FUTURO DO DF - Fecomércio DF

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Revista Fecomércio DF 1 Revista do Sistema Fecomércio-DF: Sesc, Senac e Instituto Fecomércio Ano XX nº 240 Agosto 2018 A TRÊS MESES DAS ELEIÇÕES, OUVIMOS AS PROPOSTAS QUE OS CANDIDATOS AO BURITI TÊM SOBRE TEMAS COMO SEGURANÇA, EDUCAÇÃO, MOBILIDADE URBANA, ENTRE OUTROS Entrevista // pg. 8 Paulo Muniz presidente do Codese FUTURO DO DF

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Revista Fecomércio DF 1

Revista do SistemaFecomércio-DF: Sesc, Senac e Instituto FecomércioAno XX nº 240Agosto 2018

A TRÊS MESES DAS ELEIÇÕES, OUVIMOS AS PROPOSTAS QUE OS CANDIDATOS AO BURITI TÊM SOBRE TEMAS COMO SEGURANÇA, EDUCAÇÃO, MOBILIDADE URBANA, ENTRE OUTROS

Entrevista // pg. 8Paulo Munizpresidente do Codese

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4 Revista Fecomércio DF

registradora

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COORDENADOR DE COMUNICAÇÃO DO SISTEMA FECOMÉRCIO-DFDiego Recena

REVISTA FECOMÉRCIO

Diretor de Redação: Diego Recena

Editora-Chefe: Taís Rocha

Editora Senac: Ana Paula Gontijo

Editor Sesc: Marcus César Alencar

Fotógrafos: Joel Rodrigues e Raphael Carmona

Repórteres: Brunna Pires, Daniel Alcântara, Fabíola Souza, José do Egito, Liliam Rezende, Luciana Corrêa, Sacha Bourdette e Sílvia Melo

Projeto Gráfico Gustavo Pinto eAnderson Ribeiro

Diagramação: Gustavo Pinto

Foto da capa: Joel Rodrigues

Revisora: Fátima Loppi

Impressão: Coronário

Tiragem: 60 mil exemplares

REDAÇÃOSCS, Quadra 6, bl. A, Ed. Newton Rossi,2º andar - Brasília - DF - 70306-908(61) 3038-7527

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@adelmir_santana /adelmirsantana adelmirsantana.com.br

revista

4ª EDIÇÃO DOPRÊMIO QUALIFICA

A Qualifica Alimentos, empresa de consultoria em qualidade e segurança alimentar no DF, criou o Selo de Qualidade Qualifica, que chegou à sua 4ª edição, e destaca as melhores empresas no quesito excelência em boas práticas de segurança alimentar. O evento de premiação ocorreu no dia 25 de julho.

CONFIRA OS GANHADORES.Hotel: Ibis Styles, Windsor Brasília Hotel, Lucca, Miró, Norton. Alimentação e congelados saudáveis: Bálsamo, Club life to Go, Estação do Guaraná, Granela, Max Foods, Naturalle, Nutre DF, Nutrifresh, Quitutices, Viva Leve. Culinária Regional: Brasileirinho Delivery, Brasil Vexado, Pé de Bananeirae Peixe na Rede.Culinária internacional: China in Box, Fred Restaurante, Fratello Uno, Jamon Jamon, Kimura, Nippon Restaurante, Quattro Pizza Bar, Valentina Pizzaria, Veloce Massas.Bar: Armazém do Ferreira, Bar Brahma, Lampião Gastrobar.Confeitaria e Panificação: Bolos do Rei, O Rei do Pão de Queijo, Panificadora Vitória.Gelados comestíveis: La Paleta, Natfruit, Stonia Ice.Culinária contemporânea/variada: Dona Lenha, La Fiesta, Páprica Burguer, Striker Capital Rowling e Restaurante.Instituição sem fins lucrativos: Lamana.

Discussão de propostas No dia 30 de agosto, a Fecomércio-DF realizará, em parceria com o Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon-DF), o evento Setor Produtivo do DF - o que esperar do novo governo, com o objetivo de apresentar pontos de desafios da economia local, bem como cobrar dos postulantes ao GDF propostas objetivas e factíveis e de resultados no curto, médio e longo prazo. O evento será conduzido na forma de debate com os Coordenadores dos Programas de Governo de cada candidato ao GDF, a partir de exposições dos representantes do setor produtivo: Adelmir Santana (presidente da Fecomércio-DF), Jamal Jorge Bittar (Presidente da Fibra) e Fernando Cezar Ribeiro (presidente da Fape).

Errata Ao contrário do que foi publicado na edição de maio/2018, a foto de Cátia Damasceno, na Coluna Gente, foi feita pelo fotógrafo Kleber Vitor.

Revista Fecomércio DF 5

agosto de 2018

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Artigos

Colunas

Seções

EntrevistaPaulo Muniz, presidente do Codese

8

GastronomixRodrigo Caetano16

GenteBrunna Pires 20

Empresa do Mês55Sindicatos60

Caso de Sucesso54

TecnologiaRenato Carvalho

Indicadores do Comércio José Eustáquio

56

50

Direito na EmpresaAntonio Teixeira18

Direito no TrabalhoRaquel Corazza

41

Pesquisa Conjuntural62Pesquisa Relâmpago66

CapaAcompanhe as propostas dos candidatos ao Buriti, sobre temas pertinentes à capital

46 Dia dos PaisJovens empreendedores são influenciados pela trajetória dos pais empresários

Centros de lazer e consumoConfira as novidades que os shoppings reservam para o segundo semestre

Doses EconômicasEloy Corazza

49

VitrineTaís Rocha58

Agenda FiscalAdriana Marrocos52

A Marca Brasília foi escolhida por concurso para representar a capital em ações que visem

fortalecer o turismo e a imagem positiva da cidade

EconomiaRaul Velloso42

6 Revista Fecomércio DF

SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi – 5º e 6º andares – Brasília-DF – 70306-911 – (61) 3038-7500

PRESIDENTEAdelmir Araújo Santana

1º VICE PRESIDENTE:Francisco Maia Farias

2º VICE PRESIDENTE:Edson de Castro

3º VICE PRESIDENTE:Antônio Tadeu Perón

VICE-PRESIDENTESAlexandre Augusto BitencourtAntônio Carlos de AguiarBartolomeu Gonçalves MartinsFrancisco Messias VasconcelosFrancisco Valdenir Machado EliasGlauco Oliveira SantanaJosé Geraldo Dias PimentelOvídio Maia FilhoTallal Ahmad Ismail Khalil Abu AllanWiliam Vicente Bernardes

VICE-PRESIDENTE ADMINISTRATIVOJosé Aparecido da Costa Freire

1º DIRETOR SECRETÁRIOMarco Tulio Chaparro Rodrigues Rocha

2º DIRETOR SECRETÁRIOJosé Fernando Ferreira da Silva

VICE-PRESIDENTE FINANCEIRO Paolo Orlando Piacesi

1º DIRETOR DE FINANÇASCélio Ferreira de Paiva

2º DIRETOR DE FINANÇAS Antônio Simoneto

DIRETORES ADJUNTOS:Álvaro Silveira JúniorAugustus Bruno von SperlingCharles Dickens Ázara AmaralFrancisco Carlos CarvalhoFrancisco Joaquim LoiolaHélio Queiroz da SilvaJoaquim Pereira dos SantosJúlio Torres Ribeiro NetoRoberto Gomide CastanheiraSérgio Lúcio Silva de Andrade

DIRETORES SUPLENTES:Cristiane Carvalho MendesFernando Bezerra da SilvaFrancisco Sávio de OliveiraGeraldo César de AraújoJair Magalhães JúniorJó Rufino AlvesJoão Orivaldo de OliveiraJosé Amaro NetoJosé Evanio Bernardo dos SantosMilton Carlos da Silva

CONSELHO FISCAL TITULARES:Benjamim Rodrigues dos SantosAlexandre Machado CostaAntônio Fernandes de Souza Filho

CONSELHO FISCAL SUPLENTES:Érico CagaliHamilton César Junqueira GuimarãesHenrique Pizzolante Cartaxo

CONSELHO CONSULTIVO

PRESIDENTEAlberto Salvatore Giovanni Vilardo

CONSELHEIROSAntônio José Matias de SousaEdy Elly Bender Kohnert SeidlerJose Djalma Silva BandeiraMitri MoufarregeRogério Tokarski

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À CNC TITULARES1° Adelmir Araújo Santana2° Edson de Castro

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À CNC SUPLENTES1° Diocesmar Felipe de Faria2° Christian Tadeu de Souza dos Santos

SINDICATOS FILIADOSSindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais

e Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos Salões, Institutos e Centros de Beleza, Estética e Profissionais Autônomos do DF (Sincaab) • Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma) • Sindicato dos Centros de Veículos Automotores do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas de Representações, dos Agentes Comerciais Distribuidores, Representantes e Agentes Comerciais Autônomos do DF (Sindercom) • Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei) • Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos) • Sindevídeo: Sindicato das Empresas Vídeolocadoras do Distrito Federal (Sindevídeo/DF) • Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista) • Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio) • Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) • Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato das Empresas de Loterias, Comissários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção do DF (Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material Óptico e Fotográfico do DF (Sindióptica)• Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindipel) • Sindicato dos Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF (Sindvamb) • Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) • Sindicato das Empresas de Produção de Imagens, Fotografias, Filmagens e Profissionais Autônomos do DF (Sinfoc) • Sindicato das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança do Distrito Federal (Siese) • Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços Especializadas em Bombeiro Civil do DF (Sepebc).

SINDICATOS ASSOCIADOSSindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis)

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Adelmir SantanaPresidente do Sistema Fecomércio-DF: Fecomércio, Sesc, Senace Instituto Fecomércio

editorial

Crise derepresentação

Em menos de três meses, o brasileiro terá que escolher, den-tre dezenas de candidatos, aque-les que governarão o País nos próximos quatro anos: presiden-te, senadores, deputados federais e distritais e governadores. No Distrito Federal, de acordo com números do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF), estão aptos a votar 2,084 milhões de brasilien-ses.

Acredito que não existe demo-cracia sem a participação popular e não há representação política sem o voto. Entendo perfeitamen-te a dificuldade do eleitor atual-mente em escolher seus candi-datos, pois temos visto e vivido muitos casos de corrupção, de práticas velhas, ultrapassadas, construídas na base no toma lá da cá, em alianças escusas e discur-sos vazios. Por isso, nós temos apoiado ações que sirvam para estimular o debate eleitoral, para conscientizar candidatos e eleito-res e, sobretudo, incentivar novas práticas políticas.

O mais importante no que se refere à decisão que deve-

-se tomar é que a escolha de um candidato precisa satisfazer a vontade do eleitorado, cumprir a le-

gislação vigente, mas, sobretudo, deve seguir os preceitos éticos e morais existentes. Caso contrá-rio, a democracia não funciona em sua plenitude. Os brasileiros querem, sobretudo, votar em can-didatos honestos, capazes, que sejam bons gestores, que possu-am experiência administrativa e que respeitem a população e suas diferenças.

O desafio dos próprios postu-lantes é empolgar o eleitorado e convencer o cidadão de que, uma vez eleitos, eles farão o voto do brasileiro valer. Diante disso, os candidatos não podem e não de-vem insistir em conchavos eleito-reiros ou colocar nomes acima de compromissos. Devem discutir os problemas da cidade com serie-dade e sem demagogia. Apresen-tar propostas concretas, factíveis e coerentes. Primar pelo debate amplo e qualificado, distante das ofensas e das claques. Acredito que se as eleições de 2018 forem tratadas dessa maneira, de forma séria, o resultado final será po-sitivo. Mas, para construir novas práticas, volto a afirmar, é preciso se afastar das antigas e estar em sintonia com as escolhas livres dos cidadãos.

Para ampliar mais ainda este debate, nesta edição da Revis-ta Fecomércio-DF, entramos em contato com os pré-candidatos ao Buriti para saber como preten-dem incentivar o eleitorado a ir às urnas e que propostas têm para a capital sobre segurança, saú-de, mobilidade urbana, educação, comércio ilegal, simplificação dos impostos locais, atração de em-presas para o DF, RIDE e crise hídrica.

Os brasileiros

querem votar em

candidatos honestos,

capazes, que sejam

bons gestores, que

possuam experiência

administrativa e que

respeitem a população

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entrevista

//Por Taís Rocha Fotos: Joel Rodrigues

Propostas

para o DFReunir em um único documento demandas importantes da sociedade civil organizada, do setor produtivo, de empresários e de acadêmicos do Distrito Federal. Esse é o principal objetivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do DF (Codese) ao apresentar o documento “O DF que a gente quer!”. Nesta entrevista, o presidente do Codese e da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do DF (Ademi-DF), Paulo Muniz, explica de que modo o trabalho, que será

entregue ao próximo governador, pode melhorar a cidade.

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O senhor poderia falar um pouco sobre o modo como é constituído o Codese e qual seu principal objetivo?

O Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do DF (Codese) é formado por 62 entidades que nos apoiam, mas não apenas pelo setor produtivo. Também participam a indústria e a sociedade civil organizada, vários setores. Ele preencheu uma lacuna, que é a discussão dos problemas da sociedade com o setor produtivo, o que não existia em Brasília anteriormente. O Codese é uma iniciativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção de Maringá, no Paraná. Lá, eles iniciaram um projeto chamado O Futuro da Minha Cidade, há mais de seis anos. Eles também têm um conselho similar ao nosso, o Coden, criado há 22 anos. Maringá é um município referência nacional em vários aspectos. Em um primeiro momento, quando tomei posse na Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do DF (Ademi-DF), há cinco anos, coloquei como meta, no dia da posse, que precisávamos unir o setor produtivo no DF, que estava muito desunido. Falava-se até em resgatar o Fórum do Setor Produtivo que existiu no passado. Mas, infelizmente, estávamos em um momento muito difícil da economia e do governo. Havia uma série de problemas, em todos os setores, a economia afundando. Na área da construção civil e da incorporação imobiliária, existiam muito problemas graves na aprovação de projetos, habite-se, alvarás etc. Estávamos sem interlocução com o governo. E a economia, cada dia pior. Depois, tivemos algumas reuniões com vários setores e começamos a falar a mesma língua. Percebemos que era o

“Percebemos que era o momento

de nos unirmos e com a proposta de buscar um projeto

de Estado para Brasília, porque

estamos cansados de um projeto de

governo”

momento de nos unirmos e com a proposta de buscar um projeto de estado para Brasília, porque estamos cansados de um projeto de governo, que se concentra apenas em quatro anos, ou talvez oito, se houver reeleição. Precisamos de propostas perenes, porque, dependendo da cor da bandeira que vence a eleição, rasga-se tudo do governo anterior. Ficamos em uma situação muito vulnerável. Só que isso é um problema cultural no Brasil que precisa acabar. Fomos provocados pelo Codese de Goiânia, que já tem quatro anos de fundação. O Codese do DF é o mais recente e em tempo recorde fez um projeto como esse, para apresentar aos candidatos. Entre a nossa primeira reunião de criação do conselho, em março de 2017, e sua formalização em maio, em pouco mais de um ano, já apresentamos um projeto robusto com tamanha importância.

Na ocasião do lançamento do projeto, o senhor citou que o propósito é buscar melhor qualidade de vida por meio do desenvolvimento sustentável do DF. O que o senhor considera sustentável, mas também viável para o DF?

Tivemos uma palestra com uma diretora do Pnud, que nos falou sobre as Obrigações de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que consta na Agenda 2030 da ONU. O Brasil é signatário desde 2015, mas se encontra atrasado na aplicação das ODS. Passamos a tê-las como um norte. O crescimento vegetativo aqui sempre foi alto. Sempre tivemos uma migração muito forte. Mas, por incompetência, em Brasília, infelizmente, por falta de planejamento e fiscalização, não conseguimos acompanhar esse crescimento e dar melhor

qualidade ao desenvolvimento da cidade. Hoje temos alguns loteamentos legalizados, mas que eram ilegais há pouco tempo. Chegamos a ter quase 50% da nossa mancha urbana ilegal. Isso foi tudo feito com informalidade, evasão de impostos, contratações de mão de obra informal. Tudo isso foi muito penoso para a cidade, além do dano ambiental causado. Eu digo falta de planejamento com muita propriedade, porque nós, do setor da construção civil e imobiliário formais, poderíamos ter desenvolvido essas moradias legalmente, respeitando o meio ambiente, as regras da lei de loteamento. Brasília ainda tem um detalhe. A demanda por moradia é tão grande que não temos invasões só das classes menos favorecidas. Elas existem nas classes média e alta. Agora estamos sofrendo as consequências disso – impacto no trânsito, problemas no transporte público, e, principalmente, os ataques às nossas reservas ambientais, que resultaram na falta de água.

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entrevista

O Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do Distrito Federal (Codese) apresentou para a sociedade o projeto: O DF que a gente quer! Eu gostaria que o senhor falasse um pouco sobre o processo de criação do documento, do trabalho das câmaras.

São 18 câmaras, nas quais todos os participantes são voluntários. Temos câmaras de cidadania; comércio e serviços; cultura; cultura de paz e não judicialização; desenvolvimento urbano; educação; energias renováveis e sustentabilidade; esporte, atividade física e lazer; gestão pública; indústria; logística e distribuição; negócios agropecuários; projetos estruturantes; regiões metropolitanas do eixo Brasília-Goiânia e Ride; saúde; segurança; tecnologia; turismo, hospitalidade e gastronomia; vestuário e moda. É um espaço bem amplo de discussão. Todas essas câmaras se debruçaram voluntariamente e vieram discutindo seus respectivos temas, tendo como norte as ODSs. Em um segundo momento, realizamos um workshop para alinhar as propostas com esses objetivos do Pnud. Depois, fizemos um segundo encontro em que buscamos conhecer o Projeto Plurianual do GDF

e projetos outros do governo, conhecê-los, detectar em que fase estão. Resgatamos projetos antigos para serem aproveitados. E, com isso, traçamos objetivos de curto, médio e longo prazo.

Esse de curto prazo, podemos dizer que seria para os próximos quatro anos?

Como nosso projeto passa por três mandatos, podemos considerar assim, de curto o próximo mandato e, assim, sucessivamente. Há muitas coisas para as quais o próximo governo tem que plantar a sementinha, para colhermos no futuro. Planejamento é uma dificuldade no Brasil, uma cultura que precisamos superar. Hoje já temos 22 municípios nos quais esse projeto está implantado ou em fase de implantação. E, agora, depois de Goiânia, Brasília foi a segunda, já temos Manaus e Recife, que adotaram esse projeto. Por termos abrangência nacional, conseguimos essa capilaridade.

Como será feita a avaliação do projeto pela sociedade?

Já fizemos um trabalho em que apresentamos cinco ações de cada câmara, senão ficaria muito extenso, pois há câmaras com mais de 40 ações. Essas ações foram apresentadas in loco e

“O cenário econômico do DF está até razoável, porque estávamos em uma situação falimentar há quatro anos, nem sabíamos, à época, a gravidade da situação”

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online, ao vivo, com participação do público, que podia assistir e fazer perguntas, mandar sugestões, projetos, para cada câmara pertinente, que ficou responsável por averiguar a pertinência de cada sugestão. Acreditamos que com mais de 5 mil visualizações no nosso site, e com mais de 570 pessoas catalogadas no evento, sabemos que foi uma oportunidade ímpar e pioneira. Brasília está carente disso. É uma oportunidade para o brasiliense resgatar seu direito de opinar o que ele quer para a cidade. Não podemos mais ser pautados. Nós é que temos que pautar o governo. Não podemos aceitar projetos com elefantes brancos, como já vimos aqui recentemente. A sociedade tem que ter o direito a opinar.

Como representante do setor produtivo, como o senhor avalia o cenário econômico atual?

O cenário econômico do DF está até razoável, porque estávamos em uma situação falimentar há quatro anos, nem sabíamos, à época, a gravidade da situação. Ela se descortinou no início deste atual governo, mas percebemos que estamos com as contas em dia, o funcionalismo público está recebendo. Uma das poucas unidades da Federação que os salários estão em dia. Mas temos uma perspectiva muito positiva para os próximos anos. Com essa situação resolvida em nível de governo e com a possibilidade de vencer essa crise tão duradoura, vemos boas perspectivas para os próximos anos. O mercado imobiliário está reagindo. E ele tem uma característica interessante. Nas crises, ele é o primeiro a sofrer, mas é também o primeiro a reagir depois dela. Temos sempre batido que não só o mercado imobiliário, mas também a construção civil são genuinamente nacionais. Os insumos são 100% nacionais,

o mercado é um grande contratante de mão de obra. Os próximos governantes, tanto locais quanto nacionais precisam enxergar a construção civil como uma mola propulsora para o desenvolvimento do País.

Nesse sentido, a nova legislação trabalhista foi positiva para o setor?

Sim, foi muito positiva, pois ela tirou alguns penduricalhos. Tínhamos uma série de situações que prejudicavam a contratação, além de encarecer, dificultava a geração de empregos. Da forma como ficou, melhorou muito a condição de gerar empregos, estimulou os empresários a contratarem mais. Poderemos fazer contratos temporários. Houve a diminuição de uma série de custos em relação à contratação e demissão, agilizando o processo. E já vemos resultados com a reclamação trabalhista, que era uma indústria, uma farra que, com essa nova lei, foi estancada.

