Livro_IV_impactando - CRE6 Campo grande

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ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

Reinaldo Azambuja

Governador

Roseane Modesto de Oliveira

Vice-Governadora

Maria Cecilia Amendola da Mota

Secretária de Estado de Educação

Josimário Teotônio Derbli da Silva

Secretário-Adjunto de Estado de Educação

Waldir Leonel

Superintendente de Políticas de Educação

Paulo Cezar Rodrigues dos Santos

Coordenador de Tecnologia Educacional

Tânia Rute Ossuna de Souza

Diretora do Núcleo de Tecnologia Educacional de Campo Grande/MS

CONECTA ESCOLA – AS TECNOLOGIAS

IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

Comissão Organizadora Núcleo de Tecnologia Educacional de Campo Grande/MS

Prof. Multiplicador Adalberto Santos do Nascimento

Prof. Multiplicador Agamenon Alves do Nascimento

Profª Multiplicadora Ana Luiza Santos Martins

Profª Multiplicadora Angela Suely da Silva

Prof. Multiplicador Divino Andrade Nabhan

Profª Multiplicadora Edma Ferreira da Silva Souza

Profª Multiplicadora Luiza Gonçalves Dorado

Profª Multiplicadora Marcia Vanderlei de Souza Esbrana

Prof. Multiplicador Nesio Alamini

Prof. Multiplicador Roberto Wagner Andrade da Silva

Profª Multiplicadora Rosângela Ribeiro do Prado Baird

Prof. Multiplicador Rodolfo Pedroso Rodrigues

Direção do Núcleo de Tecnologia Educacional de Campo Grande/MS

Profª Tânia Rute Ossuna de Souza

Direção de Arte

Prof. Rodolfo Pedroso Rodrigues

Direção geral

Profª Drª Marcia Vanderlei de Souza Esbrana

Revisado por

CONECTA ESCOLA – AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER

PEDAGÓGICO

Volume 4

APRESENTAÇÃO

A Secretaria de Estado de Educação tem a honra de entregar à população o Quarto Volume

“CONECTA ESCOLA – AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO”

do ano de 2015 produzido por nossas escolas Estaduais de Campo Grande-MS sob as

orientações do Núcleo de Tecnologia Educacional de Campo Grande-NTE/Capital e dos

Professores Gerenciadores de Recursos Midiáticos - PROGETECs, no qual é possível

observar o uso de algumas ferramentas tecnológicas em parceria com o ensino e a

aprendizagem durante o desenvolvimento do projeto Conecta em turmas prioritárias.

Os temas são diversos, autonomia da escola tanto na seleção da turma prioritária como do

projeto a ser desenvolvido durante o ano, seguido de culminância. A educação procura

aprimorar e acompanhar a sociedade e suas transformações constantemente, e em nosso

século não podemos deixar fora do ambiente escolar a inserção das ferramentas tecnológicas

que possam subsidiar o aprender do aluno de todos os segmentos escolares.

Desejamos um aproveitamento aprofundando neste material confeccionado pelos professores

regentes, alunos (turma prioritária), Professores Gerenciadores de Recursos Midiáticos –

PROGETECs e demais segmentos escolares sobre a orientação do Núcleo de Tecnologia

Educacional- NTE.

MARIA CECILIA AMENDOLA DA MOTA

Secretária de Estado de Educação

À COMUNIDADE ESCOLAR

É com satisfação e diligência que ofertamos à comunidade escolar o Quarto Volume do

projeto “CONECTA ESCOLA – AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER

PEDAGÓGICO”. O ensino e a aprendizagem de nossos alunos podem ser ampliados a cada

ano, por meio de pesquisas, mostras culturais, desenvolvimento de projetos e outras

atividades que possam oportunizar o crescimento pessoal e individual dos sujeitos, dentro e

fora do ambiente escolar.

Nesse sentido, este Quarto Volume ressalta temas por meio de projetos como: Um novo olhar,

Notas musicais, bullying, Festejos, Redes Sociais, Brasilidades, Gêneros textuais, Sarau

Literário, Stop Motion, Question Writer dentre outros que inserem as ferramentas tecnológicas

no ensino e na aprendizagem dos alunos e comunidade escolar como um todo.

Acreditamos que a diversidade de gêneros textuais desenvolvidos possam auxiliar os

segmentos escolares de forma gradativa, bem como a produção coletiva entre docentes e

discentes. Assim, este volume poderá subsidiar a todo leitor, tanto como ideias para utilizar

em sua vida pessoal e profissional como um todo na área educacional.

CONECTA ESCOLA – AS TECNOLOGIAS

IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

Waldir Leonel

Superintendente de Políticas de Educação

Paulo Cezar Rodrigues dos Santos

Coordenador de Tecnologia Educacional

Tânia Rute Ossuna de Souza

Diretora do Núcleo de Tecnologia Educacional de Campo Grande/MS

Comissão Organizadora NTE/Capital

Adalberto Santos do Nascimento

Agamenon Alves do Nascimento

Ana Luiza Santos Martins

Angela Suely da Silva

Divino Andrade Nabhan

Edma Ferreira da Silva Souza

Luiza Gonçalves Dorado

Marcia Vanderlei de Souza Esbrana

Nesio Alamini

Roberto Wagner Andrade da Silva

Rosângela Ribeiro do Prado Baird

Rodolfo Pedroso Rodrigues

SUMÁRIO

ESCOLA ESTADUAL 11 DE OUTUBRO ................................................................................................................. 9

ESCOLA ESTADUAL 26 DE AGOSTO .................................................................................................................. 12

ESCOLA ESTADUAL ADVENTOR DIVINO DE ALMEIDA ...................................................................................... 14

ESCOLA ESTADUAL ADVOGADO DEMÓSTHENES MARTINS ............................................................................. 16

ESCOLA ESTADUAL AMANDO DE OLIVEIRA ..................................................................................................... 18

ESCOLA ESTADUAL AMÉLIO DE CARVALHO BAÍS ............................................................................................. 21

ESCOLA ESTADUAL ANTONIO DELFINO PEREIRA ............................................................................................. 24

ESCOLA ESTADUAL ARACY EUDOCIAK ............................................................................................................. 27

ESCOLA ESTADUAL ARLINDO DE ANDRADE GOMES ........................................................................................ 31

ESCOLA ESTADUAL ARLINDO DE SAMPAIO JORGE .......................................................................................... 34

ESCOLA ESTADUAL BLANCHE DOS SANTOS PEREIRA ....................................................................................... 37

CENTRO ESTADUAL DE ATENDIMENTO AO DEFICIENTE DA AUDIOCOMUNICAÇÃO - CEADA ........................... 40

EE CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS PROFESSORA IGNÊS DE LAMÔNICA GUIMARÃES

- CEEJA/MS ............................................................................................................................................. 43

ESCOLA ESTADUAL CORAÇÃO DE MARIA ........................................................................................................ 47

ESCOLA ESTADUAL DOLOR FERREIRA DE ANDRADE ....................................................................................... 51

ESCOLA ESTADUAL DONA CONSUELO MÜLLER ............................................................................................... 53

ESCOLA ESTADUAL DR. ARTHUR DE VASCONCELLOS DIAS .............................................................................. 56

ESCOLA ESTADUAL ELVIRA MATHIAS DE OLIVEIRA .......................................................................................... 58

ESCOLA ESTADUAL GENERAL MALAN ............................................................................................................. 61

ESCOLA ESTADUAL HÉRCULES MAYMONE ...................................................................................................... 64

ESCOLA ESTADUAL JOAQUIM MURTINHO ...................................................................................................... 68

ESCOLA ESTADUAL JOSÉ ANTONIO PEREIRA ................................................................................................... 72

ESCOLA ESTADUAL JOSÉ MAMEDE DE AQUINO .............................................................................................. 78

ESCOLA ESTADUAL JOSÉ MARIA HUGO RODRIGUES ....................................................................................... 82

ESCOLA ESTADUAL LINO VILLACHÁ ................................................................................................................. 85

ESCOLA ESTADUAL LÚCIA MARTINS COELHO .................................................................................................. 90

ESCOLA ESTADUAL LUISA VIDAL BORGES DANIEL ........................................................................................... 92

ESCOLA ESTADUAL MAESTRO FREDERICO LIEBERMANN................................................................................. 96

ESCOLA ESTADUAL MAESTRO HEITOR VILLA LOBOS ..................................................................................... 100

ESCOLA ESTADUAL MANOEL BONIFÁCIO NUNES DA CUNHA ........................................................................ 103

ESCOLA ESTADUAL MARIA CONSTANÇA BARROS MACHADO........................................................................ 106

ESCOLA ESTADUAL MARIA ELIZA BOCAYUVA CORRÊA DA COSTA .................................................................. 109

ESCOLA ESTADUAL NICOLAU FRAGELLI ......................................................................................................... 112

ESCOLA ESTADUAL OLINDA CONCEIÇÃO TEIXEIRA BACHA ............................................................................ 116

ESCOLA ESTADUAL PADRE JOÃO GREINER .................................................................................................... 119

ESCOLA ESTADUAL PADRE FRANCO DELPIANO ............................................................................................. 123

ESCOLA ESTADUAL PADRE JOSÉ SCAMPINI ................................................................................................... 126

ESCOLA ESTADUAL PÓLO FRANCISCO CÂNDIDO DE REZENDE ....................................................................... 130

ESCOLA ESTADUAL POLO PROFESSORA EVANILDA MARIA NERES CAVASSA-EXTENSÃO DOM BOSCO............ 132

ESCOLA ESTADUAL POLO PROFª REGINA LÚCIA ANFFE NUNES BETINE ......................................................... 135

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA ALICE NUNES ZAMPIERE ........................................................................... 138

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA BRASILINA FERRAZ MANTERO .................................................................. 141

ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR CARLOS HENRIQUE SCHRADER .................................................................... 144

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA CÉLIA MARIA NÁGLIS ................................................................................ 147

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA CLARINDA MENDES DE AQUINO ............................................................... 152

ESCOLA ESTADUAL PROFESSSORA DELMIRA RAMOS DOS SANTOS ............................................................... 155

ESCOLA ESTADUAL PROFª ÉLIA FRANÇA CARDOSO ....................................................................................... 158

ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR EMYGDIO CAMPOS WIDAL .......................................................................... 161

ESCOLA ESTADUAL PROFª. FAUSTA GARCIA BUENO ...................................................................................... 163

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA FLAVINA MARIA DA SILVA ......................................................................... 166

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA HILDA DE SOUZA FERREIRA....................................................................... 170

ESCOLA ESTADUAL PROFª IZAURA HIGA ....................................................................................................... 172

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA MARIA DE LOURDES TOLEDO AREIAS ........................................................ 175

ESCOLA ESTADUAL OTAVIANO GONÇALVES DA SILVEIRA JÚNIOR ................................................................. 179

ESCOLA ESTADUAL PROF.ª THEREZA NORONHA DE CARVALHO .................................................................... 182

ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR ULISSES SERRA ............................................................................................ 187

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA ZÉLIA QUEVEDO CHAVES .......................................................................... 190

ESCOLA ESTADUAL RIACHUELO..................................................................................................................... 193

ESCOLA ESTADUAL SÃO FRANCISCO ............................................................................................................. 200

ESCOLA ESTADUAL SÃO JOSÉ ........................................................................................................................ 204

ESCOLA ESTADUAL WALDEMIR BARROS DA SILVA ........................................................................................ 213

ESCOLA ESTADUAL ZAMENHOF .................................................................................................................... 217

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

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ESCOLA ESTADUAL 11 DE OUTUBRO1

UM NOVO OLHAR

UM NOVO OLHAR RELEITURA

1º Ano A (E.M.) – Matutino

Professores responsáveis

Vanessa Alexandra

Giesse Naylla

6º Ano B – Vespertino

Professores responsáveis

Vanessa Alexandra

Giesse Naylla

Durante o processo de escolha, a professora de Língua Portuguesa observou as turmas

e encontrou (no 1º A) alunos desinteressados com os estudos e sem motivação ou

perspectiva para o futuro. Logo, essa turma foi escolhida para ajudar na melhoria do

ambiente escolar, visando melhora na convivência entre os mesmos. Em seguida, a

turma do 6º ano B foi escolhida para trabalhar “Um novo Olhar” na literatura infantil.

Era uma turma agressiva e desunida e a professora pensou que a literatura, com toda

sua arte e beleza pudesse sensibilizar esses alunos.

O projeto foi elaborado na Sala de Tecnologia, com pesquisas sobre o

significado da palavra “NOVO” com o objetivo de mostrar aos alunos as novas

possibilidades de enxergar o ambiente escolar e histórias literárias.

Após essas pesquisas, os alunos do 1ºA acessaram o google.com para encontrar

objetos feitos com material reciclado e descobriram que tintas podiam ser reutilizadas.

Assim, a Escola conseguiu doação de tintas na Loja Sertão, com o auxílio do diretor

Luiz Pereira, misturaram as tintas com pigmentos, podendo ser utilizadas novamente,

sem riscos à saúde de todos, conforme Fotos 1 e 2.

Fotos 1 e 2 - Reutilização de tintas na pintura da escola

Os alunos dessa turma, também ajudaram na ornamentação do jardim da escola,

através da reciclagem, pintando pneus com as mesmas tintas, Fotos 3 e 4.

1 Diretor: Luiz Pereira. Diretor Adjunto: Wagner Vaneli.

Coordenador(es) Pedagógico(s): Lucimar Lima e Verônica Mônaco.

PROGETEC: Rawany Brandão. Multiplicador: Nesio Alamini.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

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As pesquisas foram orientadas pela professora de Língua Portuguesa, Vanessa

Alexandra, que formou grupos com três alunos, que entregaram um trabalho feito na

STE e impresso, valendo como nota final.

Fotos 3 e 4 – Pneus Pintados pelos alunos

Os alunos do 6º ano assistiram ao filme “Bela Adormecida”, em seguida,

assistiram a Malévola, que é uma releitura da estória contada pela Disney. Depois

disso, a professora de Produções Interativas, ensinou aos alunos o conceito de

releitura.

Os alunos foram divididos em grupos para pesquisarem releituras com

reciclagem, e encontraram no youtube.com um tutorial de maçã com garrafa pet. Foi

então que tiveram a ideia de recriar a maçã da Branca de Neve.

Fotos 5 e 6 – Maçãs com garrafas Plásticas

Juntaram garrafas e produziram lindas maçãs que serviram como presente no

dia dos professores, com bombons e balas dentro de cada maçã. Conforme Fotos 4 e 5.

Após a criação de cada maçã, os alunos assistiram ao filme FROZEN – Uma

aventura Congelante e foram a STE, criaram a releitura da estória. Utilizaram o

POWERPOINT para criarem livros com o texto e imagens referentes às estórias.

Os livros foram impressos e entregues aos pais no fechamento do ano letivo,

durante a Feira Cultural, os alunos criaram uma sala temática chamada de “Faz de

conta que acontece”. Conforme Fotos 7 e 8.

Fotos 7 e 8 – Faz de Conta que Acontece

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

11

O projeto Conecta 2015 – Um Novo Olhar trouxe à escola visão diferente dos

problemas que todos reclamavam, mostrando que a união dos alunos com a direção e

professores pode resultar em ambiente melhor e mais agradável.

Na Literatura infantil, os alunos puderam aprender a olhar diferente tanto para os

textos lidos, quanto para os colegas, o que resultou na diminuição da violência antes presente

em todas as aulas.

As duas turmas envolvidas no projeto, não avançaram significativamente em notas,

mas o interesse nas aulas melhorou fato considerado como avanço pelos professores, que

conseguiram realizar recuperações paralelas, concluindo como as turmas com o menor índice

de reprovação na escola.

Como produto final, o 1º ano pintou a escola com a ajuda da direção e professores.

Enquanto a turma do 6º ano criou a maçã de garrafa pet, e os livros com a releitura da

estória Frozen. Os sites que auxiliaram o projeto foram: www.google.com – Reciclagem com

garrafa pet; www.google.com – Como fazer uma Releitura?; www.youtube.com – Tutorial de

maçã com garrafa pet.

REFERÊNCIAS

www.google.com

www.youtube.com

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

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ESCOLA ESTADUAL 26 DE AGOSTO2

CULTURA AFRO-BRASILEIRA

2º Ano C (E.M) – Matutino

Professores responsáveis

Adriana Cátia Braga Azambuja

Graciele Ferreira de Oliveira

Rosie Mary Braga Romano do Nascimento

2º Ano E (E.M) – Vespertino

Professores responsáveis

Adriana Cátia Braga Azambuja

Thiago Matheus Toledo

A cultura afro-brasileira é caracterizada por manifestações culturais do Brasil que

sofrem influência da cultura africana e se destacam na música, arte, filmes, comércio entre

outros.

O Brasil é um dos países do mundo que mais tem população negra, e no dia 20

de novembro é comemorado o dia da consciência negra que segue o conceito que desde o

início da história do Brasil temos conosco os afrodescendentes, que nos ajudaram a lutar em

busca de um país justo e livre. Somos influenciados por eles a todo tempo, assim como são

influenciados por nós.

Hoje devemos unir pela luta de igualdade, assim como fizeram muitas vezes

por nós. Pensando nisso o presente projeto buscou estudar e reviver a história dos afro-

brasileiros, buscando a identidade cultural e identificando o homem em sua individualidade,

as turmas prioritárias escolhidas foram o 2º Ano C do período matutino e o 2º Ano E do

período vespertino, pois ambas as turmas participariam de avaliações externas na Unidade

Escolar.

Os alunos do período matutino e vespertino, juntamente com seus professores regentes

desenvolveram estudos que propiciaram o resgate da cultura afro-brasileira, analisaram e

identificaram elementos geradores das diferenças objetivando o combate ao preconceito, ao

racismo e fatores de inclusão do educando.

Foram realizadas pesquisas que buscaram a formação histórica e cultural da cultura

afro-brasileira, além de vídeos que mostraram esta formação e o preconceito com o negro,

estudos

que proporcionaram discussões sobre a valorização das diversidades culturais

demonstrando opiniões, atitudes e valores que desenvolvem os cidadãos para a consciência

étnico-racial. Os alunos conheceram personalidades negras que deixaram ou estão deixando

2 Diretor: Milton Cardoso Sobrinho. Diretor Adjunto: Otoniel Luiz Alem

Blanco. Coordenador(es) Pedagógico(s): Rosa Maria Prevital

Riveti/Thereza Mituko. PROGETEC: Jessica Betania Scheffer.

Multiplicador: Nesio Alamini.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

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sua contribuição nos diversos setores da sociedade, como expressões culturais, desportivas,

artísticas, políticas, musicais e religiosas.

A visita na Comunidade Furnas do Dionísio pode proporcionar aos alunos momentos

inesquecíveis de interação e aprendizado com a comunidade quilombola, a partir desta visita

foi desenvolvido um documentário que contou um pouco da história da comunidade e suas

tradições aliando lazer e conhecimento.

Foto 1- Pesquisa

realizada na sala de

tecnologia

Foto 2- Visita a

Comunidade Furnas do

Dionísio

Foto 3- Entrevista com

membros da

comunidade

Foto 4- Pesquisa e

reprodução em

telhas

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mesmo que tarde, a escola volta seus olhos para aqueles que por muito tempo ficaram

à margem da história, o projeto conecta possibilitou fomentar os estudos sobre a cultura

afrodescendente no Brasil. Os alunos tiveram contato sólido com a história, o quilombo saiu

dos livros e foi de encontro com os olhares dos jovens que se deslumbraram com a

diversidade, com a natureza e com a hospitalidade do povo quilombola, experimentaram

sabores, relembraram histórias e acabaram com a curiosidade.

Contudo os alunos puderam reproduzir um pouco do aprendizado por meio de pinturas

em telas, telhas além de folders que relatavam histórias e frases de personalidades negras que

marcaram nossa história.

A culminância aconteceu no dia 30/11/2015 com apresentações culturais e degustação

de comidas típicas realizadas por alunos e professores, conforme Fotos 5, 6 e 7.

Foto 5- pintura em telas sobre a

cultura Afro-Brasileira

Foto 6 -Exposição e degustação

de comidas típicas

Foto 7- Apresentação cultural

REFERÊNCIAS

faecpr. (s.d.). Portal da Cultura Afro-Brasileira. Acesso em 20 de 05 de 2015, disponível em

faecpr: https://www.faecpr.edu.br/site/portal_afro_brasileira/3_III.php

Pereira, J. G. (s.d.). Cultura africana e afro-brasileira. Acesso em 01 de 06 de 2015,

disponível em Mundo Jovem: Cultura africana e afro-brasileira.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

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ESCOLA ESTADUAL ADVENTOR DIVINO DE ALMEIDA3

1° Ano E - Vespertino

Professores responsáveis

Shirley Andrea Frajado Alves

Fernanda Gomes Sarafim

O trabalho realizado pela turma prioritária (1E-vespertino) abordou o tema

“Levantamento de aspectos da história e memória da Escola Adventor Divino de Almeida”.

Os alunos entraram em contato com metodologia de pesquisa e geraram conhecimento novo

sobre a história e memória da escola em que estudam, por meio de pesquisa no acervo

fotográfico da escola e de entrevistas realizadas com funcionários, alunos, ex-alunos e pessoas

da comunidade.

O primeiro passo foi apresentar o projeto Conecta aos alunos da turma selecionada e

escolhida pelo perfil adequado ao grau de desafio ao tema do trabalho. Destacamos os

principais objetivos do projeto e expomos fotos de trabalhos realizados em anos anteriores.

Em seguida apresentamos o tema a ser desenvolvido “Levantamento de aspectos da história e

memória da Escola Adventor Divino de Almeida”. A primeira reação dos alunos foi positiva,

ficaram bastante motivados para realizar um bom trabalho, a altura dos que foram

desenvolvidos pela escola em anos anteriores, a perspectiva de representar a escola com um

trabalho realizado por eles, também os motivou bastante. Para esse “primeiro passo”

utilizamos a sala de multimeios.

Em outra aula, dividimos os alunos em cinco grupos e sorteamos sub-temas, ligados

ao tema geral do trabalho. Grupo 01: História do Homenageado: “Adventor Divino de

Almeida”; Grupo 02: História da Estrutura Material da Escola; Grupo 03: História das

modificações nas etapas de ensino oferecidas pela escola; Grupo 04: História dos alunos com

necessidades especiais atendidos pela escola e; Grupo 05: História dos projetos desenvolvidos

pela escola.

Na terceira aula, usamos a sala de tecnologia para que os alunos pesquisassem textos

ou materiais ligados aos seus respectivos temas: Grupo 01: utilizou o PPP da Escola; Grupo

02: selecionou fotos do acervo fotográfico; Grupo 03 utilizou o texto: A MATÉRIA

EDUCAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO DE 1988; Grupo 04 utilizou o texto: Do Aluno Com

Necessidades Educacionais Especiais: contribuições ao professor do Ensino Regular e; o

Grupo 5: utilizou o blog da escola para sua pesquisa.

3 Diretor: Inivaldo Gisoato. Diretor Adjunto: Jorge Loiola. Coordenador (es)

Pedagógico(s): Vera Ayala. PROGETEC: Caio Lima. Multiplicador: Roberto Wagner Andrade da

Silva.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

15

Na quarta aula, os alunos elaboraram questionários para entrevistas, que tinham como

objetivo recolher informações acerca do tema de cada grupo. Essas entrevistas foram

realizadas, na quinta e sexta aulas ocupadas para a realização do projeto, com funcionários,

alunos, ex-alunos e pessoas da comunidade, todas realizadas na escola.

Para a realização das entrevistas os alunos utilizaram o questionário e também

gravadores de imagem e som. Devido a limites de tempo, o projeto foi encerrado após a

entrega do material gerado nas entrevistas: cópia da entrevista transcrita e gravações de áudio

e vídeo; foi produzida pelos alunos e material de exposição do trabalho.

A comunidade escolar manifestou interesse em prosseguir com esse projeto no

próximo ano. É um trabalho que pode alcançar grandes proporções, pois, com dedicação e

tempo para pesquisa é possível recolher um grande número de depoimentos, gerando assim

grande número de informações. Nesse primeiro momento não tínhamos como objetivo a

análise das informações, mas colocar os alunos em contato com procedimentos de pesquisa

ainda não utilizados por eles, recolher informações e deixá-las registradas e disponíveis

consultas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse trabalho proporcionou a geração de conhecimento novo sobre a História e

Memória da Escola Adventor Divino de Almeida. Os alunos foram levados a perceber que

nem sempre a informação está disponível na internet ou nos livros. Para conhecer aspectos da

História e da Memória da escola, onde estudam, os alunos tiveram que “procurar” os indícios

no acervo fotográfico e/ou fazendo entrevistas com funcionários, alunos, ex-alunos e pessoas

da comunidade. Assim, foi possível fazê-los experimentar forma de conhecer diferente das

que são comumente apresentadas aos alunos nas escolas. Por terem utilizado a metodologia de

pesquisa e gerado conhecimento novo, esperamos que essa experiência sirva de base para

trabalhos futuros, em outras etapas de ensino em que ingressarão.

REFERÊNCIAS

FRIAS, Elzabel Maria Alberton; INCLUSÃO Escolar Do Aluno Com Necessidades

Educacionais Especiais: contribuições ao professor do Ensino Regular. Disponível em:

<file:///C:/Users/User/Downloads/1462-8.pdf> acesso em 14/09/2015.

REIS, André. A Matéria Educação na Constituição DE 1988. Disponível em:

<http://www.artigonal.com/doutrinaartigos/amateriaeducacaonaconstituicaode19882345009.html>

acesso em: 14/09/2015.

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO EE ADVENTOR DIVINO DE ALMEIDA -

2015. Disponível em

<http://ppp.sistemas.sed.ms.gov.br/ProjetoPoliticoPedagogico/Visualizar.aspx?PPPID=54GiazEFz8U=

> acesso em: 14/09/2015.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

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ESCOLA ESTADUAL ADVOGADO DEMÓSTHENES MARTINS4

ORIGEM DAS NOTAS MUSICAIS – FRAÇÕES E SOM

Foto 1- Logomarca 2ªA Matutino

2º Ano A - Matutino

Professores responsáveis

Nélia Ávila Calves

Maristela Souza

Suzane Assumpção

Tatiana Aparecida M. Queiroz Houve grandes mudanças no período final do século XX e início do XXI,

principalmente no que tange a nossa Educação. Num passado acreditávamos que o “conhecer”

era simplesmente acúmulo de conteúdos sendo que hodiernamente, o grande desafio é

proporcionar um efetivo ensino-aprendizagem de modo motivador aos nossos estudantes.

Diante da dificuldade dos alunos em compreender os componentes curriculares

Física, Matemática e Arte, o projeto Conecta-escola teve por finalidade aprimorar o

conhecimento usando as tecnologias com a temática “Origem das notas musicais – frações e

som” trabalhando o Hino de Mato Grosso do Sul com as “Ondas Sonoras”. Fizeram pesquisa

documental e de campo com apoio dos professores das diversas áreas de conhecimento.

O projeto sanou a dificuldade dos estudantes em relação aos conteúdos “frações e

Ondas Sonoras” nas aulas de Física, Matemática e Arte através da origem das notas musicais

usando as frações. Incentivamos os estudantes a valorizarem estes componentes curriculares

que são de suma importância para o aprendizado, não restrito às escolas, mas em âmbito

acadêmico.

Foto 1- Hino de Mato Grosso do

Sul - Frações

Foto 2- Apresentação do Hino de

Mato Grosso do Sul

Foto 3- Notas Musicais

A ideia foi colocada aos estudantes do 2º Ano do Ensino Médio com participações dos

1º anos e foi aceita por todos, sem restrições. Houve planejamento de aulas que sequenciariam

4 Diretora: Cláudia do Nascimento Gimenez. Coordenadora Pedagógica:

Tânia Rodrigues Cabrita. PROGETEC: Michel Conche de Lima.

Multiplicador: Divino de Andrade Nabhan.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

17

o desenvolvimento do mesmo e pesquisa documental e de campo, com apoio dos professores

dos componentes curriculares de Matemática, Física e Arte. Os alunos utilizaram a sala de

tecnologia para a pesquisa do Hino do nosso Estado. Os estudantes produziram as frações do

Hino de Mato Grosso do Sul contendo as notas musicais. (Fotos 1, 2 e 3).

Na aula de Arte os discentes fizeram diversas pinturas em tela para exporem as notas

musicais (Fotos 5 e 6). Nesta etapa, a estudante está pintando as garrafas que serão colocadas

posteriormente na estrutura de madeira (Foto 6). Para finalizar o presente projeto, os

estudantes foram à prática: produziram o Xilofone com garrafas de vidro para demonstrar o

som que cada nota possui (Fotos 7 e 8).

Foto 4- Pintura em tela Foto 5- Pintura em garrafas

vidro

Foto 6– Montagem do

Xilofone

Diante dos resultados obtidos através da realização do projeto CONECTA “ORIGEM

DAS NOTAS MUSICAIS” – FRAÇÕES e SOM, realizada em Campo Grande – MS no ano

de 2015, ficou evidente que através do uso das tecnologias os alunos ficaram motivados em

aprender de uma forma diferenciada e contextualizada permitindo ser o autor de seu próprio

conhecimento. O projeto caracterizou-se em ser uma organização de informações com

interação e conceitos ou proposições relevantes existentes na estrutura cognitiva do aprendiz.

Das atividades desenvolvidas pode-se afirmar que ocorreu crescimento informativo e

cognitivo, incluindo mudanças conceituais, aprendizagem significativa dos estudantes. A

realização deste projeto foi possível avaliar o grau de conhecimentos dos discentes em relação

à informação sobre a temática “ORIGEM DAS NOTAS MUSICAIS” – FRAÇÕES e SOM.

ANTES DEPOIS

Gráficos de desempenho da turma

REFERÊNCIAS

ASIMOV, I. No mundo dos Números. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1993. BOYER, C. B. História da Matemática. Trad. Elza Gomide. 2ª ed. São Paulo: Edgard Blücher,1996.

DIENES, Z. P. Frações. Trad. Maria Charlier e René Charlier. São Paulo: Herder, 1971.

IMENES & LELLIS. Matemática. 1ª Ed. São Paulo: Scipione. IMENES, L.; JAKUBOVIC, J.; CESTARI, M. Frações e Números Decimais. 5ª ed. São Paulo:Atual, 1993.

NETTO, S. Matemática: Conceitos e Histórias. São Paulo: Scipione, 1991.

RAMOS, L. Frações sem Mistérios. 7ª ed. São Paulo: Ática, 1991.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

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ESCOLA ESTADUAL AMANDO DE OLIVEIRA5

AMANDO CONTRA O

BULLYING- TODOS PELA PAZ

FESTEJOS

REDES SOCIAIS

1º Ano B (E.M.) Matutino

Professores responsáveis

Jair Alves da Silva

Zilda S.Kanno de Assunção

Paula M. Soares

7º Ano B - Vespertino

Professores responsáveis

Marizélia Florenciano Nunes

Carla Josenei Kupsinsku

Rosilene José Lima

1º G/H- (E.M.) - Noturno

Professores responsáveis

Thiago Oliveira Custódio

Constatamos que ao executar atividades, em forma de projeto é uma das maneiras

eficaz de sanar alguns problemas na unidade escolar e garantir que a aprendizagem de temas

transversais de forma lúdica e com a seriedade necessária possa ocorrer. Sendo assim, foram

desenvolvidos três projetos na Escola Estadual Amando de Oliveira no ano letivo de 2015,

como proposta para o Projeto Conecta da Escola, idealizado pelo Núcleo de Tecnologia

Educacional (NTE) localizado em Campo Grande-MS.

Os projetos contemplaram três turnos com as temáticas: “Amando contra o Bullying –

Todos pela paz”, “Festejos” e “Redes Sociais”. As escolhas desses temas e das turmas

aconteceram por critérios específicos: o tema deveria contemplar um problema na unidade

escolar que transversalmente atendesse a pluralidade cultural; a turma escolhida deveria

apresentar dificuldades de aprendizagem ou indisciplina, que afetam o desempenho e ao

mesmo tempo o ambiente escolar com interdisciplinaridade.

Na perspectiva escolar, a interdisciplinaridade não tem a pretensão de criar

novas disciplinas ou saberes, mas de utilizar os conhecimentos de várias

disciplinas para resolver um problema concreto ou compreender um

determinado fenômeno sob diferentes pontos de vista. (BRASIL, 2000, p. 21).

Para tanto, os projetos de forma interdisciplinar buscaram resolver os problemas

diagnosticados anteriormente. No período Matutino, o 1º A, possuía alunos com déficit

intelectual com e sem laudo médico, com a orientação da professora de Literatura e o de

Produção Interativa, o projeto “Amando contra o Bullying – todos pela paz” voltou-se à

leitura e produção oral e escrita, com emprego do livro Caco de Gilberto Mattje.

Na execução do projeto demonstraram interesse pelo livro e desenvolveram-no todo,

delimitando o Bullying como tema, pois “Em linhas gerais o Bullying é um fenômeno

5 Diretora: Eduardo Henrique Biruel. Diretora Adjunta: Rita de Cássia

Silva. Coordenador (es) Pedagógico(s): Nivaldo Tenório e Valter Jerônimo

Marques Queiroz. PROGETEC: Karen Crystina Deduc. Multiplicadora:

Angela Suely Silva.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

19

universal e democrático, pois acontece em todas as partes do mundo onde existem relações

humanas e onde a vida escolar faz parte do cotidiano dos jovens” (SILVA, 2007, p. 12).

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais: Apresentação dos Temas Transversais

e Ética (PCN, 1998, p.20-21) podemos refletir o papel do educador em casos de bullying:

[...] deve ser feito um destaque para preconceitos e desrespeitos frequentes

entre os alunos: aqueles que estigmatizam deficientes físicos ou

simplesmente os gordos, os feios, os baixinhos etc., em geral traduzidos por

apelidos pejorativos. Nesses casos o professor não deve admitir tais atitudes

[...]. (BRASIL, 2000, p. 20-21).

Observamos que o professor possui papel ímpar na formação do aluno e os projetos

podem ser recursos úteis no processo. No período Vespertino, para os alunos do 7º B

aconteceu como extensão de outro projeto em andamento na Unidade Escolar: “Retalhos do

Brasil” resgatando valores das regiões brasileiras como cultura, gastronomia e artesanato.

Para melhor organização, o projeto “Festejos” foi desenvolvido em três momentos. No

primeiro, os alunos pesquisaram na internet sobre a Região Norte e a professora explicou

culinária, cultura, danças típicas colocando como foco a dança do boi-bumbá. No segundo,

ensaiaram as danças típicas, confeccionaram boi de papel machê, apresentando os resultados

durante a Feira Cultural. E, no último, filmaram telejornal utilizando recursos midiáticos:

lousa digital, filmadora, câmera fotográfica e datashow com o auxilio da PROGETEC.

O terceiro e último projeto apresentado, do 1º G/H, “Redes Sociais”, teve como ponto

de partida a ideia de usar o Facebook como recurso de aprendizagem, para surpresa, alguns

alunos não conheciam a ferramenta e outros não aceitaram o uso do aplicativo como

instrumento de ensino. A iniciativa e escolha foram pelos professores de Sociologia e

Filosofia, justificando que a informação e o conhecimento estão historicamente mediados por

inovações tecnológicas, entretanto, elas não sinônimas, por informação entende-se o conjunto

de fatos, aparentemente neutros, socialmente produzidos, enquanto o conhecimento é

necessariamente conteúdo pensado. Com auxílio dos professores e da internet, a proposta

seria de criar páginas com perfis de grandes sociólogos e filósofos, cujos alunos alimentariam

essa página com informações frases e conhecimentos gerais sobre o pensador escolhido.

Cabe reiterar que em todos os projetos os alunos compareceram à STE, realizaram

pesquisas para alimentar suas páginas com imagens, informações, frases e conhecimentos

gerais sobre seu pensador. Houve trabalhos com vídeos sobre o tema e produções de vídeos

com a proposta de criar campanha anti-Bullying dentro da escola, a proposta compreendia:

fotos de situações tiradas pelos alunos e a filmagem de um minidocumentário com alunos que

já sofreram e que praticaram Bullying. A culminância do projeto foi desenvolvida juntamente

com os professores em trabalho com a PROGETEC, o encerramento aconteceu com todos os

alunos que se reuniram no pátio da escola, com a reprodução dos vídeos produzidos e após a

palestra sobre o tema para o público geral da escola com a psicóloga Carolina Buzinaro, bem

como folders de divulgação da página criada no Publisher e a divulgação dos resultados das

páginas mais curtidas.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

20

Foto 2 - Boi-Bumbá

confeccionado pelos alunos

Foto 3 - Alunos atualizando suas

páginas no facebook

Foto 4 - Apresentação do projeto

pela PROGETEC

O projeto tem alcançado resultados, estimulando a pesquisa como princípio educativo

na reconstrução do conhecimento, postura dos alunos e mudança pedagógica do professor.

Resultados através das pesquisas deram-se pelo domínio do conteúdo e o principal objetivo

aos poucos está sendo atingido: fazer os educandos aprenderem as etapas para se realizar uma

boa pesquisa escolar, a partir da investigação utilizando-se de fontes seguras e orientar a

produção escrita das descobertas.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares

Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998. v. 8.

SILVA, Adriana Maria da; NASCIMENTO, Talita Maria César; QUEIROZ, Cristiany Morais de. O fenômeno

bullying e suas implicações na realidade de uma escola da rede particular do Recife: um estudo de caso. Trabalho de

conclusão, 2007. Disponível em: http://libros-en-pdf.com/descargar/fenomeno-bullying-cleo-fantes-6.html. Acesso: 18 abr.

2013.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

21

ESCOLA ESTADUAL AMÉLIO DE CARVALHO BAÍS6

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA À PROVA DE FOGO

1º Ano A

Professores responsáveis

Diane Ferreira de Lima Nery Ramos

Gleice da Silva Maeoca Souza

Visto que o projeto Conecta ocorre anualmente com o objetivo de fomentar o uso das

tecnologias presentes no ambiente escolar, o Núcleo de Tecnologia Educacional – NTE

propôs ao ano de 2015 um tema aberto às inovações tecnológicas. Mediante aos fatos

apresentados, a Escola Amélio de Carvalho Baís optou em trabalhar a interdisciplinaridade

entre Português e Matemática com os alunos do 1º ano A, devido à indisciplina que sala

apresentou no 1º bimestre, com um tema muito comum aos jovens e adolescentes: Variação

Linguística.

A língua portuguesa em si apresenta interessantes aspectos em relação às variações

linguísticas, por causa das grandes influências históricas e regionais existentes no Brasil,

permitindo adaptações ao decorrer do tempo. Neste trabalho serão abordados os tipos de

variações linguísticas, gírias e preconceitos presentes nas mídias e principalmente na escola,

bem como a influência dos imigrantes no enriquecimento oral e cultural dos brasileiros.

Segundo VALADARES (2011), é possível discutir alguns aspectos que direcionam o

uso da língua como facilitador/dificultador das relações de inclusão/exclusão, uma vez que a

manifestação de usos não prestigiados em alguns grupos sociais gera um rechaçamento a

esses usuários, levando a língua a ser responsável pela propagação de preconceitos

linguísticos que terão ação direta na manutenção do preconceito social, e a escola vem

funcionando como um dos principais veículos para isso.

Desta forma, os alunos do 1º ano A do Ensino Médio da Escola Estadual Amélio de

Carvalho Baís foram divididos em grupos, a fim de direcionar e planejar melhor os estudos

nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática.

6 Diretor: Paulo Antonio Castaldeli. Coordenador(es) Pedagógico(s): Chiara Goes Barbosa e

Susy Ranieri. PROGETEC: Maíra Espindola Rocha. Multiplicadora: Luiza Gonçalves Dorado.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

22

Foto1 - Apresentação

fotonovela

Foto 2 - Paródia Foto 3 - Blog Conecta

Os alunos foram divididos em cinco grupos, no qual cada um pesquisou sobre as

variações linguísticas e montou trabalhos, em língua portuguesa: fotonovela: a partir de

fotografias, os alunos utilizaram o Power Point para editar e criar o diálogo dos personagens;

teatro: os alunos filmaram a apresentação teatral que regiões do país, utilizando os linguajares

típicos. Os vídeos foram editados com o programa movie maker, pelos próprios alunos;

paródia: a letra da música apresentou a importância da variação linguística abordada no Brasil

e foi cantada de acordo com a fala da região; telejornal: os alunos realizaram pesquisas sobre

gírias, preconceito linguístico para a produção do telejornal e apresentaram durante a

culminância do projeto evidenciando a importância da fala para as pessoas que migram de

região; blog: os alunos desenvolveram um blog onde exploraram vários conteúdos sobre a

temática, além de divulgar os trabalhos que estavam sendo desenvolvidos pelos outros grupos.

Foto 4 - Elaboração de slides Foto 5 -Equipe Conecta

AULAS DE ACOMPANHAMENTO DE MATEMÁTICA

Os alunos foram divididos de acordo com as regiões brasileiras, os quais pesquisaram

a respeito das variações linguísticas voltando à análise para dados relacionados à imigração.

Após pesquisa, utilizaram o PowerPoint para criar apresentação sobre as gírias mais

utilizadas nas regiões como as palavras sofrem alterações.

Os recursos tecnológicos utilizados foram: Câmera Fotográfica; Câmera de Filmagem;

Celular; Internet; Sala de Tecnologia Educacional; Microfones; Redes sociais (blog e

facebook); Caixa amplificadora de som; Datashow e Notebook.

Por meio do Projeto Conecta: Variação Linguística à prova de fogo, torna-se

possível ao aluno associar os princípios teóricos da Língua Portuguesa formal e informal

presente no ambiente escolar, bem como sua flexão em relação à influência histórica e

regionais existentes no Brasil. As tecnologias presentes durante a elaboração do projeto

proporcionaram ótimos produtos finais como: fotonovela, teatro, telejornal, paródia, blog e

slides sobre as cinco regiões do Brasil.

Portanto esse projeto instigou os alunos à pesquisa, contribuiu positivamente para o

fim da indisciplina existente em sala, além de apresentar as tecnologias como fundamentais

para a elaboração prática das variações linguísticas.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

23

REFERÊNCIAS

BRASIL ESCOLA- Variações Linguísticas. Disponível

em:<http://www.brasilescola.com/gramatica/variacoes-linguisticas.htm>. Acesso em 24 de

abril de 2015.

MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio/Parte II – Linguagens, códigos e

suas tecnologias. Brasília: Ministério da Educação, 2000.

OLIVEIRA, Vivian Meira. A variação linguística no português popular do Brasil: a

questão da bipolarização. Universidade do Estado da Bahia (UNEB) 2009. Disponível em:

<http://nupexbrumado.blogspot.com.br/2009/10/variacao-linguistica-no-portugues.html> Acesso em

27 de abril de 2015.

VALADARES, Flavio Biasutti. Língua e norma versus variação e diversidade linguística:

Uma breve discussão lingüístico-educacional. Vitória (ES) 2011. Disponível em: <

periodicos.ufes.br/percursos/article/download/1192/894>. Acesso em 24 de abril de 2015.

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA – A língua em movimento. Disponível em : <

http://www.portugues.com.br/redacao/variacao-linguistica-lingua-movimento.html> Acesso em 27 de

abril de 2015.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

24

ESCOLA ESTADUAL ANTONIO DELFINO PEREIRA7

TECNOLOGIAS NA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO, MEIO AMBIENTE

SUSTENTÁVEL

6º Ano –Integral

Professores responsáveis

Arlete Freire Thomaz, Vinícius Mauricio Queiroz Hipolito

Adriana Rodrigues de Souza, Maria Rodrigues Leite

O projeto conecta 2015 foi desenvolvido com a turma do 6º ano integral, tendo em

vista ser uma turma com elevado grau de dificuldade no aprendizado, na disciplina, com

defasagem idade/série e ANEE (alunos com necessidades educacionais especiais), sendo

assim, priorizamos essa turma no intuito de recuperar os alunos com dificuldades na escrita,

leitura, cálculo e orienta-los melhor no que se refere à disciplina.

O primeiro passo do projeto foi à escolha do tema, em reunião com a equipe

pedagógica ficou definido que seria de grande relevância falarmos sobre sustentabilidade

tendo em vista ser um assunto que abrange não só os alunos mas também toda a comunidade

escolar. Sustentabilidade é atender às necessidades da geração presente sem comprometer as

habilidades das gerações futuras de atender às suas próprias necessidades (BRAGA, 2000).

Os professores envolvidos no projeto definiram que seriam realizadas reuniões

periódicas para expor o que vem sendo trabalhado em suas disciplinas e também para planejar

ações futuras inserindo essas atividades em seus planejamentos de aula, dessa forma,

podemos realizar visitas em projetos fora da escola que trabalham com o mesmo tema ou com

temas relacionados à sustentabilidade.

Com a definição do tema partimos para a elaboração da logomarca da turma, essa

etapa se deu através de pesquisas na internet e filmes relacionados ao tema para que os alunos

tivessem uma noção do que se tratava o assunto, o software escolhido para a confecção da

logomarca foi o PowerPoint, nessa etapa foi onde podemos perceber que os alunos não

tinham nenhum conhecimento do software, assim nos dando uma nova visão do que seria

trabalhado durante o projeto. Diante disso, fizemos um levantamento e podemos verificar que

poucos alunos conheciam os aplicativos do pacote Office e a grande maioria se quer tinham

utilizado os aplicativos Word, PowerPoint, Excel e outros, assim, procuramos através de

pesquisas e atividades práticas realizadas na STE bem como no laptop (UCA), buscamos

preparar os alunos para melhor utilizarem desses softwares.

7 Diretora: Marinete Nogueira Terra. Coordenador(es) Pedagógico(s):

Hermínia Cabral. PROGETEC: Marcos da Silva Gotardo. Multiplicador:

Nesio Alamini.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

25

O Gráfico 1 representa o nível de conhecimento dos alunos do 6º ano com os

aplicativos do pacote Office.

Gráfico 1 – conhecimento dos alunos – pacote Office

Dos 25 alunos matriculados, 1(um) aluno mostrou conhecer Office, 1 (um) aluno

mostrou conhecimento médio, 2 (dois) alunos mostraram baixo conhecimento e 21 (vinte e

um) alunos não conheciam os aplicativos do Office.

Os alunos produziram na STE slides utilizando o PowerPoint fazendo referência a

uma música ou até mesmo um filme assistido relacionado à sustentabilidade, a produção dos

slides serviu como aprendizado do aplicativo.

Para LORENZATO (1991), os recursos midiáticos interferem fortemente no processo

de ensino e aprendizagem; o uso de qualquer recurso depende do conteúdo a ser ensinado, dos

objetivos que se deseja atingir e da aprendizagem a ser desenvolvida, visto que a utilização de

recursos midiáticos facilita a observação e a análise de elementos fundamentais para o ensino

experimental, contribuindo com o aluno na construção do conhecimento. (LORENZATO,

1991)

Os alunos demonstraram grande interesse pelas aulas de produção na STE, tendo em

vista ser algo novo e atrativo que se tratava do que nunca tinham utilizado.

Tendo em vista o tema sustentabilidade ser um tema ser muito abrangente, a turma

pesquisou mais sobre a água e o solo, no que se refere a água, participamos de um projeto da

Águas Guariroba chamado “Saúde nota 10” onde os alunos tinham que fazer uma frase

falando de água e esgoto, as três melhores frases de cada foram premiadas. Ainda paralelo a

esse projeto participamos também do projeto “De olho no óleo”, onde a E.E. Antonio Delfino

Pereira arrecadou um total de 900 litros de óleo usas que foi vendido para uma fábrica de

sabão. A turma do 6º ano foi quem ficou responsável de coordenar as ações tendo em vista

ser a turma prioritária do projeto. Ao final na oportunidade ao final dos projetos podemos

visitar as instalações da Águas Guariroba onde podemos conhecer melhor todo processo de

tratamento de água e esgoto.

No que se refere ao solo, à professora de ciências teve a ideia de construirmos uma

horta suspensa, a fim de trabalhar com os alunos a importância do solo, o cultivo de hortaliças

sem agrotóxicos e ainda responsabilizá-los a cuidar da sua própria muda, gerando assim um

senso de responsabilidade. Segundo Carvalho (2004), esta forma de Educação Ambiental

(EA) “contribui para uma mudança de valores e atitudes, contribuindo para a formação de um

sujeito ecológico”.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

26

Foto 1 – Produção na STE

Foto 2 - Manutenção horta suspensa pelos alunos

A horta terá uma grande importância para os alunos tendo em vista que eles almoçam

na escola, pois a mesma é de tempo integral. Por fim, o projeto conecta possibilitou aos

alunos do 6º ano uma gama de conhecimentos bem diversificada, os alunos passaram a

conhecer os aplicativos do pacote podendo hoje formatar um documento do Word até mesmo

fazer uma apresentação em slides no PowerPoint, em se tratando de sustentabilidade os alunos

compreenderam a importância da diminuição do consumo de água, luz e produtos geradores

de lixo bem como a correta maneira de descartar esse lixo para que não haja impacto negativo

no meio ambiente.

Essas ações possibilitaram uma melhora considerável no comportamento da turma e

em consequência as notas tiveram um aumento gradativo até o encerramento do ano letivo.

REFERÊNCIAS

BRAGA, B et al. Introdução à Engenharia Ambiental: O desafio do Desenvolvimento Sustentável. São Paulo:

Pearson Prentice Hall, 2005.

CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Educação Ambiental Crítica: nomes e endereçamentos da educação In:

LAYRARGUES, P.P. (coord.). Identidades da educação ambiental brasileira. Ministério do Meio Ambiente. Diretoria de

Educação Ambiental. Brasília, Ministério do Meio Ambiente, 2004.

LORENZATO, S. Por que não ensinar utilizando recursos midiáticos? Educação Matemática em Revista.

Sociedade brasileira em Educação Matemática – SBEM. Ano III. 1º semestre 1995.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

27

ESCOLA ESTADUAL ARACY EUDOCIAK8

LITERATURA ENCENA

ROBÓTICA E HIDRÁULICA

LEITURA E ESCRITA BRASILIDADES

2º Ano A – Matutino

Professores responsáveis

Maria Felix de Carvalho

Fernanda Andreia Almeida

Cardoso

5º Ano A - Vespertino

Professores responsáveis

Marcia Antonia Graci

Amena Atwah Lickah Gomes

2° C - Noturno

Professores responsáveis

Gisele Bacanelli

Maria Felix de Carvalho

No projeto, da Escola Estadual Aracy Eudociak situada na cidade de Campo

Grande/MS, no bairro tijuca I, na Rua Maracantins 696 realizamos o projeto com

envolvimento dos alunos das séries prioritárias do 5° ano A vespertino, 2° ano A matutino, e

2º ano C noturno (são prioritárias, pois participaram de uma avaliação externa e são turmas

indisciplinadas, com dificuldades de aprendizagens).

Durante todo o processo de desenvolvimento do projeto os alunos foram

acompanhados e orientados pelos seus respectivos regentes e com o auxílio do PROGETEC,

cada turma trabalhou com os equipamentos tecnológicos e realizaram pesquisas na STE (sala

de tecnologia educacional) para um melhor desenvolvimento de cada projeto.

Os alunos do 2º ano A, matutino do ensino médio utilizaram os equipamentos e

recursos tecnológicos para o desenvolvimento de seus projetos, sob orientações de seus

professores regentes. Os alunos desenvolveram um texto literário do romantismo em teatro e

adaptados a um filme, no qual utilizaram câmera filmadora e STE, para editar as filmagens e a

criação de um DVD. No segundo momento os alunos produziram os cenários da época, com

falas e gírias com orientações da disciplina de Literatura onde fica com o enredo e a disciplina

de Artes onde se dá a criação dos cenários com o tema “A Moreninha” que é considerado o

primeiro romance romântico brasileiro. Apresenta uma linguagem simples, um enredo que

prende o leitor com algum suspense e um final feliz típico dessa fase do movimento do

Romantismo. A obra remonta o cenário da alta sociedade carioca em meados do século XIX.

Joaquim Manuel de Macedo ganhou notoriedade na corte carioca, pois a obra caiu no gosto

do público. É um clássico da nossa literatura e representa a narrativa romântica com

características nacionais.

O Romantismo, como grande parte dos movimentos literários, tinha força na Europa.

A obra de Joaquim Manuel de Macedo dá os primeiros passos para o Romantismo tipicamente

8 Diretora: Renata Cristina Duarte. Diretor Adjunto: Mauro Bezerra. Coordenador(es)

Pedagógico(s): Francisco Paulo Costa do Nascimento. Márcia de Fatima e Silva. PROGETEC:

Marcelo de Oliveira Rodrigues. Multiplicador: Angela Suely Silva.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

28

brasileiro. A obra mostra os costumes e a organização da sociedade que se formava no século

XIX no Rio de Janeiro: os estudantes de medicina, os bailes, a tradição da festa de Sant‟Ana ,

o flerte das moças etc. Também está presente a cultura nacional, através da lenda da gruta, em

que o choro de uma moça que se apaixonou por um índio e não foi correspondida se

transforma na fonte que corre na gruta.

Com a mesma turma e orientações de seus professores de Matemática realizaram mais

um projeto inovador e com um grande desafio, a criação de um Braço Hidráulico e 2 (duas)

mão robótica, com a utilização da STE e sob orientações dos regentes e auxilio do

PROGETEC, obtiveram conteúdo e utilizaram a STE para baixar vídeos, realizaram

filmagens para as orientações inicias e para se criar um planejamento quanto as divisões de

tarefas e a realização das montagens de cada peças.

Já o 2º ano C Noturno do ensino médio realizou e pesquisou e recriaram com a

orientações de seus professores elaboraram o projeto “BRASILIDADES” demonstrando a

diversidade cultural refere-se aos diferentes costumes de uma sociedade, entre os quais

podemos citar: vestimenta, culinária, manifestações religiosas, tradições, entre outros

aspectos. Os projetos se iniciam com os professores padrinhos que devem se reunir e elaborar

qual ou quais trabalhos serão realizados. Separou-se um grupo de alunos para realizar este

trabalho. Sugeriu-se que o professor divida a sala (equipe) em grupos e os oriente a realizar

pesquisas especificas. sobre assuntos e a história da região em questão.

Durante as aulas estas pesquisas foram apresentadas aos demais alunos em sala, desta

forma o professor pode atribuir uma nota específica para cada aluno. Os alunos entregaram as

pesquisas por escrito, assim os jurados podem elaborar as perguntas de acordo com o que foi

pesquisado e apresentando em sala.

O 5º Ano A do ensino fundamental sob a orientação do regente realizou pesquisa na

STE, formados em grupos utilizando a internet e pesquisando sobre textos, onde num segundo

momento os alunos assistiam um filme que consistia em seu conteúdo programático e a partir

dessa fase cada grupo realizaria sua produção textual, cada aula um tema diferenciado uma

nova produção que resultará em um livro que será confeccionado em uma gráfica com toda

as produções de cada aluno. Os temas foram desenvolvidos na sala de aula e sala de

tecnologia com discussão de tipos de textos. Os alunos realizarão pesquisa de texto e

produção textual utilizando as ferramentas do Word, Power Point em pesquisa na internet,

com leitura de pequenos textos online e a produção própria de cada grupo.

Cada grupo realizou sua pesquisa e sua produção textual, observando que cada texto

dispõe de sua estrutura, cada grupo identificou se o texto era narrativo, descritivo e

argumentativo. Objetivo Geral foi Estimular e melhorar a leitura, escrita, produção textual,

Compreensão textual, Trabalho em equipe, Estimulara a pesquisa e melhorar o manuseio com

computadores e suas ferramentas de editor de textos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente projeto conecta 2015, com o 2º ano A do ensino médio matutino realizou

dois grandes projetos realizados pelos alunos, no primeiro momento a realização e adaptação

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

29

do romantismo em teatro e depois em um DVD como produto final com a produção edição

das cenas pelos próprios alunos com o tema “A Moreninha”.

No 2º ano C noturno do ensino médio os alunos obtiveram o tema “Brasilidades” onde

pesquisaram sobre as diversidades do nosso Brasil, cultura, comida e tradição de cada região,

como produção final os alunos criaram banner e vídeos das apresentações realizadas pelos

mesmos.

O 5º ano A do ensino fundamental realizou pesquisa na STE com o tema proposto pelo

regente “Gêneros textuais e suas tecnologias” onde foram divididos em grupo e todos os

grupos realizavam a produção de texto, como produto final, um livro que corresponde a todas

as produções de textos pesquisados no decorrer do projeto conecta 2015.

No segundo momento a realização do projeto de um Braço Hidráulico e de duas mãos

robótica, onde buscaram vídeos educacionais, exemplos e sob as orientações dos regentes de

matemática.

Cada projeto realizado no decorrer do ano letivo obteve grandes avanços no quesito de

evolução do aluno em relação à participação, melhoramento nas notas, distanciamento entre

regente e aluno, participação de toda a comunidade escolar Direção, Coordenação,

Professores e Alunos.

Foto 1- Livro/apoio Foto 2- montagem do

braço hidráulico 2° A

Foto 3 - conexão de cada

peça 2° A

Foto 4 – alunos em

pesquisa

Foto 6 - conclusão do projeto Foto 7 - receitas gastronômicas

de cada equipe 2° C noturno

Foto 8 – alunos em pesquisa STE

Foto 9 - 5° ano A editando o livro Foto 10 – alunos trabalhando na

pesquisa

Foto 11 – Exposição dos

trabalhos

REFERÊNCIAS

ALENCAR, José de. Lucíola. São Paulo: Ática, Série Bom Livro, 1988.

ALMEIDA Manuel Antonio de. Memórias de um sargento de milícias. São Paulo: Ática, Série Bom Livro, 1991.

Análises intituladas Os Lusíadas e Rimas, de Luís de Camões, de Aníbal Pinto de Castro em: www.instituto-

camoes.pt/escritores/camoes/estudos.htm, 02.08.2004.

ANDRADE, Mário de. Macunaíma. O herói sem nenhum caráter. Belo Horizonte: Itatiaia, 1987.

ANDRADE, Mário. “Memórias de um sargento de milícias”. In: Aspectos da literatura brasileira. São Paulo:

Martins, 1974, p. 125-140.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

30

ARRIGUCCI JR., Davi. Humildade, paixão e morte: a poesia de Manuel Bandeira. São Paulo: Cia. das Letras,

1990.

ASSIS, Machado de. “O Primo Basílio”. In: Crítica literária. São Paulo: W.M. Jackson, 1955.

ASSIS, Machado. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ática, 1992.

BANDEIRA, Manuel. Noções de literatura. São Paulo: Cia Editora Nacional, 1954.

BECHARA, E. e SPINA, S. (org.). Os Lusíadas, Luís de Camões, Antologia. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001.

BOSI, Alfredo et alii. Machado de Assis. São Paulo: Ática, 1983.

CAMINHA, Pero Vaz de. Carta a El Rei D. Manuel. São Paulo: Dominus, 1963.

CAMPEDELLI, Samira Youssef. Machado de Assis. São Paulo: Scipione, 1995.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

31

ESCOLA ESTADUAL ARLINDO DE ANDRADE GOMES9

SARAU DE LITERATURA

LEITURA E SUSTENTABILIDADE

3º Ano B (E.M.) – Matutino

Professores responsáveis

Gislaine Palácio de Araújo

Cristina Ottoni Alves,

Edy Wilson Ferreira Mendes da Silva

9º Ano A – Vespertin

Professores responsáveis

Ana Rachell de Oliveira Lemos Shimidth

A escola é um dos lugares mais importantes de disponibilidade ao aluno dos bens de

cultura, da conquista de várias linguagens que compõem o mundo, que são, afinal,

propriedade de todos, direito de todos. Logo a importância de se trabalhar com projetos, nos

quais professores e alunos fazem essa interação ensino e aprendizagem de forma harmoniosa

objetivando contribuir para que os alunos conheçam e utilizem elementos constitutivos da

linguagem de forma reflexiva e funcional.

Nesta perspectiva, tanto a leitura e sustentabilidade, quanto o Sarau Literário são

projetos que visam resgatar a cultura de contar e ouvir histórias, recitar poesias, despertar o

gosto pela leitura, trazer memórias de brincadeiras antigas, envolvendo a comunidade escolar

interna e externa para ouvir boa leitura, escutar músicas e curtir belas histórias através da

leitura de livros, poesias e apresentação teatral, num momento de inovação, descontração e

satisfação.

Sendo assim, cabe à escola envolver os alunos e procurar estratégias necessárias para a

melhoria do ensino e da aprendizagem, uma vez que a escola não pode eximir-se de sua tarefa

educativa no que se refere a formação plena do cidadão.

As turmas contempladas com o projeto Conecta foram: 9 ano A vespertino e 3 ano B

matutino. São turmas prioritárias porque dentro da proposta são turmas que irão participar de

avaliações internas e também por apresentarem um número bastante significativo de alunos

repetente no caso 9º ano e o 3º ano por estarem saindo de um ciclo para seguir os estudos.

