Intervenção arqueológica na Rua do Espirito Santo, Castelo (Lisboa) - do romano republicano à...

8

Transcript of Intervenção arqueológica na Rua do Espirito Santo, Castelo (Lisboa) - do romano republicano à...

6

ARQUEOLOGIA

II SÉRIE (17) Tomo 2 JANEIRO 2013online

IntervençãoArqueológica na Rua do EspíritoSanto, Castelo(Lisboa)

do romano republicano à época contemporânea: dados preliminares

Victor Filipe I, Marco Calado II, Margarida Figueiredo III e Anabela de Castro IV

INTRODUÇÃO

Os trabalhos arqueológicos enquadraram-se numa perspectiva de minimizaçãode impactes sobre o património cultural decorrentes do Projecto de Ampliaçãoe Alterações para a Rua do Espírito Santo n.os 31-35 - Ampliação da Albergaria

do Castelo de São Jorge, Lisboa, promovido pela empresa JAVAN - Hotelaria, Turismo eImobiliário, Lda., tendo-se preconizado como acção preventiva de minimização a esca-vação integral da área do subsolo a ser afectada pelo referido projecto.O edifício em causa localiza-se na Rua do Espírito Santo n.os 31-35, Distrito, Concelhoe cidade de Lisboa, freguesia do Castelo, na área de Servidão Administrativa do Castelode São Jorge e restos de cercas, Monumento Nacional pelo Decreto de 16-06-1910, zonade Nível 1 de PDM, e local de reconhecida sensibilidade arqueológica. Os trabalhos ar -queológicos decorreram entre o dia 20 de Janeiro e o dia 14 de Março de 2011.Uma vez que o local se encontra no seguimento do sítio arqueológico denominado “Pa -lácio das cozinhas”, local intervencionado em campanha arqueológica anterior pela equi-pa coordenada pelas técnicas superiores do ex-IPPAR Dr.ª Ana Gomes e Dr.ª AlexandraGas par, considerou-se, pois, tratar-se do mesmo sítio arqueológico, prolongando-se paraNor deste da área anteriormente escavada.

RESUMO

Os autores apresentam os dados preliminares de intervençãoarqueológica realizada na freguesia do Castelo, em Lisboa,durante o início de 2011.Genericamente, foram registados contextos arqueológicos que documentam a ocupação daquele espaço desde a faserepublicana do período Romano até à Época Contemporânea,com importantes estruturas e materiais das épocas medieval e moderna.

PALAVRAS CHAVE: Época Romana; Idade Média; Idade Moderna; Idade Contemporânea.

ABSTRACT

The authors present preliminary data of the archaeologicalintervention carried out in Castelo, Lisbon, at the beginningof 2011.The archaeological contexts found document occupation ofthat area from the Republican phase of Roman times toContemporary times, with important structures and materialsfrom Medieval and Modern times.

KEY WORDS: Roman times; Middle ages; Modern age;Contemporary age.

RÉSUMÉ

Les auteurs présentent les données préliminaires d’uneintervention réalisée dans la paroisse du Castelo, à Lisbonne,au début 2011.Ont été enregistrés de manière générique les contextesarchéologiques qui documentent l’occupation de cet espacedepuis la phase républicaine de la période Romaine jusqu’àl’Epoque Contemporaine, avec d’importantes structures etmatériaux des époques médiévale et moderne.

MOTS CLÉS: Époque romaine; Moyen Âge; Période moderne;Époque contemporaine.

I Bolseiro de Doutoramento - UNIARQ / Universidade deLisboa, Fundação para a Ciência e a Tecnologia

([email protected]).II Técnico de Arqueologia ([email protected]).

III Arqueóloga / Antropóloga ([email protected]).IV Arqueóloga ([email protected]).

