Livro_IV_impactando - CRE6 Campo grande
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ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
Reinaldo Azambuja
Governador
Roseane Modesto de Oliveira
Vice-Governadora
Maria Cecilia Amendola da Mota
Secretária de Estado de Educação
Josimário Teotônio Derbli da Silva
Secretário-Adjunto de Estado de Educação
Waldir Leonel
Superintendente de Políticas de Educação
Paulo Cezar Rodrigues dos Santos
Coordenador de Tecnologia Educacional
Tânia Rute Ossuna de Souza
Diretora do Núcleo de Tecnologia Educacional de Campo Grande/MS
CONECTA ESCOLA – AS TECNOLOGIAS
IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
Comissão Organizadora Núcleo de Tecnologia Educacional de Campo Grande/MS
Prof. Multiplicador Adalberto Santos do Nascimento
Prof. Multiplicador Agamenon Alves do Nascimento
Profª Multiplicadora Ana Luiza Santos Martins
Profª Multiplicadora Angela Suely da Silva
Prof. Multiplicador Divino Andrade Nabhan
Profª Multiplicadora Edma Ferreira da Silva Souza
Profª Multiplicadora Luiza Gonçalves Dorado
Profª Multiplicadora Marcia Vanderlei de Souza Esbrana
Prof. Multiplicador Nesio Alamini
Prof. Multiplicador Roberto Wagner Andrade da Silva
Profª Multiplicadora Rosângela Ribeiro do Prado Baird
Prof. Multiplicador Rodolfo Pedroso Rodrigues
Direção do Núcleo de Tecnologia Educacional de Campo Grande/MS
Profª Tânia Rute Ossuna de Souza
Direção de Arte
Prof. Rodolfo Pedroso Rodrigues
Direção geral
Profª Drª Marcia Vanderlei de Souza Esbrana
Revisado por
CONECTA ESCOLA – AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER
PEDAGÓGICO
Volume 4
APRESENTAÇÃO
A Secretaria de Estado de Educação tem a honra de entregar à população o Quarto Volume
“CONECTA ESCOLA – AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO”
do ano de 2015 produzido por nossas escolas Estaduais de Campo Grande-MS sob as
orientações do Núcleo de Tecnologia Educacional de Campo Grande-NTE/Capital e dos
Professores Gerenciadores de Recursos Midiáticos - PROGETECs, no qual é possível
observar o uso de algumas ferramentas tecnológicas em parceria com o ensino e a
aprendizagem durante o desenvolvimento do projeto Conecta em turmas prioritárias.
Os temas são diversos, autonomia da escola tanto na seleção da turma prioritária como do
projeto a ser desenvolvido durante o ano, seguido de culminância. A educação procura
aprimorar e acompanhar a sociedade e suas transformações constantemente, e em nosso
século não podemos deixar fora do ambiente escolar a inserção das ferramentas tecnológicas
que possam subsidiar o aprender do aluno de todos os segmentos escolares.
Desejamos um aproveitamento aprofundando neste material confeccionado pelos professores
regentes, alunos (turma prioritária), Professores Gerenciadores de Recursos Midiáticos –
PROGETECs e demais segmentos escolares sobre a orientação do Núcleo de Tecnologia
Educacional- NTE.
MARIA CECILIA AMENDOLA DA MOTA
Secretária de Estado de Educação
À COMUNIDADE ESCOLAR
É com satisfação e diligência que ofertamos à comunidade escolar o Quarto Volume do
projeto “CONECTA ESCOLA – AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER
PEDAGÓGICO”. O ensino e a aprendizagem de nossos alunos podem ser ampliados a cada
ano, por meio de pesquisas, mostras culturais, desenvolvimento de projetos e outras
atividades que possam oportunizar o crescimento pessoal e individual dos sujeitos, dentro e
fora do ambiente escolar.
Nesse sentido, este Quarto Volume ressalta temas por meio de projetos como: Um novo olhar,
Notas musicais, bullying, Festejos, Redes Sociais, Brasilidades, Gêneros textuais, Sarau
Literário, Stop Motion, Question Writer dentre outros que inserem as ferramentas tecnológicas
no ensino e na aprendizagem dos alunos e comunidade escolar como um todo.
Acreditamos que a diversidade de gêneros textuais desenvolvidos possam auxiliar os
segmentos escolares de forma gradativa, bem como a produção coletiva entre docentes e
discentes. Assim, este volume poderá subsidiar a todo leitor, tanto como ideias para utilizar
em sua vida pessoal e profissional como um todo na área educacional.
CONECTA ESCOLA – AS TECNOLOGIAS
IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
Waldir Leonel
Superintendente de Políticas de Educação
Paulo Cezar Rodrigues dos Santos
Coordenador de Tecnologia Educacional
Tânia Rute Ossuna de Souza
Diretora do Núcleo de Tecnologia Educacional de Campo Grande/MS
Comissão Organizadora NTE/Capital
Adalberto Santos do Nascimento
Agamenon Alves do Nascimento
Ana Luiza Santos Martins
Angela Suely da Silva
Divino Andrade Nabhan
Edma Ferreira da Silva Souza
Luiza Gonçalves Dorado
Marcia Vanderlei de Souza Esbrana
Nesio Alamini
Roberto Wagner Andrade da Silva
Rosângela Ribeiro do Prado Baird
Rodolfo Pedroso Rodrigues
SUMÁRIO
ESCOLA ESTADUAL 11 DE OUTUBRO ................................................................................................................. 9
ESCOLA ESTADUAL 26 DE AGOSTO .................................................................................................................. 12
ESCOLA ESTADUAL ADVENTOR DIVINO DE ALMEIDA ...................................................................................... 14
ESCOLA ESTADUAL ADVOGADO DEMÓSTHENES MARTINS ............................................................................. 16
ESCOLA ESTADUAL AMANDO DE OLIVEIRA ..................................................................................................... 18
ESCOLA ESTADUAL AMÉLIO DE CARVALHO BAÍS ............................................................................................. 21
ESCOLA ESTADUAL ANTONIO DELFINO PEREIRA ............................................................................................. 24
ESCOLA ESTADUAL ARACY EUDOCIAK ............................................................................................................. 27
ESCOLA ESTADUAL ARLINDO DE ANDRADE GOMES ........................................................................................ 31
ESCOLA ESTADUAL ARLINDO DE SAMPAIO JORGE .......................................................................................... 34
ESCOLA ESTADUAL BLANCHE DOS SANTOS PEREIRA ....................................................................................... 37
CENTRO ESTADUAL DE ATENDIMENTO AO DEFICIENTE DA AUDIOCOMUNICAÇÃO - CEADA ........................... 40
EE CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS PROFESSORA IGNÊS DE LAMÔNICA GUIMARÃES
- CEEJA/MS ............................................................................................................................................. 43
ESCOLA ESTADUAL CORAÇÃO DE MARIA ........................................................................................................ 47
ESCOLA ESTADUAL DOLOR FERREIRA DE ANDRADE ....................................................................................... 51
ESCOLA ESTADUAL DONA CONSUELO MÜLLER ............................................................................................... 53
ESCOLA ESTADUAL DR. ARTHUR DE VASCONCELLOS DIAS .............................................................................. 56
ESCOLA ESTADUAL ELVIRA MATHIAS DE OLIVEIRA .......................................................................................... 58
ESCOLA ESTADUAL GENERAL MALAN ............................................................................................................. 61
ESCOLA ESTADUAL HÉRCULES MAYMONE ...................................................................................................... 64
ESCOLA ESTADUAL JOAQUIM MURTINHO ...................................................................................................... 68
ESCOLA ESTADUAL JOSÉ ANTONIO PEREIRA ................................................................................................... 72
ESCOLA ESTADUAL JOSÉ MAMEDE DE AQUINO .............................................................................................. 78
ESCOLA ESTADUAL JOSÉ MARIA HUGO RODRIGUES ....................................................................................... 82
ESCOLA ESTADUAL LINO VILLACHÁ ................................................................................................................. 85
ESCOLA ESTADUAL LÚCIA MARTINS COELHO .................................................................................................. 90
ESCOLA ESTADUAL LUISA VIDAL BORGES DANIEL ........................................................................................... 92
ESCOLA ESTADUAL MAESTRO FREDERICO LIEBERMANN................................................................................. 96
ESCOLA ESTADUAL MAESTRO HEITOR VILLA LOBOS ..................................................................................... 100
ESCOLA ESTADUAL MANOEL BONIFÁCIO NUNES DA CUNHA ........................................................................ 103
ESCOLA ESTADUAL MARIA CONSTANÇA BARROS MACHADO........................................................................ 106
ESCOLA ESTADUAL MARIA ELIZA BOCAYUVA CORRÊA DA COSTA .................................................................. 109
ESCOLA ESTADUAL NICOLAU FRAGELLI ......................................................................................................... 112
ESCOLA ESTADUAL OLINDA CONCEIÇÃO TEIXEIRA BACHA ............................................................................ 116
ESCOLA ESTADUAL PADRE JOÃO GREINER .................................................................................................... 119
ESCOLA ESTADUAL PADRE FRANCO DELPIANO ............................................................................................. 123
ESCOLA ESTADUAL PADRE JOSÉ SCAMPINI ................................................................................................... 126
ESCOLA ESTADUAL PÓLO FRANCISCO CÂNDIDO DE REZENDE ....................................................................... 130
ESCOLA ESTADUAL POLO PROFESSORA EVANILDA MARIA NERES CAVASSA-EXTENSÃO DOM BOSCO............ 132
ESCOLA ESTADUAL POLO PROFª REGINA LÚCIA ANFFE NUNES BETINE ......................................................... 135
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA ALICE NUNES ZAMPIERE ........................................................................... 138
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA BRASILINA FERRAZ MANTERO .................................................................. 141
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR CARLOS HENRIQUE SCHRADER .................................................................... 144
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA CÉLIA MARIA NÁGLIS ................................................................................ 147
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA CLARINDA MENDES DE AQUINO ............................................................... 152
ESCOLA ESTADUAL PROFESSSORA DELMIRA RAMOS DOS SANTOS ............................................................... 155
ESCOLA ESTADUAL PROFª ÉLIA FRANÇA CARDOSO ....................................................................................... 158
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR EMYGDIO CAMPOS WIDAL .......................................................................... 161
ESCOLA ESTADUAL PROFª. FAUSTA GARCIA BUENO ...................................................................................... 163
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA FLAVINA MARIA DA SILVA ......................................................................... 166
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA HILDA DE SOUZA FERREIRA....................................................................... 170
ESCOLA ESTADUAL PROFª IZAURA HIGA ....................................................................................................... 172
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA MARIA DE LOURDES TOLEDO AREIAS ........................................................ 175
ESCOLA ESTADUAL OTAVIANO GONÇALVES DA SILVEIRA JÚNIOR ................................................................. 179
ESCOLA ESTADUAL PROF.ª THEREZA NORONHA DE CARVALHO .................................................................... 182
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR ULISSES SERRA ............................................................................................ 187
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA ZÉLIA QUEVEDO CHAVES .......................................................................... 190
ESCOLA ESTADUAL RIACHUELO..................................................................................................................... 193
ESCOLA ESTADUAL SÃO FRANCISCO ............................................................................................................. 200
ESCOLA ESTADUAL SÃO JOSÉ ........................................................................................................................ 204
ESCOLA ESTADUAL WALDEMIR BARROS DA SILVA ........................................................................................ 213
ESCOLA ESTADUAL ZAMENHOF .................................................................................................................... 217
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
9
ESCOLA ESTADUAL 11 DE OUTUBRO1
UM NOVO OLHAR
UM NOVO OLHAR RELEITURA
1º Ano A (E.M.) – Matutino
Professores responsáveis
Vanessa Alexandra
Giesse Naylla
6º Ano B – Vespertino
Professores responsáveis
Vanessa Alexandra
Giesse Naylla
Durante o processo de escolha, a professora de Língua Portuguesa observou as turmas
e encontrou (no 1º A) alunos desinteressados com os estudos e sem motivação ou
perspectiva para o futuro. Logo, essa turma foi escolhida para ajudar na melhoria do
ambiente escolar, visando melhora na convivência entre os mesmos. Em seguida, a
turma do 6º ano B foi escolhida para trabalhar “Um novo Olhar” na literatura infantil.
Era uma turma agressiva e desunida e a professora pensou que a literatura, com toda
sua arte e beleza pudesse sensibilizar esses alunos.
O projeto foi elaborado na Sala de Tecnologia, com pesquisas sobre o
significado da palavra “NOVO” com o objetivo de mostrar aos alunos as novas
possibilidades de enxergar o ambiente escolar e histórias literárias.
Após essas pesquisas, os alunos do 1ºA acessaram o google.com para encontrar
objetos feitos com material reciclado e descobriram que tintas podiam ser reutilizadas.
Assim, a Escola conseguiu doação de tintas na Loja Sertão, com o auxílio do diretor
Luiz Pereira, misturaram as tintas com pigmentos, podendo ser utilizadas novamente,
sem riscos à saúde de todos, conforme Fotos 1 e 2.
Fotos 1 e 2 - Reutilização de tintas na pintura da escola
Os alunos dessa turma, também ajudaram na ornamentação do jardim da escola,
através da reciclagem, pintando pneus com as mesmas tintas, Fotos 3 e 4.
1 Diretor: Luiz Pereira. Diretor Adjunto: Wagner Vaneli.
Coordenador(es) Pedagógico(s): Lucimar Lima e Verônica Mônaco.
PROGETEC: Rawany Brandão. Multiplicador: Nesio Alamini.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
10
As pesquisas foram orientadas pela professora de Língua Portuguesa, Vanessa
Alexandra, que formou grupos com três alunos, que entregaram um trabalho feito na
STE e impresso, valendo como nota final.
Fotos 3 e 4 – Pneus Pintados pelos alunos
Os alunos do 6º ano assistiram ao filme “Bela Adormecida”, em seguida,
assistiram a Malévola, que é uma releitura da estória contada pela Disney. Depois
disso, a professora de Produções Interativas, ensinou aos alunos o conceito de
releitura.
Os alunos foram divididos em grupos para pesquisarem releituras com
reciclagem, e encontraram no youtube.com um tutorial de maçã com garrafa pet. Foi
então que tiveram a ideia de recriar a maçã da Branca de Neve.
Fotos 5 e 6 – Maçãs com garrafas Plásticas
Juntaram garrafas e produziram lindas maçãs que serviram como presente no
dia dos professores, com bombons e balas dentro de cada maçã. Conforme Fotos 4 e 5.
Após a criação de cada maçã, os alunos assistiram ao filme FROZEN – Uma
aventura Congelante e foram a STE, criaram a releitura da estória. Utilizaram o
POWERPOINT para criarem livros com o texto e imagens referentes às estórias.
Os livros foram impressos e entregues aos pais no fechamento do ano letivo,
durante a Feira Cultural, os alunos criaram uma sala temática chamada de “Faz de
conta que acontece”. Conforme Fotos 7 e 8.
Fotos 7 e 8 – Faz de Conta que Acontece
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
11
O projeto Conecta 2015 – Um Novo Olhar trouxe à escola visão diferente dos
problemas que todos reclamavam, mostrando que a união dos alunos com a direção e
professores pode resultar em ambiente melhor e mais agradável.
Na Literatura infantil, os alunos puderam aprender a olhar diferente tanto para os
textos lidos, quanto para os colegas, o que resultou na diminuição da violência antes presente
em todas as aulas.
As duas turmas envolvidas no projeto, não avançaram significativamente em notas,
mas o interesse nas aulas melhorou fato considerado como avanço pelos professores, que
conseguiram realizar recuperações paralelas, concluindo como as turmas com o menor índice
de reprovação na escola.
Como produto final, o 1º ano pintou a escola com a ajuda da direção e professores.
Enquanto a turma do 6º ano criou a maçã de garrafa pet, e os livros com a releitura da
estória Frozen. Os sites que auxiliaram o projeto foram: www.google.com – Reciclagem com
garrafa pet; www.google.com – Como fazer uma Releitura?; www.youtube.com – Tutorial de
maçã com garrafa pet.
REFERÊNCIAS
www.google.com
www.youtube.com
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
12
ESCOLA ESTADUAL 26 DE AGOSTO2
CULTURA AFRO-BRASILEIRA
2º Ano C (E.M) – Matutino
Professores responsáveis
Adriana Cátia Braga Azambuja
Graciele Ferreira de Oliveira
Rosie Mary Braga Romano do Nascimento
2º Ano E (E.M) – Vespertino
Professores responsáveis
Adriana Cátia Braga Azambuja
Thiago Matheus Toledo
A cultura afro-brasileira é caracterizada por manifestações culturais do Brasil que
sofrem influência da cultura africana e se destacam na música, arte, filmes, comércio entre
outros.
O Brasil é um dos países do mundo que mais tem população negra, e no dia 20
de novembro é comemorado o dia da consciência negra que segue o conceito que desde o
início da história do Brasil temos conosco os afrodescendentes, que nos ajudaram a lutar em
busca de um país justo e livre. Somos influenciados por eles a todo tempo, assim como são
influenciados por nós.
Hoje devemos unir pela luta de igualdade, assim como fizeram muitas vezes
por nós. Pensando nisso o presente projeto buscou estudar e reviver a história dos afro-
brasileiros, buscando a identidade cultural e identificando o homem em sua individualidade,
as turmas prioritárias escolhidas foram o 2º Ano C do período matutino e o 2º Ano E do
período vespertino, pois ambas as turmas participariam de avaliações externas na Unidade
Escolar.
Os alunos do período matutino e vespertino, juntamente com seus professores regentes
desenvolveram estudos que propiciaram o resgate da cultura afro-brasileira, analisaram e
identificaram elementos geradores das diferenças objetivando o combate ao preconceito, ao
racismo e fatores de inclusão do educando.
Foram realizadas pesquisas que buscaram a formação histórica e cultural da cultura
afro-brasileira, além de vídeos que mostraram esta formação e o preconceito com o negro,
estudos
que proporcionaram discussões sobre a valorização das diversidades culturais
demonstrando opiniões, atitudes e valores que desenvolvem os cidadãos para a consciência
étnico-racial. Os alunos conheceram personalidades negras que deixaram ou estão deixando
2 Diretor: Milton Cardoso Sobrinho. Diretor Adjunto: Otoniel Luiz Alem
Blanco. Coordenador(es) Pedagógico(s): Rosa Maria Prevital
Riveti/Thereza Mituko. PROGETEC: Jessica Betania Scheffer.
Multiplicador: Nesio Alamini.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
13
sua contribuição nos diversos setores da sociedade, como expressões culturais, desportivas,
artísticas, políticas, musicais e religiosas.
A visita na Comunidade Furnas do Dionísio pode proporcionar aos alunos momentos
inesquecíveis de interação e aprendizado com a comunidade quilombola, a partir desta visita
foi desenvolvido um documentário que contou um pouco da história da comunidade e suas
tradições aliando lazer e conhecimento.
Foto 1- Pesquisa
realizada na sala de
tecnologia
Foto 2- Visita a
Comunidade Furnas do
Dionísio
Foto 3- Entrevista com
membros da
comunidade
Foto 4- Pesquisa e
reprodução em
telhas
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mesmo que tarde, a escola volta seus olhos para aqueles que por muito tempo ficaram
à margem da história, o projeto conecta possibilitou fomentar os estudos sobre a cultura
afrodescendente no Brasil. Os alunos tiveram contato sólido com a história, o quilombo saiu
dos livros e foi de encontro com os olhares dos jovens que se deslumbraram com a
diversidade, com a natureza e com a hospitalidade do povo quilombola, experimentaram
sabores, relembraram histórias e acabaram com a curiosidade.
Contudo os alunos puderam reproduzir um pouco do aprendizado por meio de pinturas
em telas, telhas além de folders que relatavam histórias e frases de personalidades negras que
marcaram nossa história.
A culminância aconteceu no dia 30/11/2015 com apresentações culturais e degustação
de comidas típicas realizadas por alunos e professores, conforme Fotos 5, 6 e 7.
Foto 5- pintura em telas sobre a
cultura Afro-Brasileira
Foto 6 -Exposição e degustação
de comidas típicas
Foto 7- Apresentação cultural
REFERÊNCIAS
faecpr. (s.d.). Portal da Cultura Afro-Brasileira. Acesso em 20 de 05 de 2015, disponível em
faecpr: https://www.faecpr.edu.br/site/portal_afro_brasileira/3_III.php
Pereira, J. G. (s.d.). Cultura africana e afro-brasileira. Acesso em 01 de 06 de 2015,
disponível em Mundo Jovem: Cultura africana e afro-brasileira.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
14
ESCOLA ESTADUAL ADVENTOR DIVINO DE ALMEIDA3
1° Ano E - Vespertino
Professores responsáveis
Shirley Andrea Frajado Alves
Fernanda Gomes Sarafim
O trabalho realizado pela turma prioritária (1E-vespertino) abordou o tema
“Levantamento de aspectos da história e memória da Escola Adventor Divino de Almeida”.
Os alunos entraram em contato com metodologia de pesquisa e geraram conhecimento novo
sobre a história e memória da escola em que estudam, por meio de pesquisa no acervo
fotográfico da escola e de entrevistas realizadas com funcionários, alunos, ex-alunos e pessoas
da comunidade.
O primeiro passo foi apresentar o projeto Conecta aos alunos da turma selecionada e
escolhida pelo perfil adequado ao grau de desafio ao tema do trabalho. Destacamos os
principais objetivos do projeto e expomos fotos de trabalhos realizados em anos anteriores.
Em seguida apresentamos o tema a ser desenvolvido “Levantamento de aspectos da história e
memória da Escola Adventor Divino de Almeida”. A primeira reação dos alunos foi positiva,
ficaram bastante motivados para realizar um bom trabalho, a altura dos que foram
desenvolvidos pela escola em anos anteriores, a perspectiva de representar a escola com um
trabalho realizado por eles, também os motivou bastante. Para esse “primeiro passo”
utilizamos a sala de multimeios.
Em outra aula, dividimos os alunos em cinco grupos e sorteamos sub-temas, ligados
ao tema geral do trabalho. Grupo 01: História do Homenageado: “Adventor Divino de
Almeida”; Grupo 02: História da Estrutura Material da Escola; Grupo 03: História das
modificações nas etapas de ensino oferecidas pela escola; Grupo 04: História dos alunos com
necessidades especiais atendidos pela escola e; Grupo 05: História dos projetos desenvolvidos
pela escola.
Na terceira aula, usamos a sala de tecnologia para que os alunos pesquisassem textos
ou materiais ligados aos seus respectivos temas: Grupo 01: utilizou o PPP da Escola; Grupo
02: selecionou fotos do acervo fotográfico; Grupo 03 utilizou o texto: A MATÉRIA
EDUCAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO DE 1988; Grupo 04 utilizou o texto: Do Aluno Com
Necessidades Educacionais Especiais: contribuições ao professor do Ensino Regular e; o
Grupo 5: utilizou o blog da escola para sua pesquisa.
3 Diretor: Inivaldo Gisoato. Diretor Adjunto: Jorge Loiola. Coordenador (es)
Pedagógico(s): Vera Ayala. PROGETEC: Caio Lima. Multiplicador: Roberto Wagner Andrade da
Silva.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
15
Na quarta aula, os alunos elaboraram questionários para entrevistas, que tinham como
objetivo recolher informações acerca do tema de cada grupo. Essas entrevistas foram
realizadas, na quinta e sexta aulas ocupadas para a realização do projeto, com funcionários,
alunos, ex-alunos e pessoas da comunidade, todas realizadas na escola.
Para a realização das entrevistas os alunos utilizaram o questionário e também
gravadores de imagem e som. Devido a limites de tempo, o projeto foi encerrado após a
entrega do material gerado nas entrevistas: cópia da entrevista transcrita e gravações de áudio
e vídeo; foi produzida pelos alunos e material de exposição do trabalho.
A comunidade escolar manifestou interesse em prosseguir com esse projeto no
próximo ano. É um trabalho que pode alcançar grandes proporções, pois, com dedicação e
tempo para pesquisa é possível recolher um grande número de depoimentos, gerando assim
grande número de informações. Nesse primeiro momento não tínhamos como objetivo a
análise das informações, mas colocar os alunos em contato com procedimentos de pesquisa
ainda não utilizados por eles, recolher informações e deixá-las registradas e disponíveis
consultas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse trabalho proporcionou a geração de conhecimento novo sobre a História e
Memória da Escola Adventor Divino de Almeida. Os alunos foram levados a perceber que
nem sempre a informação está disponível na internet ou nos livros. Para conhecer aspectos da
História e da Memória da escola, onde estudam, os alunos tiveram que “procurar” os indícios
no acervo fotográfico e/ou fazendo entrevistas com funcionários, alunos, ex-alunos e pessoas
da comunidade. Assim, foi possível fazê-los experimentar forma de conhecer diferente das
que são comumente apresentadas aos alunos nas escolas. Por terem utilizado a metodologia de
pesquisa e gerado conhecimento novo, esperamos que essa experiência sirva de base para
trabalhos futuros, em outras etapas de ensino em que ingressarão.
REFERÊNCIAS
FRIAS, Elzabel Maria Alberton; INCLUSÃO Escolar Do Aluno Com Necessidades
Educacionais Especiais: contribuições ao professor do Ensino Regular. Disponível em:
<file:///C:/Users/User/Downloads/1462-8.pdf> acesso em 14/09/2015.
REIS, André. A Matéria Educação na Constituição DE 1988. Disponível em:
<http://www.artigonal.com/doutrinaartigos/amateriaeducacaonaconstituicaode19882345009.html>
acesso em: 14/09/2015.
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO EE ADVENTOR DIVINO DE ALMEIDA -
2015. Disponível em
<http://ppp.sistemas.sed.ms.gov.br/ProjetoPoliticoPedagogico/Visualizar.aspx?PPPID=54GiazEFz8U=
> acesso em: 14/09/2015.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
16
ESCOLA ESTADUAL ADVOGADO DEMÓSTHENES MARTINS4
ORIGEM DAS NOTAS MUSICAIS – FRAÇÕES E SOM
Foto 1- Logomarca 2ªA Matutino
2º Ano A - Matutino
Professores responsáveis
Nélia Ávila Calves
Maristela Souza
Suzane Assumpção
Tatiana Aparecida M. Queiroz Houve grandes mudanças no período final do século XX e início do XXI,
principalmente no que tange a nossa Educação. Num passado acreditávamos que o “conhecer”
era simplesmente acúmulo de conteúdos sendo que hodiernamente, o grande desafio é
proporcionar um efetivo ensino-aprendizagem de modo motivador aos nossos estudantes.
Diante da dificuldade dos alunos em compreender os componentes curriculares
Física, Matemática e Arte, o projeto Conecta-escola teve por finalidade aprimorar o
conhecimento usando as tecnologias com a temática “Origem das notas musicais – frações e
som” trabalhando o Hino de Mato Grosso do Sul com as “Ondas Sonoras”. Fizeram pesquisa
documental e de campo com apoio dos professores das diversas áreas de conhecimento.
O projeto sanou a dificuldade dos estudantes em relação aos conteúdos “frações e
Ondas Sonoras” nas aulas de Física, Matemática e Arte através da origem das notas musicais
usando as frações. Incentivamos os estudantes a valorizarem estes componentes curriculares
que são de suma importância para o aprendizado, não restrito às escolas, mas em âmbito
acadêmico.
Foto 1- Hino de Mato Grosso do
Sul - Frações
Foto 2- Apresentação do Hino de
Mato Grosso do Sul
Foto 3- Notas Musicais
A ideia foi colocada aos estudantes do 2º Ano do Ensino Médio com participações dos
1º anos e foi aceita por todos, sem restrições. Houve planejamento de aulas que sequenciariam
4 Diretora: Cláudia do Nascimento Gimenez. Coordenadora Pedagógica:
Tânia Rodrigues Cabrita. PROGETEC: Michel Conche de Lima.
Multiplicador: Divino de Andrade Nabhan.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
17
o desenvolvimento do mesmo e pesquisa documental e de campo, com apoio dos professores
dos componentes curriculares de Matemática, Física e Arte. Os alunos utilizaram a sala de
tecnologia para a pesquisa do Hino do nosso Estado. Os estudantes produziram as frações do
Hino de Mato Grosso do Sul contendo as notas musicais. (Fotos 1, 2 e 3).
Na aula de Arte os discentes fizeram diversas pinturas em tela para exporem as notas
musicais (Fotos 5 e 6). Nesta etapa, a estudante está pintando as garrafas que serão colocadas
posteriormente na estrutura de madeira (Foto 6). Para finalizar o presente projeto, os
estudantes foram à prática: produziram o Xilofone com garrafas de vidro para demonstrar o
som que cada nota possui (Fotos 7 e 8).
Foto 4- Pintura em tela Foto 5- Pintura em garrafas
vidro
Foto 6– Montagem do
Xilofone
Diante dos resultados obtidos através da realização do projeto CONECTA “ORIGEM
DAS NOTAS MUSICAIS” – FRAÇÕES e SOM, realizada em Campo Grande – MS no ano
de 2015, ficou evidente que através do uso das tecnologias os alunos ficaram motivados em
aprender de uma forma diferenciada e contextualizada permitindo ser o autor de seu próprio
conhecimento. O projeto caracterizou-se em ser uma organização de informações com
interação e conceitos ou proposições relevantes existentes na estrutura cognitiva do aprendiz.
Das atividades desenvolvidas pode-se afirmar que ocorreu crescimento informativo e
cognitivo, incluindo mudanças conceituais, aprendizagem significativa dos estudantes. A
realização deste projeto foi possível avaliar o grau de conhecimentos dos discentes em relação
à informação sobre a temática “ORIGEM DAS NOTAS MUSICAIS” – FRAÇÕES e SOM.
ANTES DEPOIS
Gráficos de desempenho da turma
REFERÊNCIAS
ASIMOV, I. No mundo dos Números. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1993. BOYER, C. B. História da Matemática. Trad. Elza Gomide. 2ª ed. São Paulo: Edgard Blücher,1996.
DIENES, Z. P. Frações. Trad. Maria Charlier e René Charlier. São Paulo: Herder, 1971.
IMENES & LELLIS. Matemática. 1ª Ed. São Paulo: Scipione. IMENES, L.; JAKUBOVIC, J.; CESTARI, M. Frações e Números Decimais. 5ª ed. São Paulo:Atual, 1993.
NETTO, S. Matemática: Conceitos e Histórias. São Paulo: Scipione, 1991.
RAMOS, L. Frações sem Mistérios. 7ª ed. São Paulo: Ática, 1991.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
18
ESCOLA ESTADUAL AMANDO DE OLIVEIRA5
AMANDO CONTRA O
BULLYING- TODOS PELA PAZ
FESTEJOS
REDES SOCIAIS
1º Ano B (E.M.) Matutino
Professores responsáveis
Jair Alves da Silva
Zilda S.Kanno de Assunção
Paula M. Soares
7º Ano B - Vespertino
Professores responsáveis
Marizélia Florenciano Nunes
Carla Josenei Kupsinsku
Rosilene José Lima
1º G/H- (E.M.) - Noturno
Professores responsáveis
Thiago Oliveira Custódio
Constatamos que ao executar atividades, em forma de projeto é uma das maneiras
eficaz de sanar alguns problemas na unidade escolar e garantir que a aprendizagem de temas
transversais de forma lúdica e com a seriedade necessária possa ocorrer. Sendo assim, foram
desenvolvidos três projetos na Escola Estadual Amando de Oliveira no ano letivo de 2015,
como proposta para o Projeto Conecta da Escola, idealizado pelo Núcleo de Tecnologia
Educacional (NTE) localizado em Campo Grande-MS.
Os projetos contemplaram três turnos com as temáticas: “Amando contra o Bullying –
Todos pela paz”, “Festejos” e “Redes Sociais”. As escolhas desses temas e das turmas
aconteceram por critérios específicos: o tema deveria contemplar um problema na unidade
escolar que transversalmente atendesse a pluralidade cultural; a turma escolhida deveria
apresentar dificuldades de aprendizagem ou indisciplina, que afetam o desempenho e ao
mesmo tempo o ambiente escolar com interdisciplinaridade.
Na perspectiva escolar, a interdisciplinaridade não tem a pretensão de criar
novas disciplinas ou saberes, mas de utilizar os conhecimentos de várias
disciplinas para resolver um problema concreto ou compreender um
determinado fenômeno sob diferentes pontos de vista. (BRASIL, 2000, p. 21).
Para tanto, os projetos de forma interdisciplinar buscaram resolver os problemas
diagnosticados anteriormente. No período Matutino, o 1º A, possuía alunos com déficit
intelectual com e sem laudo médico, com a orientação da professora de Literatura e o de
Produção Interativa, o projeto “Amando contra o Bullying – todos pela paz” voltou-se à
leitura e produção oral e escrita, com emprego do livro Caco de Gilberto Mattje.
Na execução do projeto demonstraram interesse pelo livro e desenvolveram-no todo,
delimitando o Bullying como tema, pois “Em linhas gerais o Bullying é um fenômeno
5 Diretora: Eduardo Henrique Biruel. Diretora Adjunta: Rita de Cássia
Silva. Coordenador (es) Pedagógico(s): Nivaldo Tenório e Valter Jerônimo
Marques Queiroz. PROGETEC: Karen Crystina Deduc. Multiplicadora:
Angela Suely Silva.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
19
universal e democrático, pois acontece em todas as partes do mundo onde existem relações
humanas e onde a vida escolar faz parte do cotidiano dos jovens” (SILVA, 2007, p. 12).
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais: Apresentação dos Temas Transversais
e Ética (PCN, 1998, p.20-21) podemos refletir o papel do educador em casos de bullying:
[...] deve ser feito um destaque para preconceitos e desrespeitos frequentes
entre os alunos: aqueles que estigmatizam deficientes físicos ou
simplesmente os gordos, os feios, os baixinhos etc., em geral traduzidos por
apelidos pejorativos. Nesses casos o professor não deve admitir tais atitudes
[...]. (BRASIL, 2000, p. 20-21).
Observamos que o professor possui papel ímpar na formação do aluno e os projetos
podem ser recursos úteis no processo. No período Vespertino, para os alunos do 7º B
aconteceu como extensão de outro projeto em andamento na Unidade Escolar: “Retalhos do
Brasil” resgatando valores das regiões brasileiras como cultura, gastronomia e artesanato.
Para melhor organização, o projeto “Festejos” foi desenvolvido em três momentos. No
primeiro, os alunos pesquisaram na internet sobre a Região Norte e a professora explicou
culinária, cultura, danças típicas colocando como foco a dança do boi-bumbá. No segundo,
ensaiaram as danças típicas, confeccionaram boi de papel machê, apresentando os resultados
durante a Feira Cultural. E, no último, filmaram telejornal utilizando recursos midiáticos:
lousa digital, filmadora, câmera fotográfica e datashow com o auxilio da PROGETEC.
O terceiro e último projeto apresentado, do 1º G/H, “Redes Sociais”, teve como ponto
de partida a ideia de usar o Facebook como recurso de aprendizagem, para surpresa, alguns
alunos não conheciam a ferramenta e outros não aceitaram o uso do aplicativo como
instrumento de ensino. A iniciativa e escolha foram pelos professores de Sociologia e
Filosofia, justificando que a informação e o conhecimento estão historicamente mediados por
inovações tecnológicas, entretanto, elas não sinônimas, por informação entende-se o conjunto
de fatos, aparentemente neutros, socialmente produzidos, enquanto o conhecimento é
necessariamente conteúdo pensado. Com auxílio dos professores e da internet, a proposta
seria de criar páginas com perfis de grandes sociólogos e filósofos, cujos alunos alimentariam
essa página com informações frases e conhecimentos gerais sobre o pensador escolhido.
Cabe reiterar que em todos os projetos os alunos compareceram à STE, realizaram
pesquisas para alimentar suas páginas com imagens, informações, frases e conhecimentos
gerais sobre seu pensador. Houve trabalhos com vídeos sobre o tema e produções de vídeos
com a proposta de criar campanha anti-Bullying dentro da escola, a proposta compreendia:
fotos de situações tiradas pelos alunos e a filmagem de um minidocumentário com alunos que
já sofreram e que praticaram Bullying. A culminância do projeto foi desenvolvida juntamente
com os professores em trabalho com a PROGETEC, o encerramento aconteceu com todos os
alunos que se reuniram no pátio da escola, com a reprodução dos vídeos produzidos e após a
palestra sobre o tema para o público geral da escola com a psicóloga Carolina Buzinaro, bem
como folders de divulgação da página criada no Publisher e a divulgação dos resultados das
páginas mais curtidas.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
20
Foto 2 - Boi-Bumbá
confeccionado pelos alunos
Foto 3 - Alunos atualizando suas
páginas no facebook
Foto 4 - Apresentação do projeto
pela PROGETEC
O projeto tem alcançado resultados, estimulando a pesquisa como princípio educativo
na reconstrução do conhecimento, postura dos alunos e mudança pedagógica do professor.
Resultados através das pesquisas deram-se pelo domínio do conteúdo e o principal objetivo
aos poucos está sendo atingido: fazer os educandos aprenderem as etapas para se realizar uma
boa pesquisa escolar, a partir da investigação utilizando-se de fontes seguras e orientar a
produção escrita das descobertas.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998. v. 8.
SILVA, Adriana Maria da; NASCIMENTO, Talita Maria César; QUEIROZ, Cristiany Morais de. O fenômeno
bullying e suas implicações na realidade de uma escola da rede particular do Recife: um estudo de caso. Trabalho de
conclusão, 2007. Disponível em: http://libros-en-pdf.com/descargar/fenomeno-bullying-cleo-fantes-6.html. Acesso: 18 abr.
2013.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
21
ESCOLA ESTADUAL AMÉLIO DE CARVALHO BAÍS6
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA À PROVA DE FOGO
1º Ano A
Professores responsáveis
Diane Ferreira de Lima Nery Ramos
Gleice da Silva Maeoca Souza
Visto que o projeto Conecta ocorre anualmente com o objetivo de fomentar o uso das
tecnologias presentes no ambiente escolar, o Núcleo de Tecnologia Educacional – NTE
propôs ao ano de 2015 um tema aberto às inovações tecnológicas. Mediante aos fatos
apresentados, a Escola Amélio de Carvalho Baís optou em trabalhar a interdisciplinaridade
entre Português e Matemática com os alunos do 1º ano A, devido à indisciplina que sala
apresentou no 1º bimestre, com um tema muito comum aos jovens e adolescentes: Variação
Linguística.
A língua portuguesa em si apresenta interessantes aspectos em relação às variações
linguísticas, por causa das grandes influências históricas e regionais existentes no Brasil,
permitindo adaptações ao decorrer do tempo. Neste trabalho serão abordados os tipos de
variações linguísticas, gírias e preconceitos presentes nas mídias e principalmente na escola,
bem como a influência dos imigrantes no enriquecimento oral e cultural dos brasileiros.
Segundo VALADARES (2011), é possível discutir alguns aspectos que direcionam o
uso da língua como facilitador/dificultador das relações de inclusão/exclusão, uma vez que a
manifestação de usos não prestigiados em alguns grupos sociais gera um rechaçamento a
esses usuários, levando a língua a ser responsável pela propagação de preconceitos
linguísticos que terão ação direta na manutenção do preconceito social, e a escola vem
funcionando como um dos principais veículos para isso.
Desta forma, os alunos do 1º ano A do Ensino Médio da Escola Estadual Amélio de
Carvalho Baís foram divididos em grupos, a fim de direcionar e planejar melhor os estudos
nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática.
6 Diretor: Paulo Antonio Castaldeli. Coordenador(es) Pedagógico(s): Chiara Goes Barbosa e
Susy Ranieri. PROGETEC: Maíra Espindola Rocha. Multiplicadora: Luiza Gonçalves Dorado.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
22
Foto1 - Apresentação
fotonovela
Foto 2 - Paródia Foto 3 - Blog Conecta
Os alunos foram divididos em cinco grupos, no qual cada um pesquisou sobre as
variações linguísticas e montou trabalhos, em língua portuguesa: fotonovela: a partir de
fotografias, os alunos utilizaram o Power Point para editar e criar o diálogo dos personagens;
teatro: os alunos filmaram a apresentação teatral que regiões do país, utilizando os linguajares
típicos. Os vídeos foram editados com o programa movie maker, pelos próprios alunos;
paródia: a letra da música apresentou a importância da variação linguística abordada no Brasil
e foi cantada de acordo com a fala da região; telejornal: os alunos realizaram pesquisas sobre
gírias, preconceito linguístico para a produção do telejornal e apresentaram durante a
culminância do projeto evidenciando a importância da fala para as pessoas que migram de
região; blog: os alunos desenvolveram um blog onde exploraram vários conteúdos sobre a
temática, além de divulgar os trabalhos que estavam sendo desenvolvidos pelos outros grupos.
Foto 4 - Elaboração de slides Foto 5 -Equipe Conecta
AULAS DE ACOMPANHAMENTO DE MATEMÁTICA
Os alunos foram divididos de acordo com as regiões brasileiras, os quais pesquisaram
a respeito das variações linguísticas voltando à análise para dados relacionados à imigração.
Após pesquisa, utilizaram o PowerPoint para criar apresentação sobre as gírias mais
utilizadas nas regiões como as palavras sofrem alterações.
Os recursos tecnológicos utilizados foram: Câmera Fotográfica; Câmera de Filmagem;
Celular; Internet; Sala de Tecnologia Educacional; Microfones; Redes sociais (blog e
facebook); Caixa amplificadora de som; Datashow e Notebook.
Por meio do Projeto Conecta: Variação Linguística à prova de fogo, torna-se
possível ao aluno associar os princípios teóricos da Língua Portuguesa formal e informal
presente no ambiente escolar, bem como sua flexão em relação à influência histórica e
regionais existentes no Brasil. As tecnologias presentes durante a elaboração do projeto
proporcionaram ótimos produtos finais como: fotonovela, teatro, telejornal, paródia, blog e
slides sobre as cinco regiões do Brasil.
Portanto esse projeto instigou os alunos à pesquisa, contribuiu positivamente para o
fim da indisciplina existente em sala, além de apresentar as tecnologias como fundamentais
para a elaboração prática das variações linguísticas.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
23
REFERÊNCIAS
BRASIL ESCOLA- Variações Linguísticas. Disponível
em:<http://www.brasilescola.com/gramatica/variacoes-linguisticas.htm>. Acesso em 24 de
abril de 2015.
MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio/Parte II – Linguagens, códigos e
suas tecnologias. Brasília: Ministério da Educação, 2000.
OLIVEIRA, Vivian Meira. A variação linguística no português popular do Brasil: a
questão da bipolarização. Universidade do Estado da Bahia (UNEB) 2009. Disponível em:
<http://nupexbrumado.blogspot.com.br/2009/10/variacao-linguistica-no-portugues.html> Acesso em
27 de abril de 2015.
VALADARES, Flavio Biasutti. Língua e norma versus variação e diversidade linguística:
Uma breve discussão lingüístico-educacional. Vitória (ES) 2011. Disponível em: <
periodicos.ufes.br/percursos/article/download/1192/894>. Acesso em 24 de abril de 2015.
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA – A língua em movimento. Disponível em : <
http://www.portugues.com.br/redacao/variacao-linguistica-lingua-movimento.html> Acesso em 27 de
abril de 2015.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
24
ESCOLA ESTADUAL ANTONIO DELFINO PEREIRA7
TECNOLOGIAS NA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO, MEIO AMBIENTE
SUSTENTÁVEL
6º Ano –Integral
Professores responsáveis
Arlete Freire Thomaz, Vinícius Mauricio Queiroz Hipolito
Adriana Rodrigues de Souza, Maria Rodrigues Leite
O projeto conecta 2015 foi desenvolvido com a turma do 6º ano integral, tendo em
vista ser uma turma com elevado grau de dificuldade no aprendizado, na disciplina, com
defasagem idade/série e ANEE (alunos com necessidades educacionais especiais), sendo
assim, priorizamos essa turma no intuito de recuperar os alunos com dificuldades na escrita,
leitura, cálculo e orienta-los melhor no que se refere à disciplina.
O primeiro passo do projeto foi à escolha do tema, em reunião com a equipe
pedagógica ficou definido que seria de grande relevância falarmos sobre sustentabilidade
tendo em vista ser um assunto que abrange não só os alunos mas também toda a comunidade
escolar. Sustentabilidade é atender às necessidades da geração presente sem comprometer as
habilidades das gerações futuras de atender às suas próprias necessidades (BRAGA, 2000).
Os professores envolvidos no projeto definiram que seriam realizadas reuniões
periódicas para expor o que vem sendo trabalhado em suas disciplinas e também para planejar
ações futuras inserindo essas atividades em seus planejamentos de aula, dessa forma,
podemos realizar visitas em projetos fora da escola que trabalham com o mesmo tema ou com
temas relacionados à sustentabilidade.
Com a definição do tema partimos para a elaboração da logomarca da turma, essa
etapa se deu através de pesquisas na internet e filmes relacionados ao tema para que os alunos
tivessem uma noção do que se tratava o assunto, o software escolhido para a confecção da
logomarca foi o PowerPoint, nessa etapa foi onde podemos perceber que os alunos não
tinham nenhum conhecimento do software, assim nos dando uma nova visão do que seria
trabalhado durante o projeto. Diante disso, fizemos um levantamento e podemos verificar que
poucos alunos conheciam os aplicativos do pacote Office e a grande maioria se quer tinham
utilizado os aplicativos Word, PowerPoint, Excel e outros, assim, procuramos através de
pesquisas e atividades práticas realizadas na STE bem como no laptop (UCA), buscamos
preparar os alunos para melhor utilizarem desses softwares.
7 Diretora: Marinete Nogueira Terra. Coordenador(es) Pedagógico(s):
Hermínia Cabral. PROGETEC: Marcos da Silva Gotardo. Multiplicador:
Nesio Alamini.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
25
O Gráfico 1 representa o nível de conhecimento dos alunos do 6º ano com os
aplicativos do pacote Office.
Gráfico 1 – conhecimento dos alunos – pacote Office
Dos 25 alunos matriculados, 1(um) aluno mostrou conhecer Office, 1 (um) aluno
mostrou conhecimento médio, 2 (dois) alunos mostraram baixo conhecimento e 21 (vinte e
um) alunos não conheciam os aplicativos do Office.
Os alunos produziram na STE slides utilizando o PowerPoint fazendo referência a
uma música ou até mesmo um filme assistido relacionado à sustentabilidade, a produção dos
slides serviu como aprendizado do aplicativo.
Para LORENZATO (1991), os recursos midiáticos interferem fortemente no processo
de ensino e aprendizagem; o uso de qualquer recurso depende do conteúdo a ser ensinado, dos
objetivos que se deseja atingir e da aprendizagem a ser desenvolvida, visto que a utilização de
recursos midiáticos facilita a observação e a análise de elementos fundamentais para o ensino
experimental, contribuindo com o aluno na construção do conhecimento. (LORENZATO,
1991)
Os alunos demonstraram grande interesse pelas aulas de produção na STE, tendo em
vista ser algo novo e atrativo que se tratava do que nunca tinham utilizado.
Tendo em vista o tema sustentabilidade ser um tema ser muito abrangente, a turma
pesquisou mais sobre a água e o solo, no que se refere a água, participamos de um projeto da
Águas Guariroba chamado “Saúde nota 10” onde os alunos tinham que fazer uma frase
falando de água e esgoto, as três melhores frases de cada foram premiadas. Ainda paralelo a
esse projeto participamos também do projeto “De olho no óleo”, onde a E.E. Antonio Delfino
Pereira arrecadou um total de 900 litros de óleo usas que foi vendido para uma fábrica de
sabão. A turma do 6º ano foi quem ficou responsável de coordenar as ações tendo em vista
ser a turma prioritária do projeto. Ao final na oportunidade ao final dos projetos podemos
visitar as instalações da Águas Guariroba onde podemos conhecer melhor todo processo de
tratamento de água e esgoto.
No que se refere ao solo, à professora de ciências teve a ideia de construirmos uma
horta suspensa, a fim de trabalhar com os alunos a importância do solo, o cultivo de hortaliças
sem agrotóxicos e ainda responsabilizá-los a cuidar da sua própria muda, gerando assim um
senso de responsabilidade. Segundo Carvalho (2004), esta forma de Educação Ambiental
(EA) “contribui para uma mudança de valores e atitudes, contribuindo para a formação de um
sujeito ecológico”.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
26
Foto 1 – Produção na STE
Foto 2 - Manutenção horta suspensa pelos alunos
A horta terá uma grande importância para os alunos tendo em vista que eles almoçam
na escola, pois a mesma é de tempo integral. Por fim, o projeto conecta possibilitou aos
alunos do 6º ano uma gama de conhecimentos bem diversificada, os alunos passaram a
conhecer os aplicativos do pacote podendo hoje formatar um documento do Word até mesmo
fazer uma apresentação em slides no PowerPoint, em se tratando de sustentabilidade os alunos
compreenderam a importância da diminuição do consumo de água, luz e produtos geradores
de lixo bem como a correta maneira de descartar esse lixo para que não haja impacto negativo
no meio ambiente.
Essas ações possibilitaram uma melhora considerável no comportamento da turma e
em consequência as notas tiveram um aumento gradativo até o encerramento do ano letivo.
REFERÊNCIAS
BRAGA, B et al. Introdução à Engenharia Ambiental: O desafio do Desenvolvimento Sustentável. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2005.
CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Educação Ambiental Crítica: nomes e endereçamentos da educação In:
LAYRARGUES, P.P. (coord.). Identidades da educação ambiental brasileira. Ministério do Meio Ambiente. Diretoria de
Educação Ambiental. Brasília, Ministério do Meio Ambiente, 2004.
LORENZATO, S. Por que não ensinar utilizando recursos midiáticos? Educação Matemática em Revista.
Sociedade brasileira em Educação Matemática – SBEM. Ano III. 1º semestre 1995.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
27
ESCOLA ESTADUAL ARACY EUDOCIAK8
LITERATURA ENCENA
ROBÓTICA E HIDRÁULICA
LEITURA E ESCRITA BRASILIDADES
2º Ano A – Matutino
Professores responsáveis
Maria Felix de Carvalho
Fernanda Andreia Almeida
Cardoso
5º Ano A - Vespertino
Professores responsáveis
Marcia Antonia Graci
Amena Atwah Lickah Gomes
2° C - Noturno
Professores responsáveis
Gisele Bacanelli
Maria Felix de Carvalho
No projeto, da Escola Estadual Aracy Eudociak situada na cidade de Campo
Grande/MS, no bairro tijuca I, na Rua Maracantins 696 realizamos o projeto com
envolvimento dos alunos das séries prioritárias do 5° ano A vespertino, 2° ano A matutino, e
2º ano C noturno (são prioritárias, pois participaram de uma avaliação externa e são turmas
indisciplinadas, com dificuldades de aprendizagens).
Durante todo o processo de desenvolvimento do projeto os alunos foram
acompanhados e orientados pelos seus respectivos regentes e com o auxílio do PROGETEC,
cada turma trabalhou com os equipamentos tecnológicos e realizaram pesquisas na STE (sala
de tecnologia educacional) para um melhor desenvolvimento de cada projeto.
Os alunos do 2º ano A, matutino do ensino médio utilizaram os equipamentos e
recursos tecnológicos para o desenvolvimento de seus projetos, sob orientações de seus
professores regentes. Os alunos desenvolveram um texto literário do romantismo em teatro e
adaptados a um filme, no qual utilizaram câmera filmadora e STE, para editar as filmagens e a
criação de um DVD. No segundo momento os alunos produziram os cenários da época, com
falas e gírias com orientações da disciplina de Literatura onde fica com o enredo e a disciplina
de Artes onde se dá a criação dos cenários com o tema “A Moreninha” que é considerado o
primeiro romance romântico brasileiro. Apresenta uma linguagem simples, um enredo que
prende o leitor com algum suspense e um final feliz típico dessa fase do movimento do
Romantismo. A obra remonta o cenário da alta sociedade carioca em meados do século XIX.
Joaquim Manuel de Macedo ganhou notoriedade na corte carioca, pois a obra caiu no gosto
do público. É um clássico da nossa literatura e representa a narrativa romântica com
características nacionais.
O Romantismo, como grande parte dos movimentos literários, tinha força na Europa.
A obra de Joaquim Manuel de Macedo dá os primeiros passos para o Romantismo tipicamente
8 Diretora: Renata Cristina Duarte. Diretor Adjunto: Mauro Bezerra. Coordenador(es)
Pedagógico(s): Francisco Paulo Costa do Nascimento. Márcia de Fatima e Silva. PROGETEC:
Marcelo de Oliveira Rodrigues. Multiplicador: Angela Suely Silva.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
28
brasileiro. A obra mostra os costumes e a organização da sociedade que se formava no século
XIX no Rio de Janeiro: os estudantes de medicina, os bailes, a tradição da festa de Sant‟Ana ,
o flerte das moças etc. Também está presente a cultura nacional, através da lenda da gruta, em
que o choro de uma moça que se apaixonou por um índio e não foi correspondida se
transforma na fonte que corre na gruta.
Com a mesma turma e orientações de seus professores de Matemática realizaram mais
um projeto inovador e com um grande desafio, a criação de um Braço Hidráulico e 2 (duas)
mão robótica, com a utilização da STE e sob orientações dos regentes e auxilio do
PROGETEC, obtiveram conteúdo e utilizaram a STE para baixar vídeos, realizaram
filmagens para as orientações inicias e para se criar um planejamento quanto as divisões de
tarefas e a realização das montagens de cada peças.
Já o 2º ano C Noturno do ensino médio realizou e pesquisou e recriaram com a
orientações de seus professores elaboraram o projeto “BRASILIDADES” demonstrando a
diversidade cultural refere-se aos diferentes costumes de uma sociedade, entre os quais
podemos citar: vestimenta, culinária, manifestações religiosas, tradições, entre outros
aspectos. Os projetos se iniciam com os professores padrinhos que devem se reunir e elaborar
qual ou quais trabalhos serão realizados. Separou-se um grupo de alunos para realizar este
trabalho. Sugeriu-se que o professor divida a sala (equipe) em grupos e os oriente a realizar
pesquisas especificas. sobre assuntos e a história da região em questão.
Durante as aulas estas pesquisas foram apresentadas aos demais alunos em sala, desta
forma o professor pode atribuir uma nota específica para cada aluno. Os alunos entregaram as
pesquisas por escrito, assim os jurados podem elaborar as perguntas de acordo com o que foi
pesquisado e apresentando em sala.
O 5º Ano A do ensino fundamental sob a orientação do regente realizou pesquisa na
STE, formados em grupos utilizando a internet e pesquisando sobre textos, onde num segundo
momento os alunos assistiam um filme que consistia em seu conteúdo programático e a partir
dessa fase cada grupo realizaria sua produção textual, cada aula um tema diferenciado uma
nova produção que resultará em um livro que será confeccionado em uma gráfica com toda
as produções de cada aluno. Os temas foram desenvolvidos na sala de aula e sala de
tecnologia com discussão de tipos de textos. Os alunos realizarão pesquisa de texto e
produção textual utilizando as ferramentas do Word, Power Point em pesquisa na internet,
com leitura de pequenos textos online e a produção própria de cada grupo.
Cada grupo realizou sua pesquisa e sua produção textual, observando que cada texto
dispõe de sua estrutura, cada grupo identificou se o texto era narrativo, descritivo e
argumentativo. Objetivo Geral foi Estimular e melhorar a leitura, escrita, produção textual,
Compreensão textual, Trabalho em equipe, Estimulara a pesquisa e melhorar o manuseio com
computadores e suas ferramentas de editor de textos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente projeto conecta 2015, com o 2º ano A do ensino médio matutino realizou
dois grandes projetos realizados pelos alunos, no primeiro momento a realização e adaptação
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
29
do romantismo em teatro e depois em um DVD como produto final com a produção edição
das cenas pelos próprios alunos com o tema “A Moreninha”.
No 2º ano C noturno do ensino médio os alunos obtiveram o tema “Brasilidades” onde
pesquisaram sobre as diversidades do nosso Brasil, cultura, comida e tradição de cada região,
como produção final os alunos criaram banner e vídeos das apresentações realizadas pelos
mesmos.
O 5º ano A do ensino fundamental realizou pesquisa na STE com o tema proposto pelo
regente “Gêneros textuais e suas tecnologias” onde foram divididos em grupo e todos os
grupos realizavam a produção de texto, como produto final, um livro que corresponde a todas
as produções de textos pesquisados no decorrer do projeto conecta 2015.
No segundo momento a realização do projeto de um Braço Hidráulico e de duas mãos
robótica, onde buscaram vídeos educacionais, exemplos e sob as orientações dos regentes de
matemática.
Cada projeto realizado no decorrer do ano letivo obteve grandes avanços no quesito de
evolução do aluno em relação à participação, melhoramento nas notas, distanciamento entre
regente e aluno, participação de toda a comunidade escolar Direção, Coordenação,
Professores e Alunos.
Foto 1- Livro/apoio Foto 2- montagem do
braço hidráulico 2° A
Foto 3 - conexão de cada
peça 2° A
Foto 4 – alunos em
pesquisa
Foto 6 - conclusão do projeto Foto 7 - receitas gastronômicas
de cada equipe 2° C noturno
Foto 8 – alunos em pesquisa STE
Foto 9 - 5° ano A editando o livro Foto 10 – alunos trabalhando na
pesquisa
Foto 11 – Exposição dos
trabalhos
REFERÊNCIAS
ALENCAR, José de. Lucíola. São Paulo: Ática, Série Bom Livro, 1988.
ALMEIDA Manuel Antonio de. Memórias de um sargento de milícias. São Paulo: Ática, Série Bom Livro, 1991.
Análises intituladas Os Lusíadas e Rimas, de Luís de Camões, de Aníbal Pinto de Castro em: www.instituto-
camoes.pt/escritores/camoes/estudos.htm, 02.08.2004.
ANDRADE, Mário de. Macunaíma. O herói sem nenhum caráter. Belo Horizonte: Itatiaia, 1987.
ANDRADE, Mário. “Memórias de um sargento de milícias”. In: Aspectos da literatura brasileira. São Paulo:
Martins, 1974, p. 125-140.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
30
ARRIGUCCI JR., Davi. Humildade, paixão e morte: a poesia de Manuel Bandeira. São Paulo: Cia. das Letras,
1990.
ASSIS, Machado de. “O Primo Basílio”. In: Crítica literária. São Paulo: W.M. Jackson, 1955.
ASSIS, Machado. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ática, 1992.
BANDEIRA, Manuel. Noções de literatura. São Paulo: Cia Editora Nacional, 1954.
BECHARA, E. e SPINA, S. (org.). Os Lusíadas, Luís de Camões, Antologia. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001.
BOSI, Alfredo et alii. Machado de Assis. São Paulo: Ática, 1983.
CAMINHA, Pero Vaz de. Carta a El Rei D. Manuel. São Paulo: Dominus, 1963.
CAMPEDELLI, Samira Youssef. Machado de Assis. São Paulo: Scipione, 1995.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
31
ESCOLA ESTADUAL ARLINDO DE ANDRADE GOMES9
SARAU DE LITERATURA
LEITURA E SUSTENTABILIDADE
3º Ano B (E.M.) – Matutino
Professores responsáveis
Gislaine Palácio de Araújo
Cristina Ottoni Alves,
Edy Wilson Ferreira Mendes da Silva
9º Ano A – Vespertin
Professores responsáveis
Ana Rachell de Oliveira Lemos Shimidth
A escola é um dos lugares mais importantes de disponibilidade ao aluno dos bens de
cultura, da conquista de várias linguagens que compõem o mundo, que são, afinal,
propriedade de todos, direito de todos. Logo a importância de se trabalhar com projetos, nos
quais professores e alunos fazem essa interação ensino e aprendizagem de forma harmoniosa
objetivando contribuir para que os alunos conheçam e utilizem elementos constitutivos da
linguagem de forma reflexiva e funcional.
Nesta perspectiva, tanto a leitura e sustentabilidade, quanto o Sarau Literário são
projetos que visam resgatar a cultura de contar e ouvir histórias, recitar poesias, despertar o
gosto pela leitura, trazer memórias de brincadeiras antigas, envolvendo a comunidade escolar
interna e externa para ouvir boa leitura, escutar músicas e curtir belas histórias através da
leitura de livros, poesias e apresentação teatral, num momento de inovação, descontração e
satisfação.
Sendo assim, cabe à escola envolver os alunos e procurar estratégias necessárias para a
melhoria do ensino e da aprendizagem, uma vez que a escola não pode eximir-se de sua tarefa
educativa no que se refere a formação plena do cidadão.
As turmas contempladas com o projeto Conecta foram: 9 ano A vespertino e 3 ano B
matutino. São turmas prioritárias porque dentro da proposta são turmas que irão participar de
avaliações internas e também por apresentarem um número bastante significativo de alunos
repetente no caso 9º ano e o 3º ano por estarem saindo de um ciclo para seguir os estudos.
