DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO - Supremo Tribunal Federal

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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N°: 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro de 2009 Publicação: sexta-feira, 06 de novembro de 2009 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Praça dos Três Poderes Brasília - DF CEP: 70175-900 Telefone: (61) 3217-3000 www.stf.jus.br Ministro Gilmar Mendes Presidente Ministro Cezar Peluso Vice-Presidente Alcides Diniz da Silva Diretor-Geral ©2009 PRESIDÊNCIA RESOLUÇÃO Nº 418, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2009 Altera os artigos 12 e 16 e acresce o art. 14-A à Resolução nº 400, de 29 de maio de 2009. O PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, nos termos do art. 363, inciso I, do Regimento Interno, e tendo em vista o contido no Processo nº 336.496/2009, R E S O L V E: Art. 1º Os artigos 12 e 16 da Resolução nº 400, de 29 de maio de 2009, passam a vigorar com a seguinte redação: Art. 12. O estágio terá duração de até cento e oitenta dias. § 1º O estágio com duração inferior a cento e oitenta dias poderá ser prorrogado até atingir o prazo previsto no caput. § 2º A prorrogação de que trata o § 1º deverá ser requerida à SRH pela unidade em que o estagiário atuar. ................................................................................................................ ....... Art. 16. Ao estagiário, oriundo dos países do MERCOSUL e Associados, aplicam-se, ainda, os Acordos de Cooperação firmados entre as Cortes Supremas de Justiça, bem como entre o Supremo Tribunal Federal e a Fundação Universidade de Brasília.” Art. 2º A Resolução nº 400, de 29 de maio de 2009, passa a vigorar com o seguinte acréscimo: Art. 14-A. O desligamento do estagiário ocorre: I – ao término do prazo de validade do estágio; II – por interesse e conveniência do Tribunal; III – a pedido do estagiário; IV – por abandono, caracterizado pela ausência não justificada durante três dias consecutivos ou cinco intercalados, no período de um mês; V – por descumprimento, pelo estagiário, de qualquer cláusula do Termo de Compromisso; VI – por conduta incompatível com a exigida pelo Tribunal. Parágrafo único. Não poderá ser concedido novo estágio a estudante que tenha sido desligado por um dos motivos enumerados nos incisos IV, V e VI.” Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Ministro GILMAR MENDES DISTRIBUIÇÃO Ata da Ducentésima Décima Segunda Distribuição realizada em 29 de outubro de 2009. Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados: AGRAVO DE INSTRUMENTO 675.174 (1) ORIGEM :AC - 2262714900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL PROCED. : SÃO PAULO RELATOR :MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : PAULO SALIM MALUF ADV.(A/S) :PAULO GUILHERME DE MENDONÇA LOPES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :FERNÃO LARA MESQUITA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ALEXANDRE LESSMANN BUTTAZZI E OUTRO(A/S) REDISTRIBUÍDO AGRAVO DE INSTRUMENTO 676.140 (2) ORIGEM : AC - 199961000119723 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL PROCED. : SÃO PAULO RELATOR :MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS ADV.(A/S) :MARIA NEUZA DE SOUZA PEREIRA AGDO.(A/S) : HANS DIETER GRANDBERG ADV.(A/S) :BENEDITO PEREIRA DA SILVA AGRAVO DE INSTRUMENTO 695.806 (3) ORIGEM : AMS - 200551010047781 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR :MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : MANOEL SOARES DE PAZ ADV.(A/S) : ILANA FRIED BENJÓ E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.858 (4) ORIGEM : MS - 20080046866 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL PROCED. : RIO GRANDE DO NORTE RELATOR :MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE ADV.(A/S) :PGE-RN - CÁSSIO CARVALHO CORREIA DE ANDRADE AGDO.(A/S) :ALINY ASPÁZIA AVELINO CORTEZ DANTAS AGDO.(A/S) : ISABELLE WANDERLEY RODRIGUES AGDO.(A/S) : INALDA DAS NEVES NOGUEIRA BRANDÃO AGDO.(A/S) : MÁRCIA DOS SANTOS DAMASCENO AGDO.(A/S) : MÁRCIA RÚBIA CALDAS DE OLIVEIRA ADV.(A/S) : GONÇALO BRANDÃO DE SOUSA AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.639 (5) ORIGEM : MS - 20080063831 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL PROCED. : RIO GRANDE DO NORTE RELATOR :MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE ADV.(A/S) :PGE-RN - LUIS MARCELO CAVALCANTI DE SOUSA AGDO.(A/S) :JOÃO GUTENBERG SILVA TOSCANO ADV.(A/S) :DANIEL MONTEIRO DA SILVA AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.767 (6) ORIGEM :AC - 1134722000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL PROCED. : SÃO PAULO RELATOR :MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : WALTER ZECHMEISTER ADV.(A/S) : JÚLIO FLÁVIO PIPOLO E OUTRO(A/S) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICOREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

N°: 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro de 2009 Publicação: sexta-feira, 06 de novembro de 2009

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Praça dos Três PoderesBrasília - DF

CEP: 70175-900Telefone: (61) 3217-3000

www.stf.jus.br

Ministro Gilmar MendesPresidente

Ministro Cezar PelusoVice-Presidente

Alcides Diniz da SilvaDiretor-Geral

©2009

PRESIDÊNCIA

RESOLUÇÃO Nº 418, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2009

Altera os artigos 12 e 16 e acresce o art. 14-A à Resolução nº 400, de 29 de maio de 2009.

O PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, nos termos do art. 363, inciso I, do Regimento Interno, e tendo em vista o contido no Processo nº 336.496/2009,

R E S O L V E:

Art. 1º Os artigos 12 e 16 da Resolução nº 400, de 29 de maio de 2009, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 12. O estágio terá duração de até cento e oitenta dias.§ 1º O estágio com duração inferior a cento e oitenta dias poderá ser

prorrogado até atingir o prazo previsto no caput.§ 2º A prorrogação de que trata o § 1º deverá ser requerida à SRH

pela unidade em que o estagiário atuar.................................................................................................................

.......Art. 16. Ao estagiário, oriundo dos países do MERCOSUL e

Associados, aplicam-se, ainda, os Acordos de Cooperação firmados entre as Cortes Supremas de Justiça, bem como entre o Supremo Tribunal Federal e a Fundação Universidade de Brasília.”

Art. 2º A Resolução nº 400, de 29 de maio de 2009, passa a vigorar com o seguinte acréscimo:

“Art. 14-A. O desligamento do estagiário ocorre:I – ao término do prazo de validade do estágio;II – por interesse e conveniência do Tribunal;III – a pedido do estagiário;IV – por abandono, caracterizado pela ausência não justificada

durante três dias consecutivos ou cinco intercalados, no período de um mês;V – por descumprimento, pelo estagiário, de qualquer cláusula do

Termo de Compromisso;VI – por conduta incompatível com a exigida pelo Tribunal.Parágrafo único. Não poderá ser concedido novo estágio a estudante

que tenha sido desligado por um dos motivos enumerados nos incisos IV, V e VI.”

Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Ministro GILMAR MENDES

DISTRIBUIÇÃO

Ata da Ducentésima Décima Segunda Distribuição realizada em 29 de outubro de 2009.

Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados:

AGRAVO DE INSTRUMENTO 675.174 (1)ORIGEM : AC - 2262714900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : PAULO SALIM MALUFADV.(A/S) : PAULO GUILHERME DE MENDONÇA LOPES E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : FERNÃO LARA MESQUITA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALEXANDRE LESSMANN BUTTAZZI E OUTRO(A/S)

REDISTRIBUÍDO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 676.140 (2)ORIGEM : AC - 199961000119723 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : MARIA NEUZA DE SOUZA PEREIRAAGDO.(A/S) : HANS DIETER GRANDBERGADV.(A/S) : BENEDITO PEREIRA DA SILVA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 695.806 (3)ORIGEM : AMS - 200551010047781 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MANOEL SOARES DE PAZADV.(A/S) : ILANA FRIED BENJÓ E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.858 (4)ORIGEM : MS - 20080046866 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEADV.(A/S) : PGE-RN - CÁSSIO CARVALHO CORREIA DE

ANDRADEAGDO.(A/S) : ALINY ASPÁZIA AVELINO CORTEZ DANTASAGDO.(A/S) : ISABELLE WANDERLEY RODRIGUESAGDO.(A/S) : INALDA DAS NEVES NOGUEIRA BRANDÃOAGDO.(A/S) : MÁRCIA DOS SANTOS DAMASCENOAGDO.(A/S) : MÁRCIA RÚBIA CALDAS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : GONÇALO BRANDÃO DE SOUSA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.639 (5)ORIGEM : MS - 20080063831 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEADV.(A/S) : PGE-RN - LUIS MARCELO CAVALCANTI DE SOUSAAGDO.(A/S) : JOÃO GUTENBERG SILVA TOSCANOADV.(A/S) : DANIEL MONTEIRO DA SILVA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.767 (6)ORIGEM : AC - 1134722000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : WALTER ZECHMEISTERADV.(A/S) : JÚLIO FLÁVIO PIPOLO E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 2

AGDO.(A/S) : ANTONIO DA PONTEADV.(A/S) : JOSÉ ROBERTO MARTINS PALIERINIAGDO.(A/S) : GILDO FREIRE DE ARAÚJOADV.(A/S) : ISABEL C. DA PONTEAGDO.(A/S) : STAHLBAU DO BRASIL ESTRUTURAS METÁLICAS

LTDAADV.(A/S) : ARQUIMEDES POLIDO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.646 (7)ORIGEM : MS - 20070026421 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : FUNDO PREVIDENCIÁRIO DO ESTADO DO

AMAZONAS - AMAZONPREVADV.(A/S) : FABIO MARTINS RIBEIROAGDO.(A/S) : ALAIR SARAIVA GONÇALVESADV.(A/S) : JOSÉ ELDAIR DE SOUZA MARTINS

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.416 (8)ORIGEM : AC - 4215635700 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : JORGE NOGUEIRA FRANCO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MAURÍCIO SANITÁ CRESPO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FABIO FRASATO CAIRESAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE HORTOLÂNDIAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

HORTOLÂNDIA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.243 (9)ORIGEM : RCED - 671 - TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : JACKSON KEPLER LAGOADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO RANGEL DE ALCKMIN E OUTRO(A/S)LIT.ATIV.(A/S) : COLIGAÇÃO FRENTE DE LIBERTAÇÃO DO

MARANHÃO (PDT, PPS, PAN) E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DANIEL DE FARIA JERÔNIMO LEITE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : COLIGAÇÃO MARANHÃO: A FORÇA DO POVO (PFL,

PMDB, PTB E PV) E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : WILSON AZEVEDO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : JOÃO MELO E SOUSA BENTIVIADV.(A/S) : JOÃO MELO E SOUSA BENTIVI

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.286 (10)ORIGEM : AC - 200802691093 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE GOIÂNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIAAGDO.(A/S) : RUBENS PORTO JUNIORADV.(A/S) : MARLOS BORGES NOGUEIRA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.321 (11)ORIGEM : RESP - 986756 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : CELI MARTINS RAMOSADV.(A/S) : JOÃO HENRIQUE DOS SANTOS OLIVEIRA E

OUTRO(A/S)INTDO. : THELMA MARCILENE FURTADOADV.(A/S) : HELENA FERRO SILVA DE SOUSA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.926 (12)ORIGEM : RESP - 1038482 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : KRINDGES INDUSTRIAL LTDAADV.(A/S) : ALEXANDRA FISTAROL SALLES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.932 (13)ORIGEM : RESP - 778168 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CEZAR PELUSO

AGTE.(S) : BANCO OK DE INVESTIMENTOS S/AADV.(A/S) : LUIS FELIPE BELMONTE DOS SANTOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASILPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASILAGDO.(A/S) : MOGIANO PARTICIPAÇÕES S/AADV.(A/S) : ALBERTO GOMES DA ROCHA AZEVEDO JUNIOR E

OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.939 (14)ORIGEM : AC - 10024056908288004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : CLIN OFF DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : CARLOS ANTÔNIO DOS SANTOS E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 770.038 (15)ORIGEM : PROC - 29860 - COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO

ESPECIAL CÍVELPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : HÉLIO RUBENS BATISTA RIBEIRO COSTAADV.(A/S) : JULIANA NORDER FRANCESCHINI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : HSM DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : LUIZ VIRGÍLIO PIMENTA PENTEADO MANENTE E

OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 770.240 (16)ORIGEM : AC - 11291891 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ANTÔNIO FERREIRA QUEIROZ NETOADV.(A/S) : JOÃO BOSCO BRITO DA LUZ E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : CHARLES MATEUS SCALABRINI E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 770.281 (17)ORIGEM : AC - 803950800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : SERVIÇO FUNERÁRIO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : CLAUDIONICE CARDOSO DE OLIVEIRAAGDO.(A/S) : ELIANE GOMES KICHELADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO DA SILVA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.145 (18)ORIGEM : PROC - 8172005 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE TUPÃADV.(A/S) : EMERSON DE HYPOLITO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARCOS SERRANO BATHAUSADV.(A/S) : DIRCEU JACOB E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.157 (19)ORIGEM : MS - 1585148 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCOAGDO.(A/S) : MARCOS FIDELIS DA SILVAADV.(A/S) : EDSON AMARAL DE FREITAS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.190 (20)ORIGEM : PROC - 200080000061808 - JUIZ FEDERAL DA 5º

REGIÃOPROCED. : ALAGOASRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : TRIUNFO AGROINDUSTRIAL S/AADV.(A/S) : RAFAEL NARITA DE BARROS NUNES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.210 (21)ORIGEM : PROC - 998729450 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : DUCTOR IMPLATAÇÃO DE PROJETOS S/AADV.(A/S) : FÁBIO ROBERTO DE ALMEIDA TAVARES E OUTRO(A/

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 3

S)AGDO.(A/S) : SERVIÇO NACIONAL DE APREDIZAGEM COMERCIAL

- SENACADV.(A/S) : ROBERTO MOREIRA DA SILVA LIMA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO - SESCADV.(A/S) : ANA CLÁUDIA SILVA PIRES E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.341 (22)ORIGEM : AI - 5015838 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : FARMÁCIA E DROGARIA NISSEI LTDAADV.(A/S) : MARIANA GRAZZIOTIN CARNIEL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.504 (23)ORIGEM : PROC - 200670010042391 - JUIZ FEDERAL DA 4º

REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : GRUPO EDUCACIONAL UNIVERSITÁRIO S/C LTDAADV.(A/S) : RICARDO JORGE ROCHA PEREIRA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.508 (24)ORIGEM : PROC - 11403 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE CACHOEIRA DO ARARIADV.(A/S) : TEREZINHA DE JESUS DA CRUZ REISAGDO.(A/S) : JOÃO VAGNER DA SILVA MAIAAGDO.(A/S) : ANTONIO CARVALHO REZENDEADV.(A/S) : GIOVANA AUGUSTA DOS SANTOS GONÇALVES E

OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.559 (25)ORIGEM : RMS - 21202 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : SOCIEDADE EDUCACIONAL PROFESSOR SANTIAGO

LTDAADV.(A/S) : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.596 (26)ORIGEM : PROC - 33020096189 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFADV.(A/S) : FABRÍCIO ZIR BOTHOMÉ E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARIA ANGELA DESCHAMPS SIMASADV.(A/S) : HELIETE DENISE MACHADO DE ARAGÃO E

OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.739 (27)ORIGEM : PROC - 200171050069478 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : FOCKINK INDÚSTRIAS ELÉTRICAS LTDA E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : MÁRIO LUCIANO DO NASCIMENTO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.758 (28)ORIGEM : PROC - 200635009054936 - JUIZ FEDERAL DA 1º

REGIÃOPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFGPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : CÍCERO PINTO DE MELO NETO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.792 (29)ORIGEM : AC - 200771010020031 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SUL

RELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : AUGUSTO IGLEZIAS DOS SANTOSADV.(A/S) : DANIELLE BEHLING ALVES

AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.973 (30)ORIGEM : AC - 10024074419433001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : EVANDRO ROCHA MENDESADV.(A/S) : MARCELO LUCAS PEREIRAAGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E

ARTÍSTICO DE MINAS GERAIS - IEPHA/MGADV.(A/S) : SIMONE FERREIRA MACHADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.101 (31)ORIGEM : EMB DEC - 200501000550500 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : CENÁRIO CALÇADOS E CONFECÇÕES LTDAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.301 (32)ORIGEM : AI - 70017707142 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : BANCO SIMPLES S/AADV.(A/S) : ANDRÉ LUÍS SONNTAGADV.(A/S) : GREICE PERES SCHWERNER E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PAULO HENRIQUE LEMOS MACHADOADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE LEMOS MACHADO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.311 (33)ORIGEM : AC - 10024089886485001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MARIA JOSÉ DE CARVALHO BRANDÃOADV.(A/S) : HUMBERTO LUCCHESI DE CARVALHOADV.(A/S) : OTÁVIO AUGUSTO DAYRELL DE MOURA E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGADV.(A/S) : VALÉRIA MIRANDA DE SOUZA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.329 (34)ORIGEM : RESP - 912560 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULAGDO.(A/S) : JOÃO DE BARROS CAMPOSADV.(A/S) : IDNEY ZEFERINO DA SILVAINTDO.(A/S) : SECRETÁRIO DE ESTADO DE GESTÃO PÚBLICA DE

MATO GROSSO DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.388 (35)ORIGEM : EMB DEC - 200042000007611 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : RORAIMARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DE RORAIMAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMAAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.395 (36)ORIGEM : AI - 200100110008 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MORENA GRÁFICA E EDITORA LTDAADV.(A/S) : GERALDO ESCOBAR PINHEIRO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : OLIVER BOCCI DIAS BORGESADV.(A/S) : ARILDO ESPÍNDOLA DUARTE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.418 (37)ORIGEM : AC - 10027081506886001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BETIMPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BETIMAGDO.(A/S) : MARISA CANDIDA BORGES FERREIRAADV.(A/S) : GUSTAVO TEIXEIRA DE CARVALHO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.447 (38)ORIGEM : PROC - 24081425696 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : SARITUR SANTA RITA TRANSPORTE URBANO E

RODOVIÁRIO LTDAADV.(A/S) : JOSÉ RENATO LANCE MUCIDA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARIA APARECIDA DOS SANTOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.454 (39)ORIGEM : AC - 10024077453603001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : GABRIEL DO VALLE BAHIAADV.(A/S) : HAMILTON GOMES PEREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.473 (40)ORIGEM : AI - 200704000281482 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : MAURO SILVEIRA DA SILVA JUNIOR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SANDRO ALMEIDA DOS SANTOS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.475 (41)ORIGEM : AC - 20050413099 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : OSVALDO ALCANTARA MOREIRAADV.(A/S) : ISADORA DITTERT E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.497 (42)ORIGEM : AC - 6735555400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ERIUZA PEREIRA DE SOUZA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : WALDIR ESTEVAM MARIA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.510 (43)ORIGEM : SENTENÇA - 24073852485 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : LILIANE PEREIRA E FREITAS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FADAIAN CHAGAS CARVALHO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.519 (44)ORIGEM : AI - 200704000175281 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ELETRO THOMÉ LTDAADV.(A/S) : MARCELO ROMANO DEHNHARDT E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.527 (45)ORIGEM : PROC - 71001880178 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : GLOBO COLCHÕES LTDA - MEADV.(A/S) : MAURÍCIO TAVARES DE ALMEIDAADV.(A/S) : ANDERSON NUNES FAGUNDES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ZULEIKA COSTA PYPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : FÉLIX DE SOUZA ANTUNESADV.(A/S) : ALINE PLOCHARSKI PEDROSO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.529 (46)ORIGEM : AI - 4402928 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : GERDAU S.A.ADV.(A/S) : DÉCIO FLAVIO TORRES FREIRE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SEBASTIÃO RIBEIRO DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : WALQUÍRIA FRAGA ÁLVARES

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.530 (47)ORIGEM : AC - 70014497929 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA -

CEEEADV.(A/S) : IURE CASAGRANDE DE LISBOAAGDO.(A/S) : ARGEMIRO FONSECA NETOAGDO.(A/S) : EDVINO SCHMECHEL BUBOLSAGDO.(A/S) : ADALPIO DA CUNHAAGDO.(A/S) : JOÃO LINK STORCHAGDO.(A/S) : ARNILDO RAMSONAGDO.(A/S) : SELDO NEUTZLING SCHNEIDAGDO.(A/S) : FRANCISCO CORTES DUARTEADV.(A/S) : CONRADO ERNANI BENTO NETO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.532 (48)ORIGEM : PROC - 71001738467 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : JOSÉ ANTÔNIO RODRIGUES DO CANTOADV.(A/S) : DOMINGOS DOS SANTOS BITENCOURT E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : LUIZ NAZARIO SOARES DA ROSAADV.(A/S) : HERMANO MACHADO LOUZADA JUNIOR

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.552 (49)ORIGEM : RESE - 73666420028030001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAPÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : JOSIEL DE OLIVEIRA ALMEIDAADV.(A/S) : MIGUEL ROBERTO NOGUEIRA DE ANDRADE E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAPÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

AMAPÁ

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.556 (50)ORIGEM : RESE - 73666420028030001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAPÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : RONALDO AMARAL DOS SANTOSADV.(A/S) : MIGUEL ROBERTO NOGUEIRA DE ANDRADE E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAPÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

AMAPÁ

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.557 (51)ORIGEM : AC - 10024039627971001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : MARIA JOSÉ BARCELOS DRUMONDADV.(A/S) : MIRIAM ROSA SANTOS DUARTE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGADV.(A/S) : CLÁUDIO JOSÉ RESENDE FONSECA E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.565 (52)ORIGEM : AC - 10177040008605001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : NOVA CASA MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDAAGTE.(S) : MARIA BERENICE VILELA GADBEMAGTE.(S) : EDGAR GADBEMADV.(A/S) : CANTINILA BEZERRA DE CARVALHOADV.(A/S) : EBER CARVALHO DE MELO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.658 (53)ORIGEM : APCRIM - 70021245758 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : JUAREZ BORGESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.688 (54)ORIGEM : PROC - 70025411042 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : MÁRCIO MENDES DE SOUZAADV.(A/S) : VITOR HUGO GOMES

AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.785 (55)ORIGEM : APCRIM - 70008966731 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : CARLITOS EUFRÁSIO CORREAADV.(A/S) : RODRIGO TORRES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULINTDO.(A/S) : SOUZA CRUZ S/AADV.(A/S) : JORGE IVAN SOARES

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 101.326 (56)ORIGEM : HC - 101326 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : JORGE LUIZ FERREIRAIMPTE.(S) : LUIZ CARLOS DA SILVA NETO E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 148470 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 101.332 (57)ORIGEM : HC - 101332 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : ITAGUASSU BORGES PINHEIROIMPTE.(S) : JADER MARQUESCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 101.338 (58)ORIGEM : HC - 101338 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : JOSÉ CARLOS BRAZIMPTE.(S) : JOSÉ CARLOS BRAZ

HABEAS CORPUS 101.339 (59)ORIGEM : HC - 101339 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : DANIEL PEREIRA ARGUELLOIMPTE.(S) : DANIEL PEREIRA ARGUELLOCOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

HABEAS CORPUS 101.342 (60)ORIGEM : HC - 101342 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : ORIVALDO OLIVEIRA GOMESIMPTE.(S) : ORIVALDO OLIVEIRA GOMESCOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DA 2ª VARA DE EXECUÇÃO CRIMINAL DE CASA

BRANCA

HABEAS CORPUS 101.344 (61)ORIGEM : HC - 101344 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : CASE HALALISANI DUBEPACTE.(S) : DOKOLO TANDOPACTE.(S) : JOSÉ ANTONIO ALONSO PEREZPACTE.(S) : MUNGI SHUKUKU SAIDPACTE.(S) : NIZAR AGDOL LATIF MOUSSAPACTE.(S) : OMARI ALI MKOKOPACTE.(S) : CELSO NOVA TORRICOPACTE.(S) : PEDRO FÉLIX CHOQUEHUANÇA SILVAIMPTE.(S) : CASE HALALISANI DUBE E OUTRO(A/S)PACTE.(S) : IVALDINO CAETANO SÁ

HABEAS CORPUS 101.345 (62)ORIGEM : HC - 101345 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : ALEXANDRE MARCELINO MARIANOIMPTE.(S) : ALEXANDRE MARCELINO MARIANOCOATOR(A/S)(ES) : QUINTA TURMA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 101.347 (63)ORIGEM : HC - 101347 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : ED CARLOS ANDRINOIMPTE.(S) : ED CARLOS ANDRINOCOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

HABEAS CORPUS 101.350 (64)ORIGEM : HC - 101350 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : CARLOS APARECIDO MARTINSIMPTE.(S) : PLÍNIO LEITE NUNES E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 101.352 (65)ORIGEM : HC - 101352 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : EVALDO MATIASIMPTE.(S) : ÍLDENE CRISTINA BARBOSACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 101.353 (66)ORIGEM : HC - 101353 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : INUIR ALVES DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : RONI MENESES DA SILVA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 101.356 (67)ORIGEM : HC - 101356 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : JOÃO BATISTA SILVA DE ARAÚJOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 6

JANEIROCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 101.357 (68)ORIGEM : HC - 101357 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : AMAURILIO RAMOS DO NASCIMENTOIMPTE.(S) : EMIVAL SANTOS DA SILVA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 101.360 (69)ORIGEM : HC - 101360 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEPACTE.(S) : JURANDIR PRUDENTE DA SILVAIMPTE.(S) : CEMI ALVES DE JESUSCOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO

HABEAS CORPUS 101.361 (70)ORIGEM : HC - 101361 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : FERNANDO MACHADO SCHINCARIOLIMPTE.(S) : MAURO HENRIQUE ALVES PEREIRAIMPTE.(S) : LUCIANA DE TOLEDO PACHECOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 101.363 (71)ORIGEM : HC - 101363 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : BARBARA MARIA PIOTTOIMPTE.(S) : ALESSANDRO MAURICI E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 151407 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 101.364 (72)ORIGEM : HC - 101364 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEPACTE.(S) : LEONARDO MORÃES DE ANDRADEIMPTE.(S) : SIDNEI RICARDO MENDES DA COSTAIMPTE.(S) : ROBERTO MADEIRA DA SILVA FILHOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 125089 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 101.365 (73)ORIGEM : HC - 101365 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : ETISON BUENOIMPTE.(S) : JETSON JOSIAS SZRAJIACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 101.366 (74)ORIGEM : HC - 101368 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : J L DA S SIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 136570 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 101.368 (75)ORIGEM : HC - 101368 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : JOSEMAR ORSOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 101.371 (76)ORIGEM : EXECUÇÃO - 222200703346 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : LUIZ GOMES ALMERINDOIMPTE.(S) : TATIANA COSTA JARDIMCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 101.372 (77)ORIGEM : HC - 101372 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : RENATO PEREIRA SOUZAIMPTE.(S) : EDIMAR CRISTIANO ALVES E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC 149070 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 101.373 (78)ORIGEM : HC - 101373 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : ANDERSON DOS SANTOS FERREIRAIMPTE.(S) : ANDERSON DOS SANTOS FERREIRACOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 136642 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 101.375 (79)ORIGEM : HC - 101375 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : MARCELO MAIA DE AZEVEDO CORRÊAPACTE.(S) : LUIZ ANTÔNIO CIARLINI DE SOUZAIMPTE.(S) : MARCIO GESTEIRA PALMACOATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DA COMISSÃO PARLAMENTAR DE

INQUÉRITO - CPI DAS TARIFAS DE ENERGIA

HABEAS CORPUS 101.376 (80)ORIGEM : HC - 101376 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : MUHIEDDINE MOHAMAD HAGEIMPTE.(S) : MAURICIO TASSINARI FARAGONECOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 101.377 (81)ORIGEM : HC - 101377 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : FÁBIO CIUFFIIMPTE.(S) : CARLOS ALBERTO DELLAGIUTINA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 101.378 (82)ORIGEM : HC - 101378 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : MARLEY CÉLIO DA SILVAIMPTE.(S) : FRANCISCO SOARES FERREIRACOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DO II TRIBUNAL DO JÚRI DA

COMARCA DE BELO HORIZONTECOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DA APELAÇÃO 0002859882 DO TRIBUNAL

DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

INQUÉRITO 2.872 (83)ORIGEM : PROC - 200583000115391 - JUIZ FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINDIC.(A/S) : ARMANDO DE QUEIROZ MONTEIRO FILHOINDIC.(A/S) : JOSÉ ALMEIDA DO NASCIMENTOINDIC.(A/S) : RÔMULO DOURADO DE QUEIROZ MONTEIROINDIC.(A/S) : EDUARDO DE QUEIROZ MONTEIROINDIC.(A/S) : ANTONIO DOURADO CAVALCANTI FILHOINDIC.(A/S) : ENILDO HERÁCLITO DE QUEIROZINDIC.(A/S) : SÍLVIO THOMAS LOUREIROINDIC.(A/S) : CARLOS ALBERTO DIDIER LYRAINDIC.(A/S) : PEDRO TOSCANO DE BRITOINDIC.(A/S) : FERNANDO JOSÉ BATISTA NEVESINDIC.(A/S) : LUIZ KAZUO FUJIWARAINDIC.(A/S) : HUMBERTO MAMEDE PONTESINDIC.(A/S) : ALUIZIO DIAS DE ALCÂNTARA OU ALUISIO DIAS DE

ALCÂNTARAADV.(A/S) : BRÁULIO LACERDA E OUTRO(A/S)INDIC.(A/S) : ANGELO DE MELLO COSTA OLIVEIRAINDIC.(A/S) : CAIO MARIO MELLO COSTA OLIVEIRAADV.(A/S) : ANTÔNIO RENATO LIMA DA ROCHAINDIC.(A/S) : MÁRIO FEITOZA DE CARVALHO FREITAS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 7

ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO TORRENS E OUTRO(A/S)INDIC.(A/S) : JOÃO SANDOVAL DA SILVEIRAADV.(A/S) : MISAEL DE ALBUQUERQUE MONTENEGRO FILHOINDIC.(A/S) : ADALBERTO DE MORAES GUERRAADV.(A/S) : ANTÔNIO LOPES

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

MANDADO DE INJUNÇÃO 2.081 (84)ORIGEM : MI - 2081 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIIMPTE.(S) : CARLOS ROBERTO DOS REISADV.(A/S) : HENRIQUE FREDERICO ALVES E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE INJUNÇÃO 2.082 (85)ORIGEM : MI - 2082 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIIMPTE.(S) : MANOEL MESSIAS CAMPOS CARDOSOADV.(A/S) : ANA CRISTINA CARLOS SARMENTO MENESESIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 28.398 (86)ORIGEM : MS - 28398 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOIMPTE.(S) : COMPANHIA ENERGÉTICA DE PERNAMBUCO -

CELPEADV.(A/S) : SÉRGIO BERMUDES E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA COMISSÃO PARLAMENTAR DE

INQUÉRITO - CPI DAS TARIFAS DE ENERGIA

PETIÇÃO 4.687 (87)ORIGEM : PET - 129771 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. EROS GRAUREQTE.(S) : MARIA NELMA DA COSTA SPISSIRITSREQTE.(S) : MARIA SALETE PEREIRA DE ARAÚJOREQTE.(S) : NÚBIA LIMA SOARESREQTE.(S) : JOSÉ LIBÓRIO CAVALCANTEREQTE.(S) : AMADEU FURTADO NETOREQTE.(S) : HUGO ALEXANDRE BRASILREQTE.(S) : FRANCISCO TELES SOBREIRAADV.(A/S) : PASCHOAL DE CASTRO ALVESREQDO.(A/S) : VICE-PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇAINTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

PETIÇÃO 4.688 (88)ORIGEM : PROCESSO - 200971120017990 - JUIZ FEDERAL DA 4º

REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOREQTE.(S) : DINIZ DIONISIO CASOLADV.(A/S) : OSCAR CANSAN E OUTRO(A/S)REQDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL

RECLAMAÇÃO 9.180 (89)ORIGEM : RCL - 127914 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECLTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO (AMS

2005.34.00.027148-2)INTDO.(A/S) : MÁRCIA DE ANDRADE FERNANDES E SOUZA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : IBANEIS ROCHA BARROS JUNIOR E OUTRO(A/S)

REDISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 9.284 (90)ORIGEM : RCL - 9284 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO CARLOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADORA-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

CARLOSRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SÃO CARLOSADV.(A/S) : VANESSA ORNELAS ARIMIZUINTDO.(A/S) : GLÓRIA REGINA MEDEIROS SARATT SCHMIDT E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANTERO LISCIOTTO E OUTRO(A/S)

RECLAMAÇÃO 9.299 (91)ORIGEM : RCL - 9299 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : PINCÉIS TIGRE S/AADV.(A/S) : MAURÍCIO GARCIA PALLARES ZOCKUNRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECLAMAÇÃO 9.300 (92)ORIGEM : REXRO - 202002 - TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHO DA 14º REGIÃOPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIARECLDO.(A/S) : RELATOR DO AIRR 964200114114004 DO TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOINTDO.(A/S) : SUZEL HELENA DOS SANTOS CARVALHO

RECLAMAÇÃO 9.301 (93)ORIGEM : RCL - 9301 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECLTE.(S) : ARRAIS SERVIÇOS E COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : JOSÉ KLEBER ARRAES BANDEIRARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONASINTDO.(A/S) : CONDOMÍNIO AMAZONAS SHOPPING CENTERADV.(A/S) : MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSA E OUTRO(A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 9.303 (94)ORIGEM : RCL - 9303 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE PAULO JACINTOADV.(A/S) : DIOGO PRATA LIMARECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA VARA DO TRABALHO DE

PALMEIRA DOS ÍNDIOSINTDO.(A/S) : ELIANE SANTOS DA SILVAADV.(A/S) : GLEYSON JORGE HOLANDA RIBEIRO

RECLAMAÇÃO 9.304 (95)ORIGEM : RCL - 9304 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : ALAGOASRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE PAULO JACINTOADV.(A/S) : DIOGO PRATA LIMARECLDO.(A/S) : JUÍZA DA VARA DO TRABALHO DE PALMEIRA DOS

ÍNDIOSINTDO.(A/S) : FRANCISCO FERREIRA DA SILVAADV.(A/S) : GLEYSON JORGE HOLANDA RIBEIRO

RECLAMAÇÃO 9.305 (96)ORIGEM : RCL - 9305 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULINTDO.(A/S) : ANTONIO DA SILVA LOMBALDO

RECLAMAÇÃO 9.306 (97)ORIGEM : RCL - 9306 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAURECLTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DA 2ª INSTÂNCIA DO

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : LEONARDO MILITÃO ABRANTES E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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DE MINAS GERAISINTDO.(A/S) : MÁRCIA MARIA BERNARDES PAVAN ALVIM E

OUTRO(A/S)

RECLAMAÇÃO 9.307 (98)ORIGEM : PROCESSO - 168668562007 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : CARLOS AUGUSTO NASCIMENTO JUNIORADV.(A/S) : LUIZ CARLOS DE ASSIS E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE MUCURIPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MUCURI

RECLAMAÇÃO 9.308 (99)ORIGEM : RCL - 9308 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : ANDREZA BARCELOS QUARESMAADV.(A/S) : LUIZ CARLOS DE ASSIS E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE MUCURIPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MUCURI

RECLAMAÇÃO 9.309 (100)ORIGEM : RCL - 9309 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : SONIA PEREIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : LUIZ CARLOS DE ASSIS E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE MUCURIPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MUCURI

RECLAMAÇÃO 9.310 (101)ORIGEM : RCL - 9310 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : JUSCILENE MEDEIROS DA SILVAADV.(A/S) : LUIZ CARLOS DE ASSIS E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE MUCURIPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MUCURI

RECLAMAÇÃO 9.311 (102)ORIGEM : RCL - 9311 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECLTE.(S) : ALEXANDRA SILVA DIASADV.(A/S) : LUIZ CARLOS DE ASSIS E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE MUCURI

RECLAMAÇÃO 9.313 (103)ORIGEM : RCL - 9313 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. EROS GRAURECLTE.(S) : BENTO SALVADOR DA ROSA CARVALHOADV.(A/S) : JORGE RICARDO DA SILVARECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SANTA CATARINAINTDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

RECLAMAÇÃO 9.315 (104)ORIGEM : RCL - 9315 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : COMPANHIA CATARINENSE DE ÁGUAS E

SANEAMENTO - CASANADV.(A/S) : CRISTIANO CONSORTE ZAPELINI E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃOINTDO.(A/S) : JOÃO CARLOS CARDOSO

RECLAMAÇÃO 9.321 (105)ORIGEM : RCL - 9321 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECLTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

INTDO.(A/S) : EDUARDO MACHADO NUNESADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

RECLAMAÇÃO 9.324 (106)ORIGEM : RCL - 9324 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECLTE.(S) : DÓRIO FERMANADV.(A/S) : ANTÔNIO SÉRGIO ALTIERI DE MORAES PITOMBO E

OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 6º VARA CRIMINAL FEDERAL DA

SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 563.292 (107)ORIGEM : AMS - 95030915740 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INDÚSTRIA E COMÉRCIO METALÚRGICA ATLAS S/AADV.(A/S) : PEDRO WANDERLEY RONCATORECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.292 (108)ORIGEM : AC - 10024056908288001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : CLIN OFF DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : CARLOS ANTÔNIO DOS SANTOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.380 (109)ORIGEM : AC - 70019623503 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : KRINDGES INDUSTRIAL LTDAADV.(A/S) : DJALMA SALLES JUNIOR E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.501 (110)ORIGEM : AI - 4640875900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉADV.(A/S) : SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOHN SHIGUERU TAKEMOTO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : NEVINO ANTONIO ROCCO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.653 (111)ORIGEM : MS - 200570000158112 - JUIZ FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : IMCOPA IMPORTAÇÃO, EXPORTAÇÃO E INDÚSTRIA

DE ÓLEOS LTDAADV.(A/S) : SONIA MARIA ALBRECHT KRAEMER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.689 (112)ORIGEM : AC - 10106080334563001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAMBUÍADV.(A/S) : DENILSON MARCONDES VENÂNCIO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARCOS JOSÉ PADILHAADV.(A/S) : MARCO AURELIO DE SOUZA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.702 (113)ORIGEM : PROC - 10313082578854001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE IPATINGAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE IPATINGARECDO.(A/S) : ARISTIDES RAMOS FILHOADV.(A/S) : CÉLIA MARIA DE SOUZA COTTA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.797 (114)ORIGEM : AC - 199701000183370 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : BANCO OK S/AADV.(A/S) : LUÍS FELIPE BELMONTE DOS SANTOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASILPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASILRECDO.(A/S) : MOGIANO PARTICIPAÇÕES S/AADV.(A/S) : ALBERTO GOMES DA ROCHA AZEVEDO JUNIOR E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.831 (115)ORIGEM : AC - 00134032008 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

MARANHÃORECDO.(A/S) : JOSEFA ALVES DA SILVAADV.(A/S) : JACQUELINE VIDIGAL LEÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.857 (116)ORIGEM : EIEXEC - 273803 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MIRASSOLPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MIRASSOLRECDO.(A/S) : JAQUELINE PEREIRA DOS SANTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.864 (117)ORIGEM : PROC - 13607 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MIRASSOLADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MIRASSOL

E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : NATILO DE PAULA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.866 (118)ORIGEM : PROC - 4000103 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MIRASSOLPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MIRASSOLRECDO.(A/S) : SAMUEL LUIZ DE SOUZA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.874 (119)ORIGEM : EIEXEC - 43603 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MIRASSOLADV.(A/S) : AGOSTINHO ANTÔNIO DE MENEZES PAGOTTORECDO.(A/S) : RINOEL VANILDO PIPINO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.875 (120)ORIGEM : EIEXEC - 376003 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MIRASSOLADV.(A/S) : AGOSTINHO ANTÔNIO DE MENEZES PAGOTTORECDO.(A/S) : GABRIEL PADIM

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.878 (121)ORIGEM : EIEXEC - 344703 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MIRASSOLADV.(A/S) : AGOSTINHO ANTONIO DE MENEZES PAGOTTORECDO.(A/S) : CHRISTOVÃO MODENA DE FRANCA BUENO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.892 (122)ORIGEM : EIEXEC - 234203 - JUIZ DE DIREITO

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MIRASSOLPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MIRASSOLRECDO.(A/S) : OTAIR IZIDORO DOS SANTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.894 (123)ORIGEM : EIEXEC - 563803 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MIRASSOLPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MIRASSOLRECDO.(A/S) : ANTONIO JOAQUIM LOPES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.897 (124)ORIGEM : EIEXFISC - 26200 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MIRASSOLPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MIRASSOLRECDO.(A/S) : JOÃO ANT DE CASTILHO BUFETI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.898 (125)ORIGEM : EIEXFISC - 374103 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MIRASSOLPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MIRASSOLRECDO.(A/S) : CRISTIANE ANDREIA RIBEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.901 (126)ORIGEM : MS - 20050053051 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

AMAZONASADV.(A/S) : BELARMINO LINS DE ALBUQUERQUE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARIA DA GLÓRIA XEREZ DE MATOSRECDO.(A/S) : MARINA DUTRA GADELHAADV.(A/S) : VIVALDO BARROS FROTA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.902 (127)ORIGEM : PROC - 414203 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MIRASSOLPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MIRASSOLRECDO.(A/S) : TEREZA M. GUEDES RODRIGUES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.903 (128)ORIGEM : EIEXEC - 52222003 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MIRASSOLPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MIRASSOLRECDO.(A/S) : MAURÍCIO ANTONIO WENCESLAU

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.918 (129)ORIGEM : EIEXEC - 494603 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MIRASSOLADV.(A/S) : AGOSTINHO ANTONIO DE MENEZES PAGOTTO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCOS ROBERTO SANCHEZ GALVESRECDO.(A/S) : CHRISTOVÃO MODENA DE FRANÇA BUENO E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.276 (130)ORIGEM : AMS - 94421 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO -

JUCEPPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCORECDO.(A/S) : MERCADINHO ARAUJO QUEIROZ LTDA - MEADV.(A/S) : JOSYMILSON BATISTA DE MORAES FERREIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.481 (131)ORIGEM : PROC - 2712001 - JUIZ FEDERAL DA 1º REGIÃOPROCED. : DISTRITO FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 10

RELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.499 (132)ORIGEM : PROC - 200370000338002 - JUIZ FEDERAL DA 4º

REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MASSA FALIDA DE BERNARD KRONE DO BRASIL

INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE VEÍCULOS INDUSTRIAIS E MÁQUINAS AGRÍCOLAS LTDA

ADV.(A/S) : RODRIGO SHIRAI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.683 (133)ORIGEM : PROC - 200271100002111 - JUIZ FEDERAL DA 4º

REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CTMR - BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : RICARDO BARBOSA ALFONSINRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.684 (134)ORIGEM : PROC - 200061040052814 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : OUP - OXFORD UNIVERSITY PRESS DO BRASIL

PUBLICAÇÕES LTDAADV.(A/S) : MÁRIO JUNQUEIRA FRANCO JÚNIOR

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.743 (135)ORIGEM : AC - 20070111434026 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : DISTRITO FEDERALADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : MARIO MATOS CAMARGOADV.(A/S) : ADRIANO CÉSAR SANTOS RIBEIRO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.773 (136)ORIGEM : AC - 200500149048 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : EMPRESA DE TRANSPORTES FLORES LTDAADV.(A/S) : MAXIMINO GONÇALVES FONTES NETO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 605.195 (137)ORIGEM : AMS - 200771080021115 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : H LEYHD CALCADOS LTDAADV.(A/S) : VELMI ABRAMO BIASON

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.381 (138)ORIGEM : RMS - 28381 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ARTHUR BENIGNO MACHADO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FERNANDO DE SANTA ROSA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MINISTRO DISTR REDIST TOT

MIN. CELSO DE MELLO 13 0 13

MIN. MARCO AURÉLIO 16 0 16

MIN. ELLEN GRACIE 12 0 12

MIN. CEZAR PELUSO 12 0 12

MIN. CARLOS BRITTO 12 0 12

MIN. JOAQUIM BARBOSA 9 1 10

MIN. EROS GRAU 12 0 12

MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 10 0 10

MIN. CÁRMEN LÚCIA 13 0 13

MIN. DIAS TOFFOLI 26 2 28

TOTAL 135 3 138

Nada mais havendo, foi encerrada a presente Ata de Distribuição. MARY ELLEN GLEASON GOMIDE MADRUGA, Coordenadora de Processamento Inicial , ROSEMARY DE ALMEIDA, Secretária Judiciária.

Brasília, 29 de outubro de 2009

PROCESSOS DE COMPETÊNCIA DA PRESIDÊNCIA

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.908 (139)ORIGEM : AI - 1002051 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : MÁRIO APARECIDO PEREIRAADV.(A/S) : ANDRÉ PUPPIN MACEDOEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Tendo em vista o disposto no art. 654, § 2º do Código de Processo Penal e no art. 193, II, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, e, considerando que se trata, na hipótese, de matéria criminal, reconsidero a decisão embargada e determino à Secretaria que proceda ao regular trâmite do feito.

Publique-se.Brasília, 9 de outubro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente.

PLENÁRIO

Repercussão Geral

Vigésima Quarta Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos dos arts. 95, 325, parágrafo único, e 329 do RISTF, com a redação da ER nº 21/2007.

REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.435

(140)

ORIGEM : EDAIRR - 1448200512915406 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - MARCIA AMINORECDO.(A/S) : GERALDO AMOROSO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S)

COMPETÊNCIA – COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA – LEI ESTADUAL – REPERCUSSÃO GERAL CONFIGURADA. Possui repercussão geral controvérsia sobre o alcance do artigo 114 da Constituição Federal considerado conflito a envolver a complementação de proventos e de pensões, disciplinada por lei estadual, e a incidência da contribuição previdenciária.

Decisão: O Tribunal, por ausência de manifestações suficientes para a recusa do recurso extraordinário (art. 324, parágrafo único, do RISTF), reputou existente a repercussão geral da questão constitucional suscitada, tendo-se manifestado pela recusa do recurso extraordinário os Ministros Carlos Britto, Celso de Mello, Eros Grau, Joaquim Barbosa e Menezes Direito e pelo reconhecimento da repercussão geral da questão constitucional suscitada os Ministros Marco Aurélio, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

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Brasília, 05 de novembro de 2009.Guaraci de Sousa VieiraCoordenador de Acórdãos

PAUTA DE JULGAMENTOS

PAUTA Nº 43 - Elaborada nos termos do art. 83 do Regimento Interno, para julgamento do(s) processo(s) abaixo relacionado(s):

EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 164.714

(141)

ORIGEM : AMS - 9004085815 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR SUBSTITUTO

:MIN. CEZAR PELUSO

EMBTE. : UNIÃO FEDERALADVDOS. : PFN - LUCIANA MOREIRA GOMES E OUTROEMBDO. : COPROFAR S/AADV. : CLÁUDIO OTÁVIO XAVIER

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOContribuiçõesContribuições SociaisPIS

EMB.DIV. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 184.327 (142)ORIGEM : AC - 842691 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. CEZAR PELUSO

EMBTE. : ESTADO DE SÃO PAULOADV. : PGE-SP - WALDIR FRANCISCO HONORATO JÚNIOREMBDOS. : ATACIO PAIVA E OUTROSADVDOS. : JEFFERSON FRANCISCO ALVES E OUTROS

Matéria:DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHOLiquidação / Cumprimento / Execução de SentençaPrecatório

EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 446.850 (143)ORIGEM : AC - 70000621482 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOEMBTE.(S) : MILTON EDILAR HECKADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO DO NASCIMENTO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : BANCO FIAT S/AADV.(A/S) : TADEU HENRIQUE WEINERT E OUTRO(A/S)

Matéria:DIREITO CIVILObrigaçõesInadimplementoJuros de mora - Legais/ContratuaisLimitação de Juros

EXTRADIÇÃO 1.171 (144)ORIGEM : EXT - 79999 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : REPÚBLICA ARGENTINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOREQTE.(S) : GOVERNO DA ARGENTINAEXTDO.(A/S) : HECTOR ROBERTO HERMOSIDADV.(A/S) : PATRÍCIA RIBEIRO LOURENÇO

Matéria:DIREITO INTERNACIONALEstrangeiroAdmissão / Entrada / Permanência / Saída

INQUÉRITO 2.786 (145)ORIGEM : AP - 200751018115929 - JUIZ FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALINDIC.(A/S) : ALINE LEMOS CORRÊA DE OLIVEIRA ANDRADEADV.(A/S) : MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

Matéria:DIREITO PENALCrimes contra a Fé PúblicaFalsificação de documento público

MANDADO DE SEGURANÇA 23.187 (146)ORIGEM : MS - 35186 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. EROS GRAU

IMPTES. : MARIA DO CARMO BATISTA DE ALMEIDA E OUTROSADVDOS. : VALÉRIA GUIMARÃES DA SILVA REGO E OUTROIMPDO. : PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilProcesso Administrativo Disciplinar ou Sindicância

EXCLUÍDO DE ATA (147)

MANDADO DE SEGURANÇA 27.604 (148)ORIGEM : MS - 133179 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOIMPTE.(S) : ELOI FRANCISCO ZATTI FACCIONIADV.(A/S) : RAFAEL DE CÁS MAFFINI E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOConcurso Público / EditalExigência de Prática Forense

RECLAMAÇÃO 8.168 (149)ORIGEM : RCL - 48926 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : COMPANHIA INTEGRADA DE DESENVOLVIMENTO

AGRÍCOLA DE SANTA CATARINA - CIDASCADV.(A/S) : RENATO SÉRGIO BABYRECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 7ª VARA DO TRABALHO DE

FLORIANÓPOLIS (PROCESSO Nº 01839-2009-037-12-00-2)

INTDO.(A/S) : ANTONIO PEREIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS FACIOLI CHEDID

Matéria:DIREITO DO TRABALHORescisão do Contrato de TrabalhoReintegração / Readmissão ou IndenizaçãoEmpregado Público

RECLAMAÇÃO 8.408 (150)ORIGEM : RCL - 71108 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO

DE SÃO PAULO - SABESPADV.(A/S) : JENNY MELLO LEME E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTESRECLDO.(A/S) : JUÍZA DO TRABALHO DA 3ª VARA DO TRABALHO DE

SÃO PAULO (PROCESSO Nº 00803-2009-003-02-00-9)INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES EM ÁGUA,

ESGOTO E MEIO AMBIENTE NO ESTADO DE SÃO PAULO - SINTAEMA

ADV.(A/S) : RICARDO GEBRIM E OUTRO(A/S)

Matéria:DIREITO DO TRABALHORescisão do Contrato de Trabalho

RECLAMAÇÃO 8.516 (151)ORIGEM : RCL - 79701 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : ROGER ABDELMASSIHADV.(A/S) : ALEXANDRE KRUEL JOBIM E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ LUIS OLIVEIRA LIMARECLDO.(A/S) : DELEGADA DE POLÍCIA DA 1ª DELEGACIA DE

DEFESA DA MULHER DA COMARCA DE SÃO PAULO

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICO

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Garantias Constitucionais

Brasília, 03 de novembro de 2009.Luiz Tomimatsu

Secretário

SESSÃO SOLENE

PLENÁRIOSESSÃO SOLENEAta da 2ª (segunda) sessão solene, realizada em 23 de outubro de

2009.Presidência do Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presentes à sessão

os Senhores Ministros Celso de Mello, Ellen Gracie, Cezar Peluso, Carlos Britto, Joaquim Barbosa, Eros Grau, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia.

Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Marco Aurélio.Procurador-Geral da República, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos.Secretário, Alcides Diniz da Silva, Diretor-Geral.Abriu-se a sessão às dezessete horas.SESSÃO SOLENE DE POSSE DO DOUTOR JOSÉ ANTÔNIO DIAS

TOFFOLI NO CARGO DE MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (PRESIDENTE) - Declaro

aberta a Sessão Solene de posse de Sua Excelência o Senhor José Antonio Dias Toffoli no cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal.

Ouviremos, neste momento, o Hino Nacional.(celebração do Hino Nacional)O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (PRESIDENTE) –

Convido o decano da Corte, Sua Excelência o Senhor Ministro Celso de Mello, e o mais moderno, Sua Excelência a Senhora Ministra Cármen Lúcia, para conduzirem o empossando ao Plenário.

(entrada no recinto do Excelentíssimo Senhor José Antônio Dias Toffoli).

O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (PRESIDENTE) - Convido Sua Excelência o Senhor José Antônio Dias Toffoli a prestar o compromisso de posse no cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal.

O EXCELENTÍSSIMO SENHOR JOSÉ ANTÔNIO DIAS TOFFOLI – Prometo bem e fielmente cumprir os deveres do cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal de conformidade com a Constituição e as leis da República.

O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (PRESIDENTE) - Solicito ao Senhor Diretor-Geral que leia o Termo de Posse.

O DOUTOR ALCIDES DINIZ DA SILVA (DIRETOR-GERAL) - TERMO DE POSSE DE SUA EXCELÊNCIA O SENHOR MINISTRO JOSÉ ANTÔNIO DIAS TOFFOLI NO CARGO DE MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

Aos vinte e três dias do mês de outubro do ano de dois mil e nove perante os Senhores Membros do Supremo Tribunal Federal, reunidos em Sessão Solene, presente o Senhor Procurador-Geral da República Doutor Roberto Monteiro Gurgel, sob a Presidência do Excelentíssimo Senhor Ministro Gilmar Ferreira Mendes, tomou posse e entrou em exercício após prestar o compromisso regimental de bem e fielmente cumprir os deveres do cargo em conformidade com a Constituição e as leis da República, Sua Excelência o Senhor Ministro JOSE ANTÔNIO DIAS TOFFOLI, no cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal, para o qual foi nomeado por decreto de 1º de outubro de 2009, publicado no Diário Oficial da União, no dia subsequente, com base no artigo 84, inciso XIV da Constituição Federal. E, para constar, lavrou-se este termo que vai assinado pelo Senhor Presidente, pelo Empossado, pelos demais Membros da Corte, pelo Senhor Procurador-Geral da República e por mim, Alcides Diniz, Diretor-Geral da Secretaria.

O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (PRESIDENTE) - Declaro empossado no cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal Sua Excelência o Senhor José Antônio Dias Toffoli. Convido-o a ocupar o seu lugar na bancada.

Senhoras e Senhores, registro e agradeço a presença de Suas Excelências, os Senhores Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; Vice-Presidente da República, José Alencar Gomes da Silva; Presidente do Senado Federal, Senador José Sarney, em nome de quem agradeço a presença dos demais Senadores; Presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Michel Temer, em nome de quem agradeço a presença dos demais Deputados federais; Ministros do Supremo Tribunal Federal de ontem e de hoje; Doutor Roberto Monteiro Gurgel Santos, Procurador-Geral da República, em nome de quem cumprimento os demais membros do Ministério Público da União, dos Estados e do Distrito Federal; Ministro César Asfor Rocha, Presidente do Superior Tribunal de Justiça, em nome de quem agradeço a presença dos Ministros dos Tribunais Superiores; Ministro Carlos Alberto Marques Soares, Presidente do Superior Tribunal Militar; Ministro Milton de Moura França, Presidente do Tribunal Superior do Trabalho; Ministra Dilma Vana Rousseff, Ministra de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República, em nome de quem agradeço a presença dos demais Ministros de Estado; Ministro Ubiratan Aguiar, Presidente do Tribunal de Contas da União; Doutor Cezar Britto, Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, na pessoa de quem saúdo os advogados presentes; Governador do Estado de São Paulo, José Serra, Estado de origem do Ministro Dias Toffoli, e demais Governadores presentes; Dom Lourenço

Baldiceri, Núncio Apostólico da Santa Sé; Desembargador Níveo Geraldo Gonçalves, Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, na pessoa de quem agradeço a presença dos Senhores Desembargadores; autoridades estaduais e municipais; Presidentes das Associações e Representantes das entidades de classe da Magistratura; representantes de comunidades indígenas; familiares do saudoso Ministro Menezes Direito; familiares do Ministro Dias Toffoli e dos demais Ministros da Casa, servidores desta e de outras Cortes.

Cumprida a sua finalidade, declaro encerrada esta Sessão Solene. Solicito a todos que permaneçam em seus lugares até a retirada, da Corte, de Sua Excelência o Senhor Presidente da República e das demais autoridades que compõem o tablado, bem como dos familiares do empossado, para o Salão Branco, onde Sua Excelência o Senhor Ministro Dias Toffoli receberá os cumprimentos protocolares.

Está encerrada a sessão.Brasília, 23 de outubro de 2009.Alcides Diniz da SilvaDiretor-Geral

SESSÃO ORDINÁRIA

Ata da 29ª (vigésima nona) sessão ordinária, realizada em 28 de outubro de 2009.

Presidência do Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Cezar Peluso, Carlos Britto, Eros Grau, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Dias Toffoli.

Ausentes, justificadamente, a Senhora Ministra Ellen Gracie e, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa.

Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Secretário, Luiz Tomimatsu.Abriu-se a sessão às quatorze horas, sendo lida e aprovada a ata da

sessão anterior. REGISTROO SR. MINISTRO GILMAR MENDES (PRESIDENTE) - Senhores

Ministros, registro a presença no Plenário dos alunos do curso de Direito da Faculdade Dinâmica, de Ponte Nova, Minas Gerais. Sejam bem-vindos.

JULGAMENTOS

MANDADO DE SEGURANÇA 27.613 (152)ORIGEM : MS - 134462 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : ACIR MARCOS GURGACZADV.(A/S) : FERNANDO NEVES DA SILVAIMPDO.(A/S) : MESA DO SENADO FEDERALLIT.PAS.(A/S) : EXPEDITO GONÇALVES FERREIRA JÚNIORADV.(A/S) : ADRIANO JOSÉ BORGES SILVALIT.PAS.(A/S) : ELCIDE ALBERTO LANZARINLIT.PAS.(A/S) : JABIS EMERICK DUTRA

Decisão: O Tribunal, por maioria, concedeu a segurança para determinar à Mesa do Senado Federal que cumpra imediatamente a decisão da Justiça Eleitoral, dando posse ao impetrante Acir Marcos Gurgacz, na vaga do Senador Expedito Gonçalves Ferreira Júnior, cujo registro foi cassado pela Justiça Eleitoral, prejudicado o agravo regimental de fls. 267-278, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, que indeferia a segurança. Votou o Presidente, Ministro Gilmar Mendes. Ausentes, justificadamente, a Senhora Ministra Ellen Gracie, licenciado o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Carlos Britto. Falaram, pelo impetrante, o Dr. Fernando Neves da Silva e, pelo litisconsorte passivo, Expedito Gonçalves Ferreira Júnior, o Dr. Adriano José Borges Silva. Plenário, 28.10.2009.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 570.680 (153)ORIGEM : AMS - 200171010010722 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 4A. REGIAO - RSPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : INDÚSTRIA DE PELES PAMPA LTDAADV.(A/S) : HAROLDO LAUFFER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: O Tribunal, por maioria, conheceu e negou provimento ao recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator, vencidos os Senhores Ministros Carlos Britto e Marco Aurélio, que lhe davam provimento. Votou o Presidente, Ministro Gilmar Mendes. Ausentes, justificadamente, a Senhora Ministra Ellen Gracie e, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Falaram, pela recorrente, o Dr. Roque Antônio Carrazza, pela recorrida, a Dra. Cláudia Aparecida de Souza Trindade, Procuradora da Fazenda Nacional e, pelo Ministério Público Federal, o Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Plenário, 28.10.2009.

Brasília, 28 de outubro de 2009.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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Luiz TomimatsuSecretário

SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

Ata da 32ª (trigésima segunda) sessão extraordinária, realizada em 22 de outubro de 2009.

Presidência do Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Ellen Gracie, Carlos Britto, Joaquim Barbosa, Ricardo Lewandowski, Eros Grau e Cármen Lúcia.

Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Cezar Peluso. Vice-Procuradora-Geral da República, Dra. Deborah Macedo Duprat

de Brito Pereira.Secretário, Luiz Tomimatsu.Abriu-se a sessão às quatorze horas, sendo lida e aprovada a ata da

sessão anterior.

JULGAMENTOS

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 678 (154)ORIGEM : PROC - 200143000000258 - JUIZ FEDERALPROCED. : TOCANTINSRELATOR SUBSTITUTO

:MIN. EROS GRAU

AUTOR(A/S)(ES) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA

ADV.(A/S) : OSVALDO REGO OLIVEIRA E OUTRO(A/S)REU(É)(S) : INSTITUTO DE TERRAS DO ESTADO DO TOCANTINS -

INTERTINSADV.(A/S) : ABELARDO MOURA DE MATOSREU(É)(S) : AGROPECUÁRIA SANTIAGO, ELDORADO LTDAADV.(A/S) : ANTONIO JOAQUIM PIRES DE CARVALHO E

ALBUQUERQUE E OUTROSLITISDEN.(A/S) : RAUL LEITE LUNAADV.(A/S) : BÁRBARA NUNES E OUTRO(A/S)LITISDEN.(A/S) : MARIA THEREZA UCHÔA LUNAADV.(A/S) : BÁRBARA NUNES E OUTRO(A/S)LITISDEN.(A/S) : CLAUDIO ABEL RIBEIROADV.(A/S) : BÁRBARA NUNES E OUTRO(A/S)LITISDEN.(A/S) : CORDÉLIA JUNQUEIRA BASTOS RIBEIROADV.(A/S) : BÁRBARA NUNES E OUTRO(A/S)LITISDEN.(A/S) : ACP - ALVES DA CUNHA PARTICIPAÇÕES LTDAADV.(A/S) : BÁRBARA NUNES E OUTRO(A/S)LITISDEN.(A/S) : IVO ALVES DA CUNHAADV.(A/S) : MÁRCIA GUASTI ALMEIDA E OUTRO(A/S)LITISDEN.(A/S) : LUIZ SYLVIO ALVES DA CUNHAADV.(A/S) : MÁRCIA GUASTI ALMEIDA E OUTRO(A/S)LITISDEN.(A/S) : RICARDO UCHÔA LUNAADV.(A/S) : MÁRCIA GUASTI ALMEIDA E OUTRO(A/S)LITISDEN.(A/S) : ESPÓLIO DE ULISSES LEITE LUNAADV.(A/S) : MÁRCIA GUASTI ALMEIDA E OUTRO(A/S)LITISDEN.(A/S) : RENATO JUNQUEIRA BASTOS RIBEIROADV.(A/S) : MÁRCIA GUASTI ALMEIDA E OUTRO(A/S)LITISDEN.(A/S) : LEVI ZYLBERMANADV.(A/S) : MÁRCIA GUASTI ALMEIDA E OUTRO(A/S)LITISDEN.(A/S) : CLARISSA POLACOW ZYLBERMANADV.(A/S) : MÁRCIA GUASTI ALMEIDA E OUTRO(A/S)LITISDEN.(A/S) : UBIRAJARA SPESSOTTO DE CAMARGO FREITASADV.(A/S) : MÁRCIA GUASTI ALMEIDA E OUTRO(A/S)LITISDEN.(A/S) : MARIA VALÉRIA DE ARAUJO HENRIQUESADV.(A/S) : MÁRCIA GUASTI ALMEIDA E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, julgou improcedente a ação rescisória, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Cezar Peluso e, neste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Falaram, pela ré, Agropecuária Santiago Eldorado Ltda., o Dr. Eduardo Garcia de Araújo Jorge e, pelo Ministério Público Federal, a Dra. Deborah Macedo Duprat de Brito Pereira, Vice-Procuradora-Geral da República. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 22.10.2009.

QUESTÃO DE ORDEM NA AÇÃO PENAL 421 (155)ORIGEM : PROC - 200661250030229 - JUIZ FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALREU(É)(S) : PAULO PEREIRA DA SILVAADV.(A/S) : DANIELLE ZULATO BITTAR E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, resolveu a questão de ordem no sentido de declarar a perda da prerrogativa prevista no caput do art. 221 do Código de Processo Penal, em relação ao parlamentar arrolado como testemunha que, sem justa causa, não atendeu ao chamado da justiça, por mais de trinta dias. Ausentes,

justificadamente, o Senhor Ministro Cezar Peluso e, neste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 22.10.2009.

EXTRADIÇÃO 888 (156)ORIGEM : EXT - 93263 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICARELATORA SUBSTITUTA

:MIN. ELLEN GRACIE

REQTE.(S) : GOVERNO DOS ESTADO UNIDOS DA AMÉRICAADV.(A/S) : PAULO ROBERTO CHAVES ROLOEXTDO.(A/S) : MICHEL COHEN OU MICHEL SYLVAIN COHENADV.(A/S) : CARLOS ORLANDO RIBEIRO SEABRA JR. E OUTROSADV.(A/S) : ULISSES BORGES DE RESENDE E OUTROADV.(A/S) : NILSON CARMO DE ALMEIDA

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, indeferiu o pedido de extradição, determinando a comunicação ao Procurador-Geral da República para os devidos fins indicados no voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Cezar Peluso e, neste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 22.10.2009.

EXTRADIÇÃO 1.126 (157)ORIGEM : EXT - 72798 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAREQTE.(S) : GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHAEXTDO.(A/S) : MANFRED WILLADV.(A/S) : EVA INGRID REICHEL BISCHOFF

Decisão: Retirado de pauta por indicação da Presidência. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Eros Grau. Presidência do Senhor Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 10.09.2009.

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, deferiu o pedido de extradição. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Cezar Peluso. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 22.10.2009.

HABEAS CORPUS 91.207 (158)ORIGEM : HC - 60371 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOREDATOR DO ACÓRDÃO

: MIN. EROS GRAU

PACTE.(S) : JOSÉ EDUARDO CARREIRA ALVIMIMPTE.(S) : LUÍS GUILHERME VIEIRAADV.(A/S) : JOSÉ GERARDO GROSSIIMPTE.(S) : AMILCAR SIQUEIRAIMPTE.(S) : MARCIO GESTEIRA PALMA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ GERARDO GROSSICOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO INQUÉRITO Nº 2424 DO SUPREMO

TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por maioria, não conheceu do pedido de habeas corpus, vencidos os Senhores Ministros Marco Aurélio (Relator), Celso de Mello e Presidente, Ministro Gilmar Mendes. Redigirá o acórdão o Senhor Ministro Eros Grau. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Cezar Peluso e, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Plenário, 22.10.2009.

Brasília, 22 de outubro de 2009.Luiz Tomimatsu

Secretário

ACÓRDÃOS

Trigésima Quinta Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do Regimento Interno do S.T.F.

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 1.042 (159)ORIGEM : ADI - 5701 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR SUBSTITUTO

:MIN. CEZAR PELUSO

REQTE. : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAREQDO. : CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, julgou procedente a ação direta. Votou o Presidente, Ministro Gilmar Mendes. Ausentes, licenciados, os Senhores Ministros Joaquim Barbosa e Menezes Direito e, neste julgamento, o Senhor Ministro Eros Grau. Plenário, 12.08.2009.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 14

EMENTA: INCONSTITUCIONALIDADE. Ação Direta. Lei nº 670, de 02 de março de 1994, do Distrito Federal. Cobrança de anuidades escolares. Natureza das normas que versam sobre contraprestação de serviços educacionais. Tema próprio de contratos. Direito Civil. Usurpação de competência privativa da União. Ofensa ao art. 22, I, da CF. Vício formal caracterizado. Ação julgada procedente. Precedente. É inconstitucional norma do Estado ou do Distrito Federal sobre obrigações ou outros aspectos típicos de contratos de prestação de serviços escolares ou educacionais.

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.934 (160)ORIGEM : ADI - 118624 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIREQTE.(S) : PARTIDO DEMOCRÁTICO TRABALHISTAADV.(A/S) : SEBASTIÃO JOSÉ DA MOTTA E OUTRO(A/S)REQDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOREQDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALINTDO.(A/S) : SINDICATO NACIONAL DOS AEROVIÁRIOSADV.(A/S) : ELIASIBE DE CARVALHO SIMÕES E OUTROSADV.(A/S) : DAMARES MEDINAINTDO.(A/S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA - CNIADV.(A/S) : SÉRGIO MURILO SANTOS CAMPINHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CASSIO AUGUSTO MUNIZ BORGES

Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, julgou improcedente a ação direta de inconstitucionalidade, vencidos os Senhores Ministros Carlos Britto e Marco Aurélio, que a julgavam parcialmente procedente nos termos de seus votos. Votou o Presidente, Ministro Gilmar Mendes. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Menezes Direito. Falaram, pelo requerente, Partido Democrático Trabalhista, o Dr. Otávio Bezerra Neves; pelo amicus curiae, Sindicato Nacional dos Aeroviários, a Dra. Eliasibe de Carvalho Simões; pelo requerido, Presidente da República, o Advogado-Geral da União, Ministro José Antônio Dias Toffoli; pelo requerido, Congresso Nacional, o Dr. Luiz Fernando Bandeira de Mello, Advogado-Geral do Senado e, pelo amicus curiae, Confederação Nacional da Indústria – CNI, o Dr. Sérgio Murilo Santos Campinho. Plenário, 27.05.2009.

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTIGOS 60, PARÁGRAFO ÚNICO, 83, I E IV, c, E 141, II, DA LEI 11.101/2005. FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO JUDICIAL. INEXISTÊNCIA DE OFENSA AOS ARTIGOS 1º, III E IV, 6º, 7º, I, E 170, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL de 1988. ADI JULGADA IMPROCEDENTE.

I – Inexiste reserva constitucional de lei complementar para a execução dos créditos trabalhistas decorrente de falência ou recuperação judicial.

II – Não há, também, inconstitucionalidade quanto à ausência de sucessão de créditos trabalhistas.

III – Igualmente não existe ofensa à Constituição no tocante ao limite de conversão de créditos trabalhistas em quirografários.

IV – Diploma legal que objetiva prestigiar a função social da empresa e assegurar, tanto quanto possível, a preservação dos postos de trabalho.

V - Ação direta julgada improcedente.

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 90.798 (161)ORIGEM : HC - 28095 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR SUBSTITUTO

:MINISTRO PRESIDENTE

AGTE.(S) : JOÃO CARLOS DA ROCHA MATTOSADV.(A/S) : JULIANA VASCONCELLOS BERROGAIN E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Gilmar Mendes (Presidente), desproveu o recurso de agravo, com a devolução do feito ao Gabinete do Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello, Ellen Gracie, Eros Grau e, licenciado, o Senhor Ministro Menezes Direito. Plenário, 01.07.2009.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. DECISÃO INDEFERITÓRIA DE PEDIDO DE REDISTRIBUIÇÃO. PREVENÇÃO JÁ DEFINIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF). RECURSO DESPROVIDO.

1. A impetração impugna a prisão preventiva do paciente, determinada nos autos da Ação Penal nº 177/SP, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

2. Pedido de livre distribuição dos autos. Prevenção quanto às ações e recursos derivados da Ação Penal nº 177/SP já analisada pela Presidência do STF (HC – AgR nº 90.280/SP, DJ 15.6.2007).

3. Agravo regimental desprovido.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 2.912 (162)ORIGEM : RCL - 116262 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ALAIR FRANCISCO CORRÊAADV.(A/S) : HÉLIO CAVALCANTI BARROS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : DÉCIMA QUARTA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 2003.002.23159 NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 2003.011.001332-9)

INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Decisão: O Tribunal, por votação unânime, julgou prejudicado o recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.09.2009.

EMENTA: CONSTITUCIONAL. RECLAMAÇÃO. VIOLAÇÃO DA ADI 2.797-MC. RECLAMAÇÃO DIRECIONADA A ATO FUTURO. AGRAVO. POSTERIOR JULGAMENTO DE MÉRITO DA DECISÃO PARADIGMÁTICA.

1. Reclamação ajuizada para preservar a competência por prerrogativa de função para o julgamento de ação civil pública por improbidade administrativa contra Prefeito Municipal. Alegado desrespeito à decisão da ADI 2.797-MC.

2. Com o julgamento de mérito da ADI 2.797, que resultou na declaração de inconstitucionalidade da Lei 10.628, de 24 de dezembro de 2002, que acresceu os §§ 1º e 2º ao artigo 84 do Código de Processo Penal, a reclamação perdeu seu objeto.

3. Recurso de agravo que se julga prejudicado.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 6.483 (163)ORIGEM : RCL - 118660 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : TIPO - BELVISI ARTEFATOS DE PAPEL E PAPELÃO

LTDAADV.(A/S) : NEWTON JOSÉ DE OLIVEIRA NEVES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 114.0352-1/5)

INTDO.(A/S) : BANDEIRANTE ENERGIA S/AADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETOINTDO.(A/S) : ELETROBRÁS CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS

S/A

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto da Relatora, negou provimento ao recurso de agravo. Ausentes, licenciados, os Senhores Ministros Cezar Peluso, Joaquim Barbosa e, em representação do Tribunal no exterior, o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 17.09.2009.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. COMPETÊNCIA PARA JULGAR PROCESSAR DEMANDA DE INTERESSE DA UNIÃO. ALEGAÇÃO DE AFRONTA ÀS SÚMULAS 517 E 556 SO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

Não cabe reclamação fundamentada na afronta de súmulas sem efeito vinculante do Supremo Tribunal Federal. Precedentes.

AG.REG. NOS EMB.DIV. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 213.846

(164)

ORIGEM : AC - 14156416 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. GILMAR MENDES

AGTE.(S) : SÍLVIO BORGESADV.(A/S) : MARIA APARECIDA DIAS PEREIRAAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Gilmar Mendes (Presidente), negou provimento ao recurso de agravo. Ausentes, licenciados, os Senhores Ministros Cezar Peluso e Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 16.09.2009.

EMENTA: Agravo regimental em embargos de divergência em recurso extraordinário. 2. Servidor público. Gatilho salarial. Art. 25, parágrafo único, da Lei Complementar no 467/86. 3. Embargos de divergência. Decisão agravada proferida em conformidade com entendimento do Plenário do Supremo Tribunal Federal. Inadmissibilidade. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.

ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 130

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ORIGEM : ADPF - 20574 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 15

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOARGTE.(S) : PARTIDO DEMOCRÁTICO TRABALHISTA - PDTADV.(A/S) : MIRO TEIXEIRA E OUTRO(A/S)ARGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOARGDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALINTDO.(A/S) : FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS

PROFISSIONAIS - FENAJADV.(A/S) : CLAUDISMAR ZUPIROLI E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE IMPRENSA - ABIADV.(A/S) : THIAGO BOTTINO DO AMARALINTDO.(A/S) : ARTIGO 19 BRASILADV.(A/S) : EDUARDO PANNUNZIO E OUTROS

Decisão: Após o voto do Senhor Ministro Carlos Britto (Relator), julgando procedente a ação, no que foi acompanhado pelo Senhor Ministro Eros Grau, o julgamento foi suspenso para continuação na sessão do dia 15. Falaram, pelo argüente, o Dr. Miro Teixeira; pelos amici curiae, Artigo 19 Brasil e Associação Brasileira de Imprensa – ABI, respectivamente, a Dra. Juliana Vieira dos Santos e o Dr. Thiago Bottino do Amaral e, pelo Ministério Público Federal, o Procurador-Geral da República, Dr. Antônio Fernando Barros e Silva de Souza. Presidência do Senhor Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 01.04.2009.

Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, julgou procedente a ação, vencidos, em parte, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Ellen Gracie, que a julgavam improcedente quanto aos artigo 1º, § 1º; artigo 2º, caput; artigo 14; artigo 16, inciso I e artigos 20, 21 e 22, todos da Lei nº 5.250, de 9.2.1967; o Senhor Ministro Gilmar Mendes (Presidente), que a julgava improcedente quanto aos artigos 29 a 36 da referida lei e, vencido integralmente o Senhor Ministro Marco Aurélio, que a julgava improcedente. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Eros Grau, com voto proferido na assentada anterior. Plenário, 30.04.2009.

EMENTA: ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF). LEI DE IMPRENSA. ADEQUAÇÃO DA AÇÃO. REGIME CONSTITUCIONAL DA “LIBERDADE DE INFORMAÇÃO JORNALÍSTICA”, EXPRESSÃO SINÔNIMA DE LIBERDADE DE IMPRENSA. A “PLENA” LIBERDADE DE IMPRENSA COMO CATEGORIA JURÍDICA PROIBITIVA DE QUALQUER TIPO DE CENSURA PRÉVIA. A PLENITUDE DA LIBERDADE DE IMPRENSA COMO REFORÇO OU SOBRETUTELA DAS LIBERDADES DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO, DE INFORMAÇÃO E DE EXPRESSÃO ARTÍSTICA, CIENTÍFICA, INTELECTUAL E COMUNICACIONAL. LIBERDADES QUE DÃO CONTEÚDO ÀS RELAÇÕES DE IMPRENSA E QUE SE PÕEM COMO SUPERIORES BENS DE PERSONALIDADE E MAIS DIRETA EMANAÇÃO DO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. O CAPÍTULO CONSTITUCIONAL DA COMUNICAÇÃO SOCIAL COMO SEGMENTO PROLONGADOR DAS LIBERDADES DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO, DE INFORMAÇÃO E DE EXPRESSÃO ARTÍSTICA, CIENTÍFICA, INTELECTUAL E COMUNICACIONAL. TRANSPASSE DA FUNDAMENTALIDADE DOS DIREITOS PROLONGADOS AO CAPÍTULO PROLONGADOR. PONDERAÇÃO DIRETAMENTE CONSTITUCIONAL ENTRE BLOCOS DE BENS DE PERSONALIDADE: O BLOCO DOS DIREITOS QUE DÃO CONTEÚDO À LIBERDADE DE IMPRENSA E O BLOCO DOS DIREITOS À IMAGEM, HONRA, INTIMIDADE E VIDA PRIVADA. PRECEDÊNCIA DO PRIMEIRO BLOCO. INCIDÊNCIA A POSTERIORI DO SEGUNDO BLOCO DE DIREITOS, PARA O EFEITO DE ASSEGURAR O DIREITO DE RESPOSTA E ASSENTAR RESPONSABILIDADES PENAL, CIVIL E ADMINISTRATIVA, ENTRE OUTRAS CONSEQUÊNCIAS DO PLENO GOZO DA LIBERDADE DE IMPRENSA. PECULIAR FÓRMULA CONSTITUCIONAL DE PROTEÇÃO A INTERESSES PRIVADOS QUE, MESMO INCIDINDO A POSTERIORI, ATUA SOBRE AS CAUSAS PARA INIBIR ABUSOS POR PARTE DA IMPRENSA. PROPORCIONALIDADE ENTRE LIBERDADE DE IMPRENSA E RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANOS MORAIS E MATERIAIS A TERCEIROS. RELAÇÃO DE MÚTUA CAUSALIDADE ENTRE LIBERDADE DE IMPRENSA E DEMOCRACIA. RELAÇÃO DE INERÊNCIA ENTRE PENSAMENTO CRÍTICO E IMPRENSA LIVRE. A IMPRENSA COMO INSTÂNCIA NATURAL DE FORMAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA E COMO ALTERNATIVA À VERSÃO OFICIAL DOS FATOS. PROIBIÇÃO DE MONOPOLIZAR OU OLIGOPOLIZAR ÓRGÃOS DE IMPRENSA COMO NOVO E AUTÔNOMO FATOR DE INIBIÇÃO DE ABUSOS. NÚCLEO DA LIBERDADE DE IMPRENSA E MATÉRIAS APENAS PERIFERICAMENTE DE IMPRENSA. AUTORREGULAÇÃO E REGULAÇÃO SOCIAL DA ATIVIDADE DE IMPRENSA. NÃO RECEPÇÃO EM BLOCO DA LEI Nº 5.250/1967 PELA NOVA ORDEM CONSTITUCIONAL. EFEITOS JURÍDICOS DA DECISÃO. PROCEDÊNCIA DA AÇÃO.

1. ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF). LEI DE IMPRENSA. ADEQUAÇÃO DA AÇÃO. A ADPF, fórmula processual subsidiária do controle concentrado de constitucionalidade, é via adequada à impugnação de norma pré-constitucional. Situação de concreta ambiência jurisdicional timbrada por decisões conflitantes. Atendimento das condições da ação.

2. REGIME CONSTITUCIONAL DA LIBERDADE DE IMPRENSA

COMO REFORÇO DAS LIBERDADES DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO, DE INFORMAÇÃO E DE EXPRESSÃO EM SENTIDO GENÉRICO, DE MODO A ABARCAR OS DIREITOS À PRODUÇÃO INTELECTUAL, ARTÍSTICA, CIENTÍFICA E COMUNICACIONAL. A Constituição reservou à imprensa todo um bloco normativo, com o apropriado nome “Da Comunicação Social” (capítulo V do título VIII). A imprensa como plexo ou conjunto de “atividades” ganha a dimensão de instituição-ideia, de modo a poder influenciar cada pessoa de per se e até mesmo formar o que se convencionou chamar de opinião pública. Pelo que ela, Constituição, destinou à imprensa o direito de controlar e revelar as coisas respeitantes à vida do Estado e da própria sociedade. A imprensa como alternativa à explicação ou versão estatal de tudo que possa repercutir no seio da sociedade e como garantido espaço de irrupção do pensamento crítico em qualquer situação ou contingência. Entendendo-se por pensamento crítico o que, plenamente comprometido com a verdade ou essência das coisas, se dota de potencial emancipatório de mentes e espíritos. O corpo normativo da Constituição brasileira sinonimiza liberdade de informação jornalística e liberdade de imprensa, rechaçante de qualquer censura prévia a um direito que é signo e penhor da mais encarecida dignidade da pessoa humana, assim como do mais evoluído estado de civilização.

3. O CAPÍTULO CONSTITUCIONAL DA COMUNICAÇÃO SOCIAL COMO SEGMENTO PROLONGADOR DE SUPERIORES BENS DE PERSONALIDADE QUE SÃO A MAIS DIRETA EMANAÇÃO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA: A LIVRE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO E O DIREITO À INFORMAÇÃO E À EXPRESSÃO ARTÍSTICA, CIENTÍFICA, INTELECTUAL E COMUNICACIONAL. TRANSPASSE DA NATUREZA JURÍDICA DOS DIREITOS PROLONGADOS AO CAPÍTULO CONSTITUCIONAL SOBRE A COMUNICAÇÃO SOCIAL. O art. 220 da Constituição radicaliza e alarga o regime de plena liberdade de atuação da imprensa, porquanto fala: a) que os mencionados direitos de personalidade (liberdade de pensamento, criação, expressão e informação) estão a salvo de qualquer restrição em seu exercício, seja qual for o suporte físico ou tecnológico de sua veiculação; b) que tal exercício não se sujeita a outras disposições que não sejam as figurantes dela própria, Constituição. A liberdade de informação jornalística é versada pela Constituição Federal como expressão sinônima de liberdade de imprensa. Os direitos que dão conteúdo à liberdade de imprensa são bens de personalidade que se qualificam como sobredireitos. Daí que, no limite, as relações de imprensa e as relações de intimidade, vida privada, imagem e honra são de mútua excludência, no sentido de que as primeiras se antecipam, no tempo, às segundas; ou seja, antes de tudo prevalecem as relações de imprensa como superiores bens jurídicos e natural forma de controle social sobre o poder do Estado, sobrevindo as demais relações como eventual responsabilização ou consequência do pleno gozo das primeiras. A expressão constitucional “observado o disposto nesta Constituição” (parte final do art. 220) traduz a incidência dos dispositivos tutelares de outros bens de personalidade, é certo, mas como consequência ou responsabilização pelo desfrute da “plena liberdade de informação jornalística” (§ 1º do mesmo art. 220 da Constituição Federal). Não há liberdade de imprensa pela metade ou sob as tenazes da censura prévia, inclusive a procedente do Poder Judiciário, pena de se resvalar para o espaço inconstitucional da prestidigitação jurídica. Silenciando a Constituição quanto ao regime da internet (rede mundial de computadores), não há como se lhe recusar a qualificação de território virtual livremente veiculador de ideias e opiniões, debates, notícias e tudo o mais que signifique plenitude de comunicação.

4. MECANISMO CONSTITUCIONAL DE CALIBRAÇÃO DE PRINCÍPIOS. O art. 220 é de instantânea observância quanto ao desfrute das liberdades de pensamento, criação, expressão e informação que, de alguma forma, se veiculem pelos órgãos de comunicação social. Isto sem prejuízo da aplicabilidade dos seguintes incisos do art. 5º da mesma Constituição Federal: vedação do anonimato (parte final do inciso IV); do direito de resposta (inciso V); direito a indenização por dano material ou moral à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem das pessoas (inciso X); livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer (inciso XIII); direito ao resguardo do sigilo da fonte de informação, quando necessário ao exercício profissional (inciso XIV). Lógica diretamente constitucional de calibração temporal ou cronológica na empírica incidência desses dois blocos de dispositivos constitucionais (o art. 220 e os mencionados incisos do art. 5º). Noutros termos, primeiramente, assegura-se o gozo dos sobredireitos de personalidade em que se traduz a “livre” e “plena” manifestação do pensamento, da criação e da informação. Somente depois é que se passa a cobrar do titular de tais situações jurídicas ativas um eventual desrespeito a direitos constitucionais alheios, ainda que também densificadores da personalidade humana. Determinação constitucional de momentânea paralisia à inviolabilidade de certas categorias de direitos subjetivos fundamentais, porquanto a cabeça do art. 220 da Constituição veda qualquer cerceio ou restrição à concreta manifestação do pensamento (vedado o anonimato), bem assim todo cerceio ou restrição que tenha por objeto a criação, a expressão e a informação, seja qual for a forma, o processo, ou o veículo de comunicação social. Com o que a Lei Fundamental do Brasil veicula o mais democrático e civilizado regime da livre e plena circulação das ideias e opiniões, assim como das notícias e informações, mas sem deixar de prescrever o direito de resposta e todo um regime de responsabilidades civis, penais e administrativas. Direito de resposta e

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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responsabilidades que, mesmo atuando a posteriori, infletem sobre as causas para inibir abusos no desfrute da plenitude de liberdade de imprensa.

5. PROPORCIONALIDADE ENTRE LIBERDADE DE IMPRENSA E RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. Sem embargo, a excessividade indenizatória é, em si mesma, poderoso fator de inibição da liberdade de imprensa, em violação ao princípio constitucional da proporcionalidade. A relação de proporcionalidade entre o dano moral ou material sofrido por alguém e a indenização que lhe caiba receber (quanto maior o dano maior a indenização) opera é no âmbito interno da potencialidade da ofensa e da concreta situação do ofendido. Nada tendo a ver com essa equação a circunstância em si da veiculação do agravo por órgão de imprensa, porque, senão, a liberdade de informação jornalística deixaria de ser um elemento de expansão e de robustez da liberdade de pensamento e de expressão lato sensu para se tornar um fator de contração e de esqualidez dessa liberdade. Em se tratando de agente público, ainda que injustamente ofendido em sua honra e imagem, subjaz à indenização uma imperiosa cláusula de modicidade. Isto porque todo agente público está sob permanente vigília da cidadania. E quando o agente estatal não prima por todas as aparências de legalidade e legitimidade no seu atuar oficial, atrai contra si mais fortes suspeitas de um comportamento antijurídico francamente sindicável pelos cidadãos.

6. RELAÇÃO DE MÚTUA CAUSALIDADE ENTRE LIBERDADE DE IMPRENSA E DEMOCRACIA. A plena liberdade de imprensa é um patrimônio imaterial que corresponde ao mais eloquente atestado de evolução político-cultural de todo um povo. Pelo seu reconhecido condão de vitalizar por muitos modos a Constituição, tirando-a mais vezes do papel, a Imprensa passa a manter com a democracia a mais entranhada relação de mútua dependência ou retroalimentação. Assim visualizada como verdadeira irmã siamesa da democracia, a imprensa passa a desfrutar de uma liberdade de atuação ainda maior que a liberdade de pensamento, de informação e de expressão dos indivíduos em si mesmos considerados. O § 5º do art. 220 apresenta-se como norma constitucional de concretização de um pluralismo finalmente compreendido como fundamento das sociedades autenticamente democráticas; isto é, o pluralismo como a virtude democrática da respeitosa convivência dos contrários. A imprensa livre é, ela mesma, plural, devido a que são constitucionalmente proibidas a oligopolização e a monopolização do setor (§ 5º do art. 220 da CF). A proibição do monopólio e do oligopólio como novo e autônomo fator de contenção de abusos do chamado “poder social da imprensa”.

7. RELAÇÃO DE INERÊNCIA ENTRE PENSAMENTO CRÍTICO E IMPRENSA LIVRE. A IMPRENSA COMO INSTÂNCIA NATURAL DE FORMAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA E COMO ALTERNATIVA À VERSÃO OFICIAL DOS FATOS. O pensamento crítico é parte integrante da informação plena e fidedigna. O possível conteúdo socialmente útil da obra compensa eventuais excessos de estilo e da própria verve do autor. O exercício concreto da liberdade de imprensa assegura ao jornalista o direito de expender críticas a qualquer pessoa, ainda que em tom áspero ou contundente, especialmente contra as autoridades e os agentes do Estado. A crítica jornalística, pela sua relação de inerência com o interesse público, não é aprioristicamente suscetível de censura, mesmo que legislativa ou judicialmente intentada. O próprio das atividades de imprensa é operar como formadora de opinião pública, espaço natural do pensamento crítico e “real alternativa à versão oficial dos fatos” ( Deputado Federal Miro Teixeira).

8. NÚCLEO DURO DA LIBERDADE DE IMPRENSA E A INTERDIÇÃO PARCIAL DE LEGISLAR. A uma atividade que já era “livre” (incisos IV e IX do art. 5º), a Constituição Federal acrescentou o qualificativo de “plena” (§ 1º do art. 220). Liberdade plena que, repelente de qualquer censura prévia, diz respeito à essência mesma do jornalismo (o chamado “núcleo duro” da atividade). Assim entendidas as coordenadas de tempo e de conteúdo da manifestação do pensamento, da informação e da criação lato sensu, sem o que não se tem o desembaraçado trânsito das ideias e opiniões, tanto quanto da informação e da criação. Interdição à lei quanto às matérias nuclearmente de imprensa, retratadas no tempo de início e de duração do concreto exercício da liberdade, assim como de sua extensão ou tamanho do seu conteúdo. Tirante, unicamente, as restrições que a Lei Fundamental de 1988 prevê para o “estado de sítio” (art. 139), o Poder Público somente pode dispor sobre matérias lateral ou reflexamente de imprensa, respeitada sempre a ideia-força de que quem quer que seja tem o direito de dizer o que quer que seja. Logo, não cabe ao Estado, por qualquer dos seus órgãos, definir previamente o que pode ou o que não pode ser dito por indivíduos e jornalistas. As matérias reflexamente de imprensa, suscetíveis, portanto, de conformação legislativa, são as indicadas pela própria Constituição, tais como: direitos de resposta e de indenização, proporcionais ao agravo; proteção do sigilo da fonte (“quando necessário ao exercício profissional”); responsabilidade penal por calúnia, injúria e difamação; diversões e espetáculos públicos; estabelecimento dos “meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente” (inciso II do § 3º do art. 220 da CF); independência e proteção remuneratória dos profissionais de imprensa como elementos de sua própria qualificação técnica (inciso XIII do art. 5º); participação do capital estrangeiro nas empresas de comunicação social (§ 4º do art. 222 da CF); composição e funcionamento do Conselho de

Comunicação Social (art. 224 da Constituição). Regulações estatais que, sobretudo incidindo no plano das consequências ou responsabilizações, repercutem sobre as causas de ofensas pessoais para inibir o cometimento dos abusos de imprensa. Peculiar fórmula constitucional de proteção de interesses privados em face de eventuais descomedimentos da imprensa (justa preocupação do Ministro Gilmar Mendes), mas sem prejuízo da ordem de precedência a esta conferida, segundo a lógica elementar de que não é pelo temor do abuso que se vai coibir o uso. Ou, nas palavras do Ministro Celso de Mello, “a censura governamental, emanada de qualquer um dos três Poderes, é a expressão odiosa da face autoritária do poder público”.

9. AUTORREGULAÇÃO E REGULAÇÃO SOCIAL DA ATIVIDADE DE IMPRENSA. É da lógica encampada pela nossa Constituição de 1988 a autorregulação da imprensa como mecanismo de permanente ajuste de limites da sua liberdade ao sentir-pensar da sociedade civil. Os padrões de seletividade do próprio corpo social operam como antídoto que o tempo não cessa de aprimorar contra os abusos e desvios jornalísticos. Do dever de irrestrito apego à completude e fidedignidade das informações comunicadas ao público decorre a permanente conciliação entre liberdade e responsabilidade da imprensa. Repita-se: não é jamais pelo temor do abuso que se vai proibir o uso de uma liberdade de informação a que o próprio Texto Magno do País apôs o rótulo de “plena” (§ 1 do art. 220).

10. NÃO RECEPÇÃO EM BLOCO DA LEI 5.250 PELA NOVA ORDEM CONSTITUCIONAL.

10.1. Óbice lógico à confecção de uma lei de imprensa que se orne de compleição estatutária ou orgânica. A própria Constituição, quando o quis, convocou o legislador de segundo escalão para o aporte regratório da parte restante de seus dispositivos (art. 29, art. 93 e § 5º do art. 128). São irregulamentáveis os bens de personalidade que se põem como o próprio conteúdo ou substrato da liberdade de informação jornalística, por se tratar de bens jurídicos que têm na própria interdição da prévia interferência do Estado o seu modo natural, cabal e ininterrupto de incidir. Vontade normativa que, em tema elementarmente de imprensa, surge e se exaure no próprio texto da Lei Suprema.

10.2. Incompatibilidade material insuperável entre a Lei n° 5.250/67 e a Constituição de 1988. Impossibilidade de conciliação que, sobre ser do tipo material ou de substância (vertical), contamina toda a Lei de Imprensa: a) quanto ao seu entrelace de comandos, a serviço da prestidigitadora lógica de que para cada regra geral afirmativa da liberdade é aberto um leque de exceções que praticamente tudo desfaz; b) quanto ao seu inescondível efeito prático de ir além de um simples projeto de governo para alcançar a realização de um projeto de poder, este a se eternizar no tempo e a sufocar todo pensamento crítico no País.

10.3 São de todo imprestáveis as tentativas de conciliação hermenêutica da Lei 5.250/67 com a Constituição, seja mediante expurgo puro e simples de destacados dispositivos da lei, seja mediante o emprego dessa refinada técnica de controle de constitucionalidade que atende pelo nome de “interpretação conforme a Constituição”. A técnica da interpretação conforme não pode artificializar ou forçar a descontaminação da parte restante do diploma legal interpretado, pena de descabido incursionamento do intérprete em legiferação por conta própria. Inapartabilidade de conteúdo, de fins e de viés semântico (linhas e entrelinhas) do texto interpretado. Caso-limite de interpretação necessariamente conglobante ou por arrastamento teleológico, a pré-excluir do intérprete/aplicador do Direito qualquer possibilidade da declaração de inconstitucionalidade apenas de determinados dispositivos da lei sindicada, mas permanecendo incólume uma parte sobejante que já não tem significado autônomo. Não se muda, a golpes de interpretação, nem a inextrincabilidade de comandos nem as finalidades da norma interpretada. Impossibilidade de se preservar, após artificiosa hermenêutica de depuração, a coerência ou o equilíbrio interno de uma lei (a Lei federal nº 5.250/67) que foi ideologicamente concebida e normativamente apetrechada para operar em bloco ou como um todo pro indiviso.

11. EFEITOS JURÍDICOS DA DECISÃO. Aplicam-se as normas da legislação comum, notadamente o Código Civil, o Código Penal, o Código de Processo Civil e o Código de Processo Penal às causas decorrentes das relações de imprensa. O direito de resposta, que se manifesta como ação de replicar ou de retificar matéria publicada é exercitável por parte daquele que se vê ofendido em sua honra objetiva, ou então subjetiva, conforme estampado no inciso V do art. 5º da Constituição Federal. Norma, essa, “de eficácia plena e de aplicabilidade imediata”, conforme classificação de José Afonso da Silva. “Norma de pronta aplicação”, na linguagem de Celso Ribeiro Bastos e Carlos Ayres Britto, em obra doutrinária conjunta.

12. PROCEDÊNCIA DA AÇÃO. Total procedência da ADPF, para o efeito de declarar como não recepcionado pela Constituição de 1988 todo o conjunto de dispositivos da Lei federal nº 5.250, de 9 de fevereiro de 1967.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.461 (166)ORIGEM : AI - 5316014500 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : JOÃO PARREIRA DE MIRANDAADV.(A/S) : ADILSON ELIAS DE OLIVEIRA SARTORELLO E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : RUBENS DE SOUZAADV.(A/S) : RUI CARVALHO GOULART E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 17

Decisão: Rejeitada a preliminar de incompetência do Plenário para apreciar os embargos, suscitada pelo Senhor Ministro Marco Aurélio que entendia ser atribuição do relator. Em seguida, o Tribunal, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator, Ministro Gilmar Mendes (Presidente). Ausentes, licenciados, os Senhores Ministros Cezar Peluso e Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 16.09.2009.

EMENTA: Embargos de declaração em agravo regimental em agravo de instrumento. Inocorrência de omissão, contradição ou obscuridade. Efeitos infringentes. Inviabilidade. 2. Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.704 (167)ORIGEM : PROC - 200803000100830 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEEMBTE.(S) : ANTONIO MOLINARI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALDENI MARTINS E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, recebeu os embargos de declaração como agravo regimental e a este, por unanimidade, negou provimento, nos termos do voto do Relator, Ministro Gilmar Mendes (Presidente). Ausentes, licenciados, os Senhores Ministros Cezar Peluso e Joaquim Barbosa e, neste julgamento, o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 16.09.2009.

EMENTA: Embargos de declaração em agravo de instrumento. 2. Decisão monocrática. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 3. Embargos de declaração opostos da decisão de inadmissibilidade do recurso extraordinário. Recurso incabível. 4. Intempestividade do agravo. Precedentes. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.

EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 269.159

(168)

ORIGEM : AMS - 9601411356 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - LUCIANA MOREIRA GOMESEMBDO.(A/S) : SAFIRA BEBIDAS LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCOS TEIXEIRA MACIEL LEITE E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto da Relatora, rejeitou os embargos de declaração, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Ausentes, licenciados, os Senhores Ministros Cezar Peluso, Joaquim Barbosa e, em representação do Tribunal no exterior, o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 17.09.2009.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE.

Os embargos de declaração não se prestam à correção de julgado se a premissa suscitada foi objeto de apreciação pelo órgão julgador. Precedente.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 90.532

(169)

ORIGEM : HC - 54031 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALEMBDO.(A/S) : MARIA FRANCISCA ALVES SOUZAADV.(A/S) : RAFAEL PEREIRA DE SOUZA

Decisão: O Tribunal, por votação unânime, conheceu dos embargos de declaração, dando-lhes efeito infringente para negar provimento ao recurso ordinário, nos termos do voto do Relator. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.9.2009.

EMENTA: Embargos de declaração. Efeitos infringentes. Admissibilidade excepcional. Necessidade de intimação da parte embargada para contra-razões. Art. 2º, inc. I, da Lei nº 8.137/90. Crime formal. Desnecessidade de conclusão do procedimento administrativo para a persecução penal.

Visando os embargos declaratórios à modificação do provimento embargado, impõe-se, considerado o devido processo legal e a ampla defesa, a ciência da parte contrária para, querendo, apresentar contra-razões.

O tipo penal previsto no artigo 2º, inc. I, da Lei 8.137/90, é crime formal e, portanto, independe da consumação do resultado naturalístico

correspondente à auferição de vantagem ilícita em desfavor do Fisco, bastando a omissão de informações ou a prestação de declaração falsa, não demandando a efetiva percepção material do ardil aplicado. Dispensável, por conseguinte, a conclusão de procedimento administrativo para configurar a justa causa legitimadora da persecução.

Embargos declaratórios providos.

EXTRADIÇÃO 1.146 (170)ORIGEM : EXT - 143380 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : REPÚBLICA FRANCESARELATOR :MIN. EROS GRAUREQTE.(S) : GOVERNO DA FRANÇAEXTDO.(A/S) : DANIEL SANTA MARIA OU DANIEL SANTIAGO SANTA

MARIAADV.(A/S) : TATIANA ZENNI DE CARVALHO

Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, deferiu parcialmente o pedido de extradição, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Ausentes, licenciados, os Senhores Ministros Cezar Peluso, Joaquim Barbosa e, em representação do Tribunal no exterior, o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Falou pelo extraditando a Dra. Tatiana Zenni de Carvalho. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 17.09.2009.

EMENTA: EXTRADIÇÃO EXECUTÓRIA. CONTRABANDO OU DESCAMINHO E TRÁFICO DE ENTORPECENTES. DUPLA TIPICIDADE. REGULARIDADE FORMAL DO PEDIDO. PENA ÚNICA. PRESCRIÇÃO DO CRIME DE CONTRABANDO, CONSIDERADA A PENA COMINADA PARA O TIPO.

1.Pedido de extradição visando a que o extraditando cumpra pena privativa de liberdade pelos crimes de contrabando ou descaminho e tráfico ilícito de entorpecentes. Instrução adequada e satisfação dos demais requisitos.

2.Condenação por dois crimes com imposição de pena única. Análise da prescrição considerando-se a pena de cada crime. Precedentes. Prescrição do crime de descaminho.

Extradição deferida, parcialmente, em relação ao crime de tráfico de entorpecentes.

MANDADO DE SEGURANÇA 23.441 (171)ORIGEM : MS - 29421 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEREDATOR DO ACÓRDÃO

: MIN. JOAQUIM BARBOSA

IMPTE. : ANITA CARDOSO DA SILVAADVDOS. : CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO E

OUTROSIMPDO. : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICALIT.PAS. : UNIÃOADV. : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, rejeitou a preliminar de incompetência. Em seguida, após o voto da Senhora Ministra Ellen Gracie, Relatora, indeferindo a segurança e revogando a liminar concedida, pediu vista dos autos o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Impedido o Senhor Ministro Carlos Velloso. Falou pela impetrante o Dr. Sérgio Carvalho. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Maurício Corrêa, Presidente. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Nelson Jobim, Vice-Presidente. Plenário, 23.10.2003.

Decisão: Após o voto do Senhor Ministro Joaquim Barbosa, deferindo a segurança, e do voto da Senhora Ministra Ellen Gracie, indeferindo-a, Sua Excelência indicou adiamento. Impedido o Senhor Ministro Carlos Velloso. Presidência do Senhor Ministro Maurício Corrêa. Plenário, 19.02.2004.

Decisão: Após o voto da Senhora Ministra Ellen Gracie (Relatora), confirmando o indeferimento da segurança, pediu vista dos autos o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Nelson Jobim (Presidente) e Carlos Velloso. Presidência da Senhora Ministra Ellen Gracie (Vice-Presidente). Plenário, 25.05.2005.

Decisão: Renovado o pedido de vista do Senhor Ministro Gilmar Mendes, justificadamente, nos termos do § 1º do artigo 1º da Resolução nº 278, de 15 de dezembro de 2003. Presidência do Senhor Ministro Nelson Jobim. Plenário, 03.08.2005.

Decisão: Colhido o voto-vista do Presidente, Ministro Gilmar Mendes, o Tribunal, por maioria, concedeu a segurança, tendo em conta o decurso de lapso temporal prolongado e a necessidade de se garantir a segurança jurídica, vencida a Senhora Ministra Ellen Gracie (Relatora). Redigirá o acórdão o Senhor Ministro Joaquim Barbosa, com voto proferido na assentada anterior. Ausentes, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Menezes Direito. Plenário, 27.11.2008.

EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. PROCURADOR DO TRABALHO. ESTÁGIO PROBATÓRIO. VITALICIEDADE. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. SEGURANÇA CONCEDIDA.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 18

MANDADO DE SEGURANÇA 24.817 (172)ORIGEM : MS - 19514 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : PB CÂMBIO E TURISMO LTDAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA

DE INQUÉRITO - CPMI DO BANESTADO

Decisão: Apresentado o feito, o julgamento foi adiado em virtude do adiantado da hora. Presidência do Senhor Ministro Nelson Jobim. Plenário, 16.12.2004.

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, rejeitou as preliminares e, no mérito, indeferiu a segurança, nos termos do voto do relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Nelson Jobim. Plenário, 03.02.2005.

E M E N T A: COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO - PODERES DE INVESTIGAÇÃO (CF, ART. 58, § 3º) - LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS - LEGITIMIDADE DO CONTROLE JURISDICIONAL - POSSIBILIDADE DE A CPI ORDENAR, POR AUTORIDADE PRÓPRIA, A QUEBRA DOS SIGILOS BANCÁRIO, FISCAL E TELEFÔNICO - NECESSIDADE DE FUNDAMENTAÇÃO DO ATO DELIBERATIVO - QUEBRA DE SIGILO ADEQUADAMENTE FUNDAMENTADA - VALIDADE - MANDADO DE SEGURANÇA INDEFERIDO.

A QUEBRA DO SIGILO CONSTITUI PODER INERENTE À COMPETÊNCIA INVESTIGATÓRIA DAS COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO.

- A quebra do sigilo fiscal, bancário e telefônico de qualquer pessoa sujeita a investigação legislativa pode ser legitimamente decretada pela Comissão Parlamentar de Inquérito, desde que esse órgão estatal o faça mediante deliberação adequadamente fundamentada e na qual indique a necessidade objetiva da adoção dessa medida extraordinária. Precedentes.

- O sigilo bancário, o sigilo fiscal e o sigilo telefônico (sigilo este que incide sobre os dados/registros telefônicos e que não se identifica com a inviolabilidade das comunicações telefônicas) - ainda que representem projeções específicas do direito à intimidade, fundado no art. 5º, X, da Carta Política - não se revelam oponíveis, em nosso sistema jurídico, às Comissões Parlamentares de Inquérito, eis que o ato que lhes decreta a quebra traduz natural derivação dos poderes de investigação que foram conferidos, pela própria Constituição da República, aos órgãos de investigação parlamentar.

As Comissões Parlamentares de Inquérito, no entanto, para decretar, legitimamente, por autoridade própria, a quebra do sigilo bancário, do sigilo fiscal e/ou do sigilo telefônico, relativamente a pessoas por elas investigadas, devem demonstrar, a partir de meros indícios, a existência concreta de causa provável que legitime a medida excepcional (ruptura da esfera de intimidade de quem se acha sob investigação), justificando a necessidade de sua efetivação no procedimento de ampla investigação dos fatos determinados que deram causa à instauração do inquérito parlamentar, sem prejuízo de ulterior controle jurisdicional dos atos em referência (CF, art. 5º, XXXV).

As deliberações de qualquer Comissão Parlamentar de Inquérito, à semelhança do que também ocorre com as decisões judiciais, quando destituídas de motivação, mostram-se írritas e despojadas de eficácia jurídica, pois nenhuma medida restritiva de direitos pode ser adotada pelo Poder Público, sem que o ato que a decreta seja adequadamente fundamentado pela autoridade estatal.

PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE.- O princípio da colegialidade traduz diretriz de fundamental

importância na regência das deliberações tomadas por qualquer Comissão Parlamentar de Inquérito, notadamente quando esta, no desempenho de sua competência investigatória, ordena a adoção de medidas restritivas de direitos, como aquelas que importam na revelação (“disclosure”) das operações financeiras ativas e passivas de qualquer pessoa.

A legitimidade do ato de quebra do sigilo bancário, além de supor a plena adequação de tal medida ao que prescreve a Constituição, deriva da necessidade de a providência em causa respeitar, quanto à sua adoção e efetivação, o princípio da colegialidade, sob pena de essa deliberação reputar-se nula.

MANDADO DE SEGURANÇA E TERMO INICIAL DO PRAZO DE SUA IMPETRAÇÃO.

- O termo inicial do prazo decadencial de 120 dias começa a fluir, para efeito de impetração do mandado de segurança, a partir da data em que o ato do Poder Público, formalmente divulgado no Diário Oficial, revela-se apto a gerar efeitos lesivos na esfera jurídica do interessado. Precedentes.

MANDADO DE SEGURANÇA 26.117 (173)ORIGEM : MS - 118299 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAUIMPTE.(S) : JORGE LUIZ SILVA DA SILVAADV.(A/S) : JOÃO BATISTA DE SOUZAIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Decisão: Após o voto do Senhor Ministro Eros Grau (relator), que concedia a ordem, no que foi acompanhado pelo Senhor Ministro Menezes Direito e pela Senhora Ministra Cármen Lúcia, pediu vista dos autos o Senhor Ministro Carlos Britto. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Cezar Peluso, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski. Presidência da Senhora Ministra Ellen Gracie. Plenário, 07.04.2008.

Decisão: Prosseguindo no julgamento, o Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, concedeu a ordem. Votou o Presidente, Ministro Gilmar Mendes. Ausentes, justificadamente, a Senhora Ministra Ellen Gracie e os Senhores Ministros Joaquim Barbosa e Menezes Direito. Plenário, 20.05.2009.

EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. ART. 71, III, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. FISCALIZAÇÃO DE EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA. POSSIBILIDADE. IRRELEVÂNCIA DO FATO DE TEREM OU NÃO SIDO CRIADAS POR LEI. ART. 37, XIX, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. ASCENSÃO FUNCIONAL ANULADA PELO TCU APÓS DEZ ANOS. ATO COMPLEXO. INEXISTÊNCIA. DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA. ART. 54 DA LEI N. 9.784/99. OFENSA AO PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA E DA BOA-FÉ. SEGURANÇA CONCEDIDA.

1.As empresas públicas e as sociedades de economia mista, entidades integrantes da administração indireta, estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas, não obstante a aplicação do regime jurídico celetista aos seus funcionários. Precedente [MS n. 25.092, Relator o Ministro CARLOS VELLOSO, DJ de 17.3.06].

2.A circunstância de a sociedade de economia mista não ter sido criada por lei não afasta a competência do Tribunal de Contas. São sociedades de economia mista, inclusive para os efeitos do art. 37, XIX, da CB/88, aquelas --- anônimas ou não --- sob o controle da União, dos Estados-membros, do Distrito Federal ou dos Municípios, independentemente da circunstância de terem sido criadas por lei. Precedente [MS n. 24.249, de que fui Relator, DJ de 3.6.05].

3.Não consubstancia ato administrativo complexo a anulação, pelo TCU, de atos relativos à administração de pessoal após dez anos da aprovação das contas da sociedade de economia mista pela mesma Corte de Contas.

4.A Administração decai do direito de anular atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis aos destinatários após cinco anos, contados da data em que foram praticados [art. 54 da Lei n. 9.784/99]. Precedente [MS n. 26.353, Relator o Ministro MARCO AURÉLIO, DJ de 6.3.08]

5.A anulação tardia de ato administrativo, após a consolidação de situação de fato e de direito, ofende o princípio da segurança jurídica. Precedentes [RE n. 85.179, Relator o Ministro BILAC PINTO, RTJ 83/921 (1978) e MS n. 22.357, Relator o Ministro GILMAR MENDES, DJ 5.11.04].

Ordem concedida.

MANDADO DE SEGURANÇA 26.696 (174)ORIGEM : MS - 85668 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESIMPTE.(S) : VINÍCIUS DINIZ MONTEIRO DE BARROSADV.(A/S) : JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA FILHO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: Após o voto do Senhor Ministro Gilmar Mendes (Relator), indeferindo a segurança, no que foi acompanhado pelos Senhores Ministros Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carlos Britto e Cezar Peluso, pediu vista dos autos o Senhor Ministro Marco Aurélio. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Eros Grau, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie (Presidente) e os Senhores Ministros Celso de Mello e Menezes Direito. Falou pelo impetrante o Dr. Thiago Naves. Procurador-Geral da República Dr. Francisco Xavier Pinheiro Filho ante o impedimento do titular. Presidência do Senhor Ministro Gilmar Mendes (Vice-Presidente). Plenário, 17.12.2007.

Decisão: Indicado adiamento. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Menezes Direito e, nesta assentada, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidência do Senhor Ministro Gilmar Mendes (Presidente). Plenário, 28.08.2008.

Decisão: Prosseguindo no julgamento, o Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, Ministro Gilmar Mendes (Presidente), julgou prejudicada a segurança, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, que a concedia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Menezes Direito. Plenário, 03.06.2009.

EMENTA: Mandado de Segurança. 2. Ato do Procurador-Geral da República que, em sede de recurso administrativo, manteve decisão que indeferiu a inscrição definitiva do impetrante no 23º Concurso para provimento de cargos de Procurador da República. 3. Não comprovação do requisito de atividade jurídica privativa de bacharel em Direito no ato da inscrição (CF, art. 129, § 3º). Exigência declarada constitucional por este Supremo Tribunal Federal na ADI 3460/DF. 4. Não realização de prova oral pelo impetrante. 5. Mandado de Segurança prejudicado.

Brasília, 05 de novembro de 2009.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 19

Guaraci de Sousa VieiraCoordenador de Acórdãos

PRIMEIRA TURMA

SESSÃO ORDINÁRIA

Ata da 31ª (trigésima primeira) Sessão Ordinária da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, realizada em 27 de outubro de 2009.

Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. Presentes à Sessão os Ministros Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski, a Ministra Cármen Lúcia e o Ministro Dias Toffoli.

Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner de Castro Mathias Netto.

Coordenador, Ricardo Dias Duarte.Abriu-se a Sessão às quatorze horas, sendo lida e aprovada a Ata da

Sessão anterior.HOMENAGEMO SENHOR MINISTRO CARLOS BRITTO (PRESIDENTE) –

Senhores Ministros, antes de trazer a julgamento o primeiro processo da pauta, não posso deixar de fazer uma saudação ao Ministro Toffoli, que estréia nesta Primeira Turma.

Fique certo, Vossa Excelência, de que todos nós, componentes desta Primeira Turma, o saudamos com alegria, admiração e até com entusiasmo, na certeza de que Vossa Excelência vem para agregar valores, adensar os nossos estudos, trazer para esta Turma a sua juventude, mas já permeada de tanta experiência, como refinado, qualificado operador jurídico.

Sinta-se à vontade nesta Casa. Todos nós aqui trabalhamos na perspectiva da afirmação do Direito brasileiro e, de modo especial, da nossa Constituição, guardiões que somos dela. Diz a Constituição exatamente isto: que nos compete, precipuamente, a guarda da Constituição e, mesmo quando aplicamos aqui o Direito Penal, o fazemos conciliadamente com os princípios constitucionais.

Seja bem-vindo, portanto, Ministro, sinta-se em casa, porque a Casa é sua mesmo e de todos nós, sempre nesta perspectiva de viagem de alma, não de viagem de ego. Estamos aqui para servir à coletividade, servir ao Direito a partir da magnífica Lei Maior que o Constituinte de 1987/1988 nos legou.

O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI – Presidente, agradeço as palavras de Vossa Excelência, agradeço à pessoa de Vossa Excelência, a receptividade de todos os colegas desta Turma e do Supremo Tribunal Federal. Para mim, é uma alegria estrear no Colegiado, aqui na Primeira Turma, com Vossas Excelências.

Tenho certeza de que atuarei no firme propósito da função maior de ser guarda da Constituição.

Muito obrigado.O SENHOR MINISTRO CARLOS BRITTO (PRESIDENTE) –

Obrigado a Vossa Excelência.

JULGAMENTOS

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 619.002 (175)ORIGEM : AC - 306939000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : HELENA VALADARES DA SILVAADV.(A/S) : MARIA ELISA MASCARENHAS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ANDRÉ CHAVES MASCARENHAS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RANDOLFO DINIZ NETO E OUTRO(A/S)

Decisão: Após o voto do Ministro Marco Aurélio, Relator, que negava provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, pediu vista do processo o Ministro Carlos Ayres Britto, Presidente. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 632.259 (176)ORIGEM : AC - 200161000183847 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MONACE TECNOLOGIA S/AADV.(A/S) : VICTOR MANZIN SARTORI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, com imposição de multa, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Ricardo Lewandowski. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 638.412 (177)ORIGEM : AC - 200370000329530 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : MASSA FALIDA DE BERNARD KRONE DO BRASIL

INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE VEÍCULOS INDUSTRIAIS E MÁQUINAS AGRÍCOLAS LTDA

ADV.(A/S) : RODRIGO SHIRAI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 709.974 (178)ORIGEM : AC - 872492006 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE MATO GROSSOPROCED. : MATO GROSSORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ROMEU DE AQUINO NUNES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JORGE ELIAS NEHMEAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE COMODOROADV.(A/S) : RONIE JACIR THOMAZI E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, com imposição de multa, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.295 (179)ORIGEM : MS - 200572080024390 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MULTILOG S/AADV.(A/S) : RAFAEL DE ASSIS HORN E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : OSWALDO JOSÉ PEDREIRA HORNAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, com imposição de multa, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 393.032 (180)ORIGEM : AI - 200101000345567 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E

TELÉGRAFOS - ECTADV.(A/S) : MATIAS DE ARAÚJO NETO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUCIANA SANTOS DE OLIVEIRAAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE POUSO ALEGREADV.(A/S) : ALEXANDRE COUTINHO PAGLIARINI E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Ricardo Lewandowski. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 455.479 (181)ORIGEM : MS - 10113759 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA SUBSTITUTA

:MIN. CÁRMEN LÚCIA

AGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAADV.(A/S) : PGE-SC - LORENO WEISSHEIMERAGDO.(A/S) : CARLOS ALBERTO D'ÁVILAADV.(A/S) : LUÍS FERNANDO SILVA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Ricardo Lewandowski. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.735 (182)ORIGEM : AC - 383489 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : IVANETE DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RICARDO ANDRÉ BANDEIRA MARQUES E

OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 20

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 404.257 (183)ORIGEM : AC - 9601320571 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR SUBSTITUTO

:MIN. CARLOS BRITTO

EMBTE.(S) : HOTEL TRANSCONTINENTAL LTDA E OUTRASADVDOS. : RENATA SONODA PIMENTEL E OUTROSEMBDO.(A/S) : UNIÃOADV. : PFN - PAULO EDUARDO MAGALDI NETTO

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração no agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 522.535 (184)ORIGEM : EDEDEDRODC - 76458120017 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : SINDICATO DOS METALÚRGICOS DO ABCADV.(A/S) : DANIEL MARTINS FELSEMBURGEMBDO.(A/S) : SINDICATO NACIONAL DA INDÚSTRIA DE

COMPONENTES PARA VEÍCULOS AUTOMOTORES - SINDIPEÇAS

ADV.(A/S) : DRÁUSIO APPARECIDO VILLAS BOAS RANGELEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 2ª REGIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração no agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 554.858

(185)

ORIGEM : RESE - 70005958491 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOEMBTE.(S) : AMANTINO MARTINS DE MELLOEMBTE.(S) : JURACI DOS SANTOS MELLOEMBTE.(S) : JOSÉ MIGUEL DOS SANTOS MELLOADV.(A/S) : PAULO JOSÉ TAMIOZZO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULEMBDO.(A/S) : VANILDE DA LUZ LIMA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUIZ JUAREZ NOGUEIRA DE AZEVEDO

Decisão: Preliminarmente, por maioria de votos, a Turma conheceu dos embargos de declaração nos embargos de declaração no agravo regimental no agravo regimental no agravo de instrumento; vencido o Ministro Marco Aurélio. No mérito, por unanimidade, a Turma rejeitou estes embargos, determinando a execução imediata do julgado; vencido o Ministro Marco Aurélio quanto à imediatidade da execução. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 587.419

(186)

ORIGEM : AR - 11605311 - 1º TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : JAIR MARINELLI DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CLEBER MARINELLI DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : JOÃO GOMES RIBEIRO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARDEQUE CORRÊA DE SOUZA

Decisão: A Turma não conheceu dos embargos de declaração nos embargos de declaração no agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 682.518 (187)ORIGEM : APCRIM - 200505000224 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : SONIA MARIA DE CARVALHOADV.(A/S) : PEDRO GERALDO DE SOUZA COHNAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração no agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 698.309 (188)ORIGEM : APCRIM - 930286310000000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOEMBTE.(S) : VALDIR ANTONIO BERETTAADV.(A/S) : FÁBIO TOFIC SIMANTOBADV.(A/S) : ISADORA FINGERMANNADV.(A/S) : CAROLINA DE QUEIROZ FRANCO OLIVEIRAADV.(A/S) : DÉBORA GONÇALVES PEREZADV.(A/S) : CONRADO DONATI ANTUNESEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração no agravo regimental no agravo de instrumento. Concedeu, porém, habeas corpus, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 729.307 (189)ORIGEM : AC - 7416615800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : DROGARIA HO SANG LTDAADV.(A/S) : HELDER KANAMARUEMBDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : LAURA A L LIMA

Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental; vencido, nesta parte, o Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, lhe negou provimento, nos termos do voto da Relatora. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª. Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 259.283

(190)

ORIGEM : MS - 5749 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CARLOS BRITTOEMBTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAEMBDO.(A/S) : ALFREDO RUSSI E OUTROSADV.(A/S) : LUÍS ALVES DE SOUSA

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração no agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 96.853 (191)ORIGEM : HC - 162547 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : VALDECIR GOMES ZILLIIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Por maioria de votos, a Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator; vencido o Ministro Marco Aurélio. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 97.688 (192)ORIGEM : HC - 9493 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : WASHINGTON JOHANN DE AZEVEDO PEREIRA

CUNHA OU WASHINGTON JOHANN DE AZEVEDO PEREIRA CUNHA

IMPTE.(S) : MARCOS AURÉLIO DE SOUZA SANTOSCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Por maioria de votos, a Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator; vencido o Ministro Marco Aurélio. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 98.084 (193)ORIGEM : HC - 22945 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : ANA CAROLINA DOMINGUES MARTIN OU ANA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 21

CAROLINA DOMINGUEZ MARTINIMPTE.(S) : PAULO CÉSAR OLIVEIRA DO CARMO E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HABEAS CORPUS Nº 93.506 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Por maioria de votos, a Turma julgou prejudicado o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator; vencido o Ministro Marco Aurélio. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 98.618 (194)ORIGEM : HC - 38307 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : ROGÉRIO DOS SANTOS OLIVEIRAIMPTE.(S) : FLORESTAN RODRIGO DO PRADO E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 100.215 (195)ORIGEM : HC - 96014 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : SILVIO DOMINGOS AITAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus. Concedeu, porém, a ordem, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 100.866 (196)ORIGEM : HC - 120101 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : REINALDO GOMES CARVALHOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 428.170 (197)ORIGEM : AC - 214062001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOREDATORA DO ACÓRDÃO

: MIN. CÁRMEN LÚCIA

RECTE.(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DE ANÁLISES SOCIAIS E ECONÔMICAS - IBASE

ADV.(A/S) : JOSÉ MÁRCIO MONSÃO MOLLO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : BEATRIZ VARANDA

Decisão: Após os votos do Ministro Marco Aurélio, Presidente-Relator, que dava provimento ao recurso extraordinário, e da Ministra Cármen Lúcia, que lhe negava provimento, pediu vista do processo o Ministro Ricardo Lewandowski. Não participou, justificadamente, deste julgamento o Ministro Menezes Direito. 1ª Turma, 09.09.2008.

Decisão: Prosseguindo o julgamento, a Turma negou provimento ao recurso extraordinário, nos termos do voto da Ministra Cármen Lucia, Redatora para o acórdão; vencido o Ministro Marco Aurélio, Relator. Não participou, justificadamente, deste julgamento o Ministro Dias Toffoli. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 462.282 (198)ORIGEM : PROC - 200404010444913 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR SUBSTITUTO

:MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

RECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : JOAQUIM JURANDIR SILVEIRA LUZ

Decisão: Retirado da Pauta 24/2007, publicada no D.J. de 25.10.2007, por indicação do Relator. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 553.937 (199)ORIGEM : APCRIM - 20050318919 - JOINVILLE - SCPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINARECDO.(A/S) : DARCI ANTUNESADV.(A/S) : ELISANDRO JOSÉ DUMS

Decisão: Retirado da Pauta 19/2007, publicada no D.J. de 20.09.2007, por indicação do Relator. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

Processos com Decisões Idênticas:RELATOR: MIN. MARCO AURÉLIO

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 505.062 (200)ORIGEM : AC - 17356740 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ANÉSIA DE BARROS PEREIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ADELMO DA SILVA EMERENCIANO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE MONTE MÓR

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.901 (201)ORIGEM : AI - 20060020081890 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : BENÍCIO TAVARES DA CUNHA MELLOADV.(A/S) : PAULO GOYAZ ALVES DA SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: Idêntica à de nº 200

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 546.567 (202)ORIGEM : PROC - 200418111375 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : REGINALDO MARCELO MACEDOADV.(A/S) : JADER EVARISTO TONELLI PEIXERAGDO.(A/S) : BANCO ABN AMRO REAL S/AADV.(A/S) : SAMUEL CARVALHO JÚNIOR E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 594.855 (203)ORIGEM : AC - 20040114036 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : OLGA BORGES DA SILVAADV.(A/S) : JADER EVARISTO TONELLI PEIXERAGDO.(A/S) : BANCO ABN AMRO REAL S/AADV.(A/S) : SAMUEL CARVALHO JÚNIOR E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 202

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 605.034 (204)ORIGEM : RESP - 745139 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CLOTILDE DA SILVA LÜDERITZ DE MEDEIROSADV.(A/S) : JULIANO DA CUNHA FROTA MEDEIROS E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ÂNGELO AURÉLIO GONÇALVES PARIZ E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 202

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 22

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 665.270 (205)ORIGEM : AC - 200622252 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : VICENTE DE PAULO PIMENTAADV.(A/S) : ALEXANDRE BARENCO RIBEIROAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE ANGRA DOS REISADV.(A/S) : MICHELLE SÁ RODRIGUES SOUZA

Decisão: Idêntica à de nº 202

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 675.560 (206)ORIGEM : AC - 483706 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : VICENTE CORREA AMARALADV.(A/S) : ALEXANDRE BARENCO RIBEIRO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE ANGRA DOS REISADV.(A/S) : MICHELLE SÁ RODRIGUES SOUZA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 202

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.643 (207)ORIGEM : AC - 200800137333 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : YAHOO! DO BRASIL INTERNET LTDAADV.(A/S) : ANDRÉ ZONARO GIACCHETTA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JACIRA MARIA GIMENEZ GUASTIADV.(A/S) : ANA LUCIA GIMENES DOS SANTOS

Decisão: Idêntica à de nº 202

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 596.033 (208)ORIGEM : AC - 70011751054 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : SIDENEI CAMARGO GUEDESADV.(A/S) : ADEMIR CANALI FERREIRAAGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE ARNO CORREA DE ALMEIDAADV.(A/S) : AMARO DE SOUZA CARDOSO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 604.401 (209)ORIGEM : AC - 10024028064301001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEADV.(A/S) : DAYSE MARIA ANDRADE ALENCARAGDO.(A/S) : UNIÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO E ENSINO - UBEEADV.(A/S) : RICARDO CRISTIAN SANTIAGO E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 208

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 609.013 (210)ORIGEM : AI - 567805 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MASSA FALIDA DE ORFAP COMERCIAL E

REPRESENTAÇÕES LTDAADV.(A/S) : CELMO MÁRCIO DE ASSIS PEREIRAAGDO.(A/S) : CONDOMÍNIO CONJUNTO CINERAMAADV.(A/S) : JANETE PAPAZIAN CAMARGO E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 208

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.310 (211)ORIGEM : EDAIRR - 1165200410515403 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : AIR LIQUIDE BRASIL LTDAADV.(A/S) : HAMILTON ERNESTO ANTONINO REYNALDO PROTOADV.(A/S) : PEDRO ERNESTO ARRUDA PROTO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GABRIELA DA COSTA CERVIERIAGDO.(A/S) : OSMAR RODRIGUES DA SILVAADV.(A/S) : MAURO ROCHAAGDO.(A/S) : CRIOGEN CRIOGENIA LTDA

AGDO.(A/S) : VALTER GOUVEIA FRANCOAGDO.(A/S) : MARLY HELENA VESPOLI MARTELLOAGDO.(A/S) : TECHGÁS INDÚSTRIA DE TANQUES E

EQUIPAMENTOS PARA GUASES LTDA

Decisão: Idêntica à de nº 208

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.726 (212)ORIGEM : AC - 200619699 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : ROSEMEIRE MARTINS DA CUNHAADV.(A/S) : WILSON NORÕES DO NASCIMENTO

Decisão: Idêntica à de nº 208

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.106 (213)ORIGEM : AIRR - 986200611003405 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : TNL CONTAX S/AADV.(A/S) : DÉCIO FREIREAGDO.(A/S) : SIMONE DA SILVA SANCHESADV.(A/S) : SANDRO COSTA DOS ANJOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 208

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.877 (214)ORIGEM : PROC - 240008 - TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS

JUIZADOS ESPECIAISPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MAPFRE VERA CRUZ SEGURADORA S/AADV.(A/S) : TÂNIA VAINSENCHER E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : QUITÉRIA DOS SANTOS LOURENÇOAGDO.(A/S) : OSMANDIR LOURENÇOADV.(A/S) : WESLEY SOUZA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 208

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.559 (215)ORIGEM : AIRR - 1305200601103404 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : TNL CONTAX S/AADV.(A/S) : DÉCIO FLÁVIO GONÇALVES TORRES FREIRE E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CRISTIANE DE FÁTIMA FERREIRA ELIZÁRIOADV.(A/S) : SANDRO COSTA DOS ANJOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 208

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 751.666 (216)ORIGEM : AIRR - 613200402703406 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : FIAT AUTOMÓVEIS S/AADV.(A/S) : DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ADEMAR FERREIRA DA SILVAADV.(A/S) : JOABE GERALDO PEREIRA SANTOS

Decisão: Idêntica à de nº 208

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.809 (217)ORIGEM : AIRR - 1710200200206401 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/A - BNBADV.(A/S) : ANDRÉ SOARES DE AZEVEDO DE MELO E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : SYLVIO ROMERO RODRIGUESADV.(A/S) : CARLOS MURILO NOVAES E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 23

Decisão: Idêntica à de nº 208

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 605.698 (218)ORIGEM : AC - 200401793146 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : RUI EDSON DE OLIVEIRAADV.(A/S) : CARLOS PEREIRA DOMINGUES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : JORGE ELIAS NEHME E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 610.658 (219)ORIGEM : AC - 10024026986570 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : TOPMIX ENGENHARIA E TECNOLOGIA DE

CONCRETO S/AADV.(A/S) : CLÁUDIO LITHZ PEREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTE

Decisão: Idêntica à de nº 218

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 626.583 (220)ORIGEM : PROC - 19996 - COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO

ESPECIAL CÍVELPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MARÍTIMA SAÚDE SEGUROS S/AADV.(A/S) : ARMANDO RIBEIRO GONÇALVES JÚNIOR E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARIA ANGÉLICA DE OLIVEIRA MACEDOADV.(A/S) : MILTON BERTOLANI RIBEIRO

Decisão: Idêntica à de nº 218

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 687.464 (221)ORIGEM : AC - 2006208038 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPEAGDO.(A/S) : MARCIA SANTOS GUIMARÃESADV.(A/S) : DANIEL GUSTAVO MENEGUZ MORENO E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 218

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 700.453 (222)ORIGEM : PROC - 20077000381714 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MARCO ANTONIO OLIVEIRA SILVAADV.(A/S) : JOSÉ COSME DOS SANTOS GOMESAGDO.(A/S) : AMPLA ENERGIA E SERVIÇOS S/AADV.(A/S) : RAQUEL DA SILVA DE FARIA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PAULO ROGÉRIO BRANDÃO COUTO

Decisão: Idêntica à de nº 218

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 727.502 (223)ORIGEM : PROC - 200503378091 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : FERNANDA FLEURY NASCIMENTOADV.(A/S) : HELCA DE SOUSA NASCIMENTOAGDO.(A/S) : LOCALIZA RENT A CAR S/AADV.(A/S) : IGOR LEONARDO COSTA ARAÚJO E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 218

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.984 (224)ORIGEM : AC - 1188762005 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : BAHIA

RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DA BAHIAADV.(A/S) : PGE-BA - LUIZ PAULO ROMANOAGDO.(A/S) : CÉLIO RICARDO DA SILVA BANDEIRAADV.(A/S) : EDILMA FLORIANO MOURAADV.(A/S) : EDLAMAR SOUZA CERQUEIRA

Decisão: Idêntica à de nº 218

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.366 (225)ORIGEM : PROC - 15536 - COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO

ESPECIAL CÍVELPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : BANCO NOSSA CAIXA S/AADV.(A/S) : ANTONIO CLAUDIO ZEITUNI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PEDRO APARECIDO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ROBERTO DE ANDRADE JÚNIOR

Decisão: Idêntica à de nº 218

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 639.255 (226)ORIGEM : AC - 200501890658 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MÚLTIPLOADV.(A/S) : CRISTIANA RODRIGUES GONTIJO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : EDILON BERNARDES DO AMARALADV.(A/S) : AROLDO TEIXEIRA ROCHA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 659.519 (227)ORIGEM : AC - 199903990932442 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : SALUS SERVIÇOS URBANOS E EMPREENDIMENTOS

LTDAADV.(A/S) : VANESKA GOMES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Idêntica à de nº 226

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 731.185 (228)ORIGEM : AR - 70019218833 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MARIA NOEMIA CABRERA GINDRIADV.(A/S) : ELCIO CLAUDIO DE CASTRO PEREIRA JUNIOR E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Decisão: Idêntica à de nº 226

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.213 (229)ORIGEM : AMS - 200333000310848 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBAADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : ELÍDIO JOSÉ SILVA DOS ANJOSADV.(A/S) : MÁRCIO FRED ROCHA ANDRADE E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 226

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.763 (230)ORIGEM : PROC - 2008000999370 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CENTAURO VIDA E PREVIDÊNCIA S/AADV.(A/S) : ALOÍSIO HENRIQUE MAZZAROLO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ALAIDE MARIA DA SILVAADV.(A/S) : LUIZ CARLOS SANCHES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 24

Decisão: Idêntica à de nº 226

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 717.052 (231)ORIGEM : EIAC - 5364495201 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTO

ANDRÉAGDO.(A/S) : ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE

SÃO PAULO S/AADV.(A/S) : PAULO RENATO FERRAZ NASCIMENTO E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.714 (232)ORIGEM : AI - 200800205998 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE MAGÉPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MAGÉAGDO.(A/S) : SALETE MACEDO DE ARRUDAADV.(A/S) : KELLY MARTINS RAMOS E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 231

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.978 (233)ORIGEM : AI - 982956 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ANA ISABEL DA SILVA WOLFADV.(A/S) : JÚLIO CÉSAR DOVIZINSKI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : LUCIANA RODRIGUES FIALHO DE SOUZA E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.908 (234)ORIGEM : ERR - 49908919986 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CÍCERO DONADELLI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALMIR HOFFMANN DE LARA JÚNIOR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

Decisão: Idêntica à de nº 233

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.934 (235)ORIGEM : EEDRR - 76238620011 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : GEORGE JOSÉ NEVES FREIREADV.(A/S) : JOSÉ EYMARD LOGUERCIO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO BILBAO VIZCAYA ARGENTARIA BRASIL S/AADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JUNIOR E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 233

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 415.220 (236)ORIGEM : EIAC - 200101300713 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ALAIR ARCANJO MESQUITA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ADILSON RAMOS JÚNIOR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO DO ESTADO DE GOIÁS S/A - BEGADV.(A/S) : MARCELO PINHEIRO POMPEU DE CAMPOS E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 416.565 (237)ORIGEM : AC - 665776188 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : JUSCELINO DIAS ZOZIMOADV.(A/S) : ALFREDO FERREIRA TARTUCE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CIA ITAULEASING DE ARRENDAMENTO MERCANTIL

S/AADV.(A/S) : PATRÍCIA HENRIQUE AMARO E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 236

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 429.651 (238)ORIGEM : AC - 19990005810 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : COMÉRCIO DE TINTAS KRASSMANN LTDA - MEADV.(A/S) : SANDRO SCHAUFFERT PORTELA GONÇALVES E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO DO ESTADO DE SANTA CATARINA S/A - BESCADV.(A/S) : EDUARDO GHELLER E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 236

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 456.563 (239)ORIGEM : AC - 200418115290 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : EDER GOMES DE SOUZAADV.(A/S) : JADER EVARISTO TONELLI PEIXERAGDO.(A/S) : BANCO ABN AMRO REAL S/AADV.(A/S) : SAMUEL CARVALHO JUNIOR E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 236

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 526.610 (240)ORIGEM : AC - 20040005865 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : RUBEN SCHONHORSTADV.(A/S) : JOÃO CARLOS DALMAGRO JUNIOR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO DO ESTADO DE SANTA CATARINA S/A - BESCADV.(A/S) : ELIZABETH CÁSSIA MASSOCCO E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 236

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 561.403 (241)ORIGEM : AC - 5789285400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ÂNGELO DONIZETE FERNANDES LIMA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - HILDA SABINO SIEMONS

Decisão: Idêntica à de nº 236

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 422.831 (242)ORIGEM : MS - 20020157312 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ALGEDIR POSSAMAI SARTOR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : UBIRAJARA ARRAIS DE AZEVEDOAGDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAADV.(A/S) : PGE-SC - VITOR ANTONIO MELILLO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 460.978 (243)ORIGEM : AMS - 200371070112088 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - FABRÍCIO SARMANHO DE ALBUQUERQUEAGDO.(A/S) : ZEGLA INDÚSTRIA DE MÁQUINAS PARA BEBIDAS

LTDA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 25

ADV.(A/S) : CLÉBER REIS DE OLIVEIRA

Decisão: Idêntica à de nº 242

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 542.603 (244)ORIGEM : AC - 200134000075691 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ELENA RAMOS COUTINHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DALMO ROGÉRIO S. DE ALBUQUERQUE E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 242

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 439.707 (245)ORIGEM : AC - 20030033438 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ALDECÍ FREIRE MEDEIROS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUZINALDO ALVES DE OLIVEIRAAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEADV.(A/S) : PGE-RN - IDÁLIO CAMPOS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 519.619 (246)ORIGEM : AC - 200405000102436 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : SINTESEF - SINDICATO DOS TRABALHADORES DO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL NO CEARÁADV.(A/S) : VERA MARIA BEZERRA DE MENEZES E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 245

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 537.030 (247)ORIGEM : AMS - 200572000067445 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : POSTO CÓRREGO GRANDE II LTDAADV.(A/S) : PAULO ERNANI DA CUNHA TATIM E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCOS SPADA ALIBERTIAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - BERENICE FERREIRA LAMB

Decisão: Idêntica à de nº 245

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 540.224 (248)ORIGEM : AC - 66572006 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPEAGDO.(A/S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 245

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 542.305 (249)ORIGEM : AC - 60020701 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ANA MARIA DELFINO SOARES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUZINALDO ALVES DE OLIVEIRAAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEADV.(A/S) : PGE-RN - MARCONI MEDEIROS MARQUES DE

OLIVEIRA

Decisão: Idêntica à de nº 245

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 551.403 (250)ORIGEM : EIAC - 4292255501 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULO

RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ISAAC IZIDORO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MAURO DEL CIELLO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - MARCOS RIBEIRO DE BARROS

Decisão: Idêntica à de nº 245

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.834 (251)ORIGEM : AC - 45835752 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : VINICIUS PIOVESAN E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MAURO DEL CIELLO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - HILDA SABINO SIEMONS

Decisão: Idêntica à de nº 245

Processos com Decisões Idênticas:RELATOR: MIN. CARLOS BRITTO

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 464.274 (252)ORIGEM : RESP - 129227 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : MCA FILMES DO BRASIL LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PATRÍCIA GUIMARÃES HERNANDEZ E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASILADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASIL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 480.760 (253)ORIGEM : AC - 70000293597 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ÂNGELO AURÉLIO GONÇALVES PARIZ E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOÃO ALCINDO DILL PIRESADV.(A/S) : NILSON DE MOURA BRANDA

Decisão: Idêntica à de nº 252

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 509.862 (254)ORIGEM : AC - 599071180 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : BCN LEASING ARRENDAMENTO MERCANTIL S/AADV.(A/S) : ROGÉRIO AVELAR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RAPHAEL MEDEIROSAGDO.(A/S) : CLEUSA MARIA GEWEHR DA COSTAADV.(A/S) : ROGÉRIO GUIMARÃES OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 252

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 517.874 (255)ORIGEM : AC - 70001865278 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : BANCO ABN AMRO REAL S/AADV.(A/S) : SIRLEI MARIA RAMA VIEIRA SILVEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CLARA ROSANE GIORDANIADV.(A/S) : FERNANDO JOSÉ LOPES SCALZILLI E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 252

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 547.658 (256)ORIGEM : AI - 200009621 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : AGROPECUÁRIA ARUANÃ S/AADV.(A/S) : YARA DE MINGO FERREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO DA AMAZÔNIA S/AADV.(A/S) : NILTON DA SILVA CORREIA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 252

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 26

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 549.767 (257)ORIGEM : AC - 10663084 - 1º TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : CREDIBEM FACTORING E FOMENTO COMERCIAL

LTDAADV.(A/S) : EDUARDO SILVEIRA ARRUDA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PAULO CESAR GALVÃO

Decisão: Idêntica à de nº 252

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 576.483 (258)ORIGEM : PROC - 70007168073 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : BANCO ITAÚ S/AADV.(A/S) : PAULA MATERA BARBOSA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : NILSON COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES LTDAADV.(A/S) : RUY NERI ROBALOS DA ROSAINTDO.(A/S) : SARLI HENRICH CORREAADV.(A/S) : RUY NERI ROBALOS DA ROSAINTDO.(A/S) : GRETA WALDOW HENRICH E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 252

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 625.448 (259)ORIGEM : AC - 200403990333817 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : ISABELLA SILVA OLIVEIRAAGDO.(A/S) : ERIKA HERTHA CLAUSSEN E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOÃO BATISTA DOMINGUES NETO

Decisão: Idêntica à de nº 252

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 724.722 (260)ORIGEM : AC - 20050110230843 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : POSTALIS - INSTITUTO DE SEGURIDADE SOCIAL

DOS CORREIOS E TELÉGRAFOSADV.(A/S) : EDÉSIO GOMES CORDEIRO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ANTÔNIO RODRIGUES DA CRUZ E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FÁBIO SOARES JANOT E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 252

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 728.904 (261)ORIGEM : AC - 199701000232571 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : COOPERATIVA REGIONAL DOS CAFEICULTORES DE

POÇOS DE CALDASADV.(A/S) : MARIA INÊS MURGELADV.(A/S) : MARCOS JORGE CALDAS PEREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Idêntica à de nº 252

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.028 (262)ORIGEM : AC - 392095 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : JOSÉ PEDRO DE PAULA SOARES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE FOZ DE IGUAÇUADV.(A/S) : ELIZEU LUCIANO DE ALMEIDA FURQUIM

Decisão: Idêntica à de nº 252

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.990 (263)ORIGEM : PROC - 70018340414 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : ISABELA BRAGA POMPILIO E OUTRO(A/S)

ADV.(A/S) : RAFAEL LAZZARI SOUZAAGDO.(A/S) : HEINY HENRIQUE GROHSADV.(A/S) : TONI ROBERTO KUNZLER SALDANHA CHEIRAN E

OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 252

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 593.279 (264)ORIGEM : AC - 329298400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - BRUNO

RESENDE RABELLOAGDO.(A/S) : ANANIAS PEREIRA JUNIORADV.(A/S) : HAMILTON GOMES PEREIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma não conheceu do agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 608.058 (265)ORIGEM : AC - 2355335000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - WALDIR FRANCISCO HONORATO JUNIORAGDO.(A/S) : ANDRÉ FERNANDO RODRIGUESADV.(A/S) : HELDER KANAMARU E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 264

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 621.229 (266)ORIGEM : AC - 10024044133494 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - MARIA

TERESA LIMA LANAAGDO.(A/S) : ALZIRA DE SOUZA MIRANDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FADAIAN CHAGAS CARVALHO

Decisão: Idêntica à de nº 264

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 645.656 (267)ORIGEM : AC - 10024057003519002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - MARIA

TERESA LIMA LANAAGDO.(A/S) : MARÍLIA DE DIRCEU PARREIRAS CARDOSO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RODRIGO RABELO DE FARIA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 264

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 678.168 (268)ORIGEM : EDEEDRR - 67495920006 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : LUCIANO HENRIQUE PEREIRA DE MENEZES E

OUTROSAGDO.(A/S) : MARIA DO SOCORRO FURTADO SILVA SILVEIRAADV.(A/S) : JOSÉ EYMARD LOGUÉRCIO E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 264

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 699.721 (269)ORIGEM : AC - 10024044657211001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - WALTER DO

CARMO BARLETTAAGDO.(A/S) : ILZA ALELUIA ABREU SANTOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : HUMBERTO LUCCHESI DE CARVALHO E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 27

Decisão: Idêntica à de nº 264

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 701.569 (270)ORIGEM : AC - 10024056984016001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - BRUNO

RESENDE RABELLOAGDO.(A/S) : WALTER DE ARAÚJO NASCIMENTOADV.(A/S) : LEONARDO DE QUEIROZ MILHORATO E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 264

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.524 (271)ORIGEM : AC - 6698745500 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA -

DAEEADV.(A/S) : PGE-SP - MARCOS RIBEIRO DE BARROSAGDO.(A/S) : AMILTON MISTURA BEZERRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RUBENS FERREIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 264

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.818 (272)ORIGEM : AC - 10024027285121001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - VANESSA

SARAIVA DE ABREUAGDO.(A/S) : LUANA SHISLEY DE SOUZA SOARESADV.(A/S) : MOISÉS ELIAS PEREIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 264

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.844 (273)ORIGEM : EDEDAR - 181659200700000002 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : PAULO CÉSAR LOPES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JAIRO ANDRADE DE MIRANDAAGDO.(A/S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : CANDIDO FERREIRA DA CUNHA LOBO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 752.218 (274)ORIGEM : AIRR - 590200500303426 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : TNL CONTAX S/AADV.(A/S) : DÉCIO FLÁVIO GONÇALVES TORRES FREIRE E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : LEONARDO CABRALADV.(A/S) : HELVÉCIO VIANA PERDIGÃO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : WORKTIME ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDAADV.(A/S) : DALMIR JOSÉ FERNANDES E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 273

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.719 (275)ORIGEM : PROC - 702084723759 - TURMA DE RECURSOS

CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : PAPELARIA GLOBO LTDAADV.(A/S) : LEONARDO PEREIRA ROCHA MOREIRA E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MORIVAL DOS REIS ALMEIDAADV.(A/S) : MARIA NÚBIA BOTELHO E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 273

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.107 (276)ORIGEM : AC - 20080463172 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE IRACEMINHAADV.(A/S) : CENI APARECIDA LANG DE MARCOAGDO.(A/S) : JORGE WATTEADV.(A/S) : ANDRÉ RUPOLO GOMES E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 273

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.350 (277)ORIGEM : AC - 20080246868000100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : LEILA APARECIDA RAMÃOADV.(A/S) : MARIA CELESTE DA COSTA E SILVAAGDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSO DO SUL

Decisão: Idêntica à de nº 273

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.476 (278)ORIGEM : PROC - 200500214336 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS -

CEDAEADV.(A/S) : LUIZ CARLOS ZVEITER E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO CENTRO COMERCIAL E

EMPRESARIAL ITAPERUNAADV.(A/S) : AMÉRICO TEODORO MORAES

Decisão: Idêntica à de nº 273

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.640 (279)ORIGEM : AI - 200602010130741 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO -

CONABADV.(A/S) : MARCELO OLIVEIRA ROCHAAGDO.(A/S) : MERCEARIA XODÓ DO MÉIER LTDA

Decisão: Idêntica à de nº 273

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.737 (280)ORIGEM : AI - 975532 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : TEXACO DO BRASIL LTDA - PRODUTOS DE

PETRÓLEOADV.(A/S) : DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PETROMIX COMÉRCIO E TRANSPORTE LTDA

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.285 (281)ORIGEM : EDEEDAIRR - 1317200500322400 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : COMPANHIA ENERGÉRTICA DO PIAUÍ - CEPISAADV.(A/S) : ALYSSON SOUZA MOURÃO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANGELA OLIVEIRA BALEEIROAGDO.(A/S) : ADONIEL MENDES DO NASCIMENTOADV.(A/S) : JOANA D'ARC GONÇALVES LIMA EZEQUIEL E

OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 280

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.623 (282)ORIGEM : AIRR - 65752200290001004 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO DE JANEIRO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 28

RELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : HÉLIO PUGET MONTEIRO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ANKE SCHNELLRATHADV.(A/S) : JOSÉ FERNANDO XIMENES ROCHA

Decisão: Idêntica à de nº 280

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.100 (283)ORIGEM : AIRR - 111920048111O400 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : BANCO DA AMAZÔNIA S/A - BASAADV.(A/S) : DÉCIO FLÁVIO GONÇALVES TORRES FREIRE E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : DENISE PERNA FAGUNDESADV.(A/S) : JOSÉ HILÁRIO RODRIGUES E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 280

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.693 (284)ORIGEM : AIRR - 660200511403402 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : TNL CONTAX S/AADV.(A/S) : DÉCIO FREIREAGDO.(A/S) : GISELLE DOS SANTOS BARONIADV.(A/S) : SANDRO COSTA DOS ANJOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 280

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.535 (285)ORIGEM : AI - 200700211417 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : GOLDEN CROSS ASSISTÊNCIA INTERNACIONAL DE

SAÚDE LTDAADV.(A/S) : LUIZ FELIPE CONDE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : AUGUSTA VITÓRIA MARTINS COSTAADV.(A/S) : ALESSANDRA GASPARINI LAMEIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 280

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.736 (286)ORIGEM : PROC - 20089010994 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A, ATUAL

DENOMINAÇÃO DE BANCO SANTANDER S/AADV.(A/S) : ISABELA BRAGA POMPÍLIO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : DARCKLEA ALBANO DE MELO SILVAADV.(A/S) : MARIANA LINS ONOFRE E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 280

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 470.515 (287)ORIGEM : AC - 410362601 - TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : MAGDA MONTENEGRO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : FUNDIÇÃO MAFER LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ MARQUES DE SOUZA JÚNIOR

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 557.156 (288)ORIGEM : MS - 200671950147340 - TURMA REC.JUIZ.ESP.FED-

SEÇ.JUD.RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : LUYSIEN COELHO MARQUES SILVEIRAAGDO.(A/S) : JUIZO FEDERAL TITULAR DO JUIZADO ESPECIAL

FEDERAL DE LAJEADOINTDO.(A/S) : RENATO JOSÉ BALD

ADV.(A/S) : EDSON LUIZ KOBER

Decisão: Idêntica à de nº 287

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 557.188 (289)ORIGEM : MS - 200671950102678 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : LUYSIEN COELHO MARQUES SILVEIRAAGDO.(A/S) : JUÍZO FEDERAL SUBSTITUTO DO JUIZADO

ESPECIAL FEDERAL DE LAJEADO/RS

Decisão: Idêntica à de nº 287

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 557.323 (290)ORIGEM : MS - 200671950196843 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : JUÍZO FEDERAL TITULAR DO JUIZADO ESPECIAL

FEDERAL DE LAJEADO/RSINTDO.(A/S) : ADILES MARIA RUGGERI DE FREITASADV.(A/S) : DÉBORA CRISTINA BIANQUETTI

Decisão: Idêntica à de nº 287

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 564.748 (291)ORIGEM : PROC - 200671950042578 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : RICARDO NAGAOAGDO.(A/S) : JUÍZO FEDERAL DO JEF DE LAJEADO (RS)

Decisão: Idêntica à de nº 287

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 565.717 (292)ORIGEM : AMS - 200234000141565 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : EMECE METALMECÂNICA LTDAADV.(A/S) : FERNANDO CARLOS LUZ MOREIRAAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Idêntica à de nº 287

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 573.868 (293)ORIGEM : AMS - 200234000021828 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : VIAÇÃO MOTTA LTDAADV.(A/S) : DANIEL NASCIMENTO CURI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : luis antonio nascimento curiAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Idêntica à de nº 287

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 578.868 (294)ORIGEM : AI - 200504010464000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : OLVEBRA INDUSTRIAL S/AADV.(A/S) : ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Idêntica à de nº 287

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 580.383 (295)ORIGEM : MS - 17438 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 29

ADV.(A/S) : GUSTAVO CESAR DE SOUZA MOURÃO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : BÁRBARA BIANCA SENAAGDO.(A/S) : ADIL ARIDE E COMPAHIA LTDA

Decisão: Idêntica à de nº 287

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.958 (296)ORIGEM : AI - 841489 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : INCARPOL INDÚSTRIA DE CARROCERIA E PORTAS

LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CLAUDIA SIMONE PRAÇA PAULA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Idêntica à de nº 287

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 494.828 (297)ORIGEM : AC - 868585200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOEMBTE.(S) : PERSIVAL CANNABRAVAADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTAADV.(A/S) : ESLY SCHETTINI PEREIRA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - VERA HELENA PEREIRA VIDIGAL BUCCI

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração no agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 501.461 (298)ORIGEM : AC - 1270035900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOEMBTE.(S) : SUZETE MARIA SANTOS BRITTESADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTAADV.(A/S) : ESLY SCHETTINI PEREIRA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - MARIA LUCIANA DE OLIVEIRA FACCHINA

PODVAL

Decisão: Idêntica à de nº 297

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 547.525 (299)ORIGEM : AC - 1415205201 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOEMBTE.(S) : JEREMIAS EVARISTO PINAADV.(A/S) : MARCO ANTONIO INNOCENTI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTAEMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - SUZANA MARIA PIMENTA CATTA PRETA

FEDERIGHI

Decisão: Idêntica à de nº 297

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 564.408 (300)ORIGEM : AC - 1468005500 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOEMBTE.(S) : SHIGUEKO ARIMORI VOLPI DE ASSISADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - ANITA M. V. L. MARCHIORI KELLER

Decisão: Idêntica à de nº 297

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 636.997 (301)ORIGEM : AIRR - 95290200390004004 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOEMBTE.(S) : PAULO AIRTON MÖDINGERADV.(A/S) : DENISE ARANTES SANTOS VASCONCELOS E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE GRAVATAÍADV.(A/S) : LIDIANA MACEDO SEHNEM E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 297

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 706.109 (302)ORIGEM : AC - 20060110691034 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOEMBTE.(S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMICIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : JOSÉ CINCINATO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SEBASTIÃO MORAES DA CUNHA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 297

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.251 (303)ORIGEM : PROC - 9506161 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOEMBTE.(S) : NAKED CONFECÇÕES LTDAADV.(A/S) : MAURÍCIO AMATO FILHO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : LAURETTI MODAS LTDAADV.(A/S) : JOSÉ MARCELO MARTINS PROENÇA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 297

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.686 (304)ORIGEM : AI - 1013281 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOEMBTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTO -

CEDAEADV.(A/S) : RENATA DO AMARAL GONÇALVES E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : NORMANDO JORGE ZATTARPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Decisão: Idêntica à de nº 297

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.292 (305)ORIGEM : AC - 200600164069 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOEMBTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS -

CEDAEADV.(A/S) : BRUNO CÉSAR ALVES PINTOEMBDO.(A/S) : NADIR MACHADO ALVESADV.(A/S) : GISÉLA DE LIMA PINHEIRO DOS SANTOS ESTEVES E

OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 297

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 725.089 (306)ORIGEM : RESP - 934202 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOEMBTE.(S) : WASHINGTON LUIZ PAVAN GUARÁ LTDAADV.(A/S) : RICARDO VENDRAMINE CAETANO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração no agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.417 (307)ORIGEM : RESP - 877314 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOEMBTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS -

CEDAEADV.(A/S) : RENATA DO AMARAL GONÇALVESEMBDO.(A/S) : CONDOMÍNIO L2 DOS EDIFÍCIOS DO BARRA WORLD

SHOPPINGADV.(A/S) : HAMILTON QUIRINO CÂMARA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 306

Processos com Decisões Idênticas:RELATORA: MIN. CÁRMEN LÚCIA

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 430.080 (308)ORIGEM : AMS - 200002010515715 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : MÁRCIA SOUSA DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : JOÃO LUIZ LAMEGO ZIEGLERADV.(A/S) : MARIA DE FATIMA DA SILVA MOREIRA

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 496.529 (309)ORIGEM : AR - 300174 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : PASA SOCIEDADE CIVIL - PLANO DE ASSISTÊNCIA À

SAÚDE DO APOSENTADO DA CVRDADV.(A/S) : EDUARDO ARRUDA ALVIM E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOÃO MÁRCIO REZENDE QUIROGA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS ALVES PEREIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 308

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 579.411 (310)ORIGEM : AC - 1957795100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : CAMPS BOYS CONFECÇÕES LTDAADV.(A/S) : CAESAR AUGUTUS F. DE SOUZA ROCHA DA SILVA E

OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 308

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 586.505 (311)ORIGEM : RR - 2043199804615008 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : NESTLÉ BRASIL LTDAADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : LUIZ CARLOS MANARAADV.(A/S) : OSWALDO KRIMBERG

Decisão: Idêntica à de nº 308

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 598.895 (312)ORIGEM : EIAC - 3464245901 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - WALDIR FRANCISCO HONORATO JUNIORAGDO.(A/S) : JUNDY MARTINS CANAL E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DANIELLA DI CUNTO ALONSO MUNHOZ E

OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 308

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 631.534 (313)ORIGEM : PROC - 11325502 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉADV.(A/S) : DAVID PIMENTEL BARBOSA DE SIENAAGDO.(A/S) : MARIA PALOMO GARCIAADV.(A/S) : CELSO DE MOURA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 308

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 649.457 (314)ORIGEM : AMS - 200203990126372 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - FABRÍCIO SARMANHO DE ALBUQUERQUEAGDO.(A/S) : CENTRO INFANTIL DE INVESTIGAÇÕES

HEMATOLÓGICAS DR. DOMINGOS A. BOLDRINIADV.(A/S) : ELOISA ELENA ROSIM BRAGHETTA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 308

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 659.501 (315)ORIGEM : PROC - 9898306 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : PAULO ROBERTO VILLARINHOADV.(A/S) : CLÁUDIO GOMES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALEXANDRE GIR GOMESAGDO.(A/S) : COOPERATIVA DE CRÉDITO RURAL COOPERCITRUS

- CREDICITRUSADV.(A/S) : REGINALDO MARTINS DE ASSIS

Decisão: Idêntica à de nº 308

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 671.686 (316)ORIGEM : AMS - 200403990055751 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA DO PAPEL,

PAPELÃO E CORTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : ISMAEL CORTE INÁCIO E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 308

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 678.240 (317)ORIGEM : AC - 92030539611 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

3A. REGIAO - SPPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : LUYSIEN COELHO MARQUES SILVEIRAAGDO.(A/S) : OSMIRALDO MEDEIROS DE SOUZA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PAULO ROBERTO LAURIS E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 308

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 689.333 (318)ORIGEM : EDAAIRR - 461200392020407 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : JOÃO BOSCO GOMESADV.(A/S) : EMÍLIA BORGES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCOS MELO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - UFSADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 308

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 700.499 (319)ORIGEM : AIRR - 64200511003407 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : TNL CONTAX S/AADV.(A/S) : DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : RICARDO MARINHO DIASADV.(A/S) : SANDRO COSTA DOS ANJOS E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 308

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 702.798 (320)ORIGEM : EDAIRR - 1807200240304404 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : VALERIM ALEXANDRE CAETANO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PEDRO MAURÍCIO PITA MACHADOAGDO.(A/S) : PLASLINK INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS

LTDAADV.(A/S) : RENATO DOMINGOS ZUCO

Decisão: Idêntica à de nº 308

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 704.602 (321)ORIGEM : MS - 20020020086553 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALADV.(A/S) : PGDF - FABÍOLA DE MORAES TRAVASSOSAGDO.(A/S) : MARIA ZULEIKA DE OLIVEIRA ROCHAADV.(A/S) : ALDE DA COSTA SANTOS JÚNIOR E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 308

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.588 (322)ORIGEM : AC - 2664145900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - PAULA LUTFALLA MACHADO LELLISAGDO.(A/S) : MURILO DE OLIVEIRA SANTOSADV.(A/S) : VERA LÚCIA PINHEIRO CARDOSO DIAS E

OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 308

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 720.426 (323)ORIGEM : AC - 3450104 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE LONDRINAADV.(A/S) : FÁBIO CÉSAR TEIXEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : GIOVAL MOTA DE JESUSADV.(A/S) : APARECIDO MEDEIROS DOS SANTOS E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 308

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.155 (324)ORIGEM : PROC - 1234500201 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : NF MOTTA CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : PEDRO PAULO DE REZENDE PORTO FILHO E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : KÁTIA LEITE

Decisão: Idêntica à de nº 308

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.886 (325)ORIGEM : AC - 2006201142 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DE SERGIPEADV.(A/S) : PGE-SE - ANDRÉ LUÍS SANTOS MEIRAAGDO.(A/S) : EDINALDO ARAUJOADV.(A/S) : ARNALDO DE AGUIAR MACHADO JÚNIOR E

OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 308

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.605 (326)ORIGEM : EEDRR - 881200308715000 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : CANDIDO FERREIRA DA CUNHA LOBO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : LUIZ MARCELO CARNIELLOADV.(A/S) : JOÃO ANTONIO FACCIOLI E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 308

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 418.979 (327)ORIGEM : PROC - 30749101 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOADV.(A/S) : PGE-PE - SÉRGIO AUGUSTO SANTANA SILVAAGDO.(A/S) : COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES LACERDA LTDAADV.(A/S) : GLÁUCIO MANOEL DE LIMA BARBOSA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 449.944 (328)ORIGEM : AC - 200083000192417 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATORA SUBSTITUTA

:MIN. CÁRMEN LÚCIA

AGTE.(S) : RONALDO CONOLLY E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS CAVALCANTI DE ARAÚJO E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : AURO VIDIGAL DE OLIVEIRAAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 536.593 (329)ORIGEM : EIAC - 9702097720 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MARIA CLINETE SAMPAIO LACATIVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : HECILDA MARTINS FADEL E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS ROCHA PIRES DE OLIVEIRAAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 547.341 (330)ORIGEM : AMS - 200202010175536 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : TRADIMAQ LTDAADV.(A/S) : HENRIQUE AUGUSTO MOURÃO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 553.369 (331)ORIGEM : EDERR - 360941973 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : JÚLIO CÉSAR DOS SANTOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ TÔRRES DAS NEVES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E

ANTONINA - APPAADV.(A/S) : ALMIR HOFFMANN DE LARA JÚNIOR E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 565.603 (332)ORIGEM : PROC - 20050020021808 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALADV.(A/S) : PGDF - MÁRCIO WANDERLEY DE AZEVEDO E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSINTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PGDF - MARIA DOLORES S. MELLO MARTINS

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 575.914 (333)ORIGEM : AC - 5632065500 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉADV.(A/S) : MARCELO PIMENTEL RAMOSADV.(A/S) : SANDRA MACEDO PAIVAAGDO.(A/S) : TAKENAKA S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIOADV.(A/S) : FERNANDO CESAR BOARATI JÚNIOR E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 577.465 (334)ORIGEM : AI - 200704000009423 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 32

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ALCEU ROBERTO FACHINELLI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDASAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 577.873 (335)ORIGEM : MS - 10000064332927000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : DULCE DE BARROS MATOSADV.(A/S) : SIMONIDE GUTEMBERG E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : BRENDA PAULA MENDESAGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - MARCONI

BASTOS SALDANHA

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.719 (336)ORIGEM : AC - 9702416213 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : EVERALDO JOSÉ VICENTEADV.(A/S) : MYRIAM DENISE DA SILVEIRA LIMA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ EYMARD LOGUÉRCIOAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : GIUSEPPINA PANZA BRUNO

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 588.811 (337)ORIGEM : AC - 20060063969 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEADV.(A/S) : PGE-RN - ANA CAROLINA MONTE PROCÓPIO DE

ARAÚJOAGDO.(A/S) : MANOEL DIGÉZIO DA COSTAADV.(A/S) : MANOEL DIGÉZIO DA COSTA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.392 (338)ORIGEM : AC - 20030008098 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : ALAGOASRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DE ALAGOASADV.(A/S) : PGE-AL - CHARLES WESTON FIDELIS FERREIRAADV.(A/S) : PGE-AL - GERMANA GALVÃO CAVALCANTI

LAUREANOAGDO.(A/S) : CONSTRUTORA LIMA ARAÚJO LTDAADV.(A/S) : FLÁVIO DE ALBUQUERQUE MOURA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.927 (339)ORIGEM : AIRR - 1354200505502406 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : JOSÉ AMARO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ELIEZER SANCHESAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - MARCELO GRANDI GIROLDO

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 593.873 (340)ORIGEM : AC - 10000003393444000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : REGINALDO GOMES PEREIRAADV.(A/S) : MOISÉS ELIAS PEREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.469 (341)ORIGEM : AI - 200504010236210 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : LISKA WEISSHEIMER DE LA CORTE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DENISE ARANTES SANTOS VASCONCELOS E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.735 (342)ORIGEM : PROC - 3876315301 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE AGUDOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE AGUDOS

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.024 (343)ORIGEM : AC - 200571040075645 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA (SESI) -

DEPARTAMENTO REGIONAL DO RIO GRANDE DO SUL

ADV.(A/S) : CELSO LUIZ BERNARDON E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.047 (344)ORIGEM : AI - 96656903 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ELIZABETH APARECIDA ZIBORDIADV.(A/S) : CELMO MÁRCIO DE ASSIS PEREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MILADA KLOBUCARADV.(A/S) : RENATO FRANCO DO AMARAL TORMIN E

OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.022 (345)ORIGEM : AC - 200800144362 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : JOSÉ ONOFRE DE OLIVEIRAADV.(A/S) : LOURDES MARIA DE SOUZA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.759 (346)ORIGEM : AC - 200300193459 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : ALAGOASRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DE ALAGOASADV.(A/S) : PGE-AL - MARCOS SAVALLAGDO.(A/S) : SIMONE GONZAGA DE LIMAADV.(A/S) : DAVI OSÓRIO DOS REIS CLETO

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.171 (347)ORIGEM : AC - 20020110513313 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : DISTRITO FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 33

ADV.(A/S) : PGDF - DJACYR C. DE ARRUDA FILHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PGDF- ALYSSON SOUSA MOURÃOAGDO.(A/S) : DANIEL LIMA DA SILVAAGDO.(A/S) : AMAURI GREGÓRIO DA SILVAADV.(A/S) : RODRIGO BULHÕES PEDREIRA

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.391 (348)ORIGEM : AC - 200351010127901 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : PRÓ-SALUTE - SERVIÇOS PARA A SAÚDE LTDAADV.(A/S) : DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYERAGDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.411 (349)ORIGEM : MS - 20060003145 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : ACRERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DO ACREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACREAGDO.(A/S) : JORGE ARAKEN FARIA DA SILVA FILHOADV.(A/S) : JORGE ARAKEN FARIA DA SILVA

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.858 (350)ORIGEM : AMS - 200471060026430 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : A. L. CUNHA TRANSPORTES LTDAADV.(A/S) : CARLOS DUARTE JÚNIOR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.163 (351)ORIGEM : AMS - 200251010013915 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ÔMEGA ASSISTÊNCIA MÉDICA S/C LTDAADV.(A/S) : AUREANE RODRIGUES DA SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 327

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.150 (352)ORIGEM : AMS - 200551010248348 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : DOCTOR CLIN CLÍNICA MÉDICA LTDAADV.(A/S) : DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYER LIMAAGDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Idêntica à de nº 327

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 596.519 (353)ORIGEM : AC - 3479785 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - JOSÉ MAURÍCIO CAMARGO DE LAETEMBDO.(A/S) : ANTONIA MOITEIROADV.(A/S) : CRISTIANA MARISA THOZZI E OUTRO(A/S)

Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental; vencido, nesta parte, o Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, lhe negou provimento, nos termos do voto da Relatora. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª. Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 640.133 (354)ORIGEM : AC - 76871401 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : LOJAS AMERICANAS S/AADV.(A/S) : TÂNIA VAINSENCHEREMBDO.(A/S) : THIAGO DELLON VIEIRA MENDESADV.(A/S) : JÚLIO ALCINO DE OLIVEIRA NETO

Decisão: Idêntica à de nº 353

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 663.592 (355)ORIGEM : AMS - 200261200001988 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : MATÃO EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS E AGRÍCOLAS

LTDAADV.(A/S) : SÔNIA APARECIDA DOS SANTOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANGELO FRANCISCO BARRIONUEVO AMBRIZZIEMBDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - MARLY MILOCA DA CÂMARA GOUVEIA

Decisão: Idêntica à de nº 353

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.909 (356)ORIGEM : AC - 10024043143668001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - NABIL EL

BIZRIEMBDO.(A/S) : ALBEMAR DOS SANTOS BRITOADV.(A/S) : NILO SÉRGIO DE MENEZES RAMOS RODRIGUES

Decisão: Idêntica à de nº 353

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.940 (357)ORIGEM : AC - 4039341 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : JOÃO ANTÔNIO ANDRETTAADV.(A/S) : SERGIO NEY CUÉLLAR TRAMUJAS E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁINTDO.(A/S) : PARANAPREVIDÊNCIAADV.(A/S) : SUZANE MARIE ZAWADZKI E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração no agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.334 (358)ORIGEM : EDAIRR - 674200600118400 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO -

CONABADV.(A/S) : DECIO FREIRE E OUTROSEMBDO.(A/S) : JOSÉ JOÃO BATISTAADV.(A/S) : CARLA VALENTE BRANDÃO E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 357

Brasília, 27 de outubro de 2009.Ricardo Dias Duarte

Coordenador

ACÓRDÃOS

Trigésima Quinta Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do Regimento Interno do S.T.F.

AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 481.296 (359)ORIGEM : MS - 990017508 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍADV.(A/S) : PGE-PI - MÁRCIA MARIA MACEDO FRANCOAGDO.(A/S) : MARIA ANTONIETA DOS SANTOS MATTOSADV.(A/S) : CLÁUDIA PARANAGUÁ DE CARVALHO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 34

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo regimental no agravo de instrumento, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. 1ª Turma, 15.09.2009.

PENSÃO – LIMITE. A norma inserta na Carta Federal sobre o cálculo de pensão, levando-se em conta a totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido, tem aplicação imediata, não dependendo, assim, de regulamentação. A expressão “até o limite estabelecido em lei”, do § 5º do artigo 40 do Diploma Maior, refere-se aos tetos também impostos aos proventos e vencimentos dos servidores. Longe está de revelar permissão a que o legislador ordinário limite o valor da pensão a ser percebida - precedente: Agravo Regimental no Mandado de Injunção nº 274-6/DF, cujo acórdão foi publicado em 3 de dezembro de 1993.

AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 579.592 (360)ORIGEM : RMS - 15877 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : IONARA PACHECO LACERDA GAIOSOADV.(A/S) : RENATO OLIVEIRA RAMOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : GOIANIO BORGES TEIXEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCOS JORGE CALDAS PEREIRA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : PEDRO HENRIQUE TEIXEIRAADV.(A/S) : FRANCISCO CARNEIRO NOBRE DE LACERDA NETO

E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, o Ministro Menezes Direito. 1ª Turma, 30.06.2009.

DISTRIBUIÇÃO – PREVENÇÃO. Vício na distribuição há de ser veiculado na primeira oportunidade que a parte tiver para falar nos autos ou no processo.

AGRAVO DE INSTRUMENTO – TRASLADO DE PEÇAS. Depreendendo-se da sequência das folhas que não foram apresentadas contrarrazões ao recurso extraordinário, descabe glosar a formação do instrumento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 620.678 (361)ORIGEM : AC - 200370030146670 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAADV.(A/S) : VALDEZ ADRIANI FARIASAGDO.(A/S) : HICONCI HIDRÁULICA E CONSTRUÇÃO CIVIL LTDAADV.(A/S) : ADIRSON DE OLIVEIRA JUNIOR E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. 1ª Turma, 15.09.2009.

RECURSO - OPORTUNIDADE - BALIZAMENTO. Há de considerar-se, no que toca à observância do pressuposto de recorribilidade que é a oportuna manifestação do inconformismo, a data da ciência do ato impugnado e a de entrada do recurso no protocolo da Corte.

AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 623.113 (362)ORIGEM : PROC - 88820050008650 - TURMA DE RECURSOS

CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAISPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. SEPÚLVEDA PERTENCEREDATOR DO ACÓRDÃO RISTF

: MIN. MARCO AURÉLIO

AGTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : FELIPE SILVEIRA GURGEL DO AMARAL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ALEXANDER JERÔNIMO RODRIGUES LEITEADV.(A/S) : ALEXANDER JERÔNIMO RODRIGUES LEITE

Decisão: Após o voto do Ministro Sepúlveda Pertence, Relator, que negava provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, pediu vista dos autos o Ministro Marco Aurélio. Ausente, justificadamente, a Ministra Cármen Lúcia. 1ª. Turma, 12.06.2007.

Decisão: A Turma, resolvendo questão de ordem, decidiu sobrestar o julgamento deste agravo regimental no agravo de instrumento, para aguardar decisão do Tribunal Pleno no RE 567.454, nos termos do voto do Ministro Marco Aurélio, Presidente. Unânime. 1ª Turma, 11.03.2008.

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Redator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio. 1ª Turma, 08.09.2009.

ASSINATURA BÁSICA – PRECEDENTE DO PLENO – COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS - MATÉRIA LEGAL – AUSÊNCIA DE INTERESSE DA ANATEL. O Pleno, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 567.454-1/BA, assentou ser da competência dos juizados especiais o conflito de interesses versando a assinatura básica, não ficando revelada a complexidade necessária ao deslocamento para a Justiça comum propriamente dita. Também concluiu que o tema de fundo envolve interpretação de normas estritamente legais, não cabendo dizer do interesse da Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 623.296 (363)ORIGEM : PROC - 88820050003313 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. SEPÚLVEDA PERTENCEREDATOR DO ACÓRDÃO RISTF

: MIN. MARCO AURÉLIO

AGTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : CAIO CESAR VIEIRA ROCHA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARIA DO SOCORRO SILVA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : DAVID SARMENTO CÂMARA E OUTRO(A/S)

Decisão: Após o voto do Ministro Sepúlveda Pertence, Relator, que negava provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, pediu vista dos autos o Ministro Marco Aurélio. 1ª. Turma, 25.06.2007.

Decisão: Adiado o julgamento por indicação do Ministro Marco Aurélio, Presidente. Unânime. Ausente, justificadamente, o Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª. Turma, 04.09.2007.

Decisão: A Turma, resolvendo questão de ordem, decidiu sobrestar o julgamento deste agravo regimental no agravo de instrumento, para aguardar decisão do Tribunal Pleno no RE 567.454, nos termos do voto do Ministro Marco Aurélio, Presidente. Unânime. 1ª Turma, 11.03.2008.

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Redator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio. 1ª Turma, 08.09.2009.

ASSINATURA BÁSICA – PRECEDENTE DO PLENO – COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS - MATÉRIA LEGAL – AUSÊNCIA DE INTERESSE DA ANATEL. O Pleno, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 567.454-1/BA, assentou ser da competência dos juizados especiais o conflito de interesses versando a assinatura básica, não ficando revelada a complexidade necessária ao deslocamento para a Justiça comum propriamente dita. Também concluiu que o tema de fundo envolve interpretação de normas estritamente legais, não cabendo dizer do interesse da Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 631.498 (364)ORIGEM : AC - 200500121986 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : FRANCISCO JOSÉ LETTIERE AMADOADV.(A/S) : NEIDE MACIEL CORDEIROAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : PGE-RJ - DAVI MARQUES DA SILVA

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, o Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 22.09.2009.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA - ENQUADRAMENTO - REVOLVIMENTO. Descabe confundir o enquadramento jurídico dos fatos constantes do acórdão impugnado mediante o extraordinário com o revolvimento da prova.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – JULGAMENTO – LEGISLAÇÃO LOCAL. A apreciação do recurso extraordinário faz-se considerada a Constituição Federal, descabendo interpretar normas locais visando a concluir pelo enquadramento no permissivo do inciso III do artigo 102 da Carta da República.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.877 (365)ORIGEM : AC - 200301000087132 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ADEMAR DE LIMA LEITER E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JAIRO ANDRADE DE MIRANDAAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Ausente, justificadamente, o Ministro Menezes Direito. 1ª Turma, 25.08.2009.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 35

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO RESCISÓRIA: CABIMENTO E ADMISSIBILIDADE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 352.280 (366)ORIGEM : AC - 200004011465128 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR SUBSTITUTO

:MIN. MARCO AURÉLIO

AGTE.(S) : CECÍLIA PEZZINI VERANADVDOS. : IZABEL DILOHÊ PISKE SILVÉRIO E OUTROSAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVDA. : MARIÂNGELA DIAS BANDEIRA

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. 1ª Turma, 08.09.2009.

JUROS DA MORA. PRECATÓRIO. PRECEDENTE DO PLENÁRIO. Observada a época própria do pagamento de precatório - o prazo previsto no artigo 100, § 1º, da Constituição Federal - impossível é cogitar da mora, descabendo, assim, a incidência dos juros, no que pressupõem o inadimplemento. Precedente: RE nº 298.616-0, julgado pelo Plenário em 31 de outubro de 2002, no qual atuou como relator o Ministro Gilmar Mendes.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 382.580 (367)ORIGEM : AC - 1121645800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. MARCO AURÉLIO

AGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - NEWTON JORGEAGDO.(A/S) : MARILENE ULTRAMARI BUFFAADV.(A/S) : MARINA AIDAR DE BARROS FAGUNDES E OUTRO(A/

S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. 1ª Turma, 08.09.2009.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO - PROCESSAMENTO. O processamento do recurso extraordinário mediante acolhida de pedido formulado em agravo não afasta o crivo do relator, mormente quando órgão diverso utilizou a forma genérica: “Subam os autos principais para melhor exame”.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO - JULGAMENTO - LEGISLAÇÃO LOCAL. A apreciação do recurso extraordinário faz-se considerada a Constituição Federal, descabendo interpretar normas locais visando a concluir pelo enquadramento no permissivo do inciso III do artigo 102 da Carta da República.

AGRAVO - ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 385.947 (368)ORIGEM : AC - 199707361001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : RENATO JOSÉ LIMA BEZERRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARILIA CRUZ MONTEIROADV.(A/S) : LUCIANO BRASILEIRO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO CEARÁADV.(A/S) : PGE-CE - GERALDO RODRIGUES DE ALBUQUERQUE

FILHO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. 1ª Turma, 15.09.2009.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO - JULGAMENTO - LEGISLAÇÃO LOCAL. A apreciação do recurso extraordinário faz-se considerada a Constituição Federal, descabendo interpretar normas locais visando a concluir pelo enquadramento no permissivo do inciso III do artigo 102 da Carta da República.

AGRAVO - ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 400.464 (369)ORIGEM : AC - 20000110625435 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUAL

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : PAULO EDISON DE ARAÚJO LUCENAADV.(A/S) : LUIZA RODRIGUES PEREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALADV.(A/S) : PGDF - FÁBIO SOARES JANOT

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. 1ª Turma, 15.09.2009.

AGRAVO REGIMENTAL - RECURSO EXTRAORDINÁRIO – BALIZAS. Aprecia-se o recurso extraordinário a partir das premissas fixadas no acórdão proferido, sendo defeso inovar sobre a matéria.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 419.512 (370)ORIGEM : AC - 1482506 - TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ANTÔNIO RIBEIRO DA GLÓRIAADV.(A/S) : EVANDRO FRANÇA MAGALHÃES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RENATA BARBOSA FONTESAGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ÂNGELO AURÉLIO GONÇALVES PARIZ E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. 1ª Turma, 16.12.2008.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO - PREPARO. A exigência do preparo decorre da disciplina dada à matéria pelo Código de Processo Civil - artigo 511 - e da disposição contida no § 1º do artigo 59 do Regimento Interno. Precedente: Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 209.885-9/RJ, relatada pelo Ministro Maurício Corrêa, perante o Pleno, julgada em 25 de março de 1998, em que fui designado redator para o acórdão.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 422.531 (371)ORIGEM : MS - 20020034712000000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULADV.(A/S) : PGE-MS - ULISSES SCHWARZ VIANAAGDO.(A/S) : YASSUCO UEDA PURISCOADV.(A/S) : ROBSON DE FREITAS

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. 1ª Turma, 15.09.2009.

APOSENTADOS – EXTENSÃO DE BENEFÍCIO – ARTIGO 40, § 8º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. A pedra de toque da incidência do preceito é saber se em atividade os aposentados lograriam o benefício.

AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 457.005 (372)ORIGEM : AC - 98007258 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : MARIA IRACEMA BATISTA RODRIGUESADV.(A/S) : PAULO ANDRÉ VACARI BELONEADV.(A/S) : LUCIANO BRASILEIRO DE OLIVEIRAAGDO.(A/S) : ESTADO DO CEARÁADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, o Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 22.09.2009.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PLANO DE CARREIRA. REPOSICIONAMENTO DE SERVIDORES DO GRUPO OPERACIONAL DE TRIBUTAÇÃO, ARRECADAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DO ESTADO DO CEARÁ — TAF. LEI ESTADUAL Nº 12.582/96. CONTROVÉRSIA CUJA SOLUÇÃO DEMANDA O REEXAME DA LEGISLAÇÃO ESTADUAL APLICADA.

1. Entendimento diverso do adotado pelo aresto impugnado demanda o reexame da legislação infraconstitucional, o que não autoriza a abertura da via extraordinária.

2. Precedentes: AI 497.398-AgR, da relatoria do ministro Joaquim Barbosa; bem como REs 255.212-AgR, da relatoria do ministro Gilmar Mendes; 322.558-AgR, da relatoria da ministra Ellen Gracie; 357.430-AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence; 385.986-AgR, da relatoria do ministro Marco Aurélio; 457.392-AgR, da minha relatoria; 464.800-AgR, da relatoria do ministro Eros Grau; 486.678-AgR, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski; 486.764-AgR, da relatoria da ministra Cármen Lúcia; e

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STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 36

255.211-AgR, da relatoria do ministro Celso de Mello.3. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 482.135 (373)ORIGEM : AC - 200170000329776 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CENTRO DE PATOLOGIA DE CURITIBA S/C LTDAADV.(A/S) : ALEXANDRE BLEGGI ARAUJO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E

PEQUENAS EMPRESAS - SEBRAE/PRADV.(A/S) : VERA MARIA DONATTI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PAULO RICARDO BRINCKMANN OLIVEIRAAGDO.(A/S) : SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO - SESC/PR E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CRISTIANE FERRAZ SPINATO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. 1ª Turma, 15.09.2009.

RECURSO - OPORTUNIDADE - BALIZAMENTO. Há de considerar-se, no que toca à observância do pressuposto de recorribilidade que é a oportuna manifestação do inconformismo, a data da ciência do ato impugnado e a de entrada do recurso no protocolo da Corte.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 501.836 (374)ORIGEM : PROC - 1232005 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. SEPÚLVEDA PERTENCEREDATOR DO ACÓRDÃO RISTF

: MIN. MARCO AURÉLIO

AGTE.(S) : TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S/A - TELESPADV.(A/S) : WILLIAN MARCONDES SANTANA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROGÉRIO DA S. VENANCIO PIRESAGDO.(A/S) : ANA HELOISA DIAS OSORIO BRUMADV.(A/S) : DAISE MARIA DOS SANTOS SILVA ROCHA E

OUTRO(A/S)

Decisão: Após o voto do Ministro Sepúlveda Pertence, Relator, que negava provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, pediu vista do processo o Ministro Marco Aurélio. 1ª. Turma, 25.06.2007.

Decisão: Adiado o julgamento por indicação do Ministro Marco Aurélio, Presidente. Unânime. Ausente, justificadamente, o Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª. Turma, 04.09.2007.

Decisão: A Turma, resolvendo questão de ordem, decidiu sobrestar o julgamento deste agravo regimental no recurso extraordinário, para aguardar decisão do Tribunal Pleno no RE 567.454, nos termos do voto do Ministro Marco Aurélio, Presidente. Unânime. 1ª Turma, 11.03.2008.

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Redator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio. 1ª Turma, 08.09.2009.

ASSINATURA BÁSICA – PRECEDENTE DO PLENO – COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS - MATÉRIA LEGAL – AUSÊNCIA DE INTERESSE DA ANATEL. O Pleno, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 567.454-1/BA, assentou ser da competência dos juizados especiais o conflito de interesses versando a assinatura básica, não ficando revelada a complexidade necessária ao deslocamento para a Justiça comum propriamente dita. Também concluiu que o tema de fundo envolve interpretação de normas estritamente legais, não cabendo dizer do interesse da Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 515.773 (375)ORIGEM : AC - 200361020153640 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CEPE - CENTRO DE ENDOSCOPIA PÉLVICA S/C LTDAADV.(A/S) : ELISETE BRAIDOTT E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - MARIA CECÍLIA LEITE MOREIRA

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, o Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 22.09.2009.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – LEI Nº 9.430/96 – COFINS – ISENÇÃO – REVOGAÇÃO – SOCIEDADES DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE PROFISSÃO LEGALMENTE REGULAMENTADA – RESSALVA DE ÓPTICA PESSOAL. O Plenário, apreciando os Recursos Extraordinários nºs 377.457-3/PR e 381.964-0/MG, concluiu mostrar-se legítima a revogação, mediante o artigo 56 da Lei nº 9.430/96, da isenção da Contribuição para o

Financiamento da Seguridade Social - COFINS relativa às sociedades de prestação de serviços de profissão legalmente regulamentada, estabelecida no artigo 6º, inciso II, da Lei Complementar nº 70/91.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 525.882 (376)ORIGEM : PROC - 1720040013934001 - TURMA DE RECURSOS

CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAISPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. SEPÚLVEDA PERTENCEREDATOR DO ACÓRDÃO RISTF

: MIN. MARCO AURÉLIO

AGTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : CAIO CESAR VIEIRA ROCHA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOELSON DE LUNA LINSADV.(A/S) : LAÉRCIA GIRLEIDE BEZERRA DE LUNA LINS

Decisão: Após o voto do Ministro Sepúlveda Pertence, Relator, que negava provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, pediu vista dos autos o Ministro Marco Aurélio. Ausente, justificadamente, a Ministra Cármen Lúcia. 1ª. Turma, 12.06.2007.

Decisão: A Turma, resolvendo questão de ordem, decidiu sobrestar o julgamento deste agravo regimental no recurso extraordinário, para aguardar decisão do Tribunal Pleno no RE 567.454, nos termos do voto do Ministro Marco Aurélio, Presidente. Unânime. 1ª Turma, 11.03.2008.

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Redator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio. 1ª Turma, 08.09.2009.

ASSINATURA BÁSICA – PRECEDENTE DO PLENO – COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS - MATÉRIA LEGAL – AUSÊNCIA DE INTERESSE DA ANATEL. O Pleno, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 567.454-1/BA, assentou ser da competência dos juizados especiais o conflito de interesses versando a assinatura básica, não ficando revelada a complexidade necessária ao deslocamento para a Justiça comum propriamente dita. Também concluiu que o tema de fundo envolve interpretação de normas estritamente legais, não cabendo dizer do interesse da Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 531.157 (377)ORIGEM : PROC - 2006000289701 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. SEPÚLVEDA PERTENCEREDATOR DO ACÓRDÃO RISTF

: MIN. MARCO AURÉLIO

AGTE.(S) : SERCOMTEL S/A - TELECOMUNICAÇÕESADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE GARDEMANNAGDO.(A/S) : FRANCISCO DE ASSIS TEIXEIRA DA SILVAADV.(A/S) : GLAUCO LUCIANO RAMOS

Decisão: Após o voto do Ministro Sepúlveda Pertence, Relator, que negava provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, pediu vista dos autos o Ministro Marco Aurélio. Ausente, justificadamente, a Ministra Cármen Lúcia. 1ª. Turma, 12.06.2007.

Decisão: A Turma, resolvendo questão de ordem, decidiu sobrestar o julgamento deste agravo regimental no recurso extraordinário, para aguardar decisão do Tribunal Pleno no RE 567.454, nos termos do voto do Ministro Marco Aurélio, Presidente. Unânime. 1ª Turma, 11.03.2008.

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Redator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio. 1ª Turma, 08.09.2009.

ASSINATURA BÁSICA – PRECEDENTE DO PLENO – COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS - MATÉRIA LEGAL – AUSÊNCIA DE INTERESSE DA ANATEL. O Pleno, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 567.454-1/BA, assentou ser da competência dos juizados especiais o conflito de interesses versando a assinatura básica, não ficando revelada a complexidade necessária ao deslocamento para a Justiça comum propriamente dita. Também concluiu que o tema de fundo envolve interpretação de normas estritamente legais, não cabendo dizer do interesse da Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 534.995 (378)ORIGEM : CC - 54950 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. SEPÚLVEDA PERTENCEREDATOR DO ACÓRDÃO RISTF

: MIN. MARCO AURÉLIO

AGTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : CAIO CÉSAR VIEIRA ROCHA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARIA DA GLÓRIA DANTAS SOARESADV.(A/S) : DILMA JANE TAVARES DE ARAÚJO

Decisão: Após o voto do Ministro Sepúlveda Pertence, Relator, que negava provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, pediu vista dos autos o Ministro Marco Aurélio. Ausente, justificadamente, a Ministra

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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Cármen Lúcia. 1ª. Turma, 12.06.2007. Decisão: A Turma, resolvendo questão de ordem, decidiu sobrestar o

julgamento deste agravo regimental no recurso extraordinário, para aguardar decisão do Tribunal Pleno no RE 567.454, nos termos do voto do Ministro Marco Aurélio, Presidente. Unânime. 1ª Turma, 11.03.2008.

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Redator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio. 1ª Turma, 08.09.2009.

ASSINATURA BÁSICA – PRECEDENTE DO PLENO – COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS - MATÉRIA LEGAL – AUSÊNCIA DE INTERESSE DA ANATEL. O Pleno, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 567.454-1/BA, assentou ser da competência dos juizados especiais o conflito de interesses versando a assinatura básica, não ficando revelada a complexidade necessária ao deslocamento para a Justiça comum propriamente dita. Também concluiu que o tema de fundo envolve interpretação de normas estritamente legais, não cabendo dizer do interesse da Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 535.021 (379)ORIGEM : PROC - 28705 - COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO

ESPECIAL CÍVELPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. SEPÚLVEDA PERTENCEREDATOR DO ACÓRDÃO RISTF

: MIN. MARCO AURÉLIO

AGTE.(S) : TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S/A - TELESPADV.(A/S) : DENIZE MOREIRA CHAVES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JAYME BARBOSA LIMAAGDO.(A/S) : KÁTIA MARA LANDRONIADV.(A/S) : MARIA JOANA DA SILVA E OUTRO(A/S)

Decisão: Após o voto do Ministro Sepúlveda Pertence, Relator, que negava provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, pediu vista dos autos o Ministro Marco Aurélio. Ausente, justificadamente, a Ministra Cármen Lúcia. 1ª. Turma, 12.06.2007.

Decisão: A Turma, resolvendo questão de ordem, decidiu sobrestar o julgamento deste agravo regimental no recurso extraordinário, para aguardar decisão do Tribunal Pleno no RE 567.454, nos termos do voto do Ministro Marco Aurélio, Presidente. Unânime. 1ª Turma, 11.03.2008.

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Redator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio. 1ª Turma, 08.09.2009.

ASSINATURA BÁSICA – PRECEDENTE DO PLENO – COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS - MATÉRIA LEGAL – AUSÊNCIA DE INTERESSE DA ANATEL. O Pleno, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 567.454-1/BA, assentou ser da competência dos juizados especiais o conflito de interesses versando a assinatura básica, não ficando revelada a complexidade necessária ao deslocamento para a Justiça comum propriamente dita. Também concluiu que o tema de fundo envolve interpretação de normas estritamente legais, não cabendo dizer do interesse da Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 536.945 (380)ORIGEM : PROC - 2006000411820 - TURMA DE RECURSOS

CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAISPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. SEPÚLVEDA PERTENCEREDATOR DO ACÓRDÃO RISTF

: MIN. MARCO AURÉLIO

AGTE.(S) : SERCOMTEL S/A - TELECOMUNICAÇÕESADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE GARDEMANN E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : LUCINEI FERNANDES REBEQUEADV.(A/S) : ALESSANDRA AUGUSTA KLAGENBERG E

OUTRO(A/S)

Decisão: Após o voto do Ministro Sepúlveda Pertence, Relator, que negava provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, pediu vista dos autos o Ministro Marco Aurélio. Ausente, justificadamente, a Ministra Cármen Lúcia. 1ª. Turma, 12.06.2007.

Decisão: A Turma, resolvendo questão de ordem, decidiu sobrestar o julgamento deste agravo regimental no recurso extraordinário, para aguardar decisão do Tribunal Pleno no RE 567.454, nos termos do voto do Ministro Marco Aurélio, Presidente. Unânime. 1ª Turma, 11.03.2008.

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Redator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio. 1ª Turma, 08.09.2009.

ASSINATURA BÁSICA – PRECEDENTE DO PLENO – COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS - MATÉRIA LEGAL – AUSÊNCIA DE INTERESSE DA ANATEL. O Pleno, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 567.454-1/BA, assentou ser da competência dos juizados especiais o conflito de interesses versando a assinatura básica, não ficando revelada a complexidade necessária ao deslocamento para a Justiça comum propriamente dita. Também concluiu que o tema de fundo envolve interpretação de normas estritamente legais, não cabendo dizer do interesse

da Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 557.872 (381)ORIGEM : AC - 200435000127080 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 1A. REGIAO - DFPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : IMAGEM DIAGNÓSTICOS ECOGRÁFICOS S/C LTDAADV.(A/S) : ALEXANDRE PRUDENTE MARQUES E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Ausente, justificadamente, o Ministro Menezes Direito. 1ª Turma, 25.08.2009.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO - PRONUNCIAMENTO JUDICIAL COM DUPLO FUNDAMENTO - LEGAL E CONSTITUCIONAL - AUSÊNCIA DE INTERPOSIÇÃO DO ESPECIAL. Se do acórdão impugnado mediante o extraordinário consta duplo fundamento - legal e constitucional -, incumbe à parte interpor simultaneamente o recurso especial. Não o fazendo, dá-se a preclusão.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 566.907 (382)ORIGEM : AMS - 199961000547058 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UTC ENGENHARIA S/AADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO FORNES MATEUCCI E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, o Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 22.09.2009.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO - PREPARO. Conjugam-se os artigos 59 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e 511 do Código de Processo Civil. Impõe-se a comprovação do preparo do extraordinário no prazo relativo à interposição deste. O fato de não haver coincidência entre o expediente forense e o de funcionamento das agências bancárias longe fica de projetar o termo final do prazo concernente ao preparo para o dia subsequente ao do término do recursal.

AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 235.642 (383)ORIGEM : REO - 9301048280 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOEMBTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - LUCIANA MOREIRA GOMESEMBDO.(A/S) : BEMIL - BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS S/AADV.(A/S) : ALDE DA COSTA SANTOS JÚNIOR E OUTROS

Decisão: Por maioria de votos, a Turma não conheceu dos embargos de declaração no agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator; vencido o Ministro Marco Aurélio, Presidente. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Ministra Cármen Lúcia. Ausente, justificadamente, o Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 06.10.2009.

EMENTA: RECURSO. Embargos de declaração. Multa aplicada em agravo regimental. Depósito não efetuado. Não satisfação da condição para interposição de recurso. Embargos não conhecidos. Aplicação do art. 557, § 2º do CPC. Não se conhece do recurso, quando não satisfeita uma das condições para sua interposição, como o depósito de multa por litigância de má fé.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 551.087 (384)ORIGEM : PROC - 200434007026050 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : VERA DE RODRIGUES DE FARIASADV.(A/S) : LINO DE CARVALHO CAVALCANTEADV.(A/S) : FRANCISCO DAMASCENO FERREIRA NETOEMBDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental; vencido, nesta parte, o Ministro Marco

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 38

Aurélio. Por unanimidade, lhe negou provimento, nos termos do voto da Relatora. 1ª. Turma, 25.08.2009.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. PRECLUSÃO DA MATÉRIA: IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 604.448 (385)ORIGEM : RESP - 691189 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : ROBERTO TESSELE DA SILVA ADVOGADOS

ASSOCIADOSADV.(A/S) : ROBERTO TESSELE DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RODRIGO MARRAEMBDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - GILBERTO MOREIRA COSTA

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração no agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora. Unânime. 1ª Turma, 15.09.2009.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. SOCIEDADE CIVIL DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PROFISSIONAIS. CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS. POSSIBILIDADE DE REVOGAÇÃO DE ISENÇÃO POR LEI ORDINÁRIA. EMBARGOS REJEITADOS.

1. Inadmissibilidade de modulação de efeitos. Precedente do Plenário.

2. Impossibilidade de rediscussão da matéria nos embargos de declaração. Art. 535 do Código de Processo Civil.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.127 (386)ORIGEM : AC - 200271010062090 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : MARIZE RODRIGUES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : NOÊMIA GÓMEZ REIS E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS - UFPELPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nesta parte, o Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao recurso, nos termos do voto da Relatora. Ausente, justificadamente, o Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 22.09.2009.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. ADMINISTRATIVO. REAJUSTE DE 28,86%. 1. IMPOSSIBILIDADE DE EXTENSÃO AOS TITULARES DE CARGOS DE MAGISTÉRIO. PRECEDENTES. 2. LIMITES DA COISA JULGADA: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.925 (387)ORIGEM : EDAIRR - 394200401910402 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : ISOLINO ALVES DOS SANTOSADV.(A/S) : LARISSA CHAUL DE CARVALHO OLIVEIRA E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : COMPANHIA IMOBILIÁRIA DE BRASÍLIA - TERRACAPADV.(A/S) : DIEGO ALBERTO BRASIL PRAGA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração no agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora. Unânime. 1ª Turma, 15.09.2009.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. ART. 535 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. PRECEDENTES. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 191.709

(388)

ORIGEM : AC - 21417119 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOEMBTE.(S) : DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA -

DAEEADV.(A/S) : JOSÉ NUZZI NETO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : TOBIAS GROSS E OUTRO(A/S)

ADV.(A/S) : EVELCOR FORTES SALZANO E OUTRO(A/S)

Decisão: Por maioria de votos, a Turma não conheceu dos embargos de declaração no agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator; vencido o Ministro Marco Aurélio, Presidente. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Ministra Cármen Lúcia. Ausente, justificadamente, o Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 06.10.2009.

EMENTA: RECURSO. Embargos de declaração. Multa aplicada em agravo regimental. Art. 557, § 2º, do CPC. Depósito não efetuado pela Fazenda Pública. Não satisfação da condição para interposição de recurso. Embargos não conhecidos. Precedente. Aplica-se à Fazenda Pública a exigência de comprovação do depósito da multa de que trata o § 2º do art. 557 do CPC.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.096 (389)ORIGEM : AC - 200571080090712 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : CALÇADOS MIÚCHA LTDAADV.(A/S) : VELMI ABRAMO BIASON E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALEMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nesta parte, o Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo, nos termos do voto da Relatora. Ausente, justificadamente, o Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 22.09.2009.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. CONTRIBUIÇÃO AO INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA. EMPRESA URBANA. EXIGIBILIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

HABEAS CORPUS 71.680 (390)ORIGEM : HC - 18390 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE. : ANTONIO CARLOS GOMES SOARESIMPTE. : JOSE MAURO COUTO DE ASSISCOATOR : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Decisão: Por maioria de votos, a Turma indeferiu o pedido de habeas corpus. Vencido o Sr. Ministro Sepúlveda Pertence, que o deferia. Falou pelo paciente o Dr. José Mauro Couto de Assis. 1ª Turma, 14.03.95.

E M E N T A: “HABEAS CORPUS” – JÚRI – DECISÃO DE PRONÚNCIA – CRIME DE HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO – PRETENDIDA EXCLUSÃO DAS QUALIFICADORAS – AFASTAMENTO DAS QUALIFICADORAS, PELO MAGISTRADO PRONUNCIANTE, SOMENTE QUANDO MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTES OU INOCORRENTES – CONTROVÉRSIA, ADEMAIS, QUE IMPLICA EXAME APROFUNDADO DE FATOS E PROVAS – CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DESSA ANÁLISE NA VIA SUMARÍSSIMA DO “HABEAS CORPUS” – SUPERIORIDADE NUMÉRICA DOS AGRESSORES – CONFIGURAÇÃO COMO QUALIFICADORA, POR CARACTERIZAR UTILIZAÇÃO DE RECURSO QUE DIFICULTOU OU IMPOSSIBILITOU A DEFESA DA VÍTIMA (CP, art. 121, § 2º, IV, “in fine”) – DECISÃO FUNDAMENTADA - OBSERVÂNCIA DA EXIGÊNCIA DE MOTIVAÇÃO (CF, art. 93, IX) – PEDIDO INDEFERIDO.

HABEAS CORPUS 72.222 (391)ORIGEM : HC - 743 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE. : OSMAR VENANCIO DA SILVAIMPTE. : PAULO SERGIO BASILIOCOATOR : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus. Unânime. 1ª Turma, 09.05.95.

E M E N T A: “HABEAS CORPUS” – PRETENDIDA DESCLASSIFICAÇÃO DO DELITO DE HOMICÍDIO, EM SUA MODALIDADE TENTADA, PARA O CRIME DE LESÃO CORPORAL DE NATUREZA LEVE – CONTROVÉRSIA QUE IMPLICA EXAME APROFUNDADO DE FATOS E PROVAS – INVIABILIDADE DESSA ANÁLISE NA VIA SUMARÍSSIMA DO “HABEAS CORPUS” – ALEGADA NULIDADE DA DECISÃO DE PRONÚNCIA – EXCESSO DE LINGUAGEM DO MAGISTRADO PRONUNCIANTE – INOCORRÊNCIA – PEDIDO INDEFERIDO.

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HABEAS CORPUS 72.313 (392)ORIGEM : HC - 31512 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE. : CLAUDIO BENTO DE OLIVEIRAIMPTE. : ALBERTO OENNINGCOATOR : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA

Decisão: A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus.Unânime. 1a. Turma, 08.08.95._E M E N T A: “HABEAS CORPUS” – ALEGADA NULIDADE DA

SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA – CONTROVÉRSIA QUE IMPLICA EXAME APROFUNDADO DE FATOS E PROVAS – INVIABILIDADE DESSA ANÁLISE NA VIA SUMARÍSSIMA DO “HABEAS CORPUS” - PEDIDO INDEFERIDO.

- A ação de “habeas corpus” – de caráter sumaríssimo - constitui remédio processual inadequado, quando ajuizada com o objetivo (a) de promover a análise aprofundada da prova penal, (b)de efetuar o reexame do conjunto probatório regularmente produzido, (c) de provocar a reapreciação da matéria de fato e (d)de proceder à revalorização dos elementos indiciários e/ou instrutórios coligidos no procedimento penal.

HABEAS CORPUS 72.557 (393)ORIGEM : HC - 10231 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE. : JORGE PINTO DE SOUZA VARGESIMPTE. : BEN HUR VIZA E OUTROCOATOR : TRIBUNAL DE ALÇADA DO ESTADO DE MINAS

GERAIS

Decisão: A Turma indeferiu o pedido de habeascorpus. Unânime. 1a. Turma 23.05.95.E M E N T A: “HABEAS CORPUS” – ALEGADA AUSÊNCIA DE

FUNDAMENTAÇÃO QUANTO À FIXAÇÃO DA PENA – INOCORRÊNCIA – ATOS DECISÓRIOS DEVIDAMENTE FUNDAMENTADOS – CONTROVÉRSIA QUE IMPLICA EXAME APROFUNDADO DE FATOS E PROVAS – INVIABILIDADE DESSA ANÁLISE NA VIA SUMARÍSSIMA DO “HABEAS CORPUS” – PEDIDO INDEFERIDO.

- A ação de “habeas corpus” – de caráter sumaríssimo - constitui remédio processual inadequado, quando ajuizada com o objetivo (a) de promover a análise aprofundada da prova penal, (b)de efetuar o reexame do conjunto probatório regularmente produzido, (c) de provocar a reapreciação da matéria de fato e (d)de proceder à revalorização dos elementos indiciários e/ou instrutórios coligidos no procedimento penal.

HABEAS CORPUS 73.088 (394)ORIGEM : HC - 29209 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE. : GILSON ALVES DE SOUZAIMPTE. : GILSON ALVES DE SOUZACOATOR : TRIBUNAL DE ALÇADA CRIMINAL DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Decisão: A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus. Unânime. 1ª Turma, 14.11.95.

E M E N T A: “HABEAS CORPUS” - ALEGADA INSUFICIÊNCIA DE PROVA QUANTO À PRÁTICA DA INFRAÇÃO PENAL – CONTROVÉRSIA QUE IMPLICA EXAME APROFUNDADO DE FATOS E PROVAS – INVIABILIDADE DESSA ANÁLISE NA VIA SUMARÍSSIMA DO “HABEAS CORPUS” - PEDIDO INDEFERIDO.

- A ação de “habeas corpus” – de caráter sumaríssimo - constitui remédio processual inadequado, quando ajuizada com o objetivo (a) de promover a análise aprofundada da prova penal, (b)de efetuar o reexame do conjunto probatório regularmente produzido, (c) de provocar a reapreciação da matéria de fato e (d)de proceder à revalorização dos elementos indiciários e/ou instrutórios coligidos no procedimento penal.

- O remédio constitucional do “habeas corpus” não se qualifica como meio processualmente idôneo para a indagação minuciosa da prova penal.

HABEAS CORPUS 73.648 (395)ORIGEM : HC - 2442 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE. : MERCEDES HELENA VICENTINIIMPTE. : FELIPE ANTONIO DUARTE CHEMALE E OUTROCOATOR : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Decisão: A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus. Unânime. 1ª Turma, 02.04.96

E M E N T A: “HABEAS CORPUS” – ALEGAÇÃO DE

INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DA JUSTIÇA ESTADUAL – PRETENDIDO RECONHECIMENTO DE OCORRÊNCIA DE CRIME ELEITORAL – CONTROVÉRSIA QUE IMPLICA EXAME APROFUNDADO DE FATOS E PROVAS – INVIABILIDADE DESSA ANÁLISE NA VIA SUMARÍSSIMA DO “HABEAS CORPUS” – PEDIDO INDEFERIDO.

- A ação de “habeas corpus” – de caráter sumaríssimo - constitui remédio processual inadequado, quando ajuizada com o objetivo (a) de promover a análise aprofundada da prova penal, (b)de efetuar o reexame do conjunto probatório regularmente produzido, (c) de provocar a reapreciação da matéria de fato e (d)de proceder à revalorização dos elementos indiciários e/ou instrutórios coligidos no procedimento penal.

- O remédio constitucional do “habeas corpus” não se qualifica como meio processualmente idôneo para a indagação minuciosa da prova penal.

HABEAS CORPUS 89.585 (396)ORIGEM : HC - 89585 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : WESLEY BARBOSA SOARES DE ALBUQUERQUEIMPTE.(S) : ANTONIO RIBEIRO SOARES FILHOADV.(A/S) : JOÃO ULISSES DE BRITTO AZÊDO E OUTROSCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, o Ministro Carlos Ayres Britto. Presidiu o julgamento do Ministro Marco Aurélio. 1ª Turma, 06.10.2009.

AÇÃO PENAL – RECEBIMENTO DE DENÚNCIA – COACUSADOS – ARTIGO 580 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. A observância do artigo 580 do Código de Processo Penal faz-se, presente o recebimento de denúncia ante o envolvimento de indícios, no campo da exceção.

AÇÃO PENAL – JUSTA CAUSA – TRANCAMENTO. O trancamento de ação penal por falta de justa causa pressupõe quadro a revelar a falta evidente de indícios ou a ausência de materialidade do crime.

DENÚNCIA – RECEBIMENTO. O recebimento da denúncia surge fundamentado quando a decisão interlocutória proferida remete a indícios da participação do acusado.

HABEAS CORPUS 90.378 (397)ORIGEM : HC - 393 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : LUÍS FERNANDO PADILHA LEITEIMPTE.(S) : ANTÔNIO ROBERTO DAHER NASCIMENTO FILHOCOATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 13.10.2009.

HABEAS CORPUS - OBJETO. O habeas corpus visa a preservar a liberdade de ir e vir presente articulação em torno de ato que se repute ilegal a alcançá-la. A configuração, ou não, do quadro diz respeito não à propriedade da medida, mas à procedência do que nela veiculado.

HABEAS CORPUS – OBJETO – INQUÉRITO E AÇÃO CIVIL PÚBLICA. O habeas corpus não é meio hábil para questionar-se aspectos ligados quer ao inquérito civil público, quer à ação civil pública, porquanto, nesses procedimentos, não se faz em jogo, sequer na via indireta, a liberdade de ir e vir.

HABEAS CORPUS 93.876 (398)ORIGEM : HC - 21815 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : JOÃO MARCOS CAMPOS HENRIQUES OU JOÃO

MARCOS HENRIQUESPACTE.(S) : FERNANDO CELSO GONÇALVES HERMIDA OU

FERNANDO CELSO HERMIDAIMPTE.(S) : LYDIO DA HORA SANTOS E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Falaram: O Dr. Wellington Corrêa da Costa Junior, pelos pacientes, e o Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas, Subprocurador-Geral da República, pelo Ministério Público Federal. 1ª Turma, 28.04.2009.

EMENTA: PROCESSUAL PENAL. PENAL. HABEAS CORPUS. PORTE DE MUNIÇÃO DE USO RESTRITO. ART. 16 DA LEI 10.826/2003. PERÍCIA PARA A COMPROVAÇÃO DO POTENCIAL LESIVO DA MUNIÇÃO. DESNECESSIDADE. SIGILO TELEFÔNICO JUNTADO AOS AUTOS APÓS AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. ALEGAÇÃO DE NULIDADE QUE NÃO PODE SER EXAMINADA SOB PENA DE SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. DOSIMETRIA DA PENA. PENA-BASE ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. POSSIBILIDADE. DECISÃO ADEQUADAMENTE FUNDAMENTADA. IMPETRAÇÃO CONHECIDA EM PARTE E DENEGADA A ORDEM NESSA

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STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 40

EXTENSÃO. I - A objetividade jurídica dos delitos previstos na Lei 10.826/03

transcende a mera proteção da incolumidade pessoal, para alcançar também a tutela da liberdade individual e de todo o corpo social, asseguradas ambas pelo incremento dos níveis de segurança coletiva que a lei propicia.

II - Despicienda a ausência ou nulidade do laudo pericial da arma ou da munição para a aferição da materialidade do delito.

III – A questão da nulidade decorrente do fato de o procedimento de quebra de sigilo telefônico ter sido juntado aos autos após a audiência de instrução e julgamento não pode ser conhecida, sob pena de indevida supressão de instância com o desbordamento dos limites de competência do STF descritos no art. 102 da Constituição Federal.

IV – No caso, o magistrado, ao fixar a pena-base dos pacientes, observou fundamentadamente todas as circunstâncias judiciais constantes do art. 59 do Código Penal, especialmente a grande quantidade de substância entorpecente e a qualidade de mentores intelectuais ostentada pelos pacientes, o que justifica a fixação do quantum da pena acima do mínimo legal.

V – Writ conhecido em parte, denegando-se a ordem na parte conhecida.

HABEAS CORPUS 95.706 (399)ORIGEM : HC - 108474 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : LUIZ CLÁUDIO GOMES GIAMPAOLIIMPTE.(S) : LUIZ CLÁUDIO GOMES GIAMPAOLICOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

Decisão: Após o voto do Ministro Ricardo Lewandowski, Relator, que concedia a ordem para anular o acórdão do Superior Tribunal Militar, e dos votos da Ministra Cármen Lúcia e do Ministro Marco Aurélio que concediam o writ parcialmente para que os autos retornassem àquele Tribunal, pediu vista do processo o Ministro Carlos Ayres Britto, Presidente. Ausente, justificadamente, o Ministro Menezes Direito. 1ª Turma, 18.08.2009.

Decisão: A Turma, prevalecendo o empate, deferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Votaram pelo deferimento da ordem, porém, em menor extensão, a Ministra Cármen Lúcia e o Ministro Marco Aurélio. 1ª Turma, 15.09.2009.

EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIME MILITAR. ABSOLVIÇÃO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA. SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR. ACÓRDÃO. CONDENAÇÃO. NULIDADE POR FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CF. OCORRÊNCIA. ORDEM CONCEDIDA.

I – O acórdão recorrido, ao reformar a sentença absolutória, deixou de explicitar em quais elementos de prova fundou-se a condenação, o que viola a exigência constitucional de motivação das decisões.

II – Ofensa ao art. 93, IX, da CF.III – Ordem concedida.

HABEAS CORPUS 95.848 (400)ORIGEM : HC - 114050 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. MENEZES DIREITOREDATOR DO ACÓRDÃO

: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

PACTE.(S) : IZAÍAS ALVES PEREIRA JÚNIORIMPTE.(S) : BRUNO RODRIGUESCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 112180 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Após o voto do Ministro Menezes Direito, Relator, que não conhecia do pedido de habeas corpus, mas concedia a ordem de ofício, pediu vista do processo o Ministro Ricardo Lewandowski. Falou o Dr. Bruno Rodrigues, pelo paciente. 1ª Turma, 12.05.2009.

Decisão: Por maioria de votos, a Turma indeferiu o pedido de habeas corpus; vencidos os Ministros Menezes Direito e Marco Aurélio. Redator para o acórdão o Ministro Ricardo Lewandowski. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 29.09.2009.

EMENTA: HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. PRISÃO CAUTELAR. RÉU QUE AMEAÇA E INTIMIDA VÍTIMAS E TESTEMUNHAS. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. CRIME DE TORTURA. LIBERDADE PROVISÓRIA. INADMISSIBILIDADE. VEDAÇÃO CONSTITUCIONAL. DELITOS INAFIANÇÁVEIS. ART. 5º, XLIII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ORDEM DENEGADA.

I - A periculosidade do réu constitui motivo apto à decretação da prisão cautelar, com finalidade de garantir a ordem pública. Precedentes.

II - A vedação à liberdade provisória para os crimes hediondos advém da própria Constituição, a qual prevê a sua inafiançabilidade (art. 5º, XLIII, da CF).

III - Habeas corpus denegado.

HABEAS CORPUS 96.729 (401)ORIGEM : HC - 155904 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULO

RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : ARISTEU NILDEMIR DE MAGALHÃES OU ARISTEU

NILDEMIR MAGALHÃESIMPTE.(S) : HERÁCLITO ANTÔNIO MOSSIN E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1035662

DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 13.10.2009.

AGRAVO DE INSTRUMENTO – SUBIDA DE RECURSO – TRASLADO DE PEÇAS. Em se tratando de agravo interposto em processo-crime, o agravante deve indicar as peças a serem trasladadas pela Secretaria.

AGRAVO DE INSTRUMENTO – CREDENCIAMENTO DE ADVOGADO. Se, de um lado, é certa a admissibilidade do instrumento público de credenciamento de profissional da advocacia estampado em ata na qual consignada a presença do acusado e do defensor técnico, de outro, é indispensável que, na formação do instrumento, visando ao sucesso de agravo interposto para a subida de recurso, haja a indicação de tal peça objetivando o traslado pela Secretaria.

HABEAS CORPUS 96.870 (402)ORIGEM : HC - 162585 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : WASHINGTON VIEIRA DA SILVAIMPTE.(S) : PAULO ROBERTO DE ALMEIDA DAVIDCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1070177

DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 13.10.2009.

AGRAVO DE INSTRUMENTO – SUBIDA DE RECURSO – TRASLADO DE PEÇAS. Em se tratando de agravo interposto em processo-crime, o agravante deve indicar as peças a serem trasladadas pela Secretaria.

AGRAVO DE INSTRUMENTO – CREDENCIAMENTO DE ADVOGADO. Se, de um lado, é certa a admissibilidade do instrumento público de credenciamento de profissional da advocacia estampado em ata na qual consignada a presença do acusado e do defensor técnico, de outro, é indispensável que, na formação do instrumento, visando ao sucesso de agravo interposto para a subida de recurso, haja a indicação de tal peça objetivando o traslado pela Secretaria.

HABEAS CORPUS 98.663 (403)ORIGEM : HC - 39539 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : JONAS BARCELOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Marco Aurélio. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 13.10.2009.

EMENTA: HABEAS CORPUS. LIVRAMENTO CONDICIONAL. VÁRIAS FUGAS. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DESFAVORÁVEL. REQUISITO SUBJETIVO NÃO PREENCHIDO. AUSÊNCIA DE DOCUMENTAÇÃO SUFICIENTE. MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. ORDEM DENEGADA.

1. Réu que empreendeu várias fugas durante o cumprimento de sua pena e apresenta laudo psicológico desfavorável não preenche o requisito subjetivo para a concessão do livramento condicional.

2. Habeas corpus instruído com documentação insuficiente, que não possibilita a análise da situação atual do Paciente.

3. Excepcionalidade de concessão de livramento condicional em habeas corpus, em razão da necessidade de análise de matéria fático-probatória: Precedentes.

4. Ordem denegada.

HABEAS CORPUS 98.689 (404)ORIGEM : HC - 40326 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : MOHAMAD AHMAD AYOUBIMPTE.(S) : ISRAEL MINICHILLO DE ARAÚJO E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Por maioria de votos, a Turma indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator; vencido o Ministro Marco Aurélio, Presidente. Ausente, justificadamente, o Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 06.10.2009.

EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSUAL PENAL. PRISÃO PREVENTIVA. EXCESSO DE PRAZO. COMPLEXIDADE DA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 41

INSTRUÇÃO PROBATÓRIA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA E BASEADA EM ELEMENTOS CONCRETOS. PRECEDENTES.

I - Afigura-se razoável o prazo da prisão cautelar diante da complexidade da causa e da respectiva instrução probatória.

II - O decreto de prisão preventiva, no caso, está devidamente fundamentado, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal.

III - As condições subjetivas favoráveis do paciente não obstam a segregação cautelar, desde que presentes nos autos elementos concretos a recomendar sua manutenção, como se verifica no caso presente.

IV - Habeas corpus denegado.

HABEAS CORPUS 98.928 (405)ORIGEM : HC - 49919 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : ADRIANO SILVA ROSAIMPTE.(S) : PAULO CEZAR DA COSTACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: Por maioria de votos, a Turma indeferiu o pedido de habeas corpus; vencido o Ministro Marco Aurélio. Falou o Dr. Paulo Cezar, pelo paciente. 1ª Turma, 08.09.2009.

EMENTA: HABEAS CORPUS. AÇÃO PENAL. TRÁFICO E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO DE ENTORPECENTES. NÃO CARACTERIZAÇÃO DA INÉPCIA DA DENÚNCIA. PRISÃO PREVENTIVA. RISCO DE REITERAÇÃO DELITIVA. PACIENTE FORAGIDO. SUSPENSÃO DO PROCESSO CRIME. ORDEM DENEGADA.

1. A via processualmente contida do HC não se presta para o revolvimento do quadro fático-probatório da ação penal em curso. Quero dizer: a Constituição Federal de 1988, ao cuidar do habeas corpus no inciso LXVIII do art. 5º, autoriza o respectivo manejo “sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção”. Mas a Constituição não para por aí e arremata o seu discurso: “por ilegalidade ou abuso de poder”. Ilegalidade e abuso de poder não se presumem; pelo contrário, a presunção é exatamente inversa. Pelo que, ou os autos dão conta de uma violência indevida (cerceio absolutamente antijurídico por abuso de poder ou por ilegalidade), ou de habeas corpus não se pode socorrer o paciente, devido a que a ação constitucional perde sua prestimosidade. Em suma: o indeferimento do habeas corpus não é uma exceção; exceção é o trancamento per saltum da ação penal, à luz desses elementos interpretativos que ressaem diretamente da Constituição.

2. No caso, a denúncia atende aos requisitos do art. 41 do Código de Processo Penal, sem incidir nas hipóteses de rejeição do art. 395 do mesmo diploma adjetivo, pois descreveu os fatos tidos por delituosos, com suas circunstâncias até então conhecidas, além de arrolar testemunhas, de modo a permitir o amplo exercício do direito de defesa do acusado. Peça acusatória, então, que não é fruto da fantasia, nem do açodamento ou arbitrariedade do Ministério Público.

3. Não é infundado o decreto de prisão que se lastreia no risco de reiteração delitiva e na fuga do distrito da culpa. Até porque, na concreta situação destes autos, ele, paciente, se encontra foragido há mais de dois anos, estando o curso da ação penal suspenso, nos termos do art. 366 do Código de Processo Penal.

4. Ordem denegada.

HABEAS CORPUS 99.225 (406)ORIGEM : HC - 62128 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : ANTÔNIO BRAZ DA SILVA JÚNIORIMPTE.(S) : CARLOS EDUARDO OLIVEIRA CONTI E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 133.680 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma deferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 29.09.2009.

EMENTA: HABEAS CORPUS. DECISÃO INDEFERITÓRIA DE MEDIDA LIMINAR. SÚMULA 691/STF. EXCEPCIONALIDADE AUTORIZADORA DA MITIGAÇÃO DO ÓBICE SUMULAR. DECRETO PRISIONAL QUE REVALIDOU TÍTULO JÁ SUPERADO POR NOVA DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO. ORDEM CONCEDIDA.

1. É pacífica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido da inadmissibilidade de impetração sucessiva de habeas corpus sem o julgamento definitivo do HC anteriormente impetrado (cf. HC 79.776, da relatoria do ministro Moreira Alves; HC 76.347-QO, da relatoria do ministro Moreira Alves; HC 79.238, da relatoria do ministro Moreira Alves; HC 79.748, da relatoria do ministro Celso de Mello; e HC 79.775, da relatoria do ministro Maurício Corrêa). Jurisprudência, essa, que foi sumulada sob o nº 691, segundo a qual “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

2. Essa jurisprudência comporta relativização, quando de logo avulta que o cerceio à liberdade de locomoção do paciente decorre de ilegalidade ou

de abuso de poder (inciso LXVIII do art. 5º da CF/88). É o caso dos autos. Caso em que o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, ao restabelecer a prisão em flagrante do ora paciente, não atentou para a superveniência de decisão judicial que, apreciando os requisitos do então art. 408 do Código de Processo Penal, deferiu a ele, paciente, o direito de aguardar o julgamento em liberdade.

3. Justificada a superação do óbice sumular, ordem concedida para cassar o decreto de prisão expedido por força do julgamento do recurso em sentido estrito nº 215/97/TJRJ.

HABEAS CORPUS 99.582 (407)ORIGEM : HC - 76903 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : ROMEU FAGUNDESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma conheceu, em parte, do pedido de habeas corpus, mas, nessa parte, o indeferiu. Unânime. Falaram o Dr. João Alberto Simões Pires Franco, pelo paciente, e o Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas, Suprocurador-Geral da Republica, pelo Ministério Público Federal. 1ª Turma, 08.09.2009.

EMENTA: HABEAS CORPUS. TIPICIDADE. PORTE ILEGAL DE ARMA DESMUNICIADA E COM NUMERAÇÃO RASPADA. INCIDÊNCIA DO INCISO IV DO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 16 DO ESTATUTO DO DESARMAMENTO. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESSA EXTENSÃO, DENEGADA.

1. A tese da atipicidade do porte ilegal de arma desmuniciada não foi arguida perante a autoridade apontada como coatora. Impossibilidade de conhecimento pelo Supremo Tribunal Federal, pena de indevida supressão de instância.

2. No julgamento do RHC 89.889, da relatoria da ministra Cármem Lúcia, o Plenário desta colenda Corte entendeu que o delito de que trata o inciso IV do parágrafo único do art. 16 do Estatuto do Desarmamento é Política Criminal de valorização do poder-dever do Estado de controlar as armas de fogo que circulam em nosso País. Isso porque a supressão do número, marca, ou qualquer outro sinal identificador do artefato lesivo impede o seu cadastramento e controle.

3. A função social do combate ao delito em foco alcança qualquer tipo de arma de fogo; e não apenas armamento de uso restrito ou proibido. Tanto é assim que o porte de arma de fogo com numeração raspada constitui crime autônomo. Figura penal que, no caso, tem como circunstância elementar o fato de a arma (seja ela de uso restrito ou não) estar com a numeração ou qualquer outro sinal identificador adulterado, raspado ou suprimido.

4. Ordem parcialmente conhecida e, nessa extensão, denegada.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 114.282 (408)ORIGEM : null - 534261 - FÓRUM DA COMARCA DE RANCHARIAPROCED. : SÃO PAULORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. MENEZES DIREITO

REDATORA DO ACÓRDÃO RISTF

: MIN. CÁRMEN LÚCIA

RECTE. : ESTADO DE SÃO PAULOADV. : NAIDE AZEVEDO DE OLIVEIRARECDO. : JOSE JOAQUIM DE ANDRADEADV. : NEIDE RIBEIRO PALARO

Decisão: Por maioria de votos, a Turma conheceu do recurso extraordinário e lhe deu provimento. Redatora para o acórdão a Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 05.05.2009.

EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. MILITAR. PROMOÇÃO AO POSTO IMEDIATAMENTE SUPERIOR. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO. PRECEDENTES.

1. Não há direito adquirido à promoção ao posto imediatamente superior quando o preenchimento das condições para a aposentadoria ocorre quando já vigente norma legal e constitucional não mais a admite.

2. Recurso extraordinário ao qual se dá provimento.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 428.324 (409)ORIGEM : AC - 19990110374439 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : VIAÇÃO VALMIR AMARAL LTDAADV.(A/S) : ALEXANDRE DA SILVA ARAUJO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. 1ª Turma, 15.09.2009.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – AÇÃO CIVIL PÚBLICA – MINISTÉRIO PÚBLICO. Longe fica de vulnerar o inciso II do § 5º do artigo 128 da Constituição Federal pronunciamento judicial no sentido de não se

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 42

mostrarem devidos honorários advocatícios em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público e julgada procedente considerada a articulação de a verba ser recolhida à Fazenda Pública.

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 26.596 (410)ORIGEM : MS - 10546 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MARCÍLIO RODRIGUESADV.(A/S) : FRANCISCO ALVES PEREIRARECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

ANISTIA – REVISÃO DO ATO – INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO. Vindo à balha processo administrativo de revisão de ato a implicar o reconhecimento da condição de anistiado, descabe cogitar do direito líquido e certo à percepção do valor anteriormente reconhecido.

Brasília, 05 de novembro de 2009.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

REPUBLICAÇÕES PRIMEIRA TURMA

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 656.997 (411)ORIGEM : AIRR - 1542199713205401 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAMAÇARIPROC.(A/S)(ES) : JEFFITON RAMOS ANDRADE RAMOSAGDO.(A/S) : DILTON DOS SANTOS BULHÕESADV.(A/S) : MARIA HELENA SOARES DO NASCIMENTO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, o Ministro Menezes Direito. 1ª Turma, 25.08.2009.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – CONTROVÉRSIA SOBRE CABIMENTO DE RECURSO DA COMPETÊNCIA DE CORTE DIVERSA – ADEQUAÇÃO. Quando em questão controvérsia sobre cabimento de recurso da competência de Corte diversa, a via excepcional do recurso extraordinário apenas é aberta se no acórdão prolatado constar premissa contrária à Constituição Federal.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio a alcançar-se exame de controvérsia equacionada sob o ângulo estritamente legal.

AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

Republicado por haver saído com incorreção no Diário deJustiça Eletrônico do dia 02/10/2009.

SEGUNDA TURMA

SESSÃO ORDINÁRIA

Ata da 27ª (vigésima sétima) Sessão Ordinária da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, realizada em 27 de outubro de 2009.

Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello. Presentes à sessão os Senhores Ministros Cezar Peluso, Joaquim Barbosa e Eros Grau. Ausente, justificadamente, a Senhora Ministra Ellen Gracie.

Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Gonçalves.Coordenador, Dr. Carlos Alberto Cantanhede.Abriu-se a sessão às catorze horas, sendo lida e aprovada a ata da

sessão anterior.REGISTROO SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO (PRESIDENTE) – Quero

registrar a presença, na Turma, dos alunos de Direito do Centro Universitário Católico do Sudoeste do Paraná – UNICS.

Registro, com muito prazer, a presença desses ilustres acadêmicos de Direito, e dou-lhes as boas-vindas, em nome desta colenda Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal.