O trabalho com leitura tem como finalidade a formação de leitores competentes e,

consequentemente, a formação de escritores, pois a possibilidade de produzir textos eficazes

tem sua origem na prática de leitura, espaço de construção da intertextualidade e fonte de

REFERÊNCIAS modelizadoras.

9 Diretora: Alda de Sousa Machado. Diretor Adjunto: Marcelo José de

Souza. Coordenador(es) Pedagógico(s): Maria Cristina Barboza da Silva

Gonçalves, Edinalva de Oliveira Vitório, Matildes de Araújo Lima.

PROGETEC: Maria Meira de Souza. Multiplicador: Edma Ferreira da

Silva Souza.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

32

A leitura, por um lado, nos fornece a matéria-prima para a escrita: o que escrever. Por

outro, contribui para a constituição de modelos: como escrever (PCN, 1997). Assim, cabe à

escola e ao professor propiciar situações para maximizar o potencial leitor e escritor de seus

alunos, propondo estratégias de leituras através de gêneros textuais diversificados e

autores\ilustradores renomados.

As metodologias utilizadas nos projetos foram: Envolvimento dos alunos com

as tecnologias; Criação de grupos do facebook e divulgação dos materiais produzidos;

Produção de portfólio digital com as etapas do projeto, registro de fotos e eventos que

aconteceram no decorrer do projeto como as leituras, pesquisas, chás literários, ensaios e

apresentações; Uso dos tabletes para digitalização e postagens nos aplicativos e softwares;

Uso da sala de tecnologia para produção de roteiros e vídeos, digitação e publicação das

histórias produzidas durante o projeto, filmadora, câmera digital, microfones, biblioteca da

escola para leitura do acervo literário e biblioteca online.

A escola deve desenvolver ações construtivas de valores e conhecimentos que

auxiliem de modo imprescindível para o processo de ensino e aprendizagem na sociedade

contemporânea.

De acordo com Moran (2000):

A verdadeira função do aparato educacional não deve ser a de ensinar, mas

sim a de criar condições de aprendizagem. As tecnologias de comunicação

não substituem o professor, mas modificam algumas de suas funções. A

tarefa de passar informações pode ser deixada aos bancos de dados, livros,

programas em CD. O professor se transforma agora em estimulador da

curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a

informação mais relevante. (Moran, p. 2000).

A prática do uso das TIC‟s entre os jovens desperta de maneira irreversível a

curiosidade e a busca por novas ideias, conceitos, palavras, fantasias - além de enriquecer a

capacidade de argumentação pessoal. Assim, a parceria dos professores e a

interdisciplinaridade nos projetos desenvolvidos pela Unidade Escolar, enquanto práticas

rotineiras servem de estímulo para o despertar gradual de uma visão crítica - ampliando

exponencialmente a capacidade de percepção de mundo e das várias linguagens e suas

corretas significações.

Segundo, Marialva Nunes Corrêa:

A conexão da sala de aula á rede da informação e da comunicação nos

coloca diante do desafio de não apenas adaptar a escola ao contexto de

hoje, mas principalmente transformá-la num espaço mais capaz de formar

cidadãos envolvidos de maneira ativa e crítica da sociedade. (Maio, 2001, p.

14).

Assim, este Projeto visou a trabalhar aspectos diversos, que utilizassem as Tecnologias

na reflexão da mudança pedagógica do professor e na aquisição de conhecimento pelo aluno,

preparando-o assim para enfrentar as mudanças tecnológicas, abrindo espaço para reflexões e

discussões acerca do conhecimento em leitura e interpretação, favorecendo assim a

compreensão dos textos escritos e produzidos pela turma do 9º ano A, valorizando a sua

história e cultura no qual se construiu significados envolvendo o uso das tecnologias.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

33

De acordo a tabela abaixo, observou-se o que não houve evasão na turma, e sim

equilíbrio, aproveitamento e melhoria na aprendizagem dos educandos.

Tabela de aproveitamento – 9º A vespertino

A

rte

Ciê

nci

as

Ed

uca

ção

Fís

ica

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gra

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Ing

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ção

Inte

rati

va

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cín

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o

ACIMA DA

MÉDIA 25 31 32 20 25 30 24 25 29 25

ABAIXO DA

MÉDIA 06 01 03 11 06 00 05 04 04 04

NA MÉDIA 04 03 00 04 04 05 06 06 02 06 TOTAL DE

ALUNOS

"CURSANDO" 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35

Fonte: GDE/SED 3º bimestre 2015

Considerando a importância do projeto com os educandos os resultados obtidos

durante o processo de aprendizagem foi de grande valia, pois a percepção e interesse dos

alunos vieram melhorar o desempenho e consequentemente a aprendizagem, conforme os

dados apresentados durante o processo educativo.

Parafraseando, o uso das tecnologias com a leitura, entendemos que estas devem não

só levar em conta, o contexto pedagógico, mas também a experiência de liberdade e

autonomia dos sujeitos, como também, observação do contexto sócio- político que interfere

nas condições de acesso de produção da leitura e do conhecimento.

Neste sentido poderíamos considerar a leitura como um instrumento de libertação e

autonomia necessário ao pleno exercício da cidadania.

Foto 1 – Aluna confeccionando

slides para o projeto

Foto 2 – Alunos pesquisando

sobre o tema do projeto

Foto 3 - Digitalização utilizando

o tablet na pesquisa do projeto

REFERÊNCIAS

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua

Portuguesa/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, 1997.

CORRÊA, Marialva Nunes. O computador na Educação. Universidade Federal de Mato

Grosso do Sul, dissertação de especialização não publicada. Orientadora Profª. Marilena Bittar. 2001.

MORAN, José Manuel et al. Novas tecnologias e mediação pedagógica . 6. ed. Campinas:

Papirus, 2000.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

34

ESCOLA ESTADUAL ARLINDO DE SAMPAIO JORGE10

MORENINHA: DE UM SIMPLES BAIRRO A UM GRANDE CENTRO

5º Ano A e B – Matutino

Professores responsáveis

Eulália Carmem Macedo

Ivacir Machado de Matos

8º Ano A - Vespertino

Professores responsáveis

Andréia Haak Nascimento

Ivanir Ferrari Cavalcante

Leandro Alves Pereira

EJA II – 4ª Fase - Noturno

Professores responsáveis

Simone Costa dos Santos

Helizane de B. Junqueira

Inform ASJ

O jornal “Inform ASJ” 2ª edição foi desenvolvido através do projeto Conecta escola

2015 e atendeu aos interesses dos alunos do Ensino Fundamental tanto das séries Iniciais

quanto das séries finais, no ensino regular e na modalidade EJA (Educação de Jovens e

Adultos), mas com um foco maior nas turmas prioritárias 5º ano A e B do Matutino, 8º ano A

do Vespertino e 4ª fase A do Noturno, pois eram turmas com dificuldades disciplinares e com

probabilidade de evasão escolar no caso da EJA.

O principal objetivo era com que o aluno adquirisse o hábito da leitura,

experimentasse novos aplicativos do computador e estimulasse a descoberta, o senso crítico e

a pesquisa tanto via internet quanto de campo. Segundo Souza (2003) as novas tecnologias na

educação possibilitam a informação mais rápida, tanto para o educador quanto para o

educando, ampliando a interação entre eles.

Não há como deixar imperceptível toda a mudança tecnológica, pois ela tem estado

presente, na rotina dos educandos e educadores. Os conteúdos que seriam publicados no

jornal abordariam assuntos de nosso bairro, que foi fundado há 34 anos e se tornou um dos

maiores e mais conhecidos de Campo Grande, os alunos conheceram a história e a realidade

na educação, no comércio e na qualidade de vida da população. Com as atividades

desenvolvidas pelo projeto buscou-se integrar as tecnologias existentes no âmbito escolar com

a pesquisa de campo, buscando um maior relacionamento interpessoal, trabalho em equipe e

aprendizado de alguns softwares de computadores.

O projeto foi desenvolvido entre os meses de Abril e Outubro, assim foram

desenvolvidas diversas atividades como: pesquisa de campo para obtenção dos dados, aulas

para o desenvolvimento do Microsoft Excel para tabulação e gráficos e do Microsoft

Publisher para a criação do jornal.

10 Diretor: Ambrósio Lazzari. Diretora Adjunta: Eliane de Oliveira

Marques Frederico. Coordenador(es) Pedagógico(s): Josely Aparecida dos

Anjos, Julieta Eleutério Silveira. PROGETEC: Ademar Silva Fernandes.

Multiplicador: Agamenon Nascimento.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

35

Nos dias atuais convivemos com uma variedade de gerações, caracterizadas por

pessoas que acham as tecnologias uma perda de tempo, que só existe para o capitalismo,

existem também pessoas que gostam das tecnologias, mas não as utilizam por medo ou receio

e também aquelas que são consideradas da geração tecnológica, a geração Z, que não

viveriam sem as tecnologias. Sabendo que o público alvo do projeto participa do grupo da

geração “Z”, ou seja, alunos conectados.

Nesse caso necessitamos ter uma mudança de atitude em sala de aula, pois agora os

alunos produzem seus próprios conhecimentos, somos apenas um mediador do aprendizado.

A verdadeira função do aparato educacional não deve ser a de ensinar, mas

sim a de criar condições de aprendizagem. As tecnologias de comunicação

não substituem o professor, mas modificam algumas de suas funções. A

tarefa de passar informações pode ser deixada aos bancos de dados, livros,

programas em CD. O professor se transforma agora em estimulador da

curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a

informação mais relevante. (MORAN, 2000, p. 45).

No início do projeto foi realizada uma reunião pedagógica para a escolha do tema, das

turmas prioritárias e qual o objetivo do projeto e suas características. Após tudo definido

começamos a por em prática, os professores passaram para os alunos as intenções, o

cronograma e discutiram algumas possibilidades de atividades. O primeiro passo do projeto

era ter uma logomarca, para isso às turmas prioritárias desenvolveram desenhos e foi feito

uma votação do desenho mais criativo, representando a turma conforme a Foto 1.

Os alunos do 5º A e B, 8º A e 4ª fase A começaram a utilizar a sala de tecnologias

realizando algumas pesquisas, tais como: a história e a evolução do nosso bairro nas áreas da

educação, comércio, esporte, cultura, lazer e qualidade de vida, criaram seus questionários e

foram a campo para colher o máximo de informação possível, utilizaram o Microsoft Excel

para criarem seus gráficos e o Microsoft Word para digitarem seus textos. Com tudo

organizado, os alunos do 8º ano A ficaram responsáveis pela produção do jornal, pesquisaram

quais os recursos para a produção de um jornal, selecionaram alguns vídeos do site do

youtube com o passo a passo para produção dos mesmos e através disso foi decidido utilizar a

programa Microsoft Publisher para a produção do jornal “Inform ASJ” 2ª edição.

Foto 1- Pesquisa de campo Foto 2- Aplicação dos

questionários

Foram pesquisados vários tipos de jornais realizados pelo programa citado acima para

que os alunos explorassem as estruturas das matérias e apresentação das páginas, após todas

as ações do projeto o jornal foi desenvolvido pela turma conforme foto 2. A pesquisa faz parte

da produção do conhecimento e hoje as informações podem ser retiradas da internet com

muito mais rapidez, segundo (MANUAL..., 2014?) uma pesquisa realizada em 2012 mostrou

que a cada minuto são postadas 48 horas de vídeos no Youtube e são feitas 2 milhões de

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

36

pesquisas no google, sendo assim o professor deve estar bem preparado para orientar e

direcionar esses novos conhecimentos.

A publicação do jornal “Inform ASJ”, contendo matérias sobre as atividades

pedagógicas realizadas na escola, abordando os temas transversais trouxe diversos benefícios

aos nossos alunos, o jornal se revela atraente por possibilitar o contato com informações

contextualizadas, abrindo espaço para que as aulas sejam mais dinâmicas e capazes de tornar

os conteúdos escolares mais atrativos para a formação crítica dos alunos.

REFERÊNCIAS

MANUAL de tecnologia. São Paulo: Editora FTD, 2014.

MORAN, José Manuel et al. Novas tecnologias e mediação pedagógica . 6ª. ed. Campinas:

Papirus, 2000.

SOUZA, Carlos Henrique Medeiros. Comunicação, Educação e Novas Tecnologias. Campos

dos Goytacazes, RJ: Editora FAFIC, 2003.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

37

ESCOLA ESTADUAL BLANCHE DOS SANTOS PEREIRA11

STOP MOTION QUESTION WRITER

“O AMANHA É

AGORA”

PROJETO DE LEITURA

3º Ano A e B – Matutino

Professores responsáveis

Glaucia Rosely Marin

Edna da Silva Olive

Jaqueline Alonso Braga

9º Ano B - Vespertino

Professores responsáveis

Daniel Kleberson

Cássio Moscardini

Vitor Paulo Vianna

3º ano D - Noturno

Professores responsáveis

Robson Manoel de Souza

Marilene Ribeiro

Os projetos desenvolvidos pelos alunos na Escola Blanche dos Santos Pereira, nos três

turnos, matutino, vespertino e noturno foram respectivamente, Stop Motion, Question Writer

“O amanha é agora” e o Projeto de Leitura.

O Stop Motion: Esse projeto envolveu as disciplinas de Arte, Biologia e Espanhol, na

turma dos 3º anos A e B sendo que as turmas foram escolhidas pela necessidade de estarem

passando por uma fase de avaliação externa e mudança de educação básica para superior.

Com a desenvoltura dos professores juntamente com os alunos foram desenvolvido durante o

ano vários temas sobre a ecologia e o meio ambiente, o roteiro foi elaborado pela professora

de Espanhol onde ensinou passo a passo como fazer o Stop Motion e utilizar a língua

estrangeira no vídeo, a professora de Arte ficou com o trabalho de orientar e avaliar a

estrutura dos Stops Motions.

Question Writer: O Amanhã é Agora”: no período vespertino os professores de

Ciências, Matemática e Raciocínio Lógico elaboraram o projeto com a turma do 9º ano B com

o intuito no aprendizado de índices baixos e indisciplinas e de comportamento não adequado

para a sala de aula. O Projeto foi baseado no programa Question Writer que disponibiliza o

aprendizado por meio da Tecnologia de um programa de computador onde podem ser

realizados testes online. Como ele possibilita a inserção de questionários e ainda a resolução

deles monitorada, houve uma grande utilidade tanto o programa como o projeto na escola.

No Projeto de Leitura, desenvolvido no período noturno pelos professores de Língua

Portuguesa e Produção Interativa, Robson e Marilene formaram grupos no início do ano por

11 Diretora: Rosely Daher Sabatin. Diretora Adjunta: Maria de Fátima

Mecenas. Coordenador(es) Pedagógico(s): Eunisete Barbosa Albuquerque,

Nelisane Alencar de Trindade, Odete de Jesus Gomes. PROGETEC: Giseli

de Paula Jorente. Multiplicadora: Angela Suely da Silva.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

38

meio de sorteio, responsável por dois livros de literatura clássica brasileira, e cada grupo iria

por meio da ferramenta Prezzi elaborar uma apresentação aprofundada sobre o que estavam

lendo e conhecendo por meio dos livros e assim os alunos desenvolvia a leitura e o

conhecimento das ferramentas da Sala de Tecnologia Educacional.

As metodologias usadas nos projetos foram de acordo com o Projeto Político

Pedagógico e em cada um houve didática distinta, porém em equipe.

No Stop Motion as disciplinas de Arte, Biologia e Espanhol trabalharam em conjunto

para ser criado uma um vídeo relacionado a ecologia com legendas e falas em espanhol e

usando os critérios da disciplina de Arte, na sala do Ensino Médio de 3º ano A e B, assim

como a missão da escola que é o aprendizado continuo conforme o Projeto Político

Pedagógico- PPP. Houve roteiro de cada disciplina para que os alunos trabalhassem na Sala

de Tecnologia Educacional , ao selecionar material como foto, objetos utilizados, os alunos

editaram o Stop Motion e ao fim do projeto gravaram vídeos curtas de dois minutos cada, em

um único DVD.

Os 3º anos foram as turmas prioritárias, estavam em avaliação externa e a coordenação

pedagógica acreditou que seria a melhor escolha juntamente com os professores regentes.

Já no Projeto Question Writer os alunos trabalharam todo o conteúdo curricular do ano

das disciplinas de Ciências, Matemática e Raciocínio Lógico estudando, analisando e

aplicando minitestes nos demais colegas alunos do 9º ano B do período vespertino. Esses

alunos foram escolhidos, pois suas notas estavam abaixo da média em sua maioria e ainda a

indisciplina predominava com grandes anotações e registro perante a coordenação

pedagógica.

Dessa forma foram aprendendo o conteúdo, tanto para poder elaborar as questões

como para responder. Toda essa dinâmica foi desenvolvida por meio do programa de

computador que permite direcionar, supervisionar e monitorar as questões e suas respostas, os

professores idealizadores desse projeto obtiveram grande retorno no decorrer do ano letivo,

pois todo conteúdo ministrado era recepcionado pelos alunos de maneira investigativa,

passaram a pesquisar mais e aprofundar os conteúdos e não ficaram com o mero conteúdo do

livro didático e a explicação do professor. Passaram a averiguar toda e qualquer informação

para que a partir dessa pudessem sobressair no Question Writer.

As disciplinas de Língua Portuguesa e Produção Interativa comandaram o Projeto de

Leitura no período noturno com os 3º ano D que eram alunos de frequência e ainda por

passarem por avaliações externas, os professores juntamente com a coordenação pedagógica

escolheram essa turma como prioritária.

Foto 1- Aulas na STE para

elaboração do Stop Motion

Foto 2 -Aulas na STE 9º ano B

trabalhando o Question Writer

Foto 3 - Apresentação do Projeto

de Leitura

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

39

O desenvolvimento do projeto aconteceu com a divisão dos grupos e cada grupo foi

sorteado com dois clássicos literários para que lessem, compreendessem e explicassem com

apresentação na ferramenta Prezzi para exposição dos trabalhos contendo análise da obra,

qual época e relação do tempo, quem era o autor, quais os tipos de escrita e narrador, os

personagens e a partir de todas essas informações, os alunos na STE elaboraram suas

apresentações utilizando a internet e o programa prezzi.

Usaram a Sala de Tecnologia e demais equipamentos tecnológicos disponíveis na

escola como Data show, câmera fotográfica digital, tablets 10” e 07”, notebook e demais

recursos, esses equipamentos foram utilizados em todos os projetos mencionados acima que

são os Projetos Conecta Escola 2015 da Escola Blanche dos Santos Pereira.

Os Projetos do Conecta Escola desse ano apresentaram desenvolvimento favorável,

pois não houve muito imprevisto e seu curso percorreu conforme o planejamento inicial e

assim tivemos ótimos resultados tanto na elaboração dos projetos como nos seus objetivos de

preparar a turma prioritária para avaliações externas e ainda diminuir o índice de indisciplina

e notas baixas.

O Stop Motion os alunos fizeram um vídeo curta com aproximadamente dois minutos

cada um e criaram um DVD com vídeos relacionados à ecologia, desfrutando a disciplina de

Espanhol e de Arte. No Question Writer foi elaborado um livro com o passo a passo de como

executar o projeto e um relato de como foi o projeto na escola. O Projeto de Leitura foi

elaborado apresentações no programa Prezzi elaborado pelos alunos.

REFERÊNCIAS

PPP. Blanche dos Santos Pereira- Projeto Político Pedagógico.

TUTORIAL. Programa Question Writer: Disponível em: http://www.questionwriter.com

RÖRIG, C. BACKES, l. O professor e a tecnologia digital na sua prática educativa.

Disponível em: <http://www.pgie.ufrgs.br>.Acesso em: 15 ago.2015.

CANDIDO, Antonio - Iniciação à literatura brasileira: resumo para principiantes/ Antonio

Candido. – 3. ed.– São Paulo : Humanitas/ FFLCH/USP, 1999.

Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABhYAAG/literatura-brasileira?part=2 -

Consultado em 16 de abril de 2015

BARBOSA, M.V.F.C.. Tecnologia educacional uma opção didática. Revista Linha

Direta, Belo horizonte, n.103, p. 36, novembro 2006.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

40

CENTRO ESTADUAL DE ATENDIMENTO AO DEFICIENTE DA

AUDIOCOMUNICAÇÃO - CEADA12

QUEM SOU EU? DE ONDE VIM? ONDE ESTUDO? ONDE MORO? COMO É O

MEU CORPO E COMO CUIDO DELE?

O CEADA – Centro Estadual de Atendimento ao Deficiente da Audiocomunicação,

escola estadual bilíngue, amparada pelas metas 4.713

e 5.714

do PNE (Plano Nacional de

Educação) e metas 4.315

e 4.816

do PEE (Plano Estadual de Educação), garante ao alunado

surdo, até o final da primeira etapa do ensino fundamental, fazer parte de um ambiente que

respeita a LIBRAS17

como primeira língua, partindo desta, para aquisição de conceitos e

concomitantemente a ampliação de vocabulário em segunda língua, a Língua Portuguesa.

Em 2015 Produções Interativas (PI), turmas de 1º ao 5º ano desenvolveu o projeto de

autoconhecimento e autocuidado, respeitando os valores da Linguística e Cultura dos Surdos.

O projeto visou identificar o que forma a identidade de cada criança. Trabalhamos

com alguns eixos que consideramos significativos e apropriados ao trabalho com crianças da

primeira etapa do ensino fundamental e que contribuem para a formação de sua Identidade,

como: nome próprio e demais informações contidas em sua Certidão de Nascimento (dia, mês

12 Diretor: Aldenir Quirino. Coordenação Pedagógica: Clara Ramos Pedroza e Doreni

Ricartes Guimarães Tasso. Professora Responsável pelo Projeto: Sara Barbosa Pelicho de Carvalho.

Professores Surdos Assistentes do Projeto: Darlon Cruz, Renato Borges Daniel, Isabel Cristina

Santareno, Kariane Kássia, Ana Cláudia Leonel, Orisângela, Alessandra Cruz Daniel. PROGETEC:

Milton Terrazas. Multiplicador: Rodolfo Pedroso Rodrigues.

13 4.7. garantir a oferta de educação bilíngue, em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS como primeira língua e na

modalidade escrita da Língua Portuguesa como segunda língua, aos (às) alunos (as) surdos e com deficiência auditiva de 0

(zero) a 17 (dezessete) anos, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas, nos termos do art. 22 do Decreto

no 5.626, de 22 de dezembro de 2005, e dos arts. 24 e 30 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, bem

como a adoção do Sistema Braille de leitura para cegos e surdocegos; 14 5.7. apoiar a alfabetização das pessoas com deficiência, considerando as suas especificidades, inclusive a

alfabetização bilíngue de pessoas surdas, sem estabelecimento de terminalidade temporal. 15 4.3. implantar, ampliar e implementar, até o segundo ano da vigência do PEE-MS, o AEE em suas diversas

atividades, entre estas, as salas de recursos multifuncionais, com espaço físico e materiais adequados em todas as escolas,

assim como escola bilíngue para surdos(as) e surdocegos (as), conforme necessidade identificada por meio de avaliação

pelos(as) professores(as), com apoio da equipe multidisciplinar e participação da família e do(a) estudante; 16 4.8. oferecer educação bilíngue, em Língua Brasileira de Sinais (Libras), como primeira língua, e, na modalidade

escrita, da língua portuguesa, como segunda língua, aos(às) estudantes surdos(as) e com deficiência auditiva de 0 a 17 anos,

em escolas e classes bilíngues e em escolas comuns, bem como a adoção do sistema braille de leitura, Soroban, orientação e

mobilidade, e tecnologias assistivas para cegos(as) e surdocegos (as), a partir da vigência deste PEE; 17 Língua Brasileira de Sinais, que conquistou o reconhecimento nacional como uma língua natural na Lei Nº

10.436 de 24 de abril de 2002 e Decreto Nº 5.626/2005, reconhecendo a LIBRAS como primeira Língua de Sinais dos

Surdos.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

41

e ano; cidade, estado e país de nascimento, nomes de seus pais e sexo de nascimento),

Autoestima, Interação com as pessoas (família, escola e grupo social), Respeito à diversidade

(todos somos diferentes), além de identificarmos geograficamente, o local onde nasceram,

estudam e onde moram (rua, bairro, cidade, estado e país) e o trajeto percorrido entre

residência e escola, bem como meios de transporte utilizados; finalizando com o

conhecimento/reconhecimento do corpo humano: suas partes, órgãos, ossos e músculos

principais e os cuidados com a higiene.

O objetivo geral foi criar situações contextualizadas que favorecessem a construção da

identidade das crianças, como parte do processo de formação pessoal e social. Objetivos

Específicos perpassaram por conhecer sobre a história de sua vida, conhecer o significado de

seu nome (quando possível); conhecer/reconhecer a escrita de seu nome dentre a escrita dos

nomes e sinais de todos os colegas de sala, nomes de seu próprio pai e sua mãe, nomes e

sinais de seus professores e disciplinas que ministram, sendo estimulados a desenvolver o

raciocínio e a percepção visual; Saber maior número de palavras e expressões antes

desconhecidas (Ampliação e enriquecimento do vocabulário), em Português e em Libras;

Desenvolver a atenção; Compreender a importância dos cuidados com o corpo; Conscientizar

e promover a boa higiene; Desenvolver a psicomotricidade e Estimular a criatividade.

As estratégias no desenvolvimento deste projeto: Pesquisar, Digitar e Grafar no

caderno, em alfabeto manual e em LIBRAS o seu próprio nome, dia, mês e ano de

nascimento, cidade, estado e país de nascimento, sua idade, o nome do seu pai e o nome de

sua mãe e seu sexo de nascimento; Confeccionar cartaz individualizado com grafia e

sinalização do conteúdo; Sinalizar todas as informações referentes à certidão de nascimento

em filmagem individualizada; Digitar legenda no vídeo produzido em sala de aula no

computador da sala de tecnologia educacional; Reconhecer, sinalizar e escrever o nome

próprio e dos colegas de sala; Identificar trajeto casa/escola/casa; Comparar distâncias entre

os trajetos casa/escola/casa entre seu próprio endereço e dos demais colegas de sala;

Memorizar seu próprio endereço e endereço da escola; Obter uma imagem positiva de si

ampliando sua autoconfiança, identificando cada vez mais suas limitações e possibilidades e

agindo de acordo com elas; Confeccionar cartazes do corpo humano; Pesquisar imagens das

partes do corpo, produzindo vocabulário interativo na sala de multimídia, contendo imagens,

grafia em L218

e filmagem das partes; e os cuidados com a higiene.

Os Procedimentos Metodológicos consistiram na realização de exercícios, como: roda

de conversa, questionário, filmagem, digitação de legendas, sinalização de questionários e

respostas, busca de endereços através de ferramenta Google Earth e confecção de cartazes

tendo como suporte, os dados constantes da certidão de nascimento, coleta de dados da conta

de energia, buscando ao final do processo que os alunos sejam capazes fazer sua identificação

pessoal e dos colegas de sala, identificação de quem ele é: seu nome completo, a data e o local

de nascimento, aniversário, idade, onde mora: rua, nº, bairro, onde estuda, que série e o

endereço da escola; Atividades de pesquisa do corpo humano, organizando Dicionário em

18 Língua Portuguesa

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

42

vídeo de Libras das partes do corpo humano, além de aulas na piscina da escola, que além de

identificarem cada uma das partes trabalhadas, fizeram higiene corporal e bucal, com

orientação da professora.

Foto 1 – Edição de vídeos Foto 2 – Produção textual na STE

Os recursos tecnológicos utilizados no desenvolvimento do Projeto foram:

Computador, Datashow, máquina fotográfica, filmadora, programa PowerPoint, programa de

edição Movie Maker, onde o produto final produzido pelos alunos consistiu em vídeos e

apresentações individualizadas, narrados em LIBRAS, pelos próprios alunos, contendo todas

as informações coletadas durante o desenvolvimento do projeto.

Consideramos nesse contexto, que a avaliação interna da aprendizagem ocorrida

durante todo o processo de vigência deste projeto se constituiu em uma prática de avaliação

formativa, permitindo à professora aproximar-se dos processos de aprendizagem do aluno e

compreender como ele está elaborando seu conhecimento. Assim sendo, esse modelo de

avaliação possibilitou tecer indicações sobre os avanços e as dificuldades que apareceram ao

longo do processo, garantindo o atendimento às diferenças individuais dos alunos e a

prescrição de medidas alternativas de recuperação das falhas de aprendizagem. Assim, os

resultados da análise foram importantes para o uso da professora, para o aprimoramento de

sua prática.

A língua da comunidade surda é LIBRAS, nossa preocupação foi oportunizar aos

estudantes surdos, espaço educacional, que favorecesse a construção de sua Identidade Surda

e formação com a Cultura Surda em sua própria língua para evitar a extinção da Língua de

Sinais.

REFERÊNCIAS

http://www.moodle1.caedufjf.net/pluginfile.php/62/mod_resource/content/2/cge_2_avaliacao-

educacional.pdf

Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue de Sinais Brasileira, 3ª Ed. – São Paulo: Editora

da Universidade de São Paulo, 2008. CAPOVILLA, Fernando César. RAPHAEL, Walkíria Duarte.

Plano Estadual de Educação – Lei nº 4.621, de 22 de dezembro de 2014;

Plano Nacional de Educação – Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014;

Referencial Curricular Secretaria Estadual de Educação MS;

https://mirialima.files.wordpress.com/2010/08/proj_identidade.pdf

http://www.revistareacao.com.br/website/Edicoes.php?e=94&c=9417&d=0

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

43

EE CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS PROFESSORA IGNÊS DE LAMÔNICA GUIMARÃES -

CEEJA/MS19

Professores responsáveis (matutino, vespertino e noturno):

Daniela Cristina Rodrigues, Elza Rosa da Silva, Isildinha dos Santos

Moral, Julikele Mariano da Cena, Lucilene Ledesma da Silva,

Antonio Marcos V. Almeida, Carolina Santana Robles, Cleuma C.R.

Araujo, Daniele Akemi Oshiro Zanoni, Enilda de Oliveira, Leandro

Moreira da Silva, Marco Antonio Zotelli (intérprete), Morgana

Duenha Rodrigues, Selma Rita da Trindade, Valdir Barbosa de

Oliveira (intérprete)

Em "Energia: crise energética” o Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos

Profa. Ignez De Lamônica Guimarães (CEEJA) é composto por alunos jovens, adultos e

idosos que diariamente procuram uma ascensão social através dos estudos, pois, em seu

percurso histórico de vida não tiveram essa oportunidade. Este é o motivo que levou a

escolha, pelos professores envolvidos no Projeto Conecta Escola, das turmas do Ensino

Fundamental e Ensino Médio, no intuito de oportunizá-los a acessarem ferramentas da

tecnologia educacional, disponíveis nesta escola, para desenvolverem atividades referentes ao

tema do Projeto e, desse modo, enriquecer a atual etapa de ensino e da aprendizagem em que

esses alunos se encontram.

Com este propósito as etapas para o desenvolvimento do Projeto Prioritário Conecta

Escola, intitulado Energia: crise energética foram planejadas, intercalando aulas teóricas

coletivas em sala de aula, aulas práticas na sala de tecnologia (STE) e momentos, individuais,

com atendimento na cabine para tirarem dúvidas, de forma que os alunos pudessem obter uma

melhor compreensão do trabalho a ser executado.

Foto 1 - L.Portuguesa e

Física/vesp. Visita na

ENERGISA

Foto 2 - L. Portuguesa

/matu. STE produçoões

sobre consumo de

Foto 3 - Língua

Portuguesa/vesp.STE

portfólio: interpretar o

Foto 4 -

Matemática/matutino

STE elaborando

19 Diretora: Wanda Rodrigues Serejo. Diretora Adjunta: Elizabete Tcuco

Nacasone. Coordenador(es) Pedagógico(s): Silvia Renata Almeida Alves,

Maria de Almeida Gerônimo e Celia Cristina Carvalho. PROGETEC:

Angela Aparecida de Barros. Multiplicador: Edma Ferreira da Silva Souza.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

44

energia talão de luz gráficos consumos de

energia

Após visita na empresa ENERGISA, o grupo de alunos utilizaram os recursos, tanto os

constantes da STE, com pesquisa, produção de tabelas no Excel e produção no Word,

PowerPoint, trabalhos com programa Phofoscape e Paint assim como da sala de multimídias,

oportunizando-os acesso à televisão, Datashow e Projetor multimídias (Arthur). É nesse

processo pedagógico que conclui-se o produto final.

Esse produto é fruto de pesquisas, discussões que originou produções sobre um dos

assuntos mais discutidos no Brasil: a crise de energia elétrica e que designou o título do

Projeto Prioritário: Energia: crise energética. Jannuzzi (2001), nos alerta dessa situação.

A situação crítica de abastecimento de energia elétrica não é conseqüência

apenas da falta de chuvas. Durante as últimas décadas o crescimento

populacional, as necessidades de irrigação da agricultura e maiores usos

industriais da água, aumentaram o consumo de água. Como este é também o

principal combustível de nosso sistema elétrico e não houve um aumento

proporcional da capacidade de armazenamento dos reservatórios das

hidrelétricas, a vazão de nossos rios tem que atender a uma demanda cada

vez maior de usos não energéticos. Esses fatos são mais evidentes em

regiões mais densamente povoadas, como o sudeste.

É a partir dessa discussão nacional que os professores orientaram os alunos, durante o

desenvolvimento do Projeto Prioritário Conecta Escola a se inteirarem, refletindo, analisando

e concluindo nas suas próprias concepções. Entenderam as razões da crise de energia no

Brasil e sua responsabilidade frente ao enfrentamento do problema, inclusive com opinião

quanto as possíveis soluções.

Essa dinâmica de troca de conhecimentos entre alunos x alunos x professores e ao

mesmo tempo a construção de novos conhecimentos de um assunto importante e atual,

somente foi possível com os recursos das Tecnologias da informação e da comunicação

(TIC‟s), presentes, hoje, nas unidades escolares da rede estadual de ensino.

Nessa dinâmica, a metodologia utilizada delegou os alunos a autonomia para

realizarem pesquisas em Site de relevância teórica, via internet, produzirem os textos de

opinião, argumentando sobre o tema, o que aprimorou a habilidade de sintetizar ideias,

expressar-se por escrito no computador, utilizando-se dos recursos do Office Word e/ou de

Power Point, concluindo com a formatação da atividade.

Com referência a outras áreas do conhecimento presente no Projeto, como

Matemática, Física, Química e Inglês, além da Língua Portuguesa, a dinâmica metodológica

possibilitou aos alunos, trabalhos em grupos, duplas, para cumprirem o que fora solicitado,

como interpretação de dados de tabelas e gráficos e confecção de maquete e Móbile para

expressarem suas leituras de textos online sobre os tipos de energia, sua importância e as

controversas.

O “antes” do desenvolvimento do projeto Prioritário é sempre uma incógnita, há os

alunos que dominam o computador e outros que sentem receio e insegurança até em pegar no

mouse. Mas é no decorrer das etapas que se sentem seguros e receptivos para a próxima.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

45

E, nas etapas seguintes, o envolvimento dos professores se justifica pela incessante

necessidade de discussão de referenciais teóricos e paradigmas educativos que evidenciam a

importância da tecnologia educacional no âmbito, especificamente, do processo de ensino e

de aprendizagem.

Em fim, O tema Energia foi escolhido por se tratar de um assunto muito discutido, de

interesse comum entre os envolvidos no projeto. A situação atual do aumento de preços de

diversas tarifas em praticamente todos os setores de bens de consumo motivou o grupo

discente e docente a discutir sobre os motivos de tantos aumentos e o reflexo em nossa

economia.

Portanto, o que motivou o desenvolvimento do Projeto Prioritário Conecta Escola

2015, é, por um lado, a contribuição que os alunos recebem ao participarem das atividades do

projeto, ou seja, os oportunizam a ampliar seus conhecimentos, a interagirem com diversos

programas, a construírem seu próprio texto na tela do computador, o que demonstra mudanças

e rupturas no modo de produzir, e também, ler textos na cultura impressa.

Essa oportunidade está, também, na forma metodológica e no método que os

professores optam para trabalhar. Demo (1997) chama a atenção para a importância de se

trabalhar com pesquisa junto com os alunos. Diz o autor.

É fácil mostrar pelas duas teorias da aprendizagem que a atividade do

aluno, a iniciativa dele, ele fazendo as coisas aprende melhor. Então

pesquisa tem um lado, obviamente, ligado a aprender bem. [...] mas esse

aluno que se mete na pesquisa, vai quebrando a cara, vai aprendendo

método, porque ele não pode ser só pedagogizado, ele tem que aprender

método, lado técnico, lado formal, [...] Os outros que assistem aula vão

embora e se perdem a vala comum. O aluno que se diferencia é o aluno que

pesquisa. Então, pesquisa é uma bela maneira de formar, de educar. [...] O

aluno que pesquisa bem, se forma incrivelmente melhor.

O autor se refere à pesquisa como princípio educativo. Pesquisar é lidar com o

conhecimento na sociedade do conhecimento. Pesquisar é construir, produzir e não copiar.

O projeto promove interações, entre alunos x alunos x professores em constantes

intervenções. E, os resultados serão apresentados na culminância dos trabalhos dos grupos do

Ensino Fundamental e Ensino Médio, materializando o que os alunos interpretaram sobre o

conteúdo trabalhado, como também manifestação dos professores que desempenharam seu

papel mediador na convicção de que a tecnologia pode e muito, subsidiar a aprendizagem dos

alunos jovens, adultos e idosos, colocando-os em pé de igualdade com a nova geração da era

da informação e da comunicação.

Foto 5 -Turma Química/vesp. Sala de Multimídias

elaboração de maquete

Foto 6- Língua Portuguesa/mautino.STE,

produçoões sobre consumo de energia

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

46

Registramos que não é possível apresentar dados em tabelas ou gráficos para mensurar

o desempenho, este é verificado no processo, pois os alunos não permanecem em uma única

disciplina durante o período do projeto, como não há reprovação por falta, eles vão e voltam e

continuam a participar normalmente, o que conta é a carga horária e, consequentemente o que

apreendeu.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Fernando José de. Educação e Informática. Os computadores na escola. São Paulo:

Cortez, 1988.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).São Paulo: ANDE/Cortês Editora,

1990.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Proposta

Curricular para a educação de jovens e adultos: segundo segmento do ensino fundamental: 5ª a 8ª

série, 2002.

CAMPBELL, Selma Inês. Inclusão Digital. In_Múltiplas faces da Inclusão. Rio de Janeiro: Wad Ed.,

2009.

COSTA Nivia, et al, Campus Bragança. Formação de professores para educação de jovens e adultos

– EJA. UFPA/NPADC, UFC/CE, Artigo. Disponível em:

Disponível em: http://alinecosta3348390.jusbrasil.com.br/artigos/118200815/formacao-de-professores-

para-a-educacao-de-jovens-e-adultos-eja Acesso em: 24/08/2015.

DEMO, Pedro. Educar pela Pesquisa. Campinas, SP: Autores Associados, 1997.

DE PIETRI, Émerson. Práticas de leitura e elementos para a atuação docente. E.ed.Rio de Janeiro:

Ediouro, 2009. Págs 28 a 32

JANNUZZI, GILBERTO DE MARTINO. Planejando a Crise de Energia Elétrica. Artigo. Newsletter nº.

20, maio 2001. Disponível em: http://www.ambientebrasil.com.br Acesso em: 23/11/2015

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

47

ESCOLA ESTADUAL CORAÇÃO DE MARIA20

LETRAMENTO LITERÁRIO E FORMAÇÃO DE LEITOR:

“PROTAGONISTAS DO CORAÇÃO”

7º Ano B - Vespertino

Professora responsável Professora Responsável: Flávia Martins Malaquias

O Parâmetro Curricular Nacional (1998) objetiva a transformação do sistema

educacional de nosso país, e em seu documento aponta direcionamentos para que sejam

criadas condições nas escolas para formação de cidadãos, e considera de fundamental

relevância o ensino da leitura e produção de textos a partir de gêneros textuais sejam escritos

ou orais.

Assim, a partir desta perspectiva de trabalho e com a observação da turma do Ensino

Fundamental II, 7º ano B, da Escola Estadual Coração de Maria, que apresentaram

dificuldades com relação à leitura, compreensão de textos, e a escrita, caracteriza-se o Projeto

de Ensino: Letramento Literário e formação de leitor: um caminho para a aprendizagem

significativa.

Baseado no Projeto Político Pedagógico (p. 3, 2014) pode-se dizer que:

à escola caberá ser um espaço privilegiado de ensino e aprendizagem, de vivência democrática,

possibilitando a construção do pensamento crítico, contextualizando conhecimento e informações, construindo e

fortalecendo o processo de auto aprendizado, valorizando as diferentes manifestações culturais que compõe o

contexto social.

Inicialmente os estudantes foram organizados em grupos para o desenvolvimento de

ações de pesquisa (internet na STE), sobre poetas brasileiros e sua respectiva obra no gênero

textual poema. No primeiro momento foram realizados dois procedimentos. Primeiro fizemos

um levantamento das características do aluno. Partimos da análise dos arquivos da biblioteca

escolar, na qual estão registrados títulos que os estudantes participantes do projeto

emprestaram nos últimos seis meses. Dando continuidade a aplicação do projeto,

apresentamos o poema “Cidadezinha qualquer”, de Carlos Drummond de Andrade (utilizamos

o Datashow e notebook).

20 Diretora: Neiva Maria de Mattos. Diretora Adjunta: Edina Vitti Zorteia.

Coordenador(es) Pedagógico(s): Maria Clotilde Pires Bastos.

PROGETEC: Vera Lúcia Sandri. Multiplicador: Rodolfo Pedroso

Rodrigues.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

48

Para ampliarmos a vivência de leitura por meio da apresentação de outras faces do

poético, no caso, a relação existente entre poesia e música ao explorar a forma e o conteúdo

de composição “Trem de ferro”, de Manuel Bandeira.

A seguir, com auxílio das tecnologias na sala de aula, apresentamos um vídeo que

apresenta informações sobre a vida e poemas do poeta disponível em

https://www.youtube.com/watch?v=8k7HjbPtRg8. Na sequência, abordamos a vida e obra do

poeta e prosseguindo com a atividade foi projetado o vídeo “Trem de ferro”, musicado por

Tom Jobim em 1986, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=YylaXbvEGJs.

Novamente apresentamos o vídeo para melhor compreensão e foi solicitada leitura

silenciosa. A socialização de ideias contidas no poema foi importante para que os estudantes

percebessem que os vários elementos que compõe uma poesia, os efeitos sonoros, o efeito

visual, o ritmo, a estrutura da organização das estrofes lembra o formato de um trem. A

repetição de versos, as aliterações, a ausência de dêiticos como pontos finais e vírgulas

enfatizam o plano expressivo próprio do leitor que recupera em um jogo de memória auditiva

a imagem acústica do trem.

Aos estudantes foram disponibilizados 30 minutos para prepararem a dramatização

que foi filmada e apresentada ao final para a turma. As reações dos alunos ao assistirem o

vídeo foram positivas. No encontro seguinte, iniciamos o trabalho com a oferta de poemas do

escritor Manuel Bandeira observamos que o poema “O bicho” foi o que mais agradou,

despertou interesse na turma, nesse momento foram utilizadas tecnologias (Datashow, vídeo).

Para fundamentarmos essa atividade, recorremos ao conceito de Giorgio de Marchis

(2005) que define:

Um vídeo poema é qualquer trabalho gravado pelo menos parcialmente (ou

completamente voltado para a distribuição) por meio de vídeo ou filme,

respectivamente, em qualquer formato, exibido por projeção em qualquer

meio e que seu autor a defina como tal. É também qualquer trabalho em que

(com as características acima, exceto a de ser definida como "videopoesia")

um poema reconhecido como tal se integra de forma sonora ou visual, ou

ambos, com as imagens. Finalmente, é toda obra que visualiza ou representa

um poema reconhecido como tal, ainda que este não esteja refletido

diretamente. (MARCHIS, 2005, p.3).

Objetivando estimular reflexão da relação narrador-texto-leitor, orientamos que a

atividade deveria ser filmada e apresentada aos colegas no próximo encontro, sendo

estipulado o prazo de quinze dias para a entrega do material já editado.

Antes mesmo da divisão de tarefas, já procuraram apontar as habilidades que

possuíam para filmar, encenar, declamar e outros. Essas atitudes evidenciam que, quando é

propiciada ao leitor a relação de diálogo direto com a obra, demonstram interesse em interagir

com as atividades e buscam o conhecimento para realizá-las com êxito, participando da

atividade ativamente, assim se organizaram e fizeram as filmagens em locais próximos da

própria escola.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

49

Na terceira fase, dividimos em dois momentos a atividade. Encaminhamos à sala de

vídeo e leitura silenciosa do poema, depois pedimos para um estudante ler em voz alta.

A seguir, os estudantes analisaram o poema oralmente, acredita-se que “é durante a

interação que o leitor mais inexperiente compreende o texto: não é durante a leitura silenciosa,

nem durante a leitura em voz alta, mas durante a conversa sobre aspectos relevantes do texto"

(Kleiman, 1996, p.24). Esse momento de experiência literária propicia a ampliação de

horizontes, a reflexão e o desenvolvimento da sensibilidade, estabelecendo a relação do leitor,

texto e contexto, uma correspondência de atributos do poema contribuindo para seu

entendimento, que não só nos permite saber da vida por meio da experiência do outro, como

também vivenciar essa experiência, isto é, essas auxiliam no processo de formação do leitor

(Cosson, 2011, p.17).

Foi sugerido pelos estudantes que o vídeo fosse disponibilizado no blog da escola para

apreciação dos colegas de outras turmas, assim o fizemos e está disponível no endereço

http://eecoracaodemaria.blogspot.com.br/.

Após as atividades realizadas, partimos para a organização da 1ª Tarde Literária do

Coração. Os estudantes foram protagonistas na produção de cartazes de divulgação, convites

nas redes sociais para divulgar a feira na escola. (Internet, Power point e Data show-STE.

Conforme PPP (p.3, 2014)¨as novas tecnologias estão integrando o mundo em redes

globais e as comunicações por meio do computador impulsionam a formação de comunidades

virtuais”. Portanto para o desenvolvimento efetivo deste projeto destacamos todos os recursos

utilizados no decorrer do mesmo: máquina fotográfica/filmadora, computador (STE),

notebook, celular, caixa de som, microfone, fone de ouvido, projetor multimídia (Arthur),

internet (STE), whatsApp (turma), livros de poemas (internet e biblioteca).

A culminância foi o Sarau Literário que envolveu toda comunidade, conforme o PPP

(p.25) da escola :“a participação da comunidade educativa é parte fundamental num projeto

que pretenda melhoria na qualidade do ensino”, logo a participação de todos os envolvidos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Compreendemos que ao oportunizarmos o acesso literatura em uma relação harmoniza

entre o leitor-obra auxiliamos a descoberta do prazer da leitura, sendo dessa interação

receptiva resultante a práxis do conhecimento a si mesmo e do mundo em que vive em um

processo contínuo. Zilberman corrobora com essa ideia ao afirmar que a sala de aula deve ser

"um espaço privilegiado para o desenvolvimento do gosto pela leitura, assim como um

importante setor para intercâmbio da cultura literária". (ZILBERMAN, 1988, p.16) e, esse

processo foi beneficiado com o uso dos recursos midiáticos.

Acreditamos que ao sistematizar o contato dos alunos com os textos literários, por

meio do uso das tecnologias em uma perspectiva mais ampla dá resultados positivos. A leitura

literária tornou-se uma prática significativa para eles, revelando a função social da literatura

como uma possibilidade de "ler o mundo" e para nós é por meio desse conhecimento que o

sujeito-leitor tem a oportunidade do prazer intelectual, que de maneira gradativa, possibilita o

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

50

desenvolvimento de uma postura crítica mediante o texto, contribuindo para a interpretação

do que esse traduz e ampliando os seus sentidos.

Desde o primeiro momento, a proposta do projeto foi bem aceita pelos estudantes, e ao

proporcionarmos uma proposta diferenciada de interagir com o literário e mídias eles

demonstraram maior interesse em participar com motivação das atividades e buscaram o

conhecimento individualmente e coletivamente.

Observamos ainda a importância da seleção dos textos apresentados durante as

oficinas, bem como a utilização de vídeos, áudios que ao apresentarem assuntos de interesse

dos discentes, auxiliaram na experiência de fruição da leitura dos poemas e dos saberes

vinculados ao texto.

Ao reunirmos as atividades realizadas em um produto final (vídeo) acreditamos que

podemos demonstrar um pouco do envolvimento dos estudantes com as atividades realizadas,

e refletir como o processo de formação de leitor, a promoção do literário e o uso as

tecnologias ocorreram para estes leitores.

Foto 1 – reunião decisão projeto

Foto 2 – esboço do projeto

Foto 3 – Produto do projeto

Foto 4 – Utilizando as

ferramentas tecnológicas na

produção do trabalho

Foto 5 – Projeto em ação

Foto 6 – Produto do projeto

REFERÊNCIAS

AGUIAR, Vera Teixeira; MARTHA, A. A. P. Territórios da leitura: da leitura aos leitores.

São Paulo: Edunesp, 2006.

CAMPOS, M. I. Ensinar o prazer de ler. 3 ed. São Paulo: Olho d‟água, 2003.

COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2007.

GADOTTI, M. Perspectivas Atuais da Educação. Revista SP Perspectiva. SP, vol.14 no.2,

Abr/Jun 2000.

GERALDI, João W. O texto na sala de aula. Editora Ática, Coleção na Sala de Aula, São

Paulo, 1999.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução aos

Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.

Projeto Político Pedagógico – Escola Estadual Coração de Maria. Campo Gr-MS. P..

03,04,25), 2014.

TURCHI, M. Z.; SILVA, V. M. T (Org.). Leitor formado, leitor em formação – leitura

literária em questão. São Paulo: Cultura Acadêmica; Assis: ANEP, 2006.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

51

ESCOLA ESTADUAL DOLOR FERREIRA DE ANDRADE 21

CAPTAÇÃO ÁGUA DE CHUVA

2º Ano C – Matutino

Professores responsáveis

Dilan Hugo

Dalila

5º Ano C - Vespertino

Professores responsáveis

EJA II - Turma 1 – Noturno

Professores responsáveis

O homem vem ocupando de forma cada vez mais desordenada as bacias hidrográficas

através de atividades de desmatamentos, queimadas, práticas agrícolas perniciosas, atividades

extrativistas agressivas, ocupações urbanas generalizadas gerando a impermeabilização dos

solos, lançamento de esgotos industriais e domésticos nos rios e lagos, etc. Enfim, todas essas

atuações impactantes ao meio ambiente têm gerado uma deterioração da qualidade das águas

naturais, com riscos de propagação de doenças de veiculação hídrica ao próprio ser humano.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), aproximadamente 70% de toda a

água potável disponível no mundo é utilizada para irrigação, enquanto as atividades

industriais consumem 20% e o uso doméstico 10%. Para o uso doméstico muitas são as

propostas para economia e reuso deste importante recurso, como por exemplo, a captação e

armazenamento de águas de chuvas, para uso na limpeza de calçamentos e irrigação de

jardins. Este é o foco deste trabalho, desenvolver, em escala menor (maquete), um sistema de

captação de água de chuvas no telhado da quadra poliesportiva da Escola Estadual Dolor

Ferreira de Andrade.

A proposta envolve o sistema de coleta da água assim como um processo de filtragem

e armazenamento. Este projeto foi desenvolvido pelos alunos do 2º ano C, do período

matutino. Turma essa com alunos que apresentavam baixa autoestima, com pouco

envolvimento com os compromissos escolares.

Os alunos iniciaram o projeto realizando pesquisas na internet quanto as ideias e

propostas já desenvolvidas por pesquisadores e pessoas comuns. Durante esta fase os alunos

encontraram um sistema criado pela equipe do Portal www.sempresustentável.com.br.

21 Diretora: Ana Lúcia Martins de Barros. Diretor Adjunto: Wladimir.

Coordenador(es) Pedagógico(s): Sergio dos Santos Lima Júnior. Leonilda

da Silva Rodrigues. Inêz de Araújo Vieira. PROGETEC: Alex dos Santos

Cardoso. Multiplicador: Edma Ferreira da Silva Souza.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

52

Foto 1 – demonstração de coleta

de água

Foto 2 – visita a material –

imitação quadra

Foto 3 – alunos produzindo e

pesquisando sobre o projeto

Uma minicisterna para captação de água d chuva de telhados residenciais. A partir

deste modelo os alunos foram adequando o projeto para a realidade da escola. Foi escolhido

os telhados da quadra poliesportiva devido a altura em relação à planta da escola. Foi

adquirida uma casa de madeira com 1x1 metros de largura\comprimento e 1 metro de altura,

simulando a quadra da escola.

Fizeram a adaptação de uma calha e um sistema de canos de PVC para conduzir a

água até um reservatório. Sentiu-se a necessidade de passar esta água por um filtro, para

retenção de partículas sólidas que poderiam comprometer a qualidade da água armazenada.

Para isso, utilizaram modelos disponíveis na internet para construir um Filtro do tipo Canister,

com pedras, cerâmicas, areia e carvão ativado.

A maquete foi apresentada na Mostra Científica da escola para a comunidade escolar

que aprovou o projeto. O próximo passo é desenvolver o projeto em escala real e buscar

parcerias para a realização deste empreendimento. A água coletada neste sistema pode ser

usada na limpeza dos pátios e irrigação dos jardins da escola, o que significa uma economia

de grandes volumes de água tratada utilizadas hoje para essas atividades.

O maior benefício observado foi um maior envolvimento da turma com os trabalhos

escolares, maior participação nas ações educativas da escola e melhoria no desempenho em

sala. Hoje os alunos procuram o Grupo Gestor para participar das tomadas de decisões e na

proposição de ações educativas, além disso, o desenvolvimento de atitudes positivas para

conservação do recurso hídrico.

REFERÊNCIAS

http://www.sempresustentavel.com.br/hidrica/minicisterna/minicisterna.htm

http://www.recicloteca.org.br/videos/sempre-sustentavel/

https://www.youtube.com/watch?v=V0j5P-7HJNQ

https://www.youtube.com/watch?v=CokI3F_QC2g

https://www.youtube.com/watch?v=6N6Nk6g7e4s

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

53

ESCOLA ESTADUAL DONA CONSUELO MÜLLER22

METODOLOGIA CIENTÍFICA AULA DIGITAL

3º Ano A (E.M.) – Matutino

Professores responsáveis

Oribes Pancrácio de Souza

Gislaine de Fátima Siqueira

3º Ano E (E.M.) - Noturno

Professores responsáveis

Gilvano Kunzler Bronzoni

Helena Brochetto Kelerman

O projeto conecta de 2015, tem a participação de duas turmas, onde ambas são do

terceiro ano do ensino médio (A e E), uma do matutino e outra do noturno, e por esse motivo

foram escolhidas por serem protagonistas do ENEM e outras avaliações institucionais.

Com a intenção de favorecer o ensino de ciências a partir do dialogo e da

problematização, foi proposto aos alunos uma atividade explorando os aspectos que envolvem

o método científico. A abordagem escolhida pode possibilitar à alfabetização científica no

contexto da educação regular.

O projeto visa envolver os estudantes do terceiro ano da escola em um trabalho a ser

desenvolvido durante o período letivo, que oportunize a construção de ambiente digital

(virtual), onde os mesmos construam um trabalho em que se destaque a pesquisa, autoria e

protagonismo, contribuindo com o processo de ensino aprendizagem.

Na disciplina de química todas as atividades foram centradas em uma turma do

terceiro ano do ensino médio do turno matutino. Essa escolha está ligada com percepção

demonstrada pelos alunos com relação às aspectos científicos envolvidos com a evolução dos

modelos atômicos ao longo do tempo. Nos diálogos iniciais em sala, foi possível constatar

concepções relacionadas aos mitos conhecidos sobre ciência e tecnologia (Auler e Delizoicov,

2001).

Três mitos foram particularmente examinados: superioridade do modelo de decisões tecnocráticas,

perspectiva salvacionista da CT e o determinismo tecnológico. Sua escolha foi feita levando em conta sua

importância para efeito de problematização. Esses três mitos foram encarados como manifestações da concepção

de neutralidade da CT. Daí denominar-se a concepção de neutralidade da CT de “mito original”. Refletir,

problematizar essas construções não significa, de forma alguma, uma posição anti-ciência e anti-tecnologia. Pelo

contrário, contribui, no nosso entender, para a construção de uma imagem mais realista da atividade científico-

tecnológica. Além disso, mitos não combinam com postulações democráticas. (Auler e Delizoicov, 2001).

22 Diretor: Ari Oliveira da Silva. Diretora Adjunta: Mirian Bento da Silva.

Coordenadores Pedagógicos: Carmem Ronete da Cunha Santana e Maria

das Graças Mendes da Fonseca. PROGETEC: José Wilson de Barros

Junior. Multiplicador: Edma Ferreira da Silva Souza.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

54

Considerando as observações, elaboramos uma sequência didática (Tabela 1),

buscando construir percepção ampliada da ciência e da tecnologia em nossa sociedade,

superando dessa forma os mitos construídos pelos alunos.

Tabela 1- Sequência didática

Etapa Atividade Finalidade Recursos

Diálogos iniciais Aula expositiva

Apresentar o tema

questionando os alunos a

respeito de suas

concepções sobre ciência

e tecnologia.

Canetão para quadro

branco e quadro branco.

Experimento A caixa- preta

Investigar o conteúdo da

caixa sem ter acesso ao

seu interior.

Um conjunto de caixas de

metal com um conjunto

de pequenos objetos em

seu interior.

Banner

Elaboração de um

“banner” sobre o modelo

atômico escolhido.

Fazer uma releitura e

resignificação do modelo

atômico a ser estudado.

Sala de tecnologia e

acesso a internet.

Representação dos

modelos

Construir uma

representação (maket) do

seu modelo atômico.

Demonstrar a sua

compreensão à respeito

do modelo atômico a ser

estudado.

Sala de tecnologia e

cartolina, fio de cobre,

esfera de isopor, isopor,

lápis de cor, tinta para

tecido.

Seminário

Apresentação da

representação para o 1º

ano os modelos atômicos

discutidos.

Promover a divulgação e

a externalização dos

novos conceitos

reelaborados sobre a

constituição da matéria.

O “banner” elaborado e a

representação dos

modelos atômicos

estudados.

Fonte: Equipe de desenvolvimento do projeto2015

A “caixa preta” foi possível apresentar aspectos relacionados ao método científico. Sua

aplicação na investigação do conteúdo da “caixa preta” foi importante para compreensão da

evolução dos modelos atômicos ao longo do tempo. No caso da elaboração do banner, o

aluno pôde externar sua compreensão sobre os modelos atômicos conhecidos. Possibilitando

ao professor identificarem a evolução de suas concepções prévias, senso comum, agora

fazendo uso dos conhecimentos científicos para sua explicação e releitura. (Foto 4) A fase de

construção das representações (maquete) de cada modelo torna possível analisar o caráter

lúdico da proposta e seu papel na elaboração de novos significados a respeito da constituição

da matéria.

O seminário apresentados para alunos do 1º ano do ensino médio da própria escola,

sobre os modelos atômicos foi o momento para externalizar suas novas percepções, os

conceitos e suas ressignificações. A socialização do conhecimento para a comunidade escolar

valoriza o trabalho do aluno e proporciona seu protagonismo durante à aplicação da sequência

didática, conforme a Tabela1.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

55

Foto 4 -

Exposição do

banner realizado

pelos alunos

Foto 5 - Criação de

um site (ambiente

virtual).

Foto 6 - Compreensão,

desvendamento e queda dos

mitos

Foto 7 - Resultado final

apresentado na STE

Na disciplina de geografia, o Conecta foi criado um site (ambiente virtual) para a

turma acompanhar as atividades a serem desenvolvidas durante o projeto (Foto 5); a turma foi

dividida em grupos, cada grupo montou seu ambiente (site ou blog) para postagem de

atividades; as atividades buscam o dinamismo, envolvendo criação de textos, apresentações

de slides, criação de vídeos, revistas digitais e outros; os trabalhos foram desenvolvidos nas

aulas em sala de informática e em espaços conforme organização dos grupos.

Todos os trabalhos e atividades foram orientados e postados no endereço:

sites.google.com/site/auladigital2015

Considerações finais

No conecta do 3ºA – Matutino, antes das atividades propostas ficou evidente que os

alunos não percebiam as relações e aspectos comuns dos diferentes modelos atômicos

conhecidos e o papel da ciência e da tecnologia em nossa sociedade. Ao final da proposta foi

possível perceber que cada modelo tem sua importância e validade no momento de sua

proposição, dentro dos limites tecnológicos e históricos de cada sociedade. Compreensão

necessária, pois como salienta Auler Delizoicov deve ocorrer associado com o desvendamento

e queda dos mitos relacionados à ciência e a tecnologia anteriormente construída pelos alunos.

(Foto 6)

No conecta do 3º E – Noturno cada grupo produziu um site/blog, onde postou as

atividades e produções de acordo com o andamento e desenvolvimento do projeto. (Foto 7)

O resultado do trabalho foi conquistar o objetivo de criar um ambiente de trabalho

onde o educando produziu de forma diferenciada atividades e trabalhos de forma autoral e

diferenciada.

