Evaluation of the inelastic behavior of steel columns and frames subjected to minor-axis bending

9
Como citar este artigo: G.A. Gonc ¸ alves, et al. Avaliac ¸ ão do comportamento inelástico de colunas e pórticos metálicos com flexão em torno do eixo de menor inércia, Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 2015. http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2014.07.002 ARTICLE IN PRESS G Model RIMNI-129; No. of Pages 9 Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 2015;xxx(xx):xxx–xxx www.elsevier.es/rimni Revista Internacional de Métodos Numéricos para Cálculo y Diseño en Ingeniería Avaliac ¸ ão do comportamento inelástico de colunas e pórticos metálicos com flexão em torno do eixo de menor inércia G.A. Gonc ¸ alves , A.R.D. Silva e R.A.M. Silveira Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Minas, Ouro Preto, MG, Brasil informação sobre o artigo Historial do artigo: Recebido a 20 de março de 2014 Aceite a 7 de julho de 2014 On-line a xxx Palavras-chave: Análise inelástica Método dos elementos finitos Método da rótula plástica refinado Módulo tangente Eixo de menor inércia r e s u m o Este trabalho tem como objetivo avaliar o comportamento inelástico de sistemas estruturais metálicos submetidos à flexão em torno do eixo de menor inércia. Consideram-se sec ¸ ões transversais compactas do tipo I. Nessas sec ¸ ões, a flexão em torno do eixo mais fraco apresenta benefícios importantes como a capacidade de desenvolver toda resistência plástica sem ocorrência de flambagem lateral por torc ¸ ão. Adota-se uma formulac ¸ ão de elementos finitos reticulados planos, na qual o processo de plastificac ¸ ão do ac ¸o é acompanhado através do método da rótula plástica refinado. Nesse método, os efeitos decorrentes do escoamento do material são capturados através de um parâmetro que reduz a rigidez do membro estrutural em func ¸ ão do desenvolvimento de regiões plásticas. Emprega-se ainda nesse método o módulo tangente para considerar a degradac ¸ ão da rigidez em func ¸ ão das forc ¸ as internas. Efeitos de segunda ordem, tensões residuais e imperfeic ¸ ões geométricas também são considerados nas análises. Como critério para definir o estado limite último de resistência da sec ¸ ão transversal adotam-se superfícies de plastificac ¸ ão que descrevem a interac ¸ ão entre esforc ¸ o normal e momento fletor. Para soluc ¸ ão das equac ¸ ões não lineares de equilíbrio estrutural usa-se o método de Newton-Raphson acoplado a estratégias de continuac ¸ ão. Colunas isoladas e pórticos planos são analisados e os resultados obtidos são comparados aos encontrados por outros pesquisadores. Essas comparac ¸ ões permitem concluir que as técnicas usadas neste trabalho são eficazes e necessárias para uma melhor previsão do comportamento das estruturas com membros submetidos à flexão em torno do eixo de menor inércia. © 2014 CIMNE (Universitat Politècnica de Catalunya). Publicado por Elsevier España, S.L.U. Todos os direitos reservados. Evaluation of the inelastic behavior of steel columns and frames subjected to minor-axis bending Keywords: Inelastic analysis Finite Element Method Refined plastic-hinge method Tangent modulus Minor axis bending a b s t r a c t This work presents an evaluation of the inelastic behavior of steel structures subjected to minor-axis bending. Profiles type I and compact cross-sections are considered. In these sections, the bent about weak axis presents important benefits, such as the ability to develop all of their plastic resistance without the occurrence of lateral torsional buckling. A nonlinear beam-column element formulation is adopted, in which the steel yielding process is accounted by the refined plastic-hinge method. In this method the effects of material yielding are captured by a parameter that reduces the structural member stiffness with the development of cross-section plastic regions. The tangent modulus approach is used to consider the stiffness degradation caused by the increase in internal forces. Second–order effects, residual stresses and geometric imperfections are also considered in analysis. To define the cross-section strength ultimate Autor para correspondência. Correios eletrónicos: [email protected] (G.A. Gonc ¸ alves), [email protected] (A.R.D. Silva), [email protected] (R.A.M. Silveira). http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2014.07.002 0213-1315/© 2014 CIMNE (Universitat Politècnica de Catalunya). Publicado por Elsevier España, S.L.U. Todos os direitos reservados.

Transcript of Evaluation of the inelastic behavior of steel columns and frames subjected to minor-axis bending

ARTICLE IN PRESSG ModelRIMNI-129; No. of Pages 9

Am

GD

i

HRAO

PAMMME

KIFRTM

0

Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 2015;xxx(xx):xxx–xxx

www.elsev ier .es / r imni

Revista Internacional de Métodos Numéricos paraCálculo y Diseño en Ingeniería

valiacão do comportamento inelástico de colunas e pórticosetálicos com flexão em torno do eixo de menor inércia

.A. Gonc alves ∗, A.R.D. Silva e R.A.M. Silveiraepartamento de Engenharia Civil, Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Minas, Ouro Preto, MG, Brasil

nformação sobre o artigo

istorial do artigo:ecebido a 20 de março de 2014ceite a 7 de julho de 2014n-line a xxx

alavras-chave:nálise inelásticaétodo dos elementos finitosétodo da rótula plástica refinadoódulo tangente

ixo de menor inércia

r e s u m o

Este trabalho tem como objetivo avaliar o comportamento inelástico de sistemas estruturais metálicossubmetidos à flexão em torno do eixo de menor inércia. Consideram-se sec ões transversais compactasdo tipo I. Nessas sec ões, a flexão em torno do eixo mais fraco apresenta benefícios importantes comoa capacidade de desenvolver toda resistência plástica sem ocorrência de flambagem lateral por torc ão.Adota-se uma formulac ão de elementos finitos reticulados planos, na qual o processo de plastificac ão doaco é acompanhado através do método da rótula plástica refinado. Nesse método, os efeitos decorrentesdo escoamento do material são capturados através de um parâmetro que reduz a rigidez do membroestrutural em func ão do desenvolvimento de regiões plásticas. Emprega-se ainda nesse método o módulotangente para considerar a degradac ão da rigidez em func ão das forc as internas. Efeitos de segunda ordem,tensões residuais e imperfeic ões geométricas também são considerados nas análises. Como critério paradefinir o estado limite último de resistência da sec ão transversal adotam-se superfícies de plastificac ãoque descrevem a interac ão entre esforc o normal e momento fletor. Para soluc ão das equac ões não linearesde equilíbrio estrutural usa-se o método de Newton-Raphson acoplado a estratégias de continuac ão.Colunas isoladas e pórticos planos são analisados e os resultados obtidos são comparados aos encontradospor outros pesquisadores. Essas comparac ões permitem concluir que as técnicas usadas neste trabalhosão eficazes e necessárias para uma melhor previsão do comportamento das estruturas com membrossubmetidos à flexão em torno do eixo de menor inércia.

