir pequeninos objetos, sâoduas faculdades (pie, própria-mente, não passam do um; só.Realmente, o que intervém nosdois casos é a acuidade visual,no dizer dos óticos; isto e: o-ângulo maior ou menor sob oqual vemos ura objeto.. Esse ati-guio diminui à rnedida que oobjeto se afasta ou diminui.Qualquer pessoa pode íi\'/,vr a

Fizemos a pergunta a um es-pecialista, justamente para oh-ter uma resposta minuciosa,perfeita e clara.

Vêem as aves como nós? Têmelas da natureza a mesma visãoque a nossa?

Fazer tais perguntas pode pa-recer estranho ao primeiro exa-me, pois é lógico admitir que

seja quai fôr o seu— devem funcionarra e sra a m a n e ira. E,

os olhospossuidorsempre dano entanto, com que direito es-tendemos os nossos conheci-mentos adquiridos sobre o ho-mem a outros seres, aos animaisque não nos disseram — ooisclaro! — suas impressões sô-bre o mundo que os cerca? Cai-mos no velho erro de imaginara existência de homenziiihos no

m_________________m__________m_-___t,_m n ¦mi —a—a—_______a

Cabeças de homem e de eoruja,fotografadas de frente, para mostrara posição dos olhos, permitindo a vi-são binocular. O.s dois olhos vêemao mesmo tempo o mesmo objeto

interior de todos os animaisPois não dizemos constante-mente que o burro é. . . burro,que o macaco é malicioso e quêa formiga é avarenta? O fabu-lista La Fontainc não fêz outracoisa senão personificar os ahi-mais e as plantas, dando-lhesmovimento e raciocínio huma-nos.

Mas, voltemos às aves. Vêemcias da mesma maneira quenós? Xão! respondem oscientistas. E isso é tantomais evidente quando se sabeque os seus olhos não são cons-tituídos da niesma forma que osnossos.

^ Estabeleçamos, primeiro, (pietêm uma vista poderosa, mesmosuperior à de todos os outrosanimais. E' a vista e não oolfato que guia as aves nabusca dos alimentos. Isso ocor-re mesmo com o.s gaviões eurubus, aos quais a legenda a tri-bra um olfato extraordinário,que lhes daria o poder de sen-tir o.s corpos mortos a distãn-cias incríveis. Entretanto, lon-gas observações e sucessivas ex-penêneias liquidaram eom essaopinião errada. O.s urubus, cor-vo.se gaviões, por exemplo, nãopodem encontrar animais mor-tos, escondidos sob manias oúfolhagem, ao passo que não tar-dam a descer de muito alto sõ-bre a. . . pele deempalhado!

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Esquemas representando a formaolhos dc um pássaro, procurandoalimento em terra (1); de mu nas-saro, capturando «sua presa em pleno-vôo (2i; de um pássaro noturno

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um cão

Olho dv avé, mostrando as dite-rentes partes de qüe se coinp°e:

íris; 1> Pupila; Crista-lino; n Retina ; O — Nervo ótico*P - Pente. Esse pente, qnc >.,rV.rpara sombrear a retina, é pi'in,.cl"palmente desenvolvido na águia»está mergulhado muna geléia ílíllls'parente, que enche o globo ocuia'

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saros como NOS?%%W&XXAZ¦¦:¦¦¦¦¦¦'¦¦ ¦"'?,/; ¦. ¦'.¦:¦¦¦:¦¦¦¦Wm:

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X ,m'""'-e.s (títulosc sub-titulos)«, Era seguida alas-íai Progressivamente o jornal-verificara, enlão, que as letrasmenores não tardarão a so rói-n;,i;..lnVsívc'is' (k'í)(,is as médica%*

Imalmente, as maiores. Suasdimensões parecera diminuirl)()il(,í> a pouco. Além disso'para a mesma distância; hápessoas que distinguem certask:lras e outras, (,ue não asvêem! A acuidade visual é, real-••"''de, uo homem, uma quali-!,;,<1(' Oiuitp variável e. em sumabastante fraca para tornar ne-cessario o emprego de lentesaos relojoeiros e microscópiosaos naturalistas-.

As aves não precisam de lentePara ver os menores objetos,lais como sementes ou minho-cas, com que se alimentam. Asandorinhas, que volteiam noscrepúsculos, têm vista tão po-derosa (pie Spallanzani viu umgrupo delas atirar-se sobre for-miguinhas com asa, que voa-vam a uns cem metros de dis-tancia. Tinham visto aquelesinsetos, medindo alguns mili-metros de comprimento o umalai distância.

Podemos aproximai- dessaobservação, outra, de mn guar-da-florestal, redigida nos se-guintes termos:"Ku tinha numa gaiola deluxo, cercada de vidraças, umpintassilgo, que me serVia de"isca"

para a captura defalcões. Quando não caçava

() infeliz não (cm muito tempo (iovida. A gaivota, cruel, veio pousar'•oi .seu ninho... (Estas cenas foramextraídas <lc um filme sueco: A LutaPela Vicia, realizado por Arne Su-cksdorf, quê recusou revelai- aos jorna-listas os processos que emprega paracolhei- essas emocionantes fotografias)

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De muito alto, a gaivota pode ver lilno ninho... .XIpequeninos pássaros,

costumava colocar a gaiola sobuma laranjeira, junto da janelado meu quarto, a fim de que re-cehesse menos sol, embora aoar livre. Um dia vi um falcãodescer como um raio do alt^topo de uma árvore, há mais.de duzentos metros e direta-mente para a laranjeira. Passoua uns quinze metros da minhajanela e logo se atirou para agaiola, voando em seu redor eprocurando se apoderar do pe-queno pássaro. Porém, diante

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EU SEI TUDO 52 33* Ano — N"? 6 —- Novembro —

da inutilidade dos seus esforços,voou para longe, désapare-cendo. Portanto, a duzentos me-tros de distância, o falcão avis-tara o pequenino pássaro, em-bora numa gaiola onvidraçada,o que atenuava bastante a visi-bilidade e, ainda, sobre a ar-vore que formava massa som-bria. Isso demonstra, mais umavez, que as chamadas aves ierapina têm vista poderosíssima,que lhes permite distinguir aenorme distância, seres e obje-tos infinitamente pequenos.

COMO SÃO FEITOS OSNOSSOS OLHOS E OS

DAS AVES

Cada um dos nossos olhos euma bola situada numa cavi-dade do crânio chamada órbita;essa bola é oca. No seu interiorhá uma espécie de geléia decarne que pode sair quando seperfura a vista.

A parede da bola (globoocular) é bastante resistentepara mio se deformar. De suaestrutura, muito complicada, sopodemos dizer ciue: o interioré negro, como o de uma ça-mara escura num aparelho fo-tográfico. Essa coloração é in-dispensável... para ver claro.Os albinos, que têm o interiordos olhos vermelhos sen tem; sepor assim dizer cegos duran •o dia, sò podendo ver a partirdo anoitecer.

O fundo do olho é at ape tao opor uma membrana sensível aosraios luminosos. A retina, talé o nome dessa membrana, de-sempenha exatamente o mesmopapel de uma chapa fotográficade bromuro de prata. As ima-gens dos objetos ali se formamda mesma maneira que numaparelho fotográfico, com umaúnica diferença: podem desa-parecer espontaneamente, eii;menos de um décimo de sc-gundo, para abrir espaço a ou-trás imagens! Para imitar essedispositivo, seria necessário queum fotógrafo imaginasse umasérie de chapas s ensi v e i ssubstituindo-se a u t o m a t i -cameníe, umas às outras, comoocorre na cinematografia.

Os nossos leitores que enten-dera de fotografia, notarão queo olho humano, segundo aca-bamos de descrever, não temobjetiva formada de lentes con-vergentes. No entanto, existeobjetiva e mesmo inuito apertei-coada. Trata-se de uma obje-tiva, que se modifica por simesma, tornando-se mais oumenos convergente, segundo asnecessidades. Quando uma pes-soa se aproxima, nossa objetivaocular (cristalino) se deformaespontaneamente e independen-temente da nossa vontade, páraque continuemos a ver a pessoa

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Entre a maioria das aves (pato, ga-linha, falcões, águia, todos os_ passa-ros pequenos, etc.), <>s olhos são colo-cados lateralmente, não podendo ver aoniesmo tempo o mesmo objeto, (latiaum deles vé por conta própria, aocontrário do (pie ocorre com o Homem

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O desenho, bastante esquema-tico, mostra como :i imagem (I)de um objeto (O) é tanto maiorquanto <> olho c mais vodumoso

com o máximo de nitidez. E5costume dizer-se que o crista-lino sc adapta.

A paiie dianteira do.s olhosé ocupada pela íris. K' a partecolorida de preto, marron, ver-de ou azul, conforme todos sa-bem. Xo centro está a pupila",ou orifício do olho, onde pe-netra a luz. Ora, todos nós jáobservamos as mudanças de ta-manho da. pupila. Ela se dilatana escuridão e se contrai naluz. Xo cão, (ia é dotada de

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Retmas de aves examinadas ao mi-croscópio para mostrar a divisãode discos amarelos (pontilhádos) ediscos vermelhos (pretos) destina-dos a visão das cores. Graças ãesse dispositivo, as aves não vêemas cores da mesma forma que nós

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movimentos incessantes ccas batidas de um coração. \gota de atropina é bastante pque a pupila fique enormeque permite ao oculista o!facilmente o olho. Pode-sezer (pie a pupila e o íris despen liam o mesmo papel qudiafrágma de um aparelhotográfico, deixando e n tmaior ou menor quantidadeluz na câmara escura.

Conheceu do-se, pelo qu.ma foi dito, as partes essemdo olho humano, fácil será c.pará-lo com o das aves.

Do ponto de vista dasmensões, podemos dizeios pássaros temoJ/hios maio(/ue os nossos. Xessa forma;águia tem olhos de trinta mimetros de diâmetro, enquarque a mesma dimensão nãoalém de 20 milímetros paraolho humano. Por outro La.os parciais, pesando 500 vèz<menos (pie um homem,olhos de (i milímetros, isto64 vezes, só, menores (em v<lume) (jue o.s nossos! Podeimos apreciar a importânciadesses dados quando se soübeiciue o diâmetro de um olho dáa idéia da grandeza proporem-nal das imagens que se formamsobre a retina. Tais imagenssão tanto maiores quanto o olhoseja mais volumoso, da mesmaforma que a imagem projetadasobre uma tela, por meio deuma lanterna mágica, aumentacom o afastamento da lanterna.

Assim, ter grandes imagenssobre a retina, é excelente van-tagem para melhor distinguir osdetalhes dos objetos. O tama-nho do olho do.s pássaros é,portanto, relativamente àacuidacle visual, çÒhsideráv<Os pássaros de vôo lento(pie apanham alimento cnterra: galinhas, gaviões, fàisoepombos, têm olhos menores dque os pássaros de vôo ráphe (pie apanham a presa cm phno vôo (andorinhas, falcõesisso explica porque não Aeles necessidade de disiingupequenos objetos, ou de muilonge.

A ÁGUIA "PODE OLHAR OSOL DE FRENTE". AO COX-TRÁRIO, AS CORUJAS E 0\

TRÁS AVES NOTURXAS SóVÊEM À NOITE

A oftalmia e a conjunlhsão, (nn geral, conseqüênciaster fixado uma luz muito forEis porque, por ocasião declipses, através dos jornaiscientistas aconselham o usovilros enfumaçados para olio sol .

Xessas condições de frag h~dade dos olhos, como e possiveexplicar que a águia seja <cão â regra comum e viva

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Nf 6 — Novembro 1949 53

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H PERNA DO MUNDO —iue sc valeu uma fábrica defos Angeles para "dominar"

Esse anúncio (à noite éiJ ainda recebe o concursoUnda "oir!«- d(> pernas àr»a necessário dizer?) e quo*'ista, no clichê, quando erapara o alto d<» anuncio

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safeer: a proteção da retinacontra uma tnsolação violenta.Antes de tudo, as águias

(comer todos os pássaros)" têmuma pálpebra semi-transparenteqüe levantam como um véudiante dos olhos. E' o sen vidroenfumaçado.

Além disso, sua pupila é es-treitisima e deixa passar o mi-nimo de luz. Finalmente, suaretina é sombreada por umasaliência do fundo do olho,a que os naturalis-

tas, deram o nome de pente,em razão de sua forma. 0 penteé mergulhado na geléia de car-ne que enche o olho e contribuitambém para. alimentá-la como sangue que contém. Essepente exisle em todos os ani-mais, sendo porém mais desen-volvido na águia.

Na antípoda das aves que po-dem, a hem dizer, olhar o solde frente, estão as noturnas:corujas, morcegos, etc. Essesanimais vêem na escuridãocompleta ou precisarão, para sedirigir, dê alguma réstea deluz... dessa obscura claridadeque tomba das estrelas"?

Spallanzani, criara morcegos.{'Em luz muito fraca, prove-nie nie do pavio de uma só velae coada através dos orifícios deurna porta escreveu êle —- osmorcegos voavam com facili-dade, vindo pousar sôbre o meuombro. Apagando a vela, a es-euri dão era total, eles deixavamde voar e nem ao menos podiamencontrar seu alimento (carne)pêlo cheiro. . . Abrindo a janelapara deixar entrar "a luz dasestrelas", esse ligeiro aumentode claridade não chegava parapermitir a mim mesmo dislin-giiir os objetos, porém era sufi-ciente para guiar os morcegos,que recomeçavam a voar comsegurança e vinham comer emmil} lia mão . . .'

Da mesma forma outro nalu-

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EU SEI TUDO

ralista, nos Estados Unidos,após meticulosas observações,declarou que as corujas voaramais facilmente nas noites es-curas, mas estreladas, que nasnoites de luar. Entretanto,deixando de voar nas noites ex-tremamente escuras (céu co-berto de nuvens baixas e rie-gras).

AO PÉ DA LETRA

Winsíon Churchill é um homeraterrível. Sempre foi assim. Sua si-tuação atual lhe dá o direito de dizerseja o que for — e êle aproveita.

Mas já usava essa prerrogativa hámuitos anos. Em sua mocidade, umautor dramático- a quem Churchillsurrara numa crítica jornalística, en-viou-lhe duas poltronas para a "pre-.,

mière" de uma nova peça, • com estassimples e mordazes palavras:

Venha, por favor. A outra poi-trona, é para um amigo, se é que temalgum.

Churchill logo respondeu:Muito agradecido. Nao poderei

ir à "première". Mas irei certamente

à segunda representação, se real-mente houver.

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Uma competição tradicional é a dosgarçons dos cafés de Paris. Promo-vida por um jornal local, é realizadatodos os anos em setembro, preferen-temente num domingo, como ocorreueste ano. Essas competições reserva-das exclusivamente aos garços são decaráter esportivo e entre elas constaa de velocidade, devendo os concor-rentes cobrir uma considerável distân-cia transportando a bandeja profissio-nal. Aí está o vencedor, após a com-

petição, refrescando... os pés

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EU SEI TUDO 54

AS MAIS EMOCIONANTES HISTO-RIAS SECRETAS DA GUERRA

33? Ano — N.9 6 — Nov--ml)! '0! fl,K

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Tinham decorrido aproxima-damente dois meses, desde quea .sua "Fortaleza" aterrissarabem a contra-gosto, ao retornarde um raid sobre Berlim na pia-nície da Jutlandia e, duranteêsse tempo, Percy Foot puderaapreciar a multiplicidade dos"caminhos de evasão", emboraa Gestapo não pensasse da mes-ma forma que Percy sobre o as-sunto. Havia ainda a assina-lar a luta entre Dinamarquês emembros da "S. S." Era fero-cissima e incessante, emborasurda e subterrânea.

Isso não impediu Percy, apósurna viagem que foi como umaepopéia, de pisar, emfim, Cope-nhague. Era a última escala an-tes da Suécia e do ar livre. Eraa última e também a melhor.

A "Dama da Neve" viera re-cebê-lo atrás de um pilar daigreja, tendo a edelweiss numadas mãos, sinal de reconheci-mento que Percy acompanharaatravés de grande parte da Di-namarca. Depois, risonha eamável, ela o levara para osfundos da sua loja de vestido echapéus, na Rundersgade.

Quinze dias passou êle, as-sim, preguiçosamente; no estú-dio da "Dama da Neve, estú-dio tipicamente anglo-saxão eno qual surgiam, entronizadossobre o rádio, os retratos deRoosevelt e Churchill. E haviatambém. .. ela, Ianna, o quemais encantava essa última eta-pa de Percy, em sua fuga. Qua-se chegava a desejar que aquilodurasse uma eternidade.

Ela se chamava Ianna Chris-tiansen. Era de origem Norue-guêsa, porém os Dinamarquesesa haviam adotado. Principal-mente, os que formavam o "gru-po da resistência". Entre reto-que num tailleur ou a venda deum chapéu, ela recebia agentesde ligação, transmitia mensa-gens, abrigava aviadores evadi-dos, cuidava dos feridos... Efazia tudo com uma calma, umasegurança que surpreendia poishavia perigo constante, dadoque a SS movia guerra terrívelcontra os Dinamarqueses, queos nazistas consideravam rebel-des, pois para eles os mesmoseram "Alemães não assimila-veis, que ousavam recusar umaanexação que a própria geogra-fia impunha!" Entretanto, ape-sar de todos os embustes e vigi-lâncias da Gestapo, a "Damada Neve" continuava a agirsem ser molestada. Por quantotempo, ainda, era coisa que nin-guém' sabia; mas Ianna eracriatura que sabia aliar a pru-

dencia â audácia. Percy pedia-lhe, constantemente que nãoexibisse, assim, os retratos deRoosevelt e Churchill sobre oaparelho de rádio, mas a "Damada Neve" sorria, confiante.

Percy tinha grande admira-ção por Ianna, mas com umsentimento suplementar e mui-to pessoal. Fôra, quase, um casode "amor à primeira vista", e oidílio nascera em seguida. lan-na era uma mulher esguia, altae loura, de olhos sonhadores emeigos, desse tom azul perwen-che, raro e sedutor na Europa,mas que Percy estava acostu-mado a ver, em sua cidade natalde Kansas City. Entre dois cáli-ces de acquavit do país, êle lhecontava histórias de sua pátria,sobre os incidentes de sua basena Inglaterra, sobre os compa-nheiros de equipagem e dosquais se separara por ocasiãocia aterrisagem forçada. Cadaum trataria de encontrar sua"pista de evasão", afim de es-capar às malhas da Gestapo.Deviam estar, agora, em tallocal. . .

S-__5ES*

Finalmente, a manhã temida,da separação, surgiu. Iannaconduziu Percy ao barco de pes-ca, que atravessaria o Suncl.Dessas despedidas, Percy con-servava ainda penosa recorda-ção, quando, três dias mais tar-de, chegava a Londres.

Porém, na mesma noite desua partida de Copenhague,Ianna fechava a loja da Rand-ersgade. Durante dias e sema-nas, inutilmente, os visitantesbateram contra a cortina deaço. Muitos camaradas pro-curaram em vão aquele refúgio.Teria sido presa? Receiancloessa possibilidade todos trata-ram de evitar a casa da Damada Neve... embora não pucles-sem esquecer aquela boa e cora-josa amiga.

Seis meses depois, entretanto,tinha sido esquecida. As equi-pes já eram outras, tendo havi-do grandes baixas nas fileirasda "resistência. "Afinal, a Ges-tapo pudera realizar felizes di-ligências! Os antigos, que ti-nham conhecido e amado lan-na, *já não mais ali estavamTinham sido presos, fuziladosou deportados. Caso Ianna vol-tasse não mais encontraria seusamigos.

E, no entanto, certa noite,

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uma chave rodou na fechadurada loja da Randersgade. A"Dama da Neve" voltara. Ves-tia-se de preto, como se estives-se de luto. Não tinha mais oriso de outrora. Os olhos esta-

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Ano N? 6 — Novembro — 1949 55

DAMA DA NEVE

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g^ arroxeados, lavados pelas. &1 ta§, a fisionomia revelan-tpnl r"nento. Não era sua in-ficar muito tempo na-y\l ;?caií que tinha o cheiropr .J; lo- Vinha simplesmente

uma coisa pequenina,

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sob o soalho do seu estúdio.(Um microfone) . Depois sairianovamente, para não maisvoltar!

Entrou no salão, acendendo alâmpada elétrica. Duas pontasde "Camel" tinham ficado no

EU SEI TUDO

cinzeiro de cristal. Com gestocolérico, lançou o cinzeiro con-tra a parede.No mesmo momento, sentiuuma presença estranha atráscie si. Ao se voltar um medoterrível a assaltou, fazendo-aestremecer violentamente. Doishomens altos, sólidos, muito sé-rios, dois Dinamarqueses de ver-dade, estavam diante dela. Re-

pentinamente, Ianna respiroualiviada. Um deles balançavana ponta dos dedos uma meda-minha branca, representando aedelweiss. E os dois homensagora sorriam.Bom dia, Ianna Christian-sen — disse o que tinha a me-dalha. — Temos grande prazerem ve-la novamente. Há muitotempo que a esperávamos! Nadade grave?

A "Dama da Neve" num ins-tante recuperara o antigo sor-risso e a calma.Não. .. Tudo bem. Mas es-tou sendo procurada... Por issotenho que partir... agoramesmo.Preste-nos um último ser-viço, Ianna! Não pode recusar...Se fôr possível, natural-mente! De que se trata?

Os dois homens, calmos, fo-ram instalar-se no divam, e umdeles encheu o cachimbo combom fumo inglês. Depois deduas ou três baforadas, falou:Ianna Christiansen... Eu de-sejava, primeiro, contar uma pe-quenina história, que, tenho acerteza, você vai achar engra-graçada. Você se recorda dòchefe da Gestapo da Dinamar-ca, aquele que foi liquidado pornossos camaradas, há trêsmeses?

Quem? Petermann?Sim; Petermann ou Strim-berg... ou Kadikian... ou Levycomo preferir. Oh! Êle era far-to em atestados de nascimentoe carteiras de identidade! Vocêsabe, naturalmente, que, com aajuda de sua linda esposa, êleconseguiu dizimar nosso grupoVocê deve estar lembrada dês-ses rudes golpes, hein?Sim... Recordo, natural-mente!Está lembrada", também,daquele jovem norte-americano

que você mesma, certa manhã!mandou para a Suécia? Sim4?Pois bem! Quando êle chegou aLondres ficou surpreendido pornao encontrar seus companhei-ros. O "Intelligence-Service"também. E, por simples curió-sidade, perguntaram-lhe comofora "passado". Êle disse comotinha sido e citou... o seunome. Logo fizeram pesqui-zas..

E então?Então, Ianna Christiansenacontece que há gente muitoteimosa e essa gente decidiu es-

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EU SEI TUDO 56 Ano X» 6 — Novembro «349

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DOIS EXTREMOS — Â esquerda, Vera Hruba, de vinte e três anos, famosapatinadora tcheca, que pôde regressar aos Estados Unidos, depois de estaralguns dias no Canadá. Trata-se de uma estrangeira que permanecera nosEstados Unidos todo o tempo permitido aos turistas. Porém, agora, volta deuma vez por todas aos Estados Unidos, depois que 2.500 rapazes norte-àmeri-canos lhe ofereceram casamento a fim de que pudesse legalizar sua situaçãoe livrar-se da expulsão. Vera Hruba, afinal, aceitou um dos dois mil e qui-nhentos candidatos. Ã direita, a sra. Rose Runiclty, de 93 anos e viúva. Xas-cida na Irlanda, vivia desde há muitos anos nos Estados Unidos, em San Fran-cisco. Agora pediu naturalização norte-americana, que lhe foi concedida. Vejamo sorriso de satisfação da nonagenária, ao ouvir a decisão favorável a seu pedido

clarecer tudo o que ocorrera.E o resultado foi que acabaramdescobrindo que a "Dama daNeve" se chamava, na realida-de, Mme. Petermann.Ianna riu estrepitosamente, re-

costando-se em sua poltrona edepois, disse, alegremente:

— Engraçadissimo!

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¦ESPERANÇA NO FUTURO — A poseque o escultor inglês A tri Brown deuà estátua do Mahatma Gandhi, recém-terminada em .Londres, é aquela pelaqual o grande chefe indiano tinha ocostume de exprimir sua esperançano futuro. Em suma, um gesto aná-logo ao "V" ocidental, exprimindoconfiança na vitória e que Mr. Wins-

tan Churchill tornou famoso

Não é mesmo? Em todocaso, Ianna Christiansen. . . OuMitsi Petermann... como pre-ferir... Não tente se aproximardessa valise! Sei atirar atravésdo bolso do meu sobretudo. Enas "feiras", costumo espatifar"cachimbos" a trinta metros!

Ianna Christiansen não tinhamedo, agora. De resto depoisda morte de Petermann.. . Queimportava a morte? Terminaraa: representação. O Reich, aPátria, a Grande Europa, tudoisso não passava de palavras EPetermann morrera!

Agi como Alemã. Os se-nhores são meus inimigos. Nadamais tenho a dizer!De acordo. Só uma coisacensuro no seu papel, Ianna Ch-ristiansen; foi o ter fingidoamar todos os nossos compa-nheiros. Tratou-os com cari-nho... Todos eles a amaram de-veras. E morreram, pronunciamdo o seu nome. E' esse último

pensamento, deles, que censuroQuanto ao resto, tem toda a ra-zao. Somos inimigos...

O Dinarmarquês se levantouSem que seu rosto exprimissequalquer emoção, empunhou orevolver. Seis vezes disparou aarma, seguidamente, como numso jato... Depois, passando sô-bre o corpo de Mitsi Petermannapanhou os retratos de Roose-velt e Churchill.

Não ficariam bem,.. aqui,

com ela! — explicou ao e a„rada.E guardou-os no bolso d ;o-bretudo, antes de sair

re-Um mês mais tarde, Percformado em razão de seusmentos, passeava em KaCity. Uma mulher moça, :ae de olhos do mais beloazul-per venche cruzou porem plena rua. Era a rep:ção quase fiel dá Ianna/

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Mas de Ianna, já agora, êle co-nhecia a verdadeira história!Sabia que não fôra poupadoamor'. Tivera, apenas, a sortede pertencer à "via de fugade Ianna. Esta, nunca sacrifi-cava os fugitivos que procura-vam sua proteção. Eles eram asua salvaguarda e sua fonte deinformações. Sem eles perderiaa confiança dos "resistentes" enão mais teria pistas para ai-cançar outras vítimas. Quandohavia necessidade, chegava a si-mular amor. Tal fôra^ simples-mente, o caso de Percy.

A silhueta era agradável. Per-cy encetou a "perseguição" dádona dos olhos da côr azul-per-venche. Era, realmente, o seutipo. Mas, ao fim de dez me-tros, parou. E depois de refletire de cocar vagarosamente anuca, fez meia-volta, caminhai!-do em sentido contrário.

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O PODER DA PROPAGANDA Katerra dos dólares a propaganda -PTÍ1valor inestimável. Eis que uma íá-briea de "aspiradores" de pó decidiaconstruir esse aparelho (o maior domundo) que é exibido um pouco cmtoda parte, nos "halls" de hotéis, nasestações de estrada de ferro, em P»5"seatas através das cidades, etc. E fon-ciona, igualzinho, como o do tipo

comum, que se vê ao lado

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Ano N9 6 — Novembro 1949 57

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EU SEI TUDO

0- ifltu-, K-"* VISÕES DO "KNOCK-OUT"

'fi'xi'

Por WILLY MEISL

:na pancada, assestacia exa-nente no extremo lateral dqdlar, é a mais segura narco-para um espaço de tempo deo a quinze segundos.m bom narcotizador é rarís-i; mna boa pancada na pon-'o queixo é ainda mais rara's se encontrou, até hoje, umalicação satisfatória para oivo pelo qual êsse golpe temefeito "anestesiante", der--indo o adversário como umaore decepada pelo machado'iui to menos explicável é oranho fato do lutador, atin-

por êsse golpe, poder le-:ar-se ao fim de poucos se-aclos, um tanto "amolecido"certo, porém sem experi-ntar dores, nem distúrbios deJquer espécie. O homeni secontrava sem sentidos, comocotizado, adormecido; repen-lamente desperta e' semi-rdoado, pergunta onde secontra e o que ocorreu.

Todos nós, temos presenciadonos encontros de boxe (ao me-através do cinema) umacena assim: o lutador alcançadoamente no queixo (o que osadores chamam 'lno ponto")golpe que o deixa knock-torna a levantar-se, depoisjuiz contar os segundos re-iamentares, atacando o ad-ano e querendo a todo tran-se prosseguir na luta.multidão prorrompe em gri-:íe protesto, em vaias ensur-•doras, contra esse procedi-to incorreto, vendo-se juizixiliares em sérios apurosapaziguar os ânimos den-do próprio ring. Porém oem não procede dessa for-tem porque tenha perdidozo nem porque desconheça- egras do esporte ou, sim-aente, procure infringi-las

por insubordinação! Tudo temuma só causa: o vencido nãocompreende a situação em que seencontra, e ignora o que ocorreuenquanto se encontrava "knock-out". Foi. simplesmente, venci-do pelo sono quando lutavavigorosamente e despertando,pouco depois, sem saber que es-tivera dormindo por pouco maisde dez segundos. Recorda-se dehaver tombado na lona, poisque tivera que se erguer; porémisso não pode ter importância!Nem está ferido. Nada lhe dóe!Como pode ter perdido a luta?Não! Náo podem fazer isso. ..Deixem-no a lutar que mostra-rá de quanto é capaz! Que seaproxime o adversário!. . .

O que estamos narrando pa-recerá a muitos inverossímil...Pelo menos assim pensarãoaqueles que nunca foram trans-portados para o país do irreal...por meio de um bom soco naponta do queixo

Mas cuidaremos de esclarecero fato, citando alguns testemu-nhos competentes:

No início de sua extraordina-ria carreira, Jack Dempsey teveque enfrentar o temível Gun-boat-Smith.

O adversário era homem po-derosamente armado de mús-culos; grandalhão, ferocissimo,terrível ! No primeiro roundDempsey se viu atingido por um.golpe tão formidável... "noponto", que a luta pareceu ter-minar ali mesmo.

Porém Dempsey voltou a le-vantar-se, vencendo' todos osdemais rounds e ganhando aluta por pontos. Mais tarde, noseu "camarim" permaneceu sen-tado em um canto, silencioso eabatido. Quando seu "mana-ger" se aproximou, batendo-

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«Toe I,.* '«is, o maior campeão de todos os tempos (que renunciou ao titulo, por nao encontrar um contendor à altura),verdadeiro ?'massacre" nos nnffs; Derrubou várias dezenas de adversários, enviando-os para o "país dos sonhos".

«grantes acima três fases do "knoek-out" com quc o "Bombardeador de Detroit" demoliu o colossal Abe SimmoiL

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EU SEI TUDO

lhe às costas, carinhosamente,êle falou, com voz entristecida:

— Não te zangues, velho, poreu ter perdido. Mas aquele ani-mal tem um soco devastador.

E foi difícil convencê-lo deque continuara lutando e queacabara vencendo a luta.