JULGAMENTOS

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 601.581 (412)ORIGEM : AC - 135305 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : AMARILDO LUCIANO DA SILVAADV.(A/S) : ANTONIO MANOEL DE BARROS

AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu do recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 630.171 (413)ORIGEM : AMS - 199961040038618 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - EDUARDO MUNIZ MACHADO CAVALCANTIAGDO.(A/S) : VOLCAFÉ LTDAADV.(A/S) : ROGÉRIO DO AMARAL SILVA MIRANDA DE

CARVALHOADV.(A/S) : DIETER AUGUST KOESTLER

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 703.993 (414)ORIGEM : AC - 155706 - TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS

JUIZADOS ESPECIAISPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : INCORPORADORA RECANTO DOS PÁSSAROS LTDAADV.(A/S) : RENATO DE CAMARGOAGDO.(A/S) : JOÃO CRISTÓVÃO CEZARADV.(A/S) : LIA NEGROMONTE BEDUSCHI PABST

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 708.646 (415)ORIGEM : AC - 20020030340414 - TRIBUNAL DE JUSTICA DO

ESTADO DA PARAIBAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOAADV.(A/S) : ALUISIO LUNDGREN CORRÊA REGIS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CENTRO DE INTEGRAÇÃO EMPRESA ESCOLA - CIEEADV.(A/S) : CELSO LUIZ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.724 (416)ORIGEM : RESP - 884023 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE

PIRACICABAADV.(A/S) : DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYERAGDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.642 (417)ORIGEM : AC - 71408436 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : TEC ROLL COMÉRCIO E SERVIÇOS TÉCNICOS LTDAADV.(A/S) : LILIAN DESTRO GONÇALVES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BSH CONTINENTAL ELETRODOMÉSTICOS LTDAADV.(A/S) : RICARDO LUIZ IASI MOURA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.924 (418)ORIGEM : AC - 24069007995 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MARLENE GIUBERTI MARGONAGTE.(S) : CARLOS ALBERTO GIUBERTIAGTE.(S) : SERGIO AFONSO POLTRONIEREADV.(A/S) : LEONARDO CARVALHO DA SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : J D COMISSÁRIA DE CAFÉ LTDAADV.(A/S) : KLEBER LUIZ VANELI DA ROCHA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.791 (419)ORIGEM : PROC - 2496 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : REFINADORA CATARINENSE S/AADV.(A/S) : CARLOS HENRIQUE SPESSOTO PERSOLI E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : IRB BRASIL RESSEGUROS S/AADV.(A/S) : ANTENOR PEREIRA MADRUGA FILHO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.154 (420)ORIGEM : EIAC - 200400500257 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ANSELMO DE AGUIAR PEREIRAADV.(A/S) : ALFREDO BUMACHAR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : NARA MUYUMI IDE CAPOBIANCO FLORA E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO LEITE CHARLES E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.197 (421)ORIGEM : PROC - 20097000072503 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : FAST SHOP COMERCIAL LTDAADV.(A/S) : EDUARDO BARROS MIRANDA PÉRILLIER E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ANTONIO AURELIO ABI RAMIA DUARTEADV.(A/S) : LUIZ AUGUSTO LANTIMANT FORTE

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.505 (422)ORIGEM : EIAC - 1173059902 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BANCO ITAÚ S/AADV.(A/S) : ELVIO HISPAGNOLAGDO.(A/S) : ALBERTO CASTANHEIRAADV.(A/S) : MARCELO RIBEIRO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu do recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.643 (423)ORIGEM : RESP - 707924 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRO

RELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS -

CEDAEADV.(A/S) : RENATA DO AMARAL GONÇALVES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO SISALADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETO

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 93.490 (424)ORIGEM : HC - 207824 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ARTUR SANTANA DE CARVALHOADV.(A/S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOAGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 92296 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 99.746 (425)ORIGEM : HC - 83621 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : VALDIVINO QUEIROZ DA SILVAADV.(A/S) : CLEBER LOPESAGDO.(A/S) : RELATORA DO HC Nº 115.633 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 508.906 (426)ORIGEM : RESE - 200461240015697 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : DYORGENES ALVES BALBINOADV.(A/S) : LAURINDO NOVAES NETTO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.576 (427)ORIGEM : EIAC - 200070000060710 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : AEROFARMA PERFUMARIAS LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ MACHADO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 486.027 (428)ORIGEM : AC - 1256775900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : MAGDA DO CARMO BONALDI DOURADOR DESIMONE

E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : NADJA MARIA ABREU VIANA DA SILVA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 44

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

Decisão: A Turma, preliminarmente, por votação unânime, conheceu dos embargos de declaração como recurso de agravo, a que, também por unanimidade, negou provimento, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 636.344 (429)ORIGEM : AI - 871200502103405 - TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : DAYSE SILVA NAZIAZENO - MEADV.(A/S) : JOSÉ FERNANDES COSTAEMBDO.(A/S) : DEODATO EMANUEL FERNANDESADV.(A/S) : ANTÔNIO CÉSAR ALVES MONTEIRO

Decisão: A Turma, preliminarmente, por votação unânime, conheceu dos embargos de declaração como recurso de agravo, a que, também por unanimidade, negou provimento, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 639.901 (430)ORIGEM : AC - 2427365200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOEMBTE.(S) : MARIA CRISTINA RIBEIRO BEZERRAADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - JOSÉ FABIANO DE ALMEIDA ALVES FILHO

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração e, por considerá-los protelatórios, impôs, à parte embargante, multa de 1% sobre o valor da causa, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 653.882

(431)

ORIGEM : AC - 3430935300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : JORGE MALULY NETTOADV.(A/S) : EDUARDO MAFFIA QUEIROZ NOBRE E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 668.556 (432)ORIGEM : PROC - 2327425100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : ELISABETH FERRANDINI LEONHARDTADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 669.548 (433)ORIGEM : AC - 2648385900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : CLAUDINEY CESAR MONTEIROADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o

Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 698.230 (434)ORIGEM : AC - 95402503 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : TOYOTA DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : DIRCEU FREITAS FILHO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MÁRCIA MARIA TABACOW GOMESADV.(A/S) : FLÁVIA TURCI E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 701.375 (435)ORIGEM : AI - 1839849 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : RICARDO GEWEHR PETTINELLIADV.(A/S) : AHMAD MOHAMAD EL TASSE E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 728.043 (436)ORIGEM : AC - 20030410152998 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOEMBTE.(S) : MIGUEL ROBERTO MOREIRA DA SILVAADV.(A/S) : MIGUEL ROBERTO MOREIRA DA SILVAEMBDO.(A/S) : JOÃO BATISTA SANTANAADV.(A/S) : SÉRGIO PERES FARIA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, preliminarmente, por votação unânime, conheceu dos embargos de declaração como recurso de agravo, a que, também por unanimidade, negou provimento e, por considerar o recurso de agravo manifestamente infundado, impôs, à parte recorrente, multa de 1% sobre o valor da causa, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.904

(437)

ORIGEM : EDAIRR - 111189200390004006 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : TATIANA GARCIA DOS SANTOSADV.(A/S) : CÍNTIA ROBERTA DA CUNHA FERNANDES E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LARISSA CHAUL DE CARVALHO OLIVEIRA E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO S/AADV.(A/S) : MÔNICA CANELLAS ROSSI E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração e, por considerá-los procrastinatórios, impôs, à parte embargante, multa de 1% sobre o valor da causa, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.138 (438)ORIGEM : APCRIM - 94268630 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOEMBTE.(S) : WILLIAN DE CARVALHO LOPES COSTAADV.(A/S) : ROBERTO DELMANTO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: A Turma, preliminarmente, por votação unânime, conheceu dos embargos de declaração como recurso de agravo, a que, também por unanimidade, negou provimento, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.785 (439)ORIGEM : RESE - 200705100078 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOEMBTE.(S) : HAROLDO GOMES DO AMARALEMBTE.(S) : SIDNEY JORGE DOS REISADV.(A/S) : VIVIAN TAVARES ROSSI E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

Decisão: A Turma, preliminarmente, por votação unânime, conheceu dos embargos de declaração como recurso de agravo, a que, também por unanimidade, negou provimento, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 436.017

(440)

ORIGEM : AMS - 200138000052033 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOEMBTE.(S) : COOPERATIVA DE ENSINO DE BELO HORIZONTE

LTDAADV.(A/S) : MARIA INÊS MURGEL E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - FABIOLA INEZ GUEDES DE CASTRO

SALDANHA

Decisão: A Turma, à unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, com imposição, à parte embargante, de multa de 1% sobre o valor da causa, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. Presidiu, este julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. 2ª Turma, 09.12.2008.

Decisão: A Turma, por votação unânime, deliberou retificar a decisão proferida na 38ª Sessão Ordinária, de 09.12.2008, para que tenha o seguinte teor: “A Turma, por votação unânime, recebeu os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator.” Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 460.674

(441)

ORIGEM : RMS - 17934 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOEMBTE.(S) : EDNA MARIA COSTA DA SILVAADV.(A/S) : MARCUS VINÍCIUS DE ALMEIDA RAMOS E OUTRO(A/

S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 469.078 (442)ORIGEM : AMS - 199961050091009 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : BETEL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : ADRIANO BISKER E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma, preliminarmente, por votação unânime, conheceu dos embargos de declaração como recurso de agravo, a que, também por unanimidade, negou provimento, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 517.961

(443)

ORIGEM : APCRIM - 20050066591 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. CEZAR PELUSOEMBTE.(S) : HORÁCIO DANTAS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : MARCUS ALÂNIO MARTINS VAZEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO NORTE

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração e determinou a imediata baixa dos autos, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 521.296 (444)ORIGEM : AC - 4587895300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SÃO

PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOEMBDO.(A/S) : OSMARINA CAMPOS SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FELIPPO SCOLARI NETO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, preliminarmente, por votação unânime, conheceu dos embargos de declaração como recurso de agravo, a que, também por unanimidade, deu parcial provimento, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 579.760 (445)ORIGEM : ADI - 70017428749 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOEMBTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAPÃO DA CANOAADV.(A/S) : EUGÊNIO MIGUEL WEILER JÚNIOR E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULINTDO. : CÂMARA DE VEREADORES DO MUNICÍPIO DE

CAPÃO DA CANOAADV.(A/S) : DOMINGOS SINHORELLI NETO

Decisão: A Turma, preliminarmente, por votação unânime, conheceu dos embargos de declaração como recurso de agravo, a que, também por unanimidade, negou provimento, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.548 (446)ORIGEM : PROC - 200303000711080 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOEMBTE.(S) : EMERSON SCAPATÍCIOADV.(A/S) : ELIZEU SOARES DE CAMARGO NETO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : JOÃO CARLOS DA ROCHA MATTOSADV.(A/S) : CAROLINE DE BAPTISTI MENDESINTDO.(A/S) : ROBERTO ELEUTÉRIO DA SILVAADV.(A/S) : DANIEL FERNANDO DE SOUZA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : FRANCISCO CÉLIO SCAPATICIOADV.(A/S) : JOSÉ LUIZ FILHO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, preliminarmente, por votação unânime, conheceu dos embargos de declaração como recurso de agravo, a que deu parcial provimento, nos termos do voto do Relator, mantida, no mais, a decisão agravada. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 87.610 (447)ORIGEM : HC - 150372 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : JOSÉ EVALDO FERNANDES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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PACTE.(S) : EDSON JAIR FERNANDESIMPTE.(S) : GLADSTOM DE LIMA DONOLACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Cezar Peluso. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 89.129 (448)ORIGEM : HC - 81350 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : ALFREU MORAES ESTEVESIMPTE.(S) : CHARLES FERREIRA MACHADOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, à unanimidade, não conheceu do pedido, mas concedeu, de ofício, a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 08.09.2009.

Decisão: A Turma, por votação unânime, deliberou retificar a decisão proferida na 22ª Sessão Ordinária, de 08.09.2009, para que tenha o seguinte teor: “A Turma, por votação unânime, indeferiu o pedido de habeas corpus, mas, de ofício, concedeu a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator.” Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 90.099 (449)ORIGEM : HC - 175889 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : VALDECIR VERSAPACTE.(S) : SERGIO PEDROSA MARTIRENAPACTE.(S) : JUAREZ FRANCISCO MENDONÇAIMPTE.(S) : ADRIANA REGOSOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Cezar Peluso. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 91.509 (450)ORIGEM : HC - 79531 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : LUIZ ANDRÉ NUNES DA SILVAIMPTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTECOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, preliminarmente conheceu da ação de habeas corpus e, quanto ao mérito, indeferiu o pedido, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Cezar Peluso. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 92.091 (451)ORIGEM : HC - 117799 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : TOUFIK KATTANIMPTE.(S) : JOSÉ CARLOS DIAS E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, deferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Cezar Peluso. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 92.895 (452)ORIGEM : HC - 175407 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : MARCELO DOMINGOSIMPTE.(S) : FRANCISCO EMERSON MOUZINHO DE LIMACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Cezar Peluso. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 94.173 (453)ORIGEM : HC - 41282 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : ANTÔNIO THAMER BRUTOS OU ANTÔNIO THAMER

BUTROSPACTE.(S) : MARCO ANTONIO SILVEIRAIMPTE.(S) : ABDON ANTONIO ABBADE DOS REIS E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HABEAS CORPUS Nº 88993 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Cezar Peluso. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 94.845 (454)ORIGEM : HC - 74340 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : DUVÍLIO BRUNO FILHOIMPTE.(S) : ORLANDO APARECIDO PASCOTTOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Cezar Peluso. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 95.886 (455)ORIGEM : HC - 115782 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : ITAMAR GUERREIROADV.(A/S) : JOÃO MESTIERIREQTE.(S) : ALCIONE MARIA MELLO DE OLIVEIRA ATHAYDEREQTE.(S) : MARIO DONATO D'ANGELOADV.(A/S) : MARCIO LUIZ DONICCIREQTE.(S) : PEDRO PAULO PELLEGRINO RODRIGUESADV.(A/S) : JOSÉ ANTONIO DA SILVA LEITEREQTE.(S) : ISMAR ALBERTO PEREIRA BAHIAADV.(A/S) : RICARDO XAVIER DE A. FEIOREQTE.(S) : MARCO ANTONIO LUCIDIADV.(A/S) : LUIZ CARLOS DA SILVA NETOREQTE.(S) : CLARO LUIZ DANTAS DA SILVAADV.(A/S) : MARCIA DINIZREQTE.(S) : GILSON CANTARINO O'DWYERADV.(A/S) : CLÓVIS SAHIONEREQTE.(S) : LUIZ HENRIQUE DIAS DO CARMO MINISTÉRIOREQTE.(S) : REINALDO BARBOSA DE AZEVEDOADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO OLIVEIRA FREITASREQTE.(S) : MARCELO GONÇALVES MAIA CARVALHO OU

MARCELO MAIA GONÇALVES CARVALHOADV.(A/S) : JOÃO JEFERSON MAGALHÃES DA SILVAREQTE.(S) : CARLOS ARLINDO COSTAADV.(A/S) : MARCOS FERREIRA DE MELLOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 111796 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, deferiu o pedido de habeas corpus, e, de ofício, fazendo-o nos mesmos termos e para os mesmos efeitos com que concedido o presente habeas corpus, estendeu a ordem em favor dos co-réus, que figuram como requerentes nos presentes autos, Alcione Maria Mello de Oliveira Athayde, Mario Donato D’Angelo, Pedro Paulo Pellegrino Rodrigues, Ismar Alberto Pereira Bahia, Marco Antonio Lucidi, Claro Luiz Dantas da Silva, Gilson Cantarino O’Dwyer, Luiz Henrique Dias do Carmo Ministério, Reinaldo Barbosa de Azevedo, Marcelo Gonçalves Maia Carvalho ou Marcelo Maia Gonçalves Carvalho e Carlos Arlindo Costa, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 96.243 (456)ORIGEM : HC - 132664 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 47

PACTE.(S) : JEFFERSON SILVA AGUIARIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, conheceu, em parte, do pedido de habeas corpus e, na parte de que conheceu, indeferiu-o, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Cezar Peluso. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 97.197 (457)ORIGEM : HC - 176372 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : JOSÉ APARECIDO BEZERRA DA SILVAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Cezar Peluso. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 98.878 (458)ORIGEM : HC - 48086 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : MARCOS FRANCISCO DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DA PETIÇÃO Nº 6666 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, deferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Cezar Peluso. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 98.904 (459)ORIGEM : HC - 49013 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : ATILA AUGUSTO SEPULVEDAIMPTE.(S) : HIDEO MIYAMOTOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu da ação de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Cezar Peluso. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 99.990 (460)ORIGEM : HC - 89916 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : ADELCIO CARLOS AVELINOIMPTE.(S) : EUGÊNIO CARLO BALLIANO MALAVASI E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 137.083 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou seguimento ao pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Falou, pelo paciente, o Dr. Eugênio Carlo Balliano Malavasi e, pelo Ministério Público Federal, Dr. Wagner Gonçalves. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 100.328 (461)ORIGEM : HC - 100573 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : IRIS AUGUSTOIMPTE.(S) : DEFENSOR-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 133.302 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, deferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Cezar

Peluso. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 100.928 (462)ORIGEM : HC - 122705 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : GRAZIELA FREITAS DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : RENATO STANZIOLA VIEIRA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou seguimento ao pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Falou, pela paciente, o Dr. André Kendi e, pelo Ministério Público Federal, o Dr. Wagner Gonçalves. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 101.019 (463)ORIGEM : HC - 125256 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : RINALDO COSTA DE ANDRADE E SILVAIMPTE.(S) : LUIZ CARLOS DA SILVA NETOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 148.383 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou seguimento ao pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.210 (464)ORIGEM : HC - 0008740-43.2009.1.00.0000 - SUPREMO

TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : JORGE ANDRÉ DA SILVA FONTOURAIMPTE.(S) : MARCELO CARLET FERREIRACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 146.328 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu da ação de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Cezar Peluso. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

HABEAS CORPUS 101.222 (465)ORIGEM : HC - 0008786-32.2009.1.00.0000 - SUPREMO

TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : CHARLES ROBSON ROCHAPACTE.(S) : CHARLES ROBSON ROCHAIMPTE.(S) : GLAUCIA MARIA DE SOUZA ARAÚJO FERRAZCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 97185 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu da ação de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Cezar Peluso. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 248.499 (466)ORIGEM : AC - 532545 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR SUBSTITUTO

:MIN. CEZAR PELUSO

RECTE. : ESTADO DO PARANÁADVDOS. : PGE-PR - JOE TENNYSON VELO E OUTROSRECDA. : CRISTALVEL - INDÚSTRIAS QUÍMICAS LTDAADVDOS. : DEOCLÉCIO ADÃO PAZ E OUTROS

Decisão: A Turma, por votação unânime, conheceu do recurso extraordinário, mas, a este, negou provimento, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

SEGUNDO JULGAMENTO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 439.690

(467)

ORIGEM : AC - 521135 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 48

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : BANCO DE PERNAMBUCO S/A - BANDEPEADV.(A/S) : MARIANA DOURADO LAURINDO GOMES E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : DESTILARIA LIBERDADE S/AADV.(A/S) : LUCIANO CALDAS PEREIA DE CARVALHO E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, conheceu do recurso extraordinário e lhe deu provimento, nos termos do voto do Relator e, também, determinou, quanto à prisão civil, o retorno dos autos ao Tribunal de origem, também nos termos indicados no voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

QUESTÃO DE ORDEM NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.947

(468)

ORIGEM : AC - 10000520050074836 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. EROS GRAUEMBTE.(S) : CENTRAIS ELÉTRICAS DE RONDÔNIA S/A CERONADV.(A/S) : DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE JI-PARANÁADV.(A/S) : SILAS ROSALINO DE QUEIROZ

Decisão: A Turma, por votação unânime, resolvendo questão de ordem, acolheu, integralmente, os embargos de declaração, para desconstituir o acórdão proferido em sede de recurso de agravo e, também, a própria decisão monocrática, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.561 (469)ORIGEM : RESE - 4652053900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : ABIGAIL CÂNDIDA DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

(ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Decisão: A Turma, por votação unânime, julgou prejudicado o recurso extraordinário mas, de ofício, e também por unanimidade, concedeu ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

Processos com Decisões Idênticas:RELATOR: MIN. CELSO DE MELLO

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 720.879 (470)ORIGEM : ERR - 1381200111315006 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : USINA SÃO MARTINHO S/AADV.(A/S) : ELIMARA APARECIDA ASSAD SALLUM E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE JAIR VAZ SOBRINHOADV.(A/S) : CLÉSIO DE OLIVEIRA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.165 (471)ORIGEM : AIRR - 95317200390004009 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : SÔNIA DOS SANTOS TABARESADV.(A/S) : ANDRÉA BUENO MAGNANI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGREADV.(A/S) : PATRÍCIA DE AZEVEDO BACH

Decisão: Idêntica à de nº 470

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.529 (472)ORIGEM : RCL - 2535 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : TÂNIA CASTRO GÓESADV.(A/S) : ALBERTO PAVIE RIBEIRO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Decisão: Idêntica à de nº 470

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.391 (473)ORIGEM : AC - 7009775000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE GUARULHOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

GUARULHOSAGDO.(A/S) : MANUEL DE JESUS FERREIRAADV.(A/S) : PAULA CRISTINA FERNANDES GRACIANO E

OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 470

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.249 (474)ORIGEM : AI - 200301000049893 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : JARAGUÁ S/A INDÚSTRIAS MECÂNICASADV.(A/S) : WLADYSLAWA WRONOWSKIAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Idêntica à de nº 470

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.811 (475)ORIGEM : AC - 10024075922468001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ANNA ROSA DE MELLO BARBOSA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SEBASTIÃO HASENCLEVER BORGES NETO E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Decisão: Idêntica à de nº 470

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.276 (476)ORIGEM : AC - 2003710014049 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO

GRANDE - FURGPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : JOSÉ DA MATA RAMOSADV.(A/S) : MILTON LUIS XAVIER GABINO

Decisão: Idêntica à de nº 470

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.520 (477)ORIGEM : PROC - 200871580089657 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MIRNA ANTUNES JARAADV.(A/S) : DAISSON SILVA PORTANOVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 470

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.942 (478)ORIGEM : RESP - 337572 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : BANCO NOSSA CAIXA S/AADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS DE CAMARGO FIGUEIREDO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 49

AGDO.(A/S) : LA FONTE EMPRESA DE SHOPPING CENTERS S/AADV.(A/S) : LUIZ CARLOS LOPES MADEIRA

Decisão: Idêntica à de nº 470

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.117 (479)ORIGEM : ERR - 683200327106007 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : USINA CENTRAL OLHO D' ÁGUA S/AADV.(A/S) : LEONARDO MIRANDA SANTANA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : VALDEMAR RODRIGUES DE BRITOADV.(A/S) : GLAUCO RODOLFO FONSECA DE SENA

Decisão: Idêntica à de nº 470

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.161 (480)ORIGEM : ERR - 275200303615002 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : NOVA AMÉRICA S/A - AGROPECUÁRIAADV.(A/S) : ELIMARA APARECIDA ASSAD SALLUM E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ROMILTON ALVES DE BRITOADV.(A/S) : PEDRO LUIZ ALQUATI E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 470

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.489 (481)ORIGEM : RR - 611200212015009 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : USINA SÃO MARTINHO S/AADV.(A/S) : ELIMARA APARECIDA ASSAD SALLUM E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE ARLINDO ALVES DOS ANJOSADV.(A/S) : FRANCISCO CASSIANO TEIXEIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 470

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.388 (482)ORIGEM : PROC - 100060007794 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : JOÃO MARCOS LOPES DE FARIASAGTE.(S) : ANA MARIA RANGELADV.(A/S) : LUÍS ALEXANDRE RASSI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTOINTDO.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS DA SILVAADV.(A/S) : RODRIGO CARLOS HORTA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SATURNINO MANOEL FAUSTINO DOS SANTOSINTDO.(A/S) : JOSÉ RAMOS FURTADOADV.(A/S) : ANTÔNIO AUGUSTO GENELHU JÚNIOR E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ANDRÉ LUIZ DA CRUZ NOGUEIRAADV.(A/S) : FABRÍCIO DE OLIVEIRA CAMPOSINTDO.(A/S) : HUDSON BARCELOS REGGIANIINTDO.(A/S) : ADRIANA DA CUNHA BISIADV.(A/S) : JUNO ÁVILA ADOINTDO.(A/S) : JOSÉ CARLOS GRATZADV.(A/S) : HOMERO JUNGER MAFRA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : JOSÉ MAURO GOMES E GAMAADV.(A/S) : ERICA FERREIRA NEVESINTDO.(A/S) : ANTÔNIO FERNANDO BEZERRAADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS DEVENS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : RICARDO DE SOUZA LACERDAADV.(A/S) : RODOLFO PINA DE SOUZA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : JAMIL ALMEIDAADV.(A/S) : RÔMULO LOUZADA BERNARDO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ADELSON SALEZZEADV.(A/S) : LUIZ ALFREDO DE SOUZA E MELLOADV.(A/S) : LUIZ ALFREDO DE SOUZA E MELLO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : JOVERCI ALVES DOS SANTOS

Decisão: Idêntica à de nº 470

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.593 (483)ORIGEM : AI - 200604000192018 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRÁSADV.(A/S) : CÂNDIDO FERREIRA CUNHA LOBO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : GENESIS NAVIGATION LTD E OUTROSINTDO.(A/S) : CHEMOIL INTERNATIONAL LTDINTDO.(A/S) : LIVERPOOL E LONDON P E I ASSOCIATION LIMITEDINTDO.(A/S) : SMIT TAK B. V.INTDO.(A/S) : FERTILIZANTES SERRANA S/AINTDO.(A/S) : TREVO S/AINTDO.(A/S) : MANAH S/AINTDO.(A/S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALINTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULINTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 470

Processos com Decisões Idênticas:RELATOR: MIN. CEZAR PELUSO

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 305.322 (484)ORIGEM : AR - 652225007 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. CEZAR PELUSO

AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉADV.(A/S) : LILIMAR MAZZONIAGDO.(A/S) : MARIA SAMPAIO FRANCOADV.(A/S) : JOSÉ PERDIZ DE JESUS E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.939 (485)ORIGEM : ERR - 2303200143302009 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : NIVALDO APARECIDO PRETTIADV.(A/S) : ROMEU TERTULIANOAGDO.(A/S) : BRIDGESTONE/FIRESTONE DO BRASIL INDÚSTRIA E

COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : BRUNO ARCIERO JÚNIOR

Decisão: Idêntica à de nº 484

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.842 (486)ORIGEM : AIRR - 838200500304410 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGREADV.(A/S) : PATRÍCIA DE AZEVEDO BACHAGDO.(A/S) : SINDICATO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM,

TÉCNICOS, DUCHISTAS, MASSAGISTAS E EMPREGADOS EM HOSPITAIS E CASAS DE SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL - SINDISAÚDE - RS

ADV.(A/S) : AMANDA MENEZES DE ANDRADE RIBEIRO E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 484

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.355 (487)ORIGEM : AC - 10400040130728001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : CELSO COTA NETOADV.(A/S) : MAURO JORGE DE PAULA BOMFIMAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Decisão: Idêntica à de nº 484

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 50

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.751 (488)ORIGEM : AC - 4140696 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA DE CURITIBA

- UNIÃO PAROQUIAL - CELCADV.(A/S) : LUIZ ROBERTO RECH E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CURITIBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA

Decisão: Idêntica à de nº 484

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.449 (489)ORIGEM : AC - 20000110186190 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : LUCICLÉA CHAGASADV.(A/S) : SÉRGIO PAULO LOPES FERNANDES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JORGE ALBERTO DA ROCHA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALEXANDRA CARVALHO DA ROCHAINTDO.(A/S) : EDUARDO DE AMORIM

Decisão: Idêntica à de nº 484

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 548.006 (490)ORIGEM : EDAIRR - 103907200390004009 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : VERA REGINA CORRÊAADV.(A/S) : ANDRÉA BUENO MAGNANI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE GRAVATAÍADV.(A/S) : MÁRCIO BONES ROCHA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 484

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.693 (491)ORIGEM : APCRIM - 200350010020960 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : JOSÉ SYDNY RIVAADV.(A/S) : MÁRCIO DELAMBERT MIRANDA FERREIRAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.697 (492)ORIGEM : APCRIM - 199950010007560 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : JOSÉ SYDNY RIVAADV.(A/S) : MÁRCIO DELAMBERT MIRANDA FERREIRAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 491

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.750 (493)ORIGEM : APCRIM - 200250010029854 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : JOSÉ SYDNY RIVAADV.(A/S) : MÁRCIO DELAMBERT MIRANDA FERREIRAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA E OUTRO

Decisão: Idêntica à de nº 491

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.890 (494)ORIGEM : APECRIM - 1596808 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : SÔNIA SOARES DAS CANDEIASADV.(A/S) : RENATO DEL SILVA AUGUSTO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO

Decisão: Idêntica à de nº 491

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.535 (495)ORIGEM : AI - 991286 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : ELISEU DOS SANTOS OLERIANOAGTE.(S) : CARLOS ANTÔNIO ALBAREDA BARCELOSAGTE.(S) : CARLOS HENRIQUE POLICARPO DA SILVAAGTE.(S) : LUCAS PINTO DE MAGALHÃESAGTE.(S) : ANTÔNIO NOGUEIRA FLORESTAAGTE.(S) : GUSTAVO COSTA DE RESENDE MIRANDAADV.(A/S) : LEONARDO COSTA BANDEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 491

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.373 (496)ORIGEM : EIAPCRIM - 200250020004775 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : JOSÉ CARLOS TINOCOADV.(A/S) : MAURÍCIO DOS SANTOS GALANTE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 491

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.298 (497)ORIGEM : APCRIM - 993070910526 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : GILSON PAULO SALTORATTOADV.(A/S) : DIRCEU AUGUSTO DA CÂMARA VALLE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Decisão: Idêntica à de nº 491

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.859 (498)ORIGEM : PROC - 200503000820072 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : EDSON WAGNER BONAN NUNESADV.(A/S) : JOSÉ HORÁCIO HALFELD REZENDE RIBEIRO E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : CELSO RUI DOMINGUES E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : GILBERTO ROCHA DA SILVEIRA BUENOINTDO.(A/S) : SAULO KRICHANA RODRIGUESINTDO.(A/S) : ANTONIO JOSE SANDOVALINTDO.(A/S) : VLADIMIR ANTONIO RIOLIINTDO.(A/S) : JULIO SERGIO GOMES DE ALMEIDAINTDO.(A/S) : ANTONIO FELIX DOMINGUESINTDO.(A/S) : SERGIO SAMPAIO LAFFRANCHIADV.(A/S) : PAOLA ZANELATOINTDO.(A/S) : EDUARDO FREDERICO DA SILVA ARAÚJOINTDO.(A/S) : RICARDO ANTONIO BRANDÃO BUENOINTDO.(A/S) : RICARDO DIAS PEREIRAINTDO.(A/S) : SALIM FERES SOBRINHOADV.(A/S) : MARCOS AURÉLIO PINTO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : NELSON MANCINI NICOLAUADV.(A/S) : ODEL MIKAEL JEAN ANTUNINTDO.(A/S) : PEDRO LUIZ FERRONATOINTDO.(A/S) : WALDEMAR CAMARANO FILHOINTDO.(A/S) : WILSON DE ALMEIDA FILHOADV.(A/S) : RODRIGO CESAR NABUCO DE ARAUJOINTDO.(A/S) : FERNANDO MATHIAS MAZZUCHELLIADV.(A/S) : ARTHUR CARUSO JUNIORINTDO.(A/S) : JOAQUIM CARLOS DEL BOSCO AMARALINTDO.(A/S) : ERLEDES ELIAS DA SILVEIRAADV.(A/S) : FRANCISCO AMARILDO MIRAGAIA FILHOINTDO.(A/S) : LAERCIO RANIERIADV.(A/S) : JOSE STALIM WOJTOWICZINTDO.(A/S) : MARIO CARLOS BENIADV.(A/S) : RUTH STEFANELLI WAGNER VALLEJOINTDO.(A/S) : ESPÓLIO DE ALFREDO CASARSA NETTOADV.(A/S) : MAURICIO FARIA DA SILVA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 51

INTDO.(A/S) : JORGE FLAVIO SANDRINADV.(A/S) : RODRIGO CESAR NABUCO DE ARAUJOINTDO.(A/S) : ANTONIO HERMANN DIAS MENEZES DE AZEVEDO

Decisão: Idêntica à de nº 491

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.861 (499)ORIGEM : PROC - 200503000820072 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : FERNANDO MATHIAS MAZZUCCHELLIADV.(A/S) : MARCO POLO LEVORIN E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO. : CELSO RUI DOMINGUESINTDO. : GILBERTO ROCHA DA SILVEIRA BUENOINTDO. : VLADIMIR ANTÔNIO RIOLIINTDO. : JÚLIO SÉRGIO GOMES DE ALMEIDAINTDO. : ANTONIO FELIX DOMINGUESINTDO. : ANTONIO JOSÉ SANDOVALINTDO. : SAULO KRICHANA RODRIGUESINTDO. : SERGIO SAMPAIO LAFFRANCHIADV.(A/S) : PAOLA ZANELATOINTDO. : RICARDO DIAS PEREIRAINTDO. : SALIM FERES SOBRINHOINTDO. : RICARDO ANTONIO BRANDÃO BUENOINTDO. : EDUARDO FREDERICO DA SILVA ARAÚJOINTDO. : MARCOS AURÉLIO PINTOINTDO. : NELSON MANCINI NICOLAUADV.(A/S) : ODEL MIKAEL JEAN ANTUNINTDO. : JOAQUIM CARLOS DEL BOSCO AMARALINTDO. : ERLEDES ELIAS DA SILVEIRAADV.(A/S) : FRANCISCO AMARILDO MIRAGAIA FILHOINTDO. : PEDRO LUIZ FERRONATOINTDO. : WALDEMAR CAMARANO FILHOINTDO. : WILSON DE ALMEIDA FILHOADV.(A/S) : RODRIGO CESAR NABUCO DE ARAÚJOAGDO.(A/S) : EDSON VAGNER BONAM NUNESADV.(A/S) : JOSÉ HORÁCIO HALFELD R RIBEIRO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : LAÉRCIO RANIERIADV.(A/S) : JOSÉ STALIM WOJTOWICZ E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : MARIO CARLOS BENIINTDO.(A/S) : RUTH STEFANELLI WAGNER VALLEJOINTDO.(A/S) : ESPÓLIO DE ALFREDO CASARSA NETTOADV.(A/S) : MAURÍCIO FARIA DA SILVAINTDO.(A/S) : JORGE FLÁVIO SANDRINADV.(A/S) : RODRIGO CÉSAR NABUCO DE ARAÚJOINTDO.(A/S) : ANTONIO HERMANN DIAS MENEZES DE AZEVEDO

Decisão: Idêntica à de nº 491

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.084 (500)ORIGEM : PROC - 200503000820072 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : RICARDO ANTONIO BRANDÃO BUENOAGTE.(S) : SALIM FERES SOBRINHOAGTE.(S) : RICARDO DIAS PEREIRAAGTE.(S) : EDUARDO FREDERICO DA SILVA ARAÚJOADV.(A/S) : MARCOS AURÉLIO PINTO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : PEDRO LUIZ FERRONATOINTDO.(A/S) : WALDEMAR CAMARANO FILHOINTDO.(A/S) : WILSON DE ALMEIDA FILHOADV.(A/S) : RODRIGO CESAR NABUCO DE ARAUJOINTDO.(A/S) : JOAQUIM CARLOS DEL BOSCO AMARALADV.(A/S) : FRANCISCO AMARILDO MIRAGAIA FILHOINTDO.(A/S) : GILBERTO ROCHA DA SILVEIRA BUENO E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : CELSO RUI DOMINGUESINTDO.(A/S) : SAULO KRICHANA RODRIGUESINTDO.(A/S) : ANTONIO JOSE SANDOVALINTDO.(A/S) : VLADIMIR ANTONIO RIOLIINTDO.(A/S) : JULIO SERGIO GOMES DE ALMEIDAINTDO.(A/S) : ANTONIO FELIX DOMINGUESADV.(A/S) : PAOLA ZANELATOINTDO.(A/S) : NELSON MANCINI NICOLAUADV.(A/S) : ODEL MIKAEL JEAN ANTUNINTDO.(A/S) : EDSON VAGNER BONAM NUNESADV.(A/S) : JOSE HORACIO HALFELD R RIBEIROINTDO.(A/S) : FERNANDO MATHIAS MAZZUCHELLI

ADV.(A/S) : ARTHUR CARUSO JUNIORINTDO.(A/S) : ERLEDES ELIAS DA SILVEIRAADV.(A/S) : FRANCISCO AMARILDO MIRAGAIA FILHOINTDO.(A/S) : LAERCIO RANIERIADV.(A/S) : JOSE STALIM WOJTOWICZINTDO.(A/S) : MARIO CARLOS BENIADV.(A/S) : RUTH STEFANELLI WAGNER VALLEJOINTDO.(A/S) : ESPÓLIO DE ALFREDO CASARSA NETTOADV.(A/S) : MAURICIO FARIA DA SILVAINTDO.(A/S) : JORGE FLAVIO SANDRINADV.(A/S) : RODRIGO CESAR NABUCO DE ARAUJOINTDO.(A/S) : SERGIO SAMPAIO LAFFRANCHIADV.(A/S) : PAOLA ZANELATOINTDO.(A/S) : ANTONIO HERMANN DIAS MENEZES DE AZEVEDO

Decisão: Idêntica à de nº 491

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.053 (501)ORIGEM : RESP - 620958 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : CARLOS OSELAMEADV.(A/S) : JAILSON OSVALDO DELLA GIUSTINAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINA

Decisão: Idêntica à de nº 491

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 457.495 (502)ORIGEM : APCRIM - 200204010044847 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : ODISSEFFS APOSTOLOS SDOUKOSADV.(A/S) : MARLUS H. ARNS DE OLIVEIRAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: Idêntica à de nº 491

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.113 (503)ORIGEM : PROC - 2007010013165 - SUPERIOR TRIBUNAL

MILITARPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : PEDRO VIEIRAADV.(A/S) : MARCELO DA SILVA TROVÃOAGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

Decisão: Idêntica à de nº 491

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.705 (504)ORIGEM : AIRR - 616200602303406 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : TNL CONTAX S/AADV.(A/S) : DÉCIO FLÁVIO GONÇALVES TORRES FREIRE E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : DIOGO DOS SANTOS CAMILLOZZIADV.(A/S) : SANDRO COSTA DOS ANJOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo e, por considerá-lo manifestamente infundado, impôs, à parte agravante, multa de 5% sobre o valor da causa, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.580 (505)ORIGEM : AIRR - 1356200611103404 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : TNL CONTAX S/AADV.(A/S) : DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : DENISSON DE JESUS COSTAADV.(A/S) : CAROLINA DE CARO MARTINS E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 52

Decisão: Idêntica à de nº 504

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 403.630 (506)ORIGEM : AC - 199804010550097 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : CALÇADOS AZALÉIA S/AADV.(A/S) : RAFAEL MALLMANN E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: Idêntica à de nº 504

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.160 (507)ORIGEM : AC - 200800130304 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : ODILA DE FARIA PECEGUEIRO DO AMARALADV.(A/S) : BARBARA MAURO RIZZO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA DO

MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO - PREVI-RJADV.(A/S) : PAULO ROBERTO SOARES MENDONÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo e, por considerá-lo manifestamente infundado, impôs, à parte agravante, multa de 1% sobre o valor da causa, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.091 (508)ORIGEM : AC - 1843607 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : BANCO DO ESTADO DO MARANHÃO S/A - BEMADV.(A/S) : JOÃO DA SILVA SANTIAGO FILHOAGDO.(A/S) : ITAL - IMPLEMENTOS E TRATORES ANFÍBIOS S/AADV.(A/S) : CARDEL MENDONÇA CARNEIRO DA SILVA E

OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 507

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.452 (509)ORIGEM : RESP - 388423 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : PETROPLASTIC INDÚSTRIA DE ARTEFATOS

PLÁSTICOS LTDAADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO BERTO GALDINO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PRIMEIRA - INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : FÁBIO KONDER COMPARATO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : PETROBRAS QUÍMICA S/A - PETROQUISAADV.(A/S) : ANNA MARIA DA TRINDADE DOS REIS E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 507

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 228.948 (510)ORIGEM : AIRR - 193317955 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADVDOS. : LEÔNIDAS CABRAL DE ALBUQUERQUE E OUTROSADV.(A/S) : MAYRIS FERNANDES ROSAAGDO.(A/S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS EM

ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE PARANAVAÍ E REGIÃO

ADVDOS. : JOSÉ EYMARD LOGUÉRCIO E OUTROS

Decisão: Idêntica à de nº 507

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 396.396 (511)ORIGEM : RMS - 15008 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : VERA ROVERI DE LIMAADV.(A/S) : ALMIR HOFFMANN E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁADV.(A/S) : PGE-PR - CÉSAR AUGUSTO BINDER

Decisão: Idêntica à de nº 507

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.744 (512)ORIGEM : AC - 20030310213359 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : TRANSPORTE PROGRESSO LTDAADV.(A/S) : ROSENE CARLA BARRETO C CASTRO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ANTÔNIO LAMOUNIER DE CARVALHOADV.(A/S) : LUIS ITAMAR RIBEIRO

Decisão: Idêntica à de nº 507

AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 24.916

(513)

ORIGEM : MS - 9249 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA - CFM E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FRANCISCO ANTÔNIO CAMARGO R. DE SOUZA E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 25.595

(514)

ORIGEM : MS - 9250 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FRANCISCO ANTONIO DE CAMARGO RODRIGUES DE

SOUZA E OUTROSADV.(A/S) : GISELLE CROSARA LETTIERI GRACINDO E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Idêntica à de nº 513

SEGUNDO JULGAMENTO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 412.167

(515)

ORIGEM : AI - 30962752 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : RICARDO MARCONDES MARTINSRECDO.(A/S) : MANOEL PINTO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : HOMERO CARDOSO MACHADO FILHO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu do recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

SEGUNDO JULGAMENTO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.177

(516)

ORIGEM : AC - 20066009088 - TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : CLARICE BAASHADV.(A/S) : GLAUCO HUMBERTO BORKRECDO.(A/S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : JAMILA CASTILHOS IBRAHIM

Decisão: Idêntica à de nº 515

Processos com Decisões Idênticas:RELATOR: MIN. EROS GRAU

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.053 (517)ORIGEM : AC - 5912335 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : GILSON GOMES DA SILVA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 53

ADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.703 (518)ORIGEM : AC - 200071000104557 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ARAMIDES SARAIVA RIOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RENATO AMARAL CORRÊA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 751.426 (519)ORIGEM : AC - 200700111592 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : MAURO ASSAD COUTOAGTE.(S) : PAULO CÉSAR FERREIRA LOPESAGTE.(S) : RONALDO DE SOUZA CORRÊAADV.(A/S) : ARY JOSÉ LAGE DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.641 (520)ORIGEM : AC - 200271080014204 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : MODEL COMERCIAL DE FRUTAS LTDAADV.(A/S) : ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.247 (521)ORIGEM : AI - 1032502 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : SÉRGIO PAULO RAMOS GRACIAADV.(A/S) : MARJANA BIRCKE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ALCIDES SANTOS DA SILVAAGDO.(A/S) : VERA LÚCIA DA SILVAADV.(A/S) : SANDRA MARIA PANAZZOLOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.100 (522)ORIGEM : PROC - 26197 - TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : DIRETÓRIO REGIONAL DE MINAS GERAIS DO

PARTIDO DOS TRABALHADORES - PTAGTE.(S) : JOSÉ LEONARDO COSTA MONTEIROADV.(A/S) : EDILENE LÔBO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.596 (523)ORIGEM : EEDRR - 5419200301412006 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

AGDO.(A/S) : SANDRO LUIZ PAZADV.(A/S) : SÉRGIO GALLOTTI MATIAS CARLIN E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : E S BRASIL LTDA

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.921 (524)ORIGEM : RR - 14794200001309004 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : SOLANGE SAMPAIO CLEMENTE FRANÇA E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : RENATO NEUMANNADV.(A/S) : NILTON DA SILVA CORREIA

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.276 (525)ORIGEM : PROC - 10000054277140000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE BELO

HORIZONTE CDL /BRAGTE.(S) : ROBERTO ALFEU PENA GOMESAGTE.(S) : GLAUCO DINIZ DUARTEADV.(A/S) : AROLDO PLÍNIO GONÇALVESAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.314 (526)ORIGEM : EDEEDRR - 80392820015 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : FIAT AUTOMÓVEIS S/AADV.(A/S) : JOSÉ MARIA DE SOUZA ANDRADEAGDO.(A/S) : WELLINGTON MENEZESADV.(A/S) : WILLIAM JOSÉ MENDES DE SOUZA FONTES E

OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.136 (527)ORIGEM : AC - 200100108325 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : MARIA LÚCIA LEONE MASSOTADV.(A/S) : SERGIO FERRAZ E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.251 (528)ORIGEM : AMS - 200472030018419 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : AUTO MECÂNICA GERAL LTDAADV.(A/S) : SILVIO LUIZ DE COSTA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.271 (529)ORIGEM : AC - 6485195200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : CÉLIA TEIXEIRAADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: Idêntica à de nº 517

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 54

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.293 (530)ORIGEM : AC - 48050003184 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : CONCRETOMIX ENGENHARIA DE CONCRETO LTDAADV.(A/S) : WALLACE ELLER MIRANDA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DA SERRAADV.(A/S) : MARIA DO CARMO SUPRANI BONGESTAB E

OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.054 (531)ORIGEM : AC - 70015300536 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : DELZIRA CONCEIÇÃO NEVES SOUZA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LEONARDO KAUER ZINN E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.099 (532)ORIGEM : AC - 70020236758 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : PAULO CESAR DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MILTON ANTÔNIO ZAGONEL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.698 (533)ORIGEM : AC - 200702031288 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : NORTON PINHEIRO DE ALMEIDAADV.(A/S) : RODRIGO AMORIM MARTINS DE SÁ E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.807 (534)ORIGEM : AC - 199961000098872 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : A.W. FABER CASTELL S/AADV.(A/S) : ANTONIO FERNANDO SEABRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.816 (535)ORIGEM : AI - 8265965000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : REFINARIA DE PETRÓLEOS DE MANGUINHOS S/AADV.(A/S) : JORGE BERDASCO MARTÍNEZ E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CAIXA BENEFICENTE DA POLICIA MILITAR DO

ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : MARCIA AKIKO GUSHIKEN

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.040 (536)ORIGEM : AC - 200300115874 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ZAMBONI DISTRIBUIDORA LTDAADV.(A/S) : DALMAR DO ESPÍRITO SANTO PIMENTA E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.154 (537)ORIGEM : MC - 200604000385362 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : LEANDRO COSTA ALMEIDAADV.(A/S) : MOYSES GRINBERGAGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : CLOVIS KONFLANZ E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.817 (538)ORIGEM : AI - 935745 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ALGINO DE ALMEIDA SANTOSADV.(A/S) : JOSEMAR FIGUEIREDO ARAÚJO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : CARLOS DE ALMEIDA SANTOSADV.(A/S) : JOÃO AUGUSTO DE ALMEIDA DIAS E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : JAYME GONÇALVES DE AZEVEDOINTDO.(A/S) : JULIO GONÇALVES DE AZEVEDO

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.837 (539)ORIGEM : APCRIM - 10024026859652001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : RONILSON CARLOS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : LILIAN CAMPOMIZZI BUENOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 378.377 (540)ORIGEM : AMS - 199934000083530 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : VAGON ENGENHARIA CIVIL LTDAADV.(A/S) : NELSON DE MENEZES PEREIRAAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 413.415 (541)ORIGEM : AC - 199904011299625 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : SCHMIDT IRMÃOS CALÇADOS LTDAADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE ROCHA SCOTT E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 517

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 460.136 (542)ORIGEM : AC - 199938000126356 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : VIAÇÃO ANCHIETA LTDA.ADV.(A/S) : LEONARDO AUGUSTO DE ALMEIDA AGUIAR E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM

INDUSTRIAL - SENAI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RODRIGO SIMÕES FREJAT E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : ANGÉLICA VELLA FERNANDES DUBRA

Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu do recurso

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 489.835 (543)ORIGEM : EDROAR - 47722200290012006 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : MARLEI SILOCHIADV.(A/S) : VICTOR COSTA ZANETTA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ELETROSUL CENTRAIS ELÉTRICAS S/AADV.(A/S) : CINARA RAQUEL ROSO E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 542

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.624 (544)ORIGEM : PROC - 200785025014480 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MIGUEL FRANCISCO DA SILVAADV.(A/S) : MARCEL COSTA FORTES

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.489 (545)ORIGEM : AC - 70002898161 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE PORTO ALEGREADV.(A/S) : LUÍS MAXIMILIANO TELESCAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE BEBIDAS ARAÇÁ LTDAADV.(A/S) : JAIRO JORGE VIEGAS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 544

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.805 (546)ORIGEM : REOAC - 20040110794037 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : AERONET INFORMÁTICA E REPRESENTAÇÕES LTDAADV.(A/S) : ELDA GOMES DE ARAÚJO E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 544

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.118 (547)ORIGEM : AC - 1541942005 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : MAKRO ATACADISTA S/AADV.(A/S) : MARCELO MAZON MALAQUIAS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RAFAEL BATISTA MARQUEZAGDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA

Decisão: Idêntica à de nº 544

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.620 (548)ORIGEM : ADI - 180572007 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃOAGDO.(A/S) : CONSELHO SECCIONAL DA ORDEM DOS

ADVOGADOS DO BRASIL/MAADV.(A/S) : JOSÉ CALDAS GÓIS

Decisão: Idêntica à de nº 544

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.652 (549)ORIGEM : MS - 20050044533 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

AMAZONASADV.(A/S) : VANDER LAAN REIS GÓESAGDO.(A/S) : SEBASTIÃO JORGE RAMOSADV.(A/S) : VIVALDO BARROS FROTA

Decisão: Idêntica à de nº 544

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.280 (550)ORIGEM : APCRIM - 200250010031083 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. EROS GRAUEMBTE.(S) : ANTONIO SÉRGIO VALLE DOS SANTOSADV.(A/S) : ANTONIO SÉRGIO VALLE DOS SANTOSEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma, por votação unânime, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 27.10.2009.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.850 (551)ORIGEM : AI - 892776 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUEMBTE.(S) : RESTAURANTE E LANCHONETE RAMATI LTDAADV.(A/S) : HÉLIO JOSÉ FIGUEIREDO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRASADV.(A/S) : RICARDO GIORNI ABIJAUDE E OUTRO(A/S)

Decisão: Idêntica à de nº 550

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.968

(552)

ORIGEM : AI - 639390 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAUEMBTE.(S) : INDÚSTRIA DE BEBIDAS ANTARCTICA DO SUDESTE

S/AADV.(A/S) : LEO KRAKOWIAK E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Decisão: Idêntica à de nº 550

Brasília, 27 de outubro de 2009. CARLOS ALBERTO CANTANHEDE

Coordenador

ACÓRDÃOS

Trigésima Quinta Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do Regimento Interno do S.T.F.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.148 (553)ORIGEM : AC - 5554745300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : JOSÉ DE ARAÚJO MONTEIROADV.(A/S) : EURO BENTO MACIEL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : HEDATUR TRANSPORTE RODOVIÁRIO LTDA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ADALMIR CARVALHO MONTEIRO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Cezar Peluso e Eros Grau. 2ª Turma, 06.10.2009.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - TRASLADO INCOMPLETO - DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO PROCESSUAL - SÚMULA 288/STF - RECURSO IMPROVIDO.

- Sem que a parte agravante promova a integral formação do instrumento, com a apresentação de todas as peças que dele devem constar

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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obrigatoriamente, torna-se inviável conhecer do recurso de agravo, cabendo enfatizar que a composição do traslado deve processar-se, necessariamente, perante o Tribunal “a quo” e não, tardiamente, perante o Supremo Tribunal Federal.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.646 (554)ORIGEM : PROC - 20087000502787 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : NET RIO S/AADV.(A/S) : LUÍZ VIRGÍLIO PIMENTA PENTEADO MANENTE E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARTA MITICO VALENTEAGDO.(A/S) : RUBEN LOMBA DO NASCIMENTOADV.(A/S) : JULIO CESAR JANUZZI ALVES

Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Cezar Peluso e Eros Grau. 2ª Turma, 06.10.2009.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS - OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - REEXAME DE FATOS E PROVAS - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 279/STF - RECURSO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.

- Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.827 (555)ORIGEM : RESP - 855262 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : HB SAÚDE S/AADV.(A/S) : AUREANE RODRIGUES DA SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Cezar Peluso e Eros Grau. 2ª Turma, 06.10.2009.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.868 (556)ORIGEM : EDROMS - 296200500011001 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DE RORAIMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 11ª REGIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Cezar Peluso e Eros Grau. 2ª Turma, 06.10.2009.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - MATÉRIA TRABALHISTA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA AO TEXTO CONSTITUCIONAL - RECURSO IMPROVIDO.

- O debate em torno da aferição dos pressupostos de admissibilidade dos recursos trabalhistas em geral, ainda que se cuide de recurso de revista, não viabiliza o acesso à via recursal extraordinária, por envolver discussão pertinente a tema de caráter eminentemente infraconstitucional. Precedentes.

- Situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição não viabilizam o acesso à via recursal extraordinária, cuja utilização supõe a necessária ocorrência de conflito imediato com o ordenamento constitucional. Precedentes.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.274 (557)ORIGEM : AC - 507452008 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLO

AGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : HUMBERTO LOUREIROADV.(A/S) : HELENA BERENICE DORNAS E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Cezar Peluso e Eros Grau. 2ª Turma, 06.10.2009.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - TRASLADO INCOMPLETO - DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO PROCESSUAL - SÚMULA 288/STF - RECURSO IMPROVIDO.

- Sem que a parte agravante promova a integral formação do instrumento, com a apresentação de todas as peças que dele devem constar obrigatoriamente, torna-se inviável conhecer do recurso de agravo.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.388 (558)ORIGEM : ERR - 709200508909004 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ROSANGELA DE FÁTIMA NOGUEIRA DA PAZ E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALMIR HOFFMANN DE LARA JÚNIOR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Cezar Peluso e Eros Grau. 2ª Turma, 06.10.2009.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - MATÉRIA TRABALHISTA - DECRETAÇÃO DE NULIDADE DA CONTRATAÇÃO DE SERVIDOR PÚBLICO EFETUADA APÓS A PROMULGAÇÃO DA VIGENTE CONSTITUIÇÃO - RECEBIMENTO DO SALÁRIO COMO ÚNICO EFEITO JURÍDICO VÁLIDO - NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DO CONCURSO PÚBLICO - EXIGÊNCIA CONSTITUCIONAL - RECURSO IMPROVIDO.

- O empregado - embora admitido no serviço público, com fundamento em contrato individual de trabalho celebrado sem a necessária observância do postulado constitucional do concurso público - tem direito público subjetivo à percepção da remuneração concernente ao período efetivamente trabalhado, sob pena de inaceitável enriquecimento sem causa do Poder Público. Precedentes.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.777 (559)ORIGEM : AI - 1028944 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA,

ARQUITETURA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - CREA/RJ

ADV.(A/S) : DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : NESTLÉ BRASIL LTDAADV.(A/S) : ROBERTO DE GAYOSO E ALMENDRA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 06.10.2009.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. REEXAME DE DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. IMPOSSIBILIDADE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.

1. Controvérsia decidida à luz de normas infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil.

2.As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição.

Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.051 (560)ORIGEM : AC - 70023073893 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : OLINDA DA COSTA JANY DAMASIO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ERYKA FARIAS DE NEGRIADV.(A/S) : RENATA ALVARENGA FLEURYAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 57

regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Cezar Peluso e Eros Grau. 2ª Turma, 06.10.2009.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL – MODALIDADES DE RECURSOS EXCEPCIONAIS QUE POSSUEM DOMÍNIOS TEMÁTICOS PRÓPRIOS – ACÓRDÃO EMANADO DE TRIBUNAL DE JURISDIÇÃO INFERIOR QUE SE APÓIA EM DUPLO FUNDAMENTO (UM, DE ÍNDOLE CONSTITUCIONAL E OUTRO, DE CARÁTER INFRACONSTITUCIONAL) – PRECLUSÃO QUE SE OPEROU, NA ESPÉCIE, EM RELAÇÃO AO FUNDAMENTO DE ÍNDOLE MERAMENTE LEGAL – SÚMULA 283/STF – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

- O recurso extraordinário e o recurso especial são institutos de direito processual constitucional. Trata-se de modalidades excepcionais de impugnação recursal, com domínios temáticos próprios que lhes foram constitucionalmente reservados.

Assentando-se, o acórdão emanado de Tribunal inferior, em duplo fundamento, e tendo em vista a plena autonomia e a inteira suficiência daquele de caráter infraconstitucional, mostra-se inadmissível o recurso extraordinário em tal contexto (Súmula 283/STF), eis que a decisão contra a qual se insurge o apelo extremo revela-se impregnada de condições suficientes para subsistir autonomamente, considerada, de um lado, a preclusão que se operou em relação ao fundamento de índole meramente legal e, de outro, a irreversibilidade que resulta dessa específica situação processual. Precedentes.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.457 (561)ORIGEM : AC - 27022008 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPEAGDO.(A/S) : MARIA HORTÊNCIA SANTOS SIQUEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARIA TEREZINHA FERREIRA FRANCO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOAQUIM JOSÉ LAFAYETTE DOS SANTOS E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 06.10.2009.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADICIONAL DE DESEMPENHO. REEXAME DE LEGISLAÇÃO LOCAL. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

Controvérsia relativa ao Adicional de Desempenho apreciada à luz de legislação de direito local, circunstância impeditiva à apreciação do extraordinário. Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal.

Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.544 (562)ORIGEM : AC - 4921919 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : FUNDAÇÃO SISTEL DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : MARIA INÊS PEREIRA DA SILVA MURGEL E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : ANTÔNIO JOSÉ RODRIGUES DE SOUSA E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : LUCIANO MARCOS DA SILVA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 06.10.2009.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

1.Controvérsia decidida à luz de legislações infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil.

2.A verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada situa-se no campo infraconstitucional.

Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.633 (563)ORIGEM : AC - 4567297 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : INSTITUTO CURITIBA DE SAÚDE - ICSADV.(A/S) : MELISSA DE CÁSSIA KANDA DIETRICH E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARIA DAIR ARINS JUSSENADV.(A/S) : ALESSANDRO MARCELO MORO RÉBOLI E OUTRO(A/

S)INTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CURITIBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA

Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Cezar Peluso e Eros Grau. 2ª Turma, 06.10.2009.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - RECURSO EXTRAORDINÁRIO - EXTEMPORANEIDADE - IMPUGNAÇÃO RECURSAL PREMATURA, DEDUZIDA EM DATA ANTERIOR À DA PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO – RECURSO IMPROVIDO.

- A intempestividade dos recursos tanto pode derivar de impugnações prematuras (que se antecipam à publicação dos acórdãos) quanto decorrer de oposições tardias (que se registram após o decurso dos prazos recursais).

Em qualquer das duas situações - impugnação prematura ou oposição tardia -, a conseqüência de ordem processual é uma só: o não-conhecimento do recurso, por efeito de sua extemporânea interposição.

- A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem advertido que a simples notícia do julgamento, além de não dar início à fluência do prazo recursal, também não legitima a prematura interposição de recurso, por absoluta falta de objeto. Precedentes.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.962 (564)ORIGEM : AC - 10086060165429001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BRASÍLIA DE MINASADV.(A/S) : CAMILA DRUMOND ANDRADEAGDO.(A/S) : LUCINETE NERI DOS SANTOS SILVAADV.(A/S) : GERALDO EUSTÁQUIO ESCOBAR

Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 06.10.2009.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. PRELIMINAR FORMAL E FUNDAMENTADA. INEXISTÊNCIA.

1.A recorrente não ofereceu preliminar formal e adequadamente fundamentada, no que tange a eventual repercussão geral das questões constitucionais debatidas no caso, não tendo sido observado o disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06.

2.O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido da exigência da demonstração formal e fundamentada, no recurso extraordinário, da repercussão geral das questões constitucionais discutidas quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental n. 21, de 30 de abril de 2007. Precedente.

Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.866 (565)ORIGEM : AC - 5904425400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : ANITA WEIGAND DE CASTRO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : WILLIAM LIMA CABRAL E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Cezar Peluso e Eros Grau. 2ª Turma, 06.10.2009.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.126 (566)ORIGEM : PROC - 20087000275412 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : TANIA MARA BORGES PEREIRAADV.(A/S) : GEORGE TORRES BARBOSA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BCP S/AADV.(A/S) : GILBERTO VITOR RAMOS MARTINS E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Cezar Peluso e Eros Grau. 2ª Turma, 06.10.2009.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.177 (567)ORIGEM : EEDRR - 70799920000 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : TEKSID DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : JOSÉ MARIA DE SOUZA ANDRADE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ GOMES DOS SANTOSADV.(A/S) : WILLIAN JOSÉ MENDES DE SOUZA FONTES E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Cezar Peluso e Eros Grau. 2ª Turma, 06.10.2009.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 99.908 (568)ORIGEM : HC - 0 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : JOSÉ PORFÍRIO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : RODRIGO TRINDADEAGDO.(A/S) : RELATORA DO HC Nº 139939 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSITÇA

Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa 2ª Turma, 06.10.2009.

PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 691/STF. AUSÊNCIA DE FLAGRANTE ILEGALIDADE. IMPROVIMENTO.

1. O presente recurso pretende afastar a incidência da Súmula 691/STF, sob a alegação de que o paciente estaria sofrendo grave constrangimento ilegal.

2. O rigor na aplicação da Súmula 691/STF – segundo a qual “Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar” – tem sido abrandado por julgados desta Corte apenas em hipóteses excepcionais de flagrante ilegalidade ou abuso de poder na denegação da tutela de eficácia imediata. Nesses termos, enumero as decisões colegiadas: HC 84.014/MG, 1ª Turma, unânime, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ de 25.06.2004; HC 85.185/SP, Pleno, por maioria, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ de 1º.09.2006; e HC 88.229/SE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, maioria, julgado em 10.10.2006.

3. Contudo, in casu, não vislumbro a presença de qualquer dos pressupostos que autorizam o afastamento da orientação contida na Súmula 691/STF.

4. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 392.640 (569)ORIGEM : AMS - 200171110014324 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - PAULO RODRIGUES DA SILVAAGDO.(A/S) : ANTA GORDA INDÚSTRIA DE BEBIDAS LTDAADV.(A/S) : ANGÉLICA SANSON ANDRADE E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 29.09.2009.

EMENTAS: 1. RECURSO. Extraordinário. Admissibilidade. Erro material. Reconsideração. Demonstrada a existência de erro material na decisão agravada, deve ser reapreciado o recurso.

2.Recurso. Extraordinário. Inadmissibilidade. Decreto-lei nº 1.497/75. Delegação de competência para instituir tributo. Inconstitucionalidade. Precedentes. Agravo regimental não provido. Não foi recebido, mas revogado, os Decreto-lei nº 1.497/75 que autorizou o Ministro da Fazenda a instituir o chamado ressarcimento de custo do selo de

controle do IPI.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.298 (570)ORIGEM : AC - 20080242138 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : ANTONIO CRISTOVAADV.(A/S) : ELENO RODRIGO GUARDA CAMINSKILIT.PAS.(A/S) : IVAN CAETANO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : SINTIA MARIA DALBOSCO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Cezar Peluso e Eros Grau. 2ª Turma, 06.10.2009.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO - ALEGADA VIOLAÇÃO APRECEITO CONSTITUCIONAL – REEXAME DE FATOS E PROVAS - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 279/STF - RECURSO IMPROVIDO.

- Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 344.269

(571)

ORIGEM : AC - 459755 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOEMBDO.(A/S) : MARIA IDE DE MATTOS E OUTROADVDOS. : ORLANDO RASIA JUNIOR E OUTRA

Decisão: A Turma, à unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Cezar Peluso e Eros Grau. 2ª Turma, 06.10.2009.

E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO - PRETENDIDO REEXAME DA CAUSA - CARÁTER INFRINGENTE - INADMISSIBILIDADE - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

- Não se revelam cabíveis os embargos de declaração, quando a parte recorrente - a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição - vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado e de, assim, viabilizar um indevido reexame da causa. Precedentes.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 654.869 (572)ORIGEM : PROC - 20067000357734 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : INDÚSTRIA CATAGUASES DE PAPEL LTDA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CÉSAR MONTEIRO BOYA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ VICENTE CÊRA JÚNIOREMBDO.(A/S) : ADRIANA VAL PEGORIM GONÇALVES CORRÊAADV.(A/S) : FELIPE DA SILVA SANTIAGO

Decisão: A Turma, à unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental e, a este, negou provimento, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Cezar Peluso e Eros Grau. 2ª Turma, 06.10.2009.

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS - OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - REEXAME DE FATOS E PROVAS - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 279/STF - RECURSO IMPROVIDO.

- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

- Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório.

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.679

(573)

ORIGEM : AI - 727669 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. EROS GRAUEMBTE.(S) : IRIVALDO MEDEIROS E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 59

ADV.(A/S) : JOÃO GUSTAVO TONON MEDEIROS E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ONACLI LUIZ FABRIN E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : NELSON PEREIRA PAVAN E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, à unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, com imposição, à parte embargante, de multa de 1% sobre o valor da causa, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 06.10.2009.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO. INEXISTÊNCIA.

1.Não se encontram configuradas no acórdão embargado a obscuridade, a contradição ou a omissão que autorizariam a integração do julgado com fundamento nos incisos I e II do artigo 535 do Código de Processo Civil.

Embargos de declaração rejeitados. Condenação ao pagamento de multa de 1% [um por cento] sobre o valor corrigido da causa.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 734.392 (574)ORIGEM : AIRR - 1122200204015405 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUEMBTE.(S) : DAN VIGOR INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE LATICÍNIOS

LTDAADV.(A/S) : GABRIELA DA COSTA CERVIERI E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : OSMARCY MAIAADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO DE OLIVEIRA CAIANA

Decisão: A Turma, à unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 06.10.2009.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO. INEXISTÊNCIA.

Os embargos de declaração prestam-se às hipóteses do artigo 535 do Código de Processo Civil e não para rediscutir os fundamentos do acórdão embargado.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.428 (575)ORIGEM : AC - 200700123030 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAUEMBTE.(S) : CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO BRASBELADV.(A/S) : MICHELE VIEGAS GORDILHO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS -

CEDAEADV.(A/S) : ISAAC MOTEL ZVEITER E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, à unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 06.10.2009.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO. INEXISTÊNCIA.

Os embargos de declaração prestam-se às hipóteses do artigo 535 do Código de Processo Civil e não para rediscutir os fundamentos do acórdão embargado.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.458 (576)ORIGEM : AI - 994905 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAUEMBTE.(S) : NITRIFLEX DA AMAZÔNIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO S/

AADV.(A/S) : CLEIDEMAR REZENDE ISIDOROEMBDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma, à unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 06.10.2009.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO. INEXISTÊNCIA.

Os embargos de declaração prestam-se às hipóteses do artigo 535 do Código de Processo Civil e não para rediscutir os fundamentos do acórdão embargado.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.271 (577)ORIGEM : AI - 810772 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAU

EMBTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS - CEDAE

ADV.(A/S) : RENATA DO AMARAL GONÇALVES E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : CONDOMÍNIO 128 DO CONJUNTO RESIDENCIAL

MARECHAL DO AR HENRIQUE RAYMUNDO DYOTT FONTENELLE E OUTRO(A/S)

ADV.(A/S) : ROBERTO BORGES BARROSO

Decisão: A Turma, à unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 06.10.2009.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

Não se encontram configuradas no acórdão embargado a obscuridade, a contradição ou a omissão que autorizariam a integração do julgado com fundamento no artigo 535, incisos I e II, do Código de Processo Civil.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.478 (578)ORIGEM : EDEDEDAIRR - 320200412204400 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUEMBTE.(S) : ANITA MARQUES ESTIMA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANDRÉA BUENO MAGNANI E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Decisão: A Turma, à unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 06.10.2009.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO. INEXISTÊNCIA.

Os embargos de declaração prestam-se às hipóteses do artigo 535 do Código de Processo Civil e não para rediscutir os fundamentos do acórdão embargado.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.626 (579)ORIGEM : EDAGAIRR - 333200610703403 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUEMBTE.(S) : NAPOLEÃO DA SILVA SANTANAADV.(A/S) : HÉLIO JOSÉ FIGUEIREDOEMBDO.(A/S) : WILSON NUNES FILHOADV.(A/S) : PAULO SÉRGIO PETERMANNEMBDO.(A/S) : SERRALHERIA DOM PEDRO I LTDAADV.(A/S) : EPHIGÊNIA THEREZINHA DE CASTILHO

Decisão: A Turma, à unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 06.10.2009.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO. INEXISTÊNCIA.

Os embargos de declaração prestam-se às hipóteses do artigo 535 do Código de Processo Civil e não para rediscutir os fundamentos do acórdão embargado.

Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.957 (580)ORIGEM : APCRIM - 20070111291267 - TURMA RECURSAL CÍVEL

E CRIMINALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAUEMBTE.(S) : PAULO CESAR TIMPONIADV.(A/S) : JOSÉ THOMAZ F. GONÇALVES DE OLIVEIRA E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOS

Decisão: A Turma, à unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 06.10.2009.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CRIMINAL. OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO. INEXISTÊNCIA.

1.Não se encontram configuradas no acórdão embargado a obscuridade, a contradição ou a omissão que autorizariam a integração do julgado com fundamento nos incisos I e II do artigo 535 do Código de Processo Civil.

2.Não constam nos autos elementos para a concessão do habeas corpus de ofício pleiteado.

Embargos de declaração rejeitados.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 60

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 252.466

(581)

ORIGEM : AMS - 9601135820 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUEMBTE.(S) : BEMGE SEGURADORA S/AADV.(A/S) : ESDRAS DANTAS DE SOUZA E OUTROSADV.(A/S) : JOÃO DÁCIO ROLIMEMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma, à unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, com imposição, à parte embargante, de multa de 1% sobre o valor da causa, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 06.10.2009.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. REITERAÇÃO. RECURSO PROCRASTINATÓRIO. MULTA.

1. Não se encontram configuradas no acórdão embargado a obscuridade, a contradição ou a omissão que autorizariam a integração do julgado com fundamento nos incisos I e II do artigo 535 do Código de Processo Civil.

2.Multa de 1% [um por cento] sobre o valor corrigido da causa.Embargos de declaração rejeitados.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.799 (582)ORIGEM : AC - 5725015200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : CAIXA BENEFICENTE DA POLÍCIA MILITAR DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOEMBDO.(A/S) : ANGELINA FURLAN ZAPATERADV.(A/S) : MARTA CRISTINA NOEL RIBEIRO IALAMOV E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, à unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental e, a este, negou provimento, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Cezar Peluso e Eros Grau. 2ª Turma, 06.10.2009.

E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO - FIXAÇÃO DE JUROS DE MORA – COMPETÊNCIA DO JUÍZO DA EXECUÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – CONFIGURAÇÃO, QUANDO MUITO, DE OFENSA REFLEXA AO TEXTO CONSTITUCIONAL – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

HABEAS CORPUS 93.352 (583)ORIGEM : HC - 202204 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : CARLOS HENRIQUE DE SOUZA BITTENCOURTIMPTE.(S) : WALLACE MARTINSCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 96131 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, à unanimidade, concedeu, de ofício, ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Joaquim Barbosa e Eros Grau. 2ª Turma, 25.08.2009.

E M E N T A: “HABEAS CORPUS” – PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA COM FUNDAMENTO NA GRAVIDADE OBJETIVA DO DELITO, NO CLAMOR PÚBLICO, NA SUPOSTA INSEGURANÇA E INTRANQÜILIDADE DAS TESTEMUNHAS E NA AFIRMAÇÃO DE QUE A PRISÃO CAUTELAR SE JUSTIFICA PARA ASSEGURAR A APLICAÇÃO DA LEI PENAL - CARÁTER EXTRAORDINÁRIO DA PRIVAÇÃO CAUTELAR DA LIBERDADE INDIVIDUAL – UTILIZAÇÃO, NA DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, DE CRITÉRIOS INCOMPATÍVEIS COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – SITUAÇÃO DE INJUSTO CONSTRANGIMENTO CONFIGURADA – AFASTAMENTO, EM CARÁTER EXCEPCIONAL, NO CASO CONCRETO, DA INCIDÊNCIA DA SÚMULA 691/STF – “HABEAS CORPUS” CONCEDIDO DE OFÍCIO.

A PRISÃO CAUTELAR CONSTITUI MEDIDA DE NATUREZA EXCEPCIONAL.

- A privação cautelar da liberdade individual reveste-se de caráter excepcional, somente devendo ser decretada em situações de absoluta necessidade.

- A questão da decretabilidade da prisão cautelar. Possibilidade excepcional, desde que satisfeitos os requisitos mencionados no art. 312 do CPP. Necessidade da verificação concreta, em cada caso, da imprescindibilidade da adoção dessa medida extraordinária. Precedentes.

A PRISÃO PREVENTIVA - ENQUANTO MEDIDA DE NATUREZA

CAUTELAR - NÃO PODE SER UTILIZADA COMO INSTRUMENTO DE PUNIÇÃO ANTECIPADA DO INDICIADO OU DO RÉU.

- A prisão preventiva não pode - e não deve - ser utilizada, pelo Poder Público, como instrumento de punição antecipada daquele a quem se imputou a prática do delito, pois, no sistema jurídico brasileiro, fundado em bases democráticas, prevalece o princípio da liberdade, incompatível com punições sem processo e inconciliável com condenações sem defesa prévia.

A prisão preventiva - que não deve ser confundida com a prisão penal - não objetiva infligir punição àquele que sofre a sua decretação, mas destina-se, considerada a função cautelar que lhe é inerente, a atuar em benefício da atividade estatal desenvolvida no processo penal.

A GRAVIDADE EM ABSTRATO DO CRIME NÃO CONSTITUI FATOR DE LEGITIMAÇÃO DA PRIVAÇÃO CAUTELAR DA LIBERDADE.

- A natureza da infração penal não constitui, só por si, fundamento justificador da decretação da prisão cautelar daquele que sofre a persecução criminal instaurada pelo Estado. Precedentes.

O CLAMOR PÚBLICO NÃO BASTA PARA JUSTIFICAR A DECRETAÇÃO DA PRISÃO CAUTELAR.

- O estado de comoção social e de eventual indignação popular, motivado pela repercussão da prática da infração penal, não pode justificar, só por si, a decretação da prisão cautelar do suposto autor do comportamento delituoso, sob pena de completa e grave aniquilação do postulado fundamental da liberdade.

- O clamor público - precisamente por não constituir causa legal de justificação da prisão processual (CPP, art. 312) - não se qualifica como fator de legitimação da privação cautelar da liberdade do indiciado ou do réu. Precedentes.

A PRISÃO CAUTELAR NÃO PODE APOIAR-SE EM JUÍZOS MERAMENTE CONJECTURAIS.

- A mera suposição, fundada em simples conjecturas, não pode autorizar a decretação da prisão cautelar de qualquer pessoa.

- A decisão que ordena a privação cautelar da liberdade não se legitima quando desacompanhada de fatos concretos que lhe justifiquem a necessidade, não podendo apoiar-se, por isso mesmo, na avaliação puramente subjetiva do magistrado de que a pessoa investigada ou processada, se em liberdade, poderá gerar insegurança ou intranqüilidade nas testemunhas.

- Presunções arbitrárias, construídas a partir de juízos meramente conjecturais, porque formuladas à margem do sistema jurídico, não podem prevalecer sobre o princípio da liberdade, cuja precedência constitucional lhe confere posição eminente no domínio do processo penal.

PRISÃO CAUTELAR E POSSIBILIDADE DE EVASÃO DO DISTRITO DA CULPA.

- A mera possibilidade de evasão do distrito da culpa – seja para evitar a configuração do estado de flagrância, seja, ainda, para questionar a legalidade e/ou a validade da própria decisão de custódia cautelar - não basta, só por si, para justificar a decretação ou a manutenção da medida excepcional de privação cautelar da liberdade individual do indiciado ou do réu.

AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO, NO CASO, DA NECESSIDADE CONCRETA DE DECRETAR-SE A PRISÃO PREVENTIVA DO PACIENTE.

- Sem que se caracterize situação de real necessidade, não se legitima a privação cautelar da liberdade individual do indiciado ou do réu. Ausentes razões de necessidade, revela-se incabível, ante a sua excepcionalidade, a decretação ou a subsistência da prisão preventiva.

O POSTULADO CONSTITUCIONAL DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA IMPEDE QUE O ESTADO TRATE, COMO SE CULPADO FOSSE, AQUELE QUE AINDA NÃO SOFREU CONDENAÇÃO PENAL IRRECORRÍVEL.

- A prerrogativa jurídica da liberdade - que possui extração constitucional (CF, art. 5º, LXI e LXV) - não pode ser ofendida por interpretações doutrinárias ou jurisprudenciais, que, fundadas em preocupante discurso de conteúdo autoritário, culminam por consagrar, paradoxalmente, em detrimento de direitos e garantias fundamentais proclamados pela Constituição da República, a ideologia da lei e da ordem.

Mesmo que se trate de pessoa acusada da suposta prática de crime indigitado como grave, e até que sobrevenha sentença penal condenatória irrecorrível, não se revela possível - por efeito de insuperável vedação constitucional (CF, art. 5º, LVII) – presumir- -lhe a culpabilidade.

Ninguém pode ser tratado como culpado, qualquer que seja a natureza do ilícito penal cuja prática lhe tenha sido atribuída, sem que exista, a esse respeito, decisão judicial condenatória transitada em julgado.

O princípio constitucional da presunção de inocência, em nosso sistema jurídico, consagra, além de outras relevantes conseqüências, uma regra de tratamento que impede o Poder Público de agir e de se comportar, em relação ao suspeito, ao indiciado, ao denunciado ou ao réu, como se estes já houvessem sido condenados, definitivamente, por sentença do Poder Judiciário. Precedentes.

HABEAS CORPUS 96.486 (584)ORIGEM : HC - 144495 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 61

PACTE.(S) : JOSE CARLOS DE SOUZAIMPTE.(S) : JULIO CESAR TEIXEIRA DA ROCHACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 109562 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, à unanimidade, julgou prejudicado o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Cezar Peluso. 2ª Turma, 06.10.2009.

EMENTA: HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. SUPERVENIÊNCIA DE PRONÚNCIA QUE CONSTITUI TÍTULO PRISIONAL. PEDIDO JULGADO PREJUDICADO.

Não mais subsistindo a decisão interlocutória que decretou a prisão preventiva do paciente, o qual, atualmente, está preso em razão de superveniente sentença de pronúncia, que constitui novo título prisional, impõe-se o reconhecimento da prejudicialidade do pedido. Precedentes (HC 97.548, rel. min. Ellen Gracie, DJe-162 de 28.8.2009).

Habeas corpus julgado prejudicado.

HABEAS CORPUS 96.730 (585)ORIGEM : HC - 155835 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : JHONNATAN LOPES DE ALMEIDAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 114216 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, à unanimidade, indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Cezar Peluso e Eros Grau. 2ª Turma, 06.10.2009.

EMENTA: HABEAS CORPUS. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. FIXAÇÃO DA PENA-BASE ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. POSSIBILIDADE. PRESCRIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. ORDEM DENEGADA

Havendo circunstâncias judiciais desfavoráveis, conforme razoavelmente avaliado na sentença condenatória, justifica-se a fixação da pena-base acima do mínimo legal. Inviável, ademais, especialmente na estreita via do habeas corpus, o reexame aprofundado dos elementos de convicção relativos às circunstâncias do art. 59 do Código Penal (HC 94.847, rel. min. Ellen Gracie, DJe-182 de 26.09.2008 - grifei).

No caso, a prescrição pela pena finalmente aplicada (6 anos, 10 meses e 15 dias) somente teria ocorrido se transcorrido 8 anos, tempo resultante dos 12 anos previstos no art. 109, III, do Código Penal, diminuído da metade, ante o reconhecimento da atenuante da menoridade (CP, art. 115), mais um terço, decorrente da reincidência (CP, art. 110, caput, parte final). Tal prazo prescricional, entretanto, não fluiu integralmente entre as causas interruptivas geradas pelo recebimento da denúncia (12.03.2001) e pela publicação da sentença condenatória recorrível (31.01.2008).

Ordem denegada.

HABEAS CORPUS 96.974 (586)ORIGEM : HC - 166390 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : SCHNEIDER MORENO MOURAIMPTE.(S) : LUIZ CARLOS SILVACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou seguimento ao habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Eros Grau. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 29.09.2009.

EMENTA: COMPETÊNCIA CRIMINAL. Habeas corpus. Impetração contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido ao STJ, indeferiu liminar. Não ocorrência de flagrante constrangimento ilegal. Não conhecimento. Aplicação da súmula 691. Em princípio, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a Tribunal Superior, indefere liminar, se o caso não é de flagrante constrangimento ilegal.

HABEAS CORPUS 97.142 (587)ORIGEM : HC - 173851 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : LUCIANO ALVES DE QUEIROZIMPTE.(S) : EDNALDO GOMES VIDALCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 116459 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou seguimento ao habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Eros Grau. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma,

29.09.2009.EMENTA: COMPETÊNCIA CRIMINAL. Habeas corpus. Impetração

contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido ao STJ, indeferiu liminar. Não ocorrência de flagrante constrangimento ilegal. Não conhecimento. Aplicação da súmula 691. Em princípio, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a Tribunal Superior, indefere liminar, se o caso não é de flagrante constrangimento ilegal.

HABEAS CORPUS 97.466 (588)ORIGEM : HC - 2596 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : TARANDINE LORETO DE MENEZESIMPTE.(S) : ROBINSON FABIANO DA SILVA ZAHNCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, à unanimidade, deferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Joaquim Barbosa e Eros Grau. 2ª Turma, 25.08.2009.

E M E N T A: “HABEAS CORPUS” – PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA COM FUNDAMENTO NA GRAVIDADE OBJETIVA DO DELITO, NO CLAMOR PÚBLICO E NA SUPOSTA OFENSA À CREDIBILIDADE DAS INSTITUIÇÕES - CARÁTER EXTRAORDINÁRIO DA PRIVAÇÃO CAUTELAR DA LIBERDADE INDIVIDUAL – UTILIZAÇÃO, PELO MAGISTRADO, NA DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, DE CRITÉRIOS INCOMPATÍVEIS COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – SITUAÇÃO DE INJUSTO CONSTRANGIMENTO CONFIGURADA – PEDIDO DEFERIDO.

A PRISÃO CAUTELAR CONSTITUI MEDIDA DE NATUREZA EXCEPCIONAL.

- A privação cautelar da liberdade individual reveste-se de caráter excepcional, somente devendo ser decretada em situações de absoluta necessidade.

- A questão da decretabilidade da prisão cautelar. Possibilidade excepcional, desde que satisfeitos os requisitos mencionados no art. 312 do CPP. Necessidade da verificação concreta, em cada caso, da imprescindibilidade da adoção dessa medida extraordinária. Precedentes.

A PRISÃO PREVENTIVA - ENQUANTO MEDIDA DE NATUREZA CAUTELAR - NÃO PODE SER UTILIZADA COMO INSTRUMENTO DE PUNIÇÃO ANTECIPADA DO INDICIADO OU DO RÉU.

- A prisão preventiva não pode - e não deve - ser utilizada, pelo Poder Público, como instrumento de punição antecipada daquele a quem se imputou a prática do delito, pois, no sistema jurídico brasileiro, fundado em bases democráticas, prevalece o princípio da liberdade, incompatível com punições sem processo e inconciliável com condenações sem defesa prévia.

A prisão preventiva - que não deve ser confundida com a prisão penal - não objetiva infligir punição àquele que sofre a sua decretação, mas destina-se, considerada a função cautelar que lhe é inerente, a atuar em benefício da atividade estatal desenvolvida no processo penal.

A GRAVIDADE EM ABSTRATO DO CRIME NÃO CONSTITUI FATOR DE LEGITIMAÇÃO DA PRIVAÇÃO CAUTELAR DA LIBERDADE.

- A natureza da infração penal não constitui, só por si, fundamento justificador da decretação da prisão cautelar daquele que sofre a persecução criminal instaurada pelo Estado. Precedentes.

O CLAMOR PÚBLICO NÃO BASTA PARA JUSTIFICAR A DECRETAÇÃO DA PRISÃO CAUTELAR.

- O estado de comoção social e de eventual indignação popular, motivado pela repercussão da prática da infração penal, não pode justificar, só por si, a decretação da prisão cautelar do suposto autor do comportamento delituoso, sob pena de completa e grave aniquilação do postulado fundamental da liberdade.

- O clamor público - precisamente por não constituir causa legal de justificação da prisão processual (CPP, art. 312) - não se qualifica como fator de legitimação da privação cautelar da liberdade do indiciado ou do réu. Precedentes.

A PRESERVAÇÃO DA CREDIBILIDADE DAS INSTITUIÇÕES NÃO SE QUALIFICA, SÓ POR SI, COMO FUNDAMENTO AUTORIZADOR DA PRISÃO CAUTELAR.

- Não se reveste de idoneidade jurídica, para efeito de justificação do ato excepcional da prisão cautelar, a alegação de que essa modalidade de prisão é necessária para resguardar a credibilidade das instituições.

HABEAS CORPUS 98.027 (589)ORIGEM : HC - 21910 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : EDSON RICARDO LINSADV.(A/S) : ALBERTO ZACHARIAS TORON E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 128.631 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

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STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 62

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou seguimento ao habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Eros Grau. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 29.09.2009.

EMENTA: COMPETÊNCIA CRIMINAL. Habeas corpus. Impetração contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido ao STJ, indeferiu liminar. Não ocorrência de flagrante constrangimento ilegal. Não conhecimento. Aplicação da súmula 691. Em princípio, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a Tribunal Superior, indefere liminar, se o caso não é de flagrante constrangimento ilegal.

HABEAS CORPUS 98.156 (590)ORIGEM : HC - 25142 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEPACTE.(S) : LEONARDO MORAES DE ANDRADEIMPTE.(S) : SIDNEI RICARDO MENDES DA COSTA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por maioria, indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto da Relatora, vencido o Senhor Ministro Celso de Mello. Falou, pelo paciente, o Dr. Sidnei Ricardo Mendes da Costa e, pelo Ministério Público Federal, o Dr. Francisco Adalberto Nóbrega. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 29.09.2009.

PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. CRIME DE QUADRILHA. DENÚNCIA QUE ATENDE AOS REQUISITOS DO ART. 41 DO CPP. CRIME DE AUTORIA COLETIVA. PRECEDENTES STF. DECRETO DE PRISÃO CAUTELAR IDÔNEO. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. PRIMARIEDADE, BONS ANTECEDENTES E RESIDÊNCIA FIXA NÃO IMPEDEM A PRISÃO PREVENTIVA. ORDEM DENEGADA.

1. O paciente foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, juntamente com mais dez co-réus, por integrar quadrilha armada voltada para prática de diversos crimes, especialmente delitos de extorsão relacionados a serviços de “segurança” e de “proteção”.

2. A denúncia descreve suficientemente a conduta do paciente, que, em tese, amolda-se ao delito descrito no art. 288 do Código Penal.

3. A descrição dos fatos cumpriu, satisfatoriamente, o comando normativo contido no art. 41 do Código de Processo Penal, estabelecendo a correlação entre a conduta do paciente e a imputação da prática do crime de quadrilha.

4. Há substrato fático-probatório suficiente para o início e desenvolvimento da ação penal de forma legítima, afastando a alegação de ausência de justa causa, sendo certo que a efetiva participação do paciente na prática do delito merecerá análise muito mais detida por ocasião do julgamento do mérito da ação penal.

5. Ademais, “a jurisprudência do Tribunal firmou-se no sentido de não exigir a individualização das ações de cada agente quando se trata de crime de autoria coletiva”, sendo que o “decreto de prisão preventiva com fundamento em denúncia que descreve a forma como os integrantes da quadrilha agiam, não pode ser desconstituído por falta de justa causa”. (HC 79.237/MS, Rel. Min. Nelson Jobim, DJ 12.04.2002).

6. Observo que houve fundamentação idônea para decretação da custódia cautelar do paciente, já que, diante do conjunto probatório dos autos da ação penal, a prisão se justifica para a garantia da ordem pública, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal.

7. A decretação da prisão cautelar se baseou em fatos concretos observados pelo Desembargador Relator, na instrução processual, notadamente a periculosidade do paciente e dos demais denunciados, não só em razão da gravidade dos crimes perpetrados, mas também pelo modus operandi da quadrilha.

8. Como já decidiu esta Corte, “a garantia da ordem pública, por sua vez, visa, entre outras coisas, evitar a reiteração delitiva, assim resguardando a sociedade de maiores danos” (HC 84.658/PE, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 03/06/2005), além de se caracterizar “pelo perigo que o agente representa para a sociedade como fundamento apto à manutenção da segregação” (HC 90.398/SP, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ 18/05/2007).

9. Acrescento, por fim, que “primariedade, bons antecedentes, residência fixa e profissão lícita” são “circunstâncias que, por si sós, não afastam a possibilidade da preventiva” (HC 84.341, rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 04.03.2005).

10. Habeas corpus denegado.

HABEAS CORPUS 98.456 (591)ORIGEM : HC - 35633 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : JOSÉ CARLOS SAMPAIO DE SÁIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, à unanimidade, deferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 29.09.2009.

EMENTA: PENA. Criminal. Prisão. Fixação. Dosimetria. Tráfico de drogas. Exasperação da pena-base. Vício em drogas como conduta social negativa. Inadmissibilidade. Incompatibilidade com a nova política criminal anti-drogas. Redução de pena. HC concedido para esse fim. O fato de o réu ser viciado em drogas não constitui critério idôneo para que se lhe eleve a pena-base acima do mínimo, porquanto o vício não pode ser valorado como conduta social negativa.

HABEAS CORPUS 98.780 (592)ORIGEM : HC - 44144 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : UBIRANI MORGHETE DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : EVANDRO CASSIUS SCUDELLERCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, à unanimidade, indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Cezar Peluso. 2ª Turma, 15.09.2009.

EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. HOMICÍDIO TRIPLAMENTE QUALIFICADO E HOMICÍDIO TENTADO QUALIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA. AMEAÇA A TESTEMUNHAS. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA E CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL.

Paciente acusado da prática de homicídio triplamente qualificado e tentativa de homicídio qualificado. Prisão preventiva decretada para garantia da ordem pública e por conveniência da instrução criminal. Relatos de ameaças aos genitores da vítima fatal e à vítima sobrevivente. Fundamentação idônea.

Ordem denegada.

HABEAS CORPUS 99.010 (593)ORIGEM : HC - 53889 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : VANDERLEI DIVINO IAMAMOTOIMPTE.(S) : JOSÉ ANTÔNIO CARVALHOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, à unanimidade, indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Cezar Peluso. 2ª Turma, 15.09.2009.

EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA PARA JULGAR MANDADO DE SEGURANÇA. ARTIGO 105, INCISO I, ALÍNEA b DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.

A competência originaria do Superior Tribunal de Justiça para julgar mandado de segurança está definida, numerus clausus, no art. 105, inc. I, alínea b da Constituição do Brasil. O Superior Tribunal de Justiça não é competente para julgar mandado de segurança impetrado contra atos de outros tribunais ou dos seus respectivos órgãos.

Ordem denegada.

HABEAS CORPUS 99.072 (594)ORIGEM : HC - 56463 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : LEANDRO DE SOUSA LEALIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, à unanimidade, indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Celso de Mello e Cezar Peluso. 2ª Turma, 08.09.2009.

EMENTA: HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. PRISÃO PREVENTIVA. GRAVIDADE DO CRIME E CLAMOR SOCIAL. CIRCUNSTÂNCIAS INEPTAS À DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. PERICULOSIDADE DO AGENTE A JUSTIFICAR A PRISÃO CAUTELAR PARA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA.

1.A gravidade do crime e o clamor social não servem à decretação da prisão cautelar. Precedentes.

2.O modus operandi, consubstanciado nos vinte e seis golpes de faca desferidos em vítima indefesa, revela, no entanto, a periculosidade do paciente, justificando a necessidade da manutenção da prisão cautelar para garantia da ordem pública. Precedentes.

Ordem denegada.

HABEAS CORPUS 99.377 (595)ORIGEM : HC - 69406 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 63

PACTE.(S) : ANTONIO ARNALDO DE BRITOIMPTE.(S) : ANTONIO ARNALDO DE BRITOADV.(A/S) : JOSÉ HENRIQUE DE OLIVEIRA MELLOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, à unanimidade, conheceu, em parte, do pedido de habeas corpus e, na parte conhecida, indeferiu-o, nos termos do voto da Relatora. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 29.09.2009.

PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. PRISÃO PREVENTIVA SUFICIENTEMENTE FUNDAMENTADA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. PERICULOSIDADE DO RÉU. PRECEDENTES STF. COMPLEXIDADE DA AÇÃO PENAL. INOCORRÊNCIA DE EXCESSO DE PRAZO. NULIDADE DO INTERROGATÓRIO REALIZADO POR MEIO DE CARTA PRECATÓRIA. QUESTÃO NÃO APRECIADA PELO TRIBUNAL A QUO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. WRIT PARCIALMENTE CONHECIDO E DENEGADO.

1. Verifico que o Juiz, ainda que de forma sucinta, fundamentou suficientemente a decisão que decretou a prisão preventiva do paciente, eis que, diante do conjunto probatório dos autos da ação penal, a custódia cautelar se justifica para a garantia da ordem pública, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal.

2. Com efeito, pelo que consta dos autos, o paciente faria parte de uma associação criminosa que pratica com habitualidade o tráfico de drogas, sendo que um de seus integrantes agiria diretamente de dentro de um dos presídios do Estado de São Paulo.

3. A periculosidade do réu constitui motivo apto à decretação de sua prisão cautelar, com a finalidade de garantir a ordem pública, consoante precedentes desta Suprema Corte (HC 92.719/ES, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 19.09.08; HC 93.254/SP, rel. Min. Carmen Lúcia, DJ 01.08.08; HC 94.248/SP, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ 27.06.08).

4. A duração da prisão cautelar do paciente, pode se justificar com base no parâmetro da razoabilidade, em se tratando de instruções criminais de caráter complexo (HC 89.090/GO, rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, Sessão de 21.11.2006, DJ de 05.10.2007), como parece ocorrer na hipótese.

5. No tocante à eventual nulidade em razão do interrogatório do paciente ter sido realizado por meio de carta precatória, verifico que tal questão não foi apreciada pelo Superior Tribunal de Justiça, o que inviabiliza o seu conhecimento por esta Suprema Corte, sob pena de indevida supressão de instância.

6. Habeas corpus parcialmente conhecido e denegado.

HABEAS CORPUS 99.439 (596)ORIGEM : HC - 72547 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : LUIZ HENRIQUE DA SILVA NOGUEIRAIMPTE.(S) : LUIZ HENRIQUE DA SILVA NOGUEIRACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 106.217 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, à unanimidade, indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Cezar Peluso. 2ª Turma, 15.09.2009.

EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. ALEGAÇÃO DE NÃO CUMPRIMENTO DA DECISÃO QUE DETERMINOU O RECOLHIMENTO DO PACIENTE EM SALA DE ESTADO MAIOR. CONTRARIEDADE. INVIABILIDADE DO HABEAS CORPUS.

Alegação de não cumprimento da decisão que determinou o recolhimento do paciente em sala de Estado Maior. Informação, prestada pelo Juiz, no sentido de que “o réu encontra-se recolhido em sala de Estado Maior no Batalhão Especial Prisional, pertencente à Polícia Militar – RJ”. Impossibilidade de, em habeas corpus, avaliar-se se as dependências do Batalhão Militar correspondem, ou não, a sala de Estado Maior.

Ordem denegada.

HABEAS CORPUS 100.182 (597)ORIGEM : HC - 94837 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : ANTONIO XAVIER DE BARROS FILHOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, à unanimidade, indeferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. Não participou do julgamento o Senhor Ministro Cezar Peluso por não ter assistido à leitura do relatório. 2ª Turma, 08.09.2009.

EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. PENA-BASE ACIMA DO MÍNIMO. VALORAÇÃO NEGATIVA DAS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS. PONDERAÇÃO. INIDONEIDADE DA VIA DO HABEAS CORPUS.

1.O habeas corpus não é a via idônea para a ponderação, em

concreto, das circunstâncias que autorizaram a fixação da pena-base acima do mínimo legal. Precedentes.

2.No caso concreto o juiz fixou a pena-base acima do mínimo cominado em virtude da valoração negativa das circunstâncias judiciais, especificamente quanto à quantidade de droga apreendida e ao seu transporte para outro Estado.

Ordem indeferida.

HABEAS CORPUS 100.344 (598)ORIGEM : HC - 101567 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : CARLOS EDUARDO GOMES DE SOUZAIMPTE.(S) : REINALDO DE ASSUNÇÃO ROMÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, à unanimidade, deferiu o pedido de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 08.09.2009.

EMENTA: HABEAS CORPUS. PROCESSUAL. RECURSO ESPECIAL. FÉRIAS FORENSES. SUSPENSÃO DO PRAZO. TEMPESTIVIDADE.

Decisão que negou seguimento a recurso especial por intempestivo. Recurso tempestivo porquanto ante a superveniência do recesso forense o último dia do prazo foi prorrogado para o primeiro dia útil subsequente, 7 de janeiro de 2008. Esta Corte decidiu, no julgamento do HC n. 69.522-GO, Min. Marco Aurélio, que a regra do artigo 798 do Código de Processo Penal pressupõe quadro de normalidade, o funcionamento regular da Justiça. Daí afirmar-se que “tratando-se de férias coletivas ocorre o fenômeno da suspensão”.

Ordem concedida.

HABEAS CORPUS 100.359 (599)ORIGEM : HC - 101917 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : WALTER FREIRE GUIMARÃESIMPTE.(S) : LUIZ CARLOS DA SILVA NETOCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 143.026 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou seguimento ao habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Eros Grau. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 29.09.2009.

EMENTA: COMPETÊNCIA CRIMINAL. Habeas corpus. Impetração contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido ao STJ, indeferiu liminar. Não ocorrência de flagrante constrangimento ilegal. Não conhecimento. Aplicação da súmula 691. Em princípio, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a Tribunal Superior, indefere liminar, se o caso não é de flagrante constrangimento ilegal.

HABEAS CORPUS 100.619 (600)ORIGEM : HC - 112358 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : FÁBIO RODRIGO MARQUES PRADOIMPTE.(S) : FÁBIO RODRIGO MARQUES PRADOADV.(A/S) : DIEGO LUIZ BERBARE BANDEIRACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 145.285 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou seguimento ao habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Eros Grau. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 29.09.2009.

EMENTA: COMPETÊNCIA CRIMINAL. Habeas corpus. Impetração contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido ao STJ, indeferiu liminar. Não ocorrência de flagrante constrangimento ilegal. Não conhecimento. Aplicação da súmula 691. Em princípio, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a Tribunal Superior, indefere liminar, se o caso não é de flagrante constrangimento ilegal.

HABEAS CORPUS 100.624 (601)ORIGEM : HC - 112359 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : PAULO JOSÉ STEFANINIIMPTE.(S) : SINOMAR DE SOUZA CASTRO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 64

COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 144560 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou seguimento ao habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Eros Grau. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 29.09.2009.

EMENTA: COMPETÊNCIA CRIMINAL. Habeas corpus. Impetração contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido ao STJ, indeferiu liminar. Não ocorrência de flagrante constrangimento ilegal. Não conhecimento. Aplicação da súmula 691. Em princípio, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a Tribunal Superior, indefere liminar, se o caso não é de flagrante constrangimento ilegal.

HABEAS CORPUS 100.732 (602)ORIGEM : HC - 115923 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : FABIANA DE ROCCOIMPTE.(S) : DJALMA TERRA ARAÚJJOCOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA JUDICIAL DA COMARCA

DE VINHEDOCOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 146.065 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou seguimento ao habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Eros Grau. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 29.09.2009.

EMENTA: COMPETÊNCIA CRIMINAL. Habeas corpus. Impetração contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido ao STJ, indeferiu liminar. Não ocorrência de flagrante constrangimento ilegal. Não conhecimento. Aplicação da súmula 691. Em princípio, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a Tribunal Superior, indefere liminar, se o caso não é de flagrante constrangimento ilegal.

HABEAS CORPUS 100.746 (603)ORIGEM : HC - 116177 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : ANDERSON SOARESIMPTE.(S) : MARCELO GONZAGACOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 146.585 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou seguimento ao habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Eros Grau. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 29.09.2009.

EMENTA: COMPETÊNCIA CRIMINAL. Habeas corpus. Impetração contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido ao STJ, indeferiu liminar. Não ocorrência de flagrante constrangimento ilegal. Não conhecimento. Aplicação da súmula 691. Em princípio, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a Tribunal Superior, indefere liminar, se o caso não é de flagrante constrangimento ilegal.

HABEAS CORPUS 100.753 (604)ORIGEM : HC - 116299 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : L P VIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 143.128 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou seguimento ao habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Eros Grau. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 29.09.2009.

EMENTA: COMPETÊNCIA CRIMINAL. Habeas corpus. Impetração contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido ao STJ, indeferiu liminar. Não ocorrência de flagrante constrangimento ilegal. Não conhecimento. Aplicação da súmula 691. Em princípio, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a Tribunal Superior, indefere liminar,

se o caso não é de flagrante constrangimento ilegal.

HABEAS CORPUS 100.809 (605)ORIGEM : HC - 118119 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : CARLA RAMOS SANTOSPACTE.(S) : LEANDRO RAMOS SANTOSIMPTE.(S) : EUGÊNIO CARLO BALLIANO MALAVASI E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 144.516 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou seguimento ao habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Eros Grau. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 29.09.2009.

EMENTA: COMPETÊNCIA CRIMINAL. Habeas corpus. Impetração contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido ao STJ, indeferiu liminar. Não ocorrência de flagrante constrangimento ilegal. Não conhecimento. Aplicação da súmula 691. Em princípio, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a Tribunal Superior, indefere liminar, se o caso não é de flagrante constrangimento ilegal.

HABEAS CORPUS 100.851 (606)ORIGEM : HC - 119908 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : PAULO CESAR RAMIRO DA SILVAIMPTE.(S) : MARCELO AUGUSTO PIRES GALVÃOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 131.927 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por votação unânime, negou seguimento ao habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor Ministro Eros Grau. Presidiu, este julgamento, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 29.09.2009.

EMENTA: COMPETÊNCIA CRIMINAL. Habeas corpus. Impetração contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido ao STJ, indeferiu liminar. Não ocorrência de flagrante constrangimento ilegal. Não conhecimento. Aplicação da súmula 691. Em princípio, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a Tribunal Superior, indefere liminar, se o caso não é de flagrante constrangimento ilegal.

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 98.564 (607)ORIGEM : HC - 112617 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : FRANCISCO DE ASSIS CARVALHO GONÇALVESADV.(A/S) : MARCELA DO LAGO BARATTA MONTEIRO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao recurso ordinário, nos termos do voto do Relator. Falou, pelo recorrente, o Dr. Gabriel Rocha Furtado. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Cezar Peluso. 2ª Turma, 15.09.2009.

EMENTA: HABEAS CORPUS. DESVIO DE VERBAS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE --- SUS. INTERESSE DA UNIÃO. ARTIGO 109, IV DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. SECRETÁRIO DE ESTADO. PRERROGATIVA DE FORO. ATRIBUIÇÃO DA PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA.

Procedimentos administrativos criminais --- PACs --- instaurados para apurar supostos desvios de verbas do Sistema Único de Saúde --- SUS. Verbas federais sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas da União. Nítido interesse da União, a teor do artigo 109, IV da Constituição do Brasil. Envolvimento do Secretário de Saúde do Estado do Piauí, a atrair a competência do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, bem assim a atribuição da Procuradoria Regional da República.

Ordem denegada.

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 99.057 (608)ORIGEM : HC - 118761 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : LUIZ CARLOS VIANA DA SILVA OU LUIZ CARLOS

VIANA DE SOUZAADV.(A/S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Decisão: A Turma, à unanimidade, conheceu, em parte, do recurso e,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 65

na parte conhecida, negou-lhe provimento, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Cezar Peluso e Eros Grau. 2ª Turma, 06.10.2009.

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CRIME DE FURTO. PEDIDO DE FIXAÇÃO DE REGIME ABERTO PARA CUMPRIMENTO DA PENA. MATÉRIA NÃO APRECIADA PELO TRIBUNAL A QUO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. NULIDADE DA SENTENÇA. INEXISTÊNCIA. CONDENAÇÃO FUNDAMENTADA TAMBÉM EM PROVA COLHIDA EM JUÍZO. PRECEDENTES DO STF. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E DESPROVIDO.

1. Inicialmente, entendo que o presente recurso não pode ser conhecido em relação ao pedido de fixação do regime aberto para o cumprimento da pena aplicada ao recorrente.

2. Com efeito, tal matéria não foi apreciada pelo Superior Tribunal de Justiça, como se verifica do acórdão impugnado, o que inviabiliza o seu conhecimento pelo Supremo Tribunal Federal, sob pena de indevida supressão de instância.

3. Como se constata da r. sentença condenatória, o Magistrado não se baseou exclusivamente em depoimentos colhidos no inquérito policial, mas, também, nas declarações prestadas em juízo pela testemunha Paulo César de Oliveira (fls. 76-77).

4. Consoante já decidiu esta Suprema Corte, “os elementos do inquérito podem influir na formação do livre convencimento do juiz para a decisão da causa quando complementam outros indícios e provas que passam pelo crivo do contraditório em juízo.” (RE 425.734 Agr/MG, de minha relatoria, DJ 28.10.2005).

5. Recurso parcialmente conhecido e desprovido.

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 99.607 (609)ORIGEM : PROC - 2009010346368 - SUPERIOR TRIBUNAL

MILITARPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : DAVI REIS VIEIRA DE AZEVEDOADV.(A/S) : DANIEL HENRIQUE DE CARVALHORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR

Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao recurso ordinário, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 06.10.2009.

EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PENAL MILITAR. IPM PARA APURAR IRREGULARIDADES EM PROCESSO DE LICITAÇÃO. ARQUIVAMENTO. NOVO IPM PARA INVESTIGAR ENRIQUECIMENTO ILÍCITO. ALEGAÇÃO DE QUE OS FATOS VEICULADOS NO INQUÉRITO ARQUIVADO SÃO IDÊNTICOS AOS DO NOVO INQUÉRITO, A IMPOSSIBILITAR SUA ABERTURA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. EXCEPCIONALIDADE DO ARQUIVAMENTO.

1.Inquérito Policial Militar n. 4.134/07, instaurado para apurar possíveis irregularidades em procedimentos licitatórios. Não obstante a existência de indícios de violação da Lei n. 8.666/93, não foi possível apontar indiciados, porquanto infrutífera a solicitação de quebra de sigilo fiscal. Inquérito Policial Militar n. 4.519/09 destinado a apurar suposto enriquecimento ilícito do paciente.

2.Feita a distinção dos fatos investigados em ambos os inquéritos, entendimento contrário, no sentido do acolhimento das razões da impetração, somente seria possível em sequência a aprofundado reexame de fatos e provas. Seria necessária, no caso, a análise detida de aproximadamente mil laudas que compõem os autos, inviável em habeas corpus.

3.O trancamento de inquérito policial ou de ação penal é medida excepcional que somente se justifica quando, sem necessidade de dilação probatória, despontar fora de dúvida a atipicidade da conduta ou causa extintiva da punibilidade, o que no caso não ocorre.

Recurso ordinário em habeas corpus não provido.

Brasília, 05 de novembro de 2009.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

SECRETARIA JUDICIÁRIADecisões e Despachos dos Relatores

PROCESSOS ORIGINÁRIOS

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.265 (610)ORIGEM : PROC - 200134000085984 - JUIZ FEDERALPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAUTOR(A/S)(ES) : EXPEDITO GONÇALVES FERREIRA JÚNIORADV.(A/S) : JOSÉ ROSSINI CAMPOS DO COUTO CORRÊA E

OUTRO(A/S)LIT.ATIV.(A/S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIAREU(É)(S) : BANCO CENTRAL DO BRASIL

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO BRASIL

REU(É)(S) : VALDIR RAUPP DE MATOSADV.(A/S) : JOSÉ DE ALMEIDA JÚNIOR E OUTRO(A/S)REU(É)(S) : WAGNER ORMANESADV.(A/S) : JORGE AMAURY MAIA NUNES E OUTRO(A/S)REU(É)(S) : SÉRGIO ALVES PERILOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASILREU(É)(S) : ALTINO ALMEIDA DE SOUZAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASILREU(É)(S) : VANDERLEI LOPES CORRÊAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASILREU(É)(S) : ROWILSON SIDRIM PESSOAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASILREU(É)(S) : REGINALDO BENTES DOS SANTOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASILREU(É)(S) : SADI ZANOTTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASILREU(É)(S) : FRANCISCO DE ASSIS XAVIERPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASILREU(É)(S) : FRANCISCO JOSÉ MENDONÇA SOUZAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASILREU(É)(S) : FLORA VALLADARES COELHOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASILREU(É)(S) : FERNANDO LACERDA NORONHAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASIL

Vistos.Tendo em vista que a prova pericial sob encargo dos autores

certamente será dispendiosa, dada a complexidade dos fatos, bem como considerando que na ACO 1119 já se produz prova com objeto assemelhado, digam os autores se concordam com a suspensão deste feito até o término da aludida perícia, sem prejuízo de, posteriormente, em havendo necessidade, produzir-se nestes autos provas complementares.

Após, tornem conclusos para apreciação do agravo regimental de fls. 2870-2872 interposto pelo Banco Central.

Publique-se e intime-se.Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.252 (611)ORIGEM : ADI - 74884 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOREQTE.(S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAREQTE.(S) : PARTIDO VERDEADV.(A/S) : VERA LÚCIA DA MOTTAREQDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINAREQDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA

CATARINAINTDO.(A/S) : FEDERAÇÃO DAS ENTIDADES ECOLOGISTAS

CATARINENSES - FEECADV.(A/S) : PERY SARAIVA NETOINTDO.(A/S) : INSTITUTO EVILÁSIO CAONADV.(A/S) : RAFAELLA ZANATTA CAON

DECISÃO: Admito, na condição de “amicus curiae”, o Instituto Evilásio Caon (fls. 860/870), eis que se acham atendidas, na espécie, as condições fixadas no art. 7º, § 2º, da Lei nº 9.868/99. Proceda-se, em conseqüência, às anotações pertinentes.

Assinalo, por necessário, que, em face de precedentes desta Corte, notadamente daquele firmado na ADI 2.777-QO/SP, o “amicus curiae”, uma vez formalmente admitido no processo de fiscalização normativa abstrata, tem o direito de proceder à sustentação oral de suas razões, observado, no que couber, o § 3º do art. 131 do RISTF, na redação conferida pela Emenda Regimental nº 15/2004.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AÇÃO RESCISÓRIA 1.542 (612)ORIGEM : AR - 16470 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 66

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR SUBSTITUTO

:MIN. CEZAR PELUSO

REVISOR :MIN. CARLOS BRITTOAUTOR : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA

CATARINA - IPESCADVDOS. : JOSÉ GIOVENARDI E OUTROSREU : MILTON LUIZ WESCHENFELDERADVDOS. : MARCELO GALIBERNE FERREIRA E OUTROS

DESPACHO: Junte-se o relatório anexo.Após, encaminhem-se os autos ao Ministro Revisor e cópia do

relatório aos demais Ministros, nos termos dos arts. 87, inc. II, e 262 do RISTF.

Publique-se.Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AÇÃO RESCISÓRIA 2.046 (613)ORIGEM : AR - 25102 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOREVISOR :MIN. MARCO AURÉLIOAUTOR(A/S)(ES) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOREU(É)(S) : CSB DROGARIAS S/AADV.(A/S) : GERSON STOCCO DE SIQUEIRAADV.(A/S) : ANETE MAIR MACIEL MEDEIROS

DESPACHO: Ouça-se a douta Procuradoria Geral da República, em sua condição de “custos legis”, devendo pronunciar-se sobre as questões preliminares suscitadas pela ré.

2. A ré esclarece que o seu nome empresarial sofreu alteração. Determino, por tal razão, que se anote, na autuação, a nova denominação social que a ré passou a ostentar: CSB Drogarias S/A (fls. 120).

3. Anotem-se, ainda, na autuação, os nomes dos ilustres Advogados da ré, Dr. Gerson Stocco de Siqueira e Dra. Anete Mair Maciel Medeiros (fls. 152/153, 154 e 157).

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AÇÃO RESCISÓRIA 2.167 (614)ORIGEM : AR - 108125 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ELLEN GRACIEREVISOR :MIN. CEZAR PELUSOAUTOR(A/S)(ES) : LUIZ JOSÉ PINTO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : HENRIQUE COSTA FILHO E OUTRO(A/S)REU(É)(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

1.Regularizem os autores sua representação processual, em 10 (dez dias), sob pena de inépcia (art. 284, parágrafo único, do CPC).

2.Em igual prazo, digam os autores, nos termos do art. 327 do CPC, sobre a contestação de fls. 103-116.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AÇÃO RESCISÓRIA 2.180 (615)ORIGEM : AR - 112410 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ELLEN GRACIEREVISOR :MIN. CEZAR PELUSOAUTOR(A/S)(ES) : EDSON ESPINDOLA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALEXANDER ARTUR ULBRICHT E OUTRO(A/S)REU(É)(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

1.Regularizem os autores sua representação processual, em 10 (dez dias), sob pena de inépcia (art. 284, parágrafo único, do CPC).

2.Em igual prazo, digam os autores, nos termos do art. 327 do CPC, sobre a contestação de fls. 16-30.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AÇÃO RESCISÓRIA 2.189 (616)ORIGEM : AR - 119303 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

PROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEREVISOR :MIN. CEZAR PELUSOAUTOR(A/S)(ES) : HOBI E CIA LTDAADV.(A/S) : VIRGÍLIO CESAR DE MELO E OUTRO(A/S)REU(É)(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E

ARQUITETURA DO ESTADO DO PARANÁ - CREA/PR

1.Trata-se de ação rescisória, com pedido de medida liminar, proposta pela HOBI e Cia Ltda em desfavor do CREA/PR – Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Estado do Paraná, visando rescindir decisão proferida no âmbito do egrégio Superior Tribunal de Justiça pelo eminente Ministro Castro Meira, nos autos do Recurso Especial 1.068.821 (fls. 64-66), sem notícia nos autos de seu trânsito em julgado.

2.Revela-se manifesta a incompetência deste Supremo Tribunal para apreciar a presente ação. Conforme reiterada jurisprudência desta Corte, “o Supremo Tribunal Federal, tendo em vista a regra inscrita no art. 102, I, j, da Constituição, somente dispõe de competência originária para processar e julgar ação rescisória, quando ajuizada contra os seus próprios julgados (AR 1.656, Rel. Min. Celso de Mello). Nesse mesmo sentido, aponto a decisão proferida na AR 1.331, Rel. Min. Moreira Alves, sintetizada na seguinte ementa:

“Ação Rescisória que tem por objeto único a rescisão de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Competência para julgá-la.

- Incompetência do S.T.F. para processar e julgar rescisória que visa única e exclusivamente à desconstituição de acórdão local, defeso que lhe é modificar pedido da autora.

Reconheceu o Tribunal sua incompetência para processar a presente ação rescisória (...).”

Ante o exposto, constatada a incompetência desta Corte para apreciar a presente ação rescisória, porquanto visa a desconstituir acórdão proferido por outro órgão jurisdicional, nego-lhe seguimento (art. 21, § 1º do RISTF), ficando prejudicada a apreciação da liminar.

Expeça-se alvará de levantamento do depósito comprovado à fl. 87, em favor do procurador identificado na fl. 88 (fl. 17).

Publique-se.Arquivem-se os autos.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.356 (617)ORIGEM : ACO - 28721 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHOAGRAVO – CONTRADITÓRIO.1.Ante a garantia constitucional do contraditório, abro vista à parte

agravada para, querendo, manifestar-se.2.Publiquem.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 1.271 (618)ORIGEM : MI - 71490 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : LÍDIO ALBERTO VARGASADV.(A/S) : LUCIANA SHERER SOARESINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

DECISÃO: Recebo a peça do Estado do Rio Grande do Sul, juntada às fls. 100/103, como agravo regimental.

Defiro o pedido de vista acostado à fl. 105, pelo prazo requerido.Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 67

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 2.230 (619)ORIGEM : RCL - 243962 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR SUBSTITUTO

:MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

AGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : RAFAEL VALDOMIRO GRECA DE MACEDOADV.(A/S) : ÁLVARO AUGUSTO CASSETARIAGDO.(A/S) : MAURO BARBOSA DA SILVAAGDO.(A/S) : LIANA VALLICELLIAGDO.(A/S) : TUPY BARRETO JÚNIORAGDO.(A/S) : MARCOS ANTÔNIO DE OLIVEIRAAGDO.(A/S) : INSTITUTO MEMORABÍLIA

Trata-se de agravo regimental interposto pela UNIÃO contra a decisão de fls. 158-159, que indeferiu a medida liminar deduzida nesta reclamação por entender não configurada a hipótese de dano irreparável.

Sustenta a agravante, em síntese, que a reclamação foi ajuizada com o objetivo de preservar a competência do Supremo Tribunal Federal para conhecer e julgar ação de improbidade administrativa em que figura entre os réus o então Ministro de Estado do Esporte.

Alega, ademais, que“esse entendimento está definitivamente consagrado com o advento

da Lei nº 10.628, de 24 de dezembro de 2002, pelo que falece qualquer dúvida, ainda porventura existente, quanto à competência da Suprema Corte para processar e julgar os ex-Ministros de Estado nas ações de improbidade administrativa. É o que se extrai do art. 1º, que deu nova redação ao art. 84 do CPP”.

É o relatório. Decido.Esta Corte no julgamento da ADI 2.797/DF extirpou do ordenamento,

por inconstitucionalidade, o § 1º do art. 84 do Código de Processo Penal e, por arrastamento, a regra final do § 2º do mesmo artigo.

Assim, a cessação do mandato, no curso do processo de ação de improbidade administrativa, implica perda automática da chamada prerrogativa de foro e deslocamento da causa ao juízo de primeiro grau, ainda que o fato que deu causa à demanda haja ocorrido durante o exercício da função pública.

Nesse passo, como esta reclamação foi proposta com fundamento em suposta usurpação de competência desta Corte, flagrante, portanto, a perda do seu objeto e, por consequência, do agravo regimental interposto.

Diante do exposto, julgo prejudicado o pedido pela perda de seu objeto (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 4.611 (620)ORIGEM : RCL - 130838 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAADV.(A/S) : DANIEL ROFFÉ DE VASCONCELOSAGDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 7ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO

JUDICIÁRIA DO ESTADO DE PERNAMBUCO (AÇÃO ORDINÁRIA Nº 2005.83.00.004546-7)

AGDO.(A/S) : RELATOR DO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 61156 (2005.05.00.006353-8) DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO

INTDO.(A/S) : ESPÓLIO DE JOÃO CARNEIRO LACERDAADV.(A/S) : TANEY QUEIROZ E FARIAS

DESPACHO: Dê-se vista dos autos à Procuradoria Geral da República, para que se manifeste sobre as razões do agravo regimental interposto.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 6.508 (621)ORIGEM : RCL - 121829 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁAGDO.(A/S) : FRANCISCO EMANOEL MENDES ALVES E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA GLÁUCIA MORAIS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : RELATOR DO MANDADO DE SEGURANÇA Nº

2008.0017.8489-3/0 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO CEARÁ

DESPACHO: Dê-se vista dos autos à Procuradoria Geral da República, para que se manifeste sobre as razões do agravo regimental interposto.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 6.570 (622)ORIGEM : RCL - 127712 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : COLIGAÇÃO "SÃO ROQUE DE MINAS" (PMDB/PTB) -

REPRESENTADA POR CAIRO MANOEL DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ERICK NILSON SOUTOADV.(A/S) : RITA DE CÁSSIA COSTA SOUTOAGDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MINAS GERAIS

(RECURSO ELEITORAL Nº 3.476)INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALINTDO.(A/S) : COLIGAÇÃO "SÃO ROQUE NÃO PODE PARAR"

(PR/DEM)

DESPACHO: Dê-se vista dos autos à Procuradoria Geral da República, para que se manifeste sobre as razões do agravo regimental interposto.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 6.860 (623)ORIGEM : RCL - 149818 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO

JUDICIÁRIA DE GUARATINGUETÁ (AÇÃO ORDINÁRIA Nº 2006.61.18.000429-6)

AGDO.(A/S) : ERICK DE FREITASADV.(A/S) : MARIA DALVA ZANGRANDI COPPOLA

Trata-se de agravo regimental contra decisão em que julguei improcedente esta reclamação proposta pela União contra decisão da 1ª Vara da Subseção Judiciária de Guaratinguetá/SP, nos autos da Ação Ordinária 2006.61.18.000429-6, por suposta afronta ao decidido na ADC 4/DF, Rel. Min. Sydney Sanches.

A citada ação ordinária foi ajuizada por Erick de Freitas contra a União, objetivando assegurar sua permanência no Curso de Formação de Sargentos da Escola de Especialistas da Aeronáutica, sob o argumento de que foi reprovado no exame de saúde e que a exigência desse critério não possuía parâmetro normativo.

O Juízo reclamado deferiu a antecipação de tutela e determinou a classificação do autor da ação ordinária, com sua subsequente promoção e pagamento de todos os auxílios, ajuda de custo e verbas a que teria direito.

Julguei improcedente esta reclamação com fundamento em precedentes desta Corte, que assentaram a não incidência da decisão proferida na ADC 4/DF quando se promove a inclusão na relação dos inscritos para participação no Concurso de Admissão ao Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento da Escola de Especialistas da Aeronáutica.

Irresignada sustenta a agravante, em suma, que“as decisões utilizadas como paradigma não se aplicam ao caso dos

autos, pois enquanto determinam tão somente a inclusão dos candidatos em curso de formação, condicionando a promoção à aprovação destes, o decisum reclamado determina a imediata promoção do militar”.

Pugna, dessa forma, pela reconsideração da decisão agravada. A Procuradoria-Geral da República manifestou-se pelo desprovimento

do recurso, em parecer que possui a seguinte ementa:“Reclamação. Agravo Regimental. Decisão antecipatória de tutela

que garantiu a permanência do interessado no Concurso de Admissão ao Estágio de Adaptação à Graduação de Sargentos, com as consequências que daí advêm. Inexistência de ofensa à decisão do Supremo Tribunal Federal na ADC nº 4. Exercício do pode geral de cautela. Parecer pelo desprovimento do recurso” (fl. 43).

É o relatório. Passo a decidir. Bem examinados os autos, entendo que não merece acolhida a

pretensão recursal.Já decidiu esta Corte que não ofende a autoridade do acórdão

proferido na ADC 4/DF decisão que, a título de antecipação de tutela, garante a inscrição de candidato em concurso público, ainda que da aprovação lhe resultem vantagens financeiras.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 68

Nesse sentido menciono o julgamento da Rcl 5.042-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, assim ementado:

“ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. Concessão contra a Fazenda Pública. Cargo público. Concurso público de Admissão ao Estágio de Adaptação à Graduação de Sargentos. Inscrição de candidato. Garantia em igualdade de condições dos demais, quanto às fases subseqüentes e matrícula no curso, em caso de aprovação. Decisão liminar não compreendida pelo art. 1º da Lei nº 9.494/97. Ofensa à autoridade da decisão proferida na ADC nº 4. Não ocorrência. Reclamação inviável. Seguimento negado. Agravo improvido. Precedentes. Não ofende a decisão liminar proferida na ADC nº 4, a antecipação de tutela que garante a inscrição de candidato em concurso público, ainda que da aprovação lhe resultem vantagens financeiras”.

Isso posto, nego provimento ao agravo regimental (art. 21, § 1º, RISTF).

Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 7.575 (624)ORIGEM : RCL - 5315 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : CAIXA SEGURADORA S/AADV.(A/S) : DANIELLI FARIAS RABELO LEITÃO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ALTAMIRA MUNIZ DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MAURÍCIO JOSÉ MINHO GONÇALVES E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DO 4º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE

CAUSAS COMUNS DA COMARCA DE SALVADOR (PROCESSO Nº 10397-7/2000)

DESPACHO: Dê-se vista dos autos à Procuradoria Geral da República, para que se manifeste sobre as razões do agravo regimental interposto.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

EMB.DECL. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 1.437 (625)ORIGEM : MI - 82183 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAUEMBTE.(S) : MARIA LÚCIA ROSA ROSSETIADV.(A/S) : LARISSA F. MACIEL LONGO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : SENADO FEDERALEMBDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS

DESPACHO: (PET SR/STF n. 126.345/2009)O Regimento Interno do STF admite a oposição de embargos de

declaração apenas em relação às decisões colegiadas [artigo 337]. Atendendo, contudo, ao princípio da fungibilidade recursal e considerando os precedentes jurisprudenciais desta Corte, determino a conversão destes embargos declaratórios em agravo regimental.

À Secretaria para as devidas providências.Após, voltem conclusos os autos.Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

EMB.DECL. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 1.490 (626)ORIGEM : MI - 84380 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAUEMBTE.(S) : MANOEL SOARES MAIA FILHOADV.(A/S) : LARISSA F. MACIEL LONGO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : SENADO FEDERALEMBDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOSINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PORTO ALEGREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO

ALEGRE

DESPACHO: (PET SR/STF n. 126.341/2009)O Regimento Interno do STF admite a oposição de embargos de

declaração apenas em relação às decisões colegiadas [artigo 337]. Atendendo, contudo, ao princípio da fungibilidade recursal e considerando os precedentes jurisprudenciais desta Corte, determino a conversão destes embargos declaratórios em agravo regimental.

À Secretaria para as devidas providências.

Após, voltem conclusos os autos.Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

EMB.DECL. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 1.547 (627)ORIGEM : RCL - 87724 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAUEMBTE.(S) : JOÃO BELLINI JÚNIORADV.(A/S) : RAQUEL WIEBBELLING E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: (PETIÇÕES SR/STF ns. 125.564/09 e 126.295/09)O Regimento Interno do STF admite a oposição de embargos de

declaração apenas em relação às decisões colegiadas [artigo 337]. Atendendo, contudo, ao princípio da fungibilidade recursal e considerando os precedentes jurisprudenciais desta Corte, determino a conversão destes embargos declaratórios em agravo regimental.

À Secretaria para as devidas providências.Após, voltem conclusos os autos.Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

HABEAS CORPUS 94.200 (628)ORIGEM : HC - 42494 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : JUPY BARROS DE NORONHAIMPTE.(S) : JADER DA SILVEIRA MARQUES E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus” impetrado contra decisão, que, emanada do E. Superior Tribunal de Justiça, acha-se consubstanciada em acórdão assim ementado (fls. 20):

“RECURSO ORDINÁRIO EM ‘HABEAS CORPUS’. ART. 90 DA LEIN.º 8.666/93. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. ATIPICIDADE. INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA NÃO-EVIDENCIADA DE PLANO. ANÁLISE SOBRE A MATERIALIDADE DOS DELITOS QUE NÃO PODE SER FEITA NA VIA ELEITA.

1. O trancamento da ação penal pela via de ‘habeas corpus’ é medida de exceção, que só é admissível quando emerge dos autos, sem a necessidade de exame valorativo do conjunto fático ou probatório, a atipicidade do fato, a ausência de indícios a fundamentaram a acusação ou, ainda, a extinção da punibilidade, circunstâncias não evidenciadas.

2. A anulação do certame licitatório, em razão do evidente ajuste prévio entre os licitantes, não afasta a tipicidade da conduta prevista no art. 90 da Lein.º8.666/93.

3. Narrando a denúncia a participação do Recorrente no ajuste que frustrou o caráter competitivo do procedimento licitatório, com todas as suas circunstâncias, de modo a possibilitar sua defesa, não é possível o trancamento da ação penal na via do ‘habeas corpus’, mormente quando a alegação de falta de justa causa demanda o reexame do material cognitivo constante nos autos.

4. Recurso desprovido.”(RHC 18.598/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ)B usca-se, na presente sede processual, o reconhecimento “(...) de

tentativa inidônea, com a conseqüente determinação do trancamento da Ação Penal, já que inexistente processo licitatório válido, sendo impossível, portanto, a fraude” (fls. 19).

No entanto, em consulta aos registros processuais que o E.Tribunal Regional Federal da 4ª Região mantém em sua página oficial na “Internet”, constatei que não mais persiste a situação versada nos presentes autos, eis que o ora paciente foi absolvido sumariamente (CPP, art. 387, na redação dada pela Lei nº 11.719/2008), “(...) por (...) extinta a sua punibilidade ante o reconhecimento da prescrição em perspectiva da pretensão punitiva estatal”.

A ocorrência desse fato assume relevo processual, pois faz instaurar, na espécie, situação de prejudicialidade, apta a gerar a extinção deste processo de “habeas corpus”, em face da superveniente perda de seu objeto.

Enfatize-se, por oportuno, que esse entendimento encontra apoio na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (RTJ 132/1185, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – HC 55.437/ES, Rel. Min. MOREIRA ALVES – HC 58.903/MG, Rel. Min. CUNHA PEIXOTO – HC 64.424/RJ, Rel. Min.NÉRIDA SILVEIRA – HC 69.236/PR, Rel. Min. PAULO BROSSARD – HC74.107/SP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – HC 74.457/RN, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – HC 80.448/RN, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – HC84.077/BA, Rel. Min. GILMAR MENDES - RHC 82.345/RJ, Rel. Min.MAURÍCIO CORRÊA, v.g.), cabendo destacar, dentre outras, as seguintes decisões que esta

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 69

Corte proferiu a propósito do tema ora em exame:“Superados os motivos de direito ou de fato que configuravam

situação de injusto constrangimento à liberdade de locomoção física do paciente, e afastada, em conseqüência, a possibilidade de ofensa ao seu ‘status libertatis’, reputa-se prejudicado o ‘habeas corpus’ impetrado em seu favor. Precedentes.”

(RTJ 141/502, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“- A superveniente modificação do quadro processual, resultante de

inovação do estado de fato ou de direito ocorrida posteriormente à impetração do ‘habeas corpus’, faz instaurar situação configuradora de prejudicialidade (RTJ 141/502), justificando-se, em conseqüência, a extinção anômala do processo.”

(RHC 83.799-AgR/CE, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, julgo

prejudicada a presente ação de “habeas corpus”.Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 96.055 (629)ORIGEM : HC - 124618 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. DIAS TOFFOLI

PACTE.(S) : JOSÉ ROBERTO TOSTESIMPTE.(S) : MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HABEAS CORPUS Nº 114389 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOVistos.Consta dos autos, às folhas 29 a 36, a informação de que os

processos administrativos fiscais nºs. 77-9006186/2002, 77-9506186/2002 e 23708-38526/2002, ambos relativos ao Auto de Infração e Imposição de Multa - AIIM nº 2.100.930-2, foram enviados ao Tribunal de Impostos e Taxas do Estado de São Paulo para apreciação dos Recursos Especiais interpostos pelo ora paciente. No entanto, não há informações acerca da data da constituição definitiva do crédito tributário e, ainda, a data de inscrição na dívida ativa.

Por essa razão, determino seja oficiada à Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo para que forneça certidão ou documento que informe sobre a data da constituição definitiva do crédito tributário e, ainda, a data de inscrição na dívida ativa.

Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

HABEAS CORPUS 97.158 (630)ORIGEM : HC - 174319 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : RICARDO FERREIRA DE SOUZA E SILVAPACTE.(S) : EDNA FERREIRA DE SOUZA E SILVAPACTE.(S) : EDEMAR CID FERREIRAIMPTE.(S) : FÁBIO TOFIC SIMANTOB E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 120.901 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Considerando a manifestação dos impetrantes à fl. 771, homologo a desistência deste writ (art. 21, VIII, RISTF).

Arquive-se.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

HABEAS CORPUS 98.435 (631)ORIGEM : HC - 131129 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : EDITH PAES BARRETOIMPTE.(S) : ANA LUCIA FALCÃO BARRETOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RMS Nº 21571 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – DILIGÊNCIA.1.Oficiem ao Juízo da 4ª Vara de Órfãos e Sucessões do Estado do

Rio de Janeiro, visando a obter informações a respeito da tramitação da Ação de Interdição nº 2001.001.112097-7, devendo ser remetida a esta Corte cópia da decisão mediante a qual determinada a intervenção da paciente, bem

como da sentença eventualmente proferida.2.À impetrante, para, querendo, antecipar-se quanto à notícia.3.Publiquem.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 99.415 (632)ORIGEM : HC - 71373 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : LEONEL MACHADO PINTOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 132.737 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, impetrado contra decisão emanada de eminente Ministro de Tribunal Superior da União, que, em sede de outra ação de “habeas corpus” (HC132.737/SP), havia denegado medida liminar (Apenso, fls.24) requerida em favor do ora paciente.

B usca-se, na presente sede processual, seja “(...) afastadaa aplicação do art. 2º, § 2º, da Lei 8.072/90, alterado pela Lei nº 11.464/07, garantindo ao paciente que o lapso temporal exigido para a sua progressão de regime seja de 1/6 (um sexto) da pena (...)” (fls. 08).

No entanto, em consulta aos registros processuais que o E.Superior Tribunal de Justiça mantém em sua página oficial na “Internet”, constatei que, em15/10/2009, essa E. Corte judiciária concedeu, ao ora paciente, ordem de “habeas corpus” relativamente à mesma situação exposta na presente impetração.

A ocorrência desse fato assume relevo processual, pois faz instaurar, na espécie, situação de prejudicialidade, apta a gerar a extinção deste processo de “habeas corpus”, em face da superveniente perda de seu objeto.

Enfatize-se, por oportuno, que esse entendimento encontra apoio na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (RTJ 132/1185, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – HC 55.437/ES, Rel. Min. MOREIRA ALVES – HC 58.903/MG, Rel. Min. CUNHA PEIXOTO – HC 64.424/RJ, Rel. Min.NÉRIDA SILVEIRA – HC 69.236/PR, Rel. Min. PAULO BROSSARD – HC74.107/SP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – HC 74.457/RN, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – HC 80.448/RN, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – HC84.077/BA, Rel. Min. GILMAR MENDES - RHC 82.345/RJ, Rel. Min.MAURÍCIO CORRÊA, v.g.), cabendo destacar, dentre outras, as seguintes decisões que esta Corte proferiu a propósito do tema ora em exame:

“Superados os motivos de direito ou de fato que configuravam situação de injusto constrangimento à liberdade de locomoção física do paciente, e afastada, em conseqüência, a possibilidade de ofensa ao seu ‘status libertatis’, reputa-se prejudicado o ‘habeas corpus’ impetrado em seu favor. Precedentes.”

(RTJ 141/502, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“- A superveniente modificação do quadro processual, resultante de

inovação do estado de fato ou de direito ocorrida posteriormente à impetração do ‘habeas corpus’, faz instaurar situação configuradora de prejudicialidade (RTJ 141/502), justificando-se, em conseqüência, a extinção anômala do processo.”

(RHC 83.799-AgR/CE, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, julgo

prejudicada a presente ação de “habeas corpus”.Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 99.463 (633)ORIGEM : HC - 73279 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : FERNANDO DE GODOY LIMA FILHOIMPTE.(S) : LEOPOLDO DALLA COSTA DE GODOY LIMACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 91.067 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos, etc.Cuida-se de habeas corpus, aparelhado com pedido de medida

liminar, impetrado contra ato de Ministro do Superior Tribunal de Justiça (HC 91.067).

2. Pois bem, o impetrante sustenta a ilegalidade da prisão cautelar de Fernando de Godoy Lima Filho, acusado de tentativa de homicídio. Prisão que não se encontra regularmente fundamentada, nos termos do artigo 312 do CPP. Daí pugnar pela imediata expedição de alvará de soltura do paciente, ante a demora para o julgamento do HC ajuizado no STJ.

3. Feito este breve relato da causa, decido. Fazendo-o, acentuo que o poder de cautela dos magistrados é exercido num juízo prefacial em que se

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mesclam num mesmo tom a urgência da decisão e a impossibilidade de aprofundamento analítico do caso. Se se prefere, impõe-se aos magistrados condicionar seus provimentos acautelatórios à presença, nos autos, dos requisitos da plausibilidade do direito (fumus boni juris) e do perigo na demora da prestação jurisdicional (periculum in mora), perceptíveis de plano. Requisitos a ser aferidos primo oculi, portanto. Não sendo de se exigir, do julgador, uma aprofundada incursão no mérito do pedido ou na dissecação dos fatos que lhe dão suporte, sob pena de antecipação do próprio conteúdo da decisão definitiva.

4. No caso, não tenho por configurados, de pronto, os pressupostos autorizadores da medida antecipatória ora requestada. Isto porque se trata de um provimento cautelar de natureza evidentemente satisfativa, qual seja, a imediata apreciação do mérito de um habeas corpus que foi impetrado no STJ. A exigir o exame da matéria pelo órgão colegiado deste Supremo Tribunal Federal (Primeira Turma). Mais: a leitura prefacial das peças que instruem este processo também não evidenciam a evidente ilegalidade descrita na impetração. Motivo pelo qual indefiro a liminar requestada.

5. Requisitem-se, ainda uma vez, informações ao Superior Tribunal de Justiça (HC 91.067), bem como ao Juízo da Vara do Júri da Comarca de Rio Claro/SP (Processo 510.01.2006.011781-5); facultada a prestação de esclarecimentos sobre a petição inicial deste processo (cuja cópia acompanhará o expediente).

Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

HABEAS CORPUS 99.506 (634)ORIGEM : HC - 74559 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : ACRERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : HÉLIO ZELADA MOLINAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 102.398 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – PREJUÍZO - ELUCIDAÇÃO.1.Aponta-se como ato de constrangimento ilegal a demora do

Superior Tribunal de Justiça na apreciação do Habeas Corpus nº 102.398, distribuído ao Ministro Napoleão Nunes Maia Filho.

Consta notícia do julgamento do mencionado processo em 20 de agosto de 2009, no qual parcialmente concedida a ordem para excluir da condenação causa especial de aumento de pena prevista no artigo 18, inciso III, da Lei nº 6.368/79.

2.Diga a impetrante sobre a persistência do interesse no prosseguimento deste habeas.

3.Publiquem.Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 99.564 (635)ORIGEM : HC - 76403 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : EDUARDO OTÁVIO ALBUQUERQUE DOS SANTOSIMPTE.(S) : EDUARDO OTÁVIO ALBUQUERQUE DOS SANTOSCOATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO:HABEAS CORPUS – CONSTITUCIONAL - PROCESSUAL PENAL –

ALEGAÇÃO DE EXCESSIVA DEMORA PARA O JULGAMENTO DE HABEAS CORPUS IMPETRADO NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: JULGAMENTO EFETUADO. PERDA SUPERVENIENTE DO OBJETO. HABEAS CORPUS PREJUDICADO.

Relatório1. Habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por

EDUARDO OTÁVIO ALBUQUERQUE DOS SANTOS, em favor próprio, no qual alega demora no julgamento do Habeas Corpus 97.913, de relatoria do Ministro Arnaldo Esteves Lima, do Superior Tribunal de Justiça.

2. Esclarece o Impetrante/Paciente que o habeas foi autuado em 28.12.2007, com liminar negada em 8.1.2008 e com parecer do Ministério Público em 13.3.2008, quando os autos foram conclusos ao relator. Desde então aguarda julgamento, mesmo após ter apresentado pedido de preferência.

3. Requer liminar e, no mérito, seja determinado o julgamento do Habeas Corpus nº 97.913/SP (2007/0310411-6) no Superior Tribunal de Justiça.

4. Em 22.6.2009, solicitei ao Ministro Arnaldo Esteves Lima, do Superior Tribunal de Justiça, informações quanto ao alegado na impetração - notadamente se haveria data prevista para o julgamento do Habeas Corpus n. 97.913/SP (fls. 32-33).

5. Parecer do Ministério Público Federal em 16.10.2009 (fls. 42-43),

afirmando que o habeas corpus já havia sido julgado no STJ e opinando pelo não conhecimento deste habeas.

6. Em 2.9.2009, o Ministro Arnaldo Esteves Lima informou que o Habeas Corpus n. 97.913/SP foi julgado em 19.8.2009, sendo a ordem denegada (fl. 46)

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.7. Com o julgamento do Habeas Corpus n. 97.913, a presente

impetração está prejudicada, por perda superveniente de objeto.8.Pelo exposto, em razão das mudanças processadas no quadro

fático-jurídico após a impetração, julgo prejudicado o presente Habeas Corpus, por perda superveniente de objeto (Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, art. 21, inc. IX; art. 38 da Lei nº 8.038/90; e art. 659 do Código de Processo Penal).

Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 99.841 (636)ORIGEM : HC - 86344 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. DIAS TOFFOLI

PACTE.(S) : MARILURDES DE FREITAS LEITEPACTE.(S) : MARIA DE FÁTIMA FREITAS BRUNETPACTE.(S) : KARL SIDNEY FREITAS LEITEIMPTE.(S) : PEDRO MELCHIOR DE MÉLO BARROS E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 139.064 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOVistos.Manifeste-se o Procurador-Geral da República.Publique-se.Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro DIAS TOFFOLI Relator

HABEAS CORPUS 100.080 (637)ORIGEM : HC - 91998 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : ELIANDRO DOS SANTOSIMPTE.(S) : JULMARA LUIZA HUBNER E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 137391 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS – PERDA DE OBJETO.1.À folha 185, formalizei o seguinte despacho:HABEAS CORPUS – PREJUÍZO - ELUCIDAÇÃO.1. O pedido formulado na impetração está circunscrito à revogação

do ato de manutenção da custódia preventiva, para ficar assegurado ao paciente o direito de permanecer em liberdade até o trânsito em julgado da sentença condenatória.

2. Consoante registrado na certidão de folhas 131 e 132, o Juízo da 2ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná, deferiu pedido de liberdade provisória em favor do paciente, mediante pagamento de fiança.

3. Ante o quadro, digam os impetrantes sobre a persistência do interesse no prosseguimento deste habeas.

4. Publiquem.Brasília, 24 de setembro de 2009.Conforme a certidão de folha 204, os impetrantes quedaram silentes.2.Ante o quadro, declaro a perda do objeto deste habeas.3.Publiquem.Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 100.445 (638)ORIGEM : HC - 105388 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA LEALIMPTE.(S) : CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA LEALADV.(A/S) : JOSÉ ADOLFO NUNES DE OLIVEIRACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 111.428 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DESPACHO: Reitere-se o ofício de fl. 24.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

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HABEAS CORPUS 100.504 (639)ORIGEM : HC - 107673 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : JOÃO MARCELO PEREIRA DEBORTOLIIMPTE.(S) : JOÃO MARCELO PEREIRA DEBORTOLICOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS. NULIDADE. RECONHECIMENTO DE PESSOA.

NECESSIDADE DE INFORMAÇÕES. VISTA AO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA.

Relatório1. Habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por

JOÃO MARCELO PEREIRA DEBORTOLI em benefício próprio, “preso no CDP 4 de Pinheiros São Paulo” (fl. 2), contra ato “excl. ministro do STJ” (fl. 2)

2. Tem-se, na petição inicial da presente ação, que:“em primeiro lugar pleiteio o pedido em virtude de no ato processual

só ter sido reconhecido através de foto, o que flagrantemente é ilegal, em audiências de reconhecimento perante o Meritíssimo Senhor Juiz da 9ª Vara do Rio de Janeiro foi apresentado a vítima uma foto, vossa Excel[ê]ncia, acreditando isto ser ilegal e que coloco como fundamentação do pedido este motivo em primeiro lugar, em segundo lugar pleiteio o pedido pelo mer[i]tíssimo Senhor Juiz da 9ª Vara ter-me vetado o direito de poder apelar em liberdade este processo contrariando o artigo 594 do CP, e a norma penal que diz crime que livre e solto a sentença pode se apelar em liberdade o processo, no caso que a mesma não compute em minha execução até o julgamento em ultima instância.

Vossa Excelência, infelizmente não tenho condições de pagar um advogado de renome para assinar este pedido que hora lhe é apresentado, mas tenho certeza que isto não será obstáculo para a manifestação da plena justiça, pois confio nesta instância máxima da justiça que haverá de fazer justiça na demanda que hora lhe é apresentada concedendo ‘liminar’ diante da flagrante questão, salientando que já foi pedido ao respeitado STJ Brasileiro liminar, o que autoriza a presente medida conforme o artigo 647 do CPP” (fls. 2-2v.).

3. O Impetrante/Paciente requer o deferimento de “liminar no HC” (fl. 2). No mérito, pede “a nulidade do ato processual” (fl. 2) de reconhecimento de pessoa nos autos do processo-crime n. 2006.001.117796-2, que tramita no Juízo da 9ª Vara Criminal do Rio de Janeiro/RJ.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.4. Em pesquisa ao sítio do Superior Tribunal de Justiça, verificou-se a

existência de nove habeas corpus impetrados em nome do ora Impetrante/Paciente. Apesar de não estar especificado, com a precisão necessária, o ato contra o qual se impetra este habeas corpus, depreende-se do exame do andamento processual do Habeas Corpus n. 142.717 que o Ministro Haroldo Rodrigues, relator daquela ação no Superior Tribunal de Justiça, solicitou informações à 9ª Vara do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, donde se pode concluir que é este o ato apontado como coator na espécie vertente.

Antes de apreciar o pedido de liminar, faz-se necessária a apresentação de informações pelo eminente Relator do Habeas Corpus 142.717, Ministro Haroldo Rodrigues.

5. Pelo exposto, oficie-se ao Ministro Haroldo Rodrigues, do Superior Tribunal de Justiça, para que, com urgência e preferencialmente por fax, a) preste informações pormenorizadas quanto ao alegado na presente impetração; b) esclareça o estado atual do Habeas Corpus n. 142.717; e c) forneça a cópia do andamento processual atualizado do Habeas Corpus n. 142.717, juntamente com a cópia de documentos comprobatórios que entender pertinentes.

Remeta-se, com o ofício – a ser enviado, com urgência e por fax, diretamente ao Gabinete do Ministro Haroldo Rodrigues –, a cópia da inicial (fls. 2-2 v.) e do presente despacho.

6. Prestadas as informações, vista ao Procurador-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 100.708 (640)ORIGEM : HC - 115110 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : CHARLES RODRIGO PEDRO DE SOUZAIMPTE.(S) : JOSÉ LAURO ESPINDOLA SANCHES JUNIORCOATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra decisão de Relator, do STJ, que indeferiu liminar em via processual idêntica.

2.O impetrante alega, em síntese, que o paciente está sofrendo constrangimento ilegal em razão do excesso de prazo de prisão preventiva decretada em janeiro de 2008.

3.Requer seja excepcionada a Súmula 691 desta Corte e concedida a liminar, a fim de que o paciente seja posto imediatamente em liberdade. No mérito, o deferimento da ordem.

4.É o relatório.5.Decido.6.O decreto prisional alude a processo complexo envolvendo vários

acusados, o que autoriza, à primeira vista, dilação de tempo para seu término.7.De outro lado, a prisão cautelar afigura-se, à primeira vista,

necessária à garantia da ordem pública, porquanto há informação de que o paciente é integrante de quadrilha organizada para o comércio ilegal de agrotóxicos.

Não visualizando situação teratológica nem consubstanciadora de flagrante constrangimento ilegal, nego seguimento à impetração com fundamento na Súmula 691 desta Corte.

Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

HABEAS CORPUS 100.845 (641)ORIGEM : HC - 119744 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : ROMUALDO DE JESUS AMADEUIMPTE.(S) : ROMUALDO DE JESUS AMADEUCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 58.043 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DESPACHO: Reitere-se o ofício nº 10454/R (fl. 57).Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

HABEAS CORPUS 100.856 (642)ORIGEM : HC - 120094 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : ANDERSON PEREIRA DOS SANTOSIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – DILIGÊNCIA.1.Oficiem ao Juízo da 1ª Vara de Execução Penal de Presidente

Prudente/SP, visando a obter informações a respeito da tramitação da Execução Penal nº 686.211, devendo ser remetida ao Supremo cópia da decisão acerca do pedido de progressão de regime prisional do paciente, tendo em conta a superveniência do laudo do exame criminológico.

2.À impetrante, para, querendo, antecipar-se quanto à notícia.3.Publiquem.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 100.859 (643)ORIGEM : HC - 120095 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : MOACIR AQUINO DA SILVAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: O paciente foi absolvido da acusação da prática do crime tipificado no artigo 33 da Lei n. 11.343/06.

2.O Tribunal de Justiça do Mato Grosso proveu recurso de apelação do Ministério Público para condenar o réu a 6 (seis) anos de reclusão em regime semi-aberto. Ante o esgotamento da via recursal ordinária, determinou-se a expedição de mandado de prisão.

3.Daí o habeas corpus impetrado no Superior Tribunal de Justiça, fundado em que a execução antecipada da pena consubstancia afronta ao princípio da presunção de inocência.

4.Indeferida a ordem, sobreveio este writ reiterando as razões expostas ao Superior Tribunal de Justiça.

5.A impetrante requer a concessão de liminar, a fim de que o paciente aguarde em liberdade o trânsito em julgado de sua condenação, bem assim a concessão definitiva da ordem.

6.É o breve relatório.7.Decido.8.O Pleno desta Corte, no julgamento do RHC n. 84.078, de que fui

Relator, DJ de 17/2/2009, reconheceu a inconstitucionalidade da execução da pena antes do trânsito em julgado da sentença. O acórdão restou assim

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STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 72

ementado:“EMENTA: HABEAS CORPUS. INCONSTITUCIONALIDADE DA

CHAMADA “EXECUÇÃO ANTECIPADA DA PENA”. ART. 5º, LVII, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. ART. 1º, III, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.

1.O art. 637 do CPP estabelece que “[o] recurso extraordinário não tem efeito suspensivo, e uma vez arrazoados pelo recorrido os autos do traslado, os originais baixarão à primeira instância para a execução da sentença”. A Lei de Execução Penal condicionou a execução da pena privativa de liberdade ao trânsito em julgado da sentença condenatória. A Constituição do Brasil de 1988 definiu, em seu art. 5º, inciso LVII, que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”.

2.Daí que os preceitos veiculados pela Lei n. 7.210/84, além de adequados à ordem constitucional vigente, sobrepõem-se, temporal e materialmente, ao disposto no art. 637 do CPP.

3.A prisão antes do trânsito em julgado da condenação somente pode ser decretada a título cautelar.

4.A ampla defesa, não se a pode visualizar de modo restrito. Engloba todas as fases processuais, inclusive as recursais de natureza extraordinária. Por isso a execução da sentença após o julgamento do recurso de apelação significa, também, restrição do direito de defesa, caracterizando desequilíbrio entre a pretensão estatal de aplicar a pena e o direito, do acusado, de elidir essa pretensão.

5.Prisão temporária, restrição dos efeitos da interposição de recursos em matéria penal e punição exemplar, sem qualquer contemplação, nos “crimes hediondos” exprimem muito bem o sentimento que EVANDRO LINS sintetizou na seguinte assertiva: “Na realidade, quem está desejando punir demais, no fundo, no fundo, está querendo fazer o mal, se equipara um pouco ao próprio delinqüente”.

6.A antecipação da execução penal, ademais de incompatível com o texto da Constituição, apenas poderia ser justificada em nome da conveniência dos magistrados --- não do processo penal. A prestigiar-se o princípio constitucional, dizem, os tribunais [leia-se STJ e STF] serão inundados por recursos especiais e extraordinários e subseqüentes agravos e embargos, além do que “ninguém mais será preso”. Eis o que poderia ser apontado como incitação à “jurisprudência defensiva”, que, no extremo, reduz a amplitude ou mesmo amputa garantias constitucionais. A comodidade, a melhor operacionalidade de funcionamento do STF não pode ser lograda a esse preço.

7.No RE 482.006, relator o Ministro Lewandowski, quando foi debatida a constitucionalidade de preceito de lei estadual mineira que impõe a redução de vencimentos de servidores públicos afastados de suas funções por responderem a processo penal em razão da suposta prática de crime funcional [art. 2º da Lei n. 2.364/61, que deu nova redação à Lei n. 869/52], o STF afirmou, por unanimidade, que o preceito implica flagrante violação do disposto no inciso LVII do art. 5º da Constituição do Brasil. Isso porque --- disse o relator --- “a se admitir a redução da remuneração dos servidores em tais hipóteses, estar-se-ia validando verdadeira antecipação de pena, sem que esta tenha sido precedida do devido processo legal, e antes mesmo de qualquer condenação, nada importando que haja previsão de devolução das diferenças, em caso de absolvição”. Daí porque a Corte decidiu, por unanimidade, sonoramente, no sentido do não recebimento do preceito da lei estadual pela Constituição de 1.988, afirmando de modo unânime a impossibilidade de antecipação de qualquer efeito afeto à propriedade anteriormente ao seu trânsito em julgado. A Corte que vigorosamente prestigia o disposto no preceito constitucional em nome da garantia da propriedade não a deve negar quando se trate da garantia da liberdade, mesmo porque a propriedade tem mais a ver com as elites; a ameaça às liberdades alcança de modo efetivo as classes subalternas.

8.Nas democracias mesmo os criminosos são sujeitos de direitos. Não perdem essa qualidade, para se transformarem em objetos processuais. São pessoas, inseridas entre aquelas beneficiadas pela afirmação constitucional da sua dignidade (art. 1º, III, da Constituição do Brasil). É inadmissível a sua exclusão social, sem que sejam consideradas, em quaisquer circunstâncias, as singularidades de cada infração penal, o que somente se pode apurar plenamente quando transitada em julgado a condenação de cada qual

Ordem concedida.”Defiro a liminar para suspender a execução da pena, até o

julgamento definitivo deste writ.Os autos estão suficientemente instruídos. Dê-se vista ao Ministério Público Federal.Comunique-se.Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.030 (644)ORIGEM : HC - 125631 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : ADACIR DE OLIVEIRA OU ADARCI DE OLIVEIRA

PACTE.(S) : JOÃO CELINO DE OLIVEIRAPACTE.(S) : CARLOS DE OLIVEIRAPACTE.(S) : JOSÉ AFRICANO DOURADOADV.(A/S) : LUIZ AUGUSTO COUTINHOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS. ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE PRAZO E DE

AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO CAUTELAR IDÔNEA PARA A PRISÃO. DEFICIENTE INSTRUÇÃO DO PEDIDO. INFORMAÇÕES REQUERIDAS. LIMINAR INDEFERIDA.

Relatório1.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pelo advogado

LUIZ AUGUSTO REIS DE AZEVEDO COUTINHO em favor de ADACIR DE OLIVEIRA, JOÃO CELINO DE OLIVEIRA, CARLOS DE OLIVEIRA e JOSÉ AFRICANO DOURADO, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que, em 17 de setembro de 2009, negou provimento ao Recurso Ordinário em Habeas Corpus n. 24.451.

2.Tem-se, nos autos, que os Pacientes ADACIR DE OLIVEIRA e JOÃO CELINO DE OLIVEIRA foram presos – o primeiro, em flagrante, e o segundo, preventivamente - em maio de 2007, sendo denunciados – juntamente com nove outros corréus - pela suposta prática de porte ilegal de arma de fogo e de dois homicídios triplamente qualificados.

Os fatos foram assim descritos no decreto da prisão preventiva:“(...) O MINISTÉRIO PÚBLICO, por seu Digno representante nesta

Comarca, requereu a este juízo a DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA das pessoas de SALVADOR OLIVEIRA DOURADO, vulgo ‘Marcílio’, JOÃO CELINO DE OLIVEIRA DOURADO, COSME OLIVEIRA DOURADO, LAÉRCIO DE OLIVEIRA e IVANILSON DE OLIVEIRA, vulgo ‘Marcelo’, todos qualificados às fls. 02 a 03 do pedido, alegando que os mesmos, conforme DENÚNCIA ofertada nos autos do IP n° 062/2007, agindo em co-autoria e com unidade de propósitos, juntamente com outros 08 (oito) comparsas, todos ciganos, no dia 14 de maio do corrente ano, por volta das 22:00 horas, cometeram uma verdadeira chacina no estabelecimento comercial denominado ‘Bar Champagne’, nesta Cidade, resultando na morte do tenente da PM GILSON SANTIAGO MESSIAS JÚNIOR e do comerciante PAULO SÉRGIO DE CASTRO ARAÚJO.

Afirma o Órgão Ministerial que, no cometimento dos crimes, os representados utilizaram revólveres, pistolas, porrete, facas, facões e punhais, trucidando ambas as vítimas, revelando alta dose de ferocidade, estando os três primeiros representados, - SALVADOR OLIVEIRA DOURADO, JOÃO CELINO DE OLIVEIRA DOURADO E COSME OLIVEIRA DOURADO – presos por força de Prisão Temporária decretada por este Juízo, nos autos nº 1.516.805-0/2007, enquanto que os dois últimos - LAÉRCIO DE OLIVEIRA e IVANILSON DE OLIVEIRA, se encontram foragidos.

Os delitos praticados pelo grupo, prossegue o parquet, são considerados hediondos, (...), causando grande comoção nessa cidade e região, eis que não havia motivo plausível para que um grupos composto de 13 indivíduos pudesse afrontar a ordem jurídica com ação tão violenta, sendo necessária resguardar a ordem pública, eis que soltos, os representados poderão praticar novos crimes, identificando no grupo, como ‘líder’, o representado SALVADOR OLIVEIRA DOURADO, vulgo ‘Marcílio’, possuidor de diversos antecedentes criminais nesta e em outras comarcas da região.

Finaliza o pedido argumentando que a custódia preventiva dos representados irá assegurar a normalidade da instrução criminal, uma vez que os mesmos não medirão esforços para intimidar as testemunhas arroladas na denúncia, além da possibilidade de aplicação da lei penal, situação que se evidencia com a fuga dos dois últimos representados, que estão foragidos, tudo com fundamento nas prescrições do art. 312 do Código de Processo Penal.

É o relatório,Decido:A materialidade e os indícios da autoria, que são pressupostos para a

decretação da medida requerida, estão patenteados pelos laudos de exame cadavérico com as fotografias dos corpos das vítimas, robustecidos pelos depoimentos das testemunhas, inclusive presenciais nos autos da AP nº 1.534.843-7/2007.

Os fundamentos para a decretação da prisão cautelar, como exigido pela legislação, fazem-se presentes:

1) a garantia da ordem públicaO delito narrado na representação teve grande repercussão em

Guanambi e demais cidades da região, na mídia local, estadual e nacional, conforme assinalamos quando da decretação da Prisão Temporária dos acusados, gerando forte sentimento de intranqüilidade na população local.

As vítimas tiveram suas vidas ceifadas de forma cruel, sem qualquer possibilidade de defesa e, chocando a todos, revelando o alto grau de periculosidade dos representados, sendo os mesmo denunciados por haverem infringido aos artigos 121, § 2º, I, III, e IV do CP, c/c arts. 14 e 16, caput, da Lei 10.826/2003.

2) a conveniência da instrução criminal, uma vez que, em liberdade, os representados poderão intim[idar] as testemunhar arroladas na Denúncia.

3) para assegurar a aplicação da lei penal, esta ameaçada pela fuga dos acusados, tendo em vista que dois dos representados estão foragidos, havendo a possibilidade de resgate dos demais acusados, como vem sendo

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STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 73

propalado na região e registrado no Ofício nº 509/2007, da 22ª Coordenadoria da Polícia Civil desta cidade, em que a Dra Roselene de Almeida Regis, alerta este juízo acerca de ação que estaria em curso por parte de um outro grupo de ciganos, estes liderados por ‘ROGER’, de Ibotirama, que estariam seguindo para Guanambi, culminando com a transferência dos que foram presos provisoriamente e por auto flagrancial para a cidade de Vitória da Conquista.

(...)Ante o exposto, acolhendo o pedido do Ministério Público, DECRETO

A PRISÃO PREVENTIVA DE SALVADOR OLIVEIRA DOURADO, vulgo ‘Marcílio’, JOÃO CELINO DE OLIVEIRA DOURADO, COSME OLIVEIRA DOURADO, LAÉRCIO DE OLIVEIRA e IVANILSON DE OLIVEIRA, vulgo ‘Marcelo’ (...)” (fls. 16-17).

3.Em 21 de maio de 2009, foi impetrado, em favor dos Pacientes ADACIR DE OLIVEIRA e JOÃO CELINO DE OLIVEIRA, habeas corpus no Tribunal de Justiça da Bahia visando ao reconhecimento do excesso de prazo e ausência de fundamentação cautelar idônea da prisão cautelar (Proc. n. 30017-6/2008). A ordem foi denegada, por unanimidade, em 1º.7.2008, pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal Justiça estadual, nos termos seguintes:

“(...) HABEAS CORPUS – ART. 121, § 2º, I E IV E ART. 121, § 2º, III E IV, DO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO, C/C ART. 14 DA LEI Nº 10.826/2003 – ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE PRAZO E DE INEXISTÊNCIA DE MOTIVOS PARA A PRISÃO PREVENTIVA – CONSTRANGIMENTO ILEGAL INEXISTENTE – ORDEM DENEGADA.

I – Os Pacientes foram presos no mês de maio de 2007, em razão da acusação da prática dos delitos descritos no art. 121, § 2º, I e IV e art. 121, § 2º, III e IV, do Código Penal Brasileiro, c/c art. 14 da Lei nº 10.826/2003. Na impetração alegou-se excesso de prazo e ausência de motivos para a custódia cautelar.

II – [N]ota-se que é necessária a manutenção da custódia cautelar dos 2 (dois) acusados, pois o abalo à ordem pública é notório, isto porque, de acordo com a denúncia os pacientes e outros 11 (onze) acusados, mediante ajuste prévio, dirigiram-se a um bar, onde desferiram vários disparos de armas de fogo e golpes de arma branca em 2 (duas) vítimas, que supostamente teriam realizado o seqüestro de outro cigano. Frise-se, ainda, que há a necessidade de assegurar a aplicação da lei penal, tendo em vista que um dos pacientes foi preso quando tentava fugir, tendo, inclusive, integrado o grupo que trocou tiros com a polícia no momento da fuga. Na decisão que decretou a prisão, consta, ainda, a informação de que haveria ima movimentação para resgatar os acusados que estão custodiados, tendo tal fato motivado a transferência dos presos para a Comarca de Vitória da Conquista.

III – Quanto ao excesso de prazo, verifica-se que o processo é caracterizado por complexidade, tendo em vista a necessidade de expedição de cartas precatórias para oitiva de testemunhas e a pluralidade de réus. Ainda assim, a autoridade impetrada vem dando regular andamento ao feito, tendo em vista que informou faltar apenas a ouvida de uma testemunha de defesa, por meio de carta precatória, para o encerramento da instrução criminal (...)” (fl. 132).

4.Contra essa decisão, os Pacientes ADACIR DE OLIVEIRA e JOÃO CELINO DE OLIVEIRA interpuseram recurso ordinário em habeas corpus, desta vez no Superior Tribunal de Justiça (RHC 24.451), ressaltando “a ilegalidade da manutenção da prisão, pela não concessão da liberdade provisória, pela falta de fundamentação do decreto de prisão preventiva e por evidente excesso de prazo” (fl. 106). A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, negou provimento ao recurso (fl. 140).

É contra essa decisão que se insurge o Impetrante, que reitera as alegações suscitadas no Superior Tribunal de Justiça.

Requer o deferimento de liminar “para que se determine seja[m] os Pacientes soltos incontinenti”, e, no mérito, requer “seja concedida a presente ordem para mandar expedir, em definitivo, em favor dos Pacientes ADACIR DE OLIVEIRA, JOÃO CELINO DE OLIVEIRA, CARLOS DE OLIVEIRA [e] JOSÉ AFRICANO DOURADO, a ordem de HABEAS CORPUS” (fl. 11).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5.A instrução do pedido está deficiente, desacompanhada de cópia do

acórdão proferido no julgamento do Recurso Ordinário em Habeas Corpus n. 24.451 pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça.

Como o ato atacado nesta ação é decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça, a cópia do acórdão do Recurso Ordinário em Habeas Corpus n. 24.451 é imprescindível não apenas para analisar o seu acerto jurídico - ou o seu desacerto -, como também para se evitar eventual julgamento per saltum de questões não submetidas à apreciação do Tribunal a quo coator, prática não admitida pela jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal (HC 73.390, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 17.5.1996; HC 81.115, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 14.12.2001).

6. Na via tímida do habeas corpus, é imperiosa a apresentação de todos os elementos que demonstrem as questões postas em análise, por inexistir, na espécie, dilação probatória.

Nesse sentido: “DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL PENAL. ‘HABEAS

CORPUS’. NULIDADES. DEFESAS CONFLITANTES. SEVÍCIAS SOFRIDAS PELO RÉU: FALTA DE EXAME DE CORPO DE DELITO. OMISSÕES DA SENTENÇA CONDENATÓRIA. INJUSTIÇA DESTA. NÃO ESTANDO O PEDIDO DE ‘ HABEAS CORPUS ’ INSTRUÍDO COM CÓPIAS DE PEÇAS DO

PROCESSO, PELAS QUAIS SE PODERIA EVENTUALMENTE, CONSTATAR A OCORRÊNCIA DAS FALHAS ALEGADAS, NÃO SE PODE SEQUER VERIFICAR A CARACTERIZAÇÃO, OU NÃO, DO CONSTRANGIMENTO ILEGAL. ‘H.C.’ NÃO CONHECIDO” (HC 71.254, Rel. Min. Sydney Sanches, DJ 24.2.1995, grifos nossos).

7.Deve ser acentuado, entretanto, que o ato contra o qual se insurge o Impetrante neste habeas não foi - conforme atesta a consulta processual hospedada no sítio do Superior Tribunal de Justiça - ainda sequer publicado.

Sem o conhecimento do conteúdo da decisão impugnada, torna-se inviável aferir a plausibilidade jurídica da pretensão deduzida pelo Impetrante em favor dos Pacientes, pois não há como analisar, de forma segura, os argumentos expostos no presente habeas corpus, confrontando-os com os fundamentos – ainda não publicados - em que se apóia a referida decisão.

8. Ademais, com relação aos Pacientes CARLOS DE OLIVEIRA e JOSÉ AFRICANO DOURADO, cumpre realçar que, apesar de haver indicação expressa na presente ação de que se trataria de habeas corpus impetrado para o fim de beneficiá-los juntamente com os Pacientes ADACIR DE OLIVEIRA e JOÃO CELINO DE OLIVEIRA, não se depreende do recurso e da impetração antecedentes que os Pacientes CARLOS DE OLIVEIRA e JOSÉ AFRICANO DOURADO teriam integrado o pólo ativo daquelas medidas, o que torna inadmissível a presença destes no presente habeas corpus.

9. Portanto, não há elementos que demonstrem o bom direito legalmente estatuído como fundamento para o deferimento da medida pleiteada, razão jurídica pela qual indefiro a liminar

10. Oficie-se ao Juízo da Vara Única da Comarca de Guanambi-BA, para que, no prazo de 24 horas e por fax: a) preste informações pormenorizadas quanto ao alegado na impetração; e b) forneça o andamento processual atualizado da ação penal movida contra os Pacientes ADACIR DE OLIVEIRA e JOÃO CELINO DE OLIVEIRA.

Oficie-se ao eminente Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, para que, com urgência, preste informações pormenorizadas quanto ao alegado na presente impetração, fornecendo cópia do acórdão proferido no julgamento do Recurso Ordinário em Habeas Corpus n. 24.451.

Remeta-se, com os ofícios, a cópia da inicial (fls. 2-11) e da presente decisão.

11. Prestadas as informações, dê-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, para que se manifeste no prazo de 2 dias (Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, art. 192).

Publique-se.Brasília, 15 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 101.071 (645)ORIGEM : HC - 127057 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : ANDERSON SORIANO DE SOUZAPACTE.(S) : WESLEY NERES DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 146.537 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – INFORMAÇÕES.1.A impetrante alega estarem os pacientes submetidos a

constrangimento ilegal por encontrarem-se sob a custódia do Estado em virtude de ordem de prisão provisória carente de fundamentação.

O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais não acolheu o pedido formulado no Habeas Corpus nº 1.0000.09.500648-2/00, mediante o qual se buscou o deferimento do benefício da liberdade provisória (folha 75). Formalizou-se, então, impetração no Superior Tribunal de Justiça – de nº 146.537/MG. O Ministro Haroldo Rodrigues, Desembargador convocado do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, indeferiu a liminar por não vislumbrar, de plano, a existência dos pressupostos indispensáveis à concessão do pleito cautelar e o constrangimento ilegal apontado. É esse o pronunciamento ora atacado.

2.Oficiem ao Juízo de Direito da 1ª Vara de Tóxicos da Comarca de Belo Horizonte, onde tramita o Processo nº 024.09547539-8, visando a notícias a respeito do estágio atual da ação penal, e ao Superior Tribunal de Justiça para prestar informações.

3.Publiquem.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.075 (646)ORIGEM : HC - 127056 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : FABIANO DA SILVA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 74

IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus” impetrado contra decisão emanada do E. Superior Tribunal de Justiça que restou consubstanciada em acórdão assim ementado (fls. 34):

“II - O exame de corpo de delito direto, por expressa determinação legal, é indispensável nas infrações que deixam vestígios, podendo apenas supletivamente ser suprido pela prova testemunhal quando tenham estes desaparecido, ‘ex vi’ do art. 167 do Código de Processo Penal.

III - Na hipótese dos autos, a análise dos motivos da não apreensão da arma de fogo, que determinaria a incidência ou não do disposto no art. 167 do CPP,implicaria, necessariamente, o reexame do conjunto fático-probatório, o que não se coaduna com os limites estritos do recurso especial. Aplicação da Súmula n.º 7 doSTJ.”

(REsp 1.107.089/RS, Rel. Min. FELIX FISCHER - grifei)A Defensoria Pública da União, ao deduzir a presente impetração,

sustenta, em síntese, o que se segue (fls. 02/04):“A presente demanda é originária da ação penal movida pelo

Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul em desfavor de Fabiano da Silva e Lucas Pedroso Meneguzzi, dando-os como incurso nas sanções do artigo 157, § 2º, inciso I e II do Código Penal.

Em primeira instância, o paciente foi condenado pelas duas qualificadoras citadas, porém, o egrégio Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul entendeu que ‘a simples referência do emprego de arma por parte das vítimas não elide a necessidade de comprovação da sua capacidade lesiva’.

O v. acórdão foi reformado pela colenda Quinta Turma do STJ sob o entendimento de que o ‘exame de corpo de delito direto, por expressa determinação legal, é indispensável nas infrações que deixam vestígios, podendo apenas supletivamente ser suprido pela prova testemunhal quando tenha estes desaparecidos, ‘ex vi’ do art. 167 do Código de Processo Penal’.

Houve assim o restabelecimento da r. sentença de primeiro grau........................................................A questão a ser discutida, portanto, diz respeito à prova desta

lesividade.Neste contexto, há se ressaltar que a prova testemunhal constante

dos autos confirma a utilização da arma, mas em nenhum momento aponta qualquer dado relativo à sua lesividade. O equívoco da r. decisão aqui combatida está, justamente, em aplicar o artigo 167 para sustentar o emprego da arma de fogo. No entanto, o e. TJRS não negou que houve prova deste emprego, mas sim da capacidade lesiva do revólver. Ao que consta, a arma poderia até ser de brinquedo ou estar desmuniciada ou inutilizada por qualquer outro motivo. O Tribunal gaúcho, repise-se, não vislumbrou qualquer outra prova que pudesse substituir a ausência de perícia para comprovar a lesividade da arma de fogo empregada.

Desta forma, a r. decisão do egrégio Superior Tribunal de Justiça ou entendeu provada a lesividade da arma pela análise da prova produzida, o que lhe é vedado na via do Recurso Especial, violando assim o disposto no artigo 105 da Constituição; ou entendeu que a prova do uso de arma implica na certeza de sua lesividade, o que ofende ao princípio constitucional da presunção de inocência, constante de seu artigo 5º.

De um jeito ou de outro, os depoimentos das testemunhas demonstram apenas que o paciente teria empregado arma de fogo, porém não apresentam qualquer relato de sua lesividade.”

O exame dos fundamentos que deram suporte à decisão ora impugnada parece descaracterizar, ao menos em juízo de sumária cognição, a plausibilidade jurídica da pretensão deduzida nesta sede processual.

É que a orientação jurisprudencial desta Suprema Corte, no que concerne à suposta inaplicabilidade, à espécie, da causa especial de aumento de pena prevista no art. 157, § 2º, I, do Código Penal, firmou-se no sentido de que “a qualificadora de uso de arma de fogo (CP, art. 157, § 2º, I) independe da apreensão da arma, principalmente quando, como ocorreu nos autos, a arma foi levada pelos comparsas que conseguiram fugir” (HC 84.032/SP, Rel. Min.ELLEN GRACIE - grifei).

Cumpre referir, por relevante que o E. Plenário desta Suprema Corte, em recente julgamento (03/02/2009), reafirmou esse entendimento, ao indeferir pedido de “habeas corpus” formulado no âmbito doHC96.099/RS, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI.

Sendo assim, e sem prejuízo do reexame ulterior da matéria em causa, eis que há decisões da Segunda Turma desta Corte em sentido diverso daquele firmado pelo Plenário deste Tribunal (HC 94.827/RS, Rel. Min. EROS GRAU – HC 95.740/SP Rel. Min. CEZAR PELUSO), indefiro o pedido de medida cautelar.

2. Ouça-se a douta Procuradoria Geral da República.Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 101.080 (647)ORIGEM : HC - 127223 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRO

RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : WELLINGTON DE AZEVEDO COSTAIMPTE.(S) : GERALDO KAUTZNER MARQUES E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – INFORMAÇÕES.1.Com a inicial não veio a cópia das seguintes peças: a petição do

habeas impetrado no Superior Tribunal de Justiça; a inicial da idêntica medida formalizada no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Também não há notícia do estágio atual do Processo-Crime nº 2007.004.094176-3, em curso no Juízo da 3ª Vara Criminal da Comarca de São Gonçalo/RJ. À míngua de elementos, não se pode apreciar o pleito de concessão de medida acauteladora.

2.Solicitem informações ao Superior Tribunal de Justiça, ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e ao Juízo Criminal.

3.Aos impetrantes, para, querendo, anteciparem-se quanto à providência.

4.Publiquem.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.086 (648)ORIGEM : HC - 127496 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : DANIEL SANTANA MIRANDAIMPTE.(S) : ABDON ANTÔNIO ABBADE DOS REIS E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, com pedido de medida liminar, impetrado por Abdon Antônio Abbade dos Reis e André Correia Amorim em favor de DANIEL SANTANA MIRANDA, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem pleiteada no HC 133.310/BA, em acórdão cuja ementa tem o seguinte teor:

“PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES (ANTIGA LEI DE TÓXICOS). SENTENÇA CONDENATÓRIA. NEGATIVA DE APELO EM LIBERDADE. SEGREGAÇÃO CAUTELAR DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA PARA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. PECULIARIDADES DO CASO.

I - A privação cautelar da liberdade individual reveste-se de caráter excepcional (HC 90.753/RJ, Segunda Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJU de 22/11/2007), sendo exceção à regra (HC 90.398/SP, Primeira Turma. Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJU de 17/05/2007). Assim, é inadmissível que a finalidade da custódia cautelar, qualquer que seja a modalidade, seja deturpada a ponto de configurar uma antecipação do cumprimento de pena (HC 90.464/RS, Primeira Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJU de 04/05/2007). O princípio constitucional da não culpabilidade, se por um lado não resta malferido diante da previsão no nosso ordenamento jurídico das prisões cautelares (Súmula nº 09/STJ), por outro não permite que o Estado trate como culpado aquele que não sofreu condenação penal transitada em julgado (HC 89501/GO, Segunda Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJU de 16/03/2007). Desse modo, a constrição cautelar desse direito fundamental (art. 5º, inciso XV, da Carta Magna) deve ter base concreta (HC 91.729/SP, Primeira Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJU de 11/10/2007). Assim, a prisão preventiva se justifica desde que demonstrada a sua real necessidade (HC 90.862/SP, Segunda Turma, Rel. Min. Eros Grau, DJU de 27/04/2007) com a satisfação dos pressupostos a que se refere o art. 312 do Código de Processo Penal, não bastando, frise-se, a mera explicitação textual de tais requisitos (HC 92.069/RJ, Segunda Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJU de 09/11/2007). Não se exige, contudo, fundamentação exaustiva, bastando que o decreto constritivo, ainda que de forma sucinta e concisa, analise a presença, no caso, dos requisitos legais ensejadores da prisão preventiva (RHC 89.972/GO, Primeira Turma, Relª. Minª. Cármen Lúcia, DJU de 29/06/2007).

II - Assim, a c. Suprema Corte tem reiteradamente reconhecido como ilegais as prisões preventivas decretadas, por exemplo, com base na gravidade abstrata do delito (HC 90.858/SP, Primeira Turma, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJU de 21/06/2007; HC 90.162/RJ, Primeira Turma, Rel. Min. Carlos Britto, DJU de 28/06/2007); na periculosidade presumida do agente (HC 90.471/PA, Segunda Turma, Rel. Min. Cezar Peluso, DJU de 13/09/2007); no clamor social decorrente da prática da conduta delituosa (HC 84.311/SP, Segunda Turma, Rel. Min. Cezar Peluso, DJU de 06/06/2007) ou, ainda, na afirmação genérica de que a prisão é necessária para acautelar o meio social (HC 86.748/RJ, Segunda Turma, Rel. Min. Cezar Peluso, DJU de 06/06/2007).

III - No caso, porém, a sentença que condenou o paciente, negando-lhe o apelo em liberdade, encontra-se devidamente fundamentada a partir de dados concretos extraídos dos autos, pois, conforme ressaltado pelo juízo de primeiro grau, a grande quantidade de droga apreendida em poder do paciente (mais de 89 Kg de maconha) denota a gravidade em concreto da conduta, a justificar a negativa do apelo em liberdade.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 75

Writ denegado” (fls. 192-193).A inicial narra que DANIEL SANTANA MIRANDA foi preso em

flagrante em 22/11/2004 por estar supostamente portando substância entorpecente, o que violaria o art. 12 da Lei 6.368/76.

Os impetrantes afirmam que pediram a liberdade provisória do paciente, o que foi deferido em 22/6/2005, ocasião em que o Juiz de primeiro grau afirmou que não estavam presentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva.

Ressaltam que durante o período em que permaneceu em liberdade o acusado sempre trabalhou em loja de móveis e eletrodomésticos, o que demonstraria a iniciativa de voltar a conviver em sociedade.

Aduzem que, no entanto, em 5/12/2008 foi sentenciado à uma pena de quatro anos e dois meses de reclusão, oportunidade em que se determinou a expedição de mandado de prisão, sob o fundamento de coibir o tráfico de drogas e garantir a credibilidade da justiça.

Dizem que dessa decisão impetraram habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia e, posteriormente, no Superior Tribunal de Justiça, sendo ambas as impetrações denegadas.

Contra a última decisão manejam este writ, no qual sustentam, em suma, o direito do paciente de recorrer em liberdade.

Alegam que o paciente estava solto por força de ordem concedida pelo TJ/BA e que compareceu a todos os atos processuais, não havendo qualquer motivo para que fosse decretada a sua prisão.

Argumentam que o réu ficou preso por um ano, o que já lhe daria o direito de cumprir o restante da pena no regime semiaberto.

Asseveram que o decreto prisional carece de fundamentação idônea a justificar a proibição de que possa recorrer em liberdade.

Por fim, pede a concessão de medida liminar determinando a expedição de contramandado de prisão.

É o relatório suficiente. Decido.A concessão de medida liminar em habeas corpus se dá de forma

excepcional em casos em que se demonstre, de modo inequívoco, dada a natureza do próprio pedido, a presença dos requisitos autorizadores da medida.

No caso concreto, a prestação jurisdicional havida, na análise perfunctória que ora se faz, não permite identificar as excepcionais hipóteses autorizadoras da liminar.

Isso posto, indefiro a medida liminar.Solicitem-se informações ao STJ, bem como ao Tribunal de Justiça

do Estado da Bahia a respeito de eventual recurso interposto contra a sentença condenatória proferida no Processo 593992-6/2004 da Segunda Vara Privativa de Tóxicos da Comarca de Salvador/BA. Após, ouça-se o Procurador-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

HABEAS CORPUS 101.132 (649)ORIGEM : HC - 129109 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : MAGNO SILVA DOS SANTOS MENEZESIMPTE.(S) : ITALO GUSTAVO E SILVA LEITECOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – INFORMAÇÕES.1.Com a inicial não veio a cópia das seguintes peças: a petição do

habeas formalizado no Superior Tribunal de Justiça, o ato mediante o qual determinada a custódia preventiva, bem como o mandado de prisão que o impetrante afirma ter sido expedido contra o paciente. Também não há notícia do estágio atual do Processo-Crime nº 25.201/2006, em curso no Juízo da 1ª Vara de Entorpecentes e Acidente de Trânsito da Capital/MA. À míngua de elementos, não se pode apreciar o pleito de concessão de medida acauteladora.

2.Solicitem informações ao Superior Tribunal de Justiça, ao Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão e ao Juízo Criminal.

3.Ao impetrante, para, querendo, antecipar-se quanto à providência.4.Publiquem.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 101.135 (650)ORIGEM : HC - 129081 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : JULIANO LAMINIMPTE.(S) : ANDRÉ NIVALDO DA CUNHACOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 120175 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos, etc.

Trata-se de habeas corpus, aparelhado com pedido de medida liminar, impetrado contra decisão do relator do HC 120.175/STJ. Decisão que indeferiu a cautelar ali requestada, por entender ausentes seus pressupostos.

2. Pois bem, antes mesmo do julgamento do mérito da ação constitucional pelo Superior Tribunal de Justiça, o impetrante postula, aqui, a desclassificação da conduta supostamente protagonizada pelo paciente para homicídio simples. O que faz sob a alegação de que, no caso, é inviável a qualificação do delito pela surpresa. Aduz, ainda, que o Juízo de Direito da Vara Criminal da Comarca de Brusque (SC) designou a sessão de julgamento para 20 de novembro de 2009, pelo que “perfaz-se necessário que se decida – ANTES DA SESSÃO DO TRIBUNAL DE JURÍ – se o crime imputado ao paciente foi cometido mediante a qualificadora surpresa ou não.” (sic, fls. 24) Tudo a autorizar a superação da Súmula 691/STF e a consequente reforma da decisão que pronunciou o paciente pelo delito de homicídio qualificado pela surpresa.

3. Ultimada esta síntese do pedido, decido. Fazendo-o, relembro a pacífica jurisprudência deste STF no sentido da inadmissibilidade de impetração sucessiva de habeas corpus, sem o julgamento definitivo do HC anteriormente impetrado (cf. HC 79.776, Rel. Min. Moreira Alves; HC 76.347-QO, Rel. Min. Moreira Alves; HC 79.238, Rel. Min. Moreira Alves; HC 79.748, Rel. Min. Celso de Mello; e HC 79.775, Rel. Min. Maurício Corrêa). Jurisprudência, essa, que deu origem à Súmula 691/STF, segundo a qual “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

4. É certo que tal jurisprudência comporta relativização, quando de logo avulta que o cerceio à liberdade de locomoção do paciente decorre de ilegalidade ou de abuso de poder (inciso LXVIII do art. 5º da CF/88). Mas não me parece ser este o caso dos autos. E a primeira dificuldade que encontro está na consideração de que a decisão singular impugnada não se me afigura teratológica, ou patentemente desfundamentada. O que dificulta a pronta superação do óbice da Súmula 691 deste STF. Noutro dizer: a decisão impugnada se limitou a indeferir a liminar por não entender configurada a flagrante ilegalidade suscitada na inicial. Não cabendo a este Supremo Tribunal Federal se substituir ao Superior Tribunal de Justiça quanto ao acerto ou desacerto daquele juízo.

5. Acresce que a inicial não se acha acompanhada de documentação capaz de comprovar, minimamente, as alegações defensivas ou mesmo sinalizar qualquer ilegalidade ou abuso de poder. Explico: em que pese o pedido de imediata superação da Súmula 691/STF e de suspensão do processo crime a que responde o paciente, o acionante não instruiu a impetração com cópias da denúncia, da decisão de pronúncia ou de qualquer outro documento capaz de permitir a compreensão exata da controvérsia.

6. À derradeira, consigno que, dada a competência conferida ao Tribunal do Júri pela Constituição Federal (inciso XXXVIII do art. 5º), a exclusão de circunstância qualificadora pela pronúncia constitui medida excepcional, restrita àquelas situações de manifesta improcedência. Manifesta improcedência que, diante do que até aqui exposto, não tenho como enxergar na concreta situação destes autos.

7. Presente esta moldura, nego seguimento ao habeas corpus e determino o arquivamento dos autos (§ 1º do artigo 21 do RI/STF). O que faço até para impedir que eventual denegação da ordem impossibilite o paciente de rediscutir as matérias veiculadas nestes autos perante a instância judicante competente (no caso, o STJ).

Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

HABEAS CORPUS 101.137 (651)ORIGEM : HC - 129203 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : CARLOS JOSÉ FRAGAIMPTE.(S) : SERGIO GERALDO MOREIRA RODRIGUES JUNIORCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DOS HABEAS CORPUS NºS 115.763 E

118.204 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus impetrado por Sérgio Geraldo Moreira Rodrigues Junior em favor de CARLOS JOSÉ FRAGA, contra ato da Relatora dos HC 115.763/RJ e 118.204/RJ, no Superior Tribunal de Justiça.

A inicial narra, em suma, que foram impetrados habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça em 4/9/2008 e 8/10/2008, respectivamente, sendo que até esta data não houve julgamento de mérito das impetrações.

O impetrante alega, dessa forma, demora na prestação jurisdicional, o que configuraria o constrangimento ilegal.

Registro que o impetrante utilizou-se do sistema eletrônico de peticionamento, e, ao juntar os originais, não trouxe qualquer outra documentação.

É o relatório. Decido. Não há pedido de medida liminar a ser apreciado.Solicitem-se informações ao STJ.Após, ouça-se o Procurador-Geral da República.Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 76

Brasília, 27 de outubro de 2009.Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

- Relator -

HABEAS CORPUS 101.142 (652)ORIGEM : HC - 129482 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : SÔNIA APARECIDA DA CUNHAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS – LIMINAR – INADEQUAÇÃO -

INDEFERIMENTO. 1.A Assessoria assim retratou este habeas:O Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso do Sul, em reexame

necessário, reformou a sentença mediante a qual o Juízo Criminal absolveu sumariamente a paciente da acusação da prática do crime de homicídio, determinando a submissão a julgamento pelo Tribunal do Júri (folha 148 do apenso).

A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, ao apreciar o pedido de habeas formulado em favor da paciente, anotou ter o Tribunal estadual assentado a inexistência de elementos suficientes para a absolvição sumária. Ressaltou que, para alcançar-se conclusão diversa, seria necessário revolver os fatos e as provas coligidas para o processo, atividade que se mostra incompatível com a via eleita, e que, para a absolvição sumária, exige-se a existência de prova inequívoca de excludente, ausente na espécie (folha 215 do apenso).

Esta impetração volta-se contra esse julgado. A Defensoria Pública da União discorre sobre o que declarado pela paciente na audiência de interrogatório, acentuando que, concluída a instrução processual, o Ministério Público e a defesa requereram a absolvição sumária, porque evidenciada a excludente - legítima defesa. Diz haver a paciente se utilizado de um revólver com o intuito de se defender e defender as pessoas que se encontravam na residência, pois o agressor, que ali entrara sem permissão, estava na posse de um facão, instrumento com o qual pretendia ferir a todos. A decisão do Juiz mostrava-se, segundo o sustentado, em harmonia com o conjunto probatório.

Pede a concessão de liminar para, cassando o acórdão do Superior Tribunal de Justiça, restabelecer a decisão de primeira instância. No mérito, pleiteia a confirmação da medida acauteladora que vier a ser deferida.

2.Inicialmente, consigno que, na peça primeira desta impetração, o espaço destinado à assinatura da estagiária Nínive Mascarenhas da Silva veio em branco.

O pedido de concessão de liminar surge impróprio. Quanto à cassação do acórdão formalizado pelo Superior Tribunal de Justiça, confirmando a óptica do órgão revisor de origem, há de aguardar-se o crivo do Colegiado, porquanto não se apontou, para chegar-se a esse extremo, no campo precário e efêmero, aspecto a implicar risco de manter-se o quadro decisório, sendo que, de qualquer forma, ter-se-ia a posição intermediária no sentido de pedir-se não a cassação, mas a suspensão da eficácia do pronunciamento.

3.Indefiro a medida liminar.4.Colham o parecer da Procuradoria Geral da República.5.Publiquem.Brasília – residência –, 24 de outubro de 2009, às 17h05.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 101.152 (653)ORIGEM : HC - 129739 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : MARCELO MARCRUZIMPTE.(S) : MARCELO MARCRUZCOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA 5ª VARA CRIMINAL DA COMARCA

DE CAMPINAS

DECISÃOCOMPETÊNCIA - HABEAS CORPUS.1.A impetração formalizada mediante a peça de folha 2 a 4-verso está

dirigida contra ato supostamente praticado pelo Juízo de Direito da 5ª Vara Criminal da Comarca de Campinas/SP. Assim, cabe ao Tribunal estadual apreciá-la.

2.Declinando da competência, determino a remessa do processo para o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

3.Publiquem.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 101.155 (654)ORIGEM : HC - 129566 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : GILBERTO ESTEVÃO MELOIMPTE.(S) : GILBERTO ESTEVÃO MELO

DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus impetrado em causa própria por GILBERTO ESTEVÃO MELO, que alega estar preso ilegalmente sem, contudo, apontar autoridade coatora.

2. Incognoscível o pedido de writ.A competência para julgar habeas corpus depende da qualidade do

paciente ou da autoridade coatora. De um lado, o paciente não goza de prerrogativa de foro (art. 102, inc. I, d, CR); de outro, não se sabe quem seria a autoridade coatora, e esta Corte é competente para processar e julgar, originariamente, pedido de habeas corpus em que figurem como coator unicamente as autoridades descritas no art. 102, I, i, da Constituição da República.

Verifico, no entanto, que há processo de execução relativo ao paciente, em trâmite junto ao juízo de Direito da 2ª Vara de Execuções Criminais da comarca de Ribeirão Preto-SP, motivo pelo qual estes autos devem ser para lá remetidos.

3. Isto posto, não conheço deste habeas corpus, nos termos dos arts. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e 21, § 1º, do RISTF, e determino a sua remessa ao juízo de Direito da 2ª Vara de Execuções Criminais da comarca de Ribeirão Preto-SP.

Publique-se. Int..Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.203 (655)ORIGEM : HC - 0008722-22.2009.1.00.0000 - SUPREMO

TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : ROBSON ASSUNÇÃO CORDEIROIMPTE.(S) : ALFREDO VENET LIMACOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO PEDIDO DE DESAFORAMENTO Nº

37707-5/2009 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA

DECISÃO:CONSTITUCIONAL. HABEAS CORPUS. INCOMPETÊNCIA DO

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA PROCESSAR E JULGAR HABEAS CORPUS IMPETRADO CONTRA ATO DE TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL OU DE ALGUM DE SEUS MEMBROS. HABEAS CORPUS ENCAMINHADO AO STJ.

Relatório1. Habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por

ALFREDO VENET LIMA e LUCIANO BANDEIRA PONTES, advogados, em favor de ROBSON ASSUNÇÃO CORDEIRO, no qual se aponta como autoridade coatora Desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia.

2. Afirmam os Impetrantes a necessidade de desaforamento do processo pelo qual responde o Paciente.

Este o teor dos pedidos:“Finalmente, diante do exposto, espera o paciente que seja acolhida

a presente impetração, LIMINARMENTE, por estarem presentes o FUMUS BONI IURIS e o PERICULUM IN MORA, e confirmada no mérito, por ser da mais inteira justiça e estar amparada no Ordenamento Jurídico Pátrio” (fl. 19).

Apreciados os elementos da impetração, DECIDO.3. A espécie não comporta ato processual válido a ser adotado pelo

Supremo Tribunal, já que a autoridade apontada como coatora pelos Impetrantes, a saber, Desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia, não tem os seus atos judiciais sujeitos à apreciação direta e originária deste Tribunal.

4. A competência do Supremo Tribunal para julgar habeas corpus é determinada constitucionalmente em razão do paciente ou da autoridade coatora (art. 102, inc. I, alínea i, da Constituição da República).

Naquele rol constitucionalmente afirmado, não se inclui a atribuição deste Supremo Tribunal para processar e julgar, originariamente, ação de habeas corpus na qual figure como autoridade coatora Tribunal de Justiça Estadual ou algum de seus membros, estando os seus atos sujeitos ao primeiro controle do Superior Tribunal de Justiça.

A matéria não comporta discussão mínima por se cuidar de regra de competência constitucional expressa, que não possibilita interpretação extensiva.

5. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus neste Supremo Tribunal, prejudicada, como é óbvio, a análise do requerimento de liminar nesta sede, e determino a remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

À Secretaria para as providências.Comunique-se ao Impetrante/Paciente os termos desta decisão.Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 77

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 101.211 (656)ORIGEM : PROCESSO - 10909 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : JOSÉ EURÍPEDES DE SOUZAIMPTE.(S) : MARIA CLÁUDIA DE SEIXASIMPTE.(S) : EDUARDO MAIMONE AGUILLARCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 144847 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de habeas corpus, aparelhado com pedido de medida

liminar, impetrado contra decisão do relator do HC 144.847/STJ. Decisão que indeferiu a cautelar ali requestada, por entender ausentes seus pressupostos. Leia-se:

“Trata-se de habeas corpus com pedido de liminar, impetrado em favor de JOSÉ EURÍPEDES DE SOUZA, contra decisão proferida por integrante da 15ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que indeferiu pleito sumário no writ nº 990.09.188651-3, no qual objetivavam o fornecimento dos meios necessários à execução dos áudios e vídeos em audiência de instrução e o reconhecimento da nulidade da Ação Penal nº 109/09, da comarca de Igarapava, a que responde o paciente pela suposta prática dos delitos dispostos nos arts. 288 e 316, c/c o art. 71, todos do Código Penal.

Alega o impetrante que o constrangimento ilegal suportado pelo paciente reside no fato de não ter sido disponibilizado aos defensores os meios necessários para a exibição dos áudios e vídeos produzidos procedimento investigatório, argumentando que a acusação os utiliza como prova para embasar um futuro decreto condenatório, asseverando, outrossim, que os fatos imputados não ocorreram conforme narrado na denúncia e que somente a abertura das referidas gravações em audiência possibilitará à defesa demonstrar que os crimes imputados ao paciente não ocorreram.

Discorrendo a respeito das circunstâncias em que se deram as condutas imputadas pelo parquet e referindo-se ao princípio da ampla defesa, indica que o perigo da demora reside no fato de que as audiências já foram realizadas, aduzindo que a sentença condenatória pode ser prolatada sem que seja possibilitado ao paciente contestar as provas da acusação.

Requer, liminarmente, a suspensão do Processo nº 109/09 da comarca de Igarapava, até o julgamento definitivo do writ impetrado na origem, e a concessão definitiva da ordem, para que seja confirmada a medida sumária, pleiteando, ex-offício, que seja anulado o processo desde o momento em que foi denegado o fornecimento dos meios necessários para a abertura de áudio e vídeo nas audiências de instrução.

Instruiu a inicial com cópia de diversas peças processuais (fls. 19 a 151).

É o relatório.A par do estabelecido na Súmula nº 691 da Suprema Corte que,

ressalvadas as hipóteses de flagrante ilegalidade, veda o conhecimento do remédio constitucional contra indeferimento de liminar, inviável avaliar a existência da apontada coação, pois, na espécie, não se vislumbra, de plano, a aventada ilegalidade decorrente do decisum proferido pela autoridade impetrada que, ao analisar o pleito de reconsideração ali formulado, consignou que "o pedido formulado no presente mandamus não foi indeferido pelo MM. Juiz de Direito apontado como autoridade coatora - Vara Única da Comarca de Igarapava -, mas sim nos autos da Carta Precatória expedida à Comarca de Franca e distribuída à 1ª Vara Criminal" (fls. 149).

Ademais, conclui-se que a hipótese não preenche, em um juízo perfunctório próprio desta fase procedimental, os requisitos necessários ao agasalho da pretensão, quais sejam, o fumus boni juris e o periculum in mora, porquanto se observa que o pleito também foi indeferido diante da informação constante dos autos de que "foi determinada a realização de perícia nas mídias, o que ainda pende de execução. " (fl.149).

Por outro lado, vê-se que a fundamentação que dá suporte ao pleito sumário é semelhante à que dá amparo à postulação definitiva, ou seja, confunde-se com o mérito do mandamus, o qual exige exame mais detalhado dos argumentos trazidos à colação pelo impetrante, que se dará, em caso de conhecimento, quando do julgamento definitivo do habeas corpus.

Desse modo, indefere-se a liminar(...)”. 2. Pois bem, antes mesmo do julgamento do habeas corpus ajuizado

no Superior Tribunal de Justiça, os impetrantes postulam, aqui, a anulação do processo crime a que responde o paciente pelos delitos de concussão e formação de quadrilha. Pleito embasado na alegação de cerceamento de defesa, verbis:

“(...) Ao impedir que durante a realização da audiência de oitiva das

testemunhas de acusação fosse possibilitada a abertura do áudio e do vídeo, que são provas utilizadas pelo Ministério Público para imputar ao paciente as condutas narradas na denúncia, cerceou o direito de defesa deste, pois impediu que a defesa questionasse ou sanasse dúvidas sobre as imagens e conversações de que participaram as referidas testemunhas.” (fls. 11)

3. Feita esta síntese do pedido, decido. Fazendo-o, acentuo que é pacífica a jurisprudência deste STF no sentido da inadmissibilidade de impetração sucessiva de habeas corpus, sem o julgamento definitivo do HC anteriormente impetrado (cf. HC 79.776, Rel. Min. Moreira Alves; HC 76.347-QO, Rel. Min. Moreira Alves; HC 79.238, Rel. Min. Moreira Alves; HC 79.748, Rel. Min. Celso de Mello; e HC 79.775, Rel. Min. Maurício Corrêa). Jurisprudência, essa, que deu origem à Súmula 691/STF, segundo a qual “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

4. É certo que tal jurisprudência comporta relativização, quando de logo avulta que o cerceio à liberdade de locomoção do paciente decorre de ilegalidade, ou de abuso de poder (inciso LXVIII do art. 5º da CF/88). Mas não me parece ser este o caso dos autos. Caso em que a decisão singular impugnada não é de ser tachada de teratológica ou totalmente desprovida de idônea fundamentação. O que dificulta a pronta superação do óbice da Súmula 691 deste STF. Noutro dizer: a decisão impugnada se limitou a indeferir a liminar por não entender configurada a flagrante ilegalidade suscitada na inicial. Não cabendo a este Supremo Tribunal Federal se substituir ao Superior Tribunal de Justiça quanto ao acerto ou desacerto daquele juízo.

5. Esse o quadro, não vejo alternativa senão aguardar o pronunciamento de mérito da instância judicante competente (STJ), evitando-se uma indevida supressão de instância. Até mesmo porque as teses veiculadas nestes autos não se me afiguram, de plano, reveladoras de flagrante ilegalidade suportada pelo paciente.

6. Por tudo quanto posto, nego seguimento ao habeas corpus e determino o seu arquivamento (art. 38 da Lei nº 8.038/90 c/c § 1º do artigo 21 do RI/STF). O que faço também para impedir que eventual denegação da ordem impossibilite o paciente de rediscutir os temas aqui ventilados perante a instância própria.

Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

HABEAS CORPUS 101.213 (657)ORIGEM : AP - 200761060060847 - JUIZ FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : MILTON AGOSTINHO DA SILVA JÚNIORIMPTE.(S) : MARIA CLÁUDIA DE SEIXASCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 134.779 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra decisão do Ministro Felix Fischer, do STJ, que indeferiu pleito cautelar em idêntica via processual. Eis o teor do ato impugnado (fls. 747/748):

“Cuida-se de pedido de liminar deduzido em sede de habeas corpus impetrado em benefício de MILTON AGOSTINHO DA SILVA JÚNIOR contra decisão que denegou medida idêntica.

Requerem os impetrantes, em síntese, a superação do óbice sumula (Enunciado da Súmula 691/STF), para que seja revogada a prisão preventiva do paciente, aduzindo, para tanto, a ausência de fundamentação idônea a lastrear a determinação de sua segregação cautelar.

Os autos não versam sobre hipótese que admite a pretendida valoração antecipada da matéria, pois, pela análise da quaestio trazida à baila na exordial, verifica-se que o habeas corpus investe contra denegação de liminar. De fato, ressalvadas hipóteses excepcionais, felizmente raras, descabe o instrumento heróico em situação como a presente, sob pena de ensejar indevida supressão de instância.

Assim, o entendimento do Pretório Excelso: HCPR 80.288/RJ, Rel. Min. Carlos Velloso, DJU de 02/08/2000; HCQO 76.347/MS, 1ª Turma, Rel. Min. Moreira Alves, DJU de 08/05/98; STF, HC 79.748/RJ, 2ª Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJU de 23/06/2000.

Da mesma forma, nesta Corte: HC 43606/PB, 6ª Turma, Rel. Min. Hélio Quaglia Barbosa, DJU de 12.09.2005; HC 42/832/ES, 5ª Turma, Rel. Min. Gilson Dipp, DJU de 29.08.2005; HC 26272/SP; 6ª Turma, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, DJU de 11.04.2005; HC 38440/SP; 5ª Turma, de minha relatoria, DJU de 14.03.2005.

A matéria, inclusive, já se encontra sumulada: ‘Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar’ (Súmula nº 691/STF).

Assim, ausente situação de flagrante ilegalidade ou teratologia da decisão hostilizada, denego, pois, a pretensão liminar.

Solicitem-se, com urgência e via telex, informações atualizadas e pormenorizadas à autoridade tida por coatora.

Após, vista à douta Subprocuradoria-Geral da República.”2.A decisão que converteu a prisão temporária em preventiva está

fundamentada na existência de provas da materialidade dos crimes de tráfico internacional de drogas ilícitas, de associação para o tráfico e de seu financiamento.

3.A organização criminosa é composta de várias pessoas com

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 78

funções definidas, cabendo ao paciente o suposto financiamento do tráfico de entorpecentes, o que justifica, à primeira vista, seu encarceramento cautelar para garantia da ordem pública.

Não visualizando situação teratológica ou consubstanciadora de flagrante ilegalidade, nego seguimento à impetração com fundamento na Súmula 691 desta Corte. De outro lado, o conhecimento do writ sem que o TJ/SP e o STJ tenham examinado o mérito traduz dupla supressão de instância.

Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.215 (658)ORIGEM : PROCESSO - 1320120080054363 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : ROGÉRIO ADRIANO MARÇONAIMPTE.(S) : ETEVALDO VIANA TEDESCHICOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, com pedido de medida liminar impetrado por Etevaldo Viana Tedeschi e Whevertton David Viana Tedeschi em favor de ROGÉRIO ADRIANO MARÇONA, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça que denegou a ordem pleiteada no HC 130.241/SP, cuja ementa tem o seguinte teor:

“HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. TRÁFICO DE DROGAS. ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. PRISÃO PREVENTIVA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA E DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL. PACIENTE FORAGIDO E CITADO POR EDITAL. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. ORDEM DENEGADA.

1. A prisão preventiva do Paciente está satisfatoriamente motivada com a indicação de elementos concretos no tocante à necessidade de garantir a ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal, em razão da periculosidade do acusado e da gravidade de sua conduta, evidenciadas pelos elementos probatórios colhidos, através de interceptações telefônicas judicialmente autorizadas, que retratam organização criminosa voltada ao tráfico de drogas em larga escala, que seria comandada pelo Paciente, do interior do Centro de Detenção Provisória de São José do Rio Preto, onde se encontrava encarcerado à época.

2. Ademais, segundo o acórdão, o mandado de prisão preventiva expedido ainda não foi cumprido, encontrando-se o Paciente foragido, sendo que o processo foi desmembrado em relação a ele, com expedição de edital de citação em 23.09.08, o que demonstra ser mais do que necessária a sua custódia cautelar.

3. Ordem denegada” (fl. 12).A inicial narra que o paciente responde à ação penal pela prática dos

delitos descritos nos arts. 33 e 35 da Lei 11.343/2006.Os impetrantes afirmam que o processo está longe de seu término e

que submeter o paciente à prisão é prematuro, pois não há trânsito em julgado, logo, este não poderia ser considerado culpado.

Resssaltam que o réu esteve preso por quase dois anos sem qualquer condenação criminal, até que o Tribunal estadual verificasse a ocorrência de constrangimento ilegal.

É de se destacar, que, no entanto, não esclarecem se o motivo da referida prisão é o mesmo que deu origem à prisão ora destacada.

Os impetrantes argumentam que não foram preenchidos os requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal, bem como destacam ser o paciente primário, trabalhador, residir com sua família e cumprir com suas obrigações civis.

Ao final requerem, liminarmente, a concessão da ordem para que se revogue a prisão preventiva do acusado.

É o relatório. Decido.Tenho afirmado reiteradamente que a possibilidade da concessão de

medida liminar em habeas corpus, se dá de forma excepcional, em casos em que se demonstre, de modo inequívoco, dada a natureza do próprio pedido, a presença dos requisitos autorizadores da medida.

Na espécie, a prestação jurisdicional havida, na análise perfunctória que se faz possível nessa fase do processo, não permite identificar as excepcionais hipóteses autorizadoras da liminar.

Ademais, consta dos autos que o paciente foi preso em flagrante delito e permanece encarcerado. Além disso, é importante frisar que a Lei 11.343/2006, em seu art. 44, veda a liberdade provisória.

Por fim, em situação que também envolvia pedido de liberdade em caso de tráfico ilícito de entorpecentes, tive a oportunidade de me manifestar no seguinte sentido:

“Os pacientes foram denunciados pela prática, em tese, dos crimes tipificados no art. 33 da Lei 11.343/2006 – tráfico ilícito de drogas – (fls. 27-29), cujo art. 44 dispõe, expressamente, ser vedada a liberdade provisória naquelas hipóteses típicas de conteúdo variado.

Em que pese o tráfico ilícito de drogas ser tratado como equiparado a hediondo, a Lei 11.343/2006 é especial e posterior àquela – Lei 8.072/90. Por essa razão, a liberdade provisória viabilizada aos crimes hediondos e

equiparados pela Lei 11.464/2007 não abarca, em princípio, a hipótese de tráfico ilícitos de drogas. Ausente, portanto, neste juízo preliminar e provisório, o fumus boni iuris.

Cito as seguintes decisões monocráticas nas quais foram indeferidas as medidas liminares deduzidas em situações semelhantes: HC 92.243/GO, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 20/8/2007; HC’s 91.550/SP e 90.765/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ’s 31/5/2007 e 02/4/2007, respectivamente.

Isso posto, indefiro a medida liminar.” (HC 92.723/GO, DJ de 18/10/2007).

Ante o exposto, indefiro a medida liminar. Solicitem-se informações ao STJ. Ouça-se, após, o Procurador-Geral

da República.Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

HABEAS CORPUS 101.237 (659)ORIGEM : HC - 101237 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : SANDRO MÁRCIO DE SOUZAIMPTE.(S) : SANDRO MÁRCIO DE SOUZA

DECISÃO: Vistos, etc.O caso é este: habeas corpus impetrado, ao que tudo indica, contra

ato de Juiz da Execução Penal de Comarca do Estado do Paraná. Sendo assim, não se trata de matéria da competência originária deste Supremo Tribunal Federal, motivo pelo qual determino a remessa dos autos ao Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Remessa a ser efetivada antes mesmo da publicação desta decisão.

Encaminhe-se cópia integral do pedido ao Defensor Público-Geral da referida unidade da federação.

Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

HABEAS CORPUS 101.251 (660)ORIGEM : HC - 101251 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : ENEAS CRAICE FILHOIMPTE.(S) : LUIZ MAURICIO PASSOS DE CARVALHO PEREIRACOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Vistos, etc.O caso é de habeas corpus impetrado contra ato do Tribunal de

Justiça de São Paulo. Sendo assim, não se trata de matéria da competência originária deste Supremo Tribunal Federal. Motivo pelo qual determino a remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça. Remessa a se efetivar antes mesmo da publicação desta decisão.

Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.255 (661)ORIGEM : AP - 050050640984 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : DANIEL AGUIAR MASARIMPTE.(S) : PAULO JACOB SASSYA EL AMM E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOVistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pelos advogados

Paulo Jacob Sassya El Amm e Sidney Luiz da Cruz em favor de Daniel Aguiar Masar, buscando a revogação da prisão preventiva do paciente.

Apontam como autoridade coatora a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC nº 77.556/SP, Relator o Ministro Paulo Gallotti, impetrado naquela Corte.

Sustentam os impetrantes, basicamente, o constrangimento ilegal imposto ao paciente, tendo em vista a ausência dos pressupostos autorizadores da sua segregação cautelar. Aduzem, para tanto, que aquela decisão “passou longe da demonstração de fatos concretos que autorizariam a custódia processual do ora paciente” (fl. 5).

Afirmam que “a prisão sem pena e não transitada em julgado é evidente cumprimento antecipado de pena” (fl. 6).

No mais, asseveram ser o paciente primário, de bons antecedentes, com residência fixa e emprego lícito (fl. 8).

Requerem, liminarmente, a revogação da prisão preventiva do paciente e, no mérito, a confirmação do pedido de liminar (fl. 8).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 79

Decido.Narram os impetrantes, na inicial, que: “(...)O Paciente foi denunciado e está com prisão preventiva decretada,

pelas práticas do artigo 288, parágrafo único; artigo 159, parágrafo 3º (por duas vezes); artigo 157, parágrafo 2º, inciso I, II e V todos do Código Penal; artigo 16 parágrafo único, inciso IV da Lei nº 10.826/03 e denunciado pelas práticas descritas nos artigos, e artigo 1º da Lei 2252/54, na forma do artigo 29 e 69 do Código Penal.

...........................................................................................Inconformados com o indeferimento da liberdade provisória no Juízo

de origem, estes defensores impetraram ordem de habeas corpus no Tribunal Paulista..., que restou denegada (...).

...........................................................................................Impetrada ordem no c. Superior Tribunal de Justiça, também a

gravidade do delito foi fundamento para o indeferimento...” (fls. 3/4).Transcrevo o teor daquele julgado:“HABEAS CORPUS. FORMAÇÃO DE QUADRILHA. EXTORSÃO

MEDIANTE SEQÜESTRO. ROUBO QUALIFICADO. POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO. CORRUPÇÃO DE MENORES. PRISÃO PREVENTIVA. DECISÃO FUNDAMENTADA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. PERICULOSIDADE CONCRETA. ORDEM DENEGADA.

1. Mostra-se suficientemente fundamentada a custódia preventiva decretada em razão da necessidade de garantia da ordem pública, constatada pela análise das circunstâncias dos delitos, cometidos por quadrilha organizada, com o seqüestro de três pessoas, das quais duas foram mortas violentamente, tudo a indicar a concreta periculosidade social do paciente.

2. Ordem denegada” (fl. 9).Essa é a razão pela qual se insurgem os impetrantes neste writ.A concessão de liminar em habeas corpus, como se sabe, é medida

de caráter excepcional, cabível apenas quando a decisão impugnada estiver eivada de ilegalidade flagrante, demonstrada de plano.

Pelo que se tem na decisão proferida pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, não se vislumbra, neste primeiro exame, nenhuma ilegalidade, abuso de poder ou teratologia que justifique o deferimento da liminar. Com efeito, o acórdão proferido por aquela Corte de Justiça encontra-se motivado a justificar a formação de seu convencimento.

Ademais, em uma análise do decreto prisional em questão, efetivada em juízo de estrita delibação, tenho que existiria, na espécie, fundamento para justificar, ao menos em sede de cognição sumária, a privação processual da liberdade do ora paciente, porque revestido da necessária cautelaridade.

Transcrevo excerto daquela decisão, na parte que interessa:“(...)O crime pelo qual os acusados foram denunciados é de extrema

gravidade, formação de quadrilha, extorsão mediante seqüestro, delito de posse ou porte ilegal de arma de fogo e uso restrito e delito de corrupção de menores, a causar grande temor e sobressalto a toda sociedade, já tão abalada por delitos desta natureza.

Vale ressaltar que os mesmos exigiram a quantia de dez mil reais, como condição ou preço do resgate, para libertar as vítimas.

Ademais, o acusado Alis foi reconhecido fotograficamente por uma das vítimas como sendo uma das pessoas que praticaram o delito descrito na inicial, fl. 39.

Assim, havendo indícios suficientes de autoria, DECRETO A PRISÃO PREVENTIVA DE ALIS ESTEVES DA SILVA, DOUGLAS CASSIMIRO PEREIRA E DANIEL AGUIAR MASAR, com fulcro nos artigos 311 e 312 do C.P.P, para a garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e aplicação da Lei Penal” (fls. 23/24 – grifos no original).

Anote-se, ainda, que a presença de condições subjetivas favoráveis ao paciente não obsta a segregação cautelar, desde que presentes nos autos elementos concretos a recomendar sua manutenção, como se verifica no caso presente. Nesse sentido: HC nº 90.330/PR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 27/6/08; HC nº 93.901/RS, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 27/6/08; HC nº 92.204/PR, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 19/12/07.

Com essas considerações, não tendo, por ora, como configurado constrangimento ilegal passível de ser afastado mediante o deferimento da liminar ora pleiteada, indefiro-a.

Estando os autos devidamente instruídos com o inteiro teor da decisão ora questionada, dispenso as informações da autoridade coatora.

Oficie-se, contudo, ao Juízo da 5ª Vara Criminal da Comarca do Estado de São Paulo para que preste informações atualizadas acerca da ação penal a qual responde o paciente.

Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro DIAS TOFFOLI Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.256 (662)ORIGEM : IPL - 043602 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : LOURDES DOS SANTOS MOTTA NETA

IMPTE.(S) : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOVistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pela Defensoria

Pública da União em favor de Lourdes dos Santos Motta Neta, buscando o reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva e, se não reconhecida, a aplicação do privilégio previsto no art. 155, § 2º, do Código Penal (fl. 9).

Aponta como autoridade coatora a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao agravo regimental interposto contra decisão que deu provimento ao Recurso Especial nº 1.008.985/RS, interposto pelo Ministério Público estadual, Relator o Ministro Napoleão Nunes Maia Filho.

Sustenta a impetrante, inicialmente, a prescrição da pretensão punitiva do Estado, expondo o seguinte:

“A denúncia foi recebida em 25 de abril de 2002. A sentença condenatória foi publicada em 28 de abril de 2006.

Nos termos do art. 109, inciso V, do Código Penal, a pena não superior a 02 (dois) anos prescreve em 04 (quatro) anos.

Assim, entre o recebimento da denúncia e a publicação da sentença penal condenatória ocorreu a prescrição da pretensão punitiva” (fl. 5).

Alega, também, que “o fato de ser o furto qualificado não afasta a possibilidade de incidência da privilegiadora disposta no § 2º do art. 155, do Código Penal” (fl. 5), pois “conforme a novel jurisprudência, torna-se possível a convivência harmônica entre as circunstâncias qualificadora e privilegiadora” (fl. 6). Cita, para tanto, precedentes da Segunda Turma desta Suprema Corte.

Requer, liminarmente, a suspensão da execução da pena imposta à paciente, até o julgamento do presente habeas corpus, e, no mérito, pede a concessão da ordem “para se aplicar a incidência do privilégio previsto no § 2º do art. 155, do Código Penal, como decidido pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul” (fl. 9).

Decido.Tem-se, nos autos, que a paciente foi condenada, juntamente com

outra pessoa, à pena de 2 anos de reclusão, em regime semiaberto, pela prática do crime de furto qualificado (art. 155, § 4º, do CP), convertida em restritiva de direitos, consistente na prestação de serviços à comunidade e ao pagamento de 1 salário mínimo em favor do CONSEPRO de Lajeado (fls. 17 a 22).

Contra a sentença condenatória, a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul interpôs apelação (fls. 24 a 28), tendo a Quinta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça gaúcho dado parcial provimento ao recurso da paciente, para aplicar a causa de diminuição de pena prevista no § 2º do art. 155 do Código Penal ao crime de furto qualificado (art. 155, § 4º, do CP), e decretado a prescrição da pretensão punitiva, nos termos do art. 110, § 1º c/c art. 114, na forma do art. 107, inc. IV, todos do Código Penal (fls. 33 a 41).

Contra essa decisão, o Ministério Público estadual interpôs o Recurso Especial nº 1.008.985/RS, tendo o eminente Relator, Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, monocraticamente, provido o recurso para “restabelecer a sentença condenatória, quanto ao montante da pena aplicada à recorrida, fixando-a em 2 (dois) anos, mantidas as demais cominações do acórdão condenatório” (fls. 57 a 60).

Dessa decisão, interpôs a impetrante o respectivo agravo regimental (fls. 61 a 65). A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, por sua vez, à unanimidade, desproveu o recurso nos termos da ementa seguinte:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. FURTO QUALIFICADO PELO CONCURSO DE AGENTES. RECONHECIMENTO DO PRIVILÉGIO DO ART. 155, § 2o. DO CPB. INADMISSIBILIDADE. PRECEDENTES DESTE STJ. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.

1. É incabível a aplicação do privilégio constante no art. 155, § 2º, do Código Penal, mesmo sendo primário o réu e, a coisa furtada, de pequeno valor, em face da incidência da circunstância qualificadora (EREsp 292.438⁄MG, Rel. Min. GILSON DIPP, DJU 15.12.03).

2. A qualificadora encerra, em si mesma, a grande carga de desvalor da conduta, não havendo, pois, como preponderar o menor desvalor do resultado, desde de que não seja insignificante, sobre o maior desvalor da conduta. Precedentes.

3.Agravo Regimental desprovido” (fl. 71).É contra essa decisão que se insurge a impetrante neste writ.A concessão de liminar em habeas corpus, como se sabe, constitui

medida excepcional justificada apenas quando a decisão impugnada estiver eivada de ilegalidade flagrante, demonstrada de plano.

Entendo que o caso é de deferimento da medida pleiteada.De fato, a antiga jurisprudência desta Suprema Corte posicionava-se

contrariamente à possibilidade de aplicação da causa de diminuição de pena prevista no § 2º do art. 155 do Código Penal às hipóteses de furto qualificado, previstas no § 4º do art. 155, por considerar tais institutos incompatíveis entre si. Nesse sentido: RECr nº 114.179, Relator o Ministro Aldir Passarinho, RTJ 123/360; HC nº 54.571, Relator o Ministro Cunha Peixoto, DJ de 1/10/1976; HC nº 54.825, Relator o Ministro Cunha Peixoto, DJ de 1º/4/1977; e os Recursos Extraordinários ns. 81.583, Relator o Ministro Cordeiro Guerra, DJ de 5/9/1975; 90.461, Relator o Ministro Djaci Falcão, DJ de 7/12/1979; 95.102, Relator o Ministro Cordeiro Guerra, DJ de 9/10/1981; 94.301, Relator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 80

Ministro Moreira Alves, DJ de 23/4/1982; 96.555, Relator o Ministro Néri da Silveira, DJ de 10/12/1982; entre outros.

Todavia, recentemente, na sessão de 13/10/2009, a Primeira Turma desta Suprema Corte, por maioria, na linha do entendimento que já vinha sendo adotado pela Segunda Turma, deferiu habeas corpus para admitir a compatibilidade entre a hipótese do furto qualificado e o privilégio de que trata o § 2º do art. 155 do CP.

Está no Informativo do STF nº 563, de 13 a 16 de outubro de 2009, o seguinte julgado:

“(...)No caso, os pacientes foram condenados pela prática do crime

previsto no art. 155, § 4º, IV, do CP, em virtude da subtração de uma novilha holandesa, no valor de R$ 200,00 (duzentos reais). Pleiteava a impetração a aplicação do princípio da insignificância ou o reconhecimento da causa especial de diminuição da pena prevista no art. 155, § 2º, do CP (furto privilegiado). Inicialmente, rejeitou-se o primeiro pedido ao fundamento de que os requisitos essenciais à incidência do princípio da insignificância não estariam presentes na espécie, porquanto, embora se cuidasse de bem de pequeno valor, a sentença condenatória realçara a situação econômica da vítima, a relevância do seu prejuízo, bem como o aspecto socioeconômico da região, na qual predomina o minifúndio. Em seguida, quanto ao furto qualificado-privilegiado, asseverou-se que, recentemente, em que pese julgados mais antigos em sentido contrário, a Corte vem se afastando da ortodoxia que dava como inconciliável o tratamento privilegiado do crime de furto com suas hipóteses qualificadas. Vencido, no ponto, o Min. Marco Aurélio, que indeferia o writ por não conciliar o furto privilegiado com o furto qualificado, sob pena de a junção fazer surgir terceiro tipo penal. Precedente citado: HC 94.765/RS (DJE 26.9.2008). HC 97051/RS, rel. Min. Cármen Lúcia, 13.10.2009. (HC-97051)”.

No caso presente, a paciente fora condenada à pena de 2 anos de reclusão, juntamente com outra pessoa, em regime semiaberto, pela prática do crime de furto qualificado (art. 155, § 4º, inc. IV, do CP), em razão de ter, “no dia 09 de março de 2002, por volta das 12h e 30min, no interior da Farmácia Agafarma, (...), em comunhão de vontades e conjugação de esforços, subtraíram, para si, um creme hidratante Nívea, um creme nutritivo Nívea, um creme para contorno dos olhos Nívea, um creme All Day Aqua Nívea, um creme Anti Rides Nívea e um creme Alfa Flavon Nívea (autor de apreensão da fl. 17 IP), avaliados no valor total de R$ 177,00 (auto de avaliação da fl. 82)” (fl. 14).

Entendo que o entendimento adotado no precedente antes referido aplica-se perfeitamente à hipótese dos autos.

Com essas considerações, defiro o pedido de liminar, para suspender a execução da pena imposta à paciente, devendo ela, caso já se encontre presa, ser imediatamente solta, sem prejuízo da condenação imposta.

Expeça-se o salvo-conduto.Por estarem os autos devidamente instruídos com as peças

necessárias ao entendimento da questão, dispenso as informações da autoridade apontada como coatora.

Oficie-se, no entanto, ao juízo de execuções criminais da comarca de Lajeado-RS, para que informe a atual situação prisional da paciente.

Publique-se.Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.258 (663)ORIGEM : HC - 101258 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : ADALMIR MARTINELLI OU ADLAMIR MARTINELLIIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 146979 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃOVistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pela Defensoria

Pública da União em favor de Adalmir Martinelli, com o objetivo de conceder ao paciente a prisão domiciliar, “em razão da ausência de casa de albergado na Comarca de Caxias do Sul/RS...” (fl. 2).

Aponta como autoridade coatora o Ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar no HC nº 146.979/RS, impetrado naquela Corte.

Sustenta, em síntese, o constrangimento ilegal imposto ao paciente, porquanto deferida a progressão ao regime aberto, inexiste naquela Comarca vaga em estabelecimento próprio para acolhê-lo, impondo-lhe, desta forma, a permanência em regime “não condizente com o regime aberto a que teve direito” (fls. 3 a 5).

No mais, argumenta que o caso concreto reúne as condições e os requisitos necessários para afastar a incidência do enunciado da Súmula nº 691 desta Suprema Corte (fls. 5/6).

Requer, liminarmente, a concessão da ordem para determinar a “imposição da prisão domiciliar ao paciente para o cumprimento do regime

aberto, até que seja estabelecida instituição idônea para o cumprimento de pena, qual seja a Casa de Albergado”. No mérito, pede a concessão da ordem para que, “confirmando a liminar, seja determinada a cassação do acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, devendo o paciente ser mantido em regime aberto domiciliar, até que seja instituído estabelecimento de Albergado na Comarca” (fls. 7/8).

Examinado os autos, decido.Narra a impetrante, na inicial, que:“(...)O paciente foi condenado ao cumprimento de uma pena de 6 (seis)

anos e 6 (seis) meses de reclusão, sendo estabelecido regime inicial semi-aberto para cumprimento da reprimenda.

No curso do processo de execução, com o cumprimento do lapso temporal exigido de 1/6 da pena, foi concedida ao paciente, pelo Juízo da Vara de Execuções, em dezembro 2008, a progressão ao regime aberto.

Ocorre que em razão da inércia do poder público na disponibilização de estabelecimentos adequados, não existe na Comarca de Caxias do Sul/RS vaga em casa de albergado, motivo pelo qual a defesa solicitou o deferimento de prisão domiciliar ao paciente.

Diante da negativa do juízo de piso, ingressou com agravo de execução o paciente, sendo que a Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça pronunciou-se pelo desprovimento do agravo (...)

...........................................................................................Não se conformando, ingressou o paciente com habeas corpus

perante o Superior Tribunal de Justiça, sendo que o Ministro Jorge Mussi, da Quinta Turma, ponderou monocraticamente pelo indeferimento da liminar requerida, ao argumento de que referida medida tem natureza satisfativa, ademais que confunde-se com o próprio mérito da impetração” (fl. 3).

Como se verifica, trata-se de decisão indeferitória de liminar, devendo incidir, na espécie, a Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal, segundo a qual “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de ‘habeas corpus’ impetrado contra decisão do Relator que, em ‘habeas corpus’ requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

É certo que a jurisprudência desta Suprema Corte tem acolhido o abrandamento da referida súmula para admitir a impetração de habeas corpus se os autos demonstrarem a hipótese de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia.

Na hipótese vertente, verifica-se, porém, não haver flagrante ilegalidade capaz de afastar, pelo menos neste exame preliminar, a incidência do enunciado da Súmula nº 691 deste Supremo Tribunal.

A decisão ora questionada tem a seguinte fundamentação:“Trata-se de habeas corpus com pedido de liminar impetrado em

favor de ADALMIR MARTINELLI contra acórdão da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul que improveu o Agravo em Execução n. 70029597176, ajuizado pela defesa, mantendo decisão que indeferiu o benefício da prisão domiciliar.

Noticia a impetrante que o paciente é vítima de constrangimento ilegal, porquanto deferida a progressão ao regime aberto, não há vaga em estabelecimento compatível na região para acolhê-lo, impondo-lhe a permanência em sistema mais gravoso de execução.

Sustenta que na ausência de local adequado, deve ser autorizada, em caráter excepcional, a prisão albergue domiciliar, de forma a se prestigiar o princípio da dignidade da pessoa humana.

Requer a concessão sumária da ordem para sobrestar os efeitos do aresto impugnado até que se ultime o julgamento da impetração.

É o relatório.A concessão da tutela de urgência reserva-se aos casos

excepcionais de ofensa manifesta ao direito de locomoção do paciente e desde que preenchidos os pressupostos legais, que são o fumus boni juris e o periculum in mora.

In casu, afigura-se inviável acolher-se a pretensão sumária, porquanto a motivação que ampara o pedido liminar confunde-se com o próprio mérito do writ, devendo o caso concreto ser analisado mais detalhadamente quando da apreciação e do seu julgamento definitivo.

Ante o exposto, indefiro a liminar.Solicitem-se informações à Corte apontada como coatora e à Vara de

Execuções Criminais da comarca de Caxias do Sul. Após, dê-se vista ao Ministério Público Federal” (fl. 98 do apenso).Não há como ter-se por desprovida de fundamentação ou teratológica

a decisão que entende não haver elementos suficientes, demonstrados de plano, para o deferimento da liminar. Pode e deve o Magistrado, ao apreciar o pedido inicial, pautar-se no poder geral de cautela para buscar outros elementos formadores das razões de decidir além daqueles trazidos pela impetração, sem que isso caracterize constrangimento ilegal, abuso de poder ou teratologia.