© 2014 CIMNE (Universitat Politècnica de Catalunya). Publicado por Elsevier España, S.L.U. Todos osdireitos reservados.

Evaluation of the inelastic behavior of steel columns and frames subjectedto minor-axis bending

eywords:

a b s t r a c t

This work presents an evaluation of the inelastic behavior of steel structures subjected to minor-axis

nelastic analysisinite Element Methodefined plastic-hinge methodangent modulusinor axis bending

bending. Profiles type I and compact cross-sections are considered. In these sections, the bent about weakaxis presents important benefits, such as the ability to develop all of their plastic resistance without theoccurrence of lateral torsional buckling. A nonlinear beam-column element formulation is adopted, inwhich the steel yielding process is accounted by the refined plastic-hinge method. In this method theeffects of material yielding are captured by a parameter that reduces the structural member stiffness

cross-section plastic regions. The tangent modulus approach is used to consider

with the development of

Como citar este artigo: G.A. Gonc alves, et al. Avaliac ão do comportamento inelástico de colunas e pórticos metálicos com flexão emtorno do eixo de menor inércia, Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 2015. http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2014.07.002

the stiffness degradation caused by the increase in internal forces. Second–order effects, residual stressesand geometric imperfections are also considered in analysis. To define the cross-section strength ultimate

∗ Autor para correspondência.Correios eletrónicos: [email protected] (G.A. Gonc alves), [email protected] (A.R.D. Silva), [email protected] (R.A.M. Silveira).

http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2014.07.002213-1315/© 2014 CIMNE (Universitat Politècnica de Catalunya). Publicado por Elsevier España, S.L.U. Todos os direitos reservados.

ARTICLE IN PRESSG ModelRIMNI-129; No. of Pages 9

2 G.A. Gonc alves et al. / Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 2015;xxx(xx):xxx–xxx

limit state, the study adopts strength surfaces that describe the interaction between internal forces —axial force and bending moment. The nonlinear equations at the structural system level are solved usingthe Newton-Raphson iterative strategy coupled with path-following methods. Isolated steel columns andportal frames are analyzed, and the results obtained are compared to those of other investigators. Thecomparison shows that the numerical methodology presented in this work is effective and can be usedfor predicting the behavior of steel structures with members under minor-axis bending.

© 2014 CIMNE (Universitat Politècnica de Catalunya). Published by Elsevier España, S.L.U. All rights

1

oram

2pvsteesorPsv

petmad

rmsnbstéifse

tApdflsqdldcoo

ao eixo de menor inércia essas equac ões são dadas por:[ ]

. Introduc ão

Para melhor prever o comportamento de uma estrutura de ac o,s efeitos da inelasticidade do material, de segunda ordem e tensõesesiduais devem ser considerados. Devido a isso, a análise inelásticavanc ada, na qual esses efeitos são avaliados, vem sendo tema deuitos estudos nos últimos anos [1–6].No contexto do método dos elementos finitos ressaltam-se

métodos de análise inelástica avanc ada: zona plástica e rótulalástica refinado. No método da zona plástica [1,2] a sec ão trans-ersal de cada elemento finito é discretizada em fibras. Efeitos deegunda ordem e tensões residuais podem ser considerados dire-amente na análise. Além disso, o estado de tensão pode ser obtidom cada fibra, o que possibilita o acompanhamento gradual doscoamento na sec ão transversal. Devido à eficácia desse método,uas soluc ões são tratadas como «exatas» na literatura [7]. Porém,

método da zona plástica não é usado rotineiramente nos escritó-ios de engenharia, pois requer um intenso esforc o computacional.or isso sua aplicac ão é mais restrita à simulac ão de estruturasimples, que servirão de comparac ão e/ou calibrac ão para o desen-olvimento de outros modelos e formulac ões.

No método da rótula plástica refinado [3,4], a considerac ão dalastificac ão do material é concentrada nos pontos nodais de cadalemento finito. Nesses nós pode ocorrer formac ão de rótulas plás-icas, caracterizando assim uma sec ão totalmente plastificada. Esse

étodo é mais eficiente computacionalmente e captura de maneiraproximada o avanc o da plastificac ão nas sec ões do elemento antesa formac ão da rótula plástica.

O objetivo deste artigo é possibilitar, através do método daótula plástica refinado, uma modelagem adequada do comporta-ento inelástico de colunas de ac o com sec ões compactas do tipo I,

ubmetidas à flexão em torno do eixo de menor inércia. Emboraão seja usual, colunas com flexão em torno desse eixo apresentamenefícios importantes como a capacidade de desenvolver toda aua resistência plástica sem a ocorrência da flambagem lateral pororc ão [8,9]. Além disso, para perfis de abas largas, o fator de forma

aproximadamente 35% maior que o referente ao eixo de maiornércia [10]. Ressalta-se ainda que a flexão em torno do eixo maisraco não é alvo de muitos estudos e uma análise inelástica nessaituac ão requer técnicas adequadas. Este trabalho vem contribuirxatamente com o estudo de tais técnicas.

Para atender ao objetivo proposto, foi implementado no sis-ema computacional Computational System for Advanced Structuralnalysis (CS-ASA) [11] a equac ão para o módulo tangente sugeridaor Ziemian e McGuire [5]. Nessa equac ão a degradac ão da rigi-ez da sec ão varia em func ão do esforc o normal e do momentoetor em torno do eixo de menor inércia. Também empregam-seuperfícies de resistência [9,12,13] que avaliam de maneira ade-uada a interac ão entre esforc o normal e momento fletor no eixoe menor inércia. A validac ão dessas estratégias é feita com a aná-

ise de colunas isoladas e pórticos com membros fletidos em tornoo eixo de menor inércia. Os resultados obtidos são comparados

Como citar este artigo: G.A. Gonc alves, et al. Avaliac ão do comportamtorno do eixo de menor inércia, Rev. int. métodos numér. cálc. diseño

om soluc ões analíticas ou soluc ões numéricas encontradas com método da zona plástica. Neste trabalho, os efeitos de segundardem são simulados através de equac ões desacopladas de rigidez

reserved.

e a metodologia de soluc ão não linear é baseada no emprego dométodo de Newton-Raphson acoplado a estratégias de continuac ão.