Uma das bandeiras da Fecomércio-DF e do setor produtivo local é a diminuição da carga tributária. Qual o pensamento do senhor sobre isso?

Isso ocorre não apenas em âmbito local, mas principalmente nacional. Estamos hoje em uma situação insuportável. Essa busca por uma reorganização da carga tributária é muito importante. E precisamos também desburocratizar, porque o custo para operar uma empresa e fazer todos os levantamentos contábeis, apurar todos os impostos, é muito alto. Precisamos simplificar tudo isso.

O senhor também afirmou que “o estado não está a serviço do cidadão. Vivemos em cima de um patrimonialismo, o que não

é correto no mundo atual”. O senhor podia desenvolver essa ideia?

Na verdade, a ideia principal do Codese é esta, resgatar a voz do cidadão. Quem sabe das necessidades do cidadão é ele próprio. O governo só acha. A ideia do Codese é se transformar em uma consultoria gratuita para os próximos governos, pautada no setor produtivo e na voz do cidadão. Podemos muito bem ter condição de gerar emprego, renda e riqueza para o DF. Nosso índice de escolaridade é alto em relação ao restante do País, um privilégio de termos aqui o centro do poder e não sabemos usar isso. Precisamos saber usar tudo isso, para estabelecermos políticas públicas efetivas, com resultados positivos para a população.

Nesse cenário de mudanças possíveis para os próximos anos, eu gostaria que o senhor falasse sobre a importância de ter um representante de Brasília na presidência da CNC.

Acredito que todos os órgãos representativos do País, as confederações, têm que estar em Brasília. Trazer a sede para cá é muito importante. Vemos com muito bons olhos a candidatura do presidente Adelmir Santana, que fez um belo trabalho aqui na Fecomércio, reconhecido por todos do setor produtivo, e de poder modernizar a CNC. Primeiro porque é salutar a mudança. Segundo, porque precisamos modernizar a entidade. É extremamente bem-vinda a candidatura dele e o setor produtivo do DF está na torcida por isso. Ele tem um profundo conhecimento do comércio e trânsito local, mas principalmente federal, por ter sido, inclusive, senador. O comércio brasileiro estará muito bem representado com ele na CNC.

12 Revista Fecomércio DF

mercado

//Por Sílvia Melo

Para atrair clientes, centros comerciais do Distrito Federal realizam diversas ações como revitalização dos espaços, inauguração de lojas, promoções e eventos

Novidadesnos shoppings

Além de buscar soluções para atrair clientes e incentivar o aumento nas vendas, os sho-ppings do Distrito Federal têm investido em

ações para se transformarem em espaços de convi-vência, atraindo desde o público infantil até o da ter-ceira idade. Exposições, jogos, campeonatos de lu-tas, promoções, novas lojas e quiosques são algumas das ações realizadas pelos shoppings do DF que pro-metem agitar o segundo semestre deste ano. Além disso, alguns estabelecimentos já estão investindo na revitalização de seus espaços e nas reformas de lojas, deixando esses locais mais atrativos.

Revista Fecomércio DF 13

CONJUNTO NACIONALPrimeiro shopping da região Centro-Oeste, o Con-

junto Nacional tem apostado em fortes campanhas de Marketing e modernização da área física, tendo inau-gurado no final do primeiro semestre quatro lojas e 10 quiosques. Até o início do segundo semestre, a previ-são é inaugurar mais nove lojas e um quiosque, totali-zando, neste ano, 24 novas operações nos segmentos de alimentação, telefonia, casa, calçados, vestuário e beleza. “Nossa taxa de ocupação tem se mantido elevada nos últimos anos e temos buscado ampliar e diversificar nosso mix”, destaca Fernando Marchesi, superintendente. As próximas lojas previstas para se-rem inauguradas são Cantão, Galeria Paris, Mr. Che-ney, Renner, Youcom, além de marcas que já estavam no shopping e agora possuem novas operações, como o Armarinho Milano, Clube Melissa, Havaianas e Su-per Colchão. Também está previsto um quiosque da Amavia. Recentemente foram inauguradas as lojas Bad Boy, Cosbel, iOne e Ri Happy, além dos quiosques Lil Baby, Gata de Fita, Fini, Magnólia, Gol Linhas Aé-reas, Vyvedas, Aventto, Fuel, Magnólia e Setemares. O Conjunto Nacional possui atualmente mais de 300 operações e registra uma média de frequência diária de 70 mil pessoas.

JK SHOPPINGPara manter uma integração com a vizinhança, o

JK Shopping, localizado na entrada de Ceilândia, tem como característica a participação em qualquer tipo de ação realizada na região. “Não acontece nada na nossa vizinhança que não seja aqui no JK. Eu tenho um acordo com a nossa gerente de Marketing de que, se acontece alguma coisa aqui na região, nós obriga-toriamente temos que participar”, explica o superin-tendente Marcos Atayde. Atendendo aos pedidos dos frequentadores, o shopping acaba de fechar negócio para a implantação de uma agência bancária.“Estou em negociação bem avançada para trazer um steak house de 450m² para atender ao público daqui”, afirma Marcos, destacando que deve inaugurar em outubro a loja Shopping dos Cosméticos.

CASAPARKNo CasaPark, shopping especializado em móveis,

decoração e entretenimento, serão inauguradas a Or-ganizzata e o Coworking The Brain. Entre os eventos, o destaque para o Liquidecora CasaPark, que segue até 19 de agosto. “Com o Liquidecora, todas as lojas en-tram em oferta com descontos de até 50%. Encaramos como uma oportunidade dos nossos clientes consu-mirem produtos de boa qualidade, criados por alguns

dos mais importantes designers do Brasil e do mundo, com preço mais acessível”, afirma Josie Fedrigo, co-ordenadora de Marketing do CasaPark.

PARKSHOPPINGPara comemorar seus 35 anos, o ParkShopping

vem realizando diversas ações desde o início do ano, e o segundo semestre começa com a Promoção de Dia dos Pais, em agosto, que irá proporcionar ao cliente sorteado a oportunidade de conhecer, assistir e jo-gar uma partida de futebol no Futbol Club Barcelona. Durante todo o mês haverá a exposição o Universo da Cerveja, na Praça Central, com o objetivo de propor-cionar uma experiência interativa para conhecer os ingredientes da cerveja, seu processo de fabricação, além de aprender a diferenciar os estilos e degustar produtos de forma didática e instrutiva. “Os eventos, as promoções e atrações que criamos têm como obje-tivo se relacionar com o cliente, premiá-lo. Quando a gente realiza uma promoção é justamente uma forma de prestigiar, é a maneira de agradecer a escolha do shopping por esses clientes”, explica Natália Vaz, ge-rente de Marketing do ParkShopping.

BRASÍLIA SHOPPINGO Brasília Shopping comemora os resultados posi-

tivos. Desde o início do ano já fechou 12 novas opera-ções para mudar sua cara. “Em termos de tamanho, podemos dizer que 10% do shopping estão sendo re-novados. Teremos novidades no mix, que está cada vez mais apurado”, afirma Geraldo Mello, superintendente do Brasília Shopping. Até o final do ano, o shopping trará lojas como a Reserva, Shoulder, 247 e casa de chá Moncloa. “Fora isso estamos inaugurando uma loja do Clube Melissa, já inauguramos a Samsonite, a Aramis, a Brooksfield, e temos uma surpresa que é um restaurante italiano, considerado um dos melho-res de São Paulo, previsto para outubro”, destaca o superintendente.

PÁTIO BRASIL SHOPPINGO Pátio Brasil Shopping, localizado no início da W3

Sul, inaugurou recentemente a loja Clube Melissa e, em agosto, abrirá a loja Pernambucanas. Além delas, o shopping receberá em breve a Premiere (cosmé-ticos), Uva Verde (presentes) e Les Chemises (moda feminina). De 11 de agosto a 11 de setembro aconte-cerá, na Praça Central, o Labirinto Muito Louco com a Turma da Mônica, evento para crianças e adultos com a turma do Mauricio de Sousa. Em todos os fins de semana, o shopping oferecerá atrações gratuitas para a criançada, com peças teatrais, aulas de gastronomia

14 Revista Fecomércio DF

e pintura de rosto. Às quartas há uma programação especial para os adultos, o Pátio Gourmet, oportunida-de em que chefs ensinam receitas para o público em aulas gratuitas, às 19h30, no 3º piso.

TERRAÇO SHOPPINGO Terraço Shopping terá como novidades para

o segundo semestre as lojas Santa Lolla (calçados), Imaginarium, 1 + 1 (moda infantil), Nós Mercado Cria-tivo (presentes/acessórios) e Viva Leva (alimentação saudável). O empreendimento também está investindo na revitalização de seu espaço, com a troca do mobili-ário, paisagismo interno e finalização da troca do piso em outubro. Da mesma forma que ocorreu em meses anteriores, o público que frequenta o Terraço continu-ará a ser presenteado com apresentações musicais e atividades para as crianças. Todas as sextas-feiras há apresentações musicais na Praça Central; aos sába-dos e domingos, há o Almoço Musical, com artistas locais e nacionais. Precursor na contação de histórias infantis como forma de incentivar a leitura e também o uso da imaginação pelas crianças, o Terraço manterá em sua programação no segundo semestre o projeto Tardes Animadas, todos os sábados, às 16h, na Pra-ça Central. Já aos domingos, o público contará com o Teatrinho Infantil, também na Praça Central, às 16h. O Terraço Shopping ainda dispõe de um programa de fidelidade, o Clubinho Mágico, para as crianças.

ALAMEDA SHOPPINGO Alameda Shopping, localizado em Taguatinga,

inaugurou recentemente a Evolve GymBox, academia criada em Brasília e conhecida por integrar modali-dades como musculação e treinamento funcional. A terceira unidade da rede está em um espaço de mais de 1.100m² e tem uma área focada no crosstraining – modalidade semelhante ao Crossfit, que trabalha em movimentos funcionais de diferentes cadeias muscu-lares – e salas para aulas coletivas como Zumba, Fit dance e Cross Fight.

BOULEVARD SHOPPINGJá o Boulevard Shopping, localizado no final da Asa

Norte, irá receber o Saj, conhecido restaurante árabe que nasceu em São Paulo. O cardápio do Saj aposta na tradição de comer bem e busca desmistificar a co-mida árabe, reunindo itens clássicos em um ambiente aconchegante. Muitas delícias servidas pelas famílias libanesas desfilam pelo cardápio, entre elas o Charu-tinho Vegetariano, a Linguiça Árabe e pães quentinhos para acompanhar pastas como as de babaganoush e mhammara.

mercado

TAGUATINGA SHOPPINGNo Taguatinga Shopping, entre as novidades está

prevista a chegada da sorveteria Stonia Ice Creamland e do restaurante Rubinho Express, famoso pela sua de-liciosa parmegiana. Outras marcas que também ocu-pam o shopping, desde junho, são Motorola, Clube Me-lissa, Que Mário? (presentes), Mary Is Cool (decoração) e Chosen (roupas femininas). DF PLAZA

Com uma circulação mensal de 180 mil pessoas ao mês, o DF Plaza Shopping, o mais novo shopping do DF, inaugurado em Águas Claras em setembro de 2017, terá, entre as novidades, a Academia Bluefit, a CiaToy e a Cobasi (produtos para pets). “Ainda temos a Zinzane, Track & Field, Free Center, Lotérica, Caixas 24 horas e BRB, quiosques da TIM e da Motorola, Mabuya, Petra Joalheiras e ainda, algumas marcas de representação nacional que estão em fase final de negociação”, desta-ca Ricardo Cintra, superintendente do DF Plaza. Recen-temente foram inauguradas a doceria Maria de Fátima, a Zunia Brinquedoteca,o Five Sport Bar, a Empada Bra-sil, Chilli Beans e Sensazione Gelato. Além disso, o sho-pping fará uma revitalização da comunicação visual das lojas da Praça de Alimentação e irá instalar uma escada rolante para melhorar a acessibilidade ao mall do sho-pping, que ligará o estacionamento ao piso térreo.

Revista Fecomércio DF 15

Mais inforMações @senacdf /senacdistritofederal www.senacdf.com.br

aconteceu

Entidade marcou presença na EXPOTCHÊ e na Hair Brasília and Beauty

// Por Luciana Corrêa e Silvia Melo Fotos: Joel Rodrigues

Palestras, aulas-show e oficinas gratuitas são algumas das atividades que o Senac-DF tem realizado fora de suas unidades (Taguatinga, Cei-lândia, Gama, Sobradinho, Setor Co-mercial Sul e 903 Sul) para mostrar ao público o trabalho que desenvolve na área de educação profissional. Atuando no DF há 51 anos, a institui-ção oferece cursos profissionalizan-tes, de graduação e pós-graduação em diversas áreas, tendo alcançado mais de um milhão de alunos matri-culados. Em julho, a instituição mar-cou presença nas feiras temáticas Expotchê e Hair Brasília 2018.

“Queremos mostrar à socieda-de todo o trabalho que o Senac faz. Estamos sempre à disposição de todos que queiram visitar os nossos Centros de Educação Profissional, a Faculdade, Editora, Livraria, Sede e Subsede. Nós nos dedicamos a pre-parar profissionais, jovens e adultos, para atendermos aos empresários, que são os nossos mantenedores”, explica o diretor regional do Senac, Luiz Otávio da Justa Neves.

Na maior feira gaúcha fora do Rio Grande do Sul, a EXPOTCHÊ, realiza-da no Pavilhão de Exposições do Par-que da Cidade, de 6 a 15 de julho, a instituição teve um estande onde fez divulgação institucional com panfle-tos, programação de cursos e levou a Livraria Senac para apresentar as obras da Editora Senac.

Além disso, ofereceu aulas-show gratuitas de Gastronomia no espaço cozinha-show, por onde passaram

aproximadamente 500 pessoas. O público teve a oportunidade de assis-tir aos instrutores das Unidades de Gastronomia e Ações Móveis da ins-tituição prepararem receitas temáti-cas. Os pratos escolhidos pelos pro-fissionais para apresentação foram os típicos do Rio Grande do Sul, como sopa de cebola, arroz carreteiro, cos-telinha suína com molho de cerveja preta, fraldinha recheada com queijo de colônia rúcula/almeirão, gale-to grelhado com polenta, sagu com creme ambrosia, entre outros.

BELEZA Durante a 9ª edição da Hair Bra-

sília and Beauty, feira de negócios para profissionais, comerciantes e distribuidores da área da beleza, o Senac ofereceu palestras e aulas-

-show na área de beleza. No estande da instituição houve apresentações gratuitas de elaboração de cabelo, maquiagem e barbearia. Os temas abordados foram Maquiagem para Noivas, Penteado Afro, entre outros.

Além disso, representantes do Senac ministraram palestras. Adria-na Alves falou sobre Biossegurança para Salões de Beleza, enquanto Fernando de Marchi e Leila Santana falaram sobre Consultoria de Ima-gem e Visagismo. A apresentação teve participação de Talitha Olivei-ra, que falou sobre Consultoria de Imagem para Mulheres Negras. As palestras contaram com a partici-pação de mais de cem pessoas. A feira aconteceu de 15 a 17 de julho, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

Senac realizouaulas-show gratuitas

16 Revista Fecomércio DF

gastronomix

Rodrigo CaetanoJornalistae blogueiro

7º Panelasda Casa

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[email protected]

www.facebook.com/portalgastronomix

@portalgastronomix

Cozinha é amor. Todos sabem disso. E comida de vó, usualmente, é aquela que arrebata os corações. Por isso, os 15 restaurantes que participam do Panelas da Casa resolveram montar cardápios específicos para a sétima edição do seu festival. O evento ocorre até 12 de agosto. A ideia é trazer boas recordações que nos transportam pelo tempo e trazem sensação de conforto.

O menu completo, com entrada, prato principal e sobremesa, custa R$ 49,90 por pessoa. Porém, para quem quiser degustar apenas o prato principal, existe a opção de pagar somente R$ 34,90. Para harmonizar, além da já tradicional cerveja Colombina, que é patrocinadora oficial do Panelas e estará disponível por R$ 19,90, será possível optar por um vinho Los Cardos Malbec, de R$ 64,90, ou por um Inspiración Cabernet, de R$ 44,90

PANELAS DA CASA • Carpe Diem• Veloce• C’est La Vie• Genghis Kan• Nossa Cozinha Bistrô• El Paso• Belini Pães & Gastronomia• Dona Lenha• Bhumi Cozinha Orgânicae Saudável• Belini Café – The Coffee Experience• Dom Francisco• Beirute• Café Savana• Cantucci• Marietta

Neta de italianos, a paranaense Elô Mathias acaba de reabrir sua casa de massas e molhos artesanais, a Villapiana. A casa também passa a ser Rotisseria e Empório. Além dos cerca de 30 tipos de massas e molhos de fabricação própria, a marca também trabalhará com

Villapiana: massas caseiras e empóriooutros 200 itens. Muitos deles de pequenos produtores, como queijos artesanais, azeites, condimentos, especiarias, cafés, biscoitos caseiros, vinhos e carnes exóticas: de coelho e de galinha-d’angola. A casa também trabalha com encomendas, o interessado leva a travessa para que

CLN 310, Bloco D, Loja 7

Telefone: (61) 3544-3796

a massa seja montada. Entre as opções estão talharim, spaghetti, lasanha, cannelloni, rondelli e nhoque.

Revista Fecomércio DF 17

Don Espettoria inaugura unidade na 103 Norte. O rodízio traz espetinhos, pães na grelha e queijo coalho (R$ 46,90 por pessoa). A casa lança opção Premium, incluindo também os de camarão, pirarucu, provolone, filé mignon, carneiro, picanha, almôndegas recheadas com queijo, medalhão

Espeto na Asa Norte de batata recheado com cheddar e envolto em bacon, carne de sol com queijo coalho e muitas outras delícias. Tudo a R$ 64,90 por pessoa. Os dois rodízios vêm acompanhados de comidinhas, servidas em sistema volante: arroz de carreteiro, feijão-tropeiro e banana frita.

CLN 103, Bloco D, Loja 3

Telefone: (61) 3256-3230

Agosto é mês da Quermesse do Templo Shin Budista de Brasília. A tradicional festa é conhecida por seu disputado yakisoba. A edição de 2018 conta também com a participação do restaurante Okata que, junto com o Grande Muralha, oferecerá mais de 10 variedades de pratos orientais. A festa terá, pela primeira vez, a presença de food trucks. Entre os pratos tradicionais, o famoso Yakisoba da Quermesse sai a R$ 25 (a porção), o Guioza (4 unidades) custa R$ 15, o Tempurá (5 unidades), R$ 16 e Sashimi de salmão (10 peças), R$ 40. A novidade entre os pratos tradicionais fica por conta do novo Combinado de Sushi (10 peças) a R$ 25 e Hot Philadelphia (R$ 20). No menu de pratos

Para além do yakisoba

exclusivos, podem ser encontradas as opções veganas, Shimeji Don – Uma charmosa tigelinha de Shimeji cozido na manteiga acompanhado de Gohan e Cebolinha (R$ 25 a porção) e o Sunomono R$ 10 a porção).

EQS 315/316

Sábados e domingos de agosto

Horário: das 17h às 22h

Preço: Inteira (R$ 20)

A Blend Boucherie abre na capital com a proposta bacana. O cliente escolhe um de seus cortes nobres, o tipo de crosta e o molho de sua preferência. Além disso, há um rodízio de guarnições para acompanhar. Os amantes de carnes suculentas podem escolher beef ancho (R$ 68,90), filé macadâmia (R$ 55,90), fraldinha (R$ 46,90), bife em tiras (R$ 51), rabada (R$ 48) e chorizo (R$ 58,90), entre outros.

Corte, crosta e molho de preferência

CLN 412, bloco B

Telefone: (61) 3544-7444

Os universos de super-heróis e de personagens de desenho animado, contos de fadas e livros infantis vão invadir Águas Claras. Dólar Furado, hamburgueria da chef Lídia Nasser tem ambiente lúdico com receitas e decoração inspiradas neste universo. Entre os hambúrgueres, estão o Homem de Ferro, feito com brioche marcado com símbolo do herói, 120g de blend da casa, queijo prato derretido, bacon e ketchup de morango, a R$ 17. O Frangolino traz elementos do cerrado ao misturar 130g de “burger” de frango empanado em farofa de Panko, bacon caramelizado, cebola roxa à julienne, alface-americana, tomate confit e maionese de pequi no pão brioche (R$ 26). Ainda tem milk-shakes, batatas fritas e molhos caseiros.

Avenida Castanheiras, Lote

1060, Edifício Vila Mall, Loja 15

Telefone: (61) 3451-4770.

Segunda, das 18h à 0h. De terça

a domingo, das 12h à 0h

Menu e ambiente temáticos

18 Revista Fecomércio DF

artigo direito da empresa

Antonio TeixeiraCoordenador de Normas de Direito

Empresarial da Presidência da República. Mestre em Direito

Constitucional, com MBA em Direito Tributário e Mercado de Capitais

Poderia o sócio ser excluído da sociedade limitada que integra, contra a própria vontade? Para muitos, a exclusão forçada do só-cio apenas seria possível em casos excepcionais, e, mesmo assim, por meio de decisão do Poder Judiciá-rio. No entanto, sabemos que pro-cessos judiciais podem ser muito longos, e a sociedade empresária não suportaria ficar paralisada por anos, em torno de litígios societá-rios, esperando por alguma senten-ça. Sem uma solução rápida para os conflitos internos, a empresa pode ter a própria sobrevivência comprometida.