No caso, a pretensão da impetrante é trazer ao conhecimento desta Suprema Corte, de forma precária, questões não analisadas definitivamente no Superior Tribunal de Justiça, em flagrante intenção de suprimir a instância antecedente.

Destaca-se, ainda, que o deferimento de liminar em habeas corpus constitui medida excepcional por sua própria natureza, justificada apenas se a decisão impugnada estiver eivada de ilegalidade flagrante, demonstrada de plano. Com maior rigor deve ser tratado tema, portanto, quando a pretensão formulada for contrária à súmula deste Supremo Tribunal.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 81

Ademais, verifico que as razões invocadas pela impetrante para o deferimento da medida excepcional possuem caráter satisfativo, pois se confundem com o mérito da própria impetração, o que recomenda seu indeferimento conforme reiterada jurisprudência desta Corte. Nesse sentido: HC nº 94.888-MC/SP, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 12/6/08; HC nº 93.164-MC/SP, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 22/2/08; e HC nº 92.737-MC/SP, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 29/10/07, entre outros.

Com essas considerações, sem prejuízo de exame mais detido quando do julgamento de mérito, indefiro o pedido de liminar.

Solicitem-se informações à autoridade apontada como coatora.Oficie-se, ainda, à Vara de Execuções Criminais da Comarca de

Caxias do Sul/RS para que preste informações atualizadas acerca da situação prisional do paciente, bem como informe a respeito da existência, naquela Comarca, de vaga em estabelecimento próprio para o cumprimento de pena em regime aberto.

Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.262 (664)ORIGEM : HC - 101262 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : DANILO ALVES BARBOSAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR-PÚBLICO GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SULCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, impetrado contra decisão, que, emanada do E. Superior Tribunal de Justiça, restou consubstanciada em acórdão assim ementado (fls. 14):

“‘HABEAS CORPUS’. PROGRESSÃO AO REGIME SEMIABERTO INDEFERIDA PELO JUÍZO DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS. AGRAVO EM EXECUÇÃO AJUIZADO PELA DEFESA. IMPROVIMENTO. REQUISITO SUBJETIVO NÃO PREENCHIDO. LAUDO PSICOLÓGICO E SOCIAL DESFAVORÁVEL. ORDEM DENEGADA.

1. O art. 112 da Lei de Execução Penal, alterado pela Lei n. 10.792/2003, estabelece que o sentenciado que cumprir 1/6 (um sexto) da pena no modo anterior e apresentar bom comportamento carcerário, comprovado por atestado emitido pelo Diretor do estabelecimento prisional, terá direito à progressão de regime.

2. A prescindibilidade de sujeição do paciente à inspeção técnica pode ser afastada, em decisão fundamentada com base nas peculiaridades do caso concreto, desde que se evidencie a necessidade de uma análise pormenorizada acerca do preenchimento do requisito subjetivo pelo sentenciado.

3. A Corte de origem fundamentou, com base no laudo técnico desfavorável ao apenado, a ausência do preenchimento do requisito subjetivo, o que impede o abrandamento do sistema prisional pretendido.

4. Ordem denegada.”(HC 111.682/RS, Rel. Min. JORGE MUSSI - grifei)Alega-se, na presente sede processual, em síntese, que “(...) as

deficiências do laudo o desqualifica para fundamentar a negativa do pedido do paciente, pedido este que preenche os requisitos legais da Lei de Execuções Penais” (fls. 04).

Busca-se, pois, a concessão de medida liminar, para que se garanta “(...) a progressão do regime para o paciente” (fls. 05).

Passo a apreciar o pedido de medida liminar. E, ao fazê-lo, entendo, em juízo de estrita delibação, que se revela insuscetível de acolhimento a postulação cautelar deduzida na presente sede processual.

Impende assinalar, neste ponto, não obstante o advento da Lei nº 10.792/2003, que alterou o art. 112 da LEP - para dele excluir a referência ao examecriminológico -, que nada impede que os magistrados determinem a realização de mencionado exame, quando o entenderem necessário, consideradas as eventuais peculiaridades do caso, desde que o façam, contudo, em decisão adequadamente motivada, tal como tem sido expressamente reconhecido por este Supremo Tribunal Federal (HC 85.693-ED/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – HC87.036/RS, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – HC 87.086/SC, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – HC 87.283/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – HC87.884/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – HC 88.005/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – HC 88.052/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – HC94.862/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE - RHC86.951/RJ, Rel. Min. ELLEN GRACIE – RHC88.145/GO, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Não vislumbro, ao menos em juízo de sumária cognição, a ocorrência de qualquer ofensa ao direito subjetivo alegadamente titularizado pelo paciente, pois a magistrada, ao apoiar-se na Análise Psicológica produzida pela Superintendência dos Serviços Penitenciários da Penitenciária Modulada Estadual de Uruguaiana/RS, reconheceu a utilidade dos elementos de informação contidos em referida peça, cuja relevância

resultou caracterizada – e confirmada – pelos próprios fundamentos que deram suporte à decisão por ela proferida.

Na realidade, o magistrado, que pode ordenar a realização de exame criminológico (como anteriormente assinalado), não está impedido de se valer, para efeito de formação de sua própria convicção quanto ao exame do pleito de progressão de regime, de outros subsídios ou elementos de informação, como pareceres psicossociais ou estudos de avaliação psicológica que eventualmente instruam o atestado de conduta prisional do sentenciado.

Daí a afirmação constante do acórdão proferido pelo E.Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que “(...) a Corte de origem fundamentou, com base no laudo técnico desfavorável ao apenado, a ausência do preenchimento do requisito subjetivo ao abrandamento do sistema carcerário, posicionamento que se coaduna com a doutrina e a jurisprudência pacificada a respeito da matéria (...)” (fls. 10).

Sendo assim, e sem prejuízo do reexame ulterior da matéria em causa, indefiro o pedido de medida cautelar.

2. Solicite-se, ao E. Superior Tribunal de Justiça, cópia do parecer que o Ministério Público Federal ofereceu nos autos do HC111.682/RS.

3. Requisitem-se, ainda, ao juízo de Direito da Vara de Execuções Criminais da comarca de Uruguaiana/RS, informações detalhadas sobre o andamento da Execução Penal referente ao ora paciente, Danilo Alves Barbosa (PEC nº 11557).

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 101.266 (665)ORIGEM : IPM - 7306 - JUIZ AUDITOR MILITAR DA 2º CJMPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : JEAN PAULO DE OLIVEIRAPACTE.(S) : LEANDRO GOMES ASTANHOPACTE.(S) : RONALDO CORREA DE CARVALHOPACTE.(S) : TIAGO SOARES DE OLIVEIRAPACTE.(S) : WELLINGTON BARROS MALAKAUSKASIMPTE.(S) : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

Trata-se de habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de JEAN PAULO DE OLIVEIRA, LEANDRO GOMES ASTANHO, RONALDO CORREA DE CARVALHO, TIAGO SOARES DE OLIVEIRA e WELLINGTON BARROS MALAKAUSKAS, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça, que desproveu a apelação 2008.01.050991-7/SP, ao argumento de que “Não se aplica o princípio da insignificância em crime de tóxico no âmbito desta Justiça Especializada, tendo em vista a necessidade de se tutelar valores intrínsecos às Forças Armadas” (fl. 13).

A impetrante, em suma, sustenta a aplicabilidade do referido princípio aos crimes imputados aos pacientes.

Decido.Não há pedido de medida liminar a ser apreciado.Solicitem-se informações. Após, ouça-se o Procurador-Geral da

República.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.267 (666)ORIGEM : AP - 008070348666 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : CLONIR PAULO DA COSTAIMPTE.(S) : DAISY CRISTINE NEITZKE HEUERCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Não tendo, à primeira vista, por configurados seus requisitos, indefiro a liminar.

Solicitem-se informações; após, dê-se vista ao Ministério Público Federal.

Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.271 (667)ORIGEM : HC - 101271 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : FABIANO LÚCIO DA COSTAIMPTE.(S) : ANDRÉ BONA DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 82

GROSSO DO SUL

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por André Bona da Silva em favor de FABIANO LÚCIO DA COSTA, contra ato do Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso do Sul.

Decido.A competência desta Corte, taxativamente fixada no art. 102 da

Constituição Federal, não permite conhecer de habeas corpus que tenha como autoridade coatora o primeiro grau de jurisdição ou Tribunal de Justiça Estadual.

Isso posto, com base nos art. 38 da Lei 8.038/1990, e no art. 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento ao writ, prejudicado o exame da medida liminar.

Arquivem-se os autos.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

HABEAS CORPUS 101.274 (668)ORIGEM : PROCESSO - 2000610200048428 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : JOAO BATISTA PEREIRAIMPTE.(S) : MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC 147135 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃO: Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado contra decisão da Ministra Laurita Vaz, do STJ, que indeferiu liminarmente o HC n. 147.135. Eis o teor do ato impugnado (fls. 37/38):

“Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado em favor de JOÃO BATISTA FERREIRA, contra decisão indeferitória de provimento urgente proferida pelo Desembargador-Relator do writ originário (HC nº 2009.03.00.024429-7) em trâmite junto ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

Narram os impetrantes que o Paciente foi denunciado como incurso no art. 333, parágrafo único, c.c. o art. 71, ambos do Código Penal, por ter supostamente oferecido vantagem indevida ao corréu Bruno Arreguy Conrado, para que este mantivesse os processos fiscais da empresa PATRUMEC – Patrulha Mecanizada Agrícola Ltda, da qual era sócio-proprietário, sem andamento no INSS.

Afirmam que, na fase do art. 402 do Código de Processo penal, a Defesa requereu novo interrogatório do paciente, em razão da entrada em vigor da Lei nº 11.719/2008, o que foi indeferido pelo Juízo processante. Contra essa decisão, foi impetrado habeas corpus, com pedido liminar, junto à Corte de origem, tendo sido, contudo, indeferida a medida urgente.

Nas razões do presente writ, alegam, de início, a inaplicabilidade do enunciado nº 691 da Súmula do Supremo Tribunal Federal à hipótese dos autos.

Sustentam, também, que ‘[...] quando da entrada em vigor da Lei nº 11.719/08, em 22/08/2008, ainda não havia encerrada a instrução criminal, com a abertura de prazo para a apresentação de memoriais, tanto que o ilustre Magistrado aplicou o disposto no artigo 402 para verificar se havia alguma diligência a ser realizada.’ (fl. 08)

Requer, liminarmente e no mérito, a suspensão do processo até o julgamento do mérito da impetração originária.

É o relatório. Decido.Inicialmente, cumpre ressaltar que, consoante o posicionamento

aplicado pelos Tribunais Superiores, não se admite habeas corpus contra decisão negativa de liminar proferida em outro writ na instância de origem, sob pena de indevida supressão de instância, o que tem inclinado o Supremo Tribunal Federal a sequer conhecer da impetração, a teor do verbete sumular nº 691: ‘Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão de Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar’.

No entanto, a despeito do óbice processual, têm entendido as Cortes Superiores que, nesses casos excepcionais, deve preponderar a necessidade de garantir a efetividade da prestação da tutela jurisdicional de urgência, a fim de preservar o direito à liberdade, tarefa a ser desempenhada caso a caso.

Todavia, esse atalho processual não pode ser ordinariamente usado, senão em situações em que se evidenciar decisão absolutamente teratológica e desprovida de qualquer razoabilidade, na medida em que força o pronunciamento adiantado da Instância Superior, suprimindo a competência da Inferior, subvertendo a regular ordem do processo.

No caso, como se vê à fl. 38, não há, na decisão ora impugnada, ilegalidade patente que autorize a mitigação da Súmula nº 691 do Supremo Tribunal Federal – cuja essência vem sendo reiteradamente ratificada por julgados deste Superior Tribunal de Justiça -, sobretudo porque a decisão que indeferiu o provimento cautelar não vislumbrou a presença dos requisitos legais para sua concessão.

Sem embargo das ponderações lançadas pelos Impetrantes, reserva-se primeiramente ao Tribunal a quo a análise meritória, ventilada em habeas corpus originário, sendo defeso ao Superior Tribunal de Justiça adiantar-se

nesse exame, sobrepujando a competência da Corte Estadual (sic), mormente se o writ está sendo regularmente processado.

Nesse diapasão, os seguintes precedentes:‘HABEAS CORPUS. PACIENTE DENUNCIADO POR HOMICÍDIO

TRIPLAMENTE QUALIFICADO. DECISÃO INDEFERITÓRIA DE LIMINAR EM WRIT ANTERIOR. ALEGAÇÃO DE FALTA DE INDÍCIOS PROBATÓRIOS MÍNIMOS DE AUTORIA. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 691/STF. HC NÃO CONHECIDO.

1. Nos termos da orientação já pacificada por este Tribunal Superior, é incabível a impetração de Habeas Corpus contra o indeferimento de pedido liminar em outro writ, salvo nos casos de flagrante ilegalidade ou abuso de poder na decisão denegatória da tutela de eficácia imediata, sob pena de indevida supressão de instância.

2. Outro não é o entendimento firmado na Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal, segundo a qual não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de Habeas Corpus contra decisão de relator que indefere a liminar em Habeas Corpus requerido a Tribunal Superior.

3. Considerando as próprias razões do mandamus submetido à apreciação do Tribunal Estadual, que envolve a tese de ausência de indícios mínimos de prova de autoria para suportar o decreto de segregação cautelar, bem como a existência de pressupostos para a concessão da liberdade provisória (primariedade, profissão lícita, residência fixa, etc), não pode ser considerada teratológica ou desprovida de razoabilidade a decisão denegatória de liminar, porquanto a questão, necessariamente, envolveria alguma dilação probatória, não prescindindo, portanto, das informações da autoridade coatora.

4. A liminar em Habeas Corpus constitui medida de extrema excepcionalidade, somente admitida nos casos em que demonstrada de forma manifesta a necessidade e a urgência da medida, bem como o abuso de poder ou a ilegalidade do ato impugnado, circunstâncias inexistentes na hipótese em discussão; assim, não há ilegalidade na decisão que submete a questão ao crivo do Colegiado.

5. Parecer do MPF pela denegação da ordem.6. Habeas Corpus não conhecido.’ (HC 88.218/SP, 5ª Turma, Rel.

Min. NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, DJ de 03/03/2008)[...]Ante o exposto, com base no art. 38 da Lei 8.038/90, no art. 34, inciso

XVIII, e no art. 210, ambos do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça, INDEFIRO LIMINARMENTE a petição inicial.”

2.Os impetrantes reiteram as razões expostas ao STJ.3.Requerem a concessão de liminar a fim de suspender o trâmite do

processo n. 2000.61.02.004842-8, da 4ª Vara Federal de Ribeirão Preto/SP.4. O interrogatório que se pretende renovar havia sido realizado antes

da entrada em vigor da Lei n. 11.719/08, que passou a prever a realização desse ato processual na audiência de instrução e julgamento.

5.O artigo 2º do Código de Processo Penal determina que “[a] lei processual penal aplicar-se desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior” [tempus regit actum]. É inviável, portanto, a anulação da ação penal se, como no caso, o interrogatório foi regularmente realizado na vigência da norma processual anterior.

6.De outro lado, o conhecimento desta impetração sem que o STJ e o TRF da 3ª Região tenham examinado o mérito dos habeas corpus lá impetrados traduz dupla supressão de instância.

Nego seguimento à impetração, com fundamento no artigo 38 da Lei n. 8.038/90.

Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.276 (669)ORIGEM : PROCESSO - 2780120050029555 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : VALDECI ALVES MOREIRAIMPTE.(S) : VALDECI ALVES MOREIRACOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC 123687 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por VALDECI ALVES MOREIRA, em nome próprio, contra ato da Ministra Relatora do HC 123.687/SP, no Superior Tribunal de Justiça.

A inicial, manuscrita, narra que o paciente/impetrante foi denunciado pela prática do delito descrito no art. 121 do Código Penal, estando preso desde 23/2/2006.

O impetrante afirma estar sendo vítima de injustiça e que não teria praticado o crime que lhe imputam na peça acusatória.

Estende a narrativa descrevendo os fatos processuais e afirmando que não existiria prova lícita capaz de condená-lo. Diz, mais, que as únicas provas constantes nos autos são as que foram “fabricadas” pelos acusadores.

Alega, também, que seu julgamento no Tribunal do Júri deveria ser anulado, pois permaneceu todo o tempo algemado, “sendo arrastado de um lado para outro recebendo tratamento desumano” (fl. 42), o que contraria a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 83

Constituição Federal.Ao final da narrativa, o paciente/impetrante aduz ter sido condenado à

pena de dezenove anos e dez meses de reclusão. Por fim, pede a anulação do julgamento e a expedição de alvará de soltura em seu favor, bem como a sua própria absolvição.

É o relatório suficiente. Decido.A inicial não veio acompanhada de qualquer documento que possa

comprovar o que nela alegado, o que, por óbvio, impossibilita o exame de suas razões.

Ademais, da narrativa não se infere qual seria o ato coator cometido pelo Superior Tribunal de Justiça.

Assim, indefiro a liminar.Solicitem-se informações à autoridade apontada como coatora, bem

como ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo a respeito de eventual recurso em nome do paciente.

Solicitem-se, ainda, informações ao Juízo da 2ª Vara Criminal de Itaquaquecetuba/SP para que forneça cópia das sentenças condenatórias proferidas nos Processos 343/01 e 13/07, ou em outros em que figurem como réu VALDECI ALVES MOREIRA.

Após, ouça-se a Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.285 (670)ORIGEM : HC - 101285 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : SILVIO DE SOUZA CARVALHOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar impetrado pela Defensoria Pública da União, contra ato do Superior Tribunal de Justiça.

A inicial narra que a Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, ao julgar o recurso interposto na ação penal movida contra o paciente, era composta majoritariamente por juízes federais convocados.

Aduz que o Superior Tribunal de Justiça julgou hígida tal composição, ao argumento de que a convocação se deu em conformidade com a legislação pertinente.

A impetrante alega, em suma, que o julgamento de Turma ou Câmara composta majoritariamente por juízes convocados ofende o princípio constitucional do juiz natural.

Assevera que o paciente está sendo processado por ter deixado de recolher à previdência de R$ 1.938,88 (mil novecentos e trinta e oito reais e oitenta e oito centavos), valor esse que, segundo a impetrante, é inferior ao exigido para a execução fiscal, ou seja, R$ 10.000,00 (dez mil reais). Entende, desse modo, aplicável o princípio da insignificância ao caso.

Por fim, pede a concessão de medida liminar para suspender a ação penal até o julgamento final deste writ.

É o relatório. Decido.Esse o teor da ementa do acórdão atacado:“EMENTAJulgamento realizado por turma composta majoritariamente por juízes

federais convocados (caso). Convocação realizada com respaldo em lei (ocorrência). Ofensa ao princípio do juiz natural (inexistência).

1. A orientação predominante no Superior Tribunal (HC-109.456) é no sentido de que o julgamento de segundo grau realizado por turma composta majoritariamente por juízes federais convocados não ofende o princípio do juiz natural, desde que tenha sido a convocação realizada com respaldo legal.

2. Agravo regimental improvido” (fl. 15).A concessão de medida liminar em habeas corpus se dá de forma

excepcional em casos em que se demonstre, de modo inequívoco, dada a natureza do próprio pedido, a presença dos requisitos autorizadores da medida.

No caso concreto, a prestação jurisdicional havida, na análise perfunctória que ora se faz, não permite identificar as excepcionais hipóteses autorizadoras da liminar.

Registro, ademais, que a alegação sobre possível aplicação do princípio da insignificância não foi submetida ao STJ, razão pela qual o seu exame implicaria em indevida supressão de instância.

Isso posto, indefiro a liminar, sem prejuízo de melhor exame por ocasião do julgamento do mérito na Turma.

Solicitem-se informações. Após, ouça-se o Procurador-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

HABEAS CORPUS 101.289 (671)ORIGEM : HC - 101289 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

PROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : ROBERTO DA SILVA MARACAJÁIMPTE.(S) : JOSÉ ALVES CARDOSOCOATOR(A/S)(ES) : 3ª TURMA RECURSAL DO ESTADO DA PARAÍBA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de ROBERTO DA SILVA MARACAJÁ, figurando como coatora a 3ª Turma Recursal Mista de João Pessoa-PB, por ato praticado no HC nº 999.2009.934.276-1, impetrado contra ato do juízo do 1º Juizado Especial Criminal da Comarca da Capital do Estado da Paraíba.

É o relatório.Decido.Esta Corte superou a orientação expressa na súmula 690 e passou a

entender não ser da sua competência o processo e julgamento de habeas corpus impetrado contra ato de turma recursal de juizado especial, devendo o feito ser submetido, conforme o caso, ao tribunal de justiça ou ao tribunal regional federal a que estejam vinculados os respectivos integrantes da turma recursal.

Nesse sentido, cito, apenas para ilustrar, os seguintes precedentes: HC 85.240 (rel. min. Carlos Britto, DJe-177 de 19.9.2008); HC-AgR 90.905 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJe-013 de 11.5.2007); HC-AgR 89.378 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJ de 15.12.2006, p. 85); e HC 86.834 (rel. min. Marco Aurélio, DJ de 9.3.2007, p. 26).

Assim sendo, não conheço do pedido, por ser o Supremo Tribunal Federal manifestamente incompetente para apreciá-lo.

Encaminhem-se os autos ao Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba (RISTF, art. 21, § 1º).

Publique-se e intimem-se.Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

HABEAS CORPUS 101.290 (672)ORIGEM : HC - 101290 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : CARLOS AUGUSTO DRESCH KRONBAUERIMPTE.(S) : EMANUEL HASSEN DE JESUSCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº150139 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃOVistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pelo advogado

Emanuel Hassen de Jesus em favor de Carlos Augusto Dresch Kronbauer, buscando a liberdade provisória do paciente.

Aponta como autoridade coatora o Ministro Arnaldo Esteves Lima, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar no HC nº 150.139/RS, impetrado naquela Corte.

Inicialmente, argumenta que o caso concreto reúne as condições e os requisitos necessários para afastar a incidência do enunciado da Súmula nº 691 desta Suprema Corte.

No mais, alega que:“(...)Em que pese a gravidade do delito noticiado, sem adentrar-se no

mérito das acusações formuladas, que fatalmente resultarão na absolvição do paciente, tem-se que NÃO HÁ NECESSIDADE, TAMPOUCO FUNDAMENTO NA DECISÃO, QUE JUSTIFIQUE A MANUTENÇÃO DA SEGREGAÇÃO CAUTELAR, uma vez que não estão presentes os requisitos legais necessários para medida tão gravosa, razão pela qual se postula sua imediata soltura.

Tanto é assim que, ao manter a prisão do paciente, a Nobre Magistrada NÃO FUNDAMENTOU SUA DECISÃO, DEIXANDO DE DESCREVER A NECESSIDADE DE MANUTENÇÃO DA PRISÃO DO PACIENTE.

Da mesma forma, a autoridade policial, no despacho que fundamentou o auto de prisão em flagrante, em nenhum momento manifesta-se pela necessidade da manutenção da prisão do paciente, limitando-se a narrar o fato ocorrido.

Com efeito, a Nobre Magistrada de primeiro grau considerou, apenas, a equiparação a hediondo do crime imputado ao paciente para concluir pela inviabilidade de ‘qualquer tipo de benefício’.

Data vênia, a decisão que faz mera alusão genérica e completamente abstrata, sem qualquer fundamento fático, ‘por força do APF, pela prática do crime de tráfico de entorpecentes, equiparado ao hediondo, que, por força legal, inviável qualquer tipo de benefício’, não contém motivação concreta, violando a norma expressa no inciso IX, do artigo 93, da Constituição Federal. Assim, ao receber o auto de prisão em flagrante, é dever do Juízo verificar a existência dos pressupostos legais necessários para a manutenção da custódia, independentemente de pedido de liberdade provisória. E a manutenção da prisão cautelar deve, necessariamente, estar amparada em algum dos motivos elencados no artigo 312 do Código de Processo Penal, tendo o Magistrado a obrigação de fundamentar sua decisão

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 84

em situações fáticas que, se presentes, inviabilizariam a concessão da liberdade provisória” (fls. 5/6 - grifos no original).

Aduz, ainda, ser o paciente primário, de bons antecedentes, com residência fixa no distrito da culpa, família constituída e emprego lícito (fls. 9/10).

Requer, liminarmente, “a soltura do paciente, com expedição do devido alvará” e, no mérito, pede a confirmação da liminar requerida (fls. 10/11).

Examinado os autos, decido.Narra o impetrante, na inicial, que:“(...)1. O paciente CARLOS AUGUSTO DRESCH KRONBAUER foi preso

em flagrante a tardinha do dia 21 de agosto de 2009 acusado da prática do crime de tráfico de entorpecentes.

Lavrado o auto de prisão em flagrante pela autoridade policial, foi o paciente conduzido para a Penitenciária Modulada de Montenegro.

O Juízo homologou o auto de prisão, mantendo a prisão do paciente (...).

......................................................................................Impetrado Habeas Corpus junto ao Tribunal de Justiça do Estado do

Rio Grande do Sul, tombado sob o número 70031905698, junto a 3ª Câmara Criminal, a ordem foi denegada (...).

.......................................................................................Inconformado com a respeitável decisão o autor impetrou Habeas

Corpus no Superior Tribunal de Justiça, com pedido liminar, conforme decisão que segue anexo fundamentada, especialmente, na alegada proibição da concessão de liberdade provisória decorrente de norma constitucional” (fls. 3/4 - grifos no original).

A decisão ora questionada tem a seguinte fundamentação:“A pretensão deduzida em sede de liminar confunde-se com o mérito

desta impetração, inviabilizando seu deferimento, sob pena de contrariar entendimento deste Superior Tribunal, no sentido de que: ‘... a provisão cautelar não se presta à apreciação da questão de mérito do writ, por implicar em exame prematuro da matéria de fundo da ação de habeas corpus, de competência da turma julgadora, que não pode ser apreciada nos limites da cognição sumária do Relator. Por outras palavras, no writ não cabe medida satisfativa antecipada’ (HC 17.579/RS, Rel. Min. HAMILTON CARVALHIDO, DJ de 9/8/2001).

Com efeito, o pedido formulado em sede de cognição sumária não pode ser deferido por relator quando a pretensão implica a antecipação da prestação jurisdicional de mérito, tendo em vista que a liminar em sede de habeas corpus, de competência originária de tribunal, como qualquer outra medida cautelar, deve restringir-se à garantia da eficácia da decisão final a ser proferida pelo órgão competente para o julgamento, quando, evidentemente, fizerem-se presentes, simultaneamente, a plausibilidade jurídica do pedido e o risco de lesão grave ou de difícil reparação.

De mais a mais, não vislumbro a plausibilidade jurídica do pedido a autorizar a concessão da pretensão deduzida em sede de cognição sumária, uma vez que é entendimento da 5ª Turma do STJ, verbis:

‘PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. ART. 33 DA LEI Nº 11.343/06. CRIME EQUIPARADO A HEDIONDO. PRISÃO EM FLAGRANTE. LIBERDADE PROVISÓRIA. PROIBIÇÃO DECORRENTE DE NORMA CONSTITUCIONAL.

I - O art. 5º, inciso XLIII, da Carta Magna, proibindo a concessão de fiança, evidencia que a liberdade provisória pretendida não pode ser concedida.

II - Essa orientação já é assente no c. Pretório Excelso, como se depreende do HC nº 83468/ES, Rel. Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 27/02/2004, no qual restou consignado, litteris:

‘(...) a proibição de liberdade provisória, nessa hipótese, deriva logicamente do preceito constitucional que impõe a inafiançabilidade das referidas infrações penais (...), seria ilógico que, vedada pelo art. 5º XLIII, da Constituição, a liberdade provisória mediante fiança nos crimes hediondos, fosse ela admissível nos casos legais de liberdade provisória sem fiança’ (Ministro Sepúlveda Pertente);

‘Sendo o crime inafiançável, ele não comportaria mesmo a liberdade provisória. E a Lei nº 8.072, art. 2º, inciso II, ao falar que não cabem a ‘fiança e liberdade provisória’, de certa forma foi até um pouco redundante, não haveria nem necessidade da ressalva" (Ministro Carlos Ayres Britto);

‘Essa circunstância (a inafiançabilidade contida no art. 5º, XLIII, da CF) (...) afasta a liberdade provisória (...), porque se nem mesmo com fiança é possível, o que se dirá sem a fiança" (Ministro Marco Aurélio).

III - Esse entendimento foi recentemente confirmado pela c. Suprema Corte (HC 89068/RN, 1ª Turma, Rel. Ministro Carlos Ayres Britto, DJ de 23/02/2007; HC 89183/MS, 1ª Turma, Rel. Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 25/08/2006 e HC 86118/DF, 1ª Turma, Rel. Ministro Cezar Peluso, DJ de 14/10/2005) e, também, por esta Corte (HC 67145/GO, 5ª Turma, Relª Ministra Laurita Vaz, DJ de 02/04/2007; HC 69566/SP, 5ª Turma, de minha relatoria, DJ de 09/04/2007 e HC 55984/SC, 6ª Turma, Rel. Ministro

Hamilton Carvalhido, DJ de 09/04/2007).IV - Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 a 37 da

nova lei de tóxicos (regra específica) "são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de

suas penas em restritivas de direitos" (art. 44 da Lei nº 11.343/06). Writ denegado. (HC 86.390/GO, Rel. Min. FELIX FISCHER, Quinta Turma, DJ 17/12/07)

Na mesma linha, a atual jurisprudência do STF:EMENTA: PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS . CRIME DE

TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGAS. NULIDADE DA SENTENÇA CONDENATÓRIA. AUSÊNCIA DE PROVAS. EXAME QUE IMPLICA SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. IMPOSSIBILIDADE. PRISÃO PREVENTIVA. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. INOCORRÊNCIA. DECISÃO LASTREADA NA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. PRESSUPOSTOS DO ART. 312 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. DEMONSTRAÇAO. IMPETRAÇÃO PARCIALMENTE CONHECIDA. ORDEM DENEGADA NESSA EXTENSÃO. I - O pleito quanto à falta de provas para a condenação não pode ser conhecido, uma vez que sequer foi submetido à apreciação pela Corte a quo, sob pena de indevida supressão de instância e de extravasamento dos limites de competência do STF descritos no art. 102 da Constituição Federal. II - Presentes os requisitos autorizadores da prisão cautelar previstos no art. 312 do Código de Processo Penal, em especial o da garantia da ordem pública, existindo sólidas evidências da periculosidade do paciente, supostamente envolvido em gravíssimo delito de tráfico internacional de drogas, ao qual se irroga, ainda, a reiteração das condutas criminosas. III - A atual jurisprudência desta Casa, ademais, é firme no sentido da proibição de liberdade provisória nos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes, que ela decorre da inafiançabilidade imposta pelo art. 5º, XLIII, da CF e da vedação legal imposta pelo art. 44 da Lei 11.343/06. IV - Impetração parcialmente conhecida, denegando-se a ordem nessa extensão. (HC 95.169/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, DJe 19/6/09)

....................................................................Ante o exposto, indefiro o pedido de liminar” (fls. 12 a 14 - grifos no

original).Como se verifica, trata-se de decisão indeferitória de liminar, devendo

incidir, na espécie, a Súmula nº 691 do Supremo Tribunal Federal, segundo a qual “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de ‘habeas corpus’ impetrado contra decisão do Relator que, em ‘habeas corpus’ requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

É certo que a jurisprudência desta Suprema Corte tem acolhido o abrandamento da referida súmula para admitir a impetração de habeas corpus se os autos demonstrarem ser hipótese de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia.

Na hipótese vertente, verifica-se, porém, não haver flagrante ilegalidade capaz de afastar a incidência do enunciado da Súmula nº 691 deste Supremo Tribunal.

Aliás, essas considerações bem evidenciam a inviabilidade do próprio conhecimento da presente impetração, pois não se constata, na espécie, situação de flagrante ilegalidadeapta a ensejar o afastamento, excepcional, da referida súmula.

O descontentamento pela falta de êxito no pleito submetido ao Superior Tribunal de Justiça, ainda em exame precário e inicial, não pode ensejar o conhecimento deste writ, sob pena supressão de instância e de grave violação das regras de competência.

Nesse sentido, por exemplo:“COMPETÊNCIA CRIMINAL. Habeas corpus. Impetração contra

decisão monocrática que, em habeas corpus requerido ao STJ, indeferiu liminar. Não ocorrência de flagrante constrangimento ilegal. Não conhecimento. Aplicação da súmula 691. Em princípio, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a Tribunal Superior, indefere liminar, se o caso não é de flagrante constrangimento ilegal” (HC nº 100.600/CE, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 23/10/09);

“HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. PRISÃO DOMICILIAR. SÚMULA 691 DO STF. INADEQUAÇÃO. ILEGALIDADE MANIFESTA. INOCORRÊNCIA. NÃO CONHECIMENTO. I - O indeferimento de liminar em habeas corpus pelo Superior Tribunal de Justiça encontra amparo na Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal, que somente admite mitigação na presença de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia. II - Incidência da mencionada Súmula, sob pena de dupla supressão de instância. III - Habeas corpus não conhecido” (HC nº 96.992/SE, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 16/10/09);

Ainda, na mesma linha, as seguintes decisões monocráticas: HC nº 101.141/SP, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe 27/10/09; HC nº 101.112/GO, Relator o Ministro Carlos Britto, DJe de 23/10/09; e HC nº 101.062/SP, Relatora a Ministra Carmen Lúcia, DJe de 22/10/09, entre outros.

Ademais, a pretensão do impetrante não encontra respaldo na jurisprudência de ambas as Turmas desta Suprema Corte, preconizada no sentido de ser vedada a concessão de liberdade provisória aos presos em flagrante por tráfico de drogas. Nesse sentido:

“Habeas corpus. Penal e Processual Penal. Crimes de tráfico ilícito de entorpecentes e associação para o tráfico. Não-configuração de excesso de prazo. Complexidade da causa. Precedentes. Liberdade provisória. Vedação expressa do art. 44 da Lei nº 11.343/06. Ordem denegada. Precedentes da Corte. 1. A orientação perfilhada no acórdão impugnado está em perfeita consonância com a jurisprudência desta Corte, no sentido de que

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STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 85

não há constrangimento ilegal quando a complexidade da causa ou a quantidade de testemunhas, residentes em comarcas diversas, justifiquem a razoável demora para o encerramento da ação penal. 2. A vedação de liberdade provisória contida no artigo 2º, inciso II, da Lei nº 8.078/90 decorria da própria inafiançabilidade prevista pelo artigo 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal. De qualquer modo, os pacientes foram presos em flagrante quando já vigente a Lei nº 11.343/06, que veda, em seu art. 44, a concessão de liberdade provisória. 3. Ordem denegada” (HC nº 92.747/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 25/4/08 – grifos nossos);

“DIREITO PROCESSUAL PENAL. PRISÃO PREVENTIVA. EXCESSO DE PRAZO. DECISÃO MONOCRÁTICA DO STJ. SÚMULA 691, STF. NÃO CONHECIMENTO DO HABEAS CORPUS. 1. Obstáculo intransponível ao conhecimento do habeas corpus (enunciado 691, da Súmula do Supremo Tribunal Federal: Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em sede de habeas corpus requerido a Tribunal Superior, indefere a liminar’). 2. Decisão do STJ não é flagrantemente ilegal, teratológica, não cabendo a relativização da orientação contida na referida Súmula 691, desta Corte. 3. O STF tem adotado orientação segundo a qual há proibição legal para a concessão da liberdade provisória em favor dos sujeitos ativos do crime de tráfico ilícito de drogas (art. 44, da Lei n 11.343/06), o que, por si só, é fundamento para o indeferimento do requerimento de liberdade provisória. 4. O critério da razoabilidade deve nortear a aferição do prolongamento do processo penal. Apenas o excesso injustificado da instrução processual se afigura constrangimento ilegal, hábil à concessão da ordem para fins de cassação do decreto prisional. 5. Habeas corpus não conhecido” (HC nº 93.653/RN, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ 27/6/08).

Anote-se, por oportuno, que recentemente, em 6/10/09, por ocasião do julgamento do HC nº 98.340/CE, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, a Primeira Turma desta Suprema Corte reafirmou esse entendimento. Confira-se:

“HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO EM FLAGRANTE. RELAXAMENTO. CRIME HEDIONDO. LIBERDADE PROVISÓRIA. INADMISSIBILIDADE. VEDAÇÃO CONSTITUCIONAL. DELITOS INAFIANÇÁVEIS. ART. 5º, XLIII, DA CF. ORDEM DENEGADA. I - Os crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico são de natureza permanente. O agente encontra-se em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. II - A vedação à liberdade provisória para o delito de tráfico de drogas advém da própria Constituição, a qual prevê a sua inafiançabilidade (art. 5º, XLIII). III - Ordem denegada” (DJe de 23/10/09).

Ante o exposto, com fundamento no art. 21, § 1º, do RI/STF, nego seguimento ao presente habeas corpus, por ser flagrantemente inadmissível e, ainda, por contrariar a jurisprudência predominante desta Suprema Corte.

Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.292 (673)ORIGEM : HC - 101292 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : ANTONIO DE SOUSA SOARESIMPTE.(S) : ANTONIO DE SOUSA SOARESCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por ANTONIO DE SOUSA SOARES, em nome próprio, contra ato do Superior Tribunal de Justiça.

A inicial narra que o paciente foi agraciado com o benefício de progressão de regime, tendo em vista que o Juiz da Vara de Execuções Criminais da Comarca de Presidente Prudente/SP entendeu que estavam preenchidos os requisitos objetivos e subjetivos previstos na Lei 7.210/1984.

O impetrante/paciente diz que contra essa decisão foi interposto agravo em execução pelo Ministério Público estadual, sendo tal recurso provido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para determinar o retorno do reeducando ao regime fechado, bem como fosse realizada nova avaliação do pleito de progressão, após a sua submissão a exame criminológico.

Afirma que contra tal acórdão impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, que, por sua 5ª Turma julgadora, denegou a ordem, mantendo, por consequência, o julgamento proferido pelo TJ/SP.

Sustenta, em suma, que, com a vigência da Lei 10.792/2003, ficaria a critério do Juiz das Execuções Criminais exigir o exame criminológico, o que não foi solicitado pelo magistrado competente.

Argumenta, ainda, que o referido exame não foi solicitado porque o magistrado de primeira instância, por outros meios, se convenceu de que o paciente tinha direito ao benefício de progressão.

Pede, como medida liminar, a imediata progressão para o regime semiaberto, até o julgamento de mérito deste writ.

É o relatório suficiente. Decido.Não obstante os argumentos expendidos na inicial, entendo que o

caso é de indeferimento da liminar.A concessão de liminar em habeas corpus se dá em casos

excepcionais, quando configurados, de plano, o fumus boni iuris e o periculum in mora.

Na espécie, em juízo perfunctório, entendo que tais requisitos não estão presentes, em especial o da fumaça do bom direito.

Isso porque a jurisprudência de ambas as Turmas desta Corte tem se firmado no sentido de ser faculdade do juiz das execuções requisitar o exame criminológico e dele valer-se para decidir quanto ao pedido de progressão de regime, uma vez que tal exame não foi abolido do ordenamento jurídico. Nesse sentido: HC-ED 85.963/SP, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 28/10/2007; HC 86.631/PR, de minha relatoria, DJ 20/10/2006; HC-ED 87.539/ES, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 26/5/2006; RHC 86.951/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 24/3/2006.

Em tese, tal entendimento deve ser estendido aos tribunais de justiça por ocasião do julgamento do agravo em execução, tendo em vista o efeito devolutivo do recurso.

Ademais, o pedido tem natureza satisfativa e deve, portanto, ser examinado por ocasião do julgamento do próprio mérito.

Isso posto, indefiro a liminar.Solicitem-se informações ao Juízo da Vara das Execuções Criminais

da Comarca de Presidente Prudente/SP. Ouça-se, após, o Procurador-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.294 (674)ORIGEM : HC - 101294 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : RENATO DOS SANTOSIMPTE.(S) : RENATO DOS SANTOS

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal não é competente para conhecer de habeas corpus impetrado contra ato de Juiz de Direito (Constituição do Brasil, art. 102, I, i).

Declino da competência para o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Remetam-se os autos.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.297 (675)ORIGEM : PROCESSO - 200537000083958 - JUIZ FEDERAL DA 1º

REGIÃOPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : ALEXANDRE DE SOUZA HERNANDESIMPTE.(S) : ALEXANDRE DE SOUZA HERNANDESCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Não tendo, à primeira vista, por configurados seus requisitos, indefiro a liminar.

Solicitem-se informações; após, dê-se vista ao Ministério Público Federal.

Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.300 (676)ORIGEM : HC - 101300 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : ALEXANDRE DOS SANTOSIMPTE.(S) : RENATO DA COSTACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇACOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO

DECISÃO: Vistos, etc.Cuida-se de habeas corpus, aparelhado com pedido de medida

liminar, impetrado contra acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça. Acórdão cuja ementa é a seguinte:

“PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. ART. 157, §2°, INCISOS I, II E V, POR TRÊS VEZES, NA FORMA DO ART. 70, CAPUT, E ART. 288, PARÁGRAFO ÚNICO, NA FORMA DO ART. 69, TODOS DO CP. PRISÃO PREVENTIVA. INDÍCIOS DE AUTORIA SUFICIENTES. FUNDAMENTAÇÃO. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. APLICAÇÃO DA LEI PENAL. PECULIARIDADES DO CASO. RÉU FORAGIDO. ALEGAÇÃO DE EXCESSO PARA O TÉRMINO DA INSTRUÇÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 86

CRIMINAL. SENTENÇA CONDENATÓRIA PROLATADA. SÚMULA Nº 52⁄STJ. PEDIDO PREJUDICADO.

I - Para a decretação da custódia cautelar, ou para a negativa de liberdade provisória, exigem-se indícios suficientes de autoria e não a prova cabal da mesma, o que somente poderá ser verificado em eventual decisum condenatório, após a devida instrução dos autos (Precedentes do STJ).

II - A privação cautelar da liberdade individual reveste-se de caráter excepcional (HC 90.753⁄RJ, Segunda Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJU de 22⁄11⁄2007), sendo exceção à regra (HC 90.398⁄SP, Primeira Turma. Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJU de 17⁄05⁄2007). Assim, é inadmissível que a finalidade da custódia cautelar, qualquer que seja a modalidade (prisão em flagrante, prisão temporária, prisão preventiva, prisão decorrente de decisão de pronúncia ou prisão em razão de sentença penal condenatória recorrível) seja deturpada a ponto de configurar uma antecipação do cumprimento de pena (HC 90.464⁄RS, Primeira Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJU de 04⁄05⁄2007). O princípio constitucional da não-culpabilidade se por um lado não resta malferido diante da previsão no nosso ordenamento jurídico das prisões cautelares (Súmula nº 09⁄STJ), por outro não permite que o Estado trate como culpado aquele que não sofreu condenação penal transitada em julgado (HC 89501⁄GO, Segunda Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJU de 16⁄03⁄2007). Desse modo, a constrição cautelar desse direito fundamental (art. 5º, inciso XV, da Carta Magna) deve ter base empírica e concreta (HC 91.729⁄SP, Primeira Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJU de 11⁄10⁄2007). Assim, a prisão preventiva se justifica desde que demonstrada a sua real necessidade (HC 90.862⁄SP, Segunda Turma, Rel. Min. Eros Grau, DJU de 27⁄04⁄2007) com a satisfação dos pressupostos a que se refere o art. 312 do Código de Processo Penal, não bastando, frise-se, a mera explicitação textual de tais requisitos (HC 92.069⁄RJ, Segunda Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJU de 09⁄11⁄2007). Não se exige, contudo fundamentação exaustiva, sendo suficiente que o decreto constritivo, ainda que de forma sucinta, concisa, analise a presença, no caso, dos requisitos legais ensejadores da prisão preventiva (RHC 89.972⁄GO, Primeira Turma, Relª. Minª. Cármen Lúcia, DJU de 29⁄06⁄2007).

III - Assim, a Suprema Corte tem reiteradamente reconhecido como ilegais as prisões preventivas decretadas, por exemplo, com base na gravidade abstrata do delito (HC 90.858⁄SP, Primeira Turma, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJU de 21⁄06⁄2007; HC 90.162⁄RJ, Primeira Turma, Rel. Min. Carlos Britto, DJU de 28⁄06⁄2007); na periculosidade presumida do agente (HC 90.471⁄PA, Segunda Turma, Rel. Min. Cezar Peluso, DJU de 13⁄09⁄2007); no clamor social decorrente da prática da conduta delituosa (HC 84.311⁄SP, Segunda Turma, Rel. Min. Cezar Peluso, DJU de 06⁄06⁄2007) ou, ainda, na afirmação genérica de que a prisão é necessária para acautelar o meio social (HC 86.748⁄RJ, Segunda Turma, Rel. Min. Cezar Peluso, DJU de 06⁄06⁄2007).

IV - No caso, o decreto prisional se encontra devidamente fundamentado em dados concretos extraídos dos autos que denotam fato de extrema gravidade, sendo que a manutenção do paciente em liberdade acarreta insegurança jurídica e, por conseguinte, lesão a ordem pública, haja vista ser integrante de quadrilha armada responsável pelo cometimento de roubos, notadamente contra agências da Caixa Econômica Federal, envolvendo a participação de vigilantes bancários. Outrossim, consta dos autos que o paciente seria responsável pela execução material das investidas criminosas e cooptação de outros agentes criminosos. Nesse mesmo sentido já se decidiu no HC 86755⁄RJ (Primeira Turma, Rel. Min. Eros Grau, DJU de 02⁄12⁄2005).

V - De fato, a periculosidade do agente para a coletividade, desde que comprovada concretamente é apta a manutenção da restrição de sua liberdade (HC 89.266⁄GO, Primeira Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJU de 28⁄06⁄2007; HC 86002⁄RJ, Segunda Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJU de 03⁄02⁄2006; HC 88.608⁄RN, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJU de 06⁄11⁄2006; HC 88.196⁄MS, Primeira Turma, Rel. Min. Marco Aurélio, DJU de 17⁄05⁄2007).

VI - A fuga do réu, no caso concreto, constitui motivo suficiente a embasar a custódia cautelar (Precedentes).

VII - Condições pessoais favoráveis, como bons antecedentes, família constituída, ocupação laborativa lícita e residência fixa, não têm o condão de, por si só, garantirem a revogação da prisão preventiva, se há nos autos elementos hábeis a recomendar a manutenção da custódia cautelar (Precedentes).

VIII - Uma vez prolatada a r. sentença penal condenatória, fica prejudicado o habeas corpus na parte que objetivava ver reconhecido o excesso de prazo na formação da culpa (Súmula n.º 52 desta Corte).

Ordem parcialmente conhecida e, nesta parte, denegada.”2. Pois bem, o impetrante postula a imediata revogação da prisão

preventiva do paciente. Paciente condenado pelos delitos de roubo majorado (incisos I, II e V do § 2º do artigo 157 do CP), por três vezes, e formação de quadrilha, na forma do parágrafo único do art. 288 do Código Penal. Argumenta que a segregação cautelar do acusado não se apóia em circunstâncias concretas capazes de justificar a excepcional prisão antes do trânsito em julgado da condenação. Alega, também, a fragilidade do conjunto probatório em que se louvou o decreto condenatório. Daí requerer a pronta concessão de medida acauteladora. No mérito, pede o deferimento da ordem para que se revogue a prisão preventiva decretada.

3. Feito este aligeirado retrospecto da causa, decido. Fazendo-o, pontuo, de saída, que o poder de cautela dos magistrados é exercido num juízo prefacial em que se mesclam num mesmo tom a urgência da decisão e a impossibilidade de aprofundamento analítico do caso. Se se prefere, impõe-se aos magistrados condicionar seus provimentos acautelatórios à presença, nos autos, dos requisitos da plausibilidade do direito invocado (fumus boni juris) e do perigo da demora na prestação jurisdicional (periculum in mora), perceptíveis de plano. Requisitos a ser aferidos primo oculi, portanto. Não sendo de se exigir, do julgador, uma aprofundada incursão no mérito do pedido ou na dissecação dos fatos que lhe dão suporte, sob pena de antecipação do próprio conteúdo da decisão definitiva.

4. No caso, não tenho como configurados, neste juízo provisório da causa, os pressupostos autorizadores da concessão da liminar. Isto porque a autoridade apontada como coatora denegou a ordem ali impetrada por entender que:

“(...)Em primeiro lugar, a prisão preventiva foi decretada em razão da

garantia da ordem pública, tendo em vista o envolvimento do paciente com quadrilha armada responsável pelo cometimento de crimes contra o patrimônio, notadamente roubos contra agências da Caixa Econômica Federal, envolvendo a participação de vigilantes bancários. De fato, consta dos autos que o mesmo seria responsável pela execução material das investidas criminosas e cooptação de outros agentes criminosos para a prática do delito.

O decreto prisional encontra-se, assim, devidamente fundamentado em dados concretos extraídos dos autos, sendo que a manutenção do paciente em liberdade acarreta insegurança jurídica e, por conseguinte, lesão à ordem pública, conforme inclusive já se decidiu no HC 90.726⁄MG, Primeira Turma, Relª. Minª. Cármen Lúcia, DJU de 16⁄08⁄2007. De fato, a periculosidade do agente para a coletividade, desde que comprovada concretamente é apta a manutenção da restrição de sua liberdade.

(...)Em segundo lugar, a prisão preventiva encontra-se fundamentada na

garantia da aplicação da lei penal, pois o paciente fugiu da ação policial por ocasião de flagrante de crime de roubo contra agência bancária. Lado outro, permaneceu foragido por mais de dois anos após o decreto prisional, tempo em o mandado de prisão preventiva ficou pendente de cumprimento.

Sendo assim, o fato do paciente ter fugido, anteriormente à decretação da sua prisão preventiva, e, ademais, ter permanecido foragido por longo período após a determinação de sua custódia, demonstra a necessidade da manutenção da segregação cautelar para se assegurar a aplicação da lei penal.”

(trecho do voto condutor do acórdão) 5. Com efeito, neste exame prefacial da causa, fica difícil derruir,

automaticamente, as premissas de que se valeu o Superior Tribunal de Justiça para a denegação da ordem de habeas corpus. O que significa dizer que, em linha de princípio, a prisão cautelar do paciente decorre de explícita previsão do art. 312 do CPP.

6. Por tudo quanto posto, indefiro a medida liminar requestada; reservando-me, é claro, para um mais detido exame da causa por ocasião do julgamento de mérito deste HC.

Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.301 (677)ORIGEM : HC - 101301 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : ALEXANDRE DOS SANTOSIMPTE.(S) : RENATO DA COSTACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇACOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de habeas corpus, aparelhado com pedido de medida

liminar, impetrado contra decisão do relator do HC 129.029/STJ. Decisão que julgou prejudicada a ação constitucional ali ajuizada.

2. Pois bem, o impetrante postula a imediata revogação da prisão preventiva do paciente, condenado pelo delito de roubo majorado (incisos I e II do § 2º do artigo 157 do CP), na forma tentada. Argumenta que a segregação cautelar não se apóia em circunstâncias concretas capazes de justificar a excepcional prisão antes do trânsito em julgado da condenação. Alega, também, a fragilidade do conjunto probatório em que se louvou o decreto condenatório. Daí requerer a pronta concessão de medida acauteladora. No mérito, pede o deferimento da ordem para que se revogue a prisão preventiva decretada.

3. Feito este aligeirado retrospecto da causa, decido. Fazendo-o, pontuo, de saída, que o poder de cautela dos magistrados é exercido num juízo prefacial em que se mesclam num mesmo tom a urgência da decisão e a impossibilidade de aprofundamento analítico do caso. Se se prefere, impõe-se aos magistrados condicionar seus provimentos acautelatórios à presença, nos

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STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 87

autos, dos requisitos da plausibilidade do direito invocado (fumus boni juris) e do perigo da demora na prestação jurisdicional (periculum in mora), perceptíveis de plano. Requisitos a ser aferidos primo oculi, portanto. Não sendo de se exigir, do julgador, uma aprofundada incursão no mérito do pedido ou na dissecação dos fatos que lhe dão suporte, sob pena de antecipação do próprio conteúdo da decisão definitiva.

4. No caso, não tenho como configurados, neste juízo provisório da causa, os pressupostos autorizadores da concessão da liminar. Isto porque fica difícil derruir, automaticamente, as premissas lançadas pelo Juízo processante para denegar o pedido de revogação da prisão preventiva, formulado pela defesa do paciente. Prisão mantida por ocasião da sentença penal condenatória, cuja cópia sequer acompanha a impetração.

5. Por tudo quanto posto, indefiro a medida liminar requestada; reservando-me, é claro, para um mais detido exame da causa por ocasião do julgamento de mérito deste HC.

Oficie-se ao Juízo da 10ª Vara Federal Criminal da 1ª Subseção Judiciária de São Paulo para que preste informações quanto ao alegado na inicial deste habeas corpus.

Prestadas as informações, abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República.

Publique-se. Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.309 (678)ORIGEM : AP - 3462007 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : WANDERLEY SERAFIM DE ARAÚJO OU WANDERLEI

SERAFIM DE ARAÚJOIMPTE.(S) : GLAUCIA MARIA DE SOUZA ARAÚJO FERRAZCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos, etc.A ausência, nos autos, do inteiro teor da decisão impugnada

inviabiliza a concessão da liminar. Isto porque não há como examinar as razões adotadas pela autoridade apontada como coatora para recusar o pedido ali formulado. O que impede a análise do provimento cautelar, requestado nesta impetração.

2. Acresce que, da leitura das peças deste processo, não se extraem elementos capazes de, minimamente, comprovar a ocorrência dos seus pressupostos autorizadores. Motivo pelo qual indefiro a medida liminar requestada.

3. Requisitem-se, com a máxima urgência, informações ao Superior Tribunal de Justiça (HC 97.184/STJ). Oficie-se ao Juízo de Direito da Comarca de Inajá/PE para que preste informações quanto ao alegado na inicial deste habeas corpus, cuja cópia instruirá o expediente.

4. Prestadas as informações, abra-se vista à Procuradoria-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

HABEAS CORPUS 101.328 (679)ORIGEM : HC - 101328 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : MACÁRIO RAMOS JÚDICE NETOIMPTE.(S) : FABRÍCIO DE OLIVEIRA CAMPOS E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Solicitem-se informações; após, dê-se vista ao Ministério Público Federal.

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.335 (680)ORIGEM : HC - 101335 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : THIAGO DE OLIVEIRA SILVAIMPTE.(S) : THIAGO DE OLIVEIRA SILVACOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA 5ª VARA CRIMINAL DA COMARCA

DE CAMPINAS

DECISÃO: Sendo taxativas as hipóteses do art. 102, I, letras “d” e “i”, da Constituição Federal - pertinentes à impetrabilidade originária de “habeas corpus” perante o Supremo Tribunal Federal -, falece competência a esta Corte para apreciar o presente “writ” (RTJ 93/113 - RTJ 115/687 - RTJ 121/1050 - RTJ125/1027 - RTJ 140/865), que foi impetrado contra

magistrado de primeira instância.Sendo assim, não conheço da presente ação de “habeas corpus”,

restando prejudicado, em conseqüência, o exame da medida liminar pleiteada.

Encaminhem-se, desse modo, ao E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, os presentes autos.

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.340 (681)ORIGEM : HC - 101340 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : ÉBANO CORDEIRO CABRALIMPTE.(S) : ÉBANO CORDEIRO CABRALCOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÃO CRIMINAL

DA COMARCA DE ARAÇATUBA

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal não é competente para conhecer de habeas corpus impetrado contra ato de Juiz de Direito (Constituição do Brasil, art. 102, I, i).

Declino da competência para o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Remetam-se os autos.Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.343 (682)ORIGEM : HC - 101343 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : RONALDO SILVA DOS SANTOSIMPTE.(S) : RONALDO SILVA DOS SANTOS

DECISÃO: Sendo taxativas as hipóteses do art. 102, I, letras “d” e “i”, da Constituição Federal - pertinentes à impetrabilidade originária de “habeas corpus” perante o Supremo Tribunal Federal -, falece competência a esta Corte para apreciar o presente “writ” (RTJ 93/113 - RTJ 115/687 - RTJ 121/1050 - RTJ125/1027 - RTJ 140/865), que foi impetrado contra magistrado de primeira instância.

Sendo assim, não conheço da presente ação de “habeas corpus”, restando prejudicado, em conseqüência, o exame da medida liminar pleiteada.

Encaminhem-se, desse modo, ao E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, os presentes autos.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 101.346 (683)ORIGEM : HC - 101346 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIPACTE.(S) : CLEBERSON AMARAL MARTINSIMPTE.(S) : CLEBERSON AMARAL MARTINSCOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CRIMINAL DA COMARCA

DE ITAPEVA

DECISÃOVistos.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por Cleberson

Amaral Martins, em causa própria, apontando como autoridade coatora o Juízo da 3ª Vara Criminal da Comarca de Itapeva/SP (fl. 2).

Decido.Verifico a existência de óbice processual para o conhecimento da

impetração.Ocorre que o Supremo Tribunal Federal não é competente para

processar e julgar habeas corpus impetrado contra ato de Juiz de Primeiro Grau, não tendo o impetrante/paciente, no caso presente, foro privilegiado nesta Corte para efeito de ações penais por crimes comuns ou de responsabilidade (art. 102, inciso I, alíneas “d” e “i”, da Constituição Federal).

Ante o exposto, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno desta Suprema Corte, não conheço do presente habeas corpus e determino a remessa dos autos ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para decidir como entender cabível (HC nº 96.889/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 20/3/09).

Comunique-se, ainda, à Defensoria Pública estadual para que tome as providências necessárias ao acompanhamento da impetração.

Publique-se.

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STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 88

Brasília, 28 de outubro de 2009.Ministro DIAS TOFFOLI

Relator

HABEAS CORPUS 101.348 (684)ORIGEM : AÇÃO PENAL - 200761190059183 - JUIZ FEDERAL DA

3º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEPACTE.(S) : DIRK VAN DER MERWEIMPTE.(S) : ANTONIO CARLOS DE TOLEDO SANTOS FILHOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 133125 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra conduta omissiva do Relator do Habeas Corpus 133.125/SP, Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça.

Narra a inicial que “os autos do feito estão conclusos, sem julgamento de mérito, com o Douto Ministro Relator desde 17/06 do corrente ano” (fl. 02).

Requer o impetrante a concessão de provimento liminar, para que seja determinado o imediato julgamento do HC 133.125/SP (fl. 04).

2. Solicitem-se, com urgência, informações ao Relator do HC 133.125/SP, Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça, acerca das eventuais circunstâncias que ensejam a demora do julgamento da mencionada impetração. Após, retornem os autos conclusos.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.349 (685)ORIGEM : APELAÇÃO - 2009010514619 - SUPERIOR TRIBUNAL

MILITARPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : EDUARDO BUSSE AUSTIMPTE.(S) : JOSÉ CARLOS BRANCO JÚNIORCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

DECISÃO DO SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Esta decisão é por mim proferida em face da ausência eventual, nesta Suprema Corte, do eminente Relator da presente causa (fls. 28) e de seu substituto imediato (fls. 31), justificando-se, em conseqüência, a aplicação da norma inscrita no art. 38, I, do RISTF.

O E. Superior Tribunal Militar, instado a pronunciar-se sobre a desistência recursal manifestada pelo ora paciente, determinou a prévia audiência da douta Procuradoria Geral da Justiça Militar.

Em conseqüência dessa determinação, exarada no processo penal em 27/10/2009, foram os autos respectivos encaminhados, em 28/10/2009, ao Ministério Público Militar.

Inexiste, desse modo, qualquer situação de omissão que possa ser imputada ao E. Superior Tribunal Militar, que agiu, no caso, de modo incensurável, mesmo porque teve a cautela de determinar a audiência prévia do ora paciente, para que este fosse advertido das conseqüências dessa declaração unilateral de vontade, especialmente do trânsito em julgado, daí resultante, da condenação penal contra ele proferida.

Não havendo ilegalidade no comportamento processual do E.Superior Tribunal Militar, e considerando, ainda, a sucessão cronológica de datas, a atestar a inexistência de qualquer retardamento na homologação da pretendida desistência recursal, nego seguimento à presente ação de “habeas corpus”.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009 (22:30h).

Ministro CELSO DE MELLO(RISTF, art. 38, I)

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.505 (686)ORIGEM : MI - 85951 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAUIMPTE.(S) : JOSÉ CARLOS MULLERADV.(A/S) : FERNANDO SANTOS DA SILVA E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

DESPACHO: Intime-se o impetrante para que junte aos autos documentação hábil a demonstrar o vínculo jurídico-administrativo com o Estado de Santa Catarina.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.525 (687)ORIGEM : MI - 86004 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : ONDINA AMANDIO DUARTEADV.(A/S) : GRACE SANTOS DA SILVA MARTINS E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

DECISÃOMANDADO DE INJUNÇÃO. ALEGADA AUSÊNCIA DE NORMA

REGULAMENTADORA DO ART. 40, § 4º, INC. III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. MANDADO DE INJUNÇÃO CONCEDIDO EM PARTE PARA ASSEGURAR A APLICAÇÃO DO ART. 57 DA LEI N. 8.213/91, NO QUE COUBER.

Relatório1. Mandado de injunção impetrado por Ondina Amandio Duarte, em

7.7.2009, contra pretensa omissão legislativa que atribui ao Presidente da República.

2. A Impetrante informa que “exerceu no período de 04.02.1981 até a presente data, a função de agente de serviços gerais, no Hospital Governador Celso Ramos, trabalhando no setor de nutrição, local de recebimento e preparo de todas as alimentações do hospital, incluindo funcionários, pacientes e acompanhantes, sendo que exercia, neste período, suas atividades em local úmido, com pouca ventilação e submetido à mudanças bruscas de temperatura” (fl. 5).

Ressalta que “totaliza até a presente data, 28 anos, 3 meses e 22 dias de serviço em condições prejudiciais a sua saúde e integridade física, fazendo jus a um regime especial de aposentadoria” (fl. 6).

Argumenta que “diante do princípio da isonomia e da equidade, os servidores devem se aposentar com 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, tal qual na iniciativa privada, deferindo-se o direito à contagem especial do tempo de serviço prestado de maneira também especial”, mas que, apesar disso, os servidores “continua[riam] relegados ao esquecimento e à indiferença do legislador há mais de vinte anos” (fl. 10).

Pede seja concedida a ordem “julgando procedente o pedido, conferindo caráter mandamental ao presente para declarar o direito do impetrante à contagem diferenciada do tempo de serviço em decorrência de atividade em trabalho insalubre, danosa a sua saúde e integridade física, após a égide do regime estatutário, para fins de aposentadoria especial de que cogita o parágrafo 4º do artigo 40 da Constituição [da República], a fim de deferir-lhe o direito a aposentadoria por contar com mais de 25 anos de trabalho exercido em condições prejudiciais à saúde e à integridade física, tal qual os trabalhadores privados, aplicando-lhe o artigo 57, parágrafo 1º, da Lei 8213/91” (fl. 16).

Pede, ainda, “seja declarada a mora do Excelentíssimo Presidente da República em editar lei complementar regulamentando o artigo 40, parágrafo 4º da Constituição [da República]” (fl. 16).

3. Em 9.7.2009, o Presidente do Supremo Tribunal Federal solicitou informações e determinou fosse citado o Interessado (fl. 24).

4. Em 23.7.2009, o Presidente da República, representado pelo Advogado-Geral da União, manifestou-se pelo não-cabimento do presente mandado de injunção pela inadequação do “instrumento processual escolhido, considerando que o exame da matéria exige dilação probatória para a contagem do tempo de serviço prestado e a efetiva verificação, constatação, desse exercício em atividade que prejudica a saúde, ou põe em risco a integridade física do agente” (fl. 38).

No mérito, argumenta que “o direito à contagem de tempo de serviço para se aposentar é garantido a todos que preencham os requisitos que dispõe a Constituição Federal e a legislação correlata” (fl. 42).

Relata, ainda, que “estudos esta[riam] sendo concluídos para o projeto de lei complementar, a ser encaminhado ao Congresso Nacional, objetivando regulamentar o § 4º, do art. 40, da Constituição Federal” (fl. 42).

5. Em 23.9.2009, a Secretaria Judiciária deste Supremo Tribunal certificou que até 21.9.2009 não foi recebida manifestação do Estado de Santa Catarina, ora Interessado (fl. 50).

6. A Procuradoria-Geral da República manifestou-se “pela procedência parcial do pedido, de modo que se reconheça o direito do impetrante de ter a sua situação analisada pela autoridade administrativa competente à luz da Lei n. 8.213/91, no que se refere especificamente ao pedido de concessão da aposentadoria especial de que trata o art. 40, § 4º, da Constituição” (fl. 59).

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO. 7. Em preliminar, analiso a alegada inadequação da via eleita pela

Impetrante, em razão do que argumentado pelo Presidente da República. Sustenta o Impetrado que “não existem provas contundentes, nos

autos, de que o Requerente tenha exercido efetivamente atividades laborais em contato com agentes nocivos, agressivos a sua saúde” (fl. 70).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 89

Diferentemente do que sugerido pelo Impetrado, o pedido veiculado no presente Mandado de Injunção tem como fundamento a ausência de norma regulamentadora do art. 40, § 4º, da Constituição da República.

A análise dos requisitos exigidos para a aposentação especial não se confunde com o fundamento da inexistência de norma regulamentadora de tal direito, razão pela qual, rejeito essa preliminar.

8. O mandado de injunção é ação constitucional de natureza mandamental, destinada a integrar a regra constitucional ressentida, em sua eficácia, pela ausência de norma que assegure a ela o vigor pleno.

A respeito da decisão integrativa do mandado de injunção, escrevi: “a ação de mandado de injunção realiza-se como eixo integrador da

relação jurídica formulada pela regra constitucional estatuidora do direito, liberdade ou prerrogativa e o seu exercício. Como ordem formal de integração da regra constitucional, o mandado expedido pela ação torna plenamente eficaz o que a letra da lei fez dependente de plenificação de conteúdo por norma, cuja ausência comprometeu a existência mesma da regra e obstou, inicialmente, o exercício. A eficiência total do direito faz-se imposição por via da ordem exarada na ação de injunção e passa a valer a se exercer direito, a liberdade ou prerrogativa constitucional segundo o modelo cunhado judicialmente nesse remédio.

O mandado expedido na ação em causa torna definido, certo e concreto o comando normativo constitucional, inteirando-o em sua conceituação e possibilitando a plena produção dos seus efeitos típicos para o impetrante.

O que se busca, pois, no mandado de injunção é que o Poder Judiciário integre a regra jurídica constitutiva ou assecuratória do direito ou prerrogativa enfocada na hipótese concreta com os elementos de que carece para que possa ter inteira aplicação e com os meios que lhe faltam para que possa ser plenamente efetivada nos termos constitucionalmente previstos e que persistem como lacunas por balda de norma prevista e que não adveio” (O mandado de injunção na ordem constitucional brasileira. Análise & Conjuntura, v. 3, n. 3, p. 12-19, set./dez. 1988).

“O sentido especial e inédito desta ação de Mandado de Injunção é que a sua concessão importa em não mandar que alguém faça a regulamentação que viabiliza o Direito Constitucional demonstrado no processo, mas fazer-se esta viabilização na própria ação. A ação de mandado de injunção realiza a integração do direito, liberdade ou prerrogativa constitucional ao fato sobre o qual deve ele se fazer valer, sem que se tenha que aguardar a superveniência de norma regulamentadora que realizaria, se tivesse sido positivada, oportuna e celeremente, o atributo da eficácia normativa constitucional.

O Mandado de Injunção é o instrumento que dá movimento à norma constitucional mantida em seu estado inercial por ausência de norma regulamentadora (infraconstitucional) que possibilitasse eficazmente a sua aplicação.

A aplicação plena do direito faz-se, pois, neste caso, por ordem judicial exarada na ação de injunção e passa a valer e a se exercer o direito, a liberdade ou prerrogativa constitucional segundo o modelo definido na decisão judicial a que se tenha chegado naquele processo.

A ordem de injunção, expedida na ação em causa, torna definido, certo e concreto o comando normativo constitucional, inteirando-o em sua conceituação e possibilitando a plena produção de seus efeitos típicos para o impetrante.

O que se busca, pois, no Mandado de Injunção é que o Poder Judiciário integre a norma jurídica constitutiva ou declaratória de direito, liberdade ou prerrogativa, enfocada na hipótese concreta, com os elementos de que carece e com os meios que lhe faltem para que possa ser perfeitamente efetivada nos termos e com sentido constitucionalmente previsto e que persistiam, até o advento da decisão judicial, como inoperantes por baldos de norma prevista que não veio a tempo certo permitindo a sua eficiente aplicação. (Princípios Constitucionais dos Servidores Públicos. São Paulo: Saraiva, 1999, p. 358-360).

Tem-se, aqui, portanto, a adequação da via eleita pela Impetrante para buscar o que postula ser seu direito à aposentação especial, em face das peculiaridades do exercício do cargo público que ocupa.

9. Na espécie aqui apreciada, a Impetrante alega ausência de norma regulamentadora do art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição brasileira, a impossibilitar o exercício do seu direito à aposentadoria especial.

Esses dispositivos constitucionais estabelecem:“Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

(...)§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a

concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:

(...)III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que

prejudiquem a saúde ou a integridade física”

A norma constitucional impõe, portanto, regulamentação específica (lei complementar), por meio da qual se defina a inteireza do conteúdo normativo a viabilizar o exercício daquele direito insculpido no sistema fundamental.

10. Em 25.10.2007, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal julgou os Mandados de Injunção ns. 670-ES, 708-DF e 712-PA, os dois primeiros de relatoria do Ministro Gilmar Mendes e o último, de relatoria do Ministro Eros Grau, nos quais se pretendia a garantia aos servidores públicos o exercício do direito de greve previsto no art. 37, inc. VII, da Constituição da República.

Naqueles julgamentos, ressaltou-se que este Supremo Tribunal Federal afastou-se da orientação primeira no sentido de limitar-se à declaração da mora legislativa e, sem afronta ao princípio da separação de poderes, por não lhe competir o exercício de atividade legislativa, passou a “aceitar a possibilidade de uma regulação provisória pelo próprio Judiciário. (...) Assim, tendo em conta que ao legislador não seria dado escolher se concede ou não o direito de greve, podendo tão-somente dispor sobre a adequada configuração da sua disciplina, reconheceu-se a necessidade de uma solução obrigatória da perspectiva constitucional” (Informativo n. 485).

De igual forma, mandados de injunção foram impetrados neste Supremo Tribunal Federal ao argumento da falta de norma regulamentadora do art. 40, § 4º, da Constituição da República, o que inviabilizaria o exercício dos direitos constitucionais dos servidores públicos que trabalham sob condições nele especificadas de obter a denominada aposentadoria especial.

11. Em 30.8.2007, no julgamento do Mandado de Injunção n. 721, Relator o Ministro Marco Aurélio, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal julgou parcialmente procedente o mandado de injunção impetrado por servidora pública ocupante do cargo de auxiliar de enfermagem que pleiteava fosse integrada a lacuna legislativa para que se pudesse reconhecer o seu direito à aposentadoria especial decorrente de trabalho realizado há mais de 25 anos em ambiente insalubre, nos termos seguintes:

“MANDADO DE INJUNÇÃO - NATUREZA. Conforme disposto no inciso LXXI do artigo 5º da Constituição Federal, conceder-se-á mandado de injunção quando necessário ao exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. Há ação mandamental e não simplesmente declaratória de omissão. A carga de declaração não é objeto da impetração, mas premissa da ordem a ser formalizada. MANDADO DE INJUNÇÃO - DECISÃO - BALIZAS. Tratando-se de processo subjetivo, a decisão possui eficácia considerada a relação jurídica nele revelada. APOSENTADORIA - TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS - PREJUÍZO À SAÚDE DO SERVIDOR - INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR - ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Inexistente a disciplina específica da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela própria aos trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91” (DJ 30.11.2007).

12. Embora a Impetrante questione, na presente ação, a ausência de norma regulamentadora do art. 40, § 4º, da Constituição da República, alterada pela Emenda Constitucional n. 47, de 5.7.2005, em outubro de 2008, a ausência de lei complementar para regulamentar essa matéria comemorou vinte anos, pois na norma constitucional originária, o § 1º do art. 40 dispunha que “lei complementar poderá estabelecer exceções ao disposto no inciso III, 'a' e 'c', no caso de exercício de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas”.

Ao comentar o art. 40, § 4º, da Constituição da República, José Afonso da Silva explica os direitos sociais e previdenciários do servidor público e enfatiza que:

“'Servidor Público' é uma categoria importante de trabalhador; importante porque a ele incumbem tarefas sempre de interesse público. (...) Em princípio, é vedada a adoção de requisitos e critérios [para a aposentadoria] diferentes dos [abrangidos pelo art. 40 e §§, da Constituição da República], ressalvados, nos termos definidos em lei complementar, os casos de servidores portadores de deficiência ou que exerçam atividades de risco e aqueles cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física ([Emenda Constitucional n. 47/2005]). Lembre-se que o § 1º do art. 40 na redação original era específico, permitindo a redução de tempo de serviço para fins de aposentadoria no caso de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas. O texto da Emenda Constitucional n. 20/98 é mais aberto, mas é razoável pensar que a lei complementar vai incluir as atividades penosas, insalubres e perigosas, que são as mais suscetíveis de prejudicar a saúde e a integridade física. Por isso, manteremos, aqui, a consideração que expendemos de outra feita a respeito desses termos. “Penosas” são atividades que exigem desmedido esforço para seu exercício e submetem o exercente a pressões físicas e morais intensas, e por tudo isso gera nele profundo desgaste. (...) 'Insalubres' são atividades que submetem seu exercente a permanente risco de contrair moléstias profissionais. 'Perigosas', quando o servidor, por suas atribuições, fica sujeito, no seu exercício, a permanente situação de risco de vida - como certas atividades policiais. A lei complementar o dirá.” (Comentário Contextual à Constituição. São Paulo: Malheiros, 2008, p. 360-362 - grifos nossos).

Como categoria de trabalhador, o servidor público tem direitos sociais fundamentais assegurados constitucionalmente, entre eles, o trabalho seguro, garantido pela Constituição da República em seus arts. 7º, inc. XXII e 39, § 3º, do que resulta que não pode ser óbice à não-concessão ou ao não-reconhecimento da aposentadoria especial a inexistência de lei complementar,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 90

após vinte anos de vigência da norma constitucional que a assegura, sem que tenha ainda sobrevindo aquela legislação a tornar viável o exercício de tal direito.

13. O lapso temporal de carência normativa para regulamentar o direito à aposentadoria especial dos servidores públicos, sejam eles portadores de deficiência, que exercem atividades de risco ou cujas atividades desenvolvem-se sob condições que causam dano ou lesão à sua saúde ou à sua integridade física, é causa ensejadora da concessão do mandado de injunção, nos termos do que autoriza o art. 5º, inc. LXXI, da Constituição da República:

“conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania”;

Nos termos do que dispõe a Constituição da República, “§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis

que: (...)II - disponham sobre: (...)c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico,

provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;” (Emenda Constitucional n. 18, de 1998, grifos nossos).

14. Não prevalece dúvida quanto à mora legislativa na edição de lei complementar disciplinadora o art. 40, § 4º, da Constituição da República, pelo que determino a comunicação desta grave omissão às autoridades competentes.

Mas, como anotado antes, o reconhecimento desta falta não é bastante para dar cobro à plena eficácia desta garantia constitucional.

15. No julgamento do Mandado de Injunção n. 715, o Relator, Ministro Celso de Mello, ressaltou a necessidade de se superar a estagnação do legislador para não frustrar a “eficácia de situações subjetivas de vantagem reconhecidas pelo texto constitucional (RTJ 131/963 - RTJ 186/20-21)”. Enfatizou aquele nobre Ministro que as omissões legislativas “não podem ser toleradas, eis que o desprestígio da Constituição - resultante da inércia de órgãos meramente constituídos - representa um dos mais tormentosos aspectos do processo de desvalorização funcional da Lei Fundamental da República, ao mesmo tempo em que estimula, gravemente, a erosão da consciência constitucional, evidenciando, desse modo, o inaceitável desprezo dos direitos básicos e das liberdades públicas pelos Poderes do Estado” (decisão monocrática, DJ 4.3.2005, grifos no original).

16. A Impetrante informa que “exerceu no período de 04.02.1981 até a presente data, a função de agente de serviços gerais, no Hospital Governador Celso Ramos” e que “as atividades exercidas com exposição a agentes nocivos pela impetrante se davam de modo habitual e permanente, não ocasional, nem intermitente” (fl. 6).

A certidão de fl. 20, assinada pelo Gerente de Administração do Hospital Governador Celso Ramos, demonstra que aquela instituição reconhece estar a Impetrante submetida a condições insalubres de trabalho em decorrência de sua exposição aos seguintes agentes nocivos: “barulho de máquinas, agente biológico, produtos de limpeza (água sanitária, detergente, etc), baixas e altas temperaturas, umidade” (fl. 20).

A circunstância especial de exercício de atividade insalubre pela servidora parece diferenciar-se de situação em que o desempenho de funções públicas não está sujeito a esse fator. Daí a necessidade de se adotar critérios diferenciados na definição de sua aposentadoria, visando a plena eficácia do princípio da isonomia.

17. José Afonso da Silva bem explicou a necessidade de integração das normas constitucionais, para que estas tenham eficácia:

“Toda constituição é feita para ser aplicada. Nasce com o destino de reger a vida de uma nação, construir uma nova ordem jurídica, informar e inspirar um determinado regime político-social. (...) Mas (...) muitas e muitas normas constitucionais têm eficácia limitada, ficando sua aplicação efetiva e positiva dependente da atividade dos órgãos governamentais, especialmente do Legislativo ordinário. (...)

A Constituição de 1988 aí está. Também ela, como acontece com a generalidade das constituições contemporâneas, depende, para adquirir plena eficácia jurídica, de integração normativa, através de leis que transmitam vida e energia a grande número de dispositivos, especialmente os de natureza programática, que dão a tônica dos fins sociais do Estado e revelam aquela área de compromisso entre o liberalismo e o dirigismo, entre a democracia política e a democracia social. A não-integração normativa dessas normas constitui o descumprimento do compromisso e revela o logro em que caíram as forças políticas que as defenderam e as fizeram introduzir no sistema constitucional vigente, naquilo que foi incorporado pelo regime democrático anterior e permanece.” (Aplicabilidade das Normas Constitucionais. São Paulo: Malheiros, 1998, p. 225-226).

Para Meuccio Ruini, “Ho detto altre volte che uma Costituzione non può come Minerva

uscire dal capo di Giove, completa, tutta d'un pezzo e tutta armata. Il testo costituzionale non può provvedere all'intero ordinamento giuridico dello Stato. Anche i giuristi puri, come Santi Romano, hanno adoperata l'immagine che la Costituzione è il tronco dell'albero ed ha bisogno di rami e di fronde. (...) Ma anche tale immagine non basta; la Costituzione per le leggi ordinarie, e queste per i regolamenti, non sono soltanto uma cornice, sono um tessuto normativo (...).

Purtroppo se è difficile fare uma Costituzione, è più difficile metterla in movimento e farla funzionare; ma questo è um imperativo inderogabile a meno che non si riffacia o si modifichi l'edificio costituzionale. Le difficoltà obiettive, che ho rilevate, rendono più grave ed imperioso il dovere che hanno Governo, Parlamento, Paese, di procedere ad uno sforzo coordinato e sistemático per attuare (...) la Costituzione.

Non è ammissible che uma Costituzione resti anche parzialmente disapplicata e si prolunghi um interrompimento ed uma fase di non certezza del diritto” (Il Parlamento e La sua riforma; La Costituzione nella sua applicazione. Milão: Dott A. Giuffrè Editore, 1952, p. 119-120).

Rui Barbosa já preconizava a importância da efetividade da Constituição da República: “Não há, numa Constituição, cláusulas a que se deva atribuir meramente o valor moral de conselhos, avisos ou lições. Todas têm a força imperativa de regras" (Comentários à Constituição Federal Brasileira. São Paulo: Saraiva, Tomo II, 1933, p. 489).

Considerar o contrário é trazer um sentimento de frustração à sociedade, ao cidadão que, ao não obter a efetividade a um seu direito, passa a descrer não apenas no órgão encarregado de elaborar a norma, mas também no Poder Judiciário e, em escala, na própria Constituição da República.

18. No caso em exame, fica caracterizado o dever de o Poder Judiciário afastar a inércia dos órgãos responsáveis pela elaboração da norma regulamentadora de direitos constitucionalmente assegurados, o que no presente caso, envolve a iniciativa legislativa do Presidente da República. Compete, assim, a este Supremo Tribunal atuar de forma a viabilizar a imediata aplicação do direito ao caso concreto, sob pena de ter-se, nesse ponto, uma Constituição ineficaz, como leciona José Horácio Meirelles Teixeira:

“(...) qualquer Constituição moderna, para adquirir eficácia plena, tornando-se instrumento capaz de realizar os elevados fins a que se destina, depende, em larga escala, de regulamentação adequada, isto é, daquilo que hoje se denomina a 'integração normativa', através de leis complementares que transmitam vida e energia a grande número de dispositivos, especialmente os de natureza programática. (...)

Como se vê, uma [coisa] é a Constituição vigente, solenemente promulgada; outra é a Constituição eficaz, isto é, desde logo aplicável, exigível, com força obrigatória; outra, afinal, a Constituição aplicada, efetivamente cumprida, em nossa vida política, administrativa, econômica e social” (Curso de Direito Constitucional. Organizado por Maria Garcia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1991, p. 364).

19. Em 15.4.2009, no julgamento dos Mandados de Injunção ns. 795, 797, 809, 828, 841, 850, 857, 879, 905, 927, 938, 962 e 998, todos de minha relatoria, nos quais se discutia a ausência de norma regulamentadora do art. 40, § 4º, a tornar viável a aposentadoria especial do servidor público que tenha exercido atividade de risco ou sob condições especiais que prejudiquem a sua saúde ou a sua integridade física (art. 40, § 4º, da Constituição da República), o Plenário, à unanimidade, reconheceu a mora legislativa e determinou fosse aplicada a regra do art. 57 da Lei n. 8.213, de 24.7.1991, que “dispõe sobre os planos de benefícios da previdência social”:

“Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei. (Redação dada pela Lei n. 9.032, de 1995)

§ 1º A aposentadoria especial, observado o disposto no art. 33 desta Lei, consistirá numa renda mensal equivalente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício. (Redação dada pela Lei n. 9.032, de 1995)

§ 2º A data de início do benefício será fixada da mesma forma que a da aposentadoria por idade, conforme o disposto no art. 49.

§ 3º A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro Social-INSS, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado. (Redação dada pela Lei n. 9.032, de 1995)

§ 4º O segurado deverá comprovar, além do tempo de trabalho, exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício. (Redação dada pela Lei n. 9.032, de 1995)

§ 5º O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física será somado, após a respectiva conversão ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, segundo critérios estabelecidos pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, para efeito de concessão de qualquer benefício. (Incluído pela Lei n. 9.032, de 1995)

§ 6º O benefício previsto neste artigo será financiado com os recursos provenientes da contribuição de que trata o inciso II do art. 22 da Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991, cujas alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa permita a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. (Redação dada pela Lei nº 9.732, de 11.12.98)

§ 7º O acréscimo de que trata o parágrafo anterior incide exclusivamente sobre a remuneração do segurado sujeito às condições

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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especiais referidas no caput. (Incluído pela Lei nº 9.732, de 11.12.98)§ 8º Aplica-se o disposto no art. 46 ao segurado aposentado nos

termos deste artigo que continuar no exercício de atividade ou operação que o sujeite aos agentes nocivos constantes da relação referida no art. 58 desta Lei.” (Incluído pela Lei n. 9.732, de 11.12.98)”.

Naquela mesma sessão de julgamento e ainda sobre a ausência de lei complementar a disciplinar a mencionada aposentadoria especial do servidor público, foram julgados os Mandados de Injunção ns. 788, 796, 808 e 825, Relator o Ministro Carlos Britto.

Em questão de ordem, decidiu-se também que os Ministros deste Supremo Tribunal Federal poderiam decidir, monocrática e definitivamente, casos idênticos àqueles, determinando a aplicação da regra do art. 57 da Lei n. 8.213/1991 aos servidores públicos, no que coubesse.

A possibilidade de se ter a aplicação dessa regra no caso concreto, após exame e conclusão sobre o cumprimento, pelo Impetrante, das condições de fato e de direito autorizadoras da incidência da norma, são da exclusiva competência da autoridade administrativa competente, a quem incumbirá aferir o preenchimento de todos os requisitos para a aposentação previstos no ordenamento jurídico vigente.

O objeto do mandado de injunção é a ausência de norma regulamentadora que inviabiliza o exercício do direito. Se o direito está perfeitamente configurado para ser exercido no caso em exame somente a análise e conclusão das condições de fato, funcionais e jurídicas da situação do Impetrante, a ser feita em sede administrativa, podem conduzir.

O que cumpre ao Poder Judiciário é verificar a omissão da norma regulamentadora e a possibilidade de o Impetrante poder se valer de regra jurídica aplicável à situação por ele descrita, afastando-se o impedimento que lhe advém da ausência da regulamentação constitucionalmente prevista, o que, no caso, é aqui prestado.

Verificada a omissão normativa, que estaria a inviabilizar o exercício de um direito constitucionalmente previsto, integra-se o direito titularizado, em tese, pelo Impetrante. Tanto não se confunde com a análise dos requisitos exigidos para a aposentação especial, tampouco pode o Poder Judiciário definir, de forma exaustiva e que somente pode ser cumrpido, administrativamente, pela autoridade competente, quais os critérios legais a serem observados no exame do pedido de aposentadoria submetido ao seu exame e à sua decisão.

Assim, a integração normativa operada permite à autoridade competente realizar o exame do caso posto do direito pretensamente titularizado pelo servidor público. Não compete, entretanto, a este Supremo Tribunal analisar o quadro fático-funcional da Impetrante para concluir pelo direito à sua aposentação, mas tão somente afastar o óbice da carência normativa a ser aplicada à espécie, se cumpridas as exigências da norma aplicável.

20. Dessa forma, reconhecida a mora legislativa e a necessidade de se dar eficácia às normas constitucionais e efetividade ao alegado direito, concedo parcialmente a ordem pleiteada para, integrando-se a norma constitucional, e, garantindo-se a viabilidade do direito assegurado à Impetrante e efetividade do que disposto no art. 40, § 4º, da Constituição brasileira, assegurar-lhe a aplicação do art. 57 e parágrafos da Lei n. 8.213/1991, no que couber e a partir da comprovação dos dados do Impetrante perante a autoridade administrativa competente.

Comunique-se.Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.599 (688)ORIGEM : MI - 90535 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOIMPTE.(S) : HELOISA DE FÁTIMA SANTOS MARCENESADV.(A/S) : SÉRGIO RICARDO SILVA E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Solicitem-se informações à autoridade impetrada. Após, à PGR.

Publique-se.Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

MANDADO DE SEGURANÇA 26.320 (689)ORIGEM : MS - 199032 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : MARIA DO SOCORRO ALMEIDA DE ARAÚJOADV.(A/S) : JOSÉ GUILHERME CARVALHO ZAGALLOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO

MANDADO DE SEGURANÇA – AUTUAÇÃO – CONSERTO. 1.Observem a organicidade e a dinâmica do Direito. O órgão de

origem tão somente cumpriu decisão do Tribunal de Contas da União. Assim, surge impróprio lançar como autoridades impetradas o Reitor e a Pró-Reitora de Recursos Humanos da Universidade Federal do Maranhão.

2.Corrijam a autuação, para que fique como autoridade coatora apenas o Presidente do Tribunal de Contas da União.

3.Seguem relatório e voto, visando ao julgamento final da impetração. 4.Publiquem.Brasília – residência –, 5 de outubro de 2009, às 16h10.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MANDADO DE SEGURANÇA 26.601 (690)ORIGEM : MS - 63898 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : FERNANDO RODRIGUES LEONEL ROSAADV.(A/S) : SAM DE SOUZA FREITAS E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Trata-se de mandado de segurança, com pedido de medida liminar, impetrado por Fernando Rodrigues Leonel Rosa contra ato do Procurador-Geral da República, consistente na determinação, inserida no Edital PGR/MPU nº 18, de que é requisito para o cargo de Técnico de Apoio – Especialidade Transporte, do Ministério Público da União, a carteira nacional de habilitação definitiva categoria “D” ou “E” expedida há no mínimo três anos, contados da data de encerramento das inscrições para o concurso.

O impetrante afirma que somente a lei poderia estabelecer restrições ao acesso ao referido cargo público. Alega que “apesar de já ser habilitado para condução de veículo automotor desde 1993, somente obteve a CNH categoria D em dezembro de 2004”, contando à época da inscrição definitiva no concurso dois anos e cinco meses de habilitação nesta categoria (fls. 07).

Afirma, ainda, que a exigência editalícia ofende o princípio da razoabilidade, tendo em vista que tal exigência somente seria necessária no momento da posse no cargo público.

Requereu a concessão da medida liminar para que pudesse realizar a prova prática, independentemente da comprovação dos três anos de habilitação na categoria “D”, no momento da inscrição do concurso.

No mérito, requer a concessão da ordem.A fls. 68, o ministro Celso de Mello deferiu a medida liminar (art. 38, I

RISTF).Informações prestadas a fls. 90-94.O procurador-geral da República, em parecer de fls. 96-100,

manifesta-se pela denegação da segurança.É o relatório.Decido.Esta Corte, ao apreciar o MS 26.682, rel. min. Carlos Britto, DJe

21.05.2009, firmou entendimento no sentido da irrazoabilidade da exigência de o candidato a motorista do MPU contar com três anos de CNH emitida nas categorias "D" ou "E". Confira-se o precedente:

EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DO CARGO DE TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO, ÁREA DE APOIO ESPECIALIZADO, ESPECIALIZAÇÃO EM TRANSPORTE. PROVA PRÁTICA DE DIREÇÃO VEICULAR. ILEGALIDADE DA EXIGÊNCIA DE CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO, NA CATEGORIA "D" OU "E", EMITIDA, NESTAS CATEGORIAS, HÁ, NO MÍNIMO, TRÊS ANOS. § 1º DO ART. 7º DA LEI Nº 11.415/2006. NECESSIDADE DE LEI PARA A IMPOSIÇÃO DE EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL COMO REQUISITO AO PROVIMENTO DO CARGO. 1. Na data de publicação do Edital PGR/MPU nº 18/2006, bem como na de sua primeira retificação, vigoravam a Lei nº 9.953/2000, com a redação dada pela Lei nº 10.476/2002, e a Portaria PGR nº 233/2004. Legislação que reputava desnecessária experiência profissional para o provimento do cargo de Técnico do MPU, área de Apoio Especializado, especialização Transporte, exigindo, tão-somente, a apresentação de Carteira Nacional de Habilitação, categoria "D" ou "E", por ocasião da posse. 2. O § 1º do art. 7º da Lei nº 11.415/2006 remete à lei - e não ao regulamento - a força de exigir, se for o caso, formação especializada, experiência e registro profissional como requisitos para a posse nos cargos das carreiras do MPU. Ilegalidade da Portaria PGR/MPU nº 712, de 20/12/2006. 3. Aplicabilidade, ao concurso público em andamento, da Lei nº 11.415/2006, pois, além de não estar encerrado o prazo para inscrições, "enquanto não concluído e homologado o concurso público, pode a Administração alterar as condições do certame constantes do respectivo edital, para adaptá-las à nova legislação aplicável à espécie" (RE 318.106/RN, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 18/11/2005). 4. Aparente irrazoabilidade da exigência de o candidato a motorista do MPU contar com três anos de CNH emitida nas categorias "D" ou "E". 5. Segurança concedida.

Ademais, esta Corte, ao julgar o MS 26.668, o MS 26.673 e o MS 26.810, todos de relatoria do Min. Ricardo Lewandowski, decidiu que a exigência de habilitação para o exercício do cargo de técnico – área de apoio especializado – especialidade transporte, do Ministério Público Federal, dar-se-á no ato da posse e não da inscrição do concurso. Confira-se, por todos:

EMENTA: CONSTITUCIONAL. CONCURSO PÚBLICO PARA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 92

CARGO DE TÉCNICO DE PROVIMENTO DE APOIO. EXIGÊNCIA DE TRES ANOS DE HABILITAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE PREVISÃO CONSTITUCIONAL. SEGURANÇA CONCEDIDA.

I - O que importa para o cumprimento da finalidade da lei é a existência da habilitação plena no ato da posse.

II - A exigência de habilitação para o exercício do cargo objeto do certame dar-se-á no ato da posse e não da inscrição do concurso.

III – Precedentes. IV – Ordem concedida.MS 26.668, rel. min. Ricardo Lewandowski, DJ 28.05.2009.Do exposto, com fundamento no art. 205, alterado pela Emenda

Regimental 28, de 18.02.2009, concedo a ordem para determinar que o impetrante, comprovados na data da posse os três anos de habilitação na categoria “D” ou “E”, possa participar do concurso e, se aprovado e classificado, ser investido no cargo de Técnico do Ministério Público da União – Apoio Especializado - Especialidade Transporte.

Comunique-se.Publique-se.Arquivem-se os autos.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

MANDADO DE SEGURANÇA 27.128 (691)ORIGEM : MS - 12618 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : ARCIMI DOS SANTOSADV.(A/S) : ANA IZABEL VIANA GONSALVES E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA PRIMEIRA CÂMARA DO TRIBUNAL

DE CONTAS DA UNIÃO (TC Nº 00279420012)

Em atenção às informações prestadas à fl. 246, oficie-se, com urgência, o Coordenador-Geral de Recursos Humanos do IBAMA para que cumpra a decisão proferida às fls. 212-214.

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.163 (692)ORIGEM : MS - 93774 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : ANTONIO CARLOS DE MELLO PACHECO FILHOIMPTE.(S) : DALTRON VILAS BOAS ROCHAIMPTE.(S) : FERNANDO LOURES SALINET FILHOIMPTE.(S) : FLORESTINA ANDRADE STOCCOIMPTE.(S) : LEILA DE RIBEIRO URBANIMPTE.(S) : LETÍCIA CUNHA MARQUES KUSTERIMPTE.(S) : MICHEL ABÍLIO NAGIB NEMEIMPTE.(S) : RODRIGO BARROZOADV.(A/S) : SERGIO BERMUDES E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

(RESOLUÇÃO Nº 80, DE 9 DE JUNHO DE 2009)

DECISÃO: Trata-se de mandado de segurança, com pedido de medida liminar, impetrado contra a Resolução nº 80, de 09/06/2009, editada pelo Conselho Nacional de Justiça.

Os ora impetrantes buscam “(...) a concessão de medida liminar para sustar os efeitos concretos da Resolução nº 80/2009 do Conselho Nacional de Justiça, assegurando-lhes o direito de permanecer no exercício da titularidade de suas atuais serventias até decisão final do mandado de segurança” (fls. 14 - grifei).

O eminente Ministro GILMAR MENDES, Presidente do Conselho Nacional de Justiça, ao prestar as informações que lhe foram solicitadas, suscitou questão preliminar de não-conhecimento desta ação de mandado de segurança, fazendo-o nos seguintes termos (fls.371/373):

“Inicialmente, cumpre informar a Vossa Excelência que os Impetrantes, pela via estreita de cognição do Mandado de Segurança, pretendem a suspensão dos efeitos da Resolução do Conselho Nacional de Justiça n.º 80, de 09 de junho de 2009, um ato de natureza normativa do qual não exsurgem efeitos concretos imediatos.

Conquanto por meio do artigo 1º da referida resolução seja ‘declarada a vacância dos serviços notariais e de registro cujos atuais responsáveis não tenham sido investidos por meio do concurso público de provas e títulos específico para a outorga de delegações e de notas e de registro, na forma da Constituição Federal de 1988’, insta informar a Vossa Excelência que o citado comando não encerra uma determinação imediata.

Cabe ressaltar que a materialização dos efeitos da Resolução n.º 80, de 09 de junho de 2009 não deflui de sua mera publicação, haja vista ser necessária a edição de outros atos administrativos, conforme se infere dos §§ 1º e 2º do artigo 1º do ato normativo objurgado, ‘verbis’:

‘§ 1º Cumprirá aos respectivos tribunais dos Estados, do Distrito

Federal e dos Territórios elaborar lista das delegações vagas, inclusive aquelas decorrentes de desacumulações, encaminhando-a à Corregedoria Nacional de Justiça, acompanhada dos respectivos títulos de investidura dos atuais responsáveis por essas unidades tidas como vagas, com a respectiva data de criação da unidade, no prazo de quarenta e cinco dias.

§ 2º No mesmo prazo os tribunais elaborarão uma lista das delegações que estejam providas segundo o regime constitucional vigente, encaminhando-a, acompanhada dos títulos de investidura daqueles que estão atualmente respondendo por essas unidades como delegados titulares e as respectivas datas de suas atribuições.’

Verifica-se, portanto, que o ato causador de um eventual gravame aos Impetrantes é a publicação da Relação Geral de Vacâncias da respectiva unidade da Federação. O ato normativo editado pelo Conselho Nacional de Justiça, por si só, é incapaz de produzir efeitos concretos violadores dos direitos individuais dos Impetrantes.

Ademais, antes que a vaga seja incluída na Relação Geral de Vacâncias, é conferida aos interessados a possibilidade de impugnar o ato do respectivo Tribunal de Justiça responsável pela elaboração da lista das delegações vagas. Nesse sentido, dispõe o parágrafo único do artigo 2° da resolução contestada:

‘Parágrafo único - No prazo de 15 (quinze), a contar da sua ciência, poderá o interessado impugnar a inclusão da vaga na Relação Provisória de Vacâncias, cumprindo à Corregedoria Nacional de Justiça decidir as impugnações, publicando as decisões e a Relação Geral de Vacâncias de cada unidade da federação’.

Em razão do procedimento para a declaração de vacância dos serviços notariais e de registro ocupados em desacordo com a Constituição Federal de 1988, a Resolução do Conselho Nacional de Justiça n.º 80, de 09 de junho de 2009 configura normativo com efeitos abstratos, cuja concretização depende da edição de outros atos administrativos, razão pela qual é inatacável pela via do ‘mandamus’, conforme o Enunciado n.º 266 da Súmula do Supremo Tribunal Federal.” (grifei)

Reconheço, preliminarmente, que o Supremo Tribunal Federal dispõe de competência originária para processar e julgar ações (inclusive as ações de mandado de segurança) contra o Conselho Nacional de Justiça (CF, art. 102, I, “r”, na redação dada pela ECnº 45/2004).

Passo, desse modo, reconhecida a competência originária desta Suprema Corte, a examinar, previamente, a admissibilidade, ou não, da presente ação mandamental, tendo em vista a natureza do ato estatal ora impugnado nesta sede processual.

Entendo que se revela insuscetível de conhecimento a presente ação de mandado de segurança, eis que ajuizada contra ato estatal – a Resolução CNJ nº 80/2009 – revestido de conteúdo evidentemente normativo e abstrato, subsumível, por isso mesmo, à noção de ato em tese, como acentuado pelo eminente Senhor Presidente do Conselho Nacional de Justiça (fls. 371/373).

Com efeito, os preceitos inscritos em tal diploma normativo traduzem ato em tese, cujo coeficiente de normatividade e de generalidade abstrata impede, na linha de diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo Tribunal Federal (Súmula 266), a válida utilização do remédio constitucional do mandado de segurança:

“Não se revelam sindicáveis, pela via jurídico-processual do mandado de segurança, os atos em tese, assim considerados aqueles (...) que dispõem sobre situações gerais e impessoais, que têm alcance genérico e que disciplinam hipóteses neles abstratamente previstas. Precedentes. Súmula266/STF.”

(RTJ 180/942-943, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Cumpre enfatizar, neste ponto, que normas em tese - assim

entendidos os preceitos estatais qualificados em função do tríplice atributo da generalidade, impessoalidade e abstração - não se expõem ao controle jurisdicional pela via do mandado de segurança, cuja utilização deverá recair, unicamente, sobre os atos destinados a dar aplicação concreta ao que se contiver nas leis, em seus equivalentes constitucionais ou, como na espécie, em regramentos administrativos de conteúdo normativo, consoante adverte o magistério da doutrina (HELY LOPES MEIRELLES, “Mandado de Segurança”, p. 40/41, 28ª ed., 2005, atualizada por Arnoldo Wald e Gilmar Ferreira Mendes, Malheiros; ALFREDO BUZAID, “Do Mandado de Segurança”, vol. I/126-129, itens ns. 5/6, 1989, Saraiva; CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, “Manual do Mandado de Segurança”, p. 41/43, 3ª ed., 1999, Renovar; FRANCISCO ANTONIO DE OLIVEIRA, “Mandado de Segurança e Controle Jurisdicional”, p. 28/29, item n. 2.1.1, 2ª ed., 1996, RT).

Esse entendimento doutrinário, por sua vez, expressa, de maneira clara, a própria jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que sempre tem enfatizado, a propósito da matéria em exame, não serem impugnáveis, em sede mandamental, aqueles atos estatais – como o de que ora se cuida - cujo conteúdo veicule prescrições disciplinadoras de situações gerais e impessoais e regedoras de hipóteses que se achem abstratamente previstas em tais atos ou resoluções (RTJ132/189, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

E é, exatamente, o que sucede na espécie, pois a Resolução CNJ nº 80/2009 – pela circunstância de apenas dispor, normativamente, “in abstracto”, sobre situações gerais e impessoais – depende, para efeito de sua aplicabilidade, da prática necessária e ulterior de atos concretos (estes, de

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competência dos “respectivos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios” e da Corregedoria Nacional de Justiça) destinados a realizar as prescrições abstratas formalmente consubstanciadas no mencionado ato normativo.

Isso significa, portanto, que a implementação executiva do conteúdo normativo do ato impugnado nesta sede mandamental incumbe, concretamente, na esfera administrativa, e em cada caso ocorrente, ao respectivo Tribunal de Justiça a que estiver vinculado o serviço notarial e/ou de registro (ao E. Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, na espécie) e, posteriormente, à Corregedoria Nacional de Justiça, a quem caberá organizar “(...) a Relação Provisória de Vacâncias, das unidades vagas em cada unidade da federação, publicando-as oficialmente a fim de que essas unidades sejam submetidas a concurso público de provas e títulos para outorga de delegações” (Resolução/CNJ nº 80/2009, art. 2º, “caput”).

Reconhecer-se, na espécie ora em exame, a possibilidade jurídico-processual de impugnação, em sede mandamental, do ato normativo em questão equivaleria, em última análise, a autorizar a indevida utilização do mandado de segurança como inadmissível sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade, desconsiderando-se, desse modo, a advertência deste Supremo Tribunal Federal, cujas decisões já acentuaram, por mais de uma vez, a inviabilidade do emprego do “writ” mandamental como instrumento de controle abstrato da validade constitucional das leis e dos atos normativos em geral (RTJ 110/77, Rel. Min. FRANCISCO REZEK – RTJ 111/184, Rel. Min. DJACI FALCÃO - RTJ 132/1136, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.):

“É plena a insindicabilidade, pela via jurídico- -processual do mandado de segurança, de atos em tese, assim considerados os que dispõem sobre situações gerais e impessoais, têm alcance genérico e disciplinam hipóteses que neles se acham abstratamente previstas. O mandado de segurança não é sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade nem pode substituí-la, sob pena de grave deformação do instituto e inaceitável desvio de sua verdadeira função jurídico-processual.”

(RTJ 132/189, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“I. (...) Todavia, se o decreto tem efeito normativo, genérico, por

isso mesmo sem operatividade imediata, necessitando, para a sua individualização, da expedição de ato administrativo, então contra ele não cabe mandado de segurança, já que, admiti-lo, seria admitir a segurança contra lei em tese, o que é repelido pela doutrina e pela jurisprudência (Súmula nº 266).

II. - Mandado de segurança não conhecido.”(RTJ 138/756, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – grifei)Não foi por outra razão que o eminente Ministro JOAQUIM

BARBOSA, ao apreciar, como Relator, o MS 28.169/DF – impetrado contra a mesma Resolução CNJ nº 80/2009, ora questionada na presente sede mandamental -, negou seguimento a referido mandado de segurança, por entender, corretamente, que tal ato “(...) é dotado de caráter normativo, disciplinando situações gerais e abstratas. Produz, portanto, efeitos análogos ao de uma lei em tese, contra a qual não cabe mandado de segurança nos termos da Súmula 266 desta Corte” (grifei).

Registre-se, ainda, que a inviabilidade deste mandado de segurança ainda mais se evidencia quando se tem presente que a Associação dos Notários e Registradores do Brasil – ANOREG/BR propôs, perante esta Suprema Corte, ação direta de inconstitucionalidade (ADI 4.300/DF, Rel. Min. EROS GRAU), na qual impugna a Resolução nº 80/CNJ.

Com efeito, a Resolução em causa – que se qualifica como “um ato de natureza normativa do qual não exsurgem efeitos concretos imediatos”, como realçado nas informações ora prestadas – somente comporta impugnação em sede de fiscalização abstrata de constitucionalidade, não se mostrando objeto idôneo de questionamentoem sede mandamental, a significar, portanto, que a Resolução CNJ nº 80/2009 não se reveste de natureza dúplice nem de conteúdo bifronte.

E, precisamente, por não ostentar natureza dúplice nem conteúdo bifronte, a mencionada Resolução não pode ser simultaneamente contestada em sede de fiscalização concentrada de constitucionalidade (que só admite impugnação contra ato normativo) e, também, mediante ação de mandado de segurança (que não admite impugnação contra ato normativo).

Impende mencionar, finalmente, que o eminente Ministro EROS GRAU, Relator de referida ação direta de inconstitucionalidade (ADI4.300/DF), reconhecendo, na Resolução CNJ nº 80/2009, os atributos da normatividade qualificada (o que a torna objeto idôneo de impugnação “in abstracto” em sede de fiscalização concentrada), aplicou, a esse processo de índole objetiva, o rito procedimental abreviado a que alude o art. 12 da Lei nº 9.868/99.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não conheço da presente ação de mandado de segurança, ficando prejudicada, em conseqüência, a apreciação do pedido de medida liminar.

Arquivem-se estes autos.Publique-se. Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.170 (693)ORIGEM : MS - 95925 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : JOSEFA FERNANDES BARROSADV.(A/S) : ISRAEL DOURADO GUERRA FILHOIMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (RESOLUÇÃO Nº

80, DE 09 DE JUNHO DE 2009)

DECISÃO: Trata-se de mandado de segurança, com pedido de medida liminar, impetrado contra a Resolução nº 80, de 09/06/2009, editada pelo Conselho Nacional de Justiça.

A ora impetrante busca que se “(...) conceda liminar para determinar SUSPENSÃO DOS EFEITOS DA RESOLUÇÃO Nº 80-CNJ quanto à serventia que tem como oficial titular a Impetrante, até decisão de mérito final (...)” (fls. 10).

O eminente Ministro GILMAR MENDES, Presidente do Conselho Nacional de Justiça, ao prestar as informações que lhe foram solicitadas, suscitou questão preliminar de não-conhecimento desta ação de mandado de segurança, fazendo-o nos seguintes termos (fls.60/62):

“Inicialmente, cumpre informar a Vossa Excelência que a Impetrante, pela via estreita de cognição do Mandado de Segurança, pretende a suspensão dos efeitos da Resolução do Conselho Nacional de Justiça n.º 80, de 09 de junho de 2009, um ato de natureza normativa do qual não exsurgem efeitos concretos imediatos.

Conquanto por meio do artigo 1º da referida resolução seja ‘declarada a vacância dos serviços notariais e de registro cujos atuais responsáveis não tenham sido investidos por meio do concurso público de provas e títulos específico para a outorga de delegações e de notas e de registro, na forma da Constituição Federal de 1988’, insta informar a Vossa Excelência que o citado comando não encerra uma determinação imediata.

Cabe ressaltar que a materialização dos efeitos da Resolução n.º 80, de 09 de junho de 2009 não deflui de sua mera publicação, haja vista ser necessária a edição de outros atos administrativos, conforme se infere dos §§ 1º e 2º do artigo 1º do ato normativo objurgado, ‘verbis’:

‘§ 1º Cumprirá aos respectivos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios elaborar lista das delegações vagas, inclusive aquelas decorrentes de desacumulações, encaminhando-a à Corregedoria Nacional de Justiça, acompanhada dos respectivos títulos de investidura dos atuais responsáveis por essas unidades tidas como vagas, com a respectiva data de criação da unidade, no prazo de quarenta e cinco dias.

§ 2º No mesmo prazo os tribunais elaborarão uma lista das delegações que estejam providas segundo o regime constitucional vigente, encaminhando-a, acompanhada dos títulos de investidura daqueles que estão atualmente respondendo por essas unidades como delegados titulares e as respectivas datas de suas atribuições.’

Verifica-se, portanto, que o ato causador de um eventual gravame à Impetrante é a publicação da Relação Geral de Vacâncias da respectiva unidade da Federação. O ato normativo editado pelo Conselho Nacional de Justiça, por si só, é incapaz de produzir efeitos concretos violadores dos direitos individuais da Impetrante.

Ademais, antes que a vaga seja incluída na Relação Geral de Vacâncias, é conferida aos interessados a possibilidade de impugnar o ato do respectivo Tribunal de Justiça responsável pela elaboração da lista das delegações vagas. Nesse sentido, dispõe o parágrafo único do artigo 2° da resolução contestada:

‘Parágrafo único - No prazo de 15 (quinze), a contar da sua ciência, poderá o interessado impugnar a inclusão da vaga na Relação Provisória de Vacâncias, cumprindo à Corregedoria Nacional de Justiça decidir as impugnações, publicando as decisões e a Relação Geral de Vacâncias de cada unidade da federação’.

Em razão do procedimento para a declaração de vacância dos serviços notariais e de registro ocupados em desacordo com a Constituição Federal de 1988, a Resolução do Conselho Nacional de Justiça n.º 80, de 09 de junho de 2009 configura normativo com efeitos abstratos, cuja concretização depende da edição de outros atos administrativos, razão pela qual é inatacável pela via do ‘mandamus’, conforme o Enunciado n.º 266 da Súmula do Supremo Tribunal Federal.” (grifei)

Reconheço, preliminarmente, que o Supremo Tribunal Federal dispõe de competência originária para processar e julgar ações (inclusive as ações de mandado de segurança) contra o Conselho Nacional de Justiça (CF, art. 102, I, “r”, na redação dada pela ECnº 45/2004).

Passo, desse modo, reconhecida a competência originária desta Suprema Corte, a examinar, previamente, a admissibilidade, ou não, da presente ação mandamental, tendo em vista a natureza do ato estatal ora impugnado nesta sede processual.

Entendo que se revela insuscetível de conhecimento a presente ação de mandado de segurança, eis que ajuizada contra ato estatal – a Resolução CNJ nº 80/2009 – revestido de conteúdo evidentemente normativo e abstrato, subsumível, por isso mesmo, à noção de ato em tese, como acentuado pelo eminente Senhor Presidente do Conselho Nacional de Justiça (fls. 58/64).

Com efeito, os preceitos inscritos em tal diploma normativo traduzem ato em tese, cujo coeficiente de normatividade e de generalidade abstrata impede, na linha de diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo Tribunal Federal (Súmula 266), a válida utilização do remédio constitucional

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do mandado de segurança:“Não se revelam sindicáveis, pela via jurídico-processual do

mandado de segurança, os atos em tese, assim considerados aqueles (...) que dispõem sobre situações gerais e impessoais, que têm alcance genérico e que disciplinam hipóteses neles abstratamente previstas. Precedentes. Súmula266/STF.”

(RTJ 180/942-943, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Cumpre enfatizar, neste ponto, que normas em tese - assim

entendidos os preceitos estatais qualificados em função do tríplice atributo da generalidade, impessoalidade e abstração - não se expõem ao controle jurisdicional pela via do mandado de segurança, cuja utilização deverá recair, unicamente, sobre os atos destinados a dar aplicação concreta ao que se contiver nas leis, em seus equivalentes constitucionais ou, como na espécie, em regramentos administrativos de conteúdo normativo, consoante adverte o magistério da doutrina (HELY LOPES MEIRELLES, “Mandado de Segurança”, p. 40/41, 28ª ed., 2005, atualizada por Arnoldo Wald e Gilmar Ferreira Mendes, Malheiros; ALFREDO BUZAID, “Do Mandado de Segurança”, vol. I/126-129, itens ns. 5/6, 1989, Saraiva; CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, “Manual do Mandado de Segurança”, p. 41/43, 3ª ed., 1999, Renovar; FRANCISCO ANTONIO DE OLIVEIRA, “Mandado de Segurança e Controle Jurisdicional”, p. 28/29, item n. 2.1.1, 2ª ed., 1996, RT).

Esse entendimento doutrinário, por sua vez, expressa, de maneira clara, a própria jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que sempre tem enfatizado, a propósito da matéria em exame, não serem impugnáveis, em sede mandamental, aqueles atos estatais – como o de que ora se cuida - cujo conteúdo veicule prescrições disciplinadoras de situações gerais e impessoais e regedoras de hipóteses que se achem abstratamente previstas em tais atos ou resoluções (RTJ132/189, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

E é, exatamente, o que sucede na espécie, pois a Resolução CNJ nº 80/2009 – pela circunstância de apenas dispor, normativamente, “in abstracto”, sobre situações gerais e impessoais – depende, para efeito de sua aplicabilidade, da prática necessária e ulterior de atos concretos (estes, de competência dos “respectivos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios” e da Corregedoria Nacional de Justiça) destinados a realizar as prescrições abstratas formalmente consubstanciadas no mencionado ato normativo.

Isso significa, portanto, que a implementação executiva do conteúdo normativo do ato impugnado nesta sede mandamental incumbe, concretamente, na esfera administrativa, e em cada caso ocorrente, ao respectivo Tribunal de Justiça a que estiver vinculado o serviço notarial e/ou de registro (ao E. Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, na espécie) e, posteriormente, à Corregedoria Nacional de Justiça, a quem caberá organizar “(...) a Relação Provisória de Vacâncias, das unidades vagas em cada unidade da federação, publicando-as oficialmente a fim de que essas unidades sejam submetidas a concurso público de provas e títulos para outorga de delegações” (Resolução/CNJ nº 80/2009, art. 2º, “caput”).

Reconhecer-se, na espécie ora em exame, a possibilidade jurídico-processual de impugnação, em sede mandamental, do ato normativo em questão equivaleria, em última análise, a autorizar a indevida utilização do mandado de segurança como inadmissível sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade, desconsiderando-se, desse modo, a advertência deste Supremo Tribunal Federal, cujas decisões já acentuaram, por mais de uma vez, a inviabilidade do emprego do “writ” mandamental como instrumento de controle abstrato da validade constitucional das leis e dos atos normativos em geral (RTJ 110/77, Rel. Min. FRANCISCO REZEK – RTJ 111/184, Rel. Min. DJACI FALCÃO - RTJ 132/1136, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.):

“É plena a insindicabilidade, pela via jurídico- -processual do mandado de segurança, de atos em tese, assim considerados os que dispõem sobre situações gerais e impessoais, têm alcance genérico e disciplinam hipóteses que neles se acham abstratamente previstas. O mandado de segurança não é sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade nem pode substituí-la, sob pena de grave deformação do instituto e inaceitável desvio de sua verdadeira função jurídico-processual.”

(RTJ 132/189, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“I. (...) Todavia, se o decreto tem efeito normativo, genérico, por

isso mesmo sem operatividade imediata, necessitando, para a sua individualização, da expedição de ato administrativo, então contra ele não cabe mandado de segurança, já que, admiti-lo, seria admitir a segurança contra lei em tese, o que é repelido pela doutrina e pela jurisprudência (Súmula nº 266).

II. - Mandado de segurança não conhecido.”(RTJ 138/756, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – grifei)Não foi por outra razão que o eminente Ministro JOAQUIM

BARBOSA, ao apreciar, como Relator, o MS 28.169/DF – impetrado contra a mesma Resolução CNJ nº 80/2009, ora questionada na presente sede mandamental -, negou seguimento a referido mandado de segurança, por entender, corretamente, que tal ato “(...) é dotado de caráter normativo, disciplinando situações gerais e abstratas. Produz, portanto, efeitos análogos ao de uma lei em tese, contra a qual não cabe mandado de segurança nos termos da Súmula 266 desta Corte” (grifei).

Registre-se, ainda, que a inviabilidade deste mandado de

segurança ainda mais se evidencia quando se tem presente que a Associação dos Notários e Registradores do Brasil – ANOREG/BR propôs, perante esta Suprema Corte, ação direta de inconstitucionalidade (ADI 4.300/DF, Rel. Min. EROS GRAU), na qual impugna a Resolução nº 80/CNJ.

Com efeito, a Resolução em causa – que se qualifica como “um ato de natureza normativa do qual não exsurgem efeitos concretos imediatos”, como realçado nas informações ora prestadas – somente comporta impugnação em sede de fiscalização abstrata de constitucionalidade, não se mostrando objeto idôneo de questionamentoem sede mandamental, a significar, portanto, que a Resolução CNJ nº 80/2009 não se reveste de natureza dúplice nem de conteúdo bifronte.

E, precisamente, por não ostentar natureza dúplice nem conteúdo bifronte, a mencionada Resolução não pode ser simultaneamente contestada em sede de fiscalização concentrada de constitucionalidade (que só admite impugnação contra ato normativo) e, também, mediante ação de mandado de segurança (que não admite impugnação contra ato normativo).

Impende mencionar, finalmente, que o eminente Ministro EROS GRAU, Relator de referida ação direta de inconstitucionalidade (ADI4.300/DF), reconhecendo, na Resolução CNJ nº 80/2009, os atributos da normatividade qualificada (o que a torna objeto idôneo de impugnação “in abstracto” em sede de fiscalização concentrada), aplicou, a esse processo de índole objetiva, o rito procedimental abreviado a que alude o art. 12 da Lei nº 9.868/99.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não conheço da presente ação de mandado de segurança, ficando prejudicada, em conseqüência, a apreciação do pedido de medida liminar.

Arquivem-se estes autos.Publique-se. Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MANDADO DE SEGURANÇA 28.225 (694)ORIGEM : MS - 109231 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : VIVALDO PAIVA FILHOADV.(A/S) : SÉRGIO LEVERDI CAMPOS E SILVA E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

(PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS Nº 861)

DECISÃOMANDADO DE SEGURANÇA CONTRA DECISÃO NO PEDIDO DE

PROVIDÊNCIAS N. 861. REALIZAÇÃO DE CONCURSO PÚBLICO. PREENCHIMENTO DE SERVENTIA EXTRAJUDICIAL. RETIFICAÇÃO DO EDITAL PARA INCLUIR SERVENTIA VAGA APÓS SUA PUBLICAÇÃO. ILEGITIMIDADE PASSIVA DA AUTORIDADE APONTADA COMO COATORA. INCOMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. MANDADO DE SEGURANÇA AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. DETERMINAÇÃO PARA QUE O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE GOIÁS PROCESSE E JULGUE A CAUSA.

Relatório1. Mandado de segurança, com pedido de medida liminar, impetrado

por Vivaldo Paiva Filho, em 1º.9.2009, contra ato do Conselho Superior da Magistratura do Estado de Goiás, consubstanciado na Resolução n. 4/2009, que teria dado cumprimento às decisões do Conselho Nacional de Justiça proferidas nos autos do Pedido de Providências n. 861 e nos Procedimentos de Controle Administrativo ns. 200810000012895 e 200810000017820.

O caso2. Em 12.6.2008, o Desembargador Presidente da Comissão de

Seleção e Treinamento do Tribunal de Justiça de Goiás divulgou edital de concurso público para o “provimento de titularidade dos serviços notariais e de registro, por ingresso ou remoção, das serventias [extrajudiciais do Estado de Goiás]” (fl. 21), em conformidade com a listagem de serventias vagas aprovada pelo Conselho Superior da Magistratura do Estado de Goiás (Resolução n. 3, de 2.6.2008).

Em 17.8.2008, o Conselho Superior da Magistratura do Estado de Goiás expediu a Resolução n. 4, que, considerando as determinações contidas nos Procedimentos de Controle Administrativo ns. 200810000012895 e 200810000017820 e “a necessidade imediata de prover as serventias extrajudiciais vagas, no prazo assinalado pelo CNJ na decisão plenária proferida no Pedido de Providências n. 861” (fl. 75), revogou a Resolução n. 3/2008 e fixou novas regras para a realização do certame.

Em 15.4.2009, o Juiz Diretor do Foro da Comarca de Padre Bernardo/GO resolveu designar Vivaldo Paiva Filho, então Escrevente e Suboficial desde 10.3.1992, conforme a Portaria n. 6 (fl. 101), “para responder pelo Tabelionato de Notas, de Protestos de Títulos, Oficialato de Registro de Imóveis, de Registro de Títulos e Documentos, Civil das Pessoas Jurídicas e Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas de Mimoso de Goiás-GO, até o provimento do cargo” (fl. 99).

Em 30.4.2009, o Tribunal de Justiça de Goiás disponibilizou nova listagem de serventias vagas (DJGO 325, de 4.5.2009), na qual passou a figurar o Tabelionato de Notas, de Protestos de Títulos, Tabelionato e Oficialato de Registro de Contratos Marítimos, Registro de Imóveis, Registro

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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de Títulos e Documentos, Civil das Pessoas Jurídicas e Cível das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas do Distrito Judiciário de Mimoso de Goiás, Comarca de Padre Bernardo/GO (fl. 71), cuja vacância ocorreu em 22.5.2008 (fl. 98).

É contra esse ato que se impetra o presente mandado de segurança.3. O Impetrante esclarece, inicialmente, que “primeiro ajuizou uma

ação similar perante o E. Órgão Especial do TJGO, que considerou o Sr. Corregedor de Justiça como parte ilegítima para figurar no polo passivo, haja vista que o Decreto Judiciário 525/2008, que determinou a realização do concurso público (...), fora originado do Pedido de Providências n. 861 emanado do Presidente do Conselho Nacional de Justiça” (fl. 3).

Relata que, em razão do falecimento de seu genitor (22.5.2008), então titular daquela serventia, “requereu sua nomeação para assumir o Tabelionato até o preenchimento da vaga” (fl. 4), não havendo, até aquele momento, declaração de vacância.

Salienta que aguardava a abertura de concurso público para o provimento definitivo do cargo quando foi surpreendido pela inclusão do “cartório de Mimoso de Goiás (...) na lista de cartórios vagos do concurso aberto ainda antes da declaração de vacância [daquela serventia]” (fl. 5).

Afirma que a “inclusão deste cartório [na lista de serventias vagas], de forma tardia, retirou o direito do impetrante de promover sua inscrição no concurso em andamento” (fl. 5).

O Impetrante ressalta que “o ato hostilizado [seria] de competência da autoridade nomeada como coatora, conquanto o Sr. Corregedor de Justiça alega estar agindo em cumprimento ao Decreto Judiciário n. 525/2008, que teve sua origem no PP 861-CNJ, de acordo com a Resolução n. 04, de 17/09/2008” (fl. 6).

Acrescenta que “a abertura do concurso somente poder[ia] vir após a declaração de vacância do Cartório Extrajudicial, o que só ocorreu pela Portaria n. 002/09 [e que] o aproveitamento do concurso já em andamento não [seria] aceitável diante do [art. 39, § 2º, da Lei n. 8.935/1994], que exige sua inclusão em concurso posterior à vacância” (fl. 7).

O Impetrante sustenta, ainda, que o fundamento relevante decorreria do que alega na inicial e que o fundado receio de irreparável dano, se a medida liminar não for deferida, consistiria no imediato preenchimento da serventia “após a iminente divulgação do resultado final do concurso público, o que ocorrerá na próxima sexta-feira, dia 04/09/2009” (fl. 11, grifos no original).

Requer, liminarmente, a “exclusão do Tabelionato de Notas, de Protestos de Títulos, Oficialato de Registro de Imóveis, de Registro de Títulos e Documentos, Cível das Pessoas Jurídicas e Cível das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas de Mimoso de Goiás-GO da lista a que se refere o Anexo II do Edital do Concurso Unificado para Ingresso e Remoção nos Serviços Notariais e de Registro do Estado de Goiás” (fls. 11-12, grifos no original).

No mérito, pede seja confirmada a decisão liminar e declarada a ilegalidade da inclusão daquela serventia extrajudicial no “Anexo II do Edital do Concurso Unificado para Ingresso e Remoção nos Serviços Notariais e de Registro do Estado de Goiás” (fl. 12, grifos no original).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.4. No presente mandado de segurança, o Impetrante questiona ato

do Conselho Superior da Magistratura do Estado de Goiás, consubstanciado na Resolução n. 4/2009.

O Impetrante sustenta, em síntese, que o aproveitamento de concurso em andamento para preencher vaga aberta em momento posterior à publicação do edital do concurso afrontaria o art. 39, § 2º, da Lei n. 8.935/1994 e violaria o direito subjetivo do Impetrante de inscrever-se no certame e disputar a vaga então aberta.

O ato apontado como coator foi lavrado nos termos seguintes:“Resolução n. 004, de 17 de setembro de 2008.Modifica a Resolução n. 003, de 2 de junho de 2008, que

regulamenta o concurso público unificado para ingresso e remoção nos serviços notariais e registrais do Estado de Goiás, adaptando-se às determinações do Conselho Nacional de Justiça nos Procedimentos de Controle Administrativo n. 200810000012895 e 200810000017820.

O Conselho Superior da Magistratura, no uso de suas atribuições legais,

CONSIDERANDO que o artigo 15 da Lei Federal n. 8.935, de 18 de novembro de 1994, que regulamenta o artigo 236 da Constituição Federal, confere ao Poder Judiciário a atribuição de realizar os concursos públicos dos serviços notariais e de registro;

CONSIDERANDO o entendimento consolidado no Conselho Nacional de Justiça – CNJ de que a listagem única das serventias vagas é garantia da impessoalidade absoluta na definição dos critérios de preenchimento;

CONSIDERANDO que o próprio CNJ recomenda a observância do critério de classificação geral dos aprovados com direito à escolha da serventia de acordo com a ordem de colocação;

CONSIDERANDO que a atividade extrajudicial é una de onde decorre o interesse da administração pública na seleção e escolha dos candidatos que detenham a melhor qualificação em todas as áreas de atuação (Procedimentos de Controle Administrativo n. 200810000002518 e 200810000002490 do CNJ);

Considerando a necessidade imediata de prover as serventias extrajudiciais vagas, no prazo assinalado pelo CNJ na decisão plenária

proferida no Pedido de Providências n. 861;Resolve disciplinar a realização de concurso público unificado, nos

termos deste regulamento (...)Art. 2º O concurso será aberto por edital a ser publicado três vezes

no Diário da Justiça Eletrônico, (...) e conterá a listagem unificada das serventias vagas, com o respectivo critério de provimento e requisitos exigidos por lei. (...)

Art. 3º (...)§ 2º Compete à Corregedoria Geral de Justiça apurar as vagas

existentes no Estado e elaborar a listagem única, com o critério de preenchimento, submetendo-o ao Conselho Superior da Magistratura para aprovação e publicação” (fls. 73-77).

Vê-se, como bem asseverado pelo Impetrante, que o ato coator foi praticado pelo Conselho Superior da Magistratura do Estado de Goiás, que, no exercício de sua competência, alterou a Resolução n. 3, de 2.6.2008, e fixou novas regras ao certame, aprovando, posteriormente, a ampliação das serventias vagas inicialmente ofertadas (Resolução n. 4/2009).

Apesar de existir vinculação, ainda que temporal, entre o que decidido pelo Conselho Nacional de Justiça nos autos do Pedido de Providências n. 861 e dos Procedimentos de Controle Administrativo ns. 200810000012895 e 200810000017820 e a realização do concurso público unificado para ingresso e remoção nos serviços notariais e registrais do Estado de Goiás - anunciado no Decreto Judiciário n. 525/2008 do Conselho Superior da Magistratura do Estado de Goiás, aberto pelo Edital de 12.6.2008 e alterado por resoluções posteriores do mesmo órgão -, evidenciado está que essa autoridade não pode ter seus atos julgados em mandado de segurança pelo Supremo Tribunal Federal.

Nem se há cogitar que o ato apontado como coator consistiria ato de mera execução. O Conselho Superior da Magistratura do Estado de Goiás, ao aprovar a Resolução n. 4/2009 (DJGO 325, de 4.5.2009), que altera a lista das serventias inicialmente consideradas vagas para os fins do aludido concurso, e incluir o Tabelionato de Notas, de Protestos de Títulos, Tabelionato e Oficialato de Registro de Contratos Marítimos, Registro de Imóveis, Registro de Títulos e Documentos, Civil das Pessoas Jurídicas e Cível das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas do Distrito Judiciário de Mimoso de Goiás, Comarca de Padre Bernardo/GO, atuou no cumprimento de suas competências previamente estabelecidas na legislação regente da matéria.

O art. 102, inc. I, alínea d, da Constituição da República estabelece as hipóteses de competência do Supremo Tribunal Federal para conhecer de mandado de segurança:

“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente:d) (...) o mandado de segurança e o "habeas-data" contra atos do

Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal”.

5. De se registrar, ainda, que, embora o pedido formulado já tenha sido objeto do Mandado de Segurança n. 2009.03040284 impetrado no Tribunal de Justiça de Goiás, que veio a declarar sua incompetência em prol do Supremo Tribunal Federal, esta decisão não tem o condão de fixar a apreciação direta e originária por este Supremo Tribunal de atos praticados pelo Conselho Superior da Magistratura do Estado de Goiás.

É que a matéria não comporta discussão mínima, por se cuidar de regra de competência constitucional expressa, que não possibilita interpretação extensiva.

Nesse sentido:“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE

SEGURANÇA. MANDADO DE SEGURANÇA INTERPOSTO CONTRA ATO DE OUTRO TRIBUNAL. INCOMPETÊNCIA DO STF. SÚMULA 624. AGRAVO IMPROVIDO. I - Não é da competência do Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 102, I, d, da CF, processar e julgar, originariamente, mandado de segurança contra atos de outros Tribunais. II - Agravo regimental improvido” (MS 26.839-AgR/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Tribunal Pleno, DJ 8.8.2008).

E, MS 27.191-MC/SP, Rel. Min. Eros Grau, decisão monocrática, DJ 17.3.2008; MS 26.558/DF, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 2.5.2007; MS 24.274-AgR/PE, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 11.5.2007; MS 25.509-AgR/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, DJ 24.3.2006; e MS 24.193/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJ 19.3.2004.

6. Cumpre registrar que no julgamento dos Embargos de Declaração no Mandado de Segurança n. 25.087/SP, Relator o Ministro Carlos Britto, DJ 11.5.2007, o Plenário deste Supremo Tribunal decidiu que, em caso de não conhecimento do mandado de segurança por incompetência manifesta e existindo risco de perecimento do direito, há se encaminhar os autos ao Tribunal competente.

Nessa linha:“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE

SEGURANÇA. AUTORIDADE IMPETRADA NÃO ELENCADA NO ROL DO ART. 102, INC. I, ALÍNEA D, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. INCOMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA CONHECER DO MANDADO DE SEGURANÇA. AGRAVO REGIMENTAL QUE NÃO

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INFIRMA OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. PARCIAL PROVIMENTO PARA DECLINAR DA COMPETÊNCIA AO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE PIRACICABA/SP. 1. Incompetência do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar, originariamente, mandado de segurança contra ato de Juiz de Direito integrante de Juizado Especial. 2. O agravo regimental limitou-se a reiterar toda a argumentação expendida na inicial do mandado de segurança, sem, entretanto, infirmar os fundamentos da decisão agravada. 3. Agravo regimental parcialmente provido para declinar da competência para o Tribunal a quo ” (MS 26.836-AgR/SP, de minha relatoria, Tribunal Pleno, DJ 13.3.2009, grifos nossos).

E, ainda, MS 26.231-QO/DF, Rel. Min. Carlos Britto, Tribunal Pleno, DJ 16.5.2009; MS 27.674/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa, decisão monocrática, DJ 28.10.2008; MS 27.497/DF, Rel. Min. Ellen Gracie, decisão monocrática, DJ 17.9.2008; MS 27.563/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa, decisão monocrática, DJ 16.9.2008; MS 24.904-AgR/RJ, Rel. Min. Carlos Britto, Tribunal Pleno, DJ 22.2.2008; MS 26.438-QO/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Tribunal Pleno, DJ 28.3.2008; RMS 26.369/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, Redator para o acórdão Min. Menezes Direito, Primeira Turma, DJ 19.12.2008; MS 25.818-AgR/DF, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, DJ 14.9.2007; MS 26.179-AgR/MA, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, DJ 13.4.2007; e MS 26.244-AgR/DF, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, DJ 23.2.2007.

7. Pelo exposto, nego seguimento à ação (art. 38 da Lei n. 8.038/1990 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), ficando prejudicada, por óbvio, a medida liminar pleiteada, e determino a remessa dos autos, com urgência, ao Tribunal de Justiça de Goiás, para que processe e julgue como de direito o pleito formulado pelo Impetrante.

Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.291 (695)ORIGEM : MS - 123446 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : EDSON LUIZ DUARTE DIASADV.(A/S) : JOÃO ROBERTO EGYDIO PIZA FONTES E

OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

(RESOLUÇÃO Nº 80 DE 09/06/2009)

DECISÃO: Trata-se de mandado de segurança, com pedido de medida liminar, impetrado contra a Resolução nº 80, de 09/06/2009, editada pelo Conselho Nacional de Justiça.

O ora impetrante busca a anulação da “(...) Resolução n.º 80 aprovada pelo E. CNJ em relação ao Impetrante, bem como todos os atos dela decorrentes (...)” (fls. 66).

O eminente Ministro GILMAR MENDES, Presidente do Conselho Nacional de Justiça, ao prestar as informações que lhe foram solicitadas, suscitou questão preliminar de não-conhecimento desta ação de mandado de segurança, fazendo-o nos seguintes termos (fls.93/95):

“Inicialmente, cumpre informar a Vossa Excelência que o Impetrante, pela via estreita de cognição do Mandado de Segurança, pretende a suspensão dos efeitos da Resolução do Conselho Nacional de Justiça n.º 80, de 09 de junho de 2009, um ato de natureza normativa do qual não exsurgem efeitos concretos imediatos.

Conquanto por meio do artigo 1º da referida resolução seja ‘declarada a vacância dos serviços notariais e de registro cujos atuais responsáveis não tenham sido investidos por meio do concurso público de provas e títulos específico para a outorga de delegações e de notas e de registro, na forma da Constituição Federal de 1988’, insta informar a Vossa Excelência que o citado comando não encerra uma determinação imediata.

Cabe ressaltar que a materialização dos efeitos da Resolução n.º 80, de 09 de junho de 2009 não deflui de sua mera publicação, haja vista ser necessária a edição de outros atos administrativos, conforme se infere dos §§ 1º e 2º do artigo 1º do ato normativo objurgado, ‘verbis’:

‘§ 1º Cumprirá aos respectivos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios elaborar lista das delegações vagas, inclusive aquelas decorrentes de desacumulações, encaminhando-a à Corregedoria Nacional de Justiça, acompanhada dos respectivos títulos de investidura dos atuais responsáveis por essas unidades tidas como vagas, com a respectiva data de criação da unidade, no prazo de quarenta e cinco dias.

§ 2º No mesmo prazo os tribunais elaborarão uma lista das delegações que estejam providas segundo o regime constitucional vigente, encaminhando-a, acompanhada dos títulos de investidura daqueles que estão atualmente respondendo por essas unidades como delegados titulares e as respectivas datas de suas atribuições.’

Verifica-se, portanto, que o ato causador de um eventual gravame ao Impetrante é a publicação da Relação Geral de Vacâncias da respectiva unidade da Federação. O ato normativo editado pelo Conselho Nacional de Justiça, por si só, é incapaz de produzir efeitos concretos violadores dos direitos individuais do Impetrante.

Ademais, antes que a vaga seja incluída na Relação Geral de Vacâncias, é conferida aos interessados a possibilidade de impugnar o ato do respectivo Tribunal de Justiça responsável pela elaboração da lista das delegações vagas. Nesse sentido, dispõe o parágrafo único do artigo 2° da resolução contestada:

‘Parágrafo único - No prazo de 15 (quinze), a contar da sua ciência, poderá o interessado impugnar a inclusão da vaga na Relação Provisória de Vacâncias, cumprindo à Corregedoria Nacional de Justiça decidir as impugnações, publicando as decisões e a Relação Geral de Vacâncias de cada unidade da federação’.

Em razão do procedimento para a declaração de vacância dos serviços notariais e de registro ocupados em desacordo com a Constituição Federal de 1988, a Resolução do Conselho Nacional de Justiça n.º 80, de 09 de junho de 2009 configura normativo com efeitos abstratos, cuja concretização depende da edição de outros atos administrativos, razão pela qual é inatacável pela via do ‘mandamus’, conforme o Enunciado n.º 266 da Súmula do Supremo Tribunal Federal.” (grifei)

Reconheço, preliminarmente, que o Supremo Tribunal Federal dispõe de competência originária para processar e julgar ações (inclusive as ações de mandado de segurança) contra o Conselho Nacional de Justiça (CF, art. 102, I, “r”, na redação dada pela ECnº 45/2004).

Passo, desse modo, reconhecida a competência originária desta Suprema Corte, a examinar, previamente, a admissibilidade, ou não, da presente ação mandamental, tendo em vista a natureza do ato estatal ora impugnado nesta sede processual.

Entendo que se revela insuscetível de conhecimento a presente ação de mandado de segurança, eis que ajuizada contra ato estatal – a Resolução CNJ nº 80/2009 – revestido de conteúdo evidentemente normativo e abstrato, subsumível, por isso mesmo, à noção de ato em tese, como acentuado pelo eminente Senhor Presidente do Conselho Nacional de Justiça (fls. 89/97).

Com efeito, os preceitos inscritos em tal diploma normativo traduzem ato em tese, cujo coeficiente de normatividade e de generalidade abstrata impede, na linha de diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo Tribunal Federal (Súmula 266), a válida utilização do remédio constitucional do mandado de segurança:

“Não se revelam sindicáveis, pela via jurídico-processual do mandado de segurança, os atos em tese, assim considerados aqueles (...) que dispõem sobre situações gerais e impessoais, que têm alcance genérico e que disciplinam hipóteses neles abstratamente previstas. Precedentes. Súmula266/STF.”

(RTJ 180/942-943, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Cumpre enfatizar, neste ponto, que normas em tese - assim

entendidos os preceitos estatais qualificados em função do tríplice atributo da generalidade, impessoalidade e abstração - não se expõem ao controle jurisdicional pela via do mandado de segurança, cuja utilização deverá recair, unicamente, sobre os atos destinados a dar aplicação concreta ao que se contiver nas leis, em seus equivalentes constitucionais ou, como na espécie, em regramentos administrativos de conteúdo normativo, consoante adverte o magistério da doutrina (HELY LOPES MEIRELLES, “Mandado de Segurança”, p. 40/41, 28ª ed., 2005, atualizada por Arnoldo Wald e Gilmar Ferreira Mendes, Malheiros; ALFREDO BUZAID, “Do Mandado de Segurança”, vol. I/126-129, itens ns. 5/6, 1989, Saraiva; CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, “Manual do Mandado de Segurança”, p. 41/43, 3ª ed., 1999, Renovar; FRANCISCO ANTONIO DE OLIVEIRA, “Mandado de Segurança e Controle Jurisdicional”, p. 28/29, item n. 2.1.1, 2ª ed., 1996, RT).

Esse entendimento doutrinário, por sua vez, expressa, de maneira clara, a própria jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que sempre tem enfatizado, a propósito da matéria em exame, não serem impugnáveis, em sede mandamental, aqueles atos estatais – como o de que ora se cuida - cujo conteúdo veicule prescrições disciplinadoras de situações gerais e impessoais e regedoras de hipóteses que se achem abstratamente previstas em tais atos ou resoluções (RTJ132/189, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

E é, exatamente, o que sucede na espécie, pois a Resolução CNJ nº 80/2009 – pela circunstância de apenas dispor, normativamente, “in abstracto”, sobre situações gerais e impessoais – depende, para efeito de sua aplicabilidade, da prática necessária e ulterior de atos concretos (estes, de competência dos “respectivos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios” e da Corregedoria Nacional de Justiça) destinados a realizar as prescrições abstratas formalmente consubstanciadas no mencionado ato normativo.

Isso significa, portanto, que a implementação executiva do conteúdo normativo do ato impugnado nesta sede mandamental incumbe, concretamente, na esfera administrativa, e em cada caso ocorrente, ao respectivo Tribunal de Justiça a que estiver vinculado o serviço notarial e/ou de registro (ao E. Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, na espécie) e, posteriormente, à Corregedoria Nacional de Justiça, a quem caberá organizar “(...) a Relação Provisória de Vacâncias, das unidades vagas em cada unidade da federação, publicando-as oficialmente a fim de que essas unidades sejam submetidas a concurso público de provas e títulos para outorga de delegações” (Resolução/CNJ nº 80/2009, art. 2º, “caput”).

Reconhecer-se, na espécie ora em exame, a possibilidade

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jurídico-processual de impugnação, em sede mandamental, do ato normativo em questão equivaleria, em última análise, a autorizar a indevida utilização do mandado de segurança como inadmissível sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade, desconsiderando-se, desse modo, a advertência deste Supremo Tribunal Federal, cujas decisões já acentuaram, por mais de uma vez, a inviabilidade do emprego do “writ” mandamental como instrumento de controle abstrato da validade constitucional das leis e dos atos normativos em geral (RTJ 110/77, Rel. Min. FRANCISCO REZEK – RTJ 111/184, Rel. Min. DJACI FALCÃO - RTJ 132/1136, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.):

“É plena a insindicabilidade, pela via jurídico- -processual do mandado de segurança, de atos em tese, assim considerados os que dispõem sobre situações gerais e impessoais, têm alcance genérico e disciplinam hipóteses que neles se acham abstratamente previstas. O mandado de segurança não é sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade nem pode substituí-la, sob pena de grave deformação do instituto e inaceitável desvio de sua verdadeira função jurídico-processual.”

(RTJ 132/189, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“I. (...) Todavia, se o decreto tem efeito normativo, genérico, por

isso mesmo sem operatividade imediata, necessitando, para a sua individualização, da expedição de ato administrativo, então contra ele não cabe mandado de segurança, já que, admiti-lo, seria admitir a segurança contra lei em tese, o que é repelido pela doutrina e pela jurisprudência (Súmula nº 266).

II. - Mandado de segurança não conhecido.”(RTJ 138/756, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – grifei)Não foi por outra razão que o eminente Ministro JOAQUIM

BARBOSA, ao apreciar, como Relator, o MS 28.169/DF – impetrado contra a mesma Resolução CNJ nº 80/2009, ora questionada na presente sede mandamental -, negou seguimento a referido mandado de segurança, por entender, corretamente, que tal ato “(...) é dotado de caráter normativo, disciplinando situações gerais e abstratas. Produz, portanto, efeitos análogos ao de uma lei em tese, contra a qual não cabe mandado de segurança nos termos da Súmula 266 desta Corte” (grifei).

Registre-se, ainda, que a inviabilidade deste mandado de segurança ainda mais se evidencia quando se tem presente que a Associação dos Notários e Registradores do Brasil – ANOREG/BR propôs, perante esta Suprema Corte, ação direta de inconstitucionalidade (ADI 4.300/DF, Rel. Min. EROS GRAU), na qual impugna a Resolução nº 80/CNJ.

Com efeito, a Resolução em causa – que se qualifica como “um ato de natureza normativa do qual não exsurgem efeitos concretos imediatos”, como realçado nas informações ora prestadas – somente comporta impugnação em sede de fiscalização abstrata de constitucionalidade, não se mostrando objeto idôneo de questionamentoem sede mandamental, a significar, portanto, que a Resolução CNJ nº 80/2009 não se reveste de natureza dúplice nem de conteúdo bifronte.

E, precisamente, por não ostentar natureza dúplice nem conteúdo bifronte, a mencionada Resolução não pode ser simultaneamente contestada em sede de fiscalização concentrada de constitucionalidade (que só admite impugnação contra ato normativo) e, também, mediante ação de mandado de segurança (que não admite impugnação contra ato normativo).

Impende mencionar, finalmente, que o eminente Ministro EROS GRAU, Relator de referida ação direta de inconstitucionalidade (ADI4.300/DF), reconhecendo, na Resolução CNJ nº 80/2009, os atributos da normatividade qualificada (o que a torna objeto idôneo de impugnação “in abstracto” em sede de fiscalização concentrada), aplicou, a esse processo de índole objetiva, o rito procedimental abreviado a que alude o art. 12 da Lei nº 9.868/99.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não conheço da presente ação de mandado de segurança, ficando prejudicada, em conseqüência, a apreciação do pedido de medida liminar.

Arquivem-se estes autos.Publique-se. Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.292 (696)ORIGEM : MS - 123458 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : FAUZER SCAFF JUNIORADV.(A/S) : JOÃO ROBERTO EGYDIO PIZA FONTES E

OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

(RESOLUÇÃO Nº 80, DE 09/06/2009)

DECISÃO: Trata-se de mandado de segurança, com pedido de medida liminar, impetrado contra a Resolução nº 80, de 09/06/2009, editada pelo Conselho Nacional de Justiça.

O ora impetrante busca a anulação da “(...) Resolução n.º 80 aprovada pelo E. CNJ em relação ao Impetrante, bem como todos dela decorrentes” (fls. 65).

O eminente Ministro GILMAR MENDES, Presidente do Conselho

Nacional de Justiça, ao prestar as informações que lhe foram solicitadas, suscitou questão preliminar de não-conhecimento desta ação de mandado de segurança, fazendo-o nos seguintes termos (fls.98/100):

“Inicialmente, cumpre informar a Vossa Excelência que o Impetrante, pela via estreita de cognição do Mandado de Segurança, pretende a suspensão dos efeitos da Resolução do Conselho Nacional de Justiça n.º 80, de 09 de junho de 2009, um ato de natureza normativa do qual não exsurgem efeitos concretos imediatos.

Conquanto por meio do artigo 1º da referida resolução seja ‘declarada a vacância dos serviços notariais e de registro cujos atuais responsáveis não tenham sido investidos por meio do concurso público de provas e títulos específico para a outorga de delegações e de notas e de registro, na forma da Constituição Federal de 1988’, insta informar a Vossa Excelência que o citado comando não encerra uma determinação imediata.

Cabe ressaltar que a materialização dos efeitos da Resolução n.º 80, de 09 de junho de 2009 não deflui de sua mera publicação, haja vista ser necessária a edição de outros atos administrativos, conforme se infere dos §§ 1º e 2º do artigo 1º do ato normativo objurgado, ‘verbis’:

‘§ 1º Cumprirá aos respectivos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios elaborar lista das delegações vagas, inclusive aquelas decorrentes de desacumulações, encaminhando-a à Corregedoria Nacional de Justiça, acompanhada dos respectivos títulos de investidura dos atuais responsáveis por essas unidades tidas como vagas, com a respectiva data de criação da unidade, no prazo de quarenta e cinco dias.

§ 2º No mesmo prazo os tribunais elaborarão uma lista das delegações que estejam providas segundo o regime constitucional vigente, encaminhando-a, acompanhada dos títulos de investidura daqueles que estão atualmente respondendo por essas unidades como delegados titulares e as respectivas datas de suas atribuições.’

Verifica-se, portanto, que o ato causador de um eventual gravame ao Impetrante é a publicação da Relação Geral de Vacâncias da respectiva unidade da Federação. O ato normativo editado pelo Conselho Nacional de Justiça, por si só, é incapaz de produzir efeitos concretos violadores dos direitos individuais do Impetrante.

Ademais, antes que a vaga seja incluída na Relação Geral de Vacâncias, é conferida aos interessados a possibilidade de impugnar o ato do respectivo Tribunal de Justiça responsável pela elaboração da lista das delegações vagas. Nesse sentido, dispõe o parágrafo único do artigo 2° da resolução contestada:

‘Parágrafo único - No prazo de 15 (quinze), a contar da sua ciência, poderá o interessado impugnar a inclusão da vaga na Relação Provisória de Vacâncias, cumprindo à Corregedoria Nacional de Justiça decidir as impugnações, publicando as decisões e a Relação Geral de Vacâncias de cada unidade da federação’.

Em razão do procedimento para a declaração de vacância dos serviços notariais e de registro ocupados em desacordo com a Constituição Federal de 1988, a Resolução do Conselho Nacional de Justiça n.º 80, de 09 de junho de 2009 configura normativo com efeitos abstratos, cuja concretização depende da edição de outros atos administrativos, razão pela qual é inatacável pela via do ‘mandamus’, conforme o Enunciado n.º 266 da Súmula do Supremo Tribunal Federal.” (grifei)

Reconheço, preliminarmente, que o Supremo Tribunal Federal dispõe de competência originária para processar e julgar ações (inclusive as ações de mandado de segurança) contra o Conselho Nacional de Justiça (CF, art. 102, I, “r”, na redação dada pela ECnº 45/2004).

Passo, desse modo, reconhecida a competência originária desta Suprema Corte, a examinar, previamente, a admissibilidade, ou não, da presente ação mandamental, tendo em vista a natureza do ato estatal ora impugnado nesta sede processual.

Entendo que se revela insuscetível de conhecimento a presente ação de mandado de segurança, eis que ajuizada contra ato estatal – a Resolução CNJ nº 80/2009 – revestido de conteúdo evidentemente normativo e abstrato, subsumível, por isso mesmo, à noção de ato em tese, como acentuado pelo eminente Senhor Presidente do Conselho Nacional de Justiça (fls. 94/102).

Com efeito, os preceitos inscritos em tal diploma normativo traduzem ato em tese, cujo coeficiente de normatividade e de generalidade abstrata impede, na linha de diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo Tribunal Federal (Súmula 266), a válida utilização do remédio constitucional do mandado de segurança:

“Não se revelam sindicáveis, pela via jurídico-processual do mandado de segurança, os atos em tese, assim considerados aqueles (...) que dispõem sobre situações gerais e impessoais, que têm alcance genérico e que disciplinam hipóteses neles abstratamente previstas. Precedentes. Súmula266/STF.”

(RTJ 180/942-943, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Cumpre enfatizar, neste ponto, que normas em tese - assim

entendidos os preceitos estatais qualificados em função do tríplice atributo da generalidade, impessoalidade e abstração - não se expõem ao controle jurisdicional pela via do mandado de segurança, cuja utilização deverá recair, unicamente, sobre os atos destinados a dar aplicação concreta ao que se contiver nas leis, em seus equivalentes constitucionais ou, como na espécie, em regramentos administrativos de conteúdo normativo, consoante adverte o magistério da doutrina (HELY LOPES MEIRELLES,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 98

“Mandado de Segurança”, p. 40/41, 28ª ed., 2005, atualizada por Arnoldo Wald e Gilmar Ferreira Mendes, Malheiros; ALFREDO BUZAID, “Do Mandado de Segurança”, vol. I/126-129, itens ns. 5/6, 1989, Saraiva; CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, “Manual do Mandado de Segurança”, p. 41/43, 3ª ed., 1999, Renovar; FRANCISCO ANTONIO DE OLIVEIRA, “Mandado de Segurança e Controle Jurisdicional”, p. 28/29, item n. 2.1.1, 2ª ed., 1996, RT).

Esse entendimento doutrinário, por sua vez, expressa, de maneira clara, a própria jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que sempre tem enfatizado, a propósito da matéria em exame, não serem impugnáveis, em sede mandamental, aqueles atos estatais – como o de que ora se cuida - cujo conteúdo veicule prescrições disciplinadoras de situações gerais e impessoais e regedoras de hipóteses que se achem abstratamente previstas em tais atos ou resoluções (RTJ132/189, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

E é, exatamente, o que sucede na espécie, pois a Resolução CNJ nº 80/2009 – pela circunstância de apenas dispor, normativamente, “in abstracto”, sobre situações gerais e impessoais – depende, para efeito de sua aplicabilidade, da prática necessária e ulterior de atos concretos (estes, de competência dos “respectivos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios” e da Corregedoria Nacional de Justiça) destinados a realizar as prescrições abstratas formalmente consubstanciadas no mencionado ato normativo.

Isso significa, portanto, que a implementação executiva do conteúdo normativo do ato impugnado nesta sede mandamental incumbe, concretamente, na esfera administrativa, e em cada caso ocorrente, ao respectivo Tribunal de Justiça a que estiver vinculado o serviço notarial e/ou de registro (ao E. Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, na espécie) e, posteriormente, à Corregedoria Nacional de Justiça, a quem caberá organizar “(...) a Relação Provisória de Vacâncias, das unidades vagas em cada unidade da federação, publicando-as oficialmente a fim de que essas unidades sejam submetidas a concurso público de provas e títulos para outorga de delegações” (Resolução/CNJ nº 80/2009, art. 2º, “caput”).

Reconhecer-se, na espécie ora em exame, a possibilidade jurídico-processual de impugnação, em sede mandamental, do ato normativo em questão equivaleria, em última análise, a autorizar a indevida utilização do mandado de segurança como inadmissível sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade, desconsiderando-se, desse modo, a advertência deste Supremo Tribunal Federal, cujas decisões já acentuaram, por mais de uma vez, a inviabilidade do emprego do “writ” mandamental como instrumento de controle abstrato da validade constitucional das leis e dos atos normativos em geral (RTJ 110/77, Rel. Min. FRANCISCO REZEK – RTJ 111/184, Rel. Min. DJACI FALCÃO - RTJ 132/1136, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.):

“É plena a insindicabilidade, pela via jurídico- -processual do mandado de segurança, de atos em tese, assim considerados os que dispõem sobre situações gerais e impessoais, têm alcance genérico e disciplinam hipóteses que neles se acham abstratamente previstas. O mandado de segurança não é sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade nem pode substituí-la, sob pena de grave deformação do instituto e inaceitável desvio de sua verdadeira função jurídico-processual.”

(RTJ 132/189, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“I. (...) Todavia, se o decreto tem efeito normativo, genérico, por

isso mesmo sem operatividade imediata, necessitando, para a sua individualização, da expedição de ato administrativo, então contra ele não cabe mandado de segurança, já que, admiti-lo, seria admitir a segurança contra lei em tese, o que é repelido pela doutrina e pela jurisprudência (Súmula nº 266).

II. - Mandado de segurança não conhecido.”(RTJ 138/756, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – grifei)Não foi por outra razão que o eminente Ministro JOAQUIM

BARBOSA, ao apreciar, como Relator, o MS 28.169/DF – impetrado contra a mesma Resolução CNJ nº 80/2009, ora questionada na presente sede mandamental -, negou seguimento a referido mandado de segurança, por entender, corretamente, que tal ato “(...) é dotado de caráter normativo, disciplinando situações gerais e abstratas. Produz, portanto, efeitos análogos ao de uma lei em tese, contra a qual não cabe mandado de segurança nos termos da Súmula 266 desta Corte” (grifei).

Registre-se, ainda, que a inviabilidade deste mandado de segurança ainda mais se evidencia quando se tem presente que a Associação dos Notários e Registradores do Brasil – ANOREG/BR propôs, perante esta Suprema Corte, ação direta de inconstitucionalidade (ADI 4.300/DF, Rel. Min. EROS GRAU), na qual impugna a Resolução nº 80/CNJ.

Com efeito, a Resolução em causa – que se qualifica como “um ato de natureza normativa do qual não exsurgem efeitos concretos imediatos”, como realçado nas informações ora prestadas – somente comporta impugnação em sede de fiscalização abstrata de constitucionalidade, não se mostrando objeto idôneo de questionamentoem sede mandamental, a significar, portanto, que a Resolução CNJ nº 80/2009 não se reveste de natureza dúplice nem de conteúdo bifronte.

E, precisamente, por não ostentar natureza dúplice nem conteúdo bifronte, a mencionada Resolução não pode ser simultaneamente contestada em sede de fiscalização concentrada de constitucionalidade (que só admite impugnação contra ato normativo) e, também, mediante ação de

mandado de segurança (que não admite impugnação contra ato normativo).Impende mencionar, finalmente, que o eminente Ministro EROS

GRAU, Relator de referida ação direta de inconstitucionalidade (ADI4.300/DF), reconhecendo, na Resolução CNJ nº 80/2009, os atributos da normatividade qualificada (o que a torna objeto idôneo de impugnação “in abstracto” em sede de fiscalização concentrada), aplicou, a esse processo de índole objetiva, o rito procedimental abreviado a que alude o art. 12 da Lei nº 9.868/99.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não conheço da presente ação de mandado de segurança, ficando prejudicada, em conseqüência, a apreciação do pedido de medida liminar.

Arquivem-se estes autos.Publique-se. Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.293 (697)ORIGEM : MS - 123451 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : LUIZ WAGNER DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JOÃO ROBERTO EGYDIO PIZA FONTES E

OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

(RESOLUÇÃO Nº 80 DE 09/06/2009)

DECISÃO: Trata-se de mandado de segurança, com pedido de medida liminar, impetrado contra a Resolução nº 80, de 09/06/2009, editada pelo Conselho Nacional de Justiça.

O ora impetrante busca a anulação da “(...) Resolução nº 80 aprovada pelo E. CNJ em relação ao Impetrante, bem como todos os atos dela decorrentes (...)” (fls. 67).

O eminente Ministro GILMAR MENDES, Presidente do Conselho Nacional de Justiça, ao prestar as informações que lhe foram solicitadas, suscitou questão preliminar de não-conhecimento desta ação de mandado de segurança, fazendo-o nos seguintes termos (fls.113/115):

“Inicialmente, cumpre informar a Vossa Excelência que o Impetrante, pela via estreita de cognição do Mandado de Segurança, pretende a suspensão dos efeitos da Resolução do Conselho Nacional de Justiça n.º 80, de 09 de junho de 2009, um ato de natureza normativa do qual não exsurgem efeitos concretos imediatos.

Conquanto por meio do artigo 1º da referida resolução seja ‘declarada a vacância dos serviços notariais e de registro cujos atuais responsáveis não tenham sido investidos por meio do concurso público de provas e títulos específico para a outorga de delegações e de notas e de registro, na forma da Constituição Federal de 1988’, insta informar a Vossa Excelência que o citado comando não encerra uma determinação imediata.

Cabe ressaltar que a materialização dos efeitos da Resolução n.º 80, de 09 de junho de 2009 não deflui de sua mera publicação, haja vista ser necessária a edição de outros atos administrativos, conforme se infere dos §§ 1º e 2º do artigo 1º do ato normativo objurgado, ‘verbis’:

‘§ 1º Cumprirá aos respectivos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios elaborar lista das delegações vagas, inclusive aquelas decorrentes de desacumulações, encaminhando-a à Corregedoria Nacional de Justiça, acompanhada dos respectivos títulos de investidura dos atuais responsáveis por essas unidades tidas como vagas, com a respectiva data de criação da unidade, no prazo de quarenta e cinco dias.

§ 2º No mesmo prazo os tribunais elaborarão uma lista das delegações que estejam providas segundo o regime constitucional vigente, encaminhando-a, acompanhada dos títulos de investidura daqueles que estão atualmente respondendo por essas unidades como delegados titulares e as respectivas datas de suas atribuições.’

Verifica-se, portanto, que o ato causador de um eventual gravame ao Impetrante é a publicação da Relação Geral de Vacâncias da respectiva unidade da Federação. O ato normativo editado pelo Conselho Nacional de Justiça, por si só, é incapaz de produzir efeitos concretos violadores dos direitos individuais do Impetrante.

Ademais, antes que a vaga seja incluída na Relação Geral de Vacâncias, é conferida aos interessados a possibilidade de impugnar o ato do respectivo Tribunal de Justiça responsável pela elaboração da lista das delegações vagas. Nesse sentido, dispõe o parágrafo único do artigo 2° da resolução contestada:

‘Parágrafo único - No prazo de 15 (quinze), a contar da sua ciência, poderá o interessado impugnar a inclusão da vaga na Relação Provisória de Vacâncias, cumprindo à Corregedoria Nacional de Justiça decidir as impugnações, publicando as decisões e a Relação Geral de Vacâncias de cada unidade da federação’.

Em razão do procedimento para a declaração de vacância dos serviços notariais e de registro ocupados em desacordo com a Constituição Federal de 1988, a Resolução do Conselho Nacional de Justiça n.º 80, de 09 de junho de 2009 configura normativo com efeitos abstratos, cuja concretização depende da edição de outros atos administrativos, razão pela qual é inatacável pela via do ‘mandamus’, conforme o Enunciado n.º 266

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 99

da Súmula do Supremo Tribunal Federal.” (grifei)Reconheço, preliminarmente, que o Supremo Tribunal Federal

dispõe de competência originária para processar e julgar ações (inclusive as ações de mandado de segurança) contra o Conselho Nacional de Justiça (CF, art. 102, I, “r”, na redação dada pela ECnº 45/2004).

Passo, desse modo, reconhecida a competência originária desta Suprema Corte, a examinar, previamente, a admissibilidade, ou não, da presente ação mandamental, tendo em vista a natureza do ato estatal ora impugnado nesta sede processual.

Entendo que se revela insuscetível de conhecimento a presente ação de mandado de segurança, eis que ajuizada contra ato estatal – a Resolução CNJ nº 80/2009 – revestido de conteúdo evidentemente normativo e abstrato, subsumível, por isso mesmo, à noção de ato em tese, como acentuado pelo eminente Senhor Presidente do Conselho Nacional de Justiça (fls. 109/117).

Com efeito, os preceitos inscritos em tal diploma normativo traduzem ato em tese, cujo coeficiente de normatividade e de generalidade abstrata impede, na linha de diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo Tribunal Federal (Súmula 266), a válida utilização do remédio constitucional do mandado de segurança:

“Não se revelam sindicáveis, pela via jurídico-processual do mandado de segurança, os atos em tese, assim considerados aqueles (...) que dispõem sobre situações gerais e impessoais, que têm alcance genérico e que disciplinam hipóteses neles abstratamente previstas. Precedentes. Súmula266/STF.”

(RTJ 180/942-943, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Cumpre enfatizar, neste ponto, que normas em tese - assim

entendidos os preceitos estatais qualificados em função do tríplice atributo da generalidade, impessoalidade e abstração - não se expõem ao controle jurisdicional pela via do mandado de segurança, cuja utilização deverá recair, unicamente, sobre os atos destinados a dar aplicação concreta ao que se contiver nas leis, em seus equivalentes constitucionais ou, como na espécie, em regramentos administrativos de conteúdo normativo, consoante adverte o magistério da doutrina (HELY LOPES MEIRELLES, “Mandado de Segurança”, p. 40/41, 28ª ed., 2005, atualizada por Arnoldo Wald e Gilmar Ferreira Mendes, Malheiros; ALFREDO BUZAID, “Do Mandado de Segurança”, vol. I/126-129, itens ns. 5/6, 1989, Saraiva; CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, “Manual do Mandado de Segurança”, p. 41/43, 3ª ed., 1999, Renovar; FRANCISCO ANTONIO DE OLIVEIRA, “Mandado de Segurança e Controle Jurisdicional”, p. 28/29, item n. 2.1.1, 2ª ed., 1996, RT).

Esse entendimento doutrinário, por sua vez, expressa, de maneira clara, a própria jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que sempre tem enfatizado, a propósito da matéria em exame, não serem impugnáveis, em sede mandamental, aqueles atos estatais – como o de que ora se cuida - cujo conteúdo veicule prescrições disciplinadoras de situações gerais e impessoais e regedoras de hipóteses que se achem abstratamente previstas em tais atos ou resoluções (RTJ132/189, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

E é, exatamente, o que sucede na espécie, pois a Resolução CNJ nº 80/2009 – pela circunstância de apenas dispor, normativamente, “in abstracto”, sobre situações gerais e impessoais – depende, para efeito de sua aplicabilidade, da prática necessária e ulterior de atos concretos (estes, de competência dos “respectivos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios” e da Corregedoria Nacional de Justiça) destinados a realizar as prescrições abstratas formalmente consubstanciadas no mencionado ato normativo.

Isso significa, portanto, que a implementação executiva do conteúdo normativo do ato impugnado nesta sede mandamental incumbe, concretamente, na esfera administrativa, e em cada caso ocorrente, ao respectivo Tribunal de Justiça a que estiver vinculado o serviço notarial e/ou de registro (ao E. Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, na espécie) e, posteriormente, à Corregedoria Nacional de Justiça, a quem caberá organizar “(...) a Relação Provisória de Vacâncias, das unidades vagas em cada unidade da federação, publicando-as oficialmente a fim de que essas unidades sejam submetidas a concurso público de provas e títulos para outorga de delegações” (Resolução/CNJ nº 80/2009, art. 2º, “caput”).

Reconhecer-se, na espécie ora em exame, a possibilidade jurídico-processual de impugnação, em sede mandamental, do ato normativo em questão equivaleria, em última análise, a autorizar a indevida utilização do mandado de segurança como inadmissível sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade, desconsiderando-se, desse modo, a advertência deste Supremo Tribunal Federal, cujas decisões já acentuaram, por mais de uma vez, a inviabilidade do emprego do “writ” mandamental como instrumento de controle abstrato da validade constitucional das leis e dos atos normativos em geral (RTJ 110/77, Rel. Min. FRANCISCO REZEK – RTJ 111/184, Rel. Min. DJACI FALCÃO - RTJ 132/1136, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.):

“É plena a insindicabilidade, pela via jurídico- -processual do mandado de segurança, de atos em tese, assim considerados os que dispõem sobre situações gerais e impessoais, têm alcance genérico e disciplinam hipóteses que neles se acham abstratamente previstas. O mandado de segurança não é sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade nem pode substituí-la, sob pena de grave deformação

do instituto e inaceitável desvio de sua verdadeira função jurídico-processual.”(RTJ 132/189, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“I. (...) Todavia, se o decreto tem efeito normativo, genérico, por

isso mesmo sem operatividade imediata, necessitando, para a sua individualização, da expedição de ato administrativo, então contra ele não cabe mandado de segurança, já que, admiti-lo, seria admitir a segurança contra lei em tese, o que é repelido pela doutrina e pela jurisprudência (Súmula nº 266).

II. - Mandado de segurança não conhecido.”(RTJ 138/756, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – grifei)Não foi por outra razão que o eminente Ministro JOAQUIM

BARBOSA, ao apreciar, como Relator, o MS 28.169/DF – impetrado contra a mesma Resolução CNJ nº 80/2009, ora questionada na presente sede mandamental -, negou seguimento a referido mandado de segurança, por entender, corretamente, que tal ato “(...) é dotado de caráter normativo, disciplinando situações gerais e abstratas. Produz, portanto, efeitos análogos ao de uma lei em tese, contra a qual não cabe mandado de segurança nos termos da Súmula 266 desta Corte” (grifei).

Registre-se, ainda, que a inviabilidade deste mandado de segurança ainda mais se evidencia quando se tem presente que a Associação dos Notários e Registradores do Brasil – ANOREG/BR propôs, perante esta Suprema Corte, ação direta de inconstitucionalidade (ADI 4.300/DF, Rel. Min. EROS GRAU), na qual impugna a Resolução nº 80/CNJ.

Com efeito, a Resolução em causa – que se qualifica como “um ato de natureza normativa do qual não exsurgem efeitos concretos imediatos”, como realçado nas informações ora prestadas – somente comporta impugnação em sede de fiscalização abstrata de constitucionalidade, não se mostrando objeto idôneo de questionamentoem sede mandamental, a significar, portanto, que a Resolução CNJ nº 80/2009 não se reveste de natureza dúplice nem de conteúdo bifronte.

E, precisamente, por não ostentar natureza dúplice nem conteúdo bifronte, a mencionada Resolução não pode ser simultaneamente contestada em sede de fiscalização concentrada de constitucionalidade (que só admite impugnação contra ato normativo) e, também, mediante ação de mandado de segurança (que não admite impugnação contra ato normativo).

Impende mencionar, finalmente, que o eminente Ministro EROS GRAU, Relator de referida ação direta de inconstitucionalidade (ADI4.300/DF), reconhecendo, na Resolução CNJ nº 80/2009, os atributos da normatividade qualificada (o que a torna objeto idôneo de impugnação “in abstracto” em sede de fiscalização concentrada), aplicou, a esse processo de índole objetiva, o rito procedimental abreviado a que alude o art. 12 da Lei nº 9.868/99.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não conheço da presente ação de mandado de segurança, ficando prejudicada, em conseqüência, a apreciação do pedido de medida liminar.

Arquivem-se estes autos.Publique-se. Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.308 (698)ORIGEM : MS - 124381 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : GISELE ALVESADV.(A/S) : JOÃO ROBERTO EGYDIO PIZA FONTES E

OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (RESOLUÇÃO Nº

80/2009)

DECISÃO: Trata-se de mandado de segurança, com pedido de medida liminar, impetrado contra a Resolução nº 80, de 09/06/2009, editada pelo Conselho Nacional de Justiça.

A ora impetrante busca a anulação da “(...) Resolução n.º 80 aprovada pelo E. CNJ em relação à impetrante, bem como todos os atos dela decorrentes” (fls. 65).

O eminente Ministro GILMAR MENDES, Presidente do Conselho Nacional de Justiça, ao prestar as informações que lhe foram solicitadas, suscitou questão preliminar de não-conhecimento desta ação de mandado de segurança, fazendo-o nos seguintes termos (fls.99/101):

“Inicialmente, cumpre informar a Vossa Excelência que a Impetrante, pela via estreita de cognição do Mandado de Segurança, pretende a suspensão dos efeitos da Resolução do Conselho Nacional de Justiça n.º 80, de 09 de junho de 2009, um ato de natureza normativa do qual não exsurgem efeitos concretos imediatos.

Conquanto por meio do artigo 1º da referida resolução seja ‘declarada a vacância dos serviços notariais e de registro cujos atuais responsáveis não tenham sido investidos por meio do concurso público de provas e títulos específico para a outorga de delegações e de notas e de registro, na forma da Constituição Federal de 1988’, insta informar a Vossa Excelência que o citado comando não encerra uma determinação imediata.

Cabe ressaltar que a materialização dos efeitos da Resolução n.º 80, de 09 de junho de 2009 não deflui de sua mera publicação, haja vista

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 100

ser necessária a edição de outros atos administrativos, conforme se infere dos §§ 1º e 2º do artigo 1º do ato normativo objurgado, ‘verbis’:

‘§ 1º Cumprirá aos respectivos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios elaborar lista das delegações vagas, inclusive aquelas decorrentes de desacumulações, encaminhando-a à Corregedoria Nacional de Justiça, acompanhada dos respectivos títulos de investidura dos atuais responsáveis por essas unidades tidas como vagas, com a respectiva data de criação da unidade, no prazo de quarenta e cinco dias.

§ 2º No mesmo prazo os tribunais elaborarão uma lista das delegações que estejam providas segundo o regime constitucional vigente, encaminhando-a, acompanhada dos títulos de investidura daqueles que estão atualmente respondendo por essas unidades como delegados titulares e as respectivas datas de suas atribuições.’

Verifica-se, portanto, que o ato causador de um eventual gravame à Impetrante é a publicação da Relação Geral de Vacâncias da respectiva unidade da Federação. O ato normativo editado pelo Conselho Nacional de Justiça, por si só, é incapaz de produzir efeitos concretos violadores dos direitos individuais da Impetrante.

Ademais, antes que a vaga seja incluída na Relação Geral de Vacâncias, é conferida aos interessados a possibilidade de impugnar o ato do respectivo Tribunal de Justiça responsável pela elaboração da lista das delegações vagas. Nesse sentido, dispõe o parágrafo único do artigo 2° da resolução contestada:

‘Parágrafo único - No prazo de 15 (quinze), a contar da sua ciência, poderá o interessado impugnar a inclusão da vaga na Relação Provisória de Vacâncias, cumprindo à Corregedoria Nacional de Justiça decidir as impugnações, publicando as decisões e a Relação Geral de Vacâncias de cada unidade da federação’.

Em razão do procedimento para a declaração de vacância dos serviços notariais e de registro ocupados em desacordo com a Constituição Federal de 1988, a Resolução do Conselho Nacional de Justiça n.º 80, de 09 de junho de 2009 configura normativo com efeitos abstratos, cuja concretização depende da edição de outros atos administrativos, razão pela qual é inatacável pela via do ‘mandamus’, conforme o Enunciado n.º 266 da Súmula do Supremo Tribunal Federal.” (grifei)

Reconheço, preliminarmente, que o Supremo Tribunal Federal dispõe de competência originária para processar e julgar ações (inclusive as ações de mandado de segurança) contra o Conselho Nacional de Justiça (CF, art. 102, I, “r”, na redação dada pela ECnº 45/2004).

Passo, desse modo, reconhecida a competência originária desta Suprema Corte, a examinar, previamente, a admissibilidade, ou não, da presente ação mandamental, tendo em vista a natureza do ato estatal ora impugnado nesta sede processual.

Entendo que se revela insuscetível de conhecimento a presente ação de mandado de segurança, eis que ajuizada contra ato estatal – a Resolução CNJ nº 80/2009 – revestido de conteúdo evidentemente normativo e abstrato, subsumível, por isso mesmo, à noção de ato em tese, como acentuado pelo eminente Senhor Presidente do Conselho Nacional de Justiça (fls. 95/103).

Com efeito, os preceitos inscritos em tal diploma normativo traduzem ato em tese, cujo coeficiente de normatividade e de generalidade abstrata impede, na linha de diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo Tribunal Federal (Súmula 266), a válida utilização do remédio constitucional do mandado de segurança:

“Não se revelam sindicáveis, pela via jurídico-processual do mandado de segurança, os atos em tese, assim considerados aqueles (...) que dispõem sobre situações gerais e impessoais, que têm alcance genérico e que disciplinam hipóteses neles abstratamente previstas. Precedentes. Súmula266/STF.”

(RTJ 180/942-943, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Cumpre enfatizar, neste ponto, que normas em tese - assim

entendidos os preceitos estatais qualificados em função do tríplice atributo da generalidade, impessoalidade e abstração - não se expõem ao controle jurisdicional pela via do mandado de segurança, cuja utilização deverá recair, unicamente, sobre os atos destinados a dar aplicação concreta ao que se contiver nas leis, em seus equivalentes constitucionais ou, como na espécie, em regramentos administrativos de conteúdo normativo, consoante adverte o magistério da doutrina (HELY LOPES MEIRELLES, “Mandado de Segurança”, p. 40/41, 28ª ed., 2005, atualizada por Arnoldo Wald e Gilmar Ferreira Mendes, Malheiros; ALFREDO BUZAID, “Do Mandado de Segurança”, vol. I/126-129, itens ns. 5/6, 1989, Saraiva; CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, “Manual do Mandado de Segurança”, p. 41/43, 3ª ed., 1999, Renovar; FRANCISCO ANTONIO DE OLIVEIRA, “Mandado de Segurança e Controle Jurisdicional”, p. 28/29, item n. 2.1.1, 2ª ed., 1996, RT).

Esse entendimento doutrinário, por sua vez, expressa, de maneira clara, a própria jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que sempre tem enfatizado, a propósito da matéria em exame, não serem impugnáveis, em sede mandamental, aqueles atos estatais – como o de que ora se cuida - cujo conteúdo veicule prescrições disciplinadoras de situações gerais e impessoais e regedoras de hipóteses que se achem abstratamente previstas em tais atos ou resoluções (RTJ132/189, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

E é, exatamente, o que sucede na espécie, pois a Resolução CNJ

nº 80/2009 – pela circunstância de apenas dispor, normativamente, “in abstracto”, sobre situações gerais e impessoais – depende, para efeito de sua aplicabilidade, da prática necessária e ulterior de atos concretos (estes, de competência dos “respectivos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios” e da Corregedoria Nacional de Justiça) destinados a realizar as prescrições abstratas formalmente consubstanciadas no mencionado ato normativo.

Isso significa, portanto, que a implementação executiva do conteúdo normativo do ato impugnado nesta sede mandamental incumbe, concretamente, na esfera administrativa, e em cada caso ocorrente, ao respectivo Tribunal de Justiça a que estiver vinculado o serviço notarial e/ou de registro (ao E. Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, na espécie) e, posteriormente, à Corregedoria Nacional de Justiça, a quem caberá organizar “(...) a Relação Provisória de Vacâncias, das unidades vagas em cada unidade da federação, publicando-as oficialmente a fim de que essas unidades sejam submetidas a concurso público de provas e títulos para outorga de delegações” (Resolução/CNJ nº 80/2009, art. 2º, “caput”).

Reconhecer-se, na espécie ora em exame, a possibilidade jurídico-processual de impugnação, em sede mandamental, do ato normativo em questão equivaleria, em última análise, a autorizar a indevida utilização do mandado de segurança como inadmissível sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade, desconsiderando-se, desse modo, a advertência deste Supremo Tribunal Federal, cujas decisões já acentuaram, por mais de uma vez, a inviabilidade do emprego do “writ” mandamental como instrumento de controle abstrato da validade constitucional das leis e dos atos normativos em geral (RTJ 110/77, Rel. Min. FRANCISCO REZEK – RTJ 111/184, Rel. Min. DJACI FALCÃO - RTJ 132/1136, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.):

“É plena a insindicabilidade, pela via jurídico- -processual do mandado de segurança, de atos em tese, assim considerados os que dispõem sobre situações gerais e impessoais, têm alcance genérico e disciplinam hipóteses que neles se acham abstratamente previstas. O mandado de segurança não é sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade nem pode substituí-la, sob pena de grave deformação do instituto e inaceitável desvio de sua verdadeira função jurídico-processual.”

(RTJ 132/189, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“I. (...) Todavia, se o decreto tem efeito normativo, genérico, por

isso mesmo sem operatividade imediata, necessitando, para a sua individualização, da expedição de ato administrativo, então contra ele não cabe mandado de segurança, já que, admiti-lo, seria admitir a segurança contra lei em tese, o que é repelido pela doutrina e pela jurisprudência (Súmula nº 266).

II. - Mandado de segurança não conhecido.”(RTJ 138/756, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – grifei)Não foi por outra razão que o eminente Ministro JOAQUIM

BARBOSA, ao apreciar, como Relator, o MS 28.169/DF – impetrado contra a mesma Resolução CNJ nº 80/2009, ora questionada na presente sede mandamental -, negou seguimento a referido mandado de segurança, por entender, corretamente, que tal ato “(...) é dotado de caráter normativo, disciplinando situações gerais e abstratas. Produz, portanto, efeitos análogos ao de uma lei em tese, contra a qual não cabe mandado de segurança nos termos da Súmula 266 desta Corte” (grifei).

Registre-se, ainda, que a inviabilidade deste mandado de segurança ainda mais se evidencia quando se tem presente que a Associação dos Notários e Registradores do Brasil – ANOREG/BR propôs, perante esta Suprema Corte, ação direta de inconstitucionalidade (ADI 4.300/DF, Rel. Min. EROS GRAU), na qual impugna a Resolução nº 80/CNJ.

Com efeito, a Resolução em causa – que se qualifica como “um ato de natureza normativa do qual não exsurgem efeitos concretos imediatos”, como realçado nas informações ora prestadas – somente comporta impugnação em sede de fiscalização abstrata de constitucionalidade, não se mostrando objeto idôneo de questionamentoem sede mandamental, a significar, portanto, que a Resolução CNJ nº 80/2009 não se reveste de natureza dúplice nem de conteúdo bifronte.

E, precisamente, por não ostentar natureza dúplice nem conteúdo bifronte, a mencionada Resolução não pode ser simultaneamente contestada em sede de fiscalização concentrada de constitucionalidade (que só admite impugnação contra ato normativo) e, também, mediante ação de mandado de segurança (que não admite impugnação contra ato normativo).

Impende mencionar, finalmente, que o eminente Ministro EROS GRAU, Relator de referida ação direta de inconstitucionalidade (ADI4.300/DF), reconhecendo, na Resolução CNJ nº 80/2009, os atributos da normatividade qualificada (o que a torna objeto idôneo de impugnação “in abstracto” em sede de fiscalização concentrada), aplicou, a esse processo de índole objetiva, o rito procedimental abreviado a que alude o art. 12 da Lei nº 9.868/99.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não conheço da presente ação de mandado de segurança, ficando prejudicada, em conseqüência, a apreciação do pedido de medida liminar.

Arquivem-se estes autos.Publique-se. Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 101

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.319 (699)ORIGEM : MS - 125482 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : EDÍSIO UCHÔA CAVALCANTIADV.(A/S) : JOSÉ MANUEL ZEFERINO GALVÃO DE MELO E

OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

(RESOLUÇÃO Nº 80/2009)

DECISÃO: Trata-se de mandado de segurança, com pedido de medida liminar, impetrado contra a Resolução nº 80, de 09/06/2009, editada pelo Conselho Nacional de Justiça.

O ora impetrante busca sua manutenção “(...) na titularidade da serventia de notas e registros públicos da Comarca de Itamaracá, Estado de Pernambuco, excluindo-o das medidas preconizadas pela Resolução nº 80/90 do C. Conselho Nacional de Justiça” (fls. 50).

O eminente Ministro GILMAR MENDES, Presidente do Conselho Nacional de Justiça, ao prestar as informações que lhe foram solicitadas, suscitou questão preliminar de não-conhecimento desta ação de mandado de segurança, fazendo-o nos seguintes termos (fls.165/167):

“Inicialmente, cumpre informar a Vossa Excelência que o Impetrante, pela via estreita de cognição do Mandado de Segurança, pretende a suspensão dos efeitos da Resolução do Conselho Nacional de Justiça n.º 80, de 09 de junho de 2009, um ato de natureza normativa do qual não exsurgem efeitos concretos imediatos.

Conquanto por meio do artigo 1º da referida resolução seja ‘declarada a vacância dos serviços notariais e de registro cujos atuais responsáveis não tenham sido investidos por meio do concurso público de provas e títulos específico para a outorga de delegações e de notas e de registro, na forma da Constituição Federal de 1988’, insta informar a Vossa Excelência que o citado comando não encerra uma determinação imediata.

Cabe ressaltar que a materialização dos efeitos da Resolução n.º 80, de 09 de junho de 2009 não deflui de sua mera publicação, haja vista ser necessária a edição de outros atos administrativos, conforme se infere dos §§ 1º e 2º do artigo 1º do ato normativo objurgado, ‘verbis’:

‘§ 1º Cumprirá aos respectivos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios elaborar lista das delegações vagas, inclusive aquelas decorrentes de desacumulações, encaminhando-a à Corregedoria Nacional de Justiça, acompanhada dos respectivos títulos de investidura dos atuais responsáveis por essas unidades tidas como vagas, com a respectiva data de criação da unidade, no prazo de quarenta e cinco dias.

§ 2º No mesmo prazo os tribunais elaborarão uma lista das delegações que estejam providas segundo o regime constitucional vigente, encaminhando-a, acompanhada dos títulos de investidura daqueles que estão atualmente respondendo por essas unidades como delegados titulares e as respectivas datas de suas atribuições.’

Verifica-se, portanto, que o ato causador de um eventual gravame ao Impetrante é a publicação da Relação Geral de Vacâncias da respectiva unidade da Federação. O ato normativo editado pelo Conselho Nacional de Justiça, por si só, é incapaz de produzir efeitos concretos violadores dos direitos individuais do Impetrante.

Ademais, antes que a vaga seja incluída na Relação Geral de Vacâncias, é conferida aos interessados a possibilidade de impugnar o ato do respectivo Tribunal de Justiça responsável pela elaboração da lista das delegações vagas. Nesse sentido, dispõe o parágrafo único do artigo 2° da resolução contestada:

‘Parágrafo único - No prazo de 15 (quinze), a contar da sua ciência, poderá o interessado impugnar a inclusão da vaga na Relação Provisória de Vacâncias, cumprindo à Corregedoria Nacional de Justiça decidir as impugnações, publicando as decisões e a Relação Geral de Vacâncias de cada unidade da federação’.

Em razão do procedimento para a declaração de vacância dos serviços notariais e de registro ocupados em desacordo com a Constituição Federal de 1988, a Resolução do Conselho Nacional de Justiça n.º 80, de 09 de junho de 2009 configura normativo com efeitos abstratos, cuja concretização depende da edição de outros atos administrativos, razão pela qual é inatacável pela via do ‘mandamus’, conforme o Enunciado n.º 266 da Súmula do Supremo Tribunal Federal.” (grifei)

Reconheço, preliminarmente, que o Supremo Tribunal Federal dispõe de competência originária para processar e julgar ações (inclusive as ações de mandado de segurança) contra o Conselho Nacional de Justiça (CF, art. 102, I, “r”, na redação dada pela ECnº 45/2004).

Passo, desse modo, reconhecida a competência originária desta Suprema Corte, a examinar, previamente, a admissibilidade, ou não, da presente ação mandamental, tendo em vista a natureza do ato estatal ora impugnado nesta sede processual.

Entendo que se revela insuscetível de conhecimento a presente ação de mandado de segurança, eis que ajuizada contra ato estatal – a Resolução CNJ nº 80/2009 – revestido de conteúdo evidentemente normativo e abstrato, subsumível, por isso mesmo, à noção de ato em tese, como acentuado pelo eminente Senhor Presidente do Conselho Nacional de Justiça (fls. 162/170).

Com efeito, os preceitos inscritos em tal diploma normativo traduzem ato em tese, cujo coeficiente de normatividade e de generalidade abstrata impede, na linha de diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo Tribunal Federal (Súmula 266), a válida utilização do remédio constitucional do mandado de segurança:

“Não se revelam sindicáveis, pela via jurídico-processual do mandado de segurança, os atos em tese, assim considerados aqueles (...) que dispõem sobre situações gerais e impessoais, que têm alcance genérico e que disciplinam hipóteses neles abstratamente previstas. Precedentes. Súmula266/STF.”

(RTJ 180/942-943, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Cumpre enfatizar, neste ponto, que normas em tese - assim

entendidos os preceitos estatais qualificados em função do tríplice atributo da generalidade, impessoalidade e abstração - não se expõem ao controle jurisdicional pela via do mandado de segurança, cuja utilização deverá recair, unicamente, sobre os atos destinados a dar aplicação concreta ao que se contiver nas leis, em seus equivalentes constitucionais ou, como na espécie, em regramentos administrativos de conteúdo normativo, consoante adverte o magistério da doutrina (HELY LOPES MEIRELLES, “Mandado de Segurança”, p. 40/41, 28ª ed., 2005, atualizada por Arnoldo Wald e Gilmar Ferreira Mendes, Malheiros; ALFREDO BUZAID, “Do Mandado de Segurança”, vol. I/126-129, itens ns. 5/6, 1989, Saraiva; CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, “Manual do Mandado de Segurança”, p. 41/43, 3ª ed., 1999, Renovar; FRANCISCO ANTONIO DE OLIVEIRA, “Mandado de Segurança e Controle Jurisdicional”, p. 28/29, item n. 2.1.1, 2ª ed., 1996, RT).

Esse entendimento doutrinário, por sua vez, expressa, de maneira clara, a própria jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que sempre tem enfatizado, a propósito da matéria em exame, não serem impugnáveis, em sede mandamental, aqueles atos estatais – como o de que ora se cuida - cujo conteúdo veicule prescrições disciplinadoras de situações gerais e impessoais e regedoras de hipóteses que se achem abstratamente previstas em tais atos ou resoluções (RTJ132/189, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

E é, exatamente, o que sucede na espécie, pois a Resolução CNJ nº 80/2009 – pela circunstância de apenas dispor, normativamente, “in abstracto”, sobre situações gerais e impessoais – depende, para efeito de sua aplicabilidade, da prática necessária e ulterior de atos concretos (estes, de competência dos “respectivos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios” e da Corregedoria Nacional de Justiça) destinados a realizar as prescrições abstratas formalmente consubstanciadas no mencionado ato normativo.

Isso significa, portanto, que a implementação executiva do conteúdo normativo do ato impugnado nesta sede mandamental incumbe, concretamente, na esfera administrativa, e em cada caso ocorrente, ao respectivo Tribunal de Justiça a que estiver vinculado o serviço notarial e/ou de registro (ao E. Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, na espécie) e, posteriormente, à Corregedoria Nacional de Justiça, a quem caberá organizar “(...) a Relação Provisória de Vacâncias, das unidades vagas em cada unidade da federação, publicando-as oficialmente a fim de que essas unidades sejam submetidas a concurso público de provas e títulos para outorga de delegações” (Resolução/CNJ nº 80/2009, art. 2º, “caput”).

Reconhecer-se, na espécie ora em exame, a possibilidade jurídico-processual de impugnação, em sede mandamental, do ato normativo em questão equivaleria, em última análise, a autorizar a indevida utilização do mandado de segurança como inadmissível sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade, desconsiderando-se, desse modo, a advertência deste Supremo Tribunal Federal, cujas decisões já acentuaram, por mais de uma vez, a inviabilidade do emprego do “writ” mandamental como instrumento de controle abstrato da validade constitucional das leis e dos atos normativos em geral (RTJ 110/77, Rel. Min. FRANCISCO REZEK – RTJ 111/184, Rel. Min. DJACI FALCÃO - RTJ 132/1136, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.):

“É plena a insindicabilidade, pela via jurídico- -processual do mandado de segurança, de atos em tese, assim considerados os que dispõem sobre situações gerais e impessoais, têm alcance genérico e disciplinam hipóteses que neles se acham abstratamente previstas. O mandado de segurança não é sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade nem pode substituí-la, sob pena de grave deformação do instituto e inaceitável desvio de sua verdadeira função jurídico-processual.”

(RTJ 132/189, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“I. (...) Todavia, se o decreto tem efeito normativo, genérico, por

isso mesmo sem operatividade imediata, necessitando, para a sua individualização, da expedição de ato administrativo, então contra ele não cabe mandado de segurança, já que, admiti-lo, seria admitir a segurança contra lei em tese, o que é repelido pela doutrina e pela jurisprudência (Súmula nº 266).

II. - Mandado de segurança não conhecido.”(RTJ 138/756, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – grifei)Não foi por outra razão que o eminente Ministro JOAQUIM

BARBOSA, ao apreciar, como Relator, o MS 28.169/DF – impetrado contra a mesma Resolução CNJ nº 80/2009, ora questionada na presente sede mandamental -, negou seguimento a referido mandado de segurança, por entender, corretamente, que tal ato “(...) é dotado de caráter normativo,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 102

disciplinando situações gerais e abstratas. Produz, portanto, efeitos análogos ao de uma lei em tese, contra a qual não cabe mandado de segurança nos termos da Súmula 266 desta Corte” (grifei).

Registre-se, ainda, que a inviabilidade deste mandado de segurança ainda mais se evidencia quando se tem presente que a Associação dos Notários e Registradores do Brasil – ANOREG/BR propôs, perante esta Suprema Corte, ação direta de inconstitucionalidade (ADI 4.300/DF, Rel. Min. EROS GRAU), na qual impugna a Resolução nº 80/CNJ.

Com efeito, a Resolução em causa – que se qualifica como “um ato de natureza normativa do qual não exsurgem efeitos concretos imediatos”, como realçado nas informações ora prestadas – somente comporta impugnação em sede de fiscalização abstrata de constitucionalidade, não se mostrando objeto idôneo de questionamentoem sede mandamental, a significar, portanto, que a Resolução CNJ nº 80/2009 não se reveste de natureza dúplice nem de conteúdo bifronte.

E, precisamente, por não ostentar natureza dúplice nem conteúdo bifronte, a mencionada Resolução não pode ser simultaneamente contestada em sede de fiscalização concentrada de constitucionalidade (que só admite impugnação contra ato normativo) e, também, mediante ação de mandado de segurança (que não admite impugnação contra ato normativo).

Impende mencionar, finalmente, que o eminente Ministro EROS GRAU, Relator de referida ação direta de inconstitucionalidade (ADI4.300/DF), reconhecendo, na Resolução CNJ nº 80/2009, os atributos da normatividade qualificada (o que a torna objeto idôneo de impugnação “in abstracto” em sede de fiscalização concentrada), aplicou, a esse processo de índole objetiva, o rito procedimental abreviado a que alude o art. 12 da Lei nº 9.868/99.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não conheço da presente ação de mandado de segurança, ficando prejudicada, em conseqüência, a apreciação do pedido de medida liminar.

Arquivem-se estes autos.Publique-se. Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.329 (700)ORIGEM : MS - 125820 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : WAGNER MENDES COELHOADV.(A/S) : CRISTIANO REIS GIULIANI E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

(RESOLUÇÃO Nº 80/2009)

DECISÃO: Trata-se de mandado de segurança, com pedido de medida liminar, impetrado contra a Resolução nº 80, de 09/06/2009, editada pelo Conselho Nacional de Justiça.

O ora impetrante busca “(...) seja concedida a segurança para desconstituir a Resolução n. 80, por inconstitucionalidade, e, em conseqüência, para reconhecer o direito líquido e certo do Impetrante a não ter sua serventia incluída nos termos da Resolução” (fls. 24).

O eminente Ministro GILMAR MENDES, Presidente do Conselho Nacional de Justiça, ao prestar as informações que lhe foram solicitadas, suscitou questão preliminar de não-conhecimento desta ação de mandado de segurança, fazendo-o nos seguintes termos (fls.95/96):

“Inicialmente, cumpre informar a Vossa Excelência que o Impetrante, pela via estreita de cognição do Mandado de Segurança, pretende a suspensão dos efeitos da Resolução do Conselho Nacional de Justiça n.º 80, de 09 de junho de 2009, um ato de natureza normativa do qual não exsurgem efeitos concretos imediatos.

Conquanto por meio do artigo 1º da referida resolução seja ‘declarada a vacância dos serviços notariais e de registro cujos atuais responsáveis não tenham sido investidos por meio do concurso público de provas e títulos específico para a outorga de delegações e de notas e de registro, na forma da Constituição Federal de 1988’, insta informar a Vossa Excelência que o citado comando não encerra uma determinação imediata.

Cabe ressaltar que a materialização dos efeitos da Resolução n.º 80, de 09 de junho de 2009 não deflui de sua mera publicação, haja vista ser necessária a edição de outros atos administrativos, conforme se infere dos §§ 1º e 2º do artigo 1º do ato normativo objurgado, ‘verbis’:

‘§ 1º Cumprirá aos respectivos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios elaborar lista das delegações vagas, inclusive aquelas decorrentes de desacumulações, encaminhando-a à Corregedoria Nacional de Justiça, acompanhada dos respectivos títulos de investidura dos atuais responsáveis por essas unidades tidas como vagas, com a respectiva data de criação da unidade, no prazo de quarenta e cinco dias.

§ 2º No mesmo prazo os tribunais elaborarão uma lista das delegações que estejam providas segundo o regime constitucional vigente, encaminhando-a, acompanhada dos títulos de investidura daqueles que estão atualmente respondendo por essas unidades como delegados titulares e as respectivas datas de suas atribuições.’

Verifica-se, portanto, que o ato causador de um eventual gravame ao Impetrante é a publicação da Relação Geral de Vacâncias da respectiva

unidade da Federação. O ato normativo editado pelo Conselho Nacional de Justiça, por si só, é incapaz de produzir efeitos concretos violadores dos direitos individuais do Impetrante.

Ademais, antes que a vaga seja incluída na Relação Geral de Vacâncias, é conferida aos interessados a possibilidade de impugnar o ato do respectivo Tribunal de Justiça responsável pela elaboração da lista das delegações vagas. Nesse sentido, dispõe o parágrafo único do artigo 2° da resolução contestada:

‘Parágrafo único - No prazo de 15 (quinze), a contar da sua ciência, poderá o interessado impugnar a inclusão da vaga na Relação Provisória de Vacâncias, cumprindo à Corregedoria Nacional de Justiça decidir as impugnações, publicando as decisões e a Relação Geral de Vacâncias de cada unidade da federação’.

Em razão do procedimento para a declaração de vacância dos serviços notariais e de registro ocupados em desacordo com a Constituição Federal de 1988, a Resolução do Conselho Nacional de Justiça n.º 80, de 09 de junho de 2009 configura normativo com efeitos abstratos, cuja concretização depende da edição de outros atos administrativos, razão pela qual é inatacável pela via do ‘mandamus’, conforme o Enunciado n.º 266 da Súmula do Supremo Tribunal Federal.” (grifei)

Reconheço, preliminarmente, que o Supremo Tribunal Federal dispõe de competência originária para processar e julgar ações (inclusive as ações de mandado de segurança) contra o Conselho Nacional de Justiça (CF, art. 102, I, “r”, na redação dada pela ECnº 45/2004).

Passo, desse modo, reconhecida a competência originária desta Suprema Corte, a examinar, previamente, a admissibilidade, ou não, da presente ação mandamental, tendo em vista a natureza do ato estatal ora impugnado nesta sede processual.

Entendo que se revela insuscetível de conhecimento a presente ação de mandado de segurança, eis que ajuizada contra ato estatal – a Resolução CNJ nº 80/2009 – revestido de conteúdo evidentemente normativo e abstrato, subsumível, por isso mesmo, à noção de ato em tese, como acentuado pelo eminente Senhor Presidente do Conselho Nacional de Justiça (fls. 92/99).

Com efeito, os preceitos inscritos em tal diploma normativo traduzem ato em tese, cujo coeficiente de normatividade e de generalidade abstrata impede, na linha de diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo Tribunal Federal (Súmula 266), a válida utilização do remédio constitucional do mandado de segurança:

“Não se revelam sindicáveis, pela via jurídico-processual do mandado de segurança, os atos em tese, assim considerados aqueles (...) que dispõem sobre situações gerais e impessoais, que têm alcance genérico e que disciplinam hipóteses neles abstratamente previstas. Precedentes. Súmula266/STF.”

(RTJ 180/942-943, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Cumpre enfatizar, neste ponto, que normas em tese - assim

entendidos os preceitos estatais qualificados em função do tríplice atributo da generalidade, impessoalidade e abstração - não se expõem ao controle jurisdicional pela via do mandado de segurança, cuja utilização deverá recair, unicamente, sobre os atos destinados a dar aplicação concreta ao que se contiver nas leis, em seus equivalentes constitucionais ou, como na espécie, em regramentos administrativos de conteúdo normativo, consoante adverte o magistério da doutrina (HELY LOPES MEIRELLES, “Mandado de Segurança”, p. 40/41, 28ª ed., 2005, atualizada por Arnoldo Wald e Gilmar Ferreira Mendes, Malheiros; ALFREDO BUZAID, “Do Mandado de Segurança”, vol. I/126-129, itens ns. 5/6, 1989, Saraiva; CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, “Manual do Mandado de Segurança”, p. 41/43, 3ª ed., 1999, Renovar; FRANCISCO ANTONIO DE OLIVEIRA, “Mandado de Segurança e Controle Jurisdicional”, p. 28/29, item n. 2.1.1, 2ª ed., 1996, RT).

Esse entendimento doutrinário, por sua vez, expressa, de maneira clara, a própria jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que sempre tem enfatizado, a propósito da matéria em exame, não serem impugnáveis, em sede mandamental, aqueles atos estatais – como o de que ora se cuida - cujo conteúdo veicule prescrições disciplinadoras de situações gerais e impessoais e regedoras de hipóteses que se achem abstratamente previstas em tais atos ou resoluções (RTJ132/189, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

E é, exatamente, o que sucede na espécie, pois a Resolução CNJ nº 80/2009 – pela circunstância de apenas dispor, normativamente, “in abstracto”, sobre situações gerais e impessoais – depende, para efeito de sua aplicabilidade, da prática necessária e ulterior de atos concretos (estes, de competência dos “respectivos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios” e da Corregedoria Nacional de Justiça) destinados a realizar as prescrições abstratas formalmente consubstanciadas no mencionado ato normativo.

Isso significa, portanto, que a implementação executiva do conteúdo normativo do ato impugnado nesta sede mandamental incumbe, concretamente, na esfera administrativa, e em cada caso ocorrente, ao respectivo Tribunal de Justiça a que estiver vinculado o serviço notarial e/ou de registro (ao E. Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, na espécie) e, posteriormente, à Corregedoria Nacional de Justiça, a quem caberá organizar “(...) a Relação Provisória de Vacâncias, das unidades vagas em cada unidade da federação, publicando-as oficialmente a fim de que essas

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 103

unidades sejam submetidas a concurso público de provas e títulos para outorga de delegações” (Resolução/CNJ nº 80/2009, art. 2º, “caput”).

Reconhecer-se, na espécie ora em exame, a possibilidade jurídico-processual de impugnação, em sede mandamental, do ato normativo em questão equivaleria, em última análise, a autorizar a indevida utilização do mandado de segurança como inadmissível sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade, desconsiderando-se, desse modo, a advertência deste Supremo Tribunal Federal, cujas decisões já acentuaram, por mais de uma vez, a inviabilidade do emprego do “writ” mandamental como instrumento de controle abstrato da validade constitucional das leis e dos atos normativos em geral (RTJ 110/77, Rel. Min. FRANCISCO REZEK – RTJ 111/184, Rel. Min. DJACI FALCÃO - RTJ 132/1136, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.):

“É plena a insindicabilidade, pela via jurídico- -processual do mandado de segurança, de atos em tese, assim considerados os que dispõem sobre situações gerais e impessoais, têm alcance genérico e disciplinam hipóteses que neles se acham abstratamente previstas. O mandado de segurança não é sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade nem pode substituí-la, sob pena de grave deformação do instituto e inaceitável desvio de sua verdadeira função jurídico-processual.”

(RTJ 132/189, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“I. (...) Todavia, se o decreto tem efeito normativo, genérico, por

isso mesmo sem operatividade imediata, necessitando, para a sua individualização, da expedição de ato administrativo, então contra ele não cabe mandado de segurança, já que, admiti-lo, seria admitir a segurança contra lei em tese, o que é repelido pela doutrina e pela jurisprudência (Súmula nº 266).

II. - Mandado de segurança não conhecido.”(RTJ 138/756, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – grifei)Não foi por outra razão que o eminente Ministro JOAQUIM

BARBOSA, ao apreciar, como Relator, o MS 28.169/DF – impetrado contra a mesma Resolução CNJ nº 80/2009, ora questionada na presente sede mandamental -, negou seguimento a referido mandado de segurança, por entender, corretamente, que tal ato “(...) é dotado de caráter normativo, disciplinando situações gerais e abstratas. Produz, portanto, efeitos análogos ao de uma lei em tese, contra a qual não cabe mandado de segurança nos termos da Súmula 266 desta Corte” (grifei).

Registre-se, ainda, que a inviabilidade deste mandado de segurança ainda mais se evidencia quando se tem presente que a Associação dos Notários e Registradores do Brasil – ANOREG/BR propôs, perante esta Suprema Corte, ação direta de inconstitucionalidade (ADI 4.300/DF, Rel. Min. EROS GRAU), na qual impugna a Resolução nº 80/CNJ.

Com efeito, a Resolução em causa – que se qualifica como “um ato de natureza normativa do qual não exsurgem efeitos concretos imediatos”, como realçado nas informações ora prestadas – somente comporta impugnação em sede de fiscalização abstrata de constitucionalidade, não se mostrando objeto idôneo de questionamentoem sede mandamental, a significar, portanto, que a Resolução CNJ nº 80/2009 não se reveste de natureza dúplice nem de conteúdo bifronte.

E, precisamente, por não ostentar natureza dúplice nem conteúdo bifronte, a mencionada Resolução não pode ser simultaneamente contestada em sede de fiscalização concentrada de constitucionalidade (que só admite impugnação contra ato normativo) e, também, mediante ação de mandado de segurança (que não admite impugnação contra ato normativo).

Impende mencionar, finalmente, que o eminente Ministro EROS GRAU, Relator de referida ação direta de inconstitucionalidade (ADI4.300/DF), reconhecendo, na Resolução CNJ nº 80/2009, os atributos da normatividade qualificada (o que a torna objeto idôneo de impugnação “in abstracto” em sede de fiscalização concentrada), aplicou, a esse processo de índole objetiva, o rito procedimental abreviado a que alude o art. 12 da Lei nº 9.868/99.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não conheço da presente ação de mandado de segurança, ficando prejudicada, em conseqüência, a apreciação do pedido de medida liminar.

Arquivem-se estes autos.Publique-se. Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MANDADO DE SEGURANÇA 28.386 (701)ORIGEM : MS - 28386 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEIMPTE.(S) : JOSÉ CARLOS FRATTI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RAIMUNDO M. B. CARVALHO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJ

1.Notifique-se o eminente Ministro Gilmar Mendes, Presidente do Conselho Nacional de Justiça, para que preste informações no prazo de 10 (dez) dias (art. 7º, I, da Lei 12.016/09).

2.Dê-se ciência da presente impetração à Advocacia-Geral da União, enviando-lhe cópia da petição inicial (art. 7º, II, da Lei 12.016/09).

3.Após o encaminhamento das informações ou do decurso do prazo

para tal, apreciarei o pedido de medida liminar.Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

PETIÇÃO 3.928 (702)ORIGEM : PET - 42752 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOREQTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : EDUARDO PEREIRA BROMONSCHENKEL E

OUTRO(A/S)REQDO.(A/S) : CECÍLIA PEUCKERTADV.(A/S) : IRIS TEREZINHA RODRIGUES DE SOUZAREQDO.(A/S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Determinei, em 27/08/2009, a citação da requerida Cecília Peuckert (fls. 201).

Esse despacho foi publicado em 02/09/2009, quarta-feira (fls. 204). Não obstante já decorridos 56(cinqüenta e seis) dias até a presente data, a parte requerente deixou de adotar as providências indispensáveis à efetivação do ato de citação de Cecília Peuckert (certidão a fls. 244).

Desse modo, determino que a Caixa Econômica Federal manifeste-se sobre o que se contém no presente despacho, sob pena de extinção deste processo. Prazo:10 (dez) dias.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

PETIÇÃO 4.360 (703)ORIGEM : INQ - 1289 - TRIBUNAL REGIONAL ELEITORALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUREQTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAREQDO.(A/S) : JORGE DE FARIA MALULYREQDO.(A/S) : RONI VON GÓES DE ANDRADEREQDO.(A/S) : MAURO BRAGATO

DESPACHO: O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo encaminhou cópia da Prestação de Contas de Campanha n. 2474, requerida pelo Procurador-Geral da República.

Retornem os autos ao Ministério Público Federal.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

PETIÇÃO 4.654 (704)ORIGEM : PET - 108555 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEREQTE.(S) : UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : PATRICIA DE MACEDO FLORIO E OUTRO(A/S)REQDO.(A/S) : TERCEIRA VICE-PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº 2009.134.06583)

INTDO.(A/S) : ANA PAULA DA COSTA ORNELLASADV.(A/S) : RODRIGO LUSTOSA DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

1.Trata-se de petição proposta por Unibanco – União de Bancos Brasileiros S/A, em que se requer o imediato processamento de recurso extraordinário retido, na forma do art. 542, § 3º, do Código de Processo Civil.

A requerente sustenta, em síntese, o seguinte (fl. 03):“São notórios e graves e irremediáveis efeitos ocasionados ao

UNIBANCO – UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/A, com a retenção do recurso extraordinário interposto, mormente porque implica diretamente no julgamento final da demanda.

A fumaça do bom direito na hipótese é nítida: O UNIBANCO pode vir a ser alvo de execução de eventual condenação em valor excessivamente elevado em razão de tal determinação, mesmo que não seja comprovado o fato constitutivo do direito pleiteado, caso não existam meios de se verificar os valores corretos a serem utilizados, em uma eventual condenação do recorrente, não existindo também a possibilidade de se verificar se a conta ainda estava aberta no período do Plano reclamado na inicial.

E o periculum in mora verificado no caso é igualmente claro dada a irreversibilidade do prejuízo decorrente do julgamento prematuro do feito sem que, tenha se manifestado o judiciário sobre a questão suscitada pelo requerente.”

2.Esta Corte tem admitido o afastamento da regra contida no § 3º do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 104

art. 542 do Código de Processo Civil nas hipóteses em que esteja comprovada a possibilidade de ocorrência de danos irreparáveis ou de difícil reparação às partes e restem demonstradas a viabilidade processual do recurso extraordinário e a plausibilidade das razões alegadas.

No entanto, esse não é o caso dos autos. A requerente, no recurso extraordinário que foi retido, alegou violação

ao art. 5º, II e XXXVI, da Constituição Federal.O recurso extraordinário foi interposto contra acórdão que, ao julgar o

agravo de instrumento, manteve a decisão do juízo de primeiro grau, que condenou a requerente ao pagamento de multa diária até que fossem fornecidos os extratos das contas-poupança da autora.

Não tenho como demonstrado que os eventuais danos sejam irreparáveis ou de difícil reparação. Desse modo, o recurso extraordinário poderá ser examinado caso seja ratificado após o julgamento final na corte de origem. Nesse sentido, cito: Pet 4.302, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 08.05.2008; Pet 4.456, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 26.11.2008; e Pet 4.366, rel. Min. Menezes Direito, DJe 21.08.2008.

3.Ante o exposto, nego seguimento à presente ação cautelar (RISTF, art. 21, § 1º).

Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECLAMAÇÃO 3.784 (705)ORIGEM : RCL - 102146 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARÁRELATORA SUBSTITUTA

:MIN. ELLEN GRACIE

RECLTE.(S) : AGRO PECUÁRIA PARAPORÃ S/A E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FRANCISCO ORLANDO JUNQUEIRA FRANCOADV.(A/S) : RODRIGO MONTEIRO AUGUSTO E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁINTDO.(A/S) : ESTADO DO PARÁADV.(A/S) : PGE-PA - JOSÉ ALOYSIO CAVALCANTE CAMPOS E

OUTRO(A/S)

1.Trata-se de reclamação ajuizada por Agropecuária Paraporã S/A e outros, com fundamento no art. 13 da Lei 8.038/90, objetivando o cumprimento pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará da decisão proferida pelo Ministro Néri da Silveira, em 13.02.2002, que indeferiu o pedido de medida liminar formulado nos autos da Reclamação 2.013/PA (fls. 23-27).

Noticiam que a Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, em 12.4.2002, suspendeu a expedição do precatório em favor dos reclamantes sob o entendimento de que o assunto seria objeto de apreciação nos autos da Reclamação 2.013/PA (fl. 287).

Alegam que a Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Pará desrespeitou a decisão proferida pelo Ministro Néri da Silveira que indeferiu o pedido de medida liminar formulado nos autos da Reclamação 2.013/PA.

Sustentam que o Desembargador-Relator da Ação Rescisória 2002304115, em 25.11.2004, ao deferir pedido de medida cautelar formulado pelo Estado do Pará (fls. 290-292), também desrespeitou a decisão proferida pelo Ministro Néri da Silveira.

Requerem, ao final, a procedência da presente reclamação para determinar à Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Pará o cumprimento da decisão do Ministro Néri da Silveira, com a conseqüente expedição do ofício requisitório ao Governador do Estado do Pará.

2.Requisitaram-se informações (fl. 459), que não foram prestadas (certidão de fl. 462).

3.Meu ilustre antecessor, Ministro Gilmar Mendes, determinou o apensamento dos presentes autos àqueles da Reclamação 2.013/PA (fl. 463).

4.Inicialmente, faz-se necessário um breve resumo do que ocorreu nos autos da Reclamação 2.013/PA.

O Estado do Pará ajuizou a Reclamação 2.013/PA com o objetivo de que o Tribunal de Justiça daquela unidade federativa cumprisse o acórdão proferido, em 08.8.1979, pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no julgamento do Recurso Extraordinário 89.880/PA, rel. Min. Leitão de Abreu, que lhe deu provimento para “restabelecer a sentença de primeiro grau e declarar inconstitucional o Decreto nº 7.702, de 20.10.1971, do Estado do Pará” (fl. 539).

Disse o Estado do Pará que o pedido final formulado no Recurso Extraordinário 89.880/PA era o seu provimento para restaurar a sentença de primeiro grau, no que tange ao reconhecimento da inconstitucionalidade do Decreto Estadual 7.702/71, bem como para ordenar a remessa dos autos à Câmara Cível para apreciação do mérito do processo.

Alegou que “a conclusão restaurada da sentença foi tão-só e unicamente aquela referente à declaração de inconstitucionalidade do Decreto nº 7.702/71, visto que o restante da matéria (cabimento ou não da indenização pleiteada) deveria ainda ser apreciado pela 2ª Câmara Cível Isolada daquele E. Tribunal Estadual, onde estava pendente de julgamento a apelação interposta pelo Estado do Pará” (fl. 6 da Reclamação 2.013/PA).

Ressaltou o Estado do Pará que “o pedido explícito e expresso dos recorrentes, àquele momento, foi para que os autos, após o julgamento e pretendido provimento do apelo extremo, retornassem à Câmara Cível para

apreciação do mérito da demanda - isto é, sobre o cabimento ou não da indenização” (fl. 6 da Reclamação 2.013/PA).

Destacou o reclamante que, “apesar de claramente ser este o teor da decisão final deste Colendo Supremo Tribunal Federal − que declarou a inconstitucionalidade do decreto e determinou a remessa dos autos à Corte de origem para julgamento do mérito da demanda, conforme limites estabelecidos pela correta processualística e pelo pedido deduzido no Recurso Extraordinário −, o julgamento da apelação interposta pelo Estado do Pará não ocorreu até hoje, figurando-se cabal o erro judiciário daí decorrente” (fl. 7 da Reclamação 2.013/PA).

Aduziu que “a sentença sequer foi confirmada pelo Tribunal Estadual, haja vista que, com a suspensão do julgamento da apelação pela 2ª Câmara Cível, suspendeu-se também o julgamento da remessa necessária, exigência de validade da decisão de 1ª instância, que por isso até hoje não foi confirmada” (fl. 7 da Reclamação 2.013/PA).

Discorreu o Estado do Pará que, “posteriormente ao julgamento do extraordinário, que deveria seguir, indubitavelmente, seria a remessa dos autos de volta à Eg. 2ª Câmara Cível Isolada do E. TJE/PA, com o objetivo de apreciar o mérito da apelação, tendo-se fixada a questão atinente à inconstitucionalidade do Decreto expropriatório por parte deste C. STF” (fl. 7 da Reclamação 2.013/PA).

Sustentou, em síntese, a ocorrência de descumprimento da determinação desta Corte Suprema de retorno dos autos para o julgamento de mérito do processo.

Salientou a existência do perigo na demora, consubstanciado no fato de que a sentença de primeiro grau estaria sendo executada, inclusive com a expedição de precatório requisitório da quantia liquidada, de aproximadamente R$ 70.000.000,00 (setenta milhões de reais).

Requereu, ao final, liminarmente, a suspensão da execução promovida nos autos do Processo 301890576210, em curso na 15ª Vara Civil da Comarca de Belém − PA, sustando-se o precatório requisitório já expedido. Quanto ao mérito, pediu a procedência da Reclamação 2.013/PA para declarar a nulidade do referido processo, determinando-se o retorno dos autos à Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Pará para o “julgamento do mérito da apelação cível que restou sobrestada desde o processamento do extraordinário” (fl. 16 da Reclamação 2.013/PA).

Requisitaram-se informações, que foram prestadas (fls. 332-333 da Reclamação 2.013/PA).

O Ministro Néri da Silveira, em 13.02.2002, indeferiu o pedido de medida liminar formulado pelo Estado do Pará (fls. 489-493 da Reclamação 2.013/PA).

O Estado do Pará interpôs, em 04.3.2002, agravo regimental da decisão do Ministro Néri da Silveira (fls. 499-507 da Reclamação 2.013/PA).

Agropecuária Paraporã S/A e outros requereram a juntada da certidão do trânsito em julgado do Acórdão 35.323, que fixou a liquidação de sentença (fls. 511-534 da Reclamação 2.013/PA).

A Procuradoria-Geral da República opinou pelo desprovimento do agravo regimental e pelo indeferimento do pedido formulado na Reclamação 2.013/PA (fls. 548-556 da Reclamação 2.013/PA).

O Ministro Gilmar Mendes, sucessor do Ministro Néri da Silveira na relatoria da Reclamação 2.013/PA, em 23.8.2005, requisitou ao Tribunal de Justiça do Estado do Pará informações quanto ao andamento e superveniência de eventuais atos decisórios nos autos do processo reclamado (fl. 579 da Reclamação 2.013/PA), que foram prestadas (fls. 587-589 da Reclamação 2.013/PA).

5.Assumi a relatoria das Reclamações 2.013/PA e 3.784/PA em 24.4.2008, em sucessão ao Ministro Gilmar Mendes.

6.Na presente reclamação (Rcl 3.784/PA), os reclamantes, Agropecuária Paraporã S/A e outros, alegam a ocorrência de desrespeito à decisão proferida pelo Ministro Néri da Silveira que indeferiu, em 13.02.2002, o pedido de medida liminar formulado nos autos da Reclamação 2.013/PA.

O Estado do Pará, por sua vez, na Reclamação 2.013/PA, sustenta a ocorrência de desrespeito ao acórdão proferido, em 08.8.1979, pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no julgamento do Recurso Extraordinário 89.880/PA, rel. Min. Leitão de Abreu.

Na presente reclamação (Rcl 3.784/PA), o ato impugnado é da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, que suspendeu, em 12.4.2002, a expedição do precatório em favor dos reclamantes. Enquanto, na Reclamação 2.013/PA, o Estado do Pará se insurge contra a execução promovida nos autos do Processo 301890576210, em curso na 15ª Vara Civil da Comarca de Belém.

A Procuradoria-Geral da República já se manifestou nos autos da Reclamação 2.013/PA. Todavia, ainda não houve, no presente feito, a manifestação imprescindível do Parquet.

7.Ante o exposto, abra-se vista dos autos da Reclamação 3.784/PA ao Procurador-Geral da República (arts. 16 da Lei 8.038/90 e 160 do RISTF), devendo permanecer apensados àqueles da Reclamação 2.013/PA.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECLAMAÇÃO 4.060 (706)ORIGEM : RCL - 7744 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 105

PROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍADV.(A/S) : PGE-PI - ANTÔNIO RIBEIRO SOARES FILHORECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DOS FEITOS DA

FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE TERESINA (PROCESSO Nº 214516/2005)

INTDO.(A/S) : RAIMUNDO COSME DE OLIVEIRA FILHO E OUTRO(A/S)

ADV.(A/S) : RAIMUNDO DA SILVA RAMOS

DECISÃO: Trata-se de reclamação na qual se sustenta que o ato judicial ora questionado – emanado do MM. Juiz de Direito da 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública da comarca de Teresina/PI - teria desrespeitado a autoridade da decisão que o Supremo Tribunal Federal proferiu no julgamento da ADC 4/DF, Rel. p/ o acórdão Min. CELSO DE MELLO.

Em consulta aos registros processuais que o E. Tribunal de Justiça do Estado do Piauí mantém em sua página oficial na “Internet”, constatei que a decisão objeto da presente reclamação não mais subsiste, eis que, ao julgar o AI nº 06.000149-6, o Eminente Desembargador-Relator JOSÉ GOMES BARBOSA, deferiu o pedido de suspensão dos efeitos da decisão reclamada.

Verifica-se, por tal razão, que sobreveio, no caso, fato jurídico processualmente relevante, apto a caracterizar a ocorrência, na espécie ora em exame, de típica hipótese de prejudicialidade.

Sendo assim, julgo prejudicada a presente reclamação, em virtude da perda superveniente de seu objeto, cassando, em conseqüência, a medida liminar anteriormente concedida (fls. 113/114).

Transmita-se, à autoridade judiciária reclamada, cópia da presente decisão.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 5.765 (707)ORIGEM : RCL - 207983 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. EROS GRAURECLTE.(S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECLDO.(A/S) : RELATOR DO MANDADO DE SEGURANÇA Nº

89.536/2007 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO

INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MATO GROSSO - SINJUSMAT

ADV.(A/S) : ANTÔNIO PAULO ZAMBRIM MENDONÇAINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE MATO GROSSO

DESPACHO: Determino seja o reclamante intimado para que esclareça se ainda tem interesse nesta reclamação, no prazo de 10 [dez] dias.

Persistindo o interesse, deverá ser juntada aos autos a informação atualizada do andamento processual do ato que nesta reclamação é impugnado.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECLAMAÇÃO 5.837 (708)ORIGEM : RCL - 16483 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. EROS GRAURECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE ITUMBIARAADV.(A/S) : LEONARDO OLIVEIRA CALLADORECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE GOIÁS (PRECATÓRIO Nº 60305)INTDO.(A/S) : WALTER DE ALMEIDAADV.(A/S) : SILA COUTINHO CAMARGO

DESPACHO: Determino seja o reclamante intimado para que esclareça se ainda tem interesse nesta reclamação, no prazo de 10 [dez] dias, pena de extinção do feito [artigo 156, parágrafo único, do RISTF e artigo 267, inciso III, do CPC].

Persistindo o interesse, deverá ser juntada aos autos a informação atualizada do andamento processual do ato que nesta reclamação é impugnado.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECLAMAÇÃO 6.636 (709)ORIGEM : RCL - 132245 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAURECLTE.(S) : LOTÁXI TRANSPORTES URBANOS LTDAADV.(A/S) : DIANA DE ALMEIDA RAMOS ARANTES E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 18ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO

JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL (EXECUÇÃO FISCAL Nº 2005.34.00.025207-8)

INTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONALINTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Reclamação, com pedido de medida liminar, proposta por LOTÁXI Transportes Urbanos Ltda, contra ato omissivo do Juiz Federal da 18ª Vara da Subseção Judiciária do Distrito Federal, nos autos da Execução Fiscal n. 2005.34.00.025207-8.

2.A reclamante afirma que a autoridade reclamada ao deixar de apreciar o pedido de aplicação da Súmula Vinculante n. 8 formulado nos autos da execução fiscal violou a autoridade de ato desta Corte no que respeita à aplicação ao caso concreto do entendimento da própria disposição sumular.

3.A autoridade reclamada prestou informações às fls. 42/91. Diz que “todos os pedido de preferência e urgência formulados pelas partes foram atendidos, retirando-se os autos do procedimento de digitalização. Não houve, contudo, no processo em referência, qualquer manifestação nesse sentido”.

4.O Procurador-Geral da República opinou pelo não conhecimento da reclamação [fls. 92/95]. O parecer está assim ementado:

“Reclamação. Medida liminar. Processo originário de execução fiscal. Ausência de decisão que ofenda o Enunciado da Súmula Vinculante nº 8. Inviabilidade de utilização do remédio constitucional interposto. Parecer pelo não conhecimento da Reclamação. Liminar prejudicada”.

5.É o relatório. Decido.6.A reclamante afirma que houve omissão ou retardamento por parte

da autoridade reclamada na medida em que deixou de apreciar o pedido de aplicação do disposto na Súmula Vinculante n. 8 formulado nos autos da Execução Fiscal n. 2005.34.00.025207-8.

7.A empresa reclamante traz aos autos documentação referente ao processo de execução em trâmite no Tribunal de origem. Não há, todavia, ato da autoridade reclamada que consubstancie afronta a Sumula Vinculante n. 8, como alegado.

8.Ao examinar caso semelhante a este, em que a decisão afrontada seria a Súmula Vinculante n. 8, o Ministro CEZAR PELUSO, entendeu que:

“Trata-se de reclamação contra ato omissivo do Juízo da 18ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal. Alega, o reclamante, que, ao deixar de apreciar a exceção de pré-executividade, o reclamado violou a autoridade do enunciado da Súmula Vinculante nº 8, uma vez que ‘a omissão ou retardamento da apreciação de pedido que visa a aplicação de Súmula Vinculante constitui manifesta violação à autoridade da referida decisão (...). Ademais, não é razoável que mesmo após a edição de Súmula Vinculante tenha a parte que aguardar tempos e tempos para ver direito seu assegurado.’ (fls. 04-05). Requer, liminarmente, a suspensão da Execução Fiscal nº 2005.34.00.025209-5 e, ao final, seja determinada ‘a adequação da Execução Fiscal à Súmula Vinculante nº 8, excluindo-se a parcela que superar os prazos decadencial e prescricional de 5 anos’. 2. Inviável a reclamação. A situação não se acomoda a nenhuma das hipóteses de cabimento de reclamação. Não houve, sequer, decisão que pudesse afrontar a autoridade do enunciado da Súmula Vinculante nº 8. 3. Ante o exposto, nego seguimento à reclamação nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal”.

9.A via estreita da reclamação pressupõe violação direta a julgado desta Corte ou clara usurpação de sua competência. Daí porque, após o exame mais detido do caso, tenho que a presente reclamação não pode ser conhecida. Não há identidade ou similitude de objeto entre o ato impugnado e a decisão, do Supremo Tribunal Federal, tida por desrespeitada. Há decisões de outros Ministros deste Tribunal no mesmo sentido: a RCL n. 3.768, Relator o Ministro CELSO DE MELLO, DJ de 20.10.05; a RCL n. 3.324, Relator o Ministro MARCO AURÉLIO, DJ de 17.11.06, a RCL n. 3.960 e a RCL n. 5.422, de que fui Relator, DJ de 5.12.05 e DJ de 28.8.07, respectivamente.

10.O instituto processual eleito é inadequado. A reclamação não pode servir como sucedâneo de recursos ou ações cabíveis e eventualmente não utilizadas, além de não constituir instrumento de revisão da jurisprudência eleitoral [RCL n. 1.852/AgR, Relator o Ministro MAURÍCIO CORRÊA, DJ de 8.02.02].

Nego seguimento à reclamação, nos termos do disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Arquivem-se os autos. Publique-se. Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECLAMAÇÃO 7.344 (710)ORIGEM : RCL - 175440 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 106

PROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. EROS GRAURECLTE.(S) : ESTADO DE RONDÔNIAADV.(A/S) : PGE-RO - LEILA LEÃO BOU LTAIFRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (ED-AIRR Nº

1140/2007-001-14-40.4)INTDO.(A/S) : JOSÉ ROSENALDO ALMEIDA DA SILVAADV.(A/S) : PEDRO ALEXANDRE DE SÁ BARBOSAINTDO.(A/S) : CONDOR VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA E OUTRO

DECISÃO: Reclamação, com pedido de medida liminar, proposta pelo Estado de Rondônia contra ato da 8ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, nos autos do ED-AIRR n. 1140/2007-001-14-40.4.

2.O Estado sustenta que a autoridade reclamada afrontou a Súmula Vinculante n. 10 do STF, vez que afastou a aplicabilidade do § 1º do artigo 71 da Lei n. 8.666/93, invocando o Enunciado n. 331, IV, do TST, para reconhecer a responsabilidade subsidiária da Fazenda Pública por débitos trabalhistas.

3.O Ministro Presidente do TST, nas informações prestadas às fls. 30/40, esclarece que o Tribunal Superior do Trabalho não declarou a inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº. 8.666/93, “mas apenas conferiu-lhe a interpretação que lhe pareceu mais consentânea com os princípios constitucionais que regem a Administração Pública, em especial a moralidade pública”.

4.O Ministério Público Federal às fls. 48/51 opinou pela improcedência do pedido desta reclamação.

5.É o relatório. Decido.6.A Súmula Vinculante n. 10 dispõe que “[v]iola a cláusula de reserva

de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte”.

7.A questão discutida na decisão reclamada diz com a responsabilidade subsidiária do Estado por débitos trabalhistas, nas hipóteses em que há inadimplência do empregador, em contratações sujeitas à licitação.

8.A reclamação não merece prosperar. Não está configurada a afronta à Súmula Vinculante n. 10, vez que o artigo 71, § 1º, da Lei n. 8.666/93 foi apreciado pelo Pleno do Tribunal Superior do Trabalho quando da edição do Enunciado n. 331.

9.O Ministro CEZAR PELUZO, Relator da RCL n. 6.969, DJ de 21.11.08, ao examinar caso semelhante a este, entendeu que:

“Não há, todavia, qualquer ofensa à súmula vinculante nº 10. É que a redação atual do item IV do Enunciado nº 331 do TST resultou do julgamento, por votação unânime do pleno daquele tribunal, do Incidente de Uniformização de Jurisprudência n° TST-IUJ-RR-297.751/96, em sessão de 11/09/2000”.

10.A via estreita da reclamação pressupõe violação direta a julgado desta Corte ou clara usurpação de sua competência. Daí porque, após o exame mais detido do caso, tenho que a presente reclamação não pode ser conhecida. Não há identidade ou similitude de objeto entre o ato impugnado e a súmula vinculante tida por desrespeitada.