Pelo que se verifica, pareceser mais fácil "meter" qualquercoisa na cabeça de alguém... apancada, do que "arrancar" damesma, essa impressão.

Prova disso nos traz outro lu-tador, o "peso leve" inglês, JimWilliams. Este, em sua lutacom Johny Summers, logo noinício do segundo round recebeuforte pancada na ponta do quei-xo, ficando k?iock-out. Mas rea-giu depressa, apertou a mãode seu contricante, felicitando-o e retirou-se com alguns ami-gos para um restaurante pró-ximo.

No meio da palestra, repenti-namente, consultou o relógio ese levantou, gritando: "Chegareiatrasado!"

E, tendo falado, levantou-se,empunhando a valise e saiu emdesabalada corrida, seguido comesforço por seus mais serenoscompanheiros de mesa. Che-gado à presença do promotorda luta (Harry Jacobs) pergun-tou, arquejante: "Então Harry?Já está na hora, hein?

Foi preciso longo tempo parafazer o lutador compreenderque fazia uma hora que a lutaterminara. E muito provável-.mente não teria acreditado, atéhoje, se Jacobs não lhe tivesse*••* ******

5S 33<? Ano — N'.' 6 — Novembro 1949

¦¦MIBH___HMIWiHHI__M_M

SKELETON E SKELTON. — Apronúncia é quase exatamente a mes-ma, sendo, na primeira, o segundo"e" muito ligeiramente pronunciado.Skeleton significa "esqueleto" (em in-glês) e Skelton (Red Skelton) é onome do famoso comediante da Metro,que acima é visto assustadíssimo com

o vizinho. . .

____

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PARA DEFENDER O PÉ... E A META— Novo protetor de matéria plásticapara proteger os dedos, nos sapatosabertos na biqueira; serve tambémpara protegei* a meia do atrito dasunhas (quando colocado por dentroda mesma) e para proteger a meia.naquele estilo de sapatos, contra alama e a chuva (quando colocado

sobre a mesma)

**********

dado. ali mesmo, o dinheiro quelhe correspondia.

Outro exemplo, ainda maisclássico, é o episódio narradopelo "peso mosca" Henrick, que,deixando Nova York, viajoupara o norte da Inglaterra, afimde cumprir um contrato de luta.Sobre o assunto diz o próprioHenrick:

— "No segundo round, umterrível soco, que recebi na pon-ta do maxilar, jogou-me à lo-na, permaneci groggy apoiadosobre um joelho, esperei o juizcontar até nove, então reen-cetei a luta"."Depois desse golpe, meu ad-versario não logrou mais acer-tar uma vez sequer no mesmoponto. Tudo isso sei — é claro— por referência dos meus au-xihares, pois eu próprio nãoconservo qualquer lembrança daluta, com exceção do últimoround".

"No intervalo, antes deste,tive a sensação de despertar deum profundíssimo sono; emmeu cérebro ouvia gemer har-mônicas e os ouvidos estavamcheios de guinchos e silvos in-toleráveis... como costumamprovocar os golpes na ponta doqueixo; isto significava, pois,que eu acabara de receber um.Lentamente me reclinei em meu"corner", no "ring" e como umrelâmpago meu cérebro foi atra-vessado por uma idéia: ''Ondeestou?" "Com quem estou lutan-do?" — perguntei a meus auxi-liares que me fitavam conster-nados. .. —- "Que tens? — per-guntaram-me, atônitos" E de-pois, procurando encorajar-me:"Continua a fazer corno atéagora... Já tens a vitória ga-

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rantida!. . . Porém eu, fue indignado com o que peiser um gracejo zombeteiro,íei: "Que, demônios está atecendo?" Isto porque, nadade, nada compreendia d<ocorria em meu redor...bia apenas que tomara oem York: o resto fora totalrte esquecido.

Meu primeiro ajudante excmou: "Vamos! Anda d'aí, qluta recomeçou".Soara o gonga Levantei-r

caminhei até o centro do "ricumprimentando meu adveirio e apertando-lhe as nacomo se o visse pela primovez. Ao terminar o "roumeus auxiliares disseram quenão boxeára tão bem como"rounds" anteriores. A lutaconsiderada empatada. Porénmuito mais que a decisãojurados e do juiz. interessavame saber porque lutara melnos nove primeiros "roünds"que no último; e, ainda, por-que não recordava qualquer de-talhe dos primeiros. . . coisa queaté hoje continua sendomistério para mim".

Outro capítulo aparte é for-mado pelas extranhas fantasiasque se apoderam dos boxeado-res atingidos por êsse golpe."7zo ponto". Assim por exemplo.quando Young Lawrence foivencido por Jack Sheppard,contou, depois, a um amigo, quedurante o tempo em que esti-vera no solo, enquanto o juizcontava os segundos, sonhouque do meio do "ring" surgiaenorme árvore, em cujos ramoshaviam ninhos de passarinhos,entoando melodias conhecidissi-mas das orquestras de "jazz".

Franklin Sullivan foi a knocout em seu encontro com An-thonny Downey e contou, de-pois, que se vira a caminho docéu, e no exato instante em quediscutia com alguém, que lhevedara a passagem, chegou seumanager Dan Morgan, que, pormeio de uma escada de corda,trouxe-o de novo para o centrodo "ring".

O mistério desse golpe arra-sador, que põe o lutador "knoek-out" e desferido contra o êxtrê-mo lateral do queixo, tem con-seqüências tão variadas qtieainda não pôde ser inteiramen-te decifrado até hoje. Tanto osprofissionais quanto os medi-cos têm apresentado teorias semconta, procurando explica-lo.porém todos confessam que oque há de seguro sobre o assim-to é que ninguém pode dizer,com absoluta certeza, a raza0desses distúrbios.

V.

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]sj9 6 — Novembro — 1949 59 EU SEI TUDO

SOU EU—— s í. ulpa e desse médico teimoso come-

cou William. - kssc homem que não chamare-mos mais Jellicoe e sim Runciman. Tanto faloutanto insistiu, dizendo ser indispensável trocar-mos um pouco de ar. Confesso que não possomais aturar tanta ranzinzice! Por isso resolvifazer uma viagem de recreio e convidar todosVOCés. . .

Explicou o itinerário e a duração do cruzeiroEva, encantada, saltou da poltrona e foi beiiar

clemoradamente o tio; seu tio era "nm amor"ela e Luke agradeciam de todo o coração

Luke era assini mesmo. Tinha o hábito dedeixar a mulher falar por êle. Afirmou que nãopoderia ser mais agradável para êle do que essepasseio em companhia dos parentes. Terminoujuntando seus agradecimentos aos de Eva

Jim, por sua vez, pareceu estupefato. Disse quetio William era realmente um homem muito bomTerminou afirmando "nem saber como agradecertanta generosidade.. A'

O que fico pensando — disse Luke — é sepodemos deixar assim, todos de uma vez ausina... '

Creio que sim — disse Mant, que eu tomaraaté então, parte na conversa. — Os serviços cor-reram peifeitamente enquanto estivemos todosacamados... Beecher trabalhou muito bem E'pessoa capaz e dedicado ao serviço.

Neste caso — disse William/-- Só nos restaobter o consentimento de Jellicoe.- Runciman! — corrigiu Jim. piscando umolho. Pode estar descansado, meu tio. Kathe-rine se encarregará de convencer o doutorzinho'Na terça-feira seguinte, William devia assistirem Londres, ao almoço anual de uma associaçãoüe fabricantes de aparelhos de eletricidade. Jel-liçoe logo se interpoz, proibindo ao ancião fazeraquela viagem desacompanhado. Foi resolvido

ASSASSINORomance de FREEMAN WILLS CROFTS í

È

RESUMO DA PARTE JA' PUBLICADAWi ham Carrington, velho industrial, de uma família de trádiciò-nais comerciantes ingleses, vive em companhia de sua sobrinha Ka-nem Shirley na mansão de Grey House. Com cie na fábrica tra-uni outro sobrinho, Jim Musgrave, bom rapaz embora um

, 'l n' "'diferente em matéria de serviço, o que vem a causarligeiros aborrecimentos a William. Além deles há ainda Eva, irmã"e Jim, casada com Luke Dugdale, e, ainda, outro sobrinho, um

^usuaiiano filho de um irmão de William, já falecido e com oym

° 1 ustnal brigara muitos anos antes, tendo aquele ficado

\Viímeta ,H* fortuna paterna c residindo ua Austrália, enquantoy iíãrt}- fl^'ni da outra metade da fortuna, ficara com a fábrica' •' «erra. William, que sempre gozara excelente saúde, mos-y^ homem alegre, repentinamente é atacado por mal miste-v-„z' me rouba a vivacidade c o sorriso. Sua sobrinha,<Je jCr chama um médico, dr. Jellicoe. e este nada encontraabi ]''

e? ¦'^*am' aconselhando-o apenas a repousar, viajando,do p0r al^u™ tempo o trabalho na fábrica. Ao contráriorebo > esPcrava, William recusa atender, mas finalmente resolveaj-llsar' mas para tanto, em vez de entregar a chefia da fábricaquem k"1'}'1 • chamar na Austrália seu outro sobrinho. Mant, comSl.r c herine e toda a família logo aritipatizam, em virtude deGrev R

°a autont;ma e ciue logo assume ares de dono-de-tudo cm0u ym ° e- imediatamente entre êle e Jim surgem desavenças maisesta

tn craves, cjue aborrecem infinitamente Katherine até quefefõcí K?r?e^ • ccrta noitc< no olhar de Jim uma expressão defer j(C V]C jamais suspeitara em seu primo. Isso depois de estetemen lsÇussão^com Mant a respeito de serviço. Preocupada elhe íY^

° í>10r* Katherine resolve visitar Mant na fábrica, paraxas tentar apaziguar os ânimos. Mant revela todas as quei-apesa r - • contra Jim, afirmando porém não lhe ter rancor,quilà' K n in^e'ic:1dezas que dele sempre recebera. Mais tran-^n aco pn'K' se rct,ra> e encontrando-se com Jim procura tam-cebe an?8 t a aglr m°dcradamente e vai visitar Eva, que a re-,nas KatlCSSa lm5ntc' alegando ter um encontro numa recepção;igua] -\ "!eI-vê na gaveta de sua mesa de toilette uma Japiseira. . .distribuir' íant- Na noite do jantar, chegam todos e depois dasobrinhos l°\Yrír prescntes> cm atenção a um velho costume dostar. 'per ' , íam agradece e convida todos para o início do jan-t,,) vinho ' -êste' estando todos mais ou menos alegres em razão

gerido, repentinamente são atacados de náuseas, vio-

que Katherine acompanharia eles e que, nessaocasião, tratariam de comprar as passagens e es-colher as cabines. Katherine, por sua vez, apro-veitana para fazer suas compras pessoais, indis-pensaveis para a viagem.

Assim, na manhã seguinte, ficou espreitando asaiüa de Jellicoe, depois de sua entrevista comWilliam.Não tive a coragem de recusar — disse o mé-dico — Nao preciso dizer, entretanto, quanto oconvite me satisfez e... como sou grato a MrCarngton.

-- Tio William! — corrigiu Katherine.Ele sorriu antes da resposta:ir~ Isf°.talvez fôsse exagero de minha parte.Ele poderia nao gostar da intimidade.Tio William — insistiu inexoravelmente Ka-therine.

Tio William... Seja assim. Mas direi a êleque a responsabilidade é toda sua.Dois dias mais tarde, Katherine foi a Londrescom William. Quando voltou do almoço referidoo ancião tratou de se instalar num saláo do hotel'Cuidado, meu tio. Runciman disse que o se-nhor devia repousar enquanto eu fizesse as eom-pras; nao deve sair, pois que já se cansou bas-tante esta manhã.

Não sairei, realmente —- disse êle -— masgostaria de ir visitar o velho Hamilton, mais tar-de. Mas, com certeza, esperarei você voltar, parame acompanhar.

ótimo. E então veremos como estará pas-sando — disse ela.Antes de sair dispôz os livros, jornaes e charu-tos, tudo ao alcance do seu tio, estirado numcanapé.

lentas e dores fortíssimas. Katherine, uma das vítimas, antes deperder os sentidos, pede às criadas que chamem o dr'. JellicoeÊste chega com dois colegas e enfermeiras. William e Mant são osmais graves, embora todos sofram terrivelmente. Aconselhado porseus dois colegas, embora desejasse impedir esse ato extremo, Jel-hcoe tem que dar aviso à polícia, pois pelo exame a que rápida-mente procedem, no próprio consultório de Jellicoe, verificam quetoda a família fora envenenada com arsênico. O inspetor Kirbyde Scotland Yard, é o encarregado do inquérito, e mal chegado'depois de conferenciar com os três médicos, interroga Mrs. Fischer!que ajudara a fazer o jantar.

Felizmente tudo ocorrera quando ainda não tinham lavado alouça, o que ajudaria as pesquisas técnicas. As criadas tinhamcomido e bebido o mesmo que os patrões, salvo o café, que a pró-pria. Sara fizera, responsabilisando-se por sua "pureza". Kirby, po-rém estava convencido de que o. veículo do veneno fora o

'café.Cabia-lhe descobrir quem deitara o veneno e de que modo. O exa-me revela que as dejeções dos intoxicados contêm veneno, mas quenem no fundo das xícaras, nem sequer no leite fora encontradoqualquer indício do veneno. Cuidadosamente Jellicoe revela aKatherine a situação em que as coisas se encontravam, o que lança ainfeliz em grande acabrunhamento. Responde porém ao interroga-tório, descrevendo fielmente o que ocorrera na noite do jantar, achagada dos convidados, etc. No intimo sentia verdadeiro pavor,'te-mendo que fosse revelado pela polícia o crime de algum parente,{de Jim, por exemplo!) Kirby se mostra interessado por uma latade "arsênico"

próprio para matar parasitas das plantas e que en-contraia num pavilhão aberto a quem o quizesse visitar. Quer sa-ber ainda a quem pertence um vidro de medicamento para olhoscontendo eserina e que, sendo veneno, fora encontrado nas dejeçõesentre os diferences membros da família. Jellicoe revela que alguémdeitara no copo de Mant, alem do asênico também e eserina, masque o arsênico fazendo-o vomitar, afinal salvára-lhe a vida. Nesseiritevalo Runciman Jellicoe pede Katherine em casamento, ficandoela de dar resposta mais tarde, pois não deseja ficar noiva "antesde ser esclarecida a situação provocada pelo envenenamento". Es-tando já todos convalescentes William resolve afinal ouvir os con-sei hos médicos e realisar uma viagem de repouso. Havendo um "cru-zeiro" marítimo anunciado para o Mediterrâneo, William decidefazer parte do mesmo e convida para essa viagem todos os seussobrinhos... e mais o médico, o que causa grande alegria a Ka-therine.

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As compras prenderam Katherine mais tempo ,do que previra; eram mais de seis horas, quandovoltou ao hotel; com certeza, muito tarde parair visitar o Sr. Hamilton — pensou ela. — Seutio esperaria para o dia seguinte.

Porém quando ela chegou ao salão, William nãofez qualquer alusão a essa visita; outro assuntoo absorvia e o interesse que a êle dedicava, res-tituiu toda a animação de outróra:

Passei uma tarde muito agradável — anun-ciou êle. — Como me aborrecia, pensei em ir atéCunn e organisár tudo, mas logo imaginei quevocê faria uma cena terrível, se eu saisse assimsósinho. Por isso telefonei solicitando que meenviassem um empregado com todas as informa-ções referentes a esse cruzeiro. Êle aqui esteveaproximadamente uma hora comigo e tudo ficoubem combinado; as passagens estão compradas eas cabine escolhidas!

Mas é magnífico, tio William!Sim... Mas há um espinho na roseira...

Vários mesmo! Não teremos os lugares conformeem desejaria; o navio já está quase inteiramentevencido. Por isso tive que ser egoísta e tomeipara mim a melhor cabine.

Não vejo quem teria mais direito do que osenhor! — disse Katherine, rindo. — Mas querosaber tudo como foi...

Aluguei uma cabine de um leito e duas dedois leitos, seguidas, no tombadilho B; foi por ummaravilhoso acaso que pude obtê-las; tinham sidoseparadas, há uma semana, por um grupo de cin-co pessoas... Estas, porém, escreveram, esta ma-nhã, informando que não poderiam viajar pormotivos de força maior. Infelizmente, minha sor-te não foi além; não restavam mais cabine de umsó lugar para você mesma e para Jellicoe; terãoque viajar com outras pessoas; consegui úm lu-gar para você, numa cabine com dois leitos, notombadilho externo "A" e outra, para Jelicoe, emuma cabine também com dois leitos, interna, masainda no tombadilho;"A". Lamentei bastante nãoconseguir coisa melhor, Katherine; porém foi detodo impossível.

Mas estarei muito bem assim mesmo, mentio !

Ficarei, portanto, com a cabine de um soleito; uma das de dois leitos será para Eva eLuke e a outra para Mant e Jim; tenho cá umaligeira dúvida... Receio que aqueles dois não sedêem lá muito bem, numa só cabine!

Katherine também temia essa combinação, que,por si, jamais teria escolhido; mas, dado que nãohavia outro meio... Além do mais, depois que ti-nham estado doente, Jim e Mant pareciam seentender melhor, talvez que, ao contrário, des-cobrissem suas qualidades recíprocas, nessa pro-miscuidade forçada.. . A viagem quem sabe? aca-baria fazendo deles dois amigos. Quanto a parti-lhar sua cabine com uma desconhecida, era umdetalhe sern importância; nada poderia importarrealmente, quando outro fato surgia, dominanteem seu pensamento. Ela passaria sete semanascom Runciman!

De retorno a Bromsley, William reuniu seusconvidados para comunicar a todos os detalhesda viagem, segundo tinham sido tomadas por êlepróprio; todos confessaram seu inteiro agrado.

O tempo decorrido até o dia do embarque foivelocíssimo, cada qual tratando dos últimos ar-banjos e compras para a longa travessia maríti-ma; o preparo do "guarda-roupa", dava a Kathe-rine muita ocupação, ativa e alegre, ela voltava aser o que sempre fôra. Os demais membros dafamília apresentavam os mesmos sintomas dealegria e melhoria de saúde. Principalmente tioWilliam, que parecia melhor não apenas física-mente, porém mais ainda na disposição e tra-tamento dos que o cercavam, fosse parentes ou

servidores; menos pálido, agora, voltava a semostrar enérgico como nos seus melhores tempos— Depois que se retirou dos negócios andou um

certo tempo tristonho — disse Jellicoe a Kathe-rine. - Agora pensa no cruzeiro e não tem tempopara se aborrecer... E' uma verdadeira ressur-reicão.

Enfim, amanheceu o grande dia. Os passagei-ros deviam estar a bordo, em Glasgow, antes desete horas da noite; um trem deixaria Birming-liam ao meio dia, devendo estar em Glasgow àsGh. 25. William confiara a Jim o cuidado de com-prar as passagens e providenciar relativamenteaos passaportes; Luke era o responsável pelasbagagens. Como eram sete a viajar juntos, aCompanhia reservára-lhes um compartimento'deprimeira classe, porém Katherine achando quesete pessoas não poderiam estar confortáveis numcompartimento de seis lugares, foram se insta-lar em outro local.

Um sói pálido e feio iluminou a manhã, duran-te a travessia de Birmingham a Glasgow, quandocruzavam as colinas do Westmorland, o céu secobriu e a chegada a Carlisle foi feita debaixo dechuva. O vento também se levantara agressivo;em Glasgow chegou a soprar com violência, comfortes pancadas d-água-'. Com esse tempo, poucoimportava que embarcassem â noite; qualquerhora que fosse era impossível avistar o belo pa-norama de Fir th.

Se Katherine fosse supersticiosa, teria recebidoessa tempestade como um máu preságio. Não íoiassim, embora ela previsse desde agora um iníciode viagem desagradável, com o céu escuro, o marbravio, o navio dançando fortemente e ela pró-pria enjoando. .. ,

Oh! Que felicidade poder deixar esta terradesolada! — exclamou Eva, interrompendo os de-vaneios de sua prima.

Essas palavras confortaram Katherine; Eva re-cebia tudo cie bom humor. Depois de alguns mo-mentos desagradáveis, sob forte chuva, todo ogrupo, galgando a escada de bordo, penetrou no"Patrícia" por um dos seus flanços. Junto do es-critório, da saleta onde se detiveram os passagei-ros, oficiais verificaram passagens e passaportes;em seguida, seguiram todos por um corredor cujocomprimento impressinou

* Katherine durante

todo o cruzeiro. Extenclia-se, horizontalmente, deuma ponta a outra do navio; a altura do seu tetovariava ligeiramente segundo a curvatura dostombádilhos. Outros corredores cortavam assimo navio, quase de lado a lado. Os passageiros ío-ram então separados e os "steward" conduzi-ram todos eles a suas respectivas cabines. A deKatherine era a cie número 60-A, cabine de doisleitos, situada no tombadilho "A?!, de bomborcio.A "stewardess" era uma senhora de meia-idade,rosto bondoso, enérgica e cujo sotaque revelavasua origem escossêsa.

Boa noite, miss — disse ela. — E' Miss Siur-ley, não é mesmo? Aqui está o seu leito.

Designou que ficava â direita da escotilha e or-nada com bela cortina.

A Sra. Ingram, que ocupará o outro leito,arrumou ainda há pouco os seus pertences. Eurna senhora irlandesa, irlandesa do norte, mui-to amável.

Katherine viu dois robes de grande luxo pen-durados nos armários laterais e, sob o leito, um*valise e numerosos pares de sapatos, timinstante, o coração de Katherine se so-bressaltou a idéia da intimidade em que pas-saria a viver durante algumas semanas comuma desconhecida. Porém Mrs. Buchanan -era esse o nome da steioardess — afirmava sei

¦'n......M,.jJ".i'm;ii.iu..u'.«l» rrÉíj'«>w.wu,jwi'j.i!!!^'uyiiawajsssssí-,r7rsi5E';

S3<? Ano — N? G — Novembro 194 9

as duas mulheresque rondava pelasseu encontro, cil-

ela excelente pessoa e o fato de ter tudo assimbem arrumado, revelava ser, de fato pessoa o?denada e educada. ' *Jessoa °r~Mal Katherine terminara de lavar as mãos asineta do jantar fez a chamada. Poucodepoisbateram a porta: era Mrs. Ingram. Alta olhosinteligentes, cabeleira grisalha, sorriu para Katherine e foi como uma luz que tivesse sido act"sa em seu rosto grave. Katherine sentiu iml-diatamentc que gostaria de ter aquela criatnrncomo companheira de cabine cnatura_ Miss Shirley? _ perguntou a rècem-chegadacom voz agradável. — Sou Mrs. Ingram hCmos partilhar esta cabine. Que tempo ho'rrorosõtemos esta noite! iU1,Jõ0Katherine concordou e repetiu a frase cie Fvn •_ Consola, ao menos,, saber que vamos embusca de horizontes mais clementes'

Realmente Este mês não c agradável naInglaterra. Viaja só ou faz parte de aletl"TUDO? aioulli

lente*?™ *"** ^ ^ gTl'P°: SOmos sete' • ¦ P»~Oh! Tem sorte. Eu faço a viagem só Masja conquistei uma amiga, uma simpática e gentilCanadense. Jantaremos juntas. Conhece a mesaque lhe foi reservada?Oh não! Deixo aos homens esses cuidadosIsso evita muito transtorno.

Mrs. Ingram concordou, edeixaram a cabine. Jellicoe,proximidades, caminhou aozendo: ¦ •

Vem, Katherine. Mostrarei a você a sala dejantar. Parece que não podemos sentar onde de-sejanamos, pelo menos esta noite. Amanhã se-gundo parece, teremos lugares definitivosPermita-me apresentar o Dr Jellicoe — dis-se Kaihcrme. — Minha companheira de cabine,Mrs. Ingram.Sempre palestrando, Jellicoe acompanhou-asate a escadaria principal, que dava acesso aotombadilho "C", que era o do nível do salão dejantar. Desceram e logo se apossaram de umamesa de quatro lugares, junto da porta.Nao quer pedir a sua nova amiga para virnosi íazer companhia, esta noite? — perguntouKatherine.

. Ws. Ingram respondeu que isso seria magní-tico e nao tardou a trazer a Canadense, Jellicoese mostrou amabilíssimo, mas lançava olhares deinveja para uma pequena mesa, com dois servi-Ços e colocada num dos cantos da sala. Kathe-nne notou que havia quatro mesas assim e deci-aiu que. se fosse humanamente possível, adotariauma delas.A refeição era excelente e bem servida; a Cana-uense era alegre e gentil, Mrs. Ingram pareciaei muito viajada, tornando-se companheira en-

^nui.ciora. Katherine se felicitou por ter uma tal-natura como companheira de cabine. Tudo, afi-UtU> se anunciava adoravelmente.Em um dos salões do tombadilho "A", onde se

nnnlram os convidados de William Carrington,luicos notaram que o navio deixara o porto: ai-rant 1UiKlos abafad°s, uma ligeira vibração du-naveo-nalguns segundos; foi tudo. Para saber serlp=?fiPlvam' era Preciso sair fora e ver o lento^uar das luzes da margem.

feperr V?Z deitada< Katherine ficou várias horassa vhcv! pensava cm tudo o que esperava des-fteohP^v" ° retôrno de toda a familia à saúde;fecimpvif laçao do Mant e cle Jim* ° total restabe-anos se CJe seu tio> tal como era antes, naquelesveis riin11 história e sem incidentes desagrada-iante os quais ela dirigira a casa. .. Acima

61EU SEI TUDO

Runcim°ánV^-r QUaSe dois meses ao lado dea aSn„ l deseJava que nada viesse perturbartivaeS^»6 ,?tatÍCÃ com a <&& essa perspec-rn.nJ ,-u? alma • Começava a ter sono eSS*^ foi despertada pe&ar-'Itaota o S'°C?a matinaL Vogavam emPieno mai, o Patrícia" jogava ligeiramente.

traz ^míliT >lUe-te^amos também deixado paraSam com o ^r1^6"113,0 f Cossês> ~ disse ^rs.¦uibiam com o seu encantador sorriso

tsrtJrFí senhora — disse a stewardess — agoraSa5 teSP0'

•' ÍrlandêS- • • Chuva «» no^e-

dentpP°ÍS omn!p^C°-1Clu-ÍU,Mrs* Ingram, sorri-assuhto~n ^Íh°-r I nao faIai-mos mais nesseassunto. O mar ainda está forte1?~~

Hnn?°Uq,Snh0 aSitad°- Quase nada...naveXVv rtiX Dlz,lsso Porque está habituada avalerá a S ?"alqaer mar- Estou pensando se\aieia a pena levantar e sair do quarto ¦Katherine não receiava o "eniôo" e nor issoyestm.se e subiu para o tombadilho. O tempo erafeio, mas isso nao lhe importava muito. O ventosempre forte trazia a chuva com violência con-tra as janelas dos "roufs". Ondas imensas se er--'™«f* chumbo; o ar estava saütra-nin ^-Visibilidade era péssima. Durante todo ot cr^lftlPP^P** terra; ao cair da n°i"pára trt? nlmh& Í6iXad0 també™ a IrlandaLand*s End seguinte ultrapassara

A partir da baia de Biscaia, o tempo melhorou-mePridionarb0 Finisterra> foi a do?ura do cltoá

Durante esse período de máu tempo, Kathe-rme, sem estar exatamente doente, não se sen-uira a vontade. Passava a maior parte do tempono tombadilho, envolvida em cobertores, abriga-da pela parede do salão do tombadilho "A" pe-dindo aos stewards que lhe levassem alimentosleves.Porem, quando o sol apareceu, quando o márse mostrou calmo, nada, fisicamente ou moral-mente, veiu estragar sua alegria. A cabine eraconfortável, a companhia encantadora, os demaispassageiros eram amáveis e, principalmente ti-nha Runciman Jellicoe a seu lado! O pesadelo doenvenenamento desaparecia; Katherine se sentiacada dia melhor e a vida a bordo toda do seuagrado. Tendo sido, sempre madrugadôra, des-cobriu que a melhor hora para passear era antesdo pequeno-almoço. Mais tarde o tombadilhoficava entulhado de cadeiras, espreguiçadeirasetc., enquanto que cedo, muito cedo mesmo ha-via pouca gente. Depois de primeiro almoço'gos-

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EU SEI TUDO

tava de ir ler os telegramas afixados junto daescada que dava acesso ao salão "A"; lia um pou-co, tomando parte em diferentes jogos. Passavaa hora seguinte ao almoço estendida numa chai-se-longue, tagarelando, lendo ou simplesmentesonhando. O chá punha um ponto final nessefarniente; a bordo recrudesciam os jogos, até omomento de se preparar para o jantar, sendo o"bridge" de um grande recurso. Depois do jantar,voltava-se a jogar "bridge" para "matar o tem-po". As vezes havia alguma conferência, um bai-le ou as duas coisas, para atender ao gosto decada um.

Finalmente, houve a primeira emoção do cru-zeiro; na terça-feira, pela manhã, chegando aotombadilho, Katherine viu que estavam no ves-tuário de Cadiz. Ficou contentíssima ao pensarque pisara solo espanhol; pela primeira vez des-ceriam a terra, numa excursão. Pela manhã, se-gundo o "programa", percorreriam essa linda ci-dade. Um país estrangeiro! Seria um deliciosopasseio, principalmente fazendo-o em companhiade Runciman!

Decididamente, essa viagem era um êxito com-pleto !

CAPÍTULO X

Intermezzo — Apresentação do "Patrícia"

Uma noite em Cadiz! Enquanto Katherine bo-cejava sobre um livro que levara para o tomba-dilho, tentando se persuadir de que ainda não erahora de se vestir para jantar, uma atividade fe-bril reinava sobre todo o navio.

Os servidores das cabines, escovavam e prepa-ravam as roupas de soirée, conduziam baldes deágua quente para cabines que só possuíam águacorrente fria, esforçando-se por resolver o pro-blema quotidiano de fornecer em tempo razoávelmaior número de banhos do que havia de ba-nheiras a bordo. Os steioards de tombadilho co-meçavam a dobrar cadeiras de lona e cobertores;o da biblioteca abria estantes envidraçadas, es-panava, arrumava... Já os que atendiam ao "fu-moir" confecionavam cocktails, enquanto os cozi-nheiros transpiravam diante das imensas caça-rolas.

No entanto, essa soirée passada diante deCadiz era pouco trabalhosa para os empregadosde bordo: quase a metade dos viajantes tinhapartido numa rápida excursão a Servilha, Cor-doba e Granada, só devendo retornar a bordo emMálaga, três dias mais tarde. Havia menos gente,portanto menos trabalho.

Porém certos passageiros causavam ao coman-dante a mais viva inquietação: alguns desses quenão tomavam parte na excursão oficial de Xereztinham ido a terra, depois do almoço, afim deexplorar, a sós, as delicias de Cadiz/Entre eles,havia muitos retardatários, que vários marinhei-ros enviados para chamá-los, continuavam espe-rando, em vão, diante do cães de embarque. Oatrazo, em si mesmo, pouco importava, mas oque aborrecia o capitão Goode, era que a marédescia e arriscava não poder encostar seu gran-de navio.

