Homem parte ho j e para missão na quinta - Coleção Digital ...

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Dlretor-Besponsivel Paulo Germano de Magalhães 4%geio Homem parte ho j da Manhã Rio fle Janeiro, GB, domingo, 10, e «¦junda-feira, 17-4-1972 Ano LXXI N.» 24.230 e para missão na quinta $$Ê WmWmiyyWÊÈjÊMMjU ^^^^^^PJJWBl||||jBBJWf*"^ E£*r^*fl Bb . BB éB^jlíÍbbI IMP^ P ^lljB R ' I <B 1PII "' ,*lm2 JmBÜ"^ j l||||lff§llSB BlSr11*J^mÊW^^^'¦P Ir^'iJlBot:iÈR 1 bW* B,ííIBBhI YHwft" fillsB Bf-- Kil^BBP^ * in p, BP IIIB K '.'1 B. .m :-':<:::::::W:v:::'::::;#::::::::i9BBnKvSB^bBb^**:*^ H 1 R, BIBBhkP I - íwPf' * ^flfeB BfilÉeWWfliH^imBp-^ suHeBv£S»ç§I: ¦'¦¦-¦¦''¦!¦;'' ¦'-'¦' '^^^^i^VBHI^^^B^^ra^BBBBBHHÊKA^BBaBr$BBh^^X-':': i_jiia A \T A TYT^iTk 1^171? A 7^r" f°9uetes caíram sobre Danang no terceiro bom- AM AWxAJ KjIIíMXAãjbardeio contra a cidade nos últimos dias. Os viets '*tomaram ontem 19 bases no Vietnã do Sul> inclusive a QrVDjiyi? Fl A IV A IVf1tase Charlie-l, na fron^ra 'com ° Camboja. Em Sai- \J\JSjm\Lj JLfrmi"ri.I*v7gOI7/ até as mulhèrss foram mobilizadas. (Página 7) Às 15h34min de hoje, a missão Apoio 16 iniciará sua viagem à Lua, a penúl- tima prevista no programa espacial nor- te-americano. John Young, comandante, Charles Duke, piloto do Módulo Lunar, e Thomas Mattingly, piloto do Módulo de Comando, permanecerão 12 dias, duas horas e 36 minutos em viagem, que terminará dia 28 no Oceano Pa- cífico, próximo a Honolulu. As condi- ções meteorológicas são favoráveis ao lançamento e a Cabo Kennedy chega- ram milhares de turistas e convidados especiais 'entre eles o poeta sovié- tico Eugene Évtüchenko. A nave Apoio entrará em órbita lunar na quarta-feira e o pouso será.no dia seguinte. (Pág. 0) Uruguai aprova estado de sítio O congresso uruguaio autorizou o go- verno a declarar o estado de guerra in- terna e a suspender as garantias indi- viduais, após 20 horas de deliberações que começaram na noite de anteontem. Os partidos Blanco e Colorado apoia- ram a medida, enquanto a Frente Am- pia votou unanimemente contra. Ontem em Montevidéu foram enterradas as quatro vítimas dos atentados tupama- ros. A cidade continua sob tensão e a Embaixada da URSS foi alvo de um atentado a bomba que provocou a des- truição de algumas vidraças. (Página 9) PELE O Vasco enfrenta o Flamengo hoje 17 horas no Maracanã e precisa mui- to da vitória para firmar-se como can- didato à conquista da Taça Guanabara. Mas seus dirigentes estão mais preo- eupados é com a festa do dia 29, quan- do Tostão estreará no time yascaíno. E como desejam torná-la o maior acon- tecimento esportivo do ano partiram para uma iniciativa espetacular: vão trazer Pele para jogar, pelo Vasco, du- rante um tempo do jogo contra o Cru- zeiro, ao lado de Tostão. O Flamengo está tranqüilo e confiante numa vitó- ria contra o time de Tostão. (Página 20) Câncer: cura em 60% dos casos Além de afirmar que 60 por cento dos casos de pessoas que morrem de cân- cer poderiam ser curadas com trata- mento imediato ou preventivo, o medi- co Moacir Santos Silva, diretor do De- partaniento Nacional de Câncer do Mi- nistério da Saúde, atribui ao subdesen- volvimento grande parcela de respon- sabilidade pela incidência da doença. Ele também é superintendente da Cam- panha Nacional de Combate ao Câncer que, a partir, de JL.°- de maio, irá pro- mover a prevenção da doença através de vários filmes, que serão projetados na televisão e no cinema. (Página 6) vi fl^f^l B^^ KÉ^^v" < $^M&§^H *iítWmw^ÊLW^ê^^^^^-s ^^^g^WHRffiffiffifgg|&*^bbbb¦l^^Í^sí^: Hfc&XvMBl BBk&í-ÍwÍvÍ-ÍSx^Bb kS^WB^^WI^B¦BBÃyJ,?:JW^vi3t:'''í !"BEbbI ^fc& .?ÍÍÍhVB^>^^^)^B¦¦^¦^fa^Tvjl .',y'í ¦'' .'A',;'..! - "* '-¦ BRIGADEIRO SEPULTADO O Brigadeiro Mário Calmon Eppinghaus, falecido no desastre do Samurai no Estado do Rio, foi sepultado ontem no Cemitério São João Batista, no Mausoléu do Aviador. O Mi- nistro Araripe Macedo acompanhou o enterro ao qual com- pareceram também vários oficiais das Forças Armadas. DIRETOR ECONÔMICO AOS DOMINGOS ^¦¦- n ~jm"\bB^-'-:-:-^JHfi™ SeB^^ImIH BIIIllliliiliÉ^ y^% UÈMÊiêMÍyWÊÊÊÊÊÊiÈ æBIW$U íbIbB' æpjp I^^^BB B HÉpliMl BssIÉMSíííÍ^^^bB BBi;íiBttírÍBÍtei9 bbIbSbBKH BB BB l^^^^^fflBÍWfflBR' * V^^ Balmain ¦' !"¦v mostra a sua moda Com os manequins Villie, Irene 8 Christiane e mais as brasileiras Camille, Trícia, Helène. Josepha é Peterle (ex-miss Mundo),. em desfile, Pierre Balmain mostrou na última sexta-feira, no salão do Hotel Nacional-Rio, a nova mu- lher da atual coleção parisiense. Nos modelos apresentador os te- cidos leves e o corte reto e dás-- sico deram lugar à fantasia. tra« zendo a mulher suave, sofisti- cada e romântica dos anos 50. O mistério ficou por conta dos mo- delos com muitos frufrus es- :ondendo o pescoço ou decotss profundos com imensas écharpes que enrolam e rolam no corpo da mulher, dando o ar misterioso. anexo BhBkw^&Í * W/ MroKflM^KibB Villa-Lobos. que propunha a. de- núncia do convencionalismo artís- tico de todas as eras e de uma to- mada de consciência de nossa re- lativa autonomia estética, como to- dos os participantes da Semana de Arte Moderna de 1922, é o tema cie Eurico Nogueira França, criti- de música erudita do CORREIO DÁJWANHA. Ünfbreve resumo biográfico: ^informações sobre o festival que ò Síuseu Villa-tobos promove anualmente estão conti-- dos na matéria, que destaca | também d plano rítmico na obra camaristica do maestro. Franklin de Oliveira continua sua observação crítica sobre Eúclides da Cunha, analisando Os Sertões (na foto, a casa onde o escritor esboçou sua obra), Eúclides, se- gundo o critico literário do CM, propõe árduos e fascinantes pro- blemas a quem o estuda, Ele que- ria dar ao seu livro forte ¦ força atuante, imediata eficácia prática um urgente poder operativo: uma obra de arte de linguagem. -:''ll&IÍBBflppHbf-^ íI^^^HPm^HKí^BI t$?*mÊÈmWÊyWÈÊmm ' vilSâ^iiiJi^BMBBB^BH^^^^-^lBB- J >IbBÉWBflBBl '.'ÍS"' J msmilJJPB AMÉRICA LATINA O Chile está em cri- se? Paulo Germano de Magalhães inicia hoje uma análise dos problemas andinos, no Governo Allende, abordando o proble- ma político. Depois, as perspectivas da economia nacional, e 1 e i ções universitá- rias, organização so- ciai, reforma agra- ria, comércio exte- rior etc, Ele recolheu os dados na própria capital do Chile. Segundo observado- res políticos e econô- micos, as relações en- Ire Estados Unidos e Venezuela entraram em uma nova e expio- siva fase. O rompi- mento do Tratado de Reciprocidade Comer- ciai, provocado pelo Presidente Venezuela- no Rafael Caldera, é um marco nesta fase que obedece muito mais à dinâmica mun- dial do que à política. O caminho de La- nusse, após a exe- cução sumária pelos extremistas do Gene- ral Sanchez e do in- dustrial Oberdan Sal- lustro, certamente encontrará oposições nas Forças Armadas ou nos meios pero- nistas a força po- lítica ainda mais atu- ante do país. Se o ex- ditador se nega a condenar a violência em si, a FLN assume a responsabilidade. Banco entrará no Algodão terá Setenta mil TVs a Café reativa Echeverria prefere comércio exterior boa safra: SP cores ainda este ano exportações 0 mar patrimonial A concessão de estímulos especiais aos ban- cos comerciais para que eles possam associar- se a empresas exportadoras, a transforma- cão e liberalização dos entrepostos aduanei- íos e a concessão dos mesmos incentivos da- dos aos produtores de manufaturados que exportam para empresas especializadas em comércio são os principais incentivos que o Governo pretende dar às futuras trading companies. Ao oferecer benefícios o Gover- no também fará exigências. Em entrevista exclusiva concedida ao Diretor Econômico o chefe da Assessoria Econômica do Ministério da Fazenda, Eduardo de Carvalho, disse que a regulamentação das trading será divul- gada dentro dos próximos quinze dias. São Paulo alcançará, este ano. a segunda maior produção de algodão nas últimas duas décadas e a de maior nível de pro- dutividade até agora atingido, afirmou o Go- vernador Laudo Natel em visita a Santo Antônio de Posse. A safra algodo- eira paulista deverá atin- gir 892,5 mil toneladas com uma taxa de cresci- mento de 33,6 por cento. Também previsão de 43,3 milhões de toneladas para a cana-de-açúcar. O Brasil vai produzir, em 1972, cerca de 70 mil aparelhos de televisão a cores. Uma das empresas responsáveis pelo programa é a Denison, Companhia Brasileira de Eletrôni- tos, localizada em Bonsucesso, onde em- prego a 200 técnicos, administradores e ope- rários. Seu presidente, Coronel Janary Nu- nes, que participou de mesa-redonda com re- datores do DE, juntamente com o diretor- superintendente da empresa, Haroldo Naylor Rocha, disse que a Denison vai exportar te- levisores para a África portuguesa e para os Estados Unidos. Suas instalações estão sendo ampliadas no Rio de Janeiro, dando di- mensão à sua produção, e libertando-a da importação de componentes de fabricação. O comércio cafeeiro, pos- sivelmente, volte a reati- var-se esta semana, com o retorno do presidente do IBC, Carlos Alberto de Andrade Pinto, que ainda se encontra na Europa. Nas duas últimas sema- nas não houve informa- ções concretas a respeito dos entendimentos manti- dos pelos maiores produ- tores mundiais de café. em Genebra. Andrade Pinto, na quarta-feira, de- verá entregar relatório aos setores do Governo. As atenções da III Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e o Desenvolvimen- to (Unctad), no^jChile, se voltam para a próxima intervenção do Presidente Luís Echeverria. do México, que será o único che- íe de governo, com exceção de Allende, a la- lar em plenário. Segundo meios dinlomáti cos, Echeverria defenderá a adoção do "mar patrimonial" de 200 milhas, alterando o con- ceito de "mar territorial" de 200 milhas, lixado por muitos países, inclusive o Brasil. A expressão "patrimonial" implica controle econômico e não soberania total. A interven- ção mexicana poderá enfraquecer as posições de luta assumidas até agora pela maioria dos países sul-americanos sobre o assunto c re- presentar um trunfo para as superpotências.

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Dlretor-BesponsivelPaulo Germano de Magalhães 4%geioHomem parte ho j

da Manhã Rio fle Janeiro, GB,domingo, 10, e

«¦junda-feira, 17-4-1972Ano LXXI

N.» 24.230

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Às 15h34min de hoje, a missão Apoio16 iniciará sua viagem à Lua, a penúl-tima prevista no programa espacial nor-te-americano. John Young, comandante,Charles Duke, piloto do Módulo Lunar,e Thomas Mattingly, piloto do Módulode Comando, permanecerão 12 dias,duas horas e 36 minutos em viagem,que só terminará dia 28 no Oceano Pa-cífico, próximo a Honolulu. As condi-ções meteorológicas são favoráveis aolançamento e a Cabo Kennedy chega-ram milhares de turistas e convidadosespeciais — 'entre eles o poeta sovié-tico Eugene Évtüchenko. A nave Apoioentrará em órbita lunar na quarta-feirae o pouso será.no dia seguinte. (Pág. 0)

Uruguai aprovaestado de sítio

O congresso uruguaio autorizou o go-verno a declarar o estado de guerra in-terna e a suspender as garantias indi-viduais, após 20 horas de deliberaçõesque começaram na noite de anteontem.Os partidos Blanco e Colorado apoia-ram a medida, enquanto a Frente Am-pia votou unanimemente contra. Ontemem Montevidéu foram enterradas asquatro vítimas dos atentados tupama-ros. A cidade continua sob tensão e aEmbaixada da URSS foi alvo de umatentado a bomba que provocou a des-truição de algumas vidraças. (Página 9)

PELEO Vasco enfrenta o Flamengo hoje —17 horas — no Maracanã e precisa mui-to da vitória para firmar-se como can-didato à conquista da Taça Guanabara.Mas seus dirigentes estão mais preo-eupados é com a festa do dia 29, quan-do Tostão estreará no time yascaíno. Ecomo desejam torná-la o maior acon-tecimento esportivo do ano partirampara uma iniciativa espetacular: vãotrazer Pele para jogar, pelo Vasco, du-rante um tempo do jogo contra o Cru-zeiro, ao lado de Tostão. O Flamengoestá tranqüilo e confiante numa vitó-ria contra o time de Tostão. (Página 20)

Câncer: cura em60% dos casos

Além de afirmar que 60 por cento doscasos de pessoas que morrem de cân-cer poderiam ser curadas com trata-mento imediato ou preventivo, o medi-co Moacir Santos Silva, diretor do De-partaniento Nacional de Câncer do Mi-nistério da Saúde, atribui ao subdesen-volvimento grande parcela de respon-sabilidade pela incidência da doença.Ele também é superintendente da Cam-panha Nacional de Combate ao Câncerque, a partir, de JL.°- de maio, irá pro-mover a prevenção da doença atravésde vários filmes, que serão projetadosna televisão e no cinema. (Página 6)

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O Brigadeiro Mário Calmon Eppinghaus, falecido nodesastre do Samurai no Estado do Rio, foi sepultado ontem noCemitério São João Batista, no Mausoléu do Aviador. O Mi-nistro Araripe Macedo acompanhou o enterro ao qual com-pareceram também vários oficiais das Forças Armadas.

DIRETOR ECONÔMICO

AOS DOMINGOS

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Com os manequins Villie, Irene8 Christiane e mais as brasileirasCamille, Trícia, Helène. Josephaé Peterle (ex-miss Mundo),. emdesfile, Pierre Balmain mostrouna última sexta-feira, no salão doHotel Nacional-Rio, a nova mu-lher da atual coleção parisiense.Nos modelos apresentador os te-cidos leves e o corte reto e dás--sico deram lugar à fantasia. tra«zendo a mulher suave, sofisti-cada e romântica dos anos 50. Omistério ficou por conta dos mo-delos com muitos frufrus es-:ondendo o pescoço ou decotssprofundos com imensas écharpesque enrolam e rolam no corpoda mulher, dando o ar misterioso.

anexo

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Villa-Lobos. que propunha a. de-núncia do convencionalismo artís-tico de todas as eras e de uma to-mada de consciência de nossa re-lativa autonomia estética, como to-dos os participantes da Semana deArte Moderna de 1922, é o temacie Eurico Nogueira França, criti-có de música erudita do CORREIODÁJWANHA. Ünfbreve resumobiográfico: ^informações sobre ofestival que ò Síuseu Villa-tobospromove anualmente estão conti--dos na matéria, que destaca

| também d plano rítmico naobra camaristica do maestro.

Franklin de Oliveira continua suaobservação crítica sobre Eúclidesda Cunha, analisando Os Sertões(na foto, a casa onde o escritoresboçou sua obra), Eúclides, se-gundo o critico literário do CM,propõe árduos e fascinantes pro-blemas a quem o estuda, Ele que-ria dar ao seu livro forte ¦ forçaatuante, imediata eficácia prática— um urgente poder operativo:uma obra de arte de linguagem.

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AMÉRICA LATINAO Chile está em cri-se? Paulo Germanode Magalhães iniciahoje uma análise dosproblemas andinos,no Governo Allende,abordando o proble-ma político. Depois,as perspectivas daeconomia nacional,e 1 e i ções universitá-rias, organização so-ciai, reforma agra-ria, comércio exte-rior etc, Ele recolheuos dados na própriacapital do Chile.

Segundo observado-res políticos e econô-micos, as relações en-Ire Estados Unidos eVenezuela entraramem uma nova e expio-siva fase. O rompi-mento do Tratado deReciprocidade Comer-ciai, provocado peloPresidente Venezuela-no Rafael Caldera, éum marco nesta faseque obedece muitomais à dinâmica mun-dial do que à política.

O caminho de La-nusse, após a exe-cução sumária pelosextremistas do Gene-ral Sanchez e do in-dustrial Oberdan Sal-lustro, certamenteencontrará oposiçõesnas Forças Armadasou nos meios pero-nistas — a força po-lítica ainda mais atu-ante do país. Se o ex-ditador se nega acondenar a violênciaem si, a FLN assumea responsabilidade.

Banco entrará no Algodão terá Setenta mil TVs a Café reativa Echeverria preferecomércio exterior boa safra: SP cores ainda este ano exportações 0 mar patrimonial

A concessão de estímulos especiais aos ban-cos comerciais para que eles possam associar-se a empresas exportadoras, a transforma-cão e liberalização dos entrepostos aduanei-íos e a concessão dos mesmos incentivos da-dos aos produtores de manufaturados queexportam para empresas especializadas emcomércio são os principais incentivos que oGoverno pretende dar às futuras tradingcompanies. Ao oferecer benefícios o Gover-no também fará exigências. Em entrevistaexclusiva concedida ao Diretor Econômico ochefe da Assessoria Econômica do Ministérioda Fazenda, Eduardo de Carvalho, disse quea regulamentação das trading será divul-gada dentro dos próximos quinze dias.

São Paulo alcançará, esteano. a segunda maiorprodução de algodão nasúltimas duas décadas ea de maior nível de pro-dutividade até agoraatingido, afirmou o Go-vernador Laudo Natel emvisita a Santo Antôniode Posse. A safra algodo-eira paulista deverá atin-gir 892,5 mil toneladascom uma taxa de cresci-mento de 33,6 por cento.Também há previsão de43,3 milhões de toneladaspara a cana-de-açúcar.

O Brasil vai produzir, em 1972, cerca de 70mil aparelhos de televisão a cores. Uma dasempresas responsáveis pelo programa é aDenison, Companhia Brasileira de Eletrôni-tos, localizada em Bonsucesso, onde dá em-prego a 200 técnicos, administradores e ope-rários. Seu presidente, Coronel Janary Nu-nes, que participou de mesa-redonda com re-datores do DE, juntamente com o diretor-superintendente da empresa, Haroldo NaylorRocha, disse que a Denison vai exportar te-levisores para a África portuguesa e para osEstados Unidos. Suas instalações estão sendoampliadas no Rio de Janeiro, dando di-mensão à sua produção, e libertando-a daimportação de componentes de fabricação.

O comércio cafeeiro, pos-sivelmente, volte a reati-var-se esta semana, com oretorno do presidente doIBC, Carlos Alberto deAndrade Pinto, que aindase encontra na Europa.Nas duas últimas sema-nas não houve informa-ções concretas a respeitodos entendimentos manti-dos pelos maiores produ-tores mundiais de café.em Genebra. AndradePinto, na quarta-feira, de-verá entregar relatórioaos setores do Governo.

As atenções da III Conferência das NaçõesUnidas sobre o Comércio e o Desenvolvimen-to (Unctad), no^jChile, já se voltam para apróxima intervenção do Presidente LuísEcheverria. do México, que será o único che-íe de governo, com exceção de Allende, a la-lar em plenário. Segundo meios dinlomáticos, Echeverria defenderá a adoção do "marpatrimonial" de 200 milhas, alterando o con-ceito de "mar territorial" de 200 milhas, jálixado por muitos países, inclusive o Brasil.A expressão "patrimonial" implica controleeconômico e não soberania total. A interven-ção mexicana poderá enfraquecer as posiçõesde luta assumidas até agora pela maioria dospaíses sul-americanos sobre o assunto c re-presentar um trunfo para as superpotências.

Pressa do açoJ^ JA ANUNCIADA decisão do Governo Fe-

deral de criar uma empresa-holding, a Si-debrás, para administrar todas as siderúrgicasestatais, documenta a importância estratégicaque o Poder Público passou a conferir a estesetor. E não poderia ser de outra maneira. Umdos índices básicos de aferição do processo di-nâmico do desenvolvimento nos países que ope-ram a sua mudança estrutural é a fome de aço.Seu consumo constitui, pois, um indicador dastransformações econômicas ocorridas ou emmarcha. Ora, no ano passado o Brasil registrouum aumento de 28 por cento no consumo doaço — e de tal modo esse índice superou asexpectativas que o Governo Federal decidiu pro-ceder à reformulação do Plano Nacional de Si-derurgia, o qual visa a uma produção de 20 mi-lhões de toneladas até o fim desta década.

pARA ASSEGURAR a execução desse Plano,é decisiva a participação das empresas es-

tatais. E é dentro do novo espírito de supera-ção da meta anteriormente traçada que a Uniãose dispõe a formar um holding para adminis-trá-las — o qual congregará a Companhia Side-'rúrgica Nacional (CSN), a Companhia Siderúr-gica Paulista (Cosipa), a Usiminas, a Acesita,a Usiba, a Cosim e a Cofavi.

CABE DESTACAR, desde já, o propósito-go-vernamental de colocar a Sidebrás no mes-mo nível de operacionalidade e rentabilidadeda Petrobrás ou da Embratel. Indústria.básica,a siderurgia tem, no presente quadro nacional,o mesmo relevo do setor petrolífero. Justifica,pois, um tratamento político-administrativo quea insira adequadamente no processo do cresci-mento do País.

pARA QUE se tenha uma idéia de sua impor-tância nesse processo, basta dizer que à

siderurgia abastece algumas das faixas produ-tivas que mais realçam a dinâmica do desen-volvimento material do País. É o caso das in-dústrias de construção naval, automobilística,de equipamentos rodoferroviários, de mecânicapesada, de maquinaria agrícola, de construçãocivil e equipamento habitacional. Estes setoresnão só precisam de aço — mas de aço de altaqualidade e baixo custo. Por outro lado, ela seliga diretamente a vários programas de reno-vação estrutural do País; como as de transpor-tes ou expansão energética. Vincula-se ao es-forço de conquista de novos mercados externos,através de produtos acabados e semi-acabados.Tem uma importância fundamental no plano daautonomia tecnológica e outra, não menor, node ampliação do nosso mercado de trabalho,tendo em vista a sua grande capacidade de ab-sorver mão-de-obra, qualificada ou não. É,assim, um setor estratégico de nossa economia.E a nossa produção de aços comuns e especiais,planos e não planos, já alcançou um padrão dequalidade que justifica, perfeitamente, uma novaestratégia, para que se converta em realidade aaspiração nacional de estabelecimento, no Bra-sil, da grande siderurgia.

pARA ISSO, é essencial que a estrutura em-presarial do segmento siderúrgico também

seja revista. O II Congresso Brasileiro de Side-rurgia, ora acabado de realizar-se na Guanabara,com a participação de quase 500 especialistas eempresários, e representantes do Poder Público,pôs_ no devido destaque esse imperativo de re-visão, nos debates por vezes acesos que nelese travaram. O volume dos problemas ali exa-minados testemunhou a conveniência de atuali-zação da nossa política siderúrgica. Foi enfati-zada a necessidade de conferir-se uniformidadeà expansão do setor de laminados não planos.Destacou-se a vinculação entre siderurgia e sis-tema interno e externo de transportes. Aboi-dou-se o problema do processamento tecnoló-gico e do ajustamento das escalas de produçãoàs dimensões dos mercados, tanto o internacio-nal como o doméstico. Reclamou-se maior ra-cionalização para a área de comercialização.Deu-se o competente destaque ao problema dofinanciamento dos investimentos em projetosque visam a expandir ou implantar unidadessiderúrgicas. A questão das matérias-primas edos demais insumos mereceu uma atenção es-pecial por parte dos congressistas.

JJURANTE o Congresso, o Ministro da Indús-tria e do Comércio propôs a construção deuma central do aço — a ser formada com a

participação da livre-empresa, e sediada em Mi-nas Gerais — com capacidade para .produzir 2milhões de toneladas anuais de semi-acabados(tarugos) para o setor de aços não planos. En-tende o Governo que, desse modo, será garan-lida ao setor a devida rentabilidade e o empre-sanado privado poderá engaiár-se plenamentenas metas do Plano Siderúrgico Nacional, den-tro de um espírito competitivo e de dimensãointernacional.

\ REPERCUSSÃO alcançada por essa propôs-ta — que está sendo examinada pelo em-

presariado — põe em relevo o imperativo deadequar-se a siderurgia brasileira aos novos pro-cessos de industrialização e projetar a sua pre-sença permanente no mercado mundial. O altoporte do setor siderúrgico na vida nacionalassim o exige. A busca de novas marcas de qua-lidade. produtividade e rentabilidade é preo-cupação comum do Governo e da livre-empresa.O exame da proposta haverá, pois, de indicaro caminho para um melhor entrosamento. Narenovação do seu parque siderúrgico o Paísgasta mais de 1 milhão de dólares por dia (sãode 378 milhões de dólares os investimentos des-te ano). É um setor que tem pressa — a pressado Brasil.

Correio da ManhãDIRETORES:

Mário Nunes de Alencar.Tose Geraldo Costa

Publicado pela Ecos Editora, Comunicações e SistemasGráficos Ltda,

Direlor: Armando de Souza Faria Castro

Administração, Redação, Publicidade, Oficina e Clr-culação: Av. Gomes Freire, 471 — Tel.: 252-2020,'réde interna) — End. Telegráflco: Correomanhâ —

Rio de Janeiro — Guanabara

Políticos perplexosBRASÍLIA — Passada a emoção do primeiro mo-mento, quando a maioria do partido experimen-tou, de fato, um grande sentimento de frustra-ção, face à emenda constitucional das eleiçõesindiretas de governadores, o MDB voltou à cal-ma e cuida do futuro.

Mas este futuro -^- segundo as vozes maisautorizadas da Oposição -^- .é feito de incerte-zas. Para entender o que está para vir — ale-gam os oposicionistas —, é necessário compre-ender o que já veio.

O MDB considera-se, hoje, sem condiçõesde responder, em termos políticos, ao desafiodos fatos políticos. Esta mesma perplexidadeteria também atingido a Arena, em que pese àaparente auto-suficiência do partido majoritário.

E a cada acontecimento as duas agremia-ções partidárias — esse é.o pensamento do vice-líder emedebista, do grupo dos autênticos, sr.Fernando Lira — emaranham-se ainda mais.

Veja-se, primeiro, a situação do MDB, nesseúltimo episódio das eleições indiretas. O parti-

do hesitou entre dissolver-se e não participar daspróximas eleições municipais. Uma e outra pro-vidência, por certo, não serão adotadas. A Opo-sição já entendeu, à esta altura, que terá deadaptar-se ao status quo.

Quanto à Arena, suas figuras mais expressi-vas reconheceram, sobre o mesmo episódio, queo partido tem convicções definidas, a favor daseleições diretas. Mas a Maioria também adap-tou-se ao status quo.

O MDB reconhece o sentido lógico das rea-lizações governamentais, na área econômica e fi-nanceira, embora faça reparos a este ou aquelesetor. A revolução, nesse campo, ter-se-ia cia-ramente definido. Nó que toca à politica, po-rém, queixam-se os emedebistas — à frente ovice-líder Fernando Lira — de indefinições. Eargumentam, aliás, com as idas e vindas do sis-tema eleitoral de governadores.

O ex-Presidente Castelo Branco — recordaLira — manteve ás eleições diretas. Em 196$,este critério foi alterado. Na Constituição de1967, seria restabelecido o pleito direto. Em 1969,

ressalvou-se que esta modalidade só prevalece-ria em 1974. Agora, adia-se a volta as diretaspara 1978."Qual o projeto político da Revolução de1964?" — indaga o vice-líder do MDB. "E — diz—, como podem agir a Arena e o MDB, se nós,políticos, ignoramos o que se pretende na áreapolítica?"

O representante oposicionista entende que"à medida que a Revolução aceite ser o que elaé, descobrirá que está preparada para permitirque os outros sejam o que pretendem ser".

Na verdade, o parlamentar oposicionistapode não ter acertado no diagnóstico e no trata-mento que preconiza; Mas os arenistas não lhenegam certa procedência no que ele alega. Sóque — dizem —, posta a questão em tais termos,parece que a Revolução não se sensibiliza comas conseqüências políticas de seus atos. E há umfato. que desmente essa conclusão: a orientaçãoeconômico-financeira do Governo Mediei, semse contrapor à dos governos anteriores, sofreucorreções, ditadas pela política.

AZEVEDO UMA-

Nordeste:BRASÍLIA (Sucursal) — O SenadorVirgílio' Távora disse que o atual Go-verno já compreendeu a necessidadedé tratamento diferenciado para cadauma das seis zonas que compõem oNordeste, e está tentando encontrar pa-ra os problemas; dessa área "não a so-lução ideal, mas a solução exeqüíveldentro do contexto nacional".

A seu ver, o Proterra é um instru-mento válido para se iniciar o trata-mento racional de alguns problemasnordestinos, mas é preciso pensar, tam-bém, nas zonas semi-áridas, para asquais nada ainda foi feito. O diagnós-tico completo da situação, afirmou, es-tá contido no relatório da ComissãoCoordenadora de Estudos sobre o Nor-deste (Cocene), já aprovado pelos téc-nicos do Executivo em recente semi-nário realizado em João Pessoa..-

Nunca falamos em falência noNordeste — disse o representante cea-rense, referindo-se aos debates trava-dos no Senado, em meados do segundosemestre. "Nós dissemos" — continuou— "que esta última viagem do Presi-dente da República à região foi ótima,porque o Presidente viu de perto, teveocasião de sentir, com aquela intensi-dade que lhe é inerente, que sua inten-ção era uma, e as realizações outrasbem diferentes".

Poderíamos afirmar, usando ojargão militar tão bem conhecido pe-Io primeiro mandatário da Nação, quea sua idéia de manobra era contraria-da pelo dispositivo adotado, pelo con-junto de órgãos responsáveis pelaobjetivação daquelas intenções —ajuntou o senador.

Virgílio aponta soluçãoEm maio de 1971 — recorda o sr.

Virgílio Távora — foi criada a Comis-são Coordenadora de Estudos sobre oNordeste, organismo de que foi relator.Cento e oito dias mais tarde, a comis-são apresentou suas conclusões, queconstituem, no entender do senadorcearense, uma das maiores contribui-ções do Parlamento ao Governo, nosúltimos anos.

— Não somos vaidosos nessa afir-mativa — prosseguiu. No semináriorealizado recentemente em João Pes-soa, foi confirmada a totalidade das te-ses contidas no trabalho, por pessoasque, em sua maioria, ainda não tinhamconhecimento dele. E um técnico dogabarito de Mário Henrique Simonsenopinou que o relatório dá, realmente,

:' uma solução para o Nordeste.Para o Senador Virgílio Távora, oProterra é um instrumento válido:"Não é uma panacéia, nem vai ser a

salvação do Nordeste, mas é um ins-trumento válido para se dar a partidaracional para o tratamento de uma re-gião tão sofrida como aquela, que sen-do a somatória de seis zonas completa-mente diferentes, tem tido, invariável-mente, por parte das autoridades go-vernamentais, tratamento completa-mente alheio à realidade."

E concluiu: "A atual administra-cão começa a ser a exceção à regra.Daí afirmar que, se, a nosso ver, otratamento da agroindústria açucarei-ra é perfeito, já o mesmo não pode-mos dizer quanto à zona semi-árida.As esperanças nossas estão voltadaspara o Proterra, para aquela decisãodo Chefe do Governo que, em Recife,procurou redimir a região."

1,2 bilhão eíií energia etelecomunicações de SP

SÃO PAULO (Sucursal) — Apenas emobras de infra-estrutura nes setores deenergia, telecomunicações, aproveltamen-to múltiplo das águas e controle das en-chentes, o governo do Estado aplicou, noperíodo de março de 1971 a março de1972, cerca de 1 bilhão e 200 milhõesde cruzeiros.

Durante o referido período, as des-pesas de Investimento do DAEE — órgãoda Secretaria de Obras — elevaram-sea 600 milhões de cruzeiros, compreendeu-do, além da subscrição de capital daCesp e da Cotesp, a execução de impor-tantes obras: regularização das- vazõesdo Alto Paraíba e Alto Tietê (a prlmèir .ra em convênio com o Governo federal),e aproveitamento múltiplo do Rio Ri-beira de Iguape.

Segundo o Governador Laudo Na-tel, foi um desempenho altamente signl-ficativo da Secretaria de Obras, nesses .setores, sobretudo se se levar em conta 'o tempo que, na Implantação de umanova administração, é exigido entre òequacionamento dos problemas e o Iní-.cio da execução propriamente dita.

Para o prosseguimento de seu amploprograma de geração, transmissão e for-

necimento de energia elétrica, o governodo Estado destinou à Cesp — CentraisElétricas de São Paulo — recursos orça-mentários da ordem de 450 milhões decruzeiros. No período, a empresa aplicououtros 650 mühõeB de cruzeiros, dosquais 100 milhões de recursos federais," 400 milhões de financiamentos exter-nos e 150 milhões de empréstimos In-ternos.

No total, foi investido 1,1 bilhãode cruzeiros no setor, propiciando os se-guintes resultados: aceleração do ritmodas obras da Usina de Ilha Solteira, coma-reformulação do cronograma. para aantecipação de etapas; o acréscimo de524 mil kw. na capacidade de geraçãoe de, 1.886.750 kva. na capacidade detransformação — propiciando incremen-' to superior a 50 por cento na produçãode energia em relação a 1970; implan-tação de 705 quilômetros de linhas detransmissão; receita de exploração supe-rior a 500 milhões de cruzeiros;; maiorimpulso às obras das usinas de Promis-são e Capivara; e o início de um novoempreendimento, Água Vermelha, cujoprojeto final está em fase de elabora-ção. ',.-

Emenda ao voto indiretotem mensagens de apoioA reação que se sucedeu à notícia do

encaminhamento da Emenda Constitu-cional, que restaura as eleições indiretaspara governadores estaduais, começou aamainar, segundo circulos políticos, inclu-s:ve no seio da representação emedebis-ta, onde se originara, a partir do instanteem que várias vozes oposicionistas, embo-ra condenando a iniciativa, passaram a seopor à tese de autodissolução do partidoda Oposição, com o que se buscava reti-rar aos opositores da Emenda o argu-mento de maior força persuasiva.

Já se vai tomando conhecimento, porexemplo, de que nem todos os políticossão contrários à iniciativa governamental.A começar pelo próprio MDB, pois mGuanabara, por exemplo, ninguém ficoumais satisfeito com a solução dada aoproblema sucessório estadual do que opróprio Governador Chagas Freitas. Ha-ja vista, por exemplo, que os dois con-gressistas mais ligados ao chefe do Exe-cutivo da GB, os Srs. Danton Jobim 8Benjamin Farah, só fizeram restriçõesquanto ao mérito, já que quanto ao con-teúdo muito pouco disseram. Na banca-da emedebista da Câmara, que por sinalé uma das maiores do partido oposicio-nista, nenhuma voz se ergueu para pro-fligar a Emenda, o que indica que, se jsemedebistas cariocas com assento na Cã-mara fizeram restrições, foram elas in-teiramente absorvidas pelo silêncio <>upela conveniência de assegurar as boas

relações políticas da representação par-tidária com a base do poder. Afinal, oRio é o único Estado da Federação ondea Oposição está efetivamente no poder.E por ser assim, foi que — exceção ape-nas do Senador Nelson Carneiro que evi-dentemente não está tão perto do podermuito pouco se ouviu, no Parlamentoou fora dele, capa? de insinuar a insatis-facão dos emedebistas do Rio.

De'Brasília acabam de chegar infor-maçoes, segundo as quais o presidente doCongresso vem recebendo, dos diferentessetores nacionais, mensagens de apoio àEmenda Constitucional. E não só os go-vernadOres e políticos ligados ao partidodo Governo se definem em favor da pro-posta oficial. Até mesmo vozes isoladas

dezenas de vozes — vão chegando ali,para hipotecar solidariedade e apoio auma iniciativa que, segundo o pensamen-to oposicionista, "havia sido imposta decima para baixo". -

A presidência do Congresso, ao que serevelou ontem, mandou fazer um levan-tamento da procedência dessas mensa-gens. Naturalmente o Senador Petrô-nio Portela não pretende mandar dl-vulgar os resultados, porque Isso nãoconvém. Mas se os Srs. Franco Montoro,Nelson Carneiro, Amaral Peixoto e os"autênticos" quiserem tomar conheclmen-to, por certo o presidente do Congresso,num gesto de sã camaradagem, haveráde facilitar a consulta.

Virhílio Távora

Baixa naCarteira deTrabalho

BRASÍLIA (Sucursal) — Aobrigatoriedade de pagamento,pelo empregador, dos saláriose contribuição previdencláriado empregado até o momentoem que der baixa em sua car-teü-a de trabalho e prevldên-cia social, desde que a mesmalhe .tenha sido entregue, me-diante recibo, no máximo, nasvinte e quatro horas seguintesà rescisão, medida" propostaem projeto de autoria do Se-,nador Vasconcelos Torres ...(Arena-RJ) foi consideradajurídica pelo Senador NelsonCarneiro (MDB-GB).

Considera, no entanto, orepresent ante guanabarino,que o problema é saber, nomomento da despedida, se elafoi ou não Justa. E, sendo in-justa, o empregador respondepela indenização que lhe forimposta pela Justiça,

Considera o Senador NelsonCarneiro que o projeto pode-ria criar outra.. íohte' de di-vergência entre empregado eempregador: saber se o pri-meiro entregou ou não a car-teira e se o patrão recusou ounão recebê-la. "A solução se-ria, a meu ver — considera —a ampliação da Justiça doTrabalho, minorando a moro-sldade que a multiplicaçãodos processos explica, ao ladodo número exíguo de Juntasde Conciliação e Julgamento,não só nas capitais, como nointerior do País."

Não obstante as ressalvas,considera o projeto constitu-cional e jurídico.

Evanjleva apoio

ao GovernoBRASÍLIA (Sucursal) —'Os evangélicos desejam cer-rar fileiras ao lado do Go-verno, na tarefa de promovero desenvolvimento do Paíse o bem-estar da sua popu-lação" — disse ontem aoPresidente da República oSr. Ernesto Bernhoeft, presi-dente do Conselhod e Pasto-res Evangélicos do DistritoFederal, durante audiênciaho Palácio do Planalto.

Ao agradecer o oferecimen-to, o Presidente Mediei pediuao pastor que reze bastantepelo Brasil, "para que o nos-so povo receba a orientaçãoque ele precisa".

Em meio à conversa, o Sr.Ernesto Bernhoeft disse aochefe ~do Governo que osevangélicos — "que às ve-zes se sentem à margem dosesforços em busca do desen-volvimento" _ pretendemoferecer uma contribuiçãomaior à obra do Governo,"tarefa para a qual deseja-mos ser convocados o maisrápido possível". E surpre-endeu o presidente ao infor-mar que quase cem funcio-nários do Palácio do Planai-to são evangélicos.

Prefeito de Niteróianuncia suas metas

NITERÓI. (Sucursal) — O Prefeito Ivan Fernandes Barrosanunciou que vai impor a sua dinâmica administrativaà Capital fluminense "dentro do Orçamento Municipale de um programa que, terá a sua flexibilidade ditadapela maior ou menor elasticidade das finanças públicas".

Disse ser um "homem sem ambições políticas e umauxiliar direto do Governador Raimundo Padllha a quemdeve a oportunidade de dirigir o Executivo de uma cidadeimportante". Revelou que, durante o período em que res-pondeu pelo cargo, procurou conhecer a problemática daCapital, dispondo, hoje, de um levantamento minuciosoque aponta as falhas do serviço público nos distritos e.bairros de Niterói.

Uma de suas metas é manter a cidade limpa e apre-sentará uma plataforma administrativa ao governadorvisando integrá-la ao Plano Estadual de Ação e Metas."Já contamos com ura suporte administrativo de ápolo àPrefeitura, traduzido pelo Grupo Executivo de Urbaniza-ção da Nova-Nlteról" — salientou.

Arena quer presidênciaNITERÓI (Sucursal) — O presidente da Arena destacapital, Sr. Ruy Matos dos Santos/revelou ontem que oseu partido tem interesse em conquistar a presidênciada Câmara de Niterói, esta semana,'valendo-se de umadecisão judicial que estabeleceu em um ano o tempo deduração dos mandatos das mesas diretoras dos Legisla-tívos municipais.

Desmentiu a possibilidade de qualquer acordo coma Oposição para a permanência do Sr. Clves Ribeiro,vereador do MDB, na presidência da Câmara. E revelouque se algum vereador.arenista trair a chapa do partidoserá expulso. As eleições para a renovação da Mesa dáCâmara de Niterói serão realizadas, possivelmente, aaquarta-feira. j: . :"j " ,.-5.\j.- ; ; ç-:>--sitó

Todas as CâmâWide Vereadores que. não promò.-..veram, espontaneamente, no decorrer de março, as elel-ções de renovação de suas Mesas Diretoras serão obri-gadas a convocá-las agora, por força de uma decisãojudicial. Em São Gonçalo, o presidente da Câmara, Sr.Amauri Viana, já anunciou que não cumprirá a decisãoe a bancada da Arena representou ao procurador-geralda Justiça pedindo a intervenção estadual no Legislativoda cidade.

Remessa de remédios

para os nordestinos

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Autoridades verificam os caixotes com medicamentos

Em cumprimento ao que determina a Central deMedicamentos, órgão diretamente ligado à Presidênciada República, foram remetidas, na manhã do ontem,pelo Laboratório Químico Farmacêutico do Exército,noventa toneladas de vários tipos de remédios, en-caíxotados em mil setecentos e setenta e dois volú-mes e transportados em caminhões de 12 a 17 toriela-das, com destino ao Nordeste para atender à popula-ção, onde existe escassês desses produtos.

A primeira remessa será entregue nas Secreta-^rias de Saúde dos Estados da Bahia, Sergipe, Alagoas,Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, CearáPiauí e Maranhão, para distribuição ao Serviço deMalária, missões religiosas, escolas, orfanatos e po-pulação em geral. ¦•¦.-.'

O envio de medicamentos será feito mensalmen-te, sempre de acordo com a necessidade de cada Estado, devendo abranger, em pouco tempo, o Pais inteiro.-

PRESERVAÇÃO DA SAÚDEPresentes ao ato estavam o diretor do Labora-

tório Químico Farmacêutico do Exército, CoronelWeaver Morais e Barros, também um dos diretoresda Central de Medicamentos; Coronel Macéllo VerânloSUva, representando o ministro do Trabalho e dire-tor da Central de Medicamentos; Tenente-Coronel Jú-lio Fernandes Silva, subdiretor do Laboratório Qulmi-co Farmacêutico do Exército; Sr. Paulo Barragat re-presentante do ministro da Saúde e membro da Cen-trai de Medicamentos, além de vários oficiais do La-boratório Químico Farmacêutico do Exército.

Após a cerimônia, o Coronel Morais e Barros õfe-receu à Imprensa falada e escrita um coquetel, oca-sião em que agradeceu a presença de todos, aíirman-do que naqueles veículos seguiam mais de noventa milquilos de remédios para várias enfermidades, de mc~do a preservar a saúde da população nordestina.

1 I

CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2.a feira, 17/4/1972 l.« CADERNO

COLUNAUM

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Sensoresremotos

A possibilidade de utilizaçãona agricultura de sensores re-motos — aparelhos destinadosa levantamentos de toda es-pécie, topográficos, de áreasflorestais ou ocupadas comoutras culturas, vão ser anali-sàdas, em seminário que o Mi-nistro Cirne Lima instala se-günda-felra às 10h30mln. emBrasília, no auditório do Ml-nlstérlo da agricultura.

IO seminário sobre sensoresremotos é destinado a dirl-gentes e técnicos do Mlnlsté-rio e dè seus órgãos vincula-dos e promovido pelo Instltu-to Nacional de Pesquisas Es-p^çlals, cujo diretor. Sr. Fer-nàndo Mendonça, dirigirá ostrabalhos. Durante as reu-nlões serão examinados os pro-jetos em execução pelo Inpoe sua programação para esteano, além de realizadas pales-trás sobre engenharia de sis-tema e programa brasileirocm sensores remotos.

MinistroMADRI (UPI) - o Ministrodo Trabalho da Espanha, LI-cínio de La Fuente, fará umabreve visita ao Brasil durantesua viagem de dez dias pelaAmérica do Sul, segundo in-formou um porta-voz do Mi-nlstérlo.

O informante disse que LaFuente visitará Argentina,Uruguai, Paraguai e finalmen.te o Brasil.

AluguelO tesoureiro do MDB minei-

rò, Amador de Barros, temvários motivos para ficar preo-cupàdo com o futuro do par-tido oposicionista, pelo menosem Belo Horizonte: ele deve8 meses de aluguéis, não arre-cada mais de 100 cruzeirosmensais, não tem Impressos ouequipamentos de trabalho. Oscompromissos mensais do ...MDB mineiro sobem a malade 2 mil cruzeiros mensais, en-quanto os deputados contl-nuam chorando dificuldadesfinanceiras e sem possiblllda-de de aumentar as mensalida-des.

Alimentação¦ A Suseme Inicia- amanhã,

no .auditório do Ministério daEducação, um ciclo de pales»tiras sobre alimentação, des-tjlnado a médicos, professores,assistentes sociais e técnicosdo setor. O ciclo de conferên-cias será aberto pelo médicoSflvio Barbosa. Secretário deSaúde da Guanabara, e en-cerrado na próxima sexta-fei-ra.

- CidadãoO Deputado Frederico Tro-

ta apresentou projeto à As-sembléla Legislativa, conce-dendo o titulo de Cidadão doEstado da Guanabara ao es-crltor e teatrólogo GuilhermeFigueiredo.

JantarNa noite de hoje, domingo,

na residência do médico Vál-ter Rodrigues, o. vice-governa-dor Erasmo Martins Pedrooferece um Jantar ao gover-nador da 'Geórgia, JimmyCarter, que na próxima sema-na retornará aos Estados Uni-dos.

600 milhõesA Comissão de Justiça da

Assembléia Legislativa apro-vou a mensagem do governofluminense que solicita auto-rização para contrair emprés-tlmos ou financiamentos naordem de Cr$ 600 milhões,Junto a estabelecimentos decrédito do exterior.

RodoviaApós Inspecionar, na Bahia,

as obras de duplicação em 32,5km de melhoramentos em 72,5km da BR-324, que liga Feirade Santana a Salvador, o Ml-nistro Mário Andreazza anun-ciou para o primeiro semestrede 1973 a sua entrega oficialao tráfego.

A "rodovia Feira de Santa-na-íalvadõr, que liga a capi-tal baiana com as duas maio-res longitudinais brasileiras —a BRt116, que cone pelo inte-ríor.e a BR-101, pelo litoral— tom um tráfego intenso, queserá aumentado ainda maiscom a conclusão do Centro In-dustrial de Aratu.

BANCO BOAVISTA S. A.. Uma completa organização

bancária.

CTB iniciará plano com 500 mil telefonesBRASÍLIA (Sucursal) — Na próxima terça-feira, o Mlnlsté-rio das Comunicações, através da CTB, firmará um instru-mento de Intenção, com a Ericsson do Brasil, no qual estaempresa se compromete a fornecer à Companhia TelefônicaBrasileira os primeiros 500 mil terminais telefônicos, no va-lor de um bilhão de cruzeiros. Este montante eqüivale âmaior transação já realizada entre duas empresas brasllel-ras e representa uma parte do Plano Nacional de Telefonia,que prevê a Instalação de um milhão de telefones em quatroanos. A assinatura deste Importante instrumento é conse-qüência de um perfeito entrosamento entre o Governo e aIndústria de telecomunicações.

A análise da situação da telefonia brasileira, desenvol-vida pelo Ministério das Comunicações, constitui-se numdiagnóstico amplo e profundo das necessidades do Brasilnesse setor fundamental de sua Infra-estrutura. A carênciade comunicações telefônicas revela-se hoje em dia em todasua dramaticidade: o País dispõe de,apenas dois telefonespor 100 habitantes e ocupa o 31» lugar no mundo em den-sidade telefônica.

Em 1963, quando foi aprovado o Plano Nacional de Te-lecomunicações, já estava previsto o sistema nacional detelecomunicações composto de um sistema básico, de novosistema complementar e de um sistema auxiliar. No decor-rer deste ano, o sistema básico deverá ser totalmente con-cluído pela Empresa Brasileira de Telecomunicações —Embratel.

Dado o desnível entre o sistema básico e os regionais,e levando-se em conta que 70 por cento da telefonia inter-urbana e urbana no Brasil situam-se em áreas operadas pelaCompanhia Telefônica Brasileira — CTB —, empresa que,desde 1966, pertence ao Governo federal, e suas subsidiárias,decidiu o Ministério das Comunicações iniciar o planeja-mento de expansão da telefonia nesta área.

A execução de um plano de tal envergadura, que co-brirá todo o País, demandará prazo de médio a longo, porisso, o Ministério das Comunicações elaborou um plano deemergência, com os objetivos de, a.curto prazo, atenuar ademanda mais premente e melhorar as condições de opera-ção do sistema existente. O rápido desenvolvimento desteplano requereu â participação ativa, além da do Ministériodas Comunicações, dos Ministérios da Fazenda e Planeja-mento, uma vez que a expansão desses serviços extravasaem custo e providências as áreas e recursos normalmentedisponíveis pelo Ministério das Comunicações.

A fim de que o sistema básico se Integre efetivamentecom os sistemas regionais, utilizando o tráfego de que real-mente é capaz, na área da CTB será implantado o planode emergência, ou seja, um milhão de telefones no prazode quatro anos (1972-1975).

Gilberto Freire vêdiferença cultural

RECIFE (Sucursal) — O Príncipe D. Duarte Pio de Bra-gança, descendente dos dois ramos da Família Imperialdo Brasil e de Portugal, esteve em visita ao Instituto'Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, onde foi recebidopelo sociólogo e escritor Gilberto Freyre e. na opprtuni-dade, o jovem príncipe fez comparações entre ascultu-ras africanas e a dos Índios brasileiros.

DIFERENÇAS CULTURAIS"Uma grande diferença entre as culturas africanas ea dos índios brasileiros é que esta é mais fechada à vi-sitação estrangeira, enquanto que as tribos africanas sãomais hospitaleiras», disse o Príncipe D. Duarte. Em re-lação aos aspectos de aproveitamento das horas de lazer

pelas comunidades africanas, declarou que algumas delasinterrompem o trabalho de hora em hora para divertir-se.O sociólogo Gilberto Freyre, por sua vez, revelou seressa característica cultural multo freqüente entre os po-vos primitivos, "nesse particular, multo mais avançados

que os povos ditos civilizados", disse Gilberto Freyre.O sociólogo informou ainda que o Instituto JoaquimNabuco de Pesquisas Sociais, através do pesquisador Re-nato Carneiro de Campos, está realizando um trabalhosobre o lazer entre os trabalhadores nordestinos, enquan-to o Departamento de Economia do Joaquim Nabuco pro-jeta uma outra sobre o cooperativismo regional.

MUTIRÃOGilberto Freyre, que é presidente do conselho Dire-tor do IJNPS, informou a D.' Duarte, que a entidade doRecife pretende estudar as formas de adaptação do co-operativismo europeu às regiões africanas, tendo em vis-ia as possibilidades de aproveitamento de fórmulas na- ¦

tivas de ajuda mútua no nordeste; como o mutirão, nosprogramas cooperatlvistas locais. Ao que o príncipe re-velou que a esse respeito existem algumas experiênciasbem sucedidas em Moçambique e em Angola (onde, se-gundo ele, rrâo existe miséria), e, que, o governo portu-guês está tentando retificar alguns erros de adaptaçãodo esquemas europeus de cooperativismo à realidade daspossessões africanas.

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comunicaaos seus acionistas,-clientes e púbüco em geral que foram concluídas

as negociações pelas quais a

Sociedade Er^ieeiraRatugiiesa S. AR. L.se tornou acionista minoritária do seu complexo financeiro.Assim, com o apoio e a cooperação da Sociedade Financeira Portuguesa

S. A.R.L. e com base no seu plano de expansão no exterior, o Banco Português doBrasil amplia os serviços que vinha oferecendo aos seus Clientes, ao mesmo tempo queatende às exigências de nossa constante evolução, sobretudo no campo das exportações.

Esta associação, devidamente aprovada pelas autoridades do Brasil e dePortugal, representa também, neste ano do sesquicentenário de nossa Independência,mais um efetivo passo no sentido de fortalecimento da comunidade luso-brasileira.

- o banco- com um grande coração.

MT acelera rodoviapara litoral do Sul

Planejada pelo Ministério dos Transportes para unirnuma via direta o litoral rlo-grandense à fronteira oeste doEstado com a Argentina — indo de Osório até Urugualananum traçado de 724,9 km — a BR-290 Já tem implantados1563,8 km (aproximadamente 91 por cento da sua exten-são total) e pavimentados 511 km (70 por cento). A es-trada está totalmente pavimentada entre Porto Alegre eAlegrete, num percurso de 474,7 km e vem prestando no-tável apoio ao desenvolvimento de uma imensa área doRio Grande do Sul, dedicada às atividades agropecuárias,principalmente a criação de bovinos para corte, destinadosàs charqueadas de São Gabriel e Rosário do Sul. De Ale-grnte para Urugualana os 153,8 km finais estão completa-mente implantados, recebendo trabalhos de drenagem eterraplcnagem, e com uma faixa de 30 km já asfaltada. Notrecho inicial medindo 96,4 km, trajeto Osórlo-Porto Ale-gre, a rodovia está em trabalhos de implantação e drena-gem,- tendo sido implantados 35,3 km, obra que foi recen-temente inspecionada pelo Ministro Mário Andreazza, em-penhado cm entregar no mais curto espaço de tempo estamoderna

Jree-way, que atenderá adequadamente o volu-X™r„ -g° QUe -emanda de Porto AleSre' n"cle° de umamicrorrcgiao econômica identificada pelo IBGE em 6 772r,°mn^S.qíla.drad0S' com P°Pu>»Ção estimada em ...'.L«7«» Lhab'tftntes- Importante centro consumidor e co-mercializador dos produtos do Estado.

O planejamento da BR-290 destinou .-', rodovia um* im-£ ,pa?,el

no rtid° da integração do BrasilTom aAmerica Latina sendo projetada como Rodovia Pan-Amerl-cana para fazer conexão da fronteira da Argentina (Uru-gualana) com Brasília. A BR-290, além de constituir-senuma estrada internacional direta om a Argentina èrlra de apoio às demais ligações de fronteira com o UruguaiNo plano nacional, a sua vlnculação com duas eXtescas rodovias longitudinais - a BP-llti ói», -££ IBrasil pelo Interior, do Ceará ao R. G Sul a BR iní m,pelo litoral se estende do R. G. do Norte ao R

*do Sil-, cada uma com mais de 4 mil km de comprimento con

IV, BR"29°; deStaqUn na malha viárlaPdo íais como via de exportação para o exterior e atlvadora dó turlsmo, tendência que se vom acentuando à proporção tinovos trechos entram em uso. P^porçuo que

AT Igreja doNorte jquer

sulistasO arcebispo de BelémDom Alberto Gaudêncio Ra-mos, disse em Porto Alegre

que as dimensões continen-tais da Amazônia trazemmuitos problemas p'ara nIgreja, que encontra difi-culdades para evangelizá-toe que, por isso, pede o auxí-lio dos estrangeiros. Dom Al-berto quer uma maior cor-respondência entre as igre-jas do Sul e do Norte doBrasil, no sentido de umamaior compreensão e inte-gração na Amazônia.

O arcebispo de Belém de-conhece a importância dotrabalho dos estrangeiros,mas gostaria de contar comgente do Sul.

Dom Alberto explicou quefalta pessoal, transporte econdições de manutenção:"Temos apenas duas arqui-dioceses em Belém e Manau?e o restante são prelaziasque são congregações de re-ligiosos estrangeiros que tra,zcm seus elementos e re-cursos. O Governo tem pia-nos para a Amazônia e vaitransferir 100 mil família*para lá em 10 anos. Nestaárea, hoje atuam apenas 26bispos, 200 padres e 400 reli-giosos, o que não dá condi-ções de acompanhamento iodesenvolvimento da região."

Dom Alberto falou tam-béin dos problemas entre oslatifundiários e os pequenosproprietários, dizendo quenão é contra os grandes fa-zendeiros, mas defende os"pobres homens que estãosendo espoliados no Pará,Amazonas e Mato Grosso".

Andreazzaem Minas

dia 18BELO HORIZONTE (Sucxir-sal) — O ministro dos Trans-portes, Mário Andreazza, iráa Minas, na próxima sema-na para inaugurar, no Tri-ângulo Mineiro, o trechorodoviário entre Ituiutaba cCanal de São Simão e paraassinar, em Belo Horizonte,um convênio para a melho-ria dos viadutos da Lagoinhae outro prevendo um siste-ma de fretes ferroviários,para o transporte do mine-rio de Águas Claras até oembarcadouro marítimo doPorto de Tubarão, no Esta-do do Espírito Santo, de on-de os vagões voltarão com ocarvão mineral necessário àsusinas siderúrgicas mineiras.

A inauguração do trechorodoviário da BR-365, com114,8 quilômetros está pre-vista para 12h55min do dia18 do corrente. No mesmodia, o Ministro Mário An-dreazza chegará a Belo Ho-rizonto e jantará com o go-vernador Hondon Pacheco.Os dois convênios serão as-sinados n Palácio dos Des-pachos, no dia seguinte, Oconvênio para a melhoriadas condições de tráfego dosdois viadutos da Lagoinha,por outro lado, será assina-do pelo titular da Pasta dosTransportes o pelo diretor-geral do DNER, engenheiroEliseu Resende.

1.° CADERNO CORREIO DA MANHA — Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2,a feira, 17/4/1972

AN INTERINO

Um dos meios deque o Brasil, comoqualquer país emdesenvolvimento, !an-ca mão para acelerarseu crescimento são osrecursos externos, rigi-damente controlados.

O Ministro do Plane-jamento, João Paulodos Reis Velloso, nosdeu ontem uma pano-râmica sobre o assun-to, demonstrando co-mo não há o perigo do!endividamento externo excessivo no financia-

iiJBIlmento do programa brasileiro.

:o:-

O primeiro dado importante: nesses últimos5 anos, do total do investimento realizado noBrasil, nada menos de 95 por cento são finan-ciados com a poupança interna. Significa que acontribuição externa é um complemento.

A política de exportações tem um papelimportante. Lembra o ministro que consegui-mos passar de 1,4: bilhão de dólares (1963) pa-ra 2,9 bilhões (1971). E este ano deveremos ai- .cançar 3,3 a 3,4 bilhões de dólares — mais queduplicando, no período da Revolução.

O esforço próprio na exportação permite fi-nanciar parte substancial das importações de queo Brasil necessita para suas altas taxas de de-senvolvimento.

O Brasil é dos poucos países que têm o en-dividamento externo sob controle, em todas assuas formas.

O de longo praio já era controlado pelo.Banco Central. Nos fins do ano passado, foimontado o esquema para o endividamento demédio e curto prazos.

Há uma programação anual, acompanhadamês a mês, de forma a permitir o controle domáximo de endividamento, para cada tipo deprazo — seja de 2, de 5 ou mais anos.

"Não há dúvida de que o Brasil tem hojeexcelente crédito externo. Isso permitiria aoPaís endividar-se da forma que desejasse. Mashá muita consciência da parte das autoridadesem manter limites, quanto a prazos e condições."

O Brasil pode escolher aqueles créditos querealmente lhe interessam — diz ainda o Minis-tro Velloso — assinalando que esses prazos econdições com que trabalhamos são os melhoresa que faz jus qualquer país latino-americano. Eutiliza."

''O clima é muito bom e o Brasil está sen-do muito seletivo em relação aos créditos queutiliza".

¦:o:-

O aumento do custo de vida no primeirotrimestre já está praticamente no mesmo nívelde igual período do ano passado. Esteve pior,mas houve ligeira recuperação no mês de março,segundo os resultados publicados ontem.

Nos próximos meses do ano, de acordo comas previsões, deverá baixar alguns pontos. Istoporque o item alimentação, um dos mais impor-portantes, reage satisfatoriamente e assim prós-seguirá, em face do aumento das safras agríco-Ias nas diversas regiões.

O aumento das áreas plantadas e outrasprovidências começam a surtir efeito. São Pe-dro, espera-se, não será tão impiedoso para osresultados das colheitas.

:o:

O combate à elevação de preços, de outrolado, mobiliza Governo e Classes Produtoras,atendendo à convocação do Presidente Medieia 31 de março último.

Preços absolutamente compatíveis, em to-das as áreas, é o que se deseja, para um com-bate sistemático àquela margem de inflação in-desejável a que se refere o Ministro DelfimNetto.

Mas voltando a inflação nos primeiros me-ses do ano. Surpreenderam os resultados nega-tivos, mas não chegaram a assustar, no momen-to em que foram identificadas as causas. Nãofoi só o item alimentação.

O Governo viu repetir-se uma tendência deórgãos e mecanismos federais e estaduais emconcentrar no começo do ano, maciçamente amajoração de preços e tarifas de serviços.

O resultado é que os itens serviços pessoaise serviços públicos concorreram com percenta-gens altíssimas para o aumento do custo devida nestes meses, o que psicologicamente nãofoi bom.

No futuro, esses aumentos, deverão diluir-se ao longo dos meses.

Catalina: sobreviventes chegam à GBSão Paulo será a sede dareunião anual da Ciência

Na madrugada de ontem chegaram aoGaleão cs primeiros sobreviventes do Cata-Una da FAB que caiu na Amazônia, resga-tados pelo serviço de Salvamento da FAB.São eles o Tenente-Coronel Aviador'CarlosRoberto Gomes Ribeiro, o capltão-médico 'do Exército Natanael Ramos e sua esposa,Clésiá Ramos, e o .1.° eargento-mecânicoPaulo Oliveira Eanerlindo.'

O Serviço de Relações Públicas do Mi-nlstério da Aeronáutica informou que maistrês sobreviventes haviam sido resgatadosate às 16h de ontem e aguardavam em Por-to Velho a remoção para o Rio de Janeiro.O trabalho para o resgate dos demais pas-sageiròs estava sendo dificultado pelas for-tes chuvas que caíam sobre a região ama-zónlca- de Humaltá, próximo ao local daqueda do avião.

SARGENTO OPERADO

Depois de chegarem ao Galeão, os qua-tro sobreviventes do avião foram imedla-tamente enviados para o Hospital Centralda Aeronáutica para recebimento de socor-ros médicos. Apenas o capitão-médico doExército e sua esposa tiversm alta e se re-tiraram pára a residência.

Q. Tenente-Coronel Gomes Ribeiro foisubmetido a radiografia completa que, se-gundo os médicos do HCA, foi apenas me-dida de rotina para prevenção contra umapossível fratura. O que inspirou mais cui-dados foi o Sargento Eemerlindo, mas. se-gundo informação do hospital, o estado deambos os militares é satisfatnrie e já es-tão autorizadas as visitas.

Até às 16h de ontem, a Aeronáuticaainda não sabia informar quando seriamtransportados para o Rio os três sobrevi-ventes resgatados que se encontravam emPorto Velho: o tenente-coronel do ExércitoLúcio Leite de Oliveira, o 1.° sargento-me-cànico Jorge Catanhedo França e o 3.° saf-

gento-radiotelegrafista Luís Raimundo Fa-ria. Segundo o Serviço de Relações Públi-cas do Ministério, a remoção dos três não

' é o. medida premente, uma vez que o estado<e saúde dos mesmos não inspira cuidado.

¦ ¦ •• ¦ ',. CHEGA A ESPOSA

Valma Seda desembarcou as Hh55minno Galeão, onde era esperada por sua fa-milia — mãe e irmãs — que, veio da Ba-hla aeslstl-la. Accmpanhada do filho, CélloSeda Júnior; de 16 anos, o estado da viúvanão lhe permitia alguma declaração: ner-vosa e aos prantos, Valma Seda desceu doavião para a Kombi — localizada na pista£ onde dois oficiais da Aeronáutica a ton-duziram pela sala de autoridades à sua fa-milia, que, em igual transtorno, não con-seguia também falar no desastre. Para afamília da viúva Valma Seda, tudo agoraera; uma questão de abreviar sofrimentos,de dar o caso por encerrado tão rapidamen-te quanto possível, e náo esperava contarcem a colaboração da Aeronáutica, no que

¦ toca à remoção e enterro do Major Célio Seda; entretanto, meano sob p:cme;sa de aja-da da Aeronáutica não se sabia ainda., aofim da tarde de ontem,- qumdo cheariãao Rio o corpo do major — cs vôcs de For-to Velho, onde morreu Célio Seda, encon-travam-se prejudicados pelas fortes chuvas

' que desabaram na região.Célio Seda Júnior, o filho do major,

procurava se conter e, embora visivelmentechocado, chegou a contar que, da Base Aé-rei de Belém, participara dos serviços deresgate das vitimas do Catalina.

Célio Seda Júnior, que segundo seus tiospresentes ao aeroporto, era aluno do cursode bõos da Base de Belém, além de estarduplamente envolvido na expectativa doresgate do major (pela sua participação co-mo membro da família e da Base Aérea),íoi quem deu a Valma Seda a noticia damorte de seu pai.

Retirados todos os corpos do SamuraiTodos os corpos já foram resgatados do.s

destroços do Samurai da Vasp. na Serra deMaria Comprida. Os seis últimos recolhidospara o Instituto Médico Legal, foram iden-tificados como sendo de Abrahão Knijnlk.Zenir Albuquerque. Eduardo Cúrie. EdithMarins (comissária de bordo). EdilsonHorácio Pereira e Daniel Lázaro.

17 pesoas já foram sepultadas: Sãoelas: Maurício Magalhães, no Cemitério deSão Francisco, às 11 horas de ontem; noSão João Batista foram Fernando A. Sou-za; Hércio Pereira Barros; Luís GeraldoSantana; Petter Collins; Wilson Jorge Mar-quês da Silva; Carlos Roberto de Abreu Va-lença e Renan Coelho Pinto, no Cemitérioda Saudade.

TRASLADADOS

O Cel Otiles Moreira da Silva íoi trás-ladado às 9h;.5min de ontem, no vôo 370.para Cuiabá, onde ocorrerá o sepultamento;Ida Hain foi sepultada em São Paulo e seucorpo íoi trasladado no DC-.-0615; Aristi-des Pedrosa Silva também foi levado paraSão Paulo no mesmo avião. O sepultamen-to do piloto da aeronave Leonel José MatosNetto, ocorreu, ontem, em Niterói. •

¦ FAMÍLIA VASPIANA Í '•< '» '¦" f

O presidente da Vasp, Sr. Luís Rodov.ríenviou telegrama ontem, nos seguintes tèr-mos: "Toda família Vasptana ehlutada como trágico acidente faz-se representar nesteIngrato momento pelo seu Presidente Dr.Luts Rodovil Rosst e diretoria VG para le-var a todos os familiares e amigos os nos-sos sentimentos de profundo pesar pt LutsRodovil Rosst — presidente da Vasp."

Enquanto isso. helicópteros continuamno lccal do acidente, além de peritos e téc-nicos da Vasp, na tentativa de descobrir averdadeira causa do desastre.

O Sr. Clay Soares. Relações Públicas daVasp disse ontem que "os engenheiros e pe-ritos encarregados de vistoriar o Samurai si-nistrado caido na serra Maria Comprida,ainda não chegaram a nenhuma conclusão".

"O pronunciamento oficial da compa-nhia — acrescentou — será feito após aabertura da caixa de segurança que, semdúvidas, poderá esclarecer todos os detalhesda causa. Logicamente, já existem diversashipóteses, mas preferimos aguardas os lau-dos periciais."

Finalizando, Clay Soares reiterou, emnome da Vasp. a dor e pesar què se abate-ram sobre todos os componentes da empre-sa, em face da tragédia ocorrida, colocan-do a disposição das famílias, todae qual-quer ajuda que a Vasp, porventura esteja ca-pacltada a oferecer. O Relações Públicas de-

monstrou ainda, a certeza de que tudo serádevidamente apurado e revelado de acordocom os acontecimentos.

SEPULTAMENTO

Os soldados armados perfilaram-se paraque o esquife conduzindo o corpo do Brl-gadeiro Mário Calmon Eppinghaus, cobertocom a Bandeira Brasileira e ladeado porautoridades civis e militares, entre as quaiso Ministro da Agricultura Cirne Lima,Ministro da Aeronáutica Araripe Macedo,passasse entre alas de soldados.

O sepultamento ocorreu ontem às 11 ho-ras no Pantheon dos Aviadores, na quadra 5,mausoléu 11, terreno 428-E. Antes, porémíoi velado na capela 1 da Real Grandeza.

ULTIMO ADEUS

Centenas de pessoas, entre amigos eparentes, foram dar o último adeus ao Brl-gadeiro Mário Calmon. Uma comitiva daCampanha Nacional da Escola de ComunI-dade, íoi representada pelo Professor JoãoCalista- de Medeiros, de onde o brigadeiroera presidente no Estado do Paraná.... As Uhlòmin, o cortejo aproximou-se do

Mausoléu e o toquS 'de silêncio ecoou peloCampo Santo, entrecortado por salvas cietiros, desfechados pelo Grupo de Obuses doExército que prestou a última homenagemcom 15 tiros dentro do Pantheon. A esposado brigadeiro, Sra. Ofélia, se fazia acompa-nhar de suas duas filhas Priscilia e Mírian,esta última casada com o filho do Ministroda Agricultura, Sr. José Maria Cirne Lima.O corpo foi encomendado por MonsenhorAntônio Monteiro, da Aeronáutica.

Estavam ainda presentes todos os bri-gadeiros sediados na Guanabara, além doComandante da 3.a Zona Aérea de SãoPaulo, Délio Jardim de Matas, Os soldadosapresentavam armas na proporção que oesquife passava entre a multidão que per-maneceu na Rua General Polidoro, interdi-tãda pelo Detran.CURITIBA (Sucursal) — O governo do Pa-raná mandará rezar missa de sétimo dia r.apróxima terça-feira, dia 18, às 18 horas, naCatedral Metropolitana de Curitiba, em in-tenção da alma do ex-comandante da Es-cola de Oficiais Especialistas e de Infanta-ria de Guarda, Brigadeiro Eppinghaus, fa-lecído recentemente em acidente de aviação,no Estado do Rio. Por outro lado, o Tencn-te-Coronel Aviador João Batista de SouzaMaceno assumiu interinamente o cemandodaquela Unidade, até que o Presidente daRepública proceda a nomeação de um subs-tituto efetivo para o brigadeiro falecido.

Fnferro do Brig. Eppinghaus

SÃO PAULO (Sucursal) — Será ;dedica-da a Osvaldo Cruz. criador da MedicinaExperimental no Brasil, cujo centenáriode nascimento se comemora este ano, aXXIV Reunião Anual da Sociedade Bra-sileira para o Progresso da Ciência. Ospreparativos do certame prosseguem ati-vãmente na nova sede da principal orga-nização científica brasileira.

Tanto os trabalhos da Comissão Or-ganizadora Geral.como da Comissão Exe-culiva, integradas por cientistas e educa-dores de todas as áreas da pesquisa purae aplicada estão sendo coordenados peloProfessor Simão Mathias, secretário-geralda SBPC.

De acordo com deliberação da direto-ria da SBPC, a partir da XXIV reuniãoanual, cuja realização está marcada parao período de 2 a 8 de julho próximo, naCidade Universitária, no edifício de Geo-grafia e História da USP, a entidade edi-tara, além cio volume que contém os re-sumos das comunicações a serem apresen-tadas, um outro contendo o texto dos sim-pósios e das conferências a serem profe-ridas.

Os principais conferencistas serão osProfessores Fred S. Keller, da WesternMichigan, EUA. autoridade mundial nocampo da Psicologia Experimental e umdos convidados especiais da reunião; Os-car Sala, da USP, que falará sobre "Poli-tica do Desenvolvimento Cientifico", e

Ornar Catunda, da Universidade Federalda Bahia, que falará sobre a "Educação

nos Países em Desenvolvimento". ,Vários outros cientistas convidados,

inclusive alguns detentores de Prêmios NO,bel, ainda não confirmaram a aceitaçãodos convites, que só recentemente se tor-naram possíveis graças a auxílios fome-cidos por diversas instituições de amparoà pesquisa que patrocinam o encontro na-cionai dos cientistas.

As 23 seções especializadas em que sedivide a XXIV reunião anual da SBPÇ,com a participação das entidades cientí-ficas de cada área, abrangem simpsio econferências próprias, também incluídasno programa cientifico geral da SociedadeBrasileira para o Progresso da Ciência,.Assim, na seção de Bioquímica e Quírru-ca de Produtos Naturais, haverá um sim-pó=io sobre "Informação em Eucanotos",coordenado pelo Professor Walter Colli, econferências pelos Professores E. Wen-kert, da Universidade de Indiana, EUA, oE A Ruveda, da Universidade de Bue-nos Aires, respectivamente sobre "Síntese

dos terrenos" e "Alcalóides Polipeptidicos".Na Seção de Engenharia e Tecnolo-

gia. serão proferidas conferências pelo Dr.Humberto B. Mahlmann sobre "Os pre-requisitos e os serviços de um engenheiroindustrial" e pelo Dr. Eolim Sow, do"Cambridge Soulhworth Scientific Instru-ments", Inglaterra, sobre "A Utilidade doMicroscópio Eletrônico".

Atendimento médico deve ser maiorO médico Paul H. T. Thorlakson,

Chanceler da Universidade de Winnipeg,Canadá, e que participou em São Paulodo Simpósio sobre Medicina de Grupo,afirmou antes de retornar a seu país que,"no Canadá, e pelo que sei talvez noBrasil, a Medicina encontra-se numa en-cruzilhada no que se refere ao forneci-mento de serviços médicos eficientes, ade-;quados e mais amplos possíveis à popu-lação, a um custo que todas as camadaspossam pagar."

Também professor de Cirurgia devárias faculdades canadenses, Thorlaksonpresidou em 1970, em Otawa, o primeiroCongresso Internacional de Medicina deGrupo e, no momento, está preparandoo 2.° Congresso Internacional que serárealizado em 73, na cidade de São Paulo,a ser presidido por um médico brasileiro.

EVOLUÇÃOAcentuou que, principalmente nos

últimos 40 anos, as ciências médicas ea tecnologia da Medicina desenvolveram-se enormemente e por isso cabe a todasas pessoas ligadas à< saúde utilizar o má-ximo possível as técnicas já disponíveisem beneficio da humanidade. No Canadá— disse — os departamentos de saúde da

área federal e as províncias atuam con-juntamente com os serviços sociais e es-lão nreocupados com três aspectos do sis-tema de atendimento: 1) distribuição ina-dequada de instalações médicas e de ser-viço social em muitas regiões do país; 2)rápido aumento dos custos; 3) o fato dèque, apesar do seguro médico-hospitalarnacional compulsório, as pessoas em Tnásituação financeira ainda não estaremrecebendo o atendimento a que têm di-reito. Atualmente — disse o médico PaulThorlakson — o acesso a serviços médl-cos de boa qualidade no Canadá é umdireito que assiste a todos os cidadãos.

DIVERSAS FORMASHá no mundo diversas formas de

exercício da Medicina de grupo. Há ex-tremas diferenças de opinião e diversostipos nos Estados Unidos, Canadá, Ale-manha, França, Inglaterra, Japão, Norue-ga e no Brasil. De qualquer forma — Iri-sou — a Medicina em grupo é à grandesolução para o atendimento da coletivi-dade e o fato de existirem sistemas diver-sos revela sobretudo a preocupação de ca-da um desses países em resolver o pro-blema dentro também das diversas es-peciíicações que apresenta em suas res-pectivas áreas.

Centro da moda paulistavai iniciar exportações

SÃO PAULO (Sucursal) — Durante duashoras, 12 manequins apresentarão 200 pe-ças' de 12 coleções especialmente prepa-radas para o desfile que o centro de atl-vidades da moda, em- São Paulo, organi-zou para a missão comercial alemã, ama-nhã. A presença dos compradores alemães— representantes da Associação de. Co-mércio Exterior de Varejistas Alemães —é promovida pelo Centro ínters—TÍcanode Promoção de Exportações — uipe —,da OEA, e tem o apoio do Itamarati, Ca-cex, Fiesp, Federação do Comércio do Es-tado de São Paulo, Associação Comercialde São Paulo, Banespa, Associação de Ex-portadores Brasileiros, Secretaria de Agri-jultura de São Paulo e Alcântara Macha-do Comércio e Empreendimentos.

CRIAÇÕESNove empresas mostrarão suas cria-

ções no setor de iingerie, roupas femininase masculinas e artigos de couros e peles.Cada manequim desfilará com um nume-ro, facilitando a identificação do mode-Io, cujas características são descritas emroteiros redigidos em. alemão. — Para queos alemães tenham uma maior visão daspossibilidades do setor, um pequeno textoem alemão será lido no início do desfile,lembrando que a apresentação é apenas

uma mostra no estagio 'atual da modabrasileira.

Iniciando suas atividades em janeiro,esse é o primeiro desfile que o CentroBrasileiro de Atividades da Moda, apre-senta a uma missão comercial do exterior.E é o primeiro *rabalho desenvolvido emconjunto com o Cipe. O centro já rece-beu o oferecimento de uma empresa deaviação internacional pa"ra levar umá co-leção mais completa a qualquer país daEuropa. Possuindo, 120 sócios, entre osmais representativos do setor, o CBM par-1irá para a formação de uma companhianos moldes das trading-compantes. Mas,por achar o mercado alemão e o europeureceptivos à moda brasileira sua primeirameta será conceituar a moda brasileira,casando os interesses dos possíveis impor-tadores com a moda local.

O quadro a seguir mostra as disponi-bilidades mternas da República FederalAlemã para o setor de vestuário:

19G5 — 1970(Em milhsres de marcos)

1965 1970Produção 0.782.818 7.824.064Importação 617.387 1.242.574Exportação 368.875 646.520Disponibilidade

Interna 7.031.330 8.420.118

Padilha entrega medalhasNITERÓI (Sucursal) — O Governador Ral-mundo Padilha, acompanhado de assessoresde seu Gabinete, presidiu as solenidades deentrega de medalhas Tiradentes e BrigadeiroCastrioto a diversas personalidades e dos es-padins aos novos cadetes da Escola de For-mação de oficiais da Polícia Militar do RJ.

O Comandante da 2» Brigada, GeneralGentil Marcondes Filho, o arcebispo de Ni-t«mí, Dom Antônio de Almeida Moraes Jú-nior e o presidente da Assembléia Legisla-

tiva, Deputado Joaquim de Freitas, além dopresidente do Tribunal de Justiça, Desem-bargador Amaro Martins de Almeida, estive-rem presentes às solenidades.

MIGUEL PEREIRAA Programação do I Congresso Feminino

de Miguel Pereira que será realizado nosdias 26, 27 e 28 de maio será definida dia 22deste mês, durante reunião convocada pelaPrefeita Aristolina Queirós.

Aplique no maior Fundode Investimento da AméricaLatina: FUNDO CRESCINCO.

GRUPOUNIÃODE BANCOS

CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2.a feira, 17/4/1972 l.o CADERNO

Esgotos, o maior problema da BarraDepois da urbanização prevista noPlano-PUoto, do professor Lúcio Costa,a Baixada de Jacarepaguá e Barra daTijuca poderão acolher uma populaçãode 2 milhões de pessoas. O plano prevêa urbanização de 102 km2, o que eqüivalea seis vezes a Zona Sul da cidade.A urbanização imediata é inevitávelsob vários aspectos. Quando o DER Ini-ciou a construção da nova estrada houveuma corrida imobiliária. Para evitar o

povoamento desordenado íoi feito o Pia-no Lúcio Costa e criado o Grupo de Tra-balho para executá-lo. Isso contribuiupara acelerar mais ainda o Interesse pelaBaixada de Jacarepaguá, que poderá serchamada dé paraíso verde. Isso porque,além de uma extensa área arborizada,todos os moradores dos núcleos reslden-ciais terão apartamentos de frente parao repousante verde da paisagem, e nofundo, de um lado, o mar azul, e de ou-tro as montanhas.

PROBLEMAS

Se por um lado há muito interesseem implantar a curto prazo empreendi-mentos residenciais de grande porte, poroutro lado há sérios problemas na suaexecução. Pelo fato de o terreno ser for-mado por turfa (matéria orgânica de-composta), os edifícios 'necessitarão defundações multo profundas.

A falta de uma rede, de esgotos é umdos principais problemas da Barra daTIJuca. Está criando enormes dificulda-des para os seus novos moradores queJá estão radicados no local. Para quemmora na Barra, o problema exige solu-ção urgente. Moradores da Rua MajorRolinda da Silva enfrentam uma situa-ção calamitosa quando chove, pois váriasvalas cheias de detritos transbordam,transformando a rua num caminho sujoe mal cheiroso, com as águas invadindogrande número de residências.

Se a Baixada de Jacarepaguá conti-nuar sem água, luz e esgotos o planoLúcio Costa não. poderá sair do papel.Quem faz a advertência são os constru-tcres e futuros moradores da Baixada,que não vêem posslbüldade de desenvol-vlmento rápido e ordenado na região semuma infra-estrutura de serviços públicos.

O Governo estadual se defende dl-zendo que só com o aumento da popula-ção será possível instalar a Infra-estru-tura, pois as concessionárias não que-rem fazer obras onerosas para seremusadas por poucas pessoas. Assim, unsesperam pelos outros na região: os cons-trutores e futuros moradores querem queo serviços' sejam antes instalados pelasconcessionárias, e estas aguardam quemais gente vá morar na área. Enquantotodos esperam a região está pratica-

mente estagnada.

FUTURO AMEAÇADO

Os técnicos do Estado asseguram que,de acordo com o plano do urbanistaLúcio Costa, a Baixada de Jacarepaguá

será uma área onde todos vão morarbem, com todo o conforto da cldale gran-de e a tranqüilidade das cidades peque-nas, numa experiência urbanística quaseúnica no mundo.

Desde a aprovação do plano-pUotode Lúcio Costa, as companhias imobillá-rias e os particulares com terreno naregião demonstraram grande Interesseem realizar obras na Baixada, cujas ter-ras ficaram muito valorizadas e cotadasa preços quase proibitivos. O crescimentodemográfico é expressivo mas a regiãoainda se ressente prioritariamente deuma infra-estrutura de serviços públicosadequada. O movimento diário de pes-soas que procuram os técnicos do grupode trabalho da Baixada atesta esse in-teresse.

O Grupo de Trabalho trabalhou in-tensamente nos últimos meses, segundodepoimento de dezenas de mestres arqm-tetônlcos brasileiros que tiveram seusprojetos Já aprovados. As firmas que Jáestão com seus projetos aprovados estãonum impasse. Vale a pena começar umaobra sem a menor cobertura dos serviçospúblicos? A maioria acha que não. Comoconstruir grande núcleos residenciais ecomerciais sem água para misturar o cl-mento? Ou a construtora fica com a obrasuperonerada, pagando a água transpor-tada por terceiros, ou constitui a súaprópria frota de carros-pipa, para apa-nhar água em logínquos'mananciais. Essasegunda alternativa não é menos dlspen-diosa.

O problema não fica só na água. Aconstrução das torres previstas pelo pia-no de Lúcio Costa não pode ser Iniciadaporque elas necessitam de rede elétricade alta tensão. Mas, fora da área Já ur-banlzada, embora.precariamente, da Bar-ra da Tijuca — não existe energia elé-trlca.'

E' um contraste entre a antiga e anova Barra: ao lado de casas modernas,autênticos palacetes praianos, as habita-ções humildes dos pescadores, dos opera-rios e das lavadeiras, que enfrentam asenormes filas das conduções insuficien-tes, tiram água do' poço ou sofrem coma lama das ruas.

Este é o retrato da Barra atual, cujosmoradores cansados de apelar para as :autoridades e de não serem atendidos,Já encaram suas viclssitudes como umacoisa natural, embora todos manifestema esperança de um futuro melhor, paraque possam desfrutar as delicias que aregião oferece.

Em toda a extensão da Baixada deJacarepaguá não há esgotos, mas ape-nas fossas. Nas áreas próximas às lagoassão feltas-ligações diretas das casas parasuas águas. Todos os bares às margensda lagoa também Jogam detritos na água.Para residências, as fossas ainda resol-vem o problema temporariamente, masagora, sobretudo na Barra da Tijuca, on-de se começa a levantar edifícios de maisde oito andares, os construtores não sa-bem o que fazer.

Trânsito: campanhajá fixou programaForam criados, através de resolução do Conselho Es-

tadual de Trânsito, as comissões da Campanha Educativado Trânsito, com a participação das Secretarias de Segu-rança, de Educação, de Turismo, de Finanças e de Plane-jamento, além de entidades privadas com o objetivo desolucionar os problemas de trânsito através da educação.

A criança foi escolhida como veículo principal dacampanha, que contará com a inauguração de cerca dedez Patrulhas Escolares de Segurança por semana; a in-clusão de normas de trânsito na cadeira de Moral e Cí-vlca da Secretaria de Educação; concursos de redação edesenho na rede escolar primária do Estado; visitas deescolares a quartéis, ressaltando a figura do militar, co-locado no seu devido lugar; escolha dos Patrulheiros deOuro, concursos diversos para crianças e outras realiza-ções, com a presença constante da televisão e do famosoCapitão Aza nas inaugurações.

EM RELAÇÃO AOS ADULTOS

Quanto aos adultos, escolha dos motoristas profissio-nais padrão, de táxi, ônibus e caminhão, ajudante de ca-minhão, cobrador de ônibus, patrocinado por entidadessindicais, com a outorga de medalhas de ouro.

Todos os meses há escolha de motoristas modelos, pa-trocinada pelo Lions Club do Rio de Janeiro — Méier,com valiosos prêmios aos apontados; concurso de foto-grafias e reportagens jornalísticas sobre o trânstio; esco-lha do soldado padrão da Polícia Militar; diplomas e me-dalhas para os que mais se distinguiram, no ano, nas rea-lizações relacionadas com o trânsito. Aproveitar, na pro-gramação da Semana Educativa do Trânsito, a Exposltran,que será de novo realizada, constando da mostra: carrosantigos, últimos tipos de corrida, ônibus, motocicletas;minicidade com o trânsito e tráfego, stands dos órgãos detrânsito, da Polícia Militar e das Patrulhas Escolares deSegurança, trabalhos dos concursos na rede primária, ede adultos. Projeção de filmes educativos, redações, foto-grafias e reportagens relacionadas com o trânsito.

Tráfego naNiemeyer

é difícilApesar de estar definitiva

mente liberado desde a noi-te de sexta-feira, o tráfegona Avenida Niemeyer conti-nua prejudicado porque oDepartamento de Estradas deRodagem não concluiu a lim-peza do trecho atingido pelodeslizamento da encosta.

Os montes de barro retira-dos da pista ficaram junto àmargem, reduzindo a áreade rolamento — já bastanteestreita — é permitindo pre-cariamente a passagem emambos os sentidos.

Em conseqüência, os mo-toristas que se dirigem doLeblon para São Conrado eBarra da Tijuca são obriga-dos a reduzir a marcha maltermina a subida da aveni-da, ocorrendo pequenos en-,garrafamentos, com reper-cussão imediata sobre asAvenidas Delfim Moreira eVisconde de Albuquerque.

DOIS IRMÃOS ÀSESCURAS

A outra opção para os quepretendem alcançar a Barra— o Túnel Dois Irmãos —não pode ser utilizada efeti-vãmente devido ao regime demeia-pista a que está subme-tido o túnel, no sentido daGávea para São Conrado.

III ^w& ^BHB

¦Üiü iVH w^SfâioBPTKH ¦¦ Rufe* ¦ ^w&x&i.':¦¦¦-

WalS*wSIÊí^Kz^BÊÊISsSs^^»ia^Í*WN^m^y^W^^'Wf^w»y^«^S^S^SSSlÊÊ^M

A falta de infra estrutura adequada mantém a Barra da Tijuca deserta

Light aos seus Acionistas1. DIVIDENDOS

A Assembléia Geral Ordinária realizada nesta data apro-vou, entre outros assuntos constantes da Ordem do Dia, o paga-mento do dividendo de 6%, relativo ao segundo semestre de1971, devendo os cheques correspondentes às ações nominativasser enviados aos Srs. acionistas a partir de 17-5-1972.