11.Há outras decisões dos Ministros desta Corte no sentido de que o julgamento realizado pelo TST atinente ao disposto no artigo 71, § 1º, da Lei n. 8.666/93 não consubstancia violação da Súmula Vinculante n. 10 desta Corte: a RCL n. 7.847, Relator o Ministro JOAQUIM BARBOSA, DJ de 23.4.09, e a RCL n. 8.134, Relator o Ministro RICARDO LEWANDOWSKI, DJ de 5.5.09, dentre outros.

Nego seguimento à presente reclamação, nos termos do disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Arquivem-se os autos.Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau - Relator –

RECLAMAÇÃO 7.810 (711)ORIGEM : RCL - 20654 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAURECLTE.(S) : ESTADO DE RONDÔNIAADV.(A/S) : PGE-RO - LEILA LEÃO BOU LTAIFRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (AIRR Nº

1140/2007-001-14-40.4)INTDO.(A/S) : JOSÉ ROSENALDO ALMEIDA DA SILVAADV.(A/S) : PEDRO ALEXANDRE DE SÁ BARBOSAINTDO.(A/S) : CONDOR VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA

DECISÃO: Reclamação, com pedido de medida liminar, proposta pelo Estado de Rondônia contra ato 8ª da Turma do Tribunal Superior do Trabalho, nos autos do ED-A-AIRR 1140/2007-001-14-40-4.

2.O Estado sustenta que a autoridade reclamada afrontou a Súmula Vinculante n. 10 do STF, vez que afastou a aplicabilidade do § 1º do artigo 71 da Lei n. 8.666/93, invocando o Enunciado n. 331, IV, do TST, para reconhecer a responsabilidade subsidiária da Fazenda Pública por débitos trabalhistas.

3.O Ministro Presidente do TST, nas informações prestadas às fls.

36/45, esclarece que “o Tribunal Superior do Trabalho não declarou a inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº. 8.666/93, mas apenas conferiu-lhe a interpretação que lhe pareceu mais congruente com os princípios constitucionais que regem a Administração Pública, em especial a moralidade pública”.

4.O Ministério Público Federal às fls. 50/53 opinou pela improcedência do pedido desta reclamação.

5.É o relatório. Decido.6.A Súmula Vinculante n. 10 dispõe que “[v]iola a cláusula de reserva

de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte”.

7.A questão discutida na decisão reclamada diz com a responsabilidade subsidiária do Estado por débitos trabalhistas, nas hipóteses em que há inadimplência do empregador, em contratações sujeitas à licitação.

8.A reclamação não merece prosperar. Não está configurada a afronta à Súmula Vinculante n. 10, vez que o artigo 71, § 1º, da Lei n. 8.666/93 foi apreciado pelo Pleno do Tribunal Superior do Trabalho quando da edição do Enunciado n. 331.

9.O Ministro CEZAR PELUZO, Relator da RCL n. 6.969, DJ de 21.11.08, ao examinar caso semelhante a este, entendeu que:

“Não há, todavia, qualquer ofensa à súmula vinculante nº 10. É que a redação atual do item IV do Enunciado nº 331 do TST resultou do julgamento, por votação unânime do pleno daquele tribunal, do Incidente de Uniformização de Jurisprudência n° TST-IUJ-RR-297.751/96, em sessão de 11/09/2000”.

10.A via estreita da reclamação pressupõe violação direta a julgado desta Corte ou clara usurpação de sua competência. Daí porque, após o exame mais detido do caso, tenho que a presente reclamação não pode ser conhecida. Não há identidade ou similitude de objeto entre o ato impugnado e a súmula vinculante tida por desrespeitada.

11.Há outras decisões dos Ministros desta Corte no sentido de que o julgamento realizado pelo TST atinente ao disposto no artigo 71, § 1º, da Lei n. 8.666/93 não consubstancia violação da Súmula Vinculante n. 10 desta Corte: a RCL n. 7.847, Relator o Ministro JOAQUIM BARBOSA, DJ de 23.4.09, e a RCL n. 8.134, Relator o Ministro RICARDO LEWANDOWSKI, DJ de 5.5.09, dentre outros.

Nego seguimento à presente reclamação, nos termos do disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Arquivem-se os autos.Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau - Relator –

RECLAMAÇÃO 8.101 (712)ORIGEM : RCL - 43719 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : EDMILSON ARMELLEIADV.(A/S) : LÍNDICE CORRÊA NOGUEIRARECLDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PIRACAIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PIRACAIAINTDO.(A/S) : FERNANDO OLIVEIRA E SILVAINTDO.(A/S) : JOSÉ EXPEDITO ALVES DOS ANJOS

Vistos.Cite-se no endereço fornecido à fl. 107.Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECLAMAÇÃO 8.623 (713)ORIGEM : RCL - 88348 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAURECLTE.(S) : WHITE MARTINS INVESTIMENTOS LTDAADV.(A/S) : CARLOS HENRIQUE TRANJAN BECHARA E OUTRO(A/

S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 12ª VARA DE FAZENDA PÚBLICA

DO RIO DE JANEIRO (MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2000.001.037441-2)

INTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

DECISÃO: Declaro minha suspeição para atuar no presente feito, nos termos do disposto no artigo 135, parágrafo único, do Código de Processo Civil.

Determino a remessa dos autos à Presidência do Supremo Tribunal Federal, para que proceda a sua redistribuição.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 107

RECLAMAÇÃO 8.641 (714)ORIGEM : RCL - 89676 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : SEVERINO MOREIRA GOMESADV.(A/S) : NINON TAUCHMANN E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL (IPL Nº 2006/2007

PROCESSO Nº 2007.81.00.005740-1)

Trata-se de reclamação proposta por SEVERINO MOREIRA GOMES, contra ato do Delegado de Polícia Federal Claudio Joventino, lotado na Superintendência de Polícia Federal em Fortaleza/CE, que, nos autos do Inquérito Policial 206/2007 (Processo nº 2007.81.00.005740-1), teria descumprido a Súmula Vinculante 14 desta Corte.

O reclamante afirma que está “presentemente preso preventivamente por decisão do MM. Juiz de Direito da 11ª Vara de Justiça Federal no Ceará” (fl. 2) em decorrência de procedimento em que se investiga a prática, em tese, dos delitos de tráfico de influência, falsificação, uso de documento falso, corrupção ativa, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha (fl. 11).

Assevera, ainda, que, protocolado pedido de vista e de cópia do mencionado inquérito

“De forma ilegal e abusiva, o DPF ‘escolheu’, ‘pinçou’ algumas peças do IPL e deu cópias para que a patrona do reclamante se aquietasse, isso sob a alegação de que não poderia ela conhecer de relatórios existentes, além de peças outras que, nada tinha haver com o defesa (sic)” (fl. 4).

Sustenta, em síntese, que tal atitude viola o princípio da ampla defesa, constitucionalmente assegurado a todo e qualquer acusado, além de ofender o disposto na Súmula Vinculante 14 deste Tribunal.

Acrescenta não possuir documento que ateste a recusa da autoridade policial em permitir o acesso aos autos do inquérito.

Requer, ao final, a adoção das medidas cabíveis de forma a garantir a autoridade da Súmula Vinculante 14 desta Corte, “de molde a que a defesa técnica do reclamante possa tirar cópias de todo o conteúdo do IPL Nº 206/2007 – SR/DPF/CE”.

Às fls. 33-34 solicitei informações à autoridade reclamada.Informações prestadas pela autoridade reclamada às fls. 38-55.A Procuradoria-Geral da República manifestou-se pela improcedência

desta reclamação (fls. 58-60).É o relatório. Decido. A Reclamação não merece prosperar. Depreende-se dos autos que a

pretensão do reclamante é ter acesso às informações em autos de inquérito policial.

A jurisprudência pacífica do Supremo Tribunal Federal, consubstanciada no verbete de Súmula Vinculante 14, é no sentido de que

“É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”.

Verifico que não há qualquer comprovação, de plano, quanto ao alegado desrespeito à Súmula Vinculante 14.

Conforme informações prestadas pela autoridade reclamada e pelos documentos juntados aos autos, o reclamante teve amplo acesso ao inquérito policial e apenas não pôde tirar cópias indiscriminadas de todos os procedimentos para não prejudicar diligências em curso, bem como para preservar a intimidade de outros investigados cujos fatos não estavam relacionados com o reclamante.

Assim, não há nenhuma das circunstâncias autorizadoras da reclamação.

Nesse sentido, transcrevo, respectivamente, trechos de decisões proferidas pelos eminentes Ministros Celso de Mello no julgamento da Rcl 7.873/RJ e Sepúlveda Pertence, no HC 82.354/PR:

“o Advogado do acusado, desde que por este constituído (como sucede na espécie), poderá ter acesso às peças que digam respeito à pessoa do seu cliente e que instrumentalizem prova já produzida nos autos ” (Grifos meus).

“O direito do indiciado, por seu advogado, tem por objeto as informações já introduzidas nos autos do inquérito, não as relativas à decretação e às vicissitudes da execução de diligências em curso (cf. L. 9296, atinente às interceptações telefônicas, de possível extensão a outras diligências); dispõe, em conseqüência, a autoridade policial, de meios legítimos para obviar inconvenientes que o conhecimento pelo indiciado e seu defensor dos autos do inquérito policial possa acarretar à eficácia do procedimento investigatório”.

No mesmo sentido foi a manifestação da Procuradoria-Geral da República:

“De acordo com o enunciado da Súmula Vinculante nº 14 e consoante os precedentes judiciais a respeito do tema, bem como o que foi discutido na sessão em que se aprovou o texto da Súmula Vinculante, a autoridade policial está autorizada a separar partes do inquérito que estejam em andamento para proteger a investigação, o que não se configura desrespeito às garantias do contraditório e da ampla defesa” (fl. 60).

Deste modo, o ato da autoridade reclamada não afrontou o enunciado da Súmula Vinculante 14, visto que garantiu o acesso a todos os documentos,

preservando, apenas, aqueles referentes às diligências que ainda estavam em curso, bem como os dados sigilosos relacionados a outros investigados e que não possuem ligação com o reclamante.

Isso posto, julgo improcedente a esta reclamação (RISTF, art. 21, § 1º).

Publique-se.Brasília, 15 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECLAMAÇÃO 8.673 (715)ORIGEM : RCL - 90992 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : JUÍZA DO TRABALHO DA 10ª VARA DO TRABALHO DE

PORTO ALEGRE (PROCESSO Nº 01222-2005-010-04-00-8)

INTDO.(A/S) : RENATO GILBERTO SAUER

Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de medida liminar, ajuizada pela União, contra decisão da 10ª Vara do Trabalho de Porto Alegre/RS que, nos autos do Processo 01222-2005-010-04-00-8, deixou de receber os embargos do devedor opostos pela reclamante por considerá-los intempestivos.

Alega afronta ao decidido por esta Corte, liminarmente, nos autos da ADC 11/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, em que determinou a suspensão dos processos em que se discuta a constitucionalidade do art. 1º B, acrescido à Lei Federal 9.494/97, que aumenta para 30 (trinta), e não mais 10 (dez) dias, o prazo para interposição dos recursos previstos no caput dos arts. 730 do Código de Processo Civil e 884 da Consolidação das Leis do Trabalho.

Sustenta que o juízo reclamado teria reconhecido a inconstitucionalidade do art. 1º B, porquanto deixou de receber os embargos à execução em virtude da intempestividade, o que fere a decisão deste Tribunal no que se refere à suspensão dos processos em que se discute a constitucionalidade do referido diploma legal.

Pugna pela concessão da media liminar, a fim de se suspender imediatamente o Processo 01222-2005-010-04-00-8, bem como requer a procedência do pedido formulado na presente reclamação.

Em 29/07/2009, o Ministro Presidente deferiu a liminar (fls. 39-41).O Juízo reclamado prestou informações às fls. 56-60.A Procuradoria-Geral da República manifestou-se pela

prejudicialidade da reclamação (fls. 62-63).É o breve relatório. Decido.Bem examinados os autos, verifico que o Juízo reclamado

reconsiderou sua decisão e recebeu os embargos à execução opostos pela ora reclamante.

Tal situação mostra-se apta a configurar a perda superveniente de objeto desta ação, já que não há mais qualquer ato que supostamente afronte a autoridade da decisão proferida por esta Corte.

Isso posto, esta reclamação perdeu seu objeto, motivo pelo qual a julgo prejudicada (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECLAMAÇÃO 8.704 (716)ORIGEM : RCL - 93031 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE ENSINO SUPERIOR DE

COLINAS DO TOCANTINS - FECOLINASADV.(A/S) : WELLINGTON DANIEL G. DOS SANTOS E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE

GUARAÍ (PROCESSO Nº 0074-2009-861-10-00-3)INTDO.(A/S) : MIRIAN NYDES MONTEIRO DA ROCHAADV.(A/S) : JOSÉ HOBALDO VIEIRA

Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, proposta pela Fundação Municipal de Ensino Superior de Colinas do Tocantins - FECOLINAS - contra ato do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, no Processo Trabalhista 74-2009-861-10-00-3, que teria afrontado o conteúdo de decisão desta Corte nos autos da ADI 3.395/DF, Rel. Min. Cezar Peluso.

Afirma o reclamante, em suma, a incompetência da justiça especializada, uma vez que a autora da Reclamação Trabalhista citada foi nomeada para cargo em comissão com fundamento na legislação municipal.

Pugna pelo deferimento da medida liminar para suspender a tramitação do referido feito.

No mérito, requer a procedência desta reclamação.Às fls. 85-88 deferi o pedido de medida liminar.O juízo reclamado prestou informações às fls. 110-112.A Procuradoria-Geral da República, por sua vez, manifestou-se pela

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 108

procedência da reclamação, nos termos do parecer que porta a seguinte ementa:

“RECLAMAÇÃO. AÇÃO TRABALHISTA. SERVIDOR PÚBLICO. CARGO EM COMISSÃO. RELAÇÃO DE NATUREZA JURÍDICO-ADMINISTRATIVA. OFENSA À AUTORIDADE DA DECISÃO PROFERIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NA ADI Nº 3.395/DF” (fl. 114).

É o relatório. Verifico que ao apreciar situações análogas, o Plenário do Supremo

Tribunal Federal firmou o entendimento de que compete à Justiça Estadual processar e julgar causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores submetidos ao regime especial disciplinado por lei local editada antes da Constituição de 1988, com fundamento no art. 106 da Carta de 1967, na redação que lhe conferiu a Emenda Constitucional 1/69 e o art. 37, IX, da Constituição Federal de 1988.

Nesse sentido, nos autos do Conflito de Jurisdição 6.829/SP, Relator o Ministro Octavio Gallotti, julgado na Sessão Plenária de 15/3/1989, este Tribunal reconheceu a competência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para processar e julgar ação movida por servidor municipal, sob regime especial administrativo, disciplinado em lei local, fundada no referido dispositivo da Constituição de 1967.

A promulgação da nova Constituição não alterou o entendimento desta Corte acerca do tema. Com efeito, várias decisões vêm sendo prolatadas no sentido de que o processamento de litígios entre servidores temporários e a Administração Pública na Justiça do Trabalho afronta a decisão do Plenário desta Corte, proferida na ADI 3.395-MC/DF, da qual é Relator o Ministro Cezar Peluso. Nela foi referendada liminar deferida pelo Ministro Nelson Jobim, em que se suspendeu, cautelarmente, qualquer interpretação do art. 114, I, da Carta Magna

“que inclua, na competência da Justiça do Trabalho, a (...) apreciação (...) de causas que (...) sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo”.

Por ocasião do referendo da cautelar, o Ministro Cezar Peluso trouxe à colação trecho de voto do Ministro Carlos Velloso, Relator da ADI 492, na qual a Corte entendeu ser inconstitucional a inclusão, no âmbito de competência da Justiça do Trabalho, de causas que digam respeito a servidores que mantenham, com a Administração Pública, vínculo de natureza estatutária, por ser este estranho ao conceito de “relação de trabalho”.

E avançou ainda mais, sustentando que“ao atribuir à Justiça do Trabalho competência para apreciar ‘as

ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios’, o art. 144, inc. I, da Constituição, não incluiu, em seu âmbito matéria de validade, as relações de natureza jurídico-administrativa dos servidores públicos”.

O Plenário desta Corte também já se pronunciou sobre a matéria, depois da edição da Constituição de 1988, no julgamento a Reclamação 5.381/AM, relatada pelo Ministro Carlos Britto, em que ficou vencido o Ministro Marco Aurélio, a qual recebeu a ementa abaixo transcrita:

“CONSTITUCIONAL. RECLAMAÇÃO. MEDIDA LIMINAR NA ADI 3.357. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. SERVIDORES PÚBLICOS. REGIME TEMPORÁRIO. JUSTIÇA DO TRABALHO. INCOMPETÊNCIA.

1. No julgamento da ADI 3.395-MC, este Supremo Tribunal suspendeu toda e qualquer interpretação do inciso I do art. 114 da CF (na redação da Emenda 45/2004) que inserisse, na competência da Justiça do Trabalho, a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo.

2. Contratações temporárias que se deram com fundamento na Lei amazonense nº 2.607/00, que minudenciou o regime jurídico aplicável às partes figurantes do contrato. Caracterização de vínculo jurídico-administrativo entre contratante e contratados.

3. Procedência do pedido.4. Agravo regimental prejudicado”.Ao longo dos debates, o Ministro Cezar Peluso, de forma enfática

asseverou o seguinte:“não há possibilidade, na relação jurídica entre servidor e o Poder

Público, seja ele permanente ou temporário, de ser regido senão pela legislação administrativa. Chama-se isso relação estatutária, jurídico-administrativa, ou outro nome qualquer, o certo é que não há relação contratual sujeita à CLT”.

A Ministra Cármem Lúcia, por sua vez, fazendo alusão à decisão da Corte tomada em 2007, que suspendeu os efeitos da EC 19 quanto à pluralidade de regimes de pessoal na Administração Pública, restabelecendo o regime único, afirmou enfaticamente que “não há como, no sistema jurídico-administrativo brasileiro constitucionalmente posto, comportar esses contratações pelo regime da CLT”.

Nesse aspecto foi secundada pelo Ministro Peluso, que assentou:“Como a Emenda nº 19 caiu, nós voltamos ao regime original da

Constituição, que não admite relação sujeita à CLT, que é de caráter tipicamente privado, entre servidor público, seja estável ou temporário, e Administração Pública”.

Essa perspectiva recebeu também o apoio do Ministro Menezes Direito, que afirmou o seguinte:

“(...) com a adição do Supremo, houve reunificação para que se voltasse ao texto original. E, na realidade, está acontecendo que a relação jurídica entre o trabalhador do Estado e a relação jurídica entre o trabalhador e o empresário privado são completamente diferentes, independentemente da existência, ou não, de uma lei especial, pois o que caracteriza, pelo menos na minha compreensão, o vínculo é exatamente essa relação especial do servidor público com o Estado, que é de caráter administrativo. Na Emenda nº 19 tentou-se alterar esse padrão para permitir que houvesse uma dicotomia de regimes, mas isso caiu no Supremo”.

Corroborando tal entendimento, aduziu o Ministro Peluso:“Imaginem a relação de trabalho numa situação de emergência, onde

o Estado tem de mobilizar todas as suas forças, sem nenhuma limitação, submetido às restrições da Consolidação das Leis do Trabalho. Em outras palavras, seria inútil contratar sob o regime, porque não sanaria emergência nenhuma. Ficaria sujeito a não trabalhar em fim de semana, porque se trabalha, a lei prevê pagamento de hora extra etc. E o regime de emergência vi por água abaixo”.

Registro, ainda, que o Plenário desta Corte, na Sessão de 25/6/2008, negou provimento ao agravo regimental interposto contra decisão que julgou procedente a Reclamação 4.903/SE, de minha relatoria, dando por competente a Justiça Comum para apreciar pleito ajuizado por servidores públicos contratados temporariamente, em razão de afronta ao decidido na referida ADI 3.395-MC/DF.

O citado acórdão recebeu a seguinte ementa:“AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL.

AFRONTA AO DECIDIDO NA ADI 3.395-MC/DF. CABIMENTO DA RECLAMAÇÃO. VEROSIMILHANÇA ENTRE O DECIDIDO E A DECISÃO TIDA COMO AFRONTADA. AGRAVO IMPROVIDO.

I – O provimento cautelar deferido, pelo Supremo Tribunal Federal, em sede de ação declaratória de constitucionalidade, além de produzir eficácia ‘erga omnes’, reveste-se de efeito vinculante, relativamente ao Poder Executivo e aos demais órgãos do Poder Judiciário.

II - A eficácia vinculante, que qualifica tal decisão, legitima o uso da reclamação se e quando a integridade e a autoridade desse julgamento forem desrespeitadas.

III – A questão tratada na reclamação guarda pertinência com o decidido na ADI 3.395-MC/DF.

IV – Agravo interposto contra o decidido em sede de liminar prejudicado, porquanto decidida a questão de mérito.

V – Agravo regimental improvido” (Rcl 4.903-AgR-AgR/SE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski).

Ressalto, por fim, que na Sessão Plenária de 12 de agosto de 2008, por ocasião do julgamento do RE 573.202/AM, de minha relatoria, esta Suprema Corte firmou-se no sentido de que compete à Justiça Comum Estadual e Federal conhecer de toda causa que verse sobre contratação temporária de servidor público, levada a efeito sob a ordem constitucional vigente ou sob a anterior, uma vez que a relação jurídica que dali se erradia não é de trabalho, a que se refere o art. 114, I, da Constituição da República, mas de direito público estrito, qualquer que seja a norma aplicável ao caso (Cf. CC 7.588/AM, Rel. Min. Cezar Peluso, Rcl 5.381/AM, Rel. Min. Carlos Britto, CC 7.223/AM, Rel. Min. Celso de Mello).

Isso posto, julgo procedente esta reclamação constitucional, em razão da incompetência da Justiça do Trabalho para processar e julgar o feito, para, nos termos do decidido pelo Plenário desta Suprema Corte no julgamento da ADI 3.395-MC/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, cassar os atos decisórios proferidos na Reclamação Trabalhista 74-2009-861-10-00-3.

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECLAMAÇÃO 8.722 (717)ORIGEM : RCL - 94146 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : ESTADO DO BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHO DA 5ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00758-2007-342-05-00-1)

INTDO.(A/S) : JACINTA VERA SOARES DE FRANÇA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALEX TETSUJI ARAÚJO TONSHO

Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, proposta pelo Estado da Bahia contra ato do Tribunal Regional do Trabalho da Quinta Região, no Processo Trabalhista 00758-2007-342-05-00-1, que teria afrontado o conteúdo de decisão desta Corte nos autos da ADI 3.395/DF, Rel. Min. Cezar Peluso.

Afirma o reclamante, em suma, a incompetência da justiça especializada, uma vez que a autora da Reclamação Trabalhista citada celebrou contrato em Regime Especial de Direito Administrativo (REDA), regulado pelo Estatuto dos Servidores Públicos da Bahia (Lei 6.677/1944).

Pugna pelo deferimento da medida liminar para suspender a tramitação do referido feito.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 109

No mérito, requer a procedência desta reclamação.Às fls. 65-68 deferi o pedido liminar.O juízo reclamado prestou informações às fls. 85-231.A Procuradoria-Geral da República, por sua vez, manifestou-se pela

procedência da reclamação, nos termos do parecer que porta a seguinte ementa:

“RECLAMAÇÃO. AÇÃO TRABALHISTA. SERVIDORA PÚBLICA. CONTRATO TEMPORÁRIO. RELAÇÃO DE NATUREZA JURÍDICO-ADMINISTRATIVA. OFENSA À AUTORIDADE DA DECISÃO PROFERIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NA ADI Nº 3.395/DF” (fl. 233).

É o relatório. Verifico que ao apreciar situações análogas, o Plenário do Supremo

Tribunal Federal firmou o entendimento de que compete à Justiça Estadual processar e julgar causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores submetidos ao regime especial disciplinado por lei local editada antes da Constituição de 1988, com fundamento no art. 106 da Carta de 1967, na redação que lhe conferiu a Emenda Constitucional 1/69 e o art. 37, IX, da Constituição Federal de 1988.

Nesse sentido, nos autos do Conflito de Jurisdição 6.829/SP, Relator o Ministro Octavio Gallotti, julgado na Sessão Plenária de 15/3/1989, este Tribunal reconheceu a competência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para processar e julgar ação movida por servidor municipal, sob regime especial administrativo, disciplinado em lei local, fundada no referido dispositivo da Constituição de 1967.

A promulgação da nova Constituição não alterou o entendimento desta Corte acerca do tema. Com efeito, várias decisões vêm sendo prolatadas no sentido de que o processamento de litígios entre servidores temporários e a Administração Pública na Justiça do Trabalho afronta a decisão do Plenário desta Corte, proferida na ADI 3.395-MC/DF, da qual é Relator o Ministro Cezar Peluso. Nela foi referendada liminar deferida pelo Ministro Nelson Jobim, em que se suspendeu, cautelarmente, qualquer interpretação do art. 114, I, da Carta Magna

“que inclua, na competência da Justiça do Trabalho, a (...) apreciação (...) de causas que (...) sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo”.

Por ocasião do referendo da cautelar, o Ministro Cezar Peluso trouxe à colação trecho de voto do Ministro Carlos Velloso, Relator da ADI 492, na qual a Corte entendeu ser inconstitucional a inclusão, no âmbito de competência da Justiça do Trabalho, de causas que digam respeito a servidores que mantenham, com a Administração Pública, vínculo de natureza estatutária, por ser este estranho ao conceito de “relação de trabalho”.

E avançou ainda mais, sustentando que“ao atribuir à Justiça do Trabalho competência para apreciar ‘as

ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios’, o art. 144, inc. I, da Constituição, não incluiu, em seu âmbito matéria de validade, as relações de natureza jurídico-administrativa dos servidores públicos”.

O Plenário desta Corte também já se pronunciou sobre a matéria, depois da edição da Constituição de 1988, no julgamento a Reclamação 5.381/AM, relatada pelo Ministro Carlos Britto, em que ficou vencido o Ministro Marco Aurélio, a qual recebeu a ementa abaixo transcrita:

“CONSTITUCIONAL. RECLAMAÇÃO. MEDIDA LIMINAR NA ADI 3.357. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. SERVIDORES PÚBLICOS. REGIME TEMPORÁRIO. JUSTIÇA DO TRABALHO. INCOMPETÊNCIA.

1. No julgamento da ADI 3.395-MC, este Supremo Tribunal suspendeu toda e qualquer interpretação do inciso I do art. 114 da CF (na redação da Emenda 45/2004) que inserisse, na competência da Justiça do Trabalho, a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo.

2. Contratações temporárias que se deram com fundamento na Lei amazonense nº 2.607/00, que minudenciou o regime jurídico aplicável às partes figurantes do contrato. Caracterização de vínculo jurídico-administrativo entre contratante e contratados.

3. Procedência do pedido.4. Agravo regimental prejudicado”.Ao longo dos debates, o Ministro Cezar Peluso, de forma enfática

asseverou o seguinte:“não há possibilidade, na relação jurídica entre servidor e o Poder

Público, seja ele permanente ou temporário, de ser regido senão pela legislação administrativa. Chama-se isso relação estatutária, jurídico-administrativa, ou outro nome qualquer, o certo é que não há relação contratual sujeita à CLT”.

A Ministra Cármem Lúcia, por sua vez, fazendo alusão à decisão da Corte tomada em 2007, que suspendeu os efeitos da EC 19 quanto à pluralidade de regimes de pessoal na Administração Pública, restabelecendo o regime único, afirmou enfaticamente que “não há como, no sistema jurídico-administrativo brasileiro constitucionalmente posto, comportar esses contratações pelo regime da CLT”.

Nesse aspecto foi secundada pelo Ministro Peluso, que assentou:“Como a Emenda nº 19 caiu, nós voltamos ao regime original da

Constituição, que não admite relação sujeita à CLT, que é de caráter

tipicamente privado, entre servidor público, seja estável ou temporário, e Administração Pública”.

Essa perspectiva recebeu também o apoio do Ministro Menezes Direito, que afirmou o seguinte:

“(...) com a adição do Supremo, houve reunificação para que se voltasse ao texto original. E, na realidade, está acontecendo que a relação jurídica entre o trabalhador do Estado e a relação jurídica entre o trabalhador e o empresário privado são completamente diferentes, independentemente da existência, ou não, de uma lei especial, pois o que caracteriza, pelo menos na minha compreensão, o vínculo é exatamente essa relação especial do servidor público com o Estado, que é de caráter administrativo. Na Emenda nº 19 tentou-se alterar esse padrão para permitir que houvesse uma dicotomia de regimes, mas isso caiu no Supremo”.

Corroborando tal entendimento, aduziu o Ministro Peluso:“Imaginem a relação de trabalho numa situação de emergência, onde

o Estado tem de mobilizar todas as suas forças, sem nenhuma limitação, submetido às restrições da Consolidação das Leis do Trabalho. Em outras palavras, seria inútil contratar sob o regime, porque não sanaria emergência nenhuma. Ficaria sujeito a não trabalhar em fim de semana, porque se trabalha, a lei prevê pagamento de hora extra etc. E o regime de emergência vi por água abaixo”.

Registro, ainda, que o Plenário desta Corte, na Sessão de 25/6/2008, negou provimento ao agravo regimental interposto contra decisão que julgou procedente a Reclamação 4.903/SE, de minha relatoria, dando por competente a Justiça Comum para apreciar pleito ajuizado por servidores públicos contratados temporariamente, em razão de afronta ao decidido na referida ADI 3.395-MC/DF.

O citado acórdão recebeu a seguinte ementa:“AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL.

AFRONTA AO DECIDIDO NA ADI 3.395-MC/DF. CABIMENTO DA RECLAMAÇÃO. VEROSIMILHANÇA ENTRE O DECIDIDO E A DECISÃO TIDA COMO AFRONTADA. AGRAVO IMPROVIDO.

I – O provimento cautelar deferido, pelo Supremo Tribunal Federal, em sede de ação declaratória de constitucionalidade, além de produzir eficácia ‘erga omnes’, reveste-se de efeito vinculante, relativamente ao Poder Executivo e aos demais órgãos do Poder Judiciário.

II - A eficácia vinculante, que qualifica tal decisão, legitima o uso da reclamação se e quando a integridade e a autoridade desse julgamento forem desrespeitadas.

III – A questão tratada na reclamação guarda pertinência com o decidido na ADI 3.395-MC/DF.

IV – Agravo interposto contra o decidido em sede de liminar prejudicado, porquanto decidida a questão de mérito.

V – Agravo regimental improvido” (Rcl 4.903-AgR-AgR/SE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski).

Ressalto, por fim, que na Sessão Plenária de 12 de agosto de 2008, por ocasião do julgamento do RE 573.202/AM, de minha relatoria, esta Suprema Corte firmou-se no sentido de que compete à Justiça Comum Estadual e Federal conhecer de toda causa que verse sobre contratação temporária de servidor público, levada a efeito sob a ordem constitucional vigente ou sob a anterior, uma vez que a relação jurídica que dali se erradia não é de trabalho, a que se refere o art. 114, I, da Constituição da República, mas de direito público estrito, qualquer que seja a norma aplicável ao caso (Cf. CC 7.588/AM, Rel. Min. Cezar Peluso, Rcl 5.381/AM, Rel. Min. Carlos Britto, CC 7.223/AM, Rel. Min. Celso de Mello).

Isso posto, julgo procedente esta reclamação constitucional, em razão da incompetência da Justiça do Trabalho para processar e julgar o feito, para, nos termos do decidido pelo Plenário desta Suprema Corte no julgamento da ADI 3.395-MC/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, cassar os atos decisórios proferidos na Reclamação Trabalhista 00758-2007-342-05-00-1.

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECLAMAÇÃO 8.735 (718)ORIGEM : RCL - 94147 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHO DA 5ª REGIÃO (PROCESSO Nº 01919-2007-581-05-00-3)

INTDO.(A/S) : VALDELINA SOUZA SANTOSADV.(A/S) : EMERSON SANTANA DOS SANTOS

Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, proposta pelo Estado da Bahia contra ato do Tribunal Regional do Trabalho da Quinta Região, no Processo Trabalhista 01919-2007-581-05-00-3, que teria afrontado o conteúdo de decisão desta Corte nos autos da ADI 3.395/DF, Rel. Min. Cezar Peluso.

Afirma o reclamante, em suma, a incompetência da justiça especializada, uma vez que a autora da Reclamação Trabalhista citada

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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celebrou contrato em Regime Especial de Direito Administrativo (REDA), regulado pelo Estatuto dos Servidores Públicos da Bahia (Lei 6.677/1944).

Pugna pelo deferimento da medida liminar para suspender a tramitação do referido feito.

No mérito, requer a procedência desta reclamação. Às fls. 137-140 deferi o pedido de medida liminar.O juízo reclamado prestou informações às fls. 156-251.A Procuradoria-Geral da República, por sua vez, manifestou-se pela

procedência da reclamação, nos termos do parecer que porta a seguinte ementa:

“RECLAMAÇÃO. AÇÃO TRABALHISTA. SERVIDORA PÚBLICA. CONTRATO TEMPORÁRIO. RELAÇÃO DE NATUREZA JURÍDICO-ADMINISTRATIVA. OFENSA À AUTORIDADE DA DECISÃO PROFERIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NA ADI Nº 3.395/DF” (fl. 254).

É o relatório. Verifico que ao apreciar situações análogas, o Plenário do Supremo

Tribunal Federal firmou o entendimento de que compete à Justiça Estadual processar e julgar causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores submetidos ao regime especial disciplinado por lei local editada antes da Constituição de 1988, com fundamento no art. 106 da Carta de 1967, na redação que lhe conferiu a Emenda Constitucional 1/69 e o art. 37, IX, da Constituição Federal de 1988.

Nesse sentido, nos autos do Conflito de Jurisdição 6.829/SP, Relator o Ministro Octavio Gallotti, julgado na Sessão Plenária de 15/3/1989, este Tribunal reconheceu a competência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para processar e julgar ação movida por servidor municipal, sob regime especial administrativo, disciplinado em lei local, fundada no referido dispositivo da Constituição de 1967.

A promulgação da nova Constituição não alterou o entendimento desta Corte acerca do tema. Com efeito, várias decisões vêm sendo prolatadas no sentido de que o processamento de litígios entre servidores temporários e a Administração Pública na Justiça do Trabalho afronta a decisão do Plenário desta Corte, proferida na ADI 3.395-MC/DF, da qual é Relator o Ministro Cezar Peluso. Nela foi referendada liminar deferida pelo Ministro Nelson Jobim, em que se suspendeu, cautelarmente, qualquer interpretação do art. 114, I, da Carta Magna

“que inclua, na competência da Justiça do Trabalho, a (...) apreciação (...) de causas que (...) sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo”.

Por ocasião do referendo da cautelar, o Ministro Cezar Peluso trouxe à colação trecho de voto do Ministro Carlos Velloso, Relator da ADI 492, na qual a Corte entendeu ser inconstitucional a inclusão, no âmbito de competência da Justiça do Trabalho, de causas que digam respeito a servidores que mantenham, com a Administração Pública, vínculo de natureza estatutária, por ser este estranho ao conceito de “relação de trabalho”.

E avançou ainda mais, sustentando que“ao atribuir à Justiça do Trabalho competência para apreciar ‘as

ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios’, o art. 144, inc. I, da Constituição, não incluiu, em seu âmbito matéria de validade, as relações de natureza jurídico-administrativa dos servidores públicos”.

O Plenário desta Corte também já se pronunciou sobre a matéria, depois da edição da Constituição de 1988, no julgamento a Reclamação 5.381/AM, relatada pelo Ministro Carlos Britto, em que ficou vencido o Ministro Marco Aurélio, a qual recebeu a ementa abaixo transcrita:

“CONSTITUCIONAL. RECLAMAÇÃO. MEDIDA LIMINAR NA ADI 3.357. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. SERVIDORES PÚBLICOS. REGIME TEMPORÁRIO. JUSTIÇA DO TRABALHO. INCOMPETÊNCIA.

1. No julgamento da ADI 3.395-MC, este Supremo Tribunal suspendeu toda e qualquer interpretação do inciso I do art. 114 da CF (na redação da Emenda 45/2004) que inserisse, na competência da Justiça do Trabalho, a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo.

2. Contratações temporárias que se deram com fundamento na Lei amazonense nº 2.607/00, que minudenciou o regime jurídico aplicável às partes figurantes do contrato. Caracterização de vínculo jurídico-administrativo entre contratante e contratados.

3. Procedência do pedido.4. Agravo regimental prejudicado”.Ao longo dos debates, o Ministro Cezar Peluso, de forma enfática

asseverou o seguinte:“não há possibilidade, na relação jurídica entre servidor e o Poder

Público, seja ele permanente ou temporário, de ser regido senão pela legislação administrativa. Chama-se isso relação estatutária, jurídico-administrativa, ou outro nome qualquer, o certo é que não há relação contratual sujeita à CLT”.

A Ministra Cármem Lúcia, por sua vez, fazendo alusão à decisão da Corte tomada em 2007, que suspendeu os efeitos da EC 19 quanto à pluralidade de regimes de pessoal na Administração Pública, restabelecendo o regime único, afirmou enfaticamente que “não há como, no sistema jurídico-administrativo brasileiro constitucionalmente posto, comportar esses

contratações pelo regime da CLT”.Nesse aspecto foi secundada pelo Ministro Peluso, que assentou:“Como a Emenda nº 19 caiu, nós voltamos ao regime original da

Constituição, que não admite relação sujeita à CLT, que é de caráter tipicamente privado, entre servidor público, seja estável ou temporário, e Administração Pública”.

Essa perspectiva recebeu também o apoio do Ministro Menezes Direito, que afirmou o seguinte:

“(...) com a adição do Supremo, houve reunificação para que se voltasse ao texto original. E, na realidade, está acontecendo que a relação jurídica entre o trabalhador do Estado e a relação jurídica entre o trabalhador e o empresário privado são completamente diferentes, independentemente da existência, ou não, de uma lei especial, pois o que caracteriza, pelo menos na minha compreensão, o vínculo é exatamente essa relação especial do servidor público com o Estado, que é de caráter administrativo. Na Emenda nº 19 tentou-se alterar esse padrão para permitir que houvesse uma dicotomia de regimes, mas isso caiu no Supremo”.

Corroborando tal entendimento, aduziu o Ministro Peluso:“Imaginem a relação de trabalho numa situação de emergência, onde

o Estado tem de mobilizar todas as suas forças, sem nenhuma limitação, submetido às restrições da Consolidação das Leis do Trabalho. Em outras palavras, seria inútil contratar sob o regime, porque não sanaria emergência nenhuma. Ficaria sujeito a não trabalhar em fim de semana, porque se trabalha, a lei prevê pagamento de hora extra etc. E o regime de emergência vi por água abaixo”.

Registro, ainda, que o Plenário desta Corte, na Sessão de 25/6/2008, negou provimento ao agravo regimental interposto contra decisão que julgou procedente a Reclamação 4.903/SE, de minha relatoria, dando por competente a Justiça Comum para apreciar pleito ajuizado por servidores públicos contratados temporariamente, em razão de afronta ao decidido na referida ADI 3.395-MC/DF.

O citado acórdão recebeu a seguinte ementa:“AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL.

AFRONTA AO DECIDIDO NA ADI 3.395-MC/DF. CABIMENTO DA RECLAMAÇÃO. VEROSIMILHANÇA ENTRE O DECIDIDO E A DECISÃO TIDA COMO AFRONTADA. AGRAVO IMPROVIDO.

I – O provimento cautelar deferido, pelo Supremo Tribunal Federal, em sede de ação declaratória de constitucionalidade, além de produzir eficácia ‘erga omnes’, reveste-se de efeito vinculante, relativamente ao Poder Executivo e aos demais órgãos do Poder Judiciário.

II - A eficácia vinculante, que qualifica tal decisão, legitima o uso da reclamação se e quando a integridade e a autoridade desse julgamento forem desrespeitadas.

III – A questão tratada na reclamação guarda pertinência com o decidido na ADI 3.395-MC/DF.

IV – Agravo interposto contra o decidido em sede de liminar prejudicado, porquanto decidida a questão de mérito.

V – Agravo regimental improvido” (Rcl 4.903-AgR-AgR/SE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski).

Ressalto, por fim, que na Sessão Plenária de 12 de agosto de 2008, por ocasião do julgamento do RE 573.202/AM, de minha relatoria, esta Suprema Corte firmou-se no sentido de que compete à Justiça Comum Estadual e Federal conhecer de toda causa que verse sobre contratação temporária de servidor público, levada a efeito sob a ordem constitucional vigente ou sob a anterior, uma vez que a relação jurídica que dali se erradia não é de trabalho, a que se refere o art. 114, I, da Constituição da República, mas de direito público estrito, qualquer que seja a norma aplicável ao caso (Cf. CC 7.588/AM, Rel. Min. Cezar Peluso, Rcl 5.381/AM, Rel. Min. Carlos Britto, CC 7.223/AM, Rel. Min. Celso de Mello).

Isso posto, julgo procedente esta reclamação constitucional, em razão da incompetência da Justiça do Trabalho para processar e julgar o feito, para, nos termos do decidido pelo Plenário desta Suprema Corte no julgamento da ADI 3.395-MC/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, cassar os atos decisórios proferidos na Reclamação Trabalhista 01919-2007-581-05-00-3.

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECLAMAÇÃO 8.843 (719)ORIGEM : RCL - 102711 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 01365-2008-081-03-00-5)INTDO.(A/S) : PEDRO MÁRCIO BUENOADV.(A/S) : ANTÔNIO JOÃO SALVADOR

Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, proposta pelo Estado de Minas Gerias contra ato da Sétima Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região, no Processo Trabalhista 01365-2008-081-03-00-5, que teria afrontado o conteúdo de decisão desta

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 111

Corte nos autos da ADI 3.395/DF, Rel. Min. Cezar Peluso. Afirma o reclamante que“a presente reclamação envolve contrariedade à decisão proferida na

reclamação trabalhista movida por Pedro Marcio Bueno em face do Estado de Minas Gerias, autos nº 01365-2008-081-03-00-5, por meio da qual busca o recebimento de honorários advocatícios fixados em feito cível no qual atuou como defensor dativo.

(...)O defensor dativo exerce múnus público, desempenhando

transitoriamente função essencial e auxiliar à Justiça.(...)Por conseguinte, não pode o predito colaborador pleitear na Justiça

do Trabalho o recebimento dos honorários advocatícios eventualmente fixados, sobretudo em razão do óbice representado pela liminar deferida na ADI 3395”.

Pugna pelo deferimento da medida liminar para suspender a tramitação da Reclamação Trabalhista 01365-2008-081-03-00-5.

No mérito, requer a procedência deste feito.Às fls. 26-28 deferi o pedido de medida liminar.O juízo reclamado prestou informações à fl. 39.A Procuradoria-Geral da República, por sua vez, manifestou-se pela

procedência da reclamação, nos termos do parecer que porta a seguinte ementa:

“RECLAMAÇÃO. EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ADVOGADO DATIVO. CONTRATO TEMPORÁRIO. RELAÇÃO DE NATUREZA JURÍDICO-ADMINISTRATIVA. OFENSA À AUTORIDADE DA DECISÃO PROFERIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NA ADI Nº 3.395/DF” (fl. 114).

É o relatório. Verifico que ao apreciar situações análogas, o Plenário do Supremo

Tribunal Federal firmou o entendimento de que compete à Justiça Estadual processar e julgar causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores submetidos ao regime especial disciplinado por lei local editada antes da Constituição de 1988, com fundamento no art. 106 da Carta de 1967, na redação que lhe conferiu a Emenda Constitucional 1/69 e o art. 37, IX, da Constituição Federal de 1988.

Nesse sentido, nos autos do Conflito de Jurisdição 6.829/SP, Relator o Ministro Octavio Gallotti, julgado na Sessão Plenária de 15/3/1989, este Tribunal reconheceu a competência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para processar e julgar ação movida por servidor municipal, sob regime especial administrativo, disciplinado em lei local, fundada no referido dispositivo da Constituição de 1967.

A promulgação da nova Constituição não alterou o entendimento desta Corte acerca do tema. Com efeito, várias decisões vêm sendo prolatadas no sentido de que o processamento de litígios entre servidores temporários e a Administração Pública na Justiça do Trabalho afronta a decisão do Plenário desta Corte, proferida na ADI 3.395-MC/DF, da qual é Relator o Ministro Cezar Peluso. Nela foi referendada liminar deferida pelo Ministro Nelson Jobim, em que se suspendeu, cautelarmente, qualquer interpretação do art. 114, I, da Carta Magna

“que inclua, na competência da Justiça do Trabalho, a (...) apreciação (...) de causas que (...) sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo”.

Por ocasião do referendo da cautelar, o Ministro Cezar Peluso trouxe à colação trecho de voto do Ministro Carlos Velloso, Relator da ADI 492, na qual a Corte entendeu ser inconstitucional a inclusão, no âmbito de competência da Justiça do Trabalho, de causas que digam respeito a servidores que mantenham, com a Administração Pública, vínculo de natureza estatutária, por ser este estranho ao conceito de “relação de trabalho”.

E avançou ainda mais, sustentando que“ao atribuir à Justiça do Trabalho competência para apreciar ‘as

ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios’, o art. 144, inc. I, da Constituição, não incluiu, em seu âmbito matéria de validade, as relações de natureza jurídico-administrativa dos servidores públicos”.

O Plenário desta Corte também já se pronunciou sobre a matéria, depois da edição da Constituição de 1988, no julgamento a Reclamação 5.381/AM, relatada pelo Ministro Carlos Britto, em que ficou vencido o Ministro Marco Aurélio, a qual recebeu a ementa abaixo transcrita:

“CONSTITUCIONAL. RECLAMAÇÃO. MEDIDA LIMINAR NA ADI 3.357. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. SERVIDORES PÚBLICOS. REGIME TEMPORÁRIO. JUSTIÇA DO TRABALHO. INCOMPETÊNCIA.

1. No julgamento da ADI 3.395-MC, este Supremo Tribunal suspendeu toda e qualquer interpretação do inciso I do art. 114 da CF (na redação da Emenda 45/2004) que inserisse, na competência da Justiça do Trabalho, a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo.

2. Contratações temporárias que se deram com fundamento na Lei amazonense nº 2.607/00, que minudenciou o regime jurídico aplicável às partes figurantes do contrato. Caracterização de vínculo jurídico-administrativo entre contratante e contratados.

3. Procedência do pedido.4. Agravo regimental prejudicado”.Ao longo dos debates, o Ministro Cezar Peluso, de forma enfática

asseverou o seguinte:“não há possibilidade, na relação jurídica entre servidor e o Poder

Público, seja ele permanente ou temporário, de ser regido senão pela legislação administrativa. Chama-se isso relação estatutária, jurídico-administrativa, ou outro nome qualquer, o certo é que não há relação contratual sujeita à CLT”.

A Ministra Cármem Lúcia, por sua vez, fazendo alusão à decisão da Corte tomada em 2007, que suspendeu os efeitos da EC 19 quanto à pluralidade de regimes de pessoal na Administração Pública, restabelecendo o regime único, afirmou enfaticamente que “não há como, no sistema jurídico-administrativo brasileiro constitucionalmente posto, comportar esses contratações pelo regime da CLT”.

Nesse aspecto foi secundada pelo Ministro Peluso, que assentou:“Como a Emenda nº 19 caiu, nós voltamos ao regime original da

Constituição, que não admite relação sujeita à CLT, que é de caráter tipicamente privado, entre servidor público, seja estável ou temporário, e Administração Pública”.

Essa perspectiva recebeu também o apoio do Ministro Menezes Direito, que afirmou o seguinte:

“(...) com a adição do Supremo, houve reunificação para que se voltasse ao texto original. E, na realidade, está acontecendo que a relação jurídica entre o trabalhador do Estado e a relação jurídica entre o trabalhador e o empresário privado são completamente diferentes, independentemente da existência, ou não, de uma lei especial, pois o que caracteriza, pelo menos na minha compreensão, o vínculo é exatamente essa relação especial do servidor público com o Estado, que é de caráter administrativo. Na Emenda nº 19 tentou-se alterar esse padrão para permitir que houvesse uma dicotomia de regimes, mas isso caiu no Supremo”.

Corroborando tal entendimento, aduziu o Ministro Peluso:“Imaginem a relação de trabalho numa situação de emergência, onde

o Estado tem de mobilizar todas as suas forças, sem nenhuma limitação, submetido às restrições da Consolidação das Leis do Trabalho. Em outras palavras, seria inútil contratar sob o regime, porque não sanaria emergência nenhuma. Ficaria sujeito a não trabalhar em fim de semana, porque se trabalha, a lei prevê pagamento de hora extra etc. E o regime de emergência vi por água abaixo”.

Registro, ainda, que o Plenário desta Corte, na Sessão de 25/6/2008, negou provimento ao agravo regimental interposto contra decisão que julgou procedente a Reclamação 4.903/SE, de minha relatoria, dando por competente a Justiça Comum para apreciar pleito ajuizado por servidores públicos contratados temporariamente, em razão de afronta ao decidido na referida ADI 3.395-MC/DF.

O citado acórdão recebeu a seguinte ementa:“AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL.

AFRONTA AO DECIDIDO NA ADI 3.395-MC/DF. CABIMENTO DA RECLAMAÇÃO. VEROSIMILHANÇA ENTRE O DECIDIDO E A DECISÃO TIDA COMO AFRONTADA. AGRAVO IMPROVIDO.

I – O provimento cautelar deferido, pelo Supremo Tribunal Federal, em sede de ação declaratória de constitucionalidade, além de produzir eficácia ‘erga omnes’, reveste-se de efeito vinculante, relativamente ao Poder Executivo e aos demais órgãos do Poder Judiciário.

II - A eficácia vinculante, que qualifica tal decisão, legitima o uso da reclamação se e quando a integridade e a autoridade desse julgamento forem desrespeitadas.

III – A questão tratada na reclamação guarda pertinência com o decidido na ADI 3.395-MC/DF.

IV – Agravo interposto contra o decidido em sede de liminar prejudicado, porquanto decidida a questão de mérito.

V – Agravo regimental improvido” (Rcl 4.903-AgR-AgR/SE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski).

Ressalto que na Sessão Plenária de 12 de agosto de 2008, por ocasião do julgamento do RE 573.202/AM, de minha relatoria, esta Suprema Corte firmou-se no sentido de que compete à Justiça Comum Estadual e Federal conhecer de toda causa que verse sobre contratação temporária de servidor público, levada a efeito sob a ordem constitucional vigente ou sob a anterior, uma vez que a relação jurídica que dali se erradia não é de trabalho, a que se refere o art. 114, I, da Constituição da República, mas de direito público estrito, qualquer que seja a norma aplicável ao caso (Cf. CC 7.588/AM, Rel. Min. Cezar Peluso, Rcl 5.381/AM, Rel. Min. Carlos Britto, CC 7.223/AM, Rel. Min. Celso de Mello).

Esse entendimento é plenamente aplicável às relações que envolvam advogados dativos, pois se trata de relação jurídico-administrativa.

Isso posto, julgo procedente esta reclamação constitucional, em razão da incompetência da Justiça do Trabalho para processar e julgar o feito, para, nos termos do decidido pelo Plenário desta Suprema Corte no julgamento da ADI 3.395-MC/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, cassar os atos decisórios proferidos na Reclamação Trabalhista 01365-2008-081-03-00-5.

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 112

RECLAMAÇÃO 8.860 (720)ORIGEM : RCL - 105008 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : COMPANHIA CATARINENSE DE ÁGUAS E

SANEAMENTO - CASANADV.(A/S) : CRISTIANO CONSORTE ZAPELINI E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 00514-2008-043-12-00-3)INTDO.(A/S) : LUIZ ARGEMIRO PACHECOADV.(A/S) : DALCIETE FELIZARDO

Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, proposta pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento - CASAN, contra decisão proferida pela 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região nos autos do Recurso Ordinário 00514-2008-043-12-00-3, por inobservância da Súmula Vinculante 4 desta Corte.

Alega a reclamante, em suma, que o TRT, ao determinar que o adicional de insalubridade fosse calculado com base no salário básico do autor, contrariou o enunciado da súmula vinculante invocada.

Pugna pela concessão da medida liminar para que seja suspensa a decisão objeto desta Reclamação e, no mérito, pela sua procedência.

Às fls. 71-73 deferi a liminar para suspender a decisão reclamada.As informações requisitadas foram prestadas às fls. 239-242.A Procuradoria-Geral da República opinou pela procedência da

reclamação (fls. 247-250).É o relatório.Passo a decidir.Bem analisados os autos, entendo que a pretensão merece acolhida.É que, como consignado na decisão que deferiu a medida cautelar, o

verbete da Súmula Vinculante 4 recebeu a seguinte redação: “Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não

pode ser usado como indexador da base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial”.

O RE 565.714/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, um dos precedentes que deu origem à Súmula foi assim ementado:

“EMENTA: CONSTITUCIONAL. ART. 7º, INC. IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. NÃO RECEPÇÃO DO ART. 3º, § 1º, DA LEI COMPLEMENTAR PAULISTA N. 432/1985 PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988. INCONSTITUCIONALIDADE DE VINCULAÇÃO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE AO SALÁRIO MÍNIMO: PRECEDENTES. IMPOSSIBILIDADE DA MODIFICAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DO BENEFÍCIO POR DECISÃO JUDICIAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. O sentido da vedação constante da parte final do inc. IV do art. 7º da Constituição impede que o salário-mínimo possa ser aproveitado como fator de indexação; essa utilização tolheria eventual aumento do salário-mínimo pela cadeia de aumentos que ensejaria se admitida essa vinculação (RE 217.700, Ministro Moreira Alves). A norma constitucional tem o objetivo de impedir que aumento do salário-mínimo gere, indiretamente, peso maior do que aquele diretamente relacionado com o acréscimo. Essa circunstância pressionaria reajuste menor do salário-mínimo, o que significaria obstaculizar a implementação da política salarial prevista no art. 7º, inciso IV, da Constituição da República. O aproveitamento do salário-mínimo para formação da base de cálculo de qualquer parcela remuneratória ou com qualquer outro objetivo pecuniário (indenizações, pensões, etc.) esbarra na vinculação vedada pela Constituição do Brasil. Histórico e análise comparativa da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Declaração de não recepção pela Constituição da República de 1988 do Art. 3º, § 1º, da Lei Complementar n. 432/1985 do Estado de São Paulo. 2. Inexistência de regra constitucional autorizativa de concessão de adicional de insalubridade a servidores públicos (art. 39, § 1º, inc. III) ou a policiais militares (art. 42, § 1º, c/c 142, § 3º, inc. X). 3. Inviabilidade de invocação do art. 7º, inc. XXIII, da Constituição da República, pois mesmo se a legislação local determina a sua incidência aos servidores públicos, a expressão adicional de remuneração contida na norma constitucional há de ser interpretada como adicional remuneratório, a saber, aquele que desenvolve atividades penosas, insalubres ou perigosas tem direito a adicional, a compor a sua remuneração. Se a Constituição tivesse estabelecido remuneração do trabalhador como base de cálculo teria afirmado adicional sobre a remuneração, o que não fez. 4. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento” (grifos no original).

Como se vê, é defeso ao Judiciário estabelecer novos parâmetros de base de cálculo para o adicional de insalubridade.

Nesse sentido, foi deferida medida liminar na Rcl 6.266-MC/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, para suspender a aplicação da Súmula 228/TST na parte em que permite a utilização do salário básico para calcular o adicional de insalubridade.

Como bem assentou o Ministro Gilmar Mendes na referida decisão:“no julgamento que deu origem à mencionada Súmula Vinculante n° 4

(RE 565.714/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, Sessão de 30.4.2008 - Informativo nº 510/STF), esta Corte entendeu que o adicional de insalubridade deve continuar sendo calculado com base no salário mínimo, enquanto não superada a inconstitucionalidade por meio de lei ou convenção coletiva”

(grifos adicionados).De acordo com as informações às fls. 239-242, o juízo reclamado

afastou a utilização do salário mínimo como indexador da base de cálculo do adicional de insalubridade e o substituiu pelo salário básico, o que afronta a Súmula Vinculante 4.

Isso posto, julgo procedente a reclamação para cassar a decisão reclamada.

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECLAMAÇÃO 8.929 (721)ORIGEM : RCL - 110702 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAURECLTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECLDO.(A/S) : JUÍZA DO TRABALHO DA 38ª VARA DO TRABALHO DE

BELO HORIZONTE (PROCESSO Nº 00543-2009-138-03-00-8)

INTDO.(A/S) : MARIA HELENA NOGUEIRA TEODOROADV.(A/S) : ARTUR FERNANDO ARAUJO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Reclamação, com pedido de medida liminar, proposta pelo Estado de Minas Gerais contra ato do Juiz da 38ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte nos autos do processo n. 00543-2009-138-03-00-8.

2.O Estado afirmou que a autoridade reclamada afrontou acórdão prolatado por esta Corte na ADI n. 3.395, vez que conheceu e julgou a reclamação trabalhista.

3.Sustentou que o ato judicial é adverso à decisão deste Tribunal na medida em que dá processamento a reclamação trabalhista. E o faz embora seja claro o afastamento da competência da Justiça do Trabalho para dirimir os conflitos decorrentes das relações travadas entre contratados temporariamente, ou servidores nomeados para exercer cargos em comissão, e os entes da Administração aos quais estão vinculados.

4.Deferi a medida liminar para determinar ao Juízo da 38ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte que suspendesse a tramitação do processo n. 00543-2009-138-03-00-8 [fls. 16/18].

5.O Ministério Público Federal opinou pela procedência do pedido, reconhecendo a ofensa à autoridade da decisão proferida nos autos da ADI n. 3.395 [fls. 41/43].

6.É o relatório. Decido.7.O Plenário do Supremo Tribunal Federal, na Sessão de 21 de

agosto de 2008, ao analisar o RE n. 573.202, Relator o Ministro RICARDO LEWANDOWSKI, reiterou o entendimento consolidado em inúmeros precedentes no sentido de que compete à Justiça comum processar e julgar os feitos em que se discutam as relações entre servidores, ainda que temporários, e a Administração Pública. O processamento de litígio entre servidores temporários e a Administração Pública perante a Justiça do Trabalho afronta a decisão prolatada por esta Corte no julgamento da ADI n. 3.395/MC, DJ de 10.11.06.

8.Após a decisão proferida na ADI n. 2.135 MC, DJ de 7.3.08, em que foram suspensos os efeitos da EC 19/98, não haveria como o sistema jurídico-administrativo brasileiro comportar a contratação pelo regime da CLT. Nesse sentido, o julgamento da RCL n. 5.381, DJ de 8.8.08. O Plenário fixou, por fim, que a prorrogação indevida do contrato de trabalho de servidor temporário não desvirtua o vínculo original --- vinculo jurídico-administrativo. A prorrogação do contrato, expressa ou tácita, que consubstancia mudança do prazo de vigência do contrato, transmutando-o de temporário para indeterminado, poderá ensejar nulidade ou configurar ato de improbidade, mas não implica alteração do caráter jurídico do vínculo.

9.O Ministro CELSO DE MELLO, no julgamento da RCL n. 4.435, DJ de 4.6.08, ao julgar procedente o pedido da reclamação cujo objeto é análogo ao destes autos, observou que “[n]o julgamento da medida cautelar na ADI n. 3.395/DF, entendeu o Tribunal que o disposto no art. 114, I, da Constituição da República, não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja vinculado por relação jurídico-estatutária, entendida esta como a relação de cunho jurídico-administrativo. Os contratos temporários firmados pelo Poder Público com base no estatuto jurídico de seus servidores submetem-se ao regime jurídico-administrativo. 3. Não compete ao Tribunal, no âmbito estreito de cognição próprio da reclamação constitucional, analisar a regularidade constitucional e legal das contratações temporárias realizadas pelo Poder Público”.

10.Há outras decisões nesse sentido: o RE n. 367.638, Relator o Ministro MOREIRA ALVES; DJ de 28.3.03; a RCL n. 4.903/Agr, Relator o Ministro RICARDO LEWANDOWSKI; DJ de 8.8.08.

Julgo procedente a reclamação, conforme o disposto no artigo 161, parágrafo único, do RISTF. Determino, em conseqüência, a remessa dos autos à Justiça comum.

Arquivem-se estes autos.Comunique-se.Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 113

Ministro Eros Grau- Relator -

RECLAMAÇÃO 8.948 (722)ORIGEM : RCL - 112243 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE RECIFEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE RECIFERECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 00463-2008-005-06-00-6)INTDO.(A/S) : ANTONIO JOSÉ DE ARAÚJO CABRAL E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EDNALDO GERMANO DA CUNHA

Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, proposta pelo Município de Recife/PE contra ato do Trabalho Regional do Trabalho da 6ª Região, no Processo Trabalhista 00463-2008-005-006-00-6, que teria afrontado o conteúdo de decisão desta Corte nos autos da ADI 3.395/DF, Rel. Min. Cezar Peluso.

Afirma o reclamante, em suma, a incompetência da justiça especializada, uma vez que os autores da Reclamação Trabalhista citada foram contratados temporariamente, com fundamento na legislação municipal.

Pugna, assim, pelo deferimento da medida liminar para suspender a tramitação do referido feito.

No mérito, requer a procedência desta reclamação. Às fls. 267-270 deferi o pedido de medida liminar.O juízo reclamado prestou informações às fls. 278-309.A Procuradoria-Geral da República, por sua vez, manifestou-se pela

procedência da reclamação, nos termos do parecer que porta a seguinte ementa:

“RECLAMAÇÃO. AÇÃO TRABALHISTA AJUIZADA POR SERVIDORES PÚBLICOS CONTRA O ESTADO DE PERNAMBUCO. CONTRATO TEMPORÁRIO. RELAÇÃO DE NATUREZA JURÍDICO-ADMINISTRATIVA. OFENSA À AUTORIDADE DA DECISÃO PROFERIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NA ADI Nº 3.395/DF” (fl. 311).

É o relatório. Verifico que ao apreciar situações análogas, o Plenário do Supremo

Tribunal Federal firmou o entendimento de que compete à Justiça Estadual processar e julgar causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores submetidos ao regime especial disciplinado por lei local editada antes da Constituição de 1988, com fundamento no art. 106 da Carta de 1967, na redação que lhe conferiu a Emenda Constitucional 1/69 e o art. 37, IX, da Constituição Federal de 1988.

Nesse sentido, nos autos do Conflito de Jurisdição 6.829/SP, Relator o Ministro Octavio Gallotti, julgado na Sessão Plenária de 15/3/1989, este Tribunal reconheceu a competência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para processar e julgar ação movida por servidor municipal, sob regime especial administrativo, disciplinado em lei local, fundada no referido dispositivo da Constituição de 1967.

A promulgação da nova Constituição não alterou o entendimento desta Corte acerca do tema. Com efeito, várias decisões vêm sendo prolatadas no sentido de que o processamento de litígios entre servidores temporários e a Administração Pública na Justiça do Trabalho afronta a decisão do Plenário desta Corte, proferida na ADI 3.395-MC/DF, da qual é Relator o Ministro Cezar Peluso. Nela foi referendada liminar deferida pelo Ministro Nelson Jobim, em que se suspendeu, cautelarmente, qualquer interpretação do art. 114, I, da Carta Magna

“que inclua, na competência da Justiça do Trabalho, a (...) apreciação (...) de causas que (...) sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo”.

Por ocasião do referendo da cautelar, o Ministro Cezar Peluso trouxe à colação trecho de voto do Ministro Carlos Velloso, Relator da ADI 492, na qual a Corte entendeu ser inconstitucional a inclusão, no âmbito de competência da Justiça do Trabalho, de causas que digam respeito a servidores que mantenham, com a Administração Pública, vínculo de natureza estatutária, por ser este estranho ao conceito de “relação de trabalho”.

E avançou ainda mais, sustentando que“ao atribuir à Justiça do Trabalho competência para apreciar ‘as

ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios’, o art. 144, inc. I, da Constituição, não incluiu, em seu âmbito matéria de validade, as relações de natureza jurídico-administrativa dos servidores públicos”.

O Plenário desta Corte também já se pronunciou sobre a matéria, depois da edição da Constituição de 1988, no julgamento a Reclamação 5.381/AM, relatada pelo Ministro Carlos Britto, em que ficou vencido o Ministro Marco Aurélio, a qual recebeu a ementa abaixo transcrita:

“CONSTITUCIONAL. RECLAMAÇÃO. MEDIDA LIMINAR NA ADI 3.357. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. SERVIDORES PÚBLICOS. REGIME TEMPORÁRIO. JUSTIÇA DO TRABALHO. INCOMPETÊNCIA.

1. No julgamento da ADI 3.395-MC, este Supremo Tribunal suspendeu toda e qualquer interpretação do inciso I do art. 114 da CF (na redação da Emenda 45/2004) que inserisse, na competência da Justiça do

Trabalho, a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo.

2. Contratações temporárias que se deram com fundamento na Lei amazonense nº 2.607/00, que minudenciou o regime jurídico aplicável às partes figurantes do contrato. Caracterização de vínculo jurídico-administrativo entre contratante e contratados.

3. Procedência do pedido.4. Agravo regimental prejudicado”.Ao longo dos debates, o Ministro Cezar Peluso, de forma enfática

asseverou o seguinte:“não há possibilidade, na relação jurídica entre servidor e o Poder

Público, seja ele permanente ou temporário, de ser regido senão pela legislação administrativa. Chama-se isso relação estatutária, jurídico-administrativa, ou outro nome qualquer, o certo é que não há relação contratual sujeita à CLT”.

A Ministra Cármem Lúcia, por sua vez, fazendo alusão à decisão da Corte tomada em 2007, que suspendeu os efeitos da EC 19 quanto à pluralidade de regimes de pessoal na Administração Pública, restabelecendo o regime único, afirmou enfaticamente que “não há como, no sistema jurídico-administrativo brasileiro constitucionalmente posto, comportar esses contratações pelo regime da CLT”.

Nesse aspecto foi secundada pelo Ministro Peluso, que assentou:“Como a Emenda nº 19 caiu, nós voltamos ao regime original da

Constituição, que não admite relação sujeita à CLT, que é de caráter tipicamente privado, entre servidor público, seja estável ou temporário, e Administração Pública”.

Essa perspectiva recebeu também o apoio do Ministro Menezes Direito, que afirmou o seguinte:

“(...) com a adição do Supremo, houve reunificação para que se voltasse ao texto original. E, na realidade, está acontecendo que a relação jurídica entre o trabalhador do Estado e a relação jurídica entre o trabalhador e o empresário privado são completamente diferentes, independentemente da existência, ou não, de uma lei especial, pois o que caracteriza, pelo menos na minha compreensão, o vínculo é exatamente essa relação especial do servidor público com o Estado, que é de caráter administrativo. Na Emenda nº 19 tentou-se alterar esse padrão para permitir que houvesse uma dicotomia de regimes, mas isso caiu no Supremo”.

Corroborando tal entendimento, aduziu o Ministro Peluso:“Imaginem a relação de trabalho numa situação de emergência, onde

o Estado tem de mobilizar todas as suas forças, sem nenhuma limitação, submetido às restrições da Consolidação das Leis do Trabalho. Em outras palavras, seria inútil contratar sob o regime, porque não sanaria emergência nenhuma. Ficaria sujeito a não trabalhar em fim de semana, porque se trabalha, a lei prevê pagamento de hora extra etc. E o regime de emergência vi por água abaixo”.

Registro, ainda, que o Plenário desta Corte, na Sessão de 25/6/2008, negou provimento ao agravo regimental interposto contra decisão que julgou procedente a Reclamação 4.903/SE, de minha relatoria, dando por competente a Justiça Comum para apreciar pleito ajuizado por servidores públicos contratados temporariamente, em razão de afronta ao decidido na referida ADI 3.395-MC/DF.

O citado acórdão recebeu a seguinte ementa:“AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL.

AFRONTA AO DECIDIDO NA ADI 3.395-MC/DF. CABIMENTO DA RECLAMAÇÃO. VEROSIMILHANÇA ENTRE O DECIDIDO E A DECISÃO TIDA COMO AFRONTADA. AGRAVO IMPROVIDO.

I – O provimento cautelar deferido, pelo Supremo Tribunal Federal, em sede de ação declaratória de constitucionalidade, além de produzir eficácia ‘erga omnes’, reveste-se de efeito vinculante, relativamente ao Poder Executivo e aos demais órgãos do Poder Judiciário.

II - A eficácia vinculante, que qualifica tal decisão, legitima o uso da reclamação se e quando a integridade e a autoridade desse julgamento forem desrespeitadas.

III – A questão tratada na reclamação guarda pertinência com o decidido na ADI 3.395-MC/DF.

IV – Agravo interposto contra o decidido em sede de liminar prejudicado, porquanto decidida a questão de mérito.

V – Agravo regimental improvido” (Rcl 4.903-AgR-AgR/SE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski).

Ressalto, por fim, que na Sessão Plenária de 12 de agosto de 2008, por ocasião do julgamento do RE 573.202/AM, de minha relatoria, esta Suprema Corte firmou-se no sentido de que compete à Justiça Comum Estadual e Federal conhecer de toda causa que verse sobre contratação temporária de servidor público, levada a efeito sob a ordem constitucional vigente ou sob a anterior, uma vez que a relação jurídica que dali se erradia não é de trabalho, a que se refere o art. 114, I, da Constituição da República, mas de direito público estrito, qualquer que seja a norma aplicável ao caso (Cf. CC 7.588/AM, Rel. Min. Cezar Peluso, Rcl 5.381/AM, Rel. Min. Carlos Britto, CC 7.223/AM, Rel. Min. Celso de Mello).

Isso posto, julgo procedente esta reclamação constitucional, em razão da incompetência da Justiça do Trabalho para processar e julgar o feito, para, nos termos do decidido pelo Plenário desta Suprema Corte no julgamento da ADI 3.395-MC/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, cassar os atos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 114

decisórios proferidos na Reclamação Trabalhista 00463-2008-005-006-00-6.Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECLAMAÇÃO 8.980 (723)ORIGEM : RCL - 115012 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE CRATOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CRATORECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE

CRATO (PROCESSO Nº 2008.0012.7724-0/0)INTDO.(A/S) : ARIANE SIEBRA ABAGARA DE OLIVEIRA E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : PAULO GIORGIO QUEZADO GURGEL E SILVA

1.Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, fundada nos arts. 102, inc. I, alínea l, da Constituição Federal; 13 a 18 da Lei 8.03/90; e 156 a 162 do RISTF, ajuizada pelo Município de Crato/CE contra sentença proferida pelo Juízo de Direito da 3ª Vara da Comarca de Crato/CE, nos autos do processo n. 2008.00.12.7724-0/0.

Afirma que a mencionada sentença afronta o decidido por esta Suprema Corte nos autos da ADI 2.931/RJ, ao reconhecer o direito à nomeação aos respectivos cargos públicos de parte dos impetrantes que comprovaram sua classificação dentro do número de vagas ofertadas no edital (fls. 212-216 e 222-226).

Após breve digressão dos fatos, consignando que a realização do certame destinava-se à formação de 45 equipes multidisciplinares incumbidas de atender ao Programa de Saúde da Família e Saúde Bucal (Edital 002/2005), esclarece que “não existem mais médicos concursados”, o que inviabilizaria a nomeação e posse, pela ordem de classificação, dos demais profissionais de saúde aprovados especialmente para integrar aquelas equipes multidisciplinares (fls. 04-05).

Diante desse quadro, a Administração passou a condicionar o provimento dos cargos para enfermeiros e odontólogos aprovados no certame à subseqüente existência, naquela municipalidade, de médico interessado em compor a equipe do Programa de Saúde da Família e Saúde Bucal (fl. 05).

Noticia que “não tem em seus quadros qualquer contratação precária para os cargos de odontológos e enfermeiros”, o que afasta qualquer alegação de preterição (fl. 10). Nesse sentido, defende que os candidatos aprovados no certame detêm mera expectativa de direito, pois “o ato de provimento dos cargos dispostos no concurso público fica a critério da discricionariedade administrativa” (fl. 13).

Ademais, ressalta que a decisão reclamada interfere no planejamento estratégico efetivado para atender às demandas da área da saúde municipal, causando-lhe sérios prejuízos econômicos e administrativos, consubstanciados na ausência de repasse dos recursos federais destinados a financiar parcela do dispêndio financeiro, porquanto o mesmo repasse encontra-se condicionado à prévia comprovação da formação plena das equipes do Programa de Saúde Familiar (fls. 17-35).

O reclamante entende devidamente demonstrada a presença dos pressupostos do periculum in mora e do fumus boni iuris necessários para a concessão de medida liminar destinada a suspender os efeitos da sentença, até o trânsito em julgado da demanda (fls. 35-36).

2.Requisitaram-se informações (fl. 283), que foram prestadas (fls. 288-297).

3.A via estreita da reclamação (Constituição, art. 102, I, l) pressupõe o descumprimento de decisão do Supremo Tribunal Federal proferida em controle abstrato de constitucionalidade, a ocorrência de usurpação de sua competência originária ou a desobediência a súmula vinculante.

Logo, seu objeto é, e só pode ser, a verificação de uma dessas hipóteses, para se sanar imediatamente o abuso, acaso verificado, razão pela qual considero necessário o máximo de rigor na verificação dos pressupostos específicos da reclamação constitucional, sob pena de seu desvirtuamento.

Nesse sentido se manifestou, recentemente, o Plenário desta Suprema Corte, ao julgar a Reclamação 6.534-AgR/MA, rel. Min. Celso de Mello, em acórdão cuja ementa resume com precisão o pensamento da Corte em relação às alegações de desrespeito à autoridade das decisões proferidas em controle normativo abstrato de constitucionalidade, da qual destaco o seguinte excerto:

“(...)- Os atos questionados em qualquer reclamação - nos casos em

que se sustenta desrespeito à autoridade de decisão do Supremo Tribunal Federal - hão de se ajustar, com exatidão e pertinência, aos julgamentos desta Suprema Corte invocados como paradigmas de confronto, em ordem a permitir, pela análise comparativa, a verificação da conformidade, ou não, da deliberação estatal impugnada em relação ao parâmetro de controle emanado deste Tribunal. Precedentes.

(...)” (DJ 17.10.2008, destaquei).4.O presente caso não se subsume ao decidido na ADI 2.931/RJ, rel.

Min. Carlos Britto, DJ 29.09.2006, ocasião em que esta Suprema Corte firmou, conforme ressaltou o eminente relator, o entendimento de que apenas na

“hipótese de sucessividade de concursos – ainda no prazo de validade inicial ou de validade prorrogada do primeiro – é que o direito subjetivo de ser chamado se configura para todo o candidato precedentemente aprovado e ainda não efetivamente recrutado. Restando claro, então, que fora dessa hipótese de concursos que se sucedem no tempo, com imediatidade, o primeiro concurso público bem pode se exaurir sem que nenhuma nomeação ou contratação ocorra”.

Das cópias dos documentos acostados aos autos (fls. 79-104) verifico que a discussão posta perante o Juízo de Direito da 3ª Vara da Comarca de Crato/CE deriva da aplicação do critério de discricionariedade adotado pela Administração Pública em proceder à nomeação de candidatos aprovados em concurso público e postos em cadastro reserva para futuro provimento dos cargos de enfermeiros e de odontólogos.

A hipótese de recusa da Administração Pública em prover os referidos cargos vagos encontra-se, ao que tudo indica, motivada sob fundamento diverso daquele descrito na ADI 2.931/RJ, a saber: a ausência de profissionais médicos interessados em formar as correspondentes equipes multidisciplinares do Programa de Saúde da Família e Saúde Bucal, objetivo maior daquele certame (fl.79).

5.Verifico, ainda, que o pedido deduzido pelo reclamante tem nítido caráter recursal infringente, sendo certo que a reclamação não pode ser utilizada como sucedâneo de recursos ou ações cabíveis, conforme reiterada jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (Reclamações 603/RJ, rel. Min. Carlos Velloso, Plenário, DJ 12.02.1999; 968/DF, rel. Min. Marco Aurélio, Plenário, DJ 29.6.2001; 2.933-MC/MA, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 14.3.2005; 2.959/PA, rel. Min. Carlos Britto, DJ 09.02.2005).

Desse modo, havendo a possibilidade de aplicação da jurisprudência desta Corte pela via processual ordinária, em decorrência do Princípio do Devido Processo Legal, entendo não ser cabível a reclamação.

A história da sua construção e o status constitucional que lhe deu a Carta de 1988 são indicativos de que não se trata de singelo instituto processual, a ser utilizado no bojo de uma relação processual visando à prestação jurisdicional por parte do Estado, que irá, por seu órgão judiciário, aplicar o direito a um caso concreto.

6.Esta Corte também já se manifestou nesse mesmo sentido. Cito a Reclamação 6.534-AgR/MA, Plenário, na qual o relator, Ministro Celso de Mello, consignou que o “remédio constitucional da reclamação não pode ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto do Supremo Tribunal Federal” (DJ 17.10.2008).

7.Ante o exposto, com fundamento nos arts. 38 da Lei 8.038/90 e 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento à presente reclamação, ficando prejudicado o pedido de medida liminar.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 8.983 (724)ORIGEM : RCL - 115271 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : HILDEBRANDO FREITAS CAYRESRECLTE.(S) : RUTH LOEBENWEIN FREITAS CAYRESADV.(A/S) : ADILSON AMARO ALVESRECLDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (RECURSO

ESPECIAL Nº 867.016)INTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de reclamação na qual se sustenta que o ato judicial ora questionado – emanado do E. Superior Tribunal de Justiça - teria desrespeitado a autoridade da decisão que o Supremo Tribunal Federal proferiu no julgamento da Apelação Cível 9.621-Embargos de terceiro/PR, Rel. Min. VILLAS BOAS.

Cabe verificar, preliminarmente, se se revela admissível, ou não, a utilização do presente instrumento reclamatório.

Entendo que não. É que a parte ora reclamante, pretendendo justificar a utilização da presente medida processual, invocou, como paradigma, processo de índole subjetiva (ACi 9.621-Embargos de terceiro/PR), versando caso concreto no qual essa mesma parte reclamante não figurou como sujeito processual.

Como se sabe, o Supremo Tribunal Federal tem advertido não caber reclamação, quando utilizada, como no caso, para fazer prevalecer a jurisprudência desta Suprema Corte (ou para impor-lhe a observância), em situações nas quais os julgamentos do Tribunal não se revistam de eficácia vinculante, exceto se se tratar de decisão que o Supremo Tribunal Federal tenha proferido em processo subjetivo no qual haja intervindo, como sujeito processual, a própria parte reclamante, hipótese inocorrente na espécie.

I mpende registrar, por oportuno, que esse entendimento tem

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 115

prevalecido em sucessivos julgamentos proferidos pelo Plenário desta Suprema Corte (RTJ 159/15, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – RTJ 201/519, Rel. Min. CARLOS BRITTO – Rcl 3.159-AgR/SP, Rel. Min. GILMAR MENDES, v.g.):

“RECLAMAÇÃO – ALEGADO DESRESPEITO A DECISÕES PROFERIDAS PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM PROCESSOS DE ÍNDOLE SUBJETIVA, VERSANDO CASOS CONCRETOS NOS QUAIS A PARTE RECLAMANTE NÃO FIGUROU COMO SUJEITO PROCESSUAL – INADMISSIBILIDADE – INADEQUAÇÃO DO EMPREGO DA RECLAMAÇÃO COMO SUCEDÂNEO DE AÇÃO RESCISÓRIA, DE RECURSOS OU DE AÇÕES JUDICIAIS EM GERAL – EXTINÇÃO DO PROCESSO DE RECLAMAÇÃO - PRECEDENTES – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

- Não se revela admissível a reclamação quando invocado, como paradigma, julgamento do Supremo Tribunal Federal proferido em processo de índole subjetiva que versou caso concreto no qual a parte reclamante sequer figurou como sujeito processual. Precedentes.

- O remédio constitucional da reclamação não pode ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto do Supremo Tribunal Federal. Precedentes.

- A reclamação, constitucionalmente vocacionada a cumprir a dupla função a que alude o art. 102, I, “l”, da Carta Política (RTJ134/1033), não se qualifica como sucedâneo recursal nem configura instrumento viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado, eis que tal finalidade revela-se estranha à destinação constitucional subjacente à instituição dessa medida processual. Precedentes.”

(Rcl 5.926-AgR/SC, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“Alegação de afronta a decisão proferida em agravo regimental

em agravo de instrumento. Causa de índole subjetiva. Decisão desprovida de eficácia ‘erga omnes’. Vinculação restrita às partes. Autoridade diversa daquela que é sujeito processual do recurso extraordinário. Processo extinto, sem julgamento de mérito. Inteligência do art. 102, I, ‘l’, da CF. Precedentes. Agravo regimental improvido. Não cabe reclamação por suposta ofensa à autoridade de decisão proferida em processo subjetivo, do qual não é nem foi parte o reclamante.”

(Rcl 5.335-ED/MG, Rel. Min. CEZAR PELUSO - grifei)Em suma: não se revela processualmente viável o emprego da

reclamação, quando, nesta, se invocam, como paradigmas, decisões proferidas em face de situações concretas a que é completamente estranha a parte reclamante, tal como sucede na espécie ora em análise.

Cumpre destacar, ainda, um outro aspecto, que, assinalado em sucessivas decisões desta Corte, afasta a possibilidade jurídico- -processual de emprego da reclamação, notadamente naqueles casos em que a parte reclamante busca a revisão de certo ato decisório, por entendê-lo incompatível com a jurisprudência do Supremo Tribunal.

É que, considerada a ausência, na espécie, dos pressupostos que poderiam legitimar o ajuizamento da reclamação, este remédio constitucional não pode ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto desta Suprema Corte.

Com efeito, tal como já referido, a reclamação - constitucionalmente vocacionada a cumprir a dupla função a que alude o art. 102, I, “l”, da Carta Política (RTJ 134/1033) – não se qualifica como sucedâneo recursal nem configura instrumento viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado, eis que tal finalidade revela-se estranha à destinação constitucional subjacente à instituição dessa medida processual, consoante adverte a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:

“(...) - O remédio constitucional da reclamação não pode ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto do Supremo Tribunal Federal. Precedentes. (...).”

(Rcl 6.534-AgR/MA, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)“AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. A RECLAMAÇÃO

NÃO É SUCEDÂNEO DE RECURSO PRÓPRIO. RECURSO IMPROVIDO.I - A reclamação constitucional não pode ser utilizada como

sucedâneo de recurso próprio para conferir eficácia à jurisdição invocada nos autos da decisão de mérito.

.......................................................III - Reclamação improcedente.IV - Agravo regimental improvido.”(Rcl 5.684-AgR/PE, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI - grifei)“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECLAMAÇÃO.

CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE ARGUMENTOS NOVOS. RECLAMAÇÃO UTILIZADA COMO SUCEDÂNEO RECURSAL. INEXISTÊNCIA DE AFRONTA AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.

.......................................................3. O instituto da Reclamação não se presta para substituir recurso

específico que a legislação tenha posto à disposição do jurisdicionado irresignado com a decisão judicial proferida pelo juízo ‘a quo’.

.......................................................5. Agravo regimental não provido.”(Rcl 5.465-ED/ES, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - grifei)“CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. RECLAMAÇÃO: NÃO É

SUCEDÂNEO DE RECURSO OU DE AÇÃO RESCISÓRIA.I. - A reclamação não pode ser utilizada como sucedâneo de

recurso ou de ação rescisória.II. - Reclamação não conhecida.”(RTJ 168/718, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Pleno - grifei)“Não cabe reclamação destinada a invalidar decisão de outro

Tribunal, que haja porventura divergido da jurisprudência do Supremo Tribunal, firmada no julgamento de causa diferente, mesmo em se tratando de controvérsias de porte constitucional.

Também não é a reclamação instrumento idôneo de uniformização de jurisprudência, tampouco sucedâneo de recurso ou rescisória, não utilizados tempestivamente pelas partes.”

(Rcl 724-AgR/ES, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI, Pleno - grifei)“AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. AFRONTA À DECISÃO

PROFERIDA NA ADI 1662-SP. INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE OU SIMILITUDE DE OBJETOS ENTRE O ATO IMPUGNADO E A EXEGESE DADA PELO TRIBUNAL.

.......................................................A questão da responsabilidade do Estado pelas dívidas da instituição

financeira estatal revela tema afeto ao processo de execução que tramita na Justiça do Trabalho, não guardando pertinência com o objeto da presente ação. A reclamação não pode servir de sucedâneo de outros recursos ou ações cabíveis.”

(Rcl 1.852-AgR/RN, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA - grifei)“O despacho acoimado de ofender a autoridade da decisão do

Supremo Tribunal Federal negou seguimento, por razões processuais suficientes, ao recurso ordinário interposto contra acórdão em mandado de segurança. Por esse fundamento não é cabível reclamação, eis que a decisão da Corte Maior não cuida da matéria.

.......................................................A reclamação não pode servir de sucedâneo de recursos e ações

cabíveis, como decidiu esse Plenário nas RclAg.Rg1852, relator Maurício Correa e Rcl Ag.Rg. 724, rel. Min. Octávio Gallotti. (...).”

(Rcl 1.591/RN, Rel. Min. ELLEN GRACIE - grifei)Sendo assim, pelas razões expostas, não conheço, por incabível,

da presente reclamação, julgando prejudicado, em conseqüência, o exame do pedido de medida cautelar.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 9.025 (725)ORIGEM : RCL - 117868 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA

DE SANTO ANTÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 01214-2007-201-06-00-8)INTDO.(A/S) : TICIANA CARDOSO ALVES BORBAADV.(A/S) : ALVÁRO VAN DER LEY LIMA NETO E OUTRO(A/S)

1.Trata-se de reclamação ajuizada pelo Município de Vitória de Santo Antão − PE, com fundamento no art. 102, I, l, da Constituição Federal, contra o acórdão proferido pela 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região nos autos da Reclamação Trabalhista 01214-2007-201-06-00-8 (fls. 125-130).

O acórdão impugnado deu provimento ao recurso ordinário interposto da sentença proferida pelo Juízo da Vara do Trabalho de Vitória de Santo Antão − PE que acolhera a preliminar de incompetência absoluta da Justiça do Trabalho para o julgamento da mencionada reclamatória (fls. 86-87).

Diz o reclamante que a atuação do juízo reclamado se mostra atentatória à autoridade da decisão proferida pelo Plenário desta Corte na Ação Direta de Inconstitucionalidade 3.395-MC/DF, que suspendeu toda e qualquer interpretação dada ao inciso I do art. 114 da Constituição Federal (na redação atribuída pela Emenda Constitucional 45/04), que inclua na competência da Justiça do Trabalho a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores, tendo por base vínculo de ordem estatutária ou jurídico-administrativa.

Ressalta ainda que os contratos firmados entre o Município e a autora da reclamação trabalhista eram de natureza administrativa, regidos pela Lei Municipal 2.861/01, a qual possibilita a contratação de pessoal por tempo determinado para atender as necessidades temporárias de excepcional interesse público, sem concurso.

Requer, ao final, a procedência da presente reclamação, cassando-se o acórdão ora impugnado.

2.Requisitaram-se informações (fl. 174), que foram devidamente prestadas (fls. 177-182).

3.O acórdão do Plenário desta Corte proferido no julgamento da Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade 3.395/DF, rel. Min. Cezar Peluso, contém a seguinte ementa:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 116

“INCONSTITUCIONALIDADE. Ação direta. Competência. Justiça do Trabalho. Incompetência reconhecida. Causas entre o Poder Público e seus servidores estatutários. Ações que não se reputam oriundas de relação de trabalho. Conceito estrito desta relação. Feitos da competência da Justiça Comum. Interpretação do art. 114, inc. I, da CF, introduzido pela EC 45/2004. Precedentes. Liminar deferida para excluir outra interpretação. O disposto no art. 114, I, da Constituição da República, não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja vinculado por relação jurídico-estatutária.” (DJ 10.11.2006).

No julgamento da Reclamação 4.872/GO, o Plenário do Supremo Tribunal Federal definiu o alcance dessa decisão, nos termos do voto proferido pelo Ministro Menezes Direito, redator p/ o acórdão, o qual recebeu a seguinte ementa:

“Constitucional. Reclamação. Ação civil pública. Servidores públicos. Regime temporário. Justiça do Trabalho. Incompetência.

1. No julgamento da ADI nº 3.395/DF-MC, este Supremo Tribunal suspendeu toda e qualquer interpretação do inciso I do artigo 114 da Constituição Federal (na redação da EC nº 45/04) que inserisse, na competência da justiça do Trabalho, a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo.

2. As contratações temporárias para suprir os serviços públicos estão no âmbito de relação jurídico-administrativa, sendo competente para dirimir os conflitos a justiça comum e não a Justiça especializada.

3. Reclamação julgada procedente.” (DJe 06.11.2008, destaquei).Ao julgar a Reclamação 4.489-AgR/PA, redatora p/ o acórdão Min.

Cármen Lúcia, o Plenário desta Suprema Corte ratificou esse entendimento, in verbis:

“EMENTA: RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL. AUTORIDADE DE DECISÃO PROFERIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: ARTIGO 102, INCISO I, ALÍNEA L, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE N. 3.395. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE SERVIDORES PÚBLICOS: ARTIGO 37, INCISO IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AÇÕES AJUIZADAS POR SERVIDORES TEMPORÁRIOS CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM. CAUSA DE PEDIR RELACIONADA A UMA RELAÇÃO JURÍDICO-ADMINISTRATIVA. AGRAVO REGIMENTAL PROVIDO E RECLAMAÇÃO PROCEDENTE.

1. O Supremo Tribunal Federal decidiu no julgamento da Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.395 que ‘o disposto no art. 114, I, da Constituição da República, não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja vinculado por relação jurídico-estatutária’.

2. Apesar de ser da competência da Justiça do Trabalho reconhecer a existência de vínculo empregatício regido pela legislação trabalhista, não sendo lícito à Justiça Comum fazê-lo, é da competência exclusiva desta o exame de questões relativas a vínculo jurídico-administrativo.

3. Se, apesar de o pedido ser relativo a direitos trabalhistas, os autores da ação suscitam a descaracterização da contratação temporária ou do provimento comissionado, antes de se tratar de um problema de direito trabalhista a questão deve ser resolvida no âmbito do direito administrativo, pois para o reconhecimento da relação trabalhista terá o juiz que decidir se teria havido vício na relação administrativa a descaracterizá-la.

4. No caso, não há qualquer direito disciplinado pela legislação trabalhista a justificar a sua permanência na Justiça do Trabalho.

5. Agravo regimental a que se dá provimento e reclamação julgada procedente.” (DJe 21.11.2008, destaquei).

No mesmo sentido foram as decisões proferidas nas Reclamações 4.012-AgR/MT e 4.054-AgR/AM, redatora p/ o acórdão Ministra Cármen Lúcia, Plenário, DJe 21.11.2008; 5.300-MC/PA, rel. Min. Celso de Mello, DJ 1º.8.2007; 5.301-MC/PA, rel. Min. Cármen Lúcia, DJ 1º.8.2007; 5.297-MC/PA, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 29.6.2007; 5.137/PA e 5.533-MC/PA, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ 27.6.2007 e 26.10.2007; 5.260-MC/PA e 5.728-MC/PA, rel. Min. Eros Grau, DJ 22.6.2007.

Extrai-se dos autos que se trata de relação contratual para prestação de serviços por prazo determinado, pelo regime jurídico-administrativo próprio, consoante as regras de direito público. É que as cópias dos documentos acostados aos autos (fls. 35-41) demonstram que a discussão posta em juízo deriva de contratação por tempo determinado para atender necessidade de excepcional interesse público, regida pela Lei Municipal 2.861/01.

Não se pode olvidar que as admissões fundamentadas em lei disciplinadora do regime jurídico dos servidores estaduais atraem a competência da Justiça Comum para o seu julgamento.

É nítido, dessa forma, o confronto entre o ato emanado do juízo reclamado e a autoridade da decisão proferida na ADI 3.395-MC/DF, porquanto evidenciada a incompetência da Justiça Laboral para dirimir controvérsias entre entes públicos e os servidores a eles vinculados por relação jurídico-administrativa, como ocorre no presente caso.

Ressalte-se ainda que, no julgamento do Recurso Extraordinário 573.202/AM, rel. Min. Ricardo Lewandowski, ocorrido em 21.8.2008, o Plenário desta Corte concluiu que a relação entre o servidor e o Estado é sempre uma relação de Direito Administrativo, razão pela qual se sujeita à Justiça Comum (DJe 05.12.2008).

Assevere-se, ademais, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, em 02.4.2009, ao apreciar a Reclamação 7.109-AgR/MG, rel. Min. Menezes Direito, sedimentou esse entendimento (DJe 22.4.2009).

4.Ante o exposto, com fundamento no art. 161, parágrafo único, do RISTF, julgo procedente o pedido formulado na presente reclamação e declaro a incompetência da Justiça Especializada do Trabalho para processar e julgar a Reclamação Trabalhista 01214-2007-201-06-00-8, determinando, assim, a sua imediata remessa à Justiça Comum Estadual.

Comunique-se.Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECLAMAÇÃO 9.045 (726)ORIGEM : RCL - 118524 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. EROS GRAURECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE PORTO DO MANGUEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO DO

MANGUERECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 21ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 00252-2009-016-21-00-6)INTDO.(A/S) : MARIA NUNCIA DE ANDRADE DANTASADV.(A/S) : RAYSSA MARIA GONZAGA FONSECA

DECISÃO: Reclamação, com pedido de medida liminar, proposta pelo Município de Porto do Mangue/RN contra ato do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região nos autos do processo n. 00252-2009-016-21-00-6.

2.O Município afirmou que a autoridade reclamada afrontou acórdão prolatado por esta Corte na ADI n. 3.395, vez que conheceu e julgou a reclamação trabalhista.

3.Sustentou que o ato judicial é adverso à decisão deste Tribunal na medida em que dá processamento a reclamação trabalhista. E o faz embora seja claro o afastamento da competência da Justiça do Trabalho para dirimir os conflitos decorrentes das relações travadas entre contratados temporariamente, ou servidores nomeados para exercer cargos em comissão, e os entes da Administração aos quais estão vinculados.

4.Deferi a medida liminar para determinar ao Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região que suspendesse a tramitação do processo n. 00252-2009-016-21-00-6 [fls. 117/119].

5.O Ministério Público Federal opinou pela procedência do pedido, reconhecendo a ofensa à autoridade da decisão proferida nos autos da ADI n. 3.395 [fls. 150/152].

6.É o relatório. Decido.7.O Plenário do Supremo Tribunal Federal, na Sessão de 21 de

agosto de 2008, ao analisar o RE n. 573.202, Relator o Ministro RICARDO LEWANDOWSKI, reiterou o entendimento consolidado em inúmeros precedentes no sentido de que compete à Justiça comum processar e julgar os feitos em que se discutam as relações entre servidores, ainda que temporários, e a Administração Pública. O processamento de litígio entre servidores temporários e a Administração Pública perante a Justiça do Trabalho afronta a decisão prolatada por esta Corte no julgamento da ADI n. 3.395/MC, DJ de 10.11.06.

8.Após a decisão proferida na ADI n. 2.135 MC, DJ de 7.3.08, em que foram suspensos os efeitos da EC 19/98, não haveria como o sistema jurídico-administrativo brasileiro comportar a contratação pelo regime da CLT. Nesse sentido, o julgamento da RCL n. 5.381, DJ de 8.8.08. O Plenário fixou, por fim, que a prorrogação indevida do contrato de trabalho de servidor temporário não desvirtua o vínculo original --- vinculo jurídico-administrativo. A prorrogação do contrato, expressa ou tácita, que consubstancia mudança do prazo de vigência do contrato, transmutando-o de temporário para indeterminado, poderá ensejar nulidade ou configurar ato de improbidade, mas não implica alteração do caráter jurídico do vínculo.

9.O Ministro CELSO DE MELLO, no julgamento da RCL n. 4.435, DJ de 4.6.08, ao julgar procedente o pedido da reclamação cujo objeto é análogo ao destes autos, observou que “[n]o julgamento da medida cautelar na ADI n. 3.395/DF, entendeu o Tribunal que o disposto no art. 114, I, da Constituição da República, não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja vinculado por relação jurídico-estatutária, entendida esta como a relação de cunho jurídico-administrativo. Os contratos temporários firmados pelo Poder Público com base no estatuto jurídico de seus servidores submetem-se ao regime jurídico-administrativo. 3. Não compete ao Tribunal, no âmbito estreito de cognição próprio da reclamação constitucional, analisar a regularidade constitucional e legal das contratações temporárias realizadas pelo Poder Público”.

10.Há outras decisões nesse sentido: o RE n. 367.638, Relator o Ministro MOREIRA ALVES; DJ de 28.3.03; a RCL n. 4.903/Agr, Relator o Ministro RICARDO LEWANDOWSKI; DJ de 8.8.08.

Julgo procedente a reclamação, conforme o disposto no artigo 161, parágrafo único, do RISTF. Determino, em conseqüência, a remessa dos autos à Justiça comum.

Arquivem-se estes autos.Comunique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 117

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECLAMAÇÃO 9.051 (727)ORIGEM : RCL - 118719 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPERECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 12ª VARA CÍVIL DA COMARCA DE

ARACAJU (PROCESSO Nº 200211201486)INTDO.(A/S) : ELISÂNGELA DOS SANTOS OLIVEIRAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE

SERGIPE

1.Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada pelo Estado de Sergipe, com fundamento nos arts. 102, I, l, da Constituição Federal; 13 da Lei 8.038/90; e 156 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, contra a sentença proferida pelo Juízo da 12ª Vara Cível da Comarca de Aracaju/SE nos autos da Ação de Indenização n. 2002.1.120148-6 (fls. 22-34).

Afirma a reclamante que a decisão impugnada na presente reclamação julgou procedentes os pedidos formulados na mencionada ação para condenar o Estado de Sergipe à reparação dos danos materiais e morais, nos valores relacionados no dispositivo da sentença recorrida (fls. 02-05).

O Estado de Sergipe sustenta, em síntese, que a sentença impugnada afrontou a autoridade do acórdão proferido pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade 4/DF, redator p/ o acórdão Min. Celso de Mello, DJe 15.10.2008.

Alega que “a medida antecipatória da tutela concedida no bojo da sentença de procedência dos pedidos exordiais, nos autos da ação indenizatória em estudo, importou em outorga de vencimentos (pensionamento) e liberação de recursos (pagamento de parcela da indenização pelos danos morais) em favor da autora, certo que houve o nefasto desrespeito à autoridade da decisõa proferida por esta Corte no julgamento da medida cautelar na ADC n° 4/DF, rel. Min. Sydney Sanches, DJ 21.5.1999. ” (fl. 9).

Suscita ainda a existência de vedação legal à concessão de tutela antecipada para a liberação de recursos ou outorga de vencimentos, nos termos do art. 1º da Lei 9.494/97.

Entende que não é aplicável ao presente caso o entendimento da Súmula 729 desta Suprema Corte, dirigida às causas de natureza previdenciária, diversa, ao passo que “o pensionamento a que foi condenado o Estado de Sergipe possui evidente natureza civil” (fl. 10).

Aduz que a decisão que antecipou os efeitos da tutela jurisdicional em desfavor do Estado de Sergipe, determinando o imediato pagamento de parte da indenização devida a título de danos morais, desrespeitou o entendimento firmado na ADI 47/SP, rel. Min. Octávio Gallotti, DJ 22.10.1992, diante da exigência de trânsito em julgado e observância do regime de precatórios (fls. 11-15).

Defende que houve a consagração nesta Suprema Corte da denominada “Teoria da Transcendência dos Motivos Determinantes”, a qual autorizaria o ajuizamento de reclamação sempre que os fundamentos determinantes de decisão tomada em controle concentrado de constitucionalidade fossem desrespeitados por quaisquer juízes ou tribunais, conforme jurisprudência já pacificada (Reclamações 1.987/DF, rel. Min. Maurício Corrêa, Plenário, DJ 21.5.2004; 4.906/PA, rel. Min. Joaquim Barbosa, Plenário, DJe 11.4.2008; e 5.470/PA, rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 10.3.2008).

Requer a concessão de medida liminar para suspender os efeitos da sentença reclamada. No mérito, a procedência do pedido formulado na presente reclamação para cassar a decisão ora impugnada no que determinou o pensionamento imediato da Autora e a liberação de quantia sem observância do regime de precatórios e antes do trânsito em julgado da decisão (fl. 16).

2.Saliente-se, inicialmente, que não é cabível a aplicação da denominada “Teoria da Transcendência dos Motivos Determinantes”. Nesse sentido destaco os trechos das seguintes decisões proferidas por eminentes Ministros desta Corte:

“(...)Resta claro, portanto, que a possibilidade do reconhecimento da

transcendência dos fundamentos determinantes de decisão proferida por esta Corte encontra-se, por ora, sem definição.

Por essa razão é que o Ministro Carlos Britto, quando do julgamento das reclamações 4.814/PI, 4.739-MC/MG e 4.614-MC/MG, delas não conheceu, afirmando, para tanto, que ‘este Colendo Tribunal retomou a discussão quanto à aplicabilidade da chamada 'transcendência dos fundamentos determinantes'’. No mesmo sentido: Rcl 5.083/DF, de minha Relatoria.

(...)” (Reclamação 5.120/RO, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ 30.4.2007, destaquei).

“(...)10. O Plenário deste Tribunal ainda não fixou entendimento no

sentido de afirmar a transcendência das razões de decidir nas ações constitucionais.

11.Por ora persiste o entendimento, do Colegiado, segundo o qual a ausência de identidade ‘perfeita’ entre o ato impugnado e a decisão apontada como violada é circunstância que inviabiliza o conhecimento da reclamação.

(...)” (Reclamação 6.495/SP, rel. Min. Eros Grau, DJe 04.12.2008, destaquei).

“(...)Não se desconhece, contudo, que há aqueles que sustentam a

possibilidade de invocar-se, para fins de reclamação, o denominado efeito transcendente da fundamentação que deu suporte ao julgamento proferido em sede de fiscalização abstrata (RTJ 193/513, Rel. Min. GILMAR MENDES - Rcl 1.987/DF, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA), em ordem a reconhecer que o alcance da eficácia vinculante pode estender-se para além da parte dispositiva do acórdão, abrangendo, também, os próprios fundamentos subjacentes à decisão emanada do Supremo Tribunal Federal.

Também partilho desse mesmo entendimento (Rcl 2.986-MC/SE, Rel. Min. CELSO DE MELLO), vale dizer, o de que é possível reconhecer, em nosso sistema jurídico, a existência do fenômeno da ‘transcendência dos motivos que embasaram a decisão’ emanada desta Suprema Corte em processo de fiscalização abstrata, para que se torne viável proclamar, em decorrência dessa orientação, que o efeito vinculante refere-se, igualmente, à própria ‘ratio decidendi’, projetando-se, em consequência, para além da parte dispositiva do julgamento que se proferiu em sede de controle normativo abstrato.

Ocorre, no entanto, que, a despeito da consistente fundamentação exposta no voto-vista do eminente Ministro GILMAR MENDES, o Plenário do Supremo Tribunal Federal rejeitou essa tese (Rcl 2.475-AgR/MG, Rel. p/ o acórdão Min. MARCO AURÉLIO), o que me impõe, por efeito do princípio da colegialidade, a observância do que prevaleceu em tal julgamento, ainda que contra o meu próprio voto.

(...)” (Reclamação 7.280-MC/SP, rel. Min. Celso de Mello, DJe 12.12.2008, destaquei).

“(...)Portanto, seus efeitos vinculantes restringem-se ao objeto de

cada ação (as normas impugnadas). Quero dizer, com isso, que a ‘transcendência dos motivos determinantes’ não autoriza o manejo de reclamação constitucional, mais ainda quando tal teoria não tem pacífico acolhimento neste Supremo Tribunal.

(...)” (Reclamação 7.336/SP, rel. Min. Carlos Britto, DJe 03.02.2009, destaquei).

É dizer, há, isso sim, precedente em que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, expressamente, manifestou-se contrário à aplicação da denominada “Teoria da Transcendência dos Motivos Determinantes” (Reclamação 2.475-AgR/MG, redator para o acórdão Min. Marco Aurélio, DJe 1º.02.2008), razão pela qual o decano de nossa Suprema Corte, Ministro Celso de Mello, mesmo contra o seu próprio entendimento, recusa-se a aplicar tal teoria (Reclamação 7.280-MC/SP, rel. Min. Celso de Mello, DJe 12.12.2008).

Entendo, em respeito ao princípio da colegialidade, que não é possível a aplicação da transcendência dos motivos determinantes enquanto não houver a manifestação expressa da atual composição do Plenário do Supremo Tribunal Federal favorável a essa teoria.

3.Ademais, a natureza jurídica da reclamação não é a de um recurso, de uma ação nem de um incidente processual. Situa-se ela no âmbito do direito constitucional de petição previsto no art. 5º, XXXIV, da Constituição Federal, consoante decidiu o Plenário desta Suprema Corte, ao julgar a Ação Direita de Inconstitucionalidade 2.212/CE, de que fui relatora, DJ 14.11.2003.

A via estreita da reclamação (Constituição, art. 102, I, l) pressupõe o descumprimento de decisão do Supremo Tribunal Federal, a ocorrência de usurpação de sua competência originária ou a desobediência a súmula vinculante.

Logo, seu objeto é, e só pode ser, a verificação de uma dessas hipóteses, para se sanar imediatamente o abuso, acaso verificado, razão pela qual considero necessário o máximo de rigor na verificação dos pressupostos específicos da reclamação constitucional, sob pena de seu desvirtuamento.

Nesse sentido se manifestou, recentemente, o Plenário desta Suprema Corte, ao julgar a Reclamação 6.534-AgR/MA, rel. Min. Celso de Mello, em acórdão cuja ementa resume com precisão o pensamento da Corte em relação às alegações de desrespeito à autoridade das decisões proferidas em controle normativo abstrato de constitucionalidade, da qual destaco o seguinte excerto:

“(...)- Os atos questionados em qualquer reclamação - nos casos em

que se sustenta desrespeito à autoridade de decisão do Supremo Tribunal Federal - hão de se ajustar, com exatidão e pertinência, aos julgamentos desta Suprema Corte invocados como paradigmas de confronto, em ordem a permitir, pela análise comparativa, a verificação da conformidade, ou não, da deliberação estatal impugnada em relação ao parâmetro de controle emanado deste Tribunal. Precedentes.

(...)” (DJ 17.10.2008, destaquei).

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STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 118

4.Nesse aspecto, não há que falar em afronta à autoridade da decisão proferida por esta Corte no julgamento da ADC 4/DF, pois a decisão reclamada julgou o mérito do pedido formulado na Ação de Indenização n. 2002.1.120148-6.

A jurisprudência desta Suprema Corte firmou que inexiste afronta à autoridade do acórdão proferido no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade 4/DF quando se tratar de decisão de mérito.

Nesse sentido foram as decisões proferidas nas Reclamações 1.192-AgR/DF, 2.457-AgR/MG e 3.459-AgR-AgR/PB, rel. Min. Gilmar Mendes, Plenário, DJ 04.4.2008 e 23.5.2008; 1.459/RS, redator p/ o acórdão Min. Sepúlveda Pertence, Plenário, DJ 03.12.2004; 1.483/RJ, rel. Min. Carlos Velloso, DJ 25.11.2005; 2.663-AgR/RS, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJ 21.9.2007; 4.981/PE e 5.005/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, DJ 28.9.2007 e 14.3.2008; 5.070-AgR/PI, rel. Min. Ricardo Lewandowski, Plenário, DJ 07.12.2007; e 6.259/RN, rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 05.8.2008.

5.Saliente-se, ademais, que o Plenário desta Corte, em 20.8.2009, no julgamento da Reclamação 5.567-AgR/ES, ratificou esse entendimento, ao negar provimento ao agravo regimental interposto pela Universidade Federal do Espírito Santo – UFES, mantendo a decisão anteriormente proferida pela Ministra Cármen Lúcia, assim ementada:

“RECLAMAÇÃO. ALEGAÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE N. 4/DF. ATO RECLAMADO: SENTENÇA DE MÉRITO. PRECEDENTES. RECLAMAÇÃO À QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.” (DJe 20.11.2007).

Destaco os seguintes trechos da decisão proferida pela eminente Ministra Cármen Lúcia na Reclamação 5.567/ES, a qual foi devidamente mantida pelo Plenário desta Suprema Corte, recentemente, no julgamento do agravo regimental interposto pela UFES:

“(...)Na Ação Declaratória de Constitucionalidade n. 4/DF, discutiu-se a

impossibilidade de deferimento de tutela antecipada contra a União nos casos nela elencados, sem, entretanto, obstar os julgamentos de mérito pelos juízos competentes nas demandas que envolvam a União e os interessados.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que a Ação Declaratória de Constitucionalidade n. 4/DF aplica-se apenas à antecipação de tutela deferida provisoriamente, a dizer, antes do provimento jurisdicional definitivo, e não em relação à decisão de mérito do juízo a quo.

(...)Apesar de, na sentença, o Juízo Reclamado ter feito constar que, ‘ao

tempo em que defiro a antecipação dos efeitos da tutela, ACOLHO, EM PARTE, o pedido de nomeação’ (fl. 78, grifos no original), dúvidas não remanescem de que a decisão reclamada não antecipa tutela, mas confere tutela jurisdicional no momento processual da decisão definitiva, como a que se contém em sentença finalizadora da competência da autoridade judicial.

(...)A considerar que a Ação Declaratória de Constitucionalidade n. 4

trata de tutela antecipada e que esta Reclamação insurge-se contra tutela assegurada em decisão de mérito, evidente ser incabível a pretensão da Reclamante.

7. Pelo exposto, nego seguimento à presente Reclamação, por incabível, ficando, por óbvio, prejudicado o exame da medida liminar pleiteada (art. 38 da Lei n. 8.038/1990 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).” (DJe 20.11.2007, destaquei).

6.Constata-se por fim, no pedido deduzido pelo Estado de Sergipe, nítida existência de caráter recursal infringente, e por essa razão não merece acolhida porque a reclamação não pode ser utilizada como sucedâneo de recursos ou ações cabíveis, conforme reiterada jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (Reclamações 603/RJ, rel. Min. Carlos Velloso, Plenário, DJ 12.02.1999; 968/DF, rel. Min. Marco Aurélio, Plenário, DJ 29.6.2001; 2.933-MC/MA, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 14.3.2005; 2.959/PA, rel. Min. Carlos Britto, DJ 09.02.2005).

7.Ante o exposto, com fundamento nos arts. 38 da Lei 8.038/90 e 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento à presente reclamação, ficando prejudicada a apreciação do pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECLAMAÇÃO 9.054 (728)ORIGEM : RCL - 118951 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECLTE.(S) : CONSTRUTORA OAS LTDAADV.(A/S) : ROBERTO LOPES TELHADA E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 12ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO

JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL (PROCESSO Nº 2007.34.00.001746-0)

DECISÃO: Vistos, etc.A Construtora OAS Ltda. ajuíza reclamação constitucional contra

decisão do Juízo Federal da 12ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, proferida nos autos do inquérito policial nº 2007.34.00.001746-0. Alega afronta

à autoridade de decisão do Supremo Tribunal Federal (Súmula Vinculante nº 14), para o que noticia haver postulado ao Juízo reclamado “vista dos procedimentos investigatórios e/ou cautelares que lá tramitam”. E o fez em decorrência de notícias jornalísticas de que o Juízo reclamado expedira ordem de busca e apreensão, cujo alvo seria a reclamante. Mais: a) a medida, apesar de noticiada pela imprensa, ainda não foi executada; b) não lhe foi dado conhecimento do teor e amplitude da ordem cautelar de busca e apreensão; c) o deferimento, pelo Juízo reclamado, do pedido de vistas do inquérito policial não retira a ofensa à Súmula Vinculante nº 14, porquanto nos autos do inquérito não constam a representação policial, a manifestação do Ministério Público e a decisão que determinou a busca e apreensão; d) “havendo prova documentada lhe [ao juiz] é vedado decidir qual e que prova é conveniente dar ciência à defesa”, ainda que “as medidas findas” guardem relação com as que estão em andamento; e) o tempo decorrido entre a data (02/09) da medida cautelar e o ajuizamento da presente reclamação afasta a urgência e, com isso, retira a necessidade de sigilo do provimento acautelatório de busca e apreensão. Daí postular a concessão de medida liminar para determinar ao Juízo reclamado que abra “vista dos procedimentos investigatórios e/ou cautelares que lá tramitam, em especial aqueles documentados que guardam relação aos supostos fatos delituosos”. No mérito, pede que se “conceda à defesa do reclamante acesso a todos os elementos de prova referentes ao inquérito 2007.34.00.001746-0, que já se encontrem documentados em procedimento investigatório que lhe digam respeito”.

2. Este o relatório. Decido. Fazendo-o, anoto, de saída, que o presente pedido guarda relação com investigações de supostas práticas de fraudes a licitação, tráfico de influência e outros ilícitos ligados à execução de obras públicas. Investigação com mais de dois anos de duração, ainda segundo notícias jornalísticas, citadas pelo autor.

3. Pois bem, para o desate da questão, transcrevo passagens de decisões do Juízo reclamado, o que faço a partir da petição inicial:

[...] a ciência da providência cautelar deferida poderia obstaculizar a realização da diligência ordenada e com isso inviabilizar a própria investigação.

Com efeito, nos moldes da Súmula Vinculante nº 14, é direito do investigado e do seu defensor ter ciência das informações existentes no inquérito policial, bem como das diligências já efetivadas e incorporadas formalmente ao processo.

No presente caso há diligências em execução, óbice, portanto, ao deferimento, neste momento, do pedido de vistas da medida cautelar formulada.

Quanto ao conhecimento dos dados oriundos da quebra do sigilo telefônico, embora a medida já não esteja mais em curso, o fato é que mantém ligação com as demais cautelares pendentes de cumprimento, não havendo conveniência de, neste momento, dar-se vista daquelas que eventualmente não tenham sido acostadas ao inquérito (sobre o qual as partes já têm conhecimento) (grifei)

4. Como realcei em meu breve relatório, o reclamante pretende mais que uma simples vista do inquérito policial, dado que esta já lhe foi deferida (item 7 da petição inicial). O que efetivamente postula a Construtora OAS é o acesso: a) à representação policial, à manifestação do Ministério Público e à decisão do Juízo que viabilizou a busca e apreensão; b) às provas já documentadas, ainda que relacionadas com diligências em curso. Em suma, acesso aos dados decorrentes da quebra do sigilo telefônico (item 12 da petição inicial).

5. Antes de prosseguir, transcrevo, agora, o verbete da Súmula Vinculante nº 14 deste nosso Supremo Tribunal Federal:

É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. (grifei)

6. Conforme visto, grifei propositadamente a expressão “já documentados”, devido a sua relevância para o desate da presente reclamação. E o que nos ajuda a esclarecer o sentido da referida expressão são os debates prévios à edição da Súmula Vinculante nº 14. Confira-se:

Por outro lado, a redação sugerida pelo requerente já exclui da determinação contida na súmula as diligências em andamento, o que afasta o argumento do Ministério Público Federal de que o acesso ao advogado do indiciado aos autos poderia implicar em obstáculo à efetividade da atividade investigatória. No tocante às diligências já realizadas, portanto, de acordo com o posicionamento jurisprudencial firmado nesta Suprema Corte, entendo que deve ser assegurada vista dos autos ao advogado constituído pelo investigado. (Min. Menezes Direito)

Essa ementa responde às preocupações do Ministro Carlos Britto [...]. Por isso, da ementa consta textualmente: “ter acesso amplo aos elementos que, já documentados”. Isto é, elementos de prova. Por isso, tal ementa, a meu ver, resguarda os interesses da investigação criminal, não apenas das diligências em andamento, mas ainda das diligências que estão em fase de deliberação. [...] Há certos elementos que, embora já concluídos, indicam a necessidade de realização de outros. Não é fácil. É questão grave. Há certas diligências cuja realização não se exaure em si mesma, mas aponta para outras. [...] O que não poderão evitar é apenas isso, e que me parece fundamental na súmula: os elementos de prova já coligidos, mas que não apontem para outras diligências, que não impliquem conhecimento do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 119

programa de investigação. (Min. Cezar Peluso)7. Bem de ver que as passagens acima transcritas demonstram o

cuidado deste nosso Supremo Tribunal Federal para não inviabilizar a persecução penal. Dever, esse, que, em realidade, é do Estado. Dever do Estado, direito e garantia da sociedade. Isto porque visa, em última análise, à proteção do meio social. Quanto ao acesso dos investigados aos autos de inquéritos policiais (ao que lá se encontra documentado, dissemos), implica falar que o direito fundamental protegido é o da defesa pessoal do investigado. Direito, contudo, que não é de inviabilizar a própria persecução penal, embora, reconheça-se, não possa haver legítima persecução penal com o descarte daqueles direitos constitucionais do investigado, ou do réu, em processo criminal, conforme o caso.

8. As coisas demandam um permanente esforço de calibração ou de concreta otimização. Conforme pude verbalizar quando da discussão da proposta de redação da Súmula Vinculante nº 14, os direitos fundamentais protegidos são, sobretudo, o de não auto-incriminação e o de acompanhamento, em ocasião apropriada, de todo e qualquer material indiciário de crime. Confira-se:

O inquérito policial é de previsibilidade constitucional implícita e também explícita. [...] a Constituição contrabalança a lista dos direitos individuais, neles embutido o tema da ampla defesa e do contraditório, com o dever do Estado de investigar criminalmente na perspectiva de detectar infrações penais e identificar os respectivos autores. [...]

Se, de um lado, temos direitos e garantias individuais em matéria penal, de lastro constitucional, também de lastro constitucional temos a consagração do princípio da justiça penal eficaz. [...]

Penso, portanto, que a redação da súmula deve encerrar um mandado de otimização. Ela deve ter a virtude de consubstanciar um verdadeiro mandado de otimização ou de conciliação entre princípios igualmente constitucionais. De uma parte, falemos do princípio da ampla defesa; de outra parte, o princípio da justiça penal eficaz. E aí, me parece que a redação da súmula comportaria uma discussão um pouquinho mais aprofundada. Por exemplo: eu faço uma distinção entre autos do inquérito policial e diligências processadas nos autos, vale dizer, entre investigação e diligências concretizadoras da investigação. A investigação policial como um todo, uma espécie de continente; e as diligências como meios de operacionalizar a investigação. A investigação se dá por meio de sucessivas diligências. Eu me perguntaria: nós deveríamos consagrar na súmula o direito irrestrito dos advogados aos autos da investigação ou das diligências, de cada diligência já concluída? Claro que estou falando de um receio que é justo, de que o conhecimento prévio da diligência comprometa toda a linha de investigação. E comprometendo toda a linha de investigação, o princípio da justiça penal eficaz resultaria vulnerado.

9. Daqui se segue a compreensão de peças “já documentadas”, tal como está na Súmula Vinculante nº 14, são apenas os documentos decorrentes de diligências findas, e cujo acesso já não comprometa a eficácia da investigação policial. Em palavras outras, só é de ser juntado aos autos do inquérito o que não comprometa a continuidade das investigações (um dever de ofício, e não uma faculdade da autoridade policial, do Ministério Público ou do Juiz, porque estes devem zelar pela eficácia das respectivas funções). Comprometimento, esse, verificável também no caso de diligências encerradas, mas cujo conteúdo dê origem a outras diligências conexas. Afirmação de todo evidente nas escutas telefônicas lícitas. Sabido que tais escutas, em regra, são as matrizes de todas as provas. Ademais, é natural que os juízes, ao negarem acesso à “quebra do sigilo telefônico”, apenas motivem sua negativa nos casos de conexão com outras diligências em andamento.

10. À derradeira, o tempo decorrido (menos de trinta dias entre a suposta data do deferimento dos mandados de busca e apreensão e a pendência da efetivação dos mesmos) não autoriza a conclusão formulada pelo reclamante, qual seja: o tempo decorrido gera, automaticamente, o direito de acesso aos documentos referentes às diligências não efetivadas. No presente caso, observo que o inquérito policial envolve investigação de fatos vinculados a obras públicas (possíveis fraudes a licitações e contratos administrativos), abrangendo numerosas empreiteiras e diversos servidores públicos. Tudo a demonstrar que a preparação das operações de busca e apreensão, possivelmente espalhadas na imensidão do território nacional, demandará tempo razoável de planejamento e execução.

11. Esse o quadro, não há nos autos qualquer elemento que demonstre, mesmo precariamente, afronta à autoridade da decisão deste nosso Supremo Tribunal Federal (Súmula Vinculante nº 14). Pelo que nego seguimento à reclamação, o que faço com fundamento no § 1º do art. 21 do RI/STF. Dou por prejudicado o pedido de medida liminar.

Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECLAMAÇÃO 9.055 (729)ORIGEM : RCL - 119014 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS

ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 00327-2008-104-03-00-4)INTDO.(A/S) : CLÁUDIA PATRÍCIA MEDEIROS DE FIGUEIREDOADV.(A/S) : MARIA ABADIA SOARES BORGES

Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, proposta pelo Estado de Minas Gerais, contra decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região que, nos autos do Processo 00327-2008-104-03-00-4, teria afrontado o quanto decidido por esta Corte nos autos da ADI 3.395-MC/DF, Rel. Min. Cezar Peluso.

Alega que a autora da Reclamação Trabalhista em comento foi contratada temporariamente, mantendo com a Administração vínculo de natureza jurídico-estatutária, regulamentada pela Lei Estadual 10.254/1990.

Ressalta que estão presentes os requisitos que ensejam a concessão da medida liminar.

Pugna pela sua concessão para suspender a tramitação do Processo 00327-2008-104-03-00-4. No mérito, requer a procedência da reclamação.

Às fls. 98-103 deferi o pedido de medida liminar.O juízo reclamado prestou informações à fl. 111.É o relatório. Verifico que ao apreciar situações análogas, o Plenário do Supremo

Tribunal Federal firmou o entendimento de que compete à Justiça Estadual processar e julgar causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores submetidos ao regime especial disciplinado por lei local editada antes da Constituição de 1988, com fundamento no art. 106 da Carta de 1967, na redação que lhe conferiu a Emenda Constitucional 1/69 e o art. 37, IX, da Constituição Federal de 1988.

Nesse sentido, nos autos do Conflito de Jurisdição 6.829/SP, Relator o Ministro Octavio Gallotti, julgado na Sessão Plenária de 15/3/1989, este Tribunal reconheceu a competência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para processar e julgar ação movida por servidor municipal, sob regime especial administrativo, disciplinado em lei local, fundada no referido dispositivo da Constituição de 1967.

A promulgação da nova Constituição não alterou o entendimento desta Corte acerca do tema. Com efeito, várias decisões vêm sendo prolatadas no sentido de que o processamento de litígios entre servidores temporários e a Administração Pública na Justiça do Trabalho afronta a decisão do Plenário desta Corte, proferida na ADI 3.395-MC/DF, da qual é Relator o Ministro Cezar Peluso. Nela foi referendada liminar deferida pelo Ministro Nelson Jobim, em que se suspendeu, cautelarmente, qualquer interpretação do art. 114, I, da Carta Magna

“que inclua, na competência da Justiça do Trabalho, a (...) apreciação (...) de causas que (...) sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo”.

Por ocasião do referendo da cautelar, o Ministro Cezar Peluso trouxe à colação trecho de voto do Ministro Carlos Velloso, Relator da ADI 492, na qual a Corte entendeu ser inconstitucional a inclusão, no âmbito de competência da Justiça do Trabalho, de causas que digam respeito a servidores que mantenham, com a Administração Pública, vínculo de natureza estatutária, por ser este estranho ao conceito de “relação de trabalho”.

E avançou ainda mais, sustentando que“ao atribuir à Justiça do Trabalho competência para apreciar ‘as

ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios’, o art. 144, inc. I, da Constituição, não incluiu, em seu âmbito matéria de validade, as relações de natureza jurídico-administrativa dos servidores públicos”.

O Plenário desta Corte também já se pronunciou sobre a matéria, depois da edição da Constituição de 1988, no julgamento a Reclamação 5.381/AM, relatada pelo Ministro Carlos Britto, em que ficou vencido o Ministro Marco Aurélio, a qual recebeu a ementa abaixo transcrita:

“CONSTITUCIONAL. RECLAMAÇÃO. MEDIDA LIMINAR NA ADI 3.357. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. SERVIDORES PÚBLICOS. REGIME TEMPORÁRIO. JUSTIÇA DO TRABALHO. INCOMPETÊNCIA.

1. No julgamento da ADI 3.395-MC, este Supremo Tribunal suspendeu toda e qualquer interpretação do inciso I do art. 114 da CF (na redação da Emenda 45/2004) que inserisse, na competência da Justiça do Trabalho, a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo.

2. Contratações temporárias que se deram com fundamento na Lei amazonense nº 2.607/00, que minudenciou o regime jurídico aplicável às partes figurantes do contrato. Caracterização de vínculo jurídico-administrativo entre contratante e contratados.

3. Procedência do pedido.4. Agravo regimental prejudicado”.Ao longo dos debates, o Ministro Cezar Peluso, de forma enfática

asseverou o seguinte:“não há possibilidade, na relação jurídica entre servidor e o Poder

Público, seja ele permanente ou temporário, de ser regido senão pela legislação administrativa. Chama-se isso relação estatutária, jurídico-administrativa, ou outro nome qualquer, o certo é que não há relação

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STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 120

contratual sujeita à CLT”.A Ministra Cármem Lúcia, por sua vez, fazendo alusão à decisão da

Corte tomada em 2007, que suspendeu os efeitos da EC 19 quanto à pluralidade de regimes de pessoal na Administração Pública, restabelecendo o regime único, afirmou enfaticamente que “não há como, no sistema jurídico-administrativo brasileiro constitucionalmente posto, comportar esses contratações pelo regime da CLT”.

Nesse aspecto foi secundada pelo Ministro Peluso, que assentou:“Como a Emenda nº 19 caiu, nós voltamos ao regime original da

Constituição, que não admite relação sujeita à CLT, que é de caráter tipicamente privado, entre servidor público, seja estável ou temporário, e Administração Pública”.

Essa perspectiva recebeu também o apoio do Ministro Menezes Direito, que afirmou o seguinte:

“(...) com a adição do Supremo, houve reunificação para que se voltasse ao texto original. E, na realidade, está acontecendo que a relação jurídica entre o trabalhador do Estado e a relação jurídica entre o trabalhador e o empresário privado são completamente diferentes, independentemente da existência, ou não, de uma lei especial, pois o que caracteriza, pelo menos na minha compreensão, o vínculo é exatamente essa relação especial do servidor público com o Estado, que é de caráter administrativo. Na Emenda nº 19 tentou-se alterar esse padrão para permitir que houvesse uma dicotomia de regimes, mas isso caiu no Supremo”.

Corroborando tal entendimento, aduziu o Ministro Peluso:“Imaginem a relação de trabalho numa situação de emergência, onde

o Estado tem de mobilizar todas as suas forças, sem nenhuma limitação, submetido às restrições da Consolidação das Leis do Trabalho. Em outras palavras, seria inútil contratar sob o regime, porque não sanaria emergência nenhuma. Ficaria sujeito a não trabalhar em fim de semana, porque se trabalha, a lei prevê pagamento de hora extra etc. E o regime de emergência vi por água abaixo”.

Registro, ainda, que o Plenário desta Corte, na Sessão de 25/6/2008, negou provimento ao agravo regimental interposto contra decisão que julgou procedente a Reclamação 4.903/SE, de minha relatoria, dando por competente a Justiça Comum para apreciar pleito ajuizado por servidores públicos contratados temporariamente, em razão de afronta ao decidido na referida ADI 3.395-MC/DF.

O citado acórdão recebeu a seguinte ementa:“AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL.

AFRONTA AO DECIDIDO NA ADI 3.395-MC/DF. CABIMENTO DA RECLAMAÇÃO. VEROSIMILHANÇA ENTRE O DECIDIDO E A DECISÃO TIDA COMO AFRONTADA. AGRAVO IMPROVIDO.

I – O provimento cautelar deferido, pelo Supremo Tribunal Federal, em sede de ação declaratória de constitucionalidade, além de produzir eficácia ‘erga omnes’, reveste-se de efeito vinculante, relativamente ao Poder Executivo e aos demais órgãos do Poder Judiciário.

II - A eficácia vinculante, que qualifica tal decisão, legitima o uso da reclamação se e quando a integridade e a autoridade desse julgamento forem desrespeitadas.

III – A questão tratada na reclamação guarda pertinência com o decidido na ADI 3.395-MC/DF.

IV – Agravo interposto contra o decidido em sede de liminar prejudicado, porquanto decidida a questão de mérito.

V – Agravo regimental improvido” (Rcl 4.903-AgR-AgR/SE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski).

Ressalto que na Sessão Plenária de 12 de agosto de 2008, por ocasião do julgamento do RE 573.202/AM, de minha relatoria, esta Suprema Corte firmou-se no sentido de que compete à Justiça Comum Estadual e Federal conhecer de toda causa que verse sobre contratação temporária de servidor público, levada a efeito sob a ordem constitucional vigente ou sob a anterior, uma vez que a relação jurídica que dali se erradia não é de trabalho, a que se refere o art. 114, I, da Constituição da República, mas de direito público estrito, qualquer que seja a norma aplicável ao caso (Cf. CC 7.588/AM, Rel. Min. Cezar Peluso, Rcl 5.381/AM, Rel. Min. Carlos Britto, CC 7.223/AM, Rel. Min. Celso de Mello).

Esse entendimento é plenamente aplicável às relações que envolvam advogados dativos, pois se trata de relação jurídico-administrativa.

Isso posto, julgo procedente esta reclamação constitucional, em razão da incompetência da Justiça do Trabalho para processar e julgar o feito, para, nos termos do decidido pelo Plenário desta Suprema Corte no julgamento da ADI 3.395-MC/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, cassar os atos decisórios proferidos na Reclamação Trabalhista 00327-2008-104-03-00-4.

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECLAMAÇÃO 9.063 (730)ORIGEM : RCL - 119527 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE ENSINO SUPERIOR DE

COLINAS DO TOCANTINS - FECOLINASADV.(A/S) : JOSÉ MARCELINO SOBRINHO

RECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 10ª REGIÃO (RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Nº 750-2008-861-10-00-8)

INTDO.(A/S) : JAILTON NUNES VENCESLAUADV.(A/S) : RONEI FRANCISCO DINIZ ARAUJO E OUTRO(A/S)

Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, proposta pela Fundação Municipal de Ensino Superior de Colinas do Tocantins - FECOLINAS, contra decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 10º Região que, nos autos da Reclamação Trabalhista 750-2008-861-10-00-8, teria afrontado o conteúdo decisório proferido por esta Corte nos autos da ADI 3.395-MC/DF, Rel. Min. Cezar Peluso.

Aduz que“a questão envolve a nomeação em comissão de servidores públicos

nos quadros da administração, existindo inclusive contrato firmado entre as partes por prazo determinado, estes regrados pelo Estatuto dos Servidores Públicos Municipais e por lei própria de exceção” (fl. 5).

Alega, ainda, que“a reclamação trabalhista foi recebida pelo M.M. Juiz daquela

especializada, marcando as datas das audiências em dias diferentes, sendo as mesmas julgadas procedente em parte, ocasião em que fora protocolado recurso ordinário para o Egrégio TRT da 10ª Região, ocasião que se encontra em tramite tal recurso junto aquele Tribunal, estado atualmente tal recursos em andamento” (fl. 4).

Ressalta que estão presentes os requisitos que ensejam a concessão da medida liminar.

Pugna pela sua concessão para suspender a tramitação da Reclamação Trabalhista 750-2008-861-10-00-8. No mérito, requer a procedência da reclamação.

Às fls. 75-80 deferi o pedido de medida liminar.O juízo reclamado prestou informações às fls. 89-162.É o relatório. Verifico que ao apreciar situações análogas, o Plenário do Supremo

Tribunal Federal firmou o entendimento de que compete à Justiça Estadual processar e julgar causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores submetidos ao regime especial disciplinado por lei local editada antes da Constituição de 1988, com fundamento no art. 106 da Carta de 1967, na redação que lhe conferiu a Emenda Constitucional 1/69 e o art. 37, IX, da Constituição Federal de 1988.

Nesse sentido, nos autos do Conflito de Jurisdição 6.829/SP, Relator o Ministro Octavio Gallotti, julgado na Sessão Plenária de 15/3/1989, este Tribunal reconheceu a competência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para processar e julgar ação movida por servidor municipal, sob regime especial administrativo, disciplinado em lei local, fundada no referido dispositivo da Constituição de 1967.

A promulgação da nova Constituição não alterou o entendimento desta Corte acerca do tema. Com efeito, várias decisões vêm sendo prolatadas no sentido de que o processamento de litígios entre servidores temporários e a Administração Pública na Justiça do Trabalho afronta a decisão do Plenário desta Corte, proferida na ADI 3.395-MC/DF, da qual é Relator o Ministro Cezar Peluso. Nela foi referendada liminar deferida pelo Ministro Nelson Jobim, em que se suspendeu, cautelarmente, qualquer interpretação do art. 114, I, da Carta Magna

“que inclua, na competência da Justiça do Trabalho, a (...) apreciação (...) de causas que (...) sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo”.

Por ocasião do referendo da cautelar, o Ministro Cezar Peluso trouxe à colação trecho de voto do Ministro Carlos Velloso, Relator da ADI 492, na qual a Corte entendeu ser inconstitucional a inclusão, no âmbito de competência da Justiça do Trabalho, de causas que digam respeito a servidores que mantenham, com a Administração Pública, vínculo de natureza estatutária, por ser este estranho ao conceito de “relação de trabalho”.

E avançou ainda mais, sustentando que“ao atribuir à Justiça do Trabalho competência para apreciar ‘as

ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios’, o art. 144, inc. I, da Constituição, não incluiu, em seu âmbito matéria de validade, as relações de natureza jurídico-administrativa dos servidores públicos”.

O Plenário desta Corte também já se pronunciou sobre a matéria, depois da edição da Constituição de 1988, no julgamento a Reclamação 5.381/AM, relatada pelo Ministro Carlos Britto, em que ficou vencido o Ministro Marco Aurélio, a qual recebeu a ementa abaixo transcrita:

“CONSTITUCIONAL. RECLAMAÇÃO. MEDIDA LIMINAR NA ADI 3.357. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. SERVIDORES PÚBLICOS. REGIME TEMPORÁRIO. JUSTIÇA DO TRABALHO. INCOMPETÊNCIA.

1. No julgamento da ADI 3.395-MC, este Supremo Tribunal suspendeu toda e qualquer interpretação do inciso I do art. 114 da CF (na redação da Emenda 45/2004) que inserisse, na competência da Justiça do Trabalho, a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo.

2. Contratações temporárias que se deram com fundamento na Lei

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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amazonense nº 2.607/00, que minudenciou o regime jurídico aplicável às partes figurantes do contrato. Caracterização de vínculo jurídico-administrativo entre contratante e contratados.

3. Procedência do pedido.4. Agravo regimental prejudicado”.Ao longo dos debates, o Ministro Cezar Peluso, de forma enfática

asseverou o seguinte:“não há possibilidade, na relação jurídica entre servidor e o Poder

Público, seja ele permanente ou temporário, de ser regido senão pela legislação administrativa. Chama-se isso relação estatutária, jurídico-administrativa, ou outro nome qualquer, o certo é que não há relação contratual sujeita à CLT”.

A Ministra Cármem Lúcia, por sua vez, fazendo alusão à decisão da Corte tomada em 2007, que suspendeu os efeitos da EC 19 quanto à pluralidade de regimes de pessoal na Administração Pública, restabelecendo o regime único, afirmou enfaticamente que “não há como, no sistema jurídico-administrativo brasileiro constitucionalmente posto, comportar esses contratações pelo regime da CLT”.

Nesse aspecto foi secundada pelo Ministro Peluso, que assentou:“Como a Emenda nº 19 caiu, nós voltamos ao regime original da

Constituição, que não admite relação sujeita à CLT, que é de caráter tipicamente privado, entre servidor público, seja estável ou temporário, e Administração Pública”.

Essa perspectiva recebeu também o apoio do Ministro Menezes Direito, que afirmou o seguinte:

“(...) com a adição do Supremo, houve reunificação para que se voltasse ao texto original. E, na realidade, está acontecendo que a relação jurídica entre o trabalhador do Estado e a relação jurídica entre o trabalhador e o empresário privado são completamente diferentes, independentemente da existência, ou não, de uma lei especial, pois o que caracteriza, pelo menos na minha compreensão, o vínculo é exatamente essa relação especial do servidor público com o Estado, que é de caráter administrativo. Na Emenda nº 19 tentou-se alterar esse padrão para permitir que houvesse uma dicotomia de regimes, mas isso caiu no Supremo”.

Corroborando tal entendimento, aduziu o Ministro Peluso:“Imaginem a relação de trabalho numa situação de emergência, onde

o Estado tem de mobilizar todas as suas forças, sem nenhuma limitação, submetido às restrições da Consolidação das Leis do Trabalho. Em outras palavras, seria inútil contratar sob o regime, porque não sanaria emergência nenhuma. Ficaria sujeito a não trabalhar em fim de semana, porque se trabalha, a lei prevê pagamento de hora extra etc. E o regime de emergência vi por água abaixo”.

Registro, ainda, que o Plenário desta Corte, na Sessão de 25/6/2008, negou provimento ao agravo regimental interposto contra decisão que julgou procedente a Reclamação 4.903/SE, de minha relatoria, dando por competente a Justiça Comum para apreciar pleito ajuizado por servidores públicos contratados temporariamente, em razão de afronta ao decidido na referida ADI 3.395-MC/DF.

O citado acórdão recebeu a seguinte ementa:“AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL.

AFRONTA AO DECIDIDO NA ADI 3.395-MC/DF. CABIMENTO DA RECLAMAÇÃO. VEROSIMILHANÇA ENTRE O DECIDIDO E A DECISÃO TIDA COMO AFRONTADA. AGRAVO IMPROVIDO.

I – O provimento cautelar deferido, pelo Supremo Tribunal Federal, em sede de ação declaratória de constitucionalidade, além de produzir eficácia ‘erga omnes’, reveste-se de efeito vinculante, relativamente ao Poder Executivo e aos demais órgãos do Poder Judiciário.

II - A eficácia vinculante, que qualifica tal decisão, legitima o uso da reclamação se e quando a integridade e a autoridade desse julgamento forem desrespeitadas.

III – A questão tratada na reclamação guarda pertinência com o decidido na ADI 3.395-MC/DF.

IV – Agravo interposto contra o decidido em sede de liminar prejudicado, porquanto decidida a questão de mérito.

V – Agravo regimental improvido” (Rcl 4.903-AgR-AgR/SE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski).

Ressalto, por fim, que na Sessão Plenária de 12 de agosto de 2008, por ocasião do julgamento do RE 573.202/AM, de minha relatoria, esta Suprema Corte firmou-se no sentido de que compete à Justiça Comum Estadual e Federal conhecer de toda causa que verse sobre contratação temporária de servidor público, levada a efeito sob a ordem constitucional vigente ou sob a anterior, uma vez que a relação jurídica que dali se erradia não é de trabalho, a que se refere o art. 114, I, da Constituição da República, mas de direito público estrito, qualquer que seja a norma aplicável ao caso (Cf. CC 7.588/AM, Rel. Min. Cezar Peluso, Rcl 5.381/AM, Rel. Min. Carlos Britto, CC 7.223/AM, Rel. Min. Celso de Mello).

Isso posto, julgo procedente esta reclamação constitucional, em razão da incompetência da Justiça do Trabalho para processar e julgar o feito, para, nos termos do decidido pelo Plenário desta Suprema Corte no julgamento da ADI 3.395-MC/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, cassar os atos decisórios proferidos na Reclamação Trabalhista 750-2008-861-10-00-8.

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

- Relator -

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 9.066 (731)ORIGEM : RCL - 119707 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTA BÁRBARAADV.(A/S) : TARCÍLIO MARTINS DA COSTA JÚNIORRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO

(PROCESSOS Nº 00604-2007-102-03-00-5)RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 2ª VARA DO TRABALHO DE

JOÃO MONLEVADE (PROCESSO Nº 00604-2007-102-03-00-5)

INTDO.(A/S) : JOSÉ ADRIANO SILVAADV.(A/S) : ROGÉRIO ANTUNES GUIMARÃES

1.Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada pelo Município de Santa Bárbara/MG, com fundamento nos arts. 102, I, l, da Constituição Federal; e 156 e seguintes do RISTF, contra o processamento dos Recursos Ordinários n. 00604-2007-102-03-40 e 00604-2007-102-03-00-5, perante o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região e da Reclamatória Trabalhista n. 00604-2007-102-03-00-5, perante a 2ª Vara do Trabalho de João Monlevade/MG.

Diz o reclamante que a atuação do juízo reclamado se mostra atentatória à autoridade da decisão proferida pelo Plenário desta Corte na ADI 3.395-MC/DF, que suspendeu toda e qualquer interpretação dada ao inciso I do artigo 114 da Constituição Federal (na redação atribuída pela Emenda Constitucional 45/04) que inclua na competência da Justiça do Trabalho a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores, tendo por base vínculo de ordem estatutária ou jurídico-administrativa.

Salienta a existência do perigo na demora, consubstanciado no fato de que será proferida decisão por autoridade incompetente.

Requer, ao final, a concessão de medida liminar, determinando-se a imediata suspensão do processamento da mencionada reclamação trabalhista.

2.Requisitaram-se informações (fl. 32), que foram devidamente prestadas (fls. 40-41).

3.Passo ao exame do pedido de medida liminar. Reputo atendidos os requisitos necessários à sua concessão.Vislumbro, neste juízo prévio, o confronto entre os atos emanados do

juízo reclamado e a decisão proferida pelo Plenário desta Corte na ADI 3.395-MC/DF, rel. Min. Cezar Peluso, DJ 10.11.2006. É que as Leis Municipais 889/93, 993/97 e 1.110/2000 versam sobre a contratação de pessoal temporário para a prestação de serviços ou a execução de obras pertinentes ao interesse daquela municipalidade (Apenso I – fls. 85-106).

Quanto ao perigo na demora, verifico que após a prolação da sentença de procedência, em 18.10.2007, que veio a ser mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, aquela municipalidade interpôs, em 18.08.2008, recurso de revista, o qual teve seu seguimento denegado (Apenso I – fls. 159-171), ensejando a interposição do competente agravo de instrumento ao Tribunal Superior do Trabalho (fls. 40-41).

Nesse sentido foram as decisões proferidas nas Reclamações 4.776-MC/MG, rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 06.12.2006; 5.306-MC/MG e 5.578-MC/MG, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ 01.8.2007 e 19.10.2007; 5.437-MC/MG, rel. Min. Eros Grau, DJ 20.8.2007; e 5.576-MC/MG, rel. Min. Cármen Lúcia, DJ 16.10.2007.

4.Ante o exposto, defiro o pedido de liminar para suspender a tramitação da Reclamação Trabalhista 00604-2007-102-03-00-5.

Comuniquem-se a 2ª Vara do Trabalho de João Monlevade/MG e o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região.

Publique-se. Após, abra-se vista ao Procurador-Geral da República (arts. 16 da Lei

8.038/90 e 160 do RISTF).Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECLAMAÇÃO 9.150 (732)ORIGEM : RCL - 125840 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : ENGARRAFAMENTO PITU LTDAADV.(A/S) : RICARDO NUSSRALA HADDADRECLDO.(A/S) : VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 5ª REGIÃO (PROCESSO Nº 2001.83.00.008922-2)

INTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Aguardem-se, na Secretaria, as informações solicitadas à fl. 19.Após, examinarei o pedido de medida liminar.Publique-se. Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro Ricardo Lewandowski

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 122

- Relator -

RECLAMAÇÃO 9.183 (733)ORIGEM : RCL - 127937 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : ANTONIO AZEVEDO GOMESADV.(A/S) : EDROVANO GUIMARÃES GUTIERRES JÚNIORRECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 11ª VARA DO TRABALHO

(PROCESSO Nº 01269-1994-011-10-00-1)INTDO.(A/S) : OSMANO DA MOTA FERNANDESADV.(A/S) : FRANCISCA AIRES LIMA LEITEINTDO.(A/S) : ANA KARINA DE SA LIMA GOMESINTDO.(A/S) : ANTONIO EMIDIO FERREIRA FILHOINTDO.(A/S) : ALDENOR MARANHÃO GOMES DE SÁADV.(A/S) : RITA HELENA PEREIRA

1.Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada por Antonio Azevedo Gomes, com fundamento nos arts. 102, I, l, da Constituição Federal; e 13 e seguintes da Lei 8.038/90, contra decisão proferida pelo Juízo da 11ª Vara do Trabalho de Brasília − DF nos autos da Reclamação Trabalhista 01269-1994-011-10-00-1.

Alega a ocorrência da prescrição intercorrente, porquanto desde o último arquivamento do mencionado processo, em 08.8.1996, “os autos somente foram desarquivados em março de 2008, ou seja, 12 anos e 09 meses depois” (fl. 3).

Noticia que o referido Juízo afastou a prescrição intercorrente sob o entendimento de que o Tribunal Superior do Trabalho se posiciona no sentido de não ser aplicável na Justiça Laboral tal instituto, nos termos da Súmula TST 114.

O reclamante sustenta, em síntese, a ocorrência de afronta à Súmula STF 327.

Aponta a necessidade de prevalecer o entendimento do Supremo Tribunal Federal no presente caso.

Requer, ao final, a procedência da presente reclamação para determinar que o Juízo da 11ª Vara do Trabalho de Brasília promova a extinção e o arquivamento da Reclamação Trabalhista 01269-1994-011-10-00-1.

2.Ressalte-se, inicialmente, que há nos presentes autos pedido de assistência judiciária formulado pelo reclamante (fls. 5-6).

Considero satisfeito o requisito previsto no art. 4º, caput, da Lei 1.060/50, tendo em vista a declaração de hipossuficiência econômica por ele firmada à fl. 8, motivo por que defiro o pedido de justiça gratuita formulado pelo impetrante (art. 21, XIX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, na redação dada pela Emenda Regimental 33, de 7.8.2009).

3.A via estreita da reclamação (Constituição, art. 102, I, l) pressupõe o descumprimento de decisão do Supremo Tribunal Federal, a ocorrência de usurpação de sua competência originária ou a desobediência a súmula vinculante.

Logo, seu objeto é, e só pode ser, a verificação de uma dessas hipóteses, para se sanar imediatamente o abuso acaso verificado, razão pela qual entendo necessário o máximo de rigor na verificação dos pressupostos específicos da reclamação constitucional, sob pena de seu desvirtuamento.

Todavia, nenhuma das circunstâncias autorizadoras da reclamação aqui se configura, porquanto o presente caso não se subsume a súmula vinculante alguma.

O art. 103-A, § 3º, da Constituição Federal, ao prever o instituto da súmula vinculante, dispõe:

“Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.

(...)§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula

aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.”

Saliente-se que a inserção do art. 103-A, § 3º, no texto da Constituição Federal, não tornou impugnável pela via da reclamação o desrespeito às súmulas anteriormente editadas por esta Corte, consoante se infere do art. 8º da Emenda Constitucional 45/04.

4.Assevere-se também que esta Suprema Corte, ao julgar a Reclamação 5.082-AgR/DF, de que fui relatora, Plenário, DJ 04.5.2007, reiterou esse posicionamento, consignando que os Tribunais não estão obrigados a adotar o entendimento estabelecido em súmula não vinculante do STF.

Destaque-se, ainda, que o Plenário desta Corte, recentemente, ao julgar a Reclamação 6.483-AgR/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 28.9.2009, ratificou esse entendimento.

5.Verifica-se, ademais, que o pedido deduzido pelo reclamante tem

nítido caráter recursal infringente, sendo certo que a reclamação não pode ser utilizada como sucedâneo de recursos ou ações cabíveis, conforme reiterada jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (Reclamações 603/RJ, rel. Min. Carlos Velloso, Plenário, DJ 12.02.1999; 968/DF, rel. Min. Marco Aurélio, Plenário, DJ 29.6.2001; 2.933-MC/MA, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 14.3.2005; 2.959/PA, rel. Min. Carlos Britto, DJ 09.02.2005).

Desse modo, havendo a possibilidade de aplicação da jurisprudência desta Corte pela via processual ordinária, em decorrência do Princípio do Devido Processo Legal, não é cabível a reclamação.

A história da sua construção e o status constitucional que lhe deu a Carta de 1988 são indicativos de que não se trata de singelo instituto processual, a ser utilizado no bojo de uma relação processual visando à prestação jurisdicional por parte do Estado, que irá, por seu órgão judiciário, aplicar o direito a um caso concreto.

6.Esta Corte também já se manifestou nesse mesmo sentido. Cito a Reclamação 6.534-AgR/MA, Plenário, na qual o relator, Ministro Celso de Mello, consignou que o “remédio constitucional da reclamação não pode ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto do Supremo Tribunal Federal” (DJ 17.10.2008).

7.Ante o exposto, com fundamento nos arts. 38 da Lei 8.038/90 e 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento à presente reclamação, ficando prejudicado o pedido de medida liminar.

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 9.239 (734)ORIGEM : RCL - 9239 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARAÍBARELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE JACARAÚPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JACARAÚRECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA VARA DO TRABALHO DE

MAMANGUAPEINTDO.(A/S) : HILDA GOMES DE LIMAADV.(A/S) : FERNANDA FLORENCIO LINS

1.Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada pelo Município de Jacaraú − PB, com fundamento nos arts. 102, I, l, da Constituição Federal; 13 e seguintes da Lei 8.038/90; e 156 e seguintes do RISTF, contra decisões proferidas pelo Juízo da Vara do Trabalho de Mamanguape − PB em execuções promovidas nas Reclamações Trabalhistas 00178.2007.015.13.00-3 e 00012.2009.015.13.00-9 (fls. 22-25 e 27-32).

Diz o reclamante que as decisões impugnadas teriam determinado o seqüestro de valores municipais, desconsiderando o limite de seis salários mínimos estabelecido pela Lei Municipal 110/02 para o pagamento da requisição de pequeno valor (RPV) relativo a cada exeqüente (fl. 35), alterado pela Medida Provisória Municipal 001/09 para dois salários mínimos (fl. 38). Alega que qualquer execução judicial proposta contra o Município de Jacaraú cujo valor seja superior a esse limite deve ser feita por meio de precatório, nos termos do art. 100 da Constituição Federal.

Destaca que a Lei Municipal 110/02 e a Medida Provisória Municipal 001/09 foram editadas com base no art. 100, § 5º, da Constituição Federal.

Sustenta, em síntese, a ocorrência de afronta à autoridade do acórdão proferido pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 2.868/PI, redator p/ o acórdão Min. Joaquim Barbosa, DJ 12.11.2004.

Menciona precedentes do Supremo Tribunal Federal favoráveis à sua tese (Reclamações 5.156-MC/AL, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 13.6.2007; e 5.959-MC/AL, Min. Ricardo Lewandowski, DJe 25.4.2008, dentre outros).

Salienta a existência do perigo na demora consubstanciado no fato de que já foram determinadas as liberações dos montantes seqüestrados (fls. 25 e 31).

Requer, ao final, a concessão de medida liminar para “tornar sem efeito as ordens de seqüestros determinadas” e “as ordens de liberação dos valores seqüestrados” (fls. 16 e 17).

2.Reputo atendidos os requisitos necessários à concessão da medida liminar.

Vislumbro, neste juízo prévio, o confronto entre os atos emanados do juízo reclamado e o acórdão proferido pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 2.868/PI, redator p/ o acórdão Min. Joaquim Barbosa, DJ 12.11.2004.

Ao examinar a constitucionalidade da Lei 5.250/02, do Estado do Piauí, o Plenário desta Corte proclamou a transitoriedade dos parâmetros estabelecidos no art. 87 do ADCT e assentou a liberdade dos entes federativos para procederem à fixação dos valores referenciais das dívidas de pequeno valor, inclusive em montante inferior àqueles inscritos no dispositivo transitório.

É dizer, entendeu esta Suprema Corte que o art. 100, § 5º, da Constituição Federal possibilita a fixação pelos entes federativos, por intermédio de leis, de valores inferiores àqueles estabelecidos no art. 87 do ADCT.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 123

Neste caso concreto, a Lei Municipal 110/02 estabeleceu o limite de seis salários mínimos para o pagamento da requisição de pequeno valor (fl. 35), limite que foi alterado para dois salários mínimos pela Medida Provisória Municipal 001/09 (fl. 38).

Os requisitórios em questão, por outro lado, referem quantias superiores a esse parâmetro (certidões de fls. 22 e 28).

Quanto ao perigo na demora, verifico que já foram determinadas as liberações dos montantes seqüestrados (fls. 25 e 31).

Nesse sentido foram as decisões proferidas nas Reclamações 5.156-MC/AL, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 13.6.2007; 6.283/RN, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 19.11.2008; e 8.887-MC/RN, rel. Min. Cezar Peluso, DJe 14.9.2009.

3.Ante o exposto, defiro o pedido de liminar para suspender as decisões ora impugnadas, proferidas pelo Juízo da Vara do Trabalho de Mamanguape − PB nas execuções promovidas nas Reclamações Trabalhistas 00178.2007.015.13.00-3 e 00012.2009.015.13.00-9, até o julgamento final da presente reclamação.

Comunique-se. Requisitem-se informações ao Juízo da Vara do Trabalho de

Mamanguape − PB.Após o encaminhamento das informações, abra-se vista ao

Procurador-Geral da República (arts. 16 da Lei 8.038/90 e 160 do RISTF).Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 9.244 (735)ORIGEM : RCL - 9244 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECLTE.(S) : ESTADO DE ALAGOASADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOINTDO.(A/S) : JOSÉ NELSON FERREIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : OBERDAN DE ARAÚJO OLIVEIRA

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação, com pedido liminar, ajuizada pelo ESTADO DE ALAGOAS, contra acórdão proferido pelo TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO. (processo nº 01445-2005-008-19-00-7), que manteve a decisão do TRT da 19ª Região, que considerou intempestivos os embargos à execução do reclamante.

Alega o reclamante que a decisão, ao considerar o prazo de 5 (cinco) dias para oposição de embargos à execução, tal como disposto na superada redação do art. 884 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, violou a decisão cautelar deste Supremo Tribunal Federal na ADC n° 11/DF, que determinou a suspensão de todos os processos em que se discuta a constitucionalidade do art. 1º-B da Medida Provisória nº 2.180-35.

Requer concessão de medida liminar, para determinar a “suspensão da tramitação do Processo Trabalhista n° 01445-2005-008-19-00-7” (fls.19).

2.É caso de liminar. A Medida Provisória n° 1.984-17, de 04 de maio de 2000, acrescentou

à Lei nº 9.494/1997 o art. 1-B, com a seguinte redação:“Art. 1-B. O prazo a que se refere o caput do art. 730 do Código de

Processo Civil passa a ser de 30 (trinta) dias.”Em sua reedição (MP nº 2.180-35, de 24 de agosto de 2001), o

dispositivo sofreu a seguinte alteração: “Art. 1-B. O prazo a que se refere o caput dos arts. 730 do Código de

Processo Civil, e 884 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei n° 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a ser de 30 (trinta) dias.”

Tal norma (MP 2.180-35) é objeto da ADI n° 2.418/DF, da qual sou relator, e que tramita segundo o rito do art. 12 da Lei n° 9.868/99, pendendo de julgamento definitivo.

O Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADC-MC nº 11, da qual sou também relator, deferiu pedido liminar, para suspender os processos em que se discute a constitucionalidade do art. 1º-B da Medida Provisória nº 2.180-35. Eis os termos da ementa do acórdão:

“FAZENDA PÚBLICA. Prazo processual. Embargos à execução. Prazos previstos no art. 730 do CPC e no art. 884 da CLT. Ampliação pela Medida Provisória nº 2.180-35/2001, que acrescentou o art. 1º-B à Lei federal nº 9.494/97. Limites constitucionais de urgência e relevância não ultrapassados. Dissídio jurisprudencial sobre a norma. Ação direta de constitucionalidade. Liminar deferida. Aplicação do art. 21, caput, da Lei nº 9.868/99. Ficam suspensos todos os processos em que se discuta a constitucionalidade do art. 1º-B da Medida Provisória nº 2.180-35.”

Na oportunidade, asseverei que “tal alteração parece não haver ultrapassado os termos de razoabilidade e proporcionalidade que devem pautar a outorga de benefício jurídico-processual à Fazenda Pública, para que se não converta em privilégio e dano da necessária paridade de armas entre as partes no processo, a qual é inerente à cláusula due process of law (arts. 5º, incs. I e LIV; CPC, art. 125) (ADI nº 1.753-MC, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 12.06.1998).”

Nesses termos, é possível vislumbrar a presença dos requisitos para concessão da medida liminar nesta reclamação. A cópia da decisão do TRT

da 19ª Região, mantida pelo TST, considerou intempestivos os embargos à execução do reclamante, sob o entendimento de que a MP nº 2.180-35, que acrescentou o art. 1-B à Lei n° 9.494/1997, seria inconstitucional (fls. 102).

Importante ressaltar que, em casos idênticos, medida liminar tem sido concedida (cf. RCL n° 5.665/RS, Rel. Min. MENEZES DIREITO, DJ de 27.11.2007; RCL nº 5816/RS, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ de 18.02.2008; RCL nº 5813/RS, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, DJ de 18.02.2008).

3. Ante o exposto, defiro medida liminar, para suspender a tramitação do processo nº 01445-2005-008-19-00-7, em curso na 8ª Vara Trabalhista de Maceió/AL. Solicitem-se informações à autoridade prolatora do ato impugnado (arts. 14, inc. I, da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e 157 do RISTF). Após, dê-se vista à Procuradoria-Geral da República (arts. 16 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e 160 do RISTF).

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 9.248 (736)ORIGEM : PROCESSO - 9600129290 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : EDUARDO DE QUEIROZ MONTEIROADV.(A/S) : ANTONIO NABOR AREIAS BULHÕESRECLDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 4º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE

PERNAMBUCOINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, proposta por EDUARDO DE QUEIROZ MONTEIRO contra decisão do Juiz Federal da 4ª Vara da Seção Judiciária de Pernambuco, que determinou o desmembramento de investigações policiais que abrangiam Deputado Federal no exercício do mandato.

Preliminarmente, o reclamante aponta prevenção por conexão com o objeto do Inquérito 2.611/PE, de minha relatoria, o qual foi instaurado por provocação do Procurador-Geral da República para apurar suposto envolvimento do Deputado Federal Armando de Queiroz Monteiro Neto em delitos contra o Sistema Financeiro Nacional.

A inicial narra que a autoridade apontada como reclamada usurpou a competência do Supremo Tribunal Federal ao acolher requerimento do Ministério Público Federal oficiante no primeiro grau de jurisdição para desmembrar o Inquérito Policial 743/96 (Processo 96.0012929-0), instaurado pela Superintendência da Polícia Federal em Pernambuco, no qual se cogitou de suposta participação do mencionado parlamentar.

O reclamante entende que “do indevido desmembramento resultou a tríplice denunciação do Reclamante perante foro incompetente, pois havia inequívoca relação de conexidade intersubjetiva e instrumental ou probatória quanto a todos investigados, portadores ou não de foro por prerrogativa de função” (fl. 3).

Afirma que as denúncias oferecidas contra o reclamante têm a mesma fonte, e que estão diretamente relacionadas com os fatos delituosos referentes à Destilaria Gameleira e, por conseguinte, ao Deputado Federal Armando de Queiroz Monteiro Neto. Destaca que o próprio PGR apontou a vinculação do citado parlamentar à empresa controladora do Banco Mercantil S/A, o que justificaria a respectiva investigação quanto a fatos que poderiam configurar, em tese, “delito de gestão fraudulenta de instituição financeira”.

Alega que, por força do princípio da conexão, não poderia ter sido desmembrado o inquérito de origem, exceto por força de eventual decisão do Supremo Tribunal Federal, ao argumento de que “onde há unidade de fatos deve haver unidade do processo, (...) em razão da prerrogativa de foro do parlamentar federal investigado” (fl. 5).

Entende, desse modo, que os autos do inquérito policial instaurado na origem deveriam ter sido encaminhados à Procuradoria-Geral da República, haja vista contemplarem atos conexos vinculados a deputado federal no pleno exercício da função parlamentar.

Assevera que, tão logo as investigações policiais tocaram o nome de parlamentar federal, a autoridade reclamada deveria ter encaminhado o inquérito policial na íntegra a esta Corte. Cita, para reforçar sua tese o INQ 2.291-AgR/DF, Rel. Min. Marco Aurélio.

Sustenta, mais, que, em razão do concurso de pessoas e das regras da conexão instrumental, somente ao Supremo Tribunal Federal caberia “o juízo de conveniência de eventual desmembramento, ou não, do inquérito policial federal, tendo como parâmetro o art. 80 do CPP e Súmula nº 704 do STF” (fl. 9).

Ressalta que a competência ratione personae prevalece até mesmo sobre a competência em razão da matéria. Diz, ainda, que há unidade de processo e julgamento com relação a todos os investigados, por força do art. 79 do CPP, já que não incidem na espécie as exceções legais previstas na norma processual.

Por fim, pedem a concessão de medida liminar para que se determine a suspensão das Ações Penais remanescentes na 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Pernambuco.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 124

É o brevíssimo relatório. Decido.A concessão de medida liminar se dá em casos excepcionais, nos

quais se verifique, de plano, o fumus boni iuris e o periculum in mora.Na análise que se faz possível nessa fase processual, entendo

estarem presentes os requisitos para a concessão da liminar.De fato, o Deputado Federal Armando de Queiroz Monteiro Neto é

indiciado no INQ 2.611/PE, de minha relatoria, no qual são apurados possíveis crimes contra o Sistema Financeiro Nacional.

Nesse inquérito estão envolvidas empresas que têm como sócios ou controladores, o mencionado parlamentar e outros denunciados nas Ações Penais citadas nesta reclamação.

Em um primeiro momento, a tese suscitada pelo reclamante, possui plausibilidade jurídica, haja vista pronunciamento do Plenário do Supremo Tribunal Federal, mencionado na inicial, cuja ementa transcrevo:

“EMENTA: RECLAMAÇÃO. ALEGADA USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PROCESSO-CRIME EM QUE FIGURA COMO CORRÉU DEPUTADO FEDERAL. DESMEMBRAMENTO DETERMINADO PELO JUIZ DE PRIMEIRO GRAU. Em face dos princípios da conexão e da continência, dado o concurso de agentes na prática do delito, deve haver simultaneus processus. A circunstância de encontrar-se entre os corréus pessoa que deve ser processada pelo Supremo Tribunal Federal, sua competência se prorroga em relação aos demais acusados, salvo se esta Corte declinar de sua competência, na hipótese de demora na manifestação da Casa Legislativa sobre o pedido de licença para processar o parlamentar. É de ser tida por afrontoso à competência do STF o ato da autoridade reclamada que desmembrou o inquérito, deslocando o julgamento do parlamentar e prosseguindo quanto aos demais. Reclamação que se julga procedente” (DJ 18/10/1996).

Por outro lado, impende registrar que a jurisprudência desta Corte admite a ratificação dos atos emanados de autoridade incompetente (HC 83.006/SP, Rel. Min. Ellen Gracie, e HC 88.262/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes). Assim, mesmo que ao final do julgamento desta reclamação se chegue à conclusão pretendida pelo requerente, será possível, se assim entender o Plenário do Tribunal, aproveitar os atos processuais já realizados.

Com efeito, não obstante a pertinência de se suspender, por ora, o trâmite das demais Ações Penais até o deslinde da controvérsia apresentada nesta reclamação, entendo que, para não causar maior prejuízo à instrução penal já iniciada, deve-se admitir o prosseguimento de eventuais diligências, bem como dos demais atos instrutórios.

Isso posto, defiro a medida liminar para determinar a suspensão das Ações Penais 2005.83.00.011538-0 e 2005.83.00.011540-8, em trâmite na 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Pernambuco, tão somente quanto aos atos decisórios, permitindo-se que se prossigam as referidas Ações Penais no que se refere aos atos instrutórios.

Comunique-se.Solicitem-se informações. Após, ouça-se o Procurador-Geral da

República.Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECLAMAÇÃO 9.263 (737)ORIGEM : RCL - 9263 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECLTE.(S) : RODRIGO DE ANHAIA VIEIRAADV.(A/S) : FRAYA VOIDELO CHEMIMRECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 10ª VARA CRIMINAL DA

COMARCA DE CURITIBA

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de reclamação idêntica à Rcl 9276 (petição inicial e provas

reproduzidas). Averbo que nesta última encontram-se anexadas as provas legíveis e um “CD”. Pelo que determino o arquivamento da presente ação, o que faço com fundamento no § 1º do art. 21 do RI/STF.

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECLAMAÇÃO 9.268 (738)ORIGEM : RCL - 9268 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECLTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃOINTDO.(A/S) : FRANCISCLÁUDIO CELSO DA SILVA OU

FRANCICLÁUDIO CELSO DA SILVAINTDO.(A/S) : ASSESSORIA E SERVIÇOS D'AREZZO LTDA

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação, ajuizada pela União, contra

decisão da 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, nos autos do Processo nº 00157-2008-010-06-00-5.

A autora assevera que o juízo reclamado deixou de aplicar ao caso o art. 71, § 1º da Lei n° 8.666/1993, conforme a orientação do TST, firmada no item IV do enunciado nº 331, violando a orientação fixada na súmula vinculante nº 10.

Requer, em caráter liminar, concessão da medida liminar, para “suspender imediatamente o curso do Processo nº 00157-2008-010-06-00-5, em trâmite no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, de forma a impedir a perpetuação do desrespeito ao enunciado da Súmula Vinculante nº 10 dessa Suprema Corte” (fls. 09).

2.Inviável a reclamação.O pedido tem como causa de pedir alegação de ofensa à súmula

vinculante nº 10, do seguinte teor: “Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.”

Não há, todavia, nenhuma ofensa à súmula vinculante nº 10. É que a redação atual do item IV do Enunciado nº 331 do TST

resultou do julgamento, por votação unânime, do Pleno daquele tribunal, do Incidente de Uniformização de Jurisprudência n° TST-IUJ-RR-297.751/96, em sessão de 11/09/2000.

Além disso, tal acórdão do Pleno do TST e o item IV do Enunciado nº 331 foram publicados em data anterior ao início de vigência do enunciado da súmula vinculante nº 10 (DJ de 27/6/2008).

Ora, é velha e aturada a jurisprudência desta Corte sobre a inadmissibilidade de reclamação, quando a decisão impugnada seja anterior a pronúncia do Supremo Tribunal Federal, revestida de eficácia vinculante (Rcl-AgR-QO nº 1.480, DJ de 08.06.2001; Rcl nº 1.114, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJ de 19.03.2002; Rcl nº 2.834-MC, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 06.10.2004; Rcl nº 2.716, Rel. Min. CEZAR PELUSO, DJ de 06.12.2004).

3.Ante o exposto, nego seguimento à reclamação, com fundamento nos arts. 21, § 1º, do Regimento interno do Supremo Tribunal Federal, e 267, VI do Código de Processo Civil.

Publique-se. Int.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 9.283 (739)ORIGEM : RCL - 9283 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : JORGE ARMANDO DOS SANTOSINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃO: Trata-se de reclamação na qual se sustenta que o ato judicial ora questionado – emanado do E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo - teria desrespeitado o enunciado constante da Súmula Vinculante nº 05/STF, que possui o seguinte teor:

“A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.” (grifei)

Ocorre, no entanto, que, em consulta à página oficial que o E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo mantém na “Internet”, constata-se que referida decisão transitou em julgado em momento anterior ao ajuizamento desta sede processual.

Por tal motivo, torna-se inviável a admissibilidade da presente reclamação.

É que, como se sabe, a ocorrência do fenômeno da “res judicata” assume indiscutível relevo de ordem formal no exame dos pressupostos de constituição e de desenvolvimento da relação processual decorrente da instauração da via reclamatória.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, embora reconhecendo cabível a reclamação contra decisões judiciais, tem ressaltado revelar-se necessário, para esse específico efeito, que o ato decisório impugnado ainda não haja transitado em julgado.

Essa é a razão pela qual se tem acentuado, na linha da orientação jurisprudencial firmada pelo Supremo Tribunal Federal, que o cabimento da reclamação, contra decisões judiciais, pressupõe que o ato decisório por ela impugnado ainda não tenha transitado em julgado (Rcl 2.347/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO - Rcl 3.505/ES, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), eis que a situação de plena recorribilidade qualifica-se, em tal contexto, como exigência inafastável e necessária à própria admissibilidade da via reclamatória (RTJ132/620, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – RTJ142/385, Rel. Min. MOREIRA ALVES):

“A EXISTÊNCIA DE COISA JULGADA IMPEDE A UTILIZAÇÃO DA VIA RECLAMATÓRIA.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 125

- Não cabe reclamação, quando a decisão por ela impugnada já transitou em julgado, eis que esse meio de preservação da competência e de garantia da autoridade decisória dos pronunciamentos do Supremo Tribunal Federal - embora revestido de natureza constitucional (CF, art. 102, I, ‘e’) - não se qualifica como sucedâneo processual da ação rescisória.

- A inocorrência do trânsito em julgado da decisão impugnada em sede reclamatória constitui pressuposto negativo de admissibilidade da própria reclamação, eis que este instrumento processual - consideradas as notas que o caracterizam - não pode ser utilizado contra ato judicial que se tornou irrecorrível. Precedentes.”

(RTJ 181/925, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)Vê-se, portanto, considerada a diretriz jurisprudencial prevalecente

nesta Corte, que “A reclamação não pode ser utilizada como sucedâneo de recurso ou de ação rescisória” (RTJ 168/718, Rel. Min. CARLOS VELLOSO - grifei).

Cabe destacar, ainda, por necessário, que esse mesmo entendimento encontra-se consubstanciado no enunciado constante da Súmula 734/STF (“Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal” - grifei).

Sendo assim, em face das razões expostas, e ante a sua manifesta inadmissibilidade, nego seguimento à presente reclamação, restando prejudicado, em conseqüência, o exame do pedido de medida liminar.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 9.285 (740)ORIGEM : RCL - 9285 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA DO RIO

GRANDE DO SUL - ASJADV.(A/S) : JOSÉ VECCHIO FILHO E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJ

1.Trata-se de reclamação constitucional, com pedido de medida liminar, fundada nos arts. 13 e seguintes da Lei 8.038/90; e 156 e seguintes do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, ajuizada pela Associação dos Servidores da Justiça do Estado do Rio Grande do Sul − ASJ contra a decisão proferida pelo Conselho Nacional de Justiça no Pedido de Providências 2007.10.00.001547-8, requerido por Sérgio Wulff Gobetti (fl. 55).

O requerente, Sérgio Wulff Gobetti, noticiou ao CNJ que o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul somente efetuou a conversão de cruzeiros reais em unidades reais de valor − URVs em 31.5.1994, com base na URV de 30.4.1994, e que em março de 1998 modificou a data de conversão para 24.02.1994, bem como em setembro de 2004 teria alterado mais uma vez a data de conversão para 20.02.1994, gerando acréscimos supostamente indevidos à remuneração de magistrados e servidores daquela Corte Estadual.

O acórdão impugnado ratificou a liminar concedida pelo relator do mencionado pedido de providências, Conselheiro José Adonis Callou de Araújo Sá, que determinara a suspensão do pagamento do percentual incorporado à remuneração dos magistrados e servidores do TJRS a título de diferença da conversão de cruzeiros reais em unidades reais de valor − URVs, tendo ressalvado apenas aqueles que fossem beneficiários de decisões judiciais (fls. 45-54).

A Associação dos Servidores da Justiça do Estado do Rio Grande do Sul − ASJ sustenta, em síntese, a ocorrência de afronta à autoridade dos acórdãos proferidos pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento das Ações Diretas de Inconstitucionalidade 2.321-MC/DF, rel. Min. Celso de Mello, DJ 10.6.2005; 2.323-MC/DF, rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 20.4.2001; e 1.797/PE, rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 13.10.2000, favoráveis à tese da fixação do índice a nortear a conversão da URV em 11,98%.

Alega ainda que o Conselho Nacional de Justiça não poderia apreciar o caso em exame, porquanto a competência para julgar ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados é do Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 102, I, n, da Constituição Federal.

Salienta a existência do perigo na demora, consubstanciado na natureza alimentar das verbas discutidas.

A reclamante requer, ao final, a procedência da presente reclamação, “a fim de determinar a avocação do ‘Pedido de Providências’ ou a prolação de nova decisão” (fl. 18).

2.Ressalte-se, inicialmente, que a reclamação não pode e não deve ser utilizada como uma indevida espécie de “avocatória”, sendo certo que não há que falar em usurpação de competência do Supremo Tribunal Federal, porquanto o Conselho Nacional de Justiça, ao apreciar o mencionado processo administrativo, agiu dentro dos limites de sua competência (art. 103-B, § 4º, da Constituição Federal).

Destaque-se ainda que a reclamação se prestaria, no máximo, a cassar os atos impugnados, nunca a determinar ao órgão reclamado como

deve decidir, conforme pretende a reclamante, sob pena de esta Suprema Corte, indevidamente, usurpar a competência constitucionalmente atribuída ao Conselho Nacional de Justiça.

Assevere-se também que a reclamação não pode ser utilizada como sucedâneo de ações cabíveis, conforme reiterada jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (Reclamações 603/RJ, rel. Min. Carlos Velloso, Plenário, DJ 12.02.1999; 968/DF, rel. Min. Marco Aurélio, Plenário, DJ 29.6.2001; 2.933-MC/MA, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 14.3.2005; 2.959/PA, rel. Min. Carlos Britto, DJ 09.02.2005). Destaque-se que a reclamante impetrou, em 27.10.2009, o Mandado de Segurança 28.391/RS contra a decisão impugnada na presente reclamação.

Desse modo, havendo a possibilidade de aplicação da jurisprudência desta Corte pela via do remédio heróico, em decorrência do princípio do devido processo legal, não é cabível a utilização da reclamação por razões meramente pragmáticas como um atalho processual.

Saliente-se, por fim, que o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, em 13.10.2009, impetrou o Mandado de Segurança 28.340/DF contra a decisão proferida pelo Conselho Nacional de Justiça no Pedido de Providências 2007.10.00.001547-8. Em 14.10.2009, deferi em parte o pedido de medida liminar formulado naqueles autos, para suspender os efeitos do acórdão proferido pelo Conselho Nacional de Justiça no Pedido de Providências 2007.10.00.001547-8 e da decisão proferida pelo Conselheiro José Adonis Callou de Araújo Sá, até o julgamento final do mencionado processo administrativo, quanto ao pagamento dos vencimentos e proventos mensais dos magistrados, servidores ativos e inativos e pensionistas do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, excluindo-se dessa determinação futuros pagamentos de eventuais diferenças atrasadas, correção monetária e juros moratórios, que deverão permanecer suspensos (DJe 20.10.2009).

Eis o teor da decisão que proferi nos autos do Mandado de Segurança 28.340/DF, impetrado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul:

“(...)2.Vislumbro, neste juízo prévio, a presença da fumaça do bom direito

no pedido de medida liminar formulado neste writ.É que o Conselho Nacional de Justiça suspendeu, em juízo precário,

o pagamento das diferenças decorrentes da conversão dos vencimentos de cruzeiros reais em unidades reais de valor − URVs dos magistrados e servidores do TJRS, importâncias que vinham sendo percebidas há muitos anos, sem que a eles tenha sido oportunizada previamente a oitiva nos autos do referido pedido de providências, causando-lhes grande impacto financeiro.

Verifico, por fim, a existência do perigo na demora, consubstanciado no fato de que os magistrados e servidores do TJRS sofrerão já em suas remunerações deste mês a abrupta suspensão dessas vantagens, o que certamente desestabilizará o seu orçamento familiar. Ademais, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul não terá como cumprir, até o dia do fechamento de sua folha de pagamentos (15.10.2009), o que fora determinado pelo Conselho Nacional de Justiça, por absoluta impossibilidade técnica, tendo em vista que tal incumbência envolve a análise minuciosa da situação de cada um dos magistrados e de milhares de servidores daquela instituição, consoante se depreende da leitura da Informação 045/2009, prestada pela Diretora de Recursos Humanos do TJRS, Dra. Ana Maria Silva Cavalli (fls. 145-146).

Assim, para evitar mal maior, dada a natureza precária da decisão cautelar ora impugnada e o caráter excepcional do caso em apreço, faz-se necessária a concessão de medida liminar no presente mandamus, tendo em vista que os magistrados e servidores do TJRS percebem diferenças relativas à conversão de cruzeiros reais em URVs há mais de uma década.

(...)” (DJe 20.10.2009).3.Ante o exposto, com fundamento nos arts. 38 da Lei 8.038/90 e 21,

§ 1º, do RISTF, nego seguimento à presente reclamação.Publique-se. Arquive-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECLAMAÇÃO 9.287 (741)ORIGEM : RCL - 9287 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : JORGE LUIZ SOUZA DA SILVA

DECISÃOVistos.Trata-se de reclamação, com pedido de liminar, ajuizada pelo

Ministério Público do Estado de São Paulo, contra acórdão do Tribunal de Justiça estadual proferido no julgamento do Habeas Corpus nº 990.09.158229-8.

Pelo que se depreende dos autos, o Juízo da Vara de Execuções

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STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 126

Penais da Comarca de Casa Branca/SP, em 22/04/09, declarou a perda dos dias remidos e a regressão do regime prisional do apenado Jorge Luiz da Souza da Silva em virtude da prática de falta disciplinar grave (fl. 58).

Por sua vez, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo concedeu ordem de habeas corpus em favor do apenado para “restabelecer os dias remidos perdidos em razão da falta grave cometida em 02 de outubro de 2007” (fl. 60).

Essa é a razão pela qual se insurge o reclamante nesta demanda.Sustenta, em síntese, que “a decisão ora enfrentada, afronta o

disposto na Súmula Vinculante nº 9 do Supremo Tribunal Federal, que assentou, diversamente do concluído pelo Tribunal Estadual, no sentido de que ‘O disposto no artigo 127 a Lei 7.210/84 foi recebido pela ordem constitucional vigente (...)’.” (fl. 22 – grifos no original).

Busca, liminarmente, a suspensão dos efeitos do julgado reclamado até o julgamento final desta demanda e, no mérito, “o acolhimento da presente reclamação, com a confirmação da medida liminar, para que, cassado o v. acórdão ora impugnado, a Egrégia Sétima Câmara da Seção Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo decida em obediência ao disposto na Súmula Vinculante nº 9 do Colendo Supremo Tribunal Federal” (fl. 35).

Examinado os autos, decido.Inicialmente, verifico a presença de óbice processual ao

conhecimento da presente reclamação, tendo em vista que o reclamante, Ministério Público do Estado de São Paulo, não possui legitimidade ativa ad causam. É que, em caso semelhante, conforme ressaltou a Ministra Ellen Gracie, nos termos dos artigos 103, § 1º, da Constituição da República e 156 do RISTF, incumbe ao Procurador-Geral da República deduzir, em defesa da ordem jurídica, pretensão originária perante o Supremo Tribunal Federal (Rcl nº 8.625/MG, decisão monocrática, DJe 12/8/09).

Aliás, é o que versa o artigo 46 da Lei Complementar nº 75/1993, in verbis:

“Art. 46. Incumbe ao Procurador-Geral da República exercer as funções do Ministério Público junto ao Supremo Tribunal Federal, manifestando-se previamente em todos os processos de sua competência.”

Verifico, ainda, que no julgamento da Rcl nº 6.541/SP, pelo Plenário desta Corte, em 25/6/09, a Relatora, Ministra Ellen Gracie, consignou seu entendimento no sentido de que o Ministério Público estadual não possui legitimidade para propor originariamente reclamação junto a este Supremo Tribunal, no entanto, assentou, naquele caso, que a “ilegitimidade ativa foi corrigida pelo Procurador-Geral da República que ratificou a petição inicial e assumiu a iniciativa da demanda.”.

Transcrevo o teor daquele julgado:“RECLAMAÇÃO. ILEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

ESTADUAL. INICIAL RATIFICADA PELO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA. AFASTAMENTO DA INCIDÊNCIA DO ART. 127 DA LEP POR ÓRGÃO FRACIONÁRIO DE TRIBUNAL ESTADUAL. VIOLAÇÃO DAS SÚMULAS VINCULANTES 9 E 10 DO STF. PROCEDÊNCIA. 1. Inicialmente, entendo que o Ministério Público do Estado de São Paulo não possui legitimidade para propor originariamente Reclamação perante esta Corte, eis que "incumbe ao Procurador-Geral da República exercer as funções do Ministério Público junto ao Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 46 da Lei Complementar 75/93" (Rcl 4453 MC-AgR-AgR / SE, de minha relatoria, DJe 059, 26.03.2009). 2. Entretanto, a ilegitimidade ativa foi corrigida pelo Procurador-Geral da República que ratificou a petição inicial e assumiu a iniciativa da demanda. 3. No caso em tela, o Juiz de Direito da Vara das Execuções Criminais de São Paulo/SP, reconhecendo a ocorrência de falta grave na conduta do sentenciado, declarou perdidos os dias remidos, nos termos do art. 127 da LEP. 4. Ao julgar o agravo em execução interposto pela defesa do reeducando, a 7ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, em 31 de julho de 2008, deu provimento parcial ao recurso, para restabelecer os dias remidos. 5. O julgamento do agravo ocorreu em data posterior à edição da Súmula Vinculante n° 09, como inclusive foi expressamente reconhecido pela Corte local. 6. O fundamento consoante o qual o enunciado da referida Súmula não seria vinculante em razão da data da decisão do juiz das execuções penais ter sido anterior à sua publicação, não se mostra correto. 7. Com efeito, a tese de que o julgamento dos recursos interpostos contra decisões proferidas antes da edição da súmula, não deve obrigatoriamente observar o enunciado sumular (após sua publicação na imprensa oficial), data vênia, não se mostra em consonância com o disposto no art. 103-A, caput, da Constituição Federal, que impõe o efeito vinculante a todos os órgãos do Poder Judiciário, a partir da publicação da súmula na imprensa oficial. 8. Deste modo, o acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, proferido em 31 de julho de 2008, ao não considerar recepcionada a regra do art. 127, da LEP, afrontou a Súmula Vinculante n° 09. 9. Além disso, o referido acórdão também violou o enunciado da Súmula Vinculante nº 10, eis que a 7ª Câmara Criminal - órgão fracionário do TJSP - afastou a incidência do art. 127 da LEP, sob o fundamento de que tal dispositivo afronta princípios constitucionais. 10. Ante o exposto, defiro a admissão do Sr. Procurador-Geral da República como autor da demanda e julgo procedente a presente reclamação para cassar o acórdão da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que restabeleceu os dias remidos do reeducando” (grifei).

Diante dessas circunstâncias e com o intuito de preservar os princípios constitucionais da unidade e da indivisibilidade do Ministério Público

(artigo 127, § 1º, da Constituição da República), abra-se vista ao ilustre Procurador-Geral da República para que se manifeste ratificando ou não o pedido formulado pelo Ministério Público estadual.

Publique-se.Brasília, 28 de outubro de 2009.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 9.289 (742)ORIGEM : RCL - 9289 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : EDSON ALVES PEREIRA

Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, contra acórdão da 12ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça daquele Estado, que teria contrariado a Súmula Vinculante 9.

Alega o reclamante, em suma, que a decisão reclamada ao dar provimento ao agravo em execução interposto pelo apenado EDSON ALVES PEREIRA, para restabelecer os dias remidos pelo agravante, e afastar a falta grave como causa interruptiva de contagem de tempo da pena, violou de forma inequívoca o enunciado da referida Súmula Vinculante.

Sustenta, ainda, que, ao contrário do que afirmou o acórdão ora impugnado, a Súmula Vinculante 9 apenas interpretou a Lei de Execuções Penais, razão pela qual não há falar em irretroatividade.

Requer a concessão de medida liminar “para suspender os efeitos do acórdão reclamado, até o julgamento em definitivo da presente reclamação” (fl. 21).

É o relatório suficiente. Decido.Constato, de plano, que o reclamante não possui legitimidade para

atuar no Supremo Tribunal Federal, conforme já assentado pelo Plenário desta Corte. Cito, nesse sentido, a RCL 6.541/SP, Rel. Min. Ellen Gracie.

Verifico, também, que, em casos como o dos autos, o Procurador-Geral da República tem ratificado os termos da inicial para, então, assumir a titularidade da demanda. Nessa linha, menciono a RCL 7.965/SP, Rel. Min. Eros Grau, RCL 6.854/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa e RCL 6.737/SP, de minha relatoria, entre outras.

Isso posto, solicito prévias informações ao Juízo da Vara das Execuções Criminais da Comarca de Araçatuba/SP a respeito da Execução Criminal 481.590.

Com as informações, ouça-se o Procurador-Geral da República.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECLAMAÇÃO 9.306 (743)ORIGEM : RCL - 9306 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAURECLTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DA 2ª INSTÂNCIA DO

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : LEONARDO MILITÃO ABRANTES E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE MINAS GERAISINTDO.(A/S) : MÁRCIA MARIA BERNARDES PAVAN ALVIM E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: Reclamação, proposta pelo Sindicato dos Servidores da 2ª Instância do Poder Judiciário do Estado de Minas Gerais, em que é pleiteada assistência judiciária gratuita.

Defiro o pedido, nos termos da Lei n. 1.060 de 5 de fevereiro de 1.950 [fls. 8].

Solicitem-se informações à autoridade reclamada [artigo 157 do RISTF e artigo 14, I, da Lei n. 8.038/90].

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECLAMAÇÃO 9.308 (744)ORIGEM : RCL - 9308 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : ANDREZA BARCELOS QUARESMAADV.(A/S) : LUIZ CARLOS DE ASSIS E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE MUCURIPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MUCURI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 127

DECISÃORECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL. CONTRATO TEMPORÁRIO.

MUNICÍPIO. AÇÃO DE COBRANÇA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.395/DF. DESCUMPRIMENTO NÃO CONFIGURADO. SEGUIMENTO NEGADO.

Relatório1. Reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada por Andreza

Barcelos Quaresma, em 27.10.2009, contra ato da Primeira Câmara do Tribunal de Justiça da Bahia, que, nos autos da Apelação Cível n. 36210-7/2009, teria desrespeitado a autoridade da decisão proferida por este Supremo Tribunal na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.395-MC/DF.

O caso2. A Reclamante relata que ajuizou ação de cobrança na Justiça

Comum contra o Município de Mucuri, localizado no Estado da Bahia, tendo em vista a celebração de contrato para prestação de serviços por prazo determinado com o fim de suprir necessidade temporária de excepcional interesse público, com respaldo em ato normativo municipal (Lei Municipal n. 266/99).

Julgada procedente a ação em primeira instância, alega a Reclamante que o Tribunal de Justiça da Bahia reconheceu “... a incompetência absoluta do juízo a quo para apreciar e julgar aquela ação de cobrança”, determinando a remessa dos autos à Vara da Justiça trabalhista (fls. 3).

3. Daí a presente Reclamação, na qual que alega afronta à autoridade da decisão proferida por este Supremo Tribunal Federal no julgamento da medida cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.395/DF (Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 10.11.2006).

Requer liminar para que seja suspensa a eficácia do acórdão reclamado, proferido pela Quinta Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Bahia (fls. 8).

No mérito, pede pela declaração da “... competência da Justiça Estadual para julgar o conflito nascido a partir da relação administrativa entre a Reclamante e o Município de Mucuri” (fls. 9).

4. Distribuídos, os autos vieram-me conclusos em 29.10.2009.Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. A Reclamante carece de interesse jurídico para o ajuizamento da

presente Reclamação.É que nem a sentença de primeira grau nem o acórdão proferido pela

Primeira Câmara do Tribunal de Justiça da Bahia assentaram a incompetência da Justiça Comum para o julgamento da ação de cobrança proposta.

Como consta dos documentos juntados aos autos pela própria Reclamante, o órgão jurisdicional reclamado deu parcial provimento à apelação cível interposta pelo Município de Mucuri tão somente para determinar a redução dos juros de mora fixados na sentença apelada, nada dispondo sobre a competência da Justiça especializada para julgar o feito. Veja-se, a propósito, a parte dispositiva do voto proferido pelo Desembargador-Relator, acolhido à unanimidade pelos demais componentes da Primeira Câmara Cível do TJBA (ApC n. 36210-7/2009, livro n. 71, fls. 402), verbis:

“Diante de tudo o quanto exposto e de tudo que dos autos consta, voto no sentido de DAR PROVIMENTO PARCIAL ao recurso apelatório, com fins à redução dos juros de mora para o patamar de 6% (seis por cento) ao ano, mantendo-se a sentença ora vergastada nos demais termos” (fls. 25).

6. Realço, ainda, que considero mero erro a referência que a Reclamante faz, em seus pedidos, a acórdão proferido pela Quinta Câmara Cível do TJBA, uma vez que comprovou figurar como apelada apenas na Apelação Cível n. 36.210-7/2009, que tramitou perante a Primeira Câmara daquele Tribunal estadual.

7. Pelo exposto, nego seguimento ao pedido (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 26.644 (745)ORIGEM : MS - 12107 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA SUBSTITUTA

:MIN. ELLEN GRACIE

RECTE.(S) : ADRIANO MESQUITA DANTASADV.(A/S) : BRUNO MACEDO DANTAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

1.Adriano Mesquita Dantas impetrou mandado de segurança (fls. 2-19) contra ato do Ministro Álvaro Augusto Ribeiro Costa, Advogado-Geral da União, consubstanciado na Portaria 380, de 25 de abril de 2006, publicada no Diário Oficial da União de 27 de abril de 2006 (fls. 38-39).

O ato impugnado exonerou o impetrante do cargo de Advogado da União em virtude de sua posse no cargo de Juiz do Trabalho Substituto do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região.

Objetiva o impetrante a anulação da mencionada portaria para que a autoridade coatora apenas declare a vacância do cargo de Advogado da

União, nos termos do art. 33, VIII, da Lei 8.112/90, tendo em vista a sua posse em outro cargo público inacumulável.

2.A Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça denegou a segurança (fls. 124-128).

3.O impetrante interpôs recurso ordinário dessa decisão (fls. 134-149).

4.Adriano Mesquita Dantas noticia que a “Advocacia-Geral da União reconsiderou administrativamente a decisão impugnada pelo presente writ, tendo publicado retificação da Portaria nº 380/AGU, de 25.04.2006, no DOU, Seção 2, do dia 04.09.2009” (fl. 218), motivo pelo qual foi “reconsiderada a exoneração a pedido, sendo apenas declarada a vacância do cargo originário, na forma do art. 33, VIII, da Lei nº 8.112/90” (fl. 219).

Ressalta também que “a retificação da Portaria nº 380 implicou em manifesto reconhecimento, pela Advocacia-Geral da União, do direito pleiteado pelo recorrente” (fl. 219).

5.Constato, assim, que a pretensão deduzida pelo impetrante foi atendida administrativamente pela Advocacia-Geral da União, motivo pelo qual não há mais que falar em interesse processual na presente impetração.

6.Ante o exposto, julgo prejudicado o recurso ordinário interposto pelo impetrante, por perda do seu objeto (art. 21, IX, do RISTF).

Publique-se e arquive-se.Brasília, 29 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.331 (746)ORIGEM : MS - 13922 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ANTÔNIO LÁZARO DE CARVALHOADV.(A/S) : ARLINDO AUGUSTO DOS SANTOS ASSUMPÇÃO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : CÔNSUL-GERAL DO BRASIL EM FRANKFURT

DECISÃOCONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO

EM MANDADO DE SEGURANÇA. REQUISITOS PARA EXPEDIÇÃO DE PASSAPORTE NO EXTERIOR. VISTA À PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA.

1. Recurso Ordinário em Mandado de Segurança interposto por Antônio Lázaro de Carvalho, em 25.6.2009, contra julgado da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, que, à unanimidade, nos autos do Mandado de Segurança n. 13.922, negou a segurança requerida contra ato do Cônsul-Geral do Brasil em Frankfurt, nos termos seguintes:

“ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. EXPEDIÇÃO DE NOVO PASSAPORTE NO EXTERIOR. IMPETRANTE PROCURADO PELA JUSTIÇA. IMPOSSIBILIDADE DE RENOVAÇÃO DO DOCUMENTO.

1. Trata-se de mandado de segurança impetrado por Antônio Lázaro de Carvalho contra ato supostamente ilegal do Cônsul-Geral do Brasil em Frankfurt consistente na não-expedição de novo passaporte ao impetrante, em razão da existência de pendência junto ao Sistema Nacional de Procurados e Impedidos - Sinpi.

2. O art. 22, inc. V, do Anexo do Decreto n. 1983/96 inclui, entre as condições para a obtenção do passaporte comum no exterior, que o interessado não seja procurado pela justiça nem esteja impedido de obter o passaporte judicialmente.

3. Na medida em que o impetrante não juntou aos autos prova capaz de desconstituir as informações colhidas junto ao Sinpi, não há ilegalidade a ser combatida pelo writ.

4. Segurança denegada”(fl. 67).2. Em 27.8.2009, o presente Recurso Ordinário foi admitido pelo

Ministro Ari Pargendler, Vice-Presidente do Superior Tribunal de Justiça (fl. 168), publicada em 02.09.2009 (fl. 169).

3. Em 19.8.2009, a União apresentou suas contra-razões. 4. Em 8.10.2009, vieram-me os autos conclusos.5. Dê-se vista à Procuradoria-Geral da República (art. 35 da Lei n.

8.038/90 c/c o art. 52, inc. XIV, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIA

RECURSOS

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 311.180 (747)ORIGEM : AMS - 166863 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA SUBSTITUTA

:MIN. ELLEN GRACIE

AGTE.(S) : PARAMOUNT LANSUL S/A E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARTA MITICO VALENTEAGDO.(A/S) : UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 128

ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Referente às Petições/STF 93.654/2009 e 111.511/2009 (fls. 142-151 e 157, respectivamente):

Diga a parte agravada, no prazo legal, quanto ao requerido nas petições em referência.

Publique-se.Brasília, 21 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 484.536 (748)ORIGEM : AC - 70001890425 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : CITIBANK N/AADV.(A/S) : ALEXANDRE SERPA TRINDADE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : RUDI HUGO SCHULTZADV.(A/S) : LÚCIO SANTORO DE CONSTANTINO

DECISÃO: Vistos, etc.Reconsidero a decisão de fls. 109.2. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão obstativa de

recurso extraordinário, este interposto com base na alínea “a” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul.

3. Da leitura dos autos, observo que o Tribunal de origem decidiu pela autoaplicabilidade do § 3º do art. 192 da Magna Carta (redação anterior à EC 40/03), que limitava os juros remuneratórios à taxa de 12% ao ano.

4. Tenho que a insurgência merece acolhida. É que incide no caso a Súmula Vinculante nº 7 do Supremo Tribunal Federal. Súmula cuja dicção é a seguinte:

“A NORMA DO § 3º DO ARTIGO 192 DA CONSTITUIÇÃO, REVOGADA PELA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 40/2003, QUE LIMITAVA A TAXA DE JUROS REAIS A 12% AO ANO, TINHA SUA APLICAÇÃO CONDICIONADA À EDIÇÃO DE LEI COMPLEMENTAR.”

Diante disso, ressalvando o meu ponto de vista, exarado no RE 383.560, rendo-me à jurisprudência desta colenda Corte e, de acordo com o art. 544, §§ 3º e 4º, do CPC, provejo o agravo para conhecer do recurso extraordinário e dar-lhe provimento a fim de, mantidas as condições pactuadas, afastar a limitação dos juros remuneratórios estabelecida pelo acórdão recorrido, invertidos, no ponto, os ônus da sucumbência.

Publique-se.Brasília, 14 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 618.163 (749)ORIGEM : AC - 1590469 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : DOW AGROSCIENCES INDUSTRIAL LTDAADV.(A/S) : LUIZ RODRIGUES WAMBIERAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁ

DECISÃO: Vistos, etc. Reconsidero a decisão de fls. 281. O agravo de instrumento não merece acolhida. É que não consta dos

autos cópia do inteiro teor do acórdão recorrido, peça obrigatória, nos termos do § 1º do art. 544 do CPC. Como sabido, incumbe à parte agravante indicar as peças a serem trasladadas e também fiscalizar a correta formação do instrumento, por cuja deficiência responde.

Isso posto, e frente ao art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 05 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 622.715 (750)ORIGEM : AC - 200061000370709 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : HELFONT PRODUTOS ELÉTRICOS S/AADV.(A/S) : MÁRIO JUNQUEIRA FRANCO JÚNIOR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ESTEFÂNIA FERREIRA DE SOUSA DE VIVEIROS

DECISÃO: (Referente à Petição nº 87889)Reconsidero a decisão de fls. 114.

Homologo o pedido de desistência do recurso, feito por procurador com poderes bastantes, e determino o retorno dos autos à origem.

Publique-se.Brasília, 08 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 624.080 (751)ORIGEM : AC - 70011904919 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BANCO SANTANDER MERIDIONAL S/AADV.(A/S) : ISABELA BRAGA POMPÍLIOAGDO.(A/S) : EDY ELIZALDE DE CASTROADV.(A/S) : RENATO GOMES FERREIRA

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

Posteriormente, a Segunda Turma deste Tribunal, analisando o RE 565.153-AgR-QO, rel. min. Ellen Gracie, acolheu questão de ordem no sentido de reconsiderar a decisão agravada e devolver os autos ao Tribunal de origem, bem como aplicar, quanto ao recurso extraordinário, o disposto no art. 543-B do Código de Processo, ficando prejudicado o agravo regimental interposto. Na mesma assentada firmou-se o entendimento de que essa decisão deverá ser estendida aos demais recursos – agravos regimentais e embargos de declaração – interpostos de decisão monocrática, em data anterior a 20.08.2008, data em que o Plenário acolheu a mencionada Questão de Ordem no RE 540.410, rel. min. Cezar Peluso.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (competência para julgar causas envolvendo complementação de aposentadoria por entidades de previdência privada) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 586.453-RG, rel. min. Ellen Gracie).

Do exposto, reconsidero a decisão de fls. 220, tornando-a sem efeito e, em conseqüência, julgo prejudicado o recurso de fls. 223/228. Ademais, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 21 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 624.516 (752)ORIGEM : AC - 199961140041652 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : SACHS AUTOMOTIVE BRASIL LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PEDRO WANDERLEY RONCATO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL

DESPACHO (Petição n. 85.408/2009)AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

REPRESENTAÇÃO JUDICIAL DO INSS: PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL. INTIMAÇÃO. REPUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO COM REABERTURA DO PRAZO RECURSAL.

1. Em 26.5.2009, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, por unanimidade, negou provimento a este agravo regimental, em razão da conformidade entre a decisão agravada e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ao reconhecerem a constitucionalidade da Contribuição Social do Seguro de Acidente de Trabalho – SAT (fls. 350-356).

Em 26.6.2009, foi publicado o acórdão no Diário da Justiça eletrônico e juntado o mandado de intimação devidamente cumprido, conforme certidões às fls. 357-358.

2. Em 6.7.2009, por meio de petição, o Instituto Nacional do Seguro Social-INSS prestou as seguintes informações:

“A Lei n.º 11.457/2007 ao criar a Secretaria da Receita Federal do Brasil, estabeleceu a forma de transição da representação Judicial do INSS nas ações relativas às contribuições previdenciárias e contribuições devidas a terceiros.

Dessa forma, coube à PGF representar judicialmente o INSS no período entre 01/05/2007 e 31/03/2008, nas ações que tinham por objeto créditos tributários já inscritos na Dívida Ativa do INSS.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 129

A partir de 01/04/2008, porém, todo o estoque de dívida ativa do INSS passou a constituir Dívida Ativa da União. Assim, requer a PGF, que V. Exa. determine a intimação da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN, órgão ao qual compete a representação judicial da União na cobrança de tais créditos, com a reabertura do prazo recursal” (fls. 362-363).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO . 3. A divergência sobre a intimação do Instituto Nacional do Seguro

Social – INSS é problema que vem se arrastando há muito tempo e resultando em demora excessiva para a conclusão de casos como o dos autos.

4. Dada a indefinição no âmbito da União acerca da sua representação judicial, em sessão administrativa realizada em 5.8.2009, este Supremo Tribunal Federal aprovou a Resolução n. 404/2009, publicada em 12.8.2009, para estabelecer, com fundamento na Constituição da República e na legislação infraconstitucional, o procedimento correto para a intimação da União, suas autarquias e fundações, evitando-se, assim, a interminável procrastinação do feito por problemas meramente procedimentais.

Dispõe o art. 2º, inc. II e III, da Resolução n. 404/2009:“Art. 2º A intimação da União, suas autarquias e fundações públicas

observará as seguintes regras:I - (Omissis);II – nas causas de natureza fiscal, excetuadas as ações originárias,

será intimado o Procurador-Geral da Fazenda Nacional, nos termos do art. 131, § 3º, da Constituição da República, e dos arts. 4º, inc. III, e 12, incs. II e V, da Lei Complementar n. 73/2003;

III – nas causas de interesse da administração autárquica e fundacional da União, exceto o Banco Central do Brasil, será intimado o Procurador-Geral Federal, nos termos do art. 11, caput, e § 2º, inc. II, da Lei n. 10.480/2002”.

5. A matéria discutida nos autos é de natureza fiscal (constitucionalidade da Contribuição Social do Seguro de Acidente de Trabalho – SAT).

6. Pelo exposto, defiro o pedido de intimação do Procurador-Geral da Fazenda Nacional.

À Secretaria Judiciária para que providencie a correção da autuação e nova publicação do acórdão à fl. 356, nos termos do art. 2º, inc. II e III, da Resolução n. 404/2009.

Brasília, 8 de outubro de 2009.Publique-se.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 630.259 (753)ORIGEM : AMS - 200161000296540 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : AGAÉ TRANSPORTES E COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : CRISTIANE FREIRE BRANQUINHO ROCHAAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM

INDUSTRIAL - SENAIAGDO.(A/S) : SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA - SESIADV.(A/S) : MARCOS ZAMBELLI

DESPACHO (Petição n. 84.231/2009)AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

REPRESENTAÇÃO JUDICIAL DO INSS: PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL. INTIMAÇÃO. REPUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO COM REABERTURA DO PRAZO RECURSAL.

1. Em 9.6.2009, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento interposto por Agaé Transportes e Comércio Ltda., em razão da necessidade da análise da legislação infraconstitucional (fls. 327-333).

Em 1º.7.2009, foi publicado o acórdão no Diário da Justiça eletrônico e juntado o mandado de intimação devidamente cumprido, conforme certidões às fls. 334-335.

2. Em 2.7.2009, por meio de petição, o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS prestou as seguintes informações:

“A Lei n.º 11.457, de 16 de março de 2007 (DOU 19/03/2007), criou a SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Estabeleceu, ainda, que a partir de 01/05/2007, o débito original e seus acréscimos legais, além de outras multas previstas em lei, relativos às contribuições de que tratam os seus arts. 2.º e 3.º (contribuições previdenciárias e contribuições devidas a terceiros), passam a constituir Dívida Ativa da União. Assim, a partir de 1.º de maio de 2007, compete à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN a representação judicial da União na cobrança de tais créditos.

O referido diploma legal estabeleceu, também, a forma de transição da representação judicial do INSS nas ações em que se discutia sobre tais contribuições.

Dessa forma, coube à Procuradoria-Geral Federal – PGF, por força da ressalva estabelecida nos §§1.º e 3.º do art. 16 da Lei 11.457/2007, representar judicialmente o INSS no período entre 01/05/2007 e 31/03/2008, nas ações que tinham por objeto créditos tributários anteriormente inscritos na

Dívida Ativa do INSS.A partir de 01/04/2008, porém, todo o estoque de dívida ativa do

INSS, decorrente das contribuições a que se referem os arts. 2.º e 3.º da Lei n.º 11.457/2007, passou a constituir Dívida Ativa da União” (fls. 339-340).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO . 3. A divergência sobre a intimação do Instituto Nacional do Seguro

Social – INSS é problema que vem se arrastando há muito tempo e resultando em demora excessiva para a conclusão de casos como o dos autos.

4. Dada a indefinição no âmbito da União acerca da sua representação judicial, em sessão administrativa realizada em 5.8.2009, este Supremo Tribunal Federal aprovou a Resolução n. 404/2009, publicada em 12.8.2009, para estabelecer, com fundamento na Constituição da República e na legislação infraconstitucional, o procedimento correto para a intimação da União, suas autarquias e fundações, evitando-se, assim, a interminável procrastinação do feito por problemas meramente procedimentais.

Dispõe o art. 2º, inc. II e III, da Resolução n. 404/2009:“Art. 2º A intimação da União, suas autarquias e fundações públicas

observará as seguintes regras:I - (Omissis);II – nas causas de natureza fiscal, excetuadas as ações originárias,

será intimado o Procurador-Geral da Fazenda Nacional, nos termos do art. 131, § 3º, da Constituição da República, e dos arts. 4º, inc. III, e 12, incs. II e V, da Lei Complementar n. 73/2003;

III – nas causas de interesse da administração autárquica e fundacional da União, exceto o Banco Central do Brasil, será intimado o Procurador-Geral Federal, nos termos do art. 11, caput, e § 2º, inc. II, da Lei n. 10.480/2002”.

5. A matéria discutida nos autos é de natureza fiscal (exigibilidade da contribuição previdenciária destinada ao SESI e ao SENAI).

6. Pelo exposto, defiro o pedido de intimação do Procurador-Geral da Fazenda Nacional.

À Secretaria Judiciária para que providencie a correção da autuação e nova publicação do acórdão às fls. 327-333, nos termos do art. 2º, inc. II e III, da Resolução n. 404/2009.

Publique-se.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 639.727 (754)ORIGEM : AR - 13422949 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : SINDICATO DOS CONFERENTES DE CARGA E

DESCARGA DO PORTO DE SANTOS E SINDICATO DOS CONSERTADORES DE CARGA E DESGARGA NOS PORTOS DO ESTADO DE SÃO PAULO

ADV.(A/S) : JOSÉ TÔRRES DAS NEVESAGDO.(A/S) : USINAS SIDERÚRGICAS DE MINAS GERAIS -

USIMINAS S/AADV.(A/S) : ÁLVARO RAYMUNDO

DESPACHO: (Petição n. 117.139/2009)AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PLURALIDADE DE PROCURADORES. INTIMAÇÃO EM NOME DE UM PROCURADOR. RESOLUÇÃO N. 404/2009.

1. Em 18.9.2009, por meio de petição, o Sindicato dos Conferentes de Carga e Descarga do Porto de Santos requereu a “juntada do incluso instrumento procuratório, requerendo se faça constar nas futuras publicações, nos nomes dos signatários da presente petição” (fl. 217).

2. São signatários da petição os procuradores José Tôrres das Neves e Sandra Márcia Cavalcante Tôrres das Neves.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.3. Dispõe o art. 1º da Resolução n. 404/2009 do Supremo Tribunal

Federal, publicada em 12.8.2009:“Art. 1º No Supremo Tribunal Federal, as intimações das decisões

serão feitas em nome de apenas um dos procuradores da(s) parte(s), nos termos do art. 82, §1º e §2º, do Regimento Interno, salvo deliberação contrária do Relator”.

4. Não há justificativa para as intimações serem feitas nos nomes dos dois procuradores. Portanto, defiro a intimação em nome do primeiro procurador, José Tôrres das Neves, junto à expressão “e outros”, podendo a parte, a qualquer momento, indicar o nome de outro procurador, nos termos do §1º do art. 1º da Resolução n. 404/2009.

À Secretaria Judiciária para providências.Publique-se.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 702.507 (755)ORIGEM : AMS - 199932000015995 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : AMAZONAS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 130

RELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE MANAUSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MANAUS

DECISÃO: Vistos, etc. Reconsidero a decisão de fls. 568.Com efeito, o agravo não merece acolhida. É que não consta dos

autos cópia do inteiro teor do recurso extraordinário, peça obrigatória, nos termos do § 1º do art. 544 do CPC. Como sabido, incumbe à parte agravante indicar as peças a serem trasladadas e também fiscalizar a correta formação do instrumento, por cuja deficiência responde.

Isso posto, e frente ao art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 716.640 (756)ORIGEM : RESP - 874049 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : IMOBILIÁRIA ROLÂNDIA S/C LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ADIRSON DE OLIVEIRA JUNIOR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAADV.(A/S) : VALDEZ ADRIANI FARIASINTDO. : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

1.Trata-se de petição contra despacho que aplicou a decisão proferida por esta Corte no julgamento do RE 578.635, rel. Min. Menezes Direito, na qual foi reconhecida a inexistência de repercussão geral da questão referente à cobrança da contribuição para o INCRA das empresas urbanas.

2.As requerentes buscam rediscutir a constitucionalidade e a existência de repercussão geral da matéria.

3.Verifico que o art. 543-A, caput, do CPC estabelece não caber recurso contra decisão que reconhece a inexistência de repercussão geral da questão constitucional versada no apelo extremo. Além disso, o § 5º do mesmo artigo determina a aplicação dessa decisão aos demais recursos que tratem da mesma matéria, os quais “serão indeferidos liminarmente”.

4.Ante o exposto, nada há que prover.Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 719.379 (757)ORIGEM : AC - 100024057051153001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : MARIA AMÁLIA MARQUES OTONIADV.(A/S) : MARCOS CHAVES VIANA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - NARDELE

DÉBORA CARVALHO ESQUERDOAGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGADV.(A/S) : MARCOS FERREIRA DE PÁDUA

1.Trata-se de agravo regimental contra decisão por mim exarada à fl. 183, na qual dei provimento ao agravo de instrumento e determinei a devolução dos autos ao Tribunal de origem para os fins previstos no art. 543-B do CPC.

2.Primeiramente, cumpre ressaltar que é incabível recurso da decisão de devolução por não se tratar de provimento de conteúdo decisório, mas apenas de mero encaminhamento ao Tribunal de origem. Nesse sentido, o AI 696.454-AgR, rel. Min. Celso de Mello, DJE 07.11.2008.

3.Ademais, a admissão do recurso e a devolução dos autos ao Tribunal de origem não causam qualquer prejuízo a parte agravante, já que foi reconhecida a repercussão geral da matéria e, nos termos do art. 543-B e parágrafos do CPC e do art. 328-A do RISTF, o mérito do recurso extraordinário representativo da controvérsia será julgado por esta Corte e aplicado o entendimento a todos os processos sobrestados com idêntica matéria, como o caso dos autos.

Pelo mesmo fundamento, tem-se, em caso similar, inadmitido a interposição de agravo regimental contra despacho que determina a subida dos autos para melhor exame do recurso extraordinário, excetuadas as hipóteses relativas aos pressupostos de conhecimento do próprio agravo de

instrumento, que não podem ser reexaminados quando do julgamento do apelo extremo, em virtude da ocorrência da preclusão.

Nesse sentido: AI 239.645-AgR, rel. Min. Moreira Alves, 1ª Turma, DJ 12.01.1999, e AI 381.643-AgR, rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJ 28.03.2003.

4.Portanto, diante da ausência de qualquer prejuízo para as partes, nada há que prover.

Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 723.341 (758)ORIGEM : AC - 55278655 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP -PAULA NELLY DIONIGIAGDO.(A/S) : AMILTON CONSTANTINO CONTTIADV.(A/S) : VIVIAN DE ALMEIDA GREGORI TORRES E OUTROS

DECISÃO: Vistos, etc. Trata-se de agravo regimental contra decisão pela qual dei

provimento ao agravo de instrumento para melhor exame do recurso extraordinário.

2. Pois bem, a parte recorrente sustenta haver deficiência na formação do agravo de instrumento.

3. Tenho que assiste razão ao ora agravante. É que o protocolo do apelo extremo se apresenta ilegível, o que impossibilita a aferição da tempestividade do recurso. Incide, portanto, a Súmula 288 desta Corte. Como sabido, incumbe à parte agravante indicar as peças a serem trasladadas e também fiscalizar a correta formação do instrumento, por cuja deficiência responde.

4. Não bastasse, anoto que o aresto impugnado adotou fundamento infraconstitucional suficiente à manutenção do julgado — prescrição do fundo de direito, nos termos do art. 1º do Decreto nº 20.910/32. Fundamento, esse, que está precluso ante a não interposição de recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça. O que atrai a incidência da Súmula 283 do STF, cuja dicção é a seguinte:

“É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles.”

Isso posto, e frente ao art. 557 do CPC e ao § 1o do art. 21 do RI/STF, reconsidero a decisão de fls. 170 e nego seguimento ao agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 725.780 (759)ORIGEM : AIRR - 780200611203408 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : TNL CONTAX S/AADV.(A/S) : DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : KRIS HELAINE CHAVES HORTAADV.(A/S) : SANDRO COSTA DOS ANJOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO(A/S)

1.Trata-se de petição contra despacho que aplicou a decisão proferida por esta Corte no julgamento do RE 598.365, rel. Min. Carlos Britto, na qual foi reconhecida a inexistência de repercussão geral da questão referente à admissibilidade de recurso.

2.A requerente busca rediscutir a constitucionalidade e a existência de repercussão geral da matéria.

3.Verifico que o art. 543-A, caput, do CPC estabelece não caber recurso contra decisão que reconhece a inexistência de repercussão geral da questão constitucional versada no apelo extremo. Além disso, o § 5º do mesmo artigo determina a aplicação dessa decisão aos demais recursos que tratem da mesma matéria, os quais “serão indeferidos liminarmente”.

4.Ante o exposto, nada há que prover.Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 734.241 (760)ORIGEM : AC - 70018511212 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : INSTITUTO AERUS DE SEGURIDADE SOCIAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 131

ADV.(A/S) : CRISTIANE DE CASTRO FONSECA DA CUNHAAGDO.(A/S) : CELSO RICARDO SILVA DE CARVALHOADV.(A/S) : EDUARDO PINTO DE CARVALHO

Petição/STF nº 122.267/2009 DECISÃOREPRESENTAÇÃO PROCESSUAL – PROCURAÇÃO – JUNTADA -

INTIMAÇÕES.1.Juntem.2.Eis as informações prestadas pelo Gabinete:Instituto Aerus de Seguridade Social requer a juntada de procuração

e indica os nomes dos advogados constituídos para constar das futuras intimações.

Os autos estão no Gabinete.3.O credenciamento de vários profissionais da advocacia não enseja

as inserções pretendidas. A parte deve indicar a preferência no registro do nome de um deles. Não o fazendo, observar-se-á o que disposto no artigo 236 do Código de Processo Civil quanto às intimações e, no tocante à autuação, a regra do lançamento de nome seguido da expressão “e outros”. Procedam como consignado.

4.Publiquem.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.845 (761)ORIGEM : EDERR - 1346200405111000 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : ESTADO DE RORAIMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMAAGDO.(A/S) : MANOEL LOPES LEALADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS BARBOSA CAVALCANTE

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo regimental contra decisão do teor seguinte:

“DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão do Tribunal Superior do Trabalho e assim ementado:

“NULIDADE DA DECISÃO DA TURMA POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL.

O apelo encontra-se desfundamentado, à luz do art. 894 da CLT, porque não foi invocada expressamente ofensa a nenhum dispositivo de lei ou da Constituição, como previsto no item I da Súmula 221 do TST.

DOS EFEITOS DA CONTRATAÇÃO EFETUADA SEM O PRÉVIO CONCURSO PÚBLICO – INAPLICABILIDADE DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.164-41/2001.

O tema fundamenta-se exclusivamente em divergência jurisprudencial oriunda do excelso Supremo Tribunal Federal, que não encontra guarida nas disposições do art. 894 da CLT.

INCONSTITUCIONALIDADE E IRRETROATIVIDADE DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.164-41/2001 QUE INTRODUZIU O ARTIGO 19-A DA LEI Nº 8.036/90.

A ausência de indicação de violação do artigo 896 da CLT em recurso de embargos interposto à decisão de Turma, a qual não conhece recurso de revista, porque não atendidos os pressupostos intrínsecos de admissibilidade, fulmina a possibilidade de conhecimento dos aludidos embargos.

Embargos não conhecidos.” (fl. 93)Sustenta a recorrente, com fundamento no art. 102, III, a, violação ao

disposto nos arts. 5º, XXXV, LIV e LV e 93 , IX, 37, caput e II, e 2º, da Constituição da República. Apresenta preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, no forma do art. 543-A, § 2º, do CPC.

2.Conquanto admissível o agravo, inviável o recurso extraordinário.É que o acórdão impugnado não conheceu do recurso de embargos,

com base em norma infraconstitucional. Ora, é pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República.

É, ao propósito, velhíssima a postura desta Corte no sentido de que, se, para provar contrariedade à Constituição, se deva, antes, demonstrar ofensa à lei ordinária, então é esta que conta para efeito de juízo de admissibilidade do recurso extraordinário (cf., por todos, RE nº 92.264-SP, Rel. Min. DECIO MIRANDA, in RTJ 94/462-464). E este enunciado sintetiza raciocínio de certa simplicidade, que está no seguinte.

É natural que, propondo-se a Constituição como fundamento jurídico último, formal e material, do ordenamento, toda questão jurídico-normativa apresente ângulos ou aspectos de algum modo constitucionais, em coerência com os predicados da unidade e da lógica que permeiam toda a ordem jurídica.

Mas tal fenômeno não autoriza que, para efeitos de admissibilidade de recurso extraordinário, sempre se dê relevo ou prevalência à dimensão constitucional da quaestio iuris, sob pretexto de a aplicação da norma

ordinária encobrir ofensa à Constituição, porque esse corte epistemológico de natureza absoluta equivaleria à adoção de um atalho que, de um lado, degradaria o valor referencial da Carta, barateando-lhe a eficácia, e, de outro, aniquilaria todo o alcance teórico das normas infraconstitucionais, enquanto materialização e desdobramento necessário do ordenamento, destinadas, que são, a dar atualidade, conseqüência e sentido prático ao conteúdo normativo inscrito nas disposições constitucionais.

Tal preponderância só quadra à hipótese de o recurso alegar e demonstrar que o significado normativo atribuído pela decisão ao texto da lei subalterna, no ato de aplicá-la ao caso, guarde possibilidade teórica de afronta a princípio ou regra constitucional objeto de discussão na causa. E, ainda assim, sem descurar-se da falácia de conhecido estratagema retórico que, no recurso, invoca, desnecessariamente, norma constitucional para justificar pretensão de releitura da norma infraconstitucional aplicada, quando, na instância ordinária, não se discutiu ou, o que é mais, nem se delineie eventual incompatibilidade entre ambas. É coisa que não escapou a velho precedente da Corte, do qual consta o seguinte:

“(...) observo, com relação [à questão constitucional], que é incomum que, para se interpretar um texto infraconstitucional, haja necessidade de, para reforçar a exegese, se invocarem textos constitucionais, exceto quando seja preciso conciliar a lei ordinária com a Constituição por meio da técnica da interpretação conforme a Carta Magna.” (voto do Min. MOREIRA ALVES no RE nº 147.684, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, in RTJ 148/2).

Neste caso, não há questão constitucional capaz de tornar admissível o recurso extraordinário, porque o que, no fundo, sustenta o recorrente é que, aplicando normas subalternas, revestidas de incontroversa constitucionalidade formal e material, a fatos insuscetíveis de rediscussão nesta via, quando não poderia tê-lo feito, porque tais fatos não corresponderiam às suas fattispecie abstratas, teria o tribunal a quo proferido decisão errônea (error in iudicando), cujo resultado prático implicaria violação de normas constitucionais. É hipótese típica do que se costuma definir como ofensa reflexa ou indireta, que, a bem ver, não tipifica ofensa alguma à Constituição.

Por fim, quanto à alegação de ofensa ao art. 93, IX, da Constituição da República, observo que o acórdão está devidamente fundamentado, e é o que basta, pois, como se decidiu no RE nº 140.370 (Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 21.5.93):

"(...) o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional".

Não se excogita, pois, existência de repercussão geral, que só convém a questões constitucionais.

3.Ante o exposto, dou provimento ao agravo, convertendo-o em recurso extraordinário, a que nego seguimento (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).” (fl. 160/162)

2.Ocorre que esta Corte, ao acolher, por maioria, questão de ordem por mim suscitada no RE nº 540.410, em consonância com a decisão da QO proposta pelo Min. GILMAR MENDES (AI nº 715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJE de 14.8.2008), entendeu ser aplicável o regime previsto no art. 543-B do CPC, na hipótese de já ter sido reconhecida, sobre a matéria, a existência de repercussão geral aos recursos extraordinários interpostos de acórdãos publicados anteriormente a 3.5.2007, e cujos autos já tenham sido distribuídos nesta Corte. É o que se vê do seguinte excerto (cf. Informativo nº 516):

“Na linha do que decidido no AI 715423 QO/RS (j. 11.6.2008), e, tendo em conta que o recurso extraordinário trata de tema – requisitos para a concessão de benefício de prestação continuada a necessitado, em face do disposto no art. 203, V, CF – cuja repercussão geral já foi reconhecida (RE 567985/MT, DJE de 11.4.2008), o Tribunal, por maioria, acolheu questão de ordem suscitada pelo Min. Cezar Peluso, em recurso extraordinário, do qual relator, para, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF (‘Quando se verificar subida ou distribuição de múltiplos recursos com fundamento em idêntica controvérsia, a Presidência do Tribunal ou o(a) Relator(a) selecionará um ou mais representativos da questão e determinará a devolução dos demais aos tribunais ou turmas de juizado especial de origem, para aplicação dos parágrafos do art. 543-B do Código de Processo Civil’) determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC (...)” (RE nº 540.410-QO/RS, da minha relatoria, DJE de 17.10.2008).

Outrossim, no julgamento do RE nº 483.994-AgR-QO (Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJE de 20.11.2008), esta Corte decidiu estender a todos os agravos regimentais e embargos de declaração anteriores a 20.8.2008, interpostos de decisões monocráticas proferidas em processos cujo tema foi reconhecido como de repercussão geral, a seguinte solução: reconsiderar a decisão agravada e determinar a devolução dos autos ao Tribunal de origem, ficando prejudicado o agravo regimental ou os embargos de declaração.

No caso, trata-se de recurso extraordinário que versa sobre tema cuja repercussão geral foi reconhecida na análise do RE nº 596.478 (Rel. Min. ELLEN GRACIE).

3.Ante o exposto, reconsidero a decisão agravada e, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC, ficando prejudicado o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 132

agravo regimental.Publique-se. Int..Brasília, 07 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.928 (762)ORIGEM : AIRR - 77351200390003007 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : TEKSID DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : JOSÉ MARIA DE SOUZA ANDRADEAGDO.(A/S) : HÉLIO MARQUES DA SILVAADV.(A/S) : WILLIAM JOSÉ MENDES DE SOUZA MENDES FONTESAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao agravo de instrumento.

A agravante sustentou, em suma, que a decisão agravada deve ser reformada e insistiu, dessa forma, no processamento do recurso extraordinário.

Eis o teor da decisão agravada:”Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou

seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:‘AGRAVO DE INSTRUMENTO. FASE DE EXECUÇÃO.

DESPROVIMENTO. Nega-se provimento ao agravo de instrumento, em processo de execução, quando não demonstrada violação direta a dispositivos constitucionais. Aplicação do disposto no artigo 896, § 2º, da CLT e da Súmula nº 266 do C. TST’ (fl. 176).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se ofensa ao art. 5°, XXXVI, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. O acórdão recorrido decidiu a causa à luz da legislação processual trabalhista. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 539.736/SP, Rel. Min. Celso de Mello; AI 586.372/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 580.066/SC, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 523.714/RJ, Rel. Min. Carlos Velloso.

Ademais, a apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 338.461-AgR/SP, Rel. Min. Maurício Corrêa; AI 341.583/SP, Rel. Min. Nelson Jobim; AI 614.966/RJ, de minha relatoria; AI 572.418/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 465.810/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso.

Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso” (fls. 207-208). Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisãoora atacada

não merece reforma, visto que a recorrente não aduz novos argumentos capazes de afastar as razõesnela expendidas.

Ressalte-se, ainda, que a alegação de que o acórdão recorrido desrespeita a coisa julgada não merece prosperar. É que a questão constitucional suscitada no recurso extraordinário acerca dos limites da coisa julgada demanda exame de normas infraconstitucionais, o que não dá ensejo à abertura da via excepcional. Nesse sentido, cito as seguintes decisões, entre outras: AI 712.380-AgR/SE, de minha relatoria; AI 742.790-AgR/RS e 745.624-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia.

Observe-se, por fim, que o Plenário deste Tribunal reconheceu a validade constitucional da norma legal que inclui, na esfera de atribuições do Relator, a competência para negar seguimento, por meio de decisão monocrática, a recursos, pedidos ou ações, quando inadmissíveis, intempestivos, sem objeto ou que veiculem pretensão incompatível com a jurisprudência predominante deste Supremo Tribunal:

“A tese dos impetrantes, da suposta incompetência do relator para denegar seguimento a mandado de segurança, encontra firme repúdio neste Tribunal. A Lei 8.038/90, art. 38, confere-lhe poderes processuais, para, na direção e condução do processo, assim agir. Agravo regimental improvido” (MS 21.734-AgR/MS, Rel. Min. Ilmar Galvão).

Nesse sentido, nos termos do art. 21, § 1º, do RISTF, poderá o Relator:

“negar seguimento a pedido ou recurso manifestamente inadmissível, improcedente ou contrário à jurisprudência dominante ou a Súmula do Tribunal, deles não conhecer em caso de incompetência manifesta, encaminhando os autos ao órgão que repute competente, bem como cassar ou reformar, liminarmente, acórdão contrário à orientação firmada nos termos do art. 543-B do Código de Processo Civil” (grifei).

Isso posto, nego seguimento ao agravo regimental (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

- Relator –

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.164 (763)ORIGEM : RESP - 947097 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ASGA MICROELETRÔNICA S/AADV.(A/S) : MILTON CARMO DE ASSIS JÚNIORAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao agravo de instrumento.

A agravante sustentou, em suma, que as decisões de mérito que reconheceram a legitimidade da empresa recorrente de promover a compensação das quantias pagas indevidamente a título de PIS efetuados entre julho de 1993 e outubro de 1995, não está sendo discutida nos autos do recurso extraordinário sobrestado. Alegou, ainda, que o Tribunal de origem ofendeu o art. 5º, XXXVI, da Constituição ao negar o pedido de declaração de trânsito em julgado da decisão parcial referente ao período precluso (entre julho de 1993 e outubro de 1995).

Eis o teor da decisão agravada:”Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou

seguimento a recurso extraordinário. O acórdão porta a seguinte ementa:‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL.

CERTIDÃO DE PARCIAL TRÂNSITO EM JULGADO. PRESCRIÇÃO EM RELAÇÃO A DETERMINADO PERÍODO.

1. Cuidando o recurso extraordinário do tema pertinente à prescrição, a ser apreciado pelo Supremo Tribunal Federal, a quem compete delimitar a verdadeira extensão das suas decisões, monocráticas ou colegiadas, descabe ao Superior Tribunal de Justiça certificar o trânsito em julgado em relação a determinado período. Referida certidão implica antecipar os limites de uma decisão ainda não proferida pelo Tribunal competente.

2. Agravo regimental desprovido’ (Fl. 165).No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição,

alegou-se, em suma, violação ao art. 5°, XXXVI, da mesma Carta.O agravo não merece acolhida. É que o acórdão recorrido decidiu a

questão com base em normas processuais, sendo pacífico na jurisprudência desta Corte o não-cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação, aplicação ou inobservância dessas normas. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 562.212/RS, de minha relatoria; AI 592.110/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 645.007/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 524.388/RS, Rel. Min. Marco Aurélio.

Ademais, o acórdão recorrido está em harmonia com a orientação da Corte que reconheceu a repercussão geral da matéria veiculada no recurso extraordinário, qual seja, a aplicabilidade do prazo prescricional previsto nos arts. 3° e 4° da LC 118/05 (RE 561.908/RS, Rel. Min. Marco Aurélio), razão pela qual os autos devem permanecer na origem até o julgamento do mérito, conforme disposto no art. 543-B do CPC.

Isso posto, nego seguimento ao recurso” (fl. 223).Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisãoora atacada

não merece reforma, visto que a recorrente não aduz novos argumentos capazes de afastar as razõesnela expendidas.