No "quadrado" do tombadilho "B", para ondedescia a escada de serviço, alguns oficiais respon-sàveis pelo embarque dos passageiros discutiam.O segundo oficial, encarregado pela operação, tro-cava opiniões com seu colega, o comissário, quedeveria anotar as entradas e saídas de todos ospassageiros. No "Patricia" era aplicado um sis-tema permitindo saber, a qualquer hora, quemse encontrava a bordo e quem descera a terra;cada passageiro estava munido de um cartãonumerado, que devia apresentar, toda vez quedeixava o navio ou que a êle voltava; os números

:.:_¦? Ano ''¦ N'-* 6 — Novembro —. í 94»

desses cartões eram escritos num registro pel0qjficial perante o qual todos tinham o deverde se apresentar.

Mais baixo, sôbrc a plataforma de desembar-que, dois marinheiros trocavam gracejos com aequipagem de uma chalupa pertencente ao ser-viço alfandegário espanhol. A chalupa estava en-costada á plataforma, esperando o regresso dosemissários que tinham subido e que sem dúvidabebiam num Porto com o capitão. O mecânicoda chalupa trabalhara em Cardiff e nessas con-dições o que falava tanto era compreensível paraos Ingleses quanto para seus patricios.

Muito abaixo da linha de flutuação, na própriacâmara das máquinas, os preparativos da partidaiam em rítimo acelerado.

E, muito acima, im> "passadiço". os sinaes pre-nunciadores de uma partida eram visíveis. Mr.Claverton, o primeiro oficial, que se postara atribordo. olhava atento para a última canoa debordo, que se afastava rapidamente do cães etambém para a embarcação das autoridades es-panholas, estacionada junto do último degrau daescada de subida. Era essa uma manobra deli-cada: o do retorno da vedeta. Com a maré bai-xando haveria pouca margem entre a profundi-clacle de água no canai e a quilha do "Patricia".O menor desvio poderá provocar ocorrência de-sastrosas. Naturalmente, teriam a bordo um pilo-to, porém mesmo para um perito a manobra seriadifícil. Não que o primeiro oficial estivesse real-mente inquieto; muitas vezes tirara, êle próprio,navios de um porto. O principal eram os retar-datários. Em seu íntimo Claverton amaldiçoavaesses passageiros displicentes. Ah! Se lhe dessemcarta branca para agir, levantaria ferros e dei-xaria todos eles em terra.

Voltou-se para examinar o que se passava paraos lados da proa; tudo parecia pronto, com oshomens em seus postos: ali estava o oficiai e oshomens encarregados de levantar a ancora, li-geiro vapor que escapava de uma válvula provavaque a máquina estava com boa pressão.

Nesse instante, o quartel-mestre, de serviço noprimeiro quarto emergiu da escada e penetrou nacâmara do timoneiro. Claverton seguiu-o com oolhar e depois com passos decididos.

A ponte do comando, com quase metro e meiode largura, atravessa o navio em toda a sua lar-gura. Era mesmo um pouco mais larga do que onavio, pois que duas pequenas cabines envidra-çadas estavam dispostas acima d'água, lateral-mente, em cada extremidade da ponte. Na câ-mara do timoneiro estavam instalados cinco apa-rèlhos telegráficos, colocando êsse homens em li-gação direta com a câmara das máquinas e aindacom dois quadrantes referentes, respectivamente,ãs hélices de bombordo e de tribordo. Dois outrostelégrafos comunicavam com a proa e a popa, co-mandando todas as operações imagináveis, rela-tivas â atração, força e âncoras. O quinto tele-grafo era utilisaclo em cado de pane na barra avapor, quando deveria ser empregada a de mão,o que tornava imprescindível indicar aos homensda popa como fazer afim de mover as rodas res-pectivas. O aparelho continha um instrumentoque indicava a qualquer momento a posição cioleme, permitindo assim verificar o funcionarnen-to do motor da roda que o dirigia. Alem da üifflgocupada pelos telégrafos havia uma passagem n-vre, de cinco a seis pés de largura, separando asduas portas da câmara e continuando assim upassadiço. Urna janela pequena, ao lado da Wsição cio timoneiro permitia-lhe ver a bússolaprotegida por lente de aumento para indicar cia-ramente as divisões diante da linha marcandocentro do navio. a

Na parede do fundo estava a porta acesso <•câmara dos mapas e à cabine do capitão e, sobre

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um aparador central, em forma de púlpito, esta-va desenrolado o mapa do porto de Cadiz, sobreo qual haviam colocado grandes réguas paralelas.

por força do habito, Claverton inventoriou comrápido olhar a câmara inteira e o que nela havia-tudo estava limpo e em ordem. O quartel-mestreeme assumiu seu posto diante da roda' tinha boaparência, assim como o grumete que se postou

dois passos atraz dele, do lado bombordo.Satisfeito com a sua inspecção, o primeiro ofi-

ciai voltou, a Lribordo afir de ver a aproximaçãocia canoa. Já vinha bastante próxima e, por suavez, a chalupa espanhola desencostára e já cru-zava a uma centena de braços do grande naviotendo assim deixado caminho livre ao novo e pró-ximo ocupante, para encostar livremente. Os ho-mens estavam todos onde deviam estar; erambons marinheiros, conhecedores do ofício; den-tro de poucos minutos, os passageiros faltosos es-tariam a bordo e, quanto aos funcionários espa-nhóis, teriam descido de uma vez. Então seriao momento de levantar a âncora. Com a marébaixa, quanto mais depressa seria melhor.

A chalupa encostou contra o navio e os passa-geiros começaram a subir a escada lentamente.Havendo pouca marola os oficiais ajudavam osretardatários, oferecendo-lhes a mão para galgaro último degrau em segurança. Quando a cha-lupa ficou vasia, o capitão apareceu na ponte in-ferior, com os funcionários espanhóis; todos sedespediram gentilmente dele.

Levantar âncoras!Um sino bateu uma só paueada, enérgica; o mo-

tor acionu o cabrestante, que deixou escapar seuruído característico e os grandes anéis da grossacorrente, da âncora, começaram a rastejar pelotombadilho.

Claverton interrogou o homem da "barra".Tem vapor?Ainda não, senhor.

Girava a grande roda, observando no quadranteindicador a posição das hélices.

O primeiro oficial se aproximou dos tubos acús-ticos e gritou no que tinha a indicação: "Me-cânico".

Lance vapor na "roda-do-leme". Está emposição!

Õ cabrestante continuava a trabalhar; a cor-renterente da âncora continuava a subir. Em bai-xo, a canoa desencostára ligeiramente, enquantoa chalupa voltava a atacar â plataforma de em-barque, onde surgiram os espanhóis e o coman-dante, que, segundo a pragmática, tinha queacompanhar as autoridades até a escada.

Faltavam ainda dois ou três minutos para quea âncora aparecesse. Claverton, enquanto espe-nava, sondou o horizonte com vagaroso olhar.Contrariamente â maior parte das costas espa-nftolas, os arredores de Cadiz são achatados enada belos. O "Patrícia" estava ancorado muitoacima, no estuário, a proa voltada para PuertoReal. A bombordo havia El Trocadero, consistiu-do em apenas um cães, uma estação de estradade ferro e um forte; a tribordo se avistava Punta-[es. Do mesmo lado se estendia Cadiz, massabranca de casas, dominadas pela torre da cate-dral; uma estreita banda do terreno sobre a pia-meie plantada, ligava a cidade ás terras do inte-rior. o vasto estuário parecia totalmente fecha-do, o mar estando escondido pela cidade. Aosolhos de Olaverton, êsse panorama não ofereciaQualquer interesse artístico nem histórico: eraum canal pouco profundo, bordado de pantaiiaesJamacentos e que exigiam, com a maré baixa,as maiores precauções afim de evitar encalharo navio.

Já agora, os Espanhóis tinham tomado lugar na^miJupa que se afastava. Claverton voltou a ca-mara do timoneiro, para junto dos aparelhos te-

^¦>:"»"--»—."'— ,*~.~~«~~,~„

EU SEI TUDO

legráficos. Nesse instante, o capitão subiu paraa torre de comando; homensinho vestido de azul,rosto rubro, curto bigodinho branco e cujas mãosestavam profundamente enterradas nos bolsos.Tem vapor? — tornou a perguntar Claver-ton ao homem da barra.Sim, senhor — respondeu êle, verificandonovamente a indicação do quadro.O capitão passou a cabeça pela porta:Diga-lhe que será preciso bastante vapor

para a turbina de bombordo.Muito bem, senhor. — respondeu Claverton.Transmitiu a ordem por um dos tubos acústicos.Um sino bateu fortemente; o quadrante indi-cou que a âncora fôra destacada. O capitão Goo-de fez um sinal para o piloto.—- Bombordo. Toda forca! —- disse este, inopi-nadamente.-- Bombordo. Toda força! — repetiu Claverton.O quartel-mestre girou a roda para a esquerda.

Quando as agulhas dos dois quadrantes atingi-ram a extremidade de sua cursiva, Claverton re-petiu.Bombordo, toda força!Para a frente a máquina de bombordo! —gritou o piloto.

Claverton transmitiu a ordem, acionando umaalavanca. Primeiro nada se sentiu nem ouviu;depois, lentamente, a paisagem começou a mover.O porto rodava, miraculosamente, ém redor donavio. Gradualmente, o "Patrícia" fez um ligeiropercurso em marcha-ré, depois, suavemente, des-ceu para o mar, com a correntesa. Meia milhamais abaixo, um navio avançava ao seu encon-tro, um cargueiro de cinco toneladas, aparente-mente.

Na ocasião em que se cruzaram, após os apitose avizos usuais, o capitão Goode lançou essa ór-dem enigmática para um leigo:Comecem a pescaria!Claverton se apressou na direção da "Câmara

dos Mapas", onde acionou um comutador colo-cado sobre uma espécie de caixa presa à parededo fundo. Imediatamente dela saiu um ruidocomo um zumbido, enquanto uma agulha meta-lica começou a oscilar por traz de um painel devidro, movimentando, a cada oscilação, uma fô-lha de papel na qual Togo apareceu uma riscanegra. Claverton examinou o papel e disse:~..— Cinco braças.

Não a perca de vista! — recomendou ocapitão.Os dois oficiais estavam secretamente orgulho-

sos pelo fato do "Patrícia" possuir êsse aparelhoextremamente engenhoso, que permitia medir,cada dois segundos, a profundidade da água.

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Cinco braços faziam trinta pés. O calado do"Patrícia" era de vinte e quatro pés e, felizmente,aquele era o fundo menor do canal. O aparelhonão tardou a registrar seis, depois sete braças.E' sabido que um navio grande se comporta capri-chosamente em águas pouco profundas; oscilafortemente da esquerda para a direita, tanto as-sim que o encontro com um outro navio, numcanal estreito é muitas vezes causa de apreen-soes, na maré-baixa. Dessa forma, o capitão Goo-de estava satisfeito ao terminar êsse percurso pe-rigoso. Foi com alegria que despediu o piloto e,deixando Cadiz, para traz, dirigiu seu navio parao sul, na direção de Trafalgar e Gibraltar.

Durante toda essa manobra, a grande caixa deaço que continha as máquinas retomara sua açãohabitual. As cinco caldeiras trabalhavam bem eem vez de doze carvoeiros, nus e transpirandonum inferno de chamas, apenas dois ou três ho-mens competentes viagem os quadrantes, retifi-cando com calma o delicado maquinísmo das tur-binas a óleo, que asseguravam a poderosa forcamotora do "Patrícia".

Além do mais, tudo corria bem, aquela noite.O imediato, terminando seu passeio de inspeção,enquanto o capitão se vestia para o jantar, veri-ficou com satisfação que não havia qualquerameaça de dor de cabeça a bordo daquele pequenouniverso flutuante.

CAPÍTULO XIO desembarque ãe Mant

Depois do jantar, Katherine apressou Runci-man, querendo subir ao tombadilho afim de veruma última vez, a cidade espanhola que tinhamdeixado para trás. Katherine passara um diamaravilhoso e o cruzeiro se apresentava hora ahora mais agradável. Sua saúde melhorava enesse ambiente favorável, o optimísmo dominavao antigo estado de depressão que a acabrunháradurante dois meses.Os demais iam passando bem melhor Seu tiorecuperara boa parte de sua vivacidade de outro-ra e parecia menos pessimista. Caminhava como corpo reto, o andar desenvolto e falava anima-damente.O próprio Mant melhorara, com grande sur-preza para Katherine, o primo da Austrália toma-va parte nos jogos de bordo; ainda sentia algumafadiga, mas era o primeiro a afirmar que numasemana estaria totalmente forte. Outra coisa aueimpressionava Katherine - o que a levava, mes-mo, a ficar alguns momentos pensativa e um tan-

wf-.!íada ~ era ver até que P°nt0 Mant era bomjogador, sempre pronto a deixar seu adversáriomarcar um ponto, quando o lance era duvidosoao contrario, ela imaginara que êle fosse teimoso'discutidor, egoista, fazendo questão de ganharsempre... Apesar de tudo continuava _ IPSpirar boa dose de desconfiança e, caso tivesse voltado a discutir ou a brigar com Jim com toda ãcerteza ela teria tomado o partidxTdo ú_timoOs diversos membros da família não se isolavamdo resto dos passageiros; mesmo Katherfne _Runciman, que por assim dizer não se defxavLtinham feito numerosos amigos a bordo o mesmoocorrendo com os outros. Jellicoe travara ótSrelações com seu companheiro de cabineÜr-quharson, jovem estudante de medicina da nf_iversidade de Glasgow; Katherine ouvfa sem en

iffcKSsa - tf™ 5KK3&Í.Mant simpatisára com ur;. Neo-Zelandês, Brads-treet, antigo fazendeiro, que pareceu a Katherinedemasiadamente rústico; todavia não teve de auese queixar. quL

64 00° Ano — N'.' 6 — Novembro 1949

William era o único a não procurar a sociechr.dos estranhos. Vendo-o só, Katherine se esfororrva para lhe fazer companhia, mas seu tio m2parecia se aborrecer com o isolamnfo, envòlvírtnem seus cobertores, permanecia horas e horn?absorvido em seus pensamentos. sEntr os passageiros se encontravam numero.q.

personalidades bastante conhecidas: nada mennde tres romancistas célebres, um dos mais ihtres desenhistas ilustradores da Inglaterra nnlamentares, vários membros da nobresa e prihH~palmente eclesiásticos; dois bispos, três mohsPnhores e outros sacerdotes de menor importânciaMas o mais interessante, para Katherine era nfato de um conferencista, muitíssimo instruídoacompanhar os excurcionistas a terra fornecemdo-lhes, principalmente quando viajavam infor"maçoes que duplicavam o interesse do passeioTinha regressado da primeira excursão aos arredores de Cadiz e percorriam a costa de Esna-nha, em caminho para Gibraltar.Katherine teria preferido ficar no tombadilhocom a esperança de avistar o farl do Cabo Tra'falgar. mas um nevoeiro frio que surgira inesne-radamente, forçou o jovem par a voltar ao salãoDurante duas horas o "Patrícia" navegou em ve-locidade reduzida, a sirene funcionando cada doisminutos; quando ela revelando que o mau temnocessara, Katherine já estava deitada.Quando despertou, na manhã seguinte esta-vam ancorados na baía de Gibraltar, a escadaestava amada e uma canoa baloucava junto doultimo degrau.

Bom dia, miss Shirley — disse o capitão,quando Katherine chegou ao tombadilho — E;a sua primeira visita a Gibraltar?Sim -- respondeu ela. — Confesso que estouemocionada.Não estou aqui para tirar-lhe a vontade dedescer. Porem na verdade é um lugar pouco se-dutor: as próximas escalas serão mais interes-santes.

Katherine sorriu, pois ouvira o capitão, falan-do de um dos mais célebres lugares do Arquipé-n^a-^ de.Ses h'Sares cuja beleza é reputadamundialmente como quase irreal:

Ah! E' um lugar bonito realmente... Igual amuitos outros. E a entrada da barra é péssima, oancoradouro antiquado, com pouco fundo..."Vai descer para alguma excursão? — per-guntou ele.Sim... Faremos duas... Pela manhã, umgiro por Gibraltar. A' tarde, uma excursão aAlgesiras.

O capitão era profundo conhecedor da históriadessas duas cidades; assim iniciou a narrativa dossítios que sofreram, do tempo em que ali ancora-vam navios de madeira e, a seguir descreveu agruta dos macacos..."Katherine gostava do capitão Goode; era bomhomem e ela sentia que êle era dessas criaturasabsolutamente dignas de confiança; em caso dedesastre êle faria o que fosse humanamente pos-sivel. Também gostava do chefe-mecânico; Jel-hcoe também gostava cie palestrar com êsse téc-meo; era um inteletual, gostando de ler e sua pa-iestra sobre assuntos de ordem geral era plena debom senso.Katherine gostou muito das duas excusões, re-

giessando ao anoitecer, convencida de que di-nneiro devia ter sido inventado principalmentepara pagar essas excursões através do mundo.mirante a noite, o "Patrícia" atravessou o es-meno e, na manhã seguinte encostou em Ceuta,onae os passageiros deviam fazer, em ônibus, umaexcursão que duraria um dia inteiro: Tetuan, queii^ava a mais de vinte milhas, além de visita aooaiuo árabe e almoço em um hotel do bairro eu-J- V-J \J \_y V/i ,

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ajio — N? 6 — Novembro 1949

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RundS;inm,UÍ4°iatÍgante P^a «seuUo -- casse Kunciman a Katherine. — Êle n-lntem passado bem nesle» dois últimos dias l™selhei-o, mesmo a renunciar a Tetuan, sendo rfrelEo qUG e qiÜét0, tra^uil™a

__ Hum... Êle não vai aceitar o conselhoi Há.muitos dias que vem aguardando essa ekòursãndàSS WÊAk lj?strára 3SSSS&mtrepiao, cnegaia a fazer, quando em Cadizuma excursão ate Xerez, coisas que KátaeftHerecusara, considerando muito cansativa Resnondera, as ponderações de sua sobrinha, que tendoperdido quase todas as excursões, por ocasião Ipsua primeira viagem de recreio, não consentiriaem ficar a bordo, nesta vez. Fazia, princi ^mente, questão de visitar Tetuan, que lhe S'Snte.

Uma CldadC maÍS V^WAo prStoO passeio íoi apreciado por todos; passearemduas horas por ruas estreitas da velhíssima o

'de, comprando curiosidades, visitando a casa dêum Árabe rico da "Guarda Pessoal" do Califnuma escola publica, na cidade moderna e vo Aram ao hotel para tomar chá. William não acom-panhara o resto do grupo no passeio através dacidade; ficara repousando no hotel, todo essetempo, porem, na viagem de re"ressn . v,5 •declarou a Katherine qle se sentí^SeitmSe

O "Patrícia" só levantaria âncora à meia-noite-certo numero de passageiros, tendo WMÊ_as forças entre o chá e o jantar, exprimiu?dSe°jo de realizar novo passeio por Ceuta n fi wio,nhecer os cafés, teatros e outros^lugares da vf^noturna da cidade. fugares da vidaKatherine, porém, declarou que iá terminaraseu dia; Eva entretanto, declarou que cam níarao ar livre, a noite, havia de ser agradável n?odesejava visitar os cafés nem nada dêsseíênemmas nao impediria Luke de ir desde aue 1 iSalguém para acompanhá-la es"e

f3vU,iam' p,01' sua vcz- manifestou o desejo dee rosZd^

° T*™, A° todo' cinqüenta g-assí

"bridge". pieieriram ílcai a bordo, jogando

alS^rinfílt^JellÍCOe fÍCOU fazend0 companhiabarfri Z rP-. .Passearam pelo tombadilho e aca-Sas An

°fftaVflníeílte estalados em duas po!-menos',^ ,lm Ce lres quaTtos de ho™- mais oumenos ,m dos stewards se aproximou deles,n: ao com o Dr. Jellicoe? — perguntou —nân nc,SteWards d0 Sr. William Carretou êle

visita ao senhor 1ue éle deseia a suaerinedias ';;"",:?nllu rePentina inquietação; dois

PostoAriLlll SC mostrara ligeiramente indis-ganismo

"1_!f/lenamento devia ter tornado seu or-Ela ouvira^ SenSlvcl quanto às vias digestivas.c»tos peixes do Sn

° /arquharson dizer queconselho Ho o 5ec4erraneo contêm arsênico, acomer npivt nbos ela P^pria se abstivéra defamília S gorava se os outros membros dajjZfe seguidü o seu exemplo.

zar su-í -n, llCoe re§Tessou, tratou cie tranquili-sua noiva:WaRdollmente' êle tem Perturbações digestivas;ligeira dió?IaJèj en^ora mereça atenção e umatiicame durante alguns dias; dei-lhe um me-

Que há de melhorar seu estado.atribue essa indisposição?Êle Se

; P°sso saber; algum alimento, é claro,mago o Particularmente sensível de esto-

Nesse') ?m° os da família> aliáy-seio à tan^è3 Eva voltou de um pequeno pas-Luke*C ra' Cllie começara em companhia deem logo se fatigára, decidindo voltar

6.5BU SEI TUDO

gSuí$£' $&$£** C°nttauasse em ^erra,

m^Jéí" fati8'ada - disse Katherine. — Vouro fazei feiomanha M °Utl'a 6XCursão e não m-"Não h-emn^QanrÍanhShein? ~ Perguntou Eva.in ao liemos a Granada?

galelara^3^ ach°U que seria muito fati"peíí manhã S; maS Vlsitarem°s a cidade,

— Também vou deitar — dissp Eva — dP^nhriTS*£™2 na

?ib"otéca e minha lâmpaSrine! a excelente. Até amanhã, Kathe-

estandoÍOn' tó8 d°-S Passageiros, deitavam cedo,tava rieitL, »

°'- AS onze horas- Katherine es-rava deitada e ja apagara a luz Mrs Inerama^bem dormia. Katherine não tardou a ™

SlSr^ ,Cêrca de um! horahrn o h ' , u -que al§'uem tocava em seu hom-efta?L^SP™0QU,im?dÍatamente; Eva> em

*òbe-ri^

de 1 n' ^na,lantema elétrica em mão, estavam^clcf: ad° r°St0 pálid0 e expressão de

te.7-.^Me™e-balbuciqu ela. - Mante foi afIVõo íl V?ltou' ¦ ¦ e ja vão levantar âncoraêle fãloPori

um.in£lué«to e desejam sáber'secie talou com você, se avisou qualquer coisaVem falar com eles. 4 ^oisa.. .Por um instante Katherine ficou paralisadaenquanto sua imaginação tomava rápido impulso'

ra'1tz °Man^VSUCeSSÍVas fantasias;PMan£POu-ua \ez Mant! Era isso mesmo que no íntimoela sempre temera; fracassado o primeiro atetí-'tado, certamente ocorreria outro Sem dúvida

chSa^oSmSr0 m?Sm° recei0' sem Scne&ai a toimular qualquer coisa nesse sentidoFora por isso mesmo que êle aceitara tão depres^sa o convite para participar dêsse cruzeiro Pen-sava que estaria sempre presente e pronto a pres-hipôTese1™

" 6la 6m CaS0 de Se balizai a teSvelSilenciosamente, levantou-se, vestiu o robe-de-chambre e seguiu Eva para fora da cabine

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— O que nao sei explicar é onde o pequeno foiachar isso!

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CAPÍTULO XII

O Inquérito de Gooãe

Profundo silêncio reinava no "Patrícia",quando Katherine, atrás de Eva, subiu a escadaprincipal. Entraram no salão, onde várias pes-soas estavam reunidas, em face do capitão.

— Queiram sentar, por obséquio — disse êle,erguendo-se para as receber; depois, dirigindo-sea Katherine, continuou: — Sinto incomodá-la,para as receber; depois, dirigindo-se a Katherine,continuou: — Sinto incomodá-la, Miss Shirley,porém, como Mrs. Dugdale já deve ter dito, o Sr.Mant Carrington não voltou para bordo. Antesde levantar âncora, desejamos saber se éle antesde descer disse qualquer coisa... Se, emfim.anunciou sua intenção de se atrasar.. .

Katherine olhou lentamente em redor, exami-nando o grupo de pessoas que se encontravampresentes à reunião: William parecia velho e en-fermo, em seu robe-de-chambre azul. bordadocom dragões chineses; Luke e Runciman tambémvestiam robe-de-chambre, porém, de cor lisa emais discreta; Jirn vestia ainda suas roupas depasseio e seus olhos estavam inquietos; além delese do capitão, havia ainda o major Artt, um dosorganizadores do cruzeiro. Sua expressão revela-va mais aborrecimento do que temor; os outrospareciam, todos, ansiosos; apenas o capitão Goo-de, que estava inteiramente vestido, conserva suaatitude normal.

O Sr. Carrington não me revelou suas in-tenções-respondeu Katherine. A última vez emque nos vimos e nos falamos, foi ao descer parao jantar; não fez êle qualquer alusão a seus pro-jétos. Depois do jantar nem sequer vi meuprimo.Obrigado — disse o capitão. — Era o queeu desejava saber. Resta-me agora fazer a cadaum dos presentes a mesma pergunta.Sim... — disseram Luke e Eva, ao mesmotempo.

William moveu a cabeça afirmativamente; de-pois Luke, que não parecera ver o gesto de Wil-liam, disse a sua esposa:

—Continue, Eva.Bem. .. Antes de nos vestirmos para o jan-

tar — explicou Eva — alguém observou que seriauma pena estar ancorado num porto africanoe não aproveitar esse resto da noite; várias pes-soas logo opinaram que, realmente, gostariam derealizar um passeio pela cidade e beber algumacoisa, desde que encontrassem algum bar decen-te. Mant, isto é o Sr. Carrington, declarou queiria à terra com os outros, mas que pretendia re-gressar tarde para bordo...

Disse que não se demoraria em terra?Sim; disse isso muito claramente.Quem mais estava presente e quem preten-dia descer à terra?Eva refletiu:

Vejamos... Estava você mesmo, Luke, e osenhor... tio William. Da nossa família, pensoque éramos só nós quatro. Mas havia outros pas-. sageiros: os Robinson, Mr. Miler e os Jepson.Creio que eram só esses. Que pensa você, Luke?-— Você tem razão... Eram só esses que jácitou.

Ouvi o Sr. Mant Carrington dizer que nãoíicaria muito tempo em terra? — perguntou ocapitão, dirigindo-se a Luke.

Sim, sim... Ouvimos isso... Todos!..— Também ouvi — declarou William — e atéconversamos um pouco, afastados ligeiramentedos outros, de modo que talvez não tenham ou-vido o que dizíamos, embora não tenha disso acerteza...

E então? — insistiu o capitão.

•me um

Disse-lhe que lambem eu não pretendia fi-car até tarde em terra, e nem sequer tinha von-tade de entrar em algum café, mas apenas pas-sear um pouco. Nessas condições, sendo tambémessa a intenção dele. propunha que passeássemosjuntos. Eu não me sentira bem de saúde, em Te-t.üan e passara grande parte do dia repousandono hotel... Antes do jantar sentindo-pouco, melhor, tentara passear...

Muito bem. Êle aceitou?Sim. . . Repetiu que desejava de fato, passe-

ar ligeiramente, apenas para ajudar a digestão,pois pretendia dormir cedo. Como o senhor devesaber, não gozamos de saude perfeita, êle e eu,desde a nossa enfermidade. . .

Sei, realmente. Mr. Carrington. E.geral fazemosEm

mesa. '.."m^ihque:

depois?nossas refeições na mesma

êle tinha que fazer. . . não sei odar alguns filmes para revelar, creio

Êle esteve em sua eabine?Sim; úm quarto de hora depois de termi-

nado o jantar, êle apareceu. Infelizmente o jan-tar servira apenas para reavivar o mal que vemme atacando desde algum tempo: pedi que êleesperasse um pouco, afim de me sentir mais dis-posto. Êle sentou a meu lado e conversamos du-rante uns quinze minutos. Mas, em vez de me-lhorar. . . piorei. Pensei que seria uma impruclên-cia descer à terra e desculpando-me com êle,porque o fizera perder muito tempo, declarei ciueficaria a bordo: aborrecia-me saber que por mi-nha culpa êle não pudera descer com os outros.Porém êle foi muito gentil, afirmando que issonão tinha importância e que desceria mesmo só,afim de passear uma meia hora; esperando que eume sentisse melhor, quando êle regressasse. Logoque Mant saiu, deitei-me e como continuasse apassar mal, chamei o steiòard. pedindo-lhe quefosse avisar o Dr. Jellicoe.

E tornou a ver O Sr. Mant ?Não.Alguém, aqui presente, tornou a ver o Sr.

Mant depois do jantar?Eu disse Jim — mais ou menos cinco

nutos depois clêle deixar o salão de jantarestava no salão do tombadilho. Êle entrou efoi jogar um rolo de filmes na caixa de fotogra-fias e depois conversou alguns instantes comBradstreet. Ouvi-o perguntar ao outro se pre-tendia ir a terra; Bradstreet respondeu que jácaminhara muito, o dia todo. Mant anunciou,então, sua intenção de descer, em companhia detio William, e saiu, declarando que não queriase atrasar.

Portanto — disse o capitão, concluindo. —Êle deve ter descido diretamente, logo ao deixara sua eabine, Sr. Carrington. Na mesa de regis-tro, o oficial encarregado apontou o cartão clêle;o sr. Mant estava só, segundo declarou o covús-sario, e devia ser justamente, a hora que o senhorindicou. . .

Realmente. Éle saiu da eabine com essaintenção — declarou William.

E não voltou para bordo! Como devem saber,levantaríamos âncora a meia noite; vendo, apro-ximar-se a hora, sem que êle voltasse, o comissa-/rio deu aviso ao steward de eabine e o navio foirebuscado em vão. A seguir deram-me avisosituação; chamei o major Artt, que decidiu cha

¦los a esta sala. Temos, de fato, que

mi-Eu

ma

cia

tomaruma decisão. Antes de mais nada, poderá dizei-me, doutor, se o Sr. Mant era dado a vertigens oua acidentes desse gênero, podendo provocar ai-guma quécla?

(Continua)

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vno Nv 6 visovêmbro 1949tí7

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jeu Joffily. historiador - abota paraibano, natural do muni-Campina Grnnde . descen-do fundador dá cidade

97 o sèrtanista Teodósio deeira Ledo, regressando de

viagem ao sertão do Pinha-ai; município de Patos), trouxe

companhia a tribo Arius ea sobre o plaiô da serra da

:a num iugar denominadoina Grande. Alguns faníqsisías

íusive) pretendem encontrar aêsse (opôhimo -na planta'.

que. vicejava de tal ma-:a; região a ponto de ser cha-

)ína-grande, para diferen-mesma espécie que noutros

onac-i'paiif

leira"nada

.uaai.y,'-iJ, OC

cia raquítica. Parece treum excesso de imaginação.

historiadores que o nome2 posição geográfica, pois odo município está mesmo•ihuo Sc rna campina grandeíQ /*¦>-/-• ósio aqueles silvíeoiasireux

forque andavam brigando com"ou"as e atrapalhando o serviço

;ão dos Oliveira Ledo nopor motivo de estarem

sertão agüentando umjo de seca? Não se sabe

ibe-so apenas que aquelaíndiozinhos brabos gérmi-damente, dando origem

ie!*nterio:33 gen*'errívy;2o certo-íGiReri;'•OU

08í:* uma;iideraci_o_rier;:nor no:

Si-tüoeUorai L•:omeçasteüc

1 termin.iíi mesi-769 c t

Aindaí0 Jülq<Parido

?araíbG

-chou qu

^elharijJ°v° doíai8 adir

gigantesca, hoje con-mais importante núcleocultural de todo o inte-¦tino.