O trabalho com leitura tem como finalidade a formação de leitores competentes e,
consequentemente, a formação de escritores, pois a possibilidade de produzir textos eficazes
tem sua origem na prática de leitura, espaço de construção da intertextualidade e fonte de
REFERÊNCIAS modelizadoras.
9 Diretora: Alda de Sousa Machado. Diretor Adjunto: Marcelo José de
Souza. Coordenador(es) Pedagógico(s): Maria Cristina Barboza da Silva
Gonçalves, Edinalva de Oliveira Vitório, Matildes de Araújo Lima.
PROGETEC: Maria Meira de Souza. Multiplicador: Edma Ferreira da
Silva Souza.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
32
A leitura, por um lado, nos fornece a matéria-prima para a escrita: o que escrever. Por
outro, contribui para a constituição de modelos: como escrever (PCN, 1997). Assim, cabe à
escola e ao professor propiciar situações para maximizar o potencial leitor e escritor de seus
alunos, propondo estratégias de leituras através de gêneros textuais diversificados e
autores\ilustradores renomados.
As metodologias utilizadas nos projetos foram: Envolvimento dos alunos com
as tecnologias; Criação de grupos do facebook e divulgação dos materiais produzidos;
Produção de portfólio digital com as etapas do projeto, registro de fotos e eventos que
aconteceram no decorrer do projeto como as leituras, pesquisas, chás literários, ensaios e
apresentações; Uso dos tabletes para digitalização e postagens nos aplicativos e softwares;
Uso da sala de tecnologia para produção de roteiros e vídeos, digitação e publicação das
histórias produzidas durante o projeto, filmadora, câmera digital, microfones, biblioteca da
escola para leitura do acervo literário e biblioteca online.
A escola deve desenvolver ações construtivas de valores e conhecimentos que
auxiliem de modo imprescindível para o processo de ensino e aprendizagem na sociedade
contemporânea.
De acordo com Moran (2000):
A verdadeira função do aparato educacional não deve ser a de ensinar, mas
sim a de criar condições de aprendizagem. As tecnologias de comunicação
não substituem o professor, mas modificam algumas de suas funções. A
tarefa de passar informações pode ser deixada aos bancos de dados, livros,
programas em CD. O professor se transforma agora em estimulador da
curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a
informação mais relevante. (Moran, p. 2000).
A prática do uso das TIC‟s entre os jovens desperta de maneira irreversível a
curiosidade e a busca por novas ideias, conceitos, palavras, fantasias - além de enriquecer a
capacidade de argumentação pessoal. Assim, a parceria dos professores e a
interdisciplinaridade nos projetos desenvolvidos pela Unidade Escolar, enquanto práticas
rotineiras servem de estímulo para o despertar gradual de uma visão crítica - ampliando
exponencialmente a capacidade de percepção de mundo e das várias linguagens e suas
corretas significações.
Segundo, Marialva Nunes Corrêa:
A conexão da sala de aula á rede da informação e da comunicação nos
coloca diante do desafio de não apenas adaptar a escola ao contexto de
hoje, mas principalmente transformá-la num espaço mais capaz de formar
cidadãos envolvidos de maneira ativa e crítica da sociedade. (Maio, 2001, p.
14).
Assim, este Projeto visou a trabalhar aspectos diversos, que utilizassem as Tecnologias
na reflexão da mudança pedagógica do professor e na aquisição de conhecimento pelo aluno,
preparando-o assim para enfrentar as mudanças tecnológicas, abrindo espaço para reflexões e
discussões acerca do conhecimento em leitura e interpretação, favorecendo assim a
compreensão dos textos escritos e produzidos pela turma do 9º ano A, valorizando a sua
história e cultura no qual se construiu significados envolvendo o uso das tecnologias.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
33
De acordo a tabela abaixo, observou-se o que não houve evasão na turma, e sim
equilíbrio, aproveitamento e melhoria na aprendizagem dos educandos.
Tabela de aproveitamento – 9º A vespertino
A
rte
Ciê
nci
as
Ed
uca
ção
Fís
ica
Geo
gra
fia
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ção
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rati
va
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cio
cín
io
Ló
gic
o
ACIMA DA
MÉDIA 25 31 32 20 25 30 24 25 29 25
ABAIXO DA
MÉDIA 06 01 03 11 06 00 05 04 04 04
NA MÉDIA 04 03 00 04 04 05 06 06 02 06 TOTAL DE
ALUNOS
"CURSANDO" 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35
Fonte: GDE/SED 3º bimestre 2015
Considerando a importância do projeto com os educandos os resultados obtidos
durante o processo de aprendizagem foi de grande valia, pois a percepção e interesse dos
alunos vieram melhorar o desempenho e consequentemente a aprendizagem, conforme os
dados apresentados durante o processo educativo.
Parafraseando, o uso das tecnologias com a leitura, entendemos que estas devem não
só levar em conta, o contexto pedagógico, mas também a experiência de liberdade e
autonomia dos sujeitos, como também, observação do contexto sócio- político que interfere
nas condições de acesso de produção da leitura e do conhecimento.
Neste sentido poderíamos considerar a leitura como um instrumento de libertação e
autonomia necessário ao pleno exercício da cidadania.
Foto 1 – Aluna confeccionando
slides para o projeto
Foto 2 – Alunos pesquisando
sobre o tema do projeto
Foto 3 - Digitalização utilizando
o tablet na pesquisa do projeto
REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua
Portuguesa/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, 1997.
CORRÊA, Marialva Nunes. O computador na Educação. Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul, dissertação de especialização não publicada. Orientadora Profª. Marilena Bittar. 2001.
MORAN, José Manuel et al. Novas tecnologias e mediação pedagógica . 6. ed. Campinas:
Papirus, 2000.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
34
ESCOLA ESTADUAL ARLINDO DE SAMPAIO JORGE10
MORENINHA: DE UM SIMPLES BAIRRO A UM GRANDE CENTRO
5º Ano A e B – Matutino
Professores responsáveis
Eulália Carmem Macedo
Ivacir Machado de Matos
8º Ano A - Vespertino
Professores responsáveis
Andréia Haak Nascimento
Ivanir Ferrari Cavalcante
Leandro Alves Pereira
EJA II – 4ª Fase - Noturno
Professores responsáveis
Simone Costa dos Santos
Helizane de B. Junqueira
Inform ASJ
O jornal “Inform ASJ” 2ª edição foi desenvolvido através do projeto Conecta escola
2015 e atendeu aos interesses dos alunos do Ensino Fundamental tanto das séries Iniciais
quanto das séries finais, no ensino regular e na modalidade EJA (Educação de Jovens e
Adultos), mas com um foco maior nas turmas prioritárias 5º ano A e B do Matutino, 8º ano A
do Vespertino e 4ª fase A do Noturno, pois eram turmas com dificuldades disciplinares e com
probabilidade de evasão escolar no caso da EJA.
O principal objetivo era com que o aluno adquirisse o hábito da leitura,
experimentasse novos aplicativos do computador e estimulasse a descoberta, o senso crítico e
a pesquisa tanto via internet quanto de campo. Segundo Souza (2003) as novas tecnologias na
educação possibilitam a informação mais rápida, tanto para o educador quanto para o
educando, ampliando a interação entre eles.
Não há como deixar imperceptível toda a mudança tecnológica, pois ela tem estado
presente, na rotina dos educandos e educadores. Os conteúdos que seriam publicados no
jornal abordariam assuntos de nosso bairro, que foi fundado há 34 anos e se tornou um dos
maiores e mais conhecidos de Campo Grande, os alunos conheceram a história e a realidade
na educação, no comércio e na qualidade de vida da população. Com as atividades
desenvolvidas pelo projeto buscou-se integrar as tecnologias existentes no âmbito escolar com
a pesquisa de campo, buscando um maior relacionamento interpessoal, trabalho em equipe e
aprendizado de alguns softwares de computadores.
O projeto foi desenvolvido entre os meses de Abril e Outubro, assim foram
desenvolvidas diversas atividades como: pesquisa de campo para obtenção dos dados, aulas
para o desenvolvimento do Microsoft Excel para tabulação e gráficos e do Microsoft
Publisher para a criação do jornal.
10 Diretor: Ambrósio Lazzari. Diretora Adjunta: Eliane de Oliveira
Marques Frederico. Coordenador(es) Pedagógico(s): Josely Aparecida dos
Anjos, Julieta Eleutério Silveira. PROGETEC: Ademar Silva Fernandes.
Multiplicador: Agamenon Nascimento.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
35
Nos dias atuais convivemos com uma variedade de gerações, caracterizadas por
pessoas que acham as tecnologias uma perda de tempo, que só existe para o capitalismo,
existem também pessoas que gostam das tecnologias, mas não as utilizam por medo ou receio
e também aquelas que são consideradas da geração tecnológica, a geração Z, que não
viveriam sem as tecnologias. Sabendo que o público alvo do projeto participa do grupo da
geração “Z”, ou seja, alunos conectados.
Nesse caso necessitamos ter uma mudança de atitude em sala de aula, pois agora os
alunos produzem seus próprios conhecimentos, somos apenas um mediador do aprendizado.
A verdadeira função do aparato educacional não deve ser a de ensinar, mas
sim a de criar condições de aprendizagem. As tecnologias de comunicação
não substituem o professor, mas modificam algumas de suas funções. A
tarefa de passar informações pode ser deixada aos bancos de dados, livros,
programas em CD. O professor se transforma agora em estimulador da
curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a
informação mais relevante. (MORAN, 2000, p. 45).
No início do projeto foi realizada uma reunião pedagógica para a escolha do tema, das
turmas prioritárias e qual o objetivo do projeto e suas características. Após tudo definido
começamos a por em prática, os professores passaram para os alunos as intenções, o
cronograma e discutiram algumas possibilidades de atividades. O primeiro passo do projeto
era ter uma logomarca, para isso às turmas prioritárias desenvolveram desenhos e foi feito
uma votação do desenho mais criativo, representando a turma conforme a Foto 1.
Os alunos do 5º A e B, 8º A e 4ª fase A começaram a utilizar a sala de tecnologias
realizando algumas pesquisas, tais como: a história e a evolução do nosso bairro nas áreas da
educação, comércio, esporte, cultura, lazer e qualidade de vida, criaram seus questionários e
foram a campo para colher o máximo de informação possível, utilizaram o Microsoft Excel
para criarem seus gráficos e o Microsoft Word para digitarem seus textos. Com tudo
organizado, os alunos do 8º ano A ficaram responsáveis pela produção do jornal, pesquisaram
quais os recursos para a produção de um jornal, selecionaram alguns vídeos do site do
youtube com o passo a passo para produção dos mesmos e através disso foi decidido utilizar a
programa Microsoft Publisher para a produção do jornal “Inform ASJ” 2ª edição.
Foto 1- Pesquisa de campo Foto 2- Aplicação dos
questionários
Foram pesquisados vários tipos de jornais realizados pelo programa citado acima para
que os alunos explorassem as estruturas das matérias e apresentação das páginas, após todas
as ações do projeto o jornal foi desenvolvido pela turma conforme foto 2. A pesquisa faz parte
da produção do conhecimento e hoje as informações podem ser retiradas da internet com
muito mais rapidez, segundo (MANUAL..., 2014?) uma pesquisa realizada em 2012 mostrou
que a cada minuto são postadas 48 horas de vídeos no Youtube e são feitas 2 milhões de
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
36
pesquisas no google, sendo assim o professor deve estar bem preparado para orientar e
direcionar esses novos conhecimentos.
A publicação do jornal “Inform ASJ”, contendo matérias sobre as atividades
pedagógicas realizadas na escola, abordando os temas transversais trouxe diversos benefícios
aos nossos alunos, o jornal se revela atraente por possibilitar o contato com informações
contextualizadas, abrindo espaço para que as aulas sejam mais dinâmicas e capazes de tornar
os conteúdos escolares mais atrativos para a formação crítica dos alunos.
REFERÊNCIAS
MANUAL de tecnologia. São Paulo: Editora FTD, 2014.
MORAN, José Manuel et al. Novas tecnologias e mediação pedagógica . 6ª. ed. Campinas:
Papirus, 2000.
SOUZA, Carlos Henrique Medeiros. Comunicação, Educação e Novas Tecnologias. Campos
dos Goytacazes, RJ: Editora FAFIC, 2003.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
37
ESCOLA ESTADUAL BLANCHE DOS SANTOS PEREIRA11
STOP MOTION QUESTION WRITER
“O AMANHA É
AGORA”
PROJETO DE LEITURA
3º Ano A e B – Matutino
Professores responsáveis
Glaucia Rosely Marin
Edna da Silva Olive
Jaqueline Alonso Braga
9º Ano B - Vespertino
Professores responsáveis
Daniel Kleberson
Cássio Moscardini
Vitor Paulo Vianna
3º ano D - Noturno
Professores responsáveis
Robson Manoel de Souza
Marilene Ribeiro
Os projetos desenvolvidos pelos alunos na Escola Blanche dos Santos Pereira, nos três
turnos, matutino, vespertino e noturno foram respectivamente, Stop Motion, Question Writer
“O amanha é agora” e o Projeto de Leitura.
O Stop Motion: Esse projeto envolveu as disciplinas de Arte, Biologia e Espanhol, na
turma dos 3º anos A e B sendo que as turmas foram escolhidas pela necessidade de estarem
passando por uma fase de avaliação externa e mudança de educação básica para superior.
Com a desenvoltura dos professores juntamente com os alunos foram desenvolvido durante o
ano vários temas sobre a ecologia e o meio ambiente, o roteiro foi elaborado pela professora
de Espanhol onde ensinou passo a passo como fazer o Stop Motion e utilizar a língua
estrangeira no vídeo, a professora de Arte ficou com o trabalho de orientar e avaliar a
estrutura dos Stops Motions.
Question Writer: O Amanhã é Agora”: no período vespertino os professores de
Ciências, Matemática e Raciocínio Lógico elaboraram o projeto com a turma do 9º ano B com
o intuito no aprendizado de índices baixos e indisciplinas e de comportamento não adequado
para a sala de aula. O Projeto foi baseado no programa Question Writer que disponibiliza o
aprendizado por meio da Tecnologia de um programa de computador onde podem ser
realizados testes online. Como ele possibilita a inserção de questionários e ainda a resolução
deles monitorada, houve uma grande utilidade tanto o programa como o projeto na escola.
No Projeto de Leitura, desenvolvido no período noturno pelos professores de Língua
Portuguesa e Produção Interativa, Robson e Marilene formaram grupos no início do ano por
11 Diretora: Rosely Daher Sabatin. Diretora Adjunta: Maria de Fátima
Mecenas. Coordenador(es) Pedagógico(s): Eunisete Barbosa Albuquerque,
Nelisane Alencar de Trindade, Odete de Jesus Gomes. PROGETEC: Giseli
de Paula Jorente. Multiplicadora: Angela Suely da Silva.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
38
meio de sorteio, responsável por dois livros de literatura clássica brasileira, e cada grupo iria
por meio da ferramenta Prezzi elaborar uma apresentação aprofundada sobre o que estavam
lendo e conhecendo por meio dos livros e assim os alunos desenvolvia a leitura e o
conhecimento das ferramentas da Sala de Tecnologia Educacional.
As metodologias usadas nos projetos foram de acordo com o Projeto Político
Pedagógico e em cada um houve didática distinta, porém em equipe.
No Stop Motion as disciplinas de Arte, Biologia e Espanhol trabalharam em conjunto
para ser criado uma um vídeo relacionado a ecologia com legendas e falas em espanhol e
usando os critérios da disciplina de Arte, na sala do Ensino Médio de 3º ano A e B, assim
como a missão da escola que é o aprendizado continuo conforme o Projeto Político
Pedagógico- PPP. Houve roteiro de cada disciplina para que os alunos trabalhassem na Sala
de Tecnologia Educacional , ao selecionar material como foto, objetos utilizados, os alunos
editaram o Stop Motion e ao fim do projeto gravaram vídeos curtas de dois minutos cada, em
um único DVD.
Os 3º anos foram as turmas prioritárias, estavam em avaliação externa e a coordenação
pedagógica acreditou que seria a melhor escolha juntamente com os professores regentes.
Já no Projeto Question Writer os alunos trabalharam todo o conteúdo curricular do ano
das disciplinas de Ciências, Matemática e Raciocínio Lógico estudando, analisando e
aplicando minitestes nos demais colegas alunos do 9º ano B do período vespertino. Esses
alunos foram escolhidos, pois suas notas estavam abaixo da média em sua maioria e ainda a
indisciplina predominava com grandes anotações e registro perante a coordenação
pedagógica.
Dessa forma foram aprendendo o conteúdo, tanto para poder elaborar as questões
como para responder. Toda essa dinâmica foi desenvolvida por meio do programa de
computador que permite direcionar, supervisionar e monitorar as questões e suas respostas, os
professores idealizadores desse projeto obtiveram grande retorno no decorrer do ano letivo,
pois todo conteúdo ministrado era recepcionado pelos alunos de maneira investigativa,
passaram a pesquisar mais e aprofundar os conteúdos e não ficaram com o mero conteúdo do
livro didático e a explicação do professor. Passaram a averiguar toda e qualquer informação
para que a partir dessa pudessem sobressair no Question Writer.
As disciplinas de Língua Portuguesa e Produção Interativa comandaram o Projeto de
Leitura no período noturno com os 3º ano D que eram alunos de frequência e ainda por
passarem por avaliações externas, os professores juntamente com a coordenação pedagógica
escolheram essa turma como prioritária.
Foto 1- Aulas na STE para
elaboração do Stop Motion
Foto 2 -Aulas na STE 9º ano B
trabalhando o Question Writer
Foto 3 - Apresentação do Projeto
de Leitura
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
39
O desenvolvimento do projeto aconteceu com a divisão dos grupos e cada grupo foi
sorteado com dois clássicos literários para que lessem, compreendessem e explicassem com
apresentação na ferramenta Prezzi para exposição dos trabalhos contendo análise da obra,
qual época e relação do tempo, quem era o autor, quais os tipos de escrita e narrador, os
personagens e a partir de todas essas informações, os alunos na STE elaboraram suas
apresentações utilizando a internet e o programa prezzi.
Usaram a Sala de Tecnologia e demais equipamentos tecnológicos disponíveis na
escola como Data show, câmera fotográfica digital, tablets 10” e 07”, notebook e demais
recursos, esses equipamentos foram utilizados em todos os projetos mencionados acima que
são os Projetos Conecta Escola 2015 da Escola Blanche dos Santos Pereira.
Os Projetos do Conecta Escola desse ano apresentaram desenvolvimento favorável,
pois não houve muito imprevisto e seu curso percorreu conforme o planejamento inicial e
assim tivemos ótimos resultados tanto na elaboração dos projetos como nos seus objetivos de
preparar a turma prioritária para avaliações externas e ainda diminuir o índice de indisciplina
e notas baixas.
O Stop Motion os alunos fizeram um vídeo curta com aproximadamente dois minutos
cada um e criaram um DVD com vídeos relacionados à ecologia, desfrutando a disciplina de
Espanhol e de Arte. No Question Writer foi elaborado um livro com o passo a passo de como
executar o projeto e um relato de como foi o projeto na escola. O Projeto de Leitura foi
elaborado apresentações no programa Prezzi elaborado pelos alunos.
REFERÊNCIAS
PPP. Blanche dos Santos Pereira- Projeto Político Pedagógico.
TUTORIAL. Programa Question Writer: Disponível em: http://www.questionwriter.com
RÖRIG, C. BACKES, l. O professor e a tecnologia digital na sua prática educativa.
Disponível em: <http://www.pgie.ufrgs.br>.Acesso em: 15 ago.2015.
CANDIDO, Antonio - Iniciação à literatura brasileira: resumo para principiantes/ Antonio
Candido. – 3. ed.– São Paulo : Humanitas/ FFLCH/USP, 1999.
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABhYAAG/literatura-brasileira?part=2 -
Consultado em 16 de abril de 2015
BARBOSA, M.V.F.C.. Tecnologia educacional uma opção didática. Revista Linha
Direta, Belo horizonte, n.103, p. 36, novembro 2006.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
40
CENTRO ESTADUAL DE ATENDIMENTO AO DEFICIENTE DA
AUDIOCOMUNICAÇÃO - CEADA12
QUEM SOU EU? DE ONDE VIM? ONDE ESTUDO? ONDE MORO? COMO É O
MEU CORPO E COMO CUIDO DELE?
O CEADA – Centro Estadual de Atendimento ao Deficiente da Audiocomunicação,
escola estadual bilíngue, amparada pelas metas 4.713
e 5.714
do PNE (Plano Nacional de
Educação) e metas 4.315
e 4.816
do PEE (Plano Estadual de Educação), garante ao alunado
surdo, até o final da primeira etapa do ensino fundamental, fazer parte de um ambiente que
respeita a LIBRAS17
como primeira língua, partindo desta, para aquisição de conceitos e
concomitantemente a ampliação de vocabulário em segunda língua, a Língua Portuguesa.
Em 2015 Produções Interativas (PI), turmas de 1º ao 5º ano desenvolveu o projeto de
autoconhecimento e autocuidado, respeitando os valores da Linguística e Cultura dos Surdos.
O projeto visou identificar o que forma a identidade de cada criança. Trabalhamos
com alguns eixos que consideramos significativos e apropriados ao trabalho com crianças da
primeira etapa do ensino fundamental e que contribuem para a formação de sua Identidade,
como: nome próprio e demais informações contidas em sua Certidão de Nascimento (dia, mês
12 Diretor: Aldenir Quirino. Coordenação Pedagógica: Clara Ramos Pedroza e Doreni
Ricartes Guimarães Tasso. Professora Responsável pelo Projeto: Sara Barbosa Pelicho de Carvalho.
Professores Surdos Assistentes do Projeto: Darlon Cruz, Renato Borges Daniel, Isabel Cristina
Santareno, Kariane Kássia, Ana Cláudia Leonel, Orisângela, Alessandra Cruz Daniel. PROGETEC:
Milton Terrazas. Multiplicador: Rodolfo Pedroso Rodrigues.
13 4.7. garantir a oferta de educação bilíngue, em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS como primeira língua e na
modalidade escrita da Língua Portuguesa como segunda língua, aos (às) alunos (as) surdos e com deficiência auditiva de 0
(zero) a 17 (dezessete) anos, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas, nos termos do art. 22 do Decreto
no 5.626, de 22 de dezembro de 2005, e dos arts. 24 e 30 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, bem
como a adoção do Sistema Braille de leitura para cegos e surdocegos; 14 5.7. apoiar a alfabetização das pessoas com deficiência, considerando as suas especificidades, inclusive a
alfabetização bilíngue de pessoas surdas, sem estabelecimento de terminalidade temporal. 15 4.3. implantar, ampliar e implementar, até o segundo ano da vigência do PEE-MS, o AEE em suas diversas
atividades, entre estas, as salas de recursos multifuncionais, com espaço físico e materiais adequados em todas as escolas,
assim como escola bilíngue para surdos(as) e surdocegos (as), conforme necessidade identificada por meio de avaliação
pelos(as) professores(as), com apoio da equipe multidisciplinar e participação da família e do(a) estudante; 16 4.8. oferecer educação bilíngue, em Língua Brasileira de Sinais (Libras), como primeira língua, e, na modalidade
escrita, da língua portuguesa, como segunda língua, aos(às) estudantes surdos(as) e com deficiência auditiva de 0 a 17 anos,
em escolas e classes bilíngues e em escolas comuns, bem como a adoção do sistema braille de leitura, Soroban, orientação e
mobilidade, e tecnologias assistivas para cegos(as) e surdocegos (as), a partir da vigência deste PEE; 17 Língua Brasileira de Sinais, que conquistou o reconhecimento nacional como uma língua natural na Lei Nº
10.436 de 24 de abril de 2002 e Decreto Nº 5.626/2005, reconhecendo a LIBRAS como primeira Língua de Sinais dos
Surdos.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
41
e ano; cidade, estado e país de nascimento, nomes de seus pais e sexo de nascimento),
Autoestima, Interação com as pessoas (família, escola e grupo social), Respeito à diversidade
(todos somos diferentes), além de identificarmos geograficamente, o local onde nasceram,
estudam e onde moram (rua, bairro, cidade, estado e país) e o trajeto percorrido entre
residência e escola, bem como meios de transporte utilizados; finalizando com o
conhecimento/reconhecimento do corpo humano: suas partes, órgãos, ossos e músculos
principais e os cuidados com a higiene.
O objetivo geral foi criar situações contextualizadas que favorecessem a construção da
identidade das crianças, como parte do processo de formação pessoal e social. Objetivos
Específicos perpassaram por conhecer sobre a história de sua vida, conhecer o significado de
seu nome (quando possível); conhecer/reconhecer a escrita de seu nome dentre a escrita dos
nomes e sinais de todos os colegas de sala, nomes de seu próprio pai e sua mãe, nomes e
sinais de seus professores e disciplinas que ministram, sendo estimulados a desenvolver o
raciocínio e a percepção visual; Saber maior número de palavras e expressões antes
desconhecidas (Ampliação e enriquecimento do vocabulário), em Português e em Libras;
Desenvolver a atenção; Compreender a importância dos cuidados com o corpo; Conscientizar
e promover a boa higiene; Desenvolver a psicomotricidade e Estimular a criatividade.
As estratégias no desenvolvimento deste projeto: Pesquisar, Digitar e Grafar no
caderno, em alfabeto manual e em LIBRAS o seu próprio nome, dia, mês e ano de
nascimento, cidade, estado e país de nascimento, sua idade, o nome do seu pai e o nome de
sua mãe e seu sexo de nascimento; Confeccionar cartaz individualizado com grafia e
sinalização do conteúdo; Sinalizar todas as informações referentes à certidão de nascimento
em filmagem individualizada; Digitar legenda no vídeo produzido em sala de aula no
computador da sala de tecnologia educacional; Reconhecer, sinalizar e escrever o nome
próprio e dos colegas de sala; Identificar trajeto casa/escola/casa; Comparar distâncias entre
os trajetos casa/escola/casa entre seu próprio endereço e dos demais colegas de sala;
Memorizar seu próprio endereço e endereço da escola; Obter uma imagem positiva de si
ampliando sua autoconfiança, identificando cada vez mais suas limitações e possibilidades e
agindo de acordo com elas; Confeccionar cartazes do corpo humano; Pesquisar imagens das
partes do corpo, produzindo vocabulário interativo na sala de multimídia, contendo imagens,
grafia em L218
e filmagem das partes; e os cuidados com a higiene.
Os Procedimentos Metodológicos consistiram na realização de exercícios, como: roda
de conversa, questionário, filmagem, digitação de legendas, sinalização de questionários e
respostas, busca de endereços através de ferramenta Google Earth e confecção de cartazes
tendo como suporte, os dados constantes da certidão de nascimento, coleta de dados da conta
de energia, buscando ao final do processo que os alunos sejam capazes fazer sua identificação
pessoal e dos colegas de sala, identificação de quem ele é: seu nome completo, a data e o local
de nascimento, aniversário, idade, onde mora: rua, nº, bairro, onde estuda, que série e o
endereço da escola; Atividades de pesquisa do corpo humano, organizando Dicionário em
18 Língua Portuguesa
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
42
vídeo de Libras das partes do corpo humano, além de aulas na piscina da escola, que além de
identificarem cada uma das partes trabalhadas, fizeram higiene corporal e bucal, com
orientação da professora.
Foto 1 – Edição de vídeos Foto 2 – Produção textual na STE
Os recursos tecnológicos utilizados no desenvolvimento do Projeto foram:
Computador, Datashow, máquina fotográfica, filmadora, programa PowerPoint, programa de
edição Movie Maker, onde o produto final produzido pelos alunos consistiu em vídeos e
apresentações individualizadas, narrados em LIBRAS, pelos próprios alunos, contendo todas
as informações coletadas durante o desenvolvimento do projeto.
Consideramos nesse contexto, que a avaliação interna da aprendizagem ocorrida
durante todo o processo de vigência deste projeto se constituiu em uma prática de avaliação
formativa, permitindo à professora aproximar-se dos processos de aprendizagem do aluno e
compreender como ele está elaborando seu conhecimento. Assim sendo, esse modelo de
avaliação possibilitou tecer indicações sobre os avanços e as dificuldades que apareceram ao
longo do processo, garantindo o atendimento às diferenças individuais dos alunos e a
prescrição de medidas alternativas de recuperação das falhas de aprendizagem. Assim, os
resultados da análise foram importantes para o uso da professora, para o aprimoramento de
sua prática.
A língua da comunidade surda é LIBRAS, nossa preocupação foi oportunizar aos
estudantes surdos, espaço educacional, que favorecesse a construção de sua Identidade Surda
e formação com a Cultura Surda em sua própria língua para evitar a extinção da Língua de
Sinais.
REFERÊNCIAS
http://www.moodle1.caedufjf.net/pluginfile.php/62/mod_resource/content/2/cge_2_avaliacao-
educacional.pdf
Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue de Sinais Brasileira, 3ª Ed. – São Paulo: Editora
da Universidade de São Paulo, 2008. CAPOVILLA, Fernando César. RAPHAEL, Walkíria Duarte.
Plano Estadual de Educação – Lei nº 4.621, de 22 de dezembro de 2014;
Plano Nacional de Educação – Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014;
Referencial Curricular Secretaria Estadual de Educação MS;
https://mirialima.files.wordpress.com/2010/08/proj_identidade.pdf
http://www.revistareacao.com.br/website/Edicoes.php?e=94&c=9417&d=0
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
43
EE CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS PROFESSORA IGNÊS DE LAMÔNICA GUIMARÃES -
CEEJA/MS19
Professores responsáveis (matutino, vespertino e noturno):
Daniela Cristina Rodrigues, Elza Rosa da Silva, Isildinha dos Santos
Moral, Julikele Mariano da Cena, Lucilene Ledesma da Silva,
Antonio Marcos V. Almeida, Carolina Santana Robles, Cleuma C.R.
Araujo, Daniele Akemi Oshiro Zanoni, Enilda de Oliveira, Leandro
Moreira da Silva, Marco Antonio Zotelli (intérprete), Morgana
Duenha Rodrigues, Selma Rita da Trindade, Valdir Barbosa de
Oliveira (intérprete)
Em "Energia: crise energética” o Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos
Profa. Ignez De Lamônica Guimarães (CEEJA) é composto por alunos jovens, adultos e
idosos que diariamente procuram uma ascensão social através dos estudos, pois, em seu
percurso histórico de vida não tiveram essa oportunidade. Este é o motivo que levou a
escolha, pelos professores envolvidos no Projeto Conecta Escola, das turmas do Ensino
Fundamental e Ensino Médio, no intuito de oportunizá-los a acessarem ferramentas da
tecnologia educacional, disponíveis nesta escola, para desenvolverem atividades referentes ao
tema do Projeto e, desse modo, enriquecer a atual etapa de ensino e da aprendizagem em que
esses alunos se encontram.
Com este propósito as etapas para o desenvolvimento do Projeto Prioritário Conecta
Escola, intitulado Energia: crise energética foram planejadas, intercalando aulas teóricas
coletivas em sala de aula, aulas práticas na sala de tecnologia (STE) e momentos, individuais,
com atendimento na cabine para tirarem dúvidas, de forma que os alunos pudessem obter uma
melhor compreensão do trabalho a ser executado.
Foto 1 - L.Portuguesa e
Física/vesp. Visita na
ENERGISA
Foto 2 - L. Portuguesa
/matu. STE produçoões
sobre consumo de
Foto 3 - Língua
Portuguesa/vesp.STE
portfólio: interpretar o
Foto 4 -
Matemática/matutino
STE elaborando
19 Diretora: Wanda Rodrigues Serejo. Diretora Adjunta: Elizabete Tcuco
Nacasone. Coordenador(es) Pedagógico(s): Silvia Renata Almeida Alves,
Maria de Almeida Gerônimo e Celia Cristina Carvalho. PROGETEC:
Angela Aparecida de Barros. Multiplicador: Edma Ferreira da Silva Souza.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
44
energia talão de luz gráficos consumos de
energia
Após visita na empresa ENERGISA, o grupo de alunos utilizaram os recursos, tanto os
constantes da STE, com pesquisa, produção de tabelas no Excel e produção no Word,
PowerPoint, trabalhos com programa Phofoscape e Paint assim como da sala de multimídias,
oportunizando-os acesso à televisão, Datashow e Projetor multimídias (Arthur). É nesse
processo pedagógico que conclui-se o produto final.
Esse produto é fruto de pesquisas, discussões que originou produções sobre um dos
assuntos mais discutidos no Brasil: a crise de energia elétrica e que designou o título do
Projeto Prioritário: Energia: crise energética. Jannuzzi (2001), nos alerta dessa situação.
A situação crítica de abastecimento de energia elétrica não é conseqüência
apenas da falta de chuvas. Durante as últimas décadas o crescimento
populacional, as necessidades de irrigação da agricultura e maiores usos
industriais da água, aumentaram o consumo de água. Como este é também o
principal combustível de nosso sistema elétrico e não houve um aumento
proporcional da capacidade de armazenamento dos reservatórios das
hidrelétricas, a vazão de nossos rios tem que atender a uma demanda cada
vez maior de usos não energéticos. Esses fatos são mais evidentes em
regiões mais densamente povoadas, como o sudeste.
É a partir dessa discussão nacional que os professores orientaram os alunos, durante o
desenvolvimento do Projeto Prioritário Conecta Escola a se inteirarem, refletindo, analisando
e concluindo nas suas próprias concepções. Entenderam as razões da crise de energia no
Brasil e sua responsabilidade frente ao enfrentamento do problema, inclusive com opinião
quanto as possíveis soluções.
Essa dinâmica de troca de conhecimentos entre alunos x alunos x professores e ao
mesmo tempo a construção de novos conhecimentos de um assunto importante e atual,
somente foi possível com os recursos das Tecnologias da informação e da comunicação
(TIC‟s), presentes, hoje, nas unidades escolares da rede estadual de ensino.
Nessa dinâmica, a metodologia utilizada delegou os alunos a autonomia para
realizarem pesquisas em Site de relevância teórica, via internet, produzirem os textos de
opinião, argumentando sobre o tema, o que aprimorou a habilidade de sintetizar ideias,
expressar-se por escrito no computador, utilizando-se dos recursos do Office Word e/ou de
Power Point, concluindo com a formatação da atividade.
Com referência a outras áreas do conhecimento presente no Projeto, como
Matemática, Física, Química e Inglês, além da Língua Portuguesa, a dinâmica metodológica
possibilitou aos alunos, trabalhos em grupos, duplas, para cumprirem o que fora solicitado,
como interpretação de dados de tabelas e gráficos e confecção de maquete e Móbile para
expressarem suas leituras de textos online sobre os tipos de energia, sua importância e as
controversas.
O “antes” do desenvolvimento do projeto Prioritário é sempre uma incógnita, há os
alunos que dominam o computador e outros que sentem receio e insegurança até em pegar no
mouse. Mas é no decorrer das etapas que se sentem seguros e receptivos para a próxima.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
45
E, nas etapas seguintes, o envolvimento dos professores se justifica pela incessante
necessidade de discussão de referenciais teóricos e paradigmas educativos que evidenciam a
importância da tecnologia educacional no âmbito, especificamente, do processo de ensino e
de aprendizagem.
Em fim, O tema Energia foi escolhido por se tratar de um assunto muito discutido, de
interesse comum entre os envolvidos no projeto. A situação atual do aumento de preços de
diversas tarifas em praticamente todos os setores de bens de consumo motivou o grupo
discente e docente a discutir sobre os motivos de tantos aumentos e o reflexo em nossa
economia.
Portanto, o que motivou o desenvolvimento do Projeto Prioritário Conecta Escola
2015, é, por um lado, a contribuição que os alunos recebem ao participarem das atividades do
projeto, ou seja, os oportunizam a ampliar seus conhecimentos, a interagirem com diversos
programas, a construírem seu próprio texto na tela do computador, o que demonstra mudanças
e rupturas no modo de produzir, e também, ler textos na cultura impressa.
Essa oportunidade está, também, na forma metodológica e no método que os
professores optam para trabalhar. Demo (1997) chama a atenção para a importância de se
trabalhar com pesquisa junto com os alunos. Diz o autor.
É fácil mostrar pelas duas teorias da aprendizagem que a atividade do
aluno, a iniciativa dele, ele fazendo as coisas aprende melhor. Então
pesquisa tem um lado, obviamente, ligado a aprender bem. [...] mas esse
aluno que se mete na pesquisa, vai quebrando a cara, vai aprendendo
método, porque ele não pode ser só pedagogizado, ele tem que aprender
método, lado técnico, lado formal, [...] Os outros que assistem aula vão
embora e se perdem a vala comum. O aluno que se diferencia é o aluno que
pesquisa. Então, pesquisa é uma bela maneira de formar, de educar. [...] O
aluno que pesquisa bem, se forma incrivelmente melhor.
O autor se refere à pesquisa como princípio educativo. Pesquisar é lidar com o
conhecimento na sociedade do conhecimento. Pesquisar é construir, produzir e não copiar.
O projeto promove interações, entre alunos x alunos x professores em constantes
intervenções. E, os resultados serão apresentados na culminância dos trabalhos dos grupos do
Ensino Fundamental e Ensino Médio, materializando o que os alunos interpretaram sobre o
conteúdo trabalhado, como também manifestação dos professores que desempenharam seu
papel mediador na convicção de que a tecnologia pode e muito, subsidiar a aprendizagem dos
alunos jovens, adultos e idosos, colocando-os em pé de igualdade com a nova geração da era
da informação e da comunicação.
Foto 5 -Turma Química/vesp. Sala de Multimídias
elaboração de maquete
Foto 6- Língua Portuguesa/mautino.STE,
produçoões sobre consumo de energia
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
46
Registramos que não é possível apresentar dados em tabelas ou gráficos para mensurar
o desempenho, este é verificado no processo, pois os alunos não permanecem em uma única
disciplina durante o período do projeto, como não há reprovação por falta, eles vão e voltam e
continuam a participar normalmente, o que conta é a carga horária e, consequentemente o que
apreendeu.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Fernando José de. Educação e Informática. Os computadores na escola. São Paulo:
Cortez, 1988.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).São Paulo: ANDE/Cortês Editora,
1990.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Proposta
Curricular para a educação de jovens e adultos: segundo segmento do ensino fundamental: 5ª a 8ª
série, 2002.
CAMPBELL, Selma Inês. Inclusão Digital. In_Múltiplas faces da Inclusão. Rio de Janeiro: Wad Ed.,
2009.
COSTA Nivia, et al, Campus Bragança. Formação de professores para educação de jovens e adultos
– EJA. UFPA/NPADC, UFC/CE, Artigo. Disponível em:
Disponível em: http://alinecosta3348390.jusbrasil.com.br/artigos/118200815/formacao-de-professores-
para-a-educacao-de-jovens-e-adultos-eja Acesso em: 24/08/2015.
DEMO, Pedro. Educar pela Pesquisa. Campinas, SP: Autores Associados, 1997.
DE PIETRI, Émerson. Práticas de leitura e elementos para a atuação docente. E.ed.Rio de Janeiro:
Ediouro, 2009. Págs 28 a 32
JANNUZZI, GILBERTO DE MARTINO. Planejando a Crise de Energia Elétrica. Artigo. Newsletter nº.
20, maio 2001. Disponível em: http://www.ambientebrasil.com.br Acesso em: 23/11/2015
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
47
ESCOLA ESTADUAL CORAÇÃO DE MARIA20
LETRAMENTO LITERÁRIO E FORMAÇÃO DE LEITOR:
“PROTAGONISTAS DO CORAÇÃO”
7º Ano B - Vespertino
Professora responsável Professora Responsável: Flávia Martins Malaquias
O Parâmetro Curricular Nacional (1998) objetiva a transformação do sistema
educacional de nosso país, e em seu documento aponta direcionamentos para que sejam
criadas condições nas escolas para formação de cidadãos, e considera de fundamental
relevância o ensino da leitura e produção de textos a partir de gêneros textuais sejam escritos
ou orais.
Assim, a partir desta perspectiva de trabalho e com a observação da turma do Ensino
Fundamental II, 7º ano B, da Escola Estadual Coração de Maria, que apresentaram
dificuldades com relação à leitura, compreensão de textos, e a escrita, caracteriza-se o Projeto
de Ensino: Letramento Literário e formação de leitor: um caminho para a aprendizagem
significativa.
Baseado no Projeto Político Pedagógico (p. 3, 2014) pode-se dizer que:
à escola caberá ser um espaço privilegiado de ensino e aprendizagem, de vivência democrática,
possibilitando a construção do pensamento crítico, contextualizando conhecimento e informações, construindo e
fortalecendo o processo de auto aprendizado, valorizando as diferentes manifestações culturais que compõe o
contexto social.
Inicialmente os estudantes foram organizados em grupos para o desenvolvimento de
ações de pesquisa (internet na STE), sobre poetas brasileiros e sua respectiva obra no gênero
textual poema. No primeiro momento foram realizados dois procedimentos. Primeiro fizemos
um levantamento das características do aluno. Partimos da análise dos arquivos da biblioteca
escolar, na qual estão registrados títulos que os estudantes participantes do projeto
emprestaram nos últimos seis meses. Dando continuidade a aplicação do projeto,
apresentamos o poema “Cidadezinha qualquer”, de Carlos Drummond de Andrade (utilizamos
o Datashow e notebook).
20 Diretora: Neiva Maria de Mattos. Diretora Adjunta: Edina Vitti Zorteia.
Coordenador(es) Pedagógico(s): Maria Clotilde Pires Bastos.
PROGETEC: Vera Lúcia Sandri. Multiplicador: Rodolfo Pedroso
Rodrigues.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
48
Para ampliarmos a vivência de leitura por meio da apresentação de outras faces do
poético, no caso, a relação existente entre poesia e música ao explorar a forma e o conteúdo
de composição “Trem de ferro”, de Manuel Bandeira.
A seguir, com auxílio das tecnologias na sala de aula, apresentamos um vídeo que
apresenta informações sobre a vida e poemas do poeta disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=8k7HjbPtRg8. Na sequência, abordamos a vida e obra do
poeta e prosseguindo com a atividade foi projetado o vídeo “Trem de ferro”, musicado por
Tom Jobim em 1986, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=YylaXbvEGJs.
Novamente apresentamos o vídeo para melhor compreensão e foi solicitada leitura
silenciosa. A socialização de ideias contidas no poema foi importante para que os estudantes
percebessem que os vários elementos que compõe uma poesia, os efeitos sonoros, o efeito
visual, o ritmo, a estrutura da organização das estrofes lembra o formato de um trem. A
repetição de versos, as aliterações, a ausência de dêiticos como pontos finais e vírgulas
enfatizam o plano expressivo próprio do leitor que recupera em um jogo de memória auditiva
a imagem acústica do trem.
Aos estudantes foram disponibilizados 30 minutos para prepararem a dramatização
que foi filmada e apresentada ao final para a turma. As reações dos alunos ao assistirem o
vídeo foram positivas. No encontro seguinte, iniciamos o trabalho com a oferta de poemas do
escritor Manuel Bandeira observamos que o poema “O bicho” foi o que mais agradou,
despertou interesse na turma, nesse momento foram utilizadas tecnologias (Datashow, vídeo).
Para fundamentarmos essa atividade, recorremos ao conceito de Giorgio de Marchis
(2005) que define:
Um vídeo poema é qualquer trabalho gravado pelo menos parcialmente (ou
completamente voltado para a distribuição) por meio de vídeo ou filme,
respectivamente, em qualquer formato, exibido por projeção em qualquer
meio e que seu autor a defina como tal. É também qualquer trabalho em que
(com as características acima, exceto a de ser definida como "videopoesia")
um poema reconhecido como tal se integra de forma sonora ou visual, ou
ambos, com as imagens. Finalmente, é toda obra que visualiza ou representa
um poema reconhecido como tal, ainda que este não esteja refletido
diretamente. (MARCHIS, 2005, p.3).
Objetivando estimular reflexão da relação narrador-texto-leitor, orientamos que a
atividade deveria ser filmada e apresentada aos colegas no próximo encontro, sendo
estipulado o prazo de quinze dias para a entrega do material já editado.
Antes mesmo da divisão de tarefas, já procuraram apontar as habilidades que
possuíam para filmar, encenar, declamar e outros. Essas atitudes evidenciam que, quando é
propiciada ao leitor a relação de diálogo direto com a obra, demonstram interesse em interagir
com as atividades e buscam o conhecimento para realizá-las com êxito, participando da
atividade ativamente, assim se organizaram e fizeram as filmagens em locais próximos da
própria escola.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
49
Na terceira fase, dividimos em dois momentos a atividade. Encaminhamos à sala de
vídeo e leitura silenciosa do poema, depois pedimos para um estudante ler em voz alta.
A seguir, os estudantes analisaram o poema oralmente, acredita-se que “é durante a
interação que o leitor mais inexperiente compreende o texto: não é durante a leitura silenciosa,
nem durante a leitura em voz alta, mas durante a conversa sobre aspectos relevantes do texto"
(Kleiman, 1996, p.24). Esse momento de experiência literária propicia a ampliação de
horizontes, a reflexão e o desenvolvimento da sensibilidade, estabelecendo a relação do leitor,
texto e contexto, uma correspondência de atributos do poema contribuindo para seu
entendimento, que não só nos permite saber da vida por meio da experiência do outro, como
também vivenciar essa experiência, isto é, essas auxiliam no processo de formação do leitor
(Cosson, 2011, p.17).
Foi sugerido pelos estudantes que o vídeo fosse disponibilizado no blog da escola para
apreciação dos colegas de outras turmas, assim o fizemos e está disponível no endereço
http://eecoracaodemaria.blogspot.com.br/.
Após as atividades realizadas, partimos para a organização da 1ª Tarde Literária do
Coração. Os estudantes foram protagonistas na produção de cartazes de divulgação, convites
nas redes sociais para divulgar a feira na escola. (Internet, Power point e Data show-STE.
Conforme PPP (p.3, 2014)¨as novas tecnologias estão integrando o mundo em redes
globais e as comunicações por meio do computador impulsionam a formação de comunidades
virtuais”. Portanto para o desenvolvimento efetivo deste projeto destacamos todos os recursos
utilizados no decorrer do mesmo: máquina fotográfica/filmadora, computador (STE),
notebook, celular, caixa de som, microfone, fone de ouvido, projetor multimídia (Arthur),
internet (STE), whatsApp (turma), livros de poemas (internet e biblioteca).
A culminância foi o Sarau Literário que envolveu toda comunidade, conforme o PPP
(p.25) da escola :“a participação da comunidade educativa é parte fundamental num projeto
que pretenda melhoria na qualidade do ensino”, logo a participação de todos os envolvidos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Compreendemos que ao oportunizarmos o acesso literatura em uma relação harmoniza
entre o leitor-obra auxiliamos a descoberta do prazer da leitura, sendo dessa interação
receptiva resultante a práxis do conhecimento a si mesmo e do mundo em que vive em um
processo contínuo. Zilberman corrobora com essa ideia ao afirmar que a sala de aula deve ser
"um espaço privilegiado para o desenvolvimento do gosto pela leitura, assim como um
importante setor para intercâmbio da cultura literária". (ZILBERMAN, 1988, p.16) e, esse
processo foi beneficiado com o uso dos recursos midiáticos.
Acreditamos que ao sistematizar o contato dos alunos com os textos literários, por
meio do uso das tecnologias em uma perspectiva mais ampla dá resultados positivos. A leitura
literária tornou-se uma prática significativa para eles, revelando a função social da literatura
como uma possibilidade de "ler o mundo" e para nós é por meio desse conhecimento que o
sujeito-leitor tem a oportunidade do prazer intelectual, que de maneira gradativa, possibilita o
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
50
desenvolvimento de uma postura crítica mediante o texto, contribuindo para a interpretação
do que esse traduz e ampliando os seus sentidos.
Desde o primeiro momento, a proposta do projeto foi bem aceita pelos estudantes, e ao
proporcionarmos uma proposta diferenciada de interagir com o literário e mídias eles
demonstraram maior interesse em participar com motivação das atividades e buscaram o
conhecimento individualmente e coletivamente.
Observamos ainda a importância da seleção dos textos apresentados durante as
oficinas, bem como a utilização de vídeos, áudios que ao apresentarem assuntos de interesse
dos discentes, auxiliaram na experiência de fruição da leitura dos poemas e dos saberes
vinculados ao texto.
Ao reunirmos as atividades realizadas em um produto final (vídeo) acreditamos que
podemos demonstrar um pouco do envolvimento dos estudantes com as atividades realizadas,
e refletir como o processo de formação de leitor, a promoção do literário e o uso as
tecnologias ocorreram para estes leitores.
Foto 1 – reunião decisão projeto
Foto 2 – esboço do projeto
Foto 3 – Produto do projeto
Foto 4 – Utilizando as
ferramentas tecnológicas na
produção do trabalho
Foto 5 – Projeto em ação
Foto 6 – Produto do projeto
REFERÊNCIAS
AGUIAR, Vera Teixeira; MARTHA, A. A. P. Territórios da leitura: da leitura aos leitores.
São Paulo: Edunesp, 2006.
CAMPOS, M. I. Ensinar o prazer de ler. 3 ed. São Paulo: Olho d‟água, 2003.
COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2007.
GADOTTI, M. Perspectivas Atuais da Educação. Revista SP Perspectiva. SP, vol.14 no.2,
Abr/Jun 2000.
GERALDI, João W. O texto na sala de aula. Editora Ática, Coleção na Sala de Aula, São
Paulo, 1999.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução aos
Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
Projeto Político Pedagógico – Escola Estadual Coração de Maria. Campo Gr-MS. P..
03,04,25), 2014.
TURCHI, M. Z.; SILVA, V. M. T (Org.). Leitor formado, leitor em formação – leitura
literária em questão. São Paulo: Cultura Acadêmica; Assis: ANEP, 2006.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
51
ESCOLA ESTADUAL DOLOR FERREIRA DE ANDRADE 21
CAPTAÇÃO ÁGUA DE CHUVA
2º Ano C – Matutino
Professores responsáveis
Dilan Hugo
Dalila
5º Ano C - Vespertino
Professores responsáveis
EJA II - Turma 1 – Noturno
Professores responsáveis
O homem vem ocupando de forma cada vez mais desordenada as bacias hidrográficas
através de atividades de desmatamentos, queimadas, práticas agrícolas perniciosas, atividades
extrativistas agressivas, ocupações urbanas generalizadas gerando a impermeabilização dos
solos, lançamento de esgotos industriais e domésticos nos rios e lagos, etc. Enfim, todas essas
atuações impactantes ao meio ambiente têm gerado uma deterioração da qualidade das águas
naturais, com riscos de propagação de doenças de veiculação hídrica ao próprio ser humano.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), aproximadamente 70% de toda a
água potável disponível no mundo é utilizada para irrigação, enquanto as atividades
industriais consumem 20% e o uso doméstico 10%. Para o uso doméstico muitas são as
propostas para economia e reuso deste importante recurso, como por exemplo, a captação e
armazenamento de águas de chuvas, para uso na limpeza de calçamentos e irrigação de
jardins. Este é o foco deste trabalho, desenvolver, em escala menor (maquete), um sistema de
captação de água de chuvas no telhado da quadra poliesportiva da Escola Estadual Dolor
Ferreira de Andrade.
A proposta envolve o sistema de coleta da água assim como um processo de filtragem
e armazenamento. Este projeto foi desenvolvido pelos alunos do 2º ano C, do período
matutino. Turma essa com alunos que apresentavam baixa autoestima, com pouco
envolvimento com os compromissos escolares.
Os alunos iniciaram o projeto realizando pesquisas na internet quanto as ideias e
propostas já desenvolvidas por pesquisadores e pessoas comuns. Durante esta fase os alunos
encontraram um sistema criado pela equipe do Portal www.sempresustentável.com.br.
21 Diretora: Ana Lúcia Martins de Barros. Diretor Adjunto: Wladimir.
Coordenador(es) Pedagógico(s): Sergio dos Santos Lima Júnior. Leonilda
da Silva Rodrigues. Inêz de Araújo Vieira. PROGETEC: Alex dos Santos
Cardoso. Multiplicador: Edma Ferreira da Silva Souza.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
52
Foto 1 – demonstração de coleta
de água
Foto 2 – visita a material –
imitação quadra
Foto 3 – alunos produzindo e
pesquisando sobre o projeto
Uma minicisterna para captação de água d chuva de telhados residenciais. A partir
deste modelo os alunos foram adequando o projeto para a realidade da escola. Foi escolhido
os telhados da quadra poliesportiva devido a altura em relação à planta da escola. Foi
adquirida uma casa de madeira com 1x1 metros de largura\comprimento e 1 metro de altura,
simulando a quadra da escola.
Fizeram a adaptação de uma calha e um sistema de canos de PVC para conduzir a
água até um reservatório. Sentiu-se a necessidade de passar esta água por um filtro, para
retenção de partículas sólidas que poderiam comprometer a qualidade da água armazenada.
Para isso, utilizaram modelos disponíveis na internet para construir um Filtro do tipo Canister,
com pedras, cerâmicas, areia e carvão ativado.
A maquete foi apresentada na Mostra Científica da escola para a comunidade escolar
que aprovou o projeto. O próximo passo é desenvolver o projeto em escala real e buscar
parcerias para a realização deste empreendimento. A água coletada neste sistema pode ser
usada na limpeza dos pátios e irrigação dos jardins da escola, o que significa uma economia
de grandes volumes de água tratada utilizadas hoje para essas atividades.
O maior benefício observado foi um maior envolvimento da turma com os trabalhos
escolares, maior participação nas ações educativas da escola e melhoria no desempenho em
sala. Hoje os alunos procuram o Grupo Gestor para participar das tomadas de decisões e na
proposição de ações educativas, além disso, o desenvolvimento de atitudes positivas para
conservação do recurso hídrico.
REFERÊNCIAS
http://www.sempresustentavel.com.br/hidrica/minicisterna/minicisterna.htm
http://www.recicloteca.org.br/videos/sempre-sustentavel/
https://www.youtube.com/watch?v=V0j5P-7HJNQ
https://www.youtube.com/watch?v=CokI3F_QC2g
https://www.youtube.com/watch?v=6N6Nk6g7e4s
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
53
ESCOLA ESTADUAL DONA CONSUELO MÜLLER22
METODOLOGIA CIENTÍFICA AULA DIGITAL
3º Ano A (E.M.) – Matutino
Professores responsáveis
Oribes Pancrácio de Souza
Gislaine de Fátima Siqueira
3º Ano E (E.M.) - Noturno
Professores responsáveis
Gilvano Kunzler Bronzoni
Helena Brochetto Kelerman
O projeto conecta de 2015, tem a participação de duas turmas, onde ambas são do
terceiro ano do ensino médio (A e E), uma do matutino e outra do noturno, e por esse motivo
foram escolhidas por serem protagonistas do ENEM e outras avaliações institucionais.
Com a intenção de favorecer o ensino de ciências a partir do dialogo e da
problematização, foi proposto aos alunos uma atividade explorando os aspectos que envolvem
o método científico. A abordagem escolhida pode possibilitar à alfabetização científica no
contexto da educação regular.
O projeto visa envolver os estudantes do terceiro ano da escola em um trabalho a ser
desenvolvido durante o período letivo, que oportunize a construção de ambiente digital
(virtual), onde os mesmos construam um trabalho em que se destaque a pesquisa, autoria e
protagonismo, contribuindo com o processo de ensino aprendizagem.
Na disciplina de química todas as atividades foram centradas em uma turma do
terceiro ano do ensino médio do turno matutino. Essa escolha está ligada com percepção
demonstrada pelos alunos com relação às aspectos científicos envolvidos com a evolução dos
modelos atômicos ao longo do tempo. Nos diálogos iniciais em sala, foi possível constatar
concepções relacionadas aos mitos conhecidos sobre ciência e tecnologia (Auler e Delizoicov,
2001).
Três mitos foram particularmente examinados: superioridade do modelo de decisões tecnocráticas,
perspectiva salvacionista da CT e o determinismo tecnológico. Sua escolha foi feita levando em conta sua
importância para efeito de problematização. Esses três mitos foram encarados como manifestações da concepção
de neutralidade da CT. Daí denominar-se a concepção de neutralidade da CT de “mito original”. Refletir,
problematizar essas construções não significa, de forma alguma, uma posição anti-ciência e anti-tecnologia. Pelo
contrário, contribui, no nosso entender, para a construção de uma imagem mais realista da atividade científico-
tecnológica. Além disso, mitos não combinam com postulações democráticas. (Auler e Delizoicov, 2001).
22 Diretor: Ari Oliveira da Silva. Diretora Adjunta: Mirian Bento da Silva.
Coordenadores Pedagógicos: Carmem Ronete da Cunha Santana e Maria
das Graças Mendes da Fonseca. PROGETEC: José Wilson de Barros
Junior. Multiplicador: Edma Ferreira da Silva Souza.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
54
Considerando as observações, elaboramos uma sequência didática (Tabela 1),
buscando construir percepção ampliada da ciência e da tecnologia em nossa sociedade,
superando dessa forma os mitos construídos pelos alunos.
Tabela 1- Sequência didática
Etapa Atividade Finalidade Recursos
Diálogos iniciais Aula expositiva
Apresentar o tema
questionando os alunos a
respeito de suas
concepções sobre ciência
e tecnologia.
Canetão para quadro
branco e quadro branco.
Experimento A caixa- preta
Investigar o conteúdo da
caixa sem ter acesso ao
seu interior.
Um conjunto de caixas de
metal com um conjunto
de pequenos objetos em
seu interior.
Banner
Elaboração de um
“banner” sobre o modelo
atômico escolhido.
Fazer uma releitura e
resignificação do modelo
atômico a ser estudado.
Sala de tecnologia e
acesso a internet.
Representação dos
modelos
Construir uma
representação (maket) do
seu modelo atômico.
Demonstrar a sua
compreensão à respeito
do modelo atômico a ser
estudado.
Sala de tecnologia e
cartolina, fio de cobre,
esfera de isopor, isopor,
lápis de cor, tinta para
tecido.
Seminário
Apresentação da
representação para o 1º
ano os modelos atômicos
discutidos.
Promover a divulgação e
a externalização dos
novos conceitos
reelaborados sobre a
constituição da matéria.
O “banner” elaborado e a
representação dos
modelos atômicos
estudados.
Fonte: Equipe de desenvolvimento do projeto2015
A “caixa preta” foi possível apresentar aspectos relacionados ao método científico. Sua
aplicação na investigação do conteúdo da “caixa preta” foi importante para compreensão da
evolução dos modelos atômicos ao longo do tempo. No caso da elaboração do banner, o
aluno pôde externar sua compreensão sobre os modelos atômicos conhecidos. Possibilitando
ao professor identificarem a evolução de suas concepções prévias, senso comum, agora
fazendo uso dos conhecimentos científicos para sua explicação e releitura. (Foto 4) A fase de
construção das representações (maquete) de cada modelo torna possível analisar o caráter
lúdico da proposta e seu papel na elaboração de novos significados a respeito da constituição
da matéria.
O seminário apresentados para alunos do 1º ano do ensino médio da própria escola,
sobre os modelos atômicos foi o momento para externalizar suas novas percepções, os
conceitos e suas ressignificações. A socialização do conhecimento para a comunidade escolar
valoriza o trabalho do aluno e proporciona seu protagonismo durante à aplicação da sequência
didática, conforme a Tabela1.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
55
Foto 4 -
Exposição do
banner realizado
pelos alunos
Foto 5 - Criação de
um site (ambiente
virtual).
Foto 6 - Compreensão,
desvendamento e queda dos
mitos
Foto 7 - Resultado final
apresentado na STE
Na disciplina de geografia, o Conecta foi criado um site (ambiente virtual) para a
turma acompanhar as atividades a serem desenvolvidas durante o projeto (Foto 5); a turma foi
dividida em grupos, cada grupo montou seu ambiente (site ou blog) para postagem de
atividades; as atividades buscam o dinamismo, envolvendo criação de textos, apresentações
de slides, criação de vídeos, revistas digitais e outros; os trabalhos foram desenvolvidos nas
aulas em sala de informática e em espaços conforme organização dos grupos.
Todos os trabalhos e atividades foram orientados e postados no endereço:
sites.google.com/site/auladigital2015
Considerações finais
No conecta do 3ºA – Matutino, antes das atividades propostas ficou evidente que os
alunos não percebiam as relações e aspectos comuns dos diferentes modelos atômicos
conhecidos e o papel da ciência e da tecnologia em nossa sociedade. Ao final da proposta foi
possível perceber que cada modelo tem sua importância e validade no momento de sua
proposição, dentro dos limites tecnológicos e históricos de cada sociedade. Compreensão
necessária, pois como salienta Auler Delizoicov deve ocorrer associado com o desvendamento
e queda dos mitos relacionados à ciência e a tecnologia anteriormente construída pelos alunos.