2. BONIFICAÇÃO

A Assembléia Geral Extraordinária, também realizada nes-ta data, aprovou o aumento do capital social de Cr§ 2.321.417.795,00 para Cr§ 2.901.772.244,00, mediante in-corporação de lucros e reservas no montante deCr$ 580.354.449,00, com a bonificação de 1 (uma) ação novapara cada grupo de 4 (quatro) existentes. Permanece na reservade capital, para futura incorporação ao capital social, a impor-tância de Cr§. 573.070.178,61. ;:>

3. AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO PARTICULAR

A mesma Assembléia Geral aprovou proposta da Direto-ria de aumento do Capital Social, através de subscrição parti-cular, em dinheiro, no valor de Cr$ 120.000.000,00, a ser pagoda seguinte forma: — 10% no ato da subscrição e o restanteem 3 (três) parcelas, mensais, iguais e sucessivas, vencíveis em15 de setembro, 16 de outubro e 16 de novembro de 1972.

4. DIREITO DE PREFERÊNCIA

Os acionistas, em face. da expressa concordância do acio-nista majoritário, terão seu direito de preferência acrescido, deforma que cada 20 (vinte) ações ou fração de 20 antigas (capitalsocial de Cr$ 2.321.417.795,00) fará jus à subscrição de 10(dez) novas, até o limite de 500.000 ações por subscritor. Findoo prazo para o exercício do direito de preferência, as ações even-tualmente não tomadas pelos demais acionistas serão subscritaspelo acionista majoritário,:diretamente ou por intermédio desubsidiária. • {) ¦'¦*£••'.¦ >¦- . '

' ¦¦¦: :'i; ?'$f?p -';. '/£$$•.>¦ ,:-'t- ••?'5. PRAZO PARA SUBSCRIÇÃO

Foi fixado i o período de 17 de maio até 30 de junho de1972 pára o exercício'do direito de .preferência, ;.. •'

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6. DISTRIBUIÇÃO DAS AÇÕES BONIFICÀDAS E DO BOLETIMDE SUBSCRIÇÃO

Os títulos correspondentes à bonificação (25%) das açõesnominativas e os boletins de subscrição para o exercício do di-reito de preferência serão encaminhados aos srs. acionistas jun-tamente com os cheques do dividendo.

São Paulo, 14 de abril de 1972

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O mal do fumoA afirmação de médicos ingleses de que o

fumo prejudica a gravidez e causa a morte demilhares de crianças pouco antes ou depois donascimento, caso a mae não abandone o hábitode fumar, foi confirmada, ontem, pelo Dr. Ar-mindo de Oliveira Sarmento, professor-adjuntode Clínica Obstetrícia da Faculdade de Mediei-na da Universidade Federal do Rio de Janeiro.O professor Sarmento disse que o importante éeliminar totalmente o fumo das gestantes. "Tra-ta-se de um problema antigo. Todas as estatís-tkas são absolutamente unânimes na documen-tação de que a grávida fumante apresenta umainegável tendência a dar luz à fetos prematu-ros ou fetos que apresentam peso abaixo donormal."

Homenagem

WÊÍ. U

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Sem esconder sua sur-presa diante da notícia deque receberia a condeco-ração da Ordem do RioBranco, Fernanda Monte-negro disse que irá ama-nhã a Brasília receber acomenda. Mas voltará nonesmo dia para não pre-judicar a apresentação dapeça Computa, Cotnpu-tador, Computa, no Tea-tro Santa Rosa. A Ordemdo Rio Branco é concedi-da pelo Itamarati.

Sociologia da ArtePara ministrar um curso de Sociologia da

Arte desembarcou ontem no Galeão o sociólogofrancês, Jean Duvignaud, que veio ao Brasil aconvite da Pontifícia Universidade Católica doRio de Janeiro e da Universidade Federal de Mi-nas Gerais. O mestre é professor da Universi-dade de Ciências do Homem, diretor do Depar-tamento de Sociologia da Faculdade de Letrasda Universidade de Tours e diretor dos Cader-nos Internacionais de Sociologia. É também es-pecialista em Sociologia da Arte, principalmentede teatro, e autor de uma série de estudos jápublicados, entre os quais Sociologia do Tea-tro, Sociologia do Ator e Sociologia do Espeta-culo, ainda inéditos no Brasil.

Campanha SimpósioUma conferência sobre"Problemas do Salário

Mínimo" dará continuida-de à campanha do Sindi-cato dos Bancários porum mínimo de Cr$ 320,00.A palestra será feita peloSenador Franco Montoro,na próxima terça-feira,no auditório do sindicato.O salário que os banca-rios reivindicam corres-ponde ao aumento de34% sobre o mínimo atual.

O III Simpósio Nacionalde Administração e Vendasfoi encerrado ontem. OSimpósio foi promovido pe-Ia Piraspuma da Guana-bara. subsidiária da Plrã-mides Brasília S.A.. umdos maiores grupos nacio-nais no setor de espuma eplástico. O encerramentofoi marcado por um jantarcomemorativo, realizado riaúltima sexta-feira, no Clu-be Federal.

Miiiiladrões

.1 .;

As constantes blitzen do Juizado de Meno-res da Guanabara não conseguiram impedir queum grupo de ladrões de menor idade pratiqueassaltos no centro da cidade, principalmente, naAvenida Rio Branco, entre Almirante Barroso eAraújo Porto Alegre. É tal a constância de suasações, que os menores-ladrões já são até conhe-ciclos dos jornaleiros e guardadores de carros.

REGRA TRÊSAutora de músicas de natal que foram reunidas

num compacto e tiveram vendagem superior a 15 mildiscos, madre Maria Helena Cavalcanti, da Congre-gação Nossa Senhora de Belém, acaba de reunir suascomposições para o dia das Mães. que serão lançadasem outro compacto nos próximos dias ç A União dosPrevidenciários do Brasil realiüa o Baile da Indepen-dência no dia 21 em sua sede 4 Várias rachadurasno edifício De Paoli, na Av. Rio Branco, 144, estãopondo seus freqüentadores em estado de alerta % Oator Joaquim Teodoro está preparando um roteiro,"Chico Trovoada". que trata da integraçSo sócio-eco-nômica do negro 9 O chanceler Gibson Barbosa co-meçará a despachar normalmente do Itamarati, apartir de segunda-feira.

ESTE BRINDE ESPERA SUA DECLARAÇÃO DE RENDA.Entregue sua Declaração de Rendanuma das agências BIG-UNIVEST.Você receberá, em troca, um valioso brinde:O Dicionário Geral do Mercado de Capitais.Além do brinde, outras vantagens esperam por você:a assessoria de um funcionário habilitadoe uma extrema rapidez no atendimento.Entregue sua Declaração numa das agências BIG-UNIVEST.Elas são encontradas onde você sempre encontrouo seu banco de sempre, o Banco Irmãos Guimarães.E estão em toda parte.Perto do seu trabalho. De sua casa.Lá, você não encontrará problemas.Muito pelo contrário.Encontrará um brinde.

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MATRIZ

AVENIDACASTELOCATETECATUMBI

¦CINELÂNDIAFREI CANECAGAMBOAGOMES FREIRE

-.GONÇALVES DIASGRAÇA ARANHAHADDOCK LOBOHIGIENÒPOLISJARDIM BOTÂNICOLEBLON

Rua da Quitanda, 80/80-A

Av. Rio Branco, 161-AAv. Presidente Wilson, 165-BRua do Catete, 357RuaCatumbi, 12Rua Evaristo da Veiga, 19Rua Frei Caneca, 91/93Rua Barão de São Félix, 3-AAv. Gomes Freire, 788 -Rua Gonçalves Dias, 19Av. Graça Aranha, 57RuaHaddockLôbo,181-AAv. dos Democráticos, 537Rua Jardim Botânico, 715-AAv. Ataúlfo de Paiva, 822-B

MADUREIRAMEIERMERCADORAINHA ELIZABETHRIO BRANCOROSÁRIOSANTA RITASÃO BENTOSÂO CRISTÓVÃOSIQUEIRA CAMPOSPOSTOS ESPECIAIS:

Estrada do Portela, 24/26Rua Dias da Cruz, 183Rua Conselheiro Galvão, 58-E FAv. N.S. Copacabana, 1362Av. Rio Branco, 86Praça Monte Castelo, 4Rua Vise. Inhaúma, 134-ARua Conselheiro Saraiva. 28-ARua Figueira de Melo, 373Av. N.S. Copacabana, 581 -E

Rua 1.° de Março, 13Rua Siqueira Campos. I6A

AGÊNCIA NO ESTADO DO RIO DE 1ANEIRODUQUE DE CAXIAS - Av. Presidente Vargas, 302

l.o CADERNO CORREIO DA MANHA — Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2.a feira, 17/4/1972

Câncer tem cura em 60 por cento de casoslivro destaca vida

e obra de P. Frontin_^ O movimento pela consagração oficial de Paulo deFrontin como patrono da Engenharia brasileira continuacrescendo em todo o Pais e acaba, agora, de ganhar novoimpulso com o livro do professor Maurício Joppert daSilva: "Paulo de Frontin, o Patrono da Engenharia, Bra-sileira (Sua Vida, Sua Obra, Sua Glória)."

Editado pelo Serviço de Documentação do Ministé-rio dos Transportes, em colaboração com o Clube de En-genharia, o trabalho do professor Joppert destaca os as-pectos mais importantes da vida do homem que, nascidoem 17 de setembro de 1860, no então Município da Corte,conseguia, já aos 14 anos de idade, ingressar na EscolaCentral, para seguir o curso de Engenharia, concluídocinco anos depois.

LÍDER NATO

Conta o professor Maurício Joppert que Paulo deFrontin "revelou desde cedo uma personalidade firme ecombativa, de decisão pronta e ação enérgica. No en-tanto, seu modo era suave, o temperamento bondoso atéa caridade, estudioso e claro na explicação dos assuntos,um argumentador vibrante e poderoso."

Professor, por concurso, ainda aos 19 anos de idade,do Curso de Engenharia Civil e catedrático de Filosofia,no Colégio Pedro II, o jovem engenheiro Paulo de Fron-tin, segundo o professor Joppert, foi, quando estudante,o mais destacado líder do movimento pela autonomia doensino. , .

No livro do professor Maurício Joppert é relatadacom minúcias a participação de Paulo de Frontin- no tor-mentoso verão de 1889, quando um calor excepcional,agravado com a estiagem que persistia, secava os manan-ciais das serras próximas que abasteciam a cidade do Riode Janeiro. Por outro lado, uma epidemia de febre ama-rela, junto com ..numerosos casos de varíola, dizimava apopulação e agravava a situação.

Pressionado pela Oposição, que tinha em Rui Barbo-sa um de seus mais destacados lideres, o Governo cami-nhava para uma situação insustentável, já que não eh-centrava solução para ,o problema do abastecimentodágua à cidade. É aí, exatamente, a 15 de março de 1889,conta Maurício Joppert, "que o Diário de Noticiai publi-ca uma carta assinada por Paulo de Frontin, comprome-tendo-se a trazer às caixas de água da cidade o volumede 15 milhões de litros êm.24 horas, mediante condiçõesde cessão de material existente, garantia de condução e odepósito de 80.contos de réis no, banco, à sua disposição,além da. entrega dos terrenos necessários, no prazo máxl-mo de seis dias."

A promessa foi cumprida e Rui Barbosa, a propósito,escrevia: "O feito do Dr. Paulo de Frontin é o mais no-tável de nosso tempo: o seu nome será inscrito no livroda imortalidade."

Saúde serátema de 6congressosSerão inaugurados hoje,

às 21 horas, no Hotel Glória,seis congressos simultâneosde Medicina Multar, promò-vidos pela Academia Brasl-leira de Medicina Militar.

Os congressos serão encer-rados no dia 21 de abril,tendo sido escolhido como te-ma oficial para ser debatidoem todos os congressos "Di-retrlzes para os problemasde saúde". Através desse te-ma será feita uma avaliaçãodos problemas de saúde edebatidos planos para a po-litica nacional de saúde atuale futura.

Os congressos terão a co-ordenação geral do professorPedro Kassab. presidente daAssociação Médica Brasllei-ra, e contarão com a pre-sença de mais de 800 pes-soas.

São os seguintes os con-gressos que se reunirão noHotel Glória, simultânea-mente: 5.o Congresso Brasl-lelro de Medicina Militar;2.o Congresso Brasileiro deAssistência Medi co-Sodaldas Coletividades Militares;19 Congresso Brasileiro deHospitais Militares; l.o.con-gresso Brasileiro de Históriaca Medicina das Coletivlda-des Militares; l.o CongressoBrasileiro de AssistênciaMédico-Social; e 1.° Congres-so Brasileiro de HigieneMental do Adolescente e en-contro da juventude com arealidade brasileira.

O Primeiro Congresso Bra-slleiro de Higiene Mental doAdolescente será presididopelo Ministro Jarbas Passarl-nho e coordenado pelo pro-fessor Hilário Veiga de Car-vulho.

Sessenta por cento das 50 milmortes quo o câncer provoca anual-mente no Brasil, segundo estimativada Divisão Nacional do. Câncer, doMinistério da Saúde, são perfeita-mente curáveis através dos moder-nos métodos de tratamento imedia-toe até evitávels com o cumpri*mento de normas elementares desaúde e higiene. Em muitos casos,o recurso salvador do 'diagnósticoprecoce não é utilizado devido à íal- .ta de conhecimento do clínico geralsobre os meios de identificação dadoença.'

Dentro da orientação de dar aoaspecto educativo a mesma prlorl-.dade da disponibilidade de, recursosfinanceiros, a Campanha Nacionalde Combate ao Câncer intensificará,a partir do próximo mês de maio.seu movimento de divulgação edu-cativa e arrecadação de fundos pa-rá o ano dé 1972.'70 MILHÕES

Segundo o superintendente dacampanha, e também diretor do De-partamento Nacional do Câncer,Moacir Santos Silva, são necessários70 milhões de cruzeiros para a ma-nutenção dos 30 hospitais e inúme-ros ambulatórios especializados notratamento e assistência a cancero-sos em todo o Pais.

Nesse sentido, a partir de 1 demaio, começarão a ser exibidos fll*mes sobre a campanha através dasemissoras de televisão e cinemas. Osfilmes,, doados pela Assessoria Es-pecial de Relações Públicas-cia Pre-sidência da República, serão de doistipos, atendendo aos diferentes objeUvos da campanha,

O período de 1 a 7 de maio serádedicado à campanha de Incentivoaos donativos em dinheiro, que po-derão ser depositados em. qualquerdas 10 mil agências da rede banca-ria do Pais, em nome da CampanhaNacional de Combate ao Câncer.

De 15 a 21, a ênfase será dadaao aspecto da prevenção do câncer,com a exibição nesse período, de fil-me educativo sobre as práticas hi-glênicas que permitem, evitar oaparecimento de diversos tipos¦ decâncer.

Ao mesmo tempo, a campanhaintensificará o programa de educa-ção popular, com a distribuição deÚvretos contendo informações sobreas causas que predispõem ao câncere os cuidados pessoais qua devemser tomados para evitá-las, realçan-do o aspecto preventivo como o me-lhor método de combate à doença.

Para isto, serfio utilizados 100 milpostos distribuidores do materialimpresso, espalhados em todo o terri-tório nacional, entre clubes, sindica-tos, associações de classe, Igrejas,universidades e unidades militares.

Para o médico Moacir SantosSilva há necessidade de se vencer noBrasil o preconceito ainda arraigadojunto à população, que encara ocâncer como doença incurável.

— O medo dó câncer é muitoantigo e suai raízes mais recentesdatam dos fins do Século XVIII eInicio do Século XIX, quando ai-guns governos criaram enfermariasespeciais para cancerosos que eramverdadeiras antecâmaras da morteonde os portadores da doença per-maneciam até a morte.

O superintendente da campanharefere-se ao câncer como não sendomais "aquela desesperança, pois jáé possível curar um, de cada trêscasos, desde que tratados a tem-po". Segundo ele, o argumento mui-to comum de que não se pode com-bater com eficiência a doença semconhecer-lhe a causa é improcedente.

—- Conhecer a razão primeirade uma doença, afirmou, é muitoImportante, mas não é, como bemmostra a história da Medicina, es-senoial para combatê-la eficiente-mente. A malária já era curada peloquinino -multo antes de se saber oque era aquela febre. Mesmo saben-do-se que a tuberculose tinha comocausa um bacilo, pouco se pode fa-zer até o advento da estreptomicinae outras drogas.

SUBDESENVOLVIMENTOA incidência do câncer no Bra-

sil ascende a 200 mil casos por ano,com 25 por cento de óbitos, segundoa estimativa do Ministério da Saúde.Em sua quase totalidade, esses cá-'sos estão associados a um complexode fatores ligados à própria condi"ção de subdesenvolvimento: precá-rias condições de ambiente, falta deeducação sanitária, carência de as-sistência médica e maus: hábitos ali-'mentares. '' : : -,: ¦

Segundo o Dr. Moacir SantosSilva, apenas três tipos ide câncores— da pele, da boca, e do colo ute-rino — representam 60 pòr cento'dft-totalidade de casos. Todos, entretan"to, são perfeitamente evitávels,- nãosó através do tratamento da doençaem fase inicial, como também daadoção de medidas de caráter pre-ventivo, ao alcance de qualquer pes-soa: evitar a exposição excessiva aosraios solares, principalmente por pes-

soas de pele muito clara;; corrigirdentes quebrados e', dentaduras quecausem Irritação à mucosa bucal;abandonar o hábito do fumo e evi-tar irritações crônicas em qualquerregião do corpo.'

¥& O câncer do colo uterino é oque mais atinge a mulhçr brasilel-ra. Entretanto, basta um simplesexame anual para evitá-lo. O se-gundo tipo de câncer que mais in-cide nas mulheres — o dos seios té curável em 85 por cento dos ca-sOs graças às técnicas de diagnósticoprecoce. A simples inspeção dosseios por meio do tato, pela própriamulher, é também uma forma dediagnóstico precoce.

Ainda como medida preventiva,o cancerologista recomenda a dr-cunsição. "Trata-se de um meio dealta eficácia que deveria ser prati-cado principalmente no Norte e Nor-deste do Brasil, onde é vergonhosa-mente freqüente o câncer do pênls,em decorrência dos baixos padrõeshigiênicos, ali existentes."

A não inclusão da cancerologiano currículo das faculdades médicasé apontada por ele como "um sérioobstáculo na luta contra o câncer noBrasil". Apesar que a adoção damedida esbarra na carência de re-cursos necessários à compra de equl-pamentos e instalações especiais —em poucos paises do mundo a can-cerologia é disciplina básica das fa-culdades — acha necessário "um ní-vel mínimo de conhecimento da es-pecialidade por parte dos médicosem geral".

— Após a prevenção, o diagnós-tico precoce ainda é a maior armade que;.se dispõe no combate ao cân-cer. Na grande maioria das vezes,o doente procura um médico geral,que infelizmente não tem conheci-mentos específicos sobre câncer. Is-to impede a abordagem do diagnos-tico cm sua fase mais importante —a inicial — e faz com se percam asmelhores oportunidades de cura.

,.,. À Campanha Nacional de Com-bate ao Câncer vem procurando su-prir esta deficiência de informaçãopor parte do clinico geral através deum programa de educação médica,que também será intensificado a

•partir de maio próximo. O progra-'ma.consiste na, distribuição de lite-ratura médica entre médicos e aca-dêmicos das faculdades brasileirascomposta, de cinco volumes escritospor especialistas do DepartamentoNacional do Câncer, além de irmmanual de radiologia.

Elevadorcausa outro

acidenteOs acidentes em elevado-

res continuam na ordem dodia. Desta vez a vitima foio Sr. Amaro das Neves T«i-xeira, 43 anos, que estavano elevador do edifício si-tuado na Avenida Nossa Se-nhora de Copacabana, 30,onde funciona sua loja Sim-.patia, especializada -em tin-tas e ferragens. O comerei-ante voltava do escritóriosituado no 2.° andar do pré-dio, quando o elevador, des-governado, foi bater no po-ço.

Amaro sofreu vários feri-mentos à altura da perna es-querda. na coluna e levesescoriações por ¦ todo. o cor-po. Segundo ele, o acidentefoi provocado pelo não en-rolamento dos cabos no ei-xo, já que os mesmos nãoestavam quebrados.

Funcionáriodo CM cai dotrem e morreMorreu ontem, às 3 horas,

José Carlos Vieira Dias, fun-cionário do CORREIO DAMANHA, em conseqüênciade um acidente ocorrido namanhã de sexta-feira, quan-do ao vir para o jornal caiudo trem da Central do Bra-sil, recebendo diversos feri-mentos.

José- Carlos tinha 17 anose trabalhava no CORREIODA MANHA, como contl-nuo, desde o dia 18 de ou-tubro de 1971. Morava comos pais. Joã" Vieira Dias eMaria da Glóra Dias, naRua Touring Club, n.° 74,em Vila Rosário.

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Uma aplicação erradade incentivos fiscais

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GRUPO UNIÃO DE BANCOS

DOSMédicos não

atendemO Hospital Estadual Padre

Oliveira Kraemer transfor-mou-se, ontem à noite, numpalco de graves acontecimen-tos. ocasião em que todo oefetivo médico, de plantão,negou-se a atender os paclen-tes que procuravam socorros,devido ao descontentamentopela qualidade e quantidadeda refeição destinada aos seus.funcionários.

Dezenas de pacientes, entreadultos e crianças, ficaramdesprovidos de qualquer assls-téncia médica; o que provocourevolta e até a ameaça deapedrejamento daquela instl-tulção. à medida que os neces-sitados eram preteridos e in-formados que nada poderiaser feito, já que, com fome.não seria possível a obrigato-rledade dos atendimentos.

Negrão de LimaO ex-Governador Negrão de

Lima será o orador oficial dascomemorações do 24.' anlver-sário da criação do Estado deIsrael. Foi grande a colabora-ção de Osvaldo Aranha, naocasião, presidente da Assem-bléla Geral da ONU, para acriação do estado judeu, em1948. Como ocorre todos osanos, a coletividade israelitada Guanabara vai homenage-ar a família Aranha, atravésde seus filhos Osvaldo e Eu-clldes,

CimentoA Rede Ferroviária Federal

está adaptando 20 vagões tan-quês para transporte de ei-mento a granel da Fábrica deCimento Paraíso, no Estadodo Rio, diretamente para aPonte Rio—Niterói. Experlên-cia, nesse sentido, já foi rea-llzada no escoamento de ou-trás fábricas usuárias da RFF,com êxito absoluto. O trans-porte de cimento a granel, se-gundo os técnicos, reduz o pre-ço do produto e facilita otransporte. A Ponte Rio—NI-teról consumirá 312 mil m3 deconcreto, o que corresponde a2.100 mil sacos de cimento, ouseja, 2% da produção anual doBrasU.

PsiquiatriaO Segundo Congresso Brasl-

lelro de Psiquiatria será reall-zado de 1 a 8 de outubro, emBelo Horizonte, sob a presl-dêncla do Dr. Fernando MegriVeloso, secretário de Saúde deMinas Gerais. Um dos temasa serem abordados será a "Só-cio-psicopatologia das subs-tãncias psicoativas", ou seja,as causas que levam as pessoasao uso de tóxicos e suas con-seqüências no comportamentoindividual e social de cada um.

óculosO Mobral da Zona Sul mau-

gurou ontem um Banco, deÓculos, patrocinado pelo LyonsClub do Jardim Botânico, vi-sando beneficiar os alunos quesofrem de deficiência visual enão possuem meios para ad-qulrlr óculos, segundo o presl-dente do Mobral da Zona Sul,das 2.000 pessoas incluídas nomovimento de alfabetizaçãodaquela área, 30% demons-tram incapacidade de bomaproveitamento por defeitosde visão.

CriminologiaA Fundação Nacional do

Bem-Estar do Menor,; em suasegunda etapa de estudos edebates entre estagiários par-tlclpantes do curso de crlml-nologia do Instituto OscarFreire de São Paulo, contoucom a presença de trinta ecinco estagiários, entre mé-dicos, advogados, e assistentessociais, e de autoridades emcriminologia de São Paulo,entre os quais, o diretor doInstituto Oscar Freire, AyushMorad Amar.

FiipersOs menores de 15 anos po-

derão voltar a freqüentar osfiipers, se fôr revogada a por-taria assinada há algum tem-po pelo Juizado de Menores.Uma petição foi assinada pe-los principais Interessados —os donos das casas de diver-soes — que alegaram não exls-tlr provas de que naqueles lo-cais públicos havia venda per-manente de maconha e apresença de homossexuais,que comprometiam as íinali-dades recreativas,

Miss AeromoçaCinqüenta e oito moças de

40 países estarão partlclpan-do, dia 21, do Concurso MissAeromoça Internacional, pro-movido pela Varlg e HotelGlória. Ontem, 29 delas, quejá se encontram na Guanaba-ra desde sexta-feira, recebe-ram a Imprensa na piscinado Hotel Glória, A maioria dasjovens visitam o Brasil pelaprimeira vez, mas todas mos-tram-se bastante entusiasma-das para "começar -a sair efazer compras". |

PflGUE maio* ifflPOSTO KREflDflSe você preencher bem a sua declaração de Imposto

de Renda, fazendo iodas as deduções e aplicando inleligen-temente os incentivos fiscais que o goyerno_ permite, boa par-le do dinheiro que você pagarvai ser investido em seu própriobeneficio.

Para isto, o.Econômico da Bahia colocou um especialis-ta em Imposto de Renda em cada uma de suas Agências.

Ele ajudará você a preencher a declaração, esclarece-rá dúvidas, orientará a respeito de abatimentos e incentivos.

Mais tarde, o próprio Banco se encarregará de efetuarpara você os recolhimenlot devidos - e de fazer em seu nomeos investimentos a que você liver direito.

Pague menos imposto de Renda. E com mehos trabalho.t para isto que existe um grande Banco.

Econômico^SdaBahiaSA.Ql o Banco aue lhe dá sorte

CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2A feira, 17/4/1972 l.o CADERNO

Viets tomam 19 bases no Sul

mWÊMÊ mmWÊ '"V ,'

No fcase norfe-omencana de Danang os PhantonsF-4 são equipados tom bombas, antes de saírem emmissão de bombardeio sobre a região de An Loc.

Tanzânia abateavião português

DAR ES SALAAM, BEIRA — Incidente de fronteira en-tre a Tanzânia e Moçambique resultou na derrubada deum avião português, pelas forças tanzanianas, e em sub-seqüente ataque executado por aparelhos militares dePortugal contra uma aldeia no sul da República africana.O fato aconteceu na margem do rio Rovuma.

Comunicado distribuído em Lourenço Marques pelocomando-chefe das forças armadas de Moçambique, de-clarou que o piloto do avião abatido, Hugo Assunção Ven-tura, "deve ter perdido a vida". Não foram encontradosainda os destroços do aparelho. ,

; A Rádio Tanzânia informou que as forças do pais eaá milícias populares derrubaram um avião português, quecruzou o espaço aéreo nacional, e disse que 13 aparelhosde Lisboa, com base em Moçambique, atacaram a aldeiade Kitaya, matando um soldado e ferindo outro.

O alto comando português emitiu comunicado ondese declara que serão tomadas as medidas adequadas. Ob-servadores consideram que Portugal executará enérgicarepresália pela perda do avião. O incidente foi conside-rado o mais sério entre os dois países, desde que come-çaram as guerrilhas em Moçambique.

Chefe do IRA Irã não sabemorreu de mortos

BELFAST. ~ Um dos che-fes do Exército RepublicanoIrlandês, John Mcann, quefugiu da prisão em outubrodó ano. passado, foi mortoontem -poi pára-qüedlstas.britânicos. Fontes militaresinformaram quo sete outrosguerrilheiros também tom-baram durante um tiroteiotravado com as tropas.

Depois da série de aten-tados, que tiveram lugar naprovíncia depois da inter-venção da Grã-Bretanha nogoverno do Ulster, o Comis-sárlo William Whitelawameaçou reprimir rigorosa-mente os guerrilheiros ur-banos. Whitelaw tambémreiterou à polícia o firmepropósito de seu governo denão libertar os prisioneirospolíticos.

TEERÃ — Cerca de seis milpessoas podem ter morridoem conseqüência do terremo-to que assolou o sul do Irã,atingindo mais de 45 ai-delas, segundo informaçãodos jornais da capital.

As fortes chuvas que caí-ram na região impediram apassagem dos caminhõesque levam cobertores, man-timentos e medicamentos pa-ra a região. U abastecimen-to continua sendo feito atra-ves de helicópteros.

Uma mulher .grávida quehavia sido resgatada entreos escombros e que tinhauma perna quebrada, deu aluz a criança horas depois.Os médicos informaram quetanto a mãe como o filhoestão passando bem.

Nove feridos emdistúrbio no Harlem

NOVA YORK — O mais grave incidente racial ocorridoeste ano nós Estados Unidos, eclodiu na comunidade negrado Harlem, em Nova York. Em virtude dos distúrbios, qua-tro negros e cinco policiais ficaram feridos, um deles emestado grave, com uma bala no peito.

O incidente começou quando dois policiais tentaramentrar numa mesquita muçulmana e foram impedidos. Achegada de reforços não se fez esperar. A confrontaçãoentre policiais e negros degenerou rapidamente em batalhacampal. Mais de 300 policiais começaram a lançar gás la-crlmogêneo contra a multidão, que ateou fogo em doiscarros-patrulha.

Os choques só cessaram quando os responsáveis negrosdo bairro exigiram a retirada da polícia. Mais tarde osdirigentes convocaram a imprensa e acusaram os policiaisde brutalidade, afirmando que eles não podiam invadir umtemplo religioso, multo menos armados. s.

Horas depois o chefe-adjunto da polícia de Nova Yorkdeu a entender que o policial gravemente ferido havia sidoatingido por disparos da arma de um outro policial.

Paquistão sem Desastre dejei .marcial trem mata 3

ISLAMABAD — O Presiden-te AH Bhutto propôs, duran-te a. primeira reunião da as-sembléia que o elegeu parao cargo, a suspensão da leimarcial que vigora no paíshá 14 anos, caso seja adota-da sua proposta para a cons-tituição interina.

A oferta de Bhutto, quatromeses antes da data marca-da para o fim da lei marcial,não foi aceita por membrosdo seu próprio partido queexigiram a abolição imedia-ta da lei. Ao se referir aproposta, o Presidente Ja-maate Ghaffor disse queBhutto poderá agora nego-ciar com mais força juntoao governo de Nova Deli.

BELGRADO (UPI-AP-La-tln-UH) — O expresso Pa-ris—Belgrado—Atenas des-carrilhou e se incendiou, ma-tando pelo menos três pes-soas e ferindo cerca de 40-As autoridades ferroviáriastemiam que houvesse maispassageiros presos nos des-

? troços dos dez vagões. Oacidente aconteceu a 32 kmleste de Zagreb, na aldeiade Deanovac.

Ambulâncias e carros debombeiros não puderamaproximar-se do local, por-que as estradas estavam in-transitávnls, devido às chu-vas. Trem especial saiu deZagreb, para levar os feri-dos aos hospitais. A maioriados passageiros eram euro-peus ocidentais que viaja-vam para a Grécia.

SAIGON. PARIS, WASHINGTON — Asforças comunistas mantêm pleno controlede pelo menos 19 bases militares e seisdistritos no território sul-vietnamita, re-velaram fontes militares. Todas elas, comexceção da base de Tges, estão localizadas'no setor norte do país, a maioria logoabaixo da Zona Desmilitarizada.

Segundo as Informações, as forças gn-vernamentais abandonaram 12 bases nalinha de defesa da área desmilitarizada,durante os quatro primeiros dias da ofen-siva na região. Ao sul, se retiraram deduas, próximas à antiga, capital de Hué,e foram desalojadas das bases de 0'Connorperto de Danang.

Ontem, ao norte da capital, perto dafronteira com o Camboja, a base de ar-tilharia de Charlie caiu em mãos do ini-migo depois de quase uma semana decombates. Outras posições, situadas nasfronteiras entre o Vietnã do Sul, Laos eCamboja foram igualmente bombardeadas.Os defensores da base de Charlie parti-ram em retirada, desordenadamente, devolta a Hué.

AN LOC

A batalha pela posse da capital pro-vincial chegou ontem ao seu ponto culmi-nante com intensíssimos bombardeios deartilharia comunista. As informações sãocontraditórias: a rádio de libertação dovietcong anunciou a libertação de An Loc.

acrescentando que os efetivos do governohaviam sido aniquilados nas primeiras ho-ras da tarde, mas fontes norte-americanasdesmentiram a notícia.

O Major-General James Hollingsworthprincipal assessor norte-americano para aregião, afirmou que os helicópteros dosEUA e Saigon conduziram pela manhãtrês batalhões de pára-quedistas e soldadospara a área.

O próprio Hollingsworth admitiu queos helicópteros não puderam descer na ci-dade, nas últimas 48 horas e que os pilo-tos receberam ordens para sobrevoar aregião a uma altura de no mínimo 700metros.

REBELIÃO E PAZ

Falando pela rádio, o presidente daFLN, _Nguayen Huu Tho convocou umarebelião nacional para conseguir a pazno Vietnã do Sul, enquanto o delegadonorte-vietnamita em Paris revelava queseu país havia aceito a oferta secreta deNixon para reiniciar as conversações, masa proposta foi cancelada logo depois.

Em Saigon, fontes militares informa-ram que o General Hollingsworth foi re-preendido pelo comandante das forças nor-te-americanas, General Creighton Abrams,por ter dito que "se sentia muito bem"ao matar soldados comunistas. Nos EUA,o Senador Adlay Stevenson lamentava ofato de seu governo apoiar Saigon quenão conta com o apoio dos vietnamitas.

AVISO AO PÚBLICO

Interrupção no fornecimento de energia,dia 18, terça-feira, em áreas de

Copacabana

Para possibilitar a execução de serviço inadiável em equi-pamento de 13 kV da Estação Copacabana, torna-se necessáriointerromper, NA PRÓXIMA TERÇA-FEIRA, DIA 18, entre as 2e as 6 horas, o fornecimento de energia elétrica nas seguintesáreas de Copacabana:

Ruas: Barata Ribeiro (dos n.°s 503/512 aos n.°s 621/628),Dias da Rocha, Domingos Ferreira (dos n.°s 93/100 aos n.°s151/156), 5 de Julho (do- início aos n.°s 323/364), Lacerda Cou-tinho, Raimundo Correia, Santa Clara, Toneleros (dos n.°s 263/338 ao fim); Avenidas: Atlântica (do n.° 2634 ao n.° 2740 e on.° 2806), Henrique Oswaldo e N. £. de Copacabana (dos n.°s687/706 aos n.°s 793/814); Praça Vereador Rocha Leão e Tra-vessa Angrense.

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l.o CADERNO CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2.a feira, 17/4/1972

Part :0i e pêÜTlltííqõs :: viaj antes à LuaTudo pronto para o lançamento da missão Apoio-Tô,hoje, às 15h34min (hora dó Rk*<)ZA tripulação, John

v : Young, Charles Dulce e. ThorsiÊs IVIattingly, passòiío dia de ontem descansando, enquanto a contagem

regressiva prosseguia inalterada',. As previsõesmeteorológicas para Cabo Kennedy dão condições quase

perfeitas para o disparo e as praias próximas ao lobal da,lançamento já estão cheias de gente que irá assistir à

penúltima viagem do homem à Lua. Em diversas partesdo mundo, as unidades de rastreamento e recuperaçãoestão em alerta geral, que só terminará no dia 28, quandoa Apolo-16 cair no Oceano Pacífico. À mais longa missãonorte-americana — Í2 dias, düa;s hóràs e 3Ç mihijtosZr-levará o módulo de comando até uma das regiões maisaltas da Lua, a tíe Descartes, formada pelo que se supõeserem as rochas mais antigas do satélite.

Observatório astronômico• r < •

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PRINCIPAL novidade da Mis-são Apolo-16 é a instalarãode um observatório astrònoZmico na Lua, com o objefjyo |demonstrar que não existe, i$f$I:-'':

nte, o que se convenciona chamar,-cuo espacial. ^Z

Os astrônomos sentem-se^ vatüal-nte, perplexos, com as considera-is contradições que surgem; quan-tentam medir a massa de galáxias

stantes, atraj^ :dO çálcUÍq dá',inte-:ção gravitacjonaí entre galáxias vi-rihas.,, ' ; .^Z: '.. : [._ Z

jJássaII^Ígala^xias:Contudo, Zjüando se niédèm as

aláxias isoladamente; as . mesmas,amadas, parecem^equtyMèí^emfepn-ínto, a um trinta avós da,massa doi-upd;: de galáxias sob\ estudo./ .EstaÜscrepância;,%,; massa, vfaz'\ pensaríue até os maiores telescópios terres-res vêem menos^de dez ppr: cento, dajiassa existente''hd 'espaço:' '""'"

É profunclaimente tie.oepcioh.ante ,|ara os astrôripmos,,que acreditavamer o Únivèrsp' bém :estúdádo, 'chegar

conclusão de que. só puderam, ver,ité agora, dez por- centcZdai matéria|lo Universo observável, ; declararhornton Page, um dos cientistas qtçoprojetou o experimento a ser reali-;ado durante o vôo Apoio. ..

O especialista calcula que o peso\ue falta corresponde ao hidrogênioiisseminado, sób forma difusa,- emquantidades maiores do que se pen-íava até agora e que enche os espaçosentre as galáxias."Até pouco tempo acreditava-seIçyer realmente um vazio espacial

entre Wgãiaxfãsf ou sè^àZqüè^eP

W**'';i#v'-'^v^^'^^^>^í-í^vV'V*v-.v;''.' .paço mtergalatico era um vazio, per*,feito, ;*Supõe-se agora, que as coisas &nãòvSífo assim, e, durante a missão |Apólo. esperamos poder reunir su- '$

íicjéntês quantidades de hidrogênio |elementar", disse Page.''ZZ FONTE DE LUZ I

A parte espetrográficá do obser-|vátòno, um espetrógrafo sensível às |radiações ultravioletas, que será.ins-v|;talado na Lua registrará -a luz dessa |freqüência emitida péló'-hidrogênio. ZA parte propriamente fotográfica dó I •instruraentOi permitirá aos cientistas. 4'localizar ã; fonté^dessa-íluz; quando |voltar à ferra ;o

$a&ete;-com. a pelí-,|j.cuia. f ¦;'- m$>

Este teste não 'pode realizar-se^'da' Terra, devido à' massa de hidro-fgênio que envolve ò- planeta, deno^J.,minado geocórona, que, por sua vez,||será observado tia Lua,: através daVcâmara ultravioleta, construída a umZcusto de dois milhões de dólares. Es-lftas medições elucidarãòíà questão dof:,tamanho e iorma da - geocorona. ,<&¦¦

Page disse que a câmara ultra*!'violeta permitirá observai» cometas,|se aparecer algum, mas só há entre!cinco a dez por cento de probabili-^dades de que isto aconteça. A câma-jra, que incluirá! o primeiro telescópio *astronômico ,a ser instalado na Lua,;será reajustada á intervalos pré-fixa->:dos,..pelos.astronautas da Apolo-16,^a fim de ficar apontada para objetivos!":específicos.,;;,,¦ .-...,.-, -.. ''"''.''

. ¦':Durante a missão, serão realiza-*

das novas perfurações,. pára verifi|car a temperatura sob o solo lunar^-Vai ser feito, também, um experf»*''mérito"

$SmlcfrSi~^v

'::^-0:m.yy-''-y." ¦:¦¦•¦¦¦ f Z;ZZ y,: . Z; v ¦-. • Z; ¦":". m . ¦• . \;-|p%¦:-:;: ; :;

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tio bugffy'liiovacões

"Grand Prix'1 é o npjne que ,os astro-'nautas Yoímg e Duke dçramà séris deprovas a..que será- submetido o veiculo

. de. exploração .lunar, qü.e, é uma. versão,, aperfeiçoada do: que i'oi.utilizado pela tri-

i puíaçao da ~Apolo-Í5.'em- julho do ano

passado- Ò diretor da missão, Chester ;M.Lée, afirmou em entrevista, concedida àImprensa'-.que "na realidade'nada sabemossobre as características de funcionamentodo novo veículo". Outra dúvida; se rela--ciona.coin o mecanismo dèVjiireçãoiv emlocal onde não existe estradà.iíE, segundoLee; os engenheiros precisato:5'desses; da-*-dos técnicos.- mi";

Entre as. melhorias introduzidas nonovo .modelo projetado, se destaca a ins-.taláçãò de cintos àé segurança'que, podem," 'ser'ajústadoè--efretU'a,cios com a .maior, fá-'¦ cilidade. Durantèt;,ó/í)Yôo^da Apologia¦• os

.àstronaútas^haviam se-\queixado, pòig per-deram; muito tempo para ajustá-los e-umdeles chegou a se embaraçar em um de-

)zsi quando se prepaíaya'pára, descer dòveículo. Outra inovação é o sistema-deinterruptores, que permanecerá em fun-cionamento permanente, a fim de não pro-vffcár interrupção na câmara de televisãodepois que os astronautas ¦ partirem paraa Lua- Desta maneira, não se perderá umsó,-detalhe-do vôo, através da, televisão.

•Também- os visores dos capacetes sofre-ram alterações. Os astronautas terão ago-ra uma película sensibilizada pára absor-ver os vestígios de raios cósmicos, queteriam causado as cintilações ao passarempalp. corpo, dos'astronautas. Outra altera-ção.processada para este vôo é que o com-

. bustíycl jião será jogado .fora e, aò descerno Pacífico, a nave ainda deverá estarabastecida, - .. ., "

.- ¦ ¦' m ¦'¦ *• '"¦" --:-.i .

"''¦¦' ¦"'?/.¦"* . '-'ÍT '-

Vovós recordesserão batidos

A

missão Apolo-16 vai durar' 12 dias; no- curso dosquais homens viverão, pela-primeira vez, por. maisde três dias consecutivos, na superfície lunar. Ou-tro recorde da nave será o de obter q.'maior nuA- .

mero cie Informações cientificas, em.qualidade e quantída-de, já*reunidos por qualquer vôo espacial tripulado.' "'

Os planejadores de vôo escolheram um local dfe pouso'capaz de fornecer dados que preencham os brancos nas in^.fprmaçôes obtidas, por anteriores expedições lunares, pa,riomensdà Apolo-16 vão desóer em uma planície, dentro deuma região acidentada conhecida pelo nome dè Descartes,em homenagem ao célebre matemático ' e filosofo francêsdo século XVH ;.',,,:-:, ^,;5;-... _¦•¦•;,. ?-.: ROCHAS LUNARES;. ......:..:^í.v..^.^;.

Segundo se acredita, a área contém rochas vulcânica» !mais velhas do que as amostras de 3 bilhões e 500 milhõesde anos recolhidas nas planícies e "mares" lunares..J>elas itripulações da Apolo-11 e Apòlb-12.' Mas nâo devem'sèrináis :velhas que os espécimes de 4 bilhões e 600 milhões de anos ,trazidos, em 1971, nas missões Apolo-14 e ApoltvlS.

Recolher as amostras, inspecionar, .fotografar e explorar a 1região de.desembarque estão entre, as principais tarefas.dç» 'tripulantes dá,Apolo-16, que também farão várias experl- jências cientificas na Lua e montarão uma laboratório auto*.mático, que fotografará cercada de dez mil corpos celestes, ;Inclusive a Terra. " .,.•..¦. .>.'.¦¦%.-, .<: ;

EXPERIÊNCIAS BIOLÓGICAS;..' ,:,; ]:\Outro dispositivo que irá fornecer dados vitais é o de?/'-

tector de raios cósmicos, colocado na parte externa dò Mó-fduio Lunar. Os efeitos das. partículas cósmicas sobre algu-'-mas formas de vida serão estudados em outra experiência:-'durante

o vôo tíá Apolo-16, denominada "Bioesteclc" e pre-1parada por pesquisadores alemães. ¦..'.'

Será transportada, dentro do Módulo, dè Comando, gran-de variedade de bactérias, vírus e fungos, em novas expe-rlf.ncias biológica. Os cientistas querem saber que efeitos te-rão sobre o crescimento e mutações desses mlcro-organis-mos a reduzida gravidade, a Imponderabilidade etc. _ <

PASSEIO ESPACIALMattingly vai dar um "passeio espacial", qujo prtaòipal,

objetivo é recuperar os "cassetes", do "Sciéntifie InStrument;Module" (SIM), dentro do Módulo de Serviço, antes de sereste desligado do Módulo de Comando, para desintegrar-sedurante a reentrada na atmosfera terrestre. A função doSIM é cartografar e fotografar a Lua, dé órbitáriuriar.'

Mattingly vai íazer as operações SIM durante os três.:dias que passará no Módulo de Comando, em órbita lunar.Quando seus colegas voltarem da Lua ao Módulo de Co-mando, toda a tripulação continuará mais dois dias vo-ando em torno dá Lua, dando prosseguimento às observa»ções com o SIM. , v '

Pouco antes do inicio da viagem de volta à Terra, os as-tronáutas lançarão dò SIM um pequeno satélite, similar, aoque foi'colocado em órbita lunar pela

'Apolò-15,é qüe

'de-verá continuar .transmitindo observações, para a Terra,.deórbita lunar, durante pelo menos um ano. . :.•;•;o ;':'¦ 'yi'"--.- (ri: .VZ f };<A ,v.

'•..'.-•' n-':/i\

y lá

Átripida^âò^melhor treinadas¥ôíihgç Diike e Mattingly

O programa dãmmâp, dia.a dia

'John W. Youn3 $ ° comandantee o único veterano da missão.

[Quarenta e um anos, moreno, de'• olhos verdes, participou emV;setembro de 62, da Gemini-3I em companhia de Virgil Grissòn

(uma das vítimas dacatástrofe de 1966). Depois

comandou a Gemini-10 quo-realizou o primeiro no

espaço c' cm maio de 1969como piloto da Apolo-10

completou SI órbitas cm torno• da Lua- Antes de ser

selecionado para a equipe deastronautas, Young formoú-secm Engenharia Aeronáutica eioi piloto da Marinha. Passou-

a pilota 'dc.proVas^ 'híâérido

então dois recordes mundiaisde yú locidade cm], altura..

t"y - -,r-' - -.--¦ vv-v,.«i ¦"/..: '-^^m^^yy ./";.v<v^-¦''*•¦¦-;* -

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m W'mW'M WÈfimmmmmmm^mmWM^mmmmmmm

Chüí-les!Dtífééfé um.'dáíòíirb doespaço e considerado o maisbonito da trípuíaçãq»-Formadochi Engenharia -Astronáuticajiph) Instituto-íccriõlógico .'.de MassachuscttSi foi. piloto ; ..,dç/Exército. Há dòí.s anos foi.- ;,designado para a tripulação. Zde reservas da Apolo-13, tendojido selecionado pára â equipe: ide, "astronautas, em 1966, .. '

Charles 0ul;e ; é casado, terri.; dois filhos, de sete • e quatro:'

aiios. Sua hiografia o mostra,. çprh 37 anos..l,80m de altura,•pesando 70 quilos. Nasceu '¦¦

. eiri Charlotte na Garolina doNorte e cursou de maneirabrilhante a escola secundáriade St. Pittsbürg, ni) Flórida..

1 li -Ai í.

~

Thornàs Mattingly, tambémcalouro, poderá, transformar-se"no

primeiro pai a tomarconhecimento do nascimento

do filho quando estiver cmórbita lunar. Sua esposa poderá

dar à luz quando da duraçãoda missão Apoio 16. Mattingly

será o piloto do -módulo: decomando, e. recolhera os

filmes realizados durante operíodo cm que orbitar cm

torno da Lua. Em 1970, foraescolhido para a tripulação daApolo-13 mas foi substituído.

•- . Vftlaüingly porém jáestava acostuma'do às

decepções: quando terminou osestudos secundários tentou

inscrever-se no ITM mas acabouno Alabama.

•¦'¦:: -Tudo pronto em-Cabo.;, Kennedy, para olançamento:'da Apoio 18 rumo à Lua.paramais •'•üíná 'exploração ^científica., O. plano.da missão.está completo, .cm ,saus :mínimo:;detalhes e a .expedição sé proc&ssárá' òbs-decendo aos seguintes critérios:,

Duração da. Missão: 12 dias, duas horase 36 minutos. 'Z. •¦.-.

Plano de vôo: será em órbita da Lua,dois astronautas pousarão • na cratera'Des-cartes, re-çolherão jria;érial, retornando àTerra. O lançamento qabrrèfâ às lShSlmin,hora do Rio, de.hoje. A Apoio entraráem l órbita- lunar no~ dia 19, às 17h23min.O pouso, com o módulo, sara às 15h41mindo dia seguinte. A exploração lunar, peíatripulação, se efetuará em três períodos dosete boras cada um, começando - dia 21, às19h34min. Após o cumprimento das deter-minações estabelecidas, a decolagem da Lua'ocorrerá'às 18h39min do dia 23 e o retoi'-

no à.-Terra.'-será a 26. A descida no Pacíficoo'-tá programada para as 17h30min do dia;2L. '¦-;.-- ..: ,- :, V-fVVv V.Z--ZObjetivos principais: suplementar e ampliaro conhecimento sobre a Lua, além de obser- ,var os fenômenos do espaço exterior. Pa-ra a,consecução de tal? tarefas,.os astro-nautas, fotografarão, recolherão amostras deroohas na cratera Descartes e instalarãoinstrumentos-de pesquisa automática.

tocal.de Pouso: a região de Descartesé foimadá. por whas que se supõem sejamniais. antigas do que aquelas jã exploradaspelas missões anteriores.

Aspectos principais da Missão: O vôoda Apoio 16, está programado para ser apenúltima missão dò programa de explora-ção lunar pelo .homem, dentro dò ProjetoApoio. Varias transmissões pela televisãoestão programadas para o vôo de ida e vol-ta-,à -.Luavv ¦ VV :.'¦ , -',.

¦Opróximoseráo último vôoCABO, KENNEDY^ — Os. três astronautas 'quo Viajam '.hojef

na¦'Apolo^ie, 'em di-•¦ '.-¦• ,reção à'Lua, estarão realizando.ópenúl-'..,, ; tlmo. vôo humano5 "norte-americano àque-

le satélite, árites que a Ãpolo-17 encerre, . o projeto• em • dezembro. ¦'.'; ,-yl'y, ih

Qivôo da Apoló-Í7 será iniciado, pè-- lá primeira' vez rio' projeto,, durante' a' noi-, - te. e- seu ,destino será uma das regiões

mais descoiiheeidas c misteriosas da Lua,nas proximidades ,da cratera Taurus-Lit-tron. Também pela primeira vez umeien-vista tomará parte em uma viagem àLua, uma vez que o Geólogo Harrison

Schmidtt, doutor em Ciências da Univer-sidade de Harvard, estará entre os tripu-lantes.. , .-,

;; Harrison, especialista em geologia lu-nar, tentará detectar, na região da Tau-rus-Littron, todo indício de vulcanismoativo, seguindo uma pista fornecida peloastronauta Alfred Worden que, sobrevoan-do a Lua a bordo dá Apolo-15, viu mon-ics de cinza provenientes, ao que parece,ds erupções vuleânicas recentes- Uma dasInovações do vôo será uma sonda que per-mitirá uma exploração do subsolo lunarenquanto a nave orbitar, através da altafreqüência.

A grande conquistade toda humanidade

A Apolo-16, a ser lançada hoje emZlirecão 'à Luacom uma-tripulação de três homens (Tom Mattingly, pi-loto do módulo de comando, Charles Duke, piloto do mó-dulo lunar e John Young, comandante da missão) será apenúltima nave tripulada a explorar o satélite terrestre— depois dela apenas a Apolo-17, a ser lançada-em de-zembro, transportará exploradores humanos e, em seguida,apenas engenhos automáticos descerão ho corpoi ceies-te que, .antes da viagem de Armstrong e, seus pompa-nheiros em 1969, sempre funcionou para a humanidadesob a luz mítica da "coisa inalcansável". V . ;:,,0 encerramento do projeto de exploração tripuladaà Lua põe fim a um dos mais importantes e' heróicos es-

. tágios da.conquista do espaço que cerca posso' planeta,um capítulo que, segundo todas as previsões, permane-cera nos anais desta conquista como "atos de pioneirismoe. bravura" idênticos, em outra dimensão, às'.conquistasde regiões terrestres tidas como inconqúlstáveís^ho pas-sado — como os oceanos- Na mesma proporçãor destasconquistas antigas, os homens descobrirão, no futuro, queoutras regiões além da Lua serão alcançadas "com tan-ta facilidade como hoje se pode atravessar o Atlânticoem poucas horas sem o perigo de ser destruído pelo gi-gante Adamastor.

¦:m A PESQUISA OCULAR ;J % .; ^Entretanto; os cientistas estão cohvencidos de que aausência do olho humano nas pesquisas lunares, depois doencerramento do projeto, fará- com,que estas pesquisasandem em: um-ritmo mais iehto • do ,qufi.;, andariam nor-malmente caso o homem pudesse, ele. Ineipjo, ver, tocar,sentir e amar o satélite. Desta forma, as! duas missõesrestantes, Appio-16 e Apolo-17,.estão-senao'tratadas porestes cientistas como veiculação. de dadòsiiíje capital Im-portância. Os cientistas estãoV cônsclos'de, que as opor-tunidades de pesquisas que não forem ¦aproveitadas nes-tas duas viagens não ocorrerão novamente, pelo menosem futuro próximo. Dai. o empenho; em:'.'aproveitar aomáximo as duas missões justamente pàrá? tirarem delas

;o máximo que for possível Crri informação.'FLUXO DE INFORMAÇÕES

O encerramento do projeto Apoio representará umaredução no fluxo de informações (pelo menos sob o

i pontorde vista da pesquisa norte-americana) sor^re o sa-télite natural da Terra. Desde :oí primeiro pouso ria pua,'¦j visto e sentido pela humanidade como um ato dé cora-gem e uma chave para o futuro, os astronautas conse-gu:ram obter um número de dados sobre Selene (o antigonome da Lua) maior do que todos os estudos realizados

,nos três séculos anteriores — período em que o estudolunar ganhou foros de interesse universal;

Se as missões Apolo-16 e Apolo-17 forem bem su-cedidas, as informações a serem colhidas póí ambos osvôos em conjunto superarão, em volume, segundo as pre-visões cientificas oficiais, às obtidas por todas as mis-soes anteriores. Os planos do Instituto Hudsòn são c°nti-nuar'analisando os dados a serem fornecidos^ por estasduas viagens durante muitos anos, visando, encontrar as"pistas perdidas" para a explicação da origem edo fu-turo da Lua, do Sistema Solar e do próprio homem.

PROJETO SKYLABCom o encerramento do projeto Apoio os norte-ame-

ricanos encetarão o fomento ao Projeto Skylab (labora-tórios espaciais) que, como o Apoio (conhecimento daLua), é visto, pensado e planejado como andamentosiniciais para o que os cientistas chamam hoje, e os es-critores de ficção cientifica chamavam ontem, de "co-nhecimento do cosmos". Tanto a Apoio como o Skylabsão os degraus deste conhecimento (literalmente:

"skysteps").Um terceiro degrau, sempre dentro do plano ge"ral norte-americano, será o Shuttle, veiculo espacial detransbordo a ser lançado em 1978. Depois do Shuttle, se-gundo os íuturólogos, teremos de voltar ao projeto Apol°-pelos menos lendo suas histórias enquanto viajamos en-tre Júpiter e Saturno, comodamente.

8 CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, dominao. 16 e 2.a íeira, 17/4/1972 1.° CADERNO

\

COLUNA Aprovado o estado de guerra no Uruguai ?Nazistas em

ação no PeruAs autoridades peruanas

confirmaram a existência;de um complô nazista. re-laclonado , com o assassina-to do magnata luis Banche-ro Bossl, apunhalado no diade Ano Novo. A revelação ;Íoifelte depois da prisão do ex-Coronel dá SS Frederick Sch-werld, em cuja residência ío-ram - apreendldoã: documentosde teor. Importante'para as In-vestlgaçôes, ainda não divul-gados. ¦ •a • ¦ •

Transplante firmeUm rapai de 20 anos, o iu-

goslavo Dusan Vlacò, que vi-ve há mais de três anos cemum coração transplantado, so-frèu um acidente de áutomó-Véj. ficou ferido mas sobre-viveu. O acidente aconteceuÍ28 de março, mas só foi re-velado ontem, o autor àdtransplante foi o dr. MichaelBackey, de Houston, Texas.

Senadores vêem WlaoOs lideres do Senado norte-

americano Mike Mansfield eHugh, Scott viajaram ontempara á China, em uma visitadurante a qual manterão con-versaçfiea com os dirigentescomunistas. £ á primeira via-gem a China realizada . porcongressistas dos Estados Uni-dos, desde que os comunistastomaram o poder, em 1940.Os detalhes da ida foramcombinados no. encontro dopresidente Nixon com a lide-rança de Pequim, em feverel-ro. }' /'.

Papo convincenteCerca de 30 presidiários da

Penitenciária Estadual dePon-tiac. Illinois, rebelaram-se eprenderam quatro

' guardas,

como reféns, mas os liberta-ram, depois de uma .conversade 90 minutos com o diretordo Departamento Correcional,Petèr Beslnger, que prometeuestudar as reivindicações dosdetentos sobre alimentos, ser-viço médico, etc.

Subsecretário dos EUA vai aiiBeiiâíè economia

SANTIAGO — O .subsecretário de Estadonorte-americano. John irwin. qualificou asrelações entre o seu país e o governo cM-Iene de "corretas^ durante a entreylstá de,uma hora que manteve cóm o PresidenteSalvador Allende, acompanhado dó Em-balxador Nathahiel Davis.

írwüí disse a Allende que a grave si-tuação econômica dos Estados Unidos for-çou .0 Presidente Nlxon: a tomar "decisõesdifíceis'' no ano passado a fim de protegero seu próprio desenvolvimento. A reuniãofoi considerada cordial, por um diplomatahorte-amerloaho, que se negou," a revelarse 09 dois haviam abordado o caso daITT. ','. ¦ \ .•/....•'...

oue, Além de conferenciar com Irwln.está" em Santiago devido à reunião da

! Unctad, o Presidente Allende manteve umaprolongada entrevista com o presidente doBanco Mundial, Robert MacNamara, sobreas reações financeiras que o organismotem cóm o Chile. Não foram fornecidos ou-tros detalhes sobre a entrevista.

O governo francês prometeu apoiar oCJhUe na renegociação de sua divida ex-terna, sem estabelecer relação de depen-dêncla com o Fundo Monetário Interna-cional, assegurou o ministro francês Va-lery Destralng, depois de falar com Allen-Ide. Em Santiago, foi iniciado o estudo doprojeto que estabelece a institucionalizaçãodo confisco .das empresas estrangeiras que

. ittterylerem nos assuntos Internos do país.

Colômbia faz eleições hoje eministros vão renunciar

BOGOTÁ, TULUÀ — O Presidente Mi-sael Pastrariá Bórréro convidou todos ps.colombianosaparticiparem "sincera e fer-vorosamente" das eleições de hoje, pararenovar as assembléias departamentais e

•conselhos municipais. A mensagem deBorrero, dirigida a todo o pais através dorádjo e da televisão, encerrou campanhaeleitoral perturbada pela' agitação

''esta-

dantil.As autoridades de Tulua, ao norte de

Cáll, decretaram.toque de recolher, depoisde um atentado ,a dinamite que feriu gra-vemente três membros do movimento .deoposição -"Aliança Nacional Popular",(Anapo), cujo líder é o ex-General RojasPinilla. .'

Bomba de certo poder foi atirada deum automóvel em marcha contra o veí-

çulo.onde se encontrava a suplente do re-presentànte , do Departamento de Valle,Bárbara de Oatano, e uma mulher e umhomem que a acompanhavam. Durante odia, houve'.algumas desordens entre es-tudàntesé policiais na cidade.

Os ministros-do governo do Presiden-' te ¦ Misael Pastrana Borrero apresenta»rão suá renúncia esta semana. A demissão

-será protüqjplar, com o objetivo de deixaro mandatário à vontade para reorganizarseu gabinete, de acordo com a realidadeeleitoral. ¦¦'•'

Borrero denunciou, em sua mensa-gem, as violências dos últimos dias, di-zendo que foram fruto j

"da coordenaçãoentre grupos extremistas de evidente ori-gem estrangeira". Frisou que "a violênciae os violentos, os subversivos, não terãoprivilégios".

Charles Meyer defende seudas acusações chilenaspaís

WASHINGTON mí O Secretário Adjuntodo Estado, Charles Meyer, disse ontem pe-rante á Assembléia Geral da Organizaçãodos Estados Americanos que o governonorte-americano "não tem desenvolvidoatividades impróprias no Chile", em res-posta às acusações da delegação chilena,em relação à tolerância dos Estados Uni-dos com a ação da ITT.

¦ Ao intervir no debate geral, o minis-tro guatemalteco' das Relações Exteriores,Roberto Herrera Ibarguen, denunciou ospreparativos da Grã-Bretanha com o ob-jetivo de intervir no território de Belice.

Enquanto o chanceler da Guatemalarecomendava medidas coletivas e as san-ções necessárias para a situação do terri-' tórlo, a República Dominicana também re-pelia a desobediência ao princípio de nãointervenção e expressava a esperança deque a reunião chegasse a um acordo so-bre a limitação das despesas militares naAmérica Latina.

A Guatemala apresentou uma, resolu-çao de três pontos, baseada no principioda nêo-lhtervenção que poderá ser anali-sada amanhã quando a Comissão Políticada Assembléia Geral debaterá especifica-mente a. questão.

Uruguaienterrouvítimas

MONTEVIDÉU'— O enterrodas vitimas dos- Tupamaros. oex-Vice-Ministro ArmandoAcosta. Capitão da Marinhade Guerra Ernesto Motto, Sub-comissário Oscar Delega efuncionário policial Carlos Lei-te, contou com as presenças doPresidente Juan Maria Borda-berry, todos os ministros, chè-fes das Forças Armadas, altasautoridades governamentais emais de 15 milpessoas.

Helicóptero multar sobre-voou o cortejo, precedido portrês cavalos brancos, que se-gulu lentamente até o Cerni-térlo Central, onde ocorreu, osepúltamento. Já os corpos daoito Tupamaros abatidos pelaPolicia foram entregues àssuas famílias, que os enterra-ram em caráter intimo.

Os Tupamaros divulgaramcomunicado onde declaramque o ex-Vice-Ministro, o oEi-ciai da Marinha e o subcomls-sárlo mortos eram ligados aorganizações para-pollclais de-dlcadas à luta antisubversiva.

O documento cita declaraçõesatribuídas ao fotógrafo poli-ciai Nelson Bavdésio, seques-trado pelos extremistas em fe-vereiro passado.

A Embaixada da União So-vlética em Montevidéu foi ai-vo de um atentado a bomba,que provocou a quebra desci-gumas vidraças e danos naporta de entrada.

Forças de 'segurança uru-gualas invadiram, a sede doPartido Comunista, depois deconfuso incidente, durante oqual se ouviram disparos dearmas de fogo.. Porta-vozes do?C acusaram a Policia de teratirado contra o edifício, an-tes de fazer a batida. Fontespoliciais disseram que a Ins-peção foi era busca de terro-rlstas foragidos. Os parla-mentares da Frente Ampla es-querdlsta protestaram energl-camente pelo

"incidente.

A Policia, o Exército e aAviaçfio movimentavam-se in-tensamente, na caçada aos ter-roristas. Confirmou-se a pri-são do dirigente Tupamaroengenheiro civil Juan Almira- ¦ti, considerado o cérebro dasfugas da penitenciária de Pun-ta Carretas;;,-:

MONTEVIDÉU — O Parlamento uruguaioautorizou o Presidente Juan Maria Bor-daberry a declarar estado de' guerra internano pais e a suspender as garantias indlvl-duals, para enfrentar a guerrilha urbana,depois da onda de atentados executados pe-los tupamaros.

Só depois de mais de vinte horas dedeliberações a Assembléia concedeu a auto-rização para a medida de exceção, sem pre-cedentés no país. A votação registrou 9?sufrágios a favor e 21 contra. A coalizãoesquerdista Frente Ampla pronunciou-se ne-' gátivamente.

ESTADO DE GUERRA

O estado de guerra interna amplia oâmbito de atuação das Forças Armadas esubmete à jurisdição militar os Incursos emcrime: de subversão. A suspensão das ga-rantias individuais permite a realização derevistas sem ordem, Judicial e a prisão desuspeitos por prazo maior de que o previstoha lei, antes de submetê-los à Justiça.

O debate parlamentar foi complicadopor questões paralelas. As duas câmaras, nasessão conjunta, rejeitaram uma propostada Frente Ampla pedindo uma comissão de .Investigações para apurar as atividades dosupostas organizações -para-ppilolais, combase nas cartas do fotógrafo Raul Bardésio,divulgadas pelos terroristas.

. Mas o entendimento, entre ps dois maio*;?,res partidos tradicionais uruguaios,. o Blan» !co.e o Colorado (respectivamente.oposioãoge situação), alcançado na manhã de ontem*-já havia, garantido a autorização do estadoíde guerra, embora os debates se tivessemúprolongado. ,'

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O Partido Colorado desejava, no en-tanto, que o estado de guerra permanecesseem vigor durante 90 dias, mas os Blancoslimitavam o prazo de 30 dias. A soluçãofmal fala em imposição da Jurisdição mlli-tar por 20 dias e suspensão de garantias ln«divlduals por um mês.

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Banco do Estado do Rio de Janeiro S.A.

(AÇÕES NOMINATIVAS)

Os Senhores Aòionistas daPETROBRÁS, possuidores deações nominativas, deverãodirigir-se à Agência local doBÊRJ, neste Estado, a partirdo dia 18 (dezoito) do corren-te mês, para o indispensávelpreenchimento do Boletim des-tinado ao recebimento dos di-videndos relativos ao exerci-cio de 1971.

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IGNITIONCONTROLADDITIVE

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Se você não recebeu suaamostra de I.G.A., não seaborreça por isso. Afinal, oo que importa é que todagasolina Shell já contémI.C.A. na quantidade exata enecessária.

O que você deve lembraré que é o uso continuado

de I.C.A. que restaura oumantém a potência dbmotor de seu carro. PorqueI.C.A. age alterando aestrutura química dos resíduosda combustão queinevitavelmente se acumulano topo dos cilindros e noseletrodos das velas à medida

que seu cano funciona.Antes da ação de I.C.A.

estes resíduos causampré-ignição (uma explosão forade tempo) ao se tomaremincandescentes e roubam parteda corrente das velas,desviando-a para o blocodo motor.

Pré-ignição, centelha fraca,desperdício de gasolina,perda de força do motor.

Ao alterar a composiçãoquímica destes resíduos, I.C.Aimpede tudo isto.É cientificamente comprovado:I.C.A. restaura ou mantéma força do motor do seu

carro que passa a funcionarbem, a plena potência!

Faça seu carro trabalharmelhor com a ação deste .poderoso aditivo internacionalda Shell. Abasteça semprenos Postos onde toda gasolinatemLCA.

iWHfi[fTfisr.rKHe você riAo p?jsa u?," ceím.ü a r.vjs por isso

l.o CADERNO CORREIO DA MANHA — Rio de Janeiro, domingo, 16 e Ia feira, 17/4/1972

MARINHAMILITARES

Com a presença do Vice-Presi-dente Almirante Augusto Radema-ker, altas autoridades e OficiaisMédicos das Forças Armadas, co-meça hoje, dia 16, às 20h30min. noCentro de Conferências do HotelGlória, simultaneamente, os se-guintes congressos: I CongressoBrasileiro de Hospitais Militares;I Congresso Brasileiro de HigieneMental do Adolescente; I Congres-so Brasileiro de Assistência Medi-co-Social; I Congresso Brasileiroda História da Medicina das Cole-tividades Militares; II CongressoBrasileiro de Problemas MédicoSociais; V Congresso Brasileiro deMedicina Militar; e I Encontro daJuventude com a Realidade Bra-sileira.

Os conclaves têm o patrocínioda Academia Brasileira de Medi-cina Militar e se prolongará até odia 21 de maio.

-BARROSO PEREIRA"

Em viagem de caráter comer-ciai e militar, chegará à capitalportuguesa no dia 17 o Navio-Transporte "Barroso Pereira", sobo Comando do Capitão-de-Mar-e-

Guerra Edmundo Brígido Bitten-court.

O •Barroso Pereira" teve suaescala alterada, incluindo o portode Bremen. na Alemanha, paraonde seguirá passando por Ro-terdão, na Holanda. De regressoaportará em Southampton, Lisboa,Las Palmas. Salvador e finalmen-te Rio de Janeiro.

COLÉGIO NAVAL

Os componentes da primeiraturma do Colégio Naval (1952) co-memoram, no próximo dia 22 deabril. 20 anos de ingresso na Ma-rinha, reunindo-se em um jantar,ne. Churrascaria Gaúcha, no dia 26de abril.

Os Comandantes Bráulio, Ma-toso. Zoroastro e Miliaukas estãoencarregados de receber as con-,firmações, pelos telefones: 8133 e243-7196; 775 e 243-5893; 8221 e243-7013; e 8427 e 223-0179.

INDEPENDÊNCIA

O Instituto Histórico e Gco-gráiico Brasileiro dando prosse-guimento a uma série de confe-rências que vem realizando sobre

o Sesquicentenário da Independên-cia do Brasil, fará realizar no pró-ximo dia 19, quarta-feira, às 17 ho-ras no Auditório do Ministério daEducação e Cultura, uma patestrasobre o tema "Marinha nas Lutasda Independência", a ser proferi-da pelo Capitão-de-Mar-e-Guer-ra Max Justo Guedes. ^

UNIVERSITÁRIOS

O Ministério da Marinha, atra-vés da Diretoria de Portos e Cos-tas e com a colaboração do Iiisti-tuto Euvaldo Lodi e CompanhiaDocas de Santos, acaba de lançarum concurso de monografias sobreo tema: "Os Pontos Como Fatos deDesenvolvimento Nacional" do qualpoderão participar universitários datodo o Pais.

O concurso visa a formação deuma mentalidade marítima i.oseio da juventude brasileira.

As inscrições serão recebidasaté o dia 21 de junho, nas Capi-tanías dos Portos de cada Estado,eu na Escola onde esteja matri-culado o candidato, mediante apre-sentação da monografia original,redigida em papel branco, taiv.i-nho oficio, em três vias. Cada

candidato somente poderá concor-rer com um trabalho, iniciado purum sumário roteiro e texto, emespaço dois, contendo de 15 a 20páginas.

Prêmios em dinheiro de G, 3e 1 mil cinzeiros, respectivamente,para os 3 primeiros colocados eviagem pelo Brasil.

PROMOÇÕES

O Ministro da Marinha desig-nou o lmirante-de-Esquadra Oc-távio José Sampaio Fernandes pa-ra Membro Efetivo da SegundaComissão de Promoções e o Vice-Almirante Geraldo ^zevedo Hen-ning Primeiro Membro Suplente doConselho de Promoções de Ofi-ciais.

BANDA MARCIAL

Atendendo a solicitação doMinistro do Trabalho e Previdén-cia Social, a Banda Marcial doCorpo de Fuzileiros Navais faiâexibições, na cidade de Belo Ho-rizonte, durante as comemora ç">esdo "Dia do Trabalho" em primei-ro de Maio do corrente ano.

SERVIDORES

CqHmiAPELO AOS ASSOCIADOS

A Capemi pede aos seus associa-dos que, em seu próprio beneficioparticipem suas mudanças de en-dereço. A prova de que a Capemiprocura ser a mais prestimosa pos-sivel, com relação ao atendimentovia Correio, é o que vem aconte-cendo na Transamazônica: lá. dis-tante dos grandes centros e dasvias de comunicação, em novos nú-cleos residenciais que são formadosao lado das clareiras que vêm sen-do abertas na selva, verifica-se oempenho da Capemi, que faz che-gar ao seu associado a correspon-dência.

Compreenda este esforço e cola-bore. Ao mudar de endereço, aviseimediatamente, pois, se os sóciosna Transamazônica sempre são lo-

caüzados, não se desligue de nóspor um simples descuido. De re-pente, você poderá precisar de umatendimento urgente e nós só vive-mos para atendê-lo.

ENCERRAM AMANHÃ INSCRI-ÇÕES PARA CORSO DE AUXILIA-

RES ASSISTENCIAIS DO LARFABIANO DE CRISTO

O LFC estará inscrevendo somen-te até amanhã os candidatos aoCurso de Seleção para A\xlllaresAssistenciais e Professores de Jar-dim de infância, que será realizadona Guanabara, para preencher va-gas em seus quadros de serviçosem todo o Brasil.

Dos candidatos é pedido o se-guinte: apresentar comprovantesdo Curso Normal, preferencialmen-

te, ou 2? Ciclo, no ato da inscrição;testes de suficiência e datilogra-fia; compromisso de trabalhar emqualquer Estado da Federação.

Aos aprovados, serão oferecidaspassagens e estada na GB (se ne-cessário), para freqüentar o Cur-so de Seleção; serão fornecidasapostilas e os candidatos classifi-cados no final do Curso serão con-tratados com ordenado mínimoinicial de CrS 350,00 a Cr$ 560,00,conforme a classificação.

As inscrições podem ser feitas áRua Senador Dantas, 117-sala 1341— Rio.-GB.

SÓCIOS CHAMADOS

Está sendo solicitada a presençados seguintes associados da Cape-mi, à Rua Senador Dantas, 117-sala

1233: João dos Passos, José CarlosFerreira, Carlos Raimundo de Je-sus, Augusto Alves SanfAna, Aris-tóteles Vieira, Manoel Lima, Casi-miro Amorlm Brlngel, Carlos daSilva, José Vieira Santana, Oro-zimbo Mário, Reni Linhares, Pau-lo Muniz Milanez, Reglnaldo Go-mes Lima, Manoel G. de Meirelles,Lourival José Dias, Silvio Fariasdos Santos, Carlos Magno de Sou-za, Celi Castro Barros, OswaldluaCordeiro, Maria Penha Rosa, Sa-muel José, Mauri Ferreira, RodrigoJorge dos Santos, Gilda S. Cavai-cante, Joslas Balblno, Antônio JorgeCedro, Roberto Ivan Barbosa, Joãoda Silva, Nilton Romeu Pinto, Ju-venil da Rosa, Oswaldo Senci,Djalma Oliveira, Antônio JoséGonçalves, Arnaldo José, JoséDAssunção.

ESTADUAL'IdentificaçãoA direção da Escola de

Serviço Público marcou parao dia 22, sábado em sua se-de, Avenida Carlos Peixoto,54, a identificação da provade Português, do concursopara provimento em cargosde professor primário parao Estado da Guanabara. Can-didatos com inscrições de 1a 1.80O deverão comparecerde 9 às llh; de 1.801 a

3.600, de 11 às 13h; e de3.601 em diante, de 13 às16h. A vista de prova serádada através de fotocópia docartão de respostas, median-té requerimento, em formu-lário próprio, fornecido aocandidato no protocolo dasEspeg no dia 24 e concedidano dia seguinte. O protocolofunciona de llh30min às16h30min.

ATENDIMENTO

Em ordem de serviço bai-xada, a diretora-geral daEspeg. Sra. Cylene Castel-lões Gallart, legulou o Cursode Aperfeiçoamento paraAtendimento ao Público, doPlano de Treinamento Des-centralizado para o corren-te exercício. Este curso, or-ganizado pela Seção de Re-lações Pública,1; e Centro deEstudos do Hospital Esta-dual Jesus, tem por íinali-dade o treinamento e o aper-íelçoamento dos servidoresa que se destina. As inseri-ções já estão abertas e de-verão ser feitas diretamen-te pelos interessados no Cen-tro de Estudos do HospitalEstadual Jesus, de 9 às I2h,mediante apresentação dacarteira funcional ou dsidentidade. Para confirma-ção da matricula será cobra-da uma taxa correspondenteao nível do cargo que ocupao servidor.

AUMENTO TRIENAL

De acordo com a lei nú-mero 802/65. íoi atribuído oaumento por trlênio a quefizeram jus. na proporção

adequada ao respectivo tem-po de serviços e que variaentre 10% c. 50% sobre osvencimentos que percebem,aos seguinte? servidores comexercício 'ia Secretaria deEducação *• Cultura: Antô-nio dos Santos Barcellos, Hé-lio de Souza Santos, Hervalde Souza, Vera Maria SaisseVillardi. Sônia Maria deSouza Kitagawa, Herval.deCampos Cavalheiro, Ary deCarvalho Fernandes, Berto-Una Ferreira de Souza, NU-da de Brito Villela, Valdc-mar Gonçalves Moura, Ex-pedito Marcello Coelho deAraújo Lima. Musmê de Li-ma Nunes, Neuza Petrone.Nelson Ribeiro de MoraesFerreira, Elisabeth Aben-Athar Benemcnd, DominoFerraz Magalhães, DalvaMaria da Silva, Irene OrazeinCase e Levy Freitas.

PROVA PRATICA

Em sua última reunião, aComissão de Classificação deCargos resolveu encaminhar àEspeg, que se dignará de sub-meter os servidores à provaprática para fins de ace.-soou enquadramento, procesioscm que solicitavam melhoriafuncional os seguintes funcio-nários: Manoel Ferreira deAraújo, Jader de Magalhães,João Rodrigues de Oliveira,Wilson dos Santos, AugustoNarciso Fraga, Marlno Cios,Osvaldo de Morais Silva, NiloAugusto Reis Cunha, AntônioCurslno Filho, José Gomes deAbreu, Orlando Luís Feman-des, Vlctor Augusto Filho,Rubem Corrêa de Mello, Gu-temberg Rodrigo de Mello,Walter Barroso Pereira, Ge-raldo Machado Vaz, JorgeAffonso de Queiroz, Francis-co de Sousa Castro, PlínioGalileu Ferreira, Oscar Car-los Cidri, José Pereira Mes*-quita, Manoel Emílio Telxei-ra, Agenor Fausto, MiltonPinto Bittencourt, Geraldo daSilva Campos, Osvaldo dóNascimento, Ângelo SilvaBretas, Omair Paes de 011-veira, Antônio de Vita, Agos-tinho D'01iveira Guimarães,Lauro .Sarmento da Cunha,J06é Osmar de Araújo, MaryMay da Silva Porto, Guilher-me Morgado, José de Sá, Na-tal Mollnaro, Paulo Ribeiro

de Freitas, Fábio LougenMoulln, Antônio Carlos Mt..s-carenhas, Haroldo Jorge Lei-te Domingues, Elacy Froes Fer-relra da SUva, Milton Anthe-ro Siqueira, Amando Marquesde Oliveira Filho, Taary Al-ves Cardeal, Isacllton Cesta,Sérgio Macedo Janssen, BrazVieira Duarte,. Vlctor Carva-lhal, Amadeo Egydlo de Léo,Damaso Luis de Lima, EnioLudolf de Almeida, VicenteManoel de Oliveira, ManoelMachado, Herculano Feman-des Gonçalves, Adilton Almel-da Luz e Hyder Pio de SáVerçosa. Opinou, ainda, peloenquadramento de ErnestoCordeiro de Carvalho, comoagente policial, nível 17-A,com validade a partir de 14de dezembro de 1966. Por ou-tro lado, determinou o arqui-vamento, em suas repartiçõesde origem, de processos emque servidores pleiteavammelhoria funcional, uma vezque não atendiam condiçõesestabelecidas em legislaçãoem vigor. O Boletim Oficialde amanhã deverá publicara relação nominal dos fun-cionários que , tiveram seuspedidos arquivados.

LICENÇA-PRÊMIO

Uma vez completado otempo de serviço exigido emlei, obtiveram llcença-prêmiofuncionários lotados nas Se-cretarias de Finanças e Tu-rismo, como segue; de trêsmeses, Ayres Canuto de San-tana, Zenyra Serrano Zenith,Aloysio Barbosa do Nasci-mento e Eliseth Mufarre]Nassur; e de nove meses,Sylvia Pereira Nunes, Eve-raldo Francisco Gama e Fer-nando Augusto Baster Gui-marães.

CHAMADOS AO 1PEG

Estão sendo chamados, comurgência, ao Ipeg, para tratarassuntos de seu interesse, na

Divisão de Empréstimos Imo-blliárics, os seguintes contrl-buintes dessa Instituição:Waldomlro de Assis SeguraSobrinho, Rosa Maria da Cos-ta Rego Rocha Fiúza e Almé-Ha Mendes Ferreira.

cepalma BALANÇO GERAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 1971

ATIVO

CrSA — DISPONÍVEL

Cr$1,172.670

CELULOSE E PAPÉIS DO MARANHÃO S/AC.G.C. — 06.11.06.62

Capital autorizado CrS 100.000.000,00

Senhores Acionistas:

Com o encerramento do exercício social em 31 de dezem-oro de 1971, temos a satisfação de submeter à apreciação deV. Sas. o respectivo Balanço Geral, em conformidade com asdisposições de nossos Estatutos Sociais e da legislação vigente.Concomitantemente à sua apresentação, bem como dos pare-ceres do Conselho Fiscal e dos auditores independentes, cabe-nos tentar uma síntese e pôr em relevo alguns fatos, dentretantos, que são importantes nessa fase de implantação do pro-jcto.

DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

No ano recém findo os trabalhos relativos à execução doProjeto prosseguiram em .ritmo acelerado, verlflcando-se per-feito cumprimento dos cronogramas, 0 que permitirá a conclu-são das obras civis no primeiro semestre de 1972.

Por seu turno, na área industrial, a montagem dos grandesequipamentos adquiridos no exterior para nos permitir a ado-ção da melhor tecnologia conhecida no ramo bem como dosdemais equipamentos de origem nacional, estão em fase finalde montagem,

O início da produção em caráter experimental ocorrerá jácm fevereiro de 1972 e em maio deveremos estar produzindoc exportando normalmente nossa produção de celulose. Logoem seguida estaremos iniciando a produção de papel, embala-gens corrugadas e sacos multipoliados.

O projeto da companhia aprovado pela Superintendênciado Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), prevê Inversões to-tais de Cr$ 100.000.000, com recursos de incentivos fiscais daordem de CrS 60.000.000, cuja captação está praticamenteconcluída, o que bem reflete a confiança depositada pelos In-vestidores na CEPALMA.

Convém ressaltar que além desses incentivos financeiros,a Sudene nos proporcionou a isenção total de imposto dérenda pelo período de dez anos, contados do início da produção"

AÇÕES

O ano de 1971 íoi marcado pelo lançamento de 20.000.000de ações da CEPALMA na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro,r.o més de agosto, de acordo com o esquema de aumento 'Jecapital autorizado pela Assembléia de Acionistas em 31 de mar-ço de 1971, Registro Gemec n.° E-71/2247, em operação de"Underwriting" liderada pelas corretoras: — s. G. Corretorade Valores Mobiliários S/A, Corretora Nacional de Fundos pú-bllcos Ltda., Delmonte Corretora de Câmbio e Valores Ltda.,C. Liberal — Corretora de Valores Mobiliários Ltda.. BrautRibeiro — Sociedade Corretora de Câmbio e Títulos S/A., eM. Marcello Leite Barbosa S/A. Corretora de Câmbio e Valo-res Mobiliários.

O lançamento teve integral sucesso, sendo as ações a aqui-ridas de imediato. Ressaltamos com satisfação que, a despeitoda prolongada tendência de baixa que desde então vem carac-terizando o mercado de capitais do Pais, as ações da CEPALMAse mantiveram permanentemente com índice "A" de liquideze aquelas ações que foram lançadas a CrS 1,10 mantiveram umaquotação média de CrS 1,04. o que representou uma das me-nores perdas ocorridas no- período entre as ações mais nego-ciadas no Pais.

ASSISTÊNCIA SOCIAL À COMUNIDADE

Tem sido nossa constante preocupação que a Empresacumpra integralmente sua função social na comunidade, emseu sentido mais amplo. Para isso, além da dedicação especial

no que se refere ao planejamento dos recursos humanos, efetl-vamos vultosos investimentos nos setores de saúde e educação,com instalação de escolas para 4000 crianças, ônibus escolarsse moderno hospital inteiramente equipado, Inclusive com blococirúrgico. Tendo em mente que nossa responsabilidade, socialperante a comunidade não está restrita à assistência aquelesque conosco colaboram diretamente, todas essas facilidadesiníra-estruturais foram dimensionadas para atender não somen-te aos nossos funcionários mas a todos da comunidade quenos rodela. .

PERSPECTIVAS

Os estudos efetuados sobre as perspectivas de produção erentabilidade são de tal maneira animadoras que não nos fur-taremos de dar uma Idéia sobre o que acreditamos obter nessecampo. Usando, critério conservadores, chegamos a evidênciade que, a despeito de iniciarmos operações em meados do ano,esperamos poder remunerar nossos acionistas, já nesse primeiroano de operações com benefícios da ordem de 20% sobre ovalor nominal das ações.

COMENTÁRIOS SOBRE BALANÇO GERAL

As despesas de implantação, após a conclusão do projeto,serão analisadas detalhadamente e as que puderem ser con-sideradas como parte Integrante do custo dos bens serão ra-teadas entre as contas do ativo imobilizado. A parte restanteserá amortizada nos exercícios futuros, após o Início das ope-rações normais.O financiamento obtido do Banco do Brasil é corrigido mo-netariamente a uma taxa equivalente a 10% ao ano e está

garantido por hipoteca e penhor sobre bens do ativo imobi-lizado.No decorrer de 1971 o capitai autorizado foi aumentadode Cr$ 42.000.000 para CrS 100.000.000 e o capital subscrito emtegralizado foi aumentado de Cr$ 38,053.979 paraCrS 80.217.165 mediante a emissão de 2.900.000 ações ordiná-nas, 19.263.185 ações preferenciais classe "A" e 20.000.000 ações

preferenciais classe "B". Às ações preferenciais, é asseguradaprioridade na distribuição de dividendos não cumulativos d-até 12% ao ano.

De conformidade cotn a legislação vigente, a companhiaprocederá cm 1972, pela primeira vez, a correção monetáriado ativo imobilizado mediante a utilização de índices oficiais.Essa correção proporcionará um aumento de aproximadamenteCrS 20.000.000 no ativo imobilizado valor esse que, quando ca-pitalizado, proporcionará a todos os acionistas uma bonlfica-ção da ordem de 25% em novas ações da Empresa.

CONCLUSÃO

Nesta conjuntura de perspectivas tão animadoras para aCEPALMA, desejamos registrar que temos sempre em menteque nada poderíamos ter feito sem a dedicada colaboração ooGoverno, através da SUDENE e dos organismos oficiais decrédito; dos demais estabelecimentos da rede bancária comos quais operamos; das centenas de acionistas que em nós depo-sitaram sua confiança e, finalmente, mas não em último lugar,da atuação permanente de todo o nosso corpo de funcionáriose colaboradores, que deram o melhor de si mesmo visandoalcançar a nossa meta final, que é de conseguir o desenvol-vimento econômico e a conseqüente promoção do homem.

Coelho Neto — MA, 31 de dezembro de 1971

A Diretoria.

B — REALIZÁVEL ACURTO PRAZO

Adiantamentos a fornecedores deequipamentos 17.548.338

Banco do Nordeste do Brasil S/A— depósitos de incentivos iis-

cais pendentes de libera-Ção 8.644.450

Estoques —¦ a preço de custo cecompra inferior ao de mer-cado 2.482.415

PA SSIVO

E — EXIGÍVEL ACURTO PRAZO

Fornecedores de EquipamentosEmpréstimos Industriais Contas a Pagar

CrS Cr$

9.384.5852.664.152

760.013 12.808.750

28.675.203

C — IMOBILIZADO, AOCUSTO

Terrenos

Edificações, Principais e Secun-darias

Infra-Estrutura: — Obras Prcli-minares e Complementares

Maquinismos e Equipamentos ..Móveis, Utensílios e InstalaçõesVeículos

Despesas de Implantação

D — COMPENSAÇÃO

4.000.000

20.008.302

4.433.590

38.158,615.4.128.455

1.562.161

14.230.074 .521.197

116.369.070

Ações a Subscrever i9.782.835 ;.' i'¦Outras Contas 20.000.800 39.783.635

TOTAL 156.152.705

F — EXIGÍVEL A LONGOPRAZO

Banco do Brasil S/A — FAD— Juros de 12% a.a. —vencimento em, 1978 12.334.287

Credores por Investimentos —Art. 13/13 — Decreto ....55.334/65 — SUDENE —juros de 12% a.a 7.288.868

Empréstimos Industriais — Ju-ros de 12% a.a. — vencimen-to em 1973 3.720.000 23.343.153

G — CAPITAL

Autorizado Cr$ 100.000.00 —Subscrito e Integralizado —Ações de Cr$ 1,00 cada:Ordinárias, nominativas ... 15.769.563Preferenciais "A" — sem di-¦dlteito a voto, com partlci-

pação integral em relaçãoàs ordinárias 44.447.602

Preferenciais "B" — nomi-nativas endossávels, semdireito a voto, com parti-cipação integral em rela-ção às ordinárias 20.000.000 80.217.165

H — COMPENSAÇÃO116.369.070

Subscrição de Ações 19.782.835Outras Contas 20.000.800 39.783.635

TOTAL 156.152.705

Coelho Neto — MA, 31 de Dezembro de 1971.

a) RAIMUNDO EMERSON BACELARDiretor-Presidente

a) JOSÉ CARLOS DE ARAÚJOCont. Reg. CRC—Ma. n.° 646 CIC-004.518.003

PARECER DO CONSELHO FISCALOs abaixo assinados, membros efetivos do Conselho Fis-

cal da CELULOSE E PAPÉIS DO MARANHÃO S/A (CE-PALMA), tendo examinado minunciosa e detidamente todaa documentação do exercício de 1971, que originou o Balan-ço Geral, e achando todos em ordem, são de Parecer unãni-me, que deve merecer a aprovação da Assembléia Geral Or-dinária-

Coelho Neto — MA, 28 de Março de 1972.

a) JOSÉ MARIANO ASCENÇO DA COSTA FERREIRA— Contador.

a) Dr. GENES CELESTE SOARES — Advogado

a) ABÍLIO FRANCISCO DE LIMA FILHO — Contador.