>eira da estrada que doao sertão, bem depressaí^eia a se encher de ío-

uiíos -gostavam do lugarlevantando barraca e

constituindo íamilia. Emfoi elevado à freguesia.

-Vencia Campina Grandede São joào do Cariri'83 o governador deordenou a criação, na

uma "Vila Nova da Rai

oão, sede de Julgado,'ssuía mais direitos ani"a. Pleiteou-a. Mas onPina, considerando-se

protestou, e tais cot-

au SEI TUDC

ORANDE,IGNEZ MARIZ

$t. da Paraíbat^EÊ^^0^^^^1^ íeíldM"

d[**>f1'*-™<. <^a .-trada da.tado „„, procurava „ bel) us l.r «brigadas p,,a ,„mr „ aba «

*¦* ciuvinotes e bacamartes?'..

IBINEU JOFFILY (sênior)

pmg Grande" tem junto a si terrasoe planta com comodidade".Os portugueses sempre tiveram uma

preocupação intensa com as .farinhas!Por causa disso Campina conseguiunos primórdios de sua história, pasSara perna em São João do Cariri. Como correr dos tempos o algodão e asituação privilegiada à beira da es-irada a fariam avantajar-se a todosos demais municípios.O termo de fundação - "Aos

vintea:as do mes de abril de mil setecen-tos e noventa anos, nesta povoação

=03 mandou dizer sobre a outra oo-oaçao que o governador de Pernam-buco, em carta de 25 de agostoenvida ao Ouvidor.Geral da CÓmar-

vL T.r Parajba' mandava "criar

aVüa Nova da Rainha no lugar daCampina Grande". nâo do Cami'"^propuseram, pela

' razão de

ad™itaqUe,e ,erren° Séc° <*« "SÓ"azênri P'aniaS°es e *-<* unicamentefazendas de aados do cnr.,

e SO!te ^ue- Parase proverem de farinhas, vão as gen-tes buscar dali a muüa distânciaquando pelo contrário, o lugar "Cam

:yy.'.?.-, ' y'X-. -y:'-y:Xyy.:: ¦¦::.::¦•.: .:¦'¦:¦¦' ¦..:'¦:y 'A yi-'"!!!!':-: '.'.::¦'¦:¦'¦' ¦:¦'::: :r.y::yyy:yyxx%0!

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campinensè - -Pedras de Santo Antônio", ponto culminanteserra da Catuama (uma das ramificações da Borborema)

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da Campina Grande, na comarca ciaParaíba do Norte, no terreno do meiodela onde veio o Desembargador An-tônio Felipe Soares de Andrade Bre-derodes, ouvidor-geral e corregedorda comarca, comigo escrivão a seucargo ao diante declarado, e a maiorparte das pessoas mais capazes dessetêrmc e sendo no lugar do pelcuri-nho que o dito ministro mandou fazeraí, por mandado do mesmo ministrofoi por mim escrivão lido a todas aspessoas presentes o transunto dacarta, ao ilustríssimo e excelentíssimoSenhor General de Pernambuco, D.Tomaz José de Melo, edital e ordemde Sua Majestade Fidelíssima, regis-irado neste livro; depois do que, pormandado do dito ministro, pelo mei-rinho-geral da Correição, Leandro deSouza Vinane, em voz alta e intèíi-" gível foi dito três vezes "Real,Real, Real! Viva a Nossa RainhaFidelíssima e Senhora Dona Mana Idè Portugal!' — cujas palavras re-petiu todo o povo em sinal de reco-nhecimento da mercê que recebia da

reira •— Joaquim Gomes Correia —

Joaquim da Rocha Pirito — FranciscoFerreira do Prado Josó CariesMonteiro — José Tavares de Oliveira— Maíias . . . João Gomes - - CaetanoGuedes Pereira Inácio Ferreira cia

Cai'-Conceição loaauim Vieira aevalho Antônio Rodrigues Chaves— João Pereira de Oliveira AmaroLopes Bezerra -- Sabino Gomes déSão Tiago- -Francisco João Barbosa.'.'

Não vingeu o nome "Vila Novada Rainha' dos documentos oficiais.Nc ooca ao )V< de outros Lsiaaosa cidade sempro foi conhecida comoCampina Grande, enquanto os parai-banes a chamam, sim] vsmeníe, Cam-pina. A lei provincial n.° 127, de 11de outubro de 1864, elèvou-a à cate-goria de cidade e a n.° 138, de 8 deagosto de 1865, criou a sua comarca,sendo seu primeiro juiz de Direito odr. Antônio da Trindade Antunes Mei-ra Henriques.

Fomou aquele município parte sa-líeníe em iodas as grandes revoluçõesde âmbito nordestino ou nacional, e,

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São modernas as novas avenidas que a municipalidade abriuem Campina Grande, como se pode ver nesta fotograüa

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mesma Soberana Senhora pela cria-ção desta- ''Vila Mova da Rainha"e de tudo para constar mandou odito ministro fazer este termo em queassinou com todas as pessoas quepresentes estavam. Eu, Luis Vicentede Melo, escrivão da Correição, o es-crevi. — Antônio Felipe Soares deAndrade Brederodes — Francisco JcséTavares — Padre João Barbosa deGói Silva — Alexandre Vieira daSilva Brandão — Pedro Francisco deMacedo — Paulo de Araújo Soares

José Francisco Alves Pequeno —Francisco Ribeiro de Melo — ManuelPereira da Costa — Jcsé de AbreuFranca — Manuel Vra. de Carvalho

José de Araújo Soares — JoaauimJosé Pereira — Manuel Pereira deAraújo — João Batista Guedes Pe-reira — José Gomes de Farias Júnior

Manoel Gemes Correia. — Sebas-tião Correia Ledo — José Gomes deFarias — Jcsé da Costa Machado —Luis Pereira Pmto Jumor —- Franciscoda Costa «Oliveira — José Gonçalvesde Melo — . . .hão Roiz Pinto ¦- JoãoGíz. de Oliveira — José Ayres Pe-

Oí bastasse, arranjoualgumas notáveisj-^w.. «_. >,.._ _ | .__. . . .

encrencas.Alastrando-se pelo interior da Pa-

raíba a revolução de 1817, encontroufervorosos adeptos em Campina Gran-de. A 27 de março daquele ano erapregado no pelourinho da Vila Novada Rainha um edital do "governorepublicano' declarando desfraldadaem. terras da Bcrbòrema a bandeirada Democracia.

Em 1824, fora despachado gover-nader da Paraíba Felipe Neri Fer-reira. Não simpatizou com esse ho-mem campinense. A Câmara Muni-cipal, em grande vereação, declarou"suspeito de lusiianismo" o novo go-vernador e também o seu secretário.Augusto Xavier de Carvalho.

O distrito de Focinhos, daquele mu-nicipio, tem também história muito in-teressaníe. Ls;anâo certo dia um cria-dor a Prcoura ae roses perdidas, en-centrou-as bebendo pacatamente emtres pequenos poços cavados na areiapelas enxurrad s. Achando luaarpitoresco e T

-oca)

bis-CjUS

r9iassaturaion.a)

»,, rs:A. Pq.Pecai.m ca-paraNas-

para lá o fazendeiro, batizamcom aquele nome. Em Pocinlcorreu a infância do jornal aioriador Irineu Ceciiiano ji íjdespendeu o melhor de sua..a favor da abolição da osquando à frente do çélel''Gazeta da Sertão". Imortcinhes no livro "Notas sôbr-ba", e cs habitantes da tenrinhosa retribuição, muda: >"Jòifüy,^ o nome do seu districido eni 1843, contava Irineiseis anos quando teve op< midadede assistir a( uma cena de _Q.neira cemovedora que numlhe saiu da lembrança. Oscentes da Revolução Praieircr.ambuco, refugiados na Paribatidos na cidade . de Areiatropas legalistas, viajaram «.;inteira até alcançar Jerras d<cipio de Campina Grande. Ecissão inesquecível entraramde Poçinhos carregando noscs camaradas feridos. Quasede sede e fome, dessedentaram-senos pegos que deram nome ao ugàre ali mesmo abateram a tiro as êsesque no local vinham beber. Depoisde so fartarem de carne resolverem.debandar disfarçados em vaqu iros.Cada qual tomou rumo diver ves-tido de couro da cabeça aos

Em 1852 irrompeu em Campeã uinmovi m e n t o sedicioso popularmen-te chamado "Ronco da Abelha' cu"Lei do Cativeiro'' rüoüvadc peiaexecução de uma nova lei censitaria.Houve também por lá, antigamente,

rriâs31363.

Per-ser eíelasnoitemini-

pio-vila

açosortos

um entre vero apelidado "Rase

les", ocasionado peia falta dedivisionária na região. Muitaboa iei parar na cadeia desta¦».

f,iVjk

maeuuaenis

o gosimho de armar a encrencacertamente pagou com saldo o díssa-bor das conseqüências.

De todas as revoluções campinen-ses, porém, uma existe que suplantaas demais oelo oitoresce e cri ..'«ncui-_.dade: a dos Quebra Quilos!mente popular, esse moviment foifeito do chofre. sem piano preconce-bido. Estourou em 1874, num : ciefeira, na Serra de Bodopitá (urna da%-ramificações da Bqrborema), a quatroléguas da. cidade de Campina. )a)ise alastrou pela Paraíba quase ir)-teira e pelas províncias vizinhasdo chegado ata

'Alagoas. Suas cau-sas foram diversas e o pretexte paroa eclosão, a lei obrigatória do Sistema

étrico Decimal, votada no an an-iecedeníe. Resolvera o povo não sssubmeter àquela "novidade' eçou a quebrar tudo que era medida

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nova.Sabendo que a feira esten

««. «j / «_

polvorosa, acudiu ligeira a ii.Çí°.mas foi rechaçada. . . à rapadura!Tendo recebido uma rapaduradapé-ao ouvido, caiu sem sentido?mandante da força! A dulçuròscdice nordestina durante todo P:meiro dia serviu de projétil aos r

olucionários. Sobressaía dentremestiço João Vieira, mais conheejo^

fácil, mudou-se :oino João-Carga-Dágua.

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cen

de

QueíiriQq

modede vdescer:nadorbra-Çvimer;e.Pidee,

Pia

centrarmo s.;'^ellQr.rveres -'

SUperjQuebr"-'cem tem."consta'íavarn „

jveitando a confusão, o canga-víanuel de Barros resolveu in-arnipina para libertar seu pai,

Perito da cadeia pública. Es-em a mão na massa resolveumânimo e soltou os demais

•iros. . . Animados com este su-quatrocentos escravos aprovei-a chance para se rebelar con-enhores. Tornando-se a situa-

ela vez mais perigosa, resolve-famílias abandonar a cidade.altura os sediciosos desem-

am a triste tarefa de incen-órios e demais arquivos pú-

io-se impotente para demí-iuação, o governador da Pa-

[iu auxílio ao governo cen-aio, porém, as forças impe-aram Campina, sob o co-

eneral Severiano da Fon-encontraram mais nem um

>uilo! As pessoas de maiorna sociedade convenceram

de ^ que nada tinham ahistória, pois o motim fora

popular. Mas as forçasprecisavam de bodes ex-

Deram batidas e chegaramihos. O povo dessa íocali-bém nada tinha a ver cemmas teve de pagar o pato.

habitantes pacatamentedomingo, quando viram

.•ercada pelas tropas impe-capitão chamado Piragibe

quarenta, dentre os homensrecererm mais robustos, e

essem amarrados com:aroa, Assim conduzidos

a, foram lançados na en-punição do crime (diz Iri-oi pretexto para as maio-as per parte das fôreascentenas de populares de

iades foram presos, sujeites"colete de couro" e

para a capital do impe-

acío do colete consistia empreso cem uma espécie

r de couro cru e dopoisnágua fria. O couro mo-

aa e asfixiava o infeliz,vezes confessava crimespara se ver livre do mar-

t modalidade dos suplíciossono, da água mo rosto

quando, e da luz encan-os olhos. . . Alguns histo-

cam severamente os Que-consideram aquele mo-

?va de ignorância e estu-

de interpretação histo-sa mais difícil de se en-

nordestino estúpido. Mes-lalfabeto êle é semprecumpridor de seus de-

s. Quando se rebela vaiío por contingências nada

oi o que aconteceu aos ¦O povo andava zuruó

osto e tanta exploração•o ovêrno. Corria um

Qaie novas taxações es-elaboradas pela Assem-ia]- As palavras "deu-

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**W\ _& r* ~

IIIIO leitor deu a isto o título de "Ele-¦ com complexo de inferíòrf-¦ -(talvez porque sua cabeça é for-por um caramujo marinho? \mada

ARTE PLÁSTICA

__?-..**<-¦ ?J3fe___J__r ¦"••'- ' "¦ -

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Eis a última nevi-dade. Arte plásticacom caramujos econchas maranhas. Seu iniciader,C. D. McAríhur, ob-tem enorme exilo emNova York. Porémqualquer um, c o m

um pouco de paciência, poderá fer-mar um verdadeiro e atraente JardimZoológico.

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I^^S^^^^ig^aee-aw.a^.a^Mi^iHHifciH^^^WÊÉmWmmmWsÊmWÊKS S^ÉB Bim^^^sBmm- ¦ "-^m HÜI mS*n_______U_____raH____SB_S_____RSs."s*,>' ¦."¦¦'<. .*9_st_£J__l ________E____rbHH ___¦!aB____n_______a___l______;v'/>. .-.'--.'..*>_£!_¦______¦m|^piaBjlB^. .' Atll&ÚÊam ___'^^^íW^^mk:'^^' tftfÈ maBfi^^^S«SwMÍ_S____' ' ¦•••' W*-$ÊM mj_r_l__H___BTOlSfe___B_--_z«_KW-__M__^ -.wa ¦.-y&iltfàXsjffi&kjm mmWWm

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O artista dando o último retoQtté/:i"no elefante h ¦_-;...

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tor" e "bacharel" tinham adquiridoum sentido de tal maneira pejorativo;>ue eram usadas como insulto, entreinimigos. (Doutores e bacharéis eracomo chamava o povo aos homensdo governo.) Per cirna de tudo issevem a nova lei de pesos e medidas.\ bomba explodiu.

O Recenseamento de 1940 encon-frou naquele município uma popula-;xro de 126.139 habitantes para umeírea de 2.259 quilômetros quadrados.

Atualmente nao .?>erá temerário ava-liar se em 150.000 os habitantes dcmunicípio, pois a corrente imigratóriade sertanejos para lá se dirige inin-terruptamente. Encontra-se a cidadea 111 quilômetros da capital do Es-tado, em linha reta, e numa altitudede 508 metros acima do nível dcmar. Sua população urbana era de4.7.446 almas, há nove anos passa-dos. Hoje talvez se eleve a 60.000.

As densas florestas do tempo deLedo desapareceram quase per com-pleto, dando lugar a vegtaçãc ras-teira. Apenas dez por cento da su-perfície do município ainda estão co-bertos de remanescentes de matas asquais continuam a ser abatidas pele

ll< ica o e.machado implacável dda estrada de ferro "Great Western".

A principal cultura do municípioé a de algodão, vindo em seguida

cereais Métodos de írabalh aan-cola ainda rotineiros, porque o seusfíaior comércio é o da importação dcalgodão, que recebe do interior da"^araíba, Ceará e Rio Grande doNorte, e exporia para os Estados dc.Sul e para o estrangeiro. Não hámais terras devolutas: c território estádividido em cerca do 5.000 proprie-iades rurais.

O principal ramo de indústria éa de fabricação de sacos com algo-does "linters". Há também fábricasde sabão, de cerâmica, de extraçãc:do óleo de algodão e também funeáonam na cidade diversas usinashidráulicas para prensagem de algcdão., Grandes firmas exportadoras deSão Paula e do estrangeiro têm filiaisali, O afluxo de forasteiros é tal quei média de construção de casas najiàade é de duas por dias. Deve-se;> progresso de Campina Grande prin-cipalmente às ótimas estradas de ro-dagem construídas pela Inspetoria Fe-deral de Obras Contra as Secas emtoejo o interior nordestino. Representaaquela cidade um verdadeiro entre-posto entre as cidades litorâneas e oalto sertão. Seu comércio de minériosvai se intensificando de dia para dia,tanto que o Governo Federal instalouaíi um Laboratório especializado.

O povo de Campina Grande sabeemprestar às coisas do espírito a mes-ma intensidade de sua vida comer-ciai. O "Centro Campinense de Cul-tura" e a "Academia dos Simples"promovem regularmente conferências,sgfoidos sociais e festas artísticq-lite-rárkrs. A ''"Academia Beneficente dosArtistas" é outra instituição que me-rece elogios, pelas iniciativas tomadasam benefício dos que vivem preocupa-

70

dos com assuntos meramente espiri-tuais. Bibliotecas, bons cinemas, so-ciedades desportivas e clubes recrea-tivos completam o ciclo da vida cul-tural do campinense.

Possui o município trinta médicos,entre especialistas e de clínica geral.

Chegando ali o forasteiro fica logobem impressionado com o aspecto dasruas: largas avenidas, belos jardinspúblicos e bairros residenciais, pré-dios majestosos — o Fórum o Edi-ficio dos Correios e Telégrafos, oGrande Hotel, c Mercado Público, oPalácio da Prefeitura, o Instituto Pe-dagógico, o Asilo de Mendicância, oHospital Pedro 1, etc.

O telefone automático íoi instaladona cidade em 1938, na PrefeituraVergníaud Wanderley.

Cem escolas primárias ministram oensino à infância, enquanto cinco gi-násios equiparados ao Pedro ÍI prepa-ram a juventude para os estudos su-periores. Funcionam também dois cur-sos de ensino comercial.

Os governantes da Paraíba de ummodo geral se têm preocupado comcs problemas de Campina Grande. Opresidente João Suassuna mandouconstruir o reservatório dágua do dis-trito de puxinànã. O Governo Gra-tuliano Brito encarregou engenheirosespecializados de estudar e projetaro abastecimento dágua à cidade,adaptou um prédio para cadeia pú-blica (pois a velha se encontrava empéssimas condições), equiparcu o Co-léqig da Imaculada Conceição ã Es

Oficial e fundou o Cen-em cooperação com c

Leia Maçônica da ci-

3;}-? Ano — N<? 6 — Novemb rt 1949

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VOVÔ STKOHEIM — Eric Von Stro-hèim, o grande ator cinematògràiicoatualmente nos Estados Unidos depoisde Longa permanência nos estúdiosfranceses, sustenta orgulhosamente suanetmha dé 4 meses e meio, Vietoria-Valeria Stroheim, filha de um de seusfilhos. E' ria a última conquista dbsedutor austríaco. E afirma êle queeste é o seu "último amor". Eric filmaagora "Sun^rí Bonlevard>\ na Wumer

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queiredo estava roservada atarefa da execução dos trab<abastecimento dágua e rêdotos de Campina Grande,gastou o Estado, nesse errmento, vinte e dois milhõeszeiros. Em 1945 o Governoneiro gastou mais, com aqueletição do saneamento, cerca acentos e quarenta mil cruzeidespesas extra-orçamentánas.os benefícios recebidos doOsvaldo Trigueiro conta a cio da construção do sou InsEducação, orçada em doise quinhentos mil cruzeiros.

Campina merece tudo issomais. Impossível continuarágua de cisterna numa cidatí-dável como aquela! E precisavbem de um gigantesco estabelecimen-to de ensino, pcis a juveniud »rtá-neja está dando preferencia ;uelecentro cultural para os seus esti dos.Aos pais comerciantes também con-vém a situação, pois em cad viagem resolvem negócios e vísití osfilhos, o que não aconteceria se esti-vessem mais longe, na capital.

Não queremos terminar esta ;por-tagem sem falar no nome do coronelCristiano Lauritzen, um dinamarquêsque chegou àquela cidade paraibanacomo simples vendedor arnbuianífortuna à custa de raia per^-u-nciano trabalho e íoi um grande bei eitorde Campina. A êle se deve, quandeintendente municipal, há muitas dezonas de anos, a construção do primeiro edifício escolar que possuiu clocalidade. Muitos particulares contribuíram para essa edificação, orérra idéia de sua realização se deveao estrangeiro que amou aquelacomo se fôra a do próprio berçomava-se a escola "Grêmio desão Campinagrandense". Trairtambém Cristiano Lauritzen, ardmente, pela inauguração da estde ferro.

Rezam as crônicas ter sidoSolon de Lucena o primeironernte áo Paraíba-a se preocuperiamenle com os problemas depina Grande. Em seu govêrrconstruído o primeiro Grupo :ola:que funcionou na cidade.

Dentre os monumentos que a.períuam o nome de grandesda Paraíba destacem-se o dodente João Pessoa e o do mlosé Américo de Almeida.

Em 1909 o orçamento do mun rípi?era de 40:0005000; no ano de i;925

subia nara 209:04935(30; em Vi seelevava a CrS 4.311.500,00 (q ^omilhões oilocentos e onze mil ^nhentos cruzeiros).

Novas disposições legais, restes da Constituição de 1946, oio governo federal e oo govern< os-taduais a transferir uma perceide certos impostos para ajucmunicípios.

Diante disso o orçamento dePina Giande, para 1949, está ajaliado em oenuito mais de dezcie cruzeircs!

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NO MUNDODJWík

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;AS EDIÇÕES í

'íi/i/ia; — Selo dé 10 centavos,mrando a garantia dos direitos>s à mulher e outro, (ie 25 cencomemorando o U.P.U.

O quarto centenário da;ão de La Paz será comemoradom selo de 10 centavos, postal e

te igual valor, aéreo, além defolhinhas ern tricròmía.

envelope selado com 1 dólarde praia), encarnado e laranja,

festejos da U.P.U. O desenhoata duas pombas, cada qual

rna carta no bico, sobre o {/loboe "1874 União Postal

1949".com grinaldas1J, [versa

íbia: — Um selo de 5 centavos,iaro, com as folhas do café.

Rica: — Comemorando alacional de Cartago, catorzercos, com ilustrações de pro-

nativos. Espera-se igualmenteupo aéreo para comemorar o

anive ^ário da revolução que derru-bou o governo do dr. Teodoro Pi-;vado.

DOR; o primeiro sensoráfieo nacional será comemo-:om selos postais de 10 cen-

tóvos, 30 c, 60 c, 80 c, 1 Sucre,àlèm aéreos de 80 e., >.)ü c., 1.50

s.s 3 s, e 5 s., represen-tando prod utos na ti v 09.

nántia {área Oéídéntal) : :— olário do nascimento de Goethe

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to (zonn ocidental), em ho-R.G'0'ètlie, ruio segundo em-«alecinientb transcorreu êste20 píennlnlf, carmim)

«rado com um selo de 10erde, 20 pf., carmin e 30"dos com rei rato do poeta

fundos representam,nte, cenas de Ephigeniá,

-hs e Fausto.

Um sanatório e üm ln-íto ou mosca) será o de-

*a série de selos de 20!ÍS 20 c, cinza, 30 c,verde, 45 c, mais 45 c.:-, mnis 80 c, violeta,

t!,<if^ta,ir': emT,hoipenaffein ao arnujteío Andréa Palladio (1518-1580)(20 tirei-, purpura)

carmin1.25, gourdes, mais 1.25 gc 1.75 g. mais 1.75 g., azul, todoscom o emblema antituberculose emcarniim.

Itália: ~ Selo de 20 Lire, purpura,eom o retraio de Andréa Palladio

W. í'í"'K^t^s^^^&álft^^'l^^é(r^tiiatx->a^' Zr*

I^^^A^^W^aSí-- fp|f

Outro solo do Reino ITashemita doJordão (10 mil, encarnado)

11518-1580), arquiteto; e 20 L., azul,pelo V Centenário do nascimento de"Lorenzo, il Magnífico" (Loúrenço deMediei) 1449-1192, poeta e escritorque governou a república florentina.

Panamá; Selo de 1930, aéreo, de5 centésimos, foi reeditado era la-ranja-amarèlo. No selo de 1942 "Portada Glória", urna vinheta foi acres-centada ao selo de 10 e., azul e aopreto, aéreo.

Espanha (especial para o Depar-tamento de Marrocos) Para uso

nos correios de Tanger, selo de 5centimos, marron-violeta, com uma

r^m^m.mmiWm\ fJT -' ' U^^^

() selo da Síria, em hoirienageni aomarechal Ilusni Zayim. chefia depoisde o mesmo estar deposto e executado

EU ShiJ TUDc

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cena de palmeiras e montanha, uc, azul, com uma cena de rua; sèi<dc 25 c, cavaleiro árabe; e selo a^-reo, de 25 c.s carmin, 35 c., verdt2 pesetas, azul e 10 p.' violeta, con.cenas de aviação.

Trieste: — O governo militar ali*-do, no Território Livre, carimbou a*iniciais "A.M.G.F.T.T." cm préhno seio italiano, já autorizado, párpura e de 15 Lire.

U.R.S.S.: — Selo de lü kopees e iRublo, acabam de ser editados, enhonra de Yassilü V. Dokuchaev{1846-1903), especialista no estudo d<solo; é êle chamado o "fundador d.estudo do solo, na Rússia), Outro*selos acabam dé surgir, com temn*esportivos e nos vaiores: 20 k.,

40 k., 40 k., mais 10 k. e 50A * i)

Austrália: — Para atender h '"h

geiras alterações de taxas, o seio d»6 pences para "registrados" e 2 l/>pences para cartas comuns, forancombinados num novo selo de 8 l/ip. Espera-se também o apareciment<de um selo de 1 shilling e 6 pencesrepresentando o figura de Merevirhestampada sobre o hemisfério

iirunei: — O Departamento colonialdos Correios Britânicos informa o aparecimento de selos de 8 cents, encar-oado e preto, 25 c, laranja e párpura, e 50 c. ultramarino e pretopara comemorar o Jubileu de Pratado reinado do atual sultão. O re-trato do potentado surge num desesenho que inclui uma vista do rieKampong.

«ÜSi^BHBÍ»!f%s&.p i ZrZ-ilC-^FiJ^^^^^^^mÊmamKlimmm s m za ftftffibHâB.íis y.!?ái3imsiàwmmm

Selo italiano de 20 ILire em homena-e-em ao 59 centenário do nascimento,C &H?WQ0 ° Magnífico (Lourenç*.de Mediei), que governou a República

Florentina

ILHAS COOK — As séries, há tantetempo anunciadas acabam de sairCompreendem selo de 1/2. penny, cho-çolate e violeta, com o Canal Nga-tangiia, ponto de embarque, em 1350.dos Maoris de Rarotonga para a Nov&Zelândia; 1 p., verde e laranja, comum mapa, e a indicação da primeirailha descoberta em 1773 pelo capitãoJames Cook (1728-1779), além do sen

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retrato, à esquerda; 2 p., rosa e vio-leta, com o mapa de Rarótonga, e oprimeiro missionário a chegar (em1823) a Rarótonga, além do seu na-do, velas enfunadas, "The Messen-ger of Peace"; 3 p., azui e verde,bom um aeroplano no Aeródromo deRarótonga; 6 p., encarnado e einzen-to? vista de Tongarava, na Ilha Pen-rhyn; 8 p., laranja e oliva, com vistade uma plantação nativa; 1 shilling,marron e ultramarino, com o diagra-ma* mostrando a localização das Ilhas-Ie Cook, além da estátua do CapitãoCook; 2 sh., rosa e chocolate, comuma choça nativa; 3 sh., verde, com•coqueiros nativos e um navio mo-demo, ali ancorado.

Cosia Rica; -.Comemorando o 75?r .'aniversário da União Postal Uni ver-

I, um selo de 15 cêntimos, outrowsloi

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c. e mais utn, de 1.0 ;> co-

t Finlândia: — Comemorando o tri-centenário das cidades de EristinetaU,"Wilímanstrand e Brehestad surgiram•selos de, respectivamente, 15 markka,¦5 m'., e 9 m. Para o 5* aniversárioáa Social Democracia Finlandesa,selos de 5 m., verde, apresentandoama jovem com uma tocha; outroIe 15 m., encarnado, representandoàsm trabalhador com o malho.

índia: — A já anunciada série pie-loríal arqueológica (The Glory ThatWas índia) que devia ser editada emfebril, só muito mais recentemente foiapresentada, tendo havido ligeira' ai-legação nas vinhetas que aqui niesmodivulgamos, meses atrás. Assim, osjSIÒ de 6 pies, encarnado e marrou,ilustrado por um cavalo Konarak, notemplo do Sol, em Konarak, Orissa,sm 1238 — O cavalo Konarak substi-tui o touro Mohenjo-daro, original-zneníe planejado para esse mesmoselo. O selo de 2 1/2, laranja, foi«.solido e em seu lugar surgiu outro,de ?». anuas, laranja, com o mesmodesenho da Porta Sanchi, na índiaCentral, À série foi acrescentado umseio de 15 rupias, vermelho escuro enaárron', no qual surge o Satrunjaya,formoso templo ern Palitana, índiaOriental, em 1618.

Jamaica: — Selo de 3 pence, azule verde, representando nativos trans-portando banana, com um navio-transporte ao fundo; 1 Libra, púr-pura e raarron, "Plantação de Fumo5 Manufatura de Cigarro1'.

Japão: — No dia 6 de agosto, sextoaniversário da queda da primeirabomba-àtômica sôbre Hiroshima, sur-giu um selo de 3 yen, oliva-rnarron,com a inscrição "Em Comemoraçãodo Estabelecimento da Cidade da Paz,em HirosJhima,*\ O desenho representauma jovem japonesa tendo ern mãouma rosa.

¦ Jordão: — Entre os selos emitidospara comemorar o 75"? aniversário daU.P.U., pela primeira vez surgiu a

inscrição "Reino Hashemita do Jor-dão"; todos os selos anteriores, doJordão, tinham a designação: "Trans-

Jordânia". Os selos são: L. mil, cin-zento-marron; 4 m., verde; 10 m.,encarnado, e 20 m., ultramarino, con-tendo o desenho do globo; sôbre estea inscrição União Postal Universal e1874-1940, em duas linhas; à esquer-da do globo, surgem estradas de ferroe montanhas e à direita, navios eaviões. Num selo de 50 ni,, verde,surge o retrato do 'soberano do Jor-dão, ibn Hussein.

Noruega: Selo de 30 ore, cinzento,com as mesmascorrentes.

"anuas selos

União Sul-Africana: Selos de1/2 pennn, verde; 1/2 p., encarnadoe 3 p., azul. Um deles, para come-morar o 75'.' aniversário da U.P.U.,representando Mercúrio dominando omundo e a África do Sul, proeminen-temente desenhada ao fundo.