2. Método da rótula plástica refinado

O objetivo do método da rótula plástica refinado é capturaro avanc o da plastificac ão na sec ão transversal desde o início doescoamento até sua plastificac ão total com a formac ão da rótulaplástica. Para atender esse objetivo, o método possui algumas estra-tégias fundamentais. As equac ões das superfícies de resistência,por exemplo, são responsáveis por detectar a formac ão das rótulasplásticas. O módulo de elasticidade tangente, por sua vez, capturaa degradac ão da rigidez da sec ão transversal devido ao esforc onormal. Destacam-se também as formulac ões adotadas para con-siderar os efeitos de segunda ordem e as tensões residuais. Todasessas estratégias são descritas com mais detalhes nas subsec õesseguintes.

2.1. Superfícies de resistência

No contexto do método da rótula plástica refinado, as superfí-cies de resistência são responsáveis por definir o instante em queocorre a formac ão da rótula plástica, ou seja, a plastificac ão total dasec ão. Essa definic ão é feita a partir da avaliac ão da interac ão entreas forc as internas (esforc o normal e momento fletor) nas sec õestransversais. O comportamento do membro estrutural quando omomento fletor atua no eixo de menor inércia é ilustrado nafigura 1a, na qual �x indica a deformac ão devido à flexão.

McGuire et al. [13] propuseram uma superfície válida para perfispadrão americano de peso leve a médio que, particularmente parao eixo de menor inércia, pode ser expressa por:

Mpry = Mpy

√(−3p6 +

√9p12 − 4(p2 − 1)

)/2 (1)

sendo Mpry o momento plástico reduzido e Mpy o momento deplastificac ão, ambos em relac ão ao eixo de menor inércia. Nessaequac ão, p é a relac ão entre o esforc o normal atuante e a forc anormal de escoamento (p = P/Py).

A ASCE [12], por sua vez, recomenda a utilizac ão da seguinteexpressão:

Mpry = 1.19

(1 − P

Py

)2

Mpy

paraP

Py≥0.4 e Mpry = Mpy para

P

Py< 0.4 (2)

Já a norma britânica BS 5950 [9] fornece expressões para omomento plástico reduzido (Mpr) de perfis compactos do tipo I ouH, e com mesas iguais, na presenc a de esforc o normal. Em relac ão

ento inelástico de colunas e pórticos metálicos com flexão em ing. 2015. http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2014.07.002

Mpry = fy Zy − A2

4D

(P

Py

)2

paraP

Py≤ twD/A (3)

ARTICLE IN PRESSG ModelRIMNI-129; No. of Pages 9

G.A. Gonc alves et al. / Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 2015;xxx(xx):xxx–xxx 3

y

y

z

x

x

My

P

Δx

a b

Mpry /Mpy

P/PyMcGuire et al. [13]BS 5950 [9] (W200x46)ASCE [12]

D

Bf

tw

tf

1

1-1

-1

torno

M

séZco

2

mna

enebn(p

ip[

Figura 1. a) Membro estrutural submetido à flexão em

pry = fy

[(A2

8tf

) (4Bf tfA

− 1

)+ P

Py

]

×(

1 − P

Py

)para

P

Py> twD/A (4)

Nas equac ões (3) e (4), A é a área da sec ão do perfil, tw é a espes-ura da alma, tf é a espessura da mesa, Bf é a largura da mesa e D

a altura da sec ão do perfil, como mostrado na figura 1b. O termoy é o módulo plástico da sec ão em relac ão ao eixo de menor inér-ia. Na figura 1b também são ilustradas as superfícies de resistênciabtidas conforme as equac ões apresentadas anteriormente.

.2. Módulo de elasticidade tangente

O módulo de elasticidade tangente captura, de maneira aproxi-ada, a reduc ão da rigidez da sec ão do elemento devido ao esforc o

ormal. As equac ões de resistência para colunas do AISC [8] definem variac ão do módulo tangente como:

EtE

= 1.0 para P ≤ 0.39Py e

EtE

= − 2.7243P

Pyln

(P

Py

)para P > 0.39Py (5)

m que E é o módulo de elasticidade do material, P é o esforc oormal atuante, e Py é o esforc o normal de escoamento. Nessasquac ões estão incluídos os efeitos das imperfeic ões iniciais e tam-ém das tensões residuais. No entanto, só são válidas para esforc osormais de compressão (P < 0). Para esforc os normais de trac ãoP > 0) podem-se utilizar as equac ões de resistência para colunasropostas pelo CRC [14], que são dadas por:

EtE

= 1.0 para P ≤ 0.5Py eEtE

= 4PPy

(1 − P

Py

)para P > 0.5Py

(6)

Como citar este artigo: G.A. Gonc alves, et al. Avaliac ão do comportamtorno do eixo de menor inércia, Rev. int. métodos numér. cálc. diseño

Ressalta-se que as equac ões (5) e (6) consideram de formamplícita os efeitos das tensões residuais. Ziemian e McGuire [5]ropuseram uma modificac ão nas equac ões propostas pelo CRC14] na qual o módulo de elasticidade tangente varia em func ão

do eixo de menor inércia; b) superfícies de resistência.

do esforc o normal e, também, do momento de flexão em torno doeixo mais fraco. Nesse caso, tem-se:

Et = �E, em que, � = min

(1.0

(1 + 2p)[1 −

(p + ˇmy

)])(7)

com:

p = max (P/Py, (0.5 − ˇmy)/2 e my = MyMPy

(8)

Nas equac ões anteriores o termo � é um valor empírico, queem análises inelásticas de segunda ordem é considerado igual a0,65 para a flexão em torno do eixo de menor inércia, como propõeZiemian e McGuire [5]. Na equac ão (8) My e MPy são o momentofletor atuante e o momento plástico, ambos em relac ão ao eixo demenor inércia.