REFERÊNCIAS

AULER, Décio; DELIZOICOV, Demétrio. Alfabetização científico-tecnológica para quê?

Ensaio pesquisa em educação em ciências, v. 3, n. 2, p. 1-13, 2001.

BRASIL. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Linguagens, códigos e suas

tecnologias. v. 1. Secretaria de Educação Básica - Brasília: MEC, 2006.

sites.google.com/site/auladigital2015

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

56

ESCOLA ESTADUAL DR. ARTHUR DE VASCONCELLOS DIAS23

JOVEM LEITOR: “UM OLHAR PARA O MUNDO”

3º Ano A (E.M.) – Noturno

Professora responsável: Adélia Beatriz Irigojen

O projeto visou enfatizar a leitura de obras literárias no 3º ano Médio para desenvolver

habilidades/competências de leitura como de ideias implícitas e explícitas do texto, discussão

do tema e análise literária durante o ano de 2015.

Foto 1 – Logomarca Foto 2 – leitura na biblioteca Foto 3 – leitura na STE

Foto 4 – dramatização de

capítulos de obras lidas

Foto 5 – caracterização do

personagem

O início do projeto deu-se com atividade na qual os estudantes da turma criaram

desenhos, os quais alguns foram selecionados para representar a logomarca do grupo.

Conforme Foto 1, os estudantes Rafael Alexandre Moura Sanches e Ariadne Gabrielle Gaia

Oliveira tiveram seu desenho escolhido entre vários outros para ser essa logomarca. A cada

bimestre a turma lia uma obra literária, totalizando quatro ao final do ano. Sabemos que o

hábito de ler, ensina nossos estudantes a terem atitudes reflexivas diante de várias situações,

como afirma Paulo Freire “A leitura do mundo precede a leitura da palavra”.

A todo o momento a equipe escolar planejava novas estratégias que objetivava a

formação da comunidade leitora. Há atividades permanentes, quinzenalmente que propiciam

maior contato com os gêneros textuais, momentos de leitura na biblioteca (Foto 2) e outras

bimestrais que se concentram no aprofundamento de determinados aspectos, seminários na

sala de tecnologia educacional. Cada fase prepara o aluno para interpretação textual e análise

da língua. De acordo com Rubens Alves - “As palavras só tem sentido se nos ajudam a ver o

23 Diretora: Fabiana de Lima Souza. Diretora Adjunta: Soraya Ximenes

Senna. Coordenador Pedagógico: Álvaro Jorge Cerbaro. PROGETEC:

Vivianne Martins Fernandes. Multiplicadora: Rosângela Ribeiro do Prado

Baird.

F

oto 2

F

oto 2

F

oto 2

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

57

mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos”. A leitura abre uma janela para

o mundo. No decorrer do ano, durante as leituras de quatro obras literárias selecionaram a

obra “O Auto da Compadecida” de Ariano Suassuna para a dramatização.

As leituras foram feitas na biblioteca, na sala de aula e na sala de tecnologia (Foto 3),

além da leitura os alunos assistiram ao filme da obra citada, utilizando o notebook e o data

show.

Dramatizaram (Foto 4) o primeiro capítulo, no qual os mesmos fizeram o roteiro, o

arranjo da sonorização, o cenário e os figurinos. Para que o teatro tivesse maior impacto

diante do público foram utilizados os microfones, a caixa de som e o notebook.

No quarto bimestre foram feitas leituras coletivas resultando em 80% dos estudantes

completando a leitura do início ao fim do livro. Os estudantes mergulharam na linguagem do

autor, nos sentimentos dos personagens, na situação de produção da obra, estimulando a

argumentação oral/escrita. Também pesquisaram na internet o contexto histórico em que as

obras foram escritas, proporcionando maior habilidade na compreensão das estruturas

linguísticas construídas pelo autor.

Após a pesquisa e análise literária das obras foi organizada a gincana da leitura. As

turmas do Ensino Médio criaram grito de guerra e organizaram torcidas com adereços da cor

sorteada. As provas da gincana foram: Resumo da obra; Cinco questões relacionada a obra;

Caracterização de um personagem (Foto 5) da obra (com descrição oral); Dramatização de

uma cena do livro. Música relacionada ao tema com apresentação e explicação da mesma.

Levy (1995) afirma que a informática é um campo de novas tecnologias intelectuais,

aberto, conflituoso e, parcialmente, indeterminado. Nesse contexto, a questão do uso desses

recursos, particularmente na educação, ocupa posição central e, por isso, é importante refletir

sobre as mudanças educacionais provocadas por essas tecnologias, propondo novas práticas

docentes e buscando proporcionar experiências de aprendizagem significativas para os alunos.

Assim, este Projeto visa trabalhar aspectos diversos, que utilizem as Tecnologias na

reflexão da mudança pedagógica do professor e na aquisição de conhecimento pelo estudante,

preparando-o assim para enfrentar as mudanças tecnológicas, abrindo espaço para reflexão

sobre a Leitura sendo um dos mais valiosos conhecimentos para a sua vida.

Houve um grande avanço na aprendizagem dos estudantes após utilizarem as

ferramentas tecnológicas para a realização deste projeto, assim como elaborar um texto

dissertativo e até mesmo fazer uma releitura da obra que estão estudando.

REFERÊNCIAS

ATENFELDER, Anna H. Poetas da escola, SP: CENPEC: fundação Social; Brasília, DF: MEC, 2008.

Revista Nova Escola, nº09, “A Escola que lê”. Edição Agosto/set2010.

Programa gestão da aprendizagem Escolar- GESTAR. “Língua Portuguesa: Caderno de teoria e

prática-TP6: Leitura e processos de Escrita”. Brasília: Ministério da Educação, 2008.

SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. 34 ed./3ª imp. Rio de Janeiro: Agir, 1999.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

58

ESCOLA ESTADUAL ELVIRA MATHIAS DE OLIVEIRA24

ÁGUA, SEU FUTURO EM NOSSAS MÃOS

5º ano B – Matutino

Professores responsáveis

Edenir Espindola

Júlia Garib Budib

7º ano A e 7º ano B - Vespertino

Professores responsáveis

Patrícia Lima Domingos

Juan Carlos Higueira Ramírez Diante da eminente ameaça da falta de água decorrente da influência das ações

humanas, tanto governo quanto a sociedade devem em conjunto adotar estratégias no sentido

de reverter esse processo através de um trabalho de conscientização sobre a preservação, o

uso e desuso da água. O Brasil possui um imenso potencial de disponibilidade de água: maior

rio do Mundo (Rio Amazonas com 7.025 km de extensão), quedas de água com os maiores

fluxos de água do planeta (Guairá) com 13.301.000 m3 por segundo de água, hoje encoberta

sob o lago de Itaipu, queda de Paulo Afonso no Rio São Francisco com 2.830.000 m3 por

segundo, Urubupungá no Rio Paraná com 2.745.000 m3 por segundo.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realizou uma pesquisa entre

1989 e 1990 em 4.425 cidades e alertou: o precário saneamento básico é responsável por 80

% das doenças que afetam a população e 65 % das internações hospitalares de crianças.

Apenas 1,15 % dos Municípios tratavam o esgoto em 1990. (IBGE, 1992).

O projeto pedagógico “Água, seu futuro em nossas mãos!” será desenvolvido na

escola e realizado de forma interdisciplinar buscando assim, a participação ativa dos alunos, a

fim de que os mesmos se tornem agentes de sua aprendizagem, além de auxiliar na realização

da função social da escola, à medida que o conhecimento seja transmitido para toda a

comunidade escolar e entorno. A participação, empenho e o envolvimento das turmas e da

comunidade escolar serviram para avaliar o projeto e seu potencial de promover mudanças

sutis ou significativas na realidade local.

O projeto foi elaborado em virtude da extrema necessidade de se trabalhar a educação

para o uso correto da água bem como sua importância, com os alunos do 5º e 7º anos.

Será registrada uma reflexão dos alunos na STE sobre o a água; elaboração de um de

um livro de poemas e um folder do produto final, resultado do projeto. Durante a culminância

24 Diretora: Sueli Araújo Lima. Diretora Adjunta: Madalena Pereira da

Silva. Coordenador(es) Pedagógico(s): Alessandra de Freitas Zanchett,

Denise Aparecida Camargo. PROGETEC: Eliane Barros. Multiplicador:

Agamenon Nascimento.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

59

faremos fotos, recitação de poemas, danças relacionadas ao tema e distribuição do folder

elaborado pelos alunos.

Na disciplina de Língua Portuguesa efetuaram pesquisas que abordam o tema gerador

“Água” bem como seu uso devidamente correto e principalmente a conscientização da

importância da sua preservação e outros temas utilizando as tecnologias existentes na escola,

tais como; computadores e internet.

Foto 1 - Produzindo

folder

Foto 2 - Assistindo ao vídeo

informativo

Foto 3 - Folder

Nessa mesma área serão incluídos oficinas, produção de material informativo como

cartazes ilustrados folders produzidos nos computadores da STE com o auxílio de aplicativos

existentes nos computadores, word, Powerpoint e Publisher. Na área de exatas (matemática)

serão efetuadas estatísticas de uso correto e desperdício de água, quantitativo do consumo de

água em suas casas; serão elaborados gráficos com a utilização do Excel.

Os alunos assistiram vídeos, utilizando projetor multimídia (arthur), TV e DVD, com

vídeos pertinentes ao assunto e após produzirão textos informativos e ilustrativos

com abordagem sobre o assunto estudado. Criação de poemas, desenhos, confecção de

cartazes, leitura e interpretação de textos; discussão sobre a importância de se economizar a

água.

Concluído os trabalhos foram exibidos à comunidade escolar fazendo uso da data

show, notebook, equipamento de som, apresentação e distribuição dos trabalhos elaborados

durante o desenvolvimento do projeto. O projeto “Água, seu futuro em nossas mãos”!

Proporcionar aos nossos alunos grande conhecimento em relação ao bem mais precioso que

possuímos a Água, pois muitos deles não tinham noção da real situação da falta de água em

determinados lugares de nosso país.

A avaliação do projeto “Água, seu futuro em nossas mãos”! Ocorreu durante todo o

processo de desenvolvimento, através das atividades desenvolvidas pelos alunos, como o

auxílio dos professores e da PROGETEC.

As atividades elaboradas contribuíram um grande conhecimento e certo manuseio no

uso das tecnologias, sem falar da relação entre professores e alunos que ficou mais próxima

diminuindo assim a indisciplina na sala de aula, esse foi o maior foco na escolha das turmas.

As mudanças percebidas estão relacionadas com a maior conscientização e responsabilidade

sobre o uso da água.

Uma das dificuldades para a realização do projeto “Água, seu futuro em nossas mãos”!

foi em relação ao uso da internet, pois havia dias que a escola estava sem conexão para

auxiliar no desenvolvimento do projeto, fazendo com que as etapas fossem adiadas, ficando

assim fora do prazo estipulado.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

60

REFERÊNCIAS

LINHARES, Sergio. GEWANDSZNAJDER, Fernando – Biologia Hoje. 2ª ed.- São

Paulo: Editora Ática, 2013.

PESQUISA nacional de saneamento básico 1989. Rio de Janeiro: IBGE, 1992.

Site: http://www.aguasguariroba.com.br

Site: https://www.youtube.com

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

61

ESCOLA ESTADUAL GENERAL MALAN25

CORPO HUMANO - MATUTINO - 1ºA

CORPO HUMANO - VESPERTINO - 8ºA E B

1º Ano A (E.M.) – Matutino

Professores responsáveis

Sara Fernandes Henn

Jane Laura Cruz de Melo

Neila Silveira de Oliveira

Tahenee Nascimento B. de Jesus

Israel Nelson Ribeiro

Sonia Maria Maksoud

8º Ano A e B (E.F) - Vespertino

Professores responsáveis

Sara Fernandes Henn

Robson Carvalho da Silva

Gilvania Jardim da Silva

Geonise Batista Marques Vignoli

Vagna Dias Azevedo

O projeto “Conhecendo o corpo humano” foi desenvolvido nas turmas do 1º ano A do

Ensino médio e 8º ano A e B do ensino fundamental, da Escola Estadual General Malan por

serem turmas com problemas de indisciplina, foi apresentando a turma uma proposta

enriquecedora, planejada e interdisciplinar que foi trabalhada durante o ano letivo de 2015,

buscando a conscientização e valorização do corpo humano como um todo.

O corpo humano é a mais perfeita máquina já construída/criada e é formado por

diversas partes que se relacionam entre si, ou seja, os vários sistemas que formam nosso

organismo dependem um do outro para realizarem suas atividades. Milhares de reações

químicas acontecem a todo o momento e são responsáveis pela manutenção e o

funcionamento perfeito do nosso corpo.

Nesse sentido, o projeto intitulado “Corpo Humano” partiu de experiências vividas

pelos alunos, juntamente com novas oportunidades de aprendizado voltado as funções,

manifestação, cuidados e curiosidades relativas ao corpo humano.

A Escola Estadual General Malan tem por missão a promoção do desenvolvimento

integral dos alunos, promovendo um conjunto de aprendizagens em diferentes áreas que

visem: a aquisição de aptidões básicas de comunicação e aprendizagem; de desenvolvimento

intelectual: da auto-realização; do bem-estar físico e emocional; da educação para a cidadania;

da formação moral; das aptidões vocacionais e profissionais; da criatividade e educação

artística. Só assim, esta escola se assume como um espaço onde se vive, onde se aprende,

onde se constrói e se prepara para a vida. Projeto Político Pedagógico/EE General

Malan./página01/2012.

Com a turma do primeiro ano “A matutino” foram trabalhadas as seguintes disciplinas:

Em inglês os alunos fizeram Leitura direcionada de textos em Inglês sobre o corpo humano;

25Diretora: Aparecida Conceição de Araújo. Coordenador(es)

Pedagógico(s): Ivanir Vieira da Cunha. PROGETEC: Ana Leticia Rainho

Teixeira. Multiplicadora: Luiza Gonçalves Dorado.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

62

Pesquisaram dez situações engraçadas pouco conhecidas sobre funcionamento do corpo

humano; Identificar palavras e termos em inglês para criar as perguntas; Trabalharam com as

WH-Questions; Desenvolveram um Quiz, através de slides em Powerpoint, com as dez

curiosidades escolhidas pelo grupo, indicando a resposta correta. Apresentaram os slides

desenvolvidos aos colegas de sala para a conclusão do projeto.

Em física trabalharam a obesidade por meio da confecção de tabelas com alimentos e

dados referentes à quantidade de energia, bem como formas de gastá-los para uma

alimentação saudável. Na disciplina de história o tema abre espaço para uma reflexão sobre a

forma como os "padrões de beleza" foram construídos ao longo do tempo e como foram, são

interpretados pelas sociedades.

Embora a ideia do que é bonito seja carregado de subjetividade, daí a famosa

expressão “gosto não se discute" foram construídos, ao longo do tempo, diferentes discursos

em torno da beleza do corpo humano (particularmente o corpo feminino) que resultaram na

delimitação de modelos estéticos a serem perseguidos e até mesmos impostos. Diversas

disciplinas trabalharam o tema corpo humano assim com subtemas variados. Artes, Língua

Portuguesa e Literatura trabalharam o mesmo subtema no qual os finos desenhos corporais

realizados pelos Kadiwéu constituem-se em forma notável da expressão de sua arte.

Hábeis desenhistas estampam rostos com desenhos minuciosos e simétricos, traçados

com a tinta obtida da mistura de suco de jenipapo com pó de carvão, aplicada com uma fina

lasca de madeira ou taquara. No passado, a pintura corporal marcava a diferença entre nobres,

guerreiros e cativos. Através desse estudo os alunos fizeram pinturas em telhas sobre esses

símbolos e poemas sobre esta cultura tão rica.

Já no período vespertino as turmas dos 8º anos A e B trabalharam o corpo humano

com o subtema diferenciado. Os alunos do 8º ano A estudaram o número de ouro na qual ele é

o representante matemático da perfeição na natureza. Ele é estudado desde a Antiguidade e

muitas construções gregas e obras artísticas apresentam esse número como base. O número de

ouro é representado pela letra grega phi e é obtido pela proporção 1,6... Ele é importante

porque ele aparece em quase todo lugar na natureza e nas coisas que consideramos mais belas.

Para finalizar o aprendizado eles confeccionaram máscaras.

Um ponto abordado pelo 8º ano A foi a doação de órgãos ou de tecidos que é um ato

pelo qual manifestamos a vontade de doar uma ou mais partes do nosso corpo para ajudar no

tratamento de outras pessoas. Após estudos e pesquisa os alunos lançaram a campanha para

ajudar a criança Kaique que necessita de transplante de medula óssea. Para auxiliar nessa

conscientização os alunos fizeram vídeos em inglês abordando a importância da doação de

órgãos e tecidos.

Sobre a pintura dos índios kadiweu (A turma do 1º ano A ) ,fizeram um estudo sobre a

sua cultura e o significado das pinturas corporais para então fazerem a pinturas em telhas,

criaram poemas; em relação obesidade confeccionaram tabela com alimentos e dados

referentes à quantidade de energia, bem com o formas de gastá-los para uma alimentação

saudável; utilizaram pesquisas na internet para montarem no Powerpoint uma apresentação

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

63

sobre os "padrões de „beleza" e como foram construídos ao longo do tempo e a interpretação

pela sociedade.

A turma do 8º ano A: estudaram o número de ouro na qual ele é o representante

matemático da perfeição na natureza, foram apresentados vídeos sobre o assunto, pesquisa na

internet e então a confecção de máscaras levando em conta o número de ouro.

Já os alunos do 8º ano B: fizeram pesquisas e debates sobre a doação de órgãos e

tecidos na qual fizeram maquetes e vídeos para concluir o estudo.

Foto 1 - Apresentação das telhas pintadas e poemas Foto 2 - Apresentação da tabela com alimentos e

dados referentes à quantidade de energia

Foto 3 - Apresentação das máscaras e o número de

ouro

Foto 4 - Apresentação sobre a doação de órgãos e

tecidos

REFERÊNCIAS

http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/entenda-mudancas-padrao-beleza-ao-longo-historia-781162.shtml

www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/alimentos7.php

portal.mec.gov.br/docman/documentos-pdf/611-alimentacao-saudavel pib.socioambiental.org/pt/povo/kadiweu

seer.ufrgs.br/EspacoAmerindio/article/download/26642/18781 www.infoescola.com/artes/pintura-corporal/

guiadoestudante.abril.com.br › Home › Aventuras na História

www.bolsademulher.com/beleza/padroes-de-beleza dreamsbysandra.blogspot.com/.../padroes-de-beleza-e-sua-evolucao.html

www.hope.org.br

www.abto.org.br/.../default.aspx?mn...doacao-de-orgaos-e-tecidos www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/Organizacao4.php

www.sitedecuriosidades.com

www.sobiologia.com.br/conteudos/Curiosidades/Curiosidades.php https://www.youtube.com/watch?v=SUSyRUkFKHY

https://www.youtube.com/watch?v=kFMMtBEPZmE

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

64

ESCOLA ESTADUAL HÉRCULES MAYMONE26

Tendo como objetivo de melhorar o desempenho do ensino e da aprendizagem, além

de apoiar e aperfeiçoar o projeto Salas de Tecnologias, bem como o uso das demais

tecnologias educacionais e recursos midiáticos presentes na escola estadual Hércules

Maymone no de Campo Grande - MS, desenvolveu-se o projeto Jornal CONECTA HM com a

turma do 2º Ano Técnico em Administração – TADM. A escolha desta turma foi feita devido à

turma ser numerosa e apresentar conflitos entre si, além de apresentar comportamentos

inadequados durante as aulas.

Este projeto foi desenvolvido a partir do segundo semestre devido a vários fatores

ocorridos na Escola e que culminou no atraso do desenvolvimento das atividades.

No primeiro momento o Professor Gerenciador de Tecnologias Educacionais e

Recursos Midiáticos – PROGETEC Francimar Batista Silva marcou uma reunião com as

coordenações para analisar como estava o projeto CONECTA 2015. Com as informações

obtidas começou-se a execução do Jornal. Foi realizada uma reunião com todos os alunos,

professores, PROGETEC e coordenadora para organizar os passos do projeto.‟

Foto 1- turma do 2º Ano

Técnico em Administração –

TADM

Foto 2 - alunos registrando

aulas no laboratório de física

Foto 3 - registro do projeto

Grafite e Pichação

A professora Marcia Droppa – Língua Portuguesa, ficou responsável por demonstrar

aos discentes quais eram as partes de um jornal impresso. A professora Jane Padilha foi a

responsável de trabalhar com os alunos acessos a jornais online e leituras de textos

relacionados a área Recursos Humanos. A professora Tatiana Gonçalves trabalhou vários

26 Diretor: Edilmar Galeano Marques. Diretora Adjunta: Luely Diane

Mussi. Coordenadora Pedagógica: Edilma Alves de Rezende.

PROGETEC: Francimar Batista Silva. Multiplicadora: Drª Marcia

Vanderlei de Souza Esbrana.

JORNAL CONECTA HM

2º Ano A (Técnico em Administração) – Matutino

Professores responsáveis

Jane Padilha, Marcia Droppa, Tatiana Gonçalves

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

65

temas voltados a área de Economia e Indicadores Econômicos com acessos a jornais online. O

PROGETEC apresentou o Calaméo para que todos pudessem conhecê-lo.

Após a etapa de conhecimento de ambientes virtuais de notícias e compreenderem a

proposta do Projeto Conecta, os alunos foram a campo coletar as informações quanto às

atividades realizadas pela escola neste ano. Utilizando-se de vários recursos tecnológicos

como, celulares, máquinas digitais, notebook e gravadores de som, os mesmos realizaram

registros gravados, escritos e fotografados. Na Foto 1 alunos explicando o projeto no

laboratório de física para a professora Jaqueline e seus alunos. Ressaltamos o

comprometimento de todos no projeto, apesar de termos aulas em que não conseguimos

atingir os objetivos esperados, devida a falta de conexão com a internet problemas técnicos de

hardware, como cabos de celular para descarregar as imagens, travamento de computadores

etc. Assim, no contra turno finalizaram o Jornal.

O produto final do projeto foi a confecção do Jornal Conecta HM digitado no

PowerPoint e transformado digitalmente pelo aplicativo CALAMÉO, que poderá ser acessado

no site da escola eehm.com.br/varalcultural. A Culminância aconteceu dia 30/11 no auditório

da escola onde contamos com a presença de todas as turmas, juntamente com coordenadores e

professores.

Os objetivos do projeto foram alcançados e os alunos aprenderam muito com os

recursos utilizados. Aprenderam que podem utilizar o PowerPoint, o celular e os

computadores da Sala de Tecnologias Educacionais para desenvolverem suas habilidades e

aprenderem vários assuntos sem necessariamente estar em sala de aula.

Foto 4 - Coordenadora

Edilma auxiliando a

produção escrita dos

alunos

Foto 5 - Trabalho em

equipe durante todo o

projeto

Foto 6 - Uso de recursos

tecnológico utilizados

pelos alunos, Power point

e Celular

Foto 7 - Apresentação

Jornal Culminância

REFERÊNCIA FARIA, Maria Alice de Oliveira. O jornal na sala de aula. 5ª Ed. São Paulo: Contexto, 1994. Disponível no

Blog - http://infolaboratorio.blogspot.com.br/. Acesso em: 15 de ago.de 2013.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

66

ESCOLA ESTADUAL JOÃO CARLOS FLORES27

PROJETO INTERAÇÃO

TECNOLÓGICA

MULTIFUNCIONAL

PROJETO RESGATANDO

A MEMÓRIA DO BAIRRO

RITA VIEIRA

NOME DO PROJETO

Sala de Recurso Multifuncional

(S.R.M) – Matutino

Professores responsáveis

Ricardo Vinha Melo

Maria Madalena Senna

1º Ano B - Vespertino

Professores responsáveis

Ricardo Vinha Melo

Nazira Dolabani de Castro

Heliene Tenório de Melo

3º B - Noturno

Professores responsáveis

Ricardo Vinha Melo

Sabrina Bianchi

Em nossa Escola Estadual João Carlos Flores foram escolhidas três turmas para serem

trabalhadas no Projeto Conecta Escola 2015, sendo elas a seguir, alunos da Sala de Recurso

Multifuncional do matutino, 1º B – Vespertino e 3º B noturno, a turma da SRM – Sala de

Recurso Multifuncional foi escolhida porque a professora de sala Maria Madalena Senna

trabalha muito com recursos midiáticos com está turma, no 1º B vespertino, os alunos tinham

problemas de focar atenção por conta de muitas conversas, e por último o 3º B noturno por

evasão.

O projeto da SRM com os alunos especiais foi desenvolvido através de desenhos

manuais dos mesmos seguindo a música de Toquinho – Aquarela, após eles desenvolveram

um vídeo utilizando o software Move Maker, nós apenas norteamos, eles desenvolveram e

produziram vídeos sozinhos.

A turma do 1º B vespertino, os alunos fizeram uma pesquisa utilizando a mídia

internet e pesquisa de campo para Resgatar a Memória do Bairro Rita Vieira, desenvolveram

textos, imagens, ferramenta Google Earth para está pesquisa. O 3º B ainda estão

desenvolvendo o Projeto de vídeo com a temática escola.

Foto 1 -Pesquisa de Campo

Foto 2 - Utilizando o Google

Earth

Foto 3- Trabalhando com slide

Buscamos materiais em diversas fontes sobre o bairro Rita Vieira: entrevista,

depoimento, fotografia e observação; esse material tem sido analisado, classificado,

27 Diretor: Claudecy José da Cruz. Coordenador(es) Pedagógico(s):

Osmarina de Souza Pinto, Sonely da Costa. PROGETEC: Ricardo Vinha

Melo. Multiplicadora: Drª Marcia Vanderlei de Souza Esbrana.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

67

selecionado e publicado na internet. Após finalizado os alunos e professores ficaram felizes

pelo fechamento do trabalho e o quanto o 1º B vespertino melhorou o comportamento. A

turma da SRM surpreendeu a professora Maria Madalena Senna porque quando ela deu em

conta, eles estavam terminando o vídeo, o PROGETEC professor Ricardo Vinha Melo apenas

fez algumas orientações, o restante fizeram tudo sozinho.

REFERÊNCIAS

Bosi, Ecléa. (2003). O tempo vivo da memória: ensaios de psicologia social. SP: Ateliê

Editorial.

ESCOLA João Carlos Flores. Projeto Político Pedagógico. Ano 2015.

HALBWACHS, M. A memória coletiva. Trad. de Beatriz Sidou. São Paulo: Centauro, 2006.

MASETTO, M. T. (2000). Mediação pedagógica e o uso da tecnologia. In: MORAN, J. M.

& MASETTO, M. T, & BEHRENS, M. A. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. Campinas

(SP): Papirus.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

68

ESCOLA ESTADUAL JOAQUIM MURTINHO28

2º Ano k - Matutino

Professores responsáveis

Edinéia S. Santos

Ricardo Higa

9º Ano A - Vespertino

Professores responsáveis

Marco Aurélio Gomes

Raquel Medina

3ºAno L- Noturno

Professores responsáveis

Alessandro Fonseca

Após uma verificação de rendimentos e questões relacionadas à desmotivação e ate

mesmo indisciplina e falta de socialização e uma convivência não tão harmônica, optou-se

pela escolha da turma do 2° Ano K matutino para o desenvolvimento do projeto e da temática

sobre o sistema de cotas raciais no ensino superior brasileiro. Por se tratar de um tema que

pudesse despertar certa polêmica, a escolha dessa turma foi também um tanto desafiador.

Os trabalhos seguiram uma sequência de abordagem em sala de aula, pesquisa e a

criação de um logo para turma na sala de Tecnologia.

Foto 1- Pesquisas

feitas pelos alunos

Foto 2 -

Apresentação do

Projeto

Foto 3 - Produção

do produto final

Foto 4 - Alunos

durante a aula na

STE

Foto 5 -Produto

final da turma

3ºLN

Entrevistas, coleta de informações através de urnas, que foram espalhadas pela escola,

afim de que pudesse ter também uma participação de outros alunos, onde ocorreu uma

pesquisa de opinião de pessoas favoráveis ou não ao sistema de cotas e debates entre a turma

esse mesmo questionamento foi feito através de redes sociais.

Procurou-se desde o primeiro momento fazer uma divisão dos grupos em sala, bem

como a orientação sobre as ações destes alunos no tocante as suas futuras atividades e

responsabilidades.

O projeto contou com a colaboração de alguns professores da instituição que

participaram de entrevistas realizadas pelos alunos sobre o assunto.

28 Diretor: Lucilio Souza Nobre. Diretora Adjunta: Zuleide Lara de

Oliveira. Coordenador(es) Pedagógico(s): Izadir Francisco de Oliveira.

Lucia Morales Marques Ferreira. PROGETEC: Sara Milene de Oliveira

Moura. Multiplicadora: Angela Suely Silva.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

69

A lei 12.711 de 2012 que trata do sistema de cotas no ensino superior foi apresentada

aos alunos através de slides e debates entre a turma logo no segundo momento. Também de

suma importância foi à discussão da origem do sistema de cotas, levando em consideração

exemplos dos Estados Unidos que são precursores nesse processo.

Foi realizado de maneira teatral um programa de televisão, com formato baseado em

programa de auditório, em que pode haver uma interação entre os alunos da sala e demais

convidados, gerando uma discussão do assunto.

O desenvolvimento e motivação da turma foram determinantes para o sucesso do

projeto. Antes da execução dos trabalhos a turma apresentava fortes questões relacionadas à

indisciplina e ausência de motivação e rendimentos abaixo das expectativas.

Após os trabalhos pode-se constatar ate mesmo por outros professores da instituição

uma significativa melhora nos rendimentos conforme podemos observar no gráfico e até

mesmo uma convivência mais harmônica na turma, que enfrentava também alguns problemas

de socialização.

O projeto Conecta Escola desenvolvido no período vespertino foi “Matemática com

Arte” a Matemática está em todo lugar e Proporcionar ao aluno pesquisar os trabalhos e

conseguir que eles se envolvam e despertem o aprendizado dentro e fora de sala de aula, é

fazer o aluno estar em contato permanente com o mundo que o cerca, oferecendo-lhe

oportunidades de aprender Matemática no seu contexto sociocultural, interligando-a com a

arte, criando a perspectiva de um aprender com gosto, dando-lhe a inspiração e o desejo de

lidar com o novo, argumentando, fazendo suas próprias construções, propondo-lhe, assim,

uma Educação Matemática diferenciada.

A idéia de desenvolver o conteúdo de Matemática associado com a Arte no Ensino

Fundamental surgiu da necessidade de realizar um trabalho com mais significado,

oportunizando ao aprendiz expressar a sua sensibilidade, a sua criatividade e o gosto por

atividades que envolvam a matemática.

De acordo com os Parâmetros Curriculares

Tradicionalmente, a prática mais freqüente no ensino de Matemática era aquela em

que o professor apresentava o conteúdo oralmente, partindo de definições, exemplos,

demonstração de propriedades, seguidos de exercícios de aprendizagem, fixação e aplicação,

e pressupunha que o aluno aprendia pela reprodução. Considerava-se que uma reprodução

correta era evidência de que ocorrera a aprendizagem. Essa prática de ensino mostrou-se

ineficaz, pois a reprodução correta poderia ser apenas uma simples indicação de que o aluno

aprendeu a reproduzir mas não apreendeu o conteúdo. É relativamente recente, na história da

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

70

Didática, a atenção ao fato de que o aluno é agente da construção do seu conhecimento, pelas

conexões que estabelece com seu conhecimento prévio num contexto de resolução de

problemas. (BRASIL, 1997).

Nossa proposta ao trabalhar com esses alunos foi Incentivar a inclusão da matemática,

bem como seus conceitos e aplicações, no campo da arte sugerindo criações de músicas,

paródias e poemas relacionados à disciplina de matemática.

Os alunos semanalmente contaram com uma aula para a elaboração das letras, textos e

ensaios referente às músicas, poemas, danças, teatros e confecção de cartazes. Onde os alunos

se organizaram em grupos ou individualmente para produção e apresentação do referido

projeto.

O projeto foi anunciado no whats app, facebook e na radio da escola para que todos

tivessem conhecimento e participassem.

Os alunos realizaram pesquisas na Sala de Tecnologia Educacional, fizeram o registro

no Power point, posteriormente eles iram produzir um vídeo.

Poder desenvolver essa atividade com a turma do 9º A Vespertino foi gratificante, pois

dar a eles a voz para que fossem sujeitos ativos, sendo protagonista, percebemos durante o

processo evolução que realmente tiveram uma aprendizagem significativa que certamente ira

levar em sua vida. Ficou claro que a sala teve uma melhora nas notas na questão de

socialização e indisciplina.

O noturno escolheu como tema para o Projeto Conecta Escola-2015 “Poesia Visual”

pelo fato de oportunizar os conteúdos do referencial curricular das duas disciplinas Língua

Portuguesa e Literatura, além de permitir o acesso direto à produção poética através dos

recursos Tecnológicos disponíveis na unidade escolar, tornando os alunos verdadeiros

PROTAGONISTAS do seu tempo.

A leitura de conceitos literários e elementos de construção poética tornaram o trabalho

autoral mais rico e, paralelamente a isso, o uso dos recursos tecnológicos trouxe novas

possibilidades de leitura e produção de temas atuais de forma crítica e inovadora.

O projeto tornou-se viável também após a observação/constatação da escassez de

leitura e ausência do gosto pela escrita literária na turma do 3ºL noturno, levamos em

consideração que a turma passaria por prova externa, somado ao distanciamento dos alunos

sobre a interpretação de gêneros diversos, em especial a poesia.

O projeto iniciou no mês de março, através de apresentação do mesmo para a turma

envolvida e suas justificativas. No mesmo mês, dentro das disciplinas envolvidas, Língua

Portuguesa e Literatura, os alunos estudaram os conceitos literários e elementos poéticos

necessários para a estruturação dos seus trabalhos individuais e em grupos.

De maio a junho os alunos contaram com explicações sobre a elaboração da POESIA

VISUAL (quadro a quadro – com utilização do Word, Paint, PowerPoint e Vídeo-Pad) e já

entraram na fase de produção individual e em grupos da logomarca para o projeto e título para

a turma. Após o término dessa produção, os alunos (junho-agosto) os alunos foram para a

produção poética e confecção com os Recursos Tecnológicos estudados.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

71

Nos últimos dois meses, setembro e outubro, os alunos fizeram a edição do vídeo para

a finalização do projeto de POESIA VISUAL, gerando assim o produto final.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacional (PCNS). Matemática 1ª parte. Ensino

Fundamental, Brasília: MEC,1997.

Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12711.htm,

acesso em 18 de abril de 2015.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

72

ESCOLA ESTADUAL JOSÉ ANTONIO PEREIRA29

EDUCAÇÃO PELA PESQUISA: LEITURA E PRODUÇÃO

3º Ano A (E.M) – Matutino

Professores responsáveis

Adriana Aparecida de Paula

Ana Cristina de Souza Silva

Aline de Souza Nogueira

Aparecido Devanir Fernandes

Fernando Eufigênio Gomes

6º/5° Ano A - Vespertino

Professores responsáveis

Adriana Aparecida de Paula

Ana Cristina de Souza Silva

Aline de Souza Nogueira

Maria Conceição Evangelista

Maria Cristina da Silveira

3° Ano C (E.M) - Noturno

Professores responsáveis

Aparecido Devanir Fernandes

Fernando Eufigênio Gomes

A Educação pela pesquisa é fundamental e importante no processo de aquisição de

conhecimentos, ferramenta esta que precisa ser mais usada em sala de aula, pois possibilita a

transformação de alunos produtores do conhecimento, estudantes autônomos e capazes de

pesquisarem suas ideias. O 3ºA (matutino) e o 3ºC (noturno) foram turmas selecionadas para

desenvolverem este projeto.

O critério utilizado foi a necessidade de ofertarmos para esse público outras

perspectivas de leitura e produção escrita e ao mesmo tempo propiciarmos o acesso às novas

tecnologias, pois ambos são candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). O 6°A

e 5°A (vespertino) tiveram como critério o desafio do professor lidar com turma lotada e

indisciplinada, visando novas experiências com atividades lúdicas.

A pesquisa, leitura e escrita são ações construtivas de valores e conhecimentos que

colaboram de modo imprescindível para o processo de aprendizagem na sociedade

contemporânea. Portanto, desenvolver e fomentar o hábito de pesquisar, ler e escrever entre os

estudantes é fundamental para maior rendimento pessoal enquanto cidadãos envolvidos num

contexto sociocultural cada vez mais dinâmico. O projeto Conecta Escola norteou-se na

educação pela pesquisa, e assim a maior intenção foi fazer com que esses alunos filtrassem as

informações e através da pesquisa, produzissem, escrevessem, lessem e fizessem bom uso da

internet e tecnologias disponíveis na Unidade Escolar. Cada professor de sua respectiva área

29 Diretora: Cleide de Moraes Deduch. Coordenador(es) Pedagógico(s): Ilma Rodrigues.

Rejane Dias Delmão. Silvana Wiggers. PROGETEC: Antonieta de O. Rocha. Multiplicador:

Rodolfo Pedroso Rodrigues.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

73

trabalhou o conteúdo correspondente no bimestre de acordo com o Referencial Curricular,

enfatizando a pesquisa na Sala de Tecnologia e demais recursos disponíveis na escola, afim de

incentivar o aluno a produzir e ser autor dos seus conhecimentos.

O projeto Em Cena & Ensina referente à disciplina de Literatura foi produzido e

executado com a finalidade de trabalhar as novas tecnologias sobre uma sequência didática

agregada ao cinema brasileiro, à linguagem audiovisual e à leitura do texto literário pautados

na premissa educar pela pesquisa, tendo como ferramenta desse processo a internet no Ensino

Médio, conformes Fotos 1, 2, 3 e 4.

O professor da disciplina de Química desafiou nossos alunos a confeccionarem jogos

que favorecessem o enriquecimento dos conteúdos da área. A ideia é tornar o aluno produtor e

construtor dos seus conhecimentos, através da construção de Jogos Manuais pelo estudo

dirigido e pesquisas orientadas no estímulo da criatividade, colaboração, trabalho em equipe e

nível de compreensão dos aspectos abordados.

Os jogos envolveram toda a nomenclatura de compostos orgânicos como:

Hidrocarboneto; álcool; fenol; enol; éter; éster; amina; amida; haleto; cetona; aldeído; ácido;

carboxílico; sais de ácido carboxílicos e assim na STE ocorreu a pesquisa e estudo dirigido

Resenha do Filme: À beira do Caminho; Produção de vídeos; Produção de Textual;

filme: À beira do caminho”; Apresentação dos Jogos para a construção dos jogos e após em

sala de aula o grupo deveria apresentar o dinâmica e jogar com o professor para debate dos

conhecimentos. (3°A/ C)

Na disciplina de Inglês usaram aplicativo Dubsmash (Fotos) e o trabalho educacional

objetivou exercitar a pronúncia e a escrita na língua inglesa, habilidades básicas mediadas

pela professora a partir da criação de vídeos curtos que o aplicativo permitia fazer, (6°A),

conforme Fotos 5, 6, 7 e 8.

As atividades em Língua Portuguesa trabalharam com notícias e produção de um jornal

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

74

falado. (6°A)

As atividades de História foram direcionadas pela educadora com roteiros previamente

prontos para a criação de grupos de estudos na Sala de Tecnologia, e a turma ficou livre para

escolher um determinado tema sobre a área e promover um breve relatório de como se dará

sua busca por informações; apontar os caminhos e materiais necessários para a produção de

pesquisas bem elaboradas. (3°A / 6°A) A turma do 5°A viajou no mundo da Contação de

Histórias e as professoras trabalharam desde apresentação de teatro com personagens dos

contos Clássicos e participação do Ensino Médio, até a produção de um pequeno livro sobre

Chapeuzinho Vermelho e Cinderela.

Na disciplina de Arte a professora trabalhou pesquisas bibliográficas sobre Modernismo

e obras artísticas do tema. Com auxílio do Tablet Educacional a turma pesquisou e fez a

releitura através da fotografia.

O projeto alcançou inúmeros resultados esperados e estimulou a pesquisa como

princípio educativo na reconstrução do conhecimento na postura dos alunos e na mudança

pedagógica do professor. Os resultados através das pesquisas deram-se pelo domínio do

conteúdo e o principal objetivo aos poucos está sendo alcançado, que é fazer os educandos

aprenderem as etapas de como realizar uma boa pesquisa escolar, aprendendo a investigar,

seguir fontes seguras; ensinar e interpretar os dados coletados; socializar os resultados das

investigações e orientar a produção escrita das descobertas.

REFERÊNCIAS

DEMO, Pedro. Educar pela Pesquisa. Campinas, SP: Autores Associados, 1997.

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/como-ensinar-meio-pesquisa-607943.shtml

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/cinco-realizar-boa-pesquisa-escolar-607946.shtml

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

75

ESCOLA ESTADUAL JOSÉ FERREIRA BARBOSA30

Prevenção a Violência

9º Ano A - Matutino

Prevenção a Violência

3º Ano C - Vespertino

Professores responsáveis: Silvio Rogério,

Ilma Alves de Mello, Priscila F. Gomes da Cruz,

Romilda Servim

Professores responsáveis

Viviane da Silva Zandomenighi

O projeto Conecta 2015, Prevenção a Violência surgiu de uma necessidade de

melhorar o rendimento escolar dos alunos usando a tecnologia no cotidiano escolar como

ferramenta neste auxílio. O Projeto trabalhou com turmas prioritárias com baixo índice de

aproveitamento escolar enfocando: cultura, a sociedade, a culinária e pontos turísticos do

nosso Estado. As turmas selecionadas para participarem do projeto foram as com baixo

rendimento escolar, no período matutino participou 9º ano A, no vespertino o 3º ano C.

Os alunos dessas turmas compreendiam vários alunos que necessitavam de

aprimoramento de leituras de diversas fontes, a eficácia no processo de interpretação e de

produção para formalização de cada novo conhecimento, portanto o trabalho com as

tecnologias possibilitou torná-los mais críticos, eficientes ao executar diversas atividades com

o uso das tecnologias.

O trabalho será pautado na diretriz curricular matriz da SED/MS, concomitantemente

os professores utilizaram dicas de sites especializados, cada professor conforme sua matriz

curricular levará os alunos para a sala da STE.

O desenvolvimento do trabalho aconteceu na STE junto com as demais mídias

disponíveis sobre o tema: A Prevenção a Violência: adotou a metodologia de ensino utilizada

pelo projeto político pedagógico da escola que norteou os professores quanto ao

desenvolvimento dos trabalhos na sala de tecnologia sempre adequando aos conteúdos

propostos objetivando a aquisição de conhecimento e as mudanças de valores éticos e morais

de nossa sociedade e necessidade de moldar um comportamento que vise a aquisição de

conhecimentos.

30 Diretora: Mariomar Rezende Diniz Junior. Coordenador (es)

Pedagógico(s): Suely de Assis. PROGETEC: Rene Tschinkel Junior.

Multiplicador: Nesio Alamini.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

76

Os alunos produziram artigos, depoimentos, apresentações no Power Point para outras

turmas sobre a temática abordada criaram gráficos de dados estatísticos no aplicativo Excel

sobre os temas pesquisados debateram sobre o tema em sala de aula, provocar debates no

aplicativo facebook da escola sobre aulas postadas pelos professores, sempre aulas planejadas;

As opiniões coletadas pelos alunos e, depoimentos deles foram utilizados para criar produção

de material audiovisual feito por eles no aplicativo Movie Maker.

Foto 1 – Pesquisa na

STE

Foto 2 – Montando o

projeto utilizando o computador

Foto 3 – Maquete do

projeto

Todas as atividades criadas pelos alunos foram divulgadas para a comunidade escolar

que a utilizou como material de incentivo para outras turmas ao combate a violência.

Os alunos do 3º ano C, junto com os professores cantaram música sobre a Violência,

com a letra da música os alunos desenvolveram as atividades propostas pelos professores;

Como: cruzadinha no excel, caça palavras no word, desenho no paint, jogos educativos da

memória na internet posteriormente as atividades feitas foram postada no aplicativo calameó.

Em suma este trabalho na STE conseguiu melhorar o desempenho dos alunos e da

aprendizagem, utilizando os recursos midiáticos existentes nessa unidade escolar, visando

assim uma melhora na qualidade do ensino e da aprendizagem dos educandos, promovendo a

melhora da escrita e da linguagem. O projeto Prevenção à Violência na escola alcançou um

índice relevante quanto à aprendizagem e envolvimento dos alunos do terceiro ano C, do

período vespertino.

O gráfico demonstra nitidamente

aumento na aprendizagem da turma

prioritária

O mesmo aconteceu com os alunos

do 9° ano A do período matutino

Nesse projeto a pesquisa direcionada e trabalhada foi valorizada nos aspectos, sociais,

religiosos e econômicos incentivando o uso das redes sociais como ferramentas de ensino e de

aprendizagem, explorando assim novas práticas pedagógicas em diversas disciplinas com o

auxílio de ambientes computacionais.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

77

O combinado do projeto foi que todos os professores que trabalhavam com os alunos

iriam de forma direta ou indireta trabalhar o projeto na sala de tecnologia ou na sala de aula

com o uso das TICs.

Na sala da STE, “carro chefe” do projeto, todos os professores participaram do

projeto, trabalhando com seus alunos pesquisas diversas na internet com a orientação da

temática dirigida; utilizarão os aplicativos Word, para digitar, formatar textos, o paint para

desenhar imagens, o Power Point para fazer apresentações, o Excel para criar gráfico de

dados e planilhas e algumas dessas apresentações criaram vídeos dos trabalhos e dos alunos

na STE. O fechamento do projeto foi feito com exposição dos trabalhos dos alunos que

relatavam o que tinham feito à comunidade escolar.

REFERÊNCIAS

DELORS, Jacques [et.al.] (1996). Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a

UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. 3ª Ed. Porto: Edições Asa.

MATOS, M., e CARVALHOSA, Susana F. (2001). A violência na escola: vítimas,

provocadores e outros. Tema 2, n.º 1. Faculdade de Motricidade Humana/ PEPT – Saúde/GPT da CM

Lisboa.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

78

ESCOLA ESTADUAL JOSÉ MAMEDE DE AQUINO31

MERCANTILISMO E

REVOLUÇÃO FRANCESA

GRANDES NAVEGAÇÕES

CONFRONTOS DA SEGUNDA

GUERRA MUNDIAL

2º Ano A (E.M.) – Matutino

Professores responsáveis

David Alexandre Camilo

Elaine Correa Messa Segura

Maria Aparecida de Souza

6º Ano A - Vespertino

Professores responsáveis

Nádia Rodrigues

Ironda Hoisler

Rafael

3º Ano B (E.M.) - Noturno

Professores responsáveis

David Alexandre Camilo

Elaine Correa Messa Segura

Fábio Silva Martinelli

O uso das tecnologias hoje no âmbito educacional não é mais uma utopia e sim uma

realidade presente e palpável na maioria das escolas brasileiras não sendo diferente nas

escolas da Rede Estadual de Mato Grosso do Sul. Segundo Barros: “A proposta de se

trabalhar com projetos é justamente a de proporcionar um ambiente favorável ao saber.”, esse

ambiente favorável ao saber aliado com o uso das tecnologias se mostra uma ferramenta

infalível no processo ensino-aprendizagem.

Nesse contexto o Núcleo de Tecnologias Educacionais de Campo Grande (NTECGE)

desenvolve o Projeto Conecta Escola, através do Professor Gerenciador de Tecnologias e

Recursos Midiáticos (PROGETEC).

A turma escolhida no turno matutino foi o 2º Ano “A” - Ensino Médio, turma que

apresentava problemas de aprendizagem. Após conversa com os professores regentes dessa

turma, foi escolhido o tema e as ações que poderiam ser desenvolvidas com os mesmos, com

o intuito de melhorar a aprendizagem da turma. No período vespertino a turma prioritária

escolhida apresentava mais de um aspecto necessário para o projeto, a turma apresentava

problemas de aprendizagem e indisciplina, a turma escolhida foi o 6º Ano “A” - Ensino

Fundamental. Após conversa com os professores regentes dessa turma, foi escolhido o tema e

as ações que poderiam ser desenvolvidas com os mesmos. Já no período noturno a turma

escolhida foi à turma que iria passar por avaliação externa, no caso o 3º Ano do Ensino

Médio, como possuímos duas turmas de 3º Anos, optamos por escolher a turma do 3º Ano

31 Diretora: Diana Pilatti Onofre. Coordenadores Pedagógicos: Marilidia

Satiro; Reginaldo Moraes. PROGETEC: Rodenir da Silva Leite.

Multiplicador: Divino Andrade Nabhan.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

79

“B”. Após conversa com os professores regentes dessa turma, foi escolhido o tema e as ações

que poderiam ser desenvolvidas com os mesmos.

No período matutino o Conecta Escola foi desenvolvido no 2º ano “A” do ensino

médio, o tema escolhido foi o Mercantilismo e a Revolução Francesa. Em um primeiro

momento foi passado à turma os objetivos do projeto e o tema que seria desenvolvido durante

o ano, em um segundo momento os alunos foram na Sala de Tecnologia Educacional (STE)

pesquisar sobre o tema do projeto. Em um terceiro momento os alunos visitaram a biblioteca

escolar para realizar pesquisas sobre o tema proposto. Em um quarto momento foi definido

com os alunos qual seria o produto final a ser desenvolvido, os alunos juntamente com os

professores regentes escolheram desenvolver filmes. Após a escolha do produto final os

alunos forma novamente pra STE aprofundar as suas pesquisas sobre o assunto, no próximo

momento os alunos divididos em grupos, de no máximo 5 (cinco) integrantes deveriam

elaborar um roteiro para o seu filme, etapa essa realizada na STE junto com as professoras de

Língua Portuguesa e de Produção Interativa, após a elaboração do roteiro os alunos deveriam

efetuar filmagens que fariam a composição de seus filmes, os alunos deveriam fazer a

montagem e edição de seus filmes na STE com o auxilio do PROGETEC, os filmes já

finalizados foram apresentados em sala de aula para os demais alunos da sala.

Foto 8 - Alunos realizando

pesquisas

Foto 9 - Alunos digitando

seus Diários de Bordo

Foto 10 - Alunas finalizando

roteiro da encenação

No período vespertino a turma escolhida para desenvolver o Conecta Escola foi a

turma do 6º Ano “A” do ensino fundamental, o tema escolhido foi as Grandes Navegações.

Em um primeiro momento foi passado à turma os objetivos do projeto e o tema que seria

desenvolvido durante o ano, em um segundo momento os alunos foram na Sala de Tecnologia

Educacional (STE) pesquisar sobre o tema do projeto, todo o material pesquisado foi sendo

salvo em suas pastas individuais no servidor da STE. Em um terceiro momento os alunos

visitaram a biblioteca escolar para realizar pesquisas sobre o tema proposto.

O produto final que deveria ser realizado pelos alunos era um diário de bordo, onde

eles deveriam criar um relato de uma navegação. Os alunos voltaram a STE para

aprofundamento das suas pesquisas e começarem a preparar o seu diário de bordo, nesse

diário de bordo poderia conter ilustrações, o texto, informações que eles julgassem

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

80

necessárias para um bom entendimento, o desenvolvimento das demais etapas foram

desenvolvidas em sala de aula, com o auxílio do Projetor ProInfo Integrado para a

exemplificação de Fotos da época e de como eram alguns diários de bordo, a STE para a

digitação dos textos, essas etapas foram auxiliadas pelos professores de Geografia, História,

Língua Portuguesa e Produção Interativa.

No noturno a turma escolhida foi a turma do 3º Ano “B” do ensino médio, pois os

mesmos passariam por avaliação externa, a turma trabalhou o tema Segunda Guerra Mundial,

dando um maior enfoque nos seus principais conflitos, após a apresentação do tema e

explicação de como se daria o desenvolvimento do projeto, os alunos foram orientados a

pesquisarem sobre o tema na STE e elaborarem apresentações em PowerPoint, para

apresentação nas aulas de Geografia e História, como produto final foi definido com os alunos

que a turma deveria encenar e gravar a representação de uma das batalhas da segunda guerra

mundial, onde uma parte da turma deveria ser os atores e os demais deveriam se

responsabilizar com o figurino, roteiro e demais assuntos.

Os roteiros deveriam ser digitados e colocados em apresentações de Power Point,

para apresentação nas Aulas de Língua Portuguesa, todas as pesquisas e trabalhos

desenvolvidos para o Conecta Escola eram salvas em pastas individuais dos alunos no

servidor da STE.

Foto 11 - Professor comentando

o vídeo dos alunos

Foto 12 - Aluna expondo os

trabalhos

Foto 13 - Alunos encenando

peça teatral

Os produtos finais foram distintos, com algumas turmas prioritárias se destacando

mais que as outras, tivemos alguns percalços no desenrolar do projeto, já que tivemos muita

troca de professores. No matutino foram desenvolvidos vídeos que destacaram as

características do Mercantilismo e da Revolução Francesa, com o desenvolvimento do projeto

os alunos se mostraram mais interessados nas aulas, principalmente nas de História, pois o

assunto chamou a atenção deles, também melhoraram na questão da aprendizagem, pois

desenvolveram a concentração durante as aulas e aprenderam a realizar uma pesquisa tanto na

internet como na biblioteca.

No vespertino o produto final foram textos dos alunos que formaram um grande diário

de bordo, no qual todos fizeram seus textos, puderam contribuir para a construção desse

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

81

diário, com o desenvolvimento do projeto os alunos melhoraram suas notas, o comportamento

dentro de sala de aula e a leitura, no cuidado com o ambiente escolar, aprenderam a realizar

pesquisa proveitosa tanto na internet como na biblioteca.

No período noturno, o produto final foi encenação sobre conflito da Segunda Guerra

Mundial, os alunos realizaram a encenação para a outra turma do 3º Ano, todos tiveram sua

participação, melhoraram notas, comportamento, vocabulário e sua escrita, pois foi

potencializada a questão da redação para o ENEM.

Podemos através da Tabela 1 verificar a evolução de cada turma nas disciplinas que

foram trabalhadas durante o Conecta Escola 2015.

Tabela 1 – Evolução das turmas nas disciplinas trabalhadas

Abaixo

Inicial

Abaixo

Final

Acima

Inicial

Acima

Final

2º A - EM 39,2% 13,7% 60,8% 86,3%

6ºA - EF 50,5% 8,7% 49,5% 91,3%

3º B - EM 39,3% 20,3% 60,7% 79,7%

Podemos Notar um aumento de alunos que melhoraram seu desempenho com o

desenvolvimento do Projeto Conecta Escola, essa melhora também foi notada no

comportamento dos alunos em sala de aula e na escola, a educação dos alunos também houve

melhora significativa e principalmente na aprendizagem deles.

REFERÊNCIAS

BARROS, Jussara de. PROJETOS ESCOLARES: A MOTIVAÇÃO PARA APRENDER.

Disponível em: http://educador.brasilescola.com/orientacoes/projetos-escolares-motivacao-para-

aprender.htm; Acesso em 07/11/2015.

OLIVEIRA, Neivaldo Lúcio Rosa. AS CONTRIBUIÇÕES DA INTERNET NO

DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA NO ENSINO

FUNDAMENTAL. Disponível em: http://br.monografias.com/trabalhos2/contribuicoes-

internet/contribuicoes-internet.shtml; Acesso em 07/11/2015.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

82

ESCOLA ESTADUAL JOSÉ MARIA HUGO RODRIGUES32

PEQUENAS CORRUPÇÕES

NA ESCOLA

PEQUENAS CORRUPÇÕES

NA ESCOLA

PEQUENAS CORRUPÇÕES

NA ESCOLA

1º Ano C (E.M.) – Matutino

Professores responsáveis

Heidy Maiyumi R. Kanasiro

Mayara Bragatto do Amaral

1º Ano M - Vespertino

Professores responsáveis

Thais Conceição dos Santos

Veiga

2º Ano K - Noturno

Professores responsáveis

Carolina Becegato Funari

Eliana Aparecida Prado

Verneque Soares

A Escola Estadual José Maria Hugo Rodrigues realizou atividades de sensibilização e

mobilização sobre o tema “Pequenas corrupções – Diga não”. As atividades realizadas na

escola fizeram parte de um projeto ligado ao uso das tecnologias em sala de aula. Começamos

o projeto em junho (2015) e encerramos em novembro de 2015. O projeto possibilitou aos

alunos que participassem de várias práticas sociais que se utilizou da leitura e da escrita

(letramentos) na vida da cidade, de maneira ética, crítica e democrática. (Mendonça, 2009).

A partir do tema, Pequenas Corrupções, produzimos diversas práticas de letramento

para mobilizar o desenvolvimento de competências relacionadas ao uso da escrita, leitura.

Assim, elaboramos situações de aprendizagem integrada ao mapeamento na comunidade

escolar relacionada às pequenas corrupções, como também o desenvolvimento de gêneros

variados (produção de formulário online, entrevista, página em uma rede social e anúncio

publicitário) que permitissem ampliar a formação para a cidadania.

Uma vez que encontramos nas escolas, um ensino, muitas vezes, distanciado da

realidade social do aluno, no qual atividades de reprodução, questões meramente normativas

são legitimadas no ensino da língua materna. A questão é permitir uma aprendizagem mais

procedimental e reflexiva, que leve em consideração à diversidade de práticas sociais e suas

múltiplas funções. Diante disso, o presente trabalho propõe adotar a prática social que

envolva a leitura e a escrita como ponto de partida o ensino da língua portuguesa numa

perspectiva sociológica, antropológica e sociocultural. (Mendonça, 2009)

O tema escolhido para o projeto neste ano foi inspirado na campanha “Pequenas

Corrupções – Diga Não”, lançada nas redes sociais da Controladoria -Geral da União em

2014. As peças da campanha são um estímulo para reflexão sobre práticas comuns no dia-a-

dia dos brasileiros, como falsificar carteirinha de estudante; roubar TV a cabo; comprar

32 Diretora: Marly Pedão Mina. Diretora Adjunta: Aparecida Gonçalves

Costa. Coordenador(es) Pedagógico(s): Patrícia de Almeida Brito.

PROGETEC: Eva Maria Rodrigues Santos. Multiplicador: Rodolfo

Pedroso Rodrigues.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

83

produtos piratas; furar fila; tentar subornar o guarda de trânsito para evitar multas; entre

outras.

Nosso objetivo no projeto era trabalhar a produção textual inserida numa prática

situada abordando toda a multimodalidade da linguagem, escolhemos o tema “Pequenas

corrupções – Diga não” como suporte para todos os trabalhos realizados. Primeiramente

contamos com a Palestra com o pessoal do Observatório Social de Campo Grande (MS) sobre

o tema.

Foto 1- Responsável

pela Palestra nos três

períodos

Foto 2 - A diretora

fazendo abertura da

palestra

Foto 3 - Os alunos da

escola

Foto 4 - Palestrante

Em seguida, realizamos debates em sala de aula sobre o que cada um considera o que

é uma pequena corrupção. Posteriormente diversos artigos, anúncios, charges, tirinhas,

vídeos, memes serão utilizados para explorar o tema. Continuando foi feito o mapeamento

online na comunidade escolar para detectar o que somos e pensamos diante das pequenas

corrupções, desenvolveremos uma página em uma rede social, cujo nome é “Tubaína no

Saquinho, todo mundo toma! Pequenas Corrupções, todo mundo faz?” Onde construirmos

uma logo e abordamos reflexões sobre ações cotidianas consideradas corruptas. Para compor

estes textos recorreremos a alguns gêneros e tipos textuais.

Foto 5 - turma da Prof.ª. Heidy

turma do matutino 1C .Pesquisa

e desenvolvimento.

Foto 6 - Turma da Prof.ª Mayara

do matutino – 1C confecção dos

cartões com imagens de memes.

Foto 7 - Prof.ª Eliana turma 2k

noturno

Foto 8 - Prof.ª Carolina Turma

2k noturno confecção da revista

digital

Foto 9 -Turma do vespertino

Prof Thais

Desse modo, observamos no ambiente escolar a importância do ensino estar ancorado

no desenvolvimento de competências para a vida adulta. No âmbito do projeto, podemos

analisar quem é o sujeito por trás das pequenas corrupções e o que consideramos como

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

84

pequenas corrupções em nossa comunidade escolar. Para finalizar, foram elaborados anúncios

publicitários, com o intuito de intervenção no ambiente escolar, a respeito das práticas que

adotamos que são culturalmente aceitas, ignoradas e minimizadas, mas tratando-se de

corrupções.

REFERÊNCIAS

MACIEL, Ruberval; TAKAKI, Nara. Novos letramentos pelos memes: muito além do ensino

de línguas. In: JESUS, M.; MACIEL, R. (orgs.) Olhares sobre tecnologias digitais: linguagens, ensino,

formação e prática docente. Coleção: Novas perspectivas em linguística aplicada vol.44.

Campinas,SP: Pontes Editores,2015.