UJi.S.S.: Selo de 40 kopees, vio-leta,, e de 1 rubi o, encarnado, paracomemorar o 150ç aniversário damorte da Vas? 1 ii I vario vich Bazhenov(1737.-1799), arquiteto. Bazhenov cons-truiu muitos edifícios e vilas que hojesão usadas como museus e centros dcarte, incluindo-se o atual Museu doExército Vermelho e da Marinha-Ver-meiha. Vice-presidente da Academiade Artes, por ocasião de sua morte,escreveu numerosas obras sôbre ar-quitetura, todas traduzidas mais tar-de para o francês.

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èln de 1 £, da Jamaica, em honraa plantação e manufatura do fumo

NOTICIÁRIO:

Recentemente, poucos dias depoisque o chefe de Estado sirio MarechalHusni Zayim e seu primeiro ministro,Moshen ei Barázzi, serem executadospor seus antigos camaradas, em Da-masco, as casas filatélicas dc NovaYork e outras grandes cidades, rece-biam unia série de dois selos, edita-

¦ r ,.~, ; ... f*»!^»*':' 'í "* '* - ,> IisSr^f^&K ¦^X^^i^^S^sr.-^t-ik *•&¦-'-

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Õ primeiro selo em que aparece a in^-crição "Hein'* H»whemif>! (1<, Jordão"^")0 mil, verde)

dos pelos Correios da Síria,de comemorar (segundo indiinscrição) a eleição de Zaypresidente da nação, em juimo. "Election du PrésidenfJuin 1949", surgem sôbre êssSôbre. um mapa da "Repubrienne" e raios de luz, surge.mizado, o Marechal Zayim-PnAlém disso há as inscrições:trás, nos selog azul-marron,postal comum ey no de 50encarnado-verde, aéreo.

Zayim, soldado profissionamiu o controle ditatorial iquando derrubou o Presidentetitucional Shukri ai Kuwatlyde março, ocasião em que eimeiro ministro da repúblicatransição foi comemorada (solo postal de 25' píastras c50 piastras.

As^im, esse Chefe de Estamal teve tempo para tomarmeti idas de caráter adminipois logo foi derrubado, por

executado sumariamente,para a galeria filatélica.

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perdido todo^o juízo de umee o orgulho também. Talvez eiconseguir um bom .emprego, . .ao menos, um de nós trabalhe

Claro! ¦•*Aposto! — chssimpetuosamente! -:

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Jucj pUI.cíii.1) btiiiv.1 t._.o Ijyul,.• j . 9 d i an 1 q ô x Iq .

Agora ouça, sr. Tapen.nhor esteve - fco-i^endo a tard-Nac está Ia*' iiitl!1o; ban. . .

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Fctso désatracou o correbalcão e, enterrando as ma-bolsos . respondeu:' •

Vamos, sim!Don respirou "pròfundamentt— Ta!vez ; eu , faça bom pi

do. ... joguei foot-ball muitosO outro porém, sem se aitéi

poricieu, simplesmente:Okay . . . Hsíou preveni

joe amda tentou dizer: o.U sen nor esta certo. . .

C u a rda m eu w h ik e y.volta agora ;íJíè^mo'. . . Sozi

Fora, estava, chovendo. D<tou a gola do paletó e car.ligeiramente, sentindo a visnublada.

"Estou bébedOf — dissemesmo. Estou bêbedo eestar forte e perfeito. Imbsou! Afinal, que culpa teipor eu ter perdido o emprecpode ser responsabilizado senão posso vender um arti

Cont. na pá£-

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alimentação dos ca-valos árabes é precisopreseiile, sobretudo

raça não deixa de per-h espécie eqüina; que sealimentar cavalosuo^ tais, exigem os mes-ncípios de nutrição que[ualquer outra raça.o da raça árabe exis-emplares que terão deostumados a comerie certas classes cie ali-

Sucede freqüente-:fiie alguns cavalos cria-região do milho dos Es-midos tem que ser ensi-

a gostar de cevada,são transferidos paia aPacífico. Há nãoanos, o autor deste ar-

que levar a cabo ai-vperiencias sobre a ali-

de eqüinos da raçaque haviam sido

na Califórnia. Estes ca-anca tinham provado'ara o.s fins destes en-

preciso incluir o mi-sua ração. Misturou-sebulhado com várias es-

grãos moídos e no-e, durante varias se-

animais tomaramoutros grãos e deixa-

cto no pesebre todo obulhado. Levando-ihes

«ío em quando à boca?r.ãps de milho, toma-gosto a este grão e fi-

começaram a comer

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tisfação™"110 °0m manifesta sa-No decurso de outra experi-«««; outros cavalos .foram**-min a

C°!" ensiJa«sem deno. Apenas um animal do8 >o recusou en, absoluto co-mei esta espécie de énsilagemDepois dc repetidos csfmçosque duraram três .semanas, emse fez tudo o possível paraconseguir que o animal gostasse^iM"'11'' '"-'""-

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EU SEI TUDO

ár«!w ra?a?' algU0S cavaIosai abes mostraram discrepâri-mas nos seus gostos. Há algunsque gostam de cenouras, en-quamo que outros náo as tra-gam. Enquanto que alguns co-mem facilmente maçãs, outrosrecusam-nas. Alguns cavalosárabes do Rancho Kellog mos-iram preferencia especial pelaslaranjas e outros, pelo contra-no, nao entram com eias.Nao há dúvida de que muitoscavalos árabes na Arábia e naíndia se devem ter alimentado,pelo menos em parte, de tâmà-ras e leite de camelo. O cavaloárabe e muito curioso e fácil-mente adquire o gosto para umagrande variedade de alimentos.'Uma regra excelente que sepode seguir na alimentaçãooestes cavalos, ou de qualqueroutra espécie de gado, consiste

nas tos que secultivam nos lu rtoares ou redon-

' .¦¦ '.¦'X'SvSi

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deste alimento, e depois' de oanimal ter perdido 00 quilos depeso, tornou-se necessário mu-dar-lhe a ração. E, não õbstan-le, a ensilagera de milho cons-litiii um .excelente alimento, esao muitos os cavalos nos Es-tados Unidos aos quais se oro-porciona esta ensilagern comoparte de sua ração.

Do mesmo modo que com as

dezas onde ;ão guardados osanimais. Os pastos cultivadospor conta própria resultam ge-Imente mais econômicos queos de caráter comercial já pre-parados que se conseguem nosmercados, Se depois de empre-gar os devidos pastos se notaqualquer deficiência na ração,so então se deverá recorrer àaquisição dos ingredientes ne-cessários, e que se encontramno mercado.

A ração fundamental dos ca-valos do Rancho Kellog consis-te era cevada, aveia, 'farelo

efarinha de linhaça, e de aveiae alfafa fenificadas. Não se cul-tiva no Rancho nem trigo nemlinho, pelo que temos que com-

-tf^^&si&^Aà&iamagíí^

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depois .1 poldras forani embarcadas com destino aoornais terem sido colocados ri bordo de um m

1*. t* g . ' 7*,"i r*^ "i n '>V \ L -X: J 11 i ti 1 í 1 t ¦ .

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êrno Ia Colômbia, em Bogotá. A fotografia obteve-se10. Cada poi dra vai em seu pesebre individual, dentroárabe, propriedade do Rancho W. K. Kellogg

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prar o farelo e a farinha de h-nhaça.

A ração de todo o cavalo,para que seja boa, tem queconter urna quantidade sijfici-ente de substâncias quc dêemenergia, assim como de pro-teína, sais minerais e vitami-nas. A aveia e cevada propor-

a devida energia. 0 fa-de caráter laxativo euma q u anti d a d e bas-

iante elevada de fósforo. A al-fafa fenifiéàda abunda em cáí-do e proporciona as vitaminas.Todos e cada um dos cavalosdevem pastar nos prados sem-pre que isso fôr possível.

As éguas para a procriaçaodevem ficar nos prados a maiorparte do ano. Se a erva re-sulta demasiado escassa paraa pastagem, completa-se comalfafa fen ifi cada e, èm dadasocasiões, poderá dar-se aos ani-mais um pouco de grão.

Uns quinze dias antes de aégua parir, deve ser trazidapara o estabulo principal ondepossa ser observada de perto;deve dar-se-lhe uma easa bas-tante ampla, com cêrçà de ea-íorze pés de lado, eom umacama abundante de palha lim-pa. A primeira coisa a fazerdepois de ter nascido o poi droconsiste era pintar a extrèmi-dade do cordão umbelical comtintura de iodo. isto se faz como propósito de evitar qualquerpossibilidade de infecção, e sô-bretudo a infecção chamada

j|; umal de umbigo". Além destaprecaução, deve chamar-se ime-diatamente o veterinário paraque vacine o recém-nascidocontra esta trabalhosa moléstia.

A égua mãe não deve recebernenhum alimento senão depoisde decorridas vinte e quatrohoras a contar do parto; maspode beber toda- a água que de'-sejar. Ao cabo de dois dias dá-se-lhe uma pequena quan ti-dade de grãos misturados, alémda ração normal dê fen o e for-fagem. Aí pelo quarto ou quin-ío dias deve colocar-se na ra-ção ura. grão de um bom pro-duto químico próprio para com-bater parasitos internos, o quese repetirá todos os dias até sélhe terem dado ao todo vintegramas da droga, isso auxiliaconsideravelmente a manter aégua e o poldro em bom estadode saúde. Depois de terempassado ura mês nos estabulos,deverão soltár-se a pastar nosprados.

Todas as crias são désrnámá-das ao cabo de sete meses. En-tão os poldros são transferidospara um curral onde possamcomer um pouco de erva e umapequena quantidade de grãosmisturados. Estes poldros re-çebem o primeiro tratamentocontra os parasitas internos mi-nistrando-se-lhes o remédio já

38« Ano Nv 6 Nòvt tubi li»*.5

O DIA DE UMA ESPOSA

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indicado. Nesta altura devemser acostumados a ser condu-zidos por uma soga. Assim sétornarão mais mansos e, maistarde, serão mais fáceis de eon-duzir.

A melhor regra na alimenta-ção dos cavalos consiste em dar-Lhes um quilo de grãos e ume meio quilos de fe.no ou forra-gem por cada 100 quilos depeso vivo do animal. Está quan-tidade é indicada para o ca-valo que estiver fazendo muilotrabalho. No easo de um ca-valo de monta, o equivalente aeste trabalho seria se fossemontado durante oito ou dezhoras ao dia. Para um cavalode lavoura isso significa o tirode um pesado arado comum oude discos, ou. a tração de gran-desj cargas. Se seu

"'trabalho di-

miniii ou se a energia ou forçadesenvolvida pelo animal é me-nor. deve também cortar-se aquantidade de grão em sua ra-ção. Os cavalos cpie não esti-verem trabalhando e a.s éguasde criação podem geralmenteser mantidas com uma boa for-ragem de feno ou erva, sem ne-cessidade de grãos.

Claro está, que se torna ne-cessário ter presentes muitos

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outros fatores destinadomanter os cavalos era bomtado de saúde que resulI ço-nômico. além da quantiadequada de sustento. Òlo é como ò ser humano nodiz respeito às preferênciascertas comidas. Gosta devariedade de alimentos naração. Urna pessoa se canfacilmente de comer batata!guidamente, sem outro alto, e um cavalo se cansa dmer apenas cevada. Porpreciso dar-lhe alimentopelo menos quatro fontetais diversas, devendo-senar as proporções dè eacdos ingredientes de quan d-quando. O cavalo é um se.penso a adquirir costumesque se adapta com faciliíreceber sua ração a inte'regulares durante o dia.

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Era cada 100 quilos dtura de grãos é precisodois quilos de sal. Alemtodos os cavalos devemalcance blocos de sal,quando estão pastando nódos. Iodos os compartdo estabulo devem estardos de um recipientetico para dar de beber ao: an

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curioso ver com quetade o.s cavalos árabesínderii a servir-se deste be-

o automático, com o que¦m água fresca cada vezo beber, ban caída curral

to temos um tanque deonde vai beber o gado

Este tanque é providopequena válvula flu-

qual volta a encher ole água fresca cada vez•avalo satisfaz sua sede.

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para separar o gadoienígero

as de madeira leve, comaclarnente 1,2 metros de

.o dc primeira ordemrar a.s ovelhas que es-

do. do resto do rebanho.

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para os bovinos

iis para bovinos deve-parte integral dc todateira. Freqüentemente¦ entes no trato dos tou-

que por outra parteer-se evitado "se se ti-

-vido na granja os de-

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vidos currais para estes animais.Nos currais os touros podem tertodo o exercício de que necessi-tam. e neles os touros velhos po-

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ílâ muitas centúrias, na Inglaterra,um dos importantes cargos na corteera o de Sxperimeri tador do í.<'iíoBeal. Seu trabalho consistia em dei-tar-se no leito real, rokir sôbfe o col-chão» palpá-lo em todos os pontos, aOm de certificar-se de que nenhumpunhal ou qualquer outra arma, eon-tunderite <» venenosa, íõr;i aii trai-çoetrameníe colocada por algum rios

inimiíços do . s<»b<jrano

ei; sei "ruiUi,.

dem manter-se em serviço dui*ánte mais tempo; ©onstituem un.fator em que todo estanciemdeve estar interessado, pois nestes currais a tarefa de cuidardos touros torna-se mais segur|e mais eficaz.

REINO ANIMAL

Surpresa Em Worcester, Massc.riusetts, um dentista anunciou tor er,centrado um cliente possuindo. . . trir,,ta e dois dentes sãos e perfeitosJ -Em Baltimore, um indivíduo que pricessou urna companhia de ônibus, exairidò 5.000 dólares de indenizaçãopor prejuízos físicos sofridos num acidente do tráfego, teve ganho de cause„ recebeu... 5 000 dólares mesmo*-

Falta de ocupação — Num hcspitade Chicago, um cirurgião anuncia cfu.poderá pintar lindos motivos, multiccloridos, no gesso protetor das .rato.ras de seus clientes, mediante módic<

«iPiSi:..: * fifi''".:..JÈÊi'y't-yn%^l'¦&:::&% •.'¦'"-v.V.: • V': . .*te;,

Jüiiienlo no preço da operação; èera Balíimoís um homem que se ass*;na Editerids Pediterdis afirmou qu_-seu nome s<!ers?

jroiiuncia Edwards P*-

ingênuos En: Kansas City, o ed;tor do "The Star' recebeu carta cU-ura assíduo leitor que lhe indagave-"se era verdade que todo indivíduocem mais de Im.89 de altura estaveisento do pagamento de impostos";e em Newark outro indivíduo quericsaber se realmente "todo indivída^aue houvesse doado sangue para tBanco de Sangue do governo tinhodireito a um desconto no pagamenh-de seus impostos".

Gente esperta Em Kansas Ciu-um ativo bookmaker escreve todoí-os palpites de seus clientes em pap®,fabricado com material semelhante a<da hóstia, que engole com incríve.rapidez sempre que se aproxima uhl

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r'£./w literatura, não há quJlidades te supram ¦ a língua

10$Ü VERÍSSIMO

TÉCNICA DA COMPOSIÇÃO

VÍCIOS DE LINGUAGEM

^ Aos que falam ou escrevem cumpre escoimar alinguagem de vícios que a enteiam e comprome-tem, deixando entrever descaso por assunto cierelevância. O estilo, na linguagem falada ou es-crita, é um traço inconfundível. Devem todosaperfeiçoá-lo com o que só têm a lucrar ria aparencia e no respeito.

Há üm complexo de condições que definem apersonalidade: a cultura, os gestos, o vestuário.. .A linguagem entra nesse complexo capaz de abrircaminho para as mais elevadas-conquistas, ou deconduzir às mais íragorosas derrotas.'A cacofonia é dos vícios que mais prejudicama linguagem.

Segundo definição de Sousa Valente, cacofoniaé "vício de locução que consiste no mau som re-sultante da reunião de duas palavras ou de sila-bas ou letras de diferentes palavras" (DicionárioContemporâneo) . Compreende o hiato, a colisão,o eco e o cacófato.Hiato é encontro de voses iguais: fala à aza.¦ Colisão é encontre de consonâncias iguais; oracp roeu a roupa.Eco é encontro de palavras com a mesma ter-rninação: igualdade da liberdade.Cacófato é a palavra resultante do encontro deoutras: da nação.O hiato, a colisão e o eco facilmente se evitam-basta substituir os vocábulos ou alterná-los. De-mais, não ferem muito o ouvido. Cs cacófatos,a semelhança cio exemplificado da nação, surgema cada passo, criando situações vexatórias em-baraçosas, ridículas.Rui Barbosa, na Réplica, depois de transcrevero velho Joao de Barros ("cacófatbn íl) quer dizermau so?n, e é vício que a orelha recebe mau- ecomete-se quando ao fim cie uma palavra e prin-cipio doutra se faz alguma lealdade, ou siqnificaalguma torpeza" — GRAMÁTICA), observa* "abs-

:enno-me cie transcrever o exemplo ciado porJoao cie Barros porque, atualmente, o papel im-oresso não o sofreria".Os cacófatos admitem classificação, conformeâ natureza.Castilho, no seu Tratado de Metrificacão as-sim apresenta: "De três sortes pode ser a^cacofo-nm: ae torpeza, de imunãicie e de simples desa-

-*

(i) Cacófato, ou' cacófaton.-k * * * * * * *• •

riscai de governo; e em Indianopolis:utrc ^infrator introduz tòcias as listasruim falso charuto que explode e ficareduzido a cinzas, logo que a polícia\4 aproxima.

ua-en-uniAn•¦¦¦ \ y. *

SÓado

OUala

in

grado. Torpeza, quando as extremidades devras comesinhas produzem um vocábulo iute. Imúndície, quando de igual união provetermo repugnante em conversação de pess-iicadas. E será ainda vício deste gênercfazer lembrar palavra inclecorosa. O desacacofônico pode ainda ser de dois moclcquando da continuidade de dois termos seum terceiro e bem perceptível, sobretudosignificação é desagradável e baixa, ou .quando, sem formar vocábulo algum, dacombinação pouco bela".

E exemplifica, através de Camões:'"Alma minha gentil que te partiste""Em Meca cada qual se apresentava"'Tens-me já dado amor, bastante pjenas'"Mas morra enfim às mãos da bruta ge"Vendo a sua ré linda, el-rei perdoa"."Outros escritores não têm fugido ao o,cacofônico, e entre eles podemos citar LuiSouza, Duarte Nunes, Fernão Lopes, Vieirat- Herculano, Castilho, Latino o Coelho

Lembrem-se, no entanto, os leitores '

vertência de Rui: "nem tudo nos grandestres é imitar. Mestre dos. mestres," primemtodos eles é Camões, e não se escoime a talpeito de falhas memoráveis".

C O R R E S P O N D Ê N C I AR. R. (Nesta) Consulta-nos a respeito d!visão das palavras, no fim da linha/De acordo com as regras que precedem omulario Ortográfico, da Academia Brasileiratrás a divisão de qualquer vocábulo, assinai.

CÍP

:ie

e não pelos

vi

pelo hífen, faz-se pela soletracão,elementos constitutivos segundo a etimologiaDai as normas:l.a A consoante inicial não seguida de

permanece na sílaba que a segue: mne-mô-pneu-mk-ti-m.,. 2*£ ° sc no interior do vocábulo biparte-tieando o s numa sílaba, e o c na sílaba irnediaa-ao-Zes-cen-té, pres-cin-dir.

3.a ___ Forma sílaba com o prefixo antecedenteos que antecede consoante: ads-cre-ver, íns-criçao, swbs-cre-ver-.

4.a — As vogais idênticas e as letras dúplices cc.cg., rr e ss separam-se. ficando uma na sílabaas precede, e outra na sílaba seguinte: ca-aga, co-or~de-nar, oc-ci-pi-tàl, res-sur-gir.A. V. (Paraná) . ''Passear e estudar é tarefaagradável" esta certo. Ensinam os gramáticos <o verbo ser, colocado depois de dois ou maisrimtivos, pode ficar no singular, quando se besegue um substantivo dêsse número

* * .-Ír *

garrorela

que prendera no lábio caiuura da camisa, queímando-ccruelmente no peito... que tinha bas-tante peludo. Em Washington c donodf uma fábrica de móveis despertou

em razão de ter páriidacama em qúe dormia, ati-

Josó Ricardo Net• i* * * ir + ¦ *

Excesso de rigor • Em Los Anim

ueitífrincejuiz multou a si próprio em

lares, depois de reconhecer qutinha

um pé da

razão e que,em voz

Massachusetts.

de iatemuito baixa;

falia de sorte — Ern Dallas, Texas,im chefe de estação de estrada de*srro; enquanto esperava um trem'certamente atrasado), bocejou e o ci-

rando-c ao solo. Resolveu a<noite dormindo sobre o tap

¦ VX >„• K^X x a

uma norcündo-se un

depois um armário, par-n pé, tombou sobre êle, pro-•Lhe graves ferimentos

© em Salem, Massachusetts, unnhora solicitou divórcio alegandoseu marido era a coisa mautante deste mundo, chegande a<cúmuh de querer lavar, êle própriosuas camisas e (vejam só!) cozinha:e almoço e o jantar!

. <*_. .'y„-

m No 6 — Novembro — 1949

_os lá para fora(Continuação da pág, 72)

cu se tenho medo de minhaQue briga estúpida!".para uma explicação:

Quero dizer... — começou. —;o que agi mal. . . Deve com-

. porém, que estou embria-coisa que pode ver. . . Tive

imentos com negócios. Nãc

repenáidc? E' tarde... SigaAH há um bom Ia gar.

nm falando, Fatso obrigou :empurrando-o sem cerimô-¦ a frente, como um adulíc

tf.:: criança. Poucos ..-.er-[rou. i_,uiao, cen:

i.vOOU, _. !_¦ I; i •_. ti '"jcísc í> Nela ra*¦' ¦ ¦

-aiya . . trouxa . Tr-r-

aj.íur-_ ao3.1a pro'

prec isanOh. 3i

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sia-

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trate

.nristi_réySer .<_

7aq;JO.T.

automaticamente, fêz um me-eni busca cia carteira. Em

náo j ode atirar contra

"• ê o qae você pensa.ensou em Polly. "Don — teria

Você não está apenasVocê está maluco também.

_ justamente, um desordeirode revólver para vítima de

vocação! E além do mais deicubar, justamente agora queios de poupar cada níquel!

Estou cansada. Estou desa-a Assim não pode ser!".o falou;

bom que saiba: sou apenaslanfe de vendedor. . . e urr.

• auxiliar. Mas também tra-:á O Sentinela. Ora, vo:

que a gente de imprensade ver um colega assai-

am patife ¦ qualquer, armadeer. Justamente o maior re-

>licial de O Sentinela esE viu você! . . .üsse: "Que me importa?'

mão instintivamente amole-gixou para o chão a ponta

cou hesitante, um momentolo se devia aproveiiar a ceasíerir um bom soco e correr.

de Fatso não o poupavam"am êsse gesto extremo. Po.adversário não estava tão im-

e seguro, agora. Ao con-Erecia disposto a ouvir. Pa;s)on. agora, sentia de nove

firme sob os pés. O arou-cegava-lhe, fácil. . .igo mais! acrescentou, in-

— Se houver qualquer re-na galeria policial, Mike

>rá você facilmente. Se nãcsse retrato, êle poderá des-

cê corno se estivesse pre-delegacia. Você deve sabe,:

é! Não poderá escapar!lhou para o revólver que

mao. Com o mesmo geste>m que o empunhara, guar-ramente no bolso.

77

Eu devia bater em você atéiá-lo em polpa — falou com

2. — Você bem sabe que eu)odia fazer isso. Seria até um pra-er para os meus músculos, aue sãoembora não tenha jogado foot-bali. ..

teve-se, com ar penalizado,, econcluiu, num resmungo:~~"Mar'--- Nâo. clesejo complica-

isso. . . pode ir, honiião!cm esforço que Don se con-orÇado por um restinho de31(5nidade, e caminhou naturalmente~: r"'-x ":í esquina. A partir dali

aeu lento quanto pôde até"•' diante da porta de joe. Jáne trinco, procurou reto-

fôlego, antes de abrir.aa_. o viu pritTP" K/fíV.^ t,;_i

surpreendido e satisfeito,juntou, com ar brincalhão:

super-homern! Conte - nos,_m que estado deixai ¦.-., + »-__

pendeu. Seu whiskéymesmo lugar; sobre o bal-

casse ele Joe. . . Quan_.i:

volver co_:' isso, hein

d 9 '¦sereis'?

toe

? P

d^

quantovocê í

Don tomou üm bom gole antes deresponder, abanando a cabeça:

Mada: Foi até engraçado, Joe!¦aueeme uma boa mentira e con-

segui convencê-lo, primeiro, de quedevia atirar contra mim e, de-

depois, que não devia tomar-me se-quer um níquel! Falei tão bem que

-_ •'-;1, .ÍVUK8

;-liu a mentira!extremo r\n

como um bom "vendedor"mesmo.

:n sentiu uma vontade louca deesmurrar o comprido nariz de Mike.Chi Aquele sorriso zqmbeteiro!

Porém logo pensou em Fatso. Pen-sou, a seguir, que conseguir enganar•um cliente e obter um "bom

pedido"era muito mais fácil do que conven-cer em proveito próprio um adversa*rio que empunha um revólver.. Epensou também que gostaria'de vera expressão de Gilbert, quando lhecontasse a história. Sem dúvida, de-

eis disso, Gilbert não poderia maisdizer que êle não era um vendedor.

Então vcltou-se para Mike e disse,com cordialidade:

Nem pode imaginar como foi acoisa! Só sei què aprendi um pou-quínho mais a viver. Joe! Serve umdrink ali ao amigo, enquanto ligo.ara casa, a fim de avisar que chego

um nouco mais tarde. Depois conta-rei a vocês como foi a cena.

A meio caminho deteve-se e, pis-rando um olho para Mike.. acres-cen tou:

— E o mais engraçado é que euteria apanhado urna boa surra deFatso, caso êle tivesse preferido ape-nas briaar!

EU SEI TUDO

Baby-Star(Continuação da pág. 12)

êle. Passou a representar. Não maisviver. Repentinamente aparecia Mo-nica, encantadora, deliciosa, quaseuma menina. Porém não era bemmocidade o que buscava em Monica.Era amor. Amor para com êle andar,de mãos entrelaçadas, através dosanos, conforíc-velraen.e, tranqüila-mente.

E, repentinamente também, sentiu-se cansado. Não velho. O pensa-mento da própria idade era coisa quehá muito afastara de si. Apenas can-sado. Não queria ser jovem, agoraApenas real. .. e não ficar só...

— Eu lhe direi, mais tarde, o quetiver resolvido.

O iate "Vagabcnd" estava pronto>ara sair e Charles Van Alen estava

pé, no extremo do pequeno cais,rosto voltado para o horizonte, irs-

decisc.T T,Uma vozinha falou, atrás dele:

Olá, marinheiro! Para aonde pretende ir, sem se despedir?

Êle estremeceu violentamente, vol-íando-se. Ela estava toda de branco,toda orgulhosa no seu uniforme es-por tivo, que lhe dava a aparênciode um garoto que está pronto pareir ao circo. E a seus pés estavamvárias valises.

O coração de Charles bateu vio-lentamente.. Tão linda, tão querida,tão. . . tudo o que êle queria! Porémqualquer coisa, a despeito do quelhe pedia o coração, íê-lo permanecerfirme.

Você não pode vir — disse êle.Não me despedi..", porque nâo

foi ¦ possível. Algum dia você- com-preenderá...

Porém no fundo dos seus olhoehavia mágoa indizível e ao mesmotempo medo e também um sentimentode alívio, por pensar que CandyWaring estava em baixo, na cabinee que isso ajudava a ter coragemdiante de Monica... para mandá-laembora.

Charles partiu e per muito tempeela ainda ali. ficou, no pequeno cais,observando a masireação diminuir, di-minuir contra c céu sem nuvens, le-vando-o para longe dela. Bob tinherazão.''Êle se cansaria depressa...E ' isso aconteceu, mais depressa: dcque poderia recear. Beijara-a, sim-plesmente... e partira.

•Jacques Ranier tinha o olhar carre-

gado. Se lhe fosse possível ficarzangado, alguma vez na vida teriaficado muito zangado com CharlesVan Alen. Fazer aquilo com essapobre, boa e delicada criaturinhatão brava e tão decente!

Para dizer qualquer coisa, falou:

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- Seu contrato está pronto, Mor,€Q. Gostamos do seu trabalho. Cr. .Hoííenstein faz questão de ter você

io próximo filme. Você quer trabã-a ai imediatamente?

Sim, quero respondeu Mo-oca.

O produtor pigarreou fortemententes de dizer:

imagino que tenha acontecido:iguma coisa. . . Charles é homem

Kstranho,. Leva uma vida como cie um filme. . . E, entretanto, sei queiosta de você... Que precisa de¦océ. Mas vive representando. . . Con-esso que me preocupa a vida queMe leva.

Infelizmente não há nada a íadisse Monica. Êle não me

:uei.Hum. . Mão estou bem certo

risse.Sabe se. . . Miss Waíing esta

;pin ele? perguntou Monica. Umi-ramente.

Gorando, engasgado, Ranie: res-¦ ondeu:

Lamento que saiba. .. a res-jeito. Eu nunca teria dito a você.

Nem todos têm o mesmo escrú-pulo. . . è gentileza.

Ela não serve para êle — dissegegues;. — E' boa pessoa, não nego.

Mas só serve para atrapalhar a vidaíe Charles. Monica! Afinal, que acon--ceu?

Não sei. Talvez eu não seja;_*P jovem come êle desejaria. . .

A caria com o carimbo de Ense-oada estava sôbre. a mesa de toiletie.p envelope foi como uma terrível:meaça para ela? Uma desoedida•ormol? Ah! Não poderia ler isso;gora. Mas urna curiosidade febril'ê-la rasgai o envelope, enquantoensava, esperançosa: "Uma expli-¦ação? Uma desculpa? Esperança?

talvez o mapa de todo o resto de•oa vida estivesse naquele envelope!As palavras escritas diziam de ma-

eira hesitante, repetida, nervosa, que:,eu amor por ela não tinha limites.

.Ia vrçx tudo, resumia tudo, repre-entava tudo corn que sonhara em• •dc a sua vida. Mas era umariança* e ele tinha quarenta e quatro

¦ nos. E terminava com uma fraseoais ou menos assim: "A vida nosregeu uma triste peça, minha Mo-¦;\ca. Por que você não nasceu dez

mos antes ou eu dez anos depois?"...

A lancha, repentinamente, parou de•Lncar e agilmente foi encostar juntoao iate "Vàgabond". Durante todo

trajeto do cais" à elegante embar-ação, Monica pensara em Candy'aring. E foi Candy Waring, justa-tente, a primeira pessoa que viu,•o pisar o tombadilho. Candy em-tâazllot de banho de lastex branco,imando banho de sol estirada nc

deck. Sentou-sr- logo que viu Monica

78

e a seguir ergueu-se com gesto pronto,como uma gata, os profundos olhosnegros dilatados.