7

noventa do século passado e o início deste século, tiveram oportuni-dade de documentar, em várias intervenções arqueológicas espalhadasum pouco por toda a área da freguesia do Castelo, variadíssimos con-textos de ocupação, abrangendo um espectro cronológico que se es -tende desde a primeira Idade do Ferro até ao período Contem po râ -neo (entre outros, veja-se: GASPAR e GOMES, 2001; GASPAR et al.,2000; GOMES et al., 2001 e 2005; PIMENTA, 2005). Do ponto de vista geológico, o sítio encontra-se implantado numazo na de areias com placunas miocénicas, enquadrado a Sul, Norte eOeste pelas areolas da Estefânia, pelos calcários de Entre Campos (ouBanco Real) e pelas argilas do Forno do Tijolo.

Durante essa anterior intervenção arqueológica foi escavado um silono logradouro do edifício que aqui nos ocupa e, na área onde hoje seimplanta a Albergaria do Castelo, foram documentados alguns enter-ramentos, um forno e diversas outras estruturas arqueológicas (comu-nicação pessoal de Ana Gomes, a quem se agradece).As ocupações humanas na área onde hoje se situa a colina do Castelorecuam, pelo menos, ao início da Idade do Ferro, durante o chama-do período orientalizante, tendo sido intensamente utilizada duranteo período romano republicano (PIMENTA, 2005).Apesar disso, durante as fases Alto-imperial e Baixo-imperial, esta áreaparece ter conhecido um certo abandono (ou distinta funcionalida-de), sendo raros os vestígios atribuíveis a essa época.A partir do período Islâmico volta a registar-se uma ocupação inten-sa desta zona da cidade, que perdurará até aos dias de hoje.Refira-se para esta zona da freguesia do Castelo o projecto dirigidopor Alexandra Gaspar e Ana Gomes que, entre meados da década de

FIG. 1 − Localização do sítio na planta de Lisboa e na Península Ibérica.

0 300 m

Durante a sua escavação foram exumados inúmeros fragmentos dece râmica, sobretudo bojos de ânfora. Os materiais recolhidos são coe-rentes com o que se conhece para este período no Castelo de SãoJorge, designadamente os que são publicados por João PIMENTA

(2005). Assim, estão presentes as ânforas vinárias de produção itálica(Dressel 1 e Greco-itálicas), as ânforas piscícolas da região meridionalpeninsular (Mañá C2b, T-9.1.1.1.), as ânforas de tradição pré-roma-na Mañá Pascual A4 e T-4.2.2.5. (esta última com as típicas pastasdos Vales do Tejo e do Sado), a cerâmica campaniense de classe A eB, e a cerâmica comum de produção itálica (observando-se as típicaspastas da Campânia).Foi ainda identificada alguma cerâmica atribuível à Idade do Ferro –cerâmica pintada de bandas, ânforas, cerâmica cinzenta, um cossoiroe cerâmica comum –, e ao Bronze Final – cerâmica manual, nomea-damente taças carenadas.No que se refere à ocupação do sítio durante a Época Medieval, po -der-se-á afirmar que as transformações que ocorreram no local duran-te a Época Moderna (séculos XVI-XVII), sobretudo a construção deedifícios, condicionaram irremediavelmente o registo arqueológico,tendo-se preservado apenas as estruturas negativas, concretamentesilos e sepulturas, bem como alguns depósitos junto à entrada da salaNorte, possivelmente de cronologia islâmica.

8

TRABALHOS REALIZADOS

Dos dados aduzidos durante a inter-venção arqueológica por nós levada acabo na Rua do Espírito Santo, n.os 31--35, poder-se-á, genericamente, referirque o espaço conheceu uma ocupaçãohumana que remonta pelo menos aoiní cio da ocupação romana, século II a.C., podendo mesmo recuaraté ao Bronze Final (tendo em conta os materiais exumados daquelaépoca, ainda que em deposição secundária). As ocupações subse-quentes viriam, em todos os períodos históricos documentados, aafectar de maneira bastante marcante o registo estratigráfico das ocu-pações anteriores.Do período Romano Republicano foram escavados apenas alguns de -pósitos na sala Norte, junto à entrada, não se tendo identificadoquais quer estruturas associadas. No topo de alguns desses estratos do -cumentaram-se pequenos aglomerados de calhaus de pequena e mé -dia dimensão, não estruturados e sem qualquer organização, que difi-cilmente se poderão interpretar como derrubes de alguma estrutura,ainda que de frágil construção face à pouca quantidade de calhaus, emenos ainda enquanto estruturas.A dinâmica estratigráfica destes depósitos, localizados numa depres-são do substrato geológico, parece evidenciar uma sequência de ater-ros, provavelmente realizados durante um espaço de tempo que nãodeverá ter sido muito prolongado. Esta realidade não se distanciamuito da generalidade dos contextos republicanos documentados du -rante as escavações realizadas no castelo de São Jorge no âmbito doprojecto dirigido por Alexandra Gaspar e Ana Gomes, já referidoanteriormente, e publicados por João PIMENTA (2005).