O atual Código Civil tentou re-solver esse problema, ao conferir à sociedade a prerrogativa de ex-cluir diretamente o sócio, ou seja, sem precisar recorrer ao Poder Judiciário. Portanto, hoje, o sócio pode sim ser excluído, em caráter definitivo, por simples deliberação dos demais. Há, no entanto, qua-tro condições a serem observadas. Primeiro, a possibilidade de o só-cio ser excluído deve estar prevista expressamente no contrato social. Isto é, deve haver uma cláusula contratual fixando que os sócios podem ser afastados da sociedade limitada, mesmo contra a sua von-tade. Se o texto original do contra-to social nada fixar, é possível que haja alterações futuras, com a in-trodução de cláusula em que haja previsão do afastamento forçado.

Segundo, exige-se que sempre haja uma causa justa para a ex-clusão. Ou seja, o sócio não pode ser retirado por simples vontade do majoritário, em substituí-lo por seus amigos ou familiares. Consi-deremos, como exemplo, que aber-

ta certa empresa, em pouco tempo, ela alcançou expressivo sucesso no mercado, auferindo elevados lucros. O sócio possuidor da maio-ria do capital social decide, então, afastar os minoritários e colocar, no lugar, os seus parentes. Neste caso, a lei não possibilita que haja tais afastamentos.

Terceiro, exige-se que seja marcada assembleia ou reunião com a finalidade específica de os sócios deliberarem sobre a exclu-são. O Código Civil fixa que o só-cio faltoso deve ser previamente notificado e, em prazo hábil, para o exercício do seu direito de defe-sa. Consideremos, como exemplo, que o sócio, hoje, é cientificado da acusação de denegrir a imagem e a honra da sociedade limitada, por meio de publicações ofensivas realizadas em jornais de grande circulação. A assembleia não pode ser marcada para amanhã, pois o acusado não possuirá tempo su-ficiente para produzir as provas e os demais atos necessários a sua defesa.

Quarto, para que haja a exclu-são, exige-se, como quorum míni-mo, que a decisão seja tomada por sócios que possuam mais da meta-de do capital social. Ou seja, aque-les que detêm a maioria do capital social conseguem excluir da so-ciedade limitada o minoritário que cometer falta grave. Por exemplo,

numa sociedade com cinco sócios, três sócios que, juntos, possuam mais de 50% das quotas podem afastar os outros integrantes do quadro societário.

A empresa deverá dar publi-cidade à retirada do sócio. Para isso, devem ser levadas a registro, na junta comercial, tanto a ata da assembleia de exclusão, quanto a alteração do contrato social. Hoje, temos observado, nas sociedades limitadas, a aplicação do mecanis-mo de afastamento forçado, com frequência cada vez maior. Mas os sócios devem ter em mente que a utilização desse instrumento legal deve ser feita sempre para preser-var a empresa, não para perseguir, discriminar ou praticar injustiças.

A possibilidade de o sócio serexcluído da sociedade limitada

Joel

Rod

rigu

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Revista Fecomércio DF 19

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20 Revista Fecomércio DF

gente

A artista brasiliense Júlia Baptista, 51 anos, vi-sita escolas públicas em Ceilândia há 10 anos para falar de produção artística e desenvolver o interes-se por outras áreas. Ela nasceu, cresceu e estudou em escolas públicas, entretanto, raramente teve a experiência de conviver ou praticar qualquer forma de arte. “Ainda que tivesse curiosidade, não tinha informações sobre as artes”, contou. Um dos obje-tivos do trabalho da pintora é passar para as novas gerações de estudantes os ensinamentos que a arte pode proporcionar nas ciências, matemáti-ca, linguagem, história, entre outros. Durante as visitas, ela ministra palestras sobre o patrimônio arquitetônico do DF e heranças culturais, tudo pelo viés das artes. A cada ida aos espaços de ensino, ela atende cerca de 400 crianças. Atualmente, ela mora em Amsterdã, mas todos os anos entre julho e agosto a artista passa uma temporada em seu ateliê em Águas Claras. A meta de Júlia é ampliar a grade curricular dos alunos. “O objetivo é ampliar seus horizontes por meio da arte”, explicou. Júlia sonha em aliar a teoria e a prática com os alunos. “Gostaria de ter um espaço permanente para que as pessoas tenham acesso facilitado à arte”.

O projeto Tae Kwon Down idealizado pela educa-dora física e pedagoga Kátia Gomes, 48 anos, oferece aulas de taekwondo para pessoas com necessidades especiais. A iniciativa nasceu quando Kátia come-çou a incluir o sobrinho com Síndrome de Down no esporte. “Observei ótimos resultados na melhoria de qualidade de vida dele, decidi, então, levar essa oportunidade a mais pessoas, de todas as idades por meio do projeto”, contou. As aulas gratuitas são em um condomínio em Águas Claras, na Associação DF Down (507 Sul), e agora com uma nova parceria no 4º Batalhão da PM no Guará. Ela atende cerca de 50 alu-nos e está à procura de parceiros para atender a mais pessoas e também para comprar materiais esporti-vos. “Tenho encontrado alguns apoios, mas ainda não são o suficiente. Eu criei o projeto e quero ampliá-lo. Temos muito a fazer ainda”. Além de abraçar cada aluno a ideia é envolver a família para mostrar que essas pessoas podem ir além no esporte e na vida. “Me sinto realizada, feliz e útil, fazendo pessoas com algum tipo de dificuldade serem incluídas no esporte e na sociedade de forma mais positiva e se sentirem mais confiantes para enfrentar o mundo”.

//Por Brunna Pires Foto: Raphael Carmona

//Por Brunna Pires Foto: Raphael Carmona

Esporteinclusivo

Aprendizadocom arte

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//Por Brunna Pires Foto: Raphael Carmona

Cincoperguntaspara Johane Madsen //Por Brunna Pires

Mais conhecida com Ju Trekker, a servidora pública Jussiara Ferreira, 27 anos, criou o projeto Trilhas Pelo Mundo que incentiva mulheres a se aventurarem por meio do esporte. Ela comparti-lha nas redes sociais e em seu blog experiências sobre viagens focadas no trekking - caminhadas, curtas ou longas e trilhas naturais. Para Ju, a prá-tica do trekking começou por meio de um grupo nas redes sociais meio pelo qual as pessoas de Brasília se organizam para fazer trilhas juntas. Ao conhecer as belezas naturais do Brasil e do mun-do, ela observou o potencial turístico e se apaixo-nou. “Eu senti que virou uma paixão, me envolveu de tal forma que eu queria mostrar para os outros como o trekking mudou minha vida”, declarou. Os principais objetivos do projeto são: fomentar a prática de trekking no Brasil, dar a oportunida-de de começar para os entusiastas dos esportes ao ar livre e contribuir com a economia local por onde o projeto passar. “Quero estimular essa prá-tica, mostrar que é um esporte para melhorar a qualidade de vida principalmente das mulheres e mostrar a força que temos”. Apesar de receber um feedback positivo, Ju faz questão de alertar a res-peito da proteção .”Sempre digo que a segurança é fundamental para a prática do esporte”, explica.

Encorajandomulheres

Rap

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Car

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A atriz e bailarina profissional, Johane Madsen, tem 63 anos e é formada em Literatura. Desde 2015 é diretora do Espaço Cultural Renato Russo, reaberto neste ano.

Qual a importância da reabertura do Espaço?Ele é um dos mais importantes equipamentos culturais do DF. Desde meados dos anos 1970, abriga uma série de atividades das mais diversas linguagens artísticas.

Quais as novidades no local?Está todo reformado, com a implantação de sistema de segurança, instalações modernas de sonorização e iluminação cênica nos teatros e galerias para exposições de artes visuais. Há elevadores e rampas de acessibilidade. Quais atividades disponíveis para visitantes?No momento, estão abertas as Galerias Parangolé, Rubem Valentim e a Praça Central com a exposição OndeandaaOnda 3, com trabalhos de 29 galerias do DF.

Quem pode frequentar o local?Toda a população. A Praça Central é uma galeria que liga a W3 à W2.

Qual é o principal objetivo do local?Formação, pesquisa e experimentação nas mais diversas linguagens artísticas.

22 Revista Fecomércio DF

Impulsionados pela entrada em vigor da Lei dos Grandes Geradores, restaurantes de Brasília se unem para gerenciar corretamente o lixo

meio ambiente

//Por José do Egito Foto: Joel Rodrigues

DESTINO CORRETO

Em janeiro de 2018, começou a valer a última etapa da Lei Distrital 5.610/2016. A partir

de agora, os grandes geradores de lixo do DF, estabelecimentos não-residenciais que produzem, diariamente, mais de 120 litros por dia de lixo não reciclável, como pa-pel higiênico, fralda descartável, absorvente íntimo e porcelana, serão responsáveis pelos resíduos que produzem até a destinação fi-nal. Isso significa que o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) encerrou a coleta dos rejeitos não recicláveis e orgânicos produzidos por insti-tuições privadas.

Além de instigar a responsabi-lidade social com o lixo, a medida gera economia aos cofres do SLU. O órgão calcula que, deixando de recolher 300 toneladas de lixo por dia, R$ 1 milhão é economizado por mês. “No início, os empresá-rios reclamaram. Mas é como pa-gar a conta de água, de luz. O mais importante é despertar a consci-ência de que gerar lixo, gera custo.

Revista Fecomércio DF 23

Flávia Attuch parou de vender cervejas

long neck no seu restaurante

Até então, essa conta era pública, mas, agora, cada um tem sua par-cela de responsabilidade”, explica o diretor técnico do SLU, Paulo Celso dos Reis. A empresa paga, em média, R$ 250 para coletar, transportar, tratar e fazer a dispo-sição final de uma tonelada de lixo, no aterro sanitário.

A medida transfere para os estabelecimentos comerciais, ór-gãos públicos, terminais rodovi-ários e aeroportuários a respon-sabilidade pela destinação dos resíduos produzidos. Nesse caso, a regra atinge boa parte dos ba-res e restaurantes do DF, o que tem feito o setor se movimentar em busca de soluções ambiental-mente corretas. É nesse contexto de conscientização que foi criado o Instituto Ecozinha.

Já que a responsabilidade de gerenciamento é do grande gera-dor, o melhor é que o processo seja feito corretamente. Quem defende isso é o idealizador do Ecozinha Paulo Mello, proprietário de um dos estabelecimentos mais tradi-cionais em Brasília, o restaurante Dona Lenha, Em vez de contratar uma empresa para levar todo o lixo misturado e despejar no aterro sa-nitário, ele escolheu o caminho di-ferente. Criou um modelo próprio que diminui a geração de resídu-os e o desperdício de alimentos, e organizou a logística e a transfor-mação do material. Hoje, um res-taurante como o Dona Lenha, pro-duz aproximadamente 700 litros de lixo por dia. O que significa um equivalente a 14 sacos grandes de 50 litros que normalmente é usado em casa. Desse total, 65% são re-síduos orgânicos; 10%, vidro; 15%, materiais recicláveis; e 10%, rejei-tos (papel higiênico, por exemplo). “É preciso aproveitar e esgotar todas alternativas com o lixo, con-forme diz a Política Nacional de Resíduos. Já me considerava um ambientalista e vivia isso na minha vida particular. Pensei que eu pre-cisava fazer algo para o comércio e para o meu negócio”, conta Paulo.

No entanto, de acordo com a

nova legislação, o SLU será res-ponsável pela logística e destina-ção apenas dos materiais reciclá-veis. Mas o que acontece com o restante? Se o restaurante produ-zir mais de 120 litros por dia, ele será considerado “grande gera-dor” e terá de dar conta do recado. Com isso, a mudança na lei obri-gou o setor de restaurantes a de-senvolver um programa para ges-tão de resíduos. Paulo, explica que já estudava o tema e propôs o mo-delo do Ecozinha. Convidou para se juntarem à rede Dona Lenha 15 casas tradicionais da cidade: Baco Pizzaria, Beirute, Belini, Carpe Diem, Daniel Briand, Dom Francis-co, El Paso, Feitiço Mineiro, Grand Cru, Green’s, La Boulangerie, Ma-rietta & Marvin, Oliver, Universal Diner e Santa Pizza. Nascia o Ins-tituto Ecozinha. Segundo a Lei dos Grandes Geradores, a separação do que pode ser reciclado ocorre depois da coleta no grande gera-dor. É justamente essa a principal diferença para o modelo Ecozinha, adotado pelos restaurantes que integram o Instituto. Os resíduos

já são separados na origem. “O Ecozinha é uma entidade sem fins lucrativos, com a missão de propor e implementar ações sustentáveis para o setor de alimentação”, ex-plica Paulo.

Além da gestão do lixo, há o compromisso com ações relacio-nadas ao uso responsável da água, geração de emprego e energia lim-pa. No entanto, Paulo alerta: antes de cobrar algo, é preciso educar. “Antes de você exigir algo na vida, você precisa primeiro educar. E isso serve para o comerciante também. Não é só jogar respon-sabilidades para o empresário. Nosso projeto faz o caminho inver-so do governo. Ele é ambiental e o primeiro passo para quem quer aderir é ter conscientização e ser educado em como funcionará todo esse processo”, explica.

AÇÕES SUSTENTÁVEIS Lançado em outubro de 2017, o

Ecozinha já virou realidade no co-mércio local e, segundo Paulo, a estimativa é que até agosto a ideia alcance 52 restaurantes no DF.

24 Revista Fecomércio DF

meio ambiente

Para facilitar toda essa logística, o Instituto instalou pontos de co-leta nos restaurantes associados, para coleta de vidro, metal, papel e plástico. Esses bunkers, como é conhecido, já somam um total de 36 pontos instalados pela cidade. A operacionalização acontece da seguinte forma: a medida que as lixeiras enchem, o material reci-clável é levado para uma espécie de bunker ou Ponto de Entrega Voluntária (PEV). Essas estações foram montadas do lado de fora do restaurante. Quando elas atingem a capacidade máxima, cooperati-vas recicladoras são acionadas e fazem a coleta. No caso dos or-gânicos, o destino é um pátio de compostagem. Segundo Paulo, no caso do Dona Lenha, o que sobra para o SLU são apenas 75 litros de rejeito, o equivalente a 10% do que o restaurante produz. Resultado: o Dona Lenha passou para a catego-ria “pequeno gerador”.

Para os comerciantes que en-xergam o real valor de iniciativas como essa, o Instituto Ecozinha é, na verdade, um grande esforço para conscientização e solução de um problema. Quem aderiu e se entusiasmou com a ideia foram os responsáveis pelo restaurante Feitiço Mineiro, localizado na 306 da Asa Norte. Mauro Calichman, diretor executivo do Feitiço e Maria Paula de Luca, diretora de Opera-ções, explicaram como entraram no projeto, diminuíram drastica-mente a produção do resíduo e passaram a dar a destinação cor-reta para o lixo. “O processo de destinação do lixo é algo que nos preocupava no início. A ideia do Paulo é genial. O serviço que eu tinha antes com o SLU hoje nós temos com o Ecozinha. Com uma diferença: Estamos transforman-do hábitos saudáveis e aprovei-tando todo o lixo de forma corre-ta”, explicou Mauro. Com bunkers no restaurante para a separação correta do lixo, Maria Paula expli-ca que o investimento feito é im-portante e vale a pena. “Sabemos que tem custo toda essa logística.

Paulo Mello, empresário e

idealizador do Ecozinha

Com o Ecozinha, sabemos que o lixo será efetivamente aproveitado, além de ser uma forma para gerar emprego”. Dentro da cozinha do restaurante, cada tipo resíduo tem lugar certo: metal, papel, plástico e vidro. Orgânicos e rejeitos, como papel higiênico, recebem trata-mento especial.

VIDROO curioso é que como não exis-

te indústria recicladora de vidro em Brasília, o material é conside-rado rejeito pelo SLU. Inicialmen-te, uma das principais dificuldades para gerenciamento de resíduos sólidos por restaurantes é jus-tamente o vidro. Algumas casas chegaram a suspender a venda de bebidas em vasilhames de vidro descartável. Foi ai, que o Instituto Ecozinha firmou uma parceria com a Green Ambiental para a empresa recolher o material nas casas as-sociadas e transportar para reci-clagem em São Paulo (SP). Com isso, os estabelecimentos também recebem um bunker para coleta dos vidros.

Um exemplo de como lidar com a destinação do lixo e principal-mente do vidro é o bar Pinella (408 Norte). Flávia Attuch, proprietária do local, decidiu diminuir drasti-camente a produção desse tipo de

resíduo. Há quase quatro meses, ela parou de comprar e oferecer aos clientes long necks de gran-des cervejarias. “Acho um absur-do um material 100% reciclável ir parar no lixão. Tentamos a logís-tica reversa com as grandes em-presas produtoras, tentamos dar destinação correta com a ajuda de cooperativas, mas nada deu cer-to”, conta a empresária. Com essa medida, Flávia garante eu cerca de duas mil garrafinhas deixaram de ser descartadas no aterro sa-nitário mensalmente. “A iniciativa foi muito bem aceita nas redes sociais, mas o consumo diminuiu porque muitos clientes não trocam a garrafa pela latinha. A aceitação no inicio das pessoas foi difícil. Ti-vemos que compensar de outras formas como, por exemplo, ofere-cendo um copo que o cliente pode usar e, se quiser, levar para casa paga uma pequena taxa”, afirma Flávia. Os estabelecimentos do segmento de restaurantes, bares e hotéis que se interessarem em participar do projeto Ecozinha po-dem encaminhar e-mail para: [email protected].

Revista Fecomércio DF 25

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26 Revista Fecomércio DF

competição

Torneio reúne 1,2 mil nadadores em um dos eventosmais tradicionais da modalidade no País

//Por José do Egito Foto: Joel Rodrigues

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O tradicional revezamento aquá-tico 25 Horas Nadando será reali-zado nos dias 25 e 26 de agosto, na piscina do Centro Olímpico da Uni-versidade de Brasília (UnB). Con-siderada uma das competições de natação mais tradicionais do Distrito Federal, a disputa já está em sua 25ª edição, fruto de parceria entre o Sesc e a UnB. São esperados 1,2 mil nada-dores entre crianças, adultos, idosos e pacientes da Rede Sarah de Hos-pitais de Reabilitação. Para equipes que reservarão uma raia, será ne-cessário entrar em contato pelo te-lefone 3445-4419. As inscrições para nadadores não vinculados a nenhu-ma equipe ocorrerão entre os dias 1 a 24 de agosto, na unidade do Sesc Estação 504 Sul, e nos dias da com-petição diretamente na secretaria do evento, situada no parque aquático do Centro Olímpico da UnB.

Serão oito raias abertas para a participação de 150 nadadores

em cada uma, na piscina do Centro Olímpico da Universidade de Brasí-lia. Além disso, quem estiver assis-tindo e quiser cair na água poderá se inscrever na hora. A competição reunirá nadadores de clubes, as-sociações, escolas e academias do DF. Vence a prova a equipe que, ao final das 25 horas de revezamento, somar a maior distância percorrida. Paralelamente ao revezamento, ha-verá atividades artísticas, culturais, recreativas e esportivas.

De acordo com o assistente de Coordenação do Sesc-DF, Elisson Fabricio de Oliveira, um dos objeti-vos do evento é democratizar o aces-so de todos os atletas. “O evento recebe crianças, idosos, pessoas com deficiência e nadadores dos mais diversos níveis, democrati-zando a participação e priorizan-do o congraçamento entre atletas e equipes”, explicou. Criado em 1990 por um grupo de professores

VAI COMEÇAR O25 HORAS NADANDO

da UnB, o evento chegou a ter 32 horas de atividades em cada etapa. Mas, em 1995, na 6ª edição, adotou a padronização de 25 horas e tor-nou-se um dos principais torneios aquáticos do Brasil.

A entrada é franqueada ao públi-co, permitindo-se aos competidores levar seus familiares que poderão participar de todas as atividades pa-ralelas desenvolvidas pela organiza-ção do evento. Para a participação dos nadadores, é necessário que consigam nadar sem parar por no mínimo 100 metros.

Revista Fecomércio DF 27

destaque

O atleta, Gustavo Mendes, começou no projeto Sesc Olímpico e hoje integra a Seleção Brasileira Juvenil de Vôlei

//Por Liliam Rezende

@sescdf

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DO SESC-DF PARA A SELEÇÃO DE VÔLEI

Quem nunca sonhou em ser uma grande estrela do esporte, disputar uma medalha, estar entre os grandes heróis do país? Gustavo Mendes, hoje com 19 anos, sempre teve o sonho de ser jogador profissional de vôlei. Por isso, em 2015, decidiu entrar para o programa Sesc Olímpico, na unidade do Sesc de Taguatinga Norte.