— Então decidiu vir? — ¦ disse Candy. — Não gosto de ser indeliçada.minha cara, mas é impossível dar-lhe as boas vindas. Sei que vocêé quase uma criança. E talvez sejatão inocente como pretende ser. Estoumesmo inclinada a acreditar que éMas, se quer um bem conselho, voltaagora mesmo. Vai para o meio dcseu team. Algum dia, quando tivermais capacidade, então, sim, poderávir fazer parte do nosso grupo. Charles nao a quer. Você o aborrecemortalmente. Portanto... vai dandeo íora, garota. Vai fazer vestidinhospara bonecas!

Monica, porém, não pareceu ouvi-laApenas procurava Charles, com colhar. Não o avistando, chamou-o:

—¦ Charles! — gritou com a suavozinha clara. — Charles!

Êle não tardou a subir e paroujunto da poria, olhando-a como senão acreditasse nd que via.

^ — Tive que vir disse ela, sim

plesmeníe.Candy começou a dizer uma série

de coisas, cujo significado era total-mente estranho aos ouvidos de Mo-nica. Realmente não soube monteia linha.

Charles... Por favor... Leve-adaqui — pediu Monica.

Charles Van Alen se assenhorecuda situação.

Desce um instantinho, Candy —disse ele corn a sua voz tranqüilo*de sempre. Porém seus olhos — segundo Monica pôde observar, nãccorrespondiam a suas palavras. Can-dy respondeu qualquer coisa, porémCharles fitou-a novamente, sorriu edisse:

Candy, procure ser uma dama— E noutro tom: — Desça! — or-denou.

Logo que a viu desaparacer, disse:Fêz mal em vir, Monica.Tinha que vir — insistiu ela

Por que, Charles, tudo o que vocêdisse na carta é verdade, exceto. .Oh! Como fui louca! Oh, meu Deus.se você tivesse dito aquilo antes!

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A razão porque so ai*mim. ., Sim, Charles! Ohiciso ter paciência comigo. .devagar, sim? Não tenho,anos. Tenho vinte e sete! QSempre fui assim,,., aparemuma menina. Quando vimwood, nunca imaginei tentaicomo artista e menos cdn<'baby-star".

Por isso acheigraçado...

Charles Van Alen liceutante sem voz.

-- Sim, querido. Sou ume mentrosa — confessou o Ia valery 3ntfcTenho vinte e sete anos. .sou uma debutante. Não tenh*quer parente. Vim para Hoporque precisava ganhar min rida.Conheci um senhor em Nove Yoúparecendo sei muito relacionada n<meio cinematográfico. Deu-memente um par de cartas de redação. , . Porque sabia que ccisava de ganhar a vida paimesma e. . . Para meu filho,Tharles, perdi meu mando na guerra

Não é possível... Nãoacreditar que você tenha vintesete anos. Você está querendo 8*fazer de mais velha.

Querido! E' a verdade . .nasci dez anos antes"! — disse elecarinhosamente. — Olha para min.Charles. Não para a minha roupepara os meus cachos ou a minhçpele. Olha para cs meus olhos.o fundo dos meus olhos, Charles,

Charles Ven Alen olhou comoela podia e. . . perdeu-se inteirairnaquele abismo sedutor, do qual nã<soube mais sair. O beijo que trocoram foi mais ionao do que o do finado filme "Duquesa de Nova Orleans"

Mas — disse Monica, pouopois. — Que faremos de Candy<

Charles Van Alen acariciou omoso bigodinho.

Ja sei! — disse ele. —isso é mais um "triângulo'sabe. . . Eu sou uma autorídad oetriângulos. Isto certamente de te:saído de mais um de meus pas? ide*filmes... Deixarei este iate pa*Quanto a nós, vamos nos cas^ rn:México, que é local românticeisso. E logo depois regressarem > ckavião a Hollywood. E' precis<esquecer: estão esperando voeum iilm ei

Entõo. . . Você quer queíiriUG no cinema?

Claro, meu bem. Umadoméstica seria enfadonha,ríamos sem assunto para cõiiv "sai

E, além do mais, Benson nãc can-satisfeito com você dentre decuidando de tudo. . .

Nesse instante, Monica opeu para dizer em voz grav

Sabe querido? Eu te amo!Esto é o pior lugaT do

para você me dizer isso! — âedlaro)Charles Van Alen, enlaçando-** anitrcoamente. Mas felizmente 1?é apenas o começo I

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QUINTA-FEIRA - Truman afirma aue , ..¦os, iniciada pela Rússia, termlnaSATA BU<>Vra,munistas". - RecrudeL T^ " a rondi^rvcçruaeace a campanha cio Cominmtr. a Iugoslávia. - Na Bolívia, divems cid^eã•n estão em poder dos revolucionários. _ Divuit 1mo da aviação aos revoltosos. - Grunn, kucdos pelas tropas governistas, procm™

°^^;•rr, ,,no argentmo, onde sâo desarmados. - eAL imcedido aos suplentes dos chanceleres do* «n ?

para elaboração do Tratado ,,í Quatron. ,, tratado de Paz eom a Ain-Dív ,*,,-,,. qUe os representantes das naçSes signado Pacto do Atlântico cuidam do estabTeeimenfô.tro zonas de defesa. - A Argentina (^ ~ °

o i H" Setembro, em todas as unidades e stiu to:ito. como homenagem ao Brasil - De v. Irtevidéu com destino ao Brasi!. o ministro dá Defesa 1A"-'1'1 A tn3taIa"STe neSta rii)Ra! a emissão na^ona°Santo . - Instala-se em Araxá o "T n«

nal'Medi do Brasil Central" Congresso

3 SEXTA-FEIRA - o rádio e a imprensa de Moscouata. , violentamente o marechal Tito." _ A, //// °

ii/-:' »'«"••"-¦».,. stivera ,m excursSo A o,o da'•egressa precipitadamente a Belgrado inidandm"d,at;' conferência com os chefes miiitLes - wlshW» *tudfl a possibilidade de o Pacto rio AtlânUcí', '//A "te

A^° "«lo Acordo do Mediterrâneo"•"* "m Vlcna relativamente aos termos do tmuo dc paz. - Chega ao porto espanhol de Ferro] o raro^lonr. ;3 norte-americanas, em visita d» ,,V"-. <¦ -.1 .laita Cie COrtcSia «Jfi.rln°-ssa u primeira desde antes do '.ninin w. -,*• ' ~imoEmpresta-se a esse Hu/Z-rAAiZ- -

Ult""a suerra-a esse tato grande importância política, comoütato »Prox.macao

espanhoia da frente ocidental3 -SÁBADO -Na Assembléia Consultiva ria Europa<*fio que nenhuma dúvida evisf-P m-rt * * ^ • í

f A!r,!ha ocid-ta>. - ^-' ^qru,_a h s:~ %*

° -tabelecimento de uma moeda comum* Miro^a- O governo da Iugoslávia desmentele que esteja examinando a possibilidade' daterritório pelos exércitos da União Soviéticamo nacionalista chinês confessa ser crítica aAmoy. estando os comunistas a 40 quilômetrosDesmente também a notícia de que Chiang-na referida cidade O Papa Pio XII

i no tirnvasão

O ',:«tuaçãilessa rSai-Sheic-usa -a

» rèbo'ivre .;.imertCdassim,pacifíct;telhou•Tn p,,,

•í ~_Meia (:milha;uta cno*.Longn'ms !,U5,

contra•>r» rude* íhiss;Nnya v

¦o. orna de perseguições religiosas, passando assimas alegações desse país de que a nação está<smo comunista. - o alto comissário norte-^ Alemanha Ocidental afirma que esse paíso seu novo governo, ressurgirá como Estado.';'n;s?nilivo- Revela-se que a Inglaterra acon-Grécia a evitar a invasão da Albânia., mesmo"uirao dos guerrilheiros derrotados.

^ÍINGO — Fala-se que 3erá abordada na Assem-

tlva da Europa a imediata admissão da Ale-nta\' Desenrolam-se >m ambiente de absor

trabalhos preparatórios para a instalação doias Tvuti -Unions britânicas, apesar de peque-Cações operárias em contrário. -- Às forçasrnò boliviano prosseguem em marcha l.mta

>JQâo rebeTde de Santa Cruz. tendo retomadoabates a cidade de Sucre. — Revela-se que

convidada fiara enviar representantes a;l'i dar prosseguimento às conversações ini-

-1*1 STB^H mmmYmiMmmViiMdOJaA'

Wkr ^M_\ | 1 ' ^^ B L '" _^_m^~^^^^^m m w. % I !*I_JL^^"^^^

OS FATOS OCORRIDOSEM SETEMBRO DE 194Ç

IntrhVW, ^- Áustria.. ~-- O aviador Bruce Cunn-' n mumha

aend° - Tr°KU Tho^^' -tabeiece no"pet^o^oTer ZtAZeWT^' ^ »"»» C°'-

aviador nrvi acsastie com seu aparelho o famoi»'.a^adoi norte-americano Bill Odom. - o Pãn« pí. v,-em diSenreiri ,.^;..i 3. u ^apa Pio Alia .iu!™:. U""a ^ a lKr"Ja ° direit0 de educ,-

roolã f ^DA-#^ - Na Assembléia Consultiva K,?opeia e lido manifesto de Winston Churchill o a*'i-ia^ue desde 1942 aquéle estadista üSSU° ££áosaig^rda"izr nvr&it-a defpsa contra'"

-resso dW-S ,US;STla- "~ l"stala-sô em Londres o Cor,-

o P aritio a i" UOnS' t0ml° Sè" PFe3Ídente conclama,,operariado a insurgir-se contra as greves ilegais e à n,ciplina sindical. — Na nas^c^,^ A ..AA

lle&ais e a aí;"(Labor Day) nos Estadnt '8

d° TrabaI1»'condeno r ;nf, ad°S

Uniaoa' ° Presidente Truma.».«ue.na os interesses nrivadoq P t-.rm.ai-ncx **-*>-as classes pobuíareq

pn"ados J pistas, que ameaçar*,populares. - Após rápida mas sangrenta lut*US 'orcas <rnv^rniüfnn „^ '-"¦«ib*WHa JUt»grovernistas recuperam a posição vantajosa qu*

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uo.- e axilas comprometea sua presença na rua.nas praias e nas reuniõeselegantes. Para eliminar^s pêlos supérfluos naoase lâminas de navalha;use RaCé. o maravilhosoe eficaz depilatório em póperfumado. — Elimina-.om incrível rapidez ospêlos incômodos.

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haviam perdido para os revoltosos, na Bolívia. — Divul-gada mansagcm do Papa Pio XII, dedicada à União Cato-liça Alemã. Chega a esta capital a delegação da Argen-tina aos festejos do Sete de Setembro.

¦ TERÇA-FEIRA —- A Assembléia Consultiva da Eu-ropa estuda urgentemente um plano para a unificação dasdemocracias no Velho Mundo. O Congresso bolivianoanuncia que vai investigar a procedência dos boatos deque a guerra civil está sendo auxiliada por uma potênciaestrangeira. Pensa o governo nacionalista chinês levarà consideração da O.N.U. a guerra civil que ensangüentaa China. —• O Congresso, das Trade-Unions britânicas,reunindo S milhões de trabalhadores, decide retirar-se daFederaeão Mundial dos Sindicatos, dominada pelos comu-nistas. A Inglaterra receberá da Rússia um milhão detoneladas de cereais. — Washington considera a decisãoprolongando por mais 5 anos a vida do Instituto de Assim-tos Íntér-Americanos, uma importante expressão da poli-tica d.e Boa Vizinhança. — Chega a esta capital a-delega-ção uruguaia que vem tomar parte nas comemorações do7 de Setembro.

— QUARTA-FEIRA Iniciada em Washington aConferência Econômica de que participam os Estados Uni-doW Canadá. Inglaterra. — Instalado o Parlamento recen-temente eleito na Alemanha, sendo escolhido para pre-sidir a Câmara dos Deputados o sr. Erick Koehler e aCâmara Alta o sr. Karl Arnòld, ambos pertencentes aoPartido Democrata. Cristão. — Progridem as tropas go-vernistas. na «Bolívia. O governo de La Paz decreta oembarg;q•...dos- bens.;pertencentes aos rebeldes. — Sobre oCongresso, da Paz, 'que ora é realizado no México, a im-prensaYhórté-americana declara que ali se deseja a paz...ganha .«por Moscou./ sem condições para os vencidos. —Chega a vez de a imprensa iugoslava atacar violentamenteMoscou e o Cominform. :acusando-os de estimular a divi-são da Iugoslávia. — A Rússia veta. no Conselho de Se-gurança. a admissão do Nepal na O.N.U. — Violentochoque- entre a polícia e elementos do Partido Radical, emBuenos Aires. — Falece o ex-ministro da Justiça do Chile

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e jurisconsulto de renome internacional, sr. LuizFredes, Realiza-se nesta capital a imponongmilitar do Sete de Setembro. — Regressa a L,visconde Jcwitt, lord chanceler da Grã-Bretanha.nemente inaugurado o V Congresso Brasileiro d.gia. Encerrado em Araxá o I Congresso MeBrasil Central,

— QUINTA-FEIRA — A Inglaterra, por int<de Sir Staíford Cripps, põe cartas na mesa, em xington. expondo aos Estados-Unidos aquilo de qu<para enfrentar a crise financeira. — Na Àssembléisul tiva da Europa cria acesos debates o projetodireitos fundamentais do homem. — Tiroteio nados Deputados da Colômbia, tendo morrido oGustavo Jimenez, do Partido Liberal. — Revelade calma a situação na capital, embora de agitaçôinterior. — P^alece em Munich Richard Strauss, c<tor alemão. — Anunciada para segunda-feira ado presidente da nova república alemã.. — A Inorevela toda a sua simpatia pelo novo Estado alem;A Comissão Especial da O.N.U. revela ser grave ação na Coréia, sob a qual posa a ameaça deguerra civil. O governo argentino envia ao Conprojeto abolindo a obrigatoriedade d.- ter o peso artino um lastro de 25% em ouro e divisas. — O "Fi.Times" acusa a Argentina de não estar cumprüid iformal promessa de fazer remessas financeiras p,Inglaterra.

SEXTA-FEIRA — O delegado uçrariiano no Coi»-selho de Segurança acusa o bloco ocidental de bloc eara adínissão de 13 países à O.N.U., e num ataque diretooo Vaticano afirma que os governos- búlgaro, húng erumeno não combatiam a religião, quando processavamlíderes religiosos, mas apenas resistiam aos clérigos qüefaziam uso da religião para inconfessáveis intenções pob-ticas. Os ministros do Exterior e do Tesouro ãi h,-glaterra advertem, na Conferência de Washington,edifício da paz poderia ruir como castelo de cartasnão venham a ser adotadas medidas tendentes a cc axa ruína da economia britânica. — Washington pr<a retirada de quase todos os r< presentantes conseamericanos da zona chinesa, ocupada pelos comunista.;Prossegue "esquentando" a "guerra fria" entre M¦ Belgrado. — O chefe do Estado Maior soviéticoo marechal Tito, chamando-o d" "Judas". ABranca anuncia a renúncia do seu embaixador em BiAires. — A Polícia acusa a Iugoslávia da prática defreada da espionagem. — Grave a situação interrColômbia, após o tiroteio na Câmara de qur resült*morte d- um deputado. O dr. Luis Gallotti eí(a ministro <Yo Supremo Tribunal Federal.

10 — SÁBADO — Anunciado na Hungria o próxiimgamento. de 7 pessoas, inclusive alta patente militarex-ministro do Exterior Laszlo Rajk. acusados de tetiva para derrubar o governo e transformar a Heem colônia da Iugoslávia do marechal Tito.ram-se os comunistas chineses para violenta ofensiva m-tra Cantão. — O Papa Pio XII emite' decreto dis]que os católicos, salvo certas exceções, não poderão gaindulgência no Ano Santo, a nn nos quo visitem Romocasião das comemorações respectivas. — Na ConferEconômica de Washington, Estados Unidos. Canadáglaterra resolvem aumentar as inversões privadasblicas em dólares norte-americanos na zona da libralina, a fim de ajudar a Inglaterra a resolver sous prmas econômicos. — As fôrças governistas na Bolíviatinuam perseguindo os rebeldes em fuga. — Muitos âíprocuram refúgio no Brasil, onde são desarmados.Segue de avião para o Espírito Santo, acompanhaiministros e outras altas autoridades, o sr. president-República.

11 DOMINGO — O Partido Social Cristão, d:manha, surge como o mais forte nas eleições presidem

Falando a numeroso grupo de opeicristãos na Bélgica, o Papa Pio XII declara que "o aí.do trabalho organizado poderá conduzir à escravidãAssume o poder no Paraguai o novo presidente, Fred-

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em substituição ao sr. Molas Lon.-/ ,lln * ,oio do Partido Colorado. quc Perdei>aSEGUNDA-FEIRA — Chee-im -,.. • *-iittoam a acordo relativaao indispensável equilíbrio entre as áreas ,•,^v: „,i!is,™ te ,inanw „a , ;;».£•*»listados Un.dos. o Parlamento alenvu , ,*"**- ***> Repübliea 0 sr Teodor Hpu»

alemão elegenisterio Paraguaio, tendo sido o sr. Bernardo Oeampoado para dirigir a pasta do Exterior ti' , P0o Fundo Monetário Internacional discutirá o'™ sulao anual, a miciar-se amanhã. a dêsvàlnH^a

™das moedas o o aumento do preço y--• G° r'" ouro. — rimiduo armado de metralhadora *__,« , . •

i t . "«.-naaora nas galerias do Parla-o «l" Israel, tenta assassinar o primeiro ministro BenD - Instala-s. a I Reunião Pan Americana de ctn-sobre Geografia. ^r11.TERÇA-FEIRA - A Rússia veta a admissão d,iordânia, Itália. Finlândia. Irlanda. ÃustrTa Ceilan.toga) à O.N.U. Todos os resultado- í?" -n -uiLtioos eta votarão" XXX

*7,Un* 2' êstes ** Onião Soviética e: .. -O fundo Monetário Internacional diz que aal de dólar,,, na Europa Ocidental 6 uma situaçãotnergencia due exige a desvalorização da, moedas 2¦ países e um poderoso esforço de todos para áumena, ' vendas ^os

Estados Unidos. - o presidente Tru-¦ l-ede ao Fundo Monetário e ao Ra,,,,, Internacional' : '"•'•':-' 'lapa. mundial, e.iminem os obstáculos'""-' internacional. o marechal Tio, advertete e con, toda energia a Rússia Soviética de quenha de intromissão nos assuntos internos da lusos-uma nota que coincide eom o processo dc 9 cidadavos. acusados d, atividades rm favor do Krem-tumores não confirmados, revelam ter havido ten-assassinato contra o generalíssimo Chiang Kai-correr do recente e catastrófico incêndio quc^ morte de duas mil pessoas. A Comissão de:ao para a Palestina aconselha a colocação dem sob controle das Naçora Unidas. - [ntpressado- aorte-americano em promover a assinatura ira-um tratado de paz com o Japão. — Apresenta»a o sr. Fuad Carim. novo embaixador da TurquiaJaneiro. Encerrado o V Congresso Brasileiroogia.

My - QUARTA-FE) UA Em razão da tática obstrucio-

njxtw-^r^isF+^r*?^^ ¦¦'¦Z7*fr-:*?Xn,

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entreVhiài'1102)1.

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te,!,,tinuajulga*votosdentatâo

Russia. os ocidentais n. eressadospróxima reunião dos chanceleres (ias quatro¦ Os srs. Bovin e Achcson estudam a situaçãons " a ^stão espanhola. o Departamento•munciará na próxima assembléia geral daRumânia. Hungria e Bulgária por terem violado

de paz assinados com os,aliados. - Váriosde Nova York acusados de ministrar ensina-erentes à ideologia comunista em suas escolas.me o avanço das forras do governo na Bolívia.

proposta rebelde de ser feito armistício paragoverno a uma junta militar. Os Estados.muam sem embaixador na Argentina. *— Co-> pelo Senado Federal o bi-centenário de Goethe.NTA-FEIRA -- França e Estados Unidos, poreleres-, estudam as relações econômicas entres. Revela-se que o auxilio econômico dos-idos à Inglaterra será estendido à França e^beneficiários do Plano Marshall, Con-

rrorismo na Hungria, sendo hoje iniciado ox-mimsiro Laszlo Rajk. tí-leile j or 202

142 chanceler do governo da Alemanha OciKonrad Adenauer, do Partido Democrata Cias-

rno d, La Paz anuncia a retomada de Santa

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Ortiz aos rebeldes, considerando inteiramente dominado.> movimento revolucionário. — Diversos chefes rebeldesprocuram refúgio na Argentina. — O visconde de Tunis.^©vernador geral do Canadá, anuncia que proporá reformaíosasti tu cional a fim de que o Canadá possa ser, de fàtò.ima. nação completamente independente. — Inaugurada

<* l Exposição Pan-Américana do Livro Geográfico.16 — SEXTA-P"EIRA — Na Assembléia Geral da O.N.U.

as delegações latino-americanas decidem apoiar o nomedo sr. Carlos Romulo, das Filipinas, para presidente, edo sr. Ciro de Freitas Vale. do Brasil, para a vice-presi-dencia. — Revela-se que a Rússia prepara nova ofensivaverbal contra a bomba atômica e a política externa dosfâslados Unidos. — O governo dos guerrilheiros comu-distas gregos volta a ofertar às Nações Unidas encerrara guerra civil na Grécia, mediante um acordo honroso edemocrático. — O ex-ministro do Exterior da Hungria.Laszlo Rajk. admite todas as acusações de traições, afir-rnando que durante IS anos foi espião da polícia entre asfileiras comunistas de seu país. —¦ Os ministros do Exte-rior das 12 nações signatárias do Pacto do Atlântico reú-nem-se em Washington para compor uma estrutura de-Tensiva capaz de conjurar qualquer ataque contra o inundoacidental. — Revela-se que os comunistas chineses têmmeio milhão de homens ao sul da província de Hunane ao sul de Kiangsi, além de. pelo menos, quatro exércitosa leste de Hunan. — Proposta nos Estados Unidos a ime-diata formação de uma forca policial atlântica para cola-borar com o Pacto do Atlântico. — Seguem para NovaYork os srs. Ivo de Aquino, senador, e Gilberto Freire,áeputado, delegados do Brasil à IV Assembléia das NaçõesUnidas.

17 — SÁBADO -— Os países signatários dd Pacto doAtlântico Norte estabelecem um sistema de 5 zonas dentrodio qual serão organizadas as defesas do mundo ocidentalp Confirma-se que a IV Assembléia Geral das NaçõesTinidas terá início terça-feira próxima em ambiente pesado

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pela transferencia da pressão diplomática daaos Baleans e Extremo Oriente. As questõese chinesa nâo figuram no temário. — Todos osno julgamento de Budapeste confessam tudo oé perguntado, inclusive sua intenção de assassinaires comunistas húngaros. — Acrescentam queseria o seguinte campo de ação. — Sir Stafíonregressando à Inglaterra, diz que os resultado?viagem a Washington forani excelentes., As

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militares tio Congresso norte-americano quererde 1.314.000.000 (ie dólares para executai; o prósajuda militar anti-comunista. para contrabalançaição, por part»1 (la Rússia, de uma força militar trmaior qüe a dos Estados Unidos. — Falando aos iari-rtos chilenos, o presidente Peron declara ser partiama união espacial entre «a Argentina, o Brasil «a fim de "liminar as fronteiras entre países inEm comunicado oficial, o governo boliviano anuncida resistência rebelde no país com a rendição d«Cruz. Gamiri, Villamorites e Yaeuiba.

IS — DOMINGO — Aguardada importante resoluçãgoverno britânico, relativamente à situação econôniiipaís. em suas relações internacionais. — Numa èntcoletiva à imprensa, o sr. Dean Ácheson afirmagoverno norte-americano prestigiará cada vez maistitulo Pan-Americano, visando incrementai a polii d*boa vizinhança neste hemisfério. — Ameaça dc greve geraidos mineiros.do carvão nos Estados Unidos. — Novo duelodo rádio o da imprensa de Moscou e Belgrado. send.cadas as acusações de sempre.

19 — SEGUNDA-FEIRA — O governo britânicodesvalorizar «a libra esterlina cm relação ao dólar. A no*ticia, divulgada pelo chanceler do Erário, Sir StaífordCripps. proporciona grandes incentivos aos exportadoresembora provoque pânico cm outros setores. 0« srsChurchill, pelo Partido- Conservador, o Clement Daviespelo Partido Liberal, pedem a imediata convocaçãoParlamento, que deveria reunir-se em 18 de outubro pró-ximo. — Noticia-se que, além dos países da ComuniBritânica, também a França, Suíça, Finlândia. HolandaDinamarca. Noruega e o Egito resolveram clesvasuas moedas. —- O secretário do Tesouro norte-americanodeclara que a desvalorização da libra terá como resultado o imediato aumento dos ri cursos em dólares na S-râ-Bretanha. — O sr. Dean Acheson, na entrevista conce-dida aos jornalistas, refere-se com satisfação ao ceempréstimo concedido para a construção da Usina Sic rúr-gica d.' Volta Rtdonda. — Cerca de 500.000 mineiros, iteredendo à ordem do líder, John R.-wis, abandonam o tra-balho. —- A Rússia aceita .-> proposta ocidental a fi dtque sejam reiniciadas na próxima quinta-feira asmações para a elaboração do Tratado de Paz com a Aus-tria. — O senador Connaly acusa a Rússia de mante nasfileiras do seu exército, para fins guerreiros, cinco milnõeade homens.

20 — TERÇA-FEIRA - Inaugurada a IV AssembléiaGeral da O.N.U., sendo eleito presidente Carlos Romulodas Filipinas. — A divisão entre a Iugoslávia e o Kremlinse evidencia uma vez mais durante as votações na Ass sni'-bléiâ Geral. — O trabalhismo inglês atravessa a maiagrave crise de sua existência, sendo ordenada a re rçâóde mais 5'/. (ias despesas administrativas. — Presta -orn-promisso na Alemanha Ocidental o gabinete dire ata.prometendo o governo .lutar imediatamente pela d* «oiu-ção dos territórios orientais cedidos á Polônia,discurso, o chanceler Konrad Adénauer ataca a RúwsíbSoviética. — Iniciadas as conversações em Washington,para saber se a Inglaterra e o Canadá ficarão como sóciosdos Estados Unidos em assuntos (ie energia atômica,na época da guerra. — o general Henry II. Axnold afirmaque os Estados Unidos estão em condições de assego equilíbrio das potências no mundo, graças à sua a?*0estratégica e à bomba atômica.

21 - QUARTA-FEIRA - Num discurso na AssembléiaGeral da O.N.U., o sr. Dean Acheson apela para que hUnião Soviética não recuse cooperar na solução dos impor-tantes problemas internacionais, inclusive os referent.aos Balcans. O chefe da delegação brasileira &p< rit>

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:falhas -nos trabalhos da O.N.U.. pedindo sejam elas coniEncerrados os julgamentos do Budapeste sendopwjldo a pena de morte para todos os acusados' opromotor aproveita a ocasião para desfechar violento aa,„„., _ Iugoslava, <,u, se nega a obedecer a ordens dãBto Receia-se em Londres que a desvalorizaçãoda libra provoque a antecipação das eleições geraisO governo português resolve desvalorizar o escudo'

ca atitude tomam, em relação a suas moedas „Bélgica, o Luxemburgo e o Iraque. _ Proclamada pelolíder comumsta Mao-Tsé-Tung a fundação rta ReBúwS.Popular rta China. O governo britânico infcrn-a 'u

.sua «naoao em relação , China permanece inalteradaMalogra a tentativa russa ãe ,,„;,..... f|„ aK y.Assembléia Geral da O.N.U. a questão balcânica t,talado novo governo alemão, realiza-se a transmissãorta admimstração da Alemanha Ocidental - 0 ftl>eclara que o atentado perpetrado contra a família-senta um atentado contra a humanidade

22 -QUINTA-FEIRA - A divisão entre a Rússia eavia surge em linguagem violenta na sessão ves-ertina rta Assembléia Geral da O.N.U., quando o deío-iugoslavo acusa a Bulgária, Rumania e Hungria deseus tratados de paz com a Iugoslávia' — orado rta China pede que as atenções sejam voltadasseu pais. ameaçado pei0 imperialismo russo - Ominsky declara aos jornalistas que gostaria de verterminada a "guerria fria". — As nacõr». «í„i o,™.-,* nu(.oes sul-americanas10 parecem dispostas a desvalorizar sua moeda O Brasilra que conservará o atual .valor do cruzeiro - Am-em Londres que os preços rias passagens marítimasserão aumentadas em conseqüência das recentes desvalò-rizações monetárias. — Confinic. •• forco .. .v_--.__un.ua a tarsa do julgamentoimplicados em crimes de traição _ pátria, na HungriaOs portuários de Gênova recusam carregar navios - dta-Iniciado o ,-stmio. Pelas autoridades inglesas'«quérito levado a efeito no Brasil sobre o afundamentoIagdalena". Iniciada a desmobilização geral naFalece em Santiago dei Estero, Argentina ocientista Emil Wagner.23- SEXTA-FEIRA Pede a União Soviética qué asMçoí Jnidas solicitem aos "Cinco Grandes" que nego-mi pacto para o fortalecimento da paz. - Ao fazerlido, o delegado russo não alude ao discurso doente Truman sobre o fato de ter ocorrido uma ex-«y atômica na Rússia. Na Inglaterra o governosta resolve enfrentar a oposição conservadora à10 de desvalorização e pedir ao Parlamento um votoe confiança na semana próxima. — O presidente Truman

a ilusão de qüe os Estados Unidos póssmem mono-da bomba atômica, anunciando que os.russos reali-recentemente uma explosão dessa arma. Revela-emelbantes foram fritas em Londres e Ottawa -

'residente da Assembléia (oral da O.N.U. declara quedf Küssia possuir a bomba atômica torna essaizáçáo internacional ainda, mais indispensável páraenção

da paz mundial. - Revela-se que Chiang-se encontra em Cantão. — Forças comunistas

\.S' ,rcarn ''m Amoy. tornando ainda mais crítica aatuação de Cantão.tf «ABADO — Na Assembléia Geral da O.Nau. o

chileno tenta trazer a debate a questão iugos-mnio um dos problemas políticos mais impor-

;Qd. la hora atual. Para o delegado chileno o caráterimperialismo soviético é comparável ao nazismo'

pi,0 ni ameaça flagrante à paz. O delegado doefende vigorosamente a int. rnacionalização de

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Jerusalém, a despeito cio que chamou de "desafio lançadopor Israel à O.N.U.". — O delegado da Etiópia pede solu-ção imediata para o problema das colônias italianas daÁfrica. — O primeiro ministro Attlee declara que aalteração da taxa de câmbio não era uma varinha mágicacapaz de tirar a Grã-Bretanha das suas dificuldades, masapenas uma cias medidas que tinham que ser tomadas.

Revela-se em Camberra que a Grã-Bretanha e a Aus-trália pedirão um empréstimo ao Fundo Monetário Inter-nacional. — Revela-se em Xangai que o novo governocomunista será proclamado em 10 de outubro próximo.

Os nacionalistas chineses anunciam que se impõem,gradualmente, na sangrenta batalha pela posso de Amoy.