KLEIMAN, Angela. Leitura e prática social no desenvolvimento de competências no

ensino médio. In: BUNZEN, C.; MENDONÇA, M.(orgs.) Português no ensino médio e formação do

professor. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.

http://www.cgu.gov.br/noticias/2015/08/pequenas-corrupcoes-e-o-tema-de-concurso-para-

criancas-e-jovens

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

85

ESCOLA ESTADUAL LINO VILLACHÁ33

1º Ano A (E.M.) – Matutino

8º Ano A - Vespertino

Professores responsáveis

Sueli Fátima Pereira da Silva Oliveira

Laura Lopes Ribeiro

Márcia Maria Gomes

Rosangela Salvador Domingues

Professores responsáveis

Sueli Fátima Pereira da Silva Oliveira

Joisia Góes Costa

Rosana de Morais Araujo

Rosangela Salvador Domingues

Dada a necessidade de chamar a atenção dos estudantes para a diversidade existente de

linguagens e pela comunicação tecnológica, bem como o seu uso de forma adequada e

utilitária, valendo-se dos conhecimentos do sistema da língua portuguesa que o presente

projeto: “Engenheiros da Gramática”, propõe-se em melhorar o desempenho do ensino e da

aprendizagem no que se refere à variedade padrão e formal da língua no contexto escolar e

seu entorno, ao buscar os recursos midiáticos de que o ambiente escolar e do aluno dispõem

para assim, numa correlação contribuir para aplicar diante de situações definidas, a linguagem

e suas convenções que a escola deve priorizar. Pois como lembra TRAVAGLIA, 1996:

A linguagem formal é cuidada na variedade culta e padrão. É o caso da

escrita dos bons jornais e escrita. A linguagem coloquial aparece no diálogo

entre duas pessoas. Sem planejamento prévio, caracteriza-se por

construções gramaticais soltas, repetições frequentes, frases curtas,

conectivos simples, etc.

Ao concordarmos com o autor, verificamos a importância da escola em desenvolver no

estudante as habilidades necessárias para que ele reflita e planeje coerentemente sobre a

linguagem (registro) que o mesmo utilizará em situações das mais variadas, como por

exemplo, em uma entrevista em busca do primeiro emprego, produzir o anúncio de um

produto, registrar o nome de uma empresa (letreiro), divulgar preços (cartaz), etc.

Todas essas ações acima mencionadas dependem única e exclusivamente do domínio

adequado da língua em seus níveis de formalismo que somente o indivíduo letrado conseguirá

discernir o seu emprego na modalidade certa. Ao trabalharmos a leitura dos mais diversos

textos, a realização da produção escrita, interpretação e o estudo da gramática, deve-se

apresentá-las aos jovens de forma que o seu ensino seja evidente na realidade dos estudantes,

bem como de sua comunidade pois, dessa forma a aprendizagem se dará significativa e

internalizada. Ao parafrasearmos (Cereja, 2009):

33 Diretora: Carmen Abadia da Silveira Tinoco. Diretor Adjunto: Nelson

Éden Gomes. Coordenador(es) Pedagógico(s): Dilamar Aparecida Lopes

do Rego. Íris Helena Teixeira da Cunha.

PROGETEC: Elba Pereira da Silva. Multiplicadora: Luiza Gonçalves

Dorado.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

86

Jamais o professor deve esquecer que não poderá desconsiderar que existem

outras variedades linguísticas, das quais justificadas por motivos históricos,

sociais, culturais e que devem também serem apresentadas e discutidas com

toda a classe e que cada uma delas cumpre devidamente em seus contextos,

sua função de comunicar.

Assim, com a finalidade de atentar para os conhecimentos já adquiridos e outros que

exigirão do estudante análise, reflexão e tomada de atitude, que o presente projeto buscou

desenvolver atividades voltadas para o cotidiano do qual os jovens do bairro Nova Lima e

adjacências puderam trabalhar as questões: gramáticas (ortografia, acentuação, pontuação,

concordâncias, etc.), as questões linguísticas e semânticas ao enfatizarmos as situações do uso

da linguagem no ambiente produzido(leituras dos anúncios do comércio local e das

proximidades).

Logo, durante as aulas foi possível desconstruir de certa maneira a cultura de que o

aprendizado está apenas no material didático (livro do aluno) e que a sala de aula é e deve ser

utilizada sempre! O que se observou foi que aulas diferenciadas podem e devem ocorrer

também em ambiente extraclasse, mas partindo-se obviamente de planejamento dos objetivos,

ações, metodologias e recursos necessários para que não seja mais uma situação enfadonha,

como alguns alunos pensam.

Procurou-se instigar nos jovens antes do desenvolvimento do projeto, os anseios que

todos tinham com relação ao ensino da língua portuguesa, suas dificuldades e habilidades. Foi

feita uma avaliação diagnóstica da aprendizagem do ano anterior e discutido com a sala as

fragilidades que a disciplina anteriormente apresentadas em avaliações da escola e outras da

secretaria de educação do estado.

Foi explicado aos discentes a proposta do projeto em sala de aula, sua finalidade,

metodologia, cronograma, resultados etc, bem como explicitado as razões pelas quais a turma

foi escolhida para desenvolvê-lo e posteriormente apresentá-lo no formato de livro das

experiências relatadas pelo grupo a toda comunidade escolar, durante a culminância do

mesmo.

Foi proposto primeiramente, que a turma construísse uma logomarca que seria

utilizada para a apresentação do projeto. Os estudantes elaboraram propostas(esboços)

juntamente com a participação da professora de artes que por unanimidade, escolheram aquela

que representaria, não somente o nome e a proposta do projeto, mas também, a identidade do

grupo.

Na sequência, a professora da sala de tecnologias apresentou o facebook da turma,

intitulado conectalino, o qual seria o ambiente principal para a divulgação do trabalho

desenvolvido da turma durante o semestre.

Posteriormente, foi solicitado que os estudantes observassem que se nas proximidades

de sua casa, durante o percurso de ida/vinda para a escola, se os mesmos leram algum

cartaz/letreiro/anúncio que chamasse a atenção para possíveis erros da língua. Desta forma,

eles iriam fotografar e enviar as imagens para a professora de língua portuguesa para num

primeiro momento observar com a sala a situação, ao discutirem e chegarem a uma conclusão,

a imagem deveria ser divulgada no facebook do projeto para os comentários da turma.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

87

Conforme orienta o “Plano Estratégico para o uso Pedagógico das Tecnologias

Educacionais e Recursos Midiáticos das Escolas Estaduais de Campo Grande”, no que tange

ao Projeto Conecta/2015, as aulas de língua foram devidamente agendadas na sala de

tecnologia para que os estudantes acessassem ao ambiente midiático e expusessem seus

comentários acerca das placas, registradas por eles por meio de máquinas fotográficas ou

celulares.

Ainda, no decorrer das aulas foi ministradas orientações de língua portuguesa sobre os

conteúdos de: fonologia (acentos tônicos), ortografia (emprego de letras), acentuação gráfica,

semântica (significação das palavras), concordâncias e tópicos de linguagem: erros grosseiros.

Os docentes de língua portuguesa trabalharam com os estudantes ao longo do ano letivo,

valendo-se das orientações do Referencial Curricular para o Ensino Médio de MS os

conteúdos elencados em cada bimestre durante as aulas e puderam construir cartazes que

orientam a correta construção de palavras e frases do cotidiano. Este material foi

confeccionado em sala de aula e exposto em mural para a comunidade escolar.

No ambiente midiático (facebook) os discentes aplicaram os conhecimentos

gramaticais em seus depoimentos e pontuaram criticamente a composição dos textos expostos

que foram registrados.

Alguns estudantes se prontificaram também, em ressaltarem suas observações sobre o

ensino no Brasil, as necessidades básicas da educação brasileira, ou seja, foram refletindo

além do que foi proposto (análise dos textos das imagens) mas sim, questionaram como pode

ocorrer tais situações? Quais motivos? Como poderíamos ajudar/interferir nesta mudança?

Qual o meu papel diante desta situação? Por que o uso da linguagem na modalidade padrão

influencia diretamente a vida, ou melhor, os negócios de um pequeno empreendedor, como é

o caso dos comerciantes da nossa região dos mais diversos serviços?

Sabemos que as pessoas temem as mudanças, mas o perigo está em não haver a

mudança, ou seja, “o comodismo”, diante dos problemas. Partindo-se deste pressuposto, a

cada encontro o projeto tomou a dimensão que deveria: o de buscar aplicar o conhecimento de

forma compartilhada, com um olhar de orientação e não o de „julgamento‟, de preconceitos e

estereótipos, mas sim, de contribuição para a comunidade escolar.

Desta forma, em síntese podemos melhor explicitar o desenvolvimento das ações:

Orientações do Projeto: objetivos/ metodologia/ recursos/ resultados esperados

Criação de logomarca (concurso interno)

Criação de facebook e orientações para acesso;

Estudo das questões da língua: erros grosseiros (estudo das convenções da escrita)

Registros de possíveis erros/inadequações;

Orientações formais aos comerciantes locais sobre os textos apresentados ao público;

Discussões acerca das imagens fotografadas e análises com correções;

Depoimentos das imagens no facebook pelos discentes;

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

88

Construção de cartazes para a comunidade escolar;

Lançamento do livro (diário de bordo) e a Apresentação do projeto para a comunidade

escolar;

Considerações Finais: Análise dos gráficos do desempenho acadêmicos dos estudantes:

antes e após a conclusão do projeto por todo o grupo discente e pelo quadro docente;

No 1º bimestre do ano de 2015, observou-se que dos alunos que concluíram esse

período, muitos estavam abaixo da média 6,0 (conforme gráfico abaixo). Tivemos muitas

trocas de professores, e apesar disso, podemos observar que os alunos melhoram o

desempenho, ficando a maioria acima da média.

8º Ano A – Ensino Fundamental 1º Ano A – Ensino Médio

Produto Final

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

89

REFERÊNCIAS

http://www.youtube.com/watch?v=8XppRMTgIjQ (Acessado em 13 de abril de 2015).

FRANCHI, Carlos, Linguagem – Atividade Construtiva.

IN: ALMANAQUE Nº. 5. SÃO PAULO: BRASILIENSE, 1987. 11 P.

GERALDI. João Wanderley (ORG). O texto em sala de aula. SÃO PAULO: ÁTICA 2002, 45

P.

http://www.dicio.com.br/natural/

https://www.facebook.com/conectalino/

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

90

ESCOLA ESTADUAL LÚCIA MARTINS COELHO34

RECICLEIDÉIAS

LIXOCLAGEM

LÚRECICLA

1º Ano B (E.M.) – Matutino

Professores responsáveis

Ana Andrea Dalloul

8º Ano B - Vespertino

Professores responsáveis

Lucélia Nemersk, Kátia Pavão

Solange Antunes

EJA M2B – Turma 1 – Noturno

Professores responsáveis

Solange Antunes, André Cesar da

Costa, Laurício Joaquim

A escola, de acordo com a LDB 9394/96, visa, entre outros elementos, preparar o

indivíduo para a sociedade. Exigimos que os cidadãos sejam ativos nesta sociedade,

formadores de opinião, líderes, tomem decisões. Desta forma, a escola deve prepará-lo para

este momento.

A escolha das turmas respeitou a solicitação do Conecta, trabalhando com as turmas

com maior dificuldade de aprendizado. No período matutino a escolha foi do 1º Ano B, uma

sala numerosa com problemas de aprendizado e comportamento, no vespertino 8º Ano B, com

alunos multirepetentes com problema de comportamento e aprendizado e no período a turma

da EJA M2B com problemas de aprendizado.

O tratamento racional do lixo é uma necessidade para reduzir a possibilidade de

catástrofe ambiental, que ameaça os centros urbanos. Diversas cidades não têm mais locais

apropriados para armazenar o lixo, e não encontram terrenos apropriados para a criação de

novos aterros sanitários ou lixões. Há materiais que podem ser reciclados e/ou reaproveitados

evitando desperdícios, de gradação ambiental e transtorno social. Os grupos são:

Grupo A: Reciclagem de metais 1: Evolução histórica da exploração dos metais pela

humanidade. Quais são os processos utilizados atualmente para essa exploração,

consequências ambientais e sociais, produtos obtidos e a viabilidade econômica do

reprocessamento ou reciclagem de materiais feitos de alumínio e de aço;

Grupo B: Reciclagem de metais 2: Quais os problemas envolvidos no descarte de

pilhas e baterias contendo os metais, como deve ser o descarte desses materiais? Existe algum

processo de reciclagem viável? Quais são os produtos obtidos? Quais prejuízos ambientais

esses metais acarretam? Quais prejuízos ao ser humano e demais seres vivos?

Grupo C: Reciclagem de plástico: Quais são as principais categorias de plásticos

presentes nas embalagens? Como deve ser sua separação? Maneiras de reaproveitar esses

materiais? Existem processos de reciclagem viável? Quais produtos obtidos? Quais as

34 Diretora: Adão Alves Monteiro. Diretora Adjunta: Déborah Dal Moro.

Coordenador(es) Pedagógico(s): Lílian Paré. PROGETEC: Vanessa Leal

Paes. Multiplicador: Rodolfo Pedroso Rodrigues.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

91

consequências ambientais do uso excessivo e descarte inadequado? Quais atitudes individuais

se devem ter? Qual a viabilidade econômica do reprocessamento ou reciclagem de materiais?

Grupo D: Reciclagem de vidro; O que é vidro? Qual sua composição química?

Existem métodos de reciclagens economicamente viáveis? Quais as vantagens e desvantagens

das embalagens de vidro em relação ao plástico e ao alumínio? Quais as consequências

sociais do seu reaproveitamento?

Grupo E: Reciclagem de papel: A indústria de papel polui muito? Por quê? Quais os

principais poluentes e consequências ambientais desde a produção de matéria prima para a

indústria de papel? Como são os processos de reciclagem de papel? Qual a viabilidade

econômica do reprocessamento ou reciclagem de materiais

O trabalho de pesquisa foi feito na STE e sala de vídeo, utilizando os recursos

midiáticos, as turmas fizeram coleta de lixo, pesquisa de separação do mesmo e buscaram um

fim adequado ao material coletado. O resultado foi dentro do esperado, melhora no

comportamento e nota das turmas escolhidas, a experiência de aprendizado com este trabalho

foi uma oportunidade para se tornar consciente da utilização das tecnologias disponíveis na

escola, como ferramenta didática na educação, e uma oportunidade de trabalhar no sentido de

se aperfeiçoar mais, abrindo assim espaço para novas formas de interação. Foi um grande

diferencial no processo de informação e, se usado de forma coerente, aproveitou todo o seu

potencial educativo.

Foto 1- 1º Ano B,

pesquisa na STE

Foto 2 -Material

Reciclado

Foto 3 -8º Ano B –

Vespertino

Pesquisa na STE

Foto 4 -Trabalho

no Laboratório de

Química

Foto 5 -Trabalho

final, sabão

reciclado.

REFERÊNCIAS

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ACSELRAD, HENRI. Sustentabilidade e desenvolvimento: modelos, processos e relações. Cadernos

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ALMEIDA, A. W. B. DE, 1994. CARAJÁS: A GUERRA DOS MAPAS. BELÉM, PA. ED.

FALANGOLA.

MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos e BEHRENS, Marilda. Novas Tecnologias e Mediação

Pedagógica. 7ª ed., Campinas: Papirus, 2003.

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini.; MORAN, José Manuel (Org.). Integração das Tecnologias

na Educação: salto para o Futuro. Brasília: Posigraf, 2005. 204p

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

92

ESCOLA ESTADUAL LUISA VIDAL BORGES DANIEL35

REFLETINDO OS DESCRITORES PARA

SUPERAR OS ÍNDICES DE RESULTADOS

5º Ano A/B - Vespertino

DESCRITORES, UMA POSSÍVEL LENTE PARA

O SABER

9º Ano - Vespertino

Professores responsáveis

Walquiria Gonzales Sanches, Cyntia Souza Rodrigues,

Jaqueline Dario Toledo de Moraes, Jodemar Alexandro

Teritan, Tatyane Leite Galvão, Fred Brandão Reis

Simone Costa de Paula

Professores responsáveis

Alexandre Jorge, Tiago José de Oliveira.,

Tatyane Leite Galvão, Fred Brandão dos Reis, Simone

Costa de Paula

O trabalho desenvolvido levou em consideração os resultados das avaliações

Nacionais de Desempenho (Prova Brasil/IDEB), assim, consideramos indispensável conhecer

a concepção dos instrumentos pedagógicos: descritores avaliativos, competências e

habilidades a serem trabalhadas no decorrer do processo de ensino e aprendizagem.

O projeto foi construído com a finalidade de orientar a prática docente com

metodologias inovadoras, tendo como foco o processo de aprendizagem, com ações

colaborativas e a construção da autonomia do aluno por meio de uma proposta pedagógica

coerente com o contexto sociocultural em que está inserida.

Apresentada a proposta aos alunos sobre um trabalho diferenciado, tendo como

ferramenta a tecnologia, após discussão solicitou-se aos estudantes dos 5º anos que

expressassem no papel através de desenho a ideia principal desta proposta, deixando claro que

neste momento estávamos a procura de um slogan, logotipo e outras ideias afins para que o

projeto fosse iniciado. Na STE (sala de tecnologia) com as ferramentas do Paint os alunos

transportaram as ideias do papel para o registro no computador, em seguida, as produções

foram selecionadas por uma equipe formada por professores, alunos e funcionários da escola,

e esse trabalho representou toda a turma durante a execução do projeto.

Foto 1 - Apresentação na mostra

do CONECTA

Foto 2 - trilha que representou a

turma

Foto 3 - Aulão com os

professores

35 Diretora: Rosy Mary Garcia Lopes. Coordenador (es) Pedagógico (s):

Júlia Mara da Silva Martinez e Valéria Aparecida Mendonça de Oliveira

Calderoni. PROGETEC: Jeferson de Oliveira Cardoso. Multiplicador:

Nésio Alamini.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

93

Os professores trabalharam durante quase todo o ano em sala e na STE a organização

dos descritores preparando os alunos para a PROVA BRASIL, mas concomitante, os mesmos

descritores foram utilizados para a produção do produto final do projeto que foi a construção

de um jogo de trilha, e esse, construído a partir da interação entre professores e alunos com a

utilização de pesquisas on-line de jogos com essas características e escolha dos descritores

tanto de Português como de Matemática que fariam parte do jogo.

A execução do projeto possibilitou a preparação dos alunos dos 5° anos para a PROVA

BRASIL de forma lúdica, ajudando na aquisição e fixação de conteúdos que são exigidos para

a proficiência não só para a prova, mas também para a série estuda. O que se percebeu durante

o processo foi o envolvimento gradual e natural dos alunos diante da pedagogia proposta para

a realização do projeto.

DESCRITORES, UMA POSSÍVEL LENTE PARA O SABER

A Escola Estadual Luisa Vidal Borges Daniel, vem melhorando os padrões de

aprendizagem esperados pela comunidade escolar, como aponta o diagnóstico da avaliação

em larga escala em âmbito nacional/IBED - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica.

Entre as propostas discutidas com prioridades a serem selecionadas para 2015, surgiu a

necessidade de adequação e retomada cotidiana dos descritores e distratores que permeassem

esta avaliação, objetivando a aprendizagem dos alunos.

Diante do quadro educacional da escola, entendeu-se a necessidade de intervenção

cotidiana, construindo políticas específicas e práticas pedagógicas para atender às demandas

delineadas para a avaliação, bem como diagnosticar os principais fatores que influenciaram no

desempenho dos alunos.

O Projeto CONECTA contribuiu na buscar de melhorias no desenvolvimento

educacional de nossos alunos. Alinhando a linguagem e as ferramentas do conhecimento

tecnológico com os saberes do currículo escolar e a matriz de proficiência proposta pela

avaliação externa.

O método de aprendizagem: optamos por fazer a retomada cotidiana dos “descritores e

distratores” que permeiam a avaliação externa, como também, diagnosticar os principais

fatores que influenciam no desempenho dos alunos, objetivando melhorar esta aprendizagem.

Na prática de Sala de Aula, os alunos levaram todas as sextas-feiras uma Atividade

Complementar para casa como tarefa, com exercícios fundamentados nos descritores

propiciando a cada semana, a reflexão sobre atividades vinculadas a este saber. Nas segundas-

feiras foram feitas as correções e discussões dos principais problemas encontrados por eles na

resolução dos exercícios. Na STE, as aulas tiveram a seguinte dinâmica: encontrados os

problemas gerais e específicos da turma ou de grupo de alunos, até mesmo o de indivíduos,

foram incentivados e orientados a buscarem a aquisição desse conhecimento via pesquisa na

internet. Navegaram em sítios orientados pelo professor; sítios, estes, voltados para os

descritores. O registro individual do aluno foi realizado em programas de edição de texto e

slide.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

94

A culminância desse projeto se deu em uma aula super dinâmica que teve a seguinte

proposta: o estilo foi o de disputa entre grupos; a turma foi dividida em grupos de quatro

integrantes; para responder às questões apresentadas; podiam conversar entre si e apresentar a

alternativa; foram fornecidas placas com as opções de resposta A/B/C/D; o tempo era um

fator de pressão.

Durante a aula houve várias participações de outros professores, música ao vivo,

curiosidades que diversificaram a aula e tornou esse momento muito especial, fechando

assim, um ciclo de dedicação entre docentes e discentes com o objetivo de manter as

conquistas da escola que é o índice em torno de 6,0 no IDEB nacional.

REFERÊNCIAS

http://rachacuca.com.br/quiz/18402/lingua-portuguesa-gramatica

http://profwarles.blogspot.com.br/2013/01/blog-post_15.html

http://www.ensinocerto.com.br

http://www.mec.gov.br

http://www.gilmaths.com.br

http://www.atividadeseducativas.com.br

http://www.soportugues.com.br

ALMEIDA, Fernando José de. Educação e Informática. Os computadores na escola. São Paulo: Cortez,

1988.

VIANNA, Heraldo M. Avaliação: considerações teóricas e posicionamentos. Estudos em Avaliação

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VIGOTSKY, Lev Semenovitch. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos

psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 2008

SOUZA, Francisco das C. O modelo educacional e seu impacto sobre a dimensão pedagógica da

Ciência da Informação. Em Questão, Porto Alegre, v. 10, n. 1, p.123 - 42, jan./jun., 2004.

SERRA, Daniela T. S. Afetividade, Aprendizagem e Educação Online. 2005. 106f. Dissertação

(Mestrado em Educação). Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte. SILVA, Alan J.;

CORTES, Omar A. Jogos Educacionais: Uma Abordagem no processo ensino-aprendizagem da Matemática. In:

CONGRESSO DE PESQUISA E INOVAÇÃO DA REDE NORTE NORDESTE DE EDUCAÇÃO

TECNOLÓGICA, III. Anais... Fortaleza-CE-2008.

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Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, Porto Alegre, v. 1, n. 1, p.18-30, 2001.

SANTOS, Flávia M.T. As Emoções nas interações e a Aprendizagem significativa. Ensaio. Pesquisa em

Educação em Ciências, Porto Alegre, v. 9, p. 1, 2007.

MELLO, Adriana. Competitivo, eu? Confira os prós e os contra da competitividade. 2008. Disponível

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MOREIRA, Herivelto, CALEFFE, Luiz Gonzaga. Metodologia da pesquisa para o professor

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AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

95

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HUIZINGA, Johan. Homo ludens: o jogo como elementos da cultura. 5. ed. São Paulo: Perspectiva,

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CANDEIAS, J. M. G. ; HIROKI, K. A. N. ; CAMPOS, L. M. L. . A utilização do jogo didático no

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BORGES, R. M. R. ; SCHWARZ, Vera . O papel dos jogos educativos no processo de qualificação de

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DE PROFESSORES QUE FAZEM INVESTIGAÇÃO NA SUA ESCOLA, IV. Anais... 2005. Lajeado (RS),

UNIVATES, 2005.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

96

ESCOLA ESTADUAL MAESTRO FREDERICO LIEBERMANN36

TV – MAESTRO

DOCUMENTÁRIO

3º Ano A e B (matutino)

Professores responsáveis: Gislaine Marin dos Santos

Mattos, Rita Regina Cardoso Diniz, João Carlos Leal

Cunha, Odair Marques Pereira, Mirian de Souza

Gualberto, Teresa Cristina Graça, Terezinha Massuda

da Cruz Oshiro, Reginaldo de Oliveira Borges

3º Ano C (Noturno)

Professores responsáveis: Rita Regina Cardoso Diniz,

Durval Rabelo Guimarães Filho, Hemyrtz Mayckhy de

Oliveira, Marcos Umbelino Cintra, Marta Gomes

Sandim, Odair Marques Pereira, Reginaldo de Oliveira

Borges, Mário Texeira Delmondes

Inicialmente as Tecnologias de Informação e Comunicação - TICs começaram a

adentrar no ensino e na aprendizagem sem uma real integração às atividades de sala de aula,

mas como atividades adicionais.

A partir de projetos desenvolvidos sob a orientação da coordenação e do professor

gerenciador de tecnologia facilitaram o uso da sala de tecnologia e o acesso à Internet, que

contribui para expandir o acesso à informação atualizada e, principalmente, para promover a

criação de comunidades colaborativas que privilegiam a comunicação, permitem estabelecer

novas relações com o saber que ultrapassam os limites dos materiais instrucionais tradicionais

e rompem com os muros da escola, articulando-os com outros espaços produtores do

conhecimento, o que poderá resultar em mudanças substanciais em seu interior.

Criam-se possibilidades de redimensionar o espaço escolar, tornando-se aberto e

flexível, propiciando a gestão participativa, o ensino e a aprendizagem em um processo

colaborativo, no qual professores e estudantes trocam informações e experiências entre eles e

entre as outras pessoas que atuam no interior da escola, bem como outros agentes externos.

O uso adequado das novas tecnologias pode estimular a participação, valorizar a

iniciativa, os avanços coletivos e individuais e contribuir para uma aprendizagem significativa

a partir do estudo do meio ambiente no contexto escolar.

Nesta perspectiva as turmas que desenvolveram o projeto foram os terceiros anos nos

períodos matutino e noturno, pois as mesmas serão avaliadas pelo ENEM e ingressar na

faculdade, além das notas baixa e desamino para estudar, o conecta foi uma forma de

melhorar seu desempenho escolar.

36 Diretora: Giovane Caetano Lima. Coordenador(es) Pedagógico(s):

Madalena Aparecida Gabriel. PROGETEC: Genghis Carlos Bernal Netto.

Multiplicadora: Rosângela Ribeiro do Prado Baird.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

97

A escola tem diversos materiais como lousa digital, computadores com acesso a

internet, Datashow, equipamento de som e áudio, sala de tecnologia, projetor integrada, entre

outros. São muitos os casos de sucesso na utilização da tecnologia na sala de aula como aliada

no processo de ensino aprendizagem, provando assim que o uso das TIC‟s pode e deve ser

uma prática constante na metodologia e didática do docente, a inclusão da informática como

recurso pedagógico é mais do que querer, é fundamental para desenvolver todas as

possibilidades do saber. Haetinger (2005).

A iniciativa de realizar um projeto de ensino com alunos do terceiro ano do ensino

médio tem como objetivo promover a aprendizagem interdisciplinar contextualizada,

envolvendo a realidade social do educando no meio ambiente no qual está inserido.

O projeto teve seu início no primeiro bimestre, quando a coordenação pedagógica

juntamente com os professores definiu quais projetos seriam aplicados durante o ano, e o

professor gerenciador de tecnologia ficou responsável pelo suporte para o uso das TIC‟s. Após

a reunião, a turma escolhida começou a ser preparada para a elaboração, edição e formatação

dos projetos, como na sequência:

01 - Edição de Vídeo: Aprendendo

Estudantes que se identificaram com edição de vídeo, se apresentaram para o

PROGETEC, iniciamos o estudo sobre os programas Windows Movie Maker e Sony Vegas

Pro 13, sua interface e ferramentas.

A escola possui gravador de áudio profissional, assim conseguimos gravar imagens

com sons de ótima qualidade, os estudantes realizavam essas gravações e depois formatava no

notebook da escola os arquivos.

02 – Eventos na Escola

Todos estudantes que participaram do curso de edição de vídeo, foram separados para

a gravação e edição, assim, cada projeto que a escola apresentava ou participava, essa equipe

estava preparada para fazer toda parte cinematográfica. Os projetos que durante o ano foram

apresentados pela escola como a educação ambiental (Passeio no CRAS, Horta, Palestras),

centrada no estudo dos problemas em seu contexto social que permitiram aos estudantes

analisarem os problemas, as situações e os acontecimentos em um contexto e em sua

globalidade, procurando estabelecer conexões entre os vários pontos de vista.

O trabalho realizado pelo professor de física, sobre o uso consciente da energia

elétrica, demonstra que a implementação de metodologia inovadora dirigida para objetivos

como os mencionados pode ser realizada com possibilidades de sucesso quando se utiliza

projeto de ensino para conceber e organizar as ações e atividades a serem desenvolvidas pelos

alunos.

Além das aulas experimentais de Química e Biologia, nesta perspectiva os estudantes

observaram que os trabalhos em grupo, com atividades de pesquisa desenvolvidas pelos

próprios estudantes, tiveram mais envolvimento dos mesmos na escolha das atividades a

serem desenvolvidas, promoveram a socialização no desenvolvimento.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

98

Para Demo (2006), a escola precisa se situar nas habilidades do século XXI, que,

mesmo ainda não estando presentes no contexto de algumas escolas podem aparecer em casa,

no computador, na internet, na “lan house”. O autor sugere uma grande mudança, a qual deve

começar com o professor. “Não há como substituir o professor. Ele é a tecnologia das

tecnologias e deve se portar como tal”.

O projeto Conecta TV Maestro – Documentário pretende auxiliar na formação de

profissionais que queiram quebrar paradigmas transformando os alunos em seres reflexivos,

conectados, compartilhados com o processo de ensino-aprendizagem através do

desenvolvimento de atividades diferenciadas das aulas regulares e jogos educacionais lúdicos,

interativos e desafiadores.

Neste projeto buscou-se verificar se o recurso tecnológico oferecido como software de

edição de vídeo, de forma efetiva, os professores a mudar a didática em relação ao preparo de

suas aulas e recursos de apoio à aprendizagem com as tecnologias das informações.

Como diz Moran 2000, os avanços das novas tecnologias vêm afetando vários

aspectos da vida cotidiana e escolar. Nesse sentido, a escola, como parte importante da

sociedade e do mundo, não poderia ignorar esse processo.

A educação e a tecnologia formam uma importante parceria. É através dessas

inovações que acontece a inclusão no mundo digital, porém é necessária a conscientização da

aliança que deve ser feita entre a educação e o ensino tecnológico, as possibilidades de uso do

computador como ferramenta educacional estão crescendo e os limites dessa expansão são

desconhecidos.

O projeto Conecta 2015 foi enriquecedor e permitiu compreender a interferência

positiva do software na didática dos professores em relação às suas aulas e deixou claro,

também, que a democratização do acesso aos produtos tecnológicos é um grande desafio e

para que todos tenham informações e utilizem-se das novas tecnologias, é preciso um grande

esforço político. Assim os estudantes melhoraram seu desempenho escolar, sendo mais

participativo, pois participou ativamente do processo, motivando e dando sentindo no que está

estudando. Enriquecedor foi observar que 95% dos estudantes fizeram o Exame Nacional do

Ensino Médio, e até o fechamento deste projeto, as notas aumentaram significativamente.

O trabalho final foi o vídeo sobre o documentário dos eventos que aconteceram

durante o ano letivo de 2015 no ponto de vista dos estudantes.

Foto 1 - Aprendendo a

Editar Vídeo

Foto 2 - Apresentação

Trabalho de Física

Foto 3 - Gravação da

Palestra

Foto 4- Edição Vídeo

com Programa Sony

Veja Pro13

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

99

REFERÊNCIAS

BARRETO, Aldo de Albuquerque. Os Agregados de Informação – Memórias,

esquecimento e estoques de informação. DataGramaZero – Revista de Ciência da Informação

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DEMO, Pedro. Formação Permanente e Tecnologias Educacionais. Petrópolis: RJ:

Editora Vozes, 2006.

ESCOLA, Nova. Computadores na pré-escola. Disponível em:

<http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/computadores-pre-escola-

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HAETINGER, Max G. O Universo Criativo da Criança na educação: coleção Criar.

Vol. 03. Rio Grande do Sul, 2005.

MORAES, Maria Cândida. Novas Tendências para o Uso das Tecnologias da

Informação na Educação. Brasília, 1998.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

100

ESCOLA ESTADUAL MAESTRO HEITOR VILLA LOBOS37

FAUNA E FLORA DE CAMPO

GRANDE

PEQUENO ECONOMISTA

MACHADO DE ASSIS EM

QUADRINHOS

2º Ano A (E.M.) Matutino

Professores responsáveis

Cristina da Silva

Márcia Rozeli Antunes

7º Ano C (E.F.)Vespertino

Professores responsáveis

Ivete Xavier Gomes da Silva

Cláudia Macedo Nazaro

2º Ano D (E.M) - Noturno

Professores responsáveis

Lindinalva da Silva Leal Madalena

Aparecida Paschoalino da Silva

O projeto foi desenvolvido no período matutino com os alunos do 2º ano, turma A,

com o tema “Fauna e Flora de Campo Grande – MS”, pois a Educação Ambiental torna-se

imprescindível para a conscientização de que cada indivíduo é responsável pela construção de

um mundo justo e equilibrado ecologicamente, requerendo responsabilidade individual e

coletiva, onde será possível criar e aplicar maneiras sustentáveis de interação sociedade-

natureza. A fauna e a flora, assim como os demais recursos ambientais, exercem uma função

no ecossistema, e são indispensáveis para o seu equilíbrio. É dizer que cada um dos elementos

do ecossistema tem uma missão a cumprir para mantê-lo estruturado e em harmonia.

Após uma conversa com a direção, coordenação e professores, optamos pelos alunos

do 2º A, pois no ano anterior foi uma sala problemática, com notas baixas a e indisciplina

elevada, fatores fundamentais para tornar-se uma turma prioritária.

Foto 1- Aprendendo a construir

gráficos de comparação de gastos

Foto 2- Início do Projeto, coleta

de dados

Foto 3 - Produção da História em

quadrinho

No turno vespertino, a turma escolhida como prioritário foi o 7º ano, turma C, pois é

uma sala que apresenta muita dificuldade de aprendizagem e indisciplina. O tema escolhido

foi “Pequeno Economista”. Observamos a importância do tema, e da necessidade de se

introduzir esse conteúdo ao currículo escolar, justifica-se o desenvolvimento do mesmo, tendo

ainda a finalidade de executar ações de Educação no Ambiental nas Escolas. Assim, torna-se

importante conscientizar os estudantes a respeito da Economia de Água e Energia. A escola

37 Diretor: Charles Kulhawa Filho. Diretora Adjunta: Suzana Soares de

Lima e Silva. Coordenadores Pedagógicos: Eva Miranda Insfran, Patrícia

Machado da Costa Morais e Marilene de Freitas Silveira. PROGETEC:

Elaine da Silva Arce. Multiplicadora: Angela Suely da Silva.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

101

tem papel fundamental na ação educativa para o Meio Ambiente e é o espaço determinante de

formação de cidadãos conscientes e críticos.

O período noturno, o projeto foi realizado com os alunos do 3º ano, turma D, sendo

turma prioritária por serem alunos que iriam fazer a prova do ENEM. O ponto de partida que

orienta a construção deste projeto baseou-se no desenvolvimento de atividades de Língua

Portuguesa para que promovam tanto a aprendizagem significativa sobre as obras do autor

Machado de Assis.

Para Moran (1998), cada docente pode encontrar sua forma mais adequada de integrar

as várias tecnologias no procedimento metodológico. A mídia não vem com uma receita

pronta, é de suma importância que cada professor descubra o que mais lhe agrada, que

melhore o seu método de ensinar e o que facilita a aprendizagem dos seus acadêmicos. Foi

baseado no pensamento de Moran que reunimos para planejar o desenvolvimento do projeto,

que foi decidido da seguinte forma.

Os alunos do 2º ano A foram organizados em grupos e cada grupo teve um tipo de

pesquisa com o foco nas plantas e animais frequentes na região de Campo Grande – MS.

Coletaram informações e imagens sobre o conteúdo a ser pesquisado (fotos e pesquisa

bibliográfica). Os grupos descreveram os seres vivos fotografados, de modo geral. As

informações devem ser padronizadas de modo que se possa manter o caráter científico da

pesquisa. Após diversas aulas na sala de tecnologia da escola e todas as informações

necessárias colhidas, os alunos produziram um vídeo com os materiais e exposição das fotos.

O Projeto Pequeno Economista iniciou com apresentação aos alunos e aos pais,

diversos debates em sala de aula, procurando integrar o assunto em diversas situações de

pesquisa e atividades que envolvam criatividade e participação efetiva dos alunos, educadores

e comunidade escolar. Levantaram-se dados das contas de água e energia, os alunos

aprenderam a produzir tabelas e gráficos de comparação de gastos, foi produzido um folheto

informativo, com as principais dicas de como economizar água e luz. Foi utilizado como

recurso tecnológico a sala de tecnologia, data show e a máquina fotográfica.

Após realizar a pesquisa e leitura dos principais contos de Machado de Assis, cada

dupla escolheu o seu conto e iniciaram a produção da história em quadrinhos, onde os alunos

teriam que mandar a originalidade e criar a ilustração. O projeto foi todo desenvolvido na sala

de tecnologia.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os alunos do período matutino produziam um vídeo contendo informações e imagens

sobre o conteúdo a ser pesquisado (fotos e pesquisa bibliográfica), descrição os seres vivos

fotografados, de modo geral. Realizaram na culminância do projeto exposição das fotografias.

Foi observado pela professora que os alunos apresentaram uma grande melhora ao termino do

projeto, tanto na disciplina quanto na concentração durante as aulas, os alunos se mostraram

mais interessados pelo conteúdo aplicado.

O produto final do projeto do vespertino foi à produção de folhetos explicativos com

dicas de economia de água e luz e também o gráfico de comparação da economia feita pela

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

102

turma. Relatamos que a turma apresentou uma grande melhora durante o desenvolvimento do

projeto, maiores interesses na produção de gráficos e tabelas de comparação de dados tiveram

depoimentos de algumas mães que relatou como mudou o comportamento de seus filhos

dentro de casa.

O projeto conecta escola do noturno teve como produto final um livro online e

impresso dos contos de Machado de Assis em forma de história em quadrinhos, a professora

relatou que percebeu uma grande melhora na leitura, escrita mais principalmente na

interpretação de textos.

Foto 4 - Exposição das

fotografias

Foto 5 - Montagem do

Folheto

Foto 6 - Correção e Formatação dos

contos

REFERÊNCIAS

MORAN, José Manuel. Ensino e Aprendizagem inovadores com a tecnologia. SP: Paulinas,

1998.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

103

ESCOLA ESTADUAL MANOEL BONIFÁCIO NUNES DA

CUNHA38

SAÚDE E MEIO AMBIENTE

DIVERSIDADE CULTURAL BRASILEIRA

2º Ano A (E.M.) – Matutino

Professores responsáveis: Elizete Nascimento,

Lidiane Cruz, Washington Ramos, Robson Ramalho

Marcelo Santo Oliveira, Moises Francisco de Paula

8ºe 9º Ano A - Vespertino

Professores responsáveis: Emilio da Costa Feliz,

Nicelene Alves, Marilene Muñoz, Márcia Andréa

Pedro Paulo Benevides, Jaquelini Romão

Rosilda Garcia

Inicialmente a escolha das turmas levou certo tempo para acontecer, porém, algumas

atitudes dos alunos contribuíram para a escolha do tema a ser trabalhado com a classe, o 2º

Ano A foi selecionado para desenvolver o tema Saúde e Meio Ambiente, pelo fato de

demonstrarem descaso com assuntos referentes à saúde e a natureza, além disso, foram

observadas atitudes grotescas de desperdício de água por parte desses alunos.

As turmas do 8º e 9º Ano A foram selecionadas para o desenvolvimento do 2º tema:

Diversidade Cultural Brasileira pelo fato de apresentarem atitudes de desrespeito um com o

outro, e também havia alunos que criavam rótulos referindo-se à alunos da sala de aula e de

outras turmas do âmbito escolar.

Pensando em aspectos de promoção da saúde e preservação do meio ambiente foi

proposto aos alunos do 2º Ano A fazerem uma pesquisa na sala de tecnologia sobre o

desmatamento, falta de água no planeta e a relação que a saúde tem com o ambiente. Após o

término das pesquisas, os educandos prepararam uma apresentação no Power Point e

apresentaram para as outras turmas da escola com a utilização do Data Show.

De acordo com os PCNS (1997):

A demanda global dos recursos naturais deriva de uma formação econômica

cuja base é a produção e o consumo em larga escala. A lógica, associada a

essa formação, que rege o processo de exploração da natureza hoje, é

responsável por boa parte da destruição dos recursos naturais e é criadora

de necessidades que exigem, para a sua própria manutenção, um

crescimento sem fim das demandas quantitativas e qualitativas desses

recursos.

Percebe-se que a saúde e o meio ambiente tem uma relação de grande valia, na qual

uma influência a outra, e para que se tenha uma boa qualidade de vida esses requisitos devem

38 Diretora: Leonor Viveiros (Leninha). Coordenador (es) Pedagógico(s):

Dermival PROGETEC: Rafael Bruno Peres. Multiplicador: Roberto

Wagner Andrade da Silva.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

104

estar em equilíbrio, no entanto, a escassez de água, o desmatamento desenfreado e práticas

não sustentáveis estão destruindo cada vez mais as fontes naturais do planeta.

Dessa maneira, foi planejada pelos alunos a criação de uma horta educacional para

contribuir com uma alimentação saudável na unidade escolar, e foram plantadas várias

hortaliças, plantas aromáticas e até algumas utilizadas como medicamentos, um projeto que

despertou a colaboração dos alunos enriquecendo seus conhecimentos, aprimorando

experiências e o valor nutritivo das refeições.

Segundo Araújo (2011) é importante o consumo das hortaliças produzidas na escola na

qual envolveram os alunos, além de proporcionar nos educandos um sentimento de satisfação

em poder se alimentar das hortaliças que ajudou a cultivar, o aluno aprende o valor dos

alimentos assim como seus benefícios para a saúde e para a qualidade de vida.

Contudo, foi realizada uma culminância do projeto “Saúde e Meio Ambiente” na qual

os alunos executaram uma exposição de telas de diferentes paisagens, mostruário de

hortaliças cultivadas na escola, cartazes com dicas de saúde e apresentação dos trabalhos no

Power Point utilizando o notebook, cabo HDMI e TV para a comunidade.

Nas turmas do 8ºe 9º Ano A os alunos foram divididos em grupos e cada grupo ficou

responsável por um tema referente à diversidade cultural brasileira, os grupos fizeram várias

pesquisas na sala de tecnologia para conhecer as diferentes culturas existentes no Brasil e

como os outros países também influenciam em vários aspectos da nossa cultura.

A inserção dos processos de mídia no sistema educacional vem de longo

tempo, ganhando espaço com o avanço tecnológico e a percepção do

professorado a respeito das necessidades de uma nova estruturação no

sistema educativo. (OLIVEIRA, 2012).

A diversidade cultural é a riqueza da humanidade. Para cumprir sua tarefa

humanista, a escola precisa mostrar aos alunos que existem outras culturas

além da sua. Por isso, a escola tem que ser local, como ponto de partida,

mas tem que ser internacional e intercultural, como ponto de chegada. (...)

Escola autônoma significa escola curiosa, ousada, buscando dialogar com

todas as culturas e concepções de mundo. Pluralismo não significa

ecletismo, um conjunto amorfo de retalhos culturais. Significa sobretudo

diálogo com todas as culturas, a partir de uma cultura que se abre às

demais. (GADOTTI apud FERNANDES, 2005, p. 386.

Os alunos após várias pesquisas na sala de tecnologia começaram a realizar a parte

prática do trabalho, na qual utilizaram as informações que foram encontradas na internet para

iniciarem a criação de maquetes, ensaios de danças, preparação de comidas típicas para

apresentarem para a comunidade escolar e para os responsáveis.

Foto 3-Pesquisa na STE

Foto 14-Produção de

Slides

Foto 15- Horta

Educacional

Foto 16- Grupo Cultura

Paraguaia

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

105

Portanto, foi montado um banner de cada um dos projetos que foram executados na

escola, contendo imagens dos trabalhos produzidos, como: maquetes, pinturas em tela,

apresentações utilizando os recursos midiáticos disponíveis no âmbito escolar.

Foto 17- Banner: Saúde e Meio

Ambiente

Foto 7- Banner: Diversidade

Cultural

Foto 18- Maquete Fazenda

de Engenho

SAÚDE E MEIO AMBIENTE/ DIVERSIDADE CULTURAL BRASILEIRA

QUESTIONÁRIO ANTES

N° DE ALUNOS

DEPOIS

N° DE ALUNOS AÇÕES

Sim Não Sim Não Palestra

Turbidímetro

Horta

Pesquisa na STE

Power point

Grupo de estudo

Você desperdiça água? 38 32 18 52

Possui alimentação saudável? 28 42 38 32

Respeita o meio ambiente? 36 34 53 17

Você respeita os colegas de

sala? 24 46 41 29 Grupo de estudo e pesquisa

Maquete e apresentação de

dança

Grupo de estudo e pesquisa

Campanha: Eu Respeito o

Professor

Você respeita o professor? 42 28 54 16

Participa das atividades em

sala? 37 33 55 15

Respeita individualidade dos

colegas? 27 43 41 29

Foi de grande valia a realização do Projeto Conecta que proporcionou a equipe

pedagógica e também aos alunos uma metodologia de ensino mais dinâmico e interdisciplinar

envolvendo as tecnologias e os recursos existentes na escola.

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Michell P.; DRAGO, Rogério. Projeto Horta: A Mediação Escolar Promovendo

Hábitos Alimentares Saudáveis. Revista FACEVV | ISSN 1984-9133 | Vila Velha | Número 6 Jan./Jun.

2011.

FERNANDES, José Ricardo. Ensino de História e Diversidade Cultural: Desafios e

Possibilidades. Cad. Cedes, Campinas, Vol. 25, n. 67, p. 378-388, set./dez. 2005.

SOUZA, Gilson Luiz Rodrigues; OLIVEIRA, Tiago Mendes. Os Recursos Midiáticos como

Instrumentos Facilitadores da Aprendizagem. Revista Brasileira de Educação e Cultura- Número

VI, jul. –dez. 2012, trabalho 06, p. 75-80.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

106

ESCOLA ESTADUAL MARIA CONSTANÇA BARROS

MACHADO39

A CRISE HÍDRICA E

ECOÉTICA

BLOG E GOOGLE DRIVE:

FERRAMENTAS DIDÁTICAS

NO ENSINO DA GEOGRAFIA

PROJETO LINGUAGENS

2º Ano C (E.M.) – Matutino

Professores responsáveis

Laise Cristina Souza Magalhães

9º Ano A/B (E.F.) - Vespertino

Professores responsáveis

Claudia Rodrigues Gonçalves

1º Ano G (E.M.) - Noturno

Professores responsáveis

Mônica Cardoso Sa

Thiago Simioli

A E.E. Maria Constança Barros Machado neste ano letivo buscou incentivar iniciativas

que utilizassem o aluno como produtor de conhecimento e a tecnologia. Com o objetivo de

apresentar aos alunos aulas mais atraentes, pensou-se no uso das TIC´s de maneira dinâmica e

participativa, levando o aluno a criar diversas ferramentas diferentes, com potencial para

reinventar o trabalho pedagógico. O 2º ano C do turno matutino abordou um tema que foi

muito debatido no final do ano passado, a crise hídrica e ecoética. Blog e Google Drive:

Ferramentas Didáticas no Ensino da Geografia, dos 9ºs anos A e B do turno vespertino

apresenta seu projeto baseado nas ferramentas mais atuais para educação tecnológica

disponíveis para a escola.

No noturno foi observado o desinteresse e a evasão escolar, por isso um projeto que

elevasse a alto estima e a participação dos alunos do 1º ano G. Estas possibilidades, além da

facilidade de utilização, organização de conteúdos e comentários, ampliam as possibilidades

de complementar as aulas de forma inovadora e atraente, permitindo estabelecer a interação

entre alunos/professores e diferentes tecnologias.

Foto 1- alunos do 2ºC

realizando pesquisas na

STE

Foto 2 - Crise hídrica -

culminância

Foto 3 - 9ºs - atividade

disparadora

Foto 4 - Conecta Geo -

Avaliação Online

Com o objetivo de promover o debate e o censo crítico do aluno, possibilitando o

mesmo a se tornar um pesquisador e construtor de seus materiais, a professora Laise Cristina

39 Diretor: Anderson Soares Muniz. Diretora Adjunta: Geruza Aparecida

Ferreira Saraiva Barbosa. Coordenador(es) Pedagógico(s): Marilene Leal

Cunha. PROGETEC: Thiago Gonçalves Vaz. Multiplicador: Roberto

Wagner Andrade.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

107

Souza Magalhães, da disciplina de Biologia no turno matutino, buscou o tema da crise hídrica

e a ecoética, para debater e transformar em um projeto que atingisse toda a comunidade

escolar para medidas simples, mas com efeitos.

O projeto iniciou na sala de aula e partiu para a sala de tecnologia educacional, como

aliada na construção do conhecimento e dos produtos finais dos alunos. A professora usou dos

temas transversais ligadas a sua disciplina, bem como seu objetivo de culminância, sendo

apresentado no dia dos projetos de área de ciências biológicas, que ocorreu no início do

segundo semestre do corrente ano letivo.

A professora organizou um cronograma juntamente com a coordenação pedagógica e o

progetec, ficando acertado que ocorreria aulas quinzenalmente, primeiramente para pesquisa e

depois para construção do produto final para a culminância. Deste projeto surgiu subprojetos

como a horta sustentável e o sabão biodegradável.

No periodo vespertino a coordenação pedagógica se deparou com uma problemática,

justamente com o livro didático dos alunos do 9ºs anos, pois a turma superou a expectativa em

número de matrículas e a quantidade de livros foi insuficiente para atender a todos os alunos,

fator este que gerou indisciplina durante as aulas de geografia. Durante o planejamento da

professora, o progetec apresentou algumas sugestões de projetos, com intuito de superar esta

dificuldade.

Foto 5 - Conecta Geo - Blog

Foto 6 - Conecta Geo -

Avaliação Google Drive

Foto 7 - Projeto de

Linguagens

Foto 8 - Projeto

linguagens

apresentação

A professora Claudia Rodrigues Gonçalves aderiu ao projeto Blog e Google Drive:

Ferramentas didáticas no ensino da Geografia, que foi muito bem aceito pelas turmas onde

seria implementado, pois alia a tecnologia e a educação de maneira integradora e inovadora.

Muitos dos alunos nunca tiveram contato com estas duas ferramentas. Foram realizados além

de uma pesquisa de opinião, para descobrir os conhecimentos prévios dos alunos sobre as

tecnologias disponíveis não somente na escola, mas no dia-a-dia e o seu uso como ferramenta

pedagógica. A professora, juntamente com a coordenação e o progetec, organizaram o

cronograma de ação, onde as aulas seriam realizadas todas as quintas-feiras na sala de

tecnologia educional, primeiramente para conhecer as plataformas e num segundo momento

para construir um blog para ser utilizado como ferramenta educativa, sendo atualizado

quinzenalmente ou de acordo com a necessidades dos conteúdos. Nas sextas-feiras os alunos

utilizariam em sala de aula as postagem, acessando do celular ou tablet, previamente

organizado pela professora. Também criaram um grupo de contato para troca de informações

entre os alunos, administrado pela professora e o progetec. A cada bimestre foi realizado uma

avaliação mensal usando o formulário disponível no Drive do Google. O projeto foi realizado

com sucesso e dele surgiram ideias de fabricação de aplicativos para celulares e tablets.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

108

No período noturno o problema enfrentado é a evasão escolar e a baixa alto estima dos

alunos. Aproveitando as atividades transversais, foi sugerido pela coordenação pedagógica a

execução do Projeto de Linguagens. Os professores das áreas de linguagens estimularam o

senso criativo e artístico dos alunos.

Utilizaram a Sala de Tecnologia Educacional para fomentar as pesquisas e construir

os materiais de apresentação, além de criação de vídeos e produções textuais. Os alunos

levaram um trimestre para organizar seus materiais e expor na culminância no ínicio de

novembro. Uma grande festa com apresentações de releituras de peças teatrais, poemas,

cultura estrangeira, música e dança, além de promover debates sobre temas polêmicos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A turma do 2º ano C matutino, desenvolveu o tema com desenvoltura e promoveu

além disso um desdobramento para novos temas, transformando uma ideia inicial em novas

possibilidades de conhecimento. Eles souberam lidar com a proposta de trabalho e

desenvolveram materiais em maquetes, slides e vídeos.

Os 9ºs anos participaram ativamente do projeto, enganjados em todo o processo, desde

o inicio com a pesquisa sobre tecnologia, bem como descobrir novas possibilidades através de

ferramentas de estudo mais atrativas aos alunos.

Eles realizaram as avaliações mensais online e construiram, cada turma sua página em

blog para interação da turma. No noturno o projeto oportunizou aos alunos construirem seu

conhecimentos por meio da pesquisa sistematizada e orientada pelos professores das áreas de

linguagens e suas tecnologias. O projeto Conecta Escola 2015 foi diferencial na utilização das

tecnologias existentes na Unidade Escolar e também promoveu uma nova possibilidade na

abordagem pedagógica dos alunos e dos professores.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Fernando José de. Educação e Informática. Os computadores na escola. SP:

Cortez, 1988.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

109

ESCOLA ESTADUAL MARIA ELIZA BOCAYUVA CORRÊA DA

COSTA40

MOCHILEIRO DA CIÊNCIA

2º ANO A-B-C (EM)- MATUTINO/VESPERTINO

Professores responsáveis:

Ricardo Capiberibe, Rogers Espinosa de Oliveira

A realização do projeto Conecta Escola na Escola Estadual Maria Eliza Bocayuva

Correa da Costa abordou o ensino de ciências naturais por meio da Sustentabilidade. Para tal

foi decidido a montagem de um sistemas térmicos de baixo custo, como aquecedor solar,

forno solar e garrafas térmicas, com a possibilidade de serem implementados e utilizados pela

comunidade escolar. Observando as componentes curriculares optou-se em estabelecer a

aplicação do trabalho nas turmas de segundo ano.

Segundo Isquierdo e Cols.(1999 apud GUIMARÃES 2009) a experimentação pode

ter diversas funções dentre elas a de se desenvolver atividades práticas, testar hipóteses,

ilustrar um princípio ou como investigação, sendo o último o que mais auxilia o aluno no

processo de aprendizagem. No entanto, o que mais é observado dos professores quanto à

utilização dessas atividades experimentais, é o seu uso, na maior parte das vezes, como

simples ferramentas utilizadas para comprovar aquilo que foi visto na teoria.

Para Ausubel (1968 apud RONCA 1980 p. 59), “a estrutura cognitiva [...] é o principal

fator que influencia a aprendizagem”. Sendo assim, são necessárias atividades que levem essa

estrutura cognitiva em conta de modo que permitam uma melhor organização por parte do

aluno. O professor irá atuar de modo a intermediar essa relação entre o aluno e o

conhecimento. Dessa forma, ele deverá estar a par dos métodos que podem ser utilizados para

auxiliar o aluno nesta busca pelo conhecimento. Tendo isso em vista, faz-se necessário o

desenvolvimento de atividades experimentais que busquem o desenvolvimento de uma

aprendizagem significativa. Para isso, os novos conceitos devem ser relacionados a um

preexistente na estrutura cognitiva dos alunos. Isso poderá ser feito pelo uso de alguns

recursos descritos por David Ausubel como o uso de organizadores prévios.

40 Diretora: Luciene Maria Ferreira. Diretora Adjunta: Miriam Conceição

Fernandes. Coordenador(es) Pedagógico(s): Auria Maria Cruz da Silva,

Sonia Pereira Ricartes e Sandra Loureiro Seleghim Boaventura.

PROGETEC: Edison Maziero. Multiplicadora: Rosângela Ribeiro do

Prado Baird.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

110

O organizador prévio é um material introdutório que é apresentado ao

estudante antes do conteúdo que vai ser aprendido. É formulado em

termos que já são familiares ao aluno e apresentados num nível mais alto

de abstração e generalidade. Consiste em informações amplas e genéricas,

quer servirão como pontos de ancoragem para idéias mais específicas,

quer virão no decorrer de um texto didático ou de uma aula. As

informações poderão ser relacionadas com as mais genéricas, mostrando

aos alunos, como o caso particular exemplifica os princípios gerais

contidos nos organizadores. (RONCA, 1980, p. 69).

Tendo isso em mente, atividades experimentais podem ser ferramentas utilizadas pelo

professor para auxiliar seus alunos a desenvolverem uma aprendizagem significativa. No

entanto, essas atividades devem ser bem elaboradas para que permitam que se alcance os

resultados esperados.

Para a realização deste trabalho as turmas foram redimensionadas em grupos, cada

grupo teve um líder e ficou responsável por um projeto: Aquecedor Solar, Forno Solar,

Garrafa Térmica PET 1,5 dl e Garrafa Térmica PET 1 dl.

Foto 1 - Professor

Orientando os

trabalhos

Foto 2 - Professor

Orientando os

trabalhos

Foto 3 - Alunos

realizando as

experiências

Foto 4 - Alunos

realizando as

experiências

Cada líder se reuniu com os professores para apresentar a proposta e o esquema do

projeto, os professores orientaram quanto o que deveria ser realizado, estabelecendo

cronograma de datas para apresentação do projeto e do conteúdo científico.

Após o término do projeto estava previsto o teste de eficiência dos aparelhos, porém

devido intercursos da pesquisa, o aquecedor foi danificado, necessitando ser refeito.

Conforme a proposta pedagógica de Pedro Demo, a pesquisa é uma forma de

estabelecer a aprendizagem significativa, com a experiência realizada foi capaz de abordar

conteúdos associados às disciplinas envolvidas, de maneira prática e empírica, favorecendo a

formação do aluno como pesquisador e coordenador do seu saber.

Mesmo que a etapa de testes não tivesse sido realizada, o desenvolvimento do projeto

proporcionou aos alunos a experiência aproximada de uma iniciação científica, e abordagem

de conteúdos, muitas vezes expostos em aulas dialogadas, ganhou uma forma mais dinâmica e

que atraiu mais a atenção.

REFERÊNCIAS

GUIMARÃES, C. C. Experimentação no Ensino de Química: Caminhos e Descaminhos

Rumo à Aprendizagem Significativa. Química Nova na Escola, v. 31, n. 3, ago. 2009, p. 198-202.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

111

BIANCHINI, T. B.; Zualiani, S. R. Q. A. A Investigação Orientada Como Instrumento

para o Ensino de Eletroquímica In: Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, 7,

2009, Florianópolis.

RONCA, A. C. C. O modelo de ensino de David Ausubel. In: PENTEADO, W. M. A. (Org).

Psicologia e Ensino, São Paulo, Ed. Papelivros, 1980 p. 59-83.

SUART, R. C.; Marcondes M. E. R. As habilidades cognitivas manifestadas por alunos do

ensino em uma atividade experimental investigativa. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação

em Ciências, v. 8, n. 2, 2008b.

Suart, R. C.; Marcondes, M. E. R. Manifestação de habilidades cognitivas em atividades

experimentais investigativas no ensino médio de química. Ciência & Cognição, v. 14, n. 1, p. 50-

74, 2009.

http://www.manualdomundo.com.br/2015/05/garrafa-termica-caseira-de-pet/ acesso em

08/2015

https://www.youtube.com/watch?v=T9VrqZEPlXc acesso em 08/2015

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

112

ESCOLA ESTADUAL NICOLAU FRAGELLI41

PROJETO ÁGUA – FONTE DE VIDA

Professoras colaboradoras

Sônia Maria de Araújo Ramos - Coordenação

Elisete Inês Krugel Solano - Coordenação

Maria Helena da Costa Neves - STE

4ºA - Matutino 4ºB - Vespertino

Professores responsáveis

Vandete Almeida dos Reis Menezes

Sônia Maria da Costa Rodrigues

Phaolla Gavillan Torres Vaz

Crístia Mara S. Cunha

Mikely Ramires de Jesus

Jeane Andrea R. Rodrigues

Professores responsáveis

Jucilene Souza Ruiz

Suzane Rosa Pereira

Mikely Ramires de Jesus

Mauro M. Yamazato

O projeto tem o objetivo de estudar o tema água, envolvendo os problemas e situações

locais, de modo a conscientizar o aluno quanto ao consumo racional da água. É preciso

desenvolver uma consciência de preservação e uso planejado para conhecer o ciclo da água e

perceber que ela é indispensável para a vida desde cedo.