Desde que chegou ao Sesc, se destacou dentre os colegas de equi-pe. Aos 15 anos, o treinador Augusto de Sousa Ferreira percebeu seu po-tencial. “Como a iniciativa é voltada para atletas com alto rendimento e proporciona a melhora no desempe-nho, aliada à conduta ética dentro e fora dos limites esportivos, o talento do Gustavo ficou logo evidente”. De-pois de três meses treinando no Ses-c-DF, o professor sugeriu que ele se-guisse para um clube que oferecesse mais horas diárias de treinamento. Então, em 2016, ele entrou para o Clube Associação do Pessoal da Cai-xa Econômica Federal (Apcef), onde, um ano após sua chegada, foi des-coberto por um olheiro do Sesi-SP, que é seu atual clube. Desde o início de 2017 ele treina no clube paulista e este ano foi convocado pela Confede-ração Brasileira de Vôlei para fazer parte da equipe juvenil que partici-pará do campeonato Sul-Americano, que acontece em outubro em Barilo-che (Argentina).

Gustavo jogou na posição de Central e ano passado conquistou dois títulos importantes pelo Sesi--SP: Campeonato Paulista e a Copa São Paulo. Mas ele não se esquece

do início de sua carreira em Brasí-lia e reitera o quanto é importante o apoio da família e programas sérios como o Sesc Olímpico. “É muito bom chegar a esse nível competitivo, mas sem o apoio do Sesc e o olhar profis-sional do treinador Augusto quando comecei, talvez o caminho até aqui fosse mais difícil”. Gustavo sonha alto e com muita dedicação preten-de chegar à seleção brasileira adul-ta. “Eu treino em média 5 horas por dia, para alcançar meu objetivo. Com persistência e foco, acredito que te-nho chances de um dia representar o Brasil no campeonato Mundial e nas Olimpíadas”, finaliza.

O Sesc Olímpico é uma iniciativa realizada pelo Sesc-DF desde 2009, que oferece condições para a prática desportiva nas modalidades de han-

debol, basquete, futsal, vôlei, natação e tênis, para jovens atletas com idade entre 10 e 17 anos. As inscrições po-dem ser feitas em qualquer unidade do Sesc. Os alunos treinam todos os dias por duas horas, sem pagar nada. Os participantes recebem trei-nos gratuitos, orientados por profes-sores capacitados e habilitados em cada modalidade oferecida, além de acompanhamento nutricional, físico, médico e odontológico.

28 Revista Fecomércio DF

aconteceu

//Por Fabíola Souza

JANTAR DE HOMENAGEMGrupo Empresários em Ação reconhece trabalho do secretário de Economia, Antônio Valdir

Com o objetivo de reconhe-cer o bom trabalho feito pelo secretário de Economia, De-

senvolvimento, Inovação, Ciência e Tecnologia do Distrito Federal, Antô-nio Valdir Oliveira Filho, no dia 26 de junho, o chefe da pasta foi homena-geado por um grupo de empreende-dores em um jantar no Coco Bam-bu. O encontro, que contou com 330 convidados, foi promovido pelo grupo Empresários em Ação, presidido pelo vice-presidente da Fecomércio-DF e presidente do Sindivarejista, Edson de Castro, e composto de diretores das maiores empresas de indústria e comércio do Brasil. O governador Rodrigo Rollemberg também partici-pou do encontro.

No cargo há um ano e meio, o responsável pela pasta recebeu uma placa em agradecimento pela colaboração com o desenvolvimen-to do setor produtivo no DF. “Fico muito honrado com essa homena-gem. Quem quer trabalhar no setor público tem que ter como principal missão servir ao público. Depois de pouco mais de um ano à frente da secretaria, sinto que aproximei nos-sas ações daqueles que são o nosso público-alvo: os empreendedores do Distrito Federal. Construímos juntos soluções que passam por segurança jurídica e compromisso com quem gera emprego e renda em Brasília”, contou. “Devolvemos a secretaria de Desenvolvimento para o caminho do resultado e das ações de apoio à ge-ração de emprego e renda, apoian-

do os microempreendedores indivi-duais, micros, pequenas, médias e grandes empresas, pois esses são os atores que constroem a história econômica do Distrito Federal. Mi-nha sensação é de dever cumprido”, ressaltou o secretário.

Segundo Edson de Castro, a incorporação do Antônio Valdir Oli-veira para o governo do DF foi o viés que faltava para o setor produtivo ser representado. “Ele é o elo de li-gação entre o empresariado e o go-verno. Existia um governo antes dele e outro totalmente diferente depois que ele assumiu a pasta. Por isso quisemos homenageá-lo pelo belo trabalho que está fazendo. E cada um que esteve presente no jantar pagou a sua entrada, então, só es-tava no encontro quem realmente queria estar”, disse. Ainda de acordo com ele, o secretário inclusive aju-dou muito o setor produtivo na épo-ca da greve dos caminhoneiros. “Ele

foi quem dialogou para poder aten-der às demandas dos empresários àquela época e foi por causa disso que o setor produtivo não parou com a greve”, afirmou.

EMPRESÁRIOS EM AÇÃOEdson conta que o grupo nasceu

em janeiro de 2017 com o objetivo de o setor produtivo ser ouvido pelo governo. “Antes, quando havia um problema, o empresário se quei-xava para outro empresário e nada acontecia. Por isso decidimos mon-tar esse grupo não só com os em-preendedores, mas também com o governo, para poder ter um retor-no dos problemas apresentados”, comentou Castro. Dessa forma, o grupo conta com 256 integrantes, entre empresários, secretários de governo e representantes de órgãos ligados diretamente ao setor pro-dutivo, como Polícia Civil e Militar, CEB, Caesb etc.

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30 Revista Fecomércio DF

Há 33 anos, unidade do Senac do SCS é especializado na oferta de cursos de informática. Local passou por modernização de seu parque tecnológico

// Por Sílvia Melo Foto: Raphael Carmona

O Centro de Educação Profis-sional Senac Jessé Freire, locali-zado no Setor Comercial Sul, tem como foco principal a oferta de cur-sos de Informática e Comunicação. Porém, oferece também cursos dos segmentos de Imagem Pes-soal, Gestão Administrativa e Co-mercial, Gestão Hospitalar, Moda, Produção Cultural e Design. Em sua atual programação, oferece 26 cursos, entre eles a novidade é Ro-bótica e Automação com Arduíno. Além de modernizar seus laborató-rios de informática, a unidade tem investido na reforma dos laborató-rios de Imagem Pessoal e criou um espaço exclusivo para o segmento de moda.

A modernização do parque tec-nológico do Senac teve início em 2016 em todas as unidades da ins-tituição com o objetivo de ofertar mais cursos na área de Informática, dando novas oportunidade a quem pretende investir em informática. Em 2017, foi inaugurado, no quar-to andar do edifício Jessé Freire, o Centro de Referência em TI, uma ala de tecnologia da informação composta de 11 laboratórios equi-pados com moderna infraestrutura de hardware e software, projetores interativos de última geração e ca-pacidade para atender 876 alunos matriculados nos três turnos. “O objetivo desse investimento foi me-lhorar a infraestrutura dos labora-tórios para garantir a qualidade dos cursos e também ampliar a oferta desses cursos que requerem fer-ramentas atualizadas, de modo a

atender ao mercado que está em constante mudança e cada vez mais exigente”, destaca o presidente do Senac-DF, Adelmir Santana.

O Senac iniciou suas atividades no Edifício Jessé Freire em maio de 1985, por meio da Resolução Senac no 201/85, que criou a unidade ope-rativa Centro de Informática. O local contava também com a Unidade Escritório, que ofereceu cursos de Auxiliar de Escritório, Contabilidade, Auxiliar de Pessoal e Datilografia. O ambiente dessa área era próprio, bem equipado, utilizava metodologia dinâmica que aproximava o aluno das condições reais do trabalho nas empresas. Além disso, funcionava lá a Unidade de Beleza, que propor-cionou aos alunos oportunidades de

vivência no real exercício da ocupa-ção, cursos específicos de atualiza-ção e modernas instalações.

Além dos laboratórios de infor-mática, o Senac Jessé Freire conta com dois laboratórios de Imagem Pessoal e dois de moda, dez salas de aulas convencionais, biblioteca e um auditório com 65 lugares, equi-pado com recursos audiovisuais e disponível para aluguel. O Senac tem investido também na moderni-zação dos laboratórios de Imagem Pessoal, que passam por reformas, e criou, no terceiro andar, um es-paço exclusivo para o segmento de moda, com 177m². No local, serão abordadas as três esferas de atu-ação do segmento: produção, cria-ção e negócios.

evolução do sistema s do comércio

Unidade Jessé Freire tem foco em Informática

Revista Fecomércio DF 31

evolução do sistema s do comércio

// Por José do Egito Foto: Raphael Carmona

Unidade móvel do Sesc percorre o DF oferecendo exames gratuitos como mamografias e atendimentos preventivos de câncer de colo de útero

O projeto Sesc Saúde da Mulher já é realidade nas cidades do Distri-to Federal. Conhecida como Carreta da Mulher, a unidade móvel realiza exames de prevenção do câncer de mama, câncer de colo do úte-ro (Papanicolau) e promove ações educativas para a saúde da mulher. Idealizado pelo Departamento Na-cional do Sesc, o projeto foi trazido para o DF em 2017 e atendeu a três Regiões Administrativas: Ceilândia, Gama e Taguatinga Sul. Em 2018, a unidade esteve em Brazlândia e São Sebastião. Ao todo, 3.539 exames de mamografia e 3.841 exames pre-ventivos para câncer de colo uterino (Papanicolaou) foram feitos gratui-tamente.

A carreta oferece os serviços de segunda à sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h, exceto feria-dos. O presidente do Sesc-DF, Adel-mir Santana, explica que o projeto Sesc Saúde Mulher é uma resposta estratégica da instituição à elevada incidência de câncer de mama e de colo de útero no País, além de re-presentar um apoio importante ao Programa Nacional de Controle do Câncer de Mama e do Colo do Úte-ro, do Ministério da Saúde/INCA. “A sistematização e o aperfeiçoamento desse trabalho se dão pela ideia de facilitar o acesso aos exames de ras-treamento de forma itinerante, per-correndo nossa capital. Os serviços variam entre ações educacionais por equipes treinadas e encaminhamen-to para a rede de saúde quando se verifica a necessidade do atendimen-

to àquelas mulheres que apresen-taram potenciais agravos em seus resultados”, explicou Adelmir.

O projeto oferece exames gratui-tos de mamografia para mulheres de 50 a 69 anos, e exame preven-tivo do colo de útero (papanicolau) para mulheres entre 25 e 64 anos. De acordo com a coordenadora dos Serviços Médicos e Educação em Saúde, Lucce Lopes de Mello, o fun-cionamento da carreta começou por causa de outras experiências exi-tosas como as unidades móveis de Odontologia distribuídas por vários estados. “Nosso princípio norteador é o fortalecimento e a contribuição

para a melhoria das redes locais de saúde, com vistas à acessibilida-de e à ampliação da cobertura no âmbito de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer. No controle de qualidade e regulação em ma-mografia, bem como na capacitação das equipes para a gama de funções que compõem o projeto, conta-se também com a parceria do Hospi-tal de Amor de Barretos-/SP (antigo Hospital de Câncer)”, explica Lucce.

A carreta encontra-se estacio-nada na Associação Comunitária de São Sebastião, no Bairro São Barto-lomeu, ao lado da 30a DP, até o dia 21 de agosto.

CARRETADA MULHER

32 Revista Fecomércio DF

capa

//Por Daniel Alcântara e Liliam Rezende Fotos: Joel Rodrigues

CORRIDA AO BURITIVeja quais são as principais propostas dos candidatos ao Governo do Distrito Federal para convencer os eleitores em outubro e colocar Brasília novamente nos trilhos

No ano passado, durante o segundo turno da eleição para o governo do Amazo-

nas, registrou-se mais de um milhão de votos brancos, nulos e absten-ções, o que representa uma votação superior ao que recebeu o governa-dor eleito. Neste ano, na eleição para o governo de Tocantins, o mesmo aconteceu. No entendimento da Fe-comércio-DF, essa realidade de-monstra uma descrença do eleitor e uma insatisfação com as velhas práticas políticas, o que prejudica a democracia. A disputa pelo Palácio do Buriti terá em 2018 uma caracte-rística diferente das demais corridas pelo GDF. A população demonstra tanta descrença com a política atual-mente que a previsão é de altíssimo índice de votos brancos e nulos, sem mencionar os eleitores que nem se-quer pretendem ir às urnas.

As previsões de especialistas e integrantes de partidos é que o ín-dice de abstenção, somado aos vo-tos brancos e nulos, na capital da República chegue a 40%. Assim, os brasilienses poderiam ter, por exemplo, um go-vernador eleito com apenas pouco mais dos 30% dos votos de

todo o eleitorado do DF, o que tor-naria a disputa ainda mais acirrada. Para se ter ideia, no pleito de 2014, quando a capital tinha 1,8 milhão de eleitores aptos, o resultado final do primeiro turno foi de 20,19% da mesma soma. Nesse caso, 3,69% de brancos; 4,83% nulos e 11,67% de abstenções.

A Federação do Comércio está preocupada com essa realidade, por entender que não existe demo-cracia sem a participação popular e não há representação política sem o voto. “É uma rejeição à velha po-lítica, construída com base no toma lá, da cá, em alianças escusas e discursos vazios. Para piorar, os escândalos de corrupção afunda-ram o País e deixaram os eleitores desacreditados. Por isso, nós te-mos apoiado ações que sirvam para estimular o debate eleitoral, conscientizar candida-tos e eleitores e, sobretudo,

incentivar novas práticas políticas”, disse o presidente da Fecomércio--DF, Adelmir Santana.

Ao mesmo tempo, um dado cha-ma a atenção no caso do Distrito Federal: somente este ano, 37.046 pessoas transferiram o título de outras unidades da Federação para cá. Valparaíso é o município com maior migração de títulos, seguido por Águas Lindas e Novo Gama, to-dos de Goiás. Diante desse cenário, entramos em contato com os can-didatos ao Buriti (chapas finaliza-das até o fechamento desta edição) para saber como pretendem incen-tivar o eleitorado a ir às urnas e que propostas têm para a capital sobre segurança, saúde, mobilidade ur-bana, educação, comércio ilegal, simplificação dos impostos locais,

atração de empresas para o DF, RIDE e crise hídrica.

Revista Fecomércio DF 33

SEGURANÇA Assumimos o governo com 24 homicídios por 100 mil habitantes e, em 2017, a taxa caiu a 16,2. Um dos focos será o combate à sensação de insegurança que torna pessoas reféns do medo muito mais do que efetivas vítimas de crime.

SAÚDE Triplicamos a cobertura de saúde básica, construímos três novas UBSs, refor-mamos outras 11 unidades, concluímos o II Bloco do Hospital da Criança, cria-mos o Instituto Hospital de Base, zeramos fila de radioterapia, inauguramos unidade de farmácia popular no Gama. Nomeamos 9.340 profissionais de saúde.

MOBILIDADE URBANA Apostamos na integração entre modais e uso de tecnologia, além da ampliação de investimentos, como o Trevo de Triagem Norte e as estações de metrô da 106 e 110 Sul e da Estrada Parque. Importante destacar avanços como a implanta-ção do Bilhete Único.

EDUCAÇÃOFizemos a universalização da educação infantil entre 4 e 5 anos e a construção de 26 novos Centros de Educação da Primeira Infância CEPIs e seis Centros de Educação Infantil (CEIs).

COMÉRCIO ILEGAL NO DFPersistiremos nas fiscalizações, como a efetiva operação Centro Legal integra-da por diversos órgãos. As ações repressivas serão somadas a medidas que estimulem o empreendedor a regularizar sua atividade e gerar emprego.

SIMPLIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS LOCAISAs obrigações tributárias acessórias, essenciais para o correto registro e re-colhimento, são complexas e passam por constantes aperfeiçoamentos, o que gera insegurança, erros contábeis e exposição do empreendedor à exação fis-cal. Acredito haver espaço para a simplificação sem a perda da arrecadação.

ATRAIR EMPRESAS PARA O DFAtuamos para garantir ao DF o direito de convalidar benefícios, ou seja, po-demos conceder os mesmos incentivos fiscais de estados vizinhos. Criamos o Código de Obras, a Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) e o decreto dos Puxadi-nhos. Adotamos o Registro e Licenciamento de Empresas Digital (RLE@Digital), agilizando a abertura, a baixa e o licenciamento de empresas, além do espaço do Simplifica PJ.

RIDEAo DF cabe gerir, com os estados de Goiás e Minas Gerais, um plano de fixação do cidadão do Entorno na própria cidade, onde ele possa ter acesso a bom aten-dimento médico, emprego e segurança para viver com dignidade.

CRISE HÍDRICARetomamos a construção de Corumbá IV. Com os reservatórios secando, in-tensificamos os investimentos e entregamos novas captações após as obras no Ribeirão do Bananal e no Lago Paranoá. Essas medidas e a interligação dos principais sistemas de abastecimentos permitiram aliviar a pressão sobre o re-servatório do Descoberto.

PSB/REDE/PV/PCDOB

GDF: Rodrigo Rollemberg (PSB), governador do DF

VICE-GOVERNADORIA: Eduardo Brandão (PV), ex-secretário de Meio Ambiente

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capa

SEGURANÇA Nossa política de segurança dará maior ênfase à prevenção, sem descuidar da repressão à criminalidade. E para isso será sustentada pela valorização dos servidores, condições de trabalho, integração e inteligência.

SAÚDE O primeiro passo será reestruturar a rede de atendimento, tirando os hospitais do centro do sistema de saúde, devolvendo a eles o papel de tratar apenas os casos mais graves, cuja política de prevenção e atendimento básico não foi su-ficiente para evitar.

MOBILIDADE URBANA Redesenho da integração entre os modais – ônibus, BRT, metrô, carro, bicicleta, pedestre. O Plano Diretor de Transporte Urbano da Capital (PDTU) precisa sair do papel e se tornar uma realidade.

EDUCAÇÃOUniversalizar a Educação Infantil, melhorar a qualidade do ensino, promovendo um novo método, integrando e valorizado o trabalho dos servidores. Para valo-rizar o professor, vamos motivá-lo a encontrar na pesquisa o princípio pedagó-gico para o seu desenvolvimento.

COMÉRCIO ILEGAL NO DFCombater o que é de fato ilegal, como o contrabando e o descaminho, e tornar formal o que é informal, com uma política agressiva de simplificação burocrá-tica e tributária, que atinja não apenas os informais, mas todos os empreende-dores já estabelecidos.

SIMPLIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS LOCAISConhecemos a proposta de simplificação tributária do sistema brasileiro e ela nada mais é do que o modelo já empregado na maioria dos países, diminuindo a tributação sobre o consumo e aumentando-a sobre a renda, e reduzindo o emaranhado de tributos, que seriam substituídos por um único imposto de valor agregado (IVA).

ATRAIR EMPRESAS PARA O DFUm plano que vai muito além de apenas utilizar a revalidação de isenções tribu-tárias praticadas nos estados do Centro-Oeste. Isso será feito, mas com crité-rio. Não interessa estender indiscriminadamente os mesmos incentivos fiscais até porque Brasília tem suas vocações específicas.

RIDEAtuaremos na formação de um consórcio público interfederativo multifinalitá-rio, que possa atuar em todas as áreas que a legislação permitir, e abrir novos horizontes para isso trabalhando com o Congresso Nacional e com os legisla-tivos locais.

CRISE HÍDRICAÉ necessário preservar e regenerar o bioma cerrado, adotar educação ambien-tal efetiva, diminuir o desperdício na distribuição, uma mudança de política para uma cidade sensível à água e uma gestão popular das águas em assembleias populares, conselhos populares nos territórios e comitês de bacias.

PSOL/PCB

GDF: Fátima Sousa (PSol), professora da Faculdade de Ciências da Saúde da UnB

VICE-GOVERNADORIA: Keka Bagno (PSol), assistente social

Revista Fecomércio DF 35

SEGURANÇA Implantar um sistema integrado de operações e inteligência da Segurança Pública, com estreita coordenação e monitoramento entre os Órgãos de Segurança Pública do DF e sua articulação com os órgãos correlatos da RIDE.

SAÚDE Ampliar a Atenção Primária em Saúde de um lado, e a Atenção Secundária em Saú-de de outro, formará um cinturão com resultados reais de atendimento.

MOBILIDADE URBANA Implantar a recomposição do modal de transporte, hoje movido por combustível fóssil, para uma opção intermediária e mista com a energia elétrica. Estabelecer um programa permanente de ampliação do metrô, com a sua modernização e ado-tar o VLP, também elétrico, mas sobre pneus.

EDUCAÇÃOReformular o Plano Distrital de Educação (PDE), mantendo as boas práticas em curso e incorporando, após cuidadosa avaliação, novos fundamentos pedagógicos. Oferecer infraestrutura idêntica a todas as unidades e segurança qualificada aos professores e alunos.

COMÉRCIO ILEGAL É preciso conciliar as demandas de quem trabalha e empreende em um comér-cio irregular, nesses tempos difíceis de grande número de desempregados, com a necessidade de evitar a concorrência desleal de quem não paga impostos, com o comerciante regularizado.

SIMPLIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS LOCAISNossa proposta é criar o Renascer Brasília, específico para as pessoas jurídicas, em especial para as pequenas e microempresas, bem como para o MEI. Devemos dar agilidade à compensação de créditos e débitos.

ATRAIR EMPRESAS PARA O DFO Programa Renascer Brasília contempla, nesse setor de captação de empreendi-mentos, todas as modalidades não poluentes. A visão aí deve ser de médio e longo prazos. O governante que implantar o programa deve ser corajoso, porque não verá o grande efeito daquilo que iniciou em seu mandato.