Os comunistas capturam duas importantes cidades naprovíncia de Kvantimg. — A Comissão de Energia Atô-mica dos Estados Unidos anuncia planos para a construçãode uma pilha atômica no valor dc 20 milhões de dólares.

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que a bomba atômica seja declarada ilegal; O ex-chan-iceler húngaro Laszlo Rajk e mais 2 dus 8 acusados sãccondenados à morte. — A<> ouvir a sentença Laszlo decla-rou: "Aceito. Acho justa a sentença". — O marechal Titoentrega pessoalmente uma nota ao embaixador da Hungria,protestando contra o julgamento de Laszlo Rajk e outrasfiguras condenadas. — Os chefes das delegações latino-americanas à IV Conferência Geral dà UNESCO d* eidemlançar seus votos em bloco, a fim de conseguir melhorese mais interessantes resultados. — O padre Joseph Ploi-har. ministro de Saúde da Tchecoslováquia, recentementeexcomungado pelo Vaticano, declara que "não haverápossibilidade de acordo entre a Igreja e o Estado, naTchecoslováquia, enquanto o Vaticano mantiver sua atualatitude. — Encerrada a 1 Reunião Pari-Americana de Cor.-sulta sôbre Geografia.

25 — DOMINGO — A imprensa de Moscou confirma quedesde 1947 a Rússia possui os segredos da bomba atômica.

Os jornais londrinos debatem vigorosamente o caso dcnaufrágio do vapor ''Magdâlèria'', ã entrada do porto deRio de Janeiro. Hungria e Iugoslávia "esquentam"

perigosamente a "guerra fria" entre Belgrado e o blocoobediente aò Cominform. — O Papa recorda aos fiéis anecessidade de orar pela paz dv mundo.

2G — SEGUNDA-FEIRA — O sr. Bevi.n, na AssembléiaGeral da O.N.U., acusa a Rússia com" responsável pelatensão internacional que inquieta o mundo. Tambémo chefe da delegação iugoslava faz graves acusações àRússia. -- O chanceler dá Grécia discursa sôbre a gravi-dade. da situação balcânica, responsabilizando a Rússiapela mesma. — O delegado libanês revela que persiste aameaça de guerra longa e sangrenta entre árabes e judeus.— Revela-se. que a revelação de Truman sôbre a bombaatômica russa, aproximará mais ainda as relações entrea Inglaterra, o Canadá e os Estados Unidos, no que dizrespeito à produção da bomba atômica. — IniciadoLondres, sob grande expectativa, o inquérito sôbre o sinis-tro que perdeu o vapor "Magdalena". — O governo hún-gàro expulsa todos os funcionários da Legação da Iugos-láviá em Budapeste, diplomatas ou não, com exceçãoministro Jeanovitch. — No Vaticano o Papa Pio XII dis-cursa defendendo a inviolabilidade dos direitos do homem.

27 - TERÇA-FEIRA — Volta a China a acusar a Rússiadc ameaçar sua integridade territorial, auxiliando estou-sivamente os comunistas. — Revela-se que os EstadosUnidos decidiram votar a favor da inclusão da Iugosláviano Conselho de Segurança, em substituição á Ucrânia.-O sr. Stafford Cripps defende perante a Câmara dos Co-muns, especialmente convocada, a resolução governamentalque desvalorizou a libra esterlina. — O ministro das Fi-nanças da França declara que a desvalorização da libr»era urna verdadeira declaração de guerra... monetária.

O comandante Lee declara aceitar a responsabilidadeque lhe cabe no sinistro que resultou nó afundamento d»"Magdalena". — O governo da Iugoslávia acusa a Hun-

'd OSgria de violar o Tratado de Paz e expulsa dos pais »>funcionários da Legação húngara. — Repelido na Francao pedido dos comunistas para antecipar a convocação fljParlamento. — Em razão da política de congelamento, estft

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OUTRA CARTA DE 1JM ALUNO NOSSO*l»»'.irr/inhi. (| p), I.i do Marco dc |ri!r)

Ama.ieu Henrique tln Rot hal'*-p-i.ili>.tn nrni

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28 QUARTA-FEIRA A Mesa da Assembléia daO.N.U.. por 11 votos contra dois (Rússia e Polônia), de-(¦ide aceitar a queixa da China contra a União Soviética.

As Nações Unidas informam que nfio serão emitidosselos de correio dos Estados Unidos comemorando oquarto aniversário da organização. — Informa-se que asnações latino-americanas votara;) a favor da Iugosláviapára a vaga que será aberta corri a saída da Ucrânia. —A Câmara dos Lords condena a medida de desvalorização<ia libra tomada pelo governo trabalhista. — Desvalori-zado o marco alemão ocidental. — Discutem os técnicos

e-americanos planes imediatos para incrementar a fa-brieaçâo de bombas atômicas. — Revela-se que serão arma-

adas bombas atômicas nas Ilhas Britânicas. — Os alia-dos ocidentais revelam que não entrarão em novas dis-

Jsões sobre o problema da Alemanha enquanto os russosnãp cumprirem os acordos já feitos. — Pedida a cassação

arta de navegação ao comandante Lee e dos primeirogtmdq pilotos, tendo em vista que o naufrágio do"Magdalena"

fôra devido a erro ou emissão desses ofi-Pede o sr. Winston Churchill breves eleições

iglaterra para eleger novo governo que possa fazerao desastre que representa a desvalorização da libraJituaçao criada pelo fato de a União Soviética já pos-a bomba atômica. — Continua a crise política fran-

a- provocada pelo aumento dos salários e as reclama-dos sindicatos. -~ Os nacionalistas chineses transfe-

m novas tropas para o norte da provincia de Kwantung.Aprovado o auxílio de 1.314.000.000 de dólares para

:rama militar norte-americano o de auxílio aos signa-do Pacto do Atlântico. — O presidente da Repú-

sanciona lei que concede auxílio à Associação Bra-oleira de Imprensa.

QUINTA-FEIRA -- Criado na Assembléia Geralum Comitê de Consulta para o problema grego.

elegados latino-americanos decidem apoiar a can-

didatura do México ao Conselho Econômico e Social: —Pioram as relações russo-iugoslavas, tendo a Rússia envia-do nota a Belgrado desobrigando-se dos compromissosimpostos pela Tratado de Amizade e Colaboração, assi-nado pelos dois países em abril de 1945. — Sspera-separa qualquer momento o rompimento das relações diplo-máticas das duas nações. — Deixam Belgrado os minis-tros da Polônia e da Hungria. — Dois rádio-ama_lòres ita-lianos afirmam haver captado mensagem dos aviadoresYrondello e Barroglio, que desapareceram com o avião"Santa Susana", quando voavam dos Açores para os Esta-dos Unidos. — O governo italiano, porém, considera fictí-cia essa mensagem, dando como encerradas as buscas.— Desvalorizado o marco ocidental. — Levantadas asimunidades parlamentares do deputado Ricardo Balfoin,líder do Partido Radical da Argentina. — Lançada na Co-lônibia, pelo Partido Liberal, a candidatura do sr. DarioEchancia à Presidência da República.

30 — SEXTA-FEIRA — Discute-se acaloradamente naAssembléia Geral da O.N.U. sobre que lugar ocupará notemário do Comitê a acusação da China contra a Rússiae por isso fica adiada a discussão sobre as colônias ita-lianas da Africa. — Imitando a União Soviética, a Hungriadenuncia seu tratado de amizade com a Iugoslávia. —Mao Tsé Tung eleito por unanimidade presidente do Go-vêrnò Central da República Popular Chinesa. — A Ingla-terra e os Estados Unidos concordam com o pedido iugos-lavo no sentido de investigar se a Hungria violou o tra-tado de paz com relação ao não pagamento das reparaçõesà Iugoslávia Definitivamente assentado o maior empe-nho em fabricar mais bombas atômicas nos Estados Unidos.

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0 homem busce um escrovo-máquina(Cont. da pag. XI)

sobre a qual se apoiará o braço móvel do jogador ediferentes acessórios tais como chave de dar corda;acima, dois compartimentos. separados per uma tábua,sendo c da esquerda, o menor, ocupado inteiramente poruma surpreendente reunião de bielas, rodas, molas, cilin-dros, alavancas! correntes e ressaltos; o da direita, maisespaçoso e apenas guarnecido com alguns pesos, iios econtrapesos. . .

Ora, em 1776, o barão Wolfgang de Kempelen se encon-trava na Rússia, em Riga na residência do médico Osloff,quando um regimento da cidade se amotinou. Metralha-dos e cercados pelas tropas leais, os revoltados não tinhamoutra coisa a íazer senão deixar-se matar lutando, quandoseu chefe, üm oficial chamado Woroswsky, veie bater àporta do médico, do qual era amigo:

— Por piedade, salve-me! Se me apanharem não esca-parei do carrasco.

Esconder durante alguns dias um homem perseguidonão era assim tão difícil. Mas logo que pusesse o narizfora de casa seria apanhado, julgado, condenado. . . Erapreciso ajudá-lo a íugir da Rússia. E' então que intervémKempelen. Em três meses constrói o aparelho que dese-nhara. Worowsky justamente é de pequena estatura, quase

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33* -Ano N<«' 6 Novembro 1949

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um ando. Poderá muito bem caber no maior comparemento do cofre. E Kempelen lá sai, de cidade em cidadeexibindo seu jogador de xadrez, como um númernmusic-hall.

No início do espetáculo o barão-empresário abro, qsportas do cofre e deixa que os assistentes vejam as cor-reias, rodas, bielas e molas. Dopois dá corda à maquinae a partida começa.

Porém as curiosidades despertadas por essas exibiçõesnão tardam a pôr em perigo o verdadeiro objetivo dobarão e do seu protegido. Os físicos começam a descer.-íiar de que

"ali há embuste". Um dia, não se contendo,um prestídigitador a quem a concorrência do espetáculooferecido pelo jogador de xadrez priva do público, entracomo vendava! no teatro, gritando

"fogo!". O barã< deKempelen, porém, rápido, fêz arriar o pano para queWorowsky pudesse escapar do esconderijo. Depois, aprópria Catarina quer, por sua vez, admirar a maravilha.Catástrofe para os dois amigos, aos quais a tournée, porum traçado inteligentemente organizado, já aproximarabastante da fronteira e que se vêem, nessa forma, for-çados a voltar sobre todo o caminho percorrido, para iríazer exibições na côrte de São Petersburgo!

Catarina joga uma partida com o autômato. . . e perde-a!Satisfeita, segundo diz, por haver encontrado, afinal, umadversário que não se deixa vencer por cortesia, de-seja comprar o aparelho!

Em sua caixa, Worowsky ouve sua proposta, dita quasecomo uma ordem. Imaginamos que tenha empalidecidode medo. Porém Kempelen é bastante hábil e feliz paraafastar a ameaça do negócio. Retoma sua marcha nadireção da fronteira, deixando finalmente a Rússia. Wo-rowsky está salvo.

O autômata continuaria a obter ruidosos triunfes emsucessivos espetáculos nas maiores capitais do mundo.Depois Kempelen cede seu jogador a um inglês, que oexibe em Londres e Nova York e de lá a Paris, ondeRoberto Houdin o examinaria em 1844. . .

Os autômatas íarsantes de Roberto Houdin PorémRoberto Houdin já tinha outros muitos truques em seugrande saco de surpresas. Houdin não ó nenhum pres-tidigitador ordinário e seu arsenal apresenta muitos re-cursos de relojoaria. Também êle imaginara autômatasbastante engenhosos, acionados por pedais e alavancasinvisíveis, por contactos e molas elétricas, que o públicodo seu tompo ignora ainda. De resto, nada poderia me-lhor revelar sua técnica do quo a simples enumeraçãodas cenas com que compunha seu espetáculo:

A "Guarda-Francesa" ora colocada sobre uma pequenamesa. Saudava repetidas vezes os espectadores. RobertoHoudin apanhava um fuzil, colocando dentro do mesmouma luva e quatro anéis, tomados por empréstimo, entreos espectadores, entregando-os ao pequeno soldado, quedisparava contra uma coluna de cristal colocada sobreoutra mesa. Ao ser desfechado o tire, a luva com osquatro anéis surgia no alto da coluna.

O Confeiteiro do Palais Royal aparecia no limiar dacasa, apresentava os doces solicitados, levava o dinheiroque lhe entregavam e voltava, com o troco exatamentecalculado. Também fazia "mágicas" de prestidigitação,como o escamotear üm objeto qualquer. Um anel empres-tado era fechado pela proprietária em uma caixa queela mesma fechava a chave e, segundos depois, o con-íeiteiro trazia uma brioche quentiriha. entregando-a aespectadora dona do anel. Aberta a brioche, o anel eraencontrado em seu interior, enquanto a caixa, em mãosda espectadora, estava inexplicavelmente vazia.

Laranjeira miraculosa, plantada em uma pequena caixanão continha folhas, nem flores, nem frutos. Depois dealguns minutos de "incantações", as folhas e os frutosapareciam. As laranjas eram imediatamente distribuídasenlre os espectadores salvo uma que continuava naárvore. Porém, a uma crcjem de Houdin, a fruta se abriaao meio, por si mesma, deixando ver em seu interior umlenço emprestado e escamoteado poucos segundos antes.-Esso lenço era apanhado por duas borboletas quo o levC1'vam, em vôo caprichoso.

Televoz e Telelux Entretanto, a galeria de autômatas

00o Ano Nv ti — Novembro —- 1949 87

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EU SEI TUDO

d© Houdín chega a parecer coisa de criança, se a con-íroniarmos com os ambiciosos robots de nosso século. Àeletricidade atual não é varinha mágica às mãos simplesdos ilusionistas. E as descobertas da ótica, da acústica,etc.; dão hoje aos homcns-máquinas sentidos tão afinados(senão mais) do que aqueles com que nos gratificou aprópria Natureza.

Nessas condições temos, por exemplo, o Televox, do en-genheiro Wensley. Trata-se de um simili-andróide, nãopossuindo figura humana mas apenas uma estilizaçãocubisia que só do longe pode sugerir a imagem de umser humano. Como seu nome indica, obedece senão àvor. do seu dono, pelo menos às modulações de um apito,aue o mesmo leva aos lábios para lhe ditar ordens. Adi-vinha-se que seu princípio motor é a vibração do micro-

registiador. A vibração é transmitida ao organismoque,, «assim, executa o movimento reclamado.

Televox, comandado por seu dono, emite um som rouco,inaríiculado, caminho, abre uma porta, roda o comutadorda luz elétrica. . . Ccmo aplicações práticas temos queTelevox atende um telefonema. . . e guarde os conserva-tóríos de água do Ministério da Guerra em Washington!Quando o serviço de controle quor saber o nível de água

xm desses reservatórios, telefona para. . . o íuncio-nário-elétrico, cujo mecanismo está relacionado constan-

com o reservatório. O mesmo funcionário-elétricoapanha o fone e articula uma cifra indicadora do nívelda água. Realiza sua missão vinte e quatro vezes emcacla vinte e quatro horas.

Televox tem ccmo cérebro, além da ceníral-elétricao anima, uma espécie de posto receptor de T.S.F.,

Telelux... reage às impressões luminosas. Mele, o olho-foto-elétrico substitui o microfone de Televox. Vê as luzese as ondas, distingue todos os raios do espectro solarindistintos aos nossos olhares e registra as menores vibra-

da côr. Se alguém passar diante dele, Telelux sen-ue um écran opaco se interpôs entre ele e seu dia

familiar. Assim poderá contar os que passem diante dedquei recinto, guardará fielmente nossa casa, à noite.

o Telelux avisia um ladrão, fará funcionar um sinalaviso. Telelux é também excelente bombeiro. A segu-

e a proteção a bordo de um luxuoso navio nãorá melhor confiado que a um desses aparelhos queun distinguir imediatamente qualquer fumaça suspeita

e dar o alarma..eonardo Torres y Quevedo, membro das Academias

de Ciências de Madrid e de Paris e "pai" de mn mo-autômata jogador de xadrez, que nada tem que

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Esqueci, outra vez, de tirar o reló&fio!

ver com o processo mecânico de Pvempelen, previra onascimento de Televox e Telelux, aos quais propôs juntara Cinemática, ramo novo e que daria a esses autômatos'não apenas os simples gestos humanos, mas também osatos refletidos do homem, que muitas vezes poderiamsubstituir com vantagem!

— Esses autômatos terão sentidos: termômetros, bússo-.íi!.!

Grande descoberta para os calvosTÔNICO CAPILAR "AMARALINA" — (Trata-se da famosadescoberta verificada na Bahia). De base vegetal dá certezaabsoluta que seus cabelos tornarão a nascer. Os fabricantesgarantem devido a milhares de casos em todo o Brasil. Comum vidro detém a queda dos cabelos, elimina totalmente acaspa e com a continuação fará voltar a sua saudosa cabe-loira. Encontra-se em Drogarias, Perfumadas, Farmácias, etc,

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PARA AS MULHERES —- De Parisvem a idéia de introduzir nas bolsascomuns esse dispositivo, montado sô-bre um chassis extensível, de metal...para pôr um pouco mais de ordem nasbolsas femininas. (Não acreditamos*

na sua eficiência!)

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EU SEI TUDO

las, ciinamômetros, manômetros. . . aparelhos ultra-sensíveisàs circunstâncias que possam ter influência em sua marcha.

"Terão membros: as máquinas ou os aparelhos capazesde executar as operações de que venham a ser encarne-

gados. . ."Terão a energia necessária: acumuladores, correntes

de água, reservatórios de ar comprimido. . ."Serão ainda capazes dç, distinguir, podendo em qual-

quer momento, segundo as impressões que recebam .ou

que tenham recebido antes, comandar a ação necessária.Esses autômatas terão que imitar os seres vivos, regu-lande seus aios segundo suas impressões e adaptandosua ação de acordo com as circunstancias. . .

Arcturus, a acendedora — Quimera de visionário? Não.O novo domínio prometido pelos pesquisadores. Foi umrobot gigantesco que proclamou urbi et orbi a abertura daExposição de Nova York. O mesme robot cuja vinda foraanunciada por Torres y Quevedo!

O homem-máquina norte-americano tem por coração ummotor de seis cavalos. . . E o mundo soube, ao mesmotempo que esse coração prodigioso era lubriíicado poruma determinada Oil Company, pois que a publicidadenão poderia desdenhar esses robols.

Os olhos desse homem-máquina. são células íoto-elé-tricas, protegidas (como os nossos, no verão) por óculosescures, poderosos telescópios destinados a receber csfogos rubros da estrela Arcturus... situada a 39 anos-luzde distância da terra. Isso significa que os raios captadospelo telescópio, no dia da inauguração da Exposição deNova York, já estavam a caminho desde o ano 1900 (datade outra exposição norte-americana: a de Chicago). Fei

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CASEM, MAS DE OLHOS ABERTO~k

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UM BOUQÜÈT DE BONS CONSELHOS PARA OS QUEPREDENTEM CASAR... "O ANO QUE VEM"

A mulher inteligente reformará o eleito antes do casa-mente. Depois não deverá ter esperança. — Anita Daüjsón.

*Uma das mais constantes causas dc "quebra da felici-

dade matrimonial" e até mesmo dos divórcios, é a indi-gestão. — Bispo de Dover.

*Nunca diga a um homem que pode ler cm seu pensa-

mento: todos eles preferem ser enigmas ou ter pensamentosenigmáticos. — Marquesa de Townsend.

•Todo homem é conservador relativamente às coisas do

lar e nenhum pode suportar corn calma as constantes mu-danças dos móveis e de outros detalhes — ÁrihurPendenxjs.

Um homem reserva seu mais sério e profundo amor nãopara a mulher cm cuja companhia se sinta entusiasmado,mas para aquela junto da qual encontra confortável se-gurança e compreensão. — George Jean Nãthan.

•O amor, como o sorvete, é bonito e saboroso, porém,

ninguém sabe poupá-lo para durar muito - - RobertsonD avies.

Os homens não apreciam as mulheres que pretendemfazer do coração um púlpito para discursos enfadonhos— B.E.R. Turner.

irnr-5.esse um simbolismo luminoso digno daquela torraculosa.

A um sinal dado, um piscar de ôiho de Arcturus.robot calcou sôbre um botão. . . e a Exposição íoi abra-sada pelos fogos de milhares e milhares de projetores.E a multidão escorreu pelas áleas, invadiu os pavilhõesos parques e avenidas. . .

Foi essa a primeira vez em que a máquina, numa horairiunfal, teve os homens subjugados a uma ordem suai

Elektro, a última palavra Elektro já tem dez anos ejá fuma (ver a gravura). Entretanio suas habilidades sãomúltiplas: sabe falar, cantar, marchar, dançar, contar,conhece as cores e distingue os sabores. E' muito social'sabe entreter uma conversação, dizer amabilidades qbrevemente poderá receber diploma ginasial.

Elektro é filho do engenheiro John Angel. Sua primeiraapresentação ao público foi, justamente, por ocasião daExposição Universal do Nova York, em 1939. Ali, comoinaugurador desas imensa Feira, obteve êxito extraordi-nário. Durante a guerra, entretanto, passou para um se-gundo plano, .tendo ficado quase esquecido. Agora acabade voltar à vida pública após receber retoques e limpezagerais, que lhe deram maior eficiência. Está atualmenteem exposição na Feira Industrial de Piitsburgo.

Elektro, bom gigante de dois metros de altura, pesaapenas 130 quilos e funciona com o auxílio de um sistemacomplicado, mas perfeitamente afinado, que não pode-ríamos explicar em curto espaço. Sua conversação jáé bastante agradável, mas seu "pai" espera que brevepossa fazer de Elektro um conferencista. O prodigiosorobot obedece documente à voz de John Angel e de suasecretária, Miss Joanna Adamiz.

As melhores "chaves" oura o coração do homem sã»as palavras elogiosas e os bons quitutes, servidos comarte. l>r. l. Morgan Chambers,

*O melhor condimento para o amor é uma pequena op»-

siçâo! Só mesmo uma mulher insôsa e inapetitosa vivedizendo: "Pois sim, querido!", a todo instante. Aro-n tino.

*E' agradável ver uio casal enamorado. Nao o é. porém,

viver com eles. — /*.'. //. Von/;;/.

Uma mullier precisa cie três maridos: um para sustou-tá-la, outro para amá-la e outro para espancá-la. ¦—Provérbio húngaro.

As brigas entre marido e mulher nã<> duram muito,-se o culpado ê um sô. La Rochefoucauhl.

*

E' preciso ser paciente para apreciar a tranqüilidadedoméstica. Os espíritos levianos preforerem a infelicidade.

George Sántaydná.•

O casamento exige sempre a maior compreensão da arteda insinceridade, na relação entre dois seres Vf"c/íiBaum .

As mais encantadoras mulheres são aquelas que podemenriquecer todos os instantes de nossa existência LeW1Hunta.

Entreter o amor, depois do casamento, é urna ciência,— Mme. ReyJband.

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ísp? 6 — Novembro 1949 89

ifrenfando a vingançados mortos

(Çont. da pág. 25)

tado implicados nas exçavaçõesou haviam visitado o túmulo,tambem pareciam ter ouvido o"chamado".

A lista impressiona. Foram:Sir Lee Stack, que desapareceupoucos meses depois de ter exa-minado as câmaras mortuárias;

biüonário norte-americanoGeorge Gouldj amigo dr Carnarvon, e que também visitarao túmulo real; foi ainda um ri-

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"COCADOE DK TOSTAS"... PARAHUMANOS! Ê, peio menos, o que dizo Letreiro sobre o poste. Acreditem ounão, isso existe em Cleveland, diante,de mn restaurante para operários. Oposte tem as quinas enrugadas, para...cocar melhor as costas dos transeun-tes. E tem fregueses às dezenas, dia-riamènte, pois, como afirma o ditado,

o comer e o cocar. . .

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•IAquissuno inglês, W. Joel; foitambém Weigall, levado por ummal que os médicos uão pude-ram diagnosticar. . .

Seguem-se uni arqueólogo bri-tânicõj um francos, Paul Casa.-nova, professor no CoUège deFrance e arqueólogo, que pai-para a múmia e... morreu emParis (antes de completadosquatro meses depois desse gèstóirreverente j/i de misteriosa eu-fer nu dade! Ainda lemos a citar,o secretário de Lord Gariiar-von; o representante de um mn-seu norte-americano, que assis-tira a abertura do sarcófago equé íoi levado deste para outroinundo, em poucos dias, atacadode üma. infceção desconhecida!Cinco outros

"cadáveres podem

ainda ser somados a essa listadramática .

Coincidências! ~ dizem osespíritos fortes.

Todavia, alguns sábios pro-põem uma teoria que bem expli-caria a hecatombe de maneiraracional: o veneno!

Em todos os tempos, os au-tores gregos e latinos aponta-ram o Egito como sendo "a ter-

EU SEI TUDO

ra clássica do veneno". Os tex-tos revelam que os Egipcios uti-lizàvam o veneno das serpentes,da lebre-marinha (veneno vio-lento e do qual faziam uma ter-rivel descrição) e do sapo, qaeeles sovavam longamente comuma vara para tornar sua baba.mais tóxica.

Porém eram, esses, venenosordinários! Os outros, aquelesque, segundo se acredita, usa-vam para proteger suas rique-zas e os tesouros de seus mortosconlra os profanadores, eramtransmitidos, em segredo, noscolégios sacerdotais do Egitofaraônico.

Através dos séculos, esses ter-riveis pós ainda defendem asmúmias com máscara de ouro?

Eis um mistério que penna-nece in son dá vel.**********

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VARA O SEU LAR — Eis um lindoporta-âòcès que dará maior encantoa urna mesa festiva. No entanto, fa-brieá-io é a coisa mais fácil desteniundo. Segundo mostra o clichê in-ferio r, com três plataformas, comodiscos, um cilindro de alumínio, com40 centímetros de comprimento e 5de largura, três pés, dois aros sus-tentadores e uma tampa. A plataformainferior terá 40 centímetros de diâ-metro e dois centímetros de espessu-ra; a do centro, 25 centímetros dediâmetro e 1 centímetro de espessura,e a superior com apenas dezoito cen-tímetros de diâmetro e meio centí-metro de espessura; a tampa supe-"rior, que cobre o cilindro, apenas 7

e meio centímetro de diâmetro

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SIGIRIYA - UMA FORTALEZA MO PO

1949

(Cont. da pág. 90)

Tais pinturas representam unia procissão acaminho do vihara budista (easa de imagens,ou templo) em Piduragala, colina ao norte deSigiriya. Se tais retratos são fiéis, devemos eom-preender que os peregrinos formavam sem dú-vida um grupo sedutor.

À primeira vista essas criaturas, um tanto ro-bustas, parecem estar nuas e eom o busto apenascoberto por colares e pulseiras. Uma inspeçãomais atenta, entretanto, revelará que estão, iodas,cobertas por um finíssimo tecido, eomo ti gase.As damas têm feições Arianas e Mpngólicas e apele está pintada em tons amarelo pálido e ala-ranjado. As servas estão pintadas em tonalidadesesverdeadas, indicando com isso que são de raçamais escura.

Dali sc inicia nova ascensão na direção docume. Da galeria original somente existem cercade cinqüenta metros. Tem pouco mais de ummetro de largura, estando protegida por elevadamuralha. Por trás dessas rijas muralhas os pala-cianos de Kasyapa deviam sentir-se em plena se-gurança contra as más intenções de qualquerinimigo. A muralha é recoberta por um cimentochamado chiinam, que tem a poli dez comparadaà do mármore. É mesmo hoje, após ler esladoexposto aos monções de 15 séculos, conservamseu polimento primitivo. Dessa galeria, oi han-do-se para a base da rocha, é possível ter umaidéia do que foi galgado. Lá está, muito embaixo, o início da escadaria, entre as (árias garrascolosais do Leão gigantesco, que era o defensorde Sigiriya. No peito do leão se abria a portaprincipal do palácio de Kasyapa. Observando-se o tamanho de suas patas, de unhas terríveis.o visitante pode imaginar o leão em sua originalgrandeza, olhando, em atitude de desafio, sobrea planície, para os inimigos de Kasyapa e rece-bendo em boa salvaguarda os seus amigos.

Nada resta dos antigos edifícios que eom-punham o palácio de Kasyapa, exceto seusalicerces e algumas muralhas. Entretanto,o trono granítico do soberano, enfrentando onascente, continua perfeitamente preservado.Tem linhas sólidas e simples, sem classicismo ouornamento de qualquer espécie.

E essa simples grandeza do trono está em har-monia com o ambiente, eom a vertiginosa alturaem que se encontra e o maravilhoso cenárioque se desdobra a seus pés e a perder de vista.Imaginariamente, o visitante traça os limites daantiga cidade fortificada, hoje invadida inteira-mente pelo juncal.

Ao mesmo tempo é possível, olhos semi-eer-rados, ver passar a imensa procissão de corte-sãos e artistas, a caminho do mais alto pontoda montanha, cada qual desejoso de correspon-der aos ambiciosos planos de um soberano po-deroso e cruel. Ao contrário das abelhas, queo turista encontra teimosamente apegadas aóparedão, esses cortesãos não tinham permissãode residir ali. Gada anoitecer desciam, de voltaà planície. O cume estava reservado apenas aosfamiliares do soberano, seus conselheiros e res-pectivos servidores. Nessas condições, a estreitaescadaria, que serpenteia pelo paredão exteriorda montanha devia estar sempre entulhada, eomuma multidão constantemente renovada, subindopara o palácio real ou dele descendo.

Moedas Romanas no Palácio de Kasyapa: -Apesar de viver nessa fortaleza inacessível, Ka-syapa não se desinteressava do comercia e provadisso está no fato de uma recente exeavacão tertrazido à Juz nada menos de 1.087 moedas, que,com exceção de doze somente, eram romanasou indo-romanas, de bronze, datando de 317 a

423 depois de Cristo. K, sem dúvida, essa provdc intercâmbio comercial eom o Império ft ^

mano, encontrada em Sigiriya e (lutando de nel'menos 1.500 anos, chega a (guisar assombroPouco acima do trono já descrito atino.,

uma escarpada na face sudoeste do cume e elm"ga-sé ao local do "banho real", onde tudo est-íbem conservado. Esse tanque tem a mesneforma, dimensões e outros detalhes de construíção, encontrados na "Hocha da Cobra".

O visitante fica profundamente impressionadoçom a magnitude dos trabalhos realizados \,qUti direção de Kasyapa., Os milhões de tijolos,dras, telhas e arcabouços usados na construçàode todos esses edifícios (pie um dia ali se er-gueram e para os quais tudo foi transportadadesde a planície.

Segundo o Mahavamsa, o rei costumava sen-tar-se no terraço ajardinado e dali contemplara vasta planície, queimando sob o sol outeandó sob a lua. Num desses momentos de eon-templação e repouso, observou êle movimentoincomum nt) planície; logo a seguir começarama surgir ondas de guerreiros, com suas má-quinas de assalto, marchando inexoravelmentecontra a fortaleza.

Kasyapa compreendeu que o dia do pagamentochegara! Seu irmão, Moggallana voltava eom ungrande exército para vincai* a morte de seu pai.