Faz-se necessário entender que não só nós utilizamos a água, mas todos os seres vivos

do planeta, e que é de pequenas ações que transformamos o mundo. Com o avanço da

tecnologia podemos utilizá-la como ferramenta e no entendimento da temática, tornando esse

aprendizado mais dinâmico e interativo. E com o objetivo de melhorar o índice de

aprendizagem e incentivar a iniciação da pesquisa foi escolhida as turmas, do 4º Ano A

matutino e 4º Ano B vespertino, para desenvolver o Projeto Conecta escola15 como turma

prioritária.

A turma do 4º ano A é composta por 29 alunos, a faixa etária de 9 a 19 anos de idade.

A turma do 4º ano B é composta por 30 alunos, a faixa etária de 9 a 11 anos de idade.

Primeiramente foi apresentada a turma o tema do projeto e explanado sobre sua

importância. Em seguida foi aberto para a exposição de ideias do que poderíamos fazer que

ações realizassem, também perguntamos o que já sabiam sobre o tema.

Segundo passo foi assistir na sala de tecnologia vídeos sobre: ciclo da água tratamento

de esgoto, desperdício da água, poluição da água e tratamento de água. Novamente em sala

foi solicitado que fizessem um desenho sobre o tema, e que o mesmo poderia ser escolhido

para ser o logotipo do projeto da turma. Os alunos receberam textos impressos sobre cada

41 Diretora: Luci Melinsky. Coordenadora Pedagógica: Gilda Maria Vieira

de Oliveira Rodrigues. PROGETEC: Angélica Hiromi Kato Hattori.

Multiplicador: Divino Andrade Nabhan.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

113

tema para leitura e registro de alguns pontos considerados por eles importantes. Após esse

momento, todos foram para a STE para que pesquisassem, utilizando a ferramenta de

pesquisa Google, sobre o tema Água e informações relevantes para desenvolvimento do

trabalho. Em seguida foi proposto a cada grupo que produzissem um texto reunindo as

informações coletadas.

Foto 1 -Teatro: Guaribinha - Premiação Foto 2- Pesquisa- Produção - Ilustração

Dando continuidade ao projeto foi trabalhado o texto “Minha história” da autora Graça

Batituci, que narra a história de uma gotinha d‟ água que vivia numa nuvem muito grande

com várias outras companheiras, no geral o texto apresenta o ciclo da água. Também foi

trabalhada a música gotinha em gotinha do grupo “palavra cantada”. Após a leitura, a turma

foi dividida em grupo para a ilustração e recontagem da história, resultando um pequeno livro

e produção de histórias em quadrinhos mostrando formas de consumo da água e seu melhor

aproveitamento. Cada grupo apresentou sua história e ilustração para a turma.

No próximo passo nós professoras fomos até Águas de Guariroba para ver se tinha

alguma proposta de passeio para os alunos conhecerem a estação de tratamento, em conversa

com a responsável descobrimos que a mesma tinha um projeto pedagógico para as escolas,

juntamente com a campanha de “olho no óleo”, gostamos muito da proposta e agendamos o

dia para nossa escola participar. No mês marcado a responsável pelo projeto da Água de

Guariroba veio até nossa escola, trouxe um livro falando sobre o ciclo da água, e distribuiu

material para concurso de desenho e de frases.

Na outra semana coletou o material dos alunos em dia marcado foi até a nossa escola

com o teatro Guaribinha, que por sinal foi muito prazeroso para os nossos alunos, envolvendo

toda a escola, falou sobre o desperdício de forma interativa e dinâmica. Por último realizaram

a entrega de prêmios para os alunos melhores colocados. Além disso, nossa escola se

envolveu na campanha de coleta de óleo, a sala que melhor arrecadou ganhou um passeio até

a estação de tratamento Águas Guariroba. As turmas do 4º A e B também foram agendadas

para a visita com condução que a escola conseguiu. No passeio até a estação de tratamento as

crianças se apresentavam muito entusiasmadas e felizes, pois foi a segunda vez no ano que

saíam da instituição. Chegando à estação de tratamento fomos muito bem recebidos,

passamos pelos tanques de tratamento, recebendo a explicação de todo o processo pela qual a

água passa até chegar à nossa casa. O responsável por nos guiar finalizou com um vídeo da

instituição falando novamente de todo o processo, em seguida nos apresentou o laboratório e

distribuiu água mineral para as crianças e um delicioso lanche.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

114

Foto 3- Visita a estação

de tratamento Águas

Guariroba

Foto 4 - produção final

Foto 5 – A prática do

projeto

Foto 6- Culminância do

Projeto Conecta Escola

O próximo passo foi solicitar um desenho e textos descrevendo tudo que viram e todo

o processo que a água passa, utilizando os aplicativos Word, Paint e a internet na STE e

confecção de cartazes. No decorrer do projeto os alunos trabalharam nas aulas de raciocínio

lógico, diversas atividades com resoluções de situações problemas do nosso cotidiano, com

unidades de medidas, confecções de jogos matemáticos (jogo da velha, enigma, memória,

caça palavras e outros) com os temas: água e desperdício, água e suas reservas, água e formas

de economizar.

Os desenhos foram salvos nas pastas e digitalizados na STE e guardados para o dia da

exposição. Após esse momento teórico, foram trabalhados na prática o ciclo da água e a

purificação da água. Os alunos receberam um texto explicando passo a passo como construir

um filtro caseiro para reaproveitamento da água e uma estufa com garrafa pet onde

possibilitaria os alunos verem de perto como ocorre o ciclo da água.

Em seguida solicitamos o desenvolvimento de uma maquete, falando sobre a

importância da água em nossa vida, para ser entregue no dia 20 novembro, que seria a

culminância do projeto na escola. Para esse dia também foi ensaiada a música “País das

águas”, paródias do 4ºA - Água e poesias. No dia 20 de novembro os professores de todas as

turmas se envolveram, cada turma apresentou uma música ou dança, teve a exposição das

maquetes e os trabalhos desenvolvidos durante todo o projeto foram expostos em forma de

painéis, neles estavam fotos e desenhos produzidos pelas turmas e apresentação e

demonstração da filtração e purificação da água, cada grupo se empenhou de forma criativa

para demonstrar a importância da água.

Acreditamos que o projeto em si contribuiu muito para a conscientização do não

desperdício da água, os alunos desenvolveram hábitos e consumo responsável da água,

levando boas atitudes e ações para o seu ambiente familiar e convívio na sociedade. Todo o

trabalho foi desenvolvido de forma a envolver os alunos estimulando e despertando

interesses, curiosidades a pesquisa, criatividade e habilidades para exposições de ideias e

ilustrações, melhorando assim o índice de aprendizagem nas disciplinas como mostra os

gráficos abaixo.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

115

GRÁFICO DE DESEMPENHO/3º BIMESTRE/2015

4º Ano A – Matutino - 37 Alunos Matriculados / 28 Frequentes

GRÁFICO DE DESEMPENHO / 3º BIMESTRE / 2015

4º Ano B – Vespertino 38 Alunos Matriculados / 30 Freqüentes

REFERÊNCIAS

COSTA, Edgar Aparecido da. Geografia de Campo Grande 4º Ano. Editora Alvorada:

Campo Grande, 2011

FANIZZI Sueli. Ciências Nova Edição Porta Aberta 4º Ano. FTD: São Paulo: 2011.

Manual de Etiquetas. Água. Planeta Sustentável. Editora Abril.

ÁGUAS GUARIROBA. Guaribinha e a sua turma no Mundo Encantado.

BATITUCI, Graça; MELO, Clélia Marcia de A. A Maneira Lúdica de Ensinar. Vol.7 Fapi:

2001

Sites: http://www.aguasguariroba.com.br/agua-2/. Acesso em 15 de setembro de 2015.

O Ciclo da água. https://www.youtube.com/watch?v=g26Wk4gpkws . Acesso em 12 de junho

de 2015.

O caminho das águas. https://www.youtube.com/watch?v=v8CMQIQ5nq8. Acesso em 12 de

junho de 2015.

Música País das águas. https://www.youtube.com/watch?v=GqFV3zwPGrU. 05 de novembro

de 2015.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

116

ESCOLA ESTADUAL OLINDA CONCEIÇÃO TEIXEIRA

BACHA42

Música Regional

(O Sol e a Lua)

Música Regional

(O Trem do

Pantanal)

O Pantanal e Músicas

de MS

Música Regional

(Grupo Tradição)

4º Ano B – Matutino

Professores

responsáveis

Maria Margarete

Faquin

Claudia Leão Nazarety

5º Ano A – Matutino

Professores

responsáveis

Gilmara Gonzaga.

Claudia Leão Nazarety

6º Ano C – Vespertino

Professores

responsáveis

Elizabeth Ferrari

Stefania dos Santos

Alessandro Sputnik

Claudia Leão Nazarety

3º Ano A – Noturno

Professores

responsáveis

Marcio Roberto

Faustino

Stefania dos Santos

Armando da Silva Maia

Claudia Leão Nazarety

CULTURA REGIONAL

Este trabalho faz parte de um projeto orientado pelo NTE de Campo Grande-MS, que

tem como objetivo incentivar o uso das tecnologias e mídias dentro da escola, sendo

desenvolvido em turmas indisciplinadas: duas do período matutino, uma do período

vespertino e uma do período noturno. Essas turmas foram escolhidas pelos professores

regentes e coordenadores pedagógicos. O trabalho supervisionado e em equipe proporcionou

introduzir os alunos no projeto de forma eficaz, melhorando a relação entre alunos,

professores e o uso das mídias. Com o uso das tecnologias e mídias o aluno passa a ter a

ferramenta como sua aliada.

Os alunos do 4° ano B matutino foram orientados pelas professoras Maria Margarete e

Claudia Leão que optaram por trabalhar a música “O Sol e a Lua” de Délio e Delinha.

Na sala de tecnologia os alunos desenvolveram pesquisas sobre o significado de

música regional, e pesquisaram as bibliografias sobre os artistas e suas trajetórias. No

programa paint os alunos desenvolveram logos que representavam a música “O Sol e a Lua”.

Após o término das pesquisas os alunos assistiram a vídeos e documentários da dupla

sertaneja Délio e Délinha, usaram tablet educacional para fotografias, produzindo imagens

para a entrevista na residência da cantora Délinha.

42 Diretora: Evelise Silveira. Diretora Adjunta: Antônia Auxiliadora da

Silva de Menezes. Coordenador (es) Pedagógico(s): Mayana Rodrigues.

PROGETEC: Claudia Leão Nazarety. Multiplicador: Rodolfo Pedroso

Rodrigues.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

117

Foto 1 -Visita e entrevista Foto 2 - Conhecendo a residência da

cantora

Na escola ocorreu uma apresentação dos alunos do 4° B, onde cantaram a música o sol

e a lua caracterizados, os meninos de Sol e as meninas de Lua.

Os alunos do 5° ano A, matutino foram orientados pela professora regente Gilmara

Gonzaga e a PROGETEC Claudia Leão, o projeto teve início com o vídeo da música Trem do

Pantanal. Na sala de tecnologia foram produzidas pesquisas com o tema músicas regionais

(Morenismo), músicas de nossa região Sul Mato-grossense e a bibliografia de Almir Sater, os

alunos, após as pesquisas, na sala de tecnologia tiveram a oportunidade de aprender a inserir

imagens da nossa região nos slides e realizar comentários. Foram realizadas atividades no

decorrer do projeto relacionadas às disciplinas de História, Geografia, Português e Arte.

Os alunos produziram dobraduras, releituras da música no paint e logos interpretando

a música regional de MS. As dobraduras foram pesquisadas na sala de tecnologia, e passadas

para o papel. Os estudantes foram participativos com o uso das mídias e conheceram a letra

da música pelos equipamentos de som e do Proinfo. Na Culminância alunas selecionadas

apresentaram a música Trem do Pantanal com Balé.

Foto 3 - Produzindo na

sala de tecnologia

Foto 4 - Apresentação

Balé (Música: Trem do

Pantanal)

Foto 5 - Sala de

Tecnologia

Foto 6 - Produção de logos

(Conecta Meu MS)

Alunos do 6 ° ano C, período vespertino, trabalharam o projeto conecta 2015 animais

do pantanal sul-mato-grossense e culturas indígenas, envolvendo a cultura regional do nosso

estado. Os professores regentes envolvidos trabalharam na sala de tecnologia e fizeram uso

das mídias disponíveis na escola. As atividades foram registradas nas pastas dos alunos, na

sala de tecnologia. Os alunos produziram logos representando o estado de Mato Grosso do

Sul. Com auxílio da PROGETEC Claudia Leão, dos professores regentes de português,

produção interativa e geografia foi possível trazer o aluno próximo às tecnologias da escola e

ensiná-lo a usar o computador e internet como ferramentas pedagógicas.

Foto 7 - Utilizando o

tablet educacional

Foto 8 - Professores e

alunos utilizando o

tablet

Foto 9 - Pesquisa na

sala de tecnologia

Foto 10 - Releitura da

obra de Humberto

Espíndola

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

118

Fora da sala de aula os alunos utilizaram o tablet educacional para registro de fotos.

Os alunos do 3° ano A (Ensino Médio), trabalharam as obras de Humberto Espíndola artista

sul-mato-grossense e música regional do Grupo Tradição.

Os alunos realizaram pesquisas e bibliografias na sala de tecnologia referentes aos

artistas, músicas e obras, cada aluno teve a oportunidade de escolher uma obra de Humberto

Espíndola e passar para uma tela sua pintura (Releitura), ao final do trabalho fizeram uma

relação de gostos musicais na sala de tecnologia, em conjunto, escolheram uma música do

grupo tradição, que foi ensaiada e apresentada juntamente como das telas na escola.

Foram utilizados no decorrer do projeto a sala de tecnologia, equipamentos de som,

data show, máquina fotográfica, proinfo, notebook para ensaios, além das gravações de vídeos

usando a filmadora.

REFERÊNCIAS

http://www.mundoeducacao.com/GEOGRAFIA/TIPOS-GRAFICOS.HTM.

HTTPS://WWW.YOUTUBE.COM/WATCH?V=NXQZXGXFDXI

http://letras.mus.br/grupo-tradicao/

http://www.humbertoespindola.com.br/001-index_frameset.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9lio_%26_Delinha

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

119

ESCOLA ESTADUAL PADRE JOÃO GREINER43

RÁDIO ESCOLA GREINERMIX

2º Ano B (EM) – Matutino

Professores responsáveis

Aidê Paz do Rego, Ana Paula Ferreira de Almeida,

Mauro Cabral, Hugo Cézar Escurra Espíndula, Lisene

Martins da Silva, Hemyrtz Mayckhy Frazzi de

Oliveira, Tiely Correa Santiago, Ricardo Fonzar,

Edhiane Gamarra Arguelho, André Renato Esquibel de

Ávila.

2º Ano C (EM) - Noturno

Professores responsáveis

Tiely Correa Santiago, Hemyrtz Mayckhy Frazzi de

Oliveira, Durval Rabelo Guimarães Filho, Maliluzte

Glaucia Bezerra de Almeida das Neves. Participação

especial: Márcia Nazareth Costa de Oliveira e

Fernanda Scolari.

A educação mudou. A própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira declara

que uma escola competente é aquela que promove o conhecimento das várias linguagens que

norteiam a era da informação. É uma escola que se interessa por formar pessoas que

compreendam e dominem os sistemas de produção de informações e, consequentemente,

estejam melhores preparadas para atuarem de forma mais responsável na vida em sociedade.

Afinal, Andrade afirma:

A penetrabilidade das tecnologias de informação em todas as esferas da

atividade humana é muito clara. [...]. A sua incorporação por muitos setores

chegou a ser até involuntária mas na educação impôs-se por várias razões,

desde possibilitar o acesso ao maior número de cidadãos, para se preparem

para viver e trabalhar na sociedade tecnológica, até o realizar uma

educação atualizada com as necessidades da sociedade do conhecimento.

(ANDRADE, 2010, p.58).

Um fato é inegável: cada dia mais, os meios de comunicação se incorporam

indistintamente ao cotidiano de todas as camadas sociais da população. Fatos exibidos em

painéis e revistas, cenas de novelas, noticiários televisivos ou radiofônicos, programas de

auditório, propagandas, clips e ritmos musicais não nos passam despercebidos, muito pelo

contrário ocupam-nos por horas, são absorvidos e acabam ainda por virar temas de muitas de

nossas conversas diárias.

O projeto Conecta Rádio na escola, no espaço “GREINERMIX”, foi desenvolvido

com as turmas prioritárias o 2ºB/C do Ensino Médio, matutino e noturno, com o objetivo de

melhorar o desempenho dos alunos em relação ao aprendizado, pois eram as turmas com

43 Diretora: Zulmira Gonçalves Miranda. Coordenadora Pedagógica:

Cláudia Novaes Lorentz. PROGETEC: Izabel Candido da Silva.

Multiplicadora: Rosângela Ribeiro do Prado Baird.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

120

maiores dificuldades sendo muito agitadas de difícil concentração, e não conseguia

consequentemente focar e absorver os conteúdos.

Este projeto também contribuiu para integrar os alunos com as tecnologias da escola.

Haja vista, que os alunos já utilizam o celular no seu cotidiano, então escolhemos essa mídia

como o grande desafio para o trabalho desenvolvido nesse projeto. As ações do projeto foram

desenvolvidas usando esse recurso midiático bem como sala de aula, STE, Internet, Power

Point, Movie Maker, Sony Vegas 13, Rádio Escola, espaço GREINERMIX, amplificador,

microfones, Sala de Multimeios, Data show, notebook, máquina fotográfica digital, filmadora

digital, DVDs, espaço cultural, facebook, gravador de voz, celular.

Foto 1- Programa de rádio e

radionovela no intervalo

Foto 2 - Pesquisa dos alunos na

STE

Foto 3 - Apresentação de vídeos

na culminância

O uso das tecnologias oportunizou grande renovação das atividades pedagógicas,

contribuindo com o aprendizado. Estes eventos contribuíram para a socialização com a

comunidade, melhorando a interação no ambiente escolar. Nessa perspectiva, o Projeto

“Rádio Escola GREINERMIX” se justifica pela necessidade de desenvolver no educando

habilidades da leitura e escrita, a comunicação, o despertar da consciência crítica para o trato

com as informações da mídia e, também, como primeiro instrumental profissionalizante na

produção de programas de rádio.

No decorrer do processo, os professores desenvolveram suas atividades de acordo com

o tema, voltado para o conteúdo integrante de sua respectiva disciplina. Com o apoio dos

participantes os programas foram transmitidos internamente, por meio do sistema de som e

atividades publicadas no facebook da escola, atingindo também a comunidade escolar e a

externa. Os alunos aprenderam teoricamente sobre os diversos assuntos abordados através dos

conteúdos dentro do projeto, por meio de produção escrita e aulas expositivas.

As atividades práticas aconteceram na sala de aula, Sala de Tecnologia Educacional,

Sala de multimeios, espaço cultural e espaço GREINERMIX através de equipes designada

pelo professor orientador. Nas aulas teóricas e práticas foram trabalhados temas de acordo

com os conteúdos, correlacionando com as disciplinas de Língua Portuguesa, Produções

Interativas, Literatura, Geografia, Química, Arte, Filosofia, Sociologia, Raciocínio Lógico,

Matemática, Educação Física, Biologia e Língua Inglesa. Essas atividades foram

desenvolvidas no projeto Rádio na escola no espaço “GREINERMIX”.

Em Literatura, orientados pelo Prof. Hugo Espíndola, os alunos se mostraram

totalmente envolvidos, se esforçaram para desenvolver e produzir uma radionovela criativa e

emocionante. Cada grupo elaborou uma história diferente, inspirados na ficção. Pesquisaram,

produziram e editaram com domínio das tecnologias: câmeras, celulares, gravadores,

notebooks e programas como Movie Maker e Sony Vegas 13, que auxiliou na edição.

Promoveu-se uma experiência rica, aproximando os alunos do uso das tecnologias,

valorizando o trabalho em equipe que foi essencial para o ótimo resultado.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

121

Nas ações de L. Portuguesa e Produção Interativa realizada com o Prof. Mauro Cabral,

os alunos melhoraram o desempenho em relação à concentração, o relacionamento

professor/aluno, aluno/aluno em sala de aula, melhorou também a postura acadêmica,

concentração e o trabalho em equipe com produção de radionovelas e apresentações na rádio

da escola. Nas aulas de História e Sociologia conduzidas pelas professoras Aidê e Tiely, os

alunos se empenharam desenvolvendo os trabalhos de pesquisa, produção de slides e

montagem de vídeo, com muita interação e esforço obtiveram ótimo resultado para a turma.

Durante as ações de Matemática, Raciocínio Lógico e Biologia com as professoras

Ana Paula e Edhiane os alunos apresentaram um pouco de dificuldade para desenvolver as

atividades, tanto na pesquisa como na produção e edição do vídeo sobre doenças epidêmicas,

baseada na temática da Dengue. Em Arte com o auxilio das professoras Lisene, Hemyrtz e

Química com o professor André desenvolveram a pesquisa, vídeos sobre o ensaio fotográfico

e danças baseadas nas décadas de 1950 a 1980, também produziram maquetes sobre os

primeiros modelos de aparelhos de rádio no Brasil.

Os alunos pesquisaram nas aulas de Língua Inglesa com a Profª Maliluzte, os cantores

e bandas das décadas de 1950 a 1990 e produziram um vídeo com clips dublados em inglês,

dos diversos cantores usando trajes de época. E em Educação Física o professor Ricardo usou

o celular como ferramenta para desenvolver um trabalho sobre dança e movimento corporal e

que filmaram e editaram um vídeo usando o programa Movie Maker. Já com professor

Durval, responsável pela disciplina de literatura juntamente com os alunos realizaram a

pesquisa e a gravação de áudio com conteúdos da disciplina sobre o Realismo/Naturalismo.

Houve também a participação especial da profª Márcia e Fernanda com as turmas 2º

Proeja, noturno e 2º ADM, matutino, com a pesquisa e o estudo sobre impressões gráficas e o

papel moeda, proporcionando também a oportunidade da visita ao jornal mais antigo, o

Correio do Estado, onde foi observado todo o processo de impressão do jornal e finalizado

com dois banners e vídeo no final.

Segundo o autor Andrade:

(...) A tecnologia na educação não é simplesmente um moldar de

equipamentos com programas específicos, ou para transmitir conteúdos

didáticos ou para deixá-la sob a dependência de um ensino mediado por

máquinas, ao contrário requer novas estratégias, metodologias e atitudes

que superem o trabalho educativo tradicional ou mecânico. (ANDRADE,

2010, p.58).

O Projeto Conecta/2015, da “Rádio Escola GREINERMIX” constituiu-se como

atividade interna da escola, objetivando contribuir para a melhoria do processo educativo,

mobilizando Direção, Coordenadores Pedagógicos, Professores, PROGETEC, alunos e

demais funcionários. As atividades foram executadas no início das aulas e na hora do

intervalo com programas apresentados pelas equipes existentes na escola (cada turma ficava

responsável por um dia na semana). Durante a programação foram abordados assuntos de

fundamental importância como serviços de utilidade, avisos, recados, entrevistas e músicas

previamente selecionadas.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

122

Os resultados obtidos foram satisfatórios devido ao interesse dos alunos e dedicação

dos professores regentes. Alguns trabalhos foram desenvolvidos com muito empenho dos

professores para sanar as dificuldades que os alunos tiveram. E, por fim, na culminância do

projeto os alunos produziram maquetes e uma série de filmagens e confeccionaram um DVD

concluíram as atividades com publicações no facebook da escola, como produto final.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Pedro Ferreira de. Aprender por Projetos, Formar Educadores. Licenciado em

Pedagogia e mestre em Educação é coordenador de Suporte Didático- Pedagógico do Programa Nacional de

Informática na Educação (ProInfo) da Secretaria de Educação a Distancia (SEED), do Ministério da Educação

(MEC).

https://aprendercomprojetos.wordpress.com/2010/10/21/biblioteca-aprender-por-projetos-formar-

educadores/ Acesso em: 20/01/2015 e 26/11/2015

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

123

ESCOLA ESTADUAL PADRE FRANCO DELPIANO44

PE. FRANCO DELPIANO FAZ... AUTORES DO

FUTURO

9º Ano A e B (E.F.) – Matutino

Professores responsáveis pelo projeto:

Deroci da Silva Feitosa Junior

Viviane Mestriner

Maria Cristina Rodovalho

José Nogueira Neto

Aidina Mota de Souza

CHAPEUZINHO VERDE NO TRÂNSITO

2º Ano B (E.F.) – Vespertino

Professores responsáveis pelo projeto: Ezikiela Liliane Nascimento

Pascoal Amorim

Aidina Mota de Souza

PE. FRANCO DELPIANO FAZ... AUTORES DO FUTURO

As turmas do 9º ano A e B foram escolhidas para realizar o Projeto Conecta de 2015

devido a indisciplina, problemas na Aprendizagem e avaliação externa.

Neste Projeto trabalhamos o desenvolvimento da autonomia do aluno no processo de

produção literária e da arte, bem como os estimulamos a produzirem suas obras, utilizando o

conhecimento adquirido em todos os ramos do saber.

Cientes de que educação é um processo complexo que envolve instituições como

escola, família e sociedade, propusemos o Projeto: Pe. Franco Delpiano faz... Autores do

futuro com o objetivo de promover o desenvolvimento de uma escolarização de qualidade.

Com isso, o Projeto tem o objetivo de desenvolver a autonomia dos alunos e estimular

a produção artística e literária dos mesmos, levar o aluno a ocupar a posição de protagonista

no processo de ensino aprendizagem e não apenas de receptor de conhecimentos.

Os professores participantes apresentaram o projeto aos alunos, estimulando-os a

desenvolverem textos do gênero narrativo, considerando as especificidades e a contribuição

de cada currículo.

A disciplina de Produções Interativas com apoio da Língua Portuguesa trabalhou

modalidades textuais pertencentes ao gênero narrativo. História e Geografia fizeram

proposições para pano de fundo dos enredos de acordo com os fatos históricos, políticos e

geográfico tratado no currículo, desta forma, contemplando o tempo e o espaço. Arte, os

conceitos de artes visuais entre outros.

Os alunos definiram os temas a serem escritos de acordo com conteúdos trabalhados

em sala de aula nas disciplinas envolvidas sobre a orientação dos tipos textuais.

44 Diretora: Anjela Regina D‟Elia Ramos. Coordenadoras Pedagógicas: Denise

Ferreira Nascimento e Ceila Maciel de Souza e Souza. PROGETEC: Aidina Mota

de Souza. Multiplicadora: Rosângela Ribeiro do Prado Baird.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

124

Foto 1 Foto 2 Foto 3 Foto 4

Para estimular os alunos foram mostrados ambientes variados via WEB, identificação

de vários períodos históricos que aconteceu no Brasil e no mundo, releituras de várias obras

literárias, pesquisa de diversos gêneros textuais na STE assim estimulamos no aluno a

observação detalhada de ambientes e escritas. O produto final do projeto foi a elaboração de

um livro digital para isso a sala de tecnologia foi utilizada para escrever os textos, pesquisas

em sites direcionados pelo professor, correção e seleção de texto, pesquisas e construção de

imagem para retratar as histórias escritas e por fim edição e composição do livro.

CHAPEUZINHO VERDE NO TRÂNSITO

A turma do 2º ano B foi escolhida para realizar o Projeto Conecta de 2015 devido à

indisciplina, problema de Aprendizagem e avaliação externa. Por meio de um conto clássico

da literatura infantil “A Chapeuzinho Vermelho” desenvolveremos o projeto “A Chapeuzinho

Verde no Trânsito.” O projeto irá contemplar quais comportamentos e cuidados que os

pedestres em geral (adultos ou crianças) devem adotar no trânsito. Temos como objetivo

desenvolver ações educativas individuais e coletivas, que colaborem para o conhecimento de

atitudes e posturas que tornem o trânsito mais seguro.

Sendo assim criamos um projeto objetivando incentivar o uso das tecnologias para

elaborar um saber interdisciplinar por intermédio de ações realizadas na STE e através de

recursos midiáticos disponíveis na escola.As primeiras ações desenvolvidas na STE foram

assistir os vídeos “Chapeuzinho Vermelho” e “Criança Segura: Super Pedestre”.

O passeio no entorno da Escola e Hospital São Julião teve como objetivo de observar

o movimento de pedestres e o uso de recursos tecnológicos para registrar a aula prática. A

visita ao DETRANZINHO-MS mostrou a importância da sinalização de trânsito. Gravamos

vídeos com as observações dos alunos sobre a sinalização que encontraram durante os

passeios.

Foto 5 Foto 6 Foto 7 Foto 8

Realizamos atividade lúdica como a construção de placas de sinalização para

fortalecer a compreensão e prática dos conhecimentos adquiridos sempre incentivando o uso

das tecnologias como forma de aliada no ensino e aprendizagem.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

125

A Sala de Tecnologia foi utilizada para pesquisar no Google Maps do local onde

moram, pesquisas online sobre os meios de transporte, assistir aos vídeos, digitar no Word a

releitura da história, desenhar as placas no aplicativo Paint, jogos online sobre o tema

Trânsito, objetivando estimular o conhecimento, contribuindo para o desenvolvimento da

autonomia de aprender a aprender e a consciência da importância do uso das tecnologias.

O produto final do Projeto foi um vídeo onde os alunos encenaram a história da

“Chapeuzinho Verde no Trânsito”, para realizar este vídeo tivemos várias etapas como a

escolha das fantasias, os ensaios da dramatização e os dias de gravação, sempre utilizamos as

tecnologias para dar suporte as fases do projeto e nos dias de gravação contamos com uma

equipe profissional para gravar as cenas. Para os alunos este projeto foi de grande valor, pois

abrangeram um conhecimento sobre o comportamento dos pedestres, os cuidados que devem

adotar ao fazer um passeio, a importância das placas de sinalização, a paciência, tolerância e

as responsabilidades no trânsito em geral.

REFERÊNCIAS

COUTINHO, Eduardo de Faria (Co-direção). A literatura no Brasil. 7. ed. rev. E atual. v. III: parte II.

Estilos de época: era romântica. São Paulo: Global, 2004.

FRANCO, Jorge Ferreira. Novas Tecnologias em Ambientes de Aprendizagem; Estimulando o Aprender a

Aprender, Transformando o Currículo e Ações. Disponível em http://www.cinted.ufrgs.br/ciclo3/af/39-

novastecnologias.pdf. Acesso em 05/2015.

Gonçalves, Marcos Augusto. 1922: A semana que não terminou 1ª Ed.- São Paulo: Companhia das Letras,

2012

Vídeo CRIANÇA SEGURA - Super Pedestre. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=CKhuHPs8jXI. Acesso em 04/2015.

Vídeo A Chapeuzinho Vermelho. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=k8WImcqa64Q. Acesso

em 04/ 2015.

Projeto Educação para o Trânsito. Disponível em: http://www.cetsp.com.br/media/194181/07_projeto2.pdf.

Acesso em 04/ 2015.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

126

ESCOLA ESTADUAL PADRE JOSÉ SCAMPINI45

NOSSO MATO GROSSO DO SUL

1º Ano E - Matutino

Professores responsáveis: Fabiana de

Andréa, José Aparecido,

Deyne F Fernandes, Esther Campagna,

Elisangela Maria,

Gerulina Rios, Franciela Barbosa

Odair Brandão

9º Ano A - Vespertino

Professores responsáveis

Ronaldo Oliveira, Ricardo Abreu,

Rafael Duarte, Márcia Mary, Deborah

Alexandre, Tabatha Mesquita

3º Ano E - Noturno

Professores responsáveis

Isac Zampieri, Sebastina Aparecida

Francisco Sérgio, Ivan Benito

Ronaldo Franjotte, Janis Lynn

Hermenegildo de Lima

As aulas que são desenvolvidas na STE educacional, em sua maioria, desempenham a

função de fazer pesquisas Internet, digitar trabalhos em Word, elaborar slides em PowerPoint,

folhetos no Publisher para seminários, ou servem de apoio técnico às disciplinas.

Portanto, temos como proposta elaborar meios para dar mais sentido e utilidade a STE

nas disciplinas a serem trabalhadas e acompanhadas de tecnologia Educativa. Sendo esta uma

maneira de interagir com todas disciplinas, para que uma maior parcela de alunos possa

desenvolver outras atividades nesse ambiente e suas mídias, já existentes na escola, além das

que geralmente são desenvolvidas.

Foto 1 – Pesquisa na

STE

Foto 2 - Folder

Foto 3 – Continuação da

pesquisa

Foto 4 – Fechamento do

projeto

Conhecer o espaço geográfico e sua cultura em todos seus aspectos estadual é uma

necessidade fundamental de qualquer cidadão. Diante dessa carência, buscamos promover a

interação da história do estado de Mato Grosso do Sul e nossos alunos, fazendo com que

conhecessem e compreendessem a importância do contexto geográfico do MS.

Ao final do projeto, os alunos sabiam que o Mato Grosso do Sul é uma das 27

unidades federativas do Brasil, que a capital é Campo Grande, desmembrado do Estado de

Mato Grosso por lei complementar em 11 de outubro de 1977 e instalado em 1 de Janeiro de

1979, seu rápido desenvolvimento se deu graças à pecuária, agricultura, extração vegetal e

45 Diretor: Jessier Baes Menezes. Coordenador(es) Pedagógico(s): Deir Correa

Pinheiro, Marluce Barbosa Exeveria, Gigliola Penazzo Vinci. PROGETEC:

Claudemir Durães Nascimento. Multiplicador: Angela Suely da Silva.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

127

mineral. Sua área territorial está estimada em 357.124,962Km² e sua população total em

2.449,341 de habitantes.

Mato Grosso do Sul tem como território limítrofe os Estados de Mato Grosso, Goiás,

Paraná, São Paulo e Minas Gerais e os países Paraguai e Bolívia. Este projeto realizou-se na

Escola Estadual Padre José Scampini, ministrado pelos professores de Química, Geografia,

Sociologia, Arte, História, Sociologia, Biologia, Produção Interativa, Literatura, com as

turmas de Ensino Médio dos 1ºano E matutino, 9º ano A vespertino e o 3º ano E noturno, esta

turma teve como critérios para seleção a rebeldia, déficit de atenção, mal comportamento

porque querem chamar a atenção e indisciplina.

O projeto tem como objetivo prover conhecimento básico sobre o nosso estado, como

cultura, agricultura, pecuária, indústrias e a área territorial que está estimada em

357.124.962Km² e sua população total em 2.449,341 de habitantes. Mato Grosso do Sul tem

como território limítrofe os Estados de Mato Grosso, Goiás, Paraná, São Paulo e Minas

Gerais e os países Paraguai e Bolívia. Objetivamos a Geografia do Estado de Mato Grosso do

Sul, como aspectos físicos e reconhecer nosso MS no contexto histórico brasileiro e despertar

o interesse pela história e cultura. Conhecer o processo de divisão de Mato Grosso do Sul.

Identificar o Pantanal como importante ecossistema para o estado, o país e o mundo.

Com o desenvolvimento do projeto melhorou-se a interação entre o professor regente,

aluno e a sala de tecnologia, criando nesse professor mentalidade voltada para a educação

tecnológica, usando o conhecimento dos alunos para executar trabalhos em equipe

promovendo a autonomia dos alunos na busca do conhecimento e da informação

possibilitando a alternância de posturas, ora de liderança, ora de subordinação, estimular nos

discentes a tomada de decisões práticas e objetivas, melhorando o aprendizado de forma

diferenciada sobre a história do estado de Mato Grosso do Sul através da utilização da STE,

inserindo os conceitos com a ajuda de ferramentas tecnológicas.

O desenvolvimento do projeto proporcionou a base da fundamentação teórica que

estruturou esse estudo podendo ser caracterizado como multidisciplinar. Essa afirmação se

confirmou pelo fato de ter explorado conceitos e assuntos que não pertenciam a um único

campo de investigação.

Japiassú (1976) enfatiza que a multidisciplinaridade de pesquisa evoca justaposição de

várias disciplinas para a realização de um determinado trabalho, sem implicar na coordenação

ou numa relação mais profunda entre elas. É o estudo de uma determinada questão (tema;

assunto; objeto; fenômeno; acontecimento; situação, entre outras denominações) sob diversos

ângulos, mas sem pressupor um acordo ou um rompimento de fronteiras entre as disciplinas.

E é isso que ocorreu neste trabalho ao discutir assuntos que têm despertado o interesse

de diversas áreas de conhecimento, de pessoas, grupos e organizações, tendo como premissas

as adequações da sociedade e intervenções proporcionadas e sofridas por sua utilização,

sobretudo no ambiente empresarial.

Sumariamente, em relação à gestão do conhecimento (e às matérias a ela correlatas),

Francini (2002, p. 3) afirma que ela:

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

128

[...] faz fronteira com as diversas áreas do conhecimento das organizações,

sendo multidisciplinar por excelência, pois o grau de conhecimento das

organizações considera o conjunto de competências das diversas áreas que

as compõem.

Pensando na multidisciplinaridade entre as matérias, elaborou-se o projeto Nosso

Mato Grosso do Sul, com vistas a envolver as disciplinas de Química, Geografia, Filosofia,

Arte, História, Sociologia, Biologia, Produções Interativas e Literatura. Cada tópico trabalhou

um conteúdo específico de sua disciplina relacionado ao tema do projeto. Os alunos foram

divididos em grupos e os temas foram sorteados. Cada grupo fez sua pesquisa orientada e

formaram um conceito global do Mato Grosso do Sul. Estes dados conceituais e fotos foram

expostos em apresentações orais, slides, painéis.

Este projeto foi realizado na ESCOLA ESTADUAL PADRE JOSÉ SCAMPINI,

ministrado pelos professores, as turmas foram divididas em grupos de seis alunos, e cada

grupo com um tema: história, relevo, clima, vegetação, hidrografia e cultura, onde realizaram

no primeiro momento uma pesquisa de dados na STE, apresentação do filme Lendas

Pantaneiras com debate entre os escritor Fabio Fecha e os atores Thiago Moura e Isac

Zampieri sobre os temas já mencionados. Posteriormente, tais dados foram impressos com a

finalidade de enriquecer o conhecimento de todos os alunos da escola.

Os grupos pesquisaram na Internet, trabalhando assim a parte conceitual dos temas.

Logo após as pesquisas, produziram uma apresentação com fotos slides de texto, elucidando o

tema estudado, como a fauna e a flora do Pantanal e a hidrografia de nossa região. Na

finalização do projeto, houve uma apresentação geral dos resultados com cada turma no

anfiteatro.

Para a realização deste trabalho, foram feitas pesquisas laboratoriais em sites

referentes à Geografia do Estado de Mato Grosso do Sul. Também foi construída a divulgação

de trabalhos por meio de apresentações orais, painéis e relatos de experiência os alunos

trabalharam com várias ferramentas tecnológicas e mídias digitais; fizeram a identificação,

observação e análise das diversas manifestações artísticas culturais das várias culturas e etnias

presentes em de Mato Grosso do Sul.

Os educandos utilizaram os recursos tecnológicos tais como: Livros, Revistas, Mapas,

CD, DVD, Quadros, Internet, Computador, Data show, Webquest, Wikipédia, Câmera

Fotográfica, folhetos no Publisher, Pacote de programas Microsoft Office.

O produto final e objetivos foram muito difíceis de alcançar, devido ao desinteresse

dos alunos mas com parceria entre professores, coordenação pedagógica e direção

conseguimos um bom desempenho dos alunos. Ocorreram diversas trocas de experiências

entre as partes envolvidas, tanto alunos quanto professores, os quais, ao mesmo tempo em que

ofereciam o conteúdo a ser pesquisado pelos alunos, partilharam o seu conhecimento, as letras

de músicas que conheciam e as histórias dos artistas mais consagrados do Mato Grosso do

Sul.

Os alunos tiveram um pouco de dificuldades no uso da ferramenta internet, mas no

decorrer do projeto com orientações no contra turno logo se habituaram. Gostaram muito de

ler as biografias dos artistas de nossa terra e de conhecer melhor a nossa geografia, sendo

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

129

assim, podemos afirmar que os objetivos previstos foram atingidos. Todos os alunos

interagiram, aumentando gradativamente essa interação, e desenvolvendo um ótimo projeto.

O desenvolvimento da presente pesquisa revelou a importância no desenvolvimento

das atividades de Mato Grosso do Sul. Nesta visão, entendeu-se que o professor teve um

papel de mediador das informações entre alunos e o conhecimento, com isso criaram e

receberam estas explicações, nas quais o que foi produzido ficou disponibilizado ao público

que necessita das mesmas. Constatou-se que este conhecimento será um Arquivo Público

imprescindível para o armazenamento, preservação, conservação e para garantir a

disseminação e o acesso às informações para os alunos da E. E. Pe. José Scampini.

REFERÊNCIAS

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos

conteúdos. 20.ed. São Paulo: Loyola, 2005. 149p.

JAPIASSÚ, H. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago, 1976.

FRANCINI, W. S. A gestão do conhecimento: conectando estratégia e valor para a empresa. RAE

eletrônica, v. 1, n. 2, jul./dez. 2002. Disponível em:

<http:www.rae.com.Br/eletrônica/index,cfm?FuseAction253=Artigo&ID=1459&Seção=PWC&VOL

UME=1&NUMERO=2Ano=2002.>. Acesso em: 15 outubro. 2014.

http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=ms

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

130

ESCOLA ESTADUAL PÓLO FRANCISCO CÂNDIDO DE

REZENDE46

REENCONTRANDO NOSSAS ORIGENS

2º Ano A - Vespertino

Professores responsáveis:

Ângela Aparecida de Souza

Elisete Cristina da Costa Arruda

Francisco Evandro Silva de Sant‟ana

Hélia Mendes da Silva

O projeto Conecta Escola 2015 foi desenvolvido com a turma do 2º ano A vespertino.

Os motivos que nos levaram a escolher essa turma foi a logística em relação ao transporte,

pois a maioria mora no Distrito não tendo a necessidade da utilização do transporte de

estudantes e também porque havia vários alunos com baixo rendimento no ano anterior nessa

mesma turma.

Na primeira etapa os alunos desenvolveram o trabalho através de pesquisa de campo,

fizeram a coleta de documentação fotográfica, registros documentais no cartório e na igreja,

narrativas dos moradores com entrevistas gravadas ou filmadas sobre o surgimento do distrito

para então fazer uma linha do tempo que contemple seu inicio e trajetória até o momento.

Na segunda etapa foi feita a coleta de material fotográfico e entrevista com familiares

do senhor Francisco Cândido de Rezende, que dá nome a nossa escola, onde procuraremos

construir uma linha do tempo narrando a trajetória de trabalho e realizações que impactaram

nosso distrito. Na terceira etapa foi feito o levantamento historiográfico da nossa escola com

coleta de documentação e entrevistas que demonstram seu trabalho sua importância e impacto

na sociedade deste distrito.

No final do projeto foi produzido um documentário registrado em forma de vídeo, bem

como um banner mostrando parte da história e da transformação ocorrida no Distrito de

Anhanduí. Também foi mostrado no vídeo parte da história e do crescimento no decorrer dos

dez anos de fundação da Escola Estadual Pólo Francisco Cândido de Rezende. Esse projeto

foi importante para os alunos e comunidade que participaram direta ou indiretamente, pois

muitos não conheciam a história do lugar onde vivem.

46 Diretora: Adriana Bellei. Coordenadora Pedagógica: Cira Clair Horing

Nantes. PROGETEC: Sebastião Aparecido de Souza. Multiplicador:

Agamenon Nascimento.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

131

Foto 1- Termo de

abertura do cartório

do distrito de

Anhanduí em 1959

Foto 2 -

Sr Nailo Rezende

Barbosa, 68 -

Entrevista

Foto 3 - Alunos que

participaram do projeto

Conecta Escola 2015,

turma do 2º ano A

vespertino

Foto 4 - culminância

O Sr Nailo Rezende Barbosa, 68 anos concedeu uma entrevista com exclusividade

para o projeto. Ele é uma história viva do Distrito, pois vive desde a infância no Distrito e por

isso conhece bem toda mudança que ocorrida na região. Mostra a primeira turma de

concluintes da escola em 2005, ano em que a escola foi fundada.

Registros documentais do cartório do distrito de Anhanduí e da igreja católica Santa

Catarina para comprovação de fatos históricos e fotografias que possam corroborar as

informações orais oferecidas por seus mais antigos moradores.

Entrevistas filmadas e gravadas com familiares do senhor Francisco Cândido de

Rezende bem como fotos e documentos que possam ajudar na construção de sua linha do

tempo onde narraremos sua trajetória de vida e trabalho.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

132

ESCOLA ESTADUAL POLO PROFESSORA EVANILDA MARIA

NERES CAVASSA-EXTENSÃO DOM BOSCO47

RÁDIO DB ON

Turma Multiseriado – Matutino e Vespertino

Professores responsáveis Rita M. e Mello Laurentino

Marcus Vinicius K. de Araújo Claudinéia Martins Sandra Márcia. Juliano Vicente lima

A RÁDIO DB ON parte do projeto Conecta 2015 surgiu de uma desavença banal

dentro da sala de aula. Os alunos tinham dificuldade de ser relacionarem entre si, gerando um

desafronto e conflito. O projeto Conecta precisava transformar aquele problema numa

alternativa promovendo a construção, ou melhor, a reconstrução de valores da boa convivência;

principalmente o respeito.

Em buscas de novas alternativas para as escolhas de suas verdades e alimentar seus

sonhos para um futuro promissor dentro da sociedade, a criação da RÁDIO DB ON, através

desse processo educativo os jovens poderá sair da indiferença, da desesperança, da apatia, dos

descaminhos, permitindo e provocando-os a definitivamente assumir uma nova atitude, um

olhar mais humano e respeitoso.

E o imprescindível: com o envolvimento de todos, como são poucos alunos do ensino

médio, prefere-se exaltar as do ensino fundamental. Duas turmas no período matutino e duas no

período vespertino. São turmas pequenas e com alunos que sofrem distorção série/idade

gritante. Não ultrapassam 20 alunos por turno, o que facilita a prática. São alunos que chegam

com baixa estima e acreditando que o estudo nada vale.

O contexto epistemológico influencia também. Muitos assumem postura de derrota,

apatia, descrença e acham que a vida não tem mais jeito.

De acordo com o pensamento Freiriano, comunicação, é diálogo, na medida em que não

é a transferência de saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação

dos significados. E o que propõe Mario Kaplún48

são produtivas para pensar projetos e

experiências nessa temática, onde salienta a importância da comunicação para a construção do

47 Diretor: Antonio Fernandes. Coordenador(es) Pedagógico(s): Erika

Karia B. da Costa, Elizabeth Lira e Vanderson Silva. PROGETEC: Diego

Franco Ventura. Multiplicador: Divino Nabhan Andrade.

48 Mario Kaplún, argentino de nascimento, uruguaio por opção, venezuelano por acolhimento durante o exílio

político. Por isso não é de se estranhar que o livro tenha sido escrito como material didático para um curso a ser ministrado

no Peru, a convite do brasileiro Darci Ribeiro e publicado originalmente no Equador por uma instituição com atuação

continental, o Centro Internacional de Estudios Superiores sobre Periodismo para a América Latina (Ciespal), órgão criado

pela Unesco.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

133

conhecimento, conforme a Foto 1. As coisas que realmente aprendemos, a partir do qual

comprovaremos serem aquelas que tivemos a oportunidade de comunicar aos outros as que de

fato tornaram-se conhecimento.

Visualiza um processo educativo onde se possa incorporar comunicação como

elemento fundante dos sujeitos e, assim, pensar na passagem “do educando ouvinte ao

educando falante”, afirma Kaplún.

Primeiro fizeram muitas pesquisas em livros e revistas, entrevistas, de acordo Foto 2.

Poderão perceber que aquele que, ainda não lê com desenvoltura, no final o fará com total

segurança. Os alunos puderam, além de escutarem a própria voz, darem opiniões, e com os

efeitos sonoros à rádio deu seu ar da graça.

As edições contemplaram os estilos, Instrumental, rap, forró, sertanejo e eletrônico.

Nas aulas de arte também foram criados as capas dos cds onde cada edição será gravada.

Os cantores dos gêneros contemplados foram feitas releituras destes artistas, que

seguem em anexo. Sem contar com a participação da comunidade do patrimônio público, que

foi entrevistada pelos alunos levando a participação de convidados visto na Foto 3.

Foto 1 - Exposição de vinil

Foto 2 - Pesquisa de notícia Foto 3- Entrevista com

convidado

Os alunos desenharam através da técnica luz e sombra o slogan da Rádio DB ON.

Escolheram rimas que combinaram com esse slogam.

Foto 4 – Desenho logomarca da

rádio

Foto 5 – Outro desenho logomarca

da rádio

Foto 6- Reprodução da foto no

computador

Registraram em nas pastas tanto de papel, quanto no computador todas as

informações que pressuponham ser importantes, para que todos pudessem apreciar as novas

descobertas feitas sob a orientação do docente de cada disciplina. Em seguida, fizemos a

seleção das informações mais significantes dos melhores desenhos que escolhemos ser a

logomarca da rádio conforme a Foto 4 e 5.

Os recursos utilizados foram basicamente o computador, o gravador de voz, programa

com efeitos sonoros, máquina fotográfica e o empenho dos alunos, professores. As notícias

relativas a alguma matéria específica, o professor dava uma entrevista explicativa. Traziam

sugestões também e sem contar com o apoio pedagógico da escola e do professor gerenciado

de tecnologia.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

134

Foto 6 - Edição do áudio e a

culminância do projeto

Foto 7 – Reprodução no

computador

Foto 8 - Culminância

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No começo os alunos não mostrava o interesse na participação do projeto Conecta

2015. Não imaginavam que fossem capazes e chegar ao ponto de satisfação, alegria e prazer

com o resultado que atingimos. Ações mostradas no gráfico descreve a importância do projeto

como construtor de valores, antes de ser executado. Avaliação foi realizada em cima das

características apontadas como: falta de respeito, compreensão, autoestima coletivismo e o

desinteresse.

Conforme os estudos feitos, mensura-se que as ferramentas tecnológicas podem ajudar

os estudantes a ter o contato com a vivência e que possam experimentar a arte de serem os

maiores e melhores, em motivação para cada vez mais buscarem o conhecimento capaz de

transformar o meio em que estão. Percebemos que antes do projeto tínhamos a porcentagem de falta

na escola de 15%, a compreensão deles era de 10%, o coletivismo deles de 23%, a autoestima de 26%

e o desinteresse apontava 26%.

Após a aplicação do projeto podemos afirmar que as porcentagens foram melhoradas para

falta na escola caiu 9%, a compreensão aumentou para 25%, o coletivismo deles para 25%, a

autoestima aumentou para 29% e o desinteresse caiu para 12%.

REFERÊNCIAS

BALTAR, M. Competência discursiva e gêneros textuais: uma experiência com

o jornal em sala de aula. 2. ed. Caxias do Sul, RS: EDUCS, 2006.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974.

KAPLÚN, Gabriel. Mario Kaplún: El Viajero. Disponível

em http://www.lateja.org.uy/elpuente/epkaplun.htm, 1998 . Acessado em 23 de outubro

de 2015.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

135

ESCOLA ESTADUAL POLO PROFª REGINA LÚCIA ANFFE

NUNES BETINE49

1ª Fase do Matutino

3ª Fase do Vespertino

Professoras responsáveis

Esther Aparecida Sebastião

Rosaria Bianchi

1ª e 5ª Fases do Matutino

4ª e EM. do Vespertino

Professoras responsáveis

Neulisiane de Moraes

Selma Maria da Silva

Rubens Mudo

Jucelino Acosta

3ª Fase do Matutino

4ª Fase do Vespertino

Professores responsáveis

Lucianne Barros Sanches

Sandra Mara Gomes

Maria Ester Benites

O Projeto Conecta desenvolvido no ano de 2015 na Escola Estadual Polo

Professora Regina Lúcia Anffe Nunes Betine teve como seu tema gerador “Sala de aula

Saberes em Foco”, sendo este desenvolvido nas seguintes unidades: Estabelecimento Penal

Irmã Irma Zorzi - EPFIIZ, Instituto Penal de Campo Grande - IPCG, Estabelecimento Penal

Jair Ferreira de Carvalho - EPJFC. Nesse ano o Projeto Conecta foi desenvolvido em

subtemas específicos por cada unidade, sendo: EPFIIZ – Matutino e Vespertino: Saúde da

Mulher, IPCG Matutino e Vespertino: “Fazendo da Vida uma Poesia” e EPJFC – Período

Matutino: “Entrelaçando Saberes” e no Período Vespertino “Higiene das Mãos e os

Benefícios de Parar de Fumar”.

As turmas prioritárias escolhidas para o desenvolvimento do projeto surgiram de

acordo com a nossa maior necessidade encontrada em sala de aula, que é de diminuir o

número de evasões na escola.

Os PROGETECs da Escola Regina Betine desenvolveram o Projeto Conecta junto aos

professores regentes utilizando as tecnologias disponíveis para enriquecer o fazer pedagógico

e desta forma diminuir o número de alunos evadidos. Os recursos mais utilizados pelos

PROGETECs foram: Sala de Tecnologia – STE, Data Show, Artur, Microfone, Câmera

Digital, Laptop, Aparelho de Som, TV, DVD, Aparelho de Som e Pendrives; sendo os

recursos tecnológicos adequados à realidade de cada Unidade Prisional.

No EPFIIZ as alunas trabalharam com a temática específica “Saúde da Mulher”, e

dentre os trabalhos desenvolvidos pelos professores houve apresentações sobre as doenças

sexualmente transmissíveis e seus métodos de prevenção e tratamento, atividades culturais

49 Diretora: Regina Lúcia Rosa Salles. Diretora Adjunta: Ana Lúcia

Atanásio Fontoura. Coordenadora Pedagógica: Leandra Maria Luna

Navarros. PROGETECs: Diogo de Oliveira, Gabriel Magalhães de Oliveira

e Iranilda Bordon Buchara. Multiplicador: Divino Nabhan.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

136

como a composição de uma música temática sobre o outubro rosa e o seu significado como

mês direcionado à saúde da mulher e o desenvolvimento de histórias em quadrinhos contendo

situações envolvendo a saúde da mulher, a gravação de vídeos falando da importância do

cotidiano da escola na saúde mental das alunas, jogos de raciocínio lógico e experiências

científicas além de aulas de educação física com aparelhagem para exercícios.

No IPGC o tema do Projeto foi “Fazendo da Vida uma Poesia”, e as fases foram

selecionadas por possuírem grande dificuldade na oralidade, leitura e escrita. Realizou- se

levantamento prévio do conhecimento dos alunos sobre poesia e foram distribuídos poemas.

Na roda de leitura houve primeiramente discussões dos poemas lidos e após, os alunos

desenvolveram suas próprias poesias. Com seus poemas em mãos digitaram na STE

utilizando o Word, e após a correção realizada pelas professoras elaboraram um varal poético

em sala de aula, e posteriormente os gravaram em áudio e como produto final foi elaborado

um livro de poesias por fases.

No EPJFC no período matutino foi trabalhado o “Projeto Entrelaçando Saberes”, a

dinâmica da realização deste Projeto baseou-se em divisão de vários grupos, onde cada

grupo representou as disciplinas: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História,

Geografia, Inglês e Arte. Foi realizado pesquisas, elaboração de textos, digitação dos textos,

elaboração de Power Point, produção de cartazes, composição do rap dos saberes e um livro

impresso. No vespertino o trabalho “Higiene das Mãos e Benefícios de Parar de Fumar”

pautou-se em uma campanha educativa trabalhando documentários, elaboração de textos na

STE e experimentos em sala de aula, assim conscientizando os alunos da importância de

realizar a higiene correta das mãos e o quanto é maléfico para saúde fumar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a realização do Projeto Conecta, nas fases prioritárias foi comprovado,

pelas falas de alunos e professores, que o sucesso da iniciativa foi inquestionável. Este

projeto foi de suma importância, pois os alunos apresentaram melhoria significativa nas

diversas disciplinas trabalhadas, que foram desde a Língua Portuguesa e Ciências até

Raciocínio Lógico e Arte, além de melhorias na leitura e escrita dos alunos participantes.

Além deste resultado positivo, a autoestima geral dos alunos aumentou e com esse

ganho de confiança em geral, os alunos sentem-se melhor para superar os desafios

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

137

encontrados por eles no processo educativo da escola. Outro ponto importante a se ressaltar é

que até o presente momento o desenvolvimento do projeto ainda gera efeitos após sua

aplicação, visto que poemas ainda são compostos espontaneamente, como também

percebemos mudanças nas atitudes de higiene e cuidados com o corpo e prevenção de

doenças, sendo estes alguns legados deixados pelo Projeto Conecta 2015.

REFERÊNCIAS

MELLO, Guiomar Namo de. Diretrizes Nacionais para a Organização do Ensino

Médio. Brasília: CNE, 1998, p. 33-36.

MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos."Temas transversais"

(verbete). Dicionário Interativo da Educação Brasileira - EducaBrasil. São Paulo: Midiamix

Editora, 2002, http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/dicionario.asp?id=60, visitado

em21/11/2012.

Educando para a liberdade: trajetória, debates e preposições de um projeto para a

educação nas prisões brasileiras – Brasília: UNESCO, Governo Japonês, Ministério da

Educação, Ministério da Justiça. 2006.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

138

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA ALICE NUNES ZAMPIERE50

TECNOLOGIA, HISTÓRIA E ARTE: TUDO É UMA COISA SÓ!

2º Ano B (E.M.) – Matutino

Professores responsáveis

Laurizete Cação Nicolau

Alcinéia Aparecida Sangalli

Celso Ricardo Guimarães

O Projeto Conecta ANZ 2015, “Tecnologia, História e Arte: Tudo é uma coisa só” foi

desenvolvido com a turma do 2º Ano B, período matutino, a turma foi selecionada em virtude

de recorrentes problemas com indisciplina relatados pelos professores.

O projeto foi desenvolvido a partir de três frentes de trabalho, arte, história e

tecnologia.

Foto 1 Aluno pintando a porta

da sala de aula

Foto 2 Marcadores de página Foto 3 Foto da turma em

frente a escola

Os alunos realizaram pesquisas e elaboraram material como um livro digital, vídeos

com entrevistas, marcador de páginas e realizaram uma revitalização das portas das salas de

aula.

Primeiro foram realizadas pesquisas utilizando a Sala de Tecnologia – tanto sobre a

professora Alice quanto dados da escola. O objetivo foi a realização de um livro digital.

Foto 19 Alunos explicando o

projeto nas salas de aula

Foto 20 Inauguração das

releituras das portas

Foto 21 Exemplar do cartaz

informativo

50 Diretora: Vera Luiza Galvan. Diretora Adjunta: Márcia Moreira Vicente. Coordenadora

Pedagógica: Gladys Merci Martins. PROGETEC: Thaís Umar Neves. Multiplicador: Nésio

Alamini.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

139

Em relação às portas. Primeiro passo: Foi realizada uma reunião com os alunos e

professores, para organizar um modo de arrecadar dinheiro para comprar tintas das portas.

Segundo passo: Foi feita uma pastelada, junto à direção ainda com a intenção de

arrecadar fundos pra execução das pinturas.

Terceiro Passo: A realização de um brechó foi mais um modo de arrecadar dinheiro

para realização do projeto.

A escola não tinha verba suficiente para realizar o projeto da pintura das portas. Então,

os alunos do 2°B se reuniram para realizar o brechó. As roupas vendidas foram doadas pelos

membros da comunidade escolar e o dinheiro arrecadado foi dividido entre o Conecta e uma

doação para um aluno que precisava de recursos para um tratamento de saúde, foi uma forma

de envolver os alunos em uma ação de colaboração social.

Quarto passo: Pesquisa na internet alguns autores de destaques e principais obras de

cada período da Arte foram selecionados autores como Leonardo da Vince, Picasso, Tarsila do

Amaral, Edvard Munch, entre outros.

Quinto passo: A pintura das portas foi realizada durante as férias de julho. Foram feitas

releituras das obras, primeiramente em papel. Este esboço foi transposto para as portas e com

ajuda dos professores.

Sexto passo: Inauguração das portas com a participação do Grupo de Hap Universo

Lírico e depois explicamos em todas as salas o motivo das portas estarem pintada .

Ao lado de cada releitura foram postos cartazes plastificados com informações sobre a

obra original e seu autor. Esses cartazes permanecem fixados para que as informações estejam

sempre disponíveis aos alunos.

E

ENTREVISTAS

Como parte integrante do processo de pesquisa sobre a história da escola, os dados

obtidos pela pesquisa digital se mostraram muito restritos. Como a professora Alice Nunes

Zampieri foi moradora da cidade de Campo Grande, alguns de seus descendentes

permanecem como residentes da mesma.

Dessa forma, após contato com alguns membros da família da professora, foram

marcadas entrevistas, no ambiente escolar para obtenção de informações sobre a

personalidade da nossa personagem principal, histórias familiares, curiosidades, entre outras.