Outrossim, conforme assentado na decisão agravada, o acórdão recorrido decidiu a questão com base em normas processuais, sendo pacífico na jurisprudência desta Corte o não-cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação, aplicação ou inobservância dessas normas. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta.

Além disso, o acórdão recorrido está em harmonia com a orientação da Corte que reconheceu a repercussão geral da matéria veiculada no recurso extraordinário, qual seja, a aplicabilidade do prazo prescricional previsto nos arts. 3° e 4° da LC 118/05 (RE 561.908/RS, Rel. Min. Marco Aurélio), razão pela qual os autos devem permanecer na origem até o julgamento do mérito, conforme disposto no art. 543-B do CPC.

Observe-se, por fim, que o Plenário deste Tribunal reconheceu a validade constitucional da norma legal que inclui, na esfera de atribuições do Relator, a competência para negar seguimento, por meio de decisão monocrática, a recursos, pedidos ou ações, quando inadmissíveis, intempestivos, sem objeto ou que veiculem pretensão incompatível com a jurisprudência predominante deste Supremo Tribunal:

“A tese dos impetrantes, da suposta incompetência do relator para denegar seguimento a mandado de segurança, encontra firme repúdio neste Tribunal. A Lei 8.038/90, art. 38, confere-lhe poderes processuais, para, na direção e condução do processo, assim agir. Agravo regimental improvido” (MS 21.734-AgR/MS, Rel. Min. Ilmar Galvão).

Nesse sentido, nos termos do art. 21, § 1º, do RISTF, poderá o Relator:

“negar seguimento a pedido ou recurso manifestamente inadmissível, improcedente ou contrário à jurisprudência dominante ou a Súmula do Tribunal, deles não conhecer em caso de incompetência manifesta, encaminhando os autos ao órgão que repute competente, bem como cassar ou reformar, liminarmente, acórdão contrário à orientação firmada nos termos do art. 543-B do Código de Processo Civil” (grifei).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 133

Isso posto, nego seguimento ao agravo regimental (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.399 (764)ORIGEM : AI - 953839 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : EMANUEL WAGNER BEZERRA DE SOUSAADV.(A/S) : MARIA APARECIDA GUIMARÃES SANTOS E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : YASUDA SEGUROS S/AADV.(A/S) : MARCELO RAMOS CORREIA E OUTRO(A/S)

1.Trata-se de petição contra despacho que aplicou a decisão proferida por esta Corte no julgamento do RE 598.365, rel. Min. Carlos Britto, na qual foi reconhecida a inexistência de repercussão geral da questão referente à admissibilidade de recurso.

2.O requerente busca rediscutir a constitucionalidade e a existência de repercussão geral da matéria.

3.Verifico que o art. 543-A, caput, do CPC estabelece não caber recurso contra decisão que reconhece a inexistência de repercussão geral da questão constitucional versada no apelo extremo. Além disso, o § 5º do mesmo artigo determina a aplicação dessa decisão aos demais recursos que tratem da mesma matéria, os quais serão “indeferidos liminarmente”.

4.Ante o exposto, nada há que prover.Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.407 (765)ORIGEM : PROC - 6568 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : MARCOS ALEXANDRE RICALDONI DE MIRANDAADV.(A/S) : ROBERTA ESPINHA CORRÊA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

1.Trata-se de petição contra despacho que aplicou a decisão proferida por esta Corte no julgamento do RE 598.365, rel. Min. Carlos Britto, na qual foi reconhecida a inexistência de repercussão geral da questão referente à admissibilidade de recurso.

2.O requerente busca rediscutir a constitucionalidade e a existência de repercussão geral da matéria.

3.Verifico que o art. 543-A, caput, do CPC estabelece não caber recurso contra decisão que reconhece a inexistência de repercussão geral da questão constitucional versada no apelo extremo. Além disso, o § 5º do mesmo artigo determina a aplicação dessa decisão aos demais recursos que tratem da mesma matéria, os quais “serão indeferidos liminarmente”.

4.Ante o exposto, nada há que prover.Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.733 (766)ORIGEM : AC - 10024030241749001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : CREMILDA DIAS CHAVESADV.(A/S) : ALEXANDRE DESOTTI COSTA

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de agravo regimental contra decisão pela qual dei

provimento ao agravo de instrumento para melhor exame do recurso extraordinário.

2. Pois bem, a parte recorrente sustenta que a petição de agravo de instrumento não atacou as razões da decisão de inadmissibilidade do apelo extremo. Alega, ainda, haver deficiência na formação do recurso.

3. Tenho que asssite razão ao ora agravante, no tocante à falta de impugnação de todas as razões expostas na decisão que inadmitiu o apelo extremo. É que a decisão agravada negou seguimento ao recurso extraordinário porque: a) “o acórdão recorrido contém fundamentação suficientemente clara e precisa para justificar o desfecho dado à controvérsia dos autos”; b) ofensa à Magna Carta, se existente, ocorreria de forma reflexa ou indireta; c) quanto à interposição do recurso pela alínea “a” do inciso III do

art. 102, o “recorrente não logrou demonstrar tenha o acórdão julgado válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição da República”. A petição do agravo de instrumento, contudo, não atacou os referidos fundamentos, restringindo-se a reiterar razões de mérito anteriormente expedidas. Logo, ficou incólume a decisão agravada.

Isso posto, e frente ao art. 557 do CPC e ao § 1o do art. 21 do RI/STF, reconsidero a decisão de fls. 206 e nego seguimento ao agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTO Relator

AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.149 (767)ORIGEM : EDROMS - 12760200200002009 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : NELSON VALDRIGHIADV.(A/S) : SOLANGE ROSÂNGELA VALDRIGHI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CONSTRUTORA TREVISAN LTDAADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS MAGALHÃES TEIXEIRA FILHOAGDO.(A/S) : COMERCIAL, CONSTRUÇÕES E SERVIÇOS

BLANCHARD LTDAADV.(A/S) : BENCE PÁL DEÁKAGDO.(A/S) : DURVAL LUÍS DA SILVAAGDO.(A/S) : LOCAL MÁQUINAS COMERCIAL E LOCADORA LTDA

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao agravo de instrumento.

A agravante sustentou, em suma, que a decisão agravada deve ser reformada e insistiu, dessa forma, no processamento do recurso extraordinário.

Eis o teor da decisão agravada:”Em 22/4/2009 neguei seguimento ao agravo de instrumento (fls.

222-223).O agravante interpôs agravo regimental, no qual sustenta, em suma,

que a decisão merece ser reformada porquanto ‘o esbulho praticado através de praceamento do BEM de propriedade

do impetrante, para saldar débito de outrem, que não do impetrante tem natureza de insconstitucional absoluta e a nulidade tem a mesma natureza, portanto os atos praticados que esbulham o direito constitucional de propriedade do impetrante são nulos de pleno direito e como tal deverão ser declarados pela Suprema Corte (...)’(fl. 228).

Passo a decidir.A decisão agravada assentou-se nos seguintes fundamentos, a

saber: a) ofensa indireta à Constituição, porquanto o acórdão recorrido decidiu a causa à luz da legislação processual trabalhista; b) requisitos de admissibilidade do mandado de segurança envolve a apreciação de normas infraconstucionais; c) violação ao art. 5º, LV, da CF, demanda análise de legislação processual ordinária.

No presente recurso, o agravante não atacou os fundamentos da decisão agravada, limitando-se a alegar que o direito à propriedade do impetrante é notório e que ‘ompete precipuamente à Corte Maior a proteção constitucional e o julgamento de causas que envolvam violações à Magna Carta (...)’(fl. 227).

Incumbe ao agravante o dever de impugnar, de forma específica, cada um dos fundamentos da decisão recorrida, sob pena de não seguimento do recurso (AI 589.978-AgR/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia).

Inescusável, portanto, a deficiência na elaboração da peça recursal, o que faz incidir o teor da Súmula 287 do Supremo Tribunal Federal, daí a manifesta improcedência.

Esse o quadro, impende registrar que a jurisprudência desta Corte reconhece a competência do Relator para monocraticamente julgar recurso quando manifestamente improcedente ou contrário à jurisprudência consolidada deste Tribunal. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RcL 5.909/AL e SS 3.641/AM, Rel. Min. Gilmar Mendes; RcL 7.840-AgR/MG, RcL 7.740/AM, AC 2.116-AgR/ES, de minha relatoria; ACO 741/SP, Rel. Min. Menezes Direito.

Isso posto nego seguimento ao agravo regimental nos termos do artigo 21, § 1º, do RISTF” (fls. 231-232).

Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisãoora atacada não merece reforma, visto que a recorrente não aduz novos argumentos capazes de afastar as razõesnela expendidas.

Além disso, verifico que o agravante não atacou os fundamentos da decisão agravada. Inescusável, portanto, a deficiência na elaboração da peça recursal, o que faz incidir novamente o teor da Súmula 287 do STF. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 580.361-AgR/RS, de minha relatoria; AI 407.427/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 590.913-AgR/RS, Rel. Min. Eros Grau; AI 466.398-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 519.396/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes.

Com efeito, incumbe ao agravante o dever de impugnar, de forma específica, cada um dos fundamentos da decisão atacada, sob pena de não conhecimento do recurso (AI 589.978-AgR/DF, Rel. Min. Carmén Lúcia).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 134

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. É que o Tribunal Superior do Trabalho não acolheu o mandado de segurança, uma vez que “cuida-se de matéria passível de veiculação por meio de medida processual específica, qual seja a ação anulatória, inclusive por demandar ampla dilação probatória (...)”. (fl. 156).

Assim, para acolher a pretensão recursal posta pelo ora agravante, necessário seria o exame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que inviabiliza o processamento do referido recurso, ante a incidência da Súmula 279 do STF.

Observe-se, ainda, que o Plenário deste Tribunal reconheceu a validade constitucional da norma legal que inclui, na esfera de atribuições do Relator, a competência para negar seguimento, por meio de decisão monocrática, a recursos, pedidos ou ações, quando inadmissíveis, intempestivos, sem objeto ou que veiculem pretensão incompatível com a jurisprudência predominante deste Supremo Tribunal:

“A tese dos impetrantes, da suposta incompetência do relator para denegar seguimento a mandado de segurança, encontra firme repúdio neste Tribunal. A Lei 8.038/90, art. 38, confere-lhe poderes processuais, para, na direção e condução do processo, assim agir. Agravo regimental improvido” (MS 21.734-AgR/MS, Rel. Min. Ilmar Galvão).

Nesse sentido, nos termos do art. 21, § 1º, do RISTF, poderá o Relator:

“negar seguimento a pedido ou recurso manifestamente inadmissível, improcedente ou contrário à jurisprudência dominante ou a Súmula do Tribunal, deles não conhecer em caso de incompetência manifesta, encaminhando os autos ao órgão que repute competente, bem como cassar ou reformar, liminarmente, acórdão contrário à orientação firmada nos termos do art. 543-B do Código de Processo Civil” (grifei).

Isso posto, nego seguimento ao agravo regimental (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.739 (768)ORIGEM : AIRR - 223200700303409 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : TNL CONTAX S/AADV.(A/S) : DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : PATRÍCIA LOPES MACEDOADV.(A/S) : CRISTIANO PASTOR FERREIRA DE MELO E

OUTRO(A/S)

1.Trata-se de petição contra despacho que aplicou a decisão proferida por esta Corte no julgamento do RE 598.365, rel. Min. Carlos Britto, na qual foi reconhecida a inexistência de repercussão geral da questão referente à admissibilidade de recurso.

2.A requerente busca rediscutir a constitucionalidade e a existência de repercussão geral da matéria.

3.Também verifico que o art. 543-A, caput, do CPC estabelece não caber recurso contra decisão que reconhece a inexistência de repercussão geral da questão constitucional versada no apelo extremo. Além disso, o § 5º do mesmo artigo determina a aplicação dessa decisão aos demais recursos que tratem da mesma matéria, os quais “serão indeferidos liminarmente”.

4.Ante o exposto, nada há que prover.Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.584 (769)ORIGEM : AIRR - 134200500320408 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : EMPRESA ENERGÉTICA DE SERGIPE S/A -

ENERGIPEADV.(A/S) : JÚNIA DE ABREU GUIMARÃES SOUTO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ABCELAN DE MOURA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PABLO DE ARAÚJO OLIVEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DA

EMPRESA ENERGÉTICA DE SERGIPE S/A - CAGIPEADV.(A/S) : THERESA RACHEL SANTA RITA DANTAS LIMA E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : COMPANHIA FORÇA E LUZ CATAGUAZES -

LEOPOLDINAADV.(A/S) : VINÍCIUS FRANCO DUARTE E OUTRO(A/S)

1.Trata-se de petição contra despacho que aplicou a decisão proferida por esta Corte no julgamento do RE 598.365, rel. Min. Carlos Britto, na qual foi reconhecida a inexistência de repercussão geral da questão

referente à admissibilidade de recurso.2.A requerente busca rediscutir a constitucionalidade e a existência

de repercussão geral da matéria.3.Verifico que o art. 543-A, caput, do CPC estabelece não caber

recurso contra decisão que reconhece a inexistência de repercussão geral da questão constitucional versada no apelo extremo. Além disso, o § 5º do mesmo artigo determina a aplicação dessa decisão aos demais recursos que tratem da mesma matéria, os quais “serão indeferidos liminarmente”.

4.Ante o exposto, nada há que prover.Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.855 (770)ORIGEM : AC - 20080014515 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASAGDO.(A/S) : HUMBERTO ALVES DE ALBUQUERQUE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PAULO CÉSAR MATOS DA SILVA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de agravo regimental contra decisão pela qual dei

provimento ao agravo de instrumento para melhor exame do recurso extraordinário.

2. Tenho que o recurso não merece acolhida. É que, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, é irrecorrível a decisão que determina, em agravo de instrumento, o processamento de recurso denegado ou procrastinado (art. 305 do RI/STF).

3. Admite-se exceção, tão somente, nos casos em que se discute a intempestividade do próprio agravo de instrumento ou a ocorrência de defeito em sua formação, como a ausência de peça essencial ao seu conhecimento. Isso porque tais óbices não poderiam ser reexaminados no julgamento do recurso extraordinário, tendo em conta que já se encontrariam preclusos. Confiram-se, no mesmo sentido, o AI 239.645-AgR, da relatoria do ministro Moreira Alves; e o RE 179.984-ED-EDv, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence.

4. A análise do apelo extremo será realizada no momento oportuno. O juízo positivo de admissibilidade em nada prejudica a parte agravante, pois não significa a existência de prejulgamento do mérito. Noutras palavras, apenas se determinou o processamento do apelo extremo para possibilitar melhor análise da questão. Este é o entendimento cristalizado na Súmula 289 desta Corte:

“O provimento do agravo, por uma das Turmas do Supremo Tribunal Federal, ainda que sem ressalva, não prejudica a questão do cabimento do recurso extraordinário.”

Isso posto, e frente ao art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 396.469 (771)ORIGEM : AC - 70000602870 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : TOMÁS FLORIANI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ARLINDO EGIDIO DE SOUZA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : BERNADETE MACIEL SEIBT

Petição/STF nº 94.803/2009DESPACHOREPRESENTAÇÃO PROCESSUAL – PROCURAÇÃO –

SUBSTABELECIMENTO – JUNTADA – INTIMAÇÕES.1.Juntem.2.Eis as informações prestadas pelo Gabinete:União de Bancos Brasileiros S.A. – Unibanco requer a juntada de

procuração e substabelecimento e pleiteia que as futuras intimações sejam feitas, também, nos nomes dos advogados que constam da autuação.

Consigno a existência de acórdão, ainda não publicado, proferido pela Primeira Turma na sessão de julgamento de 23 de junho de 2009, negando provimento ao agravo regimental – cópia anexa.

O processo está no Gabinete.3.O credenciamento de vários profissionais da advocacia não enseja

as inserções pretendidas. A parte deve indicar a preferência no registro do nome de um deles. Não o fazendo, observar-se-á o que disposto no artigo 236 do Código de Processo Civil quanto às intimações e, no tocante à autuação, a regra do lançamento de nome seguido da expressão “e outros”. Procedam como consignado.

4. Publiquem.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 135

Brasília, 5 de agosto de 2009.Ministro MARCO AURÉLIO

Relator

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 401.386 (772)ORIGEM : AC - 9704231393 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : VANESSA MIRNA B. GUEDES DO REGO E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CONSTRUTORA OLIVEIRA LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ARCIDES DE DAVID E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Vistos, etc. Tendo em conta a petição de fls. 306, esclareça a parte Construtora

Oliveira Ltda. se pretende, tão somente, a desistência do recurso extraordinário ou a renúncia ao direito sobre o qual se funda a ação (inciso V do art. 269 do CPC). Neste caso, deverá fazê-lo de forma expressa, por meio de procurador com poderes específicos para renunciar (art. 38 do CPC), no prazo de 10 (dez) dias.

Publique-se.Brasília, 07 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 438.486 (773)ORIGEM : AMS - 200233000081739 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : SOCIEDADE TÉCNICA DE PERFURAÇÃO S/A - SOTEPADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO A. S. BICHARA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOIMPEDIMENTO – REDISTRIBUIÇÃO. 1.Conforme retratado à folha 14, atuam neste processo profissionais

da advocacia do escritório Ulhôa Canto, Rezende e Guerra – Advogados, entres os quais figura minha filha, Letícia De Santis Mendes de Farias Mello.

2.Declaro-me impedido. 3.Ao Presidente do Tribunal, que melhor dirá. 4.Publiquem. Brasília, 21 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.576 (774)ORIGEM : AC - 200183000202348 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ASSERFESA/PE - ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES

PÚBLICOS FEDERAIS DA SAÚDE EM PERNAMBUCO E OUTRO(A/S)

ADV.(A/S) : A. NABOR A. BULHÕES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de agravo regimental interposto por ASSERFESA e OUTROS contra despacho que, em 12/8/2009, determinou a devolução destes autos ao Tribunal de origem, observado o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil, ante a repercussão geral reconhecida no RE 586.068-RG/PR, Rel. Min. Ellen Gracie (fl. 891).

O agravante sustenta, em suma, que o despacho agravado deve ser reformado, insistindo na negativa de seguimento do recurso extraordinário interposto pela Fundação Nacional de Saúde - FUNASA.

Não assiste razão ao agravante. É que o entendimento desta Corte é firme no sentido de que é incabível recurso contra decisão que determina a devolução dos autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC. Isso por tratar-se de mero despacho, cujo conteúdo não é impugnável por recurso (art. 504, CPC).

Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, dentre outras: RE 593.078-AgR/PR, Rel. Min. Eros Grau; AI 705.038-AgR/MS, Rel. Min Ellen Gracie; AI 696.454-AgR/MS, Rel. Min. Celso de Mello; AI 630.083-AgR-AgR/PR, de minha relatoria.

Ademais, a admissão do recurso e a devolução dos autos à origem não causam qualquer prejuízo às partes, visto que tão logo julgado o mérito do extraordinário submetido à apreciação do Plenário do STF os Tribunais, Turmas de Uniformização ou Turmas Recursais poderão declarar prejudicados os demais recursos atinentes à mesma questão ou retratar-se.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.

Brasília, 30 de setembro de 2009.Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

- Relator –

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.626 (775)ORIGEM : AC - 304679 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ASSERFESA - ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES

PÚBLICOS FEDERAIS DA SAÚDE EM PERNAMBUCOADV.(A/S) : GUSTAVO VELOSO DE MELOAGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. DETERMINAÇÃO DE RETORNO

DOS AUTOS À ORIGEM: ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. NADA A PROVER. DECISÃO MANTIDA. BAIXA DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Em 20 de fevereiro de 2009, determinei a devolução dos autos ao

Tribunal de origem, para que fosse observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

2. Em 16 de março de 2009, Associação dos Servidores Públicos Federais da Saúde de Pernambuco - Asserfesa e outros interpuseram agravo regimental e alegaram que “note-se o quão claro foi o pronunciamento do I. Desembargador Federal, ao afastar a incidência do malsinado parágrafo único do art. 741, quando asseverou que esse Supremo Tribunal apenas e tão somente afirmou que não havia direito adquirido ao referido reajuste, sem qualquer pronunciamento de inconstitucionalidade ou de constitucionalidade de norma. Neste momento, formou-se um dos fundamentos que é capaz de manter, por si só, o Acórdão do Quinto Regional no ponto em que afastou a incidência do parágrafo único do art. 741 do CPC pela ausência da declaração de inconstitucionalidade do índice de 84,32% por esse Pretório Excelso” (fl. 1.002).

Afirmam que “o fato incontroverso de existir declaração de inconstitucionalidade sobre os 84,32% não emite enquadramento do caso na hipótese de incidência da norma no parágrafo único do artigo 741 do CPC. Tal conjectura fulmina a possibilidade de inexigibilidade do título pelo artigo 741 e confirma sua exigibilidade (...) Diante do exposto, é fácil reconhecer que o recurso extraordinário da FNS, nos termos da Súmula 283 desse Conspícuo Colegiado, não deveria sequer ter sido conhecido” (fls. 1.003-1.004).

Sustentam, também, que, “tendo-se tornado definitivo e imutável o fundamento infraconstitucional – inaplicabilidade do parágrafo único do CPC 741 – em face da decisão do STJ, forçoso concluir que resta prejudicado, concessa venia, o recurso extraordinário interposto na origem, por aplicação da Súmula 283/STF” (fl. 1.008).

Em 25 de março de 2009, os Agravantes interpuseram a petição n. 32.926/2009 e reiteraram os pedidos do agravo regimental.

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.3.As petições ns. 28.336/2009 e 32.926/2009 devem ser apreciadas

como petições simples, pois a determinação de retorno dos autos à origem com base no art. 543-B do Código de Processo Civil, por não caracterizar decisão, não enseja a interposição de agravo regimental.

4. Nos presentes autos, discute-se a aplicabilidade, ou não, do art. 741, parágrafo único, do Código de Processo Civil às sentenças transitadas em julgado antes de sua vigência.

Essa matéria está pendente de análise pelo Supremo Tribunal Federal no Recurso Extraordinário 586.068, que tem por objeto: a) a constitucionalidade do mencionado artigo em face da coisa julgada; b) a possibilidade de aplicação retroativa do dispositivo; e c) a necessidade de declaração de inconstitucionalidade de norma pelo Supremo Tribunal em controle concentrado.

Afastada, portanto, a incidência da Súmula 283 do Supremo Tribunal Federal.

5.Ademais, o Superior Tribunal de Justiça apenas conferiu legitimidade aos que comprovassem que, no momento da propositura da ação, estavam associados e excluiu a multa prevista no art. 538, parágrafo único, do Código de Processo Civil.

6. Assim, o provimento parcial do recurso especial não prejudicou a análise do recurso extraordinário, nos termos do art. 512 do Código de Processo Civil, pois o Superior Tribunal de Justiça não reformou o ponto do acórdão recorrido que afastara a aplicação do art. 741 do Código de Processo Civil.

7. Pelo exposto, mantenho a decisão de fls. 993-995 e determino a devolução dos autos à origem para a observância do art. 543-B do Código de Processo Civil.

8. À Secretaria, para que providencie a baixa dos autos à origem (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 136

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.629 (776)ORIGEM : AC - 307157 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ASSERFESA - ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES

PÚBLICOS FEDERAIS DA SAÚDE EM PERNAMBUCOADV.(A/S) : GUSTAVO VELOSO DE MELOAGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. DETERMINAÇÃO DE RETORNO

DOS AUTOS À ORIGEM: ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. NADA A PROVER. DECISÃO MANTIDA. BAIXA DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Em 20 de fevereiro de 2009, determinei a devolução dos autos ao

Tribunal de origem, para que fosse observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

2. Em 16 de março de 2009, Associação dos Servidores Públicos Federais da Saúde de Pernambuco - Asserfesa e outros interpuseram agravo regimental e alegaram que “note-se o quão claro foi o pronunciamento do I. Desembargador Federal, ao afastar a incidência do malsinado parágrafo único do art. 741, quando asseverou que esse Supremo Tribunal apenas e tão somente afirmou que não havia direito adquirido ao referido reajuste, sem qualquer pronunciamento de inconstitucionalidade ou de constitucionalidade de norma. Neste momento, formou-se um dos fundamentos que é capaz de manter, por si só, o Acórdão do Quinto Regional no ponto em que afastou a incidência do parágrafo único do art. 741 do CPC pela ausência da declaração de inconstitucionalidade do índice de 84,32% por esse Pretório Excelso” (fl. 880).

Afirmam que “o fato incontroverso de existir declaração de inconstitucionalidade sobre os 84,32% não emite enquadramento do caso na hipótese de incidência da norma no parágrafo único do artigo 741 do CPC. Tal conjectura fulmina a possibilidade de inexigibilidade do título pelo artigo 741 e confirma sua exigibilidade (...) Diante do exposto, é fácil reconhecer que o recurso extraordinário da FNS, nos termos da Súmula 283 desse Conspícuo Colegiado, não deveria sequer ter sido conhecido” (fls. 881-882).

Sustentam, também, que, “tendo-se tornado definitivo e imutável o fundamento infraconstitucional – inaplicabilidade do parágrafo único do CPC 741 – em face da decisão do STJ, forçoso concluir que resta prejudicado, concessa venia, o recurso extraordinário interposto na origem, por aplicação da Súmula 283/STF” (fl. 886).

Em 25 de março de 2009, os Agravantes interpuseram a petição n. 32.925/2009 e reiteraram os pedidos do agravo regimental.

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.3.As petições ns. 28.335/2009 e 32.925/2009 devem ser apreciadas

como petições simples, pois a determinação de retorno dos autos à origem com base no art. 543-B do Código de Processo Civil, por não caracterizar decisão, não enseja a interposição de agravo regimental.

4. Nos presentes autos, discute-se a aplicabilidade, ou não, do art. 741, parágrafo único, do Código de Processo Civil às sentenças transitadas em julgado antes de sua vigência.

Essa matéria está pendente de análise pelo Supremo Tribunal Federal no Recurso Extraordinário 586.068, que tem por objeto: a) a constitucionalidade do mencionado artigo em face da coisa julgada; b) a possibilidade de aplicação retroativa do dispositivo; e c) a necessidade de declaração de inconstitucionalidade de norma pelo Supremo Tribunal em controle concentrado.

Afastada, portanto, a incidência da Súmula 283 do Supremo Tribunal Federal.

5.Ademais, o Superior Tribunal de Justiça apenas conferiu legitimidade aos que comprovassem que, no momento da propositura da ação, estavam associados e excluiu a multa prevista no art. 538, parágrafo único, do Código de Processo Civil.

6. Assim, o provimento parcial do recurso especial não prejudicou a análise do recurso extraordinário, nos termos do art. 512 do Código de Processo Civil, pois o Superior Tribunal de Justiça não reformou o ponto do acórdão recorrido que afastara a aplicação do art. 741 do Código de Processo Civil.

7. Pelo exposto, mantenho a decisão de fls. 872-874 e determino a devolução dos autos à origem para a observância do art. 543-B do Código de Processo Civil.

8. À Secretaria, para que providencie a baixa dos autos à origem (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.625 (777)ORIGEM : AC - 304664 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIA

AGTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS DA SAÚDE EM PERNAMBUCO - ASSERFESA

ADV.(A/S) : MARCOS JOSÉ SANTOS MEIRAAGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. DETERMINAÇÃO DE RETORNO

DOS AUTOS À ORIGEM: ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. NADA A PROVER. DECISÃO MANTIDA. BAIXA DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Em 27 de fevereiro de 2009, determinei a devolução dos autos ao

Tribunal de origem, para que fosse observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

2. Em 16 de março de 2009, Associação dos Servidores Públicos Federais da Saúde de Pernambuco - Asserfesa e outros interpuseram agravo regimental e alegaram que “note-se o quão claro foi o pronunciamento do I. Desembargador Federal, ao afastar a incidência do malsinado parágrafo único do art. 741, quando asseverou que esse Supremo Tribunal apenas e tão somente afirmou que não havia direito adquirido ao referido reajuste, sem qualquer pronunciamento de inconstitucionalidade ou de constitucionalidade de norma. Neste momento, formou-se um dos fundamentos que é capaz de manter, por si só, o Acórdão do Quinto Regional no ponto em que afastou a incidência do parágrafo único do art. 741 do CPC pela ausência da declaração de inconstitucionalidade do índice de 84,32% por esse Pretório Excelso” (fl. 963).

Afirmam que “o fato incontroverso de existir declaração de inconstitucionalidade sobre os 84,32% não emite enquadramento do caso na hipótese de incidência da norma no parágrafo único do artigo 741 do CPC. Tal conjectura fulmina a possibilidade de inexigibilidade do título pelo artigo 741 e confirma sua exigibilidade (...) Diante do exposto, é fácil reconhecer que o recurso extraordinário da FNS, nos termos da Súmula 283 desse Conspícuo Colegiado, não deveria sequer ter sido conhecido” (fls. 964-965).

Sustentam, também, que, “tendo-se tornado definitivo e imutável o fundamento infraconstitucional – inaplicabilidade do parágrafo único do CPC 741 – em face da decisão do STJ, forçoso concluir que resta prejudicado, concessa venia, o recurso extraordinário interposto na origem, por aplicação da Súmula 283/STF” (fl. 969).

Em 25 de março de 2009, os Agravantes interpuseram a petição n. 32.929/2009 e reiteraram os pedidos do agravo regimental.

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.3.As petições ns. 28.334/2009 e 32.929/2009 devem ser apreciadas

como petições simples, pois a determinação de retorno dos autos à origem com base no art. 543-B do Código de Processo Civil, por não caracterizar decisão, não enseja a interposição de agravo regimental.

4. Nos presentes autos, discute-se a aplicabilidade, ou não, do art. 741, parágrafo único, do Código de Processo Civil às sentenças transitadas em julgado antes de sua vigência.

Essa matéria está pendente de análise pelo Supremo Tribunal Federal no Recurso Extraordinário 586.068, que tem por objeto: a) a constitucionalidade do mencionado artigo em face da coisa julgada; b) a possibilidade de aplicação retroativa do dispositivo; e c) a necessidade de declaração de inconstitucionalidade de norma pelo Supremo Tribunal em controle concentrado.

Afastada, portanto, a incidência da Súmula 283 do Supremo Tribunal Federal.

5.Ademais, o Superior Tribunal de Justiça apenas conferiu legitimidade aos que comprovassem que, no momento da propositura da ação, estavam associados e excluiu a multa prevista no art. 538, parágrafo único, do Código de Processo Civil.

6. Assim, o provimento parcial do recurso especial não prejudicou a análise do recurso extraordinário, nos termos do art. 512 do Código de Processo Civil, pois o Superior Tribunal de Justiça não reformou o ponto do acórdão recorrido que afastara a aplicação do art. 741 do Código de Processo Civil.

7. Pelo exposto, mantenho a decisão de fls. 953-955 e determino a devolução dos autos à origem para a observância do art. 543-B do Código de Processo Civil.

8. À Secretaria, para que providencie a baixa dos autos à origem (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 305.321 (778)ORIGEM : AC - 244555000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. JOAQUIM BARBOSA

AGTE. : MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 137

BERNARDO DO CAMPOAGDO. : CAIO ULYSSES RAMACCIOTTIADVDOS. : FABIO DE SOUZA RAMACCIOTTI

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu o recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto pelo Município de São Bernardo do Campo de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que versa sobre revisão de proventos de servidor público municipal.

Alega-se que o acórdão recorrido ofende os arts. 37, caput, 194, parágrafo único, V e 195, § 5º da Carta Magna.

O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende o preceito dos artigos supracitados, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida. Ao inovar nos autos, suscitando nos embargos de declaração matéria que não consta da apelação (fls. 122-130), deduz matéria estranha à controvérsia, incidindo no óbice das Súmulas 282 e 356. Nesse sentido, AI 265.938-AgR (rel. min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 15.09.2000), cujo acórdão ficou assim ementado:

“Não tem razão a agravante. Para que haja o prequestionamento da questão constitucional com base na súmula 356, é preciso que o acórdão embargado de declaração tenha sido omisso quanto a ela, o que implica dizer que é preciso que essa questão tenha sido invocada no recurso que deu margem ao acórdão embargado e que este, apesar dessa invocação, se tenha omitido a respeito dela. No caso, não houve omissão do aresto embargado quanto às questões concernentes aos incisos XXIII e XXX do artigo 5º da Carta Magna, sendo elas invocadas originariamente nos embargos de declaração, o que, como salientou o despacho agravado, não é bastante para o seu prequestionamento.

Agravo a que se nega provimento.”Ademais, solução diversa da alcançada pelo Tribunal a quo implicaria

interpretação de norma local (Lei 2.386/1979 e 4.350/1995 do Município de São Bernardo do Campo/SP), procedimento que não se alinha com o campo de cognição do recurso extraordinário (Súmula 280/STF).

Do exposto, nego seguimento ao presente recurso.Publique-se. Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 331.317 (779)ORIGEM : AC - 9804079577 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATORA SUBSTITUTA

:MIN. ELLEN GRACIE

AGTES. : OSNI BRAUN E COMPANHIA LTDAADVDOS. : EDILSON JAIR CASAGRANDEAGDO. : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão de inadmissão de recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

“TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O ‘PRO LABORE’. COMPENSAÇÃO.

1. Não ocorrendo homologação expressa, a prescrição do direito de pleitear a restituição da contribuição social ocorre em dez anos, contados da ocorrência do fato gerador. Precedentes do STJ.

2. Reconhecida a inconstitucionalidade do inciso I do artigo 3º da Lei nº 7.787/89 e do inciso I do artigo 22 da Lei nº 8.212/91, relativa às expressões “autônomos” e “administradores” ou empresários”, cabível a compensação dos valores pagos àquele título, com a contribuição da mesma espécie.

3. O disposto no § 1º do artigo 89 da Lei nº 8.212/91, não se aplica à contribuição social sob exame.

4. Correção monetária pela Súmula 162 do STJ, com a utilização dos índices do BTN/INPC/UFIR, este último até 31.12.95, quando é substituído pela taxa SELIC, além do IPC nos termos da Súmula nº 37 desta Corte.

5. Aplica-se o limite de 25% ou 30% por mês de competência, se o débito previdenciário a ser compensado surgiu na vigência das Leis nº 9.032 e 9.129, ambas de 1995.

6. Preenchidos os requisitos legais autorizadores, a concessão de tutela antecipada na sentença tem amparo no art. 273 do CPC.

7. Mantidos os honorários advocatícios fixados em 10% do valor da causa.” (fl. 15)

2.Desse aresto (fls. 09-15) foram interpostos, simultaneamente, por Osni Braun & Cia. Ltda. e outras (fls. 27-38), recursos especial e extraordinário, pleiteando a compensação integral de seus créditos. O STJ deu provimento ao REsp dos ora agravantes (REsp. 271.109-fl.73). E de tal decisão o INSS interpôs RE, que, inadmitido no STJ, subiu a esta Corte em virtude de provimento de agravo de instrumento, reautuado como RE 562.939/PR, a mim distribuído.

3.Dessa forma, tendo a decisão do STJ substituído o acórdão proferido pelo TRF, nos termos do art. 512 do CPC, o presente agravo está prejudicado, porquanto o primeiro RE perdeu o seu objeto e toda a discussão

será analisada, oportunamente, no RE 562.939. Finalmente, sobre o tema bem explanou o Ministro Sydney Sanches,

no RE 189.710/GO, 1ª Turma, unânime, DJ 13.9.96. Transcrevo, em parte, o voto condutor:

“4. Esse Aresto do Superior Tribunal de Justiça, em substância, manteve o do Tribunal de Justiça de Goiás, inclusive quanto aos referidos fundamentos constitucionais.

5. Sendo assim, tal julgado do Superior Tribunal de Justiça deveria ter sido impugnado, mediante Recurso Extraordinário para esta Corte, pois substituiu o acórdão local.

6. Até porque, se esta Corte, no Recurso Extraordinário interposto contra o acórdão estadual, viesse a reformá-lo, nem por isso desconstituiria o acórdão do Superior Tribunal de Justiça, que o manteve, com trânsito em julgado, e por razões inclusive de ordem constitucional.

7. Sendo assim, ou seja, em face desse fato jurídico superveniente, consistente na formação de coisa julgada, que não pode ser desconstituída, mediante Recurso Extraordinário, interposto antes e contra outro aresto, julgo-o prejudicado.”

Ainda, sobre a questão em tela, cito o RE 529.439-AgR/SP, rel. Min. Carlos Britto, 1ª Turma, DJe 17.10.2008, cuja ementa transcrevo:

“PROCESSUAL CIVIL. SUBSTITUIÇÃO DO ARESTO IMPUGNADO PELA DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PERDA DE OBJETO DO APELO EXTREMO.

O Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial interposto simultaneamente com o apelo extremo. Decisão essa que substituiu o acórdão proferido pelo Tribunal de origem. Logo, o recurso extraordinário se encontra prejudicado. Precedente: AI 227.510, sob a relatoria do ministro Marco Aurélio.

Agravo regimental manifestamente infundado, ao qual se nega provimento.

Condenação da parte agravante a pagar à parte agravada multa de 10% (dez por cento) do valor atualizado da causa, ficando a interposição de qualquer outro recurso condicionada ao depósito do respectivo valor. Isso com lastro no § 2º do art. 557 do Código de Processo Civil.”

4.Ante o exposto, julgo prejudicado o presente agravo de instrumento, por perda de objeto (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 344.588 (780)ORIGEM : AC - 757855300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. JOAQUIM BARBOSA

AGTES. : CARLOS ALBERTO FERREIRAADVDOS. : GUSTAVO CORTES DE LIMAAGDO. : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO:Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição).

O acórdão recorrido negou provimento à apelação na qual a parte ora recorrente pedia pagamento de compensação de danos morais decorrentes de supostos excessos na execução de ordem de desocupação de lugar público durante movimento grevista. Constatou-se a inexistência de nexo de causalidade entre a execução da referida ordem e o alegado dano, pois o exame da matéria fática levou à conclusão de que “(...) era perfeitamente legal a ordem de desocupação, assim como os procedimentos utilizados pelos Policiais Militares que atuaram em estrito cumprimento do dever legal.” (Fls. 47).

Sustenta a parte recorrente ofensa aos artigos 5º, XVI e 37, § 6º, da Constituição federal.

Observo, preliminarmente, que não houve prequestionamento da alegada ofensa ao art. 37, § 6º, da Constituição. Incide, na espécie, o óbice das Súmulas 282 e 356 desta Corte.

Ademais, a análise da suposta vulneração ao direito de reunião implica reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso extraordinário, diante da vedação contida no enunciado da Súmula 279.

Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 373.188 (781)ORIGEM : AC - 794398 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. JOAQUIM BARBOSA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 138

AGTE. : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDOS. : HERBERT BOTELHOADVDOS. : ELMIRO CHIESSE COUTINHO

DECISÃO: Subam os autos do recurso extraordinário, para melhor exame (RISTF, art. 21, VI).

Publique-se.Brasília, 20 de outubro 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 392.161 (782)ORIGEM : REOAC - 6431 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. JOAQUIM BARBOSA

AGTE. : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSOAGDA. : TECONMA TIMBER MADEIRAS LTDAADV. : SANDRO NASSER SICUTO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Mato Grosso, o qual entendeu que o ICMS não incidiria na prestação de serviço de transporte utilizado nas operações que destinem produtos ao exterior, adotando como fundamentação o art. 155, § 2º, X, b, da Constituição e o art. 3º, II, da Lei Complementar nº 87/96.

Compulsando os autos, verifico que o agravante não trouxe prova da interposição de recurso especial dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, nem o Tribunal de Justiça certificou a sua interposição. Observo, também, que a Secretaria do Supremo Tribunal Federal não encontrou registro de recurso especial, em relação ao acórdão ora recorrido, no sítio do STJ (fls. 78).

Tendo em vista que o acórdão atacado também possui fundamento infraconstitucional suficiente (art. 3º, II, da Lei Complementar nº 87/96) não impugnado por recurso especial, é aplicável à espécie a Súmula 283 do Supremo Tribunal Federal.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 397.237 (783)ORIGEM : AG - 166881999 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MARANHÃORELATORA SUBSTITUTA

:MIN. ELLEN GRACIE

AGTE.(S) : VALE S.A. (NOVA DENOMINAÇÃO SOCIAL DE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE - CVRD)

ADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO SIQUEIRA CASTRO E OUTRO(A/S)

AGDO.(A/S) : AUVEPAR LOCADORA DE VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : FRANCISCO JOSÉ RAMOS ROCHA E OUTROS

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão no qual se discute a ineficácia de cláusula que estatui foro de eleição se este torna difícil a propositura da demanda.

No RE, sustenta-se ofensa aos artigos 5º, incisos XXXV, XXXVI, LIV, LV; 93, IX, da Constituição Federal.

2.O recurso não merece prosperar. Primeiramente, para o exame das violações alegadas, seria necessária a análise de fatos e provas, cláusulas contratuais (Súmulas/STF 279 e 454) e de legislação infraconstitucional, hipóteses inviáveis em sede extraordinária.

3.Em segundo lugar, verifico que os dispositivos, aos quais se alegou violação, não foram prequestionados, porque não abordados pelo acórdão recorrido (Súmula/STF 282).

4.Quanto à alegação de ofensa ao art. 5º e seus incisos, e ao 93, IX, da Constituição Federal, além de o fato de decisão contrária aos interesses da parte não caracterizar violação aos dispositivos constitucionais apontados, a jurisprudência desta Corte está sedimentada no sentido de que as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, do direito adquirido, do ato jurídico perfeito, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 372.358-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, unânime, DJ 26.06.2002; RE 461.286-AgR/MS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJ 15.9.2006; AI 682.065-AgR/RS, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 04.04.2008 e AI 662.319-AgR/RR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 06.03.2009.

5.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 418.206 (784)ORIGEM : AG - 355413 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. JOAQUIM BARBOSA

AGTE.(S) : METALÚRGICA TECNOESTAMP LTDAADV.(A/S) : JOSÉ BARRÊTO COIMBRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ PAIVA DE MOURAADV.(A/S) : FLÁVIO NUNES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) que tem como violados os arts. 5º, LV, 105, III, e 133 da Carta Magna.

Ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal têm reiteradamente decidido que as questões relativas à admissibilidade do recurso especial constituem matéria infraconstitucional, de competência do Superior Tribunal de Justiça, salvo hipóteses excepcionais em que seja possível vislumbrar um conflito direto com as premissas estabelecidas no art. 105, III, da Constituição (AI 442.654-AgR, rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ de 11.06.2004, e AI 394.048-AgR, rel. min. Sydney Sanches, Primeira Turma, DJ de 22.11.2002, v.g.).

Ademais, inexiste a alegada afronta ao art. 5º, LV, da Constituição federal, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, sem violar os princípios do contraditório e da ampla defesa, tendo enfrentado as questões suscitadas com a devida fundamentação.

Do exposto, com base no art. 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 431.109 (785)ORIGEM : AC - 9168 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. JOAQUIM BARBOSA

AGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSOAGDO.(A/S) : VALE AZUL LAMINADOS LTDAADV.(A/S) : SANDRO NASSER SICUTO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Mato Grosso, sustentando a violação do art. 155, II, § 2º, IV, X, a, e XII, e, da Constituição federal.

O acórdão recorrido decidiu pela isenção do ICMS na prestação de serviço de transporte utilizado nas operações que destinem produtos ao exterior, em razão do disposto no art. 3º, II, da Lei Complementar nº 87/96.

A modificação do entendimento esposado pelo acórdão demanda a análise do aludido dispositivo da LC nº 87/96. Dessa forma, qualquer ofensa ao texto constitucional seria indireta ou reflexa, descabendo a interposição de recurso extraordinário.

Nesse sentido: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL.

TRIBUTÁRIO. LC 87/96. 1. Para afastar a cobrança do ICMS sobre o serviço de transporte interno de mercadoria destinada à exportação, o Tribunal a quo fundou-se na norma do art. 3º da LC nº 87/96, entendendo que a legislação complementar criou nova hipótese de não-incidência do ICMS. Inviável rever esta conclusão sem a prévia interpretação do citado dispositivo legal. 2. A ofensa à Lei Maior, se existente, seria meramente reflexa ou indireta. 3. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, a que se nega provimento.”

(RE 368.885-ED, rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ de 20.08.2004).

Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento. Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 456.888 (786)ORIGEM : AC - 200004010324604 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 139

AGTE.(S) : SOTTOMAIOR E BELTZAC ADVOGADOS ASSOCIADOS

ADV.(A/S) : JULIO ASSIS GEHLENAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão no qual o Tribunal Regional Federal da 4ª Região reputou válida a sujeição de empresa sem empregados ao pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro (CSL), PIS e COFINS.

Sustenta-se violação do art. 195, I, da Constituição (redação anterior à EC 20/1998).

Por ocasião do julgamento do RE 364.215-AgR (rel. min. Carlos Velloso, DJ de 03.09.2004), a Segunda Turma desta Corte firmou o seguinte precedente:

“EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. CONTRIBUIÇÃO: COFINS - PIS - FINSOCIAL. C.F., art. 195, I.

I. - Pessoa jurídica habilitada a operar, admitindo trabalhadores. O vocábulo empregador inscrito no art. 195, I, C.F., compreende a pessoa jurídica empregadora em potencial.

II. - Agravo não provido.”Em sentido semelhante, confiram-se, v.g., 422.725-AgR (rel. min.

Cezar Peluso, Primeira Turma, DJ de 1º.07.2005), o RE 249.841-AgR (rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ de 28.03.2006) e o RE 466.565 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 02.06.2006).

Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se. Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 459.059 (787)ORIGEM : RESP - 385982 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : FLÁVIO LUIZ GARCIAADV.(A/S) : MISTICA DAL POZZOAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) contra acórdão proferido por Tribunal Regional Federal, que negou o pedido de revisão de benefício.

No recurso extraordinário alega-se ofensa aos arts. 5º, LV, XXXVI, 194, IV, V, 201, § 3º e 202 da Constituição federal.

O acórdão recorrido limitou-se a aplicar a legislação infraconstitucional concernente ao caso. Assim, a alegada violação aos dispositivos constitucionais no recurso extraordinário se afigura reflexa, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário.

Nesse sentido: AI 506.021, rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 03.08.2004; AI 511.769, rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 18.11.2004; AI 597.188, rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 23.10.2006; AI 471.610, rel. min. Carlos Velloso, DJ de 01.04.2004.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 21 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 474.045 (788)ORIGEM : AC - 200200112265 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : APA HOTEL LTDAADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE BARROS BERGQVISTAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a e c, da Constituição federal) em que se alega violação do disposto nos arts. 145, II; 150, II; 156, I e § 1º, e 182, §§ 2° e 4º, II, da Carta Magna.

O acórdão recorrido declarou válidas as cobranças de IPTU, mediante a utilização de alíquotas diferenciadas em função da destinação da propriedade imóvel, e da taxa de coleta domiciliar de lixo – TCLD.

Quanto ao IPTU, o Supremo Tribunal Federal fixou orientação no sentido da ausência de identidade entre a progressividade fiscal, vedada na linha subjacente à Súmula 668/STF, e o estabelecimento de alíquotas diferenciadas para a tributação de propriedade territorial urbana, conforme o

imóvel esteja edificado ou não, ou em razão da destinação residencial, comercial ou industrial do imóvel.

Confiram-se, nesse sentido, os seguintes precedentes:“EMENTA: IPTU: Município do Rio de Janeiro. A criação de alíquotas

diferentes para imóveis residenciais e não-residenciais não fere a Constituição Federal (v.g. RE 229.233, 26.3.1999, Ilmar Galvão, DJ 25.6.1999). Caso anterior à EC 29/2000.” (RE 427.488-AgR, rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ de 19.05.2006)

“TRIBUTÁRIO. IPTU. MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO. LEI Nº 5.447/93, ART. 25, REDAÇÃO DA LEI Nº 5.722/94. ALEGADA OFENSA AO ART. 156 DA CONSTITUIÇÃO.

Simples duplicidade de alíquotas, em razão de encontrar-se, ou não, edificado o imóvel urbano, que não se confunde com a progressividade do tributo, que o STF tem por inconstitucional quando não atendido o disposto no art. 156, § 1º, aplicado com as limitações expressamente constantes dos §§ 2º e 4º do art. 182 da Carta de 1988.

Recurso não conhecido.” (RE 229.233, rel. min. Ilmar Galvão, DJ de 25.06.1999)

Confiram-se, ainda, o RE 392.144, rel. min. Celso de Mello, DJ de 05.08.2005; o AI 478.384, rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 15.04.2005, e o AI 472.280, rel. min. Eros Grau, DJ de 09.09.2004.

Quanto à taxa de coleta domiciliar de lixo, este Tribunal tem decidido pela sua inconstitucionalidade, sob o fundamento de que a atividade do poder público, nesse caso, tem caráter individualizável, divisível e, portanto, passível de ser custeada mediante a imposição de taxa. Nesse sentido, confiram-se: RE 206.777 (rel. min. Ilmar Galvão, DJ de 30.04.1999) e RE 361.437 (rel. min. Ellen Gracie, DJ de 19.12.2002).

Ademais, esta Corte, em Sessão Plenária, apreciando caso análogo, reconheceu a legitimidade da cobrança da taxa de coleta de lixo domiciliar, afastando o argumento de que teria base de cálculo idêntica à do IPTU. Entendeu-se que a base de cálculo da referida taxa é o custo do serviço e que a metragem da área construída do imóvel é fator utilizado apenas para definição de alíquotas (cf. RE 232.393, rel. min. Carlos Velloso, DJ de 12.08.1999).

Dessas orientações não divergiu o acórdão recorrido.Por fim, o argumento de que os critérios de aferição da taxa de coleta

domiciliar de lixo ferem o princípio da isonomia não foi debatido pelo Tribunal de origem e não houve a necessária interposição de embargos declaratórios. O recurso, portanto, carece do requisito do prequestionamento quanto a esse ponto, sendo aplicável o disposto nas Súmulas 282 e 356 desta Corte. Mesmo que superado tal óbice, a análise desta afirmação demandaria o reexame da legislação local e de fatos e provas, o que é vedado no âmbito de cognição do recurso extraordinário, em razão do disposto nas Súmulas 279 e 280 deste Supremo Tribunal Federal.

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 476.306 (789)ORIGEM : AC - 2990935900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : NELSON ROCHAADV.(A/S) : RICARDO FALLEIROS LEBRÃOAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368, Rel. Min. MOREIRA ALVES - RTJ 131/1391, Rel. Min. CELSO DE MELLO - RTJ144/300, Rel. Min. MARCO AURÉLIO - RTJ 153/989, Rel. Min. CELSO DE MELLO), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte.

Não ventilada, no acórdão recorrido, a matéria constitucional suscitada pelos recorrentes, deixa de configurar-se, tecnicamente, o prequestionamento do tema, necessário ao conhecimento do recurso extraordinário.

A configuração jurídica do prequestionamento - que traduz elemento indispensável ao conhecimento do recurso extraordinário - decorre da oportuna formulação, em momento procedimentalmente adequado, do tema de direito constitucional positivo. Mais do que a satisfação dessa exigência, impõe-se que a matéria questionada tenha sido explicitamente ventilada na decisão recorrida (RTJ 98/754 - RTJ116/451). Sem o cumulativo atendimento desses pressupostos, além de outros igualmente imprescindíveis, não se viabiliza o acesso à via recursal extraordinária, consoante tem proclamado a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (RTJ 159/977).

A circunstância de a parte agravante haver suscitado o tema de direito constitucional, perante o órgão judiciário “a quo”, sem que este, no entanto, viesse a apreciá-lo expressamente, impunha ao ora recorrente, para efeito de cognoscibilidade do recurso extraordinário, que deduzisse os pertinentes embargos de declaração, para que, naquela instância jurisdicional, fosse suprida a omissão do acórdão então proferido (RTJ

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 140

153/989, Rel. Min. CELSO DE MELLO).Cabe registrar, no entanto, que a parte ora recorrente deixou de

assim proceder, inviabilizando, desse modo, por ausência de prequestionamento explícito da matéria constitucional, a possibilidade jurídico-processual de ver conhecido o recurso extraordinário.

Sendo assim, e considerando as razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 485.699 (790)ORIGEM : REOAC - 199971000199503 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA SUBSTITUTA

:MIN. CÁRMEN LÚCIA

AGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : SOCIEDADE EVANGÉLICA EDUCACIONAL DE

ESTRELAADV.(A/S) : LUIZ VICENTE VIEIRA DUTRA

DESPACHO (Petição n. 85.407/2009)AGRAVO DE INSTRUMENTO. REPRESENTAÇÃO JUDICIAL DO

INSS: PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL. INTIMAÇÃO. REPUBLICAÇÃO DA DECISÃO COM REABERTURA DO PRAZO RECURSAL.

1. Em 9 de junho de 2009, neguei seguimento a este agravo, em razão da necessidade da análise da legislação infraconstitucional (fls. 81-84).

A decisão foi publicada no Diário da Justiça eletrônico de 24.6.2009, e o mandado de intimação devidamente cumprido foi juntado em 30.6.2009, conforme certidão à fl. 85.

2. Em 6 de julho de 2009, por meio de petição, o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS prestou as seguintes informações:

“A Lei n.º 11.457, de 16 de março de 2007 (DOU 19/03/2007), criou a SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Estabeleceu, ainda, que a partir de 01/05/2007, o débito original e seus acréscimos legais, além de outras multas previstas em lei, relativos às contribuições de que tratam os seus arts. 2.º e 3.º (contribuições previdenciárias e contribuições devidas a terceiros), passam a constituir Dívida Ativa da União. Assim, a partir de 1.º de maio de 2007, compete à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN a representação judicial da União na cobrança de tais créditos.

O referido diploma legal estabeleceu, também, a forma de transição da representação judicial do INSS nas ações em que se discutia sobre tais contribuições

Dessa forma, coube à Procuradoria-Geral Federal – PGF, por força da ressalva estabelecida nos §§1.º e 3.º do art. 16 da Lei 11.457/2007, representar judicialmente o INSS no período entre 01/05/2007 e 31/03/2008, nas ações que tinham por objeto créditos tributários anteriormente inscritos na Dívida Ativa do INSS.

A partir de 01/04/2008, porém, todo o estoque de dívida ativa do INSS, decorrente das contribuições a que se referem os arts. 2.º e 3.º da Lei n.º 11.457/2007, passou a constituir Dívida Ativa da União” (fls. 89-90).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO . 3. A divergência sobre a intimação do Instituto Nacional do Seguro

Social – INSS é problema que vem se arrastando há muito tempo e resultando em demora excessiva para a conclusão de casos como o dos autos.

4. Dada a indefinição no âmbito da União acerca da sua representação judicial, em sessão administrativa realizada em 5.8.2009, este Supremo Tribunal Federal aprovou a Resolução n. 404/2009, publicada em 12.8.2009, para estabelecer, com fundamento na Constituição da República e na legislação infraconstitucional, o procedimento correto para a intimação da União, suas autarquias e fundações, evitando-se, assim, a interminável procrastinação do feito por problemas meramente procedimentais.

Dispõe o art. 2º, inc. II e III, da Resolução n. 404/2009:“Art. 2º A intimação da União, suas autarquias e fundações públicas

observará as seguintes regras:I - (Omissis);II – nas causas de natureza fiscal, excetuadas as ações originárias,

será intimado o Procurador-Geral da Fazenda Nacional, nos termos do art. 131, § 3º, da Constituição da República, e dos arts. 4º, inc. III, e 12, incs. II e V, da Lei Complementar n. 73/2003;

III – nas causas de interesse da administração autárquica e fundacional da União, exceto o Banco Central do Brasil, será intimado o Procurador-Geral Federal, nos termos do art. 11, caput, e § 2º, inc. II, da Lei n. 10.480/2002”.

5. A matéria discutida nos autos é de natureza fiscal (imunidade tributária de entidade filantrópica).

6. Pelo exposto, defiro o pedido de intimação do Procurador-Geral da Fazenda Nacional.

À Secretaria Judiciária para que providencie a correção da

autuação e nova publicação da decisão às fls. 81-84, nos termos do art. 2º, inc. II e III, da Resolução n. 404/2009.

Publique-se.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 503.683 (791)ORIGEM : EDROAR - 64389220005 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ANTÔNIO LUIZ BARBOSA VIEIRAAGDO.(A/S) : KLUK MAGRIADV.(A/S) : RITA DE CÁSSIA BARBOSA LOPES

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) de acórdão do Tribunal Superior do Trabalho, em recurso ordinário em ação rescisória, cuja ementa tem o seguinte teor (fls. 160):

“AÇÃO RESCISÓRIA. DECADÊNCIA. DIES A QUO. RECURSO REPUTADO DESERTO. NÃO-ANTECIPAÇÃO TERMO INICIAL DO PRAZO. A interposição de recurso ordinário cabível em abstrato, no prazo legal, ainda que deserto, impede o trânsito em julgado, para os efeitos do Enunciado nº 100/TST. Assim, há de se prover, no aspecto, o atual Recurso ordinário para, afastando a decadência pronunciada pela Corte Regional, prosseguir no julgamento do mérito da lide, a teor da Orientação Jurisprudencial nº 79 desta c. SBDI-2.

AÇÃO RESCISÓRIA. NÃO-CABIMENTO. PRESCRIÇÃO TOTAL. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. PRECEITO DE LEI COM INTERPRETAÇÃO CONTROVERTIDA NOS TRIBUNAIS À ÉPOCA DA DECISÃO RESCINDENDA. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 11 DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO. A questão de saber qual seria a prescrição aplicável em se tratando de pedido de complementação dos proventos de aposentadoria advinda de norma regulamentar somente veio a ser definitivamente pacificada quando da edição dos Enunciados nºs 326 e 327 do TST, os quais disciplinam os casos de prescrição total e parcial. Considerando que tais Verbetes foram editados posteriormente à data da prolação da sentença rescindenda, os preceitos de lei indicados como violados possuíam interpretação controvertida nos Tribunais à época em que proferida referida decisão, afigurando-se então incabível a rescisória na espécie, o que rende ensejo à aplicação do óbice inscrito nas Súmulas nºs 83/TST e 343/STF, conforme autorizam a Orientação Jurisprudencial nº 77 desta eg. SBDI-2 e os precedentes desta Corte Superior Trabalhista e do Excelso Pretório.

AÇÃO RESCISÓRIA. NÃO-CABIMENTO. PRESCRIÇÃO TOTAL. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 7º INCISO XXIX DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Tal dispositivo constitucional limita-se a fixar o prazo de prescrição em dois anos, porém não regula se a prescrição é total ou apenas parcial. Violação direta não demonstrada. Ação rescisória que se julga improcedente.”

Alega-se que (1) a decisão rescindenda afrontou diretamente a Constituição ao não acolher a preliminar de prescrição da ação trabalhista; (2) e que o Tribunal a quo sonegou prestação jurisdicional. Sustenta-se violação dos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV, e 7º, XXIX, a, da Constituição federal.

É o relatório. Decido.A questão posta limitou-se ao cabimento de ação rescisória. As

Turmas do Supremo Tribunal Federal fixaram entendimento sobre o tema:“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE

INSTRUMENTO. AÇÃO RESCISÓRIA. HIPÓTESES DE CABIMENTO. OFENSA INDIRETA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. Acórdão fundado em normas processuais de admissibilidade da ação rescisória. Hipótese em que se houvesse afronta a preceitos da Constituição do Brasil, seria de forma indireta, pois a matéria cinge-se ao âmbito infraconstitucional. Inviabilidade de admissão do recurso extraordinário. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 439.863-AgR, rel. min. Eros Grau, Primeira Turma, DJ de 26.11.2004.)

“1. Inviável o processamento do extraordinário para debater questão processual, relativa a pressuposto de cabimento de ação rescisória. 2. Agravo regimental improvido.” (AI 366.571-AgR, rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ de 28.10.2004.)

A análise da matéria demandaria prévio exame da legislação infraconstitucional. Por essa razão, a ofensa ao texto da Constituição de 1988, se existisse, seria indireta ou reflexa, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário, por aplicação da Súmula 636 desta Corte.

Por fim, não há a alegada violação do art. 5º, XXXV, LIV e LV. Com efeito, o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, sem violação dos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa e com enfrentamento das questões suscitadas.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 141

Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 504.362 (792)ORIGEM : AC - 493292 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA SUBSTITUTA

:MIN. CÁRMEN LÚCIA

AGTE.(S) : COMPANHIA SIDERÚRGICA DA GUANABARA - COSIGUA

ADV.(A/S) : JOSÉ CARVALHO DE OLIVEIRAAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE

CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS. PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS DESTINADOS À EXPORTAÇÃO. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO. AGRAVO PREJUDICADO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido teve como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro:

“Tributário. Declaratória negativa de débito fiscal. Autonomia dos Estados em matéria tributária, observadas as exceções previstas na Constituição Federal. Poder de regulamentar impostos através de Convênios. Incidência do ICMS nas operações de venda de produtos industrializados a empresas comerciais exportadoras” (fl. 193).

3. A Agravante interpôs, simultaneamente, os recursos especial e extraordinário, ambos inadmitidos na origem (fls. 306-309).

No recurso extraordinário, alega que teria sido contrariado o art. 34, § 8º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Sustenta que o Decreto-Lei n. 406/1968 teria sido recepcionado pela Constituição de 1988 com status de lei complementar e que não poderia ser revogado pelos convênios celebrados entre os Estados, os quais não teriam o alcance que lhes foi dado pelo acórdão recorrido.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. O agravo de instrumento está prejudicado, por perda superveniente

de objeto.5. A Agravante interpôs agravo de instrumento, que foi provido para

determinar a subida do recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça. O recurso especial foi autuado sob o n. 77.182 e foi provido nos termos seguintes:

“RECURSO ESPECIAL. ICMS SOBRE EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS.

Não incide o ICMS na venda de produtos industrializados destinados a posterior exportação. Aplicação da Súmula 536 do STF.

Recurso especial conhecido e provido”.Contra essa decisão o Estado do Rio de Janeiro interpôs o Recurso

Extraordinário n. 230.909, ao qual neguei seguimento em 31.8.2009, cuja decisão transitou em julgado em 5.10.2009, conforme informação obtida no sítio deste Supremo Tribunal. Assim, operou-se a substituição expressa do título judicial, nos termos do art. 512 do Código de Processo Civil.

Assim, atendida a pretensão da Agravante pela decisão prolatada pelo Superior Tribunal de Justiça, o agravo de instrumento perdeu o objeto. Nesse sentido: RE 429.799-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJ 26.8.2005; e RE 252.245, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 6.9.2001.

6. Pelo exposto, julgo prejudicado o presente agravo de instrumento, por perda superveniente de objeto, e determino a baixa dos autos à origem (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 504.857 (793)ORIGEM : RESP - 522233 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : COOPERATIVA DE CRÉDITO RURAL ALFAADV.(A/S) : JANE A. STEFANES DOMINGUES

DECISÃO:Trata-se de recurso que versa, dentre outras questões, tema (incidência do PIS/COFINS sobre atos cooperativos. Possibilidade da MP 1.858/1999 revogar a isenção do art. 6º da LC 70/1991) em que foi reconhecia a existência de repercussão geral (RE 598.085-RG, rel. min. Eros Grau).

Assim, determino o sobrestamento deste feito até o julgamento do aludido recurso extraordinário, devendo os autos aguardar na Secretaria Judiciária.

Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 505.661 (794)ORIGEM : AI - 3006815200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTO

ANDRÉAGDO.(A/S) : PÉROLA ADMINISTRAÇÃO DE BENS S/AADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS FAGONI BARROS

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o AI715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, firmou entendimento, posteriormente confirmado no julgamento do RE 540.410-QO/RS, Rel. Min.CEZAR PELUSO, no sentido de que também se aplica o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos deduzidos contra acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 e que veiculem tema em relação ao qual já foi reconhecida a existência de repercussão geral.

Esta Suprema Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, apreciando o RE 590.751/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, e que coincide, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada na presente causa.

O tema objeto do recurso extraordinário representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos feitos, refere-se à discussão em torno da incidência, ou não, de juros compensatórios e moratórios sobre o parcelamento previsto no art. 78 do ADCT.

Sendo assim, e pelas razões expostas, dou provimento ao presente agravo de instrumento, para admitir o recurso extraordinário a que ele se refere, impondo-se, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei nº 11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 508.338 (795)ORIGEM : RESP - 409525 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : CESBE S/A - ENGENHARIA E EMPREENDIMENTOSADV.(A/S) : CAROLINA MIZUTAADV.(A/S) : WILMAR EPPINGER

DECISÃO: O recurso extraordinário a que se refere o presente agravo de instrumento revela-se processualmente viável, eis que se insurge contra acórdão que decidiu a causa em desconformidade com a orientação jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria ora em exame.

Com efeito, a colenda Segunda Turma desta Suprema Corte, ao julgar o RE 309.381-AgR/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE, fixou entendimento que torna plenamente acolhível a pretensão de direito material deduzida pela parte ora agravante:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. IMPOSTO DE RENDA. PESSOA JURÍDICA. BALANÇO. CORREÇÃO MONETÁRIA. LEINº8.088/90.

1. Não cabe ao Poder Judiciário agir como legislador positivo para alterar índice de correção monetária definido em lei. A majoração de índice de correção, no decorrer de um ano fiscal, não representa ofensa aos princípios da anterioridade e da irretroatividade. Precedente: RE200.844-AgR, DJ de 16/08/2002.

2. Conforme consignado pelo Plenário desta Corte no RE201.465, inexiste direito, fundado na Constituição, a índice de indexação real.

3. Agravo regimental improvido.”Cumpre ressaltar, por necessário, que esse entendimento vem

sendo observado em sucessivos julgamentos, monocráticos e colegiados, proferidos no âmbito do Supremo Tribunal Federal, a propósito de questão essencialmente idêntica à que ora se examina nesta sede recursal (RE 445.270-AgR/SP, Rel. Min. ELLEN GRACIE – RE540.143/RJ, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – AI 539.250/DF, Rel. Min. GILMAR MENDES – AI 546.006-AgR/RS, Rel. Min. GILMAR MENDES, v.g.).

O exame da presente causa evidencia que o acórdão impugnado em

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 142

sede recursal extraordinária diverge da diretriz jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou na análise da matéria em referência.

Sendo assim, pelas razões expostas, conheço do presente agravo de instrumento, para, desde logo, conhecer e dar provimento ao recurso extraordinário interposto pela parte ora agravante (CPC, art. 544, § 4º), em ordem a julgar improcedente a ação ordinária ajuizada pela parte ora agravada, invertidos os ônus da sucumbência.

Publique-se.Brasília, 06 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 517.997 (796)ORIGEM : AMS - 200170030065477 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : DISMAR - DISTRIBUIDORA MARINGÁ DE

ELETRODOMÉSTICOS LTDAADV.(A/S) : GUSTAVO DUARTE DA SILVA GOULARTAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : LEANDRO PINTO DE AZEVEDO

DESPACHO: A matéria discutida neste recurso (Contribuição Social – FGTS – LC 110/2001) aguarda apreciação pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal (ADI 2.556 e ADI 2.568, de minha relatoria).

Assim, determino o sobrestamento deste feito até o julgamento das aludidas ações, devendo os autos aguardar na Secretaria Judiciária.

Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 521.946 (797)ORIGEM : AC - 97030487351 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : RÁDIO EXCELSIOR LTDAADV.(A/S) : DANIEL SANTOS DE MELO GUIMARÃESAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO:Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição), por deserção.

A parte agravante alega que o recolhimento do preparo em agência bancária diversa da definida pelo Tribunal a quo não resultou em prejuízo.

Contudo, ambas as Turmas desta Corte entendem que compete ao órgão jurisdicional de origem estabelecer o banco e a agência em que deve ser recolhido o preparo. A adoção de procedimento que não se harmonize com o estabelecido por esse órgão inviabiliza o trâmite do recurso extraordinário (cf. AI 504.185-AgR, rel. min. Ellen Gracie, DJ de 03.02.2006, e AI 518.647-AgR, rel. min. Eros Grau, DJ de 19.08.2005).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 529.243 (798)ORIGEM : RESP - 554098 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : TINTURARIA E LAVANDERIA ESTRELA DO MATOSO

LTDAADV.(A/S) : CID AUGUSTO MENDES CUNHA

DECISÃOCONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA – COMPENSAÇÃO –

AFASTAMENTO DE INCIDÊNCIA DE NORMAS LEGAIS – AUSÊNCIA DE ENTENDIMENTO CONTRÁRIO À CONSTITUIÇÃO FEDERAL – AGRAVO DESPROVIDO.

1.A Corte de origem assentou que não se aplicam ao caso as Leis nos

9.032/95 e 9.129/95, isso relativamente à limitação do valor a ser compensado. Em momento algum, adotou entendimento sob o ângulo constitucional. Considerou, sim, certo fato, ou seja, a declaração de inconstitucionalidade da cobrança da contribuição quanto a autônomos e avulsos, para concluir que não são aplicáveis os limites quando se tratar de compensação de créditos por indevido pagamento de tributos declarados inconstitucionais pelo Supremo. Assim, o recurso padece da ausência do

indispensável prequestionamento, no que o Instituto evoca, na via inversa, a transgressão do inciso XXXVI do artigo 5º da Carta Federal. De igual forma é de se concluir no tocante à regra do artigo 97 da Lei Fundamental. Não se está diante de pronunciamento do Superior Tribunal de Justiça acerca do órgão competente para apreciar a harmonia, ou não, de determinado diploma com o texto constitucional. Vale frisar, mais uma vez, que o que decidido repousa em interpretação das Leis nos 9.032/95 e 9.129/95.

2.Conheço do agravo e o desprovejo.3.Publiquem.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 534.363 (799)ORIGEM : PROC - 200271000534780 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : RUI PEDRO BUGSADV.(A/S) : FLÓSCULO ANTONIO CARVALHO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) em que se alega violação do disposto nos arts. 5º, LIV, LIV e 98, I, da Carta Magna.

O Supremo Tribunal Federal tem entendimento pacífico no sentido de que questões relativas à admissibilidade recursal constituem matéria infraconstitucional, de competência exclusiva do Tribunal a quo. Assim, qualquer alegação de ofensa ao texto constitucional se daria de forma indireta ou reflexa, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário.

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 536.145 (800)ORIGEM : AI - 70006041933 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : ADY HELLER TOTTAADV.(A/S) : JOSSANA CECCHI BERNARDI

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário formado contra acórdão que determinou o bloqueio de valores em conta do ente público para garantir pagamento de obrigação.

Alega o recorrente que a decisão recorrida afronta o art. 100, § 2º, da Constituição, levando-se em conta que a única hipótese possível de bloqueio de verbas públicas diz respeito à violação da ordem de pagamento de precatórios.

Sem razão a parte recorrente.Inexiste a alegada afronta ao art. 5º, XXXV, da Constituição,

porquanto o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, tendo enfrentado as questões que lhe foram postas.

Ademais, a Segunda Turma desta Corte, no AI 597.182-AgR, rel. min. Cezar Peluso, DJ 06.11.2006, firmou entendimento de que a violação à Constituição haveria de ser reflexa, já que os fundamentos da decisão recorrida careciam de fundamentação na Constituição. Assentou-se também que a alegada ofensa ao art. 100, caput e § 2º, da Constituição federal restaria afastada em razão de o bloqueio de verbas, como meio coercitivo para cumprimento de determinação judicial, não guardar identidade de tema com o teor do aludido dispositivo da Constituição.

No mesmo sentido, os seguintes precedentes: AI 662.822 (rel. min. Celso de Mello, DJ 17.10.2007), AI 635.766 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 13.03.2007), AI 636.525 (rel. min. Cármen Lúcia, DJ 02.08.2007) e AI 622.703 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJ 16.03.2007).

Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 21 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 541.359 (801)ORIGEM : AR - 1999305487 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DO PARÁ

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 143

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁAGDO.(A/S) : MARIA HELENA RABELO DA COSTAADV.(A/S) : ANTONINO MAIA DA SILVA

DECISÃO: O presente agravo de instrumento insurge-se contra decisão que negou trânsito a recurso extraordinário interposto pela parte ora agravante.

Os fundamentos em que se apoiou esse juízo negativo de admissibilidade evidenciam a inviabilidade do apelo extremo em questão, especialmente se examinados em face da própria jurisprudência predominante nesta Suprema Corte.

Na realidade, o Supremo Tribunal Federal, tendo em vista a natureza do recurso extraordinário, vem salientando que essa modalidade de recurso excepcional não se revelará admissível nos casos de ofensa reflexa ao texto da Constituição (RTJ 120/912 – RTJ132/455 – RTJ 161/284) ou de exame de fatos e provas (Súmula279/STF – RTJ196/1011 – RTJ 191/1089) ou de ausência de prequestionamento explícito (RTJ 125/1368 – RTJ 131/1391 – RTJ144/300) ou de alegada transgressão a direito local (Súmula280/STF – RTJ 201/810 – RTJ194/381), valendo referir, ainda, quanto ao aspecto em causa, julgados que reafirmam a orientação jurisprudencial prevalecente nesta Suprema Corte:

“- As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, da inafastabilidade do controle jurisdicional, da coisa julgada, da motivação dos atos decisórios e da plenitude de defesa, por dependerem de exame prévio e necessário da legislação comum, podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, o que não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.”

(RTJ 191/343-344, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - ALEGADA VIOLAÇÃO A

PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO CONHECIDO.

.......................................................- O procedimento hermenêutico do Tribunal de jurisdição inferior -

quando examina o quadro normativo positivado pelo Estado e dele extrai, para resolução do litígio, a interpretação dos diversos diplomas de natureza infraconstitucional que o compõem - não transgride, diretamente, o princípio da legalidade. Precedentes.”

(RE 197.825/SP, Rel. p/ o acórdão Min. CELSO DE MELLO)A diretriz jurisprudencial que venho de mencionar aplica-se, por

inteiro, ao caso em exame, tal como consignado nas razões de ordem jurídico-processual que dão suporte à decisão ora agravada.

Sendo assim, em face das razões expostas, e considerando, ainda, o parecer da douta Procuradoria Geral da República, nego provimento a este agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 21 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 544.647 (802)ORIGEM : AC - 20020079049 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSO DO SULAGDO.(A/S) : IRMA DE MELO ROCHENSELADV.(A/S) : RENATA BARBOSA LACERDA OLIVA

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição Federal) contra acórdão, prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul que, reformando parcialmente a sentença, concedeu indenização em razão de demora na apreciação de pedido de aposentadoria, o que teria causado danos à parte agravada.

No caso, o acórdão recorrido adotou a tese de que a omissão do Poder Público foi juridicamente relevante, configurando abuso de poder. Ora, impossível chegar à conclusão diversa sem reexaminar fatos e provas, o que encontra óbice na súmula 279 do Tribunal.

Ante o exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 546.003 (803)ORIGEM : AC - 1892211 - TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁ

AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

DECISÃO: O recurso extraordinário a que se refere o presente agravo de instrumento não impugna todos os fundamentos em que se apóia o acórdão recorrido.

Isso significa - considerando-se o que enuncia a Súmula283/STF - que o recurso extraordinário em questão revela-se inadmissível, porque, não obstante a existência de mais de um fundamento suficiente, apto a sustentar, por si só, a decisão recorrida, o apelo extremo não impugnou, de maneira necessariamente abrangente, todos eles.

Cabe enfatizar, neste ponto, que qualquer dos fundamentos jurídicos em que se apóia o acórdão recorrido revela-se bastante para viabilizar a subsistência autônoma da decisão em causa, fazendo incidir, sobre o mencionado apelo extremo, a fórmula jurisprudencial consubstanciada na Súmula 283/STF, segundo a qual “É inadmissível recurso extraordinário quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles”.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por mais de uma vez, já se pronunciou no sentido da imprescindibilidade de a parte recorrente, quando da interposição do recurso extraordinário, impugnar todos os fundamentos suficientes que dão suporte ao acórdão recorrido (RTJ152/243-244, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE - RTJ175/1149-1150, Rel. Min. ILMAR GALVÃO – RE 217.726/RS, Rel. Min. MOREIRA ALVES - RE318.090-AgR/MG, Rel. Min. ELLEN GRACIE - RE364.018-AgR/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE, v.g.):

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. (...). FUNDAMENTO SUFICIENTE NÃO IMPUGNADO NO APELO EXTREMO.

1. Na hipótese, o acórdão impugnado adota dois fundamentos suficientes (...).

2. O recurso extraordinário, todavia, abrange apenas o primeiro deles. Incidência da Súmula STF nº 283.

3. Agravo regimental improvido.”(RE 402.097-AgR/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE - grifei)Sendo assim, considerando as razões expostas, e atento à Súmula

283/STF, nego provimento a este agravo de instrumento, por revelar-se inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 547.235 (804)ORIGEM : AR - 1054920 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁAGDO.(A/S) : ANTÔNIO JOSÉ DE MEDEIROS CRUZADV.(A/S) : CARLOS VITOR MARANHÃO DE LOYOLA

DECISÃO: O presente agravo de instrumento insurge-se contra decisão que negou trânsito a recurso extraordinário interposto pela parte ora agravante.

Os fundamentos em que se apoiou esse juízo negativo de admissibilidade evidenciam a inviabilidade do apelo extremo em questão, especialmente se examinados em face da própria jurisprudência predominante nesta Suprema Corte.

Na realidade, o Supremo Tribunal Federal, tendo em vista a natureza do recurso extraordinário, vem salientando que essa modalidade de recurso excepcional não se revelará admissível nos casos de ofensa reflexa ao texto da Constituição (RTJ 120/912 – RTJ132/455 – RTJ 161/284) ou de exame de fatos e provas (Súmula279/STF – RTJ196/1011 – RTJ 191/1089) ou de ausência de prequestionamento explícito (RTJ 125/1368 – RTJ 131/1391 – RTJ144/300) ou de alegada transgressão a direito local (Súmula280/STF – RTJ 201/810 – RTJ194/381), valendo referir, ainda, quanto ao aspecto em causa, julgados que reafirmam a orientação jurisprudencial prevalecente nesta Suprema Corte:

“- As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, da inafastabilidade do controle jurisdicional, da coisa julgada, da motivação dos atos decisórios e da plenitude de defesa, por dependerem de exame prévio e necessário da legislação comum, podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, o que não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.”

(RTJ 191/343-344, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - ALEGADA VIOLAÇÃO A

PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO CONHECIDO.

.......................................................- O procedimento hermenêutico do Tribunal de jurisdição inferior -

quando examina o quadro normativo positivado pelo Estado e dele extrai,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 144

para resolução do litígio, a interpretação dos diversos diplomas de natureza infraconstitucional que o compõem - não transgride, diretamente, o princípio da legalidade. Precedentes.”

(RE 197.825/SP, Rel. p/ o acórdão Min. CELSO DE MELLO)A diretriz jurisprudencial que venho de mencionar aplica-se, por

inteiro, ao caso em exame, tal como consignado nas razões de ordem jurídico-processual que dão suporte à decisão ora agravada.

Sendo assim, em face das razões expostas, nego provimento a este agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 21 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 554.304 (805)ORIGEM : AC - 200400106260 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : CARLOS MIGUEL COUTINHOADV.(A/S) : WELLINGTON BERTHOUX

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) em que se discute a suspensão de benefício concedido judicialmente por ato administrativo do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.

No tocante à pretendida violação do art. 5º, XXXVI, da Carta Magna, tem razão o despacho agravado ao salientar que essa violação, por demandar o exame prévio dos limites objetivos da coisa julgada em face da legislação processual infraconstitucional, é indireta ou reflexa, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 21 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 554.685 (806)ORIGEM : AC - 2941703 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : CARREFOUR COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDAADV.(A/S) : DANILO SAHIONEAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Sendo assim, pelas razões expostas, e considerando, ainda, a existência de precedentes específicos sobre a matéria ora em exame (AI 409.312-AgR/PE, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – AI 535.697/RJ, Rel. Min. CEZAR PELUSO – AI 550.113-AgR/MG, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – AI 600.705-AgR/PR, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – AI 762.043/CE, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI), nego provimento ao presente agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 557.578 (807)ORIGEM : AC - 70001385566 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA -

CEEEADV.(A/S) : REGINA MOTTA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MAURÍCIO ESTROUGOADV.(A/S) : MÔNICA GUAZZELLI ESTROUGO E OUTRO(A/S)

DECISÃO:É firme a orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido de que constitui ônus da parte agravante infirmar todos os fundamentos em que se baseou a decisão agravada para negar seguimento ao recurso extraordinário. Confira-se, a título exemplificativo, o seguinte julgado:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INVIABILIDADE DO AGRAVO. ARTIGO 317, § 1º DO RISTF.

1.Incumbe ao recorrente o dever de impugnar os fundamentos da decisão recorrida.

2.Inviável, diante da regra do § 1º do artigo 317 do RISTF, o agravo de instrumento que se limita a reiterar as razões do recurso extraordinário sem abordar o fundamento da decisão agravada.

Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 330.535-AgR, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ 21.09.2001)

No mesmo sentido, os seguintes precedentes: AI 488.369 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 02.04.2004), AI 488.975 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ 31.05.2004), AI 482.984 (rel. min. Cezar Peluso, DJ 20.05.2004) e AI 503.582 (rel. min. Nelson Jobim, DJ 25.05.2004).

No presente caso, o agravante não impugnou a assertiva de incidência do óbice das Súmulas 279 e 454 deste Tribunal. Disso decorre que a agravante não logrou desincumbir-se do ônus que lhe cabia.

Do exposto, nego seguimento ao agravo. Publique-se. Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 574.431 (808)ORIGEM : AC - 200300132830 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESCRITORIO CENTRAL DE ARRECADAÇÃO E

DISTRIBUIÇÃO - ECADADV.(A/S) : LEONARDO PIETRO ANTONELLIAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a e c, da Constituição federal) em que se alega violação do disposto nos arts 156, § 1º, e 182, § 4º, II, da Carta Magna.

O acórdão recorrido declarou válida a cobrança de IPTU mediante a utilização de alíquotas diferenciadas em função da destinação da propriedade imóvel.

O Supremo Tribunal Federal fixou orientação quanto à ausência de identidade entre a progressividade fiscal, vedada na linha subjacente à Súmula 668/STF, e o estabelecimento de alíquotas diferenciadas para a tributação de propriedade territorial urbana, conforme o imóvel esteja edificado ou não, ou em razão da destinação residencial, comercial ou industrial do imóvel.

Confiram-se, nesse sentido, os seguintes precedentes:“EMENTA: IPTU: Município do Rio de Janeiro. A criação de alíquotas

diferentes para imóveis residenciais e não-residenciais não fere a Constituição Federal (v.g. RE 229.233, 26.3.1999, Ilmar Galvão, DJ 25.6.1999). Caso anterior à EC 29/2000.” (RE 427.488-AgR, rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ de 19.05.2006)

“TRIBUTÁRIO. IPTU. MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO. LEI Nº 5.447/93, ART. 25, REDAÇÃO DA LEI Nº 5.722/94. ALEGADA OFENSA AO ART. 156 DA CONSTITUIÇÃO.

Simples duplicidade de alíquotas, em razão de encontrar-se, ou não, edificado o imóvel urbano, que não se confunde com a progressividade do tributo, que o STF tem por inconstitucional quando não atendido o disposto no art. 156, § 1º, aplicado com as limitações expressamente constantes dos §§ 2º e 4º do art. 182 da Carta de 1988.

Recurso não conhecido.” (RE 229.233, rel. min. Ilmar Galvão, DJ de 25.06.1999)

Confiram-se, ainda, o RE 392.144, rel. min. Celso de Mello, DJ de 05.08.2005; o AI 478.384, rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 15.04.2005, e o AI 472.280, rel. min. Eros Grau, DJ de 09.09.2004.

Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 590.011 (809)ORIGEM : AC - 20050008472 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 145

AGTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : ESTÁCIO DA SILVEIRA LIMAAGDO.(A/S) : MARIA DO SOCORRO ALBUQUERQUE MOTAADV.(A/S) : MÁRIO OLIVEIRA LEAHY

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, alegou-se ofensa ao art. 5º, XXXV e LV, da Constituição Federal.

O agravo não merece acolhida. A agravante não indicou corretamente o dispositivo constitucional autorizador do recurso extraordinário, requisito indispensável ao seu conhecimento, a teor do art. 321 do RISTF. No mesmo sentido: AI 558.254-AgR/SP, de minha relatoria; AI 357.834-AgR/BA, Rel. Min. Celso de Mello; AI 554.630-AgR/RJ, Rel. Min. Carlos Velloso.

Além disso, a orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, XXXV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Por fim, a apreciação do RE demanda o exame de matéria de fato, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 597.415 (810)ORIGEM : EIAC - 655961021 - 2º TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : SERGIO CARLOS CSOBIADV.(A/S) : GLÁUCIA SUDATTIAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHO: Vistos, etc.Oficie-se ao Superior Tribunal de Justiça, solicitando-lhe que informe,

tão logo ocorra, o trânsito em julgado do recurso especial concomitantemente interposto (REsp 660408), remetendo a esta Corte a cópia pertinente.

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 08 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 597.571 (811)ORIGEM : AI - 3614545300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : SOCIEDADE HOSPITAL SAMARITANOADV.(A/S) : MARCOS VINÍCIUS PASSARELLI PRADOAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Vistos, etc.O agravo não merece acolhida. Isso porque o recurso extraordinário

foi interposto contra acórdão que, em sede de agravo de instrumento, cassou decisão que deferira pedido liminar. É dizer: o apelo extremo não preenche o requisito do inciso III do art. 102 da Constituição Federal. Dispositivo que prevê a competência do Supremo Tribunal Federal para julgar, “mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância [...]”.

2. Nesse sentido, leia-se o seguinte trecho da ementa do AI 597.618-AgR, da relatoria do ministro Celso de Mello:

“Não cabe recurso extraordinário contra decisões que concedem ou que denegam a antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional ou provimentos liminares, pelo fato de que tais atos decisórios —— precisamente porque fundados em mera verificação não conclusiva da ocorrência do ‘periculum in mora’ e da relevância jurídica da pretensão deduzida pela parte interessada —— não veiculam qualquer juízo definitivo de constitucionalidade, deixando de ajustar-se, em conseqüência, às hipóteses consubstanciadas no art. 102, III, da Constituição da República. Precedentes.”

3. Vejam-se, também: os REs 158.439 e 263.038, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence; 239.874-AgR, da relatoria do ministro Maurício Corrêa; 315.052, da relatoria do ministro Moreira Alves; e o AI 467.603-AgR, da relatoria do ministro Carlos Velloso; e AC 410, de minha relatoria.

4. Para arrematar, invoco a Súmula 735 do Supremo Tribunal:

“NÃO CABE RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONTRA ACÓRDÃO QUE DEFERE MEDIDA LIMINAR.”

Isso posto, e frente ao art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 15 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 598.042 (812)ORIGEM : PROC - 11768084 - 1º TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAMPINASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPINASAGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE EMÍLIA BACELO RAGGHIANTEADV.(A/S) : AVELINO CESAR DE ASSUNÇÃO

Petições/STF nºs 109.087/2009 e 109.119/2009DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO – AUTUAÇÃO – RETIFICAÇÃO.REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL – INTIMAÇÕES.1. Juntem.2.Eis as informações prestadas pelo Gabinete:O Espólio de Emília Bacelo Ragghiante requer a habilitação nos

autos. Apresenta procuração dos herdeiros Celina Bacelo Ragghianti Checchia e Álvaro Bacelo Ragghianti bem como cópia da certidão de óbito, da decisão em que Celina Bacelo Ragghianti Checchia foi nomeada inventariante e do pedido de habilitação protocolado no processo principal em 2 de fevereiro de 2005. Indica os nomes dos Drs. Avelino Cesar de Assunção e Sarah Elisabeth de Carvalho para constar das futuras intimações.

Consigno ser agravada Emília Bacelo Ragghiante, mas a contraminuta foi apresentada em nome dos herdeiros Celina Bacelo Ragghianti Checchia e Álvaro Bacelo Ragghianti, nela existindo menção ao pedido de habilitação feito na origem. Daí o equívoco na autuação do agravo de instrumento, na qual ambos foram incluídos como agravados.

Na mencionada certidão de óbito, consta que a agravada era viúva e deixou apenas dois filhos - Celina e Álvaro.

Esclareço que não há nos autos a habilitação dos herdeiros nem a comprovação de que foram habilitados na origem.

Os autos estão no Gabinete.3.Retifiquem a autuação, para constar como agravado o Espólio de

Emília Bacelo Ragghiante.4.O credenciamento de vários profissionais da advocacia não enseja

as inserções pretendidas. A parte deve indicar a preferência no registro do nome de um deles. Não o fazendo, observar-se-á o que disposto no artigo 236 do Código de Processo Civil quanto às intimações e, no tocante à autuação, a regra do lançamento de nome seguido da expressão “e outros”. Procedam como consignado.

5.Publiquem.Brasília, 11 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 598.247 (813)ORIGEM : AC - 200485000031365 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : JOSÉ FREIRE DE SOUZAADV.(A/S) : BENTO JOSÉ DE MENEZES E SILVA

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto contra acórdão, proferido por Tribunal Regional Federal que considerou inconstitucional a contribuição previdenciária sobre a remuneração paga aos titulares de mandatos eletivos.

O Plenário desta Corte examinou essa questão no RE 351.717 (rel. min. Carlos Velloso, DJ 21.11.2003), cuja ementa tem o seguinte teor:

“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. PREVIDÊNCIA SOCIAL. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL: PARLAMENTAR: EXERCENTE DE MANDATO ELETIVO FEDERAL, ESTADUAL ou MUNICIPAL. Lei 9.506, de 30.10.97. Lei 8.212, de 24.7.91. C.F., art. 195, II, sem a EC 20/98; art. 195, § 4º; art. 154, I.

I. – A Lei 9.506/97, § 1º do art. 13, acrescentou a alínea h ao inc. I do art. 12 da Lei 8.212/91, tornando segurado obrigatório do regime geral de previdência social o exercente de mandato eletivo, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social.

II. – Todavia, não poderia a lei criar figura nova de segurado obrigatório da previdência social, tendo em vista o disposto no art. 195, II, C.F.. Ademais, a Lei 9.506/97, § 1º do art. 13, ao criar figura nova de segurado obrigatório, instituiu fonte nova de custeio da seguridade social, instituindo contribuição social sobre o subsídio de agente político. A instituição dessa

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STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 146

nova contribuição, que não estaria incidindo sobre “a folha de salários, o faturamento e os lucros” (C.F., art. 195, I, sem a EC 20/98), exigiria a técnica da competência residual da União, art. 154, I, ex vi do disposto no art. 195, § 4º, ambos da C.F. É dizer, somente por lei complementar poderia ser instituída citada contribuição.

III. – Inconstitucionalidade da alínea h do inc. I do art. 12 da Lei 8.212/91, introduzida pela Lei 9.506/97, § 1º do art. 13.

IV. – R.E. conhecido e provido.”Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se. Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 599.740 (814)ORIGEM : AC - 3208235800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL -

PETROSADV.(A/S) : LUCIANE MESQUITA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARIA NICE ALVAREZ DA COSTAADV.(A/S) : JAIR CAETANO DE CARVALHO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão da Tribunal de Justiça de São Paulo e assim ementado:

“I – Previdência Privada. Fundação Petros. Suplemento de pensão. Inocorrência de nulidade por cerceamento de defesa pela impossibilidade de produção de perícia atuarial.

II – A questão puramente interpretativa da regra insculpida no Regulamento do Plano de Benefícios. A matéria é puramente de direito, não havendo nenhum cerceamento, diante da manifesta desnecessidade de produção de prova pericial.

III – A forma de suplementação pretendida pela autora encontra respaldo no art. 31 do Regulamento Básico, isto é, a base de cálculo é a suplementação da aposentadoria (real ou presumida), considerando-se que esta se ancora no salário real do benefício. Assim não pode, para se chegar a pretensão da autora, basear-se primeiramente, no salário real do benefício sem antes haver a verificação de qual o valor para a suplementação da aposentadoria do falecido. Recurso improvido”. (fl. 212).

O recorrente alega, com base no art. 102, III, a, violação ao art. 5º, caput, II e LV, da Constituição Federal.

2.Conquanto admissível o agravo, inviável o recurso extraordinário.Com efeito, o tema constitucional ora suscitado não foi objeto de

consideração no acórdão recorrido, faltando-lhe, assim, o requisito do prequestionamento, que deve ser explícito (súmula 282).

Ainda que assim não fosse, o acórdão impugnado decidiu a causa com base no conjunto fático-probatório e na legislação infraconstitucional incidente, de modo que eventual ofensa à Constituição Federal seria, aqui, apenas indireta.

Ora, é pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má-interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, pretensão de reexame de provas (súmula 279).

De igual modo, suposta violação às garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa configuraria, aqui, ofensa meramente reflexa à Constituição da República, porque sua eventual caracterização dependeria de exame prévio de norma infraconstitucional, o que também é inadmissível, como já notou a Corte em casos análogos:

“(...) as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário.” (AI nº 372.358-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 11.6.2002. Nesse sentido: AI nº 360.265-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 20.9.2002).

3.Ante o exposto, dou provimento ao agravo, convertendo-o em recurso extraordinário, a que nego seguimento (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 14 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 610.793 (815)ORIGEM : AC - 1505355 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : TRACTEBEL ENERGIA S/AADV.(A/S) : CINARA RAQUEL ROSOAGDO.(A/S) : MANOEL JOSÉ DE OLIVEIRA

ADV.(A/S) : JEFFERSON MARCOS BIAGINI MEDINA

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de processo em que se discute a competência para julgar

causas que envolvam complementação de aposentadoria por entidades de previdência privada.

2. Pois bem, o Supremo Tribunal Federal concluiu pela presença de repercussão geral na matéria em exame (RE 586.453, sob a relatoria da ministra Ellen Gracie).

Isso posto, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário. Com base no parágrafo único do art. 328 do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 13 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 611.481 (816)ORIGEM : AMS - 200438000186495 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : MILTON DONIZETE DA SILVAADV.(A/S) : CLÉO DNAR DE MESQUITA

DESPACHO (Petição n. 39.478/2009)AGRAVO DE INSTRUMENTO. REPRESENTAÇÃO JUDICIAL DO

INSS: PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL. INTIMAÇÃO. REPUBLICAÇÃO DA DECISÃO COM REABERTURA DO PRAZO RECURSAL.

1. Em 12.3.2009, neguei seguimento a este agravo, em razão da harmonia entre a decisão agravada e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (fls. 108-113).

A decisão foi publicada no Diário da Justiça eletrônico de 24.3.2009, e o mandado de intimação devidamente cumprido foi juntado em 1º.4.2009, conforme certidão à fl. 114.

2. Em 13.4.2009, por meio de petição, o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS prestou as seguintes informações:

“A Lei n.º 11.457, de 16 de março de 2007 (DOU 19/03/2007), criou a SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Estabeleceu, ainda, que a partir de 01/05/2007, o débito original e seus acréscimos legais, além de outras multas previstas em lei, relativos às contribuições de que tratam os seus arts. 2.º e 3.º (contribuições previdenciárias e contribuições devidas a terceiros), passam a constituir Dívida Ativa da União. Assim, a partir de 1.º de maio de 2007, compete à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN a representação judicial da União na cobrança de tais créditos.

O referido diploma legal estabeleceu, também, a forma de transição da representação judicial do INSS nas ações em que se discutia sobre tais contribuições.

Dessa forma, coube à Procuradoria-Geral Federal – PGF, por força da ressalva estabelecida nos §§1.º e 3.º do art. 16 da Lei 11.457/2007, representar judicialmente o INSS no período entre 01/05/2007 e 31/03/2008, nas ações que tinham por objeto créditos tributários anteriormente inscritos na Dívida Ativa do INSS.

A partir de 01/04/2008, porém, todo o estoque de dívida ativa do INSS passou a constituir Dívida Ativa da União” (fls. 118-119).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO . 3. A divergência sobre a intimação do Instituto Nacional do Seguro

Social – INSS é problema que vem se arrastando há muito tempo e resultando em demora excessiva para a conclusão de casos como o dos autos.

4. Dada a indefinição no âmbito da União acerca da sua representação judicial, em sessão administrativa realizada em 5.8.2009, este Supremo Tribunal Federal aprovou a Resolução n. 404/2009, publicada em 12.8.2009, para estabelecer, com fundamento na Constituição da República e na legislação infraconstitucional, o procedimento correto para a intimação da União, suas autarquias e fundações, evitando-se, assim, a interminável procrastinação do feito por problemas meramente procedimentais.

Dispõe o art. 2º, inc. II e III, da Resolução n. 404/2009:“Art. 2º A intimação da União, suas autarquias e fundações públicas

observará as seguintes regras:I - (Omissis);II – nas causas de natureza fiscal, excetuadas as ações originárias,

será intimado o Procurador-Geral da Fazenda Nacional, nos termos do art. 131, § 3º, da Constituição da República, e dos arts. 4º, inc. III, e 12, incs. II e V, da Lei Complementar n. 73/2003;

III – nas causas de interesse da administração autárquica e fundacional da União, exceto o Banco Central do Brasil, será intimado o Procurador-Geral Federal, nos termos do art. 11, caput, e § 2º, inc. II, da Lei n. 10.480/2002”.

5. A matéria discutida nos autos é de natureza fiscal (constitucionalidade da contribuição social incidente sobre o subsídio dos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 147

exercentes de mandato eletivo).6. Pelo exposto, defiro o pedido de intimação do Procurador-Geral

da Fazenda Nacional.À Secretaria Judiciária para que providencie a correção da

autuação e nova publicação da decisão às fls. 108-113, nos termos do art. 2º, inc. II e III, da Resolução n. 404/2009.

Brasília, 8 de outubro de 2009.Publique-se.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 613.066 (817)ORIGEM : AC - 2134934 - TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : OSTEN FERRAGENS LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FLÁVIO ZANETTI DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CURITIBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA

DECISÃO: (Referente às Petições nºs 84747 e 86739)Homologo o pedido de desistência do recurso, feito por procurador

com poderes bastantes, e determino o retorno dos autos à origem.Publique-se.Brasília, 02 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 613.167 (818)ORIGEM : AC - 1591091 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : AUTO POSTO TUIUTI LTDAADV.(A/S) : LUIZ ALBERTO GIOMBELLI SIMONIAGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

DECISÃO: Afasto o sobrestamento de fls. 203 e, em conseqüência, passo a examinar o presente agravo de instrumento.

Este recurso não impugna todos os fundamentos em que se apóia o ato decisório ora questionado.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por mais de uma vez, já se pronunciou no sentido da imprescindibilidade de a parte recorrente, quando da interposição do agravo de instrumento, impugnar todas as razões em que se assentou a decisão que não admitiu o recurso extraordinário (RTJ 133/485 - RTJ 145/940 - RTJ158/975).

Sendo assim, pelas razões expostas, não conheço do presente agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 14 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 622.955 (819)ORIGEM : AC - 1484222 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : INDÚSTRIAS GESSY LEVER LTDAADV.(A/S) : MARIA SILVIA TADDEI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de agravo de instrumento contra decisão obstativa de

recurso extraordinário, este interposto com fundamento nas alíneas “a” e “c” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Acórdão cuja ementa é a seguinte (fls. 14):

“TRIBUTÁRIO - ICMS - FARELO DE SOJA TOSTADO E ÓLEO DEGOMADO DESTINADOS À EXPORTAÇÃO - PRETENSÃO DE NÃO-INCIDÊNCIA - ORDEM JURÍDICA ANTERIOR À LEI COMPLEMENTAR N. 87/96 - PRODUTOS SUJEITOS À TRIBUTAÇÃO EM TELA - PLEITO JULGADO PARCIALMENTE PROCEDENTE - REFORMA DA SENTENÇA.

Reconhecida a legalidade da atribuição do CONFAZ e do Convênio n. 15/91, para compor a listagem dos produtos que se enquadram na classificação de industrializados semi-elaborados (arts. 1º e 2º da LC n. 65/91), excepcionados do benefício da não-incidência tributária, legítimo é o lançamento do ICMS sobre as operações destinadas à exportação de óleo degomado e farelo de soja tostado, na ordem jurídica vigente antes da Lei Complementar n. 87/96. RECURSO DO RÉU PROVIDO, DESPROVIDO O DA AUTORA E PREJUDICADO O REEXAME NECESSÁRIO.”

2. Pois bem, a parte recorrente sustenta ofensa à alínea “a” do inciso X do § 2º do art. 155 da Constituição Republicana.

3. Tenho que o agravo não merece acolhida. Isso porque entendimento diverso do adotado pelo aresto impugnado exigiria o reexame

da legislação infraconstitucional pertinente (Lei Complementar nº 65/91) e a análise do conjunto fático-probatório dos autos, providências vedadas neste momento processual. No mesmo sentido, vejam-se os AIs 215.933, da relatoria do ministro Joaquim Barbosa; 393.181, da relatoria do ministro Cezar Peluso; e 600.865, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski.

4. Não bastasse, pontuo que o Superior Tribunal de Justiça negou provimento ao recurso especial simultaneamente manejado com o extraordinário. É dizer: permanecem incólumes os fundamentos infraconstitucionais do aresto impugnado. Incide a Súmula 283 do STF.

5. À derradeira, quanto à alínea “c” do inciso III do art. 102 do Magno Texto, é de se aplicar a Súmula 284 do STF.

Isso posto, e frente ao caput do art. 557 do CPC e ao § 1o do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 627.562 (820)ORIGEM : RESP - 434834 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : ORLANDO SIMÕES BENTOADV.(A/S) : JEFFERSON FRANCISCO ALVESADV.(A/S) : JOAQUIM FRANCISCO ALVES

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. DESNECESSIDADE DE NOVA CITAÇÃO PARA EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO COMPLEMENTAR. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 730 DO CPC. AUSÊNCIA. VIOLAÇÃO DE PRECEITOS CONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO.” (fls. 131-136)

2.No RE, sustenta-se ofensa ao art. 100, § 3º e 4º, da Constituição Federal (fls. 138-143).

3.Preliminarmente, verifico que a questão constitucional, à qual se alegou violação, não foi prequestionada, porque não abordada pelo acórdão recorrido, e ao qual não foram opostos embargos de declaração para satisfazer o requisito do prequestionamento (Súmulas STF 282 e 356).

4.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 632.672 (821)ORIGEM : PROC - 18336256 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : CARLOS ORTEGA GIMENEZADV.(A/S) : ADRIANO TADEU TROLIAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que, com base na Lei estadual nº 4.819/58 e na Lei Complementar estadual nº 200/74, negou pedido de complementação de aposentadoria.

No recurso extraordinário, o recorrente sustenta, com base no art. 102, III, a, ofensa ao art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal.

2.Conquanto admissível o agravo, inviável o recurso.O Plenário desta Corte, ao julgar o RE nº 168.046-Edv (Rel. Min.

ILMAR GALVÃO, DJ de 2.5.2003), decidiu que a controvérsia não envolvia questão de direito adquirido, limitando-se à interpretação de lei local, que não pode ser revista em recurso extraordinário (súmula 280).

E, bem por isso, pretensões idênticas têm sido aqui repelidas. Cite-se, a título de exemplo, o AI nº 494.425-AgR (da minha relatoria, DJ de 12.11.2004), assim ementado:

“1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Servidor público. Aposentadoria. Complementação. Questão infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. Súmulas 280. A questão relativa à complementação de aposentadoria fundada nas Leis estaduais nºs 1.386/51, 4.819/58 e na Lei Complementar estadual nº 200/74, é infraconstitucional, cujo reexame não é admitido em recurso extraordinário. 2. RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado” (No mesmo sentido: AI nº 565.437-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJ de 31.7.2008; AI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 148

nº 607.504-AgR, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ de 26.10.2007). 3.Ante o exposto, dou provimento ao agravo, convertendo-o em

recurso extraordinário, a que nego seguimento (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Intimem-se.Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 632.761 (822)ORIGEM : AMS - 2607835 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : POSSETI & POSSETI LTDAADV.(A/S) : RICARDO VENDRAMINE CAETANOAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o AI715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, firmou entendimento, posteriormente confirmado no julgamento do RE 540.410-QO/RS, Rel. Min.CEZAR PELUSO, no sentido de que também se aplica o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos deduzidos contra acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 e que veiculem tema em relação ao qual já foi reconhecida a existência de repercussão geral.

Esta Suprema Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, apreciando o RE 593.849/MG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, e que coincide, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada na presente causa.

O tema objeto do recurso extraordinário representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos feitos, refere-se à discussão em torno da constitucionalidade, ou não, da restituição da diferença do valor do ICMS recolhido antecipadamente no regime de substituição tributária, quando a base de cálculo da operação for inferior à presumida.

Sendo assim, e pelas razões expostas, afasto o sobrestamento desta causa, dou provimento ao presente agravo de instrumento, para admitir o recurso extraordinário a que ele se refere, e, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Leinº11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 633.104 (823)ORIGEM : AC - 3323704900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : HENRY NAOUM HADDADADV.(A/S) : JOÃO ROBERTO EGYDIO PIZA FONTES E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARIA DA CONCEIÇÃO DA MOTA HODGEADV.(A/S) : SÔNIA REGINA BARBOSA LIMA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Inviável o recurso.Era ônus da parte ora agravante impugnar os fundamentos da

decisão agravada, para demonstrar a admissibilidade do recurso. Dele não se desincumbiu, pois não se manifestou quanto ao óbice da súmula 279, fundamento utilizado para negar seguimento ao recurso extraordinário. E, como tal, é inepto o agravo.

É o que já proclamou, aliás, a Corte, noutros casos, como o do AI nº 257.310-AgR (Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 9.6.2000), cuja ementa reza:

“RECURSO DE AGRAVO - RECURSO EXTRAORDINÁRIO CORRETAMENTE DENEGADO NA ORIGEM - FGTS - CORREÇÃO MONETÁRIA - MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL - HIPÓTESE DE OFENSA REFLEXA - INADMISSIBILIDADE DO APELO EXTREMO - AGRAVO IMPROVIDO. O RECURSO DE AGRAVO DEVE IMPUGNAR, ESPECIFICADAMENTE, TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. - O recurso de agravo a que se referem os arts. 545 e 557, § 1º, ambos do CPC, na redação dada pela Lei nº 9.756/98, deve infirmar todos os fundamentos jurídicos em que se assenta a decisão agravada. O descumprimento dessa obrigação processual, por parte do recorrente, torna inviável o recurso de agravo por ele interposto”.

3.Isso posto, com base nos arts. 21 do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC, nego seguimento ao agravo.

Publique-se. Int..Brasília, 14 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 633.969 (824)ORIGEM : AC - 200500126720 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : JOÃO ACÁCIO FILHOADV.(A/S) : DILSON FERREIRA DE ANAIDEAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão em que o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro manteve sentença que julgara improcedente pedido de extensão da gratificação de Encargos Especiais (conferida aos coronéis da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros por meio do processo administrativo nº E-12/790/94) a militar de outra patente.

A Segunda Turma desta Corte, no julgamento do RE 353.016-AgR, DJ de 17.03.2006, entendeu que a mencionada gratificação não poderia ser estendida aos demais militares dos respectivos quadros. Reproduzo a ementa:

“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Recurso que não demonstra o desacerto da decisão agravada. 3. Gratificação de encargos especiais. Militar da ativa. Falta de previsão legal. Não extensão. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.”

Extraio do voto:“... apenas para argumentar na linha do recurso extraordinário e do

agravo regimental, a ausência de efetivos ‘encargos especiais’ singulares aos Coronéis da PMERJ ou nos motivos que foram determinantes à atribuição daquela GEE na forma de sua legislação de regência, ainda assim, como não haveria – à época ou atualmente – impedimento constitucional a que a lei concedesse aumento de remuneração diferenciado a um único e determinado extrato da carreira policial militar estadual, desde aquela disciplina legal não surgiria qualquer direito ao mesmo aumento de remuneração por todas – ou determinadas – as demais patentes da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

Ademais, esta Corte firmou entendimento no sentido da impossibilidade do Judiciário de aumentar vencimento de servidor sob o fundamento de isonomia em face de inexistência de norma legal específica (Súmula 339, do STF).”

Nesse sentido: RE 541.542-AgR, rel. min. Cezar Peluso, DJ de 07.12.2007.

Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, nos termos do art. 557, caput, do Código de Processo

Civil, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 636.219 (825)ORIGEM : AMS - 200061000073557 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : EXOTECH INFORMÁTICA COMÉRCIO IMPORTAÇÃO E

EXPORTAÇÃO LTDAADV.(A/S) : MELISSA SERIAMA POKORNYAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. REPERCUSSÃO GERAL DA

QUESTÃO CONSTITUCIONAL. QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a constitucionalidade do artigo 22, inciso IV, da Lei n. 8.212/91, alterada pela Lei n. 9.876/99. Esse dispositivo instituiu contribuição social à alíquota de 15% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura emitida em decorrência de prestação de serviços realizados por cooperativas.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 595.838,

Relator o Ministro Menezes Direito, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 149

3. O reconhecimento da repercussão geral do tema constitucional torna dispensável a determinação de subida do recurso extraordinário ou de conversão deste agravo de instrumento naquele recurso, pois os autos principais deverão aguardar na origem o julgamento de mérito do Recurso Extraordinário n. 595.838, a teor do que dispõe o art. 543-B do Código de Processo Civil.

No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, devendo ser observado quanto a este o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Retornem os autos deste agravo de instrumento à origem para que sejam apensados aos autos principais.

Publique-se.Brasília, 8 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 638.672 (826)ORIGEM : AC - 200003990664099 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ALBERTO FROCHT E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO CORREIA DA SILVA GOMES CALDAS E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASILADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASIL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a e c, da Constituição, alegou-se ofensa, em suma, ao art. 5º, XXXVI, LIV, e LV, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Falta o necessário prequestionamento do art. 5º, XXXVI, da Constituição. Assim, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. A orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário.

Além disso, observe-se que, com a negativa de seguimento ao recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça (REsp 907.227/SP, com trânsito em julgado em 16/9/2009), tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

Por fim, verifico que o acórdão recorrido não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição. Incabível, portanto, o recurso pela alínea c do art. 102, III, da Constituição. Nesse sentido: AI 559.324/RJ; AI 488.107/SP, entre outros.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator-

AGRAVO DE INSTRUMENTO 641.761 (827)ORIGEM : AC - 200251100019773 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : FORNECEDORA DE MATERIAIS CONSTRUÇÃO

MONTE SOL LTDA MEADV.(A/S) : CARLOS AUGUSTO SAMARY DA SILVA

DESPACHO (Petição n. 56.467/2009)AGRAVO DE INSTRUMENTO. REPRESENTAÇÃO JUDICIAL DO

INSS: PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL. INTIMAÇÃO. REPUBLICAÇÃO DA DECISÃO COM REABERTURA DO PRAZO RECURSAL.

1. Em 22 de abril de 2009, julguei prejudicado este agravo em razão da perda superveniente de objeto e determinei a baixa dos autos à origem (fls. 72-74).

A decisão foi publicada no Diário da Justiça eletrônico de 5.5.2009, e o mandado de intimação devidamente cumprido foi juntado em 12.5.2009, conforme certidão à fl. 75.

2. Em 14 de maio de 2009, por meio de petição, o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS prestou as seguintes informações:

“A Lei n.º 11.457/2007 ao criar a Secretaria da Receita Federal do Brasil, estabeleceu a forma de transição da representação judicial do INSS nas ações relativas às contribuições previdenciárias e contribuições devidas a terceiros.

Dessa forma, coube à PGF representar judicialmente o INSS no período entre 01/05/2007 e 31/03/2008, nas ações que tinham por objeto créditos tributários já inscritos na Dívida Ativa.

A partir de 01/04/2008, porém, todo o estoque de dívida ativa do INSS passou a constituir Dívida Ativa da União” (fl. 79).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO . 3. A divergência sobre a intimação do Instituto Nacional do Seguro

Social – INSS é problema que vem se arrastando há muito tempo e resultando em demora excessiva para a conclusão de casos como o dos autos.

4. Dada a indefinição no âmbito da União acerca da sua representação judicial, em sessão administrativa realizada em 5.8.2009, este Supremo Tribunal Federal aprovou a Resolução n. 404/2009, publicada em 12.8.2009, para estabelecer, com fundamento na Constituição da República e na legislação infraconstitucional, o procedimento correto para a intimação da União, suas autarquias e fundações, evitando-se, assim, a interminável procrastinação do feito por problemas meramente procedimentais.

Dispõe o art. 2º, inc. II e III, da Resolução n. 404/2009:“Art. 2º A intimação da União, suas autarquias e fundações públicas

observará as seguintes regras:I - (Omissis);II – nas causas de natureza fiscal, excetuadas as ações originárias,

será intimado o Procurador-Geral da Fazenda Nacional, nos termos do art. 131, § 3º, da Constituição da República, e dos arts. 4º, inc. III, e 12, incs. II e V, da Lei Complementar n. 73/2003;

III – nas causas de interesse da administração autárquica e fundacional da União, exceto o Banco Central do Brasil, será intimado o Procurador-Geral Federal, nos termos do art. 11, caput, e § 2º, inc. II, da Lei n. 10.480/2002”.

5. A matéria discutida nos autos é de natureza fiscal (incidência de contribuição previdenciária sobre remuneração de trabalhadores avulsos e autônomos).

6. Pelo exposto, defiro o pedido de intimação do Procurador-Geral da Fazenda Nacional.

À Secretaria Judiciária para que providencie a correção da autuação e nova publicação da decisão às fls. 72-74, nos termos do art. 2º, incs. II e III, da Resolução n. 404/2009.

Publique-se.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 646.004 (828)ORIGEM : AMS - 97030249728 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : RICARDO IMPORTAÇÃO E COMÉRCIO DE BEBIDAS E

CONSERVAS LTDAADV.(A/S) : HAMILTON DIAS DE SOUZAAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE

PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO NO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL E EM TRATADO INTERNACIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem por objeto o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 3ª Região:

“MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUTÁRIO. IPI. PRAZO DE RECOLHIMENTO. MERCADORIA IMPORTADA. SIMILAR NACIONAL. GATT. TRATAMENTO TRIBUTÁRIO.

É princípio de Direito Tributário que os tributos identificam-se pela sua própria natureza e características intrínsecas, sendo irrelevante o nome que recebam. O que importa para o exame da natureza jurídica é a estrutura lógica da norma, ou seja, o fato gerador adotado e a respectiva base de cálculo.

Analisados todos os aspectos da hipótese da incidência e da base de cálculo, vê-se que os tributos criados com o mesmo nomem júris são absolutamente diversos. Se não são idênticos, também desigual há de ser o tratamento a eles dispensado.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 150

Não se vislumbra qualquer infringência ao Protocolo para Aplicação Provisória do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio.

Apelação do Impetrante a que se nega provimento” (fl. 135 – grifos nossos).

Tem-se no voto condutor do julgado recorrido:“O Código Tributário Nacional e a legislação do Imposto sobre

Produtos Industrializados estabelecem tributos diversos com o mesmo nome (...).

(...)É que o acordo impõe o tratamento não menos favorável com relação

aos tributos internos aplicados a produtos similares de origem nacional. E como visto, não se pode equiparar o Imposto sobre Produtos Industrializados na importação com o Imposto sobre Produtos Industrializados interno, por constituírem impostos totalmente diversos” (fls. 128-129 – grifos nossos).

3. No recurso extraordinário, a Agravante afirma que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 5º, caput, inc. XXXV e § 2º, 150, inc. II, e 156, § 1º, da Constituição.

Assevera que:“O Ato Declaratório n. 1, de 7.1.1988, do Sr. Secretário da Receita

Federal, previu a dilação do prazo para pagamento do IPI incidente sobre a industrialização dos produtos classificados no mesmo código da TIPI que aqueles importados pela Recorrente, sem, todavia, fazer qualquer referência à extensão do benefício à importação desses mesmo produtos de países signatários do GATT” (fl. 168).

4. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de ofensa constitucional direta (fl. 191).

A Agravante afirma que o Tribunal a quo teria adentrado o juízo de mérito do recurso extraordinário.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste à Agravante.6. O Tribunal a quo fundamentou-se na interpretação e na aplicação

do Código Tributário Nacional, da legislação que disciplina o Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI e do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio – GATT e concluiu que, embora tenha o mesmo nome, o IPI incidente sobre produtos nacionais seria distinto daquele relativo a produtos importados, razão pela qual o momento de pagamento e a sistemática de creditamento seriam diferentes.

Para se concluir de modo diverso, seria imprescindível a análise dessas normas infraconstitucionais, o que não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria indireta.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IPI.

MERCADORIA DE PROCEDÊNCIA ESTRANGEIRA. FATO GERADOR. CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. OFENSA REFLEXA. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Controvérsia decidida à luz de legislação infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 285.669-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 15.8.2008 - grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL. ICMS. BENEFÍCIO TRIBUTÁRIO CONCEDIDO ÀS OPERAÇÕES INTERNAS. EXTENSÃO ÀS OPERAÇÕES DE IMPORTAÇÃO DE PRODUTO PROVENIENTE DE PAÍS SIGNATÁRIO DO GATT. OFENSA REFLEXA OU INDIRETA AO TEXTO CONSTITUCIONAL. A decisão agravada está em conformidade com o entendimento firmado por ambas as Turmas desta Corte, no sentido de se considerar infraconstitucional o debate a respeito da extensão ou não às operações de importação de produto proveniente de país signatário do GATT do benefício tributário relativo ao ICMS concedido às operações internas. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 708.736-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 28.11.2008 – grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ISENÇÃO DE ICMS. IMPORTAÇÃO DE PRODUTO PROVENIENTE DE PAÍS SIGNATÁRIO DO GATT. OFENSA INDIRETA. 1. O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de que a controvérsia referente à isenção de ICMS, quando atinente à importação de produtos provenientes de País signatário de acordo internacional também celebrado pelo Brasil, não configura situação de ofensa direta ao texto da Constituição, circunstância que inviabiliza o acesso à instância extraordinária. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 298.779-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 1º.8.2008 – grifos nossos).

“TRIBUTÁRIO. INCONSTITUCIONALIDADE DE MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE QUE SUPORTOU O ÔNUS FINANCEIRO. ART. 166 DO CTN. NÃO CUMULATIVIDADE. NÃO APLICAÇÃO. INOVAÇÃO EM REGIMENTAL. I - Impossibilidade de inovação de fundamento em agravo regimental. II - O crédito decorrente do reconhecimento da inconstitucionalidade da majoração de tributo não se confunde com o crédito derivado do princípio da não cumulatividade. III - A discussão acerca da aplicação do art. 166 do CTN é de cunho infraconstitucional. Ofensa à Constituição, se ocorrente, é indireta. IV - Agravo regimental improvido” (AI 566.358-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 1º.2.2008 – grifos nossos).

“Não cabe recurso extraordinário que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de

inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República” (AI 508.047-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 21.11.2008).

“Recurso extraordinário: descabimento, quando fundado na alegação de ofensa reflexa à Constituição. 1. Tem-se violação reflexa a Constituição, quando o seu reconhecimento depende de rever a interpretação dada a norma ordinária pela decisão recorrida, caso em que e a hierarquia infraconstitucional dessa última que define, para fins recursais, a natureza de questão federal. 2. Admitir o recurso extraordinário por ofensa reflexa ao princípio constitucional da legalidade seria transformar em questões constitucionais todas as controvérsias sobre a interpretação da lei ordinária, baralhando as competências repartidas entre o STF e os tribunais superiores e usurpando até a autoridade definitiva da Justiça dos Estados para a inteligência do direito local” (AI 134.736-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 17.2.1995).

7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 648.848 (829)ORIGEM : RESP - 200600576107 - SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MARIZE TERESINHA SCALON SCHUVANKEADV.(A/S) : ANDRÉA BUENO MAGNANIAGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento destinado a assegurar o trânsito e conhecimento de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão em que o Superior Tribunal de Justiça decidiu que os juros de mora, na repetição de indébito tributário, devem ser calculados a partir do trânsito em julgado da sentença (art. 167 do Código Tributário Nacional e Súmula 188/STJ).

Sustenta-se violação dos arts. 5º, caput, II, XXXV, LIV e LV, 93, IX e 195, II, todos da Constituição.

Inexiste a alegada afronta aos arts. 5º, XXXV, LIV e LV, e 93, IX, da Constituição federal, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, sem violar os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa e tendo enfrentado as questões suscitadas com a devida fundamentação, ainda que com ela não concorde a ora agravante.

Por outro lado, o v. acórdão recorrido baseou-se no exame do quadro à luz do Código Tributário Nacional, para decidir que a declaração de inconstitucionalidade de tributo não altera o regime da relação jurídica. A matéria se restringe ao âmbito da legislação infraconstitucional e, portanto, insuscetível de conhecimento no âmbito do recurso extraordinário. Para se chegar à conclusão diversa, seria necessário interpretar normas infraconstitucionais.

Ademais, ambas as Turmas da Corte fixaram orientação no sentido do cabimento do art. 167 do Código Tributário Nacional ao cálculo de juros, pertinentes aos indébitos tributários.

Confira-se, nesse sentido, o seguinte precedente:“EMENTA: Tributo. Restituição do indébito. Procedência. Juros de

mora. Taxa de 1% ao mês. Cômputo a partir do trânsito em julgado da sentença. Compensação. Competência da autoridade tributária. Teses assentadas pela jurisprudência do STF. Ausência de razões novas. Decisão mantida. Agravo improvido. Os juros de mora, na repetição de indébito tributário, são de 1% ao mês, desde o trânsito em julgado da sentença.” (RE 428.675-EDcl-AgR, rel. min. Cezar Peluso, Primeira Turma, DJ de 03.02.2006)

Confiram-se, ainda, o AI 658.206-AgR (rel. min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ de 28.09.2007) e o AI 650.375-AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ de 10.08.2007).

Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 21 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 649.389 (830)ORIGEM : RESP - 669075 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÓVEIS SCRITA LTDAADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO ALVES DOS REIS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 151

DESPACHO (Petição n. 69.320/2009)AGRAVO DE INSTRUMENTO. REPRESENTAÇÃO JUDICIAL DO

INSS: PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL. INTIMAÇÃO. REPUBLICAÇÃO DA DECISÃO COM REABERTURA DO PRAZO RECURSAL.

1. Em 19.5.2009, neguei seguimento a este agravo, em razão da necessidade da análise da legislação infraconstitucional (fls. 213-216).

A decisão foi publicada no Diário da Justiça eletrônico de 27.5.2009, e o mandado de intimação devidamente cumprido foi juntado em 3.6.2009, conforme certidão à fl. 217.

2. Em 5.6.2009, por meio desta petição, o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS prestou as seguintes informações:

“A Lei n.º 11.457, de 16 de março de 2007 (DOU 19/03/2007), criou a SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Estabeleceu, ainda, que a partir de 01/05/2007, o débito original e seus acréscimos legais, além de outras multas previstas em lei, relativos às contribuições de que tratam os seus arts. 2.º e 3.º (contribuições previdenciárias e contribuições devidas a terceiros), passam a constituir Dívida Ativa da União. Assim, a partir de 1.º de maio de 2007, compete à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN a representação judicial da União na cobrança de tais créditos.

O referido diploma legal estabeleceu, também, a forma de transição da representação judicial do INSS nas ações em que se discutia sobre tais contribuições.

Dessa forma, coube à Procuradoria-Geral Federal – PGF, por força da ressalva estabelecida nos §§1.º e 3.º do art. 16 da Lei 11.457/2007, representar judicialmente o INSS no período entre 01/05/2007 e 31/03/2008, nas ações que tinham por objeto créditos tributários anteriormente inscritos na Dívida Ativa do INSS.

A partir de 01/04/2008, porém, todo o estoque de dívida ativa do INSS, decorrente das contribuições a que se referem os arts. 2.º e 3.º da Lei n.º 11.457/2007, passou a constituir Dívida Ativa da União” (fls. 220-221).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO . 3. A divergência sobre a intimação do Instituto Nacional do Seguro

Social – INSS é problema que vem se arrastando há muito tempo e resultando em demora excessiva para a conclusão de casos como o dos autos.

4. Dada a indefinição no âmbito da União acerca da sua representação judicial, em sessão administrativa realizada em 5.8.2009, este Supremo Tribunal Federal aprovou a Resolução n. 404/2009, publicada em 12.8.2009, para estabelecer, com fundamento na Constituição da República e na legislação infraconstitucional, o procedimento correto para a intimação da União, suas autarquias e fundações, evitando-se, assim, a interminável procrastinação do feito por problemas meramente procedimentais.

Dispõe o art. 2º, inc. II e III, da Resolução n. 404/2009:“Art. 2º A intimação da União, suas autarquias e fundações públicas

observará as seguintes regras:I - (Omissis);II – nas causas de natureza fiscal, excetuadas as ações originárias,

será intimado o Procurador-Geral da Fazenda Nacional, nos termos do art. 131, § 3º, da Constituição da República, e dos arts. 4º, inc. III, e 12, incs. II e V, da Lei Complementar n. 73/2003;

III – nas causas de interesse da administração autárquica e fundacional da União, exceto o Banco Central do Brasil, será intimado o Procurador-Geral Federal, nos termos do art. 11, caput, e § 2º, inc. II, da Lei n. 10.480/2002”.

5. A matéria discutida nos autos é de natureza fiscal (incidência de contribuição previdenciária sobre remuneração de administradores, avulsos e autônomos).

6. Pelo exposto, defiro o pedido de intimação do Procurador-Geral da Fazenda Nacional.

À Secretaria Judiciária para que providencie a correção da autuação e nova publicação da decisão às fls. 213-216, nos termos do art. 2º, inc. II e III, da Resolução n. 404/2009.

Brasília, 8 de outubro de 2009.Publique-se.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 652.066 (831)ORIGEM : AR - 199903000477922 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : PHILIPS DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : MARCELO SALLES ANNUNZIATAAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 5°, caput, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão

constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. O Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Por fim, observe-se que, com a rejeição dos embargos de divergência em recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça (EREsp 935.874/SP, com trânsito em julgado em 5/10/2009), tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso. Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 661.533 (832)ORIGEM : AC - 200172070022639 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : EMPRESA SANTO ANJO DA GUARDA LTDAADV.(A/S) : JEFTÉ FERNANDO LISOWSKIAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. REPERCUSSÃO GERAL DA

QUESTÃO CONSTITUCIONAL. QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a constitucionalidade do artigo 22, inciso IV, da Lei n. 8.212/91, alterada pela Lei n. 9.876/99. Esse dispositivo instituiu contribuição social à alíquota de 15% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura emitida em decorrência de prestação de serviços realizados por cooperativas.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 595.838,

Relator o Ministro Menezes Direito, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

3. O reconhecimento da repercussão geral do tema constitucional torna dispensável a determinação de subida do recurso extraordinário ou de conversão deste agravo de instrumento naquele recurso, pois os autos principais deverão aguardar na origem o julgamento de mérito do Recurso Extraordinário n. 595.838, a teor do que dispõe o art. 543-B do Código de Processo Civil.

No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, devendo ser observado quanto a este o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Retornem os autos deste agravo de instrumento à origem para que sejam apensados aos autos principais.

Publique-se.Brasília, 13 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 671.059 (833)ORIGEM : AC - 2946535900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : EDMUNDO LUIZ AMORIMADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTAAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que, com base na Lei estadual nº 4.819/58 e na Lei Complementar estadual nº 200/74, negou pedido de complementação de aposentadoria.

No recurso extraordinário, o recorrente sustenta, com base no art.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 152

102, III, a, ofensa ao art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal. 2.Conquanto admissível o agravo, inviável o recurso.O Plenário desta Corte, ao julgar o RE nº 168.046-Edv (Rel. Min.

ILMAR GALVÃO, DJ de 2.5.2003), decidiu que a controvérsia não envolvia questão de direito adquirido, limitando-se à interpretação de lei local, que não pode ser revista em recurso extraordinário (súmula 280).

E, bem por isso, pretensões idênticas têm sido aqui repelidas. Cite-se, a título de exemplo, o AI nº 494.425-AgR (da minha relatoria, DJ de 12.11.2004), assim ementado:

“1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Servidor público. Aposentadoria. Complementação. Questão infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. Súmulas 280. A questão relativa à complementação de aposentadoria fundada nas Leis estaduais nºs 1.386/51, 4.819/58 e na Lei Complementar estadual nº 200/74, é infraconstitucional, cujo reexame não é admitido em recurso extraordinário. 2. RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado” (No mesmo sentido: AI nº 565.437-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJ de 31.7.2008; AI nº 607.504-AgR, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ de 26.10.2007).

3.Ante o exposto, dou provimento ao agravo, convertendo-o em recurso extraordinário, a que nego seguimento (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Intimem-se.Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 673.662 (834)ORIGEM : AMS - 97030092330 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : BASF S/AADV.(A/S) : PAULO AUGUSTO GRECOAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão recorrido porta a seguinte ementa:

“PROCESSUAL CIVIL. LEGITIMIDADE AD CAUSAM PASSIVA EM MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. DEVIDO PROCESSO LEGAL PARALISAÇÃO DOS ATOS DE EXECUÇÃO. EFICÁCIA DA DECISÃO ADMINISTRATIVA NÃO IMPUGNADA.

1. Pelos documentos que instruem a inicial verifica-se estar correta a autoridade indicada pela impetrante, considerando que se pretende obstar a exigência expedida às fls. 40, feita pela Agência da Receita Federal de São Bernardo do Campo. É sempre bom lembrar, conforme leciona Lúcia Valle Figueiredo, que autoridade é a pessoa que pratica ou ordena concreta e especificamente a execução ou inexecução do ato impugnado, e responde por suas conseqüências administrativas. Não é quem expede portaria, regulamento, instrução de ordem geral, genérica, mas quem executa a ordem nelas contidas, com poder de decisão’ (sic), portanto, eventual lançamento, e posterior inscrição do débito na cobrança executiva, será iniciado pela Secretaria da Receita Federal de São Bernardo do Campo, competente na forma preconizada pelo § 2° do artigo 9°, do Decreto 70.235/72. Preliminar de ilegitimidade argüida pelo Ministério Público Federal afastada.

2. Ultrapassada a fase de importação, desembaraço e análise técnica da mercadoria, diz a impetrante que recebeu uma intimação n° 061, de 20/09/88 (fls 20), proveniente da Delegacia da Receita Federal de São Paulo, para, nos termos dos arts. 524 e 526 do Regulamento Aduaneiro (Decreto 91.030/88), tomar ciência da decisão Administrativa e recolher os impostos, contra a qual argumenta ter ofertado “sólida impugnação”, em 1°/11/88, aliás, momento oportuno para tal (fls 23), impugnação essa que foi recebida pela autoridade (fls. 32) e, após analisada e decidida nos termos do consignado às fls. 34/38, retornou ao órgão competente, ou seja, São Bernardo do Campo, para a Divisão de Arrecadação para a respectiva execução administrativa do crédito, sendo esta a autoridade competente para o ato (fls. 38). Tendo recebido o processado, a Secretaria da Receita Federal de São Bernardo do Campo expediu a intimação ao impetrado para impugnar o crédito, sob pena de inscrição em dívida ativa, a qual está sendo impugnada nesta via, sob o argumento de ser nula, por se encontrar em desacordo com o estabelecido nos artigos 542 do Regulamento Aduaneiro, exigência que diz se basear em um laudo técnico feito de forma unilateral, sem que seus argumentos técnicos tivessem sido apreciados.

3. Ao que consta da decisão proferida em primeira instância administrativa a impetrante não interpôs recurso, tornando-se definitiva e eficaz aquela, diante do decurso do prazo, procedimento que diante do contexto obedeceu aos ditames do ordenamento que presidia o procedimento administrativo fiscal (Decreto 70.235/72).

4. Todos os atos administrativos devem ser interpretados à luz da legalidade, porque esta condiciona a conduta de todos os agentes

administrativos, representantes do Estado, os quais não poderão impor aos administrados condutas não expressamente previstas em lei, sob pena de incorrerem em prática ilegal e abuso de poder.

5. Dada a motivação imprimida ao ato, a qual nos permite aferir a sua legalidade, tenho que a produção dos seus efeitos jurídicos e a observância ao texto legal, se deu no interesse e respeito à Administração Pública e ao contribuinte, estando seus motivos condizentes e em conformidade com os indicados na lei.

6. Não podemos conjugar o interesse do particular com o interesse público, para o efeito de autorizar a reabertura de um procedimento administrativo destinado a nova impugnação do mérito da exigência, cujo prazo recursal deixou transcorrer in albis, incorrendo na definitividade da decisão prolatada na esfera administrativa.

7. O acolhimento da pretensão acabaria por invadir a esfera de atuação da Administração, sendo indevida essa ingerência pelo Poder Judiciário. Não verifico qualquer irregularidade no procedimento levado a efeito pela autoridade impetrada, que pautou seu ato tão somente nas determinações contidas no Decreto regulamentador do Procedimento Administrativo Fiscal, critérios de atuação que se encontram devidamente disciplinados por normas afetas ao sistema aduaneiro, os quais devem ser cumpridos pela autoridade alfandegária, eis que se trata de atividade vinculada.

8. Não pode ser considerada abusiva ou ilegal a exigência questionada e obstada nesta via, por não terem sido subtraídas da impetrante quaisquer das garantias constitucionais ao contraditório e à ampla defesa perante a esfera administrativa, devendo a ordem deve ser denegada e mantida a sentença denegatória, porém sob fundamento diverso.

9. Apelação a que se nega provimento” (fls. 47-48).No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em

suma, violação ao art. 5º, II, e LV, da mesma Carta.O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por

meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. O Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Além disso, a orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário.

Por fim, com a negativa de seguimento ao recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça (REsp 976.386/SP, com trânsito em julgado em 16/9/2009), tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 676.204 (835)ORIGEM : AC - 48292006 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPEAGDO.(A/S) : CIELE RIBEIRO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : NEIDE MARTINS CARDOSO

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que indeferiu recurso extraordinário de acórdão que condenou o Estado de Sergipe a restituir valores descontados da remuneração do funcionalismo público local a título de aplicação do redutor salarial previsto na Lei Complementar estadual nº 61/2001.

No recurso extraordinário, o recorrente sustenta, com base no art. 102, III, a, ofensa aos arts. 37, XV e, 93, IX, da Constituição da República.

2.Conquanto admissível o agravo, inviável o recurso extraordinário.O objeto do recurso extraordinário trata de aplicação de redutor

salarial incidente sobre suposto aumento de vencimento de servidores do magistério estadual e que teria sido concedido sob condição de não exceder 20% (vinte por cento) das despesas com o pagamento do pessoal, nos termos da legislação complementar local. Versa, pois, matéria de índole infraconstitucional.

Suposta violação ao inciso XV do art. 37 configuraria, aqui, o que se chama mera ofensa reflexa, também dita indireta, à Constituição da República, porque eventual juízo sobre sua caracterização dependeria de reexame prévio do caso à luz das normas infraconstitucionais, em cuja incidência e interpretação, para o decidir, se apoiou o acórdão impugnado, designadamente a Lei Complementar estadual nº 61/2001.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 153

Noutras palavras, se o Tribunal de origem declara, como premissa, que a redução de estipêndios não teria atendido ao que disciplina a legislação local, no que respeita às hipóteses de incidência que estabelece, teria este Tribunal de, antes, interpretar as normas da lei ordinária que a regula e avaliar as provas, para aplicar aquelas aos fatos revelados por estas, em tarefa que lhe veda a Constituição da República.

É, ao propósito, velhíssima a postura desta Corte no sentido de que, se, para provar contrariedade à Constituição, se deva, antes, demonstrar ofensa à lei ordinária, então é esta que conta para efeito de juízo de admissibilidade do recurso extraordinário (cf., por todos, RE 92.264-SP, Rel. Min. DECIO MIRANDA, in RTJ 94/462-464).

Ademais, é reiterada sua jurisprudência quanto à ausência, no caso específico, de questão constitucional (AI 667.153-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe de 13.3.2009, AI 686.472-AgR, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJe de 19.6.2009), como se lê às seguintes ementas:

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Servidor público estadual. Aplicação de redutor de vencimentos. Lei Complementar estadual nº 61/01. Impossibilidade da análise da legislação local. Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental ao qual se nega provimento”.

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO. SERGIPE. REDUTOR SALARIAL CONSTANTE DA LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL 61/2001. IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 280 DO STF. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo aresto impugnado demandaria a análise da legislação ordinária aplicada à espécie, bem como o revolvimento dos fatos e provas dos autos. Providências vedadas na instância extraordinária. 2. Precedentes: AIs 673.512-AgR, 675.840-AgR e 687974-AgR, sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia; 697.883-AgR, sob a relatoria do ministro Eros Grau; 677.572-AgR, 689.972-AgR e 685.483-AgR, sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski. 3. Agravo regimental desprovido”. (No mesmo sentido: AAII 676.822-AgR e 697.883-AgR, Rel. Min. EROS GRAU, DJE de 14.11.2008).

Quanto ao tema do art. 93, IX, da Constituição Federal, falta-lhe, o requisito do prequestionamento, que deve ser explícito (súmula 282).

3.Ante o exposto, dou provimento ao agravo, convertendo-o em recurso extraordinário, a que nego seguimento (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 677.306 (836)ORIGEM : AC - 1848325900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : TAKESHI YAMAZAKIADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTAAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que, com base na Lei estadual nº 4.819/58 e na Lei Complementar estadual nº 200/74, negou pedido de complementação de aposentadoria.

No recurso extraordinário, o recorrente sustenta, com base no art. 102, III, a, ofensa ao art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal.

2.Conquanto admissível o agravo, inviável o recurso.O Plenário desta Corte, ao julgar o RE nº 168.046-Edv (Rel. Min.

ILMAR GALVÃO, DJ de 2.5.2003), decidiu que a controvérsia não envolvia questão de direito adquirido, limitando-se à interpretação de lei local, que não pode ser revista em recurso extraordinário (súmula 280).

E, bem por isso, pretensões idênticas têm sido aqui repelidas. Cite-se, a título de exemplo, o AI nº 494.425-AgR (da minha relatoria, DJ de 12.11.2004), assim ementado:

“1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Servidor público. Aposentadoria. Complementação. Questão infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. Súmulas 280. A questão relativa à complementação de aposentadoria fundada nas Leis estaduais nºs 1.386/51, 4.819/58 e na Lei Complementar estadual nº 200/74, é infraconstitucional, cujo reexame não é admitido em recurso extraordinário. 2. RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado” (No mesmo sentido: AI nº 565.437-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJ de 31.7.2008; AI nº 607.504-AgR, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ de 26.10.2007).

3.Ante o exposto, dou provimento ao agravo, convertendo-o em recurso extraordinário, a que nego seguimento (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Intimem-se.Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSO

Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 678.334 (837)ORIGEM : AC - 200403990031023 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : LUÍS CARLOS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : CINTHIA DE OLIVEIRA CARVALHO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.Tenho que o recurso não merece acolhida. Isso porque os

dispositivos constitucionais tidos por violados foram suscitados de modo inaugural nos embargos de declaração opostos ao aresto impugnado, o que não atende ao requisito do prequestionamento. Logo, incide a Súmula 282 do Supremo Tribunal Federal. Reproduzo, na parte que interessa, as seguintes ementas:

“1. Recurso extraordinário: prequestionamento e embargos de declaração.

Os embargos declaratórios só suprem a falta de prequestionamento quando a decisão embargada tenha sido efetivamente omissa a respeito da questão antes suscitada.”

(AI 502.659-AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence)“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - TARDIA ALEGAÇÃO DA MATÉRIA

CONSTITUCIONAL EM SEDE DE EMBARGOS DECLARATÓRIOS – AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO – AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO.

A tardia alegação de ofensa a norma constitucional – apenas deduzida em sede de embargos declaratórios – caracteriza omissão da parte recorrente, que se absteve de prequestionar, opportuno tempore, o tema constitucional, descumprindo, assim, um típico ônus processual que lhe pertinia.”

(AI 133.690-AgR, da relatoria do ministro Celso de Mello)De mais a mais, pontuo que, para se chegar a conclusão diversa da

adotada pelo aresto impugnado, se faz necessário o prévio exame do conjunto fático-probatório dos autos. Tal providência, no entanto, é vedada pela Súmula 279 do STF.

Isso posto, e frente ao caput do art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 678.436 (838)ORIGEM : AI - 748751 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : MAIRI TERESINHA BUFFON FREITASADV.(A/S) : MARCELISE DE MIRANDA AZEVEDO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS

LEGAIS – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE.1.O Superior Tribunal de Justiça negou acolhida a pedido formulado

em agravo, ante fundamento assim resumidos (folha 179):PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. EXECUÇÃO. SENTENÇA GENÉRICA PROFERIDA EM AÇÃO COLETIVA. ART. 1º-D DA LEI Nº 9.494/97. NÃO APLICAÇÃO. EXCEPCIONALIDADE.

Assentado o entendimento na Terceira Seção deste e. Tribunal, no julgamento do EREsp nº 720.839/PR, de minha relatoria, julgado no dia 08 de fevereiro deste ano, segundo o qual, nas execuções individuais contra a Fazenda Pública oriundas de sentença genérica proferida em ação coletiva, são devidos os honorários advocatícios, ainda que não embargada a execução. Precedente da Corte Especial.

Agravo desprovido.2.O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela

interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

3.Acresce que, no caso dos autos, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nºs 282 e 356 da Súmula desta Corte. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado no exame de outro processo.

4.Conheço do agravo e o desprovejo.5.Publiquem.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 154

Brasília, 2 de outubro de 2009.Ministro MARCO AURÉLIO

Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 680.241 (839)ORIGEM : AC - 10024044228138002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ANTÔNIO DIMAS LOIOLAADV.(A/S) : SÉRGIO MURILO DINIZ BRAGAAGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão recorrido porta a seguinte ementa:

“AÇÃO DE COBRANÇA – SERVIDORES DO PODER EXECUTIVO – CONVERSÃO DA MOEDA – URV – EXISTÊNCIA DE PEQUENA DIFERENÇA A RESTITUIR AOS AUTORES – SENTENÇA CONFIRMADA.

(...)” (fl. 119).No RE, fundado no art. 102, III, a, c e d, da Constituição Federal,

alegou-se violação aos arts. 5º, II, 22, VI, 37, XV e 93, IX, da mesma Carta.O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por

meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido.

Ainda que superado tal óbice, verifica-se que o acórdão atacado decidiu, com respaldo em prova pericial, que a conversão dos vencimentos efetivada conforme a Lei mineira 11.510/94 – em detrimento da sistemática prevista na Lei Federal 8.880/94 -, ensejou prejuízos aos servidores públicos estaduais, ainda que oriundos do Poder Executivo. Assim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, e de normas infraconstitucionais locais, o que atrai a incidência das Súmulas 279 e 280 do STF. Nesse sentido: AI 712.814/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 645.567/MG, Rel. Min. Carlos Britto.

Outrossim, este Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva o reexame de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Ademais, a exigência do art. 93, IX, da Constituição, não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador informe de forma clara e concisa as razões de seu convencimento, tal como ocorreu.

Além disso, observa-se que, com a negativa de provimento do agravo de instrumento pelo Superior Tribunal de Justiça (Ag 876.960/MG, com trânsito em julgado em 12/6/2007), tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

Por fim, verifico que o acórdão recorrido não julgou válida lei ou ato de governo local contestado ante a Constituição, tampouco julgou válida lei local contestada em face de lei federal. Incabível, portanto, o recurso pelas alíneas c e d do art. 102, III, da Constituição. Nesse sentido: RE 597.003-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 680.562 (840)ORIGEM : AC - 3079335400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : AUTO POSTO PORTAL DE MONTE ALEGRE LTDAADV.(A/S) : GILBERTO DE JESUS DA ROCHA BENTO JÚNIOR E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO E

OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA.

CABIMENTO. NECESSIDADE DA ANÁLISE PRÉVIA DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INADMISSIBILIDADE TAMBÉM PELA ALÍNEA C DO INC. III DO ART. 102 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DESTE SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alíneas a e c, e § 1º, da Constituição da República.

2. O Tribunal de Justiça de São Paulo julgou apelação em mandado de segurança, nos termos seguintes:

“MANDADO DE SEGURANÇA. ‘O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária’ (Súmula 213/STJ). Porém, indispensável que a impetrante junte aos autos do writ os documentos comprobatórios do recolhimento do tributo a que pretende restituir. Ausência de prova pré-constituída. Impossibilidade de dilação probatória na via eleita. Direito líquido e certo não comprovado. Ademais o mandamus não pode ser usado como substitutivo de ação de cobrança. Mantida a sentença. Recurso improvido” (fl. 15).

3. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a insuficiência de argumentos para infirmar a fundamentação do acórdão recorrido, a ausência de maltrato a normas constitucionais, não sendo atendida qualquer das hipóteses das alíneas a, b, c, e d do dispositivo constitucional, e, ainda, a circunstância de que a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta.

4. O Agravante argumenta que:“(...) as formalidades para o prosseguimento do feito a essa Colenda

Suprema Corte estão todos presentes, haja vista, que, são inequívocos os requisitos constitucionais, regimentais e sumulares para tanto” (fl. 5).

No recurso extraordinário, alega que o Tribunal a quo teria afrontado os arts. 37, caput, e 150, § 7º, da Constituição.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.O Desembargador Relator consignou em seu voto condutor que:“Destarte, os fatos alegados neste remédio constitucional deveriam

ter o necessário suporte comprobatório de plano, não o tendo, impõe-se anotar a inviabilidade da via do mandado de segurança, mormente porque as alegações da impetrante estão alicerçadas em premissas de fato, a serem verificadas através de dilação probatória.

Por derradeiro, o que se observa, em verdade, é que a impetrante está de fato a pretender ação de cobrança, não sendo demais esclarecer que o mandado de segurança também não pode ser utilizado quando o ordenamento jurídico prevê outras formas de provimento jurisdicional a amparar a tutela almejada. Por conseguinte, cabe ao impetrante utilizar a ação própria, posto que o mandado de segurança não é substitutivo de cobrança.

E isso tem aplicação nos autos quanto a manifesta insurgência relativa a fato gerador presumido e o efetivamente ocorrido, em regime de substituição tributária” (fl. 20).

A jurisprudência deste Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que a controvérsia sobre o cabimento de mandado de segurança está restrita ao âmbito da legislação infraconstitucional. Assim, a pretensa afronta à Constituição da República, se existente, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PROCESSUAL CIVIL. CABIMENTO DE MANDADO DE SEGURANÇA. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. RECURSO DESPROVIDO” (AI 573.652-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 20.4.2007 - grifei).

6. Ressalte-se, por fim, que também não se viabiliza o recurso extraordinário pela alínea c do inc. III do art. 102 da Constituição da República, pois o Tribunal de origem não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição da República. Incide na espécie a Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal.

Nesse sentido:“Recurso extraordinário. - Inocorrência da hipótese prevista na alínea

‘c’ do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Falta de fundamentação, por isso mesmo, a esse respeito. Aplicação da Súmula 284” (RE 148.355, Rel. Min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 5.3.1993 - grifei).

A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações da parte agravente.

7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 15 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 681.332 (841)ORIGEM : AC - 3468205400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : GENERAL MOTORS DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : FRANCISCO A. FRAGATA JUNIORAGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO

CONSUMIDOR - PROCON/SPPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo e assim ementado:

“DIREITO ADMINISTRATIVO – DECLARATÓRIA DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 155

INSUBSISTÊNCIA DE AUTO DE INFRAÇÃO – PROPAGANDA ENGANOSA – FUNDAÇÃO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR PROCON – AUTUAÇÃO – MULTA – VALOR – PORTARIA NORMATIVA Nº 06/2.000 DO PROCON – IRREGULARIDADE – Caracterizada a propaganda enganosa, correta a autuação. O valor da multa, porém, deve ser fixado com base na legislação vigente à época e não pelos parâmetros de Portaria Normativa posterior. Recurso parcialmente provido” (fl. 199).

Sustenta a recorrente, com fundamento no art. 102, III, a, violação ao disposto no art. 5º, XXXVI, XXXIX, XL, LIV, LV, 24, V, e 37, caput, da Constituição Federal.

2.Conquanto admissível o agravo, inviável o recurso extraordinário.Com efeito, os temas constitucionais suscitados no recurso

extraordinário não foram objeto de consideração no acórdão recorrido, faltando-lhes, assim, o requisito do prequestionamento, que deve ser explícito (súmulas 282 e 356).

Ainda que assim não fosse, melhor sorte não teria o recurso. É que o acórdão encontra fundamentação na legislação infraconstitucional (Leis nos

8.078/90, Decreto nº 2.181/97, Parecer Normativo nº 3 e Portaria nº 6, ambos do PROCON), de modo que eventual ofensa à Constituição seria, aqui, apenas indireta.

Ora, é pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, aplicando-se, quanto ao princípio da legalidade, a súmula 636.

E, bem por isso, pretensões idênticas têm sido aqui repelidas: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL.

INMETRO. LEI 5.966/73. PORTARIAS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. Cotejo entre a Lei 5.966/73 e suas portarias regulamentadoras. Questão de legalidade. Incidência da Súmula STF nº 636. 2. Agravo regimental improvido” (RE nº 410.484 - AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJ de 3.2.2006).

“Auto de infração. Multa. Controvérsia infraconstitucional. Ausência de prequestionamento (Súmulas 282 e 356). Prequestionamento implícito. Impossibilidade. Precedentes. Regimental não provido” (AI nº 448.860 - AgR, Rel. Min. NELSON JOBIM, Segunda Turma, DJ de 17.10.2003).

3.Ante o exposto, dou provimento ao agravo, convertendo-o em recurso extraordinário, a que nego seguimento (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 682.806 (842)ORIGEM : AI - 5467725200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : CLARICE MARIA DA SILVAADV.(A/S) : CAROLINA ALVES CORTEZ

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão recorrido julgou deserta a apelação ajuizada pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS ante a ausência de recolhimento do porte de remessa e de retorno previsto na Lei Estadual paulista 11.608/03.

No RE, fundado no art. 102, III, a, c e d, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 24, IV, 98, § 2º, e 145, II, da mesma Carta.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ constitucionalidade da cobrança do porte de remessa e retorno dos autos de autarquia federal no âmbito da Justiça Estadual ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 594.116-RG/SP, Rel. Min. Menezes Direito).

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

Isso posto, uma vez preenchidos os requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 594.116-RG/SP.

Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 685.047 (843)ORIGEM : MS - 20020071892 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUAL

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BLUMENAUPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BLUMENAUAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE LAURENTINOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

LAURENTINO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, b e c, da Constituição, alegou-se, em suma, violação aos arts. 158, IV, e 161, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Verifico que o agravante não atacou os fundamentos da decisão agravada, relativo à incidência da Súmula 284 do STF e à impossibilidade de interposição do recurso extraordinário com base nas alíneas b e c do art. 102, III, da Constituição. Incumbe ao agravante o dever de impugnar, de forma específica, os fundamentos da decisão recorrida, sob pena de não seguimento do recurso (AI 589.978-AgR/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia).

Inescusável, portanto, a deficiência na elaboração da peça recursal, o que faz incidir o teor da Súmula 287 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, dentre outras: AI 580.361-AgR/RS, de minha relatoria; AI 407.427/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 590.913-AgR/RS, Rel. Min. Eros Grau; AI 466.398-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 519.396/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes.

Além disso, verifico o acerto da decisão agravada, uma vez que, de fato, o agravante, na petição do extraordinário, não demonstrou de que forma ocorreu ofensa à Constituição.

Assim, a deficiência na fundamentação do recurso não permite a exata compreensão da controvérsia. Inviável, portanto, o presente recurso, a teor da Súmula 284 do STF. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 313.051/DF, Rel. Min. Maurício Corrêa; AI 532.651/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 519.396/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 685.456 (844)ORIGEM : AC - 10024044217354001 - TRIBUNAL DE JUSTICA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : IZABEL VILHENAADV.(A/S) : SÉRGIO MURILO DINIZ BRAGAAGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão recorrido porta a seguinte ementa:

“ADMINISTRATIVO – SERVIDORES PÚBLICOS – CONVERSÃO DOS SALÁRIOS – URV – PROCEDIMENTO PARA CONVERSÃO QUE NÃO GERA REDUÇÃO NOS VENCIMENTOS – REGULARIDADE – INCIDÊNCIA DO REAJUSTE PREVISTO NO DEC 35.457/94 SOBRE O VALOR CONVERTIDO EM URV - INADMISSIBILIDADE” (fl. 175).

No RE, fundado no art. 102, III, a, c e d, da Constituição Federal, alegou-se violação aos arts. 5º, II, 22, IV, 37, XV e 93 IX, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Verifica-se que o acórdão recorrido decidiu, com respaldo em prova pericial, que a conversão dos vencimentos efetivada conforme a Lei Mineira 11.510/94 – em detrimento da sistemática prevista na Lei Federal 8.880/94 -, ensejou prejuízos aos servidores públicos estaduais, ainda que oriundos do Poder Executivo. Assim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, e de normas infraconstitucionais locais, o que atrai a incidência das Súmulas 279 e 280 do STF. Nesse sentido: AI 712.814/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 645.567/MG, Rel. Min. Carlos Britto.

Outrossim, este Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva o reexame de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Ademais, a exigência do art. 93, IX, da Constituição, não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador informe de forma clara e concisa as razões de seu convencimento, tal como ocorreu.

Além disso, observa-se que, com a negativa de provimento do agravo de instrumento pelo Superior Tribunal de Justiça (Ag 798.839/MG, com trânsito em julgado em 15/8/2007), tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 156

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 687.718 (845)ORIGEM : AR - 41578348 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : GRANDE, BENEMÉRITA, BENEFICENTE, AUGUSTA,

RESPEITÁVEL, LOJA SIMBÓLICA COMÉRCIO E CIÊNCIAS

ADV.(A/S) : GENESIO VIVANCO SOLANO SOBRINHO E OUTRO(A/S)

AGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO BENEFICIENTE E CULTURAL CONSCIÊNCIA

ADV.(A/S) : EDUARDO BOTTONI E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e assim ementado:

“Rescisória. Art. 485, IX, §§ 1º e 2º, do Código de Processo Civil. Erro de fato consistente na admissão de fato inexistente. Fundamento que não tem pertinência quando, como no caso, o fato foi discutido e decidido no v. acórdão rescindendo. Hipótese em que se pretende a mera rediscussão e nova decisão sobre as irregularidades que foram discutidas e afastadas na via ordinária. Ação improcedente.” (fl. 07).

O recorrente, com base no art. 102, III, a, alega ter havido violação ao art. 93, IX, da Constituição Federal.

2.Conquanto admissível o agravo, inviável o recurso extraordinário.Com efeito, a questão relativa ao cabimento da ação rescisória é

infraconstitucional e, por isso, não enseja recurso extraordinário, entendimento já sedimentado no âmbito desta Corte. É o que se vê à seguinte ementa exemplar:

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Ação rescisória. Cabimento. Matéria processual. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. Não cabe RE que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, como a de ordem processual sobre cabimento de ação rescisória” (AI nº 380.436, da minha relatoria, DJ de 21.5.2004). No mesmo sentido: AI nº 335.961-AgR (Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 20.4.2004) e AI nº 387.022-AgR (Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ de 6.8.2002).

Ainda que assim não fosse, quanto à alegação de ofensa ao art. 93, IX, da Constituição da República, observo que o acórdão está devidamente fundamentado, e é o que basta, pois, como se decidiu no RE nº 140.370 (Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 21.5.93):

“(...)O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial

seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional”.

3.Ante o exposto, dou provimento ao agravo, convertendo-o em recurso extraordinário, a que nego seguimento (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 14 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 688.093 (846)ORIGEM : AI - 54606252 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : ELI BERNARDINO DE MELLOADV.(A/S) : CLÓVIS MÁRCIO DE AZEVEDO SILVA

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão recorrido julgou deserta a apelação ajuizada pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS ante a ausência de recolhimento do porte de remessa e de retorno previsto na Lei Estadual paulista 11.608/03.

No RE, fundado no art. 102, III, a, c e d, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 24, IV, 98, § 2º, e 145, II, da mesma Carta.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ constitucionalidade da cobrança do porte de remessa e retorno dos autos de autarquia federal no âmbito da Justiça Estadual ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 594.116-RG/SP, Rel. Min. Menezes Direito).

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de

Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

Isso posto, uma vez preenchidos os requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 594.116-RG/SP.

Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 688.485 (847)ORIGEM : AI - 5808855700 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : VALDETE SANTOS DELGADO AGUILARADV.(A/S) : DANIELA CHICCHI GRUNSPAN

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão recorrido julgou deserta a apelação ajuizada pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS ante a ausência de recolhimento do porte de remessa e de retorno previsto na Lei Estadual paulista 11.608/03.

No RE, fundado no art. 102, III, a, c e d, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 24, IV, 98, § 2º, e 145, II, da mesma Carta.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ constitucionalidade da cobrança do porte de remessa e retorno dos autos de autarquia federal no âmbito da Justiça Estadual ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 594.116-RG/SP, Rel. Min. Menezes Direito).

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

Isso posto, uma vez preenchidos os requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 594.116-RG/SP.

Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 689.621 (848)ORIGEM : AC - 278152005 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE MATO GROSSOPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSOAGDO.(A/S) : SUPERMERCARDO FERNANDES FILHO LTDAADV.(A/S) : PAULO SERGIO DAUFENBACH

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que indeferiu processamento de recurso extraordinário interposto de acórdão de Turma Recursal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso que condenou o recorrente ao pagamento de indenização por danos decorrentes de acidente de trânsito em rodovia sob sua responsabilidade, por má conservação desta.

O recorrente, com base no art. 102, III, a, alega violação ao art. 37, § 6º, da Constituição da República.

2.Conquanto admissível o agravo, inviável o recurso extraordinário.Consta do acórdão recorrido que“Em exame dos autos, revela-se que está amplamente demonstrado

que o acidente ocorreu em decorrência do buraco na pista (fls. 13/14) e que das seqüelas dele decorreram danos irreversíveis, no caso dos autos, a morte de ambos condutores dos veículos envolvidos no acidente, bem como a perda dos bens.

Nesse caso, o Estado, caso não realizasse o devido conserto nas rodovias, deveria advertir os transeuntes/motoristas dos perigos e dos obstáculos que se apresentam. A falta no cumprimento desse dever caracteriza a conduta negligente da Administração Pública e a torna responsável pelos danos que dessa omissão advenham.” (fl. 119).

Ora, fixada pelo juízo a quo a premissa de que houve negligência do Estado na manutenção e sinalização da rodovia, não pode esta Corte, em

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 157

recurso extraordinário, dissentir das avaliações factuais que, como premissas necessárias, levaram ao teor decisório do julgado, por óbice da súmula 279.

3.Ante o exposto, dou provimento ao agravo, convertendo-o em recurso extraordinário, a que nego seguimento (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 13 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 689.890 (849)ORIGEM : AI - 5565035400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : JESUINO RIBEIRO DIASADV.(A/S) : MARIA LUIZA MONTEIRO CANALE

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão recorrido julgou deserta a apelação ajuizada pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS ante a ausência de recolhimento do porte de remessa e de retorno previsto na Lei Estadual paulista 11.608/03.

No RE, fundado no art. 102, III, a, c e d, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 24, IV, 98, § 2º, e 145, II, da mesma Carta.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ constitucionalidade da cobrança do porte de remessa e retorno dos autos de autarquia federal no âmbito da Justiça Estadual ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 594.116-RG/SP, Rel. Min. Menezes Direito).

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

Isso posto, uma vez preenchidos os requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 594.116-RG/SP.

Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 692.204 (850)ORIGEM : AC - 2799035000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : ARMANDO SILVA FILHOADV.(A/S) : DANIELA BARREIRO BARBOSAAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que, com base na Lei estadual nº 4.819/58 e na Lei Complementar estadual nº 200/74, negou pedido de complementação de aposentadoria.

No recurso extraordinário, o recorrente sustenta, com base no art. 102, III, a, ofensa ao art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal.

2.Conquanto admissível o agravo, inviável o recurso.O Plenário desta Corte, ao julgar o RE nº 168.046-Edv (Rel. Min.

ILMAR GALVÃO, DJ de 2.5.2003), decidiu que a controvérsia não envolvia questão de direito adquirido, limitando-se à interpretação de lei local, que não pode ser revista em recurso extraordinário (súmula 280).

E, bem por isso, pretensões idênticas têm sido aqui repelidas. Cite-se, a título de exemplo, o AI nº 494.425-AgR (da minha relatoria, DJ de 12.11.2004), assim ementado:

“1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Servidor público. Aposentadoria. Complementação. Questão infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. Súmulas 280. A questão relativa à complementação de aposentadoria fundada nas Leis estaduais nºs 1.386/51, 4.819/58 e na Lei Complementar estadual nº 200/74, é infraconstitucional, cujo reexame não é admitido em recurso extraordinário. 2. RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado” (No mesmo sentido: AI nº 565.437-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJ de 31.7.2008; AI nº 607.504-AgR, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ de 26.10.2007).

3.Ante o exposto, dou provimento ao agravo, convertendo-o em

recurso extraordinário, a que nego seguimento (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Intimem-se.Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 692.881 (851)ORIGEM : AC - 44362006 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : ESTADO DE SERGIPEADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPEAGDO.(A/S) : ANÍZIA DANTAS LIMAADV.(A/S) : MARIA ADILENE ALVES GERALDO

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que indeferiu recurso extraordinário de acórdão que condenou o Estado de Sergipe a restituir valores descontados da remuneração do funcionalismo público local a título de aplicação do redutor salarial previsto na Lei Complementar estadual nº 61/2001.

2.Incognoscível o recurso.É que esta Corte rejeitou a existência de repercussão geral do tema

(RE nº 558.944, da minha relatoria).3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, e 327, §

1º, do RISTF, e 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, c.c. arts. 102, § 3º, da CF, e 543-A, § 5º, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 693.444 (852)ORIGEM : PROC - 70017938275 - TRIBUNAL DE JUSTICA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BEATRIZ DALFOLO PIRESADV.(A/S) : ANDRIZE LEITE CALDEIRAAGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO:Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão que negara seguimento a recurso de agravo no qual se impugnara decisão que reconhecera incabível fixação de multa por atraso no pagamento de precatório.

Sustenta o recorrente ofensa ao art. 100, caput, da Constituição federal.

A análise da suposta vulneração à Constituição exige prévio exame da legislação processual infraconstitucional. Isso implica dizer que se trata de alegação de ofensa indireta ou reflexa ao texto constitucional, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 694.318 (853)ORIGEM : PROC - 2818545801 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : JOÃO CIARROCHI LOPEZADV.(A/S) : DANIELA BARREIRO BARBOSAAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que, com base na Lei estadual nº 4.819/58 e na Lei Complementar estadual nº 200/74, negou pedido de complementação de aposentadoria.

No recurso extraordinário, o recorrente sustenta, com base no art. 102, III, a, ofensa ao art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal.

2.Conquanto admissível o agravo, inviável o recurso.O Plenário desta Corte, ao julgar o RE nº 168.046-Edv (Rel. Min.

ILMAR GALVÃO, DJ de 2.5.2003), decidiu que a controvérsia não envolvia questão de direito adquirido, limitando-se à interpretação de lei local, que não pode ser revista em recurso extraordinário (súmula 280).

E, bem por isso, pretensões idênticas têm sido aqui repelidas. Cite-se, a título de exemplo, o AI nº 494.425-AgR (da minha relatoria, DJ de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 158

12.11.2004), assim ementado:“1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Servidor público.

Aposentadoria. Complementação. Questão infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. Súmulas 280. A questão relativa à complementação de aposentadoria fundada nas Leis estaduais nºs 1.386/51, 4.819/58 e na Lei Complementar estadual nº 200/74, é infraconstitucional, cujo reexame não é admitido em recurso extraordinário. 2. RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado” (No mesmo sentido: AI nº 565.437-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJ de 31.7.2008; AI nº 607.504-AgR, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ de 26.10.2007).

3.Ante o exposto, dou provimento ao agravo, convertendo-o em recurso extraordinário, a que nego seguimento (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Intimem-se.Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 694.962 (854)ORIGEM : AC - 5448575600 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MARGARIDA ANTONIALLI MENAADV.(A/S) : LEONARDO ARRUDA MUNHOZAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário de acórdão assim ementado:

“SERVIDOR PÚBLICO – Ativos e inativos – Pretendida inclusão do Prêmio de Valorização na base de calculo do 13° salário – Determinação legal expressa de sua não incorporação aos vencimentos, bem como da não incidência sobre o mesmo de qualquer outra vantagem pecuniária – Inteligência do art. 3°, caput, da Lei Complementar nº 809/96 – Pretensão desprovida de amparo legal – Impossibilidade de o Judiciário substituir a vontade do legislador, sob pena de invasão de competência do Poder Legislativo – Reexame necessário e recurso da Fazenda do Estado providos, invertendo-se o ônus da sucumbência” (fl. 541).

No RE, interposto com base no art. 102, III, a e d, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 7°, VIII, e 39, § 3°, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. É que para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria a análise de normas infraconstitucionais locais (Leis Complementares 644/89 e 809/96 do Estado de São Paulo), o que atrai a incidência da Súmula 280 do STF.

Ademais, verifico que o acórdão recorrido não julgou válida lei local contestada em face de lei federal. Incabível, portanto, o recurso pela alínea d do art. 102, III, da Constituição. Nesse sentido: RE 597.003-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 695.721 (855)ORIGEM : AMS - 200061000108330 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : RHODIA STER FIBRAS E RESINAS LTDAADV.(A/S) : PAULO AKIYO YASSUI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Petição/STF nº 116.249/2009 DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO – REPRESENTANTE PROCESSUAL

– IDOSO. 1.Eis as informações prestadas pelo Gabinete:Rhodia Ster Fibras e Resinas Ltda. requer preferência na apreciação

do agravo de instrumento, em razão do Estatuto do Idoso. Apresenta cópia de documento para comprovar que o respectivo advogado, Dr. Paulo Akiyo Yassui, possui mais de sessenta anos de idade.

Os autos estão no Gabinete.2.O fato de a parte contar com patrocínio de profissional da advocacia

experiente, com certa idade, não implica preferência legal. De qualquer forma, na espécie, em virtude da data de chegada dos autos nesta Corte, imprimirei a atenção desejável. A ausência de exame até aqui decorreu da sobrecarga de autos e processos.

3.Publiquem.Brasília – residência –, 4 de outubro de 2009, às 23h10.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 701.612 (856)ORIGEM : AC - 48112006 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATORA SUBSTITUTA

:MIN. ELLEN GRACIE

AGTE.(S) : UNICARD - BANCO MÚLTIPLO S/AADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO VISCONTIAGDO.(A/S) : FÁBIO HENRIQUE SANTOSADV.(A/S) : RENATA PRADO MENIGHIN

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão denegatória de recurso extraordinário interposto contra acórdão que determinou a limitação dos juros remuneratórios com base na auto-aplicabilidade do art. 192, § 3º, da Constituição Federal, e não permitiu a capitalização anual dos juros, em ação revisional de contrato.

2.No apelo extremo, alega-se violação aos arts. 5º, XXXVI, e 192 da Constituição Federal.

3.Quanto à constitucionalidade do art. 5º da Medida Provisória 2.170-36/2001, que trata da capitalização de juros na forma mensal, esta Corte reconheceu a existência de repercussão geral da matéria no RE 568.396, rel. Min. Marco Aurélio, DJe 10.04.2008.

No julgamento do RE 540.410-QO, rel. Min. Cezar Peluso, sessão plenária de 20.08.2008, e do AI 715.423-QO, de minha relatoria, sessão plenária de 11.06.2008, esta Corte decidiu que, nos casos de matérias com repercussão geral reconhecida, é possível a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais de origem, para os fins previstos no art. 543-B, § 3º, do CPC.

4.No que concerne à limitação dos juros, o Plenário desta Corte editou a Súmula Vinculante n. 7, DJe 20.06.2008, na qual reafirmou o entendimento de que o revogado art. 192, § 3º, da Constituição Federal não era auto-aplicável. Eis o teor do texto sumulado:

“A norma do parágrafo 3º do artigo 192 da Constituição, revogada pela Emenda Constitucional 40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicabilidade condicionada à edição de lei complementar.”

5.Dessa forma, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e assim decidir:

a) Quanto à capitalização dos juros, nos termos do art. 328 do RISTF, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil;

b) No tocante à limitação dos juros, dou provimento ao recurso extraordinário para afastar a limitação dos juros em 12% ao ano pelo fundamento constitucional. Invertam-se, nesta parte, os ônus de sucumbência.

Publique-se.Brasília, 13 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 709.275 (857)ORIGEM : AC - 97030530796 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : BANCO BAMERINDUS DO BRASILADV.(A/S) : JOSÉ WALTER DE SOUSA FILHO

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. REPERCUSSÃO GERAL DA

QUESTÃO CONSTITUCIONAL. QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República, contra julgado no qual se discute o direito de manter sigilo bancário a fim de obstar a apropriação e acesso a extratos bancários em diversas instituições financeiras referentes a período anterior à Lei nº 10.174/2001 e à Lei Complementar nº 105/2001.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 601.314,

Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário que, ademais, é objeto de julgamento na Ação Cautelar nº 33, Relator o Ministro Marco Aurélio.

3. O reconhecimento da repercussão geral do tema constitucional torna dispensável a determinação de subida do recurso extraordinário ou de conversão deste agravo de instrumento naquele recurso, pois os autos principais deverão aguardar na origem o julgamento de mérito do Recurso

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 159

Extraordinário n. 601.314, a teor do que dispõe o art. 543-B do Código de Processo Civil.

No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, devendo ser observado quanto a este o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Retornem os autos deste agravo de instrumento à origem para que sejam apensados aos autos principais.

Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 711.428 (858)ORIGEM : AC - 20040315831 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ROSELIA DE PAULAADV.(A/S) : FRANCISCO MAY FILHOAGDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário de acórdão assim ementado:

“ADMINISTRATIVO. SERVIDORES PÚBLICOS DO PODER JUDICIÁRIO ESTADUAL. ANTECIPAÇÃO SALARIAL PARCELADA. AUSÊNCIA DE IMPLEMENTO DA ÚLTIMA PARCELA. REAJUSTE POR LEI POSTERIOR QUE ENGLOBA TAL PARCELA. INEXISTÊNCIA DE RESÍDUO A PAGAR. RECONVENÇÃO PARA REPETIÇÃO DE VALORES ADMINISTRATIVAMENTE PAGOS. LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO. CITAÇÃO DE TODOS OS DEMAIS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO. IMPOSSIBILIDADE NESTE FEITO. EXTINÇÃO SEM O JULGAMENTO DO MÉRITO. MINORAÇÃO DA VERBA HONORÁRIA. RECURSO DO ESTADO DESPROVIDO. RECURSO DOS AUTORES PARCIALMENTE PROVIDO.

Ao estabelecer novo critério para a conversão em cruzados novos dos vencimentos, soldos, salários, pensões e outras remunerações dos servidores estaduais, a Lei n. 6.747/86 absorveu a terceira parcela da antecipação salarial de que trata a Lei n. 6.740/85.(Apelação cível n. 2002.008660-1)” (fl. 15).

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, c e d, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 1°, 5°, XXXVI, 37 e 59, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. É que para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria a análise de normas infraconstitucionais locais (Leis 6.740/85 e 6.747/86 do Estado de Santa Catarina), o que atrai a incidência da Súmula 280 do STF (AI 747.385/SC, Rel. Min. Ellen Gracie).

Ademais, verifico que o acórdão recorrido não julgou válida lei ou ato de governo local contestado ante a Constituição, tampouco julgou válida lei local contestada em face de lei federal. Incabível, portanto, o recurso pelas alíneas c e d do art. 102, III, da Constituição. Nesse sentido: RE 597.003-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau.

Por fim, com a negativa de seguimento ao recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça (Ag 921.988/SC, com certidão de trânsito em julgado à fl. 188), tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 711.911 (859)ORIGEM : AC - 200700130622 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : WANDERSON GALO DE SOUZAADV.(A/S) : FLORIANO AMADO RAMALHO JUNIOR

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, cuja ementa tem o seguinte teor (fls. 39-40):

“MANDADO DE SEGURANÇA – EXCLUSÃO DE CANDIDATO DE

CONCURSO PÚBLICO PARA INGRESSO NA POLÍCIA MILITAR – INVESTIGAÇÃO SOCIAL – CONSTATAÇÃO DE PRISÃO DO CANDIDATO POR PORTE DE ARMA – ABSOLVIÇÃO CRIMINAL – FALTA DE SUBSUNÇÃO DO FATO ÀS REGRAS EDITALÍCIAS – DESCONSIDERAÇÃO DA ABSOLVIÇÃO E ANÁLISE DO FATO SOB ÓTICA SELETIVA E EM DESFAVOR DO MESMO CANDIDATO – DESCONSIDERAÇÃO DAS CIRCUNSTÂNCIAS FAVORÁVEIS – PONDERAÇÃO AMPLAMENTE FAVORÁREL AO IMPETRANTE SE CONSIDERADA SUA BRILHANTE TRAJETÓRIA NAS FILEIRAS DO EXÉRCITO NACIONAL – CONCESSÃO DA ORDEM – Função constitucional do mandado de segurança. Impetrante inabilitado em certame público a que se submeteu para obtenção de uma vaga no Curso de Formação de Soldado PM Classe ‘C’ da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, ao argumento de haver sido constatado, durante a realização do Exame de Investigação Social, que o mesmo se viu envolvido em ocorrência policial ao ser preso em flagrante portando um revólver com a numeração raspada, fato que gerou processo criminal no qual resultou absolvido por insuficiência de prova. Ausência de subsunção às situações elencadas no edital, pois o indigitado não possui antecedentes criminais, não responde a qualquer tipo de procedimento criminal ou disciplinar, não foi condenado por crime ou contravenção e não praticou atos qualificados em leis ou regulamentos como incompatíveis com a honorabilidade e o pundonor militar, sendo certo que se não pode considerar aqui a transação penal que resultou em arquivamento de processo no XVII Juizado Especial de Bangu por delito de trânsito, seja porque tal fato não foi considerado para o seu afastamento do concurso público, seja porque a eventual consideração violaria o princípio da proporcionalidade, na medida em que a transação penal não presume aceitação de culpa, sem contar a inconcebível vedação de acesso a cargo público por motivo de ilícito involuntário, dotado de insignificante conteúdo de reprovação moral. Provimento do recurso.” (grifo nosso)

Sustenta o agravante, no recurso extraordinário, que houve violação do disposto nos art. 2º; 5º, caput e 37, da Carta Magna. Argumenta que não pode o Poder Judiciário apreciar a motivação dos atos do Poder Executivo.

O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende o preceito do art. 2º, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida e que não foi objeto de embargos de declaração. Ao inovar nos autos, deduz matéria estranha à controvérsia, incidindo no óbice das Súmulas 282 e 356.

Ademais, à luz da jurisprudência desta Corte, não cabe recurso extraordinário para reexaminar a interpretação de cláusula de concurso. Confira-se, nesse sentido, o AI 251.195-AgR, rel. min. Octavio Gallotti, DJ de 26.05.2000), cuja ementa possui o seguinte teor:

“Não cabe recurso extraordinário para interpretação de cláusula de concurso, nem para resolver suposto conflito entre ela e as instruções do processo seletivo ou dispositivo de lei ordinária.”

No mesmo sentido, confiram-se ainda: AI 384.050-AgR (rel. min. Carlos Velloso, DJ de 10.10.2003); RE 120.951-AgR, rel. min. Néri da Silveira, DJ de 08.10.1999); RE 476.783-AgR, rel. min. Ellen Gracie, DJe de 21.11.2008 e AI 720.769-AgR, rel. min. Eros Grau, DJe DE 17.10.2008.

Por fim, a análise das questões constitucionais suscitadas implica reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso, ante a vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte. Nesse sentido, confiram-se: RE 397.788 (rel. min. Cezar Peluso, DJe de 16.10.2008); RE 577.596-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 13.02.2009); AI 358.744 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 27.08.2004) e RE 509.514 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 07.04.2008).

Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 716.989 (860)ORIGEM : AC - 9802496880 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : GESTETNER DO BRASIL S/A - SISTEMAS

REPROGRÁFICOSADV.(A/S) : GUILHERME BOMFIM MANOAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão recorrido porta a seguinte ementa:

“TRIBUTÁRIO – CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS - LEIS Nº 2.613/55, 4.504/64, 4.863/65 – DL Nº 582/69, DL Nº 1.110/70 E DL Nº 1.146/70 – CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE SALÁRIOS PARA O FUNRURAL (2,4%) E PARA O INCRA (0,2%) – PRORURAL – ART. 15, INCISO II, DA LC Nº 11/71 - EMPRESAS URBANAS – LEGALIDADE DA COBRANÇA – EXTINÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES PELO § 1º, DO ART. 3º, DA LEI Nº 7.787/89 – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.

1. A Lei nº 2.613/55, em seu art. 6º, § 4º, instituiu adicional de 0,3%

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 160

(três décimos por cento) à contribuição devida pelos empregadores aos antigos institutos e caixas de aposentadoria e pensões, incidente sobre o total dos salários pagos, destinado ao Serviço Social Rural (SSR), que por sua vez, foi incorporado à Superintendência de Política Agrária – SUPRA.

2. Com a edição da Lei nº 4.504/64 (Estatuto da Terra) foram criados o IBRA (Instituto Brasileiro de Reforma Agrária) e o INDA (Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário), e foi extinta a SUPRA, cujos recursos foram distribuídos ao INDA, a quem competia a arrecadação, enquanto não fosse criado órgão do Serviço Social da Previdência.

3. Ocorre que o adicional de 0,3% (três décimos por cento) foi majorado para 0,4% (quatro décimos por cento) pela Lei nº 4.863/65, que em seu art. 35, § 2º, item VIII, dispôs que o referido adicional integraria uma taxa única de 28% com as contribuições de previdência, incidente mensalmente sobre o salário de contribuição, sendo distribuída a referida taxa em nove contribuições, dentre estas, o percentual de 0,4% destinado ao INDA.

4. Posteriormente, o art. 6º do Decreto-lei nº 582/69 estabeleceu que as contribuições criadas pela Lei nº 2.613/55, com as modificações da Lei nº 4.863/65, passariam a ser devidas ao IBRA, ao INDA e ao FUNRURAL, ficando o adicional de 0,4% assim distribuído: 25% (vinte e cinco por cento) ao IBRA, 25% (vinte e cinco por cento) ao INDA, e 50% (cinqüenta por cento) ao FUNRURAL.

5. Com a criação do INCRA pelo Decreto n º 1.110/70, foram extintos o IBRA e o INDA, sendo transferidos todos os seus direitos, competências, atribuições e responsabilidades à nova autarquia, ficando a mesma com o adicional de 0,2%, anteriormente destinados ao IBRA e ao INDA.

6. Por sua vez, o Decreto-lei nº 1.146/70 manteve o adicional de 0,4% relativo às contribuições criadas pela Lei nº 2.613/55, com as modificações da Lei nº 4.863/65, e confirmou que as mesmas seriam devidas de acordo com o Decreto-lei nº 582/69 e com o art. 2º do Decreto n º 1.110/70, restando o percentual de 0,2% ao INCRA e 0,2% ao FUNRURAL.

7. Finalmente, com o advento da LC nº 11/71, foi instituído o Programa de Assistência ao Trabalhador Rural (PRORURAL), o qual seria custeado pelos recursos advindos da contribuição de 2% (dois por cento) devida pelo produtor sobre o valor comercial dos produtos rurais, e da contribuição de que trata o art. 3º do Decreto-lei nº 1.146, de 31 de dezembro de 1970, a qual foi elevada para 2,6% (dois e seis décimos por cento), cabendo 2,4% (dois e quatro décimos por cento) ao FUNRURAL.

8. Considerando que a contribuição de que trata o Decreto-lei 1.146/70, é exatamente o adicional de 0,4% (quatro décimos por cento), que restou distribuído, igualmente, entre o INCRA e o FUNRURAL, não há que se falar em modificação da base de cálculo da contribuição, tendo ocorrido apenas a elevação da alíquota da contribuição ao FUNRURAL para 2,4% (dois e quatro décimos por cento), enquanto o restante, destinado ao INCRA, continuou sendo de 0,2% (dois décimos por cento).

9. A questão da legalidade do recolhimento das contribuições ao FUNRURAL e ao INCRA pelas empresas urbanas encontra-se pacificada no Egrégio Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que a lei não condicionou a vinculação da empresa às atividades rurais para o recolhimento das referidas contribuições, não havendo óbice a que sejam cobradas das empresas urbanas, face ao princípio da solidarização da seguridade social.

10. Ocorre que, a contribuição ao PRORURAL relativa à folha de salários prevista no inciso II, do art. 15, da LC nº 11/71, foi extinta pela Lei nº 7.787/89, ao dispor no § 1º, do art. 3º, que a alíquota de 20% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados empregados, estaria abrangendo, dentre outras, a contribuição para o PRORURAL, a partir de 1º de setembro de 1989.

11. Não há que se falar em extinção da contribuição apenas do FUNRURAL, uma vez que a Lei nº 7.787/89 foi clara ao suprimir a contribuição ao PRORURAL, que abrange não só a contribuição destinada ao FUNRURAL, mas também o adicional de 0,2% destinado ao INCRA.

12. A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, modificando posicionamento anterior sobre a matéria, passou a entender que a contribuição destinada ao INCRA foi extinta pela Lei 7.787/89, e não pela Lei nº 8.212/91.

13. Tendo em vista que a autora pretende ser restituída por valores recolhidos no período em que as contribuições ao INCRA e ao FUNRURAL eram devidas, sendo extintas apenas em 1989, o pedido restou improcedente.

14. Apelação improvida. Mantidos os ônus da sucumbência” (fls. 240-243).

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, violação, aos arts. 153, 154, e 195, § 4º, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. No que tange à possibilidade de cobrar a referida contribuição de empresas urbanas, a decisão guerreada está em harmonia com a jurisprudência da Corte, como se vê da ementa do AI 548.733-AgR/DF, Rel. Min. Carlos Britto, a seguir transcrita:

“CONTRIBUIÇÃO AO FUNRURAL E AO INCRA: EMPRESAS URBANAS. O aresto impugnado não diverge da jurisprudência desta colenda Corte de que não há óbice à cobrança, de empresa urbana, da referida contribuição. Precedentes: AI 334.360-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 211.442-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes; e RE 418.059, Rel. Min. Sepúlveda Pertence.

Agravo desprovido”.

No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 395.884-AgR/RS e AI 663.176-AgR/MG, Rel. Min. Eros Grau; RE 241.652-AgR/SP e AI 607.202-AgR/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 566.734-AgR/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 501.596-AgR/RS, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 423.531-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 364.050-AgR/RS, Rel. Min. Nelson Jobim; RE 238.395-AgR-ED/MS, Rel. Min. Maurício Corrêa; RE 238.171-AgR/SP, Rel. Min. Ellen Gracie.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.413 (861)ORIGEM : AC - 136202007 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS -

CEDAEADV.(A/S) : LEONARDO ZVEITER SOARES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LEONARDO MORAES DE MIRANDA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ELCY MACIELADV.(A/S) : MARIA FRANCISCA MOURA DO NASCIMENTO E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e assim ementado:

“Ação declaratória c/c repetição de indébito.Águas e esgotos cobrados em tarifa única.Sentença de parcial

procedência. Apelação. Decisão desta relatoria que, desde logo, negara seguimento ao recurso.

Agravo inominado, do § 1º do artigo 557, do Código de Processo Civil. Orientação predominante da jurisprudência deste Colendo Tribunal de Justiça no sentido de que não é devida a tarifa de esgoto pelos usuários dos demais serviços da apelante, quando inexistente a respectiva prestação efetiva. Recurso não provido” (fl. 147)

Sustenta a recorrente, com fundamento no art. 102, III, a, violação ao disposto no art. 5º, II, LIV, LV, e 93, IX, da Constituição Federal. Apresenta preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, na forma do art. 543-A, § 2º, do CPC.

2.Conquanto admissível o agravo, inviável o recurso extraordinário.Com efeito, os temas constitucionais suscitados no recurso

extraordinário não foram objeto de consideração no acórdão recorrido, faltando-lhes, assim, o requisito do prequestionamento, que deve ser explícito (súmulas 282 e 356).

Ademais, já assentou esta Corte que, “ainda que a questão constitucional surja originariamente no acórdão,

para que haja o prequestionamento dela (...), se faz mister que seja ela alegada em embargos de declaração, sob o fundamento de que houve omissão na apreciação da questão sob o ângulo constitucional, para que se possibilite ao Tribunal a quo que se manifeste sobre esse ponto” (AI nº 242.317-AgR, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 10.12.99).

Isso significa que, para se configurar o prequestionamento, não basta que o acórdão impugnado haja apreciado originariamente a questão, mas que o tenha feito já sob o prisma e à luz da norma constitucional que, no recurso extraordinário, se argúi ofendida. Se o não fez, então seria mister oposição de embargos declaratórios que provocassem o tribunal a reexaminar a questão, agora do ponto de vista constitucional. Sem tal oportunidade, não há como falar em questionamento prévio de matéria constitucional.

Ainda que assim não fosse, melhor sorte não teria o recurso. É que suposta violação das garantias constitucionais do devido processo legal e da ampla defesa configuraria, aqui, o que se chama mera ofensa reflexa, também dita indireta, à Constituição da República, porque eventual juízo sobre sua caracterização dependeria de reexame prévio do caso à luz das normas infraconstitucionais, em cuja incidência e interpretação, para o decidir, se apoiou o acórdão impugnado, designadamente regras do Código Tributário Nacional e Código de Processo Civil.

É, ao propósito, velhíssima a postura desta Corte no sentido de que, se, para provar contrariedade à Constituição, se deva, antes, demonstrar ofensa à lei ordinária, então é esta que conta para efeito de juízo de admissibilidade do recurso extraordinário (cf., por todos, RE nº 92.264-SP, Rel. Min. DECIO MIRANDA, in RTJ 94/462-464). E este enunciado sintetiza raciocínio de certa simplicidade, que está no seguinte.

É natural que, propondo-se a Constituição como fundamento jurídico último, formal e material, do ordenamento, toda questão jurídico-normativa apresente ângulos ou aspectos de algum modo constitucionais, em coerência com os predicados da unidade e da lógica que permeiam toda a ordem jurídica.

Mas tal fenômeno não autoriza que, para efeitos de admissibilidade de recurso extraordinário, sempre se dê relevo ou prevalência à dimensão constitucional da quaestio iuris, sob pretexto de a aplicação da norma ordinária encobrir ofensa à Constituição, porque esse corte epistemológico de natureza absoluta equivaleria à adoção de um atalho que, de um lado,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 161

degradaria o valor referencial da Carta, barateando-lhe a eficácia, e, de outro, aniquilaria todo o alcance teórico das normas infraconstitucionais, enquanto materialização e desdobramento necessário do ordenamento, destinadas, que são, a dar atualidade, conseqüência e sentido prático ao conteúdo normativo inscrito nas disposições constitucionais.

Tal preponderância só quadra à hipótese de o recurso alegar e demonstrar que o significado normativo atribuído pela decisão ao texto da lei subalterna, no ato de aplicá-la ao caso, guarde possibilidade teórica de afronta a princípio ou regra constitucional objeto de discussão na causa. E, ainda assim, sem descurar-se da falácia de conhecido estratagema retórico que, no recurso, invoca, desnecessariamente, norma constitucional para justificar pretensão de releitura da norma infraconstitucional aplicada, quando, na instância ordinária, não se discutiu ou, o que é mais, nem se delineie eventual incompatibilidade entre ambas. É coisa que não escapou a velho precedente da Corte, do qual consta o seguinte:

“(...) observo, com relação [à questão constitucional], que é incomum que, para se interpretar um texto infraconstitucional, haja necessidade de, para reforçar a exegese, se invocarem textos constitucionais, exceto quando seja preciso conciliar a lei ordinária com a Constituição por meio da técnica da interpretação conforme a Carta Magna.” (voto do Min. MOREIRA ALVES no RE nº 147.684, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, in RTJ 148/2).

Neste caso, não há questão constitucional capaz de tornar admissível o recurso extraordinário, porque o que, no fundo, sustenta o recorrente é que, aplicando normas subalternas, revestidas de incontroversa constitucionalidade formal e material, a fatos insuscetíveis de rediscussão nesta via, quando não poderia tê-lo feito, porque tais fatos não corresponderiam às suas fattispecie abstratas, teria o tribunal a quo proferido decisão errônea (error in iudicando), cujo resultado prático implicaria violação de normas constitucionais. É hipótese típica do que se costuma definir como ofensa reflexa ou indireta, que, a bem ver, não tipifica ofensa alguma à Constituição.

E, quanto à alegação de ofensa ao art. 93, IX, da Constituição da República, observo que o acórdão está devidamente fundamentado, e é o que basta, pois, como se decidiu no RE nº 140.370 (Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 21.5.93):

“(...)O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial

seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional”.

Por fim, é de salientar que o agravo de instrumento interposto da decisão que não admitiu o recurso especial teve provimento negado pelo STJ, permanecendo, assim, incólume fundamento legal e bastante da decisão, o que inviabiliza o extraordinário, ante os termos da súmula 283.

Não se excogita, pois, existência de repercussão geral, que só convém a questões constitucionais.

3.Ante o exposto, dou provimento ao agravo, convertendo-o em recurso extraordinário, a que nego seguimento (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 725.296 (862)ORIGEM : AC - 10024043189372002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : DIOGO HENRIQUE QUINTÃO DA SILVAADV.(A/S) : FELISBERTO EGG DE RESENDEAGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO:É firme a orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido de que constitui ônus da parte agravante infirmar todos os fundamentos em que se baseou a decisão agravada para negar seguimento ao recurso extraordinário. Confira-se, a título exemplificativo, o seguinte julgado:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INVIABILIDADE DO AGRAVO. ARTIGO 317, § 1º DO RISTF.

1.Incumbe ao recorrente o dever de impugnar os fundamentos da decisão recorrida.

2.Inviável, diante da regra do § 1º do artigo 317 do RISTF, o agravo de instrumento que se limita a reiterar as razões do recurso extraordinário sem abordar o fundamento da decisão agravada.

Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 330.535-AgR, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ 21.09.2001)

No mesmo sentido, os seguintes precedentes: AI 488.369 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 02.04.2004), AI 488.975 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ 31.05.2004), AI 482.984 (rel. min. Cezar Peluso, DJ 20.05.2004) e AI 503.582 (rel. min. Nelson Jobim, DJ 25.05.2004).

No presente caso, o agravante não impugnou a assertiva de incidência da Súmula 279/STF. Disso decorre que o agravante não logrou desincumbir-se do ônus que lhe cabia.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 726.042 (863)ORIGEM : AC - 20060110847889 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSAGDO.(A/S) : MARIA ABADIA CABRAL MONTEIROADV.(A/S) : FÁBIO AUGUSTO DE MESQUITA PORTO

DECISÃOSERVIDOR INATIVO – REENQUADRAMENTO – § 8º DO ARTIGO

40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – POSSIBILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.

1.Na interposição deste agravo, foram atendidos os pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por procurador do Distrito Federal, veio acompanhada dos documentos previstos no artigo 544, § 1º, do Código de Processo Civil e restou protocolada no prazo assinado em lei, contado em dobro.

Conforme tenho ressaltado, a pedra de toque para saber-se enquadrado, ou não, o caso na previsão do então § 8º do artigo 40 da Constituição Federal - observadas vantagens concedidas ao pessoal da ativa - é única. Cumpre perquirir se os requerentes da parcela, se estivessem em atividade, seriam, ou não, abrangidos pela norma mais benéfica. Na espécie dos autos, a resposta é afirmativa. Apreciando a Lei distrital nº 3.319/2004, a Corte de origem deixou estampado, no acórdão impugnado mediante o extraordinário, ter a agravada cumprido os requisitos necessários à mudança de classe pleiteada. Ora, a conclusão a que chegou o Tribunal estadual não implica ofensa ao artigo 40 da Carta da República. A autora foi alçada ao nível pretendido por satisfazer o procedimento exigido.

2.Conheço deste agravo e o desprovejo. 3.Publiquem. Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 726.674 (864)ORIGEM : EDAIRR - 614199981104407 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : DORVANDIL CUNHAADV.(A/S) : DENISE ARANTES SANTOS VASCONCELOSAGDO.(A/S) : AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S/AADV.(A/S) : CLÁUDIO DIAS DE CASTROAGDO.(A/S) : RIO GRANDE ENERGIA S/AADV.(A/S) : JACQUELINE RÓCIO VARELLAAGDO.(A/S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA -

CEEEADV.(A/S) : SEBASTIÃO VALDIR GOMES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : COMPANHIA DE GERAÇÃO TÉRMICA DE ENERGIA

ELÉTRICA - CGTEEADV.(A/S) : MARGARETH CUNHA D'ALÓ DE OLIVEIRA

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão denegatória de recurso extraordinário interposto contra acórdão no qual se discute admissibilidade de recurso.

2.Esta Corte manifestou-se pela inexistência de repercussão geral da matéria no RE 598.365/MG, rel. Min. Carlos Britto.

3.Conforme estabelecem os artigos 543-A, § 5º, do Código de Processo Civil, e 326 e 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, a decisão de inexistência de repercussão geral proferida por este Tribunal valerá para todos os recursos sobre questão idêntica.

4.Ante o exposto, indefiro liminarmente o presente agravo de instrumento (art. 543-A, §5º, do CPC, c/c o art. 327, §1º, do RI/STF).

Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 726.862 (865)ORIGEM : ERR - 2166200305302006 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 162

RELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S/A - TELESPADV.(A/S) : FERNANDA BANDEIRA ANDRADE RODRIGUES LEITE

E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : GIDEL DE ARAÚJO LINSADV.(A/S) : RUBENS GARCIA FILHO E OUTRO(A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão denegatória de recurso extraordinário interposto contra acórdão no qual se discute admissibilidade de recurso.

2.Esta Corte manifestou-se pela inexistência de repercussão geral da matéria no RE 598.365/MG, rel. Min. Carlos Britto.

3.Conforme estabelecem os artigos 543-A, § 5º, do Código de Processo Civil, e 326 e 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, a decisão de inexistência de repercussão geral proferida por este Tribunal valerá para todos os recursos sobre questão idêntica.

4.Ante o exposto, indefiro liminarmente o presente agravo de instrumento (art. 543-A, §5º, do CPC, c/c o art. 327, §1º, do RI/STF).

Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 728.121 (866)ORIGEM : EDERR - 73083120013 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : IZABEL BERTO DA SILVAADV.(A/S) : HÉLIO STEFANI GHERARDIAGDO.(A/S) : TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S/A - TELESPADV.(A/S) : GUILHERME MIGNONE GORDO

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão denegatória de recurso extraordinário interposto contra acórdão no qual se discute admissibilidade de recurso.

2.Esta Corte manifestou-se pela inexistência de repercussão geral da matéria no RE 598.365/MG, rel. Min. Carlos Britto.

3.Conforme estabelecem os artigos 543-A, § 5º, do Código de Processo Civil, e 326 e 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, a decisão de inexistência de repercussão geral proferida por este Tribunal valerá para todos os recursos sobre questão idêntica.

4.Ante o exposto, indefiro liminarmente o presente agravo de instrumento (art. 543-A, §5º, do CPC, c/c o art. 327, §1º, do RI/STF).

Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 729.207 (867)ORIGEM : AMS - 9403263130 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : CENTRAL DE VEICULOS S/AADV.(A/S) : LUIZ EDUARDO DE CASTILHO GIROTTOAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DESPACHO: Vistos, etc.Trata-se de agravo de instrumento contra decisão obstativa de

recurso extraordinário, interposto com fundamento na alínea “a” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão cuja ementa é a seguinte (fls. 257):

“MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUTÁRIO. IRPJ. LEI Nº 8.541/92. ART'S. 7º E 8º. LEGALIDADE DAS DEDUÇÕES PELO REGIME DE CAIXA. INDEDUTIBILIDADE DOS DEPÓSITOS JUDICIAIS.

1. Não se verifica inconstitucionalidade/ilegalidade nas alterações promovidas pelos art's. 7º (As obrigações referentes a tributos ou contribuições somente serão dedutíveis, para fins de apuração do lucro real, quando pagas) e 8º (Serão consideradas como redução indevida do lucro real, de conformidade com as disposições contidas no artigo 6º, § 5º, alínea ‘b’, do Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, as importâncias contabilizadas como custo ou despesas, relativas a tributos ou contribuições, sua respectiva atualização monetária e as multas, juros e outros encargos, cuja exigibilidade esteja suspensa nos termos do artigo 151 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, haja ou não depósito judicial em garantia), da Lei nº 8.541/92, porquanto nenhuma das hipóteses interfere no fato gerador do IRPJ ou sua base de cálculo, observados os ditames do art. 146, III, da Constituição Federal e art's. 43 e 44 do Código Tributário Nacional.

2. Precedentes do C. STJ e da Terceira Turma desta E. Corte3. Apelação da impetrante a que se nega provimento.”2. Pois bem, a parte recorrente alega ofensa ao caput e ao inciso

XXXV do art. 5º, à alínea “a” do inciso III do art. 146, ao inciso II do art. 150 e ao inciso III do art. 153, todos da Carta Magna.

3. Tenho que a insurgência não merece acolhida. Isso porque a Corte de origem decidiu a controvérsia com fundamento no exame da legislação infraconstitucional pertinente (Lei nº 8.541/92), o que não enseja a abertura da via extraordinária, pois a ofensa ao Magno Texto, se existente, ocorreria de forma indireta ou reflexa. No mesmo sentido, vejam-se os REs 399.276-AgR, sob a relatoria do ministro Cezar Peluso; e 433.933-AgR, sob a relatoria do ministro Eros Grau; bem como o AI 590.699-AgR, sob a relatoria do ministro Sepúlveda Pertence.

4. Incide, por fim, no caso a Súmula 283 do STF.Isso posto, e frente ao art. 557, caput, do CPC e ao art. 21, § 1º, do

RI/STF, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 729.970 (868)ORIGEM : AC - 70019135375 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : FUNDAÇÃO BANRISUL DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : LARA CORRÊA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : VILSON DOS ANJOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOÃO CARLOS NERVO E OUTRO(A/S)

1.Falta ao instrumento o traslado do inteiro teor da decisão agravada.2.Com base na Súmula STF nº 288 e no art. 544, § 1º, do Código de

Processo Civil, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.014 (869)ORIGEM : AC - 200480000058920 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : ALAGOASRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : MARCOS ANTÔNIO DA ROCHA VIEIRAADV.(A/S) : JAIRO SILVA MELO

DESPACHO (Petição n. 44.315/2009)AGRAVO DE INSTRUMENTO. REPRESENTAÇÃO JUDICIAL DO

INSS: PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL. INTIMAÇÃO. REPUBLICAÇÃO DA DECISÃO COM REABERTURA DO PRAZO RECURSAL.

1. Em 17.3.2009, neguei seguimento a este agravo, em razão de o reexame do acórdão impugnado demandar a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (fls. 160-163).

A decisão foi publicada no Diário da Justiça eletrônico de 1º.4.2009, e o mandado de intimação devidamente cumprido foi juntado em 13.4.2009, conforme certidão à fl. 164.

2. Em 22.4.2009, por meio de petição, o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS prestou as seguintes informações:

“A Lei n.º 11.457, de 16 de março de 2007 (DOU 19/03/2007), criou a SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Estabeleceu, ainda, que a partir de 01/05/2007, o débito original e seus acréscimos legais, além de outras multas previstas em lei, relativos às contribuições de que tratam os seus arts. 2.º e 3.º (contribuições previdenciárias e contribuições devidas a terceiros), passam a constituir Dívida Ativa da União. Assim, a partir de 1.º de maio de 2007, compete à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN a representação judicial da União na cobrança de tais créditos.

O referido diploma legal estabeleceu, também, a forma de transição da representação judicial do INSS nas ações em que se discutia sobre tais contribuições

Dessa forma, coube à Procuradoria-Geral Federal – PGF, por força da ressalva estabelecida nos §§1.º e 3.º do art. 16 da Lei 11.457/2007, representar judicialmente o INSS no período entre 01/05/2007 e 31/03/2008, nas ações que tinham por objeto créditos tributários anteriormente inscritos na Dívida Ativa do INSS.

A partir de 01/04/2008, porém, todo o estoque de dívida ativa do INSS passou a constituir Dívida Ativa da União” (fls. 168-169).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO . 3. A divergência sobre a intimação do Instituto Nacional do Seguro

Social – INSS é problema que vem se arrastando há muito tempo e resultando em demora excessiva para a conclusão de casos como o dos autos.

4. Dada a indefinição no âmbito da União acerca da sua representação judicial, em sessão administrativa realizada em 5.8.2009, este Supremo Tribunal Federal aprovou a Resolução n. 404/2009, publicada em 12.8.2009, para estabelecer, com fundamento na Constituição da República e na legislação infraconstitucional, o procedimento correto para a intimação da União, suas autarquias e fundações, evitando-se, assim, a interminável

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 163

procrastinação do feito por problemas meramente procedimentais.Dispõe o art. 2º, inc. II e III, da Resolução n. 404/2009:“Art. 2º A intimação da União, suas autarquias e fundações públicas

observará as seguintes regras:I - (Omissis);II – nas causas de natureza fiscal, excetuadas as ações originárias,

será intimado o Procurador-Geral da Fazenda Nacional, nos termos do art. 131, § 3º, da Constituição da República, e dos arts. 4º, inc. III, e 12, incs. II e V, da Lei Complementar n. 73/2003;

III – nas causas de interesse da administração autárquica e fundacional da União, exceto o Banco Central do Brasil, será intimado o Procurador-Geral Federal, nos termos do art. 11, caput, e § 2º, inc. II, da Lei n. 10.480/2002”.

5. A matéria discutida nos autos é de natureza fiscal (multa aplicada a agente público por descumprimento de obrigação tributária acessória).

6. Pelo exposto, defiro o pedido de intimação do Procurador-Geral da Fazenda Nacional.

À Secretaria Judiciária para que providencie a correção da autuação e nova publicação da decisão às fls. 160-163, nos termos do art. 2º, inc. II e III, da Resolução n. 404/2009.

Brasília, 8 de outubro de 2009.Publique-se.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.306 (870)ORIGEM : AMS - 200261260124410 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : UNIÃO PARA FORMAÇÃO, EDUCAÇÃO E CULTURA

DO ABC LTDA - UNIFECADV.(A/S) : PIERO HERVATIN SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONALINTDO.(A/S) : FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA

EDUCAÇÃO - FNDEADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERALINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

DECISÃO: Vistos, etc.Dou provimento ao agravo de instrumento e determino a sua

conversão em recurso extraordinário, pelo fato de constarem dos autos os elementos necessários ao julgamento da causa (§§ 3º e 4º do artigo 544 do CPC). Após, dê-se vista ao Procurador-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 15 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.053 (871)ORIGEM : AMS - 200261000263173 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR -

CNENADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : CELSO VIEIRA DE MORAIS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MÁRCIA DOMETILA LIMA DE CARVALHO E OUTRO(A/

S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão do TRF da 3ª Região no qual se discute controvérsia relativa à averbação do tempo de trabalho em atividades especiais para fins de aposentadoria, referente aos períodos anterior e posterior à vigência da Lei 8.112/90 (RJU).

2.O recurso, entretanto, não merece prosperar. Verifico que não foi atacado de forma convincente um dos fundamentos da decisão agravada, cujo teor destaco:

“Com efeito, a recorrente limita-se a sustentar a inadequação da via do mandado de segurança para os casos em que o direito invocado exige dilação probatória, e discorre vagamente sobre o mérito da ação, consustanciando seu inconformismo em fundamentação expendida de forma desordenada, não logrando infirmar as razões de decidir contidas na decisão vergastada.

Aplicável ao caso, portanto, a Súmula 284 do STF, que dispõe: “É inadmissível o Recurso Extraordinário quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia” (fl. 92).”

3.A parte recorrente, na petição do recurso de agravo, assim se reportou a tal fundamento:

“O r. despacho de fls. 347 e seguintes entendeu pela inadmissibilidade do recurso extraordinário interposto com relação aos pontos relativos à impropriedade da via eleita (ação mandamental) para o pleito, bem

como à ausência de direito líquido e certo de plano comprovada e à necessidade ausência de prova pericial, ao argumento de que o reexame de tais pontos implicaria revolvimento de matéria fática.

Permissa vênia, mesmo sem revolver a matéria fática, verifica-se que os Recorridos não fazem jus à via mandamental eleita, e, muito menos, à segurança concedida, já que o direito líquido e certo não foi demonstrado de plano, na forma exigida pelo artigo 5º, inciso LXIX, CF e artigo 1º, da Lei 1.533/52, restando, assim, caracterizada a falta de interesse processual, pela inadequação da via, segundo o binômio necessidade-adequação, na forma do artigo 267, inciso VI CPC, justamente pela inadequação da via eleita – mandado de segurança para veicular a natureza do pedido concernente à averbação de tempo de trabalho prestado sob condição insalubre ou perigosa, posto que apenas medidante prova pericial, produzida em ação de cognição plena, poderia ser inequivocamente verificada condição especial no local de trabalho.

Contudo, ainda que assim se entenda, o que se admite “ad argumentadum tantum” insiste-se no recurso interposto ao menos no ponto relativo à contrariedade do v. acórdão recorrido aos termos do artigo 40, parágrafo 4º CF” (fl. 09).

A parte recorrente não logrou, portanto, afastar a incidência da Súmula STF 284, apenas insistindo na inadequação da via eleita.

Veja-se o AI 540.250-AgR/SP, de minha relatoria, 2ª Turma, unânime, DJ 31.03.2006, cujo acórdão está assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO MONOCRÁTICA. Inviável o agravo regimental quando não são atacados, de forma convincente, cada um dos fundamentos da decisão que obsta o processamento do recurso (art. 317, § 1º, RI/STF).”

Nesse mesmo sentido, AI 542.004-AgR/SP, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, unânime, DJ 17.03.2006; AI 549.854-AgR/SP, rel. Min. Eros Grau, 1ª Turma, unânime, DJ 07.04.2006; AI 708.309/RS, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 03.08.2009; e AI 179.541/SC, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 29.11.2004.

4.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.431 (872)ORIGEM : AC - 770335921 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : BANCO NOSSA CAIXA S/AADV.(A/S) : CLÁUDIA NAHSSEN DE LACERDA FRANZE E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ODILON TAVARES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GABRIELLA POGGIOGALLI E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. CIVIL. IMÓVEL HIPOTECADO.

DESCONSTITUIÇÃO DA PENHORA. NECESSIDADE DO REEXAME DE PROVAS E DA ANÁLISE PRÉVIA DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 454 DESTE SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O Tribunal de Justiça de São Paulo julgou apelação em embargos de terceiro, nos termos seguintes:

“EMBARGOS DE TERCEIRO. Hipoteca. Gravame preexistente ao instrumento particular celebrado entre a construtora e os apelados. Recorridos que efetuaram o pagamento integral do preço contratado. Prova de quitação da dívida. À recorrente somente cabe o direito de exigir da construtora o pagamento dos valores recebidos dos apelados; não pode pretender executar a hipoteca, prejudicando os embargantes, adquirentes de boa fé. Sentença confirmada. RECURSO NÃO PROVIDO” (fl. 221).

Os embargos declaratórios opostos foram julgados nos seguintes termos:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. Alegação de omissão e de falta de prequestionamento expresso. Objetivo infringente e de acesso a recursos aos Tribunais Superiores. Acórdão que analisou todos os temas expostos nos autos, não se vislumbrando a alegada omissão. EMBARGOS REJEITADOS” (fl. 237).

3. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência da Súmula 282 deste Supremo Tribunal.

4. O Agravante argumenta que:“Não há o óbice da falta de prequestionamento, porquanto o

Agravante interpôs embargos de declaração visando a expressa manifestação do Tribunal de Justiça acerca da matéria constitucional tido como vulnerada” (fl. 6).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 164

No recurso extraordinário, alega que o Tribunal a quo teria afrontado o art. 5º, inc. XXXVI, da Constituição.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Cumpre afastar, inicialmente, o óbice imposto pela decisão

agravada quanto à alegada ausência do devido prequestionamento, pois, nos autos, a matéria constitucional posta à apreciação foi suscitada em momento procedimentalmente adequado.

Todavia, a superação desse óbice não é suficiente para o acolhimento da pretensão do Agravante.

6. O Desembargador Relator consignou sem seu voto condutor que:“Muito embora informe o pré-contrato de fls. 10 ‘usque’ 14,

instrumento particular de compromisso de venda e compra, nas cláusulas 1.1; 11.1; e ll.9. ‘d’.1, que os apelados tinham ciência plena da garantia hipotecária que pesa sobre o imóvel adquirido, o que possibilitou à ‘Imobiliária Trabulsi’ financiamento bancário, para a construção do edifício, no qual se localiza o imóvel objeto da lide, o pleito recursal não merece acolhimento.

(...)Em que pese a garantia avençada entre a embargada e a construtora

ser anterior ao pré-contrato firmado entre esta e os embargantes, há que se considerar que os recorridos pagaram integralmente o preço contratado (fls. 15) e obtiveram, judicialmente, o direito de ver lavrada a escritura de venda e compra juntada às fls. 17/18, devidamente registrada, consoante certidão de fls. 19/22. Constou do referido instrumento que a Imobiliária Trabulsi Ltda. se responsabilizaria pelo pagamento dos valores correspondentes à questionada hipoteca. Assim, à Instituição Financeira credora assiste apenas o direito de cobrar da executada o quantum lhe é devido e não o de executar a hipoteca, já que provada está, nos autos, a quitação da dívida dos embargantes” (fls. 222-223).

Conforme se verifica, o Tribunal de origem decidiu a questão posta à apreciação com base nos elementos fático-probatórios constantes dos autos e na análise de cláusulas contratuais. Para se concluir de forma diversa, seria necessário o reexame dessas provas e do contrato firmado entre as partes, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Incidem na espécie as Súmulas 279 e 454 do Supremo Tribunal Federal.

Nesse sentido:“1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Prequestionamento.

Falta. Agravo regimental não provido. Aplicação das súmulas nºs 282 e 356. Não se admite recurso extraordinário quando falte prequestionamento da matéria constitucional invocada. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Contrato de mútuo e hipoteca de bem imóvel. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. Aplicação da súmula 454. Não cabe recurso extraordinário que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, reexame de cláusulas contratuais” (AI 556.083-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Primeira Turma, DJ 25.11.2005 – grifei).

Nada há a prover quanto às alegações da parte agravante.7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 15 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.030 (873)ORIGEM : AMS - 95030604494 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : TAPECOL SINASA INDÚSTRIA E COMÉRCIO S/A,

SUCESSORA POR INCORPORAÇÃO DE TÊXTIL TAPECOL S/A INDUSTRIA E COMÉRCIO

ADV.(A/S) : FERNANDO LOESER E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DESPACHO: Vistos, etc.Trata-se de agravo de instrumento contra decisão obstativa de

recurso extraordinário, este interposto com fundamento na alínea “a” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão cuja ementa é a seguinte (fls. 185):

“MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUTÁRIO. IRPJ. LEI Nº 8.541/92. ART'S. 7º E 8º. LEGALIDADE DAS DEDUÇÕES PELO REGIME DE CAIXA. INDEDUTIBILIDADE DOS DEPÓSITOS JUDICIAIS.

1. Não se verifica inconstitucionalidade/ilegalidade nas alterações promovidas pelos art's. 7º (As obrigações referentes a tributos ou contribuições somente serão dedutíveis, para fins de apuração do lucro real, quando pagas) e 8º (Serão consideradas como redução indevida do lucro real, de conformidade com as disposições contidas no artigo 6º, § 5º, alínea "b", do Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, as importâncias contabilizadas como custo ou despesas, relativas a tributos ou contribuições, sua respectiva atualização monetária e as multas, juros e outros encargos, cuja exigibilidade esteja suspensa nos termos do artigo 151 da Lei nº 5.172,

de 25 de outubro de 1966, haja ou não depósito judicial em garantia), da Lei nº 8.541/92, porquanto nenhuma das hipóteses interfere no fato gerador do IRPJ ou sua base de cálculo, observados os ditames do art. 146, III, da Constituição Federal e art's. 43 e 44 do Código Tributário Nacional.

2. Precedentes do C. STJ e da Terceira Turma desta E. Corte3. Apelação da impetrante a que se nega provimento.”2. Pois bem, a parte recorrente alega ofensa ao inciso XXXV do art.

5º, ao § 1º do art. 145, à alínea “a” do inciso III do art. 146, ao inciso IV do art. 150 e ao inciso III do art. 153, todos da Carta Magna.

3. Tenho que o agravo não merece acolhida. Isso porque a Corte de origem decidiu a controvérsia com fundamento no exame da legislação infraconstitucional pertinente (Lei nº 8.541/92), o que não enseja a abertura da via extraordinária, pois a ofensa ao Magno Texto, se existente, ocorreria de forma indireta ou reflexa. No mesmo sentido, vejam-se os REs 399.276-AgR, sob a relatoria do ministro Cezar Peluso; 433.933-AgR, sob a relatoria do ministro Eros Grau; e o AI 590.699-AgR, sob a relatoria do ministro Sepúlveda Pertence.

4. Incide, por fim, a Súmula 283 do STF.Isso posto, e frente ao art. 557, caput, do CPC e ao art. 21, § 1º, do

RI/STF, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.628 (874)ORIGEM : AI - 10024058132218001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES

MILITARES DO ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSMADV.(A/S) : VINICIUS GODINHO SILVEIRAAGDO.(A/S) : MOISÉS BATISTA DE SOUZAADV.(A/S) : DENIS FONSECA BARROSA

DECISÃO: Vistos, etc. O agravo não merece acolhida. É que as razões do apelo extremo se

apresentam divorciadas da fundamentação do aresto impugnado. É de se aplicar, portanto, a Súmula 284 desta Corte.

Anoto, ainda, que o primeiro agravante - Estado de Minas Gerais – não tem legitimidade para recorrer de decisão que negou seguimento a recurso interposto por entidade autárquica.

Isso posto, e frente ao art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 10 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.838 (875)ORIGEM : PROC - 200770950152210 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : JOSÉ DA SILVAADV.(A/S) : WILLYAN ROWER SOARES

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão no qual se discute a apuração da renda mensal inicial do benefício da parte recorrida, levando-se em conta o tempo de atividade rural.

No RE, sustenta-se ofensa aos artigos 2º, 5º, caput e incisos I e XXXIV, 44, 48, 59, inciso III, 195, § 5º e 203, inciso V, da Constituição Federal e art. 3º da Emenda Constitucional 20/98.

2.O recurso não merece prosperar. Os dispositivos aos quais se alegou violação, não foram prequestionados, porque não abordados pelo acórdão recorrido, não obstante a oposição dos embargos de declaração (Súmula/STF 282).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.614 (876)ORIGEM : AMS - 200003990413327 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 165

RELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : BANCO DAIMLERCHRYSLER S/AADV.(A/S) : LUIZ EDUARDO DE CASTILHO GIROTTO E OUTRO(A/

S)

DECISÃO: Ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 - RTJ 131/1391 - RTJ144/300 - RTJ 153/989), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977).

De outro lado, cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Sendo assim, e considerando as razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.596 (877)ORIGEM : PROC - 200700553651 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSAGDO.(A/S) : LATICÍNIOS JL LTDAADV.(A/S) : ERICO RAFAEL FLEURY DE CAMPOS CURADO

DECISÃO: Vistos, etc.Dou provimento ao agravo de instrumento e determino a sua

conversão em recurso extraordinário, pelo fato de constarem dos autos os elementos necessários ao julgamento da causa (§§ 3º e 4º do artigo 544 do CPC). Após, dê-se vista ao Procurador-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 05 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.435 (878)ORIGEM : EDEEDRR - 66329120003 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO - SESCADV.(A/S) : DENISE BRAGA TORRES STAMMAGDO.(A/S) : ANTONIO MARCOS DA LUZADV.(A/S) : IOLANDA MARIA GOMES

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão denegatória de recurso extraordinário interposto contra acórdão no qual se discute admissibilidade de recurso.

2.Esta Corte manifestou-se pela inexistência de repercussão geral da matéria no RE 598.365/MG, rel. Min. Carlos Britto.

3.Conforme estabelecem os artigos 543-A, § 5º, do Código de Processo Civil, e 326 e 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, a decisão de inexistência de repercussão geral proferida por este Tribunal valerá para todos os recursos sobre questão idêntica.

4.Ante o exposto, indefiro liminarmente o presente agravo de instrumento (art. 543-A, §5º, do CPC, c/c o art. 327, §1º, do RI/STF).

Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.745 (879)ORIGEM : AC - 4441035700 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : AUTO POSTO MEDIANI PIRES LTDAADV.(A/S) : LAERTE POLLI NETOAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o

AI715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, firmou entendimento, posteriormente confirmado no julgamento do RE 540.410-QO/RS, Rel. Min.CEZAR PELUSO, no sentido de que também se aplica o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos deduzidos contra acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 e que veiculem tema em relação ao qual já foi reconhecida a existência de repercussão geral.

Esta Suprema Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, apreciando o RE 593.849/MG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, e que coincide, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada na presente causa.

O tema objeto do recurso extraordinário representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos feitos, refere-se à discussão em torno da constitucionalidade, ou não, da restituição da diferença do valor do ICMS recolhido antecipadamente no regime de substituição tributária, quando a base de cálculo da operação for inferior à presumida.

Sendo assim, e pelas razões expostas, afasto o sobrestamento desta causa, dou provimento ao presente agravo de instrumento, para admitir o recurso extraordinário a que ele se refere, e, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Leinº11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 14 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.853 (880)ORIGEM : AC - 6630355300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : HIGINO MILANIADV.(A/S) : AUGUSTO BETTIAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOINTDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA MUNICIPAL DE SÃO

PAULO - IPREMADV.(A/S) : MARCIA VASCONCELLOS PEREIRA DA SILVA FELIPPE

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, XXXVI, e 37, XV, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir a omissão relativa ao art. 37, XV, da Constituição, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. Verifico que a apreciação da alegada ofensa à Constituição demanda a análise de normas infraconstitucionais locais (Leis 10.688/1988, 10.722/1989 e 11.722/1995), o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF.

Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 564.250-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau, AI 539.676-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello e RE 419.298-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Britto.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 21 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.795 (881)ORIGEM : AC - 200700147130 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : PEPSICO DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : RENATA MARIA NOVOTNY MUNIZ E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : PGE-RJ - FRANCESCO CONTE

DESPACHO: (Referente à Petição nº 118410)Defiro o pedido de vista pelo prazo de 10 (dez) dias.Publique-se.Brasília, 06 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.391 (882)ORIGEM : AC - 20070328363000100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 166

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BANCO ABN AMRO REAL S/AADV.(A/S) : MARIA SILVIA MARTINS MAIA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ARI DE MENESES CHERESADV.(A/S) : JADER EVARISTO TONELLI PEIXER

DECISÃO:É firme a orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido de que constitui ônus da parte agravante infirmar todos os fundamentos em que se baseou a decisão agravada para negar seguimento ao recurso extraordinário. Confira-se, a título exemplificativo, o seguinte julgado:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INVIABILIDADE DO AGRAVO. ARTIGO 317, § 1º DO RISTF.

1.Incumbe ao recorrente o dever de impugnar os fundamentos da decisão recorrida.

2.Inviável, diante da regra do § 1º do artigo 317 do RISTF, o agravo de instrumento que se limita a reiterar as razões do recurso extraordinário sem abordar o fundamento da decisão agravada.

Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 330.535-AgR, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ 21.09.2001)

No mesmo sentido, os seguintes precedentes: AI 488.369 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 02.04.2004), AI 488.975 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ 31.05.2004), AI 482.984 (rel. min. Cezar Peluso, DJ 20.05.2004) e AI 503.582 (rel. min. Nelson Jobim, DJ 25.05.2004).

No presente caso, o agravante não impugnou as assertivas de que a ofensa à Constituição, caso existente, demandaria exame de matéria infraconstitucional, configurando-se, quando muito, violação reflexa ou indireta da Carta Magna, e a de que a hipótese dos autos comporta a incidência da Súmula 279 desta Corte. Disso decorre que o agravante não logrou desincumbir-se do ônus que lhe cabia.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.707 (883)ORIGEM : AC - 200061000316983 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : JOSE ARNALDO RAPP FABRA NAVARRO E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : ROBERTO CORREIA DA SILVA GOMES CALDAS E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASILADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASILAGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ANA DIVA TELES RAMOS EHRICHADV.(A/S) : PATRICIA HELENA LOPES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : JAMIL NAKAD JUNIOR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO ITAÚ S/AADV.(A/S) : MARCIAL HERCULINO DE HOLLANDA FILHO E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : ANGELO HENRIQUES GOUVEIA PEREIRA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUCIANO CORRÊA GOMES

DESPACHO: Vistos, etc.Oficie-se ao Superior Tribunal de Justiça, solicitando-lhe que informe,

tão logo ocorra, o trânsito em julgado do agravo de instrumento contra decisão denegatória do recurso especial concomitantemente interposto (AG/REsp 1103911), remetendo a esta Corte a cópia pertinente.

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 08 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.005 (884)ORIGEM : AC - 3789605100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : VAGAL VARGEM GRANDE AUTOMOVEIS LTDAADV.(A/S) : MARCIO ANTONIO DA SILVA NOBREAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

1.A hipótese dos autos versa sobre a restituição de ICMS pago antecipadamente no regime de substituição tributária quando há diferença entre as bases de cálculo presumida e real.

2.Esta Corte reconheceu a existência de repercussão geral da matéria no RE 593.849/MG, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 08.10.2009.

3.No julgamento do RE 540.410-QO, rel. Min. Cezar Peluso, DJe 16.10.2008, e do AI 715.423-QO, de minha relatoria, DJe 04.09.2008, esta Corte decidiu que, nos casos de matérias com repercussão geral reconhecida, é possível a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais de origem, para os fins previstos no art. 543-B, § 3º, do CPC.

4.Dessa forma, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, nos termos do art. 328 do RISTF, determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, bem como a observância, no tocante ao apelo extremo interposto, das disposições do art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.201 (885)ORIGEM : AC - 100790471514088001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : RICARDO HENRIQUE NOGUEIRA VIANAADV.(A/S) : ANDRÉ JACQUES LUCIANO UCHÔA COSTAAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CONTAGEMPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

CONTAGEM

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – REPERCUSSÃO GERAL –

AUSÊNCIA DE CAPÍTULO PRÓPRIO NAS RAZÕES RECURSAIS – AGRAVO DESPROVIDO.

1.Na interposição do extraordinário cujo trânsito busca-se alcançar, não se observou a previsão do § 2º do artigo 543–A do Código de Processo Civil, introduzido mediante o artigo 2º da Lei nº 11.418, de 19 de dezembro de 2006. Deixou–se de aludir, em capítulo próprio nas razões recursais, à repercussão geral do tema controvertido, o que se mostra indispensável à valia do ato. O defeito formal é suficiente a obstaculizar a seqüência do recurso.

2.Conheço deste agravo e o desprovejo.3.Publiquem.Brasília, 5 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 751.382 (886)ORIGEM : AI - 200800204807 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : LETRA S/A - CRÉDITO IMOBILIÁRIOADV.(A/S) : EDGARD SABOYA FILHO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JORGE PEREIRA DE SOUZAADV.(A/S) : RICARDO CELSO BERRINGER FAVERY E OUTRO(A/S)

DECISÃOVistos.Letra S/A – Crédito Imobiliário interpõe agravo de instrumento contra

a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 5º, caput, da Constituição Federal.

Insurgem-se, no apelo extremo, contra acórdão da Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Rio de Janeiro, assim ementado:

“AGRAVO INOMINADO. RATIFICAÇÃO DA DECISÃO MONOCRÁTICA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. PREVALÊNCIA DAS REGRAS DE COMPETÊNCIA DO CDC SOBRE ÀQUELAS PREVISTAS EM CONTRATO PARTICULAR – CLÁUSULA DE ELEIÇÃO DE FORO” (fl. 74).

Colhe-se do voto condutor:“(...)Inegável que o agravante, na qualidade de vendedor de imóvel,

ocupa lugar de fornecedor, nos moldes do art. 3º do CDC. Indiscutível que o agravado, na qualidade de comprador, destinatário final, se reveste das características de consumidor, na forma do art. 2º do CDC, sendo o imóvel, objeto da avença, o produto.

Sendo assim, em se tratando de relação de consumo, impõem-se as normas de proteção do consumidor que, por serem de ordem pública, sobrepõem-se a qualquer outra estabelecida em contrato, devendo, portanto, prevalecerem as regras de competência previstas no CDC, afastando-se, por

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 167

conseguinte, a cláusula eletiva de foro.” (fl. 75).Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal ter trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Não merece prosperar a irresignação, uma vez que para divergir do entendimento firmado pelo Tribunal de origem, quanto à caracterização da relação de consumo, seria necessário o reexame das normas infraconstitucionais invocadas pelo acórdão recorrido e de cláusulas contratuais, o que é inadmissível em sede de recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 454 e 636 desta Corte. Sobre o tema, anote-se:

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Financiamento. Energia elétrica em propriedade rural. Controvérsia que envolve interpretação da legislação infraconstitucional e de cláusula contratual. Aplicação da Súmula 454 do STF. Ofensa reflexa à CF/88. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 603.792/RS-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 11/4/08).

“CASO EM QUE ENTENDIMENTO DIVERGENTE DO ADOTADO PELO ACÓRDÃO RECORRIDO EXIGIRIA O REEXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE E DO ACERVO PROBATÓRIO DOS AUTOS. A alegada ofensa à Carta da República, se existente, dar-se-ia de forma reflexa ou indireta, não ensejando a abertura da via extraordinária. De outra parte, foi conferida prestação jurisdicional adequada, em decisão devidamente fundamentada, embora em sentido contrário aos interesses da parte agravante, o que não configura cerceamento de defesa. Agravo desprovido” (Ai nº517.069/RS-AgR, Relator o Ministro Carlos Britto, DJ de 9/12/05).

“1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Eletrificação rural. Financiamento. Devolução. Correção monetária. Matéria infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. Precedentes. Não cabe recurso extraordinário que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República. 2. RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado” (AI nº 490.491/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 15/4/05).

“Financiamento. Energia elétrica em propriedade rural. Controvérsia infraconstitucional. Cláusula contratual (Súmula 454). Ausência de prequestionamento (Súmulas 282 e 356). Regimental não provido” (AI nº 460.071/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Nelson Jobim, DJ de 19/12/03).

No mesmo sentido as seguintes decisões monocráticas: AI nº 705.341/RS, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 19/8/08, AI nº 711.681/RS, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 4/6/08, e AI nº 576.595/RS, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 23/3/06.

Nego provimento ao agravo.Intime-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 751.868 (887)ORIGEM : ERR - 1033200500802000 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : IDEVALDO ALVES MARTINSADV.(A/S) : AUGUSTA DE RAEFFRAY BARBOSA GHERARDI E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S/A - TELESPADV.(A/S) : LARISSA FERREIRA SILVA E OUTRO(A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão denegatória de recurso extraordinário interposto contra acórdão no qual se discute admissibilidade de recurso.

2.Esta Corte manifestou-se pela inexistência de repercussão geral da matéria no RE 598.365, rel. Min. Carlos Britto.

3.Conforme estabelecem os artigos 543-A, § 5º, do Código de Processo Civil, e 326 e 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, a decisão de inexistência de repercussão geral proferida por este Tribunal valerá para todos os recursos sobre questão idêntica.

4.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 752.230 (888)ORIGEM : AC - 70024025751 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : MARCELO CAVALHEIRO SCHAURICHAGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE LOTHAR WILLY DOERN

(REPRESENTADO POR CARMEN LÍDIA GRUENDLING JURUENA)

ADV.(A/S) : NELSON PAULO SCHAEFFER

DESPACHO: Vistos, etc.Oficie-se ao Superior Tribunal de Justiça, solicitando-lhe que informe,

tão logo ocorra, o trânsito em julgado do agravo de instrumento contra decisão denegatória do recurso especial concomitantemente interposto (AG/REsp 1168979), remetendo a esta Corte a cópia pertinente.