RIDEA RIDE foi recentemente ampliada e representa um grande potencial de desenvol-vimento para todas as populações abrangidas. Ao mesmo tempo poderá ser uma grande dor de cabeça, mais uma, se o DF, como polo de atração, não entender que a livre iniciativa é o remédio para a maioria das necessidades das populações da nossa nova região.

CRISE HÍDRICA O tema é ótimo para afirmar: continuidade. Um viés da administração pública res-ponsável é a continuidade de projetos essenciais à população.

PRP

GDF: Paulo Chagas, general da reserva do Exército

VICE-GOVERNADORIA: Adalberto Monteiro, presidente regional do PRP

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SEGURANÇAAs primeiras consistem em aparelhar as forças de segurança com equipamentos e tecnologias modernas e reforçar o policiamento nas ruas, mais ostensivo, que coíba as oportunidades de assaltantes e criminosos. Mas a solução definitiva deve vir de soluções estruturais, combater na raiz do problema, o que gera a violência urbana, que é a desigualdade social.

SAÚDENo SUS, o principal nível de atenção que deve ter investimento e prioridade é a Aten-ção Primária. Somos críticos ao processo de privatização da saúde em curso no DF. A concessão dos hospitais às OS e OSCIP´s é a confissão de incompetência do atual governo em gerir de forma eficiente um serviço público.

MOBILIDADE URBANAÉ preciso investir no transporte público, especialmente sobre trilhos. Na falta de recursos para ampliação do metrô, deve ser estudada a implantação de trens para passageiros nas áreas mais densamente povoadas. Deve-se melhorar o sistema de ônibus, ampliando os horários e ampliar o passe livre.

EDUCAÇÃODeve-se buscar avançar na implantação das escolas em tempo integral, que hoje beneficiam uma parcela ínfima de nossos jovens. Outra medida é implantar a uni-versidade pública do DF, com vagas no período noturno, de forma a ser acessível aos jovens que já estão no mercado de trabalho.

COMÉRCIO ILEGAL Se convencionou abordar a ilegalidade no comércio atacando-se os camelôs e ambulantes, trabalhadores que são vítimas do processo de exclusão social. É uma questão, portanto, que se resolve com políticas públicas de emprego e de inclusão e não com repressão policial.

SIMPLIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS LOCAISNa escala distrital, deve ser aumentado o IPTU nos bairros de alta renda; a TLP para os empreendimentos de maior expressão; a baixa tributação sobre heranças e doações.

ATRAIR EMPRESAS PARA O DFA crise econômica decorre da crise fiscal e da política neoliberal de Estado Mínimo, de encolhimento do setor público, o que para a economia do DF tem sido fatal. Seria benéfico para a economia local um governo no Planalto que fortaleça o setor públi-co. De outro lado, deve-se investir na diversificação de nossa estrutura produtiva.

RIDEO DF deve propor que a CLDF e a Assembleia Legislativa de Goiás formalizem a constituição da Área Metropolitana de Brasília, condição para a constituição de um organismo de gestão metropolitana, que assuma a proposição de soluções integra-das para saúde, educação, mobilidade e segurança pública.

CRISE HÍDRICAO maior consumo de água no DF ocorre na agricultura irrigada, voltada para a pro-dução de grãos direcionada ao mercado internacional. Cabe o debate sobre priori-dades no uso da água, o que envolve nosso modelo de produção agrícola.

PT

GDF: Júlio Miragaya, ex-presidente do Conselho Federal de Economia

VICE-GOVERNADORIA: Cláudia Farinha, agricultora familiar

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SEGURANÇA É preciso valorização dos policiais e bombeiros, por meio da paridade da Polícia Civil com a Polícia Federal. Ampliaremos os quadros e intensificaremos a presen-ça policial nas ruas e a criação do policiamento comunitário.

SAÚDE Vamos valorizar os servidores, investir em saúde básica, construir mais Unidades de Pronto Atendimento e ampliar as equipes de Saúde da Família.

MOBILIDADE URBANA Ampliaremos a malha viária, melhoraremos a oferta de transporte público para retirar carros das ruas. Vamos estabelecer metas e multas para as empresas de ônibus. Construiremos o VLT na W3 e aproveitar para revitalizar a região, além de criar novos modais para o lado norte da cidade e linhas de transporte alternativo para regiões desassistidas.

EDUCAÇÃOTodas as pastas do governo terão de ter interlocução com a educação. Unificare-mos os cadastros disponíveis no GDF para ter um retrato eficiente das famílias e, assim, planejar melhor nossas escolas. Nosso objetivo é zerar o déficit de vagas nos ensinos básicos e fundamental.

COMÉRCIO ILEGAL Vamos oferecer oportunidades para as pessoas organizarem suas atividades, com consultorias e linhas de microcrédito. Depois, fiscalização eficiente.

SIMPLIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS LOCAISOs impostos têm de ser eficientes e transparentes. O imposto único, cobrado na conta bancária, por exemplo, com alíquota única, aumenta a arrecadação, simplifi-ca a fiscalização popular e é muito mais justo. Quem movimenta mais recursos financeiros, paga mais.

ATRAIR EMPRESAS PARA O DFSomos uma terra de gente trabalhadora, com recursos disponíveis e múltiplas oportunidades para arranjos produtivos. Vamos entrar de cabeça na questão da renúncia fiscal e redistribuir melhor essa política pública.

RIDERedirecionamento dos eixos de crescimento. Se levarmos oportunidades para mais perto do Entorno, geramos desenvolvimento para essas cidades e diminuí-mos a dependência delas em relação ao DF, reduzindo também a pressão sobre equipamentos e serviços públicos da capital.

CRISE HÍDRICA Primeiro educação para o consumo consciente de água, um recurso que pode vir a ser finito. Mas temos propostas criativas, como programas de captação e guarda em cisternas individuais (em cada casa) de água das chuvas. Programas de reuso de águas. Programas de reflorestamento e limpeza de nascente, córregos e ria-chos do DF, hoje poluídos por causa do crescimento desordenado. Além, é claro, teremos ações de longo prazo, tais como as obras de captação de águas em rios próximos ao DF e em parceria com os governos estaduais vizinhos.

PROS/PTB/PMN/PMB/PTC/PATRIOTA/PHS/PDT

GDF: Eliana Pedrosa (Pros), ex-distrital

VICE-GOVERNADORIA: Alírio Neto (PTB), ex-distrital

38 Revista Fecomércio DF

capa

SEGURANÇANão se resolvem mais os problemas de uma metrópole como o Distrito Federal com medidas paliativas. É preciso desvincular a segurança da política. Eu quero ser o candidato da sociedade do DF e não da classe política. Na segurança é preciso fortalecer as polícias, claro, mas o foco será na inteligência, na informatização dos métodos para que o combate ao crime seja mais eficaz e se possa responder mais rapidamente às necessidades dos cidadãos.

SAÚDETeremos que reconstruir toda a rede de saúde pública do DF. É possível atender a toda a população com melhor qualidade. Acredito que, com a informatização, a gente possa melhorar o atendimento em muito pouco tempo, marcando consultas pela internet, inclusive com retorno do paciente, que poderá dizer se gostou ou não do atendimento.

MOBILIDADE URBANAEsse plano já existe, já foi aprovado e poderia estar sendo aplicado. Mas o governo não definiu prioridades para a construção de viadutos nos locais de maior engar-rafamento, não deu início às linhas de VLT, houve pouco progresso no metrô, que hoje poderia levar o dobro de passageiros, diminuindo muito o trânsito por ônibus e carros.

EDUCAÇÃOUma escola pública pode dar aos alunos iguais condições de uma escola particular. É preciso investir no ensino integral, na integração de esporte e cultura com a edu-cação, dar mais segurança, valorizar os professores.

COMÉRCIO ILEGALA lei deve estar acima de tudo. Acredito que é possível regularizar as atividades comerciais no DF de forma que todos fiquem legalizados.

SIMPLIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS LOCAISO Estado tem que parar de atrapalhar o empreendedor. É possível fazer uma tri-butação mais simples. Por que a liberação de um alvará demora tanto? No meu governo eu vou confiar no empresário; ele vai receber seu alvará rapidamente e terá prazos para cumprir as exigências legais.

ATRAIR EMPRESAS PARA O DFA sociedade precisa se organizar para vencer esse desafio e eu vou liderar esse processo, incentivar grandes empresas a se instalarem aqui e aproveitarem nosso mercado consumidor, um dos maiores do País.

RIDEA RIDE é uma excelente ideia que não sai do lugar por falta de uma política integra-da. Isso só vai se resolver com uma ação forte dos dois governos e que nós vamos fazer isso, mais uma vez, junto com o setor produtivo.

CRISE HÍDRICA Não houve planejamento do atual governo, que paralisou as obras de captação de água da barragem de Corumbá IV nem deu ouvidos ao alerta de alguns técnicos. Depois foi um Deus-nos-acuda. É preciso concluir a obra e buscar soluções que sejam definitivas para que o DF nunca mais precise passar por esta situação.

MDB/AVANTE/PP/PSC/PPL/PSL

GDF: Ibaneis Rocha (MDB), ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no DF

VICE-GOVERNADORIA: Paco Britto (Avante), presidente regional da sigla

Revista Fecomércio DF 39

SEGURANÇACriação de um Conselho Popular de Segurança Pública, gerido pelos trabalhado-res, que deve submeter e determinar todo o plano de ação das forças policiais do DF. Criação de DEAM’s em todas as cidades.

SAÚDE Investir na política preventiva de saúde pública, investir no programa saúde da famí-lia e a construção de postos de saúde nos bairros. Fortalecer o SUS. Fim da política de terceirização e mercantilização da saúde. Nomeação dos concursados e abertu-ra de novos concursos para a Secretaria de Saúde.

MOBILIDADE URBANAPasse-livre estudantil sem qualquer restrição de linhas e números viagem por dia, inclusive no período de férias escolares. Promover auditoria nas contas e contratos dessas empresas e confiscar o bem dos seus sócios para garantir ressarcimento aos cofres públicos. Redução de 50% nas tarifas de transporte e criação de um pla-no para chegar a tarifa zero em três anos. Criação da integração com bilhete único.

EDUCAÇÃOImplantar a educação integral na rede pública de ensino, garantindo que as escolas sejam devidamente estruturadas. Incentivar a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) e a qualificação profissional. Aplicar as verbas públicas da educação somente nas escolas públicas.

COMÉRCIO ILEGALAo nosso ver o comércio “ilegal” aumenta por causa do desemprego. Nossa política é gerar milhares de emprego através de um plano de obras públicas, coordenado pela Novacap, que empregue milhares na construção de creches, escolas mora-dias populares, postos de saúde e outras obras públicas.

SIMPLIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS LOCAISOs impostos sobre o consumo devem diminuir: ICMS, impostos sobre os combustí-veis etc. O mesmo deve ocorrer sobre o IPTU das pequenas e médias propriedades e sobre os veículos. Garantia de isenção de impostos para os desempregados e passe-livre nos transportes àqueles que estão fora do mercado de trabalho.

ATRAIR EMPRESAS PARA O DFO eixo principal de desenvolvimento é a geração de emprego e renda por uma forte intervenção do estado na execução de um Plano de Obras Públicas coordenado pela Novacap, que empregue creches, escolas, moradias populares, postos de saúde e outras obras públicas. Garantir 5% do orçamento do GDF para o déficit habitacional.

RIDERedução da dependência dos produtos agropecuários, procurando barateá-los, in-centivando a qualidade dos alimentos. Priorizar a produção de alimentos saudáveis, sem agrotóxicos, para abastecer a população do DF, se baseando nos princípios da agroecologia, investindo na agricultura seja ecologicamente sustentável.

CRISE HÍDRICA Garantir a destinação dos recursos públicos para recuperação da bacia do Desco-berto. Aumentar os recursos e a contratação de servidores para o Ibram e para os órgãos de fiscalização ambiental do DF.

PSTU

GDF: Antônio Guillen, professor da rede pública

VICE-GOVERNADORIA: Eduardo Rennó, professor da rede pública

40 Revista Fecomércio DF

capa

A assessoria do candidato Rogério Rosso (PSD, PRB, PPS e Solidariedade) foi procurada mas optou por não participar da matéria. Já a assessoria de Alberto Fraga (DEM, PSDB, PR e DC) não enviou as respostas dentro do prazo. O candidato Renan Rosa (PCO) registrou sua candidatura no dia 5 de agosto, após o fechamento desta edição.

SAÚDE Temos orçamentos suficientes e profissionais competentes, mas falta gestão. Isso passa por processos que vão desde a distribuição logística, equipamento, tecno-logia a serviço do profissional da saúde e do paciente até a resolução efetiva do atendimento dos postos de saúde (UBS).

MOBILIDADE URBANA Ampliação dos BRTs em rotas de longas distâncias, implantação dos VLTs em pon-tos de maior densidade de pessoas. Expansão e modernização do metrô com maior integração de todo o sistema de transporte público.

EDUCAÇÃODeve ser vista de maneira ampla e transformadora. De um lado mais prático, preci-samos tratar da questão da primeira infância, com mais vagas em creches, consi-derando que os primeiros seis anos da criança são essenciais para o seu desenvol-vimento e podem definir o seu futuro potencial.

COMÉRCIO ILEGAL Tudo que for ilegal será combatido e a Agefis é ferramenta importante e eficiente para extinguir a concorrência desleal. Incentivamos o empreendedorismo e vemos isso como uma forma de abrir espaço para a legalização desses negócios irregula-res, para gerar empregos e riqueza para a cidade.

SIMPLIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS LOCAISQualquer forma de simplificação é positiva. Como empreendedor sinto na pele o peso da complexidade, variação de critérios de fiscalização, além da alta carga tri-butária. Sei como a mão do Estado sufoca o empresário e o cidadão. Apoiamos a simplificação.

ATRAIR EMPRESAS PARA O DFÉ preciso entender quais as vocações do DF e preparar modelos de planejamen-to para fortalecer áreas que naturalmente despontam na cidade, como logística, bares e serviços e tecnologia. Precisamos olhar para o mundo e atrair empresas pequenas e multinacionais que tenham interesse na cidade e a façam crescer eco-nomicamente.

RIDEDevemos criar parceria e cooperação com Goiás e os prefeitos das cidades da RIDE. Precisamos ajudar na geração de empregos nessas áreas, o que melhoraria a qua-lidade de vida das famílias que moram nessas cidades.

CRISE HÍDRICA É preciso planejamento, manutenção adequada do sistema de água e investimen-tos, além de campanhas frequentes sobre o modo como a população pode contri-buir para o melhor uso e preservação dos recursos hídricos.

NOVO

GDF: Alexandre Guerra, herdeiro da rede Giraffas

VICE-GOVERNADORIA: Erickson Blun, médico

Revista Fecomércio DF 41

artigo doses econômicas

Parceria:

No corrente ano de 2018, o desafio mais importante da socie-dade brasileira é, sem dúvida, a escolha do caminho a ser seguido nos próximos anos. A crise que o País atravessa – política, econômi-ca e social – é, sem dúvida alguma, momento para analisar, discutir e criticar falhas e erros sob diversos aspectos, mas, acima de tudo, é rara oportunidade para refletir so-bre as reais, verdadeiras e objeti-vas causas que levaram a socieda-de brasileira à situação presente.

Crise é o momento de mudan-ças. Para tanto, é fundamental es-colher o objetivo final que a socie-dade quer alcançar e a estrada a ser trilhada. Essa escolha precisa ser feita baseada no conhecimento e na análise das opões erradas que nos levaram à crise e é fundamen-tal que se faça com base no co-nhecimento das opções de outras sociedades que lograram sucesso; ou seja, as bases precisam ser

também empíricas e reais.No Brasil, é comum e quase

unânime o diagnóstico sobre as variáveis que nos levaram à crise: gastos públicos crescentes, hoje acima da capacidade econômica dos contribuintes; ampliação do número de cidadãos dependentes de recursos públicos e excluídos do mercado de trabalho; gradu-al e contínua perda de mercado para os produtos manufaturados e redução de serviços de boa qua-lidade. Com a globalização, que a cada dia se intensifica, parece não haver dúvida que a saída da cri-se tem como requisito conhecer as opções feitas pelos países que andam à nossa frente para que a economia retome progressiva in-serção de bens manufaturados e de serviços demandados pelo mercado internacional.

As críticas e análises dos erros da presente situação são funda-mentais, para não serem continu-ados. Mas não podem monopolizar o tempo da sociedade, em especial dos jovens, que precisam ter opor-tunidade para fazer opções que os capacitem a desempenhar funções produtivas requeridas na socieda-de atual e no futuro. A reinserção dos atuais desempregados, parte qualificados, e a capacitação dos atuais excluídos do mercado de trabalho, em especial os jovens, representarão aumento expres-sivo da força de trabalho nacional e gerarão automática redução de gastos públicos, parte deles clas-sificados como obrigatórios. Des-tinar os escassos recursos públi-cos para qualificação intensiva dos professores da educação básica e média e para melhoria das me-todologias e dos instrumentos de ensino parece ser uma das princi-

pais opções. O Brasil tem exemplos que po-

dem ser seguidos e copiados para implementar reformas que gerem alterações positivas para a socie-dade. Um deles, sem dúvida, é do setor agropecuário. Mais de 60% da produção de grãos do Brasil vêm hoje da região Centro-Oeste que, na década de 70, sequer era plantada. Hoje, 40 anos depois são utilizadas tecnologias à época inexistentes e que impulsionam a produção que abastece o mundo. Bastou investir em qualificação, primeiro dos engenheiros-agrôno-mos que formaram a equipe inicial da Embrapa, criada em 1973. A tecnologia (métodos), disseminada para as famílias rurais da época na região Sul, formou a atual ge-ração que desbravou as regiões do Centro-Oeste, Sudeste, Nordeste e Norte, utilizando sementes criadas e desenvolvidas para tanto com base nos trabalhos de pesquisa desenvolvidos. Opções atentas ao provimento das necessidades nacionais e mundiais, escolha do caminho correto e adaptação dos processos produtivos transforma-ram a agricultura de subsistência familiar das décadas de 1970 e início de 1980 na atual agricultura tropical aqui desenvolvida e que pela produtividade de hoje assegu-ra alimentos de baixo custo, man-tém nível de atividade no interior, viabiliza o equilíbrio externo do País e forma demanda interna bá-sica da indústria de máquinas do País, mantendo a economia brasi-leira.

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Por Eloy CorazzaVice-Presidente do Corecon-DF, Economista Eloy Corazza

Desafio: para onde seguir

42 Revista Fecomércio DF

Raul VellosoDoutor em Economia pela Universidade de Yale (EE.

UU). Atualmente é consultor econômico em Brasília

artigo economia

Cri

stia

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osta

É curioso que os pré-candidatos foquem seus discursos sobre o que fazer em temas-problema requen-tados e atemporais, como reforma disso ou daquilo, e não nas saídas que têm de ser trilhadas para reco-locar o País na rota do crescimento no período do seu mandato, objetivo óbvio de qualquer país que se pre-zasse e com tantos problemas ur-gentes por resolver. Há, assim, uma óbvia inversão da ordem correta dos fatores. É preciso começar pelo que é desejável, por que motivo não se materializa, e, finalmente, o que cada um cogita fazer para chegar lá antes que seu mandato acabe.

Enquanto a discussão política perde foco, o País parecia estar se livrando da recessão, mas a recupe-ração de repente parou. Parou por quê? Em economês, isso significa que está faltando demanda agrega-da, ao que tudo indica se originan-do da falta de investimento. O que é preciso fazer? Essa é a pergunta--chave.

Nesse contexto, não custa re-pisar a importância do investimen-to em infraestrutura em qualquer lugar, que serve para ampliar a ca-pacidade de gerar certos serviços críticos e é um fator básico para o tão exigido aumento da produtivi-dade geral (ou seja, para fazer mais com o mesmo), que vem desaban-do desde os anos oitenta, princi-palmente num país, como o nosso, com tamanha precariedade em uma área crítica como essa. (Em todas as avaliações sobre o posicionamento dos países nos rankings sobre infra-estrutura que conheço, o Brasil está sempre muito lá atrás).

Há vários problemas a equacio-nar, destacando-se o esgotamento

das fontes de financiamento público (importantíssimo, quando se consi-dera que em muitas subáreas o se-tor privado não tem como entrar), e o viés que existe em nosso País ou, dito de outra forma, a baixa atrativi-dade dos investimentos privados em infraestrutura. Sem dinheiro, o pri-meiro não ocorre, sem atratividade, o segundo também não surgirá.

Concentrando na parcela públi-ca, uma rápida garimpada em estu-dos disponíveis mostra que, dos anos setenta até o ano passado, o investi-mento público total caiu, pasmem, de 10,6 para 1,8% do PIB. Chocante.

Uma consequência natural des-ses problemas é a desabada do valor do estoque de ativos na infraestrutu-ra de transportes e a escalada dos nossos custos logísticos, que alcan-çam também os piores valores na comparação mundial.

Enquanto não acordarmos para a prioridade da infraestrutura, esta-remos abrindo mão de um caminho claro para retomar o crescimento.