2.3. Tensões residuais

Conforme mencionado na sec ão anterior, os efeitos causadospelas tensões residuais são considerados de maneira implícita nocálculo do módulo de elasticidade tangente. Porém, essas ten-sões também podem ser expressas de forma explícita, seguindorecomendac ões normativas. O European Convention for Construc-tion Steelwork [15], por exemplo, considera uma variac ão linear datensão residual na sec ão transversal do perfil, como apresentadona figura 2a, e que seu valor máximo depende da razão entre aaltura e a largura da sec ão. Vale destacar que este trabalho segueas recomendac ões de [15], porém, considera que os valores máxi-mos da tensão residual obedec am as relac ões fr/fy = 0,5 (D/Bf ≤ 1,2)e fr/fy = 0,3 (D/Bf > 1,2), em que fr é a tensão residual e fy é a tensãode escoamento [3]. Como será mostrado adiante, a tensão residualafetará a determinac ão do momento de início de escoamento dasec ão Mer. A norma AISC [8], por sua vez, recomenda que a ten-são residual de compressão nas mesas seja tomada igual a 30% datensão de escoamento do ac o utilizado.

2.4. Efeitos de segunda ordem

Quando ocorrem grandes deslocamentos, a deflexão lateral deum membro pode levar ao aparecimento de momentos fletoresadicionais devido à presenc a de esforc o normal, que dão origemaos efeitos de segunda ordem. No presente trabalho, para simular

ento inelástico de colunas e pórticos metálicos com flexão em ing. 2015. http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2014.07.002

esses efeitos utilizam-se equac ões desacopladas de rigidez oriun-das da formulac ão geometricamente não linear proposta por Yange Kuo [16]. A utilizac ão dessas equac ões será mostrada na sec ãoseguinte.

ARTICLE IN PRESSG ModelRIMNI-129; No. of Pages 9

4 G.A. Gonc alves et al. / Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 2015;xxx(xx):xxx–xxx

D

Bf

0.5

0.5

0.5

+

0.5

0.5

0.5+_ _

__

+

_

0.30.3

0.30.3

0.3

0.3

__

_

++

+

+

+

1.2Bf0.5 para D= ≤fyfr1.2Bf0.3 para D >=fyfr

a

b

i j P, δ

Mj, θ jMi, θ i ψi ψj

Fb

3

taiap

3

e

perea

3

brdprpp

S

My /Mpy

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

P/P

y

McGuire et al. [13]

BS 5950 [9] (W200x46)

ASCE [12]

fr/fy = 0,5

Superfícies de resistência(Mpr/Mp)

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

(Mer/Mp)

Superfície de Iníciode escoamento

igura 2. a) Distribuic ão das tensões residuais nos perfis recomendada pelo ECCS;) forc as e deslocamentos nodais do elemento finito no sistema corrotacional.

. Modelagem numérica

As análises estruturais realizadas neste trabalho foram fei-as através do sistema computacional CS-ASA [11]. Para atenderos objetivos propostos, o código foi expandido com novasmplementac ões e possibilidades de análise estrutural. Nesta sec ãopresenta-se a modelagem numérica para análise inelástica e asrincipais intervenc ões propostas nesta pesquisa.

.1. Hipóteses assumidas

As seguintes hipóteses são consideradas na modelagem dasstruturas:

todos elementos são inicialmente retos e prismáticos, e suassec ões transversais permanecem planas após a deformac ão;os perfis são compactos de forma que a sec ão possa desenvol-ver capacidade total de rotac ão plástica sem que haja flambagemlocal;grandes deslocamentos e rotac ões de corpo rígido são permiti-dos;encurtamento axial devido à curvatura oriunda de flexão nomembro é desprezado;os efeitos de deformac ão por cortante serão desprezados.

Utiliza-se o elemento finito de pórtico plano delimitado pelosontos nodais i e j, com molas fictícias nas extremidades. Esselemento é apresentado na figura 2b considerando o sistema cor-otacional. Nessa mesma figura pode ser visto o parâmetro �, questá associado com o nível de plastificac ão nos nós e será detalhado

seguir.

.1.1. Formulac ão inelásticaAssume-se que o desenvolvimento da plasticidade nos mem-

ros estruturais seja simulado através de uma pseudomola comigidez rotacional variável. Para acompanhar a degradac ão da rigi-ez da sec ão transversal nos pontos nodais do elemento utiliza-se oarâmetro �, que assume valor unitário quando o elemento está noegime elástico e se anula quando ocorre a formac ão de uma rótulalástica. Considerando esse parâmetro, a rigidez da mola denotada

Como citar este artigo: G.A. Gonc alves, et al. Avaliac ão do comportamtorno do eixo de menor inércia, Rev. int. métodos numér. cálc. diseño

or Ss é expressa como:

s = 6EIL

1 − (9)

Figura 3. Superfícies de início de escoamento e de resistência plástica.

em que E é modulo de elasticidade, I é o momento de inércia e L écomprimento do elemento de viga-coluna.

A expressão usada para definir � é [3]:

=∣∣Mpr − M

∣∣∣∣Mpr − M∣∣ +

∣∣M − Mer∣∣ (10)

sendo Mer o momento de início de escoamento e Mpr o momentode plastificacão. O momento de início de escoamento é dado por:

Mer =(fy − fr − P/A

)W (11)

no qual fy é a tensão de escoamento, fr é a tensão residual, A é aárea da sec ão e W é o módulo elástico da sec ão. A tensão residual, fr,deve ser adotada seguindo recomendac ões normativas, conformefoi descrito na subsec ão 2.3.

O momento de plastificac ão é definido conforme a escolha dasuperfície de resistência a ser utilizada. As superfícies adotadasneste trabalho foram detalhadas na subsec ão 2.1 e são ilustradasem conjunto com a superfície de início de escoamento na figura 3.

Para o elemento ilustrado na figura 2b, a relac ão forc a--deslocamento é expressa por:⎧⎨⎩

�P

�Msi

�Msj

⎫⎬⎭ =

⎡⎢⎣EA/L 0 0

0 Ssi − S2si

(kjj + Ssj)/ (SsiSsjkij)/ˇ

0 (SsiSsjkji)/ Ssj − S2sj

(kii + Ssi)/ˇ

⎤⎥⎦

⎧⎨⎩�ı

��si

⎫⎬⎭ ou �fc = Kc�uc (12)

ento inelástico de colunas e pórticos metálicos com flexão em ing. 2015. http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2014.07.002

��sj

sendo = (Ssi + kii)(Ssj + kjj) − kjikij. Os subscritos i e j são relacio-nados às extremidades do elemento e o subscrito c indica o sistema

ARTICLE IN PRESSG ModelRIMNI-129; No. of Pages 9

G.A. Gonc alves et al. / Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 2015;xxx(xx):xxx–xxx 5

Tabela 1Parâmetros da eq. (16)