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 08 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 752.252 (889)ORIGEM : EEDRR - 54346200290012006 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : ELIANE REVESTIMENTOS CERÂMICOS LTDAADV.(A/S) : FÁBIO DUTRA CABRAL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : EUGÊNIO CELSO DO NASCIMENTOADV.(A/S) : GILVAN FRANCISCO E OUTRO(A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão denegatória de recurso extraordinário interposto contra acórdão no qual se discute admissibilidade de recurso.

2.Esta Corte manifestou-se pela inexistência de repercussão geral da matéria no RE 598.365/MG, rel. Min. Carlos Britto.

3.Conforme estabelecem os artigos 543-A, § 5º, do Código de Processo Civil, e 326 e 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, a decisão de inexistência de repercussão geral proferida por este Tribunal valerá para todos os recursos sobre questão idêntica.

4.Ante o exposto, indefiro liminarmente o presente agravo de instrumento (art. 543-A, §5º, do CPC, c/c o art. 327, §1º, do RI/STF).

Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 752.674 (890)ORIGEM : AIRR - 936200600203405 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : TNL CONTAX S/AADV.(A/S) : GUSTAVO ANDÈRE CRUZ E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JANAÍNA SILVA PEREIRAADV.(A/S) : SANDRO COSTA DOS ANJOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : WELINGTON MONTE CARLO CARVALHAES FILHO E

OUTRO(A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário deduzido em agravo de instrumento em recurso de revista da parte recorrente.

2.No RE, sustenta-se ofensa aos arts. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV, LV; 7º, XXV, XXX; e 93, IX, da Constituição Federal (fls. 249-268).

3.Preliminarmente, verifico que os arts. 5º, XXXV, LIV, LV; 7º, XXV, XXX; e 93, IX, da Constituição, aos quais se alegou violação, não foram prequestionados, porque não abordados pelo acórdão recorrido, e ao qual não foram opostos embargos de declaração para satisfazer o requisito do prequestionamento (Súmulas STF 282 e 356).

4.Quanto à alegação de ofensa ao art. 5º, II e XXXVI, da Constituição Federal, além de o fato de decisão contrária aos interesses da parte não caracterizar violação aos dispositivos constitucionais apontados, a jurisprudência desta Corte está sedimentada no sentido de que as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, do direito adquirido, do ato jurídico perfeito, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação

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STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 168

jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 372.358-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, unânime, DJ 26.06.2002; RE 461.286-AgR/MS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJ 15.9.2006; AI 682.065-AgR/RS, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 04.04.2008 e AI 662.319-AgR/RR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 06.03.2009.

5.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.428 (891)ORIGEM : EDERR - 1320200302703000 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : CENTRO-OESTE TRANSPORTES RODOVIÁRIOS LTDAADV.(A/S) : ANNICLAY ROCHA RIBEIRO PINTOAGDO.(A/S) : OSVANDO LUIZ TAVARESADV.(A/S) : SIRLÊNE DAMASCENO LIMA

1.Trata-se de agravo de decisão que inadmitiu recurso extraordinário por ausência de preparo quando da interposição do recurso extraordinário.

2.O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento segundo o qual o preparo do recurso extraordinário deve ser comprovado no ato de sua interposição. Nesse sentido, AI 689.209-AgR, rel. Min. Ricardo Lewandowsky, 1ª Turma, unânime, DJE 05.06.2008, o AI 691.496-ED, rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, unânime, DJE 05.06.2008, e AI 703.179-AgR, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJE 05.06.2008.

3.Ademais, conforme despacho proferido pelo Min. João Oreste Dalazen (fl. 163), a petição do recuso extraordinário não alegou a preliminar da repercussão geral.

4.O artigo 543-A, § 2º, do CPC, estabelece que:“§ 2º - O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso,

para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência da repercussão geral.”

No julgamento do AI 664.567-QO, rel. Min. Sepúlveda Pertence, Plenário, DJE 05.09.2007, este Tribunal fixou orientação no sentido de que o citado dispositivo legal somente seria exigido aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados a partir de 03.05.2007, conforme Emenda Regimental nº 21, desta Corte.

Nesse sentido, em casos análogos, o AI 729.430, rel. Min. Cármen Lúcia, DJE 30.10.2008, o AI 724.267, rel. Min. Cezar Peluso, DJE 02.09.2008, o RE 591.103, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJE 29.08.2008, e o RE 569.476-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJE 24.04.2008.

5.Verifica-se, no presente caso, que a parte agravante foi intimada do acórdão recorrido após o dia 03.05.2007 e não consta no recurso extraordinário a preliminar formal e fundamentada de repercussão geral.

6.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.527 (892)ORIGEM : AC - 70017686254 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : FUNDAÇÃO BANRISUL DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : LARA CORRÊA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ELISABETH CALIGARO REIS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SEBASTIÃO VENTURA PEREIRA DA PAIXÃO JÚNIOR E

OUTRO(A/S)

DESPACHO: Vistos, etc.Oficie-se ao Superior Tribunal de Justiça, solicitando-lhe que informe,

tão logo ocorra, o trânsito em julgado do agravo de instrumento contra decisão denegatória do recurso especial concomitantemente interposto (AG/REsp 1166236), remetendo a esta Corte a cópia pertinente.

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 08 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.175 (893)ORIGEM : AI - 1720676 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CARLOS BRITTO

AGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCOAGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE ELISA BEZERRA WANDERLEY DE

LUCENAADV.(A/S) : LUÍS FELIPE DE SOUZA REBÊLO

DECISÃO: Vistos, etc.Não consta dos autos cópia do inteiro teor do acórdão recorrido, peça

obrigatória, nos termos do § 1º do artigo 544 do CPC. Como sabido, incumbe à parte agravante indicar as peças a serem trasladadas e também fiscalizar a correta formação do instrumento, por cuja deficiência responde.

Isso posto, e frente ao artigo 557 do CPC e ao § 1º do artigo 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 02 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.325 (894)ORIGEM : EDRR - 300199900304000 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGREADV.(A/S) : PATRÍCIA DE AZEVEDO BACHAGDO.(A/S) : FATIMA ENIR SILVEIRA FRANCOADV.(A/S) : RODRIGO DA SILVA CASTRO E OUTRO(A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão denegatória de recurso extraordinário interposto contra acórdão no qual se discute admissibilidade de recurso.

2.Esta Corte manifestou-se pela inexistência de repercussão geral da matéria no RE 598.365/MG, rel. Min. Carlos Britto.

3.Conforme estabelecem os artigos 543-A, § 5º, do Código de Processo Civil, e 326 e 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, a decisão de inexistência de repercussão geral proferida por este Tribunal valerá para todos os recursos sobre questão idêntica.

4.Ante o exposto, indefiro liminarmente o presente agravo de instrumento (art. 543-A, §5º, do CPC, c/c o art. 327, §1º, do RI/STF).

Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.759 (895)ORIGEM : AIRR - 3333200101009008 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : ESPÓLIO DE JOSÉ LUIS CORREA DE AZEVEDOADV.(A/S) : PEDRO LOPES RAMOSAGDO.(A/S) : BRASIL TELECOM S/A - TELEPARADV.(A/S) : SOLANGE SAMPAIO CLEMENTE FRANÇA

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISIDICIONAL. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. TRANSAÇÃO. VALIDADE.” (fl. 136)

2.No RE, sustenta-se ofensa aos arts. 5º, II, XXXV, LIV, LV; e 93, IX, da Constituição Federal (fls. 142-151).

3.Não prospera a alegação de ofensa ao art. 5º e seus incisos, e ao 93, IX, da Constituição Federal, pois além de o fato de decisão contrária aos interesses da parte não caracterizar violação aos dispositivos constitucionais apontados, a jurisprudência desta Corte está sedimentada no sentido de que as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, do direito adquirido, do ato jurídico perfeito, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 372.358-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, unânime, DJ 26.06.2002; RE 461.286-AgR/MS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJ 15.9.2006; AI 682.065-AgR/RS, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 04.04.2008 e AI 662.319-AgR/RR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 06.03.2009.

4.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 169

AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.817 (896)ORIGEM : AC - 4077445000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA - CNAADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CARLOS APARECIDO CARNEIROADV.(A/S) : FLÁVIO RICARDO MANHANI

DESPACHO: Nada a prover, em face da decisão de fl. 145.Publique-se.Brasília, 7 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.133 (897)ORIGEM : AI - 70023248933 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : BANCO ABN AMRO REAL S/AADV.(A/S) : RENATA LEMOS DA COSTA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SELITO DURIGON RUBINADV.(A/S) : ADÃO MOACIR GUTERRES E OUTRO(A/S)

DESPACHOAGRAVO DE INSTRUMENTO – EXAME – ESGOTAMENTO DE

JURISDIÇÃO NO STJ – NECESSIDADE – AUTOS SOBRESTADOS.1.Ante a pendência de recurso no Superior Tribunal de Justiça,

devem os autos permanecer na Secretaria até o esgotamento da respectiva jurisdição.

2.Publiquem.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.528 (898)ORIGEM : ERR - 9728200290010006 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : TV ÔMEGA LTDAADV.(A/S) : FÁBIO SILVA FERRAZ DOS PASSOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : EUNICELIA SOUZA DA SILVAADV.(A/S) : DOMERINA MACHADO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão denegatória de recurso extraordinário interposto contra acórdão no qual se discute admissibilidade de recurso.

2.Esta Corte manifestou-se pela inexistência de repercussão geral da matéria no RE 598.365/MG, rel. Min. Carlos Britto.

3.Conforme estabelecem os artigos 543-A, § 5º, do Código de Processo Civil, e 326 e 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, a decisão de inexistência de repercussão geral proferida por este Tribunal valerá para todos os recursos sobre questão idêntica.

4.Ante o exposto, indefiro liminarmente o presente agravo de instrumento (art. 543-A, §5º, do CPC, c/c o art. 327, §1º, do RI/STF).

Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.795 (899)ORIGEM : AC - 3066285500 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : VOLUNTÁRIOS POSTO DE SERVIÇO LTDAADV.(A/S) : WANDERLEI BAN RIBEIROINTDO.(A/S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : CANDIDO FERREIRA DA CUNHA LOBOADV.(A/S) : AUTA ALVES CARDOSOADV.(A/S) : ANDREA ALMEIDA SOARES

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de agravo de instrumento contra decisão obstativa de

recurso extraordinário, este interposto com fundamento na alínea “a” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Acórdão cuja ementa, na parte que interessa, é a seguinte (fls. 88/89):

“ICMS. Substituição tributária. Combustíveis. CF, art. 150, § 7º. LE nº 6.374/89, art. 66-B. RICMS, art. 60, V e 248. Decretos nº 41.653/97, art. 1º e 4º, e nº 42.039/97, art. 4º. DE nº 43.853/99 e Portaria CAT 17/99. Restrições à recuperação do tributo pago a maior. -

[...]2. Substituição tributária. CF, art. 150, § 7º. LCF nº 87/96, art. 10.

A Constituição Federal assegura o direito à restituição imediata e preferencial apenas na hipótese de não ocorrência do fato gerador, segundo a interpretação dada pelo STF ao art. 150, § 7º da Constituição Federal (ADIn nº 1.851-AL, Pleno, 8-5-2002, Rel. Ilmar Galvão, maioria). O art. 10 da LCF nº 87/96, de igual redação, implica na mesma solução. A restituição em caso de fato gerador a menor não tem assento constitucional e deve ser procurada em lei ordinária.

3. Substituição tributária. LE nº 6.374/89, art. 66-B. A LE nº 6.374/89, art. 66-B inciso II que trata da substituição tributária neste Estado, assegura ao substituído a restituição imediata e preferencial do imposto recolhido a maior, isto é, quando a operação de saída se faz por valor inferior àquele utilizado pelo substituto para a retenção do imposto devido pelo substituído. Disposição que não afronta a Constituição e merece cumprimento. –

4. Substituição tributária. Imposto pago a maior. Parcelamento. DE nº 41.653/97 e 42.029/97. A restituição do imposto pago a maior tem base na lei estadual tão somente. Admite-se que a restituição ’imediata e preferencial’ comporta algum elastério, necessário à verificação dos créditos e à efetivação do pagamento; mas tal elastério deve conter-se dentro dos limites do razoável de modo a não frustrar o comando legal. Exorbitam de suas atribuições, no entender do relator, os Decretos nº 41.653/97 e 42.039/97 que instituem limites para tal apropriação e prevêem alongado ‘parcelamento’ não previsto na lei. Ilegalidade dos limites indicados nos decretos, assegurado à impetrante o direito de creditar e/ou transferir a totalidade do crédito que tiver, obedecidas no mais as prescrições regulamentares. –

Sentença que denegou a segurança. Recurso da impetrante provido em parte para conceder parcialmente a segurança tão somente para afastar o ‘parcelamento’ previsto nos DE nº 41.653/97 e 42.039/97 e fixar o prazo de 45 dias para que a autoridade aponha seu visto ou esclareça porque não o faz, sob pena de ter-se o ‘visto’ por suprido pelo decurso do prazo.”

2. Pois bem, a parte recorrente alega violação ao § 7º do art. 150 da Carta Magna. Sustenta que “a imediata e preferencial restituição, na forma consagrada na Constituição Federal só se refere quando o fato gerador não ocorre, de maneira que ocorrendo o fato gerador com constatação de pagamento a maior, por força da presunção do regime de substituição tributária, não há que se falar em restituição imediata e preferencial, mas apenas em restituição, e essa na forma da lei complementar” (fls. 115/116).

3. Tenho que a insurgência não merece acolhida. Isso porque, para chegar a conclusão diversa da adotada pelo aresto impugnado no tocante à forma de restituição do crédito tributário, se faz necessário o reexame da legislação local aplicada (Decretos nºs 33.118/91 e 42.039/97 e Portarias CAT-45/96 e CAT-83/91). Providência vedada na instância extraordinária, a teor da Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal.

4. Por outra volta, pontuo que o fundamento infraconstitucional do aresto impugnado ficou precluso ante a não interposição de recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça, o que atrai a incidência da Súmula 283 do Supremo Tribunal Federal. Súmula cuja dicção é a seguinte:

“É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles.”

Isso posto, e frente ao caput do art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.014 (900)ORIGEM : AC - 200561020077815 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ELMARA LÚCIA DE OLIVEIRA BONINIADV.(A/S) : DIEGO DINIZ RIBEIROAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL.

PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSO DE TRIBUNAL DIVERSO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL: DESNECESSIDADE DE EXAME. ART. 323, PRIMEIRA PARTE, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 170

Regional Federal da 3ª Região:“EMENTA: EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL – CONTRIBUIÇÃO

PREVIDENCIÁRIA – INTEMPESTIVIDADE – APLICAÇÃO DO ART. 16, INCISO III, DA LEI 6.830/80 – INTIMAÇÃO DA PENHORA CONCOMITANTE COM A CITAÇÃO - VALIDADE. 1 – O prazo para oposição dos embargos à execução fiscal, peremptoriamente, é de 30 dias contados da intimação da penhora, a teor do art. 16, inciso III, da Lei 6.830/80. 2 – É perfeitamente válida a intimação da penhora concomitante com a citação, uma vez que amparada por norma legal autorizadora. 3 - Apelação improvida. Prejudicada a análise do mérito do presente recurso” (fl. 257).

2. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta (fl. 319).

3. A Agravante alega que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 5º, inc. II, LIV e LV, da Constituição da República.

Argumenta que “a intimação referida foi equivocada, eis que o mesmo ignorou o prazo de 05 (cinco) dias, facultado por lei (art. 8º da Lei n. 6.830/80), para que a Embargante procedesse o pagamento do débito executado ou indicasse bens à penhora. Tal fato, por seu turno, em notória e direta ofensa ao princípio da ampla defesa, bem como ataque direto ao princípio do devido processo legal, ambos alçados ao status de garantia fundamental pela Magna Lex” (fl. 6).

Sustenta que “o erro procedimental do presente processo, erro esse que, por seu turno, implica em ofensa direta aos princípios do contraditório e da ampla defesa, ambos colorários do princípio do devido processo legal, razão pela qual o recurso extraordinário interposto deve ser conhecido por este Pretório Excelso” (fl. 7).

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.4. Em preliminar, é de se ressaltar que, apesar de ter sido a parte

recorrente intimada depois de 3.5.2007 e constar no recurso extraordinário capítulo destacado para a defesa da repercussão geral da questão constitucional, não é o caso de se iniciar o procedimento para a aferição da sua existência, pois, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal – com a redação determinada pela Emenda Regimental n. 21/2007 -, esse procedimento somente terá lugar “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Essa é a situação do caso em exame, em que a análise da existência, ou não, da repercussão geral da questão constitucional torna-se dispensável, pois há outro fundamento suficiente para a inadmissibilidade do recurso extraordinário.

5. O Tribunal de origem limitou-se ao exame dos pressupostos de cabimento de recurso de sua competência, nos termos seguintes:

“O presente apelo diz respeito à intempestividade na oposição dos presentes embargos, tendo em vista que não foi observado o prazo de 30 dias, contados da intimação da penhora. Com efeito, o art. 16, inciso III, da Lei 6.830/80 é peremptório, ao estipular o prazo para o ajuizamento dos embargos (...). A penhora foi efetivada, ficando pendente a citação e intimação da embargante, que foram concluídas em 09/05/2005, sendo que a oposição dos embargos, conforme chancela da distribuição, ocorreu em 17 de junho de 2005, e portanto, excedido o trintídio, considerando e descontando os dias de suspensão determinados pelas Portarias 875 e 877” (fl. 254-255).

A jurisprudência predominante do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que a aferição dos pressupostos de admissibilidade de recurso de tribunal diverso não viabiliza o acesso ao recurso extraordinário, por se ater a espécie ao cuidado de matéria infraconstitucional. Assim, a pretensa afronta à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário.

Nesse sentido, os seguintes julgados:“EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE

INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. CABIMENTO DE RECURSO. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AO ART. 5º, INC. XXXV, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 698.792-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 6.2.2009).

E:“EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM AGRAVO

REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACÓRDÃO QUE DIRIMIU CONTROVÉRSIA SOBRE OS PRESSUPOSTOS DE CABIMENTO DE RECURSO DA COMPETÊNCIA DE CORTE DIVERSA. 1. INEXISTÊNCIA DE QUALQUER DOS VÍCIOS RELACIONADOS NO ART. 535 DO CPC. 2. PRETENSÃO DE CARÁTER INFRINGENTE. 1. Não há obscuridade, contradição ou omissão no acórdão questionado. O que afasta a presença de qualquer dos pressupostos de embargabilidade, a teor do art. 535 do CPC. 2. A via recursal adotada não se mostra adequada para a renovação de julgamento que se efetivou regularmente. Embargos rejeitados” (AI 590.898-AgR-ED, Rel. Min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJe 6.3.2009).

6. Ademais, o Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, como na espécie

vertente (Lei n. 6.830/80), podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República. Nesse sentido:

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, configurariam ofensa constitucional indireta. 3. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 643.746-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJE 8.5.2009).

E: AI 508.047-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJE 21.11.2008.

7. Não há, pois, o que prover quanto às alegações da Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.582 (901)ORIGEM : AIRR - 1153200400418408 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : AGÊNCIA GOIANA DE COMUNICAÇÃO - AGECOMADV.(A/S) : KÁRITA JOSEFA MOTA MENDES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JAKSON LÚCIO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : PATRÍCIA CARNEIRO MACHADO E OUTRO(A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. SUCESSÃO TRABALHISTA. AGECOM. PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS.” (fl. 414)

2.O aresto impugnado não merece reforma, pois, para divergir da conclusão a que chegou o Tribunal a quo, far-se-ia necessário o exame da legislação infraconstitucional, o que é defeso nesta fase recursal.

Sobre a matéria, a jurisprudência desta Corte já assentou que a alegada ofensa à Constituição Federal, se existente, seria meramente reflexa ou indireta. Nesse sentido: AI 719.476/PR, rel. Min. Menezes Direito, DJe 17.9.2009; AI 468.546-AgR/RS, rel. Min. Nelson Jobim; 2ª Turma, DJ 16.4.2004; e RE 455.309-AgR/GO, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 25.11.2005, assim ementado:

“Recurso extraordinário: descabimento: questão de natureza infraconstitucional - referente às peculiaridades relativas à sucessão trabalhistas (CLT, arts. 10 e 448) e ao exame dos parâmetros estabelecidos nos contratos de trabalho firmados entre as partes - insuscetível de reexame pela via do recurso extraordinário.”

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.832 (902)ORIGEM : AIRR - 274200702303405 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : BANCO RURAL S/AADV.(A/S) : PEDRO LOPES RAMOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : FABIANO AMORIM MATTA MACHADOADV.(A/S) : MARIA INÊS VASCONCELOS RODRIGUES DE

OLIVEIRA TONELLO E OUTRO(A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA – DESCABIMENTO. EQUIPARAÇÃO SALARIAL.” (fl. 105)

2.No RE, sustenta-se ofensa ao art. 5º, II, XXXV, LIV e LV, da Constituição Federal (fls. 109-114).

3.Preliminarmente, verifico que os dispositivos, aos quais se alegou violação, não foram prequestionados, porque não abordados pelo acórdão recorrido, e ao qual não foram opostos embargos de declaração para satisfazer o requisito do prequestionamento (Súmulas STF 282 e 356).

4.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 171

AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.499 (903)ORIGEM : AIRR - 2078198901701401 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : LUIZ FERNANDO COSTA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCOS EVANGELISTA DE NEGREIROS SAYÃO

LOBATO

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão denegatória de recurso extraordinário interposto contra acórdão no qual se discute admissibilidade de recurso.

2.Esta Corte manifestou-se pela inexistência de repercussão geral da matéria no RE 598.365/MG, rel. Min. Carlos Britto.

3.Conforme estabelecem os artigos 543-A, § 5º, do Código de Processo Civil, e 326 e 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, a decisão de inexistência de repercussão geral proferida por este Tribunal valerá para todos os recursos sobre questão idêntica.

4.Ante o exposto, indefiro liminarmente o presente agravo de instrumento (art. 543-A, §5º, do CPC, c/c o art. 327, §1º, do RI/STF).

Publique-se.Brasília, 21 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.805 (904)ORIGEM : AC - 200771990076798 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : PANIFICADORA ALBERS LTDAADV.(A/S) : ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRAAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL.

ADESÃO A PROGRAMA DE PARCELAMENTO DA DÍVIDA. EXIGÊNCIA DE DESISTÊNCIA DOS PROCEDIMENTOS JUDICIAIS EM CURSO. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO, DA AMPLA DEFESA E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL E DA PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. DESNECESSIDADE DE EXAME. ART. 323, PRIMEIRA PARTE, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região:

“EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. PARCELAMENTO ADMINISTRATIVO. EXTINÇÃO DO FEITO DOS EMBARGOS E SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO FISCAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO. LEI 10.189/2001.

Inexistindo manifestação expressa de renúncia ao direito sobre o que se funda a ação, o processo no qual o contribuinte aderiu ao parcelamento administrativo do débito deve ser extinto sem julgamento do mérito por caracterizar ausência de interesse processual e desistência tácita da ação, na forma do art. 267, IV e VIII, do CPC.

O parcelamento administrativo do débito impõe a suspensão da execução fiscal, podendo ser extinta após o pagamento do débito e de todas as custas processuais, ou ser retomado em caso de inadimplemento do devedor” (fl. 238).

3. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta (fl. 55).

4. A Agravante alega que teria sido contrariado o art. 5º, inc. XXXIV, XXXV, LIV e LV, da Constituição da República.

Afirma que “as legislações do PAES, nas disposições que determinam a renúncia aos processos ajuizados que discutem os débitos consolidados no parcelamento, são absurdamente inconstitucionais quando obrigam o contribuinte a renunciar o direito sobre o qual se funda a ação, ou seja, limita o acesso do contribuinte ao Poder Judiciário, impedindo ainda que as ações já ajuizadas possam ser plenamente julgadas” (fl. 40).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Em preliminar, é de se ressaltar que, apesar de ter sido a

Agravante intimada depois de 3.5.2007 e constar no recurso extraordinário capítulo destacado para a defesa da repercussão geral da questão constitucional, não é o caso de se iniciar o procedimento para a aferição da

sua existência, pois, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal – com a redação determinada pela Emenda Regimental n. 21/2007 -, esse procedimento somente terá lugar “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Essa é a situação do caso em exame, em que a análise da existência, ou não, da repercussão geral da questão constitucional torna-se dispensável, pois há outro fundamento suficiente para a inadmissibilidade do recurso.

6. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República. Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, configurariam ofensa constitucional indireta. 3. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 643.746-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009).

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO FISCAL - REFIS. LEI N. 9.964/00. EXCLUSÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRECEDENTES. 1. O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de que a controvérsia referente à legalidade da exclusão de empresas do Programa de Recuperação Fiscal, nos termos da Resolução 20 do Comitê Gestor do Refis, diz respeito a aplicação e interpretação de normas de índole infraconstitucional. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 730.701-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 17.4.2009).

Não há, pois, o que prover quanto às alegações da Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.875 (905)ORIGEM : RR - 72458320015 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : COMPANHIA DE ENERGIA ELÉTRICA DO ESTADO DO

TOCANTINS - CELTINSADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETOAGDO.(A/S) : MANOEL GOMES FILHOADV.(A/S) : WELLINGTON DANIEL GREGÓRIO DOS SANTOS

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de agravo de instrumento contra decisão obstativa de

recurso extraordinário, este interposto contra acórdão o qual consignou que a aposentadoria voluntária do empregado não extingue, necessariamente, o contrato de trabalho.

Tenho que a insurgência não merece acolhida. É que o aresto impugnado afina com a jurisprudência desta Corte, firmada no julgamento do mérito das ADIs 1.721 e 1.770, a primeira da minha relatoria e a última da relatoria do ministro Joaquim Barbosa. Na ocasião, o Tribunal Pleno declarou, por maioria, a inconstitucionalidade dos §§ 1o e 2o, inseridos no texto consolidado pela Medida Provisória nº 1.596-14/97, convertida na Lei nº 9.528/97. Reproduzo o seguinte trecho da ementa do julgado:

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTIGO 3º DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.596-14/97, CONVERTIDA NA LEI Nº 9.528/97, QUE ADICIONOU AO ARTIGO 453 DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO UM SEGUNDO PARÁGRAFO PARA EXTINGUIR O VÍNCULO EMPREGATÍCIO QUANDO DA CONCESSÃO DA APOSENTADORIA ESPONTÂNEA. PROCEDÊNCIA DA AÇÃO.

[...]5. O Ordenamento Constitucional não autoriza o legislador ordinário a

criar modalidade de rompimento automático do vínculo de emprego, em desfavor do trabalhador, na situação em que este apenas exercita o seu direito de aposentadoria espontânea, sem cometer deslize algum.

6. A mera concessão da aposentadoria voluntária ao trabalhador não tem por efeito extinguir, instantânea e automaticamente, o seu vínculo de emprego.

7. Inconstitucionalidade do § 2º do artigo 453 da Consolidação das

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 172

Leis do Trabalho, introduzido pela Lei nº 9.528/97.”Incidem, por fim, as Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal

Federal.Isso posto, e frente ao art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do

RI/STF, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 09 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.309 (906)ORIGEM : AIRR - 623200608703407 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : FIAT AUTOMÓVEIS S/AADV.(A/S) : DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : DARCI JOSÉ DO BONFIMADV.(A/S) : EDISON URBANO MANSUR E OUTRO(A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal Superior do Trabalho em que se discute julgamento extra e ultra petita e responsabilidade do empregador pelo pagamento de pensão vitalícia.

Nas razões do RE, sustenta-se ofensa aos artigos 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV, e 93, IX, da Constituição Federal.

2.O recurso não merece prosperar. Verifico que os dispositivos constitucionais acima referidos não foram prequestionados, porque não abordados pelo acórdão recorrido, e ao qual não foram opostos embargos de declaração para satisfazer o requisito do prequestionamento (Súmulas/STF 282 e 356).

3. Ademais, quanto à alegação de ofensa ao art. 5º e seus incisos, e ao 93, IX, da Constituição Federal, além de o fato de decisão contrária aos interesses da parte não caracterizar violação aos dispositivos constitucionais apontados, a jurisprudência desta Corte está sedimentada no sentido de que as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, do direito adquirido, do ato jurídico perfeito, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 372.358-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, unânime, DJ 26.06.2002; RE 461.286-AgR/MS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJ 15.9.2006; AI 682.065-AgR/RS, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 04.04.2008; e AI 662.319-AgR/RR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 06.03.2009.

4.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 557, caput, do CPC).

Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.508 (907)ORIGEM : AIRR - 993199606102404 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : RAQUEL GOMESADV.(A/S) : PABLO ROLIM CARNEIROAGDO.(A/S) : CAOA COMÉRCIO DE VEÍCULOS IMPORTADOS LTDAADV.(A/S) : VICTOR DE CASTRO NEVES

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. EQUIPARAÇÃO SALARIAL. COMISSÕES. DESPROVIMENTO.” (fl. 307)

2.No RE, sustenta-se ofensa ao art. 5º, caput, XXXVI, da Constituição Federal (fls. 316-321).

3.Não prospera a alegação de ofensa ao art. 5º e seus incisos, pois além de o fato de decisão contrária aos interesses da parte não caracterizar violação aos dispositivos constitucionais apontados, a jurisprudência desta Corte está sedimentada no sentido de que as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, do direito adquirido, do ato jurídico perfeito, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 372.358-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, unânime, DJ 26.06.2002; RE 461.286-AgR/MS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJ 15.9.2006; AI 682.065-AgR/RS, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 04.04.2008 e AI 662.319-AgR/RR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 06.03.2009.

4.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.553 (908)ORIGEM : MS - 9621 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : JOSIAS INÁCIO LINSADV.(A/S) : LIZETE GUIMARÃES DE OLIVEIRA PARREIRA E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JÚLIO CLÍMACO DE VASCONCELOS JÚNIORINTDO.(A/S) : MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA.

DEMISSÃO DE SERVIDOR PÚBLICO. 1. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL: DESNECESSIDADE DE EXAME. ART. 323, PRIMEIRA PARTE, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 3. NÃO INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 269 E 271 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Superior Tribunal de Justiça:

“ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. CONTROLE JURISDICIONAL. PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. DEMISSÃO. ILEGALIDADE. CONCESSÃO DA SEGURANÇA.

1. O controle jurisdicional em mandado de segurança é exercido para apreciar a legalidade do ato demissionário e a regularidade do procedimento, à luz dos princípios do devido processo legal, contraditório e ampla defesa, bem como a proporcionalidade da sanção aplicada com o fato apurado. Precedentes.

2. A conduta do Impetrante não se ajusta à descrição da proibição contida no art. 117, inciso XI, da Lei n.º 8.112/90, tendo em vista que a Comissão Processante não logrou demonstrar que o servidor tenha usado das prerrogativas e facilidades resultantes do cargo que ocupava para patrocinar ou intermediar

interesses alheios perante a Administração.3. Ordem concedida, para determinar a reintegração do Impetrante

ao cargo público, sem prejuízo de eventual imposição de pena menos severa, pelas infrações disciplinares porventura detectadas, a partir do procedimento administrativo disciplinar em questão” (fl. 454 – grifos nossos).

Os embargos de declaração opostos pela ora Agravante e pelo ora Agravado foram julgados nos seguintes termos:

“MANDADO DE SEGURANÇA E PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRADIÇÃO. INEXISTÊNCIA. EFEITOS INFRINGENTES. INVIABILIDADE. MATÉRIA CONSTITUCIONAL. ANÁLISE. DESNECESSIDADE. EFEITOS PATRIMONIAIS PRETÉRITOS. SÚMULAS NS. 269 E 271 DA SUPREMA CORTE. NÃO-INCIDÊNCIA NA HIPÓTESE. PRECEDENTE.

1. A obtenção de efeitos infringentes, como pretende a UNIÃO, somente é possível, excepcionalmente, nos casos em que, reconhecida a existência de um dos defeitos elencados nos incisos do art. 535 do Código de Processo Civil, a alteração do julgado seja conseqüência inarredável da correção do referido vício, bem como nas hipóteses de erro material ou equívoco manifesto, que, por si sós, sejam suficientes para a inversão do julgado. Precedente.

2. Conforme recente orientação da eg. Terceira Seção desta Corte Superior de Justiça, tem o servidor público direito de receber os vencimentos que deixou de auferir enquanto esteve afastado do cargo em razão da aplicação de penalidade posteriormente invalidada, retroagindo os efeitos patrimoniais à data da prática do ato impugnado. Inaplicabilidade dos enunciados ns. 269 e 271 da Súmula do Supremo Tribunal Federal. Precedente.

3. Embargos de declaração da UNIÃO rejeitados. Embargos de declaração opostos por JOSIAS INÁCIO LINS acolhidos” (fl. 59).

Os segundos embargos declaratórios opostos pela ora Agravante foram rejeitados.

3. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta.

4. A Agravante alega que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 2º, 5º, inc. XXXV e LXIX, e 37, caput, da Constituição da República.

Argumenta que “a justiça ou a injustiça da penalidade foge a esse

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 173

processo sumaríssimo. Não ocorrendo defeitos por ilegalidade do ato, tais como a incompetência da autoridade, a inexistência de norma autorizadora da pena e a preterição de formalidade essencial, é incabível o mandado de segurança contra ato que aplica pena disciplinar, e esse é também o entendimento da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal” (fl. 14).

Sustenta que, “considerando que os critérios adotados pela Administração Pública para gradação da penalidade por infração ensejam reexame de provas, a sua discussão na estrita via do mandado de segurança é descabida” (fl. 15).

Assevera que “o mandado de segurança não pode ser tido como substitutivo de ação de cobrança, sendo que os efeitos financeiros decorrentes da decretação de ilegalidade de ato ilegal pelo Poder Judiciário, deve ser buscado na via própria, seja esta administrativa, ou mesmo judicial” (fl. 19).

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5. Em preliminar, é de se ressaltar que, apesar de ter sido a

Agravante intimada depois de 3.5.2007 e constar do recurso extraordinário capítulo destacado para a defesa da repercussão geral da questão constitucional, não é o caso de se iniciar o procedimento para a aferição da sua existência, pois, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal – com a redação determinada pela Emenda Regimental n. 21/2007 -, esse procedimento somente terá lugar “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Essa é a situação do caso em exame, em que a análise da existência, ou não, da repercussão geral da questão constitucional torna-se dispensável, pois há outro fundamento suficiente para a inadmissibilidade do recurso.

6. Razão jurídica não assiste à Agravante. 7. O Tribunal a quo decidiu com base na Lei n. 8.112/90. A Agravante

argumenta que o mandado de segurança seria incabível na espécie.Para concluir de forma diversa do acórdão recorrido e analisar as

alegações da Agravante, seria necessária a análise da Lei n. 8.112/90. Também seria preciso verificar o disposto na Lei 1.533/51, que, embora tenha sido revogada pela Lei n. 12.016/09, era a legislação que prevalecia à época em que prolatado o acórdão recorrido. Assim, a ofensa à Constituição da República, se existente, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PROCESSUAL CIVIL. CABIMENTO DE MANDADO DE SEGURANÇA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Admissibilidade de mandado de segurança: impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. 2. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (RE 582.662-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 26.6.2009).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. (...) MANDADO DE SEGURANÇA. PRESSUPOSTOS. CABIMENTO. (...) 1. A violação da Constituição do Brasil seria indireta, eis que imprescindível o reexame do cabimento e das condições da ação, nos termos da Lei n. 1.533/51 e do Código do Processo Civil. (...) Agravo regimental a que se nega provimento”(RE 565.157-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ 14.11.2008).

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. PENA DE DEMISSÃO. CONFRONTO ENTRE AS CONDUTAS IMPUTADAS E AS TIPIFICAÇÕES PREVISTAS NA LEI Nº 8.112/90. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL PARA A APLICAÇÃO DA PENALIDADE MÁXIMA, DETECTADA PELO TRIBUNAL A QUO. NECESSIDADE DE REVOLVER MATÉRIA FÁTICA E INTERPRETAR DIREITO INFRACONSTITUCIONAL. EXAME DE LEGALIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO. A controvérsia cuja solução depende do confronto entre as condutas imputadas ao servidor e as tipificações da lei que rege o processo administrativo disciplinar se situa no mundo dos fatos e no campo infraconstitucional, o que impede a abertura da via extraordinária” (RE 395.831-AgR, Rel. Min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJ 18.11.2005).

“PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. ACÓRDÃO RECORRIDO E EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS QUE NÃO TRATARAM DO DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL ALEGADO COMO VIOLADO. SÚMULA/STF 282. (...) O acórdão recorrido decidiu a questão com fundamento na legislação infraconstitucional aplicável à espécie, qual seja, Lei 8.112/90 e 8.745/93. Assim, eventual ofensa à Constituição Federal seria indireta ou reflexa, o que elide o processamento do recurso extraordinário. 3. Agravo regimental improvido” (RE 470.197-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ 25.9.2009).

8. As Súmulas 269 e 271 consubstanciam o entendimento firmado no Supremo Tribunal Federal no sentido da impossibilidade de impetração de mandado de segurança cuja causa de pedir seja um suposto crédito pecuniário. No entanto, nada impede que essa ação seja impetrada com a finalidade de assegurar direito líquido e certo do qual decorra crédito.

O reconhecimento do direito do Agravado aos vencimentos que deixou de auferir em razão do afastamento do cargo que ocupava seria a consequência da decisão do Tribunal a quo, que entendeu que sua conduta não se enquadraria na proibição constante do art. 117, inc. XI, da Lei n. 8.112/90. Assim, incabíveis na espécie as Súmulas 269 e 271 do Supremo

Tribunal Federal.Nesse sentido:“RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA

CONTRA DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA QUE EXTINGUIU O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. PORTARIA QUE DECLAROU O RECORRENTE ANISTIADO POLÍTICO E DETERMINOU O PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO. 1. O não-cumprimento de Portaria do Ministro da Justiça que reconheceu o Recorrente como anistiado político, fixando-lhe indenização de valor certo e determinado, caracteriza-se ato omissivo da Administração Pública. 2. Configurado o direito líquido e certo do Recorrente, por se tratar de cumprimento de obrigação de fazer, e não cobrança de valores anteriores à impetração do presente writ. Não-incidência das Súmulas 269 e 271 do Supremo Tribunal Federal. 3. Demonstrada a existência de prévia dotação orçamentária, não há afronta ao princípio da legalidade da despesa pública. 4. Recurso em Mandado de Segurança conhecido e provido” (RMS 26.947, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 17.4.2009).

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. LICENÇA-GESTANTE. EXONERAÇÃO. C.F., art. 7º, XVIII; ADCT, art. 10, II, b. I. - Servidora pública exonerada quando no gozo de licença-gestante: a exoneração constitui ato arbitrário, porque contrário à norma constitucional: C.F., art. 7º, XVIII; ADCT, art. 10, II, b. II. - Remuneração devida no prazo da licença-gestante, vale dizer, até cinco meses após o parto. Inaplicabilidade, no caso, das Súmulas 269 e 271-STF. III. - Recurso provido”(RMS 24.263, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 9.5.2003).

O acórdão recorrido não divergiu dessa orientação. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.

9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.601 (909)ORIGEM : AC - 70015502107 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA -

CEEEADV.(A/S) : LEONARDO SANTANA DE ABREU E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE OSVALDO XAVIER DA ROSAADV.(A/S) : CONRADO ERNANI BENTO NETO

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. CIVIL. RESPONSABILIDADE.

RESTITUIÇÃO. EXTENSÃO DE REDE ELÉTRICA. 1. ANÁLISE DE MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: IMPOSSIBILIDADE NA VIA EXTRAORDINÁRIA. 2. ALEGADA OFENSA AO ART. 175, PARÁGRAFO ÚNICO, INC. IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INOVAÇÃO EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO: SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNTAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:

“APELAÇÃO CIVEL. AÇÃO ORDINÁRIA DE COBRANÇA. PRELIMINARES REJEITADAS. NO MÉRITO, PRESCRIÇÃO NÃO ACOLHIDA. PRESCRIÇÃO VINTENÁRIA. FINANCIAMENTO PARA CONSTRUÇÃO E EXTENSÃO DE REDE ELETRICA. OBRA FINANCIADA PELO CONSUMIDOR. IMPOSSIBILIDADE DE RESTITUIÇÃO DA IMPORTÂNCIA MUTUADA PELO VALOR HISTÓRICO APÓS O DECURSO DO PRAZO DE QUATRO ANOS. ABUSIVIDADE. DEVIDA CORREÇÃO MONETÁRIA DESDE A DATA DO EFETIVO DESEMBOLSO. POR UNANIMIDADE, REJEITARAM AS PRELIMINARES E NEGARAM PROVIMENTO AO APELO” (fl. 86).

Consta do voto condutor do julgado recorrido:“No mérito, quanto à alegada prescrição, cumpre destacar, como já

mencionado em julgamento de feitos análogos, que a Companhia Estadual de Energia Elétrica se trata de sociedade de economia mista, não sendo abrangida pelo conceito de Administração Pública como pretende, ao efeito da prescrição.

(...)Diante disso, restam inaplicáveis os diplomas referidos nas razões

recursais – Dec. 20.910/32 e Dec. Lei 9.497/72, bem como art. 178 do Código Civil, vez que não se aplica às sociedades de economia mista.

Insta consignar que, não tendo aplicação o prazo prescricional relativo às ações movidas contra a Administração Pública, já que desta não se trata, como já mencionado, não cabe à apelante CEEE insistir em equiparar-se a tal.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 174

Neste sentido, relevante mencionar o que dispõe a súmula n. 39 do STJ:

‘Súmula n. 39 do STJ: Prescreve em vinte anos a ação para haver indenização por responsabilidade civil, de sociedade de economia mista’.

(...)No mais, a lide envolve discussão acerca de contrato de

financiamento em que o consumidor a fim de obter prestação do serviço público de energia elétrica, vê-se compelido a aderir a um contrato que lhe acarretará custos da obra de extensão de rede de energia elétrica até seu imóvel, cuja devolução dos valores mutuados se daria em quatro anos” (87-90 – grifos nossos).

3. Os embargos de declaração opostos não foram acolhidos (fl. 103).4. A decisão agravada teve como fundamentos para a

inadmissibilidade do recurso extraordinário: a) a ausência de negativa de prestação jurisdicional; b) a ausência de prequestionamento da matéria constitucional suscitada; e c) a circunstância de que a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta (fls. 132v.-133v.).

5. A Agravante, no recurso extraordinário, alega que teriam sido contrariados os arts. 5º, inc. XXXVI e LV, 93, inc. IX, e 175, parágrafo único, inc. IV, da Constituição da República.

Argumenta que, “para fins de exame dos requisitos de admissibilidade há que se afastar qualquer hipótese de se negar seguimento ao recurso por ausência de prequestionamento. Ainda que não a tenham mencionado expressamente, a decisão acabou por deturpar a interpretação da norma revolvida” (fl. 10).

Afirma, também, que “qualquer ofensa à Carta Magna deve ser analisada, basta que haja relevância para tanto” (fl. 10).

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.6. Inicialmente, a alegação de nulidade do acórdão por ofensa ao art.

93, inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão da Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Como afirma a jurisprudência do Supremo Tribunal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional”(RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

7. Razão jurídica não assiste à Agravante.8. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que

as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional – art. 535 do Código de Processo Civil, podem configurar apenas ofensa indireta à Constituição da República. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DA INAFASTABILIDADE DA PRESTAÇÃO JURISDICIONAL, DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 705.917-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 13.3.2009).

9. No mérito, a Agravante alegou no recurso extraordinário que “a discussão limita-se à aplicação da legislação invocada pela Recorrente, ou seja, declarado existente o contrato entre as partes, a contratação se deu de acordo com a lei aplicável ao setor elétrico, não podendo a concessionária dela divergir, sob pena de afronta ao princípio do pode vinculado e, principalmente, ao art. 175 da Constituição” (fl. 126 – grifos nossos).

Sustentou, ainda, que, “não havendo vício de consentimento, seria possível às partes contratar, ao abrigo da autonomia da vontade, uma vez que se evidencia o ato jurídico perfeito, com respaldo no art. 5º, inc. XXXVI, da Constituição, resta clara a legalidade da contratação” (fl. 127).

O Tribunal de origem decidiu a controvérsia – restituição de valores decorrentes de participação financeira em projeto de extensão de rede elétrica – com base na Súmula 39 do Superior Tribunal de Justiça, na análise das cláusulas do contrato firmado na espécie vertente e, ainda, afastou a incidência do Decreto 20.910/32, do Decreto-lei 9.497/72 e do art. 178 do Código Civil ao caso em exame.

Assim, a alegada ofensa à Constituição da República, se tivesse existido, seria indireta. Nesse sentido:

“EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO. ENERGIA ELÉTRICA. RESTITUIÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO” (AI 557.659-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 9.2.2007).

E ainda: AI 755.449-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 25.8.2009.

10. Quanto à alegada ofensa ao art. 175, parágrafo único, inc. IV, da Constituição da República, a matéria não foi objeto de debate e exame prévios no Tribunal a quo.

A matéria constitucional foi suscitada apenas em embargos de declaração, entendendo a Agravante ter sido satisfeito o requisito do

prequestionamento.O cumprimento do requisito do prequestionamento dá-se quando

oportunamente suscitada a matéria, o que ocorre em momento processualmente adequado, nos termos da legislação vigente. Suscitada a matéria constitucional pelo interessado, se não houver o debate ou o pronunciamento explícito do órgão judicial competente, é que pode - e deve -, então, haver a oposição de Embargos Declaratórios para que se supra a omissão, como é próprio deste recurso.

No entanto, a matéria foi suscitada unicamente em sede de embargos declaratórios, o que é juridicamente inaceitável para os fins de comprovação de prequestionamento.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL SUSCITADA NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO (SÚMULA 282). AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

1. O cumprimento do requisito do prequestionamento dá-se quando oportunamente suscitada a matéria constitucional, o que ocorre em momento processualmente adequado, nos termos da legislação vigente. A inovação da matéria em sede de embargos de declaração é juridicamente inaceitável para os fins de comprovação de prequestionamento. Precedentes.

2. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 658.229-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 3.4.2009).

11. Ademais, o Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que a garantia constitucional do ato jurídico perfeito não afasta a possibilidade de revisão judicial do contrato para coibir o enriquecimento sem causa.

Nesse sentido:“1. Recurso extraordinário: descabimento: dispositivos constitucionais

dados por violados não analisados pelo acórdão recorrido nem objeto de embargos de declaração: incidência das Súmulas 282 e 356.

2. Recurso extraordinário: inadmissibilidade: controvérsia decidida à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação dos dispositivos constitucionais invocados que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636.

3. A garantia constitucional do ato jurídico perfeito não exclui a possibilidade de revisão judicial do contrato para coibir o enriquecimento sem causa” (AI 587.727-AgR, rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 20.10.2006 – grifos nossos).

E“Agravo regimental. Agravo de instrumento. Questão

infraconstitucional. Ato jurídico perfeito. Precedentes. 1. Inadmissível em recurso extraordinário o exame de ofensa reflexa à Constituição Federal. 2. A garantia constitucional do ato jurídico perfeito não afasta a possibilidade da revisão judicial do contrato para coibir o enriquecimento sem causa. 3. Agravo a que se nega provimento” (AI 580.966-AgR, Rel. Min. Menezes Direito, Primeira Turma, DJe 27.6.2008).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.12. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput,

do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.771 (910)ORIGEM : AC - 70016348526 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BANCO VOLKSWAGEN S/AADV.(A/S) : ANA PAULA CAPITANI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : LUIZ CARLOS PADILHAADV.(A/S) : JOÃO MARCELO FERREIRA SAIBRO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário em que se alega violação do disposto no art. 192, § 3º, da Constituição Federal.

A questão já foi decidida por esta Corte. No julgamento da ADI 4, rel. min. Sydney Sanches, concluído em 07.03.1991 (RTJ 147/719), o Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que o § 3º do art. 192 da Constituição Federal não era auto-aplicável. Destaco o seguinte trecho da ementa dessa decisão:

“6. Tendo a Constituição Federal, no único artigo em que trata do Sistema Financeiro Nacional (art. 192), estabelecido que este será regulado por lei complementar, com observância do que determinou no caput, nos seus incisos e parágrafos, não é de se admitir a eficácia imediata e isolada do disposto em seu parágrafo 3º, sobre taxa de juros reais (12% ao ano), até porque estes não foram conceituados. Só o tratamento global do Sistema Financeiro Nacional, na futura lei complementar, com a observância de todas as normas do caput, dos incisos e parágrafos do art. 192, é que permitirá a incidência da referida norma sobre juros reais e desde que estes também

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 175

sejam conceituados em tal diploma.” (RTJ 147/720)Soma-se a esse julgado a sólida jurisprudência de ambas as Turmas,

complementada por diversas decisões em mandado de injunção nas quais o Pleno também firmou o entendimento de que caberia ao Congresso Nacional suprir a omissão legislativa para limitar os juros a 12% ao ano (MI 584, rel. min. Moreira Alves, DJ 22.02.2002; MI 588, rel. min. Ellen Gracie, DJ 14.12.2001; MI 611, rel. min. Sydney Sanches, DJ 29.11.2002; MI 621, rel. min. Maurício Corrêa, DJ 16.11.2001; MI 472, rel. min. Celso de Mello, DJ 02.03.2001, e MI 542, rel. min. Celso de Mello, RTJ 183/818).

Registre-se que, após a promulgação da Emenda Constitucional 40, de 29.05.2003, que revogou o § 3º do art. 192 da Constituição Federal, a limitação dos juros deixou de ter fundamento constitucional.

Apesar de se alegar a violação do § 3º do art. 192 da Constituição Federal, verifico que o acórdão recorrido é fundamentado apenas em normas infraconstitucionais, razão por que nego seguimento ao presente agravo de instrumento (Súmula 282), nos termos do art. 557 do Código de Processo Civil.

Já no que diz respeito à capitalização dos juros remuneratórios, em consulta à internet, verifico que em virtude do trânsito em julgado da decisão do Superior Tribunal de Justiça que deu parcial provimento ao recurso especial, permitindo a capitalização em periodicidade mensal, o recurso extraordinário ficou prejudicado, por perda de seu objeto.

Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.498 (911)ORIGEM : AC - 20050299877 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ELIANE ZIMMERMANN GESSERADV.(A/S) : RAUL TAVARES DA CUNHA MELLOAGDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. ANULAÇÃO DE

ATO DA ADMINISTRAÇÃO. 1. ALEGAÇÃO DE OFENSA À COISA JULGADA, AO DEVIDO PROCESSO LEGAL, AO CONTRADITÓRIO E À AMPLA DEFESA. 2. DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA.

MATÉRIAS INFRACONSTITUCIONAIS. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alíneas a e c, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Santa Catarina:

“AGRAVO CONTRA DECISÃO DO RELATOR QUE NEGA SEGUIMENTO A RECURSO – LEI ESTADUAL DECLARADA INCONSTITUCIONAL PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – EXPRESSA DISPOSIÇÃO DA LEI PROCESSUAL.

Nos termos da legislação processual civil vigente (art. 557, CPC), com redação na forma imperativa negativa, bem como da jurisprudência, o relator do recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou contrário à jurisprudência, deve negar-lhe seguimento.

APELAÇÃO CÍVEL – SERVENTIA EXTRAJUDICIAL – EFETIVAÇÃO EM CARGO PÚBLICO – PREVISÃO DO ART. 14 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL – AUSÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO – INCONSTITUCIONALIDADE – DECLARAÇÃO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – ADIN N. 1573.

Não ação direta de inconstitucionalidade (ADin) julga-se, por meio de um processo objetivo, a validade da norma in abstrato, sem se levar em consideração as particularidades dos casos concretos. Nela não se discute interesse próprio, a sua finalidade é tutelar a Constituição da República, garantindo-se a sua supremacia.

Conforme preceitua o art. 37, II, da Constituição da República Federativa do Brasil, a investidura em cargo ou emprego público depende de prévia aprovação em concurso público, o que era previsto de forma diversa pelas Leis Estaduais que foram declaradas nulas pela Corte Suprema. Assim, tendo a ação declaratória de inconstitucionalidade efeito erga omnes e ex tunc, não há como se reconhecer a súplica da recorrente” (fl. 287).

3. No recurso extraordinário, a Agravante alega que teria sido contrariado o art. 5º, caput, inc. I, XXXV, XXXVI, XLV e LV, da Constituição da República.

Afirma que, ao manter a decisão que extinguira a ação com base no art. 267, inc. V, do Código de Processo Civil, o acórdão recorrido teria se equivocado, pois seriam distintos os objetos do mandado de segurança, interposto em momento anterior, e da ação declaratória da qual se origina o presente recurso.

Esclarece que “O fundamento principal da ação declaratória é o da preclusão e o da prescrição administrativas, institutos processuais que já haviam ocorrido em favor da Recorrente, porém não haviam sido apreciados, de leve que fossem, pela decisão denegatória da segurança e posterior julgamento dos respectivos recursos nos Tribunais Superiores. Quanto ao mérito desses direitos, nenhuma ‘litispendência’ ou mesmo ‘coisa julgada’ se verificou” (fl. 450).

Sustenta, ainda, que se operaou a decadência do prazo para a Administração declarar a nulidade do ato de efetivação da Agravante como titular do Cartório do Registro Civil, Títulos e Documentos da Comarca de Ituporanga, pois sua nomeação se dera em 8.6.1990 e a data da anulação seria 18.2.1998.

4. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário, quanto à interposição pela alínea a do inc. III do art. 102, a circunstância de que a ofensa à Constituição seria indireta; e quanto à interposição pela alínea c, a incidência da Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal (fls. 565-566).

5. No agravo de instrumento, a Agravante afirma que a ofensa à Constituição seria direta e reitera as razões do recurso extraordinário.

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.6. Razão de direito não assiste à Agravante.7. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que

a controvérsia relativa aos limites da coisa julgada é de natureza infraconstitucional. Assim, eventual ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Confira-se o seguinte julgado:

“E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO AO PRECEITO INSCRITO NO ART. 5º, XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO. - A alegação de desrespeito ao postulado da coisa julgada, por depender de exame prévio e necessário da legislação comum, pode configurar, quando muito, situação caracterizadora de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, o que não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes. - A discussão em torno da integridade da coisa julgada, por reclamar análise prévia e necessária dos requisitos legais, que, em nosso sistema jurídico, conformam o fenômeno processual da "res judicata", torna incabível o recurso extraordinário. É que, em tal hipótese, a indagação em torno do que dispõe o art. 5º, XXXVI, da Constituição - por supor o exame, "in concreto", dos limites subjetivos (CPC, art. 472) e/ou objetivos (CPC, arts. 468, 469, 470 e 474) da coisa julgada - traduz matéria revestida de índole infraconstitucional, podendo caracterizar situação de eventual conflito indireto com o texto da Carta Política (RTJ 182/746), circunstância que pré-exclui a possibilidade de adequada utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI 476.879-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 10.8.2006 – grifos nossos).

8. A matéria relativa à decadência administrativa por se ater à análise de normas infraconstitucionais não dá ensejo à ofensa constitucional direta, única a possibilitar o cabimento do recurso extraordinário. Confiram-se os seguintes julgados:

“EMENTA: ADMINISTRATIVO. PRAZO DECADENCIAL PARA A ADMINISTRAÇÃO ANULAR SEUS PRÓPRIOS ATOS. LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. AGRAVO IMPROVIDO. I - O acórdão recorrido decidiu a questão dos autos prazo de decadência para a Administração anular seus próprios atos à luz da legislação ordinária. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Precedentes. II - Agravo regimental improvido” (RE 490.850-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 5.6.2009).

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. DECADÊNCIA. LEI N. 9.784/99. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 622.219-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 13.3.2009).

9. É de se ressaltar que a jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição. Nesse sentido:

“2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, configurariam ofensa constitucional indireta. 3. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 643.746-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009).

10. Inadmissível também o recurso extraordinário pela alínea c do inc. III do art. 102 da Constituição da República, pois o Tribunal de origem não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição da República. Incide na espécie a Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal.

Nesse sentido:“Recurso extraordinário. - Inocorrência da hipótese prevista na alínea

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 176

‘c’ do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Falta de fundamentação, por isso mesmo, a esse respeito. Aplicação da Súmula 284” (RE 148.355, Rel. Min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 5.3.1993).

Nada há a prover quanto às alegações da Agravante.11. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput,

do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.649 (912)ORIGEM : PROC - 70027049691 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESPÓLIO DE EVA MARIA DE SOUZAADV.(A/S) : TELMO RICARDO SCHORR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DESPACHO: Vistos, etc.Oficie-se ao Superior Tribunal de Justiça, solicitando-lhe que informe,

tão logo ocorra, o trânsito em julgado do agravo de instrumento contra decisão denegatória do recurso especial concomitantemente interposto (AG/REsp 1204602), remetendo a esta Corte a cópia pertinente.

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 13 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.686 (913)ORIGEM : AC - 200600131973 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : CENTRAL PARK RIO LTDA - EPPADV.(A/S) : EDUARDO MACHADO DOS SANTOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : TNL PCS S/AADV.(A/S) : DANIELA ALVES PÓPULO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que reformou parcialmente sentença para excluir condenação por danos morais.

Opostos embargos de declaração, foram rejeitados (fl. 53).O recorrente sustenta, com base no art. 102, III, a, violação ao art. 5º,

V, X e XXXV, da Constituição da República.2.Conquanto admissível o agravo, inviável o recurso extraordinário.E que suposta violação aos dispositivos constitucionais mencionados

configuraria, aqui, o que se chama mera ofensa reflexa, também dita indireta, à Constituição da República, porque eventual juízo sobre sua caracterização dependeria de reexame prévio do caso à luz das normas infraconstitucionais, em cuja incidência e interpretação, para o decidir, se apoiou o acórdão impugnado, designadamente regras do Código de Defesa do Consumidor e do conjunto fático-probatório.

É, ao propósito, velhíssima a postura desta Corte no sentido de que, se, para provar contrariedade à Constituição, se deva, antes, demonstrar ofensa à lei ordinária, então é esta que conta para efeito de juízo de admissibilidade do recurso extraordinário (cf., por todos, RE nº 92.264-SP, Rel. Min. DECIO MIRANDA, in RTJ 94/462-464).

E, dissentir das premissas de fato em que, para decidir a causa, se assentou o Tribunal de origem, à luz da prova dos autos, exigiria reexame de fatos e provas, coisa de todo inviável perante o teor da súmula 279.

3.Ante o exposto, dou provimento ao agravo, convertendo-o em recurso extraordinário, a que nego seguimento (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 15 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.869 (914)ORIGEM : AC - 5935895600 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

AGDO.(A/S) : MARCO ANTONIO PAULINOADV.(A/S) : ADEMILSON ALVES DE BRITO

DESPACHO: Vistos, etc.Oficie-se ao Superior Tribunal de Justiça, solicitando-lhe que informe,

tão logo ocorra, o trânsito em julgado do agravo de instrumento contra decisão denegatória do recurso especial concomitantemente interposto (AG/REsp nº 1204349). Remeta-se a esta Corte a cópia pertinente.

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 08 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.305 (915)ORIGEM : AI - 5844685300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : CRISTIANE MARIA RADUAN DO AMARALADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTAAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. SERVIDOR

ESTADUAL. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. 1. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL: DESNECESSIDADE DE EXAME. ART. 323, PRIMEIRA PARTE, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“DIREITO PREVIDENCIÁRIO - PENSÃO - COMPLEMENTAÇÃO - SERVIDOR DA ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL - Pretensão fundada na Lei Paulista n. 4.819, de 26.8.1958, que, apesar de revogada pela então Lei Bandeirante n. 200, de 13.5.1974, teve por comando expresso desta ressalvados os direitos dos funcionários admitidos até a data de sua vigência - DESCABIMENTO - Benefício que não toca à autora, pois o servidor fora contratado após edição da Lei Estadual Paulista n. 200, de 13.5.1974 - Decisão mantida - Nega-se provimento ao recurso” (fl. 79).

3. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário as circunstâncias de que: a) “os argumentos expendidos não são suficientes para infirmar a conclusão do v. aresto combatido, que contém fundamentação adequada para lhe dar respaldo”; b) não “restou evidenciado qualquer maltrato a normas constitucionais, não sendo atendida qualquer das hipóteses das alíneas ‘a’, ‘b’, ‘c’ e ‘d’ do permissivo constitucional”; c) a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta (fls. 109-110).

4. No recurso extraordinário, a Agravante alega que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 5º, caput, da Constituição da República.

Argumenta que “A edição da Lei n. 9.343/96 c/c a Lei n. 9.466/96 em seu art. 5º acarretou exatamente essa diferenciação, ampliando o prazo para a concessão da complementação de aposentadoria/pensão, para apenas e tão somente os servidores do BANESPA (admitidos até 22/05/75), quando já existia a Lei 200/74 que fixava a data limite de 13.05.74. Ora, necessário se faz que sejam ampliado e estendido referido benefício do prazo a ora recorrente, pois na qualidade de pensionista, por aplicação do princípio constitucional da isonomia e da igualdade, encontra-se em situação e regime jurídico similar ao dos servidores do BANESPA e/ou CEAGESP” (fl. 88).

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5. Em preliminar, é de se ressaltar que, apesar de ter sido a

Agravante intimada depois de 3.5.2007 e constar do recurso extraordinário capítulo destacado para a defesa da repercussão geral da questão constitucional, não é o caso de se iniciar o procedimento para a aferição da sua existência, pois, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal – com a redação determinada pela Emenda Regimental n. 21/2007 -, esse procedimento somente terá lugar “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Essa é a situação do caso em exame, em que a análise da existência, ou não, da repercussão geral da questão constitucional torna-se dispensável, pois há outro fundamento suficiente para a inadmissibilidade do recurso.

6. Razão jurídica não assiste à Agravante. 7. O Tribunal a quo concluiu que a Agravante não teria direito à

complementação da aposentadoria, com base nos dispositivos da Lei Complementar estadual n. 200/74. Para se concluir de forma diversa do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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acórdão recorrido, seria necessária a análise dessa legislação. Assim, a afronta à Constituição da República, se existente, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal.

Nesse sentido os seguintes julgados:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

ADMINISTRATIVO. SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. LEIS ESTADUAIS NS. 4.819/58 E 200/74. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 630.251-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 3.4.2009).

“1. RECURSO. Embargos de declaração. Caráter infringente. Inadmissibilidade. Omissão, contradição ou obscuridade. Inexistência. Embargos de declaração rejeitados. Não se admitem embargos de declaração de decisão em que não há omissão, contradição nem obscuridade. 2. RECURSO. Embargos de declaração. Caráter meramente protelatório. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 538, § único, c.c. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de embargos declaratórios manifestamente protelatórios, deve o Tribunal condenar o embargante a pagar multa ao embargado. 3. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Servidor público estadual. Aposentadoria. Complementação. Leis nos 1.386/51, 4.819/58 e Lei complementar nº 200/74. Interpretação de normas locais. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. Aplicação da súmula 280. Não cabe RE que tenha por objeto alegação de ofensa indireta à Constituição por má aplicação de direito local” (RE 556.125-AgR-ED, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJ 30.4.2009 – grifos nossos).

A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, não diverge da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não havendo, pois, o que prover quanto às alegações da Agravante.

8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 8 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.376 (916)ORIGEM : PROC - 20087000497573 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : BANCO SANTANDER BRASIL S/AADV.(A/S) : JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHOADV.(A/S) : RODRIGO PENA DOMINGUESAGDO.(A/S) : RONALDO SANT'ANNA DA SILVAADV.(A/S) : DPE-RJ - MARIA ELIANE DOS SANTOS RIBEIROPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. INTIMAÇÃO

DO JULGADO RECORRIDO POSTERIOR A 3.5.2007. INSUFICIÊNCIA DA PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. NÃO ATENDIMENTO AO DISPOSTO NO § 2º DO ART. 543-A DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E NO ART. 327 DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem por objeto julgado do Conselho Recursal dos Juizados Cíveis e Criminais do Rio de Janeiro, o qual manteve sentença que condenara o Agravante ao pagamento de indenização por danos morais e materiais (fls. 27-28).

3. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência da preliminar de repercussão geral (fls. 72-73).

4. No recurso extraordinário, o Agravante alega que teriam sido contrariados o princípio da proporcionalidade e os arts. 5º, inc. XXXV e LV, e 93, inc. IX, da Constituição da República.

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. A intimação do acórdão recorrido ocorreu no dia 11.2.2009 (fl. 52),

e, nos termos do que decidido pelo Supremo Tribunal Federal no Agravo de Instrumento 664.567-QO, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, “a exigência da demonstração formal e fundamentada, no recurso extraordinário, da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007”.

A verificação do atendimento ao requisito de demonstração de repercussão geral da questão constitucional em preliminar formal da petição recursal antecede a análise dos demais pressupostos de admissibilidade do recurso extraordinário.

7. Na espécie vertente, o Agravante limitou-se a afirmar que:“Feitas tais ponderações, cumpre ainda preencher o requisito do § 3º

do artigo 102 da Constituição Federal, acrescentado ao texto pela Emenda Constitucional n. 45/2004, o que não demonstra superior dificuldade, tendo em vista a grandiosa repercussão da questão constitucional levantada.

Em suma, se mantida a decisão guerreada, abrir-se-á o precedente para que todos os clientes de instituições bancárias, não só do ora Recorrente, mas também de todo o território nacional, possam ser devedores, sem que seus nomes constem dos cadastros de proteção ao crédito e, o que é pior, ad eternum, causando previsível colapso de todo o Sistema Financeiro Nacional” (fl. 54).

8. O § 1º do art. 543-A do Código de Processo Civil dispõe que, “para efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa”.

Não basta, portanto, dizer que o tema é de “grandiosa repercussão” (fl. 54), sendo ônus exclusivo da parte recorrente demonstrar, com argumentos substanciais, que há no caso relevância econômica, política, social ou jurídica.

A ausência de fundamentação expressa, formal e objetivamente articulada pelo Agravante para demonstrar, nas razões do recurso extraordinário, a existência de repercussão geral da matéria constitucionalmente arguida inviabiliza o exame do recurso.

Assim, embora tenha mencionado a existência, na espécie vertente, de repercussão geral, o Agravante não desenvolveu argumentos suficientemente convincentes para cumprir o objetivo da exigência constitucional.

Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. INTIMAÇÃO DO RECORRENTE APÓS 3.5.2007. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO FORMAL. TAXA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA E TAXA DE COLETA DE LIXO E LIMPEZA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Repercussão geral da questão constitucional: demonstração insuficiente. 2. Atribuição de efeitos ex nunc: impossibilidade. Precedentes. 3. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 703.803-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 20.2.2009).

“Embargos de declaração em agravo de instrumento. 2. Decisão monocrática. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 3. Apresentação expressa de preliminar formal e fundamentada sobre repercussão geral no recurso extraordinário. Necessidade. Art. 543-A, § 2º, do CPC. 4. Preliminar formal. Hipótese de presunção de existência da repercussão geral prevista no art. 323, § 1º, do RISTF. Necessidade. Precedente. 5. Ausência da preliminar formal. Negativa liminar pela Presidência no Recurso extraordinário e no agravo de instrumento. Possibilidade. Art. 13, V, c, e 327, caput e § 1º, do RISTF. 6. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 718.395-ED, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe 14.5.2009 – grifos nossos).

“1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. Inobservância ao que disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, que exige a apresentação de preliminar formal e fundamentada sobre a repercussão geral, significando a demonstração da existência de questões constitucionais relevantes sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos das partes, em tópico destacado na petição de recurso extraordinário. 3. É imprescindível a observância desse requisito formal mesmo nas hipóteses de presunção de existência da repercussão geral prevista no art. 323, § 1º, do RISTF. Precedente. 4. A ausência dessa preliminar permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal negue, liminarmente, o processamento do recurso extraordinário, bem como do agravo de instrumento interposto contra a decisão que o inadmitiu na origem (13, V, c, e 327, caput e § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). 5. Agravo regimental desprovido” (AI 692.400-ED, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, DJe 30.5.2008 – grifos nossos).

9. Não há, pois, o que prover quanto às alegações do Agravante.10. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput,

do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 7 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.628 (917)ORIGEM : AC - 10434050013649001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAIS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 178

RELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MARIVAL MALHAS LTDAADV.(A/S) : ISAC ROMAGNOLI SILVEIRA LIMAAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE MONTE SIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MONTE

SIÃO

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. TAXA DE

FISCALIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO. CONSTITUCIONALIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem por objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais:

“AÇÃO ORDINÁRIA. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TAXA DE LOCALIZAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO. INCOINCIDÊNCIA DA BASE DE CÁLCULO COM A DO IPTU, PONDERADORA DE OUTROS FATORES. LEGÍTIMO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA DA ADMINISTRAÇÃO A JUSTIFICAR A COBRANÇA. IMPROCEDÊNCIA. APELAÇÃO IMPROVIDA” (fl. 110).

Tem-se no voto condutor do julgado recorrido:“Num segundo enfoque, estou a reavaliar que a cobrança da TLFF

funda-se no exercício regular do poder de polícia da administração que, sabidamente, mantém um quadro de fiscais para as atividades justificadoras da taxa em comento” (fl. 113).

3. No recurso extraordinário, as Agravantes afirmam que o Tribunal a quo teria ofendido os arts. 145, § 2º, e 150, inc. I, II e IV, da Constituição da República.

Alegam que:“Observa-se pela disposição da tabela que a ordem de grandeza

eleita pelo legislador ordinário levou em conta dois critérios distintos:Para o primeiro ano da atividade do contribuinte (taxa de localização),

o valor fixo correspondente a 3 VRMs (unidade de referência do Município) (...).

Para os anos subsequentes (renovação de localização), quantidades variáveis de VRMs por tipo de máquinas e espaço utilizado [micro, pequeno, médio e grande porte], identificadas na tabela pela coluna ‘funcionamento’.

Trata-se, portanto, de eleição inadequada de bases de cálculo para a renovação da localização, porquanto obtidas exclusivamente sobre o objeto fiscalizado, a partir daquelas que deveriam ser suas alíquotas, prenunciando, desde logo, nítida confusão entre base de cálculo e alíquotas, causando onerosidade excessiva (...).

(...)Nisso emerge inconstitucionalidade pela violação ao artigo 145, § 2º,

da Constituição Federal, tendo por pressuposto que o legislador municipal escolheu base de cálculo inadequada com o desiderato exclusivo de maximizar a arrecadação por meio da desmembrada taxa de funcionamento, ao introduzir critérios diferenciados para a sua cobrança em relação à de localização” (fls. 195-196 – grifos nossos).

4. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal e a harmonia do julgado recorrido com a jurisprudência deste Tribunal (fls. 429-433).

As Agravantes sustentam a inaplicabilidade dessa súmula e da jurisprudência referida na decisão agravada à espécie vertente.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste às Agravantes.6. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal consolidou-se no

sentido da constitucionalidade da taxa de fiscalização, localização e funcionamento:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. MUNICÍPIO DE ITU. TAXA DE FISCALIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO. ALEGADA OFENSA AO ART. 145, § 2º, DA CONSTITUIÇÃO. EFETIVO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA. PRECEDENTES. 1. Este Tribunal decidiu pela constitucionalidade da Taxa de Fiscalização, Localização e Funcionamento - TFLF, por entender que são exigidas com fundamento no efetivo exercício do poder de polícia pelo ente municipal. 2. Fixou-se, ainda, o entendimento de que não há identidade entre a base de cálculo das referidas taxas com a do IPTU, situação que não viola a vedação prevista no disposto no artigo 145, § 2º, da Constituição do Brasil. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 730.565-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 27.2.2009).

“EMENTA: MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE. TAXA DE FISCALIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO. ALEGADA OFENSA AO INCISO II E AO § 2º DO ART. 145 DO MAGNO TEXTO. O Supremo Tribunal Federal tem sistematicamente reconhecido a legitimidade da exigência da taxa em referência, cobrada como contrapartida pelo exercício do poder de polícia. Precedentes: REs 258.478 (Min. Sepúlveda Pertence), 276.254 (Min. Celso de Melo), 220.316(Min. Ilmar Galvão), 216.207 (Min. Ilmar Galvão) e 198.904 (Min. Ilmar Galvão). Nego provimento” (AI 527.814-

AgR, Rel. Min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJ 9.12.2005).7. Ao contrário do que afirmam as Agravantes, o Supremo Tribunal

Federal firmou o entendimento de que é possível a utilização da área do imóvel para a fixação da alíquota de taxa e que isso não importa em confusão entre a alíquota e a base de cálculo desse tributo.

Além disso, a circunstância de se adotar valor único para a taxa cobrada na abertura da sociedade empresária e valor diferenciado relativo ao funcionamento – com base no tipo de máquina e na área do estabelecimento - indica o cumprimento do princípio da isonomia tributária.

Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:“EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. TAXA DE COLETA DE

LIXO: BASE DE CÁLCULO. IPTU. MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS, S.P. I. - O fato de um dos elementos utilizados na fixação da base de cálculo do IPTU - a metragem da área construída do imóvel - que é o valor do imóvel (CTN, art. 33), ser tomado em linha de conta na determinação da alíquota da taxa de coleta de lixo, não quer dizer que teria essa taxa base de cálculo igual à do IPTU: o custo do serviço constitui a base imponível da taxa. Todavia, para o fim de aferir, em cada caso concreto, a alíquota, utiliza-se a metragem da área construída do imóvel, certo que a alíquota não se confunde com a base imponível do tributo. Tem-se, com isto, também, forma de realização da isonomia tributária e do princípio da capacidade contributiva: C.F., artigos 150, II, 145, § 1º. II. - R.E. não conhecido” (RE 232.393, Rel. Min. Carlos Velloso, Tribunal Pleno, DJ 5.4.2002 – grifos nossos).

“EMENTA: MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE. TAXA DE FISCALIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO. ALEGADA OFENSA AO ART. 145, § 2º, DA CONSTITUIÇÃO. Exação fiscal cobrada como contrapartida ao exercício do poder de polícia, sendo calculada em razão da área fiscalizada, dado adequadamente utilizado como critério de aferição da intensidade e da extensão do serviço prestado, não podendo ser confundido com qualquer dos fatores que entram na composição da base de cálculo do IPTU, razão pela qual não se pode ter por ofensivo ao dispositivo constitucional em referência, que veda a bitributação. Serviço que, no caso, justamente em razão do mencionado critério pode ser referido a cada contribuinte em particular, e de modo divisível, porque em ordem a permitir uma medida tanto quanto possível justa, em termos de contraprestação. Recurso não conhecido” (RE 220.316, Rel. Min. Ilmar Galvão, Tribunal Pleno, DJ 29.6.2001 – grifos nossos).

8. Ressalte-se, ainda, que o Supremo Tribunal Federal entende que o porte da empresa também pode servir de critério para a fixação do valor de taxa, pois é um indicativo de maior ou menor trabalho por parte do Poder Público, maior ou menor exercício do poder de polícia:

“Finalmente, o art. 17-D cuida da base de cálculo da taxa: ela será devida por estabelecimento e os seus valores são os fixados no Anexo IX, variando em razão do potencial de poluição e grau de utilização de recursos naturais, que será de pequeno, médio e alto, variando para microempresas, empresas de pequeno porte, empresa de médio porte e empresa de grande porte. O tratamento tributário dispensado aos contribuintes observa a expressão econômica destes. É dizer, as pessoas jurídicas pagarão maior ou menor taxa em função da potencialidade poluidora da atividade exercida, levando-se em conta, ademais, se se trata de microempresa, empresa de pequeno porte, empresa de médio porte e empresa de grande porte, vale dizer, os defeitos apontados pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento da cautelar pedida na ADI 2.178/DF, no que toca à alíquota, então inexistente, foram corrigidos.

Bem por isso, Sacha Calmon, no parecer citado - fls. 374 e seguintes - opina no sentido da observância, no caso, do princípio da proporcionalidade. Escreve:

“(...) No particular, duas objeções são lançadas contra a TCFA: a de que varia segundo a receita bruta do estabelecimento

contribuinte, adotando critério de quantificação próprio dos impostos; a de que seria excessivamente onerosa.

É noção cediça que a base de cálculo das taxas deve mensurar o custo da atuação estatal que constitui o aspecto material de seu fato gerador (serviço público específico e divisível ou exercício do poder de polícia).

Não se pode ignorar, contudo, a virtual impossibilidade de aferição matemática direta do custo de cada atuação do Estado (a coleta do lixo de um determinado domicílio, ao longo de um mês; a emissão de um passaporte; etc.). O cálculo exigiria chinesices como a pesquisa do tempo gasto para a confecção de cada passaporte, e a sua correlação com o salário-minuto dos funcionários encarregados e o valor do aluguel mensal do prédio da Polícia Federal onde o documento foi emitido, entre outras variáveis intangíveis, de modo a colher o custo de emissão de cada passaporte, para a exigência da taxa correspectiva (que variaria para cada contribuinte, segundo o seu documento tivesse exigido maior ou menor trabalho ou tivesse sido emitido em prédio próprio ou alugado). O mesmo se diga quanto à coleta de lixo: imagine-se o ridículo de obrigarem-se os lixeiros, tais ourives, a pesar com balança de precisão os detritos produzidos dia a dia por cada domicílio, para que a taxa pudesse corresponder ao total de lixo produzido a cada mês pelo contribuinte.

O Direito não pode ignorar a realidade sobre a qual se aplica. O princípio da praticabilidade, tão bem trabalhado entre nós por MISABEL DERZI, jurisdiciza essa constatação elementar, que tampouco passa despercebida ao STF. Nos autos da Representação de Inconstitucionalidade nº 1.077/84, Rel. Min. MOREIRA ALVES, declarou a Corte que não se pode

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STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 179

exigir do legislador mais do que 'equivalência razoável entre o custo real dos serviços e o montante a que pode ser compelido o contribuinte a pagar, tendo em vista a base de cálculo estabelecida pela lei e o quantum da alíquota por esta fixado'.

Ora, é razoável supor que a receita bruta de um estabelecimento varie segundo o seu tamanho e a intensidade de suas atividades.

É razoável ainda pretender que empreendimentos com maior grau de poluição potencial ou de utilização de recursos naturais requeiram controle e fiscalização mais rigorosos e demorados da parte do IBAMA (...)” (fl. 378).

Acrescenta Sacha Calmon que, se “o valor da taxa varia segundo o tamanho do estabelecimento a fiscalizar”, o que implica maior ou menor trabalho por parte do poder público, maior ou menor exercício do poder de polícia, “é mais do que razoável afirmar que acompanha de perto o custo da fiscalização que constitui sua hipótese de incidência”, com atendimento, em conseqüência, “na medida do humanamente possível”, dos “princípios da proporcionalidade e da retributividade” (RE 416.601, Rel. Min. Carlos Velloso, Tribunal Pleno, DJ 30.9.2005 - grifos nossos).

9. Nada há, pois, a prover quanto às alegações das Agravantes.10. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput,

do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 8 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.259 (918)ORIGEM : AC - 200561000195326 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : FRANCISCO TABAJARA DE BRITOADV.(A/S) : JOSÉ REINALDO NOGUEIRA DE OLIVEIRA JUNIORAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA

INCIDENTE SOBRE VERBAS RECISÓRIAS. NATUREZA JURÍDICA. NECESSIDADE DA ANÁLISE PRÉVIA DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O Tribunal Regional Federal da 3ª Região julgou apelação em ação ordinária, nos termos seguintes:

“DIREITO PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE A RENDA. PESSOA FÍSICA. RESILIÇÃO DE CONTRATO DE TRABALHO. VERBAS RESCISÓRIAS. GRATIFICAÇÃO. INCIDÊNCIA.

I - Os valores pagos por liberalidade da empresa no ato da rescisão imotivada precisam ter sua natureza jurídica devidamente analisada, isso porque a denominação dada à parcela paga na rescisão do pacto laboral é aleatoriamente adotada pelo empregador, não sendo fator determinante da natureza jurídica da verba.

II - A verba examinada como objeto deste ‘writ’ é fruto de um acordo entre as partes, quando do término do vínculo empregatício, pelo que é lícito, a par de lógico, deduzir que o direito a referido valor somente gratifica a dispensa do empregado de sua atividade de trabalho, não se cuidando de indenização na acepção da palavra, mas de gratificação (Resp nº 765.498/SP).

III – Apelação improvida” (fl. 32).3. A decisão agravada teve como fundamento para a

inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta.

4. O Agravante argumenta que:“Com efeito, o v. acórdão recorrido, ao negar provimento ao recurso

de apelação interposto pelo Agravante, julgando válida a incidência do imposto de renda sobre verbas indenizatórias recebidas por rescisão de contrato de trabalho acabou por afrontar o disposto no artigo 5º, caput, e inciso II, bem como no artigo 153, inciso III, da Constituição Federal” (fl. 5).

No recurso extraordinário, alega que o Tribunal a quo teria afrontado os arts. 5º, caput e inc. II, e 153, inc. III, da Constituição.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Agravante. A Desembargadora Federal Relatora consignou em seu voto condutor

que:“No tocante à matéria de fundo, importa considerar que o Imposto

sobre a Renda previsto no Artigo 153, Inciso III, da Carta da República, tem seu fato gerador descrito pelo Código Tributário Nacional nos exatos limites consignados no Artigo 43, Incisos I e II, cuja transcrição se dispensa.

(...)Nesta linha, a solução da controvérsia repousa exclusivamente na

aferição de um pressuposto, qual seja, se a verba indicada tem efetivamente caráter indenizatório como propugna o impetrante.

Necessário se ressaltar, que os valores pagos por liberalidade da empresa no ato da rescisão imotivada precisam ter sua natureza jurídica devidamente analisada, isso porque a denominação dada à parcela paga na rescisão do pacto laboral é aleatoriamente adotada pelo empregador, não sendo fator determinante da natureza jurídica da verba.

Nesse passo, resta concluir que a verba examinada como objeto deste ‘writ’ é fruto de um acordo entre as partes, quando ao término do vínculo empregatício, pelo que é lícito, a par de lógico, deduzir que o direito à referida verba somente gratifica a dispensa do empregado de sua atividade laboral, não se cuidando de indenização na acepção da palavra, mas de gratificação.

Embora tenha esta julgadora decidido anteriormente a favor da não-incidência de Imposto de Renda sobre as gratificações pagas espontaneamente pela empregadora, revi meu posicionamento, para seguir a tese adotada pela Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça no sentido de serem as ‘gratificações por liberalidade da empresa’, recebidas por ocasião da extinção do contrato de trabalho, passíveis de tributação pelo Imposto de Renda” (fls. 26-27).

Conforme se verifica, o Tribunal a quo, ao decidir, analisou a natureza jurídica das verbas pagas ao Agravante, em decorrência de rescisão de contrato de trabalho. Para concluir de forma diversa do acórdão recorrido, seria necessária a análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Assim, a afronta à Constituição da República, se existente, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

IMPOSTO DE RENDA. INCIDÊNCIA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. Para dissentir-se do acórdão impugnado quanto ao caráter da verba percebida - indenizatória ou remuneratória - seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Agravo regimental a que se nega provimento”(RE 344.021-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ 1º.8.2008).

A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações da parte agravante.

6. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 15 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.273 (919)ORIGEM : AI - 200800231482 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ROSEMARIE CONSTANCE ROESSLER MOUTINHOADV.(A/S) : JOÃO AMAURY BELEMAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL.

SOBRESTAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. INCABÍVEL INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. ART. 544 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro:

“IPTU. Alíquotas Diferenciadas. Art. 67 da Lei Municipal nº 691/84. Redação da Lei 2.955/99. Progressividade. Não Ocorrência. EC nº 29/2000. Verbete Sumular nº 539 do STF. Não se vislumbra qualquer inconstitucionalidade na regra do art. 67 da Lei Municipal 691/84, após a edição da Lei 2.955/99. Esta lei, aplicável ao IPTU a partir do exercício de 2000, estabelece alíquotas diferenciadas em função do uso/destinação do imóvel, o que não se confunde com progressividade vedada pela Constituição de 1988, antes da edição da EC 29/2000. Argüição de Inconstitucionalidade nº 2002.017.00005, do Órgão Especial deste Tribunal de Justiça, com força vinculativa. Desprovimento do recurso” (fl. 428).

3.A decisão agravada teve o seguinte fundamento:“O recurso ora interposto ostenta como fundamento idêntico ao do

recurso paradigma nacional – RE 586.693.(...)Por tais razões, em cumprimento ao artigo 543-B do Código de

Processo Civil e ao artigo 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 180

determino o sobrestamento do recurso extraordinário até o julgamento pelo STF do recurso paradigma acima referenciado” (fls. 568-569).

4. A Agravante alega que, “como os contribuintes cariocas só recentemente se deram conta da inconstitucionalidade do inciso III do artigo 67 da Lei 691/84 com redação da Lei 2.277/94, essa Corte Suprema jamais se pronunciou a respeito do que nele se contém, o que induvidosamente é razão mais do que plausível para que a mais Alta Corte de Justiça desse país reforme a decisão monocrática de sobrestamento do feito” (fl. 25).

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5. O presente agravo não pode ter seguimento, pois o Tribunal de

origem não realizou o juízo de admissibilidade do recurso extraordinário, apenas determinou o sobrestamento do feito, com base nas regras previstas pelo regime da repercussão geral.

6. Assim, conforme estabelece o art. 544 do Código de Processo Civil, somente é possível a interposição de agravo de instrumento de decisão que não admite recurso extraordinário, não sendo cabível sua interposição contra despacho que determina o sobrestamento do recurso extraordinário.

Confira-se, a propósito, o teor do artigo 544 do Código de Processo Civil:

“Não admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial, caberá agravo de instrumento, no prazo de 10 (dez) dias, para o Supremo Tribunal Federal ou para o Superior Tribunal de Justiça, conforme o caso.”

7. Ademais, mesmo que a matéria objeto do presente recurso, em tese, não guarde identidade com o Recurso Extraordinário 586.693 - paradigma legitimador da repercussão geral –, a ora Agravante teria outros meios processuais para impugnar o referido despacho.

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da parte agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.686 (920)ORIGEM : AI - 6502695000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : SHELL BRASIL LTDAADV.(A/S) : ANA TEREZA PALHARES BASÍLIOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DESPACHO: Vistos, etc.Oficie-se ao Superior Tribunal de Justiça, solicitando-lhe que informe,

tão logo ocorra, o trânsito em julgado do agravo de instrumento contra decisão denegatória do recurso especial concomitantemente interposto (AG/REsp registrado sob o nº 2009/0137952-2), remetendo a esta Corte a cópia pertinente.

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 08 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.934 (921)ORIGEM : AC - 200161090052371 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : TEXTIL JOMARA LTDAADV.(A/S) : PEDRO WANDERLEY RONCATOAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. DIFERENÇAS

RECOLHIDAS AO PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL – PIS. PRESCRIÇÃO, CORREÇÃO MONETÁRIA E COMPENSAÇÃO: MATÉRIAS INFRACONSTITUCIONAIS: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL: DESNECESSIDADE DE EXAME. ART. 323, PRIMEIRA PARTE, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 3ª Região:

“TRIBUTÁRIO. PIS. DECRETOS-LEIS Nº 2.445/88 E Nº 2.449/88.

COMPENSAÇÃO. PRESCRIÇÃO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. PRECEDENTES DESTA CORTE.

1. O direito a repetição ou compensação do crédito tributário, no tocante aos tributos sujeitos a lançamento por homologação, prescreve em cinco anos a contar do pagamento, nos termos do art. 3º da LC n. 118/05, com aplicação, inclusive, aos fatos pretéritos, em razão do caráter interpretativo do dispositivo legal, a teor do disposto no art. 106, inc. I, do CTN c.c art. 4º da citada LC.

2. Invertido o ônus da sucumbência, com a fixação da verba honorária em 10% sobre o valor corrigido da causa, nos termos do art. 20, § 4º, do CPC. O valor fixado nesta sede recursal representa a justa retribuição ao causídico, ante o trabalho efetuado e a complexidade da causa, de acordo com os parâmetros adotados por esta Corte.

3. Apelação da União e remessa oficial providas.4. Apelação da autora prejudicada” (fl. 298).3. A decisão agravada teve como fundamento para a

inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta (fls. 393-394).

4. A Agravante alega que teriam sido contrariados os arts. 2º, 5º, caput e inc. II, XXII, XXXV, XXXVI, LIV e LV, 60, § 4º, 146, inc. II, alínea b, 148 e 150, inc. II e III, alínea a, da Constituição da República.

Argumenta que “a referida autoridade não procede à homologação formal dos lançamentos efetuados, de modo que o prazo prescricional começará a fluir após 5 (cinco) anos, contados dos fatos geradores da exação, acrescidos de mais 5 (cinco) anos, contados da homologação tácita do lançamento, perfazendo-se, assim, o total de 10 (dez) anos” (fl. 361).

Sustenta que “não resta, portanto, a menor dúvida de que o PIS indevidamente recolhido pode ser compensado com os débitos vincendos dos demais tributos arrecadados pela União Federal, sob pena de ofensa à Lei n. 9.430/96” (fl. 362).

Assevera, ainda, que, “para o fiel cumprimento da legislação federal relativa à matéria, é imprescindível a aplicação dos índices inflacionários expurgados, uma vez que somente esses refletem a realidade econômica vigente à época” (fl. 363).

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5. Em preliminar, é de se ressaltar que, apesar de ter sido a

Agravante intimada depois de 3.5.2007 e constar do recurso extraordinário capítulo destacado para a defesa da repercussão geral da questão constitucional, não é o caso de se iniciar o procedimento para a aferição da sua existência, pois, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal – com a redação determinada pela Emenda Regimental n. 21/2007 -, esse procedimento somente terá lugar “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Essa é a situação do caso em exame, em que a análise da existência, ou não, da repercussão geral da questão constitucional torna-se dispensável, pois há outro fundamento suficiente para a inadmissibilidade do recurso.

6. Razão jurídica não assiste à Agravante. 7. O Tribunal a quo assentou que:“No tocante aos tributos sujeitos a lançamento por homologação,

diante da nova interpretação dada ao inc. I do art. 168 do CTN pela Lei Complementar n. 118/2005 (art. 3º), considera-se como momento da extinção do crédito tributário a data do pagamento

antecipado na forma do § 1º do art. 150 do CTN.Assim, o direito a repetição ou compensação do crédito tributário, a

que alude o art. 174 do CTN, prescreve em cinco anos a contar do pagamento.

O art. 3º da Lei Complementar deve ser aplicado aos fatos pretéritos, em razão de seu caráter interpretativo, a teor do art. 106, inc. I, do CTN c.c o art. 4º da citada lei complementar” (fl. 310).

O reexame do acórdão impugnado demandaria a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Código Tributário Nacional, Decretos-Leis ns. 2.445/88 e 2.449/88 e Leis Complementares ns. 7/70 e 118/05). Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário.

Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:“A jurisprudência da Corte é no sentido de que a apreciação das

questões relativas à compensação dos valores recolhidos a maior com outros tributos, à aplicação de correção monetária e de juros, e à prescrição, dependem da análise de normas infraconstitucionais e do prévio exame de fatos e provas. Ofensa reflexa à Constituição. Precedentes. II - Embargos de declaração convertidos em agravo regimental a que se nega provimento” (RE 343.937-ED, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJ 29.9.2006 – grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. COMPENSAÇÃO DE TRIBUTOS. CONTRIBUIÇÃO AO PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL - PIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 683.868-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 181

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. As questões sobre a compensação dos valores recolhidos a maior com outros tributos, a aplicação de correção monetária e juros e a prescrição são infraconstitucionais. Precedentes ” (RE 559.164-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 1º.2.2008 – grifos nossos).

8. A alegada afronta ao art. 5º, inc. II, da Constituição da República encontra óbice na Súmula 636 do Supremo Tribunal Federal, que dispõe que “não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida”.

9. Ademais, o Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, configurariam ofensa constitucional indireta.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, configurariam ofensa constitucional indireta” (RE 553.061-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 28.8.2009).

10. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.11. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.060 (922)ORIGEM : AC - 10024044094688001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTEAGDO.(A/S) : JOSÉ ALVES DA ROCHAAGDO.(A/S) : BRUNO HEITOR ALVES ROCHAADV.(A/S) : CRISLEY DE SOUSA FEITOZA

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário por violação ao art. 37, § 6º, da Constituição Federal contra acórdão que reconheceu a responsabilidade do município por danos materiais decorrente de acidente com veículo do autor que caiu em bueiro sem tampa em avenida, nos seguintes termos:

“Tanto o município, quanto a concessionária do serviço público de esgoto (Copasa) são solidariamente responsáveis pela reparação dos danos causados em acidente automobilístico causado por um tampão aberto em plena avenida movimentada de Belo Horizonte.” (Fls. 58-61).

O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais asseverou a ausência de prequestionamento da matéria constitucional suscitada (fls. 116-119).

2.O agravante afirma que foi demonstrado nas razões do extraordinário que a norma constitucional ocorreu “ao não admitir a responsabilidade de uma prestadora de serviço público concedido pelo Município, pessoa jurídica de direito privado, por danos causados a terceiros nessa condição”, e que a responsabilidade do Município, se existisse, não seria solidária, mas, sim, subsidiária.

3.Entretanto, o agravo não prospera. Inicialmente, o dispositivo constitucional dado por contrariado não foi prequestionado, porque não debatido no acórdão recorrido, nem suscitado nos embargos declaratórios opostos (Súmulas STF 282 e 356).

4.Ressalte-se que, contra o aresto impugnado, o agravante interpôs concomitantemente ao recurso extraordinário recurso especial ao qual, em decisão transitada em julgado, o Superior Tribunal de Justiça assentou que, para alterar os fundamentos do acórdão recorrido, seria necessário o reexame da matéria fático-probatória dos autos, incidindo no caso o óbice da Súmula 7/STJ. Assim conheceu parcialmente do recurso e, nessa parte, deu parcial provimento ao apelo tão-só para “consignar a responsabilidade subsidiária do poder concedente com a concessionária de serviço público” (REsp 1.102.027/MG, rel. Min. Humberto Martins, 2ª Turma, DJe 26.02.2009).

Tal fundamento, per se, é suficiente para manter o acórdão recorrido, que se tornou definitivo, obstando a impugnação, mediante apelo extremo, com base no art. 37, § 6º, da Constituição Federal. Incide no caso, mutatis

mutandis, a Súmula STF 283. Nesse sentido, entre outros, o RE 545.161/DF, rel. Min. Celso de Mello, DJ 28.06.2007.

5.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se. Brasília, 15 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.125 (923)ORIGEM : AC - 33808 - TRIBUNAL DE JUSTICA MILITARPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : PAULO HENRIQUE DA SILVAADV.(A/S) : PAULO RICARDO STRANO COELHOAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. MILITAR

ESTADUAL. SANÇÃO DISCIPLINAR. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO EM NORMAS LOCAIS E NO EXAME DE PROVAS: INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça Militar do Rio Grande do Sul:

“PARTICIPAÇÃO DE MILITAR EM PASSEATA. Conduta infracional que atenta contra a disciplina. Ação anulatória de ato punitivo em face de cerceamento de defesa e ausência de contraditório. Alegação de exercício do direito à livre expressão. Inovação do recurso. Inexistência. Alegação de imputação genérica no procedimento administrativo-disciplinar. Preliminar rejeitada. PAD em que se observa atendimento aos ditames constitucionais. Expressões riscadas. Apelo improvido. Unânime” (fl. 763).

3. No recurso extraordinário, o Agravante afirma que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 5º, inc. IV, XV, XVI e XVII, da Constituição da República.

Assevera que:“Nenhuma transgressão ou crime foi cometido, como é imputado,

senão vejamos.(...) Verificaremos que todos os atos foram realizados dentro do

estrito exercício regular de direitos basilares (...).(...)Portanto, se não implicar o descumprimento do dever (que no caso

em tela jamais foi violado) e não atentar contra a disciplina policial-militar (que sempre foi acatada, pois a caminhada foi ordeira e pacífica), pode! Mesmo para o Estatuto dos Militares Estaduais a conduta é lícita, não merecendo sanção” (fls. 831-834 - grifos nossos).

4. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência das Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal (fl. 903).

O Agravante afirma que a ofensa à Constituição seria direta.Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. As alegações de que “nenhuma transgressão ou crime foi

cometido” (fl. 831) e de que a disciplina policial-militar sempre foi acatada atraem a incidência da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal e não viabilizam o recurso extraordinário.

Além disso, conforme reconhece o Agravante, seria imprescindível a análise da Lei Complementar n. 10.990/97 do Estado do Rio Grande do Sul (Estatuto dos Servidores Militares da Brigada Militar do Rio Grande do Sul), o que é vedado pela Súmula 280 do Supremo Tribunal.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

ADMINISTRATIVO. POLICIAL CIVIL. GRATIFICAÇÃO DE INCENTIVO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Ausência do devido prequestionamento da matéria constitucional suscitada. Incidência das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas. Incidem, na espécie, as Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal” (AI 564.359-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009 – grifos nossos).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. O Tribunal a quo decidiu a controvérsia com fundamento em norma infraconstitucional e nas provas contidas nos autos” (RE 376.599-AgR, de minha relatoria, DJ 2.2.2007 – grifos nossos).

“1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Reexame de fatos e provas. Aplicação das súmulas nº 279. Agravo regimental improvido. Não cabe recurso extraordinário que tenha por objeto o simples reexame de fatos e provas. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Jurisprudência

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 182

assentada. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte. 3. RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, c.c. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado” (RE 330.907-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 9.5.2008 – grifos nossos).

“SERVIDOR PÚBLICO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. NECESSIDADE DE EXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, ante a incidência da Súmula 280 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido” (AI 689.921-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 20.2.2009).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A controvérsia foi decidida com fundamento em legislação de índole local, circunstância que impede a admissão do extraordinário em virtude do óbice da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 594.028-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 27.2.2009).

7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.223 (924)ORIGEM : AC - 4461275000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : CELSO CARLOS DE CAMPOS GUERRAADV.(A/S) : VÂNIA MARIA CUNHAAGDO.(A/S) : CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO

BRASIL - CNAADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. 1. REPERCUSSÃO

GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. DESNECESSIDADE DE EXAME. ART. 323, PRIMEIRA PARTE, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL. DECRETO-LEI 1.166/71. RECEPÇÃO. NATUREZA TRIBUTÁRIA. EXIGIBILIDADE. BITRIBUTAÇÃO: NÃO OCORRÊNCIA. PRECEDENTES. ACÓRDÃO RECORRIDO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“LEGITIMIDADE AD CAUSAM - Contribuição Sindical Rural - Cobrança pela CNA - Alegação de ilegitimidade de partes ativa e passiva - Descabimento - Lei 8.847/96 - A CNA é parte legítima para a cobrança da Contribuição Sindical Rural Patronal - Legitimidade passiva - Contribuição sindical exigível independentemente de filiação (art. 8°, IV, da CF, 2ª parte, e arts. 578, 579 e 606 da CLT) - Preliminar afastada.

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL - Cobrança pela CNA - Natureza tributária (art 8°, IV, in fine, da CF e artigos 578, 579 e 606 da CLT)- Cobrança amparada na Lei 8.847/94, art. 24, I - Contribuinte que não nega o enquadramento sindical - Revogação do art. 600 da CLT - Juros de mora, multa e correção monetária de acordo com os arts. 2º da Lei 8.022/90 e 59 da Lei 8.383/91 - Recurso parcialmente provido” (fl. 62).

Consta do voto condutor do julgado recorrido:“Cabe anotar ainda que a autora não é mera credora da arrecadação;

é a titular do tributo, que as demais entidades, como arrecadadoras, cobravam e lhe repassavam.

Patente, pois, a legitimidade da autora para a cobrança (art. 24, I, da LF 8.847/94). No que tange à ilegitimidade passiva, alega o réu que, nos termos do art. 8º, da CF, ‘é livre a associação profissional ou sindicar, de modo que só serão devidas contribuições por aqueles que livremente a elas de associarem’.

Ocorre que, conforme entendimento pacífico do Supremo Tribunal Federal, a contribuição em apreço tem natureza tributária, compulsória e exigível, independentemente de filiação.

É o que se infere da exegese do art. 8º, IV, in fine, da Constituição

Federal e dos artigos 578, 579 e 606 da CLT, cabendo anotar que ela se distingue da contribuição confederativa, ou assistencial, que pressupõe filiação, conforme estabelece o art. 8º, IV, primeira parte.

Daí a conclusão de que não há afronta à liberdade sindical, nem inconstitucionalidade na sua cobrança.

(...)O réu consta como proprietário de imóvel rural, e não nega a sua

qualidade de empresário ou empregador rural.Conforme guia de recolhimento juntada a fl. 15, está ele enquadrado

no inciso II, "a", do art. 1º do DL 1.166/71.A emissão da guia pela apelante tem amparo no art. 24, I, da Lei

8.847/94, que determinou a cessação da atribuição da Secretaria da Receita Federal para seu lançamento. E em decorrência do convênio firmado entre a CNA e a Receita Federal (art. 17 da Lei 9.393/96), a Confederação elabora as guias utilizando-se dos dados fornecidos pelos próprios contribuintes, na Declaração do Imposto Territorial Rural - ITR. Vale dizer, as guias são emitidas com base nas informações prestadas pelos contribuintes (ITR), que contêm todos os elementos que fundamentam a cobrança, sobretudo no sentido de que há produção na propriedade ou que possui empregados.

Portanto, as guias são emitidas com base no ITR cujos dados são fornecidos pelo proprietário rural, os quais são utilizados pela CNA na elaboração da guia.

(...)Assim sendo, julgo parcialmente procedente a ação, para condenar o

réu ao pagamento da contribuição sindical do exercício de 1999, corrigida monetariamente, acrescida de juros de mora e multa, nos termos do art. 2º da Lei 8022/90.

Em face da exclusão de pesada multa (2% ao mês), que elevaria sobremaneira o débito cobrado, é possível concluir pela mútua sucumbência, razão pela qual as despesas serão rateadas em partes iguais, compensados os honorários advocatícios.

Destarte, pelo meu voto, dou parcial provimento ao recurso, para os fins acima” (fls. 63-68).

3. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta (fls. 107-108).

4. O Agravante alega que teria sido contrariado o art. 8º, caput, da Constituição da República.

Argumenta que,“porque o Agravante não é associado da Agravada, é descabida a

cobrança da contribuição sindical patronal rural, ora em comento. A contribuição objeto da cobrança não é tributo (...).

A CF veda a imposição de contribuição com a mesma base de cálculo de imposto, sendo inconstitucional e inexigível a referida contribuição sindical patronal rural. Mais, além da base de cálculo ser a mesma que a do ITR, a referida contribuição também possui o mesmo fato gerador do imposto, evidenciando bitributação, também inconstitucional” (fls. 6-7).

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5. Em preliminar, é de se ressaltar que, apesar de ter sido o

Agravante intimado depois de 3.5.2007 e constar no recurso extraordinário capítulo destacado para a defesa da repercussão geral da questão constitucional, não é o caso de se iniciar o procedimento para a aferição da sua existência, pois, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal – com a redação determinada pela Emenda Regimental n. 21/2007 -, esse procedimento somente terá lugar “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Essa é a situação do caso em exame, em que a análise da existência, ou não, da repercussão geral da questão constitucional torna-se dispensável, pois há outro fundamento suficiente para a inadmissibilidade do recurso.

6. Inicialmente, cumpre afastar o fundamento da decisão agravada de que a solução da controvérsia demandaria o exame de legislação infraconstitucional, pois a matéria é de natureza constitucional, conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

Todavia, a superação desse óbice não é suficiente para o acolhimento da pretensão do Agravante.

7. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que a contribuição sindical rural tem natureza tributária, é exigível de todos os membros de uma categoria profissional ou econômica a ela filiados, ou não, e foi recepcionada pela atual Constituição da República.

Nesse sentido:“EMENTA: 1. RECURSO. Embargos de declaração. Contribuição

Sindical Rural. Decreto-Lei 1.166/71. Natureza tributária. Integrantes de categorias profissionais ou econômicas, ainda que não filiados a sindicato. Exigência. Precedentes. Omissão. Inexistência. Embargos de declaração rejeitados. Não se admitem embargos de declaração de decisão em que não há omissão, contradição nem obscuridade. 2. RECURSO. Embargos de declaração. Caráter meramente protelatório. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 538, § único, c.c. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a oposição de embargos declaratórios manifestamente protelatórios, deve o Tribunal condenar o embargante a pagar multa ao embargado” (RE 556.162-AgR-ED, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 30.4.2009 – grifos nossos).

E ainda: AI 430.985-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 183

DJe 25.5.2007; AI 509.518-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 29.4.2005; e AI 534.526, de minha relatoria, decisão monocrática, DJe 18.9.2009.

8. Ademais, quanto à afirmação contida no acórdão recorrido de que haveria bitributação em decorrência da identidade entre as bases de cálculo e os fatos geradores da contribuição sindical rural e do imposto territorial rural, o Supremo Tribunal decidiu, em vários julgados, não se aplicar às contribuições sociais a segunda parte do inc. I do art. 154 da Constituição.

Confira-se, a propósito, o voto proferido no julgamento do Recurso Extraordinário 228.321, Relator o Ministro Carlos Velloso:

“Quando do julgamento dos RREE 177.137-RS e 165.939-RS, por mim relatados, sustentamos a tese no sentido de que, tratando-se de contribuição, a Constituição não proíbe a coincidência de sua base de cálculo com a do imposto, o que é vedado relativamente às taxas.

Destaco dos votos que proferi nos citados RREE 177.137-RS e 165.939-RS:

‘A contribuição parafiscal ou especial é um terceiro gênero. Vale dizer, não é imposto e não é taxa. Quando do julgamento do RE 138.284-CE, de que fui relator, examinei o tema em pormenor (RTJ 143/313). A ele me reporto. (...) A contribuição, não obstante um tributo, não está sujeita à limitação inscrita no § 2º do art. 145 da Constituição. Também não se aplicam a ela as limitações a que estão sujeitos os impostos, em decorrência da competência privativa dos entes políticos para instituí-los (CF, arts. 153, 155 e 156), a impedir a bitributação. A técnica da competência residual da União para instituir imposto (CF, art. 154, I), aplicável às contribuições sociais de seguridade, no tocante às ‘outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social’ (C.F., art. 195, § 4º), não é invocável, no caso (C.F., art. 149).

Ademais, as limitações ou vedações expressas - CF, art. 150, arts. 151 e 152 - não estabelecem a proibição imaginada pela Recorrente.

E o que me parece definitivo para afastamento do argumento da recorrente é isto: quando a Constituição desejou estabelecer limitação ou vedação referentemente a qualquer tributo e não às suas espécies, ela foi expressa, como, v.g., art. 146, III, a (definição de tributos e de suas espécies), art. 150, I (princípio da legalidade tributária), II (regra geral para os tributos), III (cobrança de tributos), art. 151, art. 152, art. 155, § 3º (‘À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro tributo poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País’).

(...)A duas, porque, quando o § 4º, do art. 195, da CF, manda obedecer a

regra da competência residual da União - art. 154, I - não estabelece que as contribuições não devam ter fato gerador ou base de cálculo de impostos. As contribuições, criadas na forma do § 4º, do art. 195, da CF, não devem ter, isto sim, fato gerador e base de cálculo próprios das contribuições já existentes.

É que deve ser observado o sistema. E o sistema é este: tratando-se de contribuição, a Constituição não proíbe a coincidência da sua base de cálculo com a base de cálculo do imposto, o que é vedado, expressamente, relativamente às taxas. (CF, art. 145, § 2º)” (Tribunal Pleno, DJ 30.5.2003 – grifos nossos).

Cumpre citar, ao final, as seguintes decisões monocráticas, nas quais foram providos os recursos interpostos pela Confederação Nacional da Agricultura: AI 552.485, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 17.2.2006; AI 503.646, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 6.9.2005; AI 487.759-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 13.10.2004; AI 531.230, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 14.2.2006; e AI 579.441, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 16.2.2006.

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 8 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.246 (925)ORIGEM : AC - 3394795000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO

BRASIL - CNAADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE MÁRIO FARINAADV.(A/S) : UBIRAJARA FARINA

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. 1. REPERCUSSÃO

GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. DESNECESSIDADE DE EXAME. ART. 323, § 1º, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ACÓRDÃO RECORRIDO DIVERGENTE DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRESUNÇÃO DE EXISTÊNCIA DA REPERCUSSÃO GERAL. 2. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL. DECRETO-LEI 1.166/71. RECEPÇÃO. NATUREZA TRIBUTÁRIA.

EXIGIBILIDADE. BITRIBUTAÇÃO: NÃO OCORRÊNCIA. PRECEDENTES. AGRAVO E RECURSO PROVIDOS.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“CONTRIBUIÇÃO SINDICAL. AÇÃO DE COBRANÇA JULGADA IMPROCEDENTE. APELAÇÃO DA CNA. INCONSTITUCIONALIDADE. BITRIBUTAÇÃO. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA ANUIDADE. RECURSO NÃO PROVIDO” (fl. 69).

Consta do voto condutor do julgado recorrido:“Em consonância com o Voto do então Desembargador Ricardo

Lewandowski, hoje Ministro do Supremo Tribunal Federal, na Apelação Cível 212.348- 5/7-00, a contribuição padece de vícios que afastam sua legalidade e constitucionalidade, motivos pelos quais não pode ser exigida. Vale transcrever:

‘Com efeito, a presente ação está fundada no art. 4º do Decreto-Lei 1.166/71, 580 da CLT, 8º, IV, e 149 da CF, e 5º, II da Lei 9.701/98.

Em verdade, a questionada CSR foi instituída pelo Decreto-Lei 1.166/71, cujo art. 4º dispôs caber ao Instituto Nacional de Reforma Agrária - INCRA o seu lançamento e cobrança. Já o art. 5º do referido diploma estabelecia que ela seria cobrada juntamente com o Imposto Territorial Rural - ITR. Essa faculdade, todavia, cessou com a edição da Lei 8022/90, que, em seu art. 1º, transferiu a atribuição para a Secretaria da Receita Federal, mas apenas até 31/12/96, quando foi editada a Lei 8.847/94 (art. 24, inc. I).

A partir de então, a CNA passou a cobrar CSR com fundamento no art. 3º do Decreto-Lei 1.166/71, no art. 580 da CLT e, ainda, nos art. 8º, IV e 149 da Carta Magna. Além disso, a CNA amparou a exação em tela no art. 5º, II, da Lei 9.701/98.

Ora, mesmo que se entenda, apenas para argumentar, que a Lei – 9.701/98 tenha sido recepcionada pela Constituição Federal de 1988, tese, de resto, altamente controvertida, não há como deixar de reconhecer que a base de cálculo utilizada para a cobrança da CSR é a mesma do ITR, vale dizer, o Valor da Terra Nua - VTR, assim como próprio fato gerador, que é ser proprietário rural, tudo a configurar a bitributação, constitucionalmente vedada.

Ainda que assim não fosse, observa-se que o VTR corresponde ao do imóvel rural apurado no dia 1º de janeiro de cada ano, nos termos do art. 1º da Lei 9.393/96. E o art. 8º, § 2º, desse mesmo texto legal estabelece que o VTR corresponderá ao valor da terra nua no primeiro dia do ano referente à declaração.

Destarte, o VTR declarado pelo proprietário rural de um ano serve de base de cálculo para a cobrança da CSR do ano seguinte, o que vulnera, não só a vedação constitucional da bitributação, como também o principio da anualidade, diante da evidente falta de correspondência entre a realidade tributária espelhada em 1º de janeiro do exercício anterior como a do ano subsequente.

Por fim, como se vê dos autos, a CNA pretende exigir a CSR em afronta ao disposto no art. 5º do Decreto-lei 1.166/71, que estabelecia que a exação seria paga juntamente com o ITR de cada imóvel, tal como faziam o INCRA e a SRF, até dezembro de 1996.

Por todas essas razões, a cobrança alviltrada pela autora não pode prosperar, afigurando-se improcedente a ação, restando invertida a sucumbência’. Ante ao exposto, pelo meu voto, nego provimento ao recurso de apelação” (fls. 70-71).

3. Os embargos de declaração opostos foram rejeitados (fl. 79).4. A decisão agravada teve como fundamento para a

inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta (fls. 106-107).

5. A Agravante alega que teriam sido contrariados os arts. 8º, inc. III e IV, 93, inc. IX, 146, inc. III, 149 e 154, inc. I, da Constituição da República e art. 10, § 2º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Argumenta que “o recurso extraordinário teve como foco de discussão a ocorrência da alegada bitributação pela decisão atacada, em razão da identidade da base de cálculo da CSR, com a do imposto territorial rural, uma vez que tal matéria decorre expressamente do texto constitucional” (fl. 7).

Afirma, também, que “o v. acórdão, ao decidir que a contribuição sindical rural não é de recolhimento compulsório pelos integrantes da categoria econômica profissional, porque possui o mesmo fato gerador ou a mesma base de cálculo do imposto territorial rural – ITR, data maxima venia, afrontou diretamente a Constituição da República” (fl. 8).

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.6. Em preliminar, é de se realçar que, apesar de ter sido a Agravante

intimada depois de 3.5.2007 e constar no recurso extraordinário capítulo destacado para a defesa da repercussão geral da questão constitucional, não é o caso de se iniciar o procedimento para a aferição da sua existência, pois, nos termos do art. 323, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal - com a redação determinada pela Emenda Regimental n. 21/2007 -, esta se presume “quando o recurso (...) impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante”.

7. Inicialmente, cumpre afastar o óbice da decisão agravada de que a

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STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 184

solução da controvérsia demandaria o exame de legislação infraconstitucional, pois a matéria é de natureza constitucional conforme precedentes do Supremo Tribunal Federal.

Superado esse óbice, razão jurídica assiste à Agravante. 8. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido

de que a contribuição sindical rural tem natureza tributária, é exigível de todos os membros de uma categoria profissional ou econômica a ela filiados, ou não, e foi recepcionada pela atual Constituição da República.

Nesse sentido:“EMENTA: 1. RECURSO. Embargos de declaração. Contribuição

Sindical Rural. Decreto-Lei 1.166/71. Natureza tributária. Integrantes de categorias profissionais ou econômicas, ainda que não filiados a sindicato. Exigência. Precedentes. Omissão. Inexistência. Embargos de declaração rejeitados. Não se admitem embargos de declaração de decisão em que não há omissão, contradição nem obscuridade. 2. RECURSO. Embargos de declaração. Caráter meramente protelatório. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 538, § único, c.c. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a oposição de embargos declaratórios manifestamente protelatórios, deve o Tribunal condenar o embargante a pagar multa ao embargado” (RE 556.162-AgR-ED, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 30.4.2009 – grifos nossos).

E ainda: AI 430.985-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 25.5.2007; AI 509.518-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 29.4.2005; e AI 534.526, de minha relatoria, decisão monocrática, DJe 18.9.2009.

9. Ademais, quanto à afirmação contida no acórdão recorrido de que haveria bitributação em decorrência da identidade entre as bases de cálculo e os fatos geradores da contribuição sindical rural e do imposto territorial rural, o Supremo Tribunal decidiu, em vários julgados, não se aplicar às contribuições sociais a segunda parte do inc. I do art. 154 da Constituição.

Confira-se, a propósito, o voto proferido no julgamento do Recurso Extraordinário 228.321, Relator o Ministro Carlos Velloso:

“Quando do julgamento dos RREE 177.137-RS e 165.939-RS, por mim relatados, sustentamos a tese no sentido de que, tratando-se de contribuição, a Constituição não proíbe a coincidência de sua base de cálculo com a do imposto, o que é vedado relativamente às taxas.

Destaco dos votos que proferi nos citados RREE 177.137-RS e 165.939-RS:

‘A contribuição parafiscal ou especial é um terceiro gênero. Vale dizer, não é imposto e não é taxa. Quando do julgamento do RE 138.284-CE, de que fui relator, examinei o tema em pormenor (RTJ 143/313). A ele me reporto. (...) A contribuição, não obstante um tributo, não está sujeita à limitação inscrita no § 2º do art. 145 da Constituição. Também não se aplicam a ela as limitações a que estão sujeitos os impostos, em decorrência da competência privativa dos entes políticos para instituí-los (CF, arts. 153, 155 e 156), a impedir a bitributação. A técnica da competência residual da União para instituir imposto (CF, art. 154, I), aplicável às contribuições sociais de seguridade, no tocante às ‘outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social’ (C.F., art. 195, § 4º), não é invocável, no caso (C.F., art. 149).

Ademais, as limitações ou vedações expressas - CF, art. 150, arts. 151 e 152 - não estabelecem a proibição imaginada pela Recorrente.

E o que me parece definitivo para afastamento do argumento da recorrente é isto: quando a Constituição desejou estabelecer limitação ou vedação referentemente a qualquer tributo e não às suas espécies, ela foi expressa, como, v.g., art. 146, III, a (definição de tributos e de suas espécies), art. 150, I (princípio da legalidade tributária), II (regra geral para os tributos), III (cobrança de tributos), art. 151, art. 152, art. 155, § 3º (‘À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro tributo poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País’).

(...)A duas, porque, quando o § 4º, do art. 195, da CF, manda obedecer a

regra da competência residual da União - art. 154, I - não estabelece que as contribuições não devam ter fato gerador ou base de cálculo de impostos. As contribuições, criadas na forma do § 4º, do art. 195, da CF, não devem ter, isto sim, fato gerador e base de cálculo próprios das contribuições já existentes.

É que deve ser observado o sistema. E o sistema é este: tratando-se de contribuição, a Constituição não proíbe a coincidência da sua base de cálculo com a base de cálculo do imposto, o que é vedado, expressamente, relativamente às taxas. (CF, art. 145, § 2º)” (Tribunal Pleno, DJ 30.5.2003 – grifos nossos).

Cumpre citar, ao final, as seguintes decisões monocráticas, nas quais foram providos os recursos interpostos pela Confederação Nacional da Agricultura: AI 552.485, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 17.2.2006; AI 503.646, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 6.9.2005; AI 487.759-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 13.10.2004; AI 531.230, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 14.2.2006; e AI 579.441, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 16.2.2006.

Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido.10. Pelo exposto, dou provimento a este agravo, na forma art. 544,

§§ 3º e 4º, do Código de Processo Civil, e, desde logo, ao recurso extraordinário, nos termos do art. 557, § 1º-A, do mesmo diploma legal. Invertidos, nesse ponto, os ônus da sucumbência, ressalvada a concessão do

benefício da justiça gratuita.Publique-se.Brasília, 7 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.392 (926)ORIGEM : AC - 70026681726 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE ÁGUA E ESGOTOS -

DMAEADV.(A/S) : JORGE LUIZ NEVES SARAIVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CRECHE BEM ME QUER

DESPACHO: Vistos, etc.Oficie-se ao Superior Tribunal de Justiça, solicitando-lhe que informe,

tão logo ocorra, o trânsito em julgado do recurso especial concomitantemente interposto (REsp 1151910), remetendo a esta colenda Corte a cópia pertinente.

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 08 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.621 (927)ORIGEM : AC - 111925805 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : DANIEL EDUARDO DERKASTCHEFF VERA E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CONDOMÍNIO EDIFÍCIO MAISON DE LILLEADV.(A/S) : OLGA MARIA PLETITSCH E OUTRO(A/S)

DESPACHO: (Referente à Petição nº 113599)Ante a renúncia de mandato, intime-se a parte recorrente, por via

postal e com aviso de recebimento, para que, no prazo de 10 (dez) dias, regularize a sua representação processual.

Publique-se.Brasília, 08 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.678 (928)ORIGEM : AC - 200461820415310 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : CM CAPITAL MARKETS CORRETORA DE CÂMBIO,

TÍTULO E VALORES MOBILIÁRIOS LTDAADV.(A/S) : MARCELO PAULO FORTES DE CERQUEIRA

DESPACHOPENDÊNCIA DE RECURSO ESPECIAL - SOBRESTAMENTO.1.Ante a pendência de recurso especial no âmbito do Tribunal

Regional Federal da 3º Região até o julgamento, pelo Superior Tribunal de Justiça, de recurso versando idêntica matéria, devem os autos permanecer na Secretaria até o esgotamento da respectiva jurisdição.

2.Publiquem.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.145 (929)ORIGEM : PROC - 2008001723920 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : HENRY MARCONDES NASCIMENTOADV.(A/S) : TICIANE DALLA VECCHIAAGDO.(A/S) : COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA - COPEL

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. DEFICIÊNCIA

NO TRASLADO (AUSÊNCIA DE CÓPIA DA SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS): INCIDÊNCIA DA SÚMULA 288 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 185

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto julgado da Turma Recursal do Juizado Especial de Guarapuava/PR, a qual manteve – por seus próprios fundamentos – sentença de improcedência de pedido de indenização por danos materiais formulado pelo Agravante.

3. No recurso extraordinário, o Agravante sustenta a inconstitucionalidade do art. 140 do Decreto-Lei n. 41.019/57 e assevera que teriam sido ofendidos os arts. 5º, inc. LV, e 93, inc. IX, da Constituição da República.

4. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de ofensa constitucional direta (fl. 30).

O Agravante reitera os argumentos aduzidos na petição de recurso extraordinário.

5. Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.6. Há deficiência no traslado.7. O Agravante não providenciou cópia da sentença proferida pelo

Juízo de primeiro grau, que, uma vez mantida pela Turma Recursal “por seus próprios fundamentos” (fl. 34), tornou-se peça indispensável à compreensão da controvérsia. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. DEFICIÊNCIA NO TRASLADO. AUSÊNCIA DA CÓPIA DE SENTENÇA CONFIRMADA PELOS SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS PELO ACÓRDÃO RECORRIDO. PEÇA ESSENCIAL PARA A COMPREENSÃO DA CONTROVÉRSIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 288 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. COMPETE AO AGRAVANTE FISCALIZAR A CORRETA FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 673.556-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 1º.2.2008).

E ainda: AI 566.496-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ 3.3.2006; AI 596.558, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 30.3.2007; e AI 590.997, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ 8.9.2006.

Incide, na espécie vertente, a Súmula 288 do Supremo Tribunal Federal, o que não viabiliza a admissão do agravo de instrumento.

8. Não há o que prover quanto às alegações do Agravante.9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 1º, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.247 (930)ORIGEM : AC - 10024061495362001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : SACHA CALMON NAVARRO COÊLHO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE

CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - ICMS. IMPORTAÇÃO. 1. SUJEITO ATIVO: ESTADO ONDE SITUADO O ESTABELECIMENTO DESTINATÁRIO DA MERCADORIA. 2. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. 3. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL: DESNECESSIDADE DE EXAME. ART. 323, PRIMEIRA PARTE, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais:

“EMENTA: TRIBUTÁRIO - IMPORTAÇÃO - ICMS - DOMICÍLIO DO DESTINATÁRIO - REAL IMPORTADOR - IRRELEVANCIA DE INTERMEDIÁRIOS - IMPORTAÇÃO INDIRETA - RECOLHIMENTO AOS COFRES DO ESTADO ONDE ESTIVER SITUADO O ESTABELECIMENTO PARA ONDE A MERCADORIA FOI DESTINADA. 1. A interpretação a ser conferida ao artigo 155, § 2°, inciso IX, alínea 'a', da Constituição da República Federativa do Brasil, compreende o da destinação final do produto importado. 2. O destinatário a que se refere a norma constitucional é aquele a que efetivamente se destina a mercadoria no território nacional, tendo pouca ou nenhuma relevância de que outras empresas figurem como intermediárias do negócio, seja no caso de se apresentarem como importadora ou como prestadora de serviço a realizar a importação. 3. Sendo prova nos autos robusta no sentido de que a mercadoria foi importada com o prévio desígnio

de destiná-la para o estabelecimento da apelante, localizado no Estado de Minas Gerais, este é, por determinação constitucional, o sujeito ativo da obrigação tributária” (fl. 578).

2. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência na espécie da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal (fls. 764-766).

3. A Agravante alega que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 155, § 2º, inc. IX e alínea a, da Constituição da República.

Argumenta que é “equivocado o exame de admissibilidade feito na instância ‘a quo’, tendo em vista que foi aplicada, por erro, a Súmula 279 do STF. O equívoco cometido reside na sutil destinação entre as situações em que um recurso excepcional discute o direito aplicado aos fatos consignados no acórdão hostilizado, daqueles em que o acervo probatório carreado nos autos é objeto do próprio apelo – este último é o exame vedado aos Tribunais Superiores” (fl. 5).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. Em preliminar, é de se ressaltar que, apesar de ter sido a parte

recorrente intimada depois de 3.5.2007 e constar no recurso extraordinário capítulo destacado para a defesa da repercussão geral da questão constitucional, não é o caso de se iniciar o procedimento para a aferição da sua existência, pois, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal – com a redação determinada pela Emenda Regimental n. 21/2007 -, esse procedimento somente terá lugar “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Essa é a situação do caso em exame, em que a análise da existência, ou não, da repercussão geral da questão constitucional torna-se dispensável, pois há outro fundamento suficiente para a inadmissibilidade do recurso extraordinário.

5. O Tribunal a quo assentou que “as provas dos autos são robustas no sentido de que a mercadoria foi importada com prévio desígnio de destiná-la para o estabelecimento da apelante, localizado no Estado de Minas Gerias, sendo este por determinação constitucional o sujeito ativo da relação” (fl. 587).

Concluir de forma diversa do que foi decidido pelas instâncias originárias demandaria o reexame do conjunto probatório constante dos autos, procedimento incabível de ser adotado validamente no recurso extraordinário, a teor do que dispõe a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Assim, constatado pelo Tribunal de origem que a mercadoria importada teve como destino o Estado de Minas Gerais, o sujeito ativo da relação jurídico-tributária do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços é o Estado mineiro, onde estaria situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário jurídico da mercadoria importada.

Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO

EXTRAORDINÁRIO. ICMS. IMPORTAÇÃO. SUJEITO ATIVO. ALÍNEA ‘A’ DO INCISO IX DO § 2º DO ART. 155 DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. O Supremo Tribunal Federal fixou jurisprudência no sentido de que o sujeito ativo da relação jurídico-tributária do ICMS é o Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário jurídico da mercadoria importada, pouco importando se o desembaraço aduaneiro ocorreu por meio de outro ente federativo. Precedentes. 2. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do STF. Agravo regimental a que se nega seguimento” (RE 598.051-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 29.5.2009).

E:“EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO

SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS. ICMS. IMPORTAÇÃO. SUJEITO ATIVO. ALÍNEA ‘A’ DO INCISO IX DO § 2O DO ART. 155 DA MAGNA CARTA. ESTABELECIMENTO JURÍDICO DO IMPORTADOR. O sujeito ativo da relação jurídico-tributária do ICMS é o Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário jurídico da mercadoria (alínea ‘a’ do inciso IX do § 2º do art. 155 da Carta de Outubro); pouco importando se o desembaraço aduaneiro ocorreu por meio de ente federativo diverso. Recurso extraordinário desprovido” (RE 299.079, Rel. Min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJ 16.6.2006).

6. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.473 (931)ORIGEM : AC - 3700885300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : CENTRO AUTOMOTIVO ORGULHO LTDAADV.(A/S) : RODRIGO HELFSTEINADV.(A/S) : RICARDO BOTÓS DA SILVA NEVESAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 186

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o AI715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, firmou entendimento, posteriormente confirmado no julgamento do RE 540.410-QO/RS, Rel. Min.CEZAR PELUSO, no sentido de que também se aplica o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos deduzidos contra acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 e que veiculem tema em relação ao qual já foi reconhecida a existência de repercussão geral.

Esta Suprema Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, apreciando o RE 593.849/MG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, e que coincide, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada na presente causa.

O tema objeto do recurso extraordinário representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos feitos, refere-se à discussão em torno da constitucionalidade, ou não, da restituição da diferença do valor do ICMS recolhido antecipadamente no regime de substituição tributária, quando a base de cálculo da operação for inferior à presumida.

Sendo assim, e pelas razões expostas, afasto o sobrestamento desta causa, dou provimento ao presente agravo de instrumento, para admitir o recurso extraordinário a que ele se refere, e, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Leinº11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 21 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.624 (932)ORIGEM : AI - 72741921 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : PAULO EDUARDO MENDONÇA SILVAADV.(A/S) : PATRÍCIA LOPES FERIANI DA SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : LAURO DASSIEAGDO.(A/S) : JOSE DASSIEAGDO.(A/S) : EZEQUIAS DASSIEAGDO.(A/S) : JUVENAL DASSIEAGDO.(A/S) : LAIDE DASSIEAGDO.(A/S) : MARIA ANGELICA DASSIEAGDO.(A/S) : JOÃO DASSIE QUADRANTEADV.(A/S) : ACIR MURAD

DESPACHO: Vistos, etc.Oficie-se ao Superior Tribunal de Justiça, solicitando-lhe que informe,

tão logo ocorra, o trânsito em julgado do agravo de instrumento contra decisão denegatória do recurso especial concomitantemente interposto (AG/REsp registrado sob o nº 2009/0165602-8), remetendo a esta Corte a cópia pertinente.

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 13 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.665 (933)ORIGEM : AC - 4472685000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DESPACHO: Vistos, etc.Oficie-se ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, para que

informe, tão logo ocorra, o trânsito em julgado do recurso especial — sobrestado nos termos da Lei 11.672/08 — interposto concomitante ao recurso extraordinário que originou este agravo de instrumento (Processo nº 447.268.5/4-02).

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 06 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.778 (934)ORIGEM : AC - 70027304708 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SUL

RELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ALBA FARIAS GOMESADV.(A/S) : SÔNIA MARA SÁ BRITO CARDOSOAGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. NÃO

ESGOTAMENTO DA VIA RECURSAL ORDINÁRIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso inadmitido teve como objeto a seguinte decisão monocrática proferida por desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:

“PREVIDÊNCIA PÚBLICA. FILHA SOLTEIRA. PENSÃO. HABILITAÇÃO. ART. 73 DA LEI N. 7.672/82. DIREITO ADQUIRIDO. INOCORRÊNCIA. APLICAÇÃO DA LEI ESTADUAL N. 11.443/00. Houve revogação do artigo 73 da Lei n. 7.672/82, que previa que as filhas solteiras de servidor admitido no serviço público antes de janeiro de 1974 e que na data da vigência da Lei n. 7.672/82 já haviam completado 21 anos de idade, exceto as inválidas, conservavam a qualidade de dependente. O direito à pensão rege-se pela regra em vigor quando do óbito do segurado, submetendo-se o benefício previdenciário aos requisitos nela previstos, não havendo que se falar em direito adquirido. Falecendo o servidor posteriormente ao advento da Lei Estadual n. 11.443/00, é juridicamente impossível o pedido de pensão, ante a ausência de fundamento legal. Precedentes do TJRGS, STJ e STF. Prequestionamento. A apresentação de questões para fins de prequestionamento não induz à resposta de todos os artigos referidos pela parte, mormente porque foram analisadas todas as questões que entendeu o julgador pertinentes para solucionar a controvérsia posta na apelação. Apelação a que se nega seguimento” (fl. 42).

2. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência na espécie da Súmula 281 do Supremo Tribunal Federal (fls. 93-94).

3. As Agravantes alegam que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 5º, inc. XXXVI, LIV e LV, da Constituição da República.

Argumentam que “a possibilidade do julgamento monocrático pelo relator está amparado no caput do artigo 557 do CPC, encontrando-se pacificada no âmbito do Egrégio Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul” (fl. 6).

Sustentam que “não podem as agravantes ser prejudicadas por uma decisão, a qual está expressamente prevista em lei, merecendo o recurso ter seu trâmite normal” (fl. 7).

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.4. Razão de direito não assiste às Agravantes.5. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido

de que a decisão possibilitadora do recurso extraordinário é aquela proferida em única ou última instância, conforme o disposto no inc. III do art. 102 da Constituição da República, pois é necessário o esgotamento da jurisdição na origem.

Na espécie vertente, o recurso extraordinário foi interposto contra decisão monocrática proferida por desembargador do Tribunal a quo, contra a qual ainda seria cabível a interposição do agravo interno previsto no § 1º do art. 557 do Código de Processo Civil.

Essa circunstância atrai a incidência da Súmula 281 do Supremo Tribunal e não viabiliza o recurso extraordinário.

Nesse sentido, os seguintes julgados:“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE

INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO. AUSÊNCIA DE DECISÃO DE ÚLTIMA INSTÂNCIA. VIA RECURSAL NÃO ESGOTADA NA ORIGEM. SÚMULA 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Inviável o agravo de instrumento no qual não são impugnados todos os fundamentos da decisão que não admitiu o recurso extraordinário. Precedentes. 2. A decisão monocrática de relator que nega seguimento a recurso de apelação não é decisão de última instância, pois pode ser impugnada por agravo” (AI 651.750-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma. DJe 17.4.2009).

E:“EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE

DÁ PROVIMENTO À APELAÇÃO, PARA REFORMAR A SENTENÇA. SÚMULA 281 DO STF. I - Recurso extraordinário interposto contra decisão monocrática que deu provimento à apelação para reformar a sentença, sendo ainda cabível o recurso de agravo previsto no art. 557, § 1º, do CPC. Ante a ausência de decisão de única ou última instância, incide o óbice da Súmula 281 do STF. II - Agravo não provido” (RE 488.827-AgR, Rel. Min. Ricardo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 187

Lewandowski, Primeira Turma, DJe 20.2.2009).E ainda:“EMENTA: 1. RECURSO. Embargos de declaração. Caráter

infringente. Embargos recebidos como agravo. Recurso Extraordinário. Exaurimento das instâncias ordinárias. Não ocorrência. Agravo regimental não provido. Súmula 281. Não se admite recurso extraordinário quando ainda cabível a interposição de recurso nas instâncias ordinárias. 2. RECURSO. Extraordinário. Falta de recolhimento de preparo. Inadmissibilidade. Agravo Regimental não provido. É dever da parte recorrente, no ato da interposição do recurso, comprovar o recolhimento do preparo sob pena de deserção” (AI 567.358-ED, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 28.3.2008).

6. Nada há, pois, a prover quanto às alegações das Agravantes.7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.826 (935)ORIGEM : PROC - 1629608 - COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO

ESPECIAL CÍVELPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : FLORAL COMÉRCIO DE PERFUMARIA E

COSMÉTICOS LTDA - MEADV.(A/S) : JOÃO ALEXANDRE DE VASCONCELLOS E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : ELIANA APARECIDA BARCELOS NUNESADV.(A/S) : LEONARDO DE AZEVEDO SALES E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. INTIMAÇÃO

DO JULGADO RECORRIDO POSTERIOR A 3.5.2007. INSUFICIÊNCIA DA PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. NÃO ATENDIMENTO AO DISPOSTO NO § 2º DO ART. 543-A DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E NO ART. 327 DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. A Segunda Turma do Colegiado Recursal dos Juizados Especiais do Espírito Santo julgou recurso, nos termos seguintes:

“(...)No entanto, deflui-se dos autos que a recorrida não agiu com a

devida cautela, tendo exposto a recorrente a situação vexatória perante terceiros. Sobretudo porque, conforme depreende-se das provas colacionadas, a recorrente foi instada a retornar ao estabelecimento comercial da recorrida para averiguação do eventual furto, tendo tal fato sido presenciado por diversas pessoas que encontravam-se no local.

(...)Assim, sendo inconteste a ocorrência do dano à esfera moral da

recorrente, passo à análise do quantum indenizatório fixado pela julgadora singular.

A indenização por danos morais deve ter caráter pedagógico punitivo e compensatório: não poderá ser ínfimo, na medida em que possui um cunho educativo, devendo servir como exemplo para o ofensor não incorrer no mesmo erro futuramente; além disso, deve ser razoável o bastante para representar, ao menos, uma atenuação do sofrimento experimentado pela vítima, sem causar-lhe um locupletamento indevido.

Dessa forma, tendo em mente as considerações acima, entendo que o montante fixado na sentença de fls. 42/44 deve ser majorado, de modo a satisfazer tanto o caráter punitivo de tal instituto, quanto para impedir que a recorrida novamente incorra na conduta ora em debate.

(...)” (fls. 74-76)Os embargos declaratórios opostos foram julgados nos seguintes

termos:“Sustenta o embargante que deveria o acórdão ter analisado e

valorado a prova em vídeo juntada aos autos, tendo incorrido em erro ao não fazê-lo.

Contudo, verifico que, por meio dos presentes embargos, a embargante pretende tão-somente ver rediscutida matéria já decidida pelo acórdão ora hostilizado. Saliento, ainda, que não está o juiz obrigado a responder todas as alegações das partes quando já tiver encontrado motivos suficientes a fundamentar sua decisão.Além disso, o fato de não ter o acórdão manifestado-se expressamente acerca da referida prova não significa que não a tenha analisado e valorado, tendo-a como elemento de seu convencimento.

Nesse sentido, muito embora não tenha a embargante especificado qual dos vídeos seria pertinente ao caso, ainda assim procedi à análise de alguns dos inúmeros vídeos (476 arquivos) constantes no DVD acostado aos autos. No entanto, os mesmos não foram suficientes a mudar meu

convencimento, de modo que resta claro não haver qualquer omissão no acórdão embargado.

(...)” (fl. 95).3. A decisão agravada teve como fundamentos para a

inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta e a incidência das Súmula 279 deste Supremo Tribunal.

4. A Agravante argumenta que:“(...) a decisão agravada não observou que a parte não deseja

rediscutir as provas e sim a sua valoração para impor uma condenação em patamares fora dos padrões adotados pelas Cortes Superiores, situação que não se amolda a vedação da súmula apontada.

Restou demonstrado no recurso que o julgado emanado da 2º Turma do Colegiado Recursal dos Juizados Especiais do Estado do Espírito Santo, ao reformar a sentença de piso e majorar de forma expressiva o montante condenatório em desfavor da recorrente, não guardou a devida identidade de situação fática para com o que versado no presente caso, o que leva a violar contundentemente o artigo 93, IX, da CF e por corolário lógico o que inserto no artigo 5º, XXXV e LV, questão vinculada a tema constitucional, razão pela qual se interpõe o presente recurso” (fls. 4-5).

No recurso extraordinário, alega que a Turma Recursal teria afrontado os arts. 5º, inc. XXXV e LV, 93, inc. IX, da Constituição.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste à Agravante.A intimação do acórdão recorrido ocorreu no dia 6.11.2008 (fl. 98), e,

nos termos do que decidido pelo Supremo Tribunal Federal no Agravo de Instrumento 664.567-QO, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, “a exigência da demonstração formal e fundamentada, no recurso extraordinário, da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007”.

6. Na espécie vertente, a Agravante limitou-se a afirmar que:“É certo afirmar que a questão constitucional discutida no presente

caso trata-se de matéria de repercussão geral (art. 102, III, § 3º da CRFB), tendo-se em vista a possibilidade da decisão recorrida se tornar um ‘perigoso’ precedente, retratando, na hipótese de prevalência do julgado – o que não se acredita – a violação do princípio da proporcionalidade, que necessariamente deve servir de parâmetro norteador das decisões emanadas pelo Poder Judiciário” (fl. 102).

7. O § 1º do art. 543-A do Código de Processo Civil dispõe que, “para efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa”. Não basta, portanto, dizer que o tema tem repercussão geral, sendo ônus exclusivo do Agravante demonstrar, com argumentos substanciais, que há no caso relevância econômica, política, social ou jurídica.

A ausência de fundamentação expressa, formal e objetivamente articulada pela Agravante para demonstrar, nas razões do recurso extraordinário, a existência de repercussão geral da matéria constitucionalmente arguida inviabiliza o exame do recurso.

8. Assim, embora tenha mencionado a existência, no caso vertente, de repercussão geral, a Agravante não desenvolveu argumentos suficientemente convincentes para cumprir o objetivo da exigência constitucional.

Nesse sentido, os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PROCESSUAL CIVIL. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. INTIMAÇÃO DOS RECORRENTES APÓS 3.5.2007. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO FORMAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Repercussão geral da questão constitucional: demonstração insuficiente. 2. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 700.923-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 17.4.2009 - grifei).

Nada há a prover quanto às alegações da parte agravante9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 9 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.887 (936)ORIGEM : AC - 70024535825 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : LOCADORA DE VEÍCULOS LAJEADO LTDAADV.(A/S) : LUCIANA TEREZINHA KLAMTAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE LAJEADOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LAJEADO

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 188

EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA DE MAGISTRADO DE TRIBUNAL DE JUSTIÇA: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 281. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, inc. III, alíneas a e c, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido teve como objeto a seguinte decisão monocrática proferida por desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:

“EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO. COISA JULGADA. NÃO COMPROVAÇÃO DA TRÍPLICE IDENTIDADE ENTRE AS CAUSAS. APLICAÇÃO DO ART. 515, §3º, DO CPC. ISS. LOCAÇÃO DE BENS MÓVEIS. PRESCRIÇÃO. OCORRÊNCIA PARCIAL. REPETIÇÃO DE INDÉBITO” (fl. 9).

3. No recurso extraordinário, a Agravante afirma que o Tribunal a quo teria ofendido o art. 156, inc. III, da Constituição da República.

4. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência da Súmula 281 do Supremo Tribunal (fls. 34-36).

A Agravante assevera que “o inusitado sofisma lançado pelo órgão de admissibilidade recursal não procede, porque os requisitos do recurso extraordinário estão presentes” (fl. 5).

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Razão de direito não assiste à Agravante.6. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido

de que a decisão possibilitadora do recurso extraordinário é aquela proferida em única ou última instância, conforme o disposto no inc. III do art. 102 da Constituição da República, pois é necessário o esgotamento da jurisdição na origem.

Na espécie vertente, o recurso extraordinário foi interposto contra decisão monocrática proferida por desembargador do Tribunal a quo, contra a qual ainda seria cabível a interposição do agravo interno previsto no § 1º do art. 557 do Código de Processo Civil.

Essa circunstância atrai a incidência da Súmula 281 do Supremo Tribunal e não viabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO. AUSÊNCIA DE DECISÃO DE ÚLTIMA INSTÂNCIA. VIA RECURSAL NÃO ESGOTADA NA ORIGEM. SÚMULA 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Inviável o agravo de instrumento no qual não são impugnados todos os fundamentos da decisão que não admitiu o recurso extraordinário. Precedentes. 2. A decisão monocrática de relator que nega seguimento a recurso de apelação não é decisão de última instância, pois pode ser impugnada por agravo” (AI 651.750-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma. DJe 17.4.2009 – grifos nossos).

“EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE DÁ PROVIMENTO À APELAÇÃO, PARA REFORMAR A SENTENÇA. SÚMULA 281 DO STF. I - Recurso extraordinário interposto contra decisão monocrática que deu provimento à apelação para reformar a sentença, sendo ainda cabível o recurso de agravo previsto no art. 557, § 1º, do CPC. Ante a ausência de decisão de única ou última instância, incide o óbice da Súmula 281 do STF. II - Agravo não provido” (RE 488.827-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 20.2.2009 – grifos nossos).

“EMENTAS: 1. RECURSO. Embargos de declaração. Caráter infringente. Embargos recebidos como agravo. Recurso Extraordinário. Exaurimento das instâncias ordinárias. Não ocorrência. Agravo regimental não provido. Súmula 281. Não se admite recurso extraordinário quando ainda cabível a interposição de recurso nas instâncias ordinárias. 2. RECURSO. Extraordinário. Falta de recolhimento de preparo. Inadmissibilidade. Agravo Regimental não provido. É dever da parte recorrente, no ato da interposição do recurso, comprovar o recolhimento do preparo sob pena de deserção” (AI 567.358-ED, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 28.3.2008 – grifos nossos).

7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 9 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.925 (937)ORIGEM : RESP - 1017126 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : USINA SANTA ELISA S/A E OUTRO(A/S)

ADV.(A/S) : CAMILA GONÇALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. HONORÁRIOS

ADVOCATÍCIOS. NATUREZA ALIMENTAR. PREFERÊNCIA NA ORDEM DE PAGAMENTO DE PRECATÓRIO. JURISPRUDÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O Superior Tribunal de Justiça julgou recurso especial, nos termos seguintes:

“PROCESSUAL CIVIL – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – PREFERÊNCIA NA ORDEM DE PAGAMENTO – ART. 100 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

1. Os honorários advocatícios oriundos da sucumbência têm natureza alimentar.

2. Divergência jurisprudencial advinda do STF e nesta Corte afastada com a Lei 11.033/04, cujo art. 19, I, refere-se a ‘créditos alimentares, inclusive honorários advocatícios’, quando do julgamento do EREsp 706.331/PR na Corte Especial.

3. Recurso especial provido” (fl. 23).3. A decisão agravada teve como fundamento para a

inadmissibilidade do acórdão recorrido a circunstância de que o acórdão recorrido estaria em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal.

4. A Agravante argumenta que:“Ao contrário do exposto na decisão ora impugnada, a afirmação de

que o acórdão recorrido está em conformidade com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, diz respeito a um único julgado que trata sobre o assunto, no qual a 1ª Turma do STF decidiu pela natureza alimentícia dos honorários da sucumbência.

(...)Demonstra-se, pois, que apesar de a matéria já ter sido analisada

pela 1ª Turma do STF, a mesma sequer foi discutida no âmbito da 2ª Turma, nem do Pleno do Supremo Tribunal Federal, verificando-se, assim, que o recurso extraordinário deve ser analisado pelos Ilustres Ministros do Supremo Tribunal Federal” (fls. 4-5).

No recurso extraordinário, alega que o Tribunal a quo teria afrontado o art. 100, § 1º-A, da Constituição.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste à Agravante.A jurisprudência deste Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que

os honorários advocatícios têm natureza alimentar.Nesse sentido:“CRÉDITO DE NATUREZA ALIMENTÍCIA - ARTIGO 100 DA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL. A definição contida no § 1-A do artigo 100 da Constituição Federal, de crédito de natureza alimentícia, não é exaustiva. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - NATUREZA - EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA. Conforme o disposto nos artigos 22 e 23 da Lei nº 8.906/94, os honorários advocatícios incluídos na condenação pertencem ao advogado, consubstanciando prestação alimentícia cuja satisfação pela Fazenda ocorre via precatório, observada ordem especial restrita aos créditos de natureza alimentícia, ficando afastado o parcelamento previsto no artigo 78 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, presente a Emenda Constitucional nº 30, de 2000. Precedentes: Recurso Extraordinário nº 146.318-0/SP, Segunda Turma, relator ministro Carlos Velloso, com acórdão publicado no Diário da Justiça de 4 de abril de 1997, e Recurso Extraordinário nº 170.220-6/SP, Segunda Turma, por mim relatado, com acórdão publicado no Diário da Justiça de 7 de agosto de 1998” (RE 470.407, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJ 13.10.2006 - grifei).

E, ainda:“CONSTITUCIONAL. PRECATÓRIO. PAGAMENTO NA FORMA DO

ART. 33, ADCT. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E PERICIAIS: CARÁTER ALIMENTAR. ADCT, ART. 33. I. - Os honorários advocatícios e periciais têm natureza alimentar. Por isso, excluem-se da forma de pagamento preconizada no art. 33, ADCT. II. - R.E. não conhecido” (RE 146.318, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 4.4.1997 - grifei).

A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações da parte agravante.

6. Pelo exposto, nego seguimento este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.018 (938)ORIGEM : AC - 200261820284681 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 189

RELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : MASSA FALIDA DE CETEST S/A AR CONDICIONADOADV.(A/S) : MANUEL ANTÔNIO ANGULO LOPEZ E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Vistos, etc.Oficie-se ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região, para que

informe, tão logo ocorra, o trânsito em julgado do recurso especial – sobrestado nos termos da Lei nº 11.672/08 – interposto concomitante ao recurso extraordinário que originou este agravo de instrumento (Processo nº 2002.61.82.028468-1/SP).

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 08 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.025 (939)ORIGEM : AC - 10079020054650001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : ACHÉ LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS S/AADV.(A/S) : GILBERTO ANTONIO DE MIRANDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LAWRENCE MENDES DAMÁSIOADV.(A/S) : ALEXANDRE OTÁVIO BARBOSA PIEDADEAGDO.(A/S) : LABORATÓRIO OSÓRIO DE MORAES LTDAADV.(A/S) : LEONARDO CAMILO GARCIA DE LAS BALLONAS

CAMPOLINA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais e assim ementado:

“COMINATÓRIA C/C INDENIZAÇÃO - LEI 9.279/96 - PROPRIEDADE INDUSTRIAL - ABSTENÇÃO DO USO DE MARCA - AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR - DANOS MATERIAIS E MORAIS - NÃO-COMPROVAÇÃO - ÔNUS DA PROVA - ART. 333, I, DO CPC - RECURSO IMPROVIDO. Segundo o conceito sugerido pelo Código Processual Civil, o interesse processual surge da necessidade de se obter a proteção ao direito material perante o Poder Judiciário, para o deslinde de um conflito de interesses entre as partes. Destarte, a modificação da marca em momento anterior à propositura da ação cominatória objetivando a abstenção do seu uso, consubstanciada nas regras de proteção à propriedade industrial dispostas na Lei 9279/96, afasta o interesse de agir do autor, quanto a este pedido. 'O uso indevido de marca de indústria, comércio e serviço constitui a causa de pedir e o ressarcimento por perdas e danos o objeto do pedido, sendo necessárias provas, não só da causa de pedir, mais também do pedido por constituir fato constitutivo do direito do autor na forma do artigo 333 inciso I do CPC.' Ademais, tal deve ser feito no processo de conhecimento, para estear a indenização e a sentença condenatória, relegando-se para a fase de execução, somente a apuração do quantum indenizatório, em razão do dano, que já deverá ter sido concretamente caracterizado na fase de conhecimento.” (fl. 203).

Opostos embargos de declaração, foram rejeitados (fl. 222).O recorrente sustenta, com base no art. 102, III, a, violação aos arts.

5º, XXII e XXIX, e 170, II, III, IV e V, da Constituição Federal. Apresenta preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, no forma do art. 543-A, § 2º, do CPC.

2.Conquanto admissível o agravo, inviável o recurso extraordinário.O acórdão impugnado decidiu com base em norma

infraconstitucional. Ora, é pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, pretensão de reexame de provas (súmula 279)

Ainda que assim não fosse, suposta violação das garantias constitucionais do devido processo legal e da ampla defesa configuraria, aqui, o que se chama mera ofensa reflexa, também dita indireta, à Constituição da República, porque eventual juízo sobre sua caracterização dependeria de reexame prévio do caso à luz das normas infraconstitucionais, em cuja incidência e interpretação, para o decidir, se apoiou o acórdão impugnado.

É, ao propósito, velhíssima a postura desta Corte no sentido de que, se, para provar contrariedade à Constituição, se deva, antes, demonstrar ofensa à lei ordinária, então é esta que conta para efeito de juízo de admissibilidade do recurso extraordinário (cf., por todos, RE nº 92.264-SP, Rel. Min. DECIO MIRANDA, in RTJ 94/462-464). E este enunciado sintetiza raciocínio de certa simplicidade, que está no seguinte.

É natural que, propondo-se a Constituição como fundamento jurídico último, formal e material, do ordenamento, toda questão jurídico-normativa apresente ângulos ou aspectos de algum modo constitucionais, em coerência com os predicados da unidade e da lógica que permeiam toda a ordem jurídica.

Mas tal fenômeno não autoriza que, para efeitos de admissibilidade de recurso extraordinário, sempre se dê relevo ou prevalência à dimensão constitucional da quaestio iuris, sob pretexto de a aplicação da norma ordinária encobrir ofensa à Constituição, porque esse corte epistemológico de natureza absoluta equivaleria à adoção de um atalho que, de um lado, degradaria o valor referencial da Carta, barateando-lhe a eficácia, e, de outro, aniquilaria todo o alcance teórico das normas infraconstitucionais, enquanto materialização e desdobramento necessário do ordenamento, destinadas, que são, a dar atualidade, conseqüência e sentido prático ao conteúdo normativo inscrito nas disposições constitucionais.

Tal preponderância só quadra à hipótese de o recurso alegar e demonstrar que o significado normativo atribuído pela decisão ao texto da lei subalterna, no ato de aplicá-la ao caso, guarde possibilidade teórica de afronta a princípio ou regra constitucional objeto de discussão na causa. E, ainda assim, sem descurar-se da falácia de conhecido estratagema retórico que, no recurso, invoca, desnecessariamente, norma constitucional para justificar pretensão de releitura da norma infraconstitucional aplicada, quando, na instância ordinária, não se discutiu ou, o que é mais, nem se delineie eventual incompatibilidade entre ambas. É coisa que não escapou a velho precedente da Corte, do qual consta o seguinte:

“(...) observo, com relação [à questão constitucional], que é incomum que, para se interpretar um texto infraconstitucional, haja necessidade de, para reforçar a exegese, se invocarem textos constitucionais, exceto quando seja preciso conciliar a lei ordinária com a Constituição por meio da técnica da interpretação conforme a Carta Magna.” (voto do Min. MOREIRA ALVES no RE nº 147.684, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, in RTJ 148/2).

Neste caso, não há questão constitucional capaz de tornar admissível o recurso extraordinário, porque o que, no fundo, sustenta a recorrente é que, aplicando normas subalternas, revestidas de incontroversa constitucionalidade formal e material, a fatos insuscetíveis de rediscussão nesta via, quando não poderia tê-lo feito, porque tais fatos não corresponderiam às suas fattispecie abstratas, teria o tribunal a quo proferido decisão errônea (error in iudicando), cujo resultado prático implicaria violação de normas constitucionais. É hipótese típica do que se costuma definir como ofensa reflexa ou indireta, que, a bem ver, não tipifica ofensa alguma à Constituição.

Não se excogita, pois, existência de repercussão geral, que só convém a questões constitucionais.

3.Ante o exposto, dou provimento ao agravo, convertendo-o em recurso extraordinário, a que nego seguimento (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.028 (940)ORIGEM : MS - 27055 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : CASA GERSAL LTDAADV.(A/S) : ODMIR FERNANDES E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DO

DEVIDO PREQUESTIONAMENTO DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL TRAZIDA NA ESPÉCIE. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DESTE SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O Superior Tribunal de Justiça julgou recurso ordinário em mandado de segurança, nos termos seguintes:

“TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. EXECUÇÃO FISCAL FUNDADA EM CRÉDITO CONSTITUÍDO EM DESRESPEITO À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. NÃO-INCIDÊNCIA DE ISS SOBRE LOCAÇÃO DE BENS MÓVEIS. DIREITO LÍQUIDO E CERTO RECONHECIDO. EXTINÇÃO DO EXECUTIVO FISCAL.

I - Quanto ao cabimento do mandamus para o fim de ver extintas as execuções fiscais, a jurisprudência desta colenda Corte encontra-se sedimentada na compreensão de que ‘Se é certo que a propositura de qualquer ação relativa ao débito constante do título não inibe o direito do credor de promover-lhe a execução (CPC, art. 585, § 1º), o inverso também é verdadeiro: o ajuizamento da ação executiva não impede que o devedor exerça o direito constitucional de ação para ver declarada a nulidade do título ou a inexistência da obrigação, seja por meio de embargos (CPC, art. 736), seja por outra ação declaratória ou desconstitutiva. Nada impede, outrossim, que o devedor se antecipe à execução e promova, em caráter preventivo, pedido de nulidade do título ou a declaração de inexistência da relação obrigacional.’ (REsp nº 722.820/RS, Rel. Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI, DJ de 26/03/2007).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 190

II - Superada, então, esta questão prefacial, também tem razão a recorrente quanto ao mérito. É que o Supremo Tribunal declarou a inconstitucionalidade da expressão ‘locação de bens móveis’, constante no item 79 da lista de serviços anexa ao DL nº 406/68 (redação da LC nº 56/87) (RE nº 116121/SP, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI, DJ de 25/05/2001), à consideração de que ‘a terminologia constitucional do imposto sobre serviços revela o objeto da tributação. Conflita com a Lei Maior dispositivo que imponha o tributo a contrato de locação de bem móvel. Em direito, os institutos, as expressões e os vocábulos têm sentido próprio, descabendo confundir a locação de serviços com a de móveis, práticas diversas regidas pelo Código Civil, cujas definições são de observância inafastável’.

III - Recurso ordinário conhecido e provido” (fl. 202).Os embargos declaratórios opostos foram julgados nos seguintes

termos:“TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE

SEGURANÇA. EXECUÇÃO FISCAL FUNDADA EM CRÉDITO CONSTITUÍDO EM DESRESPEITO À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. NÃO-INCIDÊNCIA DE ISS SOBRE LOCAÇÃO DE BENS MÓVEIS. DIREITO LÍQUIDO E CERTO RECONHECIDO. EXTINÇÃO DO EXECUTIVO FISCAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ARGÜIÇÃO DE EXISTÊNCIA DE LITISPENDÊNCIA REJEITADA.

I - De fato, não se enfrentou no acórdão recorrido a questão de ordem pública (litispendência) suscitada em sede de contra razões, motivo por que há de se complementar o acórdão recorrido.

II - Não há a argüida litispendência entre as ações mandamentais indicadas. Aquela ajuizada em dezembro de 2001 tem caráter preventivo e é direcionada contra ato do Diretor de Renda Mobiliárias da Secretaria de Finanças da Prefeitura do Município de São Paulo.

III - O mandado de segurança de que se cuida, diversamente, volta-se contra ato do Juízo de Direito do Setor de Execuções Fiscais Municipais da Fazenda Pública da Comarca da Capital que, a despeito da declaração de inconstitucionalidade, pelo Supremo Tribunal Federal, da cobrança de ISS incidente sobre locação de bens móveis, houve por bem em dar prosseguimento às execuções fiscais fundadas em créditos tributários inexistentes.

IV - De se ver, portanto, que não se está diante de causas com mesmas partes e mesmos pedidos, o que descaracteriza a existência de litispendência.

V- Embargos de declaração acolhidos, sem efeitos infringentes” (fl. 215).

3. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência das Súmulas 282 e 356 deste Supremo Tribunal.

4. O Agravante argumenta que:“(...) a questão controvertida nos autos é predominantemente

constitucional, por envolver a própria competência do Município para instituir imposto sobre atividade que são exercidas pela recorrida.

Assim, foi evidenciado o prequestionamento da questão constitucional envolvida. Não se pode olvidar que desde a inicial essa questão foi abordada. Tal fato está patente nos autos, havendo desde o início a discussão da constitucionalidade da exigência do tributo consoante autorização constitucional (art. 156, III, da CF) e definido em lei complementar (art. 156, III, ‘a’, da CF), demonstrando-se, ainda, não ser o caso de aplicação do precedente representado pelo julgamento do RE 116.121/SP” (fl. 6).

No recurso extraordinário, alega que o Tribunal a quo teria afrontado os arts. 5º, inc. XXXVI, 155, inc. I, alínea b, e 156, inc. III, da Constituição.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.A análise do mérito do recurso extraordinário fica prejudicada ante a

ausência do devido prequestionamento - que traduz elemento indispensável ao conhecimento do recurso extraordinário –, que decorre da oportuna formulação, em momento procedimentalmente adequado, do tema de direito constitucional positivo. Os arts. 5º, inc. XXXVI, 155, inc. I, alínea b, e 156, inc. III, da Constituição da República não foram objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem, nem foram objeto dos embargos de declaração opostos. Incidem, na espécie, as Súmulas 282 e 356 deste Supremo Tribunal.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. TRANSFERÊNCIAS DE MERCADORIAS DE UM ESTABELECIMENTO PARA OUTRO: MESMA TITULARIDADE. NÃO INCIDÊNCIA DO ICMS. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A matéria constitucional contida no recurso extraordinário não foi objeto de debate e exame prévios no Tribunal a quo . Tampouco foram opostos embargos de declaração, o que não viabiliza o extraordinário, por ausência do necessário prequestionamento. 2. A observância pelos tribunais do princípio constitucional da reserva de plenário, disposto no art. 97 da Constituição da República, para declarar uma norma inconstitucional, apenas se justifica se não houver decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a questão” (AI 481.584-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 30.6.2009 – grifei).

A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, não divergiu da jurisprudência deste Supremo Tribunal, razão pela

qual nada há a prover quanto às alegações da parte agravante.6. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.127 (941)ORIGEM : PROC - 20097000133103 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : LUIZ EDMUNDO CARDOSO BARBOSAADV.(A/S) : SOL ALEXANDER SANDRINI FERREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : FRANCISCO FAGUNDES DE REZENDEADV.(A/S) : ADILSON PAULO ALVES DA COSTA

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. REJEIÇÃO DA

QUERELA NULLITATIS INSANABILIS PELA TURMA RECURSAL. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. MATÉRIAS INFRACONSTITUCIONAIS: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL: DESNECESSIDADE DE EXAME. ART. 323, PRIMEIRA PARTE, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado da Turma Recursal dos Juizados Especiais do Rio de Janeiro:

“QUERELA NULLITATIS INSANABILIS. DESCABIMENTO DA AÇÃO AUTÔNOMA DE NULIDADE EM SEDE DE JUIZADOS ESPECIAIS EM RAZÃO DE SEU CARÁTER RESCISÓRIO. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 59 E 51, II DA LEI 9099/95” (fl. 18).

2. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta (fls. 44-45).

3. O Agravante alega que a Turma Recursal teria afrontado os arts. 5º, inc. LIV e LV, e 93, inc. IX da Constituição da República.

Argumenta que “somente teve conhecimento da ação de cobrança da qual demanda em declarar nula sua sentença, por ausência de respeito ao contraditório, quando a mesma já se encontrava em fase de execução, não tendo sido oportunizado regularmente a resposta aos termos da ação de conhecimento que originou o título exequendo, em total alheamento e diametral afronta ao disposto no art. 5º, LIV e LV, da CFRB” (fl. 4).

Sustenta que “as ações rescisórias têm como objetivo rescindir uma sentença de mérito, transitada em julgada, para que, em face de fatos novos ou não apreciados no julgamento da ação de origem, esta seja reapreciada, com seu cabimento previsto pelo art. 485, do CPC. Já a ação declaratória de nulidade (querela nullitatis) tem lugar quando, transitada em julgada um sentença, esta foi prolatada sem observar a ocorrência de nulidade absoluta, ou seja, insanável” (fl. 6).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. Em preliminar, é de se ressaltar que, apesar de ter sido a parte

recorrente intimada depois de 3.5.2007 e constar no recurso extraordinário capítulo destacado para a defesa da repercussão geral da questão constitucional, não é o caso de se iniciar o procedimento para a aferição da sua existência, pois, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal – com a redação determinada pela Emenda Regimental n. 21/2007 -, esse procedimento somente terá lugar “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Essa é a situação do caso em exame, em que a análise da existência, ou não, da repercussão geral da questão constitucional torna-se dispensável, pois há outro fundamento suficiente para a inadmissibilidade do recurso extraordinário.

5. Não prospera a alegação de nulidade do acórdão por falta de fundamentação. A Turma Recursal apreciou as questões suscitadas, fundamentando-as de modo suficiente a demonstrar as razões objetivas do convencimento do julgador. A prestação jurisdicional foi concedida nos termos da legislação vigente, apesar de ter sido a conclusão contrária aos interesses do Agravante.

6. A Turma Recursal assentou que:“O Recorrente está pretendendo se utilizar da presente ação

autônoma de nulidade (querella nullitatis insanabilis) como verdadeira ação rescisória, incabível em sede de JEC, por força do artigo 59 da Lei 9099/95. Note-se que tal procedimento, embora tenha corpo de ação, possui a alma de rescisória, razão pela qual entendo aplicável o art. 51 da Lei 9.099/95” (fls. 18-19).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 191

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, como na espécie vertente (Lei n. 9.099/95), podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República.

Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido

de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, configurariam ofensa constitucional indireta. 3. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 643.746-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJE 8.5.2009).

E:“EMENTA: 1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação

de ofensa ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 93, IX, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Não cabe recurso extraordinário que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República” (AI 508.047-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJE 21.11.2008 ).

7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.157 (942)ORIGEM : AC - 70018525626 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : PLANALTO TRANSPORTES LTDAADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO BENCKE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : VIAÇÃO UNIÃO SANTA CRUZ LTDAADV.(A/S) : SALVADOR HORÁCIO VIZZOTTO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DESPACHO: Vistos, etc.Oficie-se ao Superior Tribunal de Justiça, solicitando-lhe que informe,

tão logo ocorra, o trânsito em julgado do recurso especial concomitantemente interposto (REsp 1137809). Remeta-se a esta Corte a cópia pertinente.

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 08 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.163 (943)ORIGEM : AC - 20070110551962 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : IARA DE ANDRADE RODRIGUESADV.(A/S) : REJANE LÚCIA ALVES DE ANDRADE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOS

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO CONCURSO

PÚBLICO. TESTE DE APTIDÃO FÍSICA. NECESSIDADE DO REEXAME DE PROVAS E DA ANÁLISE PRÉVIA DE CLÁUSULAS EDITALÍCIAS. IMPOSSIBILIDADE. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 454 DESTE SUPREMO TRIBUNAL. ALEGADA OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE, DA AMPLA DEFESA, DO CONTRADITÓRIO, DA EFETIVA PRESTAÇÃO JURISDICIONAL E DA COMPLETA FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS. NECESSIDADE DA ANÁLISE PRÉVIA DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 636 DO SUPREMO

TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. ACÓRDÃO RECORRIDO SUFICIENTEMENTE FUNDAMENTADO. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios julgou apelação em ação ordinária, nos termos seguintes:

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR. CANDIDATA REPROVADA EM TESTE DE APTIDÃO FÍSICA. PREVISÃO EDITALÍCIA. VINCULAÇÃO. OFICIAL MILITAR-CIRURGIÃO DENTISTA. FORÇA AUXILIAR DO EXÉRCITO BRASILEIRO. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. PRECEDENTES. SENTENÇA MANTIDA.

1 – De acordo com o previsto na Constituição Federal e no Estatuto dos Militares, os Corpos de Bombeiros Militares são forças auxiliares do Exército Brasileiro, podendo ser convocados para atuar na defesa da Pátria, em tempos de guerra ou de paz. Tal fato justifica a exigência de rigorosa aptidão física, inclusive dos patenteados das carreiras médico-militares que, de igual modo, se submetem ao regime de convocação previsto em lei.

2 – Sob enfoque do direito administrativo, o teste de aptidão física é de cunho eliminatório e de caráter geral e impessoal. Se forem expressamente previstos no edital os limites mínimos para aprovação, é legítima a eliminação do candidato que não os atingiu.

3 – Inadmissível a alegação de violação ao princípio da isonomia, da proporcionalidade ou da razoabilidade, quando candidato pretende obter tratamento diferenciado contra literal disposição expressa em norma interna com a qual se obrigou.

Precedentes deste Tribunal de Justiça.Apelação Cível desprovida” (fl. 393).Os embargos declaratórios opostos foram julgados nos seguintes

termos:“PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DECLARATÓRIOS.

CONTRADIÇÃO. OMISSÃO. AUSÊNCIA DE DEFEITOS NO JULGADO. ATRIBUIÇÃO DE EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. ARESTO MANTIDO.

1 – ‘Omissão’ é a ausência de abordagem sobre questão debatida nos autos e necessária para a formação do silogismo.

2 – ‘Contradição’ somente ocorre quando existirem duas ou mais conclusões conflitantes sobre o mesmo tema.

3 – Os Embargos de Declaração devem subsumir-se a quaisquer das hipóteses previstas no artigo 535 do CPC, não se prestando, assim, a reagitar os argumentos trazidos à baila pelas razões recursais, ou inverter resultado do julgamento, já que restrito a sanar os vícios elencados no dispositivo referido.

4 – Quando a valoração dos fatos em debate e a interpretação da norma que disciplina a matéria estão em desacordo com os interesses da parte insatisfeita, não há como se cogitar de defeito no julgado.

Embargos de Declaração rejeitados” (fl. 419).3. A decisão agravada teve como fundamento para a

inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta.

4. A Agravante argumenta que:“In casu, o Desembargador Presidente inadmitiu o recurso

extraordinário com base em fundamento de mérito, vale dizer, sob o argumento de que a Recorrente não faria jus ao direito pleiteado.

Ocorre que tal expediente somente pode ser levado a efeito pelo Tribunal ‘a quo’ em casos deveras excepcionais, quando a jurisprudência da Suprema Corte esteja pacificada quanto a uma determinada matéria. Aí sim, em face da total e evidente improcedência dos argumentos defendidos no recurso extraordinário, que certamente seria desprovido na Corte Constitucional, poder-se-ia admitir o indeferimento da sua subida na origem.

Não é esse o caso dos autos. Como restou demonstrado, o Supremo apresenta diversos precedentes favoráveis à pretensão recursal deduzida pela Recorrente, merecendo destaque as questões constitucionais debatidas na hipótese” (fl. 27).

No recurso extraordinário, alega que o Tribunal a quo teria afrontado os arts. 5º, caput, inc. I, II, XXXV e LV, 37, inc. I e II, e 93, inc. IX, da Constituição.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Razão de direito não assiste à Agravante.O Desembargador Relator consignou em seu voto condutor que:“No mérito, padece de razão a Apelante, mostrando-se

desnecessários reparos no decisum monocrático.(...)In casu, apesar de ser submetida a teste de aptidão física, a

candidata/Apelante não atendeu aos requisitos exigidos pelo edital para que lograsse aprovação no concurso público pretendido, já que das 18 (dezoito) flexões de braço exigidas, realizou tão-somente 4 (quatro), não cumprindo, dessa forma, o número mínimo de flexões corretas a que fora submetida, como determina o subitem 5.2.8., aliena ‘b’ (fl. 316-v)(...).

(...)Despiciendo, aliás, concluir que o candidato que não atingir o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 192

desempenho mínino exigido no teste de flexão do EAF, será considerado inapto e, conseqüentemente, eliminado do certame, não podendo, inclusive, prosseguir nas etapas posteriores, conforme previsão dos subitens 5.2.9 e 5.2.9.1, ainda que tenha logrado êxito em todas elas (fls. 349 e 352).

(...)Impõe-se, assim, a observância ao princípio da vinculação as regras

dispostas no Edital nº 09/2006, destinado ao provimento no cargo de Cirurgião Dentista – Área: Odontopediatra do Quadro de Saúde do Corpo de Bombeiro Militar do DF, pois foi neste que a Administração consignou, de forma manifesta, que candidato não aprovado em teste de aptidão física será eliminado automaticamente do certame, sem nenhuma ressalva” (fls. 398, 400-401).

Conforme se verifica, o Tribunal de origem decidiu com base nos elementos fático-probatórios constantes dos autos e na análise das cláusulas editalícias. Para se concluir de forma diversa, seria necessário o reexame das provas contidas nos autos e do edital do concurso público, já devidamente analisados, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Incidem, na espécie, as Súmulas 279 e 454 do Supremo Tribunal Federal.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

EXAME PSICOTÉCNICO. CONCURSO PÚBLICO. NECESSIDADE DE CRITÉRIOS OBJETIVOS. REEXAME DE PROVAS E DE CLÁUSULAS DO EDITAL. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. O Supremo Tribunal Federal fixou jurisprudência no sentido de que o exame psicotécnico pode ser estabelecido para concurso público desde que por lei, tendo por base critérios objetivos de reconhecido caráter científico, devendo existir, inclusive, a possibilidade de reexame. Precedentes. 2. Reexame de fatos e provas e de clausulas editalícias. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmulas ns. 279 e 454 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 473.719-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 1.8.2008 - grifei).

6. Ressalte-se, também, que a alegada afronta ao art. 5º, inc. II, da Constituição da República encontra óbice na Súmula 636 deste Supremo Tribunal, que dispõe que “não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida”.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE, DO ATO JURÍDICO PERFEITO E DA COISA JULGADA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que a alegação de afronta ao princípio da legalidade e a verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de ofensa ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada, se dependentes de análise prévia da legislação infraconstitucional, configurariam apenas ofensa constitucional indireta” (AI 684.188-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 18.9.2009 – grifei).

7. Anote-se, ainda, que a jurisprudência deste Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República.

Nesse sentido:“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido

de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, configurariam ofensa constitucional indireta. 3. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 643.746-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009 - grifei).

8. Verifica-se, por fim, que não prospera a alegação de nulidade do acórdão recorrido por falta de fundamentação. O Tribunal de origem apreciou as questões suscitadas, fundamentando-as de modo suficiente a demonstrar as razões objetivas do convencimento do julgador. A prestação jurisdicional foi concedida nos termos da legislação vigente, apesar de ter sido a conclusão contrária aos interesses do Agravante.

A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações da parte agravante.

9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.271 (944)ORIGEM : PROC - 82 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIA

AGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : FEDERAÇÃO RUSSAADV.(A/S) : JOSÉ MARTINS DOS ANJOS E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DO

DEVIDO PREQUESTIONAMENTO DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL TRAZIDA NA ESPÉCIE. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DESTE SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O Superior Tribunal de Justiça julgou recurso ordinário em mandado de segurança, nos termos seguintes:

“TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU, TAXA DE COLETA DE LIXO E LIMPEZA PÚBLICA E TAXA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA. ESTADO ESTRANGEIRO. IMUNIDADE ABSOLUTA EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA. RECURSO ORDINÁRIO PROVIDO EM PARTE.

1. Preconizam os arts. 23 da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas e 32 da Convenção de Viena sobre Relações Consulares que o Estado acreditante e o Chefe da Missão Diplomática, bem como os locais consulares e a residência do chefe da repartição consular, possuem a imunidade jurisdicional concernente a impostos e taxas, excetuadas as taxas cobradas em pagamento de serviços específicos prestados, o que não é o caso dos autos.

2. O Estado estrangeiro goza de imunidade de jurisdição do Estado em matéria tributária. Precedentes do STF e do STJ.

3. Verba honorária reduzida em razão do valor atualizado da execução e da extinção do processo ter sido decidida em sede de exceção de pré-executividade, incidente simplificado que dispensa produção de prova.

4. Recurso ordinário provido em parte” (fl. 23).3. A decisão agravada teve como fundamento para a

inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência das Súmulas 282 e 356 deste Supremo Tribunal.

4. O Agravante argumenta que:“É indubitável que os artigos tidos como violados foram devidamente

prequestionados pelo Superior Tribunal de Justiça.Isto porque a matéria tratada gravita em torno da existência de

imunidade jurisdicional ao Estado Estrangeiro, haja vista que os próprios dispositivos constitucionais violados tratam da competência dos órgãos jurisdicionais brasileiros em conhecer de questão contra ente alienígena.

Daí, porque, resta inequivocamente presquestionada a matéria” (fl. 4).No recurso extraordinário, alega que o Tribunal a quo teria afrontado

os arts. 1º, 109, inc. II, 114, inc. I, e 150, § 6º, da Constituição.Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.A análise do mérito do recurso extraordinário fica prejudicada ante a

ausência do devido prequestionamento - que traduz elemento indispensável ao conhecimento do recurso extraordinário – e que decorre da oportuna formulação, em momento procedimentalmente adequado, do tema de direito constitucional positivo. Os arts. 1º, 109, inc. II, 114, inc. I, e 150, § 6º, da Constituição, não foram objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem, tampouco foram opostos embargos de declaração para esse fim. Tem-se, portanto, nos termos da legislação vigente e da pacífica jurisprudência deste Supremo Tribunal como ausente o requisito do prequestionamento. Incidem, na espécie, as Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A matéria constitucional contida no recurso extraordinário não foi objeto de debate e exame prévios no Tribunal a quo . Tampouco foi suscitada em embargos de declaração, o que não viabiliza o extraordinário, em razão da ausência do necessário prequestionamento. 2. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 703.365-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 3.4.2009 - grifei).

A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações da parte agravante.

6. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.304 (945)ORIGEM : AC - 8104175200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 193

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : IDA CLARICE RAMOS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FLÁVIO MARCELO SANTOS LIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. POLICIAIS

MILITARES TEMPORÁRIOS. RECEBIMENTO DE GRATIFICAÇÕES. NECESSIDADE DA ANÁLISE PRÉVIA DE LEGISLAÇÃO LOCAL. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DESTE SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O Tribunal de Justiça de São Paulo julgou apelação em ação ordinária, nos termos seguintes:

“POLICIAIS MILITARES TEMPORÁRIOS ADMITIDOS DE ACORDO COM AS LEIS N. 10.029/2000 E LEI ESTADUAL N. 11.064/2002 – PRETENSÃO AO RECEBIMENTO DE GRATIFICAÇÕES COMO SE FOSSEM FUNCIONÁRIOS CONCURSADOS – IMPOSSIBILIDADE – TRATA-SE DE PRESTAÇÃO VOLUNTÁRIA DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E SERVIÇOS DE SAÚDE E DE DEFESA CIVIL NAS POLICIAS MILITARES E CORPOS DE BOMBEIROS MILITARES – IMPOSSIBILIDADE – AÇÃO PROCEDENTE – RECUSRO PROVIDO” (fl. 68).

3. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a insuficiência de argumentos para infirmar a fundamentação do acórdão recorrido, a ausência de maltrato a normas constitucionais, não sendo atendida qualquer das hipóteses das alíneas a, b, c, e d do dispositivo constitucional, e, ainda, a circunstância de que a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta.

4. Os Agravantes argumentam que:“Ao contrário do que restou consignado na decisão ora combatida, a

ofensa à Constituição Federal é direta e frontal. O acórdão proferido em segunda instância chancela a inconstitucionalidade da lei federal 10.029/00 e da lei estadual 11.064/2002” (fl. 7).

No recurso extraordinário, alegam que o Tribunal a quo teria afrontado os arts. 1º, inc. III e IV, 5º, inc. II, 6º, 7º, inc. VIII, XVII e XXIV, e 37, caput e inc. IX, da Constituição.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste aos Agravantes.O Desembargador Relator consignou em seu voto condutor que:“A Lei estadual n. 11.064/02, não determina ou indica a aplicação de

leis do funcionalismo civil aos soldados PM temporários, mas sim a legislação aplicável no que couber aos militares estaduais, caso contrário estaríamos criando impropriamente ‘agentes públicos sem regime jurídico’” (fl. 69).

Conforme se verifica, para se concluir de forma diversa do que foi decidido pelas instâncias originárias, seria necessária a análise prévia da legislação local aplicável à espécie. Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Incide, na espécie, a Súmula 280 deste Supremo Tribunal.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

ADMINISTRATIVO. REMUNERAÇÃO DE SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 541.800-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 18.9.2009 – grifei).

A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações da parte agravante.

6. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 9 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.380 (946)ORIGEM : AC - 5281785000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOSAGDO.(A/S) : BANCO SANTANDER BRASIL S/AADV.(A/S) : CELSO DE FARIA MONTEIRO

DESPACHO: Vistos, etc.Oficie-se ao Superior Tribunal de Justiça, solicitando-lhe que informe,

tão logo ocorra, o trânsito em julgado do agravo de instrumento contra decisão

denegatória do recurso especial concomitantemente interposto (AG/REsp registrado sob o nº 2009/0169957-5), remetendo a esta Corte a cópia pertinente.

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 08 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.426 (947)ORIGEM : AC - 10105062055196001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE GOVERNADOR VALADARESADV.(A/S) : JOSÉ NILO DE CASTROAGDO.(A/S) : MARIA SALETE PERPÉTUOADV.(A/S) : ROGÉRIO GERALDO NALON DE ANDRADE E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA MUNICIPAL DE

GOVERNADOR VALADARES - IPREM/GVADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS CEOLIN JUNIOR

DECISÃO: Vistos, etc.Dou provimento ao agravo de instrumento e determino a sua

conversão em recurso extraordinário, pelo fato de constarem dos autos os elementos necessários ao julgamento da causa (§§ 3º e 4º do artigo 544 do CPC). Após, dê-se vista ao Procurador-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 08 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.532 (948)ORIGEM : AC - 10349060142032001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE JACUTINGAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE

JACUTINGAAGDO.(A/S) : JOSÉ HENRIQUE DECHICHI CARVALHOADV.(A/S) : RODRIGO ANTUNES COSTA

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de agravo de instrumento contra decisão obstativa de

admissibilidade a recurso extraordinário, este interposto com fundamento na alínea “a” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. Leia-se a ementa do julgado (fls. 101):

“DIREITO ADMINISTRATIVO - SERVIDOR PÚBLICO – ADICIONAL DE INSALUBRIDADE – PREVISÃO EM LEI MUNICIPAL – AUMENTO DO PERCENTUAL – SERVIDOR QUE JÁ RECEBIA O ADICIONAL – DIREITO AO AUMENTO. Não obstante tenha sido suprimido o § 3° do art. 39 da Constituição da República de 1988 o dispositivo que estendia aos servidores públicos o direito ao adicional de insalubridade, não há qualquer vedação ao seu pagamento, desde que haja previsão em legislação municipal. Se antes da promulgação da Lei Municipal, o servidor já recebia adicional de insalubridade, no percentual de 20% sobre o salário mínimo, torna-se desnecessário a verificação do cumprimento dos requisitos para recebimento do referido adicional, pois o direito do servidor a sua percepção já era reconhecido pela administração, não tendo a mesma determinado qualquer cassação a esse benefício.”

2. Pois bem, a parte agravante sustenta ofensa ao inciso I do art. 30, ao inciso LV do art. 5º, ao inciso IX do art. 93, ao caput do art. 37 e ao art. 18, todos da Magna Carta.

3. Tenho que o recurso não merece acolhida. Isso porque a controvérsia foi decidida centralmente com base na legislação local pertinente. Nessa contextura, ofensa ao Magno Texto, se existente, ocorreria de modo indireto ou reflexo, o que não autoriza a abertura da via extraordinária.

4. De mais a mais, a alegada ofensa às garantias do contraditório e da ampla defesa apenas ocorreria de modo reflexo ou indireto. No mesmo sentido é a jurisprudência desta Corte, de que são exemplos os AIs 517.643-AgR, da relatoria do ministro Celso de Mello; e 273.604-AgR, da relatoria do ministro Moreira Alves.

5. Pontuo ainda que o aresto impugnado está devidamente fundamentado. Note-se que “a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence).

6. Incide, por fim, a Súmula 636 do STF.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 194

Isso posto, e frente ao art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 05 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.570 (949)ORIGEM : AC - 1882425500 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : RESEARCH INTERNATIONAL BRASIL CONSULTORIA

E ANÁLISE DE MERCADO LTDAADV.(A/S) : ROBERTO MERCADO LEBRÃO

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. RESTITUIÇÃO DE

INDÉBITO. ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA. PERCENTUAL DE JUROS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. DESNECESSIDADE DE EXAME. ART. 323, PRIMEIRA PARTE, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido teve como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“REPETIÇÃO DE INDÉBITO TRIBUTÁRIO – sentença que mandou aplicar a UFESP – unidade de conta que deixou de atualizar os tributos estaduais com a promulgação da LE 10.175/98, assim perdendo sua função de indexador – utilização, pela credora, da tabela prática elaborada segundo a jurisprudência dominante neste Tribunal – admissibilidade – critério que melhor espelha a desvalorização intercorrente da moeda. Recurso provido” (fl. 79).

3. A decisão agravada teve como fundamento para inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta (fls. 122-123).

4. O Agravante alega que teria sido contrariado o art. 5º, caput e inc. LIV, da Constituição da República.

Afirma que “a exequente atualizou o tributo em questão mediante a aplicação dos índices da Tabela Prática elaborada de acordo com a Jurisprudência predominante do Tribunal de Justiça e, consequentemente, mediante a incidência do IPC. Entretanto, cumpre esclarecer que, para a atualização monetária do imposto em questão, deverá ser utilizada a UFESP, pois trata-se de tributo estadual e, como tal, deve-se adotar o critério de atualização monetária dos débitos fiscais no Estado de São Paulo” (fl. 103).

Assevera, ainda, que “A correção monetária do débito fiscal é faculdade de cada poder tributante, portanto, neste diapasão, plenamente válida a atualização dos créditos tributários através do índice retromencionado (UFESP)” (fl. 104).

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Em preliminar, é de se ressaltar que, apesar de ter sido o

Agravante intimado depois de 3.5.2007 e constar no recurso extraordinário capítulo destacado para a defesa da repercussão geral da questão constitucional, não é o caso de se iniciar o procedimento para a aferição da sua existência, pois, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal – com a redação determinada pela Emenda Regimental n. 21/2007 -, esse procedimento somente terá lugar “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Essa é a situação do caso em exame, em que a análise da existência, ou não, da repercussão geral da questão constitucional torna-se dispensável, pois há outro fundamento suficiente para a inadmissibilidade do recurso.

6. Razão de direito não assiste ao Agravante.A alegação de ofensa ao princípio da isonomia não pode ser acolhida,

pois, ao fixar o índice de correção monetária aplicável na restituição de indébito tributário, o julgado recorrido fundamentou-se em normas infraconstitucionais e em sua jurisprudência. Assim, eventual ofensa constitucional seria indireta, o que não viabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido:

“EMENTA: Adicional de imposto de renda. Restituição de valores. Correção monetária. Ofensa indireta à CF. Manutenção da decisão agravada. Regimental não provido” (AI 290.131-AgR, Rel. Min. Nelson Jobim, Segunda Turma, DJ 4.5.2001).

“Não cabe recurso extraordinário que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República” (AI 508.047-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 21.11.2008).

7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.

8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.600 (950)ORIGEM : AC - 96030435899 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : JOSÉ JORGE ABRAHÃOADV.(A/S) : ANGELO MARIA LOPES E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Vistos, etc.Oficie-se ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região, para que

informe, tão logo ocorra, o trânsito em julgado do recurso especial — sobrestado nos termos da Lei nº 11.672/08 — interposto concomitante ao recurso extraordinário que originou este agravo de instrumento (Processo nº 96.03.043589-9/SP).

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 13 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.631 (951)ORIGEM : AC - 70023982168 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : GLOBO LAT COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE MÁQUINAS

S/AADV.(A/S) : AUGUSTO ROSSONI LUVISON E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. COMPENSAÇÃO.

JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO EM LEI LOCAL E NO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem por objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA PELO RITO ORDINÁRIO. DIREITO TRIBUTÁRIO E FISCAL. COMPENSAÇÃO DE DÍVIDA DE ICMS COM PRECATÓRIO EM QUE FIGURA COMO DEVEDOR O IPERGS. CRÉDITOS DE DIVERSAS NATUREZAS. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES DA CÂMARA” (fl. 124)

Tem-se no voto condutor do julgado recorrido:“Descabida a pretendida compensação do débito fiscal com débito do

IPERGS representado por valores relativos a precatório e adquirido de credores do IPERGS mediante cessão e transferência de direitos creditórios. Primeiro, porque, embora haja previsão legal para compensação de créditos (artigo 170, do CTN e 134 da Lei nº 11.475/00), nenhuma referência faz a lei quanto à possibilidade de se compensarem créditos de natureza diversa. O credor, de um lado, é o Estado, e o devedor, de outro lado, é a uma autarquia previdenciária que tem autonomia administrativa e financeira” (fl. 127 – grifos nossos).

3. No recurso extraordinário, a Agravante afirma que o Tribunal a quo teria ofendido o art. 100 da Constituição da República e o art. 78, § 2º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT.

4. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a harmonia do julgado recorrido com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (fls. 203-204).

A Agravante assevera que a decisão agravada teria extrapolado os limites do juízo de admissibilidade do recurso extraordinário.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste à Agravante.6. O Tribunal a quo fundamentou-se na interpretação e na aplicação

do art. 170 do Código Tributário Nacional e da Lei n. 11.475/2000 do Estado do Rio Grande do Sul e concluiu pela impossibilidade de compensação de crédito tributário do Estado do Rio Grande do Sul com débito de pessoa jurídica diversa – Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul -, com autonomia administrativa e financeira.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 195

Assim, eventual ofensa constitucional seria indireta, o que não viabiliza o recurso extraordinário.

Nesse sentido:“EMENTA: SERVIDOR PÚBLICO. AGRAVO REGIMENTAL EM

AGRAVO DE INSTRUMENTO. NECESSIDADE DE EXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, ante a incidência da Súmula 280 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido” (AI 689.921-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 20.2.2009).

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A controvérsia foi decidida com fundamento em legislação de índole local, circunstância que impede a admissão do extraordinário em virtude do óbice da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 594.028-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 27.2.2009).

“EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. TRIBUTÁRIO. TRIBUTO RECOLHIDO INDEVIDAMENTE. COMPENSAÇÃO E CORREÇÃO MONETÁRIA. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 561.005-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 6.3.2009 – grifos nossos).

“TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. COMPENSAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE OFENSA À CONSTITUIÇÃO. 1. Inviável processamento de extraordinário para debater matéria infraconstitucional, sob argumento de violação aos arts. 5º XXXVI e 97 da Constituição Federal. Afronta, se existente, ocorreria de forma indireta. 2. Agravo regimental improvido” (RE 570.696-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 3.4.2009 – grifos nossos).

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IPI. MERCADORIA DE PROCEDÊNCIA ESTRANGEIRA. FATO GERADOR. CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. OFENSA REFLEXA. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Controvérsia decidida à luz de legislação infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 285.669-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 15.8.2008 – grifos nossos).

“EMENTA: TRIBUTÁRIO. INCONSTITUCIONALIDADE DE MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE QUE SUPORTOU O ÔNUS FINANCEIRO. ART. 166 DO CTN. NÃO-CUMULATIVIDADE. NÃO APLICAÇÃO. INOVAÇÃO EM REGIMENTAL. I - Impossibilidade de inovação de fundamento em agravo regimental. II - O crédito decorrente do reconhecimento da inconstitucionalidade da majoração de tributo não se confunde com o crédito derivado do princípio da não-cumulatividade. III - A discussão acerca da aplicação do art. 166 do CTN é de cunho infraconstitucional. Ofensa à Constituição, se ocorrente, é indireta. IV - Agravo regimental improvido” (AI 566.358-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 1.2.2008 – grifos nossos).

“Não cabe recurso extraordinário que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República” (AI 508.047-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 21.11.2008).

“Recurso extraordinário: descabimento, quando fundado na alegação de ofensa reflexa à Constituição. 1. Tem-se violação reflexa a Constituição, quando o seu reconhecimento depende de rever a interpretação dada a norma ordinária pela decisão recorrida, caso em que e a hierarquia infraconstitucional dessa última que define, para fins recursais, a natureza de questão federal. 2. Admitir o recurso extraordinário por ofensa reflexa ao princípio constitucional da legalidade seria transformar em questões constitucionais todas as controvérsias sobre a interpretação da lei ordinária, baralhando as competências repartidas entre o STF e os tribunais superiores e usurpando até a autoridade definitiva da Justiça dos Estados para a inteligência do direito local” (AI 134.736-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 17.2.1995).

7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 9 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.711 (952)ORIGEM : AC - 200800109094 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CARLOS BRITTO

AGTE.(S) : FUNDO ÚNICO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - RIOPREVIDÊNCIA

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

AGDO.(A/S) : MARIA TERESA GUIMARÃES DE PINHOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DESPACHO: Vistos, etc.Oficie-se ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, para

que informe, tão logo ocorra, o trânsito em julgado do recurso especial — sobrestado nos termos da Lei nº 11.672/08 — interposto concomitante ao recurso extraordinário que originou este agravo de instrumento (Processo nº 2008.001.09094).

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 13 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.765 (953)ORIGEM : PROC - 20097000121174 - TURMA DE RECURSOS

CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAISPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : BANCO NOSSA CAIXA S/AADV.(A/S) : ADRIANA CALACHE ALVES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ FRANCISCO CENTENO ROXOADV.(A/S) : JOSÉ FRANCISCO CENTENO ROXO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA -

INVIABILIDADE - DESPROVIMENTO DO AGRAVO.1.A Turma Recursal manteve a sentença de folha 124 a 126, que

implicou a condenação do agravante ao pagamento de indenização por dano moral em face dos descontos indevidos de tarifa em conta corrente (folha 153).

2.A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Colegiado de origem, considerando-se as premissas constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao ato atacado, buscando-se, em última análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

3.Conheço do agravo e o desprovejo.4.Publiquem.Brasília, 7 de outubro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.947 (954)ORIGEM : RESP - 543688 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : SUPERPESA COMPANHIA DE TRANSPORTES

ESPECIAIS E INTERMODAISADV.(A/S) : ALEXANDRE DE OLIVEIRA KRONIGAGDO.(A/S) : COMERCIAL MARÍTIMA OCEÂNICA LTDAADV.(A/S) : LUIS FELIPE CAVALCANTE SARMENTO DE AZEVEDO

E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos, etc. O agravo não merece acolhida. É que a alegada ofensa ao inciso II

do artigo 5º da Constituição Federal, se existente, ocorreria de forma reflexa ou indireta. Inviável, portanto, a abertura da instância extraordinária, a teor da Súmula 636 desta Corte.

Isso posto, e frente ao artigo 557 do CPC e ao § 1º do artigo 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 16 de outubro de 2009.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 196

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.171 (955)ORIGEM : AC - 10024069882025004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : WAGNER FRANCISCO DE ALMEIDAADV.(A/S) : MOISÉS ELIAS PEREIRAAGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAIS

DECISÃO: Vistos, etc.Tenho que o agravo não merece acolhida. É que a discussão acerca

do cabimento do mandado de segurança se restringe ao âmbito processual, o que não enseja a abertura da via extraordinária.

De mais a mais, pontuo que entendimento diverso do adotado pelo aresto impugnado exigiria a análise do conjunto fático-probatório dos autos. Providência vedada, a teor da Súmula 279 desta Corte.

Incide, por fim, a Súmula 282 do STF.Isso posto, e frente ao art. 557 do CPC e ao § 1o do art. 21 do

RI/STF, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 08 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.325 (956)ORIGEM : RESP - 1042319 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : BUTURI TRANSPORTES RODOVIÁRIOS LTDAADV.(A/S) : MARCOS RODRIGUES PEREIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES E OUTRO(A/

S)

DECISÃO: Vistos, etc. O recurso não merece acolhida, ante a ausência de

prequestionamento dos dispositivos constitucionais tidos por violados (incisos XXXV e LIV do art. 5º, inciso IX do art. 93, art. 97, alínea “a” do inciso I e caput do art. 195), não havendo sido opostos embargos declaratórios para suprir eventual omissão.

Com efeito, tendo em vista as limitações da via extraordinária, o apelo extremo é julgado no tocante ao que já foi discutido no aresto recorrido. Se o órgão julgador não adotou entendimento explícito acerca da matéria deduzida nas razões recursais, não se pode pretender o seu exame nesta excepcional instância.

Incidem, portanto, no caso, as Súmulas 282 e 356 desta Corte.Isso posto, e frente ao art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF,

nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 07 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.330 (957)ORIGEM : AC - 10000000729871000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : NELSON SOARES DA SILVAADV.(A/S) : RAIMUNDO CÂNDIDO JÚNIORAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

DECISÃO: Vistos, etc. O recurso não merece acolhida. É que entendimento diverso do

adotado pelo aresto impugnado exigiria o revolvimento do conjunto fático-probatório dos autos. Providência vedada na instância extraordinária, a teor da Súmula 279 do STF.

2. Por outra volta, pontuo que a alegada ofensa às garantias constitucionais do processo, se existente, ocorreria de modo reflexo ou indireto. No mesmo sentido é a jurisprudência desta Corte, de que é exemplo o AI 517.643-AgR, sob a relatoria do ministro Celso de Mello. Esta a ementa do julgado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO AOS PRECEITOS INSCRITOS NO ART. 5º, XXXV E LV, E NO ART. 93, IX, TODOS DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO

IMPROVIDO.- As alegações de desrespeito aos postulados da inafastabilidade

do controle jurisdicional, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios e da plenitude de defesa, por dependerem de exame prévio e necessário da legislação comum, podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, o que não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes.”

3. De mais a mais, anoto que o aresto impugnado está devidamente fundamentado. Note-se que “a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence).

4. Não bastasse, pontuo que o Superior Tribunal de Justiça negou provimento ao recurso especial simultaneamente manejado com o extraordinário. É dizer: permanecem incólumes os fundamentos infraconstitucionais do aresto impugnado. Incide a Súmula 283 desta colenda Corte.

5. Incide, por fim, a Súmula 282 do STF.Isso posto, e frente ao artigo 557 do CPC e ao § 1º do artigo 21 do RI/

STF, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 02 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.344 (958)ORIGEM : AI - 6531855900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : MARIA LUIZA LEAL CUNHA BACARINIADV.(A/S) : FÁBIO PLANTULLI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DESPACHO: Vistos, etc.Oficie-se ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, para que

informe, tão logo ocorra, o trânsito em julgado do recurso especial — sobrestado nos termos da Lei nº 11.672/08 — interposto concomitante ao recurso extraordinário que originou este agravo de instrumento (Processo nº 653.185-5/9-00).

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 08 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.733 (959)ORIGEM : PROC - 201391 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTO

ANDRÉAGDO.(A/S) : EVALDO GOMES BRAGANÇAADV.(A/S) : EVALDO GOMES BRAGANÇA

DECISÃO: O presente recurso não impugna todos os fundamentos em que se apóia o ato decisório ora questionado.

Isso significa que a parte agravante, ao assim proceder, descumpriu uma típica obrigação processual que lhe incumbia atender, pois, como se sabe, impõe-se ao recorrente afastar, pontualmente, cada uma das razões invocadas como suporte da decisão agravada (AI238.454-AgR/SC, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

O descumprimento desse dever jurídico - ausência de impugnação de cada um dos fundamentos em que se apóia o ato decisório agravado - conduz, nos termos da orientação jurisprudencial firmada por esta Suprema Corte, ao improvimento do agravo interposto (RTJ126/864 - RTJ 133/485 – RTJ 145/940 - RTJ 146/320):

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO - INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE ATO DECISÓRIO - AGRAVO IMPROVIDO.

- Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo de instrumento, a obrigação processual de impugnar todasas razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes.”

(AI 428.795-AgR/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Não basta, portanto, considerada a diretriz jurisprudencial referida,

que a parte agravante, ao deduzir a sua impugnação, restrinja-lhe o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 197

conteúdo, limitando-o a alegações extremamente vagas, sem desenvolver, de modo consistente, as razões que apenas genericamente enunciou.

Cabe insistir, neste ponto, que se impõe, a quem recorre, como indeclinável dever processual, o ônus da impugnação especificada, sem o que tornar-se-á inviável a apreciação do recurso interposto.

Sendo assim, pelas razões expostas, não conheço do presente agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 15 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.793 (960)ORIGEM : AC - 70024887564 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ASTROGILDO DA SILVA SOUTO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MIGUEL ARCANJO DA CRUZ SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULINTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: Vistos, etc.Tenho que o recurso não merece acolhida. É que não foram

exauridas as vias recursais ordinárias.Com efeito, uma vez julgada a apelação por decisão singular, a parte

agravante não se utilizou do recurso previsto no § 1º do art. 557 do CPC. Do que decorre a inadmissibilidade desta atual peça recursal, conforme o disposto na Súmula 281 desta Corte.

Isso posto, e frente ao art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 05 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.815 (961)ORIGEM : AC - 20070567161 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : EVARISTO MANOEL MACHADOADV.(A/S) : MARCOS LUIZ RIGONI JÚNIOR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GERSON MOISÉS MEDEIROSAGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA

CATARINA - IPESCADV.(A/S) : MICHELE POLESE FONTES E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. SERVIDOR

ESTADUAL. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ PERMANENTE. CONVERSÃO DE PROVENTOS PROPORCIONAIS POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO EM PROVENTOS INTEGRAIS. 1. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL: DESNECESSIDADE DE EXAME. ART. 323, PRIMEIRA PARTE, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. MOLÉSTIA PROFISSIONAL OU DOENÇA GRAVE, CONTAGIOSA OU INCURÁVEL: NECESSIDADE DE ESPECIFICAÇÃO EM LEI. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Santa Catarina:

“ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL - APOSENTADORIA DE SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL POR INVALIDEZ PERMANENTE POR ATEROSCLEROSE DAS ARTÉRIAS DA EXTREMIDADE - PROVENTOS PROPORCIONAIS AO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO - PLEITO DE CONVERSÃO PARA PROVENTOS INTEGRAIS POR GRAVIDADE DA DOENÇA - NECESSIDADE DE PREVISÃO LEGAL - ART. 40, § 1º, I, DA CF/88 COM REDAÇÃO DA EC 41/03 - INEXISTÊNCIA DE LEI ESTADUAL - APLICAÇÃO ANALÓGICA DAS LEIS FEDERAIS N. 8.112/90 E 8.213/91 E DA PORTARIA INTERMINISTERIAL MPAS/MS N. 2.998/01 - POSSIBILIDADE - ROL TAXATIVO - DOENÇA NÃO PREVISTA - RECURSO NÃO PROVIDO.

O art. 40, § 1º, inciso I, da CF/88, com a redação dada pela EC n. 41/03, prevê a aposentadoria por invalidez permanente do servidor público, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, salvo se a incapacidade decorreu de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável prevista em lei, caso em que os proventos devem ser integrais. O Estado de Santa Catarina ainda não editou

lei com o rol de doenças dessa natureza, mas se tem admitido, para suprir a lacuna estadual, a aplicação analógica das Leis federais n. 8.112/90 (art. 186) e 8.213/91 (art. 151), bem como da Portaria Interministerial MPAS/MS n. 2.998/01, que apresentam um rol taxativo dessas doenças. Assim, não faz jus aos proventos proporcionais o servidor público estadual aposentado por invalidez permanente cuja doença incapacitante não se encontra taxativamente listada em lei” (fl. 117).

3. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta, a incidência da Súmula 283 do Supremo Tribunal Federal e a harmonia do acórdão recorrido com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

4. No recurso extraordinário, o Agravante alega que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 1º, inc. III, 5º, caput, 37, caput, 40, § 1º, inc. I, da Constituição da República.

Argumenta que “O texto constitucional é claro: os proventos de aposentadoria por invalidez serão proporcionais, a não ser quando decorrerem de acidente em serviço ou moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável. Tal norma permite, sem dúvida, uma aplicação imediata. Não há condicionamento algum, ela se basta em si mesma, até porque doenças graves, contagiosas ou incuráveis são aquelas assim atestadas pelos profissionais da Medicina, não competindo ao legislador, leigo em matéria tão técnica, dizer quais são as doenças que têm tal qualificação” (fl. 139).

Sustenta que, “Ainda que fosse possível a aplicação analógica de listas de doenças de outros entes e/ou que versam sobre matéria diversa, é imprescindível considerar que, como imperativo dos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da igualdade, as mesmas devem ser consideradas meramente exemplificativas” (fl. 145).

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5. Em preliminar, é de se ressaltar que, apesar de ter sido o

Agravante intimado depois de 3.5.2007 e constar do recurso extraordinário capítulo destacado para a defesa da repercussão geral da questão constitucional, não é o caso de se iniciar o procedimento para a aferição da sua existência, pois, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal – com a redação determinada pela Emenda Regimental n. 21/2007 -, esse procedimento somente terá lugar “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Essa é a situação do caso em exame, em que a análise da existência, ou não, da repercussão geral da questão constitucional torna-se dispensável, pois há outro fundamento suficiente para a inadmissibilidade do recurso.

6. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 7. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido

de que o direito aos proventos integrais, em razão de aposentadoria por invalidez decorrente de moléstia grave, pressupõe lei que especifique a doença.

Nesse sentido:“APOSENTADORIA - INVALIDEZ - PROVENTOS - MOLÉSTIA

GRAVE. O direito aos proventos integrais pressupõe lei em que especificada a doença. Precedente: Recurso Extraordinário nº 175.980-1/SP, Segunda Turma, relator ministro Carlos Velloso, Diário da Justiça de 20 de fevereiro de 1998, Ementário nº 1.899-3” (RE 353.595, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJ 27.5.2005).

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO: APOSENTADORIA INVALIDEZ. MOLÉSTIA GRAVE: ESPECIFICAÇÃO EM LEI. C.F., art. 40, I. I. - Os proventos serão integrais quando o servidor for aposentado por invalidez permanente decorrente de moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei. Se não houver essa especificação, os proventos serão proporcionais: C.F., art. 40, I. II. - R.E. conhecido e provido” (RE 175.980, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 20.2.1998).

A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, não diverge da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não havendo, pois, o que prover quanto às alegações do Agravante.

8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.856 (962)ORIGEM : AIRR - 1002199900515000 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : PETROBRÁS DISTRIBUIDORA S/AADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO MAIA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : DERMEVAL CENCHIADV.(A/S) : MARCELO BUENO GAIO

DECISÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 198

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. ANÁLISE DE PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSO DE TRIBUNAL DIVERSO. 1. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL: DESNECESSIDADE DE EXAME. ART. 323, PRIMEIRA PARTE, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal Superior do Trabalho:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA - NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL – NÃO CARACTERIZAÇÃO. O Tribunal a quo não se furtou de entregar a totalidade da prestação jurisdicional a que se encontra constitucionalmente afeto. O órgão julgador não está obrigado a rebater um a um os argumentos das partes, e sim a apresentar a devida fundamentação a respeito da decisão proferida.

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE - EXPOSIÇÃO PERMANENTE A AGENTE DE RISCO - REVOLVIMENTO DE FATOS E PROVAS. O Tribunal Regional atestou, com base nas provas pericial e oral, que o reclamante estava exposto permanentemente a agentes de risco, inclusive durante o período de substituição do gerente. É inadmissível recurso de revista em que, para se chegar à conclusão pretendida pela recorrente, imprescindível o reexame fático-probatório. Incide a Súmula nº 126 do TST.

Agravo de instrumento desprovido” (fl. 456).3. A decisão agravada teve como fundamento para a

inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de prequestionamento do art. 93, inc. IX, da Constituição da República e a circunstância de que a ofensa à Constituição da República, se existente, seria indireta (fls. 513-516).

4. A Agravante, no recurso extraordinário, alega que teriam sido contrariados os arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV, e 93, inc. IX, da Constituição da República.

Argumenta que, “Desde a prolação da sentença, (...) insurge-se contra a falta de reconhecimento da confissão do Recorrido quanto à substituição do gerente na base, quando este se encontrava em férias. (...) Contudo, em todas as instâncias, a prestação jurisdicional quanto a este pleito não foi satisfeita, furtando-se os órgãos julgadores ao alegar a intenção da Recorrente em reexame de provas e fatos” (fl. 470).

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5. Cumpre afastar o fundamento da decisão agravada de que não

teria havido prequestionamento do art. 93, inc. IX, da Constituição da República, pois o acórdão foi expresso ao afastar a alegação de que teria havido negativa de prestação jurisdicional.

6. Em preliminar, é de se ressaltar que, apesar de ter sido a Agravante intimada depois de 3.5.2007 e constar do recurso extraordinário capítulo destacado para a defesa da repercussão geral da questão constitucional, não é o caso de se iniciar o procedimento para a aferição da sua existência, pois, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal – com a redação determinada pela Emenda Regimental n. 21/2007 -, esse procedimento somente terá lugar “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Essa é a situação do caso em exame, em que a análise da existência, ou não, da repercussão geral da questão constitucional torna-se dispensável, pois há outro fundamento suficiente para a inadmissibilidade do recurso.

7. Razão jurídica não assiste à Agravante. 8. O Tribunal Superior do Trabalho limitou-se ao exame de cabimento

de recurso de sua competência.9. A jurisprudência predominante do Supremo Tribunal Federal

firmou-se no sentido de que a aferição dos pressupostos de admissibilidade de recurso da competência de tribunal diverso não possibilita o acesso ao recurso extraordinário, por se ater a espécie ao cuidado de matéria infraconstitucional. Assim, a pretensa afronta à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário.

Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PROCESSUAL CIVIL. (...) ADMISSIBILIDADE DE RECURSO: CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 661.478-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 18.9.2009).

“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO TRABALHISTA. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE. ENUNCIADOS DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. PRESCRIÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA OU REFLEXA À CONSTITUIÇÃO. O exame dos pressupostos de admissibilidade do recurso de revista, especialmente quando se apoiar em enunciados do Tribunal Superior do Trabalho, encontra-se no âmbito infraconstitucional. Por essa razão, incabível o recurso extraordinário, visto que não há ofensa direta à Constituição federal” (AI 654.261-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ 20.3.2009).

Não há, pois, o que prover quanto às alegações da Agravante.10. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput,

do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.937 (963)ORIGEM : PROC - 20097000184524 - TURMA DE RECURSOS

CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAISPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : BANCO SANTANDER BRASIL S/AADV.(A/S) : CLÁUDIA BRAGA CARDOSO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ ANTONIO SANT'ANNAADV.(A/S) : JORGE LUIZ DE AZEVEDO DA CUNHA

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão de Turma Recursal de Juizado Especial do Rio de Janeiro que manteve sentença indenizatória de danos por “tarifa em excesso” na conta corrente do autor da ação.

Sustenta a parte recorrente, com base no art. 102, III, a, afronta aos arts. 5º, LIV, LV, e 93, IX, da Constituição Federal.

2.Conquanto admissível o agravo, inviável o recurso extraordinário.O acórdão impugnado decidiu a causa com base no conjunto fático-

probatório e na legislação infraconstitucional, de modo que eventual ofensa à Carta Magna seria, aqui, apenas indireta. Ora, é pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, pretensão de reexame de provas (súmulas 279 e 280).

De igual modo, suposta violação às garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa configuraria, aqui, ofensa meramente reflexa à Constituição da República, porque sua eventual caracterização dependeria de exame prévio de norma infraconstitucional, o que também é inadmissível, como já notou a Corte em casos análogos:

“(...) as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário.” (AI nº 372.358-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 11.6.2002. Nesse sentido: AI nº 360.265-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 20.9.2002).

E, quanto à alegação de ofensa ao art. 93, IX, da Constituição da República, observo que o acórdão está devidamente fundamentado, pois, como se decidiu no RE nº 140.370 (Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 21.5.93):

“(...) o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja

fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional”.

3.Ante o exposto, dou provimento ao agravo, convertendo-o em recurso extraordinário, a que nego seguimento (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 15 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.001 (964)ORIGEM : AC - 20060172725000000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : PROGEMIX PROGRAMAS GERAIS DE ENGENHARIA E

CONSTRUÇÕES LTDAADV.(A/S) : DANIEL ZANFORLIM BORGES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CIRO ROBERTO SANTANAAGDO.(A/S) : MARILENE DA SILVEIRA SANTANAADV.(A/S) : DALVA REGINA DE ARAÚJO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que indeferiu processamento de recurso extraordinário interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso do Sul e assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE REVISÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS – INSTRUMENTO PARTICULAR DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA – COBRANÇA DE RESÍDUO EM FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO – CLÁUSULA CONTRATUAL ABUSIVA – INAPLICÁVEL – ART.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 199

28 DA LEI N 9.069/95 – ADOÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO COMO TETO MÁXIMO DAS PARCELAS COMPACTUADAS – VIOLAÇÃO AO INCISO IV DO ARTTIGO 7º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – RECURSO PROVIDO. Não se pode admitir a cobrança de resíduo inflacionário mensalmente, como estabelece o artigo 28 da Lei n. 9.069/95, sob pena de ser considerada abusiva.

É vedada a vinculação das prestações contratuais ao salário mínimo, por expressa disposição na parte final do inciso IV do art. 7º da Constituição Federal.” (fl. 178).

A recorrente, com base no art. 102, III, a, alega violação ao disposto no art. 7º, IV, da Constituição Federal.

2.Conquanto admissível o agravo, inviável o recurso extraordinário.O acórdão impugnado decidiu a causa com base em legislação

infraconstitucional, de modo que eventual ofensa à Constituição Federal seria, aqui, apenas indireta. Ora, é pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais (súmula 280).

E, dissentir do julgado, em recurso extraordinário, é rever a Corte as premissas de fato em que, para decidir a causa, se assentou o Tribunal de origem, à luz da prova dos autos. E, evidente que, para adotar outra conclusão, seria mister reexame de cláusulas contratuais e do conjunto fático-probatório, coisa de todo inviável perante o teor das súmulas 454 e 279.

Outrossim, suposta ofensa às garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa configuraria, aqui, ofensa meramente reflexa à Constituição da República, porque sua eventual caracterização dependeria de exame prévio de norma infraconstitucional, o que também é inadmissível, como já notou a Corte em caso análogo: “ as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário” (AI nº 372.358- AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 11.06.02. Cf. ainda AI nº 360.265-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 20.09.2002).

Por fim, quanto à alegação de ofensa ao art. 93, IX, da Constituição da República, observo que o acórdão está devidamente fundamentado, e é o que basta, pois, como se decidiu no RE nº 140.370, relatado pelo Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE:

“O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional”.

3.Ante o exposto, dou provimento ao agravo, convertendo-o em recurso extraordinário, a que nego seguimento (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 15 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.033 (965)ORIGEM : MS - 10021582 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PIAUÍRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍAGDO.(A/S) : ROSANA CARVALHO BONA SOARES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS DOUGLAS DOS SANTOS ALVES E OUTRO(A/

S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão assim ementado:

“O servidor, desligado do Serviço Público, em razão do Programa de Desligamento Voluntário – PDV e que seu nome figura no Decreto Legislativo Nº 121/98, tem que ser reintegrado na função automaticamente” (fl. 124).

Nas razões do recurso extraordinário, alega-se ofensa aos arts. 2º, 5º, caput, XXXV e XXXVI; 37, II; 49, V; 61, § 1º, II, a e c; 165, II e III; e 169, § 1º, I e II, da Constituição Federal (fls. 149-159).

2.Não merece prosperar o presente recurso, dado que o acórdão recorrido decidiu a questão em tela com fundamento na legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Decreto Legislativo 121/98). Assim, eventual ofensa à Constituição Federal seria indireta e reflexa. Nesse sentido cito precedentes de ambas as Turmas desta Corte:

“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. REINTEGRAÇÃO. PLANO DE DEMISSÃO VOLUNTÁRIA. DECRETO LEGISLATIVO Nº 121/98. ESTADO DO PIAUÍ. SÚMULAS 279 E 280 DO STF. O Tribunal de origem decidiu a controvérsia à luz de normas infraconstitucionais (Código Civil e Decreto Legislativo nº 121/98) e do conjunto probatório dos autos. Ao fazê-lo, reputou inválidos os atos de adesão ao Plano de Demissão Voluntária, ante a ocorrência de vício de consentimento. Pelo que não é possível infirmar a decisão recorrida sem revolver matéria legal e reexaminar a prova. Incidência das Súmulas 279 e

280 do STF. Agravo regimental a que se nega provimento. Por ser manifestamente infundado o agravo, nos termos do § 2o do art. 557 do CPC, aplica-se a multa de 5% (cinco por cento) sobre o valor corrigido da causa.” (RE 463.097-AgR/PI, rel. Min. Carlos Britto, 1ª Turma, unânime, pub. DJ 23.06.2006).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. PLANO DE DEMISSÃO VOLUNTÁRIA. REINTEGRAÇÃO. DECRETO LEGISLATIVO N. 121/98. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. LEGISLAÇÃO LOCAL. OFENSA REFLEXA. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INTERPOSIÇÃO DO EXTRAORDINÁRIO COM FUNDAMENTO NA ALÍNEA "C" DO ARTIGO 102, III, DA CONSTITUIÇÃO. INVIABILIDADE. 1. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre os temas constitucionais tidos por violados. Incidência das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. A controvérsia foi decidida com fundamento na legislação local. Incidência da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. 3. Acórdão recorrido que não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição. Inviabilidade da admissão do recurso extraordinário interposto com fundamento na alínea "c" do artigo 102, III, da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE 598.125-AgR/ PI, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, pub. DJe 26.06.2009).

3.Quanto à alegação de ofensa ao art. 5º e seus incisos, da Constituição Federal, além de o fato de decisão contrária aos interesses da parte não caracterizar violação aos dispositivos constitucionais apontados, a jurisprudência desta Corte está sedimentada no sentido de que as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, do direito adquirido, do ato jurídico perfeito, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 372.358-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, unânime, DJ 26.06.2002; RE 461.286-AgR/MS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJ 15.9.2006; AI 682.065-AgR/RS, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 04.04.2008 e AI 662.319-AgR/RR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 06.03.2009.

4.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 15 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.079 (966)ORIGEM : AC - 8637165000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : HOT KILN INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ESTUFAS -

EPPADV.(A/S) : MARCELO SAMPAIO DIAS BAPTISTAAGDO.(A/S) : COORDENADOR DE DOENÇAS DA SECRETARIA DA

SAÚDE - GVS CAPITAL (SÃO PAULO/SP)

DECISÃO: Vistos, etc. O recurso não merece acolhida, ante a ausência de

prequestionamento dos dispositivos constitucionais tidos por violados (incisos XXXXIII, XXXIV, LIV, LV e LXXVIII do art. 5º e do art. 37), não havendo sido opostos embargos declaratórios para suprir eventual omissão.

Com efeito, tendo em vista as limitações da via extraordinária, o apelo extremo é julgado no tocante ao que já foi discutido no aresto recorrido. Se o órgão julgador não adotou entendimento explícito acerca da matéria deduzida nas razões recursais, não se pode pretender o seu exame nesta excepcional instância.

Incidem, portanto, as Súmulas 282 e 356 do STF.Isso posto, e frente ao artigo 557 do CPC e ao § 1º do artigo 21 do RI/

STF, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.098 (967)ORIGEM : AI - 546604401 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : FARMACIA E DROGARIA NISSEI LTDAADV.(A/S) : MARIANA GRAZZIOTIN CARNIEL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

DESPACHO: Vistos, etc.Oficie-se ao Superior Tribunal de Justiça, solicitando-lhe que informe,

tão logo ocorra, o trânsito em julgado do agravo de instrumento contra decisão denegatória do recurso especial concomitantemente interposto (AG/REsp registrado sob o nº 2009/0191349-0), remetendo a esta Corte a cópia

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 200

pertinente.Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 08 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.110 (968)ORIGEM : PROC - 5538635601 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : MARIA HELENA SILVA RIBEIRO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RICARDO NICOLAU E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição do Brasil.

2.Alega-se, no recurso extraordinário, ofensa ao disposto nos artigos 37, caput, 39, § 1º, e 61, § 1º, II, da CB/88.

3.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [artigo 102, III, § 3º, da CB/88].

4.O agravo não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que o recorrente indica como violados. Além disso, não foram opostos embargos de declaração para suprir eventual omissão. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do STF.

5.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

6.Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessária a análise da legislação infraconstitucional local que disciplina a espécie --- Lei municipal n. 11.511/94. Incide o óbice da Súmula n. 280 do STF. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido: o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

Nego seguimento ao agravo com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 8 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.121 (969)ORIGEM : AC - 8066745000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESPÓLIO DE ERIVAM GAZZOLAADV.(A/S) : YOSHISHIRO MINAME E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DESPACHO: Vistos, etc.Oficie-se ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, para que

informe, tão logo ocorra, o trânsito em julgado do recurso especial — sobrestado nos termos da Lei nº 11.672/08 — interposto concomitante ao recurso extraordinário que originou este agravo de instrumento (Processo nº 806.674.5/3-02).

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.169 (970)ORIGEM : AC - 10702073894546001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : MARIA CONCEBIDA NOGUEIRA GOMESADV.(A/S) : MARIA JOSÉ DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de agravo de instrumento contra decisão obstativa de

recurso extraordinário, este interposto com fundamento na alínea “a” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. Acórdão cuja ementa é a seguinte, na parte que interessa (fls. 94):

“MANDADO DE SEGURANÇA - APOSENTADORIA ESPECIAL DE PROFESSOR - RECUPERADOR DE ALUNOS - ATIVIDADE TÍPICA DE MAGISTÉRIO - TEMPO COMPUTÁVEL. 1. Sendo a função de recuperadora de alunos típica função de magistério, exigida pelo parágrafo 5º do art. 40 da Constituição Federal, deve-se reconhecer o tempo no exercício dessa função para fins de concessão de aposentadoria especial de professor. [...]”

2. Pois bem, a parte recorrente sustenta violação ao inciso III do § 1º e § 5º do art. 40 Carta Magna.

3. Tenho que o apelo extremo não merece acolhida. Isso porque a matéria em questão foi apreciada pelo Plenário do STF, no julgamento da ADI 3.772, Relator para o acórdão o ministro Ricardo Lewandowski. Leia-se a ementa do julgado:

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE MANEJADA CONTRA O ART. 1º DA LEI FEDERAL 11.301/2006, QUE ACRESCENTOU O § 2º AO ART. 67 DA LEI 9.394/1996. CARREIRA DE MAGISTÉRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL PARA OS EXERCENTES DE FUNÇÕES DE DIREÇÃO, COORDENAÇÃO E ASSESSORAMENTO PEDAGÓGICO. ALEGADA OFENSA AOS ARTS. 40, § 4º, E 201, § 1º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INOCORRÊNCIA. AÇÃO JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE, COM INTERPRETAÇÃO CONFORME.

I - A função de magistério não se circunscreve apenas ao trabalho em sala de aula, abrangendo também a preparação de aulas, a correção de provas, o atendimento aos pais e alunos, a coordenação e o assessoramento pedagógico e, ainda, a direção de unidade escolar.

II - As funções de direção, coordenação e assessoramento pedagógico integram a carreira do magistério, desde que exercidos, em estabelecimentos de ensino básico, por professores de carreira, excluídos os especialistas em educação, fazendo jus aqueles que as desempenham ao regime especial de aposentadoria estabelecido nos arts. 40, § 4º, e 201, § 1º, da Constituição Federal.

III - Ação direta julgada parcialmente procedente, com interpretação conforme, nos termos supra.”

4. No mencionado julgamento, fiquei vencido, na companhia do ministro Joaquim Barbosa e da ministra Cármen Lúcia.

Isso posto, e frente ao art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, com a ressalva do meu ponto de vista pessoal, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 09 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.198 (971)ORIGEM : AC - 10223061913586001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ADIMÓVEIS LOCADORA LTDAADV.(A/S) : FRANCISCO LAMOUNIER PEREIRA NETTO E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : EUDER ANTÔNIO CARVALHOADV.(A/S) : SANNY PATRÍCIA GOULART OLIVEIRA

DECISÃO: Vistos, etc. O recurso não merece acolhida. É que o aresto impugnado apreciou

a controvérsia sob enfoque exclusivamente processual. Logo, afronta à Magna Carta apenas ocorreria de modo reflexo ou indireto, o que não enseja a abertura da via extraordinária.

Observo, de mais a mais, que a jurisdição foi prestada de forma completa, embora em sentido contrário aos interesses da parte agravante.

Isso posto, e frente ao art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 08 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.209 (972)ORIGEM : AC - 10024056961972001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : ELIAS ANTÔNIO MENDONÇAADV.(A/S) : FABIANO RIQUETTI E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 201

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais que considerou devido ao ora agravado o denominado “adicional trintenário” a partir de sua transferência para a reserva remunerada.

2.Alega-se, no extraordinário, ofensa ao disposto nos artigos 5º, XXXVI, 18, 25 e 61, § 1º e II, “a”, “b” e “c”, da CB/88.

3.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [CB/88, art. 102, III, § 3º].

4.O agravo não merece provimento. A controvérsia foi decidida com amparo em legislação infraconstitucional local que disciplina a espécie --- Lei n. 15.436/05, Lei Delegada Estadual n. 43/00 e Emenda Constitucional Estadual n. 59/03 ---, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Incide o óbice da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta [AI n. 204.153-AgR, DJ de 30.6.00, e AI n. 231.836-AgR, DJ de 3.9.99].

Nego seguimento ao agravo com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 8 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.262 (973)ORIGEM : AC - 10024056807654001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : RONAN JOSÉ CARVALHOADV.(A/S) : FERNANDO ANDRADE RIBEIRO DE OLIVEIRA E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO: Vistos, etc. O agravo não merece acolhida. Isso porque o dispositivo

constitucional tido por violado (inciso XXII do art. 5º) não foi objeto de análise pela Corte de origem, nem foi suscitado em sede de embargos declaratórios.

Com efeito, tendo em vista as limitações da via extraordinária, o apelo extremo é julgado no tocante ao que já foi discutido no aresto recorrido. Se o órgão julgador não adotou entendimento explícito acerca da matéria deduzida nas razões recursais, não se pode pretender o seu exame nesta excepcional instância.

Incidem, portanto, as Súmulas 282 e 356 do STF.Isso posto, e frente ao artigo 557 do CPC e ao § 1º do artigo 21 do RI/

STF, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 13 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.355 (974)ORIGEM : RESP - 1036119 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : JOÃO LUIZ DA ROCHAADV.(A/S) : PAULO ROBERTO CARDOSO MOREIRA DE OLIVEIRA

E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Verifico faltar, nestes autos, além de outras peças essenciais, cópia da certidão comprobatória da data da publicação do acórdão objeto do recurso extraordinário, que, interposto pela parte ora agravante, deixou de ser admitido pela Presidência do Tribunal “a quo”.

A certidão faltante constitui, nos termos da Súmula 639/STF, peça indispensável à formação do instrumento de agravo, consoante tem proclamado a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, em reiteradas decisões, inclusive em matéria criminal (AI 180.638- -AgR/SP, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA - AI 269.203-AgR/PR, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE - AI 282.491-AgR/SP, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI - AI283.487/SP, Rel. Min. NELSON JOBIM - AI 332.942/SC, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.):

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de considerar incompleto o traslado a que falte, dentre outras peças essenciais à compreensão global da controvérsia, a necessária certidão comprobatória da tempestividade do recurso extraordinário. Aplicabilidade da Súmula 288/STF. Precedentes de ambas as Turmas do STF.”

(RTJ 167/981, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“É pacífica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, em

ambas as Turmas, no sentido de que, no instrumento de Agravo, deve constar prova a respeito da data em que as partes foram intimadas do

acórdão impugnado no Recurso Extraordinário, a fim de que se possa verificar se este foi tempestivamente interposto, já que não se deve mandá-lo subir, quando intempestivo. E essa tempestividade é requisito de admissibilidade de qualquer recurso e, conseqüentemente, deve ser examinada de ofício no Tribunal ‘ad quem’, inclusive nesta Corte. Tanto mais porque o Agravo pode ser convertido em R.E. (art. 544, § 4º, do C.P.C.), que, para ser conhecido, precisa ser tempestivo.”

(AI 186.287-AgR/RS, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - grifei)“Certidão de publicação do acórdão recorrido. Obrigatoriedade

do traslado conforme jurisprudência dominante do Tribunal. Recurso não provido.”

(AI 237.016-AgR/CE, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA - grifei)“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO.É pacífico, neste Tribunal, o entendimento de que é obrigatória a

certidão de publicação do acórdão recorrido para aferir a tempestividade do recurso extraordinário. Incidência da Súmula 288-STF.

Agravo regimental a que se nega provimento.”(AI 235.118-AgR/RN, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA - grifei)Note-se que o agravo de instrumento, na hipótese de recusa de

processamento do recurso extraordinário, possui conteúdo temático próprio e específico, de tal modo que nele se justifica o exercício, pelo Supremo Tribunal Federal, do seu incontrastável poder de verificação dos pressupostos - de todos os pressupostos - inerentes ao apelo extremo, dentre os quais avulta, por sua extrema relevância, aquele concernente ao requisito da tempestividade, ainda que não invocado por qualquer dos sujeitos da relação processual.

O controle da tempestividade do apelo extremo - precisamente por constituir pressuposto recursal de ordem pública - revela-se matéria suscetível, até mesmo, de conhecimento “ex officio” por este Tribunal, independendo, em conseqüência, de qualquer formal provocação dos sujeitos que intervêm no procedimento recursal (NELSON NERY JÚNIOR, “Princípios Fundamentais - Teoria Geral dos Recursos”, p. 52, 1990, RT; JOSÉ CARLOS BARBOSA MOREIRA, “Comentários ao Código de Processo Civil”, vol. V/261, item n. 146, 8ª ed., 1999, Forense).

Essa é a razão pela qual o traslado deve, também, consubstanciar a demonstração inequívoca da plena tempestividade do recurso extraordinário, eis que é ao processamento do apelo extremo- devidamente satisfeitos todos os pressupostos inerentes à sua admissibilidade - que se destina, em última análise, a utilização do agravo de instrumento.

Torna-se necessário proclamar, desse modo, que o juízo de admissibilidade - seja ele positivo ou negativo - jamais importará em preclusão da faculdade processual, que assiste ao Tribunal “ad quem” (ao Supremo Tribunal Federal, no caso), de reapreciar, em toda a sua extensão, a ocorrência, ou não, dos pressupostos legitimadores da interposição do recurso extraordinário.

Daí a necessidade de a parte agravante instruir o traslado com cópia da certidão de publicação do acórdão recorrido, a fim de, com essa peça essencial à análise de um dos requisitos de admissibilidade do recurso extraordinário, viabilizar, em função da data dela constante, o controle, pelo Supremo Tribunal Federal, do pressuposto legal da tempestividade inerente a qualquer recurso, inclusive ao apelo extremo.