“Enquanto a

discussão política

perde foco, o País

parecia estar se

livrando da recessão,

mas a recuperação de

repente parou”

Infraestrutura eretomada do crescimento

Revista Fecomércio DF 43

música

Sonora Brasil chega à 20ª edição trazendo para Brasília o regionalismo da música brasileira

//Por Sacha Bourdette Foto: Joel Rodrigues

@sescdf

/sescdistritofederal

www.sescdf.com.br

A música tem relação direta com a história de muitas tradições. A melodia, os ritmos e os instrumen-tos carregam em si a herança cul-tural de uma região. No Sesc, essa memória é difundida e resgatada todos os anos por meio do Sonora Brasil. Considerado o maior projeto de circulação musical do País, neste ano o Distrito Federal recebe qua-tro grupos da região Nordeste que se apresentarão de 6 a 9 de agosto, às 12h30, na área externa em fren-te à unidade Sesc Presidente Dutra (Setor Comercial Sul). Com entrada franca, a classificação indicativa é livre.

A 20ª edição do projeto passará, neste ano, por 97 cidades, somando um total de 372 concertos pelo Bra-sil. Para o assistente de Ações Cul-turais do Sesc-DF e responsável pelo projeto na cidade, Nilson Lima, a rea-lização do evento representa um res-gate de um trabalho pouco difundido para o público. “O Sonora Brasil tem como um de seus principais objetivos a valorização de artistas que produ-zem obras não comerciais, além de reconhecer os artistas e formar pla-teias. Neste ano, teremos trabalhos que envolvem as variantes da de-nominação “cocos”, típica da região Nordeste, na qual a dança, música e religião estão presentes”, adiantou.

O tema ‘Na pisada dos cocos’ circula pelo Centro-Oeste, Sul e Su-deste brasileiro com os grupos Coco

de Zambê (RN), Samba de Pareia da Mussuca (SE), Coco do Iguape (CE) e Coco de Tebei (PE). Os artistas apre-sentarão diversidades da música nascida em aldeias indígenas e co-munidades quilombolas, com canto, dança e música, acompanhados por instrumentos de percussão, como bumbo, ganzá, pandeiro, caixa.

As pisadas ditam o som e as ro-das introduzem a coreografia. É com essa mistura que o grupo de uma vila de pescadores do Ceará, o Coco do Iguape, se apresenta no Distrito Federal. A integrante e presidente do grupo, Klevia Cardoso, conhecida como Klevia do Iguape, está animada para chegar a Brasília. “A experiência de estar no Sonora Brasil é um sonho porque o projeto está nos dando a oportunidade de não só poder conhe-cer o Brasil, mas de poder mostrar para este País um pouquinho da nos-sa cultura raiz, das nossas tradições e da vida de nossos antepassados. De uma vila tão simples de pescado-res estamos em algo tão grande que é o Sonora Brasil. O Sesc teve uma sensibilidade para mostrar e difundir o nosso trabalho. Estamos ansiosos para nos apresentar na capital fede-ral. Tudo isso abre os horizontes e fortalece o nosso grupo e transforma as nossas vidas”, ressaltou.

O tema ‘Bandas de Música: for-mações e repertórios’ segue pelos estados das regiões Norte e Nor-deste. Quatro formações distintas de bandas foram selecionadas: três representando os grupos tradicio-nais de ruas e praças e uma repre-sentando o segmento da música de concerto, com repertório inspirado na sonoridade das bandas. São eles: Corporação Musical Cemadipe (GO), Banda Manauense (AM), Sociedade Musical União Josefense (SC) e Quin-teto de Metais da UFBA (BA).

SOB O SOMDOS COCOS

Sonora Brasil

Serviço:6/8 – Coco do Iguape (CE)

7/8 – Coco de Zambê (RN)8/8- Samba de Pareia da Nussuca (SE)

9/8 - Coco de Tebei (PE)Horário: 12h30

Local: Sesc Presidente DutraEntrada franca

Classificação indicativa: livre

44 Revista Fecomércio DF

capacitação

Senac disponibiliza em sua nova programação 62 cursos técnicos e livres em diversas áreas

// Por Silvia Melo Fotos: Raphael Carmona

Para atender à demanda dos alunos e também do mercado de trabalho que exige cada vez mais profissionais capacitados, o Se-nac-DF disponibiliza uma nova programação de cursos a cada três meses. A atual, referente aos meses de julho, agosto e setem-bro, conta com 62 cursos técnicos e livres das mais diversas áreas, com oito inéditos na instituição: Vi-trinista, Projeto de Paisagismo Re-sidencial e Institucional, Maquia-gem para Noivas, Técnicas para Garçom Freelancer, Desenho de Moda Digital, Modelista, Robótica e Automação com Arduíno e Proje-to de Luminotécnica Residencial e Comercial. A novidade é que todos os cursos do período vespertino dessa programação, em todas as unidades, terão 20% de descon-to. Toda a programação pode ser acessada pelo site da instituição: www.df.senac.br.

“Essa é uma excelente opor-tunidade para quem deseja se qualificar e conquistar uma vaga no mercado de trabalho. Pode ser também uma chance para se es-pecializar dentro da carreira esco-lhida e conquistar novas oportu-nidades ou melhorar o cargo que ocupa na empresa onde já traba-lha. Os cursos que o Senac ofe-rece são das mais diversas áreas como saúde, gestão, negócios, tu-rismo, hospitalidade, informação, comunicação, produção cultural e design, entre outras”, afirma Adel-mir Santana, presidente do Sena-c-DF, lembrando da importância

de o aluno ou profissional estar sempre atualizado. “É necessário que o estudo seja permanente e continuado em qualquer atividade que você exerça para atender às exigências do mercado. No Senac oferecemos essa oportunidade aos nossos alunos por meio de cursos que vão desde a formação inicial e continuada, passando pelo técnico, superior e chegando aos cursos de pós-graduação”, destaca.

As aulas são ministradas nas unidades do Senac localizadas no Plano Piloto (903 Sul e Setor Co-mercial Sul), Taguatinga, Ceilân-dia, Gama e Sobradinho. Entre os cursos técnicos, nos quais a car-ga horária varia de 934h a 1.800h e duram no mínimo um ano, estão

Novas oportunidades de cursos profissionalizantes

o Técnico em Análises Clínicas (1.320h), Estética (1.200h), Nu-trição e Dietética (1.200h), Admi-nistração (1.000h), Contabilidade (960h), Secretariado (970h), Infor-mática (1.200h), Redes de Compu-tadores (1.020h) e Segurança do Trabalho (1.200h).

Os cursos livres na modalidade de Educação Profissional têm car-ga horária que varia de 20h a 500h e são destinados a proporcionar aos interessados os conhecimen-tos que lhes permitam profissio-nalizar-se, qualificar-se e atuali-zar-se para o trabalho. Dentre os cursos livres da atual programa-ção, destacam-se Barbeiro (172h), Cabeleireiro (400h), Cuidador de Idoso (160h), Design de Barba

Lorena Araújo: sonho em abrir o próprio salão depois do curso do Senac

Revista Fecomércio DF 45

Mais inforMações @senacdf /senacdistritofederal www.senacdf.com.br

(40h), Maquiador (160h), Liderança (20h), Cozinha Básica (20h), Cozi-nheiro (500h), Salgadeiro (160h), Técnicas para Pizzaiolo (40h), Bo-los (30h), Confeiteiro (300h), Pa-nificação Caseira (20h), AutoCAD 2D (60h), Costureiro (212h), Con-sultoria de Imagem (160h), Editor de Projeto Visual Gráfico (160h) e Oratória (30h).

O jornalista Pedro Mesidor, 30 anos, trabalha em uma empresa de assessoria de imprensa e deci-diu fazer o curso de Web Designer para se aprofundar na área de cria-ção de sites. “Não é minha área, mas é uma área correlata. Eu crio conteúdos para os sites, mas quero aprender a produzi-los também”, afirma Pedro, que pretende aplicar o que está aprendendo no curso em seu trabalho. “Não sei se vou ter esse espaço para poder criar e tudo o mais, mas ainda que eu não con-siga desenvolver isso no local que eu trabalho atualmente, de repente vou aplicar em algum outro traba-lho, em um outro projeto, fazer fre-ela”, afirma Pedro, que também fez no Senac o curso de Designer Grá-fico. “Esse é meu segundo curso. É bom que se complementam as informações de um e outro e vêm outras coisas novas também, o que é bem legal”, destaca.

Atuando na área de beleza há nove anos, o cabeleireiro e maquia-dor Roger Bernardo, 48 anos, bus-cou o Senac para se aperfeiçoar na profissão. “Estou superencantado com o curso porque tudo o que eu buscava estou encontrando aqui. Sou maquiador e cabeleireiro de televisão. Mesmo atuando no mer-cado há 9 anos, eu estava querendo dar uma repaginada no meu tra-balho e para mim esse curso está sendo o melhor de tudo”, destaca Roger. “Maquiagem e cabelo é uma área que eu gosto muito. No futuro pretendo ter meu negócio e conti-nuar atuando em televisão, revista,

produção de teatro, mídias, tudo que requer a maquiagem, focado nesse âmbito, para mim é interes-sante”, afirma Roger.

Lorena Araújo Andrade, 29 anos, é apaixonada pela área de beleza, desde criança. Mas foi so-mente há um ano que abandonou a profissão de babá para encarar o mercado de trabalho desse seg-mento. Por indicação da proprietá-ria do salão onde trabalha, resol-veu fazer o curso de Cabeleireiro na unidade Jessé Freire (Setor Co-

mercial Sul). “Estou finalizando esse curso e estou muito satisfei-ta. Gostei muito, era o que eu es-perava”, afirma Lorena, que pensa em ter o próprio negócio. “A gen-te sempre tem vontade de abrir o próprio salão. Por enquanto estou nessa parceria com a Ceiça, mas na minha cidade, Pilar da Goiás, eu pretendo abrir a minha rede de sa-lão. Penso em abrir e deixar para minha irmã, pois vou continuar morando e trabalhando em Brasí-lia”, conclui.

Roger Bernardo buscou o Senac para se aperfeiçoar na profissão

Pedro Mesidor já está no segundo curso e pretende fazer outros

46 Revista Fecomércio DF

comportamento

//Por Sacha Bourdette Fotos: Raphael Carmona

TAL PAI,TAIS FILHOSInfluência dos pais nos negócios inspira os filhos a empreenderem e seguirem os próprios passos

A figura de um pai é exemplo para muitas pessoas. Anos de convivência, ensina-

mentos e conselhos. E com o tempo, a admiração só aumenta, podendo ultrapassar a vida pessoal e chegar à área profissional dos filhos. Nes-te mês em que se celebra o Dia dos Pais, quatro empreendedores con-tam quais as lições que deixaram para os seus filhos que decidiram também abrir um negócio, mas em ramos diferentes. Os filhos, por sua vez, falam da inspiração e do apoio que tiveram dos eternos heróis, seus pais.

DONOS DOS MUNDOSUm exemplo. É assim que as

empresárias da BioMundo e irmãs, Adriana Mothé e Bruna Mothé, co-meçaram e encerraram a entrevista dizendo o que o pai representa na vida delas. Desde muito pequenas as duas e mais dois irmãos viam o pai, Edmar Mothé, sair cedo para cuidar de sua empresa, a Mundo dos Fil-tros. Segundo Adriana, ela sempre se imaginou sendo empresária tam-bém. “Crescemos vendo meu pai tra-balhar com comércio. Ele foi a gran-de inspiração para que eu entrasse no mundo dos negócios e um grande

líder porque sempre nos ensinou a agir no comércio, como é esse mun-do do varejo, é um grande professor, muito mais até do que a própria fa-culdade”, garantiu.

De acordo com Adriana, o pai deu todo o apoio quando os filhos deci-diram empreender no ramo de pro-dutos naturais. “O meu pai apoiou a nossa ideia depois de fazermos uma pesquisa de mercado. Foi tudo meio junto com ele, a gente alimentou as ideias e com a família criamos a BioMundo, mas tudo veio dos ensi-namentos que tivemos com ele des-de pequenos. É em um almoço que

Bruna e Adriana:

inspiração no pai, Edmar

Revista Fecomércio DF 47

você aprende, em um jantar, no dia a dia, nas viagens. É um aprendizado contínuo. O meu pai é um exemplo”, definiu. A vontade dos filhos de seguir os passos do pai era tão grande que os filhos estudaram Administração. Cada um se especializou em uma área diferente para poder cuidar de pontos distintos da empresa. “Meu irmão é responsável pelas compras, a minha irmã pelas finanças e eu pelo marketing”, detalhou Adriana.

No mercado desde dezembro de 2015, a BioMundo já tem 45 lojas en-tre próprias e franquias pelo Brasil. O crescimento do empreendimento se deve ao esforço e à experiência nos negócios. Bruna Mothé explica que o pai a ajudou a trilhar os próprios caminhos. “Pra gente é motivo de orgulho tê-lo ao nosso lado, porque, a cada dia mais, a gente se inspira e tenta melhorar”, afirmou.

De acordo com o pai e empre-sário, Edmar Mothé, todos os filhos acabaram incorporando seu espírito empreendedor. “Sempre mostrei o exemplo para os meus filhos, pois o melhor modo de você influenciar al-guém é mostrar que o esforço e de-dicação valem a pena. Eu saía cedo de casa e eles aprenderam que não é fácil, tem muito trabalho”, contou.

Mas, segundo Edmar, o apren-dizado começou lá atrás. Antes de o empresário criar há 35 anos a Mundo dos Filtros, ele já foi vendedor porta a porta. “Ali já foi um alicerce e co-mecei a pensar em novas coisas, em novas formas de empreender. Acho que a única coisa que não transferi para os meus filhos foi o sofrimento que tive no início, mas seria bom eles passarem pelas coisas que eu passei, mas você nunca quer que seu filho sofra. Por isso, acabo deixando mui-tas lições para eles”, revelou. Edmar fala de como é ter filhos empresá-rios. “Acho que a nossa convivência é tranquila porque já nos conhecemos e isso é um facilitador muito grande. A única coisa ruim é que o dia em que

você tiver algum problema, acaba le-vando-o pra casa. Eu gosto de deixar claro para eles que profissional é profissional e filho é filho. Posso dis-cordar, mas vou amá-los até a morte independentemente dos nossos inte-resses”, ressaltou.

Adriana também fala da relação com o pai nos negócios. “Nem sem-pre a gente tem a mesma ideia ou resolução para um problema, mas conversamos muito e não há confli-to. Eu exponho os meus motivos, ele expõe os dele e normalmente che-gamos a um senso comum”. O em-presário Edmar dá uma dica para os pais que veem os filhos com vontade de empreender.

“Eu acho que o pai tem que en-tender qual o potencial de cada filho e dar a carga certa para cada um e deixá-lo se virar. Eu coloquei filho meu para cuidar de loja com 18 anos e a entreguei dizendo “toma que o fi-lho é teu”. Então, muitas vezes você não tem que proteger. A união da família é importante, mas também precisa ter conhecimento, ou seja, entender de negócios. Então, você tem que juntar a união da família com as boas práticas, com os bons modelos e boas ações. Se você não tiver capacidade e força de vontade, não vai dar certo”, completou.

CONSELHEIRO PESSOALForam 30 anos dedicados à em-

presa Auto Escapamento Diniz, até que o ex-empresário, Saulo Sabino Diniz, decidiu se aposentar e acom-panhar mais de perto os negócios dos filhos. Mas o interesse pelos ne-gócios surgiu há muito tempo, quan-do o pai de Saulo o incentivou a em-preender e aí surgiram muitas ideias. “Eu montei a primeira loja no Brasil, em 1978, de sistema de elevadores hidráulicos para automóveis e o meu pai me dava ideias para a minha ofici-na. As pessoas podiam olhar o carro por baixo, era uma grande novidade e um sucesso”, lembrou.

Hoje, Saulo vê os dois filhos se-guindo os seus passos, mas em ra-mos diferentes. O filho mais novo, Bráulio Diniz, decidiu abrir uma farmácia e um bar de chope em um shopping do Lago Norte. Já o filho mais velho, Dimitri Diniz, decidiu ir para Caraíva, na Bahia, onde abriu três pousadas. Bráulio conta que o pai contribui com muitas ideias. “Meu pai não aposentou comple-tamente. Ele ajuda muito os dois filhos no marketing até hoje com relação a ideias de como vamos divulgar os nossos empreendimen-tos”, reforçou.

Segundo Bráulio, ele decidiu co-

Saulo deu apoio a Bráulio desde a primeira empresa aberta pelo filho

48 Revista Fecomércio DF

comportamento

meçar os negócios por conta própria. “Resolvi empreender por conta pró-pria e conversei com o meu pai antes porque ele é a minha inspiração para o comércio. Tudo o que eu penso em fazer, a primeira pessoa que eu pro-curo para dar opinião é o meu pai. Ele sempre me ajuda, não financeira-mente porque ele sempre fez a gente se virar desde o começo, mas dando conselhos”, revelou. Quem tem uma empresa, sabe dos desafios que é administrar. Momentos de crise e de instabilidade podem surgir quando menos se espera. Bráulio revela que o pai esteve junto apoiando. “Desde a minha primeira empresa, quando falei que ia abrir, ele disse para ir em frente. Sempre me incentivou a ba-talhar e esteve presente nos altos e baixos, me colocando pra cima”.

O pai de Bráulio conta que o filho frequentava a antiga empresa dele desde pequeno. “Ele trabalhou uma temporada comigo quando era jo-vem no Auto Escapamento e, mesmo quando não trabalhava, ele ia muito lá. O Bráulio perguntava, se inteira-va de tudo, já tinha o espírito para o comércio. Hoje observando o meu fi-lho, percebo que ele sabe conduzir as empresas, os funcionários gostam dele, acredito que ele vai muito longe, um grande empreendedor”, prevê.

Bráulio acrescenta que é im-portante que os filhos saibam ouvir. “A experiência do meu pai é muito maior do que a minha. Por isso, é im-portante ouvir, compreender o que ele diz. Meu pai é um grande exem-plo para mim tanto na vida quanto no empreendedorismo. Todos os dias trocamos experiências, tem dia até que falo para o meu pai que é melhor não falarmos de negócios”, brincou.

LIBERDADE PARA EMPREENDERInspirado pelo pai, o empresário

da Cantucci Bistrô, Andrei Wandal-sen Prates, decidiu também empre-ender. “Acredito que nasci com essa vontade dentro de mim, de promover

mudanças e comandar um negócio de uma forma mais humana. Tive um apoio financeiro no início, mas des-de sempre a maior ajuda foi com o apoio emocional, ele sempre foi um grande conselheiro e a nossa relação é ótima. Eu escolhi seguir a própria carreira e ter meu espaço, mas sem-pre conversamos muito e buscamos extrair o melhor que os dois têm de ideias, iniciativas e propostas para os nossos negócios”, destacou.

O pai de Andrei e dono da em-presa Frutacor, Jarbas Prates Neto, conta que sempre apoiou os filhos, mas deu liberdade para as escolhas dos três filhos. “Sempre existiram conversas sobre negócios e empre-endedorismo na família, mas nunca uma pressão. Cada um pode esco-lher o seu caminho, e sempre dei o apoio necessário para as suas esco-lhas”, garantiu.

Andrei conta como é ter um pai empreendedor e como é a sua rela-ção com ele. “Concordamos muito e discordamos mais ainda, dependen-do do ponto que estamos debatendo. Mas ter essa independência de esco-

lhas foi o caminho que escolhi seguir. Ter um pai empreendedor sempre ajuda muito, afinal quero conquistar tudo que ele conquistou”, afirmou.

Para Jarbas ter um filho empre-sário é motivo de orgulho. “A sensa-ção é de muita satisfação por vê-lo seguindo o caminho que escolheu e sempre com muito interesse pela área. Uma dica que dou aos pais é que tenham paciência para trans-mitir as ideias e experiências para os mais jovens. Aos filhos para que tenham paciência de escutar os pais, entendendo que as experiências co-merciais possuem pontos básicos para o sucesso, como a atenção ao cliente nas etapas pré e pós-venda, por exemplo. Muitas lições foram duramente aprendidas no passa-do e podem ser válidas e aplicáveis mesmo em um negócio diferente”, ponderou Jarbas. O filho empresá-rio, Andrei, fala também o que seu pai representa na vida dele. “É uma inspiração para todos os dias. Um exemplo de força e jovialidade, sem-pre renovando suas ideias e buscan-do atualização”, finalizou.

Andrei e o pai Jarbas: paciência para escutar os dois lados

Revista Fecomércio DF 49

artigo direito no trabalho

Raquel CorazzaConsultora jurídica daFecomércio-DF e da OpeLegis Consultoria Empresarial

Princípios do eSocial Em 2014, por meio do Decreto

nº 8.373, foi instituído o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhis-tas (eSocial), que tem por finalidade unificar a prestação das informa-ções referentes à escrituração das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas, visando padronizar sua transmissão, validação, armazena-mento e distribuição nacionalmente.

O eSocial rege-se pelos seguin-tes princípios: viabilizar a garantia de direitos previdenciários e traba-lhistas; racionalizar e simplificar o cumprimento de obrigações; elimi-nar a redundância nas informações prestadas pelas pessoas físicas e jurídicas; aprimorar a qualidade de informações das relações de traba-lho, previdenciárias e tributárias; e conferir tratamento diferenciado a microempresas e empresas de pe-queno porte.