Rótula plástica Parâmetros

C1 C2 �1 �2

Extremidade i 0 1 �Mpr(i) �Mpr(i) (kc(3,2)/kc(2,2))Extremidade j 1 0 �Mpr(j) (kc(2,3)/ kc(3,3)) �Mpr(j)

dpnm

d

k

snimieroe

E

ce

k

k

tocspv⎧⎨⎩

nkncda

M

Tabela 2Notac ão adotada para o módulo de elasticidade tangente

Notac ão Descric ão/Equac ão

Et0 Módulo de elasticidade EE AISC [8] e CRC [14]: equac ões (5) e (6)

figura 4b. Os valores obtidos para a carga horizontal de colapso

Extremidades i e j 0 0 �Mpr(i) �Mpr(j)

e coordenadas utilizado; A é a área da sec ão transversal; L é o com-rimento do elemento; �P e �M são, respectivamente, o esforc oormal e o momento fletor incrementais; �� e �� são os incre-entos de deformac ão axial e rotac ão nodais.Os termos kii, kij, kji e kjj são responsáveis por simular os efeitos

e segunda ordem que, neste trabalho, são definidos como [16]:

ii = kjj = 4EtIL

+ 2PL15

e kij = kji =2EtIL

− PL

30(13)

endo I o momento de inércia. Para atender o objetivo propostoeste trabalho foram utilizadas as equac ões para o módulo tangente

ndicadas por Ziemian e McGuire [5], que dependem do esforc o nor-al e também do momento de flexão em torno do eixo de menor

nércia. Como o momento é avaliado nas extremidades i e j dolemento finito (figura 2b), os termos provenientes da matriz deigidez elástica na equac ão (13) são recalculados considerando que

módulo tangente varia linearmente ao longo do comprimento dolemento finito, ou seja:

t (x) =[(

1 − x

L

)Et,i + Et,j

x

L

](14)

om Et,i e Et,j representando o módulo tangente modificado nasxtremidades i e j, respectivamente.

Usando func ões de interpolac ão apropriadas, os coeficientes kii,

ij, kji e kjj tornam-se:

ii =(

3Et,i + Et,j)I

L+ 2PL

15; kij = kji =

(Et,i + Et,j

)I

L− PL

30;

kjj =(Et,i + 3Et,j

)I

L+ 2PL

15(15)

A equac ão (12) é válida até as forc as internas atingirem a resis-ência plástica da sec ão. Daí em diante, com a sec ão já plastificada,

aumento de esforc o normal, por exemplo, faz com que a resistên-ia da sec ão se torne menor que as forc as que nela atuam. Assimendo, uma alterac ão na relac ão forc a-deslocamento é necessáriaara que as equac ões de resistência plástica da sec ão não sejamioladas. Essa alterac ão é escrita como:

�P

�Mi

�Mj

⎫⎬⎭ =

⎡⎣ EA/L 0 0

0 C1K22 0

0 0 C2K33

⎤⎦

⎧⎨⎩�ı

��i

��j

⎫⎬⎭

+

⎧⎨⎩

0

�1

�2

⎫⎬⎭ ou �fc = Kch�uc + �fps (16)

a qual K22 = kc(2,2) − kc(2,3)kc(3,2)/kc(3,3) e K33 = kc(3,3) − kc(2,3)kc(3,2)/c(2,2), sendo kc(m,n) o termo correspondente à linha m e à coluna

na matriz de rigidez Kc (equac ão 12). O vetor �fps é o vetor deorrec ão dos esforc os internos e os coeficientes C1, C2, �1 e �2 são

Como citar este artigo: G.A. Gonc alves, et al. Avaliac ão do comportamtorno do eixo de menor inércia, Rev. int. métodos numér. cálc. diseño

efinidos na tabela 1 de acordo com a extremidade onde se forma rótula plástica.

Na tabela 1 �Mpr indica a reduc ão necessária no momento fletor, para que o mesmo retorne à superfície de resistência, mantendo

t1

Et2 CRC [14]: equac ão (6)Et3 Ziemian e McGuire [5]: equac ões (7) e (8)

o esforc o normal P fixo. A transformac ão das equac ões (12) e (16)para o sistema global de coordenadas é detalhada em Silva [11].

4. Soluc ão numérica

No contexto do método dos elementos finitos, a condic ão deequilíbrio dos problemas estruturais inelásticos estudados nestetrabalho pode ser expressa como:

Fi(U, P, ) ∼= �Fr (17)

em que Fi refere-se ao vetor de forc as internas, que é uma func ãonão linear dos deslocamentos nodais U, e também depende dosesforc os normais nos membros, P, e do parâmetro que controla aplastificac ão da sec ão, �. O lado direito caracteriza o vetor de forc asexternas, no qual � é o parâmetro de carga e Fr é o vetor deforc as externas de referência.

A soluc ão da equac ão (17) é obtida neste trabalho através deum processo incremental e iterativo. Esse processo é organizadoem 2 etapas fundamentais: primeiramente, a partir da últimaconfigurac ão de equilíbrio da estrutura, monta-se a matriz de rigi-dez tangente K e seleciona-se o incremento inicial de carga ��0,onde se procura satisfazer alguma equac ão de restric ão imposta aoproblema. Com o valor de ��0, determina-se o incremento inicialdos deslocamentos nodais, �U0. Os valores de ��0 e �U0 carac-terizam a chamada soluc ão predita que, a princípio, não satisfaz aequac ão (17), pois Fi é uma func ão não linear dos deslocamentos.Por isso, numa segunda etapa, é feita a correc ão dessa soluc ão pre-dita através do processo iterativo de Newton-Raphson acoplado àstécnicas de continuac ão, como o comprimento de arco [17].

5. Exemplos numéricos

Nesta sec ão avalia-se a eficácia das estratégias numéricas ado-tadas na análise inelástica de colunas e pórticos de ac o com flexãoem torno do eixo de menor inércia. Para facilitar a apresentac ãodos resultados, usa-se a notac ão simplificada indicada na tabela 2para se referir aos diferentes modelos que descrevem a variac ãodo módulo de elasticidade tangente com as forc as internas. Ouso do módulo de elasticidade constante é possível, e também estáindicado.

5.1 Coluna engastada-livre

Seja a coluna engastada-livre submetida a uma carga verticalpermanente P e uma carga horizontal variável H aplicada no planoda sec ão transversal, perpendicularmente ao eixo de menor inércia,conforme ilustra a figura 4a. Esse exemplo também foi analisado porZubydan [6] para validar suas formulac ões numéricas.