Não era covarde... Aceitou a luta; Mas nàorefugiado, protegido pelas muralhas de Sigiriya!Abandonando a fortaleza, Kasyapa desceu a pia-nícié, para a batalha, uma só e decisiva!

(aula irmão montara em uni elefante para di-rigir a luta. O Mahãvámsa revela que os exerci-los rivais "como dois mares que tivessem reben-tado seus diques" provocaram violentíssimo em-bate. Por algum tempo a sorte da batalha ficouindecisa. Repentinamente, Kasyapa, sentindoque o terreno que pisava se transformava empantanal perigoso, voltou seti elefante, a fim dereiniciar seu avanço de outra direção. Seus par-tidários entendendo esse movimento como o deuma fuga, quebraram a.s linhas de combate, dis-persando-se em desordem e Kasyapa, ao ver queseria aprisionado e que tudo estava perdido;,cortou a própria garganta com seu sabre.

Após a morte de Kasyapa, Moggallana foi reiestabelecendo sua côrte em Ariufadbapura, ea-pitai de seus antepassados. Sigiriya ficouocupada unicamente pelos sacerdotes. Estes.aliás, pouco tempo ocuparam a fortaleza, achardo-a grande em excesso e inconveniente, coirsi-deran do-se a dificuldade (jue teriam o.s fieipara atingi-la.

Mesmo os turistas são raros nesse refugio tleum príncipe parricida e cruel, mas que ao mono1soube morrer como homem.

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TA DA SEem Soo Paulo

Tratar comJARBAS DE FREITAS GALVÃO

Rua Brigadeiro Tobias, 613, 2.° andar- Sala 217 - Fone: 6-67IB

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339 Ano N1-' 6 — Novembro — 1949EU SEI TUDO

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Diretor - DR. I_AVIiUD

ANO XXXIIIN.? 6

NOVEMBRO — 1949

Secretário — DABLJíTDicionários adotados ne.sta seção: Simões da Fnn.pou TT„ , u5* edição - Japyàssu, Monossílabos - Làmènza Provérbios

^ ívi^n Ti Gu3t?ívo £afr0®°' Fe<Wno Brasileiro.

PrónCd/rm ^rcSyvi° Alves' Brftviário - Dicionário de Nome»Toda correspondência sobre charadas devo ser dir^id^ nn™

e Soiífa * __, _-de Mara_,u_Pe. 1^».^ ao^ttr M^ TÜD° ~ R"a Vls™nd*

LOGO GRIFO 53

AMANHECER NA líoCA

Há paz por tudo. E há perfume> 1-6-4-5-8

De rosas na aldeia pobre.Vem da floresta um queixumeQue a voz das fontes encobre

5-8-2- 1-10

Dt? um curral úmido e vastoAberta a velha porteira}O gado sai p^jca o paslo,Ao IiiscÕ^fuscOj em fileira.

¦1-i.ai 1 -1-10

Das sombras, na névõa branca,O giro intérmino vê-se,Qual se unia enorme chicanai

9-13-7-3Todas tas coisas movesse.

Não tarde que o o sol aponte.7-8-9-12-13

Sussurra <> vento uma prece.Torna-se rubro o lmri/.onte

"galo" canta . Anianbece.

Lu (creio i llio i

CHA RA DA S NOVÍSSIMA S

Uma-duas Agora, após aoperação qne lhe tirou aquela marca,anda todo garrido.

Ii. Zouro ( Pio i

Duas-uma-uma — O velhacoxazido desse lugar para a aldeia

da íntüa, e apresentado na casa delUdicatura do crime.

Kl Príncipe (Uberaba)

5.6fie ir a

Duas-duas —- O arranhão nafo i fei to com aslúcia.

A Incfi (Curitiba 1

Duas-duas Corta a fa-om a tesoura, mas os orifícios

Vpr onde se enfia uma fita ou umrdao sãb feitos com um furadorespecial.

A lõ 'Propina (Rio)

Ul. I•,nia-dtias Encontro certaWdüdade para, nestaSf'1'i 1! ¦

6 Mla praça, con

nina espécie dc liiim de serra-ln" grande martelo.

Dr. Zepanta (Cornripe)

59 -Duas-uma Danço porqueSf-"horinha veio me tirar.Dr. Keán (Taubaté)

||ftABELOs|flBRANCO^

ALEXANDRE

60 — Duas-duas — Eu como nãotenho força para atravessar o pe-(p\eno braço de rio, considero per-dido o prédio rústico.

Mbrito - G.C.N. (Recife)

61 Duas-uma Nem sempre étolo aquele gue por tolo não come.

Dan Adão - B.C.P. (Passos)

o paleta foi o(52 Duas-uma -único sagaz.

Dona 1 ila Borba (Creseiuma, S.C.)

63 Duas-uma A venda destagspécie de doce só oferece prejuízo.

Ed Yep (Maceió)

6 Très-três — Considere, meuamigo, que nâo há fundamento paraeste teu empenho em falar com ochefe.El Campeador (C. (irande, M. Grosso)

65 — Três-uma — Passei uma tem-porada na ilha de Pâquetá, onde nãotive um .só dia de tédio.

Far ani — G.C.B. (Salvador)

66 - - Uma-duas — Sem complica-ção, eu consigo realizar bem todos osnegócios .

Fusinho — Bangú (Rio>

à distinta con freira A. Villar07 — Uma-duas — Quem dispõe de

alguma coisa colossal, é difícil acharo tamanho?Heron Silpes (Ganavieiras — Bahia)-

68 Três-uma — Quem temciúme não oferece presente a gentereles .

,1 oliver — G.C.N. (Natal)

(.!) — Duas-uma Com Cr$ "0,30"comprei ali na loja uma pequenapipa.

Jairo .—- B.S. (Belo Horizonte)

70 Três-uma — Explique comoficou com a ciitis estragada, pelo sendescaramento.

Lidaci C.E.C.-G.C.N.-T.E. (Rio};;

ENIGMAS

Sabe-se que o mundo giraE o sol a todos aquece;Em vão êsse fogo inspiraA alma crua que arrefece!

E na inconsciência da florQue reside todo o amor.

Cume Preto (Rio)

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EU SEI TUDO

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ASSENTA E DABRSLHO O DIATODO ~ O SEUBARBEIRO USA ERECOMENDA

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Uni talo no mate acheiQuando em casa do visconde.Envergonhado fiqueiQup, màrau, guardei-o, onde?

Vésper (Rio)

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Diferentes Ires Ictrinliás,Consoantes, sem vogaisFormarão bem junlinhnsPè de altar prós casais.

Pele Vermelha I B.P. —¦ S. Paulo

74 Maria, tens te esquecidoDe tudo o que prometeste...Se agora rompo contigo.Tu bòa causa me deste.

Zijllio (Rio)

CBARAD 15 SINCOPADAS

75 Três (duas) — E' muito pc-queno, é uma coisa inacreditável.

Alriefi (Curitiba)

¦..71) Três (duas) Condene-se,por pernicioso e covarde, todo juizque lavre sentença parcial.

Atenas (Rio)

77 Três (duas) Uma pedrapcmesi, às vezes, evita uma boa re-prcensão.

Bbafè (Ribeirão das Neves)

78 Três (duas) Grande azà-fama antecedi' aos banquetes paracelebrar casamento.

Cidar ( Belém, Par;'!)

79 Três (duas) 0 comandantedo meu esquadrão na montaria, muitomostrava sei- homem valente.Uan Iiidel G.C.N.-G.C.B. (Salvador)

80 Três (duast Dizer que ohomem pode viver isolado da socie-dade é uma utopia.

Emauro (Bio )

81 Três (duas) o piegas ficacontente quando vê dinheiro.

Emidlej G.C.B. (Salvador)

82 — Três (duas) Xa disposiçãodas idéias ou fatos, tenho recrio deerra r.

Fra hello ( Niterói)

83 Três (duas) o paladinodos sentimentos é ò poeta.

Gudltêrio ( Rio

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A Pomada Man Zan lhe dará o alivio deaejadcombatendo as dores e os pruridos» descongestionando as dilatações. Graças ás substanciasdc real efeito antiséptico-bactcrícida que entramèm sua fórmula, a Pomada Man Zan previne asinfecções c o aparecimento de outros males ain*da mais graves, decorrentes das hemorroides»A venda em «todas as Farmácias em bisnagascom cánuia especial para facilitar a aplicação.

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33«? Ano — N9 G — Novembro — io,94?

CABELOBRANCO •$%

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PARA ELE Oü PARA ELA

LOÇÃO

CARMEL.USO CÔMODO E DISCRETO-NÃO É TINTURA

FAMOSA NO MUNDO INTEIRO

84 :—- 'J"rès (duas) — O capuz delã que comprei não cai bem na nii-nha ea hera .

Jii nota (Santos)

87 'ires (duas) Nãu há -e-

melhança entre um católico e muindivíduo politeisiü .

João Fazio CS. Paulo)

QHéxRADAS ANTIGAS

Ao Alta mir da Costa Barros

88 - Por altn preço eu comprei 2Tudo aquilo que te deiE nada ficou perdido.!•_ para que te mereçaEu perco «cfiiasc a cabeça.Não me voltando o sentid.

lin,lides Vilar (Campina Grande.]

t

87 Dinheiro só vale a penaAqui na vida terrenaOnde só vejo tristezaE às vÔzes eu digo atéSó serve para quem ePerfeito de natureza.

Apolônia Vilar (Campina Grantle.

CHARADAS CASAIS

88 Duas Tentando segurar o

gato pelo pescoço, apenas o cons<

pela cauda .A. Salomão (Juiz de Fc

80 Três(ias águas d<> rio inino meio do campo.

O (luso flliX9indou a ciarem

• >m i iif Mu Trojiiuu (Hio)

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339 Ano ¦ N" 6 — Novembro — 1949

90 — Duas — A base de unia con-versa depende do assunto abordado.

Bigri tfeíò (Ç.E.C. llio)

Três — rr vantagem remarno rumo do vento.

Bób Otimp (Maceió)

Três — Difícil de encontraré uma mulher que se não enfeite, porser coisa rara.

Benildé (Bahia)

03 Três — De tão avelhaniadgia tem a perna direita sem forças.

A. Alvarenga de Rezende (Perdizes)

94 Três — Eu zombo do teudefeito.

Breque (Santos)

Cinco — Toda obra bem po-lida demonstra o operário a per fei-coado.

Conde de la Fere (Salvador)

Quatro — País movimentadonação qne está em progresso.

Centauro (S. Paulo)

Três Sou pobre, mas nãomendigo.

F. Sampaio — G.C.B. (Salvador)

Três — Só cria dificuldadesem situação difícil, aquele «pie é fracode espírito.

Heliotrópio (Porto Alegre)

Quatro N"a cumiada do*iço, ri um pingo assu.stadiço.

Jaca Pirolito (Porto Alegre)

Três Admira aquele es-petáeulo; qiie maravilhai

Joleno (Curiti ba »

93 EU SEI TUDO

^tí^fÊmmM!afía^^_\JmftK

í Produto muito imitado, mas l^m^í^^fcÉ^ #T I^1 nunca igualado, alimento f W^^^^Wl-#xX ;;ir | i«Sea$ para adultos e crianças, | «^^^^^j|# v\

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ENÍ&MA PITORESCO

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Cori nga (Rio)

BNÍGMA PITORESCO - 102

PROBLEMA No 3-MM-— ni i». —__— »i inil aniMii ¦ um»—y.—^

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RIS. MATCMj.gas.Sq_j

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Padre Chagas

. .Horizontais: 1 — Assembléia no-turna de feiticeiros; 7 — Dissipar;8 — Tempo; 9 — Novo; 10— Bar-riga (inv.); 11 — Quinhentos e dez;12 — Ofendei; 15 — Enfeita i(nv.)...Verticais: 1 — I\êde de arrastar; 2

Escondei; 3 — Uma das consoan-tes do. alfabeto sanscrito; 4 — sim-bolo da prata; 5 — Espécie de nozpurgante e emética (pi) ; 6 — Ape-tite continuo; 13 — Bem (inr.); 14

Abreviatura de Nosso Senhor.

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EU SEI TUDO 94 33? Ano — Nv 6 — Novembro - - 1949

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PROBLEMA No 4vi Ao inclito R. Kurban, com admiração

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Ká—HiaMÍwTInm— !¦¦¦¦ Mínima i«mi«i»TÍT«ímwiajwaBWSws-!.".-uaéir?

Portella G.C.O.R. (Rio)

Horizontais: 1 — Rrepreensão; 5- Mamífero clesdentado; 9 — Espé-

cie dc palmeira; 11 Chega, toca;12 — Aldeia de índios (pi); 13 —Anel com brilhante excessivamentegrande; 14 — Diz-se dos peixes quenão tem escamas na cabeça; 15 —Mas; lü — Camareira; 17 — Fun-dador; 19 — Nome feminino; 12 —Agarrado com toda a força; 20 —Altercar; 27 — Pequeno; 28 — Cha-mamento; 29 — Pura (inv.); 3() —Rolão; 31 — Usar...Verticais: 1 — Fogo, na lingua tu-pi; 2 — Õrnãto oval em arquitetura;3 — Conseguir; Arvore da fa-milia das leguminosas; 5 — Exausto;6 — Azorrague de como cru; 7 —Antiga iguaria de chocolate e farinhade milho; 8 — Fundo da peneira;10 — Ensejo; 11 Certamente; 17— Alavanca de madeira; 18 — Des-mázelado; 20 Planta leguininosae medicinal (pi); 21 - Torna feliz;22 — Comer a ceia; 23 — Arredoresda terra importante; 2 1 -~ Áia; 25 —Nome de mulher.

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A MULHERBELA NÃOTEM IDADE!

Conserve o encanto da mocidade man-tendo sua pele sempre fresca e juvenillExpe rim-: ri te Agua de Junquilho, queelimina manchas, cravos e espinhas!

Discr. Araújo Freitas & Cii. - Rio

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SOLUÇÕES DE MAIO

4!) — Dado; 50 Cabana; 51 —Conduta; 52 - Gabari; 53 -— Xibaro;54 — Ripanço; 55 - Faceto; 56 —-Jugadas; 57 - Èsmaspo; 58 — No-01 — Adela; 62 — Ma reta ; 63 —tável; 59 — Curra; 00 -- Talento;Cachaça; 64 — Sacola; 65 Vaqui-lhona; 66 Escolha; 07 Vcrm;08 — Enchapinado; 69 — Taco; 70

Arrepio; 71 Rústica; 72 -Florida; 73 — Fragueiro; 74 — Táblada; 75 — Mesquinho; 70 — Vaga;77 — Queda; 78 Oratória; 79 —Quadrelo; 80 Nulo; 81 - Puba;82 Traga; 83 Marte; 84

XmApregoas; 85 — Mirim; 86 •mero; 87 — Banzear; 88 — Lacx'ecanha; 89 — Afito; 90 - Descambada;91 Corta-jaca; 02 Moscardi-na; 93 — Mata-bicbo; 94 Favorita-95 — Finca-pé; 96 índigo; 97Tatüzinhoj 99 — A maior pressa éo niór pagar.

DECIFRADORES

Eulina (iuimaiães. Jotoledo, YveUse, De Sou/a, Paraná, Cartos, Mat*vel, Janota, JTuliâo Riuimot, Mela-gro, El Príncipe, Ibdile, imára. Piá,Lutércio, Curitibana, Segon, Leo For,Jucá Pirplito, Alô Tropina, RuridanGarlino, Johanes L átimo. Bigi Neto»Roldão. Violeta. Pele Vermelha, Paço,Raul Petrucelli, H. Kurban, Fernan-do Sampaio, Toberal, Dr. Zinho,Conde d<* Ia Fere, Verna, Peon, Boto-carahy, Sefton, Emidlj, Triangulino,Zytho, Eniauro, Ronega, Raivo Uvas.Centauro, Tribo dos Tanioios, Joliver,Sandalo, Dupla Jòrisa, Nami, Ján,.Jeca, Jpnio, Eva Dio, Paulistinha,l/.a Abel, Guilherme Tell, Deagaí, De-brito, índio Vago, Alyascò, Sinllô,.Rodge, Spartaco, Zépculia, Mitala,Tutanhâmon 50 pontos; O Sineiro,Elmano 19; Fausto Copes de Aze-vedo 48; El Camj>eador, PadreChagas — 17; Frabeílo by Hélio-trópio - 45; Welton, Notrya, Zezinho..Ed Vep, Joleno, Madeco — 14; Perseu — 41; Magoli — 37; B. A. C. H.A., Thisbe, Walter T. Chaves, Ban-zinza, Nana, Marlene, Darwinho, Mos-quito, Íris — 3)3; Dr. ZepantaFazinho 21.); Odnauref 27;J\. A. 1*'. — [).

No més de abril todos os compo-nentes da Tribo do Tamoio tèm atotalidade e Emaüro, -13 pontos; emmarço, Conde de Ia Férc decifrou19 pontos.

Jl ttleia aa deu aicawci

MINA AS WANCTIA8 DO ROSTO. KSPIJ»l^'ClyflSVOS. PANOS. SARDA§. KTC CONSERVA8EM PRE LISA. , ,A A C.SELA K ACETINADA P E P I--P-'-Y *

PELO REEMBOLSO P O S ^L

Bua Souza Dantas, ?3 -

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339 Ano N? 6 — Novembro — 1949

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I!suor

PALAVRAS CRUZADAS

PROBLEMA N9 3

Horizonte-Verticais: — 1 Calar; 2e Arara; 3 e 7 - l.a gar; 4 e 8

Arado; r> e Raros.

úrZ^Ío wüv ccàxúixsycfr

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3 DE JANEIRO

95

PROBLEMA m 4Horizontais: 1 - S; 2 - Tome; 5~- Rumor; G - Cabeças; 7 -- Lehas;

Elos.Verticais: Somerios; 2 - Tu-

bel: Moças; 1 -Ralé; o C.

Eras; 5 —

PVBIxUAU/xõESRecebemos e agradecemos as se-

guintes : Ch ara dis mo e Cruzadismo.Órgão oficiai do Círculo EnigmísticoCarioca — No 3«

•Vor/e Cliaradistico Publicaçãodo Grêmio Cliaradistico do Norte —N' 10.

Urasil Enigmista. — X» 28 Rc-visla de charadas, sob a competentedireção dc Euban Kario e Ronega;

Yida Esportiva da Bahia, sêma-nário ilustrado, trazendo uma pá-gina de charadas "Esporte da inteli-íicnt-ia" seção do Grêmio Chara-dístico Baiano e que está sob a di-icçâo dr Datrinde;

Brasilidade, desla Capital, com suaseção charadista Tribuna de Édipo,sob a direção de Raul Alves de Sou-za (Luar dos Silvas) ;

Sul-Amèrica — Ediatada pela Sul-América, Companhia de Seguros —ótimn revista de propaganda.

PROVÉRBIOS ORIGINAIS DODR. LAVRUD

Teve significativa aceitação o li-v ri nho do dr. Lavrud e antes mesmoda sua aparição, já era grande onúmero de pedidos.

('orno foi anunciado, os confradesdo interior devem fazer seus pedidosacompanhados da importância devinte cruzeiros a Durval Mendes dePaiva, redação do EU SEI TUDO, ruaMaranguape, 15 e os residentes nestaCapital, poderão adquirir o livro nagerência desta empresa.

Por nímia gentileza, o nossoamigo e antigo colaborador LordWindsor, de São Paulo, oferece umexemplar dos Provérbios Originais doDr. Lavrud ao autor do primeiro fi-gürádo feito com um dos provérbiosdo livro — e o dv. Lavrud, uma obraliterária ao segundo.

Por motivo do seu jubileu chara-dístico e dos 29 anos de direção destaseção, tem o dv. Lavrud recebido asmais cativantes provas de simpatia.

VISITASEstiveram nesta redação, durante o

mês de outubro, os seguintes chara-distas: Janota, de Santos; Humor, deRecife; Seu Teixeira, Elmano, Roble,Lidàcij Mira e Jotoledo, todos destaCapital.

*

CORRESPONDÊNCIA

Leo For (Niterói) — Temos recebidosuas listas.

R. Kiirban (São Paulo) — Agoradeve ficar tudo O.K.

Ú-MMMmm'¦ZiWÍAí)EU SEI TUDO

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Ceres (Inconfidente — Ouro Fino)— Inscrito com muito prazer.

PRAZOPara as soluções de cada mês, Dis-

trito Federal e Niterói, 45 dias; demaisEstados, 90.

Toda a correspondência destinada aesta seção, deve ser dirigida ao seudiretor

Dr. LAVRUD

LIMPEseu SANGUEpara gozar perfeita saúde, ser forte,ter bôa disposição; para combater oreumatismo e todas as doenças do san-gue; para ter filhos robustos e normais;para auxiliar o tratamento da sifilis esuas manifestações; úlceras, feridas,dartros, dores nos ossos e arti ulações.Tome ír>A • S A, CAROBA e M A NACÁ,Dbi, HOLLANDA, um depurativo de plan-tas medicinais usa. o com sucesso hamais de 60 anos! O sangue é a baseda saúde; depure seu sau gue com

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SALSACAROBA

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MANACADE HOLLANDA

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EU SEI TUDO 96

CARTOMANCIAJosé João D. Oliveira (18 anos, sol-

teiro, Santa Catarina) - Aparece emseu mapa, uma fase de incerteza, logoseguida de estabilidade. Breve, seráimportunado devido a umas palavrasimpensadas. -Por intermédio de uma

pessoa amiga, verá realizado um em-

preendimento seu. Perderá um objetode real estimação. Seus dias futurosapresentam-se promissores.

Filósofa (18 anos, Herval do Sul,R. G. do Sul) — Suas- cartas reve-Iam aborrecimentos devido a umacarta que chegará breve. Um jovemque a estima terá que se ausentar

mmmmxxmxtP0Modêio de como tein que ser escrito

o mapa

por motiTO de negócios. Noto umamulher de côr se interessando poralguém de sua família. Uma criançaserá vitima de pequeno acidente. Emhoras de refeições ouvirá boas pa-lavras. Terá existência longa e feliz.Precisa se acautelar com os tóxicos.

Gerda Max Mustang (24 anos, sol-teira, Bagé, R. G. do Sul) — Umasenhora de sua amizade muito aju-dará um jovem desta casa. Umacontrariedade inevitável surgirá bem.Durante uma reunião será alvo decomentários elogiosos. Sua vida fi-nanceira passará por sensível me-lhora. Noto pequena enfermidadeprendendo-a ao leito. Aparece umhomem de farda lhe dizendo pala-vras amáveis. Vejo uma intriga en-volvendo seu nome.

Grega Max Mustang (17 anos, sol-teira, Bagé, R. G. do Sul) — Nesta

casa haverá um dissabor nio ti v

pela chegada de uma canta. I

seus novos empreendimntos devecolher os dias pares. Uma pessoasua amizade se ausentara poi'tivos justos. I'm caso de amora interessa, será resolvido satisfriamente. Noto que uma de suas ;

gas lhe dará provas de sincèridiTerá existência longa e futuro am

ado'araes-Ac

mo-queatò-tnii-ide.eno.

Âtthos Max Mustang (17 anos, sol-teira, Bagé. R. G. do Sul) A ca-minlios vagarosos vem uma cartacom boas notícias. Seu nome será ci-tado ]iara um emprèndimento ren-doso. Noto uma desavença com umamigo, devido a nma jovem. As car-tas de seu mapa revelam ainda, sinaisde alegria, com a realização de uma

pequena viagem. Pela porta da ruaentrará alguém para tentar calunia-lo. Noto que, no futuro, verá seusdesejos realizados.

Madame Lua (21 anos, casada)Uma de suas amigas será vitima de

H\m à*. H |W1 c__*_#4 IjW^

ill_____í__L

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Maneira de deitar as cartas, emcrozeta, na ordem numérica em

que estão dispostas

pequena enfermidade, que, no eníanto causará cuidados. Breve terá a sa-tisfação de ver realizado um negóciohá muito iniciado. Um homem da leiserá a favor de uma pessoa de suafamília. Noto (pie, no futuro, seus

>ocie<aad Ánôn: ma

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ALFÂNDEGA n.° 50 - Rio

33o Ano — N'> 6 Novembro 1949

CORPO ESBELTOF FACEIRO

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Vi NHO CHICO MINEIRO

Seja inteligente! Não espere en-gordar demais, tome de hoje emdiante VINHO CHICO MINEIROque coneerrará o feu porte elegan-te. A perda de peso é natural,não faz mal __ não provoca rugas,Insista no tratamento e depois doterceiro vidro o seu corpo tomará'inhas firmes e delgadas, adejui-•indo forma elegante-indispensávelà mulher moderna. À venda xias

boa*? farmácias

Para completar a «na beleca e per-sonalidaue, une êites produtos da

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33* Ano N-* 6 Novembro 1949

dias serão felizes e quc lera abas-íançn. Numa festa de rua perderájfin objeto dc pequeno valor.

Caçador li. (8 anos) - Só atende-mos a consulentes com mais de 15anos, portanto, você ainda não estána. idade. Espere mais um pouco.

Uaàame X (20 anos, solteira)Eni primeiro plano, noto que suamaneira (\v pensar e agir, em redação¦a um jovem, mudará brevemente. Acaminhos vagarosos alguém se apro-jiimsí desta casa, trazendo noticias ai-

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Mapa em que têm de ser «escritos osvalores das cartas; deve ser cortadoe ouvindo a esta redação com o nome©B pseudônimo do consulente e loca-

Iidade de onde vem

viçareiras. Receberá uma dádivabastante significativa. Eni uma festa

A BE1LEZABOB SEIOS EÉL - HGRMÕNQuando o busto ior insuficiente* ou b*e_ 1firmei», u»e BÉL-HuRMON n? 1; eQuando for &o contrário, demasiada-mznit; volumoso, us© BÉL-HORMON *«2; BÉL-HORMON, à bata d© hormô-njos, é um ijr«par»do moderníasirao,eficiente, de aplicação local c resulta-

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çle rna sen nome será comentado celogiado. Terá existência longa.

Solem ir Silva (Rio G. do Sul.) —Em horas de refeições saberá dc umaImportante notícia, sobre um nego-cio que lhe diz respeito. Seus mesesieais propícios serão os ímpares.Noto a realização de uma pequenaviagem, lima pessoa de sua amizadescra vitima de uma calúnia. Uns pa-péis que llie interessam c que estavam

perdidos, serão encontrados. A seu

lado está alguém qué llie dedica sin-

cera afeição. No porvir terá felici-

dade.

Àttele (19 anos, solteira., \\. .Janeiro)

Brevemente uma de suas amigas

será vitima dc ligeiro acidente. A

consulente possui temperamento ale-

gre, porém, supersticioso e místico.

Eiri uma festa de caridade ouvirá

sinceras palavras de elogio.

Xoto a aproximação de alguém con?

boas notícias sobre um dinheiro.

Procure usar sempre, roupas de to-

nalidade!! claras. No futuro vejo prós-

peridade.

TES E DISTRIBUÍ-DOI.ES DISTA

REVISTARogamos indi-

quem sempre, comas suas remessasde dinheiro, nomee endereço certosa que as mesmosse destinam.

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AV.BIUG. LUCI ANTÒNtO i«7i - &ÀQ fAULO1 .um 111 mJtSEmmSSSSSSIlSS^ÊUBSBSt

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N.° 6DO

ANO XXXIII

SUMÁRIOFrontispícioVamos até lá íora! (conto, cores) 5

Artigos especiaisTem a Rússia a bomba atômica? Quantas?

Onde? 14O homem busca um escravo-máquina .... 19Enfrentando a vingança dos mortos 24Alguns símbolos empregados pelos alqui-

misias 43Vêem os pássaros como nós? 50As visões do "knock-ouf' 57

Viajando pelo mundoSigiriya, uma fortaleza no céu 26Redescobrindo a América (I) 47

RomancesJogo feito 35Sou eu o assassino

Revelando o Brasil aos brasileirosCampina Grande.. Estado da Paraíba

59

67

A ciência ao alcance de todosDicionário de nomes próprios 42Como são feitos os olhos humanos e os das

aves 52A águia pode olhar o sol de frente ... Ao

contrário, as corujas só vêem á noite . 52Nos domínios da Gramática 76Memento EU SEI TUDO 83Vida do campoAlimentação dos cavalos árabes 73Cercas para separar o gado lanígero 75Currais para os bovinos 75Cartomancia gg

Quebra-cabeças oj

Para a mulherUltimas novidades para o verão ] 3Antigo segredo dos greges . . 29As mais emocionantes histórias secretas da

guerra (IV) — A Dama da Neve 54

Novidades e invençõesPara o lar gPara os homens Para a mesa 5Contra os assaltos Para as salas dos hospitais 50Para defender o pé. . . e a meia .JO

ContosVamos até lá fera (cores) .Baby-Star (cores) 7,Encontro domingueiro

Arte plástica

DiversosA terrível tarântula Benfeitorias do após-guerra Jóias do mar As modernas construções Este mundo louco A luta centra o mercado negro A maior perna do mundo Ao pé da letra Dois extremos Esperança no futuro O poder da propaganda Skeleton e Skelton Vovô Stroheim O dia de uma esposa... que não "trabalha'Reino animal Excesso de rigor Falta de sorte -asem-se. . . mas de olhos abertos "Caçador' de costas... para humanes v..Para o seu lar

No mundo dos seios Países e povosOs japoneses sem fogo pensam no MikadoEsses 11 campeões de Fiança... são alemãesA Alemanha cura as suas feridas

com calor O substituto de Franco? Onde as mulheres só têm entrada uma única

vez por. . . século! Uma competição original

69

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mttt :m,Wy A CAPA — Por decreto presidencial, assinado há rArrn rí~ .rAo -<i~y, '£¦¦¦_I ; a Deus. que será comemorado na última quinta-feira d»T X T"'

,0' msliluído «° Brc-.sil o Dia de Dar Graçasonde o Thanksgiving Day é festejado d!sde s p iWnÍd T

°', Seguimos, assim, o exemplo dos Estados Unidos,os primeiros Puritanos. Esse dia do ano consüm ümato ÍT ^«f0- ^™*° °li chegaram, no "Mayílower' ,a saúde da população. constitui

um ato de agradecimento ao Senhor pelas boas e fartas colheitas eE' curioso acrescentar que essa é nos Fqtadne TTrU^o •

",: a presença no lar (salvo impedimento de forca maioí de todo" T

^1°° de Cardter religioso' send° 0brigat°r'ageral, levados por seus interesses ou obrigações e veiam T^0"

d° Um° íamília' mesmo aquêleS qU£''; No Dia de Dar Graças a Deus a família Sfrele cons üuindo

°t ° f^ ^"^ de Casa tod° ° reS'° d°

1o peru figura oomo prato principal. O povo brasilei no qual o es,xl TI v™ ^^ ° ^ °U ° °

nrazado, há de aceitar com entusiasmo essa nova comemoração nnó mi"a S<? GnCOnlrU ,â° íorlemen,e- *%

.carinho e cordialidade, sentimentos que náo faltam em "eu

coração S£'ra "^ ™ m°ÜV0 P°ra dera0nS,raÇ ?S

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Vigor e a

COMBATA A CAUSA DE jk SUB MDGREZA ExlcP_**5.*í_?*

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