Embora o Decreto seja de 2014, o Comitê Gestor previu um cronogra-ma de implantação com prazo mais estendido, destacando-se que, a par-

tir de 1/7/2018, o sistema começou a ter validade para empregadores e contribuintes. O cronograma para as empresas conta com a seguinte pro-gramação:

A Etapa 1 se refere às Empresas com faturamento anual superior a R$ 78 milhões e conta com cin-co fases:Fase 1: Janeiro/18: Apenas in-formações relativas às empre-sas, ou seja, cadastros do em-pregador e tabelas.Fase 2: Março/18: Empresas passam a ser obrigadas a enviar informações relativas aos traba-lhadores e seus vínculos com as empresas (eventos não periódi-cos), como admissões, afasta-mentos e desligamentos.Fase 3: Maio/18: Torna-se obriga-tório o envio das folhas de paga-mento.Fase 4: Julho/18: Substituição da Guia de Informações à Previdência Social e compensação cruzada.Fase 5: Janeiro/19: Na última fase, deverão ser enviados os da-dos de segurança e saúde do tra-balhador. A Etapa 2 abrange as demais empresas privadas, incluindo as optantes pelo Simples, os MEIs e pessoas físicas (que possuam empregados), e conta também com cinco fases:Fase 1: Julho/18 - Apenas informa-ções relativas às empresas, ou seja, cadastros do empregador e tabelas.Fase 2: Set/18: Empresas pas-sam a ser obrigadas a enviar in-formações dos trabalhadores e

seus vínculos com as empresas (eventos não periódicos), como admissões, afastamentos e desli-gamentos.Fase 3: Nov/18: Torna-se obrigató-rio envio das folhas de pagamento.Fase 4: Janeiro/19: Substituição da Guia de informações à Pre-vidência Social e compensação cruzada.Fase 5: Janeiro/19: Deverão ser enviados os dados de segurança e saúde do trabalhador.

O objetivo desse sistema é pro-porcionar um maior controle das informações relativas à saúde e à se-gurança do trabalhador, além de ga-rantir um correto cumprimento das leis trabalhistas e previdenciárias.

As empresas deverão ficar muito atentas para cumprir corretamente o preenchimento dessas informações digitais, pois as informações pres-tadas no e-social terão repercussão em eventuais ações trabalhistas, previdenciárias, tributárias, e até cí-veis, a depender do direito do empre-gado a ser discutido em juízo. Diante disso, muitas empresas já estão fa-zendo uso de profissionais especia-lizados com conhecimentos especí-ficos, seja na área de Rh, jurídica e contábil, pois, apesar de ser possível acessar o sistema diretamente pela empresa, qualquer erro no envio dessas informações no eSocial po-derá acarretar prejuízos, inclusive, com fiscalização do Ministério do Trabalho. Enfim, é um caminho sem volta, já que a tendência mundial é de uso cada vez maior de meios eletrô-nicos para cadastramento e acesso a informações, e as empresas devem, então, se adaptar da melhor forma, para inserir a sua administração de pessoal nesse novo meio digital de controle das obrigações fiscais, pre-videnciárias e trabalhistas.

50 Revista Fecomércio DF

economia

Indicadoresdo comércio //Por José Eustáquio Moreira de CarvalhoEconomista pela UnB e Especialista emFinanças de Empresas pela FEA/USP

PEIC - Endividamento e Inadimplência das Famílias Distrito Federal Junho 2018

Cartão de Crédito91,0%89,6%89,3%

Dívida impágavel0,1%0,2%0,2%

Inadimplência11,0%10,5%11,2%

Dívida Total76,2%75,1%75,7%

Junho Maio Abril

Fonte: CNC

A presença de muitas inde-finições políticas e econô-micas, aliada às decisões legislativas oportunistas,

voltaram a afetar o setor produtivo, que teve a produção industrial, o movimento do comércio e da pres-tação de serviços, senão em queda, apresentando ritmos aquém das expectativas. Somando-se a isto os resquícios da greve dos caminho-neiros não se vê um bom e próximo horizonte.

Ainda que sob controle, a in-flação de junho apresentou alta expressiva, tanto no mês quanto no acumulado de um ano. Se apro-ximou muito do centro da meta de 4,5%. No DF ela foi medida em 1,20% e 4,36% respectivamente para o mês e em doze meses; e a

inflação nacional, medida no mes-mo período, registrou 1,26% no mês e 4,39% quando anualizada.

Um ponto digno de destaque em junho foi a convergência dos in-dicadores de Intenção de Consumo das Famílias (ICF/DF) e de Confian-ça dos Empresários do Comércio (ICEC/DF): ambos apresentaram reduções.

O indicador da dívida impagá-vel se manteve constante em ju-nho, fechando o mês em 0,2%. Já os demais indicadores de dívidas apresentaram o seguinte compor-tamento: cartão de crédito, redução de 0,3 ponto percentual; inadim-plência crescimento de 0,7 ponto percentual; e o endividamento ge-ral crescimento de 0,6 ponto per-centual.

Revista Fecomércio DF 51

O ICF/DF, ainda repercutindo consequências da gre-ve dos caminhoneiros, apresentou uma redução de 3,0 pontos, fechando o mês de junho em 94,4 pontos, quando analisado pela ótica do indicador geral. Quando examina-do pela ótica das classes de renda, ambas apresentaram reduções de 3,1 pontos.

O ICEC/DF, em junho, apresentou reduções em to-dos os indicadores: 2,9 pontos no indicador de expec-tativas; 0,8 ponto no indicador de investimentos; 2,5 pontos no indicador das condições atuais; 2,1 pontos no indicador geral.

Todas as taxas de juros continuaram apresentando re-duções no mês de junho, mantendo a tendência de queda que vinha desde o ano passado. Na comparação com maio, pode-se destacar: 1) para a Pessoa Jurídica, a taxa da Con-ta Garantida reduziu 2,4 pontos percentuais, fixando-se em 138,18%; 2) para a Pessoa Física, as taxas do Cheque Especial e do Cartão de Crédito, ainda ficaram muito eleva-das em junho - a primeira teve leve redução de 2,5 pontos percentuais atingindo 288,35% enquanto a segunda redu-ziu-se em 3,74 pontos percentuais, fechando o mês em 286,69%. Vale observar que ambas estão apresentando valores muito próximos nos últimos dois meses.

Mais de10 SM 107,8

110,7107,6

96,997,494,4

91,891,388,2

ICF - Intenção de Consumo das Famílias Distrito Federal

Junho 2018

Até10 SM

Geral

SM: Salário-MínimoFonte: CNC

Indicadores deinvestimento

Geral

Indicadores das expecta-tivas

Indicadores dascondições atuais

99,1102,4101,6

161,5158,8155,9

95,096,493,9

118,5119,2117,1

ICEC - Índice de Confiança doEmpresário do Comércio DF

Junho 2018

Fonte: CNC

Abril

Maio

Junho

Empréstimo pessoalFinanceiras

ChequeEspecial

Empréstimo pessoalBancos

Cartão deCrédito

134,48%131,36%130,32%

293,37%290,85%288,35%

25,49%25,19%24,90%

86,90%85,84%85,42%

61,59%60,47%60,10%

306,19%290,43%286,69%

143,82%

140,58%

138,18%

33,23%

31,37%

30,30%

26,82%

25,93%

24,46%

Taxas de Juros Pessoa Jurídica

Taxas de Juros Pessoa Física

Junho 2018

Junho de 2018

CDCAutomóveis

Juros doComércio

Conta garantidaDesconto deduplicatas

Capitalde giro

Fonte: ANEFAC

Fonte: ANEFAC

Junho Maio Abril

Junho Maio Abril

Junho Maio Abril

52 Revista Fecomércio DF

A Revolução Comercial trouxe como resultado o aumento dos lo-cais de mercados e o investimento em inventores para criação de má-quinas para o processo de produ-ção. A Revolução Industrial, impul-sionada pela Revolução Comercial, trouxe a mecanização em substi-tuição à manufatura e grandes in-vestimentos em invenções como o navio a vapor e a locomotiva a va-por. A Revolução do Conhecimento tem seu destaque no www e no fato de que vivemos muitas transforma-

ções e, cada vez mais, em menos tempo. Hoje, estamos diante da Economia Digital. Diversas são as discussões que devemos travar: relações de emprego, sistema de trocas cambiais, fim de frontei-ras, enfim, mais do que vender, é necessário criar novos produtos e serviços. O aumento da venda pela internet requereu revisão da lei do ICMS (que já enfrenta ações no STF), assim, é fundamental rever a legislação fiscal: a importância do “domicílio fiscal”, da existência

física da empresa (fronteiras); a ne-cessidade de um NCM ou CFOP; a repartição tributária atual; e a valo-rização dos bens intangíveis. Tam-bém é necessário continuar evo-luindo nas relações trabalhistas, na criação de novas profissões e na inserção de novas tecnologias. É necessário simplificar a tributação e reduzir o custo de fiscalização e de controle. Que venha uma nova matriz tributária, eficiente, justa e em sintonia com a nova realidade.

6 a 31/8/2018Calendário

Adriana Mesquita MarrocosContadora

O QUÊ e QUANDO pagar?

O QUÊ e QUANDO entregar?

Cri

stia

no C

osta

agenda fiscal

Joel

Rod

rigu

es

Nova economiae a nova matriz tributária

6/ago Data-limite para pagamento dos Salários referente a 7/2018.

7/agoFGTS (GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social)referente a 7/2018.Contribuição Previdenciária (empregado doméstico) referente a 7/2018.

15/ago Contribuição Previdenciária (contribuintes individuais e facultativos) referente a 7/2018.

20/ago

Contribuição Previdenciária (SIMPLES e Empresas em Geral, incluindo retenção de 11% e empresas desoneradas) referente a 07/2018.Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente a 7/2018.

COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, referentes a 7/2018.

SIMPLES NACIONAL referente a 7/2018.

ISS e ICMS referentes a 7/2018. (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações).

24/ago PIS e COFINS referentes a 7/2018.

31/ago

Contribuição Sindical Laboral e Mensalidade Sindical laboral mensal referente a 7/2018.

2ª quota do IRPJ e da CSLL referentes ao 2º trimestre/2018 pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado.

Recolhimento do Carnê Leão referente a 7/2018.

IRPJ e CSLL referentes a 7/2018, por estimativa.Recolhimento da parcela do REFIS, do PAES, do PAEX, do Parcelamento do SIMPLES Nacional e do Parcelamento da Lei 11.941/2009 (consolidado).

7/ago Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) ao MTE referente a 7/2018.

14/agoEscrituração Digital do PIS/Pasep, da COFINS e da Contribuição Previdenciária s/Receita (EFD Contribuições) à SRF/MF referente a 06/2018.

15/agoEscrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais (EFD-Reinf) a SRF/MF referente a 7/2018.

21/agoDeclaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) a SRF/MF referente a 6/2018.

31/ago

Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) a SRF/MF referente 7/2018.

Declaração de Operações Liquidadas com Moeda em Espécie (DME) a SRF/MF referente a 7/2018.Livro Fiscal Eletrônico (LFE) a SEF/DF referente a 7/2018: observar Portaria/SEF nº 22, de 19/1/2017.

Revista Fecomércio DF 53

54 Revista Fecomércio DF

//Por Sílvia Melo Foto: Raphael Carmona

Rosilane tornou-se empreendedora ao buscar capacitação

para melhorar o negócio que mantinha

em casa

Mais informações

@senacdf

/senacdistritofederal

www. df.senac.br

caso de sucesso

Entre doces e salgados

Formada em Gestão Financeira, Rosilane Pereira Guimarães Macedo, 34 anos, sempre trabalhou com Contabilidade. Ao ficar desem-pregada para cuidar da mãe que adoeceu, ela começou a fazer bolos em casa para vender. Logo os pedidos aumentaram e ela sentiu a necessidade de se profissionalizar. Sem condi-ções de pagar por um curso, conseguiu bolsa de estudo por meio de parceria que o Senac Ações Móveis tem com instituições. Em um espaço cedido por uma igreja em Taguatinga, ela fez o curso de Confeiteiro, e, por meio de uma parce-ria com a Administração Regional da Estrutural, fez o curso de Cozinheiro, com o marido. Am-pliou seu negócio, tornou-se MEI e, desde 2017, possui a empresa de bufê infantil Ciranda Doces e Salgados.

“Trabalhava com Contabilidade. Resolvi mudar porque precisava de uma renda e tinha que ser trabalhando em casa por conta da minha mãe e dos meus três filhos pequenos. Foi então que encarei o desafio. Na época que fizemos o curso, eu e meu marido estávamos desempregados. Minha irmã, que mora comigo, também”, lembra. “A empresa é familiar. Eu e

minha irmã fazemos os doces e, quando tem evento, meu esposo ajuda”, explica. “Depois que fiz o curso ganhei mais segurança para comer-cializar meus produtos, porque eles agregaram qualidade com as técnicas que aprendi”, finaliza Roselane foi uma das selecionadas no Prêmio Excelência Senac-DF 2017 na ocupação Cozi-nha, tendo conquistado o segundo lugar.

SOBRE OS CURSOSOs cursos do Senac Ações Móveis são gra-

tuitos, dados por meio do Programa Senac de Gratuidade (PSG), em parceria com instituições como igrejas, ONGs, administrações regionais. Para participar, é preciso acompanhar no site da instituição o lançamento do edital com data para inscrição.

Revista Fecomércio DF 55

//Por Fabíola Souza Foto: Joel Rodrigues

empresa do mês

Chopp Oktos comercializa mais de 330 barris de 50 litros por semana

Bruna Karla de Lima Machado e o marido, Roberto Cláudio Machado de Lima, resolveram investir, há qua-tro anos, em uma bebida que é paixão nacional, o chope. Sem entender nada do assunto, ela conta que conheceu o Chopp Oktos por meio do irmão, que à época tinha montado uma empresa para revender a marca. Segun-do a proprietária, foi uma época em que ela não estava satisfeita com o mercado de trabalho. Psicóloga e peda-goga de formação, Bruna tentou passar em concursos, mas não conseguiu ser aprovada, então foi trabalhar como coordenadora pedagógica em escolas e faculda-des. “Era uma rotina muito estressante. Percebi que não era aquilo que eu queria, pois eu queria crescer. Nessa época, meu irmão conheceu o dono da fábrica da Oktos e começou a revender a bebida aqui no DF, mas não tinha loja, nem muitas máquinas. Foi então que resolvi entrar de cabeça no negócio”, lembra.

Bruna já entrou abrindo distribuidora em várias lo-calidades: Taguatinga (DF), Quirinópolis (GO); Rio Verde (GO); Primavera do Leste (MT); e Rondonópolis (MT). A Oktos vende barris de 30 e 50 litros de chope industrial (claro e escuro). “Quando entramos no negócio, meu ir-mão vendia uma média de 10 barris de 50 litros por se-mana, só no DF. Atualmente, só na loja de Taguatinga, vendemos de 40 a 50 barris de 50 litros por semana”, comenta. Para ela, o Chopp Oktos tem boa aceitação no DF. Ela vende os barris tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas. “Participamos de muitos eventos de organização de festas de casamentos e distribuímos para muitos bares e restaurantes da cidade, além de ou-tras festas. Por isso, montamos na loja um espaço para degustação. Assim, os interessados ficam à vontade para experimentar e escolher o melhor chope para o seu evento”, afirma. “Durante a Copa do Mundo, por exem-plo, vendemos 50% a mais na comparação com o mes-mo período do ano passado, e só não vendemos mais porque o Brasil foi eliminado”, esclarece a empresária.

Bruna conta que dezembro é sempre o melhor mês. “Estamos em agosto e já há poucas máquinas livres para o Natal e Ano-Novo”. O sucesso é tanto que, há um ano,

ela abriu mais uma loja, em Luziânia. Contando as distri-buidoras de que Bruna é proprietária, vende mais de 330 barris de 50 litros por semana e conta com 70 máquinas.

Antenada com o que acontece no mercado de cer-vejas, a empresária também resolveu vender chope ar-tesanal. “Vendemos Ipa, Porter, Witbeer, Weiss, Prima, Blond, Saison, Red, entre outros. A diferença é que para os artesanais, fazemos barris de 20 litros, além dos de 30 e 50 litros. Como é uma bebida mais elaborada e de cus-to mais alto, é vendido por R$ 16 o litro”, explica. O preço do chope tradicional é de R$ 320 o barril de 30 litros e R$ 420 o barril de 50 litros. Como o chope artesanal é de um público mais específico, Bruna conta que 90% das ven-das são do chope industrial e 10% dos artesanais.

Questionada sobre o sucesso do seu trabalho, Bruna acredita que a resposta esteja na forma de atendimento oferecida pela empesa. “Entregamos em todo o DF, me-diante pagamento da taxa de entrega, que varia de preço, dependendo do lugar. Deixamos o barril no horário com-binado e depois vamos buscá-lo, podemos buscar no dia seguinte ou até dois dias depois do evento, caso o cliente prefira”, ressalta a empresária. Mas o diferencial está no atendimento 24 horas. “Não importa a hora. Nossos telefones ficam sempre ligados. Caso o cliente ligue de madrugada, porque houve algum problema no manuseio da máquina ou porque acabou e quer mais, vamos até o local”, ressalta. Bruna conta com o apoio de quatro fun-cionários por loja, além dos freelances contratados no final de semana, dois carros e um caminhão devidamen-te identificados com a marca Oktos. A matriz da fábrica, que produz a bebida há 11 anos, fica no Polo Empresarial Goiás, em Aparecida de Goiânia (GO), e tem uma área de 4.460m². Há fábricas também em Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Maranhão, Piauí, Mi-nas Gerais, São Paulo e Natal.

Bruna Karla comemora a expansão da marca

Paixãonacional

56 Revista Fecomércio DF

tecnologia

[email protected] CarvalhoMoringa Digital

Agosto chegou marcando o início oficial do segundo se-mestre de 2018. E como este mês combina perfeitamente com a temática de volta às aulas, gostaria de aproveitar a coluna para falar sobre um tema que ganha cada vez mais destaque no Brasil: o ensino a distância (EAD).

Na coluna de julho, na qual falei sobre algumas tendências de mercado para o final de 2018, o último ponto abordado mencionava o crescimento cada vez maior do consumo de conteúdo relacionado à educação e ao aprimoramento pessoal. Somente no YouTube, um bilhão de vídeos ligados à temática educativa são vistos diariamente. Isso mostra uma tendência inegável de que as pessoas estão buscando novas formas, mais rápidas e práticas, de aprender sobre temas que as interessam. É justamente nesse ponto que entra o ensino a distância.

Essa temática não é nova. O EAD já existe desde a época dos cursos por correspondência, muito populares na década de 1940. Contudo, devido aos recentes avanços tecnológicos, a popularização da internet e um maior acesso a informações, essa modalidade de ensino vem ganhando cada vez mais adeptos. E é uma excelente notícia para os empreendedores que trabalham no mercado educacional.

Atualmente, o ensino superior a distância já conta com mais de um milhão de alunos, o que, a princípio, pode não parecer grande coisa. Mas, se levarmos em conta que em 2005 esse universo era de apenas 100 mil, veremos que em pouco mais de 10 anos houve um aumento de 1.000% no número de alunos matriculados no EAD. O mesmo crescimento é observado para a quantidade de cursos, que saltou de 52, em 2003, para mais de 1.300, em 2018. Segundo pesquisa realizada pela Sagah, empresa desenvolvedora de tecnolo-gia e conteúdo EAD, em 2023 o ensino a distância corres-ponderá a 51% do mercado de cursos superiores.

Não é difícil entender todo esse sucesso: facilidade de aces-so, horários flexíveis, possibilidade de se fazer um curso que não existe em formato presencial em sua cidade e, é claro,

valores reduzidos são alguns dos aspectos que ajudam a explicar todo esse crescimento.E como o empreendedor pode aproveitar essa onda?

Montar um curso EAD pode ser uma alternativa interessan-te para quem quer entrar no mercado de educação ou até para quem já faz parte dele e quer diversificar sua carteira de produtos. O investimento inicial normalmente é mais baixo, já que dispensa todo o gasto com as instalações; e, com o aumento do número de plataformas de ensino a distância, o custo para a disponibilização das aulas também tende a cair. Dessa forma, o empreendedor pode focar em criar o conteúdo das aulas e na melhor forma de promovê--lo. Vale lembrar que a dinâmica de uma aula a distância não é a mesma de uma aula presencial. O público EAD está necessariamente conectado durante o tempo todo da aula, o que abre possibilidades interessantes para a apresentação do conteúdo. Além disso, outro ponto que conta muito é a habilidade do professor em apresentar o tema das aulas, então é sempre recomendável que ele tenha total domínio sobre o assunto que estiver sendo tratado. Bom estudo para todos e que comece o segundo semestre!

Que comece o segundo semestre!

1.000%:crescimento do número

de alunos EAD entre 2005 e 2018

Revista Fecomércio DF 57

Novidade da MicrosoftEm julho, a Microsoft anunciou o lançamento

do Surface Go, tablet que chegou para competir com o iPad 2018 e o Chromebook Tab 10. Focado nos públicos educacional, corporativo e domésti-co, o tablet de baixo custo terá versões de 4 GB ou 8 GB de RAM e versões de 64 GB ou 128 GB de ar-mazenamento. Segundo a empresa de Bill Gates, o novo dispositivo, que conta com um processador mais simples, Intel Pentium Gold 4415Y de sétima geração e 1,6 GHz, atende bem àquelas tarefas do dia a dia, como navegação na internet, edição de documentos, pesquisa, leitura de documentos,

apenas com conexão Wi-Fi; contudo, uma versão 4G ainda pode ser disponibilizada em 2018. Ainda não existe previsão de lançamento no Brasil.