Investigou-se o comportamento da coluna para 3 níveis docarregamento permanente P: 20%, 40% e 60% da carga axial de esco-amento, Py. Controlando o deslocamento horizontal u no topo dacoluna foram obtidas as trajetórias de equilíbrio apresentadas na

ento inelástico de colunas e pórticos metálicos com flexão em ing. 2015. http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2014.07.002

são sumarizados na tabela 3 para os diferentes modelos de módulotangente e níveis de carregamento.

Para validar os resultados encontrados são empregadas soluc õesobtidas por Zubydan [6], que utilizou o método da zona plástica.As

ARTICLE IN PRESSG ModelRIMNI-129; No. of Pages 9

6 G.A. Gonc alves et al. / Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 2015;xxx(xx):xxx–xxx

P

H

3 m

Perfil W12 x 106E = 200000 MPa

fy = 275 MPa

a b

0 0,04 0,0 8 0,12 0,16Desloca mento ho rizon tal u (m )

0

20

40

60

80

100

Car

gaLa

tera

lH(k

N)

Zubidan [6]Et0Et1Et2Et3

P/Py = 0,2

P/Py = 0,4

P/Py = 0,6 PresenteTrabalho

PH

u

Figura 4. a) Coluna engastada-livre; b) trajetórias de equilíbrio para a coluna engastada-livre.

Tabela 3Valores obtidos para a carga horizontal de colapso H

Módulo de elasticidade tangente Carga de colapso H (kN)

P/Py = 0,2 P/Py = 0,4 P/Py = 0,6

Et0 88,50 61,44 29,72Et1 88,50 61,44 28,18

tvtpv

temdfrcd

5

amtnvae[

ofp

Deslocamento horizontal u (m)

0

20

40

60

80

100

Car

gaLa

tera

lH(k

N)

Zubidan [6]: zona plásticaMcGuire et al. [13]BS-5950 [9]ASCE [12]

P/Py = 0,6

Presente trabalho

P

H

u

0 0,04 0,08 0,12 0,16

P/Py = 0,4

P/Py = 0,2

Et2 88,50 61,44 28,18Et3 81,88 41,97 9,69

ensões residuais foram estabelecidas seguindo o modelo deariac ão recomendado pelo European Convention for Construc-ion Steelwork (ECCS) [15]. A superfície de resistência propostaor McGuire et al. [13] foi escolhida e os resultados foram obtidosariando o modelo representativo do módulo tangente.

Analisando as trajetórias encontradas e os valores obtidos naabela 3, pode-se concluir que o módulo tangente Et3 é o maisficaz na previsão da carga limite. Os outros modelos superesti-am a carga limite, principalmente para os valores mais elevados

a relac ão P/Py. Sendo assim, mantendo o módulo tangente Et3oi feita outra análise variando-se as superfícies de resistência. Osesultados obtidos estão representados na figura 5. Como pode seronstatado, os resultados são bem próximos para as 3 superfíciese resistência estudadas.

.2 Coluna biapoiada

Neste exemplo avalia-se uma coluna biapoiada com uma cargaxial permanente P e momento fletor variável atuando nas 2 extre-idades, conforme ilustra a figura 6a. A flexão da coluna ocorre em

orno do eixo de menor inércia. Dez elementos finitos são usadosa discretizac ão da coluna. Os dados do material e da sec ão trans-ersal também são mostrados na figura 6a. Nas análises, utiliza-se

superfície de resistência recomendada pela norma BS 5950 [9] é adotada a variac ão linear da tensão residual indicada no ECCS15].

Como citar este artigo: G.A. Gonc alves, et al. Avaliac ão do comportamtorno do eixo de menor inércia, Rev. int. métodos numér. cálc. diseño

As curvas de interac ão entre momento fletor e esforc o normalbtidas para essa coluna são ilustradas na figura 6b. O estudo foieito considerando o parâmetro de esbeltez L/ry (sendo L o com-rimento da coluna e ry o raio de girac ão) igual a 40, 80 e 120.

Figura 5. Trajetórias de equilíbrio para diferentes superfícies de resistência.

São feitas análises adotando os módulos tangentes Et1 e Et3. Com afinalidade de validar os resultados, empregam-se soluc ões analíti-cas desenvolvidas por Kanchanalai e Lu [10] e soluc ões numéricasindicadas por Zubidan [6]. Observa-se que, para L/ry = 120, ao seutilizar o módulo tangente Et1, obtém-se uma curva de interac ãoquase coincidente com a soluc ão analítica. Porém, para parâme-

ento inelástico de colunas e pórticos metálicos com flexão em ing. 2015. http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2014.07.002

tros de esbeltez menores, a resistência da coluna é superestimada.Por sua vez, o módulo tangente Et3, em todas as situac ões, fornececurvas conservadoras em relac ão à soluc ão analítica, e mais exatas

ARTICLE IN PRESSG ModelRIMNI-129; No. of Pages 9

G.A. Gonc alves et al. / Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 2015;xxx(xx):xxx–xxx 7

a bP

L

M

M

P

M/Mp

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

P/P

y

Kanchanalai e Lu [10]: solução analíticaZubidan [6]: zona plásticaEt1Et3

L/ry = 40

Presente trabalhoP

M

M

P

Perfil UC 305 x 305 x 158E = 200000 MPafy = 275 MPa

L/ry = 80

L/ry = 120

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Figura 6. a) Coluna biapoiada; b) curvas de interac ão da coluna biapoiada com momento nas 2 extremidades.

E = 200000 MPa

fy = 345 MPa

W24x55

W 6

x9

W8x

40

Vigas: flexão em torno do eixode maior inércia

Colunas: flexão em torno do eixode menor inércia

W 1

4x90

W30x99

W36x160

W 1

4x90

W14

x90

W8x

2471,45λ KN/m

6,10 m

4,57 m

W30x995

153,13λ KN/m

qm

5

Zzdoit

n-oNspmc

dvcmq

Δt (cm)

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

Fat

or d

e ca

rga

(λ)

NIFA (Clarke [1]): zona plástica

Et0

Et1

Et2

Et3Δt

Presente trabalho

–10 –8 –6 –4 –2 0

Figura 8. Trajetórias de equilíbrio do pórtico de 2 andares.

Tabela 4Fator de carga limite (�lim)

Módulo �lim

Et0 0,981Et1 0,981Et2 0,981

14,63 m6,10 m

Figura 7. Pórtico de 2 andares: geometria e carregamento.

uando comparadas à soluc ão obtida por Zubidan [6], que usou oétodo da zona plástica.