ARQUEOLOGIA

II SÉRIE (17) Tomo 2 JANEIRO 2013online

FIG. 2 − Contextos romanos, observando-seem cima à direita um aglomerado de calhausno topo de um depósito, e no canto inferior

esquerdo um silo medieval.

0 50 cm

DESE

NHO:

Victo

r Filip

e e M

arco C

alado

.

FIG. 3 − Perfil estratigráfico Norteda sala Norte, podendo observar-seos contextos republicanos numadepressão do terreno.

9

uma contínua utilização do espaço para a construção de estru-turas negativas durante aquele período, traduzida em sucessivos

cortes de estruturas negativas por outras interfaces negativas. Quantoaos silos, dois deles (silos [140] e [143]) não forneceram quaisquermateriais no seu interior, uma vez que estavam quase totalmente des-truídos e preservados apenas ao nível da sua base; três deles, comabundantes materiais arqueológicos, terão sido colmatados durante oséculo XV (silos [116], [142] e [149]); e o silo [84], igualmente comabundantes materiais arqueológicos, terá sido colmatado entre a se -gunda metade do século XIII e meados do século XIV.Nos silos colmatados durante o século XV recolheram-se sobretudofai an ças malegueiras, vidrados de cobre e de chumbo, reflexos doura-dos de produção valenciana (Manizes), cerâmica comum, um enxa-quetado com vidrado negro, de produção valenciana, fragmentos deos so trabalhado, duas moedas (meio real de D. João I, datável de1392-1397; e meio real de D. João I datado de 1386), um vidradoama relado de pasta clara com estampilha, e um fragmento de arran-que de asa com vidrado de cor castanha-esverdeada escura, de pastavermelha e com uma linha esbranquiçada na zona de colagem da asa,que deverá provavelmente corresponder a uma produção parisiensedo século XIV.

Relativamente a estes últimos, a escassez e precariedade dos materiaisexumados impede uma rigorosa atribuição daqueles contextos aoperíodo Islâmico, podendo eventualmente corresponder à fase dareconquista cristã. Foram ainda documentadas três interfaces negati-vas que tudo indica tratar-se de valas de sepultura (embora não se ti -vessem preservado quaisquer restos osteológicos humanos), que, querpela orientação quer pela sequência estratigráfica (cortadas por sepul-turas medievais cristãs, de distinta orientação), poderão ter corres-pondido a sepulturas islâmicas.Da fase medieval cristã foram documentados seis silos e cinco sepul-turas, tendo-se registado uma dinâmica estratigráfica que demonstra

FIG. 4 − Taça carenada, produzida manualmente, do Bronze Final.

FIG. 5 − Implantação dasestruturas e depósitos medievaisna planta do edifício.

DESE

NHO:

Victo

r Filip

e e M

arco C

alado

.

0 3 cm

0 1 m

A estrutura negativa [56], que se articula com as estruturas [57],[112], [113] e [114], seria, tudo indica, contemporânea da estrutura[52]. Trata-se de uma estrutura escavada no substrato geológico, for-mando uma parede alinhada a Sul-Norte, preservando-se também ocanto Sudoeste e o arranque da parede Sul, estando ainda preservadoparte de um reboco de argamassa branca [57] aplicada na parede, euma base igualmente escavada no substrato e em depósitos antrópi-cos anteriores. A sua construção terá ocorrido durante o século XVI,cronologia dos depósitos que preenchem a sua base, sendo que osdepósitos que marcam o seu abandono, [110] e [49], datam do sécu-lo XVII.Quase na sua base foi registada uma calçada e uma caleira, construí-das muito provavelmente também no século XVI e abandonadas noséculo XVII.Na sala Norte foram também registadas algumas estruturas negativasde Época Moderna, nomeadamente um covacho [171] com cerca de0,70m de diâmetro máximo e 0,40m de profundidade, onde se exu-maram várias peças de cerâmica fragmentadas e inteiras, preenchido