CERTIFICADO DE AUDITORIASomos de parecer que o balanço geral apenso reflete

fidedignamente a situação financeira üe Celulose e Papéisdo Maranhão S/A (CEPALMA) em 31 de dezembro de1971, de conformidade com princípios contábeis geralmenteadotados e aplicados de maneira consistente em relação aoexercício anterior. Efetuamos nosso exame consoante pa-drões reconhecidos de auditoria, incluindo revisões parciaisdos livros e documentos de contabilidade, bem como apli-cando outros processos técnicos de auditoria na extensãoque julgamos necessária segundo as circunstâncias.

PRICE WATERHOUSE PEAT & CO.Inscrição CRC —-' PA n.° 084

Contador Responsávela) RUY DELL'AVANZICRC-SP 42875/IS-PA n.° 117. 54265

10 CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2.a feira, 17/4/1972 l.o CADERNO

— ¦

lis ^ Es ROTEIRO*••"* f?0/ em novo /ormo

E o Amor ValeuÉ o mais iioyo musical em cartaz, comtexto e direção de Haroldo Costa. O espetáculoapresenta um resumo das melhores músicas popularesbrasileiras, contando com a cantoraAna Margarida Chagas,o Quinteto Villa-Lobos (que está comemorandodez anos de existência) e o LuísEça Trio. No Teatro Glória.

CINEMA

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Br í^™. BbhH '"¦""!

„ Bruni-Fla. Dívida de sangue. (II1 a.). 14, 16, 18, 20 e 22h.I Condor Largo do Machado. Eram1 13... mas faltava uma. (18 a.l.88 14, 16, 18, 20 e 22h. À meia-noi-

te: pré-estréla de. "Por uma gra-ca recebida", dé Nino Manfredl.Palssandu. Som, amor e curtlção.(Livre). A meia-noite: "Ver-te-elno inferno".Politeama. Programa duplo. Osdevassos (18 a.) e Chegou o tem-po de matar (18 a.) 14.30, 18, 20h.SSo Luiz. 007 contra os dlaman-tes s3o eternos. (18 a.). 14, 16,40,19,10 e 21.40.

Botafogo

LANÇAMENTOSO HORROR DO PASSADO— Policial dirigido por Borls

Sapal. Com David McCallum,Susan Strasberg, Leslie Nlelscn.Colorido.

ERAM 13... IM45 FALTA-VA UMA - DirejAo de NlcolasGesner. Coiri Sharnn Taiie, Vit-torio Gassman, Orson We.les,Vittorlo de Sica Comedia.

SUBLIME RENUNCIA -Direção de Ralph Buum ComEomy Schnelder, Michel I-iccc-li. François Perler. Drama.

OS ROLLING STONES —Documentário sobre o conjun-to musical do mesmo nome. Di-reção de Davld Mayslss, AlbertMaysles e Charlolte Zwerin.O ESSES MÉDICOS IRREVE-liENTES - Direç3o de Franco

Brusati. Com Vima Lisl, Geor-ge Segai e Lila Kedrova. Co-média.

O IMPÉRIO DOS HOMENSMAUS — Bangue-bangue euro-peu, direção de Alf Kjellln.Com Jack Palance, Burl Ives aBrock Peters.

O CREPÚSCULO DOS IN-SACtAVEIS - Policial dirigidopor Alberto De Martino. ComIlf.bert Hoffmnn, Dorothy Maio-ne e Lueiana Paluzzi.

O FIM DE VM CARRASCO— Drama dirigido por JackSmigth. Com Slacy Keach, Ma-riana Hill. Bud Cort.

O ESPECIALISTA — Ban-Rue-bangue dirigido por SérgioCorbucci. Com Gastonc Mos-chln, Sylve Fenneo e FrançoiseFabian.

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Horror do Passado

CentroClnoac-Trlanon. Sessões a par-tir de 10 da manhã. (10 a.).Clne-Hora. Desenhos, comédias,documentários, "jornais" etc. Apartir de 10 da manhã.Floriano. Programa duplo. Rogoa Deus e mando bala (18 a.l eDesculpe, você conhece o sexo(18 a.l. 14, 17,15. 18,53.Festival. O império dos homensmaus. (14 a.). 10, 12, 14, 1G, 18,20 e 22h.São José. O império dos homensmaus. (14 a.l. 14. 16, 18. 20 e 22h.

CinelândiaPlaza. Inglaterra nua (18 a.). 10,12, 14, 10, 10, 20, 22h.Capitólio. Crepúsculo dos insa-ciáveis. (18 a.). 14. 10. 18, 20e 22h.Império. Venha tomar um caféconosco. (18 a.). 14, 10, 18, 20e 22h.Mctro-Boavista. O fim de umcarrasco (18 a.). Meio-dia, 14,10, 18, 20 e 22h.Odcon. 007 contra os diamantessão eternos. (18 a.), 14, 10,40,19,10 e 21,40.Palãclo, Gimme Sheltcr. (18 a.).14, 16, 18, 20 e 22h.Pathé. Eram 13... mas faltavauma. (18 a.). Meio-dia, 13,40,15.20, 17, 18,40, 20,20 e 22h.Rex. Programa duplo. Desaflan-do o Oeste (18 a.) 'e Dias deViolência (14 a.). 14, 15,15 e 18.30.Itlvoli. Eu, amante. (18 a.). Emprograma duplo. A partir de 14h.Vitória. O horror do passado. (18a.). 14. 16, 18, 20 e 22h.

Catete/FlamengoAzteca. Crepúsculo dos lnsaclá-veis. (18 a.). 14, le, 18, 20 e 22h.

Botafogo; Programa duplo. Osdevassos (18 a.) e Deus disse aCalm (14 a.). 14, 17,40, 19.40.Capri. O horror do passado. (18a.). 14, 16, 18, 20 e 22h.Coral. O império dos hompnsmaus. (14 a.). 14. 16, 18, 20 e 22n.ópera. Esses médicos irreveren-tes. (14 a.l. 14, 16, 18, 20 e 22h.Scala. Brancaleone nas Cruza-das. (14 a.). 14, 15,40, 17,20. 20.40e 22,20.Veneza. Missão: Matarl (18 a.).14,40. 16,30, 18,20. 20,10 e 22h.Jussara (Jardim Botânico). —Quando as mulheres paqueram(18 a.). 19, 20,30, 22h.'„ CopacabanaAlaslta. Deixem-nos viver (18 a.).14, 10, 18, 20 e 22h.Art-Paláclo. Crepúsculo dos In-saciâveis. (18 a.). 14, 16, 10, 20e 22h.Iiruni-Copa. E o vento levou...114 a.). Horários especiais.Caruso. Hotel das ilusões (14 a.).13,15. 15,30, 17,45 20 e 22,15.Condor-Copacabana. O espectn-lista. (18 a.). 14, 16, 18. 20 e 22h.À meia-noite: pré-estréia de "Afabulosa clínica do Dr. Tersilli",de Luciano Salce.Copacabana. O horror do pas-sacio. (18 a). 10. 18. 20 e 22hNa matinê, somente ás 14.11),"Errado pra cachorro" (Livrei.Jóia. Som. amor e curtlção. (Li-vre). 14, 10, 18, 20 e 22h.Metro-Copa. O fim de um car-rasco. (18 a.). 14, 16, 18. 20 e 22h.Paris-Palacc. Terror cego. (18a.). 14, 16, 18, 20 e 22h.Rlan. Ardil 22. (18 a.). 14, 16,30,19 e 21,30. A meia-noite: pré-estréia de "Morte em Veneza",de Vi.scnnti.rtlcamar. Eu te amo, Nathalle.118 a ). 14. 10, 18. 20 e 2?h.rtiviera. Eu, amante. (18 a.). 14.10. 18, 20 e 22h.Roxy. Os dois Indomáveis. (18a.). 14, 16,35. 19,10 e 21,45.

TijucaOlinda. Inglaterra nua (18 a.).14, 16, 18, 20, 22h.Art-Palácio-Ti.|uca. Crepúsculodos Insaciáveis. (18 a.). 14, 16.18. 20 e 22h.América. O especialista. (18 a.)14, 16, 18. 20 e 22h.Carioca, O horror do passafio.(18 a.). 16, 18, 20 e 22h. Somentena matinê, às 14,10, "Errado pracachorro". (Livre).Brltânla. E o vento levou.,. (14a.). Horários especiais.Bruni-Tijuca. Divida dè sanguf.(14 a.). 14, 18, 18, 20 e 22h.Mctro-Tijuca. O fim de um car-rasco. (18 a.). 14, 16, 18, 20 e 22h.

Tijuca. 007 contra Os diamantessão eternos. (18 o.). 14.10. 16,40,19,10 e 21,40.Comodoro. Venha tomar um caféconosco. (18 a.). 14, 16, 18, 20e 22h.Tijuca-Palacc. O império dos ho-mens maus. (14 a.). 14, 1G, 18,20 e 22h.Rio. Eu te amo, Nathalle (18 a.).14, 16. 18, 20 e 22h.

Ipanema /LeblonPax. Romeu e Julleta, de Zeffl-relli. (14 a.). 14, 16,45, 19,30 e22,15.Roma-Brunl. Nicholas e Alexan-dra. (14 a.). 14, 17,30 e 21h.Supcr-Brunl-70. Sublime renún-cia. (18 a.), 14,30, 17, 19,30 e 22hMiramar. Venha tomar um caféconosco. (18 a.l. 14, 16, 18, 20e 22h.Leblon. 007 contra Os diamantessão eternos. (18 a.). 14, 16.40,19,10 e 21.40.Lagoa-Drlve-ln. O fim de umcarrasco (18 a.). 20,30 e 22,30.Pirajá. Rogo a Deus e mandobala. (18 a.). 14,40, 18.30, 18,20.20,10 e 22h.

Outros cinemasImperator (Méier). O fim do car-rasco. (18 a.). 14, 16, 18, 20 e 22h.Mascote (Méier). Inglaterra nua(18 a.). 14, 16, 18, 20, 22h.Santa Alice (Engenho Novo).Venha tomar um café conosco.(18 a.). 15, 17. 19 e 21h.Paratodos (Méier). O espeelalls-ta. (18 a.). 14, 16, 18. 20 e 22hMauâ (Ramosl. O especialista.(18 a.). 15, 17. 19 e 21h.Art-Palâclo-Méler. Crepúsculodos insaciáveis. (18 a.). 14, 1618, 20 e 22h.Art-Faláclo-Madurelra. Crepús.culo dos insaciáveis. (18 a.). i4,16, 18, 20 e 22h.Bruiü-Méier, bom, amor e curti-cão. iLIvrel.Bruni-Piedade. Som, amor erurtiçãn. (Livre).Rpçência (Cascadura). Som, amore etirtição (Livre).Matilde (Bangu). Eu. amanteAstor (Madurelra), Terror cego.São Pedro (Ramos). Terror ceuo.Fluminense (São Cristóvão i.Programa duplo. O louco cria-dor dos monstros (18 a.) e Ascorças (18 a.). 17. 20,10.Coliseu (Méier). Programa du-pio. Minha vingança será suamorte (18 a.) e Meu nome éCnngan (18 a.) 14. 17.35. 21,10.Vila Isabel. Programa duploRogo a Deus e mando bala (13a.) e Monja de Monza (1" a.l.17.30, 19.10.Vaz Lobo. Programa duplo. Rogoa Deus e mando bala (18 a.l eSuper agente Flit (14 a.l. 17,20,10.Leopoldlna. Programa duplo. Asoldo da corrupção (18 a.) e Osdevassos (18 a.). 17,30, 19,30.Moça Bonita. Programa cuplo.Os devassos (18 a,) e Volúpiade matar (18 a.). 17,30. 19.30.Rosário. Programa duplo. O pas-sado condena (18 a.l e Petulia,um demônio de mulher (18 a.).13,40, 17,30, 19.40.Baronesa (Jacarepaguá). Zepc-lin (18 a.). 15, 17, 19. 21h.Taquara (Jacarepaguá). Garotaslindas aos montes (18 a.). 17,19,10, 21,20.Guarabu (I. do Governador),Os devassos (18 a.). 18 e 20h.

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CRUZADAS

TEATROEGBERTO GISMONTI ==Show cem Egberto Gismon-ti. Paulo Moura (sax-tenor),Novelli (baixo), João Palma(percursão) e Jane (canto-ra). Teatro Opinião (235-2119). Quarta a domln-go: 21h30min.O DIA EM QUE RAPTA-RAM O PAPA — Comédiade João Bethencourt. Dire-ção do autor. Com Eva To-dor. André Villon, AfonsoStuart, Leda Zepellin e ou-tros. Teatro Copacabana ...(257-1818). 21h30mln. Sáb.:20h e 22h30müi; Vesp.: 5»lTh; dom.: 18h.VENHA A NÓS O VOSSOCAMPO — Show musical di-rigldo por José Paulo Pa-tah e Tlbério Gaspar. ComRui Maurlti e Belchior. No-vo Teatro de Arena da Gua-nabara (22-5435). Terça asexta: 21h30mln. Sáb. 20h e.22h. Dom.: 19h.COMPÜTA, COMPUTADORCOMPUTA — Texto de Mil-lôr Fernandes. Direção deCarlos Kroeber. Com Fer-nanda Monteriegro e Fernan-do Torres. Teatro Santa Ro-sa (217-8641). 21h30min. Sáb20h30mln e 22h30min. Vesp..quintas, 17 horas; domingo,18 horas.E ELIS — Show com ElisRegina, César Camargo Ma-riano, Paulinho, Luizão, LuísCláudio e Ronaldo. Produ-ção Mièle e Bôscoli. Teatroda Praia (227-1083). Quartaa domingo: 21h30min. Sáb.:20h30min e 22h30min.MJ.MI PRA FRENTEX ouDE COMO MISTIFICAR ALIBERDADE — Sátira deMaria Helena Kuhner. Di-reção de B. de Paiva. ComNélia Paula, Mauro Gonçal-ves, Eni Ribeiro e outros.Teatro Nacional de Comédia(222-0367). 21h. Sáb.: 20h e22h. Vesp.: 5», 17h; dom..18 hs.E O AMOR VALEU — Texto tdireção de Haroldo Costa. ComAna Margarida ChagaB, Quln-teto Villa-Lobos e Luís EçaTrio. Teatro Gloria (265-3436)Quarta a sexta: 21h. Sáb.: 20he 22h.' Dom.: 18b. e 21h.FREUD EXPLICA — Comi-dia de Ron Clark o Sam Bo-brik. Direção de João Be-thencourt. Com Jorge Doria,Iara Cortes, HUdegard An-gel e outros. Teatro Maisonde France (252-3456)21h30min. Sáb.: 20h e 22h30min, Vesp.: quinta, 17horas; domingo, 18 horas.

TELEVISÃO

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Juca Chaves: muito caju

Eva fodor: O Dia em Que Raptaram o Papo

VA TOMAR CAJU! — Showhumorfstico-musical com Ju-ca Chaves. Teatro CasaGrande (227-6475). 21 horase 30 minutos.2002 - UMA PROSOPOPÉ1ANO ESPAÇO — Com JoséVasconcelos e Sílvia Massa-

j ri. Teatro João Caetano ..(221-0305) 21 horas. Domin-go 18h e 21h.ÚLTIMOS DIAS DE AMOUE PAZ — Musical de Gret-chen Cryér e Nancy Ford.Direção de Victor Berbara.Participação de Dom Salva-dor e Conjunto Abolição.

Com Gracindo Júnior. Susa-na Morais e outros. TeatroGinástico (221-4484) 21 ho-ras. Sábado: 20h e 22hl5mi:i.Vesp.: Quinta e dom., 17h.Só ABRO A BOCA QUAN-DO TENHO CERTEZA -Shw com Sônia MamcdeRubens Leite e outros. Tex-to e direção de Jorge Murad.Teatro Dulcina (232-5817),21hl5min. Sáb.: 20hl5min e22hl5min. Sáb.: Quinta, 17horas: dom., 18 horas.DOM CASMURRO - Adap-tação do romance de Macha-do de Assis, feita por Josá

Carlos Cavalcanti Borges.Direção de Zlembinsky. ComIsabel Sílvia, Paulo Padilha,Oscar Prado e outros. TeatroGlaucio Gil (237-7003)21h30min. Sáb.: 19h30min «22h30mln. Dom.: 18h e 21h30mln. Vesp.: Quinta, 17horas.HOJE É DIA DE ROCK —Romance-partlra de José Vi-tente. Viagem mágica embusca de um mundo novo.Direção de Rubens CorreiaCom Isabel Ribeiro, RubensCorreia, Leila Ribeiro, Ivãde Albuquerque, Isabel Cã-mara e outros. Teatro Ipa-nema: Rua Pruíente de Mo-rais. 824 (247-9794), 21h30m;sáb. 20h e 22h30m. dom. 19hc 21h30m.OS DESQUITADOS - Co-média de Aurimar Rocha.Direção do autor.' ComAmândio, Eva Christian, Re-glna Célia, Aurimar Rochae Fernando José. Teatro deBolso, (287-0871). Dlariamen-te às 21h 30min. As quintas-feiras vesperal, às 16 horas.Sábado: 21h e 22h 45 min;domingo: I8h 15 min c 21h30 min.UMA NOITE COM CHICOANÍSIO — Show. Textos deChico Anísio. Marcos Césare outros. Direção de Osval-do Loureiro. Com ChicoAnísio e conjunto empo 7.Teatro da Lagoa (227-6686).21h30min. Sáb.: 20h e ....22h30min, Dom.; 20h30min.CASTRO ALVES PEDEPASSAGEM — Comédia deGianfracesco Guarnieri, Dl-reção do autor. Com Zaninl,Ferrite. Marta Overbeck.' Jorge Chaia, Regina Vianae outros. Teatro PrincesaIsabel. (236-3724) 21h 30 min,Sábado: 29h 45min e 22h 30min. Vesp.: 5?, I7h; dom.18h.O SEGREDO DO VELHOMUDO — Texto de NelsonXavier. Direção do autor cde Cécil Thiré. Cem Ca-mila Amado, Marieta Seve-ro. Cecil Thiré e Aderbal Ju-nior. Teatro das Artes ..<(227-0757). 21h30min. Sáb.:20h e 22h 30min. Vesp.: 5»,17h: dom.: 18h.SE EU NAO ME CHAMAS-SE RAIMUNDO — Monólogode Fernando Mello. Direçãode José Carlos Gondim. Comítalo Rossi. Teatro Senão(256-2641). 21h30min. Sáb.:201i30mln e 22h30min- Vesp.:5», 17h; dom.: 18h.

TV Globo (Canal 4) TV Tupi (Canal 6) TV Rio (Canal 13)

Jack Palance: O Império dos Homens Maus

8h30min — Santa Missaem seu Lar

9h55mln — Desenhos10 horas — Concertos para

a Juventude(música erudi-ta)

llh30min — Programa SilvioSantos (varie-dades)

19h55min — Jornal NacionalEspecial (iníor-

• mativo)20 horas — Buzina do Cha-

crlnha (show)/cores)

23 horas — O Mundo deFantasias dosEstados Unidos(documentário)

23h30min — Palestra sobreImposto deRenda

9h30mm

llh30min

12 horas

12h45mln

13 horas

17 horas

23 horas

23h30min

23h55mln

Futebol dente-de-leiteAventuras da

História doBrasil (teledra-

ma)Os Legionárlos(comédia)Aventuras de

Hijitus (filme.Haroldo de An-

drade (show)Flávio Cavai-

canti (varleda-des)Ataque e Defe-

sa (esportes)Reportagem Es-

portlva: vt deF1 a m e ngo xVascoUltimas Noti-

cias (informati-VOl

10 horas —

11 horas —

12h30min —

13h30mln —

14h30mln —

15h45min —

17h45mln —

19h45mln

TV EducativaShow de Turis-mo (informati-vo)

Perdidos no Es-paço (filme)Banana Split(filme)O Circo do Ca-requinha (in-fantll)Abbott e Cos-tello na LegiãoEstrangeiralonga - metra-

gemA Queda deRoma (longa-metragem comCarl .Monhner eMaria GraziaBuccela)

Bronco Total(humorístico)

21 horas — Sangue em So-nora (longa-metragem comMarlon Brando

e John Saxon)23 horas — Esporte Rei: vt

de Flamengo iVasco

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Chacrinha a cores, no 4

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HORIZONTAIS:

1 — Instrumento de metal com que se faz girara lingueta de uma fechadura. 5 — Enxergar. 8 —Relação, lista. 9 — Grande estabelecimento de fa-bricação industrial. 11 — Pé de caranguejo. 13 —- Oparaíso terrestre, segundo a Bíblia. 14 — Espécie dejogo de azar. 16 — Ama-seca. 17 — Lá. 18 — Pena.19 — A cariciar. 21 — Busca, procura, 23 — Rezar.25 — Apuramento. 27 — Nome de uma aranha ama-zônica. 28 — Ruído. 29 —• Rugir.

VERTICAIS:

1 — Não cozido. 2 — Boa reputação. 3 — Tem-pero de cozinha. 4 — Pronome pessoal da primeirapessoa. 5 — Existência. 6 — Nome da letra "N". 7

Alteração nas substâncias gordas em contato como ar, caracterizada por cheiro forte e sabor acre. 10

Denominação do ordinal e fracionário correspon-dente a sete. 12 — Cordão de seda, lã ou fio meta-lico, para guarnecer e abotoar a frente de certosvestuários. 15 — Nome de homem. 16 — Cidade doEstado de Minas Gerais. 18 — Acontecimento como-vedor. 19 — Peixe da família dos escombrídeos. 20—• Lavrar a terra. 22 — Pequena constelação aus-trai. 24 — Gargalhar. 26 — Alternativa.

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HORIZONTAIS:

1 — Verniz da China. 4 — Tomar parte em.9 — Duração sem fim. 10 — Virgindade; nitidez.11 — Escassez; diminuição. 13 — O que diferen-cia uma tinta da outra. 14—0 que há de maisescolhido. 15 — Entre. nós. 16 — Toda a estaçãodo outono. 20 — Ama-seca. 21 — Partido políticooposto ao MDB. 23 — Nome de uma aranha ama-zônica. 25 — Pra frente. 26 — Fama. 28 — Pos-suir. 29 — Cidade do Japão. 30 — Categoria deboxe.

VERTICAIS:

1 — O avião e o barco têm. 2 — ConselJo. 3— Mulher que vive em mancebia com um homem.4 — Planeta. 5 — Não ficar. 6 — Que decai. 7 —Ensejo, pretexto. 8 — De que há pouco. 10 —Salto. 12 — Pingo de qualquer líquido. 15 — Noreverso da coroa. 17 — O corpo da igreja. 18 —Que já foi. 19 — Olfato. 22 — Prefixo: ar. 24 —Trinta dias. 25 ~ Babá, aia. 27 — Exatamente(abrev. inglesa).

l.o CADERNO CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2.a feira, 17/4/1972 11

ROCA MUNDO LUIS AL1PIO DE BARROS

Indústria hoteleira e o fluxo turísticoDe Milton de Carvalho, diretor do

grupo hoteleiro Luxor e presidente doSindicato Hoteleiro da Guanabara: "Oproblema básico do turismo interno noBrasil e, em especial, no Rio de Ja-nelro, é a maneira como devemosprender o turista em diversões, pois,segundo pesquisa recente, 27 por cen-to dos visitantes vêm à procura dedivertimentos, sendo sua permanên-cia na Guanabara considerada incri-velmente baixa: 2,6 dias. Quando do

funcionamento dos antigos cassinos dejogos do Qultandinha, Atlântico, Ica-raí, Urca e Copacabana Palace. comapresentação de diferentes tipos deahows, o turista sentia-se obrigado apermanecer entre nós por mais tem-po, tendo o fechamento dos cassinos,motivado uma grande evasão de pes-soas à procura de divertimentos no-turnos. E mais: a sujeira da cidade,bem como um policiamento deficiente,constitui séria queixa dos viajantes.

Uma boa salda seria a organizaçáo-deconvenções e exposições, que atraisempre grande número de turistas ehomens de negócios, tanto do País co-mo do,exterior".

E acrescenta Milton de Carvalho:"Nossa indústria de turismo é a se-gunda em gastos de investimentos, es-tando prevista a aplicação de umaverba de um milhão de cruzeiros pa-ra o biênio 72/73; nossas estradas

têm melhorado muito nos últimosanos, com o asfalto cortando todo onosso território, levando-nos as loca-•lldades servidas por hotéis de catego-ria internacional. No Rio de Janeirodispomos de 6.000 quartos de bom ni-vel, número esse que tende a dobrarem três ou quatro anos. Resta a per-gunta: o fluxo turístico acompanharáa mesma proporção do crescimento daindústria hoteleira?"

Comodoro paulistatem novo "Terraço"Paulo Meinberg estará recebendo, depois de amanhã,no seu Hotel Comodoro, da capital paulista, autoridades,

jornalistas e outros convidados, para a inauguração doTerraço Comodoro, construído no 20.° pavimento do pré-dio da Avenida Duque de Caxias. O'Terraço Comodoro,com dois salões projetados para a realização de conferên-cias, convenções, coquetéis, desfiles, serviços de buffet ereuniões em geral, dispõe de aparelhagem de show, luz eprojeção e serviço de secretária-executiva.

A seu lado, corno complemento, funcionará, em ca-ráter permanente, um ameriçan-bar com vista panorâ-mica. Em homenagem ao Sesquicentenário da nossa emancipação política, os salões do Terraço Comodoro serãodenominados de Salão Independência e Salão D. Pedro I.

o tipo anuncioque dá vontade de viajar emmuita gente. E a Pan Amnão costuma deixarninguém só na vontade.

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VOLTA AO MUNDO PAN AM (PAH 631.Los Angeles. Honolulu. Tóquio e outras cidadesjaponesas. Hong Kong. Delhl, Agra (onde ficao Taj Majal). Teerã. Istambul. Atenas. Plreu.Hidra. Deles, Mikonos. E Roma. Opcional: depoisde Teerã, Beirute, Cairo e mais algumascidades no Oriente Médio. Finalmente, Atenase Roma. Partidas de-,janeiro a outubro.

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Você faz o roteiro. E viaja quando quiser.O ano todo. Assim você pode aproveitarperíodos fora da temporada, quando não ficamtão cheios os hotéis e as diárias custammenos. Consulte a Pan Am sobre as ExcursõesIndividuais Pan Am.

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Bússola.Paraense

Das 17 às 18h30min deamanhã, no 99 andar doEdifício da ConfederaçãoNacional do Comércio, noRio de Janeiro, o presiden-te da Companhia Paraensede Turismo, Olavo LyraMaia, estará tendo um en-contro, durante um coquetel,com o mundo do turismo ca-ri oca.

Cabo FrioO presidente da Nora-La-

go S.A. Empreendimentose Participações e senhoraAntônio Carlos da SilvaMuricy promovendo, das 19às 22h de quarta-feira pró-xima, no Museu de ArteModerna, uma recepção. Mo-tivo: apresentação do PlanoDiretor de uma UnidadeIntegrada de Turismo emCabo Frio.

CargonautAmanhã, dia 17 de abril,

a Lufthansa batiza o seumais novo jato, o JumboCarfueiro 747F, chamadoCargonaut. A tendência pa-ra os cargueiros seguirá ados aviões de passageiros eisto significa aeronaves ca.da vez mais amplas e commais capacidade, mais eco-nomlas e com maiores com-partimentos de carga.

"Taberna"A Ibéria está reabrindo a

sua Taberna, o simpáticobarzinho a Ia espanhola desua loja de passagens, naRua Pedro Lessa, na Espia-nada do Castelo, no coraçãodo Rio de Janeiro. Quemnos manda avisar é CarlosRamos, representante de Li-neas Aéreas de Espana parao Brasil. Ele está esperandoalguns convidados depois deamanhã, dia 18, às 18h30min.Um bom vinho de terras deEspanha e, naturalmente,aquele extraordinário pre.sunto cru.

Dois vôosA partir de junho a Scan-

dinavian Airlines (SAS) es-tara operando dois vôos se-manais entre o Brasil e aEscandinávia e vice-versa.No momento a empresa estáfazendo obras na sua lojade passagens do Rio de Ja-neiro, na Avenida Rio Bran.co. Espera Preben Gustaf-sen, diretor do Distrito Rio eNorte do Brasil, que as obrasestejam concluídas dentrode vns 30 dias.

EscolhaA Cruzeiro do Sul íoi es-

colhida pela TAP (Trans-portes Aéreos Portugueses)para transportar no Brasildois grutws de agentes deviagens, um da Inglaterra eoutro de Portugal, convida-dos por aquela empresa,dentro do programa Educa-tional Trip, para visitaremdiversos países fia Américado Sul. Os oito agentes deviagens ingleses visitarão as-cidades do Recife e do Riode Janeiro e o grupo por.tuguês, composto de dozeagentes, irá, também, DelaCruzeiro, a Brasília, Rio,São Paulo e Buenos Aires.

A bordoNa próxima quinta-feira,dia 20, a Línea C e a Alitá-

lia estarão recebendo convi-dados para um coquetel abordo do transatlântico Eu-gênio C. Uma promoção dosCruzeiros Línea C e da Ali-tours. Comes e bebes das 18às 20h, reunindo o mundoturístico da Guanabara.•. Relatório

Mais de um milhão e meiode passageiros voaram pe.Ia South African Airwaysno ano financeiro 1970/71,conforme consta no relato-rio da companhia. O núme-ro de viagens realizadas nes-te período subiu 17,45 porcento em relação ao anterior,e o ano terminou deixandoum saldo de R 5.000.543,equivalente a mais de 48milhões de cruzeiros. No ano1970/71 a SAA aumentou afreqüência dé vôos em di-versas rotas, ao mesmo tem-po que inaugurava outras eadquiria aviões modernospara substituir os mais an.tigos. Foram comprados doistrijatos Boeing 727, três bir-reatores Boeing 737 e trêsHS 748. Os três superjatosBoeing 747, atualmente emserviço ativo, foram adquiri-dos ao encerrar-se o ano.

Costa do OuroUma excursão do Centro

Turístico e Cultural Raoul-tur: Cruzeiro Marítimo àCosta do Ouro. Passeio ma-rítimo saindo sexta-feira às21h, voltando segunda-feiraàs 7h. Visitas turísticas aSão Sebastião, Ilha Bela,Caraguatatuba, Ubatuba, Pa-rati e Angra dos Reis. Apartir de 318,40 cruzeiros.Próximas saldas: 20 e 29 deabril e 26 de maio.

GuiaRecebemos (e agradece-

mos) o número referente aabril do Guia Aeronáutico,a excelente (básica comoinformação) publicação edi-tada por Ruy da CostaBarros e que tem o LuizAzevedo e o Paulo Eihorn emais o Ney José Ramos co-mo dinâmicos auxiliares.

12 CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2.a feira, 17/4/1972 1.° CADERNO

Biltimore eos Vanderbilt

• MARILIA SÃO PAULO

Dizem que as melhores coisas da vida são absolutamentegrátis. Assim sendo, uma viagem a Carolina do Norte nãocusta muito no sentido de diversões e há uma festa para osolhos pela qual nada se terá de pagar.

A natureza é rica nesses arredores e nas quatro esta-çoes do ano oferece quatro aspectos completamente diver-sos.

Em Asheville se esquia na neve de dezembro até marçorespira-se o multi-colorido das flores até junho, quando oscaminhos re enfeitam de mil variedades. No verão, quandoo verde assume o auge de seu tom, as atividades foclóricasdivertem os turistas em férias, mas dizem que é no outonoa sua época melhor, quando a cor da folhagem é espetacularrodeando os campos de golfe.Talvez o passeio mais bonito nessa cercania seja às"Great Smoky Mountains National Park" e o "Blue RidgeParlcway». Nada se paga para se admirar o esplendor danatureza.

Para aqueles que buscam sentir areia nos seus passos ea brlza do mar, também não custa um centavo uma volta naspraias repletas de conchas da Carolina do Norte.

São 17 parques florestais todos com o mesmo charme einteresse.

Aqui estão enterrados os famosos Irmãos Wright que èmdezembro de 1903 voaram pela primeira vez.É uma terra pródiga de florestas e cenários de sonho,

jardins e parques.Essa região está infelizmente se industrializando: fábri-cas de cigarros e moinho são uma lástima realmente que po-dera prejudicar a paisagem.O Estado de Carolina do Norte têm apenas-60 museus,

muitos deles com entrada livre.O mais interessante é a "Biltimore house", a casa de Geor-

ge Vanderbilt, neto do capitalista Cornelius Vanderbilt queconstruiu nesse aprazível local jm palácio com 250 quar-tos.

InspiradD nos castelos do Loire. Biltimore foi inaugu-rado em 1895.

No centro de um gramado formando um xadrez em di-versos matizes de verde o palácio é uma das maiores atra-ções dos Estados Unidos.

Um museu agradável de se visitar onde pode se aqui-latar como viviam os milionários americanos no princípiodesse século.

A sala de banquetes tem 22 metros de extensão por 13de largura. Para melhor dar uma impressão de opulência.oteto está distante 21 metros do chão! O sistema acústico étão perfeito que um convidado na ponta da mesa, podia con-versar com outro na outra extremidade, sem precisar levan-tar a voz.

Biltimore levou cinco anos para ser construído e ocupoumil operários. A estrada de ferro foi acrescida de três mi-lhas, só para facilitar o transporte do material.

Vanderbilt morreu em 1914. Em 1930, sua família resol-veu abrir o palácio ao público, permitindo assim que, todosdesfrutassem um pouco de um tour admirando os objetos,prataria, quadros, tapeçarias e porcelanas.

É o que pode haver de requinte e bom gosto.

Biltimore «;stá localizado no meio de um parque gigan-tesco, hoje em dia doado ao Governo Federal.. Apenas umaparte ainda pertence ao palácio, o suficiente para ser con-versado e visitado pelos turistas. O Palácio de Biltimore eseus Jardins estfio abertos de primeiro de fevereiro até 15 dedezembro. Fica próximo, de Asheville na Carolina do Norte.

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• Estrada na floresta de Biltmore

COSTA. ARMATORIsp. AGENovA,DOIS GRANDES CRUZEIROS

com o t/n

EUGÊNIO C.Tendo -em vista o grande sucesso obtido com oCruzeiro ao Caribe em Janeiro do corrente ano, aLINEA "C" — Costo Armatori S.P.A., programoupara 1973 os seguintes dois grandes cruzeiros:

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partindo do Rio em 20/2 escalando na Bahia,Trinidad, La Guaira, Curaçao, Cristobal-Balboa,San Francisco,. Los Angeles, Acapulco, Cartagena,Granada e chegando ao Rio em 28/3.Aconselha-se efetuar as reservas o quanto antesjunto ao seu Agente de.Viagens ou nos escritóriosda LINEA "C" afíni de se obter a cabine desejada.LINEA "C" Agência Marítima Ltdo.Av. Rio Branco,' V— 7;° Tels.: 243-7691 —

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LANÇAMENTOS -

Domingo dee "Veneza"

Depois de marchas e contra-marchas na Censu-ra, surge agora na praça do Rio o filme de JohnScWesmger (o realizador de Perdidos na Noite, istoe, Mídnight Cowboy) que concorreu a recente pie-miaçao da Academia de Artes e Ciências Cinemato-gráficas de Hollywood, Domingo maldito (SundayBloody Sunday). A história de uma complexa e ín-tuna relação, entre Alex, uma mulher divorciada,eficiente relações públicas de uma importante fir-ma, Daniel, um médico (clínico) competente e frio,e Bob.um jovem artista plástico, meio hippie, meiowansviado. A ação, que se passa entre 10 dias edois domingos intercalados, fixa uma série deacontecimentos, em seqüências que envolvem ostrês principais personagens e gente de suas rela-çoes e amizade. A jovem divorciada e o médico sãoindividualmente emaranhados com o jovem artis-ta, numa relação que este aceita e vai íevando semqualquer colisão emocional até o momento em quecompreende que tem de colocar um ponto final emtudo aquilo..., , Alex, a divorciada, é interpretada pela exce-lente atriz britânica Glenda Jackson; o médico éinterpretado por Peter Finch; e o artista évivido por um jovem ator, Murray Head.

• VISCONTI E MANNFinalmente, chega às telas comerciais cariocas Morífiem Veneza, que Luchino Visconti extraiu da famosa no-vela de Thomas Mann. Certamente o famoso realizadoritauano tomou algumas liberdades com o texto de Mann,mas a critica estrangeira colocou a obra filmada numa

posição de maior relevo. O sucesso no Festival de Cannesdeu início a uma série de comentários os mais elogiosossobre a fita, que vem tendo uma enorme cobertura pro-mocional por parte da imprensa especializada em toda6 parte €m que é lançada. O próprio Visconti preparouO roteiro, contando com a colaboração de Nicola Bada-lueco, e a feitura da fita, como acontece em todas asobras do cineasta, foi cercada de todos os cuidados dosseus filmes com um carinho especial.Interpretando o personagem central da história.Gustav Aschenbach, está o inglês Dirk Bogarde. No papejde Tadzio, o belo jovem polonês que desperta no mães-tro uma verdadeira fascinação, está o jovem sueco, BiornAnderson. A veterana Süvana Mangano veste um impo-nente guarda-roupa de época no papel da mãe de Tadzio.

• O JOVEM FONDAPeter Fonda, que foi produtor e intérprete de EasyRider (Sem destino), está na produção, dirigiu e Inter-

pretou Pistoleiros sem destino (The Hired Hand). Umaespécie de Easy Rider a cavalo. Diz Fonda, sobre sua fita,que foi escrita por Alan Sharp: "Western é o modo comonos, americanos, contamos nossas historietas e nossas pa-rábolas. Todos os filmes de aventuras são tuesterns. Oswesterns baseiam-se na busca contínua do homem. Pro-curando, agrupando-se, mudando-se, para nunca real-mente ficar satisfeito — assim também é o ser humano."

No começo da história são três andarilhos, três com-panheiros de aventuras, que trilham os caminhos das ter-ras isoladas do Novo México. Um deles, morre; restamdois. E um dos dois homens, depois de muito andarem ee de aventuras e desventuras, decide voltar para a esposae para o filho que, ele; havia abandonado há sete anos,um ano após o casamento. Mas certos acontecimentos le-vam a um fim surpreendente.

No elenco, ao lado de Peter Fonda, atuam, em papéisde menor destaque, tytaen Oates, Verna Bloom, RobertPratt, Savera Darden e Ted Markland. •

• CAVALARIA E ÍNDIOSA Crista doDiabd (The Deserter) é um uiestem pro-duzido pelos norte-americanos, porém rodado na Europa.

Sob a direção de Burt Kennedy. O roteiro, escrito porClair Huffaker, situa a ação nos idos de 1886 na fron-teira dos Estados Unidos com o México, que vem sendocena de uma série de sangrentos e repentinos ataques dossaqueadores apaches. Uma tropa de 5.000 homens bemarmados, mas mal comandados perde uma batalha con-tra um pequeno porém astuto bando de guerreiros índios.

* Médico emalandro

A fabuloso clinica do Dr.Terstíli, cujo titulo no ori-ginal italiano é o qullomé-tricô II Prof. Dott.' GuidoTersiUt Primário delia Clíni-ca VHla Celeste deite Picco-le Ancelle Dell Amore Mi-sfiricordioso Convenzionatacon le Mutue, está tambémfazendo a sua estréia comer-ciai nos cinemas da Guana-bara. O roteiro foi prepara-do por Sérgio Amidei e Al-berto Sordi, mas a direção édo nosso' muito conhecidoLuclano Salce, que durantealguns anos dirigiu peças deteatro e filmes no Brasil.

O professor doutor GuidoTersilli é diretor-proprietá-rio de uma casa de saúdeque tem contrato com os di-versos Institutos e caixas deprevidência, para o atendi-mento de seus inúmeros enecessitados associados, quesão tratados lá na base de"quem pode pagar quartoparticular", sendo os casosmais gravea encaminhados aoutros hospitais, isso tudosob a alegação de que o pa-gamento contratual dos ürs-titutos e caixas não cobre asdespesas que a casa de saú-de tem com seus associados.Acontece, porém, que o pro-fessor doutor Guido Tarsillié um vivaldino que vive noluxo enquanto esprememais que pode as despesasda clínica...

"¦¦< ,1LUIZ AUPIO DE BARROS

Schlesingerde Visconti

Entra em atividade, pra valer, um capitão de cavalaria,cuja esposa havia sido massacrada, e topa a parada comos guerreiros índios comandados por um tal de Durango,que usa La Kspiiià dei Diablo (A Crista do Galo), umarecortada cadeia de montanhas, como refúgio.

O tal capitão que manda sua brasa nos índios é In-terprotado por Bekim Fehmiu, ator iugoslavo que íez suaestréia nas produções americanas em O mundo dos aven-tweiros, baseado no besí-se»er de Harold Robbins, TJieAdventurers.

• BANGUE-BANGUEOutro lançamento da semana é Vinoaiica selvagem,

que tem título original cm língua inglesa — The Tasteof the Savage — mas que tem na sua equipe de reali-zadores somente nomes da cinematografia de língua cs-panhola. O diretor é Alberto Mariscai; o argumento édu José Monguia; a direção de fotografia é de. JavierCruz; a música, de Rubens Fuentes; e o produtor é J.Fernardo Perez Gavilan. E a distribuição da Pelmex- Noelenco: Isela Vcga, Helena Rojo, Jorge Lukc, Nike Geor-giade, John Kelly, Ignácio Magallonl e participação espe-ciai de Camaron Mltchel.

• CLINT, O DIRETORAtor. norte-americano que foi se consagrar, interna-cionalmente, nos spnghctti-uieslcms, Clint Eastwood vol-tou aos Estados Unidos e, hoje é uma força viva do ei-nema independente de Hollywood. Claro que ele de vezcm quando faz seus bangue-bangues, mas 'agora se dá aoluxo de interpretar também outros gêneros de filmes. E,

mais ainda: de ter a sua própria empresa produtora. Per-versa Paixão (Play Misty For Me), que está entre asestréias comerciais desta semana, tem a Malpaso, suacompanhia, como co-produtora. E o mais interessante, paraos fãs de Eastwood, é que ele também é o diretor dafita.

Eastwood faz o mais popular disc-jockey na área deMonterey-Carmel, na Califórnia, que, entre os milharesde telefonemas que ele recebe quando está no ar, umavoz feminina freqüentemente pede que ele toque Mistypara ela. Do encontro com a dona da misteriosa voz ede outros perigosos encontros, o dtsc-jocfcey mete-se numaterrificante e assombrosa aventura. Suspense, mistério cterror, são os Ingredientes da trama.

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• Nacional de hojeSim. hoje tem também um

nacional na praça cinema-tcgráflca do Rio. Trata-se deProcura-se uma virgem, umaprodução de Jarbas Barbosae Teresinha Muniz dirigidapor Paulo Gil Soares. Umacomédia, evidentemente. Noelenco aparecem, em papéisde maior presença, HugoCsrvana. Arduino Colasantie Hugo Bidê. E apresentan-do Carla Santiago, a tal vir-gem procurada. A música éde Erlon Chaves.

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l.o CADERNO CORREIO'DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2.a feira, 17/4/1972 13 ,

TEATRO _ M0U

FERREIRA

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Luana, uma das menininhas contratadas pelo Colepara a revista Gostoso Mesmo é Mulhei

Notas em stacattoDepois do sucesso de Bsth Carvalho, quem vai dar o rc-

cado amanhã na Noitada de Samba (tambèn apelidado deZicarfola n.° 2), é o compositor João do Valle, autor deCarcará, formando ao lado de Clementina de Jesus, Car-tola, Nelson Cavaquinho, Jurandlr da Mangueira, Toco doIndependentes de Padre Miguel e Baianlnho do Em Cimada Hora, o time efetivo do show do Opinião. Aliás, o outroespetáculo produzido por Bayer e Coutlnho no mesmo tea-tro, Egberto Gismonti, estará apresentando suas despe-didas no f.tn do mês..

Num trabalho sério de pesquisa, trazendo composiçõesinspiradas na música sertaneja, e nos motivos rurais, des-pede-se hoje no Glauce Rocha, Ruy Maurity e seu Venlu

a Nós o Vosso Campo, depois de uma temporada relativa-mente curta.

*Aurimar Rocha trabalhando a todo vapor. Já acabou

de escrever Mangue Story e Casamento em Grupo, deven-do esta última peça estrear em junho, se tudo correr con-forme o previsto.

Hoje, no Teatro Municipal, a segunda audição mundialdo oratório cênico Salnt Louis, de Darius Milhaud, comtexto de Henri Doublier, inspirado num poema de PaulClaudel, em homenagem ao Rei Luís IX. A regência é domaestro Jacques Pernoo. Tanto Milhaud como Claudel eDoublier viveram alguns anos no Brasil, tendo sido a obraencomendada a eles pelo Ministro de Assuntos Culturaisda França, para esta apresentação especial no Rio. A nrc-mière aconteceu na sexta-feira.

*. Sandro Polônio está transando a antecipação do show

Rosa dos Ventos, de Maria Bethânia, que estrearia dia 27no Teatro Maria Delia Costa, em São Paulo. Isto porque oBrazil-Export, que deveria ficar em cartaz até dia 20, jaencerrou temporada.

•fiCorrespondência para esta seção: Avenida Passos, 122,

15.° anair.

SUAVDAHOJESORAIA FÁTIMA

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CARNEIRO (De 21 de março a 20 de abril) — Domingo —Sonhos agradáveis. Manhã de esperanças com satisfaçãogeral no lar e nos empreendimentos. Depressão e nervo-slsmo à tarde. Segunda-feira — Sobressaltos e deficlên-cia de madrugada. Precipitação e domínio do inconscien-te de manhã. Favorabilidade de tarde nas atividades ar-tisticas ou ligados à terra e seus produtos. Intuição.TOURO (De 21 de abril a 20 de maio) — Domingo —Ocupações e assuntos diversificados. Habilidade nos tra-balhos caseiros. Brilho no campo cultural. Depressão àtarde. Tonteira. Inveja e inimigo de noite. Saúde ressen-tida. Segunda-feira — Extravagância nas Idéias e nas de-liberações. Dificuldades com parentes. Tarde e noite derealizações proveitosas. Planos acertados.GÊMEOS (De 21 de maio a 20 de junho) — Domingo —Temperamento ativo e alegre. Inclinação para reuniões,estudos e observações. Satisfação em todos os assuntos.Modificações favoráveis à situação no futuro. Segunda-fei-ra — Sono perturbado. Notícia referente a parente emba-raçado. Decisão ativa durante à tarde com realizações cons-trutlvas. Prosperidade na indústria. Arte.CÂNCER (De 21 de junho a 22 de julho) — Domingo —Sorte de manhã nos concursos e nas especulações. Revê-lação de segredos. Inteligência construtiva e artística. Tar-de de adversidade e queda geral. Segunda-feira — Sonhosconfusos. Saúde deprimida. Imaginação errada. Coraçãosofredor de manhã. Habilidade profissional à tarde. Lucros.Criações e invenções. Arte de noite.LEÃO (De 23 de julho a 22 de agosto) — Domingo — So-nhos reveladores. Manhã favorável com multa simpatia nacomunicação e melhoras na posição. Tarde embaraçosa.Noite de depressão psíquica. Segunda-feira — Sono per-turbado. Confusão do instinto de manhã. Irritabilidade nosdiálogos. Melhoras pela tarde. Operações lucrativas. Sen-tido da felicidade de noite. Clarividência.VIRGEM (De 23 de agosto a 22 de setembro) — Domingo

Celebridade para escritores. Desenvolvimento mentalpara iniciados. Satisfação na publicidade. Sentido da liar-monia geral. Tarde de certa confusão. Segunda-feira —Manhã negativa. Atritos e imprudências. Tarde de novose lucrativos assuntos. Inspiração para inventores e plane-jadores. Noite de sentlmentalismo.BALANÇA (De 23 de setembro a 22 de outubro) — Domin-go — Clarividência de manhã e novos rumos nas realiza-ções. Sorte nas especulações. Inteligência aguda. Depres-são geral à tarde. Parentes com problwnas. Segunda-fei-ra — Madrugada embaraçosa. Imaginação Inventiva. Co-ração em dúvida. Reação de tarde com novos assuntos paranegócios e estudos. Noite construtiva. Amor.ESCORPIÃO (De 23 de outubro a 22 de novembro) — Do-mingo — Inspiração de manhã no trabalho e nos plane-jamentos. Bom êxito nos concursos e nas especulaçõesAjuda nas realizações. Temperamento alegre. Tarde e nol-te embaraçosas. Segunda-feira — Depressão nervosa demadrugada e de manhã. Saúde ressentida. Garganta edores nas costas. Aplicação com bons êxitos à tarde. Lu-era:.SAGITÁRIO (De 22 de novembro a 21 de dezembro) — Do-mingo — Desejo de atrair a simpatia de parentes e círcu-los populares. Sorte de manhã nas especulações e nos pia-nejamentos. Tarde de erros e dúvidas. Segunda-feira —Depressão de manhã com dificuldades na comunicação enas realizações. Tarde de modificações gerais nos negóciose lucros nos transportes e mecanização.CAPRICÓRNIO (De 22 de dezembro a 20 de janeiro) — Do-mingo — Disposição agradável de manhã. Satisfação paraparentes. Dificuldades inoplnadas à tarde. Saúde depri-mida. Idéias inesperadas modificam a programação,gunda-feira — Madrugada agitada com sonhos estranhas.Espírito dos inventas e das reformas. Possibilidade de ati-vidades lucrativas em setores diferentes. Noite benéfica.AQUÁRIO (De 21 de janeiro a 19 de fevereiro) — Domingo

Dificuldades inesperadas modificam a programação.Saúde ressentida. Circulação e nervosismo. Habilidade nastrabalhos manuais. Depressão à tarde. Segunda-feira —Sobressaltos e imaginação erradas de manhã. Aplicação dedia nas pesquisas e na produtividade industrial. Sorte nasespeculações. Sentido da felicidade.PEIXES (De 20 de fevereiro a 20 de março) — Domingo

Sonhos reveladores. Satisfação de manhã em todos oasetores. Decepções à tarde. Noticias de pessoas perturba-das inimigas. Segunda-feira — Mente dirigida para as so-luções familiares perturbadas por estranhos. Imaginaçãopoderosa para intelectuais filósofos. Prestigio geral. Ga-nho nas contendas. Realizações afortunadas.

Vamos ao Teatro

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2.° Ano nos Cartazes da EuropaDir. e tradução: João Bet!-encourt — Cenário e figurinos de ArlindoRodrigues. Com: Jorge Dória,, Yara Cortes, Luiz Armando Queirós

e Eduardo TornaghiPart. esp.: IHLDEGARD ANGEL

TEATRO MAISON DE FRANCE — Reservas a partir das 10 hs. damanhã pelo tel.: 252-3456

Hoje às 18 e 21 hs.

BRIGITTE BLAIR apresentaCARLOS LEITE e MARTA ANDERSON

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Hoje às 20,30 e 22,30 hs. — Tel.: 236-6343AR REFRIGERADO — Tel.: 236-6343

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2.° GRUPO: AÇORES — ANGOLA - CABO VER-DE — CANADA - ESPANHA — EUA - MÉX1-CO — PORTUGAL — MOÇAMBIQUE- SEMES-TRAL, US$ 272,00 — TRIMESTRAL. USS 145.00;3.° GRUPO: ARGÉLIA — LIBÉRIA - HONDU-RAS BRITÂNICAS - CAMERUM - COSTA DOMARFIM - GANA - GUADALUPE - GUINÉ

TUNÍSIA: SEMESTRAL, US$ 369,00 - TRI-MESTRAL, US§ 190.00: 4.° GRUPO: ATO ANISTÃO — ÁFRICA - ALBÂNIA - URSS - ISRAEL

EGITO - CONGO — CHIPRE — INGLATER-RA — CHINA - TURQUIA - SÍRIA - POLO-NIA — SUÍÇA — SUÉCIA ETC: SEMESTRAL,US§ 520,00 — TRIMESTRAL. US$ 270,00.

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PROMOÇÕESE ADMINISTRAÇÃO

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C.G.C. nl 34.098.442/001

Assembléia Geral OrdináriaFicam convocados os Se-

nhores Acionistas da COM-PANHIA DE TURISMO,PROMOÇÕES E ADMINIS-TRAÇÃO, para se reuniremem Assembléia Geral Ordi-nária, que se realizará na se-de social à Rua do Carmo, 43— 9? andar, nesta Capital,às 10 (dez) horas do dia 28de abril de 1972, para deli-berarem sobre a seguinteOrdem do Dia:

a) Relatório da Diretoria,Balanço Geral, Demons-tração da Conta Lu-cros e Perdas e Parecerdo Conselho Fiscal, re-ferentes ao Exercíciosocial encerado em 31de dezembro de 1971;

b) Eleição dos Membrosda Diretoria Executiva,do Conselho de Admi-nistração, e do Conse-lho Fiscal e respectivossuplentes; bem como afixação de seus hono-rários para o exercíciode 1972;

c) Outros assuntos de in-teresse da Sociedade.

Rio de Janeiro, 10 de abrilde 1972.Companhia de Turismo, Pro-

ONITiaOd IdNHVOE5eJ}S!UIUipV 3 SSOÔOUI

Diretor Superintendente7976

CRONOLOGIAF. LICARIÃO

Aconteceu em 16 de abril-1638 — Entra na Bala de

Todos os Santos a esquadracomandada por Juan VanderMast, viajando em um dosnavios o príncipe João Mau-rlcio de Nassau com a mis-são de estabelecer o GovernoHolandês no Brasil.

1788 — Falece o naturalistafrancês George Louls Lecrercde Buffon.

1790 — Falece, em Filada-íia, o estadista BenjamimFranklin, um dos fundadoresda independência dos EstadosUnidos.1819 — Nasce, na Itália, San-to Antônio Maria Puccl.

1826 — ê criada a OrdemImperial de D. Pedro I.

1828 — Falece, na França,o pintor espanhol FranciscoJcsé Goya Y Luclentes.

1833 — Travam-se, nas ruasde Belém, capital do Pará,combates contra a posse dópresidente Mariani e do no-mandante das armas Correiade Vasconcelos, nomeados pe-Ia Regência para aqueles car-gos.

1844 — Nasce, em Paris, oescritor Anatole Françols Thl-bault — na literatura, "Ana-tole France".

1845 — Nasce, cm Sabará,Minas Gerais, o filólogo é ro-mancista Júlio César Ribeiro.

1858 — Ê elevada à cate-gorla de cidade a vila de Por-to Feliz, na Província de SãoPaulo.

1863 — Nasce, em Vassou-ras, Província do Rio de Ja-neiro, Álvaro Freire de Villal-ba Alvim.

1866 — A esquadra brasllel-ra começa a bombardear asposições paraguaias em Ita-piru e Pass.o da Pátria, naguerra do Paraguai.

1869 — Assume o comandodas forças brasileiras no Pa-raguai o conde D'Eu, Maré-elial Luiz Felipe Maria Fer-nandes Gastão d'Orleans.

1878 — Nasce, em Porto Fe-llz, Província de São Paulo,o filólogo Otonlel de CamposMeta.

1879 — Falece a videntefrancesa Bernadette de Sou-birous.

1914 — Falece, no Rio deJaneiro, o filólogo HeraclitoGraça.

1916 — O teuto-amerleanoLouis Ernrich consegue iludiralguns curiosos colocando águano tanque de gasolina de umautomóvel tentando fazer crerque o carro andava com água,mas é desmascarado, termi-nando na prisão de Slng Slng.

1928 — O aviador francêsJean Mermoz decola do Cam-po dos Afonsos, em plena es-curidão, realizando assim o Io.vôo noturno no Brasil, em ser-viço postal, pela primeira vezno mundo.

NOTASMÉDICAS

FERNANDO SEIDL

CLUBE DO OSSO — Serárealizada terça-feira dia ...i8-4-72 às 19:00 horas a reu-nião semanal do Clube do Os-so, com patrocilnio do Regis-tio Brasileiro de Patologiaóssea, e do Laboratório —Unidos de Patologia (Lupa).Local: — Clínica RadiológicaEmílio Amorim, a Rua Soro-caba, 464. Programa:-— 1 —Tumor Lítico do Rádio — Dr.Jorge Faria; 2 — Lesão Ex-pensiva do Uiaco — Dr. Car-los Giesta; 3 — Artropatia doCotovelo — Dr. José RaulChlconelli; 4 — Lesão LlticaMetafisária do Rádio — Dr.Mário Goulart.Q O Serviço de Ortopedia doHospital Souza Aguiar vaipromover o Curso Anual deAtualização ein Ortopedia de17 a 30 de abril, sob a orien-tação do Dr. Danilo Gonçal-ves. As inscrições estão aber-tas no Centro de Estudos doreferido hospital.q O diretor da Divisão Na-cional de Tuberculose, Prof.Edmundo Blundi designou omédico Alberto Fernandes pa-ra a função de chefe do Ser-viço de Organização e Con-trole da mesma Divisão. ODr. Alberto Fernandes é an-tlgo servidor daquela Divisão,com longos anos de exercidono Conjunto Sanatorial Ra-phael de Paula Souza, e daCampanha Nacional contra aTuberculose, do qual foi umdos organizadores.

ENGENHARIAMELMAN

OSÓRIO S.A.C.G.C.M.F. — 33.379.512

ASSEMBLÉIA GERALEXTRAORDINÁRIA

ConvocaçãoSão convidados os Senho-

res Acionistas, a se reuni-rem na sede social à AvenidaPresidente Vargas, 418 — 10°andar, às dezesseis horas dodia 28 de abril de 1072, emassembléia geral para delibe-rações sobre a seguinte or-dem do dia:a) aumento de Capital c ai-

teração dos EstatutosSociais;

b) assuntos gerais do In-teresse social.

Rio de Janeiro, 14 de abrilde 1972.

ENGENHARIA MELMANOSÓRIO S/A

João Luiz Osório — Diretor54291

SOCIAISANIVERSÁRIOS

Comemora hoje mais umnatalício a Senhora Alcirada Silva Roechling, esposado Sr. Alexandrino Roech-ling. Recebe efusivos cum.primentos de familiares epessoas íntimas aos quaisjuntamos os nossos sincerosparabéns.

Fazem anos hoje: AnaCristina Araújo Fagundes deMeneses, Helena Pessoa deQueiroz (de Recife), Dr. JoãoFreire (oftalmologista daSanta Casa), Sylvio Mara-nhão Couto, Professor Enge-nheiro José Luiz Palhares dosSantos (diretor da Mesbla,da Exportbras, da Brazfa-bril etc.).

— Fazem arroe amanhã —Proi^ssora Clotilde de Araú-jo Andrade, Cenira Queirósde Almeida, Mauricéla Cos-ta da Silva, Lúcia dos San-tos Barbosa, Márcia Soares.Desembargador Alberto Mou-rão Russel, General MárioBarbosa Pinto, General Ono-fre Muniz Gomes de Lima,economista Roberto Campos,Jorge Moreira. José AlbertoRolim, Ari Pinheiro de Oli-veira lima, Ângelo Ribeirode Almeida, Sebastião Joa-qulm da Costa, VanderlanCunha, Inei Borges Bastos,comerciante Leban Lasmar,Isaias Nascimento, RicardoAlex Lobosco Pinheiro, pu-

bljcifário Gerhard Orthof(diretor da E. P. Época), pu-blicitário Hugo MartinezFilho (da F. Chinaglia, daPégasus), diplomata Fernan-do Silva Alves, diplomataPaulus da SUva Castro.

Completa, o 6.° natalí-cio a menina Patrícia, filhado casal Bertholdo KlingerTeixeira de Resende e Ân-gela Maria Teixeira de Re-sende.

O casal José Bantin eNatividade Gomes Bantin,festeja, hoje, o 4.° natalíciode seu filho José Vicente.

Amanhã- festeja o 3.°rratalício de seu filho Mar-ceio, o casal Leopoldino deAndrade e Nilda F. de An-drade.

Tem amanhã a festi-nha do seus 4 anos, a me-nina Cristine,. filha do casalÉlson Miranda Fontes e So-lange Brito Fontes.

O menino Charles Max,filho do casal Renato Paulade Almeida e Sueli Nasci-meirto de Almeida, amanhã,completa o 4.° aniversárionatalício, com festa intima.

Festeja, hoje, o 8.° anl-versário natalício de sua fi-lha Soráia, o casal Euvl Sal-danha de Araújo e SaturloJosé de Araújo.

CASAMENTOS

Ismênia — Néo — Hoje,às 18 horas, na Igreja da

Santa Cruz dos Militares,realiza-se o casamento daProfessora Srta. IsmêniaCorreia da Silva, filha do ca-tal Correia da Silva, com oTenente da Aeronáutico NéoBonel Medeiros Rocha.

*

Sr. Egídio Giacoia — Srta.Maria Aparecida — O casalVictorio Giacoia e Sra. Car-men Viola Giacoia paiíici-pa o casamento do seu íi-lho Egídio, figura de proje-ção da sociedade lambarien-se, com a Srta. Mana Apa-recida, filha do casal Nelsone Franciscá Assis Alves.

O enlace matrimonial foirealizado ha Igreja de SãoSebastião em Cambuquira —Minas Gerais.

COMEMORAÇÕES

Está festejando, hoje, anl-versário de fundação, o Gru-po Exvursionista Engenho deDentro, com solenidade emsua sede, Rua Coração deMaria, 16. no Méier, presidi-da pelo seu presidente, Sr.DaE Nunes Barbosa; e mis-sa comemorativa, às 10h30m,na Igreja de São José e N.Sa, da Conceição, no Eirge-nho de Dentro.

Engenharia Naval — Nodia 19, a Sociedade Brasilei-ra de Engenharia Naval. Av.Presidente Vargas n.° 542 —Gr. 709/703. comemora anl-versário de fundação, estan-do programada solenidade,

com inicio às 18h30min, comhomenagem aos fundadores eex-diretores pioneiros da In-dústria de construção navalno País.

PALESTRA

Tiradentes — Na ABI. de-pois de amanhã. 19, o escri-ttor e jornalista, acadêmicoAustregésilo de Atalde, pre-sidente da Academia Brasi-leira de Letras, fará pales-tra na Casa da Imprensa so-bre "Tiradentes". No dia 20,a ABI oferece aos sócios exl-bicão de filmes e no hall do9.0 andar, inaugurará expo-sição de documentos.

MISSAS

Reza-se, hoje, a seguinte:de 30.° dia. às 11 horas, naCapela do Instituto João Al-ves Afonso, Rua Ipirangain.° 70, Laranjeiras, por ai-.ma do jornalista Mamiel Vi-cente Braga (Braguinha —cronista esportivo) e funcio-r.árlo do Incra.

— Hoje, às 11 horas, a Ve-nerável Ordem Terceira dosMínimos de São Franciscode Paula, realiza a festa emlouvor do Santo Patrono, notemplo do Largo de SãoFrancisco de Paula, com mis-sa, concelebrada e sermão.Participará o Coral da Asso-ciação Musical São JudasTadeu.

ATOS RELIGIOSOS

MAJOR AVIADORCÉLIO SEDA

(FALECIMENTO)

fO Ministro da Aeronáutica convida

Af. . Ios Oficiais, parentes e amigos doMajor Aviador Célio Seda, para o seusepultamenlo, dia 16, às 11:00 horas, naCripta dos Aviadores, saindo o corpo daCapela Real Grandeza para o CemitérioSão João Batista.

RUY ÂNGELO ROIDA(MISSA DE 7.° DIA}

A família de RUY ÂNGELO ROIDA|^ agradece, sensibilizada a todos as mani-

festações de pesar recebidas por ocasiãodo seu falecimento, e convida parentes

e amigos para a Missa de 7.° Dia, que manda ce-lebrar em sufrágio de sua alma, dia 18, 3.a fei-ra, às 10:30, na Igreja Sagrados Corações, naRua Conde Bonfim, 474. Desde já agradece atodos que comparecerem a este ato de fé cristã.

T

ROSARITA PENNA FIRME,v_., (MISSA DE 7.° DIA)

Seus filhos, genro, nora, netos, ir-W mãos e sobrinhos convidam parentes e

amigos para a missa de 7.° dia que se-rá celebrada em intenção de sua bonís-

sima alma, dia 17, segunda-feira, às 11 horas,na Igreja de N. S. da Conceição e Boa Morte,à Rua do Rosário. Desde já agradecem a esteato de fé cristã. 14591

IP

MENINO JESUS DE PRAGADe joelhos agradeço grande

graça. MAR1LIA. 23829

AO MENINO JESUS PRAGAAgradeço 3 graças alcançadas.

ita23832

III caderno especial:I indústria 0 ciênciaI comércio e¦ tecnologia

I RESERVA DE ESPAÇO -11 DE MAIO¦ ENTREGA DO MATERIAL -16 DE MAIO

H • " i

CIRCULAÇÃO CONJUNTACorreio da Manhã - WM Wltt19 DE MAIO DE 1972

16 CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2.a feira, 17/4/1972 1.° CADERNO

COLUNA- QUATRO

Páreosde amanhã

1.° Páreo — Às 2010min — 1.600metros — CrÇ 5.000,00.

kg1—1 Estupendo, O. Cardoso 582 Rio Gualba, N. Correraá 542—3 Verus, E. Ferreira ... 53

4 Jingle Bell, M. Hévia 553—5 Remin, J. Reis 57Hobort, J. Queiroz .... 504—7 Henrique, F. Carlos ... 54" Ei Malak, J.M. Silva .. 592.» Páreo — As-20h40min — 1.300metros — Cr$ 7.000,00.

kg1—1 AU Sct, E. Ferreira ... 57

2 Dynastie, .T.B. Paulielo 572—3 Edia, J. Pinto 574 Colmy, A. Ricardo 573—5 Radoire, P. Alves 57" Zizabel, N. Santos 574—6 Bòetie, J.M. Silva 57" Blondik, G.F. Almeida 53

Alloy, N. Correrá 533." Páreo — A2lhl0min — LOOOmetros — Cr$ 7.000,00.

kg1—1 Entonado, ,T. Pinto .... 572 Rogai, G. Meneses .. 572—3 Ximburu, W. Gonçalves 57

4 Krup, L. Santos 573—5 Milo, A. Garcia 576 Zasrouf, J.B. Paulielo 574—7 Panzo, „\. F.amos ..... 57

Jerarca. J. Reis 57Pedegral, N. Correrá .. 57

4." Páreo — Às 21h40min — 1.300metros — Cr$ 7.000,00;

Armando de Almeida Queirós —RadiaUsta do Ano

1—1 Sing Bird, G.F. Almeida2 Mar Sal, G. Alves ...

2—3 Ben Belo, D. Santos ..4 Arcturus, D. Moreira

kg

57575757

3—5 Pebo, J.M. Silva 57" Juinante, P. Rocha 576 Happy Compass. G. Men. 53

4—7 Caron, J. Pedro F.» .. 57" Exodus. M. Alves 578 Major M., W. Gonçalves 57

5.? Páreo — Às"2hl0min — 1.600metros — Cr$ 8.000,00.

Sistema Globo de Rádio

kg

1—1 Huari, A. Garcia 562 Anah, W. Gonçalves 56

2—3 Aflorada, H. Ferreira 56. 4 Pista, J. Bafliea 53

3—5 Serínete, D. Santos ... 566 Gozadora, G. Meneses 56

4—7 Deusa, .T. Pinto 56Acorozada, E. Ferreira 56

6.° Páreo — As 22h45min — 1.300metros — Cr? 7.030,00.

(Bctting)

kg'.'—} Above Ali, F. Ferreira 57

Quelque Chose, J. Tin. 57Cabra, J. Pinto 57

£—4 Xenotlna, J. Reis 575 Camile, M. Hévia .... 57

. 6 Olmeira, J. Pedro F.° .. 573—7 Jornada, F.J. Fraga .. 57

. 8 Faentina, D. aSntos ... 57Labeth. F. Carlos ...... 57

10 Zambrina, B. Carmo .. 534-11 Marjolaine, J. Machado 57

12 Mil Colarcs, P..Rocha .. 57" Dezena, C. Pensabem 57Saurlta, M. Braga 5713

7.» Páreo — Às 23hl5min — 1.600metros — CrS 5.0CO.00.

(Betting)

kg

1—1 Rouge Et N01'r, D. Stos. 58II Major's, F. Carlos ... 58Mano Abierta, L. Cald. 54

2—4 Shelton, R. Ribeiro ... 58Paramentado, W. Gonç. 58Flor do Yoshino M. Brg. 57

3—7 Lubinho, J. Queiroz .. 55Lelc, G.F. Almeida ... 54Manto, L. Maia 55Teimosice, D. Milânez.. 50

4-10 Factor, F. Esteves .... 5511 El Canário, G. Pcnsab. 5412 Quany, A. Garcia 55

" Quedo, J.B. Paulielo 56

C.° Páreo — Às 23h45min — 1.30ometros — CrS 6.000.00.

(Bcttins)

1—1 Jando. J. Pinto 2 Cadirbun, J.M. Silva ..

2—3 Regentino, A. Ramos ..Canapiiry, A. Ricardo .Cortejo, O. Cardoso ..

2—6 El Sevillano, A. GarciaJiu-Jitsu, J. Brizola ...Maledetto, A. Hodecker

4—9 Furricl. N. Santos ....10 Capivari, W. Gonçalves11 El Tornado, F. Carlos .

kg

6057605957605857595859

LongchampLongchamp abriu a tempo-

rada de 1972, cora a disputados Prêmios Juigné. Fontaine-bleau. Greífulhe, Barbeville.d'Harcourt e de La Grotte.

O Prêmio Juigné, 2.100 me-tros e 800 mil francos de do-tação. para inéditos de 3 anos,ficou em poder do norte-ame-ricano Mr. Long (Sen Bird eKessette), que derrotou porcabeça o inglês Horebound,com o francês Prince Pedourem terceiro, a igual diferen-ça.

Hard To Beat

O Prêmio de Fontainebleau.em 1.600 metros, com 90 milfrancos de dotação, tambémpara animais de 3 anos, tevopor vencedor Havd To Beat.que ganhou de ponta a ponta,cem Tamiran em segundo, adois corpos. De criação c pro-priedade do turfista S. Soko-lov. o vencedor é natural daInglaterra, sendo filho deHardicanute e Virtous. porAbove Suspieion. No ano pas-sado, Hard To Beat levantouo Grande Crlterium. Durantea disputa do Prêmio Fontai-nebleau. caiu na largada ojóquei do potro norte-amerl-cano Riverman. muito cotadona carreira.

Sancy

ÜEm 2.100 metros e c.om20d mil francos de. dotação, oPrêmio Greffulhe não contoueste ano om os melhores pro-dutos de 2 anos. Seu ganha-dor foi Sancy. um potro fran-cês, filho de Sanctus e Wor-dys, por Worden. Deixou adois corpos Tom Playfair. comLassale em terceiro a meiocorpo.

Little Rose em destaqueno clássico de éguas

O domínio que os corredores do turfe bandeirante vêmapresentando aqui na Gávea, onde venceram os últimosgrandes prêmios sem encontrar adversário, parece quecontinua neste Carlos Telles da Rocha Faria. Pelo menos,a representação que chega está muito fortalecida, pois asquatro éguas são figuras de destaque da esfera clássica daala feminina que atua em Cidade Jardim, notadamente LittleRose, que sempre produziu atuações expressivas, na pistade grama normal. Também Juturna é uma égua de grandesqualidades e que se torna Imbatível dentro da turma quan-do encontra uma cancha pesada pela frente. As outrasduas, Laurelle e Pollyana, também são corredoras de boacategoria e que, embora náo ocupem o mesmo plano de

Little Rose e Juturna, podem derrotá-la numa mudança decenário, pois esta é a primeira vez que vão atuar nas pistascariocas.

Além dessas corredoras paulistas, também na carreiraestá presente uma égua gaúcha, que vem revestida demuito cartaz, trazendo uma campanha sugestiva no pradode Cristal. Ê Tragl-Farsa, uma filha de El Tronio, vence-dora de Inúmeras carreiras em Porto Alegre, muitas clássl-cas, e segunda colocada de Negroni no Bento Gonçalves.Com esse cartaz, a gaúcha merece algum respeito nesta car-reira, embora esteja enfrentando éguas de destaque de cen-tros de turfe mais avançados, como são Cidade Jardim eGávea.

Estudando o programa— Ordoíies caiu muito de turma, pois vinha atuan-

do na melhor esfera de handlcap, onde chegou a produzirboas atuações. Agora, encontra boa oportunidade par* con-quistar a primeira vitoria no turfe carioca, pois está bemcolocada na distância e pega bem qualquer tipo de pista-Painel volta em boas condições e, na grama, sempre teveseu rendimento acentuado. É, portanto, o principal adver-sário. Jargon aparece na reserva.

— Nisel parou um pouco para reparos e volta naconta, prestigiada por um exercício que, basta ser conflr-mado, a fará vencer esta carreira. E ainda leva o refor-ço de Natalie, outra que retorna em boas condições, e podeformar a dupla da casa. Floreal, que sempre mostrou umacerta preferência pela grama e vem atuando a contendo naareia, é a principal adversária da parelha favorita.

— Jurute é o retrospecto vivo desta carreira. Vemde dois segundos lugares, na grama e na areia, e parecerender mais no gramado, como filho de Silfo que é. Con-tinua em evolução e, em corrida normal, achamos difícilsua derrota. O rival mais perigoso é Zanzibar, que conti-nua muito bem e mostrou um bom padrão de carreira nagrama. Ximarrão correu pouco na estréia, mas este ira-casso não valeu, pois sabe correr muito mais do que fez.Assim, vai reabilitar-se na tarde de hoje e pode muito bemlevar a melhor.

4— Páreo de animais sem credenciais onde tudo podeacontecer sem causar surpresa. Vamos ficar com Feroz,que nos parece ser o menos mal do campo, deixando Far-mood na formação da dupla, ptomano, que melhorou mui-to nos últimos tempos, aparece em seguida.

CELSO PINNA— Endicaly é lorça destacada nesta carreira. Vemde uma derrota incrível na pista de areia e corre mais nagrama, rala onde conquistou sua única vitória no turfebandeirante. O páreo enfraqueceu muito e não acredita-mos que seja derrotado. National Kidd, que mostrou serbom corredor na pista de grama, é o principal adversárioe Quechant, que produzindo boas atuações nesta compa-nhia, não deve ficar fora de cogitações.— Little Rose vem pronta de São Paulo para ven-cer. A filha de Royal Cjlef anda como nunca e Já mos-trou que corre multo na pista normal, sendo também umaégua de categoria, Torpedita, que estft melhor que da últi-ma vez e também gosta da raia leve, é a adversária mais

perigosa. Juturna é outra que apresenta chance de vitô-ria, passando a ser a força da carreira caso a pista venhaa ficar pesada na hora da disputa.

— Amarguito apresentou melhoras acentuadas nos úl-timos tempos e como vem de boas carreiras na turma, poissempre chega no marcado, acreditamos que hoje seja seudia de vencer. Zauré está de novo em sua turma, apósuma boa atuação no páreo de vitoriosos. Contou com apreferência do Caminha e é perigoso com sua atropeladacurta. Zepelin largou na última, foi destocado mas aindaconseguiu o segundo posto. Saindo novamente e em Igual-dade de condições tem muita chance de vitória.

— Mar 014 anda correndo multo e já ficou madurona turma. Na raia leve. sempre rendeu mais e assim acre-ditamos em sua vitória. Cravo vem de boa atuação e apa-rece como principal adversário e Marroquino volta maisfirme e bem trabalhado, reunindo possibilidades de éxitó.

Resultados de ontem na Gáveaí.» PAREÔ — 1.400 METROS — AL — PRÊMIO: CrS 8.000.00

CrS CrSl.° Félix, G. Meneses 56 0,38 12 0.432.» Royal Pharas, A. Machado 56 0,32 13 0.333.° Vaqueiro, J. Machado 56 0,25 14 0,434." Rape, J. Pinto 56 0,44 22 lil45.° Nocaute, A. Garcia 56 0,32 23 0,516." Nisht Hawk, F. Esteves 56 — 24 0,547.» Jalhur, M. Hévia..... 55 — 33 1.04

34 0,5644 2,37

Dif.: 3'4 de corpo e 3/4 de corpo — Temnn: lmln3ts3/5 —Venc. (3) 0.38 — Dup. (23) 0,51 — Placês: (3) 0,22 e (4) 0,16.

Mov. do páreo: CrS 112.467,00. ¦FÉLIX — M. C. 3 anos — SP — Melody Fair e Uronda —

Propr.: Stud Lex — Treinador: C. Pereira — Criador: HarasGuayçara.

2.° PAREÔ — 1.400 METROS — AL — PRÊMIO: CrS S.000.00CrS CrS

l.o Inesita, F. Carlos „.. 52 0,33 11 0,592.° Aimani, E. Ferreira 56 0,50 12 0,233.» Filomena, A. Garcia 56 0,18 13 0,394." Nasrani, J. M. Silva 54 0,27 14 0,475." Camona, F. Esteves 56 — 22 4,1!)6.» Venenosa, J. Machado 56 6.32 23 0,077." Narda, R) Riheiro .., 56 .2.73 24 0,á<l8." Esionc, A. Ramos '56 3,49 33 3,00

34 1,9944 6,31

Dif.: .'! corpos e 1 corpo — Tempo: lmin31s — Venc. (4) 0,33Dup. (34) 1,99 — Placês: (4) 0,32 e (6) 0,24.Mov. do páreo: CrS 122.663,00.INESITA — F. C. 3 anos — PR — Aortunado e Pioneira —

Propr.: Stud Gabriel Homsy — Treinador: M. F. Neves —Criador: Haras Paraná Ltda.

3." PÁREO — 1.000 METROS — AL — PRÊMIO: CrS 9.000.00CrS CrS

1.» Sweet Doca, G. Fagundes 55 0,40 12 0,402.» Famosa, M. Hévia 54 0,24 13 0,283.0 Jazerina, M. Silva :... 55 0,44 14 0,;34.0 Elair, L. Corrêa 55 3,43 23 0.565.0 Reditcra, P. Alves 50 0,25 24 1,276.0 Guanabara, J. Queiroz 55 2,65 34 0,557.° Colúmbia Lunar, E. Ferreira 55 0,70 44 3,23

N/Cm.: In Time, Achroma e Finkle.Dif.: paleta e 1/2 corpo — Tempo: lmin04s — Venc. (3) 0,40Dup. (12) 0.40 — Placês: (3) 0,19 e (1) 0,16.Mov. do páreo: CrS 84.716.00.

SWEF.T DOCA — F. A. 2 anos — RS — Kurrupako e Fama —Propr.: Haras Ipiranga — Treinador: E. Coutinho — Criador:Haras Ipiranga.

4.» PAREÔ — 1.000 MF.TROS — AL — PRÊMIO: Cr? 9.000 00CrS CrS

l.° Don Beto, J. Machado 55 1,01 11 0,392.0 Simpulo, L. Santos 55 0,52 12 0,353.» Art Blues. J. Aüilga 55 0,?0 13 0,444." Paradis, E. Ferreira 55 0,59 14 0.345." EI Fatá, J. Reis 55 0,41 22 6,296.0 Oti. F. Esteves 55 0,44 23 0,837.0 Bon Vln, A. Garcia 55 24 0,70»8.0 BalURln, J. Erizola 55 33 4,219.0 Sansão, C. Gomes 55 3,52 34 0,95

IO* Bonvent. J. Souza ;... 55 12,20 44 2,42ll.o sir Sorteado, E. Paula 55 8.9012° Olguin, c. Meneses 55 4,61

Dif.: mínima e 2 corpos — Tempo: lmin02s3/5 Venc. (IOi1,01 — Dup. (44) 2.42 — P'acês: (10) 0,52 e (9) 0,32.

Mov. do oáreo: CrS 132.706.00.DON BETO — M. T. 2 anos — RS — Endymion e Showy —

Propr.: Stud Placard — Treinador: L. Ferreira — Criador: HarasVargcm Alegre.

5° PAREÔ — 1.500 METROS — GL PRÊMIO: CrS 8.000.00CrS CrS

l.o Kildessa, G. Meneses 56' 0,48 11 1,352.0 Necket. P. Alves 56 0,18 12 0,523.0 Messe, A. Ramos 50 0,25 13 0,194.0 Rendada, J. Pinto 50 1,56 14 0,395.0 La Bella, F. Esteves 56 0,98 22 5.206.0 Argóvia, F. Carlos 53 1,09 23 0,827.0 Blue Sociely, J. Bafica 56 24 1,798.0 Que Graça, L. Garcia 54 33 1,379.0 Klmpy, A. Garcia 56 2.01 34 0,60

lO.o Flock Palace, C. Pensabem 48 2,7'. 44 3.66

Dif.: 1/2 corpo c 2 corpos — Tempo: lmin30s4/5 — Venc. (7)0,48 — Dup. (14) 0,39 — Placês: (7) 0.15 e (1) 0,13.

Mov. do páreo: CrS 125.224,00.

KILDESSA — F. C. 3 anos — SP — Clgal e Cabary — Propr,:Haras Palmltal — Treinador: W. Aliano — Criador: O propr.6.° PAREÔ 1.200 METROS GL

l.o Naide, J. M. Silva 2.0 Omlsion, F. Esteves 3.0 Parruda, B. Alves 4.0 Polibia, G. Meneses 5.0 Corredora, J. Santana ..6.0 Lurlel, J. Bafica 7.0 Achroma, J. B. Paulielo8.0 Xangrilá, A. Machado ..9.o Traíra, J. Machado

PRÊMIO: CrS 9.000,00CrS CrS

53 0,27 11 2,4255 0,40 12 0,5355 0,47 13 0,6255 0.28 14 0,2855 6,53 22 3,9455 3,51 23 1,0255 0,60 24 0,5055 1.29 33 1,1455 2,65 34 0,52

44 0,64N/C. Funny Baby.Dií.: vários corpos e 1/2 corpo — Tempo: lminl3s — Venc.

(9) 0,27 t- Dup. (24) 0,50 — Placês (9) 0,18 e (3) 0,26.Mov. do páreo: Cr$ 113.196,00.NAIDE — F. T. 2 anos — SP — Waldmelster e Cabine —

Propr.: Stud Verde e Preto — Treinador: P. Morgado — Criador:Haras Mondeslr.

7.° PAREÔ — 1.200 METROS GL

l.o Turqui, J. Santana 2.° Cuernavaca, G, Alves3.0 Mongoló, N. Santos ....4.0 Quatraint, P. Alves * .4.0 Dona Zoca, C. Gomes6.0 Urutan, A. Ramos

PRÊMIO: CrS 6.000,00CrS CrS

52 0,36 11 0.3157 0.16 ¦ 12 0,2454 0,02 13 0,4257 14 0,3752 1,11 22 1,8854 7,38 23 1,4254 2,30 24 1,3757 2,11 33 8,3650 0,84 34 2,4353 0,81 44 4,1952 8,66

7.o El Comandante, F, Esteves 548.0 Aplo, A. Ricardo 9.0 Gaúcho dé Briga, L. Maia

lO.o Endytaro, P. Rochall.o Haneií L. Garcia

N/Cm.: Cat Bailou e Goíden Lord.* Empate.Dif.: vários corpos e 2 corpos — Tempo: lminl4sl/5 — Venc

(4) 0,36 — Dup. (12) 0,24 — Placês: (4) 0,16 e (1) 0,12.Mov. do páreo: CrS 109.068,00.TURQUI — F. T. 5 anos — SP — Vândalo e Ofuscada —

Propr.: Eduardo Tibúrcio da Frota F.° — Treinador: M. Sales— Criador: Remonta do Exército.

8.° PAREÔ — 1.600 METROS — AL — PRÊMIO: Cr? 8.000,00

l.o Djumo, J. Pinto 2.o Frutal, G. Meneses 3.o Quickset, J. Reis 4.o Ramalhete, J. Pedro F.°5.0 Navigateur, P. Alves ...6.0 Decalco, G. F. Almeida7.o Nehemias,. M. Hévia 8.0 Ulhan, F. Per. F.°

565656565656

CrS0,220,273,500,080,470,541,081,52

11121314222324333444

Cr$9,710,580,591,210,990,230,41UO0,193,10

N/C. Giardino.Dif.: 1/2 corpo e cabeça — Tempo: lmin44f2/5 — Venc. (3)

0,22 — Dup. (23) 0,23 — Placês: (3) 0,15 e (5) 0,20.Mov. do páreo: CrS 112.848.00.DJUMO — M. C. 3 anos — RS — Bereré e Rely — Propr,:

Stud Wagner — Treinador: A. Araújo — Criador: Haras BoaVista.

9.° PAREÔ — 1.300 METROS — AL — PRÊMIO: CrS 7.000,00CrS CrS

57 0,30 11 1,5057 1,02 12 1,4857 0,36 13 0,2353 1,05 14 0,3257 0,47 23 1,0457 1,17 24 1,3157 0,40 33 0,7257 1,09 34 0,3457 1,54 44 0,03

l.o Mazarino, G. Meneses 2.o Júlio Flores, J. Machado ....3.0 Pingazo, J. Pedro F.° .,4.° Provérbio, W. Gonçalves ...5.0 Sagacius, J. Pinto 6.0 Lord Florim. J. Qulntanilha7.o Cronos, A. M. Caminha- 8.° Canajunco, A. Garcia 9.o Tintureiro, E. Ferreira

N/C. Uranus.Dif.: pescoço e 1/2 corpo — Tempo: Imin24s3/õ — Venc.

0,30 — Dup, (13) 0,28 — Placês: (1) 0,19 e (7) 0,48.Mov. do páreo: CrS 105.539,00.

(1)

MAZARINO — M. C. 4 anos — SP — Haseltine e Brume —Propr.: Haras São José e Expedictus — Treinador: F. P. Lavor— Criador: Haras São José.

Mov.Cone.

de apostas CrS 1.015.640.00 Cr$ 00.715,40

TOTAL CrS 1.096.355,40Portões CrS 1.103,00Cone. simples — sem vencedor CrS 33.233,20Betting duplo — 11 vencedores CrS 1.480,67

Um cavalo no relógioNISEI descansou um pouco e

volta em melhores condições, prontapara apagar a má impressão deixadaem suas duas últimas atuações. A fi-lha de Alípio, mostrando progressosacentuados em sua forma, produziuum exercício que serve para garantirsua vitória nesta turma que vai en-frentar. Basta dizer que cravou 84snos 1.300, num dia em que a pistade areia não se encontrava em boas

condições, e chegou com ótima dispo-rfição, sobrando ao lado da compa*nheira Noble Girl.

NISEI ainda não correu no gra»mado, porém, isto não é empecilho,uma vez que é uma égua perfeita e,de bons cascos. E como leva o refor-ço valioso da Natalie, pode ser consi-derada a melhor indicação do pro-grama de hoje.