Foto 22 Entrevista com Isac Zampieri Foto 8 Foto da turma com a bandeira da Escola

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

140

As entrevistas tiveram como objetivo coletar mais informações sobre a vida da prof°

Alice Nunes Zampieri . O processo foi feito com Neto Isac Zampieri , Duas das sete Filhas,

Ecila Karolina, a penúltima filha da Prof° Alice e Marilda Zampieri Vieira, a filha numero

cinco, com a diretora Vera Luiza e uma funcionaria da Escola Alice Nunes Zampiere D.

Lurdes Guardiano que trabalhou na escola desde sua fundação até o ano de 2015. Primeiro

foram selecionadas as perguntas para cada um dos entrevistados, foi feito vídeos e gravado

áudios das entrevistas.

Foto 9Entrevista com as filhas da Professora

Alice

Foto 23 Processo de pintura das portas

O projeto foi responsável por uma efetiva mudança na disciplina e responsabilização

da turma. A escola ganhou uma nova cara com a pintura das portas, e a comunidade pode

partilhar mais sobre a identidade da escola, entendendo sua história.

REFERÊNCIAS

Projeto Político Pedagógico: Escola Estadual Professora Alice Nunes Zampiere.

Campo Grande: 2014

LICHTENSTEIN, Jacqueline; A pintura - textos essenciais; São Paulo: Editora 34, 14

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

141

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA BRASILINA FERRAZ

MANTERO51

CONECTA ÓPTICA

2º Ano A (EM)- MATUTINO

Este trabalho teve por objetivo desenvolver nos alunos a pesquisa e o trabalho

científico como prática cotidiana. Para tanto foi escolhido, junto aos professores e a

coordenação, uma turma com baixo rendimento na opinião do corpo docente e um tema que

proporcionasse desafios teóricos e que estimulasse a pesquisa nas áreas de mais dificuldade

desta turma. A turma escolhida para o projeto foi o 2º ano A de Ensino Médio, no período

matutino. Foi sugerido pelo PROGETEC, juntamente com a professora da disciplina de Física

que trabalhassem em pesquisas voltadas a área das ciências exatas, sendo esta a área de maior

dificuldade da turma.

Desta forma, para uma abordagem prática e condizente com a realidade do cotidiano

dos alunos, foi sugerido o tema Óptica, visto que a própria necessidade de se ver e

compreender o que se percebe através da percepção da realidade é princípio sine qua non para

o desenvolvimento humano em todos os âmbitos.

O projeto foi pensado seguindo uma linha do tempo para se observar como se deu o

desenvolvimento da Física e do conhecimento da Óptica no mundo. Foi realizada, a partir de

reuniões com os professores, a escolha de quatro personagens da Física que revolucionaram a

história da ciência no mundo: Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Isaac Newton e Johannes

Kepler. Cada um destes teóricos fizeram contribuições importantes à Física e,

consequentemente, mudaram a História da Humanidade.

A proposta do projeto foi aceita pela turma e pela comunidade escolar, visto a

necessidade da turma com relação à área e pela validade e possibilidades do tema, e aconteceu

no percurso do terceiro bimestre, contando como instrumento de avaliação da aprendizagem,

acatado por todos os professores da escola. A turma contou com o apoio do Instituto de Física

e da Casa da Ciência e Cultura, instituições da Fundação UFMS.

51 Diretor: Roberto Assaf Jorge Nesrala. Coordenador(es) Pedagógico(s):

Maria Socorro de Lima. PROGETEC: Jonathan Olafson Fernandes.

Multiplicador: Edma Ferreira da Silva Souza.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

142

A parceria com a universidade representa, tanto para os alunos quanto aos professores,

a possibilidade de ampliação dos horizontes de possibilidades no desenvolvimento do

conhecimento ligados aos campos das ciências exatas. Os trabalhos renderam frutos

importantes à escola como o ingresso da turma no Projeto Jovens Astrônomos, viabilizado

pelo Instituto de Física e Casa da Ciência e Cultura da UFMS.

O trabalho passou por quatro etapas fundamentais. A primeira etapa foi dividir a turma

em equipes a partir do momento em que se apresentou o tema geral Óptica e os subtemas:

História dos grandes personagens da Física (N. Copérnico, G. Galilei, I. Newton e J. Kepler);

Funcionamento do globo ocular humano; Montagem de um telescópio; Montagem de uma

câmera fotográfica caseira; Ilusões de óptica.

Após a divisão das equipes foi realizado a construção de um cronograma de trabalho

entre as equipes dividindo o prazo para o desenvolvimento dos trabalhos em dois momentos

principais, o primeiro relativo à pesquisa teórica que seria realizada na STE da escola e na

biblioteca. O segundo momento seria para a construção dos trabalhos tanto teóricos, artigos,

quanto o da apresentação para a Culminância, osVídeos curtos de 05 minutos ou

apresentações culturais.

Com a montagem dos cronogramas cada equipe tratou de elaborar um roteiro de

trabalho onde pensaram na melhor forma para realizar suas pesquisas e a construção do

trabalho final. Assim a STE foi utilizada para as pesquisas, os alunos vieram nas aulas cedidas

pelos professores participantes do projeto nas disciplinas de Física, Matemática e Química.

As equipes trataram de realizar as pesquisa e já produzirem os artigos referentes ao

conteúdo teórico que seria utilizado como uma das avaliações do Projeto, possuindo a metade

na nota do trabalho. Na construção dos artigos os alunos receberam pequenos cursos de

formatação de trabalhos científicos a partir das normas da Associação Brasileira de Normas e

Técnica (ABNT).

Como segunda metade da nota das equipes, os alunos construíram vídeos de curta

duração para apresentar suas pesquisas e a forma como foram descobertos novos

conhecimentos. Os alunos apresentaram todo este material na culminância do Projeto Conecta

Escola que aconteceu no dia 24/09/2015, como nota para o terceiro bimestre da turma do 2º

ano médio em todas as disciplinas.

Consideramos este trabalho como positivo pelo resultado obtido com a turma do

segundo ano médio da escola. Porem, tudo o que foi realizado este ano foi apenas uma prévia

do que será feito no ano de 2016. A Escola foi inscrita no Projeto “Escola de Jovens

Astrônomos”, projeto do Instituto de Física/Casa da Ciência e Cultura da Fundação UFMS.

Portanto, por mais que se note expressivo o desenvolvimento da turma este ano, com as

pesquisas, o trabalho de produção de artigos e vídeos, os alunos ainda serão trabalhados mais

no ano de 2016 no projeto vinculado a UFMS.

O trabalho realizado só foi possível pelo apoio do corpo docente e equipe gestora da

escola. A turma do 2º ano médio realizou o projeto tendo os cuidados e o acompanhamento

não apenas dos professores das disciplinas inscritas no Projeto, como de toda a comunidade

que participou ativamente da construção do projeto teórico.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

143

Equipe responsáveis pela montagem do Globo

Ocular Humano Turma do 2º ano Médio na

Semana da Ciência e

Tecnologia

Equipes Construindo os

artigos e produzindo os vídeos

REFERÊNCIAS

ALVES, G. L. O universal e o singular: em discussão a abordagem científica do regional. In: ALVES, G. L.

Mato Grosso do Sul: o universal e o singular. Campo Grande, MS: Editora Uniderp, 2003.

COSTA, Carlos Irineu da. Glossário. In: LÉVY, Pierre. Cibercultura. [Tradução de

Carlos Irineu da Costa]. São Paulo: Editora 34, 1999.

FURLAN, Maria Ignez. Avaliação da aprendizagem escolar: convergências, divergências. São Paulo, SP. Ed

Annablume, 2007.

LUCKESI, C. Avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando conceitos e recriando a prática, Malabares

Comunicação e Eventos, Salvador/BA, 2005, 2ª edição (revista), 115 páginas.

MASETTO, Marcos T. Mediação pedagógica e o uso da tecnologia. In: MORAN, José

Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e

mediação pedagógica. 6. ed. Campinas: Papirus Editora, 2000. (Coleção Papirus

Educação)

RODRIGUES, Neidson. Da mistificação da Escola a Escola necessária. São Paulo, SP. Ed Cortez / Autores

Associados. 6ª ed. 1992.

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-crítica: primeiras aproximações. São Paulo, SP. ed. Cortez: ed

Autores Associados, 1991. Coleção Polêmicas do nosso tempo, vol. 40. 1994.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

144

ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR CARLOS HENRIQUE

SCHRADER52

TODOS PELA APRENDIZAGEM

6º Anos (A e B) – Matutino/Vespertino

Professores responsáveis

Eliardo Ribeiro da Silva Faustino

Liliana de Souza Araújo

Márcia Vilalba Arevalo

Viviane Gualberto Ferreira Carmona

O Conecta do ano de 2015 “Todos pela Aprendizagem” foi possível em nossa escola

porque consideramos a aprendizagem dos alunos como responsabilidade de todos, tendo

como objetivo maior o Projeto de Acompanhamento Educacional. Esse projeto é uma das

ações que deve consolidar e ampliar conhecimentos, enriquecer as experiências sociais e

culturais dos alunos e ajudá-los a vencer obstáculos em sua aprendizagem, favorecendo o

sucesso na escola e na vida.

Como toda ação pedagógica, esse acompanhamento requer um cuidadoso

planejamento, definição de metas, escolha de alternativas e envolvimento dos interessados.

Por isso, o nome “Todos pela aprendizagem”. Envolvendo as turmas prioritárias do 6° ano

“A” matutino e 6° “B” vespertino.

Descrever, na forma de um texto corrido, como se deu o desenvolvimento de cada um

dos projetos, detalhando as etapas realizadas e focando o uso das tecnologias envolvidas.

Nessa parte, deve haver citações bibliográficas que embasem as ações de cada projeto,

podendo ser utilizados também trechos do PPP da escola.

Importante: Também deverá conter uma foto de cada projeto sendo desenvolvido, à

medida que for sendo relatado.

52 Diretor: José Carlos de Santana. Coordenadora Pedagógica: Cecília

Pereira Felício. PROGETEC: Roberto Pereira Teodosio. Multiplicadora:

Marcia Vanderlei de Souza Esbrana.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

145

A aprendizagem da leitura ocorre quando os alunos participam de situações nas quais a

linguagem escrita é usada junto com pessoas que exercem práticas de letramento.

É importante também, que os alunos saibam que bons leitores lançam mão de estratégias e

procedimentos para construir significados sobre o texto, com o auxilio das tecnologias existentes

na escola, podemos lançar mão da sala de tecnologia com a finalidade de pesquisar a escrita e toda

sua estrutura, dando início a uma gama de possibilidades visto que se ficarem apenas nos livros

didáticos os deixariam limitados e o intuito desse projeto é ampliar seus horizontes e os tornarem

mais questionadores e pesquisadores.

Desenvolver as habilidades de leitura é desenvolver procedimentos próprios dos leitores

fluentes, é desenvolver nos alunos a possibilidade de entender a leitura como algo interessante e

desafiador, uma conquista que possa lhes dar autonomia e independência.

A proposta aqui apresentada é que o processo de produção textual seja planejado pelo

aluno com a ajuda do professor, e que antes de redigir, ele possa responder às seguintes perguntas:

o que comunicar; como escrever; quem serão meus possíveis leitores; que linguagem usar; quais

informações essenciais; qual será o suporte; dentre outros.

No que tange, especificamente, ao ensino aprendizagem da produção de textos,

reconhecerem que a língua padrão é apenas uma das variedades da Língua, própria de práticas

sociais específicas do uso da escrita; é reconhecer que cada situação pede um determinado uso da

língua que pode variar entre o mais formal ou menos formal; entre o uso de uma ou de outra

variedade.

Em consonância com a Língua Portuguesa trabalharam o ensino da matemática estando

esta presente nas escolas, quase que exclusivamente, valorizando o desenvolvimento de atividades

situadas no plano do registro e, mais especificamente, o da escrita simbólica, através do uso de

algarismos, variáveis e formas geométricas, negando que a atividade matemática na escola deva

contemplar seus mais diversos planos, sem criar separações e fragmentações.

A construção do conhecimento matemático constitui-se em um longo e complexo processo

que, por vezes, não é trabalhado pela escola de forma plena. A atividade matemática tem dois

níveis de representações importantes: um primeiro que é o da representação mental dos conceitos,

e um segundo que é o da representação via registros, em especial o da escrita.

É por intermédio de uma relação mais questionadora e investigativa do professor, no

espaço da sala de aula, que se construirá uma concepção de matemática menos fragmentada e

mais articulada e dinâmica.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este texto visa propiciar a reflexão sobre uma dentre várias maneiras de se ensinar não

só matemática como qualquer outra disciplina e que cumpra os requisitos de relevância, na

busca de uma educação com qualidade.

Aqui se defendeu que, para ter relevância no aprender, a formação precisa reconhecer

a presença da matemática nas atividades humanas, das mais rotineiras às mais complexas.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

146

Deve, além disso, tornar acessível a todos o acervo de conhecimentos existentes na

escola historicamente acumulados com seus DVDs e CDs biblioteca, TV escola entre outros.

A relevância da formação nutre-se também da exploração das conexões do

conhecimento matemático, seja entre as suas subdisciplinas, seja com outros saberes

científicos, sem esquecer que todo conhecimento matemático relevante está associado a

alguma prática social.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Fernando José de. Educação e Informática. Os computadores na escola.

São Paulo: Cortez, 1988.

https://cenfopmatematicasignificativa.files.wordpress.com/2011/04/projeto-do-6c2ba-

ao-9c2ba-ano.pdf

Vídeos do youtube.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

147

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA CÉLIA MARIA NÁGLIS53

FÁBULAS ANIMADAS E ENCANTADAS

Foto - Logomarca Conecta 2015

(o quebra cabeça do conhecimento

“fábulas animadas e encantadas”

6º Ano A – Matutino

Professor (Es) MATUTINO: 6º ANO A

Ana Maria Soares

Jose Luis De Oliveira Vicente

Natália Felix Amaral

Sandra Edlaine Do Nascimento

Eunice Teles Castro Nemet

5º Anoa, B E C – Vespertino Professor (Es)

Vespertino; 5º Ano A

Edwirges Da Silva

Regiane Pinheiro Da Silva

Suzana Alves De Jesus

Eliane Dos Santos Gonçalves

Professor (Es) Vespertino; 5º Ano B

Ana Paula Barbosa Da Cruz

Regiane Pinheiro Da Silva

Suzana Alves De Jesus

Eliane Dos Santos Gonçalves

Professor (Es) Vespertino: 5º Ano C

Izabel Gonçalves

Cátia Regina Ferreira Garcia Prado

Suzana Alves De Jesus Eliane Dos Santos

Gonçalves Arte

A proposta de trabalhar com este projeto é transmitir uma mensagem de sentimento

respeito e dignidade pela pessoa humana, a pretensão é demonstrar a força que a fábula pode

exercer uma melhora na construção do conhecimento do aluno assim motivando-os para a

leitura com o auxilio dos meios tecnológicos, dando informações básicas para que o aluno

possa interagir com os outros membros do meio. Transformando a leitura e a escrita em uma

forma prazerosa de conhecimento.

Dessa forma, a equipe pedagógica da Escola utilizou o dia “da fábula” para a criação

do logo da turma como forma de estratégias para abordar a temática.

53 Diretor: José Antonio De Souza E Silva. Coordenador(es)

Pedagógico(s): Claudete Soares De Andrade Gomes. PROGETEC:

Vanesca Ferreira Lima Martins. Multiplicadora: Edma Ferreira da Silva

Souza.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

148

A escola (Foto1) atende alunos do 5º ao 9º anos do ensino fundamental com dois

turnos matutino e vespertino, a Proposta Pedagógica da Escola tem como objetivo intensificar

o desenvolvimento de ações cooperativas para a melhoria no processo de ensino

aprendizagem. O desejo de todos, hoje, é a democracia participativa, sendo que isso ocorreu

durante o desenvolvimento desse projeto.

A utilização de amimais nas fábulas contribui para que a criança encontre um elo

entre o mundo fantástico da leitura e o seu mundo real, isso ajuda o pequeno leitor, que possa

captar a mensagem e transmiti-la para sua vida, permitindo que a criança envolva seu mundo

com o da fábula, com isso a criança pode interagir o mundo imaginário com o real e

facilitando a compreensão textual.

Considerando que a fábula é uma tipologia textual que instiga discussões e reflexões a

respeito da moral, serão desenvolvidas estratégias que viabilizem tal meta, através do projeto,

O Mundo Fantástico das Fábulas Animadas, em que o educando vivenciará de forma lúdica e

prazerosa, o ato de ler, interpretar e produzir textos e mini filmes animados. Pois a fábula é

um dos instrumentos essenciais na construção de valores morais e sociais do aluno. Logo,

deve ser inserida na infância com o intuito de formar adultos mais críticos como assevera

Góes (1991) “a fábula é uma forma literária indireta na exposição de sua expressão, de caráter

crítico”.

O projeto desenvolvido na E.E. Profª. Célia Maria Náglis, com o apoio da STE,

começou em meados de abril com a divulgação do conecta escola 2015, no 1º momento foi

marcado uma reunião com professores coordenadores e direção, assim aproveitei para falar

um pouco da STE, depois de uma breve discussão decidimos trabalhar turmas prioritárias as

turmas que farão as avaliações externas, após escolher o tema, dividimos por turmas do

mesmo nível, observei que os professores ficaram entusiasmados, no vespertino escolhemos

três 5º anos A, B e C, escolhemos somente três fábulas que serão trabalhadas: O leão e o rato;

a raposa e as uvas; A cigarra e a formiga etc.

Não restam dúvidas de que planejar é adaptar, revolucionar, mudar, transformar a

prática educativa, no entanto, isso só é possível com a participação coletiva.

Essa participação ocorreu através de atividades desenvolvidas pela escola, sendo

impulsionada pelo NTE, Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso do Sul e pela

Direção e Coordenação Pedagógica desta Unidade Escolar.

Nesta perspectiva, o diálogo, a comunicação, a intervenção, foram fatores relevantes

para o intercâmbio de experiências, vivências, integrações entre os envolvidos.

O impacto das atuais transformações políticas, econômicas, sociais, culturais e

tecnológicas pelas quais passam o país e o mundo leva os profissionais envolvidos com a

educação a repensar o papel da escola e do próprio ensino, interferindo nos hábitos, valores e

atitudes das pessoas que buscam informações mais rápidas, precisas e eficientes. Com isso

abrangendo a Tecnologia, cultura história e metodologia.

A intenção deste projeto é fazer com que os alunos buscam a integração e valorização

do ser com a interação da fábula com o meio.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

149

Assim, trabalharemos o projeto de forma interdisciplinar envolvendo todas as áreas de

conhecimento, proporcionando condições de conhecimento da cultura popular entrelaçado a

natureza lúdica como atividades: leitura, personagens, hábitos, literatura, música etc.

De acordo com Vygotsky: “O brincar é uma atividade humana criadora, na qual a

imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de

interpretação, de expressão e de ação pelas crianças, assim como novas formas de construir

relações com outros sujeitos, criança e adultos”. (ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE

ANOS, 2007, p.35).

Porquanto o conhecimento é fruto de um intenso trabalho de significação, onde os

conhecimentos prévios ou coleta de dados/hipóteses se constituirá fundamento das ações de

trabalho. Trabalhar com projetos na visão de OLIVEIRA (2002, p.242) confirma: “O projeto

didático pode possibilitar às crianças diferenciar suas próprias experiências das de outras

pessoas, pensar o presente e o passado, o sentido do tempo e do espaço como construção

histórica organizada socialmente para atender necessidades criadas nas comunidades e

trabalhar o tempo como ato de liberação do presente, considerando as diferentes

temporalidades existentes no cotidiano.

Diante deste aspecto as situações pedagógicas serão intencionais, orientadas pelos

professores a fim de que os alunos compartilhem suas descobertas e experiências,

comuniquem e atribuam sentidos as sensações, sentimentos, pensamentos e realidade por

vários meios.

Assim objetivando apresentar as fábulas, como uma forma de transformar o ser em

outro. Estabelecer um programa que possa direcionar o uso pedagógico das tecnologias

educacionais e recursos midiáticos, por meio do desenvolvimento de projetos locais, visando

melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem dos alunos da escola.

TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO

Em nossa prática pedagógica temos o intento maior de articular com a comunidade

reconhecendo sua realidade social, para que cientes das mesmas possamos traçar nossas

estratégias metodológicas, através das quais esperamos contribuir para a formação de

cidadãos críticos.

Diante do exposto identificamos a concepção teórica Progressista, inspirada na

tendência Histórico-Crítica, de Demerval Saviani, como a que mais se aproxima do contexto

de ensino com o qual trabalhamos.

[...] serão métodos que estimularão a atividade e iniciativa dos alunos sem

abrir mão, porém, da iniciativa do professor; favorecerão o diálogo dos

alunos entre si e com o professor mas sem deixar de valorizar o diálogo com

a cultura acumulada historicamente; levarão em conta os interesses dos

alunos, os ritmos de aprendizagem e o desenvolvimento psicológico mas sem

perder de vista a sistematização lógica dos conhecimentos, sua ordenação e

gradação para efeitos do processo de transmissão-assimilação dos

conteúdos cognitivos. (SAVIANI, 1992, p. 79).

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

150

Os passos da metodologia: 1° prática social (ponto de partida); 2° problematização; 3°

instrumentalização; 4° catarse (acepção gramsciana1); 5° prática social (ponto de chegada).

O conhecimento emerge da história da ação humana, das práticas humanas

recorrentes. É a história das práticas humanas que dá um sentido ao mundo. O conhecimento

se constrói sempre sobre a base de um novelo de ações e á sobre a lógica desse entremeado de

ações que é preciso agir para poder, justamente, abri-lo para a flexibilidade e a transformação.

A escola privilegia a aquisição de um saber vinculado às realidades sociais e, dos quais

os métodos favoreçam a correspondência dos conteúdos para que os alunos tenham o auxílio

de compreensão da realidade – prática social, mormente diante das reais competitividades

neste mundo globalizado.

De acordo com o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola Célia Maria Náglis do

ano de 2014. “A concepção de ensino em nossa escola, pensada, dará ênfase as Relações

Sociais e de Comunicação objetivando a transformação dos indivíduos, para que possam ter

visões otimistas, tornando-os ousados, articuladores de suas próprias possibilidades e

formação”.

O projeto será desenvolvido de março a novembro de 2015, nesse meio tempo os

professores desenvolverão atividades em sala de aula e na STE, A professora regente fará um

trabalho que ficou estabelecido assim Leitura de fábulas; Roda de leitura e interpretação oral

para os alunos que não possuem fluência na leitura e atividades ilustrativas.

Releitura da fábula lida pelos alunos que tem fluência na leitura e na escrita, Reconto

de fábulas trabalhadas; O leão e o rato; a raposa e as uvas; A cigarra e a formiga; A lebre

e a tartaruga e outras. Produção de pequenos textos; e ilustração onde os alunos

recontarão a sua própria fábula EM FORMA DE HQs.

Confecção de jogos variados: memória, quebra-cabeça, bingo e outros. Realização de

acróstico com a palavra fábula e o nome de alguns personagens escolhidos por eles; Ilustração

do ambiente das fábulas; Conhecer a origem das fábulas. Conhecer a história do famoso

escritor esopo, Ler fábulas, Produzir textos a partir de fábulas.

Desenvolver o gosto pela leitura e pela escrita. Reconhecer a fábula como gênero

literário que veio do conto popular; Reproduzir o texto oralmente, individual ou

coletivamente, mantendo a sequência dos fatos; Compreender a moral no texto; Descrever a

ambientação e os personagens da fábula; Confeccionar histórias em quadrinhos para

digitalizar e criar animação; Ampliar o conhecimento em relação a temática exposta.

Usar o dicionário e computador como fonte de pesquisa; Usar as mídias como forma

de ampliação do conhecimento específico; Realizar exposição de minifilmes e livros digitais

através de mídias existentes na escola.

Bom, eu particularmente gostei muito de desenvolver esse projeto na escola, pois no

começo foi um pouco difícil, mas após algum tempo todos participaram e no final as

apresentações ficaram lindas, porque todos ou quase todos os alunos participaram e a direção

coordenação e professores ajudaram e deu tudo certo.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

151

Foto 1: leitura e

dramatização das

fábulas

Foto 2: apresentação

fábulas

Foto 3: releitura em

forma de HQS

Foto 7: Banner

2015

Foto4: apresentação

cultural

Foto 5: making off dos

vídeos

Foto 6: atividades na

STE fábulas

REFERÊNCIAS

ROCHA, Ruth (Adap.). Fábulas de Esopo. Melhoramentos, São Paulo 1986

FERNANDES, M.T.O.S. Trabalhando com os gêneros do discurso: narrar fábula. São

Paulo: FTD, 2001.

KUPSTAS, Márcia. Sete faces da fábula. 1ª Ed. Moderna, São Paulo, 1992.

LDB nº 9394/966. Brasília:MEC, 1996.

Sistema Avançado de Pesquisa. Ensino Fundamental. Método de Ensino Atual. www.lendasfolclóricas.com.br.

(http://www.brasilescola.com/brasil/regioes-brasileiras.htm, acesso dia 22 de outubro de

2012).

OLIVEIRA, Zilma. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez,

2002.

VYGOTSKY, Lev. S. Pensamentos e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

152

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA CLARINDA MENDES DE

AQUINO54

EBOOK – CHÃO DE ESTRELAS

1º Ano C, D e E (E.M.) – Matutino

Professores responsáveis

Irami Gonçalves Fernandes Martins

Eva Selanir Blanco Braga

Camila Lins

Ana Flora Nimer Gomes

Ester Schiavi do Nascimento

Renata Camargo

Marion Flores Leal (Aux. de coordenação)

O livro E-BOOK sob o nome “Chão de Estrelas” foi proposto com o objetivo de os

alunos dos primeiros anos C, D e E se pronunciarem, questionarem, debaterem e criticarem,

bem como apresentar propostas de mudanças para problemas e temas contemporâneos que

tenham a ver com a sociedade na qual estão inseridos.

Ressaltamos que esse é o quarto volume do projeto que vem sendo desenvolvido

dentro da escola desde 2011, com intuito maior de possibilitar aos educandos maior

conhecimento de textos poéticos, motivando os a ouvir, ler e escrever e praticar ações leitoras.

Chão de estrelas é a representação do momento histórico conturbado, em que os

estudantes percebem as ocorrências dos fatos, questionam, debatem, criticam e apresentam

propostas de mudanças, para problemas que tenham a ver com a sociedade na qual estão

inseridos.

Ao longo do ano de dois mil e quinze, após extensa discussão entre professores,

coordenadores, PROGETEC e os alunos dos primeiros anos C, D e E tecemos o “Chão de

Estrelas”, que será impresso e apresentado como EBOOK, claro que constituído apenas de

pequenas produções autorais e, como toda obra, ainda não terminada.

Estas turmas foram escolhidas devido ao número de alunos repetentes e situações de

baixa autoestima, disciplina, aprendizagem entre outras dificuldades.

54 Diretora: Marlene Felipetto Rosi de Oliveira. Diretora Adjunta: Maria

Helena Oliveira Souza. Coordenador (es) Pedagógico(s): Veronice Lopes

de Souza Braga

PROGETEC: Alessandra Flores Rezende. Multiplicadora: Marcia

Vanderlei de Souza Esbrana.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

153

Vários foram os critérios adotados para a organização deste volume, um dos principais

foi o uso das tecnologias pelos professores colaboradores, no uso da sala de STE. Podemos

ressaltar experiências como: filmes, pesquisa em Wikipédia, wikcionário, textos, hipertextos,

o uso correto do Word em sua forma de escrita, correção textual, formatação, PowerPoint

para elaboração de pequenos textos adaptados para teatros, sala de leitura (biblioteca), leitura

de livros como poesia de Manoel de Barros, Fernando Pessoa, e alguns autores regionais

como Antonio Sodré, Américo Calheiros, além de outro tipo de sugestões de textos e

escritores. Dessa forma, a etapa mais difícil foi conquistar os alunos para a leitura de notas

críticas bibliografias, fazendo-os refletirem sobre problemas que os envolvem sob o ponto de

vista social, ético e moral.

Essas leituras e pesquisas na internet e o uso de várias tecnologias dentro das salas de

aula e na sala de tecnologia foram propostas até que os alunos se sentissem seguros para

produzirem seus próprios textos.

Neste volume os textos são autorais, houve a participação tanto dos educandos como

dos educadores, todos escreveram, mas alguns optaram por não ter seus textos publicados.

Houve a participação de alguns alunos dos segundos e terceiros anos, que serviram como

monitores para os colegas, com intuito de incentivar os colegas, pois os mesmos já

participaram da elaboração dos volumes anteriores.

Neste quarto volume podemos ressaltar que a implementação do uso das tecnologias

em sala de aula e sala de STE foi primordial para a produção deste livro, além do incentivo

para os professores sobre o uso dos mesmos com o planejamento de seus conteúdos, o

manuseio, uso de pesquisas, leitura, entre outros por parte dos alunos. Foi um conjunto de

fundamental importância.

Foto 1 - Profª Irami

passando vídeos de

crônicas com o auxílio

do tablet aos alunos

Foto 2 - Profª Ester com

os alunos - um teatro de

capitães de areia para

composição de temas

para o livro

Profª Irami com os

alunos digitando seus

textos

Alguns textos digitados

por nossos alunos

Muitos educadores no início do ano não sabiam, por exemplo, como usar uma lousa

digital, assim como alguns alunos não sabiam como usar o Word como ferramenta para

produzir textos. O “Chão de Estrelas” é a quarta edição de um projeto que teve início no ano

de 2011, surgiu como ideia para incentivar simplesmente a leitura e gosto pela poesia, e ano a

no foi crescendo, e neste volume o uso das tecnologias foi primordial, assim como os outros

três já produzidos anteriormente.

Surgiram resultados significativos para os educandos, tanto foi como sugestão dos

próprios alunos a transformação deste em um EBOOK para 2015.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

154

Quadro 1- Recursos utilizados no ano de 2015 para confecção do EBOOK

Recursos

Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Lousa

Interativa

19 5 8 10

Máquina

fotográfica

6

Rádio 6

Sala de leitura

(TV e Vídeo)

6 3

Caixa som com

microfone

8 65 113 32 144 101 90 172 28

Datashow 22 73 28 52 10 106 85 19 56 8

Projetor

Proinfo

132 95 246 204 48 254 213 179 227 61

STE 135 189 156 58 92 173 125 183 29

TOTAL 154 311 534 556 153 604 582 413 641 126

REFERÊNCIAS

Moraes, Vinicius de. Poesia Completa e Prosa. Volume Único. Rio de Janeiro – 2008

Neruda, Pablo. Cem Sonetos de Amor. Porto Alegre/RS – verão de 2007

Suassuna, Ariano. Auto da Compadecida. Agir Editora Ltda, 2005

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

155

ESCOLA ESTADUAL PROFESSSORA DELMIRA RAMOS DOS

SANTOS55

ÁGUA FONTE DE VIDA

2º Ano A (E.F.) – Matutino

ÁGUA FONTE DE VIDA

6º Ano A - Vespertino

Professores responsáveis

Marta Santos de Lima Souza

Luci de Oliveira Pompeu

Elis Regina Rodrigues

Professores responsáveis

Viviane Garcia Evangelista

Isabel Cristina

Atualmente sabemos muito bem que a educação é um processo fundamental na vida

humana, é por meio da aprendizagem que o individuo desenvolve determinados

comportamentos que o possibilitam viver e continuar aprendendo e conhecendo. Hoje, sem

dúvidas, a tecnologia é a fonte de produtividade, e de processamento de informação e de

comunicação (Manuel Castells, 2000).

Notamos que quanto mais aprendemos muito mais ainda temos para aprender. Sempre

desejamos mais do que possuímos no que se refere ao conhecimento. Sem dúvidas sempre há

uma vida inteira de sucessivas ações de aprendizagem. Como afirmado por Jean Piaget

(Ramozzi, 1984): Somos capazes de conhecer, de produzir conhecimento. Somos, portanto,

eternos aprendizes.

[...] o computador pode enriquecer ambientes de aprendizagem onde o

aluno, interagindo com os objetos desse ambiente, tem a chance de construir

seu conhecimento. Nesse caso, o conhecimento não é passado ao aluno. O

aluno não é mais instruído, ensinado, mas é o construtor do seu próprio

conhecimento. Esse é o paradigma construcionista, onde a ênfase está na

aprendizagem ao invés de estar no ensino; na construção do conhecimento e

não na instrução. (VALENTE,1998.p. 30).

Com o computador em mãos é possível construir, ampliar e enriquecer a

aprendizagem. Sendo então necessário também motivar o indivíduo para que ele aprenda e se

desenvolva, iniciando e continuando o seu processo de aprendizagem. Viver na era da

informática possibilita ao educador a oportunidade de levar até a escola as grandes mudanças

que estão ocorrendo na sociedade. O uso de redes de comunicação, de recursos multimídia

(como: vídeos, sons, imagens, conteúdos hipertextuais, softwares, entre outros), trazem para a

escola diferentes modos de representar e compreender o pensamento.

Pensando assim, decidimos desenvolver o projeto sobre a água, cujo tema escolhido

foi “Água, fonte da vida”. Envolvendo assim o uso das tecnologias e dos recursos midiáticos

disponíveis em nossa escola para a melhoria e qualidade do ensino e aprendizagem. Visto que

a água tem diversas utilidades ao homem como, por exemplo, para a irrigação na agricultura,

55 Diretor: José Martins Cunha. Coordenador(es) Pedagógico(s): Suely da

Silva Nunes Vieira. PROGETEC: Ana Lúcia da Silva Rodrigues Coppes.

Multiplicador: Roberto Wagner.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

156

a indústria, o uso doméstico, a pesca, a geração de energia elétrica, atrair o turismo e como

gerenciadora de empregos na infraestrutura de sua distribuição. Pensando na conservação da

água e do meio ambiente através da educação ambiental, motivamos a busca pela melhoria da

qualidade de vida através do desenvolvimento sustentável que assegure para a atual e as

futuras gerações uma água de qualidade e quantidade apropriada com um meio ambiente

saudável.

Este projeto teve como público alvo os alunos do 2º ano do Ensino Fundamental do

turno Matutino e o 6º ano do Ensino Fundamental do turno vespertino, turmas com problemas

de aprendizagem e indisciplina, o projeto foi desenvolvido em etapas através de pesquisas,

confecção de história de quadrinhos online e no editor de texto, teatros, slides, vídeo

produzidos pelos alunos de como economizar água em casa, cartilha informativa digital com

informações sobre: o desperdício, o ciclo da água, a poluição e dicas de economia e

reutilização, maquetes, palestra para a conscientização dos alunos. Os alunos também

visitaram a estação de tratamento de água da cidade.

A função primordial da escola nossa escola tem sido conduzir o aluno ao

conhecimento formal e a partir daí, motivá-lo a novas descobertas, soluções, inventos e novos

caminhos; compreendendo sua função cidadã e de agente ativo na transformação da história e

do meio social onde está inserido. Os alunos e professores devem ser estimulados a

publicarem suas pesquisas, produções e seus produtos finais. Nessa ótica, Antoni Zabala

sinaliza que:

É necessário oportunizar situações em que os alunos participem cada vez

mais intensamente na resolução das atividades e no processo de elaboração

pessoal, em vez de se limitar a copiar e reproduzir automaticamente as

instruções ou explicações dos professores. Por isso, hoje o aluno é

convidado a buscar, descobrir, construir, criticar, comparar, dialogar,

analisar, vivenciar o próprio processo de construção do conhecimento.

(ZABALLA, 1998).

Observou-se que ao participarem do projeto em questão, houve maior envolvimento,

interação entre colegas e professor. Notou-se o trabalho em equipe, a troca de ideias e

informações. Observou-se maior interesse dos alunos em participar das aulas, pois o tema foi

abordado de forma interdisciplinar.

Os alunos conheceram os benefícios da água tratada, da utilização e manutenção da

rede de esgoto, podendo se transformar em multiplicadores, já que é por meio da educação

que se forma uma geração mais consciente e apta a desenvolver o seu papel de cidadania. O

projeto buscou de forma lúdica e interativa sensibilizar e conscientizar a comunidade

estudantil sobre questões referentes ao saneamento básico, sobre a importância do uso da

rede coletora de esgoto para a saúde, dos benefícios e da importância do uso racional da água.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

157

REFERÊNCIAS

BRANCO, Samuel Murgel. Água: Origem, uso e preservação. São Paulo. Editora Moderna.

ALMEIDA, Fernando José de. Educação e Informática. Os computadores na escola. São Paulo: Cortez, 1988.

CASTELLS, M. (2000). A sociedade em rede (The riseofthe network society). 3. ed. Tradução Roneide Venâncio

Majer. São Paulo: Paz e Terra.

RAMOZZI-CHIAROTTINO, Z. (1984). Em busca do sentido da obra de JeanPiaget. São Paulo: Ática.

Valente (VALENTE, 1999), em capítulo intitulado Por quê o computador na educação? O autor trata das

controvérsias, possibilidades e abordagens propiciadas pelo uso do computador na educação.

ZABALA, Antoni. Prática educativa: como ensinar. Porto Alegre. Artes Médicas Sul 1998.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

158

ESCOLA ESTADUAL PROFª ÉLIA FRANÇA CARDOSO56

A GOTA D´ÁGUA

1º Ano B (E.M.) – Matutino

Professores responsáveis

Glayce Cruz

Ana Carolina Rosa

Renata F. Lima

7º ano B ( E.F) - Vespertino

Professores responsáveis

Anderson Cardoso

Lucimara S. Olah

Maria Lenice santos

Como educadores, devemos pensar numa escola que promova uma geração consciente

em relação ao o seu papel como cidadão, a fim de ensinar a importância de preservação, para

que gerações futuras não sofram com a destruição ambiental.

Neste sentido, ao constatar a necessidade de um projeto que envolva a comunidade

escolar, decidimos então pelo tema Meio Ambiente para iniciarmos o projeto Conecta deste

ano, uma vez que o bairro é cercado por vegetação e córregos que estão muito poluídos

devido à falta de educação e conscientização dos moradores da região e de empresas que

despejam esgoto diretamente no córrego.

As turmas escolhidas neste ano para realizar o projeto Conecta 2015 foram o 1º ano B

do Ensino Médio, período matutino e o 7º ano B do Ensino Fundamental do período

vespertino. Ambas as turmas apresentavam dificuldade de aprendizagem, e de trabalho em

equipe, além de indisciplinas e faltas, consequentemente geravam baixos resultados, logo

foram selecionadas, com a intenção de melhorar o rendimento das turmas.

Utilizando o projetor, a arte educadora Glayce apresentou o projeto aos alunos do 1º

ano B matutino, usou imagens e vídeos com o tema, mostrando a nossa responsabilidade com

os recursos hídricos e o meio ambiente. Os alunos debateram sobre o assunto e fizeram

registros em seus cadernos.

Acompanhados das professoras Glayce( Arte), Viviane (Biologia) e Adriana (Projetec),

os alunos percorreram as margens do córrego Buriti/Lagoa, fazendo anotações e colhendo o

lixo deixado pela população. Neste dia, usaram máquina fotográfica, celulares e filmadora

para registrarem a ação e, na sequência, com recurso do projetor, repassaram as fotos e

vídeos, fazendo uma análise para uma possível intervenção.

56 Diretora: Elíria Fátima Chaves de Oliveira. Diretor Adjunto: Antônio

Barbosa Sorrilha. Coordenador(es) Pedagógico(s): Marcela Castro, Jane

Ortiz. PROGETEC: Adriana Oliveira Legal Muller. Multiplicador:

Roberto Wagner.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

159

Coleta de material reciclável

às margens do córrego e

pesquisa na STE

Palestra Eco Plantar e

produção de folder na STE

Pesquisa na STE , plantação

de mudas e jardim suspenso

Decidiram então, por uma campanha de conscientização aos moradores, pois havia

muito lixo e focos de incêndio as margens do córrego. Mediante ao estudo de Mayer (2000),

os alunos aprendem melhor quando se combinam palavras e imagens do que só palavras.

Para que os alunos compreendessem melhor o trabalho a ser realizado e executá-lo

com eficácia, os professores começaram pela sala de tecnologia com atividades

diferenciadas: vídeos, imagens e artigos ricos em informações sobre o referido assunto.

O vídeo é sensorial, visual, linguagem falada, linguagem musical e escrita.

Linguagens que interagem superpostas, interligadas, somadas, não

separadas. Daí a sua força. Somos atingidos por todos os sentidos e de

todas as maneiras. O vídeo nos seduz, informa, entretém, projeta em outras

realidades (no imaginário), em outros tempos e espaços. (MORAN, 1995, p.

27).

Na Aula de arte, a professora Glayce auxiliou os alunos na produção do folder para

fazer a campanha de conscientização aos moradores da região. Neste trabalho, foi utilizada a

ferramenta da Microsoft Office Publisher. Também produziu vídeos Stop Motion, com o

recurso Movie Maker, e os melhores trabalhos foram postados no facebook da escola.

Ana Carolina, professora de Física apresentou a importância dos rios para a

produção de energia elétrica por meio de usinas hidrelétricas e o impacto ambiental que

ocorre nas áreas que recebe o grande lago, que serve de reservatório da hidrelétrica. Ana

utilizou os recursos Power Point e internet para realizar as atividades.

Sob a orientação da professora de Química, Renata, os educandos realizaram uma

pesquisa na Sala de Tecnologia sobre as reações entre ácido, bases e medidas do PH da água.

Colheram uma amostra da água do córrego para análise. Na sequência, produziram vídeos

fazendo experimentos, enviaram através do aplicativo WhatsApp e compartilhado nas redes

sociais.

Na finalização deste trabalho, Rodrigo Albuquerque do projeto Eco Plantar, que tem

como finalidade reciclagem, reflorestamento e sustentabilidade, além de fazer uma palestra

aos alunos, doou 37 mudas de árvores para que fossem plantadas na escola e as margens do

córrego da região.

As imagens, vídeos e a coleta dos materiais recolhidos pelos alunos do matutino,

foram apresentados aos alunos do período vespertino para dar continuidade ao projeto. Com

as garrafas pets e pneus que foram encontrados pela turma do matutino, os alunos do 7º ano

vespertino, produziram um jardim suspenso.

Esta etapa, participaram os professores de Ciência, Maria Lenice, Anderson Cardoso ,

Matemática e Lucimara Olah, Arte. Primeiramente na disciplina de ciências os educandos

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

160

estudaram os tipos de planta na sala de tecnologia, identificaram as estruturas e funções de

cada parte de uma planta angiosperma como: nome popular/comum, nome científico, família,

origem, descrição/Características, habitat. Mediado pelo professor de Matemática, Anderson

Cardoso, os alunos trabalharam peso e medidas em sites de exercícios online para dar

sequência à produção da base onde foram colocadas as plantas. Utilizaram pallets para esta

base, alguns recolhidos das ruas e outros doados pelo motorista que leva os livros didáticos as

escolas.

Na confecção dos vasos para as plantas, a professora de Arte, Lucimara Olah,

trabalhou, na Sala de Tecnologia, a biografia e as obras de Van Gogh e Anita Malfati, usando

o recurso do projetor e PowerPoint. Essas obras retratam a beleza das flores, cores e a alegria

que traz no ambiente em que vivemos. Em sala de aula ela conduziu os alunos na confecção

dos vasos para as plantas usando as garrafas pets.

A escola é, de longe, o lugar mais apropriado para a introdução das práticas

educacionais necessárias ao meio ambiente. A escola transforma e influencia a comunidade

onde está inserida. Jardim suspenso, textos, folders, vídeos, reflorestamento com as mudas

doadas pelo projeto Eco Plantar, foram os produtos finais deste importante projeto, que

contribuiu de forma significativa na vida dos alunos. Compreenderam que o trabalho coletivo

constrói valores sociais, conhecimentos, habilidades em prol do bem comum. Despertou o

educando para o bom senso, autoconfiança e potencialidade na prática da cidadania, além de

despertar a vontade de atuar diante de quaisquer problemas que estes podem vir a enfrentar.

O gráfico abaixo retrata os avanços que foram obtidos com este projeto.

REFERÊNCIAS

MAYER, R. Multimedia Learning. New York, NY: Cambridge University Press. cap.

4, 2001.

MORAN, J. M. O vídeo na sala de aula. Comunicação e educação. São Paulo, v.1, n.2,

p. 27-35, Jan./abr. 1995.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

161

ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR EMYGDIO CAMPOS

WIDAL57

CONHECENDO MELHOR O LUGAR

ONDE VIVO

GENTILEZA

2º Ano A (E.M.) – Matutino

Professores responsáveis: Luclécia Silva

de Almeida Matias, Walquiria Lima Domingos

7º Ano B - Vespertino

Professores responsáveis

Rafaela Chivalski de Oliveira

O projeto “Conhecendo melhor o lugar onde vivo”, tem como proposta principal o

resgate histórico da E.E. Professor Emygdio Campos Widal, proporcionando aos alunos a

oportunidade de pesquisar, elaborar textos e produzir um filme e um folder como produto

final, para a realização do projeto foi o 2° Ano A do Ensino Médio do período matutino.

A turma é formada por grande maioria de estudantes repetentes que demonstraram

indiferença às propostas apresentadas pelos professores, os estudantes apresentaram

dificuldades de concentração e grande desinteresse diante das atividades em geral, sendo a

mesma coisa por parte dos estudantes do 7° Ano B, no qual o tema do projeto foi gentileza,

pretendendo melhorar o relacionamento interpessoal da turma, propondo ações que despertam

o melhor de cada pessoa envolvida com o projeto com os colegas em geral.

As atividades pedagógicas foram desenvolvidas com o apoio das tecnologias, que

representam a grande oportunidade de renovação das atividades pedagógicas e das formas de

aprendizagem por parte do estudante, possibilitando um aprendizado significativo e inovador,

sem abandonar as práticas pedagógicas consideradas experiências de sucesso que o professor

utiliza.

A ideia inicial se deu a partir da proposta de uma professora que criou o amplo projeto

“Conhecendo melhor o lugar onde vivo”, envolvendo toda a escola em que os alunos

realizariam pesquisas acerca de seus bairros.

A turma escolhida para a realização do Conecta Escola uniu os dois projetos

“Conhecendo melhor o lugar onde vivo e Gentileza” em um. Decidimos delimitar a pesquisa:

a escola com o foco na própria escola, pesquisamos sua história e a biografia do Prof.

Emygdio Campos Widal. A partir daí priorizamos a escola atualmente e para isso decidimos

produzir um folder de divulgação da escola destacando o que a escola oferece de melhor à

comunidade.

57 Diretora: Fernanda Alves Bucallon Serafim. Coordenador(es)

Pedagógico(s): Eledil Gonçalves de Rezende. PROGETEC: Sueli da Silva.

Multiplicadora: Marcia Vanderlei de Souza Esbrana.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

162

Os estudantes fotografaram todos os ambientes da escola em seus próprios aparelhos

eletrônicos. Em seguida, na sala de tecnologia organizaram as informações e as uniram às

imagens registradas. O trabalho dos estudantes foi impresso e esta sendo distribuída nas

escolas e comunidade.

A turma do 7° Ano B através de pesquisas e fotografias montaram um painel indicando

quais são os tipos de gentileza, sob a orientação da profª de Arte (Rafaela Chivalski).

Consideramos que o Projeto Conecta Escola propiciou as turmas escolhidas um

ambiente de trabalho em equipe que revelou habilidades até então ocultas, superação na

capacidade de concentração, bem como a finalização de atividades, uma vez que antes a

turma apresentava limitações em terminar o que começava. Observamos ainda que o produto

final do projeto (Folder de divulgação e o painel) promoveu uma melhora na autoestima dos

estudantes, alavancando o sentimento de capacidade e competência.

REFERÊNCIAS

Informativa educativa: Unidade Escolar Engenho Novo II www.cp2.g12.br acessado

em: 17/04/2015

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

163

ESCOLA ESTADUAL PROFª. FAUSTA GARCIA BUENO58

AS CIÊNCIAS E SUAS

TRANSFORMAÇÕES

AS CIÊNCIAS E SUAS

TRANSFORMAÇÕES

AS CIÊNCIAS E SUAS

TRANSFORMAÇÕES

2º Ano A (E.M.) – Matutino

Professores responsáveis

Heitor Cameschi Félix de Souza

Maria José Nunes Moreira Leite

Marcos Vinícius Garcia

Juliane Scarsi

8º Ano A - Vespertino

Professores responsáveis

Maria José Nunes Moreira Leite

Heitor Cameschi Félix de Souza

Josileine Pereira de Souza

3º B – (E.M.) - Noturno

Professores responsáveis

Heitor Cameschi Félix de Souza

Tatiana Freitas de Souza

Marcos Vinícius Garcia

O projeto conecta A Revista Digital: “Ciências e suas transformações” visa despertar o

interesse dos alunos em diversas áreas do saber com diferentes metodologias e orientações,

visto que foram selecionadas as principais turmas que possuíam dificuldades de aprendizagem

como leitura, interpretação e produção textual nos respectivos turno 2°A matutino, 3°B

noturno e 8°A vespertino, de modo a despertar o genuíno interesse pelo conhecimento, além

de tornar o ambiente escolar um local saudável e convidativo, uma segunda casa para o

estudante.

Com um formato que busca imitar ao de uma empresa real, o projeto cria uma

hierarquia justa de normas e cargos a serem seguidos dentro da editora fictícia, possíveis

cargos de promoção, na tentativa de exercitar responsabilidades, e preparar o aluno para o que

lhe aguarda no mercado de trabalho.

O Projeto Conecta Revista Digital: Ciências e suas Transformações, da Escola

Estadual Profª. Fausta Garcia Bueno culminará no final do mês de novembro de 2015 com

mais uma publicação completa com 55 páginas.

Verificamos que os alunos mais envolvidos demonstraram aprimoramento gramatical,

maiores interesse pela pesquisa e conhecimento, gosto pela leitura, além de gerar uma

proximidade favorável entre professores responsáveis e alunos com cargos. Dentre elas

destacamos minicursos de CorelDraw e Photoshop para a equipe de diagramação e arte-

finalização, palestras motivadoras com profissionais da área e eventos de cunho cultural como

incentivo à reportagem e busca inata do conhecimento, ou seja, trabalhando com pesquisa,

58 Diretora: Juerlene Reis da Silva Ramires. Diretor Adjunto: Dirceu

Antonio Barbosa

Coordenador(es) Pedagógico(s): Suely Aparecida Ribeiro Batista Sandim.

PROGETEC: Lucimara Corrêa da Silva. Multiplicadora: Luiza Gonçalves

Dorado

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

164

criando textos (artigos), sempre orientado por um docente, aprendendo com a pesquisa

orientada, de acordo com a proposta do autor que veremos a seguir.

Moran (2000) defende, o modelo de ensino e aprendizado atual deveria ser modificado

não somente para a integração da tecnologia, como atualmente é a proposta mais visada, mas

que é imprescindível que recobremos o conceito real de educação. Hoje, “ensinar e aprender

exige muito mais flexibilidade pessoal e de grupo, menos conteúdos fixos e processos mais

abertos de pesquisa e de comunicação” (MORAN, 2000).

Com base nessa proposta, a previsão é que possa culminar o projeto conecta: revista

digital em uma única edição, apresentando sempre conteúdo exclusivo associado a um tema

comum. Note que o tema da revista poderá ser mutável, mesmo que o tema central seja

“Ciências e suas transformações”, ainda existem sub-temas que podem ser amplamente

explorados nas mais diversas disciplinas envolvidas no processo.

Cada período ficou responsável por um tipo de atividades. Matutino: trabalho voltado

à disciplina em sala de aula, a critério do professor responsável, como textos orientados pela

professora de língua portuguesa;

Vespertino e Noturno: trabalho destinado a atividades extracurriculares, que fogem à

grade curricular do estudante, feito fora de seu período letivo como a edição e manipulação de

imagens, não permitindo nenhum tipo de prejuízo no andamento escolar normal. A primeira

etapa: seleção do tema. O aluno deverá pensar por si em um tema dentro dos quesitos a

seguir: Estar relacionado à disciplina em questão (sendo que o mesmo aluno poderá se

aventurar a escrever em mais de uma disciplina para a mesma edição) e pertencer ao tema

principal “Ciências e suas transformações”.

A Segunda etapa: produção. O aluno receberá um prazo para dissertar acerca do tema,

dentro do padrão instituído pela revista. Ao final deste prazo, o texto deverá ser entregue para

o professor responsável pela disciplina.

A Terceira etapa: edição e correções. O professor deverá ler todo o conteúdo

apresentado pelo aluno, corrigir as informações dentro de suas competências, opinar acerca do

tema, da ordem em que o conteúdo fora apresentado e devolver para o aluno o texto,

instituindo um novo prazo para entrega do texto editado e corrigido. O aluno deverá efetuar as

correções apontadas, e poderá ouvir ou não as opiniões de seu orientador, decidindo a

apresentação do conteúdo por si só. Ao final deste prazo, o texto é novamente passado ao

orientador, que irá repassá-lo para a equipe de revisão ortográfica para finalização.

Dentro do processo de síntese da revista: Língua Portuguesa ficou responsável com a

participação na equipe de revisão; Produções Interativas, Artes: participação na equipe de

ilustradores ou diagramação; História participou com a equipe de reportagem.

O professor responsável deverá selecionar apenas um artigo de sua disciplina para ser

publicado. A avaliação estará relacionada aos atributos: criatividade, empenho, qualidade e

cumprimento do prazo. O professor deverá ser bem criterioso nesta avaliação, recordando que

o trabalho busca imitar uma empresa real e o professor seria o supervisor de um setor

específico, e deve agir como tal.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

165

A nota atribuída remete apenas aos alunos que desejarem produzir textos para esta

disciplina, estes receberá uma nota normal, referente a avaliação textual. Mas se o texto deste

aluno for selecionado para publicação, o mesmo receberá uma bonificação de meio ponto

direto na média final. Apenas uma sugestão de avaliação bastante válida, uma vez que a

pontuação extra incentiva os estudantes a produzirem textos com qualidade superior.

A equipe será formada de dois cargos básicos, caso haja apenas um professor

responsável, ou três cargos, caso a equipe seja numerosa, exigindo mais de um profissional

para supervisão:

Gestor de departamento: o professor responsável pela equipe. Apenas um profissional

poderá assumir este cargo com a responsabilidade de guiar os demais membros no ato de

revisão, além de ser o receptor dos artigos. A avaliação das atividades extracurriculares é

delicada, uma vez que não se podemos relacionar os conteúdos diretamente a uma matéria

específica, cada professor responsável irá avaliar sua equipe com base em sua convivência,

eficácia, motivação e trabalho em equipe. Esta nota será passada ao responsável pelo projeto

na reunião final do mesmo.

Logo abaixo segue as fotos do andamento do projeto conecta 2015. Revista Digital:

“Ciências e suas transformações”.

Foto 1 – Capa da

Revista Digital

Foto 2 – Artigo Criados

pelos Alunos

Foto 3 – Trabalhos

apresentados

Imagens do Projeto Revista Digital: Ciências e suas Transformações

Podemos dizer que o objetivo deste foi alcançado em sua totalidade com a

participação efetiva das turmas envolvidas e professores.

Este projeto não visou apenas premiar com valores numéricos os alunos dentro das

médias interdisciplinares, mas estamos buscando alternativas avaliativas, uma nota adicional

pode dar liberdade a um professor a trabalhar uma dinâmica diferente ao invés de aplicar

atividade avaliativa em sala, explorando seu conteúdo e justificando nosso apelo.

O intuito é e sempre será mobilizar a escola por uma educação justa e unificada.

REFERÊNCIAS

FREIRE, P. "Carta de Paulo Freire aos professores." Estudos avançados, v. 15, n. 42, p.

259-268, 2001.

MENEGOLLA, M., SANT'ANNA, I. M. Didática-Aprender a ensinar. No. 5. Edições

Loyola, 1997.

MORAN, José Manuel. "Mudar a forma de ensinar e de aprender com tecnologias."

Revista Interações–Estudos e Pesquisas em Psicologia (2000): 57-72.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

166

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA FLAVINA MARIA DA

SILVA59

O USO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS E MIDIÁTICOS NO COTIDIANO ESCOLAR

2º Ano C (E.M.) – Matutino

1º Ano D (E.M.) – Noturno

Professores responsáveis: Sebastião Climácio da

Silva; Rosana Apolinário; Felix Dantas; Queila dos

S.P. de Oliveira; Pedro Victor de Oliveira; Mariane

Soares,

Carlos Eduardo Pereira, Sharon Elizabeth Rogoski,

Maria Aparecida Soares da Silva; Ana Maria

Soares, Veruska Pereira

Professores responsáveis

Adão Luciano; Rosana Apolinário; Felix Dantas;

Queila dos S.P. de Oliveira; Ana Paula Pontes; Ana

Maria Soares; Sharon Elizabeth Rogoski; Odair

Campos

Veruska Pereira

As mídias têm grande poder pedagógico, pois se utilizam da imagem e outros recursos

necessários para por em prática o fazer pedagógico. Assim, torna-se cada vez mais necessário

que a escola se aproprie dos recursos tecnológicos, dinamizando o processo de aprendizagem.

Nesse sentido, a educação vem passando por mudanças estruturais e funcionais frente a essa

nova tecnologia.

De acordo com LEVY (1994), "novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo

elaboradas no mundo das comunicações e da Informática. As relações entre os homens, o

trabalho, a própria inteligência dependem, na verdade, da metamorfose incessante de

dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação e

aprendizagem são capturadas por uma Informática cada vez mais avançada”.

O projeto: o uso dos recursos tecnológicos e midiáticos no cotidiano escolar tem por

meta favorecer o acesso dos alunos aos processos tecnológicos que a sociedade

contemporânea tem a sua disposição, haja vista, que novos tempos exigem novas

metodologias e recursos.

Dessa maneira as turmas selecionadas para desenvolver tal projeto foram: o 2º C

matutino e o 1º D noturno, onde em virtude das dificuldades de ambas as turmas em

compreender adequadamente os conteúdos curriculares, o referido projeto teve por base

auxiliar os educandos a melhorarem tanto como alunos quanto como seres humanos. Por isso

faz-se necessário uma apreensão maior nos conteúdos de interpretação de texto, leitura e

raciocínio lógico.

Os computadores bem como os demais recursos tecnológicos e midiáticos são

poderosas ferramentas que dinamizam o processo de ensino aprendizagem, qualificando a

59 Diretor: Everaldo Monteiro da Silva. Coordenador (es) Pedagógicos(s): Marta Morande e

Damiana Cavalcante. PROGETEC: Paulo Meira Leite. Professora Multiplicadora Edma Souza

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

167

construção do conhecimento, desenvolvendo a autonomia, a criatividade, a capacidade de

resolver problemas, para a formação de cidadãos críticos e competentes. Assim, segundo

BORBA (2001) tais recursos devem estar inseridos em atividades essenciais, tais como

aprender a ler, escrever, compreender textos, entender gráficos, contar, desenvolver noções

espaciais etc.

Nesse processo a Proposta Pedagógica e os Valores da Escola, situam a educação

como fundamental para a dinâmica social, preservando e promovendo a conquista de

condições para uma vida digna, o respeito às pessoas, a prestação de serviço de qualidade, o

apoio e incentivo a criatividade.

Além disso, para que a grade curricular do ensino seja desenvolvida em sua amplitude,

seu espaço de pesquisa deve ser rico e disponibilizando inúmeras ferramentas de auxílio ao

estudo. Os meios pelos quais utilizaremos para chegar a este fim devem ser diversificados,

procurando envolver o estudo amplo, onde as diversas linhas de conhecimento constituem-se

de forma única, na formação de uma idéia mais completa e abrangente, podendo assim

oferecer ao aluno uma melhora na maturação e na formação do seu caráter pessoal.

Nessa perspectiva, os recursos tecnológicos e midiáticos auxiliaram na

complementação e reforço dos conteúdos curriculares desenvolvidos em sala de aula,

servindo de úteis ferramentas para o processo e a dinâmica do ensino-aprendizagem, porque a

escola precisa interagir com sua comunidade através dos mesmos recursos utilizados por ela.

Desenvolvimento

As profundas e rápidas transformações, em curso no mundo contemporâneo, estão

exigindo dos profissionais que atuam na escola, de um modo geral, uma revisão de suas

formas de atuação.

O acesso à informatização é fundamental e imprescindível ao educando, o professor

atuará como mediador, motivador e orientador, para que os alunos cresçam intelectualmente

num ambiente desafiador, estimulante e prazeroso.

Nessa perspectiva, a informatização não é algo restrito a alguns, mas tende a expandir

numa proporção ampla e gradativa. Sendo assim, a proposta pedagógica educacional se

preocupa não somente com a utilização da informatização, e sim com a forma de possibilitar

que alunos e professores assumam o papel de sujeitos críticos, criativos e construtores de seu

próprio conhecimento.

Assim, o projeto viabilizou o contato mais direto dos alunos com as ferramentas que

os mesmos utilizam no dia-a-dia, como facebook, celular, watzap e outros recursos que fazem

parte do seu cotidiano. Embasado nessa ideia muitos dos professores utilizam essas

ferramentas para compartilhar seus conhecimentos com os alunos, através de atividades à

distância.