(Foto 6)
No conecta do 3º E – Noturno cada grupo produziu um site/blog, onde postou as
atividades e produções de acordo com o andamento e desenvolvimento do projeto. (Foto 7)
O resultado do trabalho foi conquistar o objetivo de criar um ambiente de trabalho
onde o educando produziu de forma diferenciada atividades e trabalhos de forma autoral e
diferenciada.
REFERÊNCIAS
AULER, Décio; DELIZOICOV, Demétrio. Alfabetização científico-tecnológica para quê?
Ensaio pesquisa em educação em ciências, v. 3, n. 2, p. 1-13, 2001.
BRASIL. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Linguagens, códigos e suas
tecnologias. v. 1. Secretaria de Educação Básica - Brasília: MEC, 2006.
sites.google.com/site/auladigital2015
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
56
ESCOLA ESTADUAL DR. ARTHUR DE VASCONCELLOS DIAS23
JOVEM LEITOR: “UM OLHAR PARA O MUNDO”
3º Ano A (E.M.) – Noturno
Professora responsável: Adélia Beatriz Irigojen
O projeto visou enfatizar a leitura de obras literárias no 3º ano Médio para desenvolver
habilidades/competências de leitura como de ideias implícitas e explícitas do texto, discussão
do tema e análise literária durante o ano de 2015.
Foto 1 – Logomarca Foto 2 – leitura na biblioteca Foto 3 – leitura na STE
Foto 4 – dramatização de
capítulos de obras lidas
Foto 5 – caracterização do
personagem
O início do projeto deu-se com atividade na qual os estudantes da turma criaram
desenhos, os quais alguns foram selecionados para representar a logomarca do grupo.
Conforme Foto 1, os estudantes Rafael Alexandre Moura Sanches e Ariadne Gabrielle Gaia
Oliveira tiveram seu desenho escolhido entre vários outros para ser essa logomarca. A cada
bimestre a turma lia uma obra literária, totalizando quatro ao final do ano. Sabemos que o
hábito de ler, ensina nossos estudantes a terem atitudes reflexivas diante de várias situações,
como afirma Paulo Freire “A leitura do mundo precede a leitura da palavra”.
A todo o momento a equipe escolar planejava novas estratégias que objetivava a
formação da comunidade leitora. Há atividades permanentes, quinzenalmente que propiciam
maior contato com os gêneros textuais, momentos de leitura na biblioteca (Foto 2) e outras
bimestrais que se concentram no aprofundamento de determinados aspectos, seminários na
sala de tecnologia educacional. Cada fase prepara o aluno para interpretação textual e análise
da língua. De acordo com Rubens Alves - “As palavras só tem sentido se nos ajudam a ver o
23 Diretora: Fabiana de Lima Souza. Diretora Adjunta: Soraya Ximenes
Senna. Coordenador Pedagógico: Álvaro Jorge Cerbaro. PROGETEC:
Vivianne Martins Fernandes. Multiplicadora: Rosângela Ribeiro do Prado
Baird.
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oto 2
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
57
mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos”. A leitura abre uma janela para
o mundo. No decorrer do ano, durante as leituras de quatro obras literárias selecionaram a
obra “O Auto da Compadecida” de Ariano Suassuna para a dramatização.
As leituras foram feitas na biblioteca, na sala de aula e na sala de tecnologia (Foto 3),
além da leitura os alunos assistiram ao filme da obra citada, utilizando o notebook e o data
show.
Dramatizaram (Foto 4) o primeiro capítulo, no qual os mesmos fizeram o roteiro, o
arranjo da sonorização, o cenário e os figurinos. Para que o teatro tivesse maior impacto
diante do público foram utilizados os microfones, a caixa de som e o notebook.
No quarto bimestre foram feitas leituras coletivas resultando em 80% dos estudantes
completando a leitura do início ao fim do livro. Os estudantes mergulharam na linguagem do
autor, nos sentimentos dos personagens, na situação de produção da obra, estimulando a
argumentação oral/escrita. Também pesquisaram na internet o contexto histórico em que as
obras foram escritas, proporcionando maior habilidade na compreensão das estruturas
linguísticas construídas pelo autor.
Após a pesquisa e análise literária das obras foi organizada a gincana da leitura. As
turmas do Ensino Médio criaram grito de guerra e organizaram torcidas com adereços da cor
sorteada. As provas da gincana foram: Resumo da obra; Cinco questões relacionada a obra;
Caracterização de um personagem (Foto 5) da obra (com descrição oral); Dramatização de
uma cena do livro. Música relacionada ao tema com apresentação e explicação da mesma.
Levy (1995) afirma que a informática é um campo de novas tecnologias intelectuais,
aberto, conflituoso e, parcialmente, indeterminado. Nesse contexto, a questão do uso desses
recursos, particularmente na educação, ocupa posição central e, por isso, é importante refletir
sobre as mudanças educacionais provocadas por essas tecnologias, propondo novas práticas
docentes e buscando proporcionar experiências de aprendizagem significativas para os alunos.
Assim, este Projeto visa trabalhar aspectos diversos, que utilizem as Tecnologias na
reflexão da mudança pedagógica do professor e na aquisição de conhecimento pelo estudante,
preparando-o assim para enfrentar as mudanças tecnológicas, abrindo espaço para reflexão
sobre a Leitura sendo um dos mais valiosos conhecimentos para a sua vida.
Houve um grande avanço na aprendizagem dos estudantes após utilizarem as
ferramentas tecnológicas para a realização deste projeto, assim como elaborar um texto
dissertativo e até mesmo fazer uma releitura da obra que estão estudando.
REFERÊNCIAS
ATENFELDER, Anna H. Poetas da escola, SP: CENPEC: fundação Social; Brasília, DF: MEC, 2008.
Revista Nova Escola, nº09, “A Escola que lê”. Edição Agosto/set2010.
Programa gestão da aprendizagem Escolar- GESTAR. “Língua Portuguesa: Caderno de teoria e
prática-TP6: Leitura e processos de Escrita”. Brasília: Ministério da Educação, 2008.
SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. 34 ed./3ª imp. Rio de Janeiro: Agir, 1999.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
58
ESCOLA ESTADUAL ELVIRA MATHIAS DE OLIVEIRA24
ÁGUA, SEU FUTURO EM NOSSAS MÃOS
5º ano B – Matutino
Professores responsáveis
Edenir Espindola
Júlia Garib Budib
7º ano A e 7º ano B - Vespertino
Professores responsáveis
Patrícia Lima Domingos
Juan Carlos Higueira Ramírez Diante da eminente ameaça da falta de água decorrente da influência das ações
humanas, tanto governo quanto a sociedade devem em conjunto adotar estratégias no sentido
de reverter esse processo através de um trabalho de conscientização sobre a preservação, o
uso e desuso da água. O Brasil possui um imenso potencial de disponibilidade de água: maior
rio do Mundo (Rio Amazonas com 7.025 km de extensão), quedas de água com os maiores
fluxos de água do planeta (Guairá) com 13.301.000 m3 por segundo de água, hoje encoberta
sob o lago de Itaipu, queda de Paulo Afonso no Rio São Francisco com 2.830.000 m3 por
segundo, Urubupungá no Rio Paraná com 2.745.000 m3 por segundo.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realizou uma pesquisa entre
1989 e 1990 em 4.425 cidades e alertou: o precário saneamento básico é responsável por 80
% das doenças que afetam a população e 65 % das internações hospitalares de crianças.
Apenas 1,15 % dos Municípios tratavam o esgoto em 1990. (IBGE, 1992).
O projeto pedagógico “Água, seu futuro em nossas mãos!” será desenvolvido na
escola e realizado de forma interdisciplinar buscando assim, a participação ativa dos alunos, a
fim de que os mesmos se tornem agentes de sua aprendizagem, além de auxiliar na realização
da função social da escola, à medida que o conhecimento seja transmitido para toda a
comunidade escolar e entorno. A participação, empenho e o envolvimento das turmas e da
comunidade escolar serviram para avaliar o projeto e seu potencial de promover mudanças
sutis ou significativas na realidade local.
O projeto foi elaborado em virtude da extrema necessidade de se trabalhar a educação
para o uso correto da água bem como sua importância, com os alunos do 5º e 7º anos.
Será registrada uma reflexão dos alunos na STE sobre o a água; elaboração de um de
um livro de poemas e um folder do produto final, resultado do projeto. Durante a culminância
24 Diretora: Sueli Araújo Lima. Diretora Adjunta: Madalena Pereira da
Silva. Coordenador(es) Pedagógico(s): Alessandra de Freitas Zanchett,
Denise Aparecida Camargo. PROGETEC: Eliane Barros. Multiplicador:
Agamenon Nascimento.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
59
faremos fotos, recitação de poemas, danças relacionadas ao tema e distribuição do folder
elaborado pelos alunos.
Na disciplina de Língua Portuguesa efetuaram pesquisas que abordam o tema gerador
“Água” bem como seu uso devidamente correto e principalmente a conscientização da
importância da sua preservação e outros temas utilizando as tecnologias existentes na escola,
tais como; computadores e internet.
Foto 1 - Produzindo
folder
Foto 2 - Assistindo ao vídeo
informativo
Foto 3 - Folder
Nessa mesma área serão incluídos oficinas, produção de material informativo como
cartazes ilustrados folders produzidos nos computadores da STE com o auxílio de aplicativos
existentes nos computadores, word, Powerpoint e Publisher. Na área de exatas (matemática)
serão efetuadas estatísticas de uso correto e desperdício de água, quantitativo do consumo de
água em suas casas; serão elaborados gráficos com a utilização do Excel.
Os alunos assistiram vídeos, utilizando projetor multimídia (arthur), TV e DVD, com
vídeos pertinentes ao assunto e após produzirão textos informativos e ilustrativos
com abordagem sobre o assunto estudado. Criação de poemas, desenhos, confecção de
cartazes, leitura e interpretação de textos; discussão sobre a importância de se economizar a
água.
Concluído os trabalhos foram exibidos à comunidade escolar fazendo uso da data
show, notebook, equipamento de som, apresentação e distribuição dos trabalhos elaborados
durante o desenvolvimento do projeto. O projeto “Água, seu futuro em nossas mãos”!
Proporcionar aos nossos alunos grande conhecimento em relação ao bem mais precioso que
possuímos a Água, pois muitos deles não tinham noção da real situação da falta de água em
determinados lugares de nosso país.
A avaliação do projeto “Água, seu futuro em nossas mãos”! Ocorreu durante todo o
processo de desenvolvimento, através das atividades desenvolvidas pelos alunos, como o
auxílio dos professores e da PROGETEC.
As atividades elaboradas contribuíram um grande conhecimento e certo manuseio no
uso das tecnologias, sem falar da relação entre professores e alunos que ficou mais próxima
diminuindo assim a indisciplina na sala de aula, esse foi o maior foco na escolha das turmas.
As mudanças percebidas estão relacionadas com a maior conscientização e responsabilidade
sobre o uso da água.
Uma das dificuldades para a realização do projeto “Água, seu futuro em nossas mãos”!
foi em relação ao uso da internet, pois havia dias que a escola estava sem conexão para
auxiliar no desenvolvimento do projeto, fazendo com que as etapas fossem adiadas, ficando
assim fora do prazo estipulado.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
60
REFERÊNCIAS
LINHARES, Sergio. GEWANDSZNAJDER, Fernando – Biologia Hoje. 2ª ed.- São
Paulo: Editora Ática, 2013.
PESQUISA nacional de saneamento básico 1989. Rio de Janeiro: IBGE, 1992.
Site: http://www.aguasguariroba.com.br
Site: https://www.youtube.com
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
61
ESCOLA ESTADUAL GENERAL MALAN25
CORPO HUMANO - MATUTINO - 1ºA
CORPO HUMANO - VESPERTINO - 8ºA E B
1º Ano A (E.M.) – Matutino
Professores responsáveis
Sara Fernandes Henn
Jane Laura Cruz de Melo
Neila Silveira de Oliveira
Tahenee Nascimento B. de Jesus
Israel Nelson Ribeiro
Sonia Maria Maksoud
8º Ano A e B (E.F) - Vespertino
Professores responsáveis
Sara Fernandes Henn
Robson Carvalho da Silva
Gilvania Jardim da Silva
Geonise Batista Marques Vignoli
Vagna Dias Azevedo
O projeto “Conhecendo o corpo humano” foi desenvolvido nas turmas do 1º ano A do
Ensino médio e 8º ano A e B do ensino fundamental, da Escola Estadual General Malan por
serem turmas com problemas de indisciplina, foi apresentando a turma uma proposta
enriquecedora, planejada e interdisciplinar que foi trabalhada durante o ano letivo de 2015,
buscando a conscientização e valorização do corpo humano como um todo.
O corpo humano é a mais perfeita máquina já construída/criada e é formado por
diversas partes que se relacionam entre si, ou seja, os vários sistemas que formam nosso
organismo dependem um do outro para realizarem suas atividades. Milhares de reações
químicas acontecem a todo o momento e são responsáveis pela manutenção e o
funcionamento perfeito do nosso corpo.
Nesse sentido, o projeto intitulado “Corpo Humano” partiu de experiências vividas
pelos alunos, juntamente com novas oportunidades de aprendizado voltado as funções,
manifestação, cuidados e curiosidades relativas ao corpo humano.
A Escola Estadual General Malan tem por missão a promoção do desenvolvimento
integral dos alunos, promovendo um conjunto de aprendizagens em diferentes áreas que
visem: a aquisição de aptidões básicas de comunicação e aprendizagem; de desenvolvimento
intelectual: da auto-realização; do bem-estar físico e emocional; da educação para a cidadania;
da formação moral; das aptidões vocacionais e profissionais; da criatividade e educação
artística. Só assim, esta escola se assume como um espaço onde se vive, onde se aprende,
onde se constrói e se prepara para a vida. Projeto Político Pedagógico/EE General
Malan./página01/2012.
Com a turma do primeiro ano “A matutino” foram trabalhadas as seguintes disciplinas:
Em inglês os alunos fizeram Leitura direcionada de textos em Inglês sobre o corpo humano;
25Diretora: Aparecida Conceição de Araújo. Coordenador(es)
Pedagógico(s): Ivanir Vieira da Cunha. PROGETEC: Ana Leticia Rainho
Teixeira. Multiplicadora: Luiza Gonçalves Dorado.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
62
Pesquisaram dez situações engraçadas pouco conhecidas sobre funcionamento do corpo
humano; Identificar palavras e termos em inglês para criar as perguntas; Trabalharam com as
WH-Questions; Desenvolveram um Quiz, através de slides em Powerpoint, com as dez
curiosidades escolhidas pelo grupo, indicando a resposta correta. Apresentaram os slides
desenvolvidos aos colegas de sala para a conclusão do projeto.
Em física trabalharam a obesidade por meio da confecção de tabelas com alimentos e
dados referentes à quantidade de energia, bem como formas de gastá-los para uma
alimentação saudável. Na disciplina de história o tema abre espaço para uma reflexão sobre a
forma como os "padrões de beleza" foram construídos ao longo do tempo e como foram, são
interpretados pelas sociedades.
Embora a ideia do que é bonito seja carregado de subjetividade, daí a famosa
expressão “gosto não se discute" foram construídos, ao longo do tempo, diferentes discursos
em torno da beleza do corpo humano (particularmente o corpo feminino) que resultaram na
delimitação de modelos estéticos a serem perseguidos e até mesmos impostos. Diversas
disciplinas trabalharam o tema corpo humano assim com subtemas variados. Artes, Língua
Portuguesa e Literatura trabalharam o mesmo subtema no qual os finos desenhos corporais
realizados pelos Kadiwéu constituem-se em forma notável da expressão de sua arte.
Hábeis desenhistas estampam rostos com desenhos minuciosos e simétricos, traçados
com a tinta obtida da mistura de suco de jenipapo com pó de carvão, aplicada com uma fina
lasca de madeira ou taquara. No passado, a pintura corporal marcava a diferença entre nobres,
guerreiros e cativos. Através desse estudo os alunos fizeram pinturas em telhas sobre esses
símbolos e poemas sobre esta cultura tão rica.
Já no período vespertino as turmas dos 8º anos A e B trabalharam o corpo humano
com o subtema diferenciado. Os alunos do 8º ano A estudaram o número de ouro na qual ele é
o representante matemático da perfeição na natureza. Ele é estudado desde a Antiguidade e
muitas construções gregas e obras artísticas apresentam esse número como base. O número de
ouro é representado pela letra grega phi e é obtido pela proporção 1,6... Ele é importante
porque ele aparece em quase todo lugar na natureza e nas coisas que consideramos mais belas.
Para finalizar o aprendizado eles confeccionaram máscaras.
Um ponto abordado pelo 8º ano A foi a doação de órgãos ou de tecidos que é um ato
pelo qual manifestamos a vontade de doar uma ou mais partes do nosso corpo para ajudar no
tratamento de outras pessoas. Após estudos e pesquisa os alunos lançaram a campanha para
ajudar a criança Kaique que necessita de transplante de medula óssea. Para auxiliar nessa
conscientização os alunos fizeram vídeos em inglês abordando a importância da doação de
órgãos e tecidos.
Sobre a pintura dos índios kadiweu (A turma do 1º ano A ) ,fizeram um estudo sobre a
sua cultura e o significado das pinturas corporais para então fazerem a pinturas em telhas,
criaram poemas; em relação obesidade confeccionaram tabela com alimentos e dados
referentes à quantidade de energia, bem com o formas de gastá-los para uma alimentação
saudável; utilizaram pesquisas na internet para montarem no Powerpoint uma apresentação
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
63
sobre os "padrões de „beleza" e como foram construídos ao longo do tempo e a interpretação
pela sociedade.
A turma do 8º ano A: estudaram o número de ouro na qual ele é o representante
matemático da perfeição na natureza, foram apresentados vídeos sobre o assunto, pesquisa na
internet e então a confecção de máscaras levando em conta o número de ouro.
Já os alunos do 8º ano B: fizeram pesquisas e debates sobre a doação de órgãos e
tecidos na qual fizeram maquetes e vídeos para concluir o estudo.
Foto 1 - Apresentação das telhas pintadas e poemas Foto 2 - Apresentação da tabela com alimentos e
dados referentes à quantidade de energia
Foto 3 - Apresentação das máscaras e o número de
ouro
Foto 4 - Apresentação sobre a doação de órgãos e
tecidos
REFERÊNCIAS
http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/entenda-mudancas-padrao-beleza-ao-longo-historia-781162.shtml
www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/alimentos7.php
portal.mec.gov.br/docman/documentos-pdf/611-alimentacao-saudavel pib.socioambiental.org/pt/povo/kadiweu
seer.ufrgs.br/EspacoAmerindio/article/download/26642/18781 www.infoescola.com/artes/pintura-corporal/
guiadoestudante.abril.com.br › Home › Aventuras na História
www.bolsademulher.com/beleza/padroes-de-beleza dreamsbysandra.blogspot.com/.../padroes-de-beleza-e-sua-evolucao.html
www.hope.org.br
www.abto.org.br/.../default.aspx?mn...doacao-de-orgaos-e-tecidos www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/Organizacao4.php
www.sitedecuriosidades.com
www.sobiologia.com.br/conteudos/Curiosidades/Curiosidades.php https://www.youtube.com/watch?v=SUSyRUkFKHY
https://www.youtube.com/watch?v=kFMMtBEPZmE
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
64
ESCOLA ESTADUAL HÉRCULES MAYMONE26
Tendo como objetivo de melhorar o desempenho do ensino e da aprendizagem, além
de apoiar e aperfeiçoar o projeto Salas de Tecnologias, bem como o uso das demais
tecnologias educacionais e recursos midiáticos presentes na escola estadual Hércules
Maymone no de Campo Grande - MS, desenvolveu-se o projeto Jornal CONECTA HM com a
turma do 2º Ano Técnico em Administração – TADM. A escolha desta turma foi feita devido à
turma ser numerosa e apresentar conflitos entre si, além de apresentar comportamentos
inadequados durante as aulas.
Este projeto foi desenvolvido a partir do segundo semestre devido a vários fatores
ocorridos na Escola e que culminou no atraso do desenvolvimento das atividades.
No primeiro momento o Professor Gerenciador de Tecnologias Educacionais e
Recursos Midiáticos – PROGETEC Francimar Batista Silva marcou uma reunião com as
coordenações para analisar como estava o projeto CONECTA 2015. Com as informações
obtidas começou-se a execução do Jornal. Foi realizada uma reunião com todos os alunos,
professores, PROGETEC e coordenadora para organizar os passos do projeto.‟
Foto 1- turma do 2º Ano
Técnico em Administração –
TADM
Foto 2 - alunos registrando
aulas no laboratório de física
Foto 3 - registro do projeto
Grafite e Pichação
A professora Marcia Droppa – Língua Portuguesa, ficou responsável por demonstrar
aos discentes quais eram as partes de um jornal impresso. A professora Jane Padilha foi a
responsável de trabalhar com os alunos acessos a jornais online e leituras de textos
relacionados a área Recursos Humanos. A professora Tatiana Gonçalves trabalhou vários
26 Diretor: Edilmar Galeano Marques. Diretora Adjunta: Luely Diane
Mussi. Coordenadora Pedagógica: Edilma Alves de Rezende.
PROGETEC: Francimar Batista Silva. Multiplicadora: Drª Marcia
Vanderlei de Souza Esbrana.
JORNAL CONECTA HM
2º Ano A (Técnico em Administração) – Matutino
Professores responsáveis
Jane Padilha, Marcia Droppa, Tatiana Gonçalves
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
65
temas voltados a área de Economia e Indicadores Econômicos com acessos a jornais online. O
PROGETEC apresentou o Calaméo para que todos pudessem conhecê-lo.
Após a etapa de conhecimento de ambientes virtuais de notícias e compreenderem a
proposta do Projeto Conecta, os alunos foram a campo coletar as informações quanto às
atividades realizadas pela escola neste ano. Utilizando-se de vários recursos tecnológicos
como, celulares, máquinas digitais, notebook e gravadores de som, os mesmos realizaram
registros gravados, escritos e fotografados. Na Foto 1 alunos explicando o projeto no
laboratório de física para a professora Jaqueline e seus alunos. Ressaltamos o
comprometimento de todos no projeto, apesar de termos aulas em que não conseguimos
atingir os objetivos esperados, devida a falta de conexão com a internet problemas técnicos de
hardware, como cabos de celular para descarregar as imagens, travamento de computadores
etc. Assim, no contra turno finalizaram o Jornal.
O produto final do projeto foi a confecção do Jornal Conecta HM digitado no
PowerPoint e transformado digitalmente pelo aplicativo CALAMÉO, que poderá ser acessado
no site da escola eehm.com.br/varalcultural. A Culminância aconteceu dia 30/11 no auditório
da escola onde contamos com a presença de todas as turmas, juntamente com coordenadores e
professores.
Os objetivos do projeto foram alcançados e os alunos aprenderam muito com os
recursos utilizados. Aprenderam que podem utilizar o PowerPoint, o celular e os
computadores da Sala de Tecnologias Educacionais para desenvolverem suas habilidades e
aprenderem vários assuntos sem necessariamente estar em sala de aula.
Foto 4 - Coordenadora
Edilma auxiliando a
produção escrita dos
alunos
Foto 5 - Trabalho em
equipe durante todo o
projeto
Foto 6 - Uso de recursos
tecnológico utilizados
pelos alunos, Power point
e Celular
Foto 7 - Apresentação
Jornal Culminância
REFERÊNCIA FARIA, Maria Alice de Oliveira. O jornal na sala de aula. 5ª Ed. São Paulo: Contexto, 1994. Disponível no
Blog - http://infolaboratorio.blogspot.com.br/. Acesso em: 15 de ago.de 2013.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
66
ESCOLA ESTADUAL JOÃO CARLOS FLORES27
PROJETO INTERAÇÃO
TECNOLÓGICA
MULTIFUNCIONAL
PROJETO RESGATANDO
A MEMÓRIA DO BAIRRO
RITA VIEIRA
NOME DO PROJETO
Sala de Recurso Multifuncional
(S.R.M) – Matutino
Professores responsáveis
Ricardo Vinha Melo
Maria Madalena Senna
1º Ano B - Vespertino
Professores responsáveis
Ricardo Vinha Melo
Nazira Dolabani de Castro
Heliene Tenório de Melo
3º B - Noturno
Professores responsáveis
Ricardo Vinha Melo
Sabrina Bianchi
Em nossa Escola Estadual João Carlos Flores foram escolhidas três turmas para serem
trabalhadas no Projeto Conecta Escola 2015, sendo elas a seguir, alunos da Sala de Recurso
Multifuncional do matutino, 1º B – Vespertino e 3º B noturno, a turma da SRM – Sala de
Recurso Multifuncional foi escolhida porque a professora de sala Maria Madalena Senna
trabalha muito com recursos midiáticos com está turma, no 1º B vespertino, os alunos tinham
problemas de focar atenção por conta de muitas conversas, e por último o 3º B noturno por
evasão.
O projeto da SRM com os alunos especiais foi desenvolvido através de desenhos
manuais dos mesmos seguindo a música de Toquinho – Aquarela, após eles desenvolveram
um vídeo utilizando o software Move Maker, nós apenas norteamos, eles desenvolveram e
produziram vídeos sozinhos.
A turma do 1º B vespertino, os alunos fizeram uma pesquisa utilizando a mídia
internet e pesquisa de campo para Resgatar a Memória do Bairro Rita Vieira, desenvolveram
textos, imagens, ferramenta Google Earth para está pesquisa. O 3º B ainda estão
desenvolvendo o Projeto de vídeo com a temática escola.
Foto 1 -Pesquisa de Campo
Foto 2 - Utilizando o Google
Earth
Foto 3- Trabalhando com slide
Buscamos materiais em diversas fontes sobre o bairro Rita Vieira: entrevista,
depoimento, fotografia e observação; esse material tem sido analisado, classificado,
27 Diretor: Claudecy José da Cruz. Coordenador(es) Pedagógico(s):
Osmarina de Souza Pinto, Sonely da Costa. PROGETEC: Ricardo Vinha
Melo. Multiplicadora: Drª Marcia Vanderlei de Souza Esbrana.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
67
selecionado e publicado na internet. Após finalizado os alunos e professores ficaram felizes
pelo fechamento do trabalho e o quanto o 1º B vespertino melhorou o comportamento. A
turma da SRM surpreendeu a professora Maria Madalena Senna porque quando ela deu em
conta, eles estavam terminando o vídeo, o PROGETEC professor Ricardo Vinha Melo apenas
fez algumas orientações, o restante fizeram tudo sozinho.
REFERÊNCIAS
Bosi, Ecléa. (2003). O tempo vivo da memória: ensaios de psicologia social. SP: Ateliê
Editorial.
ESCOLA João Carlos Flores. Projeto Político Pedagógico. Ano 2015.
HALBWACHS, M. A memória coletiva. Trad. de Beatriz Sidou. São Paulo: Centauro, 2006.
MASETTO, M. T. (2000). Mediação pedagógica e o uso da tecnologia. In: MORAN, J. M.
& MASETTO, M. T, & BEHRENS, M. A. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. Campinas
(SP): Papirus.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
68
ESCOLA ESTADUAL JOAQUIM MURTINHO28
2º Ano k - Matutino
Professores responsáveis
Edinéia S. Santos
Ricardo Higa
9º Ano A - Vespertino
Professores responsáveis
Marco Aurélio Gomes
Raquel Medina
3ºAno L- Noturno
Professores responsáveis
Alessandro Fonseca
Após uma verificação de rendimentos e questões relacionadas à desmotivação e ate
mesmo indisciplina e falta de socialização e uma convivência não tão harmônica, optou-se
pela escolha da turma do 2° Ano K matutino para o desenvolvimento do projeto e da temática
sobre o sistema de cotas raciais no ensino superior brasileiro. Por se tratar de um tema que
pudesse despertar certa polêmica, a escolha dessa turma foi também um tanto desafiador.
Os trabalhos seguiram uma sequência de abordagem em sala de aula, pesquisa e a
criação de um logo para turma na sala de Tecnologia.
Foto 1- Pesquisas
feitas pelos alunos
Foto 2 -
Apresentação do
Projeto
Foto 3 - Produção
do produto final
Foto 4 - Alunos
durante a aula na
STE
Foto 5 -Produto
final da turma
3ºLN
Entrevistas, coleta de informações através de urnas, que foram espalhadas pela escola,
afim de que pudesse ter também uma participação de outros alunos, onde ocorreu uma
pesquisa de opinião de pessoas favoráveis ou não ao sistema de cotas e debates entre a turma
esse mesmo questionamento foi feito através de redes sociais.
Procurou-se desde o primeiro momento fazer uma divisão dos grupos em sala, bem
como a orientação sobre as ações destes alunos no tocante as suas futuras atividades e
responsabilidades.
O projeto contou com a colaboração de alguns professores da instituição que
participaram de entrevistas realizadas pelos alunos sobre o assunto.
28 Diretor: Lucilio Souza Nobre. Diretora Adjunta: Zuleide Lara de
Oliveira. Coordenador(es) Pedagógico(s): Izadir Francisco de Oliveira.
Lucia Morales Marques Ferreira. PROGETEC: Sara Milene de Oliveira
Moura. Multiplicadora: Angela Suely Silva.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
69
A lei 12.711 de 2012 que trata do sistema de cotas no ensino superior foi apresentada
aos alunos através de slides e debates entre a turma logo no segundo momento. Também de
suma importância foi à discussão da origem do sistema de cotas, levando em consideração
exemplos dos Estados Unidos que são precursores nesse processo.
Foi realizado de maneira teatral um programa de televisão, com formato baseado em
programa de auditório, em que pode haver uma interação entre os alunos da sala e demais
convidados, gerando uma discussão do assunto.
O desenvolvimento e motivação da turma foram determinantes para o sucesso do
projeto. Antes da execução dos trabalhos a turma apresentava fortes questões relacionadas à
indisciplina e ausência de motivação e rendimentos abaixo das expectativas.
Após os trabalhos pode-se constatar ate mesmo por outros professores da instituição
uma significativa melhora nos rendimentos conforme podemos observar no gráfico e até
mesmo uma convivência mais harmônica na turma, que enfrentava também alguns problemas
de socialização.
O projeto Conecta Escola desenvolvido no período vespertino foi “Matemática com
Arte” a Matemática está em todo lugar e Proporcionar ao aluno pesquisar os trabalhos e
conseguir que eles se envolvam e despertem o aprendizado dentro e fora de sala de aula, é
fazer o aluno estar em contato permanente com o mundo que o cerca, oferecendo-lhe
oportunidades de aprender Matemática no seu contexto sociocultural, interligando-a com a
arte, criando a perspectiva de um aprender com gosto, dando-lhe a inspiração e o desejo de
lidar com o novo, argumentando, fazendo suas próprias construções, propondo-lhe, assim,
uma Educação Matemática diferenciada.
A idéia de desenvolver o conteúdo de Matemática associado com a Arte no Ensino
Fundamental surgiu da necessidade de realizar um trabalho com mais significado,
oportunizando ao aprendiz expressar a sua sensibilidade, a sua criatividade e o gosto por
atividades que envolvam a matemática.
De acordo com os Parâmetros Curriculares
Tradicionalmente, a prática mais freqüente no ensino de Matemática era aquela em
que o professor apresentava o conteúdo oralmente, partindo de definições, exemplos,
demonstração de propriedades, seguidos de exercícios de aprendizagem, fixação e aplicação,
e pressupunha que o aluno aprendia pela reprodução. Considerava-se que uma reprodução
correta era evidência de que ocorrera a aprendizagem. Essa prática de ensino mostrou-se
ineficaz, pois a reprodução correta poderia ser apenas uma simples indicação de que o aluno
aprendeu a reproduzir mas não apreendeu o conteúdo. É relativamente recente, na história da
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
70
Didática, a atenção ao fato de que o aluno é agente da construção do seu conhecimento, pelas
conexões que estabelece com seu conhecimento prévio num contexto de resolução de
problemas. (BRASIL, 1997).
Nossa proposta ao trabalhar com esses alunos foi Incentivar a inclusão da matemática,
bem como seus conceitos e aplicações, no campo da arte sugerindo criações de músicas,
paródias e poemas relacionados à disciplina de matemática.
Os alunos semanalmente contaram com uma aula para a elaboração das letras, textos e
ensaios referente às músicas, poemas, danças, teatros e confecção de cartazes. Onde os alunos
se organizaram em grupos ou individualmente para produção e apresentação do referido
projeto.
O projeto foi anunciado no whats app, facebook e na radio da escola para que todos
tivessem conhecimento e participassem.
Os alunos realizaram pesquisas na Sala de Tecnologia Educacional, fizeram o registro
no Power point, posteriormente eles iram produzir um vídeo.
Poder desenvolver essa atividade com a turma do 9º A Vespertino foi gratificante, pois
dar a eles a voz para que fossem sujeitos ativos, sendo protagonista, percebemos durante o
processo evolução que realmente tiveram uma aprendizagem significativa que certamente ira
levar em sua vida. Ficou claro que a sala teve uma melhora nas notas na questão de
socialização e indisciplina.
O noturno escolheu como tema para o Projeto Conecta Escola-2015 “Poesia Visual”
pelo fato de oportunizar os conteúdos do referencial curricular das duas disciplinas Língua
Portuguesa e Literatura, além de permitir o acesso direto à produção poética através dos
recursos Tecnológicos disponíveis na unidade escolar, tornando os alunos verdadeiros
PROTAGONISTAS do seu tempo.
A leitura de conceitos literários e elementos de construção poética tornaram o trabalho
autoral mais rico e, paralelamente a isso, o uso dos recursos tecnológicos trouxe novas
possibilidades de leitura e produção de temas atuais de forma crítica e inovadora.
O projeto tornou-se viável também após a observação/constatação da escassez de
leitura e ausência do gosto pela escrita literária na turma do 3ºL noturno, levamos em
consideração que a turma passaria por prova externa, somado ao distanciamento dos alunos
sobre a interpretação de gêneros diversos, em especial a poesia.
O projeto iniciou no mês de março, através de apresentação do mesmo para a turma
envolvida e suas justificativas. No mesmo mês, dentro das disciplinas envolvidas, Língua
Portuguesa e Literatura, os alunos estudaram os conceitos literários e elementos poéticos
necessários para a estruturação dos seus trabalhos individuais e em grupos.
De maio a junho os alunos contaram com explicações sobre a elaboração da POESIA
VISUAL (quadro a quadro – com utilização do Word, Paint, PowerPoint e Vídeo-Pad) e já
entraram na fase de produção individual e em grupos da logomarca para o projeto e título para
a turma. Após o término dessa produção, os alunos (junho-agosto) os alunos foram para a
produção poética e confecção com os Recursos Tecnológicos estudados.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
71
Nos últimos dois meses, setembro e outubro, os alunos fizeram a edição do vídeo para
a finalização do projeto de POESIA VISUAL, gerando assim o produto final.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacional (PCNS). Matemática 1ª parte. Ensino
Fundamental, Brasília: MEC,1997.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12711.htm,
acesso em 18 de abril de 2015.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
72
ESCOLA ESTADUAL JOSÉ ANTONIO PEREIRA29
EDUCAÇÃO PELA PESQUISA: LEITURA E PRODUÇÃO
3º Ano A (E.M) – Matutino
Professores responsáveis
Adriana Aparecida de Paula
Ana Cristina de Souza Silva
Aline de Souza Nogueira
Aparecido Devanir Fernandes
Fernando Eufigênio Gomes
6º/5° Ano A - Vespertino
Professores responsáveis
Adriana Aparecida de Paula
Ana Cristina de Souza Silva
Aline de Souza Nogueira
Maria Conceição Evangelista
Maria Cristina da Silveira
3° Ano C (E.M) - Noturno
Professores responsáveis
Aparecido Devanir Fernandes
Fernando Eufigênio Gomes
A Educação pela pesquisa é fundamental e importante no processo de aquisição de
conhecimentos, ferramenta esta que precisa ser mais usada em sala de aula, pois possibilita a
transformação de alunos produtores do conhecimento, estudantes autônomos e capazes de
pesquisarem suas ideias. O 3ºA (matutino) e o 3ºC (noturno) foram turmas selecionadas para
desenvolverem este projeto.
O critério utilizado foi a necessidade de ofertarmos para esse público outras
perspectivas de leitura e produção escrita e ao mesmo tempo propiciarmos o acesso às novas
tecnologias, pois ambos são candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). O 6°A
e 5°A (vespertino) tiveram como critério o desafio do professor lidar com turma lotada e
indisciplinada, visando novas experiências com atividades lúdicas.
A pesquisa, leitura e escrita são ações construtivas de valores e conhecimentos que
colaboram de modo imprescindível para o processo de aprendizagem na sociedade
contemporânea. Portanto, desenvolver e fomentar o hábito de pesquisar, ler e escrever entre os
estudantes é fundamental para maior rendimento pessoal enquanto cidadãos envolvidos num
contexto sociocultural cada vez mais dinâmico. O projeto Conecta Escola norteou-se na
educação pela pesquisa, e assim a maior intenção foi fazer com que esses alunos filtrassem as
informações e através da pesquisa, produzissem, escrevessem, lessem e fizessem bom uso da
internet e tecnologias disponíveis na Unidade Escolar. Cada professor de sua respectiva área
29 Diretora: Cleide de Moraes Deduch. Coordenador(es) Pedagógico(s): Ilma Rodrigues.
Rejane Dias Delmão. Silvana Wiggers. PROGETEC: Antonieta de O. Rocha. Multiplicador:
Rodolfo Pedroso Rodrigues.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
73
trabalhou o conteúdo correspondente no bimestre de acordo com o Referencial Curricular,
enfatizando a pesquisa na Sala de Tecnologia e demais recursos disponíveis na escola, afim de
incentivar o aluno a produzir e ser autor dos seus conhecimentos.
O projeto Em Cena & Ensina referente à disciplina de Literatura foi produzido e
executado com a finalidade de trabalhar as novas tecnologias sobre uma sequência didática
agregada ao cinema brasileiro, à linguagem audiovisual e à leitura do texto literário pautados
na premissa educar pela pesquisa, tendo como ferramenta desse processo a internet no Ensino
Médio, conformes Fotos 1, 2, 3 e 4.
O professor da disciplina de Química desafiou nossos alunos a confeccionarem jogos
que favorecessem o enriquecimento dos conteúdos da área. A ideia é tornar o aluno produtor e
construtor dos seus conhecimentos, através da construção de Jogos Manuais pelo estudo
dirigido e pesquisas orientadas no estímulo da criatividade, colaboração, trabalho em equipe e
nível de compreensão dos aspectos abordados.
Os jogos envolveram toda a nomenclatura de compostos orgânicos como:
Hidrocarboneto; álcool; fenol; enol; éter; éster; amina; amida; haleto; cetona; aldeído; ácido;
carboxílico; sais de ácido carboxílicos e assim na STE ocorreu a pesquisa e estudo dirigido
Resenha do Filme: À beira do Caminho; Produção de vídeos; Produção de Textual;
filme: À beira do caminho”; Apresentação dos Jogos para a construção dos jogos e após em
sala de aula o grupo deveria apresentar o dinâmica e jogar com o professor para debate dos
conhecimentos. (3°A/ C)
Na disciplina de Inglês usaram aplicativo Dubsmash (Fotos) e o trabalho educacional
objetivou exercitar a pronúncia e a escrita na língua inglesa, habilidades básicas mediadas
pela professora a partir da criação de vídeos curtos que o aplicativo permitia fazer, (6°A),
conforme Fotos 5, 6, 7 e 8.
As atividades em Língua Portuguesa trabalharam com notícias e produção de um jornal
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
74
falado. (6°A)
As atividades de História foram direcionadas pela educadora com roteiros previamente
prontos para a criação de grupos de estudos na Sala de Tecnologia, e a turma ficou livre para
escolher um determinado tema sobre a área e promover um breve relatório de como se dará
sua busca por informações; apontar os caminhos e materiais necessários para a produção de
pesquisas bem elaboradas. (3°A / 6°A) A turma do 5°A viajou no mundo da Contação de
Histórias e as professoras trabalharam desde apresentação de teatro com personagens dos
contos Clássicos e participação do Ensino Médio, até a produção de um pequeno livro sobre
Chapeuzinho Vermelho e Cinderela.
Na disciplina de Arte a professora trabalhou pesquisas bibliográficas sobre Modernismo
e obras artísticas do tema. Com auxílio do Tablet Educacional a turma pesquisou e fez a
releitura através da fotografia.
O projeto alcançou inúmeros resultados esperados e estimulou a pesquisa como
princípio educativo na reconstrução do conhecimento na postura dos alunos e na mudança
pedagógica do professor. Os resultados através das pesquisas deram-se pelo domínio do
conteúdo e o principal objetivo aos poucos está sendo alcançado, que é fazer os educandos
aprenderem as etapas de como realizar uma boa pesquisa escolar, aprendendo a investigar,
seguir fontes seguras; ensinar e interpretar os dados coletados; socializar os resultados das
investigações e orientar a produção escrita das descobertas.
REFERÊNCIAS
DEMO, Pedro. Educar pela Pesquisa. Campinas, SP: Autores Associados, 1997.
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/como-ensinar-meio-pesquisa-607943.shtml
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/cinco-realizar-boa-pesquisa-escolar-607946.shtml
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
75
ESCOLA ESTADUAL JOSÉ FERREIRA BARBOSA30
Prevenção a Violência
9º Ano A - Matutino
Prevenção a Violência
3º Ano C - Vespertino
Professores responsáveis: Silvio Rogério,
Ilma Alves de Mello, Priscila F. Gomes da Cruz,
Romilda Servim
Professores responsáveis
Viviane da Silva Zandomenighi
O projeto Conecta 2015, Prevenção a Violência surgiu de uma necessidade de
melhorar o rendimento escolar dos alunos usando a tecnologia no cotidiano escolar como
ferramenta neste auxílio. O Projeto trabalhou com turmas prioritárias com baixo índice de
aproveitamento escolar enfocando: cultura, a sociedade, a culinária e pontos turísticos do
nosso Estado. As turmas selecionadas para participarem do projeto foram as com baixo
rendimento escolar, no período matutino participou 9º ano A, no vespertino o 3º ano C.
Os alunos dessas turmas compreendiam vários alunos que necessitavam de
aprimoramento de leituras de diversas fontes, a eficácia no processo de interpretação e de
produção para formalização de cada novo conhecimento, portanto o trabalho com as
tecnologias possibilitou torná-los mais críticos, eficientes ao executar diversas atividades com
o uso das tecnologias.
O trabalho será pautado na diretriz curricular matriz da SED/MS, concomitantemente
os professores utilizaram dicas de sites especializados, cada professor conforme sua matriz
curricular levará os alunos para a sala da STE.
O desenvolvimento do trabalho aconteceu na STE junto com as demais mídias
disponíveis sobre o tema: A Prevenção a Violência: adotou a metodologia de ensino utilizada
pelo projeto político pedagógico da escola que norteou os professores quanto ao
desenvolvimento dos trabalhos na sala de tecnologia sempre adequando aos conteúdos
propostos objetivando a aquisição de conhecimento e as mudanças de valores éticos e morais
de nossa sociedade e necessidade de moldar um comportamento que vise a aquisição de
conhecimentos.
30 Diretora: Mariomar Rezende Diniz Junior. Coordenador (es)
Pedagógico(s): Suely de Assis. PROGETEC: Rene Tschinkel Junior.
Multiplicador: Nesio Alamini.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
76
Os alunos produziram artigos, depoimentos, apresentações no Power Point para outras
turmas sobre a temática abordada criaram gráficos de dados estatísticos no aplicativo Excel
sobre os temas pesquisados debateram sobre o tema em sala de aula, provocar debates no
aplicativo facebook da escola sobre aulas postadas pelos professores, sempre aulas planejadas;
As opiniões coletadas pelos alunos e, depoimentos deles foram utilizados para criar produção
de material audiovisual feito por eles no aplicativo Movie Maker.
Foto 1 – Pesquisa na
STE
Foto 2 – Montando o
projeto utilizando o computador
Foto 3 – Maquete do
projeto
Todas as atividades criadas pelos alunos foram divulgadas para a comunidade escolar
que a utilizou como material de incentivo para outras turmas ao combate a violência.
Os alunos do 3º ano C, junto com os professores cantaram música sobre a Violência,
com a letra da música os alunos desenvolveram as atividades propostas pelos professores;
Como: cruzadinha no excel, caça palavras no word, desenho no paint, jogos educativos da
memória na internet posteriormente as atividades feitas foram postada no aplicativo calameó.
Em suma este trabalho na STE conseguiu melhorar o desempenho dos alunos e da
aprendizagem, utilizando os recursos midiáticos existentes nessa unidade escolar, visando
assim uma melhora na qualidade do ensino e da aprendizagem dos educandos, promovendo a
melhora da escrita e da linguagem. O projeto Prevenção à Violência na escola alcançou um
índice relevante quanto à aprendizagem e envolvimento dos alunos do terceiro ano C, do
período vespertino.
O gráfico demonstra nitidamente
aumento na aprendizagem da turma
prioritária
O mesmo aconteceu com os alunos
do 9° ano A do período matutino
Nesse projeto a pesquisa direcionada e trabalhada foi valorizada nos aspectos, sociais,
religiosos e econômicos incentivando o uso das redes sociais como ferramentas de ensino e de
aprendizagem, explorando assim novas práticas pedagógicas em diversas disciplinas com o
auxílio de ambientes computacionais.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
77
O combinado do projeto foi que todos os professores que trabalhavam com os alunos
iriam de forma direta ou indireta trabalhar o projeto na sala de tecnologia ou na sala de aula
com o uso das TICs.
Na sala da STE, “carro chefe” do projeto, todos os professores participaram do
projeto, trabalhando com seus alunos pesquisas diversas na internet com a orientação da
temática dirigida; utilizarão os aplicativos Word, para digitar, formatar textos, o paint para
desenhar imagens, o Power Point para fazer apresentações, o Excel para criar gráfico de
dados e planilhas e algumas dessas apresentações criaram vídeos dos trabalhos e dos alunos
na STE. O fechamento do projeto foi feito com exposição dos trabalhos dos alunos que
relatavam o que tinham feito à comunidade escolar.
REFERÊNCIAS
DELORS, Jacques [et.al.] (1996). Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a
UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. 3ª Ed. Porto: Edições Asa.
MATOS, M., e CARVALHOSA, Susana F. (2001). A violência na escola: vítimas,
provocadores e outros. Tema 2, n.º 1. Faculdade de Motricidade Humana/ PEPT – Saúde/GPT da CM
Lisboa.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
78
ESCOLA ESTADUAL JOSÉ MAMEDE DE AQUINO31
MERCANTILISMO E
REVOLUÇÃO FRANCESA
GRANDES NAVEGAÇÕES
CONFRONTOS DA SEGUNDA
GUERRA MUNDIAL
2º Ano A (E.M.) – Matutino
Professores responsáveis
David Alexandre Camilo
Elaine Correa Messa Segura
Maria Aparecida de Souza
6º Ano A - Vespertino
Professores responsáveis
Nádia Rodrigues
Ironda Hoisler
Rafael
3º Ano B (E.M.) - Noturno
Professores responsáveis
David Alexandre Camilo
Elaine Correa Messa Segura
Fábio Silva Martinelli
O uso das tecnologias hoje no âmbito educacional não é mais uma utopia e sim uma
realidade presente e palpável na maioria das escolas brasileiras não sendo diferente nas
escolas da Rede Estadual de Mato Grosso do Sul. Segundo Barros: “A proposta de se
trabalhar com projetos é justamente a de proporcionar um ambiente favorável ao saber.”, esse
ambiente favorável ao saber aliado com o uso das tecnologias se mostra uma ferramenta
infalível no processo ensino-aprendizagem.
Nesse contexto o Núcleo de Tecnologias Educacionais de Campo Grande (NTECGE)
desenvolve o Projeto Conecta Escola, através do Professor Gerenciador de Tecnologias e
Recursos Midiáticos (PROGETEC).
A turma escolhida no turno matutino foi o 2º Ano “A” - Ensino Médio, turma que
apresentava problemas de aprendizagem. Após conversa com os professores regentes dessa
turma, foi escolhido o tema e as ações que poderiam ser desenvolvidas com os mesmos, com
o intuito de melhorar a aprendizagem da turma. No período vespertino a turma prioritária
escolhida apresentava mais de um aspecto necessário para o projeto, a turma apresentava
problemas de aprendizagem e indisciplina, a turma escolhida foi o 6º Ano “A” - Ensino
Fundamental. Após conversa com os professores regentes dessa turma, foi escolhido o tema e
as ações que poderiam ser desenvolvidas com os mesmos. Já no período noturno a turma
escolhida foi à turma que iria passar por avaliação externa, no caso o 3º Ano do Ensino
Médio, como possuímos duas turmas de 3º Anos, optamos por escolher a turma do 3º Ano
31 Diretora: Diana Pilatti Onofre. Coordenadores Pedagógicos: Marilidia
Satiro; Reginaldo Moraes. PROGETEC: Rodenir da Silva Leite.
Multiplicador: Divino Andrade Nabhan.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
79
“B”. Após conversa com os professores regentes dessa turma, foi escolhido o tema e as ações
que poderiam ser desenvolvidas com os mesmos.
No período matutino o Conecta Escola foi desenvolvido no 2º ano “A” do ensino
médio, o tema escolhido foi o Mercantilismo e a Revolução Francesa. Em um primeiro
momento foi passado à turma os objetivos do projeto e o tema que seria desenvolvido durante
o ano, em um segundo momento os alunos foram na Sala de Tecnologia Educacional (STE)
pesquisar sobre o tema do projeto. Em um terceiro momento os alunos visitaram a biblioteca
escolar para realizar pesquisas sobre o tema proposto. Em um quarto momento foi definido
com os alunos qual seria o produto final a ser desenvolvido, os alunos juntamente com os
professores regentes escolheram desenvolver filmes. Após a escolha do produto final os
alunos forma novamente pra STE aprofundar as suas pesquisas sobre o assunto, no próximo
momento os alunos divididos em grupos, de no máximo 5 (cinco) integrantes deveriam
elaborar um roteiro para o seu filme, etapa essa realizada na STE junto com as professoras de
Língua Portuguesa e de Produção Interativa, após a elaboração do roteiro os alunos deveriam
efetuar filmagens que fariam a composição de seus filmes, os alunos deveriam fazer a
montagem e edição de seus filmes na STE com o auxilio do PROGETEC, os filmes já
finalizados foram apresentados em sala de aula para os demais alunos da sala.
Foto 8 - Alunos realizando
pesquisas
Foto 9 - Alunos digitando
seus Diários de Bordo
Foto 10 - Alunas finalizando
roteiro da encenação
No período vespertino a turma escolhida para desenvolver o Conecta Escola foi a
turma do 6º Ano “A” do ensino fundamental, o tema escolhido foi as Grandes Navegações.
Em um primeiro momento foi passado à turma os objetivos do projeto e o tema que seria
desenvolvido durante o ano, em um segundo momento os alunos foram na Sala de Tecnologia
Educacional (STE) pesquisar sobre o tema do projeto, todo o material pesquisado foi sendo
salvo em suas pastas individuais no servidor da STE. Em um terceiro momento os alunos
visitaram a biblioteca escolar para realizar pesquisas sobre o tema proposto.
O produto final que deveria ser realizado pelos alunos era um diário de bordo, onde
eles deveriam criar um relato de uma navegação. Os alunos voltaram a STE para
aprofundamento das suas pesquisas e começarem a preparar o seu diário de bordo, nesse
diário de bordo poderia conter ilustrações, o texto, informações que eles julgassem
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
80
necessárias para um bom entendimento, o desenvolvimento das demais etapas foram
desenvolvidas em sala de aula, com o auxílio do Projetor ProInfo Integrado para a
exemplificação de Fotos da época e de como eram alguns diários de bordo, a STE para a
digitação dos textos, essas etapas foram auxiliadas pelos professores de Geografia, História,
Língua Portuguesa e Produção Interativa.
No noturno a turma escolhida foi a turma do 3º Ano “B” do ensino médio, pois os
mesmos passariam por avaliação externa, a turma trabalhou o tema Segunda Guerra Mundial,
dando um maior enfoque nos seus principais conflitos, após a apresentação do tema e
explicação de como se daria o desenvolvimento do projeto, os alunos foram orientados a
pesquisarem sobre o tema na STE e elaborarem apresentações em PowerPoint, para
apresentação nas aulas de Geografia e História, como produto final foi definido com os alunos
que a turma deveria encenar e gravar a representação de uma das batalhas da segunda guerra
mundial, onde uma parte da turma deveria ser os atores e os demais deveriam se
responsabilizar com o figurino, roteiro e demais assuntos.
Os roteiros deveriam ser digitados e colocados em apresentações de Power Point,
para apresentação nas Aulas de Língua Portuguesa, todas as pesquisas e trabalhos
desenvolvidos para o Conecta Escola eram salvas em pastas individuais dos alunos no
servidor da STE.
Foto 11 - Professor comentando
o vídeo dos alunos
Foto 12 - Aluna expondo os
trabalhos
Foto 13 - Alunos encenando
peça teatral
Os produtos finais foram distintos, com algumas turmas prioritárias se destacando
mais que as outras, tivemos alguns percalços no desenrolar do projeto, já que tivemos muita
troca de professores. No matutino foram desenvolvidos vídeos que destacaram as
características do Mercantilismo e da Revolução Francesa, com o desenvolvimento do projeto
os alunos se mostraram mais interessados nas aulas, principalmente nas de História, pois o
assunto chamou a atenção deles, também melhoraram na questão da aprendizagem, pois
desenvolveram a concentração durante as aulas e aprenderam a realizar uma pesquisa tanto na
internet como na biblioteca.
No vespertino o produto final foram textos dos alunos que formaram um grande diário
de bordo, no qual todos fizeram seus textos, puderam contribuir para a construção desse
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
81
diário, com o desenvolvimento do projeto os alunos melhoraram suas notas, o comportamento
dentro de sala de aula e a leitura, no cuidado com o ambiente escolar, aprenderam a realizar
pesquisa proveitosa tanto na internet como na biblioteca.
No período noturno, o produto final foi encenação sobre conflito da Segunda Guerra
Mundial, os alunos realizaram a encenação para a outra turma do 3º Ano, todos tiveram sua
participação, melhoraram notas, comportamento, vocabulário e sua escrita, pois foi
potencializada a questão da redação para o ENEM.
Podemos através da Tabela 1 verificar a evolução de cada turma nas disciplinas que
foram trabalhadas durante o Conecta Escola 2015.
Tabela 1 – Evolução das turmas nas disciplinas trabalhadas
Abaixo
Inicial
Abaixo
Final
Acima
Inicial
Acima
Final
2º A - EM 39,2% 13,7% 60,8% 86,3%
6ºA - EF 50,5% 8,7% 49,5% 91,3%
3º B - EM 39,3% 20,3% 60,7% 79,7%
Podemos Notar um aumento de alunos que melhoraram seu desempenho com o
desenvolvimento do Projeto Conecta Escola, essa melhora também foi notada no
comportamento dos alunos em sala de aula e na escola, a educação dos alunos também houve
melhora significativa e principalmente na aprendizagem deles.
REFERÊNCIAS
BARROS, Jussara de. PROJETOS ESCOLARES: A MOTIVAÇÃO PARA APRENDER.
Disponível em: http://educador.brasilescola.com/orientacoes/projetos-escolares-motivacao-para-
aprender.htm; Acesso em 07/11/2015.
OLIVEIRA, Neivaldo Lúcio Rosa. AS CONTRIBUIÇÕES DA INTERNET NO
DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA NO ENSINO
FUNDAMENTAL. Disponível em: http://br.monografias.com/trabalhos2/contribuicoes-
internet/contribuicoes-internet.shtml; Acesso em 07/11/2015.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
82
ESCOLA ESTADUAL JOSÉ MARIA HUGO RODRIGUES32
PEQUENAS CORRUPÇÕES
NA ESCOLA
PEQUENAS CORRUPÇÕES
NA ESCOLA
PEQUENAS CORRUPÇÕES
NA ESCOLA
1º Ano C (E.M.) – Matutino
Professores responsáveis
Heidy Maiyumi R. Kanasiro
Mayara Bragatto do Amaral
1º Ano M - Vespertino
Professores responsáveis
Thais Conceição dos Santos
Veiga
2º Ano K - Noturno
Professores responsáveis
Carolina Becegato Funari
Eliana Aparecida Prado
Verneque Soares
A Escola Estadual José Maria Hugo Rodrigues realizou atividades de sensibilização e
mobilização sobre o tema “Pequenas corrupções – Diga não”. As atividades realizadas na
escola fizeram parte de um projeto ligado ao uso das tecnologias em sala de aula. Começamos
o projeto em junho (2015) e encerramos em novembro de 2015. O projeto possibilitou aos
alunos que participassem de várias práticas sociais que se utilizou da leitura e da escrita
(letramentos) na vida da cidade, de maneira ética, crítica e democrática. (Mendonça, 2009).
A partir do tema, Pequenas Corrupções, produzimos diversas práticas de letramento
para mobilizar o desenvolvimento de competências relacionadas ao uso da escrita, leitura.
Assim, elaboramos situações de aprendizagem integrada ao mapeamento na comunidade
escolar relacionada às pequenas corrupções, como também o desenvolvimento de gêneros
variados (produção de formulário online, entrevista, página em uma rede social e anúncio
publicitário) que permitissem ampliar a formação para a cidadania.
Uma vez que encontramos nas escolas, um ensino, muitas vezes, distanciado da
realidade social do aluno, no qual atividades de reprodução, questões meramente normativas
são legitimadas no ensino da língua materna. A questão é permitir uma aprendizagem mais
procedimental e reflexiva, que leve em consideração à diversidade de práticas sociais e suas
múltiplas funções. Diante disso, o presente trabalho propõe adotar a prática social que
envolva a leitura e a escrita como ponto de partida o ensino da língua portuguesa numa
perspectiva sociológica, antropológica e sociocultural. (Mendonça, 2009)
O tema escolhido para o projeto neste ano foi inspirado na campanha “Pequenas
Corrupções – Diga Não”, lançada nas redes sociais da Controladoria -Geral da União em
2014. As peças da campanha são um estímulo para reflexão sobre práticas comuns no dia-a-
dia dos brasileiros, como falsificar carteirinha de estudante; roubar TV a cabo; comprar
32 Diretora: Marly Pedão Mina. Diretora Adjunta: Aparecida Gonçalves
Costa. Coordenador(es) Pedagógico(s): Patrícia de Almeida Brito.
PROGETEC: Eva Maria Rodrigues Santos. Multiplicador: Rodolfo
Pedroso Rodrigues.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
83
produtos piratas; furar fila; tentar subornar o guarda de trânsito para evitar multas; entre
outras.
Nosso objetivo no projeto era trabalhar a produção textual inserida numa prática
situada abordando toda a multimodalidade da linguagem, escolhemos o tema “Pequenas
corrupções – Diga não” como suporte para todos os trabalhos realizados. Primeiramente
contamos com a Palestra com o pessoal do Observatório Social de Campo Grande (MS) sobre
o tema.
Foto 1- Responsável
pela Palestra nos três
períodos
Foto 2 - A diretora
fazendo abertura da
palestra
Foto 3 - Os alunos da
escola
Foto 4 - Palestrante
Em seguida, realizamos debates em sala de aula sobre o que cada um considera o que
é uma pequena corrupção. Posteriormente diversos artigos, anúncios, charges, tirinhas,
vídeos, memes serão utilizados para explorar o tema. Continuando foi feito o mapeamento
online na comunidade escolar para detectar o que somos e pensamos diante das pequenas
corrupções, desenvolveremos uma página em uma rede social, cujo nome é “Tubaína no
Saquinho, todo mundo toma! Pequenas Corrupções, todo mundo faz?” Onde construirmos
uma logo e abordamos reflexões sobre ações cotidianas consideradas corruptas. Para compor
estes textos recorreremos a alguns gêneros e tipos textuais.
Foto 5 - turma da Prof.ª. Heidy
turma do matutino 1C .Pesquisa
e desenvolvimento.
Foto 6 - Turma da Prof.ª Mayara
do matutino – 1C confecção dos
cartões com imagens de memes.
Foto 7 - Prof.ª Eliana turma 2k
noturno
Foto 8 - Prof.ª Carolina Turma
2k noturno confecção da revista
digital
Foto 9 -Turma do vespertino
Prof Thais
Desse modo, observamos no ambiente escolar a importância do ensino estar ancorado
no desenvolvimento de competências para a vida adulta. No âmbito do projeto, podemos
analisar quem é o sujeito por trás das pequenas corrupções e o que consideramos como
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
84
pequenas corrupções em nossa comunidade escolar. Para finalizar, foram elaborados anúncios
publicitários, com o intuito de intervenção no ambiente escolar, a respeito das práticas que
adotamos que são culturalmente aceitas, ignoradas e minimizadas, mas tratando-se de
corrupções.