Demais disso, impõe-se registrar que também faltam, nestes autos, cópias do acórdão recorrido, da procuração outorgada pelo agravante a seu advogado e da petição de recurso extraordinário. Trata-se de peças indispensáveis à formação do instrumento de agravo, consoante tem proclamado, em reiteradasdecisões, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (AI 211.541-AgR/DF, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – AI 434.531/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Cumpre acentuar, finalmente, na linha da jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal, que, sem que a parte agravante promova a adequada e integral formação do instrumento, com a apresentação de todas as peças que dele devem constar obrigatoriamente, ou com qualquer outra que seja essencial à compreensão da controvérsia, ou, até mesmo, à aferição da própria tempestividade do recurso extraordinário deduzido (RTJ 131/1403, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável conhecer do recurso de agravo (AI 214.562-AgR/SC, Rel. Min. MOREIRA ALVES), cabendo enfatizar, ainda, que a composição do traslado deve processar-se, necessariamente, perante o Tribunal “a quo” (RTJ 144/948, Rel. Min. CELSO DE MELLO - AI 199.935-AgR/SP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA).

Sendo assim, e pelas razões expostas, não conheço do presente agravo de instrumento (Súmula 288/STF e Súmula 639/STF).

Publique-se.Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.413 (975)ORIGEM : PROC - 200970510016102 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ROSA PIA DE JESUS SANTANAADV.(A/S) : LINCO KCZAM E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 202

AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : PATRÍCIA RAQUEL CAIRES JOST GUADANHIM E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.O agravo não merece acolhida. É que se apresenta ilegível a cópia

da procuração outorgada aos advogados da parte agravada, peça obrigatória, nos termos do § 1º do art. 544 do CPC. Como sabido, incumbe à parte agravante indicar as peças a serem trasladadas e também fiscalizar a correta formação do instrumento, por cuja deficiência responde.

Isso posto, e frente ao art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 13 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.460 (976)ORIGEM : APCRIM - 70025244369 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : JOÃO LUIZ MAURIQUEADV.(A/S) : ROBERTO DE MORAES FABBRIN E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DECISÃOPENAL. CRIME DE PECULATO. 1. REPERCUSSÃO GERAL DA

QUESTÃO CONSTITUCIONAL. DESNECESSIDADE DE EXAME. ART. 323, PRIMEIRA PARTE, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO: INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL. 3. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA REFLEXA À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 4. NECESSIDADE DE REEXAME DOS FATOS E DAS PROVAS DOS AUTOS: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte acórdão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:

“APELAÇÃO-CRIME. DELITO DE PECULATO. ART. 312, CAPUT, DO CP. FUNCIONÁRIO PÚBLICO. ART. 327, 2º, DO CP. Retenção indevida de valores pagos para confecção de escrituras públicas. Condenação mantida. Pena alterada. Perda de cargo público. Apelos parcialmente providos. Unânime” (fl. 882).

Tem-se, ainda, do voto condutor desse julgado:“A inconformidade da defesa não merece prosperar.A materialidade, embora negada pelo apelante, restou demonstrada

pela farta documentação acostada ao processo e não impugnada pela defesa.(...)Os depoimentos coerentes e verossímeis das vítimas, confortados

pelo restante da prova, revelam claramente que a conduta praticada pelo réu ajusta-se ao tipo penal do art. 312 do CP, o qual, valendo-se da função que exercia, apropriou-se indevidamente de valores pagos antecipadamente para confecção de escrituras públicas, sendo que algumas sequer foram concluídas. Tinha potencial consciência da ilicitude de sua conduta, tanto que houve situações em que embora tenha recebido o pagamento, permaneceu com ele, como se dono fosse, retendo-o, sem lavrar as escrituras por anos. É evidente o dolo com que obrou o apelante.

Quanto ao adiantamento de emolumentos, o disposto no art. 3º da Lei Estadual nº 12.692/2006 não exime o réu da responsabilidade penal, porquanto, em alguns casos chegou a tardar 04 anos para confecção de documento público e, em outros simplesmente deixou de prestar os serviços contratados, apropriando-se dos valores pagos antecipadamente.

(...)Por fim, cumpre ressaltar que, sendo o peculato um crime contra a

administração, não importa somente a lesão patrimonial, porquanto a conduta ímproba atinge a moralidade da Administração.

A operação de apenamento merece reparo.Os operadores judiciais do art. 59 do CP como analisados na douta

sentença apelada, desfavorável a culpabilidade acentuada, não justifica a fixação da pena-base no mínimo. Fixa-se em 02 anos e 02 meses de reclusão.

Num aspecto tem razão o apelante. É descabida a aplicação do aumento previsto no § 2º do art. 327, C. Penal, que não detém o acusado qualquer das condições previstas, mas o de simples delegado de função pública, que efetivamente integra o tipo penal.

A pena-base, aumentada de 1/2 pela continuidade delitiva, resta definitiva a pena em 03 anos e 03 meses de reclusão, em regime aberto.

Mantida a substituição da pena privativa de liberdade por duas restritivas de direito, como na douta sentença, readequada ao novo patamar fixado.

Quanto à perda da função pública, é efeito da condenação igual ou superior a um ano por crime cometido com violação de dever para com a Administração Pública, ou quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a quatro anos (art. 92, inciso I, alíneas a e b, do CP). Exatamente como ocorre no caso, em que está óbvia a violação do dever com a Administração (no caso, serviço público delegado).

Assim, determina-se, ainda, após o trânsito em julgado, a perda do cargo público, face o disposto no art. 92, I, a e b, do CP.

Dou parcial provimento aos apelos para alterar a pena do réu João Luiz Maurique para 03 anos e 03 meses de reclusão, em regime aberto, mantida a substituição da pena privativa de liberdade por duas restritivas de direitos, readequada ao novo patamar fixado e determino a perda do cargo público” (fls. 885 e 888-889).

3. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de prequestionamento, a circunstância de que a ofensa à Constituição da República, se houvesse, seria indireta ou reflexa e o óbice da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal (fls. 951-955).

4. O Agravante alega, em seu recurso extraordinário, afronta aos arts. 5º, incs. LV e LVII, e 93, inc. IX, da Constituição da República e argumenta que:

“A pena-base fixada se afastou do mínimo legal em razão da culpabilidade, tida como acentuada.

Não há qualquer elemento nos autos a comprovar ou sustentar que o acusado tenha uma conduta negativa, de forma a lhe causar qualquer prejuízo. Pelo contrário, diversas foram as testemunhas ouvidas que confirmaram a conduta ilibada da parte, principalmente no exercício de suas funções.

Não suficiente, a falta de fundamentação constitui-se um ato atentatório contra o direito constitucional do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, uma vez que impossibilita a defesa técnica.

Portanto, o direito do ora Recorrente é evidente e clara está a ofensa ao art. 93, IX, consequentemente ao art. 5º, LV, sepultando de vez o princípio da presunção de inocência, a reclamar a imediata intervenção desta Augusta Corte para fixar a pena-base no mínimo legal, o que se dará pela reforma da decisão recorrida.

(...)No que tange o delito de peculato-apropriação (art. 312 do CP), tem-

se que exige no tipo subjetivo, a existência de dolo, ou seja, ‘animus rem sibi habendi’. Deve restar caracterizada a intenção de transformar a posse em domínio, dando ao objeto material aplicação diversa da que lhe foi determinada em benefício próprio ou de outrem.

(...)A demora na conclusão dos atos notariais e de registros não autoriza

se pode sua remuneração, também porque engloba uma série de fatores, não exclusivos do Recorrente, mas, também, dos Registros de Imóveis, das Municipalidades, do pagamento de tributos e até das ora vítimas, assim, classificadas pelo MP” (fls. 930-932).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5. Em preliminar, é de se ressaltar que, apesar de ter sido o

Agravante intimado depois de 3.5.2007 e constar do recurso extraordinário a defesa da repercussão geral da questão constitucional, não é o caso de se iniciar o procedimento para a aferição da sua existência, pois, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal – com a redação determinada pela Emenda Regimental n. 21/2007 -, esse procedimento somente terá lugar “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Essa é a situação do caso em exame, em que a análise da existência, ou não, da repercussão geral da questão constitucional torna-se dispensável, pois há outros fundamentos suficientes para a inadmissibilidade do recurso.

6. A alegada ofensa aos arts. 5º, incs. LV e LVII, e 93, inc. IX, da Constituição da República não foi objeto de debate explícito pelo acórdão recorrido, tampouco foram opostos embargos de declaração. Incidem, no caso, as Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

Nesse sentido:“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A

PRECEITOS CONSTITUCIONAIS - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO (...) RECURSO IMPROVIDO. - A ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o acórdão impugnado, não autoriza - ante a falta de prequestionamento explícito da controvérsia jurídica - a utilização do recurso extraordinário (...)” (AI 580.491-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 2.2.2007).

E ainda, entre outros, AI 605.567-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ 13.4.2007; AI 581.574-AgR, Rel. Min. Carlos Britto, DJ 7.4.2006; AI 209.327–AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 12.5.1995; e RE 485.383, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 16.2.2007.

7. Ademais, a afronta à Constituição da República, se houvesse, seria indireta, pois seria imprescindível a prévia análise da legislação infraconstitucional pertinente, ao que não se presta o recurso extraordinário.

8. Por fim, para se decidir de forma diversa do Tribunal a quo, seria imprescindível adotar outra versão dos fatos e das provas que não aquela

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 203

utilizada para fundamentar o acórdão recorrido, o que somente seria possível mediante reexame do conjunto probatório que permeia a lide, ao que não se presta o recurso extraordinário (Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal).

9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 38 da Lei n. 8.038/90 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.611 (977)ORIGEM : PROC - 10024028186971001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : CARREFOUR COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDAADV.(A/S) : RICARDO VICTOR GAZZI SALUM E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ELENILDA RODRIGUES DOS SANTOSADV.(A/S) : LEIZA MARIA HENRIQUES

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL.

ACIDENTE DO TRABALHO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. CORREÇÃO DA PENSÃO. 1. ALEGAÇÃO DE OFENSA À COISA JULGADA, AO DEVIDO PROCESSO LEGAL, AO CONTRADITÓRIO E À AMPLA DEFESA. 2. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. DESNECESSIDADE DE EXAME. ART. 323, PRIMEIRA PARTE, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido teve como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR ACIDENTE DO TRABALHO – DANOS MATERIAIS E MORAIS – PENSÃO VITALÍCIA CONCEDIDA – DANO MORAL CONCEDIDO – REAJUSTE DOS DANOS MATERIAIS DE ACORDO COM OS REAJUSTES SALARIAIS DA CATEGORIA – CABIMENTO. A indenização por danos materiais, concedida em forma de pensão vitalícia, com base no salário líquido do trabalhador na empresa empregadora, deve ser corrigida com os reajustes concedidos à categoria, sob pena de se mitigar o próprio instituto da indenização, que com o passar dos anos se mostraria irrisória e inócua” (fl. 281).

3. No recurso extraordinário, o Agravante alega que teriam sido contrariados os arts. 5º, inc. XXXVI, XLV e LV, e 93, inc. IX, da Constituição da República.

Afirma que: “No caso sub judice, verifica-se ofensa à coisa julgada material, haja

vista que, na fase de liquidação, o v. acórdão recorrido procedeu à alteração da r. sentença, ao determinar a inclusão dos reajustes salariais decorrentes de instrumentos coletivos no salário líquido da Recorrida. Ressalta-se que a Recorrida não faz jus à percepção dos reajustes salariais concedidos pelo v. acórdão recorrido. Isso porque nenhuma previsão há nesse sentido na r. sentença transitada em julgado. É evidente, portanto, a existência de coisa julgada material, bem como sua violação pelo v. acórdão recorrido” (fl. 325).

4. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de prequestionamento e a circunstância de que a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta (fls. 367-369).

5. No agravo de instrumento, o Agravante afirma que a ofensa à Constituição seria direta e que o tema constitucional estaria prequestionado.

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.6. Em preliminar, é de se ressaltar que, apesar de ter sido o

Agravante intimado depois de 3.5.2007 e constar no recurso extraordinário capítulo destacado para a defesa da repercussão geral da questão constitucional, não é o caso de se iniciar o procedimento para a aferição da sua existência, pois, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal – com a redação determinada pela Emenda Regimental n. 21/2007 -, esse procedimento somente terá lugar “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Essa é a situação do caso em exame, em que a análise da existência, ou não, da repercussão geral da questão constitucional torna-se dispensável, pois há outro fundamento suficiente para a inadmissibilidade do recurso.

7. Razão de direito não assiste ao Agravante.8. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que

a controvérsia relativa aos limites da coisa julgada é de natureza infraconstitucional. Assim, eventual ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Confira-se o seguinte julgado:

“E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO AO PRECEITO INSCRITO NO ART. 5º, XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO -

CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO. - A alegação de desrespeito ao postulado da coisa julgada, por depender de exame prévio e necessário da legislação comum, pode configurar, quando muito, situação caracterizadora de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, o que não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes. - A discussão em torno da integridade da coisa julgada, por reclamar análise prévia e necessária dos requisitos legais, que, em nosso sistema jurídico, conformam o fenômeno processual da "res judicata", torna incabível o recurso extraordinário. É que, em tal hipótese, a indagação em torno do que dispõe o art. 5º, XXXVI, da Constituição - por supor o exame, "in concreto", dos limites subjetivos (CPC, art. 472) e/ou objetivos (CPC, arts. 468, 469, 470 e 474) da coisa julgada - traduz matéria revestida de índole infraconstitucional, podendo caracterizar situação de eventual conflito indireto com o texto da Carta Política (RTJ 182/746), circunstância que pré-exclui a possibilidade de adequada utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI 476.879-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 10.8.2006 – grifos nossos).

9. Também não encontra amparo a suposta nulidade do acórdão por ofensa ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República. Embora em sentido contrário à pretensão do Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação. E tal como se firmou na jurisprudência deste Supremo Tribunal: “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (Recurso Extraordinário n. 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

10. É de se ressaltar, ainda, que a jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição. Nesse sentido:

“2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, configurariam ofensa constitucional indireta. 3. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 643.746-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009).

Nada há a prover quanto às alegações do Agravante.11. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput,

do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.670 (978)ORIGEM : AC - 200671000066560 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : VANDERLEI SOUZA DE ANDRADE FILHOADV.(A/S) : ROBERTA PAPPEN DA SILVA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão da Presidência do Tribunal Regional Federal da 4ª região que negou seguimento ao recurso extraordinário.

O recurso (art. 102, III, a, da Constituição) foi interposto de v. acórdão que considerou inexigível a contribuição ao Fundo de Saúde dos militares calculada à razão superior a três por cento, até 31.12.2000, e condenou a União à restituição dos valores indevidamente recolhidos. Reputou-se que, com a recepção da contribuição pela Constituição de 1988, nos moldes da Lei 5.787/1972, ratificada pela Lei 8.237/1991, tornaram-se inexigíveis as alterações introduzidas pelos Decretos 906/1993, 1.961/1996 e 3.557/2000.

O v. acórdão recorrido decidiu a causa com base no exame de legislação infraconstitucional, ao examinar a índole da exação a partir do art. 3º do Código Tributário Nacional, e a alíquota aplicável, nos termos da Lei 5.787/1972, do Decreto 92.512/1986 e da Lei 8.237/1991.

O exame da alegada violação dos dispositivos constitucionais indicados nas razões de recurso extraordinário pressupõe o prévio exame de tais normas de caráter infraconstitucional. Eventual ofensa à Constituição seria, assim, indireta e, portanto, escapa ao âmbito de conhecimento mediante o recurso extraordinário.

Confiram-se, nesse sentido, os seguintes precedentes:“EMENTA: TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O FUNDO DE

SAÚDE DO EXÉRCITO - FUSEX. RESTITUIÇÃO DOS VALORES COBRADOS. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.” (RE 480.254-AgR, rel. min. Carmen

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STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 204

Lúcia, Primeira Turma, DJ de 07.12.2006).“E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO - CONTRIBUIÇÃO

PARA O FUNDO DE SAÚDE DOS MILITARES - LEI Nº 8.237/91 - REVOGAÇÃO DA LEI Nº 5.787/72 - DECRETO Nº 92.512/86 - MERO REGULAMENTO EXECUTIVO DA LEI Nº 5.787/72 - PRETENDIDA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA (CF, ART. 5º, LIII E LIV, E ARTS. 142, 149 E 150, I) - ALEGADA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL - MATÉRIA DE CARÁTER INFRACONSTITUCIONAL - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO - AGRAVO IMPROVIDO.” (RE 506.249-AgR, rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ de 02.02.2007).

Em sentido semelhante, confiram-se, ainda, as decisões monocráticas proferidas nos autos do RE 500.648 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 04.09.2006) e do RE 487.921 (rel. min. Cezar Peluso, DJ de 29.05.2006).

Ademais, desnecessária a instauração do procedimento do art. 97 da Lei Maior, pois o acórdão objurgado não exerceu o controle da compatibilidade vertical da lei em face da Constituição, mas deu, conforme seu juízo, uma interpretação consentânea com os princípios constitucionais. Pretender mudar essa exegese no âmbito do recurso extraordinário é incabível, pois é firme a orientação da Corte no sentido de que, quando a ofensa se irradia de má aplicação ou interpretação de norma infraconstitucional, não há afronta direta, mas reflexa à Constituição. No mesmo sentido, confiram-se os seguintes precedentes: AI 510.980 (rel. min. Eros Grau), AI 496.332 (rel. min. Cezar Peluso) e AI 498.225 (rel. min. Gilmar Mendes).

Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (art. 557, caput, do Código de Processo Civil).

Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.763 (979)ORIGEM : PROC - 200805255626 - TURMA DE RECURSOS

CIVEIS DOS JUIZADOS ESPECIAISPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : CARREFOUR ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE

CRÉDITO COMÉRCIO E PARTICIPAÇÕES LTDAADV.(A/S) : MURILO AMADO CARDOSO MACIEL E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARIA MEDEIROS BATISTAADV.(A/S) : PATRÍCIA BATISTA AZEVEDO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário de acórdão assim ementado:

“RESTITUIÇÃO DE IMPORTÂNCIAS PAGAS – CARTÃO DE CRÉDITO – JUROS DE MORA – LIMITE – I – Força é admitir a aplicação do Código de Defesa do Consumidor as instituições financeiras e bancárias (Inteligência do parágrafo 2º, do art. 3º, do Código de Defesa do Consumidor e Súmula 297 do Superior Tribunal de Justiça). II – A possibilidade de controle e revisão da taxa de juros remuneratórios depende de demonstração cabal de sua abusividade. Restando constatado que as taxas de juros pactuadas estão acima da média local e nacional, mister a adequação dos juros aplicando-se os índices efetivados a correspondente operação de crédito, na data de sua pactuação, conforme divulgado no BACEN. Recurso conhecido e não provido.

(...)” (fl. 140).No RE, interposto com base no art. 102, III, a e b, da Constituição,

alegou-se violação ao art. 5º, II, da mesma Carta.O agravo não merece acolhida. O acórdão recorrido decidiu a

questão com base na legislação ordinária, no caso, o Código de Defesa do Consumidor - CDC. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 349.529/RS, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 537.096/RS, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 613.681-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau; AI 587.196-AgR/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia.

Além disso, este Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva o reexame de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Outrossim, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.832 (980)ORIGEM : RELEIT - 28547 - TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORALPROCED. : PARANÁ

RELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : REINHOLD STEPHANESAGDO.(A/S) : PAULO ROBERTO DA SILVAADV.(A/S) : DIRCEU ANTÔNIO ANDERSEN JUNIOR

DECISÃO : Leio na decisão agravada (fls. 30):“4. Bem vistas as coisas, tenho que o recurso não merece

seguimento. É que o Tribunal Superior Eleitoral, ao interpretar a legislação infraconstitucional de regência, concluiu que a representação fundada no artigo 37 da Lei no9.504/97 é de ser ajuizada até a data das eleições, pena de falta de interesse de agir. Pelo que as ofensas ao Magno Texto, se existentes, ocorreriam de modo indireto ou reflexo, o que não autoriza a abertura da via extraordinária.”

O agravante sustenta que o TSE criou prazo decadencial não previsto em lei, restringindo o direito do Ministério Público Eleitoral de representar contra o descumprimento de norma eleitoral. Aponta violação dos arts. 2º, 5º, II e XXXV, 22, I, 127 e 129 da Constituição.

Razão não assiste ao agravante. Em acórdão recente, a Primeira Turma referendou a tese de que se trata de ofensa constitucional reflexa (AI 712.629-AgR, rel. min. Cármen Lúcia, DJe 15.05.2009):

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ELEITORAL. PROPAGANDA ELEITORAL EXTEMPORÂNEA. ADMISSIBILIDADE DE RECURSO. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.928 (981)ORIGEM : AC - 200600146441 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : FERNANDO AFFONSO COLLOR DE MELLOADV.(A/S) : JOSÉ DOMINGOS TEIXEIRA NETO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : EDITORA ABRIL S/A E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALEXANDRE FIDALGO E OUTRO(A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, IV, V, X, XII e XIV, e 93, IX, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. É que para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Além disso, a exigência do art. 93, IX, da Constituição, não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador informe de forma clara e concisa as razões de seu convencimento, tal como ocorreu.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 21 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.999 (982)ORIGEM : AR - 200203000336471 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : JULIA LOPES PEREIRAAGDO.(A/S) : RUTE CHIZUKO NOGUCHIADV.(A/S) : PAULO SÉRGIO MARTINS LEMOS

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 5º, II, XXXV, e XXXVI, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada, à exceção do art. 5º, XXXVI, da Constituição, não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Em relação à aplicação da Súmula 343 do STF, entendo que a discussão possui natureza infraconstitucional, pois se fundam na legislação processual aplicável à espécie, a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Inviável, portanto, o recurso extraordinário. Nesse mesmo sentido,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 205

cito, entre outras, as seguintes decisões: AI 432.632-AgR/DF e AI 435.732-AgR/SC, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 323.979-AgR/RJ e AI 364.586-AgR/PA, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 371.721-AgR/BA, Rel. Min. Nelson Jobim.

Ademais, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que, em ação rescisória, o recurso extraordinário deve versar sobre violação constitucional advinda do próprio acórdão que negou conhecimento à ação rescisória e não sobre a matéria de fundo versada no acórdão rescindendo. Nesse sentido, AI 460.439-AgR/DF, Rel. Min. Carlos Velloso:

“Correção monetária de contas do FGTS. Ação rescisória: aplicação da Súmula 343. Recurso extraordinário: descabimento: âmbito de devolução. 1. Ação rescisória, com fundamento em violação de literal disposição de lei (CPC, art. 485), para rescindir decisão que condenara a autora a recompor perdas do FGTS com os denominados ‘expurgos inflacionários’, liminarmente indeferida, por impossibilidade jurídica do pedido, com fundamento na Súmula 343 (‘Não cabe ação rescisória, por ofensa a literal disposição de lei, quando a decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos Tribunais’). 2. RE fundado na contrariedade aos artigos 5º, II, XXXV e XXXVI; 7º, III; e 22, VI, da Constituição, nenhum dos quais tem a ver com o problema da aplicabilidade, ou não, da Súmula 343, em matéria constitucional. 3. No julgamento do recurso extraordinário, ao menos no juízo preliminar de seu conhecimento, é incontroverso que o Supremo Tribunal há de circunscrever-se às questões constitucionais expressamente aventadas na sua interposição. 4. No tocante ao RE interposto na ação rescisória, particularmente, contra decisão que indefere a inicial, é da jurisprudência do Supremo Tribunal que o recorrente há de voltar-se contra as razões desse indeferimento; e não, às questões de mérito enfrentadas na decisão rescindenda”.

Outrossim, este Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando o reexame da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Por fim, quanto ao art. 5º, XXXV, da Constituição, observe-se que julgamento contrário aos interesses da parte não basta à configuração da negativa de prestação jurisdicional.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 770.022 (983)ORIGEM : AC - 200701190269 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSAGDO.(A/S) : SUZANA ROSA BORGESADV.(A/S) : SÉRGIO MURILO C BRANQUINHO E OUTRO(A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 37, § 6º, 196, e 198 da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Por oportuno, cito trecho extraído do acórdão recorrido:

“”Narrou a autora/apelante, na peça exordial, que no dia 31/08/1999, na cidade de Paraúna, durante a realização do interrogatório do réu Nelson Ned Nogueira de Souza (...)” (fl. 302).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 770.153 (984)ORIGEM : AC - 1235430188 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSAGDO.(A/S) : LUIS MARCOS DA SILVAADV.(A/S) : ROGÉRIO BERTO DA SILVA E OUTRO(A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a e c, da Constituição, alegou-se ofensa aos arts. 37, § 6º, e 144, I, II, III, IV e V, e § 5º, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279

do STF.Além disso, verifico que o acórdão recorrido não julgou válida lei ou

ato de governo local contestado em face da Constituição. Incabível, portanto, o recurso pela alínea c do art. 102, III, da Constituição. Nesse sentido: AI 559.324/RJ; AI 488.107/SP, entre outros.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 770.189 (985)ORIGEM : AC - 20080110245803 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : DISBRAVE ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDAADV.(A/S) : SEBASTIÃO ALVES PEREIRA NETO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : GIOVANNA LOBATO ZANNIADV.(A/S) : ONOFRE DÉCO DA SILVA

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, V, X, XXXV, LIV e LV, 105, III, c, e 192 da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido.

Além disso, o acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação ordinária, no caso, o Código de Defesa do Consumidor - CDC. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 349.529/RS, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 537.096/RS, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 613.681-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau; AI 587.196-AgR/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia.

Ademais, a orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame de normas contratuais, o que atrai a incidência da Súmula 454 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 770.231 (986)ORIGEM : AMS - 20067000028059 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : NEFROLOGISTAS ASSOCIADOS S/C LTDAADV.(A/S) : DANI LEONARDO GIACOMINI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, sustentou-se, em suma, violação aos arts. 196 e 197 da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir a omissão relativa ao art. 197 da Constituição, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. O acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação ordinária, Lei 9.249/95. A ofensa à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário (AI 695.490/SC, de minha relatoria).

Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão impugnado, acerca da redução da base de cálculo do IR, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 206

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 770.266 (987)ORIGEM : AC - 10024056423825001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : JESUS BATISTA PEDRAADV.(A/S) : GUSTAVO RODARTE DE QUEIROZ E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO BMC S/AADV.(A/S) : NELSON PASCHOALOTTO E OUTRO(A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário de acórdão assim ementado:

“COBRANÇA. FINANCIADO QUE, APÓS A VENDA DO BEM FINANCIADO E DEVOLVIDO, PROSSEGUE DEVENDO. AUSÊNCIA DE DIREITO. DANO MORAL. FALTA DE CARACTERIZAÇÃO.

1. Quem financia a compra de um carro e o devolve submete-se ao valor da venda em leilão (arts. 1.634 e 1.366 do NCCB) e, se continua devendo, nada tem a cobrar, falecendo-lhe o direito para tanto.

2. Também não ocorrem danos morais pela inserção de seu nome no SPC, pois, aí, ato lícito do credor que exerce regularmente um direito que tem” (fl. 100).

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, V, X e 37, § 6°, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. O acórdão recorrido decidiu a questão à luz da legislação infraconstitucional (Código Civil). A afronta à Constituição, se ocorrente seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Ademais, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido.

Ainda que superado tal óbice, para se chegar à conclusão contrária à adotada pela decisão recorrida, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Por oportuno, trago à colação trecho do acórdão recorrido:

“A isto procedeu o credor, apresentando a ‘planilha de fl. 47’ onde se percebe que despesas outras existiram nelas incluídos até multa na utilização do veículo (pelo próprio apelante) e IPVA e o autor permanece devedor conforme a discriminação ali produzida.

Ora, assim sendo, nada tem a cobrar e o lançamento de seu nome junto ao SPC é exercício regular de um direito do credor (...)” (grifos no original - fl. 103).

Além disso, observa-se que, com a negativa de provimento do agravo de instrumento pelo Superior Tribunal de Justiça (Ag 1.009.640/MG, com trânsito em julgado em 24/9/2009), tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 770.280 (988)ORIGEM : PROC - 20097000280215 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : BANCO SANTANDER S/AADV.(A/S) : FERNANDO AUGUSTO DE FARIA CORBOAGDO.(A/S) : ALESSANDRA MAGALHÃES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ISABELA SALEME FERNANDES

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, sustentou-se, em suma, violação aos arts. 3º, I, 5º, LIV, e 93, IX, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Verifico que a petição do recurso extraordinário, não demonstrou, em preliminar, a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, consoante determina o art. 543-A, § 2º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006, e o art. 327, § 1º, do RISTF.

O Tribunal, ao julgar Questão de Ordem no AI 664.567/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, decidiu que

“a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007” (DJ de 6/9/2007).

No mesmo sentido decidiu o Plenário desta Corte, no julgamento do RE 569.476-AgR/SC, Rel. Min. Ellen Gracie.

Além disso, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional

suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Por fim, o agravante não atacou os fundamentos da decisão agravada, limitando-se a alegar que a matéria é constitucional e está prequestionada. Inviável, portanto, o presente recurso, a teor da Súmula 287 do STF. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 580.361-AgR/RS, de minha relatoria; AI 407.427/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 590.913-AgR/RS, Rel. Min. Eros Grau; AI 466.398-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 519.396/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 27 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.079 (989)ORIGEM : AI - 972078 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEEMBTE.(S) : VILSON BRONDANIADV.(A/S) : MAURÍCIO DAL AGNOL E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : PAULO CEZAR PINHEIRO CARNEIRO E OUTRO(A/S)

1.Trata-se de petição contra despacho que aplicou a decisão proferida por esta Corte no julgamento do AI 729.263, rel. Min. Cezar Peluso, na qual foi reconhecida a inexistência de repercussão geral da questão referente à forma de apuração do valor patrimonial das ações integralizadas pelo adquirente de linha telefônica nos contratos de participação financeira.

2.O requerente busca rediscutir a constitucionalidade e a existência de repercussão geral da matéria.

3.Ressalto que os embargos de declaração não constituem meio processual cabível para reforma do julgado, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, não vislumbradas no presente caso.

4.Também verifico que o art. 543-A, caput, do CPC estabelece não caber recurso contra decisão que reconhece a inexistência de repercussão geral da questão constitucional versada no apelo extremo. Além disso, o § 5º do mesmo artigo determina a aplicação dessa decisão aos demais recursos que tratem da mesma matéria, os quais serão “indeferidos liminarmente”.

5.Ante o exposto, nada há que prover.Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.149 (990)ORIGEM : AI - 926137 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEEMBTE.(S) : ILDO LOESCHADV.(A/S) : MAURÍCIO DAL AGNOL E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : EDUARDO SILVEIRA CLEMENTE E OUTRO(A/S)

1.Trata-se de petição contra despacho que aplicou a decisão proferida por esta Corte no julgamento do AI 729.263, rel. Min. Cezar Peluso, na qual foi reconhecida a inexistência de repercussão geral da questão referente à forma de apuração do valor patrimonial das ações integralizadas pelo adquirente de linha telefônica nos contratos de participação financeira.

2.O requerente busca rediscutir a constitucionalidade e a existência de repercussão geral da matéria.

3.Ressalto que os embargos de declaração não constituem meio processual cabível para reforma do julgado, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, não vislumbradas no presente caso.

4.Também verifico que o art. 543-A, caput, do CPC estabelece não caber recurso contra decisão que reconhece a inexistência de repercussão geral da questão constitucional versada no apelo extremo. Além disso, o § 5º do mesmo artigo determina a aplicação dessa decisão aos demais recursos que tratem da mesma matéria, os quais “serão indeferidos liminarmente”.

5.Ante o exposto, nada há que prover.Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.731 (991)ORIGEM : AI - 964921 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEEMBTE.(S) : ARI MOREIRA MAZUI E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 207

ADV.(A/S) : MAURÍCIO DAL AGNOL E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : MARIA CLAUDIA FERREIRA REZENDE E OUTRO(A/S)

1.Trata-se de petição contra despacho que aplicou a decisão proferida por esta Corte no julgamento do AI 729.263, rel. Min. Cezar Peluso, na qual foi reconhecida a inexistência de repercussão geral da questão referente à forma de apuração do valor patrimonial das ações integralizadas pelo adquirente de linha telefônica nos contratos de participação financeira.

2.Os requerentes buscam rediscutir a constitucionalidade e a existência de repercussão geral da matéria.

3.Ressalto que os embargos de declaração não constituem meio processual cabível para reforma do julgado, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, não vislumbradas no presente caso.

4.Também verifico que o art. 543-A, caput, do CPC estabelece não caber recurso contra decisão que reconhece a inexistência de repercussão geral da questão constitucional versada no apelo extremo. Além disso, o § 5º do mesmo artigo determina a aplicação dessa decisão aos demais recursos que tratem da mesma matéria, os quais “serão indeferidos liminarmente”.

5.Ante o exposto, nada há que prover.Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

EMB.DIV. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 628.139 (992)ORIGEM : AC - 347315 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VALTER SANDI DE OLIVEIRA COSTAEMBDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOEMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. DECISÃO PROFERIDA EM

SESSÃO PLENÁRIA. ART. 332 DO REGIMENTO INTERNO DESTE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. EMBARGOS NÃO ADMITIDOS.

Relatório1. Embargos de divergência opostos contra o seguinte julgado do

Tribunal Pleno deste Supremo Tribunal Federal:“1. Ausência no translado da certidão de publicação do acórdão

recorrido, peça obrigatória à formação do instrumento e indispensável à aferição da tempestividade do extraordinário (art. 544, §1º, do CPC e Súmulas STF nºs 288 e 639).

2. Agravo regimental improvido” (fl. 144).2. Os Embargantes alegam que “inexiste vedação legal para que os

servidores postulem a indenização material, razão de norma pétrea constitucional que garante o direito de ação contra lesão ou ameaça de direito, nos termos do artigo 5º, XXXV, da Carta Política. A postulação tem por base e está fundamentada na Emenda Constitucional nº 19/98, que deu nova redação ao art. 37, X, da Constituição Federal, concedendo aos servidores públicos revisão geral e anual em seus vencimentos” (fl. 173).

Afirmam, também, que “a remuneração dos servidores públicos somente poderá ser fixada e alterada por lei específica, prerrogativa constitucional do Senhor Presidente da República, do disposto no artigo 61, § 1º, II, a, da Carta Política, daí porque toda e qualquer questão envolvendo fixação ou alteração da remuneração dos servidores públicos federais carece do devido processo legislativo pertinente” (fl. 175).

Requerem o conhecimento e provimento dos embargos de divergência para dar provimento ao recurso.

Examinada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste aos Embargantes.4. O art. 330 do Regimento Interno deste Supremo Tribunal Federal

dispõe serem cabíveis embargos de divergência contra decisão de Turma quando, “em recurso extraordinário ou em agravo de instrumento, divergir de julgado de outra Turma ou do Plenário”.

São incabíveis, portanto, contra acórdão prolatado pelo Plenário deste Supremo Tribunal. Nesse sentido:

“1. RECURSO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. Impugnação a acórdão que reconhece a intempestividade de recurso anterior. Suspensão ou interrupção do prazo. Não ocorrência. Trânsito em julgado. Embargos não conhecidos. Não se conhece de embargos de divergência quando já transitada em julgado a decisão recorrida.

2. RECURSO. Embargos de divergência. Inadmissibilidade. Impugnação a acórdão do Plenário. Precedentes. Recurso não conhecido. Cabem embargos de divergência contra acórdão de Turma que divirja de julgado da outra Turma ou do Pleno, não, porém, contra acórdão do Plenário.” (AI 647.835-AgR-EDv, Relator o Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 30.4.2009 - grifei)

“RECURSO. Embargos de divergência. Inadmissibilidade. Interposição contra acórdão do Tribunal Pleno. Agravo regimental não provido. São cabíveis embargos de divergência contra decisão de Turma, não,

porém, contra acórdão do ‘Tribunal Pleno’, que obviamente é sinônimo de ‘Plenário’.” (RE 269.169-EDv-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJ 13.2.2004 – grifei)

5. Pelo exposto, não admito os embargos de divergência (art. 335, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

EMB.DIV. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 628.149 (993)ORIGEM : AC - 200384000154766 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : CRIZELDA DO NASCIMENTO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VALTER SANDI DE OLIVEIRA COSTAEMBDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOEMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. DECISÃO PROFERIDA EM

SESSÃO PLENÁRIA. ART. 332 DO REGIMENTO INTERNO DESTE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. EMBARGOS NÃO ADMITIDOS.

Relatório1. Embargos de divergência opostos contra o seguinte julgado do

Tribunal Pleno deste Supremo Tribunal Federal:“1. Ausência no translado da certidão de publicação do acórdão

recorrido, peça obrigatória à formação do instrumento e indispensável à aferição da tempestividade do extraordinário (art. 544, §1º, do CPC e Súmulas STF nºs 288 e 639).

2. Agravo regimental improvido” (fl. 187).2. Os Embargantes alegam que “inexiste vedação legal para que os

servidores postulem a indenização material, razão de norma pétrea constitucional que garante o direito de ação contra lesão ou ameaça de direito, nos termos do artigo 5º, XXXV, da Carta Política. A postulação tem por base e está fundamentada na Emenda Constitucional nº 19/98, que deu nova redação ao art. 37, X, da Constituição Federal, concedendo aos servidores públicos revisão geral e anual em seus vencimentos” (fl. 201).

Afirmam, também, que “a remuneração dos servidores públicos somente poderá ser fixada e alterada por lei específica, prerrogativa constitucional do Senhor Presidente da República, do disposto no artigo 61, § 1º, II, a, da Carta Política, daí porque toda e qualquer questão envolvendo fixação ou alteração da remuneração dos servidores públicos federais carece do devido processo legislativo pertinente” (fl. 204).

Requerem o conhecimento e provimento dos embargos de divergência para dar provimento ao recurso.

Examinada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste aos Embargantes.4. O art. 330 do Regimento Interno deste Supremo Tribunal Federal

dispõe serem cabíveis embargos de divergência contra decisão de Turma quando, “em recurso extraordinário ou em agravo de instrumento, divergir de julgado de outra Turma ou do Plenário”.

São incabíveis, portanto, contra acórdão prolatado pelo Plenário deste Supremo Tribunal. Nesse sentido:

“1. RECURSO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. Impugnação a acórdão que reconhece a intempestividade de recurso anterior. Suspensão ou interrupção do prazo. Não ocorrência. Trânsito em julgado. Embargos não conhecidos. Não se conhece de embargos de divergência quando já transitada em julgado a decisão recorrida.

2. RECURSO. Embargos de divergência. Inadmissibilidade. Impugnação a acórdão do Plenário. Precedentes. Recurso não conhecido. Cabem embargos de divergência contra acórdão de Turma que divirja de julgado da outra Turma ou do Pleno, não, porém, contra acórdão do Plenário.” (AI 647.835-AgR-EDv, Relator o Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 30.4.2009 - grifei)

“RECURSO. Embargos de divergência. Inadmissibilidade. Interposição contra acórdão do Tribunal Pleno. Agravo regimental não provido. São cabíveis embargos de divergência contra decisão de Turma, não, porém, contra acórdão do ‘Tribunal Pleno’, que obviamente é sinônimo de ‘Plenário’.” (RE 269.169-EDv-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJ 13.2.2004 – grifei)

5. Pelo exposto, não admito os embargos de divergência (art. 335, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

EMB.DIV. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 629.401 (994)ORIGEM : AC - 200384000143460 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 208

EMBTE.(S) : IDEMILSON SOARES DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VALTER SANDI DE OLIVEIRA COSTA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOEMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. DECISÃO PROFERIDA EM

SESSÃO PLENÁRIA. ART. 332 DO REGIMENTO INTERNO DESTE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. EMBARGOS NÃO ADMITIDOS.

Relatório1. Embargos de divergência opostos contra o seguinte julgado do

Tribunal Pleno deste Supremo Tribunal Federal:“1. Ausência no translado da certidão de publicação do acórdão

recorrido, peça obrigatória à formação do instrumento e indispensável à aferição da tempestividade do extraordinário (art. 544, §1º, do CPC e Súmulas STF nºs 288 e 639).

2. Agravo regimental improvido” (fl. 219).2. Os Embargantes alegam que “inexiste vedação legal para que os

servidores postulem a indenização material, razão de norma pétrea constitucional que garante o direito de ação contra lesão ou ameaça de direito, nos termos do artigo 5º, XXXV, da Carta Política. A postulação tem por base e está fundamentada na Emenda Constitucional nº 19/98, que deu nova redação ao art. 37, X, da Constituição Federal, concedendo aos servidores públicos revisão geral e anual em seus vencimentos” (fl. 233).

Afirmam, também, que “a remuneração dos servidores públicos somente poderá ser fixada e alterada por lei específica, prerrogativa constitucional do Senhor Presidente da República, do disposto no artigo 61, § 1º, II, a, da Carta Política, daí porque toda e qualquer questão envolvendo fixação ou alteração da remuneração dos servidores públicos federais carece do devido processo legislativo pertinente” (fl. 236).

Requerem o conhecimento e provimento dos embargos de divergência para dar provimento ao recurso.

Examinada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste aos Embargantes.4. O art. 330 do Regimento Interno deste Supremo Tribunal Federal

dispõe serem cabíveis embargos de divergência contra decisão de Turma quando, “em recurso extraordinário ou em agravo de instrumento, divergir de julgado de outra Turma ou do Plenário”.

São incabíveis, portanto, contra acórdão prolatado pelo Plenário deste Supremo Tribunal. Nesse sentido:

“1. RECURSO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. Impugnação a acórdão que reconhece a intempestividade de recurso anterior. Suspensão ou interrupção do prazo. Não ocorrência. Trânsito em julgado. Embargos não conhecidos. Não se conhece de embargos de divergência quando já transitada em julgado a decisão recorrida.

2. RECURSO. Embargos de divergência. Inadmissibilidade. Impugnação a acórdão do Plenário. Precedentes. Recurso não conhecido. Cabem embargos de divergência contra acórdão de Turma que divirja de julgado da outra Turma ou do Pleno, não, porém, contra acórdão do Plenário.” (AI 647.835-AgR-EDv, Relator o Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 30.4.2009 - grifei)

“RECURSO. Embargos de divergência. Inadmissibilidade. Interposição contra acórdão do Tribunal Pleno. Agravo regimental não provido. São cabíveis embargos de divergência contra decisão de Turma, não, porém, contra acórdão do ‘Tribunal Pleno’, que obviamente é sinônimo de ‘Plenário’.” (RE 269.169-EDv-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJ 13.2.2004 – grifei)

5. Pelo exposto, não admito os embargos de divergência (art. 335, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

EMB.DIV. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 631.728 (995)ORIGEM : AC - 200384000130695 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : DANTON DANTAS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VALTER SANDI DE OLIVEIRA COSTAEMBDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOEMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. DECISÃO PROFERIDA EM

SESSÃO PLENÁRIA. ART. 332 DO REGIMENTO INTERNO DESTE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. EMBARGOS NÃO ADMITIDOS.

Relatório1. Embargos de divergência opostos contra o seguinte julgado do

Tribunal Pleno deste Supremo Tribunal Federal:“1. Ausência no translado da certidão de publicação do acórdão

recorrido, peça obrigatória à formação do instrumento e indispensável à aferição da tempestividade do extraordinário (art. 544, §1º, do CPC e Súmulas

STF nºs 288 e 639).2. Agravo regimental improvido” (fl. 232).2. Os Embargantes alegam que “inexiste vedação legal para que os

servidores postulem a indenização material, razão de norma pétrea constitucional que garante o direito de ação contra lesão ou ameaça de direito, nos termos do artigo 5º, XXXV, da Carta Política. A postulação tem por base e está fundamentada na Emenda Constitucional nº 19/98, que deu nova redação ao art. 37, X, da Constituição Federal, concedendo aos servidores públicos revisão geral e anual em seus vencimentos” (fl. 246).

Afirmam, também, que “a remuneração dos servidores públicos somente poderá ser fixada e alterada por lei específica, prerrogativa constitucional do Senhor Presidente da República, do disposto no artigo 61, § 1º, II, a, da Carta Política, daí porque toda e qualquer questão envolvendo fixação ou alteração da remuneração dos servidores públicos federais carece do devido processo legislativo pertinente” (fl. 249).

Requerem o conhecimento e provimento dos embargos de divergência para dar provimento ao recurso.

Examinada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste aos Embargantes.4. O art. 330 do Regimento Interno deste Supremo Tribunal Federal

dispõe serem cabíveis embargos de divergência contra decisão de Turma quando, “em recurso extraordinário ou em agravo de instrumento, divergir de julgado de outra Turma ou do Plenário”.

São incabíveis, portanto, contra acórdão prolatado pelo Plenário deste Supremo Tribunal. Nesse sentido:

“1. RECURSO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. Impugnação a acórdão que reconhece a intempestividade de recurso anterior. Suspensão ou interrupção do prazo. Não ocorrência. Trânsito em julgado. Embargos não conhecidos. Não se conhece de embargos de divergência quando já transitada em julgado a decisão recorrida.

2. RECURSO. Embargos de divergência. Inadmissibilidade. Impugnação a acórdão do Plenário. Precedentes. Recurso não conhecido. Cabem embargos de divergência contra acórdão de Turma que divirja de julgado da outra Turma ou do Pleno, não, porém, contra acórdão do Plenário.” (AI 647.835-AgR-EDv, Relator o Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 30.4.2009 - grifei)

“RECURSO. Embargos de divergência. Inadmissibilidade. Interposição contra acórdão do Tribunal Pleno. Agravo regimental não provido. São cabíveis embargos de divergência contra decisão de Turma, não, porém, contra acórdão do ‘Tribunal Pleno’, que obviamente é sinônimo de ‘Plenário’.” (RE 269.169-EDv-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJ 13.2.2004 – grifei)

5. Pelo exposto, não admito os embargos de divergência (art. 335, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 217.053 (996)ORIGEM : AC - 2643631 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. JOAQUIM BARBOSA

RECTES. : CYRNELIA BATTAUS COUTINHOADVDOS. : CARLOS JOSÉ DE OLIVEIRA TOFFOLIRECDO. : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo cuja ementa tem o seguinte teor:

“Servidor estadual – Magistério – Aplicação das L.C. nos 670/91 e 744/93 – Gratificações criadas após a aposentadoria dos autores – Vantagens inaplicáveis aos inativos – Recurso improvido.” (Fls. 182)

A parte recorrente sustenta o caráter geral da gratificação instituída pelas Leis Complementares estaduais 670/1991 e 744/1993, cuja percepção deveria ser estendida aos servidores inativos, sob pena de violação do disposto no art. 40, § 4º, da Constituição federal.

O recurso é inviável.A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, ao examinar questão

análoga à ora em análise, fixou o seguinte entendimento:“EMENTA: ESTADO DE SÃO PAULO. LEI COMPLEMENTAR Nº

744/93. SUPERVISORES DE ENSINO. GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. PRETENDIDA EXTENSÃO AOS INATIVOS.

Vantagem funcional consubstanciadora de incentivo aos integrantes da categoria dos Supervisores de Ensino, enquanto no exercício de sua atividade específica. Tanto é assim, que não apenas é ela calculada com base em índices variáveis segundo a natureza das unidades escolares vinculadas ao respectivo setor de trabalho, mas também, principalmente, por não ser devida em períodos de afastamento do servidor, nem incorporável aos vencimentos (arts. 2º, 5º e 6º do diploma legal em referência).

Recurso não conhecido.” (RE 223.881, rel. min. Ilmar Galvão, DJ de 13.08.1999)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 209

No mesmo sentido, RE 219.850–AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 14.05.2004), RE 217.110–AgR (rel. min. Nelson Jobim, DJ de 02.02.2001), RE 219.329 (rel. min. Maurício Corrêa, DJ de 03.02.1998), AI 381.335–AgR (rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 14.11.2002) e RE 255.672-AgR (rel. min. Joaquim Barbosa, DJ 03.08.2007), v.g.

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 235.012 (997)ORIGEM : ERR - 87096935 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : PARANÁRELATOR SUBSTITUTO

:MIN. JOAQUIM BARBOSA

RECTE. : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADVDOS. : RAIMUNDO GOMES VERAS FILHO E OUTROSRECDA. : CLEIRE VÂNIA ARRUDAADVDOS. : JOSÉ EYMARD LOGUÉRCIO E OUTROSADV. : CARLOS ROBERTO SCALASSARA

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) que tem como violados os arts. 5º, XXXV, XXXVI e LV, e 37, II, da Constituição federal.

Cinge-se a controvérsia ao reconhecimento de vínculo de emprego de ex-estagiário contratado antes de 1988 por empresa pública.

Alega-se no recurso extraordinário a ocorrência de negativa de prestação jurisdicional e a nulidade do reconhecimento de vínculo, porquanto o recorrido não fora aprovado em concurso público.

O Ministério Público Federal opinou pelo não-conhecimento do recurso.

É breve relatório. Decido.A controvérsia acerca da aferição dos pressupostos de

admissibilidade dos recursos trabalhistas cinge-se à norma processual trabalhista, de ordem infraconstitucional. Eventual ofensa à Constituição, se existente, seria indireta ou reflexa, de sorte que seria necessário exame prévio da norma infraconstitucional, hipótese em que não se admite o recurso extraordinário (cf. AI 416.864 e AI 372.349, rel. min. Carlos Velloso; AI 417.464, rel. min. Ilmar Galvão; AI 322.409, rel. min. Ellen Gracie; AI 266.565, rel. min. Sepúlveda Pertence; AI 357.389, rel. min. Celso de Mello, e AI 404.274, rel. min. Gilmar Mendes).

Ademais, o entendimento esposado pelo acórdão recorrido alinha-se com a orientação firmada em julgados desta Corte. Confira-se, por exemplo, o RE 222.058–AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 04.06.1999), cuja ementa tem o seguinte teor:

“O reconhecimento judicial de vínculo trabalhista com empresa de economia mista, iniciado, sem concurso público, na vigência da Carta de 1969, não ofende o art. 37, II, da Constituição em vigor.”

No mesmo sentido, o RE 313.130 (rel. min. Maurício Corrêa, DJ de 05.08.2002).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 236.499 (998)ORIGEM : MS - 4947 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR SUBSTITUTO

:MIN. JOAQUIM BARBOSA

RECTE. : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINARECDOS. : AMAURY NORBERTO SILVAADVDOS. : SEBASTIÃO DA SILVA PORTO

DECISÃO : Trata-se de recurso extraordinário de acórdão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina que assegurou aos recorridos, servidores públicos de autarquia estadual, direito à remuneração acima de limite máximo fixado pela Lei Complementar estadual 43/92 (80% da remuneração do Secretário de Estado).

O acórdão apóia-se em suposta contrariedade ao art. 23, III, da Constituição estadual de Santa Catarina (fls. 124-127).

O estado de Santa Catarina alega violação ao art. 37, XI, da Constituição (na redação anterior à Emenda Constitucional 19/98), entre outros.

O Plenário desta Corte teve a oportunidade de apreciar acórdãos idênticos do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

No julgamento do RE 226.473, rel. min. Sepúlveda Pertence, Pleno, DJ 25.06.1999, reconheceu-se a validade da fixação do limite máximo pela Lei Complementar estadual 43/92 e deu-se provimento ao recurso extraordinário

para reformar o acórdão do Tribunal de Justiça, resguardada a irredutibilidade dos vencimentos. Transcrevo a ementa:

I - Servidor público estadual: teto constitucional: equivalência entre os tetos (CF, art. 37, XI). Se a remuneração do cargo de Secretário de Estado é inferior à do cargo de Deputado Estadual, não pode o Judiciário, a pretexto de cumprir a regra da equivalência entre os tetos (CF, art. 37, XI), desconsiderar a diferença e adotar, como teto remuneratório dos servidores do Poder Executivo, a remuneração máxima paga no Legislativo. Precedentes: RMS 21.946 (Pertence, RTJ 157/898), RMS 21.988 (Pertence, RTJ 160/466), RREE 191.394 e 210.976 (Pleno, 4.3.98, Corrêa).

II - Teto: redução do limite remuneratório (L.C. est. 43/92-SC): inexistência de direito adquirido à manutenção do limite previsto na Legislação revogada, pois é axiomático não existir direito adquirido a regime jurídico.

III - Lícita a anterior fixação do teto local na remuneração dos Secretários de Estado e dada a garantia constitucional da irredutibilidade dos vencimentos, têm os impetrantes direito a que, da incidência imediata da LC 43/92, não poderá resultar o decréscimo da quantia que licitamente percebessem, até o montante do teto anterior.

IV - Teto estadual: fixação em montante inferior ao previsto no art. 37, XI, da Constituição: possibilidade. No art. 37, XI, CF, são previstos dois limites máximos a considerar na implementação do sistema: o primeiro, já predeterminado pela Constituição, para cada Poder; o segundo, a ser fixado por lei da União e de cada unidade federada, contido, porém, pela observância do primeiro, mas ao qual poderá ser inferior, excetuadas apenas as hipóteses de teto diverso estabelecida na própria Constituição da República (arts. 27, § 2º, e 93, V).

As Turmas deste Tribunal não divergem dessa orientação: RE 219.546, rel. min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 05.02.1999; RE 226.552, rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 09.04.1999; RE 190.943, rel. min. Sydney Sanches, Primeira Turma, DJ 13.08.1999; RE 220.338, rel. min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 03.03.2000; RE 282.525, rel. min. Ilmar Galvão, Primeira Turma, DJ 02.02.2001

Do exposto, conheço do recurso e, na forma do art. 557, §1º-A, do Código de Processo Civil, dou-lhe provimento.

Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 238.121 (999)ORIGEM : MS - 5292 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR SUBSTITUTO

:MIN. JOAQUIM BARBOSA

RECTE. : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINARECDO. : LUIZ VIEIRAADV. : FERNANDO CARIONI

DECISÃO : Trata-se de recurso extraordinário de acórdão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina que assegurou aos recorridos, servidores públicos de autarquia estadual, direito à remuneração acima de limite máximo fixado pela Lei Complementar estadual 43/92 (80% da remuneração do Secretário de Estado).

O acórdão apóia-se em suposta contrariedade ao art. 23, III, da Constituição estadual de Santa Catarina (fls. 124-127).

O estado de Santa Catarina alega violação ao art. 37, XI, da Constituição (na redação anterior à Emenda Constitucional 19/98), entre outros.

O Plenário desta Corte teve a oportunidade de apreciar acórdãos idênticos do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

No julgamento do RE 226.473, rel. min. Sepúlveda Pertence, Pleno, DJ 25.06.1999, reconheceu-se a validade da fixação do limite máximo pela Lei Complementar estadual 43/92 e deu-se provimento ao recurso extraordinário para reformar o acórdão do Tribunal de Justiça, resguardada a irredutibilidade dos vencimentos. Transcrevo a ementa:

I - Servidor público estadual: teto constitucional: equivalência entre os tetos (CF, art. 37, XI). Se a remuneração do cargo de Secretário de Estado é inferior à do cargo de Deputado Estadual, não pode o Judiciário, a pretexto de cumprir a regra da equivalência entre os tetos (CF, art. 37, XI), desconsiderar a diferença e adotar, como teto remuneratório dos servidores do Poder Executivo, a remuneração máxima paga no Legislativo. Precedentes: RMS 21.946 (Pertence, RTJ 157/898), RMS 21.988 (Pertence, RTJ 160/466), RREE 191.394 e 210.976 (Pleno, 4.3.98, Corrêa).

II - Teto: redução do limite remuneratório (L.C. est. 43/92-SC): inexistência de direito adquirido à manutenção do limite previsto na Legislação revogada, pois é axiomático não existir direito adquirido a regime jurídico.

III - Lícita a anterior fixação do teto local na remuneração dos Secretários de Estado e dada a garantia constitucional da irredutibilidade dos vencimentos, têm os impetrantes direito a que, da incidência imediata da LC 43/92, não poderá resultar o decréscimo da quantia que licitamente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 210

percebessem, até o montante do teto anterior. IV - Teto estadual: fixação em montante inferior ao previsto no art.

37, XI, da Constituição: possibilidade. No art. 37, XI, CF, são previstos dois limites máximos a considerar na implementação do sistema: o primeiro, já predeterminado pela Constituição, para cada Poder; o segundo, a ser fixado por lei da União e de cada unidade federada, contido, porém, pela observância do primeiro, mas ao qual poderá ser inferior, excetuadas apenas as hipóteses de teto diverso estabelecida na própria Constituição da República (arts. 27, § 2º, e 93, V).

As Turmas deste Tribunal não divergem dessa orientação: RE 219.546, rel. min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 05.02.1999; RE 226.552, rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 09.04.1999; RE 190.943, rel. min. Sydney Sanches, Primeira Turma, DJ 13.08.1999; RE 220.338, rel. min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 03.03.2000; RE 282.525, rel. min. Ilmar Galvão, Primeira Turma, DJ 02.02.2001

Do exposto, conheço do recurso e, na forma do art. 557, §1º-A, do Código de Processo Civil, dou-lhe provimento.

Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 245.066 (1000)ORIGEM : MS - 6478 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR SUBSTITUTO

:MIN. JOAQUIM BARBOSA

RECTE. : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDOS. : NILZA REGINA SEVERINO MULLERADVDOS. : OLDEMAR ALBERTO WESTPHAL

DECISÃO : Trata-se de recurso extraordinário de acórdão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina que assegurou aos recorridos, servidores públicos de autarquia estadual, direito à remuneração acima de limite máximo fixado pela Lei Complementar estadual 43/92 (80% da remuneração do Secretário de Estado).

O acórdão apóia-se em suposta contrariedade ao art. 23, III, da Constituição estadual de Santa Catarina (fls. 124-127).

O estado de Santa Catarina alega violação ao art. 37, XI, da Constituição (na redação anterior à Emenda Constitucional 19/98), entre outros.

O Plenário desta Corte teve a oportunidade de apreciar acórdãos idênticos do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

No julgamento do RE 226.473, rel. min. Sepúlveda Pertence, Pleno, DJ 25.06.1999, reconheceu-se a validade da fixação do limite máximo pela Lei Complementar estadual 43/92 e deu-se provimento ao recurso extraordinário para reformar o acórdão do Tribunal de Justiça, resguardada a irredutibilidade dos vencimentos. Transcrevo a ementa:

I - Servidor público estadual: teto constitucional: equivalência entre os tetos (CF, art. 37, XI). Se a remuneração do cargo de Secretário de Estado é inferior à do cargo de Deputado Estadual, não pode o Judiciário, a pretexto de cumprir a regra da equivalência entre os tetos (CF, art. 37, XI), desconsiderar a diferença e adotar, como teto remuneratório dos servidores do Poder Executivo, a remuneração máxima paga no Legislativo. Precedentes: RMS 21.946 (Pertence, RTJ 157/898), RMS 21.988 (Pertence, RTJ 160/466), RREE 191.394 e 210.976 (Pleno, 4.3.98, Corrêa).

II - Teto: redução do limite remuneratório (L.C. est. 43/92-SC): inexistência de direito adquirido à manutenção do limite previsto na Legislação revogada, pois é axiomático não existir direito adquirido a regime jurídico.

III - Lícita a anterior fixação do teto local na remuneração dos Secretários de Estado e dada a garantia constitucional da irredutibilidade dos vencimentos, têm os impetrantes direito a que, da incidência imediata da LC 43/92, não poderá resultar o decréscimo da quantia que licitamente percebessem, até o montante do teto anterior.

IV - Teto estadual: fixação em montante inferior ao previsto no art. 37, XI, da Constituição: possibilidade. No art. 37, XI, CF, são previstos dois limites máximos a considerar na implementação do sistema: o primeiro, já predeterminado pela Constituição, para cada Poder; o segundo, a ser fixado por lei da União e de cada unidade federada, contido, porém, pela observância do primeiro, mas ao qual poderá ser inferior, excetuadas apenas as hipóteses de teto diverso estabelecida na própria Constituição da República (arts. 27, § 2º, e 93, V).

As Turmas deste Tribunal não divergem dessa orientação: RE 219.546, rel. min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 05.02.1999; RE 226.552, rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 09.04.1999; RE 190.943, rel. min. Sydney Sanches, Primeira Turma, DJ 13.08.1999; RE 220.338, rel. min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 03.03.2000; RE 282.525, rel. min. Ilmar Galvão, Primeira Turma, DJ 02.02.2001

Do exposto, conheço do recurso e, na forma do art. 557, §1º-A, do Código de Processo Civil, dou-lhe provimento.

Publique-se.

Brasília, 22 de outubro de 2009Ministro JOAQUIM BARBOSA

Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 256.845 (1001)ORIGEM : REO - 48068 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : CEARÁRELATOR SUBSTITUTO

:MIN. JOAQUIM BARBOSA

RECTE. : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDA. : CÔCOS DO BRASIL S/AADVDOS. : RAFAEL PORDEUS COSTA LIMA FILHO

DECISÃO : Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a da Constituição) interposto de acórdão prolatado pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região que considerou inaplicável sobretaxa às operações amparadas por contratos de compra celebrados anteriormente ao aumento da exação.

O acórdão recorrido foi assim ementado:“TRIBUTÁRIO. SOBRETAXA PROVISÓRIA DO IMPOSTO DE

IMPORTAÇÃO. PORTARIA Nº MF – 611/93. CONTRATO DE COMPRA E VENDA ANTERIOR À CRIAÇÃO DA SOBRETAXA. INAPLICABILIDADE.

- Em respeito ao princípio da estabilidade das relações jurídicas e ao princípio da intangibilidade do ato jurídico perfeito, não se aplica norma que sobretaxa o imposto de importação a mercadoria cuja compra foi anterior ao seu advento.

- Remessa improvida.” (Fls. 96).Sustenta-se, em síntese, que a cobrança se trata de direitos

antidumping e que o acórdão recorrido aplicou equivocadamente o art. 5º, XXXVI da Constituição.

Caracterizado o direito antidumping como adicional do imposto de importação, aplica-se ao quadro a orientação firmada por esta Corte quanto à possibilidade de incidência da norma que institui ou majora o tributo, se o fato gerador do tributo for-lhe posterior. O fechamento de contrato de compra-e-venda não é critério material do imposto de importação.

Confiram-se, nesse sentido, os seguintes precedentes:“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO

EXTRAORDINÁRIO. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA. POSSIBILIDADE. PRECEDENTE DO STF. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal fixou entendimento segundo o qual é aplicável a majoração de alíquota prevista no decreto n. 1.427/95, se o fato gerador do imposto --- entrada da mercadoria no território nacional --- for posterior à vigência do diploma legal. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE 441.537-AgR, rel. Min. EROS GRAU, Segunda Turma, julgado em 05/09/2006, DJ 29-09-2006 PP-00064 EMENT VOL-02249-11 PP-01982 RTJ VOL-00201-02 PP-00788);

“EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. ALÍQUOTA. FATO GERADOR. C.F., art. 150, III, a. I. - Fato gerador do imposto de importação de mercadoria despachada para consumo considera-se ocorrido na data do registro na repartição aduaneira competente, da declaração apresentada pelo importador (art. 23 do Decreto-lei 37/66). II. - O que a Constituição exige, no art. 150, III, a, é que a lei que institua ou majore tributos seja anterior ao fato gerador. No caso, o decreto que alterou as alíquotas é anterior ao fato gerador do imposto de importação. III. - Agravo não provido.” (AI 420.993-AgR, rel. min. CARLOS VELLOSO, Segunda Turma, julgado em 31/05/2005, DJ 01-07-2005 PP-00057 EMENT VOL-02198-06 PP-01210 RDDT n. 120, 2005, p. 231 RB v. 17, n. 501, 2005, p. 52);

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA. INCIDÊNCIA. FATO GERADOR. 1. Entrada de mercadoria importada no território nacional em data posterior à vigência do Decreto nº 1.427, de 29 de março de 1995. Incidência do imposto com a alíquota majorada, tendo em vista o fato gerador do tributo. 2. Constitucionalidade do diploma legal editado pelo Poder Executivo Federal. Matéria dirimida pelo Pleno deste Tribunal. Agravo regimental não provido.” (RE 252.008-AgR, rel. min. MAURÍCIO CORRÊA, Segunda Turma, julgado em 08/08/2000, DJ 16-02-2001 PP-00137 EMENT VOL-02019-04 PP-00676).

Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido.Ante o exposto, conheço do recurso extraordinário e dou-lhe

provimento, para denegar a segurança pleiteada.Sem honorários (Súmula 512/STF).Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 274.343 (1002)ORIGEM : MS - 980176280 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR SUBSTITUTO

:MIN. JOAQUIM BARBOSA

RECTE. : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 211

CATARINARECDOS. : CARLOS NATALINO LUZADV. : LUIZ CARLOS ZACCHI

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a e c, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina assim ementado:

“MANDADO DE SEGURANÇA – Magistério – Gratificação de Regência de Classe – Professores detentores de Estabilidade Financeira, nos termos do art. 90 da Lei n. 6.745/85.

As gratificações percebidas pelos funcionários que obtiveram agregação devem incidir sobre os vencimentos do cargo agregado, e não apenas do cargo efetivo, salvo determinação legal expressa em contrário. Interpretação do art. 90 da Lei n. 6.745/85 (MS 9.326, da Capital. Rel. Dês. Nestor Silveira).

A estabilidade financeira faz com que a diferença entre os vencimentos do cargo comissionado agregado e os do efetivo integre o vencimento do servidor para todos os efeitos legais, razão pela qual sobre esta incide a Gratificação de Regência de Classe de que trata a Lei nº 1.139/92 (MS 97.004323-6, da Capital. Rel. Dês. Eder Graf). (MS n. 97.007875-7, da Capital, rel. Dês. Pedro Manoel Abreu)”

Alega o recorrente que o acórdão recorrido viola o disposto nos arts. 5º, XXXVI; 37, XIV e XV e 61, § 1º, II, a e c, da Constituição federal.

As questões constitucionais debatidas no recurso extraordinário não foram ventiladas no acórdão recorrido nem foram objeto de embargos de declaração. Falta-lhes, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356).

Do exposto nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 282.840 (1003)ORIGEM : AC - 6297787 - 1º TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : SÃO PAULORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

RECTE.(S) : BANCO ITAÚ S/AADV.(A/S) : ELVIO HISPAGNOL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LUIZ ROCCO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCO POLO MENDELEHINTDO.(A/S) : BANCO BAMERINDUS DO BRASIL S/AADV.(A/S) : JORGE MILTON TEIXEIRA AGOSTINHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JORGE WALTER DE SOUSA FILHOINTDO.(A/S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : MARINA DAS GRAÇAS PEREIRA LIMA

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão que entendeu existente o direito à diferença de valores creditados em caderneta de poupança, sob fundamento de inaplicabilidade, ao caso, da Lei 7.730/89.

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.Neste RE, fundado no art. 102, III, a e b, da Constituição, alegou-se

ofensa aos arts. 5º, XLV e LIV, 37, § 6º, e 109, I, da mesma Carta.A Subprocuradora-Geral da República Sandra Cureau opinou pelo

improvimento do recurso.A pretensão recursal não merece acolhida. Quanto à alegada ofensa aos arts. 5º, XLV e LIV, e 37, § 6º, da

Constituição, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Quanto à legitimidade passiva do recorrente pelo pagamento de diferenças de correção monetária em cadernetas de poupança, a controvérsia situa-se no âmbito infraconstitucional. Nesse sentido: AI 674.713-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau; AI 552.501-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 591.023/SC, Rel. Min. Cármen Lúcia.

Ademais, este caso não trata de acórdão que tenha declarado a inconstitucionalidade de lei federal ou tratado, o que afasta o cabimento de recurso extraordinário com base na alínea b do art. 102, III, da Constituição.

Ainda que afastados esses óbices, melhor sorte não assistiria ao recorrente, no mérito. Com efeito, o acórdão recorrido encontra-se em consonância com a jurisprudência da Corte que, em diversos julgados, manifestou-se no sentido da aplicabilidade dos critérios de atualização dos depósitos em caderneta de poupança, introduzidos pela Medida Provisória 32/89, convertida na Lei 7.730/89, aos contratos firmados após sua vigência. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 383.535-AgR/PR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 730.067-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau.

Destaco do acórdão recorrido:“É tranquila a posição deste Tribunal no sentido de que os bancos

devem pagar a correção medida pelo IPC para os possuidores de cadernetas de poupança aberta antes do advento da Medida Provisória nº 32 de

15.01.89, ao depois convolada na Lei nº 7.730, de 31.01.89(...)Em consequência, à Medida Provisória nº 32, de 15.01.89, ao depois

transformada na Lei nº 7.730, de 31.01.89, não pode ser dado efeito retroativo, para o fim de retirar da apelada parte da correção monetária, pois tinha o direito adquirido à atualização pelo índice determinado em lei anterior” (fls. 371 e 373).

Verifica-se, assim, que a alegada correção deixou de ser feita em período anterior ao início da vigência da Medida Provisória 32/89, posteriormente convertida na Lei 7.730/89. Por se tratar de interstício anterior à vigência da MP, há direito adquirido à correção baseada no IPC de janeiro/1989.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 21 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 294.292 (1004)ORIGEM : EDAIRR - 250192963 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. JOAQUIM BARBOSA

RECTE.(S) : VOLKSWAGEN DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS VIANNA DE BARROS E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : ANTÔNIO VITORINO DE MELOADV.(A/S) : EXPEDITO SOARES BATISTA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) que tem como violados os arts. 5º, II, XXXV, XXXVI e LV, e 7º, IV e XXVI, da Constituição federal.

O Tribunal a quo negou provimento ao agravo de instrumento em recurso de revista por ausência dos pressupostos de admissibilidade recursal.

Sustenta-se no recurso extraordinário a (1) ocorrência de negativa de prestação jurisdicional; (2) a violação do ato jurídico perfeito, porque o Tribunal a quo desconsiderou a homologação da rescisão contratual; (3) a improcedência dos pedidos de reconhecimento de estabilidade provisória convencional e de condenação ao pagamento do adicional de insalubridade; (4) a afronta ao princípio da legalidade, porquanto não foi observada a base de cálculo do adicional definida no Decreto-lei 2.351/1987; e, (5) a afronta ao princípio da não-vinculação ao salário mínimo em relação ao período posterior a promulgação da Constituição de 1988.

O Ministério Público Federal opinou pelo não-conhecimento do recurso.

É o relatório. Decido.A controvérsia acerca da aferição dos pressupostos de

admissibilidade dos recursos trabalhistas cinge-se à norma processual trabalhista, de ordem infraconstitucional. Eventual ofensa à Constituição, se existente, seria indireta ou reflexa, de sorte que seria necessário exame prévio da norma infraconstitucional, hipótese em que não se admite o recurso extraordinário (cf. AI 416.864 e AI 372.349, rel. min. Carlos Velloso; AI 417.464, rel. min. Ilmar Galvão; AI 322.409, rel. min. Ellen Gracie; AI 266.565, rel. min. Sepúlveda Pertence; AI 357.389, rel. min. Celso de Mello, e AI 404.274, rel. min. Gilmar Mendes).

Ainda que superado o óbice supra, a análise da apontada violação do art. 5º, II e XXXVI, da Constituição demandaria o exame prévio da legislação infraconstitucional (Decreto-lei 2.351/1987 e a Consolidação das Leis do Trabalho). Trata-se, portanto, de alegação de ofensa indireta ou reflexa à Constituição, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário. Incide na Súmula 636 desta Corte.

Igualmente, a garantia constitucional de reconhecimento e proteção dos acordos e convenções coletivas de trabalho não afasta a possibilidade de sua revisão, que no caso em exame se fez à luz da legislação infraconstitucional, evidenciando tratar-se de ofensa indireta ou reflexa à Constituição, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário.

Ademais, observo que a aferição de eventual afronta à Constituição implicaria necessário reexame da cláusula da norma coletiva. Incide, na espécie, o óbice das Súmulas 279 e 454, deste Tribunal.

Nesse sentido: RE 239.619 (rel. min. Cezar Peluso, DJ 15.05.2006), AI 617.006-AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 23.03.2007) e AI 657.176-AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 31.08.2007).

Por outro lado, não há a alegada violação do art. 5º, XXXV e LV. Com efeito, o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, sem violação dos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa e com enfrentamento das questões suscitadas.

Finalmente, em caso análogo (RE 565.714, rel. min. Cármen Lúcia, Plenário, j. em 30.04.2008), a Corte firmou o entendimento no sentido da não-recepção de norma estadual que adotava o salário mínimo como base de cálculo do adicional de insalubridade, por estar em confronto com o disposto no art. 7º, IV, da Constituição federal. Na mesma assentada, não obstante a declaração de não-recepção da aludida norma, o Tribunal negou provimento ao recurso extraordinário, “mantendo o acórdão que autorizava a utilização do

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STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 212

salário mínimo no caso concreto” visto que “a alteração da base de cálculo do adicional de insalubridade e do correspondente critério de reajuste dependerá de lei de iniciativa do Poder Executivo”, afigurando-se inviável “ao Poder Judiciário atuar como legislador positivo, para substituir os critérios legais de cálculo.” (Informativos 504 e 510).

Convém salientar, também, que na mesma sessão de julgamento, foi aprovado o texto da Súmula Vinculante 4 (DJe de 09.05.2008 e DO de 09.05.2008):

“Salvo os casos previstos na Constituição Federal, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.”

Ademais, assinalo que o Tribunal sistematicamente tem aplicado tal orientação em controvérsias idênticas, porém regidas pela CLT. Nesse sentido, AI 679.861-AgR (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 26.09.2008), RE 388.658-AgR (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 26.09.2008), AI 488.255-AgR (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 12.06.2009), AI 720.211 (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 09.10.2008), AI 653.953 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 08.08.2008), AI 702.732 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 14.10.2008).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 297.073 (1005)ORIGEM : AMS - 9601273026 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR SUBSTITUTO

:MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

RECTE. : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDA. : CIBRAFERTIL - COMPANHIA BRASILEIRA DE

FERTILIZANTESADVDOS. : LIEGE AYRES DE VASCONCELOS

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região e assim ementado:

“TRIBUTÁRIO - ADICIONAL DE INDENIZAÇÃO DO TRABALHADOR PORTUÁRIO AVULSO – AITP - LEI 8.630, DE 25/02/93.

Pela sua destinação – financiar a aposentadoria da categoria -, não se pode aceitar o AITP como tarifa ou preço público, estes sempre voltados para a contraprestação de um serviço.

Natureza jurídica tributária que se identifica como espécie nova de contribuição social – art. 195, § 4º, da CF.

Recursos improvidos”.Sustenta o recorrente, com base no art. 102, III, a, a ocorrência de

violação aos arts. 149, caput, 150, I, 195, § 4º, todos da Constituição Federal.O Ministério Público Federal opinou pelo improvimento do recurso

(fls. 231-235).É o breve relatório. DecidoO recurso não merece acolhida. Com efeito, a apreciação dos temas

constitucionais, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais.

Nesse sentido, cito, entre outro o AI 629.107/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. ADICIONAL DE INDENIZAÇÃO DO TRABALHADOR AVULSO PORTUÁRIO - AITP. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. DESNECESSIDADE. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO ANTERIOR A 3.5.2007. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO” (grifei).

Portanto, a afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 338.461-AgR/SP, Rel. Min. Maurício Corrêa; AI 341.583/SP, Rel. Min. Nelson Jobim; AI 614.966/RJ, de minha relatoria; AI 572.418/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 465.810/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso.

Além disso, o Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 330.051 (1006)ORIGEM : AC - 8224954 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. CEZAR PELUSO

RECTE. : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECDA. : A LOSI COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS LTDAADVDOS. : PABLO ARRUDA ARALDI

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário que versa sobre tema cuja repercussão geral já foi reconhecida (RE nº 593.849, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJE de 9.10.2009).

2. Ocorre que esta Corte, ao acolher, por maioria, questão de ordem por mim suscitada no RE nº 540.410, em consonância com a decisão da QO proposta pelo Min. GILMAR MENDES (AI nº 715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJE de 14.8.2008), entendeu ser aplicável o regime previsto no art. 543-B do CPC, na hipótese de já ter sido reconhecida, sobre a matéria, a existência de repercussão geral aos recursos extraordinários interpostos de acórdãos publicados anteriormente a 3.5.2007, e cujos autos já tenham sido distribuídos nesta Corte. É o que se vê do seguinte excerto (cf. Informativo nº 516):

“Na linha do que decidido no AI 715423 QO/RS (j. 11.6.2008), e, tendo em conta que o recurso extraordinário trata de tema – requisitos para a concessão de benefício de prestação continuada a necessitado, em face do disposto no art. 203, V, CF – cuja repercussão geral já foi reconhecida (RE 567985/MT, DJE de 11.4.2008), o Tribunal, por maioria, acolheu questão de ordem suscitada pelo Min. Cezar Peluso, em recurso extraordinário, do qual relator, para, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF (‘Quando se verificar subida ou distribuição de múltiplos recursos com fundamento em idêntica controvérsia, a Presidência do Tribunal ou o(a) Relator(a) selecionará um ou mais representativos da questão e determinará a devolução dos demais aos tribunais ou turmas de juizado especial de origem, para aplicação dos parágrafos do art. 543-B do Código de Processo Civil’) determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC (...)” (RE nº 540.410-QO/RS, da minha relatoria, DJE de 17.10.2008).

3.Diante do exposto, e com fundamento no art. 328, § único, do RISTF, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Int..Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 332.480 (1007)ORIGEM : AC - 93030152093 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

RECTE. : NESTLÉ BRASIL LTDAADVDOS. : MARCOS FIGUEIREDO VASCONCELLOS E OUTROSRECDA. : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que, no caso em questão, entendeu não ser possível acolher alegação de ofensa ao princípio da anterioridade nonagesimal (art. 195, § 6º, da CF), para afastar, relativamente ao período entre 1º/3/1991 e 13/3/1991, a majoração da alíquota da contribuição para o FINSOCIAL, prevista na Medida Provisória 297, de 13/12/1990.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se ofensa ao art. 195, § 6º, da mesma Carta.

O Ministério Público Federal opinou pelo provimento do recurso extraordinário.

A pretensão recursal não merece acolhida. O acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação ordinária.

Com efeito, na decisão guerreada, concluiu-se, com base na legislação processual e no Código Tributário Nacional, que a apuração do faturamento para incidência da mencionada contribuição é mensal.

Nesse contexto, decidiu-se, ainda, pela impossibilidade da incidência de alíquotas diferentes em períodos inferiores a um mês, conforme pretendido pelo contribuinte, e pela inviabilidade de acolhimento da alegação de ofensa ao princípio da anterioridade nonagesimal quanto ao mês de março de 1991 por inteiro, por configurar julgamento extra petita.

Dessa forma, a afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 562.212/RS, de minha relatoria; AI 608.769-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau; AI 564.519-AgR/MG, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 553.020-AgR/SP e AI 592.110/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 645.007/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 524.388/RS, Rel. Min. Marco Aurélio.

Isso posto, nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 13 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 213

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 337.123 (1008)ORIGEM : AC - 147446900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR SUBSTITUTO

:MIN. CEZAR PELUSO

RECTE.(S) : LAGOA VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : LUÍS GUSTAVO MIRANDA DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário que versa sobre tema cuja repercussão geral já foi reconhecida (RE nº 593.849, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJE de 9.10.2009).

2. Ocorre que esta Corte, ao acolher, por maioria, questão de ordem por mim suscitada no RE nº 540.410, em consonância com a decisão da QO proposta pelo Min. GILMAR MENDES (AI nº 715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJE de 14.8.2008), entendeu ser aplicável o regime previsto no art. 543-B do CPC, na hipótese de já ter sido reconhecida, sobre a matéria, a existência de repercussão geral aos recursos extraordinários interpostos de acórdãos publicados anteriormente a 3.5.2007, e cujos autos já tenham sido distribuídos nesta Corte. É o que se vê do seguinte excerto (cf. Informativo nº 516):

“Na linha do que decidido no AI 715423 QO/RS (j. 11.6.2008), e, tendo em conta que o recurso extraordinário trata de tema – requisitos para a concessão de benefício de prestação continuada a necessitado, em face do disposto no art. 203, V, CF – cuja repercussão geral já foi reconhecida (RE 567985/MT, DJE de 11.4.2008), o Tribunal, por maioria, acolheu questão de ordem suscitada pelo Min. Cezar Peluso, em recurso extraordinário, do qual relator, para, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF (‘Quando se verificar subida ou distribuição de múltiplos recursos com fundamento em idêntica controvérsia, a Presidência do Tribunal ou o(a) Relator(a) selecionará um ou mais representativos da questão e determinará a devolução dos demais aos tribunais ou turmas de juizado especial de origem, para aplicação dos parágrafos do art. 543-B do Código de Processo Civil’) determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC (...)” (RE nº 540.410-QO/RS, da minha relatoria, DJE de 17.10.2008).

3.Diante do exposto, e com fundamento no art. 328, § único, do RISTF, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Int..Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 352.905 (1009)ORIGEM : EXFISC - 59275119405 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. JOAQUIM BARBOSA

RECTE. : ELETROPAULO - ELETRICIDADE DE SÃO PAULO S/AADVDOS. : LAURA CRISTINA NICOLOSI RIBEIRO DE SOUZARECDO. : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a da Constituição) interposto de decisão proferida em embargos infringentes em execução fiscal que não reconheceu imunidade tributária à ELETROPAULO em relação ao IPTU e taxas municipais.

Sustenta-se violação do disposto no artigo 155, § 3°, da Carta Magna.Sem razão a recorrente.Nos termos do art. 155, § 3º, da Constituição, à exceção do Imposto

sobre Operações de Circulação de Mercadorias e Serviços de Comunicação e Transporte Intermunicipal ou Interestadual – ICMS, o Imposto de Importação e o Imposto de Exportações, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas à energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País.

A imunidade pretendida é relativa às operações com energia elétrica, categoria que não abrange os critérios materiais do IPTU, que é a propriedade imóvel, e das taxas, que são a prestação de serviços públicos específicos e divisíveis e o exercício do poder de polícia.

A orientação firmada por esta Corte tende a interpretar restritivamente o alcance da imunidade prevista no art. 155, § 3º, da Constituição, considerada a materialidade tributada. Confiram-se, nesse sentido, as seguintes ementas e enunciado sumular:

“EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IPMF. INCIDÊNCIA SOBRE A MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA DAS EMPRESAS PRODUTORAS DE ÁLCOOL CARBURANTE. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE TRIBUTÁRIA. INCIDÊNCIA. ALEGAÇÃO IMPROCEDENTE. O princípio da exclusividade tributária, previsto no artigo 153, incisos I e II, da Constituição Federal, aplica-se às operações mercantis envolvendo os serviços e produtos pertinentes à energia elétrica, serviços de

telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País, não se estendendo às movimentações financeiras delas decorrentes. Precedente. Recurso extraordinário não conhecido.” (RE 216.286, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ de 24.08.2001)

“EMENTA: Agravo regimental. - A imunidade prevista no artigo 155, § 3º, da Constituição diz respeito às operações relativas a energia elétrica, combustíveis líquidos e gasosos, lubrificantes e minerais, o que não ocorre no caso, em que as operações sobre sacos de matéria plástica, pela única circunstância de o polietileno ser derivado do petróleo e elemento para a fabricação deles, não são, evidentemente, operações referentes a combustível líquido como é o petróleo. Agravo a que se nega provimento.” (AI 199.516-AgR, rel. min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ de 24.10.1997)

Súmula 659/STF:“É LEGÍTIMA A COBRANÇA DA COFINS, DO PIS E DO FINSOCIAL

SOBRE AS OPERAÇÕES RELATIVAS A ENERGIA ELÉTRICA, SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES, DERIVADOS DE PETRÓLEO, COMBUSTÍVEIS E MINERAIS DO PAÍS.”

Em hipótese análoga à dos autos, confira-se o AI 362.694 (rel. min. Carlos Velloso, DJ de 26.02.2002).

Ademais, registro que o art. 173, § 2º da Constituição é expresso ao prescrever que “as empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado”.

Dessa orientação não divergiu a decisão recorrida.Do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário.Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 353.269 (1010)ORIGEM : AC - 200005000030717 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR SUBSTITUTO

:MIN. JOAQUIM BARBOSA

RECTE. : UNIÃOADV. : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDOS. : ELIZABETH PEREIRA DA SILVA E OUTROSADVDA. : LUCIANA LOPES DA SILVA

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição Federal) interposto contra acórdão prolatado pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que declarou a inconstitucionalidade das alíquotas progressivas previstas pelo art. 2º, parágrafo único, da Lei 9.783/99, relativas à contribuição previdenciária dos servidores ativos.

O Plenário desta Corte, ao julgar o pedido de medida liminar na ADI 2.010 (rel. min. Celso de Mello, DJ de 12.04.2002), sob a égide da Emenda Constitucional 20/1998, decidiu pela impossibilidade de instituição de alíquotas progressivas no tocante à contribuição de seguridade social, salvo expressa autorização constitucional. O conteúdo desse acórdão está assim ementado:

“(...) CONTRIBUIÇÃO DE SEGURIDADE SOCIAL - SERVIDORES EM

ATIVIDADE - ESTRUTURA PROGRESSIVA DAS ALÍQUOTAS: A PROGRESSIVIDADE EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA SUPÕE EXPRESSA AUTORIZAÇÃO CONSTITUCIONAL. RELEVO JURÍDICO DA TESE. - Relevo jurídico da tese segundo a qual o legislador comum, fora das hipóteses taxativamente indicadas no texto da Carta Política, não pode valer-se da progressividade na definição das alíquotas pertinentes à contribuição de seguridade social devida por servidores públicos em atividade. Tratando-se de matéria sujeita a estrita previsão constitucional - CF, art. 153, § 2º, I; art. 153, § 4º; art. 156, § 1º; art. 182, § 4º, II; art. 195, § 9º (contribuição social devida pelo empregador) - inexiste espaço de liberdade decisória para o Congresso Nacional, em tema de progressividade tributária, instituir alíquotas progressivas em situações não autorizadas pelo texto da Constituição. Inaplicabilidade, aos servidores estatais, da norma inscrita no art. 195, § 9º, da Constituição, introduzida pela EC nº 20/98. A inovação do quadro normativo resultante da promulgação da EC nº 20/98 - que introduziu, na Carta Política, a regra consubstanciada no art. 195, § 9º (contribuição patronal) - parece tornar insuscetível de invocação o precedente firmado na ADI nº 790-DF (RTJ 147/921). A TRIBUTAÇÃO CONFISCATÓRIA É VEDADA PELA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. - A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal entende cabível, em sede de controle normativo abstrato, a possibilidade de a Corte examinar se determinado tributo ofende, ou não, o princípio constitucional da não-confiscatoriedade consagrado no art. 150, IV, da Constituição. Precedente: ADI 1.075-DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO (o Relator ficou vencido, no precedente mencionado, por entender que o exame do efeito confiscatório do tributo depende da apreciação individual de cada caso concreto). - A proibição constitucional do confisco em matéria tributária nada mais representa senão a interdição, pela Carta Política, de qualquer pretensão governamental que possa conduzir, no campo da fiscalidade, à injusta apropriação estatal, no todo ou em parte, do patrimônio ou dos rendimentos dos contribuintes, comprometendo-lhes, pela insuportabilidade da carga tributária, o exercício do direito a uma existência digna, ou a prática

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 214

de atividade profissional lícita ou, ainda, a regular satisfação de suas necessidades vitais (educação, saúde e habitação, por exemplo). A identificação do efeito confiscatório deve ser feita em função da totalidade da carga tributária, mediante verificação da capacidade de que dispõe o contribuinte - considerado o montante de sua riqueza (renda e capital) - para suportar e sofrer a incidência de todos os tributos que ele deverá pagar, dentro de determinado período, à mesma pessoa política que os houver instituído (a União Federal, no caso), condicionando-se, ainda, a aferição do grau de insuportabilidade econômico-financeira, à observância, pelo legislador, de padrões de razoabilidade destinados a neutralizar excessos de ordem fiscal eventualmente praticados pelo Poder Público. Resulta configurado o caráter confiscatório de determinado tributo, sempre que o efeito cumulativo - resultante das múltiplas incidências tributárias estabelecidas pela mesma entidade estatal - afetar, substancialmente, de maneira irrazoável, o patrimônio e/ou os rendimentos do contribuinte. - O Poder Público, especialmente em sede de tributação (as contribuições de seguridade social revestem-se de caráter tributário), não pode agir imoderadamente, pois a atividade estatal acha-se essencialmente condicionada pelo princípio da razoabilidade. (...)”

Nesse sentido, confiram-se: RE 365.318-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 26.06.2009); RE 458.161-AgR (rel. min. Eros Grau, DJe de 1º.08.2008); RE 414.915-AgR (rel. min. Ellen Gracie, DJ de 20.04.2006) e RE 386.098-AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 27.02.2004).

Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, com base no art. 557, caput, do Código de Processo

Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 354.349 (1011)ORIGEM : AMS - 200001000844032 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR SUBSTITUTO

:MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

RECTE. : MUNICÍPIO DE ITABIRAADV.(A/S) : MAURO ROCA PERROGÓNRECDO. : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão que decidiu pela legitimidade da retenção de 11% (onze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal ou da fatura de prestação de serviços, nos termos do art. 31 da Lei 8.212/1991, redação dada pela Lei 9.711/1998.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, sustentou-se a inconstitucionalidade da referida retenção.

A pretensão recursal não merece acolhida. O acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que, no julgamento do RE 393.946/MG, Relator Ministro Carlos Velloso, decidiu pela constitucionalidade da retenção de 11% (onze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal ou da fatura de prestação de serviços, pelo tomador de serviço, para fins de contribuição previdenciária. No mesmo sentido, cito as seguintes decisões, entre outras: RE 438.856-AgR/PR, Rel. Min. Celso de Mello; RE 349.549-AgR/PR, Rel. Min. Ellen Gracie.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 14 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 366.075 (1012)ORIGEM : AR - 100960017208 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. JOAQUIM BARBOSA

RECTE.(S) : SINDICATO DOS OPERÁRIOS E SERVIDORES MUNICIPAIS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ADV.(A/S) : JOSÉ HENRIQUE DAL PIAZ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE JOÃO NEIVAADV.(A/S) : DORANDY XAVIER DA SILVA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) em que se alega violação do disposto no art. 8°, IV, da Carta Magna.

O acórdão recorrido entendeu que os dispositivos da CLT relativos à contribuição sindical não seriam aplicáveis aos servidores públicos, cujo vínculo jurídico com o município ora recorrido é estatutário. Concluiu, por fim, que não há legislação específica a amparar a pretensão do sindicato recorrente.

Razão assiste ao recorrente.Esta Corte firmou entendimento no sentido de que a contribuição

sindical compulsória prevista no art. 8°, IV, in fine, da Constituição federal e na CLT (art. 578 ss.) tem caráter tributário e é exigível também de servidores públicos, desde que exista sindicato que os represente, independentemente de filiação.

Confiram-se, nesse sentido, as seguintes ementas:“EMENTA: CONSTITUCIONAL. CONTRIBUIÇÃO INSTITUÍDA PELA

ASSEMBLÉIA GERAL: CARÁTER NÃO TRIBUTÁRIO. NÃO COMPULSORIEDADE. EMPREGADOS NÃO SINDICALIZADOS: IMPOSSIBILIDADE DO DESCONTO. C.F., art. 8, IV.

I – A contribuição confederativa, instituída pela assembléia geral – C.F., art. 8º, IV – distingue-se da contribuição sindical, instituída por lei, com caráter tributário – C.F., art. 149 – assim compulsória. A primeira é compulsória apenas para os filiados do sindicato.” (RE 198.092, rel. min. Carlos Velloso, DJ de 11.10.1996)

“EMENTA: Sindicato de servidores públicos: direito à contribuição sindical compulsória (CLT, art. 578 ss.), recebida pela Constituição (art. 8°, IV, in fine), condicionado, porém, à satisfação do requisito da unicidade.

1. A Constituição de 1988, à vista do art. 8°, IV, in fine, recebeu o instituto da contribuição sindical compulsória, exigível, nos termos dos arts. 578 ss. CLT, de todos os integrantes da categoria, independentemente de sua filiação ao sindicato (cf. ADIn 1.076, med. Cautelar, Pertence, 15.6.94).

2. Facultada a formação de sindicatos de servidores públicos (CF, art. 37, VI), não cabe excluí-los do regime da contribuição legal compulsória exigível dos membros da categoria (ADIn 962, 11.11.93, Galvão).

3. A admissibilidade da contribuição sindical imposta por lei é inseparável, no entanto, do sistema de unicidade (CF, art. 8°, II), do qual resultou, de sua vez, o imperativo de um organismo central de registro das entidades sindicais, que, a falta de outra solução legal, continua sendo o Ministério do Trabalho (MI 144, 3.8.92, Pertence).

4. Dada a controvérsia de fato sobre a existência, na mesma base territorial, de outras entidades sindicais da categoria que o impetrante congrega, não há como reconhecer-lhe, em mandado de segurança, o direito a exigir o desconto em seu favor da contribuição compulsória pretendida.” (RMS 21.758, rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 04.11.1994)

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL: NATUREZA JURÍDICA DE TRIBUTO. COMPULSORIEDADE. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (AI 692.369-AgR, rel. min. Cármen Lúcia, DJ de 21.08.2009)

No mesmo sentido: RE 341.200 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 05.10.2009).

Do exposto, conheço do recurso extraordinário e lhe dou provimento.Invertam-se os ônus da sucumbência.Publique-se.Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 372.811 (1013)ORIGEM : AMS - 199904010684150 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR SUBSTITUTO

:MIN. JOAQUIM BARBOSA

RECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : MCDONALD'S COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDAADV.(A/S) : MARIA RITA GRADILONE SAMPAIO LUNARDELLI E

OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) no qual se discute a possibilidade do recolhimento, por empresa urbana, da contribuição previdenciária destinada ao Funrural/Incra.

Está consolidado, nesta Corte, o entendimento pela possibilidade de empresa urbana contribuir para o Funrural/Incra. Cito alguns precedentes: AI 485.192-AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 27.05.2005), RE 364.050-AgR (rel. min. Nelson Jobim, DJ 19.12.2003), RE 238.395-AgR-ED (rel. min. Maurício Corrêa, DJ 04.04.2003), RE 211.442-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, DJ 04.10.2002), RE 238.171-AgR (rel. min. Ellen Gracie, DJ 26.04.2002) e RE 238.206-AgR (rel. min. Carlos Velloso, DJ 08.03.2002).

Do exposto, nego seguimento ao presente recurso.Publique-se.Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 378.106 (1014)ORIGEM : AC - 200104010820818 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SUL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 215

RELATOR SUBSTITUTO

:MIN. JOAQUIM BARBOSA

RECTE.(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS - ECT

ADV.(A/S) : EDSON ANTONIO PIZZATTO RODRIGUES E OUTRO(A/S)

RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CAHOEIRA DO SULADV.(A/S) : WASHINGTON LUÍS KARSBURG ROHDE E OUTRO(A/

S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto com fundamento nos arts. 21, X, XI, XII; 22, VI; 100; 150, VI, a, e 173, § 1º, II, da Constituição federal.

O acórdão recorrido concluiu que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos–ECT, na condição de empresa pública, não está abrangida pela imunidade tributária recíproca prevista no art. 150, VI, a, da Constituição.

Esta Corte firmou orientação no sentido da aplicação da imunidade tributária recíproca à ECT. Registro, por oportuno, a ementa da ACO 959 (rel. min. Menezes Direito, DJe de 16.05.2008):

“EMENTA Tributário. Imunidade recíproca. Art. 150, VI, "a", da Constituição Federal. Extensão. Empresa pública prestadora de serviço público. Precedentes da Suprema Corte. 1. Já assentou a Suprema Corte que a norma do art. 150, VI, ´a´, da Constituição Federal alcança as empresas públicas prestadoras de serviço público, como é o caso da autora, que não se confunde com as empresas públicas que exercem atividade econômica em sentido estrito. Com isso, impõe-se o reconhecimento da imunidade tributária prevista no art. 150, VI, a da Constituição Federal. 2. Ação cível originária julgada procedente.”

Confiram-se, em sentido semelhante, v.g., o RE 407.099 (rel. min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ de 06.08.2004) o RE 354.897 (rel. min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ de 03.09.2004) e o RE 398.630 (rel. min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ de 17.09.2004). Quanto à fundamentação, cf. o RE 364.202 (rel. min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ de 28.10.2004) e o RE 424.227 (rel. min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ de 10.09.2004).

Como observei por ocasião do julgamento do agravo regimental na ACO 765:

“A circunstância de a agravante [referia-me à ECT] executar serviços que, inequivocamente, não são públicos nem, tampouco, se inserem na categoria ´serviços postais´, como a atividade bancária conhecida como “Banco Postal”, demandará certa ponderação quanto à espécie de patrimônio, renda e serviços protegidos pela imunidade recíproca”.

Compete ao ente tributante identificar com precisão os critérios que descaracterizariam as atividades da autora como públicas, no caso concreto. Essa indicação deve ser realizada durante o fluxo de constituição e controle do crédito tributário, na fase administrativa ou judicial. Não obstante, não é possível deixar de aplicar a imunidade se o ente tributante não especificar o modo pelo qual os serviços, a renda ou o patrimônio da autora não estão sendo aplicados na execução dos serviços públicos que justificam a imunidade recíproca.

O mesmo entendimento não foi adotado quanto às taxas municipais incidentes sobre os imóveis da empresa. Da interpretação do dispositivo constitucional que consagra a imunidade tributária recíproca, concluiu-se que esta expressamente alcança apenas os impostos, não se estendendo às taxas instituídas pelo município (RE 253.394, rel. min. Ilmar Galvão, DJ 11.04.2003).

Ante o exposto, com fundamento no art. 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil e em conformidade com os mencionados precedentes, conheço em parte do presente recurso e, nessa parte, dou-lhe provimento tão-somente para firmar a aplicabilidade da imunidade recíproca à propriedade imóvel, no que se refere ao IPTU.

Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 379.090 (1015)ORIGEM : AC - 200104010361162 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR SUBSTITUTO

:MIN. EROS GRAU

RECTE.(S) : MAGISTRAL IMPRESSORA INDUSTRIAL LTDAADV.(A/S) : ANTÔNIO IVANIR DE AZEVEDORECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição do Brasil contra acórdão proferido pelo TRF da 4ª Região.

2.Alega-se, no recurso extraordinário, ofensa ao disposto nos artigos 153, III, e 154, I, da Constituição do Brasil.

3.O recurso não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que o recorrente

indica como violados. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do STF.

4.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

5.Para dissentir-se do acórdão impugnado seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie, no caso, Código Tributário Nacional, Decreto-Lei n. 2.341/87 e Decreto n. 1.041/94. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido, o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 8 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 389.545 (1016)ORIGEM : AMS - 199901000112868 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR SUBSTITUTO

:MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

RECTE.(S) : ANTONIO ZANINI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALMIR HOFFMANN DE LARA JUNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASILADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASIL

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão assim ementado:“ADMINISTRATIVO. INTERVENÇÃO EM INSTITUIÇÃO

FINANCEIRA. INDISPONIBILIDADE DE BENS DOS ADMINISTRADORES. LEGITIMIDADE. AUSÊNCIA DE LESÃO AO DIREITO DE PROPRIEDADE.

1. É legítima a indisponibilidade de bens dos dirigentes de instituição financeira em liquidação extrajudicial nos termos do art. 36 da Lei n 6.024/74, tal qual já assentada pela jurisprudência reiterada desta Corte.

2. Essa medida acautelatória, visa a garantir o cumprimento das responsabilidades até a liquidação final e não implica em perda do direito de propriedade, que apenas tem vez em processo judicial em ação de responsabilidade, não havendo, desde aí, que se cogitar de lesão à indisponibilidade do processo legal.

3. Apelação a que se nega provimento” (fl. 249).Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alega-se ofensa

ao art. 5º, LIV e LV, da mesma Carta.A pretensão recursal não merece acolhida. A orientação desta Corte,

por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, quando muito, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

É certo ainda que esta Corte, em casos análogos ao destes autos, já assentou que o arresto previsto na Lei 6.024/1974 não ofende os princípios da ampla defesa e do devido processo legal.

Nesse sentido menciono o julgamento do RE 379.128/RO, Rel. Ellen Gracie, assim ementado:

“LEI Nº 6.024/74. ARRESTO DOS BENS DE ENVOLVIDOS EM POSSÍVEIS IRREGULARIDADES EM INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. INEXISTÊNCIA. 1. O arresto é medida cautelar prevista na legislação processual civil com vistas a garantir a efetividade de uma possível execução, não representando julgamento prévio ou ingerência patrimonial indevida. 2. A decisão que decretou o arresto apresenta-se devidamente fundamentada, na presença do fumus boni iuris e do periculum in mora, requisitos que não podem ser contestados em sede extraordinária, devido a seu caráter processual ordinário. Por esta razão não pode o Supremo Tribunal examinar se o relatório do Banco Central, que concluiu pela responsabilidade do recorrente pelos prejuízos suportados pela instituição financeira que administrava, é suficiente para a ocorrência dos requisitos ensejadores da medida cautelar. 3. Inocorrência de violação aos princípios da ampla defesa e do devido processo legal. Precedente: RE 228.683. 4. Recurso extraordinário conhecido e improvido”.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (RISTF, art. 21, § 1º).Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 216

- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 395.032 (1017)ORIGEM : RMS - 13499 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : CEARÁRELATOR SUBSTITUTO

:MIN. EROS GRAU

RECTE.(S) : ABNER ALBUQUERQUE DE OLIVEIRAADV.(A/S) : VICENTE BANDEIRA DE AQUINO NETORECDO.(A/S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ

DECISÃO: A repercussão geral da matéria objeto dos presentes autos --- competência exclusiva da Câmara Municipal para julgar as contas do Chefe do Executivo, atuando o Tribunal de Contas como órgão opinativo --- foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do RE n. 597.362, de minha Relatoria.

2.O Plenário deste Tribunal, na Sessão do dia 20 de agosto de 2008, apreciando questão de ordem, decidiu estender a aplicação de dispositivos da repercussão geral a todos os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados anteriormente a 3 de maio de 2007.

Sendo assim, determino a devolução deste feito ao Tribunal de origem [RISTF, 328], para que seja observado o disposto no artigo 543-B e seus parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 7 de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 403.660 (1018)ORIGEM : AIRR - 6964192008 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : FORD BRASIL LTDAADV.(A/S) : JOSÉ GONÇALVES DE BARROS JÚNIOR E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : SEVERINO GONZALESADV.(A/S) : DENISE MARIA DOS SANTOS E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) que tem como violados os arts. 5º, II e 7º, IV, da Constituição federal.

O Tribunal a quo negou provimento ao agravo de instrumento em recurso de revista por ausência dos pressupostos de admissibilidade recursal.

Sustenta-se no recurso extraordinário a improcedência do pedido de condenação ao pagamento do adicional de insalubridade, porque a lei afastou o pagamento do mencionado adicional em razão do fornecimento de equipamento de proteção individual. Alega-se também que a base de cálculo do adicional deve ser o salário mínimo de referência ao invés do salário mínimo, nos termos do Decreto-lei 2.351/1987, sob pena de afronta ao princípio da não-vinculação ao salário mínimo.

O Ministério Público Federal opinou pelo provimento do recurso.É o relatório. Decido.Os fundamentos trazidos à colação pelo recurso extraordinário não

são suficientes para desconstituir a decisão recorrida, porque esta partiu da premissa de não-provimento por falta de atendimento dos pressupostos recursais da revista, enquanto o recurso extraordinário trata da matéria de fundo (adicional de insalubridade).

Ademais, a jurisprudência desta Corte pacificou o entendimento de que a controvérsia em torno da aferição dos pressupostos de admissibilidade do recurso de revista, quando apoiados em súmulas do Tribunal Superior do Trabalho, restringe-se ao âmbito processual, de caráter eminentemente infraconstitucional, hipótese em que não se admite o recurso extraordinário (cf. AI 478.014, rel. min. Celso de Mello; AI 266.463, rel. min. Maurício Corrêa; AI 249.675, rel. min. Sepúlveda Pertence).

Ainda que superados os óbices supra, a análise da apontada violação do art. 5º, II, da Constituição demandaria o exame prévio da legislação infraconstitucional (Decreto-lei 2.351/1987 e a Consolidação das Leis do Trabalho). Trata-se, portanto, de alegação de ofensa indireta ou reflexa à Constituição, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário. Incide na Súmula 636 desta Corte.

Por fim, não vislumbro ofensa ao art. 7º, IV, da Constituição visto que os direitos da reclamante, ora recorrida, reportam-se à período anterior à vigência da Constituição federal de 1988.

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 409.755 (1019)ORIGEM : AC - 96056778 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : CEARÁ

RELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁRECDO.(A/S) : EXPEDITO BELARMINO DE SOUZAADV.(A/S) : PAULO TELES DA SILVA

DECISÃO:Trata-se de recurso extraordinário interposto de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do estado do Ceará, exarado em ação cautelar inominada, assim ementado:

“Policial-militar. Indenização de representação. Desde que já incorporada ao patrimônio dos beneficiários, não pode ser suprimida em decorrência de lei promulgada posteriormente à reforma destes. O direito consumado sob a vigência de uma lei continua a vigorar, sob pena de vulneração do princípio constitucional do direito adquirido.

Verifico que o recurso extraordinário não comporta conhecimento em virtude da impropriedade da via eleita, conforme preconiza a Súmula 735. Confira-se, a propósito, o RE 315.052 (rel. min. Moreira Alves), que versa hipótese idêntica à do presente caso. Assim ficou redigida a ementa do referido julgado:

“Recurso extraordinário. Seu não-cabimento.- Esta Primeira Turma, ao julgar o RE 232.387, decidiu que não cabe

recurso extraordinário contra acórdão que defere liminar por entender que ocorrem os requisitos do ‘fumus boni iuris’ e do ‘periculum in mora’, porquanto o que o aresto afirmou, com referência ao primeiro desses requisitos, foi que os fundamentos jurídicos alegados (no caso, constitucionais) eram relevantes, e isso, evidentemente, não é manifestação conclusiva da procedência deles para ocorrer a hipótese de cabimento do recurso extraordinário pela letra ‘a’ do inciso III do artigo 102 da Constituição, que exige, necessariamente, decisão que haja desrespeitado dispositivo constitucional, por negar-lhe vigência ou por tê-lo interpretado erroneamente ao aplicá-lo ou ao deixar de aplicá-lo.

- A mesma fundamentação serve para não se conhecer de recurso extraordinário contra acórdão que dá provimento a agravo de instrumento, para reformar, por entender, em última análise, que há verossimilhança - e não manifestação conclusiva de procedência - da alegação para a obtenção da tutela antecipada, indeferida por decisão interlocutória de primeira instância.

Recurso extraordinário não conhecido.”Ante o exposto e com base no art. 557, caput, do Código de Processo

Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.Publique-se.Brasília, 15 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 412.902 (1020)ORIGEM : AC - 200071000018215 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR SUBSTITUTO

:MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

RECTE.(S) : IGNEZ PERTILEADV.(A/S) : ERYKA FARIAS DE NEGRIRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu, pela redação do § 2º do art. 18 da Lei 8.213/91, ser possível calcular novo benefício de aposentadoria, com base em contribuições recolhidas em razão de atividade exercida após a jubiliação, desde que devolvidos todos os valores percebidos em razão da aposentadoria originária.

Inconformada, a recorrente interpôs recurso extraordinário, com base no art. 102, III, a, da Constituição, em que requer a declaração de inconstitucionalidade do mesmo dispositivo, a fim de obter o novo cálculo do benefício sem a devolução dos valores percebidos a título de aposentadoria. Para tanto, alega ofensa aos arts. 195 e 201, § 11, da mesma Carta.

O Ministério Público Federal manifestou-se pelo não conhecimento do recurso (fls. 210-214).

É o breve relatório. Decido.A pretensão recursal não merece acolhida. O acórdão recorrido ao afastar o argumento da recorrente da

inconstitucionalidade da contribuição previdenciária, pois esta não repercute na aposentadoria, está em harmonia com a jurisprudência do Tribunal. Essa tese – repercussão positiva da contribuição social nos proventos de aposentadoria – já foi enfrentada por esta Corte no julgamento da ADI 3.105/DF, Rel. para o Acórdão Min. Cezar Peluso, em que se entendeu constitucional a cobrança de contribuição previdenciária sobre aposentadorias e pensões de servidores públicos, independente de haver reflexo positivo nos proventos tributados.

Afirmou-se, ainda, que referida contribuição social é instrumento de atuação do Estado na área de previdência, e que sua exigência se dá em “obediência aos princípios da solidariedade e do equilíbrio financeiro e atuarial, bem como aos objetivos constitucionais de universalidade, equidade na forma de participação no custeio e diversidade da base de financiamento”.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 217

Nesse sentido, cito, entre outros, os seguintes julgados:“Contribuição previdenciária: aposentado que retorna à atividade: CF,

art. 201, § 4º; L. 8.212/91, art. 12: aplicação à espécie, mutatis mutandis, da decisão plenária da ADIn 3.105, red. p/ acórdão Peluso, DJ 18.2.05.

A contribuição previdenciária do aposentado que retorna à atividade está amparada no princípio da universalidade do custeio da Previdência Social (CF, art. 195); o art. 201, § 4º, da Constituição Federal ‘remete à lei os casos em que a contribuição repercute nos benefícios’” (RE 437.640-AgR/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence).

“1. RECURSO. Extraordinário. Acórdão com dupla fundamentação suficiente. Impugnação de um só dos fundamentos. Subsistência do fundamento infraconstitucional. Preclusão consumada. Não conhecimento. Aplicação da súmula 283. É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles.

2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Contribuição previdenciária. Aposentado que retorna ou permanece em atividade. Incidência. Jurisprudência assentada. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte” (AI 397.337-AgR/RS, Rel. Min. Cezar Peluso).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 415.963 (1021)ORIGEM : AC - 70002306181 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR SUBSTITUTO

:MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

RECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS DE

EMPRESAS ESTATAIS - AMESTADV.(A/S) : ADEMIR CANALI FERREIRA

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão assim ementado:

“AÇÃO CIVIL COLETIVA PRIVADA. ASSOCIAÇÃO NA DEFESA DOS RESPECTIVOS ASSOCIADOS. AUTORIZAÇÃO EXPRESSA PREVISTA NO ESTATUTO. PROCESSO EXTINTO NO PRIMEIRO GRAU SEM JULGAMENTO DO MÉRITO.

1. Quando há autorização expressa e permanente no estatuto, a entidade de defesa dos interesses de categoria profissional ou econômica não necessita de autorização transitória assemblear para cada caso. De outra parte, o requisito ao uso da ação civil coletiva privada é que esteja dentro do objetivo da entidade. Não entram em jogo relação de consumo, defesa do meio ambiente e outras hipóteses típica (sic) da ação civil pública. Exegese do art. 5º, XXI, da CF” (fl. 368).

Neste RE, fundado no art. 102, III, a e b, da Constituição, alega-se, em suma, ofensa ao art. 5º, XXI, da mesma Carta.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ necessidade de autorização expressa dos associados (art. 5º, XXI, da Constituição) ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 573.232-RG/SC, de minha relatoria).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 573.232-RG/SC.

Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 421.485 (1022)ORIGEM : MI - 22002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPERECDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER

JUDICIÁRIO NO ESTADO DE SERGIPE - SINDISERJADV.(A/S) : LENIEVERSON SANTANA DE MENEZES CORREIA

DECISÃO: O presente recurso extraordinário não impugna todos os

fundamentos em que se apóia o acórdão recorrido.Isso significa - considerando-se o que enuncia a Súmula283/STF -

que o recurso extraordinário em questão revela-se inadmissível, porque, não obstante a existência de mais de um fundamento suficiente, apto a sustentar, por si só, a decisão recorrida, o apelo extremo não impugnou, de maneira necessariamente abrangente, todos eles.

Cabe enfatizar, neste ponto, que qualquer dos fundamentos jurídicos em que se apóia o acórdão ora recorrido revela-se bastante para viabilizar a subsistência autônoma da decisão em causa, fazendo incidir, sobre o mencionado apelo extremo, a fórmula jurisprudencial consubstanciada na Súmula 283/STF, segundo a qual “É inadmissível recurso extraordinário quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles”.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por mais de uma vez, já se pronunciou no sentido da imprescindibilidade de a parte recorrente, quando da interposição do recurso extraordinário, impugnar todos os fundamentos suficientes que dão suporte ao acórdão recorrido (RTJ152/243-244, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE - RTJ175/1149-1150, Rel. Min. ILMAR GALVÃO – AI 514.476/GO, Rel. Min. CELSO DE MELLO - RE 217.726/RS, Rel. Min. MOREIRA ALVES - RE318.090-AgR/MG, Rel. Min. ELLEN GRACIE - RE364.018-AgR/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE, v.g.):

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. (...). FUNDAMENTO SUFICIENTE NÃO IMPUGNADO NO APELO EXTREMO.

1. Na hipótese, o acórdão impugnado adota dois fundamentos suficientes (...).

2. O recurso extraordinário, todavia, abrange apenas o primeiro deles. Incidência da Súmula STF nº 283.

3. Agravo regimental improvido.”(RE 402.097-AgR/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE - grifei)De outro lado, cumpre ressaltar que a questão ora em exame foi

decidida com base no direito local, sem qualquer repercussão direta no plano normativo da Constituição da República, configurando, por isso mesmo, situação que inviabiliza, por completo, por efeito do que dispõe a Súmula 280/STF, a possibilidade de utilização do recurso extraordinário.

Sendo assim, e considerando as razões expostas, não conheço do presente recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 02 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 422.431 (1023)ORIGEM : AI - 200204010059917 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/A - CRTADV.(A/S) : RICARDO BARBOSA ALFONSINRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULINTDO.(A/S) : CTRM - BRASIL TELECOM S/A

DECISÃO: 1. Trata-se recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região e assim ementado:

“ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. COMPETÊNCIA. TELECOMUNICAÇÕES. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. EFEITOS DA DECISÃO. FECHAMENTO DE POSTOS E LOJAS DE ATENDIMENTO. PREJUÍZOS AO CONSUMIDOR.

1.A natureza dos serviços de telecomunicações prestados pela Brasil Telecom S/A, em regime de concessão, atrai o interesse da União e do órgão regulador para a causa. Competente a Justiça Federal para o processamento do feito.

2. A ação civil pública proposta na capital de Estado não surte efeitos, nos termos do artigo 16 da Lei 7.347/85, com a redação dada pela Lei 9.494/97, além dos limites da competência territorial do órgão.

3. A concessionária tem a obrigação de comunicar à Anatel eventuais alterações na realização dos serviços prestados ao consumidor. Não houve, no caso, a manutenção dos serviços nem a prévia comunicação das alterações.

4. O fechamento dos postos de atendimento e lojas para atendimento ao usuário causa prejuízo ao consumidor.

5. Agravo de instrumento improvido” (fl. 271 verso)Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.Sustenta a recorrente, com base no art. 102, III, a, a ocorrência de

violação ao dispostos nos artigos 5º, XXXII, XXXV, LIV, LV, art. 60, § 4º, IV, 109, I e 170, VI, da Constituição Federal.

2.O recurso é inconsistente.O aresto impugnado está em aberta conformidade com a

jurisprudência assentada da Corte. Ao examinar questão análoga, decidiu o Plenário desta Corte, no RE nº. 228955 (Rel. Min. ILMAR GALVÃO, DJ de

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STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 218

24.03.2001):“AÇÃO CIVIL PÚBLICA PROMOVIDA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO

FEDERAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. ART. 109, I E § 3º, DA CONSTITUIÇÃO. ART. 2º DA LEI Nº. 7.347/85. O dispositivo contido na parte final do § 3º do art. 109 da Constituição é dirigido ao legislador ordinário, autorizando-o a atribuir competência (rectius jurisdição) ao Juízo Estadual do foro do domicílio da outra parte ou do lugar do ato ou fato que deu origem à demanda, desde que não seja sede de Varas da Justiça Federal, para causas específicas dentre as previstas no inciso I do referido artigo 109. No caso em tela, a permissão não foi utilizada pelo legislador que, ao revés, se limitou, no art. 2º da Lei nº 7.347/85, a estabelecer que as ações nele previstas "serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa". Considerando que o Juiz Federal também tem competência territorial e funcional sobre o local de qualquer dano, impõe-se a conclusão de que o afastamento da jurisdição federal, no caso, somente poderia dar-se por meio de referência expressa à Justiça Estadual, como a que fez o constituinte na primeira parte do mencionado § 3º em relação às causas de natureza previdenciária, o que no caso não ocorreu. Recurso conhecido e provido.”

Ademais, compulsando-se nos autos, observa-se a manifestação de interesse da União (fls. 217/221).

Outrossim, não obstante a previsão do art. 2º da Lei nº. 7.347/85, que autoriza a propositura da ação civil pública no foro do local do dano, a jurisdição federal é determinada pela Constituição Federal e, portanto, incontornável.

Quanto a suposta ofensa às garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa configuraria, aqui, ofensa meramente reflexa à Constituição da República, porque sua eventual caracterização dependeria de exame prévio de norma infraconstitucional, o que é inadmissível, como já notou a Corte em casos análogos: "em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário" (AI nº 372.358- AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 11.06.02. Cf. ainda AI nº 360.265-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 20.09.2002).

Por fim, é de salientar que o recurso especial teve seguimento negado pelo STJ, permanecendo, assim, incólume fundamento legal e bastante da decisão, o que inviabiliza o extraordinário ante os termos da súmula 283.

3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 21, §1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.90, e art. 557 do CPC).

Publique-se, Int..Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 423.690 (1024)ORIGEM : EIAC - 134421700 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : BOVEPE - BOM DESPACHO VEÍCULOS E PEÇAS

LTDAADV.(A/S) : ROBERTO OLIVEIRA DE FARIARECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário que versa sobre tema cuja repercussão geral já foi reconhecida (RE nº 593.849, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJE de 9.10.2009).

2. Ocorre que esta Corte, ao acolher, por maioria, questão de ordem por mim suscitada no RE nº 540.410, em consonância com a decisão da QO proposta pelo Min. GILMAR MENDES (AI nº 715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJE de 14.8.2008), entendeu ser aplicável o regime previsto no art. 543-B do CPC, na hipótese de já ter sido reconhecida, sobre a matéria, a existência de repercussão geral aos recursos extraordinários interpostos de acórdãos publicados anteriormente a 3.5.2007, e cujos autos já tenham sido distribuídos nesta Corte. É o que se vê do seguinte excerto (cf. Informativo nº 516):

“Na linha do que decidido no AI 715423 QO/RS (j. 11.6.2008), e, tendo em conta que o recurso extraordinário trata de tema – requisitos para a concessão de benefício de prestação continuada a necessitado, em face do disposto no art. 203, V, CF – cuja repercussão geral já foi reconhecida (RE 567985/MT, DJE de 11.4.2008), o Tribunal, por maioria, acolheu questão de ordem suscitada pelo Min. Cezar Peluso, em recurso extraordinário, do qual relator, para, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF (‘Quando se verificar subida ou distribuição de múltiplos recursos com fundamento em idêntica controvérsia, a Presidência do Tribunal ou o(a) Relator(a) selecionará um ou mais representativos da questão e determinará a devolução dos demais aos tribunais ou turmas de juizado especial de origem, para aplicação dos parágrafos do art. 543-B do Código de Processo Civil’) determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os

fins do art. 543-B do CPC (...)” (RE nº 540.410-QO/RS, da minha relatoria, DJE de 17.10.2008).

3.Diante do exposto, e com fundamento no art. 328, § único, do RISTF, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Int..Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 427.190 (1025)ORIGEM : AMS - 200170000097129 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DO

PARANÁ - FAEPADV.(A/S) : MARCELO DE SOUZA TEIXEIRARECDO.(A/S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto de decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região que considerou constitucional a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA), instituída pela Lei 10.165/2000.

Alega-se violação do disposto nos arts. 23, parágrafo único; 145, II e § 2°; 150, IV; 154, I, e 167, IV, da Carta Magna, bem como dos princípios da razoabilidade, da proporcionalidade e da proibição de tributo com efeito de confisco.

Sem razão a recorrente.Por ocasião do julgamento do RE 416.601 (rel. min. Carlos Velloso,

DJ de 30.09.2005), o Pleno desta Corte julgou constitucional o tributo impugnado. Tal precedente recebeu a seguinte ementa:

“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IBAMA: TAXA DE FISCALIZAÇÃO. Lei 6.938/81, com a redação da Lei 10.165/2000, artigos 17-B, 17-C, 17-D, 17-G. C.F., art. 145, II.

I. - Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental - TCFA - do IBAMA: Lei 6.938, com a redação da Lei 10.165/2000: constitucionalidade.

II. - R.E. conhecido, em parte, e não provido.”Em sentido semelhante, cf., v.g., o RE 470.217 (rel. min. Cezar

Peluso, DJ de 02.03.2006), o RE 415.864 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 14.02.2006), o RE 464.006 (rel. min. Celso de Mello, DJ de 12.12.2005), o RE 452.446 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 04.11.2005), o RE 394.044 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 06.09.2005), o RE 433.824 (rel. min. Cezar Peluso, DJ de 05.09.2005), o RE 418.067 (rel. min. Cezar Peluso, DJ de 13.09.2005) e o RE 437.678 (rel. min. Carlos Velloso, DJ de 29.08.2005).

Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário.Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 428.104 (1026)ORIGEM : RESP - 183569 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CORTESADV.(A/S) : KARLA MARÇON SPECHOTOADV.(A/S) : ANDRÉ SILVEIRARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASILPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASILINTDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : ANTÔNIO HENRIQUE FREIRE GUERRAINTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : BANCO BAMERINDUS DO BRASIL S/A - EM

LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIALADV.(A/S) : JOSÉ WALTER DE SOUSA FILHOINTDO.(A/S) : BANCO FRANCÊS E BRASILEIRO S/A - BFBINTDO.(A/S) : BANCO ECONÔMICO S/A (EM LIQUIDAÇÃO

EXTRAJUDICIAL)ADV.(A/S) : ANDRÉ LINHARES PEREIRAADV.(A/S) : VIVIEN LADY GONÇALVESINTDO.(A/S) : BANCO REAL ABN AMRO S/AADV.(A/S) : LUIZ CARLOS STURZENEGGERINTDO.(A/S) : BANCO DE CRÉDITO REAL DE MINAS GERAIS S/A -

CREDIREALADV.(A/S) : ALEXANDRE DE MENDONÇA WALD

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 219

INTDO.(A/S) : UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : ALUÍSIO XAVIER DE ALBUQUERQUEINTDO.(A/S) : BANCO ITAÚ S/AADV.(A/S) : LUIZ WALTER COELHO FILHOADV.(A/S) : FERNANDO J. RIBEIRO LINSADV.(A/S) : RICARDO NASCIMENTO CORREIA DE CARVALHOINTDO.(A/S) : BANCO BANORTE S.A. (EM LIQUIDAÇÃO

EXTRAJUDICIAL)ADV.(A/S) : NILTON CORREIAINTDO.(A/S) : CHB - COMPANHIA HIPOTECÁRIA BRASILEIRA

(SUCESSORA LEGAL DA APERN S/A - CRÉDITO IMOBILIÁRIO)

ADV.(A/S) : PEDRO HENRIQUE BASTOS LIMA DE SOUZAADV.(A/S) : PRISCILA CRISTINA BARROS DE MEDEIROSINTDO.(A/S) : UNICARD BANCO MÚLTIPLO S/A (ATUAL

DENOMINAÇÃO DO BANCO BANDEIRANTES S/A)ADV.(A/S) : LUIZ CARLOS STURZENEGGERINTDO.(A/S) : APEAL - CRÉDITO IMOBILIÁRIO S/AADV.(A/S) : FÁBIO BARBOSA MACIELADV.(A/S) : FERNANDO ANTÔNIO BARBOSA MACIELINTDO.(A/S) : LARCKY SOCIEDADE DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO S/AADV.(A/S) : LUIZ ROBERTO PASSANI

DECISÃO: O presente recurso extraordinário revela-se processualmente inviável, eis que se insurge contra acórdão que decidiu a causa em estrita conformidade com a orientação jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria em exame.

Com efeito, esta Suprema Corte, ao apreciar a questão pertinente à legitimidade do Ministério Público para o ajuizamento da ação civil pública em tema de defesa de interesses ou de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos (CDC, art. 81, parágrafo único, n. I, II e III), fixou entendimento que desautoriza, no contexto das relações de consumo, a pretensão de direito material deduzida pela parte ora recorrente:

“1. LEGITIMIDADE PARA A CAUSA. Ativa. Caracterização. Ministério Público. Ação civil pública. Demanda sobre contratos de financiamento firmados no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação - SFH. Tutela de diretos ou interesses individuais homogêneos. Matéria de alto relevo social. Pertinência ao perfil institucional do MP. Inteligência dos arts. 127 e 129, incs. III e IX, da CF. Precedentes. O Ministério público tem legitimação para ação civil pública em tutela de interesses individuais homogêneos dotados de alto relevo social, como os de mutuários em contratos de financiamento pelo Sistema Financeiro da Habitação.”

(RE 470.135-AgR-ED/MT, Rel. Min. CEZAR PELUSO)Cumpre ressaltar, por necessário, que esse entendimento vem

sendo observado em sucessivos julgamentos, monocráticos e colegiados, proferidos no âmbito desta Corte, a propósito do tema ora em análise (RE 262.134/MA, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RE320.667/MA, Rel. Min. CARLOS VELLOSO - RE 424.048-AgR/SC, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, v.g.).

O exame da presente causa evidencia que o acórdão ora impugnado ajusta-se à diretriz jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou na apreciação da matéria em referência.

Sendo assim, e considerando as razões expostas, conheço do presente recurso extraordinário, para negar-lhe provimento.

Publique-se.Brasília, 13 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 430.586 (1027)ORIGEM : AC - 316273200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : HOSPITAL VERA CRUZ S/AADV.(A/S) : JOÃO DÁCIO DE SOUZA PEREIRA ROLIMRECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTE

DESPACHO: Em sessão eletrônica, apreciando o RE 602.347, rel. min. Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral de uma das questões constitucionais suscitadas no presente recurso (IPTU - base de cálculo – majoração - necessidade de edição de lei - Mapas de Valores Genéricos relativos aos valores de IPTU, por meio de decreto - atualização do valor venal). Assim, determino o sobrestamento deste feito até o julgamento da matéria pelo Plenário desta Corte, devendo os autos aguardar na Secretaria Judiciária.

Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 435.466 (1028)ORIGEM : AMS - 9704667957 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

PROCED. : PARANÁRELATOR SUBSTITUTO

:MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

RECTE.(S) : CURSO DOM BOSCO S/C LTDAADV.(A/S) : MAURO JÚNIOR SERAPHIMRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal Regional federal da 4ª Região, que recebeu a seguinte ementa:

“TRIBUTÁRIO. LEI Nº 9.249/95, ART. 9º, § 10º. REMUNERAÇÃO DE CAPITAL PRÓPRIO. IRREDUTIBILIDADE DA BASE DE CÁLCULO DA CSSL.

1. O lucro tributável há que ser considerado como o resultado positivo líquido da empresa, isto é, depois de descontadas as despesas operacionais (financeiras).

2. Se a lei condiciona o pagamento dos juros à existência de lucros, confundem-se as figuras dos dividendos e dos juros, até porque ambos resultam do investimento de capital dos sócios na atividade empresarial.

3. Quando o próprio sócio investe capital na empresa, não pode ser equiparado a outra instituição financeira a fim de receber juros remuneratórios, eis que tal investimento foi escolha sua, não podendo ser seu risco deduzido à taxa de juros estranha à atividade.

4. Apelação improvida” (fl. 116).Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alega-se

afronta aos arts. 5º, II, e 150, I, da mesma Carta.O Ministério Público Federal manifestou-se pelo não conhecimento do

recurso em parecer assim ementado:“Recurso Extraordinário. Tributário. CSSL. Base de Cálculo. Exclusão

dos juros pagos sobre capital próprio. Questão de caráter infraconstitucional. Ausência de violação direta à Constituição. Pelo não conhecimento do recurso” (fls. 176-178).

É o breve relatório. Decido.O recurso não merece acolhida. Com efeito, a apreciação dos temas

constitucionais, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais (Leis 9.249/95, 7.689/88, 8.981/95, art. 43 do CTN e IN SRF 11/96).

Nesse sentido, cito, entre outros o AI 734.313-AGR/RS, de minha relatoria:

“TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. REEXAME DE PROVA. SÚMULAS 279 DO STF. INCIDÊNCIA. RECURSO PROTELATÓRIO. MULTA. AGRAVO IMPROVIDO.

I – O acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação ordinária, Lei 9.249/95. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Precedentes.

II – Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

III - Recurso protelatório. Aplicação de multa.IV - Agravo regimental improvido” (grifei).Portanto, a afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta.

Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 338.461-AgR/SP, Rel. Min. Maurício Corrêa; AI 341.583/SP, Rel. Min. Nelson Jobim; AI 614.966/RJ, de minha relatoria; AI 572.418/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 465.810/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso.

Além disso, o Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 15 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 438.023 (1029)ORIGEM : AMS - 1390905700 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : COMERCIAL OLÍMPIA DE VEÍCULOS E

MOTOCICLETAS LTDAADV.(A/S) : LAERTE POLLI NETO

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 220

publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (constitucionalidade da restituição da diferença de ICMS pago a mais no regime de substituição tributária, com base no art. 150, § 7º, da CF) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 593.849, rel. min. Ricardo Lewandowski).

Do exposto, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 438.569 (1030)ORIGEM : AC - 200004011143563 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR SUBSTITUTO

:MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

RECTE.(S) : VIAÇÃO GARCIA LTDAADV.(A/S) : ANTÔNIO IVANIR DE AZEVEDORECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão assim ementado:

“BASE DE CÁLCULO DO IRPJ. LIMITE. DEDUÇÃO DAS DESPESAS OPERACIONAIS.

O limite de isenção fixado pelo Decreto-Lei nº 2341/87, para efeito de desconto do IR na Fonte, não viola dispositivo constitucional, ou do CTN, uma vez que integra o elaborado sistema de prevenção à distribuição disfarçada de lucros e à sonegação fiscal, em sintonia com os demais diplomas legais regulamentadores da exação” (fl. 359).

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alega-se, em suma, ofensa aos arts. 153, III, e 154, I, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. Quanto ao art. 154, I, da Constituição, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, o que torna inviável o recurso, neste aspecto, a teor das Súmulas 282 e 356 desta Corte.

Além disso, a apreciação do tema constitucional, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais (Decreto-Lei 2.341/1987 e Decreto 1.041/1994). A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 438.610 (1031)ORIGEM : HC - 20030003722480 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

CEARÁRECDO.(A/S) : LEONARDO NUNES FREIRE MAIAADV.(A/S) : RODRIGO ANTONIO MAIA BARRETO

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) que tem como violados os arts. 129, I, VII e VIII e 144, § 1°, IV, e § 4°, ambos da Carta Magna.

Depreende-se dos autos que o Ministério Público do Estado do Ceará, por determinação da Procuradoria Geral de Justiça, instaurou procedimento investigatório para apurar indícios de irregularidades praticadas pelo Delegado Regional de Polícia de Aracati/CE.

No curso das investigações, apurou-se a existência, em tese, dos delitos de ameaça, abuso de autoridade, direção perigosa e prevaricação.

Os procedimentos relativos aos delitos de competência do juizado foram enviados ao Juizado Especial da Comarca de Aracati/CE, designando-se audiência de instrução e julgamento para os dias 02, 04 e 16 de junho de 2003.

A Primeira Turma Recursal dos Juizados Cíveis e Criminais do Ceará, ao julgar habeas corpus impetrado em favor do ora recorrido, concedeu a ordem para trancar as ações penais em andamento (fls. 144-150). O Ministério Público opôs embargos de declaração, que foram rejeitados (fls. 171-178).

No recurso extraordinário, o recorrente alega que a decisão impugnada deve ser cassada para permitir a continuidade dos procedimentos penais instaurados contra o recorrido, sustentando que o Ministério Público tem legitimidade para produzir prova que sirva de suporte à instauração de eventual ação penal.

Aduz que a própria Constituição federal atribui ao Ministério Público o controle externo da atividade policial e que, nos termos do art. 144, § 4°, da Carta Magna, não é exclusividade da polícia judiciária a apuração de infrações penais atribuídas às polícias civis dos Estados.

Por fim, assevera que as investigações realizadas pelo Ministério Público não violam direitos individuais, porque estão sujeitas ao controle judicial.

Decido.Ao analisar os autos, tendo em conta o lapso temporal entre a data

dos fatos e a presente data, procedi à consulta ao sítio do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará na internet e verifiquei que já houve sentença que decretou a extinção da punibilidade em razão da prescrição da pretensão punitiva do Estado, no tocante aos delitos imputados ao recorrido.

É de se reconhecer, portanto, a perda do objeto do presente recurso.Do exposto, nos termos do art. 21, IX, do RISTF, julgo prejudicado o

recurso extraordinário, por perda do seu objeto.Publique-se.Brasília, 19 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 445.544 (1032)ORIGEM : AMS - 10707020518023001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : AMER SPORTS BRASIL LTDA - ATUAL DENOMINAÇÃO

DE WILSON SPORTING GOODS BRASIL LTDAADV.(A/S) : ENRIQUE DE GOEYE NETORECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto de acórdão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais que considerou devido o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS ao Estado onde se localiza a empresa que realmente é a destinatária dos bens importados, e não onde ocorreu o desembaraço aduaneiro.

Sustenta-se a violação do art. 155, § 2º, IX, a, da Constituição federal.Em matéria de sujeição ativa do ICMS em operações de importação,

relativa à definição do conceito de estabelecimento destinatário das mercadorias, o Supremo Tribunal Federal firmou os seguintes precedentes:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. INTERPOSIÇÃO ANTES DA PUBLICAÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA. AUSÊNCIA DE RATIFICAÇÃO. TRIBUTÁRIO. ICMS. IMPORTAÇÃO. SUJEITO ATIVO. ALÍNEA 'A' DO INCISO IX DO § 2º DO ART. 155 DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. O Supremo Tribunal Federal possui orientação pacífica no sentido de ser extemporâneo o recurso protocolado antes da publicação da decisão recorrida, sem posterior ratificação. 2. O sujeito ativo da relação jurídico-tributária do ICMS é o Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário jurídico da mercadoria importada, pouco importando se o desembaraço aduaneiro ocorreu por meio de outro ente federativo. Precedente. 3. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do STF. Agravo regimental a que se nega seguimento.” (AI 635.746-AgR-AgR, rel. min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe de 28.03.2008);

“EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. CONSTITUCIONAL. ICMS. FATO GERADOR. ESTADO CREDOR. AGRAVO IMPROVIDO. I - O fato gerador do imposto ocorre no momento do desembaraço aduaneiro, no entanto, o Estado credor é aquele onde se localiza a sede da empresa. II - Agravo regimental improvido.” (AI 620.448-AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe de 06.06.2008).

Confira-se, ainda, o RE 299.079 (rel. min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJ de 16.06.2006) e o RE 370.081 (rel. mim. Sepúlveda Pertence, DJ de 18.02.2005).

Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, com base no art. 557, caput, do Código de Processo

Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.Publique-se.Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 452.142 (1033)ORIGEM : AC - 171982004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 221

RECTE.(S) : NORTINTAS S/A MATERIAIS DE CONSTRUÇÃOADV.(A/S) : ALEXANDRE GOMES POMPEIOADV.(A/S) : RICARDO FERNANDES MAGALHÃES DA SILVEIRARECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a e c, da Constituição federal) em que se alega violação do disposto nos arts. 156, § 1º, e 182, §§ 2° e 4º, II, da Carta Magna.

O acórdão recorrido declarou válida a cobrança de IPTU mediante a utilização de alíquotas diferenciadas em função da destinação da propriedade imóvel.

O Supremo Tribunal Federal fixou orientação no sentido da ausência de identidade entre a progressividade fiscal, vedada na linha subjacente à Súmula 668/STF, e o estabelecimento de alíquotas diferenciadas para a tributação de propriedade territorial urbana, conforme o imóvel esteja edificado ou não, ou em razão da destinação residencial, comercial ou industrial do imóvel.

Confiram-se, nesse sentido, os seguintes precedentes:“EMENTA: IPTU: Município do Rio de Janeiro. A criação de alíquotas

diferentes para imóveis residenciais e não-residenciais não fere a Constituição Federal (v.g. RE 229.233, 26.3.1999, Ilmar Galvão, DJ 25.6.1999). Caso anterior à EC 29/2000.” (RE 427.488-AgR, rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ de 19.05.2006)

“TRIBUTÁRIO. IPTU. MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO. LEI Nº 5.447/93, ART. 25, REDAÇÃO DA LEI Nº 5.722/94. ALEGADA OFENSA AO ART. 156 DA CONSTITUIÇÃO.

Simples duplicidade de alíquotas, em razão de encontrar-se, ou não, edificado o imóvel urbano, que não se confunde com a progressividade do tributo, que o STF tem por inconstitucional quando não atendido o disposto no art. 156, § 1º, aplicado com as limitações expressamente constantes dos §§ 2º e 4º do art. 182 da Carta de 1988.

Recurso não conhecido.” (RE 229.233, rel. min. Ilmar Galvão, DJ de 25.06.1999)

Confiram-se, ainda, o RE 392.144, rel. min. Celso de Mello, DJ de 05.08.2005; o AI 478.384, rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 15.04.2005, e o AI 472.280, rel. min. Eros Grau, DJ de 09.09.2004.

Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário.Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 452.668 (1034)ORIGEM : AC - 143182000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : JOÃO FORTES ENGENHARIA S/A E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RÔMULO CAVALCANTE MOTA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que declarou a invalidade da cobrança, pelo Município do Rio de Janeiro, da taxa de coleta de lixo e limpeza pública - TCLLP e do IPTU com base em alíquotas progressivas antes da Emenda Constitucional 29/2000.

Alega-se violação do disposto nos arts. 6°; 30, V, VI e VII; 145, II, e 156, § 1º, da Carta Magna.

O acórdão recorrido merece reforma parcial.O entendimento a respeito da vedação da cobrança do IPTU

mediante a aplicação de alíquotas progressivas em período anterior ao advento da Emenda Constitucional 29/2000 alinha-se com a jurisprudência desta Corte (Súmula 668).

Assim também a conclusão pela invalidade da remuneração do serviço universal e indivisível de limpeza de logradouros públicos por meio de taxa (cf., v.g., a Súmula 668, o RE 256.588-EDcl-EDiv, rel. min. Ellen Gracie, Pleno, DJ de 03.10.2003; o RE 370.106-AgR, rel. min. Eros Grau, Primeira Turma, DJ de 13.05.2005; o AI 501.706-AgR, rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ de 06.05.2005; o AI 521.546, rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ de 18.03.2005; AI 456.186-AgR, e o rel. min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 23.04.2004).

No entanto, o Supremo Tribunal Federal fixou orientação no sentido da ausência de identidade entre a progressividade fiscal, vedada na linha subjacente à Súmula 668/STF, e o estabelecimento de alíquotas diferenciadas para a tributação de propriedade territorial urbana, conforme o imóvel esteja edificado ou não, ou em razão de sua destinação residencial, comercial ou industrial.

Confiram-se, nesse sentido, os seguintes precedentes:“EMENTA: IPTU: Município do Rio de Janeiro. A criação de alíquotas

diferentes para imóveis residenciais e não-residenciais não fere a Constituição Federal (v.g. RE 229.233, 26.3.1999, Ilmar Galvão, DJ 25.6.1999). Caso anterior à EC 29/2000.” (RE 427.488-AgR, rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ de 19.05.2006)

“TRIBUTÁRIO. IPTU. MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO. LEI Nº 5.447/93, ART. 25, REDAÇÃO DA LEI Nº 5.722/94. ALEGADA OFENSA AO ART. 156 DA CONSTITUIÇÃO.

Simples duplicidade de alíquotas, em razão de encontrar-se, ou não, edificado o imóvel urbano, que não se confunde com a progressividade do tributo, que o STF tem por inconstitucional quando não atendido o disposto no art. 156, § 1º, aplicado com as limitações expressamente constantes dos §§ 2º e 4º do art. 182 da Carta de 1988.

Recurso não conhecido.” (RE 229.233, rel. min. Ilmar Galvão, DJ de 25.06.1999)

Confiram-se, ainda, o RE 392.144, rel. min. Celso de Mello, DJ de 05.08.2005; o AI 478.384, rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 15.04.2005, e o AI 472.280, rel. min. Eros Grau, DJ de 09.09.2004.

Dessa última orientação divergiu o acórdão recorrido.O município sustenta, ainda, a possibilidade de declaração de

inconstitucionalidade com efeitos limitados no controle incidental quando necessária à preservação da segurança das relações jurídicas e prevalência do interesse social.

Em princípio, a técnica da modulação temporal dos efeitos de decisão reserva-se ao controle concentrado de constitucionalidade, em face de disposição legal expressa.

Não obstante, e embora em pelo menos duas oportunidades o Supremo Tribunal Federal tenha aplicado a técnica da modulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade no controle difuso da constitucionalidade das leis, é imperioso ter presente que a Corte o fez em situações extremas, caracterizadas inequivocamente pelo risco à segurança jurídica ou ao interesse social.

Não é o caso dos autos. Esta Corte, em inúmeros casos análogos, entendeu serem inconstitucionais legislações municipais que previam a cobrança do IPTU com base em alíquotas progressivas. No entanto, em nenhuma dessas decisões reconheceu-se a existência das razões de segurança jurídica, boa-fé e excepcional interesse social invocadas pelo recorrente. Confira-se, v.g., o RE 370.734-AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ de 22.04.2005), o AI 548.684-AgR (rel. min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJ de 17.03.2006), o AI 533.800-AgR (rel. min. Eros Grau, Primeira Turma, DJ de 09.09.2005) e o AI 541.221-AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ de 02.09.2005).

Do exposto, conheço e dou parcial provimento ao recurso extraordinário para declarar, tão somente, a validade da utilização de alíquotas diferenciadas para o cálculo do IPTU, em razão de o imóvel ser edificado ou não, ou em virtude de sua destinação residencial, comercial ou industrial.

Compensem-se proporcionalmente os ônus da sucumbência.Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 453.511 (1035)ORIGEM : AMS - 200251030020561 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

RECTE.(S) : HÉLIO GOMES FILHOADV.(A/S) : TATIANA FERNANDES GOMES AFFONSORECDO.(A/S) : CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

DE CAMPOS - CEFET-RJPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que negou a servidor público o direito à percepção de vantagem pessoal a título de quintos, incorporada em razão do exercício de função de confiança.

Neste RE, fundado no art. 102, III, da Constituição Federal, alegou-se ofensa aos arts. 5º, XXXVI, e 7º, VI, da mesma Carta.

O Subprocurador-Geral da República Paulo de Tarso Braz Lucas opinou pelo não conhecimento do recurso e, se conhecido, pelo seu desprovimento (fls. 477-479).

A pretensão recursal não merece acolhida. Inviável o conhecimento do recurso, a teor da Súmula 284 do STF. É que a indicação correta do dispositivo constitucional autorizador do recurso extraordinário – artigo, inciso e alínea – é requisito indispensável ao seu conhecimento, a teor do art. 321 do RISTF e da pacífica jurisprudência do Tribunal (AI 351.506-AgR/SP, Rel. Min. Maurício Corrêa; RE 327.082-AgR/ES, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 348.211-ED/RJ, Rel. Min. Celso de Mello; AI 554.630-AgR/RJ, Rel. Min. Carlos Velloso).

Quanto ao mérito, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 563.965-RG/RN, Rel. Min. Cármen Lúcia, reconheceu a repercussão geral do tema em debate e confirmou a sua jurisprudência no sentido de que não há direito adquirido à forma de cálculo de remuneração.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 222

Salientou, ainda, a legitimidade de lei superveniente que, sem causar decesso remuneratório, desvincule o cálculo da vantagem incorporada dos vencimentos do cargo em comissão ou função de confiança outrora ocupado pelo servidor, passando a quantia a ela correspondente a ser reajustada segundo os critérios das revisões gerais de remuneração do funcionalismo. O acórdão do referido julgado foi assim ementado:

“DIREITOS CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ESTABILIDADE FINANCEIRA. MODIFICAÇÃO DE FORMA DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO. OFENSA À GARANTIA CONSTITUCIONAL DA IRREDUTIBILIDADE DA REMUNERAÇÃO: AUSÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA. LEI COMPLEMENTAR N. 203/2001 DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Supremo Tribunal Federal pacificou a sua jurisprudência sobre a constitucionalidade do instituto da estabilidade financeira e sobre a ausência de direito adquirido a regime jurídico. 2. Nesta linha, a Lei Complementar n. 203/2001, do Estado do Rio Grande do Norte, no ponto que alterou a forma de cálculo de gratificações e, conseqüentemente, a composição da remuneração de servidores públicos, não ofende a Constituição da República de 1988, por dar cumprimento ao princípio da irredutibilidade da remuneração. 3. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento”.

No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 581.217/AM, Rel. Min. Menezes Direito; RE 600.381/AM, Rel. Min. Eros Grau; RE 601.224/AM, Rel. Min. Celso de Mello; RE 582.712-AgR/AM, de minha relatoria.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (art. 557, caput, do CPC).Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI - Relator –

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 453.642 (1036)ORIGEM : AC - 70002848885 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR SUBSTITUTO

:MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

RECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SAPIRANGAADV.(A/S) : JARLEI DE FRAGA PORTAL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão o qual entendeu que a imunidade prevista no art. 150, VI, a, da Lei Maior alcança o ICMS recolhido em razão da aquisição de bens no mercado interno, serviços de energia elétrica e telefonia.

Neste RE, o Estado do Rio Grande do Sul alegou, em suma, somente ser viável a outorga da imunidade tributária em questão ao contribuinte de direito, o que não ocorre na espécie, uma vez que o Município recorrido seria mero contribuinte de fato (consumidor).

A pretensão recursal merece acolhida.O acórdão recorrido não se encontra em consonância com o atual

entendimento desta Corte, no sentido de que a imunidade em questão alcança o contribuinte de direito e não o contribuinte de fato, como se vê do julgamento do AI 671.412-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau, cuja ementa transcrevo a seguir:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA PARA ILUMINAÇÃO PÚBLICA. ICMS. IMUNIDADE INVOCADA PELO MUNICÍPIO. IMPOSSIBILIDADE.

2.A jurisprudência do Supremo firmou-se no sentido de que a imunidade de que trata o artigo 150, VI, a, da CB/88, somente se aplica a imposto incidente sobre serviço, patrimônio ou renda do próprio Município.

3.Esta Corte firmou entendimento no sentido de que o município não é contribuinte de direito do ICMS, descabendo confundi-lo com a figura do contribuinte de fato e a imunidade recíproca não beneficia o contribuinte de fato.

Agravo regimental a que se nega provimento”.No mesmo sentido, menciono, ainda, as seguintes decisões, entre

outras: AC 457-MC/MG, Rel. Min. Carlos Britto; AI 488.132/SP, Rel. Min. Marco Aurélio; AI 550.300/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 717.793/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia; AC 2.024-MC/RS, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 664.610/SC, Rel. Min. Celso de Mello; RE 600.084/RS, de minha relatoria.

Isso posto, conheço do recurso e dou-lhe provimento (CPC, art. 557, § 1º-A).

Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 455.766 (1037)ORIGEM : AC - 970145632 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSA

RECTE.(S) : TARCISO VIDAL LOHN E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RENATO MELILLO FILHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FORMACCO CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : WALTOIR MENEGOTTO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina que negara provimento à apelação da parte ora recorrente.

A decisão impugnada afastou as alegações de ilegitimidade de sentença proferida por juiz que não presidira a instrução. Eis a ementa:

“- Ação ordinária de rescisão de contrato, cumulada com reintegração de posse e perdas e danos.

– Inconstitucionalidade da Resolução Conjunta n. 001/96 rejeitada, porque o Juízo de Anita Garibaldi não passou a exercer jurisdição sobre feitos em curso na Comarca da Capital, apenas seu titular, como Juiz de Direito, por designação do Chefe do Poder Judiciário, passou a acumular a jurisdição parcial da última das varas citadas em relação a determinados feitos.

– Intimação regular, outrossim, para que os apelantes oferecessem razões finais, o que afasta outra nulidade por eles alegada.

– Razões de mérito de todo inconsistentes, invocando a existência de ação de nulidade de título vinculado ao contrato objeto do presente feito, do que os réus não fizeram prova no curso da lide, nem a ela voltaram a se referir em manifestações posteriores à contestação, inclusive nas razões orais de audiência.

- Apelo desprovido..” (Fls. 181)Alega a parte recorrente violação dos artigos 5º, LII e 37, da

Constituição. Argumenta que a “(...) Resolução que criou a Unidade de Justiça intensiva da Capital é (...) inconstitucional”. Argüi, ainda, que “(...) o Presidente do Tribunal de Justiça, sujeito ao princípio da legalidade, não tem competência para designar Juiz de Direito para ter competência ou jurisdição cumulativa.” (Fls. 213).

Não prospera o recurso.As razões de recurso extraordinário versam questões constitucionais

não ventiladas no acórdão recorrido e que não foram objeto de embargos de declaração, faltando-lhes, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356).

Do exposto, nego seguimento ao presente recurso extraordinário.Publique-se.Brasília, 14 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 457.861 (1038)ORIGEM : AC - 200184000021368 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR SUBSTITUTO

:MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

RECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : FRANCISCO CANINDÉ PINHEIRO DE FIGUEIREDOADV.(A/S) : MÁRIO JÁCOME DE LIMA

Trata-se de recurso extraordinário interposto pelo União contra acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que recebeu a seguinte ementa:

“TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. HORAS EXTRAS. MULTA. CABIMENTO. PERCENTUAL. REDUÇÃO.

1. Afastada a hipótese de isenção pela negativa da natureza indenizatória da verba, tem-se como lídimo o lançamento de ofício realizado pelo titular da capacidade tributária ativa, sendo cabível a imposição da multa pelo não-recolhimento da exação, com a ressalva, apenas, da impossibilidade desta carga representar peso demasiado para o contribuinte, sob pena de configurar-se o confisco.

2. Embargos infringentes parcialmente providos” (fl. 224).Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alega-se

violação ao art. 150, IV, da mesma Carta.O Ministério Público Federal manifestou-se pelo provimento do

recurso (fls. 259-263).É o breve relatório. Decido.A pretensão recursal não merece acolhida.Esta Corte já fixou entendimento no sentido de que lhe é possível

examinar se determinado tributo ofende, ou não, a proibição constitucional do confisco em matéria tributária, nos termos do art. 150, IV, da Constituição, e que esse princípio deve ser observado ainda que se trate de multa fiscal resultante do inadimplemento, pelo contribuinte, de suas obrigações tributárias, a exemplo do que se decidiu na ADI 1075-MC/DF, Rel. Min. Celso de Mello.

Aliás, sobre o tema, adoto critério assentado no julgamento da ADI 551/RJ, Rel. Min. Ilmar Galvão, cuja ementa segue transcrita:

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. §§ 2.º E 3.º DO ART. 57 DO ATO DAS DOSPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. FIXAÇÃO DE VALORES MÍNIMOS PARA MULTAS PELO NÃO-RECOLHIMENTO E

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STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 223

SONEGAÇÃO DE TRIBUTOS ESTADUAIS. VIOLAÇÃO AO INCISO IV DO ART. 150 DA CARTA DA REPÚBLICA.

A desproporção entre o desrespeito à norma tributária e sua conseqüência jurídica, a multa, evidencia o caráter confiscatório desta, atentando contra o patrimônio do contribuinte, em contrariedade ao mencionado dispositivo do texto constitucional federal.

Ação julgada procedente”.Dessa forma, há julgados do Tribunal que entendem ser razoável a

imposição por lei de multas fixadas em 20% e 30%. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 220.284/SP, Rel. Min. Moreira Alves; RE 239.964/RS, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 470.801/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 404.915/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Além disso, é antiga a jurisprudência desta Corte que, com base na vedação ao confisco, reconhece como inconstitucionais multas fixadas em índices de 100% ou mais. Nesse sentido, cito as seguintes decisões: ADI 551/RJ, Rel. Min. Ilmar Galvão; ADI 1075-MC/DF, Rel. Min. Celso de Mello; RE 91.707/MG, Rel. Min. Moreira Alves; RE 81.550/MG, Rel. Min. Xavier de Albuquerque.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, 557, caput). Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 459.941 (1039)ORIGEM : AC - 200004010146301 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR SUBSTITUTO

:MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

RECTE.(S) : SELLINVEST DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS DE BRITORECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra decisão que determinou a aplicação da taxa SELIC em execução fiscal.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 150, I e III, b, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. A apreciação da questão relativa à incidência da Taxa SELIC sobre débitos tributários depende do prévio exame de normas infraconstitucionais. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 496.271-AgR/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 434.461-AgR/PR, Rel. Min. Marco Aurélio; AI 586.182-AgR/PR e RE 463.322-AgR/RS, Rel. Min. Eros Grau; RE 412.670-AgR/SC e AI 659.807-AgR/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes; RE 422.005-ED/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 558.953-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 521.524/MG, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 454.868/SE, Rel. Min. Carlos Britto; AI 653.903/SP, Rel. Min. Celso de Mello; AI 588.561/MG, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 669.634/RS, Rel. Min. Menezes Direito; RE 446.257-AgR/RS, de minha relatoria.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 461.471 (1040)ORIGEM : AC - 200104010169627 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR SUBSTITUTO

:MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

RECTE.(S) : LUIZ KIENEN BEBIDAS LTDAADV.(A/S) : LUÍS FERNANDO DA ROCHA ROSLINDORECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão que reconheceu o direito do contribuinte de creditar valor a título de Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI em decorrência da aquisição de insumos isentos, não tributados ou sujeitos à alíquota zero.

Neste RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, requer-se a correção monetária dos créditos escriturais, o aproveitamento do crédito mediante compensação tributária e o afastamento da prescrição qüinqüenal.

A pretensão recursal não merece acolhida. Verifica-se, inicialmente, que o recurso extraordinário é intempestivo. É que o acórdão recorrido foi publicado em 27/9/2001 (fl. 376) e o RE foi interposto apenas em 15/10/2001 (fl. 404), após o término do prazo de 15 dias, ocorrido em 12/10/2001. Inviável, assim, o recurso.

Ainda que superado tal óbice melhor sorte não teriam os recorrentes. Isso porque a controvérsia relativa à compensação dos créditos de IPI foi

dirimida pelo Tribunal a quo à luz da Lei 9.430/1996. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

No tocante ao prazo prescricional, o acórdão recorrido decidiu a questão referente com base na legislação infraconstitucional (Decreto 20.910/32). A apreciação de temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame da legislação ordinária. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 630.724/SP, Rel. Min. Eros Grau; AI 559.868/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 592.110/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 645.007/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 524.388/RS, Rel. Min. Marco Aurélio.

Por fim, quanto à negativa de incidência da correção monetária, o acórdão recorrido decidiu a questão com base em normas processuais, sendo pacífico na jurisprudência desta Corte o não cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação, aplicação ou inobservância dessas normas. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 562.212/RS, de minha relatoria; AI 592.110/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 645.007/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 524.388/RS, Rel. Min. Marco Aurélio.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 462.381 (1041)ORIGEM : AC - 200102010258425 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

RECTE.(S) : JADER ANTUNES DE SOUSA ELIASADV.(A/S) : MARIA CRISTINA DA COSTA FRAGA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão assim ementado:

“MILITAR – CURSO DE FORMAÇÃO – REQUISITOS – VAGAS SUPERVENIENTES E NÃO ABRANGIDAS NO EDITAL.

I - A questão prende-se à pretensão de inclusão do apelante no Curso de Sargentos, além de danos morais e materiais.

II - O Edital nº 14/97 e o Manual do Candidato do Concurso de Admissão ao Curso de Formação de Sargentos (CFS – 2/98-Turma B), fixaram o número de 384 vagas, as quais seriam preenchidas por ordem de classificação do concurso, posicionando-se o Autor na 407ª colocação na classificação geral, como se verifica pela informação do Diretor Geral do Departamento de Ensino da Aeronáutica de fls. 60/61, fora, portanto, das vagas estabelecidas no Edital e alcançando o 20º lugar na sua subespecialidade, para o qual foram classificados 8 (oito) candidatos, como esclarece a Ré em contestação.

III - Assim, uma vez preenchidas as vagas constantes do Edital, só através de outro concurso se pode dar provimento de outra vaga que venha a se abrir posteriormente, pois os efeitos do concurso se exaurem com o preenchimento do cargo” (fl. 428).

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se ofensa ao art. 37, IV, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. O art. 37, IV, da Constituição garante ao candidato aprovado apenas

o direito de prioridade de convocação sobre novos concursados. Na situação sob análise, o recorrente pretende ver reconhecido direito subjetivo à vaga no concurso que prestou em razão da abertura de novo edital ainda no prazo de validade do anterior. O direito à vaga apenas surgiria na hipótese de ter sido nomeado candidato aprovado no concurso posterior em detrimento dos aprovados no primeiro certame.

O acórdão recorrido não noticia a convocação de qualquer candidato aprovado no concurso ulterior àquele em que o recorrente fora aprovado mas não classificado dentro do número das vagas existentes. Dessa forma, impossível afirmar que tenha existido ofensa à regra do art. 37, IV, no caso destes autos. Isso porque, a mera abertura de novo edital não configura ofensa ao direito de prioridade previsto no dispositivo citado. Nesse sentido, transcrevo a seguinte ementa, do RMS 22.926/DF, Rel. Min. Ilmar Galvão:

“CANDIDATOS APROVADOS EM CONCURSO ABERTO PARA PROVIMENTO DE PROCURADOR DO DNER E DEMAIS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTÁRQUICA E FUNDACIONAL. PRETENDIDA NOMEAÇÃO PARA O INSS, EM FACE DE ABERTURA DE CONCURSO PARA PROVIMENTO DE CARGOS DE PROCURADORES AUTÁRQUICOS, DENTRO DO PRAZO DE VALIDADE DO PRIMEIRO CONCURSO.

De acordo com a norma do inciso IV do art. 37 da Constituição Federal, a abertura de novo concurso, no prazo de validade de concurso anterior, não gera direito de nomeação para os candidatos aprovados no primeiro, mas apenas prioridade sobre os novos concursados.

Inexistência, no caso, do alegado direito subjetivo. Recurso improvido”.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 224

Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos e a interpretação de cláusulas editalícias, o que inviabiliza o extraordinário, a teor das Súmulas 279 e 454 do STF.

Nesse sentido menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 594.849/RS e AI 598.675-AgR/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 21 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 464.882 (1042)ORIGEM : ADI - 20030088903 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BLUMENAUPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BLUMENAURECDO.(A/S) : FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE

SANTA CATARINAADV.(A/S) : CARLOS JOSÉ KURTZ

DECISÃO: A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina interpôs recurso extraordinário contra provimento judicial concessivo de medida cautelar nos autos de ação direta de inconstitucionalidade.

2.Alega-se, no recurso extraordinário, violação do disposto no artigo 30, I, da Constituição do Brasil.

3.O recurso não merece prosperar. Incide, no caso, a Súmula n. 735 do STF, que prevê não ser cabível recurso extraordinário contra decisão que concede ou indefere provimento liminar.

4.No mesmo sentido, o AI n. 631.411-AgR, de que fui relator, DJ de 17.8.07; o AI n. 586.906-AgR, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 3.8.07; o AI n. 643.750-AgR, de que fui relator, DJ de 3.8.06; o AI n. 611.482-AgR, de que fui relator, DJ de 15.6.07, entre outros.

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 465.940 (1043)ORIGEM : AC - 10027030072758001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR SUBSTITUTO

:MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

RECTE.(S) : FLÁVIO AUGUSTO MITRE NUNESADV.(A/S) : MARIA DO ROSÁRIO BRAGANÇA COSTARECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BETIMADV.(A/S) : MARIA IZABEL CAMPOS SARAIVA E OUTRO(A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão assim ementado:

“SERVIDOR ESTATUTÁRIO MUNICIPAL - DIREITO AO GOZO DE FÉRIAS ANUAIS E PAGAMENTO DO ADICIONAL RESPECTIVO - ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS - CONDICIONAMENTO AO NÃO AFASTAMENTO EM GOZO DE LICENÇA MÉDICA POR PERÍODO SUPERIOR A 60 (SESSENTA) DIAS DURANTE O PERÍODO AQUISITIVO - CONSTITUCIONALIDADE DA EXIGÊNCIA ESTATUTÁRIA, DADAS AS CONDICIONANTES DA AQUISIÇÃO DO DIREITO ÀS FÉRIAS: ‘APÓS O EXERCÍCIO DE ATIVIDADES LABORAIS, POR UM ANO’, TENDO OS DISPOSITIVOS ESTATUTÁRIOS PREVALÊNCIA SOBRE QUAISQUER OUTROS DE CONTEÚDO GENÉRICO-. Considerando-se que, no caso de servidor municipal licenciado para tratamento de saúde por período superior a dois (2) meses durante o período aquisitivo das férias, não houve a prestação de serviços para o Município, além de se pressupor que o mesmo permaneceu em inatividade/repouso para recuperação de suas condições físicas e psíquicas de trabalho, o fato de a lei municipal vedar a concessão das férias remuneradas com acréscimo do terço constitucional não configura ofensa às normas trabalhistas constitucionais e infraconstitucionais pertinentes às férias. Sentença reformada no reexame necessário, para denegar a segurança impetrada, por serem legais e constitucionais as normas estatutárias vedando os direitos reclamados”.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação, em suma, ao art. 7º, XVII, da mesma Carta.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ possibilidade de lei municipal limitar o direito de férias dos servidores dessa esfera e,

consequentemente, se a referida limitação foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988 ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 593.448-RG/MG, de minha relatoria).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 593.448-RG/MG.

Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 468.140 (1044)ORIGEM : AC - 200183000140940 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PERNAMBUCORELATOR SUBSTITUTO

:MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

RECTE.(S) : FAACO - ASSOCIAÇÃO DOS APOSENTADOS E APOSENTÁVEIS DOS CORREIOS E TELÉGRAFOS

ADV.(A/S) : FÁBIO SOARES JANOTRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão que entendeu devida aos associados da FAACO – Associação dos Aposentados e Aposentáveis dos Correios e Telégrafos a complementação da aposentadoria prevista no Acordo Coletivo de Trabalho, fundado na Lei n.º 8.529/92. O acórdão limitou, contudo, a legitimidade ativa da FAACO aos associados domiciliados em Pernambuco.

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se

ofensa aos arts. 5º, caput, I, XXI, XXXV, 7º, VI, X e XXVI, e 40, § 4º, da mesma Carta. Requereu-se o afastamento da limitação determinada no acórdão, para que os efeitos do decidido sejam estendidos a todos os seus associados.

O Subprocurador-Geral da República Francisco Adalberto Nóbrega opinou pelo não conhecimento do recurso, e, se conhecido, pelo seu provimento.

A pretensão recursal não merece acolhida. Quanto à alegada ofensa aos arts. 5º, caput, I, XXXV, 7º, VI, X e

XXVI, e 40, § 4º, da Constituição, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ademais, a pretendida discussão acerca da limitação do decidido aos associados da recorrente domiciliados em Pernambuco depende da prévia análise de norma infraconstitucional aplicável à espécie (art. 2º-A da Lei 9.494/97), de sorte que a afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta, inviabilizando o recurso extraordinário.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 7 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 468.148 (1045)ORIGEM : APCRIM - 3105 - TURMA RECURSAL CÍVEL E

CRIMINALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

GOIÁSRECDO.(A/S) : LEONARDO MARQUES BRITO DE ARAÚJOADV.(A/S) : LAIRSON ROSA FERREIRA

DECISÃO: A controvérsia suscitada no presente recurso extraordinário já foi dirimida por ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal (RE 492.087/SP, Rel. Min. CARLOS BRITTO):

“Recurso extraordinário. 2. Transação criminal proposta e ratificada em audiência a que não compareceu o Ministério Público, embora previamente houvesse pedido transferência do ato, o que foi indeferido. 3. Ofensa ao art. 129, I, daCF/88. 4. Parecer da P.G.R. pelo provimento do recurso. 5.O MP é o titular da ação penal pública incondicionada. Alei reserva ao MP a iniciativa de propor a transação com a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa a ser especificada na proposta. Se aceita pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz, a teor do art. 76 e seu § 3º, da Lei n.º 9.099/95. Acolhendo a proposta do MP, aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, consoante o § 4º do mesmo art. 76. 6. Recurso extraordinário conhecido e provido para anular a audiência em que proposta e ratificada pelo Juiz a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 225

transação, sem participação do MP, bem como o processo, a partir desse ato, sem prejuízo de sua renovação, se ainda não extinta a punibilidade, o que será verificado no juízo de origem.”

(RE 296.185/RS, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA)“Transação penal homologada em audiência realizada sem a

presença do Ministério Público: nulidade: violação do art. 129, I, da Constituição Federal.

1. É da jurisprudência do Supremo Tribunal - que a fundamentação do ‘leading case’ da Súmula 696 evidencia: HC75.343, 12.11.97, Pertence, RTJ 177/1293 -, que a imprescindibilidade do assentimento do Ministério Público quer à suspensão condicional do processo, quer à transação penal, está conectada estreitamente à titularidade da ação penal pública, que a Constituição lhe confiou privativamente (CF, art. 129, I).

2. Daí que a transação penal - bem como a suspensão condicional do processo - pressupõe o acordo entre as partes, cuja iniciativa da proposta, na ação penal pública, é do Ministério Público.”

(RE 468.161/GO, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE)Cumpre ressaltar, por necessário, que esse entendimento vem

sendo observado em sucessivos julgamentos, proferidos no âmbito desta Corte, a propósito de questão idêntica à que ora se examina nesta sede recursal (RE 468.150/GO, Rel. Min. GILMAR MENDES – RE468.151/GO, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – RE 476.720/GO, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – RE 514.529/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, v.g.).

O exame da presente causa evidencia que o acórdão ora impugnado diverge da diretriz jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou na análise da matéria em referência.

Sendo assim, pelas razões expostas, conheço e dou provimento ao presente recurso extraordinário (CPC, art. 557, § 1º-A).

Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 469.998 (1046)ORIGEM : AMS - 200061190111125 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA SUBSTITUTA

:MIN. CÁRMEN LÚCIA

RECTE.(S) : GLOBAL WORK INFORMÁTICA LTDAADV.(A/S) : RICARDO RAMOS PATONRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a constitucionalidade do artigo 22, inciso IV, da Lei n. 8.212/91, alterada pela Lei n. 9.876/99. Esse dispositivo instituiu contribuição social à alíquota de 15% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura emitida em decorrência de prestação de serviços realizados por cooperativas.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 595.838,

Relator o Ministro Menezes Direito, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 7 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 474.408 (1047)ORIGEM : AC - 309432004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

RECDO.(A/S) : ADIVANILSON DA SILVA MOREIRAADV.(A/S) : HELIO TAISSUN SANTANA

DESPACHO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição Federal) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, cuja ementa tem o seguinte teor (fls. 167):

“PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AÇÃO DE NULIDADE DE ATO ADMINISTRATIVO. CANDIDATO A POLICIAL MILITAR. REPROVAÇÃO QUE ATENTA CONTRA O PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE. IMPOSSIBILIDADE DE DETERMINAÇÃO DE POSSE, EIS QUE OUTRAS ETAPAS DEVERÃO SER CUMPRIDAS. INCONSTITUCIONALIDADE NÃO SUSCITADA POR AUSÊNCIA DE ELEMENTOS. PARCIAL PROVIMENTO DO RECURSO.

I – É o princípio da razoabilidade que cada vez mais se busca identificar o limite da lei, que haverá de balizar o terreno onde deverá atuar a interpretação judicial;

II – Se o Agravado mede 1,675m, tem, apenas, 0,005m de altura inferior ao exigido no edital, dentro do juízo de proporcionalidade ou princípio da razoabilidade não se afigura razoável a sua eliminação, se atende a todos os outros requisitos para o exercício da função de policial;

III – Provimento parcial do recurso.”.Sustenta o recorrente que o v. acórdão violou os arts. 2º; 5º; 37, caput

e I; e 39, § 3º, da Carta Magna. Argumenta que “sem considerar o Princípio da Razoabilidade, o acórdão contrariou frontalmente seu real significado consubstanciado na necessidade do requisito estabelecido no edital, na adequação do requisito aos fins a que se presta, bem como no fato de que a existência da restrição causa mais benefícios à sociedade do que prejuízos” (grifo nosso - fls.186).

Preliminarmente, observo que o recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende o preceito do art. 2º, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida. Ao inovar nos autos, deduz matéria estranha à controvérsia, incidindo no óbice da Súmula 282.

Em várias oportunidades, esta Corte tem frisado que a discussão sobre exigências legais estabelecidas em concursos públicos é matéria infraconstitucional. Assim:

EMENTA: Agravo regimental. - Administrativo. Concurso público para o cargo de policial militar do Distrito Federal. Altura mínima exigida. - Necessidade de previsão legal para definição dos requisitos para ingresso no serviço público. Constituição Federal, arts. 5º, caput, e 37, I e II. Ofensa reflexa. Agravo a que se nega provimento. AI 460.131 AgR, rel. min. Joaquim Barbosa. 1a T., DJ de 25.06.2004.

No mesmo sentido, confiram-se, ainda: RE 461.956 (rel. min. Carlos Velloso, DJ de 07.12.2005); RE 400.754 (rel. min. Eros Grau, DJ de 16.06.2005); AI 410.634 (rel. min. Cezar Peluso, DJ de 24.05.2005); AI 478.301 (rel. min. Joaquim Barbosa, DJ de 17.02.2005); e RE 324.960 (rel. min. Carlos Britto, DJ de 16.02.2005).

Ademais, à luz da jurisprudência desta Corte, não cabe recurso extraordinário para reexaminar a interpretação de cláusula de concurso. Confira-se, nesse sentido, o AI 251.195-AgR, rel. min. Octavio Gallotti, DJ de 26.05.2000), cuja ementa possui o seguinte teor:

“Não cabe recurso extraordinário para interpretação de cláusula de concurso, nem para resolver suposto conflito entre ela e as instruções do processo seletivo ou dispositivo de lei ordinária.”

No mesmo sentido, confiram-se ainda: o AI 384.050-AgR (rel. min. Carlos Velloso, DJ de 10.10.2003); o RE 120.951-AgR, (rel. min. Néri da Silveira, DJ de 08.10.1999); o RE 476.783-AgR, (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 21.11.2008) e o AI 720.769-AgR, (rel. min. Eros Grau, DJe DE 17.10.2008).

Por fim, as alegações veiculadas no recurso extraordinário implicam o reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso, ante a vedação contida na Súmula 279 deste Tribunal.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se. Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 480.004 (1048)ORIGEM : AMS - 200102010451778 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : WHITE MARTINS GASES INDUSTRIAIS LTDA

(SUCESSORA DE PRAXAIR COMÉRCIO E PARTICIPAÇÕES LTDA)

ADV.(A/S) : PEDRO LUCIANO MARREY JR.ADV.(A/S) : ROBERTO QUIROGA MOSQUERAADV.(A/S) : JOÃO MARCOS COLUSSIRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário que versa sobre

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 226

tema cuja repercussão geral já foi reconhecida (RE nº 596.286, Rel. Min. MARCO AURÉLIO).

2. Ocorre que esta Corte, ao acolher, por maioria, questão de ordem por mim suscitada no RE nº 540.410, em consonância com a decisão da QO proposta pelo Min. GILMAR MENDES (AI nº 715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJE de 14.8.2008), entendeu ser aplicável o regime previsto no art. 543-B do CPC, na hipótese de já ter sido reconhecida, sobre a matéria, a existência de repercussão geral aos recursos extraordinários interpostos de acórdãos publicados anteriormente a 3.5.2007, e cujos autos já tenham sido distribuídos nesta Corte. É o que se vê do seguinte excerto (cf. Informativo nº 516):

“Na linha do que decidido no AI 715423 QO/RS (j. 11.6.2008), e, tendo em conta que o recurso extraordinário trata de tema – requisitos para a concessão de benefício de prestação continuada a necessitado, em face do disposto no art. 203, V, CF – cuja repercussão geral já foi reconhecida (RE 567985/MT, DJE de 11.4.2008), o Tribunal, por maioria, acolheu questão de ordem suscitada pelo Min. Cezar Peluso, em recurso extraordinário, do qual relator, para, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF (‘Quando se verificar subida ou distribuição de múltiplos recursos com fundamento em idêntica controvérsia, a Presidência do Tribunal ou o(a) Relator(a) selecionará um ou mais representativos da questão e determinará a devolução dos demais aos tribunais ou turmas de juizado especial de origem, para aplicação dos parágrafos do art. 543-B do Código de Processo Civil’) determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC (...)” (RE nº 540.410-QO/RS, da minha relatoria, DJE de 17.10.2008).

3.Diante do exposto, e com fundamento no art. 328, § único, do RISTF, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Int..Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 482.407 (1049)ORIGEM : AC - 200171070031158 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : DAMBROZ SA INDÚSTRIA MECÂNICA E

METALÚRGICAADV.(A/S) : PAULO ROBERTO GOMES LEITÃORECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Consta da ementa:

“EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. NULIDADE DE SENTENÇA. PROVA PERICIAL. IMOTIVAÇÃO DA DECISÃO. CERCEAMENTO DE DEFESA. SALÁRIO-EDUCAÇÃO. SAT. VERBAS INDENIZATÓRIAS TRABALHISTAS. ART. 23 DA LEI 8.906/94 – CONSTITUCIONALIDADE.

1. Tratando-se de matéria eminentemente do direito, a ausência de prova pericial não caracteriza cerceamento de defesa para o efeito de tornar nula a sentença.

2. Desnecessário ao julgador mencionar os dispositivos legais em sua fundamentação desde que enfrente as questões jurídicas a arrazoar a decisão.

3. Não existe direito subjetivo a compensar valores devidos à autarquia com valores que são devidos por ela, carecendo tal procedimento de fundamentação jurídica. A um, porque não existe previsão legal nesse sentido; a dois, pois não há sequer liquidez e certeza dos créditos da parte autora para com a autarquia; a três, uma vez que existe procedimento legal cabível para a execução tanto de créditos apurados em sentença como em processo administrativo fiscal. (...)” (fl. 581)

Alega a recorrente, com fundamento no art. 102, III, a, violação ao disposto nos arts. 1º, 5º, caput e LV, 37, 68, § único, 93, IX, 146, 150, I, da Constituição Federal.

2.Inadmissível o recurso.É que o acórdão impugnado, no que toca as alegações de: ofensa ao

princípio constitucional da motivação das decisões judiciais, cerceamento de defesa, irregularidade na aplicação taxa SELIC, anatocismo, inexistência de adequada tipificação do fato à lei, deferimento de verba sucumbencial ao procurador do INSS, decidiu a causa com base no conjunto fático-probatório e na legislação infraconstitucional incidente, de modo que eventual ofensa à Constituição Federal seria, aqui, apenas indireta.

Ora, é pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má-interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, pretensão de reexame de provas (súmula 279).

Já com relação à contribuição destinada ao custeio do Seguro de Acidente do Trabalho (SAT), ao examinar questão idêntica, decidiu o Plenário desta Corte, no julgamento do RE nº 343.446 (Rel. Min. CARLOS VELLOSO,

DJ de 4.4.2003):“Contribuição para o SAT. O Tribunal, confirmando acórdão do TRF

da 4ª Região, julgou que é constitucional a contribuição social destinada ao custeio do Seguro de Acidente do Trabalho – SAT, incidente sobre o total da remuneração, bem como sua regulamentação. Sustentava-se, na espécie, a inconstitucionalidade do art. 3º, II, da Lei 7.787/89, bem como do art. 22, II, da Lei 8.212/91, os quais, ao adotarem como base de cálculo o total das remunerações pagas aos empregados, teriam criado por lei ordinária uma nova contribuição, distinta daquela prevista no art. 195, I, da CF, o que ofenderia a reserva de lei complementar para o exercício da competência residual da União para instituir outras fontes destinadas a seguridade social (CF, art. 195, § 4º c/c art. 154, I). O Tribunal afastou o alegado vício formal tendo em conta que a Constituição exige que todos ‘os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios’ (CF, art. 201, § 4º, antes da EC 20/98). Rejeitou-se, também, a tese no sentido de que o mencionado art. 3º, II, teria ofendido o princípio da isonomia – por ter fixado a alíquota única de 2% independentemente da atividade empresarial exercida -, uma vez que o art. 4º da Lei 7.787/89 previa que, havendo índice de acidentes de trabalho superior à média setorial, a empresa se sujeitaria a uma contribuição adicional, não havendo que se falar em tratamento igual entre contribuintes em situação desigual. Quanto ao decreto 612/92 e posteriores alterações (Decretos 2.173/97 e 3.048/99), que, regulamentando a contribuição em causa, estabeleceram os conceitos de ‘atividade preponderante’ e ‘grau de risco leve, médio ou grave’, a Corte repeliu a argüição de contrariedade ao princípio da legalidade tributária (CF, art. 150, I), uma vez que a Lei fixou padrões e parâmetros, deixando para o regulamento a delimitação dos conceitos necessários à aplicação concreta da norma”.

3.Do exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 9 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 484.830 (1050)ORIGEM : AMS - 200272000141085 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : NEREU CORREAADV.(A/S) : PEDRO AUGUSTO LEMOS CARCERERI E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O acórdão impugnado assegurou a servidores federais inativos a percepção da Gratificação de Desempenho de Atividade de Fiscalização Agropecuária (GDAFA), instituída pela Medida Provisória 2.048-26/2000, em virtude de seu caráter geral (art. 40, § 8º, da Constituição federal).

A União interpôs o recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) sustentando a ocorrência de violação do art. 40, § 8º, da Carta Magna porque a referida vantagem funcional teria por pressuposto o exercício de função inerente ao servidor ativo.

Sem razão a recorrente. O recurso defende o caráter específico da GDAFA (já que o acórdão

recorrido tomou por premissa a generalidade da gratificação). Para chegar à mesma conclusão, seria necessário o reexame de legislação infraconstitucional, de modo que se trata de alegação de ofensa indireta ou reflexa ao texto constitucional.

Ainda que assim não se entendesse, esta Corte já se posicionou em casos similares no sentido de que a aplicação do art. 40, § 4º (§ 8º, com a redação da Emenda Constitucional 20/1998), dá-se quando a gratificação é paga a todos os servidores em atividade, independentemente da natureza da função exercida ou do local onde o serviço é prestado (cf. RE 244.697, rel. min. Ellen Gracie, DJ de 31.08.2001, e RE 259.258, rel. min. Ilmar Galvão, DJ de 27.10.2000).

No mesmo sentido: RE 483.299 (rel. min. Carlos Britto, DJ de 15.05.2006), RE 471.062 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 15.02.2006), RE 470.986 (rel. min. Cezar Peluso, DJ de 1º.02.2006) e RE 451.491 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 31.03.2005).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 502.424 (1051)ORIGEM : AC - 4181875 - TRIBUNAL DE ALCADAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : FEDERAÇÃO DE SERVIÇOS DO ESTADO DE MINAS

GERAIS - FESEMGADV.(A/S) : ERNESTO FERREIRA JUNTOLLI E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 227

ADV.(A/S) : JOÃO ADILBERTO PEREIRA XAVIERRECDO.(A/S) : FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E

TURISMO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - FECOMERCIO-MG ( ATUAL DENOMINAÇÃO DE FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS-FCEMG)

ADV.(A/S) : MARCELO PIMENTEL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE

COMBUSTÍVEIS E DE LUBRIFICANTES - FECOMBUSTÍVEIS

ADV.(A/S) : CLÁUDIA GAMA GONDIM E OUTRO(A/S)

(Petição STF nº 124.267/2009)DECISÃO: A desistência de recurso opera pela só declaração de

vontade (art. 158, caput, do CPC) e, como tal, independe de homologação, só necessária para a chamada “desistência da ação” (art. 158, § único). Com a declaração do desistente operou-se a extinção do recurso. Baixem, pois, os autos.

Publique-se. Int..Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 509.937 (1052)ORIGEM : AC - 9902165656 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : CASA NUNES MARTINS S/A IMPORTADORA E

EXPORTADORAADV.(A/S) : JOSÉ OSVALDO CORRÊARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA,

NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL - INMETRO

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região e assim ementado, no que importa:

“ADMINISTRATIVO – AUTO DE INFRAÇÃO – ANULAÇÃO – DESCABIMENTO – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE – OBSERVÂNCIA – MOTIVAÇÃO DO ATO – CARACTERIZAÇÃO (...)” (fl. 109).

Sustenta a recorrente, com fundamento no art. 102, III, a, ofensa aos arts. 5º, II, 150, I, e 93, IX, da Constituição Federal.

2.Inadmissível o recurso.Os temas constitucionais nele suscitados, à exceção do art. 5º, II, da

Constituição Federal, não foram objeto de consideração no acórdão recorrido, faltando-lhes, assim, o requisito do prequestionamento, que deve ser explícito (súmula 282).

Ademais, já assentou esta Corte que, “ainda que a questão constitucional surja originariamente no acórdão,

para que haja o prequestionamento dela (...), se faz mister que seja ela alegada em embargos de declaração, sob o fundamento de que houve omissão na apreciação da questão sob o ângulo constitucional, para que se possibilite ao Tribunal a quo que se manifeste sobre esse ponto” (AI nº 242.317-AgR, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 10.12.99).

Isso significa que, para se configurar o prequestionamento, não basta que o acórdão impugnado haja apreciado originariamente a questão, mas que o tenha feito já sob o prisma e à luz da norma constitucional que, no recurso extraordinário, se argúi ofendida. Se o não fez, então seria mister oposição de embargos declaratórios que provocassem o tribunal a reexaminar a questão, agora do ponto de vista constitucional. Sem tal oportunidade, não há como falar em questionamento prévio de matéria constitucional.

Ademais, suposta violação ao princípio da legalidade, configuraria, aqui, o que se chama mera ofensa reflexa, também dita indireta, à Constituição da República, porque eventual juízo sobre sua caracterização dependeria de reexame prévio do caso à luz das normas infraconstitucionais, em cuja incidência e interpretação, para o decidir, se apoiou o acórdão impugnado, designadamente regras das Leis nºs 5.966/73, 8.078/90 e do Decreto-lei nº 240/67.

É, ao propósito, velhíssima a postura desta Corte no sentido de que, se, para provar contrariedade à Constituição, se deva, antes, demonstrar ofensa à lei ordinária, então é esta que conta para efeito de juízo de admissibilidade do recurso extraordinário (cf., por todos, RE nº 92.264-SP, Rel. Min. DECIO MIRANDA, in RTJ 94/462-464). E este enunciado sintetiza raciocínio de certa simplicidade, que está no seguinte.

É natural que, propondo-se a Constituição como fundamento jurídico último, formal e material, do ordenamento, toda questão jurídico-normativa apresente ângulos ou aspectos de algum modo constitucionais, em coerência com os predicados da unidade e da lógica que permeiam toda a ordem jurídica.

Mas tal fenômeno não autoriza que, para efeitos de admissibilidade de recurso extraordinário, sempre se dê relevo ou prevalência à dimensão constitucional da quaestio iuris, sob pretexto de a aplicação da norma ordinária encobrir ofensa à Constituição, porque esse corte epistemológico de natureza absoluta equivaleria à adoção de um atalho que, de um lado,

degradaria o valor referencial da Carta, barateando-lhe a eficácia, e, de outro, aniquilaria todo o alcance teórico das normas infraconstitucionais, enquanto materialização e desdobramento necessário do ordenamento, destinadas, que são, a dar atualidade, conseqüência e sentido prático ao conteúdo normativo inscrito nas disposições constitucionais.

Tal preponderância só quadra à hipótese de o recurso alegar e demonstrar que o significado normativo atribuído pela decisão ao texto da lei subalterna, no ato de aplicá-la ao caso, guarde possibilidade teórica de afronta a princípio ou regra constitucional objeto de discussão na causa. E, ainda assim, sem descurar-se da falácia de conhecido estratagema retórico que, no recurso, invoca, desnecessariamente, norma constitucional para justificar pretensão de releitura da norma infraconstitucional aplicada, quando, na instância ordinária, não se discutiu ou, o que é mais, nem se delineie eventual incompatibilidade entre ambas. É coisa que não escapou a velho precedente da Corte, do qual consta o seguinte:

“(...) Observo, com relação [à questão constitucional], que é incomum que, para se interpretar um texto infraconstitucional, haja necessidade de, para reforçar a exegese, se invocarem textos constitucionais, exceto quando seja preciso conciliar a lei ordinária com a Constituição por meio da técnica da interpretação conforme a Carta Magna” (voto do Min. MOREIRA ALVES no RE nº 147.684, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, in RTJ 148/2).

Neste caso, não há questão constitucional capaz de tornar admissível o recurso extraordinário, porque o que, no fundo, sustenta a recorrente é que, aplicando normas subalternas, revestidas de incontroversa constitucionalidade formal e material, a fatos insuscetíveis de rediscussão nesta via, quando não poderia tê-lo feito, porque tais fatos não corresponderiam às suas fattispecie abstratas, teria o tribunal a quo proferido decisão errônea (error in iudicando), cujo resultado prático implicaria violação de normas constitucionais. É hipótese típica do que se costuma definir como ofensa reflexa ou indireta, que, a bem ver, não tipifica ofensa alguma à Constituição.

Por fim, diante da impossibilidade de, em recurso extraordinário, rever a Corte as premissas de fato em que, para decidir a causa, se assentou o Tribunal de origem, à luz da prova dos autos, é evidente que, para adotar outra conclusão, seria mister reexame prévio do conjunto fático-probatório, coisa de todo inviável perante o teor da súmula 279.

3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 14 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 516.403 (1053)ORIGEM : AC - 200504010017705 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : GRANDELAR IND. METALÚRGICA LTDAADV.(A/S) : JOSÉ RICARDO IBIAS SCHÜTZRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário interposto de acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região e assim ementado:

“EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS-GERENTES. REDIRECIONAMENTO. CDA. SAT. SALÁRIO-EDUCAÇÃO. SEBRAE. SELIC.

1. A dívida oriunda do não recolhimento de tributos é responsabilidade da pessoa jurídica que tem existência diversa da pessoa do sócio, embora sob a administração deste, não sendo, ainda, a mera dissolução da sociedade sem o atendimento das formalidades legais, causa de responsabilização pelas dívidas.

2. A CDA goza de presunção iuris tantum de certeza e liquidez, cabendo ao executado o ônus probatório de afastar a referida presunção. E disso não se desincumbiu satisfatoriamente no caso dos autos pois que apenas tece considerações genéricas.

3. Os arts. 7º, inciso XXVIII e 195, inciso I da Constituição Federal permitem a instituição da contribuição ao SAT por meio de lei ordinária, não se fazendo necessária lei complementar. Lei nº 8.212/91, art. 22, inciso II, Decretos nº 356/91, 612/92 e 2.137/97. Constitucionalidade.

4. É desnecessária a prévia disposição em lei complementar para o atendimento à ordem constitucional pela contribuição destinada ao SEBRAE.

5. A contribuição social destinada ao SEBRAE é contribuição de intervenção no domínio econômico, que dispensa seja o contribuinte virtualmente beneficiado.

6. A SELIC tem natureza de taxa remuneratória de capital, englobando juros reais e correção monetária. Cabível a aplicação sobre títulos pagos em atraso, por força do disposto no art. 13 da Lei n. 9.065/95.” (fl. 310).

O recorrente alega, com base no art. 102, III, a, violação aos arts. 5º, II, 48, I, 146, III, a, 149, 150, I, 154, I, e 167, IV, da Constituição Federal.

2.Inviável o recurso extraordinário.É que suposta violação aos arts. 5º, II, 48, I, 146, III, a, 149, 150, I,

154, I, e 167, IV, configuraria, aqui, o que se chama mera ofensa reflexa, também dita indireta, à Constituição da República, porque eventual juízo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 228

sobre sua caracterização dependeria de reexame prévio do caso à luz das normas infraconstitucionais, em cuja incidência e interpretação, para o decidir, se apoiou o acórdão impugnado, designadamente as Leis nº 8.029/90, 8.212/91, 9.250/95 e o Decreto-lei nº 1.422/75.

É, ao propósito, velhíssima a postura desta Corte no sentido de que, se, para provar contrariedade à Constituição, se deva, antes, demonstrar ofensa à lei ordinária, então é esta que conta para efeito de juízo de admissibilidade do recurso extraordinário (cf., por todos, RE nº 92.264-SP, Rel. Min. DECIO MIRANDA, in RTJ 94/462-464). E este enunciado sintetiza raciocínio de certa simplicidade, que está no seguinte.

É natural que, propondo-se a Constituição como fundamento jurídico último, formal e material, do ordenamento, toda questão jurídico-normativa apresente ângulos ou aspectos de algum modo constitucionais, em coerência com os predicados da unidade e da lógica que permeiam toda a ordem jurídica.

Mas tal fenômeno não autoriza que, para efeitos de admissibilidade de recurso extraordinário, sempre se dê relevo ou prevalência à dimensão constitucional da quaestio iuris, sob pretexto de a aplicação da norma ordinária encobrir ofensa à Constituição, porque esse corte epistemológico de natureza absoluta equivaleria à adoção de um atalho que, de um lado, degradaria o valor referencial da Carta, barateando-lhe a eficácia, e, de outro, aniquilaria todo o alcance teórico das normas infraconstitucionais, enquanto materialização e desdobramento necessário do ordenamento, destinadas, que são, a dar atualidade, conseqüência e sentido prático ao conteúdo normativo inscrito nas disposições constitucionais.

Tal preponderância só quadra à hipótese de o recurso alegar e demonstrar que o significado normativo atribuído pela decisão ao texto da lei subalterna, no ato de aplicá-la ao caso, guarde possibilidade teórica de afronta a princípio ou regra constitucional objeto de discussão na causa. E, ainda assim, sem descurar-se da falácia de conhecido estratagema retórico que, no recurso, invoca, desnecessariamente, norma constitucional para justificar pretensão de releitura da norma infraconstitucional aplicada, quando, na instância ordinária, não se discutiu ou, o que é mais, nem se delineie eventual incompatibilidade entre ambas. É coisa que não escapou a velho precedente da Corte, do qual consta o seguinte:

“(...) Observo, com relação [à questão constitucional], que é incomum que, para se interpretar um texto infraconstitucional, haja necessidade de, para reforçar a exegese, se invocarem textos constitucionais, exceto quando seja preciso conciliar a lei ordinária com a Constituição por meio da técnica da interpretação conforme a Carta Magna” (voto do Min. MOREIRA ALVES no RE nº 147.684, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, in RTJ 148/2).

Neste caso, não há questão constitucional capaz de tornar admissível o recurso extraordinário, porque o que, no fundo, sustenta a recorrente é que, aplicando normas subalternas, revestidas de incontroversa constitucionalidade formal e material, a fatos insuscetíveis de rediscussão nesta via, quando não poderia tê-lo feito, porque tais fatos não corresponderiam às suas fattispecie abstratas, teria o tribunal a quo proferido decisão errônea (error in iudicando), cujo resultado prático implicaria violação de normas constitucionais. É hipótese típica do que se costuma definir como ofensa reflexa ou indireta, que, a bem ver, não tipifica ofensa alguma à Constituição.

3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 519.944 (1054)ORIGEM : AC - 200151010147551 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ITAIPU POSTO DE LAVAGEM E LUBRIFICAÇÃO LTDA

E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VANY ROSSELINA GIORDANO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute o direito ao creditamento da diferença do Programa de Integração Social - Pis e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins pago antecipadamente em razão da substituição tributária, na hipótese de o fator gerador se realizar com valor inferior ao presumido.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 593.489,

Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal

reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário que, ademais, é objeto de julgamento nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade ns. 2.675/PE e 2.777/SP.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 6 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 525.138 (1055)ORIGEM : PROC - 20010020050634 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : COMPANHIA IMOBILIÁRIA DE BRASÍLIA - TERRACAPADV.(A/S) : MIGUEL ROBERTO MOREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS E LOCATÁRIOS

DO CONJUNTO NACIONAL BRASÍLIA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ARNALDO VERSIANI LEITE SOARES E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios e assim ementado:

“MEDIDA CAUTELAR INOMINDADA – SUSPENSÃO DE LICITAÇÃO – LITISPENDÊNCIA E INÉPCIA DA INICIAL – INOCORRÊNCIA.

I – Afasta-se a argüição de litispendência quando a Terracap, tendo em vista proibição de licitação, em sede de outra ação, já julgada, publica novo Edital, com a mesma finalidade.

II – Cabível o ajuizamento de ação cautelar, com concessão de liminar para suspender licitação. Procede-se a distribuição para o mesmo relator, desde que a ação principal não tenha sido solucionada definitivamente.

III – Afasta-se a alegação de inépcia da inicial, desde que descreva os fatos de forma compreensível, o pedido seja juridicamente possível e a via eleita adequada.” (fls. 185-186).

Sustenta a recorrente, com base no art. 102, III, a, violação aos arts. 5º, caput, XXII, XXXV, XXXVI, e LV, e art. 93, IX, da Constituição Federal.

2.Inadmissível o recurso. É que se volta o extraordinário contra acórdão que deferiu pedido de

liminar. Ora, é sabido que o Supremo Tribunal Federal reputa, de há muito, inadmissíveis os recursos extraordinários interpostos “(...) contra decisões que concedem ou denegam medidas cautelares ou provimentos liminares, pelo fato de que tais atos decisórios, precisamente porque apenas fundados na verossimilhança das alegações (...) ou na mera plausibilidade jurídica da pretensão deduzida – não veiculam qualquer juízo conclusivo de constitucionalidade, deixando de ajustar-se, em conseqüência, à hipótese consubstanciada no art. 102, III, ‘a’, da Constituição” (AC nº 695, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 13.4.2005). Tal entendimento foi consolidado na súmula 735: “Não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida liminar”.

Ademais, os temas constitucionais suscitados no recurso extraordinário não foram objeto de consideração no acórdão recorrido, faltando-lhes, assim, o requisito do prequestionamento, que deve ser explícito (súmulas 282 e 356).

Ainda que superados estes óbices, melhor sorte não teria o recurso. É que o acórdão impugnado decidiu a causa com base em legislação infraconstitucional e no conjunto fático-probatório, de modo que eventual ofensa à Carta Magna seria, aqui, apenas indireta. Ora, é pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República.

E, dissentir do julgado, exigiria, pois, como é óbvio, reexame de provas, a cuja luz foi à causa decidida, o que é vedado na instância extraordinária (súmula 279).

Quanto à alegação de ofensa ao art. 5º e incisos XXXV, XXXVI e LV, da Constituição Federal, é pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de que "as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário" (AI nº 372.358- AgRg - Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ 11.06.02).

Por fim, quanto à alegação de ofensa ao art. 93, IX, da Constituição

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 229

da República, observo que o acórdão está devidamente fundamentado, pois, como se decidiu no RE nº 140.370, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE:

"O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional".

3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 534.737 (1056)ORIGEM : EIAC - 107354301 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECDO.(A/S) : MARIA BARBOSA NOVAKADV.(A/S) : ALMIR HOFFMANN

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal de Justiça do Paraná e assim ementado:

“EMBARGOS INFRINGENTES – AÇÃO ORDINÁRIA DECLARATÓRIA, C/C COBRANÇA – SERVIDORES PÚBLICOS – PROFESSORES APOSENTADOS NO NÍVEL MAIS ELEVADO DA CARREIRA, ANTES DA LEI COMPLEMENTAR 77/96 – CRIAÇÃO DE NOVOS NÍVEIS – EXIGÊNCIA DE NOVOS REQUISITOS PARA O ÚLTIMO NÍVEL, INEXISTENTES À ÉPOCA DA APOSENTADORIA DOS AUTORES – REENQUADRAMENTO DOS AUTORES NO PENÚLTIMO NÍVEL DA CARREIRA – VIOLAÇÃO DO ART. 40, § 8º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – EMBARGOS REJEITADOS” (fl. 425).

Sustenta a recorrente, com fundamento no art. 102, III, a, ofensa ao art. 40, § 8º, da Constituição Federal. Aduz, em síntese, que mera reclassificação de cargos concedida ao pessoal da ativa não resulta em promoção automática dos inativos.

2.Consistente o recurso.Esta Corte firmou jurisprudência no sentido de que não há direito

adquirido do servidor público a inalterabilidade do regime jurídico ou da composição ou estrutura legal dos vencimentos e proventos, uma vez preservado o valor pecuniário total destes, anterior à lei que tenha alterado aquele (RE nº 238.122 - AgRg, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ 04.08.00. No mesmo sentido: RE nº 563.965, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe 20.03.2009; RE nº 116.683, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 13.03.1992; RE nº 159.196, Rel. Min. ILMAR GALVÃO, DJ de 22.09.1995).

Logo, o fato de a Lei Complementar nº 77/96 ter ampliado o número de referências do quadro funcional a que pertenciam os recorridos, fixando requisitos para os servidores da ativa, não lhes confere direito adquirido ao enquadramento em último nível de referência, só pelo fato de, à época, se terem se aposentado no final da carreira, razão pela qual há que se reconhecer a violação ao art. 40, § 8º, da Constituição Federal. Nesse sentido, veja-se recente decisão monocrática:

“(...) É pacífica a jurisprudência deste Tribunal no sentido de que não há direito adquirido a regime jurídico, não havendo falar, portanto, em violação do direito adquirido e do princípio da isonomia se a Administração altera o escalonamento hierárquico da carreira a que pertence o servidor inativo, criando novos níveis para a progressão de servidores da ativa, desde que não implique em redução dos proventos do servidor inativo. Nesse sentido, anote-se: “I. Magistério do Estado do Paraná: reenquadramento na sistemática da LC 77/96: extensão aos inativos que preencherem os requisitos individuais exigidos. II. Servidor público: é da jurisprudência do Supremo Tribunal que não há direito adquirido a regime jurídico, no qual se inclui o nível hierárquico que o servidor ocupa na carreira. III. Recurso extraordinário: inviabilidade para o reexame dos fatos da causa, que devem ser considerados “na versão do acórdão recorrido”. Precedentes” (AI nº 598.229/PR-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 16/2/07). “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Desacerto da decisão não demonstrado. 3. Direito adquirido à regime jurídico. Inexistência. Irredutibilidade de vencimentos. Não-ocorrência. Precedentes. 4. Reenquadramento de servidores inativos na última referência no plano de cargos e salários. Impossibilidade. Precedentes. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 701.395, Rel. Min. MENEZES DIREITO, DJe 21.8.2008. No mesmo sentido: AI nº 743.940, Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe 3.3.2009; AI nº 603.036 -AgR, Segunda Turma, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ 28.9.07; RE nº 560.504/DF, da minha relatoria, DJ de 12.9.07; RE nº 460.765/DF-AgR, da minha relatoria, DJ de 27.3.06).

3.Ante o exposto, nos termos do art. 557, § 1º-A, do CPC, dou provimento ao recurso extraordinário, para julgar improcedente o pedido de reenquadramento. Invertidos os ônus da sucumbência.

Publique-se. Int..Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 535.107 (1057)ORIGEM : AI - 674289 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : KANEBO SILK DO BRASIL S/A INDÚSTRIA DA SEDAADV.(A/S) : WANIA MARIA BARBOSA DE JESUSINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça e assim ementado:

“TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTRIBUIÇÃO PARA O INCRA. EXTINÇÃO COM O ADVENTO DA LEI Nº 7.787/89. NOVEL ENTENDIMENTO. REFORMATIO IN PEJUS. IMPOSSIBILIDADE. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA.

1. Consagrou-se no STJ o entendimento de que os dispositivos legais que embasavam a cobrança das contribuições para o INCRA, devida à alíquota de 0,2% sobre a folha de salário, foram revogados pelo ordenamento jurídico, encontrando-se extinta a exação.

2. O STJ, no julgamento dos Embargos de Divergência no Resp n. 503.287/PR, alterou o entendimento que vinha sendo adotado e passou a considerar que a contribuição para o INCRA foi extinta pela Lei n. 7.787/89, e não pela Lei n. 8.212/91.

3. Inviabilidade da aplicação desse novel entendimento na espécie, em face do princípio da non reformatio in pejus.

4. Agravo regimental improvido.” (fl. 150).Sustenta a recorrente, com fundamento no art. 102, III, a e b, ofensa

aos arts. 59, 93, 149, 194, V, e 195, §4º, da Constituição Federal. 2.Inadmissível o recurso. Com efeito, os temas constitucionais suscitados no recurso

extraordinário não foram objeto de consideração no acórdão recorrido, faltando-lhes, assim, o requisito do prequestionamento, que deve ser explícito (súmulas 282 e 356).

E que assim não fosse, a avaliação do acerto da decisão do Superior Tribunal de Justiça, quanto à aplicação dos requisitos de conhecimento e ao alcance do provimento do recurso especial, dependeria de reexame prévio de normas processuais. Ora, é pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República.

Ademais, é não menos aturada a jurisprudência da Corte no sentido de que lhe não compete reexaminar, em concreto, a existência, ou não, dos requisitos de admissibilidade de recurso especial, sob pena de se transformar em instância ordinária de revisão dos julgamentos do Superior Tribunal de Justiça, ao qual está reservada a tarefa (cf. AI nº 181.489-AgR, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 12.11.99; AI nº 233.210, Rel. Min. ILMAR GALVÃO, DJ de 21.6.2000; RE nº 249.319, Rel. Min. ILMAR GALVÃO, DJ de 9.8.2001; RE nº 209.140, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 29.9.2000; AI nº 139.810-AgR, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 1º.10.93).

Por fim, a interposição do extraordinário pela alínea b mostra-se infundada, pois o acórdão recorrido não declarou inconstitucionalidade de tratado nem de lei federal.

3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 15 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 537.146 (1058)ORIGEM : AC - 1193695400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : ARM ÁUDIO INSTALAÇÕES E PROJETOS

ELETROACÚSTICOS LTDAADV.(A/S) : MARIA ISABEL DE A. ALVARENGARECDO.(A/S) : PHP PUBLICIDADE E PROMOÇÕES LTDAADV.(A/S) : FÁBIO JUN CAPUCHOINTDO.(A/S) : ANHEMBI TURISMO E EVENTOS DA CIDADE DE SÃO

PAULO S/AADV.(A/S) : MARIA EUGÊNIA FERRAGUT PASSOS

DESPACHO: 1. À Secretaria para que certifique e promova o desapensamento e a baixa dos autos do agravo de instrumento, remetendo-os ao Tribunal de origem, uma vez que o julgamento deste recurso extraordinário prescinde da sua permanência nesta Corte.

2.Para fins de registro, junte-se cópia desta decisão nos autos do agravo de instrumento. Após, retornem-me os autos do recurso extraordinário.

Publique-se. Int..

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 230

Brasília, 23 de outubro de 2009.Ministro CEZAR PELUSO

Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 544.152 (1059)ORIGEM : AC - 199902010600210 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : SENIOR DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES

MOBILIÁRIOS S/AADV.(A/S) : DEBORAH BARRETO MENDESRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário interposto de acórdão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região e assim ementado, no que importa:

“TRIBUTÁRIO – CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS – AUSÊNCIA DE INTERESSE EM APELAR DEVIDO À FALTA DE SUCUMBÊNCIA – BASE DE CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO – RECEITA BRUTA OPERACIONAL DA EMPRESA – IRRETROATIVIDADE DOS TRIBUTOS – ANTERIORIDADE MITIGADA.

- A apelante carece de interesse em recorrer eis que não restou sucumbente na sentença prolatada no 1º grau que julgou totalmente procedente o pedido ajuizado.

- A parte autora objetiva que sejam declarados quais os diplomas legais compõem a Legislação do Imposto de Renda onde se encontra a definição técnica de ‘receita bruta operacional’, buscando imprimir ao presente apelo, indevido caráter aclaratório, somente alcançável em sede de embargos de declaração, cujo prazo deixou transcorrer in albis; (...)” (fl. 99).

O recorrente alega, com base no art. 102, III, a e c, violação ao art. 72, V, e 73 do Dispositivo Transitório.

2.Inviável o recurso.Há evidente deficiência na fundamentação do extraordinário, porque

as razões nele deduzidas são destoantes do real conteúdo do aresto recorrido, o que atrai a aplicação da súmula 284.

3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 8 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 545.353 (1060)ORIGEM : AC - 9964456 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO

DE SÃO PAULO - SABESPADV.(A/S) : SILVIA CRISTINA VICTÓRIA CAMPOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARLENE ZEUGNER BERTOTTI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ LUIZ COELHO DELMANTO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo e assim ementado:

“SERVIDÃO DE PASSAGEM – Litigância de má-fé – Tendo saído integralmente vencedora na lide, não tem a apelante interesse em recorrer, motivo pelo qual a questão suscitada em apelo, própria de execução de sentença, carreia prejuízo aos requeridos, que se vêem privados de levantar a importância da condenação – Pena de litigância de má-fé aplicada por incidente processual infundado – Recurso improvido.” (fl. 90).

Sustenta a recorrente, com base no art. 102, III, a, violação aos arts. 5º, caput, LV, e art. 93, IX, da Constituição Federal.

2.Inadmissível o recurso. Os temas constitucionais suscitados no recurso extraordinário não

foram objeto de consideração no acórdão recorrido, faltando-lhes, assim, o requisito do prequestionamento, que deve ser explícito (súmulas 282 e 356).

Ademais, suposta violação das garantias constitucionais do devido processo legal e da ampla defesa configuraria, aqui, o que se chama mera ofensa reflexa, também dita indireta, à Constituição da República, porque eventual juízo sobre sua caracterização dependeria de reexame prévio do caso à luz das normas infraconstitucionais, em cuja incidência e interpretação, para o decidir, se apoiou o acórdão impugnado, designadamente regras do Código de Processo Civil e do Decreto-lei nº 3.365/1941.

É, ao propósito, velhíssima a postura desta Corte no sentido de que, se, para provar contrariedade à Constituição, se deva, antes, demonstrar ofensa à lei ordinária, então é esta que conta para efeito de juízo de admissibilidade do recurso extraordinário (cf., por todos, RE nº 92.264-SP, Rel. Min. DECIO MIRANDA, in RTJ 94/462-464). E este enunciado sintetiza raciocínio de certa simplicidade, que está no seguinte.

É natural que, propondo-se a Constituição como fundamento jurídico último, formal e material, do ordenamento, toda questão jurídico-normativa apresente ângulos ou aspectos de algum modo constitucionais, em coerência

com os predicados da unidade e da lógica que permeiam toda a ordem jurídica.

Mas tal fenômeno não autoriza que, para efeitos de admissibilidade de recurso extraordinário, sempre se dê relevo ou prevalência à dimensão constitucional da quaestio iuris, sob pretexto de a aplicação da norma ordinária encobrir ofensa à Constituição, porque esse corte epistemológico de natureza absoluta equivaleria à adoção de um atalho que, de um lado, degradaria o valor referencial da Carta, barateando-lhe a eficácia, e, de outro, aniquilaria todo o alcance teórico das normas infraconstitucionais, enquanto materialização e desdobramento necessário do ordenamento, destinadas, que são, a dar atualidade, conseqüência e sentido prático ao conteúdo normativo inscrito nas disposições constitucionais.

Tal preponderância só quadra à hipótese de o recurso alegar e demonstrar que o significado normativo atribuído pela decisão ao texto da lei subalterna, no ato de aplicá-la ao caso, guarde possibilidade teórica de afronta a princípio ou regra constitucional objeto de discussão na causa. E, ainda assim, sem descurar-se da falácia de conhecido estratagema retórico que, no recurso, invoca, desnecessariamente, norma constitucional para justificar pretensão de releitura da norma infraconstitucional aplicada, quando, na instância ordinária, não se discutiu ou, o que é mais, nem se delineie eventual incompatibilidade entre ambas. É coisa que não escapou a velho precedente da Corte, do qual consta o seguinte:

“(...) observo, com relação [à questão constitucional], que é incomum que, para se interpretar um texto infraconstitucional, haja necessidade de, para reforçar a exegese, se invocarem textos constitucionais, exceto quando seja preciso conciliar a lei ordinária com a Constituição por meio da técnica da interpretação conforme a Carta Magna.” (voto do Min. MOREIRA ALVES no RE nº 147.684, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, in RTJ 148/2).

Neste caso, não há questão constitucional capaz de tornar admissível o recurso extraordinário, porque o que, no fundo, sustenta o recorrente é que, aplicando normas subalternas, revestidas de incontroversa constitucionalidade formal e material, a fatos insuscetíveis de rediscussão nesta via, quando não poderia tê-lo feito, porque tais fatos não corresponderiam às suas fattispecie abstratas, teria o tribunal a quo proferido decisão errônea (error in iudicando), cujo resultado prático implicaria violação de normas constitucionais. É hipótese típica do que se costuma definir como ofensa reflexa ou indireta, que, a bem ver, não tipifica ofensa alguma à Constituição.

E, dissentir do julgado, exigiria, pois, como é óbvio, reexame de provas, a cuja luz foi à causa decidida, o que é vedado na instância extraordinária (súmula 279).

Por fim, quanto à alegação de ofensa ao art. 93, IX, da Constituição da República, observo que o acórdão está devidamente fundamentado, pois, como se decidiu no RE nº 140.370, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE:

"O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional".

3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 553.766 (1061)ORIGEM : RESP - 796247 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : SUELY ALMEIDA IRIGARAYADV.(A/S) : RODRIGO DA SILVA CASTRORECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça e assim ementado:

“TRIBUTÁRIO. INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (IPERGS). CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE PROVENTOS DE APOSENTADOS. INCIDÊNCIA DE JUROS DE MORA. ART. 167 DO CTN. SÚMULA N. 188/STJ.JUROS DE MORA. PERCENTUAL. MEDIDA PROVISÓRIA N. 2.180-35. AJUIZAMENTO DA AÇÃO POSTERIOR À VIGÊNCIA DA MP. APLICABILIDADE.

1. Nas ações de repetição de indébito, os juros moratórios são devidos a partir do trânsito em julgado da sentença. Inteligência da Súmula n.188/STJ.

2. Com a edição da Medida Provisória n.º 2.180-35, de 24 de agosto de 2001, a qual acrescentou o art. 1º-F à Lei n.º 9.494/97, nos casos em que sucumbente a Fazenda Pública, a fixação dos juros de mora é cabível no percentual de 6% ao ano, se ação tiver sido proposta após a vigência da referida MP.

3. Recurso especial provido.” (fl. 205).Opostos embargos de declaração, foram rejeitados (fls. 225 e 242).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 231

Sustenta o recorrente, com base no art. 102, III, a, ofensa aos arts. 5º, caput, II, XXXV, LIV e LV, 62, 93, IX, e 195, II, da Constituição Federal.

2.Inadmissível o recurso.Com efeito, os temas constitucionais suscitados no recurso

extraordinário não foram objeto de consideração no acórdão recorrido, faltando-lhes, assim, o requisito do prequestionamento, que deve ser explícito (súmulas 282 e 356).

Ademais, já assentou esta Corte que, “ainda que a questão constitucional surja originariamente no acórdão,

para que haja o prequestionamento dela (...), se faz mister que seja ela alegada em embargos de declaração, sob o fundamento de que houve omissão na apreciação da questão sob o ângulo constitucional, para que se possibilite ao Tribunal a quo que se manifeste sobre esse ponto” (AI nº 242.317-AgR, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 10.12.99).

Isso significa que, para se configurar o prequestionamento, não basta que o acórdão impugnado haja apreciado originariamente a questão, mas que o tenha feito já sob o prisma e à luz da norma constitucional que, no recurso extraordinário, se argúi ofendida. Se o não fez, então seria mister oposição de embargos declaratórios que provocassem o tribunal a reexaminar a questão, agora do ponto de vista constitucional. Sem tal oportunidade, não há como falar em questionamento prévio de matéria constitucional.

Ainda que assim não fosse, suposta violação às garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa configuraria, aqui, ofensa meramente reflexa à Constituição da República, porque sua eventual caracterização dependeria de exame prévio de norma infraconstitucional, o que também é inadmissível, como já notou a Corte em casos análogos:

“(...) as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário” (AI nº 372.358-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 11.6.2002. Nesse sentido: AI nº 360.265-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 20.9.2002).

E, quanto à alegação de ofensa ao art. 93, IX, da Constituição da República, observo que o acórdão está devidamente fundamentado, e é o que basta, pois, como se decidiu no RE nº 140.370 (Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 21.5.93):

“(...)O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial

seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional”.

3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 556.225 (1062)ORIGEM : RESP - 773759 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : JOÃO GILBERTO CAYEADV.(A/S) : DANIEL MARTINS FELZEMBURGRECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça e assim ementado:

“TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. RESTITUIÇÃO DE INDÉBITO. JUROS DE MORA. INCIDÊNCIA. INÍCIO. ARTS. 161, §1º, E 167, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CTN. SÚMULA Nº 188/STJ. PACIFICAÇÃO DA MATÉRIA PELA 1ª SEÇÃO. SÚMULA Nº 168/STJ. ANÁLISE DE DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE.

1. Agravo regimental contra decisão que negou seguimento a embargos de divergência.

2. Pacífico o entendimento desta Corte no sentido de que o cálculo dos juros de mora, em restituição de indébito tributário, aplica-se a taxa de 1% ao mês, a partir do trânsito em julgado da decisão judicial (arts. 161, §1º, e 167, parágrafo único, do CTN). Incidência da Súmula nº 188/STJ: “os juros moratórios, na repetição do indébito, são devidos a partir do trânsito em julgado da sentença”.

3. Precedentes desta Corte Superior, com pacificação da matéria pela 1ª Seção.

4. Aplicação da Súmula nº 168/STJ: “Não cabem embargos de divergência, quando a jurisprudência do Tribunal se firmou no mesmo sentido do acórdão embargado.”

5. A questão da alegada imunidade dos proventos de aposentadoria e pensões, nos termos do art. 195, II, da CF/88, com redação dada pela EC nº

20/98, refoge à competência desta Corte Superior, visto que compete, unicamente, ao colendo STF o pronunciamento sobre a aplicação, ou não, de dispositivos constitucionais.

6. Agravo regimental não-provido.” (fl. 282).A primeira recorrente alega, com base no art. 102, III, a, violação aos

arts. 5º, XXXV, LIV, e LV, e 93, IX, da Constituição Federal.2.Inadmissível o recurso Já não há nenhuma dúvida de que é tributária a natureza jurídica da

contribuição previdenciária dos inativos (cf. ADI nº 3.128-7/DF, Rel. p/ o acórdão Min. CEZAR PELUSO, DJ de 18.2.2005), o que implica dizer que, nos termos do art. 167, § único, do Código Tributário Nacional, e da jurisprudência assentada da Corte a respeito, devem fluir os juros de mora a partir do trânsito em julgado da sentença, como se vê à seguinte ementa exemplar:

“EMENTA: TRIBUTO. Contribuição social. Contribuição previdenciária de inativos. Restituição do indébito. Verba de natureza tributária. Juros de mora. Curso desde o trânsito em julgado da sentença. Aplicação do art. 167, § único, do CTN. Agravo regimental improvido. Precedente. Os juros de mora, na restituição de contribuições previdenciárias, correm desde o trânsito em julgado da sentença que a determine” (RE nº 405.885-AgR, da minha relatoria, Primeira Turma, DJ de 9.9.2005. No mesmo sentido: AI nº 659.608-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJ de 27.5.2008; AI nº 675.745-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, DJE de 15.4.2008; RE nº 250.609, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Segunda Turma, DJ de 21.3.2003).

Ademais, suposta ofensa às garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa configuraria, aqui, ofensa meramente reflexa à Constituição da República, porque sua eventual caracterização dependeria de exame prévio de norma infraconstitucional, o que também é inadmissível, como já notou a Corte em casos análogos:

“(...) as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário” (AI nº 372.358-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 11.6.2002. Nesse sentido: AI nº 360.265-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 20.9.2002).

3.Do exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 556.666 (1063)ORIGEM : PROC - 21156 - TURMA DE RECURSOS CIVEIS DOS

JUIZADOS ESPECIAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : SÃO PAULO TRANSPORTE S/AADV.(A/S) : VIVIANE RIBEIRO NUBLING E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : VALDEMIRO BATISTA CHAVES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VALTER PASTRO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se recurso extraordinário contra acórdão do Primeiro Colégio Recursal dos Juizados Especiais Cíveis do Estado de São Paulo e assim ementado:

“DEFICIENTE FÍSICO – PORTADOR DO VÍRUSO HIV – APLICABILIDADE DA LEI MUNICIPAL Nº 11.250/92 – DESNECESSIDADE DA EXISTÊNCIA DE DOENÇAS OPORTUNISTAS – RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.” (fl. 115).

Alega a recorrente, com base no art. 102, III, a, violação ao disposto nos arts. 5º, LV, e 30, V, da Constituição Federal.

2.Inconsistente o recurso. Com efeito, os temas constitucionais suscitados no recurso

extraordinário não foram objeto de consideração no acórdão recorrido, faltando-lhes, assim, o requisito do prequestionamento, que deve ser explícito (súmulas 282 e 356).

Ademais, já assentou esta Corte que, “ainda que a questão constitucional surja originariamente no acórdão,

para que haja o prequestionamento dela (...), se faz mister que seja ela alegada em embargos de declaração, sob o fundamento de que houve omissão na apreciação da questão sob o ângulo constitucional, para que se possibilite ao Tribunal a quo que se manifeste sobre esse ponto” (AI nº 242.317-AgR, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 10.12.99).

Isso significa que, para se configurar o prequestionamento, não basta que o acórdão impugnado haja apreciado originariamente a questão, mas que o tenha feito já sob o prisma e à luz da norma constitucional que, no recurso extraordinário, se argúi ofendida. Se o não fez, então seria mister oposição de embargos declaratórios que provocassem o tribunal a reexaminar a questão, agora do ponto de vista constitucional. Sem tal oportunidade, não há como falar em questionamento prévio de matéria constitucional.

Ademais, o aresto impugnado decidiu com base em normas infraconstitucionais. Ora, é pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 232

não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de norma de âmbito infraconstitucional, seria apenas indireta à Constituição da República (súmula 280).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 15 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 559.821 (1064)ORIGEM : AC - 2548535900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : BENEDITO SOARES DA SILVA NETOADV.(A/S) : EDNÉSIO GERALDO DE PAULA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE ITUVERAVAADV.(A/S) : HERMES PROCOPIO DOS SANTOS FILHO

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário interposto de acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo e assim ementado:

“Administrativo. Pensão de vereador contribuinte da Carteira criada pelas Leis Estaduais n° 3.930/83 e n" 4.642/85, extinta pela Lei n° 8.816/94. Existência de mera expectativa de direito do contribuinte. A Lei Municipal n° 3.136/99, somente é aplicável aos agentes políticos que já recebiam do benefício administrado pelo IPESP, não responsabilidade os entes públicos municipais por direitos pendentes de consolidação. Inocorrência de direito adquirido e de violação ao inciso XXXVI do artigo 5º da CF. Apelação do autor desprovida.” (fl. 435).

O recorrente alega, com base no art. 102, III, a, violação ao disposto no art. 5º, XXXVI, da Constituição da República.

2.Inviável o recurso extraordinário.É que suposta violação constitucional configuraria, aqui, o que se

chama mera ofensa reflexa, também dita indireta, à Constituição da República, porque eventual juízo sobre sua caracterização dependeria de reexame prévio do caso à luz das normas infraconstitucionais, em cuja incidência e interpretação, para o decidir, se apoiou o acórdão impugnado.

É, ao propósito, velhíssima a postura desta Corte no sentido de que, se, para provar contrariedade à Constituição, se deva, antes, demonstrar ofensa à lei ordinária, então é esta que conta para efeito de juízo de admissibilidade do recurso extraordinário (cf., por todos, RE nº 92.264-SP, Rel. Min. DÉCIO MIRANDA, in RTJ 94/462-464).

Por fim, dissentir das premissas de fato em que, para decidir a causa, se assentou o Tribunal de origem, à luz da prova dos autos, exigiria reexame do conjunto fático-probatório, coisa de todo inviável perante o teor da súmula 279.

3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 566.471 (1065)ORIGEM : AC - 20070031927 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : CARMELITA ANUNCIADA DE SOUZAADV.(A/S) : ANA LÚCIA DE SOUZA SIQUEIRAINTDO.(A/S) : ANIS - INSTITUTO DE BIOÉTICA, DIREITOS HUMANOS

E GÊNEROADV.(A/S) : JOELSON DIASINTDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROINTDO.(A/S) : DEFENSORIA PÚBLICA-GERAL DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : ABRAM - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ASSISTÊNCIA

À MUCOVISCIDOSEADV.(A/S) : SHARA NUNES SAMPAIOINTDO.(A/S) : CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS

DO BRASILADV.(A/S) : MAURÍCIO GENTIL MONTEIROINTDO.(A/S) : ESTADO DO ACREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACREINTDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIA

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIAINTDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSINTDO.(A/S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASINTDO.(A/S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASINTDO.(A/S) : ESTADO DO CEARAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁINTDO.(A/S) : ESTADO DO ESPIRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOINTDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSINTDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSOINTDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISINTDO.(A/S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBAINTDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCOINTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULINTDO.(A/S) : ESTADO DE RORAIMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMAINTDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULINTDO.(A/S) : ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁINTDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁINTDO.(A/S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍINTDO.(A/S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIAINTDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAINTDO.(A/S) : ESTADO DO TOCANTINSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE TOCANTINSINTDO.(A/S) : ESTADO DO AMAPÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAPÁINTDO.(A/S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃOINTDO.(A/S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE

Petição/STF nº 115.867/2009 DECISÃOPROCESSO SUBJETIVO – REPERCUSSÃO GERAL ADMITIDA –

FORNECIMENTO DE REMÉDIOS DE ALTO CUSTO – ESTADOS – ADMISSÃO.

1.Eis as informações prestadas pelo Gabinete:Os Estados da Federação e o Distrito Federal requerem a admissão

no processo como interessados, com fundamento nos artigos 543-A, § 6º, do Código de Processo Civil e 323, § 2º, do Regimento Interno do Supremo.

Subscrevem a peça os procuradores do Distrito Federal e dos Estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe, encontrando-se em branco os locais destinados às assinaturas dos procuradores dos Estados do Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Roraima e Tocantins.

O Tribunal, em 3 de dezembro de 2007, reconheceu a existência de repercussão geral na matéria constitucional versada no extraordinário, qual seja, a obrigatoriedade de o Poder Público fornecer medicamento de alto custo – cópia do ato anexa.

O processo está no Gabinete.2.Tem-se processo subjetivo a envolver o Estado do Rio Grande do

Norte. Nele já admiti a participação dos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Adoto idêntica óptica quanto aos que ora requerem a integração.

3.Defiro-a.4.Publiquem.Brasília – residência –, 4 de outubro de 2009, às 23h35.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567.299 (1066)ORIGEM : PROC - 200685005022065 - TURMA REC. JUIZADOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 233

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : MARIA APARECIDA FRAGA SANTOSADV.(A/S) : CÍCERO EMERICIANO DA SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário interposto de acórdão de Turma Recursal do Juizado Especial Cível em Sergipe e assim ementado:

“TURMA RECURSAL. JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS. SENTENÇA. BENEFÍCIO. RURÍCOLA. FRAGILIDADE DO INÍCIO DE PROVA MATERIAL. INSPEÇÃO JUDICIAL. PRINÍPIO DA IMEDIAÇÃO. CONCESSÃO DO BENEFÍCIO A CONTAR DA DATA DA AUDIÊNCIA. SEM DIFERENÇAS ATRASADAS A PAGAR. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO.” (fl. 43).

Sustenta o recorrente, com base no art. 102, III, a, violação ao art. 202, da Constituição da República.

2.Inadmissível o recurso.O tema constitucional suscitado no recurso extraordinário não foi

objeto de consideração no acórdão recorrido, faltando-lhe, assim, o requisito do prequestionamento, que deve ser explícito (súmulas 282 e 356).

Ademais, diante da impossibilidade de, em recurso extraordinário, rever a Corte as premissas de fato em que, para decidir a causa, se assentou o Tribunal de origem, à luz da prova dos autos, é evidente que, para adotar outra conclusão, seria mister reexame prévio do conjunto fático-probatório, coisa de todo inviável perante o teor da súmula 279.

3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC)

Publique-se. Int..Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 570.719 (1067)ORIGEM : AC - 70011758968 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : EMPRESA URBANIZADORA RODOBRÁS LTDAADV.(A/S) : VALDERICIA APARECIDA MIOTTORECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAXIAS DO

SUL

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e assim ementado:

“PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. FUNÇÃO NEGATIVA DA COISA JULGADA. DILAÇÃO PROBATÓRIA.

1. Não e possível rediscutir matéria já analisada pelo Judiciário, com trânsito em julgado, segundo dispõe o artigo 467 do CPC. 2. A via do mandado de segurança é incompatível com a dilação probatória. Nesse passo, reclamando a matéria fática apresentada nos autos elaboração de provas, deve ser denegada a ação mandamental.

APELAÇÃO DESPROVIDA” (fl.500).Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.Sustenta o recorrente, com fundamento no art. 102, III, a, ofensa aos

arts. 5º, II, XXXIV, LIV e LV, 37 e 150, IV, da Constituição Federal. 2.Inadmissível o recurso.Com efeito, os temas constitucionais agora suscitados não foram

objeto de consideração no acórdão impugnado, faltando-lhes, assim, o requisito do prequestionamento, que deve ser explícito (súmula 282). Em caso análogo, o Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE assim ponderou:

“(...) Os dispositivos constitucionais tidos como violados não foram utilizados nas razões de decidir do acórdão recorrido. Ausente, portanto, o prequestionamento das normas invocadas no recurso extraordinário, sendo, pois, inútil a tentativa do ora recorrente de forçar, nos embargos declaratórios, a adoção desse fundamento pelo tribunal a quo (...)” (AI nº 490.457, DJ de 14.5.2004).

Ademais, dissentir das avaliações factuais que levaram ao teor decisório do julgado exigiria, como é óbvio, reexame de provas, a cuja luz foi a causa decidida, o que é vedado na instância extraordinária (súmula 279).

E ainda que assim não fosse, é assente o entendimento, desta Corte, no sentido de que:

“(...) em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário” (AI nº 372.358-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 11.6.2002).

Assim, o acórdão impugnado, ao entender que a via mandamental não comporta dilação probatória, bem como pela existência de coisa julgada, dirimiu a controvérsia com base em lei infraconstitucional acerca do cabimento do writ (art. 267, V e VI, CPC). Ora, é pacífica a jurisprudência desta Corte, no

sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República.

3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 571.216 (1068)ORIGEM : RESP - 745162 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : SELECIA MOLINAR KRUGERADV.(A/S) : MOEMA CARNEIRO DE MIRANDA HENRIQUESRECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que determinou a incidência de juros moratórios a partir do trânsito em julgado de ação de repetição de indébito de tributo declarado inconstitucional, nos termos do § único do art. 167 do Código Tributário Nacional (cf. súmula 188 do STJ).

Sustentam os recorrentes, com base no art. 102, III, a, violação aos arts. 5º, XXXV, LIV, e LV, 93, IX, e 195, II, da Constituição Federal.