10

Quanto ao silo [84], que parece ter sido colmatado durante a segun-da metade do século XIII e meados do século XIV, no seu interiorrecolheu-se uma mó partida de calcário conquífero, abundante cerâ-mica comum (bilhas, jarros, panelas, sertãs, tampas, asas com pintu-ra a branco de tradição islâmica), e apenas dois fragmentos de cerâ-mica vidrada (um fragmento de fundo bastante rolado com pastaacin zentada devido a exposição a altas temperaturas durante a coze-dura, e um fragmento de fundo de uma taça com pé em anel, osten-tando um vidrado verde na superfície interna e externa).No que se refere às sepulturas, foram escavados quatro indivíduos hu -manos em conexão anatómica, três deles inumados em valas orienta-das a Oeste-Este, sendo que nenhum se encontrava completo devidosobretudo às perturbações posteriores, designadamente a construçãodos silos em Época Medieval e a construção do edifício no século XIX.O enterramento [157] encontrava-se cortado pelo silo [142] e pelavala [126], que destruiu igualmente praticamente toda a sepultura[151], com excepção da extremidade Oeste, enquanto as sepulturas[212] e [204] eram ambas cortadas pela fachada do edifício oitocen-tista e, no caso da última, também pelo silo [84], abandonado nosséculos XIII-XIV. Do enterramento [206] preservou-se apenas o crâ-nio.No que se refere à Época Moderna, destaca-se sobretudo a escassa pre-sença e a precariedade das estruturas de habitação no que se refere aotipo de construção, enquadráveis nos séculos XVI e XVII. Em boaparte, isto poder-se-á explicar pela grande destruição que terá ocorri-do aquando da construção do edifício oitocentista, tendo o terrenosido cortado/desaterrado para a sua implantação.

ARQUEOLOGIA

II SÉRIE (17) Tomo 2 JANEIRO 2013online

FIG. 6 − Secção e perfil estratigráfico do silo [149].

FIG. 7 − Moedas (meio real) de D. João I recolhidas no depósito [153], que enchia o silo [149].

0 50 cm

0 1 cm

0 1 cm

11

A base do poço era feita em tijoleira colocada em espinha, assentan-do sobre o embasamento da estrutura, composto por argamassa ecalhaus irregulares de grande e média dimensão.Os elementos em calcário polido do referido poço serão reaproveita-dos e remontados na zona do logradouro da Albergaria do Castelo deSão Jorge, agora enquanto elemento decorativo de um espaço aberto.

por um depósito com presença abundante decarvões e picos de argamassa; e uma série depequenos buracos circulares semelhantes a“buracos de poste”, com diâmetros máximosentre os 0,10m e os 0,20m, e profundidadeque varia entre os 0,10m e os 0,16m, preen-chidos igualmente por um sedimento compresença abundante de carvões.Em relação ao covacho [172], observou-se apresença de um recipiente fragmentado dece râmica “modelada”, duas tampas e um pú -caro inteiros, uma pequena frigideira e umpote, todos em cerâmica comum, atribuíveisao século XVII.Do período Contemporâneo incluem-se asestruturas e depósitos associados à constru-ção do próprio edifício do século XIX, desta-cando-se aqui o poço de drenagem [51].Tra ta-se de um poço de drenagem da fossadetrítica [45], construído com elementos de calcário polido e ligadoscom argamassa de cal de cor amarelada, reaproveitados de um poçoque possivelmente se situaria nas imediações. Sobre os elementos dopoço reconstruídos foi feita uma abóbada abatida em argamassa etijolo, tendo o exterior do poço sido revestido com a mesma arga-massa, de forma irregular.

Em baixo, materiais de Época Moderna provenientes do covacho [171].