REFERÊNCIAS
MACIEL, Ruberval; TAKAKI, Nara. Novos letramentos pelos memes: muito além do ensino
de línguas. In: JESUS, M.; MACIEL, R. (orgs.) Olhares sobre tecnologias digitais: linguagens, ensino,
formação e prática docente. Coleção: Novas perspectivas em linguística aplicada vol.44.
Campinas,SP: Pontes Editores,2015.
KLEIMAN, Angela. Leitura e prática social no desenvolvimento de competências no
ensino médio. In: BUNZEN, C.; MENDONÇA, M.(orgs.) Português no ensino médio e formação do
professor. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.
http://www.cgu.gov.br/noticias/2015/08/pequenas-corrupcoes-e-o-tema-de-concurso-para-
criancas-e-jovens
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
85
ESCOLA ESTADUAL LINO VILLACHÁ33
1º Ano A (E.M.) – Matutino
8º Ano A - Vespertino
Professores responsáveis
Sueli Fátima Pereira da Silva Oliveira
Laura Lopes Ribeiro
Márcia Maria Gomes
Rosangela Salvador Domingues
Professores responsáveis
Sueli Fátima Pereira da Silva Oliveira
Joisia Góes Costa
Rosana de Morais Araujo
Rosangela Salvador Domingues
Dada a necessidade de chamar a atenção dos estudantes para a diversidade existente de
linguagens e pela comunicação tecnológica, bem como o seu uso de forma adequada e
utilitária, valendo-se dos conhecimentos do sistema da língua portuguesa que o presente
projeto: “Engenheiros da Gramática”, propõe-se em melhorar o desempenho do ensino e da
aprendizagem no que se refere à variedade padrão e formal da língua no contexto escolar e
seu entorno, ao buscar os recursos midiáticos de que o ambiente escolar e do aluno dispõem
para assim, numa correlação contribuir para aplicar diante de situações definidas, a linguagem
e suas convenções que a escola deve priorizar. Pois como lembra TRAVAGLIA, 1996:
A linguagem formal é cuidada na variedade culta e padrão. É o caso da
escrita dos bons jornais e escrita. A linguagem coloquial aparece no diálogo
entre duas pessoas. Sem planejamento prévio, caracteriza-se por
construções gramaticais soltas, repetições frequentes, frases curtas,
conectivos simples, etc.
Ao concordarmos com o autor, verificamos a importância da escola em desenvolver no
estudante as habilidades necessárias para que ele reflita e planeje coerentemente sobre a
linguagem (registro) que o mesmo utilizará em situações das mais variadas, como por
exemplo, em uma entrevista em busca do primeiro emprego, produzir o anúncio de um
produto, registrar o nome de uma empresa (letreiro), divulgar preços (cartaz), etc.
Todas essas ações acima mencionadas dependem única e exclusivamente do domínio
adequado da língua em seus níveis de formalismo que somente o indivíduo letrado conseguirá
discernir o seu emprego na modalidade certa. Ao trabalharmos a leitura dos mais diversos
textos, a realização da produção escrita, interpretação e o estudo da gramática, deve-se
apresentá-las aos jovens de forma que o seu ensino seja evidente na realidade dos estudantes,
bem como de sua comunidade pois, dessa forma a aprendizagem se dará significativa e
internalizada. Ao parafrasearmos (Cereja, 2009):
33 Diretora: Carmen Abadia da Silveira Tinoco. Diretor Adjunto: Nelson
Éden Gomes. Coordenador(es) Pedagógico(s): Dilamar Aparecida Lopes
do Rego. Íris Helena Teixeira da Cunha.
PROGETEC: Elba Pereira da Silva. Multiplicadora: Luiza Gonçalves
Dorado.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
86
Jamais o professor deve esquecer que não poderá desconsiderar que existem
outras variedades linguísticas, das quais justificadas por motivos históricos,
sociais, culturais e que devem também serem apresentadas e discutidas com
toda a classe e que cada uma delas cumpre devidamente em seus contextos,
sua função de comunicar.
Assim, com a finalidade de atentar para os conhecimentos já adquiridos e outros que
exigirão do estudante análise, reflexão e tomada de atitude, que o presente projeto buscou
desenvolver atividades voltadas para o cotidiano do qual os jovens do bairro Nova Lima e
adjacências puderam trabalhar as questões: gramáticas (ortografia, acentuação, pontuação,
concordâncias, etc.), as questões linguísticas e semânticas ao enfatizarmos as situações do uso
da linguagem no ambiente produzido(leituras dos anúncios do comércio local e das
proximidades).
Logo, durante as aulas foi possível desconstruir de certa maneira a cultura de que o
aprendizado está apenas no material didático (livro do aluno) e que a sala de aula é e deve ser
utilizada sempre! O que se observou foi que aulas diferenciadas podem e devem ocorrer
também em ambiente extraclasse, mas partindo-se obviamente de planejamento dos objetivos,
ações, metodologias e recursos necessários para que não seja mais uma situação enfadonha,
como alguns alunos pensam.
Procurou-se instigar nos jovens antes do desenvolvimento do projeto, os anseios que
todos tinham com relação ao ensino da língua portuguesa, suas dificuldades e habilidades. Foi
feita uma avaliação diagnóstica da aprendizagem do ano anterior e discutido com a sala as
fragilidades que a disciplina anteriormente apresentadas em avaliações da escola e outras da
secretaria de educação do estado.
Foi explicado aos discentes a proposta do projeto em sala de aula, sua finalidade,
metodologia, cronograma, resultados etc, bem como explicitado as razões pelas quais a turma
foi escolhida para desenvolvê-lo e posteriormente apresentá-lo no formato de livro das
experiências relatadas pelo grupo a toda comunidade escolar, durante a culminância do
mesmo.
Foi proposto primeiramente, que a turma construísse uma logomarca que seria
utilizada para a apresentação do projeto. Os estudantes elaboraram propostas(esboços)
juntamente com a participação da professora de artes que por unanimidade, escolheram aquela
que representaria, não somente o nome e a proposta do projeto, mas também, a identidade do
grupo.
Na sequência, a professora da sala de tecnologias apresentou o facebook da turma,
intitulado conectalino, o qual seria o ambiente principal para a divulgação do trabalho
desenvolvido da turma durante o semestre.
Posteriormente, foi solicitado que os estudantes observassem que se nas proximidades
de sua casa, durante o percurso de ida/vinda para a escola, se os mesmos leram algum
cartaz/letreiro/anúncio que chamasse a atenção para possíveis erros da língua. Desta forma,
eles iriam fotografar e enviar as imagens para a professora de língua portuguesa para num
primeiro momento observar com a sala a situação, ao discutirem e chegarem a uma conclusão,
a imagem deveria ser divulgada no facebook do projeto para os comentários da turma.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
87
Conforme orienta o “Plano Estratégico para o uso Pedagógico das Tecnologias
Educacionais e Recursos Midiáticos das Escolas Estaduais de Campo Grande”, no que tange
ao Projeto Conecta/2015, as aulas de língua foram devidamente agendadas na sala de
tecnologia para que os estudantes acessassem ao ambiente midiático e expusessem seus
comentários acerca das placas, registradas por eles por meio de máquinas fotográficas ou
celulares.
Ainda, no decorrer das aulas foi ministradas orientações de língua portuguesa sobre os
conteúdos de: fonologia (acentos tônicos), ortografia (emprego de letras), acentuação gráfica,
semântica (significação das palavras), concordâncias e tópicos de linguagem: erros grosseiros.
Os docentes de língua portuguesa trabalharam com os estudantes ao longo do ano letivo,
valendo-se das orientações do Referencial Curricular para o Ensino Médio de MS os
conteúdos elencados em cada bimestre durante as aulas e puderam construir cartazes que
orientam a correta construção de palavras e frases do cotidiano. Este material foi
confeccionado em sala de aula e exposto em mural para a comunidade escolar.
No ambiente midiático (facebook) os discentes aplicaram os conhecimentos
gramaticais em seus depoimentos e pontuaram criticamente a composição dos textos expostos
que foram registrados.
Alguns estudantes se prontificaram também, em ressaltarem suas observações sobre o
ensino no Brasil, as necessidades básicas da educação brasileira, ou seja, foram refletindo
além do que foi proposto (análise dos textos das imagens) mas sim, questionaram como pode
ocorrer tais situações? Quais motivos? Como poderíamos ajudar/interferir nesta mudança?
Qual o meu papel diante desta situação? Por que o uso da linguagem na modalidade padrão
influencia diretamente a vida, ou melhor, os negócios de um pequeno empreendedor, como é
o caso dos comerciantes da nossa região dos mais diversos serviços?
Sabemos que as pessoas temem as mudanças, mas o perigo está em não haver a
mudança, ou seja, “o comodismo”, diante dos problemas. Partindo-se deste pressuposto, a
cada encontro o projeto tomou a dimensão que deveria: o de buscar aplicar o conhecimento de
forma compartilhada, com um olhar de orientação e não o de „julgamento‟, de preconceitos e
estereótipos, mas sim, de contribuição para a comunidade escolar.
Desta forma, em síntese podemos melhor explicitar o desenvolvimento das ações:
Orientações do Projeto: objetivos/ metodologia/ recursos/ resultados esperados
Criação de logomarca (concurso interno)
Criação de facebook e orientações para acesso;
Estudo das questões da língua: erros grosseiros (estudo das convenções da escrita)
Registros de possíveis erros/inadequações;
Orientações formais aos comerciantes locais sobre os textos apresentados ao público;
Discussões acerca das imagens fotografadas e análises com correções;
Depoimentos das imagens no facebook pelos discentes;
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
88
Construção de cartazes para a comunidade escolar;
Lançamento do livro (diário de bordo) e a Apresentação do projeto para a comunidade
escolar;
Considerações Finais: Análise dos gráficos do desempenho acadêmicos dos estudantes:
antes e após a conclusão do projeto por todo o grupo discente e pelo quadro docente;
No 1º bimestre do ano de 2015, observou-se que dos alunos que concluíram esse
período, muitos estavam abaixo da média 6,0 (conforme gráfico abaixo). Tivemos muitas
trocas de professores, e apesar disso, podemos observar que os alunos melhoram o
desempenho, ficando a maioria acima da média.
8º Ano A – Ensino Fundamental 1º Ano A – Ensino Médio
Produto Final
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
89
REFERÊNCIAS
http://www.youtube.com/watch?v=8XppRMTgIjQ (Acessado em 13 de abril de 2015).
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P.
http://www.dicio.com.br/natural/
https://www.facebook.com/conectalino/
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
90
ESCOLA ESTADUAL LÚCIA MARTINS COELHO34
RECICLEIDÉIAS
LIXOCLAGEM
LÚRECICLA
1º Ano B (E.M.) – Matutino
Professores responsáveis
Ana Andrea Dalloul
8º Ano B - Vespertino
Professores responsáveis
Lucélia Nemersk, Kátia Pavão
Solange Antunes
EJA M2B – Turma 1 – Noturno
Professores responsáveis
Solange Antunes, André Cesar da
Costa, Laurício Joaquim
A escola, de acordo com a LDB 9394/96, visa, entre outros elementos, preparar o
indivíduo para a sociedade. Exigimos que os cidadãos sejam ativos nesta sociedade,
formadores de opinião, líderes, tomem decisões. Desta forma, a escola deve prepará-lo para
este momento.
A escolha das turmas respeitou a solicitação do Conecta, trabalhando com as turmas
com maior dificuldade de aprendizado. No período matutino a escolha foi do 1º Ano B, uma
sala numerosa com problemas de aprendizado e comportamento, no vespertino 8º Ano B, com
alunos multirepetentes com problema de comportamento e aprendizado e no período a turma
da EJA M2B com problemas de aprendizado.
O tratamento racional do lixo é uma necessidade para reduzir a possibilidade de
catástrofe ambiental, que ameaça os centros urbanos. Diversas cidades não têm mais locais
apropriados para armazenar o lixo, e não encontram terrenos apropriados para a criação de
novos aterros sanitários ou lixões. Há materiais que podem ser reciclados e/ou reaproveitados
evitando desperdícios, de gradação ambiental e transtorno social. Os grupos são:
Grupo A: Reciclagem de metais 1: Evolução histórica da exploração dos metais pela
humanidade. Quais são os processos utilizados atualmente para essa exploração,
consequências ambientais e sociais, produtos obtidos e a viabilidade econômica do
reprocessamento ou reciclagem de materiais feitos de alumínio e de aço;
Grupo B: Reciclagem de metais 2: Quais os problemas envolvidos no descarte de
pilhas e baterias contendo os metais, como deve ser o descarte desses materiais? Existe algum
processo de reciclagem viável? Quais são os produtos obtidos? Quais prejuízos ambientais
esses metais acarretam? Quais prejuízos ao ser humano e demais seres vivos?
Grupo C: Reciclagem de plástico: Quais são as principais categorias de plásticos
presentes nas embalagens? Como deve ser sua separação? Maneiras de reaproveitar esses
materiais? Existem processos de reciclagem viável? Quais produtos obtidos? Quais as
34 Diretora: Adão Alves Monteiro. Diretora Adjunta: Déborah Dal Moro.
Coordenador(es) Pedagógico(s): Lílian Paré. PROGETEC: Vanessa Leal
Paes. Multiplicador: Rodolfo Pedroso Rodrigues.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
91
consequências ambientais do uso excessivo e descarte inadequado? Quais atitudes individuais
se devem ter? Qual a viabilidade econômica do reprocessamento ou reciclagem de materiais?
Grupo D: Reciclagem de vidro; O que é vidro? Qual sua composição química?
Existem métodos de reciclagens economicamente viáveis? Quais as vantagens e desvantagens
das embalagens de vidro em relação ao plástico e ao alumínio? Quais as consequências
sociais do seu reaproveitamento?
Grupo E: Reciclagem de papel: A indústria de papel polui muito? Por quê? Quais os
principais poluentes e consequências ambientais desde a produção de matéria prima para a
indústria de papel? Como são os processos de reciclagem de papel? Qual a viabilidade
econômica do reprocessamento ou reciclagem de materiais
O trabalho de pesquisa foi feito na STE e sala de vídeo, utilizando os recursos
midiáticos, as turmas fizeram coleta de lixo, pesquisa de separação do mesmo e buscaram um
fim adequado ao material coletado. O resultado foi dentro do esperado, melhora no
comportamento e nota das turmas escolhidas, a experiência de aprendizado com este trabalho
foi uma oportunidade para se tornar consciente da utilização das tecnologias disponíveis na
escola, como ferramenta didática na educação, e uma oportunidade de trabalhar no sentido de
se aperfeiçoar mais, abrindo assim espaço para novas formas de interação. Foi um grande
diferencial no processo de informação e, se usado de forma coerente, aproveitou todo o seu
potencial educativo.
Foto 1- 1º Ano B,
pesquisa na STE
Foto 2 -Material
Reciclado
Foto 3 -8º Ano B –
Vespertino
Pesquisa na STE
Foto 4 -Trabalho
no Laboratório de
Química
Foto 5 -Trabalho
final, sabão
reciclado.
REFERÊNCIAS
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FALANGOLA.
MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos e BEHRENS, Marilda. Novas Tecnologias e Mediação
Pedagógica. 7ª ed., Campinas: Papirus, 2003.
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini.; MORAN, José Manuel (Org.). Integração das Tecnologias
na Educação: salto para o Futuro. Brasília: Posigraf, 2005. 204p
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
92
ESCOLA ESTADUAL LUISA VIDAL BORGES DANIEL35
REFLETINDO OS DESCRITORES PARA
SUPERAR OS ÍNDICES DE RESULTADOS
5º Ano A/B - Vespertino
DESCRITORES, UMA POSSÍVEL LENTE PARA
O SABER
9º Ano - Vespertino
Professores responsáveis
Walquiria Gonzales Sanches, Cyntia Souza Rodrigues,
Jaqueline Dario Toledo de Moraes, Jodemar Alexandro
Teritan, Tatyane Leite Galvão, Fred Brandão Reis
Simone Costa de Paula
Professores responsáveis
Alexandre Jorge, Tiago José de Oliveira.,
Tatyane Leite Galvão, Fred Brandão dos Reis, Simone
Costa de Paula
O trabalho desenvolvido levou em consideração os resultados das avaliações
Nacionais de Desempenho (Prova Brasil/IDEB), assim, consideramos indispensável conhecer
a concepção dos instrumentos pedagógicos: descritores avaliativos, competências e
habilidades a serem trabalhadas no decorrer do processo de ensino e aprendizagem.
O projeto foi construído com a finalidade de orientar a prática docente com
metodologias inovadoras, tendo como foco o processo de aprendizagem, com ações
colaborativas e a construção da autonomia do aluno por meio de uma proposta pedagógica
coerente com o contexto sociocultural em que está inserida.
Apresentada a proposta aos alunos sobre um trabalho diferenciado, tendo como
ferramenta a tecnologia, após discussão solicitou-se aos estudantes dos 5º anos que
expressassem no papel através de desenho a ideia principal desta proposta, deixando claro que
neste momento estávamos a procura de um slogan, logotipo e outras ideias afins para que o
projeto fosse iniciado. Na STE (sala de tecnologia) com as ferramentas do Paint os alunos
transportaram as ideias do papel para o registro no computador, em seguida, as produções
foram selecionadas por uma equipe formada por professores, alunos e funcionários da escola,
e esse trabalho representou toda a turma durante a execução do projeto.
Foto 1 - Apresentação na mostra
do CONECTA
Foto 2 - trilha que representou a
turma
Foto 3 - Aulão com os
professores
35 Diretora: Rosy Mary Garcia Lopes. Coordenador (es) Pedagógico (s):
Júlia Mara da Silva Martinez e Valéria Aparecida Mendonça de Oliveira
Calderoni. PROGETEC: Jeferson de Oliveira Cardoso. Multiplicador:
Nésio Alamini.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
93
Os professores trabalharam durante quase todo o ano em sala e na STE a organização
dos descritores preparando os alunos para a PROVA BRASIL, mas concomitante, os mesmos
descritores foram utilizados para a produção do produto final do projeto que foi a construção
de um jogo de trilha, e esse, construído a partir da interação entre professores e alunos com a
utilização de pesquisas on-line de jogos com essas características e escolha dos descritores
tanto de Português como de Matemática que fariam parte do jogo.
A execução do projeto possibilitou a preparação dos alunos dos 5° anos para a PROVA
BRASIL de forma lúdica, ajudando na aquisição e fixação de conteúdos que são exigidos para
a proficiência não só para a prova, mas também para a série estuda. O que se percebeu durante
o processo foi o envolvimento gradual e natural dos alunos diante da pedagogia proposta para
a realização do projeto.
DESCRITORES, UMA POSSÍVEL LENTE PARA O SABER
A Escola Estadual Luisa Vidal Borges Daniel, vem melhorando os padrões de
aprendizagem esperados pela comunidade escolar, como aponta o diagnóstico da avaliação
em larga escala em âmbito nacional/IBED - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica.
Entre as propostas discutidas com prioridades a serem selecionadas para 2015, surgiu a
necessidade de adequação e retomada cotidiana dos descritores e distratores que permeassem
esta avaliação, objetivando a aprendizagem dos alunos.
Diante do quadro educacional da escola, entendeu-se a necessidade de intervenção
cotidiana, construindo políticas específicas e práticas pedagógicas para atender às demandas
delineadas para a avaliação, bem como diagnosticar os principais fatores que influenciaram no
desempenho dos alunos.
O Projeto CONECTA contribuiu na buscar de melhorias no desenvolvimento
educacional de nossos alunos. Alinhando a linguagem e as ferramentas do conhecimento
tecnológico com os saberes do currículo escolar e a matriz de proficiência proposta pela
avaliação externa.
O método de aprendizagem: optamos por fazer a retomada cotidiana dos “descritores e
distratores” que permeiam a avaliação externa, como também, diagnosticar os principais
fatores que influenciam no desempenho dos alunos, objetivando melhorar esta aprendizagem.
Na prática de Sala de Aula, os alunos levaram todas as sextas-feiras uma Atividade
Complementar para casa como tarefa, com exercícios fundamentados nos descritores
propiciando a cada semana, a reflexão sobre atividades vinculadas a este saber. Nas segundas-
feiras foram feitas as correções e discussões dos principais problemas encontrados por eles na
resolução dos exercícios. Na STE, as aulas tiveram a seguinte dinâmica: encontrados os
problemas gerais e específicos da turma ou de grupo de alunos, até mesmo o de indivíduos,
foram incentivados e orientados a buscarem a aquisição desse conhecimento via pesquisa na
internet. Navegaram em sítios orientados pelo professor; sítios, estes, voltados para os
descritores. O registro individual do aluno foi realizado em programas de edição de texto e
slide.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
94
A culminância desse projeto se deu em uma aula super dinâmica que teve a seguinte
proposta: o estilo foi o de disputa entre grupos; a turma foi dividida em grupos de quatro
integrantes; para responder às questões apresentadas; podiam conversar entre si e apresentar a
alternativa; foram fornecidas placas com as opções de resposta A/B/C/D; o tempo era um
fator de pressão.
Durante a aula houve várias participações de outros professores, música ao vivo,
curiosidades que diversificaram a aula e tornou esse momento muito especial, fechando
assim, um ciclo de dedicação entre docentes e discentes com o objetivo de manter as
conquistas da escola que é o índice em torno de 6,0 no IDEB nacional.
REFERÊNCIAS
http://rachacuca.com.br/quiz/18402/lingua-portuguesa-gramatica
http://profwarles.blogspot.com.br/2013/01/blog-post_15.html
http://www.ensinocerto.com.br
http://www.mec.gov.br
http://www.gilmaths.com.br
http://www.atividadeseducativas.com.br
http://www.soportugues.com.br
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VIANNA, Heraldo M. Avaliação: considerações teóricas e posicionamentos. Estudos em Avaliação
Educacional, São Paulo, v.16, p. 5-35, jul., dez., 1997.
VIGOTSKY, Lev Semenovitch. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos
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SOUZA, Francisco das C. O modelo educacional e seu impacto sobre a dimensão pedagógica da
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AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
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AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
96
ESCOLA ESTADUAL MAESTRO FREDERICO LIEBERMANN36
TV – MAESTRO
DOCUMENTÁRIO
3º Ano A e B (matutino)
Professores responsáveis: Gislaine Marin dos Santos
Mattos, Rita Regina Cardoso Diniz, João Carlos Leal
Cunha, Odair Marques Pereira, Mirian de Souza
Gualberto, Teresa Cristina Graça, Terezinha Massuda
da Cruz Oshiro, Reginaldo de Oliveira Borges
3º Ano C (Noturno)
Professores responsáveis: Rita Regina Cardoso Diniz,
Durval Rabelo Guimarães Filho, Hemyrtz Mayckhy de
Oliveira, Marcos Umbelino Cintra, Marta Gomes
Sandim, Odair Marques Pereira, Reginaldo de Oliveira
Borges, Mário Texeira Delmondes
Inicialmente as Tecnologias de Informação e Comunicação - TICs começaram a
adentrar no ensino e na aprendizagem sem uma real integração às atividades de sala de aula,
mas como atividades adicionais.
A partir de projetos desenvolvidos sob a orientação da coordenação e do professor
gerenciador de tecnologia facilitaram o uso da sala de tecnologia e o acesso à Internet, que
contribui para expandir o acesso à informação atualizada e, principalmente, para promover a
criação de comunidades colaborativas que privilegiam a comunicação, permitem estabelecer
novas relações com o saber que ultrapassam os limites dos materiais instrucionais tradicionais
e rompem com os muros da escola, articulando-os com outros espaços produtores do
conhecimento, o que poderá resultar em mudanças substanciais em seu interior.
Criam-se possibilidades de redimensionar o espaço escolar, tornando-se aberto e
flexível, propiciando a gestão participativa, o ensino e a aprendizagem em um processo
colaborativo, no qual professores e estudantes trocam informações e experiências entre eles e
entre as outras pessoas que atuam no interior da escola, bem como outros agentes externos.
O uso adequado das novas tecnologias pode estimular a participação, valorizar a
iniciativa, os avanços coletivos e individuais e contribuir para uma aprendizagem significativa
a partir do estudo do meio ambiente no contexto escolar.
Nesta perspectiva as turmas que desenvolveram o projeto foram os terceiros anos nos
períodos matutino e noturno, pois as mesmas serão avaliadas pelo ENEM e ingressar na
faculdade, além das notas baixa e desamino para estudar, o conecta foi uma forma de
melhorar seu desempenho escolar.
36 Diretora: Giovane Caetano Lima. Coordenador(es) Pedagógico(s):
Madalena Aparecida Gabriel. PROGETEC: Genghis Carlos Bernal Netto.
Multiplicadora: Rosângela Ribeiro do Prado Baird.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
97
A escola tem diversos materiais como lousa digital, computadores com acesso a
internet, Datashow, equipamento de som e áudio, sala de tecnologia, projetor integrada, entre
outros. São muitos os casos de sucesso na utilização da tecnologia na sala de aula como aliada
no processo de ensino aprendizagem, provando assim que o uso das TIC‟s pode e deve ser
uma prática constante na metodologia e didática do docente, a inclusão da informática como
recurso pedagógico é mais do que querer, é fundamental para desenvolver todas as
possibilidades do saber. Haetinger (2005).
A iniciativa de realizar um projeto de ensino com alunos do terceiro ano do ensino
médio tem como objetivo promover a aprendizagem interdisciplinar contextualizada,
envolvendo a realidade social do educando no meio ambiente no qual está inserido.
O projeto teve seu início no primeiro bimestre, quando a coordenação pedagógica
juntamente com os professores definiu quais projetos seriam aplicados durante o ano, e o
professor gerenciador de tecnologia ficou responsável pelo suporte para o uso das TIC‟s. Após
a reunião, a turma escolhida começou a ser preparada para a elaboração, edição e formatação
dos projetos, como na sequência:
01 - Edição de Vídeo: Aprendendo
Estudantes que se identificaram com edição de vídeo, se apresentaram para o
PROGETEC, iniciamos o estudo sobre os programas Windows Movie Maker e Sony Vegas
Pro 13, sua interface e ferramentas.
A escola possui gravador de áudio profissional, assim conseguimos gravar imagens
com sons de ótima qualidade, os estudantes realizavam essas gravações e depois formatava no
notebook da escola os arquivos.
02 – Eventos na Escola
Todos estudantes que participaram do curso de edição de vídeo, foram separados para
a gravação e edição, assim, cada projeto que a escola apresentava ou participava, essa equipe
estava preparada para fazer toda parte cinematográfica. Os projetos que durante o ano foram
apresentados pela escola como a educação ambiental (Passeio no CRAS, Horta, Palestras),
centrada no estudo dos problemas em seu contexto social que permitiram aos estudantes
analisarem os problemas, as situações e os acontecimentos em um contexto e em sua
globalidade, procurando estabelecer conexões entre os vários pontos de vista.
O trabalho realizado pelo professor de física, sobre o uso consciente da energia
elétrica, demonstra que a implementação de metodologia inovadora dirigida para objetivos
como os mencionados pode ser realizada com possibilidades de sucesso quando se utiliza
projeto de ensino para conceber e organizar as ações e atividades a serem desenvolvidas pelos
alunos.
Além das aulas experimentais de Química e Biologia, nesta perspectiva os estudantes
observaram que os trabalhos em grupo, com atividades de pesquisa desenvolvidas pelos
próprios estudantes, tiveram mais envolvimento dos mesmos na escolha das atividades a
serem desenvolvidas, promoveram a socialização no desenvolvimento.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
98
Para Demo (2006), a escola precisa se situar nas habilidades do século XXI, que,
mesmo ainda não estando presentes no contexto de algumas escolas podem aparecer em casa,
no computador, na internet, na “lan house”. O autor sugere uma grande mudança, a qual deve
começar com o professor. “Não há como substituir o professor. Ele é a tecnologia das
tecnologias e deve se portar como tal”.
O projeto Conecta TV Maestro – Documentário pretende auxiliar na formação de
profissionais que queiram quebrar paradigmas transformando os alunos em seres reflexivos,
conectados, compartilhados com o processo de ensino-aprendizagem através do
desenvolvimento de atividades diferenciadas das aulas regulares e jogos educacionais lúdicos,
interativos e desafiadores.
Neste projeto buscou-se verificar se o recurso tecnológico oferecido como software de
edição de vídeo, de forma efetiva, os professores a mudar a didática em relação ao preparo de
suas aulas e recursos de apoio à aprendizagem com as tecnologias das informações.
Como diz Moran 2000, os avanços das novas tecnologias vêm afetando vários
aspectos da vida cotidiana e escolar. Nesse sentido, a escola, como parte importante da
sociedade e do mundo, não poderia ignorar esse processo.
A educação e a tecnologia formam uma importante parceria. É através dessas
inovações que acontece a inclusão no mundo digital, porém é necessária a conscientização da
aliança que deve ser feita entre a educação e o ensino tecnológico, as possibilidades de uso do
computador como ferramenta educacional estão crescendo e os limites dessa expansão são
desconhecidos.
O projeto Conecta 2015 foi enriquecedor e permitiu compreender a interferência
positiva do software na didática dos professores em relação às suas aulas e deixou claro,
também, que a democratização do acesso aos produtos tecnológicos é um grande desafio e
para que todos tenham informações e utilizem-se das novas tecnologias, é preciso um grande
esforço político. Assim os estudantes melhoraram seu desempenho escolar, sendo mais
participativo, pois participou ativamente do processo, motivando e dando sentindo no que está
estudando. Enriquecedor foi observar que 95% dos estudantes fizeram o Exame Nacional do
Ensino Médio, e até o fechamento deste projeto, as notas aumentaram significativamente.
O trabalho final foi o vídeo sobre o documentário dos eventos que aconteceram
durante o ano letivo de 2015 no ponto de vista dos estudantes.
Foto 1 - Aprendendo a
Editar Vídeo
Foto 2 - Apresentação
Trabalho de Física
Foto 3 - Gravação da
Palestra
Foto 4- Edição Vídeo
com Programa Sony
Veja Pro13
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
99
REFERÊNCIAS
BARRETO, Aldo de Albuquerque. Os Agregados de Informação – Memórias,
esquecimento e estoques de informação. DataGramaZero – Revista de Ciência da Informação
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DEMO, Pedro. Formação Permanente e Tecnologias Educacionais. Petrópolis: RJ:
Editora Vozes, 2006.
ESCOLA, Nova. Computadores na pré-escola. Disponível em:
<http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/computadores-pre-escola-
556251.shtml>. Acesso em: 23 de novembro de 2015.
HAETINGER, Max G. O Universo Criativo da Criança na educação: coleção Criar.
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MORAES, Maria Cândida. Novas Tendências para o Uso das Tecnologias da
Informação na Educação. Brasília, 1998.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
100
ESCOLA ESTADUAL MAESTRO HEITOR VILLA LOBOS37
FAUNA E FLORA DE CAMPO
GRANDE
PEQUENO ECONOMISTA
MACHADO DE ASSIS EM
QUADRINHOS
2º Ano A (E.M.) Matutino
Professores responsáveis
Cristina da Silva
Márcia Rozeli Antunes
7º Ano C (E.F.)Vespertino
Professores responsáveis
Ivete Xavier Gomes da Silva
Cláudia Macedo Nazaro
2º Ano D (E.M) - Noturno
Professores responsáveis
Lindinalva da Silva Leal Madalena
Aparecida Paschoalino da Silva
O projeto foi desenvolvido no período matutino com os alunos do 2º ano, turma A,
com o tema “Fauna e Flora de Campo Grande – MS”, pois a Educação Ambiental torna-se
imprescindível para a conscientização de que cada indivíduo é responsável pela construção de
um mundo justo e equilibrado ecologicamente, requerendo responsabilidade individual e
coletiva, onde será possível criar e aplicar maneiras sustentáveis de interação sociedade-
natureza. A fauna e a flora, assim como os demais recursos ambientais, exercem uma função
no ecossistema, e são indispensáveis para o seu equilíbrio. É dizer que cada um dos elementos
do ecossistema tem uma missão a cumprir para mantê-lo estruturado e em harmonia.
Após uma conversa com a direção, coordenação e professores, optamos pelos alunos
do 2º A, pois no ano anterior foi uma sala problemática, com notas baixas a e indisciplina
elevada, fatores fundamentais para tornar-se uma turma prioritária.
Foto 1- Aprendendo a construir
gráficos de comparação de gastos
Foto 2- Início do Projeto, coleta
de dados
Foto 3 - Produção da História em
quadrinho
No turno vespertino, a turma escolhida como prioritário foi o 7º ano, turma C, pois é
uma sala que apresenta muita dificuldade de aprendizagem e indisciplina. O tema escolhido
foi “Pequeno Economista”. Observamos a importância do tema, e da necessidade de se
introduzir esse conteúdo ao currículo escolar, justifica-se o desenvolvimento do mesmo, tendo
ainda a finalidade de executar ações de Educação no Ambiental nas Escolas. Assim, torna-se
importante conscientizar os estudantes a respeito da Economia de Água e Energia. A escola
37 Diretor: Charles Kulhawa Filho. Diretora Adjunta: Suzana Soares de
Lima e Silva. Coordenadores Pedagógicos: Eva Miranda Insfran, Patrícia
Machado da Costa Morais e Marilene de Freitas Silveira. PROGETEC:
Elaine da Silva Arce. Multiplicadora: Angela Suely da Silva.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
101
tem papel fundamental na ação educativa para o Meio Ambiente e é o espaço determinante de
formação de cidadãos conscientes e críticos.
O período noturno, o projeto foi realizado com os alunos do 3º ano, turma D, sendo
turma prioritária por serem alunos que iriam fazer a prova do ENEM. O ponto de partida que
orienta a construção deste projeto baseou-se no desenvolvimento de atividades de Língua
Portuguesa para que promovam tanto a aprendizagem significativa sobre as obras do autor
Machado de Assis.
Para Moran (1998), cada docente pode encontrar sua forma mais adequada de integrar
as várias tecnologias no procedimento metodológico. A mídia não vem com uma receita
pronta, é de suma importância que cada professor descubra o que mais lhe agrada, que
melhore o seu método de ensinar e o que facilita a aprendizagem dos seus acadêmicos. Foi
baseado no pensamento de Moran que reunimos para planejar o desenvolvimento do projeto,
que foi decidido da seguinte forma.
Os alunos do 2º ano A foram organizados em grupos e cada grupo teve um tipo de
pesquisa com o foco nas plantas e animais frequentes na região de Campo Grande – MS.
Coletaram informações e imagens sobre o conteúdo a ser pesquisado (fotos e pesquisa
bibliográfica). Os grupos descreveram os seres vivos fotografados, de modo geral. As
informações devem ser padronizadas de modo que se possa manter o caráter científico da
pesquisa. Após diversas aulas na sala de tecnologia da escola e todas as informações
necessárias colhidas, os alunos produziram um vídeo com os materiais e exposição das fotos.
O Projeto Pequeno Economista iniciou com apresentação aos alunos e aos pais,
diversos debates em sala de aula, procurando integrar o assunto em diversas situações de
pesquisa e atividades que envolvam criatividade e participação efetiva dos alunos, educadores
e comunidade escolar. Levantaram-se dados das contas de água e energia, os alunos
aprenderam a produzir tabelas e gráficos de comparação de gastos, foi produzido um folheto
informativo, com as principais dicas de como economizar água e luz. Foi utilizado como
recurso tecnológico a sala de tecnologia, data show e a máquina fotográfica.
Após realizar a pesquisa e leitura dos principais contos de Machado de Assis, cada
dupla escolheu o seu conto e iniciaram a produção da história em quadrinhos, onde os alunos
teriam que mandar a originalidade e criar a ilustração. O projeto foi todo desenvolvido na sala
de tecnologia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os alunos do período matutino produziam um vídeo contendo informações e imagens
sobre o conteúdo a ser pesquisado (fotos e pesquisa bibliográfica), descrição os seres vivos
fotografados, de modo geral. Realizaram na culminância do projeto exposição das fotografias.
Foi observado pela professora que os alunos apresentaram uma grande melhora ao termino do
projeto, tanto na disciplina quanto na concentração durante as aulas, os alunos se mostraram
mais interessados pelo conteúdo aplicado.
O produto final do projeto do vespertino foi à produção de folhetos explicativos com
dicas de economia de água e luz e também o gráfico de comparação da economia feita pela
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
102
turma. Relatamos que a turma apresentou uma grande melhora durante o desenvolvimento do
projeto, maiores interesses na produção de gráficos e tabelas de comparação de dados tiveram
depoimentos de algumas mães que relatou como mudou o comportamento de seus filhos
dentro de casa.
O projeto conecta escola do noturno teve como produto final um livro online e
impresso dos contos de Machado de Assis em forma de história em quadrinhos, a professora
relatou que percebeu uma grande melhora na leitura, escrita mais principalmente na
interpretação de textos.
Foto 4 - Exposição das
fotografias
Foto 5 - Montagem do
Folheto
Foto 6 - Correção e Formatação dos
contos
REFERÊNCIAS
MORAN, José Manuel. Ensino e Aprendizagem inovadores com a tecnologia. SP: Paulinas,
1998.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
103
ESCOLA ESTADUAL MANOEL BONIFÁCIO NUNES DA
CUNHA38
SAÚDE E MEIO AMBIENTE
DIVERSIDADE CULTURAL BRASILEIRA
2º Ano A (E.M.) – Matutino
Professores responsáveis: Elizete Nascimento,
Lidiane Cruz, Washington Ramos, Robson Ramalho
Marcelo Santo Oliveira, Moises Francisco de Paula
8ºe 9º Ano A - Vespertino
Professores responsáveis: Emilio da Costa Feliz,
Nicelene Alves, Marilene Muñoz, Márcia Andréa
Pedro Paulo Benevides, Jaquelini Romão
Rosilda Garcia
Inicialmente a escolha das turmas levou certo tempo para acontecer, porém, algumas
atitudes dos alunos contribuíram para a escolha do tema a ser trabalhado com a classe, o 2º
Ano A foi selecionado para desenvolver o tema Saúde e Meio Ambiente, pelo fato de
demonstrarem descaso com assuntos referentes à saúde e a natureza, além disso, foram
observadas atitudes grotescas de desperdício de água por parte desses alunos.
As turmas do 8º e 9º Ano A foram selecionadas para o desenvolvimento do 2º tema:
Diversidade Cultural Brasileira pelo fato de apresentarem atitudes de desrespeito um com o
outro, e também havia alunos que criavam rótulos referindo-se à alunos da sala de aula e de
outras turmas do âmbito escolar.
Pensando em aspectos de promoção da saúde e preservação do meio ambiente foi
proposto aos alunos do 2º Ano A fazerem uma pesquisa na sala de tecnologia sobre o
desmatamento, falta de água no planeta e a relação que a saúde tem com o ambiente. Após o
término das pesquisas, os educandos prepararam uma apresentação no Power Point e
apresentaram para as outras turmas da escola com a utilização do Data Show.
De acordo com os PCNS (1997):
A demanda global dos recursos naturais deriva de uma formação econômica
cuja base é a produção e o consumo em larga escala. A lógica, associada a
essa formação, que rege o processo de exploração da natureza hoje, é
responsável por boa parte da destruição dos recursos naturais e é criadora
de necessidades que exigem, para a sua própria manutenção, um
crescimento sem fim das demandas quantitativas e qualitativas desses
recursos.
Percebe-se que a saúde e o meio ambiente tem uma relação de grande valia, na qual
uma influência a outra, e para que se tenha uma boa qualidade de vida esses requisitos devem
38 Diretora: Leonor Viveiros (Leninha). Coordenador (es) Pedagógico(s):
Dermival PROGETEC: Rafael Bruno Peres. Multiplicador: Roberto
Wagner Andrade da Silva.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
104
estar em equilíbrio, no entanto, a escassez de água, o desmatamento desenfreado e práticas
não sustentáveis estão destruindo cada vez mais as fontes naturais do planeta.
Dessa maneira, foi planejada pelos alunos a criação de uma horta educacional para
contribuir com uma alimentação saudável na unidade escolar, e foram plantadas várias
hortaliças, plantas aromáticas e até algumas utilizadas como medicamentos, um projeto que
despertou a colaboração dos alunos enriquecendo seus conhecimentos, aprimorando
experiências e o valor nutritivo das refeições.
Segundo Araújo (2011) é importante o consumo das hortaliças produzidas na escola na
qual envolveram os alunos, além de proporcionar nos educandos um sentimento de satisfação
em poder se alimentar das hortaliças que ajudou a cultivar, o aluno aprende o valor dos
alimentos assim como seus benefícios para a saúde e para a qualidade de vida.
Contudo, foi realizada uma culminância do projeto “Saúde e Meio Ambiente” na qual
os alunos executaram uma exposição de telas de diferentes paisagens, mostruário de
hortaliças cultivadas na escola, cartazes com dicas de saúde e apresentação dos trabalhos no
Power Point utilizando o notebook, cabo HDMI e TV para a comunidade.
Nas turmas do 8ºe 9º Ano A os alunos foram divididos em grupos e cada grupo ficou
responsável por um tema referente à diversidade cultural brasileira, os grupos fizeram várias
pesquisas na sala de tecnologia para conhecer as diferentes culturas existentes no Brasil e
como os outros países também influenciam em vários aspectos da nossa cultura.
A inserção dos processos de mídia no sistema educacional vem de longo
tempo, ganhando espaço com o avanço tecnológico e a percepção do
professorado a respeito das necessidades de uma nova estruturação no
sistema educativo. (OLIVEIRA, 2012).
A diversidade cultural é a riqueza da humanidade. Para cumprir sua tarefa
humanista, a escola precisa mostrar aos alunos que existem outras culturas
além da sua. Por isso, a escola tem que ser local, como ponto de partida,
mas tem que ser internacional e intercultural, como ponto de chegada. (...)
Escola autônoma significa escola curiosa, ousada, buscando dialogar com
todas as culturas e concepções de mundo. Pluralismo não significa
ecletismo, um conjunto amorfo de retalhos culturais. Significa sobretudo
diálogo com todas as culturas, a partir de uma cultura que se abre às
demais. (GADOTTI apud FERNANDES, 2005, p. 386.
Os alunos após várias pesquisas na sala de tecnologia começaram a realizar a parte
prática do trabalho, na qual utilizaram as informações que foram encontradas na internet para
iniciarem a criação de maquetes, ensaios de danças, preparação de comidas típicas para
apresentarem para a comunidade escolar e para os responsáveis.
Foto 3-Pesquisa na STE
Foto 14-Produção de
Slides
Foto 15- Horta
Educacional
Foto 16- Grupo Cultura
Paraguaia
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
105
Portanto, foi montado um banner de cada um dos projetos que foram executados na
escola, contendo imagens dos trabalhos produzidos, como: maquetes, pinturas em tela,
apresentações utilizando os recursos midiáticos disponíveis no âmbito escolar.
Foto 17- Banner: Saúde e Meio
Ambiente
Foto 7- Banner: Diversidade
Cultural
Foto 18- Maquete Fazenda
de Engenho
SAÚDE E MEIO AMBIENTE/ DIVERSIDADE CULTURAL BRASILEIRA
QUESTIONÁRIO ANTES
N° DE ALUNOS
DEPOIS
N° DE ALUNOS AÇÕES
Sim Não Sim Não Palestra
Turbidímetro
Horta
Pesquisa na STE
Power point
Grupo de estudo
Você desperdiça água? 38 32 18 52
Possui alimentação saudável? 28 42 38 32
Respeita o meio ambiente? 36 34 53 17
Você respeita os colegas de
sala? 24 46 41 29 Grupo de estudo e pesquisa
Maquete e apresentação de
dança
Grupo de estudo e pesquisa
Campanha: Eu Respeito o
Professor
Você respeita o professor? 42 28 54 16
Participa das atividades em
sala? 37 33 55 15
Respeita individualidade dos
colegas? 27 43 41 29
Foi de grande valia a realização do Projeto Conecta que proporcionou a equipe
pedagógica e também aos alunos uma metodologia de ensino mais dinâmico e interdisciplinar
envolvendo as tecnologias e os recursos existentes na escola.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Michell P.; DRAGO, Rogério. Projeto Horta: A Mediação Escolar Promovendo
Hábitos Alimentares Saudáveis. Revista FACEVV | ISSN 1984-9133 | Vila Velha | Número 6 Jan./Jun.
2011.
FERNANDES, José Ricardo. Ensino de História e Diversidade Cultural: Desafios e
Possibilidades. Cad. Cedes, Campinas, Vol. 25, n. 67, p. 378-388, set./dez. 2005.
SOUZA, Gilson Luiz Rodrigues; OLIVEIRA, Tiago Mendes. Os Recursos Midiáticos como
Instrumentos Facilitadores da Aprendizagem. Revista Brasileira de Educação e Cultura- Número
VI, jul. –dez. 2012, trabalho 06, p. 75-80.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
106
ESCOLA ESTADUAL MARIA CONSTANÇA BARROS
MACHADO39
A CRISE HÍDRICA E
ECOÉTICA
BLOG E GOOGLE DRIVE:
FERRAMENTAS DIDÁTICAS
NO ENSINO DA GEOGRAFIA
PROJETO LINGUAGENS
2º Ano C (E.M.) – Matutino
Professores responsáveis
Laise Cristina Souza Magalhães
9º Ano A/B (E.F.) - Vespertino
Professores responsáveis
Claudia Rodrigues Gonçalves
1º Ano G (E.M.) - Noturno
Professores responsáveis
Mônica Cardoso Sa
Thiago Simioli
A E.E. Maria Constança Barros Machado neste ano letivo buscou incentivar iniciativas
que utilizassem o aluno como produtor de conhecimento e a tecnologia. Com o objetivo de
apresentar aos alunos aulas mais atraentes, pensou-se no uso das TIC´s de maneira dinâmica e
participativa, levando o aluno a criar diversas ferramentas diferentes, com potencial para
reinventar o trabalho pedagógico. O 2º ano C do turno matutino abordou um tema que foi
muito debatido no final do ano passado, a crise hídrica e ecoética. Blog e Google Drive:
Ferramentas Didáticas no Ensino da Geografia, dos 9ºs anos A e B do turno vespertino
apresenta seu projeto baseado nas ferramentas mais atuais para educação tecnológica
disponíveis para a escola.
No noturno foi observado o desinteresse e a evasão escolar, por isso um projeto que
elevasse a alto estima e a participação dos alunos do 1º ano G. Estas possibilidades, além da
facilidade de utilização, organização de conteúdos e comentários, ampliam as possibilidades
de complementar as aulas de forma inovadora e atraente, permitindo estabelecer a interação
entre alunos/professores e diferentes tecnologias.
Foto 1- alunos do 2ºC
realizando pesquisas na
STE
Foto 2 - Crise hídrica -
culminância
Foto 3 - 9ºs - atividade
disparadora
Foto 4 - Conecta Geo -
Avaliação Online
Com o objetivo de promover o debate e o censo crítico do aluno, possibilitando o
mesmo a se tornar um pesquisador e construtor de seus materiais, a professora Laise Cristina
39 Diretor: Anderson Soares Muniz. Diretora Adjunta: Geruza Aparecida
Ferreira Saraiva Barbosa. Coordenador(es) Pedagógico(s): Marilene Leal
Cunha. PROGETEC: Thiago Gonçalves Vaz. Multiplicador: Roberto
Wagner Andrade.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
107
Souza Magalhães, da disciplina de Biologia no turno matutino, buscou o tema da crise hídrica
e a ecoética, para debater e transformar em um projeto que atingisse toda a comunidade
escolar para medidas simples, mas com efeitos.
O projeto iniciou na sala de aula e partiu para a sala de tecnologia educacional, como
aliada na construção do conhecimento e dos produtos finais dos alunos. A professora usou dos
temas transversais ligadas a sua disciplina, bem como seu objetivo de culminância, sendo
apresentado no dia dos projetos de área de ciências biológicas, que ocorreu no início do
segundo semestre do corrente ano letivo.
A professora organizou um cronograma juntamente com a coordenação pedagógica e o
progetec, ficando acertado que ocorreria aulas quinzenalmente, primeiramente para pesquisa e
depois para construção do produto final para a culminância. Deste projeto surgiu subprojetos
como a horta sustentável e o sabão biodegradável.
No periodo vespertino a coordenação pedagógica se deparou com uma problemática,
justamente com o livro didático dos alunos do 9ºs anos, pois a turma superou a expectativa em
número de matrículas e a quantidade de livros foi insuficiente para atender a todos os alunos,
fator este que gerou indisciplina durante as aulas de geografia. Durante o planejamento da
professora, o progetec apresentou algumas sugestões de projetos, com intuito de superar esta
dificuldade.
Foto 5 - Conecta Geo - Blog
Foto 6 - Conecta Geo -
Avaliação Google Drive
Foto 7 - Projeto de
Linguagens
Foto 8 - Projeto
linguagens
apresentação
A professora Claudia Rodrigues Gonçalves aderiu ao projeto Blog e Google Drive:
Ferramentas didáticas no ensino da Geografia, que foi muito bem aceito pelas turmas onde
seria implementado, pois alia a tecnologia e a educação de maneira integradora e inovadora.
Muitos dos alunos nunca tiveram contato com estas duas ferramentas. Foram realizados além
de uma pesquisa de opinião, para descobrir os conhecimentos prévios dos alunos sobre as
tecnologias disponíveis não somente na escola, mas no dia-a-dia e o seu uso como ferramenta
pedagógica. A professora, juntamente com a coordenação e o progetec, organizaram o
cronograma de ação, onde as aulas seriam realizadas todas as quintas-feiras na sala de
tecnologia educional, primeiramente para conhecer as plataformas e num segundo momento
para construir um blog para ser utilizado como ferramenta educativa, sendo atualizado
quinzenalmente ou de acordo com a necessidades dos conteúdos. Nas sextas-feiras os alunos
utilizariam em sala de aula as postagem, acessando do celular ou tablet, previamente
organizado pela professora. Também criaram um grupo de contato para troca de informações
entre os alunos, administrado pela professora e o progetec. A cada bimestre foi realizado uma
avaliação mensal usando o formulário disponível no Drive do Google. O projeto foi realizado
com sucesso e dele surgiram ideias de fabricação de aplicativos para celulares e tablets.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
108
No período noturno o problema enfrentado é a evasão escolar e a baixa alto estima dos
alunos. Aproveitando as atividades transversais, foi sugerido pela coordenação pedagógica a
execução do Projeto de Linguagens. Os professores das áreas de linguagens estimularam o
senso criativo e artístico dos alunos.
Utilizaram a Sala de Tecnologia Educacional para fomentar as pesquisas e construir
os materiais de apresentação, além de criação de vídeos e produções textuais. Os alunos
levaram um trimestre para organizar seus materiais e expor na culminância no ínicio de
novembro. Uma grande festa com apresentações de releituras de peças teatrais, poemas,
cultura estrangeira, música e dança, além de promover debates sobre temas polêmicos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A turma do 2º ano C matutino, desenvolveu o tema com desenvoltura e promoveu
além disso um desdobramento para novos temas, transformando uma ideia inicial em novas
possibilidades de conhecimento. Eles souberam lidar com a proposta de trabalho e
desenvolveram materiais em maquetes, slides e vídeos.
Os 9ºs anos participaram ativamente do projeto, enganjados em todo o processo, desde
o inicio com a pesquisa sobre tecnologia, bem como descobrir novas possibilidades através de
ferramentas de estudo mais atrativas aos alunos.
Eles realizaram as avaliações mensais online e construiram, cada turma sua página em
blog para interação da turma. No noturno o projeto oportunizou aos alunos construirem seu
conhecimentos por meio da pesquisa sistematizada e orientada pelos professores das áreas de
linguagens e suas tecnologias. O projeto Conecta Escola 2015 foi diferencial na utilização das
tecnologias existentes na Unidade Escolar e também promoveu uma nova possibilidade na
abordagem pedagógica dos alunos e dos professores.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Fernando José de. Educação e Informática. Os computadores na escola. SP:
Cortez, 1988.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
109
ESCOLA ESTADUAL MARIA ELIZA BOCAYUVA CORRÊA DA
COSTA40
MOCHILEIRO DA CIÊNCIA
2º ANO A-B-C (EM)- MATUTINO/VESPERTINO
Professores responsáveis:
Ricardo Capiberibe, Rogers Espinosa de Oliveira
A realização do projeto Conecta Escola na Escola Estadual Maria Eliza Bocayuva
Correa da Costa abordou o ensino de ciências naturais por meio da Sustentabilidade. Para tal
foi decidido a montagem de um sistemas térmicos de baixo custo, como aquecedor solar,
forno solar e garrafas térmicas, com a possibilidade de serem implementados e utilizados pela
comunidade escolar. Observando as componentes curriculares optou-se em estabelecer a
aplicação do trabalho nas turmas de segundo ano.
Segundo Isquierdo e Cols.(1999 apud GUIMARÃES 2009) a experimentação pode
ter diversas funções dentre elas a de se desenvolver atividades práticas, testar hipóteses,
ilustrar um princípio ou como investigação, sendo o último o que mais auxilia o aluno no
processo de aprendizagem. No entanto, o que mais é observado dos professores quanto à
utilização dessas atividades experimentais, é o seu uso, na maior parte das vezes, como
simples ferramentas utilizadas para comprovar aquilo que foi visto na teoria.
Para Ausubel (1968 apud RONCA 1980 p. 59), “a estrutura cognitiva [...] é o principal
fator que influencia a aprendizagem”. Sendo assim, são necessárias atividades que levem essa
estrutura cognitiva em conta de modo que permitam uma melhor organização por parte do
aluno. O professor irá atuar de modo a intermediar essa relação entre o aluno e o
conhecimento. Dessa forma, ele deverá estar a par dos métodos que podem ser utilizados para
auxiliar o aluno nesta busca pelo conhecimento. Tendo isso em vista, faz-se necessário o
desenvolvimento de atividades experimentais que busquem o desenvolvimento de uma
aprendizagem significativa. Para isso, os novos conceitos devem ser relacionados a um
preexistente na estrutura cognitiva dos alunos. Isso poderá ser feito pelo uso de alguns
recursos descritos por David Ausubel como o uso de organizadores prévios.
40 Diretora: Luciene Maria Ferreira. Diretora Adjunta: Miriam Conceição
Fernandes. Coordenador(es) Pedagógico(s): Auria Maria Cruz da Silva,
Sonia Pereira Ricartes e Sandra Loureiro Seleghim Boaventura.
PROGETEC: Edison Maziero. Multiplicadora: Rosângela Ribeiro do
Prado Baird.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
110
O organizador prévio é um material introdutório que é apresentado ao
estudante antes do conteúdo que vai ser aprendido. É formulado em
termos que já são familiares ao aluno e apresentados num nível mais alto
de abstração e generalidade. Consiste em informações amplas e genéricas,
quer servirão como pontos de ancoragem para idéias mais específicas,
quer virão no decorrer de um texto didático ou de uma aula. As
informações poderão ser relacionadas com as mais genéricas, mostrando
aos alunos, como o caso particular exemplifica os princípios gerais
contidos nos organizadores. (RONCA, 1980, p. 69).
Tendo isso em mente, atividades experimentais podem ser ferramentas utilizadas pelo
professor para auxiliar seus alunos a desenvolverem uma aprendizagem significativa. No
entanto, essas atividades devem ser bem elaboradas para que permitam que se alcance os
resultados esperados.
Para a realização deste trabalho as turmas foram redimensionadas em grupos, cada
grupo teve um líder e ficou responsável por um projeto: Aquecedor Solar, Forno Solar,
Garrafa Térmica PET 1,5 dl e Garrafa Térmica PET 1 dl.
Foto 1 - Professor
Orientando os
trabalhos
Foto 2 - Professor
Orientando os
trabalhos
Foto 3 - Alunos
realizando as
experiências
Foto 4 - Alunos
realizando as
experiências
Cada líder se reuniu com os professores para apresentar a proposta e o esquema do
projeto, os professores orientaram quanto o que deveria ser realizado, estabelecendo
cronograma de datas para apresentação do projeto e do conteúdo científico.
Após o término do projeto estava previsto o teste de eficiência dos aparelhos, porém
devido intercursos da pesquisa, o aquecedor foi danificado, necessitando ser refeito.
Conforme a proposta pedagógica de Pedro Demo, a pesquisa é uma forma de
estabelecer a aprendizagem significativa, com a experiência realizada foi capaz de abordar
conteúdos associados às disciplinas envolvidas, de maneira prática e empírica, favorecendo a
formação do aluno como pesquisador e coordenador do seu saber.
Mesmo que a etapa de testes não tivesse sido realizada, o desenvolvimento do projeto
proporcionou aos alunos a experiência aproximada de uma iniciação científica, e abordagem
de conteúdos, muitas vezes expostos em aulas dialogadas, ganhou uma forma mais dinâmica e
que atraiu mais a atenção.
REFERÊNCIAS
GUIMARÃES, C. C. Experimentação no Ensino de Química: Caminhos e Descaminhos
Rumo à Aprendizagem Significativa. Química Nova na Escola, v. 31, n. 3, ago. 2009, p. 198-202.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
111
BIANCHINI, T. B.; Zualiani, S. R. Q. A. A Investigação Orientada Como Instrumento
para o Ensino de Eletroquímica In: Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, 7,
2009, Florianópolis.
RONCA, A. C. C. O modelo de ensino de David Ausubel. In: PENTEADO, W. M. A. (Org).
Psicologia e Ensino, São Paulo, Ed. Papelivros, 1980 p. 59-83.
SUART, R. C.; Marcondes M. E. R. As habilidades cognitivas manifestadas por alunos do
ensino em uma atividade experimental investigativa. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação
em Ciências, v. 8, n. 2, 2008b.
Suart, R. C.; Marcondes, M. E. R. Manifestação de habilidades cognitivas em atividades
experimentais investigativas no ensino médio de química. Ciência & Cognição, v. 14, n. 1, p. 50-
74, 2009.
http://www.manualdomundo.com.br/2015/05/garrafa-termica-caseira-de-pet/ acesso em
08/2015
https://www.youtube.com/watch?v=T9VrqZEPlXc acesso em 08/2015
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
112
ESCOLA ESTADUAL NICOLAU FRAGELLI41
PROJETO ÁGUA – FONTE DE VIDA
Professoras colaboradoras
Sônia Maria de Araújo Ramos - Coordenação
Elisete Inês Krugel Solano - Coordenação
Maria Helena da Costa Neves - STE
4ºA - Matutino 4ºB - Vespertino
Professores responsáveis
Vandete Almeida dos Reis Menezes
Sônia Maria da Costa Rodrigues
Phaolla Gavillan Torres Vaz
Crístia Mara S. Cunha
Mikely Ramires de Jesus
Jeane Andrea R. Rodrigues
Professores responsáveis
Jucilene Souza Ruiz
Suzane Rosa Pereira
Mikely Ramires de Jesus
Mauro M. Yamazato
O projeto tem o objetivo de estudar o tema água, envolvendo os problemas e situações
locais, de modo a conscientizar o aluno quanto ao consumo racional da água. É preciso
desenvolver uma consciência de preservação e uso planejado para conhecer o ciclo da água e
perceber que ela é indispensável para a vida desde cedo.
Faz-se necessário entender que não só nós utilizamos a água, mas todos os seres vivos
do planeta, e que é de pequenas ações que transformamos o mundo. Com o avanço da
tecnologia podemos utilizá-la como ferramenta e no entendimento da temática, tornando esse
aprendizado mais dinâmico e interativo. E com o objetivo de melhorar o índice de
aprendizagem e incentivar a iniciação da pesquisa foi escolhida as turmas, do 4º Ano A
matutino e 4º Ano B vespertino, para desenvolver o Projeto Conecta escola15 como turma
prioritária.
A turma do 4º ano A é composta por 29 alunos, a faixa etária de 9 a 19 anos de idade.
A turma do 4º ano B é composta por 30 alunos, a faixa etária de 9 a 11 anos de idade.
Primeiramente foi apresentada a turma o tema do projeto e explanado sobre sua
importância. Em seguida foi aberto para a exposição de ideias do que poderíamos fazer que
ações realizassem, também perguntamos o que já sabiam sobre o tema.
Segundo passo foi assistir na sala de tecnologia vídeos sobre: ciclo da água tratamento
de esgoto, desperdício da água, poluição da água e tratamento de água. Novamente em sala
foi solicitado que fizessem um desenho sobre o tema, e que o mesmo poderia ser escolhido
para ser o logotipo do projeto da turma. Os alunos receberam textos impressos sobre cada
41 Diretora: Luci Melinsky. Coordenadora Pedagógica: Gilda Maria Vieira
de Oliveira Rodrigues. PROGETEC: Angélica Hiromi Kato Hattori.