V

ii**'

PALPITESHOJE

ORDONEZ PAINEL JARGONNISEI FLOREAL NATALIE * ?JURUTE ZANZIBAR XIMARRÃOFEROZ FARMOOD OTOMANOENDICALY NATIONAL KIDD QUECHANT .,LITTLE ROSE TORPEDITA JUTURNA JAMARGUITO ZAURÉ ZEPELINMAROLA CRAVO MARROQUINO

AMANHÃ

ESTUPENDO REMIN VERUSRADOIRE ALL SET EDLA ' {ENTONADO PANZO XIMBURUSING BIRD PEBO BEN BELO IA/LORADA HUARI SERÍNETEABOVE ALL XENOTINA MARJOLAINEROUGE ET NOIR EL CANÁRIO SHELTONEL SEVILLANO JANDO REGENTINO

Montarias e últimas performances1.° PÁREO — Às 14H00 — 1.600 metros — Prêmio: Cr$ 6.000,00

1—1 Ordoiiez, F. Carlos .... 522 Cadlrvés, J. M. SUva 51

2—3 Jargon, P. Alvea 584 Palatlnado, L. Santos 51

3—5 Painel, D. Santos .... 516 Jupical, G. F. Almeida 50

4—7 H. Magniflc, J. Allaga 518 Rockíord, C. Pensabem 51

0° Nicknam»109 Chicago19 Ayacucho79 Chicago19 R. et Noir19 Láurea89 Loto89 Chicago

1.6 AMc 100s31.6 AP 104s41.6 NP 104s21.6 AP 104s41.6 GL !)8s1.3 NP 84s21.3 NMc 81s41.6 AP 104S4

S. MoralesA. CorrêaE. FreitasC. I. P. NunesP. MorgadoM. SouzaR. A. BarbosaO. M. Fernandes

2.° PÁREO — Às 14H30— 1.200 metros — Prêmio: Cr$ 8.000,001—1 Natalie, J. M. Silva ... 56" Nisel, F. Esteves 562—2 Floreal, F. Maia 56

3 Arpala, J. Machado .. 563—4 Free Love, A. Santos 56

Água Azul, R. Carmo 66Rebolada, J. Santana 56

4—7 Paragem,, J. Reis 56H. Fantasy, H. Ferreira 56Apirá, J. F. Fraga ... 86

49 Alcitoé79 Karnaúba69 Fortaleza

109 KambelaU9 Kambela

89 KambelaU9 Alcitoé

99 Kambela69 Tramlntana59 Kambela

1.2 AP 77s31.4 AE 93s1.4 AMc 91s21.0 AMc 63s31.0 AMc 63s31.0 AMc 03s31.2 AP 77s31.0 AMc 63s31.3 NL 83s1.0 AMc 63s3

P. LavorFreitasRibeiroR. GomesAlianoFreitasCorrêa

J. A. LimeiraA. NahidS. d'Amore

3.° PÁREO — Às 15H00 — 1.200 metros — Prêmio: Cr$ 9.000,001—1 Jurute, J. Queiroz .... 55

2 H. Stamp, M. Silva .. 552—3 Zanzibar, J. Machado 55

4 Slr Brave. G. Meneses 553—5 Tea for Two, J. Pinto 55

6 Ximarrão, F. Esteves 554—7 Ousado, J. M. Silva .. 65

Lobuno, A. Garcia .... 55Gaya, J. Pedro F9 .... 55

29 MiatanEstreante

69 ParnyEstreanteEstreante

79 ParnyEstreanteEstreante

79 Miatan

1.2 APEstreante

1.2 ALEstreanteEstreante

1.2 ALEstreanteEstreante

1.2 AP

75s2

75s2

75s2

75S2

J. A. LimeiraJ. S. SilvaL. FerreiraR. SilvaZ. D. GuedesR. CostaF. P. LavorS. MoralesA, Corrêa

4.° PÁREO — Às 15H30 — 1.200 metros — Prêmio: Cr$ 8.000,001—1 Farmood, J. Queiroz .,

2 Notável, J. M. Silva .,2—3 Majú, G. F. Almeida ,

4 Florete, J. Pinto 3—5 Acchito, L. Santos ..,

B. Arauy. M. SUva ...Edison,-C. Valgas ....

4—8 Otomano, J. Pedro F99 Feroz, A. Machado ....

lOFloat, P. Rocha

561 39U9

69565656505056565656

MosteiroEl MiradorPelizoPellzoNonatoEstreanteMosteiroEleitorDeb. PalaceMosteiro

APAMcNpNPAPEstreanteAPALCLAP

62s491s84s284s2

107S1

62s482sl59s362s4

M. SalesE. FreitasM. SouzaA. NahidJ. C. TinocoJ. S. SilvaJ. BurioniW. G. OliveiraC. PereiraF. P. Lavor

5.° PÁREO — Às 16H05 — 1.500 metros — Prêmio: Cr$ 8.000,001—1 Endicaly, J. Souza .... 56 29 Nehemias 1.5 AP 96s3 L. Ferreira

Pagoh, não corre 56 39 P. Paraíso 1.3 AMc 82s3 B. RibeiroD. Palace, J. Pinto ., 56 59 Nehemias 1.5 AP 96s3 W. T. Souza

2—4 Armanl, M. Hévia .... 66 69 DJhmo 1.6 AP 102s2 R. CarrapitoBúlgaro, S. Bastos .... 56 39 Nehemias 1.5 AP 96s3 A. Araújo

C. Farrapo, A. Mach. 56 179 Eylau 1.6 GP 98s2 M. F. Neves3—7 N. Kld, F. Esteves .... 53 79 Djumo 1.6 AP 102s2 E. Freitas

LeSnico, M. Aves .... 56 99 Fickle 1.4 GL 84s3 S. MoralesF. Hand, J. Queiroz .. 56 59 Newberry 1.4 AP 89s4 M. Sales

4-10 Multipllc, G. Meneses 56 59 Djumo 1.6 AP 102s2 R. SUva11 Quechant, A. Ramos .. 56 39 Djumo 1.6 AP 102s2 W. Pedersen12 Boneleno, J. M. Silva 56 U9 Arrelá 1.0 NE 63s2 C. Tourinho

6.°PÂREO-Às 16H40- 1.600 metros — GP Carlos Teles da Rocha FariaPrêmio: CrS 30.000,00

J

í—i23

2-456

3—789

4-10

11

Toredlta, J. B. Paulielo 56Pollyana, E. Le Mener 60Eclntia, J. Pinto 56Juturna, A. Santos ... 60Mora, F. Pereira F9 56Feitoria, J. Pedro F9 56Tragi-Farsa, A. Garcia 56L. Rose, U. Bueno ... 60H. Meditation, H. Vasc. 60Laurelle, G. Meneses 60Nolra, F. Esteves 50Holly, P. Alves 55Elmeriana, A. Ramos 60

2919

1693999493929194079

14939

YashaGalênrla SPYashaJulataYashaYasha^Cimeira RSJulata SPMandchúriaJulataRoma BellaYashaTina

1.6 GP 98s3 R.1.6 GL 98s6 C.1.6 GP 98s3 R.2.0 GL 122s4 M.1.6 GP 90s3 J.1.6 GP 98s3 R.1.2 AL 73s4 A.2.0 GL 122s4 F.1.0 NP 103S4 C.2.0 GL 122s4 E.1.6 AP 103sl E.1.6 GP 98s3 A.1.3 AP 81s3 A.

MorgadoC. CabralCarrapitoSouza

L. PedrosaSilvaAltermanSobreiroPereiraFreitasFreitasV. NevesV. Neves

7.° PÁREO — Às 17H15 — 1.500 metros — AREIA — Prêmio: Cr$ 7.000,001-1 Rheno, J. Pedro F9 .. 57

2 Gazela, J. M. Silva .. 652—3 Fángio, I. Oliveira ... 57

Zauré, A. M. Cam. .. 57Égia, A. Ricardo 55

3—6 Zepelin, E. Paula Jr. 57Enleio, A. Garcia .... 57Bon Vivant, não corre S7

4—9 Amarguito, J. Pinto .. 5710 Gru-Gru, L. Santos ... 55" Flurri, N. Santos .... 55

49 Provérbio59 Andesina

U9 Catuto89 Pedregal59 Egéria29 Roncador

109 Roncador89 Refém39 Provérbio39 Andesina49 Andesina

1.3 AL 83s1.3 AP 85s1.5 AE 99s21.0 NP 64s1.3 AP 85s1.0 NP 64s1.0 NP 64s1.0 NMc 63s21.3 AL 83S1.3 AP 85s1.3 AP 85s

J. CoutinhoC. I. P. NunesW. AlianoC. RosaB. FigueiredoF. P. LavorF. AbreuJ. W. VianaE. P. CoutinhoE. C. PereiraE. C. Pereira

nIM

8.° PÁREO — Às 17H50 — 1.300 metros — AREIA — Prêmio: Cr$ 7.000,001—1 Mar Olá, J. M. Silva 57

2 Detróide, J. Queiroz .. 572—3 Marroquino, D. F. Graça 57

4 Harlo, N. Santos 573—5 Cravo, F. Carlos 67

6 Refém, F. Esteves ... 574—7 Farnel, E. Ferreira ... 53

Baluarte, P. Rocha .. 57Daimaru, S. Bastos .. 53

39 Pedregal69 Pedregal

U9 Slng Bird59 Pedregal

Valdurão49 Valdurão39 Roncador79 FJ Chile79 Roncador

1.01.01.61.01.31.31.01.51.0

NPNPAPNPAPAPNPALNP

64s64s

102s264583sl83sl64s96s264s

A. V. NevesJ. BurioneVV. PenelasE. C. PereiraW. G. OliveiraE. P. CoutinhoA. P. SilvaF. P. LavorJ. W. Viana

mUmmmUmmTUmW^ ©¦ mw. V ^^ J Ê \ mWi

IRÁDK)'NACIONALRIO

35 ANOS'COMUNICAÇÃO TOTAL

"SHOW DE BOLA*HOJE, A PARTIR DE 12 HORASAs 13,30 horas — "A BRONCA Ê LIVRE"com: Dcnls Miranda e Dario PaesAs 17 horaa

Flamengo x Vasco da GamaRelato: Jorge Curi — o locutor de 6 Copas.Participação: Geraldo Borges — Benjamim Wright — Luiz FernandoPaulo César Tcnnius — Mauro Montalvão — Pedro Paradclla.DA RUA BARIRI —

Olaria x BaiiguRelato: José RezendeComentários: Hamilton BastosJorge Neto — d0 QG — com os jogos do Teste 83 da Loteria EsportivaComando: Raymundo Mendonça

l.o CADERNO CORREIO DA MANHA — Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2.a feira, 17/4/1972 17

COLUNA- CINCO

África doSul reage

A África do Sul reagiu,com surpresa e indignação, àdecisão tomada pelos paísesdisputantes da Taça Davis,pribindo-a de atuar esteano, devido aos seus proble-mas internos de discrimina-Ção racial. Este pais ficoufora da competição nos anosde 70 e 71, mas foi readmi-tido em janeiro último.Frank Waring, Ministro deEsportes e Recreação daÁfrica do Sul, comentouque a nova decisão "causou-nos grande desapontamen-to." Outro dirigente, OwenWilliams, disse: "em tudoisso há algo de estranho.Não entendo, por exemplo,que o representante dos Es-tados Unidos tenha votadocontra nós. Ele havia de-clarado publicamente, emJohanesburgo, que nosapoiaria na reunião onde oassunto foi tratado." EtnSeul, a chuva obrigou a sus-pensão das partida de duplasmarcada para ontem, entrea Coréia do Sul e a Austália.Os australianos estão comvantagem de 2x0, pois ga-nliaram as duas primeirasindividuais.

latismoDuas atividades dão se-

qüência hoje a programaçãode vela no Iate Clube do Riode Janeiro. As classes So-ling e Star, que hoje voltamà raia, escolhem os seus re-presentantes para as Olim-piadas de Munique. O Starestá na sua terceira regata,num programa de sete, va-lendo seis. O Soling cumprehoje a sua décima-primeiraregata, para o total de 13,valendo apenas 11. AxelSchmitd, com Osprey XIII,está na liderança, seguidode Gastão Brun.

Corrida de fundoCom início previsto para

às 9 horas, será disputadaesta manhã, na pista Céliode Barros, mais uma etapadp Campeonato Carioca deCorridas de Fundo. Serãorealizadas as provas de 3 e5 mil metros. O Flamengo,líder absoluto do certame,deve manter a liderança,porque cada clube concen-tra as suas forças numaprova, acontecendo quasesempre cada um ganhar umae perder outra. O Arte eInstrução é o segundo colo-cado e deve manter-se nes-sa posição. Competem maisBotafogo, Fluminense e Vas-co. Termina hoje, em San-to André, o Torneio de ani-versário da cidade, iniciadoontem, com a participação deatletas de vários Estados. AGuanabara compareceu comVasco, Flamengo, Botafogo eArte e Instrução. As provaseram pentatlo — moças —decatlo — homens, e revê-zamentos 4x100 e 4x400 me-tros.

Natação mirimDepois da realização on-

tem, de 43 séries eliminató-rias, o Torneio de Mirim deNatação prossegue hoje, napiscina do Vasco, com mais37 séries. A Federação pro-grama estas competições como Intuito de motivar as cri-ancas pela prática da nata-ção, sem a preocupação devitória.

GinásticaA segunda jornada do

Campeonato Carioca de Gi-nástica será disputada estamanhã, no ginásio da Esco-ia de Educação Física doExército, na Urca. As provasprevistas para às 9 horas dehoje são: paralelas e solo,para homens e mulheres; eirgolas, só para equipesmasculinas. O Campeonatofoi iniciado ontem à tarde,no Clube Ginástico Portu-guès.

Eis um técnico que elevou onosso basquete no exterior

A Imprensa considerou Antenor Horta o melhor técnico que já atuou no Peru

Tijuca x Olaria é decisãoTijuca e Olaria decidem ama-

nhã à noite, no ginásio do Municipal,o título de vencedor do turno doCampeonato de Aspirantes de Bas-quetebol. Os dois clubes terminaramempatados em primeiro lugar, jun-to com o Fluminense. De acordo como regulamento, o setor técnico daFederação fez um sorteio onde o Ola-ria ficou bye e Tijuca x Fluminensejogaram na última sexta-feira, tam-bém no ginásio do Municipal.

Após uma partida equilibrada,disputada com muito empenho, o Ti-jucá venceu por 66 a 63, habilitan-do-se a enfrentar o Olaria. Quem ven-cer amanhã já terá asegurado o vi-ce-campeonato, além do direito dedisputar o título de campeão carioca,com o vencedor do returno.

O Campeonato Infantil prosse-gue na manhã de hoje, com mais seisjogos, pela fase de classificação:chave "A" — Aliados x Tijuca, Amé-

rica x Flamengo e Botafogo x Ria-chuelo; chave "B" — Olaria x Ma-ckenzie, Jequiá x Fluminense e Vas-co x Municipal. Os clubes citados emprimeiro lugar possuem mando dequadra. Na primeira rodada, domin-go passado, os resultados foram: Fia-mengo 49 x Botafogo 24, Riachuelo66 x Aliados 6, Tijuca WO x Améri-ca 0, Olaria 28 x Jequiá 15, Flumi-nense 45 x Municipal 22 e Mackenzie25 x Vasco 16.

A Confederação Brasileira deBasquetebol decretou luto oficial detrês dias, pelo falecimento do seu vi-ce-presidente de interesses financei-ros, Sr. Maurílio Fonseca. O dirigen-te era um dos passageiros do Samuraida VASP. Homem educado e culto,ocupava o cargo há cerca de doisanos. De 1968 para cá a CBB perdeuoutros dois dirigentes, os Srs. IvanRaposo e Walter Neumayer, este tam-bém num desastre aéreo.

BOXE TERCIO DE UMA

Depois da vitória relâmnaao deJoão Henrique sobre o alemão KláusJacob, anteontem, no Ibirapuera, fi-cou mais uma vez evidenciado o ra-dicalismo dos torcedores e críticosbrasileiros.

De um lado, o otimismo exage-rado dos que antecipam uma vitóriafácil sobre Bruno Arcari e em con-seqüência a conquista do título mun-dial por João Henrique — sem ne-nhum problema — e de outra as opi-niões cinzentas dos eternos insatis-feitos que teimam em desenvolver assuas vocações para "generais das ba-talhas ganhas".

Nenhuma das duas posições nosparece acertada.

Dizem, os da segunda hipótese,que os promotores de São Paulo trou-xeram um autêntico "carne assada"para servir de aperitivo a João Henri-que, na sua última apresentação an-tes de enfrentar Arcari. Devem sa-ber muito de boxe, uma vez que emdois assaltos — sendo um deles tododedicado à fase de estudos — pude-ram perceber todo o jogo de Jacobque nem o próprio João Henrique al-cahçou: no primeiro descuido do ale-mão, João atingiu-o na linha da cin-tura com três poderosos hoocks e li-

quidou a fatura. Se os derrotistasoptassem pelo esvaziamento de JoãoHenrique apelando para uma vitóriade sorte, seus argumentos ainda po-deriam merecer algum crédito ou atémesmo um exame mais apurado. As-sim, pura e simplesmente de orelha-da, não dá.

Para os que entraram na fase do"já ganhou", vale lembrar que Joãojá foi derrotado uma vez pelo italia-no e que, se naquela oportunidadefoi prejudicado pela fratura na mãodireita, o problema não foi de Arcarie sim de Henrique, que bateu sobreo seu cotovelo. Por outro lado, seJoão Henrique evoluiu muito, passan-do a ser agressivo, com continuidadee decisão, ninguém está autorizado— aqui no Brasil — a assegurar quenão tenha acontecido o mesmo comArcari. Ele pode ter mudado intéi-:ramente o seu jogo, passando a sermuito mais agressivo, com mais'con-tinuidade e variedade de golpes, co-mo aconteceu com João Henrique. Aschances do brasileiro são grandes,mas devem ser colocadas no seu de-vido lugar.

Ministério da Indústria e do Comércio

INSTITUTO BRASILEIRO DO CAFÉCOMUNICADO

TOMADA DE PREÇOSO Instituto Brasileiro do Café, com Sede provisó-na a Av. Rodrigues Alves, n? 129, nesta Cidade, faz

publico, para conhecimento dos interessados, que es-ta recebendo proposta para a execução de serviços deconservação e limpeza dos prédios da Sede, Agênciado Rio e instalações da Junta Consultiva, localizadosa Av. Rodrigues Alves, n" 129 e anexo, Rua SacaduraCabral, n? 208 e Av. Presidente Vargas, n? 435 — 18°andar — Edifício Rio Douro — respectivamente.Outrossim, informa que 0 Edital contendo todasas exigências e instruções, encontra-se ã disposição

dos interessados no Departamento do Patrimônio 6?andar, sala 601. '

Rio de Janeiro, 12 de abril de 1972.

LYGIO DE SOUZA MELLOChefe Geral do Departamento do Patrimônio

Curso Verdes Mares(LIDERANÇA NO ENSINO)

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Antenor Horta foi obrigado a improvisar umapequena sala de troféus em sua residência, para co-locar todos os presentes, diplomas e medalhas quelhe foram pfertados no Peru. Cada um tem a suahistória, desde o simples espelho, lembrança cari-nhosa do roupeiro da seleção, até a caneta de ouro,oferta do presidente da República, Juan Alvarado.E tudo isto por que?Talvez quem só se interesse pelo esporte emtermos de futebol, não saiba responder. Mas osque acompanharam o trabalho do técnico brasilei-ro à frente da seleção de basquete feminino doPeru sabem que ele conseguiu um feito inédito pa-ra este país — o vice-campeonato sul-americano.Para nós, brasileiros, acostumados a ganhar títu-los mundiais, pan-americanos e sul-americanos —no basquete e em outras modalidades —, um vice-campeonato continental não possui expressão al-guma.

Mas para os peruanos significou o nascimen-to de uma mentalidade nova em relação ao bas-quete feminino, a ponto de atualmente existir umaverdadeira psicose pela prática deste esporte.

Nascido em um país pequeno, que busca afir-mação em todos os setores, o peruano comemorouintensamente a conquista do vice-campeonato debasquete e até agora rende tributo não só às suasjogadoras como a quem as conduziu a esta con-quista memorável — o brasileiro Antenor Horta.

Embora acostumado a dirigir equipes brasi-leiras em importantes torneios internacionais, co-mo o Mundial Feminino de 1957, Antenor assegu-ra ter vivido em Lima a maior experiência de to-da a sua vida esportiva. No pequeno espaço deum mês e meio, conseguiu armar um time de boascaracterísticas técnicas e, acima de tudo, com in-crível espírito de luta. Apenas o início não foi fá-cil:

Só oito jogadoras, dentre as convocadas,compareceram ao primeiro treino e algumas aindavieram com desculpas, procurando talvez umafórmula para desfazer o compromisso assumido.Depois, aos poucos, a mentalidade foi mudando eo esboço da equipe surgiu naturalmente. Fizemosuma campanha realmente meritória e perdemos otítulo, na final contra o Brasil, devido à perspicá-cia do treinador Valdir Pagan, que não se deixoulevar pela armadilha em que eu procurei envolve-lo. Quanto ao Valdir, quero aproveitar para agra-decer o incentivo que me deu lá, o mesmo aconte-cendo por parte das jogadoras brasileiras, algumasex-comandadas minhas, como Delcy e Norminha.

Antenor conta que precisou de um coraçãomuito forte para suportar as emoções vividas des-de o final da partida contra o Brasil, no gigantes-co "Coliseo Amauta".

As brasileiras acabavam de ganhar o quin-to título consecutivo, mas o público delirava nascomemorações do nosso vice-camDeonato. Quandoas equipes se perfilaram no centro da quadra, pa-ra a entrega de medalhas, um garoto burlou a vi-gilância dos policiais e me cobriu as costas com abandeira peruana. Ao mesmo temrio, o públicoque lotava o Coliseo começou a gritar em coro:"Venga, venga", obrigando-me a dar uma volta naquadra inteira, para responder às saudações.Mas não ficou só.nisso. Dias depois, a nos-sa delegação recebeu'convite para visitar a Escue-Ia Militar de Chorrillos, a Agulhas Negras de lá.De início, nos receberam uma imensa esplanada de-serta, mas logo um toque de cometa comandavao desfile de quase dois mil cadetes, em nossa ho-menagem. A festa prosseguiu com uma missa»"criolla", presente a maioria das famílias dos ca-detes, um almoço e um baile. Na véspera 'de meuregresso ao Brasil, recebi convite para jantar nacasa do diretor da Liga Feminina de Basquetebol,José Blondet. Lá, estava reservada uma nova egrande emoção para mim. Fui recebido sob aplau-sos de mais de 100 convidados, que me aguarda-vam na porta da residência. Disseram-me, então,que a festa se estenderia até o dia secuinte, pelamanhã, quando eu fosse para o aeroporto. E assimaconteceu.

Antenor diz que não considera o que aconte-ceu em Lima uma vitória pessoal, mas do esportebrasileiro. Tanto assim que atualmente os iovensperuanos não pensam tanto em ir para os EstadosUnidos. Querem vir estudar e praticar esDortesaqui no Brasil. Isto, entretanto, não o impediu dese sentir envaidecido, ao ser apontado nas ruascomo "o brasileiro", e de muitas vezes receber daspessoas um "muito obrigado pelo que você fezpor nós. Por favor, volte". O técnico poderá real-monte voltar a Lima em julho, para dirigir todasas seleções nacionais peruanas.Os dirigentes acreditam que Antenor Hortafoi o treinador estrangeiro de maior importânciapara o desenvolvimento do basquete peruano, nosúltimos 20 anos. Por isso fizeram questão deenviar ofícios de agradecimento ao Conselho Na-cional de Desportos e à Confederação Brasileirade Basnuetebol. A Imprensa do Peru igualmenteconsiderou Antenor em plano superior aos treina-dores norte-americanos Jim Mac Gregor, BobyWendell e Forrest Anderson, que lá estiveram an-teriormente. Isto foi ressaltado numa reportagempara a revista La Nueva Crônica Deportiva pelojornalista especializado, Littman Gallo.

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1D1T3T). '••¦¦'.

O diagrama acima mostra posição ocorrida na partidaAgdamus x Rubinetti, B. Aires, 1971. Ae pretas com o lan-ce forçaram as brancas abandonar a partida no 12.° lanceante ameaça de mate. Tehte descobrir a linha de ganho,os lances são praticamente forçados.

Solução — DxB xqli; 2.RxD, B5D xq; 3.R4B(R3D B2B mate) P4R xq; 4.R5B, T3BI; 5.C4R, BIB xq;6.R5C, P3TR; 7.R4T, P4CR xq; 8.CxP, PxC; O.RxP, C2Txq; 10.R5T, BxB; U.P3R (11.T1BD, T3C; 12.P4CR, B2B;13. ..., C3B mate) TD-3D! ameaçando 12 T3T mate.As brancas abandonam.

CAMPEONATO FEMININO CARIOCAA Federação Metropolitana de Xadrez, reitera o aviso

de que estão abertas fle inscrições para o Campeonato Fe-minlno Carioca de Xadrez. '

Locais de inscrição: FMX, na portaria do AutomóvelClub do Brasil, Rua do Passeio, 90, das 13 às 21h, telefone252-4055; Clube de Xadrez Guanabara, Av. Churchll, 109,s/101, tel. 252-1628 e AABB, à Av. Borges de Medeiros, 829,no Dpt. de Xadrez, à tarde com o Sr. Guzmán, tel. 247-3681.

Esperando do xadrez feminino uma demonstração deinteresse tão expressiva quanto a alcançada no tomeioanual masculina, concltamoe todas as enxadrlstas cariocasa se inscreverem.

Na próxima quinta-feira, nesta coluna daremos Infor-mações adicionais a respeito.

FIDE "CAPUT"A decisão da Federação Iugoslava de Xadrez de não

mais realizar o encontro Spassky x Flscher «u Belgradonão representa uma derrota para ela, pois que tudo fezdentro do que se propusera realizar.

A grande derrotada foi a Fide por não ateivse ao cum-prlmento do regulamento, por ela mesmo feito anterior-mente, para eventos desta natureza, quis adotar unia solu-ção com veleidades salcmônicas (escolhendo Belgrado eRejkiavik para locais do matrh). Isto deu azo a que FIs-cher desencadeasse a sua indefectível série progressiva deexigências.

Os grandes vitoriosos 6eiÊo no final — Spassky e Fis-cher, pois que suas pretensões serão satisfeitas por Rej-kiavlk. O primeiro, preferindo-a por ter clima scnielhan-te ao de sua terra natal, Lenlngrado. O segundo, por motl-vos financeiros. Há um detalhe que nâo foi suficientementedivulgado ou passou despercebido — Rejkiavik ofereceu ..125.000 dólares, cemo prêmio a ser rateado entre o vence-dor e o vencido, mais, participação em eventuais direitosde divulgação do evento pela tevê etc., cujo total previstosupera a proposta iugoslava de 152.000 dólares, e esta nãoquis, porque não constava do contrato acordado, acrescen-tar mais esta renda marginal.

Elementar meu caro Watson diria...VINNCE TOTH ASSUME A LIDERANÇA DO CARIOCA

Ebte forte enxadrista com cancha de mestre interna-cional, e só não possue o título por capricho do destino,assumiu a liderança do torneio. Vince é pai de P. Toth

O resultado das duas últimas rodadas íoi:ll.a rodada: Amarante 1 x P.Toth 0; Caiaffa 1 x

Adail 0; V. Toth x Ferreira 0; Guilherme 1 x Farias 0;Alfredo 1 x Vamos 0 e Gouveia 0 x Manginl 1.

12.» rodada: Vamos 1 x Gouveia 0; Belém 1 x Caiaffa 0;V. Toth 1 x Adall 0; Alfredo 1 x'Farias 0; Manginl 1 xLimp 0 e Guilherme x Ferreira — suspensa.

Ao final da 12.a rodada a pontuação geral era — V.Toth (8,5 — 2,5), P. Toth (8 — 3), Manginl (7,5 — 3,5) Be-lém (7 — 3), Vamos (6 — 5), Amarante (55 — 4,5), Gou-veia (5 — 5), Caiaffa (5 — 6), Guilherme (5 — 4) e umasuspensa, Limp (4 — 6), Alfredo (4,5 — 5,5) AdaU (1,3 —8^) e Ferreira (0,5 - 8,5) e uma suspensa.

XADRE2! NA PRAIA — O CEX está dando sua Valio-sa contribuição à prática do xadrez. Hoje de manhã eleestará lá no posto VI, em Copacabana. Traga seu jogo setiver, porque um tabuleiro e relógio de xadrez o está espe-rando de permeio com outros enxadrlstas que o esperampara jogar.

Cordovll BellonDefesa Siciliana

1.P4R, P4BD; 2.C3BR, C3BD; 3.B5C, Rossollmo multasvezes utilizou este lance e com ele conseguiu merecidos tri-unfos graças às suas análises.

3. ...,P3CR; 4.0-O, B2C; 5.P3B, até aqui. a posiçãoestá Igual a anterior. Agora, Bellon Insatisfeito com o re-sultado da partida anterior tenta novo lance.

5. ...JP4R; 6.P4D, PBxP; 7.PxP, PxP; 8.B4BR, P3TD;9.B4B, P3Dj 10.D3C, D2D; U.BxPD!, as brancas dáo inícioa uma bela e exata combinação como o leitor poderá verl-ficar.

II. ...fiiB; W.BxP xq, DxB; 13.BxC, se as pretas cap-turam o bispo com TxB, segue-se 14 C5C ameaçando matee a tomada do P2TR ganhando de imediato. Se 14 D2Rperde para 15 CxP xq seguido de 16 Dy.T xq.

13. ...D2R; 14.B5D, a vitória das brancas já está as-segurada face a vulnerabilidade do rei preto, má localiza-ção de suas peças e inferioridade material. A vitória dasbrancas é uma questão de rotina técnica..

14. ...,C5C; 15.CD-2D, B5C; 16.P3TR14. ...,C5C; 15.CD—2D, B5C; 16.P3TR, B2D; 17.P3T.

CxB; 18.PxC, B4B; 13.TR—IR, D3D; 20.C4R, BxC; 21.TxB,T1D; 22.TD-1R, DxP; 23.X4B xq, e as pretas abandonam.A outra partida deste interessante desafio entre o campeãoportuguês Cordovil e o espanhol Bellon, publicamos naquinta-feira passada nesta coluna. Este encontro íoi ganhopor Bellon por 4,5 a 3,5, em que pesa o seu fraco desenrolardesta partida.

Uma vigorosa miniatura — As miniaturas enxadrísticastêm numerosos cultores e elas são muito boas para ilustrarde forma drástica como são penalisados os enxadrlstas quepensam poder violar Impunemente os princípios que ensl-nam a Jogar xadrez.

Barchlo TodorosUlGamblto da Dama Declinado

Campeonato da Iugoslávia, 19711.P4D, P4D; 2.4BD, C3BR; 3.C3BD, B4B; o bispo sai

em busca de campo aberto. 4.C3BR, P3R; 5.D3C, pro-curando se beneficiar da ausência do afastamento do BDdas pretas, as brancas vão em busca de ganho material5. ...,C3B; 6.D1P, C5CD; enquanto as brancas fagooltamas peças pretas estas se apossam das melhores posições.7.C5CD, C5CB; S.CxP xq, DxCÜ a dama se oferece, tam-bém deixa a TD sem proteção. 9.DxT xq se as pretas jogamDxD as prestas dão mate em três lances. 9. .. .,R2D; 10.C5Rxq, DxC—! novamente a dama se sacrifica! sua aceitaçãoseria igualmente mortal. ll.DxPT xq, D2B; 12.D4T xq, R1B;13.D8T xq, D1C; 14. e as brancas abandonam.

!_

DeclaraçãoDeclaramos para os devidos fins, que se

acha extraviada a cautela n.° 40.579 de 10 (deis)ações da "Companhia Siderúrgica Nacional",de n.°s 355.226 a 355.235 de nossa çroprieda-de, considerando-se por isso, sem efeito, o re-ferido título.

Pradópolis — (SP), 22 de março de 1972CIA. AGRÍCOLA FAZENDA S. MARTINHO

Dr. Orlando Mello

18 CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2.a feira, 17/4/1973 1.° CADERNO

I

COLUNA

Loteria passade 12 milhõesO teste 83 da Loteria Es-

portiva vai pagar o maiorprêmio deste ano — CrS 12.024.379,00. já descorr-tado o imposto de renda. Fo-ram vendidos 7.109.928 car-toes, com o movimento ge-ral de Cr$ 38.172.632.00 emédia de apostas, por cartão,de: Cr$ 5.36. São Paulo lide-rou o movimento financeiro,quase com a metade dasapostas dos demais Estados.Pelo teste 83. foram di&pu-tados três jogos ontem à tar-deie que não ofereceram sur-presa: Botafogo 2 x 1 SãoCristóvão. Palmeiras 4x1Ponte Preta e Cruzeiro 4 x1 Vila Nova.

ExigênciaOs jogadores da pré-sele-

ção paraguaia de futebolexigiram 20 mil guaranis pa-ra disputar uma partidaamistosa com o Brasil, no dia26. em Porto Alegre. A exi-gência, naturalmente, cau-sou mal-estar entre os dl-rigentes da entidade local,mas os jogadores esclarece-ram que uma coisa é defen-der a camisa de sua pátria,e, outra, muito diferente, serprofissional num jogo amis-toso. "De qualquer maneira,a nossa seleção irá a PortoAlegre", afirmou o Sr. Ni-cola Leon, presidente da Li-ga Paraguaia.

Dois clássicosOs campeonatos regionais

brasileiros têm dois clássicosimportantes hoje; Em Curi-tiba. Atlético Paranaense eCoritiba, igualados na lide-rança, se enfrentam no Es-tádio Belfort Duarte. O Atlé-tico é o líder isolado, segui-do pelo seu adversário. O in-tcresse é tão grande por es-te encontro que se esperauma arrecadação superior aCr$ 250 mil. Em Belém, Re-mo e Palssandu realizam omaior espetáculo de futebolparaense. Além destes dás-sicos, haverá um bom jogoem Recife, entre Santa Cruze Esporte. Todos três fazemparte do teste 83 da LoteriaEsportiva.

LibertadoresDepois da vitória do.Uni-

versltárlo (Peru) sobre o Na-cional (Uruguai), por 3 a o,env Lima, ficou sendo a se-guinte a situação dos clubesparticipantes dos grupos ume dois. nas semifinais da TaçaLibertadores da América:Grupo 1: l.o _ Pefiarol(Uruguai) e Universitário,dois pontos ganhos; 3.o —Nacional, zero. Grupo 2: l.o— Barcelona (Equador), doispontos; 2°. — Independiente(Argentina) e São Paulo(BRASIL), um.

Na Argentina

River Plate e Newells OldBoys disputam hoje a melhorpartida pela 11» rodada docampeonato argentino, no es-tádio do River. Este, em suaúltima apresentação, não pas-sou de um empate de um golcom o Ferrocarril Oeste. ONewells Old Boys é um doslíderes do campeonato, jun-tamente com o Boca Junlors,que atuará em Santa Fé, con-tra o.Colon.

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A presença constante^ de Roberto na área adversária foi a tônica do jogo

Santos tenta sair dacrise contra S. Paulo

Santos x São Paulo é o grandeclássico do campeonato paulista des-te final de semana e que traz comomaior atração a estréia de Jair daRosa Pinto na direção técnica doSantos. Depois de crise por causa daderrota para o Palmeiras, Mauro foidemitido e isso provocou alguma insa-tisfação em certos setores do clube.

Jair da Rosa Pinto terá algunsproblemas na sua estréia; Carlos Al-berto não joga porque vai cumprirsuspensão automática — ele foi ex-pulso no amistoso contra o Atlético,no Paraná. Outro ponto confuso èmVila Belmiro, é a reação de Pele antea nova situação no clube. Ele não fi-cou muito satisfeito com algumas de-missões, principalmente, a do seuamigo e compadre Júlio Mazzei.

O São Paulo também não pode-rá contar com sua força máxima, poisalém de Teodoro e Gérson estaremafastados há algum tempo, por con-tusão, Paraná também não poderá

jogar já que sente uma antiga con-tusão. O São Paulo vem de um difí-cil jogo no Equador, pela Taça Liber-tadores da América, e vai lutar paramanter a invencibilidade no campeo-nato.

A partida começa às 16 horassob a arbitragem de José Oliveira eas equipes estão escaladas: Santos —Cejas, Orlando, Ramos Delgado,Oberdã e Zé Carlos; Clodoaldo eAfonsinho; Edu, Alcindo, Pele e Fer-reira. São Paulo — Sérgio, Forlan,Samuel, Arlindo e Gilberto; Edson ePedro Rocha; Terto, Zé Carlos, Toni-nho e Paulo.

O Coríntians joga em Campinasenfrentando o Guarani numa difícilpartida e está embalado pela goleadasobre a Portuguesa. Outros jogos docampeonato paulista: Portuguesa xAmérica, em São José do Rio Preto;Ferroviária x Juventus, em Arara-quara e XV de Novembro x São Ben-to, em Piracicaba.

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Um clássico no Mineirão0 Atlético defende sua invenci-

bilidade ao enfrentar o América Mi-neiro no principal jogo da rodada docampeonato mineiro. Até agora, oAmerica perdeu apenas uma partidapara o Caldense e está com boaschances em relação ao título. A ex-pectativa de renda é muito boa e aprevisão é de uns Cr? 300 mil. Ojogo começa às 16hl5min, e os doistimes estão escalados: Atlético Mi-neiro — Mussula, Zé Maria, Grapete,Vantuir e Oldair; Vanderlei e Hum-berto Ramos. Guará, Dario, Lola eRomeu. América Mineiro — Nego;Mário, Misael, Alemão e Augusto; Pe-dro Ornar e Ademir; Hérola, Dirceu,Hélio e Generoso.

Além desse clássico serão reali-zados dois jogos pela chave. A, da fa-se de classificação: em Poços de Cal-das, onde até agora só fez excelentesexibições, o Caldense enfrenta o Va-

leriodoce, que até agora não se mos-trou bem no campeonato. Em SeteLagoas, o Democrata local joga como Fluminense de Araguari.

Pela chave B, dois jogos serãorealizados. Em Juiz de Fora, no Está-dio Sales de Oliveira, o Tupi jogacontra o Atlético de Três Corações,tentando se reabilitar das derrotasque sofreu para o Cruzeiro e o Uber-lândia, esta última em seu própriocampo. E, finalmente, em Uberaba,o Nacional vai jogar contra o Uber-lândia que é um adversário difícil,mesmo quando joga fora de c"asa.

O campeonato mineiro atual-mente está sendo disputado em duaschaves apenas para efeito de classi-ficação. Mas depois do término daminicopa, ele será disputado em umúnico grupo com os times que conse-guiram escapar da degola.

go complíca equase perde um ponto

O Botafogo, a duras pe-nas, conseguiu impor 2 a 1 aoSão Cristóvão na tarde de on-tem, em São Januário, depoisde dominar inteiramente aoseu adversário e chegar aos 2a 0 — Jairzinho e Roberto. De-pois começou a pagar o preçodos atritos existentes entre osseus jogadores e da presunçãode seus defensores, que subes-timaram o espírito de luta doSão Cristóvão e os cinco golsque o atacante Jorge já con-quistou no campeonato.

Luiz Cláudio, Jair e Rober-to chegaram mesmo a discutirdentro do campo, com a bolaem andamento, sendo adverti-dos pelo juiz Antônio Viug.Tim foi obrigado a agir com ha-bilidade, mais uma vez, tirandoo apoiador e fazendo entrar Ro-berto Carlos na ponta-esquer-da. Forçou com isso o recuo deCareca para o meio-campo, afim de evitar que os 2.844 eô-pectadores presenciassem a umespetáculo extra, para o qualnão haviam pago ingresso.

O Botafogo começou bemmelhor e conseguiu a primeiravantagem aos 32 do primeirotempo, quando Roberto limpoubem uma jogada que veio deNei Conceição e serviu a Jairem excelentes condições de fi-nalização.

Logo ao início da esgundaetapa •— 25 segundos — Ro-berto aumentou para 2 a 0,dando a impressão de que a go-leada estava a caminho. Come-çou aí o show de vedetismo doelenco do Botafogo, com desen-tendimentos entre os seus jo-gadores, dando margem a queo São Cristóvão tentasse a rea-ção.

Aos 32 minutos, Gilbertencobriu Wendel e Jorge, aten-to ao. lance, apanhou a sobraem bola dividida com DjalmaDias, tocando com a sola do pópara o fundo das redes e ano-tando o seu 6.° gol no campeonato. Os 13 minutos restantesloram de pressão do São Cris-tóvào, que perdeu o gol de em-pate aos 44, em bola salva porOsmar.

BOTAFOGO SÃO CRISTÓVÃO

21

Estádio de São Januário. Juiz:Antônio Viug, auxiliado porAlfredo Marques e EdelmarFreire.

EOTAFOGO — Wendel, MauroCruz, Djalma Dias, Osmar oValtencir; Luiz Cláudio (Ro-berto Carlos) e Nei; Zequinha,Jair, Roberto e Careca.

SAO CRISTÓVÃO — Franz,Tricl, Celso, Dias e Madeira;Maranhão e Ivo Sodré; Gil-bert, Teia, Jorge e Humberto(Netinho).

GOLS: 1° tempo — 1 a 0 (Jair,aos 33 minutos. 2.° tempo: Ro-berto, aos 25 segundos e Jor-ge, aos 32 minutos.

RENDA: CrS 18.457,00, com ..2.844 pagantes.

Bonsucesso quase classificadoO Bonsucesso disparou uma

boa goleada de 5 a 1 na Portu-guesa, ontem à tarde, em Tei-xeira de Castro, provocando umverdadeiro carnaval.de sua tor-cida que, ao final da* partida, jácomemorava a classificação daequipe para os turnos finais "doCampeonato Carioca.

Desde o segundo minuto dejogo, quando Picolé abriu a con-tagem, o Bonsucesso foi sempremais equipe e tinha ainda avantagem de jogar em seu cam-po, apoiado pela sua torcida eassim foi construindo facilmen-te a sua vitória. Jair Pereira ePicolé envolviam seguidamentea defensiva da Portuguesa e opróprio Jair, aos 20 do primei-ro tempo, conseguiu o segundogol.

Zezinho, aos 27, conquistouo gol da Portuguesa, mas o Bon-

sucesso não cedeu terreno, par-tindo para o ataque como se ojogo estivesse começando na-quele momento. Paulinho, aos39 minutos, anotou o terceirogol do Bonsucesso e colocou no-vãmente as coisas nos devidoslugares.

Na segunda etapa o panora-ma não sofreu alteração. O Bon-sucesso procurou sempre o ata-ciue e envolveu seguidamente alinha de zagueiros da Portu gue-sa. Logo aos 6 minutos, Picolévoltou a marcar e começaramaí as comemorações em Teixei-ra de Castro, nela classificaçãoda equipe, embora, matemati-camente, ainda não possa serconsiderada como certa. JairPereira ainda assinalou o auin-to tento, aos 25 da etapa final,selando definitivamente a sorteda Portuguesa.

BONSUCESSOPORTUGUESAEstádio da Avenida Teixeira de

Castro. Juiz: Nivaldo dos San-tos, com Wilson Durão e Clí-maço Tavares.

BONSUCESSO — Pedrinho, Na-tal, Nilo, Dutra e Romero; Sil-va e Nilson; Wiliam, Picolé,Paulinho e Jair Pereira.

PORTUGUESA — Nilson, Mi-guel, Boca, Lumumba e Zeca;Lulinha e Pedro Paulo; Zezi-nho, Paulo Choco, Ademir eNoé.

GOLS: l.o tempo (3 a 1) Picolé,aos 2; Jair Pereira, aos 20, Ze-zinho, aos 27 e Paulinho, aos39 minutos. 2.° tempo: Picolé,aos 0 e Jair Pereira, aos 25minutos.

RENDA: CrS 1.105,00 com 221pagantes.

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Mesmo gordo, Coutinho ainda faz seus gols

Bailou joga últimaschances em Bariri

O Bangu joga uma partida de vida e morteesta tarde na Rua Bariri. Se perder, ficará em pés-sima situação para a classificação e dependendoainda de outros resultados. O Olaria, além de atuarem casa e está com um time bem superior, é ofavorito.

Os bangüenses, além de todos os problemaspara a classificação, jogam desfalcados de Bauer eCoutinho, feridos em um desastre de automóvel,esta semana, na Av. Brasil. Outro desfalque doBangu é Fernando, contundido. A novidade naequipe de Moça Bonita é a estréia do goleiro San-chez, que já teve uma excelente fase no CampoGrande — há até uma partida inesquecível contrao Vasco em 1969 que terminou em 0 x 0 —, elefez uma das mais extraordinárias partidas já vis-tas em um goleiro, no Rio.

A maior atração do Olaria ainda é Garrinchaque volta ao time na ponta-direita. Altivo, que es-tava machucado, recuperou-se e tem presença cer-ta. A partida começa às 15h30min, com a arbitra-gem de José Marcai Filho. Times: Olaria — Pe-dro Paulo, Aloísio, Mário Tito, Altivo e Mineiro;Gessê, Roberto Pinto e Fernando; Garrincha, Ézioe Salvador. Bangu — Sanchez, Ari, Sidclei, Sérgioe Hamilton. Nena e Alves; Jorginho, Edson, JorgeMendonça e Acelino.

Está em suas mãosa escolha de um

domingo inteligente.Veja hoje, Marlon Brando errr

SANGUE EM SONORAWestern colorido.Sensacionais aventuras de um cowboy pararecuperar um cavalo raro que lhe foi roubado.Aclamado pela crítica do New York Daily News.

TVRiO21 HORAS

Sua nova imagem comamor e cor.

1.0 CADERNO CORREIO DA MANHÃ —Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2.a feira, 17/4/1972 19

Vasco quer lançar Peié ao lado de Tostão8aWBs_Si^—^jprjTtwifr 'j''_. j__Í8___B _B-g~8cw8H Mlll£SfeAl_H8t&drâKMnHH9^^ mmí ¦ '}• iPÍ.*"*^-

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Borrachinha foi a principal figura do Campo Grande impedindo que a goleada fosse maior

.Na vitória fácil do Fluminensea tática certa de Paulo Amaral

A facilidade com que o Flu-minense chegou aos 4 a 0, con-tra o Campo Grande, ontem, ànoite, na segunda partida noMaracanã, demonstrou a supe-rioridade também na prepara-ção física do time das Laranjei-ras. Durante os 90 minutos, osjogadores do Fluminense corre-ram sempre e muito, não permi-tindo nunca que o Campo Gran-de conseguisse sair jogando comcalma ou fizesse uma jogadasem uma pressão. As ordens dePaulo Amaral foram seguidas àrisca, e o primeiro gol de Jvairdemonstra isto. O goleiro Bor-rachinha deu o tiro de meta pa-ra seu companheiro Claumir quetentou devolver. Mas Ivair, queestava em cima do lance, conse-guiu tomar a bola e marcar.

É verdade que o CampoGrande perdeu um de seus jo-

gadores, expulso, ainda no pri-meiro tempo, quando Cláudiodeu um ponta-pé em Wilton e ojuiz Luís Carlos Felix se confun-diu e afastou do jogo Grimaldi.Passando a jogar com 10 ho-mens, desde os 32 minutos, oCampo Grande, que já vinhasendo dominado amplamente,não pôde mesmo resistir mais.

No período complementar,o Campo Grande então d-esapa-receu em campo, e o Fluminen-se dominava inteiramente asações. O goleiro Felix efetuouduas defesas de passes atrasa-dos de seus companheiros. En-quanto isto, o ataque do Flumi-nense dava enorme trabalho àdefesa adversária. Os dois late-rais — Oliveira e Marco Antô-nio — auxiliavam o ataque demaneira decisiva com sentrossobre a área, sendo num desses

lances,, num centro de MarcoAntônio, que Silveira fèz o se-gundo gol, de cabeça. O tercei-ro gol foi marcado por Mickei— que substituiu Ivair, atiran-

do de fora da área. O quarto,surgiu, ainda de um centro deOliveira que Marco Antônioaproveitou de cabeça.

As duas equipes atuaramassim: FLUMINENSE: Felix;Oliveira, Mareio, Assis e MarcoAntônio; Denilson e Didi Mickei;Wilton. Ivair, Silveira e Lula.CAMPO GRANDE: Borrachi-nha; Vicente, Geneci, Biluca eGrimaldi; Adilson e Paulo Ce-sar; Vicentinho, Cláudio (Clau-mir). Jorge Mendes e Luís Pau-lo. O juiz foi Luís Carlos Felixauxiliado por Artur Araújo eJoel Cavalcanti. A renda da jor-nada dupla foi CrS 46.939 com7.921 pagantes.

Goleada classifica o América

llllilllillllllllliAmérica foi só ataque

O placar de 6 a 1, na vitó-ria do América sobre o Madu-reira, não foi conseqüência, ape-nas, do desequilíbrio, causadopela expulsão do goleiro Edson,do time suburbano. Foi tambémfruto de um trabalho bom do'América, que fez uma de suasmelhores apresentações nestecampeonato e já se classificoupara o 2.° turno. Com Tarciso eSérgio Lima; bem adiantados, naárea adversaria, e Sarão e Antô-nio Carlos, recuados, auxiliandoa defesa, o América envolveu oadversário.

O primeiro gol surgiu aos19 minutos com Tarciso, rece-bendo passe de Badeco. O se-gundo aos 38 minutos, de Ba-deco, em bom lançamento deAntônio Carlos. O terceiro, de

pênalti, redundou na expulsãode Edson, cobrado por Renato,aos 45 minutos. Neste tempo,Russo marcou para o Madureira,aos 35 minutos. No segundotempo, Sérgio Lima, aos 9, An-tônio Carlos, aos 40 e Walfridoaos 42 completaram o marcador.

Os times atuaram assim —AMÉRICA: Jonas; Cabrita, Tião,Mareco e Djair; Renato (Valfri-do) e Badeco (Gilmar); Antô-nio Carlos, Tarciso, Sérgio Limae Sarão. MADUREIRA: Edson(Elton); Ivã, Roberto, Alonso eCelso; Paúra e Zé Dias; Sér-gio, Carlinhos, Russo (Javan)e Paulo César. O juiz foi Arnal-do César Coelho, auxiliado porMoacir dos Santos e Manuel Es-pezim.

BOLA EM JOGO MÁRCIO GUEDES

Até, pelo menos, o início da década 60, aprincipal preocupação do torcedor quando a fe-deração divulgava a tabela do campeonato cariocaera localizar precisamente a data de Vasco x Fia-mengo que a Imprensa, com boas razões, chamavade "clássico dos milhões". Mesmo quando os doistimes não estavam muito bem colocados, somenteas presenças em campo de grandes craques —quem não se lembra de Evaristo, Dida, Rubens, Be-lini, Jair ou Ademir? — garantiam uma partidaemocionante em que a rivalidade entre os dois ti-mes já era a certeza de muita briga e muita emo-ção èm campo.

Mas, nos últimos anos, a politicagem internado Vasco, a falta de audácia dos cartolas rubro-negros e principalmente, um calendário desgas-tante que marca, pelo menos, cinco Vasco x Fia-mengo em um ano, acabaram transformando o clás-sico, muitas vezes, em um joguinho de pouca ex-pressão. Esta tarde, certamente, não veremos emcampo tantos craques assim, mas os recentes es-forços de alguns dirigentes com as contratações dePaulo César e Tostão podem indicar uma novafase na vida esportiva dos dois clubes e do própriofutebol carioca.

O Flamengo mostra uma equipe certinha, doisou três craques e Zagalo na boca do túnel. .Alémdisso, é o líder invicto do campeonato e a sua ga-lera vai estar toda lá, tomando os habituais doisterços dns arquibancadas do Maracanã. Mas dooutro lado. estaremos vendo certamente muitagente que andava escondida paios cantos com medode se revelar vascaíno. E ninguém se espante se oduelo das torcidas terminar empatado.

Quem se lembra do Vasco x Fluminense, últi-mo jogo do campeonato de 1970 — o Vasco já defaixa — deve ter sentido que, apesar do abandonodas crianças, a torcida vascaína ainda é uma gran-de força, exatamente a que se formou na décadade 50. emDolgada pelos rushs de Ademir, a cate-goria de Jair, a segurança de Belini — a legendaenfim do expresso da vitória de 45,47 e 49 e dosuper-super campeão de 58.

Hoje à tarde, mesmo sem jogar, o simplescumprimento de Tostão de dentro de campo jádará a senha para a torcida vascaína: a senha de

um tempo novo em que ela vai esperar as vitóriasdas jogadas dos seus craques dentro de campo enão dos falatórios demagógicos dos seus cartolasaos microfones das rádios.

O exemplo do Vasco — mesmo levando-se emconta que Tostão sozinho não pode resolver tudo— devia ser seguido pelos outros clubes. Especial-mente o Botafogo que começa a entrar em umafase de nítido declínio depois que Paulo César eRogério foram vendidos. O dinheiro faturado emcima desses dois, mais o da excursão pela Áfricae ainda o dos últimos clássicos parece não ter sidosuficiente ainda para Toniato cumprir as suas pro-messas do início do ano. Falou-se de Beckenbauer,Müller, Pastoriza, Santoro, Lula, Arílson, Aladim,Tostão, mas até agora, os torcedores alvinegros es-tão se contentando mesmo é com Djalma Dias eCareca. Se Xisto Toniato tem memória fraca, ébom ele saber que foi numa jogada audaciosa deRenato Estelita em 1957 que Didi acabou vindopara General Severiano e juntamente com Garrin-cha e Nilton Santos, tirou o time de uma fasepéssima que se arrastava há muitos anos e que játransformava o Botafogo num clube pequeno.

Os equívocos das vendas de Gérson e Amaril-do — sem a compra imediata de um outro era-eme — não serviram de exemplo e agora, depoisda saída de Paulo César, a torcida começa a temerpelo pior. Com o elenco que tem, mesmo sendoainda o de melhores valores individuais da cida-de. o Botafogo vive quase exclusivamente em fun-cão de Jairzinho e isso é pouco. Principalmentepara um time que depende demais de grandes era-quês e nunca contou com uma torcida de massa.

A partida de ontem com o São Cristóvão jámostrou um Botafogo frio e desmotivado e umatorcida insegura, irritada com as deficiências dosmuitos pontos fracos da equipe e esperando mila-gres de Jairzinho. Que seja Gérson, Dirceu Lonesou Rivelino, não importa. Mas Zeferino Xisto To-niato está na obrigação de, antes de sair do Bo-tafogo, trazer o craque que a torcida espera e queele promete há tantos meses.

O Vasco enfrenta hoje o Flamengo ainda sob os efeitos da contratação de Tos-tão, iniciativa que vai melhorar a renda do antigo clássico das multidões. Ojogo, por isso mesmo, ganhou outra motivação e tem tudo para se tornar umgrande espetáculo. Ainda mais porque o Vasco precisa da vilória para trans-formar a festa do dia 29, em São Januário, no maior acontecimento esportivodo ano. Tanto que iniciou entendimentos para lançar Peié, durante um tempo,ao lado de Tostão, contra o Cruzeiro, para fins promocionais dos mais válidos.Mas o Flamengo não quer saber de nada disso, quer é vencer o Vasco e man-ter sua invencibilidade e a ponta do campeonato para conquistar a Taça GB.

Para o Vasco, uma vitóriahoje sobre o Flamengo seria agarantia de um espetacular êxi-to financeiro para a festa do dia29, em São Januário, por oca-sião da estréia de Tostão, quodeverá ser reforçada com a pos-sibilidade de Peié vir a vestir— pela segunda vez — a cami-sa vascaína, contra o Cruzeiro.Mas o problema de Zizinho écontar com uma boa atuação deRenê, deslocado para o meie-campo e uma reabilitação com-pleta do atacante Roberto, quevoltou, ontem, a sentir 9 peque-na torsão no joelho esquerdo.Roberto ainda depende de umteste na manhã de hoje, mas Zi-zinho nem quer pensar na au-sência do seu atacante. Princi-palmente porque as característi-cas de Silva — o suplente even-

tual — não atendem à sua ne-cessidade de ter uni avante quesaiba se deslocar sempre para aesquerda, onde não estará Suin-gue, que jogará mais recuado.

A presença de Tostão na Tri-buna de Honra já está confir-mada e o time vascaíno será oseguinte: Andrada. Paulo César,Miguel, Moisés e Eberval; Renê,Buglê e Suingue; Luiz Carlos,Roberto ou Silva e Ferretti. NaRegra III, estarão: Élcio, Joel,Haroldo, Jàilson, Silva e MarcoAntônio.

Ontem, os jogadores do Vas-co fizeram apenas recreação, pe-Ia manhã, em São Januário e se-guiram depois para a concentra-ção. Tostão chega pela manhã,vê o jogo, completa os examesmédicos amanhã e inicia o trei-namento na terça-feira. ,

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Zizinho quer Roberto em campo

Rodrigues Neto deu susto, mas jogaiilliiIlilll*:•:-:*:¦:¦:¦:¦:•:*:•:¦;•:¦:•:•¦11111

MmW'***&<&!

Zagalo só não quer otimismo

Na véspera desse importan-te clássico contra o Vasco, o Fia-mengo voltou a sofrer mais umsusto: Rodrigues Neto piorouda conjuntivite no olho esquer-do. Examinado, foi constatada apresença de um corpo estranho,imediatamente retirado. O joga-dor ficou logo aliviado e ia atéparticipar da recreação dé on-tem à tarde na Gávea. Só não ofez, por medida de precaução,em virtude da ventania e peri-go de entrar poeira no olhoofendido.

Quanto ao resto, não há pro-blemas na Gávea, onde o ambi-ente é de absoluta tranqüilidade.Zagalo só ficou preocupado foicom o excesso de otimismo deZé Mário — peça fundamentaldo esquema do Flamengo parao jogo desta tarde — que anun-ciou aos quatro ventos que o seu

time vai ser campeão da TaçaGuanabara e do Campeonato Ca-rioca.

— Ninguém mais tira essestítulos da gente. Vamos vencero Vasco e o Bangu sem maioresproblemas e ganhar o .título daTaça na decisão contra. o Flu-minense.

Depois de declarações comoesta, Zagalo chamou a atençãodo jogador, pedindo-lhe umpouco mais de humildade e re-afirmou que espera vencer, massabe que não será uma tarefa fá-cil, principalmente depois queo Vasco ficou motivado com acompra de Tostão. O time estáescalado com Renato, Aloisio,Fred, Tinho e Rodrigues Neto;Liminha e Zé Mário; Rogério,Caio, Doval e Paulo César. Re-gra III: Ubirajara Mota, Morei-ra, Chiquinho, Zanata e Arílson.

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anexoCORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2.a feira, 17/4/1972

MAM vai apresentaruma grande mostra

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grande exposição da obrade Pierre Bonnard noMuseu de Arte Moderna,a ser inaugurada terça-

feira, permitira ao carioca acomprovação da excepcionalatualidade do artista. Apesar défalecido em idade avançada (aos80 anos) e há-um quarto de sé-culo, Bonnardsob diversos as-pectos pode ser encarado comoum homem dos dias em que es-tamos vivendo. Mas não foicomo inovador de meios que seprojetou para além de seu tem-po, parecendo um quase van-guardista nesta nossa décadados setenta. %Muilo fértil em suaatividade criadora, praticou apintura de cavaiete, a litogravu-ra, o vilral, o décor de teatro;interessou-se pelas artes deco-rativas em geral, pela ilustra-ção de textos literários.

Mas não era um experimen-tador inquieto e surpreendentecomo Duchamps, por exemplo;não desejou "balançar coretos".Sua fabulosa atualidade deriva-se sobretudo de sua determina-ção de fidelidade a si mesmo —em palavras de hoje, de suaopção por "estar na sua" —, de-nva-se de seu sensualismo trans-figurador, de sua maneira pací-fica de devotar-se ao prazer ede deslumbrar-se, até mesmo de>eu orientalismo.

O profetaPierre Bonnard foi a figu-

ra culminante — bem como amais independente — de umaescola definida no final do sécu-lo passado, a escola dos Nabis,que, em hebraico, significa "ilu-minado", "profeta". Em seupróprio nascimento há um ele-mento profético. Em 1867 Bon-nard veio à luz numa cidadezi-nha das cercanias de Paris deno-minada Fontenay-aux-Roses. Asrosas simbolizam bem a.atmos-fera poética e sensual que domi-na sua pintura; com freqüência,aparecem mesmo em seus interriores nacarados e nas paisagensinundadas tanto pelo sol do Mi»-diterrâneo quanto por sua luzinterior.

O grupo Nabis descende des-te estupendo super-hippie quefoi Gauguin. Nasceu mesmo deum encontro fecundador entreele e Sérusier. Tem certidão ofi-ciai de nascimento: uma pintu-ra feita sobre a tampa de umacaixa de charutos. Ao retornarde Pont-Avens, onde havia en-contrado Gauguin, a Paris, comseu precioso Talismã — confor-me ficou conhecida aquela pin-tura —, Sérusier tornou-se, porsua vez, fecundador. Atingiutodo um grupo de novos artis-tas; além de Bonnard, MauriceDenis, que afirmou-se como oteórico do movimento, FelixValloton, Vuillard — o "irmãogêmeo" de Bonnard —, o escul-tor Maillol, etc.

Além da influência centralde Gauguin. os Nabis foram to-cados também pelos simbolistas,em sua reação contra o impres-sionismo; pelos próprios im-pressionistas — os pontos decontato entre Bonnard, por umlado, e Renoir e Monet, por ou-tro, são óbvios; por Ódile Re-don, por Gustave Moreau — devisões psicodélicas; pelos pre-rafelitas ingleses; e, naturalmen-te, pela gravura japonesa. Foi ogrande interesse demonstrado

por Bonnard por esta última quelhe valheu o.cognome de "o Na-bis japonês".

O programa que Denis pre-gava era o de um afastamentoda visão impressionista, no sen-tido da "transposição da natu-reza ao reino da imaginação e in-teligência". Foi ainda MauriceDenis que definiu como o Nabisencara o tema de uma obra dearte: "Antes de ser um nu femi-nino ou qualquer episódio, umapintura e essencialmente umasuperfície plana organizada se-gundo uma certa idéia."

A tendência intelectualistados Nabis reflete-se também naassociação constante que o gru-po manteve com figuras do mun-do literário francês, na famosaRevue Blanche. Entre essas fi-guras, encontrava-se o próprioAppolinaire; e, além, dele, Al-fred Jarry — o autor de UbuRói, precursor do teatro do ab-surdo —, Tristan Bernard e ou-tros. A Revue Blanche valia elamesmo por um manifesto reite-rado em prol de uma integra-ção entre as diversas modalida-des de criação artística. Suapreocupação em unir texto a fi-gura, para a qual Bonnard con-tribuiu com notáveis séries delitogravuras, resultou em traba-lho pioneiro. Ainda no séculopassado, representou algo maisou meos equivalente ao queMcLuhan e Quentin Fiore re-centemente tentaram em doispaperbacks que já se tornaramfamosos. Foi mesmo a RevueBlanche que, em 1901, revelouà França — e ao mundo — ojovem Picasso do período azul.

Espiritualismo e anarquiaJá se tem dito a respeito de

Bonnard e dos Nabis que suaobra é um misto algo parado-xal de idealismo e de rebeldia,de espiritualismo e de anarquia.A tendência chegou, porém, amarcar época, não se restringin-do ao grupo da Revue Blanche;em figuras tais como André Gi-de, ela pode ser também iden-tificada. Les Nourritures Ter-restres é mesmo uma obra li-terária que já tem sido postaem paralelo com a obra dos Na-bis. Na virada do século, tal co-mo agora, a estranha associa-ção fazia de seus cultores pes-soas olhadas com suspeita pe-Ia sociedade "bem pensante".Entre aquela época e a nossa,uma diferença marcante deve,porém, ser apontada. Os gran-des artistas nao eram então pes-soas incorporadas à grande en-grenagem social; suas relaçõescom marchands seguiam outrasregras, que representavamameaças bem menores à sua in-dependência.

Mesmo no ambiente de coa-ção mínima no qual se movi-mentavam os artistas, Bonnardafirmou-se um rebelde perma-nente, não obstante a serenida-de de seu comportamento. ComVuillard, seu grande amigo, au-tor de tantas obras dificilmen-te distinguíveis das deles, for-mou quase uma secessão não-violenta no grupo dos Nabis.Seu individualismo extremadonão foi, porém, jamais uma bar-reira à colaboração com outrosartistas. Por longo tempo Bon-nard trabalhou mesmo em umatélier da Place Pigalle da belleépoque, ao lado de Vuillard ede outros, num ambiente qua-

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Acima: Nu ò Ia baignoire(1930). À esquerda, de cima

para baixo: La ferme (1915)e Nu accroupi dans Ia

baignoire f/935). Óleos.

se tribal — ou quase de comu-nidade.

Foi com o cartaz publicitá-rio que Bonnard fez sua estréiano mundo das artes plásticas;com o cartaz, marcado semprecom o monograma P.B., quepassou a modificar a própriapaisagem urbana de Paris, de-corando seus muros, nos maisdiversos arrondissements. Fran-ce Champagne inaugurou suacarreira em 1889. De saída, es-tava definida sua devoção aoprazer sensual. Foi a venda des-se cartaz e a sua grande difu-são que permitiram a Bonnardlivrar-se da clássica luta famí-liar em torno de "uma profis-são rendosa". O cartaz da Fran-ce Champagne fez com que seupai aceitasse sua vocação artis-tica e desistisse, afinal, de seusintentos de enquadrá-lo emuma profissão "mais respeita-vel".

Foi este cartaz que inaugu-rou todo um novo movimentoartíslico-publicitário em Paris,acentuando o gosto popular pe-Ias artes visuais. Foi ainda omesmo cartaz que valeu a Bon-nard uma outra de suas gran-des amizades: Toulouse Lau-trec. O impacto causado sobreeste último pelo France Cham-pagne foi tão grande que eledecidiu procurar Bonnard pes-soalmente e insÇruir-se a respei-to. A acolhida foi total; Bonnardlevou Toulouse ão próprio im-pressor do cartaz. Pouco des-pois, sob a indisfarçada influên-cia do novo amigo, Lautrec com-põe e edita seu famoso cartazLa Goulue et Valentin, para oMoulin Rouge. Na mesma mo-dalidade, Bonnard iria conhe-cer sucessos ainda maiores emseus trabalhos para a RevueBlanche. Lautrec também pas-sou a colaborar nela..

Sensual e proustianoPor um tempo, a temática

dos dois artistas mantém diver-sos pontos de contato. Bonnard,sempre fiel a seus interiores do-mestiços, passa a pintar tam-bém cenas de boulevard, circos,bailes, parques públicos atra-vessados por fiacres, etc. En-tretanto, sua visão permaneceusempre marcadamente distintada de Toulouse Lautrec. Esseúltimo negou-se sempre a ma-terializar ou a sensibilizar suasatmosferas, praticou consisten-temente um quase ascetismo emsua transcrição franca e semdisfarces de um mundo carnal;parecia sempre mais interessa-do em registrar o comportamen-to humano, a moda e os cos-tumes em geral de seu tempo.

Bonnard, ao contrário, em-bora interessado também naação, sem cessar glorificava aepiderme das coisas, fazendo-arefletir todo um universo de se-dução. Não produziu jamais umaobra que pudesse ser encaradacomo fruto de uma "crítica ob-jetiva". Neste sentido, foi cempor cento proustiano. Registra-va o episódio humano apenaspor meio de uma tessitura sen-suai de vibrações cromáticas;com essa mesma tessitura huma-nizava todos os seus interiores,suas naturezas mortas, suas pai-sagens vistas de uma janela esuas paisagens fruídas a céuaberto.

Foi mesmo pela excepcio-nal sensualidade de suas textu-ras que Bonnard afastou-se dosimbolismo pictórico, tão estima-do pelos Nabis, para se aproxi-mar de alguns impressionistas— em particular, Renoir e Mo-net. Bonnard explica o fascínioque um e outro exerceram so-bre ele, com palavras que setornam excepcionalmente eluci-dativas de sua própria obra. Dizele literalmente que "Renoirpintava antes de mais nada Re-noirs. Seus modelos quase sem-pre tinham a pele descobrida,sem qualquer nacarado, mas eleos pintava nacarados. Servia-sede um modelo para compreen-der um movimento, uma forma,mas não para copiá-los; poisque não se desviava jamais desua idéia inicial a respeito doque podia fazer com eles."Bonnard conta ainda que, umdia, passeando com Renoir, ou-viu dele o seguinte: "Bonnard,meu caro, é preciso conferir-sebeleza às coisas." "O embeleza-mento", explica Bonnard, "éaquilo que o artista deve acres-centar a seus quadros." A res-peito de Monet, diz que de fato

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Acima: Nu Violet (1932). A direita: Pierre Bonnard e Nu sur um divan (1905). Os dois quadros são óleos

ele pintava observando seus te-mas, "mas apenas por uns dezminutos; não dava aos temastempo para que passassem a do-mina-lo". Inspirando-se aindaem Monet, pregava um "esque-cimento voluntário da realida-de".

Sempre jovemTanto os amigos de Bonnard

quanto os críticos que se devo-taram ao estudo de sua obrasão unânimes em considerarque até o fim de sua vida eleconservou-se um jovem, em suaextraordinária capacidade dedeslumbrar-se diante das coisasque transmutava em sua pintu-ra, bem como em sua invulgarcapacidade de manter seus acha-dos pictóricos sempre livres dequalquer tendência a fórmulas.Cada nova obra de Bonnardafirma-se sempre como uma re-invenção. Neste sentido, pode-se mesmo dizer que ele conser-vou-se consistentemente maisjovem que este outro grandeprodígio de juventude perene,cujos 90 anos tivemos ha poucoa felicidade de comemorar: Pi-casso.

Um dos sinais de sua ina-balável juventude foi a constan-te preocupação com a qualida-de da própria obra. Bonnardnão era exatamente um insatis-feito compulsório; não sucum-biu ao tipo de neurose que fa.da insegurança um método dovida e de atividade. Não obs-tante, jamais deixou de enca-rar suas pinturas como passí-veis ainda de melhorias, comoobras não acabadas. Muitas ve-zes surpreendeu guardas demuseus qué já acolhiam obrassuas, ao retocá-las em um pon-to ou outro.

Em geral, o que Bonnardvisava ao tentar aperfeiçoaruma pintura era intensificarainda mais o característico quetornou-se a sua habilidade su-prema: a integração do objetoao ambiente, o prolongamentodo objeto pelo ambiente, a vi-são totalizante. Foi para melhorservir esta visão que Bonnardrenunciou e combateu o natu-ralismo. Cada pintura era, pa-ra ele, um microcosmo, comsuas próprias leis. Neste micro-cosmo, disse a seu respeito umcrítico, " tudo pode parecer falso do ponto de vista da expe-riência realista, mas tudo se tor-na verdadeiro".

Foi a devoção às visões pri-meiras — semi-alucinadas, des-preocupadas, mescalínicas e poé-

ticas — que permitiu a Bonnarda transfiguração do banal e docotidiano, fazendo dele o Proustda pintura. Em sua modéstia,Bonnard gabava-se de seu domde esquecer a forma e a correais dos objetos. Referindo-se auma tentativa de pintar um bou-quet de rosas sobre uma mesa,Bonnard confessa que qualquerintenção realista o desviaria daidéia inicial que o havia seduzi-do e motivado a pintar. "Todomeu esforço", assegura ele, "foidesenvolvido no sentido de per-manecer fiel à minha primeiraimpressão."

Seu relacionamento de tra-balho com os objetos que trans-figurava em suas telas era se-melhante ao que ele mesmo atri-buía a Monet. A observação doobjeto era sempre fragmentada.Durava poucos minutos. Repe-tia-se apenas quando surgia ne-cessidade de uma renovação doimpacto inicial; numa para queum detalhe ou outro fosse vis-to e reproduzido com maior pre-cisão. Bonnard cita também Cé-zanne, que "diante de um obje-to concebia uma idéia sólida doque desejava fazer, e tomava deempréstimo à natureza tão-so-mente o que se relacionava àsua idéia". "A

partir do momen-to em que o objeto invade e do-mina o pintor", afirma aindaBonnard, "a sedução e a idéiainicial apagam-se, o pintor dei-xa de fazer sua própria pintu-ra."

Pintura plctóricaA idéia primeira de Bon-nard era sobretudo a da unida-de entre objeto e ambiente. Seutema talvez predileto, o nu femi-nino, extravasa-se sempre paratodo o meio onde se encontra.Tudo, neste meio, está sempre"ao alcance da mão". Emborabasicamente intimista e aman-te de interiores, Bonnard nãonos oferece espaços fechados ede construção acabada. O quar-to, a sala ou o banheiro que es-tão inteiramente ao alcance damão de seus nus femininos pa-recém muitas vezes incrivelmen-te ricos, abertos e vastos.

Rendem-se incondicionalmen-te à figura central, ecoando suacarnalidade e sua fragilidade,sem, entretanto, encerrarem-seem si mesmos, Bonnard in-clina-se a fazer cortes marcan-tes nos objetos acessórios deseus espaços. Um espelho ondeuma mulher se admira é corta-do ao meio; a cama sobre a qualuma mulher languidamente esti-ra seus membros é um leito nãorepresentado inteiro; a banhei-

ra onde uma mumer se repousaparece mais acabada em umaextremidade do que em outra.

Tudo isto sugere um espaçoaberto, um espaço que se conti-nua para além de sua represen-tação, sem deixar, entretanto,de estar todo ao alcance do mo-delo. A própria unidade manti-da entre os objetos secundáriosde um interior bonnardiano nãoé expressa por meio de articula-ções formais rígidas ou de outromodo óbvio. Cada forma seafirma como independente dasoutras. A composição de Bon-nard não é clássica. Em relaçãoaos cânones renascentistas eleparece caótico. É uma tessiturade luminosidades e de vibraçõescromáticas que confere coerên-cia aos espaços de Bonnard. É asensualidade que garante a suaunidade. Quem não cede a ela,quem opõe à obra de Bonnardum sistema autodefensivo,quem, em última análise, seamedronta diante de seu sen-sualismo quase paroxísmico,acusa-o de incapacidade para or-ganizar, vê em suas pinturasconstruções imperfeitas, cortesarbitrários, confusão de planos.Invulgarmente sensual, Pier-re Bonnard foi, entretanto, umquase asceta. Nunca se interes-sou por confortos materiais. Osatéliers onde trabalhou eramem geral minúsculos. Desenhavadescuidadamente sobre qualquerÈapel

com o qual se deparava,epois de famoso, conservou a

mesma independência que mar-cou o início de sua carreira. Nãosoube fazer concessões. Não gos-tava de exibir suas pinturasemolduradas, temendo qualquerinterferência com a idéia inicialque o levara a executá-las. Des-prezava mesmo a própria cate-goria de pintor. Muitas vezesconfessava-se basicamente inte-ressado em "decoração".

Foi julgando-se assim des-comprometido e livre em rela-ção à atividade que absorveu omelhor de sua vida que Bon-nard tornou-se o expoente má-ximo de uma tendência conheci-da em história das artes peladenominação quase redundantede "pintura pictórica" ou "pin-tura-pintura". tendência cujosgrandes nomes anteriores fo-ram. por exemplo. Ticiano. Tin-toreto. E! Greci-, Delacroix! Tur-ner e Renoir. Foi julgando-seassim livre e descompíometidoque Bonnard tornou-se tambémum profeta do? sensualistas-idealistas dos dias de heie

JAiME MAURÍCIO

AMÉRICA LATINAARGENTINA/PABLO PIACENTINI

A violência no jogo políticoÇff^âtf »»H:^-lj^i»BvÉ$- ^ÍJÊÊá %9 fe Wm\ffimí$%ffltr& mm

BUENOS

AIRES - As opera-ções extremistas que custarama vida ao General Juan Car-

los Sanchez e ao Industrial Ober-dan Sallustro, na nebulosa ma-nhã do dia 10 de abril certamentedesencadearão conseqüências políticasdo mais alto nível: elas vêm acentuaras contradições entre as linhas durae branda das Forças Armadas; estasreprovam veemente o ex-PresldenteJuan Domingo Perón, que se nega acondenar categoricamente a violên-cia, e entendem que uma firme repro-vação do que aconteceu por parte de-le é um requisito Indispensável parao prosseguimento do diálogo político.Por Isso o Grande Acordo Nacional,ou saída Institucional, promovido pe-lo-General-Presidente Alejandro La-nusse, está passando por um dos seuspiores momentos.

Isso fica evidenciado através dasdeliberações secretas dos militares emtrês diferentes oportunidades decisl-vas: no seqüestro de Sallustro, na rc-belião popular de Mendoza e na mor-te de Sanchez. Na tarde do dia 23 demarço, os altos comandos militaresreuniram-se na Casa Rosada, presi-

didos por Lanusse, para decidir a atl-tude a tomar diante do rapto do ln-dustrlal Italiano.

Na posição "dura-1 estava o Ge-neral Sanchez, apoiado por AlcidesLopes Aufranc. Este é o comandantedo 3.° Exército, com sede em Córdo-ba, enquanto que o primeiro coman-dava o 2.° Exército em Rosário. Osdois ocupam cargos que estão entreos três mais importantes comandos deterra do país.

Sanchez sustentou a tese de queo governo não deveria ceder em na-da aos subversivos, nem consentir quese estabelecessem negociações entreestes e a Fiat. Defendeu o ponto devista de que todo dinheiro que fosseentregue aos revolucionários, sob oprotexto de salvar uma vida, servi-ria apenas para dotar suas organiza-ções de maior poder de fogo, amea-çando, assim, um número multo maiorde outras vidas.

Propôs, além disso, que um nú-mero (50) de presos das organiza-ções subversivas, igual ao que era so-licitado pelo Exército Revolucionáriodo Povo em troca da liberdade deSallustro, fosse imediatamente trans-

ferido para guarnições militares. Emseguida o governo deveria ameaçarfuzilá-los, caso o ERP não soltasseimediatamente o industrial italiano.

De modo indireto mas bastanteperceptível, Sanchez culpou os "ge-

ncrais políticos" de adotarem diantedos políticos civis um tratamentobrando, que os deixava à vontade,por exemplo, para não condenarem aviolência que os militares têm de en-frentar. Se à primeira vista essaacusação era dirigida ao politizadoGeneral-de-Dlvlsão Tomaz Sanchez

de Bustamante, comandante do 1°Exército, sediado em Buenos Aires,indiretamente, a observação atingiatambém o General-Presidente Alejan-dro Lanusse.

Este último, por sua vez, argu-mentou que a posição defendida porJuan Sanchez estaria pondo em prá-tica um estilo absolutamente incom-pativel com o Grande Acordo Na-cional, pois colocava-se à margem dalei. E mais: era preciso distinguir odiálogo político da luta anti-subversl-va. Em face desta, sim, cabia uma res-posta intransigente. Por Isso o go-verno não cedeu em nada deixando,entretanto, à Fiat, em princípio, llber-dade para negociar. Mas logo depoisa Casa Rosada, talvez preocupadacom os movimentos da linha dura,resolveu endurecer também sua po-slção e colocar obstáculos às negocia-ções entre a Fiat e os guerrilheiros.

Tais contradições acentuaram-se no dia 4 de abril, em Mendoza.por ocasião de um pacífico protestopopular contra um exagerado au-mento das tarifas elétricas. O Chefeda Guanição local General Luiz Go-mez Centurion, depois de consulta,diretamente seu superior imediato,Lopez Aufranc, ordenou uma repres-são brutal. O resultado foi uma re-volta maciça com Incêndios, francoatiradores, baleados, mortos e feri-

.dos. A província foi posta sob in-tervenção militar e estabeleceu-seum toque de recolher que a popu-lação resolveu desafiar.

Na Casa Rosada a injustificadarepressão que desencadeou esse es-tado de coisas provocou uma críticaao ato da linha dura. Houve inclu-sive quem chegasse a suspeitar queas medidas adotadas pelas autorlda-des locais poderiam envolver umaprovocação intencionalmente dirigi-da para colocar o governo em difi-

culdades. Este teve de voltar atrásno aumento das tarifas elétricas quahavia pretendido impor e acabousaindo enfraquecido perante a opi-nião pública.

O terceiro episódio ocorreu namanhã de 10 de abril, logo que foiconhecida a morte de Sanchez. Aspersistentes comunicações que a Ca-sa Rosada recebia estavam fazendopensar num súbito endurecimentodos militares. Esse temor chega aoauge quando Lanusse é Informadoque. sem consulta prévia, Lopez Au-franc, dirigiu-se para Rosário, ondeos oficiais se inclinam para umaposição mais rígida.

Imediatamente Lanusse voa aRosário, levando com ele os GeneraisSanchez Bustamante e Jorge RaulCarcagno, Chefe de Operações doEstado-Maior do Exército. Com to-das essas figuras que se deslocarampara Rosário, e mais alguns outrosmilitares que chegam espontânea-mente àquela capital, realiza-se umareunião da mais alta importância.

Os duros, que são muitos, exi-gem, em síntese, o seguinte; que seadotem medidas próprias de um es-tado de emergência, pondo em vigor,por exemplo, a pena de morte. Eque se faça uma revisão do diálogopolítico que o governo vem susten-tando. Não é possível,— argumen-tam — que enquanto nós combate-mos a subversão dla-a-dia, continue-mos a conversar para entregar o po-der a políticos que só condenam aviolência estrutural justificando, as-sim, a violência que vem de baixoe que nos está atingindo. Tem de seruma condição indispensável para acontinuação do acordo, que os poli-ticos se pronunciem contra a violên-cia guerrilheira.

Lanusse mais uma vez volta adistinguir o plano da política do dasubversão. Aceita a idéia das me-didas extraordinárias como a penade morte, mas dilata a sua aplicaçãoao desviar para os Ministérios do In-terlor e da Justiça o estudo visandoa colocá-la em vigência. Está tam-bém convencido de que deve obtero pronunciamento dos políticos e namesma tarde, ao regressar à CasaRosada, convoca os representantesdos partidos e dos sindicatos e lhesdiz: "No dia de hoje estou plena-mente convencido de que o país estáexiglndo.de nós uma definição cia-ra e precisa sobre a instltuclonail-

zação e as pretensões da subversãoe do terrorismo."

E em seguida narra o que ouviudos generais que o acompanharam(no avião) a Rosário (uma reaçãoque ele gostaria que se estendessea todos os comandos): "É impres-cindlvel, meu general, que ponha-mos uma bolsa de gelo sobre a ca-beca e que ratifiquemos com maiorênfase ainda, e se necessário tambémcom raiva, nossa determinação decumprir o processo que deflagramosno sentido de institucionalizar opaís."

À saída da reunião parecia queLanusse tinha atingido plenamenteseus objetivos. Os políticos pronun-ciavam-se contra a violência e tudose apresentava favorável a um even-tual comunicado conjunto, exigidopslas circunstâncias. Também oshomens da Confederação Geral dosTrabalhadores atenderiam à exigên-cia e chegavam noticias de que JuanDomingo Perón estava de acordo.

Perón era, na realidade, a figu-ra mais importante.

Se os militares haviam concor-dado em negociar com o ex-presi-dente, a quem consideravam um ini-migo irreconciliável, íoi porque viamnele o único dique possível para im-pedir que os trabalhadores e as ju-ventudes argentinas se inclinassempara a esquerda e para a violência.Mas dentro do peronismo há setu-res moderados e radicalizados, in»clusive as Formações Especiais (Or-ganizações favoráveis à guerrilha).'Portanto, se Perón não for capaz decontrolar esse processo de violência,ou se não estiver interessado em fa-

zê-lo, deixa de existir um dos moti-vos básicos que levaram ao GrandeAcordo Nacional. A onda guerrilhei-ra dos últimos dias já estava indi-cando que Perón nada poderia ia-zer naquele sentido. Mas Lanusseprecisava, pelo menos, obter da par-te de Juan Perón uma condenaçãoverbal.

Pois bem: as versões que aludi-ram a uma possível reprovação doPerón à violência acabaram desauto-rizadas. Na manhã do dia 12, osjornais argentinos publicaram o se-guihte telegrama, chegado de Ma-dri: "Nem o General Perón, nemseus delegados ou porta-vozes for-mularam qualquer declaração ou co-mentário sobre os últimos aconteci-mentos na Argentina, declarou o se-cretário particular de Perón, JoséLopez Rega". Desmentiam-se, assim,notícias procedentes de Buenos Ai-res que atribuíram a Perón um pro-nunciamento sobre os assassinatosdo General Juan Carlos Sanchez edo industrial Oberdan Sallustro.

É fácil compreender, portanto,unindo todos os elementos do qua-dro, que a situação atual é critica.E certamente será agravada se o go-verno colocar em prática um recur-so imaginado por alguns de seus as-sessores: tentar dividir o justicialis-mo, atraindo para si, seu setor mo-derado (liderado pelo ex-secretáriogeral e delegado do Movimento, Jor-ge Daniel Paladino, que se manifes-tou contra a violência) e os seto-res partipacionistas do sindicalismo,incorporando-os à área de influênciado governo.

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VENEZUELA/ENRIQUE MONTEVERDE

Caracas

— Ao final do primeirotrimestre de 1972. os observado-res políticos e econômicos da/enezuela são unânimes em

achar que as relações desse pais comos Estados Unidos entraram, indepen-dentemente da vontade dos dois go-vemos, em uma nova e explosiva fa-se. Quando, em dezembro de 1971, opresidente venezuelano Rafael Calde-ra anunciou sua decisão de romper oTratado de Reciprocidade Comercialcom os Estados Unidos, na verdade,estava muito mais obedecendo — se-gundo os analistas — à dinâmica es-tabelecida pela relação de forças nomundo, do que propriamente toman-do uma decisão nacionalista. O Chan-ceier Arlstldes Calvani, interpretan-do a euforia "antilmperlalista" de-sencadeada na Venezuela pe!a deci-são de Caldera, náo teve dúvidas emafirmar que o tratado com os Esta-dos Unidos havia sido uma verdadei-ra "camisa de força", que impedia odesenvolvimento nacional.

Os partidários de uma aberturaem relação ao Grupo Andino acredi-taram naquele momento — e muitoso crêem ainda hoje — que o gover-no de Caldera não teria outro reme-dio a. não ser orientar a economiavenezuelana para esse mercado, que,no seu entender, oferece perspectivaspelo menos mais promissoras do queas duras condições que marcaram os40 anos de relações quase exclusivascom o Imperialismo americano.

Nesses últimos quarenta anos obalanço comercial da Venezuela viu-se seriamente prejudicado por essarelação unilateral. Os últimos dadosfornecidos pelos organismos oficiaisindicam que em 1959 (um ano típico)

Dependência Econômicaa Venezuela exportou para os Esta-dos Unidos matérias-primas no valorde 13,9 milhões de dólares, tendo com-prado manufaturas nos Estados Uni-dos por 7,9 milhões. Os fretes, os ser-viços e os lucros das empresas pe-trolíferas, fizeram com que aquele anooferecesse como saldo favorável ape-nas 1.793 milhão de dólares.

Em que pese a euforia com quesetores nacionalistas receberam a me-dida de Caldera e as que se segui-ram em dezembro, a possibilidade con-creta de que a Venezuela consiga re-formular e reorientar as linhas bá-sicas de sua economia sem romper oquadro de referência político, parecem,no entender de muitos observadores,bastante remotas: quatro décadas dedependência direta e exclusiva, emrelação aos Estados Unidos, acaba-ram por constituir uma sociedadecuja coluna vertebral são as compa-nhias estrangeiras. Nesse contexto, aexistência ou não de um tratado dereciprocidade comercial com os Esta-dos Unidos é um fato apenas contln-gente, embora politicamente explir»-tivo.

Um dos especialistas que susten-tam essa opinião é o catedrático D.F. Maza Zabala, que em livro de re-cente publicação — As Relações Eco-nômicas com os Estados Unidos comoMecanismo de Dependência —, mos-tra o caráter meramente subsidárioda economia venezuelana e afirma quea dinâmica da inversão estrangeirana Venezuela é tal que, se o fluxode capitais norte-americanos se in-terromper ou diminuir, fica Imedia-tamente comprometido o processo eco-nômlco do pais. Tomando como refe-rêncla as quatro áreas mais dlnâmi-

cas da economia venezuelana, infor-ma o autor que a participação norte-americana nesses quatro setores, noperíodo que vai de 1960 a 1969, variouentre 64,81 e 71,35 por cento.

Nesse mesmo período, uma aná-llse das Inversões estrangeiras em ml-neracão — item de grande importar.-cia — mostra que a participação nor-te-americana chegou, em 1960, a 64,45por cento (os Estados Unidos invés-tiram 79 milhões de dólares) sendo

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que em 1969 essa proporção tinha su-bido a 99,7 por cento. De 1.031 ml-lhões de dólares fornecidos pelo ca-pitai estrangeiro nesse ano, 1.028'mi-lhões eram de origem norte-ameri-cana.

Um quadro similar aparece quan-do se analisam as inversões de capl-tais estrangeiros em instituições fi-nancelras radicadas na Venezuela. Em1969 as de origem norte-americanaconstituíam 71,57 por cento do total,

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Rafael Caldera e Richard Nixon: uma nova relação

com uma nítida tendência para umcrescimento ainda maior.

Maza Zabala sustenta que essaconcorrência dominante do capitalnorte-americano na formação das es-truturas capitalistas locais não é maisdo que um —- e não é o mais gravedos aspectos da dependência emque se encontra a economia venezue-lana atualmente. Durante muitos anos,as tendências "desenvolvlmentlstas"

que atingem todo o espectro poli-tico venezuelano, desde o partido dogoverno até os principais grupos deoposição — proclamaram que a únicamaneira de tornar independente aeconomia do pais era promover umaindustrialização em ritmo acelerado.Essa foi a característica dominanteda ideologia das equipes governamen-tais que estiveram no poder há pelomenos um decênio.

Mas, na realidade — afirma Za-bala, juntamente com analistas deoutras tendências — a Industrializa-ção foi estimulada apenas como umaforma de substituir a importação deprodutos manufaturados, provenientesdos Estados Unidos. As estatísticas, apartir do desenvolvimento dessa pon.tica, não são mais do que uma ilusão:a poupança de divisas, à custa da lm-plantação de Indústrias suntuosas, émais um aspecto na cadela de depen-déncla em relação à metrópole.

As estatísticas oficiais mostramque, na década de 1960, entre 40 e567o das importações venezuelanaseram provenientes dos Estados Uni-dos. Nesse mesmo período as expor-tações da Venezuela para aquele paisrepresentavam entre 32,8 e 49,8 porcento do volume global. Comparandofriamente os números, alguém pode-ria deduzir — se não estiver a par

das particulares variantes que assu-mem com respeito à economia poli-tica tradicional, as relações entre ametrópole e os países do TerceiroMundo — que as importações dlre-tas diminuíram.

Entretanto, na verdade, é que oresultado real do processo de substi-tulção velo acentuar a vulnerabllida-de externa da economia, já que assubstituições nada mais fizeram se-não provocar um deslocamento qua-Iltatlvo das importações, sem chegara reduzi-las. Em outras palavras, oprocesso de substituições converteu-se num método mais sofisticado detributação, pois agora o que se pre-cisa dos Estados Unidos são máqui-nas, equipamentos, produtos interme-diários, tecnologia e patentes comer-ciais.