.3 Pórtico de 2 andares

O pórtico de 2 andares mostrado na figura 7 foi analisado poriemian e Miller [18] através dos métodos da rótula plástica eona plástica. O pórtico está submetido a cargas uniformementeistribuídas que atuam nas vigas. Informac ões sobre a geometria,

material e os perfis utilizados também são fornecidos na figurandicada. Adotaram-se 4 elementos finitos em cada membro estru-ural.

Na figura 8 é mostrada a variac ão do deslocamento horizontal �to topo da terceira coluna à direita com o carregamento. Adotou-se a superfície da norma BS 5950 [9]. A comparac ão é feita coms resultados obtidos por Ziemian e Miller [18] com o programaIFA [1]. Ressalta-se, mais uma vez, a eficiência do módulo Et3 na

imulac ão do comportamento inelástico do pórtico de 2 andares,roduzindo resultados bastante próximos daqueles obtidos com oétodo da zona plástica. O fator de carga limite encontrado em

ada caso analisado é apresentado na tabela 4.Utilizando o módulo tangente Et3 também se obteve a variac ão

as forc as internas (esforc o normal e momento fletor) desenvol-

Como citar este artigo: G.A. Gonc alves, et al. Avaliac ão do comportamtorno do eixo de menor inércia, Rev. int. métodos numér. cálc. diseño

idas nas sec ões transversais da estrutura durante o processo dearregamento, como ilustra a figura 9. As sec ões escolhidas sãoostradas nessa mesma figura. Analisando os resultados, nota-se

ue na sec ão a (viga) apenas o momento fletor é predominante.

Et3 0,868Zona plástica [1] 0,860

Na sec ão b (coluna) tanto o momento fletor quanto o esforc o

ento inelástico de colunas e pórticos metálicos com flexão em ing. 2015. http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2014.07.002

normal contribuem, evidentemente, para o desenvolvimento daplastificac ão. Em ambos os casos não há a formac ão da rótula plás-tica.

ARTICLE IN PRESSG ModelRIMNI-129; No. of Pages 9

8 G.A. Gonc alves et al. / Rev. int. métodos numér. cálc. diseño ing. 2015;xxx(xx):xxx–xxx

a

Seção a

10,80,60,40,20

Mx/Mpx

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

P/P

y

Superfície de resistênciaBS 5950 (Perfil W24 x 55)

seção a

ab

Seção b

10,80,60,40,20

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

P/P

y

Superfície de resistênciaBS 5950 (Perfil W8 x 24 )

seção b

b

My/Mpy

Superfície deinício de escoamento

Superfície deinício de escoamento

Figura 9. Distribuic ão de forc as internas nas sec ões a e b do pórtico.

5 m

5 m

8 x (5 m) = 40 m

A

B C

DE F

GH

I

20λ KN

20λ KN

20λ KN

20λ KN

20λ KN

20λ KN

20λ KN

5

-ceTmdt

m

TP

δ0

δ0 δ0

δ0

δ0 δ0

δ0

δ0

δ0

δ0/L = 1/1000

20λ KN

20λ KN20λ KN

20λ KN

20λ KN20λ KN

20λ KN

Figura 10. Pórtico trelic ado: geometria e carregamento.

.4 Pórtico trelic ado

O último problema a ser analisado é ilustrado na figura 10. Trata-se de um pórtico trelic ado que será referido, aqui, simplesmenteomo trelic a, embora os nós sejam rígidos. O carregamento aplicado

a geometria da estrutura também são mostrados na figura 10.odos os membros da trelic a estão orientados na direc ão do eixo deenor inércia. Os perfis que a compõem, bem como a tensão

e escoamento em cada um dos membros, são informados na

Como citar este artigo: G.A. Gonc alves, et al. Avaliac ão do comportamtorno do eixo de menor inércia, Rev. int. métodos numér. cálc. diseño

abela 5. Assume-se o módulo de elasticidade igual a 200.000 MPa.Seguindo o estudo feito por Clarke [1] avalia-se a trelic a geo-

etricamente imperfeita com tensões residuais. A definic ão da

abela 5ropriedades dos membros estruturais da trelic a

Membro Perfil Tensão de escoamento

A e D 250 UC 72,9 250 MPaB e C 200 UC 52,2 250 MPaE, F e H 100 UC 14,8 260 MPaG e I 150 UC 23,4 260 MPa

Figura 11. Pórtico trelic ado com imperfeic ões geométricas iniciais.

geometria imperfeita desse sistema estrutural trelic ado segue omodelo proposto por Clark [1], em que é assumida uma flechamáxima �0 = L/1.000 no centro de cada membro estrutural, comoilustra a figura 11. Destaca-se, entretanto, que essa definic ão deimperfeic ão localizada de cada barra não corresponde o modocrítico de flambagem do sistema estrutural em estudo. Deve--se também esclarecer que a representac ão das imperfeic ões nafigura 11 está exagerada para facilitar a sua visualizac ão. Adota-sea curva de resistência da norma BS 5950 [9] e as tensões residuaisseguindo a variac ão linear recomendada pelo ECCS [15], citada nasubsec ão 2.3. As trajetórias de equilíbrio encontradas são obtidascontrolando o deslocamento vertical v do nó central inferior, comomostra a figura 12.

Observa-se que, para fatores de carga inferiores à unidade, astrajetórias obtidas com os 4 modelos do módulo tangente coin-cidem e estão próximas da curva encontrada por Clarke [1]. Paravalores superiores, o resultado obtido com o módulo Et3 comec a

ento inelástico de colunas e pórticos metálicos com flexão em ing. 2015. http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2014.07.002

a divergir, fornecendo um fator de carga mais conservador. Aliás,como os módulos tangentes Et0, Et1 e Et2 forneceram curvas idênti-cas, conclui-se que não houve variac ão do módulo de elasticidade

ARTICLE ING ModelRIMNI-129; No. of Pages 9

G.A. Gonc alves et al. / Rev. int. métodos numér

806040200Deslocamento vertical, v (mm)

0

0,5

1

1,5

2

2.5F

ator

de

carg

a (λ)

NIFA (Clarke [1]): zona plástica (λlim = 1,93)

Presente trabalho

20λ KN

20λ KN20λ KN

20λ KN

20λ KN20λ KN

20λ KN

v

Et0 (λlim = 1,90)

Et1 (λlim = 1,90)

Et2 (λlim = 1,90)

Et3 (λ lim= 1,77 )

Figura 12. Trajetórias de equilíbrio do pórtico trelic ado.