De maneira mais peculiar os alunos do noturno que trabalham e acabam chegando um

pouco atrasados na escola, a utilização dessa metodologia facilitou tanto para professores

quanto para os alunos realizarem as suas atividades, pois muitos alunos receberam dos

professores atividades via email ou outros recursos e em contra partida os professores deram

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

168

um feedeback levando em consideração as produções realizadas pelos mesmos. Dessa

maneira o uso do celular fora da sala de aula foi imprescindível importância para elaboração e

confecção de vídeos, fotos dentre outros.

Foto 1-Alunos pesquisando

Foto 2-Alunos produzindo os

trabalhos

Foto 3-Alunos socializando os

trabalhos

Assim, Os alunos fizeram suas pesquisas sobre o conteúdo proposto, e depois foram

divididos em pequenos grupos, onde cada grupo elaborou um roteiro para montagem de

vídeos, textos ilustrados, apresentações no power point; releitura de obras, pesquisa de textos;

Abordaram o assunto principal.

Pesquisaram sobre o assunto, refletiram sobre os textos encontrados de diversos

autores, interpretaram e compreenderam para produzir suas próprias narrativas; Pesquisaram

na internet e montaram slides; interpretaram textos, e vídeos. Filmes e musicas foram

visualizados e escutados de maneira a oferecer um aporte na produção textual e oral.

Os alunos usaram recursos tecnológicos e aplicativos disponíveis na sala de

tecnologias bem como os existentes na escola: Word, Excel, Paint, Movie Maker, Power

Point, câmara fotográfica, aparelho de som, Projetor de multimeios, Data show, Lousa digital,

Tablets etc, a sala prioritária entrou com cada professor acima especificado no mínimo uma

vez por semana para realização das atividades referentes ao projeto conecta.

Orientados pelos professores os alunos desenvolveram seus trabalhos usando os

recursos tecnológicos e principalmente a sala de tecnologia para realizar as suas atividades. E

dentro da sala de tecnologias os mesmos pesquisaram, elaboraram gráficos, editaram textos e

interpretaram, confeccionaram slides dentre outros e dessa forma o projeto ganhou seus

resultados.

Após realizarem as atividades em grupo, os alunos socializaram com a classe o

produto final através dos dados obtidos: as pesquisas, relatórios e vídeos. Dessa maneira foi

possível perceber que, quando é dada oportunidade os alunos desenvolvem e soltam a

criatividade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O projeto conecta, com o titulo: O USO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS E

MIDIÁTICOS NO COTIDIANO ESCOLAR visou trabalhar com todas as tecnologias

disponíveis dentro e fora da sala de aula, facilitando assim, o processo de ensino

aprendizagem aluno/professor.

Em virtude das dificuldades da turma em compreender adequadamente os conteúdos

curriculares, o referido projeto teve como meta o auxilio aos educando a melhorarem tanto

como alunos quanto como seres humanos. E no final do projeto ficou evidenciado a interação

entre aluno/aluno e aluno/professor.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

169

Esse projeto veio a calhar com os anseios dos alunos bem como dos professores, pois

usar as tecnologias é algo fascinante principalmente quando os alunos são orientados tanto

pelo progetec quanto pelos docentes a desenvolverem seus trabalhos: elaboração de vídeos,

experiências cientificas entre outros.

Foto 4-Alunos

apresentado os trabalhos

Para isso esse projeto foi desenvolvido para um melhor envolvimento dos conceitos a

partir da utilização das ferramentas tecnológicas e de todos os recursos midiáticos,

envolvendo professores e a comunidade escolar. Pois, segundo BORBA (2001) o computador

deve estar inserido em atividades essenciais, tais como aprender a ler, escrever, compreender

textos, entender gráficos, contar, desenvolver noções espaciais etc.

REFERÊNCIAS

LÉVY, Pierre.- As Tecnologias da Inteligência. Editora 34, Nova Fronteira, RJ, 1994.

BORBA, Marcelo C. e PENTEADO, Miriam Godoy - Informática e Educação Matemática - coleção

tendências em Educação Matemática - Autêntica, Belo Horizonte - 2001

SANTOS VIEIRA, Fábia Magali - Gerência da Informática Educativa: segundo um pensamento

sistêmico - http://www.connect.com.br/~ntemg7/gerinfo.htm (nov/2002)

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

170

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA HILDA DE SOUZA

FERREIRA

MINHAS HISTÓRIAS

DE VOLTA PARA O FUTURO

2º Ano A – Vespertino

Professores responsáveis

Marilu Ribeiro Reverte Mendes

9º Ano A e B – Matutino

Professores responsáveis

Diclá Santos Gueiros

Everton Melo de Oliveira

Lindomar Alves Ferreira

Seliene Mara Escobar Alves

Este projeto teve por objetivo promover e integrar o processo de ensino-aprendizagem,

visando às avaliações no ano de 2015, a Prova Brasil nas turmas do 2º A, 9º A e B do ensino

fundamental. Despertando nos alunos o interesse em estudar, por meio do uso das tecnologias

em seu cotidiano escolar.

O projeto envolvendo os 9º A e B, do ensino fundamental, iniciou com a necessidade

de se falar de tecnologia, porém nos ocorreu a dúvida, “Falar o que de tecnologia? Produzir o

quê?” Foi a partir desta ideia, que tomamos como base para o início, a trilogia do filme “De

Volta Para o Futuro”, pois nele há a ideia da linha do tempo, onde os protagonistas Dr. Brown

(cientista que idealiza a viagem no tempo) e Marty Mcfly (adolescente aventureiro, amido de

Brown) viajam no tempo fazendo um comparativo da evolução tecnológica. Vale salientar que

o filme foi gravado em 1985 e nele os autores fazem uma releitura do passado dando ênfase à

tecnologia precária existente trinta anos antes em 1955 e uma “previsão” de como será o

futuro tecnológico trinta anos depois em 2015.

Educar pelo cinema ou utilizar o cinema no processo escolar é ensinar a ver

diferente. É educar o olhar. É decifrar os enigmas da modernidade na

moldura do espaço imagético. Cinéfilos e consumidores de imagens em

geral são espectadores passivos. Na realidade, são consumidos pelas

imagens. Aprender a ver cinema é realizar esse rito de passagem do

espectador passivo para o espectador crítico. (CARMO, 2003, p. 77).

No filme são abordados de maneira fantasiosa temas teóricos científicos como

Velocidade Média, Velocidade da Luz, Razão e Proporção (Regra de Três), Teoria Relativa de

Einstein, Inércia, tempo cronológico e tempo histórico.

Foto 24 - Apresentação da Maquete De Volta para

o Futuro

Foto 2 - Trabalhando a escrita do Projeto Minhas

Histórias na Sala de Tecnologia

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

171

No período vespertino, o 2º A, trabalhou de forma gradativa a escrita, com o Tema:

Minhas Histórias, onde os mesmos contavam as suas histórias, por meio de desenhos e

escritas, utilizando os recursos midiáticos da sala de tecnologia.

[...] o processo de inserção e participação na cultura escrita. Trata-se de um

processo que tem início quando a criança começa a conviver com as

diferentes manifestações da escrita na sociedade (placas, rótulos,

embalagens comerciais, revistas, etc.) e se prolonga por toda a vida, com a

crescente possibilidade de participação nas práticas sociais que envolvem a

língua escrita, como a leitura e redação de contratos, de livros científicos,

de obras literárias, por exemplo. (VAL, 2006, p. 19).

Após o desenvolvimento do trabalho, os alunos demonstraram um interesse maior,

relacionadas às disciplinas envolvidas e conteúdos abordados, percebendo a sua

aplicabilidade no seu cotidiano, bem como a relação destes, com os recursos midiáticos. Os

alunos dos 9º A e B, realizaram experimentos com os conceitos da física e química, criando

uma maquete, um foguete, banners e vídeos, como produto final desse Projeto.Os alunos do

2º A, desenvolveram as suas histórias que serão publicadas em uma revista digital. Além de

serem exibidas na rede social da Escola Estadual Professora Hilda de Souza Ferreira.

REFERÊNCIAS

BARROS, CARLOS. CIÊNCIAS/CARLOS BARROS, WILSON ROBERTO PAULINO. 4.

ED. SÃO PAULO: ÁFRICA, 2009.

BATISTA, Antônio A. G. Alfabetização, leitura e escrita. In: Carvalho, Maria A. F. &

Mendonça, Rosa H. (org.). Práticas de leitura e escrita. Brasília: Ministério da Educação, 2006. p. 13-

17.

CARMO, L. O Cinema do Feitiço Contra o Feiticeiro. Revista Ibero Americana de Educação,

nº 32, 2003, p. 71-94.

FILME: DE VOLTA PARA O FUTURO I, II, III

FONSECA, ALBINO. CADERNO DO FUTURO: CIÊNCIAS/ALBINO FONSECA – 2. ED.

– SÃO PAULO: IBEP, 2007. – (CADERNO DO FUTURO)

HTTP://SUPER.ABRIL.COM.BR/CIENCIA/TEORIA-RELATIVIDADE-DIZ-DESTINO-

619667.SHTML

MATO GROSSO DO SUL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

REFERENCIAL CURRICULAR 2012 ENSINO FUNDAMENTAL/SECRETARIA DE

EDUCAÇÃO DO ESTADO DE MATOGROSSO DO SUL. – CAMPO GRANDE: SECRETARIA DE

ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MS, 2012. 362 P. 29,7 CM.

VAL, Maria G. C. O que é ser alfabetizado e letrado? In: Carvalho, Maria A. F. & Mendonça,

Rosa H. (org.). Práticas de leitura e escrita. Brasília: Ministério da Educação, 2006. p. 13-17.

VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente: o desenvolvimento dos Processos

Superiores. 6ª ed. São Paulo: Martins Fontes. 1998-2003.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

172

ESCOLA ESTADUAL PROFª IZAURA HIGA60

PLANETA NA MENTE, CONSUMO CONSCIENTE

1º Ano C (E.M.) Matutino

Professores

Ângela Maria da Silva Pontes

Miriane Almeida Oliveira Dias

Marisa Pereira Dias

Vera Fátima da Silva

Vicente de Paula Cevalhos

Waleska Melo da Silva

6º Ano B - Vespertino

Professores

Ângela Maria da Silva Pontes

Joana Priscila

Marisa Pereira Dias

Tarsila do Amaral

Waleska Melo da Silva

Elaine Martins Correia

1º Ano D (E.M) Noturno

Professores

Fernanda Timóteo

Joana Priscila

Diomedes Queiroz de Souza

Waleska Melo da Silva

Elaine Martins Correia

Antonio João de Souza

Nossa escola optou em abordar o tema sustentabilidade que tem como objetivo

promover a conscientização dos Alunos da escola em relação à temática do consumo e seus

conseqüentes impactos sócio-ambientais, incentivando-os a realizarem mudanças no padrão

de consumo e a adotarem um comportamento ecologicamente adequado em face do meio

ambiente. Além do mais não fugiria de alguns projetos que o ensino médio já realiza e

servirá de alerta às condutas consumistas, ensejando novos critérios de sustentabilidade.

Nossa escola optou em escolher uma turma por turno, sendo no período matutino o

1ºC, no período vespertino o 6ºB e no período noturno o 1ºD, os motivos que optamos em

selecionar estas três salas são comuns para as três: sala com grande número de alunos,

problemas de indisciplina e aprendizado baixo.

Conversando com os professores sobre quais ações seriam desenvolvidas no projeto

conecta 2015 optamos no tema sustentabilidade.

Os recursos tecnológicos são de extrema importância para realização destes projetos

que englobam pesquisas. Este projeto engloba os 3Rs.

REDUZIR o consumo, REDUZIR a produção do resíduo sólido, REEDUCAR para a

prática do consumo consciente.

60 Diretora: Eriedina Freitas Lima. Coordenador(es) Pedagógico(s):

Marisa Pereira Dias e Diva Figueira Cardoso. PROGETEC: Éderson Jacob

Zanardo. Multiplicador: Agamenon

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

173

1. Reduzir: implica em reduzir nosso patamar de consumo, deixar de consumir tudo o

que não é realmente necessário. Se, por exemplo, uma tecla do seu telefone celular se

quebrar, por que não consertá-la, em vez de comprar um aparelho novo? Ou se o

modelo não é o mais recente, mas o aparelho ainda funciona, por que trocá-lo?

2. Reutilizar: implica em utilizar um mesmo produto de várias maneiras, ao invés de

descartá-lo. O exemplo mais comum é utilizar embalagens de vidro de conservas para

guardar sal, açúcar, etc.

3. Educar: para a prática do consumo consciente.

O grande desafio do profissional da educação, mais do que utilizar tal ou

qual recurso tecnológico é pautar-se em princípios que privilegiam a

construção do conhecimento, o aprendizado significativo, interdisciplinar e

integrador do pensamento racional, estético, ético e humanista. A escola

precisa deixar de ser meramente uma agência transmissora de informação e

focar sua intensionalidade na aprendizagem de fato. O foco da

aprendizagem é a busca da informação significativa, da pesquisa, o

desenvolvimento de projetos e não predominantemente a transmissão de

conteúdos específicos. E a tecnologia está aí como um instrumento de

amplas possibilidades. (apude MORAN, 2007).

É importante enfatizar que os atuais padrões de consumo são insustentáveis, do ponto

de vista ambiental e social. A população é bombardeada diariamente com campanhas

publicitárias induzindo-as ao “ato de comprar”. Para ser aceito na sociedade e pela

necessidade de manter o “status”, as pessoas adquirem o hábito do consumo indiscriminado,

comprando muito mais que o necessário, o que muitas vezes, acarreta num

superendividamento, trazendo consequências graves para sua vida familiar e profissional.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Etapas desenvolvidas no decorrer desse trabalho proporcionaram aos alunos o

favorecimento da aprendizagem do conteúdo fora dos livros didáticos, o uso das multimídias

tecnológicas proporciona ao aluno um novo currículo de conhecimento. As pesquisas e leitura

realizadas em sites de científicos, a montagem de vídeos para publicação em redes sociais, o

designer para montagem de um folder, estas atividades levam informações que antes foram

pesquisadas estudadas e lecionadas graças às tecnologias educacionais.

Tudo isso leva o aluno a despertar seu interesse em estudar, tanto que os gráficos

abaixo fazem comparação do 1º bimestre com o 3º bimestre, sendo que as barras vermelhas

mostram as notas abaixo da media e as barras verdes as notas acima da media.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

174

Podemos concluir que o uso das tecnologias e recursos midiáticos auxiliam no

aprendizado do aluno, pois o comparativo mostra o resultados das disciplinas abaixo da media

nos três bimestres, onde houve um crescimento significante nas disciplinas acima da média.

REFERÊNCIAS

“A historia das Coisa”

www.youtube.com/watch?v=7qFiGMSnNjwHTTP://WWW.ATITUDESSUSTENTAV

EIS.COM.BR/ARTIGOS/SUSTENTABILIDADE-AMBIENTAL-DESENVOLVIMENTO-E-

PROTECAO

Sustentabilidade e Transformação Social - Autoras: Marta de Azevedo Irving e Elizabeth

Oliveira

A Teia da Vida - Autor: Fritjof Capra

Brasil, Amor À Primeira Vista! - Viagem Ambiental no Brasil do Século XVI ao XXI - Autor:

Marcondes, Sandra / Peiropolis (Edição Digital)

Consumo Consciente - Autor: Isleine Fontenelli

O Poder das Organizações - Autor: Pagds, Discendre, Gaulyne

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

175

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA MARIA DE LOURDES

TOLEDO AREIAS61

Este projeto visou inserir as tecnologias e apresentá-las de maneira interdidática como

facilitadora e os professores como mediadores neste processo. Tendo por objetivos específicos

compreender de que forma os recursos tecnológicos influenciam culturalmente no cotidiano

escolar; propiciar por meio da pesquisa que o aluno seja autor do próprio conhecimento;

colocar o indivíduo basicamente em tempo real, a um clique da informação através da

internet; facultar as evoluções tecnológicas como ferramentas tecnológicas. Contudo, apesar

de as tecnologias serem uma realidade no cotidiano na escola tais recursos ainda não estão

61 Diretor: Elcio Bispo dos Santos. Diretora Adjunta: Ivani Gonçalves da

Silva. Coordenadoras Pedagógicas: Dalvina Liano Bizerra, Lisete Vasques

da Silva Santos e Thays Ferreira Anis. Professoras Responsáveis pelo

Projeto: Pamela Campi e Suzy Ferro. PROGETEC: Luciana Greyce

Turetta Fechio. Multiplicador: Agamenon Nascimento.

CULTURA E TECNOLOGIA CULTURA E TECNOLOGIA CULTURA E TECNOLOGIA

3º Ano B (E.M.) – Noturno

Professores responsáveis

Deise Kretschmer

Fabrício Jessé Ferreira Matos

Jeferson de Oliveira Cardoso

Pamela Campi

Sharon Elizabet Rogoski

Vanuza Araujo Lima

1º Ano A - Matutino

Professores responsáveis

Fabrício Jessé Ferreira Matos

Geazi Batista Silva

Leonardo Bruno Souza Aredes

Magda Rodrigues Lemes

Pamela Campi

Sharon Elizabet Rogoski

Suzy Rannielly Roberto Ferro

Vera Lúcia Diniz Ramos

1º ano B - Matutino

Professores Responsáveis

Fabrício Jessé Ferreira Matos

Geazi Batista Silva

Leonardo Bruno Souza Aredes

Magda Rodrigues Lemes

Pamela Campi

Sharon Elizabet Rogoski

Suzy Rannielly Roberto Ferro

Vera Lúcia Diniz Ramos

CUIDANDO DO MEIO

AMBIENTE

CUIDANDO DO MEIO

AMBIENTE

3º ano A – Vespertino

Lucila Rocha Lopes

Neide Aparecida de Souza

Thays Ferreira Anis

3º ano C – Vespertino

Maria Aparecida Ferraz

Neide Aparecida de Souza

Thays Ferreira Anis

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

176

inseridos de forma a explorar todas as suas possibilidades pedagógicas. Sendo Assim, há uma

problemática diante disso, aliar definitivamente os recursos tecnológicos e midiáticos com o

fazer pedagógico de professores e alunos de forma a contribuir de forma satisfatória para que

o aprendizado ocorra. Neste sentido para o Projeto Conecta Escola do NTE Campo Grande de

2015 nossa escola escolheu para turmas prioritárias no período matutino os 1° A e B do

Ensino Médio, por apresentarem características como: Desmotivação e apatia pelos estudos.

No noturno, a turma do 3°ano B do Ensino Médio foi selecionada pelo fato de estarem em ano

de ENEM e sendo preparados para os estudos futuros, daí a necessidade em conhecer e

dominar de forma mais eficaz os recursos tecnológico para seu aprendizado. Assim, a Escola

Estadual Professora Maria de Lourdes Toledo Areias, por intermédio dos professores e alunos

do período matutino e noturno propuseram-se durante o processo do projeto, estudar e

pesquisar sobre a cultura e tecnologia no cotidiano e de que forma influenciam na rotina

escolar. Já o período vespertino, as turmas A e C do 3°anos do Ensino Fundamental por

serem turmas numerosas e com certa indisciplina.

No inicio do ano de 2015, foi realizado a escolha do tema para o Projeto na intenção

de contemplar todas as áreas do conhecimento para a execução, reflexão e

interdisciplinaridade da temática, de acordo com o nível escolar. Os períodos matutino e

noturno escolheram a temática Cultura e Tecnologia por perceber o quanto as novas

gerações de alunos estão transformando manipulam os meios tecnológicos e midiáticos não

apenas para busca de conhecimento e facilidade nas tarefas no mercado de trabalho, mas

também de trazer novos traços culturais e alterando o modo de pensar e agir socialmente.

Dessa forma, os trabalhos produzidos durante o ano abordaram desde como a

tecnologia promove o adquirir conhecimento, como a produção do saber obtido pelos

discentes pode ser transmitida em mídias sociais e a reflexão do impacto individual e social

pelo uso dos recursos tecnológicos. O período vespertino se debruçou sob a temática

Cuidando Do Meio Ambiente. Optou-se pelo tema por ser um tema transversal já previsto de

ser desenvolvido nas séries iniciais para o Projeto, e também claro introduzindo as tecnologias

em todas as etapas de desenvolvimento do Projeto.

FOTO 1- 3º ano C elaborando a

Logomarca

FOTO 4- os alunos utilizaram os

Tablets na culminânciado projeto

em Filosofia e Sociologia.

Os alunos realisaram pesquisas sobre o meio ambiente escolar, afim de, identificar as

ações que interferem nele e como podemos cuida-lo também realizaram atividades voltadas

para o meio ambiente e tecnologia. Durante a criação da logo de uma das turmas, uma das

etapas previstas no projeto o professor usou da visita de um animal silvestre na instituição

como possibilidade de conhecimento e reflexão sobre a diversidade da fauna sul-mato-

grossense e o impacto ambiental causado pelos avanços socioeconômicos no perímetro

urbano, assim, por conta da faixa etária dos alunos e o aparecimento do Gambazinho na

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

177

escola, a partir deste acontecimento, levantamos as hipóteses das causas do aparecimento

deste animal silvestre na região urbana. Já a outra turma escolheu a Sucuri como mascotes e

em pesquisas pela web perceberam que seus movimentos lembravam os leitos dos um rio do

pantanal que de forma poética serpenteiam sei caminho. Posteriormente a pesquisa os alunos

fizeram um desenho que representasse o meio ambiente do nosso estado e eleito a melhor

Foto de cada sala, em seguida os desenhos foram “scanneados” e editados no “Paint”.

Assim, atiçamos a curiosidade dos educandos para saber mais sobre os bichinhos, a questão

do ambiente que os mesmos vivem e as consequências das alterações ambientais.

Para a escolha das logomarcas nas turmas de ensino médio, as turmas foram até as

salas de informática da escola e, a partir da temática, buscaram imagens na internet e usaram

os programas editores de imagens de acordo com o gosto e o tema principal para formar a

Foto que representaria a sala. Assim, foram postadas no perfil do “Facebook” da Instituição

todas as logomarcas e aberta uma enquete ao público para a escolha das logomarcas que

representariam as turmas. Neste fazer pedagógico entendemos que:

A escola, espaço de formação dos sujeitos cidadãos, tem o papel de

disseminar o uso de tecnologias e formar o aluno que não venha somente

para “assistir às aulas”, mas, sim, que venha para pesquisar, avaliar e

produzir conhecimento juntamente com seus professores e colegas de classe.

Dessa forma, a escola será um espaço de promoção da inclusão digital e

social de seus alunos. (BONATTO; SILVA; LISBOA, 2013).

Assim, durante os bimestres desse ano as atividades seguiram a temática do projeto

foram realizadas usando as salas de informáticas e os demais recursos disponíveis na escola,

utilizadas para o contato inicial com métodos de pesquisas e normas da ABNT, utilização de

programas específicos como para edição de textos, imagens, hipertextos e vídeos também na

navegação de páginas para pesquisas na web o uso de mídias síncronas e assíncronas e a

utilização das redes sociais como o “Facebook” e o “Youtube” para a divulgação de seus

trabalhos. Finalizado todos os trabalhos em sala, a escola organizou nos dias 05/11/2015, no

período matutino, e 07/07/2015 e 10/11/2015, no período noturno, a apresentação dos

produtos finais de cada disciplina.

FOTO 03: 3º ano B em apresentação

da culminância de Literatura. FOTO 05: Aluno do 1ºA e profªSuzy

na apresentação da disciplina de

Produção Interativa.

FOTO 06: Aluno selecionado para

representar os alunos na IV Amostra

Cultural

As turmas selecionadas organizaram salas com todo material e apresentaram para

todas as demais turmas de cada período. No período vespertino houve a produção de um

livreto com vários gêneros textuais relacionados ao meio ambiente, estes digitados pelos

próprios alunos.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

178

No dia 08/12/2015, a escola participou da 4ª Amostra Cultural Projeto Conecta Escola

2015 em que levou alguns trabalhos da culminância e banners demonstrando o trabalho e

objetivos alcançados em todo o projeto.

A principal importância de todo o trabalho realizado neste projeto foi à aprendizagem

dos alunos em utilizarem os meios tecnológicos para a construção do conhecimento,

independentemente da idade. No início, as aulas foram para que os mesmos conhecessem o

computador e seus recursos, inclusive a internet. O processo foi longo e lento, porém, o

resultado foi excelente e os objetivos foram notoriamente alcançados.

Podemos concluir que a tecnologia e os recursos midiáticos estão cada vez mais

presentes em nossas vidas em todos os aspectos. Por este motivo a sociedade tem nesta

geração, a grande necessidade e até certa dependência destes recursos, tanto para

comunicação, obtenção de conhecimento e expressão individual e cabe à escola utilizar estes

recursos para motivação e eficácia do seu fazer pedagógico.

REFERÊNCIAS

MATO GROSSO DO SUL.SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO.MANUAL DE EDUCAÇÃO

AMBIENTAL E CONSERVAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS:MANUAL PARA O ALUNO-5º SÉRIE,ENSINO

DE 1ºgrau-CAMPO GRANDE:SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO:BRASILIA:MINISTÉRIO DA

AGRICULTURA,1984.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL,3\ CLEOMAR HERCULANO DE SOUZA

PESENTE(ORGANIZADORA)-CAMPO GRANDE:GRÁFICA E EDITORA ALVORADA.2012

REFERENCIAL CURRICULAR, Ensino Médio/Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso do

Sul, 2012.

http://www2.unucseh.ueg.br/ceped/edipe/anais/viedipe/PDF/GT9%20Did.%20Prat.%20Est%C3%A1gi

o%20pdf/GT9%20tatiane%20%20batista%20e%20daniela%20%20lima.pdf Acesso em 05-2015

Site http://www.Antoniomiranda.Com.Br/Poesia_Visual/Tecnopoesia.Html Acesso em 10-2015

Site http://www.Hemopa.Pa.Gov.Br/Mitos-E-Duvidas.Htm Acesso em 10-2015

Site https://nupese.fe.ufg.br/up/208/o/ADORNO.pdf?1349568504 Acesso em 09-2015

Site https://www.youtube.com/watch?v=2oTkb7jx2Ak Acesso em 09-2015

Site https://www.youtube.com/watch?v=OR_J8KUkXMI Acesso em 07-2015

Site https://www.youtube.com/watch?v=2-W2LmqjHSI Acesso em 08-2015

Site https://www.youtube.com/watch?v=EgFPKjvnblI Acesso em 08-2015

Site https://www.youtube.com/watch?v=qiDub5iNvhQ Acesso em 09-2015

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

179

ESCOLA ESTADUAL OTAVIANO GONÇALVES DA SILVEIRA

JÚNIOR62

Promovendo Ações e Provocando Atitudes Sustentáveis

8º Ano B (E.F.)

Professores responsáveis

Fátima Fernandes da Rocha Guilherme Maria Aparecida Monteiro

O Projeto Conecta Escola atua na unidade escolar como ferramenta que possibilita

aperfeiçoar o uso da sala de tecnologia, bem como os recursos midiáticos de forma que os

alunos e professores adquiram relacionamento mais intrínseco com as tecnologias

proporcionando dinamicidade ao ensino e aprendizagem.

Nessa perspectiva, a Escola Estadual Professor Otaviano Gonçalves da Silveira Júnior

justificou seu projeto "Promovendo Ações e Provocando Atitudes Sustentáveis" após perceber

a necessidade de introduzir conceitos de sustentabilidade e matemática matematicista, aliando

a preocupação com o consumo de energia a matemática aplicada. A turma selecionada 8º ano

B é crítica no quesito ensino e aprendizagem.

A energia transformou-se num fator essencial no desenvolvimento de uma nação,

portanto torna-se difícil imaginar nosso cotidiano sem ela, pois, tudo que utilizamos para

facilitar nossa vida depende da fonte de energia elétrica, sendo que sua geração provem

basicamente das usinas hidro e termoelétricas.

Em sua parte teórica os alunos assistiram vídeos sobre consumo consciente e

utilizando com mais propriedade a STE, pesquisando desde a construção de usinas até a

energia que chega em suas casas.

Em sua parte prática, ocorreu a gincana do consumo consciente, todos os alunos,

mobilizaram-se para realização do consumo da energia em suas casa e na escola.

Daí a importância de identificar qual a representação cada parcela da sociedade tem do

meio ambiente para trabalhar tanto com os alunos como nas relações escola/comunidade.

Falar sobre temas transversais tão complexos é de muita importância, pois se trata de

temas utilizados no dia a dia e na formação dos alunos. Hoje, quando se fala em meio

ambiente, a tendência é pensar nos inúmeros problemas do mundo atual, com relação à

62 Diretora: Mônica Ascenção de Avelar Barbosa. Coordenador(es)

Pedagógico(s): Vânia Maria Ferreira Baptista e Sandra Cristina Morais.

PROGETEC: Leide Laura Centurion Saraiva. Multiplicador: Divino

Andrade Nabhan.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

180

questão ambiental. Lixo, poluição, desmatamento, espécies em extinção e testes nucleares são

dentre outros exemplos de situações lembradas. Porém, nos esquecemos que é necessário o

consumo consciente de energia.

Nesse sentido levantamos a seguinte questão: A Educação Ambiental sozinha é

suficiente para resolver os problemas ambientais? Talvez não, mas é condição indispensável

para tanto. A grande importância da Educação Ambiental é contribuir para a formação de

cidadãos conscientes do seu papel na preservação do meio ambiente e aptos para tomar

decisões sobre questões ambientais necessárias para o desenvolvimento de uma sociedade

sustentável.

Foto 1 - Trabalho na STE para

compreender todas as etapas

do processo de produção de

energia.

Foto 2– Ao término do projeto,

houve o momento da

culminância.

Foto 3- Com a mão na massa!

Montagem de maquetes para a

parte prática.

O projeto foi desenvolvido em três etapas, nas quais procuramos abarcar os conteúdos

referentes à matemática aplicada, às mídias presentes no cotidiano dos alunos e à economia de

energia. Durante o correr do ano estabeleceremos metas e atividades em que todos puderam

ser envolvidos.

A primeira etapa ocorreu entre março e abril de 2015, com a discussão do tema,

reflexão e escolha do tema do projeto, exposição do tema para a comunidade escolar,

pesquisas e levantamento de dados da comunidade, elaboração do projeto e reunião com os

professores para o inicio do desenvolvimento do projeto.

A segunda etapa aconteceu entre os meses de abril a outubro de 2015. Nessa etapa os

alunos elaboraram a logo marca do projeto utilizando a sala de tecnologia educacional. Na

sala de multimeios assistiram vídeos e filmes educativos referentes ao tema. Nessa etapa

também foram feitos os planejamentos, elaboração e execução de atividades pedagógicas

interdisciplinares desenvolvidas na instituição e fora dela. Os alunos fizeram entrevistas com

membros da comunidade sobre o consumo de energia. Mobilização para levantamento de

dados dos gastos de energia nas casas dos alunos. Enquete sobre o desperdício de energia

utilizando as redes sociais. Percebendo o desperdício, os alunos envolveram-se numa

campanha para economia de energia nas casas e na escola, criando assim uma gincana

pedagógica pelo consumo consciente de energia elétrica. Os alunos apresentaram seminários

para discussão dos temas compreendidos na sala de tecnologia. Visitaram o ESPAÇO

ENERGISA e puderem vivenciar inúmeras experiência.

A terceira etapa aconteceu em novembro com a apresentação das atividades

desenvolvidas na escola, exposição dos resultados alcançados e evento de culminância do

projeto. Os principais recursos utilizados foram a Sala de Tecnologia Educacional,

computadores para a utilização de softwares como o Excel, Word, Power Point e Paint,

internet para a utilização de sites de plataforma audiovisual como o YouTube, Lousa Interativa

Portátil, Projetor Integrado, caixa acústica, Sala do Multimeios, Biblioteca, Data Show,

Notebook, Tablet, câmera digital e impressora.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

181

Foto 25 - Alunos do 8º ano B

envolvidos na produção do

tema e da logomarca.

Foto 26– Visita ao Espaço

Energisa.

Foto 27–Os alunos tabularam

a economia de energia e

fizeram os gráficos

demonstrativos utilizando o

Excel.

A turma do 8º ano B, desenvolveu o tema com desenvoltura e promoveu além disso

um desdobramento para novos temas, transformando uma ideia inicial em novas

possibilidades de conhecimento. Eles souberam lidar com a proposta de trabalho e

desenvolveram materiais em maquetes, slides e vídeos. O projeto oportunizou aos alunos

construirem seu conhecimentos por meio da pesquisa sistematizada e orientada pelos

professores das áreas de linguagens e suas tecnologias. O projeto Conecta Escola 2015 foi

diferencial na utilização das tecnologias existentes na Unidade Escolar e também promoveu

uma nova possibilidade na abordagem pedagógica dos alunos e dos professores.

REFERÊNCIAS

MORAN, José M. Leituras dos Meios de Comunicação. São Paulo, Ed. Pancast, 1993

Como ver Televisão. São Paulo, Ed. Paulinas, 1991.

FDE - FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. Multimeios

aplicados à educação: uma leitura crítica. Cadernos Ideias, n.9, São Paulo, FDE, 1990.

MORAN, José M. Mudanças na comunicação pessoal. 2a ed. São Paulo: Paulinas,2000.

MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos e BEHRENS, Marilda. Novas Tecnologias e

Mediação Pedagógica. 7ª ed., Campinas: Papirus, 2003.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

182

ESCOLA ESTADUAL PROF.ª THEREZA NORONHA DE

CARVALHO63

PONTOS TURÍSTICOS E

MONUMENTOS HISTÓRICOS

DE CAMPO GRANDE/MS

A HISTÓRIA DE

CAMPO GRANDE/MS

MERCADO DE TRABALHO

5º Ano B (E.F.) –Vespertino

Professora

Herminia Paes

9º Ano A (E.F) – Matutino

Professores

Alessandra G. Tenório

Lucimara N. da Silva

Maria Ivaldice C. da Costa

Vera Lúcia Gama Weis

1º Ano C (E.M) - Noturno

Professores

Eder Janeo da Silva

Herminia Paes

Jorge R. Diacopulos

O projeto Conecta Escola 2015 tem o objetivo de estabelecer diretrizes que possam

direcionar o uso pedagógico das tecnologias educacionais e recursos midiáticos, por meio do

desenvolvimento de projetos, visando melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem dos

discentes da rede estadual de ensino. Desta forma, seguindo os parâmetros do projeto Conecta

Escola, junto com os coordenadores e professores regentes, foram identificadas 03 (três)

turmas prioritárias com problemas de aprendizagem, indisciplina, outrossim, participantes de

avaliações externas para o desenvolvimento do projeto.

A primeira turma identificada foi o 5º Ano B do turno Vespertino. A situação analisada

desta turma foram problemas de aprendizagem e também por ser participante de avaliações

externas (IDEB e PORVA BRASIL). Assim, intitulamos um projeto com o tema: Pontos

Turísticos e Monumentos Históricos de Campo Grande/MS, com o objetivo de desenvolver

atividades ligadas ao cotidiano dos discentes, atribuindo os recursos tecnológicos com o

intuito de aproximar sujeitos distantes quanto ao uso das novas tecnologias, desenvolvendo na

Sala de Tecnologias atividades que possibilitaram a troca de experiência, a socialização,

interação e cooperatividade.

A segunda turma identificada foi o 9º Ano A do turno Matutino. Esta turma também

foi diagnosticada com problemas de aprendizagem e, é participante de avaliações externas

(IDEB e PORVA BRASIL). Desta forma, intitulamos um projeto com o seguinte tema: A

História de Campo Grande/MS. Com este tema, foram desenvolvidas várias pesquisas na

internet onde os alunos puderam navegar por diversos sites, conhecendo, descobrindo,

aprendendo sobre a história de nossa cidade, como se deu o surgimento, a formação, a divisão

e povoação. É de suma importância ressaltar a eficácia das tecnologias no desenvolvimento

63 Diretora: Regina Lúcia de Leon Abreu Silva. Diretor Adjunto: José Silvio Rocha Gimenes.

Coordenador(es) Pedagógico(s): Katia Aparecida dos Santos Maria Cleonice Nunes dos Santos Melhado e

Zenilci Gonçalves Bonfim Romão. PROGETEC: João Paulo Ramirez Dias. Multiplicadora: Angela Suely

da Silva.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

183

das atividades, a inclusão desses dispositivos potencializou e promoveu aulas mais atrativas,

dinamizada e inovadora aumentando a autoestima dos alunos na construção do saber.

A terceira turma identificada foi o 1º Ano C Noturno. A situação analisada dessa turma

foram indisciplina e problemas de aprendizagem. Neste contexto, intitulamos um projeto com

o tema: Mercado de Trabalho, com o objetivo de desenvolver atividades ligadas ao cotidiano

dos alunos, onde os mesmos puderam buscar informações por meio de pesquisas na internet

sobre a perspectiva econômica do trabalho, as profissões que estão em alta na atualidade, as

novas áreas que foram reconhecidas no ano de 2015, elaboraram currículos e, entre outras

atividades onde os dispositivos tecnológicos foram essenciais para o progresso dos alunos

facilitando o processo de ensino aprendizagem.

Nesta etapa será descrito o desenvolvimento dos projetos nas referidas etapas de

ensino numa perspectiva interdisciplinar.

Contudo, as atividades do projeto foram disseminadas na Sala de Tecnologia sobre o

auxilio das diferentes mídias tecnológicas que enriqueceu o processo de ensino melhorando a

aprendizagem e a formação dos alunos. Segundo Brito (2008), tecnologia é um processo

contínuo através do qual a humanidade molda, modifica e gera a sua qualidade de vida. Há

uma constante necessidade do ser humano de criar, a sua capacidade de interagir com a

natureza, produzindo instrumentos desde os mais primitivos até os mais modernos, utilizando-

se de um conhecimento científico para aplicar a técnica e modificar, melhorar, aprimorar os

produtos oriundos do processo de interação deste com a natureza e com os demais seres

humanos.

Desta forma, o primeiro tema: Pontos Turísticos e Monumentos Históricos de Campo

Grande/MS do 5º Ano B, vespertino, com a professora regente dividimos em etapas a

construção do projeto. Em 03 (três) etapas, transcorreu da seguinte forma: 1ª etapa

apresentação do projeto. Neste momento foram apresentadas aos alunos todas as etapas e as

atividades do projeto. Explicamos a metodologia e também os recursos tecnológicos que

seriam utilizados durante o desenvolvimento das atividades.

Na 2ª etapa, entretanto, a mais importante, os alunos durante um determinado tempo,

utilizaram os computadores da Sala de Tecnologia e os celulares conectados na internet e,

pesquisaram conteúdos e informações acerca do tema onde puderam salvar todos os registros

encontrados em um banco de dados chamado Servidor. Concluindo, a etapa dois desse projeto

teve o objetivo de desenvolver ações de cooperação entre os alunos e, atitudes compartilhadas

na execução das tarefas possibilitando a troca de experiência, aperfeiçoando as habilidades

prévias assim estimulando o aprendizado e contemplando diversas áreas do conhecimento de

forma interdisciplinar.

Segundo Moran (2000): educar é colaborar para que professores e alunos – nas escolas

e organizações transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. É ajudar

os alunos na construção da sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional, projeto de

vida, desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e comunicação que lhes

permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e profissionais e tornam-se cidadãos

realizados e produtivos.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

184

Ainda segundo Moran (2000), é caminhar para um ensino e uma educação de

qualidade, que integre todas as dimensões do ser humano. [...] precisamos de pessoas que

façam essa integração em si mesmas no que concerne os aspectos, sensorial, intelectual,

emocional, ético, tecnológico, que transmitem de forma fácil entre o pessoal e o social, que

expressem nas suas palavras e ações que estão sempre evoluindo, mudando, avançando.

Na 3ª etapa do projeto conforme o cronograma foi destinado ao estudo e a seleção de

todo o material pesquisado e salvo pelos os alunos para confecção do produto final que

resultou em um livro educativo onde trás informações sobre os pontos turísticos e os

monumentos históricos de Campo Grande, MS.

Foto – STE, 9º Ano A –

EF, Ativ. Pesquisas

Foto – STE, 5º Ano B

– EF, Ativ. Pesquisas

Foto – STE, 1º Ano C

– EM, Ativ. Pesquisas

O segundo tema: A História de Campo Grande/MS do 9º Ano A, matutino, com os

professores regentes atuantes no projeto, dividimos também em etapas a construção do

projeto para facilitar o desenvolvimento. Nessa perspectiva, transcorreram 03 (três) etapas da

seguinte forma: 1º etapa apresentação do projeto. Neste momento foram apresentadas aos

alunos todas as etapas e as atividades do projeto. Explicamos a metodologia e também os

recursos tecnológicos que seriam utilizados no desenvolvimento das atividades. Na 2º etapa,

os alunos durante um determinado tempo, utilizaram os computadores da Sala de Tecnologia,

também, os celulares conectados na internet para realçar as pesquisas onde levantaram

informações e conteúdos acerca do tema salvando todos os registros descoberto em um banco

de dados chamado Servidor. Na 3ª etapa do projeto conforme o cronograma foi destinado ao

estudo e a seleção de todo o material pesquisado e salvo pelos os alunos para confecção do

produto final que resultou em um livro educativo onde resgatou a história e a trajetória do

fundador de Campo Grande Jose Antônio Pereira, entre outros conteúdos referentes à capital

Morena.

O terceiro tema: Mercado de Trabalho do 1º Ano C, noturno, com os professores

regentes atuantes no projeto, a construção do projeto foi dividida em etapas para melhor

trabalhar com os alunos. Deste modo, as etapas seguiram da seguinte forma: 1º etapa

apresentação do projeto. Neste momento foram apresentadas aos alunos todas as etapas e as

atividades do projeto. Explicamos a metodologia e também os recursos tecnológicos que

seriam utilizados no decorrer das atividades. Na 2º etapa, os alunos durante um determinado

tempo, utilizaram os computadores da Sala de Tecnologia e celulares conectados na internet

para pesquisas onde levantaram informações e conteúdos acerca do tema salvando todos os

registros encontrados em um banco de dados chamado Servidor. Na 3ª etapa do projeto

conforme o cronograma foi destinado ao estudo e a seleção de todo o material pesquisado e

salvo pelos os alunos para a confecção do produto final que resultou em um livro informativo

abrangendo temas do Mercado de Trabalho, dentro de uma perspectiva profissionalizante.

Considerações finais

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

185

O produto final do projeto com o tema: Pontos Turísticos e Monumentos Históricos de

Campo Grande/MS do 5º Ano B, vespertino, resultou em um livro educativo com informações

referentes aos marcos históricos, a importância dos monumentos para a cidade e as

localidades dos principais pontos turísticos. Desta forma, as atividades possibilitaram uma

metodologia inovadora onde os alunos puderam utilizar os recursos próprios

celulares/tabletes, também, as ferramentas tecnológicas disponíveis na escola tendo em vista

que estes dispositivos facilitaram a aplicabilidade nas atividades agilizando o processo de

ensino tornando as aulas mais atrativa e participativa, garantindo uma formação social de

qualidade, despertando o interesse nos alunos na busca de conteúdos, se apropriando da

internet como fonte de conhecimento, desenvolvendo ações cooperativas, aperfeiçoando

habilidades prévias, envolvendo sujeitos distantes quanto ao uso das mídias e, sobretudo,

propiciando a inclusão digital na construção do conhecimento.

Fazendo uma comparação do “antes e depois” da referida turma no processo de

aprendizagem, foi notável a progressão dos alunos, os mesmos superaram as dificuldades

apresentadas anteriormente, executaram todas as etapas do projeto com êxito, alavancaram as

notas ficando acima do esperado, melhorou o desempenho e o conceito comportamental.

Contudo, o 5º Ano B do Ensino Fundamental, tornou-se uma turma de qualidade, talentosa,

capazes de resolver atividades ainda mais complexas, mostraram estar preparados para

avaliações externas, avaliações de disciplinas curriculares em âmbito educacional.

Resumidamente, nós professores ficamos felizes pelo o desempenho e dedicação alcançada

pela turma durante o projeto.

Foto - STE, 5º Ano B, EF/

Produto Final – Livro

Foto - STE, 9º Ano A, EF/

Produto Final – Livro

Foto - STE, 1º Ano C, EM/

Produto Final – Livro

O produto final do projeto: A História de Campo Grande/MS do 9º Ano A, matutino,

resultou em um livro educativo onde abordou conteúdos referentes à história de nossa cidade,

o surgimento, a emancipação e o crescimento da povoação. Desta forma, as atividades

possibilitaram uma metodologia inovadora onde os alunos puderam utilizar os recursos

próprios celulares/tabletes, também, as ferramentas tecnológicas disponíveis na escola tendo

em vista que estes dispositivos facilitaram a aplicabilidade nas atividades agilizando o

processo de ensino tornando as aulas mais atrativa e participativa, garantindo uma formação

social de qualidade, despertando o interesse nos alunos na busca de conteúdos, se apropriando

da internet como fonte de conhecimento, desenvolvendo ações cooperativas, aperfeiçoando

habilidades prévias, envolvendo sujeitos distantes quanto ao uso das mídias e, sobretudo,

propiciando a inclusão digital na construção do conhecimento.

Fazendo uma comparação do “antes e depois” da referida turma no processo de

aprendizagem, foi notável a progressão dos alunos, os mesmos superaram as dificuldades

apresentadas anteriormente, executaram todas as etapas do projeto com êxito, alavancaram as

notas ficando acima do esperado, melhorou o desempenho e o conceito comportamental.

Contudo, o 9º Ano A do Ensino Fundamental, tornou-se uma turma de qualidade, talentosa,

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

186

capazes de resolver atividades ainda mais complexas, mostraram estar preparados para

avaliações externas, também, para avaliações de disciplinas curriculares em âmbito

educacional. Resumidamente, nós professores ficamos felizes pelo o desempenho e a

dedicação alcançada pela turma durante o projeto.

O produto final do projeto intitulado: Mercado de Trabalho do 1º Ano C, noturno,

resultou em um livro informativo onde abordou conteúdos referentes ao cenário econômico,

as novas áreas de profissões, o conceito de trabalho infantil, escravo, voluntário, primitivo e

profissionalizante. Desta forma, as atividades possibilitaram uma metodologia inovadora onde

os alunos puderam utilizar os recursos próprios celulares/tabletes, também, as ferramentas

tecnológicas disponíveis na escola tendo em vista que estes dispositivos facilitaram a

aplicabilidade nas atividades agilizando o processo de ensino tornando as aulas mais atrativa e

participativa, garantindo uma formação social de qualidade, despertando o interesse nos

alunos na busca de conteúdos, se apropriando da internet como fonte de conhecimento,

desenvolvendo ações cooperativas, aperfeiçoando habilidades prévias, envolvendo sujeitos

distantes quanto ao uso das mídias e, sobretudo, propiciando a inclusão digital na construção

do conhecimento.

Fazendo uma comparação do “antes e depois” da referida turma no processo de

aprendizagem, foi notável a progressão dos alunos, os mesmos superaram as dificuldades

apresentadas anteriormente, executaram todas as etapas do projeto com êxito, alavancaram as

notas ficando acima do esperado, melhorou o desempenho e o conceito comportamental.

Contudo, o 1º Ano C do Ensino Médio, tornou-se uma turma de qualidade, talentosa, capazes

de resolver atividades ainda mais complexas, mostraram estar preparados para avaliações

externas, também, para avaliações de disciplinas curriculares em âmbito educacional.

Resumidamente, nós professores ficamos felizes pelo o desempenho e a dedicação alcançada

pela turma durante o projeto.

0

5

10

5º Ano EF9º Ano EF1º Ano EM

AprendizagemIndiciplina

0

10

5º Ano EF9º Ano EF1º Ano EM

Aprendizagem

Indiciplina

Gráfico indicando uma nota de 0,0 a

10 para as avaliações e indisciplina. Dados

levantados no início do projeto

Gráfico indicando uma nota de 0,0 a

10 para as avaliações e indisciplinas. Dados

levantados no final do projeto

REFERÊNCIAS

BRITO, G da S. Educação e Novas Tecnologias: um re-pensar. Curitiba: Ibpex, 2008. p. 22-30-32-45-101-103.

MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T. et pedagógicas. 5. ed. 2000. p. 13-15-16. al. Novas Tecnologias

Campinas, SP; Papirus, e mediações

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

187

ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR ULISSES SERRA64

AS CRISES HÍDRICAS E

ELÉTRICAS

AS CRISES HÍDRICAS E

ELÉTRICAS

AS CRISES HÍDRICAS E

ELÉTRICAS

5º Ano A e B - Matutino

Professores responsáveis

Dalva de Oliveira Romeu

Railda Dias da Silva

Admarina Francisca Rodri-

Gues

8º Anos A e B - Vespertino

Professores responsáveis

Maria Severina Volpe

Willian Carvalho Silva

Roselea Valadão Cruz

2º Ano A (E.M.) – Noturno

Professores responsáveis

Gisele Alves Zuza Castro

Ricardo Fernandes Silva

Edivaldo Luis Camargo

Neste ano letivo de 2015, no período Matutino, o 5º Ano A foi escolhido para

participar do projeto Conecta com o tema “As Crises Hídricas e Elétricas”, devido à

realização da prova Brasil realizada na primeira quinzena do mês de Novembro do corrente

ano. No período Vespertino, o 5º ano B foi selecionado pelo mesmo motivo.

No período vespertino, os 8º Anos A e B foram escolhidos pelos professores regentes

para trabalharem o mesmo tema citado acima, por motivo de indisciplina, motivo pelo qual os

mesmos apresentavam dificuldades e baixo rendimento.

No período noturno o 2º Ano A do Ensino Médio, também foram votados pelos

professores regentes para atuarem no projeto conecta, também com o tema “Crises Hídricas e

Elétricas”, por motivo de indisciplina.

Após a escolha das turmas prioritárias e o tema, começou o desenvolvimento das

atividades semanais. A coordenação da escola elaborou um cronograma de ações pertinentes

ao tema, que ao longo do ano foi sendo colocado em pratica; exibições de filmes sobre água e

usinas hidrelétricas; visitações ao espaço energia e a Eletrosul, uso da STE para elaboração de

pesquisas, slides, filmes e folders educativos; como economizar no consumo da água e da

energia elétrica nas residências, aos quais foram distribuídos na comunidade.

Na teoria da argentina Emilia Ferreiro, que se tornou referência para o ensino no

Brasil, integrando-se ao construtivismo, campo de estudo inaugurado por Jean Piaget (1896-

1980). Em sua teoria as crianças têm papel ativo em seu próprio conhecimento. Segundo

Emilia Ferreiro (1982), “a construção do conhecimento e da escrita, tem uma lógica

individual, embora aberta à interação social dentro ou fora da escola”.

64 Diretora: Clemilde Nóbrega Silva. Coordenador(es) Pedagógico(s):

Lucia Costa Almeida; Inês Lazara de Carvalho; João Sanches Zambotti.

PROGETEC: Maria de Lourdes Carvalho. Multiplicador: Divino Andrade

Nabhan.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

188

Assim sendo, procuramos trabalhar os conteúdos formais sob diferentes enfoques, de

acordo com a organização curricular de forma interdisciplinar, relacionando-os a Temas

Transversais e o desenvolvimento de projetos, como o que citamos acima.

Foto 1-

Alunos 5º Ano A Matutino

pesquisando sobre água na STE

Foto 2 – Alunos - 8º Anos A e B

Vespertino – Visita Espaço

Energia

Foto 3- Produto Final –

exposição de folders educativos

Como produto final, os 5º Anos A e B apresentaram folders educativos, assim como

vários tipos de experiências com água, ou seja, praticando o conteúdo pesquisado na STE, e

expondo os folders que foram elaborados através dos conhecimentos adquiridos com as

pesquisas efetuadas.

Os 8º Anos A e B confeccionaram e apresentaram maquetes de hidrelétricas e do

aqüífero guarani, também transformando em prática as pesquisas elaboradas, demonstrando

os conhecimentos e a funcionalidade das hidrelétricas, expondo à comunidade o potencial

elétrico que possuímos no País e a importância do consumo moderado.

Foto 4 – 5º Ano B - Efetuando

experiências com água

Foto 5- Produto Final – 8º Ano

exposição de maquetes –

Aqüífero

Foto 6 – Exposição 8º Anos A e

B – Maquete de uma

hidrelétrica

O 2º Ano A do E.M efetuaram produções e entregas de folders educativos na

comunidade, como forma de multiplicar conhecimentos e informações, e um painel com

curiosidades sobre energia elétrica.

Foto 7- Produto Final – 2º Ano E.M –

Curiosidades

Foto 8 – 2º Ano E.M – Multiplicando os

conhecimentos

Através da realização deste projeto a escola proporcionou aos alunos a oportunidade

para ocorrer à construção e a reconstrução do conhecimento, fazendo um intenso uso das

TICs, instigando, orientando e avaliando o progresso adquirido, conforme mostram os

gráficos abaixo, com um avanço significativo no desenvolvimento e na participação das

turmas prioritárias e de todos os envolvidos no Projeto Conecta 2015.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

189

Gráfico 1 - 5º Ano A Matutino - Língua

Portuguesa

Gráfico 2- 5º Ano A - Matutino Língua Portuguesa-

3º Bimestre

Gráfico 3 - 8º Ano B Vespertino - Língua

Portuguesa – 1º Bimestre

Gráfico 4 - 8º Ano B - Vespertino Língua

Portuguesa- 3º Bimestre

Gráfico 5 - 2º Ano A E.M - Noturno - Matemática

– 1º Bimestre

Gráfico 6 - 2º Ano A E.M - Noturno Matemática-

3º Bimestre

REFERÊNCIAS

FERREIRO, Emilia. Alfabetização em Processo. São Paulo: Cortez, 1996.

FELIPPE, Miguel F: Consequência da ocupação urbana na dinâmica das

nascentes em Belo Horizonte- M.G. Belo Horizonte: Ed.ABEP, 2009.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

190

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA ZÉLIA QUEVEDO

CHAVES65

A ÁGUA

2º Ano A (E.M.) – Matutino

5º Ano B - Vespertino

3º Ano A (E.M) - Turma -

Noturno

Professores responsáveis

Márcia Alessandra Azevedo Paes

Marilene Ribeiro da Luz Pinzan

Thais Hamae Catto Watanabe

Valdirene Lourdes dos Santos

Vanda Barbosa dos Santos

Marcia Lopes

Professores responsáveis

Arcelino Barbosa

Professores responsáveis

Andé Luiz Ayala

Marilene Ribeiro da Luz Pinzan

Luiz Sanita

Olinda Conceição da Silva

Este projeto foi estruturado com base no tema gerador: “A água” do Projeto Conecta

Escola 2015, que se justifica pela necessidade do uso consciente e cuidados com a água,

mediante a sua escassez provocada pelo aquecimento global e o uso indiscriminado e

inconsciente, além de fomentar nos alunos um trabalho através de projeto que os ajude a

superar dificuldades de aprendizagem, proporcionando uma grande diversidade de

experiências, com participação ativa, para que possam ampliar a consciência sobre as

questões relativas à água e a sua conservação, desenvolvendo atitudes e valores voltados a sua

proteção e conservação.

Com o objetivo de qualificar o aluno de maneira que possa, quando for solicitado,

responder satisfatoriamente sobre temas referentes à Água, além de procurar promover

mudanças na forma de como se dá o processo ensino-aprendizagem, utilizando-se de

interações através dos meios tecnológicos tão usados no mundo moderno, motivando-o a

utilizar as mídias no processo de aprendizagem de maneira positiva e construtiva.

Os professores dos três turnos empenharam-se no desenvolvimento do projeto

“Conecta Água” em nossa escola. Primeiro os professores fizeram um planejamento coletivo

(professores e coordenadores) visando à integração curricular, pois eram disciplinas

diferentes, trabalharam com os grupos os turnos Matutino e Noturno, visando essa integração

entre as disciplinas e os professores. Os alunos utilizaram com frequência a STE, datashow

devido aos trabalhos de pesquisas e elaboração de painéis instrutivos sobre o conteúdo

abordado. Seleção de imagens para apoio visual na produção dos folders informativos sobre a

65 Diretor: Hunter Vilalba Pinto. Diretor Adjunto: Marcio José de Souza e

Silva. Coordenador(es) Pedagógico(s): Lucinda Pereira da Silva, Aline

Marcela Perdomo Jacquet. PROGETEC: Katiuscia Durães Pereira.

Multiplicador: Rodolfo Pedroso Rodrigues.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

191

importância do uso consciente da água, pesquisas bibliográficas com o uso da internet,

produção de Slides na STE em todas as disciplinas envolvidas com as oficinas.

O professor do Vespertino utilizou a STE como fonte de pesquisa e na utilização dos

recursos audiovisuais com atividades direcionadas nos aplicativos Power Point, Excel e Word,

pois seus alunos produziram textos para a publicação do livro sobre o tema abordado.

De acordo com nosso Projeto Construir Saberes

Incentivar o uso das TICs na operacionalização de atividades

interdisciplinares que envolva todos os alunos na produção de seu

conhecimento, criando hábitos de utilização de recursos tecnológicos e

midiáticos da escola, tendo os professores, funcionários, supervisores,

orientadores e coordenadores pedagógicos como orientadores em seu

processo de aprendizagem.

Conforme a missão do Projeto Político Pedagógico da escola buscou-se “Oferecer um

ensino de qualidade, dentro dos conceitos morais, sociais, éticos, culturais e tecnológicos para

nossos educandos, formando cidadãos críticos capazes de transformar a realidade em que

vivem”.

Na Foto 1 os alunos do Matutino da turma do 2º ano A, com a professora Vanda de

Geografia utiliza a STE, datashow e a caixa de som amplificada para passar o vídeo sobre a

formação dos lençóis freáticos e com atividades de pesquisas sobre a hidrografia de Mato

Grosso do Sul para a construção de textos sobre o Aquífero Guarani.

Na Foto 2 alunos do Vespertino da turma 5º ano B professor Arcelino trabalha o

acompanhamento do consumo da água, eles utilizaram a STE com o recurso do Excel para

calcular o consumo da água de suas casas utilizando a conta de água que cada aluno trouxe de

casa.

Na Foto 3 alunos do Noturno com o professor Luiz Sanita de Física utiliza a STE para

trabalhar atividades de pesquisa sobre a Declaração dos direitos da água e os estados físico da

água.

Foto 1 Matutino

Foto 2 Vespertino

Foto 3 Noturno

Foto 4 Produto Final

Matutino

Foto 5 Produto Final

Vespertino

Foto 6 produto final Noturno

Os produtos finais da turma do 2º ano A Matutino foram maquetes da Estação de

tratamento da água, Bacias Hidrográficas, Folders e Exposição em Miniatura de como é o

funcionamento dos Rins em relação à ingestão de água. No Vespertino o 5º ano B fez a

produção do livrinho sobre os conteúdos trabalhados em sala de aula e de Tecnologia com as

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

192

produções textuais dos alunos sobre o tema gerador Água.O Noturno fez a maquete da

Hidrelétrica e o livro com as produções dos alunos do 3º ano B com Poemas.

0

2

4

6

8

10

1° BIM 2° BIM 3° BIM

MATUTINO

VESPERTINO

NOTURNO

Obtiveram-se bons resultados, os alunos se envolveram com os assuntos trabalhados,

desenvolveram seu aprendizado com o uso das tecnologias, com o aprendizado produziram os

produtos finais que foram selecionados com cada turno, tendo assim uma aprendizagem mais

significativa e prazerosa.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei de Diretrizes de Base da educação Nacional. Lei nº 9.394/96, de 20/12/ 1996.

CHAVES, Zélia Quevedo. Projeto Político Pedagógico. Campo Grande. 2014.

CHAVES, Zélia Quevedo. Projeto Construir Saberes. Campo Grande. 2013.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

193

ESCOLA ESTADUAL RIACHUELO66

JOVEM, QUEM SOU EU?

2º Ano A (E.M.) – Matutino

Professores responsáveis

Janaina Evaristo Ferreira

Adilamar Vilela Moreira

Osvaldo dos Passos Junior A turma selecionada foi o 2° ano A para participar do conecta 2015 com o tema:

“Jovem, quem sou eu?”. Esta turma estava apresentando problemas de indisciplina escolar.

Não havia participação nas atividades de sala de aula e nem compromisso com atividades

complementares. Por este motivo, trabalhamos o projeto conecta com esta turma para

introduzir nestes alunos o movimento escolar, na tentativa de obter aproveitamento no ensino

e na aprendizagem destes alunos.

O projeto contou com a participação total dos alunos, a escolha do tema e de que

forma seria executado o projeto. Houve aulas com a orientação da professora responsável do

projeto juntamente com pesquisas, interação das ferramentas das mídias e relatos dos nossos

alunos, de como sofrem e fazem sofrer os demais adolescentes, e quais seriam as atitudes da

escola para ajuda-los a enfrentar frustrações e medos e tentar não cair em crimes.

O Projeto Jovem, quem sou eu? Teve por objetivo integrar a escola com os

adolescentes através do uso das TICS, a fim de que as novas gerações possam conhecer que o

mundo da violência pode transformar os jovens e sua saúde em condições precárias. Buscou-

se, também, desenvolver habilidades e competências de leitura, escrita, produção e

interpretação de textos, através do uso das tecnologias, na tentativa de auxiliá-los.