Talvez Já não se importem tantosprodutos finais de consumo, mas atra-vés desses processos secundários osInteresses dominantes estrangeirosampliam seu regime de captação sô-bre a economia subdesenvolvida, aomesmo tempo em que enriquecem oscampos e oportunidades de uma pe-netração mais intensiva.

O capital norte-americano ganhou,assim, posições modulares na organi-zação econômica venezuelana. O de-sapareclmento do Tratado de Red-procidade Comercial é um capítuloimportante — a extinção do veículojurídico que mantinha imobilizada aorientação unilateral da economiavenezuelana.

O que falta ver agora é como aVenezuela se livrará das condiçõesestruturais e intrínsicas que fazem desua economia uma presa fácil da eco-nomla metropolitana.

CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2.a feira, 17/4/1873 ANEXO

.A !AMÉRICA LATINA

URUGUAI/DANILO ARBILLA

Governo contraa inflação

MONTEVIDÉU - O-mala alto déficit dos últimos cin-co anos no balanço comercial uruguaio ocorreu em 1971ao mesmo tempo que suas reservas internacionais'se reduziam em 19,6 milhões. Nos últimos dias, o Ban-co Central deu a conhecer algumas cifras definitivas daatividade econcmico-financeira do ano anterior.De acordo as informações obtidas, as exportaçõesalcançaram um valor de USS 205.693 (em milhares dedólares) e as importações totalizaram US$ 222-143, deonde se pode depreender um desnível de USS 16.450 parao exercício. Nos quatro anos anteriores os saldos dointercâmbio comercial tinham sido: 1970, US$1791(exp.: USS 232.709 — imp.: 230.918): 1969, USS 3*011(exp.: 200.336 - imp.: 197.325); 1968, US$ 19.815 (exp-179.158 — imp.: 159.343); e 1967, US$ 12.737 — nexa-tivos — (exp.: 158.673 — imp.: 171.410).As reservas internacionais líquidas do poder públi-co, que em fins de novembro e princípios de dezembroexperimentavam uma queda de US$ 29,5 milhões, tive-ram uma melhora. Isso se deve à decisão tomada aonível internacional, pela qual o preço do ouro em re-lação ao dólar foi aumentado de 35 para 38 dólares poronça de ouro.

Os ativos em ouro do pais, computados em dóla-res, registraram uma ascenção de USS 12,6 milhões àque se devem somar USS 0,3 milhão resultante da rea-valiação de outras moedas. As dívidas em marcos ale-mães e em francos suíços ccmputadas em dólares au-mentaram então em 3.1 milhões. A diferença nesseajuste significou uma redução de USS 9.8 milhões naperda de reservas internacionais, que ficou em US$ 19,6milhões. Esse abatimento foi menor do que o ocorridoem 1970, ano em que perda de reservas alcançou o va-lor de US$ 26,3 milhões.

Outros índices referentes ao ano de 1971 tambémsão inquietantes. O aumento anual dos meios de paga-mento superou amplamente o limite previsto pelo orça-mento monetário, de 20.300 milhões de pesos, alcançan-do, ao final do período, o valor de 43.379 milhões depesos. Essa expansáo de medidas operou-se fundamen-talmente nos últimos três meses do período, agindo co-mo fator inflacionista. De 10 de outubro até 31 de ja-neiro último o custo de vida aumentou em 27,97%, se-gundo a Faculdade de Ciências Econômicas. O aumen-to em janeiro em relação a dezembro foi de 7,8 porcento.

O déficit do Tesouro no exercício precedente foi, deacordo com os dados oficiais, de 28.274 milhões de pe-sos. Essa insuficiência teria sido de US$ 43.733 milhõesse o governo não tivesse destinado ao Tesouro Nacio-nal a diferença obtida pela reavaliação do ouro (a pa-rldade oficial modiflpou-se no ano anterior tendo sidoelevada para 250 pesos por dólar), num montante de15,459 milhões de pesos. De qualquer modo, esse desní-vel, não so, em valor absoluto, mas também em termos,relativos, com o Produto Interno Bruto, supera o doscinco anos anteriores. A relação média para 1971, to-mando-se as cifras estimadas para o PIB, de USS 731.300milhões, é de 3,8%.

Nos primeiros meses do ano em curso as perspec-tivas são mais sombrias: 1) em 29 de fevereiro o balan-ço comercial teve um saldo deficitário de US$ 5.834,170,

. enquanto nesse mesmo período, em 1971, o desni-vel foi US$ 276.038: 2) o aumento do custo de vida até31 de março, segundo cálculos estimados, superou a 15%;e 3) o déficit de caixa — segundo dados não oficiais —para os primeiros meses seria de USS 12.000 milhões.

A tudo isso se acrescenta a pressão do endivida-mente externo do país. Com base em dados fornecidospelo Banco Central, o governo tem de enfrentar, nopresente ano, pagamentos que atinçctn o total de USS108,5 milhões (dentro de 180 dias, USS 73.9 milhões e nosemestre seguinte, US$ 34.6 milhões). Nâo^se incluemai as obrigações pendentes de pagamento interno, de-correntes de importações, swaps contratados e outros quesegundo especialistas atingem uma soma considerável.

O novo governo analisou a situação e está procuran-do soluções que permitam-lhe írear esse processo dedeterioração. O Presidente Bordaberry já anunciou umapolítica rígida em matéria de contenção inflacionária.Nesse primeiro mês, entretanto, os resultados obtidosforam contrários à expectativa. Isso seria devido à ne-cessidade de adequar o esquema econômico para uma açãode longo prazo: até o momento o poder central se viuobrigado a efetuar um ajuste monetário e a estabelecerum regime de mudanças, que é realista na opinião dostécnicos: incrementar as tarifas dos serviços públicos, afim de obter o autofinanciamento dos organismos es-tatais, outorgar aumentos de salários e autorizar o in-cremento de certos preços para compensar a incidênciadas primeiras medidas sobre o custo de vida.

Por esses dias, também, realiza-se um conclave en-ire a equipe econômica governamental e delegados doIMI, visando à concessão de um crédito stand by deUS$ 17 milhões — segundo informações extra-oficiais—, que se constituirá numa etapa prévia para o refl-nanclamento da dívida externa, que será tentado pelogoverno nos próximos meses.

Paralelamente, arbitraram-se diversas medidas des-tinadas a incrementar a exportação de carne — prin-cipal item nas exportações do pais. Nesse sentido opresidente solicitou inclusive a colaboração do Brasilpara evitar o contrabando de gado. Na ordem interna,arriscou-se o governo a limitar, através de proibiçõesparciais, o consumo do produto, tão importante para osconsumidores uruguaios.

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umgoverno

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CHILE/PAULO GERMANO MAGALHÃES

A política da crise chilena

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Paulo Germano Magalhães inicia hoje uma série de análisesda situação atual do Ghile. Neste artigo ele mostra

os aspectos gerais da crise que convulsiona o sistemapolítico sob o governo da Unidade Popular de Salvador

Allende. A seguir, irá aprofundar sua análise, abordandoaspectos específicos da realidade chilena, como as

perspectivas da economia nacional, eleições universitárias,organização social, reforma agrária, comércio

exterior e crise política.

SANTIAGO,

abril — A primeiraimpressão que tive, ao che-gar a Santiago, foi a de queo Chile está vivendo momen-

tos de alta tensão política. Basta a lei-tura dos jornais para mostrar essaevidência. Depois, a convivência comjornalistas, políticos, parlamentares,professores universitários, enfim, coma intelligentzia chilena veio compro-var essa minha impressão inicial.

O povo chileno é altamente cons-cientizado politicamente. Em todas ascamadas da população isso aflora es-pontaneamente, não exigindo muitaargúcia para ser verificado. Traba-lhadores, estudantes universitários —e até mesmo secundários —, classemédia, intelectuais e, muito especial-mente, as mulheres revelam a cadainstante a sua preocupação com osdestinos políticos da nação e com asalvaguarda dos direitos e garantiasassegurados pelas leis e Constituição.

São cerca de 20 milhões de ha-bitantes e o índice de analfabetos nãopassa da casa dos 5 por cento. Ocontato com os valores chilenos, querno campo das profissões liberais oudos cientistas sociais, como no meiopolítico, realmente encanta pela mos-tra de cultura, talento e o respeito àsidéias e convicções mesmo dos quelhes são contrários.

Mas, atualmente, as tendênciasde bipolarização — marxismo e anti-marxismo — tendem a se radicalizarcada vez mais. chegando a acirraródios e a enublar o horizonte do de-bate político com o uso da injúria ee dos ataques pessoais. E o povo chi-leno não esconde a sua preocunaçãocom o clima que se vem criando, aomesmo tempo que deixa transparecerum certo grau de tristeza ou desa-pontamento com1 o rumo dos aconte-cimentos. Em grande parte da popu-lação se sente um certo amargor coma atmosfera existente, pois ela é to-talmente contrária às tradições deliberalismo e de convívio fraterno emmeio às divergências ide^ógicas numesmo de simples nosições partiria-rias, que vinham-se firmando no Chi-le nas ultimas décadas. Isso constituíapara o chileno um prova do amadu-recimento da sua sociedade e do graude civilização a que atingira o país.Ê com tristeza que os chilenos vêmtodo esse patrimônio ameaçado deruir, ferindo os brios de um novoorgulhoso perante os outros povosdo desenvolvimento político-socialque in alf»ncfli-a.

O divisor de águas na üolítica dechilena é o marxismo-lenismo da Uni-dade Ponular. atualmente no governo,representado por suas duas corren-tes mais expressivas: o Partido Sócia-lista e o Partido Comunista. As forçaspolíticas não-marxistas que conmu-nham a UP começam a abandoná-la,justamente em protesto ao sectaris-mo dominante em suas fileiras, comoé o caso recente do PIR ÍPartido deEsquerda Radical) que disnunha deduas pastas no Gabinete, a da Justiçae a de Minas.

Do outro lado, na oposição,agrupam-se o Partido DemocrataCristão (isoladamente a maior forçapolítica do País) e o Partido Nacio-nal, como as organizações mais ex-pressivas, e a estes se juntam a De-mocracia Radical e a Pàdena.

Os trabalhadores nos seus sindi-catos, os estudantes de nível secun-dário e superior nas suas escolas, osprofessores e funcionários da Univer-sidade — todos disputam eleiçõesnas suas áreas de interesse mais pró-ximo em nome da UP ou da DC ouPN. Oposição e governo terçam ar-mas nas urnas em todos os níveis deatividade social, acentuando aindamais a bipolarização política.

A imprensa também se divideem oposição e governo, pois os jor-nais considerados independentes nãoafinam com a linha ideológica da UP.O mesmo ocorre com a rede de radio-difusão. Quanto à TV. por determi-nação constitucional, só o Estado eas universidades dispõem de canaise, naturalmente, a sua orientaçãofica na dependência do governo ouda corrente política que predominana direção das universidades.

Liberdade de expressãoA liberdade de expressão é uma

garantia constitucional, que tinhapleno exercício até bem pouco tem-po. Ultimamente, sem violar frontal-mente esse direito, o governo da UP

está utilizando ardis e sofismas pararestringi-lo em prejuízo da oposição.Os jornais estão a salvo, ate agora,dessas medidas. Mas as emissorasde rádio queixam-se da interferênciagovernamental, através da Oficinade Informações da Presidência daRepública, que estaria exigindo lhesfossem submetidos previamente ostextos dos anúncios a serem divul-gados. Isso ocorreu mais recentemen-te, quando o governo procurou im-pedir a convocação popular pelos par-tidos da oposição para a passeata rea-lizada quarta-feira última, em San-tiago, bem como a propaganda anti-estatização da economia promovidapela Frente Nacional em favor da ini-ciativa privada.

Tive oportunidade de assistir aum programa dominical de debatepolítico, através da TV estatal, doqual participaram democratas cris-tãos, comunistas, socialistas e nacio-nais. Cada um expressou seu pon-to de vista com absoluta liberdade.Os representantes oposicionistas ma-nifestaram suas críticas candentes aogoverno, enquanto os partidários des-te as rebatiam. Houve até momentosde uma certa exaltação na troca deapartes entre socialistas e democra-tas cristãos. Durante todo o progra-ma, o mais moderado, sempre pro-curando elevar o nível dos debates,foi o representante do PC, coadjuva-do pelo do PN.

A tônica dominante nesse pro-grama de TV foi a solução chilenapara os problemas chilenos. Isso aliásé uma opinião generalizada, em to-das as classes. Os chilenos conside-ram-se suficientemente cultos e in-telectualmente capacitados para en-contrar a solução própria para osseus problemas peculiares. Não acei-

tam a aplicação ao Chile de mode-los estranhos, mesmo as experiên-cias realizadas com êxito em outrospaíses. Insere-se no orgulho nacionala decisão de encontrar a saída chi-lena para os momentos de crise emque estão vivendo.

Uma ameaça à liberdade de im-prensa seria a estatização da Fábricade Papeles e Cartones. Temem osjornais de oposição ou independen-tes que isso acontecendo, o governopoderia calar qualquer um deles, cor-tando-lhe o fornecimento de papel.Por isso reagem com muita energiaà incorporação daquela fábrica à áreasocial (estatal).

Um risco em que a radiodifusãoestá correndo é o de uma diminuiçãoconsiderável no seu faturamento. Co-mo decorrência da incorporação crês-cente de estabelecimentos industriaise comerciais à área social, já se fazsentir a falta de anunciantes. Prati-camente o mercado publicitário estáficando restrito apenas às empresasdo Estado ou mistas. E assim o go-verno está-se tornando o dono abso-luto do mercado, deixando de anun-ciar nas rádios que não rezem pelasua cartilha.

Em Santiago circulam 11 diáriosimportantes. São os seguintes: ElMercúrio (150.000 exemplares de se-gunda a sexta, 200.000 aos sábadose 250.000 aos domingos); Las Ulti-mas Noticias, outro matutino do gru-po do El Mercúrio (95.000 exempla-res diários); La Segunda, vespertino,também da cadeia do El Mercúrio(80.000 exemplares); Tribuna, órgãodo Partido Nacional, matutino (30.000 exemplares); La Prensa, doPartido Democrata Cristão, matuti-no (10.000 exemplares); La Tercera,matutino independente, mas vincula-do Partido Radical (150.000 exem-plares diários); Clarin, matutino, daesquerda independente (60.000exemplares); Puro Chile, matutino,vinculado ao Partido Comunista ...(40.000 exemplares); La Nación, ma-tutino e órgão oficial do governo ..(15.000 exemplares); El Siglo, órgãodo Partido Comunista, matutino ...(25.000 exemplares); Ultima Hora,vespertino, órgão do Partido Socialis-ta e do MIR (10.000 exemplares).

Assim, os leitores chilenos po-dem conhecer diariamente o pensa-mento e a posição adotada pelos di-versos partidos políticos e as tendên-cias dos chamados grupos indepen-dentes.

Conflito de poderesAnte o avanço acelerado da es-

tatização da economia chilena, a opo-sição procurou contê-la. Dispondo demaioria nas duas casas do Congresso,

fez aprovar um projeto de reformaconstitucional exigindo autorizaçãode lei para o Executivo expropriar.delimitando as três áreas econômicas(a social ou estatal, a mista e a pri-vada), determinando a participaçãodos empregados na administração dasempresas incorporadas à área estatalou mista e tornando nulas as desa-propriações efetivadas a partir de 14de outubro de 1971. Cercou, assim,a liberdade de ação do governo naexecução do seu programa, pois ateagora a expropriação independia deautorização legal expressa e, ainda,o sistema de requisições e interven-ções muito utilizado como uma for-ma de incorporação à área social fi-cará revogado. Este sistema nuncafora antes adotado no país. Ficou es-tabelecido por uma .lei de 1931 ou1932 promulgada durante o períododo "front popular" que aquela épo-ca governou o Chile.

A execução do programa da UPficará frustrada com essa reformaconstitucional — razão porque Al-lende procurou um entendimento coma DC. O m!nistro da Justiça, do PIRchegou a um acordo, aceito por Al-lende: o governo vetaria o efeito re-troativo da .reforma e a oposição acei-taria o veto. Mas, à última hora, qua-se se esgotando o prazo para o en-vio dos vetos ao Congresso, o PS e oPC recusaram os termos do acordo epromise^m uma renegociação da aua'participariam representantes seus.Criou-se o imoasse. Allende suspen-deu por dez dias o período de convo-cação extraordinária do Congressopara sustar a decorrência do pr?zoconstitucional oara apresentação dosvetos. A oposição recusou qualquernegociação. E. por fim, no dia 7, Al-lende encaminhou ao Congresso umamensagem alterando, por assim di-zer, totalmente a reforma aprovadapelo Congresso.

A oposição dispõe de maioria noSenado e na Câmara para rejeitar osvetos. A Constituição estabelece oquorum de 2/3 para rejeição dos ve-tos do Executivo aos projetos de lei,mas é omissa quanto aos projetos dereforma constitucional. Sustenta ogoverno que se faz necessário o mes-mo quorum, no que é contestado pe-Ia oposição.

Ê fora de dúvida que os vetosserão rejeitados por maioria absolu-ta. Neste caso, se Allende não seconformar com a rejeição — é a opi-nição unânime dos constitucionalistasnão-comprometidos com a UP —, te-rá que recorrer ao plebiscito. É afórmula que o direito constitucionalchileno adotou para dirimir os con-flitos entre o Executivo e o Legisla-tivo.

Para o governo, entretanto, sea rejeição não se realizar através doquorum de 2/3, a dúvida será diri-mida pelo Tribunal Constitucional,onde o governo dispõe de maioria devotos. Allende já recorreu umas qua-tro vezes àquela corte contra deci-soes do Congresso e em todas teveganho de causa.

A oposição, porém, não se con-formará com a decisão do TribunalConstitucional — declararam-me,com firmeza, os senadores Hamiltone Bulnes, respectivamente do PDC edo PN. Já acordaram, ambos os par-tidos, que, neste caso, promoverãouma acusação constitucional contra opresidente da República.

Esta acusação terá que ser apro-vada na Câmara, por maioria absolu-ta, mas a Constituição exige dois ter-ços dos senadores para ratificá-la. Secontar com a adesão dos senadoresdo PIR, que recentemente se desli-gou da UP, ficará faltando apenasum senador para a obtenção do quo-rum constitucional.

Segundo líderes da oposiçãomesmo que a acusação, por falta dequorum, não venha a produzir osefeitos jurídicos (destituição do pre-sidente do cargo tão logo o Senadodeclare a sua culpabilidade), deixarámoral e politicamente enfraquecidoo presidente da República.

Intervenção das ForçasArmadas

As Forças Armadas chilenas têmuma tradição de respeito à Constitui-ção acima de tudo. Se o Senado de-ciarar a culpabilidade de Allende por2/3 dos seus membros e grupos ex-treinados tentarem qualquer reação,elas farão respeitar a decisão do Con-gresso.

Mas. em alguns círculos jornalís-ticos, comenta-se que a acusação,aprovada mesmo sem o quorum, po-deria justificar a intervenção dasForças Armadas na qualidade de po-der moderador a fim de pôr fim aoconflito de poderes do Estado. Estaé uma esperança que anima algunssetores mais radicais do oposicionis-mo, embora a prudência do PDC levea maioria do partido a não desejarqualquer participação militar no epi-sódio.

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CHILE

Se a crise chegar a esse ponto,poderão ocorrer duas alternativas:Allende compõe-se com o Congresso emodifica a linha da sua política eco-nômica, inclusive afastando o minis-tro da Economia; ou agravasse o con-flito entre os dois poderes com umapossível reação pela violência de gru-pos de extrema-esquerda, como oMIR.

Fala-se que o MIR dispõe de umcontingente de 5.000 homens arma-dos. Não tem, portanto, condições pa-ra um confronto com os Carabineirose o Exército, os quais esmagariam fa-cil mente uma milícia irregular dessanatureza. Acredito que o bom sensono PS e no PC, na hora da crise, ve-nha a preponderar e consiga conteros seus aliados extremistas, evitandouma luta que só seria prejudicial aopaís e ao povo chileno.

O PDC parece mais interessadoem derrotar Allende e a UP nas ur-nas. Um dos seus líderes mais ex-pressivos declarou-me que o descon-tentamento popular com o governo éde tal ordem que, no momento, sehoje fossem realizadas eleições noChile, a oposição contaria com pelomenos 60 por cento do eleitorado. E,em 1973, quando se processarem aseleições para renovação do Congres-so. o desgaste do governo já teráatingido tal nível que os resultadoseleitorais apontarão uma vitória opo-sicionista de 65 a mais por cento emrelação à UP.

Os líderes mais responsáveis daDC anontam as urnas como o cami-nho legítimo e correto para derro-tar a UP e conter a marcha batida dasocialização da economia do Chile.

ExpectativaA Constituição não fixa prazo pa-

ra que o Congresso aprecie os vetosgovernamentais. Como já disse, eleschegaram ao Parlamento no dia 7 ejá começam a correr os trâmites nor-mais legislativos. O Congresso estáreunido extraordinariamente e pode-rá. a qualquer momento, examinara mensagem presidencial. Mas pode-rá demandar tempo para _ apreciá-la,se assim o ditar a conveniência poli-fica.

É impossível fazer um prognósti-co sobre o comportamento da oposi-cão nas duas casas do Congresso. Oslíderes com quem me entrevistei re-velaram a estratégia a adotar, masnão esclareceram se a adotariam acurto ou médio prazos.

O futuro político do Chile perma-nece assim uma incógnita.

Composição do Congresso

Chileno após as eleições

de 1969

GOVERNO

P.S 12,2%P.C 15,9%P.R 13,0%P.S. Democrata 0,9%União Soe. Popular 2,2%

TOTAL 44,2%

OPOSIÇÃO

P.N 20,0%D.R —PADENA 1,9%P.D.C 29,8%

TOTAL 51,7%

ANEXO CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2.* feira, 17/4/1972

ARTES PliSTICAS/LITERATÜRAbjetos absurdamente identificados GERMANA DE LAMARE

UM

moço chamado Jua-rez, certa vez, tirou asnuvens cinzas do céu ecolocou-as numa tina de

roupa, lavou-as e pendurou-asna corda. De outra pegou aponta do arco-íris e puxou-a pa-ra dentro de casa. Não é umacriança, não, é travesso só. Tem31 anos, mas prefere que se di-ga que tem 25. É magro espin-golado, barba ruiva e pele bran-ca de descendente de alemão.Sobrenome: Machado.

Mas como todo mundo temoutros sobrenomes, Juarez tam-bém é Busch. Sua avó lhe con-tava histórias em alemão escri-tas e desenhadas pelo seu tio-bisavô, William Busch. O nome,a princípio, não me dizia nada,mas quando Juarez puxou daestante um livro de capa dura,amarelecido pelo tempo, escritoJucá e Chico, eu quase dei umberro. Era o mundo todo deJoão Felpudo, histórias de umacrueldade pior que a do Henfil.Jucá e Chico, por exemplo,caíam dentro da farinha numapadaria, se enrascavam na mas-sa e acabavam assados vivos pe-Io padeiro. De outra vez, expio-diam um velho com seu solitá-rio cachimbo, colocando polvo-ra no lugar de fumo. Matavamgalinhas adoidados, colocavambarata na cama dos velhos eacabavam morrendo trituradosnum moinho de trigo com doisgansos lhes comendo os últi-mos farelos. Eu tinha, simples-mente, pavor dessas histórias.

Que parentes você foiarranjar, Juarez!

Mas nem todos foramassim. Juarez ri. Meu pai, porexemplo, foi um cara formidá-

vel. Ele colecionava objetos dearte, tinha enorme bom gosto,e nas horas vagas fazia talhas.Minha mãe pintava leques. Sa-be? Leques com paisagens, fio-res, casais de namorados, pinta-dos em seda finíssima. Antiga-mente, isso era moda. Nós, nes-sa época morávamos em Joinvil-le. Sempre desenhei na vida.Nunca tive qualquer dúvidaexistencial de "quando eu crês-cer o que vou ser?" Sempresoube 1.° pintar. O caminho na-tural das coisas, portanto, foiparar na Escola de Belas-Artes.

Neste momento chegou ofotógrafo e Juarez foi pintarnuma parede, numa cadeira afigura de uma loura magra, por-que, simplesmente, se recusavaa tirar fotografias sozinho. Efoi de cócoras e pintando queele continuou a falar.

Escuta, você em criançaenlouqueceu também todas asparedes de casa? E qual era aopinião de sua mãe sobre o as-sunto?

Não, até que nem. Eupintava no papel mesmo. Ah,não. Um dia desenhei um pala-vrão no banheiro lá de casa. Eficou anos. Era um palavrão do-mestiço...

Ao redor da cadeira queestava sendo pintada com as for-mas honestas de uma senhora,estavam ainda empilhados osquadros de sua exposição, queele inaugurou esta semana naMini-Gallery. Havia o pedaçode uma janela, uma tampa deprivada e um sujeito se seguran-do, desesperadamente, no telha-do de um prédio para não cairpelo céu abaixo.

Sabe, a fantasia é umacoisa maravilhosa. Tenho umcasal de filhos e não faço outracoisa do que lhes estimular afantasia. Faço com que eles mecontem historias, desenhem, co-nheçam os livros de arte e todaa loucura dos outros. Meus fi-lhos ainda são pequenos. Caseiem 65 em Santa Catarina e vimpara o Rio. Ah, tem uma coisaengraçada! Só descobri o hu-mor aqui. >

—- E como é que é que agente descobre o humor?

É assim, por exemplo:na escola eu aprendi que pintaruma laranja, era pintar uma la-ranja. Enfim, a laranja pela la-ranja. Aqui, um dia, eu desço-bri que eu podia pintar uma la-ranja, mas que ela também po-dia ser uma bola de golfe ou umestado de espírito.

Mas para falar a verdade,. até que tudo não começou com

uma laranja e, sim, com umapanhador de borboletas. Dis-traídamente em lugar da borbo-leta eu desenhei um carançjue-jo. E deixei. A partir dai come-cei todo um processo de trocarás coisas de lugar. Brincar deser Deus, sabia? Gozar os con-ceitos, as leis. Uma que eu meesbaldo, por exemplo, é a lei dagravidade. Já percebeu o que. sepode fazer com ela? Tudo. Umacurtição! Você vai caçar pasra-rinho, dá um tiro, erra, e que-bra a calota do céu. Despencatudo.

Parece até que foi enco-mendado. Ele disse isso e umprato caiu na cozinha. Juarez

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sorriu e comentou: Alguém er-rou o tiro, olha lá!

Você precisou um diada droga pra curtir as coisasdesse jeito?

Ih! Eu sou o maior ca-reta. Eu viajo mesmo com a mi-nha própria saliva. Não precisodela não. Ao contrário, até meatrapalha. Me bloqueia comple-tamente. Fico idiotizado. Nãoconsigo nem trabalhar. Mas fa^ço análise há um ano. Quandomeu pai, o homem oue eu smvva e admirava a loucura, ficoudoente eu me senti sozinho. Alpedi apoio...

Você aleuma vez teveinveja de alguém?

Talvez em garoto, sim.Eu era um menino muito feio.E tão feito que isso me preo-cupava tanto que eu fui falarcom meu pai. Explicar que comaquela cara eu não conseguiamulher nenhuma. E ele me en-sinou que desde que eu soubes-se falar, dizer as coisas certas,eu conquistaria qualquer pes-soa. E a coisa d°u certo. Acab°ivirando o grande conquistadorda cidade.

Eu estava perguntandose você já teve inveja de algumartista?

Não. Eu tenho, sim;uma grande admiração por vá*rios deles. Gosto de curtir otrabalho dos outros. Não mepreocupo jamais em medir na.da. nem, tampouso, entro emconcursos. Passo meus dias de-senhando. A noite vou para rua.

Não é bem badalação não, eugosto de curtir os meus amigos,janto aqui, janto ali, bato papo.Sou boêmio e minha mulher meacompanha em tudo... Durmi-mos sempre tarde.

E a que horas vocêsacordam?

Ao meio-dia.E as crianças?Quinze minutos antes.

Já botei tudo num colégio à tar-de. Mesmo que não saiam conos-co, ficam em casa vendo televi-são, ou fuçando meus livros dearte e eu acho isso ótimo. Dor-mem tarde mesmo. Sabe, soumuito amigo do Jucá Chaves ea gente tem uma brincadeirasensacional, vamos, por exem-pio jantar juntos num restau-

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rante e pegamos uma colher, fi-camos horas desafiando um aooutro o que se pode fazer comuma colher além de tomar sopa.Virar um microfone? Um pratopode virar uma direção de au-tomóvel.

E qual é a opinião dogarçon, por exemplo?

Nunca perguntamos.Sou muito ligado em arquitetu-ra também. Tenho vários ami-gos espalhados por aí. Vou cons-truir uma casa lá pelo lado doJoá que vai ser um enorme es-túdio e a família vai morar todadentro...

E qual é a sua maiorfrustração mesmo?

Ter cimento armado nosouvidos. Sou desafinado, pra

burro. Tenho uma bruta frus-tração de não poder brincarcom as notas musicais. Fico doi-do quando vejo um cara pegaruma pauta e sair cantando, ouum violão, e tocar o que bementender. Tenho uma flauta emcasa que eu assopro nela há qua-tro anos e até agora não saiunada...

—'Juarez* vamos brincarentão de que esta cesta de-pa-péis aqui é um balaio e que vo-cê pode jogar nela todas as coi-sas medíocres que você conhe-ce. Pode começar.

Juarez fica olhando per-dido para a cesta. Há muito jáabandonou completamente amoça loura da parede.

Vou começar então. Fio-res de plástico.

Ah, mas isso pode seiwaproveitado. Como elefante dei.cerâmica, pingüim de geladeira,São Jorge com luz vermelha.'Eif';;e Jucá tínhamos imaginado^abrir um bar com tudo isso serClvindo de decoração. Ia se cha-"mar Jucabaré. Bacana, não? Tu»;;.'do que o que é convencional-'"mente de mau gosto estaria lá"dentro. • "~

.. 1.131

Puxa, mas será que vo;:„cê não acha uma coisa para io,..,gar fora?

Acho sim. Briga de gen«'^'ro com sogra, cara que compra"meus quadros e não paga (te-~Lnho uma lista enorme delesWvendedor de rosa em buate, jo-.vem metido a experiente, os do« >nos da verdade. Velho metido á"rjovem, e todos os síndicos domundo... '"'

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pdeA bad-triW. BurroughsALMOÇO

NU, romance deWilliam Burroughs que oTime incluiu na lista dedez melhores da década

de 60, foi traduzido no Brasil hácinco anos por Wilson NunesCoutinho, sem que ninguém seinteressasse até hoje pela suapublicação. Parece que nossoseditores preferem não só os li-vros estrangeiros, como fazemquestão que estes nunca ultra-passem o nível de Arthur Hai-ley (nunca é demais lembrar:Haüey é muito ruim).

O Time apontou AlmoçoNu (Naked lunch) em sua listados dez mais dos anos 60 pordois motivos: primeiro, porqueBurroughs escreveu um livroterrivelmente original, que fazCatch 22, de Joseph Heller, pa-recer um romance bem compor-tado; segundo, porque o autorrevela em sua. obra uma lon-guíssima e terrível experiênciacom a droga.

A posição de Burroughs emrelação aos narcóticos está bemclara num artigo escrito sobrea Apomorfina, espécie de antí-doto para os viciados em morfi-na. Recusado por várias revis-tas, entre as quais a Literary

Digest, o artigo foi finalmenteaceito por True Detective; a re-vista, depois de examiná-lo, en-viou resposta ao autor, pedindoque este evitasse as considera-ções em torno da Apomorfina e,falasse simplesmente "sobre oviciado sem esperança, lá, ondeele deve estar". Diz Burroughs:

— Respondi a eles que aatitude tomada era tão inexplicá-vel que merecia o título de "an-tipatriótica", "desleal" em re-lação a não importa que ameri-cano (ou americanos) que consi-dero digno de merecer qual-quer lealdade. Uma cura queseja possível para 50 mil pobresviciados é por si um assuntopara uma boa reportagem.

Fala MailerAlmoço Nu, este livro quea burrice dos nossos editores

impede que conheçamos, é umlivro amargo, talvez o maismonstruoso escrito neste sé-culo, e cuja importância é reco-nhecida por figurões como Nor-man Mailer que dele afirmou:"Vi excertos da obra há algunsanos, e a opinião que formuleinessa época foi suficiente para

deixar registrado que Bur-roughs talvez esteja concebivel-mente possuído pelo gênio." Asrestrições feitas pelo autor deUm sonho americano ao livro deBurroughs são mais por contadas obsessões de Burroughs:

"A quantidade muda a qua-lidade, como disse uma vez KarlMarx, e cinqüenta ou sessentafragmentos de três páginas so-bre orgias homossexuais, castra-ção, cirurgiões-assassinos e pro-misçuidades fedorentas, dissol-vendo-se num lodaçal abjeto epútrido, deixa-nos com uma sen-sação bastante penosa."

A sujeira, uma constanteno livro, não impede que Mai-ler o- considere "um dos cincograndes publicados nos EstadosUnidos nos últimos dez anos".E para essa mesma sujeira,preocupação constante dos cen-sores, Mailer também tem umadefesa:

"Alguma da melhor prosaamericana consta de inscriçõesa lápis encontradas nas pare-des dos reservados para ho-mens. É prosa escrita em osso,gravada com ácido, é a prosa deáspera autenticidade, a viru-lência do criminoso que nuncaencontrou seus muros de pe-dra, a linguagem do ódio semo estorvo do remorso, hesitação,escrúpulo ou complexidade.Burroughs deve ser o maior es-citor de grafitas que até hojeviveu. O seu estilo tem o ím-peto acutilante de uma cnico-tada, e nunca esmorece. Todosos parágrafos são dignos de ei-tação".

Outro ponto a favor deWilliam Borroughs: ele é irre-

versivelmente condenado pelocrítico marxista Sidney Fin-kelstein:

"Este livro parece uma fan-tástica irupção do inconscien-te de um viciado em drogas.Há brutalidade no humor comque descreve como o corpo e amente podem destruir-se a simesmos, fazendo-o com intensi-dade tal que lê-lo torna-se exer-cício masoquista. Os ataquesque faz ao reacionarismo asse-melham-se ao gesto de umacriança pondo a língua parafora ou abrindo a braguilha".

Inédito

Estou falando de um livroda maior importância que nãovai ser publicado no Brasil. Porisso é bom citar opiniõesalheias, pois esta é a melhormaneira de aproximar o leitorbrasileiro da obra. Burroughsfoge inteiramente às classifica-ções aplicáveis mesmo à liiera-tura de vanguarda do nosso sé-culo. Seu livro é sobre um vi-ciado em narcóticos, e sua ron-vivência com a droga transcen-deu o terreno puro das exreri-ências para se transformar msua própria vida, como ele ex-plica num prefácio ao livro, in-titulado Depoimento: testemu-nha sobre uma doença.

"Eu acordei da Doença aos45 anos de idade, calmo, sensa-to e razoavelmente bem de saú-de, exceto por um fígado fra-co e a aparência de carne em-prestada, comum a todos osque sobrevivem à Doença. (...)A Doença é o vício em drogase eu fui um viciado durante

quinze anos. Quando digo vi-ciado, quero dizer viciado emerva (termo genérico para oópio e/ou derivados, incluindotodos os sintéticos, do Demerolao Palfium)".

"Fumei a erva, comi, chei-rei, injetei-a em veia-pele-mús-culo, introduzi-a em supositóriosretais. A agulha não é importan-te. Que você cheire, fume. comaou empurre para dentro de simesmo, o resultado é sempreigual: o vício."

Neste prefácio Burroughsrevela sua posição moralista emrelação à droga. Lembra que "oviciado da rua, que precisa deerva para viver, é o fator in-substituível na equação da er-va", e explica que, por isso, opróprio traficante vive empe-nhado em iniciar um númerocada vez maior de clientes. Mos-tra, a seguir, que foi exatamen-te essa intransigência dos tra-ficantes que o salvou e o levouà Apomorfina: "Arranje aqueledinheiro, ou então..." O últimodinheiro de Burroughs paramais uma dose "ainda não che-gava. E eu não podia pagar. Fi-quei ali, naquela esquina, commeu último cheque na mão ecompreendi que era meu últimocheque. Tomei o próximo aviãopara Londres".

Uma nova experiência foi,então, o tratamento com a Apo-morfina, que age no cerebelo"para regularizar o metabolismoe normalizar a circulação san-güínea, de maneira que o siste-ma enximático do vício seja des-truído depois de um período dequatro ou cinco dias".

— Eu vi o tratamento daApomorfina realmente funcio-nar. Oito dias depois, deixei aenfermaria comendo e dormindonormalmente. Fiquei completa-mente sem a erva por dois anosinteiros, um recorde de dozeanos.

Sim, porque Burroughs nãoficou livre da erva em definiti-vo. Neste mesmo prefácio ele ...'.fala em nove outras curas. Seucaso é tão pessoal, tão único -.-¦que não se pode dizer seja o •'seu Almoço Nu um passo adian- '*te na renovação da linguagem 2romanesca. A desintegração to- -¦tal da linguagem, das seqüên- «cias e situações, o amontoado de 'alucinações que afogam a cada "Xlinha do livro as passagens reais ."— veja-se, logo no início, todaa seqüência da viagem ao Mé-xico —, revela o homem que ;~perdeu o controle de sua mentee de seu corpo: sua volta à erva ¥*foi sempre possível através datentação dos traficantes e de , "ivelhos amigos viciados que eleencontrava em suas constantes ""'peregrinações.

Volto a insistir: Almoço Nunão será publicado no Brasil,pasmem, por burrice dos nos-.sos editores. Por isso, vale lem-brar aos intelectuais que acredi-tam na droga, e aos pobres dia-bos que a consomem, o conse-lho final de Burroughs no pre-fácio deste livro:

"Olhe bem olhe bem atra-vés da estrada da erva antes deviajar até lá e se meter com aTurma Errada... Esta é umapalavra para os espertos."

AGUINALDO SILVA

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CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2.» feira, 17/4/1972" ANEXO ¦"

Villa-Lobos, modernismoe a criatividade musical

LIVROS EM TRÂNSITO

EURICO NOGUEIRA FRANÇA

Villa-Lobos foi o principal nome da música brasileira nasmanifestações da Semana de Arte Moderna de 1922, que

propunha a "denúncia ao convencionalismo artísticode todas as eras e de uma tomada de consciência

de nossa relativa autonomia estética". Neste artigoEurico Nogueira França analisa a importância

da obra cameristica de Villa-Lobos, destacando do planorítmico, "palpitante de vitalidade e fantasia". Um breveresumo biográfico e informações sobre o festival que o

Museu Villa-Lobos promove anualmente completamo artigo do crítico de música erudita do CORREIO DA MANHÃ.

EMPRESTOU-SE

à Semana deArte Moderna, nas comemo-rações cinqüentenárias, o as-

_ „ pecto de denúncia ao conven-cionalismo artístico de todas as erase defuma tomada de consciência danoâa"' relativa autonomia estética.Entre o brado da Independência deD.-Pedro I e o grito de libertaçãolitetária, poética, pictórica, musical,do. Teatro Municipal de S. Paulo, deMário de Andrade, Oswald de Andra-de,"bi'Cavalcantl, Villa-Lobos, decor-reram cem anos. Essas datas hlstórl-cas são evidentemente marcos quecristalizam antigas aspirações e mo-vimehtos e requerem todo um pro-cesso incessante de consolidação. Nos-sa Independência teria que ser con-quistada palmo a palmo e começa adesabrochar nos dias que correm. AculWíiil, nos domínios da música, exi-be toda uma lista de precursores, acomeçar do Século XIX, com Alexan-úre í*vy; mas é com Villa-Lobos,antes e depois da Semana, que .seafirma. E tende a esmorecer, porquea jnúsica, dada a incorporação detécnicas avançadas, se desnaclonaliza,

A diretora do Museu Villa-Lobos,Donp.. Anninda, viúva do compositor,esteve: agora mais uma vez no exté-rior :veriflcando, por melo das grava-ções que se lançam e das programa-ções.que se efetuam, que o renome doauto: das Bachlanas continua á ex-pandir-se. A função do'Museu, alémde centro átivò de informações, é evl-tar que no Brasil a glória de.Villa-Lobçé decline. Por isso, promove todosos anos, no Rio, um festival, em cujoâmbito há uma competição interna-cionái;:-.

*** CONCURSOEm novembro, o festival compre-

endérá o I Concurso Internacional deConjuntos Instrumentais — ano pas-sado^ houve o de violão e, anterior-mente,*o de quartetos — cuja primei-ra e. terceira provas constam, respec-tivamente, de um duo (excluídas assonatas com plano) e de um trio deVlllí-Eôbos (excluídos os trios paraplano, violino e violoncelo). A segun-da prova é dedicada a duos ou triosde .outros autores brasileiros. O prê-mio máximo é de 1.500 dólares, alémaé" medalhas e outros prêmios em dl-nl|elro. Entre todos os gêneros abor-dados por Villa-Lobos, que tem uracatálogo Imenso de obras, as compo-siijões de música de câmara se encon-tram entre as que mais caracterizamo teu gênio. Como o concurso abrangedi(bs e trios, muitas, é claro, escapamao« repertório proposto.

í OBRAS DE CÂMARA! A independência criadora de Villa-

Lobos começa a manifestar-se nos

choros que, em número de quatorze,comportam atada ò chamado ChorosBis que, escrito para violino e vlolon-ceio, tem posição análoga ao Chorosn» 2, para flauta e clarinete. O Cho-ros n' 3 é para clarineta, saxofone,fagote, trombone e coro masculino. OChoros n» 4, para três trompas e trom-boné.

São combinações perfeitamenteexpressivas do ingênito antlacademi-cismo de Villa-Lobos. O primeiro cho-ros é para violão e alguns são obrassinfônicas importantes. Em partiturade menor proporção material — oChoros n» 7 — o tratamento segmen-tado e pollfflnlco do conjunto sugereao ouvinte certa correspondência comvozes humildes do choro popular orl-glnárlo, que está nas origens das Ins-pirações do maestro. O Choros n» 7apresenta soluções rítmicas prodígio-sas, como ,não encontramos exemplona literatura musical moderna, a nãoser em Stravtasky. Nesse admirávelSetlmino, quando entra a percussão,o tanta, a impressão é que o quadrose alarga, pujantemente, e o gênio en-tão se manifesta na sua inteira, gran-deza. Villa-Lobos procede por apro-fundamentos súbitos e Imprevistos damatéria sonora que cria.

NONETOAlém dos dezessete quartetos de

cordas e de numerosas outras incur-soes no território da música de cama-ra, algumas partituras se destacampela maior Importância e origlnaU-dade.

Uma das obras mais justamentefamosas de Villa-Lobos é o Nondío,para flauta, oboé, clarineta, fagote,celesta, harpa, piano e bateria, comcoro misto. Pode-se dizer que suaforça complexa repousa prlnclpalmen-te no plano rítmico, palpitante devitalidade e fantasia.

A própria contribuição enriquece-dora de Villa-Lobos a essa orquestrade câmara, os instrumentos típicosbrasileiros que ele junta à bateriacompleta — a pulta, espécie de tam-bor indígena, reco-recos, chocalhos,

cocos e outros — exercem, naturalmen-te, função rítmica, tanto quanto ade ambientar, de dar à obra aindamaior colorido de brasllldade. Essaseção rítmica, entretanto, por maisnutrida que seja, nfio se hipertrofia,em nenhum Instante. O ritmo do No-neto se afirma antes no seu caminharelástico, livre, impetuoso, na sutlle-za e agilidade com que tudo progrl-de dentro do prlmitivismo dos acen-tos, até o momento em que as vo-zes, cantando sílabas e palavras deaparência indígena, se unem aos ins-trumentos, em um extraordinário tre-cho conclusivo, de espontaneidade edinamismo Irresistíveis.

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f HEITOR VILLA-LOBOS

O trio, para oboé, clarineta e fa-gote, de extraordinária economia demeios, todo construído sobre brevesmotivos antes rítmicos que melódicos,desperta a sorte de interesse de ummundo onde a vida palpita em fa-ses elementares de gestação. A pró-prla graça e esbelteza de traços ágeisde cada um dos três instrumentos,quando ocorrem, nada subtraem àgravidade de atmosfera da música,nem triste, nem alegre, mas de co-movedora profundeza telúrica — algosubmetido a um ritmo interior ine-xorável. exposto nas combinações mu-sicalmente tão atraentes dos timbresde franqueza direta dos instrumentosde sopro.

Liberdade métrica, na mutaçãosucessiva dos compassos, distingueesse trio, como também o quinteto,de sopros — para flauta, oboé, cia-rineta, corne inglês e fagote. Mas,em contraposição ao trio, quem atln-ge a sensibilidade são os múltiploscantos do quinteto, escrito em mo-vimento único, na forma de choro!Entre as várias seções da obra háuma ("Três Lent") que principia porsolo de oboé, de particular beleza me-lódica.

O quarteto, para flauta, oboé, cia-rineta e fagote. não é menos umaobra-prima. Pode-se dizer que reú-ne. aos valores marcadamente for-mais do trio, a expansão melódicado quinteto. E conclui por uma Fu-ga, ou quase uma Fuga, um Fugatodesenvolvido, de Interesse empolgan-te.

TRAÇOS BIOGRÁFICOSVilla-Lobos, nascido a 5 de março

de 1887, em uma casa da Rua Ipl-ranga, nas Laranjeiras, e morto nes-ta cidade em 1959, partiu para o Nor-te. quando adolescente, visitando Es-pirlto Santo. Bahia, Pernambuco.Existe entre nós vasta riqueza folcló-rica. Quem percorre o País, como fezVilla-Lobos, encontra farta messe, deextraordinária diversidade expressi-va — cantos com acompanhamentoinstrumental, danças puramente co-reográficas ou dramáticas, manifes-tações rituais (o candomblé, por exem-pio. com suas diversificações locaisostenta interesse prodigioso), que tan-to atraem o etnólogo e o folclorlstacomo o artista. Foi esse painel es-tupendo que marcou definitivamentea sensibilidade dé Villa-Lobos. A vio-Ia, o frevo, o maracatu, a cantiga decego empolgaram para sempre o fu-turo maestro.

De volta ao Rio, Villa-Lobos. vio-loncellsta e, especialmente, violonistaexímio, pensou em tornar-se músicoprofissional de alto padrão. Por in-termédlo de Agnelo França, profes-sor de Harmonia, entrou para o Ins-tituto Nacional de Música, onde es-tudou com Frederico Nascimento.Mas se revolta contra princípios con-vencionals e abandona o curso. E seaproxima de Francisco Braga, o au-tor do Hino à Bandeira, que, emborativesse formação européia, possuía ovivo sentimento das coisas brasilei-ras.

Abandona o instituto: percorreSão Paulo, Minas, Mato Grosso. Semrecursos, faz-se contratar violinistade uma companhia portuguesa deoperetas e chega a Manaus. Masnão pára. No Ceará, faz amizadecom um rapaz, bom músico e. segun-do parece, cearense mesmo, chama-do Donlzettl, em cuja companhia re-solve percorrer a Amazônia e aden-trar-se pel» região. Surpreende en-tão índios e caboclos e suas músicasc danças completamente novas, deuma virgindade trrandiosa.

Pouco mais tarde, violoncelistaprofissional, tocava em uma orques-tra de cinema da Avenida. A músi-ca era às vezes bem maior atraçãoque o próprio filme. A sala de es-pera do cinema em que Villa-Lobostrabalhava foi ter o pianista Rublns-tein e ao fim da música procurou oautor para cumprimentá-lo: o pró-prlo Villa-Lobos- Mas, na suaexuberância temperamental, fez sen-tir ao grande concertista que ele, naqualidade de vlrtuose, não estava emcondições de compreender uma espé-cie de música nova e verdadelramen-te original como a que acabara deouvir. Na manhã seguinte, entretan-to, estava Rubinstein em seu quartode hotel, quando lhe bateram àporta. Era Villa-Lobos com seus mú-sicos. Vinham improvisar um concer-to. E Rubinstein se tornou dos maio-res impulslonadores da fama nascen-te do compositor.

Presença de Euclydes (III)FRANKLIN DE OLIVEIRA

EUCLYDES

propõe irduos efascinantes problemas a quemo estuda. Por que, por exem-pio, numa época de verbalis-

mo avassalador, ele, que escreveu umlivro vigorosamente aderido ao con-creto, não reagiu ao ludismo verbal,antes, a ele aderiu? Nlo parece umacontradição? Como resolvê-la? É queEuclydes queria dar ao seu livro,como libelo que era, forte forçaatuante, Imediata eficácia prática —um urgente poder operativo. Cavai-gou, então, na sua marcha para oépico e a denúncia viril, o verbalis-mo. Era o meio de que dispunhapara chegar mais rápido ao seu ob-jetivo. Precisava da retórica paraser ouvido. Mas aqui, e nisto queparece uma concessão à linha demenor resistência, interveio a suagrandeza. O seu verbalismo não éenxúndla vocabular; vem picado pe-Ia cantárida do inaudito. Não é overbalismo frouxo, ralo, reles, dequem, não tendo o que dizer, infla-ciona a frase. É pletora substantiva,de quem tem muito a comunicar erevelar e, por força da pressão ex-pressiva, quer a frase numerosamen-te oceânica, e acidentada como umacordilheira. Para obtê-la, ora sub-mete-se aos padrões clássicos, revi-ve arcaísmos e priscos giros sinta-ticos, ora subverte aqueles padrões,mergulha na íorjatura dos neologis-mos, movido pelo Ímpeto agônico deinovar, renovar, revoluclonarlzar.Lê-lo, em voz alta. é fazer exercíciode ortafonia.

É verdade que o caminho estills-tico que Euclydes trilhou já haviasido aberto desde 1887. Abriu-o umgrande, soberbo desbravador solitá-rio: Raul Pompéia. Toda a tessituraestilística de Os Sertões está in nu-ce em O Ateneu, também livro deacusação, libelo, rude denúncia. Anervosidade da frase, a dicção in-quieta, o frêmito expressivo, o amorexasperado pelos valores plásticos,o quente sensualismo da visualida-de, o gosto da prosa arquitetônica,a pfedominância do timbre metálicona orquestração das vozes, a volú-pia da cor, o senso erótico, tátll, dodesenho, a propensão para o escul-tural, a paixão pelo denso, o com-pacto, o crispado e o convulso, quetanto caracterizam a prosa de Eu-clydes, inclusive a qualidade daemoção — sempre ardente —, todosesses valores já estavam presentesna prosa magnética de Raul Pom-péia. E não só esses estllemas. Tam-bém a convicção de que o escritortem um compromisso social e umdever político — um desempenhosociallzante e socializador. A denún-cia que Raul Pompéia faz em OAteneu, do sistema educacional desua época, fundado no privilégio dariqueza, e do colégio como uma jau-Ia, verdadeiro universo concentracio-nário — concepção enfatizada no be-lo estudo que Ledo Ivo dedicou aoromancista —, tem a mesma inspira-ção e o mesmo sentido social do li-belo articulado em Os Sertões. Mas,voltando ao problema literário: sobcertos aspectos Pompéia foi maisrico, mais versátil e dúctil. Ele eradono de virtudes que Euclydes nãopossuía: o senso da fluidez vocabu-lar, a noção do matriz, da nuança,dos meios-tons. Era marcial comoEuclydes. Sinfônico, como Euclydes.Mas também sabia manejar a técni-ca camarística, o universo verbal dadelicadeza, enquanto Euclydes mo-via-se apenas no universo da ener-gia.

Também do ponto de vista dasidéias, Pompéia levou certas vants-gens sobre Euclydes: talvez porquenão estivesse muito amarrado aocientificlsmo de engenheiro, à con-cepção mecaniclsta do flsicalismosocial e ainda porque não fira en-leiado nas teias do positivismo, doevoluclonismo spenceriano e do dar-winismo social. Pense-se que, em OAteneu, Pompéia antecipou a sexo-logia de Freud, e que, numa páginaantológica — Tílhuri de Praça —,antecipou o monólogo Interior e ofluxo de consciência, técnicas queiriam fazer a grandeza do Ulisses,de Joyce.

A dicotomia fundamental dasociedade brasileira, que Euclydesformulou em termos geográficos(sertão versus litoral), Pompéiasoube vê-la na sua perspectiva cor-reta, a qual aliás já havia sido esta-belecida, pioneiramente, pela intui-ção genial de João Francisco Lis-boa, que nos viu como um povo desenhores e escravos. Mas, dentre osmúltiplos traços comuns a Os Ser-toes e a O Ateneu, há um queegregiamente os identifica. É a apo-logia que em ambos se faz da bra-vura como virtude suprema. É comesta apologia que Pompéia abre OAteneu: "Vais encontrar o mundo.Coragem para a luta." E ela per-passa toda a parte de Os Sertõessobre a luta em Canudos.

Em Campanha, Minas, quandoali esteve, Euclydes entrou em con-tato com idéias sociais que poderiamter tornado mais clara a sua visãodo Brasil. Em São José do Rio Par-do renovou esses contatos. Porémnão se utilizou desse repertório con-ceitual na elaboração de Os Sertões.Ele só transparece na página UmVelho Problema, de Contrastes eConfrontos. E se Insinua em algu-

^^ÊKÊm^mmm^ 'vèBMè

mas passagens dos ensaios amazôni-cos. Talvez a não-utilização daquelerepertório ilumine os desvios e ascontradições teóricas de Euclydes.Este é um dos problemas — o daevolução intelectual de Euclydes —ainda não suficientemente estuda-do. Tentou-o Rui Facó. Até agora,a melhor contribuição existente,nesse sentido, é a de Clóvis Moura.O tema, contudo, continua em aber-to. Assim tem acontecido porque èmrelação a Euclydes — como, de res-to, a todos os nossos grandes escri-tores — há mais apologia do quecrítica. E também porque se temdado ênfase maior, quase exclusiva,à análise de sua prosa imperial. Nósmesmos com ela já nos preocupa-mos em dois ensaios de A FantasiaExata, nos quais, com apoio nos mé-todos formalísticos, procuramos des-vendar a íenomenologia da compo-sição literária euclydiana.E, em outro ensaio do mesmo livro,tentamos resolver um dós maioresproblemas que Os Sertões apresen-ta — que espécie de livro é ele?

José Veríssimo o classificou deficção. E João Ribeiro, de romance.Recentemente Afrânio Coutinho vol-tou a defini-lo como obra de ficção,acrescentando que Os Sertões per-tence à mesma família de Guerra ePaz, de Tolstói, família que descen-de da Ilíada. Afrânio Coutinho jus-tifica a sua classificação, invocandoos valores e lavores literários quepermeiam a estrutura de Os Ser-toes. Mas deve-se, só por causa desua alta literalidade, concluir-se queo livro é obra de ficção? Ou com-pará-lo a um romance? E quantosgrandes romances existem que, sen-do grandes obras de ficção, não che-gam a ser um universo literário? Equantos grandes romancistas há,carentes de forma literária?

O romance tem suas leis tectõ-nicas próprias. Possui compleiçãoque não é a de Os Sertões. Eis por-que, ainda num ensaio de A Fanta-sia Exata, lembrei que a melhor de-finição que me parece ajustar-se aolivro de Euclydes é a que HeumutHatzfeld deu ao Qulxote: Obra deArte da Linguagem. Mas, de mimpara comigo mesmo, penso que es-sa definição é tão imprecisa e insu-ficiente quanto as que classificamOs Sertões como romance ou obrade ficção. Tem apenas o mérito deaproximar-se mais da verdade.Quer dizer, então, que estamos di-ante de um problema sem solução?E do problema fundamental, qualseja o de dizer o que Os Sertões é?Se não podemos dizer o que ele é,tocar a sua ontologia, como podere-mos chegar a resultados corretos,inclusive na análise de seus aspec-tos estruturais? Se não podemos de-finir a coisa que ele é, resolver estaquestão central, todas as outrasquestões que o livro suscita tornam-se periféricas.

Eis, talvez, o mais sedutor pro-blema que Euclydes propõe à nossaargúcia. Estou certo de que não oresolveremos enquanto nos mantiver-mos prisioneiros dos padrões literá-rios clássicos. Razão tinha Leibnizquando falava da imensa sutileza dascoisas. Mas aquela solução se impõe.É dever do critico procurá-la.

Se pensarmos na literatura lati-no-amerlcana, verificaremos que osseus livros consulares, aqueles quea representam em dignidade e gran-deza, são rebeldes à canonização dosgêneros. É ver Facundo, de Sarmien-to, e reregrinación de Luz dei Dia,de Alberdl, na Argentina; Memóriasde un Venezlano de Ia Decadência,de José Rafael Pocaterra, na Vene-zuela; os Capítulos Que se Olvidarama Cervantes, de Juan Montalvo, noEquador; a tetralogla do UlissesCrioulo, de José Vasconcelos, no Mé-xico; Raza de Bronce, de AlcidesArguedas, e Nayjama, de FernandoDiez Medina, na Bolívia; as Tradi-ciones Peruanas, de Ricardo Palma,e os Sietes Ensayos, de Marlátegi,no Peru; e o que de fundamental fi-cou de Marti, Hostos, Varona cGonzález Prada, entre os grandes denuestra America. E, no Brasil, CasaGrande & Senzala, de Gilberto Frey-

EUCLYDES DA CUNHA

re. Esses livros — livros plenlpoten-ciários da América — constituem,integram, participam, elaboram umgênero literário até então inexlsten-te em qualquer outra literatura doOcidente — um gênero tipicamentecontinental, genuinamente latino-americano. Gênero que não partlci-pa da ficção, apesar do Interesse romãnesco; que não é só obra de arte da Un-guagem, apesar da tessitura estills-tica; e que não compartilha só danatureza do ensaio, Inobstante lidecom idéias. Ê um gênero autônomo.E temos de admiti-lo como gêneronovo, na ordem da criação mental,pois, como observou o crítico húnga-ro Janos Hanklss, atada não terml-nou o processo de formação dos gê-neros literários. Provavelmente nãoterminará nunca. í; a esse gênero sulgeneris que pertence Os Sertões. Gê-nero que Euclydes ajudou a fundar.Não chegou a ele — é preciso frisar— como simples epígono.

No decorrer da década de 1880 onaturalismo entrara em declínio. Sur-gira o impresslonlsmo: valorização dacor, ênfase nos efeitos tonais, asemoções, impressões e sensações pre-ponderando na elaboração artística.Em vez das coisas, a sensação dascoisas. Na literatura, a chamada es-criture artiste. Como em O Ateneu.E também como em Os Sertões, on-de a visualidade é um dos grandescomponentes estruturais do livro. On-de as sensações que as coisas dei-xaram em Euclydes gritam mais altoque as próprias coisas. Gilberto Frey-re observou exato: "A paisagem quetransborda de Os Sertões é aquelaque a personalidade de Euclydes daCunha precisou exagerar paracompletar-se e exprlmlr-se nela: pa-ra afirmar-se." Mais exato ainda, emais preciso, disse João GuimarãesRosa: "Todavia, foi Euclydes quemtirou à luz o vaqueiro, eni primeiroplano e como o essencial do quadro— não mais mero paisagístico, masecológico —, onde ele exerce a suaexistência e pelas suas próprias di-mensões funcionais sobressai. Em OsSertões, o mestiço limpo adestradona guarda dos bovinos assomou, ta-teiro, e ocupou em relevo o centrodo livro, como se de sua superfície,já estatuado, dissesse de se despren-der. E as páginas, essas, rodaramvoz, ensinando-nos o vaqueiro, suaestampa intensa, seu código e cur-rículo, sua humanidade, sua históriarude." Sim, Os Sertões é Isto: nãoé livro escrito à pena, mas com fer-rão — a lança dos vaqueiros arpoan-do a frase, fazendo sangrar as pala-vrai.

Épica ó a sua estrutura. De epo-péia a cena das cargas de cavalaria,nas encostas da serra de Cocorobó;épica a fuga das tropas de MoreiraCésar. De heróico passando ao ma-cabro, as cenas dos animais mortos,dos homens tombando despedaçados.Épico o alteio das frases erguidasem trovão de comando. Modeladascom matéria Ignea as efígies de Pa-jeú, Lalau, Pedrão, João Abade. Es-tevão, João Grande, Joaquim Tran-ca Pés, Chico Ema, Macamblra, NI-colau Manga, André Jibóia. Encrava-se no trágico o perfil do homem in-completo — Moreira César —, o ho-mem que a natureza deixou "nacaba-do e, por isto, oscila entr. o heróie o verdugo. De epopéia, a movi-mentação das grandes massas huma-nas, a dinâmica da frase em ritmo decavalgada, saltos e freadas de cen-tauros galgando escarpas. Acentua-ção enérgica, estilo cortante, dizerconciso, lacedemonicamente lacônicopor vezes — fala Incoagulável, cor-rendo em torrentes, catadupas.

E assim, postos no caminho po-lêmico da epopéia, sua direção ho-mérica, voltamos, mas por outros mo-tivos, ao símile com Tolstói: se emGuerra c Paz é como se a própriavida falasse, em Os Sertões é o Bra-sil pulsando, palpitante e acusató-rio. Livro, portanto, que só poderiaser escrito não apenas por um escri-tor. ainda que grande, mas por umgrande homem que fosse grande es-crltor: um artista nutrido de lntré-pida grandeza humana.

REMESSA DE LIVROS: AVENI-DA BARTOLOMEU MITRE, 410/303.LEBLON — Rio — Guanabara.

ANEXO CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2.» feira, 17/4/1972

LITERATURAÉrico: a volta

de um velho senhormuito digno

Ao escrever Guerra e Paz, Tolstói, com sua intuição genial, estabe-leceu o padrão para o julgamento do romance histórico legitimo, isto é,uma cbra que visa interpretar, em termos flecionais, um determinadoperíodo ou íato histórico, sem cair na mera reportagem, reconstltuiçãode época ou crônica de costumes ou histórica — e principalmente sempreocupações patriotelras e sem construir ridículos super-homens comoos do Sr. Alexandre Herculano.

O que interessa ao romancista, basicamente, é a análise do com-portamento de seres humanos colocados em situações mais ou menoslimites; o resto é apenas exposição do ambiente, pano de fundo, queevidentemente nem por isso deve ser subestimado.

Um exemplo desse delicado equilíbrio entre história e ficção é oDon Silencioso, de Mlkhail Cholocov, que infelizmente parece ter esgo-tado todo o seu talento neste romance, uma vez que seus outros livrossão muito fracos, talvez pela preocupação de propaganda política outro fator que tem prejudicado muitos bons romancistas.

No Brasil, temos dois exemplos que podem ilustrar este ponto: atrilogi?. O Tempo e o Vento, de Érico Veríssimo, e Quarup, de AntônioCalado. Sem entrar no mérito destes livros como documentos impor-tantes dentro da vida cultural brasileira, não há dúvida de que, comoromnííce, O Tempo c o Vento é superior. Nele os eventos históricos,o cenário, a reconstltuição jamais passam à frente dos personagens, •enquanto em Quarup — que pode ser muito mais importante e oportunoem termos absolutos — o romance cede o passo à reportagem, perdendoa obra seu objetivo básico, que é precisamente ser romance.

Ora, o romance, como forma de expressão literária por excelênciado i-enodo burguês da história, é extremamente individualista. Segundouma ce suas definições mais acuradas, é o retrato de um ou algunsindivíduos em conflito com a sociedade, e nunca o contrário o queseria talvez história.

E, agora, é o mesmo Érico Veríssimo que, com Incidente em Anta-res, lançado recentemente pe.a Editora Globo, vem mais uma vez provarque se pode retratar um determinado histórico sem cair nas armadilhasà espera dos que se aventuram por esses caminhos. E o romancista vaimais longe ainda: dá provas de extremo domínio da técnica do romance,acrescentando com êxito a esse frágil equilíbrio o elemento perigosoda aiegoria.

Neste último livro, o velho Erlco construiu uma verdadeira fábula,no melhor sentido desta expressão: numa sexta-feira, 13 de dezembrode 1963, numa cidadezinha Imaginária do Rio Grande do Sul, fronteiracom a Argentina, sete cadáveres insepultos, por causa de uma greve,levantam-se e vão para a praça principal — apodrecendo, acompanha-dos por urubus e ratos — denunciar os "podres" das chamadas "pessoasgradas" locais. O "incidente" envolve pessoas cujos crimes e misériashorrorizam não só a população de Antares, mas o próprio leitor, e quesão ieirenhas defensoras das tradições e inimigas do regime.

rrico Veríssimo não tenta fazer literatura fantástica, ficção-clen-tífica. nada; não dá explicações para o fenômeno, nem parece interes-sar-se por isso. Seu objetivo é outro. Mas embora o romance, assim,corresse o risco de se transformar no que, em farmácia, se chama deqs.p. (quantidade suficiente para, isto é, mero veículo), contendo amensagem, o autor é experiente demais para perder o sentido do queestá fazendo, ou seja, um romance.

Usando deliberada e seguramente a técnica da fábula, o roman-cista ignora solenemente o conselho de Henry James (um escritor ruim,apesar da fama), de que o escritor pode fazer o leitor acreditar emqualquer coisa que ele escreva, por mais fantástica que seja, contantoque construa personagens convincentes — um conselho que o próprioJames parece não ter sabido aproveitar. O máximo a que o autorchega, à guisa de explicação, é fornecer as interpretações que o "inciden-te" teria tido ha imprensa mundial."O Times, de Londres, noticiou em dez ou doze linhas que os habi-tantes duma pequena cidade do Sul do Brasil, à beira dum grande rio,alegavam ter visto sete mortos erguerem-se de seus esquifes e desce-rem çara a praça central do lugar. O jornal interpretou o fato comosendo um hoax (mistificação). Já o Ashashi Shinbun, de Tóquio, noti-ciando a mesma ocorrência, classificou-a como um caso de alucinaçãocoletiva. (...) Um jornal de Berlim Ocidental narrou a "anedota" comoum exemplo de humor negro. Já na Alemanha Oriental, a estória foiapresentada como uma alegoria ao "apodrecimento da sociedade bur-guesa". Os periódicos de Atenas nada publicaram..."

No Incidente em Antares, o leitor de Érico Veríssimo não encontra,também, maiores novidades: é a mesma mitologia verisslmlana. Entre-tanto, pode-se pensar em tudo, a respeito deste livro, menos em repeti-ção, em dejó vu. (Aliás, esta é Inclusive uma característica de muitosgrandes autores — a obsessão e exploração ad infinitum de certos temase personagens, sempre renovadas, sem cansar o leitor. Os grandestemas de Dostoiévski, em seus últimos livros, já estão presentes noprimeiro, Pobre Geníe. Pavese escreveu quase uma dezena de roman-ces sobre os mesmos temas, quase os mesmos personagens.) Desta vez,tudo gira em torno da alegoria, e os personagens são realmente os per-sonagens adequados a uma alegoria, indo do extremo da comédia ao datragédia, com passagens pelo drama.

Quando do lançamento da penúltima obra de Veríssimo, o Prisio-neiro, um debüoide a quem alguém cometeu a maldade de dizer quepodia comentar livros escreveu que era um "vexame" andar com umromance desse autor debaixo do braço — por aí já se vê o padrão dejulgamento desse "critico". Ora, nada há de mais justo que uma gera-ção literária opor-se à que a precedeu — afinal, é isto que constituia renovação e que move a história — mas, puxa, depois da geração deÉrico Veríssimo, que é a mesma de Jorge Amado — outra vítima dessesataques —, já se sucederam inúmeras outras, e eles, por assim dizer,voltaiam a ser atuais.

Na verdade, a crítica abusiva em relação a esses dois grandes auto-res brasileiros tornou-se algo como uma moda, inteiramente anacrônica,e causada porque eles reincidem num crime intolerável para essa elite'de retardados: são populares, escrevem para ser lidos.

Com Incidente em Antares, o velho Érico vem provar mais umavez que é um dos grandes escritores do Brasil na atualidade, pois acabade publicar, sem sombra de dúvida, possivelmente o melhor romanceaqui escrito nos últimos dez anos, dando, além disso, uma grande liçãode dignidade humana. E é de duvidar muito que os que se sentem"vexados" por andarem com seus livros debaixo do braço, coroem suasvldinhas d*- modo tão brilhante.

Érico Veríssimo não tem pretensões a gênio e se define, humilde-mente, como um mero contador de estórias. Isto não é verdade, mas,mesmo que fosse, seria o caso de dizer que acontece com ele o queacentece com determinados pintores inicialmente considerados primitl-vos, e que terminam criando obras que nada têm de "primitivas".

MARCOS SANTARRITA

Modernismo revisitado

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SEMANA DE ARTE Moder-na, que completa agora cin-qüenta anos de lançamento,continua, por incrível que

pareça, a motivar os mesmos arra-zoados jornalísticos e as mesmascompilações históricas, de quando foicomemorado o modernismo brasilei-ro na década de quarenta, cinqüen-ta e sessenta. Há mesmo algumaspessoas que se consagraram como"repórteres do modernismo" e ain-da hoje pastam nas futricas pessoaisde Mário de Andrade e Oswald deAndrade, sem falar nas "musas"inspiradoras do movimento e numatal de garçorciére de Oswald, ondedevem ter ocorrido "balanços" sen-saclonais.

Mas esta verdadeira obsessãohistórica e fortuita não é privativade jornais ou revistas; os livros so-bre o nosso modernismo, com rarasexceções, são um desastre e repe-tem sempre o anterior, numa cadén-cia vexatória e primária. Cinqüen-ta anos já dão uma perspectiva bas-tante ampla e sólida para que nos-sos críticos literários entrem em ação,a fim de afastar, de uma literaturaque tem vivido de cronologias, esseshistoriadores que insistem em ma-mar a teta ressequida de um cada-ver há muito sepulto. O modernis-mo morreu como movimento literá-rio,_ do ponto de vista histórico, eestá vivo e completo e bastante sig-nificativo, como movimento, do pon-to de vista estético. Há obras repre-sentativas, definidas, e não apenasnomes que berraram suas platafor-mas na Semana demolidora.

É verdade que o modernismobrasileiro foi uma "corrida" poruma atualização (histórica) literá-ria das novas formas estéticas, jávigentes noutros países, mas com umespírito aberto e inteligente para asituação cultural do Brasil — lín-gua e concepção artística já não su-priam as nossas necessidades no sé-culo semi-acordado, e não é por aca-so que as raízes estéticas do moder-nismo brasileiro estejam há dez oumais anos da Semana. E exa-tamente em dois escritores qw; sesituam ou foram "Incluídos" no mo-dernismo por um "acidente" crono-lógico e que nunca fizeram de suaatuação um programa modernista.

Adelino Magalhães e ManuelBandeira vieram de 1916 e 1917,sendo que o último ganhou o apelidode "São JoSo Batista do Modernis-mo" e o primeiro, com uma obra deficção madura e renovadora, aindahoje não "entra" nas histórias lite-rárias do modernismo. Exemplo daomissão: O Modernismo, de WilsonMartins, 2.a edição, 1967. E o autordesenterra nomes sem nenhuma im-portância literária, como o de PlínioSalgado. E há ainda a omissão la-mentável de Cornélio Penna, cultorde uma linguagem criadora, da 11-nhagem intimista de Machado de As-sis. Também na antologia de Antô-nio Cândido e J. Aderaldo Castelo(Presença da Literatura Brasileira

— três volumes), o nome de AdelinoMagalhães foi omitido.

Como vimos, mesmo a perspecti-va histórica do modernismo deixa deregistrar alguns nomes importantesem troca de outros, cuja obra hojenão "existe" e na realidade nada ''acrescentou ao nosso acervo criador,como no caso de Menotti dei Plcchiae Ronald de Carvalho. Não Importaque um Guilherme de Almeida ven-da "bem" sua poesia, o que importaé que sua obra não "fala" ao presen-te e nem seu artesanato exemplar se-rá capaz de impulsionar sua obra pa-ra o conhecimento das novas gera-ções.

O balanço crítico do modernismo,passados cinqüenta pnos, ainda estápor ser feito, devido a esta feiçãohistoriclsta que tem marcado o mo-vimento e seus divulgadores- DasIdéias e das contradições estéticassabe-se muito pouco. O que se temvisto, de preferência, é o lado políti-co ou mesmo social envolvendo e to-mando conta do modernismo: a par-ticipação política ou religiosa de Os-wald de Andrade em detrimento desua obra, multifária, cheia de desní-veis e de grandes qualidades. Foi pre-ciso que um crítico (este crítico li-terário e não historiador) da gera-ção de 56, Haroldo de Campos, sur-glsse para colocar a obra de Oswaldno seu devido lugar. Mas outros au-tores não tiveram a mesma sorte.

É evidente que escolhendo umadata política, 1922, os lançadores domodernismo estavam incorrendo, maisuma vez, num vezo historiclsta da li-teratura brasileira; marcar os mo-vimentos literários com uma data desentido nacional, certos estavam deque o movimento teria que ter umcunho nativista. Daí, talvez, a Impor-tancla política ainda hoje dada aomovimento, o que sem dúvida relegaa segundo plano as obras de criarãomais importantes.

O que também não se tem dadoimportância, até hoje, é à posiçãocrítica do modernismo — o espíritocombativo não circunstancialmentepolêmico, mas o que encarava, pelaprimeira vez na literatura brasilei-ra, a reflexão estética como um pro-grama, uma base, para sustentar oímpeto renovador e de procura denovas formas.

Foi, verdadeiramente, o primeiromovimento literário que não se dete-ve na pura ação de criticar os mo-vimentos anteriores, foi mais além,foi à reflexão crítica, aspecto um tan-to inédito de uma literatura que temvivido de nomes e acontecimentoshistóricos. Os escritores de 22, pelomenos alguns, não eram demolldorespelo simples íato de derrubar calo-

res consagrados; mas demolldorescom a consciência de repor algo nolugar da destruição — o fim propôs-to era a construção de uma obra querepresentasse o movimento e fosse aomesmo tempo permanente. O próprioMário de Andrade, cuja vida já íoiremexida demais pelas suas "viúvas",com um certo sentimento de auto-sacrifício e de autocrítica, lamenta-va que tivesse de sacrificar um pou-co a sua ficção em proveito de umaatividade mais proselitista, mas elepróprio "pensou" a arte, num paisem que pensar é um parto por de-mais doloroso.

POSIÇÃO CRITICAÉ lamentável que o modernismo

brasileiro não tenha tido, até hoje,uma crítica literária minuciosa, ob-jetiva, que separasse os valores es-téticos dos simplesmente circunstan-ciais, cronológicos ou históricos. Co-mo a crítica brasileira ainda se exer-cia no "rodapé", o que temos hoje,por exemplo, de "retrato" mais ob-jetivo, embora às vezes jornalísti-co e passageiro, é a crítica de Ál-varo Lins que, começando a escre-ver pelo final da década de 30. játinha uma certa perspectiva dos au-tores da fase de 22. Mas sua ativl-dade é ainda de ação crítica, comum pensamento ao nível da obrarealizada, nunca ao suposto sentidoestético que pudesse norteá-la ou fi-liá-la a uma reflexão, que sem dú-vida — embora não muito clara àsvezes — vinha da posição de Márioe Oswald.

Então chegamos ao ponto cru-ciai: autores de um lado, nomes,"grandes" nomes, e algumas obrasisoladas que a critica militante iaregistrando ao sabor da atividadeeditorial. O modernismo ficava, as-sim. como dividido em dois: o mo-vimento histórico, que um Léo Vas(81 anos) ainda hoje diz que nãoexiste, e algumas obrar que foramconstruídas quase que só para jus-ti ficar a nova posição assumida. Maso que "une" . o modernismo comomovimento estético importante é aposição crítica de Mário e Oswaldque souberam pensar pelos outros.

A pergunta inicial é se existeuma "estética modernista", ou pe-lo menos um pensamento centrali-zador. A idéia geral de renovação,a todo transe, ainda não se confi-gura como uma posição reflexivaválida — é bom insistir que nãotínhamos uma tradição estética nas-cida em função de nossa cultura eque só com o modernismo se em-preendeu uma "saída" neste senti-do, mas, mesmo assim, era aindauma "estética" muito arraigada àsposições ideológicas pessoais. Mas játínhamos idéias, algumas próprias,outras de importação, o oue não éde estranhar, pois ainda hoje nossamelhor critica literária sofre dos"modismos" das ideologias alieníee-nas.

Pàrecc-nos que foi Mário deAndrade o pensador-cataüzador domovimento, embora às vezes nos pos-sa parecer Oswald de Andrade mais"inteligente", mais participante dosproblemas — principalmente sociaia— de sua época, o que iria, até cer-w ponto, marcar sua obra, mas nãoinfluir decididamente sobre elajMário de Andrade é um tiporaro de escritor, que atua, levaa frente, constrói, retifica, é lídere "consciência central» de uma ee-ração, à revelia do que possam pen-sar dele e de sua atuação. Ele é ocriador como artista e o condutor desua geração como consciência vivados problemas que ela enfrenta, e axa iludfr5.30 peda*°8,ca nã0 nos dei-

Ele tinha consciência de que nãopoderia criar uma estética do mo-dernismo, mas que era preciso teruma diretriz estética, um ponto íi-xo a se agarrar. Não queria "eleger"uma determinada estética — como évezo hoje de nossa crítica literária—. mas que o artista tivesse conscl-encia dos valores criativos comosubstância orgânica de sua vida e deseu tempo: a pesquisa e sempre apesquisa seria a sua diretriz, daílutar por uma liberdade total do ar-tlsta. E pensou sozinho ao tentar de-íinir e situar o fenômeno criador:"O homem peloa sentidos recebe asensação. Conforme o grau de re-ceptividade e de sensibilidade pro-dutiva sente, sem que nisso entre amínima parcela de inteligência, anecessidade de expressar a sensaçãorecebida por meio do gesto. A estanecessidade de expressão — incons-ciente, verdadeiro ato reflexo —junta-se a necessidade de comunica-ção de ser para ser, tendente a re-criar no espectador uma comoçãoanáloga à do que a sentiu primeiro."E mais adiante, onde se aproximacm parte do sentido lúdico da arte.presente nas reflexões de Oswald deAndrade: "Num lazer (e é muitoprovável que largos fossem os laze-res nos temipos primitivos), o ho-mem. por necessidade de ação, re-memora os gestos e os reconstróiBriirca. Porém, critica esses gestose procura realizá-los agora de ma-neira mais expressiva, quer porqueo sentimento do belo seja intuitivo,quer porque o tenha adquirido peloamor e pela contemplação das cokasnaturais _ de maneira mais agrada-vel." (A Escrava que não é Isaura.)

Este sentimento do belo em Má-rio de Andrade está. intrinsecamen-te. ligado à idéia de forma e esta àidéia de técnica, pois não admitia oescritor que uma obra não fosse atécnica do fazer e do renovar.

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Em seu ensaio, A Crise da Filo-sofia Messiânica, está a concepção cs-tética de Oswald de Andrade, já des-ligada de algumas "intencionalidades"políticas. Ele vê na arte uma "cons-tante lúdica" e "o homem é um anl-mal que vive entre dois grandes brin-quedos — o Amor onde ganha, aMorte onde perde. Por isso, inventouas artes plásticas, a poesia, a dança,a música, o teatro, o circo e, enfim, ocinema. Ainda uma vez hoje se pro-cura justificar politicamente as artes,dirigi-las, oprimi-las, fazê-las umacausa ou uma razão de Estado. Éinútil. A arte livre, brinco e proble-ma emotivo, ressurgirá sempre por-que sua última motivação reside nosarcanos da alma lúdica".

E ainda em relação à "utilidade"da arte. há um ponto de encontrocom as idéias de Mario de Andrade.Enquanto para este a "função" docriar é útil e necessária, para Oswalda arte é uma «forma de explicar" a'vida e por isso mesmo capaz de orien-tá-la, e não está arraigada a nenhumsistema, seja filosófico ou social.

Esta soma de idéias gerais, deMario e Oswald, é o que dá a posi-ção crítica e estética do modernismo,com o estofo de uma "redução" na-cionalista, local, coloquial, preocupa-ção constante de uma literatura queesteve sempre à sombra do colônia-lismo.

Tratando-se de um movimentoque surgia de uma estagnação —parnasianismo/slmbolismo — é claroque alguns escritores em atividadeestavam ligados a estas "escolas" ouainda sofrendo sua forte influência.Os mais conscientes se desligaramlogo e trataram de se "alinhar" àcorrente nova e o nome de algunsacompanha mesmo um esforço de re-novação através destes 50 anos, quemudaram completamente a face e amentalidade da literatura brasileira.

Estamos a nos lembrar de trêsnomes, pelo menos, que trazem todaa "história" do modernismo: ManuelBandeira, Cassiano Ricardo e EdgarBraga, este último um poeta sabotadopelos historiadores, assim como temsido sabotado o flccionlsta AdelinoMagalhães. Edgar Braga veio do par-naslanismo e simbolismo e hoje fazuma poesia gráfica/concreta das maisinventivas. E não precisamos tam-bém falar nas "atualidades" criado-ras de Manuel Bandeira e do aindahoje vivo e produtivo Cassiano Ri-cardo.

O modernismo brasileiro, de mo-do geral, se apresenta como um mo-vimento feito por poetas e as anto-logias e histórias do movimento giramsempre em torno de poetas. Daí tal-vez a omissão de Adelino Magalhãese o quase esqueolmento de Antônio doAlcântara Machado, dois renovadoresda prosa de ficção. O último elevouum dos grandes ideais do modernis-mo — a consecução de uma língua-gem nossa, que aproveitasse os ma-tizes da "língua brasileira" — a umplano de criação pouco alcançadopor outros flcclonistas. Isso sem falarda prosa de ficção de Oswald e Ma-rio, que quase sempre só aparecemcomo poetas.

Jorge de Lima e Cecília Meirelessão dois nomes que tiveram suas "raí-zes" antes do modernismo, e os dois,dentro de uma evolução bastante pes-soai, jamais "empolgaram" suas pro-duções com os experimeníalismos domovimento, sem, no entanto, deixarde impregná-las de uma marca nado-nal, situação e mensagem de seu tem-po. Cecília mesma extrapolaria umgrupo "revisionista" do modernismo,de lamentável volta a um neoclas-sicismo" bisonho.

Oito ou dez anos após a Sema-na de Arte Moderna, começavam asurgir escritores, poetas e roman-clstas que, se não participaram dofogo cruzado dos debates, iriam serinfluenciados pelo movimento: ai-guns influenciados pela bandeiramais divulgada do modernismo e qued!aleticamente levantava todo umconceito de liberdade de criar: auto-nomia política e autonomia nacio-nal. Havia um "sistema" de valoresno ar, que iria propiciar o surglmen-to do chamado romance do Nordcs-te, com toda a sua implicação socialdeterlorante.

Máriollllilllii de

Andrade:criadorcomo

JP&fo^, artistalllllllll € O

M condutordesuageraçãocomoconsciênciavivadosproblemasqueelaenfrenta— opensadordomodernismode1922.

José Lins do Rego e GracilianoRamos, dois antípodas quanto à for-ma, delineiam um tipo de ficção "no-va" que se instaurava no País, paraque o surto renovador da poesia nãoficasse praticamente solitário. Um"primitivo" e um cultor da forma,ambos integrados numa mesma men-talidade criativa, formariam mesmoa base de um romance nacional, deperspectiva social e documentalmuito além do simples panfleto. Al-cunhado de "regionalista" — umtermo sociológico —, o romance doNordeste, que veio antes com JoséAmérico de Almeida e depois commuitos outros, é ainda a manifesta-ção artística mais autêntica, uma"forma de explicar" a vida, comoqueria Oswald de Andrade.

Um poeta, ainda, que penna-neceria dentro das "constantes" domodernismo e que o extrapolaria emexperiências mais libertas, CarlosDrummond de Andrade, poderia serapontado, hoje, como a sumo idealde uma poesia criadora, nova e bra-sileira, e com ele "termina" a fasepoética do modernismo. Drummonddeitou raízes e sombras, e ainda hojealguns poetas jovens carregam a suadura e talvez não mais eficaz influ-ência. João Cabral de Melo Neto(como Cecília extrapolaria o grupoFesía) se "desligaria" do modernis-mo por uma pesquisa que, se nãoíugia a algumas constantes do mo-vimento, formalmente já se distan-ciava de seus preceitos. Ele é o "an-tecedente" e o "precursor" de umanova literatura, cujo marco estéti-co é o ano de 1956, quando foi Ian-cada a poesia concreta e o GrandeSertão: Veredas.

Ainda podemos apontar outropoeta — não tanto do "primeiro tem-po" — que está enquadrado dentrodo modernismo: Murilo Mendes. Eé citado aqui porque tem uma obradefinida, pessoal, livre dos chavõesdo próprio grupo modernista, e quetambém deitou sombra a alguns pas-santes privilegiados.

Cornélio Penna, de quem já fa-Íamos e que estaria também numgrupo semi-sabotado do modernismo— pela obsessão histórica dos pró-prios "críticos" —, seria o paralelourbano e intimista do romance doNordeste: de formação outra, numplano mais transcendente do que so-ciai, Cornélio Penna, em termos deforma e elaboração literária, seria oque Graciliano Ramos foi em rela-ção a seus pares nordestinos, no quediz respeito a uma outra linhagemdo romance moderno brasileiro: ade linhagem machadiana, ae "raiz"clássica. Os nomes definidos desta"corrente" são pouquíssimos, e tal-vez se devam apontar os de Cyro dosAnjos e Lúcio Cardoso, sem esque-cer Amando Fontes, que seria o"pendant" nordestino do romanceurbano.

E por fim o Vinícius de Moraesdos poemas mais livres e das can-ções mais Inventivas no plano sim-bólico: erotismo e romantismo estãosempre de mãos dadas, mas a linha-gem coloquial de sua produção o in-tegra no modernismo como persona-lidade marcante.

É evidente que alguns nomes,hoje consagrados pela importânciade sua obra, não poderiam ser arro-lados ao movimento modernista, poissuas vincilações estéticas são outrase uma delas, a ligada ao realismo,já foi ultrapassada em proveito deum "clima" mágico, de dimensãoformal definitiva. O já citado JoãoCabral de Melo Neto, um nome qua-se isolado na área da poesia pós-modernista e que abriria o amplohorizonte da Vanguarda, e mais osfiecionistas João Guimarães Rosa,Clarice Lispector, Adonias Filho,Antônio Callado, Autran Dourado,Dalton Trevisan, Samuel Rawet, jápertencem a uma nova literaturabrasileira, a que foram se agregaros mais novos e novíssimos.

ASSIS BRASIL

DffiETOEAno II — Nímero 530

AGENDA

Eliminar a pobrezaPERY COTTA

Da reunião ministerial convocada peloPresidente Mediei, em Brasília, é possívelque saia a regulamentação do Proterra, espe-rada há alguns meses e que, junto com outrasmedidas governamentais, permitirá a trans-formação em economia de mercado da agri-cultura de subsistência do Nordeste eNorte, recuperando as populações marginali-zadas na Zona Rural nordestina.A transformação da Agricultura, atravésdo Proterra e do Provale, prevê a reformula-

! ção fundiária, dentro das áreas prioritárias doPlano de Desenvolvimento do Nordeste. Pro-cura-se a introdução de nova tecnologia paraculturas básicas, como cana, algodão e pe-cuaria.Com estes novos programas, será conse-

guida a presença da empresa na agriculturaeL na agro-indústria, parte-se para a exporta-ção de produtos agrícolas e a criação de umcorredor de exportação". Haverá, assim, aexpansão da fronteira agrícola dentro do Nor-deste, pelos rios São Francisco, Parnaíba eoutros da região.

O benefício mais importante, no entantosegundo prevêem os técnicos governamentais,será a abertura de mais alternativas de absor-ção de mão-de-obra. A agricultura de subsis-tencia, na faixa semi-árida do Nordeste, é umdos principais fatores da pobreza na região.Os recursos a serem aplicados ali, pelo Pro-terra, reverterão em benefício do homem docampo e possibilitarão, portanto, uma políticamais humana de distribuição de renda noPaís, porque as camadas de renda baixa, noBrasil, estão exatamente em setores ou re-giões de produtividade anormalmente baixa.E esse tipo de Dobreza, conforme assinalao Ministro Reis Velloso, do Planejamento so-mente se elimina pela política nacional dedesenvolvimento, atribuindo prioridade àtransformação econômica do Nordeste, prin-cipalmente no setor agrícola, à ocupação eco-nômica da Amazônia, à revolução na Educa-çao, na Saúde e em outras áreas sociais, alémda expansão acelerada do emprego nas zo-nas urbanas, para evitar a proliferação dosserviços de subsistência.

AL vem à mostra do zebuSAO PAULO (Sucursal) - A Exposição Nacional de GadoZebu. em Uberaba, de 3 a 10 de maio, terá este ano, ca-ráter internacional, pois já foram confirmadas as presençasde pecuaristas e técnicos dos governos da Venezuela, Co-ÍSr*/ « f0, DemT&0 entoem participar delegações daCosta do Marfim, Angola. Uruguai, Paraguai e Argentina.