Valor: US$ 399 (64 GB) e US$ 549 (128 GB)

entre outras. Sua tela tem 10 polegadas no for-mato 3:2 e resolução de 1800 x 1200 px, o que, se-gundo a empresa, são especificações ideais tanto para a leitura quanto para a visualização de víde-os. Inicialmente as versões do aparelho contarão

Em setembro de 2018, a Apple lançará a versão de seu sistema operacional para celulares e tablets. O iOS 12 trará algumas funcionalidades muito bacanas, como: aviso quando o usuário estiver repetindo uma senha já usada em outro ser-viço; leitura automática de mensagens de verificação, para quando o usuário for logar em um serviço com dupla verifica-ção; melhorias na inteligência artificial da Siri, um widget que traz informações sobre o uso do telefone; além de uma série de outros detalhes que deixarão a usabilidade mais divertida, como mais cores na edição de captura de te-las, novas imagens de papel de parede e mais interatividade com o Animoji. Depois dos problemas que a em-presa enfrentou com o iOS 11, es-tamos animados para essa nova versão. Valor: atualização gratuita.

Olha o iOS 12 chegando aí!

4K on demandAlguns assinantes de Netflix têm mais uma op-

ção de pacote para escolher. Chamado de Plano Ul-tra, o novo pacote está sendo testado não só no Brasil como também em outros países do mundo. Segundo a empresa, sua proposta atual é testar preços e re-cursos ligeiramente diferentes para entender melhor o modo como os consumidores valorizam a Netflix. Seguindo essa linha, o Plano Ultra possibilitará o uso de quatro telas simultâneas, além de permitir a visualização de conteúdo em resolução Ultra HD em 4K. Ainda não há indicação se esse novo pacote vai se tornar permanente, tudo dependerá da recepção.

Valor: R$ 53,90 por mês

Taís RochaJornalista, editora-chefe da Revista Fecomércio

[email protected]

(61) 3038-7525

vitrine

58 Revista Fecomércio DF

Dia dos PaisPara barbae cabelos O Kit Macholândia mantém a cor dos cabelos escuros e serve tanto para a barba quanto para os fios. Tem óleo que protege a pele ao barbear e pomada modeladora (R$ 259 o kit, nos salões You Enjoy).

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Tampinhas premiadasUm dos produtos mais vendidos da marca brasiliense Wood and Beer (www.woodandbeer.com.br) é o porta-tampinhas. Tem nas versões para 50 unidades (R$137), 100 unidades (R$ 239) ou 190 unidades(R$ 347).

Revista Fecomércio DF 59

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IF realiza ação com Senac parabeneficiar jovens aprendizes

// Por Fabíola Souza Fotos: Raphael Carmona

Com a finalidade de intercalar prática e teoria, o Instituto Fecomércio (IF-DF) realizou

uma ação integrada com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comer-cial (Senac-DF), no dia 13 de julho, na unidade Jessé Freire, localizada no Setor Comercial Sul, para ofere-cer aos jovens aprendizes aprimora-mento do conteúdo ministrado em sala de aula.

A diretora-executiva do Institu-to Fecomércio, Elizabet Campos, explica que a ação surgiu porque foi constatada certa dificuldade em projetar mais harmonia ao quesito apresentação pessoal por parte dos jovens. Dessa forma, o IF resolveu levar esse conteúdo para além da sala de aula, estabelecendo coope-ração com o Senac para realizar o projeto. “O Instituto atuou, em par-ceria com o Senac, como um facilita-dor, disponibilizando meios para que a teoria vinculada à preparação para o mundo do trabalho, administrada em sala de aula, se aproximasse ao máximo possível da realidade des-ses estudantes”, aponta.

O gerente do Centro de Educa-ção Profissional da unidade do Se-nac Jessé Freire, Osney Monteiro Carvalho, afirmou que essa ação foi benéfica tanto para os jovens quanto para os alunos do curso de cabele-reiro do Senac. “Há anos o Senac oferece corte, hidratação e escova gratuitamente para a população. Como ofertamos esse curso, preci-samos de modelos para os nossos alunos poderem praticar. Com cer-teza foi muito bom o IF nos procurar para firmarmos essa parceria, cujo resultado foi muito satisfatório”, dis-

se. O telefone disponível para mais informações sobre o atendimento gratuito do Senac é: (61) 3226-5235.

A coordenadora de Integração Empresa-Escola do Instituto Feco-mércio e gestora do programa de aprendizagem, Regina Malheiros, informou que, para agregar mais valor à iniciativa, o IF estipulou como requisito de inscrição a doação de um livro para a Biblioteca Miguel Setembrino, que será inaugurada em breve. “Nós ainda enriquecemos o projeto com a palestra “Marketing Pessoal: A importância da autoima-gem”, ministrada pelo professor Fernando Demarchi, designer, jor-nalista e docente de moda do Se-nac-DF”, afirma. Segundo Regina, o resultado foi tão positivo e trans-formador que motivou a instituição a dar continuidade à ação, inserindo-a no cronograma de atividades sociais e extracurriculares do programa de aprendizagem “Aprendendo a Fa-zer”.

Esse sucesso foi ratificado pe-los jovens aprendizes, como Laís

Amanda Ferreira, 18 anos, há dois meses frequentando o curso e já atuando no mercado de trabalho. “Eu fiz hidratação e escova e gostei muito do resultado. A nossa aparên-cia fica mais bonita e até nos senti-mos mais seguros. Achei esse curso do Senac muito interessante e pre-tendo fazê-lo no futuro”, comenta Laís. Guilherme Ribeiro da Silva, 14 anos, que também é jovem apren-diz do IF, aproveitou a oportunidade para cortar e hidratar os cabelos. “Eu gostei dessa ação porque ela ajuda a melhorar a nossa autoes-tima e nos faz perceber que cuidar um pouco mais da nossa aparência pode trazer muitos benefícios”, afir-ma Guilherme.

Prática e teoria juntas

60 Revista Fecomércio DF

Com nova diretoria, Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais comemora o bom momento

sindicatos

//Por Daniel Alcântara Fotos: Joel Rodrigues

Mercado aquecido

Ovídio Maia, novo presidente do Secovi-DF

O método de trabalho da nova diretoria do Sindicato das Empresas de Compra, Ven-

da, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais (Secovi-DF) está sendo estruturado pautado pela coletividade e trans-parência. Ovídio Maia assumiu a presidência da entidade em feverei-ro deste ano e destaca que o sindi-cato buscará uma melhor seguran-ça jurídica para os empresários do segmento, além de apoio da cadeia produtiva para fomentar a atividade imobiliária da capital da República.

Ovídio explica que depois da mudança sindical, realizada pela Reforma Trabalhista, os sindica-tos terão que se reinventar para continuarem existindo. E a expec-tativa do Secovi é de otimismo, com a intenção de trabalhar para os associados. “Hoje buscamos dar transparência total ao nosso trabalho. Em nosso site constam todas as receitas e despesas que temos mensalmente. Isso é um grande passo para dar credibilida-de para a instituição. Não usamos os recursos aleatoriamente, e sim em benefício da categoria”, diz o presidente do Secovi.

Em relação à segurança jurí-dica no Brasil e em Brasília, Oví-dio Maia afirma que o número de projetos de lei que são lançados com intuito de prejudicar o seg-mento imobiliário é muito grande. “Infelizmente, temos uma deman-da muito maior para acabar com projetos ruins do que melhorar alguns bons, é um absurdo. Isso reflete na esfera federal e local”, informa. Para melhorar esse am-biente, Ovídio ressalta que é im-portante o trabalho em conjunto. “O empresário tem que entender a necessidade de participar, temos

Revista Fecomércio DF 61

que trabalhar preventivamente e com proatividade”, diz.

Segundo Ovídio, quem investe precisa de segurança para gerar renda e emprego. “A segurança jurídica no Brasil é frágil, não é criando leis para proteger ina-dimplentes que melhoraremos a situação. O País precisa do em-preendedor para gerar emprego e renda”, informa. Em relação ao mercado atual, o Secovi informa que o processo de vendas em 2018 ainda está lento, abaixo do espe-rado. De acordo com o presidente da entidade, essa fraca movimen-tação no setor imobiliário pode ser explicado por conta de vários fatores, entre eles: a morosidade em aprovação de projetos, o desa-quecimento da economia e a baixa intenção de consumo das famílias. “As pessoas estão mais receosas com a questão de emprego e ren-da, o que acaba ocasionando uma queda na aquisição de imóveis”, informa. “Por outro lado, o mer-cado de locação residencial rea-quece, porque, em vez de assumir um financiamento de longo ou mé-dio prazo, em torno de 30 anos, a pessoa prefere alugar um imóvel, adequando seu orçamento”, expli-ca Ovídio.

Outro ponto que pode ter afe-tado o mercado foi à questão da confiança do empresário, em de-corrência da greve dos caminho-neiros. Ovídio explica que a ma-nifestação que ocorreu em maio desaqueceu todos os segmentos do Brasil, gerando um impacto na confiança da sociedade como um todo e deixando evidente que o País tem um problema sério de infraestrutura e abastecimento. Outro ponto negativo para os em-presários de imóveis foi a Copa do Mundo, quando as pessoas só ficam preocupadas em torcer pela seleção. “O comércio teve uma concentração de consumo em ou-tros segmentos, como bares, res-taurantes, vestuários e comércio de carnes.”

Apesar de um momento não tão bom, o Secovi espera que os

ares possam começar mudar em 2019. Desde 1987 no mercado, Oví-dio acredita que Brasília tem uma capacidade enorme para o seg-mento imobiliário.

Ele destaca que setores como Águas Claras, Noroeste e o Park Sul estão animando os empre-sários e a economia local. Sobre Águas Claras, Ovídio destaca os potenciais da localidade. “São pro-jetos grandes, excelentes, é uma cidade que se destaca por estar próxima ao Plano, Taguatinga, Cei-lândia e Samambaia. As pessoas também têm o metrô que oferece uma mobilidade enorme, além de ser uma localidade prazerosa e in-dependente”, informa. O presidente da entidade diz ainda que o consu-midor enxerga muito bem esses pontos. Por esses motivos, a cida-de é destaque por anos seguidos

no quesito de lucro com aluguel e venda de imóveis. “Hoje tem pesso-as que saem do Plano Piloto para ir para Águas Claras, que tem toda a infraestrutura, com quadras espor-tivas, salão de beleza, academia, piscina e tudo o mais”, diz.

O Park Sul também é outra localidade promissora. “Um local perto do ParkShopping, com um preço próximo ao da Asa Sul e Asa Norte, o que mostra que o local melhorou muito, o nível de comer-cialização é excelente”, destaca. Já o Noroeste é a joia da coroa, de acordo com Ovídio. “É a última área disponível da área tombada do DF. Uma cidade projetada para algo em torno de 50 mil habitantes com um projeto urbanístico muito bom. O empresariado está inves-tindo no setor. Sem dúvida, será o bairro mais nobre do DF”, informa.

pesquisa conjuntural

//Por Fabíola Souza

FOI O AUMENTO DAS VENDAS DO

COMÉRCIO NO DF

1,74%

62 Revista Fecomércio DF

DIA DOS NAMORADOS E COPA AGITAM MERCADO

As vendas do comércio brasiliense registraram cres-cimento de 1,74% em junho de 2018 na comparação com maio. Porém, as vendas do setor de serviços ti-

veram uma queda de -1,51% na mesma comparação. É o que mostra a Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal, realizada pelo Instituto Fe-comércio com o apoio do Sebrae.

O vice-presidente da Fecomércio-DF, Edson de Castro,

explica que entre os 29 segmentos de comércio e serviços pesquisados, 13 tiveram variação negativa de vendas em junho, ou seja, 44,83%, e outros 16 registraram variação positiva (55,17%). “Em junho, comemora-se o Dia dos Na-morados, por isso o crescimento nas vendas do comércio. Também tivemos a Copa do Mundo, o que ajudou alguns segmentos”, explica Castro. “Porém esse indicador revela que a Copa apenas amenizou o efeito prejudicial da gre-ve dos caminhoneiros verificado em maio, mas não gerou crescimento real de vendas como esperado pelo setor”, conclui o vice-presidente. No consolidado dos últimos 12 meses, observa-se um acumulado negativo medido em -14,33% (comércio e serviços).

Os segmentos do comércio que registraram cresci-

mento nas vendas em junho de 2018 foram: Vestuário e Acessórios (8,17%); Comércio Varejista de Bebidas (6,30%); Padaria e Confeitaria (5,39%); Minimercados, Mercearias e Armazéns (4,95%); Calçados (4,62%); Joalheria (3,72%); Cosméticos e Perfumaria (2,41%); Suprimento de Informá-tica (1,91%); Ótica (1,48%); Artigos de Armarinho, Suvenires e Bijuterias (1,12%); e Móveis (0,05%). Entre os segmentos que registraram queda nas vendas, estão: Cama, Mesa e Banho (-4,49%); Material de Construção (-2,21%); Far-mácia (-1,35%); Livraria e Papelaria (-1,02%); Ferragens e Ferramentas (-0,40%); e Autopeças e Acessórios (-0,29%).

No setor de serviços, os segmentos que tiveram cres-

cimento nas vendas em junho foram: Manutenção e Ser-viços para TI (7,29%); Organização de Feiras, Congressos e Festas (5,35%); Cabeleireiros (1,84%) e Sonorização,

LUPA CONJUNTURAL

DESTAQUES DASVENDAS DO COMÉRCIO

ANOS

DESTAQUE DO SETOR DE SERVIÇOS

A Copa do Mundo aqueceu o segmento de Manutenção e Serviços

em TI registrando em jun/18 crescimento de +7,29% nas vendas,

com variação de +19,61 pontos percentuais e índice acumulado nos

últimos 12 meses de -2,77%. Parte do seu crescimento refletiu as ad-

aptações de estabelecimentos comerciais para disponibilizar os jogos

do Brasil durante a Copa do Mundo, impulsionando o segmento com

maior demanda para configurações de internet e rede. O trabalho

remoto ou teletrabalho legalizado pela reforma trabalhista também

demonstrou impacto no crescimento da demanda por serviços de

configurações de redes domésticas e empresariais para as novas

formas de trabalho remoto. Vale ressaltar que o segmento tenderá a

índices ainda positivos nos próximos meses, considerando os movi-

mentos gerados pelos comitês políticos a serem instalados na cidade.

63Revista Fecomércio DF

Fotografias e Iluminação (0,49%). O segmento de Capacitação e Treinamento (0,00%) permaneceu estável na comparação mensal. Os segmentos que apresentaram queda foram: Promoção de Vendas (-8,85%); Manutenção de Veículo (-7,47%); Vidraçaria (-3,40%); Ativi-dades de Condicionamento Físico (-2,06%); Pet Shop (-1,12%); Ativi-dade de Contabilidade (-1,09%) e Bares, Restaurantes e Lanchone-tes (-0,25%).

INOVAÇÃO Os lojistas foram entrevistados

ainda com relação ao tema “Ino-vação no varejo”, respondendo à questão “Considerando as tendên-cias de inovação do varejo, indique até 3 itens que melhor expressam suas expectativas de inovações para seu estabelecimento no futu-ro? ”.

Dos entrevistados, 25% indica-ram como maior relevância a in-tenção de inovar com experiência de compra com dispositivos co-nectados (smartphones interagin-do na experiência do consumidor desde a escolha do produto até o pagamento), seguido de 18,46% pelas vitrines físicas com disposi-tivos de internet das coisas (para permitir que todos os eventos monitorados sejam capturados e analisados para uma oferta mais personalizada), e, por último, o de menor relevância, assistentes di-gitais tipo chatbot (robôs inseridos no processo de atendimento para permitir que auxiliem os consumi-dores na identificação de ofertas relevantes).

Vestuário e Acessórios foi o segmento que registrou o

melhor indicador de vendas do ano, +8,17% jun/18, garantindo

a estabilidade do setor, quando comparada com o mesmo perío-

do do ano passado, quando registrou índice de +8,72%. Esse

comportamento refletiu a demanda por artigos sazonais, como

acessórios para Festas Juninas e Copa do Mundo, bem como,

vestuário para suprir o conforto diante da mudança de estação,

com inverno marcante no período. O esforço de recuperação

alcançou uma variação positiva de +18,28 pontos percentuais

entre jun/18 e mai/18, índice relevante para o segmento que há

muito tempo amarga oscilações mais para os índices negativos

que os positivos. Esse esforço impactará em médio prazo no

índice acumulado que ainda registra retração de -28,70%.

64 Revista Fecomércio DF

pesquisa conjuntural

FORMAS DEPAGAMENTO

AS COMPRAS À VISTA CONTINUAM SENDO A PREFERÊNCIA DO CONSUMIDOR, CHEGANDO A REGISTRAR 49,08% DAS COMPRAS REALIZADAS EM JUN/18. A PREFERÊNCIA PARA PAGAMENTOS À VISTA ALCANÇOU ÍNDICE DE 29,07% E NO DÉBITO 20,01% QUE JUNTOS ACUMULAM UM ÍNDICE DE 49,08% POR COMPRAS À VISTA. ESSE COMPORTAMENTO CONTINUA INDICANDO MAIS UM MÊS DE ESGOTAMENTO DOS LIMITES DE CRÉDITO E ENDIVIDAMENTO NUM CENÁRIO AINDA DE CRISE, COM REDUÇÃO DO PODER DE COMPRAS E RESTRIÇÃO DE CRÉDITOS.

POSTOS DE TRABALHO

Postos de emprego foram reduzidos em -0,97% em jun/18, em comparação a mai/18, mas deve ser interpretado como estabilidade. Nos últimos 30 meses, ou seja, de jan/16 a jun/18 apenas seis meses (ago/16, set/16, mar/17, jun/17, ago/17 e jun/18) tiveram as medições da mão de obra ocupada com aumento dos postos de trabalho, sendo todos os demais meses de redução. Os últimos 12 meses acumulam -6,46% de queda na oferta de emprego.

O setor de serviços é destaque com o segmento de Or-ganização de Feiras, Congressos e Festas que aumentou o número de postos de trabalho na ordem de +7,35% no mês de jun/18, comparado com mai/17. Esse movimento mostrou-se atípico sugerindo crescimento por demanda sazonal, visto que suas vendas também cresceram no período (+5,35%). Esse crescimento teve como base os eventos Copa do Mundo e Festas Juninas.

DESTAQUE REGIONAL

OS EVENTOS JUNINOS FORAM OS MAIORES RESPONSÁVEIS PELO IMPULSO NAS VENDAS NAS REGIÕES DE CEILÂNDIA, TAGUATINGA E SAMAMBAIA QUE REGISTRAM, NO SETOR DE COMÉRCIO, O MELHOR DESEMPENHO DE VENDAS EM JUN/18, COM CRESCIMENTO DE +5,06%, NA COMPARAÇÃO COM O MÊS ANTERIOR.

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Revista Fecomércio DF 65

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66 Revista Fecomércio DF

pesquisa relâmpago

Conforto para o funcionário que poderá escolher o banco que irá receber seu salário, sem encargos e com mais vantagens.

Um lugar que fez história no cenário cultural da cidade e que permanecia abandonado.

Perdem os usuários e ganham, mais uma vez, as empresas de planos de saúde que remuneram mal o profissional credenciado.

Confere àquele que recebe maior poder de gestão. Isso pode, inclusive, fomentar disputas de clientes com mais vantagens.

É um local destinado a incentivo cultural de grande significância, o que deve ser incentivado socialmente.

Muito embora se saiba que os reajustes são necessários para uma estabilidade contratual, os percentuais são consideráveis.

Bom para o trabalhador, que pode escolher a instituição onde quer receber o salário e transferi-lo para outras contas.

A resolução permite que o trabalhador possa receber por meio de instituições não bancárias.

É um espaço de grande importância para a apresentação e divulgação das diferentes expressões culturais do DF.

A cultura retorna para um dos refúgios artísticos mais queridos de Brasília.

A população menos favorecida economicamente terá que abrir mão de outros bens de consumo.

O reajuste não faz sentido. Porque o nó não está nos planos individuais, e sim nos planos coletivos.

Uma medida importante porque obriga os bancos a disputarem clientes e oferecerem um serviço melhor.

Qualquer ação que vise democratizar a cultura do Distrito Federal é bem-vinda.

Absurdo porque a própria agência de saúde sabe que os planos estão acima da inflação e isso tem pelo menos cinco anos.

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Ludmilla Ornelasadvogada

Glayce Helenaadministradora de Samambaia

Hulda Rodejornalista

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Lorena Leãodentista

Tânia MontoroEspecialista em comunicação

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Ser empreendedor não é uma tarefa fácil. Por isso, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal, está sempre ao lado dos empresários e trabalha para viabilizar mais representatividade, capacitação e qualidade de vida. Por meio do Senac, são oferecidos cursos de formação proossional; por meio do Sesc, assistência social, cultura, esporte e lazer; e por meio do Instituto Fecomércio são desenvolvidas pesquisas e ofertados estágios a estudantes. Além de fomentar o comércio, nós acreditamos no potencial de cada brasiliense.

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