Para sua execução foi proposto: levantamento de informações, organização de fatos,

reunião e pesquisas; reconstrução de textos para formação de panfletos, produção de

calendários, que retratassem os cuidados e resultados que os jovens devem ter do estado, além

da participação dos alunos, de modo a resgatar, organizar e preservar os adolescentes de fazer

parte da estatística da violência na adolescência cada vez mais.

A escola, sendo uma instituição social de transmitir e produzir o conhecimento, com o

surgimento das tecnologias de informação, como o rádio, a TV e a Internet, que tem se

sobreposto a todos os outros meios de comunicação, tem provocado na escola a busca de

novas estratégias para a aquisição do conhecimento.

66 Diretora: Eronides Rezende de Carvalho. Coordenador (es)

Pedagógico(s): Maria Elena Antunes. PROGETEC: Graciela Durães

Nascimento. Multiplicadora: Marcia Vanderlei de Souza Esbrana.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

194

A razão do uso desta estratégia na turma do 2º ano A, veio da grande atração pelos

recursos tecnológicos disponíveis, como celulares e computadores, onde a rapidez da

informação condiz com a pressa dessa geração. Acreditamos que se a escola fizer uso da

linguagem e recursos usados pelos alunos no dia a dia, poderá aprimorar a ação docente e

beneficiar o ensino e a aprendizagem, além de cumprir a Missão proposta no Projeto Político

Pedagógico (PPP) da escola. Conforme Fotos 1, Palestra dos bombeiros, onde os alunos

puderam ter interdisciplinaridade da realidade do dia a dia dos adolescentes fora da escola,

tratada com profissionais experientes em socorrer a sociedade em que boa parte deste

atendimento hoje tem o adolescente como vítima ou infrator.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que a medida privativa de

liberdade aplicada a jovens infratores não pode passar de três anos. Entretanto, casos de

violência recentes – e emblemáticos – envolvendo menores de idade acirraram o debate sobre

o enrijecimento de sanções.

O governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) enviou ao Congresso uma proposta

de alteração ao ECA, sugerindo internação de até oito anos ao adolescente que cometer delitos

hediondos. Paralelamente, só no Senado tramitam quatro propostas de emenda à constituição

(PECs) com vistas a reduzir a maioridade penal no país. “A legislação tem de ser rigorosa,

combatendo a impunidade e a criminalidade, protegendo o cidadão de bem”, argumenta o

senador paranaense Álvaro Dias (PSDB), autor de uma das PECs.

Despertar no aluno a capacidade de usar diversas tecnologias e mídias na aquisição do

seu conhecimento, e inserir esses conceitos diante ferramentas tecnológicas, proporcionando

para esse aluno uma aprendizagem mais efetiva, diante dos mecanismos que o computador

pode realizar não é uma tarefa muito fácil, pois hoje a tecnologia esta em constante evolução e

somente com uma forte qualificação tanto para os educadores como para os educandos.

Aprimoramento da educação é essencial no desenvolvimento social e moral da humanidade e

das suas sociedades, por isso constitui um direito universal. Sendo, fundamental que os

sistemas educacionais promovam ações no sentido de oferecer equidade a todos àqueles que

integram tais sistemas. Na prática, as políticas públicas se encarregam de oferecer meios para

que a educação de qualidade seja acessíveis a todos, para professores, alunos e a sociedade,

como esta no regimento escolar da nossa unidade escolar.

Seguindo esse raciocínio, Jacques Delors na obra Educação: um Tesouro a Descobrir,

p.89, alega que “À educação cabe fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo

complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permite navegar

através dele”. Desta feita a escola deve estar em consonância com os preceitos estabelecidos

para o desenvolvimento da educação de qualidade.

Para formar cidadãos, preparados para vencer os desafios da sociedade

contemporânea; respeitar a dignidade de cada elemento, apoiar e incentivar que todos

participam do convívio escolar; se pautada pela busca continua e incessante da excelência na

qualidade do ensino (Proposta Curricular Escola Estadual Riachuelo, 2015).

Mas e a escola? Qual o seu papel nesse novo universo? Não é ela, tradicionalmente, a

instituição detentora do conhecimento? Abriu-se nesse contexto uma lacuna entre a escola e

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

195

os novos meios de disseminação e aquisição do conhecimento. Novamente, as políticas

públicas têm a missão de intermediar a integração entre esses entes e definir o papel de cada

um no cenário educacional.

Para efetivar a aplicação das tecnologias de informação e comunicação na escola, após

a constatação de sua importância e necessidade, é preciso criar conhecimentos e mecanismos

que possibilitem sua integração à educação evitando o deslumbramento ou o uso

indiscriminado da tecnologia por si e em si. Portanto, foi imprescindível enfatizar o cunho

pedagógico em todas as atividades que foram realizadas para executar este projeto. Desde

pesquisa que foi embalsada no conteúdo programado dos livros didáticos que eles estão

usando ate o aprofundamento dos assuntos. Junto com a tecnologia e suas ferramenta foi

feitas um interação com o grupo S.H.E “ sempre haverá esperança” com a Foto 2, que faz

palestra de orientação para prevenir os adolescentes para o não uso das drogas, e seus feitos

na vida do adolescente com de sua família. Também mostra com a cultura em forma de teatro

os efeitos das más influencias que os amigos sempre tentam impor em seus meios. Como

mostra esta Foto 3, eles se identificaram com o assunto e mais uma vez a interação da

tecnologia.

Os registros da pesquisa foram efetuados através de anotações e resenhas para a

elaboração dos panfletos. Como mostra as Fotos 4 e 5. Posteriormente, a análise e

organização dos dados e materiais coletados foram revertidas em material didático com o

boletim de informação que ficara disponível na biblioteca da escola. Os panfletos digitais e os

calendários impresso Foto 6 que servirão de apoio para estudos estarão disponíveis tanto no

Google Drive quanto na biblioteca da escola.

Palestras dos bombeiros

As contribuições pedagógicas foram aproveitadas e aprofundadas em todos os

sentidos, como uns dos pontos atribuídos, as doenças que os adolescentes sofrem por falta de

vacinação e as doenças de hepatites A e B, sendo que a hepatite B é transmitida sexualmente e

pelo beijo, e a A é transmitida através da água e alimentos contaminados, além de beijo na

boca e até do simples compartilhamento de bebidas. Uma das informações ignoradas pelos

alunos até o projeto conecta. E como assuntos variados que foram pesquisados por eles,

trouxe semelhança com o seu dia a dia. Fazendo-os perceberem que, tudo que estudam na

escola há um elo direto com sua vida, que não são assuntos alheios aos mesmos e à

comunidade a qual estão inseridos, mesmo que em porte pequenos.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

196

O aproveitamento por ambas as partes foi bem sucedido, todos os envolvidos no

conecta como os alunos retratados na tabela 1 das notas do 1° bimestre e 3° bimestre,

mostrando a evolução dos mesmos.

Sim tivemos muitos problemas na execução do projeto por idem variado, foram

refeitos várias modificação da elaboração inicial ate a etapa final. Mais com toda dedicação e

empenho corrigimos, ajustamos, retiramos e aperfeiçoamos para ser um marco na vida dos

nossos alunos, na educação e principalmente na sociedade.

Sim, ainda temos muito que mostrar e melhorar para o futuro dos jovens, mais a

principio, está dano os passos iniciais e não deixaremos os empecilhos nos parar e amedrontar

na missão de transformação a educação dos pais.

REFERÊNCIAS

DELORS, Jacques (Coord.). Os quatro pilares da educação. In: Educação: um tesouro a descobrir. São

Paulo: Cortezo. p. 89-102. http://www.educacional.com.br/articulistas/outrosEducacao_artigo.asp?artigo=artigo0056

Regimento Escolar da Escola Estadual Riachuelo 2015.

Proposta Pedagógica da Escola Estadual Riachuelo 2015.

Proposta da Criança e do Adolescente (ECA). Disponível em: >

http://www.promenino.org.br/direitosdainfancia/eca-e-legislacao >. Acesso em: 10. Junho. 2015.

Proposta de Emenda a constituição (PECs). Disponível em: >

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

197

ESCOLA ESTADUAL RUI BARBOSA67

6º Ano A

Ensino Fundamental (Matutino)

Professores responsáveis

Claudia Rodrigues Gonçalves

Nivaldo Palardino da Silva

6º Ano B

Ensino Fundamental (Matutino)

Professores responsáveis

Claudia Rodrigues Gonçalves

Nivaldo Palardino da Silva

Kátia Boerger [...] a forma como trabalhamos e construímos o conhecimento com os

alunos é o cerne de uma educação mais democrática e comprometida na

luta contra a repetência e a exclusão social. (KAERCHER, 2003, p.11).

Em conformidade com os dias atuais, a tecnologia é um fator preponderante para o

desenvolvimento do ser humano, cada vez mais inserido num mundo globalizado.

Diante de desses pressupostos, as turmas selecionadas apresentam algumas

características pertinentes ao ingresso para o Projeto Conecta Escola, tais como: curiosidade e

interesse tecnológicos e afinidade com alguns professores.

Por outro lado, defasagens de aprendizagem ocasionadas pelos mais diversos fatores

foram diagnosticados; desde defasagens de idade-série a desajustes comportamentais de fundo

emocional.

Conclui-se que as turmas selecionadas são propensas à inserção tecnológica,

principalmente pelo interesse no domínio dessa importante ferramenta à formação desse

homem do novo milênio: a informática.

As séries dos 6º anos A e B, matutino e vespertino, respectivamente, são as

contempladas à imersão nesse meio digital, por intermédio das disciplinas de ciências,

geografia e produção interativa.

No arcabouço desse projeto, vislumbramos o protagonismo juvenil a partir da criação

por parte dos alunos, de vídeo-aulas bem como a construção de maquetes, a fim de levá-los à

aquisição da aprendizagem, utilizando-se do aparato tecnológico da escola: sala de tecnologia,

fotocopiadoras, impressoras, câmara digital, celular, data show, caixa de som amplificada,

microfones entre outros.

67 Diretora: Tania Mara Corte Mattos. Diretora Adjunta: Ilze Ruch.

Coordenador Pedagógico: Antônio Carlos Siviero. PROGETEC: Everton

Luís Borro. Multiplicador: Nésio Alamini.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

198

Foto 01 – Gravação de

vídeo-aulas sobre vulcão

Foto 02 – Construção de

maquetes sobre vulção

Foto 03 – Pesquisa sobre

catástrofes naturais

como terremotos e

vulcanismos

Foto 04 – Pesquisa

sobre catástrofes

naturais como

terremotos e

vulcanismos

Os tópicos abordados pela disciplina de geografia: Estudos sobre a Litosfera, formação

do planeta Terra, a estrutura interna e externa da Terra, os agentes formadores e modificadores

do relevo, relação entre clima e vegetação e bacias hidrográficas foram desenvolvidas

interdisciplinarmente com a matéria de ciências.

Num primeiro momento, apresentou-se aos alunos o projeto Conecta 2015: Situando-

os quanto às disciplinas a serem trabalhadas; seus respectivos professores e, responsável pela

supervisão do suporte tecnológico, mais cronograma de execução.

A partir do tema gerador, nas disciplinas de geografia e ciências, os alunos são

inicialmente inteirados sobre o conteúdo, por intermédio de aulas expositivas auxiliadas por

mapas, globos e vídeos educativos.

Num segundo momento, os alunos são levados à sala de tecnologia, para que em

duplas, colijam informações a respeito dos conteúdos a serem desenvolvidos e a fim de um

maior aprofundamento no tema. Desse modo, são apresentados para reforçarem o

aprendizado: sites e vídeos acerca de montagem de maquetes, sites e vídeo documentários

sobre catástrofes naturais como terremotos, vulcanismos e tsunamis.

Foto 05 – Formação dos grupos

para a criação dos roteiros das

vídeo-aulas

Foto 06 – Orientação da

professora regente de geografia

para a gravação das vídeo-aulas

Num terceiro momento, os alunos dividem-se em grupos de três a quatro

componentes, para formarem suas equipes, às quais devem se incumbir de manufaturarem

vídeos e maquetes, cujas orientações serão repassadas pelo corpo docente via WhatsApp, mais

o auxílio do PROGETEC nas gravações dos vídeos: “[...] a imagem cinematográfica precisa

estar a serviço da investigação e da crítica a respeito da sociedade em que vivemos”

(BARBOSA, 2011, p. 112).

Foto 07 – Apresentação dos trabalhos na III Mostra

Científica da EE. Rui Barbosa

Foto 08 – Apresentação dos trabalhos na III Mostra

Científica da EE. Rui Barbosa

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

199

Posteriormente, num último momento, a culminância se fará na exposição das causas

dos fenômenos naturais por eles estudados e apresentados à comunidade escolar na “III

Mostra Científica da EE. Rui Barbosa”. Para a disciplina de Produção Interativa, inseridas na

área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, optou-se pelo canto lírico: coral.

Primeiramente, os ensaios ocorreram semanalmente em sala de aula, utilizando-se

como recurso midiático: um aparelho tocador de mp3 e o pendrive como dispositivo de

armazenamento. A seguir, fotocópias das letras das canções foram distribuídas durante os

ensaios.Num terceiro momento, houve as gravações de um videoclipe do coral. Culminando

com as apresentações dos corais cantando as seguintes músicas: do Belo (domínio público);

Cativar (domínio público); O caderno (Toquinho); João e Maria (Sivuca e Chico Buarque de

Holanda) para a “V Mostra Cultural”, da EE. Rui Barbosa, para a comunidade escolar.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, Jorge Luiz. Geografia e Cinema: em busca de aproximações e do inesperado. In:

CARLOS, Ana Fani A. (org.). A Geografia na Sala de Aula. 9. Ed. São Paulo: Contexto, 2011.

LEFRANÇOIS, GUY R. Teorias da aprendizagem. SP, Ed. Cengage Learning, 2008.

MARTINEZ, M.J.: LAHONE, C. Oliveira, Planejamento escolar. São Paulo: Saraiva, 1997.

SPÓSITO, Maria Encarnação. As diferentes propostas curriculares e o livro didático. In:

THIEL, Grace Cristiane; THIEL, Janice Cristine. Movie Takes: a magia do cinema na sala de

aula. Curitiba: Aymara, 2009.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

200

ESCOLA ESTADUAL SÃO FRANCISCO68

ÁGUA – FONTE DE VIDA

Responsáveis pelo projeto

Danielle Gomes

Gislaine Martin dos Santos

Maria Aparecida da Silva Ferreira

Maria Rodrigues Leite

Projeto idealizado pela Escola Estadual São Francisco atuante no ensino fundamental

II de 5º ao 9º ano, escola Franciscana mantida pelas Irmãs da Província Santa Tereza do

Menino Jesus, com a filosofia de ensino sócio-histórica e localizada no bairro São Francisco

em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

Inspirados no tema universal “Água” e o uso consciente deste recurso percebemos a

necessidade de educar, instigando os nossos alunos para a preservação e o consumo racional

dos recursos hídricos, proporcionando-lhes a oportunidade de se tornarem cidadãos

responsáveis e multiplicadores deste princípio.

Foto 2 - Formulário ondrive

(enquete + tabulação)

Foto 3 - Visita a comunidade –

divulgação do Projeto

O objetivo geral do projeto é desenvolver a autoria e a autonomia dos educandos nas

atividades de pesquisa científica, observação e experimentação com o uso dos recursos

tecnológicos. Além disso, despertar a criatividade, aprimorar o raciocínio matemático, a

leitura, interpretação e a produção escrita.

Como objetivo específico, pretendemos resgatar a história dos córregos Prosa e

Segredo, a qualidade de sua água no presente e as perspectivas dessa qualidade para o futuro,

se a população não se conscientizar de que é necessário e urgente uma atitude mais

sustentável.

Inserimos neste projeto as turmas do 6º ano A, 8º ano A e 9º ano B, na perspectiva de

que possam, por meio de um trabalho de reflexão sobre a preservação da água, especialmente

dos córregos Prosa e Segredo, agir como propagadores desses conhecimentos, ampliando suas

ações à comunidade.

Criamos o site “Conecta Escola 2015”, www.eesfconecta2015.wordpress.com, que

servirá como portfólio para o projeto, para registro de nossa instituição de ensino,

68 Diretora: Maria Aparecida Klimpel do Nascimento. Coordenação pedagógica: Indianara Abreu Holsbach

Nogueira. PROGETEC: Jacy Carlos Martins Júnior - Multiplicador: Roberto Wagner Andrade da Silva.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

201

funcionando como modelo para as futuras gerações e possibilitando o resgate das ações e os

trabalhos desenvolvidos pelos alunos e professores.

Como primeiro pilar deste projeto foram desenvolvidas algumas ações com cada

turma, visando proporcionar aos alunos uma grande diversidade de experiências, com

participação ativa, para que possam ampliar a consciência sobre as questões relativas à água

no meio ambiente, e assumir de forma independente e autônoma atitudes e valores voltados a

sua proteção e conservação.

A primeira ação foi a confecção do nome e da logomarca de cada turma (Foto 1),

seguido da votação para a escolha, utilizando a enquete no site oficial do projeto. As logos

foram produzidas com o intuito de resumir em um único desenho a ideia central do projeto,

ou seja, transmitir a mensagem de conscientização sobre o uso racional da água. Para a

produção, os alunos utilizaram os recursos do Paint.

A segunda ação foi uma visita técnica à estação de tratamento da empresa “Àguas

Guariroba”, para conhecer as fontes adutoras dos córregos Guariroba e Lageado, conhecida

como região do APAs (Área de Proteção Ambiental), os processos de captação, adução,

tratamento, preservação e distribuição da água. Lá, eles participaram de palestras sobre os

recursos hídricos de Campo Grande - MS e o uso racional da água, onde exploraram a

historicidade da nossa capital com o técnico responsável da empresa.

Foto 4- Logomarca e nome Foto 5 - Livro virtual Poemas /

site Calaméo

Foto 6 - Visita Técnica córrego

Prosa

As professoras Danielle Gomes (história) e Maria Aparecida da Silva Ferreira

(matemática) realizaram com todas as turmas o levantamento de informações necessárias para

a elaboração do questionário online, incentivando a pesquisa e a cooperação em grupo e como

passo inicial foi feito o Quiz no site da revista Época pelo LINK

http://editora.globo.com/pesquisas/epoca_flash/160707/quiz_epoca_160707.htm para

aprimoramento dos conhecimentos necessários e específicos para pesquisa.

Após a pesquisa e edição das perguntas no Word, o grupo de tecnologia de cada turma

fez a edição e a formatação do questionário na plataforma Ondrive -Google Docs (Foto 2).

Após a edição, realizou-se a pesquisa na STE (Sala de Tecnologias Educacionais) com os

alunos envolvidos no projeto e a professora Maria Aparecida solicitou que o 8º ano A,

desenvolvessem a tabulação dos dados com o uso da calculadora e celulares e a criassem

gráficos no Excel para posterior inserção no FOLDER do projeto.

Na disciplina de Língua Portuguesa, a professora Gislaine Martin, com a turma do 9º

ano B, realizou pesquisas e elaboração de vídeos, que posteriormente foram organizados em

forma de documentários, explorando a oralidade, a criatividade, a interpretação, a

argumentação e a persuasão, e, principalmente a reflexão sobre o desperdício da água.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

202

Como segundo pilar do projeto, os alunos visitaram o córrego Prosa assistidos pela

Prof. Danielle Gomes e a Coordenadora Pedagógica Indianara Holsbach, que propuseram

nesta visita técnica (Foto 3) o registro das informações importantes como a situação das

paisagens observadas, do estado de conservação da água, para subsidiar a produção dos

trabalhos posteriores, como o Folder e o livro de poemas.

Após a visita técnica, a professora Maria Rodrigues apresentou alguns documentários

que narram a historicidade dos córregos Prosa e Segredo e, na sala de Tecnologia os alunos

realizaram pesquisas online sobre as características dos dois córregos.

A partir das informações obtidas, a turma do 6º ano A iniciou a produção dos poemas

no word e power point, com efetivo acompanhamento desde a criação, na utilização das

regras e normas da Língua Portuguesa, na coleta de imagens e formatação dos trabalhos.

Concatenado a esta etapa, os poemas foram editados e compilados em um livro virtual

no site Calaméo (Foto 4), que está disponível no link

https://pt.calameo.com/read/004549322d00486dd48bb, e ainda a confecção de exemplares

impressos (livros) e a digitalização dos poemas para inserção no site oficial Conecta 2015,

servindo como registro em memória dos alunos, pais e comunidade escolar.

O terceiro pilar fez-se a juntada de todas as ações anteriores para a confecção do

FOLDER, elaborando um material informativo completo, com dicas de economia,

curiosidades, tratamento da informação, o poema e a historicidade dos córregos Prosa e

Segredo. Folder este que tem por finalidade instruir a comunidade no entorno do bairro São

Francisco, por meio da divulgação e orientação dos alunos que saíram a campo visitando os

moradores.

FOLDER

REFERÊNCIAS

https://br.fotolia.com/

https://www.google.com.br

www.aguasguariroba.com.br/

Bibliográfica córregos Prosa e Segredo

http://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/fundada-entre-2-corregos-capital-ve-

assoreamento-ameacar-agua

http://www.educamor.net/cg/dados_cg.htm

http://www2.uol.com.br/campogrande/cidade/curios.htm

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

203

Conheça a história dos córregos Prosa e Segredo:

http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/mstv-1edicao/videos/v/conheca-a-historia-dos-

corregos-prosa-e-segredo/3529057

http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2014/03/o-brasil-pede-baguab.html

Dicas de economia / uso racional da água / sustentabilidade / Campanha de conscientização.

http://site.sabesp.com.br/site/interna/subHome.aspx?secaoId=62

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/15-dicas-praticas-economizar-agua-

desperdicio-777421.shtml

Quiz

http://editora.globo.com/pesquisas/epoca_flash/160707/quiz_epoca_160707.htm

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

204

ESCOLA ESTADUAL SÃO JOSÉ69

4º e 5º Ano A e B (Escola Estadual São José) – Matutino

Professores responsáveis

Vanja Regina Sanches

Irene Tereza Ribas

Zilma Abreu de Souza

Educação financeira sempre foi importante aos consumidores, para auxiliá-los a orçar

e gerir a sua renda, a poupar e investir, e a evitar que se tornem vítimas de fraudes. No

entanto, sua crescente relevância nos últimos anos vem ocorrendo em decorrência do

desenvolvimento dos mercados financeiros, e das mudanças demográficas, econômicas e

políticas (OCDE, 2004:223).

Devido aos últimos acontecimentos, os alunos dos 4º e 5º anos do Ensino Fundamental

I, demonstraram uma preocupação com os aumentos, inflação, demissões de empregos, taxas

cobradas de bancos, taxas públicas, má conservação da cidade, corrupção, prisão e destituição

dos dirigentes de seus cargos por improbidade administrativa, greves. Essa preocupação foi

externada em aulas de raciocínio lógico e matemática e a ansiedade dos alunos em entender o

que estava ocorrendo no Brasil, Estado e Município, bem como o interesse deles em colaborar

com o núcleo familiar na economia domestica e financeira. Devido à dinâmica das aulas, o

trabalho foi estendido também ao 3º e 2º ano. Quanto ao 1º ano, participaram apenas do

“mercadinho” na Escola e da feira da “pechincha” como compradores, a fim de entender a

delicadeza das ações que envolvem a compra e venda, ou seja, o comércio.

Foto 1 - Feira da

pechincha

Foto 2 - Feira da

pechincha

Foto 3 - Mercado

Legal

Foto 4-

Aprendendo sobre

dúzia

Foi estipulado que primeiramente os alunos deveriam conhecer a nossa moeda (leitura,

escrita, abreviaturas, parte inteira e centavos); como efetuar operações; entender o que é lucro,

69 Diretora: Telma Soares de Alencar. Coordenador (es) Pedagógico(s):

Cristiane Aparecida Rodrigues. PROGETEC: Fernanda Xavier Soares.

Multiplicadora: Rosângela Ribeiro do Prado Baird.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

205

prejuízo, parcelamento, entrada, juros; entender a necessidade de poupar para ter uma reserva

para emergências.

Este tema nos permitiu trabalhar variadas situações problemas em matemática,

operações fundamentais, leitura de tabletes e gráficos. No ensino de matemática, recomenda-

se estimular: a capacidade de leitura e interpretação de textos com conteúdo econômico; a

habilidade de análise e julgamento dos cálculos de juros nas vendas a prazo; a compreensão

do relacionamento entre a matemática e os demais campos de conhecimento, como a

economia; a utilização desta para promover ações de defesa dos direitos do consumidor

(MEC, 2000a, 2000b).

Dentro deste contexto e para melhor entendimento, utilizamos vídeos na sala de

tecnologia, acesso aos computadores para aprender a trabalhar com a planilha do Excel, bem

como planilhas de controle financeiro, tabletes para registros das atividades, atividades

interativas como o dia de troca (para que tivessem noção de valor para troca), mercadinho

fictício na escola para treinar troco, preenchimento de cheque, entendimento do uso de cartão

de crédito, compra na cantina da Escola, feira da pechincha, visita e compra no

estabelecimento comercial Mercado Legal para observarem preços, embalagens, data de

validade, forma de compra (unidade, dúzia, quilo), troco, saber fazer trocas inteligentes, ou

seja, mesma qualidade, porém mais barato e racionar da necessidade da aquisição para que

seja controlada a compra compulsiva com as perguntas que os ajudarão a analise: eu preciso,

eu posso, é necessário?

Foi enfocada a importância do reaproveitamento (troca-troca e pechincha), melhoria

do descarte no meio ambiente, menos gastos, colaboração com a família na economia de

energia, água, produtos. Houve a perspectiva da formação de “pequenos” multiplicadores

destas noções básicas para o núcleo familiar além de noções básicas de fraternidade, parceria

e colaboração com a família na economia domestica.

Ao finalizarmos o projeto percebemos que nosso objetivo de esclarecimento das

questões financeiras foi alcançado, pois as crianças entenderam as noções básicas da compra,

venda, poupança, economizar fazendo escolhas adequadas, privilegiando os produto mais

baratos para que com isso pudéssemos comprar mais itens. Notamos também que houve o

despertar para compra consciente substituindo o consumismo desenfreado e a noção mais

adequada dos valores para as atividades de troca.

Percebemos que o interesse no tema foi genuíno com adesão de quase 100% das

crianças e colaboração com as famílias no que se refere aos objetivos para troca-troca,

pechincha.

O dinheiro faz parte da nossa vida, as crianças e jovens são cada vez mais cedo

impactados pelo consumo e propagandas, e desenvolver a inteligência financeira da família

permite que usufruam do dia a dia, valorizem as coisas realmente essenciais, superem

desafios financeiros e aproveitem oportunidades com mais segurança e conforto ao longo da

vida, possibilitando ainda independência financeira a partir de atitudes simples e conscientes,

independente da faixa de renda (Ligocki, Carolina, 2015).

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

206

REFERÊNCIAS

Ligocki, Carolina Simões Lopes; Silvana Maria Silva Iunes

Ajude seu Filho a usar, gerar e ter dinheiro.

Versão para o Programa de Educação Financeira em Casa da Oficina das Finanças

Editora Oficina- Brasília 2015

MEC (Ministério da Educação). Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. 2000a.

OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico). OECD‟s

Financial Education Project. Assessoria de Comunicação Social, 2004. Disponível em:

<www.oecd.org/>. Acesso em: novembro 2015.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

207

ESCOLA ESTADUAL SEBASTIÃO SANTANA DE OLIVEIRA70

MOSTRA CIENTÍFICA 2015

Professores responsáveis

Flávio Aparecido da Silva

Honorina Costa

James Vieira Cáceres

Jesus Pedro Oliveira Júnior

O Projeto Conecta Mostra Científica 2015 teve como objetivo principal criar,

desenvolver e motivar a pesquisa entre os alunos, criando uma cultura científica e tecnológica

na escola. Deste modo colocando nas mãos de nossos discentes mais ferramentas para que se

tornem cidadãos mais comprometidos e atuantes na sociedade. Já que oportunizam o

exercício do questionamento, do desafio e da busca pelo desconhecido, como encontrarão,

mais tarde, em sua vida profissional.

O Projeto Conecta Mostra Científica 2015, um projeto social, científico e tecnológico,

realizado na escola, juntamente com a comunidade com a intenção que, durante a

apresentação dos estudantes, oportunizem um diálogo com os visitantes, constituindo-se na

oportunidade discussão sobre os conhecimentos, metodologias de pesquisa e criatividade dos

alunos em todos os aspectos referentes à exibição dos trabalhos.

O evento contou com mais de 30 apresentações científicas e tecnológicas produzida

inteiramente pelos alunos sob orientação dos professores regentes, o projeto proporcionou ao

educando uma reflexão sobre o seu comportamento com os colegas e professores, resgatando

valores morais de cada educando, bem como o uso das tecnologias e os recursos midiáticos.

Foto 1 - Apresentações do Projeto aos

Professores avaliadores

Foto 2 - Alunos do “Projeto Conecta 2015” com

seus respectivos trabalhos

O projeto acrescentou a esses alunos alguns atributos da área afetiva de grande valor,

dentre eles a organização e a disciplina, na qual as mesmas colaboraram para a formação ética

70 Diretor: Domingos da Luz Nogueira. Coordenadores Pedagógicos:

Rozangela Barbosa, Patrick Ramalho e Patrícia Ues Delarissa.

PROGETEC: Felipe Jesus da Costa. Multiplicadora: Luiza Gonçalves

Dorado.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

208

deles, desenvolvendo os valores morais dos indivíduos não só no âmbito escolar como na

sociedade.

Através da realização do Projeto Conecta 2015 observamos as seguintes melhoras

nesses alunos, tais como: interação da turma, envolvimento na realização das atividades,

maior disciplina, assiduidade, pontualidade, reflexão sobre a forma legal (consciente) de

escrever e de pesquisar nas redes sociais.

REFERÊNCIAS

PPP da E. E. Sebastião Santana de Oliveira

Regimento Escolar da E. E. Sebastião Santana de Oliveira

portal.mec.gov.br/docman/documentos-pdf/611-alimentacao-saudavel

pib.socioambiental.org/pt/povo/kadiweu

www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo

http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/quero-ver-mundo-427356.shtml

http://escolakids.uol.com.br/metodo-cientifico.htm

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

209

ESCOLA ESTADUAL VESPASIANO MARTINS71

DEFENSORES DA ÁGUA

ESQUADRÃO DA ÁGUA

VESPA MOVIMENTA

1º Ano C (E. M.) – Matutino.

Professores responsáveis

Janice Andréia Brito de Araújo

1º Ano D (E. M.) - Vespertino

Professores responsáveis

José Rone Rabelo

2º Ano F (E. M.) –

Noturno

Professores responsáveis

Suellen Dayana de Oliveira

Carnelutti

O projeto Conecta Escola 2015 foi desenvolvido nos três turnos da E. E. Vespasiano

Martins, no qual cada turma desenvolveu um tema e um produto final durante a realização do

Projeto. O 1º ano C do turno matutino foi escolhido para participar do projeto, pois

apresentava indisciplina, dificuldade de aprendizagem e interação.

No turno vespertino a turma selecionada foi o 1º ano D apresentando dificuldades de

ensino e aprendizagem semelhantes à turma do matutino, outro fator que foi totalmente

relevante na escolha da turma foi o número de alunos repentes na composição desta turma.

Nessa mesma perspectiva no turno Noturno os alunos da turma do 2º ano F

apresentavam desinteresse e apatia, acreditamos que esse fator esteja ligado ao grande número

de alunos que estudam e trabalham nesta turma.

O projeto Conecta desenvolvido no turno Matutino com os alunos do 1º Ano C foi

uma Fotonovela, os mesmos criaram uma logo para representar a turma e se nomearam

“Defensores da Água”. Dessa forma utilizamos as tecnologias como ferramenta fundamental

para a produção de fotonovelas. Os recursos utilizados foram: a sala de tecnologias

educacionais, celulares, data Show, internet, Power Point, entre outros.

Os alunos iniciaram o projeto com uma pesquisa sobre o uso e o reuso da água e o

motivo da maior crise hídrica do Brasil, ocorrida no estado de São Paulo neste ano de 2015. O

principal objetivo do projeto foi despertar nos alunos a conscientização do uso da água por

meio das tecnologias. De acordo com o escritor e jornalista inglês George Orwell: “O homem

é tão bom quanto seu desenvolvimento tecnológico o permite ser.”

Nessa mesma perspectiva é fundamental e indispensável que os alunos tenham

conhecimento tecnológico e desenvolvam suas habilidades com o contato diário e habitual

com inúmeras tecnologias diferentes. Depois do processo de pesquisa realizaram a produção

das fotos, a criação da Fotonovela com o desenvolvimento do roteiro, como pode ser

71 Diretora: Denise Martins Ferreira de Lima. Coordenador (es)

Pedagógico(s): Aline Britto de Castro. PROGETEC: Núbia Cristaldo

Maciel. Multiplicadora - NTE: Edma Ferreira da Silva Souza.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

210

observado na Foto 1 abaixo e das ferramentas existentes no software Power Point e por fim

apresentaram as produções para os colegas da escola.

No turno Vespertino os alunos do 1º Ano D foram os escolhidos para o

desenvolvimento do projeto, logo a primeira etapa do mesmo foi marcada pela criação da

logo e pela escolha do nome no qual seriam conhecidos no decorrer do projeto. Esquadrão da

Água foi o nome que se intitularam. Em seguida o professor Regente utilizou o Projetor

Proinfo integrado para explicar como seriam as etapas do Projeto e o que é uma Cartilha e os

itens que são fundamentais na mesma, como na Foto 2.

Nas aulas seguintes os alunos foram para a Sala de Tecnologias Educacionais e

iniciaram as pesquisas, na etapa seguinte partimos para a produção das cartilhas, utilizando o

Software Word. De acordo com o Moran, 1999:

O segundo passo é ajudar na familiarização com o computador, com seus aplicativos e com a

Internet. Aprender a utilizá-lo no nível básico, como ferramenta. No nível mais avançado: dominar as

ferramentas da WEB, do e-mail. Aprender a pesquisar nos search, a participar de listas de discussão, a

construir páginas.

Com o auxílio da Progetec os alunos aprenderam a utilizar as ferramentas de

formatação disponíveis no software Word. O professor regente realizou a orientação e a

correção da Língua Portuguesa, chegando ao produto final de cada dupla. A próxima etapa foi

apresentar as 16 cartilhas produzidas aos alunos do turno vespertino e realizar uma votação da

melhor cartilha contando com o apoio das outras turmas do turno, como na Foto 3.

Foto 1- Alunos produzindo a

Fotonovela

Foto 2 - Professor Regente

utilizando o Projetor Proinfo

para explicar as etapas do

Projeto.

Foto 3 - Votação da melhor

cartilha

Todos os alunos foram parabenizados pelo projeto desenvolvido e o aluno que teve o

maior número de votos em sua cartilha foi premiado com doces. Este projeto foi marcado pelo

empenho e dedicação dos alunos e chegou ao objetivo final de integrar mais a turma e elevar

as notas em todas as disciplinas.

No turno Noturno o 2º Ano F foi o contemplado para participar do projeto Conecta

Escola, o primeiro passo foi apresentar aos alunos os objetivos do projeto e descrever a

importância do mesmo. Em seguida os alunos definiram o tema no qual gostariam de

trabalhar. Como a turma é composta por muitos alunos que estudam e trabalham os mesmos

tem uma alimentação precária, por isso decidiram falar sobre Obesidade.

Decidido o tema a ser trabalhado, os alunos foram para o segundo passo que foi a

elaboração da Logo e do nome no qual o projeto seria conhecido. O nome escolhido foi Vespa

movimenta, contemplando o nome da escola e o movimento na intenção de movimentar a

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

211

escola contra a obesidade. Na sala de tecnologias educacionais iniciamos as pesquisas sobre

obesidade, alimentação entre outros.

O terceiro passo foi dividir a turma em grupos, definindo o que cada grupo iria

pesquisar para compor matérias para a nossa revista. No decorrer do projeto encontramos

algumas dificuldades devido ao número de alunos que trabalham e estudam. Na tentativa de

diminuir esses imprevistos, a PROGETEC convidou duas acadêmicas do curso de

Enfermagem da Universidade Anhanguera Uniderp para realizarem uma palestra sobre os

principais fatores que se desenvolvem com a obesidade, como pode ser visualizado na Foto 4.

Foto 28- Acadêmicas

palestrando sobre

Hipertensão

Foto 29- Acadêmicas

aferindo a P.A. dos

alunos

Foto 6 - Acadêmicas de

Enfermagem com os

alunos e professores

envolvidos no Projeto

Conecta 2015

Foto 7- Montagem com

slides das fotonovelas

Após a palestra das acadêmicas, os alunos ganharam animo e demonstraram maior

interesse pelo projeto. As etapas seguintes foram marcadas pela produção dos artigos e

correção dos mesmos pela professora regente. A palestra sobre Hipertensão também foi

ofertada nas turmas do 1º e 3º Ano juntamente com a revista produzida como culminância do

projeto. Os alunos perceberam a importância de mesmo na correria tentar balancear a sua

alimentação e diminuir a obesidade. Confira na Foto 6 a turma do 2º Ano F com as

acadêmicas, o professor regente e a Progetec.

O produto final do Projeto Conecta Escola 2015 foi uma Fotonovela, a turma foi

dividida em quatro grupos no qual cada equipe desenvolveu uma. No início do projeto a sala

era totalmente sem interação, no decorrer do projeto a turma começou a se conhecer melhor e

ocorreu elevação das notas de um bimestre para o outro. Confira na Foto 7, uma montagem

das fotonovelas apresentadas.

No turno vespertino o produto final foi uma cartilha, contendo dicas para economia do

uso de água. A turma apresentava comportamento apático e de desinteresse, e no decorrer do

projeto apresentaram maior interesse nas aulas e interação entre os colegas. Confira na Foto 8

a cartilha vencedora do projeto.

Foto 8 Cartilha produzida Foto 30- Capa da revista produzida

O turno Noturno produziu uma revista impressa que foi distribuída na escola, para os

colegas das outras turmas, com o título Obesidade. O projeto contribui na melhora da escrita e

da fala da turma, visto que a maior parte desses alunos já está no mercado de trabalho e

precisam desenvolver melhor sua linguagem. Confira na Foto 9, a capa da revista.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

212

REFERÊNCIAS

Reúso da água - conceitos, teorias e práticas.

Autor: Telles, Dirceu D' Alkmin; Costa, Regina Helena Pacca Guimarães

Editora: Edgard Blucher

http://medindoagua.com.br/ acessado em 10 de outubro de 2015 às 09h22min.

http://www.aguasguariroba.com.br/ acessado em 15 de outubro de 2015 às 10h12min.

http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/T6%20TextoMoran.pdf

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

213

ESCOLA ESTADUAL WALDEMIR BARROS DA SILVA72

CULTURAS NEGADAS

3º Ano C (E.M.) – Matutino

Professores responsáveis

Peter Paul Pereira

Geisy Silva de Oliveira

Willian da Silva Caetano

José Gomes Pereira

Regerson dos Santos

Alberto Aparecido Wolf

Everaldo Carlos de Souza

3º Ano D (E.M.) - Vespertino

Professores responsáveis

José Gomes Pereira

Eládio Claudio Xavier da Costa

Ademir Conceição Nunes

Professor Anderson da Silva

Gonçalves

1º Ano E (E.M) - Noturno

Professores responsáveis

Regerson dos Santos

Jayson Pires de Assis

Alberto Aparecido Wolf

Everaldo Carlos de Souza

Willian da Silva Caetano

José Gomes Pereira

A escolha das turmas para o projeto conecta 2015 surgiram a partir de estudos e

análise dos professores da Área de Ciências Humanas da Escola Estadual Waldemir Barros da

Silva, aonde fizeram o levantaram da necessidade de trabalhar com o 3º ano C período

matutino. Por conta de ser uma turma que necessita de uma atenção maior, pois os mesmos

farão o Enem 2015.

No período vespertino também houve a opção do 3º ano D devido às mesmas

necessidades do 3º ano C.

Já no período noturno optaram pela turma de 1º ano o E, devido a desmotivação e da

possibilidade de evasão desses alunos. Por isso há necessidade de inclusão da turma no

projeto conecta 2015, com o objetivo de motivá-los não só para o término do ano letivo, mas

para a conclusão de seus estudos com sucesso.

O tema do projeto Culturas Negadas surge após estudo e algumas indagações sobre

“diversidade cultural: discurso sobre a presença e ausência das diferenças na ação educativa

em ciências humanas”.

De acordo com nossos estudos destacamos alguns problemas relacionados ao tema.

Segundo Silva (2002), várias questões colocadas pelos Estudos Culturais desafiam os

educadores no Brasil atual:

Em que medida a educação escolar e os currículos não estão comprometidos

com a herança colonial e por isso possibilitam a manutenção do preconceito e

da discriminação étnica e racial contra os afro-descendentes e índios?

72 Diretora: Ernangela Maria de Sousa Calixto. Diretora Adjunta: Luzia Silva

Soares. Coordenador(es) Pedagógico(s): Ana Elizabete Correa, Eliana Maria

Rodrigues do Prado, Carmen Luzia Balduino, Arisvaldo Dias Rodrigues.

PROGETEC: Edvaldo Angelotti Junior. Multiplicador: Agamenon Nascimento.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

214

Em que medida a noção de raça, forjada no século XIX pelo pensamento

europeu, continua influindo sobre a formação das identidades de alunos e

educadores?

Como os materiais didáticos, as narrativas literárias e os textos científicos

continuam celebrando a soberania do sujeito imperial europeu?

Como as subjetividades de alunos e educadores de diferentes grupos étnicos e

raciais são influenciadas pelos padrões culturais europeus e americanos?

Como tornar a escola um espaço de convivência democrática entre os

diferentes segmentos étnicos e raciais da sociedade brasileira?

A partir dessas indagações elencadas por Tomas Tadeu Da Silva, outras questões

surgiram em nossas discussões,

Como a questão de gênero está sendo tratada dentro do espaço educativo?

Como as minorias esquecidas e invisíveis estão sendo tratadas dentro deste

espaço educativo?

Como estas questões podem implicar na convivência harmoniosa dentro do

espaço educativo?

Como estas questões podem gerar instabilidade e violência dentro do espaço

educativo?

Os professores de Ciências Humanas, Escola Estadual Waldemir Barros da Silva,

vendo a necessidade de aprofundar neste tema propôs um projeto que permitira identificar a

presença ou ausência das culturas negadas em nosso currículo.

Tendo em vista toda a diversidade cultural do Brasil e Mato Grosso do Sul, este

projeto permitira fomentar discussões sobre as diferenças inseridas no interior da Escola e

sociedade que são esquecidas e negadas a todo tempo por nós professores, gestores e

sociedade.

Os primeiros passos para o desenvolvimento do projeto teve início dentro da sala de

tecnologia educacional (STE), e também em sala de aula com uso de projetores e lousa

digital. Nessa etapa houve a fomentação e apresentação do projeto as turmas prioritárias dos

três períodos da Unidade Escolar.

Após a etapa de apresentação os professores elaboraram um cronograma para as

realizações das atividades e das pesquisas na sala de informática. No caso do 3º ano C

matutino os professores dividiram a sala em grupos. Estes a partir da orientação dos

professores tiveram vários momentos iniciando pela pesquisa da escolha de seus temas. A

fomentação e discussão dos temas, também seriam realizadas em sala de aula e após alunos

sairiam a campo para gravar entrevistas, fazer levantamento de dados sobre os problemas, ou

seja, realizar de fato um trabalho de iniciação cientifica. Nesse momento, os alunos

realizavam suas pesquisas e trabalho de campo se utilizando de muitos recursos midiáticos

como, filmadora, máquina fotográfica, tablets, celulares, assim como a sala de tecnologia

para pesquisa, e edição de seus trabalhos, trabalhos esses que eram apresentados com o

recurso de projetores e lousa digital onde houve a intervenção e sugestão dos professores para

correções e melhorias de seus trabalhos. Após sua efetiva conclusão foram apresentados, no

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

215

segundo dia da culminância do projeto, em salas ambientes em que todos os alunos da escola

fizeram suas inscrições para assistir ao tema que mais interessava.

O mesmo processo foi desenvolvido com os alunos do 3º ano D vespertino porém

esses produziriam vídeos com os temas escolhidos por eles, também neste caso se utilizaram

de diversos recursos tecnológicos para produção, pesquisa e desenvolvimento de seus vídeos.

No período noturno, o foco era para o desenvolvimento do projeto, contudo, a

dinâmica é outra, os professores juntos com os alunos optaram por definir um tema único, que

foi a questão indígena. A partir desse momento os alunos utilizaram a sala de tecnologia para

organizar seus trabalhos e pesquisas, com o objetivo final de produções coletivas. Os

professores também se utilizaram de diversos recursos como projetores, filmes da TV escola,

tablets e celulares, estes dos alunos. A sala de tecnologia foi utilizada como suporte para

pesquisas e desenvolvimento dos trabalhos através dos aplicativos disponíveis e necessários

para formatação final do projeto.

Foto 1- Trabalho os

Invisíveis 3º Ano C

Foto 2- Apresentação

de Trabalho 3º ano D

Foto 3- Trabalho

apresentado pelos alunos

1ºE

Foto 4- Trabalhos

artísticos

Pedagogicamente, o projeto Culturas Negadas se caracterizou por sua natureza

interdisciplinar e principalmente pelos belos trabalhos apresentados na culminância do

projeto. Vale aqui, ressaltar que nos 3º anos dos vários temas abordado e debatidos durante o

projeto destaca-se a violência contra a mulher que foi tema da redação do Enem e que nossos

alunos estavam muito bem embasados para transcreverem seus textos, e que todos em seus

depoimentos após a aplicação do Enem foram agradecer a seus professores e isso é a maior

recompensa frente a um projeto que de fato contribuiu para um aprendizado significativo. Por

fim, como produtos finais tiveram o lançamento da primeira revista de ciências humanas que

contemplou todas as turmas envolvidas no projeto com trabalhos, artigos, depoimentos e uma

galeria de imagens que demonstra o belo trabalho de nossos alunos com pinturas de telas,

vasos, painéis entre outros. Ficou a cargo do 3º ano C o desenvolvimento e alimentação do

facebook do projeto: https://www.facebook.com/culturasnegadas/?fref=ts e sobre a

responsabilidade do PROGETEC o desenvolvimento e alimentação do blog:

http://eewbsconecta2015.blogspot.com.br.

Foto 5 Capa Revista Foto 6 Apresentação dos trabalhos dia de

culminância

Também podemos demonstrar através do quadro a evolução de nossos alunos nas

disciplinas relacionadas a ciências humanas.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

216

Turmas 1º Bim

Abaixo

1º Bim

Média

3º Bim

Abaixo

3º Bim

Média

3º C Mat 31,50% 68,50% 7,70% 92,30%

3º D Ves 30, 80% 69,20% 23% 77%

1º E Not 47,05% 52,95% 22,20% 77,80%

Fonte: http://www.sgde.ms.gov.br/

Em relação ao 1º ano E é importante ressaltar que no primeiro bimestre tivemos a

evasão de 11 alunos e que no decorrer do projeto ou seja entre o 2º e 3º bimestre apenas 5

alunos se evadiram ou seja esse índice de evasão diminuiu em mais de 50%.

REFERÊNCIAS

BRASIl, Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 11.645, de 10 de março de

2008. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que

estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da

temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Brasília, DF: D.O.U., 11 mar. 2008. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2007-2010/2008/ lei/l11645.htm>. Acesso em: 10 janeiro. 2015

exame.abril.com.br/brasil/noticias/8-dados-que-mostram-o-abismo-social-entre-negros-e-brancos

MARQUES, Eugenia Portela de Siqueira. Educação e relações étnico-raciais no Brasil: as contribuições das leis

10.639/2003 e 11.645/2008 para a descolonização do currículo escolar. R. Educ. Públ. Cuiabá, v. 23, n. 53/2, p. 553-571,

maio/ago. 2014

MIGNOLO, Walter. Cambiando las Éticas y las Políticas delConocimiento: la Lógica de La Colonialidad y

laPostcolonialidad Imperial. 2005. Disponível em: <www. tristestopicos.org>. Acesso em: 20 out. 2013.

FREIRE, J.R. Bessa. Cinco idéias equivocadas sobre o índio. In Revista do Centro de Estudos do Comportamento

Humano (CENESCH). Nº 01 – setembro 2000. P.17-33. Manaus-Amazonas. Disponível

http://www.taquiprati.com.br/arquivos/pdf/Cinco_ideias_equivocadas_sobre_indios_palestraCENESCH.pdf. Acesso:

10/03/15

RIBEIRO, Berta G. A Contribuição dos Povos Indígenas à Cultura Brasileira. In: Silva, Iracy Lopes da.Grupioni,

Luís Donizete Benzi. (Org.). A Temática Indígena na Escola: novos subsídios para professores de 1º e 2º graus. Brasília:

Mari/Unicef/Unesco,1995.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

217

ESCOLA ESTADUAL ZAMENHOF73

9° ano A – Matutino

4º Ano A - Vespertino

Professores responsáveis

Elton Fernandes Barbosa

Sirley

Ana Maria

Professores responsáveis

Mayra Alessandra Wehner

Rayanna Valeriano Oliveira

Elton Fernandes Barbosa

Renner Augusto da Silva

Gisele

O projeto Conecta 2015 foi desenvolvido com duas turmas prioritárias da Escola

Estadual Zamenhof, sendo o 4° ano do ensino fundamental do período vespertino com o tema:

Blog: Ferramenta para otimização da leitura e escrita, com o intuito de utilizar a língua escrita

como instrumento de aprendizagem e a redação de textos e cooperarão nos trabalhos em

grupo como meio de desenvolver a compreensão na leitura.

E o 9° ano do ensino fundamental do período matutino com o tema: O Uso Racional

da Água, onde teve como principal objetivo despertar a consciência da comunidade escolar

(alunos, pais, professores e funcionários) a importância do uso criterioso da água,

desvinculando o uso racional a economia em dinheiro, com foco em economia do recurso

natural insubstituível e indispensável para a vida: a água potável.

As turmas foram selecionadas pelo baixo rendimento no ano anterior, pelo

comportamento e a realização da prova Brasil ao final do ano.

4º ano A

O projeto deu-se início no começo do ano letivo através da escolha das turmas

prioritárias, assim foi escolhido o tema para então a discussão da temática envolvida. A turma

do 4° ano do ensino fundamental do turno vespertino foi selecionada pelo índice baixo de

rendimento escolar do ano anterior. O tema foi “Blog: Ferramenta para otimização da leitura e

escrita.

Cassany (1999) descorre que escrever significa mais do que conhecer a

correspondência entre alfabeto e sistema fonológico. Assim, numa perspectiva social pode ser

considerado como um registro de informações que vão proporcionando a construção

conhecimentos, já que se trata de uma interação entre escritor e leitor.

Baseado pelo autor foi procurado integrar a turma no contexto dentro das ferramentas

tecnológicas disponíveis na escola e os quais já possuíam certo conhecimento. O tema “blog”

73 Diretora: Maria Irene Alves Ribeiro. PROGETEC: Luiz Henrique

Ortelhado Valverde. Multiplicadora: Marcia Vanderlei de Souza Esbrana.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

218

foi escolhido pela professora regente do 4° ano em que em primeiro momento destaca a

importância da escrita e leitura através do blog como: “É o caminho que leva a criança a

desenvolver suas emoções, sentidos, imaginação de forma significativa”.

Neubauer (2009) cita que a leitura é de grande importância a todos os que têm sua

atenção direcionada para a linguagem, com o objetivo de poder sempre compreendê-la,

explicá-la e utilizá-la com maior eficiência. O mesmo ainda menciona que a leitura é um

processo por meio do qual compreendemos a linguagem escrita. Então assim para essa

compreensão, são importantes tanto o texto como o leitor, suas expectativas, seus

conhecimentos sobre o assunto e a finalidade com que faz a leitura.

Os próprios PCNs (BRASIL, 1996, p. 52) ressaltam:

É necessário que se compreenda que leitura são práticas complementares,

fortemente relacionadas que se modificam mutuamente no processo de

letramento a escrita transforma a fala (a constituição da “fala letrada”) e

fala influência a escrita (o aparecimento de “traços da oralidade” nos

textos escritos). “São práticas que permitem ao aluno construir seus

conhecimentos sobre os diferentes gêneros sobre os procedimentos mais

adequados para lê-los e escrevê-los e sobre as circunstâncias de uso da

escrita.

Foi apresentada aos alunos a proposta do projeto, bem como foi realizado o passeio

pelo blog já existente em anos anteriores (Imagem 1) da professora regente e o blog da Escola

Estadual Zamenhof, assim observando as postagens referentes aos anos anteriores. As aulas

foram todas realizadas na sala de tecnologia educacional (ste) e em casa (não obrigatório)

optando assim os alunos que desejassem acessar em sua residência para conclusão de alguma

atividade.

Todas as atividades foram planejadas e realizadas pela professora regente com o apoio

do professor gerenciador. No Blog foram feitas postagens elaboradas pela professora, que

direcionou as páginas da Internet, apresentando o conteúdo a ser trabalho. Nele encontramos

textos, fotos das aulas ocorridas em sala e links de vídeos. Os alunos foram incumbidos de

fazerem a leitura do conteúdo proposto e em seguida realizar o registro escrito na opção

“comentários”, escrevendo sua opinião sobre o tema para se expressarem.

Os textos disponibilizados estão de acordo com o gênero trabalhado naquele momento,

sendo de autoria dos próprios alunos ou de autores conhecidos. Durante as aulas, após terem

feito os comentários, foram estimulados a navegarem pelo Blog e lerem os comentários feitos

pelos colegas, havendo assim um momento de reflexão e socialização das atividades

propostas. Antes de postarem seus comentários finais, os alunos chamavam a professora para

que fosse feita uma avaliação da produção. Momento este para fazer as intervenções

necessárias quanto à coerência do texto, escrita e a ortografia.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

219

Imagem 1(Página do blog do 4° ano)

http://4anozamenhof.blogspot.com.br/

Na imagem 2 foi realizada uma atividade no dia 15 de abril de 2015, quando através

de uma aula prática ministrada pela professora regente para explicar os movimentos da Terra

foi pedido a contribuição de todos alunos a escreverem e relatarem no blog o que mais o

chamou a atenção. A publicação da aula gerou 20 comentários dos alunos no blog. Em outra

postagem do dia 20 de agosto, a professora publicou um breve texto da Cidade Escola

Detrazinho, no qual os alunos puderam conhecer pessoalmente em uma ocasião anterior. A

atividade consistia em escrever sobre o que aprenderam, o que foi legal e porque foi

importante a visita.

Em outra ocasião, foi postado o vídeo do youtube: “Pateta no Trânsito”, dando

sequência ao que estavam desenvolvendo anteriormente, onde após assistirem o vídeo tinham

a missão de relatar suas conclusões diante das atitudes do personagem como motorista

(Imagem 3).

O trabalho desenvolvido com a turma resultou na apresentação na 23ª Criarte, evento

cultural que ocorre anualmente nas dependências da escola com o intuito de transformar os

conteúdos mais significativos com apresentações criativas e originais. No evento foi

disponibilizado para os visitantes o acesso ao blog com o auxílio de data show para melhor

visualização, bem como para colaboração de comentários aos temas propostos durante o ano.

No blog havia links de textos para leitura e escrita e também liks de acesso a jogos ligados ao

trânsito (tema abordado pela professora regente). Alunos de outras turmas e a comunidade em

geral participaram da oficina (Imagem 4).

9° ano A

No primeiro semestre de 2015 foram realizadas as atividades com o professor de

matemática, pesquisas documentais em jornais, revistas e em sites, reportagens que

apontavam a situação dos recursos hídricos nos últimos meses no Brasil.

Segundo alguns especialistas, a crise da água é muito mais de gerenciamento do que

uma crise real de escassez (Rogers et al., 2006). Entretanto, para outros especialistas, é

resultante de um conjunto de problemas ambientais agravados com outros problemas

relacionados à economia e ao desenvolvimento social (Gleick, 2000). Para Somlyody & Varis

(2006), o agravamento e a complexidade da crise da água decorrem de problemas reais de

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

220

disponibilidade e aumento da demanda, e de um processo de gestão ainda setorial e de

resposta a crises e problemas sem atitude e abordagem sistêmica.

Pensando por esse contexto, foi pedido aos alunos do 9° ano que levassem para a sala

de aula suas contas de água para realizarem a releitura da mesma e comparar o consumo de

cada família com a média geral da turma, a partir daí, conseguiu-se discutir maneiras de

promover o uso racional dos recursos hídricos entre debates e observação dos resultados, com

o uso da internet pôde-se identificar o consumo geral do brasileiro diante da temática.

(imagem 5).

Outra atividade realizada promovida pela professora de ciências, foi através da

palestra com o Engenheiro Agrônomo Ari Fialho sobre o manejo adequado possível da água

domiciliar, para acabar com problemas como enchentes e a falta de água. Fialho frisou a

importância da drenagem da água que cai da chuva, reutilizando-a e sem mandar para o

esgoto qualquer resíduo líquido, assim solucionado os problemas descritos acima (Imagem 6).

Em outro convite, feito pelo Professor Gerenciador de Tecnologia, foi ministrada a

palestra e uma gincana ecológica com a Educadora Ambiental da Solurb Mara Calvis

entendida para outras turmas, no qual apresentou concepções da destinação dos recursos

sólidos e líquidos no meio ambiente, assim como apresentar a Usina de Triagem de Resíduos

com a inclusão das cooperativas dos catadores de materiais recicláveis. Incentivou no uso das

cores da coleta seletiva e com participar facilmente utilizando somente duas lixeiras: (seco e

úmido), (Imagem 7).

A professora de Língua Portuguesa produziu juntamente com os alunos um folder

digital e impresso a respeito da coleta da água da chuva (mini cisterna) e suas opções de

implantação em residências.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

221

Finalizando as atividades, os alunos do 9° ano visitaram alguns córregos pela cidade

de Campo Grande, observando o estado atual da água, analisando pela percepção do que já foi

estudado as características físicas desses córregos. Produziram um documentário exibindo os

trechos de alguns locais, dando seu posicionamento quanto aluno e cidadão consciente. No

relato final, em depoimento expuseram as causas, consequências e possíveis soluções para os

problemas encontrados. Fizeram a edição do vídeo com programas no computador e após foi

publicado nas redes como o youtube e no facebook da escola.

Os alunos do 4º ano do ensino fundamental obtiveram maior domínio quanto à escrita

e a leitura, pois acredita a professora regente que “através da tecnologia, o que mais chama a

atenção dos seus pequenos, consegue-se abordar de forma lúdica o que é proposto, tornando

qualquer assunto ou conteúdo atrativo e prazeroso. O blog, como ferramenta para o

desenvolvimento da leitura e escrita, tratou-se de introduzir um caminho diferente do que já

vinha sendo seguidos, para examinar a possibilidade de despertar interesse dos alunos,

julgando que necessitam de informações diversificada sendo eles os sujeitos que vão construir

seus conhecimentos.

Referente ao trabalho realizado com 9° ano teve-se uma desenvoltura gratificante

diante do tema proposto. Os alunos demonstram interesse logo de início, dando-os a liberdade

em liderar o projeto de modo a desenvolver seu espírito participativo e ingressante a vida

adulta. Aperfeiçoaram técnicas já conhecida no meio digital, criando novas modalidades de

produção e difusão de documentos impressos, descobrindo assim novas ferramentas que

possibilitaram um melhor resultado.

O projeto foi de suma importância para todos os envolvidos, tanto para discentes como

docentes. O processo de ensino e aprendizagem se deu através da vivência de ambas as partes.

O aluno aprendendo com o professor, o professor com o aluno, ambos sozinhos e com o uso

das tecnologias, tornando-se indivíduos autodidatas, despertando a curiosidade em procurar o

desconhecido, o imensurável.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Fernando José de. Educação e Informática. Os computadores na escola.

São Paulo: Cortez, 1988.

BRASIL. MEC - PCN‟S – Parâmetros Curriculares Nacionais - língua portuguesa.

Brasília: A Secretaria, 1996.

CASSANY, D. Construir la Escritura. Barcelona: Ediciones Paidós. 1999.

GLEICK, P. H. The world’s water. 2000-2001. Report on Freshwater Resources.

Island Press, 2000. 315p.

NEUBAUER, Leitura e a escrita como forma de desenvolvimento. IX Congresso

Nacional de Educação – EDUCERE. 2009.

AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO

222

ROGERS, P. P. Water governance, water security and water sustainability. In:

ROGERS, P. P. et al. (Ed.) Water crisis: myth or reality? London: Fundación Marcelino

Botín, Taylor & Francis, 2006. p.3-36.

SOMLYODY, L; VARIS, O. Freshwater under pressure. International Review for

Environmental Strategies, v.6, n.2, p.181-204, 2006.