Multiplicador: Divino Andrade Nabhan.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
113
tema para leitura e registro de alguns pontos considerados por eles importantes. Após esse
momento, todos foram para a STE para que pesquisassem, utilizando a ferramenta de
pesquisa Google, sobre o tema Água e informações relevantes para desenvolvimento do
trabalho. Em seguida foi proposto a cada grupo que produzissem um texto reunindo as
informações coletadas.
Foto 1 -Teatro: Guaribinha - Premiação Foto 2- Pesquisa- Produção - Ilustração
Dando continuidade ao projeto foi trabalhado o texto “Minha história” da autora Graça
Batituci, que narra a história de uma gotinha d‟ água que vivia numa nuvem muito grande
com várias outras companheiras, no geral o texto apresenta o ciclo da água. Também foi
trabalhada a música gotinha em gotinha do grupo “palavra cantada”. Após a leitura, a turma
foi dividida em grupo para a ilustração e recontagem da história, resultando um pequeno livro
e produção de histórias em quadrinhos mostrando formas de consumo da água e seu melhor
aproveitamento. Cada grupo apresentou sua história e ilustração para a turma.
No próximo passo nós professoras fomos até Águas de Guariroba para ver se tinha
alguma proposta de passeio para os alunos conhecerem a estação de tratamento, em conversa
com a responsável descobrimos que a mesma tinha um projeto pedagógico para as escolas,
juntamente com a campanha de “olho no óleo”, gostamos muito da proposta e agendamos o
dia para nossa escola participar. No mês marcado a responsável pelo projeto da Água de
Guariroba veio até nossa escola, trouxe um livro falando sobre o ciclo da água, e distribuiu
material para concurso de desenho e de frases.
Na outra semana coletou o material dos alunos em dia marcado foi até a nossa escola
com o teatro Guaribinha, que por sinal foi muito prazeroso para os nossos alunos, envolvendo
toda a escola, falou sobre o desperdício de forma interativa e dinâmica. Por último realizaram
a entrega de prêmios para os alunos melhores colocados. Além disso, nossa escola se
envolveu na campanha de coleta de óleo, a sala que melhor arrecadou ganhou um passeio até
a estação de tratamento Águas Guariroba. As turmas do 4º A e B também foram agendadas
para a visita com condução que a escola conseguiu. No passeio até a estação de tratamento as
crianças se apresentavam muito entusiasmadas e felizes, pois foi a segunda vez no ano que
saíam da instituição. Chegando à estação de tratamento fomos muito bem recebidos,
passamos pelos tanques de tratamento, recebendo a explicação de todo o processo pela qual a
água passa até chegar à nossa casa. O responsável por nos guiar finalizou com um vídeo da
instituição falando novamente de todo o processo, em seguida nos apresentou o laboratório e
distribuiu água mineral para as crianças e um delicioso lanche.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
114
Foto 3- Visita a estação
de tratamento Águas
Guariroba
Foto 4 - produção final
Foto 5 – A prática do
projeto
Foto 6- Culminância do
Projeto Conecta Escola
O próximo passo foi solicitar um desenho e textos descrevendo tudo que viram e todo
o processo que a água passa, utilizando os aplicativos Word, Paint e a internet na STE e
confecção de cartazes. No decorrer do projeto os alunos trabalharam nas aulas de raciocínio
lógico, diversas atividades com resoluções de situações problemas do nosso cotidiano, com
unidades de medidas, confecções de jogos matemáticos (jogo da velha, enigma, memória,
caça palavras e outros) com os temas: água e desperdício, água e suas reservas, água e formas
de economizar.
Os desenhos foram salvos nas pastas e digitalizados na STE e guardados para o dia da
exposição. Após esse momento teórico, foram trabalhados na prática o ciclo da água e a
purificação da água. Os alunos receberam um texto explicando passo a passo como construir
um filtro caseiro para reaproveitamento da água e uma estufa com garrafa pet onde
possibilitaria os alunos verem de perto como ocorre o ciclo da água.
Em seguida solicitamos o desenvolvimento de uma maquete, falando sobre a
importância da água em nossa vida, para ser entregue no dia 20 novembro, que seria a
culminância do projeto na escola. Para esse dia também foi ensaiada a música “País das
águas”, paródias do 4ºA - Água e poesias. No dia 20 de novembro os professores de todas as
turmas se envolveram, cada turma apresentou uma música ou dança, teve a exposição das
maquetes e os trabalhos desenvolvidos durante todo o projeto foram expostos em forma de
painéis, neles estavam fotos e desenhos produzidos pelas turmas e apresentação e
demonstração da filtração e purificação da água, cada grupo se empenhou de forma criativa
para demonstrar a importância da água.
Acreditamos que o projeto em si contribuiu muito para a conscientização do não
desperdício da água, os alunos desenvolveram hábitos e consumo responsável da água,
levando boas atitudes e ações para o seu ambiente familiar e convívio na sociedade. Todo o
trabalho foi desenvolvido de forma a envolver os alunos estimulando e despertando
interesses, curiosidades a pesquisa, criatividade e habilidades para exposições de ideias e
ilustrações, melhorando assim o índice de aprendizagem nas disciplinas como mostra os
gráficos abaixo.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
115
GRÁFICO DE DESEMPENHO/3º BIMESTRE/2015
4º Ano A – Matutino - 37 Alunos Matriculados / 28 Frequentes
GRÁFICO DE DESEMPENHO / 3º BIMESTRE / 2015
4º Ano B – Vespertino 38 Alunos Matriculados / 30 Freqüentes
REFERÊNCIAS
COSTA, Edgar Aparecido da. Geografia de Campo Grande 4º Ano. Editora Alvorada:
Campo Grande, 2011
FANIZZI Sueli. Ciências Nova Edição Porta Aberta 4º Ano. FTD: São Paulo: 2011.
Manual de Etiquetas. Água. Planeta Sustentável. Editora Abril.
ÁGUAS GUARIROBA. Guaribinha e a sua turma no Mundo Encantado.
BATITUCI, Graça; MELO, Clélia Marcia de A. A Maneira Lúdica de Ensinar. Vol.7 Fapi:
2001
Sites: http://www.aguasguariroba.com.br/agua-2/. Acesso em 15 de setembro de 2015.
O Ciclo da água. https://www.youtube.com/watch?v=g26Wk4gpkws . Acesso em 12 de junho
de 2015.
O caminho das águas. https://www.youtube.com/watch?v=v8CMQIQ5nq8. Acesso em 12 de
junho de 2015.
Música País das águas. https://www.youtube.com/watch?v=GqFV3zwPGrU. 05 de novembro
de 2015.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
116
ESCOLA ESTADUAL OLINDA CONCEIÇÃO TEIXEIRA
BACHA42
Música Regional
(O Sol e a Lua)
Música Regional
(O Trem do
Pantanal)
O Pantanal e Músicas
de MS
Música Regional
(Grupo Tradição)
4º Ano B – Matutino
Professores
responsáveis
Maria Margarete
Faquin
Claudia Leão Nazarety
5º Ano A – Matutino
Professores
responsáveis
Gilmara Gonzaga.
Claudia Leão Nazarety
6º Ano C – Vespertino
Professores
responsáveis
Elizabeth Ferrari
Stefania dos Santos
Alessandro Sputnik
Claudia Leão Nazarety
3º Ano A – Noturno
Professores
responsáveis
Marcio Roberto
Faustino
Stefania dos Santos
Armando da Silva Maia
Claudia Leão Nazarety
CULTURA REGIONAL
Este trabalho faz parte de um projeto orientado pelo NTE de Campo Grande-MS, que
tem como objetivo incentivar o uso das tecnologias e mídias dentro da escola, sendo
desenvolvido em turmas indisciplinadas: duas do período matutino, uma do período
vespertino e uma do período noturno. Essas turmas foram escolhidas pelos professores
regentes e coordenadores pedagógicos. O trabalho supervisionado e em equipe proporcionou
introduzir os alunos no projeto de forma eficaz, melhorando a relação entre alunos,
professores e o uso das mídias. Com o uso das tecnologias e mídias o aluno passa a ter a
ferramenta como sua aliada.
Os alunos do 4° ano B matutino foram orientados pelas professoras Maria Margarete e
Claudia Leão que optaram por trabalhar a música “O Sol e a Lua” de Délio e Delinha.
Na sala de tecnologia os alunos desenvolveram pesquisas sobre o significado de
música regional, e pesquisaram as bibliografias sobre os artistas e suas trajetórias. No
programa paint os alunos desenvolveram logos que representavam a música “O Sol e a Lua”.
Após o término das pesquisas os alunos assistiram a vídeos e documentários da dupla
sertaneja Délio e Délinha, usaram tablet educacional para fotografias, produzindo imagens
para a entrevista na residência da cantora Délinha.
42 Diretora: Evelise Silveira. Diretora Adjunta: Antônia Auxiliadora da
Silva de Menezes. Coordenador (es) Pedagógico(s): Mayana Rodrigues.
PROGETEC: Claudia Leão Nazarety. Multiplicador: Rodolfo Pedroso
Rodrigues.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
117
Foto 1 -Visita e entrevista Foto 2 - Conhecendo a residência da
cantora
Na escola ocorreu uma apresentação dos alunos do 4° B, onde cantaram a música o sol
e a lua caracterizados, os meninos de Sol e as meninas de Lua.
Os alunos do 5° ano A, matutino foram orientados pela professora regente Gilmara
Gonzaga e a PROGETEC Claudia Leão, o projeto teve início com o vídeo da música Trem do
Pantanal. Na sala de tecnologia foram produzidas pesquisas com o tema músicas regionais
(Morenismo), músicas de nossa região Sul Mato-grossense e a bibliografia de Almir Sater, os
alunos, após as pesquisas, na sala de tecnologia tiveram a oportunidade de aprender a inserir
imagens da nossa região nos slides e realizar comentários. Foram realizadas atividades no
decorrer do projeto relacionadas às disciplinas de História, Geografia, Português e Arte.
Os alunos produziram dobraduras, releituras da música no paint e logos interpretando
a música regional de MS. As dobraduras foram pesquisadas na sala de tecnologia, e passadas
para o papel. Os estudantes foram participativos com o uso das mídias e conheceram a letra
da música pelos equipamentos de som e do Proinfo. Na Culminância alunas selecionadas
apresentaram a música Trem do Pantanal com Balé.
Foto 3 - Produzindo na
sala de tecnologia
Foto 4 - Apresentação
Balé (Música: Trem do
Pantanal)
Foto 5 - Sala de
Tecnologia
Foto 6 - Produção de logos
(Conecta Meu MS)
Alunos do 6 ° ano C, período vespertino, trabalharam o projeto conecta 2015 animais
do pantanal sul-mato-grossense e culturas indígenas, envolvendo a cultura regional do nosso
estado. Os professores regentes envolvidos trabalharam na sala de tecnologia e fizeram uso
das mídias disponíveis na escola. As atividades foram registradas nas pastas dos alunos, na
sala de tecnologia. Os alunos produziram logos representando o estado de Mato Grosso do
Sul. Com auxílio da PROGETEC Claudia Leão, dos professores regentes de português,
produção interativa e geografia foi possível trazer o aluno próximo às tecnologias da escola e
ensiná-lo a usar o computador e internet como ferramentas pedagógicas.
Foto 7 - Utilizando o
tablet educacional
Foto 8 - Professores e
alunos utilizando o
tablet
Foto 9 - Pesquisa na
sala de tecnologia
Foto 10 - Releitura da
obra de Humberto
Espíndola
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
118
Fora da sala de aula os alunos utilizaram o tablet educacional para registro de fotos.
Os alunos do 3° ano A (Ensino Médio), trabalharam as obras de Humberto Espíndola artista
sul-mato-grossense e música regional do Grupo Tradição.
Os alunos realizaram pesquisas e bibliografias na sala de tecnologia referentes aos
artistas, músicas e obras, cada aluno teve a oportunidade de escolher uma obra de Humberto
Espíndola e passar para uma tela sua pintura (Releitura), ao final do trabalho fizeram uma
relação de gostos musicais na sala de tecnologia, em conjunto, escolheram uma música do
grupo tradição, que foi ensaiada e apresentada juntamente como das telas na escola.
Foram utilizados no decorrer do projeto a sala de tecnologia, equipamentos de som,
data show, máquina fotográfica, proinfo, notebook para ensaios, além das gravações de vídeos
usando a filmadora.
REFERÊNCIAS
http://www.mundoeducacao.com/GEOGRAFIA/TIPOS-GRAFICOS.HTM.
HTTPS://WWW.YOUTUBE.COM/WATCH?V=NXQZXGXFDXI
http://letras.mus.br/grupo-tradicao/
http://www.humbertoespindola.com.br/001-index_frameset.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9lio_%26_Delinha
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
119
ESCOLA ESTADUAL PADRE JOÃO GREINER43
RÁDIO ESCOLA GREINERMIX
2º Ano B (EM) – Matutino
Professores responsáveis
Aidê Paz do Rego, Ana Paula Ferreira de Almeida,
Mauro Cabral, Hugo Cézar Escurra Espíndula, Lisene
Martins da Silva, Hemyrtz Mayckhy Frazzi de
Oliveira, Tiely Correa Santiago, Ricardo Fonzar,
Edhiane Gamarra Arguelho, André Renato Esquibel de
Ávila.
2º Ano C (EM) - Noturno
Professores responsáveis
Tiely Correa Santiago, Hemyrtz Mayckhy Frazzi de
Oliveira, Durval Rabelo Guimarães Filho, Maliluzte
Glaucia Bezerra de Almeida das Neves. Participação
especial: Márcia Nazareth Costa de Oliveira e
Fernanda Scolari.
A educação mudou. A própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira declara
que uma escola competente é aquela que promove o conhecimento das várias linguagens que
norteiam a era da informação. É uma escola que se interessa por formar pessoas que
compreendam e dominem os sistemas de produção de informações e, consequentemente,
estejam melhores preparadas para atuarem de forma mais responsável na vida em sociedade.
Afinal, Andrade afirma:
A penetrabilidade das tecnologias de informação em todas as esferas da
atividade humana é muito clara. [...]. A sua incorporação por muitos setores
chegou a ser até involuntária mas na educação impôs-se por várias razões,
desde possibilitar o acesso ao maior número de cidadãos, para se preparem
para viver e trabalhar na sociedade tecnológica, até o realizar uma
educação atualizada com as necessidades da sociedade do conhecimento.
(ANDRADE, 2010, p.58).
Um fato é inegável: cada dia mais, os meios de comunicação se incorporam
indistintamente ao cotidiano de todas as camadas sociais da população. Fatos exibidos em
painéis e revistas, cenas de novelas, noticiários televisivos ou radiofônicos, programas de
auditório, propagandas, clips e ritmos musicais não nos passam despercebidos, muito pelo
contrário ocupam-nos por horas, são absorvidos e acabam ainda por virar temas de muitas de
nossas conversas diárias.
O projeto Conecta Rádio na escola, no espaço “GREINERMIX”, foi desenvolvido
com as turmas prioritárias o 2ºB/C do Ensino Médio, matutino e noturno, com o objetivo de
melhorar o desempenho dos alunos em relação ao aprendizado, pois eram as turmas com
43 Diretora: Zulmira Gonçalves Miranda. Coordenadora Pedagógica:
Cláudia Novaes Lorentz. PROGETEC: Izabel Candido da Silva.
Multiplicadora: Rosângela Ribeiro do Prado Baird.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
120
maiores dificuldades sendo muito agitadas de difícil concentração, e não conseguia
consequentemente focar e absorver os conteúdos.
Este projeto também contribuiu para integrar os alunos com as tecnologias da escola.
Haja vista, que os alunos já utilizam o celular no seu cotidiano, então escolhemos essa mídia
como o grande desafio para o trabalho desenvolvido nesse projeto. As ações do projeto foram
desenvolvidas usando esse recurso midiático bem como sala de aula, STE, Internet, Power
Point, Movie Maker, Sony Vegas 13, Rádio Escola, espaço GREINERMIX, amplificador,
microfones, Sala de Multimeios, Data show, notebook, máquina fotográfica digital, filmadora
digital, DVDs, espaço cultural, facebook, gravador de voz, celular.
Foto 1- Programa de rádio e
radionovela no intervalo
Foto 2 - Pesquisa dos alunos na
STE
Foto 3 - Apresentação de vídeos
na culminância
O uso das tecnologias oportunizou grande renovação das atividades pedagógicas,
contribuindo com o aprendizado. Estes eventos contribuíram para a socialização com a
comunidade, melhorando a interação no ambiente escolar. Nessa perspectiva, o Projeto
“Rádio Escola GREINERMIX” se justifica pela necessidade de desenvolver no educando
habilidades da leitura e escrita, a comunicação, o despertar da consciência crítica para o trato
com as informações da mídia e, também, como primeiro instrumental profissionalizante na
produção de programas de rádio.
No decorrer do processo, os professores desenvolveram suas atividades de acordo com
o tema, voltado para o conteúdo integrante de sua respectiva disciplina. Com o apoio dos
participantes os programas foram transmitidos internamente, por meio do sistema de som e
atividades publicadas no facebook da escola, atingindo também a comunidade escolar e a
externa. Os alunos aprenderam teoricamente sobre os diversos assuntos abordados através dos
conteúdos dentro do projeto, por meio de produção escrita e aulas expositivas.
As atividades práticas aconteceram na sala de aula, Sala de Tecnologia Educacional,
Sala de multimeios, espaço cultural e espaço GREINERMIX através de equipes designada
pelo professor orientador. Nas aulas teóricas e práticas foram trabalhados temas de acordo
com os conteúdos, correlacionando com as disciplinas de Língua Portuguesa, Produções
Interativas, Literatura, Geografia, Química, Arte, Filosofia, Sociologia, Raciocínio Lógico,
Matemática, Educação Física, Biologia e Língua Inglesa. Essas atividades foram
desenvolvidas no projeto Rádio na escola no espaço “GREINERMIX”.
Em Literatura, orientados pelo Prof. Hugo Espíndola, os alunos se mostraram
totalmente envolvidos, se esforçaram para desenvolver e produzir uma radionovela criativa e
emocionante. Cada grupo elaborou uma história diferente, inspirados na ficção. Pesquisaram,
produziram e editaram com domínio das tecnologias: câmeras, celulares, gravadores,
notebooks e programas como Movie Maker e Sony Vegas 13, que auxiliou na edição.
Promoveu-se uma experiência rica, aproximando os alunos do uso das tecnologias,
valorizando o trabalho em equipe que foi essencial para o ótimo resultado.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
121
Nas ações de L. Portuguesa e Produção Interativa realizada com o Prof. Mauro Cabral,
os alunos melhoraram o desempenho em relação à concentração, o relacionamento
professor/aluno, aluno/aluno em sala de aula, melhorou também a postura acadêmica,
concentração e o trabalho em equipe com produção de radionovelas e apresentações na rádio
da escola. Nas aulas de História e Sociologia conduzidas pelas professoras Aidê e Tiely, os
alunos se empenharam desenvolvendo os trabalhos de pesquisa, produção de slides e
montagem de vídeo, com muita interação e esforço obtiveram ótimo resultado para a turma.
Durante as ações de Matemática, Raciocínio Lógico e Biologia com as professoras
Ana Paula e Edhiane os alunos apresentaram um pouco de dificuldade para desenvolver as
atividades, tanto na pesquisa como na produção e edição do vídeo sobre doenças epidêmicas,
baseada na temática da Dengue. Em Arte com o auxilio das professoras Lisene, Hemyrtz e
Química com o professor André desenvolveram a pesquisa, vídeos sobre o ensaio fotográfico
e danças baseadas nas décadas de 1950 a 1980, também produziram maquetes sobre os
primeiros modelos de aparelhos de rádio no Brasil.
Os alunos pesquisaram nas aulas de Língua Inglesa com a Profª Maliluzte, os cantores
e bandas das décadas de 1950 a 1990 e produziram um vídeo com clips dublados em inglês,
dos diversos cantores usando trajes de época. E em Educação Física o professor Ricardo usou
o celular como ferramenta para desenvolver um trabalho sobre dança e movimento corporal e
que filmaram e editaram um vídeo usando o programa Movie Maker. Já com professor
Durval, responsável pela disciplina de literatura juntamente com os alunos realizaram a
pesquisa e a gravação de áudio com conteúdos da disciplina sobre o Realismo/Naturalismo.
Houve também a participação especial da profª Márcia e Fernanda com as turmas 2º
Proeja, noturno e 2º ADM, matutino, com a pesquisa e o estudo sobre impressões gráficas e o
papel moeda, proporcionando também a oportunidade da visita ao jornal mais antigo, o
Correio do Estado, onde foi observado todo o processo de impressão do jornal e finalizado
com dois banners e vídeo no final.
Segundo o autor Andrade:
(...) A tecnologia na educação não é simplesmente um moldar de
equipamentos com programas específicos, ou para transmitir conteúdos
didáticos ou para deixá-la sob a dependência de um ensino mediado por
máquinas, ao contrário requer novas estratégias, metodologias e atitudes
que superem o trabalho educativo tradicional ou mecânico. (ANDRADE,
2010, p.58).
O Projeto Conecta/2015, da “Rádio Escola GREINERMIX” constituiu-se como
atividade interna da escola, objetivando contribuir para a melhoria do processo educativo,
mobilizando Direção, Coordenadores Pedagógicos, Professores, PROGETEC, alunos e
demais funcionários. As atividades foram executadas no início das aulas e na hora do
intervalo com programas apresentados pelas equipes existentes na escola (cada turma ficava
responsável por um dia na semana). Durante a programação foram abordados assuntos de
fundamental importância como serviços de utilidade, avisos, recados, entrevistas e músicas
previamente selecionadas.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
122
Os resultados obtidos foram satisfatórios devido ao interesse dos alunos e dedicação
dos professores regentes. Alguns trabalhos foram desenvolvidos com muito empenho dos
professores para sanar as dificuldades que os alunos tiveram. E, por fim, na culminância do
projeto os alunos produziram maquetes e uma série de filmagens e confeccionaram um DVD
concluíram as atividades com publicações no facebook da escola, como produto final.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Pedro Ferreira de. Aprender por Projetos, Formar Educadores. Licenciado em
Pedagogia e mestre em Educação é coordenador de Suporte Didático- Pedagógico do Programa Nacional de
Informática na Educação (ProInfo) da Secretaria de Educação a Distancia (SEED), do Ministério da Educação
(MEC).
https://aprendercomprojetos.wordpress.com/2010/10/21/biblioteca-aprender-por-projetos-formar-
educadores/ Acesso em: 20/01/2015 e 26/11/2015
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
123
ESCOLA ESTADUAL PADRE FRANCO DELPIANO44
PE. FRANCO DELPIANO FAZ... AUTORES DO
FUTURO
9º Ano A e B (E.F.) – Matutino
Professores responsáveis pelo projeto:
Deroci da Silva Feitosa Junior
Viviane Mestriner
Maria Cristina Rodovalho
José Nogueira Neto
Aidina Mota de Souza
CHAPEUZINHO VERDE NO TRÂNSITO
2º Ano B (E.F.) – Vespertino
Professores responsáveis pelo projeto: Ezikiela Liliane Nascimento
Pascoal Amorim
Aidina Mota de Souza
PE. FRANCO DELPIANO FAZ... AUTORES DO FUTURO
As turmas do 9º ano A e B foram escolhidas para realizar o Projeto Conecta de 2015
devido a indisciplina, problemas na Aprendizagem e avaliação externa.
Neste Projeto trabalhamos o desenvolvimento da autonomia do aluno no processo de
produção literária e da arte, bem como os estimulamos a produzirem suas obras, utilizando o
conhecimento adquirido em todos os ramos do saber.
Cientes de que educação é um processo complexo que envolve instituições como
escola, família e sociedade, propusemos o Projeto: Pe. Franco Delpiano faz... Autores do
futuro com o objetivo de promover o desenvolvimento de uma escolarização de qualidade.
Com isso, o Projeto tem o objetivo de desenvolver a autonomia dos alunos e estimular
a produção artística e literária dos mesmos, levar o aluno a ocupar a posição de protagonista
no processo de ensino aprendizagem e não apenas de receptor de conhecimentos.
Os professores participantes apresentaram o projeto aos alunos, estimulando-os a
desenvolverem textos do gênero narrativo, considerando as especificidades e a contribuição
de cada currículo.
A disciplina de Produções Interativas com apoio da Língua Portuguesa trabalhou
modalidades textuais pertencentes ao gênero narrativo. História e Geografia fizeram
proposições para pano de fundo dos enredos de acordo com os fatos históricos, políticos e
geográfico tratado no currículo, desta forma, contemplando o tempo e o espaço. Arte, os
conceitos de artes visuais entre outros.
Os alunos definiram os temas a serem escritos de acordo com conteúdos trabalhados
em sala de aula nas disciplinas envolvidas sobre a orientação dos tipos textuais.
44 Diretora: Anjela Regina D‟Elia Ramos. Coordenadoras Pedagógicas: Denise
Ferreira Nascimento e Ceila Maciel de Souza e Souza. PROGETEC: Aidina Mota
de Souza. Multiplicadora: Rosângela Ribeiro do Prado Baird.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
124
Foto 1 Foto 2 Foto 3 Foto 4
Para estimular os alunos foram mostrados ambientes variados via WEB, identificação
de vários períodos históricos que aconteceu no Brasil e no mundo, releituras de várias obras
literárias, pesquisa de diversos gêneros textuais na STE assim estimulamos no aluno a
observação detalhada de ambientes e escritas. O produto final do projeto foi a elaboração de
um livro digital para isso a sala de tecnologia foi utilizada para escrever os textos, pesquisas
em sites direcionados pelo professor, correção e seleção de texto, pesquisas e construção de
imagem para retratar as histórias escritas e por fim edição e composição do livro.
CHAPEUZINHO VERDE NO TRÂNSITO
A turma do 2º ano B foi escolhida para realizar o Projeto Conecta de 2015 devido à
indisciplina, problema de Aprendizagem e avaliação externa. Por meio de um conto clássico
da literatura infantil “A Chapeuzinho Vermelho” desenvolveremos o projeto “A Chapeuzinho
Verde no Trânsito.” O projeto irá contemplar quais comportamentos e cuidados que os
pedestres em geral (adultos ou crianças) devem adotar no trânsito. Temos como objetivo
desenvolver ações educativas individuais e coletivas, que colaborem para o conhecimento de
atitudes e posturas que tornem o trânsito mais seguro.
Sendo assim criamos um projeto objetivando incentivar o uso das tecnologias para
elaborar um saber interdisciplinar por intermédio de ações realizadas na STE e através de
recursos midiáticos disponíveis na escola.As primeiras ações desenvolvidas na STE foram
assistir os vídeos “Chapeuzinho Vermelho” e “Criança Segura: Super Pedestre”.
O passeio no entorno da Escola e Hospital São Julião teve como objetivo de observar
o movimento de pedestres e o uso de recursos tecnológicos para registrar a aula prática. A
visita ao DETRANZINHO-MS mostrou a importância da sinalização de trânsito. Gravamos
vídeos com as observações dos alunos sobre a sinalização que encontraram durante os
passeios.
Foto 5 Foto 6 Foto 7 Foto 8
Realizamos atividade lúdica como a construção de placas de sinalização para
fortalecer a compreensão e prática dos conhecimentos adquiridos sempre incentivando o uso
das tecnologias como forma de aliada no ensino e aprendizagem.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
125
A Sala de Tecnologia foi utilizada para pesquisar no Google Maps do local onde
moram, pesquisas online sobre os meios de transporte, assistir aos vídeos, digitar no Word a
releitura da história, desenhar as placas no aplicativo Paint, jogos online sobre o tema
Trânsito, objetivando estimular o conhecimento, contribuindo para o desenvolvimento da
autonomia de aprender a aprender e a consciência da importância do uso das tecnologias.
O produto final do Projeto foi um vídeo onde os alunos encenaram a história da
“Chapeuzinho Verde no Trânsito”, para realizar este vídeo tivemos várias etapas como a
escolha das fantasias, os ensaios da dramatização e os dias de gravação, sempre utilizamos as
tecnologias para dar suporte as fases do projeto e nos dias de gravação contamos com uma
equipe profissional para gravar as cenas. Para os alunos este projeto foi de grande valor, pois
abrangeram um conhecimento sobre o comportamento dos pedestres, os cuidados que devem
adotar ao fazer um passeio, a importância das placas de sinalização, a paciência, tolerância e
as responsabilidades no trânsito em geral.
REFERÊNCIAS
COUTINHO, Eduardo de Faria (Co-direção). A literatura no Brasil. 7. ed. rev. E atual. v. III: parte II.
Estilos de época: era romântica. São Paulo: Global, 2004.
FRANCO, Jorge Ferreira. Novas Tecnologias em Ambientes de Aprendizagem; Estimulando o Aprender a
Aprender, Transformando o Currículo e Ações. Disponível em http://www.cinted.ufrgs.br/ciclo3/af/39-
novastecnologias.pdf. Acesso em 05/2015.
Gonçalves, Marcos Augusto. 1922: A semana que não terminou 1ª Ed.- São Paulo: Companhia das Letras,
2012
Vídeo CRIANÇA SEGURA - Super Pedestre. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=CKhuHPs8jXI. Acesso em 04/2015.
Vídeo A Chapeuzinho Vermelho. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=k8WImcqa64Q. Acesso
em 04/ 2015.
Projeto Educação para o Trânsito. Disponível em: http://www.cetsp.com.br/media/194181/07_projeto2.pdf.
Acesso em 04/ 2015.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
126
ESCOLA ESTADUAL PADRE JOSÉ SCAMPINI45
NOSSO MATO GROSSO DO SUL
1º Ano E - Matutino
Professores responsáveis: Fabiana de
Andréa, José Aparecido,
Deyne F Fernandes, Esther Campagna,
Elisangela Maria,
Gerulina Rios, Franciela Barbosa
Odair Brandão
9º Ano A - Vespertino
Professores responsáveis
Ronaldo Oliveira, Ricardo Abreu,
Rafael Duarte, Márcia Mary, Deborah
Alexandre, Tabatha Mesquita
3º Ano E - Noturno
Professores responsáveis
Isac Zampieri, Sebastina Aparecida
Francisco Sérgio, Ivan Benito
Ronaldo Franjotte, Janis Lynn
Hermenegildo de Lima
As aulas que são desenvolvidas na STE educacional, em sua maioria, desempenham a
função de fazer pesquisas Internet, digitar trabalhos em Word, elaborar slides em PowerPoint,
folhetos no Publisher para seminários, ou servem de apoio técnico às disciplinas.
Portanto, temos como proposta elaborar meios para dar mais sentido e utilidade a STE
nas disciplinas a serem trabalhadas e acompanhadas de tecnologia Educativa. Sendo esta uma
maneira de interagir com todas disciplinas, para que uma maior parcela de alunos possa
desenvolver outras atividades nesse ambiente e suas mídias, já existentes na escola, além das
que geralmente são desenvolvidas.
Foto 1 – Pesquisa na
STE
Foto 2 - Folder
Foto 3 – Continuação da
pesquisa
Foto 4 – Fechamento do
projeto
Conhecer o espaço geográfico e sua cultura em todos seus aspectos estadual é uma
necessidade fundamental de qualquer cidadão. Diante dessa carência, buscamos promover a
interação da história do estado de Mato Grosso do Sul e nossos alunos, fazendo com que
conhecessem e compreendessem a importância do contexto geográfico do MS.
Ao final do projeto, os alunos sabiam que o Mato Grosso do Sul é uma das 27
unidades federativas do Brasil, que a capital é Campo Grande, desmembrado do Estado de
Mato Grosso por lei complementar em 11 de outubro de 1977 e instalado em 1 de Janeiro de
1979, seu rápido desenvolvimento se deu graças à pecuária, agricultura, extração vegetal e
45 Diretor: Jessier Baes Menezes. Coordenador(es) Pedagógico(s): Deir Correa
Pinheiro, Marluce Barbosa Exeveria, Gigliola Penazzo Vinci. PROGETEC:
Claudemir Durães Nascimento. Multiplicador: Angela Suely da Silva.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
127
mineral. Sua área territorial está estimada em 357.124,962Km² e sua população total em
2.449,341 de habitantes.
Mato Grosso do Sul tem como território limítrofe os Estados de Mato Grosso, Goiás,
Paraná, São Paulo e Minas Gerais e os países Paraguai e Bolívia. Este projeto realizou-se na
Escola Estadual Padre José Scampini, ministrado pelos professores de Química, Geografia,
Sociologia, Arte, História, Sociologia, Biologia, Produção Interativa, Literatura, com as
turmas de Ensino Médio dos 1ºano E matutino, 9º ano A vespertino e o 3º ano E noturno, esta
turma teve como critérios para seleção a rebeldia, déficit de atenção, mal comportamento
porque querem chamar a atenção e indisciplina.
O projeto tem como objetivo prover conhecimento básico sobre o nosso estado, como
cultura, agricultura, pecuária, indústrias e a área territorial que está estimada em
357.124.962Km² e sua população total em 2.449,341 de habitantes. Mato Grosso do Sul tem
como território limítrofe os Estados de Mato Grosso, Goiás, Paraná, São Paulo e Minas
Gerais e os países Paraguai e Bolívia. Objetivamos a Geografia do Estado de Mato Grosso do
Sul, como aspectos físicos e reconhecer nosso MS no contexto histórico brasileiro e despertar
o interesse pela história e cultura. Conhecer o processo de divisão de Mato Grosso do Sul.
Identificar o Pantanal como importante ecossistema para o estado, o país e o mundo.
Com o desenvolvimento do projeto melhorou-se a interação entre o professor regente,
aluno e a sala de tecnologia, criando nesse professor mentalidade voltada para a educação
tecnológica, usando o conhecimento dos alunos para executar trabalhos em equipe
promovendo a autonomia dos alunos na busca do conhecimento e da informação
possibilitando a alternância de posturas, ora de liderança, ora de subordinação, estimular nos
discentes a tomada de decisões práticas e objetivas, melhorando o aprendizado de forma
diferenciada sobre a história do estado de Mato Grosso do Sul através da utilização da STE,
inserindo os conceitos com a ajuda de ferramentas tecnológicas.
O desenvolvimento do projeto proporcionou a base da fundamentação teórica que
estruturou esse estudo podendo ser caracterizado como multidisciplinar. Essa afirmação se
confirmou pelo fato de ter explorado conceitos e assuntos que não pertenciam a um único
campo de investigação.
Japiassú (1976) enfatiza que a multidisciplinaridade de pesquisa evoca justaposição de
várias disciplinas para a realização de um determinado trabalho, sem implicar na coordenação
ou numa relação mais profunda entre elas. É o estudo de uma determinada questão (tema;
assunto; objeto; fenômeno; acontecimento; situação, entre outras denominações) sob diversos
ângulos, mas sem pressupor um acordo ou um rompimento de fronteiras entre as disciplinas.
E é isso que ocorreu neste trabalho ao discutir assuntos que têm despertado o interesse
de diversas áreas de conhecimento, de pessoas, grupos e organizações, tendo como premissas
as adequações da sociedade e intervenções proporcionadas e sofridas por sua utilização,
sobretudo no ambiente empresarial.
Sumariamente, em relação à gestão do conhecimento (e às matérias a ela correlatas),
Francini (2002, p. 3) afirma que ela:
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
128
[...] faz fronteira com as diversas áreas do conhecimento das organizações,
sendo multidisciplinar por excelência, pois o grau de conhecimento das
organizações considera o conjunto de competências das diversas áreas que
as compõem.
Pensando na multidisciplinaridade entre as matérias, elaborou-se o projeto Nosso
Mato Grosso do Sul, com vistas a envolver as disciplinas de Química, Geografia, Filosofia,
Arte, História, Sociologia, Biologia, Produções Interativas e Literatura. Cada tópico trabalhou
um conteúdo específico de sua disciplina relacionado ao tema do projeto. Os alunos foram
divididos em grupos e os temas foram sorteados. Cada grupo fez sua pesquisa orientada e
formaram um conceito global do Mato Grosso do Sul. Estes dados conceituais e fotos foram
expostos em apresentações orais, slides, painéis.
Este projeto foi realizado na ESCOLA ESTADUAL PADRE JOSÉ SCAMPINI,
ministrado pelos professores, as turmas foram divididas em grupos de seis alunos, e cada
grupo com um tema: história, relevo, clima, vegetação, hidrografia e cultura, onde realizaram
no primeiro momento uma pesquisa de dados na STE, apresentação do filme Lendas
Pantaneiras com debate entre os escritor Fabio Fecha e os atores Thiago Moura e Isac
Zampieri sobre os temas já mencionados. Posteriormente, tais dados foram impressos com a
finalidade de enriquecer o conhecimento de todos os alunos da escola.
Os grupos pesquisaram na Internet, trabalhando assim a parte conceitual dos temas.
Logo após as pesquisas, produziram uma apresentação com fotos slides de texto, elucidando o
tema estudado, como a fauna e a flora do Pantanal e a hidrografia de nossa região. Na
finalização do projeto, houve uma apresentação geral dos resultados com cada turma no
anfiteatro.
Para a realização deste trabalho, foram feitas pesquisas laboratoriais em sites
referentes à Geografia do Estado de Mato Grosso do Sul. Também foi construída a divulgação
de trabalhos por meio de apresentações orais, painéis e relatos de experiência os alunos
trabalharam com várias ferramentas tecnológicas e mídias digitais; fizeram a identificação,
observação e análise das diversas manifestações artísticas culturais das várias culturas e etnias
presentes em de Mato Grosso do Sul.
Os educandos utilizaram os recursos tecnológicos tais como: Livros, Revistas, Mapas,
CD, DVD, Quadros, Internet, Computador, Data show, Webquest, Wikipédia, Câmera
Fotográfica, folhetos no Publisher, Pacote de programas Microsoft Office.
O produto final e objetivos foram muito difíceis de alcançar, devido ao desinteresse
dos alunos mas com parceria entre professores, coordenação pedagógica e direção
conseguimos um bom desempenho dos alunos. Ocorreram diversas trocas de experiências
entre as partes envolvidas, tanto alunos quanto professores, os quais, ao mesmo tempo em que
ofereciam o conteúdo a ser pesquisado pelos alunos, partilharam o seu conhecimento, as letras
de músicas que conheciam e as histórias dos artistas mais consagrados do Mato Grosso do
Sul.
Os alunos tiveram um pouco de dificuldades no uso da ferramenta internet, mas no
decorrer do projeto com orientações no contra turno logo se habituaram. Gostaram muito de
ler as biografias dos artistas de nossa terra e de conhecer melhor a nossa geografia, sendo
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
129
assim, podemos afirmar que os objetivos previstos foram atingidos. Todos os alunos
interagiram, aumentando gradativamente essa interação, e desenvolvendo um ótimo projeto.
O desenvolvimento da presente pesquisa revelou a importância no desenvolvimento
das atividades de Mato Grosso do Sul. Nesta visão, entendeu-se que o professor teve um
papel de mediador das informações entre alunos e o conhecimento, com isso criaram e
receberam estas explicações, nas quais o que foi produzido ficou disponibilizado ao público
que necessita das mesmas. Constatou-se que este conhecimento será um Arquivo Público
imprescindível para o armazenamento, preservação, conservação e para garantir a
disseminação e o acesso às informações para os alunos da E. E. Pe. José Scampini.
REFERÊNCIAS
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos
conteúdos. 20.ed. São Paulo: Loyola, 2005. 149p.
JAPIASSÚ, H. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago, 1976.
FRANCINI, W. S. A gestão do conhecimento: conectando estratégia e valor para a empresa. RAE
eletrônica, v. 1, n. 2, jul./dez. 2002. Disponível em:
<http:www.rae.com.Br/eletrônica/index,cfm?FuseAction253=Artigo&ID=1459&Seção=PWC&VOL
UME=1&NUMERO=2Ano=2002.>. Acesso em: 15 outubro. 2014.
http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=ms
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
130
ESCOLA ESTADUAL PÓLO FRANCISCO CÂNDIDO DE
REZENDE46
REENCONTRANDO NOSSAS ORIGENS
2º Ano A - Vespertino
Professores responsáveis:
Ângela Aparecida de Souza
Elisete Cristina da Costa Arruda
Francisco Evandro Silva de Sant‟ana
Hélia Mendes da Silva
O projeto Conecta Escola 2015 foi desenvolvido com a turma do 2º ano A vespertino.
Os motivos que nos levaram a escolher essa turma foi a logística em relação ao transporte,
pois a maioria mora no Distrito não tendo a necessidade da utilização do transporte de
estudantes e também porque havia vários alunos com baixo rendimento no ano anterior nessa
mesma turma.
Na primeira etapa os alunos desenvolveram o trabalho através de pesquisa de campo,
fizeram a coleta de documentação fotográfica, registros documentais no cartório e na igreja,
narrativas dos moradores com entrevistas gravadas ou filmadas sobre o surgimento do distrito
para então fazer uma linha do tempo que contemple seu inicio e trajetória até o momento.
Na segunda etapa foi feita a coleta de material fotográfico e entrevista com familiares
do senhor Francisco Cândido de Rezende, que dá nome a nossa escola, onde procuraremos
construir uma linha do tempo narrando a trajetória de trabalho e realizações que impactaram
nosso distrito. Na terceira etapa foi feito o levantamento historiográfico da nossa escola com
coleta de documentação e entrevistas que demonstram seu trabalho sua importância e impacto
na sociedade deste distrito.
No final do projeto foi produzido um documentário registrado em forma de vídeo, bem
como um banner mostrando parte da história e da transformação ocorrida no Distrito de
Anhanduí. Também foi mostrado no vídeo parte da história e do crescimento no decorrer dos
dez anos de fundação da Escola Estadual Pólo Francisco Cândido de Rezende. Esse projeto
foi importante para os alunos e comunidade que participaram direta ou indiretamente, pois
muitos não conheciam a história do lugar onde vivem.
46 Diretora: Adriana Bellei. Coordenadora Pedagógica: Cira Clair Horing
Nantes. PROGETEC: Sebastião Aparecido de Souza. Multiplicador:
Agamenon Nascimento.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
131
Foto 1- Termo de
abertura do cartório
do distrito de
Anhanduí em 1959
Foto 2 -
Sr Nailo Rezende
Barbosa, 68 -
Entrevista
Foto 3 - Alunos que
participaram do projeto
Conecta Escola 2015,
turma do 2º ano A
vespertino
Foto 4 - culminância
O Sr Nailo Rezende Barbosa, 68 anos concedeu uma entrevista com exclusividade
para o projeto. Ele é uma história viva do Distrito, pois vive desde a infância no Distrito e por
isso conhece bem toda mudança que ocorrida na região. Mostra a primeira turma de
concluintes da escola em 2005, ano em que a escola foi fundada.
Registros documentais do cartório do distrito de Anhanduí e da igreja católica Santa
Catarina para comprovação de fatos históricos e fotografias que possam corroborar as
informações orais oferecidas por seus mais antigos moradores.
Entrevistas filmadas e gravadas com familiares do senhor Francisco Cândido de
Rezende bem como fotos e documentos que possam ajudar na construção de sua linha do
tempo onde narraremos sua trajetória de vida e trabalho.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
132
ESCOLA ESTADUAL POLO PROFESSORA EVANILDA MARIA
NERES CAVASSA-EXTENSÃO DOM BOSCO47
RÁDIO DB ON
Turma Multiseriado – Matutino e Vespertino
Professores responsáveis Rita M. e Mello Laurentino
Marcus Vinicius K. de Araújo Claudinéia Martins Sandra Márcia. Juliano Vicente lima
A RÁDIO DB ON parte do projeto Conecta 2015 surgiu de uma desavença banal
dentro da sala de aula. Os alunos tinham dificuldade de ser relacionarem entre si, gerando um
desafronto e conflito. O projeto Conecta precisava transformar aquele problema numa
alternativa promovendo a construção, ou melhor, a reconstrução de valores da boa convivência;
principalmente o respeito.
Em buscas de novas alternativas para as escolhas de suas verdades e alimentar seus
sonhos para um futuro promissor dentro da sociedade, a criação da RÁDIO DB ON, através
desse processo educativo os jovens poderá sair da indiferença, da desesperança, da apatia, dos
descaminhos, permitindo e provocando-os a definitivamente assumir uma nova atitude, um
olhar mais humano e respeitoso.
E o imprescindível: com o envolvimento de todos, como são poucos alunos do ensino
médio, prefere-se exaltar as do ensino fundamental. Duas turmas no período matutino e duas no
período vespertino. São turmas pequenas e com alunos que sofrem distorção série/idade
gritante. Não ultrapassam 20 alunos por turno, o que facilita a prática. São alunos que chegam
com baixa estima e acreditando que o estudo nada vale.
O contexto epistemológico influencia também. Muitos assumem postura de derrota,
apatia, descrença e acham que a vida não tem mais jeito.
De acordo com o pensamento Freiriano, comunicação, é diálogo, na medida em que não
é a transferência de saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação
dos significados. E o que propõe Mario Kaplún48
são produtivas para pensar projetos e
experiências nessa temática, onde salienta a importância da comunicação para a construção do
47 Diretor: Antonio Fernandes. Coordenador(es) Pedagógico(s): Erika
Karia B. da Costa, Elizabeth Lira e Vanderson Silva. PROGETEC: Diego
Franco Ventura. Multiplicador: Divino Nabhan Andrade.
48 Mario Kaplún, argentino de nascimento, uruguaio por opção, venezuelano por acolhimento durante o exílio
político. Por isso não é de se estranhar que o livro tenha sido escrito como material didático para um curso a ser ministrado
no Peru, a convite do brasileiro Darci Ribeiro e publicado originalmente no Equador por uma instituição com atuação
continental, o Centro Internacional de Estudios Superiores sobre Periodismo para a América Latina (Ciespal), órgão criado
pela Unesco.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
133
conhecimento, conforme a Foto 1. As coisas que realmente aprendemos, a partir do qual
comprovaremos serem aquelas que tivemos a oportunidade de comunicar aos outros as que de
fato tornaram-se conhecimento.
Visualiza um processo educativo onde se possa incorporar comunicação como
elemento fundante dos sujeitos e, assim, pensar na passagem “do educando ouvinte ao
educando falante”, afirma Kaplún.
Primeiro fizeram muitas pesquisas em livros e revistas, entrevistas, de acordo Foto 2.
Poderão perceber que aquele que, ainda não lê com desenvoltura, no final o fará com total
segurança. Os alunos puderam, além de escutarem a própria voz, darem opiniões, e com os
efeitos sonoros à rádio deu seu ar da graça.
As edições contemplaram os estilos, Instrumental, rap, forró, sertanejo e eletrônico.
Nas aulas de arte também foram criados as capas dos cds onde cada edição será gravada.
Os cantores dos gêneros contemplados foram feitas releituras destes artistas, que
seguem em anexo. Sem contar com a participação da comunidade do patrimônio público, que
foi entrevistada pelos alunos levando a participação de convidados visto na Foto 3.
Foto 1 - Exposição de vinil
Foto 2 - Pesquisa de notícia Foto 3- Entrevista com
convidado
Os alunos desenharam através da técnica luz e sombra o slogan da Rádio DB ON.
Escolheram rimas que combinaram com esse slogam.
Foto 4 – Desenho logomarca da
rádio
Foto 5 – Outro desenho logomarca
da rádio
Foto 6- Reprodução da foto no
computador
Registraram em nas pastas tanto de papel, quanto no computador todas as
informações que pressuponham ser importantes, para que todos pudessem apreciar as novas
descobertas feitas sob a orientação do docente de cada disciplina. Em seguida, fizemos a
seleção das informações mais significantes dos melhores desenhos que escolhemos ser a
logomarca da rádio conforme a Foto 4 e 5.
Os recursos utilizados foram basicamente o computador, o gravador de voz, programa
com efeitos sonoros, máquina fotográfica e o empenho dos alunos, professores. As notícias
relativas a alguma matéria específica, o professor dava uma entrevista explicativa. Traziam
sugestões também e sem contar com o apoio pedagógico da escola e do professor gerenciado
de tecnologia.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
134
Foto 6 - Edição do áudio e a
culminância do projeto
Foto 7 – Reprodução no
computador
Foto 8 - Culminância
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No começo os alunos não mostrava o interesse na participação do projeto Conecta
2015. Não imaginavam que fossem capazes e chegar ao ponto de satisfação, alegria e prazer
com o resultado que atingimos. Ações mostradas no gráfico descreve a importância do projeto
como construtor de valores, antes de ser executado. Avaliação foi realizada em cima das
características apontadas como: falta de respeito, compreensão, autoestima coletivismo e o
desinteresse.
Conforme os estudos feitos, mensura-se que as ferramentas tecnológicas podem ajudar
os estudantes a ter o contato com a vivência e que possam experimentar a arte de serem os
maiores e melhores, em motivação para cada vez mais buscarem o conhecimento capaz de
transformar o meio em que estão. Percebemos que antes do projeto tínhamos a porcentagem de falta
na escola de 15%, a compreensão deles era de 10%, o coletivismo deles de 23%, a autoestima de 26%
e o desinteresse apontava 26%.
Após a aplicação do projeto podemos afirmar que as porcentagens foram melhoradas para
falta na escola caiu 9%, a compreensão aumentou para 25%, o coletivismo deles para 25%, a
autoestima aumentou para 29% e o desinteresse caiu para 12%.
REFERÊNCIAS
BALTAR, M. Competência discursiva e gêneros textuais: uma experiência com
o jornal em sala de aula. 2. ed. Caxias do Sul, RS: EDUCS, 2006.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974.
KAPLÚN, Gabriel. Mario Kaplún: El Viajero. Disponível
em http://www.lateja.org.uy/elpuente/epkaplun.htm, 1998 . Acessado em 23 de outubro
de 2015.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
135
ESCOLA ESTADUAL POLO PROFª REGINA LÚCIA ANFFE
NUNES BETINE49
1ª Fase do Matutino
3ª Fase do Vespertino
Professoras responsáveis
Esther Aparecida Sebastião
Rosaria Bianchi
1ª e 5ª Fases do Matutino
4ª e EM. do Vespertino
Professoras responsáveis
Neulisiane de Moraes
Selma Maria da Silva
Rubens Mudo
Jucelino Acosta
3ª Fase do Matutino
4ª Fase do Vespertino
Professores responsáveis
Lucianne Barros Sanches
Sandra Mara Gomes
Maria Ester Benites
O Projeto Conecta desenvolvido no ano de 2015 na Escola Estadual Polo
Professora Regina Lúcia Anffe Nunes Betine teve como seu tema gerador “Sala de aula
Saberes em Foco”, sendo este desenvolvido nas seguintes unidades: Estabelecimento Penal
Irmã Irma Zorzi - EPFIIZ, Instituto Penal de Campo Grande - IPCG, Estabelecimento Penal
Jair Ferreira de Carvalho - EPJFC. Nesse ano o Projeto Conecta foi desenvolvido em
subtemas específicos por cada unidade, sendo: EPFIIZ – Matutino e Vespertino: Saúde da
Mulher, IPCG Matutino e Vespertino: “Fazendo da Vida uma Poesia” e EPJFC – Período
Matutino: “Entrelaçando Saberes” e no Período Vespertino “Higiene das Mãos e os
Benefícios de Parar de Fumar”.
As turmas prioritárias escolhidas para o desenvolvimento do projeto surgiram de
acordo com a nossa maior necessidade encontrada em sala de aula, que é de diminuir o
número de evasões na escola.
Os PROGETECs da Escola Regina Betine desenvolveram o Projeto Conecta junto aos
professores regentes utilizando as tecnologias disponíveis para enriquecer o fazer pedagógico
e desta forma diminuir o número de alunos evadidos. Os recursos mais utilizados pelos
PROGETECs foram: Sala de Tecnologia – STE, Data Show, Artur, Microfone, Câmera
Digital, Laptop, Aparelho de Som, TV, DVD, Aparelho de Som e Pendrives; sendo os
recursos tecnológicos adequados à realidade de cada Unidade Prisional.
No EPFIIZ as alunas trabalharam com a temática específica “Saúde da Mulher”, e
dentre os trabalhos desenvolvidos pelos professores houve apresentações sobre as doenças
sexualmente transmissíveis e seus métodos de prevenção e tratamento, atividades culturais
49 Diretora: Regina Lúcia Rosa Salles. Diretora Adjunta: Ana Lúcia
Atanásio Fontoura. Coordenadora Pedagógica: Leandra Maria Luna
Navarros. PROGETECs: Diogo de Oliveira, Gabriel Magalhães de Oliveira
e Iranilda Bordon Buchara. Multiplicador: Divino Nabhan.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
136
como a composição de uma música temática sobre o outubro rosa e o seu significado como
mês direcionado à saúde da mulher e o desenvolvimento de histórias em quadrinhos contendo
situações envolvendo a saúde da mulher, a gravação de vídeos falando da importância do
cotidiano da escola na saúde mental das alunas, jogos de raciocínio lógico e experiências
científicas além de aulas de educação física com aparelhagem para exercícios.
No IPGC o tema do Projeto foi “Fazendo da Vida uma Poesia”, e as fases foram
selecionadas por possuírem grande dificuldade na oralidade, leitura e escrita. Realizou- se
levantamento prévio do conhecimento dos alunos sobre poesia e foram distribuídos poemas.
Na roda de leitura houve primeiramente discussões dos poemas lidos e após, os alunos
desenvolveram suas próprias poesias. Com seus poemas em mãos digitaram na STE
utilizando o Word, e após a correção realizada pelas professoras elaboraram um varal poético
em sala de aula, e posteriormente os gravaram em áudio e como produto final foi elaborado
um livro de poesias por fases.
No EPJFC no período matutino foi trabalhado o “Projeto Entrelaçando Saberes”, a
dinâmica da realização deste Projeto baseou-se em divisão de vários grupos, onde cada
grupo representou as disciplinas: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História,
Geografia, Inglês e Arte. Foi realizado pesquisas, elaboração de textos, digitação dos textos,
elaboração de Power Point, produção de cartazes, composição do rap dos saberes e um livro
impresso. No vespertino o trabalho “Higiene das Mãos e Benefícios de Parar de Fumar”
pautou-se em uma campanha educativa trabalhando documentários, elaboração de textos na
STE e experimentos em sala de aula, assim conscientizando os alunos da importância de
realizar a higiene correta das mãos e o quanto é maléfico para saúde fumar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a realização do Projeto Conecta, nas fases prioritárias foi comprovado,
pelas falas de alunos e professores, que o sucesso da iniciativa foi inquestionável. Este
projeto foi de suma importância, pois os alunos apresentaram melhoria significativa nas
diversas disciplinas trabalhadas, que foram desde a Língua Portuguesa e Ciências até
Raciocínio Lógico e Arte, além de melhorias na leitura e escrita dos alunos participantes.
Além deste resultado positivo, a autoestima geral dos alunos aumentou e com esse
ganho de confiança em geral, os alunos sentem-se melhor para superar os desafios
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
137
encontrados por eles no processo educativo da escola. Outro ponto importante a se ressaltar é
que até o presente momento o desenvolvimento do projeto ainda gera efeitos após sua
aplicação, visto que poemas ainda são compostos espontaneamente, como também
percebemos mudanças nas atitudes de higiene e cuidados com o corpo e prevenção de
doenças, sendo estes alguns legados deixados pelo Projeto Conecta 2015.
REFERÊNCIAS
MELLO, Guiomar Namo de. Diretrizes Nacionais para a Organização do Ensino
Médio. Brasília: CNE, 1998, p. 33-36.
MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos."Temas transversais"
(verbete). Dicionário Interativo da Educação Brasileira - EducaBrasil. São Paulo: Midiamix
Editora, 2002, http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/dicionario.asp?id=60, visitado
em21/11/2012.
Educando para a liberdade: trajetória, debates e preposições de um projeto para a
educação nas prisões brasileiras – Brasília: UNESCO, Governo Japonês, Ministério da
Educação, Ministério da Justiça. 2006.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
138
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA ALICE NUNES ZAMPIERE50
TECNOLOGIA, HISTÓRIA E ARTE: TUDO É UMA COISA SÓ!
2º Ano B (E.M.) – Matutino
Professores responsáveis
Laurizete Cação Nicolau
Alcinéia Aparecida Sangalli
Celso Ricardo Guimarães
O Projeto Conecta ANZ 2015, “Tecnologia, História e Arte: Tudo é uma coisa só” foi
desenvolvido com a turma do 2º Ano B, período matutino, a turma foi selecionada em virtude
de recorrentes problemas com indisciplina relatados pelos professores.
O projeto foi desenvolvido a partir de três frentes de trabalho, arte, história e
tecnologia.
Foto 1 Aluno pintando a porta
da sala de aula
Foto 2 Marcadores de página Foto 3 Foto da turma em
frente a escola
Os alunos realizaram pesquisas e elaboraram material como um livro digital, vídeos
com entrevistas, marcador de páginas e realizaram uma revitalização das portas das salas de
aula.
Primeiro foram realizadas pesquisas utilizando a Sala de Tecnologia – tanto sobre a
professora Alice quanto dados da escola. O objetivo foi a realização de um livro digital.
Foto 19 Alunos explicando o
projeto nas salas de aula
Foto 20 Inauguração das
releituras das portas
Foto 21 Exemplar do cartaz
informativo
50 Diretora: Vera Luiza Galvan. Diretora Adjunta: Márcia Moreira Vicente. Coordenadora
Pedagógica: Gladys Merci Martins. PROGETEC: Thaís Umar Neves. Multiplicador: Nésio
Alamini.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
139
Em relação às portas. Primeiro passo: Foi realizada uma reunião com os alunos e
professores, para organizar um modo de arrecadar dinheiro para comprar tintas das portas.
Segundo passo: Foi feita uma pastelada, junto à direção ainda com a intenção de
arrecadar fundos pra execução das pinturas.
Terceiro Passo: A realização de um brechó foi mais um modo de arrecadar dinheiro
para realização do projeto.
A escola não tinha verba suficiente para realizar o projeto da pintura das portas. Então,
os alunos do 2°B se reuniram para realizar o brechó. As roupas vendidas foram doadas pelos
membros da comunidade escolar e o dinheiro arrecadado foi dividido entre o Conecta e uma
doação para um aluno que precisava de recursos para um tratamento de saúde, foi uma forma
de envolver os alunos em uma ação de colaboração social.
Quarto passo: Pesquisa na internet alguns autores de destaques e principais obras de
cada período da Arte foram selecionados autores como Leonardo da Vince, Picasso, Tarsila do
Amaral, Edvard Munch, entre outros.
Quinto passo: A pintura das portas foi realizada durante as férias de julho. Foram feitas
releituras das obras, primeiramente em papel. Este esboço foi transposto para as portas e com
ajuda dos professores.
Sexto passo: Inauguração das portas com a participação do Grupo de Hap Universo
Lírico e depois explicamos em todas as salas o motivo das portas estarem pintada .
Ao lado de cada releitura foram postos cartazes plastificados com informações sobre a
obra original e seu autor. Esses cartazes permanecem fixados para que as informações estejam
sempre disponíveis aos alunos.
E
ENTREVISTAS
Como parte integrante do processo de pesquisa sobre a história da escola, os dados
obtidos pela pesquisa digital se mostraram muito restritos. Como a professora Alice Nunes
Zampieri foi moradora da cidade de Campo Grande, alguns de seus descendentes
permanecem como residentes da mesma.
Dessa forma, após contato com alguns membros da família da professora, foram
marcadas entrevistas, no ambiente escolar para obtenção de informações sobre a
personalidade da nossa personagem principal, histórias familiares, curiosidades, entre outras.
Foto 22 Entrevista com Isac Zampieri Foto 8 Foto da turma com a bandeira da Escola
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
140
As entrevistas tiveram como objetivo coletar mais informações sobre a vida da prof°
Alice Nunes Zampieri . O processo foi feito com Neto Isac Zampieri , Duas das sete Filhas,
Ecila Karolina, a penúltima filha da Prof° Alice e Marilda Zampieri Vieira, a filha numero
cinco, com a diretora Vera Luiza e uma funcionaria da Escola Alice Nunes Zampiere D.
Lurdes Guardiano que trabalhou na escola desde sua fundação até o ano de 2015. Primeiro
foram selecionadas as perguntas para cada um dos entrevistados, foi feito vídeos e gravado
áudios das entrevistas.
Foto 9Entrevista com as filhas da Professora
Alice
Foto 23 Processo de pintura das portas
O projeto foi responsável por uma efetiva mudança na disciplina e responsabilização
da turma. A escola ganhou uma nova cara com a pintura das portas, e a comunidade pode
partilhar mais sobre a identidade da escola, entendendo sua história.
REFERÊNCIAS
Projeto Político Pedagógico: Escola Estadual Professora Alice Nunes Zampiere.