ALGODÃO - Brasília (Sucursal) - o Itamaratl desig-nou delegação às reuniões de consulta do Acordo deTêxteis de Algodão Brasil-Estados Unidos, em Washing-ton de 17 a 21 do corrente: cnefe - Ministro Celso Di-niz. delegados - Steslo Henri Guitton, Cyro Freire Curysecretários - Francisco Thompson Flores, Celso de Al-meida, Miguel Belvas. Clemente Rodrigues Mourão Netoe José Arthur Soares Boiteux.9 CADASTRO RURAL - Belo Horizonte (Sucursal) _ oIncra, escolheu a cidade de Capinópolis para o lançamen-to simbólico do recadastramento dos Imóveis rurais emMinas, em solenidade a ser realizada terça-feira, quandoo município promove a Festa da Colheita do Arroz eabre o Primeiro Encontro Agro-Industrial do TriânguloMmelro. 6

TRANSAMAZONICA - As empresas que desejarem par-tlcipar da construção de caminhos pioneiros da rodo-via Transamazônica podem entregar propostas até ama-riha, em Brasília. Os caminhos pioneiros serão cons-truldos no trecho entre as Cidades de Altamira e Ital-tuba, no Estado do Pará.

SOLÜVEL — Curitiba (Sucursal) — o Embaixador daRomênia, lon Moraru. que se encontra em visita oficialao Paraná; seguiu, ontem, para a Cidade de CornélloProcópio, no Norte do Estado, onde visitou as instala-ções da Companhia Iguaçu de Café Solúvel.

ICM — A partir de maio, as exportações de farinha detrigo de Pernambuco para qualquer outro Estado do Nor-te-Nordeste terão o Imposto Sobre Circulação de Mer-cadorlaa recolhido por antecipação, de acordo com o pro-tocolo 2/72 firmado por todos os secretários de Fazendadas duas regiões, em Brasília.

MINERAÇÃO — O convênio de assistência financeira apequenos médios mlneradores baianos foi assinado on-tem entre a Secretaria das Minas e Energia e o Banco deDesenvolvimento do Estado da Bahia, que utilizará re-cursos oriundos da arrecadação do Imposto Ünico sobreMinérios.

ABASTECIMENTO — Belo Horizonte (Sucursal) — Aexigência de capital mínimo de 30 milhões de cruzeirosàs empresas interessadas na construção do Centro deAbastecimento de Belo Horizonte acabará marglnalizan-do a maioria das firmas mineiras que ainda não atingi-ram tal estágio. Por isso, estão pedindo retificação noedital, alegando que, em outros Estados, os órgãos públi-cos fazem tudo para dar maior chance às empresas lo-cais.

CACEX NO ABC — São Paulo (Sucursal) — Para aten-der ao crescimento do setor industrial da região do ABCe criar facilidades à exportação, o Ministro Delfim Net-to, da Fazenda, vai inaugurar, dia 27, Posto da Cacex, emSanto André.

SOJA NO ES — Vitória (Sucursal) — O Espírito Santojá está produzindo soja em escala econômica, cujo re-sultado está sendo considerado pelo secretário Ivan Shal-ders, da Agricultura, como auspicioso, pois apresenta ren-tabllidade superior às lavouras do Rio Grande do Sul,principal produtor da oleaginosa.

NICHIMEN — Chegará a Salvador, amanhã, a missão ja-ponesa da NIchimen Co. Ltda., que vai estudar as pos-sibilldades de investimentos em projetos industrais naBahia.

BCONOMICX)CORREIO DA MANHÃ Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2.° feira, 17 de abril de 1972

Já ATENÇÃO-CONTADORESi seus Incentivos I

documcnlcção

N0RTEMINA5 - ASSESSORIA DE APLICAÇÃO DE INCENTIVOS FISCAIS LTDA.Pvr.RloBranco/lõe-Grupo M06-Tels.222-0332 e 267-1097

FAO comprova boa produtividadeSafra de algodão serárecorde em São PauloSAO PAULO (Sulursal) — São Paulo alcançará cm 1972a segunda maior produção de algodão dos últimos 20 anose a de maior nível de produtividade até agora atingido.A safra algodoelra este ano deverá atingir 892,5 mil tone-ladas. com uma taxa de crescimento de 33,6 por cento.

Ao visitar várias plantações, entre elas campos de algo-dão em Santo Antônio de Posse, o Governador Laudo Na-tel d<!ôtacou que à "colheita excepcional em perspectiva alia-se um excelente Índice de produtividade de 1.416 quilos porhectare". Salientou ainda que, segundo a tendência da con-tinua tecnifleação do algodão "o Estado de São Paulo, so-roado às safras dos Estados vizinhos, proporcionará ao Bra-sil uma das maiores produções com excedentes exportáveisponderáveis".

O governador atribuiu os bons resultados alcançados àadoção de uma adequada política às condições do Estado,incluindo a garantia de preços mínimos em niveis realistase para cuja fixação a Secretaria da Agricultura contribuiu,entre outras, com as seguintes medidas: suporte na áreade pesquisas, orientação aos lavradores nas culturas, con-tínuo suprimento de sementes e o controle mais eficienteda qualidade dos insumos, com ênfase para os adubos edefensivos.

Ressalta o governador que a grande produção de algo-dão e os recordes obtidos em outras áreas, como nas cul-turas de cana-de-açúcar, laranja, milho, soja e arroz, pro-Jetam o apoio que o Governo vem dando à agricultura, emespecial à cafeicultúra, procurando incentivar a formaçãode novas lavouras racionalmente preparadas.

RECORDESExaminando depois com o secretário Rubens Araújo

Dias, da Agricultura, as perspectivas agrícolas para 1972,salientou o Governador Laudo Natel a importância da mui-tiplicação de agro-indústrias, meta que o Governo esperaalcançar com a implantação de uma Infra-estrutura queofereça estimulo e garantia às iniciativas do setor privado."Evidentemente — acentuou Laudo Natel — criar essainfra-estrutura não é tarefa especifica da Secretaria daAgricultura. É uma ação integrada, intersetorial, que exigea colaboração de toda a administração.

O Secretário Araújo Dias informou que a produção decana de açúcar está prevista em 43,3 milhões de toneladas,acusando aumento de 13,1 por cento em relação a 71. Ade laranja, nesse mesmo período, deverá passar de 1,8 para2,2 milhões de toneladas, correspondente a uma taxa decrescimento de 20,6 por cento. O milho deverá chegar a 3,1milhões de toneladas, num aumento de 13 por cento, e o soja,que tem registrado excepcional desenvolvimento no Estado,passará de 91 mil toneladas em 71 para 192 mil este ano,registrando um aumento de 105,1 por cento.

PRODUTIVIDADERubens Araújo Dias disse que, mesmo num ano cm que

as condições climáticas não foram ideais — um tempo secologo após a época de plantio e com muita chuva em janeiroe fevereiro — a produtividade da agricultura paulista apre-sentou índice elevado para determinados produtos. Ressal-tou, por exemplo, o quadro de produção do algodão desde1967:

QUADRO IAlgodão Estado de São Paulo

Ano Área (Ha.) Produção Produtividad(T) Kg/Ha

1967 290.400 408.600 1.4071968 338.800 547.600 1.6161969 447.700 727.900 1.6261970 702.000 757.300 1.0781971 605.000 668.000 1.1041972 630.000 392.500 1,416 -f

+) Previsão (janeiro).Exportação de algodão em pluma pelo porto de Santos

(Em toneladas)Ano Algodão em Pluma1967 (1) 115.1761968 (1) 194.4141969 (1) 337.8471969 (2) 362.1151970 (2) 272.3251971 (2) 193.7581972 (3) •••' 340.000(1) Fonte: Departamento de Estatística do Estado.(2) Fonte: Bolsa de Mercadoria de São Paulo.(3) Fonte: Estimativa Preliminar.

Café: comércio comatenção em Genebra

ãO comércio cafeeiro do Rio e de São Paulo permaneceu

mais uma semana em clima de expectativa, à espera da dl-vulgação oficial dos resultados finais da reunião dos prin-clpals produtores mundiais de café em Genebra no Iníciodeste mês.

As vendas foram bastante reduzidas nestas duas últi-mas semanas, limitando-se a contratos eventuais com algunsImportadores que não acompanham as oscilações do mer-cado para suas compras ou então alguns compradores quenecessitavam de repor estoques com certa urgência.

A ESPERAPossivelmente no meio da semana o comércio será in-

formado do que realmente se passou em Genebra, com achegada prevista do presidente do IBC, Carlos Alberto deAndrade Pinto, na próxima terça-feira.

De maneira geral, o comércio apoia e acha mesmo queos resultados alcançados em Genebra foram surpreendeu-tes. Em princípio, deverão beneficiar os países produtores,que decidiram adotar uma posição comum de defesa de pre-ços mais compensadores para o café no mercado mundial.

A quota fixada pelos produtos — de 48,4 milhões desacas para o ano/convênio 71/72 — é "bastante folgada"e os consumidores, em principio, não terão razão para sériasreclamações. Esse é um volume razoável de consumo mun-dlal de café no periodo. Os consumidores terão apenas de re-signar-se a não exigir a quota adicional de 2,5 milhõesde sacas que seriam atribuídas aos diversos exportadorespara o restante do ano, em conseqüência dos aumentos verl-ficados nos preços indicativos desde março último.

PREOCUPAÇÃOO comércio, entretanto, começa a preocupar-se com os

diferenciais de preços registrados nas últimas semanas.Assim, os centrais permanecem há mais de duas semanasbem abaixo dos arábicos não-lavados (brasileiros), o que oscoloca em condição de maior competitividade no mercadomundial. Os robustas (africanos) por outro lado, estão aquase 300 pontos abaixo dos cafés brasileiros, diferencialbastante favorável no momento. Sem falar nos colombia-nos, que começaram a se despencar desde os últimos diasde março e não sustaram a queda até ontem, quando atln-giram 50 centavos de dólar por llbra-peso.

Preços indicativos do café .em US$ csnts p/llbra-peso,segundo a OIC:

Data Colombianos Centrais Arábicos não Robustaslavados (Brasil) (África)

46.33 43,1346,38 43,3846,38 43,5046,63 43,6346.C3 43,69

30/03/72 51,63 45,8303/04/72 51,63 45,8306/04/72 51,38 45,5811/04/72 51,38 45,8314/04/72 51,00 45,38

SP:em 72indústriacrescerá

Com exclusão do setor têxtil,permanentemente queixoso daretração da demanda, o com-portamento da indústria pau-lista em Janeiro de 1972 pro-mete reproduzir este ano osresultados favoráveis alcança-des em 1971, quando foi, emboa parte, responsável peloaumento da produção nacio-nal no período."Sondagem

conjuntural efe-tuada pela Fundação GetúlioVargas, extraída de informa-ções apuradas em 1.436 em-presas brasileiras, diz que oquadro previsto para 1972 in-dica as mesmas perspectivaspara a Região Sul e Guana-bara, condicionando a posiçãode Minas à elevação da pro-cura e a do Nordeste à sazo-nalidade das matérias-primasnas quais se assentam as ba-ses de sustentação da indús-tria regional.

O valor das vendas globais,relativo ao exercício de 1970,liberado pelos informantes,monta em Cr$ 49.421.702,00.O setor mobiliário realizounegócios no valor de Cr$ 8.489.616,00, seguindo-seo metalúrgico — Cr$ 6.974.431,00, o químico —Cr$ 6.793.041,00, e o de pro-dutos allmentares — Cr$ 6.259.078,00. O setor têx-tll e o de material elétrico,eletrônico e de telecomunica-ções faturaram Cr$ 3.847.780,00 e Cr$ 2.338.776,00 respectiva-mente.

FATORES DE INCID_MCIACom exceção de São Paulo,

a insuficiência da demanda éa tônica dos problemas vitaisdas indústrias na Região Sul,Guanabara, Minas e Nordeste.O item mais afetado se refereàs indústrias de produtos ali-mentares: em Minas e Nor-deste, em decorrência da ca-rência de matérias-primas e,na Região Sul e Guanabara,em razão da pouca agresslvl-dade da demanda, que nãopermitiu a plena utilização dosistema industrial montado.Em Minas foram particular-mente atingidos os setores me-talúrgico, têxtil e de mineraisnão-metálicos, parte em con-seqüência da timidez da de-manda e parte resultante dareforma dos equipamentos.

Não obstante a existênciade alguns motivos ponderáveis,que influíram negativamenteem seus projetes de expansão,as indústrias indagadas pelapesquisa responderam de mo-do positivo quanto aos seuspropósitos de reaparelhamen-to e modernização, demons-trando efetiva confiança nastendências favoráveis do com-portamento da economia apartir do segundo trimestre de1972.

Lembra a análise que, inde-pendente dos obstáculos que,de certa maneira, barraram aprogressão da demanda, os re-sultados de 71 autorizam aviabilidade dos objetivos derecuperação. O fato da maio-ria das indústrias auscultadasterem renovado seus equipa-mentos em 1971 e de teremoperado, durante o ano, compouca capacidade ociosa, sig-niflea que a procura globalcorrespondeu à expectativa,tendo em vista que foram in-slgnificantes os índices deacumulação de estoques. Co-mo a expansão industrial vemse mantendo, há quatro anos,em ritmo crescente, é naturalque o empresário se sinta mo-tivado a reinvestir em sua in-dústria, levando em conta quea baixa do poder de compraé um fenômeno cíclico e sus-cetível de imediato controle,propiciado por medidas cone-tivas, às quais o governo estáconstantemente atento.

A Tabela n, que põe em re-levo as possibilidades de ex-pansão das indústrias pesqui-sadas, mostra, no entanto,que seus planos de crescimen-to chocam-se, cem mais niti-dez, com as dificuldades ori-undas do recuo da procura,ou seja, com os moderados po-deres de absorção do nossomercado interno.

Estudo do Instituto de Economia Agri-cola, da Secretaria de Agricultura de SãoPaulo, informa, com base em elementos pu-blicados no Productlon Yearbook de 1968, daOrganização para a Agricultura e Alimenta-ção — FAO — que o crescimento dos Índicesde prudutividade de algumas cuituras, cmSão Paulo, foi o mais alto de todo o mun-do. O trabalho, que considera os índicesmédios de produtividade dos períodos 1948/52 e 1963/67, adianta qre a expansãomais significativa ocorreu nos seguintes pro-dutos agrícolas: algodão, batata-inglesa, so-ja, café e chá., Também houve sensível me-lhoria no rendimento da mandioca — segun-do em todo o mundo — cana de açúcar etomate — terceiro indlce de crescimento —e cebola — quarto lugar.

• AlgodãoExplica o estudo do Instituto que o ren-

dimento do algodão em São Paulo, no pe-ríodo 1948/52, era de 195 quilos por hectare,passando para 410 quilos em 1963/67, o querepresenta elevação de 110 por cento no In-dice de produtividade da cultura. No México,o aumento do rendimento foi de 97 porcento — de 330 para 650 quilos por hectare— e nos Estados Unidos de 75 por cento —de 320 para 560 quilos/ha. A União Soviética,em 63/67, era o país de maior produtivida-de — 730 quilos/ha — e também o maiorprodutor de algodão — 2,05 milhões de tone-ladas — seguido dos Estados Unidos — 1,62milhão de toneladas — e índia — 1,15 milhãode toneladas. A produção paulista, na oca-slão, era de 145 mil toneladas e a brasileirade 440 mil, situando-se em sétimo lugar naestatística internacional.

Colômbia — 470 mil toneladas. Em terceiroficou a Costa do Marfim, com 290 mil to-neladas.

CháTambém espetacular foi a expansão das

culturas paulistas de chá, 123 por cento,passando o rendimento de 470 parta 1.050quilos por hectare. No Ceilão, a produtlvi-dade aumentou 49 por cento — de 620 para920 qullos/ha — e na Argentina 32 por cen-to — de 500 para 660 qullos/ha. O país maiorprodutor era a índia — 380 mil toneladas —seguido de Ceilão — 220 mil toneladas —

e da China — 160 mil toneladas. A produ-ção brasileira foi de apenas 3 mil toneladas,representada pelas safras paulistas. A pro-dutlvidade mais alta era do Japão — 1,68quilos/ha.

Mandioca

• BatataA expansão do rendimento da uatata foi

ainda mais expressiva que a do algodão —127 por cento — passando de 5,2 mil quilospara 11,8 mil por hectare no período con-siderado. Na Argentina, o crescimento do In-dloe do produtividade situou-se em 57 porcento — de 6,3 mil quilos para 9,9 mil qui-los — e na França em 56 por cento — de 12,2mil quilos para 19 mil quilos. A AlemanhaOcidental era o pais de produtividade maisalta — 26,2 mil qullos/ha — e a União So-viétlca o maior produtor — 95 milhões detoneladas — seguida da Polônia — 48 ml-lhões de toneladas. A produção paulista foide 440 mil toneladas e a brasileira de 1,5milhões de toneladas.

O aumento da taxa de rendimento damandioca, no período, foi de 37 por centopassando de 12,62 para 17,27 mil quilospor hectare — enquanto na índia situou-seem 12 por cento — de 5,4 para 11,5 milquilos/ha — fe na República do Congo cm21 por cento — de 9,1 para 11 mil quilos/ha. O pais maior produtor era o Brasil —27,3 milhões de toneladas — para as quaisSão Paulo contribuiu com 2 milhões, seguln-do-se a Indonésia — 11.3 milhões de tone-ladas. O maior Índice de produtividadetambém era do Brasil — 14,1 mil quilos/ha — superado, apenas pelo de São Paulo17.27 mil quilos/ha.

• Cana-de-açúcarA elevação do rendimento da cana-de-

açúcar paulista foi de 31 por cento — pas-sando de 45.6 para 59,9 mil quilos por hec-tare — superado apenas pelo da índia, 39por cento — de 32,2 para 44,8 mil quilos/ha — e pelo dos Estados Unidos, 34 porcento — de 45.9 para 65,4 mil quilos/ha.O país maior produtor era a índia — 97milhões de toneladas — seguido do Brasil77 milhões de toneladas — e Cuba — 40milhões de toneladas. A produção paulistachegou a 33,5 milhões de toneladas e o Ha-vai (Estado dos EUA) o de maior produ-tividade — 221,7 mil quilos por hectare.

Tomate

SojaO acréscimo da produtividade das cul-

turas de soja de São Paulo foi de 44 porcento — passando de 950 para 1.370 quilospor hectare. Na União Soviética, a melhoriafoi de 23 por cento — de 430 para 530 qui-los por hectare — e no Canadá de 21 porcento — de 1.580 para 1.920 quilos/ha. Estepaís, em 1967, apresentava o mais alto ren-dimento por área de cultivo de soja — 1.920quilos/ha — e o maior produtor eram osEstados Unidos — 26,5 milhões de toneladas— seguido da China — 11,2 milhões de to-neladas. A produção paulista foi de 40 miltoneladas e a brasileira de 720 mil tonela-das, com as quais ficou na terceira coloca-ção na estatística internacional.

CaféO crescimento do índice de crescimento

da cultura do café, no período considerado,foi de 60 por cento — passando de 400 para600 quilos por hectare, vindo depois o daCosta do Marfim, 48 por cento — de 270para 400 quilos/ha — e Uganda, 46 por cen-to — de 410 para 600 quilos/ha. A produ-tividade mais alta era a de San Salvador —850 quilos/ha — e o país maior produtoro Brasil — 1,4 milhão de toneladas. A pro-dução paulista foi de 510 mil toneladas,maior que a do país segundo produtor, a

Foi de 81 por cento o crescimento do ren-dimento da cultura paulista do tomate —passando de 14 para 25,4 mil quilos porhectare — inferior somente no do Japão, 115por cento — de 14,2 para 30,5 mil quilos/ha — e dos Estados Unidos, 92 por cento— de 15.1 para 29 mil quilos/lia. Os EUAeram o pais maior produtor — 5,6 milhõesde toneladas — seguidos da Itália — 3,46milhões de toneladas — e da RepúblicaÁrabe Unida — 1.23 milhão de toneladas.A produção brasileira foi de 750 mil tonela-das, das quais 390 mil provenientes de SãoPaulo. A produtividade mais elevada erado Japão — 30,5 mil quilos/ha.

CebolaSão Paulo conseguiu elevar em 30 porcento o índice de produtividade das cultu-

ras ccboleiras, passando de 3,58 para 4,67mil quilos o rendimento por hectare. Taltaxa foi superada pelos Estados Unidos, 60por cento — passando de 19.1 para 30,52mil quilos/lia — pelo Japão, 47 por centode 17,4 para 25.48 mil quilos/ha — epela Itália, 44 por cento — de 12,8 para18.4 mil quilos/ha. O mais alto índice derendimento pertencia aos Estados Unidos —

30.52 mil quilos/ha — seguido do Japão eEspanha. Os países maiores produtoreseram o Japão — 1,5 milhão de toneladasseguido dos EUA — 1,3 milhão de tone-ladas — e da Espanha — 1 milhão detoneladas. A República Árabe Unida e aItália também apresentaram boa produção600 mil e 480 mil toneladas, respectiva-mente. As safras brasileiras foram de ape-nas 250 mil toneladas, das quais 55 milprovenientes de São Paulo.

DUCal | CIA. BRASILEIRA DE ROUPAS.

COMUNICADO

A Diretoria da CIA. BRASILEIRADE ROUPAS informa que foi autoriza-da pela UNIÃO DE EMPRESAS BRA-SILEIRAS S.A. a ultimar a constituiçãoda empresa atacadista norte-americana

TALIA-DUCAL INC.

A nova empresa se dedicará basicamenteà exportação de manufaturados para os EstadosUnidos, com participação no capital de 50%-daUNIÃO DE EMPRESAS BRASILEIRAS SA(através dé suas conglomeradas CIA. BRASI-LEIRA DE ROUPAS e NEW BRAZIL INC.) e50% daTAUA FASHIONS INC.

Os escritórios da sede da empresa serãona 1350 Broadway, New York, e afiliai brasileirana Av. N. S. de Fátima 22, Rio de Janeiro.

200 milhas: México defende mar patrimonialCOMENTÁRIO

Progresso e empregos'OÃO PINHEIRO NETO

Continuamos hoje a examinar uma es-tratégia de desenvolvimento que possa sig-nificar mais e melhores empregos para o bra-sileiro, em sua grande maioria às voltas como problema do subemprego ou do desempre-go. É de se notar que desemprego em paíssubdesenvolvido não tem as conotações ine-rentes aos países mais adiantados, em que oseguro social cobre as necessidades funda-mentais do indivíduo. Subemprego ou desem-prego em país como o Brasil é marginaliza-ção no duro, sem alternativa outra senão ada miséria e da frustração crescente. Daí aimportância do tema que estamos abordandocom base em estudo feito para a Revista deEconomia da Fundação Getúlio Vargas. OBrasil não ganhará estabilidade social defi-nitiva, nem seu progresso se fará homogê-neo e coeso, com faixas majoritárias da po-pulação mergulhadas no desalento e no aban-dono. O problema não diz respeito apenas aotrabalhador, no caso, a vítima mais diretadas imperfeições do sistema. O empresariadotambém sofre os efeitos do mercado de con-sumo limitado, parcimonioso e fechado. Ascrises financeiras se alongam, tornam-se mui-tas vezes rotina, como no caso da indústriatêxtil, por exemplo, em que os estoques seavolumam, invendáveis, num país de con-sumo escasso e produção modesta. O estudoque divulgamos destina-se a chamar a aten-ção das autoridades financeiras e da opiniãopública de um modo geral para a realidadede um crescimento econômico que deixa àmargem setores ponderáveis da população,incapazes de beneficiarem-se de seu ritmoexclusivista.

Não se trata de fustigar a autoridadepública com a subalterna preocupação da crí-tica negativista. Ao contrário, o estudo quedivulgamos é altamente construtivo e se des-tina a criar opções para o nosso processo dedesenvolvimento que, retificado em pontosfundamentais, pode prestar ao país os servi-ços e a ajuda de que ele tanto necessita.

Pelos dados que revelamos ontem, os pri-meiros trabalhadores adicionais que se incor-porarem ao setor moderno implicarão umaperda de Cr§ 75 por mês por trabalhadornos setores de subemprego e um ganho deCrÇ 230 por mês por trabalhador no setormoderno. Isto é, o produto agregado da eco-nomia se terá incrementado de 230 — 75 =155 cruzeiros por mês multiplicados pelo nú-mero de novos trabalhadores incorporados.Naturalmente, na medida em que se empre-gue mais mão-de-obra por unidade de in-vestimento, obter-se-á cada vez menores adi-ções ao produto do setor moderno, pois terão

... que se ativar setores e técnicas sucessiva-mente menos produtivas. Nesses termos, tal-vez não valha a pena passar da média de x'í. trabalhadores para uma média mais alta, co-mo 2 x trabalhadores por unidade de invés-timento, pois a esse último nível de incorpo-ração de mão-de-obra talvez a produtividade

Ç marginal do trabalho no setor moderno bai-xasse muito, tornando-se mesmo inferior aCr§ 75 por mês.

Finalmente chamamos a atenção do lei-tor para um aspecto da maior importância:pelo exposto acima, enganam-se os que afir-mam que a maior incorporação de mão-de-obra implicará em si menor taxa de cresci-mento da economia.

Em virtude da existência do subempre-go, para dada taxa de investimento, exata-mente o contrário é válido: a relação produ-to-capital e, em conseqüência, a taxa de crês-cimento do produto agregado (computadosno produto todos os setores da economia)serão tanto maiores quanto maior for a in-corporação de mão-de-obra, desde que a pro-dutividade marginal do trabalho no setormoderno seja mais alto do que no setor tra-dicional.

E agora uma indagação: Mas, quantomais mão-de-obra se incorpore, mais se gas-tara em consumo e menos sobrará para in-vestimento? Não procede o argumento, sebem que tenha aparência de verdade. O Go-verno pode criar esquemas de poupança for-cada tais como os imaginados no PIS, os quaisrecuperem pelo menos em parte as taxas depoupança anteriores. A indagação, ou me-lhor, o argumento que apresentamos a títulode alternativa, tem caráter elitista tambémporque prefere uma situação que, a despei-to de uma menor taxa de poupança, carac-teriza-se por uma alta taxa de consumo sun.tuário, a uma situação que, a despeito de umamenor taxa de poupança, se caracterizaria pormaior taxa de consumo popular.

III UNCTADDo enviado especial Newton Carlos

Barreiras tarifáriasentravam exportações

Os países em desenvolvimento quadruplicaram suasexportações de produtos manufaturados, durante a décadados sessenta, mas continuam tropeçando em barreirastarifárias e de outros tipos nos mercados onde suas ma-nufaturas têm dado provas evidentes de competitividade.

O quarto capítulo do informe' que Manuel PerezGuerrero, secretárío-geral da Unclad, leu, na conferênciarecém-inaugurada, trata, do comércio de manufaturas,e diz que, ao acelerar-se o crescimneto da indústria ma-nufaturelra nos países do Terceiro Mundo, durante a atualdécada, impulsionou-se a divisão internacional do tra-balho.

Também chama a atenção para o fato de que asimportações de manufaturas pelos países socialistas, pro-cedentes dos países em desenvolvimento, continuam sen-do baixas em termos absolutos e muito inferiores às pos-sibilidades desta corrente de comércio.

REDUÇÃO DAS VENDASAlém disso, o decênio de 1970 inicicu-se com uma

considerável redução das exportações para as economiasde mercado desenvolvidas, não somente com a diminui-ção do ritmo de crescimtnto destas, mas também com ofortalecimento das tendências protecionistas em algunspaises importantes.

Perez Guerrero assinalou em seu informe que, emprimeiro lugar, a Unctad deveria intensificar seus es-forços para suprimir as barreiras tarifárias e não tarifa-rias, que se opõem às exportações dos países em desen-volvimento para os países desenvolvidos.

Reivindicou diversas formas de cooperação comer-ciai, econômica e industrial, que permitam aumentar asexportações do Terceiro Mundo e amortecer as reper-cussões negativas das práticas comerciais restritivas sõ-bre as exportações dos países em desenvolvimento.

Finalmente propôs que a Unctad conceda crescenteatenção à expansão do comércio de bens manufatura-dos, entre os países do Terceiro Mundo explorando-seativamente as possibilidades existentes, e criando-se ou-trás novas dentro do marco dos grupos regionais ou poroutros meios, opinou Perez Guerrero.

TEMORAcrescentou o secretário-geral do Unctad que a übe-

ralização do comércio em favor dos países em desenvolvi-mento, freqüentemente tropeça em alguns países com aresistência baseada no temor de que prejudicam as ati-vidades industriais nacionais.Disse que os países desenvolvidos, não socialistas,

realizam freqüentes planificações indicativas a prazo mé-dio, em consultas com os representantes da atividade pri-vada, e nessas oportunidades poderiam avançar muito,se considerassem as possibilidades de efetuar importa-ções dos países em desenvolvimento.

Por outro lado, disse que os países socialistas con-tam com larga experiência de planificação, e ao elaborarseus planos econômicos, devem conceder a maior atençãoàs possibilidades — mutuamente vantajosas — de coope-ração e comércio com os países desenvolvidos.Concluindo indicou que, à margem da importância edos esforços que em muitos campos façam os países de-sen vol vidos, o progresso decisivo para'uma nova divisãointernacional do trabalho depende em última instância e

principalmente, dos próprios países em desenvolvimentoA eles corresponde determinar a combinação adequadade políticas orientadas para si mesmo, ou para o exte-nor e mobüizar seus recursos para objeüvos menos am-biciosos em matéria de industrialização. (Santiago, Reu-

9 Mensagem de TitoO presidente da Iugoslávia, Marechal Tito, enviou a se-guinte mensagem à III Conferência das Nações Unidas so-bre Comércio e Desenvolvimento (Unctad):"A eclosão da crise mundial veio confirmar a urgentenecessidade de encontrar soluções para os problemas mun-diais.""No momento que o mundo olha para o futuro e rea-llza maiores esforços para encontrar sua ccesão ao níveleconômico, convém pensar que somente a reunião de so-luções susceptíveis de criar uma sociedade mais justa e mais

equitativa permitirá a .humanidade enccntrar-se em situa-ção de paz". (Santiago, UPI, AFP).

Banco da Amazônia Si.CGC 04.902.979/01

Sociedade Anônima de CapitalAberto-GEMEC Ml/1939

Comunicamos aos senhores acionistas, àsSociedades Corretoras e aos demais interessa-d<»s que, tendo em vista a preparação dos regis-tros finais para pagamento de DIVIDENDOS,deverão providenciar, junto às bolsas de valoresou junto ao próprio Banco, quando couber, aregularização de processos de transferência re-lativos a operações realizadas até 31 de dezem-bro de 1971 e que, por motivos vários, estãopendentes de solução.

Outrossim, informamo-lhes que demos ei-ência desta solicitação às principais bolsas doPaís, bem como prazo para execução do preten-dido.

Belém, 12 de abril de 1972.

A DIRETORIA"

SANTIAGO (De Newton Carlos) —No desfile de personalidades que com-põem o lado mais espetacular da IIIConferência das Nações Unidas sobreComércio e Desenvolvimento, um aglo-merado confuso e quase impenetrávelde três mil delegados dos cinco conti-nentes, as atenções já se voltam paraa próxima intervenção do PresidenteLuis Echeverria, do México. Com che-gada prevista para terça-feira, Eche-verria será o único chefe de governoa -falar em plenário, a excessão de Al-lende, que faz as honras presidenciaisdo país anfitrião. Provoca rebuliço,principalmente entre alguns países sul-americanos, o conhecimento antecipadode partes do discurso do dirigente me-xicano. Ele abordará temas delicados etalvez controvérsias nocivas ao crês-cente sentido de unidade do Continen-te.

Echeverria defenderá, segundo in-formam meios diplomáticos, a adoçãodo "mar patrimonial" de 200 milhas, oque altera fundo o conceito de "mar ter-ritorial" de 200 milhas, já fixado pormuitas nações, inclusive o Brasil. Aexpressão "patrimonial" implica, teori-camente, em controle econômico e não'em soberania total. Os partidários domar territorial de 200 milhas sustentamque não há controle possível sem oexercício da soberania nacional sobrea área visada.

NOVA APROXIMAÇÃO

A importância da questão pode seravaliada pela decisão da China de uti-lizá-la como iistrumento de aproxima-ção da América Latina. Em sua primei-ra intervenção nas Nações Unidas o de-legado chinês, Chiao Kuan-Hua, vice-ministro do Exierior, apoiou o princi-pio das 200 milhas territoriais. Procura-va identificar se, assim, com a reivin-dicação que tem provocado os atritosmais sérios entre os Estados Unidos e aAmérica Latina. "Teremos afina, donosso lado uma potência atômica", co-mentou o General Mercado Jarrin, ex-ministro do Exterior peruano." A tesedas 200 milhas se instala como linha di-visória nítida entre os interesses dassuperpotências, Estados Unidos e UniãoSoviética, e dos países subdesenvolvi-dos", diz um delegado africano sensi-bilizado pelo priblema e suficientemen-te informado a respeito das ações nes-se campo de países latino-americanos.

ESFORÇO ÚLTIMO

Há um esforço de último momen-to, quase em termos de fogo concentra-do, buscando evitar que Echeverria fa-

le do assunto. Delegados brasileiros eperuanos têm conversado freqüente-mente sobre isto e é possível que umacircunstância especial — a visita dopresidente mexicano ao Peru — em-bora limitada à 12 horas, termine blo-queando a parte, do discurso já corrtro-vertida por antecipação. O rebuliço éjustificável. Uma intervenção de Eche-verria em favor do "mar patrimonial",de 200 milhas, fixando em 12 milhas o"mar territorial" ou área de soberania,.enfraquecerá bastante as posições deluta assumidas até agora pela maioriados paises da parte Sul do continente.Para avaliar a intensidade dessa lutabasta ver a reação do Equador, aosavanços deliberados de barcos de po-derosos consórcios pesqueiros da Cali-íórnia. No âmbito das leis interr/acio-nais, o confronto decisivo será em 1973,na Conferência de Direitos do Mar con-vocada pelas Nações Unidas. Uma in-tervenção do México contra o "mar ter-ritorial" de 200 milhas será um trunfoimportante para as superpotências, quedispõem de tecnologia bastante paradisputarem sozinhas as riquezas dosgrandes espaços marítimos.

IRRITAÇÃO DOS EUA

Há pouco, numa entrevista emWashington, disse A. E. Gibson, sub-secretário para Assuntos Marítimos doMinistério do Comércio: "é tempo dedeixar de lado o nacionalismo agresri-vo e buscar soluções que dêem um no-vo sentido à liberdade dos mares." Es-se fato permite constatar a importân-cia e a irritação com que os EstadosUnidos encaram a controvérsia. É pos-sível que o delegado chinês reitere, naIII Unctad, o apoio de seu pais ao prin-cípio das 200 milhas. Na reunião deSantiago os chineses atuam discretos,possivelmente cientes de que ainda nãomanejam a contento o complexo meca-nismo das relações internacionais ins-titucionalizadas. Mas não há a menordúvida de que o objetivo da China éinterpretar, em termos de liderança, asreivindicações do Terceiro Mundo, e as200 milhas integram com destaque es-sa estratégia.

DESDOBRAMENTOS

Pequim, vive, no entanto, buscan-do desdobramentos. Acusou recentemen-te a União Soviética de pretender o do-mínio naval do Mediterrâneo e elogiou

o esforço dos paises da região por re-cuperarem o "controle efetivo" de suaságuas, no Oceano indico, cuja plenaocupação é disputada por norte-ame-ricanos e soviéticos, sustentando "comfirmeza" as posições da Malásia e Indo-nésla, que consideram o estreito de Ma-laça, parte integrante de seus territó-rios. Funil estratégico entre o Índico eo mar da China, esse estreito é pontode destaque da rota do petróleo e pa-rece transformar-se num dos mais sen-síveis pontos de atritos da região. Aquestão dos mares se inclui assim entreas de maior importância da atualida-de e envolvem interrogações de interes-se direto da América Latina. Uma de-Ias é o futuro do mar territorial das200 milhas. A outra, o comportamentoda China no campo das relações inter-nacionais institucionalizadas. Muitasdelegações latino-americanas aprovei-tam a reunião de Santiago para obser-var os chineses mais de perto e em açãonum âmbito de confronto declaradoentre países pobres e ricos.

RECEIO

Explica-se, portanto, o receio pro-vacado pelo conhecimento antecipadode partes do discurso do presidente me-xicano. Os peruanos, de modo especial,consideram um desastre o apoio even-tual do México ao "mar patrimonial" de200 milhas e irão "territorial". Os equa-torianos são ainda mais dramáticos emsuas reações. Mas todos manifestam aesperança de que a coisa não suceda.Echeverria tem alguns objetivos pordemais importantes para ele e não searriscaria a sacrificá-los entrando nu-ma disputa, a das 200 milhas, na qualo México não está engajado serlamen-te. Quer esvaziar a dependência verti-cal dos Estados Unidos voltairdo-se di-retamente para a Ásia (foi há poucoao Japão), à Europa, onde irá em bre-ve, e América Latina. Tem viagensprogramadas ao Equador, Colômbia eVenezuela e agora virá ao Chile comescala no Peru. Outro objetivo de Eche-verria é mostrar a imagem de uma re-volução mexicana remoçada. A inter-vençâo nas 200 milhas, tal como estáprojetada, sugeriria uma aliança remo-cada com os Estados Unidos.

Europa tem propostas concretasAté o momento, somente três propôs-

tas concretas — da Alemanha Ociden-tal, Grã-Bretanha e França — foramapresentadas pelos chefes de delegaçõesda HI Unctad aos países em desenvol-vimento.

Todos os oradores reconheceram atéagora a necessidade de que os países sub-desenvolvidos participem das negociaçõessobre a reforma do sistema monetáriointernacional.

Alemanha Ocidental — O ministrodas Finanças e Economia, Karl Schlller,anunciou que seu país oferecerá crédi-tos às 25 nações menos desenvolvidas domundo, a juros muito baixos; Grã-Bre-tanha — O representante britânico, Ml-chael Noble, afirmou que seu governoaumentará a ajuda aos países em de-senvolvimento e contribuirá na busca de"soluções construtivas a favor dos pai-ses menos adiantados".

PROPOSTA FRANCESA

França — O ministro Giscard DT.S-taing comunicou à reunião que seu paíselaborou um programa de ajuda para operíodo 1971-75 e destacou que os cré-ditos de ajuda pública aumentaram, em12 por cento, mais que o Produto Na-cional Bruto, que cresce nove por cen-to. O ritmo da ajuda aos países em de-senvolvimento, atualmente em 1,25 porcento, será mantido. Afirmou que seupais apoiará, independente dos demaissubdesenvolvidos, qualquer acordo de ga-

rantia de preços mínimos para produtosprimários. Citou o cacau, chá e cobre."Para o governo francês, o convênio como cacau terá o valor de teste para essegênero de garantia", afirmou o ministrofrancês.

PREFERÊNCIAS DOS EUA

Os primeiros discursos na Unctadmostraram, para os observadores, que ospaíses ricos nada têm a propor aos po-bres. A impressão se tornou mais per-ceptlvel, depois das intervenções dos re-presentantes das grandes nações indus-trializadas — Estados Unidos, Japão,Grã-Bretanha, Alemanha Ocidental — eo papel mais difícil ê o que deve de-sempenhar o chefe da delegação norte-americana, John Irwln.

O subsecretário de Estados dos EUA,chegava de fato cem as mãos vazias.Seu país é o único, entre as nações in-dustrializadas, que não aplicou ainda osistema de preferências generalizadas, re-comendado pela Unctad, em sessão de1968 em Nova Delhi. Este sistema per-mite a produção das indústrias inclplen-tes do Terceiro Mundo encontrar mer-cados mais produtivos ao entrar sem bar-reiras alfandegárias nos países industria-lizados.

A tendência ao protecionismo é tãoforte atualmente nos Estados Unidos,

afirmou Irwin, que a administração nãopode propor semelhante legislação aoCongresso.

Os demais chefes de delegações dospaíses industrializados aceitaram exata-mente aquelas reivindicações do Grupodos 77 que não custam nada ou custammuito pouco. Todos afirmaram que nfiohavia inconveniente algum em que ospaíses em vias de desenvolvimento seassociassem mais intimamente às nego-ciações sobre a reforma do sistema mo-netário.

No plenário, a movimentação conti-nua. O ministro alemão, Kurt Schiller,foi obrigado a responder uma perguntaincomoda. "O que é um socialista llbe-ral?", perguntou-lhe um jornalista, lem-brando que ele se definira assim. "Boapergunta", foi a resposta. Foi muito co-mentado o discurso do ministro francêsGiscard DlCstalng. Esteve repleto de acu-sações aos países ricos, por redução daajuda aos pobres e flutuações dos preçosdos produtos primários. "A política fran-cesa para o mundo subdesenvolvido seinspira numa tradição de igualdade e uni-versalidade que vem da Revolução de1789", disse DEstalng, acentuando: "Ca-be perguntar se a fome e a doença têmnacionalidade. Já é hora de considerarn espécie humana um conjunto, surgidode sua longínqua miséria coletiva. (San-tiago, AFP e UPI).

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EOUlPAmEmO/LTDA.m

Exterior DIRETOR ECONÔMICO

t-fc-Mt-iw.ia« i n mi

Central do Aço espera posição empresarialBANCOS

0 saldo médio'AZIZ AHMED

Comentando recentes reclamações deque estaria havendo retenção de crédito, obanqueiro Sérgio Andrade de Carvalho obser-vava que os bancos, realmente, não gostamde emprestar dinheiro.a empresas desequili-bradas (que trabalham com caixa zero) e quesistematicamente têm seus depósitos compro-metidos pelos seus encargos operacionais. Aexperiência mostra que são essas empresasas que mais comparecem ao Fórum com pedi-dos de falência e concordatas.

Empresas normais, seguras e bem admi-nistradas podem ficar algum tempo sem saldono banco, mas, normalmente, trabalham comsobra de caixa, o que é muito importante paraa análise do saldo médio. Sérgio concordaem que o saldo médio decorrente de depósi-tos bloqueados é um fator encarecedor dosjuros, mas para uma pessoa (física ou jurí-dica) ter saldo médio em um banco não pre-cisa de ter parte de seus depósitos bloquea-dos, o que seria ilegal, mas ter movimentadosua conta, de zero a um valor qualquer. Éuniversal, natural e representa uma seguran-ça para a empresa possuir saldo médio. Eessa segurança é observada pelo banco quedá o crédito, analisando o comportamento decaixa da empresa, ou melhor, o seu saldomédio.

O banqueiro dizia-nos, ainda, que está re-gistrando o problema de liquidez em todo osistema financeiro privado, atingindo não sóos bancos comerciais, como as financeiras ebancos de investimentos. Não quis, contudo,arriscar uma análise mais profunda das cau-sas desse fenômeno..

e INVERSO

Enquanto no Brasil o pro-blema de liquidez preocupao sistema bancário privado,informam-nos que, no Líba-no, a preocupação dos ban-cos é justamente inversa: ocrescimento cada vez maiordos depósitos bancários que,tecnicamente, também émotivo de inquietação. Ofenômeno é conseqüênciados acontecimentos do anopassado nos grandes merca-dos monetários do mundo,que ocasionaram o refluxode 1 bilhão de libras libane-sas aos bancos de Beirute,fi que importantes capitaislibaneses haviam investidono estrangeiro, em fundosde colocação e em eurodóla-res, a taxas atraentes. Osresultados decepcionantes damaior parte dos fundos e afuga diante do dólar desen-cadearam um movimento deretorno desses capitais. Masa pletora de dinheiro nosbancos libaneses suscita pro-blemas, pelo risco de' reper-cutir no custo de vida. Es-tuda-se, por isso, um meca-nismo de taxas de juros quepossa exercer plenamentesua função reguladora, queadapte a liquidez monetáriaàs necessidades reais domercado e, ainda, a emissãode bônus do Tesouro, quepermitiria absorver parcial-mente o excedente de liqui-dez. Os depósitos bancáriosno Líbano totalizam hoje 5bilhões de libras libanesas(cerca de 10 bilhões de cru-zeiros).

e CRESCIMENTO

Será inaugurada na pró-xima quinta-feira, às 18 ho-ras, à Praça da República,309, São Paulo, a nova sededo Grupo Financeiro Áurea,onde funcionarão 11 empre-sas componentes do grupo.

INVESTBANCO

O movimento de ccmpra evenda de.ações pelo Invest-banco, nás bolsas do Rio ede São Paulo, somou, em1971, CrS 1.300 milhões.

CAPITAL DO BB

A mensagem do Executivo,que autoriza o Tesouro Na-cional a promover o aumen-to de capital do Banco doBrasil até CrS 180 milhões,foi aprovada pela ComissãoMista do Senado encarrega-da de estudar a matéria.

t FINANCIAMENTO

O Banco de Santa Cata-rina está concedendo finan-ciamento de Cr$ 25 milhões:CrS 17 milhões para créditoà indústria, CrS 5 milhõesao comércio, CrS 2 milhõesà agricultura e CrS 252 milpara recursos diversos.

• NOVO MUNDO

SAO PAULO (Sucursal) —O Banco Novo Mundo apre-sentou uma evolução namovimentação de seus re-cursos da ordem de 44,24por cento, com os depósitosa prazo fixo aumentando em191,49%. O baijfo adquiriurecentemente novo e moder-no equipamento de compu-tadores para seus serviços.

Desafio siderúrgicotem exemplo no JapãoSAO PAULO (Sucursal) — Realizou-se, ontem, o jantar deconfraternização do Centro Brasileiro de Forjarias — CBF— quando foi homenageado Wilkle Moreira Barbosa, pre-sldente da Aceslta e do Instituto Brasileiro de Siderurgia —IBSi

Wilkle Mprelra Barbosa, agradecendo o gesto do empre-sariado do setor de forjaria, que mantém estreitas relaçõescom as empresas produtoras de aço, notadamente de açosespeciais, como é o caso da Aceslta. lembrou ter assumido apresidência do Instituto Brasileiro\de Siderurgia ao final doII Congresso Brasileiro de Siderurgia, há pouco realizado.O dçsaflo lançado pelo Governo visa quadruplicar a pro-dução de a{o no espaço de uma década. Trata-se de umaprova dificílima, devendo ser levado em conta .que somenteum país até agora conseguiu isso, o Japão. Entretanto, noconsenso geral, somos um país classificado na gama dossubdesenvolvidos, capaz de levar avante semelhante emprei-tada. Ela não cabe exclusivamente aos slderurglstas, depen-dendo a eua execução è sucesso de outros fatores infra-es-truturals, que têm como.um dos exemplos mais frlsantes oproblema do transporte. Ora, para se produzir 1 toneladade aço, são movimentadas cerca de 4 toneladas de mate-riais.Além de'facilidades e incentivos criados pelo gover-no, sáo necessárias outras condições para o crescimento eescoamento da produção siderúrgica, a qual deverá atin-lrü TÍ. JPraZ0 prevlst0 a nada menos de 2« milhões de)toneladas de produtos siderúrgicos. Ocorre que as usina,dtes de integração, geralmente as de controle etfataUtoum modo geral não se localizam junto aos centros de con-o^rvV1"1 j?lt01às longfa(lüas fontes de maS-PrCO carvão nacional utilizado é em 40 por cento mistZrincom o produto estrangeiro. Uma das pr^cupacõef é reduCp^aHPrOpor-çâ0 para 20 P°r cento, SKe a íulizaçao do carvão brasileiro. Aceslta e Mannesmann são uíS£»taSFad7* Pr0duZtado aços «Peelato TSK Si*• H4 "sinas menores semi-lntegradas, como a VinaresS>«TT

Aparf !da e ***W** em São vem, quêproduzem aços especiais partindo da Sucata. q

«mt? +Stad0 de Minas Gerais- <iue abastece em 40 norcento todo o consumo de aço interno, deverá continuaímantendo esse nível, mesmo com a quadruplicacão da Troduçao, seguindo Volta Redonda e depois aT us na?s em gerTl"Z m°

°S merCad0S das le^ões onde «e encontram situa-das. Nesse piano de expansão, a Aceslta que está em TtoóW müton^1188,

dmrá elevar a sua capacite aiae 400 mil toneladas para 3.5 milhões de toneladas. Ressaltou Wilkle Moreira Barbosa que váX problemasvinculados ao plano de quadruplicar a" produção taStotade aço foram tratados durante o II Congresso BrasUeiro tíeSiderurgia, exigindo solução adequada para corresponderemà meta do governo. Um deles é o de formação de mão d™obra. Nos trapalhos da comissão de relações tadusS docertame chegou-se à conclusão de que será necessário umcontingente adicional de cerca de 50,000 trabalhadora ate1976 e mais 40.000 ao término de 1980. Atualmente, o setordo aço absorve 85.000 homens. Assim, para quadruplicar aprodução acieira faz mister duplicar o contingente Sanoutilizado, em termos de produtividade e também de sistemade transporte adequado. Nada menos de 50 por cento docontingente adicional terão que ser necessariamente cons-tituldos de pessoal especializado de nivel universitário denível médio, de operários qualificados e semi-quallficadosOra, sabe-se que o curso universitário é de 5 anos após oginaslal e o técnico; o de nível médio requer de 3 á 4 anosestes representando 10 por cento do contingente total adi-cional, ou seja, de 9.000 a 10.000 homens. Será indispensáveluma colaboração intensissima principalmente entre empre-sas e universidades para se conseguir chegar a essa meta.É a formação de 90.000 homens em dez anos, para servir o

polígno siderúrgico representado por São Paulo, Santos, Riode Janeiro, Belo Horizonte e Vitória. O do transporte, tam-bém problema seríssimo dentro do polígono, precisa ser tra-tado com prioridade, pois a indústria siderúrgica tem efeitosmultiplicadores em relação a outros setores da produção.No tocante ao problema do transporte, participaram doII Congresso Brasileiro de Siderurgia técnicos de vários ór-gãos do Ministério dos Transportes. Nos debates havidos,procurou-se salientar que não basta oferecer a matéria-prima para a indústria siderúrgica passar a produzir 20milhões de toneladas. O custo do transporte, por exemploincide fundamente na produção siderúrgica. Neste caso 6preciso que o governo ofereça opções, escolhendo-se o melode transporte mais indicado. Hoje, esse transporte é feitopor via-rodovlárla na proporção de 60 por cento de todo omaterial movimentado. Ê bem mais caro que o sistema detransporte ferroviário. Entretanto, as ferrovias atuais nãoestão aparelhadas e são Insuficientes para atender as ne-cessidades de uma produção siderúrgica quadruplicada. Porisso, devem ser preparadas convenientemente, invertendo asituação, para que possam transportar os mencionados 60por cento ou a proporção maior possível. Nesse sentido, apolítica de transporte do governo deve ser ajustada às pe-culiaridades das diferentes regiões geo-econômicas do Pais.O governo deve assegurar, em cada caso regional particular,o tipo de transporte mais adequado e econômico. Naquelasregiões, por exemplo, em que não caberiam o transporte ro-dovlário e o ferroviário, seria utilizado, existindo as neces-sárias condições, o sistema hldrovlário, como acontece emdiversas partes da Europa no setor siderúrgico. O Rio Doceseria uma excelente via navegável para esse tipo de trans-porte.

Outro problema levantado foi o de que não adianta oCIP controlar apenas os preços de produtos. Torna-se impe-rativo também controlar os custos de produção, nos quaisentram fatores como matérias-primas, mão-de-obrá, produ-tividades, etc.

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BRASÍLIA: Ed. JK, sala 57.RECIFE: Rua do Príncipe, 442, Boavlsta. TeL: 21-3494.

Governoacerta noNordeste

RECIFE (Sucursal) — "Adecisão do Governo de im-plantar o 2.° pólo petro-químico no Nordeste vemconfirmar a acertada políticade que esses pólos, podem edevem ser localizados ou naárea de mercado — casotípico de São Paulo — ou naárea de produção — que éo Nordeste", afirmou emAracaju, o General Evandrode Souza Lima, superin-tendente da Sudene, em con-ferência no "I Ciclo de Es-tudos sobre o Aproveitamen-to dos Recursos Minerais doSergipe"."A Sudene e o Eixo Petro-químico do Nordeste" foi otema abordado pelo confe-rencista, que utilizou re-cursos audiovisuais parailustrar suas palavras. "ASudene — disse — como ór-gão de planejamento regio-nal, já preconizava, no seuplano de desenvolvimento, ainstalação de um complexoquímico mineral no Nordes-te, ao longo do eixo Bahia —Sergipe — Alagoas — Per-nambuco. São cerca de600 km, onde há ocorrênciassimultâneas de gás, petró-leo, salgema, sais potássicos,magnesianos e íosfatos".

GRANDES RESERVAS

Acrescentou o GeneralEvandro de Souza Lima qua"no eixo Salvador — Reci-fe, além das matérias-primusoriundas do petróleo e dogás natural, encontram-sedisponíveis grandes reservasde sais potássicos, magnesia-nos e sódicos em Sergipe,além dos depósitos de sal-gema, também encontradosem Alagoas, onde já existeum projeto aprovado, visan-do à produção anual de ...250.000 t/ano de soda cáustica e 220.000 t/ano de cioro". Haverá ainda, a possibilidade da utilização dossais potássicos e magnesia-nos, visando à produção de500.000 t/ano de cloreto po-tássico de 20.000 t/ano me-tálico e a produção de bar.rilha, a partir dos de-pósitos salíferos sergipanos.O programa de industriai!zação que a Sudene vem im-plantando na região, graçasao sistema de incentivos íiscais que administra e aoPlano Regional de Desenvol-vimento do Nordeste vemcontribuindo, decisivamente,para o crescimento da par-ticipação relativa da indústria química no valor da pro.dução manufatureira nordes.tiria.

Alimentos:8 centraispara o Sul

BRASÍLIA (Sucursal) — Oprcgrarr.a de Centrais deAbastecimento prevê a ins-talação de oito unidades Re-pião Centro-Sul — PortoAlegre, Curitiba, Campinas,Niterói, Grande Rio, BeloHorizonte, Brasília e Goiâ-nia — num investimento total de CrS 376.213 mil. NaRegião Norte-Nordeste, se-rãn instaladas 7 centrais —Salvador. Aracaju, Maceió,Recife. Fortaleza, Belém eManaus — num investimento global de CrS 122.418 mil.

A Central de Porto Ale-gre começou a ser construí-da em 18 de janeiro de 1971devendr a sua entrega aosusuários ser feita em setem-bro de 1972.

A de Campinas, ocupando500 329 metros quadrados,deverá ser entregue em1973, representando Investi-menfo de Cr$ 31.400.000,00

A do Grande Rio, comer-cializará 1.215.731 toneladasde hortifrutigranjeiros, numa área total de 1.885.000metros quadrados, corres-pondendo a um investimen-to de Cr$ 113.326 mil.

A Central de abasteçimen-to Niterói — São Gonçalo,ocupará áre de 232.000 me-tros quadrados, comercial!-zando 123.740 toneladas deprodutos hortifrutigranjei-ros.

A de Belo Horizonte deve-rá estar concluída em 1973beneficiando mais de 6 mi-lhões de pesosas, através dacomercialização de 541.350toneladas de hortifrutigran-jeiros.

Em Rrasília, a construçãose iniciou a 18 de agosto doano passado e deverá estarconcluída em 1972/3.

A de Goiânia, deverá es-tar concluída em 1973, es-tando em andamento a con-corrência para a realizaçãodo estudo de viabilidade.

Em 1972, deverão estarconcluídas as Centrais deAracaju Maceió e Recife.Em 1972/3, Salvador, Forta-leza, Belém e Manaus.

A direção do Instituto Brasileiro de Si-derurgia, que reúne todas as empresas si-derúrgicas do Pais, ainda não sabe que po-sição tomar em relação à idéia da criaçãode uma central do aço para fornecer semi-acabados (tarugos) aos fabricantes nacionaisde produtos náo-planos.

Segundo Informam técnicos do setor, asoito empresas convidadas pelo Governo Fe-deral devem se reunir na próxima terça-feira no Rio para examinar com mais de-talhei a proposta e, eventualmente, ofereceruma alternativa para a questão.

A direção do IBS, entretanto, comoagrupa firmas estatais e privadas — produ-toras dos mais diferentes tipos de aço —ainda não se decidiu se toma uma posiçãooficial, como entidade, a respeito da central,ou se simplesmente se mantém neutra, dei-xando a resposta tão só a seus membrosmais Interessados no assunto.

A SURPRESA

Técnicos ligados à siderurgia deram ra-zâo ao Ministro Pratini ds Morais, da Indús-tria e do Comércio, em se mostrar surpresocom os resultados finais do II CongressoBrasileiro de Siderurgia que, em princípiorejeitou publicamente o projeto governamen-tal que propõe a criação de uma central deaço, sob a responsabilidade do setor privado.

Essa fórmula, no entender do Governo,seria capaz de acelerar o programa siderúr-gico nacional e contornar as dificuldades dosprodutores de não-planos referentes ao abas-teclmento dos semi-acabados para suas la-minadoras.

Lembram os técnicos que um dos gran-des problemas da siderurgia nacional é afalta de unidade de pontos de vista a res-peito dos mais variados assuntos. E o Go-verno, praticamente até hoje não encontrougrande resistência por parte dos empresa-rios, quando da fixação de políticas setoriaisou medidas que atingiam a indústria comoum todo.

Agora, no entanto, parece ter havidouma uniformização de opinião, que se ma-nifestou através do presidente do grupo Vo-torantim, Antônio Ermírio de Morais, queno plenário do II Congresso Brasileiro deSiderurgia se manifestou violentamente con-trário a uma medida governamental. E oempresário, aparentemente, recebeu o res-paldo integral de seus colegas, de vez quesua intervenção foi aplaudida por todos oscongressistas, especialmente os setores res-ponsáveis pela produção de náo-planos.

SUCESSÃO DE EQUÍVOCOS

Más a surpresa dos meios oficiais nãoficou ai. Lembram que a idéia da criaçãoda central do aço foi pela primeira vez pre-conizada com toda veemência por um dosdefeínsores mais agressivos da iniciativa pri-vada, Amaro Lanari Jr., no segundo semes-tre do ano passado, quando o Governo ape-nas esboçava os estudos visando a uma so-lução dos problemas ligados ao setor slde-rúrgico privado (o Programa SiderúrgicoNacional praticamente foi delimitado, quan-do de sua apresentação, pelo presidente daRepública, às empresas estatais).

A defesa inicial do projeto, portanto,partiu da própria iniciativa privada. Ama-ro Lanari Jr, em conferência na Escola Su-perior de Guerra, no dia 3 de setembro de1971, em síntese, defendia três alternativaspara solucionar o problema dos semi-acaba-dos necessários para alimentar as laminado-ras de não-planos:

1 — Produção de gusa em altos-fornosa carvão de madeira, seguida do refino empequenos conversores a oxigênio. Este é oesquema da Belgo-Mineira e da SiderúrgicaBarra Mansa e sua eficácia está baseada nobaixo custo da caloria carvão vegetal.

O gusa a carvão de madeira tem noBrasil um custo inferior ao gusa de coque,e a siderurgia a coque somente pode com-pensar essa desvantagem em virtude de suamaior escala de produção.

— A segunda opção quanto à fontemetálica para a siderurgia privada está na.produção do aço em fornos elétricos a par-tlr da sucata, em usinas semi-integradas.A grande vantagem das usinas semi-inte-gradas é o baixo investimento por tonela-da de produção. Suas limitações provêmda dificuldade do abastecimento de sucata,-material sempre escasso principalmente nospaíses em desenvolvimento.

De qualquer forma, as flutuações impre-visíveis do Instável mercado de sucata cons-tituem um risco que não tranqüiliza pos-síveis importadores para um abasteçimen-to em proporções maciças.

— Finalmente, a terceira opção, quan-to à fonte metálica para a siderurgia pri-vada, está na adoção do conjunto alto-fornoa coque/conversores de oxigênio, devidamen-te equipados com o Iingotaménto continuodo aço em tarugos de seção adequado. Paraisso, seria necessária a conjugação de vá-rias empresas privadas numa Sociedade comcaracterísticas semelhantes às de uma coope-rativa, para coastruírem uçna usina centralde aço que abastecesse os seus associados.

VANTAGENS DA CENTRAL

empresário apontava as seguintes van-tagens, para se adotar central do aço:

— O processo alto-forno a coque/acia-ria LD a oxigênio, na escala de produçãopossível a esta centra! de aço, constitui ocaminho universalmente reconhecido comoo mais econômico para a obtenção do aço.

— A siderurgia privada brasileira po-deria ganhar rapidamente uma eficiênciacomparável à dos grandes países industria-lizados.

— 0 capital necessário, a ser subscritopelos associados, na proporção das quotasde produção que lhes fossem destinadas, po-deria ser inferior ao investimento que cadaum teria do fazer para criar a sua pró-pria fonte metálica de reduzidas dimensões.

— Se a central de aço for construídaem escala adequada, perfeitamente possíveldiante das perspectivas do mercado, o in-vestimento total poderá ser interior a USS100 por tonelada de produção.

— A experiência e a tecnologia queestão sendo desenvolvidas pelas empresasestatais seriam aproveitadas para beneficiartambém a indústria privada.

Nos meios oficiais, assinala-se que a con-tra-proposta apresentada ao final do Con-gresso por um de seus participantes maisimportantes, representa na prática, reforçara intervenção estatal no setor siderúrgico,idéia repelida pelos próprios empresários econtrária também à filosofia do atual Go-verno.

O empresário propôs, com efeito que, "aoinvés da central de aço. proporíamos paraeventual estudo a possibilidade das trêsgrandes empresas do Governo instalaremfundições continuas, a fim de atender aosmercados regionais, desta maneira usandomuito menos contingente de capital".

Tudo nos indica, pois, estar havendouma sucessão de equívocos em torno daquestão, afirmava ontem um técnico liga-do à siderurgia. E isso porque:

Foi a Iniciativa privada que primeiropropôs a idéia da central de aço, sob a res-ponsabilidade dos empresários privados.

Quando o governo apresentou a idéia,frisou que a central ficaria sob a responsa-bilidade da iniciativa privada, contando comapoio oficial necessário em questões de fi-nanciamento. A idéia foi em princípio re-jeitada.

Mas em seu lugar propõe-se que o Go-¦verno cuide da questão, produzindo em suasempresas os semi-acabados necessários paraos produtores de não-planos. Tal altemati-va significaria na prática uma dependênciade todos os produtores de uma única fontefornecedora, que seria justamente o Gover-no. ao qual se acusa de intervencionismocrescente em diversos setores da economia.

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DIRETOR ECONÔMICO

TETO _Um balanço no sistema

ROMUALDO DE BARROS

Após a série de encontros com os diretores doBNH, os empresários que atuam no sistema financel-10 decidiram pesquisar todos os ângulos do PlanoNacional da Habitação, a fim de projetar a contri-buição da classe de acordo com a grandeza do pro-grama.

Por isso, será realizado, a partir de amanhã,-oI Seminário de Estudo de Operações Ativas do Sis-tema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, promo-vido pela Afetação Brasileira das Entidades deCrédito Imobiliário e Poupança — Abecip.

O evento terá por palco a Confederação Nacio-nal do Comércio, e se propõe, .segundo a nota oficialda Abecip, a promover "uma troca de experiênciase idéias quanto à aplicação dos atos normativos doBNH, de modo a evidenciar formas mais eficazes deotimizar econômica e financeiramente a atuação dasempresas".

Mais adiante, afirma a Abecip:"Além de um balanço em nível nacional sobrea atuação das empresas do crédito imobiliário (So-ciedades de Crédito Imobiliário e Associações de Poú-

pança e Empréstimo), na aplicação das mudançasno Sistema Financeiro da Habitação, o I Semináriopermitirá definições quanto aos meios mais adequa-dos de se concretizar as reformas feitas no programahabitacional. Os temas serão discutidos a partir deamanhã, abrangendo desde a assistênciafinanceira prestada pelo Banco Nacional daHabitação às empresas de crédito imobiliário à aná-liss de operações de taxas livres e as relações dos

.. projetos cooperativos com o Sistema Brasileiro dePoupança e Empréstimo (Caixas Econômicas, So-ciedade de Crédito Imobiliário e Associações de Pou-pança e Empréstimo).

"Quanto ao financiamento de obras comunitá-rias e infra-estrutura de conjunto — diz a nota —,entende o Sr. José de Sá Parente, diretor regional daAbecip, que ele deve ser concedido com garantia hi-potecárla e, em certos casos, com garantias subsidia-rias. Essas garantias são facilmente obtidas, uma vezque os mutuários serão, em grande parte, pessoas ju-

. rídlcas. Quanto à relação valor do financiamento evalor do imóvel, acreditamos que seja possível usara mesma tabela aplicável nos casos de habitação,embora possam ser concedidos financiamentos emvalores superiores a 2.250 UPCs — cerca deCr$ 142 mil. O objetivo do BNH, ao permitir essestipos de empréstimos, é o de promover a humaniza-ção e melhores condições físicas e funcionais dos

,r conjuntos residenciais, provendo-os de infra-estru-¦ tura e criando facilidade para instalação de serviçosnecessários à educação, ao lazer, à saúde e ao abaste-cimento domiciliar."

9 AGENDA DO SEMINÁRIO DO SBPE1? Seminário de Estudos das Operações Ativas do

SBPE. Local — Confederação Nacional do Comércio,Estado da Guanabara:

Amanhã: 8h às 9h50min — Inscrições: 10 às 12h— "Aquisição de Hipotecas", por Nylton M. VelosoPilho; 14h às 18h — "Assistência Financeira do BNH",por Henrique Aragão (Sociedades de Crédito Imobi-liário) e Josmar Oliveira Tótaro (Associações de Pou-

s pança e Empréstimo), Terça-feira: 9h às 12h — "Exe-cução Judicial e Extrajudicial", por Renato Darcy de

¦' Almeida; 14h às 18h — "Mercado de Hipotecas e oSBPE", por Luis Eduardo Pinto Lima. Quarta-feira(encerramento); 9h às 12h — "Cooperativas, ProjetosCooperativos e SBPE", por Péricles de Freitas Druck;14h às 15h — "Operações Taxas Livres", por JoãoJosé de Sá Parente; I5h30min às 17h — "Comuni-cações Diversas da Diretoria da Abecip", a cargo doplesidente da entidade, Nylton Moreira Veloso. O en-

Z cerramento contará com a presença do diretor doBNH, Sr. Eduardo de Oliveira Pena, superintendentedos agentes financeiros.

PRIMEIRAS EXECUÇÕES DE DÍVIDAS

A Caixa Econômica do Estado de Minas Geraisanunciou ontem que vai iniciar, dentro de dois meses,as primeiras execuções de dividas contraídas por mu-tuários financiados pelo BNH; pois este é o prazo emque deverão ficar concluídas as entrevistas iniciadasem janeiro, para composição amigável — utilizaçãode depósitos do Fundo de Garantia do Tempo deServiço, remanejamento de unidades, reescalonamen-

to de prazos e mesmo a devolução do imóvel ocupado.Agora o mais importante: embora não haja cál-

• culos precises, admite-se que .70 por cento dos mu-tuários — cerca de 8 mil — estejam em inadimplência.

O estabelecimento oficial já selecionou os mu-tuários por faixas e pretende Iniciar as exceuções,

,/ ressalvando apenas alguns casos de Cooperativas egrupos habitacionais que ingressaram em Juízo contraos cálculos de correção monetária e juros.

CORREÇÃO MONETÁRIA E INADIMPLENTES

Vejamos o que diz a diretoria da Copeg, em seurelatório sobre o exercício cie 1971:

"O numero de inadimplentes é considerável naCrédito Imobiliário Copeg S.A. Alguns casos resul-tam de financiamentos que foram concedidos sem acabal observância da técnica requerida. Outros, po-rém, ativem das dificuldades de .seleção ou adaptação,que podem ser superadas onde haja maior entrelaça-mento do ambiente de trabalho com o de convívio

, social cemo se alcança no plano conjunto de cons-.. trução de residências dos operários e das fábricas

onde trabalham.""Em 1971, não obstante o vulto das negociações

na Bolsa de Valores, foram colocadas no mercadoletras no valor de 286 milhões de cruzeiros. O tituloé atrativo pelo elevado nível da taxa de juros, alémda correção monetária trimestral.''

"O Governo Federal determinou a redução dataxa de Juros de 8% para 6'í. com a finalidade de.favorecer os que procuram financiamento para nconstrução de residências. Mas, na verdade, o íinan-ciamento c fortemente onerado, não tanto pela taxade juros e sim pela correção trimestral do capital.A taxa do juros de V', pode subir de maneira apre-ciávei, depois de cinco anos, atingindo, efetivamente,a mais de 10';, se compararmos o endividamentoentre um esquema de correção monetária anual etrimestral a uma taxa de inflação de 16%. Todavia,devemos reconhecer a dificuldade de modificar-se umMStema já implantado e consagrado."

África pode aliar-se aoBrasil a favor do cacau

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Unctad podará ser o foro para mais um debate entre os países produtores e consumidores, sobre o preço do cacau

Com fundamento nos resultados ai-tamente expressivos' das Safras 1969/70e 70/71. os países consumidores acumu-laram volumosos estoques de cacau, como objetivo de reprimir as aspirações dasnações exportadoras, em atitude perma-nente de combate ao aviltamento dospreços das matérias-primas no mercadointernacional.

Há indícios de que o descontenta-mento possa refletir-se na reunião da IIIUnctad, que se realiza em Santiago doChile, onde os países africanos, mesmobeneficiados por tarifas favorecidas con-cedidas pelo Mercado Comum Europeu,podem juntar-se ao Brasil, que competesem tratamento alfandegário especial, nosentido de melhoria da cotação do pio-duto.

O Brasil é o quarto produtor mundialde cacau, à cuja frente se encontram, su-cessivamente, Gana, Nigéria e Costa doMarfim. Proveniente da Amazônia, háquase dois séculos que o produto se ins-talou na Bahia, onde as característicasdo solo concorreram para impulso de suaexpansão c conquista de posição no mer-cado Internacional.

A quase totalidade do cacau brasilei-ro remetido para o exterior, é embarcadoem Ilhéus, embora o produto Industria-llzado, especialmente a manteiga e a tor-ta, apesar de sua posição reduzida emrelação à matéria-prima, dê preferênciaao porto de Salvador. Algumas opera-ções foram realizadas, ainda, em 1970nos portos de Uruguaina (RS). Vitória(ES), Belém (PA), Jaguarão (RS), Ita-coatiara (AM), Óbidos (PA), Manaus(AM). Corumbá (MT). Parlntins (AM),Foz do Iguaçu (PR), Santos (SP) e Pon-ta Porá (MT). '

Do total de 109.992 milhões de dóla-res que correspondem ao valor das expor-tações brasileiras de cacau em 1970, osportos baianos de Ilhéus e Salvador fa-turaram 101.968 milhões de dólares, dis-tribuidos desta forma:

Quadro IJ2XPOIITAÇÃO DE CACAU

UNIDADE: USS 1.000

ANOS AMÊNDOA MANTEIGA TORTA TOTAISOUTROS

1954 135.606 7.178 1.760 144.5441955 90.907 8.580' 4.354 103.8411956 67.207 10.610 3.813 81.6301957 69.693 19.750 1.474 90.9171958 89.591 25.548 2.530 117.6691959 59.447 25.454 6.836 91.7371960 69.181 24.641 4.7r6 98.6181961 45.924 14.760 1.659 62.3431962 24.227 16.781 622 41.6301903 35.C30 15.721 627 51.3781904 '., 34.816 10.846 812 46.4741963 27.689 13.347 391 41.4261C66 50.731 20.769 713 72.2131967 59.161 25.062 1.251' 85.4741S68 46.098 25.889 1.359 73.346 •1969 ..: 105.667 30.263 ? 820 138.75&1970 77.679 ' 27.965 4.348 109.992

Unidade: Dólares (USS)Ilhéus .Salvador

73.556.74429.403.389

POLÍTICA DO CACAUAs quedas constantes dos preços- do

produto no mercado Internacional, apóso recorde de 1954 batido pelo Brasil, cujasexportações renderam, naquele ano, 144.5milhões de dólares, trouxeram a questãocacaueira da Bahia para a órbita federai.Nos anos subseqüentes, 1955, 1956 e 1957,os aumentos quantitativos das vendas noexterior (Quadros I e n) eram forte-mente desestimuladas pela diminuição dareceita.

Criada em 1957, pelo Decreto 40.987.de 20 de fevereiro, sob a denominação de"Plano de Recuperação Econômico-Ruralda Lavoura Cacaueira", posteriormentetransformada em "Comissão Executivado Plano de Recuperação da Lavoura Ca-caueira", a Ceplac movimentou suas atí-vidades até 1963, como organismo desti-nado à solução dos problemas financeirosdos produtores, agindo como instrumen-to de regularização de seus débitos, apartir de 1964, o órgão t ampliou as di-mensões de suas finalidades, passando aconstituir-se de seis departamentos bási-cos: Secretaria Geral, SuperintendênciaRegional, Centro de Pesquisas, Departa-mento de Extensão. Departamento deCrédito e Escola Média de Agricultura.

Seus objetivos transbordaram, por-tanto, dos encargos preliminares de con-cessão creditícia. Além do crédito, a la-voura. para elevar sua produtividade,passou a depender do concurso de novas

técnicas, (,ie incluíam: levantamento ae-rofotograniétrico e ecológico das regiõesprodutoras; pesquisas sobre fisiologla eecologia do cacauelro; transportes; estra-das escoamento da região; melhoria emodernização dos portos; fortalecimen-to da infra-estrutura regional; coopera-tivismo; estudos sóclo-econômicos da áreaprodutora; renovação das lavouras dêea-dentes; assistência técnico-financeira aoscacauicuitores; eletrificação rural; re-venda de materais agrícolas e Instituiçãodo ensino técnico-profissional.

A Ceplac é um colegiado de alto ní-ve_l presidido pelo ministro da Fazendae composto de representantes da Cacex,Ministério da Agricultura, Ministério daIndústria e Comércio, Banco Central,Carteira de Crédito Agrícola e Industrialdo Banco do Brasil, governos da Bahiae do Espírito Santo, Instituto de Cacauda Bahia e entidade representativa dosprodutores.

A íontete de recursos da Ceplaca é o"Fundo de Deresa de Produtos Agrope-cuários-Cacau", formado pela constribui-ção cambial dos produtores e receitas su-plementares de origem patrimonial, in-dustrial e de capitais.

A intervenção federal provocou con-seqüências favoráveis imediatas. A re-celta da exportação, que baixara para 90,0milhões de dólares em 1957, elevou-separa 117.6 milhões no ano seguinte, em-bora a remessa, quantitativamente, bal-xasse no período de 149.452 para

143.579 toneladas, conforme estabelecemos dados contidos nos Quadros I e II:

MELHORES COMPRADORES

O volume das exportações brasileirasefetuadas em 1971, da ordem de .......119.071.498 toneladas baixou, em relaçãoa 1970, quando o País vendeu nos merca-dos compradores 170.909.000 toneladas.em termos de amêndoa. A receita, con-seqüentemente. teve alguma redução: de109.992.000 dólares em 1970, retraiu noano passado para 91.852.257 dólares.

Nossos dois principais compradores,dos Estados Unidos e a União Soviética,foram- igualmente menos agressivos em1971. conforme se pode verificar:

País 1970 1971

EUA.... 69.733.000 Tons. 65.003.458 Tons,URSS... 24.059.000 Tons. 22.610.760 Tons:'

A Holanda, que foi o terceiro paíscomprador em 1970, não teve nenhumaparticipação de relevo no ultimo exercício.Não obstante, a Argentina e Polônia au-mentaram suas compras, enquanto que oJapão, com alguma presença em 1970, fl-cou alheio em 1971, assim como a Ale-manha Oriental que, igualmente, desln-teressou-se pelo produto no ano passado.

O Quadro III. logo a seguir, dá a mo-vlmentação completa das operações de co-merclalizaçâo externa do cacau feitas pe-Io Brasil em 1971.

Quadro IIEXPORTAÇÃO

UNIDADEDE CACAUTONELADAS

ANOS AMÊNDOA MANTEIGA TORTA EOUTROS

TOTAIS

1954195519561957195819591960196119621963196419651!'6619671G6819691970

120.970121.923•125.835

109.677104.01879.577125.457104.17055.34063 68574.71091.966112.498114.35175.815119.561119.768

3.8615.99111.90614.89714.81717.94422.60614.99016.78414.04110.32917.19721.07620.96018.43515.91719.154

6.5168.67510.2187.58716.97029.11121.71514.7946.3026.2857.0C84.0177.4099.3779.003

.10.51119 286

131.332137.919157.624149.452143.579127.487183.815144.193100.153106.174102.288137.882168.771170.314125.035162.059170.9C9

Quadro III — Exportação brasile ira de cacau por país em 1971

AMÊNDOAS MANTEIGA TORTA OUTROS TOTAISEm termos amêndoas

PAISES Volume

I k9Valor

USS

Volume

*9

Valor

USS

' VolumeI1 kg

Valor

USS

Volume | Valor Volume | Valor' I

USS kg I USSI

Estados Unidos 65.003,458URSS 22.610.760Argentina . .. 9.842.720Polônia 8.179.8U0Hungria . ..., 3.019.980liulgária 2.223.600Homênia 1.300.020Chile 1.105.940Países Baixos 1.020.000Uruguai 975.9C0üílgica 951.030F.-spanha 849.900Canadá 636.000Al. Ocidental 526.500R. Sul-Africana 339.960Porto Hlco ... 184.920Itciro Unido .. 120.000Dinamarca . .. 90.000Kuícla 60.000Paraguai 30.000Bolívia ...... 980AI. Oriental .. —JapÜo —Israel _Trln.-Tobügo —Guatemala ... —Clngapura ... —

TOTAIS 119.071.498

32.234.84113.026.0635.321.3404.306.7771.492.8141.142.422

610.510601.693498.503

516.974G2.623416.755304.874262.200164.63395.92251.00041.09024.39615.609

1.153

1.635.0008.150.000

1.000.CO05.432.0C0

12.4005.0001.500

625.000

2,415.000

987.000818.000

1.922.750 13.310.1009.526.500 —

— 1.243.000

1.195.6166.057.031

14.2856.2001.650

692.00-)

2.743.301

288.650

50.0001.425.000

2.425.000

1.189.210 —986.635 —

260.00011.325

2.927.089

395.521

103.117

13.2.-0506.700

714.231

83.9953.624

3.325.012

334.260

23.376

10.C00

2.00064.725

10.00055.000

90.807287.301

2.3751.035

701.503

148.041

17.020

1.400

1.44019.245

200011.850

52.451131.022

1.611552

69.502.40844.371.2609.842.7208.179.8003.019.9802.223.6001.300.0203.775.940

15.523.4401.009.008

964.350853.965636.000

2.195.250339.960

6.632.970,120.000

90.00060.00030.000

9802.635.2902.184.060

61.681.315 21.130.900 24.335.178 19.013.075 4.747.547 4.213.951 1.088.217 175.491.001

37.786.18322.552.565

5.864.9024.366.7771.492.8111.159.442

610.5101.797.3066.556.933

663.500468.828433.095830.819954.200166.633

3.565.32451.00041.09024.39668.051

132.1801.189.210

986.63583.9953.6241.693

552

91.852.257

ODS.: Foi utilizado para conversão cm termos de amêndoas o Índice 2,67 da FAO.

COLUNA TMercados do turismo

O turismo ocupa, cada vez mais, um lugar demaior importância dentro das sociedades modernas,tanto a nivel internacional como no plano nacio-nal, ,pela sua enorme relevância do ponto de vistasocial e econômico — afirma o Boletim Informativodo Centro de Turismo de Portugal.

— Essa importância resulta, no campo externo,de o turismo constituir um forte propulsor econô-mico dos países em vias de desenvolvimento, cri-ando ou melhorando as condições necessárias àcompra de bens e serviços no estrangeiro e à atra-ção de capitais, e de nos países desenvolvidos serum fator de propaganda externa, de valorizaçãocultural e física das populações, contribuindo paraa estabilidade social.

No campo interno constitui fonte de prosperl-c^ade econômica na medida em que ativa o comer-cio internacional, diminui as diferenças regionais,promove economicamente as regiões de difícil aces-so à industrialização ou dotadas de fracos recursospara a agricultura, aumenta as receitas públicas,ativa o comércio e conseqüentemente é fator de pro-moção 'social e cultural.

— O turismo — diz a publicação portuguesa—, tal como qualquer outra atividade econômica,caracteriza-se por duas ações distintas: uma' deconsumo e outra da produção. Por um lado, a pro-dução turística deve oferecer qualidades, quantida-des e preços ajustáveis tanto às pontencialidades.gostos e capacidade econômicas dos consumidores(turistas), como à concorrência de terceiros. O con-sumidor turístico, deve possuir capacidade econô-mica suficiente, dispor de um mínimo de culturae estar convenientemente informado da região oupaís a visitar, a fim de se valorizar pela experiên-cia obtida. O consumo e a produção turísticas ou.por outras palavras, a procura e a oferta turísticas,constituem os princípios-base do fenômeno turísti-co: o lugar teórico de encontro desses dois princí-pios constitui o mercado turístico;

O artigo extraído do livro ProTnoçõo Turísticoe assinado por José Carrasco, diz ainda que, o tu-rlsmo processa-se em dois grandes movimentos prin-ciipais: turismo nacional, que é aquele realizadodentro de um determinado país pelos seus própriosresidentes c turismo internacional, que é o efetua-do entre países pelos respectivos residentes.

Neste último considera-se como turismo recep-tivo ou centrípeto aquele que conduz as correntesturísticas para um determinado país e íurismo cen-tríjugo aquele que, a partir desse país, Os dirigepara o exterior.

— Embora o turismo como ciência nova aindase encontre numa fase primária e se torne neces-sário desenvolvê-lo e aprofundá-lo em todas assuas vastas implicações quer de natureza econô-muca, quer humana, parece poder-se, no entanto,enunciar princípios fundamentais de valor genera-lizado.

Assim, a experiência demonstra oue as corren-tes turísticas se estabelecem direcionaímente a par-tir dos países ricos e desenvolvidos de moeda for-te, para os menos ricos e de moeda fraca. Da mes-ma forma, as correntes ou fluxos turísticos enca-mlnham-se. regra geral, dos países frios para os declima quente ou temperado. 'Estas regras — afirma José Carrasco — em-bora nao se possam tomar como verdades absolutas,representam as tendências dominantes e permiteminduzir facilmente a caracterização dos mercadosem geradores; e receptores,

• INCENTIVOS NA GB « COMODOROCerca de 40 instituições

financeiras, lideradas pelaGefisa S.A. Corretora UeCâmbio e Valores Mobília-rios, estão iniciando a cap-tação nacional de incenti-vos do Imposto de Rendadas pessoas jurídicas paraaplicação de Cr$ 8.190.000,00na conclusão das obras doCenter Hotel, já em fase deacabamento, no Estado daGuanabara.

A captação foi autorizadapela Embratur e o novo ho-tel, localizado no centro dacidade, deverá começar afuncionar no primeiro tri-mestre de, 1973, dispondo de150 apartamentos e escrito-rios para uso de seus hós-pedes. A aplicação de incea-tlvos no Center Hotel pro-porcionará aos investidores— como sempre — a parti-clpação integral nos lucrosdo empreendimento.

• ANTITURISMO

1 — Orlando Gandara, pro-prietárlo de alguns hotéis naBarra da Tljuca, ganhou aconcorrência para explorar oHotel das Palnelras. Ao mes-mo tempo que recebe turis-tas em excursões pelo Corco-vado e pelas estradas doParque Nacional da Tijuca,o novo hotel de Gandara vaisofrendo reformas. O tetodo bar que tem uma belavista da cidade está sendopintado de azul, ao mesmotempo que abriga os fregue-ses. Não acontece outra col-sa: casos e casos com algunsvisitantes reclamando por-que ficam com suas roupasmanchadas de tinta a óleo.

2 — Apesar de uma dasmaiores atrações turísticasdo Brasil ser o nosso futeboltricampeão do mundo, aFederação Paulista de Futc-boi, através de um dos seusfuncionários, Sr. Paes Leme,vem se negando a prestarinformações aos visitantesque procuram a entidade, in-teressados em saber sobre ahistória do futebol bandel-rante ou até mesmo sobredados para serem divulgadosem veículos editados em ou-tros Estados ou até noexterior.

Paulo Meimberg, diretorda Companhia de Hotéis Co-modoro, inaugura dia 18, oTerraço Comodoro, em nome-nagem ao sesquicentenárioda nossa emancipação poli-ticà, Com uma bela vista dacidade de São Paulo, os Sa-lões Independência e D. Pe-dro I servirão para a reali-zação de convenções e coque-téis, podendo receber até 300pessoas.

HII/TON

u Desenhado em forma de"Y", dando a seus hóspedesuma visão do mar ou damontanha, o Madeira Hiltoninaugurado na ilha do mes-mo nome, possui 260 aparta-mentos, todos equipados comar refrigerado e a maioriacom ampla varanda. Arqul-tetura, objetos de arte e mo-biliário foram selecionadospara o Madeira Hilton coma intenção de traduzir as ca-,racterísticas da Ilha da Ma-deira.

TROPICAL

O Tropical Hotel PauloAfonso, da Companhia Tro-Picai de Hotéis, inauguradorecentemente, possui 60apartamentos com ar con-diclonado, quatro suites pre-sldenclais, duas piscinas,american-bar e restaurantes-A diária para casal com caféda manhã custa 100 cruzei-ros. Nas suites o preço é 200cruzelroi

CURSO

Belo Horizonte (Sucursal)— Em prosseguimento aoseu trabalho para o turismo,o Senac promove, a partirdesta semana, o Curso deAdministração de Agênciade Turismo. O curso terá aduração de 10 dias, com au-Ias de segunda a sexta e se-rá ministrado por Zeno Fur-tado, "campeão de vendasda Pan American em todo omundo em 71 e gerente destacompanhia em Minas Ge-rais". Os temas do currículodo curso serão estudadosmediante exposição teóricae debates. Serão apresenta-dos slides e filmes de turis-.mo no Brasil e em paísesque baseiam sua economianessa atividade.

4DIRETOR ECONÔMICO

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Uma taxa média anual de 16-2 Por cento, ei-ZãZ

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fi do indústria exportadora. A possível adaptação do mo-ãélo japonês âe expansão âas exportações nos países emvias de âesenvolvimento é analisada amplamente em doisestudos apresentados em outubro do ano passado no Se-minário sobre Estratégia para Exportação realizado naAssociação Comercial de São Paulo. Os dois estudos —"O Fomento das Exportações no Japão e a Aplicação des-ta Experiênda na América Latina" e "As Empresas deComercialização Integrada do Japão" — foram elabora-ãos por técnicos âa Cepal (Comissão Especial para aAmérica Latina, âa ONU), e mostram a evolução do co-mérdo exterior no Japão e a origem, características, fun-ções e critérios de organizações das trading companies.

RAZÕES DO CRESCIMENTOO crescimento extraordinário das exportações japo-nesas (16,2 por cento no» últimos quinze anos), pode serexplicado por uma série de estímulos concedidos pelo go-verno para ampliar as vendas ao exterior. Nos últimos

quinze anos a composição da pauta de exportações foialterada radicalmente. A venda de produtos têxteis e dealimentos que representava 46 por cento das earortaçõe.totais, caiu para 20 por cento, enquanto as exportaçõesde máquinas e equipamentos subia de 15 para 42 porcento.

Entre 1960 e 1967, os preços dos produtos exportadosdiminuíram em cerca de 5 por cento tornando-os mais

Baneos vão participar"Trading". a melhor forma de vender

,!_. ^XÍSte7n„peI<> menos <luatro sistemasae comercialização (externa). No primei-ShJL? maistco'num' Predomina a vendadireta ao exterior por parte das compa-nbias: produtoras. Outro sistema conhe-cido é o utilizado pelos países socialistase alguns países em vias de desenvolvi-mento: existe um organismo especial decomercialização controlado pelo EstadoUm outro sistema utilizado por países emdesenvolvimento (sistema misto) inclui aparticipação de entidades públicas e pri-vadas, nacionais ou estrangeiras, na co-merclaltzação dos produtos.O sistema japonês é diferente de to-dos, já que o Estado não participa dasoperações das empresas de comercializa-cao e o comércio global ou de um produ-to não estão concentrados em um só or-ganismo. O comércio direto feito pelasempresas produtoras, apesar de existirtambém, não é o principal método utlli-zado no Japão. •

Segundo dados fornecidos pelo Ml-nlstério da Indústria e Comércio Inter-nacional em 1969 existiam no Japão 8.770empresas que se dedicavam ao comércioexterior. Entre elas estavam as empresasde comercialização e as grandes empre-sas produtoras. As empresas de comercia-llzação correspondia 70,6 por cento dovalor das exportações e 82,2 por centodas importações.

As 27 maiores empresas comerciais,cujo valor de vendas ultrapassou a 100milhões de ienes (quase um bilhão e 600milhões de cruzeiros), foram responsáveispor 64,5 por cento do valor das exporta-ções e 75,5 por cento das Importações.Segundo outras fontes às 10 maiores em-presas de'comercialização correspondeuem 1969 46,9 do total ,das exportações e62,3 por cento das Importações.

Estas dez empresas podem ser cha-madas de trading companies (SogoShosha) por sua alta participação no co-mércio exterior de quase todos os produ-tos. e por seu moderno sistema de co-merclalização. Três delas foram forma-das por empresas que pertenciam antes™.5 G2,err?. à Zalbatsu «Mitsubishi,Mitsui e Sumitomo). cinco se originaramde empresas comerciais de produtos téx-teis (Marubendi-Iida, C Ito™mem,Nichimen e Kanematsu-Gosho) e as res-tantes têm origem em empresas comer-ciais de produtos metálicos (Nlssho-2 A.•*t^angyo). Em princípios de1970 estas empresas mantinham 67 escri-tórios no exterior e empregavam em mé-dia 5.844 pessoas.