2.Inconsistente o recurso.É assente o entendimento da Corte, no sentido da aplicabilidade do

art. 167, § único, do CTN, para determinação do termo inicial de incidência de juros moratórios nas ações de repetição de indébito de contribuição previdenciária dos inativos, a qual possui natureza jurídica tributária (cf. ADI nº 3.128-7/DF, Rel. p/ o acórdão Min. CEZAR PELUSO, DJ de 18.2.2005). É o que já decidiram ambas as Turmas:

“TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. JUROS DE MORA. TERMO INICIAL. I - A alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, em regra, configura situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. II - Não há contrariedade ao art. 93, IX, da CF quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. III - É indireta a ofensa à Constituição, quando a definição do termo inicial dos juros moratórios for decidida com base na interpretação de normas infraconstitucionais. IV - A Corte já decidiu pela incidência de juros de mora a partir do trânsito em julgado da decisão que, reconhecendo a incidência da imunidade tributária, determina a restituição de valores recolhidos a título de contribuição previdenciária. V - Agravo regimental improvido” (AI nº 675.745-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, DJE de 16.5.2008);

“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Princípios da ampla defesa, do contraditório e da devida prestação jurisdicional. Em regra, ofensa reflexa à Constituição Federal. Precedente. 3. Contribuição previdenciária declarada inconstitucional. Repetição de indébito. Juros de mora devidos a partir do trânsito em julgado da sentença. CTN, art. 167, parágrafo único. Precedentes. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 541.404-AgR, Rel. Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJE de 18.4.2008. Nesse mesmo sentido: RE nº 551.535-AgR, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJE de 18.4.2008; AI nº 659.461-AgR, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJE de 11.4.2008; AI nº 680.853-AgR, Rel. Min. EROS GRAU, DJE de 11.4.2008; AI nº 632.644-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJE de 7.12.2007; AI nº 658.206-AgR, Rel. Min. EROS GRAU, DJE de 28.9.2007; RE nº 428.675-AgR-ED, Rel. Min. CEZAR PELUSO, DJ de 3.2.2006; RE nº 405.885-AgR, Rel. Min. CEZAR PELUSO, DJ de 9.9.2005; RE nº 250.609-AgR, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 21.3.2003).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 13 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 572.460 (1069)ORIGEM : AI - 70016216939 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : FUNDAÇÃO BANRISUL DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : LARA CORRÊA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : YONE LEONOR DOS SANTOS STANGLERADV.(A/S) : GABRIEL RODRIGUES GARCIA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 234

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário que versa sobre tema cuja repercussão geral já foi reconhecida (RE nº 586.453, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 1.10.2009).

2. Ocorre que esta Corte, ao acolher, por maioria, questão de ordem por mim suscitada no RE nº 540.410, em consonância com a decisão da QO proposta pelo Min. GILMAR MENDES (AI nº 715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJE de 14.8.2008), entendeu ser aplicável o regime previsto no art. 543-B do CPC, na hipótese de já ter sido reconhecida, sobre a matéria, a existência de repercussão geral aos recursos extraordinários interpostos de acórdãos publicados anteriormente a 3.5.2007, e cujos autos já tenham sido distribuídos nesta Corte. É o que se vê do seguinte excerto (cf. Informativo nº 516):

“Na linha do que decidido no AI 715423 QO/RS (j. 11.6.2008), e, tendo em conta que o recurso extraordinário trata de tema – requisitos para a concessão de benefício de prestação continuada a necessitado, em face do disposto no art. 203, V, CF – cuja repercussão geral já foi reconhecida (RE 567985/MT, DJE de 11.4.2008), o Tribunal, por maioria, acolheu questão de ordem suscitada pelo Min. Cezar Peluso, em recurso extraordinário, do qual relator, para, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF (‘Quando se verificar subida ou distribuição de múltiplos recursos com fundamento em idêntica controvérsia, a Presidência do Tribunal ou o(a) Relator(a) selecionará um ou mais representativos da questão e determinará a devolução dos demais aos tribunais ou turmas de juizado especial de origem, para aplicação dos parágrafos do art. 543-B do Código de Processo Civil’) determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC (...)” (RE nº 540.410-QO/RS, da minha relatoria, DJE de 17.10.2008).

3.Diante do exposto, e com fundamento no art. 328, § único, do RISTF, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Int..Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 572.914 (1070)ORIGEM : RESP - 850700 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : CAFENORTE AGRÍCOLA LTDAADV.(A/S) : GABRIELA NEGRI CARLESSO

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário interposto de acórdão do Superior Tribunal de Justiça e assim ementado:

“TRIBUTÁRIO. LIMITES PERCENTUAIS À COMPENSAÇÃO. INAPLICABILIDADE. RESSALVA DO PONTO DE VISTA DO RELATOR.

1. Restou pacificado, no âmbito da 1ª Seção, no julgamento do ERESP 432.793/SP, Min. Peçanha Martins, em 11.06.2003, o entendimento segundo o qual os limites estabelecidos pelas Leis 9.032/95 e 9.129/95 não são aplicáveis quando se tratar de compensação de créditos por indevido pagamento de tributos declarados inconstitucionais pelo STF, como é o caso das contribuições em exame. Ressalva do posicionamento pessoal do relator. Precedentes: EDCL no RESP. 515.769/RJ, 2ª Turma, Franciulli Netto, DJ 08.03.2004 e ERESP. 438.042/PI, 1ª Seção, Min. Francisco Peçanha Martins, DJ de 23.05.2005.

2. Recurso especial a que se dá provimento.” (fl. 56).O recorrente alega, com base no art. 102, III, a, violação ao art. 5ª,

XXXVI, da Constituição Federal.2.Inviável o recurso extraordinário.O tema constitucional suscitado no recurso extraordinário não foi

objeto de consideração no acórdão recorrido, faltando-lhe, assim, o requisito do prequestionamento, que deve ser explícito (súmulas 282 e 356).

Ademais, suposta violação às garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa configuraria, aqui, ofensa meramente reflexa à Constituição da República, porque sua eventual caracterização dependeria de exame prévio de norma infraconstitucional, o que também é inadmissível, como já notou a Corte em casos análogos:

“(...) As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário” (AI nº 372.358-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 11.6.2002. Nesse sentido: AI nº 360.265-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 20.9.2002).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 577.355 (1071)ORIGEM : ERR - 77120020019 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONAS - SECRETARIA DE ESTADO

DE ADMINISTRAÇÃO, RECURSOS HUMANOS E PREVIDÊNCIA (SEAD)

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECDO.(A/S) : JOSEFA NOGUEIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO RODRIGUES

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral da controvérsia objeto dos presentes autos --- constitucionalidade do artigo 19-A da Lei n. 8.036/90, com a redação que lhe foi conferida pela Medida Provisória n. 2.164-41/01, que estabelece o direito ao depósito do FGTS ao trabalhador que foi contratado sem concurso público --- que será submetida a exame do Pleno do Supremo Tribunal Federal nos autos do RE n. 596.478, Relatora a Ministra Ellen Gracie.

2.O Plenário deste Tribunal, na Sessão do dia 20 de agosto de 2008, apreciando questão de ordem, decidiu estender a aplicação de dispositivos da repercussão geral a todos os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados anteriormente a 3 de maio de 2007.

Sendo assim, afasto o sobrestamento e determino a devolução deste feito ao Tribunal de origem [RISTF, 328], para que seja observado o disposto no artigo 543-B e seus parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 15 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 577.869 (1072)ORIGEM : AC - 335332005 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : VIANA TRANSPORTES DE DIESEL LTDAADV.(A/S) : MARCELO BERTOLDO BARCHET E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSO

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário que versa sobre tema cuja repercussão geral já foi reconhecida (RE nº 593.849, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJE de 9.10.2009).

2. Ocorre que esta Corte, ao acolher, por maioria, questão de ordem por mim suscitada no RE nº 540.410, em consonância com a decisão da QO proposta pelo Min. GILMAR MENDES (AI nº 715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJE de 14.8.2008), entendeu ser aplicável o regime previsto no art. 543-B do CPC, na hipótese de já ter sido reconhecida, sobre a matéria, a existência de repercussão geral aos recursos extraordinários interpostos de acórdãos publicados anteriormente a 3.5.2007, e cujos autos já tenham sido distribuídos nesta Corte. É o que se vê do seguinte excerto (cf. Informativo nº 516):

“Na linha do que decidido no AI 715423 QO/RS (j. 11.6.2008), e, tendo em conta que o recurso extraordinário trata de tema – requisitos para a concessão de benefício de prestação continuada a necessitado, em face do disposto no art. 203, V, CF – cuja repercussão geral já foi reconhecida (RE 567985/MT, DJE de 11.4.2008), o Tribunal, por maioria, acolheu questão de ordem suscitada pelo Min. Cezar Peluso, em recurso extraordinário, do qual relator, para, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF (‘Quando se verificar subida ou distribuição de múltiplos recursos com fundamento em idêntica controvérsia, a Presidência do Tribunal ou o(a) Relator(a) selecionará um ou mais representativos da questão e determinará a devolução dos demais aos tribunais ou turmas de juizado especial de origem, para aplicação dos parágrafos do art. 543-B do Código de Processo Civil’) determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC (...)” (RE nº 540.410-QO/RS, da minha relatoria, DJE de 17.10.2008).

3.Diante do exposto, e com fundamento no art. 328, § único, do RISTF, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Int..Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 579.829 (1073)ORIGEM : AC - 2525352002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : TV GLOBO LTDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCIO KOCH GOMES DOS SANTOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANA MARIA ATHAYDE CALDAS PINTO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 235

ADV.(A/S) : RUTH MARIA GOMES PALHARES E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO CIVIL. DIREITOS

AUTORAIS. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PREJUDICADO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça da Bahia:

“APELAÇÃO CÍVEL. PRELIMINAR DE NULIDADE ANTE A DECLARAÇÃO DA REVELIA. REVELIA DEVIDAMENTE CONFIGURADA, PORQUANTO A CARTA PRECATÓRIA FOI JUNTADA AOS AUTOS EM 14/10/1999, ENTRETANTO A CONTESTAÇÃO APENAS FOI APRESENTADA EM AUDIÊNCIA EM 19/6/2000, RESTANDO, PORTANTO, CONFIGURADA A REVELIA. PRELIMINAR REJEITADA. PRELIMINAR DE NULIDADE DA SENTENÇA POR CERCEAMENTO DE DEFESA ANTE O JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. INOCORRÊNCIA. OPERADOS OS EFEITOS DA REVELIA É CORRETO O JULGAMENTO DO PROCESSO NO ESTADO EM QUE SE ENCONTRA, A TEOR DO ART. 330, DO CPC. PRELIMINAR REJEITADA. DOCUMENTOS JUNTADOS COM A APELAÇÃO. A TEOR DO ART. 517, DO CPC, APENAS PODERÃO SER JUNTADOS DOCUMENTOS SE A PARTE PROVAR A OCORRÊNCIA DE FORÇA MAIOR. NO CASO EM EPÍGRAFE, POR INÉRCIA DA PARTE, NÃO FORAM JUNTADOS NO MOMENTO OPORTUNO DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS AO DESLINDE DO FEITO. DETERMINADO O DESENTRANHAMENTO DOS DOCUMENTOS IMPROPRIAMENTE JUNTADOS COM A APELAÇÃO. MÉRITO. DIREITO AUTORAL VIOLADO. APELADA QUE CRIOU ESTILO DE ARTE PRÓPRIO, O QUAL FOI UTILIZADO PELA APELANTE EM SUAS NOVELAS SEM A DEVIDA AUTORIZAÇÃO. INDENIZAÇÃO DEVIDA. REDUÇÃO DA INDENIZAÇÃO FIXADA A TÍTULO DE DANO MORAL. PROVIMENTO PARCIAL DO APELO” (fls. 736-737).

2. Contra essa decisão os Recorrentes interpuseram recursos especial e extraordinário, ambos admitidos na origem (fls. 872-874).

3. No recurso extraordinário, os Recorrentes alegam que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 5º, inc. XXVII, 93, inc. IX, da Constituição da República.

Requerem “seja julgada improcedente a demanda autoral que busca a reparação por danos de ordem extrapatrimoniais, a qual falta embasamento legal e por contrariar dispositivo constitucional (preceito fundamental) qual seja o art. 5º XXVII” (fl. 808).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.4. O presente recurso está prejudicado, por perda superveniente de

objeto.O Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao Recurso Especial

n. 906.269, nos termos seguintes:“RECURSO ESPECIAL. OFENSA AOS ARTS. 458 E 535, I E II, DO

CPC. INEXISTÊNCIA. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. PENALIDADES MAL APLICADAS. DIREITOS AUTORAIS. ESTILOS, MÉTODOS OU TÉCNICAS. INEXISTÊNCIA DE PROTEÇÃO. 1. Não ofende o Art. 535 do CPC o acórdão que, embora rejeitando os embargos de declaração, examinou todas as questões pertinentes. 2. Não é nula, por falta de fundamentação, sentença na qual o juiz declina completamente os motivos de seu convencimento. 3. A aplicação de penalidades por litigância de má-fé exige dolo específico, perfeitamente identificável a olhos desarmados, sem o qual se pune indevidamente a parte que se vale de direitos constitucionalmente protegidos (ação e defesa). 4. Estilos, métodos ou técnicas não são objetos de proteção intelectual (Art. 8º, I e II, da Lei 9.610/98). O que se tem sob guarida legal são as obras resultantes da utilização de estilos, métodos ou técnicas” (fl. 899).

Essa decisão transitou em julgado em 27.2.2008 (fl. 920) e substituiu o título judicial, conforme dispõe o art. 512 do Código de Processo Civil.

Destarte, atendida a pretensão dos Recorrentes pela decisão prolatada pelo Superior Tribunal de Justiça, o recurso extraordinário perdeu o objeto. Nesse sentido: RE 429.799-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJ 26.8.2005; e RE 252.245, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 6.9.2001.

5. Pelo exposto, julgo prejudicado o presente recurso extraordinário, por perda superveniente de objeto, e determino a baixa dos autos à origem (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 580.126 (1074)ORIGEM : AC - 2167245200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : AUTO POSTO PÉ DA SERRA LTDAADV.(A/S) : TARCÍSIO RODOLFO SOARESRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo e assim ementado:

“AÇÃO CIVIL PÚBLICA AMBIENTAL. Recomposição vegetal e reparo causados ao meio ambiente. Construção erigida em área de conservação permanente. Inadmissibilidade. Irrelevante a autorização do Município para a construção. Obrigação de reposição florestal. Recurso de apelação improvido.” (fls. 499).

Opostos embargos de declaração, foram rejeitados (fl. 527).Sustenta a recorrente, com base no art. 102, III, a, violação aos arts.

5º, XII, XXI, XXXVI, LV, e § 5º, e art. 93, IX, da Constituição Federal.2.Inadmissível o recurso. Com efeito, os temas constitucionais suscitados no recurso

extraordinário não foram objeto de consideração no acórdão recorrido, faltando-lhes, assim, o requisito do prequestionamento, que deve ser explícito (súmulas 282 e 356).

Ainda que superado este óbice, melhor sorte não teria o recurso. É que o acórdão impugnado decidiu a causa com base em legislação infraconstitucional e no conjunto fático-probatório, de modo que eventual ofensa à Carta Magna seria, aqui, apenas indireta. Ora, é pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República.

E, dissentir do julgado, exigiria, pois, como é óbvio, reexame de provas, a cuja luz foi à causa decidida, o que é vedado na instância extraordinária (súmula 279).

Quanto à alegação de ofensa ao art. 5º e incisos XXXVI e LV, da Constituição Federal, é pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de que "as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário" (AI nº 372.358- AgRg - Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ 11.06.02).

Por fim, quanto à alegação de ofensa ao art. 93, IX, da Constituição da República, observo que o acórdão está devidamente fundamentado, pois, como se decidiu no RE nº 140.370, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE:

"O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional".

3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1º, do RISTF, art. 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e art. 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.495 (1075)ORIGEM : AC - 17848356 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : BREDA DISTRIBUIDORA DE VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : ALEXANDRE RAHAL

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário que versa sobre tema cuja repercussão geral já foi reconhecida (RE nº 593.849, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJE de 9.10.2009).

2. Ocorre que esta Corte, ao acolher, por maioria, questão de ordem por mim suscitada no RE nº 540.410, em consonância com a decisão da QO proposta pelo Min. GILMAR MENDES (AI nº 715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJE de 14.8.2008), entendeu ser aplicável o regime previsto no art. 543-B do CPC, na hipótese de já ter sido reconhecida, sobre a matéria, a existência de repercussão geral aos recursos extraordinários interpostos de acórdãos publicados anteriormente a 3.5.2007, e cujos autos já tenham sido distribuídos nesta Corte. É o que se vê do seguinte excerto (cf. Informativo nº 516):

“Na linha do que decidido no AI 715423 QO/RS (j. 11.6.2008), e, tendo em conta que o recurso extraordinário trata de tema – requisitos para a concessão de benefício de prestação continuada a necessitado, em face do disposto no art. 203, V, CF – cuja repercussão geral já foi reconhecida (RE 567985/MT, DJE de 11.4.2008), o Tribunal, por maioria, acolheu questão de ordem suscitada pelo Min. Cezar Peluso, em recurso extraordinário, do qual relator, para, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF (‘Quando se verificar subida ou distribuição de múltiplos recursos com fundamento em idêntica controvérsia, a Presidência do Tribunal ou o(a) Relator(a) selecionará um ou mais representativos da questão e determinará a devolução dos demais aos tribunais ou turmas de juizado especial de origem, para aplicação dos parágrafos do art. 543-B do Código de Processo Civil’) determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 236

extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC (...)” (RE nº 540.410-QO/RS, da minha relatoria, DJE de 17.10.2008).

3.Diante do exposto, e com fundamento no art. 328, § único, do RISTF, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC.

Publique-se. Int..Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.373 (1076)ORIGEM : AC - 200600145639 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : ALESSANDRA GALVÃO CARNEIRO DA CUNHA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : GERSON GONÇALVES DE MIRANDA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBINSON ROMANCINI

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e assim ementado:

“APELAÇÃO. PREVIDÊNCIA PRIVADA. CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL – PREVI. RESTITUIÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES. 1. A correção monetária das restituições devidas pela PREVI por ocasião do desligamento dos funcionários dos quadros do Banco do Brasil S.A. deve refletir o valor atualizado da moeda, adotando-se como índice o IPC, mesmo que o Estatuto da entidade disponha de forma diversa. Precedentes do TJRJ e verbete 289 da Súmula do STJ.

2. Não provimento do recurso.” (fl. 547).A recorrente sustenta, com base no art. 102, III, a, ofensa ao art. 202

da Constituição da República. Aduz que:“(...)Os índices de correção monetária impostos pelo V. aresto

vergastado, diferentemente do ajustado entre as partes, acarretarão desequilíbrio atuarial e consequente violação ao artigo 202 da Constituição Federal.” (fl. 562).

2.Inadmissível o recurso.O objeto do recurso extraordinário trata de índice de correção

monetária incidente sobre verba a ser restituída a associados que se desligam de plano de previdência privada. Versa, pois, matéria de índole infraconstitucional.

É que suposta violação ao art. 202 configuraria, aqui, o que se chama mera ofensa reflexa, também dita indireta, à Constituição da República, porque eventual juízo sobre sua caracterização dependeria de reexame prévio do caso à luz das normas infraconstitucionais, em cuja incidência e interpretação, para o decidir, se apoiou o acórdão impugnado, designadamente a Lei nº 6.435/77.

É, ao propósito, velhíssima a postura desta Corte no sentido de que, se, para provar contrariedade à Constituição, se deva, antes, demonstrar ofensa à lei ordinária, então é esta que conta para efeito de juízo de admissibilidade do recurso extraordinário (cf., por todos, RE nº 92.264-SP, Rel. Min. DECIO MIRANDA, in RTJ 94/462-464).

Ademais, é aturada a jurisprudência de ambas as Turmas desta Corte quanto à ausência, no caso específico, de questão constitucional:

“EMENTA: Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Contribuições pagas por associado desligado de plano de previdência privada. Devolução. Correção monetária. Ofensa reflexa. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI-AgR nº 522.498, Rel. Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJ de 6.5.2005. No mesmo sentido: AI-AgR nº 587.991, Rel. Min. CARLOS BRITTO, Primeira Turma, DJ de 15.9.2006; AI-AgR nº 640.018, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 27.11.2008; AI-AgR 693.967, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe de 12.3.2009; RE-AgR nº 589.714, Rel. Min. EROS GRAU, Segunda Turma, DJe de 16.10.2008; AI-AgR nº 731.227, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, DJ de 13.3.2009; AI-AgR nº 624.666, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Primeira Turma, DJ de 10.8.2007; AI-AgR nº 370.898, Rel. Min. NELSON JOBIM, Segunda Turma, DJ de 31.10.2002; RE-AgR nº 592.054, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 13.11.2008).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.817 (1077)ORIGEM : RESP - 871912 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : ALAGOASRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIA

RECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : RUI GAMELEIRA VAZ E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RODRIGO ALBUQUERQUE DE VICTOR E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. DETERMINAÇÃO DE RETORNO

DOS AUTOS À ORIGEM: ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. NADA A PROVER. DECISÃO MANTIDA. BAIXA DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Em 20 de agosto de 2009, determinei a devolução dos autos ao

Tribunal de origem, para que fosse observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

2. Em 3 de setembro de 2009, Rui Gameleira Vaz e outros interpuseram agravo regimental e alegaram que incidiria na espécie a Súmula 283 do Supremo Tribunal Federal, pois “o r. decisum prolatado pelo col. Superior Tribunal de Justiça fincou-se tão somente na aplicabilidade no tempo do parágrafo único do art. 741 do CPC. Entendeu-se que, quando a coisa julgada tida por inconstitucional for anterior à edição do assestado parágrafo único do art. 741, não há como cogitar de sua incidência” (fl. 522).

Sustentaram, também, que “a temática envolvida no particular não se prende à constitucionalidade ou não do pluricitado par. único do art. 741 de Código de Ritos, mas sim à subsunção da referida norma no caso concreto” (fl. 523).

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.3.A petição n. 205.875/2009 deve ser apreciada como petição

simples, pois a determinação de retorno dos autos à origem com base no art. 543-B do Código de Processo Civil, por não caracterizar decisão, não enseja a interposição de agravo regimental.

4. Nos presentes autos, discute-se a aplicabilidade, ou não, do art. 741, parágrafo único, do Código de Processo Civil às sentenças transitadas em julgado antes de sua vigência.

Essa matéria está pendente de análise pelo Supremo Tribunal Federal no Recurso Extraordinário 586.068, que tem por objeto: a) a constitucionalidade do mencionado artigo em face da coisa julgada; b) a possibilidade de aplicação retroativa do dispositivo; e c) a necessidade de declaração de inconstitucionalidade de norma pelo Supremo Tribunal em controle concentrado.

Assim, não há se falar na incidência da Súmula 283 do Supremo Tribunal, na espécie, pois a controvérsia é de natureza constitucional.

5. Pelo exposto, mantenho a decisão de fls. 513-514 e determino a devolução dos autos à origem para a observância do art. 543-B do Código de Processo Civil.

6. À Secretaria, para que providencie a baixa dos autos à origem (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.255 (1078)RELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINARECDO.(A/S) : MARIA DE FÁTIMA MICHALAK CONSTÂNCIO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GEORGE ALEXANDRE ROHRBACHER

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL.

GRATIFICAÇÃO COMPLEMENTAR DE VENCIMENTO. VINCULAÇÃO AO SALÁRIO MÍNIMO. INCONSTITUCIONALIDADE DO § 6º DO ART. 1º DA LEI N. 9.503/1994. ACÓRDÃO RECORRIDO EM DESARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA VINCULANTE N. 4. RECURSO PROVIDO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alíneas a e c, da Constituição da República.2. O Tribunal de Justiça de Santa Catarina julgou mandado de

segurança, nos termos seguintes:“MANDADO DE SEGURANÇA. GRATIFICAÇÃO COMPLEMENTAR

DE VENCIMENTO. BASE DE CÁLCULO. SALÁRIO-MÍNIMO. POSSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DO ART. 1º, § 6º, DA LEI N. 9.504/94. VANTAGEM PAGA EM DESACORDO COM A LEGISLAÇÃO VIGENTE. COMPLEMENTAÇÃO DE SALÁRIO-MÍNIMO. ORDEM CONCEDIDA DE FORMA PARCIAL.

‘A Constituição Federal assegura aos trabalhadores (art. 7º, IV) e servidores públicos (art. 39, § 3º) piso salarial não inferior ao salário mínimo nacionalmente unificado. Em relação aos servidores públicos, para determinação do piso salarial deve ser considerada a remuneração percebida e não apenas o vencimento do cargo efetivo (RE n. 197.072, Marco Aurélio; RE n. 199.098, Min. Ilmar Galvão; RE n. 247.208, Min. Moreira Alves)’

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 237

(Mandado de segurança n. 2002.015733-9, Rel. Des. Newton Trisotto).(...)De outro vértice, verifico que os contracheques colacionados indicam

que a base de cálculo da gratificação complementar de vencimento está aquém do salário-mínimo vigente.

O artigo 1º, § 6º, da Lei n. 9.503/94 dispõe expressamente que: ‘Art. 1º. Fica criada, para os servidores civis, ativos e inativos, pertencentes aos Quadros de Pessoal dos órgãos da Administração Direta, Fundação Catarinense de Cultura, Fundação Catarinense de Educação Especial e Fundação Catarinense de Desportos, a Gratificação Complementar de Vencimento, correspondente a 90% (noventa por cento) do vencimento do cargo efetivo, com vigência a partir de 1º de janeiro de 1994.

[...]§6º A base de cálculo da Gratificação de que trata o "caput" deste

artigo não será inferior ao salário mínimo nacionalmente unificado’.Ora, em que pese o colendo Supremo Tribunal Federal dispor que o

salário-mínimo não pode ser utilizado como indexador, na hipótese vertente inexiste qualquer inconstitucionalidade no dispositivo legal.

Isto ocorre porque o objetivo da norma é vedar a concessão de vencimentos aos servidores públicos abaixo do salário mínimo, em respeito ao artigo 39, § 3º, combinado com artigo 7º, IV, da Constituição Federal e artigo 27, I, da Constituição Estadual.

Vale destacar que o cálculo da gratificação complementar de vencimento não é efetuado sobre a remuneração do servidor, mas sim sobre o salário mínimo.

A propósito, assim já decidiu esta Corte de Justiça, in verbis: ‘ADMINISTRATIVO - SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - GRATIFICAÇÃO COMPLEMENTAR PREVISTA NO § 6º DO ARTIGO 1º DA LEI N. 9.504/94 - BASE DE CÁLCULO - VENCIMENTO DESDE QUE NÃO INFERIOR AO SALÁRIO MÍNIMO - SEGURANÇA CONCEDIDA.

Nos termos do § 6º do artigo 1º da Lei n. 9.504/94, a gratificação complementar de vencimento deverá ser calculada sobre o vencimento do cargo efetivo, respeitado, porém, como valor mínimo para a base de cálculo o salário mínimo vigente (Mandado de segurança n. 2001.019099-3, da Capital, Relator Des. Luiz Cézar Medeiros)’” (fls. 120 e 124).

3. O Recorrente alega que o Tribunal a quo teria afrontado os arts. 1º, 2º, 7º, inc. IV, 25, 37, inc. XIII, e 61, § 1º, inc. II, alíneas a e c, da Constituição.

Argumenta que:“Do quanto exposto, percebe-se que a Lei estadual n. 9.503/94, ao

dispor no § 6º do art. 1º, que a base de cálculo da referida gratificação não poderá ser inferior ao salário mínimo, adotou uma sistemática que impõe reajustes automáticos e periódicos do valor da vantagem e, por extensão, da remuneração dos servidores públicos, de acordo com as elevações do salário mínimo, os quais independem, em absoluto, da edição de lei específica de iniciativa do Chefe do Poder Executivo, bem como de previsão orçamentária, de disponibilidade financeira e atendimento aos limites de gastos impostos pela lei de responsabilidade fiscal” (fl. 165).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. Razão jurídica assiste ao Recorrente. No julgamento do Recurso Extraordinário 426.059, o Tribunal Pleno

deste Supremo Tribunal declarou a inconstitucionalidade do § 6º do art. 1º da Lei n. 9.503/94, do Estado de Santa Catarina nos termos seguintes:

“Recurso Extraordinário. 2. Servidor Público Estadual. Gratificação Complementar de Vencimento. Lei Estadual n. 9.503, de 1994. 3. Base de cálculo. Vinculação ao salário mínimo. Ofensa ao art. 7º, IV, da Constituição Federal. 4. Recurso Extraordinário conhecido e provido” (Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 23.9.2005 - grifei).

Ainda nesse sentido: “1. RECURSO. Embargos de declaração. Acórdão embargado.

Contradição quanto ao tema. Existência. Embargos de declaração acolhidos. Acolhem-se embargos de declaração, quando seja contraditório o acórdão embargado. 2. RECURSO. Embargos de declaração. Multa aplicada em agravo regimental. Má-fé descaracterizada. Relevação da pena. Embargos acolhidos para esse fim. Merece relevada aplicação da multa, quando se descaracterize má-fé processual. 3. SERVIDOR PÚBLICO. Vencimentos. Vantagem pecuniária. Gratificação Complementar. Inconstitucionalidade do § 6º do art. 1º da Lei estadual nº 9.503/94, de Santa Catarina. Vinculação da base de cálculo ao salário mínimo. Inadmissibilidade. Ofensa ao art. 7º, IV, da Constituição Federal. Súmula vinculante 4. Recurso provido. Vinculação da base de cálculo de vantagem pecuniária ao salário mínimo viola o art. 7º, IV, da Constituição Federal” (RE 422.141-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Primeira Turma, DJe 17.4.2009 – grifei).

5. Ressalte-se, também, que na sessão de julgamento do dia 30.4.2007, este Supremo Tribunal aprovou a edição da Súmula Vinculante n. 4, com o teor seguinte:

“Salvo os casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.”

O acórdão recorrido está em desarmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal.

6. Pelo exposto, dou provimento ao recurso extraordinário (art. 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil).

Considerando-se a Súmula 512 deste Supremo Tribunal Federal, deixo de condenar ao pagamento de honorários advocatícios de

sucumbência.Publique-se.Brasília, 2 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.191 (1079)ORIGEM : AMS - 200572000035780 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : JOÃO PEDRO BORTULUZZIADV.(A/S) : ISAIAS GRASEL ROSMANRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHO: A matéria discutida neste recurso (Contribuição Social. Funrural. Produtor rural. Incidência. Criação de nova hipótese de contribuição social. Lei Complementar. art. 1º da Lei nº 8.540/92. Receita bruta. Faturamento. Bis in idem.) aguarda apreciação pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal (RE 363.852, rel. min. Marco Aurélio).

Assim, determino o sobrestamento deste feito até o julgamento do recurso extraordinário, devendo os autos aguardar na Secretaria Judiciária.

Publique-se.Brasília, 23 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.529 (1080)ORIGEM : AC - 199971000210456 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. REAJUSTE DE

VALOR DE PROCEDIMENTO HOSPITALAR. RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE PROVIDO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PREJUDICADO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região:

“ADMINISTRATIVO. SUS. PLANO REAL. REAJUSTE DO VALOR DOS PROCEDIMENTOS HOSPITALARES. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. Rejeitadas as preliminares alusivas à ilegitimidade ativa, à eficácia da sentença na ação civil pública, à exigência constitucional do precatório, à prescrição e ao litisconsórcio passivo, é de ser reconhecido o direito dos prestadores de serviços médicos ao percentual de 9,56%, correspondente à diferença do valor de conversão do cruzeiro real no real, entre junho e julho de 1994, pago pela autoridade governamental, em relação ao devido pela prestação de serviços ao SUS” (fl. 708).

2. Contra essa decisão a Recorrente interpôs recursos especial e extraordinário, ambos admitidos na origem (fls. 851-852; 853-854).

3. No recurso extraordinário, a Recorrente alega que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 1º, 5º, caput e inc. XXXVI, 18, 100, 129, inc. III, 132, 165, inc. III, 167, inc. II, 194, e 195 da Constituição da República.

Sustenta que “ao acolher o pleito da parte autora, o tribunal de origem tornou inócuas as normas constitucionais supra referidas, bem como aquelas que fixam a competência do Conselho Nacional de Saúde para estipular os critérios de pagamento dos serviços prestados, via convênio, ao Sistema Único de Saúde - SUS” (fl. 813).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.4. O presente recurso está prejudicado, por perda superveniente de

objeto.O Superior Tribunal de Justiça deu parcial provimento ao Recurso

Especial n. 422.671, nos termos seguintes:“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. SUS. CONVERSÃO DE

VALORES EM CRUZEIROS REAIS PELO FATOR 2.750. PORTARIA MS Nº 86/94. IMPLANTAÇÃO DO PLANO REAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. RECONHECIMENTO. PRESCRIÇÃO. INOCORRÊNCIA. I - A precariedade da saúde pública, com a defasagem dos preços da tabela, refletindo na queda do número de atendimentos e outras sequelas de igual relevância, caracterizam a natureza difusa do interesse despertado e, consequentemente, a legitimidade do Ministério Público para o ajuizamento

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 238

da ação civil pública, visando à correção dos serviços tabelados no âmbito do SUS, por ocasião do plano real. II - Despicienda a citação dos Estados Membros, Distrito Federal e Municípios para integrar a ação, porquanto o pagamento dos prestadores de serviços aos SUS é efetuado exclusivamente com recursos provenientes da UNIÃO FEDERAL, não havendo participação dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. III - A decisão proferida no âmbito da ação civil pública tem seus limites de eficácia adstritos à competência territorial do órgão prolator, conforme o artigo 16 da Lei nº 7.347/85, alterado pela Lei nº 9.494/97. Precedente: REsp nº 253.589 /SP, Rel. Min. RUY ROSADO DE AGUIAR, DJ de 18.03.2002. IV - Não se aplica a prescrição do fundo do direito, porquanto, no teor da Súmula nº 85 desta Corte, em se tratando de relação jurídica de trato sucessivo, só estarão prescritas as prestações vencidas antes do quinquênio que antecede a propositura da ação. V – ‘A competência para fixar os valores de que trata o artigo 26 da Lei nº 8.080/90 é da direção nacional do SUS - e não do Conselho Nacional de Saúde, que se limita a aprová-los. Mediante a Portaria nº 2.277/95, do Ministério da Saúde, foi determinada a recomposição de 25% a partir de julho de 95, restando a Resolução do CNS convalidada somente quanto ao reajuste de 25%’ (REsp nº 597.030/PR; Rel. Min. CASTRO MEIRA, DJ de 13.12.2004). VI - Recurso especial parcialmente conhecido e parcialmente provido” (fl. 1030).

Essa decisão transitou em julgado em 13.4.2009 (fl. 1205) e substituiu o título judicial, conforme dispõe o art. 512 do Código de Processo Civil.

Destarte, atendida a pretensão da Recorrente pela decisão prolatada pelo Superior Tribunal de Justiça, o recurso extraordinário perdeu o objeto. Nesse sentido: RE 429.799-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJ 26.8.2005; e RE 252.245, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 6.9.2001.

5. Pelo exposto, julgo prejudicado o presente recurso extraordinário, por perda superveniente de objeto, e determino a baixa dos autos à origem (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.539 (1081)ORIGEM : REOMS - 200672020101232 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : SINDICATO DOS AUDITORES FISCAIS DA

PREVIDÊNCIA SOCIAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA - SINDFISP/SC

ADV.(A/S) : MÁRCIO LOCKS FILHO

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão assim ementado:“ADMINISTRATIVO. GREVE. ABSTENÇÃO DE DESCONTOS EM

VENCIMENTOS. REPOSIÇÃO DE TRABALHO.Deve ser reconhecida a impossibilidade de a Administração proceder

ao desconto dos dias parados, em face de falta de expressa previsão legal, cabendo-lhe, no entanto, definir a forma de sua reposição” (fl. 114).

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados (fl. 123).Neste RE, fundado no art. 102, III, a e b, da Constituição, alegou-se

ofensa aos arts. 37, VII, e 97 da mesma Carta. A pretensão recursal não merece acolhida. Não procede à alegada ofensa ao art. 97 da Constituição, dado que o

acórdão impugnado, distintamente do que afirma o recorrente, não declarou a inconstitucionalidade do art. 44 da Lei 8.112/90, nem afastou a sua aplicação por fundamentos extraídos da Lei Maior. Na verdade, a referida norma sequer foi objeto de exame no acórdão recorrido.

Além disso, quanto à suscitada ofensa ao art. 37, II, da CF/88, verifica-se que a pretensão do recorrente cinge-se à aplicação ao caso do art. 44 da Lei 8.112/90, que dispõe sobre a perda de remuneração do servidor nos dias em que faltar ao serviço, sem motivo justificado. Todavia, o aresto impugnado limitou-se a afastar a aplicação, na hipótese, do Decreto 1.480/95. Assim, evidenciada a deficiência na fundamentação do recurso, incide a Súmula 284 do STF.

Por fim, não tendo o acórdão recorrido declarado a inconstitucionalidade do art. 44 da Lei 8.112/90, é incabível o recurso extraordinário com base na alínea b do art. 102, III, da Constituição.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (art. 557, caput, do CPC). Sem honorários (Súmula 512 do STF).

Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.062 (1082)ORIGEM : AC - 3906885800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO

BRASIL - CNAADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JORGE GOGOLEVSKIADV.(A/S) : ANTONIO GABRIEL DE LIMA

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. 1. REPERCUSSÃO

GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. DESNECESSIDADE DE EXAME. ART. 323, § 1º, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ACÓRDÃO RECORRIDO DIVERGENTE DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRESUNÇÃO DE EXISTÊNCIA DA REPERCUSSÃO GERAL. 2. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL. DECRETO-LEI 1.166/71. RECEPÇÃO. NATUREZA TRIBUTÁRIA. EXIGIBILIDADE. BITRIBUTAÇÃO: NÃO OCORRÊNCIA. PRECEDENTES. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“Contribuição Sindical Rural — Cobrança — Natureza tributária do débito — Fato gerador e base de cálculo próprios do Imposto Territorial Rural (ITR) — Inadmissibihdade — Inteligência do art. 154, I, da Constituição Federal — Sentença de improcedência mantida — Recurso da autora desprovido” (fl. 210).

Consta do voto condutor do julgado recorrido:“Dentro desta 12ª Câmara de Direito Público instalou-se

divergência - em fase de superação - sobre a legalidade e pertinência da cobrança do débito em questão, contribuição sindical patronal rural, pretensão fundada na legislação citada na petição inicial (CLT, artigo 578 e seguintes; Decreto-lei 1.166/71; Leis 9.701/98, 8.022/98, 8.847/94 e 9.393/96).

Com a devida vênia da corrente contrária, inclino-me por acolher a tese de rejeição da cobrança. A contribuição sindical patronal rural, que se funda no art. 8º, IV, da Constituição Federal, tem natureza tributária, como é o entendimento da jurisprudência e se colhe da ementa adiante transcrita:

‘Apelação cível. Ação de cobrança. Contribuição sindical. CNACaráter tributário. Recurso improvido’ (Recurso Especial 330955- ES-

Rel. Min. José delgado).O art. 154, inc. I, da Carta de 1988 permite à União instituir, mediante

lei complementar, imposto não previsto no art. 153, mas proíbe a cumulatividade e fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos discriminados nesta Constituição.

No caso em exame, a contribuição sindical tem por base de cálculo o valor do imóvel informado à Receita Federal para fim de lançamento do ITR - Imposto sobre Propriedade Territorial Rural, tributo previsto no art. 153, inc. VI, da Carta Constitucional, incidência vedada pelo citado art. 154.

(...)Mantenho, pois, por seus e pelos fundamentos acrescidos, a r.

sentença de autoria da Meritíssima Juíza Gina Maria Cupim Pereira” (fls. 211-213).

2. Os embargos de declaração opostos foram rejeitados (fl. 232).3. A Recorrente alega que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 8º,

inc. III e IV, da Constituição da República.Argumenta que “a Contribuição Sindical Rural instituída como

contribuição social de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas – art. 149 da CF/88, é uma das espécies dos tributos que compõem o Sistema Constitucional Tributário, consoante as disposições contidas no arts. 145 a 162 da CF/88” (fl. 273).

Sustenta, também, que “há total diferenciação entre os fatos geradores da Contribuição Sindical Rural e o Imposto Territorial Rural. (...) sem que exista similitude ou qualquer identidade entre ambas, a caracterizar a bitributação vedada pelo art. 154, inc. I, da Constituição Federal de 88” (fls. 274-275).

Requer o provimento do presente recurso para reformar o acórdão recorrido, “condenando o Recorrido a pagar a contribuição sindical rural devida, nos termos da petição inicial, com os acréscimos legais estabelecidos no art. 600 da CLT, desde a data do vencimento até o efetivo pagamento, e nas custas processuais e honorários advocatícios à razão de 20% sobre o valor da condenação” (fl. 275).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. Em preliminar, é de se realçar que, apesar de ter sido a Recorrente

intimada depois de 3.5.2007 e constar no recurso extraordinário capítulo destacado para a defesa da repercussão geral da questão constitucional, não é o caso de se iniciar o procedimento para a aferição da sua existência, pois, nos termos do art. 323, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal - com a redação determinada pela Emenda Regimental n. 21/2007 -, esta se presume “quando o recurso (...) impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante”.

5. Razão jurídica assiste à Recorrente.6. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 239

de que a contribuição sindical rural tem natureza tributária, é exigível de todos os membros de uma categoria profissional ou econômica a ela filiados, ou não, e foi recepcionada pela atual Constituição da República.

Nesse sentido:“EMENTA: 1. RECURSO. Embargos de declaração. Contribuição

Sindical Rural. Decreto-Lei 1.166/71. Natureza tributária. Integrantes de categorias profissionais ou econômicas, ainda que não filiados a sindicato. Exigência. Precedentes. Omissão. Inexistência. Embargos de declaração rejeitados. Não se admitem embargos de declaração de decisão em que não há omissão, contradição nem obscuridade. 2. RECURSO. Embargos de declaração. Caráter meramente protelatório. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 538, § único, c.c. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a oposição de embargos declaratórios manifestamente protelatórios, deve o Tribunal condenar o embargante a pagar multa ao embargado” (RE 556.162-AgR-ED, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 30.4.2009 – grifos nossos).

E ainda: AI 430.985-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 25.5.2007; AI 509.518-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 29.4.2005; e AI 534.526, de minha relatoria, decisão monocrática, DJe 18.9.2009.

7. Ademais, quanto à afirmação contida no acórdão recorrido de que haveria bitributação em decorrência da identidade entre as bases de cálculo e os fatos geradores da contribuição sindical rural e do imposto territorial rural, o Supremo Tribunal decidiu, em vários julgados, não se aplicar às contribuições sociais a segunda parte do inc. I do art. 154 da Constituição.

Confira-se, a propósito, o voto proferido no julgamento do Recurso Extraordinário 228.321, Relator o Ministro Carlos Velloso:

“Quando do julgamento dos RREE 177.137-RS e 165.939-RS, por mim relatados, sustentamos a tese no sentido de que, tratando-se de contribuição, a Constituição não proíbe a coincidência de sua base de cálculo com a do imposto, o que é vedado relativamente às taxas.

Destaco dos votos que proferi nos citados RREE 177.137-RS e 165.939-RS:

‘A contribuição parafiscal ou especial é um terceiro gênero. Vale dizer, não é imposto e não é taxa. Quando do julgamento do RE 138.284-CE, de que fui relator, examinei o tema em pormenor (RTJ 143/313). A ele me reporto. (...) A contribuição, não obstante um tributo, não está sujeita à limitação inscrita no § 2º do art. 145 da Constituição. Também não se aplicam a ela as limitações a que estão sujeitos os impostos, em decorrência da competência privativa dos entes políticos para instituí-los (CF, arts. 153, 155 e 156), a impedir a bitributação. A técnica da competência residual da União para instituir imposto (CF, art. 154, I), aplicável às contribuições sociais de seguridade, no tocante às ‘outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social’ (C.F., art. 195, § 4º), não é invocável, no caso (C.F., art. 149).

Ademais, as limitações ou vedações expressas - CF, art. 150, arts. 151 e 152 - não estabelecem a proibição imaginada pela Recorrente.

E o que me parece definitivo para afastamento do argumento da recorrente é isto: quando a Constituição desejou estabelecer limitação ou vedação referentemente a qualquer tributo e não às suas espécies, ela foi expressa, como, v.g., art. 146, III, a (definição de tributos e de suas espécies), art. 150, I (princípio da legalidade tributária), II (regra geral para os tributos), III (cobrança de tributos), art. 151, art. 152, art. 155, § 3º (‘À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro tributo poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País’).

(...)A duas, porque, quando o § 4º, do art. 195, da CF, manda obedecer a

regra da competência residual da União - art. 154, I - não estabelece que as contribuições não devam ter fato gerador ou base de cálculo de impostos. As contribuições, criadas na forma do § 4º, do art. 195, da CF, não devem ter, isto sim, fato gerador e base de cálculo próprios das contribuições já existentes.

É que deve ser observado o sistema. E o sistema é este: tratando-se de contribuição, a Constituição não proíbe a coincidência da sua base de cálculo com a base de cálculo do imposto, o que é vedado, expressamente, relativamente às taxas. (CF, art. 145, § 2º)” (Tribunal Pleno, DJ 30.5.2003 – grifos nossos).

Cumpre citar, ao final, as seguintes decisões monocráticas, nas quais foram providos os recursos interpostos pela Confederação Nacional da Agricultura: AI 552.485, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 17.2.2006; AI 503.646, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 6.9.2005; AI 487.759-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 13.10.2004; AI 531.230, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 14.2.2006; e AI 579.441, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 16.2.2006.

Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido.8. Pelo exposto, dou provimento ao recurso extraordinário (art.

557, § 1º-A, do Código de Processo Civil e art. 21, § 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). Fixo os honorários advocatícios em 10% sobre o valor da causa, com base no art. 20, § 3º, do Código de Processo Civil, com a ressalva de eventual concessão do benefício da justiça gratuita, nos termos dos arts. 4º e 12 da Lei n. 1.060/1950.

Publique-se.Brasília, 7 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIA

Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.075 (1083)ORIGEM : AC - 29453050800 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO

BRASIL - CNAADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANTONIO WADIH HADDADADV.(A/S) : HAFEZ MOGRABI E OUTRO(A/S)

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. 1. REPERCUSSÃO

GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. DESNECESSIDADE DE EXAME. ART. 323, § 1º, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ACÓRDÃO RECORRIDO DIVERGENTE DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRESUNÇÃO DE EXISTÊNCIA DA REPERCUSSÃO GERAL. 2. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL. DECRETO-LEI 1.166/71. RECEPÇÃO. NATUREZA TRIBUTÁRIA. EXIGIBILIDADE. BITRIBUTAÇÃO: NÃO OCORRÊNCIA. PRECEDENTES. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“AÇÃO DE COBRANÇA DE CONTRIBUIÇÃO SINDICAL. - ofensa aos princípios e normas que regem a instituição e cobrança de tributo - ação julgada improcedente - dado provimento ao recurso do réu.” (fl. 173).

Consta do voto condutor do julgado recorrido:“A Câmara fixou entendimento, na esteira de voto do então

Desembargador, hoje Ministro do Supremo Tribunal Federal RICARDO LEWANDOVSKI, em acórdãos proferidos no julgamento da Apelação Cível 213.349-5/9 deste Tribunal adotando integralmente os fundamentos.

A questionada CSR foi instituída pelo Decreto-lei 1.166/71. cujo art. 4º dispôs caber ao Instituto Nacional de Reforma Agrária - INCRA o seu lançamento e cobrança. Já o art. 5º do referido diploma estabelecia que ela seria cobrada juntamente com o Imposto Territorial Rural – ITR. Essa faculdade todavia, cessou com a edição da Lei 8.022/90 que, em seu art. 1°, transferiu a atribuição para a Secretaria da Receita Federal mas apenas até 31/12/1996, quando foi editada a Lei 8.847/94 (art. 24, inc. I). A partir de então a CNA passou a cobrar a CSR com fundamento no art. 4° do Decreto-lei 1.166/71, no art. 580 da CLT e, ainda, nos arts. 8º, inc. IV e 149 da Carta Magna. Além disso, a CNA amparou a exação em tela no art. 5º, inc. II, da Lei 9.701/98.

Ora, ainda que se entenda apenas para argumentar quea Lei 9.701/98 tenha sido recepcionada pela Constituição Federal de

1988 tese de resto, altamente controvertida, não há como deixar de reconhecer que a base de cálculo utilizada para a cobrança da CSR é a mesma do ITR vale dizer o valor da terra nua - VTR, assim como próprio fato gerador que é ser proprietário rural tudo a configurar bitributação constitucionalmente vedada.

Ainda que assim não fosse, observa-se que o VTR corresponde ao valor do imóvel rural apurado no dia 1º de janeiro de cada ano nos termos do art. 1º da Lei 9.393/96. E o art. 8º, § 2º, desse mesmo texto legal estabelece que o VTR corresponderá ao valor da terra nua no primeiro dia do ano referente à declaração.

Destarte o VTR declarado pelo proprietário rural de um ano serve de base de cálculo para a cobrança da CSR do ano seguinte, o que vulnera não só a vedação constitucional da bitributação como também o princípio da anualidade, diante da evidente falta de correspondência entre a realidade tributária espelhada em 1º de janeiro do exercício anterior com a do ano subsequente. Por fim como se vê dos autos a CNA efetua cobrança em afronta ao disposto no art. 5º do Decreto-lei 1.166/71, o qual estabelecia que a exação seria paga juntamente com o ITR de cada imóvel tal como faziam o INCRA e a SRF até dezembro de 1996.

Por todas essas razões, a cobrança alvitrada pela autora não pode prosperar afigurando improcedente a ação.

(...)A contribuição em comento, nos termos em que cobrada, padece de

ilegalidades que a tornam inexigível.Diante do exposto, pelo meu voto, dou provimento ao recurso do réu

para julgar improcedente a ação, invertido o ônus da sucumbência, com aplicação do percentual da verba honorária sobre o valor da causa, corrigido monetariamente” (fls. 174-176).

2. Os embargos de declaração opostos foram rejeitados (fl. 189).3. A Recorrente alega que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 8º,

inc. III e IV, da Constituição da República.Argumenta que “a Contribuição Sindical Rural instituída como

contribuição social de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas – art. 149 da CF/88, é uma das espécies dos tributos que compõem o Sistema Constitucional Tributário, consoante as disposições contidas no arts. 145 a 162 da CF/88” (fl. 200).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 240

Sustenta, também, que “resta mais que caracterizado que a contribuição sindical rural foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988 e que autorizou a adoção da mesma base de cálculo tanto para o imposto territorial rural – ITR, como à ‘contribuição em especial’ em questão” (fl. 202).

Requer o provimento do presente recurso para reformar o acórdão recorrido, “condenando o Recorrido a pagar a Contribuição Sindical Rural devida, nos termos da petição inicial, com os acréscimos legais estabelecidos no art. 600 da CLT, desde a data do vencimento até o efetivo pagamento, e nas custas processuais e honorários advocatícios à razão de 20% sobre o valor da condenação” (fl. 208).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. Em preliminar, é de se realçar que, apesar de ter sido a Recorrente

intimada depois de 3.5.2007 e constar no recurso extraordinário capítulo destacado para a defesa da repercussão geral da questão constitucional, não é o caso de se iniciar o procedimento para a aferição da sua existência, pois, nos termos do art. 323, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal - com a redação determinada pela Emenda Regimental n. 21/2007 -, esta se presume “quando o recurso (...) impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante”.

5. Razão jurídica assiste à Recorrente.6. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido

de que a contribuição sindical rural tem natureza tributária, é exigível de todos os membros de uma categoria profissional ou econômica a ela filiados, ou não, e foi recepcionada pela atual Constituição da República.

Nesse sentido:“EMENTA: 1. RECURSO. Embargos de declaração. Contribuição

Sindical Rural. Decreto-Lei 1.166/71. Natureza tributária. Integrantes de categorias profissionais ou econômicas, ainda que não filiados a sindicato. Exigência. Precedentes. Omissão. Inexistência. Embargos de declaração rejeitados. Não se admitem embargos de declaração de decisão em que não há omissão, contradição nem obscuridade. 2. RECURSO. Embargos de declaração. Caráter meramente protelatório. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 538, § único, c.c. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a oposição de embargos declaratórios manifestamente protelatórios, deve o Tribunal condenar o embargante a pagar multa ao embargado” (RE 556.162-AgR-ED, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 30.4.2009 – grifos nossos).

E ainda: AI 430.985-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 25.5.2007; AI 509.518-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 29.4.2005; e AI 534.526, de minha relatoria, decisão monocrática, DJe 18.9.2009.

7. Ademais, quanto à afirmação contida no acórdão recorrido de que haveria bitributação em decorrência da identidade entre as bases de cálculo e os fatos geradores da contribuição sindical rural e do imposto territorial rural, o Supremo Tribunal decidiu, em vários julgados, não se aplicar às contribuições sociais a segunda parte do inc. I do art. 154 da Constituição.

Confira-se, a propósito, o voto proferido no julgamento do Recurso Extraordinário 228.321, Relator o Ministro Carlos Velloso:

“Quando do julgamento dos RREE 177.137-RS e 165.939-RS, por mim relatados, sustentamos a tese no sentido de que, tratando-se de contribuição, a Constituição não proíbe a coincidência de sua base de cálculo com a do imposto, o que é vedado relativamente às taxas.

Destaco dos votos que proferi nos citados RREE 177.137-RS e 165.939-RS:

‘A contribuição parafiscal ou especial é um terceiro gênero. Vale dizer, não é imposto e não é taxa. Quando do julgamento do RE 138.284-CE, de que fui relator, examinei o tema em pormenor (RTJ 143/313). A ele me reporto. (...) A contribuição, não obstante um tributo, não está sujeita à limitação inscrita no § 2º do art. 145 da Constituição. Também não se aplicam a ela as limitações a que estão sujeitos os impostos, em decorrência da competência privativa dos entes políticos para instituí-los (CF, arts. 153, 155 e 156), a impedir a bitributação. A técnica da competência residual da União para instituir imposto (CF, art. 154, I), aplicável às contribuições sociais de seguridade, no tocante às ‘outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social’ (C.F., art. 195, § 4º), não é invocável, no caso (C.F., art. 149).

Ademais, as limitações ou vedações expressas - CF, art. 150, arts. 151 e 152 - não estabelecem a proibição imaginada pela Recorrente.

E o que me parece definitivo para afastamento do argumento da recorrente é isto: quando a Constituição desejou estabelecer limitação ou vedação referentemente a qualquer tributo e não às suas espécies, ela foi expressa, como, v.g., art. 146, III, a (definição de tributos e de suas espécies), art. 150, I (princípio da legalidade tributária), II (regra geral para os tributos), III (cobrança de tributos), art. 151, art. 152, art. 155, § 3º (‘À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro tributo poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País’).

(...)A duas, porque, quando o § 4º, do art. 195, da CF, manda obedecer a

regra da competência residual da União - art. 154, I - não estabelece que as contribuições não devam ter fato gerador ou base de cálculo de impostos. As contribuições, criadas na forma do § 4º, do art. 195, da CF, não devem ter, isto sim, fato gerador e base de cálculo próprios das contribuições já existentes.

É que deve ser observado o sistema. E o sistema é este: tratando-se de contribuição, a Constituição não proíbe a coincidência da sua base de cálculo com a base de cálculo do imposto, o que é vedado, expressamente, relativamente às taxas. (CF, art. 145, § 2º)” (Tribunal Pleno, DJ 30.5.2003 – grifos nossos).

Cumpre citar, ao final, as seguintes decisões monocráticas, nas quais foram providos os recursos interpostos pela Confederação Nacional da Agricultura: AI 552.485, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 17.2.2006; AI 503.646, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 6.9.2005; AI 487.759-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 13.10.2004; AI 531.230, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 14.2.2006; e AI 579.441, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 16.2.2006.

Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido.8. Pelo exposto, dou provimento ao recurso extraordinário (art.

557, § 1º-A, do Código de Processo Civil e art. 21, § 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), invertidos, nesse ponto, os ônus da sucumbência, nos termos fixados na origem (fls. 105 e 176), ressalvada a concessão do benefício da justiça gratuita.

Publique-se.Brasília, 8 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.563 (1084)ORIGEM : AC - 200700129763 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : TRANSBRASILEIRA DE MADEIRAS LTDAADV.(A/S) : FÁBIO LUIS DA SILVA MENDONÇAADV.(A/S) : SERGIO SAHIONE FADEL E OUTRO(A/S)

DESPACHO: (Referente à Petição nº 112273)Anote-se.Defiro o pedido de vista pelo prazo de 10 (dez) dias.Publique-se.Brasília, 08 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.328 (1085)ORIGEM : AI - 70013186259 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : IRAJÁ GONÇALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SYLVIO ROBERTO CORRÊA DE BORBA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ADELAR FLORES RESENDE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CRISTIANO MULLER E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de recurso extraordinário, interposto com fundamento na

alínea “a” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Acórdão cuja fundamentação é a seguinte (fls. 287/288):

“[...]A questão da controvérsia alegada nas razões recursais diz respeito

tão-somente a alegação de nulidade da decisão proferida pela eminente Juíza da Comarca de Viamão, por ausência de fundamentação.

Não assiste razão aos agravantes.Depreende-se que, após parecer exarado pela Promotora de Justiça,

a eminente Juíza de Direito proferiu a seguinte decisão (fl. 204): ‘Suspendo os mandados de desocupação. Intimem-se as partes para se manifestar sobre o parecer exarado pelo MP. Intime-se.’

Como se vê, a magistrada baseou sua decisão no douto parecer da Promotora de Justiça, inclusive determinando a intimação das partes para se manifestarem a respeito dos termos exarados pelo Ministério Público.

Ora, a ausência de fundamentação é quando não se tem elementos para inferir as razões do deferimento ou indeferimento do pedido formulado, o que não é o caso. Basta uma leitura atenta no parecer da douta Promotora de Justiça para se concluir que a questão restou bem enfrentada, tanto que, a Juíza a quo, o adotou na íntegra.

O entendimento do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que ‘(...) Não vulnera os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa o acórdão que, parcialmente, adota como razões de decidir parecer de membro do Ministério Público que atua na instância de origem (...)’ (RE 235800/SP, Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO, Julgamento: 28/08/2001, Órgão Julgador: Primeira Turma, Publicação: DJ 05-10-2001, PP 00057).

Assim sendo, não é o caso de nulidade da decisão, pois esta não afrontou o disposto no artigo 93, IX, da CF/88.

Com essas considerações, NEGO PROVIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO.”

2. Pois bem, a parte recorrente sustenta violação ao inciso IX do art.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 241

93 da Magna Carta.3. Tenho que o apelo extremo não merece acolhida. É que o que o

aresto impugnado está devidamente fundamentado. Note-se que “a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence).

Isso posto, e frente ao caput do art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 07 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

Processos com Despachos Idênticos:RELATORA: MIN. ELLEN GRACIE

AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.446 (1086)ORIGEM : EDAIRR - 428200301403404 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : CRISTINA RODRIGUES GONTIJO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : RIMER RAMIS GARCIAADV.(A/S) : CLÁUDIO ANDRÉ PONTES

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão denegatória de recurso extraordinário interposto contra acórdão no qual se discute admissibilidade de recurso.

2.Esta Corte manifestou-se pela inexistência de repercussão geral da matéria no RE 598.365/MG, rel. Min. Carlos Britto.

3.Conforme estabelecem os artigos 543-A, § 5º, do Código de Processo Civil, e 326 e 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, a decisão de inexistência de repercussão geral proferida por este Tribunal valerá para todos os recursos sobre questão idêntica.

4.Ante o exposto, indefiro liminarmente o presente agravo de instrumento (art. 543-A, §5º, do CPC, c/c o art. 327, §1º, do RI/STF).

Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.832 (1087)ORIGEM : AIRR - 753200600424408 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ESPUMAS E COLCHÕES

CUIABÁ LTDAADV.(A/S) : NILTON LUIS FERREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : HELDER VAGNER DE ANDRADEADV.(A/S) : MARCELO REBUÁ DOS SANTOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : GISELI ADRIANI VEIBER DE OLIVEIRA - MEADV.(A/S) : LUCIANO DE MIGUEL

Despacho: Idêntico ao de nº 1086

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.580 (1088)ORIGEM : AI - 981180 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEEMBTE.(S) : IRINEU MARCOLIN E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MAURÍCIO DAL AGNOLEMBDO.(A/S) : BRASIL TELECOMADV.(A/S) : GUSTAVO CARDOSO PEIXOTO E OUTRO(A/S)

1.Trata-se de petição contra despacho que aplicou a decisão proferida por esta Corte no julgamento do AI 729.263, rel. Min. Cezar Peluso, na qual foi reconhecida a inexistência de repercussão geral da questão referente à forma de apuração do valor patrimonial das ações integralizadas pelo adquirente de linha telefônica nos contratos de participação financeira.

2.Os requerentes buscam rediscutir a constitucionalidade e a existência de repercussão geral da matéria.

3.Ressalto que os embargos de declaração não constituem meio processual cabível para reforma do julgado, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, não vislumbradas no presente caso.

4.Também verifico que o art. 543-A, caput, do CPC estabelece não caber recurso contra decisão que reconhece a inexistência de repercussão geral da questão constitucional versada no apelo extremo. Além disso, o § 5º do mesmo artigo determina a aplicação dessa decisão aos demais recursos

que tratem da mesma matéria, os quais serão “indeferidos liminarmente”. 5.Ante o exposto, nada há que prover.Publique-se.Brasília, 20 de outubro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.699 (1089)ORIGEM : AI - 956762 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEEMBTE.(S) : JUSSENEI BIANCHIN E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MAURÍCIO DAL AGNOL E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : PAULO CEZAR PINHEIRO CARNEIRO E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 1088

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.177 (1090)ORIGEM : AI - 918361 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEEMBTE.(S) : CARLOS ANTONIO STRAPAZZON E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MAURÍCIO DAL AGNOL E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : EDUARDO SILVEIRA CLEMENTE E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 1088

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.380 (1091)ORIGEM : AI - 994572 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEEMBTE.(S) : JACIR PARISE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MAURÍCIO DAL AGNOLEMBDO.(A/S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : MARIA CLÁUDIA FERREIRA REZENDE E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 1088

Processos com Despachos Idênticos:RELATOR: MIN. CARLOS BRITTO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.749 (1092)ORIGEM : AC - 70025197864 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : CLÁUDIA BECKER DA SILVEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SHEILLA DE ALMEIDA FELDMAN E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.Dou provimento ao agravo de instrumento e determino a sua

conversão em recurso extraordinário, pelo fato de constarem dos autos os elementos necessários ao julgamento da causa (§§ 3º e 4º do artigo 544 do CPC).

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.422 (1093)ORIGEM : AC - 20000125422541 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : MARIA DE FATIMA PEREIRA DE OLIVEIRA E OUTRO(A/

S)ADV.(A/S) : SÉRGIO ELLERY SANTOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE FORTALEZAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

FORTALEZA

Despacho: Idêntico ao de nº 1092

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.879 (1094)ORIGEM : AC - 199834000226922 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : HÉLIO VIEIRA JUNIORADV.(A/S) : SAULO LADEIRA E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 242

AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.Dou provimento ao agravo de instrumento e determino a sua

conversão em recurso extraordinário, pelo fato de constar dos autos os elementos necessários ao julgamento da causa (§§ 3º e 4º do art. 544 do CPC).

Publique-se.Brasília, 07 de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTO Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.341 (1095)ORIGEM : MS - 20030001553870 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁAGDO.(A/S) : JOSECINA DE OLIVEIRA REZENDEADV.(A/S) : FABIANO ALDO ALVES LIMA

Despacho: Idêntico ao de nº 1094

Processos com Despachos Idênticos:RELATOR: MIN. JOAQUIM BARBOSA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 529.394 (1096)ORIGEM : AC - 20040018002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSO DO SULAGDO.(A/S) : IVA LÊDA FONTES BERNARDESADV.(A/S) : RENATA BARBOSA LACERDA OLIVA

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição Federal) contra acórdão, prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul que, mantendo a sentença, concedeu indenização em razão de demora na apreciação de pedido de aposentadoria, o que teria causado danos à parte agravada.

No caso, o acórdão recorrido adotou a tese de que o ato do Estado causou dano ao servidor diante da ausência de tempo razoável para sua execução. Ora, tal como posto pelo acórdão recorrido e pelo recurso extraordinário, impossível chegar à conclusão diversa sem reexaminar fatos e provas, o que encontra óbice na Súmula 279 desta Corte.

Ante o exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 546.054 (1097)ORIGEM : PROC - 20030136576000100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSO DO SULAGDO.(A/S) : MARIA NEUZA DE ALENCARADV.(A/S) : RENATA BARBOSA LACERDA OLIVA

Despacho: Idêntico ao de nº 1096

AGRAVO DE INSTRUMENTO 549.798 (1098)ORIGEM : AC - 20040019246000000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSO DO SULAGDO.(A/S) : ANGELINA CIZOTO LOPESADV.(A/S) : RENATA BARBOSA LACERDA OLIVA

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição Federal) contra acórdão, prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul que, mantendo a sentença, concedeu indenização em razão de demora na apreciação de pedido de aposentadoria, o que teria causado

danos à parte agravada.No caso, o acórdão recorrido adotou a tese de que o ato do Estado

causou dano ao servidor diante da ausência de tempo razoável para sua execução. Ora, tal como posto pelo acórdão recorrido e pelo recurso extraordinário, impossível chegar à conclusão diversa sem reexaminar fatos e provas, o que encontra óbice na Súmula 279 desta Corte.

Ante o exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 26 de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 556.702 (1099)ORIGEM : AC - 20040071400000000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSO DO SULAGDO.(A/S) : LUIZ APARECIDO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : RENATA BARBOSA LACERDA OLIVA

Despacho: Idêntico ao de nº 1098

AGRAVO DE INSTRUMENTO 565.042 (1100)ORIGEM : AC - 20040074956 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSO DO SULAGDO.(A/S) : MARI FÁTIMA LIMA ROSSATOADV.(A/S) : RENATA BARBOSA LACERDA OLIVA

Despacho: Idêntico ao de nº 1098

Processos com Despachos Idênticos:RELATORA: MIN. CÁRMEN LÚCIA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 683.591 (1101)ORIGEM : AMS - 200161050030571 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ADELSIO VEDOVELLO JUNIORADV.(A/S) : ALEXANDRE DANTAS FRONZAGLIAAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. REPERCUSSÃO GERAL DA

QUESTÃO CONSTITUCIONAL. QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República, contra julgado no qual se discute o direito de manter sigilo bancário a fim de obstar a apropriação e acesso a extratos bancários em diversas instituições financeiras referentes a período anterior à Lei nº 10.174/2001 e à Lei Complementar nº 105/2001.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 601.314,

Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário que, ademais, é objeto de julgamento na Ação Cautelar nº 33, Relator o Ministro Marco Aurélio.

3. O reconhecimento da repercussão geral do tema constitucional torna dispensável a determinação de subida do recurso extraordinário ou de conversão deste agravo de instrumento naquele recurso, pois os autos principais deverão aguardar na origem o julgamento de mérito do Recurso Extraordinário n. 601.314, a teor do que dispõe o art. 543-B do Código de Processo Civil.

No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, devendo ser observado quanto a este o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 243

Retornem os autos deste agravo de instrumento à origem para que sejam apensados aos autos principais.

Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 706.001 (1102)ORIGEM : AMS - 200361110008196 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : CARLOS ALBERTO MATIUZZIADV.(A/S) : EDUARDO GALVÃO ROSADOAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 1101

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 495.949 (1103)ORIGEM : EIAC - 70003469350 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MOTOVIATURAS VALE DO RIO PARDO LTDAADV.(A/S) : ANTONINHA BALSEMÃORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : OS MESMOS

DESPACHODETERMINAÇÃO DE RETORNO DOS AUTOS À ORIGEM: ART.

543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ERRO MATERIAL. CORREÇÃO DE OFÍCIO. ART. 463, INC. I, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. BAIXA DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Determinei a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para que

fosse observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

2. No entanto, houve erro material na decisão agravada no que diz respeito ao número do paradigma legitimador da devolução, pois constou o número do Recurso Extraordinário 593.489, quando o correto seria Recurso Extraordinário 593.849.

3. O erro material pode ser corrigido de ofício por seu prolator, nos termos do art. 463, inc. I, do Código de Processo Civil, o qual dispõe que, “publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la para corrigir, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais”, a exemplo do que se dá na espécie.

4. Pelo exposto, corrijo, de ofício, o erro material (art. 463, inc. I, do Código de Processo Civil) para determinar que a devolução dos autos à origem se dá em razão do Recurso Extraordinário 593.849.

Publique-se.Brasília, 16 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 519.944 (1104)ORIGEM : AC - 200151010147551 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ITAIPU POSTO DE LAVAGEM E LUBRIFICAÇÃO LTDA

E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VANY ROSSELINA GIORDANO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 1103

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 534.739 (1105)ORIGEM : RESP - 665723 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECTE.(S) : DIBEBIDAS DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS LTDA.ADV.(A/S) : JOSÉ LUIZ DE MENDONÇA MAHON JUNIORRECDO.(A/S) : OS MESMOS

Despacho: Idêntico ao de nº 1103

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.038 (1106)ORIGEM : AC - 2912305700 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : PETROLUMA AUTO POSTO LTDAADV.(A/S) : ANA CRISTINA FREIRE DE LIMA DIAS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO E OUTRO(A/

S)

Despacho: Idêntico ao de nº 1103

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 568.513 (1107)ORIGEM : AC - 2637015700 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : AUTO POSTO LUZ DA RADIALADV.(A/S) : GUILHERME E. PEDRONI E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 1103

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.676 (1108)ORIGEM : MS - 2409 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSORECDO.(A/S) : M RAMOS & RAMOS LTDAADV.(A/S) : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO

Despacho: Idêntico ao de nº 1103

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592.894 (1109)ORIGEM : AC - 24980086896 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : SCARTON VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : VLADIMIR CÁPUA DALLAPICULA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO

Despacho: Idêntico ao de nº 1103

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 518.903 (1110)ORIGEM : AMS - 200170000158349 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : LEANDRO ZANETTIADV.(A/S) : JULIO ASSIS GEHLEN E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIAOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute o direito de manter sigilo bancário a fim de obstar a apropriação e acesso a extratos bancários em diversas instituições financeiras referentes a período anterior à Lei nº 10.174/2001 e à Lei Complementar nº 105/2001.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 601.314,

Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário que, ademais, é objeto de julgamento na Ação Cautelar nº 33, Relator o Ministro Marco Aurélio.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 244

a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 22 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 538.161 (1111)ORIGEM : AMS - 200270000128271 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : EUGÊNIA SANSONADV.(A/S) : FABIO LUIZ GAMA DE OLIVEIRA

Despacho: Idêntico ao de nº 1110

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 568.513 (1112)ORIGEM : AC - 2637015700 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : AUTO POSTO LUZ DA RADIALADV.(A/S) : GUILHERME E. PEDRONI E OUTRO(A/S)

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute o direito ao creditamento da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS pago antecipadamente em razão da substituição tributária, na hipótese de o fator gerador se realizar com valor inferior ao presumido.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 593.489,

Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário que, ademais, é objeto de julgamento nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade ns. 2.675/PE e 2.777/SP.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 8 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.676 (1113)ORIGEM : MS - 2409 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSORECDO.(A/S) : M RAMOS & RAMOS LTDAADV.(A/S) : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO

Despacho: Idêntico ao de nº 1112

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592.894 (1114)ORIGEM : AC - 24980086896 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : SCARTON VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : VLADIMIR CÁPUA DALLAPICULA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Despacho: Idêntico ao de nº 1112

Eu, IRON MESSIAS DE OLIVEIRA, Coordenador de Processamento Final Substituto, conferi. ROSEMARY DE ALMEIDA, Secretária Judiciária.

Brasília, 03 de novembro de 2009.

ÍNDICE DE PESQUISA(RISTF, art. 82 e seu § 5º)

NOME DO ADVOGADO (OU PARTE, QUANDO NÃO HOUVER ADVOGADO)

A. NABOR A. BULHÕES E OUTRO(A/S) (774)ABDON ANTONIO ABBADE DOS REIS E OUTRO(A/S) (453)ABDON ANTÔNIO ABBADE DOS REIS E OUTRO(A/S) (648)ABELARDO MOURA DE MATOS (154)ACIR MURAD (932)ADACIR DE OLIVEIRA OU ADARCI DE OLIVEIRA (644)ADALMIR CARVALHO MONTEIRO E OUTRO(A/S) (553)ADALMIR MARTINELLI OU ADLAMIR MARTINELLI (663)ADALPIO DA CUNHA (47)ADÃO MOACIR GUTERRES E OUTRO(A/S) (897)ADELCIO CARLOS AVELINO (460)ADELMO DA SILVA EMERENCIANO E OUTRO(A/S) (200)ADEMILSON ALVES DE BRITO (914)ADEMIR CANALI FERREIRA(208) (1021)ADILSON AMARO ALVES (724)ADILSON ELIAS DE OLIVEIRA SARTORELLO E OUTRO(A/S) (166)ADILSON PAULO ALVES DA COSTA (941)ADILSON RAMOS JÚNIOR E OUTRO(A/S) (236)ADIRSON DE OLIVEIRA JUNIOR E OUTRO(A/S)(361) (756)ADRIANA CALACHE ALVES E OUTRO(A/S) (953)ADRIANA REGOSO (449)ADRIANO BISKER E OUTRO(A/S) (442)ADRIANO CÉSAR SANTOS RIBEIRO E OUTRO(A/S) (135)ADRIANO JOSÉ BORGES SILVA (152)ADRIANO SILVA ROSA (405)ADRIANO TADEU TROLI (821)ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO (1065)ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - BRUNO RESENDE RABELLO(264) (270)ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - MARCONI BASTOS SALDANHA

(335)

ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - MARIA TERESA LIMA LANA(266) (267)ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - NABIL EL BIZRI (356)ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - NARDELE DÉBORA CARVALHO ESQUERDO

(757)

ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - VANESSA SARAIVA DE ABREU

(272)

ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - WALTER DO CARMO BARLETTA

(269)

ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO(3) (11) (84) (85) (87) (89) (138) (160) (165)

(171) (244) (318) (328) (329) (334) (341) (365) (384) (410)(441) (483) (513) (514) (523) (544) (613) (614) (615) (617)(618) (619) (623) (625) (626) (627) (686) (687) (688) (689)(709) (715) (724) (732) (738) (746) (903) (908) (937) (992)(993) (994) (995) (1010) (1026) (1041) (1050) (1077) (1080)ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO E OUTRO(A/S) (1094)ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS(14) (30) (39) (43) (52) (108) (330) (340) (475) (719)(721) (729) (765) (766) (839) (844) (862) (874) (930) (970)(972) (973) (1008) (1024) (1032) (1065)AGOSTINHO ANTÔNIO DE MENEZES PAGOTTO(119) (120)AGOSTINHO ANTONIO DE MENEZES PAGOTTO (121)AGOSTINHO ANTONIO DE MENEZES PAGOTTO E OUTRO(A/S) (129)AHMAD MOHAMAD EL TASSE E OUTRO(A/S) (435)ALBERTO GOMES DA ROCHA AZEVEDO JUNIOR E OUTRO(A/S)(13) (114)ALBERTO OENNING (392)ALBERTO PAVIE RIBEIRO E OUTRO(A/S) (472)ALBERTO ZACHARIAS TORON E OUTRO(A/S) (589)ALCIDES SANTOS DA SILVA (521)ALCIONE MARIA MELLO DE OLIVEIRA ATHAYDE (455)ALDE DA COSTA SANTOS JÚNIOR E OUTRO(A/S) (321)ALDE DA COSTA SANTOS JÚNIOR E OUTROS (383)

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ALDENI MARTINS E OUTRO(A/S) (167)ALESSANDRA AUGUSTA KLAGENBERG E OUTRO(A/S) (380)ALESSANDRA GALVÃO CARNEIRO DA CUNHA E OUTRO(A/S) (1076)ALESSANDRA GASPARINI LAMEIRA E OUTRO(A/S) (285)ALESSANDRO MARCELO MORO RÉBOLI E OUTRO(A/S) (563)ALESSANDRO MAURICI E OUTRO(A/S) (71)ALEX TETSUJI ARAÚJO TONSHO (717)ALEXANDER ARTUR ULBRICHT E OUTRO(A/S) (615)ALEXANDER JERÔNIMO RODRIGUES LEITE (362)ALEXANDRA CARVALHO DA ROCHA (489)ALEXANDRA FISTAROL SALLES E OUTRO(A/S) (12)ALEXANDRE BARENCO RIBEIRO (205)ALEXANDRE BARENCO RIBEIRO E OUTRO(A/S) (206)ALEXANDRE BLEGGI ARAUJO E OUTRO(A/S) (373)ALEXANDRE COUTINHO PAGLIARINI E OUTRO(A/S) (180)ALEXANDRE DA SILVA ARAUJO E OUTRO(A/S) (409)ALEXANDRE DANTAS FRONZAGLIA (1101)ALEXANDRE DE MENDONÇA WALD (1026)ALEXANDRE DE OLIVEIRA KRONIG (954)ALEXANDRE DE SOUZA HERNANDES(675) (675)ALEXANDRE DESOTTI COSTA (766)ALEXANDRE DOS SANTOS(676) (677)ALEXANDRE FIDALGO E OUTRO(A/S) (981)ALEXANDRE GIR GOMES (315)ALEXANDRE GOMES POMPEIO (1033)ALEXANDRE KRUEL JOBIM E OUTRO(A/S) (151)ALEXANDRE LESSMANN BUTTAZZI E OUTRO(A/S) (1)ALEXANDRE MARCELINO MARIANO(62) (62)ALEXANDRE OTÁVIO BARBOSA PIEDADE (939)ALEXANDRE PRUDENTE MARQUES E OUTRO(A/S) (381)ALEXANDRE RAHAL (1075)ALEXANDRE SERPA TRINDADE E OUTRO(A/S) (748)ALFREDO BUMACHAR E OUTRO(A/S) (420)ALFREDO FERREIRA TARTUCE E OUTRO(A/S) (237)ALFREDO VENET LIMA (655)ALFREU MORAES ESTEVES (448)ALINE PLOCHARSKI PEDROSO (45)ALINY ASPÁZIA AVELINO CORTEZ DANTAS (4)ALMIR HOFFMANN (1056)ALMIR HOFFMANN DE LARA JÚNIOR E OUTRO(A/S)(234) (331) (558)ALMIR HOFFMANN DE LARA JUNIOR E OUTRO(A/S) (1016)ALMIR HOFFMANN E OUTRO(A/S) (511)ALOÍSIO HENRIQUE MAZZAROLO E OUTRO(A/S) (230)ALUISIO LUNDGREN CORRÊA REGIS E OUTRO(A/S) (415)ALUÍSIO XAVIER DE ALBUQUERQUE (1026)ÁLVARO AUGUSTO CASSETARI (619)ÁLVARO RAYMUNDO (754)ALVÁRO VAN DER LEY LIMA NETO E OUTRO(A/S) (725)ALYSSON SOUZA MOURÃO E OUTRO(A/S) (281)AMADEU FURTADO NETO (87)AMANDA MENEZES DE ANDRADE RIBEIRO E OUTRO(A/S) (486)AMANTINO MARTINS DE MELLO (185)AMARO DE SOUZA CARDOSO E OUTRO(A/S) (208)AMAURILIO RAMOS DO NASCIMENTO (68)AMÉRICO TEODORO MORAES (278)AMILCAR SIQUEIRA (158)ANA CAROLINA DOMINGUES MARTIN OU ANA CAROLINA DOMINGUEZ MARTIN

(193)

ANA CLÁUDIA SILVA PIRES E OUTRO(A/S) (21)ANA CRISTINA CARLOS SARMENTO MENESES (85)ANA CRISTINA FREIRE DE LIMA DIAS E OUTRO(A/S) (1106)ANA DIVA TELES RAMOS EHRICH (883)ANA IZABEL VIANA GONSALVES E OUTRO(A/S) (691)ANA KARINA DE SA LIMA GOMES (733)ANA LÚCIA DE SOUZA SIQUEIRA (1065)ANA LUCIA FALCÃO BARRETO (631)ANA LUCIA GIMENES DOS SANTOS (207)ANA PAULA CAPITANI E OUTRO(A/S) (910)ANA TEREZA PALHARES BASÍLIO (920)ANDERSON DOS SANTOS FERREIRA(78) (78)ANDERSON NUNES FAGUNDES E OUTRO(A/S) (45)ANDERSON PEREIRA DOS SANTOS (642)ANDERSON SOARES (603)ANDERSON SORIANO DE SOUZA (645)ANDRÉ BONA DA SILVA (667)ANDRÉ JACQUES LUCIANO UCHÔA COSTA (885)ANDRÉ LINHARES PEREIRA (1026)ANDRÉ LUÍS SONNTAG (32)ANDRÉ NIVALDO DA CUNHA (650)

ANDRÉ PUPPIN MACEDO (139)ANDRÉ RUPOLO GOMES E OUTRO(A/S) (276)ANDRÉ SILVEIRA (1026)ANDRÉ SOARES DE AZEVEDO DE MELO E OUTRO(A/S) (217)ANDRÉ ZONARO GIACCHETTA E OUTRO(A/S) (207)ANDREA ALMEIDA SOARES (899)ANDRÉA BUENO MAGNANI (829)ANDRÉA BUENO MAGNANI E OUTRO(A/S)(471) (490) (578)ANDRIZE LEITE CALDEIRA (852)ANETE MAIR MACIEL MEDEIROS (613)ANGELA OLIVEIRA BALEEIRO (281)ANGÉLICA SANSON ANDRADE E OUTRO(A/S) (569)ANGÉLICA VELLA FERNANDES DUBRA (542)ÂNGELO AURÉLIO GONÇALVES PARIZ E OUTRO(A/S)(204) (253) (370)ANGELO DE MELLO COSTA OLIVEIRA (83)ANGELO FRANCISCO BARRIONUEVO AMBRIZZI (355)ANGELO HENRIQUES GOUVEIA PEREIRA E OUTRO(A/S) (883)ANGELO MARIA LOPES E OUTRO(A/S) (950)ANNA MARIA DA TRINDADE DOS REIS E OUTRO(A/S) (509)ANNICLAY ROCHA RIBEIRO PINTO (891)ANTENOR PEREIRA MADRUGA FILHO E OUTRO(A/S) (419)ANTERO LISCIOTTO E OUTRO(A/S) (90)ANTONINHA BALSEMÃO (1103)ANTONINO MAIA DA SILVA (801)ANTONIO ARNALDO DE BRITO (595)ANTÔNIO AUGUSTO GENELHU JÚNIOR E OUTRO(A/S) (482)ANTÔNIO BRAZ DA SILVA JÚNIOR (406)ANTONIO CARLOS ALVES PEREIRA E OUTRO(A/S) (309)ANTÔNIO CARLOS DE BRITO (1039)ANTONIO CARLOS DE MELLO PACHECO FILHO (692)ANTONIO CARLOS DE TOLEDO SANTOS FILHO (684)ANTONIO CARLOS FACIOLI CHEDID (149)ANTONIO CARLOS GOMES SOARES (390)ANTÔNIO CARLOS ROCHA PIRES DE OLIVEIRA (329)ANTONIO CARLOS VIANNA DE BARROS E OUTRO(A/S) (1004)ANTÔNIO CÉSAR ALVES MONTEIRO (429)ANTONIO CLAUDIO ZEITUNI E OUTRO(A/S) (225)ANTONIO DE SOUSA SOARES(673) (673)ANTONIO DOURADO CAVALCANTI FILHO (83)ANTONIO EMIDIO FERREIRA FILHO (733)ANTONIO FELIX DOMINGUES(498) (499)ANTONIO FERNANDO SEABRA E OUTRO(A/S) (534)ANTONIO GABRIEL DE LIMA (1082)ANTÔNIO HENRIQUE FREIRE GUERRA (1026)ANTÔNIO IVANIR DE AZEVEDO(1015) (1030)ANTÔNIO JOÃO SALVADOR (719)ANTONIO JOAQUIM PIRES DE CARVALHO E ALBUQUERQUE E OUTROS

(154)

ANTONIO JOSE SANDOVAL(498) (500)ANTONIO JOSÉ SANDOVAL (499)ANTÔNIO LOPES (83)ANTÔNIO LUIZ BARBOSA VIEIRA (791)ANTONIO MANOEL DE BARROS (412)ANTONIO NABOR AREIAS BULHÕES (736)ANTÔNIO NOGUEIRA FLORESTA (495)ANTÔNIO PAULO ZAMBRIM MENDONÇA (707)ANTÔNIO RENATO LIMA DA ROCHA (83)ANTÔNIO ROBERTO DAHER NASCIMENTO FILHO (397)ANTÔNIO SÉRGIO ALTIERI DE MORAES PITOMBO E OUTRO(A/S) (106)ANTONIO SÉRGIO VALLE DOS SANTOS (550)ANTÔNIO THAMER BRUTOS OU ANTÔNIO THAMER BUTROS (453)ANTONIO XAVIER DE BARROS FILHO (597)APARECIDO MEDEIROS DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (323)ARCIDES DE DAVID E OUTRO(A/S) (772)ARGEMIRO FONSECA NETO (47)ARILDO ESPÍNDOLA DUARTE (36)ARISTEU NILDEMIR DE MAGALHÃES OU ARISTEU NILDEMIR MAGALHÃES

(401)

ARLINDO AUGUSTO DOS SANTOS ASSUMPÇÃO E OUTRO(A/S) (746)ARMANDO DE QUEIROZ MONTEIRO FILHO (83)ARMANDO RIBEIRO GONÇALVES JÚNIOR E OUTRO(A/S) (220)ARNALDO DE AGUIAR MACHADO JÚNIOR E OUTRO(A/S) (325)ARNALDO VERSIANI LEITE SOARES E OUTRO(A/S) (1055)ARNILDO RAMSON (47)AROLDO PLÍNIO GONÇALVES (525)AROLDO TEIXEIRA ROCHA E OUTRO(A/S) (226)ARQUIMEDES POLIDO (6)ARTHUR CARUSO JUNIOR

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 246

(498) (500)ARTUR FERNANDO ARAUJO E OUTRO(A/S) (721)ARY JOSÉ LAGE DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (519)ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA CATARINA (611)ATILA AUGUSTO SEPULVEDA (459)AUGUSTA DE RAEFFRAY BARBOSA GHERARDI E OUTRO(A/S) (887)AUGUSTO BETTI (880)AUGUSTO ROSSONI LUVISON E OUTRO(A/S) (951)AUREANE RODRIGUES DA SILVA E OUTRO(A/S)(351) (555)AURO VIDIGAL DE OLIVEIRA (328)AUTA ALVES CARDOSO (899)AVELINO CESAR DE ASSUNÇÃO (812)BANCO FRANCÊS E BRASILEIRO S/A - BFB (1026)BÁRBARA BIANCA SENA (295)BARBARA MARIA PIOTTO (71)BARBARA MAURO RIZZO E OUTRO(A/S) (507)BÁRBARA NUNES E OUTRO(A/S)(154) (154) (154) (154) (154)BEATRIZ VARANDA (197)BELARMINO LINS DE ALBUQUERQUE E OUTRO(A/S) (126)BEN HUR VIZA E OUTRO (393)BENCE PÁL DEÁK (767)BENEDITO PEREIRA DA SILVA (2)BENTO JOSÉ DE MENEZES E SILVA (813)BERNADETE MACIEL SEIBT (771)BRÁULIO LACERDA E OUTRO(A/S) (83)BRENDA PAULA MENDES (335)BRUNO ARCIERO JÚNIOR (485)BRUNO CÉSAR ALVES PINTO (305)BRUNO MACEDO DANTAS E OUTRO(A/S) (745)BRUNO RODRIGUES (400)BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO(1108) (1113)BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO E OUTRO(A/S)(25) (1106)CAESAR AUGUTUS F. DE SOUZA ROCHA DA SILVA E OUTRO(A/S) (310)CAIO CESAR VIEIRA ROCHA E OUTRO(A/S)(363) (376)CAIO CÉSAR VIEIRA ROCHA E OUTRO(A/S) (378)CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE BELO HORIZONTE CDL /BR

(525)

CÂMARA DOS DEPUTADOS (626)CAMILA DRUMOND ANDRADE (564)CAMILA GONÇALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (937)CÂNDIDO FERREIRA CUNHA LOBO E OUTRO(A/S) (483)CANDIDO FERREIRA DA CUNHA LOBO (899)CANDIDO FERREIRA DA CUNHA LOBO E OUTRO(A/S)(273) (326)CANTINILA BEZERRA DE CARVALHO (52)CARDEL MENDONÇA CARNEIRO DA SILVA E OUTRO(A/S) (508)CARDEQUE CORRÊA DE SOUZA (186)CARLA RAMOS SANTOS (605)CARLA VALENTE BRANDÃO E OUTRO(A/S) (358)CARLOS AUGUSTO SAMARY DA SILVA (827)CARLOS ALBERTO BENCKE E OUTRO(A/S) (942)CARLOS ALBERTO DA SILVA (17)CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA LEAL (638)CARLOS ALBERTO DELLAGIUTINA E OUTRO(A/S) (81)CARLOS ALBERTO DIDIER LYRA (83)CARLOS ALBERTO GIUBERTI (418)CARLOS ALBERTO LEITE CHARLES E OUTRO(A/S) (420)CARLOS ALBERTO RODRIGUES (1071)CARLOS ALBERTO TORRENS E OUTRO(A/S) (83)CARLOS ANTÔNIO ALBAREDA BARCELOS (495)CARLOS ANTÔNIO DOS SANTOS E OUTRO(A/S)(14) (108)CARLOS APARECIDO MARTINS (64)CARLOS AUGUSTO DRESCH KRONBAUER (672)CARLOS DE OLIVEIRA (644)CARLOS DOUGLAS DOS SANTOS ALVES E OUTRO(A/S) (965)CARLOS DUARTE JÚNIOR E OUTRO(A/S) (350)CARLOS EDUARDO GOMES DE SOUZA (598)CARLOS EDUARDO OLIVEIRA CONTI E OUTRO(A/S) (406)CARLOS HENRIQUE DE SOUZA BITTENCOURT (583)CARLOS HENRIQUE POLICARPO DA SILVA (495)CARLOS HENRIQUE SPESSOTO PERSOLI E OUTRO(A/S) (419)CARLOS HENRIQUE TRANJAN BECHARA E OUTRO(A/S) (713)CARLOS JOSÉ DE OLIVEIRA TOFFOLI (996)CARLOS JOSÉ FRAGA (651)CARLOS JOSÉ KURTZ (1042)CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO E OUTROS (171)CARLOS MURILO NOVAES E OUTRO(A/S) (217)CARLOS ORLANDO RIBEIRO SEABRA JR. E OUTROS (156)

CARLOS PEREIRA DOMINGUES E OUTRO(A/S) (218)CARLOS ROBERTO DE OLIVEIRA CAIANA (574)CARLOS ROBERTO DO NASCIMENTO E OUTRO(A/S) (143)CARLOS ROBERTO FORNES MATEUCCI E OUTRO(A/S) (382)CARLOS ROBERTO SCALASSARA (997)CARLOS ROBERTO SIQUEIRA CASTRO E OUTRO(A/S) (783)CARLOS VITOR MARANHÃO DE LOYOLA (804)CAROLINA ALVES CORTEZ (842)CAROLINA DE CARO MARTINS E OUTRO(A/S) (505)CAROLINA DE QUEIROZ FRANCO OLIVEIRA (188)CAROLINA MIZUTA (795)CAROLINE DE BAPTISTI MENDES (446)CASE HALALISANI DUBE (61)CASE HALALISANI DUBE E OUTRO(A/S) (61)CASSIO AUGUSTO MUNIZ BORGES (160)CÉLIA MARIA DE SOUZA COTTA E OUTRO(A/S) (113)CELMO MÁRCIO DE ASSIS PEREIRA (210)CELMO MÁRCIO DE ASSIS PEREIRA E OUTRO(A/S) (344)CELSO DE FARIA MONTEIRO (946)CELSO DE MOURA E OUTRO(A/S) (313)CELSO LUIZ BERNARDON E OUTRO(A/S) (343)CELSO LUIZ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (415)CELSO NOVA TORRICO (61)CELSO RUI DOMINGUES(499) (500)CELSO RUI DOMINGUES E OUTRO(A/S) (498)CEMI ALVES DE JESUS (69)CENI APARECIDA LANG DE MARCO (276)CÉSAR MONTEIRO BOYA E OUTRO(A/S) (572)CHARLES FERREIRA MACHADO (448)CHARLES MATEUS SCALABRINI E OUTRO(A/S) (16)CHARLES ROBSON ROCHA(465) (465)CHARLES RODRIGO PEDRO DE SOUZA (640)CHEMOIL INTERNATIONAL LTD (483)CÍCERO EMERICIANO DA SILVA (1066)CID AUGUSTO MENDES CUNHA (798)CINARA RAQUEL ROSO (815)CINARA RAQUEL ROSO E OUTRO(A/S) (543)CINTHIA DE OLIVEIRA CARVALHO E OUTRO(A/S) (837)CÍNTIA ROBERTA DA CUNHA FERNANDES E OUTRO(A/S) (437)CIRO ROBERTO SANTANA (964)CLÁUDIA BRAGA CARDOSO E OUTRO(A/S) (963)CLÁUDIA GAMA GONDIM E OUTRO(A/S) (1051)CLÁUDIA NAHSSEN DE LACERDA FRANZE E OUTRO(A/S) (872)CLÁUDIA PARANAGUÁ DE CARVALHO (359)CLAUDIA SIMONE PRAÇA PAULA E OUTRO(A/S) (296)CLÁUDIO ANDRÉ PONTES (1086)CLAUDIO BENTO DE OLIVEIRA (392)CLÁUDIO DIAS DE CASTRO (864)CLÁUDIO GOMES E OUTRO(A/S) (315)CLÁUDIO JOSÉ RESENDE FONSECA E OUTRO(A/S) (51)CLÁUDIO LITHZ PEREIRA E OUTRO(A/S) (219)CLÁUDIO OTÁVIO XAVIER (141)CLAUDIONICE CARDOSO DE OLIVEIRA (17)CLAUDISMAR ZUPIROLI E OUTRO(A/S) (165)CLEBER LOPES (425)CLEBER MARINELLI DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (186)CLÉBER REIS DE OLIVEIRA (243)CLEBERSON AMARAL MARTINS(683) (683)CLEIDEMAR REZENDE ISIDORO (576)CLÉO DNAR DE MESQUITA (816)CLÉSIO DE OLIVEIRA (470)CLONIR PAULO DA COSTA (666)CLOVIS KONFLANZ E OUTRO(A/S) (537)CLÓVIS MÁRCIO DE AZEVEDO SILVA (846)CLÓVIS SAHIONE (455)CONGRESSO NACIONAL(160) (165)CONRADO DONATI ANTUNES (188)CONRADO ERNANI BENTO NETO(47) (909)CRIOGEN CRIOGENIA LTDA (211)CRISLEY DE SOUSA FEITOZA (922)CRISTIANA MARISA THOZZI E OUTRO(A/S) (353)CRISTIANA RODRIGUES GONTIJO E OUTRO(A/S) (226)CRISTIANE DE CASTRO FONSECA DA CUNHA (760)CRISTIANE FERRAZ SPINATO E OUTRO(A/S) (373)CRISTIANE FREIRE BRANQUINHO ROCHA (753)CRISTIANO CONSORTE ZAPELINI E OUTRO(A/S)(104) (720)CRISTIANO MULLER E OUTRO(A/S) (1085)CRISTIANO PASTOR FERREIRA DE MELO E OUTRO(A/S) (768)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 247

CRISTIANO REIS GIULIANI E OUTRO(A/S) (700)CRISTINA RODRIGUES GONTIJO E OUTRO(A/S) (1086)DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYER(348) (416)DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYER LIMA (352)DAISE MARIA DOS SANTOS SILVA ROCHA E OUTRO(A/S) (374)DAISSON SILVA PORTANOVA E OUTRO(A/S) (477)DAISY CRISTINE NEITZKE HEUER (666)DALCIETE FELIZARDO (720)DALMAR DO ESPÍRITO SANTO PIMENTA E OUTRO(A/S) (536)DALMIR JOSÉ FERNANDES E OUTRO(A/S) (274)DALMO ROGÉRIO S. DE ALBUQUERQUE E OUTRO(A/S) (244)DALTRON VILAS BOAS ROCHA (692)DALVA REGINA DE ARAÚJO E OUTRO(A/S) (964)DAMARES MEDINA (160)DANI LEONARDO GIACOMINI E OUTRO(A/S) (986)DANIEL AGUIAR MASAR (661)DANIEL DE FARIA JERÔNIMO LEITE E OUTRO(A/S) (9)DANIEL EDUARDO DERKASTCHEFF VERA E OUTRO(A/S) (927)DANIEL FERNANDO DE SOUZA E OUTRO(A/S) (446)DANIEL GUSTAVO MENEGUZ MORENO E OUTRO(A/S) (221)DANIEL HENRIQUE DE CARVALHO (609)DANIEL LIMA DA SILVA (347)DANIEL MARTINS FELSEMBURG (184)DANIEL MARTINS FELZEMBURG (1062)DANIEL MONTEIRO DA SILVA (5)DANIEL NASCIMENTO CURI E OUTRO(A/S) (293)DANIEL PEREIRA ARGUELLO(59) (59)DANIEL ROFFÉ DE VASCONCELOS (620)DANIEL SANTANA MIRANDA (648)DANIEL SANTOS DE MELO GUIMARÃES (797)DANIEL ZANFORLIM BORGES E OUTRO(A/S) (964)DANIELA ALVES PÓPULO E OUTRO(A/S) (913)DANIELA BARREIRO BARBOSA(850) (853)DANIELA CHICCHI GRUNSPAN (847)DANIELLA DI CUNTO ALONSO MUNHOZ E OUTRO(A/S) (312)DANIELLE BEHLING ALVES (29)DANIELLE ZULATO BITTAR E OUTRO(A/S) (155)DANIELLI FARIAS RABELO LEITÃO E OUTRO(A/S) (624)DANILO ALVES BARBOSA (664)DANILO SAHIONE (806)DAVI OSÓRIO DOS REIS CLETO (346)DAVID PIMENTEL BARBOSA DE SIENA (313)DAVID SARMENTO CÂMARA E OUTRO(A/S) (363)DAYSE MARIA ANDRADE ALENCAR (209)DÉBORA CRISTINA BIANQUETTI (290)DÉBORA GONÇALVES PEREZ (188)DEBORAH BARRETO MENDES (1059)DÉCIMA QUARTA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 2003.002.23159 NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 2003.011.001332-9)

(162)

DÉCIO FLÁVIO GONÇALVES TORRES FREIRE E OUTRO(A/S)(215) (274) (283) (504)DÉCIO FLAVIO TORRES FREIRE E OUTRO(A/S) (46)DÉCIO FREIRE(213) (284)DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S)(216) (280) (319) (468) (505) (559) (759) (768) (906)DECIO FREIRE E OUTROS (358)DEFENSOR PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS (38)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃO(31) (74) (75) (196) (458) (604) (642) (643) (645) (646)(652) (662) (663) (665) (670) (1065)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (739)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE (727)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(67) (105) (304) (916) (952)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(45) (53)DEFENSOR-GERAL DA UNIÃO (461)DEFENSOR-PÚBLICO GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

(664)

DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO(191) (195) (403) (407) (424) (456) (457) (585) (591) (594)(597) (608) (632) (634)DENILSON MARCONDES VENÂNCIO E OUTRO(A/S) (112)DENIS FONSECA BARROSA (874)DENISE ARANTES SANTOS VASCONCELOS (864)DENISE ARANTES SANTOS VASCONCELOS E OUTRO(A/S)(301) (341)DENISE BRAGA TORRES STAMM (878)DENISE MARIA DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (1018)

DENIZE MOREIRA CHAVES E OUTRO(A/S) (379)DEOCLÉCIO ADÃO PAZ E OUTROS (466)DIANA DE ALMEIDA RAMOS ARANTES E OUTRO(A/S) (709)DIEGO ALBERTO BRASIL PRAGA E OUTRO(A/S) (387)DIEGO DINIZ RIBEIRO (900)DIEGO LUIZ BERBARE BANDEIRA (600)DIETER AUGUST KOESTLER (413)DILMA JANE TAVARES DE ARAÚJO (378)DILSON FERREIRA DE ANAIDE (824)DIOGO PRATA LIMA(94) (95)DIRCEU ANTÔNIO ANDERSEN JUNIOR (980)DIRCEU AUGUSTO DA CÂMARA VALLE E OUTRO(A/S) (497)DIRCEU FREITAS FILHO E OUTRO(A/S) (434)DIRCEU JACOB E OUTRO(A/S) (18)DIRETÓRIO REGIONAL DE MINAS GERAIS DO PARTIDO DOS TRABALHADORES - PT

(522)

DIRK VAN DER MERWE (684)DJALMA SALLES JUNIOR E OUTRO(A/S) (109)DJALMA TERRA ARAÚJJO (602)DOKOLO TANDO (61)DOMERINA MACHADO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (898)DOMINGOS DOS SANTOS BITENCOURT E OUTRO(A/S) (48)DOMINGOS SINHORELLI NETO (445)DORANDY XAVIER DA SILVA E OUTRO(A/S) (1012)DPE-RJ - MARIA ELIANE DOS SANTOS RIBEIRO (916)DRÁUSIO APPARECIDO VILLAS BOAS RANGEL (184)DURVAL LUÍS DA SILVA (767)DUVÍLIO BRUNO FILHO (454)ÉBANO CORDEIRO CABRAL(681) (681)EBER CARVALHO DE MELO E OUTRO(A/S) (52)ED CARLOS ANDRINO(63) (63)EDEMAR CID FERREIRA (630)EDÉSIO GOMES CORDEIRO E OUTRO(A/S) (260)EDGARD SABOYA FILHO E OUTRO(A/S) (886)EDILENE LÔBO E OUTRO(A/S) (522)EDILMA FLORIANO MOURA (224)EDILSON JAIR CASAGRANDE (779)EDIMAR CRISTIANO ALVES E OUTRO(A/S) (77)ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA (904)ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA E OUTRO(A/S) (520)ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA E OUTRO(A/S) (294)EDISON URBANO MANSUR E OUTRO(A/S) (906)EDITH PAES BARRETO (631)EDLAMAR SOUZA CERQUEIRA (224)EDNA FERREIRA DE SOUZA E SILVA (630)EDNALDO GERMANO DA CUNHA (722)EDNALDO GOMES VIDAL (587)EDNÉSIO GERALDO DE PAULA SILVA E OUTRO(A/S) (1064)EDROVANO GUIMARÃES GUTIERRES JÚNIOR (733)EDSON AMARAL DE FREITAS (19)EDSON ANTONIO PIZZATTO RODRIGUES E OUTRO(A/S) (1014)EDSON JAIR FERNANDES (447)EDSON LUIZ KOBER (288)EDUARDO ARRUDA ALVIM E OUTRO(A/S) (309)EDUARDO BARROS MIRANDA PÉRILLIER E OUTRO(A/S) (421)EDUARDO BOTTONI E OUTRO(A/S) (845)EDUARDO BUSSE AUST (685)EDUARDO DE QUEIROZ MONTEIRO (83)EDUARDO FREDERICO DA SILVA ARAÚJO(498) (499)EDUARDO GALVÃO ROSADO (1102)EDUARDO GHELLER E OUTRO(A/S) (238)EDUARDO MACHADO DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (913)EDUARDO MAFFIA QUEIROZ NOBRE E OUTRO(A/S) (431)EDUARDO MAIMONE AGUILLAR (656)EDUARDO OTÁVIO ALBUQUERQUE DOS SANTOS(635) (635)EDUARDO PANNUNZIO E OUTROS (165)EDUARDO PEREIRA BROMONSCHENKEL E OUTRO(A/S) (702)EDUARDO PINTO DE CARVALHO (760)EDUARDO SILVEIRA ARRUDA E OUTRO(A/S) (257)EDUARDO SILVEIRA CLEMENTE E OUTRO(A/S)(990) (1090)EDVINO SCHMECHEL BUBOLS (47)ELCIDE ALBERTO LANZARIN (152)ELCIO CLAUDIO DE CASTRO PEREIRA JUNIOR E OUTRO(A/S) (228)ELDA GOMES DE ARAÚJO E OUTRO(A/S) (546)ELENO RODRIGO GUARDA CAMINSKI (570)ELIANDRO DOS SANTOS (637)ELIASIBE DE CARVALHO SIMÕES E OUTROS (160)ELIEZER PEREIRA MARTINS E OUTRO(A/S) (241)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 248

ELIEZER SANCHES (339)ELIMARA APARECIDA ASSAD SALLUM E OUTRO(A/S)(470) (480) (481)ELISANDRO JOSÉ DUMS (199)ELISETE BRAIDOTT E OUTRO(A/S) (375)ELISEU DOS SANTOS OLERIANO (495)ELIZABETH CÁSSIA MASSOCCO E OUTRO(A/S) (240)ELIZEU LUCIANO DE ALMEIDA FURQUIM (262)ELIZEU SOARES DE CAMARGO NETO E OUTRO(A/S) (446)ELMIRO CHIESSE COUTINHO (781)ELOISA ELENA ROSIM BRAGHETTA E OUTRO(A/S) (314)ELVIO HISPAGNOL (422)ELVIO HISPAGNOL E OUTRO(A/S) (1003)EMANUEL HASSEN DE JESUS (672)EMERSON DE HYPOLITO E OUTRO(A/S) (18)EMERSON SANTANA DOS SANTOS (718)EMÍLIA BORGES E OUTRO(A/S) (318)EMIVAL SANTOS DA SILVA E OUTRO(A/S) (68)ENEAS CRAICE FILHO (660)ENILDO HERÁCLITO DE QUEIROZ (83)ENRIQUE DE GOEYE NETO (1032)EPHIGÊNIA THEREZINHA DE CASTILHO (579)ERICA FERREIRA NEVES (482)ERICK NILSON SOUTO (622)ERICO RAFAEL FLEURY DE CAMPOS CURADO (877)ERNESTO FERREIRA JUNTOLLI E OUTRO(A/S) (1051)ERYKA FARIAS DE NEGRI(560) (1020)ESDRAS DANTAS DE SOUZA E OUTROS (581)ESLY SCHETTINI PEREIRA E OUTRO(A/S)(297) (298)ESTÁCIO DA SILVEIRA LIMA (809)ESTEFÂNIA FERREIRA DE SOUSA DE VIVEIROS (750)ETEVALDO VIANA TEDESCHI (658)ETISON BUENO (73)EUGÊNIO CARLO BALLIANO MALAVASI E OUTRO(A/S)(460) (605)EUGÊNIO MIGUEL WEILER JÚNIOR E OUTRO(A/S) (445)EURO BENTO MACIEL E OUTRO(A/S) (553)EVA INGRID REICHEL BISCHOFF (157)EVALDO GOMES BRAGANÇA (959)EVALDO MATIAS (65)EVANDRO CASSIUS SCUDELLER (592)EVANDRO FRANÇA MAGALHÃES E OUTRO(A/S) (370)EVELCOR FORTES SALZANO E OUTRO(A/S) (388)EXPEDITO SOARES BATISTA E OUTRO(A/S) (1004)EZEQUIAS DASSIE (932)FABIANA DE ROCCO (602)FABIANO ALDO ALVES LIMA (1095)FABIANO DA SILVA (646)FABIANO LÚCIO DA COSTA (667)FABIANO RIQUETTI E OUTRO(A/S) (972)FÁBIO AUGUSTO DE MESQUITA PORTO (863)FÁBIO BARBOSA MACIEL (1026)FÁBIO CÉSAR TEIXEIRA E OUTRO(A/S) (323)FÁBIO CIUFFI (81)FABIO DE SOUZA RAMACCIOTTI (778)FÁBIO DUTRA CABRAL E OUTRO(A/S) (889)FABIO FRASATO CAIRES (8)FÁBIO JUN CAPUCHO (1058)FÁBIO KONDER COMPARATO E OUTRO(A/S) (509)FÁBIO LUIS DA SILVA MENDONÇA (1084)FABIO LUIZ GAMA DE OLIVEIRA (1111)FABIO MARTINS RIBEIRO (7)FÁBIO PLANTULLI E OUTRO(A/S) (958)FÁBIO ROBERTO DE ALMEIDA TAVARES E OUTRO(A/S) (21)FÁBIO RODRIGO MARQUES PRADO (600)FÁBIO SILVA FERRAZ DOS PASSOS E OUTRO(A/S) (898)FÁBIO SOARES JANOT (1044)FÁBIO SOARES JANOT E OUTRO(A/S) (260)FÁBIO TOFIC SIMANTOB (188)FÁBIO TOFIC SIMANTOB E OUTRO(A/S) (630)FABRÍCIO DE OLIVEIRA CAMPOS (482)FABRÍCIO DE OLIVEIRA CAMPOS E OUTRO(A/S) (679)FABRÍCIO ZIR BOTHOMÉ E OUTRO(A/S) (26)FADAIAN CHAGAS CARVALHO (266)FADAIAN CHAGAS CARVALHO E OUTRO(A/S) (43)FELIPE ANTONIO DUARTE CHEMALE E OUTRO (395)FELIPE DA SILVA SANTIAGO (572)FELIPE SILVEIRA GURGEL DO AMARAL E OUTRO(A/S) (362)FELIPPO SCOLARI NETO E OUTRO(A/S) (444)FELISBERTO EGG DE RESENDE (862)FERNANDA BANDEIRA ANDRADE RODRIGUES LEITE E OUTRO(A/S)

(865)

FERNANDA FLORENCIO LINS (734)FERNANDO ANDRADE RIBEIRO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (973)FERNANDO ANTÔNIO BARBOSA MACIEL (1026)FERNANDO AUGUSTO DE FARIA CORBO (988)FERNANDO CARIONI (999)FERNANDO CARLOS LUZ MOREIRA (292)FERNANDO CELSO GONÇALVES HERMIDA OU FERNANDO CELSO HERMIDA

(398)

FERNANDO CESAR BOARATI JÚNIOR E OUTRO(A/S) (333)FERNANDO DE GODOY LIMA FILHO (633)FERNANDO DE SANTA ROSA E OUTRO(A/S) (138)FERNANDO J. RIBEIRO LINS (1026)FERNANDO JOSÉ BATISTA NEVES (83)FERNANDO JOSÉ LOPES SCALZILLI E OUTRO(A/S) (255)FERNANDO LOESER E OUTRO(A/S) (873)FERNANDO LOURES SALINET FILHO (692)FERNANDO MACHADO SCHINCARIOL (70)FERNANDO NEVES DA SILVA (152)FERNANDO OLIVEIRA E SILVA (712)FERNANDO SANTOS DA SILVA E OUTRO(A/S) (686)FERTILIZANTES SERRANA S/A (483)FLÁVIA TURCI E OUTRO(A/S) (434)FLÁVIO DE ALBUQUERQUE MOURA E OUTRO(A/S) (338)FLÁVIO MARCELO SANTOS LIRA E OUTRO(A/S) (945)FLÁVIO NUNES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (784)FLÁVIO RICARDO MANHANI (896)FLÁVIO ZANETTI DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (817)FLORESTAN RODRIGO DO PRADO E OUTRO(A/S) (194)FLORESTINA ANDRADE STOCCO (692)FLORIANO AMADO RAMALHO JUNIOR (859)FLÓSCULO ANTONIO CARVALHO (799)FRANCISCA AIRES LIMA LEITE (733)FRANCISCLÁUDIO CELSO DA SILVA OU FRANCICLÁUDIO CELSO DA SILVA

(738)

FRANCISCO A. FRAGATA JUNIOR (841)FRANCISCO ALVES PEREIRA (410)FRANCISCO AMARILDO MIRAGAIA FILHO(498) (499) (500) (500)FRANCISCO ANTÔNIO CAMARGO R. DE SOUZA E OUTRO(A/S) (513)FRANCISCO ANTONIO DE CAMARGO RODRIGUES DE SOUZA E OUTROS

(514)

FRANCISCO CARNEIRO NOBRE DE LACERDA NETO E OUTRO(A/S)

(360)

FRANCISCO CASSIANO TEIXEIRA E OUTRO(A/S) (481)FRANCISCO DAMASCENO FERREIRA NETO (384)FRANCISCO EMERSON MOUZINHO DE LIMA (452)FRANCISCO JOSÉ RAMOS ROCHA E OUTROS (783)FRANCISCO LAMOUNIER PEREIRA NETTO E OUTRO(A/S) (971)FRANCISCO MAY FILHO (858)FRANCISCO ORLANDO JUNQUEIRA FRANCO (705)FRANCISCO SOARES FERREIRA (82)FRAYA VOIDELO CHEMIM (737)GABRIEL RODRIGUES GARCIA (1069)GABRIELA DA COSTA CERVIERI (211)GABRIELA DA COSTA CERVIERI E OUTRO(A/S) (574)GABRIELA NEGRI CARLESSO (1070)GABRIELLA POGGIOGALLI E OUTRO(A/S) (872)GENESIO VIVANCO SOLANO SOBRINHO E OUTRO(A/S) (845)GENESIS NAVIGATION LTD E OUTROS (483)GEORGE ALEXANDRE ROHRBACHER (1078)GEORGE TORRES BARBOSA E OUTRO(A/S) (566)GERALDO ESCOBAR PINHEIRO E OUTRO(A/S) (36)GERALDO EUSTÁQUIO ESCOBAR (564)GERALDO KAUTZNER MARQUES E OUTRO(A/S) (647)GERSON MOISÉS MEDEIROS (961)GERSON STOCCO DE SIQUEIRA (613)GILBERTO ANTONIO DE MIRANDA E OUTRO(A/S) (939)GILBERTO DE JESUS DA ROCHA BENTO JÚNIOR E OUTRO(A/S) (840)GILBERTO ESTEVÃO MELO (654)GILBERTO ROCHA DA SILVEIRA BUENO(498) (499)GILBERTO ROCHA DA SILVEIRA BUENO E OUTRO(A/S) (500)GILBERTO VITOR RAMOS MARTINS E OUTRO(A/S) (566)GILSON ALVES DE SOUZA(394) (394)GILVAN FRANCISCO E OUTRO(A/S) (889)GIOVANA AUGUSTA DOS SANTOS GONÇALVES E OUTRO(A/S) (24)GISÉLA DE LIMA PINHEIRO DOS SANTOS ESTEVES E OUTRO(A/S)

(305)

GISELLE CROSARA LETTIERI GRACINDO E OUTRO(A/S) (514)GIUSEPPINA PANZA BRUNO (336)GLADSTOM DE LIMA DONOLA (447)GLAUCIA MARIA DE SOUZA ARAÚJO FERRAZ(465) (678)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 249

GLÁUCIA SUDATTI (810)GLÁUCIO MANOEL DE LIMA BARBOSA E OUTRO(A/S) (327)GLAUCO HUMBERTO BORK (516)GLAUCO LUCIANO RAMOS (377)GLAUCO RODOLFO FONSECA DE SENA (479)GLEYSON JORGE HOLANDA RIBEIRO(94) (95)GONÇALO BRANDÃO DE SOUSA (4)GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA (611)GOVERNO DA ARGENTINA (144)GOVERNO DA FRANÇA (170)GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHA (157)GRACE SANTOS DA SILVA MARTINS E OUTRO(A/S) (687)GRAZIELA FREITAS DE OLIVEIRA (462)GREICE PERES SCHWERNER E OUTRO(A/S) (32)GUILHERME BOMFIM MANO (860)GUILHERME E. PEDRONI E OUTRO(A/S)(1107) (1112)GUILHERME MIGNONE GORDO (866)GUSTAVO ANDÈRE CRUZ E OUTRO(A/S) (890)GUSTAVO CARDOSO PEIXOTO E OUTRO(A/S) (1088)GUSTAVO CESAR DE SOUZA MOURÃO E OUTRO(A/S) (295)GUSTAVO CORTES DE LIMA (780)GUSTAVO DUARTE DA SILVA GOULART (796)GUSTAVO RODARTE DE QUEIROZ E OUTRO(A/S) (987)GUSTAVO TEIXEIRA DE CARVALHO (37)GUSTAVO VELOSO DE MELO(775) (776)HAFEZ MOGRABI E OUTRO(A/S) (1083)HAMILTON DIAS DE SOUZA (828)HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S) (248)HAMILTON ERNESTO ANTONINO REYNALDO PROTO (211)HAMILTON GOMES PEREIRA E OUTRO(A/S)(39) (264)HAMILTON QUIRINO CÂMARA E OUTRO(A/S) (307)HAROLDO GOMES DO AMARAL (439)HAROLDO LAUFFER E OUTRO(A/S) (153)HECILDA MARTINS FADEL E OUTRO(A/S) (329)HELCA DE SOUSA NASCIMENTO (223)HELDER KANAMARU (189)HELDER KANAMARU E OUTRO(A/S) (265)HELENA BERENICE DORNAS E OUTRO(A/S) (557)HELENA FERRO SILVA DE SOUSA (11)HELIETE DENISE MACHADO DE ARAGÃO E OUTRO(A/S) (26)HÉLIO CAVALCANTI BARROS E OUTRO(A/S) (162)HÉLIO JOSÉ FIGUEIREDO (579)HÉLIO JOSÉ FIGUEIREDO E OUTRO(A/S) (551)HÉLIO PUGET MONTEIRO E OUTRO(A/S) (282)HÉLIO STEFANI GHERARDI (866)HELIO TAISSUN SANTANA (1047)HÉLIO ZELADA MOLINA (634)HELVÉCIO VIANA PERDIGÃO E OUTRO(A/S) (274)HENRIQUE AUGUSTO MOURÃO E OUTRO(A/S) (330)HENRIQUE COSTA FILHO E OUTRO(A/S) (614)HENRIQUE FREDERICO ALVES E OUTRO(A/S) (84)HERÁCLITO ANTÔNIO MOSSIN E OUTRO(A/S) (401)HERMANO MACHADO LOUZADA JUNIOR (48)HERMES PROCOPIO DOS SANTOS FILHO (1064)HIDEO MIYAMOTO (459)HILDEBRANDO FREITAS CAYRES (724)HOMERO CARDOSO MACHADO FILHO E OUTRO(A/S) (515)HOMERO JUNGER MAFRA E OUTRO(A/S) (482)HUDSON BARCELOS REGGIANI (482)HUGO ALEXANDRE BRASIL (87)HUMBERTO LUCCHESI DE CARVALHO (33)HUMBERTO LUCCHESI DE CARVALHO E OUTRO(A/S) (269)HUMBERTO MAMEDE PONTES (83)IBANEIS ROCHA BARROS JUNIOR E OUTRO(A/S) (89)IDNEY ZEFERINO DA SILVA (34)IGOR LEONARDO COSTA ARAÚJO E OUTRO(A/S) (223)ILANA FRIED BENJÓ E OUTRO(A/S) (3)ÍLDENE CRISTINA BARBOSA (65)INALDA DAS NEVES NOGUEIRA BRANDÃO (4)INUIR ALVES DE OLIVEIRA (66)IOLANDA MARIA GOMES (878)IRIS AUGUSTO (461)IRIS TEREZINHA RODRIGUES DE SOUZA (702)ISAAC MOTEL ZVEITER E OUTRO(A/S) (575)ISABEL C. DA PONTE (6)ISABELA BRAGA POMPÍLIO (751)ISABELA BRAGA POMPÍLIO E OUTRO(A/S) (286)ISABELA BRAGA POMPILIO E OUTRO(A/S) (263)ISABELA SALEME FERNANDES (988)ISABELLA SILVA OLIVEIRA (259)

ISABELLE WANDERLEY RODRIGUES (4)ISAC ROMAGNOLI SILVEIRA LIMA (917)ISADORA DITTERT E OUTRO(A/S) (41)ISADORA FINGERMANN (188)ISAIAS GRASEL ROSMAN (1079)ISMAEL CORTE INÁCIO E OUTRO(A/S) (316)ISRAEL DOURADO GUERRA FILHO (693)ISRAEL MINICHILLO DE ARAÚJO E OUTRO(A/S) (404)ITAGUASSU BORGES PINHEIRO (57)ITALO GUSTAVO E SILVA LEITE (649)IURE CASAGRANDE DE LISBOA (47)IZABEL DILOHÊ PISKE SILVÉRIO E OUTROS (366)IZAÍAS ALVES PEREIRA JÚNIOR (400)J L DA S S (74)JACQUELINE RÓCIO VARELLA (864)JACQUELINE VIDIGAL LEÃO (115)JADER DA SILVEIRA MARQUES E OUTRO(A/S) (628)JADER EVARISTO TONELLI PEIXER(202) (203) (239) (882)JADER MARQUES (57)JAILSON OSVALDO DELLA GIUSTINA (501)JAIR CAETANO DE CARVALHO E OUTRO(A/S) (814)JAIRO ANDRADE DE MIRANDA(273) (365)JAIRO JORGE VIEGAS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (545)JAIRO SILVA MELO (869)JAMIL NAKAD JUNIOR E OUTRO(A/S) (883)JAMILA CASTILHOS IBRAHIM (516)JANE A. STEFANES DOMINGUES (793)JANETE PAPAZIAN CAMARGO E OUTRO(A/S) (210)JARLEI DE FRAGA PORTAL (1036)JAYME BARBOSA LIMA (379)JAYME GONÇALVES DE AZEVEDO (538)JEAN PAULO DE OLIVEIRA (665)JEFFERSON FRANCISCO ALVES (820)JEFFERSON FRANCISCO ALVES E OUTROS (142)JEFFERSON MARCOS BIAGINI MEDINA (815)JEFFERSON SILVA AGUIAR (456)JEFFITON RAMOS ANDRADE RAMOS (411)JEFTÉ FERNANDO LISOWSKI (832)JENNY MELLO LEME E OUTRO(A/S) (150)JETSON JOSIAS SZRAJIA (73)JHONNATAN LOPES DE ALMEIDA (585)JOABE GERALDO PEREIRA SANTOS (216)JOANA D'ARC GONÇALVES LIMA EZEQUIEL E OUTRO(A/S) (281)JOÃO ADILBERTO PEREIRA XAVIER (1051)JOÃO ALEXANDRE DE VASCONCELLOS E OUTRO(A/S) (935)JOÃO AMAURY BELEM (919)JOÃO ANTONIO FACCIOLI E OUTRO(A/S) (326)JOÃO AUGUSTO DE ALMEIDA DIAS E OUTRO(A/S) (538)JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA FILHO E OUTRO(A/S) (174)JOÃO BATISTA DE SOUZA (173)JOÃO BATISTA DOMINGUES NETO (259)JOAO BATISTA PEREIRA (668)JOÃO BATISTA SILVA DE ARAÚJO (67)JOÃO BOSCO BRITO DA LUZ E OUTRO(A/S) (16)JOÃO CARLOS DALMAGRO JUNIOR E OUTRO(A/S) (240)JOÃO CARLOS NERVO E OUTRO(A/S) (868)JOÃO CELINO DE OLIVEIRA (644)JOÃO DA SILVA SANTIAGO FILHO (508)JOÃO DÁCIO DE SOUZA PEREIRA ROLIM (1027)JOÃO DÁCIO ROLIM (581)JOÃO GUSTAVO TONON MEDEIROS E OUTRO(A/S) (573)JOÃO HENRIQUE DOS SANTOS OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (11)JOÃO JEFERSON MAGALHÃES DA SILVA (455)JOÃO LINK STORCH (47)JOÃO MARCELO FERREIRA SAIBRO E OUTRO(A/S) (910)JOÃO MARCELO PEREIRA DEBORTOLI(639) (639)JOÃO MARCOS CAMPOS HENRIQUES OU JOÃO MARCOS HENRIQUES

(398)

JOÃO MARCOS COLUSSI (1048)JOÃO MARCOS LOPES DE FARIAS (482)JOÃO MELO E SOUSA BENTIVI (9)JOÃO MESTIERI (455)JOÃO ROBERTO EGYDIO PIZA FONTES E OUTRO(A/S)(695) (696) (697) (698) (823)JOÃO ULISSES DE BRITTO AZÊDO E OUTROS (396)JOÃO VAGNER DA SILVA MAIA (24)JOAQUIM CARLOS DEL BOSCO AMARAL(498) (499)JOAQUIM FRANCISCO ALVES (820)JOAQUIM JOSÉ LAFAYETTE DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (561)JOELSON DIAS (1065)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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JONAS BARCELOS (403)JORGE AMAURY MAIA NUNES E OUTRO(A/S) (610)JORGE ANDRÉ DA SILVA FONTOURA (464)JORGE ARAKEN FARIA DA SILVA (349)JORGE ARMANDO DOS SANTOS (739)JORGE BERDASCO MARTÍNEZ E OUTRO(A/S) (535)JORGE DE FARIA MALULY (703)JORGE ELIAS NEHME (178)JORGE ELIAS NEHME E OUTRO(A/S) (218)JORGE IVAN SOARES (55)JORGE LUIZ DE AZEVEDO DA CUNHA (963)JORGE LUIZ FERREIRA (56)JORGE LUIZ NEVES SARAIVA E OUTRO(A/S) (926)JORGE MILTON TEIXEIRA AGOSTINHO E OUTRO(A/S) (1003)JORGE PINTO DE SOUZA VARGES (393)JORGE RICARDO DA SILVA (103)JORGE WALTER DE SOUSA FILHO (1003)JOSÉ ADOLFO NUNES DE OLIVEIRA (638)JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO(A/S)(213) (215) (274) (284) (300) (504) (759)JOSÉ ALMEIDA DO NASCIMENTO (83)JOSÉ ALVES CARDOSO (671)JOSÉ ALVES DA ROCHA (922)JOSÉ ANTONIO ALONSO PEREZ (61)JOSÉ ANTÔNIO CARVALHO (593)JOSÉ ANTONIO DA SILVA LEITE (455)JOSÉ APARECIDO BEZERRA DA SILVA (457)JOSÉ BARRÊTO COIMBRA E OUTRO(A/S) (784)JOSÉ CALDAS GÓIS (548)JOSÉ CARLOS BARBOSA CAVALCANTE (761)JOSÉ CARLOS BRANCO JÚNIOR (685)JOSÉ CARLOS BRAZ (58)JOSÉ CARLOS CAVALCANTI DE ARAÚJO E OUTRO(A/S) (328)JOSÉ CARLOS CEOLIN JUNIOR (947)JOSE CARLOS DE SOUZA (584)JOSÉ CARLOS DEVENS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (482)JOSÉ CARLOS DIAS E OUTRO(A/S) (451)JOSÉ CARLOS FAGONI BARROS (794)JOSÉ CARLOS MAGALHÃES TEIXEIRA FILHO (767)JOSÉ CARLOS SAMPAIO DE SÁ (591)JOSÉ CARVALHO DE OLIVEIRA (792)JOSÉ COSME DOS SANTOS GOMES (222)JOSE DASSIE (932)JOSÉ DE ALMEIDA JÚNIOR E OUTRO(A/S) (610)JOSÉ DOMINGOS TEIXEIRA NETO E OUTRO(A/S) (981)JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO (916)JOSÉ EDUARDO BERTO GALDINO E OUTRO(A/S) (509)JOSÉ EDUARDO CARREIRA ALVIM (158)JOSÉ EDUARDO RANGEL DE ALCKMIN E OUTRO(A/S) (9)JOSÉ ELDAIR DE SOUZA MARTINS (7)JOSÉ EURÍPEDES DE SOUZA (656)JOSÉ EVALDO FERNANDES (447)JOSÉ EYMARD LOGUÉRCIO (336)JOSÉ EYMARD LOGUÉRCIO E OUTRO(A/S) (268)JOSÉ EYMARD LOGUERCIO E OUTRO(A/S) (235)JOSÉ EYMARD LOGUÉRCIO E OUTROS(510) (997)JOSÉ FERNANDES COSTA (429)JOSÉ FERNANDO XIMENES ROCHA (282)JOSÉ FRANCISCO CENTENO ROXO (953)JOSÉ GERARDO GROSSI(158) (158)JOSÉ GIOVENARDI E OUTROS (612)JOSÉ GONÇALVES DE BARROS JÚNIOR E OUTRO(A/S) (1018)JOSÉ GUILHERME CARVALHO ZAGALLO (689)JOSÉ HENRIQUE DAL PIAZ E OUTRO(A/S) (1012)JOSÉ HENRIQUE DE OLIVEIRA MELLO (595)JOSÉ HILÁRIO RODRIGUES E OUTRO(A/S) (283)JOSÉ HOBALDO VIEIRA (716)JOSE HORACIO HALFELD R RIBEIRO (500)JOSÉ HORÁCIO HALFELD R RIBEIRO E OUTRO(A/S) (499)JOSÉ HORÁCIO HALFELD REZENDE RIBEIRO E OUTRO(A/S) (498)JOSÉ KLEBER ARRAES BANDEIRA (93)JOSÉ LAURO ESPINDOLA SANCHES JUNIOR (640)JOSÉ LIBÓRIO CAVALCANTE (87)JOSÉ LUIS OLIVEIRA LIMA (151)JOSÉ LUIZ COELHO DELMANTO E OUTRO(A/S) (1060)JOSÉ LUIZ DE MENDONÇA MAHON JUNIOR (1105)JOSÉ LUIZ FILHO E OUTRO(A/S) (446)JOSÉ MACHADO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (427)JOSÉ MANUEL ZEFERINO GALVÃO DE MELO E OUTRO(A/S) (699)JOSÉ MARCELINO SOBRINHO (730)JOSÉ MARCELO MARTINS PROENÇA E OUTRO(A/S) (303)JOSÉ MÁRCIO MONSÃO MOLLO E OUTRO(A/S) (197)

JOSÉ MARIA DE SOUZA ANDRADE(526) (762)JOSÉ MARIA DE SOUZA ANDRADE E OUTRO(A/S) (567)JOSÉ MARQUES DE SOUZA JÚNIOR (287)JOSÉ MARTINS DOS ANJOS E OUTRO(A/S) (944)JOSE MAURO COUTO DE ASSIS (390)JOSÉ NILO DE CASTRO (947)JOSÉ NUZZI NETO E OUTRO(A/S) (388)JOSÉ OSVALDO CORRÊA (1052)JOSÉ PEDRO DE PAULA SOARES E OUTRO(A/S) (262)JOSÉ PERDIZ DE JESUS E OUTRO(A/S) (484)JOSÉ REINALDO NOGUEIRA DE OLIVEIRA JUNIOR (918)JOSÉ RENATO LANCE MUCIDA E OUTRO(A/S) (38)JOSÉ RICARDO IBIAS SCHÜTZ (1053)JOSÉ ROBERTO MARTINS PALIERINI (6)JOSÉ ROBERTO TOSTES (629)JOSÉ ROSSINI CAMPOS DO COUTO CORRÊA E OUTRO(A/S) (610)JOSE STALIM WOJTOWICZ(498) (500)JOSÉ STALIM WOJTOWICZ E OUTRO(A/S) (499)JOSÉ THOMAZ F. GONÇALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (580)JOSÉ TÔRRES DAS NEVES (754)JOSÉ TÔRRES DAS NEVES E OUTRO(A/S) (331)JOSÉ VECCHIO FILHO E OUTRO(A/S) (740)JOSÉ VICENTE CÊRA JÚNIOR (572)JOSÉ WALTER DE SOUSA FILHO(857) (1026)JOSEMAR FIGUEIREDO ARAÚJO E OUTRO(A/S) (538)JOSEMAR ORSO (75)JOSSANA CECCHI BERNARDI (800)JOSYMILSON BATISTA DE MORAES FERREIRA (130)JUAREZ FRANCISCO MENDONÇA (449)JUIZ DE DIREITO DA 12ª VARA CÍVIL DA COMARCA DE ARACAJU (PROCESSO Nº 200211201486)

(727)

JUIZ DE DIREITO DA 12ª VARA DE FAZENDA PÚBLICA DO RIO DE JANEIRO (MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2000.001.037441-2)

(713)

JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DOS FEITOS DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE TERESINA (PROCESSO Nº 214516/2005)

(706)

JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA JUDICIAL DA COMARCA DE VINHEDO

(602)

JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CRATO (PROCESSO Nº 2008.0012.7724-0/0)

(723)

JUIZ DE DIREITO DA 6º VARA CRIMINAL FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO

(106)

JUIZ DE DIREITO DA VARA DO TRABALHO DE MAMANGUAPE (734)JUIZ DE DIREITO DA VARA DO TRABALHO DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS

(94)

JUIZ DE DIREITO DO II TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE BELO HORIZONTE

(82)

JUIZ DO TRABALHO DA 11ª VARA DO TRABALHO (PROCESSO Nº 01269-1994-011-10-00-1)

(733)

JUIZ DO TRABALHO DA 2ª VARA DO TRABALHO DE JOÃO MONLEVADE (PROCESSO Nº 00604-2007-102-03-00-5)

(731)

JUIZ DO TRABALHO DA 7ª VARA DO TRABALHO DE FLORIANÓPOLIS (PROCESSO Nº 01839-2009-037-12-00-2)

(149)

JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE GUARAÍ (PROCESSO Nº 0074-2009-861-10-00-3)

(716)

JUIZ FEDERAL DA 18ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL (EXECUÇÃO FISCAL Nº 2005.34.00.025207-8)

(709)

JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE GUARATINGUETÁ (AÇÃO ORDINÁRIA Nº 2006.61.18.000429-6)

(623)

JUIZ FEDERAL DA 4º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE PERNAMBUCO

(736)

JUIZ FEDERAL DA 7ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE PERNAMBUCO (AÇÃO ORDINÁRIA Nº 2005.83.00.004546-7)

(620)

JUÍZA DA VARA DO TRABALHO DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS (95)JUÍZA DO TRABALHO DA 10ª VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE (PROCESSO Nº 01222-2005-010-04-00-8)

(715)

JUÍZA DO TRABALHO DA 38ª VARA DO TRABALHO DE BELO HORIZONTE (PROCESSO Nº 00543-2009-138-03-00-8)

(721)

JUÍZA DO TRABALHO DA 3ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO (PROCESSO Nº 00803-2009-003-02-00-9)

(150)

JUIZO FEDERAL TITULAR DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DE LAJEADO

(288)

JUÍZO FEDERAL TITULAR DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DE LAJEADO/RS

(290)

JULIA LOPES PEREIRA (982)JULIANA NORDER FRANCESCHINI E OUTRO(A/S) (15)JULIANA VASCONCELLOS BERROGAIN E OUTRO(A/S) (161)JULIANO DA CUNHA FROTA MEDEIROS E OUTRO(A/S) (204)JULIANO LAMIN (650)JÚLIO ALCINO DE OLIVEIRA NETO (354)JULIO ASSIS GEHLEN (786)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 251

JULIO ASSIS GEHLEN E OUTRO(A/S) (1110)JÚLIO CÉSAR DOVIZINSKI E OUTRO(A/S) (233)JULIO CESAR JANUZZI ALVES (554)JULIO CESAR TEIXEIRA DA ROCHA (584)JÚLIO CLÍMACO DE VASCONCELOS JÚNIOR (908)JÚLIO FLÁVIO PIPOLO E OUTRO(A/S) (6)JULIO SERGIO GOMES DE ALMEIDA(498) (500)JÚLIO SÉRGIO GOMES DE ALMEIDA (499)JULMARA LUIZA HUBNER E OUTRO(A/S) (637)JÚNIA DE ABREU GUIMARÃES SOUTO E OUTRO(A/S) (769)JUNO ÁVILA ADO (482)JUPY BARROS DE NORONHA (628)JURACI DOS SANTOS MELLO (185)JURANDIR PRUDENTE DA SILVA (69)JUVENAL DASSIE (932)KÁRITA JOSEFA MOTA MENDES E OUTRO(A/S) (901)KARL SIDNEY FREITAS LEITE (636)KARLA MARÇON SPECHOTO (1026)KÁTIA LEITE (324)KELLY MARTINS RAMOS E OUTRO(A/S) (232)KLEBER LUIZ VANELI DA ROCHA E OUTRO(A/S) (418)L P V (604)LAÉRCIA GIRLEIDE BEZERRA DE LUNA LINS (376)LAERTE POLLI NETO(879) (1029)LAIDE DASSIE (932)LAIRSON ROSA FERREIRA (1045)LARA CORRÊA E OUTRO(A/S)(868) (892) (1069)LARISSA CHAUL DE CARVALHO OLIVEIRA E OUTRO(A/S)(387) (437)LARISSA F. MACIEL LONGO E OUTRO(A/S)(625) (626)LARISSA FERREIRA SILVA E OUTRO(A/S) (887)LAURA A L LIMA (189)LAURA CRISTINA NICOLOSI RIBEIRO DE SOUZA (1009)LAURINDO NOVAES NETTO E OUTRO(A/S) (426)LAURO DASSIE (932)LAWRENCE MENDES DAMÁSIO (939)LEANDRO DE SOUSA LEAL (594)LEANDRO GOMES ASTANHO (665)LEANDRO PINTO DE AZEVEDO (796)LEANDRO RAMOS SANTOS (605)LEILA DE RIBEIRO URBAN (692)LEIZA MARIA HENRIQUES (977)LENIEVERSON SANTANA DE MENEZES CORREIA (1022)LEO KRAKOWIAK E OUTRO(A/S) (552)LEONARDO ARRUDA MUNHOZ (854)LEONARDO AUGUSTO DE ALMEIDA AGUIAR E OUTRO(A/S) (542)LEONARDO CAMILO GARCIA DE LAS BALLONAS CAMPOLINA E OUTRO(A/S)

(939)

LEONARDO CARVALHO DA SILVA E OUTRO(A/S) (418)LEONARDO COSTA BANDEIRA E OUTRO(A/S) (495)LEONARDO DE AZEVEDO SALES E OUTRO(A/S) (935)LEONARDO DE QUEIROZ MILHORATO E OUTRO(A/S) (270)LEONARDO KAUER ZINN E OUTRO(A/S) (531)LEONARDO MILITÃO ABRANTES E OUTRO(A/S)(97) (743)LEONARDO MIRANDA SANTANA E OUTRO(A/S) (479)LEONARDO MORAES DE ANDRADE (590)LEONARDO MORÃES DE ANDRADE (72)LEONARDO MORAES DE MIRANDA E OUTRO(A/S) (861)LEONARDO OLIVEIRA CALLADO (708)LEONARDO PEREIRA ROCHA MOREIRA E OUTRO(A/S) (275)LEONARDO PIETRO ANTONELLI (808)LEONARDO SANTANA DE ABREU E OUTRO(A/S) (909)LEONARDO ZVEITER SOARES E OUTRO(A/S) (861)LEONEL MACHADO PINTO (632)LEÔNIDAS CABRAL DE ALBUQUERQUE E OUTROS (510)LEOPOLDO DALLA COSTA DE GODOY LIMA (633)LETÍCIA CUNHA MARQUES KUSTER (692)LIA NEGROMONTE BEDUSCHI PABST (414)LIANA VALLICELLI (619)LIDIANA MACEDO SEHNEM E OUTRO(A/S) (301)LIEGE AYRES DE VASCONCELOS (1005)LILIAN CAMPOMIZZI BUENO (539)LILIAN DESTRO GONÇALVES E OUTRO(A/S) (417)LILIMAR MAZZONI (484)LINCO KCZAM E OUTRO(A/S) (975)LÍNDICE CORRÊA NOGUEIRA (712)LINO DE CARVALHO CAVALCANTE (384)LIVERPOOL E LONDON P E I ASSOCIATION LIMITED (483)LIZETE GUIMARÃES DE OLIVEIRA PARREIRA E OUTRO(A/S) (908)

LOURDES DOS SANTOS MOTTA NETA (662)LOURDES MARIA DE SOUZA E OUTRO(A/S) (345)LUCAS PINTO DE MAGALHÃES (495)LUCIANA DE TOLEDO PACHECO (70)LUCIANA LOPES DA SILVA (1010)LUCIANA RODRIGUES FIALHO DE SOUZA E OUTRO(A/S) (233)LUCIANA SANTOS DE OLIVEIRA (180)LUCIANA SHERER SOARES (618)LUCIANA TEREZINHA KLAMT (936)LUCIANE MESQUITA E OUTRO(A/S) (814)LUCIANO ALVES DE QUEIROZ (587)LUCIANO BRASILEIRO DE OLIVEIRA (372)LUCIANO BRASILEIRO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (368)LUCIANO CALDAS PEREIA DE CARVALHO E OUTRO(A/S) (467)LUCIANO CORRÊA GOMES (883)LUCIANO DE MIGUEL (1087)LUCIANO HENRIQUE PEREIRA DE MENEZES E OUTROS (268)LUCIANO MARCOS DA SILVA E OUTRO(A/S) (562)LÚCIO SANTORO DE CONSTANTINO (748)LUÍS ALEXANDRE RASSI E OUTRO(A/S) (482)LUÍS ALVES DE SOUSA (190)LUIS FELIPE BELMONTE DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (13)LUÍS FELIPE BELMONTE DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (114)LUIS FELIPE CAVALCANTE SARMENTO DE AZEVEDO E OUTRO(A/S)

(954)

LUÍS FELIPE DE SOUZA REBÊLO (893)LUÍS FERNANDO DA ROCHA ROSLINDO (1040)LUÍS FERNANDO PADILHA LEITE (397)LUÍS FERNANDO SILVA E OUTRO(A/S) (181)LUÍS GUSTAVO MIRANDA DE OLIVEIRA (1008)LUIS ITAMAR RIBEIRO (512)LUÍS MAXIMILIANO TELESCA (545)LUIZ ALBERTO GIOMBELLI SIMONI (818)LUIZ ALFREDO DE SOUZA E MELLO (482)LUIZ ALFREDO DE SOUZA E MELLO E OUTRO(A/S) (482)LUIZ ANDRÉ NUNES DA SILVA (450)LUIZ ANTÔNIO CIARLINI DE SOUZA (79)LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S)(302) (702) (896) (924) (925) (1082) (1083)LUIZ AUGUSTO COUTINHO (644)LUIZ AUGUSTO LANTIMANT FORTE (421)LUIZ CARLOS DA SILVA NETO(455) (463) (599)LUIZ CARLOS DA SILVA NETO E OUTRO(A/S) (56)LUIZ CARLOS DE ASSIS E OUTRO(A/S)(98) (99) (100) (101) (102) (744)LUIZ CARLOS LOPES MADEIRA (478)LUIZ CARLOS SANCHES (230)LUIZ CARLOS SILVA (586)LUIZ CARLOS STURZENEGGER(1026) (1026)LUIZ CARLOS ZACCHI (1002)LUIZ CARLOS ZVEITER E OUTRO(A/S) (278)LUIZ CLÁUDIO GOMES GIAMPAOLI(399) (399)LUIZ EDUARDO DE CASTILHO GIROTTO (867)LUIZ EDUARDO DE CASTILHO GIROTTO E OUTRO(A/S) (876)LUIZ FELIPE CONDE E OUTRO(A/S) (285)LUIZ FERNANDO ALVES DOS REIS (830)LUIZ FERNANDO MAIA E OUTRO(A/S) (962)LUIZ FERNANDO VISCONTI (856)LUIZ GOMES ALMERINDO (76)LUIZ GUSTAVO A. S. BICHARA E OUTRO(A/S) (773)LUIZ GUSTAVO OLIVEIRA FREITAS (455)LUIZ HENRIQUE DA SILVA NOGUEIRA(596) (596)LUIZ HENRIQUE DIAS DO CARMO MINISTÉRIO (455)LUIZ JUAREZ NOGUEIRA DE AZEVEDO (185)LUIZ KAZUO FUJIWARA (83)LUIZ MAURICIO PASSOS DE CARVALHO PEREIRA (660)LUIZ ROBERTO PASSANI (1026)LUIZ ROBERTO RECH E OUTRO(A/S) (488)LUIZ RODRIGUES WAMBIER (749)LUIZ VICENTE VIEIRA DUTRA (790)LUIZ VIRGÍLIO PIMENTA PENTEADO MANENTE E OUTRO(A/S) (15)LUÍZ VIRGÍLIO PIMENTA PENTEADO MANENTE E OUTRO(A/S) (554)LUIZ WALTER COELHO FILHO (1026)LUIZA RODRIGUES PEREIRA E OUTRO(A/S) (369)LUYSIEN COELHO MARQUES SILVEIRA(288) (289) (317)LUZINALDO ALVES DE OLIVEIRA(245) (249)LYCURGO LEITE NETO(163) (423) (905)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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LYCURGO LEITE NETO E OUTRO(A/S) (311)LYDIO DA HORA SANTOS E OUTRO(A/S) (398)MACÁRIO RAMOS JÚDICE NETO (679)MAGDA MONTENEGRO E OUTRO(A/S) (287)MAGNO SILVA DOS SANTOS MENEZES (649)MANAH S/A (483)MANOEL DIGÉZIO DA COSTA E OUTRO(A/S) (337)MANUEL ANTÔNIO ANGULO LOPEZ E OUTRO(A/S) (938)MARCEL COSTA FORTES (544)MARCELA DO LAGO BARATTA MONTEIRO E OUTRO(A/S) (607)MARCELISE DE MIRANDA AZEVEDO (838)MARCELO AUGUSTO PIRES GALVÃO (606)MARCELO BERTOLDO BARCHET E OUTRO(A/S) (1072)MARCELO BUENO GAIO (962)MARCELO CARLET FERREIRA (464)MARCELO CAVALHEIRO SCHAURICH (888)MARCELO DA SILVA TROVÃO (503)MARCELO DE SOUZA TEIXEIRA (1025)MARCELO DOMINGOS (452)MARCELO GALIBERNE FERREIRA E OUTROS (612)MARCELO GONZAGA (603)MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (145)MARCELO LUCAS PEREIRA (30)MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSA E OUTRO(A/S) (93)MARCELO MAIA DE AZEVEDO CORRÊA (79)MARCELO MARCRUZ(653) (653)MARCELO MAZON MALAQUIAS E OUTRO(A/S) (547)MARCELO OLIVEIRA ROCHA (279)MARCELO PAULO FORTES DE CERQUEIRA (928)MARCELO PIMENTEL E OUTRO(A/S) (1051)MARCELO PIMENTEL RAMOS (333)MARCELO PINHEIRO POMPEU DE CAMPOS E OUTRO(A/S) (236)MARCELO RAMOS CORREIA E OUTRO(A/S) (764)MARCELO REBUÁ DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (1087)MARCELO RIBEIRO E OUTRO(A/S) (422)MARCELO ROMANO DEHNHARDT E OUTRO(A/S) (44)MARCELO SALLES ANNUNZIATA (831)MARCELO SAMPAIO DIAS BAPTISTA (966)MARCIA AKIKO GUSHIKEN (535)MARCIA DINIZ (455)MÁRCIA DOMETILA LIMA DE CARVALHO E OUTRO(A/S) (871)MÁRCIA DOS SANTOS DAMASCENO (4)MÁRCIA GUASTI ALMEIDA E OUTRO(A/S)(154) (154) (154) (154) (154) (154) (154) (154) (154)MÁRCIA SOUSA DE SÃO PAULO (308)MARCIA VASCONCELLOS PEREIRA DA SILVA FELIPPE (880)MARCIAL HERCULINO DE HOLLANDA FILHO E OUTRO(A/S) (883)MARCIO ANTONIO DA SILVA NOBRE (884)MÁRCIO BONES ROCHA E OUTRO(A/S) (490)MÁRCIO DELAMBERT MIRANDA FERREIRA(491) (492) (493)MÁRCIO FRED ROCHA ANDRADE E OUTRO(A/S) (229)MARCIO GESTEIRA PALMA (79)MARCIO KOCH GOMES DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (1073)MÁRCIO LOCKS FILHO (1081)MARCIO LUIZ DONICCI (455)MARCO ANTONIO INNOCENTI E OUTRO(A/S) (299)MARCO ANTONIO SILVEIRA (453)MARCO AURELIO DE SOUZA E OUTRO(A/S) (112)MARCO POLO LEVORIN E OUTRO(A/S) (499)MARCO POLO MENDELEH (1003)MARCOS ANTÔNIO DE OLIVEIRA (619)MARCOS AURÉLIO DE SOUZA SANTOS (192)MARCOS AURÉLIO PINTO (499)MARCOS AURÉLIO PINTO E OUTRO(A/S)(498) (500)MARCOS CHAVES VIANA E OUTRO(A/S) (757)MARCOS EVANGELISTA DE NEGREIROS SAYÃO LOBATO (903)MARCOS FERREIRA DE MELLO (455)MARCOS FERREIRA DE PÁDUA (757)MARCOS FIGUEIREDO VASCONCELLOS E OUTROS (1007)MARCOS FRANCISCO DE OLIVEIRA (458)MARCOS JORGE CALDAS PEREIRA E OUTRO(A/S)(261) (360)MARCOS JOSÉ SANTOS MEIRA (777)MARCOS LUIZ RIGONI JÚNIOR E OUTRO(A/S) (961)MARCOS MELO E OUTRO(A/S) (318)MARCOS ROBERTO SANCHEZ GALVES (129)MARCOS RODRIGUES PEREIRA E OUTRO(A/S) (956)MARCOS SPADA ALIBERTI (247)MARCOS TEIXEIRA MACIEL LEITE E OUTRO(A/S) (168)MARCOS VINÍCIUS PASSARELLI PRADO (811)MARCOS ZAMBELLI (753)

MARCUS ALÂNIO MARTINS VAZ (443)MARCUS VINÍCIUS DE ALMEIDA RAMOS E OUTRO(A/S) (441)MARCUS VINICIUS DE CAMARGO FIGUEIREDO (478)MARGARETH CUNHA D'ALÓ DE OLIVEIRA (864)MARIA ABADIA SOARES BORGES (729)MARIA ADILENE ALVES GERALDO (851)MARIA ANGELICA DASSIE (932)MARIA APARECIDA DIAS PEREIRA (164)MARIA APARECIDA GUIMARÃES SANTOS E OUTRO(A/S) (764)MARIA BERENICE VILELA GADBEM (52)MARIA CELESTE DA COSTA E SILVA (277)MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS(656) (657)MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS E OUTRO(A/S)(629) (668)MARIA CLÁUDIA FERREIRA REZENDE E OUTRO(A/S) (1091)MARIA CLAUDIA FERREIRA REZENDE E OUTRO(A/S) (991)MARIA CRISTINA DA COSTA FRAGA E OUTRO(A/S) (1041)MARIA CRISTINA LAPENTA(297) (298) (299) (833) (836) (915)MARIA CRISTINA LAPENTA E OUTRO(A/S)(300) (430) (432) (433) (517) (529)MARIA DA GLÓRIA XEREZ DE MATOS (126)MARIA DALVA ZANGRANDI COPPOLA (623)MARIA DE FATIMA DA SILVA MOREIRA (308)MARIA DE FÁTIMA FREITAS BRUNET (636)MARIA DO CARMO SUPRANI BONGESTAB E OUTRO(A/S) (530)MARIA DO ROSÁRIO BRAGANÇA COSTA (1043)MARIA ELISA MASCARENHAS E OUTRO(A/S) (175)MARIA EUGÊNIA FERRAGUT PASSOS (1058)MARIA FRANCISCA MOURA DO NASCIMENTO E OUTRO(A/S) (861)MARIA GLÁUCIA MORAIS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (621)MARIA HELENA SOARES DO NASCIMENTO (411)MARIA HORTÊNCIA SANTOS SIQUEIRA E OUTRO(A/S) (561)MARIA INÊS MURGEL (261)MARIA INÊS MURGEL E OUTRO(A/S) (440)MARIA INÊS PEREIRA DA SILVA MURGEL E OUTRO(A/S) (562)MARIA INÊS VASCONCELOS RODRIGUES DE OLIVEIRA TONELLO E OUTRO(A/S)

(902)

MARIA ISABEL DE A. ALVARENGA (1058)MARIA IZABEL CAMPOS SARAIVA E OUTRO(A/S) (1043)MARIA JOANA DA SILVA E OUTRO(A/S) (379)MARIA JOSÉ DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) (970)MARIA LUIZA MONTEIRO CANALE (849)MARIA NELMA DA COSTA SPISSIRITS (87)MARIA NEUZA DE SOUZA PEREIRA (2)MARIA NÚBIA BOTELHO E OUTRO(A/S) (275)MARIA RITA GRADILONE SAMPAIO LUNARDELLI E OUTRO(A/S) (1013)MARIA SALETE PEREIRA DE ARAÚJO (87)MARIA SILVIA MARTINS MAIA E OUTRO(A/S) (882)MARIA SILVIA TADDEI E OUTRO(A/S) (819)MARIANA DOURADO LAURINDO GOMES E OUTRO(A/S) (467)MARIANA GRAZZIOTIN CARNIEL E OUTRO(A/S)(22) (967)MARIANA LINS ONOFRE E OUTRO(A/S) (286)MARIÂNGELA DIAS BANDEIRA (366)MARILIA CRUZ MONTEIRO (368)MARILURDES DE FREITAS LEITE (636)MARINA AIDAR DE BARROS FAGUNDES E OUTRO(A/S) (367)MARINA DAS GRAÇAS PEREIRA LIMA (1003)MARIO CARLOS BENI (499)MÁRIO JÁCOME DE LIMA (1038)MÁRIO JUNQUEIRA FRANCO JÚNIOR (134)MÁRIO JUNQUEIRA FRANCO JÚNIOR E OUTRO(A/S) (750)MÁRIO LUCIANO DO NASCIMENTO E OUTRO(A/S) (27)MÁRIO OLIVEIRA LEAHY (809)MARJANA BIRCKE E OUTRO(A/S) (521)MARLENE GIUBERTI MARGON (418)MARLEY CÉLIO DA SILVA (82)MARLOS BORGES NOGUEIRA (10)MARLUS H. ARNS DE OLIVEIRA (502)MARLY HELENA VESPOLI MARTELLO (211)MARTA CRISTINA NOEL RIBEIRO IALAMOV E OUTRO(A/S) (582)MARTA MITICO VALENTE(554) (747)MATIAS DE ARAÚJO NETO E OUTRO(A/S) (180)MAURÍCIO AMATO FILHO E OUTRO(A/S) (303)MAURÍCIO DAL AGNOL(1088) (1091)MAURÍCIO DAL AGNOL E OUTRO(A/S)(989) (990) (991) (1089) (1090)MAURÍCIO DOS SANTOS GALANTE E OUTRO(A/S) (496)MAURÍCIO FARIA DA SILVA (499)MAURICIO FARIA DA SILVA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 253

(498) (500)MAURÍCIO GARCIA PALLARES ZOCKUN (91)MAURÍCIO GENTIL MONTEIRO (1065)MAURÍCIO JOSÉ MINHO GONÇALVES E OUTRO(A/S) (624)MAURÍCIO SANITÁ CRESPO E OUTRO(A/S) (8)MAURICIO TASSINARI FARAGONE (80)MAURÍCIO TAVARES DE ALMEIDA (45)MAURO ASSAD COUTO (519)MAURO BARBOSA DA SILVA (619)MAURO DEL CIELLO E OUTRO(A/S)(250) (251)MAURO HENRIQUE ALVES PEREIRA (70)MAURO JORGE DE PAULA BOMFIM (487)MAURO JÚNIOR SERAPHIM (1028)MAURO ROCA PERROGÓN (1011)MAURO ROCHA (211)MAXIMINO GONÇALVES FONTES NETO E OUTRO(A/S) (136)MAYRIS FERNANDES ROSA (510)MELISSA DE CÁSSIA KANDA DIETRICH E OUTRO(A/S) (563)MELISSA SERIAMA POKORNY (825)MERCEDES HELENA VICENTINI (395)MESA DO SENADO FEDERAL (152)MICHEL ABÍLIO NAGIB NEME (692)MICHELE POLESE FONTES E OUTRO(A/S) (961)MICHELE VIEGAS GORDILHO E OUTRO(A/S) (575)MICHELLE SÁ RODRIGUES SOUZA (205)MICHELLE SÁ RODRIGUES SOUZA E OUTRO(A/S) (206)MIGUEL ARCANJO DA CRUZ SILVA E OUTRO(A/S) (960)MIGUEL ROBERTO MOREIRA DA SILVA (436)MIGUEL ROBERTO MOREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) (1055)MIGUEL ROBERTO NOGUEIRA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)(49) (50)MILTON AGOSTINHO DA SILVA JÚNIOR (657)MILTON ANTÔNIO ZAGONEL E OUTRO(A/S) (532)MILTON BERTOLANI RIBEIRO (220)MILTON CARMO DE ASSIS JÚNIOR (763)MILTON LUIS XAVIER GABINO (476)MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS(332) (409)MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO(200) (553)MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (450)MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (185)MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL (622)MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL(145) (155) (169)MIRIAM ROSA SANTOS DUARTE E OUTRO(A/S) (51)MIRO TEIXEIRA E OUTRO(A/S) (165)MISAEL DE ALBUQUERQUE MONTENEGRO FILHO (83)MISTICA DAL POZZO (787)MOACIR AQUINO DA SILVA (643)MOEMA CARNEIRO DE MIRANDA HENRIQUES (1068)MOHAMAD AHMAD AYOUB (404)MOISÉS ELIAS PEREIRA (955)MOISÉS ELIAS PEREIRA E OUTRO(A/S)(272) (340)MÔNICA CANELLAS ROSSI E OUTRO(A/S) (437)MÔNICA GUAZZELLI ESTROUGO E OUTRO(A/S) (807)MOYSES GRINBERG (537)MUHIEDDINE MOHAMAD HAGE (80)MUNGI SHUKUKU SAID (61)MURILO AMADO CARDOSO MACIEL E OUTRO(A/S) (979)MYRIAM DENISE DA SILVEIRA LIMA E OUTRO(A/S) (336)NADJA MARIA ABREU VIANA DA SILVA E OUTRO(A/S) (428)NAIDE AZEVEDO DE OLIVEIRA (408)NEIDE MACIEL CORDEIRO (364)NEIDE MARTINS CARDOSO (835)NEIDE RIBEIRO PALARO (408)NELSON DE MENEZES PEREIRA (540)NELSON PASCHOALOTTO E OUTRO(A/S) (987)NELSON PAULO SCHAEFFER (888)NELSON PEREIRA PAVAN E OUTRO(A/S) (573)NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES E OUTRO(A/S) (956)NEVINO ANTONIO ROCCO (110)NEWTON JOSÉ DE OLIVEIRA NEVES E OUTRO(A/S) (163)NILO SÉRGIO DE MENEZES RAMOS RODRIGUES (356)NILSON CARMO DE ALMEIDA (156)NILSON DE MOURA BRANDA (253)NILTON CORREIA (1026)NILTON DA SILVA CORREIA (524)NILTON DA SILVA CORREIA E OUTRO(A/S) (256)NILTON LUIS FERREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) (1087)NINON TAUCHMANN E OUTRO(A/S) (714)NIZAR AGDOL LATIF MOUSSA (61)

NOÊMIA GÓMEZ REIS E OUTRO(A/S) (386)NOVA CASA MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDA (52)NÚBIA LIMA SOARES (87)OBERDAN DE ARAÚJO OLIVEIRA (735)ODEL MIKAEL JEAN ANTUN(498) (499) (500)ODMIR FERNANDES E OUTRO(A/S) (940)OLDEMAR ALBERTO WESTPHAL (1000)OLGA MARIA PLETITSCH E OUTRO(A/S) (927)OMARI ALI MKOKO (61)ONOFRE DÉCO DA SILVA (985)ORIVALDO OLIVEIRA GOMES(60) (60)ORLANDO APARECIDO PASCOTTO (454)ORLANDO RASIA JUNIOR E OUTRA (571)OSCAR CANSAN E OUTRO(A/S) (88)OSMAR MENDES PAIXÃO CORTES (1026)OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES (150)OSMAR VENANCIO DA SILVA (391)OSVALDO REGO OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (154)OSWALDO JOSÉ PEDREIRA HORN (179)OSWALDO KRIMBERG (311)OTÁVIO AUGUSTO DAYRELL DE MOURA E OUTRO(A/S) (33)PABLO ARRUDA ARALDI (1006)PABLO DE ARAÚJO OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (769)PABLO ROLIM CARNEIRO (907)PAOLA ZANELATO(498) (499) (500) (500)PASCHOAL DE CASTRO ALVES (87)PATRÍCIA BATISTA AZEVEDO (979)PATRÍCIA CARNEIRO MACHADO E OUTRO(A/S) (901)PATRÍCIA DE AZEVEDO BACH(471) (486) (894)PATRICIA DE MACEDO FLORIO E OUTRO(A/S) (704)PATRÍCIA GUIMARÃES HERNANDEZ E OUTRO(A/S) (252)PATRICIA HELENA LOPES E OUTRO(A/S) (883)PATRÍCIA HENRIQUE AMARO E OUTRO(A/S) (237)PATRÍCIA LOPES FERIANI DA SILVA E OUTRO(A/S) (932)PATRÍCIA RAQUEL CAIRES JOST GUADANHIM E OUTRO(A/S) (975)PATRÍCIA RIBEIRO LOURENÇO (144)PAULA CRISTINA FERNANDES GRACIANO E OUTRO(A/S) (473)PAULA MATERA BARBOSA E OUTRO(A/S) (258)PAULO AKIYO YASSUI E OUTRO(A/S) (855)PAULO ANDRÉ VACARI BELONE (372)PAULO AUGUSTO GRECO (834)PAULO CÉSAR FERREIRA LOPES (519)PAULO CÉSAR MATOS DA SILVA E OUTRO(A/S) (770)PAULO CÉSAR OLIVEIRA DO CARMO E OUTRO(A/S) (193)PAULO CESAR RAMIRO DA SILVA (606)PAULO CEZAR DA COSTA (405)PAULO CEZAR PINHEIRO CARNEIRO E OUTRO(A/S)(989) (1089)PAULO ERNANI DA CUNHA TATIM E OUTRO(A/S) (247)PAULO GIORGIO QUEZADO GURGEL E SILVA (723)PAULO GOYAZ ALVES DA SILVA E OUTRO(A/S) (201)PAULO GUILHERME DE MENDONÇA LOPES E OUTRO(A/S) (1)PAULO HENRIQUE BARROS BERGQVIST (788)PAULO HENRIQUE GARDEMANN (377)PAULO HENRIQUE GARDEMANN E OUTRO(A/S) (380)PAULO HENRIQUE LEMOS MACHADO (32)PAULO HENRIQUE ROCHA SCOTT E OUTRO(A/S) (541)PAULO JACOB SASSYA EL AMM E OUTRO(A/S) (661)PAULO JOSÉ STEFANINI (601)PAULO JOSÉ TAMIOZZO E OUTRO(A/S) (185)PAULO RENATO FERRAZ NASCIMENTO E OUTRO(A/S) (231)PAULO RICARDO BRINCKMANN OLIVEIRA (373)PAULO RICARDO STRANO COELHO (923)PAULO ROBERTO CARDOSO MOREIRA DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

(974)

PAULO ROBERTO CHAVES ROLO (156)PAULO ROBERTO DE ALMEIDA DAVID (402)PAULO ROBERTO GOMES LEITÃO (1049)PAULO ROBERTO LAURIS E OUTRO(A/S) (317)PAULO ROBERTO SOARES MENDONÇA (507)PAULO ROGÉRIO BRANDÃO COUTO (222)PAULO SERGIO BASILIO (391)PAULO SERGIO DAUFENBACH (848)PAULO SÉRGIO MARTINS LEMOS (982)PAULO SÉRGIO PETERMANN (579)PAULO TELES DA SILVA (1019)PB CÂMBIO E TURISMO LTDA (172)PEDRO ALEXANDRE DE SÁ BARBOSA(710) (711)PEDRO AUGUSTO LEMOS CARCERERI E OUTRO(A/S) (1050)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 254

PEDRO ERNESTO ARRUDA PROTO E OUTRO(A/S) (211)PEDRO FÉLIX CHOQUEHUANÇA SILVA (61)PEDRO GERALDO DE SOUZA COHN (187)PEDRO HENRIQUE BASTOS LIMA DE SOUZA (1026)PEDRO LOPES RAMOS (895)PEDRO LOPES RAMOS E OUTRO(A/S) (902)PEDRO LUCIANO MARREY JR. (1048)PEDRO LUIZ ALQUATI E OUTRO(A/S) (480)PEDRO LUIZ FERRONATO(498) (499) (500)PEDRO MAURÍCIO PITA MACHADO (320)PEDRO MELCHIOR DE MÉLO BARROS E OUTRO(A/S) (636)PEDRO PAULO DE REZENDE PORTO FILHO E OUTRO(A/S) (324)PEDRO TOSCANO DE BRITO (83)PEDRO WANDERLEY RONCATO(107) (921)PEDRO WANDERLEY RONCATO E OUTRO(A/S) (752)PERY SARAIVA NETO (611)PFN - BERENICE FERREIRA LAMB (247)PFN - EDUARDO MUNIZ MACHADO CAVALCANTI (413)PFN - FABIOLA INEZ GUEDES DE CASTRO SALDANHA (440)PFN - FABRÍCIO SARMANHO DE ALBUQUERQUE(243) (314)PFN - GILBERTO MOREIRA COSTA (385)PFN - LUCIANA MOREIRA GOMES(168) (383)PFN - LUCIANA MOREIRA GOMES E OUTRO (141)PFN - MARIA CECÍLIA LEITE MOREIRA (375)PFN - MARLY MILOCA DA CÂMARA GOUVEIA (355)PFN - PAULO EDUARDO MAGALDI NETTO (183)PFN - PAULO RODRIGUES DA SILVA (569)PGDF - DJACYR C. DE ARRUDA FILHO E OUTRO(A/S) (347)PGDF - FÁBIO SOARES JANOT (369)PGDF - FABÍOLA DE MORAES TRAVASSOS (321)PGDF - MÁRCIO WANDERLEY DE AZEVEDO E OUTRO(A/S) (332)PGDF - MARIA DOLORES S. MELLO MARTINS (332)PGDF- ALYSSON SOUSA MOURÃO (347)PGE-AL - CHARLES WESTON FIDELIS FERREIRA (338)PGE-AL - GERMANA GALVÃO CAVALCANTI LAUREANO (338)PGE-AL - MARCOS SAVALL (346)PGE-BA - LUIZ PAULO ROMANO (224)PGE-CE - GERALDO RODRIGUES DE ALBUQUERQUE FILHO (368)PGE-MS - ULISSES SCHWARZ VIANA (371)PGE-PA - JOSÉ ALOYSIO CAVALCANTE CAMPOS E OUTRO(A/S) (705)PGE-PE - SÉRGIO AUGUSTO SANTANA SILVA (327)PGE-PI - ANTÔNIO RIBEIRO SOARES FILHO (706)PGE-PI - MÁRCIA MARIA MACEDO FRANCO (359)PGE-PR - CÉSAR AUGUSTO BINDER (511)PGE-PR - JOE TENNYSON VELO E OUTROS (466)PGE-RJ - DAVI MARQUES DA SILVA (364)PGE-RJ - FRANCESCO CONTE (881)PGE-RN - ANA CAROLINA MONTE PROCÓPIO DE ARAÚJO (337)PGE-RN - CÁSSIO CARVALHO CORREIA DE ANDRADE (4)PGE-RN - IDÁLIO CAMPOS (245)PGE-RN - LUIS MARCELO CAVALCANTI DE SOUSA (5)PGE-RN - MARCONI MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA (249)PGE-RO - LEILA LEÃO BOU LTAIF(710) (711)PGE-SC - LORENO WEISSHEIMER (181)PGE-SC - VITOR ANTONIO MELILLO (242)PGE-SE - ANDRÉ LUÍS SANTOS MEIRA (325)PGE-SP - ANITA M. V. L. MARCHIORI KELLER (300)PGE-SP - HILDA SABINO SIEMONS(241) (251)PGE-SP - JOSÉ FABIANO DE ALMEIDA ALVES FILHO (430)PGE-SP - JOSÉ MAURÍCIO CAMARGO DE LAET (353)PGE-SP - MARCELO GRANDI GIROLDO (339)PGE-SP - MARCIA AMINO (140)PGE-SP - MARCOS RIBEIRO DE BARROS(250) (271)PGE-SP - MARIA LUCIANA DE OLIVEIRA FACCHINA PODVAL (298)PGE-SP - NEWTON JORGE (367)PGE-SP - PAULA LUTFALLA MACHADO LELLIS (322)PGE-SP - SUZANA MARIA PIMENTA CATTA PRETA FEDERIGHI (299)PGE-SP - VERA HELENA PEREIRA VIDIGAL BUCCI (297)PGE-SP - WALDIR FRANCISCO HONORATO JUNIOR(265) (312)PGE-SP - WALDIR FRANCISCO HONORATO JÚNIOR (142)PGE-SP -PAULA NELLY DIONIGI (758)PIERO HERVATIN SILVA E OUTRO(A/S) (870)PLÍNIO LEITE NUNES E OUTRO(A/S) (64)PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL (618)PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS (PRECATÓRIO Nº 60305)

(708)

PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS(97) (743)PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

(103)

PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 10ª REGIÃO (RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Nº 750-2008-861-10-00-8)

(730)

PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 5ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00758-2007-342-05-00-1)

(717)

PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 5ª REGIÃO (PROCESSO Nº 01919-2007-581-05-00-3)

(718)

PRISCILA CRISTINA BARROS DE MEDEIROS (1026)PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL(20) (23) (27) (29) (31) (44) (111) (131) (132) (134)(137) (227) (343) (350) (352) (382) (389) (389) (427) (442)(520) (528) (534) (540) (541) (581) (747) (753) (755) (763)(773) (779) (786) (790) (793) (795) (796) (797) (798) (813)(816) (825) (827) (828) (830) (831) (834) (855) (857) (860)(867) (869) (873) (876) (900) (904) (921) (938) (950) (956)(978) (986) (1001) (1005) (1007) (1011) (1013) (1015) (1028) (1030)(1038) (1039) (1040) (1044) (1046) (1048) (1049) (1053) (1054) (1057)(1059) (1070) (1081) (1101) (1104) (1110) (1111)PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA(83) (106) (131) (133) (139) (159) (171) (184) (198) (201)(426) (446) (483) (498) (499) (500) (502) (521) (522) (538)(550) (556) (611) (703) (707) (736) (974) (980) (1023) (1026)(1080)PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA E OUTRO (493)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS (1045)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS(525) (539) (957)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA(199) (501)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO(469) (497) (739) (741) (742) (920) (933) (958) (1074)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAPÁ(49) (50)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ (1031)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

(482)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO (115)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ(749) (803) (804)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(105) (439)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

(443)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(53) (54) (55) (96) (445) (545) (976) (1023) (1080)PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO BRASIL(13) (114) (252) (610) (610) (610) (610) (610) (610) (610)(610) (610) (610) (610) (826) (883) (1016) (1026)PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL (546)PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS(135) (863) (943) (1065)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(12) (109) (951) (960) (960) (1000) (1021) (1036) (1061) (1062)(1068)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA(547) (717) (718) (1065)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA (1065)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOAS(735) (770) (1065)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS(533) (877) (983) (984) (1065)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO(1065) (1108) (1113)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO (848)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL(34) (1065)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS (955)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO(19) (130) (893) (1065)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIA(92) (610) (1065)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMA(35) (556) (761) (1065)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA(41) (103) (190) (570) (686) (687) (843) (858) (911) (998)(999) (1002) (1065) (1078)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO(91) (164) (306) (310) (342) (432) (433) (444) (517) (529)(565) (571) (582) (780) (789) (811) (820) (821) (822) (833)(836) (841) (850) (853) (854) (879) (884) (899) (915) (931)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 255

(933) (945) (949) (969) (996) (1006) (1029) (1065) (1075) (1106)(1107) (1112)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA)

(469)

PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO E OUTRO(A/S)

(840)

PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE(221) (248) (561) (727) (835) (851) (1022) (1065)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE TOCANTINS (1065)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRE(349) (1065)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAPÁ (1065)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS(1065) (1071)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ(372) (621) (1017) (1019) (1065) (1095)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO(1065) (1109) (1114)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO(548) (1065)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO E OUTRO(A/S)

(617)

PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO GROSSO(782) (785) (1072)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL(277) (1096)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL (802) (1097) (1098) (1099) (1100)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ(801) (1065)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ(22) (234) (357) (558) (803) (818) (819) (967) (1056) (1065)(1105)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ E OUTRO(A/S) (435)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ(965) (1065)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(25) (136) (412) (472) (519) (536) (552) (781) (792) (806)(824) (859) (952) (1047) (1065) (1084)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (1065)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(228) (483) (531) (532) (560) (578) (618) (800) (829) (852)(912) (923) (934) (942) (1065) (1068) (1092) (1103)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE AGUDOS (342)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE(219) (922) (1027)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BETIM (37)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BLUMENAU(843) (1042)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS (812)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SUL (1067)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CONTAGEM (885)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CRATO (723)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA(488) (563) (817)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA (1093)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA (10)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GUARULHOS (473)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE HORTOLÂNDIA (8)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE IPATINGA (113)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JACARAÚ (734)PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE JACUTINGA (948)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LAJEADO (936)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LAURENTINO (843)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MAGÉ (232)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MANAUS (755)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MIRASSOL(116) (118) (122) (123) (124) (125) (127) (128)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MIRASSOL E OUTRO(A/S)

(117)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MONTE SIÃO (917)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MUCURI(98) (99) (100) (101) (744)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PIRACAIA (712)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE (626)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO DO MANGUE (726)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE RECIFE (722)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉ(231) (794) (959)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOS (946)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

(778)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO(42) (428) (880) (914) (940) (968) (1009)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

(725)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO(212) (527) (557) (788) (808) (919) (944) (1033) (1034)PROCURADOR-GERAL FEDERAL(28) (35) (40) (167) (182) (246) (348) (351) (386) (416)(427) (476) (477) (483) (506) (555) (724) (762) (774) (775)(776) (777) (787) (799) (805) (810) (832) (838) (842) (846)(847) (849) (875) (918) (1013) (1020) (1025) (1035) (1052) (1057)(1066) (1079)PROCURADORA-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS (90)PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL(107) (153) (179) (261) (290) (292) (293) (294) (296) (316)(373) (381) (474) (518) (576) (709) (756) (870) (928) (1102)PROCURADORIA-GERAL FEDERAL(176) (177) (229) (318) (345) (750) (752) (837) (870) (871)PROCURADORIA-GERAL FEDERAL (88)QUITÉRIA DOS SANTOS LOURENÇO (214)RAFAEL BATISTA MARQUEZ (547)RAFAEL DE ASSIS HORN E OUTRO(A/S) (179)RAFAEL DE CÁS MAFFINI E OUTRO(A/S) (148)RAFAEL LAZZARI SOUZA (263)RAFAEL MALLMANN E OUTRO(A/S) (506)RAFAEL NARITA DE BARROS NUNES E OUTRO(A/S) (20)RAFAEL PEREIRA DE SOUZA (169)RAFAEL PORDEUS COSTA LIMA FILHO (1001)RAFAELLA ZANATTA CAON (611)RAIMUNDO CÂNDIDO JÚNIOR (957)RAIMUNDO DA SILVA RAMOS (706)RAIMUNDO GOMES VERAS FILHO E OUTROS (997)RAIMUNDO M. B. CARVALHO E OUTRO(A/S) (701)RANDOLFO DINIZ NETO E OUTRO(A/S) (175)RAPHAEL MEDEIROS (254)RAQUEL DA SILVA DE FARIA E OUTRO(A/S) (222)RAQUEL WIEBBELLING E OUTRO(A/S) (627)RAUL TAVARES DA CUNHA MELLO (911)RAYSSA MARIA GONZAGA FONSECA (726)REGINA MOTTA E OUTRO(A/S) (807)REGINALDO MARTINS DE ASSIS (315)REINALDO DE ASSUNÇÃO ROMÃO (598)REINALDO GOMES CARVALHO (196)REINHOLD STEPHANES (980)REJANE LÚCIA ALVES DE ANDRADE E OUTRO(A/S) (943)RELATOR DO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 61156 (2005.05.00.006353-8) DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO

(620)

RELATOR DO AIRR 964200114114004 DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

(92)

RELATOR DO MANDADO DE SEGURANÇA Nº 89.536/2007 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO

(707)

RENATA ALVARENGA FLEURY (560)RENATA BARBOSA FONTES (370)RENATA BARBOSA LACERDA OLIVA(802) (1096) (1097) (1098) (1099) (1100)RENATA DO AMARAL GONÇALVES (307)RENATA DO AMARAL GONÇALVES E OUTRO(A/S)(304) (423) (577)RENATA LEMOS DA COSTA E OUTRO(A/S) (897)RENATA MARIA NOVOTNY MUNIZ E OUTRO(A/S) (881)RENATA PRADO MENIGHIN (856)RENATA SONODA PIMENTEL E OUTROS (183)RENATO AMARAL CORRÊA E OUTRO(A/S) (518)RENATO DA COSTA(676) (677)RENATO DE CAMARGO (414)RENATO DEL SILVA AUGUSTO E OUTRO(A/S) (494)RENATO DOMINGOS ZUCO (320)RENATO DOS SANTOS (674)RENATO FRANCO DO AMARAL TORMIN E OUTRO(A/S) (344)RENATO GOMES FERREIRA (751)RENATO MELILLO FILHO E OUTRO(A/S) (1037)RENATO OLIVEIRA RAMOS E OUTRO(A/S) (360)RENATO PEREIRA SOUZA (77)RENATO SÉRGIO BABY (149)RENATO STANZIOLA VIEIRA E OUTRO(A/S) (462)RICARDO ANDRÉ BANDEIRA MARQUES E OUTRO(A/S) (182)RICARDO ANTONIO BRANDÃO BUENO(498) (499) (500)RICARDO BARBOSA ALFONSIN(133) (1023)RICARDO BOTÓS DA SILVA NEVES (931)RICARDO CELSO BERRINGER FAVERY E OUTRO(A/S) (886)RICARDO CRISTIAN SANTIAGO E OUTRO(A/S) (209)RICARDO DIAS PEREIRA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 256

(498) (499) (500)RICARDO FALLEIROS LEBRÃO (789)RICARDO FERNANDES MAGALHÃES DA SILVEIRA (1033)RICARDO FERREIRA DE SOUZA E SILVA (630)RICARDO GEBRIM E OUTRO(A/S) (150)RICARDO GIORNI ABIJAUDE E OUTRO(A/S) (551)RICARDO JORGE ROCHA PEREIRA (23)RICARDO LUIZ IASI MOURA E OUTRO(A/S) (417)RICARDO MARCONDES MARTINS (515)RICARDO NAGAO (291)RICARDO NASCIMENTO CORREIA DE CARVALHO (1026)RICARDO NICOLAU E OUTRO(A/S) (968)RICARDO NUSSRALA HADDAD (732)RICARDO RAMOS PATON (1046)RICARDO VENDRAMINE CAETANO (822)RICARDO VENDRAMINE CAETANO E OUTRO(A/S) (306)RICARDO VICTOR GAZZI SALUM E OUTRO(A/S) (977)RICARDO XAVIER DE A. FEIO (455)RINALDO COSTA DE ANDRADE E SILVA (463)RITA DE CÁSSIA BARBOSA LOPES (791)RITA DE CÁSSIA COSTA SOUTO (622)RITA HELENA PEREIRA (733)ROBERTA ESPINHA CORRÊA E OUTRO(A/S) (765)ROBERTA PAPPEN DA SILVA E OUTRO(A/S) (978)ROBERTO ALFEU PENA GOMES (525)ROBERTO BORGES BARROSO (577)ROBERTO CORREIA DA SILVA GOMES CALDAS E OUTRO(A/S)(826) (883)ROBERTO DA SILVA MARACAJÁ (671)ROBERTO DE ANDRADE JÚNIOR (225)ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS (334)ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S)(140) (560)ROBERTO DE GAYOSO E ALMENDRA E OUTRO(A/S) (559)ROBERTO DE MORAES FABBRIN E OUTRO(A/S) (976)ROBERTO DELMANTO E OUTRO(A/S) (438)ROBERTO LOPES TELHADA E OUTRO(A/S) (728)ROBERTO MADEIRA DA SILVA FILHO (72)ROBERTO MERCADO LEBRÃO (949)ROBERTO MOREIRA DA SILVA LIMA E OUTRO(A/S) (21)ROBERTO OLIVEIRA DE FARIA (1024)ROBERTO QUIROGA MOSQUERA (1048)ROBERTO TESSELE DA SILVA E OUTRO(A/S) (385)ROBINSON FABIANO DA SILVA ZAHN (588)ROBINSON ROMANCINI (1076)ROBSON ASSUNÇÃO CORDEIRO (655)ROBSON DE FREITAS (371)RODOLFO PINA DE SOUZA E OUTRO(A/S) (482)RODRIGO ALBUQUERQUE DE VICTOR E OUTRO(A/S) (1077)RODRIGO AMORIM MARTINS DE SÁ E OUTRO(A/S) (533)RODRIGO ANTONIO MAIA BARRETO (1031)RODRIGO ANTUNES COSTA (948)RODRIGO BULHÕES PEDREIRA (347)RODRIGO CARLOS HORTA E OUTRO(A/S) (482)RODRIGO CESAR NABUCO DE ARAÚJO (499)RODRIGO CESAR NABUCO DE ARAUJO(498) (498) (500) (500)RODRIGO CÉSAR NABUCO DE ARAÚJO (499)RODRIGO DA SILVA CASTRO (1061)RODRIGO DA SILVA CASTRO E OUTRO(A/S) (894)RODRIGO HELFSTEIN (931)RODRIGO LUSTOSA DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (704)RODRIGO MARRA (385)RODRIGO MONTEIRO AUGUSTO E OUTRO(A/S) (705)RODRIGO PENA DOMINGUES (916)RODRIGO RABELO DE FARIA E OUTRO(A/S) (267)RODRIGO SHIRAI E OUTRO(A/S)(132) (177)RODRIGO SIMÕES FREJAT E OUTRO(A/S) (542)RODRIGO TORRES E OUTRO(A/S) (55)RODRIGO TRINDADE (568)ROGÉRIO ADRIANO MARÇONA (658)ROGÉRIO ANTUNES GUIMARÃES (731)ROGÉRIO AVELAR E OUTRO(A/S) (254)ROGÉRIO BERTO DA SILVA E OUTRO(A/S) (984)ROGÉRIO DA S. VENANCIO PIRES (374)ROGÉRIO DO AMARAL SILVA MIRANDA DE CARVALHO (413)ROGÉRIO DOS SANTOS OLIVEIRA (194)ROGÉRIO GERALDO NALON DE ANDRADE E OUTRO(A/S) (947)ROGÉRIO GUIMARÃES OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (254)ROMEU DE AQUINO NUNES E OUTRO(A/S) (178)ROMEU FAGUNDES (407)ROMEU TERTULIANO (485)ROMUALDO DE JESUS AMADEU

(641) (641)RÔMULO CAVALCANTE MOTA E OUTRO(A/S) (1034)RÔMULO DOURADO DE QUEIROZ MONTEIRO (83)RÔMULO LOUZADA BERNARDO E OUTRO(A/S) (482)RONALDO CORREA DE CARVALHO (665)RONALDO SILVA DOS SANTOS (682)RONEI FRANCISCO DINIZ ARAUJO E OUTRO(A/S) (730)RONI MENESES DA SILVA E OUTRO(A/S) (66)RONI VON GÓES DE ANDRADE (703)RONIE JACIR THOMAZI E OUTRO(A/S) (178)ROSENE CARLA BARRETO C CASTRO E OUTRO(A/S) (512)RUBENS FERREIRA E OUTRO(A/S) (271)RUBENS GARCIA FILHO E OUTRO(A/S) (865)RUI CARVALHO GOULART E OUTRO(A/S) (166)RUTH MARIA GOMES PALHARES E OUTRO(A/S) (1073)RUTH STEFANELLI WAGNER VALLEJO(498) (499) (500)RUY NERI ROBALOS DA ROSA(258) (258)SACHA CALMON NAVARRO COÊLHO E OUTRO(A/S) (930)SALIM FERES SOBRINHO(499) (500)SALVADOR HORÁCIO VIZZOTTO E OUTRO(A/S) (942)SAM DE SOUZA FREITAS E OUTRO(A/S) (690)SAMUEL CARVALHO JUNIOR E OUTRO(A/S) (239)SAMUEL CARVALHO JÚNIOR E OUTRO(A/S)(202) (203)SANDRA MACEDO PAIVA (333)SANDRA MARIA PANAZZOLO (521)SANDRO ALMEIDA DOS SANTOS (40)SANDRO COSTA DOS ANJOS E OUTRO(A/S)(213) (215) (284) (319) (504) (759) (890)SANDRO MÁRCIO DE SOUZA (659)SANDRO NASSER SICUTO(782) (785)SANDRO SCHAUFFERT PORTELA GONÇALVES E OUTRO(A/S) (238)SANNY PATRÍCIA GOULART OLIVEIRA (971)SATURNINO MANOEL FAUSTINO DOS SANTOS (482)SAULO KRICHANA RODRIGUES(498) (499) (500)SAULO LADEIRA E OUTRO(A/S) (1094)SCHNEIDER MORENO MOURA (586)SEBASTIÃO ALVES PEREIRA NETO E OUTRO(A/S) (985)SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL E OUTRO(A/S) (110)SEBASTIÃO DA SILVA PORTO (998)SEBASTIÃO HASENCLEVER BORGES NETO E OUTRO(A/S) (475)SEBASTIÃO JOSÉ DA MOTTA E OUTRO(A/S) (160)SEBASTIÃO MORAES DA CUNHA E OUTRO(A/S) (302)SEBASTIÃO VALDIR GOMES E OUTRO(A/S) (864)SEBASTIÃO VENTURA PEREIRA DA PAIXÃO JÚNIOR E OUTRO(A/S)

(892)

SELDO NEUTZLING SCHNEID (47)SENADO FEDERAL(625) (626)SÉRGIO BERMUDES E OUTRO(A/S) (86)SERGIO BERMUDES E OUTRO(A/S) (692)SÉRGIO ELLERY SANTOS E OUTRO(A/S) (1093)SERGIO FERRAZ E OUTRO(A/S) (527)SÉRGIO GALLOTTI MATIAS CARLIN E OUTRO(A/S) (523)SERGIO GERALDO MOREIRA RODRIGUES JUNIOR (651)SÉRGIO LEVERDI CAMPOS E SILVA E OUTRO(A/S) (694)SÉRGIO MURILO C BRANQUINHO E OUTRO(A/S) (983)SÉRGIO MURILO DINIZ BRAGA(839) (844)SÉRGIO MURILO SANTOS CAMPINHO E OUTRO(A/S) (160)SERGIO NEY CUÉLLAR TRAMUJAS E OUTRO(A/S) (357)SÉRGIO PAULO LOPES FERNANDES E OUTRO(A/S) (489)SERGIO PEDROSA MARTIRENA (449)SÉRGIO PERES FARIA E OUTRO(A/S) (436)SÉRGIO RICARDO SILVA E OUTRO(A/S) (688)SERGIO SAHIONE FADEL E OUTRO(A/S) (1084)SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL - SENAI (753)SHARA NUNES SAMPAIO (1065)SHEILLA DE ALMEIDA FELDMAN E OUTRO(A/S) (1092)SIDNEI RICARDO MENDES DA COSTA (72)SIDNEI RICARDO MENDES DA COSTA E OUTRO(A/S) (590)SILA COUTINHO CAMARGO (708)SILAS ROSALINO DE QUEIROZ (468)SILVIA CRISTINA VICTÓRIA CAMPOS E OUTRO(A/S) (1060)SILVIO DE SOUZA CARVALHO (670)SILVIO DOMINGOS AITA (195)SILVIO LUIZ DE COSTA E OUTRO(A/S) (528)SÍLVIO THOMAS LOUREIRO (83)SIMONE FERREIRA MACHADO (30)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 257

SIMONIDE GUTEMBERG E OUTRO(A/S) (335)SINOMAR DE SOUZA CASTRO (601)SINTIA MARIA DALBOSCO E OUTRO(A/S) (570)SIRLEI MARIA RAMA VIEIRA SILVEIRA E OUTRO(A/S) (255)SIRLÊNE DAMASCENO LIMA (891)SMIT TAK B. V. (483)SOL ALEXANDER SANDRINI FERREIRA E OUTRO(A/S) (941)SOLANGE ROSÂNGELA VALDRIGHI E OUTRO(A/S) (767)SOLANGE SAMPAIO CLEMENTE FRANÇA (895)SOLANGE SAMPAIO CLEMENTE FRANÇA E OUTRO(A/S) (524)SÔNIA APARECIDA DA CUNHA (652)SÔNIA APARECIDA DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (355)SÔNIA MARA SÁ BRITO CARDOSO (934)SONIA MARIA ALBRECHT KRAEMER E OUTRO(A/S) (111)SÔNIA REGINA BARBOSA LIMA E OUTRO(A/S) (823)SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(676) (677)SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (RECURSO ESPECIAL Nº 867.016)

(724)

SUZANE MARIE ZAWADZKI E OUTRO(A/S) (357)SYLVIO ROBERTO CORRÊA DE BORBA E OUTRO(A/S) (1085)TADEU HENRIQUE WEINERT E OUTRO(A/S) (143)TANEY QUEIROZ E FARIAS (620)TÂNIA VAINSENCHER (354)TÂNIA VAINSENCHER E OUTRO(A/S) (214)TARANDINE LORETO DE MENEZES (588)TARCÍLIO MARTINS DA COSTA JÚNIOR (731)TARCÍSIO RODOLFO SOARES (1074)TATIANA COSTA JARDIM (76)TATIANA FERNANDES GOMES AFFONSO (1035)TATIANA ZENNI DE CARVALHO (170)TELMO RICARDO SCHORR E OUTRO(A/S) (912)TERCEIRA VICE-PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº 2009.134.06583)

(704)

TEREZINHA DE JESUS DA CRUZ REIS (24)THERESA RACHEL SANTA RITA DANTAS LIMA E OUTRO(A/S) (769)THIAGO BOTTINO DO AMARAL (165)THIAGO DE OLIVEIRA SILVA(680) (680)TIAGO SOARES DE OLIVEIRA (665)TICIANE DALLA VECCHIA (929)TOMÁS FLORIANI E OUTRO(A/S) (771)TONI ROBERTO KUNZLER SALDANHA CHEIRAN E OUTRO(A/S) (263)TOUFIK KATTAN (451)TREVO S/A (483)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA(98) (99) (100) (101) (102) (744)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO(90) (91) (602) (739) (741) (742)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 114.0352-1/5)

(163)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS (93)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ (705)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (105)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (96)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO (104)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00514-2008-043-12-00-3)

(720)

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 21ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00252-2009-016-21-00-6)

(726)

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00327-2008-104-03-00-4)

(729)

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO (PROCESSO Nº 01365-2008-081-03-00-5)

(719)

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO (PROCESSOS Nº 00604-2007-102-03-00-5)

(731)

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO (738)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00463-2008-005-06-00-6)

(722)

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO (PROCESSO Nº 01214-2007-201-06-00-8)

(725)

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MINAS GERAIS (RECURSO ELEITORAL Nº 3.476)

(622)

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO (AMS 2005.34.00.027148-2)

(89)

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (735)TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (AIRR Nº 1140/2007-001-14-40.4)

(711)

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (ED-AIRR Nº 1140/2007-001-14-40.4)

(710)

TUPY BARRETO JÚNIOR (619)UBIRAJARA ARRAIS DE AZEVEDO (242)

UBIRAJARA FARINA (925)UBIRANI MORGHETE DE OLIVEIRA (592)ULISSES BORGES DE RESENDE E OUTRO (156)VALDECI ALVES MOREIRA(669) (669)VALDECIR GOMES ZILLI (191)VALDECIR VERSA (449)VALDERICIA APARECIDA MIOTTO (1067)VALDEZ ADRIANI FARIAS(361) (756)VALÉRIA GUIMARÃES DA SILVA REGO E OUTRO (146)VALÉRIA MIRANDA DE SOUZA (33)VALTER GOUVEIA FRANCO (211)VALTER PASTRO E OUTRO(A/S) (1063)VALTER SANDI DE OLIVEIRA COSTA(992) (993) (995)VALTER SANDI DE OLIVEIRA COSTA E OUTRO(A/S) (994)VANDER LAAN REIS GÓES (549)VANDERLEI DIVINO IAMAMOTO (593)VANESKA GOMES E OUTRO(A/S) (227)VANESSA MIRNA B. GUEDES DO REGO E OUTRO(A/S) (772)VANESSA ORNELAS ARIMIZU (90)VÂNIA MARIA CUNHA (924)VANY ROSSELINA GIORDANO E OUTRO(A/S)(1054) (1104)VELMI ABRAMO BIASON (137)VELMI ABRAMO BIASON E OUTRO(A/S) (389)VERA LÚCIA DA MOTTA (611)VERA LÚCIA PINHEIRO CARDOSO DIAS E OUTRO(A/S) (322)VERA MARIA BEZERRA DE MENEZES E OUTRO(A/S) (246)VERA MARIA DONATTI E OUTRO(A/S) (373)VICE-PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (87)VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO (PROCESSO Nº 2001.83.00.008922-2)

(732)

VICENTE BANDEIRA DE AQUINO NETO (1017)VICTOR COSTA ZANETTA E OUTRO(A/S) (543)VICTOR DE CASTRO NEVES (907)VICTOR MANZIN SARTORI E OUTRO(A/S) (176)VICTOR RUSSOMANO JUNIOR E OUTRO(A/S) (235)VINÍCIUS FRANCO DUARTE E OUTRO(A/S) (769)VINICIUS GODINHO SILVEIRA (874)VIRGÍLIO CESAR DE MELO E OUTRO(A/S) (616)VITOR HUGO GOMES (54)VIVALDO BARROS FROTA (549)VIVALDO BARROS FROTA E OUTRO(A/S) (126)VIVIAN DE ALMEIDA GREGORI TORRES E OUTROS (758)VIVIAN TAVARES ROSSI E OUTRO(A/S) (439)VIVIANE RIBEIRO NUBLING E OUTRO(A/S) (1063)VIVIEN LADY GONÇALVES (1026)VLADIMIR ANTONIO RIOLI(498) (500)VLADIMIR ANTÔNIO RIOLI (499)VLADIMIR CÁPUA DALLAPICULA E OUTRO(A/S)(1109) (1114)WALDEMAR CAMARANO FILHO(498) (499) (500)WALDIR ESTEVAM MARIA E OUTRO(A/S) (42)WALLACE ELLER MIRANDA E OUTRO(A/S) (530)WALLACE MARTINS (583)WALQUÍRIA FRAGA ÁLVARES (46)WALTER FREIRE GUIMARÃES (599)WALTOIR MENEGOTTO E OUTRO(A/S) (1037)WANDERLEI BAN RIBEIRO (899)WANDERLEY SERAFIM DE ARAÚJO OU WANDERLEI SERAFIM DE ARAÚJO

(678)

WANIA MARIA BARBOSA DE JESUS (1057)WASHINGTON JOHANN DE AZEVEDO PEREIRA CUNHA OU WASHINGTON JOHANN DE AZEVEDO PEREIRA CUNHA

(192)

WASHINGTON LUÍS KARSBURG ROHDE E OUTRO(A/S) (1014)WASHINGTON VIEIRA DA SILVA (402)WELINGTON MONTE CARLO CARVALHAES FILHO E OUTRO(A/S) (890)WELLINGTON BARROS MALAKAUSKAS (665)WELLINGTON BERTHOUX (805)WELLINGTON DANIEL G. DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (716)WELLINGTON DANIEL GREGÓRIO DOS SANTOS (905)WELLINGTON DE AZEVEDO COSTA (647)WESLEY BARBOSA SOARES DE ALBUQUERQUE (396)WESLEY NERES DE OLIVEIRA (645)WESLEY SOUZA DE ANDRADE E OUTRO(A/S) (214)WILLIAM JOSÉ MENDES DE SOUZA FONTES E OUTRO(A/S) (526)WILLIAM JOSÉ MENDES DE SOUZA MENDES FONTES (762)WILLIAM LIMA CABRAL E OUTRO(A/S) (565)WILLIAN JOSÉ MENDES DE SOUZA FONTES E OUTRO(A/S) (567)WILLIAN MARCONDES SANTANA E OUTRO(A/S) (374)

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WILLYAN ROWER SOARES (875)WILMAR EPPINGER (795)WILSON AZEVEDO E OUTRO(A/S) (9)WILSON NORÕES DO NASCIMENTO (212)WLADYSLAWA WRONOWSKI (474)YARA DE MINGO FERREIRA E OUTRO(A/S) (256)YOSHISHIRO MINAME E OUTRO(A/S) (969)luis antonio nascimento curi (293)

PETIÇÃO AVULSA/PROTOCOLO/CLASSE E NÚMERO DO PROCESSO

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 678 (154)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.265 (610)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 1.042 (159)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.934 (160)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.252 (611)AÇÃO RESCISÓRIA 1.542 (612)AÇÃO RESCISÓRIA 2.046 (613)AÇÃO RESCISÓRIA 2.167 (614)AÇÃO RESCISÓRIA 2.189 (616)AÇÃO RESCISÓRIA 2.180 (615)AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.356 (617)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 2.230 (619)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 2.912 (162)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 4.611 (620)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 6.483 (163)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 6.508 (621)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 6.570 (622)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 6.860 (623)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 7.575 (624)AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 481.296 (359)AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.149 (767)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 305.322 (484)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 311.180 (747)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 430.080 (308)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 464.274 (252)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 480.760 (253)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 484.536 (748)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 496.529 (309)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 505.062 (200)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 509.862 (254)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 517.874 (255)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 546.567 (202)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 547.658 (256)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 549.767 (257)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 576.483 (258)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 579.411 (310)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 579.592 (360)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 586.505 (311)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 593.279 (264)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 594.855 (203)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 596.033 (208)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 598.895 (312)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 601.581 (412)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 604.401 (209)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 605.034 (204)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 605.698 (218)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 608.058 (265)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 609.013 (210)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 610.658 (219)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 618.163 (749)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 619.002 (175)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 620.678 (361)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 621.229 (266)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 622.715 (750)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 623.113 (362)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 623.296 (363)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 624.080 (751)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 624.516 (752)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 625.448 (259)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 626.583 (220)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 630.171 (413)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 630.259 (753)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 631.498 (364)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 631.534 (313)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 632.259 (176)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 638.412 (177)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 639.255 (226)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 639.727 (754)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 645.656 (267)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 649.457 (314)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 656.997 (411)

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 659.501 (315)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 659.519 (227)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 665.270 (205)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 671.686 (316)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 675.560 (206)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 678.168 (268)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 678.240 (317)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 687.464 (221)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 689.333 (318)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 699.721 (269)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 700.453 (222)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 700.499 (319)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 701.569 (270)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 702.507 (755)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 702.798 (320)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 703.993 (414)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 704.602 (321)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.588 (322)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.697 (492)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.693 (491)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.750 (493)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 708.646 (415)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 709.974 (178)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 716.640 (756)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 717.052 (231)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 719.379 (757)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 720.426 (323)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 720.879 (470)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 723.341 (758)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 724.722 (260)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 725.780 (759)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 727.502 (223)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 728.904 (261)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.524 (271)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 731.185 (228) AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.724 (416)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.939 (485)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.705 (504)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 734.241 (760)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.842 (486)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.845 (761)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.053 (517)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.928 (762)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.355 (487)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.148 (553)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.978 (233)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.155 (324)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.160 (507)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.751 (488)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.213 (229)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.310 (211)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.726 (212)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.886 (325)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.164 (763)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.295 (179)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.399 (764)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.714 (232)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.901 (201)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.106 (213)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.407 (765)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.643 (207)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.703 (518)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.733 (766)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.818 (272)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.984 (224)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.028 (262)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.877 (214)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.646 (554)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.877 (365)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.559 (215)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.844 (273)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.990 (263)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 751.426 (519)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 751.666 (216)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 752.218 (274)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.809 (217)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.737 (280)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.827 (555)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.868 (556)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.274 (557)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.366 (225)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.641 (520)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.739 (768)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.890 (494)

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AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.091 (508)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.285 (281)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.642 (417)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.908 (234)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.247 (521)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.623 (282)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.100 (522)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.449 (489)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.580 (505)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.596 (523)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.763 (230)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.921 (524)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.165 (471)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.276 (525)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.584 (769)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.605 (326)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.924 (418)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.314 (526)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.388 (558)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.719 (275)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.791 (419)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.934 (235)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.100 (283)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.136 (527)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.251 (528)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.529 (472)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.535 (495)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.693 (284)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.855 (770)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.107 (276)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.271 (529)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.350 (277)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.391 (473)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.452 (509)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.476 (278)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.777 (559)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.051 (560)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.154 (420)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.293 (530)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.373 (496)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.457 (561)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.535 (285)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.544 (562)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.633 (563)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.736 (286)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.962 (564)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.054 (531)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.099 (532) AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.249 (474)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.298 (497)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.698 (533)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.807 (534)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.811 (475)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.816 (535)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.859 (498)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.866 (565)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.861 (499)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.040 (536)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.084 (500)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.154 (537)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.197 (421) AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.276 (476)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.520 (477)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.126 (566)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.177 (567)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.505 (422)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.643 (423)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.640 (279)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.817 (538)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.053 (501) AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.837 (539) AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.942 (478)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 90.798 (161)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 93.490 (424)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 99.746 (425)AG.REG. NO HABEAS CORPUS 99.908 (568) AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 1.271 (618)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 228.948 (510)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 352.280 (366)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 378.377 (540)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 382.580 (367)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 385.947 (368)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 392.640 (569)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 393.032 (180)

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 396.396 (511)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 396.469 (771)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 400.464 (369)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 401.386 (772)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 403.630 (506)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 413.415 (541)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 415.220 (236)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 416.565 (237)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 418.979 (327)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 419.512 (370)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 422.531 (371)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 422.831 (242)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 429.651 (238)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 438.486 (773)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 439.707 (245)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 449.944 (328)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 455.479 (181)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 456.563 (239)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 457.005 (372)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 457.495 (502)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 460.136 (542)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 460.978 (243)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 470.515 (287)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 482.135 (373)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 489.835 (543)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 501.836 (374)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 508.906 (426)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 515.773 (375)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 519.619 (246)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 525.882 (376)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 526.610 (240)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 531.157 (377)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 534.995 (378)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 535.021 (379)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 536.593 (329)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 536.945 (380)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 537.030 (247)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 540.224 (248)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 542.305 (249)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 542.603 (244)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 547.341 (330)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 548.006 (490)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 551.403 (250)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 553.369 (331)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 557.156 (288)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 557.188 (289)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 557.323 (290)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 557.872 (381)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 561.403 (241)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 564.748 (291)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 565.603 (332)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 565.717 (292)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 566.907 (382)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 573.868 (293)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 575.914 (333)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 577.465 (334)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 577.873 (335)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 578.868 (294)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 580.383 (295)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.719 (336)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.117 (479)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.161 (480)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.735 (182)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.834 (251)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.958 (296)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 588.811 (337)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.392 (338)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.489 (481)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.744 (512)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.113 (503)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.927 (339)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.624 (544)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 593.873 (340)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.469 (341)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.576 (774)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.626 (775)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.629 (776) AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.735 (342)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.024 (343)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.047 (344)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.388 (482)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.489 (545)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.625 (777)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.805 (546)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

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AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.022 (345)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.118 (547)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.759 (346)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.171 (347)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.391 (348)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.411 (349)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.593 (483)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.620 (548)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.858 (350)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.163 (351)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.298 (570) AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.652 (549) AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.150 (352)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.576 (427)AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 24.916

(513)

AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 25.595

(514)

AG.REG. NOS EMB.DIV. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 213.846 (164)AGRAVO DE INSTRUMENTO 305.321 (778)AGRAVO DE INSTRUMENTO 331.317 (779)AGRAVO DE INSTRUMENTO 344.588 (780)AGRAVO DE INSTRUMENTO 373.188 (781)AGRAVO DE INSTRUMENTO 392.161 (782)AGRAVO DE INSTRUMENTO 397.237 (783)AGRAVO DE INSTRUMENTO 418.206 (784)AGRAVO DE INSTRUMENTO 431.109 (785)AGRAVO DE INSTRUMENTO 456.888 (786)AGRAVO DE INSTRUMENTO 459.059 (787)AGRAVO DE INSTRUMENTO 474.045 (788)AGRAVO DE INSTRUMENTO 476.306 (789)AGRAVO DE INSTRUMENTO 485.699 (790)AGRAVO DE INSTRUMENTO 503.683 (791)AGRAVO DE INSTRUMENTO 504.362 (792)AGRAVO DE INSTRUMENTO 504.857 (793)AGRAVO DE INSTRUMENTO 505.661 (794)AGRAVO DE INSTRUMENTO 508.338 (795)AGRAVO DE INSTRUMENTO 517.997 (796)AGRAVO DE INSTRUMENTO 521.946 (797)AGRAVO DE INSTRUMENTO 529.243 (798)AGRAVO DE INSTRUMENTO 529.394 (1096)AGRAVO DE INSTRUMENTO 534.363 (799)AGRAVO DE INSTRUMENTO 536.145 (800)AGRAVO DE INSTRUMENTO 541.359 (801)AGRAVO DE INSTRUMENTO 544.647 (802)AGRAVO DE INSTRUMENTO 546.003 (803)AGRAVO DE INSTRUMENTO 546.054 (1097)AGRAVO DE INSTRUMENTO 547.235 (804)AGRAVO DE INSTRUMENTO 549.798 (1098)AGRAVO DE INSTRUMENTO 554.304 (805)AGRAVO DE INSTRUMENTO 554.685 (806)AGRAVO DE INSTRUMENTO 556.702 (1099)AGRAVO DE INSTRUMENTO 557.578 (807)AGRAVO DE INSTRUMENTO 565.042 (1100)AGRAVO DE INSTRUMENTO 574.431 (808)AGRAVO DE INSTRUMENTO 590.011 (809)AGRAVO DE INSTRUMENTO 597.415 (810)AGRAVO DE INSTRUMENTO 597.571 (811)AGRAVO DE INSTRUMENTO 598.042 (812)AGRAVO DE INSTRUMENTO 598.247 (813)AGRAVO DE INSTRUMENTO 599.740 (814)AGRAVO DE INSTRUMENTO 610.793 (815)AGRAVO DE INSTRUMENTO 611.481 (816)AGRAVO DE INSTRUMENTO 613.066 (817)AGRAVO DE INSTRUMENTO 613.167 (818)AGRAVO DE INSTRUMENTO 622.955 (819)AGRAVO DE INSTRUMENTO 627.562 (820)AGRAVO DE INSTRUMENTO 632.672 (821)AGRAVO DE INSTRUMENTO 632.761 (822)AGRAVO DE INSTRUMENTO 633.104 (823)AGRAVO DE INSTRUMENTO 633.969 (824)AGRAVO DE INSTRUMENTO 636.219 (825)AGRAVO DE INSTRUMENTO 638.672 (826)AGRAVO DE INSTRUMENTO 641.761 (827)AGRAVO DE INSTRUMENTO 646.004 (828)AGRAVO DE INSTRUMENTO 648.848 (829)AGRAVO DE INSTRUMENTO 649.389 (830)AGRAVO DE INSTRUMENTO 652.066 (831)AGRAVO DE INSTRUMENTO 661.533 (832)AGRAVO DE INSTRUMENTO 671.059 (833)AGRAVO DE INSTRUMENTO 673.662 (834)AGRAVO DE INSTRUMENTO 675.174 (1)AGRAVO DE INSTRUMENTO 676.140 (2)AGRAVO DE INSTRUMENTO 676.204 (835)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 677.306 (836)AGRAVO DE INSTRUMENTO 678.334 (837)AGRAVO DE INSTRUMENTO 678.436 (838)AGRAVO DE INSTRUMENTO 680.241 (839)AGRAVO DE INSTRUMENTO 680.562 (840)AGRAVO DE INSTRUMENTO 681.332 (841)AGRAVO DE INSTRUMENTO 682.806 (842)AGRAVO DE INSTRUMENTO 683.591 (1101)AGRAVO DE INSTRUMENTO 685.047 (843)AGRAVO DE INSTRUMENTO 685.456 (844)AGRAVO DE INSTRUMENTO 687.718 (845)AGRAVO DE INSTRUMENTO 688.093 (846)AGRAVO DE INSTRUMENTO 688.485 (847)AGRAVO DE INSTRUMENTO 689.621 (848)AGRAVO DE INSTRUMENTO 689.890 (849)AGRAVO DE INSTRUMENTO 692.204 (850)AGRAVO DE INSTRUMENTO 692.881 (851)AGRAVO DE INSTRUMENTO 693.444 (852)AGRAVO DE INSTRUMENTO 694.318 (853)AGRAVO DE INSTRUMENTO 694.962 (854)AGRAVO DE INSTRUMENTO 695.721 (855)AGRAVO DE INSTRUMENTO 695.806 (3)AGRAVO DE INSTRUMENTO 701.612 (856)AGRAVO DE INSTRUMENTO 706.001 (1102)AGRAVO DE INSTRUMENTO 709.275 (857)AGRAVO DE INSTRUMENTO 711.428 (858)AGRAVO DE INSTRUMENTO 711.911 (859)AGRAVO DE INSTRUMENTO 716.989 (860)AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.413 (861)AGRAVO DE INSTRUMENTO 725.296 (862)AGRAVO DE INSTRUMENTO 726.042 (863)AGRAVO DE INSTRUMENTO 726.674 (864)AGRAVO DE INSTRUMENTO 726.862 (865)AGRAVO DE INSTRUMENTO 728.121 (866)AGRAVO DE INSTRUMENTO 729.207 (867)AGRAVO DE INSTRUMENTO 729.970 (868)AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.014 (869)AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.306 (870)AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.053 (871)AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.431 (872)AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.030 (873)AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.628 (874)AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.838 (875)AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.614 (876)AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.858 (4)AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.446 (1086)AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.596 (877)AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.639 (5)AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.435 (878)AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.745 (879)AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.853 (880)AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.795 (881)AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.391 (882)AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.707 (883)AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.005 (884)AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.201 (885)AGRAVO DE INSTRUMENTO 751.382 (886)AGRAVO DE INSTRUMENTO 751.868 (887)AGRAVO DE INSTRUMENTO 752.230 (888)AGRAVO DE INSTRUMENTO 752.252 (889)AGRAVO DE INSTRUMENTO 752.674 (890)AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.428 (891)AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.527 (892)AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.767 (6)AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.175 (893)AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.325 (894)AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.759 (895)AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.817 (896)AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.133 (897)AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.528 (898)AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.795 (899)AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.014 (900)AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.582 (901)AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.832 (902)AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.499 (903)AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.646 (7)AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.805 (904)AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.875 (905)AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.309 (906)AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.832 (1087)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.508 (907)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.553 (908)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.601 (909)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.771 (910)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 261

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.498 (911)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.649 (912)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.686 (913)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.869 (914)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.305 (915)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.376 (916)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.628 (917)AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.259 (918)AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.273 (919)AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.686 (920)AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.749 (1092)AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.934 (921)AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.060 (922)AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.125 (923)AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.223 (924)AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.246 (925)AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.392 (926)AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.621 (927)AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.678 (928)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.145 (929)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.247 (930)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.416 (8)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.473 (931)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.624 (932)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.665 (933)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.778 (934)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.826 (935)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.879 (1094)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.887 (936)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.925 (937)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.018 (938)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.025 (939)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.028 (940)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.127 (941)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.157 (942)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.163 (943)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.243 (9)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.271 (944)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.304 (945)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.341 (1095)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.380 (946)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.426 (947)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.532 (948)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.570 (949)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.600 (950)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.631 (951)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.711 (952)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.765 (953)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.947 (954)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.171 (955)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.325 (956)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.330 (957)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.344 (958)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.422 (1093)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.733 (959)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.793 (960)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.815 (961)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.856 (962)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.937 (963)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.001 (964)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.033 (965)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.079 (966)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.098 (967)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.110 (968)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.121 (969)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.169 (970)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.198 (971)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.209 (972)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.262 (973)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.286 (10)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.321 (11)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.355 (974)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.413 (975)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.460 (976)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.611 (977)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.670 (978)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.763 (979)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.832 (980)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.926 (12)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.928 (981)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.939 (14)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.932 (13)AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.999 (982)AGRAVO DE INSTRUMENTO 770.022 (983)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 770.038 (15)AGRAVO DE INSTRUMENTO 770.153 (984)AGRAVO DE INSTRUMENTO 770.189 (985)AGRAVO DE INSTRUMENTO 770.231 (986)AGRAVO DE INSTRUMENTO 770.240 (16)AGRAVO DE INSTRUMENTO 770.266 (987)AGRAVO DE INSTRUMENTO 770.280 (988)AGRAVO DE INSTRUMENTO 770.281 (17)AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.145 (18)AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.157 (19)AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.190 (20)AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.210 (21)AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.341 (22)AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.504 (23)AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.508 (24)AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.559 (25)AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.596 (26)AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.739 (27)AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.758 (28)AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.792 (29)AGRAVO DE INSTRUMENTO 771.973 (30)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.101 (31)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.301 (32)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.311 (33)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.329 (34)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.388 (35)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.395 (36)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.418 (37)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.447 (38)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.454 (39)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.475 (41)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.473 (40)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.497 (42)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.510 (43)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.519 (44)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.527 (45)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.529 (46)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.532 (48)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.530 (47)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.552 (49)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.556 (50)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.557 (51)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.565 (52)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.658 (53)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.688 (54)AGRAVO DE INSTRUMENTO 772.785 (55)ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 130

(165)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 344.269

(571)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 235.642 (383)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 404.257 (183)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 494.828 (297)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 501.461 (298)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 522.535 (184)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 547.525 (299)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 564.408 (300)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 604.448 (385)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 636.997 (301)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 639.901 (430)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 668.556 (432)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 669.548 (433)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 682.518 (187)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 698.230 (434)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 698.309 (188)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 701.375 (435)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 706.109 (302)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 725.089 (306)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 734.392 (574)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.251 (303)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.280 (550)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.428 (575)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.458 (576)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.940 (357)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.271 (577)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.417 (307)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.461 (166)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.478 (578)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.626 (579)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.925 (387)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.957 (580)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.686 (304)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.850 (551)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.292 (305)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 262

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.334 (358)EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 191.709

(388)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 259.283

(190)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 436.017

(440)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.968

(552)

EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 269.159

(168)

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 486.027 (428)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 551.087 (384)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 596.519 (353)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 636.344 (429) EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 640.133 (354)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 654.869 (572)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 663.592 (355)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.127 (386)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 728.043 (436)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 729.307 (189)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.580 (1088)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.079 (989)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.149 (990)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.699 (1089)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.177 (1090)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.731 (991)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.380 (1091)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.138 (438)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.909 (356)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.785 (439)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.704 (167)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.908 (139)EMB.DECL. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 1.437 (625)EMB.DECL. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 1.490 (626)EMB.DECL. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 1.547 (627)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 469.078 (442)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 521.296 (444)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 579.760 (445)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.096 (389)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.799 (582)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.548 (446)EMB.DECL. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 90.532

(169)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 554.858

(185)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 587.419

(186)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 653.882

(431)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.679

(573)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.904

(437)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 252.466

(581)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 460.674

(441)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 517.961

(443)

EMB.DIV. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 628.139 (992)EMB.DIV. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 628.149 (993)EMB.DIV. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 629.401 (994)EMB.DIV. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 631.728 (995)EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 446.850 (143)EMB.DIV. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 184.327 (142)EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 164.714

(141)

EXTRADIÇÃO 888 (156)EXTRADIÇÃO 1.126 (157)EXTRADIÇÃO 1.146 (170)EXTRADIÇÃO 1.171 (144)HABEAS CORPUS 71.680 (390)HABEAS CORPUS 72.222 (391)HABEAS CORPUS 72.313 (392)HABEAS CORPUS 72.557 (393)HABEAS CORPUS 73.088 (394)HABEAS CORPUS 73.648 (395)HABEAS CORPUS 87.610 (447)HABEAS CORPUS 89.129 (448)HABEAS CORPUS 89.585 (396)HABEAS CORPUS 90.099 (449)HABEAS CORPUS 90.378 (397)HABEAS CORPUS 91.207 (158)

HABEAS CORPUS 91.509 (450)HABEAS CORPUS 92.091 (451)HABEAS CORPUS 92.895 (452)HABEAS CORPUS 93.352 (583)HABEAS CORPUS 93.876 (398)HABEAS CORPUS 94.173 (453)HABEAS CORPUS 94.200 (628)HABEAS CORPUS 94.845 (454)HABEAS CORPUS 95.706 (399)HABEAS CORPUS 95.848 (400)HABEAS CORPUS 95.886 (455)HABEAS CORPUS 96.055 (629)HABEAS CORPUS 96.243 (456)HABEAS CORPUS 96.486 (584)HABEAS CORPUS 96.729 (401)HABEAS CORPUS 96.730 (585)HABEAS CORPUS 96.853 (191)HABEAS CORPUS 96.870 (402)HABEAS CORPUS 96.974 (586)HABEAS CORPUS 97.142 (587)HABEAS CORPUS 97.158 (630)HABEAS CORPUS 97.197 (457)HABEAS CORPUS 97.466 (588)HABEAS CORPUS 97.688 (192)HABEAS CORPUS 98.027 (589)HABEAS CORPUS 98.084 (193)HABEAS CORPUS 98.156 (590)HABEAS CORPUS 98.435 (631)HABEAS CORPUS 98.456 (591)HABEAS CORPUS 98.618 (194)HABEAS CORPUS 98.663 (403)HABEAS CORPUS 98.689 (404)HABEAS CORPUS 98.780 (592)HABEAS CORPUS 98.878 (458)HABEAS CORPUS 98.904 (459)HABEAS CORPUS 98.928 (405)HABEAS CORPUS 99.010 (593)HABEAS CORPUS 99.072 (594)HABEAS CORPUS 99.225 (406)HABEAS CORPUS 99.377 (595)HABEAS CORPUS 99.439 (596)HABEAS CORPUS 99.506 (634)HABEAS CORPUS 99.564 (635)HABEAS CORPUS 99.582 (407)HABEAS CORPUS 99.841 (636)HABEAS CORPUS 99.990 (460)HABEAS CORPUS 100.080 (637)HABEAS CORPUS 100.182 (597)HABEAS CORPUS 100.215 (195)HABEAS CORPUS 100.328 (461)HABEAS CORPUS 100.344 (598)HABEAS CORPUS 100.359 (599)HABEAS CORPUS 100.504 (639)HABEAS CORPUS 100.619 (600)HABEAS CORPUS 100.624 (601)HABEAS CORPUS 100.708 (640)HABEAS CORPUS 100.732 (602)HABEAS CORPUS 100.746 (603)HABEAS CORPUS 100.753 (604)HABEAS CORPUS 100.809 (605)HABEAS CORPUS 100.845 (641)HABEAS CORPUS 100.851 (606)HABEAS CORPUS 100.856 (642)HABEAS CORPUS 100.866 (196)HABEAS CORPUS 100.928 (462)HABEAS CORPUS 101.019 (463)HABEAS CORPUS 101.071 (645)HABEAS CORPUS 101.080 (647)HABEAS CORPUS 101.135 (650)HABEAS CORPUS 101.137 (651)HABEAS CORPUS 101.132 (649)HABEAS CORPUS 101.142 (652)HABEAS CORPUS 101.152 (653)HABEAS CORPUS 101.155 (654)HABEAS CORPUS 101.213 (657)HABEAS CORPUS 101.211 (656)HABEAS CORPUS 101.222 (465)HABEAS CORPUS 101.237 (659)HABEAS CORPUS 101.251 (660)HABEAS CORPUS 101.266 (665)HABEAS CORPUS 101.274 (668)HABEAS CORPUS 101.289 (671)HABEAS CORPUS 101.290 (672)HABEAS CORPUS 101.326 (56)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 263

HABEAS CORPUS 101.328 (679)HABEAS CORPUS 101.332 (57)HABEAS CORPUS 101.338 (58)HABEAS CORPUS 101.339 (59)HABEAS CORPUS 101.347 (63)HABEAS CORPUS 101.348 (684)HABEAS CORPUS 101.344 (61)HABEAS CORPUS 101.345 (62)HABEAS CORPUS 101.346 (683)HABEAS CORPUS 101.342 (60)HABEAS CORPUS 101.356 (67)HABEAS CORPUS 101.357 (68)HABEAS CORPUS 101.353 (66)HABEAS CORPUS 101.352 (65)HABEAS CORPUS 101.350 (64)HABEAS CORPUS 101.363 (71)HABEAS CORPUS 101.364 (72)HABEAS CORPUS 101.361 (70)HABEAS CORPUS 101.360 (69)HABEAS CORPUS 101.368 (75)HABEAS CORPUS 101.366 (74)HABEAS CORPUS 101.365 (73)HABEAS CORPUS 101.372 (77)HABEAS CORPUS 101.373 (78)HABEAS CORPUS 101.375 (79)HABEAS CORPUS 101.371 (76)HABEAS CORPUS 101.377 (81)HABEAS CORPUS 101.376 (80)HABEAS CORPUS 101.378 (82)INQUÉRITO 2.786 (145)INQUÉRITO 2.872 (83)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.505 (686)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.525 (687)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.599 (688)MANDADO DE INJUNÇÃO 2.081 (84)MANDADO DE INJUNÇÃO 2.082 (85)MANDADO DE SEGURANÇA 23.187 (146)MANDADO DE SEGURANÇA 23.441 (171)MANDADO DE SEGURANÇA 24.817 (172)MANDADO DE SEGURANÇA 26.117 (173)MANDADO DE SEGURANÇA 26.320 (689)MANDADO DE SEGURANÇA 26.601 (690)MANDADO DE SEGURANÇA 26.696 (174)MANDADO DE SEGURANÇA 27.128 (691)MANDADO DE SEGURANÇA 27.604 (148)MANDADO DE SEGURANÇA 27.613 (152)MANDADO DE SEGURANÇA 28.225 (694)MANDADO DE SEGURANÇA 28.386 (701)MANDADO DE SEGURANÇA 28.398 (86)MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.163 (692)MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.170 (693)MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.291 (695)MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.293 (697)MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.292 (696)MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.308 (698)MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.319 (699)MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.329 (700)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 8.983 (724)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 9.066 (731)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 9.239 (734)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 9.248 (736)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 9.244 (735)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 9.289 (742)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 9.283 (739)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 99.415 (632)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 99.463 (633)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 100.445 (638)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 100.859 (643)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.030 (644)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.075 (646)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.086 (648)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.203 (655)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.215 (658)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.210 (464)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.256 (662)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.255 (661)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.258 (663)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.262 (664)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.267 (666)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.271 (667)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.276 (669)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.285 (670)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.292 (673)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.297 (675)

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.294 (674)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.300 (676)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.301 (677)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.309 (678)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.335 (680)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.349 (685)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.340 (681)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 101.343 (682)PETIÇÃO 3.928 (702)PETIÇÃO 4.360 (703)PETIÇÃO 4.654 (704)PETIÇÃO 4.688 (88)PETIÇÃO 4.687 (87)QUESTÃO DE ORDEM NA AÇÃO PENAL 421 (155)QUESTÃO DE ORDEM NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.947

(468)

RECLAMAÇÃO 3.784 (705)RECLAMAÇÃO 4.060 (706)RECLAMAÇÃO 5.765 (707)RECLAMAÇÃO 5.837 (708)RECLAMAÇÃO 6.636 (709)RECLAMAÇÃO 7.344 (710)RECLAMAÇÃO 7.810 (711)RECLAMAÇÃO 8.101 (712)RECLAMAÇÃO 8.168 (149)RECLAMAÇÃO 8.408 (150)RECLAMAÇÃO 8.516 (151)RECLAMAÇÃO 8.623 (713)RECLAMAÇÃO 8.641 (714)RECLAMAÇÃO 8.673 (715)RECLAMAÇÃO 8.704 (716)RECLAMAÇÃO 8.722 (717)RECLAMAÇÃO 8.735 (718)RECLAMAÇÃO 8.843 (719)RECLAMAÇÃO 8.860 (720)RECLAMAÇÃO 8.929 (721)RECLAMAÇÃO 8.948 (722)RECLAMAÇÃO 8.980 (723)RECLAMAÇÃO 9.025 (725)RECLAMAÇÃO 9.045 (726)RECLAMAÇÃO 9.051 (727)RECLAMAÇÃO 9.055 (729)RECLAMAÇÃO 9.054 (728)RECLAMAÇÃO 9.063 (730)RECLAMAÇÃO 9.150 (732)RECLAMAÇÃO 9.180 (89)RECLAMAÇÃO 9.183 (733)RECLAMAÇÃO 9.268 (738)RECLAMAÇÃO 9.263 (737)RECLAMAÇÃO 9.284 (90)RECLAMAÇÃO 9.285 (740)RECLAMAÇÃO 9.287 (741)RECLAMAÇÃO 9.299 (91)RECLAMAÇÃO 9.305 (96)RECLAMAÇÃO 9.304 (95)RECLAMAÇÃO 9.307 (98)RECLAMAÇÃO 9.306(97) (743)RECLAMAÇÃO 9.301 (93)RECLAMAÇÃO 9.300 (92)RECLAMAÇÃO 9.303 (94)RECLAMAÇÃO 9.308(99) (744)RECLAMAÇÃO 9.309 (100)RECLAMAÇÃO 9.310 (101)RECLAMAÇÃO 9.313 (103)RECLAMAÇÃO 9.311 (102)RECLAMAÇÃO 9.315 (104)RECLAMAÇÃO 9.321 (105)RECLAMAÇÃO 9.324 (106)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 114.282 (408)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 217.053 (996)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 235.012 (997)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 236.499 (998)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 238.121 (999)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 245.066 (1000)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 248.499 (466)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 256.845 (1001)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 274.343 (1002)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 282.840 (1003)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 294.292 (1004)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 297.073 (1005)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 330.051 (1006)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 332.480 (1007)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857

STF - DJe nº 208/2009 Divulgação: quinta-feira, 05 de novembro Publicação: sexta-feira, 06 de novembro 264

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 337.123 (1008)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 352.905 (1009)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 353.269 (1010)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 354.349 (1011)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 366.075 (1012)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 372.811 (1013)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 378.106 (1014)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 379.090 (1015)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 389.545 (1016)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 395.032 (1017)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 403.660 (1018)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 409.755 (1019)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 412.902 (1020)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 415.963 (1021)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 421.485 (1022)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 422.431 (1023)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 423.690 (1024)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 427.190 (1025)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 428.104 (1026)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 428.170 (197)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 428.324 (409)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 430.586 (1027)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 435.466 (1028)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 438.023 (1029)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 438.569 (1030)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 438.610 (1031)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 445.544 (1032)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 452.142 (1033)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 452.668 (1034)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 453.511 (1035)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 453.642 (1036)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 455.766 (1037)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 457.861 (1038)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 459.941 (1039)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 461.471 (1040)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 462.282 (198)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 462.381 (1041)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 464.882 (1042)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 465.940 (1043)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 468.148 (1045)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 468.140 (1044)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 469.998 (1046)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 474.408 (1047)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 480.004 (1048)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 482.407 (1049)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 484.830 (1050)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 495.949 (1103)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 502.424 (1051)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 509.937 (1052)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 516.403 (1053)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 518.903 (1110)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 519.944(1054) (1104)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 525.138 (1055)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 534.737 (1056)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 534.739 (1105)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 535.107 (1057)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 537.146 (1058)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 538.161 (1111)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 544.152 (1059)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 545.353 (1060)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 553.766 (1061)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 553.937 (199)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.038 (1106)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 556.225 (1062)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 556.666 (1063)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 559.821 (1064)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 563.292 (107)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 566.471 (1065)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567.299 (1066)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 568.513(1107) (1112)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 570.680 (153)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 570.719 (1067)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 571.216 (1068)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 572.460 (1069)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 572.914 (1070)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 577.355 (1071)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 577.869 (1072)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 579.829 (1073)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 580.126 (1074)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.676(1108) (1113)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592.894

(1109) (1114)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.495 (1075)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.373 (1076)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.817 (1077)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.255 (1078)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.191 (1079)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.529 (1080)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.539 (1081)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.062 (1082)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.075 (1083)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.563 (1084)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.561 (469)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.292 (108)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.328 (1085)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.380 (109)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.501 (110)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.653 (111)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.689 (112)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.702 (113)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.797 (114)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.831 (115)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.857 (116)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.864 (117)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.866 (118)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.878 (121)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.874 (119)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.875 (120)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.894 (123)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.892 (122)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.898 (125)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.897 (124)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.902 (127)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.903 (128)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.901 (126)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.918 (129)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.276 (130)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.481 (131)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.499 (132)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.684 (134)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.683 (133)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.743 (135)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.773 (136)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 605.195 (137)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 26.596 (410)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 26.644 (745)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.331 (746)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.381 (138)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 98.564 (607)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 99.057 (608)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 99.607 (609)REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.435

(140)

SEGUNDO JULGAMENTO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 412.167

(515)

SEGUNDO JULGAMENTO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 439.690

(467)

SEGUNDO JULGAMENTO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.177

(516)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 441857