Campo Grande: 2014
LICHTENSTEIN, Jacqueline; A pintura - textos essenciais; São Paulo: Editora 34, 14
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
141
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA BRASILINA FERRAZ
MANTERO51
CONECTA ÓPTICA
2º Ano A (EM)- MATUTINO
Este trabalho teve por objetivo desenvolver nos alunos a pesquisa e o trabalho
científico como prática cotidiana. Para tanto foi escolhido, junto aos professores e a
coordenação, uma turma com baixo rendimento na opinião do corpo docente e um tema que
proporcionasse desafios teóricos e que estimulasse a pesquisa nas áreas de mais dificuldade
desta turma. A turma escolhida para o projeto foi o 2º ano A de Ensino Médio, no período
matutino. Foi sugerido pelo PROGETEC, juntamente com a professora da disciplina de Física
que trabalhassem em pesquisas voltadas a área das ciências exatas, sendo esta a área de maior
dificuldade da turma.
Desta forma, para uma abordagem prática e condizente com a realidade do cotidiano
dos alunos, foi sugerido o tema Óptica, visto que a própria necessidade de se ver e
compreender o que se percebe através da percepção da realidade é princípio sine qua non para
o desenvolvimento humano em todos os âmbitos.
O projeto foi pensado seguindo uma linha do tempo para se observar como se deu o
desenvolvimento da Física e do conhecimento da Óptica no mundo. Foi realizada, a partir de
reuniões com os professores, a escolha de quatro personagens da Física que revolucionaram a
história da ciência no mundo: Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Isaac Newton e Johannes
Kepler. Cada um destes teóricos fizeram contribuições importantes à Física e,
consequentemente, mudaram a História da Humanidade.
A proposta do projeto foi aceita pela turma e pela comunidade escolar, visto a
necessidade da turma com relação à área e pela validade e possibilidades do tema, e aconteceu
no percurso do terceiro bimestre, contando como instrumento de avaliação da aprendizagem,
acatado por todos os professores da escola. A turma contou com o apoio do Instituto de Física
e da Casa da Ciência e Cultura, instituições da Fundação UFMS.
51 Diretor: Roberto Assaf Jorge Nesrala. Coordenador(es) Pedagógico(s):
Maria Socorro de Lima. PROGETEC: Jonathan Olafson Fernandes.
Multiplicador: Edma Ferreira da Silva Souza.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
142
A parceria com a universidade representa, tanto para os alunos quanto aos professores,
a possibilidade de ampliação dos horizontes de possibilidades no desenvolvimento do
conhecimento ligados aos campos das ciências exatas. Os trabalhos renderam frutos
importantes à escola como o ingresso da turma no Projeto Jovens Astrônomos, viabilizado
pelo Instituto de Física e Casa da Ciência e Cultura da UFMS.
O trabalho passou por quatro etapas fundamentais. A primeira etapa foi dividir a turma
em equipes a partir do momento em que se apresentou o tema geral Óptica e os subtemas:
História dos grandes personagens da Física (N. Copérnico, G. Galilei, I. Newton e J. Kepler);
Funcionamento do globo ocular humano; Montagem de um telescópio; Montagem de uma
câmera fotográfica caseira; Ilusões de óptica.
Após a divisão das equipes foi realizado a construção de um cronograma de trabalho
entre as equipes dividindo o prazo para o desenvolvimento dos trabalhos em dois momentos
principais, o primeiro relativo à pesquisa teórica que seria realizada na STE da escola e na
biblioteca. O segundo momento seria para a construção dos trabalhos tanto teóricos, artigos,
quanto o da apresentação para a Culminância, osVídeos curtos de 05 minutos ou
apresentações culturais.
Com a montagem dos cronogramas cada equipe tratou de elaborar um roteiro de
trabalho onde pensaram na melhor forma para realizar suas pesquisas e a construção do
trabalho final. Assim a STE foi utilizada para as pesquisas, os alunos vieram nas aulas cedidas
pelos professores participantes do projeto nas disciplinas de Física, Matemática e Química.
As equipes trataram de realizar as pesquisa e já produzirem os artigos referentes ao
conteúdo teórico que seria utilizado como uma das avaliações do Projeto, possuindo a metade
na nota do trabalho. Na construção dos artigos os alunos receberam pequenos cursos de
formatação de trabalhos científicos a partir das normas da Associação Brasileira de Normas e
Técnica (ABNT).
Como segunda metade da nota das equipes, os alunos construíram vídeos de curta
duração para apresentar suas pesquisas e a forma como foram descobertos novos
conhecimentos. Os alunos apresentaram todo este material na culminância do Projeto Conecta
Escola que aconteceu no dia 24/09/2015, como nota para o terceiro bimestre da turma do 2º
ano médio em todas as disciplinas.
Consideramos este trabalho como positivo pelo resultado obtido com a turma do
segundo ano médio da escola. Porem, tudo o que foi realizado este ano foi apenas uma prévia
do que será feito no ano de 2016. A Escola foi inscrita no Projeto “Escola de Jovens
Astrônomos”, projeto do Instituto de Física/Casa da Ciência e Cultura da Fundação UFMS.
Portanto, por mais que se note expressivo o desenvolvimento da turma este ano, com as
pesquisas, o trabalho de produção de artigos e vídeos, os alunos ainda serão trabalhados mais
no ano de 2016 no projeto vinculado a UFMS.
O trabalho realizado só foi possível pelo apoio do corpo docente e equipe gestora da
escola. A turma do 2º ano médio realizou o projeto tendo os cuidados e o acompanhamento
não apenas dos professores das disciplinas inscritas no Projeto, como de toda a comunidade
que participou ativamente da construção do projeto teórico.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
143
Equipe responsáveis pela montagem do Globo
Ocular Humano Turma do 2º ano Médio na
Semana da Ciência e
Tecnologia
Equipes Construindo os
artigos e produzindo os vídeos
REFERÊNCIAS
ALVES, G. L. O universal e o singular: em discussão a abordagem científica do regional. In: ALVES, G. L.
Mato Grosso do Sul: o universal e o singular. Campo Grande, MS: Editora Uniderp, 2003.
COSTA, Carlos Irineu da. Glossário. In: LÉVY, Pierre. Cibercultura. [Tradução de
Carlos Irineu da Costa]. São Paulo: Editora 34, 1999.
FURLAN, Maria Ignez. Avaliação da aprendizagem escolar: convergências, divergências. São Paulo, SP. Ed
Annablume, 2007.
LUCKESI, C. Avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando conceitos e recriando a prática, Malabares
Comunicação e Eventos, Salvador/BA, 2005, 2ª edição (revista), 115 páginas.
MASETTO, Marcos T. Mediação pedagógica e o uso da tecnologia. In: MORAN, José
Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e
mediação pedagógica. 6. ed. Campinas: Papirus Editora, 2000. (Coleção Papirus
Educação)
RODRIGUES, Neidson. Da mistificação da Escola a Escola necessária. São Paulo, SP. Ed Cortez / Autores
Associados. 6ª ed. 1992.
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-crítica: primeiras aproximações. São Paulo, SP. ed. Cortez: ed
Autores Associados, 1991. Coleção Polêmicas do nosso tempo, vol. 40. 1994.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
144
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR CARLOS HENRIQUE
SCHRADER52
TODOS PELA APRENDIZAGEM
6º Anos (A e B) – Matutino/Vespertino
Professores responsáveis
Eliardo Ribeiro da Silva Faustino
Liliana de Souza Araújo
Márcia Vilalba Arevalo
Viviane Gualberto Ferreira Carmona
O Conecta do ano de 2015 “Todos pela Aprendizagem” foi possível em nossa escola
porque consideramos a aprendizagem dos alunos como responsabilidade de todos, tendo
como objetivo maior o Projeto de Acompanhamento Educacional. Esse projeto é uma das
ações que deve consolidar e ampliar conhecimentos, enriquecer as experiências sociais e
culturais dos alunos e ajudá-los a vencer obstáculos em sua aprendizagem, favorecendo o
sucesso na escola e na vida.
Como toda ação pedagógica, esse acompanhamento requer um cuidadoso
planejamento, definição de metas, escolha de alternativas e envolvimento dos interessados.
Por isso, o nome “Todos pela aprendizagem”. Envolvendo as turmas prioritárias do 6° ano
“A” matutino e 6° “B” vespertino.
Descrever, na forma de um texto corrido, como se deu o desenvolvimento de cada um
dos projetos, detalhando as etapas realizadas e focando o uso das tecnologias envolvidas.
Nessa parte, deve haver citações bibliográficas que embasem as ações de cada projeto,
podendo ser utilizados também trechos do PPP da escola.
Importante: Também deverá conter uma foto de cada projeto sendo desenvolvido, à
medida que for sendo relatado.
52 Diretor: José Carlos de Santana. Coordenadora Pedagógica: Cecília
Pereira Felício. PROGETEC: Roberto Pereira Teodosio. Multiplicadora:
Marcia Vanderlei de Souza Esbrana.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
145
A aprendizagem da leitura ocorre quando os alunos participam de situações nas quais a
linguagem escrita é usada junto com pessoas que exercem práticas de letramento.
É importante também, que os alunos saibam que bons leitores lançam mão de estratégias e
procedimentos para construir significados sobre o texto, com o auxilio das tecnologias existentes
na escola, podemos lançar mão da sala de tecnologia com a finalidade de pesquisar a escrita e toda
sua estrutura, dando início a uma gama de possibilidades visto que se ficarem apenas nos livros
didáticos os deixariam limitados e o intuito desse projeto é ampliar seus horizontes e os tornarem
mais questionadores e pesquisadores.
Desenvolver as habilidades de leitura é desenvolver procedimentos próprios dos leitores
fluentes, é desenvolver nos alunos a possibilidade de entender a leitura como algo interessante e
desafiador, uma conquista que possa lhes dar autonomia e independência.
A proposta aqui apresentada é que o processo de produção textual seja planejado pelo
aluno com a ajuda do professor, e que antes de redigir, ele possa responder às seguintes perguntas:
o que comunicar; como escrever; quem serão meus possíveis leitores; que linguagem usar; quais
informações essenciais; qual será o suporte; dentre outros.
No que tange, especificamente, ao ensino aprendizagem da produção de textos,
reconhecerem que a língua padrão é apenas uma das variedades da Língua, própria de práticas
sociais específicas do uso da escrita; é reconhecer que cada situação pede um determinado uso da
língua que pode variar entre o mais formal ou menos formal; entre o uso de uma ou de outra
variedade.
Em consonância com a Língua Portuguesa trabalharam o ensino da matemática estando
esta presente nas escolas, quase que exclusivamente, valorizando o desenvolvimento de atividades
situadas no plano do registro e, mais especificamente, o da escrita simbólica, através do uso de
algarismos, variáveis e formas geométricas, negando que a atividade matemática na escola deva
contemplar seus mais diversos planos, sem criar separações e fragmentações.
A construção do conhecimento matemático constitui-se em um longo e complexo processo
que, por vezes, não é trabalhado pela escola de forma plena. A atividade matemática tem dois
níveis de representações importantes: um primeiro que é o da representação mental dos conceitos,
e um segundo que é o da representação via registros, em especial o da escrita.
É por intermédio de uma relação mais questionadora e investigativa do professor, no
espaço da sala de aula, que se construirá uma concepção de matemática menos fragmentada e
mais articulada e dinâmica.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este texto visa propiciar a reflexão sobre uma dentre várias maneiras de se ensinar não
só matemática como qualquer outra disciplina e que cumpra os requisitos de relevância, na
busca de uma educação com qualidade.
Aqui se defendeu que, para ter relevância no aprender, a formação precisa reconhecer
a presença da matemática nas atividades humanas, das mais rotineiras às mais complexas.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
146
Deve, além disso, tornar acessível a todos o acervo de conhecimentos existentes na
escola historicamente acumulados com seus DVDs e CDs biblioteca, TV escola entre outros.
A relevância da formação nutre-se também da exploração das conexões do
conhecimento matemático, seja entre as suas subdisciplinas, seja com outros saberes
científicos, sem esquecer que todo conhecimento matemático relevante está associado a
alguma prática social.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Fernando José de. Educação e Informática. Os computadores na escola.
São Paulo: Cortez, 1988.
https://cenfopmatematicasignificativa.files.wordpress.com/2011/04/projeto-do-6c2ba-
ao-9c2ba-ano.pdf
Vídeos do youtube.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
147
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA CÉLIA MARIA NÁGLIS53
FÁBULAS ANIMADAS E ENCANTADAS
Foto - Logomarca Conecta 2015
(o quebra cabeça do conhecimento
“fábulas animadas e encantadas”
6º Ano A – Matutino
Professor (Es) MATUTINO: 6º ANO A
Ana Maria Soares
Jose Luis De Oliveira Vicente
Natália Felix Amaral
Sandra Edlaine Do Nascimento
Eunice Teles Castro Nemet
5º Anoa, B E C – Vespertino Professor (Es)
Vespertino; 5º Ano A
Edwirges Da Silva
Regiane Pinheiro Da Silva
Suzana Alves De Jesus
Eliane Dos Santos Gonçalves
Professor (Es) Vespertino; 5º Ano B
Ana Paula Barbosa Da Cruz
Regiane Pinheiro Da Silva
Suzana Alves De Jesus
Eliane Dos Santos Gonçalves
Professor (Es) Vespertino: 5º Ano C
Izabel Gonçalves
Cátia Regina Ferreira Garcia Prado
Suzana Alves De Jesus Eliane Dos Santos
Gonçalves Arte
A proposta de trabalhar com este projeto é transmitir uma mensagem de sentimento
respeito e dignidade pela pessoa humana, a pretensão é demonstrar a força que a fábula pode
exercer uma melhora na construção do conhecimento do aluno assim motivando-os para a
leitura com o auxilio dos meios tecnológicos, dando informações básicas para que o aluno
possa interagir com os outros membros do meio. Transformando a leitura e a escrita em uma
forma prazerosa de conhecimento.
Dessa forma, a equipe pedagógica da Escola utilizou o dia “da fábula” para a criação
do logo da turma como forma de estratégias para abordar a temática.
53 Diretor: José Antonio De Souza E Silva. Coordenador(es)
Pedagógico(s): Claudete Soares De Andrade Gomes. PROGETEC:
Vanesca Ferreira Lima Martins. Multiplicadora: Edma Ferreira da Silva
Souza.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
148
A escola (Foto1) atende alunos do 5º ao 9º anos do ensino fundamental com dois
turnos matutino e vespertino, a Proposta Pedagógica da Escola tem como objetivo intensificar
o desenvolvimento de ações cooperativas para a melhoria no processo de ensino
aprendizagem. O desejo de todos, hoje, é a democracia participativa, sendo que isso ocorreu
durante o desenvolvimento desse projeto.
A utilização de amimais nas fábulas contribui para que a criança encontre um elo
entre o mundo fantástico da leitura e o seu mundo real, isso ajuda o pequeno leitor, que possa
captar a mensagem e transmiti-la para sua vida, permitindo que a criança envolva seu mundo
com o da fábula, com isso a criança pode interagir o mundo imaginário com o real e
facilitando a compreensão textual.
Considerando que a fábula é uma tipologia textual que instiga discussões e reflexões a
respeito da moral, serão desenvolvidas estratégias que viabilizem tal meta, através do projeto,
O Mundo Fantástico das Fábulas Animadas, em que o educando vivenciará de forma lúdica e
prazerosa, o ato de ler, interpretar e produzir textos e mini filmes animados. Pois a fábula é
um dos instrumentos essenciais na construção de valores morais e sociais do aluno. Logo,
deve ser inserida na infância com o intuito de formar adultos mais críticos como assevera
Góes (1991) “a fábula é uma forma literária indireta na exposição de sua expressão, de caráter
crítico”.
O projeto desenvolvido na E.E. Profª. Célia Maria Náglis, com o apoio da STE,
começou em meados de abril com a divulgação do conecta escola 2015, no 1º momento foi
marcado uma reunião com professores coordenadores e direção, assim aproveitei para falar
um pouco da STE, depois de uma breve discussão decidimos trabalhar turmas prioritárias as
turmas que farão as avaliações externas, após escolher o tema, dividimos por turmas do
mesmo nível, observei que os professores ficaram entusiasmados, no vespertino escolhemos
três 5º anos A, B e C, escolhemos somente três fábulas que serão trabalhadas: O leão e o rato;
a raposa e as uvas; A cigarra e a formiga etc.
Não restam dúvidas de que planejar é adaptar, revolucionar, mudar, transformar a
prática educativa, no entanto, isso só é possível com a participação coletiva.
Essa participação ocorreu através de atividades desenvolvidas pela escola, sendo
impulsionada pelo NTE, Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso do Sul e pela
Direção e Coordenação Pedagógica desta Unidade Escolar.
Nesta perspectiva, o diálogo, a comunicação, a intervenção, foram fatores relevantes
para o intercâmbio de experiências, vivências, integrações entre os envolvidos.
O impacto das atuais transformações políticas, econômicas, sociais, culturais e
tecnológicas pelas quais passam o país e o mundo leva os profissionais envolvidos com a
educação a repensar o papel da escola e do próprio ensino, interferindo nos hábitos, valores e
atitudes das pessoas que buscam informações mais rápidas, precisas e eficientes. Com isso
abrangendo a Tecnologia, cultura história e metodologia.
A intenção deste projeto é fazer com que os alunos buscam a integração e valorização
do ser com a interação da fábula com o meio.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
149
Assim, trabalharemos o projeto de forma interdisciplinar envolvendo todas as áreas de
conhecimento, proporcionando condições de conhecimento da cultura popular entrelaçado a
natureza lúdica como atividades: leitura, personagens, hábitos, literatura, música etc.
De acordo com Vygotsky: “O brincar é uma atividade humana criadora, na qual a
imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de
interpretação, de expressão e de ação pelas crianças, assim como novas formas de construir
relações com outros sujeitos, criança e adultos”. (ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE
ANOS, 2007, p.35).
Porquanto o conhecimento é fruto de um intenso trabalho de significação, onde os
conhecimentos prévios ou coleta de dados/hipóteses se constituirá fundamento das ações de
trabalho. Trabalhar com projetos na visão de OLIVEIRA (2002, p.242) confirma: “O projeto
didático pode possibilitar às crianças diferenciar suas próprias experiências das de outras
pessoas, pensar o presente e o passado, o sentido do tempo e do espaço como construção
histórica organizada socialmente para atender necessidades criadas nas comunidades e
trabalhar o tempo como ato de liberação do presente, considerando as diferentes
temporalidades existentes no cotidiano.
Diante deste aspecto as situações pedagógicas serão intencionais, orientadas pelos
professores a fim de que os alunos compartilhem suas descobertas e experiências,
comuniquem e atribuam sentidos as sensações, sentimentos, pensamentos e realidade por
vários meios.
Assim objetivando apresentar as fábulas, como uma forma de transformar o ser em
outro. Estabelecer um programa que possa direcionar o uso pedagógico das tecnologias
educacionais e recursos midiáticos, por meio do desenvolvimento de projetos locais, visando
melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem dos alunos da escola.
TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO
Em nossa prática pedagógica temos o intento maior de articular com a comunidade
reconhecendo sua realidade social, para que cientes das mesmas possamos traçar nossas
estratégias metodológicas, através das quais esperamos contribuir para a formação de
cidadãos críticos.
Diante do exposto identificamos a concepção teórica Progressista, inspirada na
tendência Histórico-Crítica, de Demerval Saviani, como a que mais se aproxima do contexto
de ensino com o qual trabalhamos.
[...] serão métodos que estimularão a atividade e iniciativa dos alunos sem
abrir mão, porém, da iniciativa do professor; favorecerão o diálogo dos
alunos entre si e com o professor mas sem deixar de valorizar o diálogo com
a cultura acumulada historicamente; levarão em conta os interesses dos
alunos, os ritmos de aprendizagem e o desenvolvimento psicológico mas sem
perder de vista a sistematização lógica dos conhecimentos, sua ordenação e
gradação para efeitos do processo de transmissão-assimilação dos
conteúdos cognitivos. (SAVIANI, 1992, p. 79).
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
150
Os passos da metodologia: 1° prática social (ponto de partida); 2° problematização; 3°
instrumentalização; 4° catarse (acepção gramsciana1); 5° prática social (ponto de chegada).
O conhecimento emerge da história da ação humana, das práticas humanas
recorrentes. É a história das práticas humanas que dá um sentido ao mundo. O conhecimento
se constrói sempre sobre a base de um novelo de ações e á sobre a lógica desse entremeado de
ações que é preciso agir para poder, justamente, abri-lo para a flexibilidade e a transformação.
A escola privilegia a aquisição de um saber vinculado às realidades sociais e, dos quais
os métodos favoreçam a correspondência dos conteúdos para que os alunos tenham o auxílio
de compreensão da realidade – prática social, mormente diante das reais competitividades
neste mundo globalizado.
De acordo com o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola Célia Maria Náglis do
ano de 2014. “A concepção de ensino em nossa escola, pensada, dará ênfase as Relações
Sociais e de Comunicação objetivando a transformação dos indivíduos, para que possam ter
visões otimistas, tornando-os ousados, articuladores de suas próprias possibilidades e
formação”.
O projeto será desenvolvido de março a novembro de 2015, nesse meio tempo os
professores desenvolverão atividades em sala de aula e na STE, A professora regente fará um
trabalho que ficou estabelecido assim Leitura de fábulas; Roda de leitura e interpretação oral
para os alunos que não possuem fluência na leitura e atividades ilustrativas.
Releitura da fábula lida pelos alunos que tem fluência na leitura e na escrita, Reconto
de fábulas trabalhadas; O leão e o rato; a raposa e as uvas; A cigarra e a formiga; A lebre
e a tartaruga e outras. Produção de pequenos textos; e ilustração onde os alunos
recontarão a sua própria fábula EM FORMA DE HQs.
Confecção de jogos variados: memória, quebra-cabeça, bingo e outros. Realização de
acróstico com a palavra fábula e o nome de alguns personagens escolhidos por eles; Ilustração
do ambiente das fábulas; Conhecer a origem das fábulas. Conhecer a história do famoso
escritor esopo, Ler fábulas, Produzir textos a partir de fábulas.
Desenvolver o gosto pela leitura e pela escrita. Reconhecer a fábula como gênero
literário que veio do conto popular; Reproduzir o texto oralmente, individual ou
coletivamente, mantendo a sequência dos fatos; Compreender a moral no texto; Descrever a
ambientação e os personagens da fábula; Confeccionar histórias em quadrinhos para
digitalizar e criar animação; Ampliar o conhecimento em relação a temática exposta.
Usar o dicionário e computador como fonte de pesquisa; Usar as mídias como forma
de ampliação do conhecimento específico; Realizar exposição de minifilmes e livros digitais
através de mídias existentes na escola.
Bom, eu particularmente gostei muito de desenvolver esse projeto na escola, pois no
começo foi um pouco difícil, mas após algum tempo todos participaram e no final as
apresentações ficaram lindas, porque todos ou quase todos os alunos participaram e a direção
coordenação e professores ajudaram e deu tudo certo.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
151
Foto 1: leitura e
dramatização das
fábulas
Foto 2: apresentação
fábulas
Foto 3: releitura em
forma de HQS
Foto 7: Banner
2015
Foto4: apresentação
cultural
Foto 5: making off dos
vídeos
Foto 6: atividades na
STE fábulas
REFERÊNCIAS
ROCHA, Ruth (Adap.). Fábulas de Esopo. Melhoramentos, São Paulo 1986
FERNANDES, M.T.O.S. Trabalhando com os gêneros do discurso: narrar fábula. São
Paulo: FTD, 2001.
KUPSTAS, Márcia. Sete faces da fábula. 1ª Ed. Moderna, São Paulo, 1992.
LDB nº 9394/966. Brasília:MEC, 1996.
Sistema Avançado de Pesquisa. Ensino Fundamental. Método de Ensino Atual. www.lendasfolclóricas.com.br.
(http://www.brasilescola.com/brasil/regioes-brasileiras.htm, acesso dia 22 de outubro de
2012).
OLIVEIRA, Zilma. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez,
2002.
VYGOTSKY, Lev. S. Pensamentos e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
152
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA CLARINDA MENDES DE
AQUINO54
EBOOK – CHÃO DE ESTRELAS
1º Ano C, D e E (E.M.) – Matutino
Professores responsáveis
Irami Gonçalves Fernandes Martins
Eva Selanir Blanco Braga
Camila Lins
Ana Flora Nimer Gomes
Ester Schiavi do Nascimento
Renata Camargo
Marion Flores Leal (Aux. de coordenação)
O livro E-BOOK sob o nome “Chão de Estrelas” foi proposto com o objetivo de os
alunos dos primeiros anos C, D e E se pronunciarem, questionarem, debaterem e criticarem,
bem como apresentar propostas de mudanças para problemas e temas contemporâneos que
tenham a ver com a sociedade na qual estão inseridos.
Ressaltamos que esse é o quarto volume do projeto que vem sendo desenvolvido
dentro da escola desde 2011, com intuito maior de possibilitar aos educandos maior
conhecimento de textos poéticos, motivando os a ouvir, ler e escrever e praticar ações leitoras.
Chão de estrelas é a representação do momento histórico conturbado, em que os
estudantes percebem as ocorrências dos fatos, questionam, debatem, criticam e apresentam
propostas de mudanças, para problemas que tenham a ver com a sociedade na qual estão
inseridos.
Ao longo do ano de dois mil e quinze, após extensa discussão entre professores,
coordenadores, PROGETEC e os alunos dos primeiros anos C, D e E tecemos o “Chão de
Estrelas”, que será impresso e apresentado como EBOOK, claro que constituído apenas de
pequenas produções autorais e, como toda obra, ainda não terminada.
Estas turmas foram escolhidas devido ao número de alunos repetentes e situações de
baixa autoestima, disciplina, aprendizagem entre outras dificuldades.
54 Diretora: Marlene Felipetto Rosi de Oliveira. Diretora Adjunta: Maria
Helena Oliveira Souza. Coordenador (es) Pedagógico(s): Veronice Lopes
de Souza Braga
PROGETEC: Alessandra Flores Rezende. Multiplicadora: Marcia
Vanderlei de Souza Esbrana.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
153
Vários foram os critérios adotados para a organização deste volume, um dos principais
foi o uso das tecnologias pelos professores colaboradores, no uso da sala de STE. Podemos
ressaltar experiências como: filmes, pesquisa em Wikipédia, wikcionário, textos, hipertextos,
o uso correto do Word em sua forma de escrita, correção textual, formatação, PowerPoint
para elaboração de pequenos textos adaptados para teatros, sala de leitura (biblioteca), leitura
de livros como poesia de Manoel de Barros, Fernando Pessoa, e alguns autores regionais
como Antonio Sodré, Américo Calheiros, além de outro tipo de sugestões de textos e
escritores. Dessa forma, a etapa mais difícil foi conquistar os alunos para a leitura de notas
críticas bibliografias, fazendo-os refletirem sobre problemas que os envolvem sob o ponto de
vista social, ético e moral.
Essas leituras e pesquisas na internet e o uso de várias tecnologias dentro das salas de
aula e na sala de tecnologia foram propostas até que os alunos se sentissem seguros para
produzirem seus próprios textos.
Neste volume os textos são autorais, houve a participação tanto dos educandos como
dos educadores, todos escreveram, mas alguns optaram por não ter seus textos publicados.
Houve a participação de alguns alunos dos segundos e terceiros anos, que serviram como
monitores para os colegas, com intuito de incentivar os colegas, pois os mesmos já
participaram da elaboração dos volumes anteriores.
Neste quarto volume podemos ressaltar que a implementação do uso das tecnologias
em sala de aula e sala de STE foi primordial para a produção deste livro, além do incentivo
para os professores sobre o uso dos mesmos com o planejamento de seus conteúdos, o
manuseio, uso de pesquisas, leitura, entre outros por parte dos alunos. Foi um conjunto de
fundamental importância.
Foto 1 - Profª Irami
passando vídeos de
crônicas com o auxílio
do tablet aos alunos
Foto 2 - Profª Ester com
os alunos - um teatro de
capitães de areia para
composição de temas
para o livro
Profª Irami com os
alunos digitando seus
textos
Alguns textos digitados
por nossos alunos
Muitos educadores no início do ano não sabiam, por exemplo, como usar uma lousa
digital, assim como alguns alunos não sabiam como usar o Word como ferramenta para
produzir textos. O “Chão de Estrelas” é a quarta edição de um projeto que teve início no ano
de 2011, surgiu como ideia para incentivar simplesmente a leitura e gosto pela poesia, e ano a
no foi crescendo, e neste volume o uso das tecnologias foi primordial, assim como os outros
três já produzidos anteriormente.
Surgiram resultados significativos para os educandos, tanto foi como sugestão dos
próprios alunos a transformação deste em um EBOOK para 2015.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
154
Quadro 1- Recursos utilizados no ano de 2015 para confecção do EBOOK
Recursos
Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Lousa
Interativa
19 5 8 10
Máquina
fotográfica
6
Rádio 6
Sala de leitura
(TV e Vídeo)
6 3
Caixa som com
microfone
8 65 113 32 144 101 90 172 28
Datashow 22 73 28 52 10 106 85 19 56 8
Projetor
Proinfo
132 95 246 204 48 254 213 179 227 61
STE 135 189 156 58 92 173 125 183 29
TOTAL 154 311 534 556 153 604 582 413 641 126
REFERÊNCIAS
Moraes, Vinicius de. Poesia Completa e Prosa. Volume Único. Rio de Janeiro – 2008
Neruda, Pablo. Cem Sonetos de Amor. Porto Alegre/RS – verão de 2007
Suassuna, Ariano. Auto da Compadecida. Agir Editora Ltda, 2005
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
155
ESCOLA ESTADUAL PROFESSSORA DELMIRA RAMOS DOS
SANTOS55
ÁGUA FONTE DE VIDA
2º Ano A (E.F.) – Matutino
ÁGUA FONTE DE VIDA
6º Ano A - Vespertino
Professores responsáveis
Marta Santos de Lima Souza
Luci de Oliveira Pompeu
Elis Regina Rodrigues
Professores responsáveis
Viviane Garcia Evangelista
Isabel Cristina
Atualmente sabemos muito bem que a educação é um processo fundamental na vida
humana, é por meio da aprendizagem que o individuo desenvolve determinados
comportamentos que o possibilitam viver e continuar aprendendo e conhecendo. Hoje, sem
dúvidas, a tecnologia é a fonte de produtividade, e de processamento de informação e de
comunicação (Manuel Castells, 2000).
Notamos que quanto mais aprendemos muito mais ainda temos para aprender. Sempre
desejamos mais do que possuímos no que se refere ao conhecimento. Sem dúvidas sempre há
uma vida inteira de sucessivas ações de aprendizagem. Como afirmado por Jean Piaget
(Ramozzi, 1984): Somos capazes de conhecer, de produzir conhecimento. Somos, portanto,
eternos aprendizes.
[...] o computador pode enriquecer ambientes de aprendizagem onde o
aluno, interagindo com os objetos desse ambiente, tem a chance de construir
seu conhecimento. Nesse caso, o conhecimento não é passado ao aluno. O
aluno não é mais instruído, ensinado, mas é o construtor do seu próprio
conhecimento. Esse é o paradigma construcionista, onde a ênfase está na
aprendizagem ao invés de estar no ensino; na construção do conhecimento e
não na instrução. (VALENTE,1998.p. 30).
Com o computador em mãos é possível construir, ampliar e enriquecer a
aprendizagem. Sendo então necessário também motivar o indivíduo para que ele aprenda e se
desenvolva, iniciando e continuando o seu processo de aprendizagem. Viver na era da
informática possibilita ao educador a oportunidade de levar até a escola as grandes mudanças
que estão ocorrendo na sociedade. O uso de redes de comunicação, de recursos multimídia
(como: vídeos, sons, imagens, conteúdos hipertextuais, softwares, entre outros), trazem para a
escola diferentes modos de representar e compreender o pensamento.
Pensando assim, decidimos desenvolver o projeto sobre a água, cujo tema escolhido
foi “Água, fonte da vida”. Envolvendo assim o uso das tecnologias e dos recursos midiáticos
disponíveis em nossa escola para a melhoria e qualidade do ensino e aprendizagem. Visto que
a água tem diversas utilidades ao homem como, por exemplo, para a irrigação na agricultura,
55 Diretor: José Martins Cunha. Coordenador(es) Pedagógico(s): Suely da
Silva Nunes Vieira. PROGETEC: Ana Lúcia da Silva Rodrigues Coppes.
Multiplicador: Roberto Wagner.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
156
a indústria, o uso doméstico, a pesca, a geração de energia elétrica, atrair o turismo e como
gerenciadora de empregos na infraestrutura de sua distribuição. Pensando na conservação da
água e do meio ambiente através da educação ambiental, motivamos a busca pela melhoria da
qualidade de vida através do desenvolvimento sustentável que assegure para a atual e as
futuras gerações uma água de qualidade e quantidade apropriada com um meio ambiente
saudável.
Este projeto teve como público alvo os alunos do 2º ano do Ensino Fundamental do
turno Matutino e o 6º ano do Ensino Fundamental do turno vespertino, turmas com problemas
de aprendizagem e indisciplina, o projeto foi desenvolvido em etapas através de pesquisas,
confecção de história de quadrinhos online e no editor de texto, teatros, slides, vídeo
produzidos pelos alunos de como economizar água em casa, cartilha informativa digital com
informações sobre: o desperdício, o ciclo da água, a poluição e dicas de economia e
reutilização, maquetes, palestra para a conscientização dos alunos. Os alunos também
visitaram a estação de tratamento de água da cidade.
A função primordial da escola nossa escola tem sido conduzir o aluno ao
conhecimento formal e a partir daí, motivá-lo a novas descobertas, soluções, inventos e novos
caminhos; compreendendo sua função cidadã e de agente ativo na transformação da história e
do meio social onde está inserido. Os alunos e professores devem ser estimulados a
publicarem suas pesquisas, produções e seus produtos finais. Nessa ótica, Antoni Zabala
sinaliza que:
É necessário oportunizar situações em que os alunos participem cada vez
mais intensamente na resolução das atividades e no processo de elaboração
pessoal, em vez de se limitar a copiar e reproduzir automaticamente as
instruções ou explicações dos professores. Por isso, hoje o aluno é
convidado a buscar, descobrir, construir, criticar, comparar, dialogar,
analisar, vivenciar o próprio processo de construção do conhecimento.
(ZABALLA, 1998).
Observou-se que ao participarem do projeto em questão, houve maior envolvimento,
interação entre colegas e professor. Notou-se o trabalho em equipe, a troca de ideias e
informações. Observou-se maior interesse dos alunos em participar das aulas, pois o tema foi
abordado de forma interdisciplinar.
Os alunos conheceram os benefícios da água tratada, da utilização e manutenção da
rede de esgoto, podendo se transformar em multiplicadores, já que é por meio da educação
que se forma uma geração mais consciente e apta a desenvolver o seu papel de cidadania. O
projeto buscou de forma lúdica e interativa sensibilizar e conscientizar a comunidade
estudantil sobre questões referentes ao saneamento básico, sobre a importância do uso da
rede coletora de esgoto para a saúde, dos benefícios e da importância do uso racional da água.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
157
REFERÊNCIAS
BRANCO, Samuel Murgel. Água: Origem, uso e preservação. São Paulo. Editora Moderna.
ALMEIDA, Fernando José de. Educação e Informática. Os computadores na escola. São Paulo: Cortez, 1988.
CASTELLS, M. (2000). A sociedade em rede (The riseofthe network society). 3. ed. Tradução Roneide Venâncio
Majer. São Paulo: Paz e Terra.
RAMOZZI-CHIAROTTINO, Z. (1984). Em busca do sentido da obra de JeanPiaget. São Paulo: Ática.
Valente (VALENTE, 1999), em capítulo intitulado Por quê o computador na educação? O autor trata das
controvérsias, possibilidades e abordagens propiciadas pelo uso do computador na educação.
ZABALA, Antoni. Prática educativa: como ensinar. Porto Alegre. Artes Médicas Sul 1998.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
158
ESCOLA ESTADUAL PROFª ÉLIA FRANÇA CARDOSO56
A GOTA D´ÁGUA
1º Ano B (E.M.) – Matutino
Professores responsáveis
Glayce Cruz
Ana Carolina Rosa
Renata F. Lima
7º ano B ( E.F) - Vespertino
Professores responsáveis
Anderson Cardoso
Lucimara S. Olah
Maria Lenice santos
Como educadores, devemos pensar numa escola que promova uma geração consciente
em relação ao o seu papel como cidadão, a fim de ensinar a importância de preservação, para
que gerações futuras não sofram com a destruição ambiental.
Neste sentido, ao constatar a necessidade de um projeto que envolva a comunidade
escolar, decidimos então pelo tema Meio Ambiente para iniciarmos o projeto Conecta deste
ano, uma vez que o bairro é cercado por vegetação e córregos que estão muito poluídos
devido à falta de educação e conscientização dos moradores da região e de empresas que
despejam esgoto diretamente no córrego.
As turmas escolhidas neste ano para realizar o projeto Conecta 2015 foram o 1º ano B
do Ensino Médio, período matutino e o 7º ano B do Ensino Fundamental do período
vespertino. Ambas as turmas apresentavam dificuldade de aprendizagem, e de trabalho em
equipe, além de indisciplinas e faltas, consequentemente geravam baixos resultados, logo
foram selecionadas, com a intenção de melhorar o rendimento das turmas.
Utilizando o projetor, a arte educadora Glayce apresentou o projeto aos alunos do 1º
ano B matutino, usou imagens e vídeos com o tema, mostrando a nossa responsabilidade com
os recursos hídricos e o meio ambiente. Os alunos debateram sobre o assunto e fizeram
registros em seus cadernos.
Acompanhados das professoras Glayce( Arte), Viviane (Biologia) e Adriana (Projetec),
os alunos percorreram as margens do córrego Buriti/Lagoa, fazendo anotações e colhendo o
lixo deixado pela população. Neste dia, usaram máquina fotográfica, celulares e filmadora
para registrarem a ação e, na sequência, com recurso do projetor, repassaram as fotos e
vídeos, fazendo uma análise para uma possível intervenção.
56 Diretora: Elíria Fátima Chaves de Oliveira. Diretor Adjunto: Antônio
Barbosa Sorrilha. Coordenador(es) Pedagógico(s): Marcela Castro, Jane
Ortiz. PROGETEC: Adriana Oliveira Legal Muller. Multiplicador:
Roberto Wagner.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
159
Coleta de material reciclável
às margens do córrego e
pesquisa na STE
Palestra Eco Plantar e
produção de folder na STE
Pesquisa na STE , plantação
de mudas e jardim suspenso
Decidiram então, por uma campanha de conscientização aos moradores, pois havia
muito lixo e focos de incêndio as margens do córrego. Mediante ao estudo de Mayer (2000),
os alunos aprendem melhor quando se combinam palavras e imagens do que só palavras.
Para que os alunos compreendessem melhor o trabalho a ser realizado e executá-lo
com eficácia, os professores começaram pela sala de tecnologia com atividades
diferenciadas: vídeos, imagens e artigos ricos em informações sobre o referido assunto.
O vídeo é sensorial, visual, linguagem falada, linguagem musical e escrita.
Linguagens que interagem superpostas, interligadas, somadas, não
separadas. Daí a sua força. Somos atingidos por todos os sentidos e de
todas as maneiras. O vídeo nos seduz, informa, entretém, projeta em outras
realidades (no imaginário), em outros tempos e espaços. (MORAN, 1995, p.
27).
Na Aula de arte, a professora Glayce auxiliou os alunos na produção do folder para
fazer a campanha de conscientização aos moradores da região. Neste trabalho, foi utilizada a
ferramenta da Microsoft Office Publisher. Também produziu vídeos Stop Motion, com o
recurso Movie Maker, e os melhores trabalhos foram postados no facebook da escola.
Ana Carolina, professora de Física apresentou a importância dos rios para a
produção de energia elétrica por meio de usinas hidrelétricas e o impacto ambiental que
ocorre nas áreas que recebe o grande lago, que serve de reservatório da hidrelétrica. Ana
utilizou os recursos Power Point e internet para realizar as atividades.
Sob a orientação da professora de Química, Renata, os educandos realizaram uma
pesquisa na Sala de Tecnologia sobre as reações entre ácido, bases e medidas do PH da água.
Colheram uma amostra da água do córrego para análise. Na sequência, produziram vídeos
fazendo experimentos, enviaram através do aplicativo WhatsApp e compartilhado nas redes
sociais.
Na finalização deste trabalho, Rodrigo Albuquerque do projeto Eco Plantar, que tem
como finalidade reciclagem, reflorestamento e sustentabilidade, além de fazer uma palestra
aos alunos, doou 37 mudas de árvores para que fossem plantadas na escola e as margens do
córrego da região.
As imagens, vídeos e a coleta dos materiais recolhidos pelos alunos do matutino,
foram apresentados aos alunos do período vespertino para dar continuidade ao projeto. Com
as garrafas pets e pneus que foram encontrados pela turma do matutino, os alunos do 7º ano
vespertino, produziram um jardim suspenso.
Esta etapa, participaram os professores de Ciência, Maria Lenice, Anderson Cardoso ,
Matemática e Lucimara Olah, Arte. Primeiramente na disciplina de ciências os educandos
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
160
estudaram os tipos de planta na sala de tecnologia, identificaram as estruturas e funções de
cada parte de uma planta angiosperma como: nome popular/comum, nome científico, família,
origem, descrição/Características, habitat. Mediado pelo professor de Matemática, Anderson
Cardoso, os alunos trabalharam peso e medidas em sites de exercícios online para dar
sequência à produção da base onde foram colocadas as plantas. Utilizaram pallets para esta
base, alguns recolhidos das ruas e outros doados pelo motorista que leva os livros didáticos as
escolas.
Na confecção dos vasos para as plantas, a professora de Arte, Lucimara Olah,
trabalhou, na Sala de Tecnologia, a biografia e as obras de Van Gogh e Anita Malfati, usando
o recurso do projetor e PowerPoint. Essas obras retratam a beleza das flores, cores e a alegria
que traz no ambiente em que vivemos. Em sala de aula ela conduziu os alunos na confecção
dos vasos para as plantas usando as garrafas pets.
A escola é, de longe, o lugar mais apropriado para a introdução das práticas
educacionais necessárias ao meio ambiente. A escola transforma e influencia a comunidade
onde está inserida. Jardim suspenso, textos, folders, vídeos, reflorestamento com as mudas
doadas pelo projeto Eco Plantar, foram os produtos finais deste importante projeto, que
contribuiu de forma significativa na vida dos alunos. Compreenderam que o trabalho coletivo
constrói valores sociais, conhecimentos, habilidades em prol do bem comum. Despertou o
educando para o bom senso, autoconfiança e potencialidade na prática da cidadania, além de
despertar a vontade de atuar diante de quaisquer problemas que estes podem vir a enfrentar.
O gráfico abaixo retrata os avanços que foram obtidos com este projeto.
REFERÊNCIAS
MAYER, R. Multimedia Learning. New York, NY: Cambridge University Press. cap.
4, 2001.
MORAN, J. M. O vídeo na sala de aula. Comunicação e educação. São Paulo, v.1, n.2,
p. 27-35, Jan./abr. 1995.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
161
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR EMYGDIO CAMPOS
WIDAL57
CONHECENDO MELHOR O LUGAR
ONDE VIVO
GENTILEZA
2º Ano A (E.M.) – Matutino
Professores responsáveis: Luclécia Silva
de Almeida Matias, Walquiria Lima Domingos
7º Ano B - Vespertino
Professores responsáveis
Rafaela Chivalski de Oliveira
O projeto “Conhecendo melhor o lugar onde vivo”, tem como proposta principal o
resgate histórico da E.E. Professor Emygdio Campos Widal, proporcionando aos alunos a
oportunidade de pesquisar, elaborar textos e produzir um filme e um folder como produto
final, para a realização do projeto foi o 2° Ano A do Ensino Médio do período matutino.
A turma é formada por grande maioria de estudantes repetentes que demonstraram
indiferença às propostas apresentadas pelos professores, os estudantes apresentaram
dificuldades de concentração e grande desinteresse diante das atividades em geral, sendo a
mesma coisa por parte dos estudantes do 7° Ano B, no qual o tema do projeto foi gentileza,
pretendendo melhorar o relacionamento interpessoal da turma, propondo ações que despertam
o melhor de cada pessoa envolvida com o projeto com os colegas em geral.
As atividades pedagógicas foram desenvolvidas com o apoio das tecnologias, que
representam a grande oportunidade de renovação das atividades pedagógicas e das formas de
aprendizagem por parte do estudante, possibilitando um aprendizado significativo e inovador,
sem abandonar as práticas pedagógicas consideradas experiências de sucesso que o professor
utiliza.
A ideia inicial se deu a partir da proposta de uma professora que criou o amplo projeto
“Conhecendo melhor o lugar onde vivo”, envolvendo toda a escola em que os alunos
realizariam pesquisas acerca de seus bairros.
A turma escolhida para a realização do Conecta Escola uniu os dois projetos
“Conhecendo melhor o lugar onde vivo e Gentileza” em um. Decidimos delimitar a pesquisa:
a escola com o foco na própria escola, pesquisamos sua história e a biografia do Prof.
Emygdio Campos Widal. A partir daí priorizamos a escola atualmente e para isso decidimos
produzir um folder de divulgação da escola destacando o que a escola oferece de melhor à
comunidade.
57 Diretora: Fernanda Alves Bucallon Serafim. Coordenador(es)
Pedagógico(s): Eledil Gonçalves de Rezende. PROGETEC: Sueli da Silva.
Multiplicadora: Marcia Vanderlei de Souza Esbrana.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
162
Os estudantes fotografaram todos os ambientes da escola em seus próprios aparelhos
eletrônicos. Em seguida, na sala de tecnologia organizaram as informações e as uniram às
imagens registradas. O trabalho dos estudantes foi impresso e esta sendo distribuída nas
escolas e comunidade.
A turma do 7° Ano B através de pesquisas e fotografias montaram um painel indicando
quais são os tipos de gentileza, sob a orientação da profª de Arte (Rafaela Chivalski).
Consideramos que o Projeto Conecta Escola propiciou as turmas escolhidas um
ambiente de trabalho em equipe que revelou habilidades até então ocultas, superação na
capacidade de concentração, bem como a finalização de atividades, uma vez que antes a
turma apresentava limitações em terminar o que começava. Observamos ainda que o produto
final do projeto (Folder de divulgação e o painel) promoveu uma melhora na autoestima dos
estudantes, alavancando o sentimento de capacidade e competência.
REFERÊNCIAS
Informativa educativa: Unidade Escolar Engenho Novo II www.cp2.g12.br acessado
em: 17/04/2015
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
163
ESCOLA ESTADUAL PROFª. FAUSTA GARCIA BUENO58
AS CIÊNCIAS E SUAS
TRANSFORMAÇÕES
AS CIÊNCIAS E SUAS
TRANSFORMAÇÕES
AS CIÊNCIAS E SUAS
TRANSFORMAÇÕES
2º Ano A (E.M.) – Matutino
Professores responsáveis
Heitor Cameschi Félix de Souza
Maria José Nunes Moreira Leite
Marcos Vinícius Garcia
Juliane Scarsi
8º Ano A - Vespertino
Professores responsáveis
Maria José Nunes Moreira Leite
Heitor Cameschi Félix de Souza
Josileine Pereira de Souza
3º B – (E.M.) - Noturno
Professores responsáveis
Heitor Cameschi Félix de Souza
Tatiana Freitas de Souza
Marcos Vinícius Garcia
O projeto conecta A Revista Digital: “Ciências e suas transformações” visa despertar o
interesse dos alunos em diversas áreas do saber com diferentes metodologias e orientações,
visto que foram selecionadas as principais turmas que possuíam dificuldades de aprendizagem
como leitura, interpretação e produção textual nos respectivos turno 2°A matutino, 3°B
noturno e 8°A vespertino, de modo a despertar o genuíno interesse pelo conhecimento, além
de tornar o ambiente escolar um local saudável e convidativo, uma segunda casa para o
estudante.
Com um formato que busca imitar ao de uma empresa real, o projeto cria uma
hierarquia justa de normas e cargos a serem seguidos dentro da editora fictícia, possíveis
cargos de promoção, na tentativa de exercitar responsabilidades, e preparar o aluno para o que
lhe aguarda no mercado de trabalho.
O Projeto Conecta Revista Digital: Ciências e suas Transformações, da Escola
Estadual Profª. Fausta Garcia Bueno culminará no final do mês de novembro de 2015 com
mais uma publicação completa com 55 páginas.
Verificamos que os alunos mais envolvidos demonstraram aprimoramento gramatical,
maiores interesse pela pesquisa e conhecimento, gosto pela leitura, além de gerar uma
proximidade favorável entre professores responsáveis e alunos com cargos. Dentre elas
destacamos minicursos de CorelDraw e Photoshop para a equipe de diagramação e arte-
finalização, palestras motivadoras com profissionais da área e eventos de cunho cultural como
incentivo à reportagem e busca inata do conhecimento, ou seja, trabalhando com pesquisa,
58 Diretora: Juerlene Reis da Silva Ramires. Diretor Adjunto: Dirceu
Antonio Barbosa
Coordenador(es) Pedagógico(s): Suely Aparecida Ribeiro Batista Sandim.
PROGETEC: Lucimara Corrêa da Silva. Multiplicadora: Luiza Gonçalves
Dorado
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
164
criando textos (artigos), sempre orientado por um docente, aprendendo com a pesquisa
orientada, de acordo com a proposta do autor que veremos a seguir.
Moran (2000) defende, o modelo de ensino e aprendizado atual deveria ser modificado
não somente para a integração da tecnologia, como atualmente é a proposta mais visada, mas
que é imprescindível que recobremos o conceito real de educação. Hoje, “ensinar e aprender
exige muito mais flexibilidade pessoal e de grupo, menos conteúdos fixos e processos mais
abertos de pesquisa e de comunicação” (MORAN, 2000).
Com base nessa proposta, a previsão é que possa culminar o projeto conecta: revista
digital em uma única edição, apresentando sempre conteúdo exclusivo associado a um tema
comum. Note que o tema da revista poderá ser mutável, mesmo que o tema central seja
“Ciências e suas transformações”, ainda existem sub-temas que podem ser amplamente
explorados nas mais diversas disciplinas envolvidas no processo.
Cada período ficou responsável por um tipo de atividades. Matutino: trabalho voltado
à disciplina em sala de aula, a critério do professor responsável, como textos orientados pela
professora de língua portuguesa;
Vespertino e Noturno: trabalho destinado a atividades extracurriculares, que fogem à
grade curricular do estudante, feito fora de seu período letivo como a edição e manipulação de
imagens, não permitindo nenhum tipo de prejuízo no andamento escolar normal. A primeira
etapa: seleção do tema. O aluno deverá pensar por si em um tema dentro dos quesitos a
seguir: Estar relacionado à disciplina em questão (sendo que o mesmo aluno poderá se
aventurar a escrever em mais de uma disciplina para a mesma edição) e pertencer ao tema
principal “Ciências e suas transformações”.
A Segunda etapa: produção. O aluno receberá um prazo para dissertar acerca do tema,
dentro do padrão instituído pela revista. Ao final deste prazo, o texto deverá ser entregue para
o professor responsável pela disciplina.
A Terceira etapa: edição e correções. O professor deverá ler todo o conteúdo
apresentado pelo aluno, corrigir as informações dentro de suas competências, opinar acerca do
tema, da ordem em que o conteúdo fora apresentado e devolver para o aluno o texto,
instituindo um novo prazo para entrega do texto editado e corrigido. O aluno deverá efetuar as
correções apontadas, e poderá ouvir ou não as opiniões de seu orientador, decidindo a
apresentação do conteúdo por si só. Ao final deste prazo, o texto é novamente passado ao
orientador, que irá repassá-lo para a equipe de revisão ortográfica para finalização.
Dentro do processo de síntese da revista: Língua Portuguesa ficou responsável com a
participação na equipe de revisão; Produções Interativas, Artes: participação na equipe de
ilustradores ou diagramação; História participou com a equipe de reportagem.
O professor responsável deverá selecionar apenas um artigo de sua disciplina para ser
publicado. A avaliação estará relacionada aos atributos: criatividade, empenho, qualidade e
cumprimento do prazo. O professor deverá ser bem criterioso nesta avaliação, recordando que
o trabalho busca imitar uma empresa real e o professor seria o supervisor de um setor
específico, e deve agir como tal.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
165
A nota atribuída remete apenas aos alunos que desejarem produzir textos para esta
disciplina, estes receberá uma nota normal, referente a avaliação textual. Mas se o texto deste
aluno for selecionado para publicação, o mesmo receberá uma bonificação de meio ponto
direto na média final. Apenas uma sugestão de avaliação bastante válida, uma vez que a
pontuação extra incentiva os estudantes a produzirem textos com qualidade superior.
A equipe será formada de dois cargos básicos, caso haja apenas um professor
responsável, ou três cargos, caso a equipe seja numerosa, exigindo mais de um profissional
para supervisão:
Gestor de departamento: o professor responsável pela equipe. Apenas um profissional
poderá assumir este cargo com a responsabilidade de guiar os demais membros no ato de
revisão, além de ser o receptor dos artigos. A avaliação das atividades extracurriculares é
delicada, uma vez que não se podemos relacionar os conteúdos diretamente a uma matéria
específica, cada professor responsável irá avaliar sua equipe com base em sua convivência,
eficácia, motivação e trabalho em equipe. Esta nota será passada ao responsável pelo projeto
na reunião final do mesmo.
Logo abaixo segue as fotos do andamento do projeto conecta 2015. Revista Digital:
“Ciências e suas transformações”.
Foto 1 – Capa da
Revista Digital
Foto 2 – Artigo Criados
pelos Alunos
Foto 3 – Trabalhos
apresentados
Imagens do Projeto Revista Digital: Ciências e suas Transformações
Podemos dizer que o objetivo deste foi alcançado em sua totalidade com a
participação efetiva das turmas envolvidas e professores.
Este projeto não visou apenas premiar com valores numéricos os alunos dentro das
médias interdisciplinares, mas estamos buscando alternativas avaliativas, uma nota adicional
pode dar liberdade a um professor a trabalhar uma dinâmica diferente ao invés de aplicar
atividade avaliativa em sala, explorando seu conteúdo e justificando nosso apelo.
O intuito é e sempre será mobilizar a escola por uma educação justa e unificada.
REFERÊNCIAS
FREIRE, P. "Carta de Paulo Freire aos professores." Estudos avançados, v. 15, n. 42, p.
259-268, 2001.
MENEGOLLA, M., SANT'ANNA, I. M. Didática-Aprender a ensinar. No. 5. Edições
Loyola, 1997.
MORAN, José Manuel. "Mudar a forma de ensinar e de aprender com tecnologias."
Revista Interações–Estudos e Pesquisas em Psicologia (2000): 57-72.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
166
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA FLAVINA MARIA DA
SILVA59
O USO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS E MIDIÁTICOS NO COTIDIANO ESCOLAR
2º Ano C (E.M.) – Matutino
1º Ano D (E.M.) – Noturno
Professores responsáveis: Sebastião Climácio da
Silva; Rosana Apolinário; Felix Dantas; Queila dos
S.P. de Oliveira; Pedro Victor de Oliveira; Mariane
Soares,
Carlos Eduardo Pereira, Sharon Elizabeth Rogoski,
Maria Aparecida Soares da Silva; Ana Maria
Soares, Veruska Pereira
Professores responsáveis
Adão Luciano; Rosana Apolinário; Felix Dantas;
Queila dos S.P. de Oliveira; Ana Paula Pontes; Ana
Maria Soares; Sharon Elizabeth Rogoski; Odair
Campos
Veruska Pereira
As mídias têm grande poder pedagógico, pois se utilizam da imagem e outros recursos
necessários para por em prática o fazer pedagógico. Assim, torna-se cada vez mais necessário
que a escola se aproprie dos recursos tecnológicos, dinamizando o processo de aprendizagem.
Nesse sentido, a educação vem passando por mudanças estruturais e funcionais frente a essa
nova tecnologia.
De acordo com LEVY (1994), "novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo
elaboradas no mundo das comunicações e da Informática. As relações entre os homens, o
trabalho, a própria inteligência dependem, na verdade, da metamorfose incessante de
dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação e
aprendizagem são capturadas por uma Informática cada vez mais avançada”.
O projeto: o uso dos recursos tecnológicos e midiáticos no cotidiano escolar tem por
meta favorecer o acesso dos alunos aos processos tecnológicos que a sociedade
contemporânea tem a sua disposição, haja vista, que novos tempos exigem novas
metodologias e recursos.
Dessa maneira as turmas selecionadas para desenvolver tal projeto foram: o 2º C
matutino e o 1º D noturno, onde em virtude das dificuldades de ambas as turmas em
compreender adequadamente os conteúdos curriculares, o referido projeto teve por base
auxiliar os educandos a melhorarem tanto como alunos quanto como seres humanos. Por isso
faz-se necessário uma apreensão maior nos conteúdos de interpretação de texto, leitura e
raciocínio lógico.
Os computadores bem como os demais recursos tecnológicos e midiáticos são
poderosas ferramentas que dinamizam o processo de ensino aprendizagem, qualificando a
59 Diretor: Everaldo Monteiro da Silva. Coordenador (es) Pedagógicos(s): Marta Morande e
Damiana Cavalcante. PROGETEC: Paulo Meira Leite. Professora Multiplicadora Edma Souza
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
167
construção do conhecimento, desenvolvendo a autonomia, a criatividade, a capacidade de
resolver problemas, para a formação de cidadãos críticos e competentes. Assim, segundo
BORBA (2001) tais recursos devem estar inseridos em atividades essenciais, tais como
aprender a ler, escrever, compreender textos, entender gráficos, contar, desenvolver noções
espaciais etc.
Nesse processo a Proposta Pedagógica e os Valores da Escola, situam a educação
como fundamental para a dinâmica social, preservando e promovendo a conquista de
condições para uma vida digna, o respeito às pessoas, a prestação de serviço de qualidade, o
apoio e incentivo a criatividade.
Além disso, para que a grade curricular do ensino seja desenvolvida em sua amplitude,
seu espaço de pesquisa deve ser rico e disponibilizando inúmeras ferramentas de auxílio ao
estudo. Os meios pelos quais utilizaremos para chegar a este fim devem ser diversificados,
procurando envolver o estudo amplo, onde as diversas linhas de conhecimento constituem-se
de forma única, na formação de uma idéia mais completa e abrangente, podendo assim
oferecer ao aluno uma melhora na maturação e na formação do seu caráter pessoal.
Nessa perspectiva, os recursos tecnológicos e midiáticos auxiliaram na
complementação e reforço dos conteúdos curriculares desenvolvidos em sala de aula,
servindo de úteis ferramentas para o processo e a dinâmica do ensino-aprendizagem, porque a
escola precisa interagir com sua comunidade através dos mesmos recursos utilizados por ela.
Desenvolvimento
As profundas e rápidas transformações, em curso no mundo contemporâneo, estão
exigindo dos profissionais que atuam na escola, de um modo geral, uma revisão de suas
formas de atuação.
O acesso à informatização é fundamental e imprescindível ao educando, o professor
atuará como mediador, motivador e orientador, para que os alunos cresçam intelectualmente
num ambiente desafiador, estimulante e prazeroso.
Nessa perspectiva, a informatização não é algo restrito a alguns, mas tende a expandir
numa proporção ampla e gradativa. Sendo assim, a proposta pedagógica educacional se
preocupa não somente com a utilização da informatização, e sim com a forma de possibilitar
que alunos e professores assumam o papel de sujeitos críticos, criativos e construtores de seu
próprio conhecimento.
Assim, o projeto viabilizou o contato mais direto dos alunos com as ferramentas que
os mesmos utilizam no dia-a-dia, como facebook, celular, watzap e outros recursos que fazem
parte do seu cotidiano. Embasado nessa ideia muitos dos professores utilizam essas
ferramentas para compartilhar seus conhecimentos com os alunos, através de atividades à
distância.
De maneira mais peculiar os alunos do noturno que trabalham e acabam chegando um
pouco atrasados na escola, a utilização dessa metodologia facilitou tanto para professores
quanto para os alunos realizarem as suas atividades, pois muitos alunos receberam dos
professores atividades via email ou outros recursos e em contra partida os professores deram
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
168
um feedeback levando em consideração as produções realizadas pelos mesmos. Dessa
maneira o uso do celular fora da sala de aula foi imprescindível importância para elaboração e
confecção de vídeos, fotos dentre outros.