Estas dez empresas comercializamquase todos os produtos não obstante aproporção relativa dos produtos diferen-tes entre elas, segundo sua origem Porexemplo: algumas empresas que deriva-ram de empresas de comercialização detêxteis mantém uma elevada proporçãodeste produto em suas vendas.

As empresas de comercialização Inte-grada participam ativamente do comer-cio Interno As operações de comércio in-terno e externo se complementam. Porexemplo: os canais de distribuição man-tidos por elas no mercado nacional íacl-Iltam suas Importações. O comércio inter-no das trading pode atingir um valorigual ou maior do que o total das expor-taçoes e importações realizadas por elasApesar, de sua grande escala de opera-ção, eficiência relativa e alto grau de dl-verslficação, nenhuma das empresas temuma posição de domínio absoluto ou mo-nopollstico nem no comércio externo nemno interno. Vale a pena assinalar que acompetição entre as empresas de comer-cialização e em particular entre as em-presas de comercialização integrada nãopermite o estabelecimento de monopólios.A taxa de utilidade bruta (utilidade bru-ta dividida pelo valor das vendas) detodas as empresas comerciais do Japãofoi de 0,9 por cento enquanto a taxa cor-respondente às dez maiores empresas decomercialização integrada foi de 0,34 porcento.

FUNÇÕES¦-¦ I

As funções das empresas de comer-cialização integrada são múltiplas e émulto difícil tentar classificá-las de for-ma sistemática. Para facultar a com-preensão das funções das trading compa-nies o estudo da Cepal distingue as fun-ções básicas das combinadas e comple-mentares. As funções básicas seriam: a)transação; b) financiamento; c) armaze-namento e transporte; d) informação emarketing.

a) Transação: A execução de todosos trâmites da transação, Incluindo con-tratos, formalidades legais, entrega e pa-gamento constitui funções básicas dequalquer empresa comercial. Esta funçãoraramente ó realizada de forma Isoladapelas empresas de comercialização inte-grada do Japão pois elas combinam estaoperação com outras funções. Neste sen-tido estas empresas diferem claramentedo simples comerciante que trabalha abase de comissões. As trading realizamsuas transações tanto por conta e inicia-tiva própria como por conta e Iniciativade terceiros.

Em relação a esta função poderiamdlstlngulr-se três formas de atuação dastrading. Em primeiro lugar elas mesmassubscrevem, o contrato de comércio. Emsegundo existem contratos cujas partessao os produtores e as empresas usuáriasaparecendo as empresas de comeroiali-zação como avalistas do contrato. Emterceiro lugar as empresas participam deuma operação sem serem mencionadasem contratos, limitando-se apenas a co-laborar nos trâmites administrativos edemais formalidades.

b) Financiamento — O flnanciamen-to é outra das funções fundamentais dastrading. Estas empresas além de mobilazarem capital próprio e dos bancos co-merciais obtêm financiamentos junto ainstituições públicas e paraestatais en-carregadas da promoção comercial. Asformas mais freqüentes de flnanciamen-to concedidas pelas empresas de comer-cialização integrada são: 1) Desconto deletras de exportação; 2) Pagamento an-teclpado do valor das exportações aosprodutores; 3) Financiamento destinadoa Investimento em equipamentos Indus-trlais e gastos necessários de racionali-zação da produção, especialmente paraempresas pequenas e médias.

O Armazenamento e Transporte: Con-seguir o armazenamento e transporte osmais racionais possíveis tem sido umadas funções importantes das trading noJapão. Isto porque o custo de comérciopode baixar consideravelmente com autilização de sistemas eficientes de ar-mazenamento e transporte. Para algunsprodutos é importante a existência dearmazenamento para diminuir o custo dacomercialização. Multas vezes as tradingconseguem colocar excedentes de produ-tos de exportação em um período derecesso. No que diz respeito a transporteas empresas de comercialização integra-das conseguem contratar fretes mais ba-ratos para prolutos de alto peso unitá-rio e promovem a utUização de naviosespeciais de grande tonelagem.Informações e Marketing: Outra carac-teristlca que distingue as empresas decomercialização integrada é uma amplaatividade de marketing que inclui nãosó pesquisa de mercado para determina-dos produtos mas também aspectos ge-rais relacionados com métodos de vendaalternativas de canais de comercializa-ção, estratégia, segundo produtos e mer-cados, etc.. As empresas, em alguns ca-sos, se encarregam inclusive da decisãodo nível de preços e diversas atividadesde promoção do vendas que em geralcorrespondem às empresas produtorasnos Estados Unidos e Europa. Outra dasatividades importantes destas empresasé a investigação dos regulamentos locaisdos países estrangeiros (restrições sobreas importações, tarifas, tipos de impôs-tos) e hábitos de consumo.

Além destas funções básicas as em-presas de comercialização integrada cum-prem ainda funções combinadas paraatender a objetivos específicos:a) Promoção das Exportações e Impor-tações: Esta função pode ser classificadaem três diferentes tipos de atividadesegundo a iniciativa de quem as realiza:1) pela própria Iniciativa das empresasde comercialização Integrada; 2) por Ini-clativa do seter vinculado ao consumodo produto; 3) por iniciativa do setorvinculado à produção do produto.b) Promoção da produção e exportação:As trading companies têm uma grandeexperiência na promoção sobretudo daprodução e comercialização de produtostêxteis. Deve-se Incluir nesta função aorganização das exportações de fábricascompletas. Em muitos paises, em vias dedesenvolvimento, são abertas concorrên-cias públicas para entrega de fábricasprontas para entrar em funcionamento.

c) Promoção da produção e impor-tações: As empresas de comercializaçãointegrada participam ativamente na pro-dução ou exploração em países estran-geiros de determinados produtos, em suamaioria matérias-primas industriais ealimentos para animais, destinados aoJapão. Esta função organizadora se rea-liza em estreita colaboração com as em-presas locais dos países estrangeiros. Emalguns projetos forragelros as empresasde comercialização têm colaborado tam-bém com federações de cooperativas agrl-colas compradoras destes produtos. Estafunção das empresas de comercializa-ção está se ampliando cada vez mais emvirtude da necessidade crescente que temo Japão de importar matérias-primas ealimentos. As trading fornecem equipa-mentos e máquinas para as empresasque deverão exportar para o Japão atra-vés de financiamentos a médio prazo. Ovalor total do Investimento ou financia-mento para projetos no exterior conce-dldo pelas dez maiores empresas de co-merclalização integrada do Japão atln-giram em 1969 a 322.500 milhões de Ienes,ou seja 40 por cento do valor total deinvestimentos e financiamento realiza-dos pelos Japoneses.

d) Organização de formas especiais decomércio exterior: Uma das funções im-portantes das trading é organizar for-mas especiais de comércio exterior comooperações combinadas, intercâmbio entreterceiros países, troca ou comércio trian-

, guiar, switchlng de superávit, etc... Nomomento a média do comércio entre ter-celros países é relativamente baixa (3 a4 por cento). Entre estas operações fi-guram: a exportação de produtos agro-pecuários dos Estados Unidos, Canadá eAustrália para os países asiáticos, a ven-da de manufaturas da indústria ligeirados paises asiáticos para os Estados Uni-dos e a Europa e comércio intrazonalna Asla. As empresas de comercializaçãointegrada obtêm também vantagens naorganização de operações combinadas deexportação e importação, ou de troca,com países socialistas ou países em viasde desenvolvimento cujo balanço de pa-gamentos se encontra em situação di-ficil ou cujo comércio exterior é contro-lado pelo Estado.

Poderão ser alinhadas ainda algumasfunções complementares:

a) Organização de investimentos nomercado interno: As funções que as em-presas de comercialização integrada têmno mercado interno estão intimamentevinculadas com as funções que desem-penham no comércio exterior. A princi-pai delas se refere ao comércio ataca-dista que canaliza os produtos nacionaise importados para os varejistas. Por esteconduto as empresas de comercializaçãomantêm Importantes canais para o co-merclalização interna de numerosos pro-dutos. Atualmente as trading estão em-penhadas na modernização do sistema decomercialização dando maior apoio aossupermercados racionalizando as despe-sas de atacadistas e varejistas e criandocentros de comercialização tomando emconta a evolução da demanda dos con-sumidores, a carência relativa porémcrescente de mão-de-obra e outras situa-ções novas deste setor.

b) Organização de Investimentos no ex-terior: A experiência dos canais de co-merclalização exteriores que as tradingpossuem são úteis para os projetos deinvestimentos no exterior. Ao participardo processo de industrialização dos pai-ses era desenvolvimento as trading pre-tendem obter uma série de vantagenscomo baratear o custo de transporte ecomercialização comparado com a produ-ção rio Japão, incorporar componentesproduzidos nos países em desenvolvimen-tos cujo custo de produção seja menorque no Japão. Na maioria dos casos asempresas de comercialização se encarre-gam destes Investimentos.

c) Promover a transferência de tecno-logla: Ar empresas de comercializaçãotêm servido como Instrumento de trans-íerência dc tecnologia nos dois sentidos:do Japão para o exterior e do exteriorpara o Japão. Em mais de 80 por centodas exportações japonesas de tecnologiaas trading serviram como intermediárias.

ADAPTAÇÃO

Um dos fatores que impedem a ex-pansáo das exportações dos paises emdesenvolvimento, sem falar nas condiçõesde competição no mercado internacional,é a falta de experiência dos produtorescom processos de comercialização. Astrading companies japonesas mostraramgrande eficiência na promoção das ex-portações de produtos que nunca haviamsido colocados no mercado internacional.

A experiência ensina que quantomaior a escala de operações menor ocusto unitário sobretudo no comércio ex-terior que exige grande quantidade derecursos para instalação de escritórios derepresentação no exterior. Informaçõessobre mercados, etc... Neste particularas empresas de comercialização Íntegra-da poderiam desempenhar um papel Im-portante nos países em desenvolvimentoonde é menor a disponibilidade de recur-sos e mais urgente a racionalização decustos.

O processo de integração de paisesem desenvolvimento como a Alalc, Mer-cado Comum Centro-Americano, pactoAndino, etc... poderia ser beneficiadocom a criação de instituições especializa-das em operações combinadas, comérciotriangular entre países membros e entreeles e terceiros paises além de outrasfunções de organização e promoção.

Para os países em vias de desenvolvi-mento existem duas alternativas: oucriar novas instituições (trading) ou orl-entar as empresas comerciais para umsistema adequado mediante a concessãode incentivos.

FLÁVIO PINHEIRO

competitivos no mercado internadonal. A diminuição dospreços das exportações pode ser atribuída principalmenteao aumento rápfdo e contínuo da produtividade do setormanufaturara. De 1955 a 1968. o aumento de produtivi-dade do setor industrial chegou a 11,3 por cento enquan-to que nos Estados Unidos não ultrapassou a 2,9 por cen-to e na República Federal da Alemanha atingiu a 4,2 porcento.

Os Investimentos foram canalizados para a indústriapesada e indústria química, pois os dois setores ofereciammaior possibilidade de expansão. Em 1955. o governo ela-borou um plano qüinqüenal estabelecendo como meta bá-sica da política industrial a modernização das indústriasorientadas para a exportação como a mecânica, a químinca e a de produtos têxttís sintéticos. Para executar esteplano foram adotadas medidas legislativas que vieram so-mar-se à Lei de Fomento da Indústria Eletrônica e à

Lei de Fomento da Indústria Mecânica aprovadas em1952. O Ministério da Indústria e Comércio Internacionalestabeleceu em 1955, um conjunto de medidas visando odesenvolvimento âa indústria petroquímica.

Duas leis que entraram em vigor em 1950, serviramde base para a política tecnológica do governo japonês:a lei sobre investimento estrangeiro e a lei de controlecambial e comércio exterior. As duas leis incentivaram aintrodução de tecnologia estrangeira mediante contratosde aquisição de patentes e de uso de know how.

ExclusivoDIRETOR J-CWOMICO

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Trading Companies

do comércio externo

i

A concessão de um estímulo especial aos ban-cos, para que estes possam associar-se às firmasexportadoras, a transformação dos entrepostos adua-nelros, cujo funcionamento será liberalizado, e aextensão — para as empresas especializadas em co-mércio exterior — dos benefícios atualmente con-cedidos ao produtor de manufaturados para expor-tação constltuem-se nos principais estímulos que oGoverno pretende oferecer às futuras trading com-panies.

Ao oferecer tais benefícios, entretanto, o Go-verno estabelecerá também uma série de exigências,entre elas a fixação de capital mínimo, além denormas relativas a composição deste capital a fimde preservar — mesmo na associação com gruposestrangeiros — a hegemonia de decisões para oempresariado nacional, segundo declarou o chefeda Assessorla Econômica do Ministério da Fazenda,Eduardo de Carvalho, em entrevista exclusiva parao DIRETOR ECONÔMICO.

Um rótulo, um conceitoAo adiantar aspectos da constituição das futu-

ras companhias de comércio brasileiro, Eduardo dcCarvalho afirmou que a expressão trading compa-ny ê, na verdade, mais um rótulo que se tem usa-do cotldianamente em relação ao assunto do queuma verdadeira designação para as empresas cujaregulamentação está sendo estudada pelo Governo.Na opinião do chefe da Assessoria Econômica doMinistério da Fazenda, trading company é um fenô-meno japonês típico, resultante de uma estruturapolítica, econômica e social que. nada tem a vercom a realidade do Brasil.

Na verdade, disse, o que se quer é "viabilizarinstrumentos novos de comercialização externa como objetivo de engajar o setor comercial brasileirono esforço de desenvolvimento das exportações".

Começou pela produçãoAté agora, declarou Eduardo de Carvalho, o es-

forço governamental no sentido do desenvolvimentodas exportações concentrou-se, quase que exclusi-vãmente, no setor de produção: os incentivos fiscaise os financiamentos foram concedidos para que estaprodução se tornasse competitiva lá fora. E quemquer que analise o setor de comércio exterior bra-sileiro verifica que nós, tradicionalmente, somoscompradores, ainda não atingimos o estágio de ven-dedores. Naturalmente, que existem exceções cm ai-guns setores, mas o panorama geral é este.

E citou exemplo: a Anderson Clayton, maiorexportadora de café brasileiro, não é, na verdade,uma exportadora brasileira mas, antes, um compra-dor que aqui se instalou a fim de atuar em me-lhores condições. "Isto não é uma crítica", dizEduardo de Carvalho, apenas uma avaliação danossa posição no mercado internacional.

Problema custo de vendaContinuando em sua análise, Eduardo de Car-

valho afirmou que, na verdade é muito difícil parao pequeno produtor brasileiro de manufaturados es-tabelecer-se como exportador de seus próprios pro-dutos. Isto porque o custo de venda no mercadointernacional é muito alto e acaba tornando caroo produto que, assim, perde seu poder de concor-rência. Foi a partir desta constatação —- e do pen-samento que vender no exterior é uma tarefa espe-nífica e altamente especializada — que o Governochegou às companhias de comércio exterior. Expor-tar é, ainda, para o Brasil, uma tarefa nova. Ta-refa que, normalmente, é multo cara e exige imen-sos investimentos, desde a formação de um técnicoaté a instalação de escritórios no exterior, rede decoleta de dados, pesquisa de mercado. O produtopara exportação não deve, pois, ser somente produ-zido dentro de padrões técnicos internacionais e exi-gidos pelo mercado que o vai consumir. Ao ladodisto, é preciso, também cuidar dos concorrentes,avaliar a creditibilidade do comprador, no caso das

. vendas à prazo, e uma gama imensa de atividadesque só podem ser desenvolvidas eficientemente poruma empresa especializada. Outro problema é aquestão do volume das exportações: quanto menosvolume, mais cara é a operação devido à problemascom fretes, transportes etc. Só a exportação degrandes partidas — mesmo que elas sejam consti-tuídas de pequenas parcelas de produtos diferentes— é coisa rentável, pois dilui o custo das vendas-Partindo-se destes dois pontos — necessidade deespecialização e de realização de negócio em gran-des volumes — a idéia da criação das companhiasde comércio é paralela à de fusão e incorporaçãode empresas, da. maneira como elas vèm sendo es-timuladas pelo Governo.

A trading, como seráAo falar sobre o que chama de estímulos básl-

cos que serão oferecidos às futuras companhias decomércio, Eduardo de Carvalho citou, em primeirolugar, a possibilidade de as futuras trading atuarem,para efeitos tributários, dentro da linha de benefí-cios que vêm sendo concedidos ao produtor-exporta-dor. Ao produtor, como se sabe, são concedidas nãosomente Isenções como também créditos de IPI eICM, no caso da exportação de manufaturados. Peloprocesso de incentivos, o Governo supõe que o expor-tador tenha efetuado o pagamento de tais Impostose realiza a abertura de um crédito Igual ao pagamen-to suposto. Com este crédito, o exportador tem con-dlções de realizar uma série de operações que, obje-tivamente, aumentam o seu capital de giro. Tais van-tagens, entretanto, não são estendidas aos meros co-merclnntcs. Daí o desinteresse do empresariado bra-sllelro em criar empresas só para a comercializaçãono exterior.

Desta forma, a primeira vantagem que se apre-senta para as futuras companhias de comércio é asua atuação como se fosse o próprio Importador, Istoé, adquirindo o produto livre de taxação de IPI eICM (e ainda candidatando-se a créditos).

Neste ponto, entretanto, Informou Eduardo, oGoverno está tratando de uma série de medidas quelhe permitam efetuar uma eficiente fiscalização, afim de evitar que uma suposta trading adquira os

T.TRF.TOR F.f.ONfMVITr.n

produtos livre de taxações e os revenda no mercadointerno, provocando tremenda evasão fiscal, além depoder dermoralizar o instrumento.

Junto com os bancosSeguindo a Unha da experiência japonesa com

as trading companies, o Governo brasileiro lnteres-sou-se pelo seu funcionamento junto a organizaçõesfinanceiras que lhes emprestassem a necessária ga-rantia no setor. O apoio financeiro, disse Eduardo deCarvalho, dá muito poder de venda no exterior, assimcomo garante as compras no mercado interno, pos-sibllltando a aquisição de grandes partidas. A capa-cidade financeira de uma tal companhia, concluiu,precisa ser muito grande para poder, inclusive, su-portar os possíveis dcficiís que surjam em determi-nadas fases do processo (que vai desde a compra aoprodutor até o seu desembarque num porto estran-geiro).

Para despertar o Interesse dos bancos no sentidode sua associação às companhias de comércio, o Go-verno está pensando na criação de "medidas cspecífl-cas que ajudem Isto a acontecer".

E dos entrepostos tambémAlém da associação aos bancos, uma outra asso-

ciação — a dos entrepostos aduaneiros — é funda-mental para a futura companhia de comércio, se estaquiser beneficiar-se dos incentivos fiscais oferecidospelo Governo. Isto porque, ao adquirir a mercadoriado produtor a companhia estaria obrigada ao paga-mento de impostos, dos quais ela consegue, entre-tanto, imediata Isenção no momento em que estoca ,o produto no entreposto aduaneiro que, desta forma,se transformam "num mecanismo essencial" a serutilizados.

É tão importante a utilização do entreposto, den-tro da série de medidas legais que estão decididasdentro do Governo, que a regulamentação do entre-posto (ou melhor, a modificação do atual decretoque o regulamenta) será divulgada junto da regula-mentação das próprias companhias de comércio, comoparte, aliás, deste processo.

No mercado internoDentro das diretrizes criadas pelo Governo para

a regulamentação das companhias de comércio inte-gra-se, também, a permissão para tais companhiasde atuação na comercialização Interna de produtos.Eduardo de Carvalho, refutando críticas de atacadls-tas tradicionais que se queixam do poder de concor-rência das grandes companhias, afirmou que osbenefícios concedidos às trading enquanto exporta-doras não são estendidos às suas atividades no mer-cado interno. Apesar disto, considera que, se o pro-jeto governamental começou a receber ciltlcas é por-que está no caminho certo, "no caminho das trans-formações". Isto porque, se ninguém reclamasse, istosignificaria que nada estava sendo mudado.

Além disto, explicou, a participação das compa-nhlas de comércio exterior no mercado interno bra-sllelro vai lhes possibilitar uma agressividade rne^r ;_jcomo importador. Para vender é preciso tan'.émcomprar, um exportador que deseje afirmar-se emdeterminado mercado tem maiores possibilidades namedida em que participar, como comprador, daque-le mesmo mercado. "É questão de entrar com umbom cacife..."

Transformação geralAo responder a pergunta sobre a possibilidade

ou não de uma trading exportar produtos brasl-leiros e não apolar-se nas vendas de café, Eduardodeclarou que. em princípio, isto seria muito difí-cil, baseando-se na importância das vendas de ca-fé no movimento total das exportações brasileiras.Entretanto, na prática, quem vender café vai tam-

' bém vender algodão, soja, tecidos, sapatos.*.. O queo Governo prevê, na verdade, é a transformaçãogeral do comércio exterior brasileiro. Neste senti-do, Eduurdo afirma que as empresas que hoje ven-dem café ou outro produto qualquer tradicional,amanhã terão de reorganizar-se e vender uma ga-ma muito maior de produtos, ou não terão maiscondições de crescer dentro do mercado brasileiro.

Para que aconteça esta transformação geral,acrescentou, será necessário muita coragem, não so-mente da parte do Governo, como também do em- .presariado. E também muita humildade, afirmou»ro sentido em que será necessário, constantemente,reconhecer os possíveis fracassos e revisá-los e pro-vocar novas transformações.

Política cambial, inflaçãoUm outro Instrumento, a política cambial em-

pregada pelo Governo desde 1968. será, na opiniãode Eduardo de Carvalho, também importantíssimopara as tarefas desenvolvidas pelas futuras com-panhias de comércio exterior, o sucesso deste em-preendimento, como também no próprio desenvol-vimento das exportações, dependerá, essencialmen-te, do combate à inflação. O equilíbrio do customanterá o equilíbrio dos preços, essencial para amanutenção do nível de competição dos produtosbrasileiros no mercado externo.

Outros incentivosAlém dos estímulos e incentivos citados pelochefe da Assessoria Econômica do Ministério da Fa-

zenda, uma outra gama de benefícios está sendoreivindicada pelo empresariado. Segundo fontes doBanco Central, é muito grande a tendência dos téc-nicos governamentais para a concessão de tais be-nefícios. Um deles será a regulamentação da uüli-zação dos containers para transporte de mercado-rias, regulamentação que deverá sair junto com adas trading companies. O outro seria a extensão,para as companhias de comércio, do benefício fis-cal relativo à redução do imposto de renda, conce-dido ao exportador.

Este benefício, atualmente, é oferecido ao pro-dutor, exportador, o qual poderá reduzir do seuimposto de renda (num limite de até 2o por centodo total do imposto a ser pago), o valor dos lu-cros conseguidos através de exportação de manu-faturados.A regulamentação das trading companies deve-rá ser divulgada dentro de dez dias, através de de-creto-lel.

ELOI CALAGE

MARKETINGComunicação & Desafio

EDMUNDO FONSECA

Os vencedores vão estagiar na APPO campo da criação em publicidade, como nmdos fatores mais importantes para o está^o-comu-nicaçao em marketing, atinge no Brasil um nivel dequalidade que está a exigir constantemente um apro-veitamento de mão-de-obra especializada. A publicl-dade, por sua própria natureza precisa sempre deidéias novas. Humildade mais insatisfação é igual acriatividade.

O jovem tem muito para dar. Justamente por \s-£0 e que a Aroido Araújo Propaganda instituiu noano passado o concurso '•Comunicação é o Desafio"comemorando o seu sétimo aniversário de fundação.A idéia era premiar os seis melhores trabalhos de uni-versitários sobre Comunicação.O concurso teve a participação de alunos de Co-municação da Universidade Federal do Rio de Ja-neiro, do Instituto de Arte e Comunicação Social daUFF, do Departamento de Comunicação da PUC

(GB) e da Escola Superior de Desenho Industrial.A promoção seguiu a filosofia operacional da agên-cia, que antes patrocinou o Salão da Bússola, apro-

ximando o artista do empresário; o Nordeste da Bús-sola, que trouxe para o Rio a arte primitiva do Nor-deste; e o Seminário Internacional de Marketing, quetrouxe ao Brasil os "Top-Twenty", da Sales and Mar-kcting Internacional.

O primeiro lugar do concurso coube ao estudan-te Basilio Adelino Miranda Pereira, do Instituto deArte e Comunicação Social da UFF; que concorreucom a monografia "O Simbólico nos Mass-Média";Jorge Maranhão Tavares, da Escola de Comunicaçãoda UFRJ, ficou em segundo lugar, com a monogra-fia "Ensaio por uma Teoria do Conteúdo Artísticoda Propaganda" e Renée Fertlg, da Escola de Co-municação da UFRJ, ficou cm terceiro lugar com omobile "Vamos brincar com Signos".

Em quarto lugar, o estudante Sebastião Amoedode Barros, da Escola de Comunicação da UFRJ, queconcorreu com a monografia "Jornal Comunitário:Um Veículo Discutível". Mónica Cotrim Pinheiro, doDepartamento de Comunicação da PUC, foi a quin-ta colocada, concorrendo com uma "Caixa de Sur-presa e Justificativa" e em sexto, o estudante PauloCésar Neiva dos Reis, aluno da Escola de Comuni-cação da UFRJ, cem o trabalho "A Poluição dosTrade-Marks".

Oportunamente falaremos sobre os trabalhos, poistodos têm muito a comunicar, principalmente paraquem duvida que o jovem possa ainda sem a tarim-ba de uma agência, apresentar coisas novas em pu-blicidade.

É também um alerta para os empresários anti-quados, os negativistas, que insistem em não aceitara inteligência, como propulsora de seus negócios. Portudo isso — e por muito mais que ainda vai dar àComunicação — os parabéns à Aroido Araújo Pro-paganda.

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O Produtos• MUNDIAL — Ricardo de Castro Coquet convidando parao: lançamento, dia 19, no Hctel Nacional Rio, da coleçãode cintos di Domani, da Mundial Artefatos de Couro, agoraempenhada em ganhar sua fatia no marcado feminino.Já famosa pelos cintos, carteiras e porta-document_s parahomens, a empresa criou cintos altamente sofisticados, re-juláveis, destinados às mulheres de bem gosto.9 TELEIMFRESSOR — Foi estabelecido recentemente umprotocolo entre o Grupo de Trabalho Especial (GTE/Fun-tec/111) da Marinha de Guerra e a E. E. Equipamentos Ele-trônicos S/A, para formação de empresa brasileira especla-iizada na construção de aparelhos eletrônicos de alta preci-fão. A indústria terá a participação do BNDE, da E. E.Equipamentos Eletrônicos e de uma empresa estrangeira aser e.çif.ialniente selecionada pelo GTE e pela Equipamen-tos Eletrônicos. A maioria do capital será brasileira. Porsua vez, a Marinha de Guerra Já está usando este teleim-pressor eletrônico — o EE-600 —, fabricado pela empresa:ar!oca, em ssus r.avios.

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lecnicoem pescano Brasil

SAO PAULO (Sucursal) —O especialista em coopera-tivismo de pesca, Leo Be-rube, está no Brasil parareorganizar a CooperativaMista do Litoral Norte doMaranhão, em Cururupu,dirigida pelo padre misslo-nário Jean Fillion.

Atendendo à solicitaçãodo Padre FUlion, o gover-no do Canadá enviou espe-cialista por meio do Ceso— organização sem fins lu-crativos que possibilita avinda de técnicos canaden-ses para assessorarem em-presas brasileiras. Esses es-pecialistas, trabalham semreceber remuneração e oobjetivo principal da missãoé intensificar as relações deamizade entre canadenses ebrasileiros.

Leo Berube, que é fun-cionário em atividade dogoverno canadense, ficaráno Brasil durante 5 sema-nas para fazer os estudospreliminares na Cooperati-va de Cururupu. Depen-dendo do resultado, ele vaiprovidenciar a vinda detécnicos especializados pa-ra atender às necessidadesde cada setor da Cooperati-va Mista do Litoral Nortedo Maranhão. Esta é a pri-meira vez que o especialis-ta vem ao Brasil. Comomembro da Aliança Inter-nacional de . Cooperativas-— organização que visa aincrementar o cooperativis-mo — já participou de vá-rios congressos internacio-nais onde foi discutido ocooperativismo como umadas formas de desenvolvi-mento dos povos. Berubediz que "centenas ou mi-lhares de pequenos produ-tores, se quiserem, podemse unir e trabalhar como umgrande. Para isto, basta or-ganização.»

Arroz teráboa safraeste ano

PORTO ALEGRE (Sucursal)— O produção brasileira dearroz, nesta safra, é estima-da em 6 milhões de tonela-das, das quais o Rio Grandedo Sul, participará com maisde 1,4 milhão, representan-do 24,5 por cento do total. Aprevisão foi feita pelo dire-tor-comercial do InstitutoRiograndense do Arroz, Ma-rio Bolzoni, que visitou osprincipais Estados produto-res do Pais. A área planta-da com arroz, no Brasil, pa-ra a safra 71/72. é de 5 mi-lhões de hectares, estandono Maranhão a maior exten-são de terras cultivadas comarroz, perto de 900 mil hec-tares.

ESTIMATIVAS DEPRODUÇÃO

É a seguinte a posição dosprincipais Estados produto-res de arroz, quanto à áreaplantada e sua participaçãopercentual sobre o total da¦oroducão brasileira, segun-do as primeiras estimativas:Rio Grande do Sul, com umaárea plantada de 430 milhectares, devendo produzirmais dp 1,4 m'lhão de tone-ladas. representando 24.5por rente; Goiás. 800 milha, 780 mi! t. 13,7 por cento;Marinhão. SOO mil ha, 720mil t, 12,8 por cento; SãoPaulo, 460 mil ha. 690 mil t,12,1 por cento; Mato Gros-so, 640 mil ha, 600 mil t.10.5 por cento; Paraná, 528mil ha 480 mil t, 8 4 porcento; Minas Gerais, 470 milha, 430 mil t, 7,8 Dor cento;Santa Catarina, 100 mil ha,240 mP t, 3.6 por cento e ou-tros 450 mil ha, 390 mil t,6,8 por cento.

POSIÇÃO GAÚCHA

Traçando um compara..-vo, com base naqueles da-dos, vê-se que, enquanto oRio Grande do Sul partici-pa com menos de 9 por centoda arei plantada, sua pro-dução se eleva a quase 25por '.e-.to do total nacional.Nos»; Estado, de há muitotempo, vem se destacando,no tocante a produtividade,tendo principalmente, sedistanciado nos últimos anos,graças à intensificação dosesforços para reduzir oscustos, com a introdução denovas técnicas de cultivoque vêm sendo coordenadaspelo Instituto Riograndensedo Arroz, a par de seus tra-balhos de pesquisa e experi-mentação para criar novasvariedades mais produtivas

e com maior resistência àsmoléstias, bem como paracombate às pragas e doen-ças. A atividade é compie-mentada com a assistênciadireta junto aos produtores.

Os resultados já alcança-dos são os melhores possl-veis. Nosso índice de produ-tividade, na lavoura de ar-roz, que em 1966, era de ...2.400 kg por hectare, é hoje

Ide 3.719 kg.

China: empresáriossondam o potencial

SAO PAULO (Sucursal) — A principal dúvida dosempresários comerciais paulistas sobre um Intercâm-bio comercial com a China é, atualmente, saber seo país de Mao-Tse-tung tem realmente potencial su-íiciente para comprar nossos produtos, pois muitosaspectos envolvem o problema.

Dessa forma, para esclarecer melhor alguns pon-tos nebulosos em relação a um possível comércio coma China Continental, os diretores da Federação eCentro do Comércio do Estado de São Paulo con-vidaram Horácio Coimbra, presidente da Cia. Ca-cique de Café Solúvel, que já esteve lá, para escla-recer as dúvidas existentes, na próxima terça-feiraàs 18 horas, na reunião plenária das entidades.

A estrutura do consumo chinês e sua compara-ção com o padrão ocidental, as formas de comercia-lização interna, problemas de transportes de merca-dorlas exportadas, informações sobre o mercado chi-nês, os produtos que poderemos exportar, são infor-mações que os empresários comerciais pretendem ob-ter de Horácio Coimbra que se prontificou a ofere-cer todo o material que possui a respeito, aceden-do assim ao convite que lhe íol formulado por JoséPapa Júnior, presidente da Fcesp—Cesp.

Um outro ponto importante que será abordadopor Horácio Coimbra refere-se às possíveis dlficulda-des que os empresários brasileiros encontrariam paranegociar com a China de Mao, tendo em vista a nãoexistência de relações diplomáticas entre o Brasil eaquele pais.

Pernambucanos vão

procurar mercadosRECIFE (Sucursal) — Cerca de 30 empresários per-nambucanos garantiram participar do programa deconquista de mercados externos para os produtosbrasileiros, preconizado pelo Itamaratl, mantendo, às17 horas de ontem, um contato com os emissários doMinistério das Relações Exteriores, no 10.° andar doedifício do Banco do Brasil. Na ocasião, o encarrega-do da Carteira de Comércio Exterior do Banco doBrasil, Geraldo de Sousa, chamou a atenção dosempresários para o "momento de responsabilidades"por que passa o nosso País, quando o Governo sentea importância das exportações para o desenvolvi-mento da Nação.

CONVITE

Paulo Meneses — que, juntamente com VicenteFerreira Pinto, foi enviado a Pernambuco para man-ter contatos com os empresários — explicou as van-tagens que advirão para os exportadores que se inte-grarem com maior ênfase na estratégia das exporta-ções adotada pelo Governo federal, afirmando sernecessário que se modifique o quadro de apenas oshomens de negócio do Sul participarem das promo-ções do Brasil no exterior. Explicou aos industriaise exportadores que um contato pessoal será mantidoposteriormente com todos aqueles desejosos de expor-tar seus produtos, pois uma das principais metasdo setor comercial do Itamaratl é a de atrair emâmbito nacional as Indústrias brasileiras para o for-necimento de mercadorias a países estrangeiros, demodo a que o Brasil adquira sempre mais divisaspara constituírem a base do nosso desenvolvimento.

PROMOEXPORT

O dlretor-executivo do Centro de Promoções dasExportações de Pernambuco (Promoexport), luisAlberto Hlchlnsen, prontlficou-se a desempenharqualquer trabalho de orientação aos empresários lo-cais com vista à participação deles em feiras inter-naiconais, enquanto o gerente em exercício da agên-cia centro do Banco do Brasil, Jorge Leal, agradeceua presença dos empresários à reunião. Entre outros,participaram do encontro — quando foi servido umcoquetel — os empresários Elmo Carneiro, da Pltu;Mlchel e Ursula Wlrth, da Urmi Calçados; AlbertoBezerra de Melo, do Grupo Othon; Horácio CamposMelo, da Pabat-Cermic; Joel Holanda, da Casa Ho-landa; Eduardo Gomes, da Caibe; Vinícius Almeida,da Peixe. Representando a Sudene, Albérico Melo. e,a Usald, Carlos Xavier. Da Promoexport, além doseu dlretor-executlvo, esteve presente Márcio Maciel.

Discurso de Nixonagrada canadense

O Presidente Richard Nixon pronunciou na 6exta-feira, em Otawa, um d'scurso dirigido em parte aUR8S e ao Vietnã do Norte e em parte aos canaden-ses, afirmaram ontem os observadores. O discursodo presidente norte-americano constituiu o acontecl-mento mais Importante de 6ua visita oficial de 40 ho-ras ao Canadá.

Segundo alguns observadores em Otawa, Nixonaproveitou sua visita, entre outras coisas, para levaradiante a política na Indochina, seus projetos deaproximação com a URSS e a China e sua campa-nha pela reeleição. Também assinou com o primeiro-ministro canadense; Pierre Trudeau, um acordo paraimpedir a contaminação dos grandes lagos.

Referindo-se às relações com os Estados Unidose Canadá, Nixon afirmou que é preciso ser respel-tada a identidade diferente de cada um e seu di-reito de buscar seu próprio caminho para a Indepen-dência econômica. "Somos diferentes, reconheçamosIsto uma vez por todas", afirmou.

Os parlamentares canadenses aplaudiram caloro-samente Nixon umas 15 vezes pelo menos antes deovacioná-lo de pé no ílnai de seus discurso, Indica-ram os observadores.

No sexta-feira pela manhã, o Presidente Nixone o Primelro-Ministro Pierre BUlott Trudeau se reu-niram durante duas horas, até chegarem à conclusãode uma revisão de suas respectivas posições, tendoem vista reiniciar as negociações sobre vários litígiosde ordem econômica. Essas negociações teriam sidosuspensas em fevereiro.

Um dos capítulos mais difíceis de letígio diz res-peito à indústria automobilística em ambos os países.Os Estados Unidos reclamam a supressão de algumastarifas de alfândega, a fim de melhorar o deseqúllí-brio de sua balança comercial.

O problema geral das inversões estrangeiras noCanadá, país cuja economia é controlada em 81 porcento pelo capital norte-americano, não foi abordado.O Canadá afirmou que deseja criar, antes de 1980, ummercado nos EUA para sua produção de urânio. Esteproblema foi tratado por Mitchel Sharp, chancelercanadense, e por Donald MacDonald, ministro deMinas e Energia, nas conversações com o secretáriode Estado, Wllliam Rogers.

Outro problema discutido a nivel ministerial foio da expiração, no próximo ano, do Tratado Norad(defesa aérea da América do Norte, ou seja, Canadáo EUA) e que começará a ser discutido antes de umano. Nixon e Trudreau trataram de um projeto decooperação para proteger a natureza no Interior doAlasca e de Ylkon. (Otawa, AFP).

Lei sobrecouro a

indústriaPORTO ALEGRE (Sucursal)— O secretário dà AssociaçãoComercial e Industrial deNovo Hamburgo, AlbertoCardiga, disse ontem que aproibição da exportação decouro cru vinha sendo pedi-da desde 1968. Naquela épo-ca, disse Cardiga, ainda sejustificava a venda de cou-ro para o exterior mas ago-ra, com o crescimento de de-manda internacional de cal-çados e com os negócios queo Brasil tem feito nestes mer-cados, a exportação de cou-ros era um dos problemasmais graves para as.indús-trias nacionais de calçados.

Disse ainda que nos últi-mos meses foi registrado umaumento de 40 por cento nopreço do couro cru no mer-cado internacional, o que oca-sionou a retirada dos prin-cipais fornecedores, Uruguai,Argentina e Estados Unidos.

Alberto Cardiga disse queapós a Resolução 373 daCacex não haverá mais pe-r;'go de faltar matéria-primae que o Brasil, com isto dei-xa de favorecer seus concor-rentes no mercado de calça-dos, pois fornecia couros pa-ra a Itália e Espanha, osgrandes calçadistas Interna-cionais. Para ele a partir deagora os cortumes irão ex-perimentar uma grande ex-pansão, com a procura docouro no mercado interno.

Luís Vieira, industrial debfneficiamento do couro afir-ma que a Resolução da Cacexvai acabar com a capacida-de ociosa dos cortumes e coma alta dos preços que só nopassado atingiu a 70 por cen-to.

Também os calçadistasbrasileiros terão a vantagemde trabalhar com percentualmaior de couros, livre debernes, carrapatos e marcasde arame farpado, pois as ex-portações (1,2 milhão decouros) eram da matéria-prima mais quallficRda exis-tente no Rio Grande do Sul,K-sponsável por 50 por cen-to do couro produzido noBrasil.

Aumenta afabricaçãode carros

SAO PAULO (Sucursal) —A volta ao ritmo normal detrabalho após férias coletivasconcedidas entre dezembrode 1971 e janeiro de 1972numa das principais indús-trias do setor resultou emaumento de 34,1 por centona produção de automóveise camionetas de uso mistoem fevereiro deste ano, emrelação ao mês anterior, se-gundo estudo realizado portécnicos da Secretaria deEconomia e Planejamento.

Nos dois primeiros mesesde 1972, a indústria automo-bilística brasileira produziu82.744 unidades de autoveí-culos (só em fevereiro, essaprodução foi de 47.400 uni-dades), o que representa au-mento de 33,3 por cento cmrelação aos dois primeirosmeses de 1971.

A produção de utilitáriosque em fevereiro deste ano,decresceu de 7,9 por centoem relação ao mês do anoanterior, nos dois primeirosmeses de 1972 acusou aumen-to de 3,0 por cento.

Foi o mesmo fator — fé-rias coletivas — em uma dasindústrias produtoras de ca-minhões pesados, o respon-sável pela queda da produ-ção dessas unidades em fe-vereiro de 1972 (3.088 uni-dades de 6,1 por cento emrelação ao mês anterior.

Elevadas taxas de cresci-mento vêm sendo registradasdesde 1970 na produção daindústria de tratores do Bra-sil que chegoui em fevereirode 1972, a 70 por centoquanto a de tratores médiose a 22,9 por cento para a detratores pesados, em relaçãoa janeiro.

Paulistasdebatem

produçãoSAO PAULO (Sucursal) —Problemas da economia agrí-cola de São Paulo ante omercado externo serão deba-tidos na próxima reunião doAlto Conselho Agrícola, mar-cada para terça-feira, na Se-cretaria de Agricultura.

Técnicos da pasta da pro-dução íoram convocados pa-ra a análise do tema, sob adireção do Secretário Ru-bens Araújo Dias, que é opresidente do ACA.

Do programa, além do es-tudo da economia agrícolapaulista, sua evolução, preçodos produtos, renda da agri-cultura, industrialização naárea rural, transporte; arma-zenamento etc, constamquestões sobre perspectiva domercado externo, política dedesenvolvimento nacional, es-tímulos governamentais, pes-quisas de mercados poten-ciais e problemas relaciona-dos com o assunto.

AUTOMÓVEISBotando o pé no chão

MAURO RIBEIRO

O tema é a um só tempo complexo e prosaico, por-que técnico, no primeiro caso, e por suas conotaçõesfolclóricas, no segundo. O tema é estatística, a ciên-cia da tabulaçâo dos números, índices, percentuais e:outros símbolos menos votados. Uma ciência que noBrasil ainda não "pegou", como antiganiente se dl-_la de determinadas leis, como se lei comportasse es-peculações quanto à seu efetivo cumprimento ou não..

A Introdução se Justifica pelo caráter prosaicoque a matéria assume, não raramente, em nosso País.Quanto à sua complexidade, preferimos não emitiropinião, exatamente por ser complexa, fora, portan-to, das cogitações (e limitações) do colunista. Defl-nidas posições e situações, vamos à questão estatís-tica quetanto vaivém tem provocado no setor auto-mobilístico:

Há quem afirme que o Brasil dispõe de um mer-cado consumidor potencial de 20 milhões de veículos,estimativa que estaria na base das sempre arrojadasexpansões das fábricas. Há quem afirme, mas nln-guém prova, exatamente por falta de pesquisa esta-tistlca adequada. Na matéria, os estudos realmentesérios são diminutos, inexistentes mesmo, mas o fatoparece não preocupar os fabricantes que vendemcada vez mais para um mercado cujo potencial efe-tivo de demanda tem fugido até hoje de enquadra-mentos teóricos, para se afirmar em termos práticosque, se não convencem na teoria, são a própria reall-dade na prática. Quero dizer, a crescente comercia-lização de automóveis no Brasil é explicável de mile uma maneiras, mas não da maneira tecnicamentecorreta, ou seja, como conseqüências de pesquisas demercado indicativas de pólos de consumo, de ten-dências, perspectivas etc.

Mas como toda realidade tem seu peso — e for-ça de convencimento —, parece não existir nada maisa discutir, a não ser a possibilidade de um dia omercado exigir outro tratamento estatístico, que lhedimensione o quanto crescer, como crescer, estimandoigualmente as fases e época de cada expansão, tudoprevisto e tudo combinado, a fim de que não ocor-ram surpresas desagradáveis.

Não foi nisso nenhum cassandrismo, e menosainda mau agouro para um setor que, mais que qual-quer outro, sintetiza o vigor de um crescimento eco-nômlco raras vezes atingido em âmbito mundial. Oque se quer, por exemplo, é evitar superdimensiona-mentos de demanda capazes de provocar recuos, de-tonadoves de crise setorial que fatalmente espalharáreflexos sobre toda a economia nacional,, por causado gigantismo inerente à atividade produtora de auto-veículos.

Esse negócio de dizer que o mercado se cria na-turalmente, teve seu valor na época da implantaçãoda indústria automobilística, quando as necessidadesinsatisfeitas eram de tal nível que, criadas as condi-ções mínimas de um atendimento Inicial, o restanteviria em ritmo de canguru, engulindo barreiras equalquer outro tipo de obstáculo por acaso apresen-tado. De uns três anos para cá, o mercado consumi-dor com algum potencial de demanda se viu progres-sivamente satisfeito e ingressou num segundo estágio— o da opção pela qualidade, estilo, facilidade decompra etc. —, o que desencadeou um acirramentoda concorrência entre as fábricas, em busca da cria-ção de uma terceira fase, mais sofisticada, mais difi-cil de ser atingida por um setor que nem ainda maio-ridade cronológica atingiu: a fase do rodízio anual,ou seja, a troca de modelo de ano a ano.

Deixemos olaro que o País não vai parar, nemnada faz supor a diminuição de seu ritmo de cresci-mento, determinante da expansão do setor automo-Místico. O que se deseja — e nisso as fábricas sãoas maiores interessadas — é a reformulação de certasprevisões demasiadamente animadoras para nos levara aceitá-las como tal. Tudo para que não se Incorrano mesmo erro da secção de pesquisa de mercado deuma indústria que previu a absorção de 40 mil uni-dades de um determinado modelo, e no final do anofoi obrigada a engulir a verdade de vendas de ape-nas 19 mil, suportando ainda o pesado ônus de umestoque de 6 mil veículos. O que houve, no caso,mais que tudo, foi a confirmação do ditado que dizque estatística é como gosto, cada um tem a quequer e a que mais lhe serve para justificar tal gosto,projeção às vezes de um mau gosto à toda prova,Imune a enfoques estatísticos...

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q VAUXHALL

A General Motors apre-sentou, semana passada asua Unha de automóveisVauxhall, .fabricados naInglaterra, ç formada peloVlctor, VX/4 e Ventora. Oscarros receberam inovaçõesmecânicas em relação à li-nha do ano passado: bito-Ias mais largas, nova sus-pensão dianteira, direçãodo tipo cremalheira e pi-nhão, e barras estabilizado-ras traseiras.

0) ABC DO MOTOR (II)Recomenda o manual téc-

nico da Metal Leve que seo seu carro tem consumoelevado de combustível,aparecendo rápido ou lenta-mente, a causa pode estar:1) fugas externas no siste-ma de combustível; 2) atra-so da centelha; 3) condi-

ções defeituosas das válvu-Ias; 4) falhas no carbura-dor; 5) baixa compressãodevido a anéis gastos e ca-misas de cilindros nas mes-mas condições; 6) métodoe condições de operação, e7) desgastes excessivos dasguias de válvulas- Algumdesses itens pode estar in-fluindo no baixo rendimen-to do motor de seu carro.

• ESTÁGIOS NA GM

General Motors anun-cia a criação de vários car-gos para estágios nos seto-res administrativo e deprodução da empresa, nasfábricas de São Caetano doSul e São José dos Campos.O programa prevê cursosde especialização de 10 me-ses no ano, para estudan-tes universitários e técni-cos de nível médio.

DIRETOR ECONÔMICO

O A ampliação da faixa dos investido-res institucionais não trará maiores be-nefícios para o mercado, pelo contráriopoderá até ser prejudicial, visto que sãoaplicadores muito conservadores e pode-rão levar mercado a situação de pressãocontínua. Há necessidade de investido-res de risco.9 O Banco Central não pode intervir,de nenhuam forma na escolha do invés-tidor, o que deve e pode é exigir das em-presas uma abertura total das informa-ções, de forma que cada um faça suaopção com conhecimento perfeito dasituação das empresas.© Não acredito em milagres para le-vcntar o mercado; o que acontecer seráfruto de nosso trabalho junto ao investi-der ri) sentido de informá-lo e mostrarque o mercado de ações ainda é um bominvestimento.

Jcão Osório Germano acha queos recursos exterr.Os para as Bolsassó interessam ao País se vierem semintenções especulativas. Defende a

necessidade de que eles se fixemcm investimentos a longo prazo.

Informe especialDIRETOR ECONÔMICO

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Bolsa de Valores

O presidente da Bolsa de São Paulo, João Osô.tio Germano, em mesa-redonda com os editoresdo Diretor Econômico, disse acreditar que a ten-dencia de baixa atual do mercado deverá ser su-perada velo esforço dos seus próprios responsáveis,iiao sendo necessária uma intervenção maior doGoverno.

Defende o presidente a tese de que a baixaatual reflete apenas uma fase de adaptação domercado às novas condições do País. A propósitoda centralização dos negócios em uma só Bolsa em-bora seja contra a tese, afirma que a concentraçãodos negócios deverá se verificar em São Paulo, de-vido a sua posição de maior centro econômico efinanceiro do Pais.

As Vantagens de São PauloDiretor Econômico — Qual a sua opinião a res-

peito da tese de que deve existir apenas uma gran-de Bolsa no Pais, centralizando a maior parte dosnegócios?I

João Osório Germano — Acredito que sempre ha-verá um mercado a comandar as cotações. Mas eleserá formado naturalmente e não por imposição deninguém. Nada adiantaria' dizer que a Bolsa prln-cipal deve se localizar na Capital Federai. O exem-pio amreicano demonstra que a supremacia de NovaYork foi resultante de um processo natural.' Antesdela ser a maior Bolsa americana, havia a de Pila-délfia, muito mais importante. Hoje ela é uma bolsasecundária. Hoje a tendência de concentração domaior volume de negócios se verifica em São Paulo.Aqui estão localizados quase todos os grandes ban-cos de investimento e as maiores empresas do Pais,mas eu não acho que São Paulo deva ser a únicabolsa do País. A tese da criação de bolsa única édefendida pelo Rio. Ela seria muito mais fácil dese concretizar quando tínhamos utn movimento donegócios insignificante. Hoje a situação se inverteu:passamos muitos meses à frente da Bolsa carioca.Agora, passamos uns dias na vanguarda e outrosficam com o Rio. Acredito, inclusive, que a Bolsado Rio já não esteja pensando em centralizar o mer-cado, pois ela adotou uma política de ter um nume-ro restrito de ações, enquanto a nossa posição é exa-tamente inversa. Aqui nós registramos para nego-ciação todas as companhias registradas no BancoCentral. Se haverá ou não negociação dessas açõesé outro problema. Mas a autorização para negociaré mantida. Com isso cremos poder oferecer maioresalternativas ao investidor. Cabe a êle selecionar ospapéis que lhe interessam, enquanto a nós cabe odever de fiscalizar as operações e de oferecer umlocal acessível e barato para a efetivação de suas or-dens de compra ou de venda.

Diretor Econômico — O que representa a atualfase do mercado acionário?

João Osório Germano — O clima atual é adap-tação a uma situação real de mercado, e está ser-vindo como lição para aqueles que julgavam ser aBolsa uma máquina de lucros permanentes. O queocorreu o ano passado foi decorrente, em grande par-te de uma falta de pessoal especializado tecnicamen-te, falha que está sendo corrigida a partir de exi-gências de maior nível técnico para os operadores,aliado a um despreparo dos Investidores. A Bolsa éum organismo preparado para garantir um mercadoorganizado. Mas tudo deve girar em tomo do in-vestimenta feito na compra das ações. A ação e suarentabilidade é que são a base do sistema, e não aspossibilidades de especulação que ofereça: Isto é quedeve ser conscientizado, de forma a não haver mar-gem para outra daquelas explosões que seriam pro-fundamente danosas para o mercado.

Diretor Econômico -<- 0 sr. considera que rea-ção de baixa foi normal e saudável tecnicamente?

João Osório Germano — Do ponto de vista téc-nico muito saudável. Não havia possibilidade de semanter o mercado naqueles níveis, indefinidamente.Era uma situação de anormalidade. Na época mui-tos brados de alerta foram dados. Uns no sentidode que o número restrito de papéis para um inte-rêsse muito grande por parte dos investidores pro-vocava a distorção dos preços. A Bolsa de São Pau-Io fêz vários apelos para a entrada de novos pa-péls, mas a resposta das empresas é sempre lenta,além do processo burocrático que é moroso. De mo-do que entre o apelo e a resposta, houve uma defa-sagem de quatro a cinco meses, quando então co-meçaram a ingressar no mercado novos papéis. Adistorção naquele momento chegou a tais proporções,que a rentabilidade de uma ação perdeu o signifi-cado. O Investidor tinha como meta comprar e ven-der, sem considerar as bonificações ou dividendos quepudesse auferir. Em ritmo lento, Infelizmente, omercado se acomoda, e acredito que pelos 30 por cen-to das ações tenham posição competitiva em rela-ção a outras opções do mercado de capitais, nestemomento cabe a nós convencer o investidor que omercado acionário é um bom negócio, apesar de nãooferecer juros pré-fixados, sendo ao contrário uminvestimento a longo prazo.

Diretor Econômicodor diante da baixa?

Qual a posição do investi-

João Osório Germano — Não difere em nada,da reação que qualquer indivíduo apresenta diantede uma situação de perda, para o qual não estavapreparado. Cabe a nós do mercado, mostrar que in-vestir é negócio, que não deve haver pânico diantedas oscilações de alta ou baixa, mas sim que êle pre-cisa acompanhar o mercado para decidir quando sairde uma posição e ocupar outra, mudando para tltu-los que ofereçam rentabilidade mais competitiva comas oscilações do mercado. Cabe a nós irmos até oInvestidor e convencê-lo a aplicar como investimentoe não como especulação.

Diretor Econômico — 0 que deve ser entendidocomo longo prazo em termos de mercado acionário?

João Osório Germano — Eu costumo compararuma ação a uma atividade agrícola, enquanto os pa-péis de renda fixa seriam representados pelas ati-vidades de uma indústria extrativa, que mês a mêstem seu preço alterado. Na atividade agrícola, a ca-

racterística é a época certa de arar, semear e colherpara que então você possa obter os lucros. Nas açõeso sistema é o mesmo e o prazo da safra, valendo acomparação, é de um ano, quando a empresa fechaseu balanço e distribui os dividendos e as bonificações-Nestes termos a aplicação em papéis de renda fixano prazo de um ano, se torna competitiva.

Os recursos esternosDiretor Econômico — Qual a posição da Bolsa

paulista cm relação ao ingresso de recursos externosno mercado acionário?

João Osório Germano — O mercado paulista temdiante do fato, uma posição de expectativa. Em prin-cípio o fato é positivo, se o capital que vier for pararealizar investimento a longo prazo. Mas, se os recur-sos ingressarem em termos especulativos, provo-cando uma alta e saindo logo depois, então é umpéssimo negócio, tanto para os investidores, comopara o País. £ mau para o Investidor porque provo-cará uma impressão falsa de que o mercado está rea-gindo e para o País, porque realizando seus lucroscom uma margem de tempo muito pequena, não con-tribulrá para a verdadeira finalidade do mercado decapitais e da Bolsa. O maior problema entretanto, paraa vinda de recursos, é de ordem cambial e neste cam-po é que deverão ser tomadas as decisões sobre oassunto.

Diretor Econômico — Quais seriam as sugestõesdas instituições do mercado para o ingresso dos rc-cursou externos?

João Osório Germano — Não há sugestões a fa-zer. Nós temos muita clareza das atuais condições domercado e da nossa posição diante do investidor. Ora,se nós não conseguimos convencer aos nossos própriosclintés que o mercado é rentável, apesar da criseatual, então temos que reconhecer não ser possível avinda de capital externo. O investidor estrangeiro sóvirá quando o mercado estiver apresentando um bomnível de rentabilidade. Na época da alta, várias con-sultas foram feitas neste sentido, mas a partir domomento em que o mercado começou a declinar, ointeresse desapareceu. Naquela época teria sido ruim,pois teria representado mais incentivos para ummercado que a nós causava preocupação, apesar daeuforia geral, e agora que seria uma boa contribuiçãoos recursos não virão.

Sobre a vinda de 25 corretoras canadenses paraa Bolsa do Rio, é antes de tudo uma boa notícia, poissignifica que apesar da atual situação, nosso mercadoé considerado de boa rentabilidade.

Diretor Econômico — Excluída a possibilidade davinda de recursos externos para o 'mercado no mo-mento, quais as perspectivas que o sr. vê para melho-rar o nivel do mercado?

João Osório Germano — Eu considero que nãohá medida salvadora. Só um intenso trabalho juntoaos Investidores, aos nossos clientes dará ao mercadouma melhor posição. Não há por que negar, ser umtrabalho de resultados a médio prazo e muito can-sativo, mas que deve ser feito. Aqui em São Paulo,nós estamos desenvolvendo novos tipos de comunica-ção visando informar o investidor que já está no mer-cado e conquistar novos. Tudo dentro do principiode que ação é investimento e não especulação. Foradisto, não há nada mais a fazer.

Diretor Econômico — Como poderia ser ampliada1 a faixa dos investidores institucionais e que reflexosteria para o mercado?

João Osório Germano — Em primeiro lugar, nãoacredito que a faixa do investidor institucional possaser muito ampliada e considero que a presença de umvolume razoável deste tipo, no mercado, não trarámuitos benefícios, pelo contrário, haverá uma pressãopermanente quo poderá ser prejudicial. A responsa-bilidade do Investidor institucional é multo grande,pois ele é apenas o gestor de recursos alheios, o queo leva ser excessivamente técnico e só aplicar na-queles papéis que ofereçam total segurança de renta-bilidade. Poderíamos afirmar que, por natureza, oinvestidor institucional é muito conservador e o mer-cado necessita do aplicador de riscos, do investidor quearrisque mais para ganhar mais. isto é fundamentalpara seu dinamismo. A presença do investidor ins-titucional não pode ultrapassar a 50 por cento domercado.

Diretor Econômico — O Sr. considera que esta-mos próximos da criação de um mercado realmentetécnico?

João Osório Germano — Não acredito na exis-tência de um mercado técnico em grau absoluto. Oque está acontecendo é uma melhoria do nível doconhecimento daqueles que atuam, tanto da parte dasinstituições como da parte do investidor, que leva omercado a uma posição de maior segurança, dimi-nuindo a possibilidade de erros ou distorções comooconcram no ano passado.

Diretor Econômico — Recentemente a Bolsa doRio aprovou a sugestão ao Governo de tornar a per-mitir a dedução de rendimentos de pessoas jurídicaspara os Fundos Fiscais. Acredita que essa medidapoderá fortalecer o mercado?

João Osório Germano — Inicialmente sim. Acon-tece que pessoa jurídica não é investidor por nature-za. Se o Governo abrir mão de mais uma parcela doImposto de Renda e entender quo ela deva ser apli-cada no mercado de ações, inegavelmente isso ajuda-rá a fortalecer as Bolsas. Contudo, tão logo vençamos prazos, as empresas resgatarão imediatamente csseus recursos c isso não representará formação depoupança. No caso aa pessoa física há. de fato, umincentivo à poupança. A experiência tem demonstra-do isso: a maioria dos investidores sempre, quandovencem os prazos de retenção, transfere os seus rc-cursos para os Fundos Mútuos. Assim, há uma con-tinuidade no processo de formação da poupança. Aaplicação deixa de ser compulsória e passa a ser li-vre. O 157 também representa um excelente instru-mento de educação do novo investidor, Acredito que.para aumentar o volume dos seus recursos, bastariafazer uma campanha de esclarecimento do contri-buinte, porque há muita gente que não se beneficiado incentivo por simples ignorância da sua exlstên-

cia. Nós aqui em São Paulo estamos pensando emfazer uma campanha de esclarecimento nesse sentidoainda este ano.

Diretor Econômico — Quais as medidas que cabe-riam ao Governo no sentido de evitar o excesso depapeis, visando a dclesa do investidor?

João Osório Germano — Nenhuma medida nestesentido pode ser tomada, e se o for será contra oinvestidor e não a seu favor. Quaquer intervençãoque vise diminuir as oportunidades de opção resultacm prejuízo do mercado. A Bolsa deve somente fis-calizar para que os Investidores recebam o maior nú-mero de informações por parte das empresas, masnão lhe cabe determinar em que empresas devemser feitos os investimentos.

A orientação dos investimentos é dada pelas cor-retoras, pelos bancos de investimento e a opção é doinvestidor, que corre o risco. O Governo, através doBanco Central, não pode ter nenhuma interferênciana escolha, seu único papel é o de exigir dentro dosistema de total revelação, que sejam fornecidas aoinvestidor todas as informações que ele necessita,para realizar sua opção.

Diretor Econômico — Como o senhor cucara opapel do especulador no mercado?

João Osório Germano — O especulador técnicoí útil, pois cie representa o papel de ativador domercado. O que não pode acontecer, entretanto, é apredominância do especulador sobre o investidor, eisto foi a posição registrada na explosão do ano pas-sado, quando havia em atividade, na Bolsa, 96 porcento de especuiadores contra dois de investidores.

Diretor Econômico — A Bolsa de São Paulo estãcm condições de absorver todos os novos papéis rc-gistrados no Banco Central?

João Osório Germano — O dia em que houverum número excessivo de ações e a Bolsa de São Pau-Io não tiver condições físicas de colocá-las em nego-ciação, surgirá outra Bolsa aqui. Creio que aqui serepetirá o que houve em Nova York. Quando a Bolsaprincipal não pôde mais negociar um certo volumede ações, nasceu o American Stock Exchange. Comoo crescimento foi maior e já não bastavam duasBolsas, surgiu então o que chamamos de Mercado deBalcão. Aqui no Brasil pensamos em Mercado deBalcão quando ainda não há papéis suficientes parauma Bolsa. Como a Bolsa é um,negócio de manu-tenção cara é necessário que haja um número razoa-vel de papei; negociados. Nós aqui, por exemplo, es-tanios nos aparelhando para receber cada vez ummaior número de títulos. Dia 28 de abril inaugura-•mos o sLstetna de computação'eletrônica e as nossasnovas instalações. Elas darão maior veleidade e se-gurança ás negociações. O que procuramos com aimplantação do nosso sistema de computação foieliminar as possibilidades de erro e dar maior velo-cidade às informações. O nosso sistema pode ser con-siderado melo turístico, mas ele foi criado tambémpara deleitar os turistas que visitam a nossas ins-talações.

Diretor Econômico — Como funcionará n siste-ma da Bovespa?

Jo.io Osório Germano — O sistema implantadoé denominado Randeup e através dele manteremosas corretoras permanentemente informadas atravéscie um boletim que conterá a resenha das principaissçces, a períodos menores, e um mais completo comtodos os papéis do mercado a intervalos maiores. Aomesmo tempo, os auxlliares do pregão terão no in-terior de suas cabinas um vicleo que lhes proporcio-nará obter todas as informações desejadas pelo seusescritórios. Desta lorma, as corretoras disporão du-rante todo o pregão de Informações exatas.

Um sistema semelhante foi apresentado no Ban-co Central e nós desejamos, através da ComissãoNacional da Bolsa de Valores, realizar uma lnterll-gação com as Bolsas que operam no Pais.

Os Fundos Mútuos"Diretor Econômico" — Outro pleito da Bolsa

do Rio c a redução da participação do» papeis derenda fixa na carteira dos Fundos de Investimento.Qual a posição de S. Paulo a propósito dcisa rcivin-dicação carioca?

João Osório Germano — O Fundo Mútuo é umnegócio técnico, dirigido por técnicos e foi criadopara gerar lucros e oferecer segurança ao pequenoinvestidor. A maleabilidade operacional de um fun-do é necessária para que ele atenda as suas finoli-dades. A experiência já demonstrou que a limitaçãode um mínimo de 60 por cento de suas carteiras se-rem constituídas por ações, dá aos fundos uma He-xlbilidade operacional necessária ao seu bem desem-penho. Eu sou do tipo que acredita que não adiantaforçar o absurdo. Considero que. no momento emque os Fundos se convencerem de que as ações ole-recém maior rentabilidade que outros papéis do mer-cado, eles ingressarão comprando no mercado. A li-berdade de operação dos Fundos não deve ser cer-ceada, porque se isso ocorrer e o Fundo não ofere-cer bons resultados quem irá socorrê-lo? Ele tem queter a sua auto-defeso.

As informações das empresas"Diretor Econômico" — Todos reconhecem que

ainda há uma falta de informações por parte das em-presas aos investidores': A situação tenderá a me-ihorar?

João 0«ório Germano — O fluxo de informações !das empresas para o Investidor hoje é multo maiorque no pasmado e se acelerou muito mais depressads que se imaginava. No passado certas empresas nãodavam a mínima atenção ao investidor, e hoje eles

se sentem na obrigação de informar, de relatar sobrebalanços, relatórios. Hoje já ee vê empresas que es-tão mandando a seus acionistas Informações trimes-trais, quer dizer o fluxo de Informações está crês-cendo violentamente no mercado. Existem ainda em-presas que ainda não estão fazendo isso, a situaçãomelhorou 300 por cento principalmente no aspecto deincentivo próprio, não tanto por lei, mais porque elasec sentem obrigadas pelo exemplo de outras empre-sas e pelo mercado a fornecer mais Informa-çoes. Tem multo maior efeito a pressão domercado que a pressão legal, por que essa sempreee dá um jeito de se fugir a ela, mas a do mercadovocê não consegue fugir. Hoje é natural uma em-presa vir a uma reunião de analistas e explicar qualé o processo que adota, cemo é que está funclonan-do seus programas de futuro.

"Diretor Econômico — O Fluxo de informaçõescmpresas-investldor não seria aprimorado e acelera-do com a patronizaçáo dos métodot de elaboração eapresentação dos balanços?

João Osório Germano — Sem dúvida, que sim.As Bolsas têm pleiteado Insistentemente que Isso sefaça com maior velocidade. A Bolsa de São Paulo,por exemplo, a pedido do próprio Banco Central, fezum estudo de patronizaçáo de balanço, mais uma pa-dronizaçâo de apresentação de resultados. Padronl-zar todos o balanço não é fácil devido às divereida-des entre as empresas. Depois de debatido por todosos setores Interessados, o nosso trabalho foi entreguecm abril do ano passado. A partir dal temos pedi-do insistentemente a sua adoção ao Banco Central.O trabalho foi considerado ban, mas não perfeito.Contudo, cremos que poderíamos colocar o bom emíimclonnmento e depois irmos aperfeiçoando-o, por-que nada é estático na vida, nem no mercado.

As novas emissõesDiretor Econômico — Diversas empresas estão com

seus lançamentos em Bolsa prontos. Na atual fase domercado elas poderão ter sucesso?

João Osório Germano — Acreditamos que só se-rão bem sucedidas as empresas que ingressarem nomercado oferecendo melhores vantagens que as atuaiscm negociação. Várias empresas já foram lançadas eaquelas que oferecem perspectivas de boa rentabili-dade estão sendo compradas. Mas muitas destas com-pras estão ainda obedecendo ao espírito especulativo,que predimlnou no ano passado. Isso tende, contudo,a desaparecer em benefício do investidor, porque àsua melhor ocasião de atuar é exatamente aquelaem que ele tem uma série de opções a fazer. Haverámultas companhias que terão insucesso na colocaçãode seus papéis. Isso faz parte dos riscos a que a Inl-ciativa privada tem de enfrentar. As bem sucedidasserão aquelas que têm condições de se impor peran-te o mercado, oferecendo vantagens que lhe permitamcompetir vantajosamente com as já negociadas. Esó conseguirão se impor naquelas que tenha uma ren-tabilidade maior no mercado do que as demais eofereçam mais vantagens ao investidor. As empresasque já estão com seus registros prontos, mas que pro-jetaram a abertura de capital nas bases de cincomeses atrás, essas correm um risco de serem mal su-cedidas. Elas, para conseguirem um sucesso, terão quereformular todo o seu esquema e se conformar emvender um produto novo a um preço mais barato quecs que já estão no mercado. Aquelas que ofereceremvantagens adicionais têm condições de ingressar bemno mercado.

Diretor Econômico — Se voltar a haver uma no-va enxurrada de novas emissões, o mercado não podese enfraquecer?

João Osório Germano — Acredito que para que o. mercado possa funcionar melhor sempre haverá a

necessidade do ingresso de novos papéis. Um nume-ro maior de ações permite ao investidor fazer umamelhor escolha, embora muitos "abacaxis" tenham en-trado na época de euforia. Na época atual esse tipode ação terá que se ajustar à nova realidade porquesenão serão abandonados pelos investidores-

Diretor Econômico — O Sr. não acha que há umadefasagem entre o número de novas emissões e ocrescimento da poupança do Pais? Há dinheiro su-ficiente para obsorver essas novas ações?

João Osório Germano — Talvez náo haja. Entãovão fracassar vários lançamentos. E dal? O mercadovai buscar o equilíbrio entre a oferta de papéis e apossibilidade de absorção desses títulos. É preciso, cn-tão, que os Bancos de Investimento e as outras en-tidades que se encarregam de fazer esses lançamentostenham a sensibilidade para saber se o mercado acei-ta ou náo aceita. Quando nós tivemos cm 69 um umboom, seguido pela crise gerada pela doença do Pre-sidente da República, cessaram os lançamentos, que sóvoltaram quando o mercado se recuperou. Agora todosdizem, volta c meia. que há excesso de papéis novos.Mas todos também acham que aquele papel novo quecontrataram para lançamento precisa ser colocado nomercado. Como vamos resolver esse problema? Creioque ele só poderá ser solucionado pelo próprio com-portamento de mercado. Nós notamos que, sempre queo mercado entra em baixa, os lançamentos cessam,porque antes disso ninguém pára. O mercado é livree não cabe ao Governo controlar as emissões.

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Osório defende criação de mercado técnico

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DIRETOR ECONÔMICO

Fundos seguema queda do mercado

Apesar de muito ativos no mercado secundário,os fundos mútuos de investimentos apresentaramtendências não multo otimistas para seus investido-res.Na opinião dos analista, devido à proporção de seus

patrimônios, as carteiras de menor porte tem maiorescondições de mobilidade num mercado em baixacomo o atual, tornando como medida mais aconselha-vel para o momento a atuação maciça dos pequenose médios investidores na bolsa. A pressão de resga-te de cotas, segundo observadodores, retrocedeu nosúltimos dias em função do baixo nível que atingi-ram os preço» dos certificados de participação emcarteira.

O PIS

O Banco Central o a Caixa Econômica Federa]Informaram aos dirigentes de bancos de investlmen-tos que pretendem colocar imediatamente em vigor,dependendo apenas de ratificação superior, um pia-no no sentido de que o Programa de Integração So-ciai passe a ser um investidor Institucional cm ti tu-los de renda variável no Mercado de Capitais. Paratanto, será utilizada uma parcela de seus recursos dis-ponlveis, os quais continuarão a ser aplicados prin-cipalmente em operações de empréstimos.

. • GRANDES — Os chamados grandes não tiv?-I ram muito a oferecer aos Investidores, no período, eI só Apoio III/IV evoluiu de posição, com mais 3,5 porcento. Nas perdas, a liderança coube ao Real, com| monos 6.7 por cento, seguido por Univest (6,2 porcento). Mlnas Invest. (ã,8 por cento), Bozano Si-monsen (5.3 por cento). Bamerlndus (5,2, por cen-to), City Bank (5.1 por cento, Investbanco (4 9

por cento), Halles (4,2 por cento), Bradesco e Crês-cinco (4.0 por cento). Dinamiza (3,6 por cento),Cond. Crescinco (3,7 por cento), Bansulvest (3.5 nor| cento), Itaú (2,8 por cento).

• MÉDIOS — Ao contrário dos "grandes" queregistraram suas baixas em níveis mais elevados osmédios perderam em uma faixa mais estreita, coma maior perda de 6.9 por cento (Boston), bem abai-xo cia colocação do Banorte, na semana anterior, quecedeu 9.3 por cento. Para os fundos de investimentode médio porte, não houve nenhuma evolução, ten-do todos os analisados registrado perdas. Boston (6 9por cento), Aymoré e BMG (6,5 por cento). Cara'-vello (5,8 por cento), ICI (6.2 por cento), Emissor.1.4 por cento), BCN e Crefisul da. Capital (5,2 porcento), Safra (5,0'por cento), Bandelrantes-BBCÍ4.8 por cento), São Paulo—Mlnas (4.6 por cento),MM e Fundceste (4.4 por cento), Brasil (4.3 por cen-to), Fiducial e Finasa (4,1 por cento), Flnev (3 6por cento), Banorte e Vera Cruz (3.1 por cento),Levy (2,4 por cento).

• PEQUENOS — Para os 91 pequenos fundos ana-llsados, três registraram alta — Aplik (4,5 por cento)Merklnvest (3,9 por cento) e Mesquita (1,0 por cen-to). Halles novas permaneceu sem alteração. Mercan-til, Provai, Sofisa e Walplres não foram analisados,por estarem em fase de distribuição de dividendos,enquanto, por atraso na divulgação dos dados nãoconstam da análise o IIC—Central Invest, US Sab-bá, Krescente e Vila Rica. A maior perda foi resis-trada por Porto Aranha (10,1 por cento), seguidopor Induscred (9,4 por cento), Peebb (9.3 por'een-to), União Invest (8,7 por cento). Rique (7.8 por cen-to), Vicente Matheus (7,7 por cento), OGC 7,1 porcento), Titulo (7,0 por cento), Samoval (6,8 por cen-to), Paulista (6,5 por cento), B. Jordão (6.9 por cen-to), Império (6,9 por cento). Fidelidade (6,4 por cen-to), Delapieve, Denasa e Packinvest (6.3 por een-to), Unlstar (6,2 por cento), Maisonave (6.1 por cen-to), Correta (6,0 por cento), Áurea, Baluarte e SPM(5,9 por cento), Master e Sovai (5.8 por cento), Sta.Catarina e Montepio (5.7 por cento), Umuarama(5,6 por cento), Nacional Obrigações FNC (5,5 porcento), Nacional FNA Provinvest (5,4 por cento),Bracinvest (5,3 por cento), Creditam e Pecunia (5,2por cento), S. Barros (5,1 por cento), Gefisa e Su-pHcy (5,0 por cento), Brant Ribeiro, Tamoyo (4,9por cento), Credicon, Flpig, Iochpe, Omega (4.8 porcento), Reaval e Regente (4.7 por cento), Bancial(4,8 por cento), A. Arnaud, Letra (4.6 por cento).Banmercio, Corbiniano. Invesbolsa (4,4 por cento),Econômico (4,3 por cento), Glangrande. HemisulHaspa (4,2 por cento). Crefinam e Spinelli (4,1 porcento), Alterosa, A. Sul, Metropolitano (4,0 por cen-to), Das Nações (3,7 por cento), A. Maciel (3.8 porcento), Continental (3,6 por cento), Magllano (3 5por cento), D. Araújo, Ipiranga (3,3 por cento), Ban-delrantes, Cabral de Menezes, Paulo Wlllensens (3 2por cento), Cotlba, Nacional Inv. (3,1 por cento)Novo Mundo (3,0 por cento), Aplitec (2,9 por cento)'Apoio I, Mantiqueira, SR (Sodene) (2,8 por cento)'Falgon (2,4 por cento), Cepelajo e P. Brasil (2,3 porcento). Os demais ficaram abaixo de dois por cento

Patrimônio do BÍBé de Cr$ 1,2 bilhão

O Banco de Investimento do Brasil — bib —que é um dos maiores administradores de fundosmútuos de investimentos da América do Sul. divul-gou em seu relatório anual, referente ao ano de1971 a performance dos três fundos que por èle sãoadministrados: Fundo Crescinco, Condomínio Crês-cinco de Reinversão e Crescinco 157.-Os três fundos em 31 de dezembro de 1971 apre-sentavam um patrimônio liquido conjunto no valorde CrS 1.2 bilhões em comparação com CrS 623.4 mi-Ihões em igual data do ano anterior.

O CRESCIMENTOO crescimento do valor patrimonial desses fun-dos, no período correspondente a CrS 584,7 milhões,foi resultado tanto da valorização das respectivas

carteiras, quanto do montante das vendas líquidasefetuadas (vendas menos resgates.) Desse total,Cr$ 144.3 milhões referem-se às vendas líquidas Vosrestantes CrS 440.4 milhões à, valorização dos títulosintegrantes da carteira dos fundos. Durante o anode 1971. 92.962 novos investidores ingressaram nosfundos, somando-se aos 197.797 condôminos existen-tes no final de 1970.

Constituído no início de 1957. o Fundo Crescincoé atualmente o maior fundo mútuo de investimento,(ia América do Sul. Seu patrimônio líquido evoluiudo- CrS 368 0 milhões, cm 31 de dezembro de 1970para CrS 681.8 milhões ho final de 1971. enquantoo número de participantes aumentou de 65.864 para101-211 no mesmo período.

No final do ano o patrimônio líquido do Condo-mínio Crescinco de Reversão atingia o valor de ...CrS 401,5 milhões comparado com CrS 177,5 milhõesera 31 de dezembro de 1970. No mesmo período, o número de participantes evoluiu de 26.771 para 49.347Com o reinvostimento das distribuições semestrais, o

¦ resultado proporcionado pelo Condomínio foi de 77por cento em 1971.

O patrimônio líquido do Fundo Crescinco 157 evo-luiu de CrS 82,9 milhões em 31 de dezembro de 1970-

: para CrS 1298 milhões no final do ano, enquanto or.úmero de participantes aumentou de 105.162 para140.201. no mesmo período.

O crescimento patrimonial do fundo verificado; r.o exercício, está relacionado exclusivamente com aj valorização ria carteira, de vez que. a exemplo do| ano anterior, os resgates excederam as vendas em| virtude da redução gradativa e final extinção em 311 cie dezembro de 1970. desse tipo de incentivo fiscal, anteriormente facultado às empresas. O resultado: proporcionado pelo fundo aos seus investidores em

1971 foi cie 77 por cento.

FUNDOS DE INVESTIMENTO - EVOLUÇÃO

Fundo

Mútuo

COTAS DIVULGADAS EM Últimadistribuição

VALOR DO FUNDOCr$ milhões

MAISOU

MENOS?

INICIO DEJANEIRO

VALORCOTA

Cr$I

INICIO DE IABKIL |VALOR | DATA DOCOTA 1

CrJ

29 de março I 7 de abril I 14 de abril li i i i VALOR DAI DATADO IVALOR DAI DATADO ¦

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12/4 1,21 0,06 3/72 2,9 275" I

8DIRETOR ECONÔMICO

GovernoMercado ainda semantém em baixaA Bolsa do Rio teve mais uma semana de de-

olínio que, terça-feira, atingiu a seu nível mais bai-xo desde o ápice da alta de 14 de junho de 71rompendo os 2.800 pontos. Embora tenha registra-do dois ligeiros avanços quarta e quinta-feiras, oIBV médio da.semana se fixou em 2.802,9 pontos,menos 193,5 pontos que a semana anterior (—6,33por cento). Na sexta-feira ele foi menor em. 19,1pontos que' o da semana.

Apesar da queda, o volume das negociações íoisuperior em 9,27 por cento que o da semana ante-rlor. A quantidade média fei de 8.072.320 ações eo volume à vista.Cr? 37.758.739,80. A participaçãodas operações a termo se manteve em nível supe-rior a dez porcento (13,91 por cento), Essa partici-pação se acentuou na quarta-feira, quando atingiua 17,95 por cento. Nos demais dias da semana elafoi a seguinte: segunda — 11,37 por cento; terça.—12,17 por cento; quinta — 14,62 por cento; e sexta-— 12,30 por cento.

Das 65 ações integrantes do IBV, apenas dezapresentaram rentabilidade positiva e seis estáveis.Ás demais caíram em relação à semana anterior.Entre as de. rentabilidade negativa, oito atingiramíndices superiores a dez por cento — Springer pp,—16,73 por cento; Abramo pp, —12,86 por cento;Brasileira de Roupas, —30,23 por cento (a maisacentuada); Embrava op, —10,22 por cento; FerroBrasileiro, —12,73 por cento; Hime pp, —16,33 porcento; Lobrás, —10,37 por cento; Metalúrgica Bar-bará, —11,99 por cento; e Nova América op, —14,40por cento.

Com a promessa das autoridades monetáriasde oficializarem esta semana a participação de re-cursos do PIS no mercado acionário, as Bolsas po-derão se recuperar ligeiramente, já que também éaguardada a regulamentação definitiva das modifi-cações introduzidas no Decreto-lei n.° 157.

S. Paulo cai 2,85%SAO PAULO (Sucursal) — A Bolsa de São Paulo,na semana passada, apresentou-se inicialmente embaixa. Na quarta-feira, uma reação era experimen-tada e na quinta-feira a confirmação' da alta eraexpressa através de valorização de 2,52% no índiceBovespa médio. No último pregão da semana ascotações dos principais papéis registraram ligeiroretrocesso.

O índice Bovespa a médio semanal fixou-se em1.370,5 pontos, desvalorizando-se 2,85% e recuan-do 41,1 pontos. A média diária do mês continua emascenção atingindo a marca de Cr$ 45, milhões.

O volume total negociado foi de CrÇ 218.344.275,76," envolvendo 58.536:545 títulos em16.030 negócios. Também esta semana o mercadoa termo participou ativamente do volume geral,Cr$ 19;651.622,90, aproximadamente 10%. Os tltu-los públicos totalizaram Cr$ 2.213.289,00.

As ações mais negociadas durante a semanaforam: Belgo Mineira op — Cr$ 23.938.455,60; Va-le do Rio Doce, pp — Cr$ 18.030.104,65; Petrobrás,

I pp — CrÇ 17.600.559,90; Petrobrás on — Cr$ ....8.163.768,70; e Audi Adm. Part. pp. — Cr$ ,....5.521.683,50.

estimula mas nâo inaugura Bolsa

MG negócios crescemBELO HORIZONTE (Sucursal) — Durante a se-mana passado o movimento da Bolsa de Minas te-ve um aumento de 43,13 por cento no valor dos ne-

gócios em relação à semana anterior, uma vez queforam negociados Cr$ 21.069.681,06 contra Cr$ ..14.720.433,74 na semana anterior. Na quantidadetotal transacionada houve um acréscimo de 40,58

por cento, quando foram.negociados 4.434.911 con-tra 3.154.706 ações na semana anterior. O númerode negócios foi superior em 15,2 por cento ao an-

terior.Os setores que melhor representaram as pre-

ferências dos investidores foram siderurgia e mi-

neração. -

As ações mais negociadas no período foram:Belgo Mineira op, 1.112.292 açõe. no valor deCrS 7.875.266,70; Ferlan pp, 1.242.000 ações no

.valor de Cr$ 6!056.900,00; Mendes Júnior pp, ....

494.800 ações no valor de CrÇ 2.508.801,00; Vale

Rio Doce pp, 42.512 ações no valor de CrÇ —

578.123,90; São José pp, 93.500 ações, no valor de

. CrÇ 277.235,00.

Rentabilidade das açõescomponentes do "IBV"

PERÍODO: 10.04 A 14.04.72

Companhia Rcntab.

AGGS —5,23Acesita p/P —1,09Acesita o/p — 0,97Antarctlca —0,06Alpargatas — 6,32Abramo p/p —12,83Açonorte p/p —2,43Belgo — 0,81Basa —'.10Brasil —1.20Nordeste —9,73BEG 5.00Banespa 2,44Brahma p/p — 3,55Brahma o/p Est.B. E. Elétrica o/p Est.B. Roupas p/p .... —30,23CTB p/n Est.CBUM o/p — 9,22Café Brasília p/p —Dlnamo '. 1.47Docas ant —0,38D. Isabel p/ant. .. —2,78Embrava o/p 10,22Estrela p/p — 4,28Ferbasa —7,55Ferro ...;... -12,73F. Wlllys o/p — 1,33Gemmer o/p — 1.67Hércules 1.53Hime p/p —16,33Hime o/p —6,67J. Olímpio p/p ... —3,53

Companhia Rcntab.

Kelson's p/p ..... —6,19Kibon Est.Lojas Americanas . 1,(,!»Lobrás —10,37Light 2,13LTB o/p — 0,94Mannesmann p/p — 2,44Mannesmann o/p — 4,56Mesbla p/p —4,44Mesbla o/p 2,84Met. Barbará —11,99Pet. Ipiranga p/p — 3,90N. América o/p ... —14,40Paul. F. Luz 3,61Paraíso Est.Petrobrás o/n .... —4,27Petrobrás p/n .... —3,01 lPetrobrás p/p .... — 5,09Plrelli —5,56Springer p/p —16,73União p/p —2,20Riograndense p/p —12,79Sano p/p —10,00Sld. Nacional — 5,00Supergasbrás 1,81Souza Cruz —0,78Samitri .../ —T. Janer —3,57Unipar p/p —5,35Vale Est.Zivi p/P —7.69Whlte Martins .... — 0.40IBV —4,64

EVPS também poderáinvestirem ações

Fonte do Banco' Central confirmou ontem que asautoridades monetárias estão estudando meios e modosde'tornar o INPS um investidor Institucional para titulosde renda móvel no mercado de capitais.

Explicou que, a curto prazo, isto ainda não é possi-vel, tendo em vista o esquema de funcionamento doórgão. Mas, a exemplo dos Fundos Mútuos de Pensõesnorte-americanos, o volume de recursos é de tal maneiraimportante, que servirá de elemento estabilizador domercado, gerando maior remuneração para o dinheiroatualmente praticamente sem aplicação rentável.

Segundo esclareceu, na Impossibilidade de privatlzaro Instituto Nacional de Previdência Social, as autorlda-des estudam a alternativa de operar através de dealers,como está sendo pensado para as operações de pen-mar-ket, sistema que poderia funcionar satisfatoriamente,dada a flexibilidade do mecanismo e absoluto controlepor parte das autoridades.

Financeiras se reúnemOs representantes das instituições financeiras na

Comissão Consultiva de Mercado de Capitais vão sugeriralgumas alterações na minuta de Resolução sobre capi-tal mínimo e limite operacional das Sociedades de Cré-

. dito; Financiamento e Investimento, durante a reuniãode amanhã, às 10 horas.

Os empresários concordam quanto aos novos limites¦ mínimos de capitais propostos pelo Banco Central e ocritério de zoneamento: CrS 4 milhões para Guanabarae São Paulo; Cr$ 2 milhões para Minas Gerais, Paranáe Rio Grande do Sul; Cr$ 1,6 milhão para o EspíritoSanto, Rio de Janeiro e Santa Catarina e Cr$ 1 milhãopara o Distrito Federal e demais estados e territórios.

A DISCORDÂNCIA

Entretanto, discordam do Banco Central quanto aolimite operacional, reduzido, na Minuta de Resolução doBanco Central, para 12 vezes capital realizado e reservaslivres.

Ponderam que o atual nlvei de 15 vezes capital reali-zado e reserva livres é satisfatório para o sistema e paraas empresas, o que não acontece com a alternativa ofe-recida pelo BC, podendo ser mantido com vantagenspara todos. Caso Isso não seja possível, argumentam, quena parte de reserva não sejam incluídas todas asreservas.

.0 Presidente Mediei já comunicou oficial-mente que não comparecerá à inauguraçãodas novas instalações da Bolsa de São Paulo,dia 28 de abril. A alegação foi de que a datacoincide com o retorno do Presidente de Por-tugal, Américo Tomás, que visitará o Paísnos próximos dias.

Obrigações diplomáticas à parte, a au-sência presidencial retirou dos festejos pau-listas um significado histórico para o merca-do acionário. Esperava-se que nessa ocasião opróprio presidente anunciasse as medidas doGoverno destinadas ã recuperação das Bolsas.

A profundidade

Contudo, uma análise mais detida dascausas da anormalidade atual demonstra quemedidas isoladas não inverterão a tendênciade baixa que predomina desde 14 de junhodo ano passado. A simples presença ou umpronunciamento presidencial não bastariampara isso.

A se concretizarem as medidas anuncia-das pelas autoridades monetárias, talvez omercado já tenha entrado em recuperaçãodia 28 de abril. O ingresso efetivo de recursosdo Plano de Integração Social para comprade cotas de Fundos de Investimentos já estádecidido e poderá dar novo alento aos invés-tidores.

A medida, por si só e por seu caráterpermanente, representa um passo no sentidoda eliminação de uma série de distorções. Aela deverão se acrescentar outras, que injeta-rão recursos consideráveis nas Bolsas.

Além disso os preços das ações atingi-ram níveis ideais para compra, com possibi-lidade de rentabilidade maior que os papéisde renda fixa. Tecnicamente, o mercido jáadquiriu as pré-condições para a reversão datendência.

A proteção ao investidor

Embora essas pré-condições sejam evi-dentes, os dirigentes das Bolsas, dentro desua área de atuação, não devem abandonaros seus planos de recuperação da confiançados investidores. Devido a uma série de dis-torções do passado, eles têm todas as razõespara resistirem à idéia de retornar ao mer-cado. Principalmente porque a sua grandemaioria era constituída por especuladoresemocionais, sem qualquer conhecimento téc-nico, ou por pessoas mal-informadas que jul-gavam ser as Bolsas o caminho do enriqueci-mento fácil.

Foram exatamente esses desavisados quemais perderam, na alta ou na baixa. Sob esseaspecto a Bolsa do Rio está bastante cons-ciente e incluiu dentro do seu programa deatuação medidas capazes de eliminar algumasdas mais graves distorções do passado. Entreelas, a transferência de ações nominativas éuma das mais graves. Até hoje muitas açõesadquiridas em maio do ano passado ainda nãoforam entregues aos compradores, por defi-ciência dos departamentos de acionistas dasempresas.