79

88

4398

76

77

80

43

86

78

33 324 1 10 1 1 4

98

1

no

dOàpp

p

spodip

6

qe

[

[

[

[

[

[

[

[17] M. Ritto-Correa, D. Camotim, On the arc-length and other quadratic control

Figura 13. Plastificac ão da sec ão transversal.

essas análises. Assim, creditam-se os bons resultados obtidos coms mesmos à considerac ão explícita das tensões residuais.

Para concluir, avaliou-se o grau de plastificac ão dos membrosa estrutura no instante de colapso, como ilustrado na figura 13.

grau de plastificac ão estabelece uma informac ão útil referente localizac ão de sec ões críticas ou regiões com alto grau delastificac ão nos sistemas estruturais [11]. Esse índice é calculadoela seguinte relac ão:

(%) = 100

(M − MerMpr − Mer

), para Mer≥M≥Mpr (18)

endo Mer o momento de início de escoamento e Mpr o momentolástico reduzido, já explicados na subsec ão 3.2. Na figura 13,bserva-se que a trelic a imperfeita atinge a carga crítica sem oesenvolvimento de rótulas plásticas. Porém, há sec ões que são

ndicadas nos círculos hachurados que apresentam alto índice delastificac ão.

. Conclusões

Como citar este artigo: G.A. Gonc alves, et al. Avaliac ão do comportamtorno do eixo de menor inércia, Rev. int. métodos numér. cálc. diseño

No presente trabalho foram apresentadas metodologiasue permitem a modelagem do comportamento inelástico destruturas de ac o, com destaque para situac ões onde ocorre a

[

PRESS. cálc. diseño ing. 2015;xxx(xx):xxx–xxx 9

flexão do membro em torno do eixo de menor inércia. Os efei-tos de segunda ordem e das tensões residuais também foramconsiderados.

Após a análise das estruturas aqui apresentadas, conclui-se quea utilizac ão de superfícies de resistência específicas para represen-tar o estado limite da sec ão transversal [9,12,13], em combinac ãocom o módulo tangente proposto por Ziemian e McGuire [5](equac ão 7), é eficiente e necessária. Essa afirmac ão se justifica,pois, em geral, os resultados obtidos estiveram em concordânciacom as soluc ões analíticas ou numéricas encontradas na literatura.

Os bons resultados obtidos com o módulo tangente supraci-tado [5], que varia com a forc a normal e momento fletor em tornodo eixo de menor inércia, ficaram evidentes através da análisedas trajetórias de equilíbrio e curvas de interac ão das estruturasinvestigadas. Houve uma melhoria considerável na precisão dosresultados em relac ão às análises feitas com outros modelos paraesse módulo, que em geral superestimaram a carga crítica da estru-tura.

Por fim, o êxito nos resultados obtidos garante a possibilidadede se realizar uma análise inelástica confiável e realística seguindoos procedimentos numéricos propostos.

Agradecimentos

Os autores agradecem às agências de fomento CNPq, CAPESe FAPEMIG (estado de Minas Gerais) o apoio recebido para arealizac ão deste trabalho.

Bibliografia

[1] M.J. Clarke, Plastic zone analysis of frames, in: W.F. Chen, S. Toma (Eds.), Advan-ced analysis of steel frames: Theory, software, and applications, CRC Press, BocaRaton, 1994, pp. 259–319.

[2] A.R. Alvarenga, As Ligac ões Semirrígidas na Análise Avanc ada com Zona Plásticade Portais Planos de Ac o, Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduac ão emEngenharia Civil, Deciv/EM/UFOP, Ouro Preto, MG, Brasil, 2010.

[3] S.L. Chan, P.P.T. Chui, Non-linear Static and Cyclic Analysis of Steel Frames withSemi-Rigid Connections, Elsevier, Oxford, 2000.

[4] J.Y.R. Liew, D.W. White, W.F. Chen, Second-order refined plastic hinge analysisfor frame design: Part 1, J. Struct. Div. 119 (11) (1993) 3196–3216.

[5] R.D. Ziemian, W. McGuire, Modified tangent modulus approach, a contributionto plastic hinge analysis, ASCE, J. Struct. Eng. 128 (10) (2002) 1301–1307.

[6] H.A. Zubydan, Inelastic second order analysis of steel frame elements flexedabout minor axis, Eng. Struct. 33 (2011) 1240–1250.

[7] W.F. Chen, S.E. Kim, LRFD Steel Design using Advanced Analysis, CRC Press, BocaRaton Flórida, 1997.

[8] AISC, Specification for Structural Steel Buildings. Chicago, 2005.[9] BS 5950, Structural Use of Steelwork in Buildings — Part 1: Code of practice

for design — Rolled and welded sections. British Standards Institution, London,England, 2000.

10] T. Kanchanalai, L.W. Lu, Analysis and design of framed columns under minoraxis bending, AISC Eng. J. 16 (2) (1979) 29–41.

11] A.R.D. Silva, Sistema Computacional para a Análise Avanc ada Estática e Dinâ-mica de Estruturas Metálicas, Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduac ãoem Engenharia Civil, Deciv/EM/UFOP, Ouro Preto, MG, Brasil, 2009.

12] ASCE, Plastic Design in Steel, A Guide and Commentary. ASCE Manual No. 41New York, 1971.

13] W. McGuire, R.H. Gallagher, R.D. Ziemian, Matrix structural analysis, 2nd Ed.,Wiley, New York, 2000.

14] T.V. Galambos, Guide to stability design criteria for metal structures, in: Struc-tural Stability Research Council, 4th edn., John Wiley & Sons, Inc, New York,1998.

15] ECCS, Ultimate Limit State Calculation of Sway Frames with Rigid Joints, Pub.no. 33, European Convention for Constructional Steelwork, 1983.

16] Y.B. Yang, S.B. Kuo, Theory & analysis of nonlinear framed structures, PrenticeHall, 1994.

ento inelástico de colunas e pórticos metálicos com flexão em ing. 2015. http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2014.07.002

methods: Established, less known and new implementation procedures, Com-put. Struct. 86 (2008) 1353–1368.

18] R.D. Ziemian, A.R. Miller, Inelastic analysis and design: Frames with membersin minor-axis bending, ASCE J. Struct. Eng. 123 (2) (1997) 151–156.