Foto 1-Alunos pesquisando
Foto 2-Alunos produzindo os
trabalhos
Foto 3-Alunos socializando os
trabalhos
Assim, Os alunos fizeram suas pesquisas sobre o conteúdo proposto, e depois foram
divididos em pequenos grupos, onde cada grupo elaborou um roteiro para montagem de
vídeos, textos ilustrados, apresentações no power point; releitura de obras, pesquisa de textos;
Abordaram o assunto principal.
Pesquisaram sobre o assunto, refletiram sobre os textos encontrados de diversos
autores, interpretaram e compreenderam para produzir suas próprias narrativas; Pesquisaram
na internet e montaram slides; interpretaram textos, e vídeos. Filmes e musicas foram
visualizados e escutados de maneira a oferecer um aporte na produção textual e oral.
Os alunos usaram recursos tecnológicos e aplicativos disponíveis na sala de
tecnologias bem como os existentes na escola: Word, Excel, Paint, Movie Maker, Power
Point, câmara fotográfica, aparelho de som, Projetor de multimeios, Data show, Lousa digital,
Tablets etc, a sala prioritária entrou com cada professor acima especificado no mínimo uma
vez por semana para realização das atividades referentes ao projeto conecta.
Orientados pelos professores os alunos desenvolveram seus trabalhos usando os
recursos tecnológicos e principalmente a sala de tecnologia para realizar as suas atividades. E
dentro da sala de tecnologias os mesmos pesquisaram, elaboraram gráficos, editaram textos e
interpretaram, confeccionaram slides dentre outros e dessa forma o projeto ganhou seus
resultados.
Após realizarem as atividades em grupo, os alunos socializaram com a classe o
produto final através dos dados obtidos: as pesquisas, relatórios e vídeos. Dessa maneira foi
possível perceber que, quando é dada oportunidade os alunos desenvolvem e soltam a
criatividade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O projeto conecta, com o titulo: O USO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS E
MIDIÁTICOS NO COTIDIANO ESCOLAR visou trabalhar com todas as tecnologias
disponíveis dentro e fora da sala de aula, facilitando assim, o processo de ensino
aprendizagem aluno/professor.
Em virtude das dificuldades da turma em compreender adequadamente os conteúdos
curriculares, o referido projeto teve como meta o auxilio aos educando a melhorarem tanto
como alunos quanto como seres humanos. E no final do projeto ficou evidenciado a interação
entre aluno/aluno e aluno/professor.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
169
Esse projeto veio a calhar com os anseios dos alunos bem como dos professores, pois
usar as tecnologias é algo fascinante principalmente quando os alunos são orientados tanto
pelo progetec quanto pelos docentes a desenvolverem seus trabalhos: elaboração de vídeos,
experiências cientificas entre outros.
Foto 4-Alunos
apresentado os trabalhos
Para isso esse projeto foi desenvolvido para um melhor envolvimento dos conceitos a
partir da utilização das ferramentas tecnológicas e de todos os recursos midiáticos,
envolvendo professores e a comunidade escolar. Pois, segundo BORBA (2001) o computador
deve estar inserido em atividades essenciais, tais como aprender a ler, escrever, compreender
textos, entender gráficos, contar, desenvolver noções espaciais etc.
REFERÊNCIAS
LÉVY, Pierre.- As Tecnologias da Inteligência. Editora 34, Nova Fronteira, RJ, 1994.
BORBA, Marcelo C. e PENTEADO, Miriam Godoy - Informática e Educação Matemática - coleção
tendências em Educação Matemática - Autêntica, Belo Horizonte - 2001
SANTOS VIEIRA, Fábia Magali - Gerência da Informática Educativa: segundo um pensamento
sistêmico - http://www.connect.com.br/~ntemg7/gerinfo.htm (nov/2002)
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
170
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA HILDA DE SOUZA
FERREIRA
MINHAS HISTÓRIAS
DE VOLTA PARA O FUTURO
2º Ano A – Vespertino
Professores responsáveis
Marilu Ribeiro Reverte Mendes
9º Ano A e B – Matutino
Professores responsáveis
Diclá Santos Gueiros
Everton Melo de Oliveira
Lindomar Alves Ferreira
Seliene Mara Escobar Alves
Este projeto teve por objetivo promover e integrar o processo de ensino-aprendizagem,
visando às avaliações no ano de 2015, a Prova Brasil nas turmas do 2º A, 9º A e B do ensino
fundamental. Despertando nos alunos o interesse em estudar, por meio do uso das tecnologias
em seu cotidiano escolar.
O projeto envolvendo os 9º A e B, do ensino fundamental, iniciou com a necessidade
de se falar de tecnologia, porém nos ocorreu a dúvida, “Falar o que de tecnologia? Produzir o
quê?” Foi a partir desta ideia, que tomamos como base para o início, a trilogia do filme “De
Volta Para o Futuro”, pois nele há a ideia da linha do tempo, onde os protagonistas Dr. Brown
(cientista que idealiza a viagem no tempo) e Marty Mcfly (adolescente aventureiro, amido de
Brown) viajam no tempo fazendo um comparativo da evolução tecnológica. Vale salientar que
o filme foi gravado em 1985 e nele os autores fazem uma releitura do passado dando ênfase à
tecnologia precária existente trinta anos antes em 1955 e uma “previsão” de como será o
futuro tecnológico trinta anos depois em 2015.
Educar pelo cinema ou utilizar o cinema no processo escolar é ensinar a ver
diferente. É educar o olhar. É decifrar os enigmas da modernidade na
moldura do espaço imagético. Cinéfilos e consumidores de imagens em
geral são espectadores passivos. Na realidade, são consumidos pelas
imagens. Aprender a ver cinema é realizar esse rito de passagem do
espectador passivo para o espectador crítico. (CARMO, 2003, p. 77).
No filme são abordados de maneira fantasiosa temas teóricos científicos como
Velocidade Média, Velocidade da Luz, Razão e Proporção (Regra de Três), Teoria Relativa de
Einstein, Inércia, tempo cronológico e tempo histórico.
Foto 24 - Apresentação da Maquete De Volta para
o Futuro
Foto 2 - Trabalhando a escrita do Projeto Minhas
Histórias na Sala de Tecnologia
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
171
No período vespertino, o 2º A, trabalhou de forma gradativa a escrita, com o Tema:
Minhas Histórias, onde os mesmos contavam as suas histórias, por meio de desenhos e
escritas, utilizando os recursos midiáticos da sala de tecnologia.
[...] o processo de inserção e participação na cultura escrita. Trata-se de um
processo que tem início quando a criança começa a conviver com as
diferentes manifestações da escrita na sociedade (placas, rótulos,
embalagens comerciais, revistas, etc.) e se prolonga por toda a vida, com a
crescente possibilidade de participação nas práticas sociais que envolvem a
língua escrita, como a leitura e redação de contratos, de livros científicos,
de obras literárias, por exemplo. (VAL, 2006, p. 19).
Após o desenvolvimento do trabalho, os alunos demonstraram um interesse maior,
relacionadas às disciplinas envolvidas e conteúdos abordados, percebendo a sua
aplicabilidade no seu cotidiano, bem como a relação destes, com os recursos midiáticos. Os
alunos dos 9º A e B, realizaram experimentos com os conceitos da física e química, criando
uma maquete, um foguete, banners e vídeos, como produto final desse Projeto.Os alunos do
2º A, desenvolveram as suas histórias que serão publicadas em uma revista digital. Além de
serem exibidas na rede social da Escola Estadual Professora Hilda de Souza Ferreira.
REFERÊNCIAS
BARROS, CARLOS. CIÊNCIAS/CARLOS BARROS, WILSON ROBERTO PAULINO. 4.
ED. SÃO PAULO: ÁFRICA, 2009.
BATISTA, Antônio A. G. Alfabetização, leitura e escrita. In: Carvalho, Maria A. F. &
Mendonça, Rosa H. (org.). Práticas de leitura e escrita. Brasília: Ministério da Educação, 2006. p. 13-
17.
CARMO, L. O Cinema do Feitiço Contra o Feiticeiro. Revista Ibero Americana de Educação,
nº 32, 2003, p. 71-94.
FILME: DE VOLTA PARA O FUTURO I, II, III
FONSECA, ALBINO. CADERNO DO FUTURO: CIÊNCIAS/ALBINO FONSECA – 2. ED.
– SÃO PAULO: IBEP, 2007. – (CADERNO DO FUTURO)
HTTP://SUPER.ABRIL.COM.BR/CIENCIA/TEORIA-RELATIVIDADE-DIZ-DESTINO-
619667.SHTML
MATO GROSSO DO SUL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
REFERENCIAL CURRICULAR 2012 ENSINO FUNDAMENTAL/SECRETARIA DE
EDUCAÇÃO DO ESTADO DE MATOGROSSO DO SUL. – CAMPO GRANDE: SECRETARIA DE
ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MS, 2012. 362 P. 29,7 CM.
VAL, Maria G. C. O que é ser alfabetizado e letrado? In: Carvalho, Maria A. F. & Mendonça,
Rosa H. (org.). Práticas de leitura e escrita. Brasília: Ministério da Educação, 2006. p. 13-17.
VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente: o desenvolvimento dos Processos
Superiores. 6ª ed. São Paulo: Martins Fontes. 1998-2003.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
172
ESCOLA ESTADUAL PROFª IZAURA HIGA60
PLANETA NA MENTE, CONSUMO CONSCIENTE
1º Ano C (E.M.) Matutino
Professores
Ângela Maria da Silva Pontes
Miriane Almeida Oliveira Dias
Marisa Pereira Dias
Vera Fátima da Silva
Vicente de Paula Cevalhos
Waleska Melo da Silva
6º Ano B - Vespertino
Professores
Ângela Maria da Silva Pontes
Joana Priscila
Marisa Pereira Dias
Tarsila do Amaral
Waleska Melo da Silva
Elaine Martins Correia
1º Ano D (E.M) Noturno
Professores
Fernanda Timóteo
Joana Priscila
Diomedes Queiroz de Souza
Waleska Melo da Silva
Elaine Martins Correia
Antonio João de Souza
Nossa escola optou em abordar o tema sustentabilidade que tem como objetivo
promover a conscientização dos Alunos da escola em relação à temática do consumo e seus
conseqüentes impactos sócio-ambientais, incentivando-os a realizarem mudanças no padrão
de consumo e a adotarem um comportamento ecologicamente adequado em face do meio
ambiente. Além do mais não fugiria de alguns projetos que o ensino médio já realiza e
servirá de alerta às condutas consumistas, ensejando novos critérios de sustentabilidade.
Nossa escola optou em escolher uma turma por turno, sendo no período matutino o
1ºC, no período vespertino o 6ºB e no período noturno o 1ºD, os motivos que optamos em
selecionar estas três salas são comuns para as três: sala com grande número de alunos,
problemas de indisciplina e aprendizado baixo.
Conversando com os professores sobre quais ações seriam desenvolvidas no projeto
conecta 2015 optamos no tema sustentabilidade.
Os recursos tecnológicos são de extrema importância para realização destes projetos
que englobam pesquisas. Este projeto engloba os 3Rs.
REDUZIR o consumo, REDUZIR a produção do resíduo sólido, REEDUCAR para a
prática do consumo consciente.
60 Diretora: Eriedina Freitas Lima. Coordenador(es) Pedagógico(s):
Marisa Pereira Dias e Diva Figueira Cardoso. PROGETEC: Éderson Jacob
Zanardo. Multiplicador: Agamenon
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
173
1. Reduzir: implica em reduzir nosso patamar de consumo, deixar de consumir tudo o
que não é realmente necessário. Se, por exemplo, uma tecla do seu telefone celular se
quebrar, por que não consertá-la, em vez de comprar um aparelho novo? Ou se o
modelo não é o mais recente, mas o aparelho ainda funciona, por que trocá-lo?
2. Reutilizar: implica em utilizar um mesmo produto de várias maneiras, ao invés de
descartá-lo. O exemplo mais comum é utilizar embalagens de vidro de conservas para
guardar sal, açúcar, etc.
3. Educar: para a prática do consumo consciente.
O grande desafio do profissional da educação, mais do que utilizar tal ou
qual recurso tecnológico é pautar-se em princípios que privilegiam a
construção do conhecimento, o aprendizado significativo, interdisciplinar e
integrador do pensamento racional, estético, ético e humanista. A escola
precisa deixar de ser meramente uma agência transmissora de informação e
focar sua intensionalidade na aprendizagem de fato. O foco da
aprendizagem é a busca da informação significativa, da pesquisa, o
desenvolvimento de projetos e não predominantemente a transmissão de
conteúdos específicos. E a tecnologia está aí como um instrumento de
amplas possibilidades. (apude MORAN, 2007).
É importante enfatizar que os atuais padrões de consumo são insustentáveis, do ponto
de vista ambiental e social. A população é bombardeada diariamente com campanhas
publicitárias induzindo-as ao “ato de comprar”. Para ser aceito na sociedade e pela
necessidade de manter o “status”, as pessoas adquirem o hábito do consumo indiscriminado,
comprando muito mais que o necessário, o que muitas vezes, acarreta num
superendividamento, trazendo consequências graves para sua vida familiar e profissional.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Etapas desenvolvidas no decorrer desse trabalho proporcionaram aos alunos o
favorecimento da aprendizagem do conteúdo fora dos livros didáticos, o uso das multimídias
tecnológicas proporciona ao aluno um novo currículo de conhecimento. As pesquisas e leitura
realizadas em sites de científicos, a montagem de vídeos para publicação em redes sociais, o
designer para montagem de um folder, estas atividades levam informações que antes foram
pesquisadas estudadas e lecionadas graças às tecnologias educacionais.
Tudo isso leva o aluno a despertar seu interesse em estudar, tanto que os gráficos
abaixo fazem comparação do 1º bimestre com o 3º bimestre, sendo que as barras vermelhas
mostram as notas abaixo da media e as barras verdes as notas acima da media.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
174
Podemos concluir que o uso das tecnologias e recursos midiáticos auxiliam no
aprendizado do aluno, pois o comparativo mostra o resultados das disciplinas abaixo da media
nos três bimestres, onde houve um crescimento significante nas disciplinas acima da média.
REFERÊNCIAS
“A historia das Coisa”
www.youtube.com/watch?v=7qFiGMSnNjwHTTP://WWW.ATITUDESSUSTENTAV
EIS.COM.BR/ARTIGOS/SUSTENTABILIDADE-AMBIENTAL-DESENVOLVIMENTO-E-
PROTECAO
Sustentabilidade e Transformação Social - Autoras: Marta de Azevedo Irving e Elizabeth
Oliveira
A Teia da Vida - Autor: Fritjof Capra
Brasil, Amor À Primeira Vista! - Viagem Ambiental no Brasil do Século XVI ao XXI - Autor:
Marcondes, Sandra / Peiropolis (Edição Digital)
Consumo Consciente - Autor: Isleine Fontenelli
O Poder das Organizações - Autor: Pagds, Discendre, Gaulyne
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
175
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA MARIA DE LOURDES
TOLEDO AREIAS61
Este projeto visou inserir as tecnologias e apresentá-las de maneira interdidática como
facilitadora e os professores como mediadores neste processo. Tendo por objetivos específicos
compreender de que forma os recursos tecnológicos influenciam culturalmente no cotidiano
escolar; propiciar por meio da pesquisa que o aluno seja autor do próprio conhecimento;
colocar o indivíduo basicamente em tempo real, a um clique da informação através da
internet; facultar as evoluções tecnológicas como ferramentas tecnológicas. Contudo, apesar
de as tecnologias serem uma realidade no cotidiano na escola tais recursos ainda não estão
61 Diretor: Elcio Bispo dos Santos. Diretora Adjunta: Ivani Gonçalves da
Silva. Coordenadoras Pedagógicas: Dalvina Liano Bizerra, Lisete Vasques
da Silva Santos e Thays Ferreira Anis. Professoras Responsáveis pelo
Projeto: Pamela Campi e Suzy Ferro. PROGETEC: Luciana Greyce
Turetta Fechio. Multiplicador: Agamenon Nascimento.
CULTURA E TECNOLOGIA CULTURA E TECNOLOGIA CULTURA E TECNOLOGIA
3º Ano B (E.M.) – Noturno
Professores responsáveis
Deise Kretschmer
Fabrício Jessé Ferreira Matos
Jeferson de Oliveira Cardoso
Pamela Campi
Sharon Elizabet Rogoski
Vanuza Araujo Lima
1º Ano A - Matutino
Professores responsáveis
Fabrício Jessé Ferreira Matos
Geazi Batista Silva
Leonardo Bruno Souza Aredes
Magda Rodrigues Lemes
Pamela Campi
Sharon Elizabet Rogoski
Suzy Rannielly Roberto Ferro
Vera Lúcia Diniz Ramos
1º ano B - Matutino
Professores Responsáveis
Fabrício Jessé Ferreira Matos
Geazi Batista Silva
Leonardo Bruno Souza Aredes
Magda Rodrigues Lemes
Pamela Campi
Sharon Elizabet Rogoski
Suzy Rannielly Roberto Ferro
Vera Lúcia Diniz Ramos
CUIDANDO DO MEIO
AMBIENTE
CUIDANDO DO MEIO
AMBIENTE
3º ano A – Vespertino
Lucila Rocha Lopes
Neide Aparecida de Souza
Thays Ferreira Anis
3º ano C – Vespertino
Maria Aparecida Ferraz
Neide Aparecida de Souza
Thays Ferreira Anis
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
176
inseridos de forma a explorar todas as suas possibilidades pedagógicas. Sendo Assim, há uma
problemática diante disso, aliar definitivamente os recursos tecnológicos e midiáticos com o
fazer pedagógico de professores e alunos de forma a contribuir de forma satisfatória para que
o aprendizado ocorra. Neste sentido para o Projeto Conecta Escola do NTE Campo Grande de
2015 nossa escola escolheu para turmas prioritárias no período matutino os 1° A e B do
Ensino Médio, por apresentarem características como: Desmotivação e apatia pelos estudos.
No noturno, a turma do 3°ano B do Ensino Médio foi selecionada pelo fato de estarem em ano
de ENEM e sendo preparados para os estudos futuros, daí a necessidade em conhecer e
dominar de forma mais eficaz os recursos tecnológico para seu aprendizado. Assim, a Escola
Estadual Professora Maria de Lourdes Toledo Areias, por intermédio dos professores e alunos
do período matutino e noturno propuseram-se durante o processo do projeto, estudar e
pesquisar sobre a cultura e tecnologia no cotidiano e de que forma influenciam na rotina
escolar. Já o período vespertino, as turmas A e C do 3°anos do Ensino Fundamental por
serem turmas numerosas e com certa indisciplina.
No inicio do ano de 2015, foi realizado a escolha do tema para o Projeto na intenção
de contemplar todas as áreas do conhecimento para a execução, reflexão e
interdisciplinaridade da temática, de acordo com o nível escolar. Os períodos matutino e
noturno escolheram a temática Cultura e Tecnologia por perceber o quanto as novas
gerações de alunos estão transformando manipulam os meios tecnológicos e midiáticos não
apenas para busca de conhecimento e facilidade nas tarefas no mercado de trabalho, mas
também de trazer novos traços culturais e alterando o modo de pensar e agir socialmente.
Dessa forma, os trabalhos produzidos durante o ano abordaram desde como a
tecnologia promove o adquirir conhecimento, como a produção do saber obtido pelos
discentes pode ser transmitida em mídias sociais e a reflexão do impacto individual e social
pelo uso dos recursos tecnológicos. O período vespertino se debruçou sob a temática
Cuidando Do Meio Ambiente. Optou-se pelo tema por ser um tema transversal já previsto de
ser desenvolvido nas séries iniciais para o Projeto, e também claro introduzindo as tecnologias
em todas as etapas de desenvolvimento do Projeto.
FOTO 1- 3º ano C elaborando a
Logomarca
FOTO 4- os alunos utilizaram os
Tablets na culminânciado projeto
em Filosofia e Sociologia.
Os alunos realisaram pesquisas sobre o meio ambiente escolar, afim de, identificar as
ações que interferem nele e como podemos cuida-lo também realizaram atividades voltadas
para o meio ambiente e tecnologia. Durante a criação da logo de uma das turmas, uma das
etapas previstas no projeto o professor usou da visita de um animal silvestre na instituição
como possibilidade de conhecimento e reflexão sobre a diversidade da fauna sul-mato-
grossense e o impacto ambiental causado pelos avanços socioeconômicos no perímetro
urbano, assim, por conta da faixa etária dos alunos e o aparecimento do Gambazinho na
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
177
escola, a partir deste acontecimento, levantamos as hipóteses das causas do aparecimento
deste animal silvestre na região urbana. Já a outra turma escolheu a Sucuri como mascotes e
em pesquisas pela web perceberam que seus movimentos lembravam os leitos dos um rio do
pantanal que de forma poética serpenteiam sei caminho. Posteriormente a pesquisa os alunos
fizeram um desenho que representasse o meio ambiente do nosso estado e eleito a melhor
Foto de cada sala, em seguida os desenhos foram “scanneados” e editados no “Paint”.
Assim, atiçamos a curiosidade dos educandos para saber mais sobre os bichinhos, a questão
do ambiente que os mesmos vivem e as consequências das alterações ambientais.
Para a escolha das logomarcas nas turmas de ensino médio, as turmas foram até as
salas de informática da escola e, a partir da temática, buscaram imagens na internet e usaram
os programas editores de imagens de acordo com o gosto e o tema principal para formar a
Foto que representaria a sala. Assim, foram postadas no perfil do “Facebook” da Instituição
todas as logomarcas e aberta uma enquete ao público para a escolha das logomarcas que
representariam as turmas. Neste fazer pedagógico entendemos que:
A escola, espaço de formação dos sujeitos cidadãos, tem o papel de
disseminar o uso de tecnologias e formar o aluno que não venha somente
para “assistir às aulas”, mas, sim, que venha para pesquisar, avaliar e
produzir conhecimento juntamente com seus professores e colegas de classe.
Dessa forma, a escola será um espaço de promoção da inclusão digital e
social de seus alunos. (BONATTO; SILVA; LISBOA, 2013).
Assim, durante os bimestres desse ano as atividades seguiram a temática do projeto
foram realizadas usando as salas de informáticas e os demais recursos disponíveis na escola,
utilizadas para o contato inicial com métodos de pesquisas e normas da ABNT, utilização de
programas específicos como para edição de textos, imagens, hipertextos e vídeos também na
navegação de páginas para pesquisas na web o uso de mídias síncronas e assíncronas e a
utilização das redes sociais como o “Facebook” e o “Youtube” para a divulgação de seus
trabalhos. Finalizado todos os trabalhos em sala, a escola organizou nos dias 05/11/2015, no
período matutino, e 07/07/2015 e 10/11/2015, no período noturno, a apresentação dos
produtos finais de cada disciplina.
FOTO 03: 3º ano B em apresentação
da culminância de Literatura. FOTO 05: Aluno do 1ºA e profªSuzy
na apresentação da disciplina de
Produção Interativa.
FOTO 06: Aluno selecionado para
representar os alunos na IV Amostra
Cultural
As turmas selecionadas organizaram salas com todo material e apresentaram para
todas as demais turmas de cada período. No período vespertino houve a produção de um
livreto com vários gêneros textuais relacionados ao meio ambiente, estes digitados pelos
próprios alunos.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
178
No dia 08/12/2015, a escola participou da 4ª Amostra Cultural Projeto Conecta Escola
2015 em que levou alguns trabalhos da culminância e banners demonstrando o trabalho e
objetivos alcançados em todo o projeto.
A principal importância de todo o trabalho realizado neste projeto foi à aprendizagem
dos alunos em utilizarem os meios tecnológicos para a construção do conhecimento,
independentemente da idade. No início, as aulas foram para que os mesmos conhecessem o
computador e seus recursos, inclusive a internet. O processo foi longo e lento, porém, o
resultado foi excelente e os objetivos foram notoriamente alcançados.
Podemos concluir que a tecnologia e os recursos midiáticos estão cada vez mais
presentes em nossas vidas em todos os aspectos. Por este motivo a sociedade tem nesta
geração, a grande necessidade e até certa dependência destes recursos, tanto para
comunicação, obtenção de conhecimento e expressão individual e cabe à escola utilizar estes
recursos para motivação e eficácia do seu fazer pedagógico.
REFERÊNCIAS
MATO GROSSO DO SUL.SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO.MANUAL DE EDUCAÇÃO
AMBIENTAL E CONSERVAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS:MANUAL PARA O ALUNO-5º SÉRIE,ENSINO
DE 1ºgrau-CAMPO GRANDE:SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO:BRASILIA:MINISTÉRIO DA
AGRICULTURA,1984.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL,3\ CLEOMAR HERCULANO DE SOUZA
PESENTE(ORGANIZADORA)-CAMPO GRANDE:GRÁFICA E EDITORA ALVORADA.2012
REFERENCIAL CURRICULAR, Ensino Médio/Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso do
Sul, 2012.
http://www2.unucseh.ueg.br/ceped/edipe/anais/viedipe/PDF/GT9%20Did.%20Prat.%20Est%C3%A1gi
o%20pdf/GT9%20tatiane%20%20batista%20e%20daniela%20%20lima.pdf Acesso em 05-2015
Site http://www.Antoniomiranda.Com.Br/Poesia_Visual/Tecnopoesia.Html Acesso em 10-2015
Site http://www.Hemopa.Pa.Gov.Br/Mitos-E-Duvidas.Htm Acesso em 10-2015
Site https://nupese.fe.ufg.br/up/208/o/ADORNO.pdf?1349568504 Acesso em 09-2015
Site https://www.youtube.com/watch?v=2oTkb7jx2Ak Acesso em 09-2015
Site https://www.youtube.com/watch?v=OR_J8KUkXMI Acesso em 07-2015
Site https://www.youtube.com/watch?v=2-W2LmqjHSI Acesso em 08-2015
Site https://www.youtube.com/watch?v=EgFPKjvnblI Acesso em 08-2015
Site https://www.youtube.com/watch?v=qiDub5iNvhQ Acesso em 09-2015
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
179
ESCOLA ESTADUAL OTAVIANO GONÇALVES DA SILVEIRA
JÚNIOR62
Promovendo Ações e Provocando Atitudes Sustentáveis
8º Ano B (E.F.)
Professores responsáveis
Fátima Fernandes da Rocha Guilherme Maria Aparecida Monteiro
O Projeto Conecta Escola atua na unidade escolar como ferramenta que possibilita
aperfeiçoar o uso da sala de tecnologia, bem como os recursos midiáticos de forma que os
alunos e professores adquiram relacionamento mais intrínseco com as tecnologias
proporcionando dinamicidade ao ensino e aprendizagem.
Nessa perspectiva, a Escola Estadual Professor Otaviano Gonçalves da Silveira Júnior
justificou seu projeto "Promovendo Ações e Provocando Atitudes Sustentáveis" após perceber
a necessidade de introduzir conceitos de sustentabilidade e matemática matematicista, aliando
a preocupação com o consumo de energia a matemática aplicada. A turma selecionada 8º ano
B é crítica no quesito ensino e aprendizagem.
A energia transformou-se num fator essencial no desenvolvimento de uma nação,
portanto torna-se difícil imaginar nosso cotidiano sem ela, pois, tudo que utilizamos para
facilitar nossa vida depende da fonte de energia elétrica, sendo que sua geração provem
basicamente das usinas hidro e termoelétricas.
Em sua parte teórica os alunos assistiram vídeos sobre consumo consciente e
utilizando com mais propriedade a STE, pesquisando desde a construção de usinas até a
energia que chega em suas casas.
Em sua parte prática, ocorreu a gincana do consumo consciente, todos os alunos,
mobilizaram-se para realização do consumo da energia em suas casa e na escola.
Daí a importância de identificar qual a representação cada parcela da sociedade tem do
meio ambiente para trabalhar tanto com os alunos como nas relações escola/comunidade.
Falar sobre temas transversais tão complexos é de muita importância, pois se trata de
temas utilizados no dia a dia e na formação dos alunos. Hoje, quando se fala em meio
ambiente, a tendência é pensar nos inúmeros problemas do mundo atual, com relação à
62 Diretora: Mônica Ascenção de Avelar Barbosa. Coordenador(es)
Pedagógico(s): Vânia Maria Ferreira Baptista e Sandra Cristina Morais.
PROGETEC: Leide Laura Centurion Saraiva. Multiplicador: Divino
Andrade Nabhan.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
180
questão ambiental. Lixo, poluição, desmatamento, espécies em extinção e testes nucleares são
dentre outros exemplos de situações lembradas. Porém, nos esquecemos que é necessário o
consumo consciente de energia.
Nesse sentido levantamos a seguinte questão: A Educação Ambiental sozinha é
suficiente para resolver os problemas ambientais? Talvez não, mas é condição indispensável
para tanto. A grande importância da Educação Ambiental é contribuir para a formação de
cidadãos conscientes do seu papel na preservação do meio ambiente e aptos para tomar
decisões sobre questões ambientais necessárias para o desenvolvimento de uma sociedade
sustentável.
Foto 1 - Trabalho na STE para
compreender todas as etapas
do processo de produção de
energia.
Foto 2– Ao término do projeto,
houve o momento da
culminância.
Foto 3- Com a mão na massa!
Montagem de maquetes para a
parte prática.
O projeto foi desenvolvido em três etapas, nas quais procuramos abarcar os conteúdos
referentes à matemática aplicada, às mídias presentes no cotidiano dos alunos e à economia de
energia. Durante o correr do ano estabeleceremos metas e atividades em que todos puderam
ser envolvidos.
A primeira etapa ocorreu entre março e abril de 2015, com a discussão do tema,
reflexão e escolha do tema do projeto, exposição do tema para a comunidade escolar,
pesquisas e levantamento de dados da comunidade, elaboração do projeto e reunião com os
professores para o inicio do desenvolvimento do projeto.
A segunda etapa aconteceu entre os meses de abril a outubro de 2015. Nessa etapa os
alunos elaboraram a logo marca do projeto utilizando a sala de tecnologia educacional. Na
sala de multimeios assistiram vídeos e filmes educativos referentes ao tema. Nessa etapa
também foram feitos os planejamentos, elaboração e execução de atividades pedagógicas
interdisciplinares desenvolvidas na instituição e fora dela. Os alunos fizeram entrevistas com
membros da comunidade sobre o consumo de energia. Mobilização para levantamento de
dados dos gastos de energia nas casas dos alunos. Enquete sobre o desperdício de energia
utilizando as redes sociais. Percebendo o desperdício, os alunos envolveram-se numa
campanha para economia de energia nas casas e na escola, criando assim uma gincana
pedagógica pelo consumo consciente de energia elétrica. Os alunos apresentaram seminários
para discussão dos temas compreendidos na sala de tecnologia. Visitaram o ESPAÇO
ENERGISA e puderem vivenciar inúmeras experiência.
A terceira etapa aconteceu em novembro com a apresentação das atividades
desenvolvidas na escola, exposição dos resultados alcançados e evento de culminância do
projeto. Os principais recursos utilizados foram a Sala de Tecnologia Educacional,
computadores para a utilização de softwares como o Excel, Word, Power Point e Paint,
internet para a utilização de sites de plataforma audiovisual como o YouTube, Lousa Interativa
Portátil, Projetor Integrado, caixa acústica, Sala do Multimeios, Biblioteca, Data Show,
Notebook, Tablet, câmera digital e impressora.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
181
Foto 25 - Alunos do 8º ano B
envolvidos na produção do
tema e da logomarca.
Foto 26– Visita ao Espaço
Energisa.
Foto 27–Os alunos tabularam
a economia de energia e
fizeram os gráficos
demonstrativos utilizando o
Excel.
A turma do 8º ano B, desenvolveu o tema com desenvoltura e promoveu além disso
um desdobramento para novos temas, transformando uma ideia inicial em novas
possibilidades de conhecimento. Eles souberam lidar com a proposta de trabalho e
desenvolveram materiais em maquetes, slides e vídeos. O projeto oportunizou aos alunos
construirem seu conhecimentos por meio da pesquisa sistematizada e orientada pelos
professores das áreas de linguagens e suas tecnologias. O projeto Conecta Escola 2015 foi
diferencial na utilização das tecnologias existentes na Unidade Escolar e também promoveu
uma nova possibilidade na abordagem pedagógica dos alunos e dos professores.
REFERÊNCIAS
MORAN, José M. Leituras dos Meios de Comunicação. São Paulo, Ed. Pancast, 1993
Como ver Televisão. São Paulo, Ed. Paulinas, 1991.
FDE - FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. Multimeios
aplicados à educação: uma leitura crítica. Cadernos Ideias, n.9, São Paulo, FDE, 1990.
MORAN, José M. Mudanças na comunicação pessoal. 2a ed. São Paulo: Paulinas,2000.
MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos e BEHRENS, Marilda. Novas Tecnologias e
Mediação Pedagógica. 7ª ed., Campinas: Papirus, 2003.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
182
ESCOLA ESTADUAL PROF.ª THEREZA NORONHA DE
CARVALHO63
PONTOS TURÍSTICOS E
MONUMENTOS HISTÓRICOS
DE CAMPO GRANDE/MS
A HISTÓRIA DE
CAMPO GRANDE/MS
MERCADO DE TRABALHO
5º Ano B (E.F.) –Vespertino
Professora
Herminia Paes
9º Ano A (E.F) – Matutino
Professores
Alessandra G. Tenório
Lucimara N. da Silva
Maria Ivaldice C. da Costa
Vera Lúcia Gama Weis
1º Ano C (E.M) - Noturno
Professores
Eder Janeo da Silva
Herminia Paes
Jorge R. Diacopulos
O projeto Conecta Escola 2015 tem o objetivo de estabelecer diretrizes que possam
direcionar o uso pedagógico das tecnologias educacionais e recursos midiáticos, por meio do
desenvolvimento de projetos, visando melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem dos
discentes da rede estadual de ensino. Desta forma, seguindo os parâmetros do projeto Conecta
Escola, junto com os coordenadores e professores regentes, foram identificadas 03 (três)
turmas prioritárias com problemas de aprendizagem, indisciplina, outrossim, participantes de
avaliações externas para o desenvolvimento do projeto.
A primeira turma identificada foi o 5º Ano B do turno Vespertino. A situação analisada
desta turma foram problemas de aprendizagem e também por ser participante de avaliações
externas (IDEB e PORVA BRASIL). Assim, intitulamos um projeto com o tema: Pontos
Turísticos e Monumentos Históricos de Campo Grande/MS, com o objetivo de desenvolver
atividades ligadas ao cotidiano dos discentes, atribuindo os recursos tecnológicos com o
intuito de aproximar sujeitos distantes quanto ao uso das novas tecnologias, desenvolvendo na
Sala de Tecnologias atividades que possibilitaram a troca de experiência, a socialização,
interação e cooperatividade.
A segunda turma identificada foi o 9º Ano A do turno Matutino. Esta turma também
foi diagnosticada com problemas de aprendizagem e, é participante de avaliações externas
(IDEB e PORVA BRASIL). Desta forma, intitulamos um projeto com o seguinte tema: A
História de Campo Grande/MS. Com este tema, foram desenvolvidas várias pesquisas na
internet onde os alunos puderam navegar por diversos sites, conhecendo, descobrindo,
aprendendo sobre a história de nossa cidade, como se deu o surgimento, a formação, a divisão
e povoação. É de suma importância ressaltar a eficácia das tecnologias no desenvolvimento
63 Diretora: Regina Lúcia de Leon Abreu Silva. Diretor Adjunto: José Silvio Rocha Gimenes.
Coordenador(es) Pedagógico(s): Katia Aparecida dos Santos Maria Cleonice Nunes dos Santos Melhado e
Zenilci Gonçalves Bonfim Romão. PROGETEC: João Paulo Ramirez Dias. Multiplicadora: Angela Suely
da Silva.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
183
das atividades, a inclusão desses dispositivos potencializou e promoveu aulas mais atrativas,
dinamizada e inovadora aumentando a autoestima dos alunos na construção do saber.
A terceira turma identificada foi o 1º Ano C Noturno. A situação analisada dessa turma
foram indisciplina e problemas de aprendizagem. Neste contexto, intitulamos um projeto com
o tema: Mercado de Trabalho, com o objetivo de desenvolver atividades ligadas ao cotidiano
dos alunos, onde os mesmos puderam buscar informações por meio de pesquisas na internet
sobre a perspectiva econômica do trabalho, as profissões que estão em alta na atualidade, as
novas áreas que foram reconhecidas no ano de 2015, elaboraram currículos e, entre outras
atividades onde os dispositivos tecnológicos foram essenciais para o progresso dos alunos
facilitando o processo de ensino aprendizagem.
Nesta etapa será descrito o desenvolvimento dos projetos nas referidas etapas de
ensino numa perspectiva interdisciplinar.
Contudo, as atividades do projeto foram disseminadas na Sala de Tecnologia sobre o
auxilio das diferentes mídias tecnológicas que enriqueceu o processo de ensino melhorando a
aprendizagem e a formação dos alunos. Segundo Brito (2008), tecnologia é um processo
contínuo através do qual a humanidade molda, modifica e gera a sua qualidade de vida. Há
uma constante necessidade do ser humano de criar, a sua capacidade de interagir com a
natureza, produzindo instrumentos desde os mais primitivos até os mais modernos, utilizando-
se de um conhecimento científico para aplicar a técnica e modificar, melhorar, aprimorar os
produtos oriundos do processo de interação deste com a natureza e com os demais seres
humanos.
Desta forma, o primeiro tema: Pontos Turísticos e Monumentos Históricos de Campo
Grande/MS do 5º Ano B, vespertino, com a professora regente dividimos em etapas a
construção do projeto. Em 03 (três) etapas, transcorreu da seguinte forma: 1ª etapa
apresentação do projeto. Neste momento foram apresentadas aos alunos todas as etapas e as
atividades do projeto. Explicamos a metodologia e também os recursos tecnológicos que
seriam utilizados durante o desenvolvimento das atividades.
Na 2ª etapa, entretanto, a mais importante, os alunos durante um determinado tempo,
utilizaram os computadores da Sala de Tecnologia e os celulares conectados na internet e,
pesquisaram conteúdos e informações acerca do tema onde puderam salvar todos os registros
encontrados em um banco de dados chamado Servidor. Concluindo, a etapa dois desse projeto
teve o objetivo de desenvolver ações de cooperação entre os alunos e, atitudes compartilhadas
na execução das tarefas possibilitando a troca de experiência, aperfeiçoando as habilidades
prévias assim estimulando o aprendizado e contemplando diversas áreas do conhecimento de
forma interdisciplinar.
Segundo Moran (2000): educar é colaborar para que professores e alunos – nas escolas
e organizações transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. É ajudar
os alunos na construção da sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional, projeto de
vida, desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e comunicação que lhes
permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e profissionais e tornam-se cidadãos
realizados e produtivos.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
184
Ainda segundo Moran (2000), é caminhar para um ensino e uma educação de
qualidade, que integre todas as dimensões do ser humano. [...] precisamos de pessoas que
façam essa integração em si mesmas no que concerne os aspectos, sensorial, intelectual,
emocional, ético, tecnológico, que transmitem de forma fácil entre o pessoal e o social, que
expressem nas suas palavras e ações que estão sempre evoluindo, mudando, avançando.
Na 3ª etapa do projeto conforme o cronograma foi destinado ao estudo e a seleção de
todo o material pesquisado e salvo pelos os alunos para confecção do produto final que
resultou em um livro educativo onde trás informações sobre os pontos turísticos e os
monumentos históricos de Campo Grande, MS.
Foto – STE, 9º Ano A –
EF, Ativ. Pesquisas
Foto – STE, 5º Ano B
– EF, Ativ. Pesquisas
Foto – STE, 1º Ano C
– EM, Ativ. Pesquisas
O segundo tema: A História de Campo Grande/MS do 9º Ano A, matutino, com os
professores regentes atuantes no projeto, dividimos também em etapas a construção do
projeto para facilitar o desenvolvimento. Nessa perspectiva, transcorreram 03 (três) etapas da
seguinte forma: 1º etapa apresentação do projeto. Neste momento foram apresentadas aos
alunos todas as etapas e as atividades do projeto. Explicamos a metodologia e também os
recursos tecnológicos que seriam utilizados no desenvolvimento das atividades. Na 2º etapa,
os alunos durante um determinado tempo, utilizaram os computadores da Sala de Tecnologia,
também, os celulares conectados na internet para realçar as pesquisas onde levantaram
informações e conteúdos acerca do tema salvando todos os registros descoberto em um banco
de dados chamado Servidor. Na 3ª etapa do projeto conforme o cronograma foi destinado ao
estudo e a seleção de todo o material pesquisado e salvo pelos os alunos para confecção do
produto final que resultou em um livro educativo onde resgatou a história e a trajetória do
fundador de Campo Grande Jose Antônio Pereira, entre outros conteúdos referentes à capital
Morena.
O terceiro tema: Mercado de Trabalho do 1º Ano C, noturno, com os professores
regentes atuantes no projeto, a construção do projeto foi dividida em etapas para melhor
trabalhar com os alunos. Deste modo, as etapas seguiram da seguinte forma: 1º etapa
apresentação do projeto. Neste momento foram apresentadas aos alunos todas as etapas e as
atividades do projeto. Explicamos a metodologia e também os recursos tecnológicos que
seriam utilizados no decorrer das atividades. Na 2º etapa, os alunos durante um determinado
tempo, utilizaram os computadores da Sala de Tecnologia e celulares conectados na internet
para pesquisas onde levantaram informações e conteúdos acerca do tema salvando todos os
registros encontrados em um banco de dados chamado Servidor. Na 3ª etapa do projeto
conforme o cronograma foi destinado ao estudo e a seleção de todo o material pesquisado e
salvo pelos os alunos para a confecção do produto final que resultou em um livro informativo
abrangendo temas do Mercado de Trabalho, dentro de uma perspectiva profissionalizante.
Considerações finais
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
185
O produto final do projeto com o tema: Pontos Turísticos e Monumentos Históricos de
Campo Grande/MS do 5º Ano B, vespertino, resultou em um livro educativo com informações
referentes aos marcos históricos, a importância dos monumentos para a cidade e as
localidades dos principais pontos turísticos. Desta forma, as atividades possibilitaram uma
metodologia inovadora onde os alunos puderam utilizar os recursos próprios
celulares/tabletes, também, as ferramentas tecnológicas disponíveis na escola tendo em vista
que estes dispositivos facilitaram a aplicabilidade nas atividades agilizando o processo de
ensino tornando as aulas mais atrativa e participativa, garantindo uma formação social de
qualidade, despertando o interesse nos alunos na busca de conteúdos, se apropriando da
internet como fonte de conhecimento, desenvolvendo ações cooperativas, aperfeiçoando
habilidades prévias, envolvendo sujeitos distantes quanto ao uso das mídias e, sobretudo,
propiciando a inclusão digital na construção do conhecimento.
Fazendo uma comparação do “antes e depois” da referida turma no processo de
aprendizagem, foi notável a progressão dos alunos, os mesmos superaram as dificuldades
apresentadas anteriormente, executaram todas as etapas do projeto com êxito, alavancaram as
notas ficando acima do esperado, melhorou o desempenho e o conceito comportamental.
Contudo, o 5º Ano B do Ensino Fundamental, tornou-se uma turma de qualidade, talentosa,
capazes de resolver atividades ainda mais complexas, mostraram estar preparados para
avaliações externas, avaliações de disciplinas curriculares em âmbito educacional.
Resumidamente, nós professores ficamos felizes pelo o desempenho e dedicação alcançada
pela turma durante o projeto.
Foto - STE, 5º Ano B, EF/
Produto Final – Livro
Foto - STE, 9º Ano A, EF/
Produto Final – Livro
Foto - STE, 1º Ano C, EM/
Produto Final – Livro
O produto final do projeto: A História de Campo Grande/MS do 9º Ano A, matutino,
resultou em um livro educativo onde abordou conteúdos referentes à história de nossa cidade,
o surgimento, a emancipação e o crescimento da povoação. Desta forma, as atividades
possibilitaram uma metodologia inovadora onde os alunos puderam utilizar os recursos
próprios celulares/tabletes, também, as ferramentas tecnológicas disponíveis na escola tendo
em vista que estes dispositivos facilitaram a aplicabilidade nas atividades agilizando o
processo de ensino tornando as aulas mais atrativa e participativa, garantindo uma formação
social de qualidade, despertando o interesse nos alunos na busca de conteúdos, se apropriando
da internet como fonte de conhecimento, desenvolvendo ações cooperativas, aperfeiçoando
habilidades prévias, envolvendo sujeitos distantes quanto ao uso das mídias e, sobretudo,
propiciando a inclusão digital na construção do conhecimento.
Fazendo uma comparação do “antes e depois” da referida turma no processo de
aprendizagem, foi notável a progressão dos alunos, os mesmos superaram as dificuldades
apresentadas anteriormente, executaram todas as etapas do projeto com êxito, alavancaram as
notas ficando acima do esperado, melhorou o desempenho e o conceito comportamental.
Contudo, o 9º Ano A do Ensino Fundamental, tornou-se uma turma de qualidade, talentosa,
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
186
capazes de resolver atividades ainda mais complexas, mostraram estar preparados para
avaliações externas, também, para avaliações de disciplinas curriculares em âmbito
educacional. Resumidamente, nós professores ficamos felizes pelo o desempenho e a
dedicação alcançada pela turma durante o projeto.
O produto final do projeto intitulado: Mercado de Trabalho do 1º Ano C, noturno,
resultou em um livro informativo onde abordou conteúdos referentes ao cenário econômico,
as novas áreas de profissões, o conceito de trabalho infantil, escravo, voluntário, primitivo e
profissionalizante. Desta forma, as atividades possibilitaram uma metodologia inovadora onde
os alunos puderam utilizar os recursos próprios celulares/tabletes, também, as ferramentas
tecnológicas disponíveis na escola tendo em vista que estes dispositivos facilitaram a
aplicabilidade nas atividades agilizando o processo de ensino tornando as aulas mais atrativa e
participativa, garantindo uma formação social de qualidade, despertando o interesse nos
alunos na busca de conteúdos, se apropriando da internet como fonte de conhecimento,
desenvolvendo ações cooperativas, aperfeiçoando habilidades prévias, envolvendo sujeitos
distantes quanto ao uso das mídias e, sobretudo, propiciando a inclusão digital na construção
do conhecimento.
Fazendo uma comparação do “antes e depois” da referida turma no processo de
aprendizagem, foi notável a progressão dos alunos, os mesmos superaram as dificuldades
apresentadas anteriormente, executaram todas as etapas do projeto com êxito, alavancaram as
notas ficando acima do esperado, melhorou o desempenho e o conceito comportamental.
Contudo, o 1º Ano C do Ensino Médio, tornou-se uma turma de qualidade, talentosa, capazes
de resolver atividades ainda mais complexas, mostraram estar preparados para avaliações
externas, também, para avaliações de disciplinas curriculares em âmbito educacional.
Resumidamente, nós professores ficamos felizes pelo o desempenho e a dedicação alcançada
pela turma durante o projeto.
0
5
10
5º Ano EF9º Ano EF1º Ano EM
AprendizagemIndiciplina
0
10
5º Ano EF9º Ano EF1º Ano EM
Aprendizagem
Indiciplina
Gráfico indicando uma nota de 0,0 a
10 para as avaliações e indisciplina. Dados
levantados no início do projeto
Gráfico indicando uma nota de 0,0 a
10 para as avaliações e indisciplinas. Dados
levantados no final do projeto
REFERÊNCIAS
BRITO, G da S. Educação e Novas Tecnologias: um re-pensar. Curitiba: Ibpex, 2008. p. 22-30-32-45-101-103.
MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T. et pedagógicas. 5. ed. 2000. p. 13-15-16. al. Novas Tecnologias
Campinas, SP; Papirus, e mediações
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
187
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR ULISSES SERRA64
AS CRISES HÍDRICAS E
ELÉTRICAS
AS CRISES HÍDRICAS E
ELÉTRICAS
AS CRISES HÍDRICAS E
ELÉTRICAS
5º Ano A e B - Matutino
Professores responsáveis
Dalva de Oliveira Romeu
Railda Dias da Silva
Admarina Francisca Rodri-
Gues
8º Anos A e B - Vespertino
Professores responsáveis
Maria Severina Volpe
Willian Carvalho Silva
Roselea Valadão Cruz
2º Ano A (E.M.) – Noturno
Professores responsáveis
Gisele Alves Zuza Castro
Ricardo Fernandes Silva
Edivaldo Luis Camargo
Neste ano letivo de 2015, no período Matutino, o 5º Ano A foi escolhido para
participar do projeto Conecta com o tema “As Crises Hídricas e Elétricas”, devido à
realização da prova Brasil realizada na primeira quinzena do mês de Novembro do corrente
ano. No período Vespertino, o 5º ano B foi selecionado pelo mesmo motivo.
No período vespertino, os 8º Anos A e B foram escolhidos pelos professores regentes
para trabalharem o mesmo tema citado acima, por motivo de indisciplina, motivo pelo qual os
mesmos apresentavam dificuldades e baixo rendimento.
No período noturno o 2º Ano A do Ensino Médio, também foram votados pelos
professores regentes para atuarem no projeto conecta, também com o tema “Crises Hídricas e
Elétricas”, por motivo de indisciplina.
Após a escolha das turmas prioritárias e o tema, começou o desenvolvimento das
atividades semanais. A coordenação da escola elaborou um cronograma de ações pertinentes
ao tema, que ao longo do ano foi sendo colocado em pratica; exibições de filmes sobre água e
usinas hidrelétricas; visitações ao espaço energia e a Eletrosul, uso da STE para elaboração de
pesquisas, slides, filmes e folders educativos; como economizar no consumo da água e da
energia elétrica nas residências, aos quais foram distribuídos na comunidade.
Na teoria da argentina Emilia Ferreiro, que se tornou referência para o ensino no
Brasil, integrando-se ao construtivismo, campo de estudo inaugurado por Jean Piaget (1896-
1980). Em sua teoria as crianças têm papel ativo em seu próprio conhecimento. Segundo
Emilia Ferreiro (1982), “a construção do conhecimento e da escrita, tem uma lógica
individual, embora aberta à interação social dentro ou fora da escola”.
64 Diretora: Clemilde Nóbrega Silva. Coordenador(es) Pedagógico(s):
Lucia Costa Almeida; Inês Lazara de Carvalho; João Sanches Zambotti.
PROGETEC: Maria de Lourdes Carvalho. Multiplicador: Divino Andrade
Nabhan.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
188
Assim sendo, procuramos trabalhar os conteúdos formais sob diferentes enfoques, de
acordo com a organização curricular de forma interdisciplinar, relacionando-os a Temas
Transversais e o desenvolvimento de projetos, como o que citamos acima.
Foto 1-
Alunos 5º Ano A Matutino
pesquisando sobre água na STE
Foto 2 – Alunos - 8º Anos A e B
Vespertino – Visita Espaço
Energia
Foto 3- Produto Final –
exposição de folders educativos
Como produto final, os 5º Anos A e B apresentaram folders educativos, assim como
vários tipos de experiências com água, ou seja, praticando o conteúdo pesquisado na STE, e
expondo os folders que foram elaborados através dos conhecimentos adquiridos com as
pesquisas efetuadas.
Os 8º Anos A e B confeccionaram e apresentaram maquetes de hidrelétricas e do
aqüífero guarani, também transformando em prática as pesquisas elaboradas, demonstrando
os conhecimentos e a funcionalidade das hidrelétricas, expondo à comunidade o potencial
elétrico que possuímos no País e a importância do consumo moderado.
Foto 4 – 5º Ano B - Efetuando
experiências com água
Foto 5- Produto Final – 8º Ano
exposição de maquetes –
Aqüífero
Foto 6 – Exposição 8º Anos A e
B – Maquete de uma
hidrelétrica
O 2º Ano A do E.M efetuaram produções e entregas de folders educativos na
comunidade, como forma de multiplicar conhecimentos e informações, e um painel com
curiosidades sobre energia elétrica.
Foto 7- Produto Final – 2º Ano E.M –
Curiosidades
Foto 8 – 2º Ano E.M – Multiplicando os
conhecimentos
Através da realização deste projeto a escola proporcionou aos alunos a oportunidade
para ocorrer à construção e a reconstrução do conhecimento, fazendo um intenso uso das
TICs, instigando, orientando e avaliando o progresso adquirido, conforme mostram os
gráficos abaixo, com um avanço significativo no desenvolvimento e na participação das
turmas prioritárias e de todos os envolvidos no Projeto Conecta 2015.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
189
Gráfico 1 - 5º Ano A Matutino - Língua
Portuguesa
Gráfico 2- 5º Ano A - Matutino Língua Portuguesa-
3º Bimestre
Gráfico 3 - 8º Ano B Vespertino - Língua
Portuguesa – 1º Bimestre
Gráfico 4 - 8º Ano B - Vespertino Língua
Portuguesa- 3º Bimestre
Gráfico 5 - 2º Ano A E.M - Noturno - Matemática
– 1º Bimestre
Gráfico 6 - 2º Ano A E.M - Noturno Matemática-
3º Bimestre
REFERÊNCIAS
FERREIRO, Emilia. Alfabetização em Processo. São Paulo: Cortez, 1996.
FELIPPE, Miguel F: Consequência da ocupação urbana na dinâmica das
nascentes em Belo Horizonte- M.G. Belo Horizonte: Ed.ABEP, 2009.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
190
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA ZÉLIA QUEVEDO
CHAVES65
A ÁGUA
2º Ano A (E.M.) – Matutino
5º Ano B - Vespertino
3º Ano A (E.M) - Turma -
Noturno
Professores responsáveis
Márcia Alessandra Azevedo Paes
Marilene Ribeiro da Luz Pinzan
Thais Hamae Catto Watanabe
Valdirene Lourdes dos Santos
Vanda Barbosa dos Santos
Marcia Lopes
Professores responsáveis
Arcelino Barbosa
Professores responsáveis
Andé Luiz Ayala
Marilene Ribeiro da Luz Pinzan
Luiz Sanita
Olinda Conceição da Silva
Este projeto foi estruturado com base no tema gerador: “A água” do Projeto Conecta
Escola 2015, que se justifica pela necessidade do uso consciente e cuidados com a água,
mediante a sua escassez provocada pelo aquecimento global e o uso indiscriminado e
inconsciente, além de fomentar nos alunos um trabalho através de projeto que os ajude a
superar dificuldades de aprendizagem, proporcionando uma grande diversidade de
experiências, com participação ativa, para que possam ampliar a consciência sobre as
questões relativas à água e a sua conservação, desenvolvendo atitudes e valores voltados a sua
proteção e conservação.
Com o objetivo de qualificar o aluno de maneira que possa, quando for solicitado,
responder satisfatoriamente sobre temas referentes à Água, além de procurar promover
mudanças na forma de como se dá o processo ensino-aprendizagem, utilizando-se de
interações através dos meios tecnológicos tão usados no mundo moderno, motivando-o a
utilizar as mídias no processo de aprendizagem de maneira positiva e construtiva.
Os professores dos três turnos empenharam-se no desenvolvimento do projeto
“Conecta Água” em nossa escola. Primeiro os professores fizeram um planejamento coletivo
(professores e coordenadores) visando à integração curricular, pois eram disciplinas
diferentes, trabalharam com os grupos os turnos Matutino e Noturno, visando essa integração
entre as disciplinas e os professores. Os alunos utilizaram com frequência a STE, datashow
devido aos trabalhos de pesquisas e elaboração de painéis instrutivos sobre o conteúdo
abordado. Seleção de imagens para apoio visual na produção dos folders informativos sobre a
65 Diretor: Hunter Vilalba Pinto. Diretor Adjunto: Marcio José de Souza e
Silva. Coordenador(es) Pedagógico(s): Lucinda Pereira da Silva, Aline
Marcela Perdomo Jacquet. PROGETEC: Katiuscia Durães Pereira.
Multiplicador: Rodolfo Pedroso Rodrigues.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
191
importância do uso consciente da água, pesquisas bibliográficas com o uso da internet,
produção de Slides na STE em todas as disciplinas envolvidas com as oficinas.
O professor do Vespertino utilizou a STE como fonte de pesquisa e na utilização dos
recursos audiovisuais com atividades direcionadas nos aplicativos Power Point, Excel e Word,
pois seus alunos produziram textos para a publicação do livro sobre o tema abordado.
De acordo com nosso Projeto Construir Saberes
Incentivar o uso das TICs na operacionalização de atividades
interdisciplinares que envolva todos os alunos na produção de seu
conhecimento, criando hábitos de utilização de recursos tecnológicos e
midiáticos da escola, tendo os professores, funcionários, supervisores,
orientadores e coordenadores pedagógicos como orientadores em seu
processo de aprendizagem.
Conforme a missão do Projeto Político Pedagógico da escola buscou-se “Oferecer um
ensino de qualidade, dentro dos conceitos morais, sociais, éticos, culturais e tecnológicos para
nossos educandos, formando cidadãos críticos capazes de transformar a realidade em que
vivem”.
Na Foto 1 os alunos do Matutino da turma do 2º ano A, com a professora Vanda de
Geografia utiliza a STE, datashow e a caixa de som amplificada para passar o vídeo sobre a
formação dos lençóis freáticos e com atividades de pesquisas sobre a hidrografia de Mato
Grosso do Sul para a construção de textos sobre o Aquífero Guarani.
Na Foto 2 alunos do Vespertino da turma 5º ano B professor Arcelino trabalha o
acompanhamento do consumo da água, eles utilizaram a STE com o recurso do Excel para
calcular o consumo da água de suas casas utilizando a conta de água que cada aluno trouxe de
casa.
Na Foto 3 alunos do Noturno com o professor Luiz Sanita de Física utiliza a STE para
trabalhar atividades de pesquisa sobre a Declaração dos direitos da água e os estados físico da
água.
Foto 1 Matutino
Foto 2 Vespertino
Foto 3 Noturno
Foto 4 Produto Final
Matutino
Foto 5 Produto Final
Vespertino
Foto 6 produto final Noturno
Os produtos finais da turma do 2º ano A Matutino foram maquetes da Estação de
tratamento da água, Bacias Hidrográficas, Folders e Exposição em Miniatura de como é o
funcionamento dos Rins em relação à ingestão de água. No Vespertino o 5º ano B fez a
produção do livrinho sobre os conteúdos trabalhados em sala de aula e de Tecnologia com as
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
192
produções textuais dos alunos sobre o tema gerador Água.O Noturno fez a maquete da
Hidrelétrica e o livro com as produções dos alunos do 3º ano B com Poemas.
0
2
4
6
8
10
1° BIM 2° BIM 3° BIM
MATUTINO
VESPERTINO
NOTURNO
Obtiveram-se bons resultados, os alunos se envolveram com os assuntos trabalhados,
desenvolveram seu aprendizado com o uso das tecnologias, com o aprendizado produziram os
produtos finais que foram selecionados com cada turno, tendo assim uma aprendizagem mais
significativa e prazerosa.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei de Diretrizes de Base da educação Nacional. Lei nº 9.394/96, de 20/12/ 1996.
CHAVES, Zélia Quevedo. Projeto Político Pedagógico. Campo Grande. 2014.
CHAVES, Zélia Quevedo. Projeto Construir Saberes. Campo Grande. 2013.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
193
ESCOLA ESTADUAL RIACHUELO66
JOVEM, QUEM SOU EU?
2º Ano A (E.M.) – Matutino
Professores responsáveis
Janaina Evaristo Ferreira
Adilamar Vilela Moreira
Osvaldo dos Passos Junior A turma selecionada foi o 2° ano A para participar do conecta 2015 com o tema:
“Jovem, quem sou eu?”. Esta turma estava apresentando problemas de indisciplina escolar.
Não havia participação nas atividades de sala de aula e nem compromisso com atividades
complementares. Por este motivo, trabalhamos o projeto conecta com esta turma para
introduzir nestes alunos o movimento escolar, na tentativa de obter aproveitamento no ensino
e na aprendizagem destes alunos.
O projeto contou com a participação total dos alunos, a escolha do tema e de que
forma seria executado o projeto. Houve aulas com a orientação da professora responsável do
projeto juntamente com pesquisas, interação das ferramentas das mídias e relatos dos nossos
alunos, de como sofrem e fazem sofrer os demais adolescentes, e quais seriam as atitudes da
escola para ajuda-los a enfrentar frustrações e medos e tentar não cair em crimes.
O Projeto Jovem, quem sou eu? Teve por objetivo integrar a escola com os
adolescentes através do uso das TICS, a fim de que as novas gerações possam conhecer que o
mundo da violência pode transformar os jovens e sua saúde em condições precárias. Buscou-
se, também, desenvolver habilidades e competências de leitura, escrita, produção e
interpretação de textos, através do uso das tecnologias, na tentativa de auxiliá-los.
Para sua execução foi proposto: levantamento de informações, organização de fatos,
reunião e pesquisas; reconstrução de textos para formação de panfletos, produção de
calendários, que retratassem os cuidados e resultados que os jovens devem ter do estado, além
da participação dos alunos, de modo a resgatar, organizar e preservar os adolescentes de fazer
parte da estatística da violência na adolescência cada vez mais.