FIGS. 8 E 9 − Imagem de covacho [171] colmatado com cerâmica e carvões, e de pequenas interfaces negativas.

0 5 cm

ocupações que aquele espaço conheceu ao longo de mais de dois milanos serão estudados e publicados de uma forma mais exaustiva numfuturo próximo. Particularmente no que se refere ao estudo dos con-textos e materiais de Época Romana Republicana, procurar-se-áincluí-los e contextualizá-los num estudo mais abrangente sobre acidade romana de Lisboa.

12

De um modo geral, observou-se a presença de abundante materialcerâmico atribuível ao período Moderno, sobretudo entre os séculosXVI e XVII e em particular deste último, estando igualmente pre-sente cerâmica dos séculos XVIII e XIX.

NOTA FINAL

Como o próprio título deste trabalho indica, trata-se de uma peque-na notícia onde se pretende apresentar de forma preliminar os resul-tados de uma intervenção recente. Os dados relativos às diferentes

ARQUEOLOGIA

II SÉRIE (17) Tomo 2 JANEIRO 2013online

BIBLIOGRAFIA

BUGALHÃO, J. e GOMEZ MARTINEZ, S. (2005) –“Lisboa, uma Cidade do Mediterrâneo Islâmico”.In BARROCA, M. J. e FERNANDES, I. C. (eds.).Muçulmanos e Cristãos Entre o Tejo e o Douro (sécs. VIII a XIII). Câmara Municipal do Porto /Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra,pp. 237-262.

GASPAR, A. e GOMES, A. (2001) – “ResultadosPreliminares das Escavações Arqueológicas noCastelo de São Jorge”. Arqueologia Medieval. Porto. 7: 95-102.

GASPAR, M. A.; GOMES, A. M.; SEQUEIRA, M. J. e SILVA, R. B. (2000) – “Arqueologia Urbana em Lisboa”. In Actas do 3.º Congresso de Arqueologia Peninsular. Porto: ADECAP. Vol. 8,“Terrenos da Arqueologia da Península Ibérica”, pp. 55-70.

GOMES, A.; GASPAR, A.; GUERRA, S.; CALE, H.;RIBEIRO, S.; PINTO, P.; VALONGO, A. e PIMENTA, J. (2005) – “Cerâmicas Medievais de Lisboa:continuidades e rupturas”. In BARROCA, M. J. eFERNANDES, I. C. (eds.). Muçulmanos e CristãosEntre o Tejo e o Douro (sécs. VIII a XIII). Câmara Municipal do Porto / Faculdade de Letrasda Universidade de Coimbra, pp. 221-236.

GOMES, A.; GASPAR, A.; PIMENTA, J.; VALONGO, A.;PINHO, P.; MENDES, H.; RIBEIRO, S. e GUERRA, S.(2001) – “A Cerâmica Pintada de Época Medievalda Alcáçova do Castelo de São Jorge”. In GARB: sítios islâmicos do Sul peninsular.Ministério da Cultura, IPPAR / Junta deExtremadura, pp. 119-163.

MECO, J. (1989) – O Azulejo em Portugal. Ed. Alfa.

PIMENTA, J. (2005) – As Ânforas Romanas do Castelode São Jorge (Lisboa). Lisboa: Instituto Português deArqueologia (Trabalhos de Arqueologia, 41).

PLEGUEZUELO, A. (coord.) (2002) – Lozas y Azulejosde Colección Carranza. Junta de Comunidades deCastilla la Mancha, Consejería de Educación yCultura.

POMARÈDE, V. (2002) – Le Calife, le Prince et lePotier. Les faiences à reflects métalliques. Lyon: Musée des Beaux-Arts.

SILVA, R. B. e GUINOTE, P. (1998) – O Quotidiano na Lisboa dos Descobrimentos. Roteiro arqueológico edocumental dos espaços e objectos. Grupo de Trabalhodo Ministério da Educação para as Comemoraçõesdos Descobrimentos Portugueses.

VAZ, J. F. (1969) – Livro das Moedas de Portugal.Braga.

FIG. 10 − Secção do poço de drenagem do século XIX.

0 50 cm