Outro aspecto que também não pode seresquecido é o nível do pessoal das corretoras,que tem de ser aprimorado. A ele caiba tal-vez a maior responsabilidade pela recupera-ção da confiança dos investidores. São elesque trabalham na vanguarda. Do seu com-portamento e orientação depende o sucessoou insucesso de uma operação de compra ouvenda. Por isso, eles devem ser preparadospara oferecer aos clientes uma informaçãoque lhe permita uma opção consciente. Mas,infelizmente, grande parte desse pessoal ain-da está despreparada. Daí a necessidade deseu aperfeiçoamento a curto prazo.

PAULO REHDER |

O COMPORTAMENTO DE CADA UMA

EMPRESA VALORNOMINAL

Cotações médiasna semana

Cotação média no finaldas três últimas semanas

2.a 10/4 3,a 11/1 4.a 12/4 13/4 6.a 14/4 7/4 29/3 24/3

VARIAÇÃOPERCEN.TUAL DACOTAÇÃO

MÉDIA EMFEVEREIRO

VARIAÇÃOPERCEN-TUAL DACOTAÇÃOMÉDIA EMJANEIRO

VARIAÇÃOPERCEN-TUAL DACOTAÇÃO

MÉDIA FIMDEZEMBRO

COTAÇÃO

MÉDIA

EM

janeiro/

/'YAcesita — op 1.00Aços Vlllares — ppA 1.00Aços Vlllares — ppB 1.00AGGS - òp 130Alpargata» — op ' n"_Alpargatas — pp 1,09América Fabril — op ;.uuAntártica — op 1.00Arno — pp 1,00Bco. Brasil — on 1,00Bco. Comercial Brasul — on l.ooBco, Estado SP — on 1,00Bco. Itaú América — on l.ooBo. Itaú Invest. — on 1.00Bco. Nordeste — on 1.00BEG - on 1.00Bradesco — pn 1,00Bradesco Inv — on 1.00Belgo-Mlnelra — op 1 00Brahma — pp 1.J0Brahma — op 1,00Brás Roupas — pp 1.00Brasmotor — op ,. 1.00Bundy Tubing — op 1,00Cacique — pp • 4,00Casa Anglo — op 2,00Casa Sano — pp 1,00Cimaf —. op 1,0(1Cimento Itaú — on ,.. 1.00Cimento Itaú — pp 1,00Cobrasma op ,,ooConst, A. Llndenberg — pp 1,00Copas — op 1.00Deca — pp 1,00Docas — op 1,00Dona Isabel — pp 1,00Dreher — op 1,00Duratex — pp l.ooEmbrava — pp 1,00Estrela — pp 1,00Eucatex — pp/A At 1,00Ferro Brasileiro — op 1,00FNV - ppA 1,00Hlndl — on — end 1,00Ind. Vlllares — ord 1,00tnd. Vlllares — ppB 1,00Isam — op 1,00Kelson'8 — op 1,00Kelson's — pp 1.00LTD õõ 1.00Lojas Brasileiras — op ...,,¦ 1,00Lojas Americanas — op 1,00Magneslta — op l.uOMaquinas Piratininga — pp .. 1,00Me'horainentos — op 1.00Mesbla — pp 1,00Metnlúrglca La Fonte — op 1,00Moinho Santista - np .. .... 1.00Nova America — op 1,00Paulista fL — on 1,00Petrobrás - on 1,00Petrobrás — pn l.ooPetrobrás — pp i.ooPetróleo Ipiranga — pp 1,00Petróleo União — pn 1,00Plrelli — op i,ooSnmltrl — op ,

' £_õ

Slderúrg Mannesmann — op 1,00Slderúrg Nacional — pp 1,00Slder. Rio-Grandense — op ., 1,00Slder. Rlo-Urandense — pp .. 1,00Souza Cruz - op i,ooUltralar - pp _,ooUnião Reflnadores — op l.ooUnião Reflnadorcs — pp l.ooVaie — pp i,ooWhlta Martins — op l.oo

2,74 1,90 2,04 2,08 2,05 2,71 8,00 3,193,12 3,12

+ 14,33,14 3,19 3,1G

-3,93,25 3,25

-8,5/

3,-0

3,24 3,16-0,8

3,12 3,25 3,23 3,22 3,473,8 18,6

3,57 0,54,37

1,96—4,1

2,15 2,07 2,14 1,99 2,05 2,1520,4

2,17 -5.72,34 2,29 2,35 2,35

12,32,37 2,34 2,33

-8,12,G3

2,04 2,02 2,04 2,05 2,06 2,05 2,0112,4

2,232,45

1,9 —8,2 9,9 2,14

1,14 1,13 1,13 1,12 1,30 1,17 1,18 1,26 —5,82,30 2,32 2,30 2,30

25,06 24,03 25,07 25,212,27"24,59"

-10,4 —1,12,30 2,50 2,55

1,72-2,7 —11,1

25,14 27,81 29,817,1

-7,81,31 1,30 1,27 1,28 1,23 1,20 1,22

—19,71,20

2,5629,11

—2,33,05 2,92

-10,22,94 2,98 2,94 2,93

—7,83,91

1,323,39

1,65—9,0

1,65 1,65 1,65 1,65 1,65—15,2 -2,6

1,95 1,95 —8,21,70

—7,01,70 1,70 1,65 1,63 1,80

-47,71,81 1,80

4,061,59

—15,4 —0,914,56 14,49 14,42 14,50 15,23 17,04

—35,616,77

2,15

2,53 2,53 2,74 2,80—9,0 13,2

2,80 2,65 2,96 3,19 —20,42,52 2,45 2,41

18,42,18 1,96 2,48

—2,1

19,426,95 27.50 -4,5

1,98 1,97 1,94 1,77 1,9715,4 —2,4

2,41 2,547,23

—10,56,84

1,93 1,866,99"7,8."

1,67 1,63 1,68

7.53~ 1,9'aJ~í,72~

7,01 7,49 8,10 8,49

21,823,77~

37,013,28

—8,6 —9,5 4.21,87 2,00 2,05 2,07 -5,5 —10,31,70 1,70

8,41,72 -8,2 -1,1

1,60 1,44 1,33 1,20 1,72 1,83 1,742,20

22,22,76

6.42,70 2.54

0,93 0,87 0,90_2,54_

0,922,64 2,78 2,75 2,80 —14,4 —2,6 53,60,99 0,90 1,00 1,10 -15,0

4,01 3,79 3,79 4,08—12,0

4,29 4,100,6

4,37 4,452,91 2,86 3,05 3,03 3,04 3,74 3,45

5,4_—14,5

8,2 —19,3—6,9 14,3

1,40 1,26 1,30 1,25 1,50 1,70 1,72 -7,95,39 5,40 5,30 5,41 5,40 5,03 4,95 -6,3 -11,0 —.082,15 2,16 2,16 2,14 2,12 2,18 2.08 2,10 -18,6 —12,8 32,12,60 2,49 2,63 2,58 2,60

_6,8327aF

2,81 2,96 -3,1 —12,8 0,92,35 2,23 2,05 2,13 2,41 2,93 —11,8 -6,5 —1,13,16 3,19 3,04 3,09 3,20 3,22 3,44 3,40 !,1 —3,4 5,55,21 5,30 4,81 4,73 4,79 5,61

3,283,733,74

5,60 5,90 -9,3 18,61,31

8,311,30 1,30 1,30 1,60 1,30 —10,2 -7,1

2,64 2,43 2,65 2,63 2,58 2,56 2,47 2,59 —9,1 4,4 1,040,70 0,70 0,70 0,70 0,70 0,72 0,82 0,78 4,3 -12,32,00 2,00 2,00 2,00

3,090,97""

2,00 -8,0 —12,02,93 2,82 2,68 2,70 2,79 2,50

—0,82,45

3,24-14,1 —3,4

3,20 3,10 3,16 3,18 3,25 3,16 3,65 3,42 1,1 —2,0 —3,31,32 1,24 1,35 1,36 1,50 1,40 1,42 1,48 -1,3

3,823,74

1,61 1,65—1,4

1,45 1,50 1,61 1,50 1,671,56

4,0 6,82,08 2,00 1,94 2,01 2,23 2,39 2,51 —8,60,57 0,53 0,55 0,58 0.56 0,60 0,71 0,65

4,51,812,76

-4,1 —9,8 -9,94,45 4,37 4,45 4,46 4,41 4,27 5,13 5,37 —2,9 22,3 —4,83,83 3,52 3,46 3,51 3,50 4,00 4,26 3,80 —49,1

0,74G,16

1.1 —1,36,23 5,75 5,87 6,02 6,35 6,43 7,00 6,81 —31,9

1,(10—7,7 17,3

0,94 0,91 0,90 0,92 0,92 0.93 0,89 1,95 —10,2 -15,1 2,21,35 1,30 »*•>. I\1,25N 1,34 —21,7 -5,8 3,01,99 2,00 1,90 1,93 1.90 -5,6 —9,0 —4,93.C3 2,96 2,94 3,09 3,15 3,12 3,51 5,2 —0,6 —4,81,16 1,18

13,74

1,181,942,844,91

0,93 0,99 1,00 1,19 1,18 1,20 —9,92,70 2,64 2,13 2,79 2,87 2,77 2,85 2,99 -1.8

—16,9—7,4

1,52

2,65 2,60 2,34 2,29 2,20 2,65-28,4 3,26

2,64 —30,1 —17,7 —8,43,52 3,48 3,50 3,70 3,65 3,52

4,987,2 6,4

1,32—13,9

1,35 1,35 1,38 1,48 1,36 1,44 —9,0 —13,92,45 2,43 2,45 2,62 2,75

6,63,08 2,81 -6,2

2,50 2,48 2,50 2,55 2,82 2,5023,2

3,49

2,20 —20,6 18,61,68 1,67 1.78

11,1 5,431,79 1,80 1,71 1,78 1,93 -3,9

1,20 1,15 1,14 1,09 1,07—8,9 4,6

1,25 1,30 1,32 —2,01,68 0,79

—12,9 30.80,81 0,83 0,85 0,85 0.91 0,9U —2,0

5,85 5,66 5,97 6,094,3

2.04

1W5,78 6,16 6,59 5,93

12,63 12,60 12,77 12,65 13,3520,1 6,16

14,00 15,4913,91 13,44 13,83

1,714,10

18,9 14.4713,82 14,25 14,98

1,50 1,50 1,502,1 14,6 15.47

1,50 1,48 1,54 1,75 1,651,95

—2,3 —26,62,01 2,00 2,03 2,21 2,71

1,77 1.71—15,4 1.7

1,63 1,71 1,69 1,78 1,74 1,73 —2,6 -12.518,76 18,25 17,89 31,80 32,02 31,02 5,1 —2.1

5,79 5,48 5,35 5,47 0,10 6,57 6,823,14 3,05 3,09

7,3 —0.1 8.513,08 3,00

2,74 2,60 2,62 2.C53,103,05

3,46 3,66 10,3 -13.5 3,703,50 3,64

4.49 4,18 4.C6—15,1 5,57

4,47 4,17 4,36 5,10 5,163,80 3,63

-11,9 0.3 +4,8 8,163,66 3,83 3,81 3,89 3.84

1,603,90 1,1 —8.1) 0.2 3,78

1,58 1,50 1,64 1,65 1,60 1,762,97 2,91

7,84 -5.5 —4.7 -10,4 1,812,75 2,75 !.43

2,572,25 -24,7 —9,5 —10,5 3.92

2,57 2,60 2,60 2,3913,70 13,70

3,00 2,85 — 13.1 —2.6 —23.7 6.2513,75 13,89 13,72 13.71 13,74

4,6013.90 -0.3 14.73

4,69 4,91 5,04 5,51 5,50 5,60 -l —12.3 4,42

DIRETOR ECONÔMICO

DIRETORAno II — Número 530

Informe Especial

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TV a cores

MBNOMICOCORREIO DA MANHÃ Rio de Janeift, domingo, 16 e 2." feira, 17 de abril de 1972

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ã%.

Em mesa redonda com a equipe do Diretor Econômico,dirigentes da Denison Eletrônica, única empresa

fabricante de aparelhos de TV a cores na Guanabara,anunciaram a intenção de exportar aquele tipo detelevisor para a África. A redução dos preços namercado interno virá com o aumento da produção.

O Coronel Janary Nunes e o-<r. Haroldo N. Rocha disseram que

o Brasil adotou um sistemahíbrido na fabricação dos

aparelhos — combinação doNTSC (EUA) e PAL, alemão.

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Setenta mil televisores a cores este ano

V

Adotando combinação tecnológica dos sistemasNTSC americano e PAL alemão, o Brasil Ingressano setor de fabricação de aparelhos de televisão acor, enquanto o mercado consumidor acentua suapreparação para absorver essa modalidade de comu-nicação, implantada nos Estados Unidos em 1950.

Na Guanabara, a Denison Eletrônica tem pia-nos para ampliar, em 1972, a fabricação de televiso-res a cor. Segundo o presidente da organização, Co-ronel Janary Gentil Nunes, é propósito da empresa,"no futuro, produzir todos os componentes necessá-rios ao televisor preto e branco e ao televisor a co-res". O diretor-superlntendente da empresa, HaroldoNaylor Rocha, que também participou da mesa-re-donda com a equipe do Diretor Econômico, tem pia-nos para transformar a Denison também num ins-trumento de captação de divisas, exportando paraas possessões portuguesas da África e para os EstadosUnidos, "onde temos, em Chicago, grandes linhas demontagem".

Os diretores da empresa, a única do ramo exis-tente na GB, explicaram que o barateamento do apa-relho a cores virá com o tempo, quando a produçãoaumentar, em decorrência da multiplicação da faixa

Y de compradores. O aparelho preto e branco está, noentanto, longe de ser superado — ainda representa40 por cento da produção das fábricas norte-amerl-canas de televisores.

Pioneira na GB"Nossa fábrica — disse o Coronel Janary — está

situada em Bonsucesso, numa área de 10 mil metrosquadrados. É moderna, e nela trabalham 200 téc-nlcos, administradores e operários brasileiros, dosquais 150 mulheres, na montagem dos televisores.Trata-se de equipe unida, que trabalha com entu-slasmo e deseja colocar à disposição dos brasileirostelevisores da melhor qualidade, ajudando-nos aacompanhar o desenvolvimento da televisão no mun-do. O principal acionista da Denison é o jovem em-presário Haroldo Naylor Rocha, e toda a equipe dacompanhia é constituída de brasileiros. Nossos téc-nlcos têm tido acesso aos laboratórios e às fábricasda Zenlth Trade Corporation de Chicago, onde acom-panham os progressos da tecnologia moderna em co-municações. No momento, produzimos apenas partedos componentes que utilizamos, mas nosso propósitoé, no futuro, produzir todos os componentes neces-sários ao televisor preto e branco e ao televisor acores. Damos contribuição importante de Impostospara o Governo federal e para o governo estadual.E damos trabalho a brasileiros, com bom padrão deassistência social. Contamos com suporte técnicoapreciável da Zenlth, que gastou no período de 1960a 1970. cerca de 117 milhões de dólares em .pesqul-sas. A Denison produz atualmente 4 mil televisorespor mês, mas o seu programa, nos próximos doisanos, é produzir 100 mil anuais. O mercado brasilei-ro, até 1975, deverá absorver aproximadamente, 6,5a 7 milhões de televisores, e o programa da empresa éparticipar da conquista deste mercado, além da ex-portação de aparelhos e componentes para a Áfricaportuguesa, para todo o continente africano e, ainda,para o próprio Estados Unidos, no que se relacionaaos componentes. Pensamos estar prestando um ser-viço público porque, ampliar e expandir a utiliza-ção do televisor pelos lares brasileiros, é um progra-ma, não somente cultural, mas sobretudo de entre-tenimento de nossa gente."

Origens

Destacando as origens da Denison e apontandoos pontos principais de seu plano de expansão para oBrasil, disse o Sr. Haroldo Naylor Rocha: "Nós somoslicenciados da Zenlth, que foi a primeira empresa aindustrializar o rádio na década de 20. De lá para cá,cia desenvolveu também a televisão e passou a lide-rar o mercado norte-americano. A Zenith operatambém em grande feixa de produtos e equipamen-tos utilizados na medicina, especialmente equipamen-tos cardlólóglcos e de audição, desenvolvendo, ain-da, a aplicação do raio Laser para a fotografia comausência de luz. Hoje ela opera, não só nos EstadosUnidos, como no Canadá, México, Venezuela, Peru,Israel, Formosa, Hong-Kong, Filipinas e Espanha."

Nos Estados Unidos existem, hoje, um televisorpara cada dois habitantes; no Japão um para cadatrês habitantes; na França, um televisor para cadaquatro habitantes, enquanto no Brasil há um paracada quinze habitantes. Isto mostra a potencialidadedo mercado de televisão, que dobrou nos últimosnnos. Hoje, o Brasil produz 1 milhão de aparelhospreto e branco, portanto, duas vezes mais do queo México e uma produção superior a do Canadá,países que desfrutam de posição privilegiada nocontexto mundial.

EvoluçãoAbordando o problema da técnica, podemos des-

tacar que a televisão a cores permite, hoje, ao Bra-sil equiparar-se aos países mais avançados em tec-nologia.

A televisão a cores é outra geração de televi-são. No final do século passado, desenvolveu-se atécnica de transmitir o som através de ondas derádio-freqüência. Setenta anos depois, aproximada-mente, na década de 40, aperfeiçoou-se a técnicade transmitir, além do som, também a imagem, porestas mesmas ondas de rádio-freqüêncla. Na dé-cada de 50, o homem desenvolveu, além do som e

da imagem, também a transmissão a cor, atravésdessas mesmas ondas de rádio-freqüência. Não serianenhum absurdo nós imaginarmos que esta técnicadê um passo à frente, transmitindo também a sen-sação da profundidade da terceira dimensão, comoa que já se conseguiu no cinema.

O sistema de televisão a cores foi desenvolvi-do pelos norte-americanos na década de 50 e tomoua denominação do NTSC. Os europeus, partindodesse desenvolvimento técnico, criaram outros siste-mas. Os alemães desenvolveram o PAL; os fian-ceses o SECAN e os soviéticos desenvolveram tam-bém o seu. A partir do norte-americano, o que maisse aproximou de suas origens foi o alemão — é ba-sicamente o NTSC, com grande avanço e melhoriasensível da transmissão na intepretação crônica.

Quem já teve oportunidade de ver, nos EstadosUnidos, as transmissões a cores, verificou que essascores, muitas vezes, não são estáveis, nem sempreinterpretando as cores originais dos estúdios. Istoporque o sinal é um sinal direto, onde os erros detransmissão são somados, entra direto no vídeo, en-quanto que no sistema PAL, existe um ólternadorna entrada, dentro do receptor, e que, com uma os-cilação, as linhas são alternadas, corrigindo os erroseventuais oriundos de interferências nas ondas detransmissão. No Brasil, estamos usando o sistemaPAL alemão e pedrão M americano, que não é Mde modificado, como muita gente pensa, é M depadrão, que são características de sinais de cromi-nância. A experiência em outros países tem de-monstrado que o televisor a cor, uma vez lançado,o mercado não pára de crescer. Numa primeiraetapa, não substitui o preto e branco, pois há dl-ferencial de preço muito grande, na faixa de mer-cado. Mas, ao longo dos anos — e a experiêncianorte-americana mostra isso — desde que haja au-mento do poder aquisitivo para que o grande pú-Mico tenha acesso à faixa de preços elevados dostelevisores a cores, então, começa a substituir o mer-cado de preto e branco.

Vamos exportarHoje, 15 anos depois de se introduzir o tv à

cores nos EUA, 60% da produção norte-americanaé a cor e 40% preto e branco — Zenith detém ahegemonia do mercado nos dois tipos. Hoje, temostambém a consciência de que devemos nos aliarao Governo na luta pelas dívidas. Estamos contac-tados no exterior, para exportação para as provín-cias ultramarinas portuguesas, África do Sul e mes-mo para os Estados Unidos. Aliás, foi noticiadoque a Ford está procurando fazer empreendimentosemelhante; produzir motores, para exportar paraas linhas de montagem de Detroit. Não é novidade,portanto, que estejamos também trabalhando nessesentido. A marca brasileira e a técnica brasileiradevem conquistar o mundo com espirito naciona-lista, como eu pessoalmente tive oportunidade deverificar no Japão, onde cada japonês sente o efei-to de sua participação nas grandes realizações téc-nicas do mundo moderno.

Este mês, estamos lançando o nosso íonógrafode 10 watts de saída, a preço popular, que é o pri-meiro passo para o desenvolvimento do som, im-portando também, como estamos fazendo no tele-visor e no rádio, knou>-hou> da Zenith em fonó-grafos, estéreos, hl-fi etc.

Expansão

Em setembro passado, colocamos no mercadoprimário, número expressivo de ações antigas, cujosrecursos foram totalmente canalizados pára a em-presa ainda no exercício. Isso nos permitiu dobraso mobilizado no exercício de 71. Adquirimos umafábrica, instalamos e inauguramos em setembrocom capacidade para 100 mU aparelhos de televisão.Se levarmos em conta a participação do povo, estenúmero se multiplica por cinco. Isto colocará a De-nison como a maior fábrica Zenith fora dos Esta-dos Unidos. Em novembro, adquirimos uma insta-lação próxima da nossa, onde estamos montando anossa fábrica de bobinas, transformadores jly-backe gabinete. Isto significa um esforço na linha doscomponentes, que tem por objetivo principal a di-minuição das despesas indiretas. Este ano, estamostambém fazendo esforços no sentido de melhorarnossa receita. Ela deve crescer em 250% em relaçãoao exercício de 1971, quando declaramos, em ba-lanço, lucro de 29 centavos por ação. Em 1972, oresultado por ação deve ser melhorado, pois dispo-mos agora de infra-estrutura mais bem dotada, emfunção da fábrica de componentes que nos permi-tira fabricar a metade de nossa matéria-prima, dosnossos componentes, do material usado na fabrica-ção de nossos televisores dentro de nossas própriasinstalações-

D.E. — Há algum propósito, por parte da Ze-nith, de transferir para o Brasil a fábrica que operacm Formosa?

Haroldo Rocha — A Zenith tem uma grande fá-brica em Formosa onde é montado grande númerode circuitos de rádio, estéreo e alguns televisoresde menor dimensão. Os circuitos são montados nailha c exportados para Chicago. Não é novidade,pois não é também a única empresa norte-ameri-cana que exerce esse tipo de atividade. Muitas em-presas dos Estados Unidos hoje se suprem de componentes e subconjuntos montados na Ásia. Inspi-rados nessa posição de Formosa, em relação às po-

derosas linhas de montagem de Chicago, nós brasi-leiros estamos projetando a possibilidade da De-nison se tornar uma supridora de componentes emcircuitos montados e subconjuntos para as linhas deChicago. A nossa capacidade de concorrência emqualidade e preço está hoje comprovada, sobretudoem decorrência dos incentivos de ICM e do cré-dito IPI que o Governo brasileiro, justificadamente,concede ao nosso sistema industrial.

Nós conhecemos a posição da Zenlth, mas notocante ao Oriente, não temos conhecimento de trans-ferência para o Brasil. Porém, é importante assina-lar que muitas empresas estão pensando no Brasilpara o suprimento de suas matrizes, estabelecidas emterritório des Estados Unidos..É o caso da Ford Hoje,algumas empresas como, por exemplo, a IBM. ex-portam. A Phillips, a Ibrape, subsidiária da Phillips,é a maior empresa de produção de componentes esta-belecida no Brasil, superando as suas co-irmãs fixa-das em outros paises, tanto da América Latina, quan-to da Europa.

D.E. — Quais são as próximas perspectivas doBrasil para a produção de aparelhos de televisãoa cor?

Haroldo Rocha — São de produzir de 60 a 70mU aparelhos de televisão a cores. No total, a pro-dução será da ordem de 1 milhão de unidades, In-clulndo o preto e branco. Muitos indagam o motivodo preço tão alto do televisor a cor. Existem váriasrazões, Uma é a necessidade, no Início, da partlcl-pação de componentes importados. Isto quer dizerque 60 por cento do aparelho são Importados. Outrarazão é a. baixa produção Inicial.

O televisor a cores, além disso, é como se com-parássemos o automóvel Volkswagen com o Scania-Vabls. O princípio da cor é quase o mesmo do pretoe branco. Mas, a quantidade de material, a tecnologiaaplicada, o volume da matéria-prima usada, sãorazões que concorrem para o encarecimento do tele-visor a cores.

Importar não é soluçãoAs emissoras de televisão, recentemente, mani-

festaram o desejo das fábricas fornecerem, imedia-tamente, 300 mil unidades, para que elas se equipempara programações a cores de maior gabarito. Houveameaça — da qual tomamos conhecimento atravésda imprensa — de que o Governo estaria pensandoem abrir a importação. Como técnico que é, o Ml-nistro Higino Corsettl conhece as dificuldades daImportação de um equipamento, cujos componentesnão poderão posteriormente, uma vez terminada afase de isenção, ser fornecidos pelo mercado externo.Conhecemos as dificuldades de um equipamento es-trangelro — até não aparecer defeito, vai bem, masquando este surge, não se encontra mais as peçasoriginais. Se abrimos a importação, o mercado serásuprido a curto espaço de tempo em 300 mil unida-des. Depois, não haverá mais licença de importação.Como ficariam esses aparelhos, de manutenção dis-pendlosa e carentes de assistência para seu bom fun-clonamento? Não deve ser, portanto, procedente, anotícia de que o Ministro Corsetti estivesse de acordocom esse pensamento. E, também, por uma outrarazão. Se houvesse essa autorização, com o Governoabrindo mão das barreiras alfandegárias, por quenão reduzir os impostos — que vão a 40 por centopara os televisores hoje fabricados no Brasil, paraque haja absorção Imediata pelo mercado de grandenúmero de televisores. Porque numa linha de mon-tagem, o fundamental consiste em avaliar os invés-timentos aplicados na unidade pioneira. É nela quereside a principal dificuldade. A partir daí, tudo senormaliza através da montagem em série. As fábri-cas nacionais estão capacitadas a produzir mais de60 ou 70 mil televisores, e poderiam colocar os 300mil no mercado, a curto prazo, se houvesse certezade que o mercado os absorveria. Mas temos cons-ciência de que, face ao elevado preço, o consumidorbrasileiro só terá capacidade de compra de formamais lenta.

D.E. — O Governo não deu, recentemente,isenção para importação de componentes para fa-bricação de cinescópio?

Haroldo Rocha — O Governo tomou posiçãomulto Inteligente em defesa dos Interesses nacionais,proibindo a importação de componentes e aparelhosprontos, com o gozo de Isenções alfandegárias. O ei-nescópio participa, em valor, com 50 por cento docusto final da matéria-prima. Foi a única exceçãoque o Conselho do Desenvolvimento Industrial, doMIC, fez, autorizando duas empresas fabricantes decinescópio a importar, com isenção alfandegária, par-te dos componentes. Mas a .título precário e somentedurante 36 meses — depois, as empresas estarãoobrigadas a produzir tais partes também no Brasil.

As peças de maior elaboração técnica tambémtêm Isenção. Mas, para fazer componente, é precisomatéria-prima. E as matérias-primas é que são im-portadas, como o poliester e alguns papéis especiais.Julgamos que o Governo criou um problema Inicialpara as indústrias, mas de reflexos positivos, poisobriga, a partir do marco zero, que todos os Indus-trials procurem se equipar, desenvolver sua fabrica-ção dentro do Brasil porque, senão, estaríamos sem-pre na dependência da Importação de componentesprontos. O Governo defendeu, portanto, a criação deuma tecnol^eia própria e, com Isso, aresar das dlfl-culdades criadas, o tem o nosso aplauso.

D.E. — E quanto à tecnologia importada?

Haroldo Rocha — Ele consentiu na importaçãoda tecnologia básica. Agora, esta técnica tem queser adaptada às condições nacionais de transmissão,à topografia, às distâncias, pois tudo tem impor-tância na fidelidade das transmissões e recepções acores, Partindo dessa tecnologia importada, nós es-tamos desenvolvendo a nossa, se considerarmos ofato de que o padrão M, padrão americano, emcombinação com o sistema PAL, alemão, resultouem um padrão híbrido, original no mundo inteiro.Isto também concorrerá para o desenvolvimento detecnologia própria, para as transmissões a cores.

D.E. — Não é excessivo o número de empresasproduzindo aparelhos de televisão a cores? A uni-dade não sairia mais barato se tais empresas seagrupassem?

Haroldo Rocha — Isto não é uma característicados produtores de televisão. Sempre que se restrin-ge o número de unidades produtoras o mercado permanece o mesmo, a fatia é maior para uma das re-manescentes. Isso, em qualquer tipo de produçãoMas não se pode eleger algumas poucas empresaspara ter acesso a essa técnica. É uma característicado nosso sistema capitalista, dentro da democraciae, além do mais, o mercado consumidor é muitoamplo. A concorrência é salutar, sobretudo nummercado, como o brasileiro, que está se sofisticán-do. É preciso dar muita qualidade, muita beleza,muita técnica, para motivar o comprador, correspondendo à sua exigência. Dentro desse mercado,a Denison está disputando preferências e temos condições de achar que alcançamos posição de lide-rança no mercado de cores.

D.E. — Haverá redução nos preços dos apare-Ihos a cores, quando os componentes atualmenteimportados passarem a ser produzidos no Brasil?

Haroldo Rocha — Hoje, as fábricas de compo-nentes importam matéria-prima e estão produzindoo equipamento no Brasil. Vamos situar o cinescópio. Suas partes são importadas e montadas no Brasil. No momento em que tudo estiver nacionalizado,haverá redução do preço final do aparelho, masnão de grande expressão, pois tais partes e compo-nentes estão com isenção. O que realmente vai per-mitir a redução substancial do preço será a altaprodução, assim como a produção da matéria-pri-ma necessária aos componentes: poliester, filamen-tos de tungstênio, tubos de válvula, etc.

D.E. — Existem possibilidades de que estas ma-térias-primas sejam produzidas, brevemente, noBrasil?

Haroldo Rocha — Existem. Temos verificado,nos últimos dez anos, que novos produtos são na-cionalizados. Há uma preocupação geral no indus-trial brasileiro de procurar produzir no Pais as ma-térias-primas.

Não é aconselhável depender, para nossa Unhade montagem, de suprimentos do exterior, por di-versas razões: comunicação, especificação, trans-porte etc. Dal o esforço para que nossas necessida-des sejam supridas pela fabricação nacional.

D.E. — Por quê a indústria brasileira não es-tá fabricando aparelhos a cores menores, transisto-rizados como os japoneses e americanos. Isto nãoinfluiria na baixa do preço?

Haroldo Rocha — Primeiro, porque o mercadoque compra televisor tipo móvel é maior do que omercado do portátil. A experiência mostrou, como preto e branco, que a preferência do compradorsempre recaiu no de 23 polegadas e agora no de 24.Só depois de atendido esse mercado surgiu, o inte-ressado no tipo portátil. Existem duas grandes li-nhas de componentes eletrônicos: o tamanho stan-dar, usados no Brasil, e miniaturas. O Brasil ain-da não tem técnica avançada na linha de compo-nentes de miniatura.

Outro aspecto é que. quando se reduz o tama-nho, multiplicando-se as dificuldades e a vulnera-bilidade dos circuitos — o trabalho tem que termaior precisão, que significa equipamento mais ela-borado e de maior desenvolvimento técnico. Comoo tevê a cores necessita de quatro vezes mais com-ponentes do que o preto e branco, é fácil imaginara precisão que se tem de exigir num aparelho pe-queno.. de 16 ou 17 polegadas.

Combinação de cores

O televisor a cores é feito, basicamente, emcombinação do verde com o vermelho e o azul.Dessa combinação é que surge a Imagem. O cines-copio é formado de uma tela e três canhões quefazem o bombardeio, ativando a matéria fosfáticaintroduzida no tubo e formando, então, a cor. Nocinescópio preto e branco existe um único canhãoque é responsável pelo bombardeio.

Como industriais, temos que começar por on-de a aceitação do público se manifestar de formamais acentuada. O nosso comportamento se modi-fica, na proporção em que o público, movido porelevação de seu poder aquisitivo e pelo aprimora-mento de seu gosto, faz à indústria novag exigên-cias, que se vê obrigada a equipar-se para corres-ponder a essas exigências.

BELA As feras na Selva de Pedraa moda em visão geral

Hollywood às escuraso homem do bel?

a arte de Edson Mota

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Suplemento dominical do CORREIO DA MANHA, 16 e 17 de abril de 1972

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p 0 ESTILO dos anos 50 que volta.

ECom

muitos bordados, babados,pastilhas, tecidos leves, esvoaçantese românticos. A mulher procura aomáximo, como no período em que Gra-

ce Kelly ainda não era a Princesa de Mona-co, usar e abusar dos chignons e luvascurtas.

Enquanto isso, depois de uma tentativafrustrada, Emílio Pucci, que é marquês, pedelicença a Mao Tsé-tung para levar suasroupas até a China, com mensagem de ami-zade, harmonia e beleza dirigida à mulherchinesa.

EDITH CARNEIRO, editora

BALAIO Germanade Lamare

Juca Chaves olhou para o Denner:e pensou: "Se meu nariz é maior do queo dele, porque não será o meu sucesso?"Vai ser jurado. Beki Klabín arranjounovo sogro comendador. E todas ascervejas daqui pra frente serãodiferentes: vão ser em lata.

A ESTRANHA NOITE ERA PORTUGUESA

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Enquanto os Patinos tocavamStranger in the Night (puxa vida, oFrank Sinatra até já se aposentou!...)no Bateau, e loura de babadinhos lança-va olhares lânguidos por baixo de lon-gos cílios para a cabeça do casal, Danu-sa Leão recebia na Niemeyer. No segun-do jantar Tony Mayrink Veiga — e suaadorável Carmen — chegou cedo. Eque Tony havia sido barrado no primei-ro por estar esporte. Frase de Tony::'Ué, mas eu só vim tomar um drin-que!" Um ou trinta só de gravata pre-ta na ordem dos Patinos. E tenho dito(sotaque português), afirmou o maitre.

No jantar de Danusa, Valéria, quenão sabe ainda que os Patinos existem,mas conhece o caminho do Pujol, che-gou pensando que aquele era o únicojantar da noite. Entrou com um braçodado a Eduardo Sidney e o outro bra-ço dado a Ronaldo Bôscoli. Como osorriso estava no meio, Valéria o abriude ponta a ponta para o surpreso e es-tupefato ex-Governador Negrão de Li-ma. Como Danusa virou portuguesa, nãopor causa do Machado, mas da TAP,ninguém melhor para convidar do queJoseph Halfiij da Air France. Assim sóficava faltando o Jumbo, e as compa-nhias aéreas estariam na maior satis-facão. Mas outros Jumbos surgiram pe-lo caminho: Teresa Sousa Campos, demarrom e bolinhas brancas, CarmenMayrink Veiga, Josefina Jordan, KikiGaravaglia de saia curtinha, lide Lacer-da e Beatrizinha Lucas de Lima home-nageando um Saint-Laurent, que não

merecia homenagem alguma. Os doismodelos eram idênticos, mas nenhumdos dois era bonito. Me, aliás, fez anosontem, e jurou que nunca mais vesteum Saint-Laurent na vida... Odilo Li-cetti pairava pela sala procurando en-tender os andróginos, e Fernanda Co-lagrossi e Nelsinho Batista sentados nosofá procuravam entender ao que assis-üam exatamente em frente. Mas comosão pessoas discretas só comentavam en-tre si. O engraçado é que vizinha Cris-tiana Lacerda, quando a festa já ia pe-lo meio, achou, ótimo tomar banho debiquíni em sua piscina, bem em frenteà varanda de Danusa. "Está uma noitetão calma", deve ter pensado ela, "queninguém vai me ver..." E ninguémviu, apesar "dos esforços.

A Patternote de Ia Vaillé tamb?mchegou de dourados para mostrar quehavia ido aos Patinos antes, e carregavapelo braço o seu Dom Pedro (II). LuísJasmin arranjou uma brecha para per-guntar a Valéria se seus cabelos eramtão naturais quanto os dele. "Sim, por-que os meus são longos e lindos." Nofinal Danusa e Renato esticaram-se. nosofá e comentaram: Não é divertidíssi-mo dar festa com o sotaaue português?Ricardinho Amaral respondeu: "Nãosei, o meu sotaque agora é paulista':. eGuilherme Guimarães saiu correndo:"O meu é francês! O meu é francês." ELourdes e Álvaro Catão chegaram sópara descobrir que a festa já tinha aca-bado...

ISONORASONORA SONORASONORA SONORASO]

SISUDASISUDA SISUDASISUDA SISUDASISUDA por fora jj^ ?rv! /* Jt* II -I t mm. m, mm h. *Di Cavalcanti acaba de

receber o título de doutorHonoris Causa da Univer-sidade da Bahia só por-que em 22 teve idade su-ficiente para participarda Semana de Arte Mo-derna... @ HenriqueCordeiro Guerra agoraem vez de construir seconserva: tem andadoadoidado pelas areias mo-lhadas da praia de Ipane-ma, aliás, seus mais re-cenfes companheiros deandanças são Hermes Li-ma e Lais Gouthier, que,por sinal, continua maisbranca do que pista deesqui... • Gilson Ama*do começou a prepararas suas memórias, cujoprimeiro volume vai sechamar Memórias da Ve-lha Danana... • Porfalar em livros, VicenteBarreto acaba de editarfinalmente as suas pró-prias memórias do AlbertCamus... # Letícia La-cerda muito a fim deatualizar-se: acaba de sematricular no InstitutoSuperior de Cultura Fe-minina. # A Secretariade Segurança fechou es-sa semana mais de 16nvifuás por considerarprecário o funcionamen-

Nein incógnitoeu consigo

entrar

to dos brinquedos. O queme admira muito é só te-rem sido interditadosagora. Será que não exis-te uma fiscalização siste-mática daquela pa-rafernália velha e gastapela própria Secretaria?• Afonso Arinos vai fa-lar sobre a Monarquia ea Independência no pró*ximo dia 26, na Associa-ção Comercial. Ele achaque o assunto está emmoda. • O recorde bra-sileiro de "agradar ai-guém com festas em jan*tares" talvez seja batidopor São Paulo em vez doRio, com este histéricofestival dos Patinos. Oembaixador do Líbano,Jean Hadji Thomas, comsete dias na capital pau-lista terá dezesseis jan-tares e recepções esta se-mana em sua homena-gem. • A Ligth vai in-vestir 710 milhões de dó*lares no Brasil nos pró-ximos cinco anos. A mo*ça não está nada a fim deperder prestígio e con-corrências... • A latachegou definitivamente àcerveja. Até dezembroBrahma e Antártica dis-tribuindo abridores tam-bém como brindes... O

Anno Marie e Ragner Ja-ner homenageando se-gunda-feira última o em-baixador dominicano noBrasil, Cirillo Castelha-nos, que foi dar uma olha-da nos negócios de seupaís in loco... O De-pois de um ano na prate-ieira da censura foi liberado A Emboscada, deBruno Barreto, filho doLuiz Carlos — produtor...Não foi nada calma aeleição do prêmio Moliè-re esta semana sob a pre-sidência do Sr. JosephHalfin, diretor-geral daAir France. Quando RaulCortez ganhou o prêmiocomo melhor ator do anopela sua atuação em Osrapazes da Banda, ai-guém gritou na mesa:"Mas

que ousadia, umpaulista!" • Por falarem Molière, muito mere*cidos, aliás, os dois prê*mios de interpretação.Tanto o Raul quanto Te*reza já andavam com as

Erateleiras empilhadas de

ons papéis amarelados.Yolanda Costa e Sil-

va de malas prontas pa*ra Nápoles, Florença eMadri para melhores es-quecimentos... •

Se o vexame fosse encomendado cer-tamente não teria dado tão certo. Olocutor encarregado de sortear umajóia do Natan, no show de Ana Marga-rida, no Teatro Glória, saiu-se com essa:numa homenagem à presença da se-nhora do governador da cidade, sra.Zúi Chagas Freitas apresentamos ago-ra..." E o pior foi que depois ele cor-rigiu...

Há vagasBoaventura Farina deverá deixar ocargo de diretor do Banco do Bra-sil até o próximo dia 30 quando vaitreinar melhor o sotaque paraocupar a presidência do Banco Por-tuguês do Brasil. Já que deixalugar vago com sotaque nativo Car-los Alberto Vieira e José AdrianoCastelo Branco andam treinandopara ver quem tem melhor acento...

mmmmmmtm———

Com muito usto o Embai-xador Fragoso conseguiu tam-bém convencer o porteiro doBateau, de que ele tinha cre-dejiciaii ultra-especiais paracumprimentar os Patinos ape-sar de seu traje esporte...Sérgio Cavalcanti comprou umcavalo e batizou-o de NewJirau. O poíro tem dois anose ji ajirmou que não canta, sórelincha... J

Debaixo: o JapãoSeverino Salvino da Silva proibiu seu filho

de ir a escola porque a professora andava en-chendo a cabeça da criança com besteiras, in-clusive de que o homem havia andado na Lua.Pois para mim o que eu acho mais surpreen-dente é que Severino, que mora nos confins domundo, lá no sítio de Serra Velha, no Municípiode Caruaru, enfiado dentro de um pequeno ar*mazém a vida toda, sabe, por exemplo, ao de*fender a sua tese, que: "debaixo da gente fi-ca o Japão." O que há de convir, é uma senho-ra cultura para aquele lugar, hem!

Puxa, que azar!A comissão encarregada de selecionar os

filmes que concorrerão à Palma de Ouro, emCannes, não achou a menor graça na históriade Ano Terra e vetou o filme. Um dos juizeschegou até a comentar com um amigo meu fran-cês: "Será que não há nenhum filme melhor lá,não?" Ao que este respondeu: "Sei lá, GláuberRocha anda por aqui..." De qualquer formaSão Bernardo, de Leon Hirschman, representaráo Brasil na Quinzena da Sociedade dos Realiza-dores, na mesma época, e Prata Patamares, deAndré Farias, já está convidado por Louis Ma-corelles para a Semana da Crítica. Só falta ago-ra Paulo César Sarraceni conseguir convencero presidente do INC, Brigadeiro Tróia, de queCrônica da Casa Assassinada, escolhida paraBerlim, podia perfeitamente mudar de endereço,a última hora, e ir parar na Cote D'Azur.

Claire Bloom nos braços de Chaplin: "Você nãosabe as saudades que eu tenho das

luzes da ribalta"

Depois que Lady Rus-sei se tornar sogra doPríncipe Charles, segun*do os comentários dosjornais ingleses, ela po-dera levar garçon e cham-panhe para as praias deTorquay, como costuma*va fazer aqui em Ipane*ma, porque o Labor Par-ty não mais se incomoda*rá com seus hábitos aris*tocráticos. • Márcia eZózimo Barroso do Ama-ral rumo ao Japão ondevão passar um mês be-bendo sake. Cotinuarácurtindo scotch em seulugar, Carlos Leonam...• Daniel Más ficou outrasemana nos EUA porqueJorginho Guinle lhe pe-diu de joelhos que ele lhefizesse companhia... •Onde foi mesmo que LígiaMachado quis levar umamoça que foi barrada se-camente para dona da ca*sa? • Marcelo Camusvem ao Brasil filmar fi-nalmente Gabriela. Cra-vo e Canela depois deCario Ponti ter guardadoo roteiro durante anosdentro da gaveta, como opapel perfeito para So-phia Loren... • Jô Cie-mente, que organiza aFeira da Bondade em São

Paulo, foi convidada pe*Ias organizações benefi-centes de Portugal e Ca-nada para organizar fei-ras idênticas em Lisboa eMontreal. Donde se con-clui que vamos começara explorar beneficências.

Devem estar terminan-do hoje à tarde as filma-gens de Tudo Legal doCaca Diegues, com ChicoBuarque, Betânia e Nara-esposa, cujo roteiro éuma excursão de canto-res ao interior do País...

Vic Hockensmith andaconvencendo a mulher demorar em São Paulo, porordens de seu patrão Ja-dir Gomes de Sousa, masela disse "quer ir, não"...

Betsy e Òlavinho Mon*teiro de Carvalho marca-ram para o dia 20 o finaldas férias na CoteD'Azur... • Tony Ri hei*ro Pinto depois de ofere-cer um jantar de velas' ecandelabros à marquesa eao marquês dei Viso le-vou ambos ao show daMarília Pêra no Nightand Day, onde a marque-sa aplaudiu muito, e aoshow dos Sargentelli comas suas respectivas mula-tas, onde o marquêsaplaudiu adoidado... 9

Jornalista Raul Giudicel-li, que ultimamente nãotem feito outra coisa doque perseguir as mulhe-res pensantes, acaba datomar posição esta sama*na: optou pelo papa. •Rui Guerra não vai maismontar Boleta Russa. Is-mar Porto já o substituiuna moviola... • ítalaNandi curtindo repousoabsoluto por ordens mé-dicas. "Cegonha deve virsempre na hora certa"afirmou o seu recepcio-nista. • Juca Chaves vaisentar no júri do Fláviopara julgar um vestidofeito pelo Cauby Peixe-to... • Zélio pretendeabandonar suas cinco ou-trás profissões: jomalis-ta, cartunista, contista,desenhista, e artista grá-fico para tornar-se empre-sário. Seu próximo con*trato vai ser buscar TomJones em Londres na pri*meira semana de maio...• Quinta-feira os cíezl*nhos amestrados já esta*rão saltando e o leão jáestará rugindo no galpãodo Canecão, assim que oMoinho Vermelho come*çar a rodar.

Há quem diga que Tostão

pref eria este time!

pÍIÉIB l||i§|' PI IwlM LlilIliB pi'¦úm\ m\xÊÈB$ÊÊ<Sm\ ¦WB gp¦ Wkm\ WmmW^*ÊÊ®Êm aVÍai 1^^^

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llillilllllltlf™ kSawE ¦• lÍfêl$SlllÉlB B£pP

smmmmmmSmmmmm ¦'•yySímMr7xmMK^ '-^L^L^H^H

Este é um segredo que eu guardei até agora. O time que o Tostão gostaria real-mente de jogar. (Olha só a carinho de felicidade dele)..! O time como bem se podeveré somente composta por jornalistas. À direita Marilene Dabus, na ponta esquerdaTereza Cesário Alvim, Regina Coelho ao centib e a bisneta do meu bisavô Visconde naoutra extremidade...

GtOrgiana Russel: Se eu me tomar rainhaconsorte juro dear Charles que nunca mai$ usarei

essas perucas horrendas...

SEDOSASEDOSASEDOSASEDOSASEDOSASEDONorman Mailer ficou

com lágrimas nos olhosquando assistiu à recep-ção dada a Charles Cha-plin na Philarmonic Hall,em Nova York. Outrasatrizes que fizeram quês-tão de beijá-lo pessoal-mente durante a recep-ção: Paulette Goddard(Tempos Modernos) eClaire Bloom (Luzes daRibalta) © Maria do Car-mo Nabuco e GraciemaMello Franco de Andra-de em Ouro Preto reco-lhendo peças para o mu-6eu de Tiradentes. Via-gem à Europa para Ma-ria do Carmo só depoisdo dia 27, setenta anosde José Nabuco, que fazquestão absoluta de pas-sar em sua companhia...• Beki Klabin de namo-rado novo: sotaque por-tuguês e origem noríis-ta. Filho do ComendadorCavadinhas, de Recife, orapaz é dado a lançarbossas: cinto de fiveladourada com duas mu-lheres entrelaçadas comofeitio... « Antar Padi-lha continua a tratar dapele e do ar de felicida-de de Ana Maria Boza-

no • Silvia Amélia Cha-gas precisando de com-panhia valente pelas ruasda cidade. Mas desta veznão corre risco, mante-rá as feições perfei-tas... • Por falar nasChaguinhas, na estréiade Ana Margarida noGlória, puxa, LuizinhoEça, não precisava ficartão nervoso, Maria daGlória achou lindo levaros filhos para assistir àtia cantar, e Silvia Amé-lia a ex-sogra Dulce Mar-condes Ferraz... • Co-mentário de Bubi Weins-henck na festa de Danu-sa Leão: Não adiantaflertar moça nenhumanestes jantares porquenão há uma só noite livrepara convidá-la parasair. v Coitado do Bubi!• Denner estreou gague-jando no seu programada TV Bandeirantes deSão Paulo, como sempredisse Eduardo Sidney arespeito do moço: santode casa não faz mila-gres... « Rubem Bragaperdeu a paciência e jáencomendou a quinta e asexta edições do livro deMariza Raja Gabaglia...

• Nelsinho Batista em-barcando hoje à tardepara Nova York com aúnica incumbência detornar-se sogro de Mil-ton Mattera... • Depoisde muitas brigas HeloísaMello Leitão e MarceloMedeiros acertaram opasso e vão até o altarda Reitoria da PraiaVermelha no próximodia 29 • Muito menosgente famosa do que seesperava foi vista nainauguração da RiveGaúche de Yves Saint-Laurent, e muito menosmodelos do que a pia-teia esperava foram vis-tos no desfile de Casa Vo-gue. Frase das dondocas.Se eles pensam que nosenganam com uma flor eum xale estão muito en-ganados... • MillôrFernandes desenhou umconvite muito convidati*vo para Patchwork, novaboutique da Gilda Cher-mont Romero... • Ecomo só foram vendidosoitenta convites do chá-desfile de Pierre Bal-main no Jóquei Clube deSão Paulo, tanto o cháquanto o desfile foram .cancelados...

CORREIO DA MANHA — Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2.a feira, 17/4/1972 Bela

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A moda emvisão £eral

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Mmoda.

ODA sempre foi reflexode uma época. Por isso,ela nunca foi tão contro-vertida como é agora.Não ha moda. Tudo é

É o estilo marinheiro, que con-tinua a navegar por "mares nuncad'antes navegados". Passeando oazul, o vermelho e o branco portodas as ruas de Paris, com suasimensas golas típicas e pantalonasextravagantes.

Num faz de conta constante,de repente a mulher deixa de sermarinheiro e se transforma numverdadeiro "Jules". Cansa de fa-zer gênero suave e romântico e as-sume ares de independência. Ade-re ao terninho, jaquetão, camisa,gravata e ainda ao chapéu. É umamaneira de se renovar conservan-do sempre o mesmo charme femi-nino.

Tentando ser fiel a si mesma,de vez em quando ela retorna àssuas origens e veste uma saia pre-gueada, prende uma flor na lapelae adota o "tailleur". Numa voltaaos anos 40 e 50, ele retorna commuita força, fazendo moda bacanapara o nosso inverno.

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CAMURÇA,

muita camur-ça. De dia e de noite.Saltos? Todos altíssi-mos, na base dos 10centímetros. Sola du-

pia, para dar equilíbrio, senão,

já sabe o que acontece, cai do

pedestal. O que não fica nadabem. Cores bem suaves, pastéiscom muito azul-bebê, rosa-es-maecido, verde lavanda e um li-lás bem pálido.

Cintos estreitos. No máximo,três centímetros de largura. Éótimo para quem está com acintura passando das medidas.Fivelas mais discretas, ainda

douradas, mas tendendo para oclássico. Camurça, lézard, peli-ca e veludo sintético, na baseda "pele de foca".

As bolsas, como sacolasbem esportivas e jogadas. Lisassem nenhum detalhe. Mais com-

portadas, tipo envelope em pe-lica, camurça ou cromo, comferragens douradas no fecho.Mais largas, com espaço sufici-ente para guardar um monte decoisas supérfluas. Alças aindaà tiracolo. E quando o invernochegar, uma bolsa de pele decoelho, pra você não sentir mui-to frio.

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Bela .COKKUlO DA JViAJNHÀ — Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2.a feira, 17/4/1972

Monstros sagradosna Selva de Pedra

LAS dominam, agora, o1 mercado das novelas e

estão na boca do povoi ¦ i com quem mantêm uma

M—A intimidade intensa diária-mente, pelo menos por ai-

£uns minutos, enquanto encarnamos personagens das novelas de cujoelenco fazem parte. Tornaram-se,assim, monstros sagrados dentrode uma engrenagem para a qualcaminharam a passos largos, porforça de seu talento ou de outrascircunstâncias. E nessa engrena-gem — a televisão — comunicam-se e dão-se a uma gama imensa deseres heterogêneos, para quem fa-bricam as emoções mais profun-das.

Regina Duarte, Heloísa Hele-nat Lídia Matos, Aríete Sales eDina Sfat são cinco monstros sa-grados de Selva de Pedra a novanovela de Janet Clair, que a redeGlobo leva ao ar diariamente nohorário das 20h. Destas cinco atri-zes, duas — Heloísa Helena e LídiaMatos — vêm do teatro e do cine-ma antes da implantação da televi-são no Brasil. Ainda jovens e bo-nitas, são uma espécie de pionei-ras neste veículo de comunicaçõesque ainda não tem nem 25 anosde vida, aqui. ,

Impacto

Na quinta-feira, 6 de abril, opúblico de O Homem Que DeveMorrer sofreu um impacto. A no-vela de Janet Clair chegava aoseu penúltimo capítulo com a mor-te do personagem interpretado porJardel Filho — o terrível Otto VonMueller. O que ninguém podia es-perar era que Lídia Matos, quevivia na novela a figura dá mãe deOtto (D. Catarina), desse um espe-táculo a parte* quando, com a câ-mara parada diante do seu rosto,deu a toda uma audiência umaaula de talento e de interpretaçãona base do '"Actors Studiow. Foi,segundo a média das pessoas, umadas cenas mais impressionantes danovela, que recebeu restrições dacrítica, mas também obteve elogios

no que se refere às soluções en-contradas por Janet Clair. Dentrodo meio teatral e na própria televi-são — e este é ainda o comentáriodo pessoal nos corredores da Glo-bo — tinha-se a certeza de queLídia Matos projetou-se definitiva-mente como uma das atrizes de en-vergadura do vídeo, revelando umtalento do qual muitos já haviamse esquecido, ou não acreditavam.

A pensãoLídia já está aparecendo emSelva de Pedra, como Vivi, mu-

lher de sociedade (mãe de DinaSfat) ao. lado de outra figura co-nhecidíssima do público — Heloí-sa Helena. Se em Assim na TerraComo no Céu, Heloísa interpreta-va, com frivolidade, uma mulherde alto mundo, em Minha DoceNamorada transformava-se em ei-gana, agora, em Selva de Pedratraz ao vivo a figura de uma ex-vedete que se transforma em do-na de uma pensão na Rua do Cate-te — Fanny. De peruca louracendré, vestidos espalhafatosos,gestos largos e muita maquilagem.Heloísa Helena se solta no papelque é mais uma oportunidade desua carreira em seu retorno às câ-maras de tevê. Não há segredo ne-nhum para Heloísa no que se re-fere à televisão. Na Tupi, de 1951em diante, ela apresentava, comPaulo Porto, Ioná Magalhães, Al-berto Perez e Lídia Matos, as no-velas e os teleteatros. Era, comoLídia, apresentadora, animadora,entrevistadora e fazia também co-merciais. Por volta de 1955 He-loísa Helena era um monstro sa-grado da televisão, o novo veículo,que ela trocara pelo teatro e pelocinema. A temporada em Recife,se não lhe foi favorável, não lhevaleu o esquecimento do públicopara o qual regressou através daGlobo, dividindo-se, agora, tam-bém com o teatro e com o cinema.Ela vai reviver, na tela, o seumaior êxito no palco — a figurade Carlota Joaquina em Indepen-dêneia ou Morte, filme que será

estrelado pela dupla Tarcísio Mei-ra e Glória Menezes.

Regina de volta

Selva de Pedra marca o re-gresso de Regina Duarte à televi-são depois de trabalhar com Cláu-dio Marzo em Minha Doce Namo-rada. Dona de um dos sorrisosmais bonitos e fotografando comperfeição, Regina Duarte não tema mesma bagagem artística de Li-dia Matos ou de Heloísa Helena.Mas lançou-se, via São Paulo, co-mo um dos nomes preferidos dopúblico de novelas e conquistoudefinitivamente a posição de es-trela na tevê quando Minha DoceNamorada entrou no ar atingindoum alto índice de audiência no ho-rário das 19h. Em Selva de Pedra,a atriz tem um papel diferente dostipos que criou anteriormente. Nãoserá mais a jovem inocente, nema moça falsa, com fisionomia an-gelical e alma de demônio. Regi-na Duarte tem um papel adulto, ode Simone, a escultora que am-biciona tornar-se um nome respei-todo na arte e que enfrenta a ei-dade do Rio de Janeiro com asferas dos seus arranha-céus.

A dupla Janet Clair — escri-tora — e Daniel Filho — diretor— pretende tirar o máximo efeito

da atuação de Regina e dará ain-da, a Aríete Sales a oportunidadede compor um tipo que poderáconfirmá-la como uma das atri-zes de porte no elenco de novelasde teleteatros da televisão, fatoque já ficou patenteado em OHomem Que Deve Morrer, no qualdefendeu, com garra, um papeldifícil de mulher frustrada e bê-bada.

Dina Sfat — na vida real amulher do ator Paulo José —mostrou-se como atriz em 1968quando passou pelo Rio com oTeatro Oficina de São Paulo, napeça O Rei da Vela, de Oswald deAndrade. Coube-lhe o papel deHelena de Lesbos e daí para a te-levisão o pulo foi rápido.

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Apintura

otimistade Tais

— Minha pintura é otimista, semdramas. Apesar de tudo eu ainda acre-dito na humanidade. Meus olhos nãoestão voltados apenas para o futuro— onde a máquina dominará —, euvivo o presente. Sinto o primitivismoda natureza, as pessoas com suas fan-tasias e sonhos, sem no entanto meconsiderar uma "artista primitiva" —assim, Tais Azambuja define sua pin-tura e seu estado de espírito.

Seu vernissage é amanhã, às 21horas, na Galeria Chica da Silva. On-de apresentará o resultado de suas úl-timas pesquisas, "é um trabalho origi-nal, praticamente inédito. A síntesede uma série de experiências efetua-das desde 1970, que agora atingirama maturidade e eu me acho em condi-ções de exibi-las ao público, certa deque serão bem compreendidas".

Tais

Gaúcha, de Porto Alegre, TaisAzambuja está há alguns anos no Rio.Fez cursos de pintura no Instituto deBelas-Artes, onde estudou História daArte com Manuel Santiago, Isabela SáPereira, Nelson Ganem e AbelardoZaluar.

Apesar de estar ainda no início,Tais já recebeu diversos prêmios comoa Medalha de Ouro no Salão da La-

goa, de prata no Salão Pancetti, prê-mio de aquisição nos Artistas Anôni-mos e Salão Militar e de bronze noSalão Nacional e na Sociedade Brasi-leira de Belas-Arte?.

Participou de inúmeras exposi-ções coletivas r.w galerias Dezen,Gead, Montmartre e Copacabana Pala-ce. No âmbito internacional expôs noAcervo Internacional de Brooklyn, emNova York, além de ter apresentadotrabalhos no Ministério das RelaçõesExteriores do Uruguai e na Embaixadade Israel.

Individualmente, esta é a segun-da vez que mostra suas telas. A pri-meira foi realizada ano passado naGaleria Gead.

O pintor e professor Abelardo Za-luar acha a pintura de Tais "uma reu-nião ampla, comunicativa com aspec-tos do real e imaginário combinando en-tre si. Sua fase atual se concentra, so-bretudo, numa técnica ampla e queaté hoje possui vitalidade e é capazde fecundar expressões tão diversascomo a colagem e o cubismo. Tais con-seguiu materializar seu sensualismo efantasia, num resultado dosado de tu-do aquilo que emprega, desde os ara-bescos decorativos de colorido vivo etropical até os artigos industriais dosmais simples".MED 14,6

A MODAGAÚCHA DE RUI

As mulheres elegantes de Porto Alegre fi-caram surpresas com os últimos modelos do cos-tureiro Rui, para a coleção de lnverno-72. Nosmodelos apresentados, notou-se a ausência totalda suntuosidade nos vestidos. Não houve riquezade colorido. O único realce foi para as peles ecouros, jogados com muita bossa. Rui, que sem-pre dirigiu suas criações para o lado prático eusável da moda, depois de ver as recentes cole-ções de Paris definiu sua posição: "Se Dior apre-sentou apenas três modelos haute couture e diri-giu-se mais ao prèt-à-porter, bem ao alcance detodos e no gosto dos tempos atuais, porque eufaria o contrário?", comentou Rui.

Usando sempre seu nome em desenho mi-niaturizado, nas mangas, nos bolsos e junto dacintura, os modelos da atual coleção foram apre-sentados, também, combinando com a linha doschapéus, boinas, muitas échapes, meias colori»das num jogo de estilo e bom gosto apurado.

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Uma das criações de Rui. O casaco é 3/4, em ca-murça marinho. Gola redonda c fechado por oito bo-tões. No mesmo tecido, saia branca, com pregas duplas.

HOLLYWOOD,um passado que não volta

Hollywood, para o mundo do ei-nema, é hoje um fantasma do dia deglória do passado, uma cidade quasemorta, sem as celebridades pululandonas suas noites de Cirois, de CoconntuGrove e de grandes mexericos deHedda Hoper, de Luoella Parsons oude um mundo de colunistas que ti-nham na vida dos artistas o seu pró-prio sustento diário.

O Sunset Boulevard não tem maisaquele ar mejestoso de opulêiicia. En-tretanto, as figuras etéreas de umaGloria Swanson, de uma Judy Garland,de um Tyrone Power ou de uma Mary-lin Monroe parecem ainda desfilar emcarro aberto para um milhar de curió-sos que aplaudem.

O estrelismo morreu. Os gran-des estúdios fecharam as suas portas.Acabou-se a era dos musicais feéricos,dos grandes dramas reunindo elencosnunca imaginados, o borburinho decentenas de técnicos, eletricistas, foto-grafos, redatores, iluminadores, ma-quiladores, assistentes de direção, ex-trás e coadjuvantes mobilizados comouma armada para a realização de umfilme. Acabaram-se os cartazes lumi-nosos, e como o final melancólico deuma fita em cores, caiu a estrela deHollywood.

A recente premiação dos "Oscars"mostrou uma Jane Fonda totalmentediferente da mulher ativista em lutapela integração ou contra a Guerra doVietnã. As câmaras de televisão mos-traram para o mundo inteiro não aimagem de uma estrela, resplandes-centes, em arminho e ouro, mas a deuma atriz cônscia de sua arte e rece-bendo um prêmio que era fruto de um

trabalho .de muitos anos. Jane Fondanão portou-se como uma estrela da dé-cada de trinta ou de quarenta. Iguala Barbra Streissand em 1968, a filha dogrande Henry Fonda recebeu o prê-mio com a humildade e sem esfusia-mentos, conforme ocorria outrora.

O cinema hoje transferiu-se paraa Europa. E nos Estados Unidos, como fim do estrelismo comprovado pelaatitude de Miss Fonda; as produçõesnão mais se centralizam em Hollywood.Rodam-se filmes realistas com artistasdesconhecidos em plena Nova York,ou em São Francisco. Apresentam-seproduções realizadas em estúdios, mascom uma gama imensa de exteriores,trazendo maior veracidade as tramasescritas pela nova geração de argu-mentistas e diretores. O estrelismo, operíodo áaudoso de desfile de nomes deouro parece definitivamente enterrado.

Muitos perguntam se a transfe-rência da meca do cinema para Romanão terá acarretado agora uma novaforma de star system em plena Eu-ropa, onde existem todas as vantagenspara o investimento de dinheiro na sé-tima arte, principalmente por causada qualidade da mão-de-obra e peloseu preço mais barato. A verdade éque agora começa a surgir em plenaRoma a nova maneira de estrelismo,cujos nomes são Sophia Loren, Giu-liano Gemma, Florinda Bolkan, Vanes-sa Redgrave, Franco Nero ou um Mar-cello Mastroianni. Eles são os substi-tutos de Gregory Pede, de JenniferJones, de Greta Garbo ou de uma LanaTurner, embora os saudosistas conside-rem que estes nomes jamais serão oi-vidados ou substituídos.

CORREIO DA MANHÃ — Rio rie Janeiro, domingo, 16 e 2* feira,'17/4/1972 Bela

belashop

Meias — As meias 7/8, emlã já vêm despontando e pro-metem sucesso quando usadascom vestidinhos de lã, bem es-portes ou conjuntos em flane-Ia, com os blazers, etc. As maispráticas são as de helanca tra-balhada em alto relevo, de pa-dronagens bem variadas, Usasou em várias cores por 14,00 opar. Uma graça também, prin-cipalmente para quem tem quepresentear as amigas com caso-rio marcado, são as caixinhasde costura, forradas de fazendacom divisões para os apetre-ehos de costura, por 20,00. Tam-bém para presente, os porta-revista e guarda-chuva. São fei-tos de juta e couro empermea-bilizado por 59,00 na Rés doChão, no Largo do Machado 29,lojas 26 e 27.

Costura — Para quem es-tá pensando em montar umatelier de costura, é importan-te pensar, além de na máquina,nas ferramentas adequadas.Máquinas de mil utilidades.Ela forra botão, tipo coioca,prega pressão e ilhoses, fu-ra fazenda de couro, coloca re-buti e custa 34,00. Para estamáquina, já se encontram tam-bém as matrizes para todos ostrabalhos relacionados acima ecusta 6,00 cada matriz. Ilhosespara as jaquetas tão em moda.em várias cores, e três tama-nhos diferentes, custa 6,00 o mi-lheiro. A loja fica na Rua Se-nhor dos Passos, 130.

A Jovem Senhora — "Jóia"os conjuntos que a MariazinhaButique lançou para a nova es-tação, bem gênero jovem senho-ra. Com mil bossas, a saia é pre-gueada ou lisa em tecido de fun-do branco com pois marrom. Ablusa do mesmo tecido tem pa-Ia enviesada que joga com ba-bados, franzidos na gola e nasmangas, bem estilo da década

dos 30, o conjunto custa Cr$380,00. Na mesma loja, calçascompridas em lã cinza, com ris-cas de giz branco. O modelo, jácom as modernas bainhas, custaCr$ 210,00. De deixar água naboca é o conjunto de blazer ecalça comprida em couro de fo-ca, preto. O único detalhe é acarreirinha de botões em metal,em todo o comprimento do bla-zer, custa Cr$ 550,00 o conjun-to. A Mariazinha fica na Viscon-de de Pirajá, 365, loja C.

Hinds nas mãos — Lançadorecentemente, o creme Hindspara as mãos é o único que con-tém vitamina E. Não é gorduro-so e imediatamente absorvidopela pele, a vitamina começa lo-go a agir, evitando o resseca-mento e suavizando suas mãos.Embalagens em dois tamanhos:a pequena custa Cr$ 6,45 e agrande CrS 9,60. Você encontranas farmácias e drogarias.

Bolsas — Estilo Italiano, oSr. André está com uma sériede novos modelos de bolsas es-portes, bem grandes e práticaspara quem trabalha fora ou es-tuda. As cores são variadas, des-de o branco, couro cru, até omarrom escuro, marinho ou pre-ta. Os preços são ainda os maisem conta. Custam de CrS 25 00até CrS 120,00. O An-»ré fl«ina Av. Cooacabana. 647 s/302ou Maria Quitéria, 70.

Lançamento — Já ripntro daatual Dadronagem parisiense, aCasa Gris está com uma sénede novidades em matéria de te-cidos. Os mais bonitos são os emvoile de algodão marinho, comestamparia de motivos orien-tais em todos os tons de pastel,rosa-morto e verde-clarinho. Ometro do voile está por CrS30,00. O mesmo tecido, em lã.com 1,40 metro de largura porCr$ 105,00. Nas mesmas tona-lidades, jersey de lã de 90 cmde largura por CrS 60,00 o me-tro. O importante são as coresbem pálidas que realçam maisa tranqüilidade da beleza damulher. A loja fica no Largo doMachado, 29, loja 23.

Prático — Normalmente asrounas de malha soltam fios ecomo são roupas que nuncacaem de moda, o ideal é o má-ximo de cuidado quando guar-dá-las. A Líder dos Plásticos es-tá vendendo plásticos em caixi-nhas, com 6 saquinhos por CrS5,00. Para protejer a roupa es-cura, e pelo mesmo preço, comoo tailleur, ou os ternos masculi-nos, sacos tipo cabite, que evi-tam que este tipo de roupa pe-gue aqueles terríveis pellnhosdas peças mais claras. Guarda-pullover grande, caixa com 6peças, por Cr$ 7,80. Para guar-dar os sapatos, uma graça a sa-pateira em plástico, bem colori-do e em diversas tonalidadespor Cr$ 41,00. A Líder dos Piás-ticos fica na Rua Visconde dePirajá, 555, loja A.

Cowboy — Para as manhãsou mesmo para quem está nafaculdade, uma graça as cami-sas cowboy da loja 12 (a bu-tique da Leila Diniz). As cami-

sas, em tecido liso, de duas co-res, têm pala e punhos bordados.formando desenhos de borbo-leta. O punho estilo antigo,abotoado de tacha. Custa120,00. Pelo mesmo preço asem xadrez estampado, tambémmuito bonitas. Um modelo in-teligente para as mais esguias,jaqueta de cetim, tipo jogadorde pólo, com dois bolsos em-butidos. Na gola e nos punhosum elástico da um ligeiro fran*zido. Custa 100,00, na butiqueda Rua Visconde de Pirajá, 86,

loja 12.

I I J

Decoração — Se você estádecorando a sua casa, a portatambém merece atenção nos de-talhes e a única maneira paradecorá-las são as chaves bem an-tigas, estilo medieval, e que po-

^dem ser adaptadas a qualquertipo de fechadura. Elas são bemgrandes, em ferro por 16,50cada uma. Puxadores de gaveta,com ou sem pingente, em latão,ferro ou alumínio por CrS 11,00,14,00 ou CrS 16,00. Espelhopara fechaduras de ferro, diver-sos modelos e tamanhos desdeCr$ 4,00 até Cr§ 12,00 cada. Aloja fica na Rua Siqueira Cam-pos. 143. loja 98. a AU Style.

Sono tranqüilo — Nadapior que um sono intranqüilo.Uma graça os mosquiteiros defilo, de cores bem pálidas, parao berço dá criahça. Custa Cr$18,00 e é bem farto e amplo.Para adulto, nas mesmas corese tecidos, Cr$ 28,00 na CasaPinto, na Rua Buenos Aires, 224.

Presentes — A novidadena praça são as compoteiras emopaUne nas cores vermelho,azul, laranja e amarelo, custaCr$ 45,00 cada. Podem tambémser usados como sorveteiras ousaladeiras. Nesse, caso completa-se o jogo com as taças nas mes-mas cores. O jogo fica por Cr$90,00 e se preferirem só as ta-ças (% dúzia) custam Cr$ 50,00.Do artesanato mineiro, castiçaisem latão bem bonitos por Cr$20,00 e Cr$ 50,00. Espelhos, tipoindiano, por Cr$ 70,00. Em la-tão, bandejas de vários tama-nhos, todas trabalhadas, daque-Ias que servem inclusive comotampo de mesa de Cr$ 130,00 aCr$ 180,00, na Margarida Pre.sentes, Rua Barata Ribeiro,759-B.

Malha — Bem no estilo jo-vem, conjunto de saia e casacode malha em diversas cores. Ocasaquinho tem mangas compri-das e decote abaixo do busto. Asaia é pregueada. Este conjunto

fica uma graça se usado compuüover e meias da mesma corcontrastando com a do conjuntocusta CrS 130,00. Pelerine curti-nha, bem moderninha, em teci-do de malha ou iã por CrS'60,00.Na Via Veneto. na Rua Viscondede Pirajá, 111-E.

Presentes finos — Paraquem gosta do que é bom e di-ferente, jogo de cinzeiro de ala-bastro. É um cone bem alto comquatro cinzeiros, um embutidono outro e uma cigarreira. Atampa é dourada, uma jóia, porCr$ 285,00. Uma balança peque-nininha, também de alabastro,para tempero (sal e pimenta)com trabalhos de metal doura-do, por Cr$ 135,00. Aliancinha?para noivado, bem modernas efininhas, de ouro — branco ouamarelo, de CrS 50,00 a 200,00o par na Ricardo Presentes. Av.Copacabana, na Galeria Menes-cal, loja 39.

Bossas — As blusas em tt-ciao pele de ovo, bem justas demangas bufantes e fartas, todastrabalhadas com entremeios derenda por CrS 150,00 na Bullet.Na mesma loja, calças compri-das em flanela. ultramodernanas cores bege e pérola por CrS220,00. Em Patchwork. blusi-nhas de manga comprida comdebruns de veluóo na cava. golae mangas. Combinam com qual-quer cor de calça ou saia porCr$ 110,00. Bolsas marroquinas,ainda muito em moda, de couromarro m-avermelhado, bemgrandes e práticas por CrS ...190,00. A butique fica na RuaTeixeira de Melo 53-A loja 8.

É passando que leva o tem*po — Não é todo dia que Fecompra tábua ae passar roupa.As de alumínio ainda são asmais duráveis além de ocupa-rem menos espaço. No Bazai606 elas estão agora por 46,00.A loja fica na Av. Copacabana,722/724.

Lar doce lar — Os detalhesnuma casa revelam o bom gostode quem mora. A Sacks Presen-tes está com uma infinidade deobjetos para presentes que es-tão fazendo sucesso no enxovaldas noivas. Muito moderninha aqueijeira no formato de fatia dopróprio. Ê em cerâmica comtampa e alguns detalhes traba-lhados, custa CrS 15,00. Castiçaismodulados, que pode se fazer dotamanho que quiser. Para quemcomprar dois ou três, mais tardevai modulando e adaptando asnovas peças na matriz. Em for-ma triangular custa Cr$ 40,00.No Largo do Machado, 29.

Blusas — Uma inteligenteidéia para quem sai muito é tersempre blusas para variar o má-ximo com as saias. Em malha dealgodão, camisetas com aplica-ções de veludo, tipo jogador deBaseboU e que ainda podem serusadas com as cachorrol. Numainfinidade de cores e tamanhosestá custando Cr$ 45,00. Commangas bem bufantes e punhoslargos e justos, as blusas lem-bram a época dos czares russos.

A blusa é aberta na frente comelástico na cintura. As coresmarrom, bege e branca são asmais bonitas, por CrS 150,00 naBibba Man, Rua Maria Quitéria,68, s/701. Na mesma loja, boinade veludo, tipo pintor uma gra-ça se usada com saias meia7/8. em todas as cores, por CrS60,00.

Chá — Muito bom, principal-mente para quem tem proble-ma de digestão, o chá inglês,vendido em pacotes com 10 sa-quinhos por Cr$ 6,00. Paraquem tem problemas de siste-ma nervoso, o melhor é apelarpara o chá de laranja, tambéminglês, pelo mesmo preço. Novi-dade em matéria de chiclete.Como se fosse um maço de ei-garro americano (Salem e LuckStrike). Vem com 10 cigarrosde chicletes de vários saborespor CrS 4,00 a caixa. Já em for-mato de charuto, chicletes comsabores de canela, hortelã e fru-tas por Cr$ 0,30 cada. A loja é aSky, do Largo do Machado, 29,loja 28.

Al Capone — Se você gostade roupa esnorte e se preocupaem estar sempre bem, uma gra-ça os conjuntos tipo Al Caponeda Tijolinho. O conjunto é emtecido de lã, fundo marinho comriscas de giz amarelo e cinza.Lisinho e abotoado na frentepor oito botões, em vários pa-drões. Os manequins são desdeo tamanho 40 até o 48. Para ajovem senhora, as listras aindasão o quente nesta estação. Ves-tidos em jersey com listras atra-vessadas, estamparia bayadere.O detalhe do vestido com deco-te V são as mangas compridasbem modernas. Custa Cr$280,00. A Tijolinho fica no Lar-go do Machado, 29, loja 49.

Pastel — Para quem gostade passar os fins de semana nacozinha, muito prático o cilindropara afinar a massa de pastel,sem aquele antigo problema dosrolos de madeira, garrafas oucoisas parecidas. Custa Cr$ ...58,00 na Imperial.

Roupas — Na mesma loja,máquina para fazer macarrão.É só colocar a massa no apare-lho. A operação não demoramais de 5 minutos. Custa Cr$98,00. A Imperial Louças ficana Rua Senhor dos Passos, 117.

Pirex — Muito bonito e bompara presentear nos dias dasmães ou mesmo as noivas demaio são os porta-pirex em pra-ta. É uma tranqüilidade. Depoisde assar o peixe ou a carne, co-

loca-se o pirex numa forma que

pode ir direto à mesa. Além dlprático serve para enfeitar.Custa Cr§ 90,00 na Roberto Si-mões. Para sorvete, jogo com 12taças. Estojo de luxo, com asrespectivas colheres por CrS144,00. Para, homem, muita bos-sa no porta-cachimbos de cristalitaliano, multicolorido e que dápara guardar três cachimbos. Aloja fica na Visconde de Piraiá,438.

Bolsas — Para as mais es-travagantes o Tarciso está lan-çando bolsas bem bacaninhas.Elas são em couro, tamanho mé-dio, e com mil detalhes como:alça trançada; sinos no fecho;pele de carneiro, num jogomuito bonito com o couro cru,por Cr? 50,00. Os modelosmaiores, são em formato retan-guiar, são de pele de cabra ecobra, custam Cr$ 280,00. Umasfracas também, os vestidos es-tilo inglês. A pala é bordada eas costas e saia em veludo, na«cores mais variadas. Os de saiavinho com raminhos pequenosno tom do rosa-antigo. são osmais bonitos e custam CrS220,00. A loja é a Guru, no Lar-go do Machado, na Galeria doCondor.

Importados — Para quemestá pensando em dar presen-tes, o ideal são os perfumesfranceses, frasco pequeno porCrS 14,00, das famosas maisonsde Paris. Rádios de pilhas devárias marcas por CrS 55,00.Para quem já está chegando àcasa dos 40, o melhor revitaU-zante é o banho de Badedas porCr$ 5,00 o frasco. Para quemtem problema de cabelos resse-cados a solução ideal é o ba-nho de creme. Depois do banhoé interessante resguardar oscabelos do sol e para conservarniais o efeito do creme o idealé o uso de perucas principal-mente as Kanekalon que estãoà venda no Importadora Seis,por Cr$ 159,00. A Importadorafica na Rua Figueiredo de Ma-galhães, 598, lojas 51/52.

Água na Boca — Queijosfranceses nem sempre se en-contram à hora que se quer. Pa-ra quem está pensando em re-ceber os amigos para queijos evinhos, a Itaüca está com osqueijos mais sortidos. O Vache-ui-Rit, uma caixinha com 24unidades, de sabor natural ounão, está custando Cr$ 11,00. Oqueijo Ementhal, dificílimo dese encontrar no mercado, estásendo vendido a CrS 60,00 oquilo. Uma infinidade de pa-tês de Cr$ 15,00 a CrS 50,00.Salame e presunto italianos, umadelícia. A Alimentícias Itálicaé aquela casa que fica em fren-te a Igreja Santa Mônica, naAtaulfo de Paiva, 558.

O Jogo da Luz — Uma gra-ça os abajures de pé comcúpula em acrílico, forma umdado branco com os númerospretos. O pé em jacarandá, li-nha quadrada e Unhas bem re-tas, por Cr$ 85,00. Esülo artnouveau, lustre de cristal fran-cês trabalhado e martelado compedacinhos de vários motivos deflores que dão um efeito de luzmulticolor, por CrS 600,00.Uma variedade ainda de aba-jures em bronze, prata, jaca-randá e poliester, todos decúpulas bem modernas e Unhasvariadas, na loja da San MarcoLustres, na Ataulfo de Paiva,470-C.

Túnicas — Longas e cur-tas, nos mais diversos desenhose tonaUdades, em voile de ai-godão, bordadas na frente e doslados, custa Cr$ 350,00. Blusaangorá legítimo, última moda.A manga é curta e bufante, agola alta em decote redondo,custa Cr§ 180,00 na Point Rou-ge, Rua Garcia DAvila, 129.

Vale a pena ser?Há algum tempo durante uma

sessão espírita, um industrial carioca, adep-to da religião, conversando com um espí-rito soube da existência de uma tela mui-ao antiga, na Colômbia. O industrial, queera colecionador de quadros, embarcouimediatamente para lá.

E foi direto ao endereço que o espíri-to tinha lhe dado. Na casa, morava umavelhinha que confirmou tudo. Foram ao só-tão e encontraram a tela. A velhinha disseque não queria vender, pois era herançade família. Ele insistiu muito. O quadroveio para o Brasil por uma verdadeirafábula.

Como estava quase que em frangalhos,o professor Edson Motta foi chamado pa-ra restaurá-lo. Então foi descoberto que oquadro era fresquíssimo, pintado recente-mente e envelhecido de forma muito gros-seira. Como o industrial estava fascinadopelo quadro e pela história, até hoje nãosabe que o "maravilhoso" quadro que en-feita a parede da sala principal de sua ca-sa é inteiramente falso.

Essa é uma das muitas histórias que oprofessor, pintor e restaurador Edson Mot-ta conta sobre a verdadeira quadrilha for-mada pelos falsificadores de quadros, queinvadiram o mercado da arte.

Seu pai era um negociante que nãoadmitia, em hipótese nenhuma que o filhoíosse pintor. "Tinha que continuar a tra-dição da firma." Influenciado pelo tio,pintor César Turatti. por sua mãe e pelaavó, Edson começou o pintar ainda menino.

Com 17 anos veio para o Rio e na Es-cola de Belas Artes, estudou com Rodol-pho ChambeUand e Marques Júnior. Maistarde, com João Rescala, Bustamante Sá,MUton da Costa. Ado Malagoli. JoaquimTenreiro e outros aos quais juntou-se pos-teriormente José Panretti. fundou o NúcleoBernardelli.

Em 1936, ganhou a Medalha de Pratado Salão Nacional de Belas Artes e em 39obteve o prêmio de viagem ao exterior. NaItália e em Portugal desenvolveu estudossobre técnicas de pintura. E com Carena,grande pintor florentino aue atualmenteestá com 90 anos. aprendeu que "arte écriação e que toda criação é um ato deamor".

Incumbido por Rodrigo Mello Francode Andrjyje, organizou, em 1944, o Setorde Recuperação de Obras de Arte do Pa-trimônio Histórico e Artístico Nacional.

Logo depois, foi para os Estados Unidos,onde ficou dois anos, fazer curso no FoggMuseum, na Universidade de Harvard. Láestudou com Rutheford Gattens, Paul Sachse outros, especialização no campo da His-tória da Arte e da técnica apUcada à iden-tificação de obras de arte.

Desde 1951, é professor da Escola Na-cional de Belas Artes na cadeira de Teoria,Conservação e Restauração de pintura. Fa-zendo o gênero moderno figurativo, EdsonMotta tem quadros seus espalhados nasmelhores coleções, e agora, está preparan-do um grande painel "FertiUdade" para oCentro de Aprendizado do SENAC, de Ni-terói.

O PERITOAntes de mais nada, o perito além dos

conhecimentos técnicos, onde se inclui umpouco de Química Aplicada, tem que termuita sensibUidade e senso de estéticaonde a "capacidade de intuir, ir dentroe a de abstrair, tirar de. «5 o muito imuor-tantes para o reconhecimento do autor eda época de uma tela.""Rembrandt. Botticelli. Gauguin eBracque são os pintores que mais exata-mente podem ser chamados de clássicos,em todos os sentidos." — diz Edson Motta.

A arte pela arte

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Tela de Edson Motta que faz parte da coleção Lineu de Paula Machado

Bela CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 16 e 2.» feira, 17/4/1972

BERLOQUES Pierre Balmain e sua nova modaMarieta e José Tarcísio

na Grupo-B

Mãe e filho juntos, pela primeira vez, ex-põem seus trabalhos — tapetes, múltiplos e mó-veis recriados — na Galeria do Grupo-B, a par-tir do dia 18, às 21 horas. Rua das Palmei-ras, 19.

TV Educativa em seminárioCom a participação de especialistas e in-

cluindo uma visita as instalações de um telecen-tro, será realizado no próximo dia 26, com iní-cio às 7 horas e 30 minutos, o minisseminário de10 horas sobre tv educativa no Centro de For-mação e Treinamento de Professores. Informa-ções pelo telefone 221-5679.

Tapetes de JussaraA partir do dia 19, às 21 horas, na galeriade Celina Decorações, exposição de tapeçarias

de Jussara Cirne de Souza. Dela, Mário Schen-berg diz o seguinte: "Os cartões de Jussara sãosempre telas a óleo. Ela é essencialmente umacolorista." A Celina fica na Rua Teixeira deMelo, 37-A.

Tango no Teresa RachelEstréia dia 18, às 21 horas e 30 minutos,

no Teatro Teresa Rachel, "Tango", de SlawomirMrozek, autor polonês que já teve encenadassuas peças na Bélgica, Alemanha, Inglaterra Itáliae Estados Unidos. "Tango" teve sempre grandeêxito nos países onde foi encenado. No elencoestão Sérgio Britto, Renata Sorrah, Sadi Cabral,Elza Gomes e Teresa Rachel. Direção de AmirHaddad e cenário de Joel de Carvalho.

Anua Letycia expõeA Associação de Amigos do Museu da Cida-

de está convidando para a exposição temporáriade Gravuras de Anna Letycia na Estrada SantaMarinha, s/n, na Gávea, às terças e quintas, das13 às 17, e sábados e domingos, das 11 às 17horas.

E o Amor ValeuEspetáculo musical que está no Teatro Gló-

ria com a participação de Ana Margarida, Lui-zinho Eça, Quinteto Villa-Lobos, sob a direçãode Haroldo Costa. Diariamente, às 21 horas.

Comida macrobiótica em casaUm dos mais novos restaurantes da cidade,

o Zan, cuja especialidade é a alimentação ma-crobiótica. já tem em funcionamento um serviçoespecial de embalagens que podem ser compra-das e levadas para casa.

O antimonstroJá nas livrarias o mais recente lançamento

de história em quadrinhos "A Breve História deAsdrubal, o Terrível", de Elvira Veigna. Asdru-bai é o antimonstro. Simpático e bonzinho comtodos os outros, ele nega a sua condição demonstro.

Desfile da SudamtexAmanhã, às 14 horas, desfile da moda Su-

damtex, na Avenida Presidente Vargas, 643/6.°.

Globo-MEC-MúsicaA partir do dia 30 de abril, no último do-

mingo de cada mês, a'Rádio MEC e a Rede Glo-bo farão um programa onde a música brasileiraé pesquisada em todas as suas formas de expres-são, das raízes populares ao erudito. Maria Be-thânia será a apresentadora permanente destasérie, que terá como convidado especial do pri-meiro programa Luís Gonzaga, que vai ser ho-menageado por Astor Piazzola, o mais importan-te músico popular da América espanhola.

Gardênia e «êmeos unissexA Pizzaria Gardênia e a Boutique Gêmeos

Unissex estão convidando para assistir hoje, às20h30min, ao que há de mais atual em matériade moda feminina, regado a chope e "escalopi-nhos à Piemontaise". Os modelos serão passa-dos pelas manequins Malena, Teresinha, Sônia eos travestis Sarita e Cláudia. Para os convida-dos estão pedindo CrS 30,00, per capita; valeporque parece que o show será quente.

Patchwork abre dia 19Patchwork, a mais nova boutique de Ipa-

nema, na Praça General Osório, começa a fun-cionar no próximo dia 19, com roupas sensacio-nais em couro e camurça, modelos exclusivos.

CivilizationO sétimo filme da série "Civilization" —

documentários ingleses — será exibido ama-nhã, às 18 horas e 30 minutos, na cinemateca doMAM.

Consulta e Pesquisa

Point Rouge — Rua Garcia D'Avila, 129TwigjB^s Shoes — Rua Visconde de Pirajá, 371-

lojaECalçados Van — Rua da Passagem, 151

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O SALÃO do Hotel Nacio-nal-Rio quase que repleto, embenefício da obra social Les-te I — O sol, aconteceu na úl-

tima sexta-feira, o primeiro dos doisdesfiles das criações de Pierre Bai-main, para a atual coleção parisien-se. Os modelos foram passados pe-los manequins Willie, Irene e Chris-tine que vieram com o costureiro, enelas brasileiras Camile, Trícia, He-lène, Josepha e Peterle (ex-MissMundo).

Durante o desfile, que começoucom quase uma hora de atraso, fo-ram passados 50 modelos entre ostrajes esportivo, habille e de gala.O equilíbrio de linha foi total. Asfantasias deram lugar aos vestidosbem cortados e clássicos, dando à mu-lher o ar romântico dos anos 50.

Na linha esportiva predomina-ram os conjuntos saia-casaco e ves-tido-casaco, onde o xadrez e estam-pados miúdos deram o grande real-ce nas cores vivas do amarelo, dovermelho, do verde e do coral. Nos

tecidos xadrez, muitas saias amplasentre as pregas retas e do plisse so-leil. Escondendo o rosto das mulhe-res, chapéus de abas largas e imeu-sas, de cores fortes combinando coma padronagem do xadrez, ou commuitas flores para os trajes Usos ouestampados, bem primaveril.

Nos vestidos para coquetel, Bai-main preferiu os tecidos bem levessalpicados de pastilhas num contras-te vivo com a padronagem dos teci-dos. Cabeças pequenas. Cabelos pen-teados e presos em chigon junto aopescoço.

No escuro da noite, o branco,muito branco realçou nos longos, commuitos babados, bordados e frou-frous nas golas escondendo o pesco-ço, ou decotes imensos, com fartasécharpes que enrolam e rolam nocorpo da mulher. A extravagânciaque ofusca a elegância, ficou com osmodelos em estampados enormeslembrando as florestas tropicais, commangas morcego que levarão a mu-lher a grandes salões internacionais.

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