A escola, sendo uma instituição social de transmitir e produzir o conhecimento, com o
surgimento das tecnologias de informação, como o rádio, a TV e a Internet, que tem se
sobreposto a todos os outros meios de comunicação, tem provocado na escola a busca de
novas estratégias para a aquisição do conhecimento.
66 Diretora: Eronides Rezende de Carvalho. Coordenador (es)
Pedagógico(s): Maria Elena Antunes. PROGETEC: Graciela Durães
Nascimento. Multiplicadora: Marcia Vanderlei de Souza Esbrana.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
194
A razão do uso desta estratégia na turma do 2º ano A, veio da grande atração pelos
recursos tecnológicos disponíveis, como celulares e computadores, onde a rapidez da
informação condiz com a pressa dessa geração. Acreditamos que se a escola fizer uso da
linguagem e recursos usados pelos alunos no dia a dia, poderá aprimorar a ação docente e
beneficiar o ensino e a aprendizagem, além de cumprir a Missão proposta no Projeto Político
Pedagógico (PPP) da escola. Conforme Fotos 1, Palestra dos bombeiros, onde os alunos
puderam ter interdisciplinaridade da realidade do dia a dia dos adolescentes fora da escola,
tratada com profissionais experientes em socorrer a sociedade em que boa parte deste
atendimento hoje tem o adolescente como vítima ou infrator.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que a medida privativa de
liberdade aplicada a jovens infratores não pode passar de três anos. Entretanto, casos de
violência recentes – e emblemáticos – envolvendo menores de idade acirraram o debate sobre
o enrijecimento de sanções.
O governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) enviou ao Congresso uma proposta
de alteração ao ECA, sugerindo internação de até oito anos ao adolescente que cometer delitos
hediondos. Paralelamente, só no Senado tramitam quatro propostas de emenda à constituição
(PECs) com vistas a reduzir a maioridade penal no país. “A legislação tem de ser rigorosa,
combatendo a impunidade e a criminalidade, protegendo o cidadão de bem”, argumenta o
senador paranaense Álvaro Dias (PSDB), autor de uma das PECs.
Despertar no aluno a capacidade de usar diversas tecnologias e mídias na aquisição do
seu conhecimento, e inserir esses conceitos diante ferramentas tecnológicas, proporcionando
para esse aluno uma aprendizagem mais efetiva, diante dos mecanismos que o computador
pode realizar não é uma tarefa muito fácil, pois hoje a tecnologia esta em constante evolução e
somente com uma forte qualificação tanto para os educadores como para os educandos.
Aprimoramento da educação é essencial no desenvolvimento social e moral da humanidade e
das suas sociedades, por isso constitui um direito universal. Sendo, fundamental que os
sistemas educacionais promovam ações no sentido de oferecer equidade a todos àqueles que
integram tais sistemas. Na prática, as políticas públicas se encarregam de oferecer meios para
que a educação de qualidade seja acessíveis a todos, para professores, alunos e a sociedade,
como esta no regimento escolar da nossa unidade escolar.
Seguindo esse raciocínio, Jacques Delors na obra Educação: um Tesouro a Descobrir,
p.89, alega que “À educação cabe fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo
complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permite navegar
através dele”. Desta feita a escola deve estar em consonância com os preceitos estabelecidos
para o desenvolvimento da educação de qualidade.
Para formar cidadãos, preparados para vencer os desafios da sociedade
contemporânea; respeitar a dignidade de cada elemento, apoiar e incentivar que todos
participam do convívio escolar; se pautada pela busca continua e incessante da excelência na
qualidade do ensino (Proposta Curricular Escola Estadual Riachuelo, 2015).
Mas e a escola? Qual o seu papel nesse novo universo? Não é ela, tradicionalmente, a
instituição detentora do conhecimento? Abriu-se nesse contexto uma lacuna entre a escola e
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
195
os novos meios de disseminação e aquisição do conhecimento. Novamente, as políticas
públicas têm a missão de intermediar a integração entre esses entes e definir o papel de cada
um no cenário educacional.
Para efetivar a aplicação das tecnologias de informação e comunicação na escola, após
a constatação de sua importância e necessidade, é preciso criar conhecimentos e mecanismos
que possibilitem sua integração à educação evitando o deslumbramento ou o uso
indiscriminado da tecnologia por si e em si. Portanto, foi imprescindível enfatizar o cunho
pedagógico em todas as atividades que foram realizadas para executar este projeto. Desde
pesquisa que foi embalsada no conteúdo programado dos livros didáticos que eles estão
usando ate o aprofundamento dos assuntos. Junto com a tecnologia e suas ferramenta foi
feitas um interação com o grupo S.H.E “ sempre haverá esperança” com a Foto 2, que faz
palestra de orientação para prevenir os adolescentes para o não uso das drogas, e seus feitos
na vida do adolescente com de sua família. Também mostra com a cultura em forma de teatro
os efeitos das más influencias que os amigos sempre tentam impor em seus meios. Como
mostra esta Foto 3, eles se identificaram com o assunto e mais uma vez a interação da
tecnologia.
Os registros da pesquisa foram efetuados através de anotações e resenhas para a
elaboração dos panfletos. Como mostra as Fotos 4 e 5. Posteriormente, a análise e
organização dos dados e materiais coletados foram revertidas em material didático com o
boletim de informação que ficara disponível na biblioteca da escola. Os panfletos digitais e os
calendários impresso Foto 6 que servirão de apoio para estudos estarão disponíveis tanto no
Google Drive quanto na biblioteca da escola.
Palestras dos bombeiros
As contribuições pedagógicas foram aproveitadas e aprofundadas em todos os
sentidos, como uns dos pontos atribuídos, as doenças que os adolescentes sofrem por falta de
vacinação e as doenças de hepatites A e B, sendo que a hepatite B é transmitida sexualmente e
pelo beijo, e a A é transmitida através da água e alimentos contaminados, além de beijo na
boca e até do simples compartilhamento de bebidas. Uma das informações ignoradas pelos
alunos até o projeto conecta. E como assuntos variados que foram pesquisados por eles,
trouxe semelhança com o seu dia a dia. Fazendo-os perceberem que, tudo que estudam na
escola há um elo direto com sua vida, que não são assuntos alheios aos mesmos e à
comunidade a qual estão inseridos, mesmo que em porte pequenos.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
196
O aproveitamento por ambas as partes foi bem sucedido, todos os envolvidos no
conecta como os alunos retratados na tabela 1 das notas do 1° bimestre e 3° bimestre,
mostrando a evolução dos mesmos.
Sim tivemos muitos problemas na execução do projeto por idem variado, foram
refeitos várias modificação da elaboração inicial ate a etapa final. Mais com toda dedicação e
empenho corrigimos, ajustamos, retiramos e aperfeiçoamos para ser um marco na vida dos
nossos alunos, na educação e principalmente na sociedade.
Sim, ainda temos muito que mostrar e melhorar para o futuro dos jovens, mais a
principio, está dano os passos iniciais e não deixaremos os empecilhos nos parar e amedrontar
na missão de transformação a educação dos pais.
REFERÊNCIAS
DELORS, Jacques (Coord.). Os quatro pilares da educação. In: Educação: um tesouro a descobrir. São
Paulo: Cortezo. p. 89-102. http://www.educacional.com.br/articulistas/outrosEducacao_artigo.asp?artigo=artigo0056
Regimento Escolar da Escola Estadual Riachuelo 2015.
Proposta Pedagógica da Escola Estadual Riachuelo 2015.
Proposta da Criança e do Adolescente (ECA). Disponível em: >
http://www.promenino.org.br/direitosdainfancia/eca-e-legislacao >. Acesso em: 10. Junho. 2015.
Proposta de Emenda a constituição (PECs). Disponível em: >
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
197
ESCOLA ESTADUAL RUI BARBOSA67
6º Ano A
Ensino Fundamental (Matutino)
Professores responsáveis
Claudia Rodrigues Gonçalves
Nivaldo Palardino da Silva
6º Ano B
Ensino Fundamental (Matutino)
Professores responsáveis
Claudia Rodrigues Gonçalves
Nivaldo Palardino da Silva
Kátia Boerger [...] a forma como trabalhamos e construímos o conhecimento com os
alunos é o cerne de uma educação mais democrática e comprometida na
luta contra a repetência e a exclusão social. (KAERCHER, 2003, p.11).
Em conformidade com os dias atuais, a tecnologia é um fator preponderante para o
desenvolvimento do ser humano, cada vez mais inserido num mundo globalizado.
Diante de desses pressupostos, as turmas selecionadas apresentam algumas
características pertinentes ao ingresso para o Projeto Conecta Escola, tais como: curiosidade e
interesse tecnológicos e afinidade com alguns professores.
Por outro lado, defasagens de aprendizagem ocasionadas pelos mais diversos fatores
foram diagnosticados; desde defasagens de idade-série a desajustes comportamentais de fundo
emocional.
Conclui-se que as turmas selecionadas são propensas à inserção tecnológica,
principalmente pelo interesse no domínio dessa importante ferramenta à formação desse
homem do novo milênio: a informática.
As séries dos 6º anos A e B, matutino e vespertino, respectivamente, são as
contempladas à imersão nesse meio digital, por intermédio das disciplinas de ciências,
geografia e produção interativa.
No arcabouço desse projeto, vislumbramos o protagonismo juvenil a partir da criação
por parte dos alunos, de vídeo-aulas bem como a construção de maquetes, a fim de levá-los à
aquisição da aprendizagem, utilizando-se do aparato tecnológico da escola: sala de tecnologia,
fotocopiadoras, impressoras, câmara digital, celular, data show, caixa de som amplificada,
microfones entre outros.
67 Diretora: Tania Mara Corte Mattos. Diretora Adjunta: Ilze Ruch.
Coordenador Pedagógico: Antônio Carlos Siviero. PROGETEC: Everton
Luís Borro. Multiplicador: Nésio Alamini.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
198
Foto 01 – Gravação de
vídeo-aulas sobre vulcão
Foto 02 – Construção de
maquetes sobre vulção
Foto 03 – Pesquisa sobre
catástrofes naturais
como terremotos e
vulcanismos
Foto 04 – Pesquisa
sobre catástrofes
naturais como
terremotos e
vulcanismos
Os tópicos abordados pela disciplina de geografia: Estudos sobre a Litosfera, formação
do planeta Terra, a estrutura interna e externa da Terra, os agentes formadores e modificadores
do relevo, relação entre clima e vegetação e bacias hidrográficas foram desenvolvidas
interdisciplinarmente com a matéria de ciências.
Num primeiro momento, apresentou-se aos alunos o projeto Conecta 2015: Situando-
os quanto às disciplinas a serem trabalhadas; seus respectivos professores e, responsável pela
supervisão do suporte tecnológico, mais cronograma de execução.
A partir do tema gerador, nas disciplinas de geografia e ciências, os alunos são
inicialmente inteirados sobre o conteúdo, por intermédio de aulas expositivas auxiliadas por
mapas, globos e vídeos educativos.
Num segundo momento, os alunos são levados à sala de tecnologia, para que em
duplas, colijam informações a respeito dos conteúdos a serem desenvolvidos e a fim de um
maior aprofundamento no tema. Desse modo, são apresentados para reforçarem o
aprendizado: sites e vídeos acerca de montagem de maquetes, sites e vídeo documentários
sobre catástrofes naturais como terremotos, vulcanismos e tsunamis.
Foto 05 – Formação dos grupos
para a criação dos roteiros das
vídeo-aulas
Foto 06 – Orientação da
professora regente de geografia
para a gravação das vídeo-aulas
Num terceiro momento, os alunos dividem-se em grupos de três a quatro
componentes, para formarem suas equipes, às quais devem se incumbir de manufaturarem
vídeos e maquetes, cujas orientações serão repassadas pelo corpo docente via WhatsApp, mais
o auxílio do PROGETEC nas gravações dos vídeos: “[...] a imagem cinematográfica precisa
estar a serviço da investigação e da crítica a respeito da sociedade em que vivemos”
(BARBOSA, 2011, p. 112).
Foto 07 – Apresentação dos trabalhos na III Mostra
Científica da EE. Rui Barbosa
Foto 08 – Apresentação dos trabalhos na III Mostra
Científica da EE. Rui Barbosa
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
199
Posteriormente, num último momento, a culminância se fará na exposição das causas
dos fenômenos naturais por eles estudados e apresentados à comunidade escolar na “III
Mostra Científica da EE. Rui Barbosa”. Para a disciplina de Produção Interativa, inseridas na
área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, optou-se pelo canto lírico: coral.
Primeiramente, os ensaios ocorreram semanalmente em sala de aula, utilizando-se
como recurso midiático: um aparelho tocador de mp3 e o pendrive como dispositivo de
armazenamento. A seguir, fotocópias das letras das canções foram distribuídas durante os
ensaios.Num terceiro momento, houve as gravações de um videoclipe do coral. Culminando
com as apresentações dos corais cantando as seguintes músicas: do Belo (domínio público);
Cativar (domínio público); O caderno (Toquinho); João e Maria (Sivuca e Chico Buarque de
Holanda) para a “V Mostra Cultural”, da EE. Rui Barbosa, para a comunidade escolar.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Jorge Luiz. Geografia e Cinema: em busca de aproximações e do inesperado. In:
CARLOS, Ana Fani A. (org.). A Geografia na Sala de Aula. 9. Ed. São Paulo: Contexto, 2011.
LEFRANÇOIS, GUY R. Teorias da aprendizagem. SP, Ed. Cengage Learning, 2008.
MARTINEZ, M.J.: LAHONE, C. Oliveira, Planejamento escolar. São Paulo: Saraiva, 1997.
SPÓSITO, Maria Encarnação. As diferentes propostas curriculares e o livro didático. In:
THIEL, Grace Cristiane; THIEL, Janice Cristine. Movie Takes: a magia do cinema na sala de
aula. Curitiba: Aymara, 2009.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
200
ESCOLA ESTADUAL SÃO FRANCISCO68
ÁGUA – FONTE DE VIDA
Responsáveis pelo projeto
Danielle Gomes
Gislaine Martin dos Santos
Maria Aparecida da Silva Ferreira
Maria Rodrigues Leite
Projeto idealizado pela Escola Estadual São Francisco atuante no ensino fundamental
II de 5º ao 9º ano, escola Franciscana mantida pelas Irmãs da Província Santa Tereza do
Menino Jesus, com a filosofia de ensino sócio-histórica e localizada no bairro São Francisco
em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
Inspirados no tema universal “Água” e o uso consciente deste recurso percebemos a
necessidade de educar, instigando os nossos alunos para a preservação e o consumo racional
dos recursos hídricos, proporcionando-lhes a oportunidade de se tornarem cidadãos
responsáveis e multiplicadores deste princípio.
Foto 2 - Formulário ondrive
(enquete + tabulação)
Foto 3 - Visita a comunidade –
divulgação do Projeto
O objetivo geral do projeto é desenvolver a autoria e a autonomia dos educandos nas
atividades de pesquisa científica, observação e experimentação com o uso dos recursos
tecnológicos. Além disso, despertar a criatividade, aprimorar o raciocínio matemático, a
leitura, interpretação e a produção escrita.
Como objetivo específico, pretendemos resgatar a história dos córregos Prosa e
Segredo, a qualidade de sua água no presente e as perspectivas dessa qualidade para o futuro,
se a população não se conscientizar de que é necessário e urgente uma atitude mais
sustentável.
Inserimos neste projeto as turmas do 6º ano A, 8º ano A e 9º ano B, na perspectiva de
que possam, por meio de um trabalho de reflexão sobre a preservação da água, especialmente
dos córregos Prosa e Segredo, agir como propagadores desses conhecimentos, ampliando suas
ações à comunidade.
Criamos o site “Conecta Escola 2015”, www.eesfconecta2015.wordpress.com, que
servirá como portfólio para o projeto, para registro de nossa instituição de ensino,
68 Diretora: Maria Aparecida Klimpel do Nascimento. Coordenação pedagógica: Indianara Abreu Holsbach
Nogueira. PROGETEC: Jacy Carlos Martins Júnior - Multiplicador: Roberto Wagner Andrade da Silva.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
201
funcionando como modelo para as futuras gerações e possibilitando o resgate das ações e os
trabalhos desenvolvidos pelos alunos e professores.
Como primeiro pilar deste projeto foram desenvolvidas algumas ações com cada
turma, visando proporcionar aos alunos uma grande diversidade de experiências, com
participação ativa, para que possam ampliar a consciência sobre as questões relativas à água
no meio ambiente, e assumir de forma independente e autônoma atitudes e valores voltados a
sua proteção e conservação.
A primeira ação foi a confecção do nome e da logomarca de cada turma (Foto 1),
seguido da votação para a escolha, utilizando a enquete no site oficial do projeto. As logos
foram produzidas com o intuito de resumir em um único desenho a ideia central do projeto,
ou seja, transmitir a mensagem de conscientização sobre o uso racional da água. Para a
produção, os alunos utilizaram os recursos do Paint.
A segunda ação foi uma visita técnica à estação de tratamento da empresa “Àguas
Guariroba”, para conhecer as fontes adutoras dos córregos Guariroba e Lageado, conhecida
como região do APAs (Área de Proteção Ambiental), os processos de captação, adução,
tratamento, preservação e distribuição da água. Lá, eles participaram de palestras sobre os
recursos hídricos de Campo Grande - MS e o uso racional da água, onde exploraram a
historicidade da nossa capital com o técnico responsável da empresa.
Foto 4- Logomarca e nome Foto 5 - Livro virtual Poemas /
site Calaméo
Foto 6 - Visita Técnica córrego
Prosa
As professoras Danielle Gomes (história) e Maria Aparecida da Silva Ferreira
(matemática) realizaram com todas as turmas o levantamento de informações necessárias para
a elaboração do questionário online, incentivando a pesquisa e a cooperação em grupo e como
passo inicial foi feito o Quiz no site da revista Época pelo LINK
http://editora.globo.com/pesquisas/epoca_flash/160707/quiz_epoca_160707.htm para
aprimoramento dos conhecimentos necessários e específicos para pesquisa.
Após a pesquisa e edição das perguntas no Word, o grupo de tecnologia de cada turma
fez a edição e a formatação do questionário na plataforma Ondrive -Google Docs (Foto 2).
Após a edição, realizou-se a pesquisa na STE (Sala de Tecnologias Educacionais) com os
alunos envolvidos no projeto e a professora Maria Aparecida solicitou que o 8º ano A,
desenvolvessem a tabulação dos dados com o uso da calculadora e celulares e a criassem
gráficos no Excel para posterior inserção no FOLDER do projeto.
Na disciplina de Língua Portuguesa, a professora Gislaine Martin, com a turma do 9º
ano B, realizou pesquisas e elaboração de vídeos, que posteriormente foram organizados em
forma de documentários, explorando a oralidade, a criatividade, a interpretação, a
argumentação e a persuasão, e, principalmente a reflexão sobre o desperdício da água.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
202
Como segundo pilar do projeto, os alunos visitaram o córrego Prosa assistidos pela
Prof. Danielle Gomes e a Coordenadora Pedagógica Indianara Holsbach, que propuseram
nesta visita técnica (Foto 3) o registro das informações importantes como a situação das
paisagens observadas, do estado de conservação da água, para subsidiar a produção dos
trabalhos posteriores, como o Folder e o livro de poemas.
Após a visita técnica, a professora Maria Rodrigues apresentou alguns documentários
que narram a historicidade dos córregos Prosa e Segredo e, na sala de Tecnologia os alunos
realizaram pesquisas online sobre as características dos dois córregos.
A partir das informações obtidas, a turma do 6º ano A iniciou a produção dos poemas
no word e power point, com efetivo acompanhamento desde a criação, na utilização das
regras e normas da Língua Portuguesa, na coleta de imagens e formatação dos trabalhos.
Concatenado a esta etapa, os poemas foram editados e compilados em um livro virtual
no site Calaméo (Foto 4), que está disponível no link
https://pt.calameo.com/read/004549322d00486dd48bb, e ainda a confecção de exemplares
impressos (livros) e a digitalização dos poemas para inserção no site oficial Conecta 2015,
servindo como registro em memória dos alunos, pais e comunidade escolar.
O terceiro pilar fez-se a juntada de todas as ações anteriores para a confecção do
FOLDER, elaborando um material informativo completo, com dicas de economia,
curiosidades, tratamento da informação, o poema e a historicidade dos córregos Prosa e
Segredo. Folder este que tem por finalidade instruir a comunidade no entorno do bairro São
Francisco, por meio da divulgação e orientação dos alunos que saíram a campo visitando os
moradores.
FOLDER
REFERÊNCIAS
https://br.fotolia.com/
https://www.google.com.br
www.aguasguariroba.com.br/
Bibliográfica córregos Prosa e Segredo
http://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/fundada-entre-2-corregos-capital-ve-
assoreamento-ameacar-agua
http://www.educamor.net/cg/dados_cg.htm
http://www2.uol.com.br/campogrande/cidade/curios.htm
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
203
Conheça a história dos córregos Prosa e Segredo:
http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/mstv-1edicao/videos/v/conheca-a-historia-dos-
corregos-prosa-e-segredo/3529057
http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2014/03/o-brasil-pede-baguab.html
Dicas de economia / uso racional da água / sustentabilidade / Campanha de conscientização.
http://site.sabesp.com.br/site/interna/subHome.aspx?secaoId=62
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/15-dicas-praticas-economizar-agua-
desperdicio-777421.shtml
Quiz
http://editora.globo.com/pesquisas/epoca_flash/160707/quiz_epoca_160707.htm
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
204
ESCOLA ESTADUAL SÃO JOSÉ69
4º e 5º Ano A e B (Escola Estadual São José) – Matutino
Professores responsáveis
Vanja Regina Sanches
Irene Tereza Ribas
Zilma Abreu de Souza
Educação financeira sempre foi importante aos consumidores, para auxiliá-los a orçar
e gerir a sua renda, a poupar e investir, e a evitar que se tornem vítimas de fraudes. No
entanto, sua crescente relevância nos últimos anos vem ocorrendo em decorrência do
desenvolvimento dos mercados financeiros, e das mudanças demográficas, econômicas e
políticas (OCDE, 2004:223).
Devido aos últimos acontecimentos, os alunos dos 4º e 5º anos do Ensino Fundamental
I, demonstraram uma preocupação com os aumentos, inflação, demissões de empregos, taxas
cobradas de bancos, taxas públicas, má conservação da cidade, corrupção, prisão e destituição
dos dirigentes de seus cargos por improbidade administrativa, greves. Essa preocupação foi
externada em aulas de raciocínio lógico e matemática e a ansiedade dos alunos em entender o
que estava ocorrendo no Brasil, Estado e Município, bem como o interesse deles em colaborar
com o núcleo familiar na economia domestica e financeira. Devido à dinâmica das aulas, o
trabalho foi estendido também ao 3º e 2º ano. Quanto ao 1º ano, participaram apenas do
“mercadinho” na Escola e da feira da “pechincha” como compradores, a fim de entender a
delicadeza das ações que envolvem a compra e venda, ou seja, o comércio.
Foto 1 - Feira da
pechincha
Foto 2 - Feira da
pechincha
Foto 3 - Mercado
Legal
Foto 4-
Aprendendo sobre
dúzia
Foi estipulado que primeiramente os alunos deveriam conhecer a nossa moeda (leitura,
escrita, abreviaturas, parte inteira e centavos); como efetuar operações; entender o que é lucro,
69 Diretora: Telma Soares de Alencar. Coordenador (es) Pedagógico(s):
Cristiane Aparecida Rodrigues. PROGETEC: Fernanda Xavier Soares.
Multiplicadora: Rosângela Ribeiro do Prado Baird.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
205
prejuízo, parcelamento, entrada, juros; entender a necessidade de poupar para ter uma reserva
para emergências.
Este tema nos permitiu trabalhar variadas situações problemas em matemática,
operações fundamentais, leitura de tabletes e gráficos. No ensino de matemática, recomenda-
se estimular: a capacidade de leitura e interpretação de textos com conteúdo econômico; a
habilidade de análise e julgamento dos cálculos de juros nas vendas a prazo; a compreensão
do relacionamento entre a matemática e os demais campos de conhecimento, como a
economia; a utilização desta para promover ações de defesa dos direitos do consumidor
(MEC, 2000a, 2000b).
Dentro deste contexto e para melhor entendimento, utilizamos vídeos na sala de
tecnologia, acesso aos computadores para aprender a trabalhar com a planilha do Excel, bem
como planilhas de controle financeiro, tabletes para registros das atividades, atividades
interativas como o dia de troca (para que tivessem noção de valor para troca), mercadinho
fictício na escola para treinar troco, preenchimento de cheque, entendimento do uso de cartão
de crédito, compra na cantina da Escola, feira da pechincha, visita e compra no
estabelecimento comercial Mercado Legal para observarem preços, embalagens, data de
validade, forma de compra (unidade, dúzia, quilo), troco, saber fazer trocas inteligentes, ou
seja, mesma qualidade, porém mais barato e racionar da necessidade da aquisição para que
seja controlada a compra compulsiva com as perguntas que os ajudarão a analise: eu preciso,
eu posso, é necessário?
Foi enfocada a importância do reaproveitamento (troca-troca e pechincha), melhoria
do descarte no meio ambiente, menos gastos, colaboração com a família na economia de
energia, água, produtos. Houve a perspectiva da formação de “pequenos” multiplicadores
destas noções básicas para o núcleo familiar além de noções básicas de fraternidade, parceria
e colaboração com a família na economia domestica.
Ao finalizarmos o projeto percebemos que nosso objetivo de esclarecimento das
questões financeiras foi alcançado, pois as crianças entenderam as noções básicas da compra,
venda, poupança, economizar fazendo escolhas adequadas, privilegiando os produto mais
baratos para que com isso pudéssemos comprar mais itens. Notamos também que houve o
despertar para compra consciente substituindo o consumismo desenfreado e a noção mais
adequada dos valores para as atividades de troca.
Percebemos que o interesse no tema foi genuíno com adesão de quase 100% das
crianças e colaboração com as famílias no que se refere aos objetivos para troca-troca,
pechincha.
O dinheiro faz parte da nossa vida, as crianças e jovens são cada vez mais cedo
impactados pelo consumo e propagandas, e desenvolver a inteligência financeira da família
permite que usufruam do dia a dia, valorizem as coisas realmente essenciais, superem
desafios financeiros e aproveitem oportunidades com mais segurança e conforto ao longo da
vida, possibilitando ainda independência financeira a partir de atitudes simples e conscientes,
independente da faixa de renda (Ligocki, Carolina, 2015).
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
206
REFERÊNCIAS
Ligocki, Carolina Simões Lopes; Silvana Maria Silva Iunes
Ajude seu Filho a usar, gerar e ter dinheiro.
Versão para o Programa de Educação Financeira em Casa da Oficina das Finanças
Editora Oficina- Brasília 2015
MEC (Ministério da Educação). Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. 2000a.
OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico). OECD‟s
Financial Education Project. Assessoria de Comunicação Social, 2004. Disponível em:
<www.oecd.org/>. Acesso em: novembro 2015.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
207
ESCOLA ESTADUAL SEBASTIÃO SANTANA DE OLIVEIRA70
MOSTRA CIENTÍFICA 2015
Professores responsáveis
Flávio Aparecido da Silva
Honorina Costa
James Vieira Cáceres
Jesus Pedro Oliveira Júnior
O Projeto Conecta Mostra Científica 2015 teve como objetivo principal criar,
desenvolver e motivar a pesquisa entre os alunos, criando uma cultura científica e tecnológica
na escola. Deste modo colocando nas mãos de nossos discentes mais ferramentas para que se
tornem cidadãos mais comprometidos e atuantes na sociedade. Já que oportunizam o
exercício do questionamento, do desafio e da busca pelo desconhecido, como encontrarão,
mais tarde, em sua vida profissional.
O Projeto Conecta Mostra Científica 2015, um projeto social, científico e tecnológico,
realizado na escola, juntamente com a comunidade com a intenção que, durante a
apresentação dos estudantes, oportunizem um diálogo com os visitantes, constituindo-se na
oportunidade discussão sobre os conhecimentos, metodologias de pesquisa e criatividade dos
alunos em todos os aspectos referentes à exibição dos trabalhos.
O evento contou com mais de 30 apresentações científicas e tecnológicas produzida
inteiramente pelos alunos sob orientação dos professores regentes, o projeto proporcionou ao
educando uma reflexão sobre o seu comportamento com os colegas e professores, resgatando
valores morais de cada educando, bem como o uso das tecnologias e os recursos midiáticos.
Foto 1 - Apresentações do Projeto aos
Professores avaliadores
Foto 2 - Alunos do “Projeto Conecta 2015” com
seus respectivos trabalhos
O projeto acrescentou a esses alunos alguns atributos da área afetiva de grande valor,
dentre eles a organização e a disciplina, na qual as mesmas colaboraram para a formação ética
70 Diretor: Domingos da Luz Nogueira. Coordenadores Pedagógicos:
Rozangela Barbosa, Patrick Ramalho e Patrícia Ues Delarissa.
PROGETEC: Felipe Jesus da Costa. Multiplicadora: Luiza Gonçalves
Dorado.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
208
deles, desenvolvendo os valores morais dos indivíduos não só no âmbito escolar como na
sociedade.
Através da realização do Projeto Conecta 2015 observamos as seguintes melhoras
nesses alunos, tais como: interação da turma, envolvimento na realização das atividades,
maior disciplina, assiduidade, pontualidade, reflexão sobre a forma legal (consciente) de
escrever e de pesquisar nas redes sociais.
REFERÊNCIAS
PPP da E. E. Sebastião Santana de Oliveira
Regimento Escolar da E. E. Sebastião Santana de Oliveira
portal.mec.gov.br/docman/documentos-pdf/611-alimentacao-saudavel
pib.socioambiental.org/pt/povo/kadiweu
www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo
http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/quero-ver-mundo-427356.shtml
http://escolakids.uol.com.br/metodo-cientifico.htm
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
209
ESCOLA ESTADUAL VESPASIANO MARTINS71
DEFENSORES DA ÁGUA
ESQUADRÃO DA ÁGUA
VESPA MOVIMENTA
1º Ano C (E. M.) – Matutino.
Professores responsáveis
Janice Andréia Brito de Araújo
1º Ano D (E. M.) - Vespertino
Professores responsáveis
José Rone Rabelo
2º Ano F (E. M.) –
Noturno
Professores responsáveis
Suellen Dayana de Oliveira
Carnelutti
O projeto Conecta Escola 2015 foi desenvolvido nos três turnos da E. E. Vespasiano
Martins, no qual cada turma desenvolveu um tema e um produto final durante a realização do
Projeto. O 1º ano C do turno matutino foi escolhido para participar do projeto, pois
apresentava indisciplina, dificuldade de aprendizagem e interação.
No turno vespertino a turma selecionada foi o 1º ano D apresentando dificuldades de
ensino e aprendizagem semelhantes à turma do matutino, outro fator que foi totalmente
relevante na escolha da turma foi o número de alunos repentes na composição desta turma.
Nessa mesma perspectiva no turno Noturno os alunos da turma do 2º ano F
apresentavam desinteresse e apatia, acreditamos que esse fator esteja ligado ao grande número
de alunos que estudam e trabalham nesta turma.
O projeto Conecta desenvolvido no turno Matutino com os alunos do 1º Ano C foi
uma Fotonovela, os mesmos criaram uma logo para representar a turma e se nomearam
“Defensores da Água”. Dessa forma utilizamos as tecnologias como ferramenta fundamental
para a produção de fotonovelas. Os recursos utilizados foram: a sala de tecnologias
educacionais, celulares, data Show, internet, Power Point, entre outros.
Os alunos iniciaram o projeto com uma pesquisa sobre o uso e o reuso da água e o
motivo da maior crise hídrica do Brasil, ocorrida no estado de São Paulo neste ano de 2015. O
principal objetivo do projeto foi despertar nos alunos a conscientização do uso da água por
meio das tecnologias. De acordo com o escritor e jornalista inglês George Orwell: “O homem
é tão bom quanto seu desenvolvimento tecnológico o permite ser.”
Nessa mesma perspectiva é fundamental e indispensável que os alunos tenham
conhecimento tecnológico e desenvolvam suas habilidades com o contato diário e habitual
com inúmeras tecnologias diferentes. Depois do processo de pesquisa realizaram a produção
das fotos, a criação da Fotonovela com o desenvolvimento do roteiro, como pode ser
71 Diretora: Denise Martins Ferreira de Lima. Coordenador (es)
Pedagógico(s): Aline Britto de Castro. PROGETEC: Núbia Cristaldo
Maciel. Multiplicadora - NTE: Edma Ferreira da Silva Souza.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
210
observado na Foto 1 abaixo e das ferramentas existentes no software Power Point e por fim
apresentaram as produções para os colegas da escola.
No turno Vespertino os alunos do 1º Ano D foram os escolhidos para o
desenvolvimento do projeto, logo a primeira etapa do mesmo foi marcada pela criação da
logo e pela escolha do nome no qual seriam conhecidos no decorrer do projeto. Esquadrão da
Água foi o nome que se intitularam. Em seguida o professor Regente utilizou o Projetor
Proinfo integrado para explicar como seriam as etapas do Projeto e o que é uma Cartilha e os
itens que são fundamentais na mesma, como na Foto 2.
Nas aulas seguintes os alunos foram para a Sala de Tecnologias Educacionais e
iniciaram as pesquisas, na etapa seguinte partimos para a produção das cartilhas, utilizando o
Software Word. De acordo com o Moran, 1999:
O segundo passo é ajudar na familiarização com o computador, com seus aplicativos e com a
Internet. Aprender a utilizá-lo no nível básico, como ferramenta. No nível mais avançado: dominar as
ferramentas da WEB, do e-mail. Aprender a pesquisar nos search, a participar de listas de discussão, a
construir páginas.
Com o auxílio da Progetec os alunos aprenderam a utilizar as ferramentas de
formatação disponíveis no software Word. O professor regente realizou a orientação e a
correção da Língua Portuguesa, chegando ao produto final de cada dupla. A próxima etapa foi
apresentar as 16 cartilhas produzidas aos alunos do turno vespertino e realizar uma votação da
melhor cartilha contando com o apoio das outras turmas do turno, como na Foto 3.
Foto 1- Alunos produzindo a
Fotonovela
Foto 2 - Professor Regente
utilizando o Projetor Proinfo
para explicar as etapas do
Projeto.
Foto 3 - Votação da melhor
cartilha
Todos os alunos foram parabenizados pelo projeto desenvolvido e o aluno que teve o
maior número de votos em sua cartilha foi premiado com doces. Este projeto foi marcado pelo
empenho e dedicação dos alunos e chegou ao objetivo final de integrar mais a turma e elevar
as notas em todas as disciplinas.
No turno Noturno o 2º Ano F foi o contemplado para participar do projeto Conecta
Escola, o primeiro passo foi apresentar aos alunos os objetivos do projeto e descrever a
importância do mesmo. Em seguida os alunos definiram o tema no qual gostariam de
trabalhar. Como a turma é composta por muitos alunos que estudam e trabalham os mesmos
tem uma alimentação precária, por isso decidiram falar sobre Obesidade.
Decidido o tema a ser trabalhado, os alunos foram para o segundo passo que foi a
elaboração da Logo e do nome no qual o projeto seria conhecido. O nome escolhido foi Vespa
movimenta, contemplando o nome da escola e o movimento na intenção de movimentar a
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
211
escola contra a obesidade. Na sala de tecnologias educacionais iniciamos as pesquisas sobre
obesidade, alimentação entre outros.
O terceiro passo foi dividir a turma em grupos, definindo o que cada grupo iria
pesquisar para compor matérias para a nossa revista. No decorrer do projeto encontramos
algumas dificuldades devido ao número de alunos que trabalham e estudam. Na tentativa de
diminuir esses imprevistos, a PROGETEC convidou duas acadêmicas do curso de
Enfermagem da Universidade Anhanguera Uniderp para realizarem uma palestra sobre os
principais fatores que se desenvolvem com a obesidade, como pode ser visualizado na Foto 4.
Foto 28- Acadêmicas
palestrando sobre
Hipertensão
Foto 29- Acadêmicas
aferindo a P.A. dos
alunos
Foto 6 - Acadêmicas de
Enfermagem com os
alunos e professores
envolvidos no Projeto
Conecta 2015
Foto 7- Montagem com
slides das fotonovelas
Após a palestra das acadêmicas, os alunos ganharam animo e demonstraram maior
interesse pelo projeto. As etapas seguintes foram marcadas pela produção dos artigos e
correção dos mesmos pela professora regente. A palestra sobre Hipertensão também foi
ofertada nas turmas do 1º e 3º Ano juntamente com a revista produzida como culminância do
projeto. Os alunos perceberam a importância de mesmo na correria tentar balancear a sua
alimentação e diminuir a obesidade. Confira na Foto 6 a turma do 2º Ano F com as
acadêmicas, o professor regente e a Progetec.
O produto final do Projeto Conecta Escola 2015 foi uma Fotonovela, a turma foi
dividida em quatro grupos no qual cada equipe desenvolveu uma. No início do projeto a sala
era totalmente sem interação, no decorrer do projeto a turma começou a se conhecer melhor e
ocorreu elevação das notas de um bimestre para o outro. Confira na Foto 7, uma montagem
das fotonovelas apresentadas.
No turno vespertino o produto final foi uma cartilha, contendo dicas para economia do
uso de água. A turma apresentava comportamento apático e de desinteresse, e no decorrer do
projeto apresentaram maior interesse nas aulas e interação entre os colegas. Confira na Foto 8
a cartilha vencedora do projeto.
Foto 8 Cartilha produzida Foto 30- Capa da revista produzida
O turno Noturno produziu uma revista impressa que foi distribuída na escola, para os
colegas das outras turmas, com o título Obesidade. O projeto contribui na melhora da escrita e
da fala da turma, visto que a maior parte desses alunos já está no mercado de trabalho e
precisam desenvolver melhor sua linguagem. Confira na Foto 9, a capa da revista.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
212
REFERÊNCIAS
Reúso da água - conceitos, teorias e práticas.
Autor: Telles, Dirceu D' Alkmin; Costa, Regina Helena Pacca Guimarães
Editora: Edgard Blucher
http://medindoagua.com.br/ acessado em 10 de outubro de 2015 às 09h22min.
http://www.aguasguariroba.com.br/ acessado em 15 de outubro de 2015 às 10h12min.
http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/T6%20TextoMoran.pdf
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
213
ESCOLA ESTADUAL WALDEMIR BARROS DA SILVA72
CULTURAS NEGADAS
3º Ano C (E.M.) – Matutino
Professores responsáveis
Peter Paul Pereira
Geisy Silva de Oliveira
Willian da Silva Caetano
José Gomes Pereira
Regerson dos Santos
Alberto Aparecido Wolf
Everaldo Carlos de Souza
3º Ano D (E.M.) - Vespertino
Professores responsáveis
José Gomes Pereira
Eládio Claudio Xavier da Costa
Ademir Conceição Nunes
Professor Anderson da Silva
Gonçalves
1º Ano E (E.M) - Noturno
Professores responsáveis
Regerson dos Santos
Jayson Pires de Assis
Alberto Aparecido Wolf
Everaldo Carlos de Souza
Willian da Silva Caetano
José Gomes Pereira
A escolha das turmas para o projeto conecta 2015 surgiram a partir de estudos e
análise dos professores da Área de Ciências Humanas da Escola Estadual Waldemir Barros da
Silva, aonde fizeram o levantaram da necessidade de trabalhar com o 3º ano C período
matutino. Por conta de ser uma turma que necessita de uma atenção maior, pois os mesmos
farão o Enem 2015.
No período vespertino também houve a opção do 3º ano D devido às mesmas
necessidades do 3º ano C.
Já no período noturno optaram pela turma de 1º ano o E, devido a desmotivação e da
possibilidade de evasão desses alunos. Por isso há necessidade de inclusão da turma no
projeto conecta 2015, com o objetivo de motivá-los não só para o término do ano letivo, mas
para a conclusão de seus estudos com sucesso.
O tema do projeto Culturas Negadas surge após estudo e algumas indagações sobre
“diversidade cultural: discurso sobre a presença e ausência das diferenças na ação educativa
em ciências humanas”.
De acordo com nossos estudos destacamos alguns problemas relacionados ao tema.
Segundo Silva (2002), várias questões colocadas pelos Estudos Culturais desafiam os
educadores no Brasil atual:
Em que medida a educação escolar e os currículos não estão comprometidos
com a herança colonial e por isso possibilitam a manutenção do preconceito e
da discriminação étnica e racial contra os afro-descendentes e índios?
72 Diretora: Ernangela Maria de Sousa Calixto. Diretora Adjunta: Luzia Silva
Soares. Coordenador(es) Pedagógico(s): Ana Elizabete Correa, Eliana Maria
Rodrigues do Prado, Carmen Luzia Balduino, Arisvaldo Dias Rodrigues.
PROGETEC: Edvaldo Angelotti Junior. Multiplicador: Agamenon Nascimento.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
214
Em que medida a noção de raça, forjada no século XIX pelo pensamento
europeu, continua influindo sobre a formação das identidades de alunos e
educadores?
Como os materiais didáticos, as narrativas literárias e os textos científicos
continuam celebrando a soberania do sujeito imperial europeu?
Como as subjetividades de alunos e educadores de diferentes grupos étnicos e
raciais são influenciadas pelos padrões culturais europeus e americanos?
Como tornar a escola um espaço de convivência democrática entre os
diferentes segmentos étnicos e raciais da sociedade brasileira?
A partir dessas indagações elencadas por Tomas Tadeu Da Silva, outras questões
surgiram em nossas discussões,
Como a questão de gênero está sendo tratada dentro do espaço educativo?
Como as minorias esquecidas e invisíveis estão sendo tratadas dentro deste
espaço educativo?
Como estas questões podem implicar na convivência harmoniosa dentro do
espaço educativo?
Como estas questões podem gerar instabilidade e violência dentro do espaço
educativo?
Os professores de Ciências Humanas, Escola Estadual Waldemir Barros da Silva,
vendo a necessidade de aprofundar neste tema propôs um projeto que permitira identificar a
presença ou ausência das culturas negadas em nosso currículo.
Tendo em vista toda a diversidade cultural do Brasil e Mato Grosso do Sul, este
projeto permitira fomentar discussões sobre as diferenças inseridas no interior da Escola e
sociedade que são esquecidas e negadas a todo tempo por nós professores, gestores e
sociedade.
Os primeiros passos para o desenvolvimento do projeto teve início dentro da sala de
tecnologia educacional (STE), e também em sala de aula com uso de projetores e lousa
digital. Nessa etapa houve a fomentação e apresentação do projeto as turmas prioritárias dos
três períodos da Unidade Escolar.
Após a etapa de apresentação os professores elaboraram um cronograma para as
realizações das atividades e das pesquisas na sala de informática. No caso do 3º ano C
matutino os professores dividiram a sala em grupos. Estes a partir da orientação dos
professores tiveram vários momentos iniciando pela pesquisa da escolha de seus temas. A
fomentação e discussão dos temas, também seriam realizadas em sala de aula e após alunos
sairiam a campo para gravar entrevistas, fazer levantamento de dados sobre os problemas, ou
seja, realizar de fato um trabalho de iniciação cientifica. Nesse momento, os alunos
realizavam suas pesquisas e trabalho de campo se utilizando de muitos recursos midiáticos
como, filmadora, máquina fotográfica, tablets, celulares, assim como a sala de tecnologia
para pesquisa, e edição de seus trabalhos, trabalhos esses que eram apresentados com o
recurso de projetores e lousa digital onde houve a intervenção e sugestão dos professores para
correções e melhorias de seus trabalhos. Após sua efetiva conclusão foram apresentados, no
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
215
segundo dia da culminância do projeto, em salas ambientes em que todos os alunos da escola
fizeram suas inscrições para assistir ao tema que mais interessava.
O mesmo processo foi desenvolvido com os alunos do 3º ano D vespertino porém
esses produziriam vídeos com os temas escolhidos por eles, também neste caso se utilizaram
de diversos recursos tecnológicos para produção, pesquisa e desenvolvimento de seus vídeos.
No período noturno, o foco era para o desenvolvimento do projeto, contudo, a
dinâmica é outra, os professores juntos com os alunos optaram por definir um tema único, que
foi a questão indígena. A partir desse momento os alunos utilizaram a sala de tecnologia para
organizar seus trabalhos e pesquisas, com o objetivo final de produções coletivas. Os
professores também se utilizaram de diversos recursos como projetores, filmes da TV escola,
tablets e celulares, estes dos alunos. A sala de tecnologia foi utilizada como suporte para
pesquisas e desenvolvimento dos trabalhos através dos aplicativos disponíveis e necessários
para formatação final do projeto.
Foto 1- Trabalho os
Invisíveis 3º Ano C
Foto 2- Apresentação
de Trabalho 3º ano D
Foto 3- Trabalho
apresentado pelos alunos
1ºE
Foto 4- Trabalhos
artísticos
Pedagogicamente, o projeto Culturas Negadas se caracterizou por sua natureza
interdisciplinar e principalmente pelos belos trabalhos apresentados na culminância do
projeto. Vale aqui, ressaltar que nos 3º anos dos vários temas abordado e debatidos durante o
projeto destaca-se a violência contra a mulher que foi tema da redação do Enem e que nossos
alunos estavam muito bem embasados para transcreverem seus textos, e que todos em seus
depoimentos após a aplicação do Enem foram agradecer a seus professores e isso é a maior
recompensa frente a um projeto que de fato contribuiu para um aprendizado significativo. Por
fim, como produtos finais tiveram o lançamento da primeira revista de ciências humanas que
contemplou todas as turmas envolvidas no projeto com trabalhos, artigos, depoimentos e uma
galeria de imagens que demonstra o belo trabalho de nossos alunos com pinturas de telas,
vasos, painéis entre outros. Ficou a cargo do 3º ano C o desenvolvimento e alimentação do
facebook do projeto: https://www.facebook.com/culturasnegadas/?fref=ts e sobre a
responsabilidade do PROGETEC o desenvolvimento e alimentação do blog:
http://eewbsconecta2015.blogspot.com.br.
Foto 5 Capa Revista Foto 6 Apresentação dos trabalhos dia de
culminância
Também podemos demonstrar através do quadro a evolução de nossos alunos nas
disciplinas relacionadas a ciências humanas.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
216
Turmas 1º Bim
Abaixo
1º Bim
Média
3º Bim
Abaixo
3º Bim
Média
3º C Mat 31,50% 68,50% 7,70% 92,30%
3º D Ves 30, 80% 69,20% 23% 77%
1º E Not 47,05% 52,95% 22,20% 77,80%
Fonte: http://www.sgde.ms.gov.br/
Em relação ao 1º ano E é importante ressaltar que no primeiro bimestre tivemos a
evasão de 11 alunos e que no decorrer do projeto ou seja entre o 2º e 3º bimestre apenas 5
alunos se evadiram ou seja esse índice de evasão diminuiu em mais de 50%.
REFERÊNCIAS
BRASIl, Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 11.645, de 10 de março de
2008. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da
temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Brasília, DF: D.O.U., 11 mar. 2008. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2007-2010/2008/ lei/l11645.htm>. Acesso em: 10 janeiro. 2015
exame.abril.com.br/brasil/noticias/8-dados-que-mostram-o-abismo-social-entre-negros-e-brancos
MARQUES, Eugenia Portela de Siqueira. Educação e relações étnico-raciais no Brasil: as contribuições das leis
10.639/2003 e 11.645/2008 para a descolonização do currículo escolar. R. Educ. Públ. Cuiabá, v. 23, n. 53/2, p. 553-571,
maio/ago. 2014
MIGNOLO, Walter. Cambiando las Éticas y las Políticas delConocimiento: la Lógica de La Colonialidad y
laPostcolonialidad Imperial. 2005. Disponível em: <www. tristestopicos.org>. Acesso em: 20 out. 2013.
FREIRE, J.R. Bessa. Cinco idéias equivocadas sobre o índio. In Revista do Centro de Estudos do Comportamento
Humano (CENESCH). Nº 01 – setembro 2000. P.17-33. Manaus-Amazonas. Disponível
http://www.taquiprati.com.br/arquivos/pdf/Cinco_ideias_equivocadas_sobre_indios_palestraCENESCH.pdf. Acesso:
10/03/15
RIBEIRO, Berta G. A Contribuição dos Povos Indígenas à Cultura Brasileira. In: Silva, Iracy Lopes da.Grupioni,
Luís Donizete Benzi. (Org.). A Temática Indígena na Escola: novos subsídios para professores de 1º e 2º graus. Brasília:
Mari/Unicef/Unesco,1995.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
217
ESCOLA ESTADUAL ZAMENHOF73
9° ano A – Matutino
4º Ano A - Vespertino
Professores responsáveis
Elton Fernandes Barbosa
Sirley
Ana Maria
Professores responsáveis
Mayra Alessandra Wehner
Rayanna Valeriano Oliveira
Elton Fernandes Barbosa
Renner Augusto da Silva
Gisele
O projeto Conecta 2015 foi desenvolvido com duas turmas prioritárias da Escola
Estadual Zamenhof, sendo o 4° ano do ensino fundamental do período vespertino com o tema:
Blog: Ferramenta para otimização da leitura e escrita, com o intuito de utilizar a língua escrita
como instrumento de aprendizagem e a redação de textos e cooperarão nos trabalhos em
grupo como meio de desenvolver a compreensão na leitura.
E o 9° ano do ensino fundamental do período matutino com o tema: O Uso Racional
da Água, onde teve como principal objetivo despertar a consciência da comunidade escolar
(alunos, pais, professores e funcionários) a importância do uso criterioso da água,
desvinculando o uso racional a economia em dinheiro, com foco em economia do recurso
natural insubstituível e indispensável para a vida: a água potável.
As turmas foram selecionadas pelo baixo rendimento no ano anterior, pelo
comportamento e a realização da prova Brasil ao final do ano.
4º ano A
O projeto deu-se início no começo do ano letivo através da escolha das turmas
prioritárias, assim foi escolhido o tema para então a discussão da temática envolvida. A turma
do 4° ano do ensino fundamental do turno vespertino foi selecionada pelo índice baixo de
rendimento escolar do ano anterior. O tema foi “Blog: Ferramenta para otimização da leitura e
escrita.
Cassany (1999) descorre que escrever significa mais do que conhecer a
correspondência entre alfabeto e sistema fonológico. Assim, numa perspectiva social pode ser
considerado como um registro de informações que vão proporcionando a construção
conhecimentos, já que se trata de uma interação entre escritor e leitor.
Baseado pelo autor foi procurado integrar a turma no contexto dentro das ferramentas
tecnológicas disponíveis na escola e os quais já possuíam certo conhecimento. O tema “blog”
73 Diretora: Maria Irene Alves Ribeiro. PROGETEC: Luiz Henrique
Ortelhado Valverde. Multiplicadora: Marcia Vanderlei de Souza Esbrana.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
218
foi escolhido pela professora regente do 4° ano em que em primeiro momento destaca a
importância da escrita e leitura através do blog como: “É o caminho que leva a criança a
desenvolver suas emoções, sentidos, imaginação de forma significativa”.
Neubauer (2009) cita que a leitura é de grande importância a todos os que têm sua
atenção direcionada para a linguagem, com o objetivo de poder sempre compreendê-la,
explicá-la e utilizá-la com maior eficiência. O mesmo ainda menciona que a leitura é um
processo por meio do qual compreendemos a linguagem escrita. Então assim para essa
compreensão, são importantes tanto o texto como o leitor, suas expectativas, seus
conhecimentos sobre o assunto e a finalidade com que faz a leitura.
Os próprios PCNs (BRASIL, 1996, p. 52) ressaltam:
É necessário que se compreenda que leitura são práticas complementares,
fortemente relacionadas que se modificam mutuamente no processo de
letramento a escrita transforma a fala (a constituição da “fala letrada”) e
fala influência a escrita (o aparecimento de “traços da oralidade” nos
textos escritos). “São práticas que permitem ao aluno construir seus
conhecimentos sobre os diferentes gêneros sobre os procedimentos mais
adequados para lê-los e escrevê-los e sobre as circunstâncias de uso da
escrita.
Foi apresentada aos alunos a proposta do projeto, bem como foi realizado o passeio
pelo blog já existente em anos anteriores (Imagem 1) da professora regente e o blog da Escola
Estadual Zamenhof, assim observando as postagens referentes aos anos anteriores. As aulas
foram todas realizadas na sala de tecnologia educacional (ste) e em casa (não obrigatório)
optando assim os alunos que desejassem acessar em sua residência para conclusão de alguma
atividade.
Todas as atividades foram planejadas e realizadas pela professora regente com o apoio
do professor gerenciador. No Blog foram feitas postagens elaboradas pela professora, que
direcionou as páginas da Internet, apresentando o conteúdo a ser trabalho. Nele encontramos
textos, fotos das aulas ocorridas em sala e links de vídeos. Os alunos foram incumbidos de
fazerem a leitura do conteúdo proposto e em seguida realizar o registro escrito na opção
“comentários”, escrevendo sua opinião sobre o tema para se expressarem.
Os textos disponibilizados estão de acordo com o gênero trabalhado naquele momento,
sendo de autoria dos próprios alunos ou de autores conhecidos. Durante as aulas, após terem
feito os comentários, foram estimulados a navegarem pelo Blog e lerem os comentários feitos
pelos colegas, havendo assim um momento de reflexão e socialização das atividades
propostas. Antes de postarem seus comentários finais, os alunos chamavam a professora para
que fosse feita uma avaliação da produção. Momento este para fazer as intervenções
necessárias quanto à coerência do texto, escrita e a ortografia.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
219
Imagem 1(Página do blog do 4° ano)
http://4anozamenhof.blogspot.com.br/
Na imagem 2 foi realizada uma atividade no dia 15 de abril de 2015, quando através
de uma aula prática ministrada pela professora regente para explicar os movimentos da Terra
foi pedido a contribuição de todos alunos a escreverem e relatarem no blog o que mais o
chamou a atenção. A publicação da aula gerou 20 comentários dos alunos no blog. Em outra
postagem do dia 20 de agosto, a professora publicou um breve texto da Cidade Escola
Detrazinho, no qual os alunos puderam conhecer pessoalmente em uma ocasião anterior. A
atividade consistia em escrever sobre o que aprenderam, o que foi legal e porque foi
importante a visita.
Em outra ocasião, foi postado o vídeo do youtube: “Pateta no Trânsito”, dando
sequência ao que estavam desenvolvendo anteriormente, onde após assistirem o vídeo tinham
a missão de relatar suas conclusões diante das atitudes do personagem como motorista
(Imagem 3).
O trabalho desenvolvido com a turma resultou na apresentação na 23ª Criarte, evento
cultural que ocorre anualmente nas dependências da escola com o intuito de transformar os
conteúdos mais significativos com apresentações criativas e originais. No evento foi
disponibilizado para os visitantes o acesso ao blog com o auxílio de data show para melhor
visualização, bem como para colaboração de comentários aos temas propostos durante o ano.
No blog havia links de textos para leitura e escrita e também liks de acesso a jogos ligados ao
trânsito (tema abordado pela professora regente). Alunos de outras turmas e a comunidade em
geral participaram da oficina (Imagem 4).
9° ano A
No primeiro semestre de 2015 foram realizadas as atividades com o professor de
matemática, pesquisas documentais em jornais, revistas e em sites, reportagens que
apontavam a situação dos recursos hídricos nos últimos meses no Brasil.
Segundo alguns especialistas, a crise da água é muito mais de gerenciamento do que
uma crise real de escassez (Rogers et al., 2006). Entretanto, para outros especialistas, é
resultante de um conjunto de problemas ambientais agravados com outros problemas
relacionados à economia e ao desenvolvimento social (Gleick, 2000). Para Somlyody & Varis
(2006), o agravamento e a complexidade da crise da água decorrem de problemas reais de
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
220
disponibilidade e aumento da demanda, e de um processo de gestão ainda setorial e de
resposta a crises e problemas sem atitude e abordagem sistêmica.
Pensando por esse contexto, foi pedido aos alunos do 9° ano que levassem para a sala
de aula suas contas de água para realizarem a releitura da mesma e comparar o consumo de
cada família com a média geral da turma, a partir daí, conseguiu-se discutir maneiras de
promover o uso racional dos recursos hídricos entre debates e observação dos resultados, com
o uso da internet pôde-se identificar o consumo geral do brasileiro diante da temática.
(imagem 5).
Outra atividade realizada promovida pela professora de ciências, foi através da
palestra com o Engenheiro Agrônomo Ari Fialho sobre o manejo adequado possível da água
domiciliar, para acabar com problemas como enchentes e a falta de água. Fialho frisou a
importância da drenagem da água que cai da chuva, reutilizando-a e sem mandar para o
esgoto qualquer resíduo líquido, assim solucionado os problemas descritos acima (Imagem 6).
Em outro convite, feito pelo Professor Gerenciador de Tecnologia, foi ministrada a
palestra e uma gincana ecológica com a Educadora Ambiental da Solurb Mara Calvis
entendida para outras turmas, no qual apresentou concepções da destinação dos recursos
sólidos e líquidos no meio ambiente, assim como apresentar a Usina de Triagem de Resíduos
com a inclusão das cooperativas dos catadores de materiais recicláveis. Incentivou no uso das
cores da coleta seletiva e com participar facilmente utilizando somente duas lixeiras: (seco e
úmido), (Imagem 7).
A professora de Língua Portuguesa produziu juntamente com os alunos um folder
digital e impresso a respeito da coleta da água da chuva (mini cisterna) e suas opções de
implantação em residências.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
221
Finalizando as atividades, os alunos do 9° ano visitaram alguns córregos pela cidade
de Campo Grande, observando o estado atual da água, analisando pela percepção do que já foi
estudado as características físicas desses córregos. Produziram um documentário exibindo os
trechos de alguns locais, dando seu posicionamento quanto aluno e cidadão consciente. No
relato final, em depoimento expuseram as causas, consequências e possíveis soluções para os
problemas encontrados. Fizeram a edição do vídeo com programas no computador e após foi
publicado nas redes como o youtube e no facebook da escola.
Os alunos do 4º ano do ensino fundamental obtiveram maior domínio quanto à escrita
e a leitura, pois acredita a professora regente que “através da tecnologia, o que mais chama a
atenção dos seus pequenos, consegue-se abordar de forma lúdica o que é proposto, tornando
qualquer assunto ou conteúdo atrativo e prazeroso. O blog, como ferramenta para o
desenvolvimento da leitura e escrita, tratou-se de introduzir um caminho diferente do que já
vinha sendo seguidos, para examinar a possibilidade de despertar interesse dos alunos,
julgando que necessitam de informações diversificada sendo eles os sujeitos que vão construir
seus conhecimentos.
Referente ao trabalho realizado com 9° ano teve-se uma desenvoltura gratificante
diante do tema proposto. Os alunos demonstram interesse logo de início, dando-os a liberdade
em liderar o projeto de modo a desenvolver seu espírito participativo e ingressante a vida
adulta. Aperfeiçoaram técnicas já conhecida no meio digital, criando novas modalidades de
produção e difusão de documentos impressos, descobrindo assim novas ferramentas que
possibilitaram um melhor resultado.
O projeto foi de suma importância para todos os envolvidos, tanto para discentes como
docentes. O processo de ensino e aprendizagem se deu através da vivência de ambas as partes.
O aluno aprendendo com o professor, o professor com o aluno, ambos sozinhos e com o uso
das tecnologias, tornando-se indivíduos autodidatas, despertando a curiosidade em procurar o
desconhecido, o imensurável.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Fernando José de. Educação e Informática. Os computadores na escola.
São Paulo: Cortez, 1988.
BRASIL. MEC - PCN‟S – Parâmetros Curriculares Nacionais - língua portuguesa.
Brasília: A Secretaria, 1996.
CASSANY, D. Construir la Escritura. Barcelona: Ediciones Paidós. 1999.
GLEICK, P. H. The world’s water. 2000-2001. Report on Freshwater Resources.
Island Press, 2000. 315p.
NEUBAUER, Leitura e a escrita como forma de desenvolvimento. IX Congresso
Nacional de Educação – EDUCERE. 2009.
AS TECNOLOGIAS IMPACTANDO O FAZER PEDAGÓGICO
222
ROGERS, P. P. Water governance, water security and water sustainability. In:
ROGERS, P. P. et al. (Ed.) Water crisis: myth or reality? London: Fundación Marcelino
Botín, Taylor & Francis, 2006. p.3-36.
SOMLYODY, L; VARIS, O. Freshwater under pressure. International Review for
Environmental Strategies, v.6, n.2, p.181-204, 2006.